SUBJECT: Re: (OFF TOPPIC)Re: [ciencialist] Lula
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/01/1980 10:17

Leandro:
Não iniciei o affaire "bursite". voltará o patrulhamento tão caro ao PT?
Use uma balança.
E o Leonardo?? tá bem?
Não lamente: lute.
silvio, acupunturista aposentado.

----- Original Message -----
From: "Leandro" <leandropl@mailbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, January 13, 2003 1:51 AM
Subject: (OFF TOPPIC)Re: [ciencialist] Lula


On Fri, 4 Jan 1980 17:10:41 -0200, silvio cordeiro wrote:
>A bursite do lula é conseqüencia do de trabalho pesado nos últimos
>vinte
>anos de aposentado: trabalho que lhe deu dois apartamentos, um bom
>saldo
>bancário (vide declar. ao TRE), sitio, filhos estudando no exterior,
>coisas
>das mais simples pra um torneiro que perdeu o dedinho.
>
>Ele vai utilizar essa mesma acupuntura pra matar a fome de 50
>milhoes de
>brasileiros, três vezes ao dia. E mostrar pros 175 milhoes de
>brasileiros
>que pra ter êxito na vida não precisa de estudo, não presisa de
>trabalho
>(embora uns cursinhos de guerrilha em cuba sejam apreciados) : basta
>bons
>conchavos, negociar com as velhas raposas às quais antes jogava
>pedras.
>E mentir para o povo. Mentir como no caso da compra dos aviões pra
>FAB: pura
>demagogia e mais que isso a forra dos discípulos de fidel que
>pupulam em seu
>ministério.


Leandro: vai começar a besteira no CienciaList...digo, está
começando...


Lamentações
Leandro Lannes


_______________________________________________________________________




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Lula testa acupuntura contra a bursite
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/01/1980 11:54

Manoel:

"Ex-vi" da decisão abaixo do Exmo. Moderador, calo-me.

A piada é horrorrorrível. sua inteligência não a merece, nem a aeromoça que
tambem é uma profissional.

Mas saiba que minha consideração e admiração por sua pessoa, exptrapola a
questiúcula.
um abraço,
silvio.

transcrevo: ======================
-----Mensagem Original-----
De: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 13 de janeiro de 2003 10:49
Assunto: (OFF TOPPIC)Re: [ciencialist] Lula


Para evitar confusoes este topico deve ser ignorado (na medida do
possivel).

Ateh
Luis Brudna - administrador da Ciencialist



----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, January 14, 2003 9:51 AM
Subject: [ciencialist] Re: Lula testa acupuntura contra a bursite


Oi Silvio,

Silvio: A bursite do lula é conseqüencia do trabalho pesado nos
últimos vinte anos de aposentado: trabalho que lhe deu dois
apartamentos, um bom saldo bancário (vide declar. ao TRE), sitio,
filhos estudando no exterior, coisas das mais simples pra um torneiro
que perdeu o dedinho.

Manuel: Mesmo sendo petista, jamais compactuei com certas críticas
simplórias e golpistas de muitos petistas (mais extremados) aos
nossos adversários políticos. Senti-me muito decepcionado com aquela
ignominiosa palavra de ordem "Fora FHC" levantada numa certa época
por setores da esquerda, ao meu ver puro ranço anti-democrático,
desdém às regras do jogo da democracia política (uma conquista da
civilização), não reconhecimento de um governo legitimamente
constituído, o que denota, além de burrice e falta de visão
estratégica, desrespeito ao povo brasileiro.

Por isso, sinto-me à vontade para rebater as críticas do Silvio, uma
pessoa pela qual tenho grande simpatia, apesar de nossas divergências
políticas.

Antes de tudo, é preciso que se diga que as greves dos trabalhadores
do ABC paulista de 1978, lideradas por Lula, foram decisivas para a
queda da ditadura militar. Nós, os doutores da Nação, cultos
cidadãos, a classe que detém a fatia maior dos benefícios da moderna
democracia brasileira, temos uma dívida imensa para com os operários
metalúrgicos de São Paulo e sua liderança sindical, líderes esses
que, na época, foram duplamente apenados: primeiro com a perda do
emprego (sim, Lula foi demitido, uma demissão definitiva para um
operário grevista inimigo número um do regime militar) e, segundo,
com a prisão, o inquérito policial-militar, a Lei de Segurança
Nacional. Infelizmente, num amplo setor da classe média, maior que
essa dívida política ainda é o preconceito contra os trabalhadores
braçais, o menosprezo pelos que têm formação meramente técnica (não
científica, não universitária), a desinibição para humilhar o humilde
e, também, aquele cadáver da Guerra-Fria que apodrece a céu aberto,
contaminando o espaço com seus gazes e miasmas: o anticomunismo.

Quanto aos 'bens' do Lula, uma parte desse patrimônio ele acumulou
durante o período em que trabalhou como torneiro mecânico (os
metalúrgicos do ABC são operários qualificados que ganham bem mais
que a média dos assalariados do País). Quanto ao resto, após ser
demitido, Lula passou a receber do Partido dos Trabalhadores uma
renda mensal. Para que se dedicasse integralmente ao Partido. Aliás,
isso é prática corrente em todos os partidos de esquerda do mundo,
sejam eles socialistas, social-democratas ou comunistas: líderes
operários que, por algum motivo, foram demitidos ou alijados do
sindicato da categoria, passam a ser sustentados pelas centrais
sindicais ou pelos partidos políticos aos quais são filiados. E qual
o problema disso? É, no mínimo, o preço que vale a sua ampla
experiência político-sindical. Ademais, a sua história de vida, o seu
comprometimento político é um 'estigma' que torna praticamente
impossível arranjarem um emprego compatível com sua formação técnica.

Já no que diz respeito às 'críticas' jocosas que envolvem o dedinho
do Lula, ou o seu gosto por uísque, sinceramente não vejo nisso nada
além de ofensa mesquinha e sádica. O próprio Lula relata uma dessas
ofensas de que foi vítima.

Estava ele num avião quando a aeromoça perguntou-lhe:
- Lula, o que o senhor quer beber?
Lula viu sobre o carrinho uma garrava de Teacher's e respondeu:
- Uísque, por favor.
A aeromoça não se conteve e soltou a veeelha piadinha:
- Hihihi! Um operário bebendo uísque? Um petista? Como pode?
Lula também não se conteve e perguntou:
- Moça, você tem cachaça? Aguardente-de-cana? E conhaque Dreher, tem?
- Não - respondeu a aeromoça.
- Então me traga o uísque e cale a boca. - Disse Lula.

Não quero dizer que o Lula está acima de qualquer crítica, longe
disso. Mas que se critique com racionalidade e sem golpes baixos. Num
momento de raiva a gente se destempera, o que justifica algumas
reações primárias. Mas primarismo o tempo todo... De primarismo,
basta a escolaridade do Lula. :-))

Abraços,
Manuel Bulcão


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Lula testa acupuntura contra a bursite
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/01/1980 16:08

Adriano:

babaquice. O insulto grátis é o típico padrão PT. sem argumentos, ofendem.
voce se merece.
silvio.

----- Original Message -----
From: "Eduardo Gueron" <dgueron@mailbr.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, January 14, 2001 2:59 AM
Subject: Re: [ciencialist] Lula testa acupuntura contra a bursite


>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: me ajude 2, o retorno.
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/01/1980 16:25

Companhieiro Adriano:

Na próxima sexta, vou me encontrar com o espírito do Chico Xavier e vou
pedir a ele que lhe envie uma cópia ectoplasmática do Manual de Telecinese,
coisa mais da comum e corriqueira pois em verdade, a física é uma tremenda
enganação de uns malucos que gostam de dar aulas pra ficar ricos e os mais
espertos, trabalhar na Nasa.
Aqui no Brasil mãe Diná e o paulo coelho conhecem o processo mas cobram
caro.

Sua busca pelo conhecimento é louvável. Mas tenha cuidado com esse problema
de "posição": existem uns espíritos galhofeiros....

mas pelo menos, ganhou um beijo da Lígia....

silvio agora da Silva, o tirômano.

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, January 11, 2003 3:31 PM
Subject: [ciencialist] Re: me ajude


--- Em ciencialist@y..., Adriano Leite <oaklab151@y...> escreveu
> Alô, pessoal!Bem, eu gostaria que explicasse mais
> detalhadamente como posso usar a
> telecinese.exemplo:ambiente certo, posição, se tem que
> meditar, etc.Por favor me ajudem e mandem a resposta
> por e-mail.


Adriano!

Que que é isso... perguntando assim, na cara dura sobre telecinese
numa lista científica onde a maioria, senão todos os participantes
são céticos? Tudo bem... sem problemas. :) Eu gosto desses
assuntos e espero poder ajudá-lo.

SE a telecinese fosse comprovável ( vejam bem: eu disse SE), ela
teria a ver com uma capacidade humana relacionada ao eletromagnetismo
que nosso cérebro seria capaz de emitir sob efeito de certos estados
alterados da consciência atingíveis numa meditação profunda pelos que
são chamados "paranormais". Desta forma, sob o efeito de tais
estados alterados em tais pessoas "especiais", os índices de
eletromagnetismo capazes de executar tal proeza de mover objetos sem
o toque das mãos seria atingível através da focalização de
tal "energia" e a emissão dela pelos olhos sobre um "alvo". Tal alvo
tenderia a mover-se por curtos ou longos períodos de tempo sem a
intromissão de nenhum agente além da suposta energia telecinética
(eletromangetismo animal, magnetismo animal or else...)...

MAS, e eu acredito nisso, o mágico Randi vem dando mostras de que
nunca houve tal habilidade humana, sendo que tudo o que se comenta a
respeito, ou mesmo os supostos místicos e paranormais aptos a tais
proezas ao longo da história humana têm sido apenas e tão somente
impostores... portanto, não há como afirmar a você se há uma posição
correta, se há um momento certo, ou mesmo sob quais circunstâncias a
telecinese pode ocorrer. Ela simplesmente não ocorre... a não ser
sob a influência de um bom mágico ou mistificador que é o que
os "portadores" de tal habilidade são.

Beijos, Lígia


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Lula testa acupuntura contra a bursite
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/01/1980 17:10

Ô Adriano:.

A bursite do lula é conseqüencia do de trabalho pesado nos últimos vinte
anos de aposentado: trabalho que lhe deu dois apartamentos, um bom saldo
bancário (vide declar. ao TRE), sitio, filhos estudando no exterior, coisas
das mais simples pra um torneiro que perdeu o dedinho.

Ele vai utilizar essa mesma acupuntura pra matar a fome de 50 milhoes de
brasileiros, três vezes ao dia. E mostrar pros 175 milhoes de brasileiros
que pra ter êxito na vida não precisa de estudo, não presisa de trabalho
(embora uns cursinhos de guerrilha em cuba sejam apreciados) : basta bons
conchavos, negociar com as velhas raposas às quais antes jogava pedras.
E mentir para o povo. Mentir como no caso da compra dos aviões pra FAB: pura
demagogia e mais que isso a forra dos discípulos de fidel que pupulam em seu
ministério.

sds.,

silvio.



----- Original Message -----
From: "Adriano" <mongeateu@ig.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, January 12, 2003 4:44 PM
Subject: [ciencialist] Lula testa acupuntura contra a bursite


Lula testa acupuntura contra a bursite

"O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu por
volta das 10h30 de hoje, em sua residência, em São Bernardo do
Campo, a visita de seu médico particular, Roberto Calhil Filho, e de
quatro acupunturistas. O presidente resolveu usar a técnica chinesa
para tratar da bursite que tem no ombro direito."

(...)




SUBJECT: Fw: [sbcr] Fw: Desgraças da Vida...
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <objetivismobr@yahoogroups.com>, <noosfera@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Acrópolis <acropolis@yahoogrupos.com.br>, "ágora" <a_gora@yahoogrupos.com.br>
CC: "Vanessa" <vanessaloura@bol.com.br>, "Teresa" <mtgc@brfree.com.br>, "Silvinho" <slgc@escelsa.com.br>, "Paulo 2 Cordeiro" <paucor@terra.com.br>, "Louise C. W. do Amaral" <louiseamaral@uol.com.br>, "Hercilia Rosa" <blue-gardenia@uol.com.br>
DATE: 04/01/1980 18:20

Companheiros!!!!!!!!!!

Desculpem a infringência das sagradas regras dos grupos, em não espalhar
"correntes", mas essa, é irresistível...
Como nada é perfeito, eu retiro a Kelly Key - que calipígio!!!!!!!!

silvio, o tirômano.

transcrevo:

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
To: "SBCR" <sbcr@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, January 10, 2003 4:05 PM
Subject: [sbcr] Fw: Desgraças da Vida...


Não posso quebrar essa corrente. Imagina se aparece uns mamonas para me
aporrinhar ou alguma besta tocando guitarra no meu ouvido!
[]'
Léo
==================================
-----Mensagem Original-----
De: Dante Alighieri Alves de Mello
Para: vinijo@terra.com.br
Enviada em: quinta-feira, 9 de janeiro de 2003 01:44
Assunto: Desgraças da Vida...



Nos últimos tempos, o rock e a MPB sofreram baixas pouco lamentáveis:

Cazuza e Renato Russo morreram de Aids;
Chico Science morreu em um terrível acidente de carro;
Marcelo Yuka foi baleado e ficou sem o movimento das pernas e do braço
esquerdo;

Herbert Vianna sofreu um acidente de ultraleve, perdeu a mulher e sofreu
danos irreparáveis no cérebro;
Marcelo Fromer foi atropelado e morreu no hospital;
Cassia Eller nos deixou após um coquetel de drogas (não confirmado);
Raul Seixas .....Quem será o próximo ?

Ao longo dos anos, o abuso das drogas e do álcool nos tirou Elvis Presley,
Jim Morrison, Janis Joplin, Jimi Hendrix, Brian Jones, John Boham, Kurt
Cobain etc...

Outras fatalidades levaram : Cliff Burton, Stevie Ray Vaughan, John
Lennon, Bob Marley, Frank Sinatra, Fred Mercury, Marvin Gaye etc...

AGORA, PARE E PENSE: QUANTOS PAGODEIROS, FUNKEIROS, AXEZEIROS MORRERAM ???

O Beto Jamaica cheira o que o nariz aguenta e não morre, aquela praga;
Alexandre Pires enche o rabo de cachaça, sai a toda com o seu carro, matou
um coitado no meio da rua, não morre e continua compondo aquelas merdas;

Xandy e Carla Perez vão piorar ainda mais o futuro do mundo tendo filhos;
Netinho tem voz de viado, rebola como viado, parece viado e tem filho que
nem coelho;

O tal do Rodriguinho, o que ele quer com aquela viseira na cabeça ?
E o cumpadi Washington, tem a maior cara de pinguço de boteco da esquina,
tem um péssimo gosto para roupas, mas come a Sheila Carvalho;
E o pagodeiro Belo, metido com traficante e até encomendando míssil...

ONDE O MUNDO VAI PARAR ?

Em nossa nova corrente, se você passar esta mensagem para:

1 pessoa: Morre o Xandy;

2 pessoas: Morrem o Xandy e o Netinho;

3 pessoas: Morrem o Bonde do Tigrão, o Cumpadi Washington, Alexandre Pires
e o Vavá;

10 pessoas: Morrem É o tchan, Alexandre Pires, Vavá, Frank Aguiar,
qualquer nome "dos teclados", a Kelly Key e o Xandy;

25 pessoas : Haverá um show de pagode/funk/axé/sertanejo no Afeganistão em
homenagem ao Bin Laden e ele, pra variar decide jogar o avião dos artistas
na casa do Xandy;

50 pessoas : A Sandy se transformará em uma porra louca, sairá na Playboy
e se tornará uma stripper de uma boate em Copacabana, cobrará 10 mangos mais
1 coxinha com sukita pelo programa e seu irmão Junior mudará de sexo,
passará a se chamar Samanta e o melhor de tudo: ficará mudo;

[Fico com essa opção de enviar para 50 'colegas']

CASO VOCÊ NÃO PASSE ESTA MENSAGEM PARA FRENTE, O LEANDRO E O JOÃO PAULO
RESSUSCITARÃO NA SUA FRENTE E CANTARÃO "NUVEM DE LÁGRIMAS"PARA VOCÊ PELA
ETERNIDADE !!!!!








SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velocidade de Luz
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/12/2000 11:53




>
> ----- Original Message -----
> From: "rmtakata"
> Sent: Thursday, December 12, 2002 3:28 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Velocidade de Luz
>
> > Eu entendo assim, a Terra esta' girando junto com a Via Lactea:
> >
> > Terra-------|
> > |
> > V
> > ----T---- ------> sentido do movimento
> > \
> > \ *B*
> > *A* O <--- centro da Via Lactea
> > \
> > \
> >sentido do <------ ---G------
> > movimento
>
> > A radiacao cosmica (e qq outra radiacao) vinda do lado A
> > medida da Terra teria um acentuado desvio para o vermelho (ou um
> > atenuado desvio para o azul). A radiacao vinda de B teria um
> > acentuado desvio para o azul ou um atenuado desvio para o vermelho.
> > Se a Terra estivesse no ponto G -- alem de um grande orgasmo -- veria
> > o fenomeno invertido (e enxergaria um zilhao de estrelas a mais).
>

Oi Takata,

não sei exatamente qual a sua opinião final sobre o assunto mas o fato
(e não a teoria) é que há anisotropia dipolar na radiação de fundo
observada por qualquer satélite ou instrumento construído para esse fim.

A explicação pode ser simplificada com uma analogia: Estamos todos
expandindo junto com o Universo em uma espécie de fluxo contínuo, a
radiação de fundo poderia ser pensada como o próprio fluido, para ser
mais preciso, como sendo composta de fótons emitidos por cada uma das
partículas do fluido em um momento da expansão do universo -a saber, na
época em que a reação foton<->parttícula+anti-partícula passou a ter
apenas um sentido- e, como consequência, está isotrópica em relação
qualquer referencial que acompanhe a hipotética partícula do fluido. Não
acompanhamos esse fluido porque a Terra, a Via Láctea, o nosso grupo
local e etc... possuem movimentos em relação ao fluido. Se este fluido
fosse um líquido, veríamos um determinada direção preferencial de fluxo
que seria, justamente, aquela do nosso movimento. Como vemos apenas os
fótons "emitidos" por essas partículas, observamos uma espécie de
momento dipolar (cuidado com esse termo) da radiação de fundo. Vc tem
razão quando diz que, no final, o desvio para o vermelho compensa o para
o azul, no entanto, podemos observar o alinhamento deste desvio,
apontando o satélite, telescópio ou o que seja em diferentes direções.
Se fizéssemos um círculo em torno do centro deste instrumento girante,
veríamos um círculo com desvio para o vermelho em um ponto, este desvio
iria diminuindo até que, 90 graus depois, não existiria. Posteriormente,
cresceria um desvio para o azul que chegaria ao máximo no ponto
diametralmente oposto ao do máximo desvio para o vermelho. Continuando,
o desvio diminuiria até chegar a nenhum e voltaria a crescer fechando o
círculo.

(...)
>
> De qualquer forma, e como o Eduardo bem acentuou, "isto remete à idéia de
> uma espécie de referência absoluta", e a interpretação seria diversa
> conforme a teoria em apreço. Eu acho isso bastante esquisito em termos de
> relatividade moderna, mas deixo a esquisitice a cargo dos relativistas, pois
> essa praia não é a minha e não me cabe a função de despoluí-la ;-)).
>
>

É fato, há uma idéia de referência absoluta em relação à expansão do
Universo, qq relativista aceita isso sem reclamar (os saudosos tentam
retomar a idéia do éter com radiação de fundo - o que discordo e acho
bem apelativo). Isso não viola a Relatividade Geral, apenas diz que, em
cosmologia, há efeitos (radiação de fundo, fundo de neutrinos...) que
nos possibilitam medir o quanto o movimento de qq corpo de afasta da
expansão do Universo. Isso, assim como outros exemplos, é consequência
de estarmos inseridos no Universo que é finito e tem uma história. Se o
Universo fosse múltiplo e houvesse outros big-bangs, estaríamos, apenas,
medindo o quanto o corpo se afasta do movimento de expansão do "nosso"
big-bang. A cosmologia cria a idéia do absoluto que tem como
consequência, além do exemplo discutido acima, a necessidade de se
definir a energia total do vácuo ou qq parâmetro mínimo de energia uma
vez que, na física, nos preocupamos sempre com diferença de energia
(diferença de entropia, diferença de velocidade...).

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velocidade de Luz
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/12/2000 12:06



Alberto Mesquita Filho wrote:
>
> ----- Original Message -----
> From: "Eduardo Gueron"
> Sent: Thursday, December 12, 2002 9:43 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Velocidade de Luz
>
> Alberto:
> > > > Bem, eu não sou especialista em radiação de fundo
>
> Takata:
> > > a radiacao de fundo deveria apresentar diferencas em seu espectro a meu
> > > ver: o [...] a frequencia da radiacao de fundo deveria variar conforme o
> > > lado para o qual apontamos as nossas antenas, mas o q. se obtem e' um
> > > 'ruido' relativamente homogeneo. Ou nao?
>
> Eduardo:
> > a radiação de fundo é homogênea no sentido de que há pouquíssimas
> > variações no seu espectro nos diferentes locais onde ela foi medida,
> > entretanto podemos medir a direção do movimento de uma galáxia (ou da
> > Terra mesmo) em relação à expansão do universo por meio de sua anisotropia
> > dipolar, i.e., desvios para o vermelho e azul maximizados na direção do
> > movimento.
>
> Olá Eduardo. Faz tempo que não "brigamos". ;-))
>
> Como já disse não entendo do assunto, por isso vou questioná-lo no sentido
> de esclarecer algumas dúvidas. Deixe-me ver se entendi o parágrafo: Isso
> parece querer dizer que o espectro é o mesmo em todas as direções, mas sofre
> desvios conforme a direção em que é observado. E o máximo e mínimo de
> desvios, a caracterizarem essa anisotropia dipolar, estariam num eixo fixo
> em relação às "estrelas fixas". Seria isso? Se for assim, acho fantástico.
>
> > Isto remete à idéia de uma espécie de referência absoluta, podemos
> > encontrar corpos celestes que estariam "parados" em relação à expansão
> > cósmica,...
>
> Se entendi bem, você está levantando uma hipótese do tipo daquelas
> utilizadas em experiências de pensamento, certo? Ou seja, só poderíamos
> checá-la caso estivéssemos realmente nesse hipotético corpo celeste. E esse
> corpo celeste, para uma analogia clássica, mas não obrigatoriamente no seu
> contexto, estaria situado no reino do Léo (referencial absoluto clássico).
> Seria isso?
>
> > ...a radiação medida por um referencial nesse
> > corpo seria totalmente isotrópica (a menos de flutuações). Cuidado para
> > não confundir com referencial absoluto porque a radiação de fundo está
> > espalhada por todo o Universo e portanto não é um sistema de referência.
>
> Tudo bem. Mas nada impede que levantemos novas (ou antigas) conjecturas.
> Obviamente os paradigmas seriam totalmente diferentes, a partir da
> constância da velocidade da luz. O cuidado que acho deva ser tomado seria o
> de não confundir os paradigmas, tentando encaixar a idéia de uma teoria na
> outra teoria. Fora isso acho que podemos conversar, a menos de uma
> transformada do tipo Lorentz, não é mesmo ;-)).
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm

Olá Alberto,

Acabei de postar uma mensagem que talvez esclareça as suas perguntas, o
problema é que não havia visto o seu e-mail por causa do enorme número
de mensagens da lista. Perdoe-me, portanto, não ter respondido às
perguntas diretamente.

Só para ratificar, o fato é que podemos sim criar referenciais ABSOLUTOS
RELATIVOS à expansão do Universo..:P E o que estou levantando não é uma
hipótese teórica mas um fato observado. Claro que tudo isto só faz
sentido se aceitarmos a idéia de que o Universo é único e passou a se
expandir em um determinado tempo (seja por causa de uma explosão como o
Big Bang ou qq outra razão desconhecida) e que a radiação de fundo é
oriunda de uma época em que o Universo foi extremamente quente e,
portanto, é isotrópica. A isotropia da radiação de fundo e a quase
homogênea distribuição de elementos leves (Deutério, Litium, Hélio 3 e
Hélio 4) são as principais evidências experimentais não do Big Bang mas
de uma teoria que diz que o Universo foi muito pequeno e muito quente há
bilhões de anos e se expande desde, no mínimo, então.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/01/2001 10:40



!!!!!!!
>
> Palavras de Newton:
>
> 1) "É inconcebível que a matéria bruta inanimada possa, sem a mediação de
> alguma coisa, que não é material, atuar sobre, e afetar outra matérria sem
> contato mútuo, como deve ser, se a gravitação no sentido de Epicuro for
> essencial e inerente a ela. E esta á uma razão pela qual desejo não me seja
> atribuída a gravidade inata. Que a gravitação seja inata, inerente e
> essencial à matéria, de modo que um corpo possa atuar sobre outro a
> distância, através do vácuo, sem a mediação de mais nenhuma coisa, pela qual
> e através da qual sua ação e sua força fosse transportada de um até outro, é
> para mim absurdo tão grande, que acredito que homem algum que tenha em
> questões filosóficas competente faculdade de pensar, possa cair nele. A
> gravidade deve ser causada por um agente que atua constantemente, de acordo
> com certas leis; mas deixo à consideração de meus leitores se este agente é
> material ou imaterial."
> Isaac Newton
>
> 2) A idéia de interação instantânea a distância entrou na física pela porta
> dos fundos, através de um prefácio, como afirmou James Clerk Maxwell. Ou
> seja, Roger Cotes, o prefaciador da segunda edição dos Principia, teria
> sido, segundo Maxwell, "o primeiro dentre os hereges criados no seio do
> newtonianismo" [HARMAN, P.M (1998).: The Natural Philosophy of James Clerk
> Maxwell, Cambridge University Press, UK, pp. 171-2.]. A principal heresia
> atribuída a Cotes foi ter interpretado a gravitação como algo a exercer uma
> interação instantânea a distância e não mediada por nada, a caracterizar o
> que Maxwell chamou dogma de Cotes [MAXWELL, J.C. (1873): A Treatise on
> Electricity & Magnetism (Vol.2), Dover Publ, Inc., New York, 1954, Chapter
> XXIII - Theories of action at a distance, p. 492].
>
> Pergunto: Porque insistem tanto nessa mentira deslavada? Conheço mais de 10
> doutores que acreditam piamente nesse absurdo e jamais leram Newton nem
> Maxwell. Na década de 90 cursei física no ifusp e notei que quase todos os
> professores repetiam esse absurdo e não ficavam vermelhos. E na literatura
> já flagrei mais CENTENAS de vezes esse ERRO CRASSO da comunidade científica.
> Porque? Porque? Porque? Porque? Porque? Porque? Não é necessário responder,
> eu só queria perguntar. ;-))
>

Oi,

respondo, porque a grande maioria dos físicos não se interessa pela
história da física ou mesmo pelos físicos (salvo algumas idolatrias).
Estão interessados, em geral, no que ficou, o que é operacional. Isso,
em alguns casos, é inofensivo como, por exemplo, a relatividade de
Galileu, conceito que vem de uma extensão para o passado do princípio de
relatividade de Einstein (que na realidade é de Poincaré). Às vezes, é
propositadamente esquecida a motivação de uma idéia, como a Lei de De
Broglie, deduzida por ele a partir de uma onda taquiônica que os físicos
preferiram esquecer para ficar apenas com as relações entre momento e
frequência (nesse caso até que fizeram bem). Enfim, pode ser muito útil
este esquecimento do ponto de vista operacional, no caso da gravitação
de Newton o que acaba interessando é que a alteração do campo
gravitacional pode ser calculada instantaneamente apesar do próprio
discordar disso. Os doutores do ifusp citados podem até ser excelentes
físicos mas, provavelmente, nada conhecem de sua história.

A grande tragédia é que os físicos com a característica petulância que
possuem (posso falar com tranquilidade porque sou um), resolvem escrever
sobre história da ciência, filosofia da ciência, epistemologia, etc..
sem ter, salvo honrosas exceções, o devido conhecimento. Um exemplo é o
primeiro livro do Marcelo Gleiser (me fugiu o nome agora) em que se
cometem deslizes típicos de um conhecedor superficial. De maneira
equivalente, muitos não físicos pecam ao abusar do termo quântico,
relativístico, magnetismo...


> Quanto ao mais, parabéns aos relativistas, pelo visto conseguiram emplacar
> mais uma vitória. Será que chegarão a comemorar 100 anos de relatividade? A
> contagem regressiva já começou e 2005 está aí.
>

Como estudante de gravitação posso dizer que a relatividade está errada
em algum nível. Resta-nos saber qual... Mas nenhuma teoria física está,
nem jamais estará, completa todavia há algumas, como a física
newtoniana, que serão usadas para sempre já que as suas limitações são
bem compreendidas.

Aproveitando a deixa, posso lhes dizer que a importância da velocidade
da onda gravitacional é simplesmente que garante que a teoria de campo
da relatividade geral é a geometria. Isto porque vc pode obter todos os
resultados da gravitação, inclusive ondas gravitacionais, com várias
teorias de campo (para quem não conhece, algo como as leis de Maxwell)
de spin 2 (apenas uma classificação matemática, esqueçam o spin do
elétron). Dependendo de algumas constantes a serem definidas por essas
teorias, a velocidade de propagação da onda gravitacional seria menor
que -c-. No caso da geometria pseudo-riemanniana, a matemática por trás
da relatividade, é necessária que a velocidade de propagação da onda
seja a da luz para que ela possa ser interpretada como uma distorção no
próprio espaço-tempo, ou seja, uma onda geométrica em essência.


um abraço, Eduardo.



> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
>


SUBJECT: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/01/2001 13:11


>
> > > Como estudante de gravitação posso dizer que a relatividade está errada
> > > em algum nível. Resta-nos saber qual...
> >
> >Uhlalá! Parabéns pela brilhante conclusão.
>
> Essa do Eduardo eu não entendi. Enquanto ele não disser por que
> acha que a relatividade está errada em algum nível, sua afirmação
> carece de sentido. Que todas as teorias são transitórias, tudo bem,
> mas a relatividade, caso se percebesse um erro manifesto, perderia
> seu status de uma boa teoria vigente.
>
> Por hoje é só.
>
> Abraços,
>
> Guilherme
>
Para dizer que a relatividade geral está errada em algum aspecto poderia
usar o teorema de Gödel, falar um pouco da história da ciência ou
complicar um pouco citando o problema da termodinâmica dos buracos
negros e a impossibilidade de quantização da gravitação de Einstein.

Acho mais simples, entretanto, falar que o elétron, por exemplo, é
impossível na relatividade. Vc acha inconsistências se considerar o
elétron pontual (infinitos de energia) ou assumir que se trata de um
corpo rígido (propagação infinita de informações, o que é impossível na
relatividade).

Os físicos teóricos têm que ser críticos das teorias que usam em seus
problemas. Só se faz uma boa física teórica se conhecendo suas
limitações e só conhecem as limitações de uma teoria aqueles que a
compreendem profundamente. Em geral, uma teoria matematicamente
consistente como a RG é baseada em postulados e, portanto, se aproxima
de uma lógica axiomática como a aritimética e consequentemente é
incompleta. Conhecendo os postulados, vc sabe as limitações da teoria.
Uma das teoria mais perfeitas que existe é a termodinâmica de Boltzmann
e cia. porque é basicamente empírica, portanto, baseada em experiências,
em fatos, no entanto, precisamos de condições específicas de equilíbrio
para aplicarmos os seus conceitos.

...

Sobre as críticas do Alberto, os mais antigos da lista sabem o quanto
discordo de sua teoria eletromagnética (pelo menos das partes que li) e
das críticas que faz à mecânica quântica ou à RG todavia concordo
plenamente quando se revolta com a ignorância dos físicos que viraram
operadores. Os operadores que não conhecem a teoria, em geral, se
atrapalham nos casos mais sutis ou de fronteira e a graça da pesquisa
está justamente nesses exemplos, o resto é engenharia (que pode ser
muito interessante e complexa). Além disso, um físico é um cientista (no
Brasil geralmente é professor Universitário) e deve ser um pensador,
abdicar desse papel tão bem executado por cientistas como Mário
Schemberg é lastimável.

...

Aproveitando a mensagem, respondo ao Alberto sobre a crítica que faz a
matematização da teoria. Toda teoria física consistente é matemática mas
no caso particular da Relatividade Geral, a geometria tem um caráter
muito peculiar porque ela permite interpretação direta de seus
conceitos. O fato de a onda gravitacional se propagar com a velocidade
da luz garante a beleza da teoria de Einstein porque corrobora a idéia
de que a gravidade deforma o espaço e variações temporais do campo
gravitacional se propagam como ondas de deformação do espaço-tempo
trazendo-nos a imagem de uma onda mecânica.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/01/2001 11:26



Guilherme Peixoto wrote:
ate: Mon, 08 Jan 2001 13:11:51 -0200
> >
> >Para dizer que a relatividade geral está errada em algum aspecto poderia
> >usar o teorema de Gödel, falar um pouco da história da ciência ou
> >complicar um pouco citando o problema da termodinâmica dos buracos
> >negros e a impossibilidade de quantização da gravitação de Einstein.
>
> Então eu falo. Dizer que a relatividade geral está errada nesse
> nível é uma afirmação vazia e a razão é simples: nesse nível,
> qualquer teoria física (de interação) está errada. No caso da
> termodinâmica dos buracos negros, ou do problema da gravitação
> quântica, não existe erro na acepção científica moderna. A gravitação
> é entendida como uma teoria efetiva, válida no seu domínio
> característico. Qualquer físico teórico sabe que a gravitação
> não é uma teoria fundamental. E a teoria mesma prevê situações
> limite, como a singularidade, relacionada ao problema que você
> mencionou com o elétron. Isso não significa que a teoria esteja
> errada, mas apenas que em certas condições críticas de curvatura
> e energia, a relatividade não é mais a teoria adequada à descrição.
>
> Abraços,
>
> Guilherme
>
Oi Guilherme,

talvez vc esteja sendo um pouco rigoroso ou não entendeu a minha ironia
ao usar
o termo "errada" mas tudo bem, posso usar "inadequada". Assim como a
mecânica newtoniana
não está errada mas é inadequada a determinadas situações o que vale
para todas as teorias
decentes que conheço, poderia dizer que todas estão "erradas" sob certas
circunstâncias.

Permita-me, apenas, discordar do caso do elétron. Os problemas de
singularidades são, de fato,
previstos pela relatividade mas, geralmente, estas estão cobertas por
algum tipo de horizonte
(o problema de singularidades nuas ainda está em aberto mas há
conjecturas a respeito). Outro exemplo de
paradoxo da teoria seria a hipótese matemática de se voltar no tempo em
soluções
como buracos negros que giram ou carregados mas que são impossíveis
quando olhamos a situação com mais cuidado
(como análises de estabilidade) estes casos mostram a consistência da
teoria. Todos esse possíveis paradoxos associados
a limites de curvatura ou problemas de geodésica são contornáveis (às
vezes não mui facilmente) dentro da própria
teoria, no entanto, o problema da partícula não é visto que não se trata
de um limite de curvatura mas a possível
existência de uma entidade mínima. O limite de energia aconteceria se
tivéssemos a partícula como um ponto mas o bom
senso nos faz crer que pontos materiais não existem, e mais, aspectos
como o seu comportamento ondulatório tornam
impossíveis as análises, por exemplo, do campo gravitacional gerado por
um elétron a la RG. Se vc conhece bem RG deve
conhecer a solução de Reisner-Nodstron acerca de estrelas esfericamente
simétricas e carregadas, pois bem, imagine
que tal estrela fosse apenas um conjunto com algumas partículas
carregadas, como fazer para levar em conta simultaneamente
a gravitação de Einstein e a eletrodinâmica quântica?

Em princípio poderíamos estender, matematicamente, a relatividade geral
a fim de chegarmos no nível das parículas subatômicas e preservarmos
a estrutura matemática associada a RG (covariância, grupo de Lorentz,
etc...) mas aí eu diria que não estaríamos mais usando a relatividade
geral...

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Lula testa acupuntura contra a bursite
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/01/2001 02:59



silvio cordeiro wrote:
>
> Ô Adriano:.
>
> A bursite do lula é conseqüencia do de trabalho pesado nos últimos vinte
> anos de aposentado: trabalho que lhe deu dois apartamentos, um bom saldo
> bancário (vide declar. ao TRE), sitio, filhos estudando no exterior, coisas
> das mais simples pra um torneiro que perdeu o dedinho.
>
> Ele vai utilizar essa mesma acupuntura pra matar a fome de 50 milhoes de
> brasileiros, três vezes ao dia. E mostrar pros 175 milhoes de brasileiros
> que pra ter êxito na vida não precisa de estudo, não presisa de trabalho
> (embora uns cursinhos de guerrilha em cuba sejam apreciados) : basta bons
> conchavos, negociar com as velhas raposas às quais antes jogava pedras.
> E mentir para o povo. Mentir como no caso da compra dos aviões pra FAB: pura
> demagogia e mais que isso a forra dos discípulos de fidel que pupulam em seu
> ministério.
>
> sds.,
>
> silvio.
>
>
Caro Sílvio,

não havia respondido antes porque não tinha percebido que membro da
ciencialist fora o responsável por tamanha asneira preconceituosa.

Não vou argumentar nada, nem quero te convencer de nada porque pessoas
que ainda hoje insistem em atacar o Lula desta maneira devem se sentir
um pouco ameaçada e gostam de aparecer requentando tática eleitoral da
campanha do Collor. Será que vão colocar uns sem teto na sua casa? Será
que os radicais do PT vão pedir para confiscar seu rico dinherinho? Fará
o Lula uma revolução bolchevique na América do Sul? Rapaz, vá estudar um
pouco de história, ler jornal, passear pela periferia, pelo sertão
nordestino e depois convide o atual presidente para discutir um pouco
sobre economia, história ou política e veja se sua formação é melhor que
a dele.

Aos participantes da lista e ao moderador peço desculpas por insistir no
assunto apesar dos pedidos mas não resisti a comentar sobre tamanha
babaquice.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Lula testa acupuntura contra a bursite
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/01/2001 12:39



Manuel Bulcão wrote:
>
> Oi Eduardo,
>
> Manuel: Quanto ao resto, após ser demitido, Lula passou a receber do
> Partido dos Trabalhadores uma renda mensal. Para que se dedicasse
> integralmente ao Partido. Aliás, isso é prática corrente em todos os
> partidos de esquerda do mundo, sejam eles socialistas, social-
> democratas ou comunistas: líderes operários que, por algum motivo,
> foram demitidos ou alijados do sindicato da categoria, passam a ser
> sustentados pelas centrais sindicais ou pelos partidos políticos aos
> quais são filiados. E qual o problema disso?
>
> Eduardo: O COLLOR TAMBEM RECEBEU DO PARTIDO DELE, AS SOBRAS DE
> CAMPANHA.
>
> Manuel: Sinceramente não dá para comparar um político capitalista de
> um outro de origem operária. Um capitalista sempre terá uma renda,
> mesmo não participando da gerência da sua empresa (seja Ltda. ou
> S.A.). Quanto a um líder operário, ao perder o emprego, fodeu-se: vai
> viver eternamente à custa da família, dos amigos, do sindicato ou do
> partido. Francamente, não há termos de comparação.
>
> Um deputado capitalista pode até fazer proselitismo, afetar
> altruísmo, dizer que está a serviço da Nação, mas sem receber nada em
> troca, nenhum provento, nenhuma contrapartida monetária. Só que, no
> Parlamento, ele vai defender os interesses da cambada detentora de
> currais eleitorais que o elegeu e o continuará elegendo.
>
> Por isso, paralelamente ao sufrágio universal, o movimento operário
> defendeu que os representantes eleitos deveriam perceber do Estado um
> subsídio, uma ajuda de custo, sem o qual eles não se sustentariam,
> nem teriam autonomia.
>
> Mesmo quando o Parlamento é próximo da fábrica em que o operário-
> deputado trabalha (o que só é possível em países minúsculos), não se
> justifica que ele dê dois expedientes: primeiro na fábrica e depois
> na assembléia. Ao contrário dele, outros terão tempo livre para se
> dedicar integralmente a suas atividade parlamentar, porque vivem de
> renda, ou porque são sustentados por terceiros interessados.
>
> Eduardo: EH DINHEIRO DA MESMA NATUREZA, AO MENOS EM PARTE, DESSE QUE
> AGORA PAGA AVIAO PRO CABELEIREIRO DA MULÉ DO LULA IR A BRASILIA
> PENTEAR O CABELO DELA, COM CARRO CHAPA BRANCA ESPERANDO NO AEROPORTO.
> ISSO PEGA MAL SIM.
>
> Manuel: Rapaz, tu tá é com FRESCURA.
>
> Manuel Bulcão
>
Oi Manuel,

Com que Eduardo vc está falando? Se for comigo, vc está confundindo, eu
não mandei a mensagem a que se refere e muito pelo contrário...

Se for com outro (aqui na minha caixa de mensagens não consta outro
Eduardo da ciencialist) desculpem a nossa falha...

Para não desperdiçar a mensagem, farei um comentário sobre acunpuntura a
despeito de partidos políticos (saibam desde já que votei no Lula nas
últimas 4 eleições apesar de, diferentemente dele, não acreditar em Deus
e não torcer para o Corinthians...). Sou cético e não creio em
acumpuntura como a cura para bursite, entretanto, não se pode negar o
alívio que ela proporciona a dor assim como massagens relaxantes, que
não se propoem a ser remédios, o fazem. O tratamento indicado pelo
médico do presidente é acumpuntura e anti-inflamatórios a fim de se
evitar a cirurgia, sou leigo no assunto mas creio que o papel da técnica
oriental é o de aliviar a dor e relaxamento muscular.

Outra coisa, muito se falou sobre efeito placebo da acumpuntura, me
perdoem mas acho que não é o caso até porque não consigo vislumbrar um
possível teste da eficácia do tratamento. Talvez enfiar umas agulhas
aleatoriamente e depois comparar o resultado com a acumpuntura...não,
acho meio complicado...


um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Pergunta
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/01/2001 16:45



Ligia Amorese wrote:
>
> --- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> escreveu
> > Apreciaria comentário, inserções e deleções, antes de enviar
> a 'resposta final'.
> > Carroças de agradecimentos,
> > []'
> > Léo
> > ============================
>
> ---> No começo - acreditam eles - o "Universo de então" estava
> densamente cheio de
> partículas de matéria, bem como de gigantescas nuvens de gás, em sua
> maior
> parte hidrogênio. Em certo ponto, na mistura violenta destes
> elementos (e isso
> responde em parte sua pergunta), uma grande explosão esfuziou através
> do
> Universo - e foi este cataclísmico acontecimento que formou as
> estrelas, os
> sistemas planetários e os agrupamentos de galáxias - fazendo com que
> tudo isso
> voasse pelos espaços 'infinitos' e vazios, deslocando-se com tremendas
> velocidades. <---
>
> Bem, de acordo com a teoria do Big-Bang vigente, não havia átomos,
> nem gases, nem espaço, nem tempo e não houve explosão mas uma espécie
> de "lancamento", uma espécie de alívio de pressão, ou coisa
> parecida... Vai confundir a cabeça do garoto com essa explicação
> acima e depois ele vai ler alguma coisa falando em "singularidade" e
> vai achar que você falou alguma coisa errada. O estado inicial do
> Universo, de acordo com a teoria do BB é o da "singularidade", coisa
> como um buraco-negro gigante que lançou a proto-matéria para todo
> lado. O Geraldo falou alguma coisa a respeito disso. Se quiser
> referências, olhe esse site:
>
> http://astro.if.ufrgs.br/univ/univ.htm#bigbang
> "A teoria do Big Bang leva em conta que se as galáxias estão se
> afastando umas das outras, como observado por Edwin Hubble em 1929,
> então no passado elas deveriam estar cada vez mais próximas, e num
> passado remoto, 10 a 15 bilhões de anos atrás, deveriam estar todas
> num mesmo ponto, muito quente, uma singularidade espaço-tempo, que se
> expandiu no Big Bang. O Big Bang, ou Grande Explosão, criou não
> somente a matéria e a radiação, mas também o próprio espaço e o
> tempo. Este é o início do Universo que podemos conhecer".
>
> --->Milhões de anos se passaram; e os agrupamentos de galáxias, com os
> seus bilhões de estrelas, continuaram a mover-se para longe uns dos
> outros,
> criando áreas de espaço vazio cada vez maiores. Esta separação dos
> agrupamentos
> de galáxias ainda se encontra em processo; e, simultaneamente, as
> estrelas
> estão dissipando as suas energias (você enxerga algum motivo para esse
> frenamento das galáxias?).<---
>
> E as galáxias, de acordo com as pesquisas mais recentes efetuadas
> pelo telescópio Hubble, formaram-se em pequenos blocos de gases que
> foram sendo engolidos uns pelos outros até que galáxias como as
> conhecemos, espiraladas, começaram a apresentar um núcleo orbitando
> buracos negros hiper-maciços.
>
> Beijos, Lígia
>

Oi,

vou me meter um pouco na discussão...

Se eu fosse responder ao citado rapaz, procuraria separar, na teoria do
Big Bang, ou, mais generalizadamente, na cosmologia, o que é certo,
medido do que é extrapolação e do que é especulação. Sobre o afastamento
de galáxias e tal, não tenho nada a acrescentar ao que já foi dito.
Sobre a expansão em si, hoje o que é mais aceito na comunidade de
físicos é a idéia de que o Universo se expandirá para sempre e não a que
diz que pulsa mas não há certeza em nada. O Big-Bang em si é uma
extrapolação, é quase consenso que o Universo se expande, que esfria e
que foi muito quente no passado e a principal razão disso é a
distribuição de elementos leves (Deutério, Litium, He3 e He4) o que é
medido e portanto é um fato observado além da radiação cósmica de fundo.
Os citados átomos só poderiam ter surgido em um ambiente muito
energético para que houvesse a fusão nuclear, ou seja, em um Universo
muito quente já que a quantidade de estrelas é insuficiente para gerar a
distrubuição observada. Bem, o Universo se expande, não se conhece força
repulsiva que predomine, portanto deve ter havido uma velocidade inicial
que o fizesse expandir, daí se pensa na idéia de uma explosão. Não se
observa, entretanto, nada anterior à época em que a reação
partícula+antipartícula->fóton se tornou irreversível (porque o caminho
livre médio de um fóton era muito pequeno e portanto o universo era
opaco, hoje é transparente). O Big-Bang, portanto, é extrapolação. A
idéia que o tempo surgiu com o Big-Bang ou que o Universo não tem
sentido antes é mera especulação, baseada em muita conta, raciocínio
lógico mas não passa de especulação. Acho interessante dizer isso para o
rapaz que lhe perguntou para que saiba que a teoria do Big-Bang é
composta de muita observação que dá pouquíssima margem de manobra (da
síntese de elementos leves, muito pouco tempo após a hipotética
explosão, até os dias de hoje não se pode mexer em quaqse nada da
teoria) mas, pela ausência de observação, pode-se dizer muito sobre o
que acontecerá daqui a alguns bilhões de anos. Enfim, olhando para o
passado, há 20 bilhões de anos razoavelmente bem descritos pela física
na evolução do Universo mas há alguns segundinhos...

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre acupuntura e efeito nocebo
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/01/2002 11:12

Ralador, Manoel et alii:

O efeito placebo é bastante usado com ótimos resultados na medicina
tradicional principalmente nos casos de geriatria ou amores mal
encaminhados, quando um carinho, um afago são substituidos por uma cápsula
3x/dia.

silvio, o piaga.

----- Original Message -----
From: <rhalah_rikota@ig.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, January 17, 2003 4:16 AM
Subject: Re: [ciencialist] Sobre acupuntura e efeito nocebo


> Olá, Manuel e demais ciencialisteiros!
>
> Date sent: Thu, 16 Jan 2003 02:59:07 +0000
> From: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
> Subject: [ciencialist] Sobre acupuntura e efeito nocebo
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Send reply to: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>
> >
> > E por que, em vez de repudiar o efeito placebo, não se estuda esse
> > fenômeno com o intuito de criar uma técnica que o torne mais
> > eficiente?
> >
> > Abraços,
> > Manuel Bulcão
> >
>
> Puxa! Mais alguém com uma idéia semelhante a minha!
> Já há algum tempo venho pensando nisso, após uma discussão a
> respeito da homeopatia, na qual minha psicóloga (com tendências
> místicas) fez a velha proposição: placebo ou não, se cura não é bom?
> Durante um bom tempo, ficou como único "porém" contra a sugestão
> da psicóloga o pensamento de que seria melhor não se acomodar pelo
> efeito placebo, mas usar meios melhores para cura (resultados
> melhores). Depois é que me veio a idéia de se estudar o próprio
> efeito placebo, de modo a entender melhor seu mecanismo de ação e,
> quem sabe, poder usá-lo conscientemente.
> Em tempo, nunca repudiei o efeito placebo, mas o significado que
> este tem com relação à proposição testada (funcionamento de drogras,
> tratamentos, etc).
>
> []'s ...and justice for all.
>
> Ricardo Gentil de Araújo Pereira
> e-mail 1: rhalah_rikota@ig.com.br (preferencial)
> e-mail 2: rhalah@yahoo.com
> ICQ: 13306676
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Lula testa acupuntura contra a bursite
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/01/2002 11:33

Luiz.....

Ocê entrou em terreno minado.... otrodia alguém do grupo tocou no assunto
lula, respondi, o moderador bronqueou.
cuidado com a cacunda.....
Mandei uma carta pro lula sugerindo os florais de Bar, a base de pinga, o
que ele sempre usava quando operário....
Esses neo-deuses, quando eram pedra, gritavam impropérios. Agora, vidraças,
são intocáveis, alfenins, qualquer referência e lá vem o rótulo: preconceito
contra um pobre anarfa....
sds.,
silvio, o mantroterapeuta.

----- Original Message -----
From: "Luiz Eduardo Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, January 18, 2003 10:08 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Lula testa acupuntura contra a bursite


At 11:54 04/01/80 -0200, you wrote:
>Quanto ao resto, após ser
>demitido, Lula passou a receber do Partido dos Trabalhadores uma
>renda mensal. Para que se dedicasse integralmente ao Partido. Aliás,
>isso é prática corrente em todos os partidos de esquerda do mundo,
>sejam eles socialistas, social-democratas ou comunistas: líderes
>operários que, por algum motivo, foram demitidos ou alijados do
>sindicato da categoria, passam a ser sustentados pelas centrais
>sindicais ou pelos partidos políticos aos quais são filiados. E qual
>o problema disso?





O COLLOR TAMBEM RECEBEU DO PARTIDO DELE, AS SOBRAS DE CAMPANHA.

EH DINHEIRO DA MESMA NATUREZA, AO MENOS EM PARTE, DESSE QUE AGORA PAGA
AVIAO PRO CABELEIREIRO DA MULÉ DO LULA IR A BRASILIA PENTEAR O CABELO DELA,
COM CARRO CHAPA BRANCA ESPERANDO NO AEROPORTO.

ISSO PEGA MAL SIM.
AINDA MAIS SE O CARA QUER OPERAR SÓ NO SIMBOLICO...
OU O FOME ZERO NÃO É SÓ UM SIMBOLO?

NAO SE TRATA AQUI DE SER OU DEIXAR DE SER PETISTA.
OU CETICO.
MAS DE TRATAR OS FATOS... PELO METODO CIENTIFICO.
L.E.





SUBJECT: NOVO CÓDIGO CIVIL
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <objetivismobr@yahoogroups.com>, <noosfera@yahoogrupos.com.br>, "Leo Vines" <postmaster@str.com.br>, "Hercilia Rosa" <blue-gardenia@uol.com.br>, GUARDIÃO <GuardiaodaNoite@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, "ágora" <a_gora@yahoogrupos.com.br>, Acrópolis <acropolis@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/01/2002 16:47

NOVO CÓDIGO CIVIL
O download do Novo Código Civil, em arquivo ZIP, já está disponível no
site do Ministéio da Justiça:
http://www.govfacil.com.br/?go=6983



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ainda existe quimica?
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/01/2002 23:38

Deus:

O outro deus, criou os bondes pra que colocassemos nos trilhos, pacotes de
clorato de potássio finamente misturado com enxofre... Todos os aprendizes
de químicos deveriam ter essa primeira lição que incluia corrida de 1.000
metros rasos dos guardas.....

O companheiro Brudna tem toda a razão. Devemos implantar a censura prévia
"tipo assim" a lei da mordaça.

Tou aguardando a resposta que lhe fiz sobre os espermatozóides. Ou não
merece resposta?

Só pra irritar o Drudna: Os crimes mais famosos do mundo: Caim matou Abel,
Fim matou Zan e Esper matou Zóide. - nenhum tá preso. Habeas do Dr.Marco
Aurélio.

bença,

silvio.

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, January 20, 2003 9:22 AM
Subject: Re: [ciencialist] Ainda existe quimica?


-----Mensagem Original-----
De: "Joao de Carvalho" :
>Me parece que a física e a química já foram unificadas em um único
corpo de conhecimento. Ainda existe química? <


De verdade em verdade vos digo; isso não é verdade.
Ninguém (des)unificou a química com a física num único corpo de
conhecimento. O que os físicos fazem é, vez ou outra, quando se trata de
fenômenos baixa energia na periferia da coroa eletrônica, colocarem isso
como notas de rodapé, em seus livros, papers, divulgações etc.
Alguém colecionou essas 'notas' e as publicou sob novo título: química. Esse
'novo' ramo, em particular, foi muito usado por Houdini (e outros) quando
queria misturar duas coisas transparentes e 'transformar' milagrosamente em
algo azul ou vermelho.
Ainda hoje são vendidos 'kits' para os escolares fazerem suas mágicas para
os colegas de aula; consta de vários e fálicos tubos de ensaio e vidrinhos
contendo líquidos com nomes que lembram as homeopadrinhos. Imaginem só:
'cloreto de sódio', 'padrinhosulfato de cálcio', 'permanganato de potássio'
etc.
Ou seja, ou o Brudna envia um solene protesto contra essa poluição
anti-científica no ciencialist (lula, psicos, freuderico etc. ou terá que
ler amiúde uma descrição altamente divina sobre química.

[]'
deus
{Bendito os pobres de espírito, pois deles será o reino do léo}




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SUBJECT: [ciencialist] OFF-TOPIC Re: Velharias
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 01:05

CAPITULAÇÃO

Às vezes sabedoria é reconhecer derrota. Declaro minha rendição
incondicional diante das potências matusalênicas que dominam este grupo.
Vejam se dá para competir:

>SILVIO: já que é pra apelar: os filmes que passavam em minha terra
(Itabirito) era segmentados (só havia u ´a máquina), nos intervalos o
pessoal conversava e comia pinhão cozido (o chão ficava uma
festa...)antes do filme começar tocava sirene pra chamar o povo...não
havia filas.... as pessoas "gradas" tinham preferência na compra dos
bilhetes!!! o primeiro filme contínuo foi "Grande Hotel".mata essa!!! -
Lí o "O Tico-Tico" e vi as séries do Flash Gordon no planeta Mong.<

Sílvio, já assisti a muitos seriados no cinema. No Cine Brasil, em
Valinhos. Não chegávamos ao requinte do pinhão cozido. No máximo, um
drops Dulcora de anis e a mão no joelho de alguma menina. Troquei muito
gibi na porta. De vez em quando aparecia um Carlos Zéfiro. Valia uns
quatro Superman e uns três Fantasmas. Sou mais velho do que a minha data
de nascimento: costumava ler o Tico-Tico (uma de minhas tias tinha a
coleção completa) e assisti o Flash Gordon. Correção: o planeta era
"Mongo".


>Léo: Quando vcs chegarem nos matinés com Nioka, A deusa de Joba, Clide
Beati, Supermam (com uma roupa cheia de rugas). Levava para o matiné 300
reis (era uma moeda com uma locomotiva estampada) e dava para a entrada,
comprar as balas de chocolate e comprar (e trocar) os gibís na porta.
Ainda tenho aqui comigo o "Homem Bala, Príncipe Submarino (Namor e
Namora), Cavaleiro Negro, Íbis (o do triângulo), Flecha Ligeira, Durango
Kid, Spirit ... e mais duas caixas cheias até a tampa!<

Se o Silvio já era páreo duro, esse aí não dá para encarar. Desisto
antes que ele peça reforço para o Alberto, porque ele vem de Tom Mix e
Buffalo Bill. Eu teria que ressuscitar a minha mãe, que assistia a tudo,
de Esther Williams a Clark Gable.

Esse pessoal mais jovem da lista vai ter nostalgia do quê, quando
chegarem à nossa idade? Cartas para a redação.

Um abraço,
Colucci

PS: Essas caixas de gibi do Léo devem valer uma grana. Cavaleiro Negro!
Spirit!





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Choro de criança (p/ Alberto)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 07:25

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese"
Sent: Monday, November 25, 2002 11:04 PM
Subject: [ciencialist] Re: Choro de criança (p/ Alberto)

> Ou eu sou uma ignorante de carteirinha ou
> o texto que reproduzo abaixo tem algum significado... pelo menos
> para mim.

Olá Lígia

Sem dúvida alguma, o texto apresentado em sua msg tem significado, pelo
menos para mim também. Tirando a não-neutralidade política do autor, a se
justificar no próprio texto (logo de início) pela conceituação do que seria
individualidade (combinação singular de fatores que faz de cada ser humano
um exemplar único e insubstituível), quase tudo o que ele diz faz sentido.
Aliás, sobre o individualismo e o socialismo, sem pretender atacar
diretamente esta ou aquela corrente política-partidária, cheguei a escrever
algo bastante relacionado (in AMF, "A revolução que está a termo",
Integração II(4):4-5,1996):

"A bem da verdade, liberalismo e socialismo, incluindo-se neste
último a pretensa filosofia da práxis, são doutrinas virgens, posto
que jamais saíram do papel. E não há como contestar qualquer visão
positivista que por ventura venha a ignorá-las, tendo em vista que
jamais foram testadas --a não ser denunciando a miopia científica de
tais visionários. O que se nos aparenta como verdade é que na prática as
teorias testadas foram outras, e isto se deveu a falhas das teorias
originais, que desprezaram a identidade entre observadores e observados,
bem como a distinção sinérgica entre antagônicos complementares como
conteúdo e continente, indivíduo e sociedade.

Por outro lado, e a despeito das brincadeiras que fiz na mensagem 19541,
referindo-me a *um* dos textos desse autor, que considerei um tanto quanto
radical, lembro-me de um posicionamento que defendi recentemente, em um dos
debates que travei com o Lúcio na noosfera (msg 396), com respeito à leitura
padronizada que a sociedade quer nos impingir:

"Se vocês adotarem o lema paternalista irão ler esses artigos se, e
somente se, receberem o aval de seus mestres, não é verdade? Mas é essa
a função da escola? Afastar-nos da obtenção do senso crítico e da
maioridade científica, como teria sido referido por Kant em sua postura
crítica à sociedade?"

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: Choro de criança (p/ Alberto)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 09:03

--- Em ciencialist@y..., "Ligia Amorese" <ligia5555@y...> escreveu
> Hum... sabe de uma coisa? Ou eu sou uma ignorante de carteirinha
> ou o texto que reproduzo abaixo tem algum significado... pelo
> menos para mim.

Esse 'ou' e' de exclusao mutua ou pode ser tipo 'e/ou'?
O fato de um texto de Olavo de Carvalho ter um significado
para uma pessoa em particular nao tira a possibilidade de
ignorancia dessa pessoa em particular. De todo modo fique
tranquila nao a chamo de inhorante.

Incrivel como tta gente boa perde tempo com as filosofadas dele.

> Boa parte da "ciência social" de hoje não é senão o recorte das
> individualidades segundo a medida da mediocridade-padrão.

Solto, assim, ate' parece q. e' verdade.

> A palavra "fanático", aplicada ao fundador do PCI, parecerá
> insultuosa e inaceitável aos que, como bons medíocres, só
> entendem "fanatismo" na acepção vulgar e quantitativa da exaltação
> frenética. O verdadeiro fanatismo, ao contrário, é inteiramente
> compatível com a serenidade do tom e enverga, não raro,
> convincentes sinais de "moderação".

E da'-lhe anti-comunismo.

> O fanático não precisa ser irritadiço, nervoso
> ou hidrófobo. Apenas, ele está tão afinado com a ideologia coletiva
> que ela basta como canal para a expressão de seus sentimentos,
> vivências e aspirações, sem nada sobrar daquele hiato, daquele
> abismo que o homem diferenciado vê abrir-se, com freqüência, entre
> seu mundo interior e o universo em torno. Ele pensa e sente com o
> partido, ama e odeia com o partido, quer com o partido e age com o
> partido.

Com uma definicao tao ampla de fanatico, bem... basicamente *todo*
mundo acaba sendo fanatico. Todos nos estamos mergulhado em uma
cultura -- precisa haver ai' um melhor entendimento do q. ele esta'
chamando de coletivo, mas como pode se considerar um comunista como
membro de uma coletividade, bem, entao capitalistas, cristaos,
esotericos, astromantes, cientistas, artistas e outras "tipicidades
gerais" mal-definidas. (Detalhe, com uma definicao assim, ate' o
proprio Carvalho pode ser considerado um fanatico, mas e' um detalhe
q. obviamente nao interessa salientar qdo se monta *mais* uma peça de
acusacao.) E, em sendo todo mundo roto, nao ha' tto o q. apontar para
o rasgado.


> políticas: tornou-se o fator estruturante e a essência vivificadora
> da personalidade mesma, que sem ela tombaria como um saco vazio. A
> função nomeante e definidora, antes reservada às famílias, às
> profissões e às regiões, cabe agora ao partido.

O q. se quer dizer como 'fator estruturante', 'essencia
vivificadora', 'funcao nomeante e definidora'?

> Ao mesmo tempo; a filiação dá ao fanático uma localização e um
> ponto de apoio no espaço externo: pela ideologia coletiva ele se

O fanatico q. aparecia entre aspas alguns trechos acima, perde as
aspas e a suposta distincao entre o sentido comum de fanatico e o
sentido realcado comeca a se perder. Nao deixa de ser como redefinir
fdp como 'um cara legal' e passar a chamar todo mundo de fiadaputa.

> Jamais deslocado neste mundo, ele
> não aspira a nenhum transmundo senão sob a forma de um futuro
> cronológico a ser realizado neste mesmo plano de existência.

Acho q. Haven's Gate desmonta essa caracterizacao do fanatismo.
Pra nao falar de terroristas suicidas.

> A compressão do infinito no finito não poderia ser mais explícita
> do que no verso do poeta comunista Paul Éluard: "Há outros mundos,
> mas estão neste." Não poderia? Poderia. Gramsci já apregoava "a
> total mundanização do pensamento". O fanático, nesse sentido, é
> desprovido daquela solidão, daquela profundidade, daquela
> tridimensionalidade próprias dos que "estão no mundo, mas não são
> do mundo". Ele, ao contrário, pode "não estar" no mundo, mas, com
> toda a intensidade do seu ser, "é" do mundo.

Tem certeza q. este paragrafo faz sentido pra vc? Pra mim e'
totalmente desprovido de sentido, sao frases q. nao se concatenam,
ha' um lapso entre uma e outra q. so' se preenchermos com as
nossas proprias concepcoes pode ter algum significado -- como ligar
pontos: cada um pode tracar a curva q. quiser para ligar tais pontos.
Acaba sendo mais uma projecao dos proprios pensamentos do leitor do
q. uma introjecao de um algum significado proprio do texto -- o q.
nao surpreende q. cause identificacao das ideias: basicamente as
ideias q. estao sendo confrontadas e' a do leitor contra a do proprio
leitor (mezzo como se reconhecer diante de um espelho). Muitos textos
pretensamente poeticos recorrem a esta tatica, nao digo barata, mas
bastante manjada.

Vc e' ignorante? Nao. Mas caiu em uma armadilha retorica.

(Nao analiso a validade das citacoes q. ele faz. Nao entendo bolhufas
disso.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Res: Analogia p/ Alberto
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 09:49

----- Original Message -----
From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
Sent: Tuesday, November 26, 2002 8:52 AM
Subject: [ciencialist] Res: Analogia p/ Alberto

Discussão prévia:
> De: Alberto Mesquita Filho
> > From: "Lucio Jorge Pina Manfredi"
> > > O Olavo de Carvalho [...] considera as pessoas estúpidas [...] e não
> > > hesita em usar a sua inegável erudição pra mistificar seu público...
> > Ora, se ainda assim ele tem público!... Faz sentido o que ele
> > pensa. ;-)

> Medeiros: Jim Jones também tinha público, Mesquita! ;-)

Olá Medeiros

Quero crer que nem você, a citar Jim Jones, nem o Lúcio, a citar o "titio
Adolf", entenderam minha colocação.

Pregunto:

Ao Lúcio: "Titio Adolf" *chegou a dizer* que considerava as pessoas (que na
visão dele seriam somente os arianos) que o aplaudiam estúpidas?

Ao Medeiros: Jim Jones *chegou a dizer* que seus seguidores eram estúpidos?

Pois bem: O Olavo, a ser verdade o que aqui expuseram (e foi sob esse prisma
que omiti minha opinião, pois como afirmei, não o conhecia), "considera as
pessoas estúpidas" e, não obstante, "não hesita em usar a sua inegável
erudição pra mistificar seu público". Ora, se ele agride abertamente e sem
rodeios um público e ainda assim continua tendo público, esse público parece
concordar ser estúpido (ou então cada um julga que os estúpidos são os
outros, aqueles que estão ao seu lado na platéia -- e esses, a meu ver,
seriam os mais estúpidos). Logo, aceitas as premissas aqui apontadas, "faz
sentido o que ele pensa". Ou não?

Falei em grego? Preciso traduzir mais alguma coisa? ;-))

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Res: Analogia p/ Alberto
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 09:52

> De: Alberto Mesquita Filho

> From: "Lucio Jorge Pina Manfredi"
> > O Olavo de Carvalho [...] considera as pessoas estúpidas [...] e não
> > hesita em usar a sua inegável erudição pra mistificar seu público...
>
> Ora, se ainda assim ele tem público!... Faz sentido o que ele
> pensa. ;-)

Jim Jones também tinha público, Mesquita! ;-)

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: Fundacao Pro-Vida: Quem são? (Era: Choro de criança)
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 10:01

> De: Lucio Jorge Pina Manfredi

> Ah, não sabem quem foi René Guenon? Foi um ocultista
> francês do início do século XX que defendia uma versão
> particularmente perniciosa de fascismo esotérico, segundo
> a qual as pessoas são todas estúpidas e devem se
> submeter à autoridade espiritualmente inspirada dos iniciados.

Bem, não sei se vem ao caso. Outro dia conheci um sujeito que
é membro da Fundação Pró-Vida. Notei logo de cara que ele era
um cara bem arrogante, se achava o ser mais inteligente e humilde
do mundo. Dava sinais de menosprezo a qualquer um que não se
encaixava no 'perfil'. Pela conversa dele a Pró-Vida congrega
'seres iluminados' com o fim de 'guiar a humanidade' ignorante
e tola. Quase que eu disse: "Puxa, posso tocá-lo!?!?".

Alguém conhece o pessoal da Pró-Vida? Eles são assim mesmo ou
esse cara é só um megalomaníaco isolado?

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Res: Analogia p/ Alberto
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 10:13

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> Logo, aceitas as premissas aqui apontadas, "faz
> sentido o que ele pensa". Ou não?

http://epoca.globo.com/chat/anteriores/olavodecarvalho.htm

http://www.olavodecarvalho.org/

http://oglobo.globo.com/oglobo/colunas/olavo.htm

Todo o sentido do mundo. Assim como a teoria de q. os alienigenas
comandam o mundo ou os iluminados.

A unica coisa interessante q. ja' li de Carvalho e' ele se auto-
denominar filosofo pra tirar uma com a cara dos filosofos 'de
verdade'.

Confronte, p.e.:

http://oglobo.globo.com/oglobo/colunas/veriss.htm

http://oglobo.globo.com/oglobo/colunas/gaspari.htm

"Curso Madame Natasha de piano e português

Madame Natasha tem horror a música e às empulhações verbais. Coisas
como chamar Fidel Castro de 'líder cubano' e o falecido general
Francisco Franco de 'ditador espanhol'.

Madame lembra que na segunda metade do século XIX o andar de cima de
Pindorama chamava a escravidão de 'questão servil'. Até hoje tem
gente que chama tortura de 'maus tratos' e é bem-educado dizer que
entre 1964 e 1985 houve no Brasil um 'regime autoritário'. Ditadura,
tinha no Paraguai.

Natasha concedeu mais uma de sua bolsas de estudo a Sérgio Fausto,
assessor da secretaria-executiva do Ministério da Fazenda. Ele
informou que muitos brasileiros 'sofrem de carência alimentar'.

Madame acha que ele podia ter dito 'fome'."

Mas enfim, o q. isso tem a ver com ciencia?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Res: Analogia p/ Alberto
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 10:25

----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, November 26, 2002 9:49 AM
Subject: Re: [ciencialist] Res: Analogia p/ Alberto

>Ao Lúcio: "Titio Adolf" *chegou a dizer* que considerava as pessoas (que na
visão dele seriam somente os arianos) que o aplaudiam estúpidas?

Não, as pessoas que ele considerava estúpidas eram as que *não* o aplaudiam.

>Ao Medeiros: Jim Jones *chegou a dizer* que seus seguidores eram estúpidos?

Não, Jim Jones dizia que os estúpidos eram os que *não* o seguiam.

>Pois bem: O Olavo, a ser verdade o que aqui expuseram (e foi sob esse
prisma
que omiti minha opinião, pois como afirmei, não o conhecia), "considera as
pessoas estúpidas" e, não obstante, "não hesita em usar a sua inegável
erudição pra mistificar seu público". Ora, se ele agride abertamente e sem
rodeios um público e ainda assim continua tendo público, esse público parece
concordar ser estúpido (ou então cada um julga que os estúpidos são os
outros, aqueles que estão ao seu lado na platéia -- e esses, a meu ver,
seriam os mais estúpidos). Logo, aceitas as premissas aqui apontadas, "faz
sentido o que ele pensa". Ou não?

Você não entendeu, Alberto. O Olavo de Carvalho não diz que o *seu* público
é estúpido. Pra ele, estúpidos são os outros, que não concordam com o que
ele diz porque estão cegos por uma venda ideológica. O público dele, pelo
contrário, é formado por pessoas inteligentes - e são inteligentes porque
concordam com ele. Assim, o narcisismo das pessoas que lêem seus artigos ou
freqüentam seus seminários é aliciado e elas se sentem especiais, superiores
à plebe ignara. São iniciados em uma forma superior de sabedoria que lhes
permite desprezar qualquer forma de pensamento divergente. É, no fundo, a
mesma atitude dos admiradores de René Guénon, que considerava os iniciados
como a elite da humanidade.

Abs.
L.



SUBJECT: OFF-TOPIC Re: Velharias
FROM: "Sandro Silva" <anhangah@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 10:37

> De: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
>Esse pessoal mais jovem da lista vai ter nostalgia do quê, quando
>chegarem à nossa idade? Cartas para a redação.


Físicos: Nostalgia de Fritjof Capra...

Biólogos Evolucionistas: Nostalgia de Duane Gish...

Cientistas Sociais: Nostalgia de Alan Sokal...

etc...


>PS: Essas caixas de gibi do Léo devem valer uma grana. Cavaleiro Negro!
>Spirit!


E valem muita grana mesmo! Só depende do estado físico. Tenho alguns amigos
colecionadores de HQ que adorariam avaliar estas 'caixas' do Léo.


Sandro Silva

_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: [ciencialist] RES: Fundacao Pro-Vida: Quem são? (Era: Choro de criança)
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 10:48



Bom Dia!

E eu nem sabia que era esse tal de Olavo de Carvalho. E pude
descobrir uma grande semelhança entre algumas pessoas:

"E eu SEI que sou superior a todos os que
conheço e ainda vou conhecer!"

Esse é um péssimo exemplo de auto-estima frágil como vidro e que é
vendido a preço de banana em livros de auto ajuda.

Atenciosamente:
Lisandro de Souza.




> De: Lucio Jorge Pina Manfredi

> Ah, não sabem quem foi René Guenon? Foi um ocultista
> francês do início do século XX que defendia uma versão
> particularmente perniciosa de fascismo esotérico, segundo
> a qual as pessoas são todas estúpidas e devem se
> submeter à autoridade espiritualmente inspirada dos iniciados.

Bem, não sei se vem ao caso. Outro dia conheci um sujeito que
é membro da Fundação Pró-Vida. Notei logo de cara que ele era
um cara bem arrogante, se achava o ser mais inteligente e humilde
do mundo. Dava sinais de menosprezo a qualquer um que não se
encaixava no 'perfil'. Pela conversa dele a Pró-Vida congrega
'seres iluminados' com o fim de 'guiar a humanidade' ignorante
e tola. Quase que eu disse: "Puxa, posso tocá-lo!?!?".

Alguém conhece o pessoal da Pró-Vida? Eles são assim mesmo ou
esse cara é só um megalomaníaco isolado?

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: Choro de criança (p/ Alberto)
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 10:54

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Ligia Amorese" <ligia5555@y...> escreveu
> > Hum... sabe de uma coisa? Ou eu sou uma ignorante de
carteirinha
> > ou o texto que reproduzo abaixo tem algum significado... pelo
> > menos para mim.
>
> Esse 'ou' e' de exclusao mutua ou pode ser tipo 'e/ou'?
> O fato de um texto de Olavo de Carvalho ter um significado
> para uma pessoa em particular nao tira a possibilidade de
> ignorancia dessa pessoa em particular. De todo modo fique
> tranquila nao a chamo de inhorante.

Lígia: E longe de mim achar que você esteja chamando a mim de
inhorante... apesar do texto me parece bastante significativo... :)


> Incrivel como tta gente boa perde tempo com as filosofadas dele.

Lígia: Eu nem o conhecia... só andei fuçando nos sites a procura do
porquê dele ser considerado uma espécie de "charlatão filosófico".
Acabei dando de cara com um texto que não me pareceu de todo
horripilante.


> > Boa parte da "ciência social" de hoje não é senão o recorte das
> > individualidades segundo a medida da mediocridade-padrão.
>
> Solto, assim, ate' parece q. e' verdade.


Lígia: E não é? Temos a medida da mediocridade-padrão como
referência em quase tudo. Só os gênios se destacam e quase
morrem "sucumbidos" pelas avalanches dos "não pode ser!", "que
absurdo!", frases estas moldadas à imagem e semelhança do que se toma
por padrão de conduta e raciocínio...


> > A palavra "fanático", aplicada ao fundador do PCI, parecerá
> > insultuosa e inaceitável aos que, como bons medíocres, só
> > entendem "fanatismo" na acepção vulgar e quantitativa da
exaltação
> > frenética. O verdadeiro fanatismo, ao contrário, é inteiramente
> > compatível com a serenidade do tom e enverga, não raro,
> > convincentes sinais de "moderação".
>
> E da'-lhe anti-comunismo.


Lígia: Não. O que o autor está demonstrando é que o fanatismo na
maioria das vezes está de acordo com o modo de pensar de uma maioria
e portanto não se sobressai... não destoa nem dá mostras de que seja
fanatismo. Mas que é, é...



> > O fanático não precisa ser irritadiço, nervoso
> > ou hidrófobo. Apenas, ele está tão afinado com a ideologia
coletiva
> > que ela basta como canal para a expressão de seus sentimentos,
> > vivências e aspirações, sem nada sobrar daquele hiato, daquele
> > abismo que o homem diferenciado vê abrir-se, com freqüência,
entre
> > seu mundo interior e o universo em torno. Ele pensa e sente com o
> > partido, ama e odeia com o partido, quer com o partido e age com
o
> > partido.
>
> Com uma definicao tao ampla de fanatico, bem... basicamente *todo*
> mundo acaba sendo fanatico. Todos nos estamos mergulhado em uma
> cultura -- precisa haver ai' um melhor entendimento do q. ele esta'
> chamando de coletivo, mas como pode se considerar um comunista como
> membro de uma coletividade, bem, entao capitalistas, cristaos,
> esotericos, astromantes, cientistas, artistas e outras "tipicidades
> gerais" mal-definidas. (Detalhe, com uma definicao assim, ate' o
> proprio Carvalho pode ser considerado um fanatico, mas e' um
detalhe
> q. obviamente nao interessa salientar qdo se monta *mais* uma peça
de
> acusacao.) E, em sendo todo mundo roto, nao ha' tto o q. apontar
para
> o rasgado.


Lígia: Vamos dizer assim: qualquer um que se volte contra um
sistema acaba sendo encarado como um expurgo mas na realidade ele
está fugindo às normas, portanto, não está de acordo com o fanatismo
dominante... :)



> > políticas: tornou-se o fator estruturante e a essência
vivificadora
> > da personalidade mesma, que sem ela tombaria como um saco vazio.
A
> > função nomeante e definidora, antes reservada às famílias, às
> > profissões e às regiões, cabe agora ao partido.
>
> O q. se quer dizer como 'fator estruturante', 'essencia
> vivificadora', 'funcao nomeante e definidora'?


Lígia: Quer dizer que o cara não defende mais a camisa das próprias
origens mas antes prefere defender o partidoa que se filie, abraçando
sem medo tudo o que este partido defenda como sua própria causa...
uma versão bastante significativa de "boi na boiada"... Por essência
vivificadora entenda-se que o cara vive por uma causa, fator
estruturante, que nada fuja daquilo senão "perde a consistência", e
função nomeante e definidora, como sendo o alfa e o ômega daquele
indivíduo... E isso não se aplica apenas à política. Qualquer causa
arregimentando número de defensores acaba sendo algo semelhante e
sendo defendido da mesma forma pelos "bois", não "boys"... :)



> > Ao mesmo tempo; a filiação dá ao fanático uma localização e um
> > ponto de apoio no espaço externo: pela ideologia coletiva ele se
>
> O fanatico q. aparecia entre aspas alguns trechos acima, perde as
> aspas e a suposta distincao entre o sentido comum de fanatico e o
> sentido realcado comeca a se perder. Nao deixa de ser como
redefinir
> fdp como 'um cara legal' e passar a chamar todo mundo de fiadaputa.


Lígia: Nesse sentido, todo ser humano "filiável" é um fdp disfarçado
de boi... sem a filiação é só um fdp :)


> > Jamais deslocado neste mundo, ele
> > não aspira a nenhum transmundo senão sob a forma de um futuro
> > cronológico a ser realizado neste mesmo plano de existência.
>
> Acho q. Haven's Gate desmonta essa caracterizacao do fanatismo.
> Pra nao falar de terroristas suicidas.


Lígia: Há os cientificistas também, detalhe... ;)


> > A compressão do infinito no finito não poderia ser mais explícita
> > do que no verso do poeta comunista Paul Éluard: "Há outros
mundos,
> > mas estão neste." Não poderia? Poderia. Gramsci já apregoava "a
> > total mundanização do pensamento". O fanático, nesse sentido, é
> > desprovido daquela solidão, daquela profundidade, daquela
> > tridimensionalidade próprias dos que "estão no mundo, mas não são
> > do mundo". Ele, ao contrário, pode "não estar" no mundo, mas, com
> > toda a intensidade do seu ser, "é" do mundo.
>
> Tem certeza q. este paragrafo faz sentido pra vc? Pra mim e'
> totalmente desprovido de sentido, sao frases q. nao se concatenam,
> ha' um lapso entre uma e outra q. so' se preenchermos com as
> nossas proprias concepcoes pode ter algum significado -- como ligar
> pontos: cada um pode tracar a curva q. quiser para ligar tais
pontos.


Lígia: Digamos que o parágrafo acima faz sentido uma vez que define
muito bem o que é um boi de boiada e a forma como tal boi assume as
próprias prerrogativas ( ausência da tal "solidão", da não
imersão ). O fato de ser do mundo, de participar do que o mundo
define como certo/errado, como bom/ruim...


> Acaba sendo mais uma projecao dos proprios pensamentos do leitor do
> q. uma introjecao de um algum significado proprio do texto -- o q.
> nao surpreende q. cause identificacao das ideias: basicamente as
> ideias q. estao sendo confrontadas e' a do leitor contra a do
proprio
> leitor (mezzo como se reconhecer diante de um espelho). Muitos
textos
> pretensamente poeticos recorrem a esta tatica, nao digo barata, mas
> bastante manjada.

Lígia: Paciência, nem todo mundo é brilhante na hora de transmitir
idéias próprias, sempre apelando para referências e coisas tais...



> Vc e' ignorante? Nao. Mas caiu em uma armadilha retorica.

Lígia: Todo mundo que fala para as pessoas aquilo que elas não
querem ouvir é mal visto, entendo... Se isso é saber armar
armadilhas retóricas, bem, eu não sei.


> (Nao analiso a validade das citacoes q. ele faz. Nao entendo
bolhufas
> disso.)


Lígia: Nem eu... :( Mas que o texto fala por si mesmo, fala. :)

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Choro de criança (p/ Alberto)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 11:00

----- Original Message -----
From: Ligia Amorese
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, November 26, 2002 12:04 AM
Subject: [ciencialist] Re: Choro de criança (p/ Alberto)

>Hum... sabe de uma coisa? Ou eu sou uma ignorante de carteirinha ou o
texto que reproduzo abaixo tem algum significado... pelo menos para mim.

Que ele tem algum significado, não se discute. A questão é saber de que
tipo. Um dos artifícios da retórica da persuasão é partir de uma premissa
verdadeira, ou pelo menos verossímil, e aproveitar-se dessa verossimilhança
pra introduzir generalizações não-demonstradas (ou simplesmente falsas).
Vejamos como isso acontece no texto do Olavo de Carvalho:

>Victor Frankl descrevia o fanático por dois traços essenciais: a absorção
da individualidade na ideologia coletiva e o desprezo pela individualidade
alheia. "Individualidade" é a combinação singular de fatores que faz de cada
ser humano um exemplar único e insubstituível. Há individualidades mais e
menos diferenciadas. Quanto mais diferenciadas, menos podem ser reduzidas a
tipicidades gerais e mais requerem a intuição compreensiva da sua fórmula
pessoal. Isto se observa, mais nitidamente, na obra dos grandes artistas e
filósofos, para não falar dos santos e profetas.

Essa é a premissa razoável que ele toma como ponto de partida. Agora,
observe como, a partir dessa premissa, ele passa a uma generalização sobre
as ciências sociais:

>É só de maneira parcial e deficiente que a personalidade criadora se
enquadra em categorias gerais como "estilo de época", "ideologia de classe",
etc., que os cientistas sociais inventaram para falar de médias humanas
indistintas, mas que o estudioso medíocre insiste em aplicar como
camisas-de-força a tudo o que vá além da média.

A primeira parte da frase ("é só de maneira parcial e deficiente que a
personalidade criadora se enquadra em categorias gerais") ainda faz parte da
premissa, embora o qualificativo "deficiente" já prepare o terreno para o
que está pra vir. Mas a segunda ("que os cientistas sociais inventaram
etc.") já parte pra uma generalização imprecisa. Toda ciência, humana ou
exata, necessariamente trabalha a partir de categorias gerais, e essas
categorias, por definição, abstraem as características individuais dos
objetos. O conceito de átomo não descreve cada átomo individualmente, mas
apenas o que todos os átomos têm em comum. A mesma coisa para a noção de
organismo em biologia: todo organismo, tomado individualmente, é uma
"combinação singular de fatores que faz de cada" organismo "um exemplar
único e insubstituível", mas isso não impede que os biólogos trabalhem com o
conceito de "organismo" como uma categoria geral. Essas categorias gerais
são *sempre* construídas (portanto, num certo sentido, inventadas), mas
ninguém pensaria em acusar os biólogos e físicos de usarem esses conceitos
como camisas-de-força. É simplesmente uma condição *sine qua non* da ciência
e, de fato, do pensamento em geral: você vai notar que o próprio Olavo de
Carvalho começou seu artigo apelando pra uma categoria geral, a saber,
"individualidade".

É claro que o autor sempre pode tirar o dele da reta alegando que não estava
criticando as ciências sociais em geral, mas apenas "o estudioso medíocre".
Mas, em qualquer disciplina (e as ciências humanas não são uma exceção), não
é o estudioso medíocre que faz ciência, e uma ciência deve ser julgada pelas
suas melhores realizações, não pelas mais medíocres. Se quisermos avaliar a
importância da física, é Galileu, Newton, Bohr e Einstein que devemos tomar
como parâmetro, não os criadores da fusão a frio. Da mesma forma, a ciência
social deve ser avaliada por nomes como Weber, Durkheim, Lévi-Strauss ou
Clifford Geertz, não pelos autores das dezenas de teses medíocres que
anualmente são apresentadas nas universidades só pra justificar o mestrado.

De qualquer forma, depois de apoiar uma generalização imprecisa sobre uma
premissa verossímil, Olavo de Carvalho parte para a mistificação pura e
simples:

>Nessa insistência já se manifesta, em forma disfarçada e socialmente
prestigiosa, o fanatismo definido por Frankl. Boa parte da "ciência
social" de hoje não é senão o recorte das individualidades segundo a
medida da mediocridade-padrão.

Aqui, de duas, uma: ou Olavo de Carvalho não faz a menor idéia do que se faz
atualmente em ciências sociais ou sabe que o seu leitor não faz e se
aproveita disso pra vender uma imagem da ciência social que não tem a menor
correspondência com a realidade, pelo menos no Brasil. Os estudos sociais
contemporâneos são influenciados predominantemente por três pensadores:
Deleuze, Foucault e Derrida. Acontece que um dos conceitos centrais da obra
de Deleuze, boa parte da qual elaborada junto com Félix Guattari, é o
conceito de *singularidade* (que engloba a individualidade mencionada por
Olavo de Carvalho, mas vai ainda mais além, porque não se limita às
características individuais do sujeito, mas abrange toda a vida do
indivíduo, tomada como uma seqüência de acontecimentos únicos, irrepetíveis
e não-generalizáveis). Os estudos históricos de Foucault, por sua vez, como
_História da Loucura_ e _História da Sexualidade_, tratam justamente de
mostrar como a sociedade constrói um modelo de normalidade a que cada
indivíduo é obrigado a se conformar, e o objetivo desses estudos é resgatar
exatamente os comportamentos e vivências que não se enquadram nesse "recorte
das individualidades segundo a medida da mediocridade-padrão". Quanto a
Derrida, toda sua reflexão sobre o outro e a alteridade cola-se ao axioma
dos nominalistas medievais: *sola singularia existunt*, só existem
indivíduos singulares, e qualquer tentativa de classificar, categorizar ou
conceitualizar o outro perde de vista o que ele tem de mais importante, sua
alteridade radical. Eu poderia continuar citando nome após nome, mas creio
que esses três exemplos já são suficientes pra mostrar que a tal "ciência
social de hoje", que "não é senão o recorte das individualidades segundo a
medida da mediocridade-padrão" só existe na cabeça do Olavo de Carvalho.

>Antonio Gramsci, que limitava o papel dos seres humanos ao de agentes ou
pacientes da luta de classes -- excluindo os incatalogáveis como aberrações
ou como resíduos arqueológicos de etapas anteriores da mesma luta --, foi,
nesse
sentido, um gênio da mediocridade e um codificador-mor do fanatismo.

Não conheço o suficiente do pensamento de Gramsci pra me pronunciar a
respeito. Mas a influência de Gramsci no campo dos estudos sociais, embora
seja inegável, está muito longe de ter a hegemonia que Olavo de Carvalho lhe
atribui. A se fiar apenas nos artigos de Carvalho, as universidades
brasileiras são todas gramscianas até a medula. Ocorre que só recentemente
as obras de Gramsci começaram a ser sistematicamente traduzidas e nos
departamentos de ciências sociais, a influência de Gramsci nem se compara
com a de pensadores não-marxistas, como Max Weber, Durkheim e Malinowski, ou
de pensadores marxistas heterodoxos, como Adorno e Horkheimer (dos quais
basta ler qualquer parágrafo a esmo da _Dialética do Esclarecimento_ pra
perceber que as críticas de Olavo de Carvalho não se aplicam, porque a obra
deles é uma denúncia veemente da massificação na sociedade contemporânea).
Bastante provavelmente, o próprio Olavo de Carvalho deve ter sido gramsciano
em seus tempos de militância esquerdista, daí que, ao repudiar o
esquerdismo, tenha feito de Gramsci sua bête noire favorita, num mecanismo
que qualquer psicanalista é capaz de compreender e pelo qual o amor que
antes devotávamos a alguém se transforma em ódio.

>A palavra "fanático", aplicada ao fundador do PCI, parecerá insultuosa e
inaceitável aos que, como bons medíocres, só
entendem "fanatismo" na acepção vulgar e quantitativa da exaltação
frenética. O verdadeiro fanatismo, ao contrário, é inteiramente compatível
com a serenidade do tom e enverga, não raro, convincentes sinais de
"moderação". O fanático não precisa ser irritadiço, nervoso ou hidrófobo.

Com este ponto, eu sou obrigado a concordar, porque vejo sinais desse
"verdadeiro fanatismo" (que é "inteiramente compatível com a serenidade do
tom e enverga, não raro, convincentes sinais de 'moderação'") nos textos do
próprio Olavo de Carvalho. Segundo uma conhecida definição de Winston
Churchill, um fanático é alguém que não muda de idéia, nem de assunto, e é
só ver a insistência maníaca, obsessiva mesmo, com que Olavo de Carvalho
repisa os mesmos temas, com os mesmos argumentos, semana após semana, pra
ver que a definição de Churchill cai como uma luva.

>Apenas, ele está tão afinado com a ideologia coletiva que ela basta como
canal para a expressão de seus sentimentos,
vivências e aspirações, sem nada sobrar daquele hiato, daquele abismo que o
homem diferenciado vê abrir-se, com freqüência, entre seu mundo interior e o
universo em torno. Ele pensa e sente com o partido, ama e odeia com o
partido, quer com o partido e age com o partido. Tudo o que no seu ser
escape dessa bitola é desimportante ou doente.

Esse é o ponto mais frágil de toda a repetitiva argumentação de Olavo de
Carvalho. Em todos os seus artigos, ele insiste monotonamente em reduzir o
pensamento de esquerda ao marxismo e o marxismo à interpretação
leninista-stalinista sustentada pelo Partido Comunista. Acontece que isso
simplesmente não é verdade. Imagino que, em seus tempos de militante do PC,
Olavo de Carvalho tenha se deixado doutrinar pela cartilha do partido,
segundo a qual o único marxismo verdadeiro é o pregado pelo Partido
Comunista. Só que, quando abandonou o Partido, esqueceu de deixar de lado a
doutrinação. O que chamamos de "esquerda" é formada por uma pluralidade de
correntes e pensamentos que vão desde os anarquistas, seguidores de
Kropotkin e Malatesta (entre outros), e que repudiam vivamente o marxismo em
geral, até pensadores marxistas que foram os primeiros a denunciar o
leninismo-stalinismo como uma distorção e uma perversão do comunismo. As
críticas mais embasadas ao regime stalinista não partiram da direita, que se
limitava a vociferar clichês sobre o totalitarismo, mas de pensadores de
esquerda, como Marcuse ou Hannah Arendt. E foi um anarquista, Guy Debord, o
primeiro a anunciar o colapso da URSS sob o peso de suas próprias
contradições internas, e isso quase vinte anos antes da queda do Muro de
Berlim. E se você apenas folhear a bibliografia da maior parte dos textos
escritos por pensadores de esquerda contemporâneos, vai ver que são *esses*
autores que embasam a esquerda, e não a vulgata do Partido Comunista, que só
os minguados quadros do partido ainda tomam como um evangelho.

(De passagem, relê a frase do Olavo de Carvalho e você vai notar uma
esclarecedora referência ao "homem diferenciado". É a "bela alma" de Hegel,
o sujeito que se julga superior às outras pessoas e que acredita não ter
nada em comum com elas. Lembro aqui um texto zen que diz: "O que é uma
pessoa comum? O que é um sábio? Se diferencias, és uma pessoa comum. Se não
diferencias, és um sábio.")

>Nossa época e nosso país acrescentaram a isso um trejeito grotesco que
assinala a última rendição da alma: o militante enxerta a sigla da
agremiação no seu nome de batismo, tornando-se "Joãozinho do PT",
"Mariazinha do PT". Nem o velho Partidão chegou a tanto. A filiação
partidária já não é a simples aprovação crítica e condicional que a
personalidade autônoma dá a certas idéias políticas: tornou-se o fator
estruturante e a essência vivificadora da personalidade mesma, que sem ela
tombaria como um saco vazio. A função nomeante e definidora, antes reservada
às famílias, às profissões e às regiões, cabe agora ao partido.

E eis que, depois de construir um edifício capenga de generalizações,
imprecisões e erros sobre um alicerce sólido fornecido por Victor Frankl
(que, por tudo que eu conheço de sua obra, jamais endossaria os delírios do
autor), Olavo de Carvalho descamba para o ridículo puro e simples. Os
candidatos de qualquer partido, não apenas o PT, adotam como nomes de
campanha a forma pela qual são mais conhecidos nas comunidades de seus
eleitores. A cada eleição, junto aos nomes de batismo, vemos uma enxurrada
de apelidos, muitos dos quais chegam às raias do ridículo, mas garantem que
a parcela de eleitores nos quais o candidato está interessado serão capazes
de reconhecê-lo imediatamente e guardar na memória. Não existe nenhum
significado psicológico, sociológico ou metafísico maior nesse fato, é
simplesmente uma vicissitude da campanha eleitoral. Além disso, os
"Joãozinho do PT" e as "Mariazinha do PT" não são uma regra geral. Você
jamais vê o Mercadante se referindo a si próprio ou sendo referido pelos
outros como "o Aluísio do PT" ou a deputada Heloísa Helena sair por aí
falando que é "a Heloísa do PT". Generalizar a partir de um fenômeno
isolado, tirando daí conclusões de alcance universal, é um erro primário
contra o qual qualquer bom manual de lógica adverte logo nas primeiras
páginas.

>Ao mesmo tempo; a filiação dá ao fanático uma localização e um ponto de
apoio no espaço externo: pela ideologia coletiva ele se integra tão bem no
mundo, que nunca se sente isolado e estranho senão pelo curto intervalo de
tempo necessário a reconquistar o sentido da sua missão partidária e de seu
lugar na História, jogando fora com desprezo o momento de "morbidez". Jamais
deslocado neste mundo, ele não aspira a nenhum transmundo senão sob a forma
de um futuro
cronológico a ser realizado neste mesmo plano de existência. Nada o arraiga
mais profundamente na temporalidade, no histórico, do que sua rejeição do
presente, contra o qual ele brada: "Um outro mundo é possível", querendo
dizer, precisamente, que se trata deste mesmo mundo, tão logo subjugado pelo
seu partido.

O traço de união entre os diversos pensamentos de esquerda é a crença de que
é possível abolir a exploração do homem pelo homem e substituir a sociedade
atual por uma sociedade sem classes e sem estado. O caminho que conduziria a
essa sociedade utópica varia radicalmente de acordo com cada corrente, e
algumas, como a Escola de Frankfurt, são inclusive céticas ao extremo quanto
à possibilidade de realizar esse ideal na prática. De qualquer forma, com a
exceção dos poucos militantes que ainda permanecem fiéis ao Partido
Comunista, você dificilmente vai encontrar algum esquerdista que acredite
que o caminho pra essa sociedade sem classes passe pela ditadura do
proletariado pregada pelo Partidão.

>Kant, com ironia involuntária, denominava o espírito da Revolução
"sabedoria mundana". A compressão do infinito no finito não poderia ser mais
explícita do que no verso do poeta comunista Paul Éluard: "Há outros mundos,
mas estão neste." Não poderia? Poderia. Gramsci já apregoava "a total
mundanização do pensamento".

O verso de Paul Éluard tem o mesmo sentido que um conhecido epigrama de
Blake que convidava a "contemplar o infinito em um grão de areia". E Blake é
absolutamente insuspeito de qualquer conivência com o comunismo - não só ele
é anterior a Marx, como era um visionário, que recebia visitas do profeta
Isaías e conversava com Ezequiel. ;-) Jesus Cristo também dizia que o reino
de Deus está neste mundo, e não me consta que Cristo fosse filiado ao
Partido Comunista. O zen-budismo, como eu comentei recentemente na noosfera,
é totalmente voltado para a obtenção da iluminação *neste* mundo e também
"não aspira a nenhum transmundo". De qualquer forma, a crença de que existe
literalmente um outro mundo fora deste, em alguma outra dimensão
inacessível, denota uma compreensão superficial do que as religiões e o
esoterismo dizem sobre o assunto: não existe nenhum outro mundo, o que é
descrito como paraíso, nirvana ou qualquer que seja o nome é este mundo
mesmo, quando contemplado sem condicionamentos que distorcem nossa
percepção. Assim, apesar de encher a boca a cada vez que fala sobre a
sabedoria esotérica, no fundo, Olavo de Carvalho não se diferencia do
fundamentalista que acredita piamente que o Céu está em algum lugar
indefinido "lá em cima".

>O fanático, nesse sentido, é desprovido daquela solidão, daquela
profundidade, daquela tridimensionalidade
próprias dos que "estão no mundo, mas não são do mundo". Ele, ao contrário,
pode "não estar" no mundo, mas, com toda a intensidade do seu ser, "é" do
mundo.

A expressão "estar no mundo, mas não pertencer a ele" é uma das divisas do
sufismo. Empregá-la nesse contexto e nessa acepção só ratifica o que eu
acabei de dizer sobre o Olavo de Carvalho. Se você estudar os textos sufis,
vai ver que toda vez que eles se referem a um outro mundo ou a um paraíso
descrito nos moldes árabes, estão empregando essas imagens como metáforas
pra um estado mais elevado de consciência, e não para designar um lugar real
fora deste mundo.

Eis, portanto, Lígia, a que se reduz o significado do texto do Olavo de
Carvalho. Não passa de uma armadilha retórica, como bem disse o Takata. E
uma análise semelhante, linha a linha, mostraria que isso é verdadeiro pra
maioria das coisas que ele escreve.

Bjs.
L.
(que acredita que "há outros mundos, mas estão neste")



SUBJECT: Re: RES: Fundacao Pro-Vida: Quem são? (Era: Choro de criança)
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 11:10

--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
>
>
> Bom Dia!
>
> E eu nem sabia que era esse tal de Olavo de Carvalho. E pude
> descobrir uma grande semelhança entre algumas pessoas:
>
> "E eu SEI que sou superior a todos os que
> conheço e ainda vou conhecer!"
>
> Esse é um péssimo exemplo de auto-estima frágil como vidro e
que é
> vendido a preço de banana em livros de auto ajuda.
>
> Atenciosamente:
> Lisandro de Souza.


Rapaz, você me surpreeende... temos até um Deus nesta lista e você
não o ataca, só a mim, uma reles mortal que assume que é superior,
ahahahah... é, vai ver que o senso de humor passa looonge da sua
capacidade de interpretação.

Infelizes dos que têm os olhos fechados pois que continuarão
cegos... Palavras minhas!

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: RES: Fundacao Pro-Vida: Quem são? (Era: Choro de criança)
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 11:22

--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> Bem, não sei se vem ao caso. Outro dia conheci um sujeito que
> é membro da Fundação Pró-Vida. Notei logo de cara que ele era
> um cara bem arrogante, se achava o ser mais inteligente e humilde
> do mundo. Dava sinais de menosprezo a qualquer um que não se
> encaixava no 'perfil'. Pela conversa dele a Pró-Vida congrega
> 'seres iluminados' com o fim de 'guiar a humanidade' ignorante
> e tola. Quase que eu disse: "Puxa, posso tocá-lo!?!?".


Você viveu ou vive o outro lado da moeda que é estar imerso em uma
família de religiosos fanáticos. O Pró-Vida tende a buscar o ser
dentro do humano e trazê-lo à vida... uma vida sem as escaramuças
didáticas das religiões, apenas fazendo com que cada um busque o
valor que traz em si mesmo. Um exemplo: ao invés de ser bom, o ser
deve ser bondoso... :)


> Alguém conhece o pessoal da Pró-Vida? Eles são assim mesmo ou
> esse cara é só um megalomaníaco isolado?


Se são todos megalomaníacos, eu não sei. Mas que ganham dinheiro a
rodo vendendo a idéia de que todos somos especiais, isso ganham
mesmo. Qualquer workshop ou fim de semana nos hotéis-fazenda em que
se ministram as palestras de "despertamento" tem um preço bem salgado
para os padrões humanos de meros trabalhadores/operários... enfim...


Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: RES: Fundacao Pro-Vida: Quem são? (Era: Choro de criança)
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 11:45

Olá Medeiros,

Eu fiz o curso básico do pro-vida quase 20 anos atrás (pqp, como
estou velho!) numa época em que estava na moda também o tal
do "metodo silva de controle da mente", aquela historia de relaxar e
entrar no estado "alfa". Varios conhecidos e parentes fizeram o curso
do silva e o do pro-vida, e falavam tanto dos "segredos"
e "misterios" aos quais só aqueles que fazem o curso tem acesso que
acabei me sentindo obrigado a faze-lo também. Resumidamente o que
posso dizer é que o curso não passou no teste. Basicamente, é uma
mistura do "metodo silva", truques de salão baseados em auto-sugestão
e coincidencias, cristianismo, tudo isso temperado com uma boa dose
de pseudo-ciencia (poder das pirâmides, parapsicologia, ectoplasma,
etc) e da-lhe mencionar o santo nome de Einstein em vão :-) Daí dá
pra ter uma idéia da salada que é. Dentre todos os conhecidos que
fizeram o curso, um amigo meu e sua familia continuam até hoje, e
através deles mantenho um contato esporádico com o Pro-Vida. Eles se
afastaram, talvez não totalmente, aparentemente também porque me
consideram "inteligente" e a altura de pertencer ao pro-vida. Mas
como disse o convivio agora é esporadico, e quase 100% do convivio
dessa familia é com outros membros do pro-vida, seja em festas, no
trabalho ou nas férias (que passam em geral do clube de campo da
entidade).

CONTINUA

[]´S

aNDRÉ




--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> > De: Lucio Jorge Pina Manfredi
>
> > Ah, não sabem quem foi René Guenon? Foi um ocultista
> > francês do início do século XX que defendia uma versão
> > particularmente perniciosa de fascismo esotérico, segundo
> > a qual as pessoas são todas estúpidas e devem se
> > submeter à autoridade espiritualmente inspirada dos iniciados.
>
> Bem, não sei se vem ao caso. Outro dia conheci um sujeito que
> é membro da Fundação Pró-Vida. Notei logo de cara que ele era
> um cara bem arrogante, se achava o ser mais inteligente e humilde
> do mundo. Dava sinais de menosprezo a qualquer um que não se
> encaixava no 'perfil'. Pela conversa dele a Pró-Vida congrega
> 'seres iluminados' com o fim de 'guiar a humanidade' ignorante
> e tola. Quase que eu disse: "Puxa, posso tocá-lo!?!?".
>
> Alguém conhece o pessoal da Pró-Vida? Eles são assim mesmo ou
> esse cara é só um megalomaníaco isolado?
>
> []
>
> Alexandre Medeiros
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Choro de criança (p/ Alberto)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 12:15

--- Em ciencialist@y..., "Ligia Amorese" <ligia5555@y...> escreveu
> Lígia: Eu nem o conhecia... só andei fuçando nos sites a procura
> do porquê dele ser considerado uma espécie de "charlatão
> filosófico".
> Acabei dando de cara com um texto que não me pareceu de todo
> horripilante.

Hã, dê uma fuçada nos links q. forneci.
Ele é considerado um charlatão filosófico apenas por uma parte. A
grande maioria simplesmente o inhora. Uma pequena parte fica ofendida
com as inocuidades q. ele escreve. Uma outra pequena parte acha q.
ele escreve alguma coisa.

> > > Boa parte da "ciência social" de hoje não é senão o recorte das
> > > individualidades segundo a medida da mediocridade-padrão.
> >
> > Solto, assim, ate' parece q. e' verdade.
>
>
> Lígia: E não é? Temos a medida da mediocridade-padrão como
> referência em quase tudo. Só os gênios se destacam e quase
> morrem "sucumbidos" pelas avalanches dos "não pode ser!", "que
> absurdo!", frases estas moldadas à imagem e semelhança do que se
> toma por padrão de conduta e raciocínio...

Nao me parece q. seja. Parece apenas uma destilacao de um
preconceito. E' verdade q. nao ha' consenso entre os cientistas
sociais, ha' uma barafunda de modelos: relativistas, mecanicistas,
linguisticos e assim por diante. Mas nao vejo no q. isso mostra uma
validacao de uma suposta mediocridade-padrao.

Eu particularmente duvido q. haja ate' mesmo uma mediocridade-padrao.
Como se houvesse uma superioridade-padrao. Novamente parece ser um
preconceito, o horror ao diferente: engracado q. e' justamente uma
das caracteristicas q. se critica nos 'fanaticos'. So' q.
supostamente seria uma visao 'unica', 'individual' e assim 'criativa'
ou quem sabe 'superior', acima da 'mediocridade-padrao'.

Um rotulo q. se espalha e gruda q. nem praga.

> > E da'-lhe anti-comunismo.
>
>
> Lígia: Não. O que o autor está demonstrando é que o fanatismo na
> maioria das vezes está de acordo com o modo de pensar de uma
> maioria e portanto não se sobressai... não destoa nem dá mostras
> de que seja fanatismo. Mas que é, é...

Pergunte pro titio Olavo o q. ele esta' ou nao demonstrando.
E' fanatismo apenas porq. se diz q. e' fanatismo, ponto. Redefine-se
fanatismo para poder usa'-lo com o fim predeterminado.

> Lígia: Vamos dizer assim: qualquer um que se volte contra um
> sistema acaba sendo encarado como um expurgo mas na realidade ele
> está fugindo às normas, portanto, não está de acordo com o
> fanatismo dominante... :)

E' uma leitura q. fica estranha de se aplicar aos terroristas, por
exemplo. E' uma definicao de fanatismo ad hoc, aventada apenas para
se aplicar em um caso especifico ao qual se quer dar a pecha de
fanatico.

> > O q. se quer dizer como 'fator estruturante', 'essencia
> > vivificadora', 'funcao nomeante e definidora'?
>
>
> uma versão bastante significativa de "boi na boiada"...

E' e'? Q. belas palavras, nao? Da' ate' pra escandir: fa-tor-es-tru-
tu-ran-te, es-sen-cia-vi-vi-fi-ca-do-ra. Sonoras. Vazias.

> > fdp como 'um cara legal' e passar a chamar todo mundo de
fiadaputa.
>
>
> Lígia: Nesse sentido, todo ser humano "filiável" é um fdp
> disfarçado de boi... sem a filiação é só um fdp :)

Ah! Ta'. Isso justifica tudo de certo. A mim continua a parecer q.
nao. Uma embromacao, redefine-se um termo para aplicar em uma
situacao dada e transfere-se o significado original do termo por
tabela.

> > > Jamais deslocado neste mundo, ele
> > > não aspira a nenhum transmundo senão sob a forma de um futuro
> > > cronológico a ser realizado neste mesmo plano de existência.
> >
> > Acho q. Haven's Gate desmonta essa caracterizacao do fanatismo.
> > Pra nao falar de terroristas suicidas.
>
>
> Lígia: Há os cientificistas também, detalhe... ;)

O q. nao tira o fato de q. a caracterizacao (e caricaturizacao) feita
nao condiz com a realidade. Q. futuro cronologico neste plano de
existencia almejavam o pessoal do Portal Celeste? Ou nao eram
fanaticos de verdade? Se nao eram, entao tem alguma coisa errada com
a utilizacao do termo. Se eram, entao tem alguma coisa errada com a
utilizacao do termo.

> Lígia: Digamos que o parágrafo acima faz sentido uma vez que
> define muito bem o que é um boi de boiada e a forma como tal boi
> assume as próprias prerrogativas ( ausência da tal "solidão", da
> não imersão ). O fato de ser do mundo, de participar do que o
> mundo define como certo/errado, como bom/ruim...

Ah! Tá. E sapo não come cavalo porq. pipoca não tem antena.

> Lígia: Paciência, nem todo mundo é brilhante na hora de transmitir
> idéias próprias, sempre apelando para referências e coisas tais...

Ideias? Ideias proprias? Transmitir? Transmitir ideias? Transmitir
ideias proprias? Acho q. teremos q. redefinir estes termos, do mesmo
modo como foi feito com o termo fanatismo se quisermos aplicar isso
ao texto.

> Lígia: Todo mundo que fala para as pessoas aquilo que elas não
> querem ouvir é mal visto, entendo... Se isso é saber armar
> armadilhas retóricas, bem, eu não sei.

So' q. ele fala -- ao publico dele, claro -- o q. eles querem ouvir.
Uma demonizacao do comunismo. (Nao q. o comunismo seja uma boa ideia.)
E falar o q. as pessoas nao querem ouvir nao e' por si so' uma
qualidade. Um cacolalico fala coisas q. ninguem quer ouvir, nao quer
dizer nada alem de q. ele tem um serio problema neurologico. Nao q. o
Sr. Carvalho tenha problemas neurologicos, mas enfim.

Armadilhas retoricas:

*manipulacao da emocao de seu publico -- o pais e' conservador, o
brasileiro e' conservador. Se fossemos comunistas ou mesmo
esquerdistas o quadro eleitoral seria outro. Lula la' representa
outra coisa? Nao exatamente. Pode ate' eventualmente sinalizar uma
mudanca (pessoalmente nao acredito nisso), mas uma analise da
historia politica brasileira mostra claramente o quadro, uma olhada
na composicao das bancadas, o mapa das eleicoes estudais tbm. (Nao q.
numa eventualidade da mudanca, essa mudanca seja boa de qq modo.)
Ai', o Sr. Carvalho fala o q. a maioria conservadora aprova
naturalmente. E ainda faz isso fazendo de conta q. e' voz destoante
da maioria. Nao q. ser minoria conceda automaticamente validade 'as
reivindicacoes dessa minoria, mas da' um certo sentido de comiseracao.

*redefinicao arbitraria de termos. Vc ganha apenas R$ 200,00 por mês?
Bem, duzentos reais e' apenas um nome. Podemos dar o nome q.
quisermos. Chamemos então duzentos de mil e setecentos. Chamemos o
real de dolar. E mês de hora. Pronto vc tem US$ 1.700,00 por hora. Já
esta' ganhando mais do q. qq outro povo do mundo.

*utilizacao de termos vagos, mas sonoros. Expressoes como 'fator
estruturante', 'essencia vivificadora' nao querem dizer muita coisa --
se e' q. querem dizer alguma coisa -- por si so'. Mas sao bonitos e
se prestam a q. os leitores lhe atribuam o sentido q. mais lhe
aprouver.

> Mas que o texto fala por si mesmo, fala. :)

Pois e', nao fala. Ele fala atraves de seus leitores. E como ele por
si so' nao quer dizer nada, cada leitor tem uma leitura particular q.
reflete seus proprios pensamentos.

'Fator estruturante da personalidade', pode significar talvez um
elemento q. influencia a personalidade da pessoa. Nesse caso, os pais
tbm sao elementos q. influenciam, e dai'? Pra vc significa ser um boi
no meio da boiada, perder a capacidade de pensar por si mesmo. O Sr.
Carvalho diz q. e' a mesma relação de um individuo com a familia
ou 'a profissao: sera' mesmo q. ele entende q. todos os Medicis sao
iguais e todos os medicos pensam como medicos-mediocres-padrao? E se
ele pensa assim, vc pensa assim tbm? 'Fator estruturante da
personalidade' pode significar então: um elemento entre muitos, cuja
interacao molda a personalidade ou o principal elemento q. determina
a personalidade e se sobrepoem aos demais elementos. Personalidade
pode significar capacidade de pensar por si mesmo, capacidade de
pensar de modo diferente dos demais ou simples contestacao do
estabelecido. E vejam so' q. brilhante argumento o Sr. Carvalho nos
da' para mostrar q. a filiacao partidaria e' um elemento determinante
da personalidade: a simples inclusao da sigla do partido no nome
politico. Ara, primeiro destaque-se apenas o exemplo do PT: o q. faz
com q. a critica perca toda a generalidade. Nao se trata de uma
critica simplesmente 'as relacoes q. as pessoas tEm com o partido,
mas 'a relacao q. os filiados do PT tEm com o seu partido. E isso por
duas bobagens engatadas: primeiro, como se falar fulano do PT
mostrasse mesmo uma falta de personalidade, segundo, como se, em
havendo alguns sem personalidade no meio de um grupo, todo o grupo
pudesse ser condenado. (Na verdade a critica nao e' tao restritiva ao
PT, mas faz parte da visao anti-esquerda, aristerofobica, do Sr.
Carvalho.) Como se Zeca Pagodinho so' pensasse em pagode, Rui Chapéu
fosse um colecionador de chapéus, Toni Tornado tivesse cabeça de
vento, Mão Santa achasse q. suas mãos são taumatúrgicas, Anthony
Garotinho fosse um meninote ou quem sabe Rosinha Garotinho ou o
Cabeça de Repolho... bem, talvez ai' realmente tivesse a ver com a
personalidade.

Mas perdemos tempo demais discutindo vacuidades.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Choro de criança (p/ Alberto)
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 12:40

Pode ser que tenha sentido, não sei. Não li o texto e não pretendo ler,
pois já faz tempo que desisti de perder tempo com o Eulavo Carvalho.
Contudo, mesmo um relógio quebrado fica certo duas vezes por dia e talvez
seja esse o caso. Mas no todo ele é um grande mentecapto...

[ ]s

Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Curitiba - PR - Brasil



-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Terça-feira, 26 de Novembro de 2002 00:04
Assunto: [ciencialist] Re: Choro de criança (p/ Alberto)


--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> >como criancinhas aos prantos.
>
> Isso é verdade, eu choro cada vez que leio um texto do Olavo de
Carvalho.
> Choro de tanto rir. ;-)


Hum... sabe de uma coisa? Ou eu sou uma ignorante de carteirinha ou
o texto que reproduzo abaixo tem algum significado... pelo menos
para mim.

Beijos, Lígia

*******************************************
Segue:



PSICOLOGIA DO FANATISMO

Olavo de Carvalho
Jornal da Tarde, 21 de novembro de 2002



Victor Frankl descrevia o fanático por dois traços essenciais: a
absorção da individualidade na ideologia coletiva e o desprezo pela
individualidade alheia. "Individualidade" é a combinação singular de
fatores que faz de cada ser humano um exemplar único e
insubstituível. Há individualidades mais e menos diferenciadas.
Quanto mais diferenciadas, menos podem ser reduzidas a tipicidades
gerais e mais requerem a intuição compreensiva da sua fórmula
pessoal. Isto se observa, mais nitidamente, na obra dos grandes
artistas e filósofos, para não falar dos santos e profetas.. É só de
maneira parcial e deficiente que a personalidade criadora se enquadra
em categorias gerais como "estilo de época", "ideologia de classe",
etc., que os cientistas sociais inventaram para falar de médias
humanas indistintas, mas que o estudioso medíocre insiste em aplicar
como camisas-de-força a tudo o que vá além da média.

Nessa insistência já se manifesta, em forma disfarçada e socialmente
prestigiosa, o fanatismo definido por Frankl. Boa parte da "ciência
social" de hoje não é senão o recorte das individualidades segundo a
medida da mediocridade-padrão. Antonio Gramsci, que limitava o papel
dos seres humanos ao de agentes ou pacientes da luta de classes --
excluindo os incatalogáveis como aberrações ou como resíduos
arqueológicos de etapas anteriores da mesma luta --, foi, nesse
sentido, um gênio da mediocridade e um codificador-mor do fanatismo.
A palavra "fanático", aplicada ao fundador do PCI, parecerá
insultuosa e inaceitável aos que, como bons medíocres, só
entendem "fanatismo" na acepção vulgar e quantitativa da exaltação
frenética. O verdadeiro fanatismo, ao contrário, é inteiramente
compatível com a serenidade do tom e enverga, não raro, convincentes
sinais de "moderação". O fanático não precisa ser irritadiço, nervoso
ou hidrófobo. Apenas, ele está tão afinado com a ideologia coletiva
que ela basta como canal para a expressão de seus sentimentos,
vivências e aspirações, sem nada sobrar daquele hiato, daquele abismo
que o homem diferenciado vê abrir-se, com freqüência, entre seu mundo
interior e o universo em torno. Ele pensa e sente com o partido, ama
e odeia com o partido, quer com o partido e age com o partido. Tudo o
que no seu ser escape dessa bitola é desimportante ou doente. Nossa
época e nosso país acrescentaram a isso um trejeito grotesco que
assinala a última rendição da alma: o militante enxerta a sigla da
agremiação no seu nome de batismo, tornando-se "Joãozinho do
PT", "Mariazinha do PT". Nem o velho Partidão chegou a tanto. A
filiação partidária já não é a simples aprovação crítica e
condicional que a personalidade autônoma dá a certas idéias
políticas: tornou-se o fator estruturante e a essência vivificadora
da personalidade mesma, que sem ela tombaria como um saco vazio. A
função nomeante e definidora, antes reservada às famílias, às
profissões e às regiões, cabe agora ao partido.

Ao mesmo tempo; a filiação dá ao fanático uma localização e um ponto
de apoio no espaço externo: pela ideologia coletiva ele se integra
tão bem no mundo, que nunca se sente isolado e estranho senão pelo
curto intervalo de tempo necessário a reconquistar o sentido da sua
missão partidária e de seu lugar na História, jogando fora com
desprezo o momento de "morbidez". Jamais deslocado neste mundo, ele
não aspira a nenhum transmundo senão sob a forma de um futuro
cronológico a ser realizado neste mesmo plano de existência. Nada o
arraiga mais profundamente na temporalidade, no histórico, do que sua
rejeição do presente, contra o qual ele brada: "Um outro mundo é
possível", querendo dizer, precisamente, que se trata deste mesmo
mundo, tão logo subjugado pelo seu partido. Kant, com ironia
involuntária, denominava o espírito da Revolução "sabedoria mundana".
A compressão do infinito no finito não poderia ser mais explícita do
que no verso do poeta comunista Paul Éluard: "Há outros mundos, mas
estão neste." Não poderia? Poderia. Gramsci já apregoava "a total
mundanização do pensamento". O fanático, nesse sentido, é desprovido
daquela solidão, daquela profundidade, daquela tridimensionalidade
próprias dos que "estão no mundo, mas não são do mundo". Ele, ao
contrário, pode "não estar" no mundo, mas, com toda a intensidade do
seu ser, "é" do mundo.





SUBJECT: Re: [ciencialist] OFF-TOPIC Re: Velharias
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 12:56



| > De: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
| >Esse pessoal mais jovem da lista vai ter nostalgia do quê, quando
| >chegarem à nossa idade? Cartas para a redação.
|
|
| Físicos: Nostalgia de Fritjof Capra...
|
| Biólogos Evolucionistas: Nostalgia de Duane Gish...
|
| Cientistas Sociais: Nostalgia de Alan Sokal...
|
| etc...
|
|
| >PS: Essas caixas de gibi do Léo devem valer uma grana. Cavaleiro Negro!
| >Spirit!
|
|
| E valem muita grana mesmo! Só depende do estado físico. Tenho alguns amigos
| colecionadores de HQ que adorariam avaliar estas 'caixas' do Léo.
|

Oi, estou interessado nessa 'muita grana mesmo'!
Avisa o pessoal de HQ que, se quiserem listo aqui as revistas que tenho estocadas (nome, data etc.), mas aviso, tenho bem mais que uma caixa disso. Eis uma 'palhinha':

Tenho álbuns daqueles grandões (coisa de 40 x 30 cm) do Fantasma contra os Shings, Família Marvel (Billy Batson, Mary Batson e esqueci o nome do Cap. Marvel Júnior, não é irmão do Billy --- retornando, lembrei, é Freddy Freeman, jornaleiro e usa bengala); (SHAZAM = Salomão (sabedoria), Hércules (força), Atlas (vigor), Zeus (poder) , Aquiles (coragem), Mercúrio (velocidade)) (A Mary Marvel é uma gostosura, não sei se já deu para o Dr. Cérebro -- aquela minhoca-gênio que anda com uma pastinha/falante a tiracolo).

Praticamente todos os albuns do Superboy (lembram-se de Mr. MXYZPTLK ?), Fantasma (Kip Walker, caixa postal 14, Moristow, Bangala) e Mandrake ( o Derek, irmão do Mandrake, aparece em vários, assim como a tribo onde o Lotar é o rei). O capacete do Homem Bala é o que há em termos de anti-gravidade.
Claro, muitos Tarzans (A ameaça de Athne, com os leões Simba e Numa, é um clássico); não poderiam faltar as KRIPTA (onde apareciam as coxas das mulheres, com SARTANA, a filha de Satã) e SHOCK, o Demolidor (o Homem sem medo, com sentido-radar, de nome Matt Murdock, o advogado cego). Ah! tem Os clássicos juvenís em quadrinhos (Viagem ao centro da terra etc.). Não vamos esquecer do Cap. América (com e sem Buck), Tocha Humana (com e sem Léo Centelha), Nick Holmes e as revistas de Jerry Lewis e Rima (a Princesa das Selvas).

Só palhinha ........

[]'
Léo





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: RES: Fundacao Pro-Vida: Quem são? (Era: Choro de criança)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 13:11



<Lígia: Rapaz, você me surpreeende... temos até um Deus nesta lista e você
não o ataca, ..........>

Por favor, não me ofenda ou altere minhas intenções, assino 'deus' (detetor espacial universal (via) satélite) e não Deus! Esse deve ser outro, com intenções bem menos científicas que as minhas.
Minha divindade provém de informações colhidas via satélite (cobrindo apenas toda a humanidade) e de duas brochuras; não faço milagre algum.

[]'
deus



SUBJECT: OFF OLAVO TOPIC
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 13:28

Mal acabo de festejar meus lindos 2^5 aninhos e aparece novidade off-topic no campo intelectual. Quem é, pelos diabos, esse tal de Olavo de Carvalho que vcs tanto falam dele? Nunca ouvi falar desse nome! Perguntei aqui pela casa e todos balançaram a cabeça negativamente. Tá certo que minha casa e familiares não é enciclopédia de referência, .... mas bolas, todos têm um ou mais cartucho (deproma) (de várias áreas) enrolado debaixo do braço! E ninguém sabe que é!!!!!!!!!

[]'
Léo
=============================




SUBJECT: Re: [ciencialist] OFF OLAVO TOPIC
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 13:35

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, November 26, 2002 1:28 PM
Subject: [ciencialist] OFF OLAVO TOPIC

>Mal acabo de festejar meus lindos 2^5 aninhos e aparece novidade off-topic
no campo intelectual. Quem é, pelos diabos, esse tal de Olavo de Carvalho
que vcs tanto falam dele? Nunca ouvi falar desse nome! Perguntei aqui pela
casa e todos balançaram a cabeça negativamente. Tá certo que minha casa e
familiares não é enciclopédia de referência, .... mas bolas, todos têm um ou
mais cartucho (deproma) (de várias áreas) enrolado debaixo do braço! E
ninguém sabe que é!!!!!!!!!

Simples: Olavo de Carvalho é um autoproclamado filósofo, que escreve em
jornais como O Globo, Folha de São Paulo e Zero Hora, e as revistas Época e
Bravo. Alcançou certa notoriedade há alguns anos com a publicação de um
livro chamado _O Imbecil Coletivo_. Sua tese principal é que vivemos em um
mundo dominado pela esquerda, que fez as nossas cabeças e tomou o poder sem
que ninguém desse por isso. No ideário do Olavo de Carvalho, a nova ordem
mundial e o neoliberalismo são socialistas, e não capitalistas. Pra defender
esses pontos de vista, como direi, excêntricos, ele recorre a uma série de
ginásticas mentais e artifícios de retórica disfarçados de raciocínio
lógico. Não valeria perder muito tempo com ele, se um ciencialisteiro não
tivesse dito que "infelizmente a minha opinião sobre as pessoas que caem em
cima do Olavo de Carvalho não é das melhores... As pessoas ficam perturbadas
com o que ele diz, e sem qualquer argumentação a altura, entram em colapso
mental, como criancinhas aos prantos"...

Abs.
L.





SUBJECT: OFF-TOPIC Re: Velharias
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 13:41

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> Oi, estou interessado nessa 'muita grana mesmo'!
> Avisa o pessoal de HQ que, se quiserem listo aqui as revistas que
> tenho estocadas (nome, data etc.), mas aviso, tenho bem mais que
> uma caixa disso. Eis uma 'palhinha':

Aqui em sampa vc pode fazer uma avaliacao em diversas bancas
especializadas.

http://www.terra.com.br/cybercomix/4/cybernews/onde_comprar.htm

O Homem-Aranha da Abril, o no 1 q. e' de 1982, alcanca cotacao de
mais de R$ 30,00 dependendo da epoca e do estado de preservacao.
(Nao estou muito por dentro disso agora... nao q. em algum momento de
minha vida eu estivesse.) Mas tbm deve ser levado em conta q. e' um
heroi com gde penetracao (epa!) e ainda na ativa.

O mercado para Spirit e Tarzan e' um pouco mais restrito, mas deve
alcancar bons precos. (Nao venda pela primeira oferta.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: Fundacao Pro-Vida: Quem são? (Era: Choro de criança)
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 13:44

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
>
>
> <Lígia: Rapaz, você me surpreeende... temos até um Deus nesta
lista e você
> não o ataca, ..........>
>
> Por favor, não me ofenda ou altere minhas intenções, assino 'deus'
(detetor espacial universal (via) satélite) e não Deus! Esse deve ser
outro, com intenções bem menos científicas que as minhas.
> Minha divindade provém de informações colhidas via satélite
(cobrindo apenas toda a humanidade) e de duas brochuras; não faço
milagre algum.
>
> []'
> deus


Longe de mim ofender você, Léo, digo, 'deus'. Mas que o rapaz, o tal
de Lisandro, encarnou em mim e não larga do meu pé, isso é notório.
O que eu faço, deus? Me dá uma luzinha, um aceno... uma dica...
hum? Ou então faça cair a sua ira sobre ele na forma de uns
relâmpagos virtuais via-satélite... :)

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: Choro de criança (p/ Alberto)
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 13:47

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> Mas perdemos tempo demais discutindo vacuidades.
>
> []s,
>
> Roberto Takata

E por que começamos então? Deixa esse Olavo de Carvalho de lado e
vamos viver! A vida é bela e curta... A propósito: vi seu gosto
por comidas em outro e-mail. Gente, eu nem sabia que tinha tanta
diversidade gastronômica!

Beijos, Lígia





SUBJECT: Receita pra ser Jabor?
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 13:59

Pode ser uma boa sugestão de receita.

E você parece que a está inclusive seguindo...
ao escolher tres pessoas pra atacar.

A receita parece boa...
Mas se você segui-la... voce não vai jamais conseguir ser um Arnaldo Jabor.

L.E.



At 13:00 26/11/02 , you wrote:
>--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> > Mal acabo de festejar meus lindos 2^5 aninhos e aparece novidade
>
>2^5 em anos de cachorro, nao? ou pela translacao netuniana. re re...
>
> > Nunca ouvi falar desse nome!
>
>Nao se perde nada.
>
>O q. ha' em comum entre: Olavo de Carvalho, Diogo Mainardi e Arnaldo
>Jabor? Todos tentam ser Paulo Francis.
>
>Curso rapido de polemista:
>
>1o) Eleja um tema caro ao publico q. pretenda atingir (=ofender);
>2o) Adote um ponto de vista inverso ao do publico;
>3o) Intercale algumas frases de pretensa erudicao (citacao, quem sabe
>em alemao ou latim?);
>4o) Nao perca tempo tentando recolher argumentos solidos, procure as
>frases de efeito, construcoes engracadas (pretensamente ironicas),
>ridicularize de antemao os q. defendem o ponto de vista contrario,
>atribua ao ponto de vista contrario uma pecha negativa (ranheta,
>vingativo, conspirador, paranoico, burro, cabeca-dura, etc.): dica
>procure associar com a imagem de Hitler ou algum fascinora unanime.
>
>Quer chocar a intelectualidade de esquerda? Defenda Paulo Maluf, use
>frases de Marx ou algum teorico de esquerda em sua defesa.
>Quer chocar os conservadores catolicos? Desconstrua a imagem de Maria.
>Quer importunar os ambientalistas? Oponha o bem-estar humano 'a
>preservacao do meio-ambiente.
>Quer q. os 'neoliberais' fiquem estarrecidos? Ataque a liberdade de
>mercado.
>
>Quase certo q. encontrara' uma camara de eco a reverberar suas
>asneiras (se vc nao acredita nas proprias bobagens q. fala, como
>normalmente parece ser o caso, ao menos pode rir duplamente: dos q.
>contra-argumentam suas sandices e dos q. saem em sua defesa).
>
>[]s,
>
>Roberto Takata


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: OFF OLAVO TOPIC
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 14:00

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> Mal acabo de festejar meus lindos 2^5 aninhos e aparece novidade

2^5 em anos de cachorro, nao? ou pela translacao netuniana. re re...

> Nunca ouvi falar desse nome!

Nao se perde nada.

O q. ha' em comum entre: Olavo de Carvalho, Diogo Mainardi e Arnaldo
Jabor? Todos tentam ser Paulo Francis.

Curso rapido de polemista:

1o) Eleja um tema caro ao publico q. pretenda atingir (=ofender);
2o) Adote um ponto de vista inverso ao do publico;
3o) Intercale algumas frases de pretensa erudicao (citacao, quem sabe
em alemao ou latim?);
4o) Nao perca tempo tentando recolher argumentos solidos, procure as
frases de efeito, construcoes engracadas (pretensamente ironicas),
ridicularize de antemao os q. defendem o ponto de vista contrario,
atribua ao ponto de vista contrario uma pecha negativa (ranheta,
vingativo, conspirador, paranoico, burro, cabeca-dura, etc.): dica
procure associar com a imagem de Hitler ou algum fascinora unanime.

Quer chocar a intelectualidade de esquerda? Defenda Paulo Maluf, use
frases de Marx ou algum teorico de esquerda em sua defesa.
Quer chocar os conservadores catolicos? Desconstrua a imagem de Maria.
Quer importunar os ambientalistas? Oponha o bem-estar humano 'a
preservacao do meio-ambiente.
Quer q. os 'neoliberais' fiquem estarrecidos? Ataque a liberdade de
mercado.

Quase certo q. encontrara' uma camara de eco a reverberar suas
asneiras (se vc nao acredita nas proprias bobagens q. fala, como
normalmente parece ser o caso, ao menos pode rir duplamente: dos q.
contra-argumentam suas sandices e dos q. saem em sua defesa).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: ataquem as ideias oh pa (Olavo)
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 14:01

At 12:28 26/11/02 , you wrote:
>Mal acabo de festejar meus lindos 2^5 aninhos e aparece novidade off-topic
>no campo intelectual. Quem é, pelos diabos, esse tal de Olavo de Carvalho
>que vcs tanto falam dele? Nunca ouvi falar desse nome! Perguntei aqui pela
>casa e todos balançaram a cabeça negativamente. Tá certo que minha casa e
>familiares não é enciclopédia de referência, .... mas bolas, todos têm um
>ou mais cartucho (deproma) (de várias áreas) enrolado debaixo do braço! E
>ninguém sabe que é!!!!!!!!!
>
>[]'
>Léo
>=====================



ELE TEM VARIOS LIVROS ESCRITOS.

RECOMENDO...
O imbecil coletivo.


TODO MUNDO QUE FALA E, MAIS QUE ISSO, ESCREVE E ASSINA...
O QUE PENSA...
MERECE MEU RESPEITO.

TRATEMOS DE ATACAR AS IDEIAS DELE.
E NAO A ELE PROPRIO...

L.E.



>Simples: Olavo de Carvalho é um autoproclamado filósofo, que escreve em
>jornais como O Globo, Folha de São Paulo e Zero Hora, e as revistas Época e
>Bravo. Alcançou certa notoriedade há alguns anos com a publicação de um
>livro chamado _O Imbecil Coletivo_. Sua tese principal é que vivemos em um
>mundo dominado pela esquerda, que fez as nossas cabeças e tomou o poder sem
>que ninguém desse por isso. No ideário do Olavo de Carvalho, a nova ordem
>mundial e o neoliberalismo são socialistas, e não capitalistas. Pra defender
>esses pontos de vista, como direi, excêntricos, ele recorre a uma série de
>ginásticas mentais e artifícios de retórica disfarçados de raciocínio
>lógico. Não valeria perder muito tempo com ele, se um ciencialisteiro não
>tivesse dito que "infelizmente a minha opinião sobre as pessoas que caem em
>cima do Olavo de Carvalho não é das melhores... As pessoas ficam perturbadas
>com o que ele diz, e sem qualquer argumentação a altura, entram em colapso
>mental, como criancinhas aos prantos"...
>
>Abs.
>L.



SUBJECT: OFF-TOPIC Re: Velharias
FROM: "Sandro" <anhangah@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 14:04

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
>
> Oi, estou interessado nessa 'muita grana mesmo'!
> Avisa o pessoal de HQ que, se quiserem listo aqui as revistas que
tenho estocadas (nome, data etc.), mas aviso, tenho bem mais que uma
caixa disso.


Léo, se você realmente quer capitalizar suas revistas de HQ, envia
para mim a lista em PVT (acho que tá muito off-topic este assunto),
e, se você permitir, eu posso replicar sua mensagem com a lista das
revistas para alguns colecionadores e listas de HQ que eu conheço.

Sandro






SUBJECT: Re: Choro de criança (p/ Alberto)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 14:10

--- Em ciencialist@y..., "Ligia Amorese" <ligia5555@y...> escreveu
> E por que começamos então?

Porq. alguem *nao* leu e gostou (ou ao menos achou q. nao era tao
ruim).

> A vida é bela e curta...

Depende de como se vive.

> Gente, eu nem sabia que tinha tanta diversidade gastronômica!

E depois reclama qdo falam da sua gororoba. :-) Arroz, feijao e bife
e' bom (depende de quem faz, claro), mas nao e' tudo na vida ou no
prato.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Choro de criança (p/ Alberto)
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 14:20

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Ligia Amorese" <ligia5555@y...> escreveu
> > E por que começamos então?
>
> Porq. alguem *nao* leu e gostou (ou ao menos achou q. nao era tao
> ruim).

O pior é que eu gostei... sei que eu firo seu sentimentalismo com
essas palavras mas é a verdade... O que o tal de Olavo fala é bom
prá gente como eu que não entende lhufas de nada daquilo e só se atém
à idéa de combater o fanatismo e a visão de mundo arraigada em
princípios passados de livro em livro e que fazem a cabeça
da "maioria".


> > A vida é bela e curta...
>
> Depende de como se vive.


A minha tem sido chata... e pelo jeito vai ser looonga. Mas isso
são detalhes.


> > Gente, eu nem sabia que tinha tanta diversidade gastronômica!
>
> E depois reclama qdo falam da sua gororoba. :-) Arroz, feijao e
bife
> e' bom (depende de quem faz, claro), mas nao e' tudo na vida ou no
> prato.


E eu nem gosto tanto assim de preparar arroz e feijão, nem comida
russa ( roizcovo ). Bife? Só de vez em quando. Enfim, gosto não se
discute, lamenta-se...

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: RES: Fundacao Pro-Vida: Quem são? (Era: Choro de criança)
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 14:32

--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> > De: Ligia Amorese
> >
> > Você viveu ou vive o outro lado da moeda que é estar imerso em
uma
> > família de religiosos fanáticos. O Pró-Vida tende a buscar o ser
> > dentro do humano e trazê-lo à vida... uma vida sem as
escaramuças
> > didáticas das religiões, apenas fazendo com que cada um busque o
> > valor que traz em si mesmo.
>
> O $valor$ que traz em si mesmo... sei...

Hum... deve se tratar desse valor também ou os pretensos
ensinamentos não seriam vendidos. Melhor não perder tempo, mesmo
porque tudo isso que visa ensinar o "bem-viver" cai num mesmo buraco
no final das contas...


> > Se são todos megalomaníacos, eu não sei. Mas que ganham dinheiro
a
> > rodo vendendo a idéia de que todos somos especiais, isso ganham
> > mesmo.
>
> Tá explicado...

Uma coisa é certa: todos os que se mostrarem interessados a ensinar
um modo "novo" de viver são suspeitos. O melhor e o mais legal é a
gente encontrar o próprio ritmo e viver conforme sentir que é bom.
Esses movimentos só ganham vida e vão prá frente por causa da bobagem
de alguns de necessitarem de grupos de apoio ou de grupos sociais
para sentirem que estão de acordo com alguma coisa... mesmo que seja
alguma coisa contrária a outra coisa... e assim por diante.

Beijos, Lígia

PS:

> "O que é uma pessoa comum? O que é um sábio? Se diferencias, és
> uma pessoa comum. Se não diferencias, és um sábio." (Uma citação
> zen postada pelo L.J.P.Manfredi)
>
> Encaixa-se como uma luva...


E como se pode pensar que alguém seja megalomaníaco sem sentir
o "eco" de tal falta dentro de si... ? Os outros são meros
espelhos...





SUBJECT: RES: Fundacao Pro-Vida: Quem são? (Era: Choro de criança)
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 14:46

> De: Ligia Amorese
>
> Você viveu ou vive o outro lado da moeda que é estar imerso em uma
> família de religiosos fanáticos. O Pró-Vida tende a buscar o ser
> dentro do humano e trazê-lo à vida... uma vida sem as escaramuças
> didáticas das religiões, apenas fazendo com que cada um busque o
> valor que traz em si mesmo.

O $valor$ que traz em si mesmo... sei...


> Se são todos megalomaníacos, eu não sei. Mas que ganham dinheiro a
> rodo vendendo a idéia de que todos somos especiais, isso ganham
> mesmo.

Tá explicado...

"O que é uma pessoa comum? O que é um sábio? Se diferencias, és
uma pessoa comum. Se não diferencias, és um sábio." (Uma citação
zen postada pelo L.J.P.Manfredi)

Encaixa-se como uma luva...

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Choro de criança (p/ Alberto)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 14:51

--- Em ciencialist@y..., "Ligia Amorese" <ligia5555@y...> escreveu
> O pior é que eu gostei... sei que eu firo seu sentimentalismo com
> essas palavras mas é a verdade...

Fere mais os meus sentimentos por vc do q. qq outra coisa. Mas e' a
vida...

> O que o tal de Olavo fala é bom prá gente como eu que não entende
> lhufas de nada daquilo e só se atém à idéa de combater o fanatismo
> e a visão de mundo arraigada em princípios passados de livro em
> livro e que fazem a cabeça da "maioria".

Ter a cabeca feita pelo Carvalho... xiii... De todo modo vc nao pegou
a essencia do texto (o q. nao deixa de ser auspicioso) q. e' a
critica ferrenha (e despropositada) a qq pensamento de esquerda (a
nova definicao de fanatismo e' apenas uma desculpa para o ataque).

> A minha tem sido chata... e pelo jeito vai ser looonga. Mas isso
> são detalhes.

Por um preco modico eu posso lhe apresentar um novo modo de ver e
sentir as experiencias vivenciais q. ira' revolucionar sua
compreensao ontologica da unidade e da unicidade das coisas e das nao-
coisas.

> E eu nem gosto tanto assim de preparar arroz e feijão, nem comida
> russa ( roizcovo ). Bife? Só de vez em quando.

La trivialité variée... Ups! Melhor não dar assim de graça as minhas
dicas seudo-utilitário-filosóficas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Res: Analogia p/ Alberto
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 15:18

----- Original Message -----
From: "rmtakata"
Sent: Tuesday, November 26, 2002 9:13 AM
Subject: [ciencialist] Re: Res: Analogia p/ Alberto

> A unica coisa interessante q. ja' li de Carvalho e' ele se auto-
> denominar filosofo pra tirar uma com a cara dos filosofos 'de
> verdade'.

Isso não envalida o que eu disse:

"Se vocês adotarem o lema paternalista irão ler esses artigos se, e
somente se, receberem o aval de seus mestres, não é verdade? Mas é essa
a função da escola? Afastar-nos da obtenção do senso crítico e da
maioridade científica, como teria sido referido por Kant em sua postura
crítica à sociedade?"

Abaixo a censura!
Abaixo o autoritarismo acadêmico!
Abaixo o sectarismo!
Abaixo a deseducação!

Quanto ao mais, o Olavinho que se f... Censurado, apesar do "Abaixo a
censura!". ;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Choro de criança (p/ Alberto)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 15:20

----- Original Message -----
From: "rmtakata"
Sent: Tuesday, November 26, 2002 11:15 AM
Subject: [ciencialist] Re: Choro de criança (p/ Alberto)

> Mas perdemos tempo demais discutindo vacuidades.

Falou e disse.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] OFF OLAVO TOPIC
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 15:22

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Tuesday, November 26, 2002 12:28 PM
Subject: [ciencialist] OFF OLAVO TOPIC

> Quem é, pelos diabos, esse tal de Olavo de Carvalho que vcs tanto falam
> dele? Nunca ouvi falar desse nome! Perguntei aqui pela casa e todos
> balançaram a cabeça negativamente.

Ao avaliarmos as mensagens aqui postadas nos últimos meses, diria que o
Olavo de Carvalho é um dos poucos baluartes vivos a colaborarem para a
mantutenção da Ciencialist. Não existissem Olavo de Carvalho, astrologia,
ceticismo de carteirinha, pro-vida etc, seria preciso inventá-los, sob pena
de a Ciencialist se extinguir por falta de assunto.

Provavelmente a essa hora ele está preparando seu novo livro, "O Imbecil
Coletivo II", a retratar nossa postura. ;-) E não me digam que ele está
errado!

Ai! Que saudades de meu FBAC (Festival de Besteiras que Assola a
Ciencialist, julho de 2002)! Naquela época ainda era possível fazer humor.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Res: Analogia p/ Alberto
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 15:25

----- Original Message -----
From: "Lucio Jorge Pina Manfredi"
Sent: Tuesday, November 26, 2002 9:25 AM
Subject: Re: [ciencialist] Res: Analogia p/ Alberto

> Não, as pessoas que ele considerava estúpidas eram as que *não* o
> aplaudiam.

Olá Lúcio

Entendi o seu ponto de vista e agradeço por mais esse esclarecimento.
Citei-o para fazer o contraponto, pois a sua mensagem era bem mais completa
e interessante e o argumento do "titio Adolf" surgia como parte de um todo
mais geral, bem no estilo das demais msgs que você escreve para a noosfera e
que gosto de discordar numa boa.

Infelizmente tem gente que gosta de aparecer, valorizando o pouco que
consegue captar e mal conseguindo escrever uma mensagem com mais de duas
linhas. Colaboram tão somente para manter em evidência homens que, a ser
verdade o que pregam, deveriam ficar na obscuridade. Enfim, graças a esses
gênios da insensatez, a Ciencialist está caminhando lentamente para a
obsolescência, deixando de ser um local destinado à discussão de ciência
para se transformar em mais uma lista a locupletar vaidades pessoais.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: Res: Analogia p/ Alberto
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 15:55

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> Censurado, apesar do "Abaixo a censura!". ;-)

Nao sei onde houve censura. Todos continuam publicando normalmente.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: OFF OLAVO TOPIC
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 16:05

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
. . .
> Curso rapido de polemista:
>
> 1o) Eleja um tema caro ao publico q. pretenda atingir (=ofender);
> 2o) Adote um ponto de vista inverso ao do publico;
> 3o) Intercale algumas frases de pretensa erudicao (citacao, quem
sabe
> em alemao ou latim?);
> 4o) Nao perca tempo tentando recolher argumentos solidos, procure
as
> frases de efeito, construcoes engracadas (pretensamente ironicas),
> ridicularize de antemao os q. defendem o ponto de vista contrario,
> atribua ao ponto de vista contrario uma pecha negativa (ranheta,
> vingativo, conspirador, paranoico, burro, cabeca-dura, etc.): dica
> procure associar com a imagem de Hitler ou algum fascinora unanime.
>

5o) Se não tiver argumentos numa discussão científica, apele para
filosofia da ciência. Afinal, em filosofia vale tudo.

Já tive uma discussão com esse sujeito no fórum que ele mantém em seu
site na web. O Takata também participou. O Olavo apresentou alguns
argumentos pífios tentando defender... o criacionismo. Quando viu que
a questão era científica e que não dava para se defender com
filosofia, caiu fora.

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Re: OFF OLAVO TOPIC
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 16:14

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> Ao avaliarmos as mensagens aqui postadas nos últimos meses, diria
> que o Olavo de Carvalho é um dos poucos baluartes vivos a
> colaborarem para a mantutenção da Ciencialist.

Ja' ouvi muita reprimenda do tipo: "Nao critique o q. vc nao
conhece", "vc nao leu pra falar mal".

E pra falar *bem* de alguem ai' ja' nao e' preciso conhecer, ler as
ideias dessa pessoa, ter um entendimento mais aprofundado? Nao e' uma
critica, muito menos a vc ou 'a Ligia (bem nao deixa de ser, mas nada
pra ser levado muito a serio), e' mais uma questao (q. nao sei se
merece discussao).

Reproduzo abaixo boa parte do Brevissimo Dicionario Retorico e
Ideologico, com upgrade para Breve Dicionario Retorico e Ideologico:

-------------------------------------
http://br.groups.yahoo.com/group/sbcr/message/7293

Isso me lembrou de expressoes frequentemente utilizadas em discursos,
protestos, replicas, acusacoes, contra-acusacoes, etc.
Quem vê de fora pode acabar não entendo o q. se esta' dizendo, entao
um pequeno dicionario de termos traduzindo as expressoes mais
recorrentes.

*Fascista: qq individuo que apresente argumentos, razoaveis ou nao,
em oposicao ao sistema de pensamento q. se defende.
*Fascismo: o sistema do fascista.
*Nazi-fascismo: o mesmo que fascismo.
*Nazismo: o mesmo que fascismo.
*Anti-democratico: semelhante ao fascismo, mas por exclusao do
sistema defendido mesmo por razoes bem embasadas.
*Democratico: o lado que se defende.
*Mente fechada: qq um q. nao consiga entender os meritos das ideias
q. se defende ou, se entende, nao aceita, apresentando ou nao ideias
razoaveis para tto.
*Mente aberta: partidario do ponto de vista q. se defende.
Democratico.
*Neoliberal: qq um q. faça qq tipo de objecao a ideias de inspiracao
marxista sobre bem-estar social. Toma-se como expressao de baixo-
calao. Obsoleto: burguês.
*Retrogrado: qq um q. tenha alguma objecao a uma visao estrita ou
majoritariamente economica e/ou monetarista da vida social. Obsoleto:
comunista.
*Brega: sistema de gostos que nao se adequam aos proprios valores
esteticos e artisticos e q. tenham algum traço mais popular.
*Pedante: sistema de gostos que nao se adequam aos proprios valores
esteticos e artisticos e q. tenham algum traço mais sofisticado.

(Sem nenhuma pretensao de originalidade.)

Acrescido das contribuicoes de Francisco Wechsler
http://br.groups.yahoo.com/group/sbcr/message/7296:

*Burro: aquele não partilha do nosso ponto de vista. Sinônimos:
estúpido, boçal, oligofrênico, debilóide, imbecil, idiota, retardado.

*Em-cima-do-muro: aquele que procura avaliar os argumentos a favor de
e contra determinada medida, visando formar conceito próprio sobre o
assunto.

Modificacao da contribuicao original:

*Progressista: 1. em favor da regulamentação ou controle do sistema
produtivo pelo Estado. O mesmo que esquerdista. 2. em favor da mínima
intervenção do Estado no sistema produtivo. O mesmo que direitista.

----------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Receita pra ser Jabor?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 16:40

--- Em ciencialist@y..., "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@i...> escreveu
> E você parece que a está inclusive seguindo...
> ao escolher tres pessoas pra atacar.

E...? Na verdade nao e' um ataque. Nao um a-ta-que. Mas serve de
ilustracao de como a coisa funciona na hora de gerar polemicas:
uma parte se sente ofendida e, presto, esta' criada a 'polemica'.

> Mas se você segui-la... voce não vai jamais conseguir ser um
> Arnaldo Jabor.

E nem quero. Ja' basta um Jabor e um Takata. Um Jabor-Takata seria a
concretizacao da visao de nosso colega Carlos Zardini sobre a
extincao da humanidade: pelo menos um individuo seria trucidado e nao
tenho vocacao para isso.

Alem do curso rapido de polemista, ha' um curso expresso da vitima do
polemista (a vitima do polemista, mais frequentemente, nao e' o alvo
do ataque ou do grupo q. tenha alguma ligacao com o alvo do ataque,
mas sim o leitor, o pobre leitor/ouvinte desavisado, do polemista):

1o - Nao leve o polemista a serio.
2o - Em casos mais serios, ignore.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: OFF OLAVO TOPIC
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 16:45

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...>

escreveu
> O q. ha' em comum entre: Olavo de Carvalho, Diogo Mainardi e
Arnaldo
> Jabor? Todos tentam ser Paulo Francis.
>

Com a diferença fundamental que o Olavo de Carvalho se leva a sério.
Do cronista ao filósofo vai uma grande distância (ou pelo menos
deveria).

[]´s

André




SUBJECT: RES: [ciencialist] Res: Analogia p/ Alberto
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 17:01

> De: Alberto Mesquita Filho
>
> Infelizmente tem gente que gosta de aparecer, valorizando o pouco que
> consegue captar e mal conseguindo escrever uma mensagem com
> mais de duas linhas. Colaboram tão somente para manter em evidência homens

> que, a ser verdade o que pregam, deveriam ficar na obscuridade. Enfim,
> graças a esses gênios da insensatez, a Ciencialist está caminhando
> lentamente para a obsolescência, deixando de ser um local destinado
> à discussão de ciência para se transformar em mais uma lista a
> locupletar vaidades pessoais.

Pela dignidade da lista, discuta seus problemas pessoais com
os outros integrantes em pvt.

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Choro de criança (p/ Alberto)
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 17:07

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Ligia Amorese" <ligia5555@y...> escreveu
> Fere mais os meus sentimentos por vc do q. qq outra coisa. Mas e' a
> vida...


Fica triste não...


> Ter a cabeca feita pelo Carvalho... xiii... De todo modo vc nao
pegou
> a essencia do texto (o q. nao deixa de ser auspicioso) q. e' a
> critica ferrenha (e despropositada) a qq pensamento de esquerda (a
> nova definicao de fanatismo e' apenas uma desculpa para o ataque).


Err... bem, direita e esquerda não são os dois lados de um corpo
quando vistos de um determinado ponto de vista? Assim minha direita
parece esquerda para você... não?


> > A minha tem sido chata... e pelo jeito vai ser looonga. Mas
isso
> > são detalhes.
>
> Por um preco modico eu posso lhe apresentar um novo modo de ver e
> sentir as experiencias vivenciais q. ira' revolucionar sua
> compreensao ontologica da unidade e da unicidade das coisas e das
nao-
> coisas.

Desde que eu não tenha que me desfazer de meu patrimônio todo (alguns
livros e algumas peças de roupa), tá limpo.


> > E eu nem gosto tanto assim de preparar arroz e feijão, nem comida
> > russa ( roizcovo ). Bife? Só de vez em quando.
>
> La trivialité variée... Ups! Melhor não dar assim de graça as
minhas
> dicas seudo-utilitário-filosóficas.


Eu já havia dito ao Brudna e agora digo a você: Não reclamem da vida
dura de cientista e coisa e tal. Busquem a LUZ e ela os iluminará e
encherá seus bolsos! Um Walter Mercado nem precisa saber falar e
olha quanto que ele ganhou? E o Urandir Fernandes de Oliveira? O
cara só precisa passar óleo de peroba na cara umas 3 vezes ao dia e
já é milionário! Cês tão é perdendo tempo... e, veja, Takata também
é um nome com apelo místico. Você pode fazer a linha "orientalismo-
biológico-niueige", e ao invés de usar cristais, utilizar-se de
culturas de "protozoários energéticos" tratados em bomba de cobalto
para ativação dos chacras. Enquanto os chacras são ativados você
canta umas musiquinhas que pareçam mantrans, tipo: sapo cururu na
beira do rio... ao som de cítaras :)

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] OFF-TOPIC Re: Velharias
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 17:11

On Tue, 26 Nov 2002, rmtakata wrote:
> O mercado para Spirit e Tarzan e' um pouco mais restrito, mas deve
> alcancar bons precos. (Nao venda pela primeira oferta.)

Porque vou ler o gibi do Tarzan se posso ler o livro? Disponível na
biblioteca mais próxima.

Burroughs rules!!

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Res: Analogia p/ Alberto
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 17:16

----- Original Message -----
From: "rmtakata"
Sent: Tuesday, November 26, 2002 2:55 PM
Subject: [ciencialist] Re: Res: Analogia p/ Alberto

> Nao sei onde houve censura. Todos continuam publicando normalmente.

Eu não disse que houve censura *aqui* na Ciencialist. Simplesmente postei um
texto para que fosse interpretado e a seguir lancei alguns "koans" em tom
exclamativo e a relacionarem-se ao conteúdo do texto. Alguns se sentiram
incomodados com o que disse nessa ou em outras mensagens e vestiram a
carapuça. O que eu posso fazer?

Por outro lado, poderia falar em uma pretensa "censura ideológica" e/ou
"censura clubística" (daquela observada em campos de futebol) mas quero crer
que nem mesmo isso exista aqui. O que existe mesmo é falta de assunto, ou
desânimo, por parte da maioria, e vontade de aparecer, por parte de alguns,
pois do contrário essa thread mal teria passado de duas mensagens. E pelo
visto ainda vai dar pano para muita manga. Pobre Ciencialist: Quem te viu e
quem te vê...

P.S.: Dou por encerrada minha participação nessa casmurrice. Vou me recolher
a minha insignificância, permanecendo tão somente na galera a assistir os
próximos episódios circenses. Aos que gostam de representar, de todo o
coração estarei na platéia torcendo pelos seus sucessos.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: Choro de criança (p/ Alberto)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 17:27

--- Em ciencialist@y..., "Ligia Amorese" <ligia5555@y...> escreveu
> Err... bem, direita e esquerda não são os dois lados de um corpo
> quando vistos de um determinado ponto de vista? Assim minha
> direita parece esquerda para você... não?

Nao e' o caso da direita e esquerda politica (nao q. a divisao seja
sempre nitida, de todo modo, Olavo de Carvalho ataca a esquerda e
declaradamente). E' q. vc realmente nao leu os textos dele... Bem, e'
um aspecto positivo. :-)

Pra vc ter indigestao:

-------
"Diante do fato consumado da derrocada da URSS, o Foro de São Paulo
vem sendo desde 1990 a mais poderosa iniciativa que se tomou para
rearticular o movimento comunista internacional e, nas palavras de
Fidel Castro, "reconquistar na América Latina o que foi perdido no
Leste da Europa". Convocado pelo ditador cubano e por Luiz Inácio
Lula da Silva, o Foro reúne partidos comunistas (e pró-comunistas)
legais, empenhados na luta pela hegemonia cultural e política de suas
nações, e organizações armadas envolvidas em seqüestros, terrorismo e
narcotráfico. Entre estas últimas, destacam-se as Farc, cujas
ligações com o mercado brasileiro de drogas ficaram provadas com a
prisão de Fernandinho Beira-Mar. Há também organizações de dupla
face, legais e ilegais ao mesmo tempo, como o Partido Comunista
Chileno, cujo braço armado teve algo a ver com o seqüestro de
Washington Olivetto.
[...]
Mas, por favor, não pensem que com essas observações eu esteja
tentando favorecer ou desfavorecer qualquer candidatura à Presidência
da República. Vejam: os quatro candidatos, com diferenças irrisórias,
seguem uma mesma ideologia, e qualquer deles que seja eleito
dificilmente poderá governar sem o apoio de pelo menos um ou dois dos
outros três. Trata-se portanto de uma eleição de chapa única,
subdividida em quatro denominações provisórias. Talvez por isso o dr.
Boff não tenha dito que a revolução será inaugurada com a vitória do
candidato x ou y, mas com "a eleição" tout court — pouco importa de
quem. Do ponto de vista psicológico, ao menos, essa revolução já
começou: a uniformidade ideológica, uma vez aceita como estado normal
da política democrática, basta para colocar virtualmente fora da lei,
como "extremismo de direita", qualquer palavra que se diga doravante
em favor do capitalismo liberal, dos EUA ou de Israel. Quem as diz
recebe regularmente ameaças de morte, das quais algumas já nem tomam
a precaução de vir em mensagens anônimas: estampam-se em sites da
internet e não causam nenhum escândalo. O dr. Boff tem razão: a
semeadura já foi feita. É hora da colheita. Mas tudo isso, decerto, é
mera força de expressão. Escândalo, sim, seria enxergar alguma
intenção malévola em palavras tão inocentes."
http://www.olavodecarvalho.org/semana/07092002globo.htm
-------

"Há mais de uma década intelectuais de esquerda metidos na Escola
Superior de Guerra e nas academias militares buscam vender aos
oficiais das nossas Forças Armadas a teoria de que, com a queda da
URSS, o comunismo acabou, o mundo se tornou unipolar e o pólo único,
com suas crescentes ambições de domínio mundial, é o virtual inimigo
contra o qual devem se voltar os planos estratégicos da defesa
nacional.
[...]
Dessas observações, não é possível deixar de concluir que as nossas
Forças Armadas, e especialmente as novas gerações de oficiais, vêm
sendo alvo de um vasto e pertinaz esforço de desinformação e
manipulação, destinado a torná-las instrumentos dóceis do anti-
americanismo organizado, da revolução continental e do pólo
globalista de esquerda. Hoje, as promessas lisonjeiras de quatro
candidatos esquerdistas anunciam, ao fim de duas décadas de
humilhação, a restauração da dignidade das nossas Forças Armadas. Mas
haverá dignidade em quem se deixe assim vender barato àqueles mesmos
que tanto fizeram para baixar-lhe o preço?"
http://www.olavodecarvalho.org/semana/09082002zh.htm

-----------

> Desde que eu não tenha que me desfazer de meu patrimônio todo
> (alguns livros e algumas peças de roupa), tá limpo.

Hmmmm... >:-D

> e, veja, Takata também é um nome com apelo místico.

Não bota mãe no meio, não. Estamos tentando discordar em alto
nível. :-)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Res: Analogia p/ Alberto
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 17:39

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> Eu não disse que houve censura *aqui* na Ciencialist.

Mas onde entao? Nos jornais?

> Por outro lado, poderia falar em uma pretensa "censura ideológica"
> e/ou "censura clubística" (daquela observada em campos de futebol)

Capaz de ter por aqui. Mas qual o problema exatamente?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Jargões falaciosos na Física
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 18:30

Álvaro:

Aqui no ES tem um peixe que é chamado de "bacalhau" por ter mas mesmas
características do similar importado com relação ao processo de salga,
embora seja pequeno, pouco freqüente o gosto "um pouco diferente" mas que
serve bem pra fazer uma torta capixaba...
Agora, fresco, fresco mesmo, acho que só se acha no RGS...

sds.,

silvio.
"<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, November 25, 2002 1:00 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Jargões falaciosos na Física


>
> -----Mensagem Original-----
> De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
>
>
> > A unica coisa boa e' o charque -- qdo bem feito -- e
> > alguns defumados (q. nao chega a ser desidratado completamente e
> > muito menos liofilizado). Bacalhau... bem, se se pudesse provar o
> > bacalhau fresco seria muito melhor.
>
> Bacalhau fresco é bem melhor. Eu, que detesto bacalhau, comi o bacalhau
> fresco certa vez porque não sabia o nome em inglês do bicho ("cod fish").
> Só fui descobrir uns dias depois...
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto
>
>



SUBJECT: Res: Analogia p/ Alberto
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 18:41

> De: Alberto Mesquita Filho
>
> Eu não disse que houve censura *aqui* na Ciencialist.
> Simplesmente postei um texto para que fosse interpretado
> e a seguir lancei alguns "koans" em tom exclamativo e a
> relacionarem-se ao conteúdo do texto. Alguns se sentiram
> incomodados com o que disse nessa ou em outras mensagens
> e vestiram a carapuça. O que eu posso fazer?

Continue, Mesquita. Vc está quase conseguindo. Falta
pouco para um "ad hominem".

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Res: Analogia p/ Alberto
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 18:50

--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> > De: Alberto Mesquita Filho
> >
> > Eu não disse que houve censura *aqui* na Ciencialist.
> > Simplesmente postei um texto para que fosse interpretado
> > e a seguir lancei alguns "koans" em tom exclamativo e a
> > relacionarem-se ao conteúdo do texto. Alguns se sentiram
> > incomodados com o que disse nessa ou em outras mensagens
> > e vestiram a carapuça. O que eu posso fazer?
>
> Continue, Mesquita. Vc está quase conseguindo. Falta
> pouco para um "ad hominem".


Dã? Que que é isso? O Alberto vem falando claramente sobre atitudes
que fogem à pretensa capacidade de argumentação científica e você já
vem apelando para "ad hominem"? Duvideodó que ele fizesse isso.
Quanto a você... bem, pelo modo gentil com que você costuma atacar
de frente qualquer assunto... você brinca na maioria das vezes, né?
Porque se for a sério...

Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Olavo de Carvalho (Era: RES: Analogia p/ Alberto)
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 18:51

L:

Concordo plenamente com seus argumentos.
Não há nenhuma influência da "esquerda" como Marx, Engels, Hegel.
O marxismo não influenciou as teorias sociais, a economia, a política.
Quando Hegel eliminou a dicotomia entre o real e o ideal, entre a realidade
pensante e a realidade extensa, entre espírito e matéria, não alterou nada
na "realidade" da história.
Todos, além de outros (Sartre, Camus, Jaspers) , foram pensadores
sofismáticos.

silvio, sofismando.

Nota: gostei do uso da palavra "escrutínio". Raramente é usada neste
sentido.

----- Original Message -----
From: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, November 25, 2002 11:03 PM
Subject: Re: [ciencialist] RES: Olavo de Carvalho (Era: RES: Analogia p/
Alberto)


> ----- Original Message -----
> From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de
> To: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
> Sent: Monday, November 25, 2002 2:50 PM
> Subject: [ciencialist] RES: Olavo de Carvalho (Era: RES: Analogia p/
> Alberto)
>
> >Ele também é astrólogo e fanático religioso.
>
> O lance de ser astrólogo não me incomoda nenhum pouco. A astrologia não me
> interessa, mas não compartilho da ojeriza que os cientificistas têm pelo
> assunto. ;-) Me incomoda muito mais o sujeito posar de defensor da
> racionalidade contra o irracionalismo das massas (especialmente as massas
de
> esquerda, se é que ainda existem massas de esquerda) e, ao mesmo tempo,
> sustentar suas posições em pseudo-argumentos e sofismas que não resistem
ao
> escrutínio mais atento. Haja sofisma pra conseguir afirmar que a nova
ordem
> mundial foi criada pela esquerda...
>
> Abs.
> L.
>
>



SUBJECT: Re: Res: Analogia p/ Alberto
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 18:51

--- Em ciencialist@y..., "Ligia Amorese" <ligia5555@y...> escreveu
> Porque se for a sério...

Desarme seu coração, Lígia.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Choro de criança (p/ Alberto)
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 19:06

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> Nao e' o caso da direita e esquerda politica (nao q. a divisao seja
> sempre nitida, de todo modo, Olavo de Carvalho ataca a esquerda e
> declaradamente). E' q. vc realmente nao leu os textos dele... Bem,
e'
> um aspecto positivo. :-)

Ainda tenho chance de ser salva? Não sou um caso perdido? :)


> Pra vc ter indigestao:
>
> -------
> "Diante do fato consumado da derrocada da URSS, o Foro de São Paulo
> vem sendo desde 1990 a mais poderosa iniciativa que se tomou para
> rearticular o movimento comunista internacional e, nas palavras de
> Fidel Castro, "reconquistar na América Latina o que foi perdido no
> Leste da Europa". Convocado pelo ditador cubano e por Luiz Inácio
> Lula da Silva, o Foro reúne partidos comunistas (e pró-comunistas)
> legais, empenhados na luta pela hegemonia cultural e política de
suas
> nações, e organizações armadas envolvidas em seqüestros, terrorismo
e
> narcotráfico. (...) O dr. Boff tem razão: a
> semeadura já foi feita. É hora da colheita. Mas tudo isso, decerto,
é
> mera força de expressão. Escândalo, sim, seria enxergar alguma
intenção malévola em palavras tão inocentes"
> http://www.olavodecarvalho.org/semana/07092002globo.htm


Ahahahahahah... ele é ótimo! Tira da reta
direitinho... "Escândalo, sim, seria enxergar alguma
intenção malévola em palavras tão inocentes" :)



> -------
>
> "Há mais de uma década intelectuais de esquerda metidos na Escola
> Superior de Guerra e nas academias militares buscam vender aos
> oficiais das nossas Forças Armadas a teoria de que, com a queda da
> URSS, o comunismo acabou, o mundo se tornou unipolar e o pólo
único,
> com suas crescentes ambições de domínio mundial, é o virtual
inimigo
> contra o qual devem se voltar os planos estratégicos da defesa
> nacional.
> [...]
> Dessas observações, não é possível deixar de concluir que as nossas
> Forças Armadas, e especialmente as novas gerações de oficiais, vêm
> sendo alvo de um vasto e pertinaz esforço de desinformação e
> manipulação, destinado a torná-las instrumentos dóceis do anti-
> americanismo organizado, da revolução continental e do pólo
> globalista de esquerda. Hoje, as promessas lisonjeiras de quatro
> candidatos esquerdistas anunciam, ao fim de duas décadas de
> humilhação, a restauração da dignidade das nossas Forças Armadas.
Mas
> haverá dignidade em quem se deixe assim vender barato àqueles
mesmos
> que tanto fizeram para baixar-lhe o preço?"
> http://www.olavodecarvalho.org/semana/09082002zh.htm


Vixi! Ele chama aos brios... que cousa! Está pretendendo uma
insurreição das abobrinhas...


> > e, veja, Takata também é um nome com apelo místico.
>
> Não bota mãe no meio, não. Estamos tentando discordar em alto
> nível. :-)


Ei... não botei a mãe no meio não! Fiquei pensando com meus botões
que seria interessante também se você criasse uma linha de "florais"
de fitoplâncton. Eles seriam iguais aos florais de Bach, mas ao
invés de serem conservados em cherry brand seriam conservados em
saquê depois da essência dos fitoplânctons serem extraídas em pura
água do mar... Que tal os "fitoplanctais de Takata"? Tem até slogan:

"Das bases da cadeia alimentar à sua saúde mental, física e tais,
tome Fitoplanctais!"

Beijos, Lígia

PS: Não cobro pelo jingle... caso queira... :D




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: RES: Fundacao Pro-Vida: Quem são? (Era: Choro de criança)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 19:07



Lígia
<Longe de mim ofender você, Léo, digo, 'deus'. Mas que o rapaz, o tal
de Lisandro, encarnou em mim e não larga do meu pé, isso é notório.
O que eu faço, deus? Me dá uma luzinha, um aceno... uma dica...
hum? Ou então faça cair a sua ira sobre ele na forma de uns
relâmpagos virtuais via-satélite... :)>

Oi Ligia, enquanto não tomo providências (estou muito ocupado com os resultados das chuvas em Osasco), vá aLisandro o cidadão. Com sutileza, ele largará seu pé e chegará ao seu coração (não, não é pelo lado de fora!).

[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Choro de criança - Ligia/Takata
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 19:19



--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> Mas perdemos tempo demais discutindo vacuidades.
>
> []s,
>
> Roberto Takata

Lígia: E por que começamos então? Deixa esse Olavo de Carvalho de lado e
vamos viver! A vida é bela e curta... A propósito: vi seu gosto
por comidas em outro e-mail. Gente, eu nem sabia que tinha tanta
diversidade gastronômica!

O Roberto só cometeu um erro ao citar aquela lista de obscenidades gustativas. Esqueceu que em 2100 ninguém terá mais o paladar que temos hoje. Mesmo hoje, será que a maioria da população conhece o gosto do aspargo, do salmão etc.
Eu ainda remotamente lembro do gosto da 'pindaíva' (eta fruta gostosa); nunca mais a encontrei (e, o irônico, é que ela é nativa de Bebedouro, onde nasci); em 2100 será servido pó de pindaíba para fazer suco ... alguém saberá se o gosto é aquele mesmo?
Eu deliciava-me com a maionese feita pela minha avó (azeite pingando gota-a-gota na gema do ovo e mexido lentamente a colher de pau --- serviço de 1,5 horas de trabalho) ... e o que é que a maionese Helmanns (ou aquela gosma que colocam nos sanduíches) tem de parecido com a maionese original?
Vcs usam da manteiga Paulista, manteiga Aviação? ou usam margarina no café da manhã?
Os paladares estão indo pro brejo muito rapidamente. Em 2100 não haverá mais noção do que é paladar original de alimentação. Será o sabor das cápsulas!
[]'
Léo
===================



SUBJECT: Re: [ciencialist] OFF-TOPIC Re: Velharias
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 19:42



On Tue, 26 Nov 2002, rmtakata wrote:
> O mercado para Spirit e Tarzan e' um pouco mais restrito, mas deve
> alcancar bons precos. (Nao venda pela primeira oferta.)

TARCISIO BORGES: Porque vou ler o gibi do Tarzan se posso ler o livro? Disponível na
biblioteca mais próxima.

Livro do Tarzan só tem um. Gibi do Tarzan somam milhares e com histórias das mais divertidas que o "Eu Tarzan, Tu Jane". Dos 38 atores que representaram Tarzan em filmes, mais da metade tiveram gibis publicados com sua fisionomia. A saga Tarzan e os leões dourados (Jad'ball'já) é supimpamente melhor que o livro.
Por outro lado, Fantasma não tem livro algum (do molde de Tarzan, do Edgar) e, por vários anos, foi mais vendido que o Super Homem ou o Batman (que tb não têm livro algum!).

[]'
Léo
=========



SUBJECT: Re: [ciencialist] OFF-TOPIC Re: Velharias
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 19:56

Colucci:
Ningéum lembrou de três íntens da maior importância:
a) os almanaques Capivarol que eram distribuidos nas farmácias,
b) os citados drops Dulcora colocados estratégicamente no bolso da calça
quando dos arasta-pés e
c) as pernas de Marlene Dietrich no "Anjo Azul".

sonhar tambem é cultura.

silvio.

----- Original Message -----
From: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, November 26, 2002 1:05 AM
Subject: [ciencialist] OFF-TOPIC Re: Velharias


CAPITULAÇÃO

Às vezes sabedoria é reconhecer derrota. Declaro minha rendição
incondicional diante das potências matusalênicas que dominam este grupo.
Vejam se dá para competir:

>SILVIO: já que é pra apelar: os filmes que passavam em minha terra
(Itabirito) era segmentados (só havia u ´a máquina), nos intervalos o
pessoal conversava e comia pinhão cozido (o chão ficava uma
festa...)antes do filme começar tocava sirene pra chamar o povo...não
havia filas.... as pessoas "gradas" tinham preferência na compra dos
bilhetes!!! o primeiro filme contínuo foi "Grande Hotel".mata essa!!! -
Lí o "O Tico-Tico" e vi as séries do Flash Gordon no planeta Mong.<

Sílvio, já assisti a muitos seriados no cinema. No Cine Brasil, em
Valinhos. Não chegávamos ao requinte do pinhão cozido. No máximo, um
drops Dulcora de anis e a mão no joelho de alguma menina. Troquei muito
gibi na porta. De vez em quando aparecia um Carlos Zéfiro. Valia uns
quatro Superman e uns três Fantasmas. Sou mais velho do que a minha data
de nascimento: costumava ler o Tico-Tico (uma de minhas tias tinha a
coleção completa) e assisti o Flash Gordon. Correção: o planeta era
"Mongo".


>Léo: Quando vcs chegarem nos matinés com Nioka, A deusa de Joba, Clide
Beati, Supermam (com uma roupa cheia de rugas). Levava para o matiné 300
reis (era uma moeda com uma locomotiva estampada) e dava para a entrada,
comprar as balas de chocolate e comprar (e trocar) os gibís na porta.
Ainda tenho aqui comigo o "Homem Bala, Príncipe Submarino (Namor e
Namora), Cavaleiro Negro, Íbis (o do triângulo), Flecha Ligeira, Durango
Kid, Spirit ... e mais duas caixas cheias até a tampa!<

Se o Silvio já era páreo duro, esse aí não dá para encarar. Desisto
antes que ele peça reforço para o Alberto, porque ele vem de Tom Mix e
Buffalo Bill. Eu teria que ressuscitar a minha mãe, que assistia a tudo,
de Esther Williams a Clark Gable.

Esse pessoal mais jovem da lista vai ter nostalgia do quê, quando
chegarem à nossa idade? Cartas para a redação.

Um abraço,
Colucci

PS: Essas caixas de gibi do Léo devem valer uma grana. Cavaleiro Negro!
Spirit!






SUBJECT: Ignorante de carteirinha p/ Ligia
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 21:23



Oi Lígia,

O texto que você reproduziu é simplesmente de
primeira grandeza, com uma envergadura intelectual
de fazer inveja... é chato mesmo (fazer o que?).

Abraços,

Guilherme



>Hum... sabe de uma coisa? Ou eu sou uma ignorante de carteirinha ou
>o texto que reproduzo abaixo tem algum significado... pelo menos
>para mim.
>
>Beijos, Lígia
>


_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ignorante de carteirinha p/ Ligia
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/11/2002 21:34

----- Original Message -----
From: Guilherme Peixoto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, November 26, 2002 9:23 PM
Subject: [ciencialist] Ignorante de carteirinha p/ Ligia

>O texto que você reproduziu é simplesmente de primeira grandeza, com uma
envergadura intelectual
de fazer inveja... é chato mesmo (fazer o que?).

Assim é se lhe parece. Fazer o quê? ;-)

Abs.
L.



SUBJECT: Re: OFF OLAVO TOPIC
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/11/2002 22:01

--- Em ciencialist@y..., "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@w...> escreveu

Curso rapido de polemista:
. . .
> 5o) Se não tiver argumentos numa discussão científica, apele para
> filosofia da ciência. Afinal, em filosofia vale tudo.

6o) E, entre os filósofos da ciência, dê preferência ao Popper. Faça
o que os criacionistas costumam fazer com as idéias de Darwin, isto
é, diga que a afirmação do oponente não é falseável, e fique
sustentando isso com argumentos ad hoc. Afinal, pra tudo há um
argumento ad hoc.

Por exemplo: se o oponente demonstra que X é falseável, diga que o
oponente interpretou X forçadamente, somente para adaptá-lo a um
teste que mostra a sua falseabilidade mas não a falsidade, ou seja,
não o refuta.
[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Ignorante de carteirinha p/ Ligia
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 00:01

--- Em ciencialist@y..., "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@h...> escreveu
>
>
> Oi Lígia,
>
> O texto que você reproduziu é simplesmente de
> primeira grandeza, com uma envergadura intelectual
> de fazer inveja... é chato mesmo (fazer o que?).
>
> Abraços,
>
> Guilherme


Oi Guilherme,

Não achei o texto chato não, muito pelo contrário. Como eu já disse,
pelo fato de não conhecer o contexto dos "bastidores intelectuais" do
autor, eu considerei esse Olavo de Carvalho alguém que expõe alguma
coisa interessante para mim no que concerne ao fanatismo. Concordo
em gênero, número e grau. E como eu não sou partidária de direita
nem de esquerda, prá mim tanto faz o que ele afirma quanto a uma
suposta "armação" esquerdista de posse do mundo... Em termos de
política e estudos sociais eu sou uma anta assumida!

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Choro de criança (p/ Alberto)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2002 00:22

----- Original Message -----
From: Ligia Amorese
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, November 26, 2002 10:54 AM
Subject: [ciencialist] Re: Choro de criança (p/ Alberto)

>Eu nem o conhecia... só andei fuçando nos sites a procura do porquê dele
ser considerado uma espécie de "charlatão filosófico". Acabei dando de cara
com um texto que não me pareceu de todo horripilante.

Os textos dele nunca são horripilantes. Muito pelo contrário. Ele *sabe*
escrever. É só quando a gente pára pra analisar a estrutura lógica do texto
que os problemas aparecem. Pode ser preconceito meu, mas eu tendo a
acreditar que, se os argumentos que você usa são consistentes, você não
precisa tentar seduzir o leitor com artifícios retóricos. Se você tem que
apelar pra técnicas de persuasão é porque não acredita na solidez dos teus
argumentos.

>E não é?

Não, Lígia, não é. Pelo menos nas ciências sociais, que é do que ele tava
falando. (Poxa, você não leu mesmo o meu comentário ao artigo do Olavo de
Carvalho, né?) :-(

>Não. O que o autor está demonstrando é que o fanatismo na maioria das
vezes está de acordo com o modo de pensar de uma maioria e portanto não se
sobressai... não destoa nem dá mostras de que seja fanatismo. Mas que é,
é...

O Olavo de Carvalho tá falando sobre o que ele considera fanatismo de
esquerda. O resto não interessa muito pra ele.

>Todo mundo que fala para as pessoas aquilo que elas não querem ouvir é mal
visto, entendo... Se isso é saber armar
armadilhas retóricas, bem, eu não sei.

Lígia, existe uma diferença muito grande entre falar para as pessoas aquilo
que elas não querem ouvir e armar armadilhas retóricas. Se o texto dele
tiver consistência, resiste a uma análise lógica, independente das pessoas
gostarem ou não. Se não resiste a uma análise lógica, é porque o texto não
tem consistência - de novo, independente das pessoas gostarem ou não.

>Mas que o texto fala por si mesmo, fala. :)

Isso é verdade, o texto fala por si mesmo, mas talvez ele não esteja dizendo
o que você acha que ele está. Leia mais alguns artigos do Olavo de Carvalho
e aos poucos você irá percebendo os artifícios, os truques, a prepotência, a
arrogância, a postura de
dono-da-verdade-incompreendido-pelas-massas-ignorantes, etc. Você vai
perceber também como ele assume automaticamente a atitude de que, se você
não concorda com ele, é porque é um ignorante. O Olavo de Carvalho
simplesmente não admite que pessoas diferentes possam ter opiniões
diferentes. Existe apenas a Verdade, que ele apresenta pra quem quiser
ouvir, e todo o resto não passa de estupidez. Não existe espaço pra
discordância, pro debate. Bastou fazer uma crítica a qualquer coisa que ele
diz, pro Olavo de Carvalho partir imediatamente pra argumentos ad hominem,
tentando desqualificar intelectualmente o adversário. Desculpe, mas eu não
gosto de pessoas que apresentam suas idéias com argumentos do tipo "ou você
concorda comigo ou você é uma besta". Imagino que você também não goste,
pelo menos até onde eu te conheço pelo pouco que a gente tem conversado.

Bjs.
L.



SUBJECT: Re: Choro e ranger de dentes p/ Lúcio :)
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 00:50

Lúcio!


--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> ----- Original Message -----
> From: Ligia Amorese
> >Hum... sabe de uma coisa? Ou eu sou uma ignorante de carteirinha
ou o
> texto que reproduzo abaixo tem algum significado... pelo menos
para mim.
>
> Lúcio: Que ele tem algum significado, não se discute. A questão é
saber de que
> tipo. Um dos artifícios da retórica da persuasão é partir de uma
premissa
> verdadeira, ou pelo menos verossímil, e aproveitar-se dessa
verossimilhança
> pra introduzir generalizações não-demonstradas (ou simplesmente
falsas).


Lígia: Mas em que se baseia o "falso" ou "verdadeiro" nessa
questão?


> Vejamos como isso acontece no texto do Olavo de Carvalho:

> (...) ninguém pensaria em acusar os biólogos e físicos de usarem
esses conceitos
> como camisas-de-força. É simplesmente uma condição *sine qua non*
da ciência
> e, de fato, do pensamento em geral: você vai notar que o próprio
Olavo de
> Carvalho começou seu artigo apelando pra uma categoria geral, a
saber,
> "individualidade".

Lígia: Mas veja só uma coisa: eu entendi o que ele falou justamente
porque eu não tinha sequer noção do que você afirma acima. Isso
implica em que:

1. quem aceita o que ele diz é uma anta, como eu.
2. quem aceita o que ele diz não pensa como você... :)


>
> É claro que o autor sempre pode tirar o dele da reta alegando que
não estava
> criticando as ciências sociais em geral, mas apenas "o estudioso
medíocre".


Lígia: Que seria aquele que aceita a colocação genérica das ciências
sociais que não levam em consideração o indivíduo, antes o conjunto,
a sociedade como um todo... entendo.


> Mas, em qualquer disciplina (e as ciências humanas não são uma
exceção), não
> é o estudioso medíocre que faz ciência, e uma ciência deve ser
julgada pelas
> suas melhores realizações, não pelas mais medíocres. Se quisermos
avaliar a
> importância da física, é Galileu, Newton, Bohr e Einstein que
devemos tomar
> como parâmetro, não os criadores da fusão a frio. Da mesma forma, a
ciência
> social deve ser avaliada por nomes como Weber, Durkheim, Lévi-
Strauss ou
> Clifford Geertz, não pelos autores das dezenas de teses medíocres
que
> anualmente são apresentadas nas universidades só pra justificar o
mestrado.

Lígia: Mas vejamos: a física se faz dos grandes cientistas que
marcaram seus nomes na história da ciência e foram "divisores de
água". A Física é o que é hoje graças a eles, certo? O mesmo não se
aplicaria às ciências sociais? Portanto, quem acata a idéia do que
tais ciências apregoam não estaria justamente observando-a a a partir
do que os tais vultos que você enumera "moldaram"?



> >Nessa insistência já se manifesta, em forma disfarçada e
socialmente
> prestigiosa, o fanatismo definido por Frankl. Boa parte da "ciência
> social" de hoje não é senão o recorte das individualidades segundo a
> medida da mediocridade-padrão.
>
> Aqui, de duas, uma: ou Olavo de Carvalho não faz a menor idéia do
que se faz
> atualmente em ciências sociais ou sabe que o seu leitor não faz e se
> aproveita disso pra vender uma imagem da ciência social que não tem
a menor
> correspondência com a realidade, pelo menos no Brasil.

Lígia: Deve ser a segunda opção então tendo em vista o que você
comenta a seguir...



> Bastante provavelmente, o próprio Olavo de Carvalho deve ter sido
gramsciano
> em seus tempos de militância esquerdista, daí que, ao repudiar o
> esquerdismo, tenha feito de Gramsci sua bête noire favorita, num
mecanismo
> que qualquer psicanalista é capaz de compreender e pelo qual o amor
que
> antes devotávamos a alguém se transforma em ódio.

Lígia: Hum... pode ser. Se o que ele afirma é da forma como voc6e
e o Takata vêm demonstrando, só posso acreditar que seja esse o
problema.



> Com este ponto, eu sou obrigado a concordar, porque vejo sinais
desse
> "verdadeiro fanatismo" (que é "inteiramente compatível com a
serenidade do
> tom e enverga, não raro, convincentes sinais de 'moderação'") nos
textos do
> próprio Olavo de Carvalho. Segundo uma conhecida definição de
Winston
> Churchill, um fanático é alguém que não muda de idéia, nem de
assunto, e é
> só ver a insistência maníaca, obsessiva mesmo, com que Olavo de
Carvalho
> repisa os mesmos temas, com os mesmos argumentos, semana após
semana, pra
> ver que a definição de Churchill cai como uma luva.


Lígia: Hum... e pelo visto é algo que se exacerba com o tempo... :)


> (...)Imagino que, em seus tempos de militante do PC,
> Olavo de Carvalho tenha se deixado doutrinar pela cartilha do
partido,
> segundo a qual o único marxismo verdadeiro é o pregado pelo Partido
> Comunista. Só que, quando abandonou o Partido, esqueceu de deixar
de lado a
> doutrinação. O que chamamos de "esquerda" é formada por uma
pluralidade de
> correntes e pensamentos que vão desde os anarquistas, seguidores de
> Kropotkin e Malatesta (entre outros), e que repudiam vivamente o
marxismo em
> geral, até pensadores marxistas que foram os primeiros a denunciar o
> leninismo-stalinismo como uma distorção e uma perversão do
comunismo. (...) E se você apenas folhear a bibliografia da maior
parte dos textos
> escritos por pensadores de esquerda contemporâneos, vai ver que são
*esses*
> autores que embasam a esquerda, e não a vulgata do Partido
Comunista, que só
> os minguados quadros do partido ainda tomam como um evangelho.

Lígia: Obrigada pela aula!


>
> (De passagem, relê a frase do Olavo de Carvalho e você vai notar uma
> esclarecedora referência ao "homem diferenciado". É a "bela alma"
de Hegel,
> o sujeito que se julga superior às outras pessoas e que acredita
não ter
> nada em comum com elas. Lembro aqui um texto zen que diz: "O que é
uma
> pessoa comum? O que é um sábio? Se diferencias, és uma pessoa
comum. Se não
> diferencias, és um sábio.")

Lígia: O sábio é justamente aquele que já aprendeu que não vale a
pena se destacar nem se sentir diferente dos demais... Melhor e mais
sábio é sempre estar no meio do bolo :)



> O traço de união entre os diversos pensamentos de esquerda é a
crença de que
> é possível abolir a exploração do homem pelo homem e substituir a
sociedade
> atual por uma sociedade sem classes e sem estado. O caminho que
conduziria a
> essa sociedade utópica varia radicalmente de acordo com cada
corrente, e
> algumas, como a Escola de Frankfurt, são inclusive céticas ao
extremo quanto
> à possibilidade de realizar esse ideal na prática.

Lígia: Também sou cética quanto a isso...

De qualquer forma, com a
> exceção dos poucos militantes que ainda permanecem fiéis ao Partido
> Comunista, você dificilmente vai encontrar algum esquerdista que
acredite
> que o caminho pra essa sociedade sem classes passe pela ditadura do
> proletariado pregada pelo Partidão.


Lígia: E há algum outro modo de colocar todos em fila sem uma ordem
vinda "de cima"?


> O verso de Paul Éluard tem o mesmo sentido que um conhecido
epigrama de
> Blake que convidava a "contemplar o infinito em um grão de areia".
E Blake é
> absolutamente insuspeito de qualquer conivência com o comunismo -
não só ele
> é anterior a Marx, como era um visionário, que recebia visitas do
profeta
> Isaías e conversava com Ezequiel. ;-) Jesus Cristo também dizia que
o reino
> de Deus está neste mundo, e não me consta que Cristo fosse filiado
ao
> Partido Comunista.

Lígia: Foi isso o que eu "vi"... por isso não associei o Olavo à
anti-esquerda...:)


O zen-budismo, como eu comentei recentemente na noosfera,
> é totalmente voltado para a obtenção da iluminação *neste* mundo e
também
> "não aspira a nenhum transmundo". De qualquer forma, a crença de
que existe
> literalmente um outro mundo fora deste, em alguma outra dimensão
> inacessível, denota uma compreensão superficial do que as religiões
e o
> esoterismo dizem sobre o assunto: não existe nenhum outro mundo, o
que é
> descrito como paraíso, nirvana ou qualquer que seja o nome é este
mundo
> mesmo, quando contemplado sem condicionamentos que distorcem nossa
> percepção. Assim, apesar de encher a boca a cada vez que fala sobre
a
> sabedoria esotérica, no fundo, Olavo de Carvalho não se diferencia
do
> fundamentalista que acredita piamente que o Céu está em algum lugar
> indefinido "lá em cima".

Lígia: Ele é um inconformado... os inconformados sempre querem sair
e achar outros lugares/estados/posições, mudar radicalmente, criar
novos paradigmas, modificar as estruturas vigentes...


> A expressão "estar no mundo, mas não pertencer a ele" é uma das
divisas do
> sufismo. Empregá-la nesse contexto e nessa acepção só ratifica o
que eu
> acabei de dizer sobre o Olavo de Carvalho. Se você estudar os
textos sufis,
> vai ver que toda vez que eles se referem a um outro mundo ou a um
paraíso
> descrito nos moldes árabes, estão empregando essas imagens como
metáforas
> pra um estado mais elevado de consciência, e não para designar um
lugar real
> fora deste mundo.


Lígia: Engraçado foi que eu entendi dessa mesma forma que você expôs
agora quando li o texto dele. Mas a idéia dele é justamente dar a
entender que alguém que não seja fanático, portanto não imerso,
está "além ou aquém", nunca no mesmo lugar que os demais... :)
Alguém que tenha a consciência elevada também não partilha do
mesmo "lugar" que os demais. Está acima deles mesmo que esteja em
meio a eles.


> Eis, portanto, Lígia, a que se reduz o significado do texto do
Olavo de
> Carvalho. Não passa de uma armadilha retórica, como bem disse o
Takata. E
> uma análise semelhante, linha a linha, mostraria que isso é
verdadeiro pra
> maioria das coisas que ele escreve.

Lígia: Mais uma vez, obrigada pela sua disposição de mostrar prá mim
onde é que esse senhor está errado. Se não fosse pela sua
disposição, eu, com certeza, pensaria como outro ciencialisteiro que
o endeusa... :)

Beijos, Lígia




SUBJECT: Choro e ranger de dentes p/ Lúcio :)
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 01:05

Não saíu até agora na ciencialist... repasso aqui:

Lúcio!


--- Em ciencialist@y..., "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@u...>
escreveu
> ----- Original Message -----
> From: Ligia Amorese
> >Hum... sabe de uma coisa? Ou eu sou uma ignorante de carteirinha
ou o
> texto que reproduzo abaixo tem algum significado... pelo menos
para mim.
>
> Lúcio: Que ele tem algum significado, não se discute. A questão é
saber de que
> tipo. Um dos artifícios da retórica da persuasão é partir de uma
premissa
> verdadeira, ou pelo menos verossímil, e aproveitar-se dessa
verossimilhança
> pra introduzir generalizações não-demonstradas (ou simplesmente
falsas).


Lígia: Mas em que se baseia o "falso" ou "verdadeiro" nessa
questão?


> Vejamos como isso acontece no texto do Olavo de Carvalho:

> (...) ninguém pensaria em acusar os biólogos e físicos de usarem
esses conceitos
> como camisas-de-força. É simplesmente uma condição *sine qua non*
da ciência
> e, de fato, do pensamento em geral: você vai notar que o próprio
Olavo de
> Carvalho começou seu artigo apelando pra uma categoria geral, a
saber,
> "individualidade".

Lígia: Mas veja só uma coisa: eu entendi o que ele falou justamente
porque eu não tinha sequer noção do que você afirma acima. Isso
implica em que:

1. quem aceita o que ele diz é uma anta, como eu.
2. quem aceita o que ele diz não pensa como você... :)


>
> É claro que o autor sempre pode tirar o dele da reta alegando que
não estava
> criticando as ciências sociais em geral, mas apenas "o estudioso
medíocre".


Lígia: Que seria aquele que aceita a colocação genérica das ciências
sociais que não levam em consideração o indivíduo, antes o conjunto,
a sociedade como um todo... entendo.


> Mas, em qualquer disciplina (e as ciências humanas não são uma
exceção), não
> é o estudioso medíocre que faz ciência, e uma ciência deve ser
julgada pelas
> suas melhores realizações, não pelas mais medíocres. Se quisermos
avaliar a
> importância da física, é Galileu, Newton, Bohr e Einstein que
devemos tomar
> como parâmetro, não os criadores da fusão a frio. Da mesma forma, a
ciência
> social deve ser avaliada por nomes como Weber, Durkheim, Lévi-
Strauss ou
> Clifford Geertz, não pelos autores das dezenas de teses medíocres
que
> anualmente são apresentadas nas universidades só pra justificar o
mestrado.

Lígia: Mas vejamos: a física se faz dos grandes cientistas que
marcaram seus nomes na história da ciência e foram "divisores de
água". A Física é o que é hoje graças a eles, certo? O mesmo não se
aplicaria às ciências sociais? Portanto, quem acata a idéia do que
tais ciências apregoam não estaria justamente observando-a a a partir
do que os tais vultos que você enumera "moldaram"?



> >Nessa insistência já se manifesta, em forma disfarçada e
socialmente
> prestigiosa, o fanatismo definido por Frankl. Boa parte da "ciência
> social" de hoje não é senão o recorte das individualidades segundo a
> medida da mediocridade-padrão.
>
> Aqui, de duas, uma: ou Olavo de Carvalho não faz a menor idéia do
que se faz
> atualmente em ciências sociais ou sabe que o seu leitor não faz e se
> aproveita disso pra vender uma imagem da ciência social que não tem
a menor
> correspondência com a realidade, pelo menos no Brasil.

Lígia: Deve ser a segunda opção então tendo em vista o que você
comenta a seguir...



> Bastante provavelmente, o próprio Olavo de Carvalho deve ter sido
gramsciano
> em seus tempos de militância esquerdista, daí que, ao repudiar o
> esquerdismo, tenha feito de Gramsci sua bête noire favorita, num
mecanismo
> que qualquer psicanalista é capaz de compreender e pelo qual o amor
que
> antes devotávamos a alguém se transforma em ódio.

Lígia: Hum... pode ser. Se o que ele afirma é da forma como voc6e
e o Takata vêm demonstrando, só posso acreditar que seja esse o
problema.



> Com este ponto, eu sou obrigado a concordar, porque vejo sinais
desse
> "verdadeiro fanatismo" (que é "inteiramente compatível com a
serenidade do
> tom e enverga, não raro, convincentes sinais de 'moderação'") nos
textos do
> próprio Olavo de Carvalho. Segundo uma conhecida definição de
Winston
> Churchill, um fanático é alguém que não muda de idéia, nem de
assunto, e é
> só ver a insistência maníaca, obsessiva mesmo, com que Olavo de
Carvalho
> repisa os mesmos temas, com os mesmos argumentos, semana após
semana, pra
> ver que a definição de Churchill cai como uma luva.


Lígia: Hum... e pelo visto é algo que se exacerba com o tempo... :)


> (...)Imagino que, em seus tempos de militante do PC,
> Olavo de Carvalho tenha se deixado doutrinar pela cartilha do
partido,
> segundo a qual o único marxismo verdadeiro é o pregado pelo Partido
> Comunista. Só que, quando abandonou o Partido, esqueceu de deixar
de lado a
> doutrinação. O que chamamos de "esquerda" é formada por uma
pluralidade de
> correntes e pensamentos que vão desde os anarquistas, seguidores de
> Kropotkin e Malatesta (entre outros), e que repudiam vivamente o
marxismo em
> geral, até pensadores marxistas que foram os primeiros a denunciar o
> leninismo-stalinismo como uma distorção e uma perversão do
comunismo. (...) E se você apenas folhear a bibliografia da maior
parte dos textos
> escritos por pensadores de esquerda contemporâneos, vai ver que são
*esses*
> autores que embasam a esquerda, e não a vulgata do Partido
Comunista, que só
> os minguados quadros do partido ainda tomam como um evangelho.

Lígia: Obrigada pela aula!


>
> (De passagem, relê a frase do Olavo de Carvalho e você vai notar uma
> esclarecedora referência ao "homem diferenciado". É a "bela alma"
de Hegel,
> o sujeito que se julga superior às outras pessoas e que acredita
não ter
> nada em comum com elas. Lembro aqui um texto zen que diz: "O que é
uma
> pessoa comum? O que é um sábio? Se diferencias, és uma pessoa
comum. Se não
> diferencias, és um sábio.")

Lígia: O sábio é justamente aquele que já aprendeu que não vale a
pena se destacar nem se sentir diferente dos demais... Melhor e mais
sábio é sempre estar no meio do bolo :)



> O traço de união entre os diversos pensamentos de esquerda é a
crença de que
> é possível abolir a exploração do homem pelo homem e substituir a
sociedade
> atual por uma sociedade sem classes e sem estado. O caminho que
conduziria a
> essa sociedade utópica varia radicalmente de acordo com cada
corrente, e
> algumas, como a Escola de Frankfurt, são inclusive céticas ao
extremo quanto
> à possibilidade de realizar esse ideal na prática.

Lígia: Também sou cética quanto a isso...

De qualquer forma, com a
> exceção dos poucos militantes que ainda permanecem fiéis ao Partido
> Comunista, você dificilmente vai encontrar algum esquerdista que
acredite
> que o caminho pra essa sociedade sem classes passe pela ditadura do
> proletariado pregada pelo Partidão.


Lígia: E há algum outro modo de colocar todos em fila sem uma ordem
vinda "de cima"?


> O verso de Paul Éluard tem o mesmo sentido que um conhecido
epigrama de
> Blake que convidava a "contemplar o infinito em um grão de areia".
E Blake é
> absolutamente insuspeito de qualquer conivência com o comunismo -
não só ele
> é anterior a Marx, como era um visionário, que recebia visitas do
profeta
> Isaías e conversava com Ezequiel. ;-) Jesus Cristo também dizia que
o reino
> de Deus está neste mundo, e não me consta que Cristo fosse filiado
ao
> Partido Comunista.

Lígia: Foi isso o que eu "vi"... por isso não associei o Olavo à
anti-esquerda...:)


O zen-budismo, como eu comentei recentemente na noosfera,
> é totalmente voltado para a obtenção da iluminação *neste* mundo e
também
> "não aspira a nenhum transmundo". De qualquer forma, a crença de
que existe
> literalmente um outro mundo fora deste, em alguma outra dimensão
> inacessível, denota uma compreensão superficial do que as religiões
e o
> esoterismo dizem sobre o assunto: não existe nenhum outro mundo, o
que é
> descrito como paraíso, nirvana ou qualquer que seja o nome é este
mundo
> mesmo, quando contemplado sem condicionamentos que distorcem nossa
> percepção. Assim, apesar de encher a boca a cada vez que fala sobre
a
> sabedoria esotérica, no fundo, Olavo de Carvalho não se diferencia
do
> fundamentalista que acredita piamente que o Céu está em algum lugar
> indefinido "lá em cima".

Lígia: Ele é um inconformado... os inconformados sempre querem sair
e achar outros lugares/estados/posições, mudar radicalmente, criar
novos paradigmas, modificar as estruturas vigentes...


> A expressão "estar no mundo, mas não pertencer a ele" é uma das
divisas do
> sufismo. Empregá-la nesse contexto e nessa acepção só ratifica o
que eu
> acabei de dizer sobre o Olavo de Carvalho. Se você estudar os
textos sufis,
> vai ver que toda vez que eles se referem a um outro mundo ou a um
paraíso
> descrito nos moldes árabes, estão empregando essas imagens como
metáforas
> pra um estado mais elevado de consciência, e não para designar um
lugar real
> fora deste mundo.


Lígia: Engraçado foi que eu entendi dessa mesma forma que você expôs
agora quando li o texto dele. Mas a idéia dele é justamente dar a
entender que alguém que não seja fanático, portanto não imerso,
está "além ou aquém", nunca no mesmo lugar que os demais... :)
Alguém que tenha a consciência elevada também não partilha do
mesmo "lugar" que os demais. Está acima deles mesmo que esteja em
meio a eles.


> Eis, portanto, Lígia, a que se reduz o significado do texto do
Olavo de
> Carvalho. Não passa de uma armadilha retórica, como bem disse o
Takata. E
> uma análise semelhante, linha a linha, mostraria que isso é
verdadeiro pra
> maioria das coisas que ele escreve.

Lígia: Mais uma vez, obrigada pela sua disposição de mostrar prá mim
onde é que esse senhor está errado. Se não fosse pela sua
disposição, eu, com certeza, pensaria como outro ciencialisteiro que
o endeusa... :)

Beijos, Lígia




SUBJECT: Re: En:_ateno_..._vrus_em_mail_list_(meu_e_agora_seu_....)
FROM: bonangelo <bonangelo@yahoo.com.br>
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DATE: 27/11/2002 01:21

Compánheiros:

Recebi esta msg de minha sobrinha Angelica.
Fiz a pesquisa indicada e achei o programa.
Deletei.
Por isso estou mandando o mesmo aviso.
Sugiro que verifique.

Boa sorte,

Angelo
A fraternidade faz bem ao coração e à saúde.




--- Angelica Torres <angelik.torres@ig.com.br>
escreveu: >
> ----- Original Message -----
> From: Rodrigo Cabrera <rodrigo_cabrera@yahoo.com>
> To: Juliana UFSC <julimed004@bol.com.br>; Patty UFSC
> <patty77@bol.com.br>;
> Erika1 UNAERP <erikarp70@hotmail.com>; Luis UNAERP
> <dudu201@hotmail.com>;
> Milena UNAERP <milenareis@hotmail.com>; Tomás UNAERP
> <toteo@hotmail.com>;
> Vanessa UNAERP <v_goulart@hotmail.com>; Cóclea UNESP
> <dkcoclea@hotmail.com>;
> Di-4 UNESP <anidigaravello@bol.com.br>; Hemoglobina
> UNESP
> <hemoglobina36@hotmail.com>; Kero-dá UNESP
> <vasquestrench@uol.com.br>;
> Pikanha UNESP <a.chris@mailbr.com.br>; Vanessa
> <vanessa.brites@ig.com.br>;
> Vanessa <coimbra@ecb.epm.br>; Élcio
> <ems@sti.com.br>; Tati
> <taticamente66@hotmail.com>; daniely tavares
> <danielytavares@yahoo.com.br>;
> Tereza <teresaozzy@hotmail.com>; Maristela1 TO51
> <maristis@bol.com.br>;
> Michelle TO52 <mifilipin@bol.com.br>; Angelica
> Torres
> <angelik.torres@ig.com.br>; Filizola UERJ
> <rofilizola@yahoo.com>; Amanda
> UFMS <amandacarli@yahoo.com>; Anna Cláud
> Sent: Tuesday, November 26, 2002 9:44 AM
> Subject: atenção ... vírus em mail list (meu e agora
> seu ....)
> Amigos, prestem atenção, pois achei esse "urso " no
> meu C já o deletei...
> Espero que tenha sido só uma brincadeira. Sigam
> passo a passo... Bjs Angel.
>
>
>
> > Fala personas ... o assunto em questão é meio
> chato .....
> > Minha lista de contatos foi infectada por um
> vírus,
> >
> > e com o resultado, a sua também foi infectada
> > porque o seu e-mail estava na minha lista de
> contatos.
> > O vírus se chama jdbgmgr.exe .
> > Ele não é detectado pelo Norton e nem pelo McAfee
> (programas de anti
> > virus).
> > Pelo que me disseram esse virus só começa a dar
> prejuízo
> > ao computador depois de 14 dias que ele esteja
> instalado em tal.
> > Ele é mandado automaticamente para toda a sua
> lista de contatos,
> > mesmo se vc não mandou nenhum e-mail para as
> pessoas da sua lista
> > independe de vc mandar e-mail).
> >
> > Para vc tirá-lo do seu computador, faça isso:
> > 1. Vá em iniciar, depois em localizar, depois
> arquivos ou pastas...
> > 2. Em arquivos ou pastas escreva o nome
> jdbgmgr.exe .
> > 3. Tenha certeza que vc está procurando no seu
> drive C.
> > 4. Clique em pesquisar.
> > 5. O virus tem um ícone de um ursinho cinza com o
> nome jdbgmgr.exe
> > NÃO ABRA DE JEITO NENHUM !
> > 6. Delete-o !
> > 7. Vá até a sua lixeira procure o mesmo virus e
> delete-o de lá também !
> >
> >
> > SE VC ACHAR ESSE VIRUS NO SEU COMPUTADOR,
> > MANDE ESSE E-MAIL PARA TODOS DA SUA LISTA DE
> CONTATOS,
> > POIS ELES ESTÃO PROVAVELMENTE INFECTADOS TAMBÉM !
> >
> > é sério mesmo !!!!
> >
> > brçs
> >
> > Rodrigo
>
>

_______________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: En:_atenção_..._vírus_em_mail_list_(meu_e_agora_seu_....)
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 01:25

Oi Angelo!

O Ursinho de novo? Este já deve ser um Ursinho mutante de sexta
geração expontânea que vem assolando a net. Fique tranquilo: não
passa de um hoax. O pior é que o Ursinho do windows faz falta...
você não devia ter deletado o bichinho.

Beijos, Lígia

*************************************

--- Em ciencialist@y..., bonangelo <bonangelo@y...> escreveu
> Compánheiros:
>
> Recebi esta msg de minha sobrinha Angelica.
> Fiz a pesquisa indicada e achei o programa.
> Deletei.
> Por isso estou mandando o mesmo aviso.
> Sugiro que verifique.
>
> Boa sorte,
>
> Angelo
> A fraternidade faz bem ao coração e à saúde.




SUBJECT: Re: Choro e ranger de dentes p/ Lúcio :)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 02:58

Oi,

Não conheço a obra filosófica do Sr. Olavo de Carvalho, mas, a
julgar pelo que ele escreve na grande mídia, Revista Época, por
exemplo... Gente, aquilo é loucura! Delírio persecutório e auto-
confiança excessiva são claros sintomas de psicose, de paranóia!

O pior é que paranóicos cuja inteligência é acima da média podem
virar líderes messiânicos. Seu excesso de auto-estima e a capacidade
de dar aparência de racionalidade aos seus delírios têm um efeito
hipnotizador sobre algumas pessoas sofridas que perderam o amor-
próprio.

Quanto às idéias em si, é impossível rebater tamanhos disparates. O
Sr. Olavo certa vez escreveu que o atentado ao WTC foi planejado e
executado pela Rússia comunista! Tentar contra-argumentar isso é o
mesmo que ficar batendo palmas para maluco dançar.

É lamentável ver tanta inteligência em estado crepuscular, a serviço
de um delírio.

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: En:_atenção_..._vírus_em_mail_list_(meu_e_agora_seu_....)
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2002 06:56



Takata : Alias, nunca repasse uma mensagem q. pede para ser
repassada pra todo mundo (ou para o maior numero de pessoas possivel).

...

Takata : Repasse este aviso para o maior numero de pessoas possivel a fim de
aclarar a todos.


haha ;)

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [Genismo] Re: En: _atenção_..._vírus_em_mail_list_( meu_e_agora_seu_....)
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DATE: 27/11/2002 07:51

Esta mensagem sobre o Jdbgmgr.exe ( que tem um ursinho ) eh um HOAX
isto eh , uma falsa mensagem de virus
(A PROPRIA MENSAGEM EH UM VIRUS ) .

O arquivo Jdbgmgr.exe eh um componente do Windows ( faz parte do
sistema operacional ) .

Portanto NAO deve ser deletado.

Veja a informacao sobre este HOAX no site da symantec :
http://www.symantec.com/avcenter/venc/data/jdbgmgr.exe.file.hoax.html

Sugiro que sempre que houver uma informacao sobre um arquivo ser um virus
entre no www.google.com e faca uma pesquisa sobre o arquivo suspeito.
Isso evitara de sermos vitimas do Hoax.

Veja o q diz o site da symantec:

Symantec Security Response encourages you to ignore any messages regarding this
hoax. It is harmless and is intended only to cause unwarranted concern.

Type: Hoax

technical details

This is a hoax that, like the SULFNBK.EXE Warning hoax, tries to persuade you
to delete a legitimate Windows file from your computer. The file that the hoax
refers to, Jdbgmgr.exe, is the Microsoft Debugger Registrar for Java. It may be
installed when you install Windows.

[]s
jocax



SUBJECT: Re: Choro de criança - Ligia/Takata
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 08:34

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> Vcs usam da manteiga Paulista, manteiga Aviação? ou usam margarina
> no café da manhã?

Manteiga Paulista naquela embalagem de papel laminado? Manteiga
Aviacao na latinha? (Da' pra fazer varias experiencias caseiras com
aquela lata laranja.)

No caso da manteiga, ela foi cortada nao por questao de gosto, mas
por causa do colesterol. Mas como em 2100 nao valera' a pena viver,
voltemos 'a pasta de gordura animal. (Melhor q. manteiga e' a gordura
q. fica apos fritar o toucinho.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Choro e ranger de dentes p/ Lúcio :)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 08:42

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> É lamentável ver tanta inteligência em estado crepuscular, a
> serviço de um delírio.

E eu acho triste a gente perder tto tempo com isso.

Lígia, se depois de todos os argumentos expostos -- bem
mais do q. mereceriam as ideias expressas -- vc ainda
acha legal, tudo bem.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: En:_atenção_..._vírus_em_mail_list_(meu_e_agora_seu_....)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 08:49

Angelo,

sei q. foi com a melhor das intencoes. Mas *nunca* repasse um
alerta de virus. Alias, nunca repasse uma mensagem q. pede para ser
repassada pra todo mundo (ou para o maior numero de pessoas possivel).

Verifique sempre fontes confiaveis: como os sites de revistas e
empresas especializadas -- www.symantec.com ou www.mcafee.com, por
exemplo. Se quiser fazer um alerta, repasse o *endereco* da pagina
com o aviso (e somente de sites confiaveis). (E sempre tenha uma
pontinha de desconfianca mesmo nesses sites confiaveis.)

Repasse este aviso para o maior numero de pessoas possivel a fim de
aclarar a todos.

[]s,

Roberto Takata


--- Em ciencialist@y..., bonangelo <bonangelo@y...> escreveu
> Compánheiros:
>
> Recebi esta msg de minha sobrinha Angelica.
> Fiz a pesquisa indicada e achei o programa.
> Deletei.
> Por isso estou mandando o mesmo aviso.
> Sugiro que verifique.
>
> Boa sorte,
>
> Angelo
> A fraternidade faz bem ao coração e à saúde.



SUBJECT: Re: [ciencialist] OFF-TOPIC Re: Velharias
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 09:27

On Tue, 26 Nov 2002, Luiz Ferraz Netto wrote:
> TARCISIO BORGES: Porque vou ler o gibi do Tarzan se posso ler o livro? Disponível na
> biblioteca mais próxima.
>
> Livro do Tarzan só tem um. Gibi do Tarzan somam milhares e com
> histórias das mais divertidas que o "Eu Tarzan, Tu Jane".

Me perdoe, mas existem mais de 30 livros de Tarzan [média de 300 páginas
cada]. Eu mesmo devo ter lido metade. Algumas sagas seguindo por dois ou
mais livros. Não me lembro de ter lido em nenhum trecho "Me Tarzan, you
Jane". Além do que os livros são muito mais divertidos que um monte de
figurinhas mal desenhadas. Existe algo melhor do que a narração e a
descrição feitas pelo próprio mestre Edgar?

Tarzan não é mais editado e portanto vc só encontra em boas bibliotecas e
não existe nada mais prazeroso do que ler um livro velho com seu aroma
adocicado lembrando um pouco o chocolate. Sinestesia pura.

Burroughs rules!

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: RES: Fundacao Pro-Vida: Quem são? (Era: Choro de criança)
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2002 09:56

Lígia: leia com cuidado: é BROCHURA. não confunda!!!!

silvio, o teólogo.

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, November 26, 2002 1:11 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: RES: Fundacao Pro-Vida: Quem são? (Era: Choro
de criança)




<Lígia: Rapaz, você me surpreeende... temos até um Deus nesta lista e você
não o ataca, ..........>

Por favor, não me ofenda ou altere minhas intenções, assino 'deus' (detetor
espacial universal (via) satélite) e não Deus! Esse deve ser outro, com
intenções bem menos científicas que as minhas.
Minha divindade provém de informações colhidas via satélite (cobrindo apenas
toda a humanidade) e de duas brochuras; não faço milagre algum.

[]'
deus





SUBJECT: RUSGAS
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2002 10:00

Gostei dessa mensagem.
Sinto-me honrado por ter merecido (entre outros) o privilégio de conhecer diversas outras facetas de sua vida. Disponibiliza-las, de público, é sedimentar sua seriedade.
Usar desta postura para se afastar do ciencialist ... seria um non-sense. Siga bem vindo.
[]'
deus
=====================================================
-----Mensagem Original-----
De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 27 de novembro de 2002 10:41
Assunto: [ciencialist] RES: Analogia p/ Alberto


> De: Ligia Amorese
>
> Dã? Que que é isso? O Alberto vem falando claramente sobre atitudes
> que fogem à pretensa capacidade de argumentação científica e você já
> vem apelando para "ad hominem"? Duvideodó que ele fizesse isso.
> Quanto a você... bem, pelo modo gentil com que você costuma atacar
> de frente qualquer assunto... você brinca na maioria das vezes, né?
> Porque se for a sério...

Você está há pouco tempo na Ciencialist e não sabe o quanto este senhor
já me insultou de um modo bastante sutil. Sempre fiquei quieto. Recorrer
à diplomacia foi inútil. Continuar apelando à diplomacia será inócuo.

Senti-me particularmente ofendido, magoado e humilhado pelo seu último
ataque. Ele se refere com desprezo a qualquer um que não tenha seja
do clubinho da ciência. Para ele o lugar deve ser reservado apenas
aos 'iniciados'. Aos seres superiores da física, da biologia ou da
química, mesmo que acreditem em duendes ou astrologia.

Muito bem, então sou um intruso. Sou um mané que se formou em Direito
(que não é ciência) numa faculdadezinha de quinta classe em Osasco,
que não fala inglês, nunca foi aos States e jamais terá um poodle.

Sou um intruso porque me atrevi a beber na fonte da sabedoria. Ousei
tentar aprender alguma coisa com o cavaleiro excelsior do apocalipse
quântico; e para o desespero dele eu aprendi até mesmo com ele.

Sou um bostinha intruso que aprendeu a argumentar com gente grande;
que imprimia emails preciosos para mostrar para algum amigo que
não tem computador e sonha em participar de um mundo onde as
pessoas questionam e são formadoras de opinião. Isso mesmo pessoal,
eu tenho amigos que não têm computador ou internet. "Nossa!
De que mundo ele veio?" Vim de um mundo onde as criaturas ainda
arrastam as mãos no chão da savana.

Eu sou um ogro curioso que abandonou a caverna, se estrepou
e perdeu o lugar no aconchego dos brutos.

Não tenho sangue azul. Não sou do circuito fechado USP-UNICAMP-UNESP-
Federais. Não sou como o A^3 (Alavro) que tem cartucho para dizer uns
impropérios para o Mesquita.

Cresci num bairro onde metade dos rapazes de minha idade ou estão
mortos ou estão na cadeia. Eu contrariei às estatísticas, pois
eu deveria estar fazendo companhia a eles. Agora também sou um
intruso no lugar onde cresci.

Não era para eu estar entre vocês. Mas a sorte me tornou aquele-
que-desvia-balas (minto: uma me pegou na perna).

Desculpem-me por não ser físico, biólogo ou químico, sequer
um engenherozinho. Desculpem-me por invadir o território de vocês.

Se vocês acharem que um intruso não é bem vindo à lista, recomendem
minha expulsão ao Brudna e mantenham o clubinho asséptico,
puro, ariano, só para os 'entendidos'.

Abraços,

Alexandre Medeiros



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


##### ##### #####
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
##### ##### ##### ##### #####

Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html





SUBJECT: Dicionario de email
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 10:03

Um pequeno glossario de termos eletronico-postais.

>> MANDE ESSE E-MAIL PARA TODOS DA SUA LISTA DE CONTATOS,
1. Seja otario e passe vexame diante do maior numero de pessoas.
2. Seja otario e aborreca o maior numero de pessoas.
3. Seja otario e prejudique o maior numero de pessoas.

>> É sério.
1. É bravata.

>> É sério mesmo.
1. É uma grande bravata.

>> É sério mesmo!
1. É uma bravata cabeluda.

>> É sério mesmo!!
1. Não acredito q. seja trouxa o suficiente pra acreditar nisso.

>> É sério mesmo!!!
1. Vc é um sério candidato ao mané do ano.

>> Cientificamente comprovado.
1. Ninguém nunca testou realmente, mas parece q. vc é trouxa o
suficiente para acreditar.
2. Fizeram teste nas coxas e omitiram os resultados desfavoráveis,
mas isso é apenas um detalhe.

>> Atenção.
1. Muito obrigado pela atenção.
2. Valeu por perder tempo com a asneira que se segue.

>> Atenção!
1. Quanto dinheiro vc está disposto a perder?

>> Atenção!!!
1. O mesmo que "É sério mesmo!!!"

>> ATENÇÃO!!!!!!!!
1. Duvidamos realmente de qualquer resquício de capacidade crítica em
você.
2. Você está certamente preparado para nos dar muito dinheiro.

>> Fontes fidedignas.
1. Foi a minha vizinha Ermenegilda que não tem mais nada o que fazer
e se esqueceu de tomar seus remédios para dor de cabeça quem me
garantiu.
2. Não tenho tempo de apurar esta história, mas vc parece ser trouxa
o suficiente pra acreditar.
3. Elas na verdade são inexistentes, mas isso não faz a menor
diferença.

>> Autoridades do governo.
1. O peixe de estimação de um deputado estadual através de uma sessão
de contato transcendental por estímulo de substâncias alucinógenas.
2. Um mentiroso convicto.
3. O Papai Noel.

>> Isto pode mudar a sua vida!
1. Melhor enfiar o dedo em sua goela e gorfar.
2. Isto pode mudar a *minha* vida.
3. Lá vem aquela lorota requentada, mas vc é trouxa o bastante para
acreditar.

>> FIQUE RICO!!!!
1. Me dê o seu dinheiro antes que vc gaste em bobagens.
2. Dê-me todo o seu dinheiro antes que outro espertalhão o rape.

>> FIQUE RICO EM POUCO TEMPO!!!!
1. Como ser otário de marca maior.

>> Ganhe dinheiro trabalhando em casa.
1. Eu, por exemplo, vou ganhar o seu, alias o meu, em casa.

>> Se você quebrar esta corrente, terá um grande azar.
1. Isso mesmo, aborraça os outros, como eu estou aborrecendo você.
2. Já que você acredita nisso, tenho uma outra proposta: FIQUE RICO
EM POUCO TEMPO!!!!

>> Não perca mais tempo!!!
1. Perca seu dinheiro.

------

Repasse esta mensagem para o maior numero de pessoas para alertar a
todos contra esta praga que são a mensagem não solicitada e as
correntes. Tenho um dicionário completo que você poderá comprar por
um custo muito baixo e poderá ficar rico em pouco tempo revendendo
para seus amigos e para os que abusam de sua caixa-postal mandando
essas mensagens inúteis. É serio mesmo. Está cientificamente
comprovado que as pessoas gostam de ser esculhambadas com doses
certas de bom humor. Autoridades do governo garantem que este método
já foi utilizado em reuniões ministeriais com grandes resultados.
Fontes fidedignas garantem que os EUA estão estudando o livro com
todas as dicas sobre tradução de email de modo a aumentar a segurança
contra ataques terroristas e aumentar a produtividade dos
funcionários do governo. Não perca mais tempo.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: Analogia p/ Alberto
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2002 10:41

> De: Ligia Amorese
>
> Dã? Que que é isso? O Alberto vem falando claramente sobre atitudes
> que fogem à pretensa capacidade de argumentação científica e você já
> vem apelando para "ad hominem"? Duvideodó que ele fizesse isso.
> Quanto a você... bem, pelo modo gentil com que você costuma atacar
> de frente qualquer assunto... você brinca na maioria das vezes, né?
> Porque se for a sério...

Você está há pouco tempo na Ciencialist e não sabe o quanto este senhor
já me insultou de um modo bastante sutil. Sempre fiquei quieto. Recorrer
à diplomacia foi inútil. Continuar apelando à diplomacia será inócuo.

Senti-me particularmente ofendido, magoado e humilhado pelo seu último
ataque. Ele se refere com desprezo a qualquer um que não tenha seja
do clubinho da ciência. Para ele o lugar deve ser reservado apenas
aos 'iniciados'. Aos seres superiores da física, da biologia ou da
química, mesmo que acreditem em duendes ou astrologia.

Muito bem, então sou um intruso. Sou um mané que se formou em Direito
(que não é ciência) numa faculdadezinha de quinta classe em Osasco,
que não fala inglês, nunca foi aos States e jamais terá um poodle.

Sou um intruso porque me atrevi a beber na fonte da sabedoria. Ousei
tentar aprender alguma coisa com o cavaleiro excelsior do apocalipse
quântico; e para o desespero dele eu aprendi até mesmo com ele.

Sou um bostinha intruso que aprendeu a argumentar com gente grande;
que imprimia emails preciosos para mostrar para algum amigo que
não tem computador e sonha em participar de um mundo onde as
pessoas questionam e são formadoras de opinião. Isso mesmo pessoal,
eu tenho amigos que não têm computador ou internet. "Nossa!
De que mundo ele veio?" Vim de um mundo onde as criaturas ainda
arrastam as mãos no chão da savana.

Eu sou um ogro curioso que abandonou a caverna, se estrepou
e perdeu o lugar no aconchego dos brutos.

Não tenho sangue azul. Não sou do circuito fechado USP-UNICAMP-UNESP-
Federais. Não sou como o A^3 (Alavro) que tem cartucho para dizer uns
impropérios para o Mesquita.

Cresci num bairro onde metade dos rapazes de minha idade ou estão
mortos ou estão na cadeia. Eu contrariei às estatísticas, pois
eu deveria estar fazendo companhia a eles. Agora também sou um
intruso no lugar onde cresci.

Não era para eu estar entre vocês. Mas a sorte me tornou aquele-
que-desvia-balas (minto: uma me pegou na perna).

Desculpem-me por não ser físico, biólogo ou químico, sequer
um engenherozinho. Desculpem-me por invadir o território de vocês.

Se vocês acharem que um intruso não é bem vindo à lista, recomendem
minha expulsão ao Brudna e mantenham o clubinho asséptico,
puro, ariano, só para os 'entendidos'.

Abraços,

Alexandre Medeiros



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: Analogia p/ Alberto
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 10:46

--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu

>Ele se refere com desprezo a qualquer um que não tenha seja
> do clubinho da ciência. Para ele o lugar deve ser reservado apenas
> aos 'iniciados'. Aos seres superiores da física, da biologia ou da
> química, mesmo que acreditem em duendes ou astrologia.

Manuel: Ô Alexandre, tu tá se referindo ao Mesquita? Tô achando
estranho, pois eu também sou baixarel em Direito, não pertenço ao
clubinho dos iniciados e, para agravar a minha situação de pária e
marginal, ainda sou um defensor da psicanálise. No entanto, o
Mesquita tem me tratado com respeito, jamais tive uma rusga com ele.
Rusga tenho com outros. Sim, também tenho que agüentar provocações,
tentativas de ridicularização, alfinetadas irônicas... Mas daqui eu
não saio, daqui ninguém me tira!:-))

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: QUEM PUDER, COLABORE
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2002 10:55

Estou mais que 'entupido' com as perguntas/dúvidas/sugestões recebidas. Quem puder ajudar passe uma mensagem citando o número da mensagem:


1) De: <Vendasevalor@aol.com>
Prezado Professor:

Meu filho tem que fazer um trabalho de 4ª série sobre a roda. Eu já procurei
em vário sites e não encontrei absolutamente nada. Se puder me ajudar,
agradeço imensamente.
As questões são s seguintes: Quando foi descoberta a roda? Como aconteceu a
descoberta? Que mudanças ela provocou na vida das pessoas?
Agradeço antecipadamente a sua ajuda.
Obrigada.
Fátima

2) De: <IsmaelAssuncao@aol.com>
Assunto: FEIRA DE CIÊNCIAS - TREM A VAPOR

OLÁ MEU NOME É ISMAEL DUARTE ASSUNÇÃO
| FAÇO FACULDADE DE ENGENHARIA AQUI EM SÃO LUÍS-MA,ACHEI MUITO INTERESSANTE A SUA MATÉRIA SOBRE MÁQUINAS A VAPOR, MAS ESTOU PRECISANDO FAZER UM PROJETO, CONSTRUINDO ASSIM UM TREM A VAPOR DE PEQUENO PORTE É CLARO, PODERIA CONTAR COM ALGUMA AJUDA SUA?
|
| CIENTE DE QUE POSSO CONTAR COM SUA AJUDA,
| SR. ISMAEL ASSUNÇÃO

3) De: <ewerneck@enersulnet.com.br>

| Ola Professor... Meu nome é Rodrigo, e moro em Campo Grande-Ms, e amanha
| dia 27/11/2002, tenho minha feira de ciencias aqui onde moro, e fiz um
| trablho da pagina do senhor, e nao sei como faço para melhor explica-lo
| amnha, o senhor poderia me ajudar.. com o texto de explicação?^
|
| O trabalho e a fonte de servir refrigerante, o link abaixo:
| http://www.feiradeciencias.com.br/sala07/07_59.asp
| Estou meio desesperado, e nao como posso explicar o trabalho amanha,
| desde ja agradeço pela pagina , e pelo tempo que perdeu lendo esse e-mail.
| Se puder me ajudar obrigado...
|
| Rodrigo Rondon Werneck ewerneck@enersulnet.com.br

4) De: Daiane Bravo
Boa Tarde, meu nome é Daiane td bem com o Sr. ou vc???

Bem, eu naum sei se vc verá esse e-mail hoje e até as 18h, mais sabe como são as coisas, né, deixamos td p a ultima hora, e eu precisava de um trabalho p a escola sobre GERADORES A (OU DE) DINAMOS. E eu entrei no seu site e naum encontrei. Se possível eu gostaria que vc enviasse a mim (se possivel,hoje!!!) algo sobre esse assunto...
Fico por aqui, agradecida desde já...
Daiane Bravo
daiabravo@bol.com.br
daiane@marceltur.com.br

5) De: Papelaria Moderna
Assunto: lei de boyle

Por favor isso é urgente é para hoje.QUERIA SABER COMO FASSO O INSTRUMENTO DA LEI DE BOYLE!
FAVOR RESPONDER PARA O EMAIL est130@globo.com
obrigado.

6) De: Luiz
Assunto: Dúvidas-Luca

Olá Prof.
Meu Nome é Luca, sou comerciante e tenho 40 anos... e gosto muito de eletrônica e eu comprei um multimetro análogico p/ aprender a checar componentes diversos...
Bem, gostaria da sua dica por favor, como posso ler sobre como ler e fazer as medições corretas em diversos aparelhos e/ou componentes...
Se possível o Sr. me ajudar, dando-me onde posso achar leituras simples e práticas...
Obrigado desde já,
Abraços...Luca
braidattofat@estadao.com.br

7) De: "raphael valadares borin" <raphaelvaladares@hotmail.com>
|
| leo eu estiu cursando a 7 serie do ensino fundamental e gostaria de saber
| coisas sobre a gestação e gravidez pois presciso fazer um trabalho sobre o
| assunto e gostaria de saber de livro de figuras e se você puder me fazer a
| gentileza de mandar melhor agradeço sua atenção e presciso de resposta
| rapida por favor.
|
| raphael valadares borin

8) De: "gaby.fr" <gaby.fr@bol.com.br>

Gostariamos de esclarecer alguma dúvidas sobre física:

*Quando percurtimos uma corda de violão e que posição
dessa corda a enercia potencial elástica do sistema é
maior?
*O que entendemos por trabalho de uma força externa?
*O que é força dissipativa?
*Qual a grande diferença entre a produção de energia por
fusão e fissão nuclear?
*Qual a importância dos trabalhos de Joule para o estudo
da energia?

9) De: "laudelino junior" <laudelinojr@yahoo.com.br>
Assunto: Resisitores
| Prof. Luiz Ferraz Netto
|
| Vi em um site o e-mail do senhor. Espero que voc6e
| possa me ajudar.
|
| Tenho um trabalho para entregar sobre RESISTORES
| (Circuito Série, Paralelo e Misto) mas não encontro
| consigo encontrar na internet. Por favor me mande um
| e-mail em falando algo sobre isto.
| Ficarei grato se puder me ajudar.
| o meu e-mail é: www.laudelinojr@yahoo.com.br ou
| www.laudelinojr@ibest.com.br
| Desde já, muito obrigado.

10) De: "carlosdiz" <carlosdiz@bol.com.br>
Gostei muito do SITE de vcs. E por isso trago-lhes uma
questão.
Como muitos brasileiros por aí, sofro com a poluição
sonora de carros de som ou mesmo carros particulares
equipados com potentes amplificadores, que se acham no
direito de impor a musica deles para todos ouvirem.
Com o desejo de conseguir frear esta selvageria sonora
dos dias atuais, levo a seguinte pergunta a vcs
cientistas tecnológicos.
Existe, ou não seria possível de se fabricar um aparelho
que emita interferência no som alheio, a ponto deles
desistirem de deixar ligado, sendo assim dando paz ao
ouvido alheio?
Como aqueles ruidos, ou interferências de rádios amadores
no som do rádio FM ou AM que muitas vezes acontece. Só
que teria que ser, interferindo no CD. Uma solução
oportuna para os dias de hoje que daria até um retorno
razoável se comercializada.
Obrigado pela atenção dispensada.
Carlos Diz

11) De: <rafaelpezim@globo.com>
Assunto: Batimento sonoro

Por favor você poderia me falar em teoria o que que é o efeito do batimento
sonoro por favor, é que eu tenho q apresentar um trabalho sobre isso, por
favor.....

12) De: José Luis Leone Dr.
Assunto: Maquinas simples

Estou fazendo um trabalho de Fisica sobre "Máquinas simples" e como percebi que este site é bem completo, gostaria de saber quando vai ficar pronta a parte 3 e 4 sobre maquinas simples.
Se possivel me mande alguma reportagem sobre o que teria na parte 3 e 4, pois esse trabalho é para sexta-feira.
Por favor, responda no e-mail:
beleleone@bol.com.br
Obrigada. Isabele

13) De: Ricardo J.Ferreira
Assunto: Segunda Resposta
Prezado Leo,
Estou te enviando este e-mail pela segunda vez. Acredito que o primeiro não tenha chegado ou qualquer coisa do tipo. Caso você possa respondê-lo ficaria muito agradecido.
Cópia de e-mal enviado em 13/10/02

Há algum tempo atrás enviei uma mensagem para o grupo pedindo ajuda sobre a respeito do barulho que se ouve quando se liga um chuveiro elétrico. Você gentilmente me respondeu e eu por descuido perdi o e-mail. Tentei localizá-lo na página do grupo, mas não fui feliz.
Estou te enviando esta mensagem para saber se você pode me responder novamente a tal dúvida.
Em outras palavras a dúvida é a seguinte:
Por que se houve aquele barulho no chuveiro elétrico em funcionamento ? Isso tem a ver com o consumo de energia ? Por que razão obseva-se que o barulho aumenta quando diminuímos a vazão da água ?

No aguardo de respostas, desde já agradeço.
Ricardo José Ferreira

14) De: ricstrack
Assunto: Perpétum Móbile
Saudações !!!!
Li o projeto publicado no "Perpétum Móbile" e resolvi testá-lo.
Infelizmente, o projeto não funciona. A pressão atmosférica equilibra-se entre os 2 canos e somente com uma pressão extra ( logo trabalho=energia) se faz necessária para fazê-la fuincionar.
Gostei muito de seu Site.
Um Abraço
Ricardo Strack

15) De: "keseambiental" <keseambiental@bol.com.br>
Assunto: barragens

Caro Doutor,
Busco informações, cálculos e /ou métodos empregados
para construção de barragens (Força que a barragem deve
suportar, Pressão no fundo da barragem, vazão
volumétrica..).
Estou propondo um novo modelo de barragem que
miniminize os impactos ambientais, só que ainda não fiz
a matéria referente ao projeto.
Ciente de sua colaboração, desde já agradeço.
Kese Duarte Pontes
Engenharia Sanitária e Ambiental: 2ºperíodo
unileste-MG


16) De: "vicentesprint" <vicentesprint@bol.com.br>
Assunto: molas
Olá,
Estive pesquisando por toda a net, mas não
consegui entender uma coisa, que acho que se
eu tivesse prestado mais a atenção no
colágio, não precisaria estar lhe
importunando nesse momento.
Se for possível, gostaria de uma explicação:
a) Em uma mola de automóvel, considerando-se que
todas as constantes são iguais, menos o
comprimento, ou seja o número de espiras,
qual é mais dura, a mola maior, ou a menor?
b) Uma mola cortada fica mais dura do que a
mesma quando estava inteira? Ela exerce mais
ou menos pressão?

Acho que para você, deve ser uma questão
simples, e eu estou quebrando a cabeça nisso
faz um tempão!
Se puderes me ajudar, seria muito bom!
Obrigado!

17) De: "Vanessa - Engenharia" <vanessa.astolfi@bertin.com.br>
| Prezado Senhor,
|
| Estou precisando pesquisar sobre Catalisador Eletromagnético e Pinturas
| Eletromagnéticas, porém não encontro nada a respeito. Gostaria que me
| indicasse alguma page ou livros para que eu possa analisar.
|
| Atenciosamente,
| Vanessa Astolfi

18) De: "marcos.amorin" <marcos.amorin@bol.com.br>
caro amigo
estou desenvolvendo um projeto de sonorizaçao para as
principais avenidas de minha cidade CAICÖ/RN, seria uma
difusora, mas o custo de enviar o sinal por meio de
cabos está sendo inviavel, gostaria de saber se voce tem
algum projeto de emissor e receptor que alcance 2000
metros de diametro e que fique fora da banda comercial (
88-108 )
com relaçao a alimentaçao eletrica estou em contato com
varios profissionais para a utlizaçao de energia solar.

aguardo retorno com certa urgencia
marcos amorin

19) De: Denira
Para: leobarretos@uol.com.br

preciso , para um trabalho no colégio, saber como funciona um forno eletrico , nao sei onde procurar se puderes me ajudar...
obrigada
shana
shana_martini@hotmail.com

20) De: Tatiana Elisa de Souza
Para: leobarretos@uol.com.br
Pêndulo Simples

Eu gostaria saber mais sobre a vibração das moléculas dilatada e contraída de acordo com o pêndulo.
Estou no meu 2º período de Química na UNILAVRAS EM Lavras - MG.

Meu e-mail tes@ufla.br
Tatiana Elisa de Souza

21) De: Maria
Assunto: O que fazer com plásticos?
Olá, meu nome é Francesca,meu e-mail é teca88@yahoo.com.br, estou cursando a 8 série do EF e gostaria de pedir algumas opiniões sobre que tipo de trabalhos posso fazer com garrafas plásticas. Se puder me ajudar, eu agradeço, caso contrário eu agradeço da mesma forma.Obrigada!!!!!!!!!!

22) De: Escritorio
Boa tarde!!!
Presados Senhores,
Preciso fazer um trabalho sobre PRENSA HIDRÁULICA OU ELEVADOR HIDRÁULICO.
Tenho que explicar fisicamente como funciona, onde é utilizado, quem enunciou o princípio e qual era o princípio.
Se possível favor me informar como acharei tal pesquisa.
Desde já antecipo meus agradecimentos.
AILTON ROSA CAMPOS-1º ano do 2º grau-Ensino Médio
ailton.rdc@ig.com.br

23) De: Cíntia Cristina Napoleão
enuncie a lei de interação entre os polos de um imã?
o que são linhas de campo?
o que significa imantar um corpo?
estou cursando o 3º ano do ensimo médio e essas perguntas são de um trabalho que tenho que realizar. meu nome é cintia

24) De: Juliana Appelt

Tenho umas pergunta de física das quais não achei ao certo como responder, queria a sua ajuda para melhorar minhas respostas e aumentar o meu conhecimento. Tenho um pouco de presa quanto a resposta se ela me for consebida, preciso pra terça ou quarta feira.
As perguntas são as seguintes:
1-) Sempre que possível, os aviões decolam e pousam de frente para o vento. Porque?
2-) Como um lançador de beiseboll dá a bola a rotação capaz de dar-lhe uma trajetória curva? Ela poderá fazé-la curva em qualquer direção? O fato de ser canhoto ou destro tem alguma importância?
3-) A água quente saindo pelo ralo faz muito menos barulho do que a água fria. Parte da diferença é causada pela variação da tensão superficial, positiva, parte é devido a algo mais.
Obrigado pela atenção, aguardo sua colaboração
Juliana
Estudante de Ensino de Tecnologia em alimentos no CEFET de Campo Mourão.

25) De: Battouses
Assunto: eletromagnetismo
Oi! meu nome é Ransés... bem primeiro gostria de parabenizá-los pelo execelente trabalho de incentivo ao estudo da fisica para os jovens assim como eu ...
A minha duvida é a seguinte: por que as campainhas de energia eletrica reduzem a voltagem nos periodos de muita demanda? O que elas economizam com essa medida?
Minha outra duvida é a seguinte: gostaria que vc explicasse o funcionamento de uma campainha do tipo cigarra.
muito obrigado, aguardo sua resposta!

26) De: Julia Kissy
Olá Professor!
Preciso tirar uma dúvida urgente: fiz um experimento com a lei de Hook usando molas e outro usando pregadores de roupa em serie e paralelamente.
Gostaria de saber como eu aplico a formula no caso dos prendedores de roupa.
Obrigada,
Julia

...................... cansei, e tenho mais coisa para responder.
Aguardo qqer ajuda. Escrevam-me como se já tivessem dando a resposta direta á consulta.

Aquele abraço,
agradecimentos nacionais,
Léo
===========================











SUBJECT: softwares para fisicos
FROM: "Gleidson" <gechile@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 11:07

oi, sou novo na lista e estou me graduando em fisica pela ufsc.
gostaria de saber se alguem da lista sabe me dizer o nome de alguns
softwares (profissionais ou nao) usado por fisicos. softwares de uso
em laboratorios, pesquisas, etc...

agradeco se puderem me ajudar...
Gleidson



SUBJECT: Re: Choro e ranger de dentes p/ Lúcio :)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <noosfera@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2002 11:17

----- Original Message -----
From: Ligia Amorese
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, November 27, 2002 1:05 AM
Subject: [ciencialist] Choro e ranger de dentes p/ Lúcio :)

>Mas em que se baseia o "falso" ou "verdadeiro" nessa questão?

Não estou me referindo às opiniões dele, porque opinião é como bunda, todo
mundo tem uma e o Olavo de Carvalho tem direito às dele, por mais
disparatadas que sejam. Estou me referindo ao que ele diz que são as
ciências sociais e que, como eu mostrei na minha mensagem anterior, é
simplesmente falso. A menos, claro, que as ciências sociais dele não sejam a
antropologia, a sociologia e a etnologia, mas nesse caso ele estará de novo
apelando pro truque de mudar arbitrariamente a definição de um termo.
Ciências sociais são a antropologia, a sociologia e a etnologia, e
absolutamente nada do que se faz nesses campos corresponde à descrição
pejorativa que o Olavo de Carvalho apresenta.

>Mas veja só uma coisa: eu entendi o que ele falou justamente porque eu não
tinha sequer noção do que você afirma acima. Isso implica em que:
>1. quem aceita o que ele diz é uma anta, como eu.

Não necessariamente, Lígia. Quem aceita o que ele diz sobre ciências sociais
pode ser muito inteligente e bem-informado em outros campos do conhecimento,
mas não está familiarizado com essa área específica que são os estudos
sociais. Ninguém é obrigado a entender de tudo. E quando alguém vem e faz
uma afirmação tão taxativa sobre uma área que você desconhece, a tendência é
dar por assente que o sujeito sabe do que está falando.

>2. quem aceita o que ele diz não pensa como você... :)

Neste caso, não é uma questão de pensar ou não como eu. Ele não está
apresentando uma teoria, uma hipótese ou mesmo uma opinião. Está formulando
um juízo de valor baseado em uma descrição do que supostamente seria "boa
parte da 'ciência
social' de hoje" e que não seria "senão o recorte das individualidades
segundo a medida da mediocridade-padrão". Isso é desinformação pura e
simples. Basta você se inteirar do que é "boa parte da ciência social de
hoje" pra ver que ela não tem porra nenhuma a ver com "o recorte das
individualidades segundo a medida da mediocridade-padrão". Os autores que eu
citei na minha mensagem anterior são só três exemplos, poderia ter citado
muitos outros que, estes, sim, definem as principais correntes do que se faz
atualmente em matéria de ciência social.

>Que seria aquele que aceita a colocação genérica das ciências sociais que
não levam em consideração o indivíduo, antes o conjunto, a sociedade como um
todo... entendo.

A malícia está em usar esse pessoal como parâmetro pra definir o que se faz
em ciências sociais. Pra você perceber a falácia do argumento, basta
transportá-lo pra um campo com o qual você esteja mais familiarizada. Isso
equivaleria a dizer que o parâmetro pra definir a física não são as
pesquisas mais importantes, mas o físico obscuro que se limita a levantar
dados estatísticos.

>Mas vejamos: a física se faz dos grandes cientistas que marcaram seus
nomes na história da ciência e foram "divisores de
água". A Física é o que é hoje graças a eles, certo? O mesmo não se
aplicaria às ciências sociais?

É o que estou dizendo. Uma ciência deve ser julgada pelo que ela tem de
melhor.

>Portanto, quem acata a idéia do que tais ciências apregoam não estaria
justamente observando-a a a partir
do que os tais vultos que você enumera "moldaram"?

Não necessariamente. Você pode trabalhar *a partir* dessas hipóteses e
teorias, mas tratando de aprofundá-las, desenvolvê-las e transformá-las pela
aplicação concreta a um campo específico. Em qualquer ciência (e as sociais
não são exceção), as teorias não são tábuas da lei divinamente inspiradas
que o cientista se limita a aplicar cegamente. São ferramentas que ele usa
pra organizar os dados e, caso a ferramenta se mostre inadequada, ele muda a
ferramenta. É através dessas transformações que a ciência evolui.

>Deve ser a segunda opção então tendo em vista o que você comenta a
seguir...

Eu acho que é uma combinação das duas. O Olavo de Carvalho enfiou na cabeça
uma idéia falsa sobre o que fazem as ciências sociais e, como ele confia que
seu público não tem conhecimentos aprofundados sobre o assunto, nunca se
preocupou em testar essa idéia, pra ver se ela corresponde aos fatos.

>Hum... pode ser. Se o que ele afirma é da forma como você e o Takata vêm
demonstrando, só posso acreditar que seja esse o problema.

Não consigo pensar em outra explicação pra obsessão dele contra o comunismo.
Nem o Golbery era um anticomunista tão feroz, e isso numa época em que o
comunismo ainda era uma realidade viva e atuante. Hoje, só mesmo um delírio
paranóico pra achar que o comunismo é uma ameaça com o peso e o alcance que
Olavo de Carvalho lhe atribui.

>Hum... e pelo visto é algo que se exacerba com o tempo... :)

Sim, é só folhear cronologicamente os artigos do Olavo de Carvalho. No
princípio, embora já fosse anticomunista de carteirinha, ele comentava
vários assuntos e correntes filosóficas (sempre da maneira dele, claro),
mas, com o passar do tempo, a obsessão anticomunista foi predominando a tal
ponto que, atualmente, não tem um artigo sequer que não seja sobre isso.

>Obrigada pela aula!

O objetivo não era dar uma aula, quem sou eu pra isso? ;-) Eu só queria
mostrar que a esquerda do Olavo de Carvalho só existe na cabeça dele e tem
muito pouco a ver com a realidade da esquerda contemporânea, que tem, sim,
seus fanáticos, mas que também tem muitas outras correntes, até mais
importantes filosoficamente.

>O sábio é justamente aquele que já aprendeu que não vale a pena se destacar
nem se sentir diferente dos demais... Melhor e mais sábio é sempre estar no
meio do bolo :)

Não é bem isso. O sábio é aquele que reconhece que não é melhor do que
ninguém, que saber coisas que as outras pessoas não sabem não o torna
especial nem parte de uma elite. Um caboclo analfabeto do interior pode não
saber nada sobre os argumentos filosóficos que tanto encantam o Olavo de
Carvalho e, ainda assim, ter uma sabedoria de vida que os filósofos não
possuem. Conhecimento é conhecimento, venha de onde vier. Tem coisas que eu
sei e você não, e coisas que você sabe e eu não, mas nada disso faz com que
eu seja superior a você ou vice-versa. Que raio de conhecimento é esse que o
Olavo de Carvalho prega, que isola a pessoa que sabe do resto da humanidade?
Pra mim, isso é ressentimento disfarçado de sabedoria.

>Também sou cética quanto a isso...

Eu também, mas o ceticismo não me impede de continuar lutando por esse
objetivo. Do contrário, temos que aceitar a lei do mais forte, que o negócio
é mesmo levar vantagem em tudo, que algumas pessoas foram feitas pra mandar
e outras pra obedecer. Certo, é esse o mundo que eu vivo, mas não é esse o
mundo em que eu quero viver.

>E há algum outro modo de colocar todos em fila sem uma ordem vinda "de
cima"?

E por que seria preciso colocar todos "em fila"? Isso seria a própria
negação do conceito de uma sociedade sem classes nem estado.

>Foi isso o que eu "vi"... por isso não associei o Olavo à
anti-esquerda...:)

Mas você viu além do texto. Porque o Olavo de Carvalho é bem específico
quanto a isso: pra ele, nesse parágrafo, o problema da esquerda é que ela
não tem nenhuma perspectiva de um outro mundo e só consegue conceber o
paraíso como algo a ser conquistado neste mundo mesmo. Ele contrapõe isso ao
que supõe ser a perspectiva das religiões e do esoterismo, que apontam para
um outro mundo fora deste. Mas essa é uma visão distorcida, porque nenhum
dos grandes líderes religiosos jamais falou literalmente de um outro mundo.
De Buda a Cristo, todos sempre se referiram à salvação como uma
transformação *deste* mundo, exatamente como a esquerda. A diferença (e
isto, sim, é uma limitação da esquerda, mas nesse ponto, Olavo de Carvalho
não toca) é que a esquerda concebe essa transformação como uma simples
alteração nas estruturas sociais, enquanto as religiões sustentam que
nenhuma alteração social é eficaz se não for acompanhada de uma
transformação da consciência.

>Ele é um inconformado... os inconformados sempre querem sair e achar
outros lugares/estados/posições, mudar radicalmente, criar novos paradigmas,
modificar as estruturas vigentes...

Os inconformados querem mudar o mundo. Quem quer fugir para um outro mundo
não é um inconformado, é um escapista. ;-)

>Engraçado foi que eu entendi dessa mesma forma que você expôs agora quando
li o texto dele. Mas a idéia dele é justamente dar a entender que alguém
que não seja fanático, portanto não imerso, está "além ou aquém", nunca no
mesmo lugar que os demais... :) Alguém que tenha a consciência elevada
também não partilha do mesmo "lugar" que os demais. Está acima deles mesmo
que esteja em meio a eles.

Pois é. É um indivíduo "especial", "melhor do que os outros", "superior" à
plebe ignara. Isso é uma bobagem que não tem tamanho. Quer dizer que o
contrário do fanático é o arrogante que se acha melhor que todo mundo? Vê
se, quando atingiu a Iluminação, o Buda deu uma banana pras pessoas comuns.
Não, ele foi pro meio delas. Jesus Cristo não vivia isolado do mundo,
resmungando sobre a ignorância da humanidade, ele sentava-se à mesa com
prostitutas e funcionários públicos, ia a festas de casamento, jamais se
achou tão melhor do que os outros que não pudesse se misturar com eles. E no
entanto, o Buda disse que deveríamos olhar o mundo como uma ponte, um lugar
ótimo de passagem mas péssimo pra se construir uma casa. E no entanto, Jesus
disse "vós sois deste mundo, e eu deste mundo não sou". Portanto, é óbvio
que tem alguma coisa errada com a interpretação literal que o Olavo de
Carvalho dá pra esse "estar no mundo mas não pertencer a ele"

>Mais uma vez, obrigada pela sua disposição de mostrar prá mim onde é que
esse senhor está errado. Se não fosse pela sua disposição, eu, com certeza,
pensaria como outro ciencialisteiro que o endeusa... :)

É sempre perigoso endeusar qualquer um. Pessoas são pessoas, isso é tudo.
;-)

Bjs.
L.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Choro e ranger de dentes p/ Lúcio :)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2002 11:26

----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, November 27, 2002 8:42 AM
Subject: [ciencialist] Re: Choro e ranger de dentes p/ Lúcio :)

>E eu acho triste a gente perder tto tempo com isso.

Eu também acho triste, mas creio que tem lá sua utilidade. O sujeito escreve
em várias mídias importantes, atinge o grande público toda semana e, se
ninguém se der ao trabalho de contestar, muita gente acaba se convencendo
que as maluquices dele são verdades científicas inquestionáveis.

Abs.
L.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: RES: Analogia p/ Alberto
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2002 11:32

----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, November 27, 2002 10:46 AM
Subject: [ciencialist] Re: RES: Analogia p/ Alberto

>Ô Alexandre, tu tá se referindo ao Mesquita? Tô achando
estranho, pois eu também sou baixarel em Direito, não pertenço ao
clubinho dos iniciados e, para agravar a minha situação de pária e
marginal, ainda sou um defensor da psicanálise. No entanto, o
Mesquita tem me tratado com respeito, jamais tive uma rusga com ele.
Rusga tenho com outros. Sim, também tenho que agüentar provocações,
tentativas de ridicularização, alfinetadas irônicas... Mas daqui eu
não saio, daqui ninguém me tira!:-))

Faço minhas as tuas palavras, Manuel. Meus debates com o Alberto, aqui e na
Noosfera, até agora estão entre os mais gratificantes que eu já tive.
Discordamos em praticamente tudo, mas sempre num clima amistoso e, ao
contrário de outras pessoas, ele jamais usou contra mim o fato de eu não ser
cientista nem qualquer outro tipo de argumentação ad hominem, muito pelo
contrário. Não sei que tipo de conflito rolou entre ele e o Alexandre,
porque não estava na Ciencialist na época, mas pra mim, pelo menos, as
discussões com o Alberto têm sido sempre gratificantes.

Abs.
L.



SUBJECT: Re: softwares para fisicos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 11:53

Word, Excel, Paintbrush e as tranqueiras do Windows.

Tem o Mathematica...

http://www.physsofts.20m.com/
http://www.cpc.cs.qub.ac.uk/cpc/

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@y..., "Gleidson" <gechile@b...> escreveu
> oi, sou novo na lista e estou me graduando em fisica pela ufsc.
> gostaria de saber se alguem da lista sabe me dizer o nome de alguns
> softwares (profissionais ou nao) usado por fisicos. softwares de
uso
> em laboratorios, pesquisas, etc...
>
> agradeco se puderem me ajudar...
> Gleidson



SUBJECT: Frase da Manhã
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 12:02


Literatura...

" Que em tua cabeça as ideias não se imobilizem nunca em arranjos de
museu, mas fermentem para novas metamorfoses. "
Aníbal Machado - Cadernos de João
Vestibular da UFMG de 2003





SUBJECT: Uma nova ciência.
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 12:07

Retirei este interessante artigo do Jornal da Ciência do dia 25 de
novembro de 2002.
O cadastro para o recebimento deste jornal é gratuito.
WWW.JORNALDACIENCIA.ORG.BR





- Manifesto propõe uma nova ciência

Este manifesto é assinado pelos seguintes pesquisadores: Allegra McLeod,
Andreas Kabliz, Andrei Linde, Andrew Milne, Bernadette Weyler, Carl
Djerassi, Catherine Pickstock, Denise Schmandt-Besserat, Hans Ulrich
Gumbrecht, John Bravman, Martin Seel, Matthew Tiews, Richard Ford, Robert
Laughlin, Robert Harrison, Stephen Lew, Sandra Mitchell, Terry Winograd,
Violeta Sánchez y Lorbach e Wlad Godzich.

Publicado na "Folha de SP":

Não existe outro conceito no mundo departamentalizado da academia que porte
tamanho poder legitimador, com todas as promessas financeiras imediatas que
isso acarreta, quanto a palavra "interdisciplinaridade". Mas tampouco
existe outra palavra que se tenha tornado tão banal, tão desgastada e uma
paródia tamanha dela mesma. Quando professores e administradores acadêmicos
falam em "interdisciplinaridade", podem estar se referindo a três coisas
diferentes, ainda que normalmente não haja muita consciência a respeito
dessas distinções.

Eles podem estar se referindo à versão "trivial" da interdisciplinaridade,
ou seja, a uma relação complementar entre diferentes especializações
científicas ou acadêmicas que é necessária, às vezes, para a solução de
problemas complexos. Biólogos, químicos e estatísticos precisavam trabalhar
juntos para tornar possível a decifração do genoma humano. A
interdisciplinaridade "de fim de semana" é o (des)interesse polido, entre
estudiosos de campos diferentes, pelo trabalho uns dos outros.

Essa polidez pode compensar, ao menos por um breve período, a convicção de
todos no sentido de que nada que "os outros" possam ter a dizer teria
importância real para o trabalho que cada pessoa realiza. Os físicos
apreciarão, de maneira vagamente condescendente, aquilo que os estudiosos
do italiano terão a dizer sobre as idéias de Dante a respeito do cosmo, mas
nunca por tempo mais longo do que um fim de semana.

A interdisciplinaridade "virtual", por fim, se refere aos períodos bem
financiados que acadêmicos de campos diferentes e com projetos individuais
bastante distintos passam juntos em instituições que se dedicam
oficialmente a pesquisas interdisciplinares. Espera-se, nessa modalidade,
que eles se envolvam, no mínimo casualmente, em conversações que poderiam
resultar em projetos de trabalho conjuntos com potencial inovador.

Na realidade cotidiana, mais sóbria, no entanto, os pesquisadores dessas
instituições tipicamente tentam evitar tais projetos, e até mesmo os
eventos sociais aos quais deveriam supostamente comparecer juntos porque,
muito naturalmente, estão mais interessados em proteger seu tempo de
trabalho individual.

As formas dominantes de interdisciplinaridade existentes hoje produzirão,
na melhor das hipóteses, conhecimentos "novos" que não surpreendem nenhum
colega -e menos ainda os patrocinadores e doadores.

Muitas vezes, o conceito, assim, justifica despesas da ordem dos milhões de
dólares sem que produza mais que o efeito mínimo -e, ao menos do ponto de
vista intelectual, bastante raso- de uma conversação intelectual durante
uma festa. Em contraste com essa realidade muitas vezes grotesca,
acreditamos que um estilo diferente de interdisciplinaridade deveria ser
cultivado -um estilo de colaboração intelectual que cumpra as promessas que
a palavra implica. Essa outra interdisciplinaridade seria qualquer trabalho
abarcando diversas disciplinas acadêmicas, cujos efeitos ninguém pudesse
prever e cujos resultados potenciais, como descobriremos em retrospecto,
não poderiam ter sido produzidos isoladamente.

Essa interdisciplinaridade, no entanto, não acontece sem um triplo risco:
não acontecerá sem o risco de um diálogo entre disciplinas que
anteriormente não tenham estabelecido um terreno comum por meio de
conceitos fundamentais compartilhados; não acontecerá sem o risco de gastar
dinheiro em projetos que podem ser impossíveis de executar; e isso por sua
vez acarreta o risco de investir tempo em discussões que não ofereçam
nenhum resultado.

Em agosto deste ano, os 20 autores deste manifesto aceitaram um convite do
reitor da Universidade de Stanford (EUA) para uma reunião de cinco dias com
o objetivo de se envolverem em uma experiência voltada para esse tipo de
interdisciplinaridade arriscada e inovadora entre as ciências exatas -como
engenharia-, as biológicas e as humanas.

Concordamos previamente quanto ao tópico, a "emergência", e sobre algumas
regras básicas para dar forma aos debates: a de que todos fariam o máximo
para transmitir a complexidade de suas disciplinas sobre o assunto,
tentando, ao mesmo tempo, oferecer o máximo de acesso aos estudiosos de
outras disciplinas; a de que todos teriam o direito de interromper as
discussões tão logo estivessem certos de que elas não tinham mais potencial
algum de se tornarem importantes para o trabalho de cada um; a de que, em
vez de tentar promover qualquer agenda previamente definida, todos se
envolveriam em um esforço continuado de auto-organização intelectual, como
grupo; e a de que o único objetivo em que o grupo teria de concordar desde
o início seria produzir, no final do encontro, um resultado concreto e
capaz de ser documentado (se necessário, até mesmo uma declaração de que o
novo estilo de interdisciplinaridade que o encontro procurava era
impossível).

Desde os primeiros momentos de nossas discussões, ficamos impressionados
por ver até que ponto era possível atingir uma compreensão mútua; ficamos
surpresos com a dimensão do acordo que existia sobre questões substanciais;
e nos sentimos inspirados, acima de tudo, pela seriedade do interesse que
começamos a desenvolver pelas posições uns dos outros. De forma mais ou
menos espontânea, o grupo se concentrou em questões de epistemologia, ou
seja, questões quanto às condições relacionadas à produção do conhecimento.

Dentro desse campo, nossos acordos mais importantes e, cremos, mais
inovadores se cristalizaram em torno de dois motivos específicos. Primeiro,
em torno do papel do observador externo -ao qual foi concedido menos poder
e independência do que sob, por exemplo, as epistemologias
"construtivistas" contemporâneas. Segundo, houve uma convergência visível
quanto a uma revisão do conceito do agente humano -porque nos descobrimos
mais céticos do que a maioria das disciplinas acadêmicas contemporâneas com
respeito aos poderes e ao alcance desse agente, ou seja, sobre os projetos
baseados em conhecimento de transformar o mundo ou segmentos dele.

Co-emergência
Para a crítica de uma epistemologia que confere ao observador externo a
autoridade de "impor" sua própria visão do mundo dos objetos, para o nosso
movimento intelectual, por assim dizer, longe do observador, foi
sintomático que nos tenhamos concentrado, desde o começo, em uma possível
transição entre o conceito de "emergência" e o conceito que representa a
posição oposta à do observador, ou seja o conceito grego antigo de
"fenômeno" (de "phaineim", que significa "aparecer, mostrar").

Que processos, perguntamos, estão em ação quando sentimos que um fenômeno
se nos demonstra? Pode-se de fato dizer que um fenômeno é por definição
algo emergente, no sentido de que adquire aparência e emerge como presença
material e espacial? E será que isso implicaria que o processo de produção
do conhecimento, ao contrário de nossa posição atual predominante, começa
na ponta do objeto e se desenrola a seguir como processo de emergência, e
não de produção?

Alguns de nós queríamos chegar ao ponto de dizer, talvez, que os fenômenos
pelos quais nos deixamos fascinar sempre nos elegeram, em lugar de nós os
termos construído. Mas havia um consenso muito mais amplo quanto à premissa
de que os fenômenos têm tanto impacto sobre seus observadores quanto a
observação, por estes, inevitavelmente altera o fenômeno.

Isso significa, no entanto, que qualquer produção de conhecimento ocorre
como uma co-emergência do fenômeno em questão e de seu observador.

Tal concepção da produção do conhecimento como emergência desenvolve um
nível de complexidade ainda maior tão logo passemos a levar em conta a
percepção (enfatizada por Heidegger e outros filósofos) de que os
observadores são sempre um produto e uma parte de modos finitos e
existencialmente extáticos do ser. Esses modos do ser indicam os horizontes
dentro dos quais os fenômenos podem aparecer e aparecerão para nós.

Mas deve ser igualmente verdade, no espírito da produção do conhecimento
como uma co-emergência, que certos fenômenos "elegem" e definem seus
horizontes. Não existe relação possível de prioridade entre os horizontes e
os fenômenos que aparecem dentro deles.

A "teoria inflacionária", a mais recente das teorias sobre o surgimento do
universo, que sugere que essa emergência ocorreu como uma sequência de Big
Bangs, era o exemplo central por meio do qual tentávamos compreender as
implicações e consequências de uma epistemologia baseada na co-emergência
de fenômeno e observador.

Como qualquer outro objeto emergente, o universo só surge da existência
virtual para a realidade depois de ser observado. Isso não significa,
porém, que um observador cria o universo para si. Quer dizer apenas que as
propriedades de um observador precisam ser consistentes com as propriedades
dos objetos observados.

Nesse sentido, o universo traz impressa em si a imagem de um observador.
Assim que uma observação é realizada, portanto, o observador pode
reconstituir uma história consistente do objeto em questão, como se tivesse
uma existência própria anterior à observação.

Mas todos os fenômenos emergentes, da mesma forma como qualquer dada parte
do universo, são apenas temporários. Ainda que eles mesmos não desapareçam,
estão condenados a ser dissolvidos em um espaço vazio em eterna expansão ou
a desaparecer durante um colapso do universo. E no entanto o universo como
um todo talvez seja imortal, e a vida pode emergir nele vezes e vezes sem
conta, em todas as suas possíveis formas.

A questão do divino

Repetida e talvez já nem tão surpreendentemente, a concepção da
co-emergência epistemológica nos encorajou a revisitar diversos conceitos,
de diferentes tradições teológicas. Esse era o caso não só em relação à
idéia de "eternidade", tão logo tentamos pensar além dos diferentes estados
e formas do universo.

De maneira semelhante, a questão de determinar se era possível superar a
parcialidade de todo o conhecimento produziu a idéia de uma co-emergência
que conduziria à co-extensividade do fenômeno e do observador -a qual, em
muitas religiões, é exatamente uma maneira de definir Deus. Pois, se um dia
nos fosse possível conhecer um fenômeno em toda a sua extensão, até o seu
máximo limite, então teríamos sobrepujado nossa condição de situação,
perfurado nossa finitude.

Assim que as idéias do divino entraram em nossa revisão do papel do
observador epistemológico, outra questão -outra maneira de substituir o
tradicional conceito do observador- tinha de surgir necessariamente.

Trata-se da questão quanto à possível existência de observadores não
humanos para os quais os fenômenos emergem, observadores que não participam
da linguagem ou não têm sentimentos e consciência ou ao menos aos quais não
possamos facilmente atribuir essas qualidades.

Os dois casos discutidos são animais desprovidos de linguagem e máquinas
que manipulam uma linguagem. No caso dos computadores podemos distinguir,
além disso, diferentes abordagens de construção. Para as primeiras
tentativas de desenvolver inteligência artificial, a meta era representar
explicitamente os métodos e conhecimento que constituem o pensamento
humano.

Pode-se alegar que o programa tinha a capacidade, em um sentido muito
direto, de fazer apenas aquilo que os programadores haviam antecipado e
incluído nele. Mas em breve outro método de pesquisa se desenvolveu,
inspirado pelo conceito de emergência.

O construtor e o programador criaram um substrato básico de mecanismo capaz
de comportamento adaptativo -um comportamento que altera seu curso como
consequência do comportamento anterior. Torna-se aparente que os sistemas
biológicos são adaptativos, tanto em caráter individual (pelo aprendizado)
quanto no plano das espécies (via evolução). Se nossa inteligência -e, além
disso, nossos sentimentos e consciência- emergiu por adaptação incremental,
por que o mesmo não seria possível no caso de uma máquina?

Ilhas de estabilidade

Hoje estamos -na melhor das hipóteses- muito distantes da capacidade
prática de construir aparelhos, ainda que seja com uma fração das
qualidades humanas de pensamento e aprendizado, e é provável que demore
muito antes que discussões dessa espécie possam se transformar em algo mais
do que filosofia de poltrona. Mas a maioria de nós não acreditava que
houvesse um motivo sistemático para excluir a possibilidade de emergência
de observadores não humanos sofisticados.

Se nossas propostas para uma revisão do papel do observador epistemológico
tomavam como ponto de partida a justaposição entre o conceito de emergência
e o conceito do fenômeno, foi igualmente revelador que a discussão sobre os
limites do agente humano tenha começado com uma tentativa de esclarecer a
relação entre a causalidade e a emergência.

Pois ao longo dos três últimos séculos, na ciência e pensamento ocidentais,
múltiplas observações de causalidade encorajam o surgimento de uma
esperança quanto ao previsível, e a previsibilidade vem sendo a base para
as expectativas de que o pensamento e a ciência sejam capazes de projetar
imagens confiáveis do futuro sobre as quais basearmos nossas ações.

Mas, embora os cientistas e os humanistas do nosso grupo tenham concordado
quanto ao fato de que causalidade e emergência não são opostos, acreditamos
também que a imprevisibilidade, em lugar da causalidade, é o marco da
emergência.

Os fenômenos surgem, emergem, formando ilhas de estabilidade em um oceano
em fluxo. Por sua emergência, um fenômeno se torna suficientemente estável
para servir como base para ação, para ser alterado, usado ou para
participar de novos processos emergentes e se estabilizar em um nível mais
alto de organização.

Esse princípio se confirma tanto para os fenômenos naturais quanto para os
culturais. E, no entanto, essa emergência de ilhas de ordem não é
necessariamente sinônimo de causalidade e, portanto, previsibilidade. Se a
causalidade gera a previsibilidade sob a condição de que ela possa ser
expressa por meio de uma equação matemática, então é preciso que
reconheçamos dois limites da previsibilidade.

O primeiro limite é a escala, e, o segundo, a complexidade. Se o sistema
que tentamos observar é pequeno demais, seus movimentos não podem ser
expressos por uma equação, e ele deixa portanto de ser um sistema. Os
átomos individuais, por exemplo, têm comportamento aleatório.

Natureza e cultura

Se, por outro lado, um determinado número de padrões de causalidade se
entretece em interação altamente complexa, essa complexidade, igualmente,
escapará à possibilidade de ser lançada em uma equação, e assim de se
tornar previsível.

Seria absurdo começar pelas equações da mecânica quântica e tentar prever a
vida, da mesma forma que o era a alegação marxista de que, se começarmos
observando as regularidades do comportamento humano, podemos alegar que, no
final, será possível prever a História.

O conceito de emergência parece sugerir que, na emergência de fenômenos,
devemos fazer uma distinção entre as camadas de previsibilidade e as
camadas que são ou pequenas demais ou complexas demais para permitir
previsões. Isso significaria que a emergência convida e facilita o controle
parcial sem jamais se sujeitar ao controle completo.

Da perspectiva da ética, deveríamos então extrair a consequência de que,
embora não seja completamente fútil tentar dar forma a segmentos futuros
por meio da ação humana, essa ação deveria sempre implicar prontidão em
permitir que cada um de nós se deixe determinar pelo processo específico da
emergência.

Para a relação entre a natureza e a cultura, esse argumento implica que
devemos considerar a sociedade como extensão do mundo natural e das
regularidades que governam os pedaços de matéria sem cérebro dos quais ele
é feito, ainda que sociedades sejam complexas demais para permitir qualquer
forma de previsibilidade.

De fato, as tentativas de controle total se provaram contraproducentes no
caso de fenômenos complexos como as sociedades, como se pode aprender com
os debates entre as escolas "racionalista" e "irracionalista" da
jurisprudência. A "ciência jurídica racionalista" sonha que a adjudicação
de disputas judiciais proceda de acordo com princípios gerais racionalmente
determinados.

Os "críticos irracionalistas" dessa teoria questionam, porém, tanto a
possibilidade quanto a desejabilidade dessa meta. Eles acreditam que a
única coerência que o sistema judicial oferece (e deveria oferecer) é
produzida pelas confusas relações de analogia: as decisões legais só são
previsíveis no sentido de que se relacionam analogicamente com decisões
anteriores. A lei, portanto, seria outro paradigma que ilustra o conceito
de emergência em múltiplas camadas que estamos propondo.

Combinação flexível

Uma dependência excessiva do agente humano, no sentido de um número
excessivo de tentativas de estimular processos de emergência rumo a
determinados objetivos, termina por se provar contraproducente,
regularmente, porque existe uma grande possibilidade de que surjam novos e
imprevistos movimentos de emergência sob o manto geral da emergência -o que
pode até mesmo causar o colapso de um fenômeno emergente.

Por outro lado, há um grande número de histórias de sucesso, da ciência
contemporânea, que provam que uma combinação flexível entre o agente humano
em papel limitado e a disposição em se deixar determinar é uma receita para
o sucesso. Novos modos de reprodução, por exemplo, sob os quais mulheres
jovens e férteis podem ter óvulos extraídos para preservação e fertilização
anos mais tarde, adiando assim a concepção, estão por enquanto em estado
inicial de emergência.

As condições de emergência para a reprodução assistida em casais férteis
incluem um determinado progresso nas capacidades técnicas, mas o mais
importante é que o processo dessa emergência tenha sido determinado, nos
países mais prósperos, por um contexto social, relacionado à redução do
tamanho das famílias e à participação cada vez maior das mulheres na força
de trabalho mais sofisticada, o que as leva a adiar a gestação até a
perigosa idade de 38 anos ou mais.

No entanto era imprevisível que um procedimento originalmente desenvolvido
como tratamento para infertilidade masculina se transformasse no mecanismo
padrão usado por casais férteis para facilitar a reprodução.

A condição científica para esse tratamento da infertilidade masculina foi
um acontecimento na genética -a saber, a capacidade de analisar
geneticamente os estágios iniciais de um embrião, antes de sua
transferência para um útero.

Ainda que a tecnologia tenha sido criada originalmente para tratar da
infertilidade masculina, ela já transformou, e essa transformação
continuará, as possibilidades reprodutivas das mulheres férteis -e pode
gerar resultados sociais e culturais que não podemos prever com base nas
informações que temos hoje.

E essas consequências não são só imprevistas como imprevisíveis. Nossa
revisão do conceito do agente humano nos leva à convicção de que não se
deveria nunca tentar prevê-las e menos ainda controlá-las completamente. O
novo conceito consistiria em manter os processos de emergência vivos
interceptando e usando as oportunidades imprevistas que oferecem, e que
estejamos prontos, ao mesmo tempo, para nos deixarmos determinar por eles.

Risco
Quando, no final de nossas discussões, tentamos descrever e compreender
parcialmente o curso tomado por nossa investigação, descobrimos que um novo
conceito de emergência era não só o tópico e resultado de nosso trabalho,
mas ao mesmo tempo o princípio que governara a experiência de
interdisciplinaridade -tão suave e eficientemente quanto a famosa metáfora
da "mão invisível", que tanto fascinava os teóricos da economia clássica.

Permitir que o potencial de pensamento substantivamente inovador surja em
um esforço colaborativo de estudiosos de diferentes disciplinas requer
-descobrimos- a liberdade, a coragem e o risco de trabalhar sem objetivos
predeterminados e sem conhecer o desfecho possível da colaboração. Mas não
devemos, tampouco, conceder ao princípio da emergência o estatuto de uma
receita que deveria dar forma e controlar o estilo futuro de trabalho
interdisciplinar.
(Tradução de Paulo Migliacci)
(Folha de SP, 24/11)




SUBJECT: RES: Analogia p/ Alberto
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2002 12:49

> De: Lucio Jorge Pina Manfredi
>
> Faço minhas as tuas palavras, Manuel. Meus debates com o
> Alberto, aqui e na
> Noosfera, até agora estão entre os mais gratificantes que eu já tive.
> Discordamos em praticamente tudo, mas sempre num clima amistoso e, ao
> contrário de outras pessoas, ele jamais usou contra mim o
> fato de eu não ser
> cientista nem qualquer outro tipo de argumentação ad hominem,
> muito pelo
> contrário. Não sei que tipo de conflito rolou entre ele e o Alexandre,
> porque não estava na Ciencialist na época, mas pra mim, pelo menos, as
> discussões com o Alberto têm sido sempre gratificantes.

Olá, Lucio,

Vc tem uma bagagem teórica maior que a minha, e, sobretudo, tempo
para escrever com mais conteúdo (leia-se: mais que duas linhas),
além de capricho. Assim, ele não ousaria escarnecê-lo. Todo
mundo fala sobre n assuntos que divergem do objetivo da lista,
mas ele esperou que um chucro como eu abrisse a boca para dar seus
coices. E depois vem com essa de 'casmurrice', um eufemismo para
sadismo.

Vou me afastar da lista por uns tempos para me recompor.

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: QUEM PUDER, COLABORE
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 13:27

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>

> 1) De: <Vendasevalor@a...>
> Prezado Professor:
>
> As questões são s seguintes: Quando foi descoberta a roda? Como
> aconteceu a descoberta? Que mudanças ela provocou na vida das
> pessoas?

A roda e' mais uma invencao do q. uma descoberta. O indicio mais
antigo foi encontrado na regiao da Mesopotamia e tem cerca de 5.500
anos de idade.

----
Wheel, circular frame or disk, constructed to revolve on a central
axis, and constituting an integral feature of most ground
conveyances. The earliest known wheels, constructed in ancient
Mesopotamia, date from about 3500 to 3000 bc (see Technology).
Wheeled vehicles are believed to have appeared after the invention of
the potter's wheel, and the wheeled cart soon replaced the sledge as
a means of transportation. In its simplest form, the wheel was a
solid wooden disk mounted on a round axle, to which it was secured by
wooden pins. Eventually sections were carved out of the disk to
reduce the weight, and radial spokes were devised about 2000 bc. The
invention of the wheel was a major turning point in the advance of
human civilization. The wheel led to more efficient use of animal
power for agriculture and other work; it became an invaluable
mechanical means for controlling the flow and direction of power or
force. The applications of the wheel in modern life and technology
are virtually infinite.
http://encarta.msn.com/encnet/refpages/RefArticle.aspx?refid=761572362
----

Roda, um quadro circular ou disco, contruido de modo a girar em torno
de um eixo central e contituindo caracteristica essencial de varios
transportes terrestres. As rodas mais antigas conhecidas, construidas
na antiga Mesopotamia, datam de cerca de 3500 a 3000 a.C. Acredita-se
que veiculos com rodas surgiram apos a invencao do torno e os carros
com rodas rapidamente substituiram os trenos como meio de transporte.
Em sua forma mais simples, a roda era um disco solido de madeira
montada sobre um eixo cilindrico, ao qual era presa por pinos de
madeira. Eventualmente, espacos foram escavados no disco de modo a
reduzir seu peso e os raios foram projetados em cerca de 2.000 a.C. A
invencao da roda foi um grande ponto de mudanca no progresso da
civilizacao. A roda levou ao uso mais eficiente da forca animal na
agricultura e outros trabalhos, tornou-se um meio inestimavel de
controle de fluxo e direcao da forca e da energia. As aplicacoes da
roda na vida moderna e na tecnologia são virtualmente infinitas:
engrenagens, polias, roldanas...

---

E' conveniente ter uma boa enciclopedia como um livro de referencia.
CD-Roms podem ser adquiridos a partir de R$ 50,00. (Não se deve
claro, usá-las como fontes únicas de consulta. Mas ao lado de livros
didáticos, servem como ponto de partida. Pode-se pesquisar ainda nas
bibliotecas da escola ou públicas.)

> 2) De: <IsmaelAssuncao@a...>
PRECISANDO FAZER UM PROJETO, CONSTRUINDO ASSIM UM TREM A VAPOR DE
PEQUENO PORTE É CLARO, PODERIA CONTAR COM ALGUMA AJUDA SUA?

http://encarta.msn.com/encnet/refpages/RefMedia.aspx?
refid=461518148&artrefid=761554687&sec=-1&pn=1

> 3) De: <ewerneck@e...>
> | Ola Professor... Meu nome é Rodrigo, e moro em Campo Grande-Ms, e
> amanha dia 27/11/2002, tenho minha feira de ciencias aqui onde
> moro, e fiz um trablho da pagina do senhor, e nao sei como faço
> para melhor explica-lo amnha, o senhor poderia me ajudar.. com o
> texto de explicação?^

Ponhas as suas ideias no papel. Se quiser colocar um texto
explicativo ao lado do experimento, escreva frases curtas descritivas.

> 4) De: Daiane Bravo
> Bem, eu naum sei se vc verá esse e-mail hoje e até as 18h, mais
> sabe como são as coisas, né, deixamos td p a ultima hora, e eu
> precisava de um trabalho p a escola sobre GERADORES A (OU DE)
> DINAMOS. E eu entrei no seu site e naum encontrei. Se possível eu
> gostaria que vc enviasse a mim (se possivel,hoje!!!) algo sobre
> esse assunto...

Bem, nao se deve deixar as coisas para a ultima hora. E' preciso se
planejar com alguma antecedencia. De todo modo ha' sim varios textos
sobre geradores no site. Basta digitar no campo de procura. E vc pode
tbm dar uma olhada nos textos sobre motores eletricos: dinamos sao
basicamente motores com uma funcao invertida -- ao inves de
transformar energia eletrica em trabalho mecanico, o gerador eletrico
converte trabalho mecanico em energia eletrica.

http://www.feiradeciencias.com.br/sala14/14_23.asp
http://www.feiradeciencias.com.br/sala21/21_12_01.asp

http://www.feiradeciencias.com.br/sala12/12_00.asp

> Meu Nome é Luca, sou comerciante e tenho 40 anos... e gosto muito
> Bem, gostaria da sua dica por favor, como posso ler sobre como ler
e fazer as medições corretas em diversos aparelhos e/ou componentes...
> Se possível o Sr. me ajudar, dando-me onde posso achar leituras
simples e práticas...

Ha' cursos apostilados de eletrotecnica.
http://www.institutouniversal.g12.br/docs/cursoH.asp?grupo=29

> 7) De: "raphael valadares borin" <raphaelvaladares@h...>
> | leo eu estiu cursando a 7 serie do ensino fundamental e gostaria
> de saber coisas sobre a gestação e gravidez

Vc pode comecar consultando seu livro escolar. E tbm procurando
livros na biblioteca de sua escola ou alguma biblioteca publica.

> 9) De: "laudelino junior" <laudelinojr@y...>
> Assunto: Resisitores
> | Prof. Luiz Ferraz Netto
> |
> | Vi em um site o e-mail do senhor. Espero que voc6e
> | possa me ajudar.
> |
> | Tenho um trabalho para entregar sobre RESISTORES
> | (Circuito Série, Paralelo e Misto) mas não encontro
> | consigo encontrar na internet.

Tente na biblioteca de sua escola ou alguma biblioteca publica.

> 10) De: "carlosdiz" <carlosdiz@b...>
> Como aqueles ruidos, ou interferências de rádios amadores
> no som do rádio FM ou AM que muitas vezes acontece. Só
> que teria que ser, interferindo no CD.

Na maioria dos aparelhos o sinal do CD vai direto para o
CD-Player e dali para as caixas de som. Corre tudo via
fiacao e nao por ondas eletromagneticas no ar. E' ate'
possivel interferir na corrente da fiacao, mas e' muito
complicado -- especialmente de modo seletivo: afetar
apenas um determinado carro e apenas a fiacao do circuito
de som.

De todo modo, basta comunicar a uma autoridade:

LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997

Art. 228. Usar no veículo equipamento com som em volume ou freqüência
que não sejam autorizados pelo CONTRAN:
Infração - grave;
Penalidade - multa.
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização.

Art. 229. Usar indevidamente no veículo aparelho de alarme ou que
produza sons e ruído que perturbem o sossego público, em desacordo
com normas fixadas pelo CONTRAN:
Infração - média;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo.

O nível de ruído a ser determinado é de competência municipal.

> 13) De: Ricardo J.Ferreira
> Há algum tempo atrás enviei uma mensagem para o grupo pedindo ajuda
sobre a respeito do barulho que se ouve quando se liga um chuveiro
elétrico.

Hmmm. Será q. não tem a ver com o turbilhonamento do ar
provocado pela vaporizacao da agua? Se esquentamos uma panela e
fazemos pingar algumas gotas de agua sobre o seu fundo, ouvimos um
chiado caracteristico.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Analogia p/ Alberto
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2002 13:57

Não sei porque perder tempo com o Mesquita. Ele é o Olavo Carvalho da
CienciaList. Os dois acreditam em um tipo de teoria da conspiração. No caso
do Mesquita, ele acha que toda a física moderna está errada e é
ininteligível (por que será?). Só se esquece de mostrar porque uma teoria
errada prevê o momento magnético do elétron com tão grande precisão, dentre
outras coisas. Os dois têm mais um aspecto comum: quando confrontados,
partem para o ataque direto. Quanto a isso, eu recebi um e-mail do Olavo
Carvalho que faz os impropérios do Mesquita parecerem brincadeira de
criança. Não se trata necessariamente de ataques ad hominem, que são
argumentos mais sofisticados, mas sim de ofensa pura e simples.

Sou muito mais pelo Alexandre (embora ele seja advogado, hehe, mas ninguém
é perfeito). É curioso também como as mentes mais lúcidas da Ciencialist
(com uma ou duas excessões) pertencem também à SBCR...

"Aquele-que-desvia-balas" ?? Hum, isso deve ficar mais interessante dito em
Algonquín!

[ ]s

Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 27 de Novembro de 2002 10:41
Assunto: [ciencialist] RES: Analogia p/ Alberto


> De: Ligia Amorese
>
> Dã? Que que é isso? O Alberto vem falando claramente sobre atitudes
> que fogem à pretensa capacidade de argumentação científica e você já
> vem apelando para "ad hominem"? Duvideodó que ele fizesse isso.
> Quanto a você... bem, pelo modo gentil com que você costuma atacar
> de frente qualquer assunto... você brinca na maioria das vezes, né?
> Porque se for a sério...

Você está há pouco tempo na Ciencialist e não sabe o quanto este senhor
já me insultou de um modo bastante sutil. Sempre fiquei quieto. Recorrer
à diplomacia foi inútil. Continuar apelando à diplomacia será inócuo.

Senti-me particularmente ofendido, magoado e humilhado pelo seu último
ataque. Ele se refere com desprezo a qualquer um que não tenha seja
do clubinho da ciência. Para ele o lugar deve ser reservado apenas
aos 'iniciados'. Aos seres superiores da física, da biologia ou da
química, mesmo que acreditem em duendes ou astrologia.

Muito bem, então sou um intruso. Sou um mané que se formou em Direito
(que não é ciência) numa faculdadezinha de quinta classe em Osasco,
que não fala inglês, nunca foi aos States e jamais terá um poodle.

Sou um intruso porque me atrevi a beber na fonte da sabedoria. Ousei
tentar aprender alguma coisa com o cavaleiro excelsior do apocalipse
quântico; e para o desespero dele eu aprendi até mesmo com ele.

Sou um bostinha intruso que aprendeu a argumentar com gente grande;
que imprimia emails preciosos para mostrar para algum amigo que
não tem computador e sonha em participar de um mundo onde as
pessoas questionam e são formadoras de opinião. Isso mesmo pessoal,
eu tenho amigos que não têm computador ou internet. "Nossa!
De que mundo ele veio?" Vim de um mundo onde as criaturas ainda
arrastam as mãos no chão da savana.

Eu sou um ogro curioso que abandonou a caverna, se estrepou
e perdeu o lugar no aconchego dos brutos.

Não tenho sangue azul. Não sou do circuito fechado USP-UNICAMP-UNESP-
Federais. Não sou como o A^3 (Alavro) que tem cartucho para dizer uns
impropérios para o Mesquita.

Cresci num bairro onde metade dos rapazes de minha idade ou estão
mortos ou estão na cadeia. Eu contrariei às estatísticas, pois
eu deveria estar fazendo companhia a eles. Agora também sou um
intruso no lugar onde cresci.

Não era para eu estar entre vocês. Mas a sorte me tornou aquele-
que-desvia-balas (minto: uma me pegou na perna).

Desculpem-me por não ser físico, biólogo ou químico, sequer
um engenherozinho. Desculpem-me por invadir o território de vocês.

Se vocês acharem que um intruso não é bem vindo à lista, recomendem
minha expulsão ao Brudna e mantenham o clubinho asséptico,
puro, ariano, só para os 'entendidos'.

Abraços,

Alexandre Medeiros






SUBJECT: Re: RES: Analogia p/ Alberto
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 14:04

Pessoal, pessoal.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] RUSGAS
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2002 14:40

ÔAlex.

Taí, se eu fosse apresentar meu currículo....

De sua catártica mensagem autobiográfica, o que mais me impressionou:

"Eu sou um ogro curioso que abandonou a caverna, se estrepou
e perdeu o lugar no aconchego dos brutos."

já que ogros não vivem em cavernas mas apenas no mundo fantástico das
crianças mal comportadas (ou bem, dependendndo do ponto de vista). E essa
de "aconchego dos brutos".... vs. sentiu falta???


sds. (à distância),

silvio

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, November 27, 2002 10:00 AM
Subject: [ciencialist] RUSGAS


Gostei dessa mensagem.
Sinto-me honrado por ter merecido (entre outros) o privilégio de conhecer
diversas outras facetas de sua vida. Disponibiliza-las, de público, é
sedimentar sua seriedade.
Usar desta postura para se afastar do ciencialist ... seria um non-sense.
Siga bem vindo.
[]'
deus
=====================================================
-----Mensagem Original-----
De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 27 de novembro de 2002 10:41
Assunto: [ciencialist] RES: Analogia p/ Alberto


> De: Ligia Amorese
>
> Dã? Que que é isso? O Alberto vem falando claramente sobre atitudes
> que fogem à pretensa capacidade de argumentação científica e você já
> vem apelando para "ad hominem"? Duvideodó que ele fizesse isso.
> Quanto a você... bem, pelo modo gentil com que você costuma atacar
> de frente qualquer assunto... você brinca na maioria das vezes, né?
> Porque se for a sério...

Você está há pouco tempo na Ciencialist e não sabe o quanto este senhor
já me insultou de um modo bastante sutil. Sempre fiquei quieto. Recorrer
à diplomacia foi inútil. Continuar apelando à diplomacia será inócuo.

Senti-me particularmente ofendido, magoado e humilhado pelo seu último
ataque. Ele se refere com desprezo a qualquer um que não tenha seja
do clubinho da ciência. Para ele o lugar deve ser reservado apenas
aos 'iniciados'. Aos seres superiores da física, da biologia ou da
química, mesmo que acreditem em duendes ou astrologia.

Muito bem, então sou um intruso. Sou um mané que se formou em Direito
(que não é ciência) numa faculdadezinha de quinta classe em Osasco,
que não fala inglês, nunca foi aos States e jamais terá um poodle.

Sou um intruso porque me atrevi a beber na fonte da sabedoria. Ousei
tentar aprender alguma coisa com o cavaleiro excelsior do apocalipse
quântico; e para o desespero dele eu aprendi até mesmo com ele.

Sou um bostinha intruso que aprendeu a argumentar com gente grande;
que imprimia emails preciosos para mostrar para algum amigo que
não tem computador e sonha em participar de um mundo onde as
pessoas questionam e são formadoras de opinião. Isso mesmo pessoal,
eu tenho amigos que não têm computador ou internet. "Nossa!
De que mundo ele veio?" Vim de um mundo onde as criaturas ainda
arrastam as mãos no chão da savana.

Eu sou um ogro curioso que abandonou a caverna, se estrepou
e perdeu o lugar no aconchego dos brutos.

Não tenho sangue azul. Não sou do circuito fechado USP-UNICAMP-UNESP-
Federais. Não sou como o A^3 (Alavro) que tem cartucho para dizer uns
impropérios para o Mesquita.

Cresci num bairro onde metade dos rapazes de minha idade ou estão
mortos ou estão na cadeia. Eu contrariei às estatísticas, pois
eu deveria estar fazendo companhia a eles. Agora também sou um
intruso no lugar onde cresci.

Não era para eu estar entre vocês. Mas a sorte me tornou aquele-
que-desvia-balas (minto: uma me pegou na perna).

Desculpem-me por não ser físico, biólogo ou químico, sequer
um engenherozinho. Desculpem-me por invadir o território de vocês.

Se vocês acharem que um intruso não é bem vindo à lista, recomendem
minha expulsão ao Brudna e mantenham o clubinho asséptico,
puro, ariano, só para os 'entendidos'.

Abraços,

Alexandre Medeiros



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: completamente off=toppic.
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <a_gora@yahoogrupos.com.br>, <noosfera@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Acrópolis <acropolis@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2002 15:10


Listeiros:
eu sei que é interdito temas não sobrelevantes aos princípios fundamentais da lista mas não resisti:

silvio, o gastrópode, digo gastrônomo.



La mejor manera de reducir el estres es siguiendo esta dieta

DESAYUNO
1 Toronja
1 Rebanada de pan Integral
1 Taza de leche descremada

COMIDA
1 pequeña porcion de pollo sin grasa al vapor
1 taza de espinacas
1 taza de te de hierbas
1 chocolate Kisses de Hershey's

MERIENDA
El resto de la bolsa de Kisses de Hershey's
1 Bote de helado Hagen-Daaz (grande, completo) de cualquier sabor (puede ser con nueces o almendras)

CENA
5 copas de vino tinto a su eleccion
6 rebanadas de pan con ajo y aceite de oliva
1 Pizza Tamaño Familiar (ingredientes al gusto)
3 barras de chocolate Snickers

A MEDIA NOCHE
1 CheeseCake Sara Lee con fresas (se recomienda no encender la luz de la cocina para evitar despertar a la familia y comerse el pastel directamente de la caja para no dejar platos sucios)

Repita Diariamente sustituyendo el pollo por pescado o atun, los Kisses por M&M's (pueden ser de cacahuate), los Snickers por Milky Ways y el CheeseCake por pastel de Chocolate.

RECUERDE : STRESSED (ESTRESADO en ingles) deletreado al reves es DESSERTS (POSTRES en ingles)

El mensaje es claro : REVIERTA EL ESTRES ENDULZANDO SU VIDA, EVITE EL ESTRES Y VIVA FELIZ
ADQUIRIENDO TALLAS

IMPORTANTE :
Envie esto a 4 personas y perdera 4 kilos
Envie esto a todas las mujeres que conozca (o alguna desconocida) y perdera 10 kilos
¡Si borra este mensaje sin reenviarlo aumentara 20 kilos inmediatamente


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: RES: Analogia p/ Alberto
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 16:32

--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu

> [O Mesquita] Só se esquece de mostrar porque uma teoria errada
prevê o momento magnético do elétron com tão grande precisão, dentre
outras coisas.

Manuel: A mecânica das matrizes de Heisenberg (baseada na álgebra das
matrizes) explica os espectros atômicos com a mesma precisão da
teoria de Schrödinger, esta última formulada em termos de equações
diferenciais. Mas por que hoje os físicos só se valem da teoria de
Schrödinger? Por que é a verdadeira? Não, é porque a de Schrödinger
condiz mais com a intuição. Acredito que a intenção do Mesquita seja
elaborar um modelo para a realidade subatômica que, além de prever os
fenômenos, tornem-nos mais compreensíveis para a mente humana. O que
ganhamos ao desprezar o seu esforço?

> Sou muito mais pelo Alexandre (embora ele seja advogado, hehe, mas
ninguém é perfeito). É curioso também como as mentes mais lúcidas da
Ciencialist (com uma ou duas excessões) pertencem também à SBCR...

Manuel: Gosto tanto do Mesquita quanto do Alexandre, e lamento terem
eles se desentendido. Quanto "às mentes mais lúcidas", bem, trata-se
de uma avaliação um tanto subjetiva. Tem gente por aí impressionada
com a 'extrema lucidez' do pensamento olaviano, eheh!

Abraços,
Manuel Bulcão





SUBJECT: P/ Medeiros
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 16:33

--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<alxmpub@u...> escreveu
> Você está há pouco tempo na Ciencialist e não sabe o quanto este
senhor
> já me insultou de um modo bastante sutil. Sempre fiquei quieto.
Recorrer
> à diplomacia foi inútil. Continuar apelando à diplomacia será
inócuo.

É, faz pouco tempo mesmo... e o que eu percebo é que você fica mesmo
na defensiva muitas vezes. Isso deve ter história e eu não sei dessa
história. Desculpe se me intrometi. É que às vezes eu acho que você
é agressivo até comigo... :( E eu nunca o tratei mal... :(
Agressividade tem um efeito "bola-de-neve": recebe-se, e caso a
gente rebata, a coisa vai crescendo... até que um não suporta mais o
outro...


> Senti-me particularmente ofendido, magoado e humilhado pelo seu
último
> ataque. Ele se refere com desprezo a qualquer um que não tenha seja
> do clubinho da ciência. Para ele o lugar deve ser reservado apenas
> aos 'iniciados'. Aos seres superiores da física, da biologia ou da
> química, mesmo que acreditem em duendes ou astrologia.


É o modo como você vê: de certa forma é você quem se sente
diminuído. Veja só: eu não entendo bolhufas de filosofia e adoro
quando me ensinam aquilo que eu não sei e peço informações. Sou gato
escaldado em lista cética porque sempre vem um querendo dizer: ah,
mas você é mística! E sempre tem um ou outro apontando o dedão
contra mim. E daí? Sou física também... e posso até falar sobre
física se eu achar que dá pé...

>
> Muito bem, então sou um intruso. Sou um mané que se formou em
Direito
> (que não é ciência) numa faculdadezinha de quinta classe em Osasco,
> que não fala inglês, nunca foi aos States e jamais terá um poodle.


Ahahahahah. Tá parecendo uma amiga minha que odeia ir aos shoppings
só por causa das atendentes que ficam medindo a gente dos pés a
cabeça. Bobagem! Seja quem você é. E direito é ciência sim:
ciência jurídica.


> Sou um intruso porque me atrevi a beber na fonte da sabedoria. Ousei
> tentar aprender alguma coisa com o cavaleiro excelsior do apocalipse
> quântico; e para o desespero dele eu aprendi até mesmo com ele.


Tá vendo? O Alberto é legal. Ele só se melindra caso a pessoa com
quem ele argumenta o tratar mal. E eu já vi isso. Quem pergunta sem
querer ofender, sempre tem uma resposta boa e completa vinda da parte
dele. Às vezes ele pode até engrossar... mas todos somos humanos
não?


>
> Sou um bostinha intruso que aprendeu a argumentar com gente grande;
> que imprimia emails preciosos para mostrar para algum amigo que
> não tem computador e sonha em participar de um mundo onde as
> pessoas questionam e são formadoras de opinião. Isso mesmo pessoal,
> eu tenho amigos que não têm computador ou internet. "Nossa!
> De que mundo ele veio?" Vim de um mundo onde as criaturas ainda
> arrastam as mãos no chão da savana.

Dã... que dramalhão! Para com isso homi! Você venceu? Ótimo!
Também eu vivo cercada por árvores de todos os lados... e até há bem
pouco tempo, só eu tinha acesso à internet na minha redondeza e entre
familiares. Nem por isso preciso ficar dando mostras de onde eu
vim... Quanto a livros, vai vendo: a bibliotecária é minha
conhecida há anos.



>
> Eu sou um ogro curioso que abandonou a caverna, se estrepou
> e perdeu o lugar no aconchego dos brutos.

Um grande passo. Os horizontes abertos dão a sensação de desalento
mesmo.


> Não tenho sangue azul. Não sou do circuito fechado USP-UNICAMP-
UNESP-
> Federais. Não sou como o A^3 (Alavro) que tem cartucho para dizer
uns
> impropérios para o Mesquita.


Ahahahahahah... o Álvaro, tá... olha: qualquer um que tenha boa
vontade de argumentar com o Alberto é bem vindo. Você é quem está
prevenido e essa sua frase diz tudo!


>
> Cresci num bairro onde metade dos rapazes de minha idade ou estão
> mortos ou estão na cadeia. Eu contrariei às estatísticas, pois
> eu deveria estar fazendo companhia a eles. Agora também sou um
> intruso no lugar onde cresci.

Entendo. Mas isso não é motivo para vergonha, muito menos para ser
agressivo com as pessoas. Mostre o seu valor dando-se valor.
Ninguém agride se não for agredido.


> Desculpem-me por não ser físico, biólogo ou químico, sequer
> um engenherozinho. Desculpem-me por invadir o território de vocês.

Bobagem de novo!

>
> Se vocês acharem que um intruso não é bem vindo à lista, recomendem
> minha expulsão ao Brudna e mantenham o clubinho asséptico,
> puro, ariano, só para os 'entendidos'.


Que coisa. Uma vez disseram que eram os negros quem tinham
preconceito contra os brancos e eu não acreditei. Agora você me dá
mostras disso. Seu lugar é onde você se sentir bem. Você se sente
bem aqui? Ótimo! Prá que ficar dando uma de mártir?

Beijos, Lígia



SUBJECT: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIA
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 16:44

SCIENTIFIC AMERICAN, 12-2002

William R. Leonard

Andamos sobre duas pernas, carregamos pra lá e pra cá um cérebro
enorme e colonizamos todos os cantos do planeta. Antropólogos e
biólogos há tempos procuram descobrir como nossa linhagem se tornou
assim tão diferente do padrão primata e ao longo dos anos um sem-
número de hipóteses tentando explicar cada uma dessas singularidades
foram aventadas. Mas um crescente corpo de indício apontam que essa
miscelânea de extravagâncias da humanidade na verdade possuem uma
linha em comum: elas são majoritariamente o resultado da seleção
natural atuando de modo a maximizar a qualidade da dieta e a
eficiência de forrageamento. Parece que mudanças na disponibilidade
de alimentos ao longo do tempo influenciaram fortemente nossos
ancestrais hominídeos. Assim, em um sentido evolutivo, somos em
grande parte o que comemos. (e,t)

http://www.sciam.com/article.cfm?chanID=sa006&articleID=0007B7DC-6738-
1DC9-AF71809EC588EEDF

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIA(M)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 16:50

Como eu comi o 'M', meus eventuais netos serao ou Machos ou Mulheres
(ou Mula sem cabeca).

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Brochuras de deus... :)
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 16:58

--- Em ciencialist@y..., "silvio cordeiro" <scordeiro@t...> escreveu
> Lígia: leia com cuidado: é BROCHURA. não confunda!!!!
>
> silvio, o teólogo.


Sílvio, vem cá,

Por acaso as tais duas brochuras são aquelas mesmas "vermelhas"
que 'deus' usa para todas as consultas? Aquelas que guardam os
segredos dos céus e das terras, do Universo inteeeiro? Eu andei
dando umas fuçadas nos arquivos da lista depois daquela coisa do
Alexandre se queixar... e deparei com uma afirmação de 'deus' no
sentido de dizer que "jamais ninguém saberá do que se tratam tais
brochuras"...

Como eu sou mulher e além disso sou uma curiosa compulsiva, você,
sendo teólogo, poderia me dizer se por um acaso fortuito ele já
chegou a dizer a você em pvt do que se tratam tais livros vermelhos?

Beijos, Lígia

PS: Como pode notar, eu interpretei BROCHURAS no sentido de LIVROS,
certo?





SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIA
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 17:00

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIA...

Isso não é incesto além de uma falta de concordância?

Beijos, Lígia





SUBJECT: ALGUEM DE FLORIPA OU SC ???
FROM: "Gleidson" <gechile@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 18:52

OI PESSOAL, ESTUDO FÍSICA NA UFSC E GOSTARIA DE SABER SE TEM ALGUÉM
DA LISTA DE SANTA CATARINA, OU DE FLORIANOPOLIS, PARA MANTERMOS
CONTATO, TROCARMOS IDÉIAS, ETC...E TAMBÉM FALARMOS SOBRE FÍSICA
ÓBVIO :-)

SE CASO EXISTA ALGUÉM DE SANTA CATARINA OU FLORIANOPOLIS QUE QUEIRA
TROCAR IDÉIAS E MANTER CONTATO COMIGO O MEU EMAIL É:
gleidson.fisica@ig.com.br

FALOW...
GLEIDSON



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: QUEM PUDER, COLABORE
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2002 18:58

O curioso é que os habitantes das Américas no século XV ainda não tinham conseguido inventar a roda e os carros de transportes. Usavam troncos roliços para facilitar o deslocamento de grandes cargas e varas, como trenós, para cargas pequenas.
A invenção da roda está integrada a invenção do eixo, munhão ou mancal que sustentavam a carga onde a roda girava, dando-lhe a condição operacional de uso.
[]s
José Renato
_____________________________

----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, November 27, 2002 1:27 PM
Subject: [ciencialist] Re: QUEM PUDER, COLABORE


--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>

> 1) De: <Vendasevalor@a...>
> Prezado Professor:
>
> As questões são s seguintes: Quando foi descoberta a roda? Como
> aconteceu a descoberta? Que mudanças ela provocou na vida das
> pessoas?

A roda e' mais uma invencao do q. uma descoberta. O indicio mais
antigo foi encontrado na regiao da Mesopotamia e tem cerca de 5.500
anos de idade.

----
Wheel, circular frame or disk, constructed to revolve on a central
axis, and constituting an integral feature of most ground
conveyances. The earliest known wheels, constructed in ancient
Mesopotamia, date from about 3500 to 3000 bc (see Technology).
Wheeled vehicles are believed to have appeared after the invention of
the potter's wheel, and the wheeled cart soon replaced the sledge as
a means of transportation. In its simplest form, the wheel was a
solid wooden disk mounted on a round axle, to which it was secured by
wooden pins. Eventually sections were carved out of the disk to
reduce the weight, and radial spokes were devised about 2000 bc. The
invention of the wheel was a major turning point in the advance of
human civilization. The wheel led to more efficient use of animal
power for agriculture and other work; it became an invaluable
mechanical means for controlling the flow and direction of power or
force. The applications of the wheel in modern life and technology
are virtually infinite.
http://encarta.msn.com/encnet/refpages/RefArticle.aspx?refid=761572362
----

Roda, um quadro circular ou disco, contruido de modo a girar em torno
de um eixo central e contituindo caracteristica essencial de varios
transportes terrestres. As rodas mais antigas conhecidas, construidas
na antiga Mesopotamia, datam de cerca de 3500 a 3000 a.C. Acredita-se
que veiculos com rodas surgiram apos a invencao do torno e os carros
com rodas rapidamente substituiram os trenos como meio de transporte.
Em sua forma mais simples, a roda era um disco solido de madeira
montada sobre um eixo cilindrico, ao qual era presa por pinos de
madeira. Eventualmente, espacos foram escavados no disco de modo a
reduzir seu peso e os raios foram projetados em cerca de 2.000 a.C. A
invencao da roda foi um grande ponto de mudanca no progresso da
civilizacao. A roda levou ao uso mais eficiente da forca animal na
agricultura e outros trabalhos, tornou-se um meio inestimavel de
controle de fluxo e direcao da forca e da energia. As aplicacoes da
roda na vida moderna e na tecnologia são virtualmente infinitas:
engrenagens, polias, roldanas...

---
(deletei o restante)


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: Fazedor de cachos?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2002 19:17

Sabem disso?
[]´

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Thaysa Polto Luzzi
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: quarta-feira, 27 de novembro de 2002 11:55






oi, entrei no site da feira de ciencias e vi teu email.
preciso fazer um trabalho explicando como funciona um baby liss, é um aparelho que faz cachos, é bivolt automatico, e se pode mudar a temperatura.
tenho que explicar tudo isso com termos fisicos, tipo, que tme resistores, termostato, esquenta por efeito joule, etc.
mas tem que ser mais completo, tipo, explicar, desde o momento que se liga na tomada, por onde passa a energia etc.
poderias me ajudar?
muito obrigada
Thaysa




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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Pra ninguém achar que eu tô exagerando
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <noosfera@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2002 19:25

Juízes e pop starsJuízes e pop stars

Olavo de Carvalho

Época, 6 de janeiro de 2001

Origens do espetacular moralismo judiciário europeu, que alguns acham um
exemplo para nós

Pouco antes da queda da URSS, Mikhail Gorbachev reuniu a elite da espionagem
soviética e ordenou que a maior parcela possível do patrimônio da KGB fosse
privatizada em nome de testas-de-ferro e investida no Ocidente. Isso nada
teve a ver com as privatizações legais que se seguiram no governo Ieltsin.
Foi uma lavagem de dinheiro - a maior da História. Graças a ela, a KGB, que
hoje é ainda o principal esteio do governo Putin, é apenas meia KGB: a outra
metade está espalhada no planeta, com nomes em inglês e japonês, com a cara
mais capitalista do mundo, subsidiando a guerra cultural, comprando
consciências, financiando guerrilhas e tráfico, com cifras que seriam
impensáveis no tempo em que o "ouro de Moscou", para passar ao Ocidente,
tinha de atravessar uma complexa rede de lavanderias secretas como a de
Armand Hammer, o patrocinador da família Gore. Agora já vem tudo lavado.

Tal é a raiz da expansão aparentemente inexplicável da propaganda
esquerdista na década de maior sucesso do capitalismo. Não é nada estranho
que essa expansão se desse sobretudo nos meios universitários americanos,
hoje tomados pela fúria militante e, como nota René Girard, cada vez mais
incapacitados para tarefas intelectuais superiores. Desde a década de 30 o
movimento comunista está consciente de que ganhar as classes intelectuais é
mais rentável que converter proletários. Apenas isso nunca foi tão fácil
quanto hoje: se já na Guerra do Vietnã a URSS e a China gastaram mais
dinheiro em propaganda antiamericana dentro dos Estados Unidos que no
custeio de material bélico, pode-se calcular o quanto esse gênero de
operação se tornou mais maneiro com a KGB transfigurada numa rede sutil e
inabarcável de empresas e ONGs ocidentais.
Para fazer uma idéia da quantia envolvida, basta ter em mente que aquele
patrimônio, secreto e inacessível mesmo ao Poder Legislativo da antiga URSS,
incluía, como apenas um de seus itens, o tesouro nacional espanhol em peças
de ouro, acumulado desde Felipe II, levado para Moscou durante a Guerra
Civil e, evidentemente, jamais devolvido...

Não por coincidência, tão logo certas ações um pouco anteriores à
terceirização da KGB começaram a chamar a atenção na Europa, com a revelação
de documentos dos recém-abertos arquivos do Comitê Central do PCUS que
atestavam as quantias formidáveis passadas a partidos comunistas, a jornais
e editoras e até às principais lideranças social-democráticas do Ocidente na
década de 80, a esquerda reagiu com vigor. Ela mobilizou seus agentes no
Poder Judiciário para que desencadeassem uma universal caça às bruxas,
paralisando e desmoralizando mediante fáceis acusações de corrupção menor
todas as lideranças liberais e conservadoras que soubessem demais.

Mas não se tratava só de ocultar o passado imediato: a sucessão de belos
espetáculos judiciários, com juízes transformados em pop stars, que foi uma
marca dos anos 90 e na qual os caipiras de todo o planeta viram um exemplo
de alta moralidade digno de fazer corar os políticos do Terceiro Mundo,
serviu para desviar as atenções do público, dando tempo à KGB terceirizada
para que se espalhasse por toda parte, discretamente, sem que ninguém
atrapalhasse seu próspero comércio de caixas-pretas. Foi a mais vasta
operação diversionista de que se tem notícia, feita para encobrir a mais
notável trapaça de todos os tempos.



SUBJECT: O Lígia!
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 20:32








> > Oi Lígia,
> >
> > O texto que você reproduziu é simplesmente de
> > primeira grandeza, com uma envergadura intelectual
> > de fazer inveja... é chato mesmo (fazer o que?).
> >
> > Abraços,
> >
> > Guilherme
>
>
>Oi Guilherme,
>
>Não achei o texto chato não, muito pelo contrário.

Eu usei o termo "chato" como ironia, achei o texto longe
de ser chato!!!

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Re: Frase da Manhã
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 20:34

Bonito isso, Lisandro!

Obrigada por compartilhar...

Beijos, Lígia

*********************************

--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
>
> Literatura...
>
> " Que em tua cabeça as ideias não se imobilizem nunca em
arranjos de
> museu, mas fermentem para novas metamorfoses. "
> Aníbal Machado - Cadernos de João
> Vestibular da UFMG de 2003



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: RES: Analogia p/ Alberto
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2002 20:52

-----Mensagem Original-----
De: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 27 de Novembro de 2002 16:32
Assunto: [ciencialist] Re: RES: Analogia p/ Alberto


> [O Mesquita] Só se esquece de mostrar porque uma teoria errada
prevê o momento magnético do elétron com tão grande precisão, dentre
outras coisas.

Manuel: A mecânica das matrizes de Heisenberg (baseada na álgebra das
matrizes) explica os espectros atômicos com a mesma precisão da
teoria de Schrödinger, esta última formulada em termos de equações
diferenciais. Mas por que hoje os físicos só se valem da teoria de
Schrödinger? Por que é a verdadeira? Não, é porque a de Schrödinger
condiz mais com a intuição. Acredito que a intenção do Mesquita seja
elaborar um modelo para a realidade subatômica que, além de prever os
fenômenos, tornem-nos mais compreensíveis para a mente humana. O que
ganhamos ao desprezar o seu esforço?

Alvaro. A mecânica matricial de Heisenberg e a mecânica ondulatória de
Schrödinger são isomorfas, como demonstrou Von Neumann. O mesmo acontece
com as formulações de Dirac e de Feynman. E não é verdade que os físicos
prefiram a formulação de Schrödinger. Isso só acontece nos cursos
introdutórios. Qualquer livro mais avançado, como o Sakurai, já começa com
matrizes e integrais de percurso. Feynman, nas Lectures, também adotou
metodologia diferente, partindo logo para operadores de spin e adotando a
notação de "brakets" de Dirac.

Quanto à suposta intenção do Mesquita, ela é a mesma de todos os primeiros
físicos que começaram a trabalhar com MQ. E é fácil mostrar que a MQ é
substancialmente diferente do resto sem escrever uma única equação: basta
analisar o experimento da dupla fenda. Ah, é claro que existem explicações
"clássicas" e "semi-clássicas" para o fenômeno, mas elas datam do
alvorescer da MQ e se baseiam em conceitos já enterrados, como o da onda
piloto. Esses assuntos já foram debatidos aqui no milênio passado e o
próprio Mesquita resumiu as mensagens em
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/dfenda.htm.

O que ganhamos? Ora, tempo! No meu caso trata-se de um item precioso e
bastante escasso e não pretendo gastá-lo com gente que gasta o seu tentando
reinventar a roda. Essa é mais uma diferença entre cientistas e
pseudo-cientistas. Os primeiros olham para frente e tentam descobrir coisas
novas. Os últimos são revisionistas e tentam mostrar que conceitos há muito
estabelecidos estão, na verdade, errados.

Manuel: Gosto tanto do Mesquita quanto do Alexandre, e lamento terem
eles se desentendido. Quanto "às mentes mais lúcidas", bem, trata-se
de uma avaliação um tanto subjetiva. Tem gente por aí impressionada
com a 'extrema lucidez' do pensamento olaviano, eheh!

Alvaro. Pelo menos na SBCR nunca apareceu alguém defendendo a astrologia,
se bem que seria uma coisa divertida de se ver.

Abraços,
Alvaro




SUBJECT: Re: Objecoes p/ Manuel
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 21:08


>Manuel: A mecânica das matrizes de Heisenberg (baseada na álgebra das
>matrizes) explica os espectros atômicos com a mesma precisão da
>teoria de Schrödinger, esta última formulada em termos de equações
>diferenciais. Mas por que hoje os físicos só se valem da teoria de
>Schrödinger? Por que é a verdadeira? Não, é porque a de Schrödinger
>condiz mais com a intuição. Acredito que a intenção do Mesquita seja
>elaborar um modelo para a realidade subatômica que, além de prever os
>fenômenos, tornem-nos mais compreensíveis para a mente humana. O que
>ganhamos ao desprezar o seu esforço?

1. A teoria de Schrodinger não é concebida pela comunidade
científica como uma teoria referente a alguma interação em
particular. Não é uma teoria fundamental. Assim, seria um
absurdo dizer que os físicos só se valem dela (a não ser
para apenas um esquema efetivo).

2. A teoria de Schrodinger não se baseia na intuição.
Sua formulação é bem lógica. A partir dos postulados da
mecânica quântica, a equação de Schrodinger é uma consequência
natural do formalismo de Hamilton-Jacobi (mecânica clássica).

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: RES: Analogia p/ Alberto
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2002 21:10

> >Ô Alexandre, tu tá se referindo ao Mesquita? Tô achando
> estranho, pois eu também sou baixarel em Direito, não pertenço ao
> clubinho dos iniciados e, para agravar a minha situação de pária e
> marginal, ainda sou um defensor da psicanálise. No entanto, o
> Mesquita tem me tratado com respeito, jamais tive uma rusga com ele.
> Rusga tenho com outros. Sim, também tenho que agüentar provocações,
> tentativas de ridicularização, alfinetadas irônicas... Mas daqui eu
> não saio, daqui ninguém me tira!:-))
>
> Faço minhas as tuas palavras, Manuel. Meus debates com o Alberto, aqui e
na
> Noosfera, até agora estão entre os mais gratificantes que eu já tive.
> Discordamos em praticamente tudo, mas sempre num clima amistoso e, ao
> contrário de outras pessoas, ele jamais usou contra mim o fato de eu não
ser
> cientista nem qualquer outro tipo de argumentação ad hominem, muito pelo
> contrário. Não sei que tipo de conflito rolou entre ele e o Alexandre,
> porque não estava na Ciencialist na época, mas pra mim, pelo menos, as
> discussões com o Alberto têm sido sempre gratificantes.

Caro Lúcio,

Você é um sujeito de muita sorte, pois o respeito que o Mesquita parece ter
por você deve-se unicamente ao fato de que você nunca discutiu física com
ele (imagino). Agora, se você quiser ter uma idéia da fineza do moço, dê
uma olhada em http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/15803 e
você poderá entender o que se passou entre ele e o Alexandre.

[ ]s

Alvaro




SUBJECT: Re: RES: Analogia p/ Alberto
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 21:28

--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Caro Lúcio,
>
> Você é um sujeito de muita sorte, pois o respeito que o Mesquita
parece ter
> por você deve-se unicamente ao fato de que você nunca discutiu
física com
> ele (imagino). Agora, se você quiser ter uma idéia da fineza do
moço, dê
> uma olhada em
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/15803 e
> você poderá entender o que se passou entre ele e o Alexandre.
>
> [ ]s
>
> Alvaro

Alvaro...

Desculpe me intrometer...

A mensagem a que você se refere é uma resposta do Alberto a você...
e, diga-se de passagem, não vi nada de errado por ali, muito pelo
contrário.

Bisous, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: RES: Analogia p/ Alberto
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2002 21:52

----- Original Message -----
From: <% Alvaro Augusto de Almeida %>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, November 27, 2002 9:10 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: RES: Analogia p/ Alberto

>Você é um sujeito de muita sorte, pois o respeito que o Mesquita parece ter
por você deve-se unicamente ao fato de que você nunca discutiu física com
ele (imagino).

Engano seu, Álvaro. Acabamos de concluir na noosfera um debate que envolveu
da oposição física quântica x física clássica às bases epistemológicas da
ciência em geral. Ao longo desse debate, fui irredutível na minha defesa à
mecânica quântica e o Alberto foi igualmente irredutível em sua defesa da
mecânica newtoniana. Praticamente não teve nenhum ponto da discussão em que
um não discordasse frontalmente do outro. Mesmo assim, o debate começou, se
desenvolveu e terminou civilizadamente. Talvez porque ambas as partes tenham
respeitado uma a posição da outra. Eu sou cético quanto ao projeto do
Alberto de ressuscitar a mecânica newtoniana como alternativa à física
quântica? Sou, porque estou com a mecânica quântica e não abro. Mas respeito
o direito dele de não concordar comigo, assim como respeito sua tentativa.
Eu não sou o dono da verdade, posso muito bem estar enganado e ele certo. Ou
ambos errados, e um dia a física adote um modelo que não tenha nada a ver
nem com o paradigma newtoniano, nem com a mecânica quântica. Ou ambos
certos, e um dia se descubra que tanto a mecânica quântica quanto a proposta
do Alberto são maneiras complementares de expressar a mesma realidade
fundamental. Quem pode ter certeza? O mundo, já dizia o biólogo J. B. S.
Haldane, não só é mais estranho do que imaginamos, ele é mais estranho do
que podemos imaginar, e eu prefiro deixar todas as possibilidades em aberto.
Não vou considerar alguém como um pseudo-cientista só porque as pesquisas
dele seguem numa direção da qual eu pessoalmente discordo. Além disso, como
eu disse no triste episódio do Dr. Psi, tenho por princípio nunca confundir
críticas às idéias com críticas às pessoas. Creio que isso ajuda a manter o
debate num nível puramente intelectual, sem descambar pra ataques pessoais.

Abs.
L.



SUBJECT: Compreensão social da ciência em crise
FROM: "brudna" <luis@ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 22:36


Compreensão social da ciência em crise

Espaço que a mídia dá à 'pseudociência' está na origem do impasse,
alerta cientista

Um sintoma da crise da percepção da ciência é a aplicação
indiscriminada
do princípio da precaução no debate sobre transgênicos na mídia

A forma como a ciência é percebida pelo grande público encontra-se em
crise. A recente proposta de regulamentação da profissão de
astrólogo, formulada pelo senador Artur da Távola (PSDB-RJ), e o
espaço cada vez maior dedicado na imprensa à 'pseudociência' seriam
sintomas desse quadro de crise.

Quem sustenta essa visão é o geneticista Francisco Nóbrega, professor
aposentado pela Universidade de São Paulo e atualmente professor de
metodologia científica e biologia molecular na Universidade do Vale
do Paraíba. Nóbrega apresentou suas idéias na III Conferência Mundial
de Jornalistas Científicos, realizada em São José dos Campos entre 24
e 27 de novembro.

Leia mais em
http://www.uol.com.br/cienciahoje/chdia/n737.htm

Ateh
Luis Brudna




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: RES: Analogia p/ Alberto
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/11/2002 22:55

O problema aqui não é o conteúdo (que também está errado). O problema é o
tom da resposta. Tente contrariar o Mesquita e você sentirá isso na pele.

[ ]s


Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 27 de Novembro de 2002 21:28
Assunto: [ciencialist] Re: RES: Analogia p/ Alberto


--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Caro Lúcio,
>
> Você é um sujeito de muita sorte, pois o respeito que o Mesquita
parece ter
> por você deve-se unicamente ao fato de que você nunca discutiu
física com
> ele (imagino). Agora, se você quiser ter uma idéia da fineza do
moço, dê
> uma olhada em
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/15803 e
> você poderá entender o que se passou entre ele e o Alexandre.
>
> [ ]s
>
> Alvaro

Alvaro...

Desculpe me intrometer...

A mensagem a que você se refere é uma resposta do Alberto a você...
e, diga-se de passagem, não vi nada de errado por ali, muito pelo
contrário.

Bisous, Lígia





SUBJECT: Re: Objecoes p/ Manuel
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 23:29

--- Em ciencialist@y..., "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@h...> escreveu

> 1. A teoria de Schrodinger não é concebida pela comunidade
> científica como uma teoria referente a alguma interação em
> particular. Não é uma teoria fundamental. Assim, seria um
> absurdo dizer que os físicos só se valem dela (a não ser
> para apenas um esquema efetivo).
>
> 2. A teoria de Schrodinger não se baseia na intuição.
> Sua formulação é bem lógica. A partir dos postulados da
> mecânica quântica, a equação de Schrodinger é uma consequência
> natural do formalismo de Hamilton-Jacobi (mecânica clássica).

Manuel: Bem, isso aí é assunto de gente grande e eu sou
pequenininho. :-)

Na verdade, eu estava apenas papagaiando o que li no livro 'A Seta do
Tempo', de P. Coveney e R. Highfield, que diz, textualmente: "por ser
escrita em termos de equações diferenciais, a teoria de Schrödinger
pode ser tratada como uma descrição mais diretamente pictórica do que
a de Heisenberg." (...) "A teoria de Schrödinger baseava-se mais na
intuição e era mais flexível; por isso, quando se pensa em mecânica
quântica, a maneira preferida é usar a teoria de Schrödinger." (p.
105)

O que eu queria dizer é que os modelos teóricos que criamos para
explicar a realidade são construções mentais e não a própria
realidade; que não há uma identidade cabal entre o pensamento e o
objeto real, mas apenas uma correspondência; que, portanto, para um
mesmo objeto pode haver mais de um modelo teórico com o mesmo valor
cognitivo.

A propósito, a lógica formal é bem intuitiva, não acha não? :-)

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Objecoes p/ Manuel
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/11/2002 23:32

--- Em ciencialist@y..., "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@h...> escreveu

> 1. A teoria de Schrodinger não é concebida pela comunidade
> científica como uma teoria referente a alguma interação em
> particular. Não é uma teoria fundamental. Assim, seria um
> absurdo dizer que os físicos só se valem dela (a não ser
> para apenas um esquema efetivo).
>
> 2. A teoria de Schrodinger não se baseia na intuição.
> Sua formulação é bem lógica. A partir dos postulados da
> mecânica quântica, a equação de Schrodinger é uma consequência
> natural do formalismo de Hamilton-Jacobi (mecânica clássica).

Manuel: Bem, isso aí é assunto de gente grande e eu sou
pequenininho. :-)

Na verdade, eu estava apenas papagaiando o que li no livro 'A Seta do
Tempo', de P. Coveney e R. Highfield, que diz, textualmente: "por ser
escrita em termos de equações diferenciais, a teoria de Schrödinger
pode ser tratada como uma descrição mais diretamente pictórica do que
a de Heisenberg." (...) "A teoria de Schrödinger baseava-se mais na
intuição e era mais flexível; por isso, quando se pensa em mecânica
quântica, a maneira preferida é usar a teoria de Schrödinger." (p.
105)

O que eu queria dizer é que os modelos teóricos que criamos para
explicar a realidade são construções mentais e não a própria
realidade; que não há uma identidade cabal entre o pensamento e o
objeto real, mas apenas uma correspondência; que, portanto, para um
mesmo objeto pode haver mais de um modelo teórico com o mesmo valor
cognitivo.

A propósito, a lógica formal é bem intuitiva, não acha não? :-)

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: RES: Analogia p/ Alberto
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2002 00:56

Oi Álvaro,

Alvaro. A mecânica matricial de Heisenberg e a mecânica ondulatória de
Schrödinger são isomorfas, como demonstrou Von Neumann. O mesmo
acontece com as formulações de Dirac e de Feynman. E não é verdade
que os físicos prefiram a formulação de Schrödinger. Isso só acontece
nos cursos introdutórios.

Manuel: É, dei uma relinchada quando disse que "hoje os físicos só se
valem da teoria de Shcrödinger." Mas a preferência nos cursos
introdutórios pela formulação de Schrödinger (quando se está
ensinando a neófitos) não é à toa: deve-se antes ao fato de tal
teoria ser menos abstrata que o modelo de Heisenberg, mais pictórica
e que briga menos com a intuição.

Repetindo o que escrevi para o Guilherme, "O que eu queria dizer é
que os modelos teóricos que criamos para explicar a realidade são
construções mentais e não a própria realidade; que não há uma
identidade cabal entre o objeto pensado e o objeto real, mas apenas
uma correspondência; que, portanto, para um mesmo objeto pode ser que
haja mais de um modelo teórico com o mesmo valor cognitivo."

Álvaro: O que ganhamos? Ora, tempo!

Manuel: Na maioria das vezes, nossos oponentes percebem antes de nós
mesmos os nossos pontos fracos. Por isso, não convém perdê-los de
vista. :-)

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] P/ Medeiros
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/11/2002 01:39


-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 27 de Novembro de 2002 16:33
Assunto: [ciencialist] P/ Medeiros


> Ahahahahahah... o Álvaro, tá... olha: qualquer um que tenha boa
> vontade de argumentar com o Alberto é bem vindo. Você é quem está
> prevenido e essa sua frase diz tudo!

Não entendi. Talvez você possa explicar melhor. No momento imagino que você
mesma não siga suas recomendações.

[ ]s

Alvaro Augusto





SUBJECT: Re: RES: Analogia p/ Alberto: Max Born X Heisenberg
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/11/2002 01:51

E as formulações de David Born em relação as de Heisenberg? David Born
reimterpretou a Mecânica Quântica de modo a suprimir o aspecto de
probabilidade, mas não se sabe exatamente porquê, a sua interpretação,
embora precisa e abarcasse uma gama enorme de fenômenos, não vingou. Vocês
podem falar algo a respeito dessa questão?
Abraço
Carlos Alberto
----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, November 28, 2002 12:56 AM
Subject: [ciencialist] Re: RES: Analogia p/ Alberto


Oi Álvaro,

Alvaro. A mecânica matricial de Heisenberg e a mecânica ondulatória de
Schrödinger são isomorfas, como demonstrou Von Neumann. O mesmo
acontece com as formulações de Dirac e de Feynman. E não é verdade
que os físicos prefiram a formulação de Schrödinger. Isso só acontece
nos cursos introdutórios.

Manuel: É, dei uma relinchada quando disse que "hoje os físicos só se
valem da teoria de Shcrödinger." Mas a preferência nos cursos
introdutórios pela formulação de Schrödinger (quando se está
ensinando a neófitos) não é à toa: deve-se antes ao fato de tal
teoria ser menos abstrata que o modelo de Heisenberg, mais pictórica
e que briga menos com a intuição.

Repetindo o que escrevi para o Guilherme, "O que eu queria dizer é
que os modelos teóricos que criamos para explicar a realidade são
construções mentais e não a própria realidade; que não há uma
identidade cabal entre o objeto pensado e o objeto real, mas apenas
uma correspondência; que, portanto, para um mesmo objeto pode ser que
haja mais de um modelo teórico com o mesmo valor cognitivo."

Álvaro: O que ganhamos? Ora, tempo!

Manuel: Na maioria das vezes, nossos oponentes percebem antes de nós
mesmos os nossos pontos fracos. Por isso, não convém perdê-los de
vista. :-)

Abraços,
Manuel Bulcão


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SUBJECT: Re: P/ Medeiros
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2002 07:28

--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> Para: <ciencialist@y...>
> Enviada em: Quarta-feira, 27 de Novembro de 2002 16:33
> Assunto: [ciencialist] P/ Medeiros
>
>
> > Ahahahahahah... o Álvaro, tá... olha: qualquer um que tenha boa
> > vontade de argumentar com o Alberto é bem vindo. Você é quem está
> > prevenido e essa sua frase diz tudo!
>
> Não entendi. Talvez você possa explicar melhor. No momento imagino
que você
> mesma não siga suas recomendações.


Você é legal também, Alvaro. Seu problema é que você pega no meu
pé... reparou que eu não digo mais uma palavra sobre misticismo?

Bisous, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: RES: Analogia p/ Alberto: Max Born X Heisenberg
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/11/2002 08:01

----- Original Message -----
From: Carlos Alberto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, November 28, 2002 1:51 AM
Subject: [ciencialist] Re: RES: Analogia p/ Alberto: Max Born X Heisenberg

>E as formulações de David Born em relação as de Heisenberg?

Acho que você tá misturando dois nomes, aí, Carlos. Born era o Max Born, que
foi o primeiro a sugerir que a equação de onda de Schrödinger deveria ser
interpretada em termos de ondas de probabilidade. David era o David Bohm
que, depois de escrever uma das melhores introduções à interpretação de
Copenhague, renunciou a ela e se dedicou à tarefa de construir uma
interpretação neo-realista da mecânica quântica, a teoria da onda-piloto (ou
mandatária).

>David Born reimterpretou a Mecânica Quântica de modo a suprimir o aspecto
de probabilidade, mas não se sabe exatamente porquê, a sua interpretação,
embora precisa e abarcasse uma gama enorme de fenômenos, não vingou.

Não é bem assim. O aspecto probabilístico é inerente à mecânica quântica e
nenhuma interpretação, até onde eu sei, suprimiu esse aspecto. O que a
hipótese do David Bohm fez foi dissociar a onda de probabilidade e a
partícula. Na interpretação ortodoxa da mecânica quântica, a função de onda
descreve uma partícula que, em si, é desprovida de atributos objetivos (o
elétron só assume um estado concreto depois da medição). Na versão do David
Bohm, mesmo antes da medição, a partícula é uma entidade objetiva, que
possui atributos concretos. Mas cada partícula estaria associada a uma
hipotética onda-piloto, que seria responsável pelo elemento probabilístico.
Ela não vingou pelo mesmo motivo que a teoria dos múltiplos mundos (que é
bastante popular entre os autores de ficção científica, mas não é levada
muito a sério pelos físicos): porque substitui uma formulação simples e
elegante, que funciona muito bem em termos práticos, por uma construção
teórica abstrusa, tortuosa e que não acrescenta nada em termos práticos.

Abs.
L.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: softwares para fisicos
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2002 08:39

Os físicos usam normalmente papel, caneta e calculadora. Se quiser uma
calculadora para o PC pegue um emulador em:

http://www.hpcalc.org/

Tem também o Origin que é usado em laboratórios:

http://www.microcal.com/

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all

On Wed, 27 Nov 2002, rmtakata wrote:
> Word, Excel, Paintbrush e as tranqueiras do Windows.
> Tem o Mathematica...
> http://www.physsofts.20m.com/
> http://www.cpc.cs.qub.ac.uk/cpc/
> --- Em ciencialist@y..., "Gleidson" <gechile@b...> escreveu
> > oi, sou novo na lista e estou me graduando em fisica pela ufsc.
> > gostaria de saber se alguem da lista sabe me dizer o nome de alguns
> > softwares (profissionais ou nao) usado por fisicos. softwares de
> uso
> > em laboratorios, pesquisas, etc...
> > Gleidson



SUBJECT: Re: Compreensão social da ciência em crise
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2002 09:42

--- Em ciencialist@y..., "brudna" <luis@u...> escreveu
> Espaço que a mídia dá à 'pseudociência' está na origem do impasse,
> alerta cientista

Hmmmm... Sera' mesmo? Ou e' apenas um sintoma? (Se e' q.
realmente hj ha' mais espaco para as pseudociencias do q.
sempre houve...)

Eu particularmente sou mais propenso 'a tese de q. o
analfabetismo cientifico e' um problema historico e q.
tem se agravado por problemas no sistema educacional.
(Nesse aspecto, a imprensa teria um papel mais
secundario.)

Acho q. na media a populacao de hj conhece muito mais
de ciencias do q. a media da populacao no passado (em
qq outro tempo). O problema e' q. o conhecimento
cientifico se tornou muito mais importante na vida do
cidadao comum de hoje do q. do passado e o tanto q. o
cidadao de hoje sabe a mais sobre ciencia do q.
o cidadao de ontem nao corresponde a esse aumento da
importancia do conhecimento cientifico em suas vidas:
decidir sobre transgenicos, clonagem e bioetica,
politica nuclear, ambiental, voto eletronico,
desenvolvimento de novas tecnologias no setor produtivo,
telecomunicacoes e internet, terrorismo, armas biologicas,
quimicas, nanoboticas e liberdade individual, etc, etc,
etc.

E' dito q. a situacao no pais e' mais preocupante do q.
nos EUA, ficamos em ultimo lugar entre os paises
pesquisados sobre avaliacao do conhecimento de
matematica e de ciencias. Oras, mas matematica nao e'
funcao da midia ensinar: havera' tto destaque assim nos
meios de comunicacao da pseudomatematica? Pra mim, aponta
justamente para o estado da educacao oficial.

http://www.oecd.org/xls/M00035000/M00035121.xls

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Compreensão social da ciência em crise
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2002 10:03


>Takata:
>Eu particularmente sou mais propenso 'a tese de q. o
>analfabetismo cientifico e' um problema historico e q.
>tem se agravado por problemas no sistema educacional.
>(Nesse aspecto, a imprensa teria um papel mais
>secundario.)

Acho que tem a ver também com outras coisas:

1 - O próprio modo como funciona aa mídia de massa. Esse tipo de
mídia, com fins essencialmente lucrativos, explora principalmente o que
mais facilmente coopta os espectadores: inistintos primários (sexo, bebês
fofinhos, violência) e misticismo.

2 - Relativização dos valores - as pessoas têm necessidade em crer
em coisas; a relativização dos valores nas últimas décadas inclui crenças
religiosas; elas as substituem por outras crenças.

3 - Avanço e penetração das ciências no cotidiano das pessoas
(transgênicos, usinas nucleares, etc.) - cada vez mais, as pessoas estão
vendo os seus destinos serem pautados pela ciência, por algo que não
entendem. E instadas a tomar posição a respeito: deve-se ou não apoiar os
transgênicos? Ou destruir as plantações? Celulares fazem mal? Os
cientistas, por sua vez, preferem, na midia, falar em certezas do que em
incertezas (veja-se o caso dos transgênicos), e muitas vezes seu discurso
travestido de objetividade e selecionando certezas soa arrogante. O ponto
central, creio, é que o mecanismo de sustentação das afirmações científicas
é muito pouco disseminado nos meios de comunicação de massa (TV,
principalmente), escondendo a diferença epistemológica entre afirmações
científicas e do misticismo. A postura dos cientistas descrita acima não
ajuda. As pessoas então reagem. Sem muito costume com os métodos da
ciência, tende a haver uma preferência por dados que confirmem seus temores
- por exemplo, no caso de celulares (muitas pesquisas não encontram nada;
mas muitos preferem acreditar em alguém que disse que alguém disse que
alguém disse que faz mal). A mídia de massa realimenta esse processo, pois,
sendo mais fácil cooptar os espectadores através de seus instintos mais
"pegajosos", tende a reproduzir o que eles querem ouvir, inclusive a
confirmação "irracional" de seus temores (isso é feito de forma menos ou
mais sutil, porque fazer isso ostensivamente demais espanta - as pessoas
não são burras -, o que piora a situação, pois faz com que seja mais
difícil, para quem assiste a TV, perceber o que está acontecendo - a
mensagem acaba ficando subliminar). Também realimenta ao disseminar uma
versão demasiadamente acabada da ciência, que a faz parecer uma coleção de
verdades absolutas.

A maior mistura da ciência com o cotidiano também faz a ciência
desafiar mais ostensivamente as crenças, parecendo arrogante porque o
mecanismo de sustentação das afirmações científicas é pouco divulgado,
causando de novo reação nas pessoas.

Santa salada.

Até,
Belisário

At 11:42 28/11/02 +0000, you wrote:
>--- Em ciencialist@y..., "brudna" <luis@u...> escreveu
> > Espaço que a mídia dá à 'pseudociência' está na origem do impasse,
> > alerta cientista
>
>Hmmmm... Sera' mesmo? Ou e' apenas um sintoma? (Se e' q.
>realmente hj ha' mais espaco para as pseudociencias do q.
>sempre houve...)
>
>Eu particularmente sou mais propenso 'a tese de q. o
>analfabetismo cientifico e' um problema historico e q.
>tem se agravado por problemas no sistema educacional.
>(Nesse aspecto, a imprensa teria um papel mais
>secundario.)
>
>Acho q. na media a populacao de hj conhece muito mais
>de ciencias do q. a media da populacao no passado (em
>qq outro tempo). O problema e' q. o conhecimento
>cientifico se tornou muito mais importante na vida do
>cidadao comum de hoje do q. do passado e o tanto q. o
>cidadao de hoje sabe a mais sobre ciencia do q.
>o cidadao de ontem nao corresponde a esse aumento da
>importancia do conhecimento cientifico em suas vidas:
>decidir sobre transgenicos, clonagem e bioetica,
>politica nuclear, ambiental, voto eletronico,
>desenvolvimento de novas tecnologias no setor produtivo,
>telecomunicacoes e internet, terrorismo, armas biologicas,
>quimicas, nanoboticas e liberdade individual, etc, etc,
>etc.
>
>E' dito q. a situacao no pais e' mais preocupante do q.
>nos EUA, ficamos em ultimo lugar entre os paises
>pesquisados sobre avaliacao do conhecimento de
>matematica e de ciencias. Oras, mas matematica nao e'
>funcao da midia ensinar: havera' tto destaque assim nos
>meios de comunicacao da pseudomatematica? Pra mim, aponta
>justamente para o estado da educacao oficial.
>
>http://www.oecd.org/xls/M00035000/M00035121.xls
>
>[]s,
>
>Roberto Takata



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIA
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2002 10:29

--- Em ciencialist@y..., "Ligia Amorese" <ligia5555@y...> escreveu
> Isso não é incesto além de uma falta de concordância?

Pode ser.

De todo modo, baseado no texto proponho aqui uma revolucao
psicanalitica. A Teoria Psicoralitica. O moto do ser humano nao e' a
pulsao sexual, mas a pulsao alimentar. A comida e' q. esta' em todo
lugar das realizacoes humanas, ate' mesmo no sexo. O orgao genital
masculino e' referido muita vez com metaforas bromatologicas:
linguica, pepino, banana, salsicha, nabo, salame, pirulito ou ovo, no
caso do escroto. O feminino tbm apresenta ligacao: vagina, vagem e
baunilha estao relacionadas etimologicamente. O sexo e' dito 'comida'
e mesmo 'foda' tem raiz (eu disse raiz?) na comida: significava
originalmente, plantar. Fora as relacoes entre certos alimentos e a
sensualidade e a potencia sexual: muitos sao considerados
afrodisiacos.

A Biblia e' mais um manual de etiqueta culinaria, com suas restricoes
alimentares -- o q. se pode ou nao comer, como se deve preparar as
refeicoes e assim por diante, do q. um manual de sexo puritano (ha'
casos de incesto explicito e homossexualismo sublimado). E ttos
livros sagrados mais versam sobre os rituais nutricionais. O ponto
alto de muitos rituais alias e' a oferenda de alimentos aos deuses e
tbm uma comilanca comunal. Os grandes festivais sao centrados na
festanca gastronomica. Rituais de purificacao envolvem frequentemente
jejum. Metaforas alimentares tbm sao ricas: a multiplicacao de
peixes, paes, transmutacao da agua em vinho... O pecado original nao
foi fazer ou deixar de fazer sexo, mas romper a unica proibicao
importa no Eden, q. era justamente uma proibicao alimentar.

A vida se liga mais ao ato de comer: vc come pra viver ou vive pra
comer -- do q. ao sexo: a greve de fome choca mais do q. a greve de
sexo. A fome esta' mais ligada ao risco de morte do q. a falta de
sexo.

Mesmo nas fabulas infantis a moral subjacente e' digestiva: Joao e
Maria devorando a casa da bruxa q. tentou cozinha'-los, o Lobo Mau
tentando comer os Tres Porquinhos, o outro Lobo devorando a avo' e a
Chapeuzinho -- apesar das tentativas de uma interpretacao
sexualizada, a leitura e' muito mais direta sob este foco.

A principal relacao da mae com o filho e' nutricional: o aleitamento.
O complexo de Edipo nao e' motivado por um medo suposto de castracao,
mas sim pela concorrencia pela fonte alimentar. E eis q. chegamos 'a
primeira fase do psiquismo humano, a fase oral. Na verdade a unica
fase, as demais sao apenas construcoes em cima das relacoes neuronais
estabelecidas nessa etapa. A crianca fica mais tranquila chupando o
dedo, q. relembra o conforto durante a mamada. Os adultos qdo ficam
nervosos roem as unhas e tbm tem a tendencia de comer demais, qdo
ficam deprimidos tbm apresentam variacoes no humor alimentar: come de
menos ou demais. O primeiro conflito entre geracoes se da' tbm em
termos nutricionais ainda na barriga da mae: genes maternos controlam
o crescimento do feto restringindo a capacidade da placenta em se
desenvolver, genes paternos controlam o maior desenvolvimento desse
orgao nutricional.

As principais causas de morte na infancia e na idade adulta sao de
origem alimentares: desnutricao, diarreia, problemas cardiacos por
ma' alimentacao: excesso de calorias e sal. A obesidade comeca a se
tornar um dos grandes problemas da sociedade moderna.

Mesmo a nossa relacao com outros organismos sao moldados pela
utilidade alimentar: alem da domesticacao dos animais de corte e de
leite e das plantas, a forca animal foi importante tto na agricultura
como no pastoreio e na caca -- o cao aparentemente foi domesticado
na regiao da China atual ha' mais de 14 mil anos como auxiliares na
caca: foi uma relacao tao vital q. todas as racas domesticas atuais
sao descendentes de uma mesma linhagem original inicialmente
domesticada, apesar dos humanos terem convivido com diversas especies
de canideos pelo globo. Na China e adjacencias, ironicamente, o
cachorro acabou fazendo parte do menu para muitas pessoas.

O moto da expansao ultramarina e do colonialismo europeu q. mais
tarde se desenvolveu no capitalismo e molda as relacoes economicas
atuais foi inicialmente tempero para a comida: basicamente
especiarias como cravo, canela e acucar. O soldo militar do Imperio
Romano tbm era um tempero, o sal -- donde salario.

Nao faz sentido tudo isso?

Claro q. nao.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Compreensão social da ciência em crise
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2002 10:56

--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
> Acho que tem a ver também com outras coisas:

Ah, sim. Eu tbm acho q. tem a ver com outras coisas.
Mas penso q. a heranca historica e os problemas educacionais
sao os fatores mais preponderantes.

Nao q. os meios de comunicacao nao possam eventualmente
contribuir (negativamente ou positivamente) na questao.
Porem parece q. isso e' mais secundario.

A imprensa pode sim influir na decisao sobre uma
dada questao especifica, digamos, transgenicos. Mas
o problema do desconhecimento da importancia das
ciencias na vida das pessoas nao parece ser *gerado*
por isso (embora possa contribuir para *agravar* o
problema... certamente, do modo como esta', nao
ajuda a resolver, pelo menos.)

Ja' apresentei alhures a minha visao sobre o papel
da imprensa na educacao de seus leitores:

http://groups.yahoo.com/group/jornalismocientifico/message/12
(Somente para membros)

E muitos dos pontos de problema de comunicacao entre
os meios cientificos e jornalisticos q. vc apresentou
e' o q. eu tbm vejo:

http://groups.yahoo.com/group/jornalismocientifico/message/29

> A maior mistura da ciência com o cotidiano também faz a ciência
> desafiar mais ostensivamente as crenças, parecendo arrogante porque
> o mecanismo de sustentação das afirmações científicas é pouco
> divulgado, causando de novo reação nas pessoas.

So' q. eu acho q. isso faz parte das consequencias, faz
parte do quadro atual de problemas q. temos nessa area, e
nao propriamente dos *motivos* q. originam o desconhecimento
do papel das ciencias na vida das pessoas.

Devo ser o primeiro a reconhecer de todo modo q. eu mesmo q.
faco essas criticas nao tenho uma consciencia assim tao
grande nem do papel das ciencias, nem do modo como ela opera e
como os conhecimentos cientificos sao produzidos, de modo q.
possa me dar alguma credibilidade nas criticas. Como disse Bulcao:
"eu sou pequenininho".

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] QUEM PUDER, COLABORE
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/11/2002 11:54


----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, November 27, 2002 10:55 AM
Subject: [ciencialist] QUEM PUDER, COLABORE


Estou mais que 'entupido' com as perguntas/dúvidas/sugestões recebidas. Quem
puder ajudar passe uma mensagem citando o número da mensagem:

se servir....
silvio

6) De: Luiz
Assunto: Dúvidas-Luca

Olá Prof.
Meu Nome é Luca, sou comerciante e tenho 40 anos... e gosto muito de
eletrônica e eu comprei um multimetro análogico p/ aprender a checar
componentes diversos...
Bem, gostaria da sua dica por favor, como posso ler sobre como ler e fazer
as medições corretas em diversos aparelhos e/ou componentes...
Se possível o Sr. me ajudar, dando-me onde posso achar leituras simples e
práticas...
Obrigado desde já,
Abraços...Luca
braidattofat@estadao.com.br

Resposta: O aparelho deve vir com o manual de instruções. É um direito do
consumidor., Vá na loja e exija.
No manuall vc. encontra como usar o aparelho.



15) De: "keseambiental" <keseambiental@bol.com.br>
Assunto: barragens

Caro Doutor,
Busco informações, cálculos e /ou métodos empregados
para construção de barragens (Força que a barragem deve
suportar, Pressão no fundo da barragem, vazão
volumétrica..).
Estou propondo um novo modelo de barragem que
miniminize os impactos ambientais, só que ainda não fiz
a matéria referente ao projeto.
Ciente de sua colaboração, desde já agradeço.
Kese Duarte Pontes
Engenharia Sanitária e Ambiental: 2ºperíodo
unileste-MG

Resposta: Na biblioteca da sua Escola não nada a respeito de barragens? A
bibliotecária faz a pesquisa,
O projeto de barragens é altamente complexo, desde os estudos topográficos,
análise dos solos, objetivo da barragem, etc. O impacto ambiental é uma das
últimas etapas, quando o projeto é examinado pelos órgãos que cuidam do meio
ambiente como a FEEMA, SEAMA, etc.


1) De: <Vendasevalor@aol.com>
Prezado Professor:

Meu filho tem que fazer um trabalho de 4ª série sobre a roda. Eu já procurei
em vário sites e não encontrei absolutamente nada. Se puder me ajudar,
agradeço imensamente.
As questões são s seguintes: Quando foi descoberta a roda? Como aconteceu a
descoberta? Que mudanças ela provocou na vida das pessoas?
Agradeço antecipadamente a sua ajuda.
Obrigada.
Fátima

resposta:

Os instrumentos básicos usados pelos humanos nos primórdios da vida coletiva
não foram "inventados" ou "descobertos". Foi a observação e a experiência
que possibilitou o uso dos instrumentos. A roda, provavelmente foi a
observação de troncos de árvores sobre os quais pesos eram deslocados com
facilidade e o tronco foi evoluindo em virtude da racionalização do uso, até
a roda. nos moldes atuais.
O arco, a flecha, a faca, o couro são alguns exemplos desta evolução no uso
dos bens naturais.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Brochuras de deus... :)
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/11/2002 12:38


----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, November 27, 2002 4:58 PM
Subject: [ciencialist] Brochuras de deus... :)


--- Em ciencialist@y..., "silvio cordeiro" <scordeiro@t...> escreveu
> Lígia: leia com cuidado: é BROCHURA. não confunda!!!!
>
> silvio, o teólogo.


Sílvio, vem cá,

Tou aí. Digo, aqui.
.
Por acaso as tais duas brochuras são aquelas mesmas "vermelhas"
que 'deus' usa para todas as consultas? Aquelas que guardam os
segredos dos céus e das terras, do Universo inteeeiro? Eu andei
dando umas fuçadas nos arquivos da lista depois daquela coisa do
Alexandre se queixar... e deparei com uma afirmação de 'deus' no
sentido de dizer que "jamais ninguém saberá do que se tratam tais
brochuras"...

Como eu sou mulher e além disso sou uma curiosa compulsiva, você,
sendo teólogo, poderia me dizer se por um acaso fortuito ele já
chegou a dizer a você em pvt do que se tratam tais livros vermelhos?

Caríssima irmã:

Consultei inclusive a Summa Teologica e não encontri referências aos livros
vermelhos.

Obviamente que os exêtas não fariam citações sobre esse tão íntimo assunto,
inclusive porque não era a geração de filhos uma das prioridades básicas
(apenas acessórias) dos dignos representas de deus na terra.

Creio que todo o equívovo ficou explicado em seu parágrafo final qua0ndo
achou que erad LIVROS. Consultei o paulo coelho, e ele mui sabiamente disse
que se referem a momentâneas ou definitivas incapacidades de, .... meudeus,
como digo isso a uma senhora..... fazer neném.

Beijos, Lígia

Que retribuo,

silvio, o consultor espiritual.


PS: Como pode notar, eu interpretei BROCHURAS no sentido de LIVROS,
certo?




----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, November 27, 2002 4:58 PM
Subject: [ciencialist] Brochuras de deus... :)


--- Em ciencialist@y..., "silvio cordeiro" <scordeiro@t...> escreveu
> Lígia: leia com cuidado: é BROCHURA. não confunda!!!!
>
> silvio, o teólogo.


Sílvio, vem cá,

Por acaso as tais duas brochuras são aquelas mesmas "vermelhas"
que 'deus' usa para todas as consultas? Aquelas que guardam os
segredos dos céus e das terras, do Universo inteeeiro? Eu andei
dando umas fuçadas nos arquivos da lista depois daquela coisa do
Alexandre se queixar... e deparei com uma afirmação de 'deus' no
sentido de dizer que "jamais ninguém saberá do que se tratam tais
brochuras"...

Como eu sou mulher e além disso sou uma curiosa compulsiva, você,
sendo teólogo, poderia me dizer se por um acaso fortuito ele já
chegou a dizer a você em pvt do que se tratam tais livros vermelhos?

Beijos, Lígia

PS: Como pode notar, eu interpretei BROCHURAS no sentido de LIVROS,
certo?




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SUBJECT: para Lígia
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/11/2002 12:52

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, November 27, 2002 4:58 PM
Subject: [ciencialist] Brochuras de deus... :)


--- Em ciencialist@y..., "silvio cordeiro" <scordeiro@t...> escreveu
> Lígia: leia com cuidado: é BROCHURA. não confunda!!!!
>
> silvio, o teólogo.


Sílvio, vem cá,

Tou aí. Digo, aqui.
.
Por acaso as tais duas brochuras são aquelas mesmas "vermelhas"
que 'deus' usa para todas as consultas? Aquelas que guardam os
segredos dos céus e das terras, do Universo inteeeiro? Eu andei
dando umas fuçadas nos arquivos da lista depois daquela coisa do
Alexandre se queixar... e deparei com uma afirmação de 'deus' no
sentido de dizer que "jamais ninguém saberá do que se tratam tais
brochuras"...

Como eu sou mulher e além disso sou uma curiosa compulsiva, você,
sendo teólogo, poderia me dizer se por um acaso fortuito ele já
chegou a dizer a você em pvt do que se tratam tais livros vermelhos?

Caríssima irmã:

Consultei inclusive a Summa Teologica e não encontri referências aos livros vermelhos.

Obviamente que os exêtas não fariam citações sobre esse tão íntimo assunto, inclusive porque não era a geração de filhos uma das prioridades básicas (apenas acessórias) dos dignos representas de deus na terra.

Creio que todo o equívovo ficou explicado em seu parágrafo final qua0ndo achou que erad LIVROS. Consultei o paulo coelho, e ele mui sabiamente disse que se referem a momentâneas ou definitivas incapacidades de, .... meudeus, como digo isso a uma senhora..... fazer neném.

Beijos, Lígia

Que retribuo,

silvio, o consultor espiritual.

PS: Como pode notar, eu interpretei BROCHURAS no sentido de LIVROS,
certo?




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Brigas (administrador)
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2002 13:57

Estou passando os olhos nas mensagens e percebi algumas brigas.

Vamos parar com isso.


Ateh
Luis Brudna - administrador da ciencialist



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIA
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2002 15:43

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Ligia Amorese" <ligia5555@y...> escreveu
> > Isso não é incesto além de uma falta de concordância?
>
> Pode ser.
>
> De todo modo, baseado no texto proponho aqui uma revolucao
> psicanalitica. A Teoria Psicoralitica. O moto do ser humano nao e'
a
> pulsao sexual, mas a pulsao alimentar.

Olhando assim, que nome bonito não? Fora isso, prá que no final das
contas a gente trabalha senão para ter a garantia do que comer, do
que vestir para ir comprar alimentos no supermercado, de onde morar
para poder guardar os alimentos?



> A Biblia e' mais um manual de etiqueta culinaria, com suas
restricoes
> alimentares -- o q. se pode ou nao comer, como se deve preparar as
> refeicoes e assim por diante, do q. um manual de sexo puritano (ha'
> casos de incesto explicito e homossexualismo sublimado). E ttos
> livros sagrados mais versam sobre os rituais nutricionais. O ponto
> alto de muitos rituais alias e' a oferenda de alimentos aos deuses
e
> tbm uma comilanca comunal. Os grandes festivais sao centrados na
> festanca gastronomica.

Tá certo. Agora eu entendi aquela relação orgíaca de diversidade
gastronômica... Você só estava preparando terreno, não?



Rituais de purificacao envolvem frequentemente
> jejum. Metaforas alimentares tbm sao ricas: a multiplicacao de
> peixes, paes, transmutacao da agua em vinho... O pecado original
nao
> foi fazer ou deixar de fazer sexo, mas romper a unica proibicao
> importa no Eden, q. era justamente uma proibicao alimentar.


Fico pensando se a Eva tivesse tido inapetência...


> A vida se liga mais ao ato de comer: vc come pra viver ou vive pra
> comer -- do q. ao sexo: a greve de fome choca mais do q. a greve de
> sexo. A fome esta' mais ligada ao risco de morte do q. a falta de
> sexo.


Bem... greve de sexo é mais agressiva... e pode levar o parceiro a
ir comer fora de casa, o que não implica pela preferência a um ou
outro restaurante. Não recomendo...


> Mesmo nas fabulas infantis a moral subjacente e' digestiva: Joao e
> Maria devorando a casa da bruxa q. tentou cozinha'-los, o Lobo Mau
> tentando comer os Tres Porquinhos, o outro Lobo devorando a avo' e
a
> Chapeuzinho -- apesar das tentativas de uma interpretacao
> sexualizada, a leitura e' muito mais direta sob este foco.


Acho que aqui é o ponto nervoso dessa teoria... :) A educação
alimentar vem do berço... :)



> A principal relacao da mae com o filho e' nutricional: o
aleitamento.


Andaste pensando naquela mutação capaz de fazer nascer seios no
estômago dos bebês?


> (...)O primeiro conflito entre geracoes se da' tbm em
> termos nutricionais ainda na barriga da mae: genes maternos
controlam
> o crescimento do feto restringindo a capacidade da placenta em se
> desenvolver, genes paternos controlam o maior desenvolvimento desse
> orgao nutricional.


O pai é sempre o provedor... que lindo!


(...) o cao aparentemente foi domesticado
> na regiao da China atual ha' mais de 14 mil anos como auxiliares na
> caca: foi uma relacao tao vital q. todas as racas domesticas atuais
> sao descendentes de uma mesma linhagem original inicialmente
> domesticada, apesar dos humanos terem convivido com diversas
especies
> de canideos pelo globo. Na China e adjacencias, ironicamente, o
> cachorro acabou fazendo parte do menu para muitas pessoas.


Um dia da caça, outro do caçador... :)


> O moto da expansao ultramarina e do colonialismo europeu q. mais
> tarde se desenvolveu no capitalismo e molda as relacoes economicas
> atuais foi inicialmente tempero para a comida: basicamente
> especiarias como cravo, canela e acucar. O soldo militar do Imperio
> Romano tbm era um tempero, o sal -- donde salario.


Certo... e o ouro, além de ornamentar, também propiciava meios para
a compra de alimentos. Tudo vem girando em torno da comida sim...


> Nao faz sentido tudo isso?
>
> Claro q. nao.


Faz sim, mas não é só pelo alimento que lutamos e trabalhamos. Em
todo caso, parabéns, a idéia é muito boa, eheheheh... Sua tese de
mestrado se baseia nisso? Perguntar não ofende... :)

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIA
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/11/2002 18:24

Lígia:
Pode ser incesto, êrro de concordância... mas " A Biblia e' mais um manual
de etiqueta culinaria," e " homosexualismo sublimado" e o "soldo militar"
paga qualquer deslise...

silvio.


----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, November 28, 2002 10:29 AM
Subject: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIA


--- Em ciencialist@y..., "Ligia Amorese" <ligia5555@y...> escreveu
> Isso não é incesto além de uma falta de concordância?

Pode ser.

De todo modo, baseado no texto proponho aqui uma revolucao
psicanalitica. A Teoria Psicoralitica. O moto do ser humano nao e' a
pulsao sexual, mas a pulsao alimentar. A comida e' q. esta' em todo
lugar das realizacoes humanas, ate' mesmo no sexo. O orgao genital
masculino e' referido muita vez com metaforas bromatologicas:
linguica, pepino, banana, salsicha, nabo, salame, pirulito ou ovo, no
caso do escroto. O feminino tbm apresenta ligacao: vagina, vagem e
baunilha estao relacionadas etimologicamente. O sexo e' dito 'comida'
e mesmo 'foda' tem raiz (eu disse raiz?) na comida: significava
originalmente, plantar. Fora as relacoes entre certos alimentos e a
sensualidade e a potencia sexual: muitos sao considerados
afrodisiacos.

A Biblia e' mais um manual de etiqueta culinaria, com suas restricoes
alimentares -- o q. se pode ou nao comer, como se deve preparar as
refeicoes e assim por diante, do q. um manual de sexo puritano (ha'
casos de incesto explicito e homossexualismo sublimado). E ttos
livros sagrados mais versam sobre os rituais nutricionais. O ponto
alto de muitos rituais alias e' a oferenda de alimentos aos deuses e
tbm uma comilanca comunal. Os grandes festivais sao centrados na
festanca gastronomica. Rituais de purificacao envolvem frequentemente
jejum. Metaforas alimentares tbm sao ricas: a multiplicacao de
peixes, paes, transmutacao da agua em vinho... O pecado original nao
foi fazer ou deixar de fazer sexo, mas romper a unica proibicao
importa no Eden, q. era justamente uma proibicao alimentar.

A vida se liga mais ao ato de comer: vc come pra viver ou vive pra
comer -- do q. ao sexo: a greve de fome choca mais do q. a greve de
sexo. A fome esta' mais ligada ao risco de morte do q. a falta de
sexo.

Mesmo nas fabulas infantis a moral subjacente e' digestiva: Joao e
Maria devorando a casa da bruxa q. tentou cozinha'-los, o Lobo Mau
tentando comer os Tres Porquinhos, o outro Lobo devorando a avo' e a
Chapeuzinho -- apesar das tentativas de uma interpretacao
sexualizada, a leitura e' muito mais direta sob este foco.

A principal relacao da mae com o filho e' nutricional: o aleitamento.
O complexo de Edipo nao e' motivado por um medo suposto de castracao,
mas sim pela concorrencia pela fonte alimentar. E eis q. chegamos 'a
primeira fase do psiquismo humano, a fase oral. Na verdade a unica
fase, as demais sao apenas construcoes em cima das relacoes neuronais
estabelecidas nessa etapa. A crianca fica mais tranquila chupando o
dedo, q. relembra o conforto durante a mamada. Os adultos qdo ficam
nervosos roem as unhas e tbm tem a tendencia de comer demais, qdo
ficam deprimidos tbm apresentam variacoes no humor alimentar: come de
menos ou demais. O primeiro conflito entre geracoes se da' tbm em
termos nutricionais ainda na barriga da mae: genes maternos controlam
o crescimento do feto restringindo a capacidade da placenta em se
desenvolver, genes paternos controlam o maior desenvolvimento desse
orgao nutricional.

As principais causas de morte na infancia e na idade adulta sao de
origem alimentares: desnutricao, diarreia, problemas cardiacos por
ma' alimentacao: excesso de calorias e sal. A obesidade comeca a se
tornar um dos grandes problemas da sociedade moderna.

Mesmo a nossa relacao com outros organismos sao moldados pela
utilidade alimentar: alem da domesticacao dos animais de corte e de
leite e das plantas, a forca animal foi importante tto na agricultura
como no pastoreio e na caca -- o cao aparentemente foi domesticado
na regiao da China atual ha' mais de 14 mil anos como auxiliares na
caca: foi uma relacao tao vital q. todas as racas domesticas atuais
sao descendentes de uma mesma linhagem original inicialmente
domesticada, apesar dos humanos terem convivido com diversas especies
de canideos pelo globo. Na China e adjacencias, ironicamente, o
cachorro acabou fazendo parte do menu para muitas pessoas.

O moto da expansao ultramarina e do colonialismo europeu q. mais
tarde se desenvolveu no capitalismo e molda as relacoes economicas
atuais foi inicialmente tempero para a comida: basicamente
especiarias como cravo, canela e acucar. O soldo militar do Imperio
Romano tbm era um tempero, o sal -- donde salario.

Nao faz sentido tudo isso?

Claro q. nao.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Curso rápido de polemista
FROM: "joaquimsalles" <joaquim.salles@estadao.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2002 18:50

Curso rápido de polemista:

1o) Eleja um tema caro ao publico que pretenda atingir (=ofender);
2o) Adote um ponto de vista inverso ao do publico;
3o) Intercale algumas frases de pretensa erudição (citação, quem sabe
em alemão ou latim?);
4o) Não perca tempo tentando recolher argumentos sólidos, procure as
frases de efeito, construções engraçadas (pretensamente irônicas),
ridicularize de antemão os que defendem o ponto de vista contrario,
atribua a ponto de vista contrario uma pecha negativa (ranheta,
vingativo, conspirador, paranóico, burro, cabeça-dura, etc.): dica
procure associar com a imagem de Hitler ou algum facínora unânime.
5o) Se não tiver argumentos numa discussão científica, apele para
filosofia da ciência. Afinal, em filosofia vale tudo.
6o) E, entre os filósofos da ciência, dê preferência ao Popper. Faça
o que os criacionistas costumam fazer com as idéias de Darwin, isto
é, diga que a afirmação do oponente não é falseável, e fique
sustentando isso com argumentos ad hoc. Afinal, pra tudo há um
argumento ad hoc.

Por exemplo: se o oponente demonstra que X é falseável, diga que o
oponente interpretou X forçadamente, somente para adaptá-lo a um
teste que mostra a sua falseabilidade mas não a falsidade, ou seja,
não o refuta.

Quer chocar a intelectualidade de esquerda? Defenda Paulo Maluf, use
frases de Marx ou algum teórico de esquerda em sua defesa.
Quer chocar os conservadores católicos? Desconstrua a imagem de Maria.
Quer importunar os ambientalistas? Oponha o bem-estar humano 'a
preservação do meio-ambiente.
Quer que os 'neoliberais' fiquem estarrecidos? Ataque à liberdade de
mercado.

Quase certo que encontrara' uma câmara de eco a reverberar suas
asneiras (se você não acredita nas próprias bobagens que fala, como
normalmente parece ser o caso, ao menos pode rir duplamente: dos que
contra-argumentam suas sandices e dos que saem em sua defesa).



Texto baseado nos e-mail de :

de Roberto Takata ,Ronaldo Cordeiro, Manuel Bulcão e outros da
ciencialist
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19585 ,
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19587
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19605

[]s

Joaquim Salles



SUBJECT: Re: Curso rápido de polemista
FROM: "joaquimsalles" <joaquim.salles@estadao.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2002 18:56

Parabens aos autores desses e-mail's - Roberto Takata ,Ronaldo
Cordeiro, Manuel Bulcão e outros da ciencialist - espero que tenham
gostado do resumo.

É muito divertido...e o pior de tudo...acontece mesmo!

Abraços

Joaquim



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIA
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2002 19:14

Takata, tu ta querendo começar de novo, é? Fica dando corda em
obsessivo-compulsivo e depois reclama.

Takata: De todo modo, baseado no texto proponho aqui uma revolucao
psicanalitica. A Teoria Psicoralitica. O moto do ser humano nao e' a
pulsao sexual, mas a pulsao alimentar. A comida e' q. esta' em todo
lugar das realizacoes humanas, ate' mesmo no sexo.

Manuel: É o que podemos chamar de panutricionismo, né? Bem diferente
da psicanálise, pois Freud jamais defendeu o pansexualismo ou que o
moto do ser humano é a pulsão sexual. Como ele mesmo diz: "é um
equívoco acusar a psicanálise de `pansexualismo' e alegar que ela
deriva da sexualidade todas as ocorrências mentais e as remonta todas
àquela. Ao contrário, a psicanálise desde o início distinguiu os
instintos sexuais de outros, que provisoriamente denominou
de `instintos do ego'. Ela jamais sonhou tentar explicar `tudo' (...)
Algumas assertivas, como a de que todo sonho é a realização de um
desejo sexual, nunca, em absoluto, foram sustentadas por ela."(S.
Freud; Críticas e Más Interpretações da Psicanálise)

O que Freud constatou no homem (e que depois os etólogos constataram
em outros animais) é que a pulsão sexual participa de outros funções
além da reprodutora, isto é, a pulsão sexual, no homem e em outros
primatas, é multifuncional, o que não quer dizer que
seja `omnifuncional'. Por isso que alguns teóricos da psicanálise
acham por bem distinguir a pulsão (ou desejo) sexual do instinto
sexual cuja função biológica é a reprodução.

No homem e noutros animais a sexualidade participa também da
manutenção da hierarquia social e dos laços cooperativos. Serve até
mesmo para acalmar as crias: fêmeas de algumas espécies de macaco
costumam sugar a genitália de seus bebês quando estes, por algum
motivo (fome ou dor) encontram-se muito agitados.

Freud também observou que a sexualidade não se restringe à
sexualidade genital; que outras regiões do corpo podem nos dar
sensação de prazer sexual, o que talvez seja uma conseqüência dessa
dissociação entre sexo e reprodução. Quanto a isso, neurocientistas
descobriram que o cérebro pode receber sinais de respostas sexuais
por outras vias além da usual medula espinhal, e que esses caminhos
alternativos são o nervo vago e o hipogástrico. O nervo vago ramifica-
se na parte superior do corpo. Por isso que há muitos casos de
mulheres que sofreram lesões na medula espinhal e que, não obstante
isso, experimentam orgasmos `não-genitais', isto é, elas são capazes
de sentir prazer orgástico no ombro, nos seios, no queixo, etc. O
prof. A. Scott, da Universidade do Arizona, em seu artigo `Ciência,
Mente e Sociedade', cita casos ainda mais bizarros de `algumas
mulheres [que] podem induzir o orgasmo afagando suas sobrancelhas ou
pressionando seus dentes ou acenando os dedos entre os olhos e o sol
numa freqüência de 5-10 hertz'.

O mais interessante é que, segundo os neurobiólogos Barry R.
Komisaruk e Beverly Whipple, o neurotransmissor que medeia a relação
entre o estímulo e a resposta sexual através do nervo vago tem também
um efeito supressor da dor equivalente ao da morfina. O prazer
erótico que ele acarreta neutraliza a dor ou sensação de desprazer.
Esse neurotransmissor é secretado através de estímulos somato-
sensoriais, entre eles o da mucosa oral, onde existem ramificações
vagais. De modo que a amamentação do bebê não apenas o nutre:
através do ato de mamar, o lactente obtém, via prazer erótico (fase
oral da libido), alívio de alguma dor ou desconforto. Afinal, não
sentindo dor, o bebê não chora, e não emitindo sinais sonoros de
desconforto, não atrai predadores, razão pela qual essa
característica presente em alguns mamíferos, libido oral, foi
selecionada. Trata-se de uma adaptação.

O que distingue a fome da libido é que, se a fome não for satisfeita
logo, o indivíduo morre, ao passo que a não satisfação do desejo
sexual não é mortal para o indivíduo, que pode passar um longo tempo
carente e na maior fissura. Ademais, a libido pode ser satisfeita com
sonhos (i.e., a satisfação pode se dar no plano psíquico, valendo-se
apenas de idéias e entes mentais, como os memes), enquanto que
alimentos oníricos até podem ser gostosos, mas não são nada
nutritivos. Essa flexibilidade do instinto sexual torna-o mais
plástico do que qualquer outro instinto, plasticidade esta ideal para
os trabalhos da evolução.

Essa eu vou postar também na noosfera, sob o título de `Fome e
Libido'.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Brigas (administrador)
FROM: "Jussara Ghama" <jussaraagama@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/11/2002 19:54

Algo precisa ser feito no sentido de restabelecer a seriedade e a sanidade
do grupo.


Estou passando os olhos nas mensagens e percebi algumas brigas.

Vamos parar com isso.


Ateh
Luis Brudna - administrador da ciencialist


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SUBJECT: Robôs com régua de cálculo?
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2002 21:04

Lembro de ter lido que histórias de FC anteriores à popularização do
computador mostravam robôs equipados com sofisticadas réguas de
cálculo. Só que procurei na internet por alguma citação a uma
história, livro ou autor específico deste anacronismo e não achei (e,
aliás, tb não me lembro onde li isso).

Tentei 'robot "slide ruler"' e variantes no Google e não deu. Alguém
pode dar uma dica? Alguma luz aqui?

Agradeço de antemão,

MK



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Objecoes p/ Manuel
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/11/2002 21:06



Olá Manuel,

>Manuel: Bem, isso aí é assunto de gente grande e eu sou
>pequenininho. :-)

Não acho não... tá me chamando de gente grande só por
que eu me meti a escrever alguma coisa mais técnica?
Todo mundo aqui é gente grande, criança é quem se
esconde atrás da linguagem demasiadamente técnica... :)

Quanto à discussão, deixa pra lá. Esses autores do livro
"A Seta do Tempo" deveriam estar aqui para esclarecer melhor.
De modo geral, ainda acho suas conclusões um pouco estranhas,
mas não li o livro, e o assunto é complicado, sendo muito
sensível ao contexto.

>O que eu queria dizer é que os modelos teóricos que criamos para
>explicar a realidade são construções mentais e não a própria
>realidade;

Concordo plenamente, e não há como negar!

>A propósito, a lógica formal é bem intuitiva, não acha não? :-)

Isso que você escreveu eu nem sei se concordo. O problema
é real, interessantíssimo e não-trivial. Afinal, podemos
ter toda a certeza do mundo que "A" implica "B", mas de
onde vem essa certeza, que já é inata? Não é a toa que Kant
considera a racionalidade como um produto intrinsecamente
mental, e não um elemento exterior, de uma realidade objetiva.

Abraços,

Guilherme




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SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIA
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/11/2002 08:45

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Takata, tu ta querendo começar de novo, é?

Estou apenas apresentando uma nova teoria (q. na verdade deve ser um
plagio).

> da psicanálise, pois Freud jamais defendeu o pansexualismo ou que o
> moto do ser humano é a pulsão sexual.

Nao e' bem diferentemente da psicanalise. Pode ate' ser diferente da
psicanalise estritamente freudiana, mas a psicanalise apresenta
diversas correntes, incluindo a pansexualista -- e isso inclui ate'
mesmo varios seguidores auto-proclamados da linha freudiana.

De todo modo isso nao minimiza o valor da Teoria Psicoralitica.
Alias, e' ate' uma vantagem, pois cobre um espectro maior, e' uma
teoria mais geral.

> O que Freud constatou no homem (e que depois os etólogos
> constataram em outros animais) é que a pulsão sexual participa de
> outros funções além da reprodutora

Na verdade o q. eles constataram foi a acao da pulsao alimentar.

> No homem e noutros animais a sexualidade participa também da
> manutenção da hierarquia social e dos laços cooperativos.

Na verdade e' a pulsao alimentar. Em 'A Origem da Virtude', Mark
Riddley relata o caso de uma tribo polinesia (acho q. era da
Polinesia) em q. a posicao social depende da ostentacao: um chefe de
familia convida outro para um lauto banquete, demonstrando assim sua
riqueza e poder. O outro chefe deve por sua vez preparar um banquete
ainda maior. E assim vai. Muitas vezes um dos lados e' levado 'a
ruina. Nesse mesmo livro demonstra tbm a cooperacao de cacadores em
uma tribo africana: qdo um cacador mata um animal grande como uma
girafa, ele partilha com os demais da tribo, mesmo qdo ele e' quem
fez todo o trabalho sozinho. Isso porq. tal gesto de bondade garante
q. se ele nao conseguir abater nada e outro o fizer, ele tbm tera'
uma porcao de proteina garantida. Esses gestos de ostentacao e
partilha pode ser encontrada mesmo em nossa sociedade moderna.
Lacos cooperativos e competitivos sao reminiscentes das cacadas e tbm
da cooperacao no trabalho agricola (aqui ja' mais como uma
transformacao cultural). Tal ligacao e' ainda mais geral do q.
eventuais funcoes sexuais -- q. podem ser interpretadas como
tributarias dessa ligacao gastronomica-alimentar.

> Serve até mesmo para acalmar as crias: fêmeas de algumas espécies
> de macaco costumam sugar a genitália de seus bebês quando estes,
> por algum motivo (fome ou dor) encontram-se muito agitados.

Mais um indicio da base da pulsao alimentar como moto das relacoes
humanas e de sua psicologia. Devemos notar q. a relacao oposta tb e'
bastante proeminente, mais ate' do q. a descrita acima, colocar algo
na boca do bebe para acalma'-lo: o bico da mama, dedo ou chupeta.

> Quanto a isso, neurocientistas
> descobriram que o cérebro pode receber sinais de respostas sexuais
> por outras vias além da usual medula espinhal

Na verdade sao respostas alimentares.

> O prof. A. Scott, da Universidade do Arizona, em seu artigo
> `Ciência, Mente e Sociedade', cita casos ainda mais bizarros de
> `algumas mulheres [que] podem induzir o orgasmo afagando suas
> sobrancelhas ou pressionando seus dentes ou acenando os dedos entre
> os olhos e o sol numa freqüência de 5-10 hertz'.

Reparemos no 'pressinando seus dentes'.

> O mais interessante é que, segundo os neurobiólogos Barry R.
> Komisaruk e Beverly Whipple, o neurotransmissor que medeia a
> relação entre o estímulo e a resposta sexual através do nervo vago
> tem também um efeito supressor da dor equivalente ao da morfina.

Aqui e' uma cooptacao do neurotransmissor q. ja' tinha anteriormente
uma funcao analgesica para tbm a funcao de mediador da resposta
sexual.

> Esse neurotransmissor é secretado através de estímulos somato-
> sensoriais, entre eles o da mucosa oral, onde existem ramificações
> vagais. De modo que a amamentação do bebê não apenas o nutre:
> através do ato de mamar, o lactente obtém, via prazer erótico (fase

Na verdade trata-se do prazer fagico. O termo erotico e' enganoso na
medida em q. induz a se pensar q. o prazer oral e' tributario do
prazer sexual, qdo e' o inverso. Tto e' q. o proprio Freud encontrou
como a primeira fase do desenvolvimento psiquico a fase oral. E' a
partir dessa oralidade q. se deve mapear o desenvolvimento
subsequente.

> Afinal, não sentindo dor, o bebê não chora, e não emitindo sinais
> sonoros de desconforto, não atrai predadores, razão pela qual essa
> característica presente em alguns mamíferos, libido oral, foi
> selecionada. Trata-se de uma adaptação.

Existe uma complementacao. A mitigacao do desprazer pela alimentacao,
faz com q. haja um impulso ainda maior 'a alimentacao. De tal sorte
q. existem diversos casos de compulsao alimentar qdo de depressao e
outros eventos dolorosos. E mesmo o instinto de roer as unhas,
colocar algo entre os labios.

> nutritivos. Essa flexibilidade do instinto sexual torna-o mais
> plástico do que qualquer outro instinto, plasticidade esta ideal
> para os trabalhos da evolução.

Mesmo os instintos fagicos sao bastante plasticos. So' q. ele sao de
certa forma ainda mais fundamental para o individuo -- de forma q.
ele acaba sendo ainda mais premente tto em seu psiquismo como em sua
socializacao.

(Pros desatentos: tudo o q. eu disse e' pura bobagem, embora nao
esteja mentindo em nada.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Tb hah elogios ... eh o Imperdivel!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/11/2002 08:59

Também há alguns agradecimentos no Imperdível. Divido com vcs:

1) De: JORGE MACEDO
Assunto: Encontrei seu site


Caro Prof. Leo,
Encontrei seu site ao acaso e quero lhe dar os parabéns pelas informações nele contidas, pois a rede tem muita informação e poucas são realmente aproveitáveis e seu site é de "D+".
Meu nome é Jorge Macêdo, professor Convidado da UFJF, Depto. Farmacêutico e Prof. Titular do Instituto Estadual de Educação e sou o autor dos livros Águas & Águas (ISBN: 85-901568-1-8), Métodos Laboratoriais de Análises Físico-químicas e Microbiológicas (ISBN-85-901568-2-6); Subprodutos do Processo de Desinfecção de Águas pelo Uso de Derivados Clorados (Disinfection Byproducts - DBP) (ISBN: 85-9011568-3-4; Higienização na Indústria de Alimentos (ISBN: 85-85519-29-0).
Em julho lancei o livro "Introdução a Química Ambiental" (ISBN: 85-901568-4-2), com linguagem também para nível de 2º grau, que tem informações sobre os grandes eventos (reuniões) mundiais e sobre "crimes e ou acidentes ambientais (desde década de 70 até 2002)" a nível nacional e mundial; degradação de Recursos Hídricos, carga orgânica, POP's, COV's, PCB's, DEHP (vinculado aos ftalados), chuva ácida, metais pesados, amianto, camada de ozônio, efeito estufa, agrotóxicos, etc... É o primeiro livro "Nacional" com este perfil!! O livro ficou 500 páginas e 7 capítulos!! Foram utilizadas aproximadamente 390 referências bibliográficas.
Ressalta-se que é o único livro de Química Ambiental do Brasil e gostaria de lhe enviar um exemplar de presente como forma de parabenizar pelo site. O ISBN DO LIVRO É MEU, OU SEJA, SOU O AUTOR e editor, o livro foi custeado pelo CRQ-MG, ABQ-MG e SBQ-MG, que recebeu 300 exemplares para serem distribuidos pelas Bibliotecas das Escolas de Minas Gerais.
Um abraço,
Prof. Jorge Macêdo
NB.: Se de seu interesse visite o site www.aguaseaguas.ufjf.br , onde encontrará todas as informações sobre meus livros, no link "livros online".
=================================
JORGE ANTÔNIO BARROS DE MACÊDO
Doctor Scientiae
j.macedo@terra.com.br
jmacedo@fbio.ufjf.br
www.aguaseaguas.ufjf.br
032-9987-5364

2)
De: "Flavio Campos" <kchaceiro@yahoo.com.br>
Assunto: Obrigado e Parabens !


| Gostaria de parabeniza-lo pelo belíssimo site "Feira
| de Ciências", onde podemos ver a excelente explicação
| de assuntos pouco abordados nos livros de ensino
| médio.
| Eu, como vestibulando, gostaria de agradecer, pois
| assuntos como Acústica e Hidrodinâmica, não são fáceis
| de achas tão bem explicados como no seu site.
| Parabéns.
|
| Flávio Campos


3) De: "José Peito" <jpeito@mail.pt>


| Chamo-me José Augusro Oliveira Peito, e sou um aluno do 4ª ano da
| Licenciatura de Física ( Ramo Educacional )da Faculdade de Ciências da
| Universidade do Porto ( Portugal ).
|
| Venho por este meio dizer o quanto foi agradável ter conhecimento da sua
| página, uma vez que páginas desta qualidade e em Português são uma
| raridade.
| Estou a escrever-lhe pois gostando de Física como eu gosto ( principalmente
| na sua vertente pedagógica),não pude ficar indiferente ao enorme esforço
| que deve ter tido na elaboração da sua página, onde apresenta os conceitos
| físicos de um modo elegante e complementados por experiências muito
| didáticas , e é por isso que eu acho que deve ser felicitado.
| --
| 10Mb na sua caixa de email gratuita no mail.pt
| http://www.mail.pt

4) De: anton
Assunto: Parabéns


Estimado amigo:
Quero apenas enviar-lhe os meus parabéns pela sua magnífica WEB, que me está a ser muito útil para completar um humilde trabalho sobre um também humilde parque de Aquaciência que existe na minha cidade. A súa página servirá para citar as referências aos aparelhos concretos que se trata de estudar e que procurem a informação que você apresenta.
Com um saúdo desde Ferrol, uma cidade atlântica da Galiza, repito os meus parabéns.
Antón Cortizas.

5) De: Marcelo Moura
Assunto: Felicitações


Parabéns pelo Feira de Ciências.

Nossos jovens precisam aprender desta maneira, ligando a ciência à prática, para que se sintam confiantes para tentar ir além da teoria e formar uma mentalidade de pesquisa científica.
Estou divulgando a todos os amigos e parentes que têm filhos estudando.
Os professores de nossos filhos precisam conhecer este site!

Abraço
Marcelo Moura
Observatório Phoenix
http://planeta.terra.com.br/arte/observatoriophoenix

6) De: "Julia Grasiela Busarello Wolff" <julia@al.furb.br>
Assunto: Agradecimento!


| Professor Luiz:
|
| Gostaria de parabenizá-lo pelo seu trabalho ao confeccionar essa página.
| Com certeza ela ajudará e será útil a muitas pessoas como eu, que amam a
| Física ou que não conseguem entendê-la por qualquer motivo.
| O mundo precisa de pessoas como você!
|
| Mais uma vez obrigada, Julia Wolff
| Acadêmica de Engenharia Industrial Elétrica/FURB/SC - 5ª fase

7) De: "Mario Neto" <marioverissimo@netscape.net>
Assunto: Gostei


| Bom dia Prof. Luiz Ferraz Netto.
|
| Parabéns pelo seu site sobre feira de ciências. Realmente é muito bom, um
| trabalho de alto nível professor. Gosto muito de Física e penso um dia
| estuda-la e, também, vejo nela a existência de um Deus grandioso que
| estabeleceu leis tão perfeitas.
| Que Deus abençoe a ti, sua família e o seu trabalho com os jovens
| cientistas de amanhã. É a minha oração.
| Abraço cordial do pastor Mário Veríssimo de Alvarenga Neto.

8) De: Kleber Eduardo
Assunto: Parabéns


Caro Professor. Luis
estou realmente muito contente por existir pessoas como o senhor que vem por meio da grande rede divulgar seus conhecimentos e passar para nós meros aprendizes um pouco do seu conhecimento.
meus parabéns pelo excelente trabalho que vem realizando
kleber

9) De: arlindo costa

Caro Léo
Parabéns pelo material do site FEIRA DE CIÊNCIAS. Trabalho há quinze anos com F.C. Minha dissertação de Mestrado versa sobre o tema, em especial no Mercosul. Ministro cursos sobre F.C., na ótica da elaboração dos projetos.
Abraços,
Arlindo

10) De: cesar
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: segunda-feira, 25 de novembro de 2002 19:17
Assunto: Parabens Professor


Aqui é um colega de ensino
Meu nome eh Cesar Lopes ( UFRuralRJ)
Gostei muito e por isso parabenizo.
Eu tenho um pagina - www.colopes.hpg.com.br
Trabalho no 3º grau e tenho apresentado cursos sobre Caos e Fractais em Eventos nacionais. qualquer INTERCAMBIO , estamos dipostos.
Cesar lopes
igclopes@ig.com.br

11) De: Miguel Kassis
Assunto: FEIRA CIÊNCIAS...


OLÁ.

QUERO CUMPRIMENTÁ-LO PELO SITE FEIRADECIENCIAS.....

PARABÉNS

MIGUEL KASSIS

12)
De: <radamanto@zipmail.com.br>
Assunto: Feira de Ciências


Meu Caro Professor
Apenas para dar parabéns pelo site. Acheio sensacional. Fico me perguntando
como alguns de nós ainda encontram tempo e gás para um trabalho tão bonito.
Parabéns mais uma vez e, sempre que puder, vou enviar alguma colaboração,
mesmo que seja apenas para não dizer que só me beneficiei e aos meus alunos,
com seu trabalho.
Um abraço

Que a Força esteja com você!
R@d@m@nto

13)
De: "R N Launé Macêdo" <launemacedo@hotmail.com>
Assunto: Nota 10


| Jamais havia visto em toda minha vida um site de tão bom gosto e com tantas
| informações como o feira de ciências. Estou maravilhado com o que acabei de
| descobrir. Um mundo de sabedoria. Parabéns é muito pouco pra vocês. Estou
| sem palavras.
|
| Sou Licenciado em Matemática e Especialista em Estatística.
| R. N. Launé Macêdo
| São Luís - MA.

14) ............... chega......
[]'
Léo


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Robôs com régua de cálculo?
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/11/2002 09:59

Marcelo,

Tente achar alguma coisa de Robert A. Heinlein (uma busca por
+heinlein +"slide rule" no Google retornou 390 links).

http://www.artlum.com/museum/sliderules/trivia.html

Segundo o link acima, as réguas de cálculo eram uma constante nos
livros dele.

[]s
Ronaldo


--- Em ciencialist@y..., "Marcelo Kunimoto" <airdown@i...> escreveu
> Lembro de ter lido que histórias de FC anteriores à popularização
do
> computador mostravam robôs equipados com sofisticadas réguas de
> cálculo. Só que procurei na internet por alguma citação a uma
> história, livro ou autor específico deste anacronismo e não achei
(e,
> aliás, tb não me lembro onde li isso).
>
> Tentei 'robot "slide ruler"' e variantes no Google e não deu.
Alguém
> pode dar uma dica? Alguma luz aqui?
>
> Agradeço de antemão,
>
> MK



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Objecoes p/ Manuel
FROM: "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/11/2002 09:59

Alo Guilherme e Manuel!!!

Permitam-me um pitaco.
Manuel Bulcão escreveu :

""Afinal, podemos ter toda a certeza do mundo que "A" implica "B", mas de
onde vem essa certeza, que já é inata? Não é a toa que Kant
considera a racionalidade como um produto intrinsecamente
mental, e não um elemento exterior, de uma realidade objetiva""

gemaba : Podemos ter toda a certeza que A implica B?

A logo B é a mesma coisa que A implica B?

Logo e implica são operadores lógico linguísticos?

Certeza vem da lógica bivalente de Aristóteles, não?

A racionalidade interage insesantemente com a realidade
objetiva, não? Ela pode ser, como diz Ivan de Almeida,
um corte da realidade, mas é um corte da realidade, não?

Saudações !!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br



----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, November 28, 2002 9:06 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Objecoes p/ Manuel


>
>
> Olá Manuel,
>
> >Manuel: Bem, isso aí é assunto de gente grande e eu sou
> >pequenininho. :-)
>
> Não acho não... tá me chamando de gente grande só por
> que eu me meti a escrever alguma coisa mais técnica?
> Todo mundo aqui é gente grande, criança é quem se
> esconde atrás da linguagem demasiadamente técnica... :)
>
> Quanto à discussão, deixa pra lá. Esses autores do livro
> "A Seta do Tempo" deveriam estar aqui para esclarecer melhor.
> De modo geral, ainda acho suas conclusões um pouco estranhas,
> mas não li o livro, e o assunto é complicado, sendo muito
> sensível ao contexto.
>
> >O que eu queria dizer é que os modelos teóricos que criamos para
> >explicar a realidade são construções mentais e não a própria
> >realidade;
>
> Concordo plenamente, e não há como negar!
>
> >A propósito, a lógica formal é bem intuitiva, não acha não? :-)
>
> Isso que você escreveu eu nem sei se concordo. O problema
> é real, interessantíssimo e não-trivial. Afinal, podemos
> ter toda a certeza do mundo que "A" implica "B", mas de
> onde vem essa certeza, que já é inata? Não é a toa que Kant
> considera a racionalidade como um produto intrinsecamente
> mental, e não um elemento exterior, de uma realidade objetiva.
>
> Abraços,
>
> Guilherme
>
>
>
>
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>
>



SUBJECT: Re: Robôs com régua de cálculo?
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/11/2002 10:52

Ronaldo, obrigado pela ajuda! Procurando "slide rule" dá muito mais
resultados q o "slide ruler" q estava tentando!

[]

MK

--- Em ciencialist@y..., "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@w...> escreveu
> Marcelo,
>
> Tente achar alguma coisa de Robert A. Heinlein (uma busca por
> +heinlein +"slide rule" no Google retornou 390 links).
>
> http://www.artlum.com/museum/sliderules/trivia.html
>
> Segundo o link acima, as réguas de cálculo eram uma constante nos
> livros dele.
>
> []s
> Ronaldo
>
>
> --- Em ciencialist@y..., "Marcelo Kunimoto" <airdown@i...> escreveu
> > Lembro de ter lido que histórias de FC anteriores à popularização
> do
> > computador mostravam robôs equipados com sofisticadas réguas de
> > cálculo. Só que procurei na internet por alguma citação a uma
> > história, livro ou autor específico deste anacronismo e não achei
> (e,
> > aliás, tb não me lembro onde li isso).
> >
> > Tentei 'robot "slide ruler"' e variantes no Google e não deu.
> Alguém
> > pode dar uma dica? Alguma luz aqui?
> >
> > Agradeço de antemão,
> >
> > MK



SUBJECT: Re: De Caetés ao Planalto, de Retirante a Presidente
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/11/2002 13:19

--- Em ciencialist@y..., "*...LuNaLiLiTh...*" <lua@a...> escreveu
> Se conseguir fazer este próximo trajeto, Lula ficará na história,
> não apenas como o homem do povo que virou presidente, mas o
> presidente que virou o Brasil a favor do povo.

Quem viver vera'. Pelo menos o brasileiro esta' esperancoso com o
novo governo -- ainda q. com um bom pe' de realismo -- segundo
pesquisa ibope:

http://jornalnacional.globo.com/semana.jsp?id=15599&mais=1

Agora o q. isso tem a ver com ciencia, nao faco ideia.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: De Caetés ao Planalto, de Retirante a Presidente
FROM: "*...LuNaLiLiTh...*" <lua@apis.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/11/2002 13:49




De Caetés ao Planalto, de Retirante a Presidente

Uma viagem de 500 anos.





Durante anos, a aristocracia portuguesa manteve centenas de marceneiros, pedreiros e outros trabalhadores envolvidos na construção de suas caravelas; agricultores e comerciantes preparando o material necessário para as longas viagens, ao longo das quais milhares de homens do povo morriam em naufrágios, para, quando a aventura surtia efeito, os nobres portugueses assumirem as novas terras e os lucros do comércio. A história brasileira é a narrativa do produto de homens do povo apropriado pela elite de seu tempo.

Ao longo dos séculos, mudaram os produtos e os nomes dos dirigentes beneficiados, mas os produtores anônimos continuaram sendo relegados, sem escolas, sem moradia, sem lazer e até mesmo sem comida. O povo anônimo trabalhando e excluído e a elite controlando e usufruindo. Os imperadores foram substituídos por presidentes, os condes e barões viraram doutores e excelências, separados da mesma forma do povo que os elegia e os atendia.

Por isto, a eleição do presidente Lula representa um símbolo de mudança, antes mesmo de seu governo começar. Sua viagem às cidades de Caetés e Garanhuns mostra o significado da diferença que sua eleição representa.

Aos sete anos de idade, em 1952, o pequeno Lula saiu de Garanhuns como retirante. Aos 57 anos, volta como presidente. Mas não volta como uma pessoa diferente, que tenha enriquecido, virado doutor, passado para o lado da elite, e voltasse apenas por uma questão de cortesia atávica. Volta mais velho, famoso, experiente, mas o mesmo Lula. Esta é a grande vitória do Lula, vencer sem mudar. Se não houve até aqui nenhum presidente retirante, houve filhos de classe média baixa e até pobres. Nenhum dos principais candidatos a presidente em 2002 era filho de rico, mas todos tinham pago pedágio às elites. Lula não pagou nenhum dos preços cobrados pela elite para receber e legitimar os filhos de pobres. Não enriqueceu, não serviu a partido dos ricos, não se formou em universidade, não repudiou seu passado sindicalista.

Muitos criticam Lula por não ter aproveitado seu enorme potencial, sua inteligência privilegiada para estudar formalmente e tirar um diploma universitário. Mas se Lula fosse doutor ele seria um presidente como os anteriores. Muitos criticaram ao longo dos anos o radicalismo do Lula, seu apego a um partido nitidamente de esquerda, mas se tivesse chegado ao poder por um dos partidos conservadores, Lula seria um presidente igual aos outros.

O seu mérito é ter amadurecido, sem mudar de lado. Como ele próprio disse no discurso em Caetés, sua história de vida é mais importante do que sua vitória eleitoral. E foi esta história que criou as condições para uma das mais emocionantes viagens de um homem publico brasileiro.

Quando saímos de Brasília para Recife, pouco antes das oito horas da noite, em um pequeno jato executivo, chamou nossa atenção, a lua cheia em frente, vista pelo pára-brisa dos pilotos, parecendo um alvo à espera da flecha que nos carregava. Havia ali um simbolismo forte, do avião que levava um herói do povo em direção a seu povo. Lula em nenhum momento da viagem parecia aquele que poucas horas mais adiante choraria duas vezes diante da multidão. Não parecia preocupado com as responsabilidades que lhe espera, nem emocionado com o regresso à terra de onde partiu retirante para voltar presidente.

De Recife, no dia seguinte no começo da tarde, para Garanhuns, no mesmo avião, a conversa tocou um pouco na sua vida passada e nos dias que nos esperam no governo, mas sem emoções maiores. Estas começariam a se manifestar quando, ao fazer as operações de pouso pudemos ver a enorme fila de carros e a multidão de gente esperando na pista e ao redor do terminal do pequeno aeroporto.

Ao abrir a porta do avião a multidão gritava como se estivesse diante ao mesmo tempo de um primo que voltava vitorioso, um herói que chegava em gloria e sobretudo, do portador de esperanças.

Do aeroporto ao centro de Garanhuns, mesmo sem saber exatamente em qual automóvel ele estava, a multidão gritava o nome de Lula. Desde o simples nome, até mensagens: "Deus te proteja", "Viva Lula", " Bem Vindo Irmão", "Sou seu Primo".

No discurso ele soltou a emoção. Falou das lembranças de seu curto tempo como criança naquela terra, mas sobretudo de seu compromisso com o Nordeste. Acusando a elite de responsável pela seca, pela pobreza, pelo abandono da Região. Embaixo, a multidão fazia silencio absoluto ou gritava de repente em apoio, como se regida por um maestro invisível. Havia um claro casamento entre povo e orador. Não o casamento aparente que se vê entre o povo e governantes populistas, mas o casamento do povo com alguém que é um deles, ainda que totalmente diferente. Isso é Lula: líder e povo, com sua diferença de líder e e mesmo assim um deles. O presidente e o filho de D. Lindu. Muitos choravam, outros riam, todos olhavam com carinho e esperança, como nunca antes houve na história política do Brasil.

A grande festa ainda estava por vir. Em Caetés. A cidade que era parte de Garanhuns, em 1952. Entre uma e outra cidade, havia uma placa que dizia "Aqui nasceu Lula-presidente", outra indicava a direção para o sítio onde ele tinha nascido e vivido até os sete anos. Uma outra dizia: "Obrigado D. Lindu, por ter dado a luz à esperança"; que poderia ser também "dado à luz a esperança". E havia as faixas dos primos.

Os primos que talvez nada tenham a ver com família. Primos no sentido de irmãos sociais, iguais, companheiros, como se sente cada um daqueles habitantes que criaram um feriado e foram às ruas para ver o seu presidente. Um presidente que era um deles, como qualquer dos outros filhos de Lindus e Marias, filhos todos do povo.

O curto mais demorado trajeto pela rua central de Caetés, o presidente e alguns políticos sobre uma camioneta e o povo ao lado, não parecia um desfile. Parecia uma caminhada de irmãos, primos, amigos, onde um deles era o centro, em cima do carro apenas para ser visto, não por ser diferente. O povo olhava Lula e falava com Lula. Um observador resumiria em: "Você é um dos nossos", "Finalmente, Lula, você nos levou até lá". Como se o povo estivesse tomando posse na presidência.

Porque o povo, pela primeira vez sente como se estivesse tomando posse, desde 500 anos atrás, quando marinheiros portugueses descobriram nosso País; pela primeira vez desde quando, quase duzentos atrás, um português proclamou a independência e se coroou como nosso imperador; pela primeira vez desde quando uma princesa aboliu a escravidão, mas não distribuiu terra, nem fez escolas; pela primeira vez desde quando um marechal proclamou a república e esqueceu de construí-la; pela primeira vez desde quando, há 15 anos, redemocratizamos o Brasil e nada mudamos na nossa realidade social.

Quando começou a falar, em Caetés, diante de uma multidão maior do que a população total da cidade, o Sol já estava desaparecendo, e em cima parecia que uma chuva chegaria naquele sertão nordestino. Lula falou com emoção ainda maior do que ele fala normalmente. Nenhum discurso, nem mesmo quando na avenida Paulista comemorou a vitória, na madrugada do dia 28, foi tão carregado de emoção. Chorou, sem disfarçar, quando falou em sua mãe, e disse que ela nunca baixou a cabeça, e disse que sua eleição era o exemplo que o povo precisava para saber que não precisa, nem deve baixar a cabeça diante dos poderosos. E disse que no seu governo, cada auxiliar precisa ter coração ainda maior do que o cérebro.

O Brasil precisa de ministros e funcionários que em primeiro lugar tenham coração que chore quando sabe da pobreza, e cérebros que transformem a indignação em energia propulsora de propostas transformadoras. De auxiliares que unam a capacidade de indignar-se com a capacidade de criar soluções para resolver as causas da indignação.

Lula demorou 500 anos para chegar ao Planalto, vindo de Caetés. Onde mora cada pobre deste país, cada desempregado, retirante, menino de rua, mãe desesperada, para o Planalto onde mora o poder que eles nunca tiveram.

Mas, no avião, na volta, pudemos perceber que Lula tem consciência de que sua viagem está apenas começando.

Foram necessários 500 anos para chegar ao Planalto, mas agora, nos próximos quatro anos, uma nova, mas difícil viagem terá que ser feita sob a coordenação do Presidente no sentido de abolir a pobreza, acabar com a exclusão social, realizar uma segunda e completa abolição, construir uma verdadeira republica, soberana, onde todos se sintam parte do mesmo país, onde o presidente não apenas tenha origem no povo mas governe para ele.

Se conseguir fazer este próximo trajeto, Lula ficará na história, não apenas como o homem do povo que virou presidente, mas o presidente que virou o Brasil a favor do povo.





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: De Caetés ao Planalto, de Retirante a Presidente
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/11/2002 15:09

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "*...LuNaLiLiTh...*" <lua@a...> escreveu
> > Se conseguir fazer este próximo trajeto, Lula ficará na história,
> > não apenas como o homem do povo que virou presidente, mas o
> > presidente que virou o Brasil a favor do povo.

Não votei nele, mas sem dúvida nenhuma é uma pessoa digna, e um líder
por natureza. Essas são as qualidades que contam para um bom
presidente. Não sei de onde tiraram essa bobagem que é preciso
doutorado, diploma, para ser presidente. E também não entendo todo
esse espanto pelo fato dele ter origem pobre e permanecer humilde - o
Brasil está cheio de pessoas de origem pobre que enriqueceram mas
continuam simples (aliás, os grandes empreendedores em geram são
pessoas simples - nomes como Constantino, Olacir, Sebastião)
sofisticação é coisa de intelectual. Agora, quanto a "virar o Brasil
em favor dos pobres" é um trabalho pra todos nós, não só o
presidente.


> Roberto Takata>
> Quem viver vera'. Pelo menos o brasileiro esta' esperancoso com o
> novo governo -- ainda q. com um bom pe' de realismo -- segundo
> pesquisa ibope:
>
> http://jornalnacional.globo.com/semana.jsp?id=15599&mais=1


Que bom. Mas com todo novo presidente é assim...


>
> Agora o q. isso tem a ver com ciencia, nao faco ideia.


Ciência política, sociologia, etc


[]´s

André



SUBJECT: Re: De Caetés ao Planalto, de Retirante a Presidente
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/11/2002 15:48

--- Em ciencialist@y..., André Roviralta Dias Baptista
> Não sei de onde tiraram essa bobagem que é preciso
> doutorado, diploma, para ser presidente.

Tiraram da tradicao brasileira da louvacao aos bachareis.

> > Agora o q. isso tem a ver com ciencia, nao faco ideia.

> Ciência política, sociologia, etc

A mensagem era mais um texto encomiastico (baba-ovo mesmo)
do q. uma peça de sociologia ou de ciencia politica. Nao q.
nao possa ser postada, mas de ciencia mesmo nao sei o q.
tem.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Método científico
FROM: "Watson Fernando" <watson@lmn.con.ufrj.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/11/2002 17:55

Manuel Bulcão:

> Seus argumentos são sólidos e convincentes. Minha réplica virá em
> breve, mas antes gostaria que você comentasse, se possível, o
> seguinte texto:
>
> "A maneira como Gödel demonstrou seu primeiro resultado tem um
> significado filosófico adicional. Gödel definiu uma fórmula 'P' que,
> apesar de indemonstrável, se vê que é verdadeira, dada a maneira como
> é construída. A moral da história é que a verdade ultrapassa de certa
> maneira a demonstrabilidade, pelo menos quando é considerada em
> termos formais." (Simon Blackburn; Dicionário Oxford de Filosofia;
> Jorge Zahar Editor; teorema[s] de Gödel)
>
Manuel, aqui vai meu comentário.
Watson:

Devemos ter presente que tanto dicionários como obras de divulgação nem sempre
primam por oferecer textos impecáveis, o que pode dar origem a interpretações
equivocadas por parte de leitores menos avisados que acabam sendo levados a
extrapolar afirmações ultra-simplificadas, contidas nessas publicações, de forma um
tanto apressada. Esse parece-me ser o caso do Dicionário Oxford de Filosofia, que foi
pouco cuidadoso ao afirmar que 'a verdade ultrapassa de certa maneira a
demonstrabilidade'.

Vejamos, primeiramente, o que dizem (de forma um pouco menos simplificada) outras
obras de referência sobre o 1o dos dois teoremas mais famosos de Gödel.

(1) R. Nadeau, 'Vocabulaire technique et analytique de l'épistémologie', Presse
Universitaire de France, 1999:

Théorème d'incompletude de Gödel (p.704)

Em todo sistema S da aritmética, existe uma frase P da linguagem de S tal que, se S é
consistente, nem P nem sua negação podem ser provadas em S. Alguns pretendem
servir-se do 1o teorema de Gödel para ilustrar a superioridade do ser humano sobre a
máquina: segundo eles, P é verdadeira, mas nenhuma máquina utilizando os axiomas
e as regras de um sistema formal podem demonstrá-lo. Mas eles se esquecem de que
a prova de Gödel é condicional à suposição de consistência de S.

(2) A Dictionary of Philosophy, Macmillan Press, 1983:

Gödel's theorem (p.133)

[após descrever o 1o teorema] Isso torna possível mostrar que deve existir uma
sentença P de S que poderia ser interpretada (muito grosseiramente) como algo do
tipo 'Eu não sou provável'. É mostrado que, se S é consistente, esta sentença não é
provável e que, portanto, como as vezes é argumentado, P deve ser verdadeira. Este
último passo levou alguns a admitir que o teorema de Gödel mostra a superioridade do
homem sobre a máquina. O homem poderia provar proposições as quais nenhuma
máquina (programada com os axiomas e as regras do sistema formal) seria capaz de
provar. (...) Mas isso desconsidera o fato de que (...) não se pode concluir que P é não
provável em S, e assim verdadeira, sem provar a consistência de S. (...) O teorema
não permite provar, portanto, que o homem é superior à máquina.

Faço agora alguns comentários pessoais.

De fato, acho que a afirmação 'o homem é superior à máquina' não tem sentido (e,
com mais forte razão, não pode ser provada). Isso se deve, em parte, à imprecisão do
conceito de 'superior'. Todos sabemos que o homem tem certas capacidades
cognitivas (intuição, p.e.) que ainda não foram simuladas em máquinas. Mas isso pode
ser um fato meramente circunstancial. Há poucas décadas, acreditava-se que um
computador jamais poderia jogar xadres num nível comparável ao de um grande
mestre internacional. Hoje, isso já é possível. Assim, 'superior' é um conceito, na
melhor das hipóteses, eminentemente temporal.

Como vimos, o resultado de Gödel é limitado às condições em que foi demonstrado e
não pode ser extrapolado fora delas. Poderíamos pensar, p.e., em incluir uma
proposição, pretensamente indecidível, nos axiomas do sistema S, tornando essa
proposição trivialmente 'provável'. Mas quem garante que (1) a proposição que temos
em mãos é indecidível no antigo sistema? (2) que o novo sistema é consistente?

Que eu saiba, salvo para alguns casos específicos (o 'problema de parada' de uma
máquina de Turing), não temos meios de saber se uma proposição que não se
consegue demonstrar é ou não indecidível. E a indecibilidade de uma proposição não
pode ser 'provada' pelo homem, por maior que seja seu gênio e sua capacidade de
intuir (intuir não é provar...). No máximo, ela poderia ser 'desprovada'. Cito um exemplo
do livro de S. Singh, 'Fermat's Last Theorem', Fourth Estate 1998, p.178: L. Euler
(1707-1783) conjecturou que não existiria solução x,y,z,w inteiros para a equação

x^4+y^4+z^4=w^4.

Durante 200 anos ninguem consiguiu provar isso até que, em 1988, N. Elkies
encontrou uma solução,

x=2.682.440 y=15.365.639 z=18.796.760 w=20.615.673,

desprovando assim a conjecura de Euler.

Uma que nunca foi provada ou desprovada é a famosa conjectura de Goldbach (1690-
1764), forte candidata `a categoria de afimação indecidível: Todo número par maior
que 4 é a soma de dois números primos (6=3+3, 8=3+5, ...). Desconheço até que
ponto ela foi testada em computador. Sobre esse tópico, imperdível é a obra de ficção
de A. Doxiadis, 'Uncle Petros and Goldbach's Conjecture', Faber and Faber 2001.

Deixo para outra ocasião eventuais comentários sobre as curiosas extrapolações que
têm aparecido na praça sobre as leis da física.

Um grande abraço.

F. Watson


SUBJECT: coisa de fracote
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/11/2002 19:58

At 20:13 29/11/02 , you wrote:
>Se se fosse criar um filme tendo por protagonistas alguns "astros" do
>ciencialist, certamente o título seria:
>OS BRUTOS TAMBÉM PENSAM. Ou seria pensam que pensam?!... Ou não pensam...,
>ou se iludem..., melhor, ou se enganam?!!! a bom!, não sei não, decidam aí!
>Abraços
>Carlos Alberto



OH CARLOS...
NAO PRECISAMOS ENTRAR EM ANALISES LACANIANAS, PRA ENTENDER...

OS CARAS SAO FRACOTES, AMARELOS, ADOENTADOS...

TRANCADOS EM CASA... SE DEDICARAM A ESTUDAR...

A INTERNET VEIO DAR, ENFIM, VAZÃO À AGRESSIVIDADE CONTIDA.

ELES DÃO PORRADAS VERBAIS... COMO CHIUAUAS, DE DENTRO DOS CARROS, LATINDO
PRA PITBULLS AMARRADOS NOS PORTÕES.

FAZ PARTE.

SE REPRIMIRMOS... ELES NAO VAO MAIS PARTICIPAR DA LISTA.
ENTENDE?

ELES TAMBEM TEM DIREITO AA DIVERSAO OH PA.

L.E.


SUBJECT: Re: p/ Geraldo
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/11/2002 21:12


Oi Geraldo,

Se A implicar B por razões lógicas, então podemos ter
toda certeza que A implica B. Senão não haveria certeza
na matemática.

Geraldo: Logo e implica são operadores lógico linguísticos?

E eu vou saber? Vejo essas expressões como palavras da
língua portuguesa, só isso.

Geraldo: Certeza vem da lógica bivalente de Aristóteles, não?

Boiei geral. Não posso responder a sua pergunta. Não sei o
que é lógica bivalente de Aristóteles.

Abraços,

Guilherme



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SUBJECT: RUSGAS
FROM: "Carlos Alberto" <cfrued@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/11/2002 21:13

Se se fosse criar um filme tendo por protagonistas alguns "astros" do ciencialist, certamente o título seria:
OS BRUTOS TAMBÉM PENSAM. Ou seria pensam que pensam?!... Ou não pensam..., ou se iludem..., melhor, ou se enganam?!!! a bom!, não sei não, decidam aí!
Abraços
Carlos Alberto


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: O Olavo é chato...
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/11/2002 21:38


Olá...

Li algumas críticas ao Olavo de Carvalho, e discordo
da maioria delas. Os textos do Olavo são inteligentes e com
forte apelo à argumentação lógica. O que eu mais vejo
por aí são críticas à pessoa dele, e não argumentos
específicos sobre o assunto em si. Por outro lado,
vejo muito frequentemente nos textos do Olavo análises
cuidadosas dos conteúdos dos textos de outros articulistas,
e mostrando ao leitor, por argumentos lógicos (e simples)
toda a empulhação lá contida. Veja por exemplo o texto no site
http://www.olavodecarvalho.org/semana/11232002globo.htm ,
onde ele mostra de modo analítico a "performance" do
historiador americano Kenneth Maxwell. Outro exemplo são
seus ataques à Marilena Chauí, onde, para variar, também
exibe os pontos "obscuros" dos seus textos, de modo claro,
analítico e decisivo.

Abaixo, transcrevo um artigo do Olavo, um DESAFIO aberto
para todos os leitores da Folha de São Paulo. Leiam pelo menos
as três primeiras linhas, e ficará claro que o DESAFIO não
foi lançado por mim, mas por ele próprio, em carne e osso.

Assim, esta é uma ótima oportunidade para arrasar e reduzir
o Olavo de Carvalho a pó... não é irresistível?

Abraços,

Guilherme

RESUMO DA ENCRENCA

Olavo de Carvalho
Folha de São Paulo, 18 de novembro de 2002

Vou resumir, o mais didaticamente possível, alguns fatos que tenho
mencionado de maneira esparsa e algumas conclusões lógicas que eles
impõem. Se alguém for capaz de desmenti-los, por favor me escreva. Nada
me deixará mais feliz do que descobrir que me enganei, que as coisas
não são exatamente como as descrevo.

1. Desde 1990, o sr. Luís Inácio da Silva convocou e presidiu dez
congressos internacionais do Foro de São Paulo, destinadas a delinear
uma “unidade de ação” (sic) entre os partidos esquerdistas legais do
continente e organizações revolucionárias criminosas, como por exemplo
as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e o MIR chileno.

2. Esses encontros tiveram caráter decisório, como se nota pelo fato de
que ao final das assembléias emitiam “Resoluções” assinadas por todas
as entidades participantes. Nessas “Resoluções” encontram-se portanto
expressos os princípios da “unidade de ação”, tal como fixados a cada
passo.

3. Reunindo em algum lugar do continente dezenas de representantes das
entidades-membros, esses congressos foram trabalhosos e caros, não
constando que tenham tido nenhum patrocínio externo e sendo portanto
razoável concluir que foram custeados pelas próprias organizações
participantes. É manifesto que o dinheiro de entidades como as Farc e o
MIR vem de atividades ilícitas. As Farc são o principal fornecedor de
drogas ao traficante Fernandinho Beira-Mar, respondendo, segundo o
jornal “O Globo” de 14 de novembro, por 90 por cento da cocaína
distribuída no Brasil, enquanto o MIR é o acionista maior da indústria
latino-americana de seqüestros, que já teve entre suas inumeráveis
vítimas os brasileiros Washington Olivetto e Abílio Diniz.

4. Mesmo sem especular que os lucros dessas atividades criminosas
possam ter subsidiado por outras maneiras a atuação de quaisquer
partidos esquerdistas, a simples participação do MIR e das Farc no Foro
de São Paulo já basta para indicar que o dinheiro do crime subsidia a
política de esquerda no continente, pois não é concebível que somente
entidades pobres como o PPS ou o PSB tenham arcado com as despesas dos
encontros, poupando-se caridosamente as mais ricas. Afinal, nenhum
partido esquerdista tem os recursos das Farc, que, segundo dois livros
publicados na Colômbia (“As Finanças da Subversão Colombiana” do
jornalista Jesús E. La Rotta e “O Cartel das FARC”, do major Luis
Alberto Villamarín Pulido), são mais vastos que os de todas as forças
armadas latino-americanas juntas.


5. Vasconcelo Quadros escreveu na “Istoɔ de 1o. de março de 2002: “O
Brasil abriga uma rede clandestina de apoio às organizações
guerrilheiras internacionais que se utilizam de seqüestros, assaltos a
banco e tráfico de drogas”. Ao lado -- ou por cima -- dessa rede existe
uma outra, ostensiva e pública. Os partidos legais, sem participar
diretamente das ações do MIR, das Farc e de entidades congêneres, se
ocupam de encobri-las e legitimá-las, seja por meio da apologia
ostensiva das organizações criminosas que as empreendem, seja da
negação dogmática de qualquer envolvimento delas nessas ações, seja de
mobilizações da opinião pública para objetivos específicos em momentos
determinados. Exemplo da primeira forma de legitimação é o manifesto
assinado pela unanimidade do Foro de São Paulo em Havana, 7 de dezembro
de 2002 em defesa das Farc e contra o governo colombiano, ali chamado
de “terrorista”. Exemplo da segunda, as declarações do sr. Luís Inácio
da Silva em favor da completa inocência das Farc, nas quais ele apostou
sua reputação contra o peso das provas colhidas pelas autoridades
colombianas e brasileiras. Exemplo da terceira, a arregimentação maciça
do “beautiful people” esquerdista de São Paulo em defesa dos
seqüestradores de Abílio Diniz. Que essas três modalidades de
colaboração não tenham a menor conexão entre si é quase impensável, de
vez que seis dúzias de entidades não hão de se empenhar tão a fundo na
busca de uma “unidade de ação”, por doze anos, para depois atuar de
maneira anárquica e desconexa em ocasiões tão decisivas.
Nenhuma “unidade de ação” pode haver entre entidades legais e ilegais
que não consista numa colaboração entre a realidade do crime e a
aparência de legalidade -- ou até mesmo de moralidade superior.

6. Como fundador e principal dirigente do Foro de São Paulo, o sr. Luís
Inácio tem sido portanto um dos principais responsáveis pela simbiose
de esquerdismo e criminalidade na América Latina, e o fato de ter sido
eleito presidente, com todas as manifestações de lisonja alucinatória e
beatificante que se seguiram, não modifica em nada o seu passado.
Também não atenua em nada a força dos compromissos com a tal “unidade
de ação”, assumidos e reiterados em dez reuniões sucessivas, a últimas
delas em dezembro de 2001 -- data demasiado recente para que se possa
admitir que o cidadão “evoluiu” e mudou de idéia em prazo tão breve.

7. Reunindo tantas organizações, o Foro é a entidade política mais
poderosa do continente, e nenhuma ação local de qualquer delas pode ser
adequadamente compreendida sem referência à estratégia geral
da “unidade de ação”, que, nascida como mero desejo ou esperança em
1990, veio sendo progressivamente consolidada nos anos que se seguiram,
ao ponto de o próprio sr. Luís Inácio, no seu primeiro discurso após a
apuração dos votos, atribuir sua vitória eleitoral aos esforços não
somente de brasileiros, mas de “latino-americanos” em geral. Não sei se
o silêncio geral da mídia em torno de uma entidade tão importante é
indício de alienação mórbida ou de cumplicidade consciente. Mas sei que
foi proposital a omissão do assunto por parte de Ciro Gomes e Garotinho
nos debates eleitorais: os partidos de ambos são membros do Foro,
comprometidos com a mesma “unidade de ação”, e decerto é em nome desta
que os dois ex-candidatos já têm seus cargos prometidos no novo
governo, após uma eleição que, por ironia, vem sendo chamada “a mais
transparente de toda a nossa história”.

8. É patente que o sr. Luís Inácio Lula da Silva, por mais evoluído e
moderninho que o pretendam, ou por mais lindas intenções que alimente,
não poderá simplesmente jogar pela janela compromissos forjados ao
longo de doze anos de debates e resoluções. As Farc, afinal, já
mandaram para o outro mundo uma penca de socialistas e comunistas
refratários a colaborar com suas ações criminosas. Perdida sua
utilidade estratégica, um Lula a mais ou a menos não fará para elas a
menor diferença.


_________________________________________________________________
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SUBJECT: Teoria da Informação Quântica
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/11/2002 22:19

Depois de uma edição histórica com o Dossiê Tempo, a edição brasileira da Scientific American apresentou no mês passado um número relativamente fraco, pelo menos pra mim. Mas este mês, a revista volta com força total, repleta de notícias, artigos e informações superinteressantes [sem qualquer trocadilho com a concorrente ;-)], desde o bloco de notas, que apresenta algumas propostas feitas por físicos contemporâneos pra alterar a estrutura da teoria da relatividade geral, de modo a incorporar a distância de Planck como segunda constante, ao lado de c, até o dossiê sobre A História do Universo, com as mais recentes teorias e descobertas sobre a origem e evolução do universo, as novas provas a favor do Big Bang e os modelos alternativos propostos pra explicar o início de tudo.

Mas o que eu queria destacar é a matéria de Michel A. Nielsen, "Regras para um complexo mundo quântico", que faz um balanço de um novo ramo da física, a teoria da informação quântica, que combina a teoria da informação clássica, de Shannon e Weaver, com a mecânica quântica. Os projetos de computadores quânticos se apóiam inteiramente sobre essa teoria e foi graças a ela que se descobriu recentemente como teleportar estados quânticos [que foi noticiado com o auê habitual da mídia, que nunca sabe direito o que está falando e anunciou que tinha sido descoberto o teleporte de Jornada nas Estrelas....;-)]. Mas tudo isso é só a ponta do iceberg, as aplicações mais vistosas do ponto de vista do grande público. A grande promessa da teoria quântica da informação é encontrar uma maneira quantitativa de lidar com o emaranhamento quântico, fazendo dela a chave pra entender as misteriosas regras do mundo das partículas, que até agora vinham dando um olé nos físicos. Isso seria para a mecânica quântica um avanço equivalente ao que foi a formulação das leis da termodinâmica para a física clássica e confirmaria a intuição de Schrödinger, em 1935, de que o emaranhamento é "não um dos, mas *o* traço característico da mecânica quântica, aquele que nos obriga a abandonar inteiramente as linhas de pensamento clássicas."

Pra quem se interessa por essas questões e ainda não comprou a revista, reproduzo o Resumo da matéria, só pra dar água na boca:

* Informação não é algo de natureza puramente matemática. Ao contrário, ela sempre tem uma manifestação física. Na ciência da informação tradicional, essa concretude obedece às leis da física clássica, ou não quântica. O novíssimo campo da ciência da informação quântica traz a informação para um contexto quântico.

* O recurso básico da informação clássica é o bit, que é sempre, exclusivamente, ou 0 ou 1. As informações quânticas vêm em bits quânticos, ou qubits (pronunciado, em português, como "quiubits"). Qubits podem existir em sobreposições que envolvem simultaneamente 0 e 1, e grupos de qubits podem ser "emaranhados", o que cria entre eles correlações contra-intuitivas.

* Computadores quânticos que processam qubits, especialmente qubits emaranhados, podem manifestar um desempenho superior ao dos computadores clássicos em determinadas tarefas. O emaranhamento dos qubits se comporta como um recurso, similar à energia, que pode ser usado para realizar o processamento de informações quânticas.

* O objetivo da ciência da informação quântica é compreender os princípios gerais de alto nível que governam sistemas quânticos complexos, como computadores quânticos. Esses princípios se relacionam com as leis da mecânica quântica assim como a heurística, para um enxadrista habilidoso, está relacionada às regras básicas do jogo.

O resto, só lendo a revista. ;-)

Abs.
L.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: De Caetés ao Planalto, de Retirante a Presidente
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/11/2002 23:31



--- Em ciencialist@y..., André Roviralta Dias Baptista
> Não sei de onde tiraram essa bobagem que é preciso
> doutorado, diploma, para ser presidente.

>>Tiraram da tradicao brasileira da louvacao aos bachareis.

André:

Realmente não é necessário nenhum douturado pra ser presidente. A
Constituição é clara sobre isso.
Também não há demérito nenhum na instrução, conhecimento, cultura, num
mínimo de fluência verbal e mesmo usar de forma razoavelmente correta a
lingua portuguesa.
Se a instrução não é necessária, a ignorância não é boa alternativa.,

E o Pallossi será um bom presidente. Tem até humor....

silvio.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Teoria da Informação Quântica
FROM: Rodrigo Cunha <rnbc@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/11/2002 15:59

Olá!

Embora não conheça a nova "teoria da informação quantica" aqui vão
alguns comentários meus, visto que conheço a teoria da informação
(clássica? será?) razoávelmente.

"Informação não é algo de natureza puramente matemática. Ao contrário,
ela sempre tem uma manifestação física. Na ciência da informação
tradicional, essa concretude obedece às leis da física clássica, ou não
quântica. O novíssimo campo da ciência da informação quântica traz a
informação para um contexto quântico."

Foi a teoria da informação, juntamente com os trabalhos posteriormente
efectuados por Nyquist, que permitiram usar canais de transmissão com
erros na sua máxima capacidade e sistemas de processamento de sinais com
erros intrisecos duma forma fiável. A teoria da informação lida
intrisecamente com probabilidades. Não há nada de "clássico" nessa
teoria. Ela aplica-se a automatos finitos probabilistas duma forma
perfeitamente natural, sem necessidade de ser modificada.

"O recurso básico da informação clássica é o bit, que é sempre,
exclusivamente, ou 0 ou 1. As informações quânticas vêm em bits
quânticos, ou qubits (pronunciado, em português, como "quiubits").
Qubits podem existir em sobreposições que envolvem simultaneamente 0 e
1, e grupos de qubits podem ser "emaranhados", o que cria entre eles
correlações contra-intuitivas."

Quem escreveu isso nitidamente não conhece a teoria da informação, na
qual os estados são totalmente probabilistas. Um bit nesse contexto
matemático tem um significado bem diferente do usual em informática. Em
teoria da informação os bits são uma medida resultante de correlações de
probabilidades, não são 0 ou 1. Você pode muito bem transmitir 1.74 bits
a un receptor usando uma mensagem com 8 algarismos em base 2. Mais: a
informação transmitida depende do receptor da informação. A mesma
mensagem pode ser medida como sendo 3.1 bits por outro receptor. Como um
fisico diria: depende do observador...

"Computadores quânticos que processam qubits, especialmente qubits
emaranhados, podem manifestar um desempenho superior ao dos computadores
clássicos em determinadas tarefas. O emaranhamento dos qubits se
comporta como um recurso, similar à energia, que pode ser usado para
realizar o processamento de informações quânticas."

Computadores que processam usando qbits são de facto exponencialmente
mais rápidos nalgumas tarefas. Eles são formalmente quase equivalentes a
uma máquina de Turing (computador clássico determinista), e para efeitos
práticos pode-se falar em equivalencia total, mas algumas operações são
bem mais simples num computador probabilista, requerendo um numero
exponencialmente mais pequeno de passos. Quem quizer aprender um pouco
sobre o assunto pode dar uma olhada em algumas bibliotecas para a
linguagem Perl que simulam a operação dum computador quantico num
computador usual:

http://search.cpan.org/search?query=quantum&mode=all

Penso que com prática é bem fácil programar num computador quantico...
pena não haver nenhum :-)

> O resto, só lendo a revista. ;-)

Pelas passagens que você transcreveu fiquei sem vontade... :-)

Intés!



SUBJECT: Guilherme e a lógica????
FROM: "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/11/2002 16:59

Olá Guilherme!!!

<<Guilherme : Se A implicar B por razões lógicas, então podemos ter toda
certeza que A implica B. Senão não haveria certeza na matemática.>>

gemaba : Explica isso melhor pra mim? Como assim?
O que significa exatamente o operador lógico implica?
O que siginifica você dizer que A implica B?
De qual certeza matemática você se refere?

<<Geraldo: Logo e implica são operadores lógico linguísticos?>>
<<Guilherme : E eu vou saber? Vejo essas expressões como palavras da língua
portuguesa, só isso.>>

gemaba : Somente como palavras? Mas a salada
de palavras chamada de linguagem não é um
instrumento lógico? Implicar não é um operador
lógico que une duas formas gramaticais quaisquer?
Por exemplo, cogito ergo sun, você conhece essa
proposição, certo? Penso logo existo? Posso afirmar
Pensar implica em existir? O que significa eu dizer
pensar implicar em existir? Quer dizer que pra existir
deve-se pensar?

<< Geraldo: Certeza vem da lógica bivalente de Aristóteles, não?>>
<< Guilherme : Boiei geral. Não posso responder a sua pergunta. Não sei o
que é lógica bivalente de Aristóteles.>>

gemaba : Desculpe Guilherme, acho que devo ser
mais como disse meu caro agora amigo Sílvio Cordeiro,
devo ser mais lúdico. Desculpe, mas procurei o curso
de Filosofia aqui da UFMG de BH e no primeiro
periodo existe uma disciplica intitulada Lógica I,
no segundo periodo ela continua com o nome de
Lógica II. Essa lista acá é de Filosofia?

Saudações!!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br


Abraços,
Guilherme



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIA
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/11/2002 19:08

On 28 Nov 2002 at 18:24, silvio cordeiro wrote:

> A comida e' q. esta' em todo
> lugar das realizacoes humanas, ate' mesmo no sexo.

A brincadeira é muito boa. Serve para ilustrar algo interessante. Tanto faz
dizermos que a comida está em tudo o que é humano, até mesmo no
sexo, como que o sexo está em tudo o que é humano, até mesmo na
comida.

Como as duas afirmações servem, a gente podia seguir um pouco mais a
fundo.

Se as duas afirmações servem, é porque existe algo comum entre elas.
Creio que o que se pode notar é que o elemento compartilhado é o prazer.

O termo sexualidade, em Freud, significava prazer. Geralmente as pessoas
quando falam de sexo, pensam em órgãos genitais, orgasmo e ato sexual.

A pulsão sexual é o componente dinâmico e o que contém é prazer. Neste
caso o que está em todas esta funções biológicas é a versão psicológica
do prazer (sua representação e representantes representativos). Por ser o
fator comum que tudo influencia, Freud disse que existe um principio, ou
seja, algo básico e que rege ou influi em todas as funções. Chamou a esse
principio de principio do prazer. As tendências primarias todas são regidas
por este principio de funcionamento. O ego, como instancia encarregada
de, entre outras coisas, promover a adaptação do individuo, funciona
regulando o principio do prazer de tal modo que tenha em conta a
realidade do mundo que rodeia o individuo.

Chamou a esta prioridade de ego de ter em conta a realidade externa para
conseguir prazer, de principio de realidade.

Assim que não importa dizer que existe comida em tudo. É só uma
regressão primitiva da sexualidade a uma função mais básica. No entanto
ela pode presidir a função sexual ou mesmo intelectual (que se estiver
tingida de significações alimentarias, será regressão oral).

Se o prazer é o alivio, podemos até afirmar que o defecar está em tudo e
teremos talvez uma copranálise. Seria bastante cômico (regressão anal).

[ ]s

Marco Aurelio

























SUBJECT: Re: [ciencialist] O Olavo é chato...
FROM: "Elenice" <elemell@vant.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/11/2002 22:59

Creio que nesta lista deve haver um bom número de professores e peço a eles que me corrijam se eu
estiver errada, mas queixas sobre jovens que não se dão ao trabalho de pensar, e nem tem condições
para isso, são cada vez mais comuns nos meios docentes. Tenho visto pessoas mais velhas falando o
mesmo das gerações mais recentes, da falta de cultura geral e de um certo culto à superficialidade.
Da informação digerível e facilmente esquecida.

Um outro lado da moeda é a estória bem conhecida daquele estudante que qdo perguntado como
conseguiria descobrir a altura de um prédio com um bastão encontrou 3 maneiras diferentes e não
convencionais de o fazer, sendo uma delas chamar o síndico e propor a troca da informação pelo
bastão. Indagado se não sabia qual seria a maneira correta de fazer a medição ele responde que sim,
apenas estava cansado de ter de restringir-se a procedimentos padrão qdo há saídas mais criativas e
que não são incentivadas a serem usadas.
De certa forma, nós, como povo, não correlacionamos fatos em grande escala a não ser que um
jornalista os apresente em uma reportagem (daí vira unanimidade nacional), não temos perspectiva
histórica nem de acontecimentos recentes e nos deixamos conduzir docilmente pela mídia. Qdo esta
mídia fala em um tom monocórdio, a tendência é aceitarmos tudo que nos enfiam goela abaixo como
verdade. Por esse motivo uma voz dissonante tem um valor incrível, pois pelo menos ela é um
chamamento para uma melhor análise dos fatos, nem que seja para confirmar que o nosso ângulo de
visão realmente está correto.
Mas não gostamos qdo alguém vem cutucar a estabilidade das nossas convicções. É incômodo.
Quando se debate Olavo de Carvalho, vejo reações fortíssimas ao que ele diz, mas poucos ressaltam
que ele atualmente é um dos poucos pensadores fora da linha padrão apresentada ao público.
E acho interessante este tema ter surgido (embora alguns ironizem ser o homem a salvação da lista)
pois para mim homogeneização do pensamento leva a estagnação do conhecimento, à falta de
criatividade.
Acho importante notar que os fatos apresentados não são contestados, talvez até por inapetência de
pesquisar todos os dados que ele expõe. Mas todas as vezes que saí da minha preguiça, achei as
referências que ele menciona. Portanto, se posso assumir que ele usa fatos reais, assumo que as
críticas sejam dirigidas a sua forma de juntá-los e interpretá-los.
Devo confessar que até pouco tempo atrás eu o consideraria apenas mais uma daquelas figuras
paranóicas que enxergam motivações ocultas em tudo. Porém já não posso ser assim tão convicta
depois de observar o resultado de quatro anos de governo petista no RS e a profunda ideologização a
que setores importantes como Educação e Segurança foram submetidos, ao mesmo tempo em que movimentos
"sociais" com treinamento em guerrilha foram amplamente apoiados e valorizados.

E considero lamentável que os meios de comunicação estejam restringindo cada vez mais a oportunidade
do público entrar em contato com as idéias diferenciadas. Episódios como a demissão do Olavo da
Época (no ano passado) e de Mendelsky da Rádio Gaúcha (semana passada) consolidam aquilo que se
chama de patrulhamento ideológico.

Abraços,
Elenice Mello.


----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, November 29, 2002 9:38 PM
Subject: [ciencialist] O Olavo é chato...



Olá...

Li algumas críticas ao Olavo de Carvalho, e discordo
da maioria delas. Os textos do Olavo são inteligentes e com
forte apelo à argumentação lógica. O que eu mais vejo
por aí são críticas à pessoa dele, e não argumentos
específicos sobre o assunto em si. Por outro lado,
vejo muito frequentemente nos textos do Olavo análises
cuidadosas dos conteúdos dos textos de outros articulistas,
e mostrando ao leitor, por argumentos lógicos (e simples)
toda a empulhação lá contida. Veja por exemplo o texto no site
http://www.olavodecarvalho.org/semana/11232002globo.htm ,
onde ele mostra de modo analítico a "performance" do
historiador americano Kenneth Maxwell. Outro exemplo são
seus ataques à Marilena Chauí, onde, para variar, também
exibe os pontos "obscuros" dos seus textos, de modo claro,
analítico e decisivo.

Abaixo, transcrevo um artigo do Olavo, um DESAFIO aberto
para todos os leitores da Folha de São Paulo. Leiam pelo menos
as três primeiras linhas, e ficará claro que o DESAFIO não
foi lançado por mim, mas por ele próprio, em carne e osso.

Assim, esta é uma ótima oportunidade para arrasar e reduzir
o Olavo de Carvalho a pó... não é irresistível?

Abraços,

Guilherme

RESUMO DA ENCRENCA

Olavo de Carvalho
Folha de São Paulo, 18 de novembro de 2002

Vou resumir, o mais didaticamente possível, alguns fatos que tenho
mencionado de maneira esparsa e algumas conclusões lógicas que eles
impõem. Se alguém for capaz de desmenti-los, por favor me escreva. Nada
me deixará mais feliz do que descobrir que me enganei, que as coisas
não são exatamente como as descrevo.

1. Desde 1990, o sr. Luís Inácio da Silva convocou e presidiu dez
congressos internacionais do Foro de São Paulo, destinadas a delinear
uma "unidade de ação" (sic) entre os partidos esquerdistas legais do
continente e organizações revolucionárias criminosas, como por exemplo
as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e o MIR chileno.

2. Esses encontros tiveram caráter decisório, como se nota pelo fato de
que ao final das assembléias emitiam "Resoluções" assinadas por todas
as entidades participantes. Nessas "Resoluções" encontram-se portanto
expressos os princípios da "unidade de ação", tal como fixados a cada
passo.

3. Reunindo em algum lugar do continente dezenas de representantes das
entidades-membros, esses congressos foram trabalhosos e caros, não
constando que tenham tido nenhum patrocínio externo e sendo portanto
razoável concluir que foram custeados pelas próprias organizações
participantes. É manifesto que o dinheiro de entidades como as Farc e o
MIR vem de atividades ilícitas. As Farc são o principal fornecedor de
drogas ao traficante Fernandinho Beira-Mar, respondendo, segundo o
jornal "O Globo" de 14 de novembro, por 90 por cento da cocaína
distribuída no Brasil, enquanto o MIR é o acionista maior da indústria
latino-americana de seqüestros, que já teve entre suas inumeráveis
vítimas os brasileiros Washington Olivetto e Abílio Diniz.

4. Mesmo sem especular que os lucros dessas atividades criminosas
possam ter subsidiado por outras maneiras a atuação de quaisquer
partidos esquerdistas, a simples participação do MIR e das Farc no Foro
de São Paulo já basta para indicar que o dinheiro do crime subsidia a
política de esquerda no continente, pois não é concebível que somente
entidades pobres como o PPS ou o PSB tenham arcado com as despesas dos
encontros, poupando-se caridosamente as mais ricas. Afinal, nenhum
partido esquerdista tem os recursos das Farc, que, segundo dois livros
publicados na Colômbia ("As Finanças da Subversão Colombiana" do
jornalista Jesús E. La Rotta e "O Cartel das FARC", do major Luis
Alberto Villamarín Pulido), são mais vastos que os de todas as forças
armadas latino-americanas juntas.


5. Vasconcelo Quadros escreveu na "IstoÉ" de 1o. de março de 2002: "O
Brasil abriga uma rede clandestina de apoio às organizações
guerrilheiras internacionais que se utilizam de seqüestros, assaltos a
banco e tráfico de drogas". Ao lado -- ou por cima -- dessa rede existe
uma outra, ostensiva e pública. Os partidos legais, sem participar
diretamente das ações do MIR, das Farc e de entidades congêneres, se
ocupam de encobri-las e legitimá-las, seja por meio da apologia
ostensiva das organizações criminosas que as empreendem, seja da
negação dogmática de qualquer envolvimento delas nessas ações, seja de
mobilizações da opinião pública para objetivos específicos em momentos
determinados. Exemplo da primeira forma de legitimação é o manifesto
assinado pela unanimidade do Foro de São Paulo em Havana, 7 de dezembro
de 2002 em defesa das Farc e contra o governo colombiano, ali chamado
de "terrorista". Exemplo da segunda, as declarações do sr. Luís Inácio
da Silva em favor da completa inocência das Farc, nas quais ele apostou
sua reputação contra o peso das provas colhidas pelas autoridades
colombianas e brasileiras. Exemplo da terceira, a arregimentação maciça
do "beautiful people" esquerdista de São Paulo em defesa dos
seqüestradores de Abílio Diniz. Que essas três modalidades de
colaboração não tenham a menor conexão entre si é quase impensável, de
vez que seis dúzias de entidades não hão de se empenhar tão a fundo na
busca de uma "unidade de ação", por doze anos, para depois atuar de
maneira anárquica e desconexa em ocasiões tão decisivas.
Nenhuma "unidade de ação" pode haver entre entidades legais e ilegais
que não consista numa colaboração entre a realidade do crime e a
aparência de legalidade -- ou até mesmo de moralidade superior.

6. Como fundador e principal dirigente do Foro de São Paulo, o sr. Luís
Inácio tem sido portanto um dos principais responsáveis pela simbiose
de esquerdismo e criminalidade na América Latina, e o fato de ter sido
eleito presidente, com todas as manifestações de lisonja alucinatória e
beatificante que se seguiram, não modifica em nada o seu passado.
Também não atenua em nada a força dos compromissos com a tal "unidade
de ação", assumidos e reiterados em dez reuniões sucessivas, a últimas
delas em dezembro de 2001 -- data demasiado recente para que se possa
admitir que o cidadão "evoluiu" e mudou de idéia em prazo tão breve.

7. Reunindo tantas organizações, o Foro é a entidade política mais
poderosa do continente, e nenhuma ação local de qualquer delas pode ser
adequadamente compreendida sem referência à estratégia geral
da "unidade de ação", que, nascida como mero desejo ou esperança em
1990, veio sendo progressivamente consolidada nos anos que se seguiram,
ao ponto de o próprio sr. Luís Inácio, no seu primeiro discurso após a
apuração dos votos, atribuir sua vitória eleitoral aos esforços não
somente de brasileiros, mas de "latino-americanos" em geral. Não sei se
o silêncio geral da mídia em torno de uma entidade tão importante é
indício de alienação mórbida ou de cumplicidade consciente. Mas sei que
foi proposital a omissão do assunto por parte de Ciro Gomes e Garotinho
nos debates eleitorais: os partidos de ambos são membros do Foro,
comprometidos com a mesma "unidade de ação", e decerto é em nome desta
que os dois ex-candidatos já têm seus cargos prometidos no novo
governo, após uma eleição que, por ironia, vem sendo chamada "a mais
transparente de toda a nossa história".

8. É patente que o sr. Luís Inácio Lula da Silva, por mais evoluído e
moderninho que o pretendam, ou por mais lindas intenções que alimente,
não poderá simplesmente jogar pela janela compromissos forjados ao
longo de doze anos de debates e resoluções. As Farc, afinal, já
mandaram para o outro mundo uma penca de socialistas e comunistas
refratários a colaborar com suas ações criminosas. Perdida sua
utilidade estratégica, um Lula a mais ou a menos não fará para elas a
menor diferença.


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SUBJECT: Após a tempestade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/12/2002 00:13

Olá a todos

Passada a tempestade, sinto-me na obrigação de comparacer à Ciencialist,
nem que seja pela última vez, para tecer algumas considerações sobre o
episódio do qual fui um dos protagonistas.

Em primeiro lugar, sinto ter sido grosseiro com o Alexandre e, pelo que pude
constatar nesse breve período de recato, quero crer que ele não merecia ser
o pivô de meu desabafo; pois a minha revolta assentava-se numa insatisfação
por ver que a lista de discussão, da qual sempre me orgulhei em ser membro
participante ativo, estava lentamente e de maneira quase irreversível
caminhando para a obsolescência, conforme afirmei em uma das mensagens de
26/11/02. É possível que eu esteja errado, mas quero crer que o Alexandre em
nada colaborou para esse mal entrópico. Fui injusto sim, reconheço.

Em segundo lugar, gostaria de agradecer a todos os que se solidarizaram
comigo nesse momento difícil que atravessei, em especial à Lígia, ao Lúcio e
ao Manuel. Digno de nota foi o fato deles terem me defendido, sem em
nenhum momento terem agredido o Alexandre. E quero crer que o Alexandre,
embora merecesse talvez até mais atitudes de solidariedade do que as que me
foram dispensadas, não teve a mesma sorte. Pelo contrário, houve até mesmo
quem se aproveitou dele, utilizou-se dele com a única finalidade de me
agredir.

Sim Alexandre, você foi utilizado da maneira mais vil possível. Eu não
costumo dizer que "o que vem de baixo não me atinge", pois sei que o que vem
do esgoto também vem de baixo e fede, e fede muito. Sob certos aspectos nós
dois fomos alvo deste cheiro repugnante.

Isto de fato não importa, pois tudo já passou. Mas eu ainda estou
sensibilizado com a sua última mensagem. Em especial com o seu lamento no
que diz respeito a sua não aceitação num mundo hipotético e idealmente
perfeito. Esse mundo não existe! Os mundos que existem são principalmente
dois: aquele de onde você diz que veio, e que hoje não mais o aceita, e
aquele onde hoje estamos condenados a viver, e de onde dificilmente
conseguiremos sair. Esse mundo tem seus altos e seus baixos, suas alegrias e
suas tristezas, tem o aroma da flor e o fedor do esgoto... Esse mundo tem a
Lígia, o Lúcio, o Manuel e tantos outros, que nos aceitam como nós somos e
não como eles gostariam que nós fôssemos. E isso é o que nos basta.

Quem sou eu para lhe dar conselhos? Digo apenas que não espere muito de mim;
não me supervalorize, pois embora eu seja enfático em minhas colocações, na
realidade eu sou todo dúvidas e quando entrei na Ciencialist o fiz muito
mais no sentido de aprender do que de ensinar. Aqui aprendi, dentre outras
coisas, que é expondo o que pensamos com ênfase que encontramos adversários
a altura a contestarem nossos argumentos, até mesmo a nos derrubarem, e com
isso aprendemos ainda mais. E é esta a Ciencialist que gosto e que vejo hoje
estar agonizando.

Não espere perfeição onde ela não existe. Eu sou todo falhas, cometo
injustiças, imprudências e tudo o mais; mas gostaria que você entendesse que
até mesmo no lodo crescem belas flores; e em sua última mensagem você
demonstra ser um exemplo concreto disso, a comprovar que eu não estou
faltando com a verdade.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: O Olavo é chato...
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/12/2002 00:51

--- Em ciencialist@y..., "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@h...> escreveu
>
> Olá...
>
> Li algumas críticas ao Olavo de Carvalho, e discordo
> da maioria delas. Os textos do Olavo são inteligentes e com
> forte apelo à argumentação lógica.

Como por exemplo... que existe um complo mundial de ateus para
massacrar os catolicos e disseminar o ateismo? Que a revolucao
francesa e karl marx e o PT fazem parte desse mesmo complo?

Digamos que Olavo e a perfeita contrapartida de direita dos
dinossauros da esquerda que ele tanto "denuncia". Os dinossauros
estao extintos. Grande novidade (embora alguns fosseis insistam em
perambular por ai).

[]'s

Andre






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: P/ Medeiros
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/12/2002 02:00

Mas eu não estou pegando no seu pé! Estou pegando no pé no Mesquita, que,
tenho certeza, é muito pior do que o seu... :o))

[ ]s


Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quinta-feira, 28 de Novembro de 2002 07:28
Assunto: [ciencialist] Re: P/ Medeiros


--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> Para: <ciencialist@y...>
> Enviada em: Quarta-feira, 27 de Novembro de 2002 16:33
> Assunto: [ciencialist] P/ Medeiros
>
>
> > Ahahahahahah... o Álvaro, tá... olha: qualquer um que tenha boa
> > vontade de argumentar com o Alberto é bem vindo. Você é quem está
> > prevenido e essa sua frase diz tudo!
>
> Não entendi. Talvez você possa explicar melhor. No momento imagino
que você
> mesma não siga suas recomendações.


Você é legal também, Alvaro. Seu problema é que você pega no meu
pé... reparou que eu não digo mais uma palavra sobre misticismo?

Bisous, Lígia






SUBJECT: Re: [ciencialist] Brigas (administrador)
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/12/2002 02:02

Por quê?

[ ]s

Alvaro Augusto

> Algo precisa ser feito no sentido de restabelecer a seriedade e a
sanidade
> do grupo.
>
>
> Estou passando os olhos nas mensagens e percebi algumas brigas.
>
> Vamos parar com isso.
>
>
> Ateh




SUBJECT: Re: [ciencialist] O Olavo é chato...
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/12/2002 02:20

O Olavo foi demitido da Época? Por que ninguém me avisou? Eu adorava a
coluna humorística dele, que lia toda vez que ia ao dentista...

Patrulhamento ideológico? Ora, pois! Isso é coisa da ditadura, que já
quedou morta há decênios. O cidadão Olavo Carvalho hoje em dia tem um
website e uma newsletter que deve atingir mais gente do que conseguia a
revista Época. Todas as colunas dele estão lá. Isso sem falar que ele
continua assolando o Glogo, a Folha e São Paulo e o Zero Hora. Curioso você
não ter mencionado isso. Não se encaixa na conspiração? Vamos acordar,
gente! Isso aqui é a era da informação e ninguém mais patrulha ninguém!
Caso contrário, não havera sites ensinando como construir a bomba
atômica...

É também curioso que essa geração desinformada de hoje em dia tenha
conseguido construir a internet e decifrar o genôma de vários organismos,
coisa que as gerações do passado, educadas na base do latim, do grego e da
filosofia, não conseguiram! "Ah que saudades dos tempos de outrora", não é
mesmo?

[ ]s

Alvaro Augusto


>
> E considero lamentável que os meios de comunicação estejam restringindo
cada vez mais a oportunidade
> do público entrar em contato com as idéias diferenciadas. Episódios como
a demissão do Olavo da
> Época (no ano passado) e de Mendelsky da Rádio Gaúcha (semana passada)
consolidam aquilo que se
> chama de patrulhamento ideológico.
>
> Abraços,
> Elenice Mello.
>
>




SUBJECT: Fw: Capilaridade
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/12/2002 05:18

Mensagem estranha não?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: José Renna Neto
Para: Luiz Ferraz Netto
Cc: Vera Lucia Rodrigues
Enviada em: sexta-feira, 29 de novembro de 2002 14:08
Assunto: Capilaridade


Prezado Prof. Luiz Ferraz Neto,

Meu nome é José Renna Neto, sou Gerente Industrial da empresa DBK do Brasil.
Somos fabricantes de aparelhos elétricos e refís inseticidas que levam as marcas Baygon, Rodasol e SBP.

Um de nossos produtos mais populares é o aparelho elétrico que trabalha em conjunto com um refil líquido de 45 ml de volume e que dura aproximadamente 45 noites de 8 horas cada.

Este refil utiliza uma cerâmica com 25% de porosidade, que em contato com o líquido, serve como meio de transferência até o calefator do aparelho que fica na parte superior.

O princípio físico utilizado é o da capilaridade.

Estamos desenvolvendo uma nova versão deste produto e gostariamos de, na medida do possível, agendar uma reunião com V.Sa., onde poderiamos apresentar detalhes do projeto bem como procurar esclarecer certos fatos relativos à capilaridade que temos observado em nossos testes laboratoriais.
Meu telefone para contato é 0xx11- 5681-8046.

No aguardo de seu retorno,

Atenciosamente,

J.Renna
DBK



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: motores universais
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/12/2002 05:19

Será que estou tendo mais 'penetração' que os fabricantes nacionais de motores?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Almeida Ferreira
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sábado, 30 de novembro de 2002 02:10
Assunto: motores universais


Boa tarde
A CGE- Ceara Geradora Eletrica SA é uma empresa brasileira, constituida para fazer um investimento em usinas de geração de energia para o plano emergencial e instalou 130 MW no Ceara e em que 50% das ações são de um grupo portugues o qual pretende investir no Brasil numa fabrica de eletrodomesticos portateis tipo secadores de cabelo, aspiradores, maquinas de cortar grama e furadeiras.
Na produção destes equipamentos em Portugal utilizamos motores universais e motores "share poles".
Gostaria de saber se me pode informar onde eu posso recolher informações sobre eventuais fabricantes destes motores aqui no Brasil e caso não existam fabricantes credenciados e certificados teremos de partir para a fabricação própria destes motores e para tal gostaria de lhe solicitar informação sobre se há no Brasil fabricantes de componentes para estes motores como por exemplo:
-escovas em grafite
-coletores
-chapa magnética cortada
-casquilhos sinterizados de bronze ou de ferro
-poliester ou nomex isolante( cartão isolante)

Muito grato por qualquer informação que me possa facultar e parabéns pela sua página na net.
Armando de Almeida Ferreira


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: completamente off-toppic
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <noosfera@yahoogrupos.com.br>, <existencialismo@yahoogrupos.com.br>, <a_gora@yahoogrupos.com.br>, <a_busca@yahoogrupos.com.br>, Acrópolis <acropolis@yahoogrupos.com.br>
CC: "Paulo 2 Cordeiro" <paucor@terra.com.br>, "Elisabeth" <bebeth_a@terra.com.br>
DATE: 01/12/2002 11:23

Utilidade pública:

Caso algum integrande da lista vá integrar a equipe do novo governo ou
mesmo comparecer a alguma cerimônia,
chegará no Rio do dia 4 de dezembro Messiê Pierrot que é o maior
especialista francês de bigodes , cavalhaques, barbas dos mais diversos
tipos e estilos, apliques, perucas personalizadas e em estilos inclusive
afro e tipo Hitler, para os ligeiramente calvos como o do Sr. Porta Voz,
tudo, obviamente artificial mas de muito bom gosto.
O jornal "The Globe" publiciará an~uncio com mais detalhes.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Olavo é chato...
FROM: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/12/2002 12:22

Elenice:

Por favor, não coloque o Rogério Mendelsky nessa conversa!! Numa lista que
discute ciência não!!!!
Todas as vezes que escutei seu programa ele falava mal do PT e dissertava
sobre o óbvio, como por exemplo
"é uma barbaridade que crimes horrendos como esse ocorram em nossa cidade.
Nossos governantes precisam com urgência tomar medidas drásticas contra
esses bandidos que tiram a segurança dos cidadãos honestos"
sério????
A vida de nenhum cidadão do RS foi melhor devido a esses comentários
geniais.

Ele nunca disse nada criativo em toda sua carreira, nenhum comentarista
ligado à RBS dissse, por sinal.
O fato de falar coisas para gerar polêmica não significa que isso traga
reflexão. Qualquer um é capaz de gerar polêmica. Agora, gerar "polêmica
construtiva" é outra coisa. Chega de valorizar pessoas só porque elas
"tiveram a coragem de desafiar a ordem vigente", ainda que com argumentos
estapafúrdios.

isso até o Bin Laden fez...

abraço,

Clarissa Czekster







----- Original Message -----
From: "Elenice" <elemell@vant.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, November 30, 2002 10:59 PM
Subject: Re: [ciencialist] O Olavo é chato...


> Creio que nesta lista deve haver um bom número de professores e peço a
eles que me corrijam se eu
> estiver errada, mas queixas sobre jovens que não se dão ao trabalho de
pensar, e nem tem condições
> para isso, são cada vez mais comuns nos meios docentes. Tenho visto
pessoas mais velhas falando o
> mesmo das gerações mais recentes, da falta de cultura geral e de um certo
culto à superficialidade.
> Da informação digerível e facilmente esquecida.
>
> Um outro lado da moeda é a estória bem conhecida daquele estudante que qdo
perguntado como
> conseguiria descobrir a altura de um prédio com um bastão encontrou 3
maneiras diferentes e não
> convencionais de o fazer, sendo uma delas chamar o síndico e propor a
troca da informação pelo
> bastão. Indagado se não sabia qual seria a maneira correta de fazer a
medição ele responde que sim,
> apenas estava cansado de ter de restringir-se a procedimentos padrão qdo
há saídas mais criativas e
> que não são incentivadas a serem usadas.
> De certa forma, nós, como povo, não correlacionamos fatos em grande
escala a não ser que um
> jornalista os apresente em uma reportagem (daí vira unanimidade nacional),
não temos perspectiva
> histórica nem de acontecimentos recentes e nos deixamos conduzir
docilmente pela mídia. Qdo esta
> mídia fala em um tom monocórdio, a tendência é aceitarmos tudo que nos
enfiam goela abaixo como
> verdade. Por esse motivo uma voz dissonante tem um valor incrível, pois
pelo menos ela é um
> chamamento para uma melhor análise dos fatos, nem que seja para confirmar
que o nosso ângulo de
> visão realmente está correto.
> Mas não gostamos qdo alguém vem cutucar a estabilidade das nossas
convicções. É incômodo.
> Quando se debate Olavo de Carvalho, vejo reações fortíssimas ao que ele
diz, mas poucos ressaltam
> que ele atualmente é um dos poucos pensadores fora da linha padrão
apresentada ao público.
> E acho interessante este tema ter surgido (embora alguns ironizem ser o
homem a salvação da lista)
> pois para mim homogeneização do pensamento leva a estagnação do
conhecimento, à falta de
> criatividade.
> Acho importante notar que os fatos apresentados não são contestados,
talvez até por inapetência de
> pesquisar todos os dados que ele expõe. Mas todas as vezes que saí da
minha preguiça, achei as
> referências que ele menciona. Portanto, se posso assumir que ele usa fatos
reais, assumo que as
> críticas sejam dirigidas a sua forma de juntá-los e interpretá-los.
> Devo confessar que até pouco tempo atrás eu o consideraria apenas mais uma
daquelas figuras
> paranóicas que enxergam motivações ocultas em tudo. Porém já não posso
ser assim tão convicta
> depois de observar o resultado de quatro anos de governo petista no RS e a
profunda ideologização a
> que setores importantes como Educação e Segurança foram submetidos, ao
mesmo tempo em que movimentos
> "sociais" com treinamento em guerrilha foram amplamente apoiados e
valorizados.
>
> E considero lamentável que os meios de comunicação estejam restringindo
cada vez mais a oportunidade
> do público entrar em contato com as idéias diferenciadas. Episódios como a
demissão do Olavo da
> Época (no ano passado) e de Mendelsky da Rádio Gaúcha (semana passada)
consolidam aquilo que se
> chama de patrulhamento ideológico.
>
> Abraços,
> Elenice Mello.
>
>
> ----- Original Message -----
> From: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Friday, November 29, 2002 9:38 PM
> Subject: [ciencialist] O Olavo é chato...
>
>
>
> Olá...
>
> Li algumas críticas ao Olavo de Carvalho, e discordo
> da maioria delas. Os textos do Olavo são inteligentes e com
> forte apelo à argumentação lógica. O que eu mais vejo
> por aí são críticas à pessoa dele, e não argumentos
> específicos sobre o assunto em si. Por outro lado,
> vejo muito frequentemente nos textos do Olavo análises
> cuidadosas dos conteúdos dos textos de outros articulistas,
> e mostrando ao leitor, por argumentos lógicos (e simples)
> toda a empulhação lá contida. Veja por exemplo o texto no site
> http://www.olavodecarvalho.org/semana/11232002globo.htm ,
> onde ele mostra de modo analítico a "performance" do
> historiador americano Kenneth Maxwell. Outro exemplo são
> seus ataques à Marilena Chauí, onde, para variar, também
> exibe os pontos "obscuros" dos seus textos, de modo claro,
> analítico e decisivo.
>
> Abaixo, transcrevo um artigo do Olavo, um DESAFIO aberto
> para todos os leitores da Folha de São Paulo. Leiam pelo menos
> as três primeiras linhas, e ficará claro que o DESAFIO não
> foi lançado por mim, mas por ele próprio, em carne e osso.
>
> Assim, esta é uma ótima oportunidade para arrasar e reduzir
> o Olavo de Carvalho a pó... não é irresistível?
>
> Abraços,
>
> Guilherme
>
> RESUMO DA ENCRENCA
>
> Olavo de Carvalho
> Folha de São Paulo, 18 de novembro de 2002
>
> Vou resumir, o mais didaticamente possível, alguns fatos que tenho
> mencionado de maneira esparsa e algumas conclusões lógicas que eles
> impõem. Se alguém for capaz de desmenti-los, por favor me escreva. Nada
> me deixará mais feliz do que descobrir que me enganei, que as coisas
> não são exatamente como as descrevo.
>
> 1. Desde 1990, o sr. Luís Inácio da Silva convocou e presidiu dez
> congressos internacionais do Foro de São Paulo, destinadas a delinear
> uma "unidade de ação" (sic) entre os partidos esquerdistas legais do
> continente e organizações revolucionárias criminosas, como por exemplo
> as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e o MIR chileno.
>
> 2. Esses encontros tiveram caráter decisório, como se nota pelo fato de
> que ao final das assembléias emitiam "Resoluções" assinadas por todas
> as entidades participantes. Nessas "Resoluções" encontram-se portanto
> expressos os princípios da "unidade de ação", tal como fixados a cada
> passo.
>
> 3. Reunindo em algum lugar do continente dezenas de representantes das
> entidades-membros, esses congressos foram trabalhosos e caros, não
> constando que tenham tido nenhum patrocínio externo e sendo portanto
> razoável concluir que foram custeados pelas próprias organizações
> participantes. É manifesto que o dinheiro de entidades como as Farc e o
> MIR vem de atividades ilícitas. As Farc são o principal fornecedor de
> drogas ao traficante Fernandinho Beira-Mar, respondendo, segundo o
> jornal "O Globo" de 14 de novembro, por 90 por cento da cocaína
> distribuída no Brasil, enquanto o MIR é o acionista maior da indústria
> latino-americana de seqüestros, que já teve entre suas inumeráveis
> vítimas os brasileiros Washington Olivetto e Abílio Diniz.
>
> 4. Mesmo sem especular que os lucros dessas atividades criminosas
> possam ter subsidiado por outras maneiras a atuação de quaisquer
> partidos esquerdistas, a simples participação do MIR e das Farc no Foro
> de São Paulo já basta para indicar que o dinheiro do crime subsidia a
> política de esquerda no continente, pois não é concebível que somente
> entidades pobres como o PPS ou o PSB tenham arcado com as despesas dos
> encontros, poupando-se caridosamente as mais ricas. Afinal, nenhum
> partido esquerdista tem os recursos das Farc, que, segundo dois livros
> publicados na Colômbia ("As Finanças da Subversão Colombiana" do
> jornalista Jesús E. La Rotta e "O Cartel das FARC", do major Luis
> Alberto Villamarín Pulido), são mais vastos que os de todas as forças
> armadas latino-americanas juntas.
>
>
> 5. Vasconcelo Quadros escreveu na "IstoÉ" de 1o. de março de 2002: "O
> Brasil abriga uma rede clandestina de apoio às organizações
> guerrilheiras internacionais que se utilizam de seqüestros, assaltos a
> banco e tráfico de drogas". Ao lado -- ou por cima -- dessa rede existe
> uma outra, ostensiva e pública. Os partidos legais, sem participar
> diretamente das ações do MIR, das Farc e de entidades congêneres, se
> ocupam de encobri-las e legitimá-las, seja por meio da apologia
> ostensiva das organizações criminosas que as empreendem, seja da
> negação dogmática de qualquer envolvimento delas nessas ações, seja de
> mobilizações da opinião pública para objetivos específicos em momentos
> determinados. Exemplo da primeira forma de legitimação é o manifesto
> assinado pela unanimidade do Foro de São Paulo em Havana, 7 de dezembro
> de 2002 em defesa das Farc e contra o governo colombiano, ali chamado
> de "terrorista". Exemplo da segunda, as declarações do sr. Luís Inácio
> da Silva em favor da completa inocência das Farc, nas quais ele apostou
> sua reputação contra o peso das provas colhidas pelas autoridades
> colombianas e brasileiras. Exemplo da terceira, a arregimentação maciça
> do "beautiful people" esquerdista de São Paulo em defesa dos
> seqüestradores de Abílio Diniz. Que essas três modalidades de
> colaboração não tenham a menor conexão entre si é quase impensável, de
> vez que seis dúzias de entidades não hão de se empenhar tão a fundo na
> busca de uma "unidade de ação", por doze anos, para depois atuar de
> maneira anárquica e desconexa em ocasiões tão decisivas.
> Nenhuma "unidade de ação" pode haver entre entidades legais e ilegais
> que não consista numa colaboração entre a realidade do crime e a
> aparência de legalidade -- ou até mesmo de moralidade superior.
>
> 6. Como fundador e principal dirigente do Foro de São Paulo, o sr. Luís
> Inácio tem sido portanto um dos principais responsáveis pela simbiose
> de esquerdismo e criminalidade na América Latina, e o fato de ter sido
> eleito presidente, com todas as manifestações de lisonja alucinatória e
> beatificante que se seguiram, não modifica em nada o seu passado.
> Também não atenua em nada a força dos compromissos com a tal "unidade
> de ação", assumidos e reiterados em dez reuniões sucessivas, a últimas
> delas em dezembro de 2001 -- data demasiado recente para que se possa
> admitir que o cidadão "evoluiu" e mudou de idéia em prazo tão breve.
>
> 7. Reunindo tantas organizações, o Foro é a entidade política mais
> poderosa do continente, e nenhuma ação local de qualquer delas pode ser
> adequadamente compreendida sem referência à estratégia geral
> da "unidade de ação", que, nascida como mero desejo ou esperança em
> 1990, veio sendo progressivamente consolidada nos anos que se seguiram,
> ao ponto de o próprio sr. Luís Inácio, no seu primeiro discurso após a
> apuração dos votos, atribuir sua vitória eleitoral aos esforços não
> somente de brasileiros, mas de "latino-americanos" em geral. Não sei se
> o silêncio geral da mídia em torno de uma entidade tão importante é
> indício de alienação mórbida ou de cumplicidade consciente. Mas sei que
> foi proposital a omissão do assunto por parte de Ciro Gomes e Garotinho
> nos debates eleitorais: os partidos de ambos são membros do Foro,
> comprometidos com a mesma "unidade de ação", e decerto é em nome desta
> que os dois ex-candidatos já têm seus cargos prometidos no novo
> governo, após uma eleição que, por ironia, vem sendo chamada "a mais
> transparente de toda a nossa história".
>
> 8. É patente que o sr. Luís Inácio Lula da Silva, por mais evoluído e
> moderninho que o pretendam, ou por mais lindas intenções que alimente,
> não poderá simplesmente jogar pela janela compromissos forjados ao
> longo de doze anos de debates e resoluções. As Farc, afinal, já
> mandaram para o outro mundo uma penca de socialistas e comunistas
> refratários a colaborar com suas ações criminosas. Perdida sua
> utilidade estratégica, um Lula a mais ou a menos não fará para elas a
> menor diferença.
>
>
> _________________________________________________________________
> MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Olavo é chato...
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/12/2002 12:33

Olá Clarissa,

Assino embaixo do que você disse.

[ ]s

Alvaro Augusto

> Chega de valorizar pessoas só porque elas
> "tiveram a coragem de desafiar a ordem vigente", ainda que com argumentos
> estapafúrdios.
>
> isso até o Bin Laden fez...
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Após a tempestade
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/12/2002 12:52

Caro Mario Sanchez,

Estou sensibilizado com a sua mensagem. Quase chorei. Mas quem disse que a
tempestade passou? Quem disse que, enquanto você e eu estivermos no mesmo
grupo, alguma tempestade poderá passar? A não ser que, é claro, você
abandone essa fúria insana que nutre pela academia de onde foi
defenestrado. Mas isso é exigir demais ...

A Ciencialist está agonizando? Talvez. Nada dura para sempre. Seria
irrealístico supor que uma lista de ciências pudesse durar indefinidamente,
especialmente com tão poucos cientistas nela. E a cada vez que leio essas
mensagens vindas de cérebros fossilizados, sempre a gritar "bolcheviques!",
lembro-me que o esforço não vale a pena. A vida é curta e eu tenho mais o
que fazer. Assim, a vontade que tenho é de abandonar a Ciencialist mais uma
vez, mas não o farei, pois prometi a um dos membros que resistiria
bravamente contra todos os ataques das força do mal. E já se vão cinco
meses!


[ ]s

Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 1 de Dezembro de 2002 00:13
Assunto: [ciencialist] Após a tempestade


> Olá a todos
>
> Passada a tempestade, sinto-me na obrigação de comparacer à Ciencialist,
> nem que seja pela última vez, para tecer algumas considerações sobre o
> episódio do qual fui um dos protagonistas.
>
> Em primeiro lugar, sinto ter sido grosseiro com o Alexandre e, pelo que
pude
> constatar nesse breve período de recato, quero crer que ele não merecia
ser
> o pivô de meu desabafo; pois a minha revolta assentava-se numa
insatisfação
> por ver que a lista de discussão, da qual sempre me orgulhei em ser
membro
> participante ativo, estava lentamente e de maneira quase irreversível
> caminhando para a obsolescência, conforme afirmei em uma das mensagens de
> 26/11/02. É possível que eu esteja errado, mas quero crer que o Alexandre
em
> nada colaborou para esse mal entrópico. Fui injusto sim, reconheço.
>
> Em segundo lugar, gostaria de agradecer a todos os que se solidarizaram
> comigo nesse momento difícil que atravessei, em especial à Lígia, ao
Lúcio e
> ao Manuel. Digno de nota foi o fato deles terem me defendido, sem em
> nenhum momento terem agredido o Alexandre. E quero crer que o Alexandre,
> embora merecesse talvez até mais atitudes de solidariedade do que as que
me
> foram dispensadas, não teve a mesma sorte. Pelo contrário, houve até
mesmo
> quem se aproveitou dele, utilizou-se dele com a única finalidade de me
> agredir.
>
> Sim Alexandre, você foi utilizado da maneira mais vil possível. Eu não
> costumo dizer que "o que vem de baixo não me atinge", pois sei que o que
vem
> do esgoto também vem de baixo e fede, e fede muito. Sob certos aspectos
nós
> dois fomos alvo deste cheiro repugnante.
>
> Isto de fato não importa, pois tudo já passou. Mas eu ainda estou
> sensibilizado com a sua última mensagem. Em especial com o seu lamento no
> que diz respeito a sua não aceitação num mundo hipotético e idealmente
> perfeito. Esse mundo não existe! Os mundos que existem são principalmente
> dois: aquele de onde você diz que veio, e que hoje não mais o aceita, e
> aquele onde hoje estamos condenados a viver, e de onde dificilmente
> conseguiremos sair. Esse mundo tem seus altos e seus baixos, suas
alegrias e
> suas tristezas, tem o aroma da flor e o fedor do esgoto... Esse mundo tem
a
> Lígia, o Lúcio, o Manuel e tantos outros, que nos aceitam como nós somos
e
> não como eles gostariam que nós fôssemos. E isso é o que nos basta.
>
> Quem sou eu para lhe dar conselhos? Digo apenas que não espere muito de
mim;
> não me supervalorize, pois embora eu seja enfático em minhas colocações,
na
> realidade eu sou todo dúvidas e quando entrei na Ciencialist o fiz muito
> mais no sentido de aprender do que de ensinar. Aqui aprendi, dentre
outras
> coisas, que é expondo o que pensamos com ênfase que encontramos
adversários
> a altura a contestarem nossos argumentos, até mesmo a nos derrubarem, e
com
> isso aprendemos ainda mais. E é esta a Ciencialist que gosto e que vejo
hoje
> estar agonizando.
>
> Não espere perfeição onde ela não existe. Eu sou todo falhas, cometo
> injustiças, imprudências e tudo o mais; mas gostaria que você entendesse
que
> até mesmo no lodo crescem belas flores; e em sua última mensagem você
> demonstra ser um exemplo concreto disso, a comprovar que eu não estou
> faltando com a verdade.
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIA
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/12/2002 15:12

On 28 Nov 2002 at 21:14, Manuel Bulcão wrote:

> É o que podemos chamar de panutricionismo, né? Bem diferente
> da psicanálise, pois Freud jamais defendeu o pansexualismo ou que o
> modo do ser humano é a pulsão sexual.

Oi Manuel.

Vc. tem razão. As pessoas pensam que toda imensa obra de S. Freud está
sustentada por um alicerce em que se vê vaginas, penis, coitos e
orgasmos por toda parte.

Creio que um grande erro nesse tal de pan-nutricionismo é o fato de
pensar que a comida move o ser humano. Dificilmente algo que não seja a
propria pessoa poderia mover todo o um mundo motivacional.

Os produtos gerados pelo pan-sexualismo seriam secreções e órgãos. As
secreções e produtos sexuais (esperma, mucos cervicais e vaginais, fetos,
etc.) motivariam tudo. É estranho pensar assim. No caso do pan-
nutricionismo, não seria só ver comida. Seria ver bocas e digestões em
toda parte. Creio que a comida é insignificante. Em todo caso, qceitaria que
seria o apetite. Então já entraríamos no mundo do prazer e a comida
perderia este significado preponderante.

A brincadeira do pan-nutricionismo é altamente didática para esclarecer a
falacia do pan-sexualismo.
Amplexos

Marco Aurelio












SUBJECT: Re: O Olavo é chato...
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/12/2002 15:31

--- Em ciencialist@y..., "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@h...> escreveu

Guilherme: Li algumas críticas ao Olavo de Carvalho, e discordo da
maioria delas. Os textos do Olavo são inteligentes e com forte apelo
à argumentação lógica.

Manuel: Os textos do Olavo são de um excelente escritor, é de se
reconhecer isso. Quanto às críticas que ele faz ao pensamento de
esquerda, não são novidades e nem mesmo são mais duras e lúcidas que
as críticas da própria esquerda: as de Trotsky ao Stalinismo, as dos
anarquistas ao comunismo, as dos socialistas democráticos à esquerda
revolucionária (em suma, a auto-crítica de um pensamento vivo que não
é incólume às vicissitudes da prática política).

O que há de original na crítica olaviana é a demonização. Para tanto,
ele procede do seguinte modo: a) primeiro, faz um arranjo do que há
de pior (os erros históricos e os pontos fracos) em todas as
correntes da esquerda; b) em seguida, ele personaliza esse 'joio', ou
seja, com esse amálgama de erros e fraquezas ele constrói um mito
odiento, uma figura absolutamente maligna por ele cognominado de "O
Intelectual de Esquerda"; c) por fim, ele reduz todos os intelectuais
e políticos de esquerda, não importando a corrente em que eles se
filiam, a essa abstração por ele montada.

O delírio persecutório evidencia-se em suas demonstrações de que não
há diversidade na esquerda, ou seja, de que Kim Il Sung, Fidel
Castro, Lula, FHC, Schoreder e até mesmo Bill Clinton não passam de
sombras desse "Intelectual de Esquerda" cujo projeto político é um
coletivismo de formiga aniquilador da individualidade humana.

Como crítico do socialismo e dos intelectuais de esquerda, o Sr.
Olavo de Carvalho é um excelente autor de ficção barata: ele sabe
como ninguém elaborar tramas rocambolescas, personagens
unidimensionais e sem profundidade psicológica, caricaturas, vilões,
fantoches de uma maldade ventríloqua.

Guilherme: O que mais vejo por aí são críticas à pessoa dele, e não
argumentos específicos sobre o assunto em si.

Manuel: Ora, mas é o Sr. Olavo que mais se vale de argumentum ad
hominem e de xingamentos! Seus textos, principalmente os
jornalísticos, estão repletos de termos tais
como 'idiotas', 'imbecis', etc. Contra Marx, ele não se cansa de
lembrar que o teórico maior do socialismo comeu a empregada e não
reconheceu o filho, como se isso fosse argumento...

Ademais, afirmações ululantemente absurdas não se contesta com contra-
argumentos, pois seria como dar murros em fantasmas. Nestes casos, só
nos resta fazer o diagnóstico.

[]s,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: O Olavo é chato.../Adendo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/12/2002 15:44

Oi,

Em minha mensagem anterior, onde se lê:

"O que há de original na crítica olaviana é a demonização."

Leia-se:

"O que há de original na crítica olaviana é a caricaturização, a
generalização e a demonização."

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Olavo é chato...
FROM: "Elenice" <elemell@vant.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/12/2002 19:40


Seria mais curioso ainda tentar saber mais sobre a jovem geração de hoje em dia que criou a Internet
na década de 60 do século passado.:-)
Talvez esteja havendo uma confusão entre uso, criação e entendimento. Para usar tecnologia basta
saber os controles, não é necessário saber como funciona e nem inventar nada.
O saudosismo dos bons tempos de outrora só é possível para quem os viveu, não é meu caso. Apenas
comentei que a diversidade de idéias é necessária para se formar senso-crítico. Mas talvez fosse
interessante viver em uma época, qualquer que fosse, em que as pessoas a tentassem ler o que um
texto diz, ao invés de interpretar e adivinhar.
[]s,
Elenice Mello



----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, December 01, 2002 2:20 AM
Subject: Re: [ciencialist] O Olavo é chato...
....

É também curioso que essa geração desinformada de hoje em dia tenha
conseguido construir a internet e decifrar o genôma de vários organismos,
coisa que as gerações do passado, educadas na base do latim, do grego e da
filosofia, não conseguiram! "Ah que saudades dos tempos de outrora", não é
mesmo?

[ ]s

Alvaro Augusto







SUBJECT: Re: [ciencialist] O Olavo é chato...
FROM: "Elenice" <elemell@vant.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/12/2002 20:18

Clarissa, não vou discutir o Mendelsky ou mesmo aquilo que ele advoga. Tudo o que ele é ou
representa não vem ao caso e sim o fato de ter sido despedido por seu discurso não se alinhar com o
governo federal agora eleito. Foi um corte à uma voz discordante.
Se esta voz tem ou não valor, cabe a cada um discernir, por moto-próprio. Censurá-las de antemão,
apenas por não concordarem com uma orientação política ou a um critério de utilidade, é um arbítrio.
Mesmo comentários do gênero de queixa como vc disse que escutava devem ter seu valor perante uma
enorme verba publicitária para construção de imagens, como os governos costumam ter. Desde a II
Guerra Mundial ninguém mais nega a influência de campanhas publicitárias bem feitas, diretas ou não,
na mudança de valores humanos. Deixar que apenas uma corrente de pensamento se expresse é um convite
ao direcionamento desses valores.
Comparar um jornalista, ou filósofo, que usa apenas as palavras e idéias como argumento de sua
causa, com um terrorista, que notadamente usa violência sem argumentos, é outro arbítrio.
[]s,
Elenice.

----- Original Message -----
From: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, December 01, 2002 12:22 PM
Subject: Re: [ciencialist] O Olavo é chato...


Elenice:

Por favor, não coloque o Rogério Mendelsky nessa conversa!! Numa lista que
discute ciência não!!!!
Todas as vezes que escutei seu programa ele falava mal do PT e dissertava
sobre o óbvio, como por exemplo
"é uma barbaridade que crimes horrendos como esse ocorram em nossa cidade.
Nossos governantes precisam com urgência tomar medidas drásticas contra
esses bandidos que tiram a segurança dos cidadãos honestos"
sério????
A vida de nenhum cidadão do RS foi melhor devido a esses comentários
geniais.

Ele nunca disse nada criativo em toda sua carreira, nenhum comentarista
ligado à RBS dissse, por sinal.
O fato de falar coisas para gerar polêmica não significa que isso traga
reflexão. Qualquer um é capaz de gerar polêmica. Agora, gerar "polêmica
construtiva" é outra coisa. Chega de valorizar pessoas só porque elas
"tiveram a coragem de desafiar a ordem vigente", ainda que com argumentos
estapafúrdios.

isso até o Bin Laden fez...

abraço,

Clarissa Czekster







----- Original Message -----
From: "Elenice" <elemell@vant.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, November 30, 2002 10:59 PM
Subject: Re: [ciencialist] O Olavo é chato...


> Creio que nesta lista deve haver um bom número de professores e peço a
eles que me corrijam se eu
> estiver errada, mas queixas sobre jovens que não se dão ao trabalho de
pensar, e nem tem condições
> para isso, são cada vez mais comuns nos meios docentes. Tenho visto
pessoas mais velhas falando o
> mesmo das gerações mais recentes, da falta de cultura geral e de um certo
culto à superficialidade.
> Da informação digerível e facilmente esquecida.
>
> Um outro lado da moeda é a estória bem conhecida daquele estudante que qdo
perguntado como
> conseguiria descobrir a altura de um prédio com um bastão encontrou 3
maneiras diferentes e não
> convencionais de o fazer, sendo uma delas chamar o síndico e propor a
troca da informação pelo
> bastão. Indagado se não sabia qual seria a maneira correta de fazer a
medição ele responde que sim,
> apenas estava cansado de ter de restringir-se a procedimentos padrão qdo
há saídas mais criativas e
> que não são incentivadas a serem usadas.
> De certa forma, nós, como povo, não correlacionamos fatos em grande
escala a não ser que um
> jornalista os apresente em uma reportagem (daí vira unanimidade nacional),
não temos perspectiva
> histórica nem de acontecimentos recentes e nos deixamos conduzir
docilmente pela mídia. Qdo esta
> mídia fala em um tom monocórdio, a tendência é aceitarmos tudo que nos
enfiam goela abaixo como
> verdade. Por esse motivo uma voz dissonante tem um valor incrível, pois
pelo menos ela é um
> chamamento para uma melhor análise dos fatos, nem que seja para confirmar
que o nosso ângulo de
> visão realmente está correto.
> Mas não gostamos qdo alguém vem cutucar a estabilidade das nossas
convicções. É incômodo.
> Quando se debate Olavo de Carvalho, vejo reações fortíssimas ao que ele
diz, mas poucos ressaltam
> que ele atualmente é um dos poucos pensadores fora da linha padrão
apresentada ao público.
> E acho interessante este tema ter surgido (embora alguns ironizem ser o
homem a salvação da lista)
> pois para mim homogeneização do pensamento leva a estagnação do
conhecimento, à falta de
> criatividade.
> Acho importante notar que os fatos apresentados não são contestados,
talvez até por inapetência de
> pesquisar todos os dados que ele expõe. Mas todas as vezes que saí da
minha preguiça, achei as
> referências que ele menciona. Portanto, se posso assumir que ele usa fatos
reais, assumo que as
> críticas sejam dirigidas a sua forma de juntá-los e interpretá-los.
> Devo confessar que até pouco tempo atrás eu o consideraria apenas mais uma
daquelas figuras
> paranóicas que enxergam motivações ocultas em tudo. Porém já não posso
ser assim tão convicta
> depois de observar o resultado de quatro anos de governo petista no RS e a
profunda ideologização a
> que setores importantes como Educação e Segurança foram submetidos, ao
mesmo tempo em que movimentos
> "sociais" com treinamento em guerrilha foram amplamente apoiados e
valorizados.
>
> E considero lamentável que os meios de comunicação estejam restringindo
cada vez mais a oportunidade
> do público entrar em contato com as idéias diferenciadas. Episódios como a
demissão do Olavo da
> Época (no ano passado) e de Mendelsky da Rádio Gaúcha (semana passada)
consolidam aquilo que se
> chama de patrulhamento ideológico.
>
> Abraços,
> Elenice Mello.
>
>
> ----- Original Message -----
> From: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Friday, November 29, 2002 9:38 PM
> Subject: [ciencialist] O Olavo é chato...
>
>
>
> Olá...
>
> Li algumas críticas ao Olavo de Carvalho, e discordo
> da maioria delas. Os textos do Olavo são inteligentes e com
> forte apelo à argumentação lógica. O que eu mais vejo
> por aí são críticas à pessoa dele, e não argumentos
> específicos sobre o assunto em si. Por outro lado,
> vejo muito frequentemente nos textos do Olavo análises
> cuidadosas dos conteúdos dos textos de outros articulistas,
> e mostrando ao leitor, por argumentos lógicos (e simples)
> toda a empulhação lá contida. Veja por exemplo o texto no site
> http://www.olavodecarvalho.org/semana/11232002globo.htm ,
> onde ele mostra de modo analítico a "performance" do
> historiador americano Kenneth Maxwell. Outro exemplo são
> seus ataques à Marilena Chauí, onde, para variar, também
> exibe os pontos "obscuros" dos seus textos, de modo claro,
> analítico e decisivo.
>
> Abaixo, transcrevo um artigo do Olavo, um DESAFIO aberto
> para todos os leitores da Folha de São Paulo. Leiam pelo menos
> as três primeiras linhas, e ficará claro que o DESAFIO não
> foi lançado por mim, mas por ele próprio, em carne e osso.
>
> Assim, esta é uma ótima oportunidade para arrasar e reduzir
> o Olavo de Carvalho a pó... não é irresistível?
>
> Abraços,
>
> Guilherme
>
> RESUMO DA ENCRENCA
>
> Olavo de Carvalho
> Folha de São Paulo, 18 de novembro de 2002
>
> Vou resumir, o mais didaticamente possível, alguns fatos que tenho
> mencionado de maneira esparsa e algumas conclusões lógicas que eles
> impõem. Se alguém for capaz de desmenti-los, por favor me escreva. Nada
> me deixará mais feliz do que descobrir que me enganei, que as coisas
> não são exatamente como as descrevo.
>
> 1. Desde 1990, o sr. Luís Inácio da Silva convocou e presidiu dez
> congressos internacionais do Foro de São Paulo, destinadas a delinear
> uma "unidade de ação" (sic) entre os partidos esquerdistas legais do
> continente e organizações revolucionárias criminosas, como por exemplo
> as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e o MIR chileno.
>
> 2. Esses encontros tiveram caráter decisório, como se nota pelo fato de
> que ao final das assembléias emitiam "Resoluções" assinadas por todas
> as entidades participantes. Nessas "Resoluções" encontram-se portanto
> expressos os princípios da "unidade de ação", tal como fixados a cada
> passo.
>
> 3. Reunindo em algum lugar do continente dezenas de representantes das
> entidades-membros, esses congressos foram trabalhosos e caros, não
> constando que tenham tido nenhum patrocínio externo e sendo portanto
> razoável concluir que foram custeados pelas próprias organizações
> participantes. É manifesto que o dinheiro de entidades como as Farc e o
> MIR vem de atividades ilícitas. As Farc são o principal fornecedor de
> drogas ao traficante Fernandinho Beira-Mar, respondendo, segundo o
> jornal "O Globo" de 14 de novembro, por 90 por cento da cocaína
> distribuída no Brasil, enquanto o MIR é o acionista maior da indústria
> latino-americana de seqüestros, que já teve entre suas inumeráveis
> vítimas os brasileiros Washington Olivetto e Abílio Diniz.
>
> 4. Mesmo sem especular que os lucros dessas atividades criminosas
> possam ter subsidiado por outras maneiras a atuação de quaisquer
> partidos esquerdistas, a simples participação do MIR e das Farc no Foro
> de São Paulo já basta para indicar que o dinheiro do crime subsidia a
> política de esquerda no continente, pois não é concebível que somente
> entidades pobres como o PPS ou o PSB tenham arcado com as despesas dos
> encontros, poupando-se caridosamente as mais ricas. Afinal, nenhum
> partido esquerdista tem os recursos das Farc, que, segundo dois livros
> publicados na Colômbia ("As Finanças da Subversão Colombiana" do
> jornalista Jesús E. La Rotta e "O Cartel das FARC", do major Luis
> Alberto Villamarín Pulido), são mais vastos que os de todas as forças
> armadas latino-americanas juntas.
>
>
> 5. Vasconcelo Quadros escreveu na "IstoÉ" de 1o. de março de 2002: "O
> Brasil abriga uma rede clandestina de apoio às organizações
> guerrilheiras internacionais que se utilizam de seqüestros, assaltos a
> banco e tráfico de drogas". Ao lado -- ou por cima -- dessa rede existe
> uma outra, ostensiva e pública. Os partidos legais, sem participar
> diretamente das ações do MIR, das Farc e de entidades congêneres, se
> ocupam de encobri-las e legitimá-las, seja por meio da apologia
> ostensiva das organizações criminosas que as empreendem, seja da
> negação dogmática de qualquer envolvimento delas nessas ações, seja de
> mobilizações da opinião pública para objetivos específicos em momentos
> determinados. Exemplo da primeira forma de legitimação é o manifesto
> assinado pela unanimidade do Foro de São Paulo em Havana, 7 de dezembro
> de 2002 em defesa das Farc e contra o governo colombiano, ali chamado
> de "terrorista". Exemplo da segunda, as declarações do sr. Luís Inácio
> da Silva em favor da completa inocência das Farc, nas quais ele apostou
> sua reputação contra o peso das provas colhidas pelas autoridades
> colombianas e brasileiras. Exemplo da terceira, a arregimentação maciça
> do "beautiful people" esquerdista de São Paulo em defesa dos
> seqüestradores de Abílio Diniz. Que essas três modalidades de
> colaboração não tenham a menor conexão entre si é quase impensável, de
> vez que seis dúzias de entidades não hão de se empenhar tão a fundo na
> busca de uma "unidade de ação", por doze anos, para depois atuar de
> maneira anárquica e desconexa em ocasiões tão decisivas.
> Nenhuma "unidade de ação" pode haver entre entidades legais e ilegais
> que não consista numa colaboração entre a realidade do crime e a
> aparência de legalidade -- ou até mesmo de moralidade superior.
>
> 6. Como fundador e principal dirigente do Foro de São Paulo, o sr. Luís
> Inácio tem sido portanto um dos principais responsáveis pela simbiose
> de esquerdismo e criminalidade na América Latina, e o fato de ter sido
> eleito presidente, com todas as manifestações de lisonja alucinatória e
> beatificante que se seguiram, não modifica em nada o seu passado.
> Também não atenua em nada a força dos compromissos com a tal "unidade
> de ação", assumidos e reiterados em dez reuniões sucessivas, a últimas
> delas em dezembro de 2001 -- data demasiado recente para que se possa
> admitir que o cidadão "evoluiu" e mudou de idéia em prazo tão breve.
>
> 7. Reunindo tantas organizações, o Foro é a entidade política mais
> poderosa do continente, e nenhuma ação local de qualquer delas pode ser
> adequadamente compreendida sem referência à estratégia geral
> da "unidade de ação", que, nascida como mero desejo ou esperança em
> 1990, veio sendo progressivamente consolidada nos anos que se seguiram,
> ao ponto de o próprio sr. Luís Inácio, no seu primeiro discurso após a
> apuração dos votos, atribuir sua vitória eleitoral aos esforços não
> somente de brasileiros, mas de "latino-americanos" em geral. Não sei se
> o silêncio geral da mídia em torno de uma entidade tão importante é
> indício de alienação mórbida ou de cumplicidade consciente. Mas sei que
> foi proposital a omissão do assunto por parte de Ciro Gomes e Garotinho
> nos debates eleitorais: os partidos de ambos são membros do Foro,
> comprometidos com a mesma "unidade de ação", e decerto é em nome desta
> que os dois ex-candidatos já têm seus cargos prometidos no novo
> governo, após uma eleição que, por ironia, vem sendo chamada "a mais
> transparente de toda a nossa história".
>
> 8. É patente que o sr. Luís Inácio Lula da Silva, por mais evoluído e
> moderninho que o pretendam, ou por mais lindas intenções que alimente,
> não poderá simplesmente jogar pela janela compromissos forjados ao
> longo de doze anos de debates e resoluções. As Farc, afinal, já
> mandaram para o outro mundo uma penca de socialistas e comunistas
> refratários a colaborar com suas ações criminosas. Perdida sua
> utilidade estratégica, um Lula a mais ou a menos não fará para elas a
> menor diferença.
>
>
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http://br.yahoo.com/info/utos.html
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SUBJECT: Re: [ciencialist] O Olavo é chato...
FROM: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/12/2002 21:31

Elenice
Não estou defendendo este ou aquele partido, não correlacionei o mendelsky e
seus discursos contra o governo federal, até porque ele já está muito bem
empregado e agora tem um programa de (pasme) 3 horas na rádio pampa... ou
seja, não se pode dizer que "sua voz foi calada". Não sei pq ele foi
demitido, mas não acho que tenha algo a ver com isso.

Acredito que nós devessemos escolher melhor quem valorizar e que a imprensa
não ajuda muito, valorizando quase sempre aqueles que dizem as coisas mais
estúpidas e mais "fáceis" de engolir pela maioria das pessoas. Quando houve
aqui em Porto Alegre a votação pela aprovação ou veto do projeto das
queimadas (que tornaria a prática das queimadas atividade legal em nosso
estado) eu estive na assembléia legislativa e conversei com diversos colonos
que defendiam a queimada apenas porque não tinham dinheiro para um método
mais ecológico. Esse dia me marcou, sou estudante de biologia e não tinha
noção de que toda aquela pesquisa que a gente fazia na universidade não
chegava nem perto das fazendas desses colonos, que tinham que recorrer a um
retrocesso desses para sustentar suas famílias. A imprensa deveria servir
para unir o meio acadêmico e "a vida real", para divulgar coisas realmente
importantes e trazer à tona discussões relevantes. Isso sim tornaria nossa
vida melhor; ouvir alguém no rádio, tv ou jornais reclamando da vida só
deixará as coisas como estão ou ainda pior.

mais uma coisa

Todos os governos se utilizam de propaganda desde tempos imemoriais, isso
não é coisa do PT, é só perguntar para qualquer publicitário: de nada
adianta ser o melhor governante do mundo se não houver autopromoção; não
adianta nada fazer uma boa ação se ninguém for ficar sabendo.




----- Original Message -----
From: "Elenice" <elemell@vant.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, December 01, 2002 8:18 PM
Subject: Re: [ciencialist] O Olavo é chato...


> Clarissa, não vou discutir o Mendelsky ou mesmo aquilo que ele advoga.
Tudo o que ele é ou
> representa não vem ao caso e sim o fato de ter sido despedido por seu
discurso não se alinhar com o
> governo federal agora eleito. Foi um corte à uma voz discordante.
> Se esta voz tem ou não valor, cabe a cada um discernir, por moto-próprio.
Censurá-las de antemão,
> apenas por não concordarem com uma orientação política ou a um critério de
utilidade, é um arbítrio.
> Mesmo comentários do gênero de queixa como vc disse que escutava devem ter
seu valor perante uma
> enorme verba publicitária para construção de imagens, como os governos
costumam ter. Desde a II
> Guerra Mundial ninguém mais nega a influência de campanhas publicitárias
bem feitas, diretas ou não,
> na mudança de valores humanos. Deixar que apenas uma corrente de
pensamento se expresse é um convite
> ao direcionamento desses valores.
> Comparar um jornalista, ou filósofo, que usa apenas as palavras e idéias
como argumento de sua
> causa, com um terrorista, que notadamente usa violência sem argumentos, é
outro arbítrio.
> []s,
> Elenice.
>
> ----- Original Message -----
> From: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Sunday, December 01, 2002 12:22 PM
> Subject: Re: [ciencialist] O Olavo é chato...
>
>
> Elenice:
>
> Por favor, não coloque o Rogério Mendelsky nessa conversa!! Numa lista que
> discute ciência não!!!!
> Todas as vezes que escutei seu programa ele falava mal do PT e dissertava
> sobre o óbvio, como por exemplo
> "é uma barbaridade que crimes horrendos como esse ocorram em nossa cidade.
> Nossos governantes precisam com urgência tomar medidas drásticas contra
> esses bandidos que tiram a segurança dos cidadãos honestos"
> sério????
> A vida de nenhum cidadão do RS foi melhor devido a esses comentários
> geniais.
>
> Ele nunca disse nada criativo em toda sua carreira, nenhum comentarista
> ligado à RBS dissse, por sinal.
> O fato de falar coisas para gerar polêmica não significa que isso traga
> reflexão. Qualquer um é capaz de gerar polêmica. Agora, gerar "polêmica
> construtiva" é outra coisa. Chega de valorizar pessoas só porque elas
> "tiveram a coragem de desafiar a ordem vigente", ainda que com argumentos
> estapafúrdios.
>
> isso até o Bin Laden fez...
>
> abraço,
>
> Clarissa Czekster
>
>
>
>
>
>
>
> ----- Original Message -----
> From: "Elenice" <elemell@vant.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Saturday, November 30, 2002 10:59 PM
> Subject: Re: [ciencialist] O Olavo é chato...
>
>
> > Creio que nesta lista deve haver um bom número de professores e peço a
> eles que me corrijam se eu
> > estiver errada, mas queixas sobre jovens que não se dão ao trabalho de
> pensar, e nem tem condições
> > para isso, são cada vez mais comuns nos meios docentes. Tenho visto
> pessoas mais velhas falando o
> > mesmo das gerações mais recentes, da falta de cultura geral e de um
certo
> culto à superficialidade.
> > Da informação digerível e facilmente esquecida.
> >
> > Um outro lado da moeda é a estória bem conhecida daquele estudante que
qdo
> perguntado como
> > conseguiria descobrir a altura de um prédio com um bastão encontrou 3
> maneiras diferentes e não
> > convencionais de o fazer, sendo uma delas chamar o síndico e propor a
> troca da informação pelo
> > bastão. Indagado se não sabia qual seria a maneira correta de fazer a
> medição ele responde que sim,
> > apenas estava cansado de ter de restringir-se a procedimentos padrão qdo
> há saídas mais criativas e
> > que não são incentivadas a serem usadas.
> > De certa forma, nós, como povo, não correlacionamos fatos em grande
> escala a não ser que um
> > jornalista os apresente em uma reportagem (daí vira unanimidade
nacional),
> não temos perspectiva
> > histórica nem de acontecimentos recentes e nos deixamos conduzir
> docilmente pela mídia. Qdo esta
> > mídia fala em um tom monocórdio, a tendência é aceitarmos tudo que nos
> enfiam goela abaixo como
> > verdade. Por esse motivo uma voz dissonante tem um valor incrível, pois
> pelo menos ela é um
> > chamamento para uma melhor análise dos fatos, nem que seja para
confirmar
> que o nosso ângulo de
> > visão realmente está correto.
> > Mas não gostamos qdo alguém vem cutucar a estabilidade das nossas
> convicções. É incômodo.
> > Quando se debate Olavo de Carvalho, vejo reações fortíssimas ao que ele
> diz, mas poucos ressaltam
> > que ele atualmente é um dos poucos pensadores fora da linha padrão
> apresentada ao público.
> > E acho interessante este tema ter surgido (embora alguns ironizem ser o
> homem a salvação da lista)
> > pois para mim homogeneização do pensamento leva a estagnação do
> conhecimento, à falta de
> > criatividade.
> > Acho importante notar que os fatos apresentados não são contestados,
> talvez até por inapetência de
> > pesquisar todos os dados que ele expõe. Mas todas as vezes que saí da
> minha preguiça, achei as
> > referências que ele menciona. Portanto, se posso assumir que ele usa
fatos
> reais, assumo que as
> > críticas sejam dirigidas a sua forma de juntá-los e interpretá-los.
> > Devo confessar que até pouco tempo atrás eu o consideraria apenas mais
uma
> daquelas figuras
> > paranóicas que enxergam motivações ocultas em tudo. Porém já não posso
> ser assim tão convicta
> > depois de observar o resultado de quatro anos de governo petista no RS e
a
> profunda ideologização a
> > que setores importantes como Educação e Segurança foram submetidos, ao
> mesmo tempo em que movimentos
> > "sociais" com treinamento em guerrilha foram amplamente apoiados e
> valorizados.
> >
> > E considero lamentável que os meios de comunicação estejam restringindo
> cada vez mais a oportunidade
> > do público entrar em contato com as idéias diferenciadas. Episódios como
a
> demissão do Olavo da
> > Época (no ano passado) e de Mendelsky da Rádio Gaúcha (semana passada)
> consolidam aquilo que se
> > chama de patrulhamento ideológico.
> >
> > Abraços,
> > Elenice Mello.
> >
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
> > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Sent: Friday, November 29, 2002 9:38 PM
> > Subject: [ciencialist] O Olavo é chato...
> >
> >
> >
> > Olá...
> >
> > Li algumas críticas ao Olavo de Carvalho, e discordo
> > da maioria delas. Os textos do Olavo são inteligentes e com
> > forte apelo à argumentação lógica. O que eu mais vejo
> > por aí são críticas à pessoa dele, e não argumentos
> > específicos sobre o assunto em si. Por outro lado,
> > vejo muito frequentemente nos textos do Olavo análises
> > cuidadosas dos conteúdos dos textos de outros articulistas,
> > e mostrando ao leitor, por argumentos lógicos (e simples)
> > toda a empulhação lá contida. Veja por exemplo o texto no site
> > http://www.olavodecarvalho.org/semana/11232002globo.htm ,
> > onde ele mostra de modo analítico a "performance" do
> > historiador americano Kenneth Maxwell. Outro exemplo são
> > seus ataques à Marilena Chauí, onde, para variar, também
> > exibe os pontos "obscuros" dos seus textos, de modo claro,
> > analítico e decisivo.
> >
> > Abaixo, transcrevo um artigo do Olavo, um DESAFIO aberto
> > para todos os leitores da Folha de São Paulo. Leiam pelo menos
> > as três primeiras linhas, e ficará claro que o DESAFIO não
> > foi lançado por mim, mas por ele próprio, em carne e osso.
> >
> > Assim, esta é uma ótima oportunidade para arrasar e reduzir
> > o Olavo de Carvalho a pó... não é irresistível?
> >
> > Abraços,
> >
> > Guilherme
> >
> > RESUMO DA ENCRENCA
> >
> > Olavo de Carvalho
> > Folha de São Paulo, 18 de novembro de 2002
> >
> > Vou resumir, o mais didaticamente possível, alguns fatos que tenho
> > mencionado de maneira esparsa e algumas conclusões lógicas que eles
> > impõem. Se alguém for capaz de desmenti-los, por favor me escreva. Nada
> > me deixará mais feliz do que descobrir que me enganei, que as coisas
> > não são exatamente como as descrevo.
> >
> > 1. Desde 1990, o sr. Luís Inácio da Silva convocou e presidiu dez
> > congressos internacionais do Foro de São Paulo, destinadas a delinear
> > uma "unidade de ação" (sic) entre os partidos esquerdistas legais do
> > continente e organizações revolucionárias criminosas, como por exemplo
> > as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e o MIR chileno.
> >
> > 2. Esses encontros tiveram caráter decisório, como se nota pelo fato de
> > que ao final das assembléias emitiam "Resoluções" assinadas por todas
> > as entidades participantes. Nessas "Resoluções" encontram-se portanto
> > expressos os princípios da "unidade de ação", tal como fixados a cada
> > passo.
> >
> > 3. Reunindo em algum lugar do continente dezenas de representantes das
> > entidades-membros, esses congressos foram trabalhosos e caros, não
> > constando que tenham tido nenhum patrocínio externo e sendo portanto
> > razoável concluir que foram custeados pelas próprias organizações
> > participantes. É manifesto que o dinheiro de entidades como as Farc e o
> > MIR vem de atividades ilícitas. As Farc são o principal fornecedor de
> > drogas ao traficante Fernandinho Beira-Mar, respondendo, segundo o
> > jornal "O Globo" de 14 de novembro, por 90 por cento da cocaína
> > distribuída no Brasil, enquanto o MIR é o acionista maior da indústria
> > latino-americana de seqüestros, que já teve entre suas inumeráveis
> > vítimas os brasileiros Washington Olivetto e Abílio Diniz.
> >
> > 4. Mesmo sem especular que os lucros dessas atividades criminosas
> > possam ter subsidiado por outras maneiras a atuação de quaisquer
> > partidos esquerdistas, a simples participação do MIR e das Farc no Foro
> > de São Paulo já basta para indicar que o dinheiro do crime subsidia a
> > política de esquerda no continente, pois não é concebível que somente
> > entidades pobres como o PPS ou o PSB tenham arcado com as despesas dos
> > encontros, poupando-se caridosamente as mais ricas. Afinal, nenhum
> > partido esquerdista tem os recursos das Farc, que, segundo dois livros
> > publicados na Colômbia ("As Finanças da Subversão Colombiana" do
> > jornalista Jesús E. La Rotta e "O Cartel das FARC", do major Luis
> > Alberto Villamarín Pulido), são mais vastos que os de todas as forças
> > armadas latino-americanas juntas.
> >
> >
> > 5. Vasconcelo Quadros escreveu na "IstoÉ" de 1o. de março de 2002: "O
> > Brasil abriga uma rede clandestina de apoio às organizações
> > guerrilheiras internacionais que se utilizam de seqüestros, assaltos a
> > banco e tráfico de drogas". Ao lado -- ou por cima -- dessa rede existe
> > uma outra, ostensiva e pública. Os partidos legais, sem participar
> > diretamente das ações do MIR, das Farc e de entidades congêneres, se
> > ocupam de encobri-las e legitimá-las, seja por meio da apologia
> > ostensiva das organizações criminosas que as empreendem, seja da
> > negação dogmática de qualquer envolvimento delas nessas ações, seja de
> > mobilizações da opinião pública para objetivos específicos em momentos
> > determinados. Exemplo da primeira forma de legitimação é o manifesto
> > assinado pela unanimidade do Foro de São Paulo em Havana, 7 de dezembro
> > de 2002 em defesa das Farc e contra o governo colombiano, ali chamado
> > de "terrorista". Exemplo da segunda, as declarações do sr. Luís Inácio
> > da Silva em favor da completa inocência das Farc, nas quais ele apostou
> > sua reputação contra o peso das provas colhidas pelas autoridades
> > colombianas e brasileiras. Exemplo da terceira, a arregimentação maciça
> > do "beautiful people" esquerdista de São Paulo em defesa dos
> > seqüestradores de Abílio Diniz. Que essas três modalidades de
> > colaboração não tenham a menor conexão entre si é quase impensável, de
> > vez que seis dúzias de entidades não hão de se empenhar tão a fundo na
> > busca de uma "unidade de ação", por doze anos, para depois atuar de
> > maneira anárquica e desconexa em ocasiões tão decisivas.
> > Nenhuma "unidade de ação" pode haver entre entidades legais e ilegais
> > que não consista numa colaboração entre a realidade do crime e a
> > aparência de legalidade -- ou até mesmo de moralidade superior.
> >
> > 6. Como fundador e principal dirigente do Foro de São Paulo, o sr. Luís
> > Inácio tem sido portanto um dos principais responsáveis pela simbiose
> > de esquerdismo e criminalidade na América Latina, e o fato de ter sido
> > eleito presidente, com todas as manifestações de lisonja alucinatória e
> > beatificante que se seguiram, não modifica em nada o seu passado.
> > Também não atenua em nada a força dos compromissos com a tal "unidade
> > de ação", assumidos e reiterados em dez reuniões sucessivas, a últimas
> > delas em dezembro de 2001 -- data demasiado recente para que se possa
> > admitir que o cidadão "evoluiu" e mudou de idéia em prazo tão breve.
> >
> > 7. Reunindo tantas organizações, o Foro é a entidade política mais
> > poderosa do continente, e nenhuma ação local de qualquer delas pode ser
> > adequadamente compreendida sem referência à estratégia geral
> > da "unidade de ação", que, nascida como mero desejo ou esperança em
> > 1990, veio sendo progressivamente consolidada nos anos que se seguiram,
> > ao ponto de o próprio sr. Luís Inácio, no seu primeiro discurso após a
> > apuração dos votos, atribuir sua vitória eleitoral aos esforços não
> > somente de brasileiros, mas de "latino-americanos" em geral. Não sei se
> > o silêncio geral da mídia em torno de uma entidade tão importante é
> > indício de alienação mórbida ou de cumplicidade consciente. Mas sei que
> > foi proposital a omissão do assunto por parte de Ciro Gomes e Garotinho
> > nos debates eleitorais: os partidos de ambos são membros do Foro,
> > comprometidos com a mesma "unidade de ação", e decerto é em nome desta
> > que os dois ex-candidatos já têm seus cargos prometidos no novo
> > governo, após uma eleição que, por ironia, vem sendo chamada "a mais
> > transparente de toda a nossa história".
> >
> > 8. É patente que o sr. Luís Inácio Lula da Silva, por mais evoluído e
> > moderninho que o pretendam, ou por mais lindas intenções que alimente,
> > não poderá simplesmente jogar pela janela compromissos forjados ao
> > longo de doze anos de debates e resoluções. As Farc, afinal, já
> > mandaram para o outro mundo uma penca de socialistas e comunistas
> > refratários a colaborar com suas ações criminosas. Perdida sua
> > utilidade estratégica, um Lula a mais ou a menos não fará para elas a
> > menor diferença.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] O Olavo é chato...
FROM: "Elenice" <elemell@vant.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/12/2002 22:59

Clarissa, para mim vc chegou no que eu penso, ao defender pluralidade de informação. Porém as
empresas jornalísticas escrevem somente aquilo que acham que seu público quer ou "deve" saber. E
sempre em
termos que acham que serão compreendidos, o que diminui ainda mais a qualidade de informação. Há
escolhas, cortes e
tendências. E grandes interesses financeiros e políticos por trás.
Já coloquei o que eu penso e como não tenho a pretensão de convencer ninguém, não há sentido em
continuar, ainda mais pela facilidade de se descambar para a política, que não é assunto desta
lista.
Quanto ao meio acadêmico estar distante do mundo real, não é função da imprensa os aproximar, é
deficiência de quem não pesquisa adequadamente os motivos pelos quais os fatos ocorrem. Um
pesquisador imaginar que jornalistas tem o dever de informar dados básicos de suas pesquisas é
realmente estar dissociado da realidade.
[]s
Elenice Mello

----- Original Message -----
From: "clarissa" <mestra@tutopia.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, December 01, 2002 9:31 PM
Subject: Re: [ciencialist] O Olavo é chato...



Quando houve aqui em Porto Alegre a votação pela aprovação ou veto do projeto das
queimadas (que tornaria a prática das queimadas atividade legal em nosso
estado) eu estive na assembléia legislativa e conversei com diversos colonos
que defendiam a queimada apenas porque não tinham dinheiro para um método
mais ecológico. Esse dia me marcou, sou estudante de biologia e não tinha
noção de que toda aquela pesquisa que a gente fazia na universidade não
chegava nem perto das fazendas desses colonos, que tinham que recorrer a um
retrocesso desses para sustentar suas famílias. A imprensa deveria servir
para unir o meio acadêmico e "a vida real", para divulgar coisas realmente
importantes e trazer à tona discussões relevantes. Isso sim tornaria nossa
vida melhor; ouvir alguém no rádio, tv ou jornais reclamando da vida só
deixará as coisas como estão ou ainda pior.






SUBJECT: Re: [ciencialist] Após a tempestade
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/12/2002 04:50

Caríssimo Jumento

É sempre com imenso prazer que respondo aos amáveis relinchos do jumento
predileto de meu amigo Sancho Pança.

Pelo que você dá a entender, a tempestade ainda corre solta por sobre a
estrebaria de D. Quixote. Mas não se preocupe pois não deve ser nada muito
sério. O seu abrigo, com efeito, não corre risco algum, haja vista ter sido
construído com material da melhor qualidade e escolhido a dedo pelo senhor
de seu amo. Não há o que temer.

Com respeito à preocupação manifesta, e relacionada a possíveis entreveros
acadêmicos dos quais eu teria participado, só posso agradecer imensamente
pela parte que me toca, mas diria estar havendo aí um pequeno equívoco. Não
há hostilidade nenhuma de minha parte para com os meus semelhantes, nem
vice-versa, a não ser aquela visão paradigmática e um tanto quanto exagerada
que eles adotam. Não obstante, trata-se de gente de fino trato e,
respeitadas algumas regrinhas básicas, toleram até mesmo a presença de
jumentos no Olimpo Acadêmico. E isso é uma medida sábia, a apoiar-se na
máxima oriental que diz: "Nada é exclusivamente yin ou yang; tudo encerra
polaridade". Assim como alguns devem apresentar idéias novas, é muito
natural que outros resistam bravamente a essas inovações, e nada melhor do
que um jumento para isso. Considere-se pois bem-vindo ao nosso meio. E
repito: não há porque preocupar-se com o meu bem estar, pois garanto ter
mais amigos no meio acadêmico do que o número dos pestilentos ácaros que
certamente, e de maneira implacável, estão a impregnar o seu batido couro.

Não vou me alongar demais pois sei que você, além de não ser muito dado a
refletir, tem mais o que fazer. Com efeito, a relva anda escassa e nem
sempre é de boa qualidade. Mas antes de encerrar gostaria de apelar ao nobre
eqüídeo para que não alente esse desejo insano de abandonar a Ciencialist.
Isso sim, seria uma atitude impensada. Tudo bem que você não seja muito dado
a pensar, mas olhe para o lado positivo: a natureza optou por dar-lhe outros
dotes não menos significativos. Porque então não usá-los? Aqui você poderá
azurrar, ornear, ornejar, rebusnar, relinchar, zornar, zurrar ao seu
bel-prazer. Aconselhe-se então com o meu amigo, seu amo e senhor, e não
tenho dúvidas de que ele conseguirá demovê-lo dessa insensatez.

A Ciencialist, conquanto em franca decadência, comporta tanto os que pensam
quanto os que não estão dotados dessa alegria que é pensar. E, dentre esses
últimos, tanto os jumentos da sua estirpe quanto indivíduos não menos
importantes e pertencentes ao gênero das antas, em especial os "Anta
cæpticus" (aqueles que se julgam céticos sem estarem dotados dos requisitos
mínimos para tal). Sugiro então que continue a relinchar quando postarem
idéias novas, para o afago de nossos ouvidos que são todos seus. E não se
dê por rogado ao perceber que lhe faltam idéias próprias; supra essa falha
natural trazendo para nós os magníficos ensinamentos do senhor de seu amo, o
ilustre D. Quixote de la Mancha, e quero crer que teremos muito a ganhar com
isso.

Recomendações ao dileto amigo Sancho.

Respeitosamente
Mario Sanchez



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIA
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/12/2002 09:18

--- Em ciencialist@y..., "Marco A. Andrade" <clave@s...> escreveu
> Vc. tem razão. As pessoas pensam que toda imensa obra de S. Freud
> está sustentada por um alicerce em que se vê vaginas, penis, coitos
> e orgasmos por toda parte.

No Freud especificamente o problema nao e' esse. Como vc disse:
"O termo sexualidade, em Freud, significava prazer". Oras, se
existe a palavra 'prazer' porq confundir as coisas chamando-as
de sexualidade? E' natural q. as pessoas ao lerem a palavra
'sexualidade' associem ao 'sexo'. Estou chamando o prazer de
'fagicidade'.

> Creio que um grande erro nesse tal de pan-nutricionismo é o fato de
> pensar que a comida move o ser humano. Dificilmente algo que não
> seja a propria pessoa poderia mover todo o um mundo motivacional.

Pois darei alguns indicios.

A alimentacao e' multifuncional na cultura humana. Ela desempenha o
papel primaz de nutricao, mas ela tbm e' o centro das relacoes
sociais humanas, ela carrega consigo todo um carater simbolico.
Cerimoniais religiosos de diversas correntes ao longo da historia
apresentavam como ponto alto oferenda aos deuses, muitas vezes na
forma de sacrificios: a tao rica proteina animal era ofertada a seus
deuses. E nao raras vezes o pedido era nao apenas protecao fisica,
mas tbm chuva e bom tempo para o bom andamento da lavoura e da
pecuaria. Rituais canibalisticos tbm surgiram em diversos lugares,
tendo, nao a funcao estritamente nutricional, mas a de ingestacao de
caracteristicas do individuo devorado. Muita da tradicao afrodisiaca
tbm se sustenta nessa premissa, como penis seco de tigre ou po' de
chifre de rinoceronte: a forca, a selvageria, a potencia do animal
deveriam se transferir ao individuo. Ha' ainda a figura do devorador
de pecados em algumas culturas ditas primitivas: alimentos sao
depositados sobre o morto e posteriormente devorados por um xamã,
representando a liberacao dos pecados do ser q. desencarna.
Beberagens, ingestao de fungos alucionogenos, cipós, chas, pós e
outros elementos tbm estao associados a muitos rituais sagrados de
comunacao com o mundo transcendental e com a natureza.

Ao longo da evolucao nao apenas biologica, mas tbm cultural das
populacoes humanas a comida tem desempenhado um papel fulcral.

O bipedalismo, o cerebro desenvolvido e o polegar oponivel -- marcas
anatomicas registradas do ser humano -- foram decisivamente moldados
pelo forregeamento, pela busca de comida.

O bipedalismo e' um metodo de locomocao bastante eficiente
energeticamente. Em um ambiente fechado, em q. os focos em q. se
concentram as fontes de alimento nao estao tao espalhados, porem, ela
nao e' muito vantajosa: ou o individuo tem q. se locomover pouco ou
tem q. faze-lo em cima das arvores (no q. o bipedalismo nao ajuda em
nada) ou mesmo em meio ao emaranhado de troncos e cipos, no q. tbm o
bipedalismo nao ajuda em nada. Com a abertura do campo, porem, e com
o espalhamento dos focos de comida, longos espacos abertos teriam q.
ser percorridos, nesse caso o bipedalismo traria uma vantagem
decisiva. A manipulacao do alimento conferiria uma pressao seletiva
para uma habilidade manual maior e com isso o desenvolvimento de um
polegar oponivel (podemos notar uma evolucao convergente no caso do
panda). O ambiente razoavelmente imprevisivel das savanas e a
necessidade de se encontrar alimentos tornaria a inteligencia um
fator decisivo na sobrevivencia.

Com o advento da caca, temos o surgimento das ferramentas e das
armas, a domesticacao do fogo no preparo dos alimentos (mais do q.
protecao contra o frio), a consolidacao da figura do lider, a
domesticacao do cao, a caracteristica nomade -- o q. levou ao
espalhamento pelo globo, representacao pictoricas (primordios da arte
e da comunicacao escrita) e possivelmente o desenvolvimento da
espiritualidade (tto como elemento da coesao de grupo, como de um
certo espirito aguerrido das cacas -- q. mais tarde seria um elemento
fundamental do espirito guerreiro).

Com o advento da agricultura, grupos humanos tornaram-se sedentarios,
passaram a fixar-se mais em um mesmo local, levou 'a domesticacao do
boi e do cavalo como forca de tracao animal. Pela primeira vez na
historia havia um excedente de producao q. levou ao aumento da
populacao, ao surgimento de tecnicas de armazenamento: vasos
ceramicos -- q. produziu o torno q. levou 'a roda e com isso ao
transporte. A producao de excedente de producao significou a producao
de riquezas e com isso o comercio e tbm as guerras de incursao: havia
pela primeira vez na historia bens decisivos para saquear (na verdade
deve ter havido anteriormente bens esporadicos de saque, mas nao tao
significativos como graos armazenados). As trocas comerciais, o
armazenamento e o controle de estoque (o q. ja' incluia o gado de
corte) levou ao desenvolvimento da matematica e do alfabeto para o
registro. O aumento da populacao e o controle do trabalho em grupo
nas comunidades agricolas levou ao surgimento de governos centrais: a
figura do lider deve ter cedido espaco 'a figura do monarca. Com isso
e com as guerras de incursao, surgiram as primeiras cidades e sedes
de governo. A agricultura com o sedentarismo criou a figura de
regioes estrategicas: antes, na simples caca-coleta, um local era bom
apenas eqto produzia alimento q. logo se esgotavam e se partia,
assim, em busca de novos locais -- geralmente proximas aos rios em
terrenos ferteis. O controle do trabalho, o excedente de producao, o
comercio levou 'a divisao de trabalho. A agricultura como elemento
central levou 'a importancia do tempo atmosferico na vida das
pessoas: regimes de chuvas e cheias tornaram-se fundamentais. Com
isso a observacao sistematica dos ceus levou 'a astronomia (surgindo
conjuntamente com a astromancia) e a figura do intermediario divino:
o sacerdote, exacerbou seu poder de influencia. Somada 'a
espiritualidade ja' desenvolvida na cultura de caca, consolidaram-se
as religioes. O controle do estoque e da populacao crescente levou 'a
estatistica. As questoes territoriais, definicao de coleta de
impostos levou 'a geometria.

Politica, artes, religioes e ciencias -- elementos definidores das
culturas humanas -- gravitam em torno dos modos de producao de
alimentos.

A Gastronomia deveria sair das faculdades de Turismo e integrar os
institutos de Altos Estudos, a Nutricao deixar de ser um apendice das
escolas de Saude Publica para se tornar o guia das Ciencias da Saude
e Biologicas, os bistros, rotisseries, restaurantes e supermercados
tornarem-se templos da divina Cultura Central humana.

E dando uma contribuicao biologica para a analise:

"Pode parecer incoerente que as endorfinas e outros polipetideos
neuroativos ocorram tambem fora do sistema nervoso central. Muitos
sao encontrados em outras regioes do organismo, principalmente no
trato digestivo. Entretanto, algumas conexoes muito interessantes vEm
sendo geralmente revelados.
[...]
Um outro hormonio liberado pelo intestino e' a colecistoquinona
(CCK), um polipeptideo de 33 aminoacidos, muitas vezes referido como
CCK-33. [...]
A surpresa veio quando foi descoberto que o cerebro contem sitios
receptores para a CCK, um hormonio conhecido apenas por sua funcao na
digestao. O cerebro contem uma enzima semelhante 'a tripsina, que
separa a CCK-33 de seus aminoacidos terminais, formando CCK-8. Este
fragmento parece ser importante na regulacao da ingestao de alimento
e saciedade. A infusao de CCK-8 inibe a ingestao de alimento em ratos
e carneiros famintos. Tal constatacao mostrou-se ainda mais
desafiadora quanso se verificou que camundongos geneticamente obesos
possuiam menos CCK-8 no cortex cerebral que os nao-obsesos. A CCK-8
tambem inibe a ingestao de alimento induzido pelo estresse em ratos,
o que e' particularmente interessante, pois a ingestao induzida pelo
estresse e' mediada por opiaceos e, como talvez fosse esperado, a
naloxona bloqueia este efeito.
Um outro hormonio intestinal, o peptideo vasoativo intestinal (VIP,
uma cadeia de 28 aminoacidos), e' tambem encontrado em altas
concentracoes no cortex cerebral, apontando novamente para uma ampla
area de estreita conexao entre as funcoes cerebrais e digestivas."
Knut Schimidt-Nielsen 1996 -- Fisiologia Animal: adaptacao e meio-
ambiente, 5a ed. pp 506-7. Ed. Santos Livraria.

* Os hormonios sexuais sao controlados pela hipofise, q. esta' sob
controle do hipotalamo q. e' o centro de controle das funcoes de
ingestao de alimentos e liquidos. A adeno-hipofise tem origem
embrionaria a partir de uma porcao q. se destaca do ceu da boca.

* Figado de rato produz morfina e codeina como opiaceos endogenos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Olavo é chato...
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/12/2002 11:16

Talvez. Com a exceção de que o que foi criado na década de 60 foi a
Arpanet, não a Internet. Eu me referi somente à última. A primeira deixou
de existir em 1990, ano em que entrou em operação o primeiro provedor
comercial de Internet (http://www.world.std.com). Contudo, não vou
transformar isso em uma tese...

Também talvez fosse interessante viver em uma época em que as pessoas
escreviam "em vez de" e não "ao invés de" (irch!).

[ ]s


Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Curitiba - PR - Brasil



-----Mensagem Original-----
De: "Elenice" <elemell@vant.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 1 de Dezembro de 2002 19:40
Assunto: Re: [ciencialist] O Olavo é chato...


>
> Seria mais curioso ainda tentar saber mais sobre a jovem geração de hoje
em dia que criou a Internet
> na década de 60 do século passado.:-)
> Talvez esteja havendo uma confusão entre uso, criação e entendimento.
Para usar tecnologia basta
> saber os controles, não é necessário saber como funciona e nem inventar
nada.
> O saudosismo dos bons tempos de outrora só é possível para quem os
viveu, não é meu caso. Apenas
> comentei que a diversidade de idéias é necessária para se formar
senso-crítico. Mas talvez fosse
> interessante viver em uma época, qualquer que fosse, em que as pessoas a
tentassem ler o que um
> texto diz, ao invés de interpretar e adivinhar.
> []s,
> Elenice Mello
>
>
>
> ----- Original Message -----
> From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Sunday, December 01, 2002 2:20 AM
> Subject: Re: [ciencialist] O Olavo é chato...
> ....
>
> É também curioso que essa geração desinformada de hoje em dia tenha
> conseguido construir a internet e decifrar o genôma de vários organismos,
> coisa que as gerações do passado, educadas na base do latim, do grego e
da
> filosofia, não conseguiram! "Ah que saudades dos tempos de outrora", não
é
> mesmo?
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto
>
>
>



SUBJECT: Re: Teoria da Informação Quântica
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/12/2002 11:25

--- Em ciencialist@y..., Rodrigo Cunha <rnbc@n...> escreveu
> "O recurso básico da informação clássica é o bit, que é sempre,
> exclusivamente, ou 0 ou 1. As informações quânticas vêm em bits
> quânticos, ou qubits (pronunciado, em português, como "quiubits").
> Qubits podem existir em sobreposições que envolvem simultaneamente
> 0 e 1, e grupos de qubits podem ser "emaranhados", o que cria entre
> eles correlações contra-intuitivas."
>
> Quem escreveu isso nitidamente não conhece a teoria da informação,
> na qual os estados são totalmente probabilistas.

Nao sei se podemos dizer q. Nielsen nao entenda de teoria da
informacao. De todo modo ele nao escreveu exatamente isso no artigo,
o q. ele escreveu foi:

Resources and Tasks

We attempt to understand the high-level principles that govern in
those rare instances when the quantum and the complex meet by
abstracting, adapting and extending tools from classical information
theory. Last year Benjamin W. Schumacher of Kenyon College proposed
that the essential elements of information science, both classical
and quantum, can be summarized as a three-step procedure:
1. Identify a physical resource. A familiar classical example is a
string of bits. Although bits are often thought of as abstract
entities--0's and 1's--all information is inevitably encoded in real
physical objects, and thus a string of bits should be regarded as a
physical resource.

[...]

A bit is described by its state, 0 or 1. Likewise, a qubit is
described by its quantum state. Two possible quantum states for a
qubit correspond to the 0 and 1 of a classical bit. In quantum
mechanics, however, any object that has two different states
necessarily has a range of other possible states, called
superpositions, which entail both states to varying degrees. The
allowed states of a qubit are precisely all those states that must be
available, in principle, to a classical bit that is transplanted into
a quantum world. Qubit states correspond to points on the surface of
a sphere, with the 0 and 1 being the south and north poles [see box].
The continuum of states between 0 and 1 fosters many of the
extraordinary properties of quantum information.

http://www.sciam.com/article.cfm?chanID=sa006&articleID=0005C8BF-1B88-
1D9B-815A809EC5880000&pageNumber=1&catID=2

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Olavo é chato...
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/12/2002 11:59

----- Original Message -----
From: <% Alvaro Augusto de Almeida %>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, December 01, 2002 2:20 AM
Subject: Re: [ciencialist] O Olavo é chato...

>Patrulhamento ideológico? Ora, pois! Isso é coisa da ditadura, que já
quedou morta há decênios. O cidadão Olavo Carvalho hoje em dia tem um
website e uma newsletter que deve atingir mais gente do que conseguia a
revista Época. Todas as colunas dele estão lá. Isso sem falar que ele
continua assolando o Glogo, a Folha e São Paulo e o Zero Hora. Curioso você
não ter mencionado isso.

Até porque o Globo e a Época são da mesma empresa, as Organizações Globo. Se
houvesse algum tipo de patrulhamento ideológico (o que já seria espantoso
numa empresa que não prima exatamente por suas posições de esquerda), por
que ele continuaria escrevendo semanalmente no carro-chefe das Organizações
Globo?

>É também curioso que essa geração desinformada de hoje em dia tenha
conseguido construir a internet e decifrar o genôma de vários organismos,
coisa que as gerações do passado, educadas na base do latim, do grego e da
filosofia, não conseguiram! "Ah que saudades dos tempos de outrora", não é
mesmo?

O mais engraçado é que os professores dos tempos de outrora *também*
reclamavam da decadência intelectual de seus alunos, exatamente nos mesmos
termos que os de hoje. Não há nada de novo sob o Sol... ;-)

Eu até poderia reconhecer algum mérito no Olavo de Carvalho se: (a) as teses
que ele defende não fossem os mesmos clichês que a direita paranóica sempre
defendeu (compare qualquer artigo do Olavo de Carvalho sobre o Lula com
qualquer boletim da TFP e vocês vão ver que é o mesmo diapasão) e (b) seus
discípulos não defendessem o mestre com os mesmos clichês de gênio
incompreendido que os discípulos de qualquer paranóico de direita sempre
usaram pra defender seu mestre. Se ele é tão genial, por que não diz nada de
novo e se limita a repetir lugares-comuns paranóicos que já eram banais
quando apareceram _Os Protocolos dos Sábios de Sião_?

Abs.
L.

PS. Os pessoau se indignam quando a gente compara o Olavo de Carvalho com
Hitler. A comparação não é em termos de periculosidade, claro, o Olavo de
Carvalho é uma mosca-morta comparado com Hitler. Mas tem páginas e páginas
do _Mein Kampf_, especialmente quando ele fala da decadência da Alemanha,
que podiam perfeitamente estar nos artigos do Olavo de Carvalho. Bastaria
trocar "judeus" por "esquerdistas".



SUBJECT: Os comunistas inventaram a máquina do tempo (ex-O Olavo é chato...)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/12/2002 13:15

----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, December 01, 2002 3:31 PM
Subject: [ciencialist] Re: O Olavo é chato...

>Os textos do Olavo são de um excelente escritor, é de se reconhecer isso.

Isso é verdade. Ele conhece muito bem as ferramentas da retórica e
utiliza-as com tanta habilidade que faz passar por raciocínio rigoroso o que
não é mais do que sofisma.

>O que há de original na crítica olaviana é a demonização.

Aqui, eu sou obrigado a discordar. O que há de original na demonização da
esquerda, Manuel? A direita *sempre* demonizou a esquerda - vide o clichê
dos comunistas-comedores-de-criancinhas. Toda a estratégia retórica da
ditadura militar (e das ditaduras militares contemporâneas) se apoiava na
demonização da esquerda, e o mesmo no que se refere ao macartismo. A TFP
ainda vive e se alimenta da demonização do comunismo. Na verdade, essa
demonização é até mesmo anterior ao marxismo e o próprio _Manifesto
Comunista_ já começa com uma referência irônica a essa atitude: "Um espectro
ronda a Europa - o espectro do comunismo."

>Para tanto, ele procede do seguinte modo: a) primeiro, faz um arranjo do
que há de pior (os erros históricos e os pontos fracos) em todas as
correntes da esquerda; b) em seguida, ele personaliza esse 'joio', ou seja,
com esse amálgama de erros e fraquezas ele constrói um mito odiento, uma
figura absolutamente maligna por ele cognominado de "O Intelectual de
Esquerda"; c) por fim, ele reduz todos os intelectuais e políticos de
esquerda, não importando a corrente em que eles se
filiam, a essa abstração por ele montada.

Sim, essa é uma descrição bastante justa da estratégia que ele usa. Some-se
a isso a farta utilização de argumentos ad hominem pra tentar desqualificar
intelectualmente o adversário e a utilização de subentendidos, frases vagas
e distorções dos fatos, e você vai ter a máquina retórica que o Olavo de
Carvalho montou pra produzir os artigos que destila semanalmente nos
jornais. Pra não ficar numa afirmação abstrata, dou um exemplo concreto de
distorção dos fatos.

Em um artigo publicado pelo Globo em 3 de agosto deste ano, "A Mão de Stálin
está sobre nós", Olavo de Carvalho tenta provar que o socialismo fabiano -
uma corrente mais branda de socialismo, criada por Sidney e Beatrice Webb,
pelo dramaturgo George Bernard Shaw, pelo escritor e historiador H. G. Wells
e pela teósofa Annie Besant, fundadores da Fabian Society - não passa de um
instrumento do stalinismo. Pra "provar" essa tese, ele se sai com o seguinte
argumento, lá pelo terceiro parágrafo:

"Desde seus fundadores, Sidney e Beatrice Webb, o fabianismo nunca passou de
um instrumento auxiliar da revolução marxista, incumbido de ganhar
respeitabilidade nos círculos burgueses para destruir o capitalismo desde
dentro. Os conservadores ingleses diziam isso e eram ridicularizados pela
mídia, mas a abertura dos Arquivos de Moscou provou que o mais famoso livro
do casal não foi escrito pelo marido nem pela esposa, mas veio pronto do
governo soviético."

Ele voltou ao tema com ainda mais ênfase em 24 de agosto, no artigo "IstoÉ
uma Fraude", publicado em _Mídia sem Máscaras_, site do qual é o editor:

"Lord Keynes era membro ativo da Fabian Society, uma organização biônica
montada pelos comunistas para vender aos ocidentais o socialismo light como
única alternativa possível ao comunismo, induzindo-os portanto a render-se
voluntariamente para escapar da violência. Hoje sabe-se que os dois
fundadores da entidade, Sidney e Beatrice Webb, recebiam instruções
diretamente da chancelaria soviética, que chegou a lhes entregar pronto,
redigido da primeira à última palavra, o livro que os tornou "autores"
famosos."

O livro a que ele se refere é _Soviet Communism: A New Civilization?_,
publicado em 1932. Não se trata nem do "mais famoso livro do casal", nem do
"livro que os tornou 'autores' famosos", mas da última obra que eles
publicaram em conjunto, quando já eram duas celebridades do pensamento
político da virada do século. O que tornou os Webb famosos, de fato, não foi
nenhuma obra, mas a co-fundação da Fabian Society, da qual falarei daqui a
pouco. Não discuto a afirmação de Olavo de Carvalho de que _Soviet
Communism_ foi "redigido da primeira à última palavra" pela chancelaria
soviética, embora ressalte que essa afirmação se apóia unicamente nos
depoimentos de desertores da KGB que não têm como ser comprovados. Tenha ou
não sido ditado por agentes soviéticos, o livro reflete a conversão dos Webb
ao stalinismo *no final de sua vida*, depois de quase cinqüenta anos de
militância política, conversão essa que foi duramente criticada por outros
membros da Fabian Society.

De qualquer forma, Olavo de Carvalho toma esse "fato" como "prova" de que a
Fabian Society é só uma organização de fachada, "uma organização biônica
montada pelos comunistas". Se isso for verdade, então Olavo de Carvalho
descobriu um furo jornalístico, uma revolução científica e tecnológica que
passou inteiramente despercebida: OS COMUNISTAS SOVIÉTICOS INVENTARAM A
MÁQUINA DO TEMPO! Sim, porque para que os membros de um regime que foi
criado em 1917 pudessem montar uma organização biônica que foi fundada em
1884, só mesmo se eles entrassem numa máquina do tempo e voltassem trinta e
três anos no passado...

De duas, uma: ou Olavo de Carvalho *não sabe* a data da fundação da Fabian
Society, e nesse caso é um desinformado; ou sabe perfeitamente, mas está
contando com o fato de que *seu público* não saiba. Deliberada ou não, a
tese de que a Fabian Society "nunca passou de um instrumento auxiliar da
revolução marxista" se apóia sobre uma desinformação grosseira, envolvida
por frases grandiloqüentes e artifícios de retórica. Eis a que se resume a
argumentação do autor que tem provocado tão vivos entusiasmos cá na
Ciencialist... ;-)

>O delírio persecutório evidencia-se em suas demonstrações de que não há
diversidade na esquerda

Quando a verdade pura e simples, evidente pra qualquer um que a conheça de
perto, é que não existe *unidade* na esquerda. Nem mesmo partidos da mesma
linha são capazes de se entender (mais da metade dos artigos do jornal do
PCO é feita de críticas e acusações contra o PSTU, e vice-versa), quanto
mais seguidores de linhas diferentes.

>sombras desse "Intelectual de Esquerda"

Quando os verdadeiros intelectuais de esquerda são gente como Adorno ou
Horkheimer, que nunca foram sequer membros do Partido Comunista e que
encaravam o comunismo soviético e o stalinismo como formações fascistas
essencialmente idênticas ao nazismo (é só ler _A Dialética do
Esclarecimento_).

>Como crítico do socialismo e dos intelectuais de esquerda, o Sr. Olavo de
Carvalho é um excelente autor de ficção barata: ele sabe como ninguém
elaborar tramas rocambolescas, personagens unidimensionais e sem
profundidade psicológica, caricaturas, vilões, fantoches de uma maldade
ventríloqua.

O próprio artigo em que ele fala da misteriosa reunião secreta de Gorbachev
com os dirigentes da KGB tem fortes ecos de uma cena de _Biarritz_, romance
de Sir John Retcliffe, em que os representantes das doze tribos de Israel se
reúnem num cemitério para preparar a conquista do mundo pelos judeus. Essa
cena da reunião secreta, na verdade, já era um clichê de folhetim que
imitava um romance anterior de Alexandre Dumas sobre Cagliostro. Os
protagonistas da cena variam de versão para versão, mas são sempre os
integrantes de uma organização secreta que se reúnem para discutir como usar
sua fortuna pra dominar o mundo...

(Em tempo: a cena de _Biarritz_ serviu de inspiração direta pros _Protocolos
dos Sábios de Sião_, uma das piores peças de propaganda anti-semita de todos
os tempos, de modo que Olavo de Carvalho, como se vê, encontra-se em muito
boa companhia...)

>Guilherme: O que mais vejo por aí são críticas à pessoa dele, e não
argumentos específicos sobre o assunto em si.

Bueno, Guilherme, como você deve ter reparado neste email e no anterior, o
que eu fiz foi desmontar a estrutura da argumentação do Olavo de Carvalho, e
não fazer críticas genéricas à pessoa dele.

Abs.
L.



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIA
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/12/2002 16:46

Marco Aurélio, Takata e lista,


Marco Aurélio: Vc. tem razão. As pessoas pensam que toda imensa obra
de S. Freud está sustentada por um alicerce em que se vê vaginas,
penis, coitos e orgasmos por toda parte.

Takata: No Freud especificamente o problema nao e' esse. Como vc
disse: "O termo sexualidade, em Freud, significava prazer". Oras, se
existe a palavra 'prazer' porq confundir as coisas chamando-as de
sexualidade? E' natural q. as pessoas ao lerem a
palavra 'sexualidade' associem ao 'sexo'. Estou chamando o prazer
de 'fagicidade'.

Manuel: Entendo que o prazer é um estado de satisfação que se alcança
saciando-se a fome, satisfazendo-se a libido, etc. Segundo Freud, os
processos mentais se dão no sentido de produzir prazer ou evitar o
desprazer (dor, sofrimento, carência), isto é, os processos mentais
são regulados pelo `princípio do prazer'. Ocorre que o prazer obtido
imediatamente pode ter um custo muito alto, de modo que, para se
autopreservar, o indivíduo tem que avaliar a relação custo-benefício;
vale dizer, o indivíduo submete a sua busca do prazer ao que Freud
denominou de `princípio da realidade'.

Posso estar enganado, mas não creio que Freud tenha identificado de
uma maneira cabal o prazer com a sexualidade. Bem, é como interpreto
o texto abaixo:

<<O ego humano, como sabem, é, pela pressão da necessidade externa,
educado lentamente no sentido de avaliar a realidade e de obedecer ao
princípio de realidade; no decorrer desse processo, é obrigado a
renunciar, temporária ou permanentemente, a uma variedade de objetos
e de fins aos quais está voltada sua busca de prazer, e não apenas de
prazer sexual.>> (S. Freud; Conferência XXIII - Os Caminhos Da
Formação Dos Sintomas)

Claro que pode haver uma associação entre a libido e as pulsões não
sexuais. Nos lactentes, essa associação é íntima, e a gula, muitas
vezes, é uma resposta patológica (um sintoma neurótico) a uma
frustração libidinal.

Takata: A alimentacao e' multifuncional na cultura humana. Ela
desempenha o papel primaz de nutricao, mas ela tbm e' o centro das
relacoes sociais humanas, ela carrega consigo todo um carater
simbolico.

Manuel: Bem, não sei se você está falando sério, mas mesmo que não
esteja concordo com o que você escreveu.

Entre os caçadores-coletores, a caça e a colheita são em regra
atividades cooperativas. Mas mesmo que não seja, o produto da caça e
da colheita pertence a toda a comunidade, que a divide conforme as
necessidades e o status de cada um. Isto é, tanto a produção de
víveres quanto o seu consumo são relações sociais, e, como toda
relação social humana, é mediada por símbolos. A propósito, o período
em que nós, Homo sapiens sapiens, vivemos unicamente da caça e da
coleta compreende mais de 80% do tempo de existência da nossa espécie.

E assim como um trono, a Cadeira do Rei, vale pelo que ele significa
e não pela sua utilidade, há atividades gastronômicas que são
realizadas sobretudo pelo seu significado social ou valor extra-
nutricional.

Observe-se, no entanto, que a libido está presente em muitas relações
sociais além das estritamente sexuais (as que visam a reprodução). De
que modo a hierarquia social é estabelecida e mantida entre alguns
espécies de primatas antropóides? A agressividade guerreira presente
nas relações agonísticas é um derivado da agressividade viril pela
posse das fêmeas. Entre os chimpanzés fêmeas quase não há cooperação
e, também, relações homossexuais femininas são praticamente
inexistentes. As fêmeas bonobos, ao contrário, cooperam entre si, e
entre elas as relações homossexuais (oka-oka) são práticas normais e
corriqueiras. E nós, seres humanos, neste aspecto somos diferentes
dos chimpanzés e bonobos? Se eu quisesse agradar os padres e alguns
céticos, diria que sim. Mas, penso eu, a diferença entre nós e nossos
priminhos das florestas africanas reside tão-somente em nossa
capacidade maior de abstração e, por conseguinte, de substituir coisa
por signos, de sublimar.

Estando a libido presente em muitas relações sociais, pode ocorrer
situações em que o sexo e a fome venham a compartilhar os mesmos
símbolos. O protótipo disso seria a relação mamífera entre a mãe e
sua cria lactente, dado que trata-se de uma relação `social' em que
um pólo nutre o outro e que, ao mesmo tempo, apresenta forte caráter
erótico, pelo menos por parte do filhote (o contato do seio com a
boca da criança estimula a secreção de um peptídeo intestinal
vasoativo que causa no cérebro sensação de prazer sexual).

Mas considero a pulsão sexual mais importante, do ponto de vista
psicológico, do que qualquer outra pulsão, pelas seguintes razões: "O
que distingue a fome da libido é que, se a fome não for satisfeita
logo, o indivíduo morre, ao passo que a não satisfação do desejo
sexual não é mortal para o indivíduo, que pode passar um longo tempo
carente e na maior fissura. Ademais, a libido pode ser satisfeita com
sonhos (i.e., o prazer sexual ou estado de satisfação sexual não
prescinde da realidade objetiva, pois pode ser alcançado no plano
psíquico, valendo-se apenas de idéias e entes mentais, como os
memes), enquanto que alimentos oníricos até podem ser gostosos, mas
não são nada nutritivos. Essa flexibilidade do instinto sexual torna-
o mais plástico do que qualquer outro instinto, plasticidade esta
ideal para os trabalhos da evolução."
O homem é capaz de criar, através da fantasia, o objeto de satisfação
da sua libido. Isso é importante.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Opsss... Genoma não
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/12/2002 17:16


>É também curioso que essa geração desinformada de hoje em dia tenha
>conseguido construir a internet e decifrar o genôma de vários organismos,
>coisa que as gerações do passado, educadas na base do latim, do grego e da
>filosofia, não conseguiram! "Ah que saudades dos tempos de outrora", não é
>mesmo?
>[ ]s
>Alvaro Augusto



VAMU PARÁ COM ESSE NEGOCIO DE BATÊ PALMA PRA GENOMA AÍ OH PA.

EH SO BOTAR NA MAQUININHA, TER VERBA DO CNPQ PRA COMPRAR A MAQUININHA E
PAGAR TECNICOS POR SERVIÇO PRESTADO, TER DINHEIRO PRA PAGAR REAGENTE... E
PRONTO... A MAQUININHA FAZ TUDO.

NAO TEM NENHUMA INTELIGENCIA NISSO AÍ.

TAMBÉM NAO EH INTELIGENTE FICAR PEGANDO ESSES RESULTADOS E ENTAO
TRANSFORMAR EM CENTENAS DE TRABALHINHO PRA PINDURAR EM FORMA DE POSTER, EM
CONGRESSOS PELO MUNDO, COM PASSAGEM E DIARIA PAGA PELO CNPQ, COMO SE ISSO
FOSSE GRANDES CIENCIAS.

ESSE MODELITO DE DESENVOLVIMENTO CIENTIFICO NUNCA LEVOU A NADA...
E NAO ENGANA MAIS NINGUEM.

PÓ PARÁ.

E DEPOIS DA MAQUININHA INFORMAR SOBRE O GENOMA...
OS CARAS NAO SABEM O QUE FAZER COM OS DADOS, OU NAO SABEM...
E APENAS QUEREM PUBLICAR PRA SUBIR NA CARREIRINHA DE CIENTISTA ESTATAL...

ENQUANTO ISSO... OS GRINGOS USAM OS DADOS... E VAO, ELES SIM... OBTER AS
PATENTES... COMO JA TA ROLANDO NO CASO DA PRAGA DO AMARELINHO...


L.E.

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Geração Desinformada (ERA: Re: O Olavo é chato...)
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/12/2002 18:02

--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
>ALVARO AUGUSTO: É também curioso que essa geração desinformada de
hoje em dia tenha conseguido construir a internet e decifrar o genôma
de vários organismos, coisa que as gerações do passado, educadas na
base do latim, do grego e da filosofia, não conseguiram! "Ah que
saudades dos tempos de outrora", não é mesmo?<

Alvaro,

Eu não sei o que é pior, se velho dizer que a nova geração é
desinformada, ou se jovem provar que é mesmo defendendo teses que não
se sustentam. Sem querer massacrá-lo por uma mensagem apressada,
porque esta não é diferente, vamos aos fatos:

INTERNET

O inventor da tecnologia básica, o conceito de "packet switching",
foi Paul Baran, que hoje tem 76 anos. Muito antes da Internet ser
chamada de Internet pela primeira vez, em 1982, já existiam os
aplicativos fundamentais: FTP, Gopher, TELNET, etc. Jim Ellis, o
criador da USENET, precursor de grupos como este do qual
participamos, morreu aos 45 anos em 2001. Um dos poucos realmente
fundamentais que ainda é jovem é o Marc Andreesseen, criador do
Mosaic, o precursor dos browsers atuais. Eu trabalhei no mesmo prédio
que ele na University of Illinois no começo dos anos noventa. Ele
tinha uns 20 e poucos anos na época. Nunca trocamos uma palavra
embora eu cruzasse com ele de vez em quando. Foi um erro. Pouco
depois ele fundou a Netscape. Andreesseen deve estar com uns 35, 36
anos agora. Embora jovem, não é exatamente parte do que você chama
de "geração desinformada" em sua mensagem.

BIOTECNOLOGIA

Aqui a coisa piora, pois esta área é domínio quase exclusivo do
pessoal das têmporas grisalhas, como uma visita a qualquer dos
centros de pesquisa em biotecnologia pode mostrar. Vamos assumir que
a biotecnologia contemporânea tenha começado com Kary Mullis e a
invenção do PCR. Isso foi há 29 anos. O chefe da equipe que clonou a
Dolly, Ian Willmut, têm hoje 58 anos. Não sei a idade dos dois
responsáveis pelo projeto Genoma, Francis Collins e Craig Venter, mas
devem estar à beira dos sessenta.

Você parece fazer pouco da educação clássica, com línguas e
humanidades. Deveria repensar isso. Muitos dos cientistas e
engenheiros que revolucionaram a tecnologia da computação nos anos
setenta e oitenta faziam parte dos chamados "homens da renascença".
Havia um cientista da Apple, cujo nome não me lembro (citado no
excelente livro "Hackers: Heroes of the Computer Revolution", de
Steven Levy), que nas horas vagas era regente da orquestra sinfônica
da cidade. O mesmo livro conta como garotos de 15 a 18 anos
revolucionaram a indústria dos jogos de computador nos anos 80, ou
como o pessoal do MIT nos anos 50 conversava em ASSEMBLER em vez de
inglês.

A discussão geração atual x passada pode continuar indefinidamente
sem que se chegue a qualquer conclusão. Há períodos na história mais
propícios a novas e revolucionárias invenções. Se uma geração
(definida como um espaço de dez anos, digamos dos 25 aos 35) tem a
sorte de estar no lugar certo e na época certa, haverá
necessariamente uma explosão de talento naquela faixa etária.

O que precisamos é abandonar o preconceito, de um lado e de outro.
Vejo, no Brasil, mais discriminação do mercado de trabalho contra os
que não são mais jovens do que nos EUA ou Canadá. Consequência da
escassez de empregos, talvez. Eu tento enxergar o potencial do
candidato, não a idade, sempre que possível. Foi assim que
entrevistei e contratei um administrador de sistemas de dezesseis
anos. O melhor que já tivemos, hoje em outra empresa.

Um abraço,
Colucci





SUBJECT: Re: [ciencialist] Opsss... Genoma não
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/12/2002 20:29

Putz! A questão é simplesmente mostrar que a geração atual, seja qual for a
definição de geração, é perfeitamente capaz de fazer tudo o que a geração
de outrora era capaz de fazer. Só isso, pô! E pare de GRITAR!

[ ]s


Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 2 de Dezembro de 2002 17:16
Assunto: [ciencialist] Opsss... Genoma não



>É também curioso que essa geração desinformada de hoje em dia tenha
>conseguido construir a internet e decifrar o genôma de vários organismos,
>coisa que as gerações do passado, educadas na base do latim, do grego e da
>filosofia, não conseguiram! "Ah que saudades dos tempos de outrora", não é
>mesmo?
>[ ]s
>Alvaro Augusto



VAMU PARÁ COM ESSE NEGOCIO DE BATÊ PALMA PRA GENOMA AÍ OH PA.

EH SO BOTAR NA MAQUININHA, TER VERBA DO CNPQ PRA COMPRAR A MAQUININHA E
PAGAR TECNICOS POR SERVIÇO PRESTADO, TER DINHEIRO PRA PAGAR REAGENTE... E
PRONTO... A MAQUININHA FAZ TUDO.

NAO TEM NENHUMA INTELIGENCIA NISSO AÍ.

TAMBÉM NAO EH INTELIGENTE FICAR PEGANDO ESSES RESULTADOS E ENTAO
TRANSFORMAR EM CENTENAS DE TRABALHINHO PRA PINDURAR EM FORMA DE POSTER, EM
CONGRESSOS PELO MUNDO, COM PASSAGEM E DIARIA PAGA PELO CNPQ, COMO SE ISSO
FOSSE GRANDES CIENCIAS.

ESSE MODELITO DE DESENVOLVIMENTO CIENTIFICO NUNCA LEVOU A NADA...
E NAO ENGANA MAIS NINGUEM.

PÓ PARÁ.

E DEPOIS DA MAQUININHA INFORMAR SOBRE O GENOMA...
OS CARAS NAO SABEM O QUE FAZER COM OS DADOS, OU NAO SABEM...
E APENAS QUEREM PUBLICAR PRA SUBIR NA CARREIRINHA DE CIENTISTA ESTATAL...

ENQUANTO ISSO... OS GRINGOS USAM OS DADOS... E VAO, ELES SIM... OBTER AS
PATENTES... COMO JA TA ROLANDO NO CASO DA PRAGA DO AMARELINHO...


L.E.





SUBJECT: Ser capaz!
FROM: "Gleidson" <gechile@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/12/2002 20:52

SER CAPAZ

"Certa lenda conta que estavam duas crianças patinando em cima de um
lago congelado.
Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam sem preocupação.
De repente, o gelo se quebrou e uma das crianças caiu na água.
A outra criança, vendo que seu amiguinho se afogava debaixo do gelo,
pegou uma pedra e começou a golpear com todas as suas forças,
conseguindo quebrá-lo e salvar seu amigo.
Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido,
perguntaram ao menino: 'Como você conseguiu fazer isso?
É impossível que você tenha quebrado o gelo com essa pedra, com mãos
tão pequenas!'
Nesse instante apareceu um ancião e disse: 'Eu sei como ele
conseguiu.'E todos perguntaram: 'Como?'
O ancião respondeu: 'Não havia ninguém ao seu redor para dizer-lhe
que ele não seria capaz.'
Albert Einstein"


falow...
Gleidson



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Olavo é chato...
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/12/2002 20:56



>Manuel: Os textos do Olavo são de um excelente escritor, é de se
>reconhecer isso. Quanto às críticas que ele faz ao pensamento de
>esquerda, não são novidades e nem mesmo são mais duras e lúcidas que
>as críticas da própria esquerda: as de Trotsky ao Stalinismo, as dos
>anarquistas ao comunismo, as dos socialistas democráticos à esquerda
>revolucionária (em suma, a auto-crítica de um pensamento vivo que não
>é incólume às vicissitudes da prática política).

Já li texto dele mostrando analiticamente que a concepção
socialista é furada, em essência. Esse tipo de crítica não
se compara às críticas da própria esquerda.

>O que há de original na crítica olaviana é a demonização. Para tanto,
>ele procede do seguinte modo: a) primeiro, faz um arranjo do que há
>de pior (os erros históricos e os pontos fracos) em todas as
>correntes da esquerda; b) em seguida, ele personaliza esse 'joio', ou
>seja, com esse amálgama de erros e fraquezas ele constrói um mito
>odiento, uma figura absolutamente maligna por ele cognominado de "O
>Intelectual de Esquerda"; c) por fim, ele reduz todos os intelectuais
>e políticos de esquerda, não importando a corrente em que eles se
>filiam, a essa abstração por ele montada.

É uma pena que você pense assim. Eu considero que o elemento
original dos textos do Olavo é a inteligência independente, é
o raciocínio ancorado num pensamento consistente, sem recorrer
a jargões e a fórmulas como as que você mencionou.

>O delírio persecutório evidencia-se em suas demonstrações de que não
>há diversidade na esquerda, ou seja, de que Kim Il Sung, Fidel
>Castro, Lula, FHC, Schoreder e até mesmo Bill Clinton não passam de
>sombras desse "Intelectual de Esquerda" cujo projeto político é um
>coletivismo de formiga aniquilador da individualidade humana.

É difícil imaginar que um homem com uma envergadura intelectual
incomum não saiba as diferenças entre Fidel Castro, FHC e companhia
limitada. Agora, que ele sabe muito bem o que esses senhores têm
em comum, isso sabe.

>Manuel: Ora, mas é o Sr. Olavo que mais se vale de argumentum ad
>hominem e de xingamentos! Seus textos, principalmente os
>jornalísticos, estão repletos de termos tais
>como 'idiotas', 'imbecis', etc. Contra Marx, ele não se cansa de
>lembrar que o teórico maior do socialismo comeu a empregada e não
>reconheceu o filho, como se isso fosse argumento...

Eu já citei exemplos onde o Olavo destrói os argumentos dos
seus adversários sem necessitar do ataque ad hominem. Quero ver
se existe alguém capaz de destruir os seus argumentos do mesmo
modo. Isso eu nunca vi.

Abraços,

Guilherme

_________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Olavo é chato...
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/12/2002 21:43

----- Original Message -----
From: Guilherme Peixoto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, December 02, 2002 8:56 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: O Olavo é chato...

>Eu já citei exemplos onde o Olavo destrói os argumentos dos seus
adversários sem necessitar do ataque ad hominem. Quero ver se existe alguém
capaz de destruir os seus argumentos do mesmo modo. Isso eu nunca vi.

Leia meus emails, Guilherme... ;-)

Abs.
L.

PS. Não é difícil desmontar os argumentos do Olavo de Carvalho. Basta
confrontar o que ele diz com os fatos, como eu mostrei no caso das ciências
sociais e da Fabian Society.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Os comunistas inventaram a máquina do tempo (ex-O Olavo é chato...)
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/12/2002 22:05

Lúcio.
O Olavo, como qualquer outro escritor, escreve o que deseja ou interessa aos
seus interesses.

Discutir os textos não faz sentido, senão teriamos de discutir todos os
colunistas, editorialistas, etc.

Ele representa uma parcela da sociedade, quem não quiser ler não leia.
Delete.

Mas o objetivo mesmo desta msg. é citar o velho chavão de que comuniscas
comem criancinhas.
Isto pode ter sido verdade ou não.

Mas, atualmente, os cicários da Igreja Católica, com apoio do papa,
assumiram essa função.
Os vermelhos já não comem ninguém.

sds.,

silvio.

----- Original Message -----
From: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, December 02, 2002 1:15 PM
Subject: [ciencialist] Os comunistas inventaram a máquina do tempo (ex-O
Olavo é chato...)


> ----- Original Message -----
> From: Manuel Bulcão
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Sunday, December 01, 2002 3:31 PM
> Subject: [ciencialist] Re: O Olavo é chato...
>
> >Os textos do Olavo são de um excelente escritor, é de se reconhecer isso.
>
> Isso é verdade. Ele conhece muito bem as ferramentas da retórica e
> utiliza-as com tanta habilidade que faz passar por raciocínio rigoroso o
que
> não é mais do que sofisma.
>
> >O que há de original na crítica olaviana é a demonização.
>
> Aqui, eu sou obrigado a discordar. O que há de original na demonização da
> esquerda, Manuel? A direita *sempre* demonizou a esquerda - vide o clichê
> dos comunistas-comedores-de-criancinhas. Toda a estratégia retórica da
> ditadura militar (e das ditaduras militares contemporâneas) se apoiava na
> demonização da esquerda, e o mesmo no que se refere ao macartismo. A TFP
> ainda vive e se alimenta da demonização do comunismo. Na verdade, essa
> demonização é até mesmo anterior ao marxismo e o próprio _Manifesto
> Comunista_ já começa com uma referência irônica a essa atitude: "Um
espectro
> ronda a Europa - o espectro do comunismo."




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ser capaz!
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/12/2002 22:06

Xiiiii! Tudo bem, a historinha é interessante, mas aposto 10 contra 1 que
Einstein nunca disse tal coisa. Isso se parece mais com o que Hilbert disse
a respeito do próprio Einstein, mas com outras palavras.

Contudo, é mais fácil afirmar que alguém disse alguma coisa do que afirmar
que não disse...

[ ]s


Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "Gleidson" <gechile@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 2 de Dezembro de 2002 20:52
Assunto: [ciencialist] Ser capaz!


SER CAPAZ

"Certa lenda conta que estavam duas crianças patinando em cima de um
lago congelado.
Era uma tarde nublada e fria e as crianças brincavam sem preocupação.
De repente, o gelo se quebrou e uma das crianças caiu na água.
A outra criança, vendo que seu amiguinho se afogava debaixo do gelo,
pegou uma pedra e começou a golpear com todas as suas forças,
conseguindo quebrá-lo e salvar seu amigo.
Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido,
perguntaram ao menino: 'Como você conseguiu fazer isso?
É impossível que você tenha quebrado o gelo com essa pedra, com mãos
tão pequenas!'
Nesse instante apareceu um ancião e disse: 'Eu sei como ele
conseguiu.'E todos perguntaram: 'Como?'
O ancião respondeu: 'Não havia ninguém ao seu redor para dizer-lhe
que ele não seria capaz.'
Albert Einstein"


falow...
Gleidson





SUBJECT: Pra quem ainda não se cansou do Olavo de Carvalho...
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <noosfera@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/12/2002 22:14

...segue um artigo que eu escrevi no ano passado para a revista _Caros
Amigos_. É uma síntese de várias coisas que eu tenho repetido aqui sobre
esse singular cavalheiro [o caso Sidney e Beatrice Webb não foi incluído no
artigo porque o Olavo de Carvalho ainda não tinha cometido a barbaridade de
sugerir que a URSS era capaz de modificar o passado ;-)]:

O CISCO E A TRAVE
Lúcio Manfredi

A direita era bem mais divertida quando seu porta-voz intelectual era o
finado Paulo Francis. Apesar de reacionário, Francis tinha um humor
delicioso e um apurado senso de ironia, dos quais não se vê nem sombra em
seu atual sucessor, o autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho. O que passa
por ironia em suas colunas semanais na revista Época é pura e simples
ranhetice, e quanto ao humor, infelizmente, não me lembro de ter visto nada
que se assemelhasse em nenhuma de suas colunas. Ah, é verdade. Olavo de
Carvalho não é um humorista, é filósofo. Autoproclamado, mas filósofo. Isso
não impede, evidentemente, que seus delírios semanais estejam recheados com
finas pérolas do humor involuntário, que nascem, em geral, da posição de
bela alma que Carvalho se atribui, a impoluta ave rara capaz de pensar em um
país onde os intelectuais sucumbem a clichês de esquerda que repetem
acriticamente. Um exemplo desse humor involuntário? Pois não, eis aqui um
colhido ao acaso de uma de suas colunas: "Após estudar o assunto por três
décadas e meia, já cheguei à conclusão de que o esquerdismo não é nem sequer
uma ideologia: é apenas uma forma de inconsciência patológica, um escotoma
intelectual (e moral) adquirido por vício e covardia." ("O Irracional
Superior", revista Época nº 143, p. 51.)

Deixemos estar o fato de que *ideologia*, no sentido em que Carvalho emprega
o termo, é um conceito de esquerda - antes de _A Ideologia Alemã_, de Marx e
Engels, o termo ideologia tinha um significado completamente diferente.
Cunhado por Destutt de Tracy, ele se propunha a designar a parte da
filosofia que estuda os dados da consciência. Portanto, no próprio ato de
negar que o esquerdismo seja uma doutrina filosófica coerente, Olavo de
Carvalho o faz empregando um instrumento conceitual criado por esse mesmo
esquerdismo.

Deixemos estar também que, ao empregar um vocabulário serôdio e rebuscado,
como "escotoma" e quejandos, Olavo de Carvalho, o paladino da lógica contra
a sofística, está se valendo de um dos recursos mais praticados pelos
sofistas de todas as épocas (*no pun intended*), a saber, lançar mão de
termos ou conceitos que ele espera que seu opositor desconheça a fim de, com
isso, desqualificá-lo intelectualmente sem precisar refutar sua
argumentação.

Deixemos estar tudo isso e concentremo-nos no ponto-chave de suas freqüentes
diatribes contra a esquerda, e do qual a frase citada constitui um *exempli
gratia* (a fim de que Carvalho não pense que é o único capaz de fazer
citações em latim). É que Carvalho tem, da esquerda, uma visão monolítica,
como atesta este outro trecho da mesma coluna: "Também é verdade que meus
objetores pertencem em geral a um mesmo grupo social, pelo qual não se
poderia avaliar a inteligência dos demais brasileiros: o grupo dos
intelectuais esquerdistas e das pessoas afetadas, de algum modo, pela
linguagem deles." De acordo com Carvalho, existe *um* pensamento de
esquerda, o qual, para ele, pode até nem merecer o qualificativo de
"pensamento", mas que é indubitavelmente *um*: "A experiência já me mostrou
que, em circunstâncias normais, é utópico esperar de um militante
esquerdista qualquer exercício da inteligência além do estritamento
necessário para manter aquecidos os sentimentos grupais que os unem a seus
pares numa espécie de fusão mística."

Esse caráter ao mesmo tempo unitário e irracional da esquerda, no ideário do
nosso (autoproclamado) filósofo tem uma causa simples. É que o suposto
pensamento esquerdista faz parte de uma operação organizada de
emburrecimento, orquestrada com a finalidade de tomar o poder, não
diretamente, mas indiretamente, por meio de uma infiltração maciça nos meios
de comunicação e no sistema educacional. Sim, caros amigos. Olavo de
Carvalho, o homem que espuma de ojeriza diante de qualquer lugar-comum da
esquerda, é um feroz partidário do mais antigo lugar-comum de direita (tão
antigo que o próprio _Manifesto Comunista_ já começa referindo-se
ironicamente a ele) - a conspiração comunista internacional:

"A esquerda, além de tudo isso, conserva toda a rede de conexões secretas
que sempre formou a base da militância revolucionária, que se expandiu
formidavelmente durante os anos de clandestinidade e, após a restauração
democrática, ampliou-se mais ainda sob a proteção da mentalidade
conciliadora e preguiçosa da direita." ("A mão esquerda", revista Época nº
124, Época On-Line.)

E quem estaria por trás dessa sinistra conspiração? Ninguém menos que o
vilão preferido dos mais vagabundos thrillers de espionagem da Guerra Fria,
a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, cujo poder demoníaco não foi
conjurado nem mesmo com a queda do Muro de Berlim: "É insensatez imaginar
que, com a queda da URSS, o movimento comunista internacional tenha se
desmanchado como por encanto, em vez de, como qualquer exército em retirada,
buscar imediatamente reagrupar-se para preparar uma surpresa." ("Caso a
investigar", revista Época nº 123. Época On-Line.) Escorraçado diante das
câmeras, o espectro do comunismo refugiou-se nas sombras, de onde continua
movimentando seus peões com uma mão agora tornada invisível. (Em uma de suas
colunas mais delirantes, "Juízes e pop-stars", publicada na revista Época de
6 de janeiro de 2001, Olavo de Carvalho chega ao ponto de imaginar uma
reunião secreta entre Gorbachev e os líderes da KGB, pouco antes do colapso
da URSS, na qual o premiê russo recomendava que a fortuna da KGB fosse
utilizada para continuar financiando secretamente o movimento comunista
internacional. Carvalho não cita fontes e não diz como ficou sabendo dessa
reunião secreta, mas ela desperta ecos suspeitíssimos dos famigerados
_Protocolos dos Sábios de Sião_, em que os anciãos do movimento sionista
internacional fazem uma reunião semelhante, com o mesmo propósito de definir
como usar sua fortuna para financiar secretamente o sionismo e conspirar
para o colapso dos valores ocidentais. Curiosamente, como Umberto Eco
demonstrou em seus _Seis Passeios pelos Bosques da Ficção_, essa cena é um
plágio de um romance de aventuras de Alexandre Dumas, de modo que o delírio
de Carvalho perpetua o plágio de um plágio...)

Ocorre que esse caráter supostamente monolítico da esquerda não resiste nem
ao mais superficial dos olhares, o que é muito curioso vindo de alguém que
não só se (auto)proclama filósofo, mas que alega ter estudado o *assunto*
por três décadas e meia. Não existe uma esquerda unificada nem do ponto de
vista filosófico (o que há em comum, por exemplo, entre a sutileza rabínica
de um Walter Benjamin, o comunismo programático de um Lênin e a ética
confuciana de um Mao Tse-Tung, para citar só três dentre dezenas de exemplos
possíveis?), nem do ponto de vista da militância (basta compulsar qualquer
jornal de partido para ver que os grupos de esquerda gastam mais tempo
discutindo entre si do que atacando a direita). Claro que sempre se pode
argumentar, se é que argumentar seria a palavra adequada ao caso, que essa
pluralidade ostensiva da esquerda não passa de fachada, com o propósito de
encobrir uma unidade subjacente de propósitos e métodos...

Essa imagem idealizada da esquerda como uma mônada, fechada e homogênea, vai
a par com uma visão igualmente fantasiosa da direita que, aos olhos de
Carvalho, é desorganizada demais para enfrentar o maquiavelismo esquerdista:
"Para fazer face a isso, simplesmente não há direita organizada. Confiando
na soberania do processo eleitoral, os partidos conservadores ocupam-se
exclusivamente dos mecanismos ostensivos de propaganda e coleta de votos.
Estão completamente fora das áreas extra-oficiais, que foram deixadas à
mercê da voracidade esquerdista, num convite a que arrombasse uma porta
aberta. Hoje eles não têm sequer militantes para contrabalançar a gritaria
da esquerda em manifestações de massa." ("A Mão Esquerda", op. cit.)

Que tenha sido a direita, e não a esquerda, que conseguiu colocar o povo nas
ruas para derrubar o presidente João Goulart e impedir o que eles achavam
que seria a revolução comunista, na Marcha das Famílias com Deus, como o
próprio Olavo de Carvalho lembra em outra coluna, não vem ao caso. Como
imagino que também não venha ao caso que foi a direita quem conseguiu impor
um consenso mundial, o Consenso de Washington (por mais desacreditado que
esteja, durante mais de uma década, ele *foi* um consenso). E suponho que
seja igualmente irrelevante salientar que é o conservadorismo (portanto, a
direita) que está em ascensão em todo o mundo, e que foi o capitalismo que
se tornou o sistema hegemônico na economia contemporânea. São fatos
evidentes, quase truísmos, mas que não abalam a patética imagem que Olavo de
Carvalho apresenta, de uma direita desvalida para fazer frente à mão de
ferro do esquerdismo.

Diante do quê, a única conclusão que se impõe é a de que nosso
autoproclamado filósofo sucumbe àquilo mesmo de que acusa seus opositores de
esquerda: o de se refugiar em estereótipos (existirá coisa mais
estereotipada do que o retrato que ele faz do militante de esquerda?), em
vez de confrontar a realidade dos fatos. Em outra de suas colunas, Olavo de
Carvalho refere-se *en passant* à sincronicidade junguiana, o que mostra um
conhecimento ao menos superficial da obra de Jung. Talvez ele devesse se
aprofundar um pouco mais nos textos de Jung a respeito da sombra, nos quais
encontraria uma descrição minuciosa dessa patologia que consiste em projetar
as próprias falhas sobre o outro. Mas, na falta de tempo ou interesse para
um tal estudo, bastar-lhe-ia lembrar uma figura que, há cerca de dois
milênios, já advertia contra o erro de ver o cisco no olho do próximo e não
enxergar a trave no próprio olho...



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: O Olavo é chato...
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/12/2002 22:15

Destrói? Na opinião de quem? Dele mesmo ? Quando podemos ter certeza de que
os argumentos foram destruídos? Afinal, alguém já assistiu um **diálogo**
do Olavo? Tudo que vi até hoje foi ele falando sozinho. No e-mail de
resposta que ele me enviou, onde eu perguntava por provas da conspiração
dos ateus contra os católicos, ele deixou claro que não estava disposto a
continuar a discussão (isso, é claro, após me chamar de imbecil, idiota e
jumento).

[ ]s

Eng. Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Pinhais - PR - Brasil



-----Mensagem Original-----
De: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 2 de Dezembro de 2002 21:43
Assunto: Re: [ciencialist] Re: O Olavo é chato...


> ----- Original Message -----
> From: Guilherme Peixoto
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, December 02, 2002 8:56 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: O Olavo é chato...
>
> >Eu já citei exemplos onde o Olavo destrói os argumentos dos seus
> adversários sem necessitar do ataque ad hominem. Quero ver se existe
alguém
> capaz de destruir os seus argumentos do mesmo modo. Isso eu nunca vi.
>
> Leia meus emails, Guilherme... ;-)
>
> Abs.
> L.
>
> PS. Não é difícil desmontar os argumentos do Olavo de Carvalho. Basta
> confrontar o que ele diz com os fatos, como eu mostrei no caso das
ciências
> sociais e da Fabian Society.
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Geração Desinformada (ERA: Re: O Olavo é chato...)
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/12/2002 22:26

Caro Colucci,

Eu não tinha intenção de desenvolver argumentos elaborados. Afinal, essa
aqui não é a SBCR, e as pessoas aqui engolem de tudo, desde Olavo de
Carvalho até astrologia, homeopatia, etc.

Agora, eu não faço pouco da educação clássica, mas certamente faço pouco
das pessoas que dizem: "Ah, no meu tempo era melhor **porque** nós
estudávamos latim e filosofia"... Além disso, ser massacrado por você é bem
mais interessante do que ser massacrado por outros tantos aqui, hehe...

Em tempo, porque você acha que eu sou jovem? :)) Sem querer dar uma de Bill
Clinton, defina "jovem".

[ ]s


Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Pinhais - PR - Brasil



-----Mensagem Original-----
De: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 2 de Dezembro de 2002 18:02
Assunto: [ciencialist] Geração Desinformada (ERA: Re: O Olavo é chato...)


--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
>ALVARO AUGUSTO: É também curioso que essa geração desinformada de
hoje em dia tenha conseguido construir a internet e decifrar o genôma
de vários organismos, coisa que as gerações do passado, educadas na
base do latim, do grego e da filosofia, não conseguiram! "Ah que
saudades dos tempos de outrora", não é mesmo?<

Alvaro,

Eu não sei o que é pior, se velho dizer que a nova geração é
desinformada, ou se jovem provar que é mesmo defendendo teses que não
se sustentam. Sem querer massacrá-lo por uma mensagem apressada,
porque esta não é diferente, vamos aos fatos:

INTERNET

O inventor da tecnologia básica, o conceito de "packet switching",
foi Paul Baran, que hoje tem 76 anos. Muito antes da Internet ser
chamada de Internet pela primeira vez, em 1982, já existiam os
aplicativos fundamentais: FTP, Gopher, TELNET, etc. Jim Ellis, o
criador da USENET, precursor de grupos como este do qual
participamos, morreu aos 45 anos em 2001. Um dos poucos realmente
fundamentais que ainda é jovem é o Marc Andreesseen, criador do
Mosaic, o precursor dos browsers atuais. Eu trabalhei no mesmo prédio
que ele na University of Illinois no começo dos anos noventa. Ele
tinha uns 20 e poucos anos na época. Nunca trocamos uma palavra
embora eu cruzasse com ele de vez em quando. Foi um erro. Pouco
depois ele fundou a Netscape. Andreesseen deve estar com uns 35, 36
anos agora. Embora jovem, não é exatamente parte do que você chama
de "geração desinformada" em sua mensagem.

BIOTECNOLOGIA

Aqui a coisa piora, pois esta área é domínio quase exclusivo do
pessoal das têmporas grisalhas, como uma visita a qualquer dos
centros de pesquisa em biotecnologia pode mostrar. Vamos assumir que
a biotecnologia contemporânea tenha começado com Kary Mullis e a
invenção do PCR. Isso foi há 29 anos. O chefe da equipe que clonou a
Dolly, Ian Willmut, têm hoje 58 anos. Não sei a idade dos dois
responsáveis pelo projeto Genoma, Francis Collins e Craig Venter, mas
devem estar à beira dos sessenta.

Você parece fazer pouco da educação clássica, com línguas e
humanidades. Deveria repensar isso. Muitos dos cientistas e
engenheiros que revolucionaram a tecnologia da computação nos anos
setenta e oitenta faziam parte dos chamados "homens da renascença".
Havia um cientista da Apple, cujo nome não me lembro (citado no
excelente livro "Hackers: Heroes of the Computer Revolution", de
Steven Levy), que nas horas vagas era regente da orquestra sinfônica
da cidade. O mesmo livro conta como garotos de 15 a 18 anos
revolucionaram a indústria dos jogos de computador nos anos 80, ou
como o pessoal do MIT nos anos 50 conversava em ASSEMBLER em vez de
inglês.

A discussão geração atual x passada pode continuar indefinidamente
sem que se chegue a qualquer conclusão. Há períodos na história mais
propícios a novas e revolucionárias invenções. Se uma geração
(definida como um espaço de dez anos, digamos dos 25 aos 35) tem a
sorte de estar no lugar certo e na época certa, haverá
necessariamente uma explosão de talento naquela faixa etária.

O que precisamos é abandonar o preconceito, de um lado e de outro.
Vejo, no Brasil, mais discriminação do mercado de trabalho contra os
que não são mais jovens do que nos EUA ou Canadá. Consequência da
escassez de empregos, talvez. Eu tento enxergar o potencial do
candidato, não a idade, sempre que possível. Foi assim que
entrevistei e contratei um administrador de sistemas de dezesseis
anos. O melhor que já tivemos, hoje em outra empresa.

Um abraço,
Colucci






SUBJECT: Re: [ciencialist] Os comunistas inventaram a máquina do tempo (ex-O Olavo é chato...)
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/12/2002 23:13


Caro Lucio,

Aparentemente você está com a razão, apesar de ter escolhido
um texto diferente do proposto para o ataque. Porém, estou
sem tempo agora e só responderei amanhã.

Abraços,

Guilherme




_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIA/correção
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/12/2002 23:42

Oi,

Na minha mensagem anterior, onde escrevi:

"Ademais, a libido pode ser satisfeita com sonhos (i.e., o prazer
sexual ou estado de satisfação sexual não prescinde da realidade
objetiva..."

Leia-se:

"Ademais, a libido pode ser satisfeita com sonhos (i.e., o prazer
sexual ou estado de satisfação sexual prescinde da realidade
objetiva..."

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Os comunistas inventaram a máquina do tempo (ex-O Olavo é chato...)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/12/2002 23:42

----- Original Message -----
From: Guilherme Peixoto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, December 02, 2002 11:13 PM
Subject: Re: [ciencialist] Os comunistas inventaram a máquina do tempo (ex-O
Olavo é chato...)

>Aparentemente você está com a razão, apesar de ter escolhido um texto
diferente do proposto para o ataque. Porém, estou
sem tempo agora e só responderei amanhã.

Qual foi o texto proposto, Guilherme? Se for o artigo que a Lígia postou, eu
já fiz uma análise dele linha a linha aqui na Ciencialist. E o artigo que eu
acabei de postar analisa vários textos dele em bloco.

Abs.
L.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Teoria da Informação Quântica
FROM: Rodrigo Cunha <rnbc@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/12/2002 00:54

rmtakata wrote:
> Nao sei se podemos dizer q. Nielsen nao entenda de teoria da
> informacao. De todo modo ele nao escreveu exatamente isso no artigo,
> o q. ele escreveu foi:

O que ele escreveu é bastante mais aceitável :-)

No entanto não sei se você sabe como se calcula a quantidade de
informação transmitida usando teoria da informação? Envolve probablidades.

Mais precisamente, se o zezinho sabe que geralmente há chocolate na loja
da esquina quando ele vai verificar se há ou não há ele recebe menos
informação quando descobre que há do que quando descobre o inverso.

Trata-se sempre se um estado probabilistico, e a informação é definida
pela mudança nas probabilidades.

Ex:

0, 75% e 1, 25%

Após observação X constata-se que se tratou afinal de um 0, você ganhou
1/2bit ao fazer a observação X. Se X fosse 1 você ganhava 2 bits
inteirinhos :-)

Para o caso 50%,50% você ganharia 1 bit em embos os casos.

Além disso, e devido a esse jogo probabilista, uma fonte de algarismos
binários (a teoria fala em fontes de simbolos, que podem associar-se em
grupos, etc) tem mais informação por algarismo (bits por bit? ok, a
taxonomia neste dominio é lixada) quando mais entrópica é, ou seja,
quando mais próxima da aleatoriedade total está, inpedindo por isso
previsões acerca de valores futuros.

Ou seja, 010101010101010101... não transmite grande coisa.

[acho que não meti água nas contas, estudei isto faz uns anitos...]

Apesar de ter uma base totalmente teórica e abstraida da realidade deve
ser das teorias mais quanticas/probabilistas que existem :-)

Intés!



SUBJECT: Re: [ciencialist] Os comunistas inventaram a máquina do tempo (ex-O Olavo é chato...)
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/12/2002 00:56

Salve, Silvio.

>Discutir os textos não faz sentido, senão teriamos de discutir todos os
colunistas, editorialistas, etc.

Depende. Como qualquer pessoa, o Olavo de Carvalho tem direito às opiniões
dele, por mais estapafúrdias que sejam. E, claro, se ele distorce os fatos e
manipula a retórica, isso é problema dele. Mas quando as outras pessoas
começam a achar que ele é o ó do borogodó e passam a criticar os outros
simplesmente por não pensarem como ele, ou quando passam a endeusá-lo,
dizendo que ele é capaz de destruir qualquer argumento contrário e que
ninguém nunca conseguiu fazer isso com os argumentos dele - que, no entanto,
são tão simplórios! - aí a coisa muda um pouco de figura. Começa a virar
fanatismo, e fanatismo é sempre perigoso.

>Ele representa uma parcela da sociedade, quem não quiser ler não leia.
Delete.

Não sei, não. Hitler também representava uma parcela da sociedade, e todo
mundo sabe o que aconteceu porque as pessoas bem-pensantes resolveram
ignorá-lo, achando que era só um louco inofensivo. Claro, não sei se adianta
muito contra-argumentar em bases racionais, porque quando você *quer*
acreditar em alguma coisa, você acredita mesmo diante de todas evidências em
contrário. Mas pelo menos a gente faz a nossa parte, mesmo que a nossa parte
seja só dizer "olha, não é bem assim"... ;-)

>Mas, atualmente, os cicários da Igreja Católica, com apoio do papa,
assumiram essa função.

Sei não, a impressão que eu tenho é que sempre foi assim. A coisa só vazou
agora, mas no sec. XVIII, por exemplo, era lugar-comum entre os iluministas
que os padres só pensavam em sacanagem. Metade dos libertinos nos livros do
Marquês de Sade eram padres e freiras, e um dos clássicos da literatura
libertina, _Teresa Filósofa_, é a história de uma guria que foi desvirginada
por um padre quando era adolescente. O que pegou mal pacas não foi nem tanto
saber que tem padre por aí querendo conhecer biblicamente seus pequenos
fiéis, foi a revelação de que a Igreja gastava verdadeiras fortunas - boa
parte das quais saída diretamente dos bolsos dos católicos - pra encobrir
esses casos.

>Os vermelhos já não comem ninguém.

Acho que nunca comeram - estavam ocupados demais fazendo comícios e falando
mal uns dos outros. Quer dizer, tirando o Marx, que entre uma reunião e
outra, aproveitou pra dar um crau na empregada... ;-)

Abs.
L.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Teoria da Informação Quântica
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/12/2002 01:05

----- Original Message -----
From: Rodrigo Cunha
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, December 03, 2002 12:54 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Teoria da Informação Quântica

>Apesar de ter uma base totalmente teórica e abstraida da realidade deve
ser das teorias mais quanticas/probabilistas que existem :-)

Opa, foi bom você ter escrito de novo, porque eu tinha esquecido de
responder a tua mensagem. ;-)

A questão é que, embora a mecânica quântica seja uma teoria probabilística,
existe uma diferença fundamental entre a probabilidade clássica e a
probabilidade quântica, que se reflete na teoria da informação. Na teoria da
informação, as propriedades de um sinal já estão determinadas no momento em
que ele é emitido. O receptor não sabe quais são essas propriedades enquanto
o sinal não for recebido e decodificado, daí que a informação seja definida
como uma redução da incerteza, mas essa incerteza se aplica apenas ao
conhecimento do observador (ou receptor). É uma incerteza puramente
epistêmica. Na mecânica quântica, por outro lado, a incerteza é ontológica:
as propriedades de um objeto quântico *não estão* determinadas enquanto não
se procede à medição. É a medição que faz com que ele assuma um estado
determinado. Considera, por exemplo, um bit de informação. Antes de
recebê-lo, eu não sei se ele é 0 ou 1, mas ele *já é* ou 0 ou 1. No caso de
um qubit, não. Antes de medir o sinal, ele é uma superposição coerente de 0
e 1, isto é, ele é ao mesmo tempo 0 *e* 1. Só quando o sinal é medido é que
essa superposição decai em 0 ou 1. Por isso, um qubit não é exatamente a
mesma coisa que um bit.

Abs.
L.



SUBJECT: [ciencialist] RE: Pra quem ainda não se cansou do Olavo de Carvalho...
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/12/2002 01:44

>Lucio Jorge Pina Manfredi: ...segue um artigo que eu escrevi no ano
passado para a revista _Caros Amigos_. É uma síntese de várias coisas
que eu tenho repetido aqui sobre esse singular cavalheiro [o caso Sidney
e Beatrice Webb não foi incluído no artigo porque o Olavo de Carvalho
ainda não tinha cometido a barbaridade de sugerir que a URSS era capaz
de modificar o passado ;-)]:<

Lúcio,

Gostei de seu artigo sobre o Olavo de Carvalho, o nosso filósofo
católico (cada país tem o Teilhard de Chardin que merece). Coloco Olavo
de Carvalho na galeria de tipos como o Enéas e o ex-presidente Jânio
Quadros: um louco manso, não fosse a atração que exerce sobre certas
personalidades. Os jovens, por falta de referência histórica, vêem nele
o iconoclasta quando, na verdade, ele é o oposto ­-- um remendão de
idéias caducas. Uns poucos jornalistas, por ignorância, confundem sua
retórica com profundidade. Não achou mau tê-lo na imprensa brasileira,
no entanto. Precisamos de balizas sinalizadoras. O Olavo é um farol que
nos indica a direita da direita.

Considerando que esta é uma lista de ciências, faltou na discussão um
comentário sobre o Olavo de Carvalho e a astrologia. O nosso filósofo,
quando não procura comunistas debaixo da cama, volta seu olhar para Deus
e para a astrologia. Sua linguagem ao falar da astrologia é uma obra
prima de refolho, para usar uma palavra que o Olavo usaria. Seu filho é
menos pudico. Mantém um website em que, entre outras coisas, previu a
vitória do Ciro Gomes nas eleições presidenciais. Na época parecia
seguro. Convidei-o para uma discussão pela imprensa, mas nunca recebi
resposta. Meu e-mail deve ter se extraviado.

Um abraço,
Colucci


Olavo de Carvalho e a Astrologia:
http://portodoceu.terra.com.br/filorelig/olavo.asp


A vitória é de Ciro Gomes, por Luis G. Carvalho
http://www.astrologiatradicional.com/textos/presidencia.htm





SUBJECT: Céticos e não-céticos (era: Geração Desinformada (ERA: Re: O Olavo é chato...)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/12/2002 02:24

Oi Álvaro,

> Eu não tinha intenção de desenvolver argumentos elaborados. Afinal,
essa aqui não é a SBCR, e as pessoas aqui engolem de tudo, desde
Olavo de Carvalho até astrologia, homeopatia, etc.

Manuel: Afinal, os céticos se organizam em função de quê e para quê?
É para persuadir os não-céticos das vantagens do ceticismo ou para
hostilizá-los com acusações, imputações e estigmas? A política cética
é discutir com os não-céticos ou esculachá-los?

Você, como membro da SBCR, não devia dizer isso: que não desenvolve
argumentos elaborados nesta lista porque aqui as pessoas engolem
tudo. Essa atitude só contribui para o isolamento da sua organização,
pois muita gente que se interessa por ciência mas que "ainda" não é
cética vai se sentir ofendida, passando, por isso, a encará-los com
antipatia.

Claro que com tal atitude você até pode cooptar um e outro para o
movimento cético, mas a motivação destes não será racional, ao
contrário, ingressarão no SBCR por pura vaidade, por narcisismo
apenas, movidos por uma necessidade irracional de pertencer ao clube
dos "melhores que os outros", dos mais inteligentes, dos donos da
Razão.

Mas não creio que sua intenção foi de ofender os não céticos. Penso
que você apenas se descuidou com as palavras. :-)

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Consideracoes sobre o dialogo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/12/2002 07:14

CONSIDERAÇÕES SOBRE O DIÁLOGO

1. Intróito:
(quem não entender o 1º parágrafo --> vide o glossário logo abaixo)

"Ad beneplacitum" dos colegas da Ciencialist e "ad argumentandum tantum",
vou tecer algumas considerações relativas a como vejo o diálogo e "ad hoc"
utilizar-me-ei "ad exemplum" da locução adjetiva "ad hominem". "Ad cautelam"
previno que estou assumindo algumas hipóteses "ad referendum"; em vista
disso solicito, se possível for, que as críticas relacionem-se ao contexto e
não tão somente às partes, e que sejam feitas, de preferência, por aqueles
que conseguirem digerir o texto "ad finem".

Glossário (segdo o Houaiss):
- ad beneplacitum = com permissão, consentimento ou aprovação
- ad argumentandum tantum = apenas para argumentar
- ad hoc = destinado a essa finalidade
- ad exemplum = por exemplo, para exemplificar
- ad cautelam = por cautela, por precaução
- ad referendum = sujeito à aceitação posterior por parte de um colegiado
(diz-se de ato tomado isoladamente)
- ad finem = até o fim


2. "Argumentum ad hominem":

Dentre as locuções mais empregadas aqui na Ciencialist, destaca-se a locução
adjetiva "ad hominem", que o dicionário Houaiss traduz por "relativo a
pessoa" (referindo-se a argumento em que se usa as próprias palavras do
adversário para contestá-lo), em oposição a "ad rem", qual seja, "relativo à
coisa" (referindo-se a argumento que tem relação com o assunto em pauta).

O destaque que se dá à locução "ad hominem", à primeira vista faz sentido se
nos lembrarmos que estamos em uma "lista de discussão", local onde o debate
deve ser a tônica desse ambiente virtual. Com efeito, o próprio Houaiss diz:
discussão = "debate, polêmica, em que cada participante defende pontos de
vista opostos". Logo, não há porque estranhar a ênfase a ser dada aos tipos
de artifícios contestatórios, não é mesmo?

A Sociedade da Terra Redonda (STR) utiliza-se da expressão "argumentum ad
hominem" num sentido mais restrito daquele apresentado acima e a enfatizar,
por um lado, o que chamam "forma abusiva" e, por outro, uma "forma
persuasiva e circunstancial". Não vou contestá-los, pois não sou lingüista.
Limito-me então a afirmar que, a ser a expressão interpretada desta maneira,
concordo com a conotação sob certo aspecto aviltante que a STR empresta à
mesma.

Resta-nos então o seguinte questionamento: Com essa conotação, apud STR, a
ênfase continua a fazer sentido? É de boa norma fixar as regras de um
diálogo? Seria o mandamento número um do Fórum STR, qual seja, "é
terminantemente proibido fazer ataques pessoais e ofensivos pelo Fórum (Ad
Hominens)", algo de natureza necessária? E se sim para eles... Seria também.
para nós? A resposta somente poderá ser dada se conseguirmos destrinchar o
significado da palavra diálogo.


3. Diálogo vs Discussão:

Diálogo, debate, polêmica e discussão são todas palavras com múltiplos
significados e quase sempre com pontos de vista em comum. Vou fixar-me na
primeira palavra (diálogo) e assumir que a Ciencialist, como lista de
discussão que é, seria uma lista a propiciar o diálogo entre os interessados
em ciência. Ora, seria esse um diálogo qualquer, a meramente congregar
elementos com gostos comuns? Tal e qual um chat, se bem que não tão
imediato? É possível que sim e é possível que, ao contestar essa postura,
como que a representar a finalidade primordial em um de grupo como este, eu
esteja projetando uma imagem criada em minha mente. Mas quero crer que essa
imagem não saiu do nada, pois percebo claramente que muitos, dentre os
participantes ativos da Ciencialist, vêm se esforçado sobremaneira para
situarem seus comentários distanciados daquilo que poderia vir a ser chamado
uma "discussão vulgar".

Nada contra que se discuta temas na superficialidade. Nada contra a
intromissão em temas que não dominamos. Muito pelo contrário. Pois aquele
que se considera senhor absoluto em determinado assunto, rigorosamente
falando não está propenso a dialogar. Então que vá expor suas idéias num
congresso de especialistas e tão logo consiga convencer seus pares, não vejo
mal algum que compareça aqui não para dialogar, mas para nos ensinar. Mas
isso não é a regra, e quero crer que apenas uma vez surgiu alguém aqui
nessas condições, atendendo ao apelo do Brudna.

David Bohm chega a distinguir "diálogo" de "discussão vulgar" afirmando que
nesta última "as pessoas em geral mantém posições relativamente fixas e
defendem os seus pontos de vista ao mesmo tempo que tentam convencer os
outros a mudar os seus". Já o diálogo seria "uma palavra grega onde 'dia'
significa «através de» e 'ogos' significa «palavra», não os meros sons que
constituem uma palavra, mas o seu significado. Deste modo, diálogo será o
fluxo livre de significado entre as pessoas através da comunicação, como uma
corrente que flui entre margens". [BOHM, D., e PEAT, F. D.: Ciência, ordem e
criatividade, Gradiva Publicações Ltda (tradução, 1989), Lisboa.]

Poderíamos então falar em:

1) a "discussão vulgar" em que um ou mais debatedores portam-se de
maneira intransigente, em acordo com o exposto por Bohm;
2) a "discussão do especialista com o leigo", como expus acima; e
3) o "diálogo propriamente dito", e deixarei para comentar mais abaixo.

E acrescentaria um quarto item, a comportar a idéia de discussão, conforme
Houaiss, mas a se afastar totalmente da idéia de diálogo, qual seja:

4) "a defesa apaixonada de pontos de vista contrários; desentendimento,
briga, altercação".

Qual(is) desses "diálogos" faz(em) sentido aqui na Ciencialist? Quero crer
que "diálogo" do tipo (1) é perda de tempo e quando consegue emplacar
algumas mensagens, logo transforma-se em debate do tipo (4) algo do tipo
ocorrido em julho de 2002 onde fanáticos de vários facções se dispuseram a
discutir astrologia sem que se chegasse a consenso algum; e nem poderiam
chegar, pois entre a primeira e a última mensagem não se notou progresso
algum no sentido de que pudéssemos considerar estar havendo um diálogo de
fato. O mais interessante, e sob certos aspectos até mesmo cômico, foi que
dentre os dois grupos mais fanáticos e mais briguentos, nenhum deles era a
favor da astrologia. E o mais lamentável foi que o Brudna foi obrigado a
intervir, colocando a lista sob moderação e tendo sido obrigado a apagar
algumas das mensagens, sob pena de ser processado e, com o processo, ser
obrigado a fechar a Ciencialist.

Para uma lista que se preste a vulgarizar o diálogo (tipo 1), quero crer que
a adoção de regras do tipo "ad hominem" (vide acima) possa se justificar.
Mas... que ninguém nos ouça: Se alguém apagar todas as mensagens ocorridas
durante o episódio acima descrito, a Ciencialist não terá nada a perder,
muito pelo contrário. Sem querer ofender a ninguém, mesmo porque eu também
participei das discussões (cheguei até mesmo a escrever o FBAC = "festival
de besteiras que assola a Ciencialist"), eu diria que a história da
Ciencialist divide-se em duas etapas: uma fase gloriosa, anterior a
julho/2002 e uma fase deplorável, a partir de julho/2002.

O "diálogo" de tipo (2), como já disse, conquanto útil não chega a ser um
verdadeiro diálogo, logo creio que as regras devam ser outras. Dificilmente
alguém irá ofender quem veio aqui a convite e para ensinar.

Para uma lista que se preste a fomentar "diálogos" do tipo 4 (brigas), e ao
que parece é isso que alguns estão tentando fazer com a Ciencialist, quero
crer que a adoção de regras do tipo "ad hominem" não faça nenhum sentido.
Quando muito que se criem regras a limitar zonas de pancada, do tipo adotado
em boxe (abaixo da cintura, por exemplo); e que se substitua o moderador por
um juiz. Que seja cada um por si e o Léo por todos, e que se possa também
xingar o juiz, sem evidentemente ofender a mãe do dito cujo.


4. Sobre o diálogo propriamente dito:

A respeito do diálogo, gosto de repetir o seguinte pensamento de Popper:

"Sou um racionalista. Por racionalista entendo um homem que deseja
compreender o Mundo e aprender através da discussão com outros homens.
(Note-se que eu não digo que um racionalista sustente a teoria errada
segundo a qual os homens são totalmente ou parcialmente racionais.) Por
«discutir com os outros» entendo, mais em especial, criticá-los; solicitar a
crítica deles; e tentar aprender com isso. A arte da argumentação é uma
forma peculiar da arte de combater - com palavras em vez de espadas -, uma
arte inspirada pelo interesse em nos aproximarmos da verdade acerca do
Mundo."

Mas se esse é o "verdadeiro" diálogo, em que ele difere dos anteriores, em
especial dos tipos (1) e (4) citados acima? Se "a arte da argumentação é uma
forma peculiar da arte de combater", não seria isso uma briga, no sentido
apontado para o tipo (4)? Não e por uma razão bem simples e relacionada à
finalidade do diálogo: Quem entra numa briga entra para vencer, por mais que
digam que o importante é competir; mas quem entra num diálogo entra para
aprender. No verdadeiro diálogo todos são vencedores, enquanto no "diálogo"
do tipo (4) todos são perdedores, pois ninguém aprende nada e todos acabam
perdendo tempo.

Mas se a finalidade do diálogo é aprender...? Para que regras? Eu já discuti
com o Léo e aprendi muito, já discuti com o Belisário e aprendi muito, já
discuti com o Ozelo e aprendi muito, já discuti com o Holanda e aprendi
muito, já discuti com o Manuel e aprendi muito, já discuti com o Taborda e
aprendi muito... Recentemente, e dado o clima caótico que aqui imperava, fui
para a Livre-Pensadores (desativada), discuti com a Lígia e outros e aprendi
muito. Posteriormente fui para a Noosfera e discuti muito com o Lúcio. Pois
aprendi muitíssimo, apesar de não termos concordado em quase nada, do começo
ao fim do diálogo. E paramos o diálogo com a idéia de, quem sabe, num futuro
prosseguirmos num contexto um pouco diferente, pois aquele adotado já estava
nos cansando. Assim como raramente concordei em 100% com qualquer dos outros
com quem discuti aprendendo. Sinceramente não sei dizer o quanto os outros
aprenderam discutindo comigo, sei apenas que consegui manter discussões
longas com todos esses gigantes da Ciencialist e de outras listas. E nunca
nenhum desses reclamou que eu estava me utilizando de "argumentum ad
hominem", mesmo porque, num diálogo de alto nível, onde a preocupação não é
aparecer mas sim aprender, essa regrinha chinfrim é totalmente
desnecessária.

Bem, era isso o que eu tinha a dizer e que me perdoem os que me consideram
pavio-curto mas... sinceramente, ninguém é de ferro.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm

P.S.: E ainda há quem tem a audácia de comparecer aqui para dizer que "eu
somente respeito o Lúcio porque nunca discuti física com ele"?!!! Nem vou
comentar a audácia do ignóbil porque o Lúcio já deu uma resposta à altura;
digo apenas que tenho um respeito muito grande por todos aqueles citados
acima, assim como por outros, não só da Ciencialist mas também de outras
listas ou grupos de discussão nacionais e internacionais com quem também
discuti. E com quase todos discuti física.



SUBJECT: Re: Pra quem ainda não se cansou do Olavo de Carvalho...
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/12/2002 08:59

----- Original Message -----
From: Jose Colucci Jr.
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, December 03, 2002 1:44 AM
Subject: [ciencialist] RE: Pra quem ainda não se cansou do Olavo de
Carvalho...

Salve, Colucci!

>Gostei de seu artigo sobre o Olavo de Carvalho, o nosso filósofo
católico (cada país tem o Teilhard de Chardin que merece). Coloco Olavo
de Carvalho na galeria de tipos como o Enéas e o ex-presidente Jânio
Quadros: um louco manso, não fosse a atração que exerce sobre certas
personalidades.

É, acho que ele faz parte da mesma galeria, sim. Só não tenho certeza se é
uma galera totalmente inofensiva. Depende da posição que eles ocupam na
sociedade, né? Afinal, foi a renúncia do Jânio Quadros que levou à Revolução
de 64 e o Enéas foi o deputado mais votado da última eleição...

>Os jovens, por falta de referência histórica, vêem nele o iconoclasta
quando, na verdade, ele é o oposto ­-- um remendão de
idéias caducas.

O pessoal olha a forma, e não o conteúdo. O Olavo de Carvalho assume a
postura de voz que clama no deserto e embrulha o que ele diz numa embalagem
atraente, bem escrita, daí o apelo. Por outro lado, a gente não pode
esquecer que, na média, a minha geração - que compõe boa parte do público
dele - é uma geração tremendamente conservadora, tanto política quanto
ideologicamente. Também é uma geração que - de novo, em termos gerais - tem
uma carência de figuras paternas ou de autoridade. Por último, o povo
brasileiro sempre teve uma quedinha pelo autoritarismo (vide a adoração por
Getúlio Vargas), da qual o culto a Jânio Quadros e a votação maciça do Enéas
também são sintomas. Quer dizer, manipulando as palavras com habilidade, o
Olavo de Carvalho junta a fome com a vontade de comer: é alguém que diz o
que o público dele quer ouvir de uma maneira que eles gostam de escutar.

>Não achou mau tê-lo na imprensa brasileira, no entanto. Precisamos de
balizas sinalizadoras. O Olavo é um farol que
nos indica a direita da direita.

Concordo plenamente. Até porque eu sou a favor da liberdade de expressão
ampla e irrestrita. Longe de mim querer calar a voz que clama no deserto.
Que ele continue clamando - mas que também nunca faltem pessoas pra apontar
a inconsistência do que ele prega. ;-)

>Considerando que esta é uma lista de ciências, faltou na discussão um
comentário sobre o Olavo de Carvalho e a astrologia.

Isso não me incomoda, não. Diferente da maioria aqui na Ciencialist, eu não
tenho nenhum problema com a astrologia, nem com qualquer tipo de crença -
desde que os astrólogos parem de proclamar que ela é uma ciência, porque não
é. O que me incomoda é apenas a apropriação do discurso científico como
forma de legitimar uma crença, mas *desse* pecado, o Olavo de Carvalho é
inocente - como todos os clones do René Guénon, ele tem uma aversão profunda
à ciência, à tecnologia e à modernidade em geral.

>Sua linguagem ao falar da astrologia é uma obra prima de refolho, para usar
uma palavra que o Olavo usaria.

Eu diria que a linguagem dele é uma obra-prima de refolho ao falar de
qualquer coisa. Ele é um mestre na arte que o Umberto Eco chama de *cogitus
interruptus*, a habilidade de usar sofismas e pseudo-raciocínios pra
mistificar e se automistificar. Porque esse é um ponto importante que a
gente tem que entender sobre o Olavo de Carvalho - ele *realmente* acredita
no que diz. Não é só um picareta atrás de dinheiro fácil. Pelo contrário,
ele se vê de fato na posição messiânica de salvar as pessoas de sua
ignorância congênita. E pra isso, todos os meios são válidos, daí que, se
ele não tem uma argumentação sólida pra sustentar o que ele *sabe* que é
verdade, vale qualquer artifício de retórica.

>Convidei-o para uma discussão pela imprensa, mas nunca recebi resposta. Meu
e-mail deve ter se extraviado.

Provavelmente... A alternativa seria supor que ele estivesse fugindo da
discussão, mas a gente sabe que os Olavos de Carvalho não são disso, não é
mesmo? ;-)

Abs.
L.



SUBJECT: Re: Ser capaz!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/12/2002 09:40

Parece com outra historia de moral:

"Um dia, junto a um brejo, diversas rãs se deram conta da proximidade
de um predador. A única solução para escaparem do ataque seria a de
subirem em umas árvores ali localizadas. Ato contínuo, os animais se
dirigiram às árvores, mas, logo, as lamúrias se multiplicaram, várias
rãs, desesperadas, lamentavam o fato de que a tarefa seria impossível
de ser executada. Mais se lamuriavam, mais dificuldades todas
encontravam para subir nas árvores. Mas, houve uma exceção. Uma das
rãs, sem pestanejar, entregou-se à tarefa e, em poucos minutos,
estava no topo de uma árvore, livre do predador. No dia seguinte,
passado o perigo, todas manifestavam surpresa com a "performance" da
colega e buscavam explicações. Foi quando se deram conta de que esta
rã era surda."
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos/eno271120021.htm

Ou aquele axioma tbm moral:

"Por não saber que era impossível, foi lá e fez."

Essas concepcoes tEm uma aplicabilidade limitada. De fato alguns
feitos deixam de ser realizados por não se tentar e não se tenta por
achar q. é perda de tempo ou mesmo por achar q. e' perda de tempo não
se têm um empenho necessário para a realização da tarefa a contento.
Mas não se deve ter tais histórias edificantes como um guia seguro
das ações. Às vezes elas são aplicáveis, noutras não: ninguém deixa
de morrer queimado por não saber q. ficar dentro de um vulcão é
perigoso. É uma concepção que se liga marginalmente ao anexim: "A
ignorância é uma bênção". Por vezes se traduz em referências ao fato
de ter havido resistência à idéia de se construir objetos voadores
mais "pesados" do q. o ar e ter se mostrado viável ou ao ceticismo
quanto à exequibilidade do intento de Colombo (q. na verdade so' foi
alcancado posteriormente) ou da inquisicao ou do descaso 'a tese de
Wegner.

Deve se ter em conta q. tais episódios, embora demonstrem q. a
impopularidade de uma idéia ou rejeição pelos sábios não garantem que
ela seja falsa, não é prova do oposto: q. a impopularidade ou
rejeição seja uma garantia de sua factibilidade.

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@y..., "Gleidson" <gechile@y...> escreveu
> SER CAPAZ
>
> Nesse instante apareceu um ancião e disse: 'Eu sei como ele
> conseguiu.'E todos perguntaram: 'Como?'
> O ancião respondeu: 'Não havia ninguém ao seu redor para dizer-lhe
> que ele não seria capaz.'
> Albert Einstein"




SUBJECT: Re: Opsss... Genoma não
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/12/2002 09:56

Carvalho, vamos usar letras minusculas normalmente.

Vamos tbm diferenciar o Projeto Genoma Humano -- levado
a cabo por equipes americanas -- dos projetos genoma,
como a da /Xyllela/, financiados pela Fapesp.

Os projetos brasileiros (sendo mais bairrista, paulistas)
tinham como objetivo declarado a criacao de competencias e
de equipar os laboratorios para pesquisas futuras na area.
Era capacitar os pesquisadores e tecnicos na pesquisa genomica.
Nao se tentou vender a ideia de q. o sequenciamento em
si era grande coisa ou q. apenas com isso seria possivel
resolver os problemas.

O CNPq ao q. eu saiba não mantém programas especificos de
genomica.

Entao a questao era: ter as tais maquininhas e treinar os
tecnicos para usa'-las.

Emplacar um trabalho de capa na Nature e' apenas um
ganho colateral. O q. ajuda na projecao e ajuda a
encontrar financiamento do exterior para pesquisas.

Ha' ainda o projeto genoma humano do cancer, bem
mais especifico do q. o Genoma Humano americano,
levado a cabo com o financiamento da Fapesp e do
Instituto Ludwig.

No caso americano, a coisa foi um pouco mais complicada.
Inicialmente tentaram vender a ideia para o Instituto
Nacional de Saude -- um dos principais orgaos financiadores
de pesquisa nos esteites. Vetaram. Ai' foram para o
Congresso dizendo q. o genoma resolveriam todos os
problemas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/12/2002 11:25

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Entendo que o prazer é um estado de satisfação que se
> alcança saciando-se a fome, satisfazendo-se a libido, etc.

Estado de *satisfacao* q. se alcanca *satisfazendo*...?

> vale dizer, o indivíduo submete a sua busca do prazer ao que Freud
> denominou de `princípio da realidade'.

E ai' entra a discussao de se esse principio de realidade tbm nao
seria uma forma de satisfacao... Precisamos de algum parametro mais
mensuravel.

> <<O ego humano, como sabem, é, pela pressão da necessidade externa,
> educado lentamente no sentido de avaliar a realidade e de obedecer
> ao princípio de realidade; no decorrer desse processo, é obrigado a
> renunciar, temporária ou permanentemente, a uma variedade de
> objetos e de fins aos quais está voltada sua busca de prazer, e não
> apenas de prazer sexual.>> (S. Freud; Conferência XXIII - Os
> Caminhos Da Formação Dos Sintomas)

Mas como e' q. sabemos q. o ego humano e' educado pela pressao da
necessidade externa?

> Manuel: Bem, não sei se você está falando sério, mas mesmo que não
> esteja concordo com o que você escreveu.

Nao estou falando serio. O q. nao quer dizer q. eu esteja mentindo.
Apenas fazendo uma interpretacao tendenciosa em cima de aspectos
pinçados especialmente. Nao q. seja o caso da psicanalise. Mas
novamente chamo a atencao para: como sabemos se tal interpretacao e'
valida ou nao?

> De que modo a hierarquia social é estabelecida e mantida entre
> alguns espécies de primatas antropóides? A agressividade guerreira
> presente nas relações agonísticas é um derivado da agressividade
> viril pela posse das fêmeas.

Ou sera' uma agressividade famelica pela posse de territorio de
forrageamento?

> Estando a libido presente em muitas relações sociais, pode ocorrer
> situações em que o sexo e a fome venham a compartilhar os mesmos
> símbolos. O protótipo disso seria a relação mamífera entre a mãe e
> sua cria lactente, dado que trata-se de uma relação `social' em que
> um pólo nutre o outro e que, ao mesmo tempo, apresenta forte
> caráter erótico, pelo menos por parte do filhote (o contato do seio
> com a boca da criança estimula a secreção de um peptídeo intestinal
> vasoativo que causa no cérebro sensação de prazer sexual).

Qual o carater erotico da amamentacao para o filhote?
O contato da mama com a boca da crianca estimula a
secrecao de VIP que causa no cerebro sensacao de prazer
*fagico*.

> memes), enquanto que alimentos oníricos até podem ser gostosos, mas
> não são nada nutritivos.

Oras, do mesmo modo como sexo onirico e' gostoso (falamos em gosto
e'?), mas nada reprodutivo.

Pessoas podem copular com bonecos inflaveis, do mesmo modo como podem
devorar sanduiches do McDonald's.

> Essa flexibilidade do instinto sexual torna-
> o mais plástico do que qualquer outro instinto, plasticidade esta
> ideal para os trabalhos da evolução."

Hum? Trabalhos da evolucao? A evolucao atua sobre qq caracteristica
herdavel q. possua variabilidade (e tenha alguma relacao com a
capacidade de sobrevivencia e/ou reproducao diferencial). Em um certo
sentido, caracteristicas plasticas sao mais refratarias 'a acao de
evolucao por selecao natural -- justamente por permitir uma
maleabilidade face a uma variacao ambiental, sem se refletir em uma
diferenciacao genetica. (Claro q. a selecao de todo modo pode atuar
na caracteristica 'plasticidade', em lugar do estado final conferido
por essa caracteristica, por exemplo, a capacidade de ficar mais
escuro ou menos escuro de acordo com a incidencia da luz solar, em
lugar de atuar diretamente sobre a cor da pele. Mas isso depende de
uma serie de fatores.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: O universo como um holograma.
FROM: "Mauro" <bombaspr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/12/2002 15:06

Olá a todos.

Parece-me q o Takata já falou alguma coisa sobre hologramas estes dias
atrás, e para dizer bem a verdade ñ sei se todo esse assunto já ñ foi
debatido por aqui.
Em todo caso, alguém poderia comentar
http://www.geocities.com/davidfigueira/uniholograma.htm ?
Ou então indicar alguns links relacionados ao assunto, principalmente no q
diz respeito aos elétrons serem capazes de *instantaneamente* se
comunicarem ñ importando a distância q os separam? (É isso mesmo?)

Inté+
Mauro




SUBJECT: Re: O universo como um holograma.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/12/2002 15:27

--- Em ciencialist@y..., "Mauro" <bombaspr@u...> escreveu
> diz respeito aos elétrons serem capazes de *instantaneamente* se
> comunicarem ñ importando a distância q os separam? (É isso mesmo?)

Na verdade nao e' exatamente uma comunicacao.
A historia e' relativamente longa e passa por um
experimento mental proposto por Einstein, Podolsky e
Rosen para tentar demonstrar uma suposta
falha na Mecanica Quantica.

http://www.math.ucr.edu/home/baez/physics/Quantum/bells_inequality.htm
l

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Consideracoes sobre o dialogo
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/12/2002 15:35

> Sinceramente não sei dizer o quanto os outros
> aprenderam discutindo comigo, sei apenas que consegui manter discussões
> longas com todos esses gigantes da Ciencialist e de outras listas.

Essa á fácil: nada!

> E nunca
> nenhum desses reclamou que eu estava me utilizando de "argumentum ad
> hominem", mesmo porque, num diálogo de alto nível, onde a preocupação não
é
> aparecer mas sim aprender, essa regrinha chinfrim é totalmente
> desnecessária.

Diálogo de "alto nível" é aquele que você trava com quem não consegue
perceber que você está nu?




SUBJECT: Re: [ciencialist] Consideracoes sobre o dialogo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/12/2002 22:05

----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
Sent: Tuesday, December 03, 2002 2:35 PM
Subject: Re: [ciencialist] Consideracoes sobre o dialogo

> > Sinceramente não sei dizer o quanto os outros aprenderam discutindo
> > comigo,

> Essa á fácil: nada!

Olá Álvaro

Vindo de você, soa-me como redundante. Assuma de vez que sou um imbecil e
não perca mais seu precioso tempo repetindo o mesmo discurso. Prometo que
aceitarei numa boa. Irei discordar apenas de suas colocações, jamais dos
elogios.

> > num diálogo de alto nível, onde a preocupação não é aparecer mas sim
> > aprender, essa regrinha chinfrim é totalmente desnecessária.

> Diálogo de "alto nível" é aquele que você trava com quem não consegue
> perceber que você está nu?

Quero crer que você não entendeu. O nível referido não tem nada a ver com a
qualidade dos participantes e sim com a finalidade do diálogo. De outra
forma, diria que diálogo de alto nível na Ciencialist seria impossível, pois
aqui só temos um Álvaro. Como você mesmo disse, essa aqui não é a SBCR, logo
não espere muito de nós.

Por outro lado, e apesar de sermos todos umas topeiras, quando colocados
frente à sabedoria de Vossa Eminência, diria que você não está sendo muito
justo com aqueles aos quais me referi como gigantes da Ciencialist. Na
maioria dos diálogos que citei, e em cada uma das mensagens por eles
enviadas, quero crer que eles gastaram mais Kbs do que a somatória de todas
as mensagens que você enviou este ano à Ciencialist (descontado o espaço
inútil, v.g., a repetição de textos desnecessários) e destinadas a provar
que eu sou o que sou, qual seja, um imbecil. Ora, se apesar disso eles não
aprenderam nada e sequer conseguiram perceber que sou de fato um imbecil
(ou, em suas palavras, que estou nu), sinceramente parece-me que você está
a provocar os gigantes da Ciencialist (obviamente, sob o meu ponto de vista,
mas sou um imbecil, lembre-se).

Questão de Ordem
Aos demais ciencialisteiros (e ao Álvaro também):

Por falar em imbecil, e mudando de assunto, recebi uma mensagem em pvt de
alguém que certamente não entendeu uma de minhas msgs, a de número 19722. É
possível que outros também tenham confundido o destinatário aí referido como
Jumento, como se eu estivesse me referindo ao Álvaro. Vou então reproduzir
aqui a resposta que dei em pvt:

"Mas quem chamou quem de o quê? Ele [o Álvaro, no caso] simplesmente criou
um personagem hipotético e eu simplesmente romanceei em cima de seu texto.
Ora, Mario Sanchez, que obviamente não sou eu, lembrou-me de Sancho; Sancho
lembrou-me de uma frase de Schrödinger a se referir a um jumento personagem
da obra de Cervantes. Pois eu escrevi uma mensagem dirigida a esse
hipotético jumento, assumindo, também por hipótese, que ele teria vindo aqui
na Ciencialist se comunicar com um hipotético Mario Sanchez. Que falta de
espírito esportivo!!!"

O autor da mensagem em pvt, também é um dos gigantes da Ciencialist (sob o
meu ponto de vista), embora eu não o tenha citado na mensagem anterior. E
quero crer que, tanto quanto eu, ele também gosta bastante do Álvaro, e
tanto que teria dito: "Apesar de suas desavencas, o Alvaro também é gente
boa." Ao que eu respondi:

"Eu nunca disse e nunca pensei o contrário. Agora, se ele prefere pegar no
meu pé do que no pé da Lígia (msg 19706), isso é um problema que ele deverá
que resolver com ele mesmo. Além do que eu tenho chulé. ;-))"

É o que eu tinha a dizer por ora.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Teoria da Informação Quântica
FROM: Rodrigo Cunha <rnbc@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/12/2002 22:09

Olá!

Embora você esteja absolutamente certo em suas deduções penso que a base
de partida é errada, visto que uma mensagem pode servir apenas para
baixar o nível de incerteza, sem dar certezas absolutas.

Mais: assim que você junta a teoria do Nyquist, que trata de informação
real passando sobre canais reais entre sujeitos reais, ou seja, em que o
nível de incerteza pode ser baixado tanto quanto quizer mas nunca será
zero, e em que o nivel de incerteza apenas pode ser baixado usando
muitos "bits por bit", ou seja no fundo correspondendo a uma passagem
para o mundo macroscópico, a teoria torna-se condicente com a fisica
quântica.

Aliás, tanto isso é assim que o seu modem de 56k (supondo que usa um),
usando processamento derivado da teoria da informação, funciona
perfeitamente, usando o canal transmissor com uma eficiência próxima da
teoria apesar de todo o ruido térmico, elétrico, etc.

Sinceramente nunca vi necessidade alguma de rever algum ponto da teoria
da informação em face do surgimento da fisica quantica, bem pelo
contrário elas parecem ir de mão dada. Um qbit pode ser totalmente
representado por um conjunto finito de bits (por vezes duma forma
exponencialmente ineficiente, mas pode), o que demonstra que formalmente
os dois casos são iguais. Você poderá verificar isso usando alguma das
várias bibliotecas de programação que simulam computadores quanticos: a
simulação é perfeita, embora muito ineficiente. Nalguns casos adverte-se
que a simulação apenas é formalmente perfeita se você dispuser duma
fonte de bits aleatórios, mas isso é fácil de obter usando qualquer
placa de som e algum ruido branco na entrada.


Ao contrário disso a teoria da relatividade por exemplo choca
frontalmente com todas estas assunções e terá que ser sem dúvida revista
para manter a coerência lógica interna na fisica, só ninguém sabe é como
fazer isso :-)

> Lucio Jorge Pina Manfredi wrote:
> Opa, foi bom você ter escrito de novo, porque eu tinha esquecido de
> responder a tua mensagem. ;-)
>
> A questão é que, embora a mecânica quântica seja uma teoria probabilística,
> existe uma diferença fundamental entre a probabilidade clássica e a
> probabilidade quântica, que se reflete na teoria da informação. Na teoria da
> informação, as propriedades de um sinal já estão determinadas no momento em
> que ele é emitido. O receptor não sabe quais são essas propriedades enquanto
> o sinal não for recebido e decodificado, daí que a informação seja definida
> como uma redução da incerteza, mas essa incerteza se aplica apenas ao
> conhecimento do observador (ou receptor). É uma incerteza puramente
> epistêmica. Na mecânica quântica, por outro lado, a incerteza é ontológica:
> as propriedades de um objeto quântico *não estão* determinadas enquanto não
> se procede à medição. É a medição que faz com que ele assuma um estado
> determinado. Considera, por exemplo, um bit de informação. Antes de
> recebê-lo, eu não sei se ele é 0 ou 1, mas ele *já é* ou 0 ou 1. No caso de
> um qubit, não. Antes de medir o sinal, ele é uma superposição coerente de 0
> e 1, isto é, ele é ao mesmo tempo 0 *e* 1. Só quando o sinal é medido é que
> essa superposição decai em 0 ou 1. Por isso, um qubit não é exatamente a
> mesma coisa que um bit.




SUBJECT: : Opsss... Genoma, Takata, Olavo...
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/12/2002 22:40

At 08:56 03/12/02 , you wrote:
>Entao a questao era: ter as tais maquininhas e treinar os
>tecnicos para usa'-las.
>
>Emplacar um trabalho de capa na Nature e' apenas um
>ganho colateral. O q. ajuda na projecao e ajuda a
>encontrar financiamento do exterior para pesquisas.


Olá, Takata.

O que se lê, nos jornais, e inclusive gera premios e até mesmo discursos
calorosos do Mario Covas, foram os resultados, e os resultados sinalizavam,
nas noticias, nao capacitacao institucional ou de recursos humanos, mas
sempre que a erradicacao do amarelinho agora estava sim bem proxima. Nâo
foi isso que voce leu na Folha e nos demais jornais?

E a coisa surgiu na capa ca Nature não porque o artigo era maravilhoso em
qualidade.
Mas apenas porque era surpreendente um Pais miseravel, como o Brasil, estar
investindo aquela grana toda, daquele jeito.

Foi assim que eu entendi.
Mas... tudo bem... já vi, pelo seu discurso, que tá mais fácil eu mudar as
opiniões do Olavo Takata... que Carvalho ele não deve ser não.
(risos)

L.E.


SUBJECT: Resposta p/ Lucio
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/12/2002 23:08


>O livro a que ele se refere é _Soviet Communism: A New Civilization?_,
>publicado em 1932. Não se trata nem do "mais famoso livro do casal", nem do
>"livro que os tornou 'autores' famosos", mas da última obra que eles
>publicaram em conjunto, quando já eram duas celebridades do pensamento
>político da virada do século. O que tornou os Webb famosos, de fato, não
>foi
>nenhuma obra, mas a co-fundação da Fabian Society, da qual falarei daqui a
>pouco.

Bem, na verdade tudo indica que tanto o Olavo quanto você estão
enganados: a fundação da Sociedade Fabiana é atribuída ao filósofo
escocês Thomas Davidson, e teve Bernard Shaw e Sidney Webb como
os seus primeiros membros, entre outros. Mas esta é apenas uma
crítica de ordem técnica, que não derruba sua argumentação. Da
mesma forma, suas críticas ao Olavo, mesmo que procedentes, não
o derrubam.

O termo Fabiano deriva do general Romano Fabius Cunctator, cujas
técnicas de batalha se baseavam em movimentos tímidos, numa tática
de evasivas, que evitando o confronto direto, garantiria a vitória
contra uma força bem maior. Ora, sejamos realistas. Um movimento socialista
Fabiano só pode ter como um dos principais objetivos
a derrota do capitalismo e a implantação do socialismo, diferindo
do processo que criou a URRS somente pelas ações brandas, sem passar
por revolução propriamente dita. Assim, a Fabian Society, já nasce
com uma peculiar significação que a define, de ser a opção alternativa
à revolução socialista, quando não se dispõe de uma força suficiente.
Assim, a dualidade com o Stalinismo já está dada.

Sidney Webb desde cedo passou a desempenhar papel de liderança
política dentro da Fabian Society, de modo que ele efetivamente
representava a visão política e estratégica desta sociedade.
Depois de visitar a URSS, já na década de 30, o casal Webb escreve
o tal livro (em três anos), e, como consta no texto do Olavo, as
dúvidas sobre a autoria do livro não têm como base os depoimentos
de desertores, mas dos arquivos de Moscou. Já ouvi chamar defunto de
arquivo morto, mas nunca uma pessoa viva simplesmente de arquivo...

Agora eu pergunto: que importância tem o fato desse livro ser ou
não o livro mais importante dos Webb? Sendo ou não verdade, o
argumento do Olavo permanece digno de atenção. Então vamos aceitar
que os Webb já eram famosíssimos. Fica ainda mais vergonhoso pessoas
ilustres, conhecidas, "escreverem" uma obra pré-fabricada, atuando
como paus-mandados do Stalinismo. Foi nesse momento que o Stalinismo
se projetou no Fabianismo, este feito "sob encomenda". Considero
essa a idéia central do Olavo. A rigor, como você disse, a Fabian
Society não poderia ter sido criada para servir especificamente ao
Stalinismo, por uma questão de incongruência temporal, mas a idéia
do Olavo de que ela tem sido um braço moderado dos socialistas mais
radicais, como se vê, não é tão absurda, mesmo que esteja errada.
Desse modo, você não desmontou a estrutura de argumentação do Olavo.

>(Em tempo: a cena de _Biarritz_ serviu de inspiração direta pros
>_Protocolos
>dos Sábios de Sião_, uma das piores peças de propaganda anti-semita de
>todos
>os tempos, de modo que Olavo de Carvalho, como se vê, encontra-se em muito
>boa companhia...)

Neste trecho você usa uma comparação supérflua, cujo efeito é
insinuar alguma semelhança entre os textos do Olavo e a propaganda
anti-semita (esta sendo própria de muitos grupos esquerdistas).
O Olavo não tem nada de anti-semita... pelo contrário, considero-o
um sionista fervoroso. Basta ler seus textos para concordar comigo.

Você concorda com a afirmação de que ele é a "direita da direita".
Quem critica nesse nível não merece debate, pois não demonstra
conhecimento de causa. O Olavo é liberal, e isso é óbvio. Direita
da direita, que deve ser um eufemismo de extrema direita, sempre
foi uma opção política duramente atacada pelo Olavo. Dizer que o
Olavo é extremista é como dizer que a água é seca.

O Olavo de Carvalho não é qualquer coisa que só os otários engolem,
não é um mágico das palavras que só faz uso da retórica, não é
um Enéas ou outro zé mané... também está longe de ser um semi-deus.
Para quem é inteligente, esquerdista ou não, muitos dos seus textos
não podem ser classificados ou enquadrados para que caibam dentro
das cabecinhas estreitas de muitos dos seus críticos. Essa suposta
aberraçãozinha que lembra o Enéas ou o Hitler não poderia ser capaz,
por exemplo, de realizar um estudo tão profundo sobre Aristóteles,
ou de escrever um texto tão magnífico quanto o texto que ele escreveu
sobre o conceito da inteligência ("Inteligência e Verdade"), e
muitos outros que estão dando sopa no seu site.

Enquadrar este senhor segundo a própria estatura só piora as
coisas: denuncia abertamente as limitações intelectuais das
pessoas em desvantagem manifesta. Pega mal... pelo menos para
quem tem raciocínio próprio. Quer ver um exemplo? Você, Lúcio,
apesar dessas palavras parecerem uma ofensa a sua pessoa, eu
já o considero bem inteligente. Caso contrário não perderia
meu tempo. Aquila non capit muscas. Suas críticas são boas,
e não é por eu discordar das suas posições que eu teria a
"obrigação" de desqualificá-lo como pessoa que pensa.

Abraços,

Guilherme




_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Consideracoes sobre o dialogo
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/12/2002 01:00

a) Todos nós sabemos que você foi longe demais com essa história de
jumento. A comparação é totalmente inadequada, pois além de mostrar que
você não sabe quem é Mario Sanchez, também mostra que você é capaz de tecer
analogias ad nauseum. Mario Sanchez, autor da teoria do campo unificado, é
pessoa de carne e osso, e atualmente atingiu um grau de iluminação tão
grande que lhe permite viver somente de luz;

b) Eu também não posso ser o jumento, pois este, em última análise, segue
os passos de Dom Quixote e isso eu nunca poderia fazer, pois quem seria
este último a não ser você mesmo? Afinal, quem se autodenomina "Cavaleiro
do Apocalipse Quântico" e vive perseguindo moinhos de vento? No ofense.

c) Eu também recebi um e-mail de um dos "gigantes" (imagino que seja o
mesmo que lhe escreveu) e prometi a ele que não enviaria para a lista a
minha resposta preparada desde 02/12. Talvez ela fique para sempre na minha
caixa de rascunhos, mas garanto que é duas vezes mais comprida que seus
e-mails e pelo menos três vezes mais interessante. Esse mesmo "gigante" me
garantiu que você é boa gente e, quanto a isso, vou tentar acreditar nele.

Finalmente, minimalismo é coisa que se aprende de berço e não pretendo
esquecer. Poderia ser fatal em termos profissionais, além de grande
desperdício de tempo.


[ ]s

Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Terça-feira, 3 de Dezembro de 2002 22:05
Assunto: Re: [ciencialist] Consideracoes sobre o dialogo


> ----- Original Message -----
> From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> Sent: Tuesday, December 03, 2002 2:35 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Consideracoes sobre o dialogo
>
> > > Sinceramente não sei dizer o quanto os outros aprenderam discutindo
> > > comigo,
>
> > Essa á fácil: nada!
>
> Olá Álvaro
>
> Vindo de você, soa-me como redundante. Assuma de vez que sou um imbecil e
> não perca mais seu precioso tempo repetindo o mesmo discurso. Prometo que
> aceitarei numa boa. Irei discordar apenas de suas colocações, jamais dos
> elogios.
>
> > > num diálogo de alto nível, onde a preocupação não é aparecer mas sim
> > > aprender, essa regrinha chinfrim é totalmente desnecessária.
>
> > Diálogo de "alto nível" é aquele que você trava com quem não consegue
> > perceber que você está nu?
>
> Quero crer que você não entendeu. O nível referido não tem nada a ver com
a
> qualidade dos participantes e sim com a finalidade do diálogo. De outra
> forma, diria que diálogo de alto nível na Ciencialist seria impossível,
pois
> aqui só temos um Álvaro. Como você mesmo disse, essa aqui não é a SBCR,
logo
> não espere muito de nós.
>
> Por outro lado, e apesar de sermos todos umas topeiras, quando colocados
> frente à sabedoria de Vossa Eminência, diria que você não está sendo
muito
> justo com aqueles aos quais me referi como gigantes da Ciencialist. Na
> maioria dos diálogos que citei, e em cada uma das mensagens por eles
> enviadas, quero crer que eles gastaram mais Kbs do que a somatória de
todas
> as mensagens que você enviou este ano à Ciencialist (descontado o espaço
> inútil, v.g., a repetição de textos desnecessários) e destinadas a provar
> que eu sou o que sou, qual seja, um imbecil. Ora, se apesar disso eles
não
> aprenderam nada e sequer conseguiram perceber que sou de fato um imbecil
> (ou, em suas palavras, que estou nu), sinceramente parece-me que você
está
> a provocar os gigantes da Ciencialist (obviamente, sob o meu ponto de
vista,
> mas sou um imbecil, lembre-se).
>
> Questão de Ordem
> Aos demais ciencialisteiros (e ao Álvaro também):
>
> Por falar em imbecil, e mudando de assunto, recebi uma mensagem em pvt de
> alguém que certamente não entendeu uma de minhas msgs, a de número 19722.
É
> possível que outros também tenham confundido o destinatário aí referido
como
> Jumento, como se eu estivesse me referindo ao Álvaro. Vou então
reproduzir
> aqui a resposta que dei em pvt:
>
> "Mas quem chamou quem de o quê? Ele [o Álvaro, no caso] simplesmente
criou
> um personagem hipotético e eu simplesmente romanceei em cima de seu
texto.
> Ora, Mario Sanchez, que obviamente não sou eu, lembrou-me de Sancho;
Sancho
> lembrou-me de uma frase de Schrödinger a se referir a um jumento
personagem
> da obra de Cervantes. Pois eu escrevi uma mensagem dirigida a esse
> hipotético jumento, assumindo, também por hipótese, que ele teria vindo
aqui
> na Ciencialist se comunicar com um hipotético Mario Sanchez. Que falta de
> espírito esportivo!!!"
>
> O autor da mensagem em pvt, também é um dos gigantes da Ciencialist (sob
o
> meu ponto de vista), embora eu não o tenha citado na mensagem anterior. E
> quero crer que, tanto quanto eu, ele também gosta bastante do Álvaro, e
> tanto que teria dito: "Apesar de suas desavencas, o Alvaro também é gente
> boa." Ao que eu respondi:
>
> "Eu nunca disse e nunca pensei o contrário. Agora, se ele prefere pegar
no
> meu pé do que no pé da Lígia (msg 19706), isso é um problema que ele
deverá
> que resolver com ele mesmo. Além do que eu tenho chulé. ;-))"
>
> É o que eu tinha a dizer por ora.
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Consideracoes sobre o dialogo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/12/2002 06:07

----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
Sent: Wednesday, December 04, 2002 12:00 AM
Subject: Re: [ciencialist] Consideracoes sobre o dialogo

> ...além de mostrar que você não sabe quem é Mario Sanchez...

Sem a menor sombra de dúvida concordo que além de imbecil sou também
ignorante. Mas mesmo que exista esse Mario Sanchez, quero crer que ele não
se dignaria a participar de uma lista onde uma toupeira como eu consegue
emplacar diálogos tão longos e com tanta gente [os gigantes da Ciencialist].
Afinal, isso aqui não é nenhuma lista da SBCR, lista essa que, a despeito de
você ter tido a amabilidade de me convidar a participar, sinceramente não me
sinto à altura de acompanhar os diálogos lá apresentados, tamanha a
complexidade e a envergadura de que estão dotados.

Logo esse Mario Sanchez real, a que ora você se refere, não pode ser o mesmo
hipotético Mario Sanchez de sua mensagem anterior. Conseqüentemente, "devo
admitir que conheço tão pouco a respeito desse hipotético Mario Sanchez como
a origem do segundo jumento de Sancho Pança". Essa frase entre aspas,
substituindo-se o "desse hipotético Mario Sanchez" por "dessas partículas,
esses átomos e moléculas", transforma-se num pensamento de Schrödinger
emitido por ocasião de uma de suas palestras [vide Problemas de Física
Moderna, Ed. Perspectiva, São Paulo, 1969, p.66]

> Eu também não posso ser o jumento, pois este, em última análise, segue
> os passos de Dom Quixote e isso eu nunca poderia fazer, pois quem seria
> este último a não ser você mesmo?

Bem, eu não disse que você poderia ser o jumento e sim que outros admitiram
essa possibilidade, a de que eu pudesse ter pensado isso. Mas se você quer
que além de imbecil e ignorante eu seja também um jumento, não vou
contrariá-lo. Que seja.

> Afinal, quem se autodenomina "Cavaleiro
> do Apocalipse Quântico" e vive perseguindo moinhos de vento? No ofense.

Mas como "no ofense"? Dizer que eu persigo moinhos de vento soa-me como um
elogio. ;-) Pois é isso mesmo o que faço nas horas vagas.

> Finalmente, minimalismo é coisa que se aprende de berço e não pretendo
> esquecer. Poderia ser fatal em termos profissionais, além de grande
> desperdício de tempo.

Concordo, mas às vezes o tiro acaba saindo pela culatra, e isso pode também
ser fatal em termos profissionais. No ofense.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: : Opsss... Genoma, Takata, Olavo...
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/12/2002 09:24

--- Em ciencialist@y..., "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@i...> escreveu
> O que se lê, nos jornais, e inclusive gera premios e até mesmo
> discursos calorosos do Mario Covas, foram os resultados, e os
> resultados sinalizavam, nas noticias, nao capacitacao institucional
> ou de recursos humanos, mas sempre que a erradicacao do amarelinho
> agora estava sim bem proxima. Nâo foi isso que voce leu na Folha e
> nos demais jornais?

Nao. De fato muitos artigos (de jornais) acenavam para essa hipotese.
E' bem possivel q. um ou outro pesquisador ate' tivesse feito algum
comentario menos realista da situacao. Mas nao foi o q. se leu nos
jornais a partir das declaracoes dos membros das equipes e do proprio
diretor cientifico.

A versao oficial pode ser conferida, por exemplo, em:

http://www.fapesp.br/capa50.htm

"Realidade maior que o sonho - A par do importante fato científico
stricto sensu, que abre vastas possibilidades e novas indagações para
os laboratórios ligados à rede ONSA, o fechamento do genoma da
Xylella fastidiosa tem uma infinidade de outros significados.
Primeiro, ele atesta que, não só foi cumprido, como ultrapassado em
boa medida, o que era pouco mais que um sonho quando a FAPESP lançou
solenemente, no auditório da Fundação superlotado por autoridades,
empresários e mais de 300 pesquisadores do Estado, o então chamado
Projeto Genoma-FAPESP. Ali, anteviam-se e explicitavam-se estas
realizações:
• Seqüenciar até maio do ano 2000 cerca de 2 milhões de pares de base
do DNA da Xylella fastidiosa;
• Propiciar um salto de competência em Genética Molecular, com cerca
de 30 laboratórios dominando, no ano 2000, as técnicas de análise de
genoma e todas as tecnologias básicas dessa área;
• Dispor de novos dados científicos e idéias, no final do projeto,
para tentar resolver o problema da CVC na citricultura paulista;
• Consolidar um novo modelo de trabalho cooperativo em pesquisa.
Essas propostas estão documentadas no Notícias FAPESP número 25, de
outubro de 1997, na matéria com o título assertivo "Um projeto para
revolucionar a ciência brasileira", apropriado ao clima de entusiasmo
que grassava entre os formuladores da proposta de seqüenciamento da
Xylella, à frente o professor Perez."

Que haja capitalizacao politica, ha ha, grande novidade.

Agora, pode ser q. a minha leitura dos jornais tenha sido enviesada.
De todo modo, o q. os jornais falam nem sempre, infelizmente, reflete
o q. de fato ocorreu ou o q. de fato foi dito. Digo isso, nao apenas
por acompanhar um pouco do jornalismo cientifico (o q. eles falam de
bobagens nao esta' no gibi), mas tbm do jornalismo esportivo (eles
pegam uma declaracaozinha dita despreocupadamente e fazem um alvoroco
em cima -- um leva e traz desgramento) e principalmente porq. ja'
enviei releases para a imprensa e se a gente compara entre o q. foi
enviado e o q. sai publicado: nao ha' apenas edicao (isso e' normal),
mas troca de informacoes (datas q. saem erradas, nome do evento q. e'
mudado, os objetivos q. nao sao compreendidos -- juro pra vc q. nao
foi pelo meu mau portugues: um evento q. a empresa em q. trabalho
promoveu era voltado para alunos do ensino medio e do superior para
dar informacoes sobre cursos superiores de graduacao e pos-graduacao,
carreiras e estagios, foram convidadas as universidades de Sao Paulo
e as empresas alemas. O q. saiu noticiado? Evento sobre trabalho na
Alemanha...) Muito jornalista ja' sai com a materia pronta, tudo o q.
ele quer e' uma declaracao pra confirmar o q. ele acha do assunto e
ai' sai bastantes bobagens. Um exemplo recente de como muito
jornalismo nao entende do q. se trata e acaba falando mais do q. deve:

------------
A maioria dos cientistas concorda que os asteróides com mais de um
quilômetro de diâmetro, capazes de destruir civilizações inteiras,
são uma preocupação que só se justifica a cada punhado de dezenas de
milhões de anos. Mas novos cálculos mostram que bólidos mais
modestos, com 50 metros de diâmetro e a capacidade de destruir uma
cidade, despencam do céu uma vez por milênio.
[...]
A ameaça só existe quando os bólidos têm 50 metros ou mais. Foi um
meteoro desse tipo (ou um disco voador, segundo fãs de ufologia) que
explodiu sobre Tunguska, na Sibéria, em 1908, destruindo centenas de
quilômetros quadrados de floresta. Se um desses explodisse sobre uma
região habitada, poderia matar milhões. Felizmente, com base na nova
estimativa, parece haver ainda nove séculos para catalogar os
pedregulhos espaciais e se preparar para futuras colisões.

http://www1.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u7741.shtml
-------

Oras, a queda de um meteoro e' um evento de certo modo estocastico --
do contrario seria bem facil prever qdo um desses poderia vir pra ca'.
O um a cada mil anos se refere a uma media e nao a uma tabela de
horario de trem ingles. Falar q., porq. ha' cem anos caiu um, o outro
so' daqui a novecentos anos nao tem cabimento -- aqui, mesmo q. ele
trabalhasse na media e fizesse varias apostas, ele certamente erraria
praticamente todas ou quase todas as vezes (se pegarmos uma populacao
de 10 pigmeus de 1m10 e 10 tutsis de 1m80 teremos uma media de 1m45
q. nao corresponde a absolutamente ninguem). Embora existam muitos
cientistas incompetentes, duvido q. os autores do estudo tenham dado
essa ideia. Foi uma observacao engracada a do jornalista? Foi. Mas a
piada nao era pertinente.

> E a coisa surgiu na capa ca Nature não porque o artigo era
> maravilhoso em qualidade.
> Mas apenas porque era surpreendente um Pais miseravel, como o
> Brasil, estar investindo aquela grana toda, daquele jeito.

Eu nao falei q. era maravilhoso em qualidade (tbm nao digo q. seja
pouca porcaria). Razoes politicas pra ir pra capa? Pode ser. Mas foi
publicada e pra ser publicada e' outra historia. E teve outros
trabalho publicados tto na Nature como na Science e na PNAS.
Significa grande coisa? Talvez nao. O q. eu disse e' q. isso foi um
ganho colateral.

Ah, sim. Ia me esquecendo. Falou-se q. so' os esteites patenteavam,
pois sim. A Fapesp tbm lancou pedido de patente das sequencias -- nos
esteites, claro, onde se pode patentear genes. (Aqui no país a
legislacao nao permite.) E nao apenas da tal /Xyllela fastidiosa/,
mas tbm da /Xanthomas citri/ e /X. campestri/ entre outras. O
patenteamente de genes deve ser permitido? Nao sei. Isso tbm e' outra
historia.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: : Opsss... Genoma, Takata, Olavo...
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/12/2002 09:57

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> Mas nao foi o q. se leu nos jornais a partir das declaracoes dos
> membros das equipes e do proprio diretor cientifico.

Complementando:

------
Folha de São Paulo, 15-07-2002, pág: A12

Fapesp diz que atingiu suas metas
DA REPORTAGEM LOCAL
O fato de os projetos da Fapesp que estimulam parcerias entre
empresas e universidades não sanarem o déficit de inovação no país
não minam sua relevância, diz José Fernando Perez, diretor científico
da fundação.
"Eles não vão resolver problemas de financiamento de universidades,
nem resolver o problema de desenvolvimento tecnológico. Mesmo assim
esses projetos são muito importantes, por enriquecer a formação de
pesquisadores", afirma o diretor. Segundo ele, o programa não
subverte o sistema, pois atenta as empresas para o fato de que a
inovação é importante e cria massa crítica de pesquisadores para
atuarem nesse mercado.
Com relação às críticas ao Projeto Genoma da Fapesp, Perez afirma que
Ferreira parte de uma falsa premissa. "Ele diz, 'se o objetivo era
resolver o problema do amarelinho', o que não é verdade", diz. "O
grande objetivo do programa do genoma era criar competência - formar
recursos humanos. Nós atingimos esse objetivo."

-------

País fará mapa genético completo de bactéria
http://www.estado.estadao.com.br/jornal/97/10/11/news076.html

OBrasil vai entrar na corrida pelo mapeamento genético completo de
uma espécie, área considerada estratégica, mas até hoje pouco
desenvolvida no País. Na terça-feira, a Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado de São Paulo (Fapesp) anuncia o lançamento do primeiro
Projeto Genoma brasileiro, novidade também em toda a América Latina.
[...]
- "É o maior empreendimento na área de biotecnologia já anunciado no
Brasil", diz a geneticista Mayana Zatz, do Instituto de Biociências
da Universidade de São Paulo (USP). "Vamos mexer com um organismo
importante do ponto de vista comercial e treinar muitos laboratórios,
que mais tarde poderão trabalhar com outras espécies", afirma a
cientista.
Pela primeira vez em todo o mundo, um fitopatógeno (causador de
doença em vegetais) terá seu código genético inteiramente decifrado.
Os centros de excelência em biologia molecular da Europa e dos
Estados Unidos dirigem o foco em bactérias que provocam doenças em
animais e no homem.

(Destaque-se o termo 'codigo genetico' mal empregado como sempre
acontece, tbm duvido q. tenha sido algum cientista envolvido na area
q. tenha falado em 'codigo genetico', mesmo Fernando Perez q. e'
fisico e nao biologo.) O codigo genetico da Xylella provavelmente e'
identico ou quase identico ao humano.
------------

País faz 1º seqüenciamento genético de ser vivo
http://www.estado.estadao.com.br/jornal/00/02/18/news056.html

"Com o Projeto Genoma Xylella, o Brasil colocou-se no mesmo nível dos
mais avançados centros de pesquisa do mundo na área de seqüenciamento
genético", diz Andrew Simpson, coordenador do projeto e pesquisador
do Instituto Ludwig. Segundo Simpson, o seqüenciamento do código
genético da xylella significará um avanço de dez anos na pesquisa de
formas de combate à praga, que afeta quase um quarto da produção
nacional de laranja, um dos mais importantes produtos de exportação
do País.
[...]
Avanço - Mas o grande saldo positivo do Projeto Xylella transcende o
setor agrícola. "O maior mérito do projeto é a própria rede de
laboratórios que se criou para executá-lo, é a competência que o País
conquistou na área de seqüenciamento genético", avalia o José
Fernando Perez, diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado de São Paulo (Fapesp), instituição que concebeu, articulou
e financiou o Projeto Genoma paulista."

(Novamente o termo 'codigo genetico' empregado erroneamente.
Provavelmente essa forma ira' se fixar em breve como sinonimo
de 'material genetico' e 'genoma' pela forca dos meios de
comunicacao.)

-------------

(Não, não acho q. haja um complô mundial dos jornalistas e donos de
jornais, rádios, tvs, revistas, sites de internet para tornar 'codigo
genetico' sinonimo de 'genoma'. Tbm nao acho q. os jornalistas
planejem tomar o poder e instaurar o quarto regime hemero-
hebdomadario. Se bem q. o WCSJ 2002 e' muito suspetchoso...)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/12/2002 10:11

----- Original Message -----
From: Guilherme Peixoto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, December 03, 2002 11:08 PM
Subject: [ciencialist] Resposta p/ Lucio

>Bem, na verdade tudo indica que tanto o Olavo quanto você estão
enganados: a fundação da Sociedade Fabiana é atribuída ao filósofo
escocês Thomas Davidson, e teve Bernard Shaw e Sidney Webb como
os seus primeiros membros, entre outros.

Guilherme, uma sociedade é, por definição, um grupo de pessoas, a menos que
seja uma sociedade do eu-sozinho. Shaw e os Webb, assim como H. G. Wells,
fazem parte do grupo fundador, como é dito no próprio site da Fabian Society
(http://www.fabian-society.org.uk/About/history.asp): "The Society's early
members included George Bernard Shaw (later described by Lenin as 'a good
man fallen among Fabians'), Sidney and Beatrice Webb, Emmeline Pankhurst and
H G Wells.."

>Da mesma forma, suas críticas ao Olavo, mesmo que procedentes, não o
derrubam.

Veremos isso no devido momento. Continuemos com o email.

>Ora, sejamos realistas. Um movimento socialista Fabiano só pode ter como um
dos principais objetivos
a derrota do capitalismo e a implantação do socialismo, diferindo do
processo que criou a URRS somente pelas ações brandas, sem passar por
revolução propriamente dita.

"Só pode ter", não. Tem. Não se trata de uma motivação oculta, revelada por
Olavo de Carvalho após uma exaustiva investigação de documentos
secretíssimos da KGB, mas do objetivo explícito da Fabian Society, declarado
no próprio texto do site que eu citei acima: "The Fabian Society was founded
in 1884 as a socialist society committed to gradual rather than
revolutionary social reform."

>Assim, a Fabian Society, já nasce com uma peculiar significação que a
define, de ser a opção alternativa
à revolução socialista, quando não se dispõe de uma força suficiente.

Não se trata de "dispor de força suficiente". Os membros da Fabian Society
acreditavam na meta de uma sociedade sem classes, mas discordavam sobre a
revolução ser o melhor caminho para isso. Eles achavam que o melhor caminho
para abolir a exploração do homem pelo homem era através de uma evolução
lenta e gradual e que uma revolução violenta só geraria mais violência. Os
próprios Webb acreditavam nisso, antes de sua conversão tardia (e
lamentável) ao stalinismo.

>Depois de visitar a URSS, já na década de 30, o casal Webb escreve o tal
livro (em três anos), e, como consta no texto do Olavo, as dúvidas sobre a
autoria do livro não têm como base os depoimentos de desertores, mas dos
arquivos de Moscou. Já ouvi chamar defunto de arquivo morto, mas nunca uma
pessoa viva simplesmente de arquivo...

Então leia o próprio Olavo de Carvalho, no artigo "A Mão Direita da
Esquerda", publicado no Globo de 9 de junho de 2002 e disponível no site do
autor (http://www.olavodecarvalho.org/semana/dirdaesq.htm): "...desertores
da KGB informaram que pelo menos um dos livros de Sidney Webb, o mais
célebre presidente da Fabian Society, não foi escrito por ele, mas veio
pronto do Ministério das Relações Exteriores soviético." Se há contradição,
é do próprio Olavo de Carvalho, que num artigo diz que a informação veio dos
misteriosos arquivos de Moscou e no outro afirma que ela saiu de depoimentos
de desertores da KGB. Note também que "pelo menos um dos livros de Sidney
Webb" tem uma conotação bem diferente de "o mais famoso livro do casal" e de
"o livro que os tornou 'autores' famosos".

>Agora eu pergunto: que importância tem o fato desse livro ser ou não o
livro mais importante dos Webb?

Tem toda a importância do mundo. Se o livro mais importante de dois dos
principais membros da Fabian Society foram escritos por ghostwriters de
Moscou, então o argumento de Carvalho de que a própria Fabian Society é um
instrumento do stalinismo ganha peso. Se o que foi escrito por ghostwriters
de Moscou foi uma obra tardia, depois que os Webb abandonaram os princípios
fabianos em troca do stalinismo, o argumento se esvazia.

>Foi nesse momento que o Stalinismo se projetou no Fabianismo, este feito
"sob encomenda". Considero essa a idéia central do Olavo.

Você pode considerar assim, se quiser, mas não é isso que ele diz. O que ele
afirma com todas as letras é que a Fabian Society foi *criada* pelos
comunistas soviéticos pra servir de fachada.

>A rigor, como você disse, a Fabian Society não poderia ter sido criada para
servir especificamente ao
Stalinismo, por uma questão de incongruência temporal

Não, não poderia, mas é isso que o Olavo de Carvalho *diz*.

>mas a idéia do Olavo de que ela tem sido um braço moderado dos socialistas
mais radicais, como se vê, não é tão absurda, mesmo que esteja errada.

"Não é tão absurda, mesmo que esteja errada" é um oxímoro. Se ela está
errada, está errada e pronto. De qualquer forma, a idéia é absurda, sim,
porque os fabianos declaradamente eram contra o radicalismo dos que pregavam
a luta armada como caminho para o socialismo.

>Desse modo, você não desmontou a estrutura de argumentação do Olavo.

Questão de ponto de vista. Pra mim, um argumento que se apóia inteiramente
em extrapolações não-comprováveis e informações falsas não se sustenta. Você
pode achar diferente, é um direito seu.

>Neste trecho você usa uma comparação supérflua, cujo efeito é insinuar
alguma semelhança entre os textos do Olavo e a propaganda anti-semita (esta
sendo própria de muitos grupos esquerdistas). O Olavo não tem nada de
anti-semita... pelo contrário, considero-o um sionista fervoroso. Basta ler
seus textos para concordar comigo.

Nunca disse que o Olavo de Carvalho era anti-semita. A comparação foi pra
mostrar a semelhança entre as ilações de Olavo de Carvalho e os produtos
mais delirantes da paranóia de direita.

>Você concorda com a afirmação de que ele é a "direita da direita". Quem
critica nesse nível não merece debate, pois não demonstra conhecimento de
causa.

Se quiser suspender o debate, esteja a gosto. Creio que já mostrei que
conheço bem, sim, os artigos do Olavo de Carvalho.

>O Olavo é liberal, e isso é óbvio.

"Liberal" é uma palavrinha ambígua, que quer dizer tudo e acaba não
significando nada. Nos Estados Unidos, o termo "liberal" é um eufemismo pra
esquerda (nos EUA, Noam Chomsky é considerado um pensador liberal). No
Brasil e na Europa, "liberal" está associado à filosofia do liberalismo,
formulada por Adam Smith, e que é a moldura filosófica do capitalismo.
Duvido que Olavo de Carvalho seja liberal no primeiro sentido, e ele mesmo
provavelmente ficaria indignado de ser colocado no mesmo balaio que Chomsky.
Agora, se ele é liberal no segundo sentido, então, sim, ele é de direita:
repito, foi a doutrina liberal de Adam Smith que forneceu a fundamentação
ideológica e a teoria econômica nas quais o capitalismo se apóia.

>Direita da direita, que deve ser um eufemismo de extrema direita, sempre
foi uma opção política duramente atacada pelo Olavo. Dizer que o Olavo é
extremista é como dizer que a água é seca.

Ok, então vejamos o quanto essa água é molhada. Em "Tudo o que você queria
saber sobre a direita - e vai continuar não sabendo", publicado no caderno
Prosa & Verso do Globo de 22 de setembro de 2000
(http://www.olavodecarvalho.org/textos/naosabendo.htm), Olavo de Carvalho
escreve: "O leitor sabe quem são von Mises, Hayek, Rothbard, Kirk,
Muggeridge, Horowitz, Sowell, Babbit, Scruton, Peyrefitte, Jouvenel,
Voegelin, Guénon, Nasr, Schuon, Lindblom, Rosenstock-Huessy, Rosenzweig,
Kristol? Se perguntar a um direitista culto, ele lhe dirá: São os principais
pensadores de direita do século XX." Note que esses pensadores são
classificados como "de direita" pelos próprios direitistas, e que Olavo de
Carvalho não discute essa classificação, antes a endossa.

Agora dá uma olhada na página de links do site de Olavo de Carvalho
(http://www.olavodecarvalho.org/links.htm) e você vai encontrar boa parte
desses autores, quase todos na seção intitulada nada menos que "Alguns de
meus gurus": Von Mises ("Depois que você lê von Mises é que você percebe
como os outros economistas são confusos"), Horowitz ("Nos anos 60, David
Horowitz era um dos escritores mais inteligentes da esquerda
norte-americana. Por isto mesmo, foi um dos primeiros a pular fora dela.
Leia os relatos e opiniões de quem viu como as coisas são"), Sowell ("Não
perca os artigos de Thomas Sowell"), Voegelin, Guénon ("O milagre
intelectual mais deslumbrante da nossa época") e Rosenstcok-Huessy ("Paul
Tillich, Martin Buber e o poeta W. H. Auden consideravam este filósofo
austro-americano o mais vigoroso pensador religioso do século. Olavo de
Carvalho está promovendo a edição de obras dele no Brasil"). Agora me diz:
alguém que cita como seus gurus autores que ele mesmo define como "os
principais pensadores de direita do século XX", se não é de direita, é o
quê?

>O Olavo de Carvalho não é qualquer coisa que só os otários engolem

Nunca disse isso. Conheço pessoas inteligentíssimas que admiram o Olavo de
Carvalho. Mas, em geral, essas pessoas (a) também são conservadoras de
direita ou (b) se deixaram fascinar pela forma do discurso do autor, sem
atentar para a estrutura lógica (ou falta de) de seus argumentos.

>não é um mágico das palavras que só faz uso da retórica

Isso é uma questão de opinião. Alguém que constrói frases hábeis para
justificar idéias que não correspondem aos fatos, pra mim, é um mágico das
palavras que só faz uso da retórica. Já mostrei pelo menos três casos em que
o Olavo de Carvalho coloca a habilidade retórica a serviço da desinformação
(as ciências sociais, os Webb e a imagem monolítica da esquerda). Se você
quiser e a paciência dos ciencialisteiros aguentar, posso citar mais.

>Para quem é inteligente, esquerdista ou não, muitos dos seus textos não
podem ser classificados ou enquadrados para que caibam dentro das cabecinhas
estreitas de muitos dos seus críticos.

Você pode me considerar uma cabecinha estreita, se quiser - é questão de
opinião. Mas eu não tenho a menor dificuldade em enquadrar os textos do
Olavo de Carvalho e sustento isso com base nos próprios textos, não nos
rótulos vagos que a esquerda costuma atribuir a seus inimigos (e que o Olavo
de Carvalho retribui com seus próprios rótulos, expressões agradáveis como
"imbecil", "idiota completo" e outras classificações igualmente
"objetivas").

>Essa suposta aberraçãozinha que lembra o Enéas ou o Hitler não poderia ser
capaz, por exemplo, de realizar um estudo tão profundo sobre Aristóteles

Ninguém discute a cultura e a erudição do Olavo de Carvalho, Guilherme. Pelo
contrário, quanto maior a cultura, maior a habilidade de construir sofismas
com a aparência de raciocínios coerentes. Dizer que ele não é um hábil
manipulador das palavras porque é inteligente é o que em filosofia se chama
de non sequitur, uma conclusão que não decorre das premissas.

>Enquadrar este senhor segundo a própria estatura só piora as coisas:
denuncia abertamente as limitações intelectuais das
pessoas em desvantagem manifesta. Pega mal... pelo menos para quem tem
raciocínio próprio.

O que pega mal pra quem tem raciocínio próprio é partir do princípio de que
quem discorda do Olavo de Carvalho é porque tem uma estatura intelectual
inferior a ele. O que pega mal pra quem tem raciocínio próprio é supor que
quem critica o Olavo de Carvalho não tem raciocínio próprio.

>Quer ver um exemplo? Você, Lúcio, apesar dessas palavras parecerem uma
ofensa a sua pessoa, eu já o considero bem inteligente.

Obrigado pela parte que me toca. ;-)

>Suas críticas são boas, e não é por eu discordar das suas posições que eu
teria a "obrigação" de desqualificá-lo como pessoa que pensa.

Nesse ponto, portanto, você se mostra mais tolerante que o próprio Olavo de
Carvalho, pra quem todo mundo que discorda dele não passa de um imbecil.

Abs.
L.



SUBJECT: Palestra sobre Cosmologia em Sao Paulo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/12/2002 12:28

http://www2.uol.com.br/sciam/encontros_03.html

A História do Universo

A matéria de capa da edição de dezembro de Scientific American
Brasil, será tema do próximo encontro da Livraria Cultura, no
Shopping Villa-Lobos. Quem vai tratar do assunto é o professor do
Instituto de Física da Universidade de São Paulo (USP), especialista
em teoria das cordas, Élcio Abdalla.

A cosmologia atual reflete uma combinação de dados obtidos por
satélites, especialmente atuando na chamada radiação cósmica de fundo
em microondas, uma espécie de eco do Big Bang, e novas abordagens
teóricas.
Do lado observacional, os dados são um refinamento do que foi
produzido com o satélite Cobe, no início da década passado. Quanto ao
tratamento teórico, ocorre uma evolução tendo como ponto de partida
tanto a concepção de universo inflacionário (com uma expansão
extremamente rápida nas primeiras frações de tempo após o Big Bang)
quanto a constante cosmológica, envolvida com a expansão do espaço e
levando junto com esta expansão galáxias inteiras que se afastam a
velocidades equivalentes à da luz.

Do lado observacional, os dados são um refinamento do que foi
produzido com o satélite Cobe, no início da década passado. Quanto ao
tratamento teórico, ocorre uma evolução tendo como ponto de partida
tanto a concepção de universo inflacionário (com uma expansão
extremamente rápida nas primeiras frações de tempo após o Big Bang)
quanto a constante cosmológica, envolvida com a expansão do espaço e
levando junto com esta expansão galáxias inteiras que se afastam a
velocidades equivalentes à da luz.

A palestra acontece no dia 10 de dezembro, às 19h30, na Livraria
Cultura do Shopping Villa Lobos. O endereço é Av. Nações Unidas, 4777
05477-000 - São Paulo. Maiores informações pelo telefone : (11) 3024-
3599

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/12/2002 17:15

Oi,

Manuel: Entendo que o prazer é um estado de satisfação que se
alcança saciando-se a fome, satisfazendo-se a libido, etc.

Takata: Estado de *satisfacao* q. se alcanca *satisfazendo*...?

Manuel: Não gostou da redundância? Ok, então vou dizer de outro modo:
Entendo que o prazer é uma sensação de bem-estar (ou de conforto, ou
um estado de contentamento) que se obtém saciando-se a fome,
satisfazendo-se a libido, etc.

Ficou bom assim? Pensava que você não tinha muita preocupação com o
estilo, tanto que, certa vez, mandou uma mesóclise se danar. Lembra-
se? :-))

Manuel: vale dizer, o indivíduo submete a sua busca do prazer ao que
Freud denominou de `princípio da realidade'.

Takata: E ai' entra a discussao de se esse principio de realidade tbm
nao seria uma forma de satisfacao... Precisamos de algum parametro
mais mensuravel.

Manuel: O princípio da realidade é tão-somente uma modificação do
princípio do prazer, é o princípio do prazer mediado pela
previdência, isto é, ao sujeitar-se ao princípio da realidade, o
indivíduo não abandona a busca do prazer, apenas a submete aos
critérios da segurança, da relação custo-benefício e da sobrevivência
a longo prazo. Às vezes vale a pena renunciar a um prazer se, por
meio dessa renúncia, obtenho no futuro um prazer maior, ou evito a
morte ou grande sofrimento. Nas palavras de Freud, o princípio da
realidade "não abandona a intenção de fundamentalmente obter prazer;
não obstante, exige e efetua o adiamento da satisfação, o abandono de
uma série de possibilidades de obtê-la, e a tolerância temporária do
desprazer como uma etapa no longo e indireto caminho para o prazer."
(Além do Princípio do Prazer).

Manuel, citando Freud:<<O ego humano, como sabem, é, pela pressão da
necessidade externa, educado lentamente no sentido de avaliar a
realidade e de obedecer ao princípio de realidade...>>

Takata: Mas como e' q. sabemos q. o ego humano e' educado pela
pressao da necessidade externa?

Manuel: Necessidade externa são as leis objetivas e as forças que
atuam no mundo externo. Para sobreviver neste mundo que não depende
da minha vontade, que não é conforme a minha fantasia, sou obrigado a
(pressionado no sentido de) avaliar as coisas sob a luz dessas leis
que determinam o que é possível e o que é impossível, bem como o
provável e o improvável, e a agir de acordo com essa avaliação. Se a
avaliação é correta, saio ganhando, se não for, eu me ferro. E assim
vou me `educando'. E como sabemos disso? Da mesma forma como sabemos
que o meio pressiona a vida a se adaptar ao meio, ou que os
organismos vivos são, em larga medida, moldados pela pressão do meio,
ou que o conhecimento (genético e extra-genético) do meio confere
aptidão e que os mais aptos são os que sobrevivem.

Manuel: Bem, não sei se você está falando sério, mas mesmo que não
esteja, concordo com o que você escreveu.

Takata: Nao estou falando serio. O q. nao quer dizer q. eu esteja
mentindo. Apenas fazendo uma interpretacao tendenciosa em cima de
aspectos pinçados especialmente. Nao q. seja o caso da psicanalise.
Mas novamente chamo a atencao para: como sabemos se tal interpretacao
e' valida ou nao?

Manuel: Válida no sentido de verdadeira? Segundo a epistemologia em
que você se baseia, podemos estar certos de que algumas teorias são
falsas, mas jamais podemos ter certeza que qualquer teoria seja
verdadeira. E se você, como Hume e Popper, rejeita a idéia de uma
justificação pela indução, ou que o método indutivo não tem valor
científico, então vai ter que admitir que não se pode saber nem mesmo
se esta ou aquela proposição genérica ou afirmação acerca de eventos
futuros seja mais ou menos certa, ou provavelmente verdadeira, mesmo
que bilhões de experimentos não a refutem. Ou seja, não são sequer
provavelmente verdadeiras as asserções "todos os homens são mortais"
e "o Sol irromperá no horizonte amanhã". Essa conclusão bizarra
reflete, ao meu ver, as limitações da epistemologia popperiana.

Mesmo admitindo os méritos do falsificacionismo de Popper, não
compartilho com este filósofo da ciência o desprezo pelo método
indutivo. Por isso que não vejo tantos problemas assim nos `estudos'
que se valem prioritariamente deste método, como a psicanálise e a
etologia. Alguns problemas abordados por Popper não se devem a falhas
dessa ou daquela disciplina; na verdade, são problemas criados pelas
limitações da sua epistemologia, uma conseqüência de se "tomar
proposições falíveis como base de uma política rígida" (Lakatos).
Não que a psicanálise, o darwinismo, a antropologia e a etologia não
apresentam nenhuma dificuldade que comprometa o seu rigor científico.
Apresentam, sim. Tanto que Freud designou o seu `método de abordagem
dos processos mentais' (Um Estudo Autobiográfico) e a sua `psicologia
que vai além da consciência' (Carta 84) de `metapsicologia', e o fez
numa clara referência à metafísica, mas com o cuidado de diferenciá-
las por não se tratar a primeira de mera especulação, mas de
especulação dirigida pela experiência, ancorada em dados empíricos,
que tem por base um farto material clínico. Como ele próprio
afirma: "Não gostaria de dar a impressão de que durante esse último
período de meu trabalho voltei as costas à observação de pacientes e
me entreguei inteiramente à especulação. Ao contrário, sempre fiquei
no mais íntimo contato com o material analítico e jamais deixei de
trabalhar em pontos detalhados de importância clínica ou técnica."

Se o próprio Freud admitia que a sua abordagem era, em larga medida,
apenas um projeto de psicologia científica, por que referir-se a essa
abordagem com o termo pejorativo de `pseudociência'? Por que não
considerá-la uma proto-ciência ou um método metafísico de pesquisa?
Será que a preferência que se dá ao primeiro termo não espelha um
preconceito fortemente arraigado, como esses que a gente encontra
entre os criacionistas?

Mesmo quando Freud ainda era vivo, pesquisadores indicaram que
algumas conjecturas psicanalíticas podiam ser submetidas à
experimentação científica, isto é, podiam ser testadas, falseadas.
Por exemplo, o psicólogo Saul Rosenzweig realizou experimentos em
laboratório que corroboraram a teoria do recalcamento (essas
experiências foram divulgadas no British Journal of Psychology, nr.
24, 1934, p. 247-65). E, atualmente, devido aos avanços da técnica
material de pesquisa – p. ex., tomografia computadorizada por emissão
de posítron, aparelhos que detectam e isolam neurotransmissores,
etc), muitas outras hipóteses freudianas podem ser testadas,
avaliadas quanto à sua falsidade. Isto é, já se pode saber se um
determinado processo mental é de natureza sexual ou não avaliando-se
o processo neuroquímico em que ele se assenta. Isso está sendo feito.
E a psicanálise está passando nos testes.

Manuel: De que modo a hierarquia social é estabelecida e mantida
entre alguns espécies de primatas antropóides? A agressividade
guerreira presente nas relações agonísticas é um derivado da
agressividade viril pela posse das fêmeas.

Takata: Ou sera' uma agressividade famelica pela posse de territorio
de forrageamento?

Manuel: Agressividade `famélica' é a do predador com relação à presa,
é a agressão presente no comportamento predatório. Avaliando-se o seu
substrato neuro-químico-fisiológico, podemos saber se a agressão
agonístico-territorialista (tanto a defensiva quanto a ofensiva) é de
natureza autônoma ou se deriva de algum outro tipo de agressão, como
a predatória ou a viril. Ou ainda se há entre elas uma combinação
complexa.

Takata: Qual o carater erotico da amamentacao para o filhote?

Manuel: Acho que vc não leu a mensagem em que falo sobre as funções
sexuais desempenhadas pelos nervos vago e hipogástrico, bem como da
existência de orgasmos não-genitais. Para sua comodidade, reproduzo
novamente o trecho:

<<Freud também observou que a sexualidade não se restringe à
sexualidade genital; que outras regiões do corpo podem nos dar
sensação de prazer sexual, o que talvez seja uma conseqüência dessa
dissociação entre sexo e reprodução. Quanto a isso, neurocientistas
descobriram que o cérebro pode receber sinais de respostas sexuais
por outras vias além da usual medula espinhal, e que esses caminhos
alternativos são o nervo vago e o hipogástrico. O nervo vago ramifica-
se na parte superior do corpo. Por isso que há muitos casos de
mulheres que sofreram lesões na medula espinhal e que, não obstante
isso, experimentam orgasmos `não-genitais', isto é, elas são capazes
de sentir prazer orgástico no ombro, nos seios, no queixo, etc. O
prof. A. Scott, da Universidade do Arizona, em seu artigo `Ciência,
Mente e Sociedade', cita casos ainda mais bizarros de `algumas
mulheres [que] podem induzir o orgasmo afagando suas sobrancelhas ou
pressionando seus dentes ou acenando os dedos entre os olhos e o sol
numa freqüência de 5-10 hertz'.>>

<<O mais interessante é que, segundo os neurobiólogos Barry R.
Komisaruk e Beverly Whipple, o neurotransmissor que medeia a relação
entre o estímulo e a resposta sexual através do nervo vago tem também
um efeito supressor da dor equivalente ao da morfina. O prazer
erótico que ele acarreta neutraliza a dor ou sensação de desprazer.
Esse neurotransmissor é secretado através de estímulos somato-
sensoriais, entre eles o da mucosa oral, onde existem ramificações
vagais. De modo que a amamentação do bebê não apenas o nutre:
através do ato de mamar, o lactente obtém, via prazer erótico (fase
oral da libido), alívio de alguma dor ou desconforto. Afinal, não
sentindo dor, o bebê não chora, e não emitindo sinais sonoros de
desconforto, não atrai predadores, razão pela qual essa
característica presente em alguns mamíferos, libido oral, foi
selecionada. Trata-se de uma adaptação.>>

Takata: O contato da mama com a boca da crianca estimula a secrecao
de VIP que causa no cerebro sensacao de prazer *fagico*.

Manuel: Também. Aliás, você sabia que a beta-caseína presente no
leite materno transforma-se, nos intestinos do bebê, em beta-
casomorfina, uma substância da família das morfinas que contribui
para criar uma dependência do filho com a mãe?

Manuel: enquanto que alimentos oníricos até podem ser gostosos, mas
não são nada nutritivos.

Takata: Oras, do mesmo modo como sexo onirico e' gostoso (falamos em
gosto e'?), mas nada reprodutivo.

Manuel: A diferença é que a pulsão sexual é satisfeita, enquanto que
jamais conseguimos satisfazer nossa pulsão `fágica' apenas sonhando.

Takata: Pessoas podem copular com bonecos inflaveis, do mesmo modo
como podem devorar sanduiches do McDonald's.

Manuel: Hehe! Gostei da piada. Aquilo tem mesmo gosto de isopô,
erg! :-)

Takata: Em um certo sentido, caracteristicas plasticas sao mais
refratarias 'a acao de
evolucao por selecao natural -- justamente por permitir uma
maleabilidade face a uma variacao ambiental, sem se refletir em uma
diferenciacao genetica.

Manuel: Mas, nos demais sentidos, ocorre o contrário. Entre os
canídeos e em muitos outros animais, as características físicas
variam muito no decorrer da ontogênese, isto é, as características
físicas são plásticas no tempo. Por isso que, entre esses animais, a
evolução trabalha (estou antropologizando a coisa, desculpe-me a
licença poética) sobretudo com os genes reguladores do
desenvolvimento ontogenético.

Mas eu estava me referindo não só a evolução genética como também a
evolução cultural.

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/12/2002 18:11

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Entendo que o prazer é uma sensação de bem-estar (ou de conforto,
> ou um estado de contentamento) que se obtém saciando-se a fome,
> satisfazendo-se a libido, etc.
>
> Ficou bom assim?

Er... Eu acho q. nao. Mas enfim.

> Manuel: O princípio da realidade é tão-somente uma modificação do
> princípio do prazer

O q. ainda nos deixa sem um bom parametro. Se alguem faz uma coisa
foi por prazer, se nao faz foi pelo principio da realidade q. e' uma
forma de prazer...

> Takata: Mas como e' q. sabemos q. o ego humano e' educado pela
> pressao da necessidade externa?
>
> Manuel: Necessidade externa são as leis objetivas e as forças que
> atuam no mundo externo. Para sobreviver neste mundo que não depende
> da minha vontade, que não é conforme a minha fantasia, sou obrigado
> a (pressionado no sentido de) avaliar as coisas sob a luz dessas
> leis que determinam o que é possível e o que é impossível, bem como
> o provável e o improvável, e a agir de acordo com essa avaliação.
> Se a avaliação é correta, saio ganhando, se não for, eu me ferro. E
> assim vou me `educando'. E como sabemos disso? Da mesma forma como
> sabemos que o meio pressiona a vida a se adaptar ao meio, ou que os
> organismos vivos são, em larga medida, moldados pela pressão do
> meio, ou que o conhecimento (genético e extra-genético) do meio
> confere aptidão e que os mais aptos são os que sobrevivem.

Da mesma forma? Sera'? Podemos verificar a pressao de selecao pela
alteracao do fitnesse medio de uma populacao mantida em laboratorio:
qtos individuos portadores de uma dada caracteristica sobrevive,
contra o numero proporcional de individuos q. nao portam essa
caracteristica e tbm sobrevivem. Ou pelo tamanho da progenie. Como
medimos o ego ou a transformacao do ego pelo meio?

> Nao q. seja o caso da psicanalise.
> Mas novamente chamo a atencao para: como sabemos se tal
> interpretacao e' valida ou nao?
>
> Manuel: Válida no sentido de verdadeira? Segundo a epistemologia em
> que você se baseia, podemos estar certos de que algumas teorias são
> falsas, mas jamais podemos ter certeza que qualquer teoria seja
> verdadeira.

Nao, valida no sentido de aderir bem aos dados e produzir previsoes
verificaveis. O q. faz com q. a Psicanalise Freudiana ou de outra
corrente seja melhor como modelo explicativo do q. a Teoria
Psicoralitica ou outros modelos como a Teoria Psicoevolutiva. (Tbm e'
de se perguntar o q. faria com q. a Psicoevolucao fosse melhor do q.
as outras.)

> Por que não considerá-la uma proto-ciência ou um método metafísico
> de pesquisa?

Uma proto-ciencia bem antiga e com tta gente trabalhando em cima,
hmmm... Nao sera' mesmo possivel suspeitar q. um ovo de galinha q.
nao picou desde q. foi botado ha' um par de meses esta' gorado,
apesar de toda a dilegencia da dona Galinha em mantê-lo aquecido?

> Por exemplo, o psicólogo Saul Rosenzweig realizou experimentos em
> laboratório que corroboraram a teoria do recalcamento (essas

A teoria do recalque e' um aspecto decisivo na teoria psicanalitica
freudiana?

> Isto é, já se pode saber se um
> determinado processo mental é de natureza sexual ou não avaliando-
> se o processo neuroquímico em que ele se assenta. Isso está sendo
> feito. E a psicanálise está passando nos testes.

Mas o q. e' q. determinaria q. um dado processo mental e' de natureza
sexual? E, eventualmente, o q. e' q. impediria de se ao inves de se
achar q. xis e' sexual, o sexo e' xistico?

> Avaliando-se o seu substrato neuro-químico-fisiológico, podemos
> saber se a agressão agonístico-territorialista (tanto a defensiva
> quanto a ofensiva) é de natureza autônoma ou se deriva de algum
> outro tipo de agressão, como a predatória ou a viril. Ou ainda se
> há entre elas uma combinação complexa.

E se toda a agressao envolver o sistema limbico, primordialmente a
amidala (nao confundir com a tonsila palatina)?

> Takata: Qual o carater erotico da amamentacao para o filhote?
>
> Manuel: Acho que vc não leu a mensagem em que falo sobre as funções
> sexuais desempenhadas pelos nervos vago e hipogástrico, bem como da
> existência de orgasmos não-genitais. Para sua comodidade, reproduzo
> novamente o trecho:

Mas podemos interpretar de modo oposto. Os nervos vagos e
hipogastrico inervam quase todas as visceras do torax e do abdomen.
O nervo vago, por exemplo, esta' envolvido no peristaltismo e na
secrecao de sucos digestivos. A teoria psicoralitica esta' ai'.
Orgasmos nao-genitais talvez possam ser vistas como as sinestesias:
em q. pessoas ouvem cheiros, escutam luzes...

Tto e' q. eu havia lido q. ja' tinha 'contestado' a afirmacao do tal
prazer erotico do bebe. Trata-se de um prazer fagico ou de uma
fagicidade.

> Manuel: Também. Aliás, você sabia que a beta-caseína presente no
> leite materno transforma-se, nos intestinos do bebê, em beta-
> casomorfina, uma substância da família das morfinas que contribui
> para criar uma dependência do filho com a mãe?

Precisamos ver o q. esta' errado com a Teoria Psicoralitica.

> Manuel: A diferença é que a pulsão sexual é satisfeita, enquanto
> que jamais conseguimos satisfazer nossa pulsão `fágica' apenas
> sonhando.

Sera' mesmo q. a pulsao sexual e' satisfeita? Sera' mesmo q. jamais
se satisfaz a pulsao fagica com sonhos?

> Manuel: Mas, nos demais sentidos, ocorre o contrário. Entre os
> canídeos e em muitos outros animais, as características físicas
> variam muito no decorrer da ontogênese, isto é, as características
> físicas são plásticas no tempo. Por isso que, entre esses animais,
> a evolução trabalha (estou antropologizando a coisa, desculpe-me a
> licença poética) sobretudo com os genes reguladores do
> desenvolvimento ontogenético.

Ai' nao. Porq. o q. se esta' fazendo e' justamente 'congelar' o
processo de desenvolvimento, tirar as transformacoes presentes no
ancestral. Mas pela selecao natural e artificial tbm e' possivel
conferir plasticidade ou obter variantes nao-plasticas.

Uma especie de ourico-do-mar, diferentemente de seus parentes
proximos, nao passa por um processo de metamorfose -- sua larva se
desenvolve diretamente no adulto. E tal transformacao tbm deve ter se
dado por uma modificacao nos genes reguladores, mas sem uma
plasticidade fenotipica.

Alias, vc esta' confundindo modificacoes ontogeneticas com
plasticidade. Plasticidade e' outra coisa. Plasticidade e': ou
presenca de variantes ontogeneticas, por exemplo, A se desenvolve em
A' e outro A se desenvolve em A" em uma dada fase, sem q. essa
variacao seja reversivel -- isto e', um mesmo individuo nao apresenta
estados diferentes de uma caracteristica. Ou o mesmo individuo pode
apresentar estados diferentes de uma mesma caracteristica de modo
reversivel.

A variacao a qual vc se refere no cao, seria o correspondente ao feto
q. se nutre atraves do cordao umbilical, depois pelo leite materno e
finalmente por alimentos solidos.

> Mas eu estava me referindo não só a evolução genética como também a
> evolução cultural.

Alimentacao tbm passa por evolucao cultural, assim como sua
significacao.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/12/2002 18:37

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> > Por exemplo, o psicólogo Saul Rosenzweig realizou experimentos em
> > laboratório que corroboraram a teoria do recalcamento (essas
>
> A teoria do recalque e' um aspecto decisivo na teoria psicanalitica
> freudiana?

Pergunto isso por q. em:

http://www.fafia.edu.br/psicanalise.doc

Nao me pareceu tao central assim -- e' citado em meio a outros
mecanismos de defesa do ego.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Ser????
FROM: Erich Weick <erich_weick@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/12/2002 20:40


Visitem o site abaixo e façam seus cometários...

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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/12/2002 21:57

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu

>A teoria do recalque e' um aspecto decisivo na teoria psicanalitica
freudiana?

Manuel: Bem, veja o que o próprio Freud escreve a respeito: <<As
Pedras Angulares da Teoria Psicanalítica. - A pressuposição de
existirem processos mentais inconscientes, o reconhecimento da teoria
da resistência e repressão, a apreciação da importância da
sexualidade e do complexo de Édipo constituem o principal tema da
psicanálise e os fundamentos de sua teoria. Aquele que não possa
aceitá-los a todos não deve considerar-se a si mesmo como
psicanalista.>> (S. Freud; Dois Verbetes de Enciclopédia; [A]
Psicanálise)

> Pergunto isso por q. em:
>
> http://www.fafia.edu.br/psicanalise.doc
>
> Nao me pareceu tao central assim -- e' citado em meio a outros
> mecanismos de defesa do ego.

Manuel: A repressão, ou recalque, é sim um dos mecanismos de defesa
do ego, mas é considerado básico ou fundamental por ser, também, o
precursor de muitos outros, isto é, a repressão toma parte em outros
mecanismos, como a racionalização, o deslocamento e a sublimação, que
são formas específicas de se lidar com o 'reprimido' (idéias e
desejos ansiogênicos tornados inconscientes). A repressão é também
fundamental na formação dos sintomas neuróticos.

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ser????
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/12/2002 22:55

O cara é um malucão. Já esteve no Jô Soares, se não me engano no mesmo
programa em que foi entrevistado um sujeito que acredita que a Terra _não
gira_ em torno do Sol. Essa teste de que as viagens à Lua foram apenas um
show é muito http://www.showdalua.com
comum, mas a diferença é que esse sujeito (você achou o nome dele no site?)
acredita que a URSS fazia parte da conspiração com os EUA para fabricar um
show mostrando o homem na Lua.

Assim mesmo, não é tão fácil provar que o homem realmente esteve na Lua. As
probabilidades, contudo, estão contra a versão do show. Como disse um
coronel da NASA a respeito dos UFOs: "Se fosse possível esconder tal tipo
de informação, nós, coronéis, seríamos generais!"

[ ]s


Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Pinhais - PR - Brasil



-----Mensagem Original-----
De: "Erich Weick" <erich_weick@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 4 de Dezembro de 2002 20:40
Assunto: [ciencialist] Será????



Visitem o site abaixo e façam seus cometários...

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Jan Johann Reinel de Castro <jancastro@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
CC: ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
DATE: 04/12/2002 23:10

vOCE UM FILHO DE UMA PUTA , ME TIRA DESTA PORRA DE LISTA

Em 04 Dec 2002, ciencialist@yahoogrupos.com.br escreveu:

>--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" escreveu
>> > Por exemplo, o psiclogo Saul Rosenzweig realizou experimentos em
>> > laboratrio que corroboraram a teoria do recalcamento (essas
>>
>> A teoria do recalque e' um aspecto decisivo na teoria psicanalitica
>> freudiana?
>
>Pergunto isso por q. em:
>
>http://www.fafia.edu.br/psicanalise.doc
>
>Nao me pareceu tao central assim -- e' citado em meio a outros
>mecanismos de defesa do ego.
>
>[]s,
>
>Roberto Takata
>
>##### ##### #####
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/12/2002 23:26


> >Assim, a Fabian Society, já nasce com uma peculiar significação que a
>define, de ser a opção alternativa
>à revolução socialista, quando não se dispõe de uma força suficiente.
>
>Não se trata de "dispor de força suficiente". Os membros da Fabian Society
>acreditavam na meta de uma sociedade sem classes, mas discordavam sobre a
>revolução ser o melhor caminho para isso. Eles achavam que o melhor caminho
>para abolir a exploração do homem pelo homem era através de uma evolução
>lenta e gradual e que uma revolução violenta só geraria mais violência.

Veja bem, o objetivo não é a revolução, mas apenas o estado
socialista. Você diz que eles eram contra uma revolução abrupta,
mas isso já é óbvio pela própria definição da Fabian Society.
Na falta de força suficiente para a implantação do socialismo,
o método seria a revolução lenta e gradual, para que o objetivo
de se criar um estado socialista seja alcançado. Será que fui
claro?

>Se o que foi escrito por ghostwriters
>de Moscou foi uma obra tardia, depois que os Webb abandonaram os princípios
>fabianos em troca do stalinismo, o argumento se esvazia.

Por que os Webb necessariamente abandonaram os princípios Fabianos
ao "escreverem" sua última obra? Ao contrário dessa suposta
incompatibilidade, há um casamento entre o Stalinismo e o Fabianismo.
O último não veio a serviço do primeiro, mas apenas como uma
sábia alternativa para que se alcance o objetivo comum, que une
na essência todas as correntes esquerdistas: o estado socialista.
Stalin, como socialista, não teve outra opção senão reconhecer
a importância do Fabianismo na Europa como meio de salvá-la do
capitalismo. E a prova disso está no depoimento de ex-agentes da
KGB, ou nos arquivos de Moscou (tanto faz a fonte) revelando a
sutil "inspiração" que o governo soviético deu aos maiores
representantes do Fabianismo.

>Agora, se ele é liberal no segundo sentido, então, sim, ele é de direita:

E eu alguma vez neguei isso? Sim, ele é liberal nesse sentido
que você colocou. Consequentemente, ele é de direita.

Para não ofendê-lo, só vejo uma possibilidade: você não leu
o que eu escrevi. Extrema direita é uma coisa, e direita é outra.
Se ele é de direita (ou seja, liberal), então ele não pode ser
de extrema direita, ou "direita da direita". Desse modo, chamá-lo
de extremista da direita é desconhecê-lo por completo, ou então
não saber o que é direita e extrema direita.

Se eu peco por achar que quem discorda do Olavo seja um imbecil,
não vejo atitude diferente ao classificar tudo o que ele escreve
como textos sem consistência e estrutura lógica. Ao fazê-lo, você
está automaticamente desprestigiando a capacidade de raciocínio
dos admiradores do Olavo. Isto é uma consequência lógica. Efetivamente
você está chamando de imbecil aquele que concorda com os textos
do Olavo. Além disso não acho imbecil aquele que discorda dele.
Imbecil é aquele que não reconhece uma argumentação bem estruturada
só porque essa têm uma orientação ideológica diversa.

Na melhor das hipóteses, os admiradores do Olavo até que são
inteligentinhos, mas apenas se deixam seduzir pela sua arte
retórica, não atentando para a verdade das coisas. Nesse cenário,
esses coitados não são burros, mas em compensação são ingênuos e
imaturos, por não perceberem de cara que o Olavo usa toda sua cultura
e erudição para enganá-los!

Será que o mundo é tão simples assim?

Abraços,

Guilherme



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SUBJECT: Folha de S.Paulo - Biologia Esfera metálica abrigou vida primitiva, diz teoria
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <noosfera@yahoogrupos.com.br>, <intempol2@yahoogrupos.com.br>, <lista-do-clfc@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/12/2002 23:53

Folha de S.Paulo - Biologia: Esfera metálica abrigou vida primitiva, diz
teoria - 04/12/2002Folha de São Paulo, quarta-feira, 04 de dezembro de 2002

BIOLOGIA

Esfera metálica abrigou vida primitiva, diz teoria
A vida na Terra começou dentro de minúsculas esferas de metal em chaminés
submarinas, afirma uma nova teoria. Segundo pesquisadores do Reino Unido e
da Alemanha, essas "incubadoras" microscópicas, compostas de sulfato de
ferro, teriam permitido a formação de moléculas biológicas. As teorias
correntes dizem que as moléculas replicantes teriam surgido antes.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/12/2002 00:51

----- Original Message -----
From: Guilherme Peixoto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, December 04, 2002 11:26 PM
Subject: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio

>Veja bem, o objetivo não é a revolução, mas apenas o estado socialista.
Você diz que eles eram contra uma revolução abrupta, mas isso já é óbvio
pela própria definição da Fabian Society. Na falta de força suficiente para
a implantação do socialismo, o método seria a revolução lenta e gradual,
para que o objetivo de se criar um estado socialista seja alcançado. Será
que fui claro?

Você é que não está entendendo, Guilherme. Se você diz (como já tinha dito
antes) que "NA FALTA DE FORÇA SUFICIENTE para a implantação do socialismo, o
método seria a revolução lenta e gradual, para que o objetivo de se criar um
estado socialista seja alcançado", isso implica que os fabianos só defendem
a evolução (não "revolução") lenta e gradual porque não dispõem de força
suficiente pra se impor, mas que se dispusessem, eles abandonariam a
evolução a favor de uma revolução armada. Isso não é verdade. Os fabianos
acreditavam que era necessário passar por essa evolução lenta e gradual
antes que a sociedade estivesse apta a abraçar o socialismo, e isso não tem
nada a ver com a falta de força suficiente. Para eles, a revolução
simplesmente não é o método correto pra se chegar ao socialismo, ponto. Será
que fui claro?

>Por que os Webb necessariamente abandonaram os princípios Fabianos ao
"escreverem" sua última obra?

Uai, porque eles abandonaram. Até então, como todos os fabianos, eles
acreditavam que seriam necessárias várias transformações históricas antes de
chegar ao socialismo. A visita a Moscou convenceu-os de que não, de que a
revolução soviética poderia queimar etapas e construir uma nova civilização
imediatamente. A história da URSS mostrou que os outros fabianos (e eles
mesmos, antes da conversão) estavam certos e os Webb pós-visita a Moscou
estavam errados.

>Ao contrário dessa suposta incompatibilidade, há um casamento entre o Stali
nismo e o Fabianismo.

Eles só são compatíveis com relação à meta final: uma sociedade sem estado.
Mas os fabianos acreditavam que essa meta seria atingida por uma abolição
gradativa do estado, enquanto os stalinistas pregavam que o estado deveria
ser fortalecido. São propostas rigorosamente contrárias uma à outra.

>O último não veio a serviço do primeiro, mas apenas como uma sábia
alternativa para que se alcance o objetivo comum, que une na essência todas
as correntes esquerdistas: o estado socialista.

A meta não é o estado socialista, mas a sociedade sem estado. Do ponto de
vista do marxismo clássico, o estado socialista seria uma etapa
intermediária, necessária, antes que o estado pudesse ser abolido. E
precisamente esse é o ponto de discordância entre o marxismo-leninismo e as
demais correntes de esquerda, como o fabianismo e o anarquismo: estes
últimos simplesmente não viam como seria possível abolir o estado
fortalecendo-o, e eu acho que eles tinham toda a razão.

>E a prova disso está no depoimento de ex-agentes da KGB, ou nos arquivos de
Moscou (tanto faz a fonte) revelando a
sutil "inspiração" que o governo soviético deu aos maiores representantes do
Fabianismo.

Não "tanto faz a fonte", Guilherme. Afirmações extraordinárias exigem provas
extraordinárias. Uma afirmação tão grave quanto a de que os Webb eram
agentes do stalinismo não pode ser aceita nem com base somente na palavra de
ex-agentes da KGB, nem em cima de misteriosos documentos secretos que
ninguém nunca viu. Pra aceitá-la, são necessárias provas documentadas, acima
de qualquer suspeita e acessíveis a qualquer um que queira verificar a
informação. A coisa não pode ser empurrada goela abaixo na base do "um
passarinho me contou".

>E eu alguma vez neguei isso? Sim, ele é liberal nesse sentido que você
colocou. Consequentemente, ele é de direita.

Então, pronto. Pra mim, essa afirmação é mais do que suficiente.

>Para não ofendê-lo, só vejo uma possibilidade: você não leu o que eu
escrevi.

Será que é possível restringir a argumentação aos dados concretos, em vez de
insinuar ofensas pessoais, como você faz aqui e no final do email?

>Extrema direita é uma coisa, e direita é outra.

Pra você. Pra mim, extrema direita é simplesmente a direita levada às
últimas conseqüências.

>Desse modo, chamá-lo de extremista da direita é desconhecê-lo por completo,
ou então não saber o que é direita e extrema direita.

Talvez eu não saiba o que são direita e extrema direita dentro da definição
que você adota. Dentro da definição corrente, aceita em ciência política, a
extrema direita é a radicalização das propostas da direita, assim como a
extrema esquerda é a radicalização das propostas da esquerda. Mas a natureza
das propostas é a mesma.

>Se eu peco por achar que quem discorda do Olavo seja um imbecil, não vejo
atitude diferente ao classificar tudo o que ele escreve como textos sem
consistência e estrutura lógica.

Eu não classifiquei. Eu mostrei. Analisei o artigo dele que a Lígia postou
aqui parágrafo a parágrafo. Você é livre pra contestar mas, nesse caso, o
mínimo que se poderia esperar seria demonstrar que a minha argumentação está
incorreta e expor qual seria a articulação lógica do texto.

>Ao fazê-lo, você está automaticamente desprestigiando a capacidade de
raciocínio dos admiradores do Olavo. Isto é uma consequência lógica.
Efetivamente você está chamando de imbecil aquele que concorda com os textos
do Olavo.

Em suas próprias palavras, "só vejo uma possibilidade: você não leu o que eu
escrevi". Eu disse claramente no meu último email: "Conheço pessoas
inteligentíssimas que admiram o Olavo de Carvalho." Não é tentando levar a
argumentação pro terreno passional, me atribuindo ofensas que eu não fiz,
que você vai conseguir provar que o Olavo de Carvalho é consistente,
Guilherme. Se ele é consistente, me *mostra* essa consistência. Nos textos
do próprio autor. Como eu estou fazendo.

>Além disso não acho imbecil aquele que discorda dele. Imbecil é aquele que
não reconhece uma argumentação bem estruturada só porque essa têm uma
orientação ideológica diversa.

Portanto, embora você não afirme com todas as letras, devo concluir que eu
sou um imbecil? Sim, porque se a argumentação do Olavo de Carvalho é bem
estruturada e eu não reconheço isso, segundo os teus próprios termos, eu
devo ser um imbecil. Bem, pra sua informação, ao contrário do Olavo de
Carvalho, que toma por assente que todo esquerdista é um idiota, eu convivo
muito bem com orientações ideológicas diversas. Essas orientações
ideológicas diversas incluem o próprio marxismo, uma vez que, embora utilize
vários instrumentos conceituais elaborados por Marx e alguns de seus
seguidores, eu não sou marxista. Politicamente, eu sou um anarquista de
esquerda, e o anarquismo faz violentas críticas ao marxismo. Além disso,
entre os *meus* gurus se incluem vários autores que também criticam Marx,
como Mircea Eliade, Freud e, mais recentemente, Deleuze, Derrida e Foucault,
além de pensadores que mostraram alguma simpatia pelo marxismo sem aderirem
a ele, como Sartre. Dentre os autores que mais me influenciaram, você pode
contar inclusive alguns que são abominados pela esquerda, como Jung.
Trabalho inclusive com algumas hipóteses do próprio Voegelin, que é uma das
fontes do pensamento do Olavo de Carvalho, especialmente a tese sobre a
essência gnóstica de vários movimentos políticos contemporâneos (com a
diferença de que Voegelin deplora isso e eu não). Logo, quando você acha que
o motivo das minhas críticas ao Olavo de Carvalho é apenas a
incompatibilidade ideológica, está fazendo a mesma coisa que o próprio
Carvalho: pegando uma imagem estereotipada do esquerdista e aplicando a mim,
sem saber se a imagem corresponde ou não à realidade.

>Na melhor das hipóteses, os admiradores do Olavo até que são
inteligentinhos, mas apenas se deixam seduzir pela sua arte
retórica, não atentando para a verdade das coisas. Nesse cenário, esses
coitados não são burros, mas em compensação são ingênuos e imaturos, por não
perceberem de cara que o Olavo usa toda sua cultura e erudição para
enganá-los!

Quem está entrando no mérito da questão de medir a inteligência do público
pela adesão às teses do Olavo de Carvalho é você, não eu. Eu me limito a
apontar concretamente em que pontos, em cima dos próprios textos do autor,
as informações que ele apresenta são incorretas ou em que a argumentação
dele, embora bem formulada do ponto de vista estilístico, apresenta uma
estrutura lógica inconsistente. As informações incorretas, você mesmo
admitiu que procedem. Quanto à estrutura lógica, se você quiser provar que
eu estou errado, não vai fazer isso levando a questão pros méritos
intelectuais do público do Olavo de Carvalho: se você quiser atingir esse
objetivo, basta pegar os mesmos textos que eu citei e indicar qual é a
estrutura lógica deles. Isso provaria por a + b que a minha análise está
incorreta e seria muito mais eficiente do que argumentações passionais do
tipo você-tá-me-chamando-de-burro-?.

>Será que o mundo é tão simples assim?

O Olavo de Carvalho divide o mundo em dois pólos, os que são de esquerda e
os que não são de esquerda, e sou eu que acho que o mundo é simples?

Abs.
L.



SUBJECT: Desculpe, mas não vou concordar
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2002 00:52

Olha, Takata.

Vejo que voce entende do assunto. E o estuda.

Mas acabei de te enviar uma serie de reportagens, dentre dezenas de outras
publicadas.

Aquilo tudo foi sim festejado como vitoria de uma batalha contra o
amarelinho na laranja, a praga da bruxa no cacau, a esquistossomose...
dentre outras pragas e molestias.

Existe sim um lobby forte, seja por mais verbas, seja pro-transgenicos, e
isso é feito mediante desinformação cientifica, com meias verdades, ou com
mentiras mesmo.

Leitor de jornal não vai entender que aquela reportagem tá falando do
sucesso de um programa de treinamento de mao de obra, e capacitação
institucional.
Tudo aponta pro sucesso da engenharia genetica brasileira, no combate às
pragas e doenças.
E a isso se somaram premios e discursos de politicos.

A FAPESP tirou dinheiro de varias outras areas, pra investir pesado nisso.
Mas eu nao estou discutindo politica cientifica.
Apenas mentiras midiaticas.

Abraço,

L.E.


SUBJECT: Fwd: Jornalismo Científico em tempos de Xylella
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2002 00:52


>Jornalismo Científico em tempos de Xylella
>
>Prof. Dr. Wilson da Costa Bueno*
>O sequenciamento completo do genoma da bactéria Xylella fastidiosa
>representa, efetivamente, um marco da ciência brasileira. O Programa
>Genoma-Fapesp inseriu, definitivamente, o Brasil no grupo seleto de países
>que transitam, com desenvoltura, no universo da genômica e, sobretudo,
>permitiu-nos comemorar o pioneirismo mundial no sequenciamento de um
>fitopatógeno.
>Para os jornalistas e pesquisadores voltados para a divulgação da ciência,
>as conquistas relevantes deste Programa não se encerram, porém, no campo
>da investigação científica.
>A amplitude do noticiário associado a este feito extrapolou os limites
>geralmente tímidos que cercam a cobertura da ciência e da tecnologia no
>Brasil, comprovando a tese de que a boa ciência será (ou deveria ser)
>sempre notícia.
>Centenas de notas, reportagens e, inclusive, editoriais dos nossos
>principais veículos impressos e horas de divulgação no rádio e na TV
>proclamaram ruidosamente a conquista brasileira. A cobertura não se
>restringiu aos veículos do eixo Rio/São Paulo ou a alguns poucos jornais
>que, tradicionalmente, dedicam espaço às questões de C & T, mas se
>estendeu a todo o País, com resultados positivos para a afirmação da nossa
>real (mas nem sempre reconhecida e divulgada) competência científica.
>A cobertura teve o mérito de reforçar alguns atributos importantes da
>produção da ciência e da tecnologia contemporâneas. Em primeiro lugar,
>evidenciou a importância da pesquisa científica e sua relação estreita com
>o nosso desenvolvimento econômico e sócio-cultural. Para um país , e
>especialmente para governantes, que costumam vacilar no apoio aos projetos
>de C & T, a divulgação ampla foi uma lição importante. Em segundo lugar,
>destacou a necessidade e a relevância do trabalho em equipe, da
>articulação indispensável entre pesquisadores e áreas de conhecimento,
>dado fundamental porque a história da ciência, contada pelos livros
>didáticos (e pela mídia), continua privilegiando heróis e ações isoladas.
>Em terceiro lugar, mostrou que a ciência e a tecnologia de vanguarda ,
>porque complexas e caras, requerem patrocínio e financiamento, de onde
>emerge a responsabilidade do poder público e a vontade política de eleger
>a produção de C & T como prioridade nacional. Em quarto lugar, de maneira
>inequívoca, registrou a apaixonante aventura da atividade científica. A
>emoção e o entusiasmo dos pesquisadores e da própria direção da Fapesp
>contaminaram os veículos e, desta forma, títulos como "vitória da
>ciência", "rara façanha" e "descoberta revolucionária" foram muito comuns.
>Uma vitória importante, porque, geralmente, cientistas e jornalistas têm
>sido cúmplices no processo de divulgação, caracterizando a produção de
>ciência e tecnologia como mero fruto da razão e do intelecto. Isso talvez
>explique a visão estereotipada que os jovens (e a opinião pública) têm do
>mundo da ciência, definido como frio, relegado a senhores de barbas
>brancas, cabelos espetados, irritadiços e sorumbáticos. As jovens
>pesquisadoras da Fapesp romperam certamente estes velhos paradigmas e isso
>foi bom para a ciência e para o jornalismo científico. Finalmente, a
>divulgação do Programa Genoma-Fapesp reforçou mais uma vez a tese, por nós
>amplamente defendida, de que os centros geradores e financiadores de C & T
>precisam cultivar uma cultura de comunicação. É fundamental, como fez a
>Fapesp e os seus pesquisadores, assumir um compromisso com a partilha do
>conhecimento, democratizando o acesso da população às descobertas
>científicas e às inovações tecnológicas. Urge capacitar as fontes para a
>interação com o público e, em especial, com os jornalistas, mediadores
>importantes neste processo complexo de decodificação do discurso
>especializado da ciência.
>A praga do amarelinho, que destrói os nossos laranjais, fez, por tudo
>isso, um bem enorme para o jornalismo científico brasileiro.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: : brasileiros ja' mapearam genoma de 3 bacterias;
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2002 00:52


>==========================================
>7. Laboratorios trabalham em equipe para decodificar pragas agricolas:
>brasileiros ja' mapearam genoma de 3 bacterias; outros 3 estao sendo concluidos
>Evanildo da Silveira escreve para "O Estado de SP":
>Os projetos do Programa Genoma, financiado pela Fapesp, sao desenvolvidos
>pela rede Organization for Nucleotide Sequencing and Analysis (Onsa), ou
>Organizacao para Sequenciamento e Analise de Nucleotideos, da qual fazem
>parte 65 laboratorios de institutos de pesquisa e Universidades do Estado
>de SP.
>As bacterias, ja' sequenciadas ou em sequenciamento, cujos genes estao
>armazenadas no BCCC sao as seguintes:
>1. Xylella fastidiosa - causa a clorose variegada de citros (CVC), ou
>praga do amarelinho, que devasta 35% dos laranjais do Estado (o maior
>exportador de suco de laranja do mundo), causando prejuizo anual de US$
>100 milhoes . O sequenciamento de seu genoma, completado em dezembro de
>1999, determinou todos os seus 2.902 genes do unico cromossomo da Xylella.
>O investimento foi de US$ 13 milhoes.
>2. Xanthomonas axonopodis pv. citris - responsavel pelo cancro citrico. O
>sequenciamento dos seus 4.500 genes, que compoem o seu unico cromossomo,
>foi concluido em dezembro. Onze laboratorios da USP, Unesp e Unicamp
>participaram do projeto, com investimento de US$ 2,2 milhoes.
>3. Xanthomonas campestris - por um lado, produz goma xantana (xanthan
>gum), utilizada como lubrificante e ingrediente da industria alimenticia;
>por outro, provoca doencas em varias hortalicas, como o repolho. Divide o
>dinheiro com a Xanthomonas axonopodis pv. citris.
>4. Xylella fastidiosa of grapevines - causa o mal de Pierce, uma doenca
>que ataca as vinhas da California. Projeto ainda esta' em andamento. Ate'
>novembro, os 20 laboratorios envolvidos contavam mais de 20 mil sequencias
>depositadas no banco de dados do projeto - quase 40% do previsto. O
>Investimento de US$ 500 mil e' bancado pela Fapesp e pelo Depto. de
>Agricultura dos EUA.
>5. Leifsonia xyli xyli - contamina as plantacoes de cana-de-acucar apos a
>colheita. Vinte laboratorios participam do sequenciamento. O orcamento
>esta' incluido no projeto anterior.
>6. Chronobacterium violaceun - causa septicemia (infeccao generalizada).
>Vive em grande quantidade no Rio Negro. O seu sequenciamento ainda esta'
>em andamento. E' o unico projeto sem ligacao com a Fapesp, financiado pelo
>Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnologico (CNPq). (O
>Estado de SP, 23/4)
>==========================================



SUBJECT: Fwd: Bacterias brasileiras matam praga da batata
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2002 00:52


>
>
>Bacterias brasileiras matam praga da batata
>A Chromobacterium violaceum, bacteria que vive no rio Negro, Amazonas, e
>que esta' tendo o seu genoma sequenciado por uma rede nacional de
>laboratorios, tambem mostrou ser eficiente no controle de pragas agricolas.
>Estudo feito pelo entomologista Glenn Holbrook, da Universidade do Estado
>da Pensilvania (EUA), mostrou que a bacteria mata, em apenas tres dias,
>90% das larvas de uma especie de besouro -Leptinotarsa decemlineata- que
>ataca as plantacoes de batata nos EUA e cujo controle e' responsavel por
>gastos de ate' US$ 100 milhoes anuais.
>O trabalho foi apresentado na semana passada durante a reuniao anual da
>Sociedade Americana de Microbiologia.
>A descoberta podera' levar ao desenvolvimento de novos pesticidas
>organicos ou mesmo ao de plantas transgenicas.
>Bacterias raramente sao usadas no controle de insetos. Uma excecao e' a
>Bacillus thuringiensis, mais popularmente conhecida como Bt. A toxina
>produzida por ela e' largamente utilizada no controle de pragas de uma
>serie de culturas, como soja e algodao.
>No entanto, a Leptinotarsa decemlineata ja' desenvolveu resistencia nao
>so' ao Bt, mas tambem a varios pesticidas quimicos.
>Por isso, os pesquisadores liderados por Holbrook resolveram testar
>diferentes microrganismos numa dieta artificial usada para alimentar o inseto.
>Alem da Chromobacterium violaceum, foram testadas a Serratia marcescens,
>que matou 45% das larvas em cinco dias, e a Photorhabdus luminescens, que
>foi 100% letal.
>Segundo Holbrook, enquanto nos testes em laboratorio foram usadas altas
>doses de bacteria, dificilmente o mesmo poderia ser feito numa plantacao.
>Outras estrategias seriam a aplicacao apenas das toxinas (e nao das
>bacterias), se elas puderem ser identificadas, ou a transferencia de seus
>genes para as plantas. (Science Now)
>(Folha de SP, 29/5)


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fwd: Brasil vai sequenciar genoma do parasita da esquistossomose
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2002 00:53


>
>
>Brasil vai sequenciar genoma do parasita da esquistossomose
>A Fapesp informou que vai lançar um projeto de sequenciamento genetico do
>parasita Schistosoma mansoni, causador da esquistossomose.
>O esquistossomo e’ um dos tres parasitas que mais infectam o ser humano, e
>pode ser encontrado em regioes da America do Sul, Caribe, Africa e Oriente
>Medio.
>Cerca de 250 milhoes de individuos sao infectados pela doença, que e’
>endemica em 76 paises do mundo, inclusive no Brasil. Cerca de 600 milhoes
>de pessoas no mundo correm risco de infecçao.
>Um em cada dez individuos infectados fica gravemente doentes, e o indice
>anual de obitos varia entre 300 mil e 500 mil.
>A esquistossomose atraiu a atençao especial da OMS (Organizaçao Mundial da
>Saude), uma vez que a terapia atual enfrenta o problema de resistencia a
>tratamento farmacologico e a esperança de que surja uma vacina eficiente
>parece ainda estar longe.
>As melhores perspectivas de identificaçao de novos alvos para o
>desenvolvimento de medicamentos, vacinas e diagnostico, assim como para o
>estudo da base biologica da resistencia a drogas, antigenicidade,
>infectividade e patologia estao na analise genomica do parasita.
>A grande extensao do genoma, porem, requer consideravel esforço de
>sequenciamento por parte da comunidade que trabalha com a esquistossomose
>em todo o mundo.
>A tecnica que sera’ aplicada na descoberta de genes do S. mansoni e’ a
>mesma usada no Projeto Genoma do Cancer.
>A Rede Onsa (responsavel pelos projetos genoma) tem como objetivo gerar
>120000 sequencias de EST ou 40 a 50 milhoes de bases de cDNA do parasita
>nos proximos 12 meses.
>Custo estimado do projeto: US$ 850 mil, financiados pela Fapesp. Ele sera’
>conduzido na USP, Instituto Butantan, Instituto Ludwig de Pesquisas sobre
>o Cancer e Unicamp.
>Serao estudados diversos estagios do ciclo biologico do parasita, com foco
>no problema emergente da resistencia a drogas.
>Espera-se que os resultados finais possam contribuir para o
>desenvolvimento de novas metas terapeuticas, possibilidades de vacinas e
>uma compreensao mais ampla da biologia do Schistosoma mansoni.
>(Folha Online, 13/6)


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2002 01:22

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> > Entendo que o prazer é uma sensação de bem-estar (ou de conforto,
> > ou um estado de contentamento) que se obtém saciando-se a fome,
> > satisfazendo-se a libido, etc.
> >
> > Ficou bom assim?
>
> Er... Eu acho q. nao. Mas enfim.

Manuel: Sujeito difícil de se contentar...

> > Manuel: O princípio da realidade é tão-somente uma modificação do
> > princípio do prazer
>
> O q. ainda nos deixa sem um bom parametro. Se alguem faz uma coisa
> foi por prazer, se nao faz foi pelo principio da realidade q. e'
uma
> forma de prazer...

Manuel: É, os princípios ou leis muito gerais são assim mesmo. P.
ex., se um subsistema se degrada, está aumentando a desordem geral do
sistema; se ele passa a um estado mais ordenado, a conseqüência disso
é também um aumento geral da desordem. De uma forma ou de outra, seja
A ou não-A, aumenta a desordem e a entropia, isto é, confirma a 2a.
Lei da Termodinâmica ou 'Princípio'Universal da Degradação da
Energia, que, avaliando pelos seus critérios, não deve ser um bom
parâmetro.

> Da mesma forma? Sera'? Podemos verificar a pressao de selecao pela
> alteracao do fitnesse medio de uma populacao mantida em laboratorio
(...) Como medimos o ego ou a transformacao do ego pelo meio?

Manuel: Podemos verificar a transformação do ego pelo meio pela
alteração da capacidade de discernimento do indivíduo ao longo de sua
vida. Podemos medir essa alteração comparando a quantidade de
informação acerca do meio (bem como a influência do sistema de
informação no comportamento) de indivíduos mantidos sob observação
quando criança com a quantidade de informação desses mesmos
indivíduos quando adultos.

> > Manuel: Válida no sentido de verdadeira? Segundo a epistemologia
em
> > que você se baseia, podemos estar certos de que algumas teorias
são
> > falsas, mas jamais podemos ter certeza que qualquer teoria seja
> > verdadeira.
>
> Nao, valida no sentido de aderir bem aos dados e produzir previsoes
> verificaveis.

Manuel: Ih, rapaz, por esse seu critério nenhuma epistemologia
(inclusive a sua) é válida, nenhum sistema filosófico ou teoria da
origem do universo e da vida na Terra é válido (pois da origem só
podemos ter pós-visões, não previsões), a etologia e outras
disciplinas mais descritivas e que implicam taxonomia também não são
válidas, a teoria dos sistemas complexos é igualmente inválida, as
ditas 'ciências' humanas também não valem nada... Parece que o mundo
do genuíno conhecimento é bem limitado, né? É que nem o asteróide do
Pequeno Príncipe. :-)

> > Por que não considerá-la uma proto-ciência ou um método
metafísico
> > de pesquisa?
>
> Uma proto-ciencia bem antiga e com tta gente trabalhando em cima,
> hmmm... Nao sera' mesmo possivel suspeitar q. um ovo de galinha q.
> nao picou desde q. foi botado ha' um par de meses esta' gorado,
> apesar de toda a dilegencia da dona Galinha em mantê-lo aquecido?

Manuel: Não se esqueça que o filósofo do falsificacionismo, Popper,
somente reconheceu o caráter científico do darwinismo (que é bem mais
antigo que o freudismo) no fim da vida, se não me engano no começo da
Década de 80 do Século XX (Ô ovinho difícil de gorar!). E mesmo assim
ainda há controvérsias. Com efeito, se o Dobzhansky observou em
laboratório o surgimento de uma nova espécie de mosca, isso não
significa que as espécies que já existiam surgiram por meio deste
mesmo processo. Afinal, segundo Popper (e Hume), "não é racionalmente
justificado raciocinar a partir de repetidos exemplos de que temos
experiência para exemplos de que não tivemos nenhuma experiência."
Aliás, no dia em que o homem *criar* vida em laboratório (ou uma
espécie a partir de outra, o que é bem mais fácil), no dia em que
tivermos vida artificial, vida como resultado de uma
atividade 'deliberada', neste dia a teoria criacionista (a vida como
produto de uma inteligência) estará sendo, de um certo modo,
comprovada, né? A propósito, há quem sustente que vida artificial já
existe (a denominada vida 'virtual'), sem falar que um laboratório,
como o do Dobzhansky, é um ambiente artificial, isto é, as condições
que favoreceram o aparecimento de uma nova espécie de mosca foram
deliberadamente criadas por uma inteligência superior, de modo que
essa 'especiação' foi, num certo sentido, induzida, forjada
intencionalmente. Diga-se de passagem que há físicos, como o Alan
Guth, que sustentam que é formalmente possível criar universos iguais
ao nosso (propícios a vida) em laboratório, e que o nosso próprio
universo pode ter sido criado num laboratório a partir de uma bolha
de falso vácuo, que se obtem comprimindo-se 25 gramas de matéria até
que se atinja a densidade de 10(80)gramas por centímetro cúbico. Nada
disso endossa a existência de Deus, mas nos permite sustentar a
hipótese de que o universo e a vida foram criados por uma
inteligência profana mas superior.

Aviso que esta minha defesa de um criacionismo 'ligth' não deve ser
levada a sério. O que não significa que estou mentindo. Estou apenas
fazendo uma interpretação tendenciosa encima de fatos e conjecturas
(se não científicas, ao menos cientificamente fundamentadas) pinçados
especialmente. E faço isso com o objetivo de chamar a atenção para:
como saber qual a interpretação válida, se é a criacionista ou a
evolucionista? (Quero deixar bem claro que sou darwinista, um
defensor da teoria sintética da evolução.)

Digo ainda (mas só de brincadeirinha) que, se o Galileu
das 'ciências' sociais ainda não surgiu, então não vai surgir mais. O
ovo gorou, só um cego não vê isso. Temos mais é que jogar no lixo
todas essas 'gias': sociologia, antropologia, psicologia, etc.
Concorda comigo, Takata?

Agora, falando sério, volto a repetir: Se o próprio Freud admitia que
a sua abordagem era, em larga medida, apenas um projeto de psicologia
científica, por que referir-se a essa abordagem com o termo
pejorativo de `pseudociência'? Por que não considerá-la, se não uma
proto-ciência, pelo menos um método metafísico de pesquisa, expressão
essa empregada por Popper para designar o darwinismo? Será que a
preferência que se dá ao primeiro termo (pseudociência) não espelha
um preconceito fortemente arraigado, como esses que a gente encontra
entre os criacionistas?

> > Por exemplo, o psicólogo Saul Rosenzweig realizou experimentos em
> > laboratório que corroboraram a teoria do recalcamento (essas
>
> A teoria do recalque e' um aspecto decisivo na teoria psicanalitica
> freudiana?

Manuel: Bem, veja o que o próprio Freud escreve a respeito: <<As
Pedras Angulares da Teoria Psicanalítica. - A pressuposição de
existirem processos mentais inconscientes, o reconhecimento da teoria
da resistência e repressão, a apreciação da importância da
sexualidade e do complexo de Édipo constituem o principal tema da
psicanálise e os fundamentos de sua teoria. Aquele que não possa
aceitá-los a todos não deve considerar-se a si mesmo como
psicanalista.>> (S. Freud; Dois Verbetes de Enciclopédia; [A]
Psicanálise)

A repressão, ou recalque, é sim um dos mecanismos de defesa do ego,
mas é considerado básico ou fundamental por ser, também, o precursor
de muitos outros, isto é, a repressão toma parte em outros
mecanismos, como a racionalização, o deslocamento e a sublimação, que
são formas específicas de se lidar com o 'reprimido' (idéias e
desejos ansiogênicos tornados inconscientes). A repressão é também
fundamental na formação dos sintomas neuróticos.

Bem, depois respondo ao resto das suas perguntinhas capciosas e
puramente retóricas. :-)

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ser????
FROM: Leandro <leandropl@mailbr.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/12/2002 01:32

On Wed, 4 Dec 2002 22:55:43 -0200, " <% Alvaro Augusto de Almeida
%> wrote:
>O cara é um malucão. Já esteve no Jô Soares, se não me engano no
>mesmo
>programa em que foi entrevistado um sujeito que acredita que a Terra
>_não
>gira_ em torno do Sol. Essa teste de que as viagens à Lua foram
>apenas um
>show é muito http://www.showdalua.com
>comum, mas a diferença é que esse sujeito (você achou o nome dele no
>site?)
>acredita que a URSS fazia parte da conspiração com os EUA para
>fabricar um
>show mostrando o homem na Lua.
>
>Assim mesmo, não é tão fácil provar que o homem realmente esteve na
>Lua. As
>probabilidades, contudo, estão contra a versão do show. Como disse
um
>coronel da NASA a respeito dos UFOs: "Se fosse possível esconder tal
>tipo
>de informação, nós, coronéis, seríamos generais!"




Leandro:

Eu assisti a entrevista no Programa do Jô com esse cineastra (se não
me engano ele é cineastra). E na ocacião visitei o site e encontrei
uma foto, que depois pude vê-la no site da NASA também, onde um
astronauta aparecia subindo uma escada na sombra do módulo lunar (o
aparelho usado pra descer na Lua, não sei o nome). O que me intrigou
é que se ele estava na sombra e na Lua não há atmosfera, a luz não
pode difundir, e não foi usado flash, o solo abaixo dele está escuro,
como a imagem dele foi capturada com tanta clareza?

E a questão do filme fotográfico resistir as variações extremas de
temperatura, que o próprio diretor da NASA não soube responder.

Bom, o dia que fizerem um telescópio potente o suficiente e apontarem
pra Lua e não aparecerem a bandeirinha, a plaquinha, a pegada etc, a
coisa vai ficar esquisita pra USA. Até esse dia chegar nem acredito
nem deixo de acreditar, mas desconfio muito. ( :-) )



Abraços
Leandro Lannes


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SUBJECT: Re: VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2002 02:09

Olá. Vou ver se entro nessa discussão fazendo alguns comentários.

Sobre as relações entre comida e sexo, penso que a natureza pode
utilizar um mesmo princípio de prazer para diversos fins. Os laços
que o recém-nascido estabelece com a mãe, por exemplo, são depois
aproveitados para se forjar todos os outros laços sociais. Devemos
também lembrar que muitas coisas evoluem por pré-adaptação. Uma
estrutura que era usada para um determinado fim é duplicada, uma
delas permanece realizando a antiga função, e a outra evolui para uma
nova função. Especulo que muitas das relações entre as
diversas "entidades" mentais podem ter sua origem em pré-adaptações.

> Manuel: Não se esqueça que o filósofo do falsificacionismo, Popper,
somente reconheceu o caráter científico do darwinismo (que é bem mais
antigo que o freudismo) no fim da vida, se não me engano no começo da
Década de 80 do Século XX (Ô ovinho difícil de gorar!). E mesmo
assim ainda há controvérsias. Com efeito, se o Dobzhansky observou
em laboratório o surgimento de uma nova espécie de mosca, isso não
significa que as espécies que já existiam surgiram por meio deste
mesmo processo. Afinal, segundo Popper (e Hume), "não é racionalmente
justificado raciocinar a partir de repetidos exemplos de que temos
experiência para exemplos de que não tivemos nenhuma experiência."

Pode até ser, mas tem que ter uma certa cara-de-pau. O fato é que o
darwinismo realmente funciona; ele não é um modelo sujeito a ficar
desatualizado. Nós não vimos se foi realmente ele que moldo as
espécies, mas além delas apresentam uma lógica estrutural compatível
com o darwinismo, esta é a única teoria existente que explica o
fenômeno. De acordo com o que se sabe hoje, o darwinismo poderia ter
criado as espécies. Talvez não seja ele que fez isso, da mesma forma
que talvez meu gato seja um robô marciano infiltrado na minha casa
para me espionar, mas ficar pensando muito nessas coisas não vai nos
levar a lugar nenhum. Para todos os fins práticos, o darwinismo
REALMENTE moldou as espécies, assim como meu gato é realmente um
mamífero domesticado no Egito há milhares de anos atrás. Não estamos
aqui tratando de um modelo. É um solo quase tão firme quanto o da
matemática.

> Digo ainda (mas só de brincadeirinha) que, se o Galileu
das 'ciências' sociais ainda não surgiu, então não vai surgir mais. O
ovo gorou, só um cego não vê isso. Temos mais é que jogar no lixo
todas essas 'gias': sociologia, antropologia, psicologia, etc.

Por que? Apenas agora estamos nos tornando aptos a abordar a mente.
Durante todo o século XX, uma visão de homem errada prevaleceu,
atrasando por décadas uma maior compreensão do ser humano. A
varredura cerebral tem 30 anos, e ela ainda esta amadurecendo. A
psicologia cognitiva é só um pouco mais velha, e a admissão do
darwinismo como princípio formador da mente só tomou impulso a partir
da década de 1980. Apenas agora estamos acumulando dados etnográficos
das outras culturas ao redor do mundo. É natural que a física tenha
sido a primeira ciência, e é de se esperar que a sociologia seja a
última.

Como é essa história de jogar as "gias" no lixo? Ta certo que essas
disciplinas, da forma como estão, são pré-científicas. Mas isso não
quer dizer que não seja possível criar uma ciência social de verdade.





SUBJECT: [ciencialist] RE: Resposta p/ Lucio
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/12/2002 03:28

>GUILHERME PEIXOTO: Você concorda com a afirmação de que ele é a
"direita da direita". Quem critica nesse nível não merece debate, pois
não demonstra conhecimento de causa. O Olavo é liberal, e isso é óbvio.
Direita da direita, que deve ser um eufemismo de extrema direita, sempre
foi uma opção política duramente atacada pelo Olavo.<

Guilherme,

Embora a minha afirmação de que o Olavo é a “direita da direita” faça
com que você me coloque no rol dos que não merecem o debate, sou
incorrigível. Mal percebo e lá estou de novo, tentando argumentar,
apesar da desqualificação que me foi imputada. Peço desculpas pela
impertinência, e penso que posso ser desculpado, senão por você, ao
menos pelos demais membros da lista. Afinal, criticar-me sem mencionar o
meu nome não foi exatamente um exemplo de elegância.

O conceito de direita e esquerda, originário da posição ocupada pelos
membros da assembléia que durante a Revolução Francesa conforme sua
atitude com relação a mudanças sociais, é hoje difuso mais por obra da
primeira do que da segunda. E no Brasil é um pouco mais difuso do que no
resto do mundo, já que em nosso país ser chamado de direita é ofensa.
Mesmo gente como o Olavo de Carvalho e seus prosélitos rejeitam o termo,
por considerá-lo ofensivo ou, no mínimo, reducionista.

Embora eu tenda a concordar que a única posição digna do intelectual
seja a independência, expressa como a tomada de posição caso a caso e a
rejeição da qualquer filiação automática a idéias, na prática cada um de
nós situa-se em algum ponto do espectro político. E mais, nossa situação
depende do contexto a ser considerado. Como toda a distribuição
estatística, a preferência política de uma determinada população pode
ser normalizada. Assim, é possível a um mesmo indivíduo ser de esquerda
na reunião do condomínio, de direita na assembléia do PT, de centro nas
eleições municipais.

No contexto brasileiro, o Olavo de Carvalho é um homem de direita. O
Lúcio já mostrou isso. Caberá a mim mostrar que está à direita da
direita. Não custará muito. O próprio Olavo já fez isso. Em “Fórmula da
minha composição ideológica”, ele diz que é liberal em economia,
tradicionalista e conservador em religião, e nacionalista em política.
Anauê! Acrescente-se a ojeriza a qualquer coisa aparentada, ainda que
remotamente, com socialismo ou comunismo e, até aqui, a descrição
aplicar-se-ia a Plínio Salgado -- antigo líder do partido integralista.
Mas não nos apressemos em colocar o Olavo na turma do “Deus, Pátria e
Família”. A descrição também se aplica a muita gente que não tem
simpatia alguma pelo nazi-fascismo, embora não se possa negar que a
combinação seja característica da extrema direita.

No mesmo artigo, Olavo diz que é anarquista em moral e educação, e
realista em filosofia, além de acreditar na relatividade do progresso em
história e ser contra o governo mundial. Diz também ser contra padrões
morais impostos, o que me soa contraditório. Ao que parece, faltou
“Família” na fórmula ideológica de Olavo de Carvalho para situá-lo junto
à direita da direita. Mas, espere!, em outro artigo ele fala da
“verdadeira natureza, pura e primordial da família, por isso mesmo
nuclear e esteio de toda e qualquer sociedade”.

Eu poderia continuar o exercício indefinidamente, mas, sinceramente, o
tema não vale o esforço. Os textos do Olavo parecem as profecias de
Nostradamus. Tira-se deles mais do que contém. Embora Olavo de Carvalho
não tenha a pretensão de reformar o mundo pela via da política, suas
posições são politicamente carregadas. No entanto, dizer que ele é o
farol que indica a direita da direita, como eu fiz, é injusto para com o
detentor legítimo do título: o falecido Roberto Campos, este sim
brilhante e coerente em seu direitismo.


>GUILHERME PEIXOTO: Essa suposta aberraçãozinha que lembra o Enéas ou o
Hitler não poderia ser capaz, por exemplo, de realizar um estudo tão
profundo sobre Aristóteles, ou de escrever um texto tão magnífico quanto
o texto que ele escreveu sobre o conceito da inteligência ("Inteligência
e Verdade"), e muitos outros que estão dando sopa no seu site.<

Não é por admirar o Olavo de Carvalho que você precisa copiar-lhe as
técnicas. A frase acima é um non-sequitur digno de livro-texto. O Dr.
Enéas Carneiro é autor do que já foi um dos melhores livros de
interpretação de cardiogramas. Isso torna melhores as suas opiniões em
política? O ex-presidente Jânio Quadros dominava como poucos a língua
pátria. Devemos desculpar, então, a sua tentativa frustrada de voltar
como salvador da pátria? Quanto a Hitler, não me lembro de ter visto o
Lúcio fazer a comparação. Por favor, me dê o devido crédito e não me
venha explicar minúcias sobre a diferenças entre esses personagens e o
filósofo em questão. Eu sei quais são.

Não compactuo com os que apodam Olavo de Carvalho de “o auto-denominado
filósofo”. Olavo de Carvalho é filósofo. Se bom ou não, é questão que
deixo para os especialistas. Só acho que falta aos seus escritos
relevância contemporânea. O artigo que você tanto aprecia, “Inteligência
e Verdade”, é um exemplo. Nele Olavo faz a crítica de vertentes
popularescas do fenômeno da inteligência e consciência (ex: conceito das
multiplas inteligências) sem sequer discutir avanços recentes nessa
área, por exemplo D’Amásio, Pinker, Dennet, etc. Para quem se dispuser a
fazer um estudo em contrastes – relevante versus irrelevante,
contemporâneo versus fossilizado – aconselho uma visita ao website
www.edge.org após a leitura dos textos do Olavo de Carvalho.

Perceba que não chamei Enéas, Jânio ou Olavo de loucos mansos. Louco
manso é quase um elogio. Aplica-se a figuras simpáticas como Don Quixote
de La Mancha ou Policarpo Quaresma, para ficarmos só na literatura. Eu
disse que seriam loucos mansos não fosse a fascinação que exercem sobre
muitos. Enéas teve um milhão e meio de votos e arrastou consigo ao poder
um punhado de incompetentes, Jânio foi eleito presidente e atirou o país
numa crise institucional. No campo das realizações Olavo não é páreo
para os dois, mas iguala-se a eles no folclore. Exemplos tirados de
textos do Olavo:

---------------------------------------------------------
OC: “Karl Marx, na juventude, foi membro de uma seita satanista e,
segundo sua empregada e amante Helene Demuth, ainda na maturidade fazia
em casa estranhos rituais. Esse fato foi meticulosamente escondido pelo
governo soviético, depositário dos manuscritos e da correspondência de
Karl Marx.”
---------------------------------------------------------

E eu que pensava que a demonização do inimigo fosse apenas figura de
linguagem. Eu suspeito que o Olavo de Carvalho também realize estranhos
rituais. Pôe-se de joelhos e aceita sobre a língua, sem morder, um disco
de farinha enquanto um sacerdote murmura palavras mágicas.

---------------------------------------------------------
OC: “Nos EUA, as escolas já se tornaram instrumentos para a pregação
aberta e descarada da pedofilia. Milhares de famílias já se recusam a
enviar seus filhos para as escolas, por medo de que caiam vítimas de
políticas educacionais perversas.”
---------------------------------------------------------

Aqui o delírio e a desinformação atingem um nível ridículo. Moro nos EUA
e interesso-me bastante por notícias relacionadas à educação. Nunca
soube de famílias que se recusaram a mandar as crianças para a escola
por medo de pedofilia, a não ser que a escola seja católica. Há
famílias, e não são poucas, que não mandam as crianças para a escola
pública por motivos religiosos, incluindo-se aqui o ensino da teoria da
evolução de Darwin.


>GUILHERME PEIXOTO: O Olavo de Carvalho não é qualquer coisa que só os
otários engolem, não é um mágico das palavras que só faz uso da
retórica, não é um Enéas ou outro zé mané... também está longe de ser um
semi-deus. Para quem é inteligente, esquerdista ou não, muitos dos seus
textos não podem ser classificados ou enquadrados para que caibam dentro
das cabecinhas estreitas de muitos dos seus críticos.<

Você já reparou que, para um personagem tão controverso, há pouquíssima
coisa contra o Olavo de Carvalho na Internet? Ele deve atribuir isso à
falta de argumentos de seus críticos, provavelmente. Eu atribuo a outra
causa: a discussão racional é impotente contra o vitupério dos
alucinados. A falta de civilidade e a disposição de torcer a verdade são
ainda mais perigosas quanto maior a inteligência e a eloquência do
debatedor. No caso do Olavo de Carvalho estes dois últimos atributos
estão em suas mãos como uma pistola automática de 9 mm nas mãos de um
menor infrator.

Vou parar porque estou cansado. Leio a coluna do Olavo de Carvalho
coluna n’O Globo sempre que posso, por entretenimento. Onde Jânio via a
ação de “forças terríveis”, Olavo vê a mão da Internacional Socialista.
Mas levá-lo a sério está além das minhas forças. Desculpe.

Um abraço,
Colucci


PS: Eu jamais convidei o Olavo de Carvalho para um debate pela imprensa,
como a resposta do Lúcio à minha mensagem pode levar a crer. Não me
sinto equipado para tal. O que fiz foi convidar seu filho Luís G.
Carvalho para um debate sobre a astrologia. Nessa matéria acho que
defenderia com razoável competência o time da ciência e da
racionalidade.





SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2002 09:56

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Sujeito difícil de se contentar...

Se vc se chamar Angelina Jolie fica mais facil.

> Manuel: É, os princípios ou leis muito gerais são assim mesmo. P.
> ex., se um subsistema se degrada, está aumentando a desordem geral
> do sistema; se ele passa a um estado mais ordenado, a conseqüência
> disso é também um aumento geral da desordem. De uma forma ou de
> outra, seja A ou não-A, aumenta a desordem e a entropia, isto é,
> confirma a 2a. Lei da Termodinâmica ou 'Princípio'Universal da
> Degradação da Energia, que, avaliando pelos seus critérios, não
> deve ser um bom parâmetro.

Mas eu posso medir o estado de um sistema termodinamicamente... Posso
medir a transferencia de calor, a aplicacao de trabalho, a mudanca de
temperatura, de estado fisico dos componentes, do grau de coesao
entre as particulas e assim por diante.

> Manuel: Podemos verificar a transformação do ego pelo meio pela
> alteração da capacidade de discernimento do indivíduo ao longo de
> sua vida.

Mas isso e' a transformacao do ego ou do sistema nervoso ou da
populacao de memes ou da alma ou uma programacao ontogenetica ou xis?
Vejamos, ha' individuos q. tEm a sua capacidade de discernimento
alterada concomitantemente 'a modificacoes ambientais, ha' os q. nao
o fazem, dois individuos submetidos a uma mesma modificacao ambiental
podem ter alteracoes diferentes na capacidade de discernimento, dois
individuos submetidos a diferentes modificacoes ambientais podem ter
a mesma alteracao na capacidade de discernimento. Isso invalida a
existencia das tais transformacoes do ego pelas pressoes ambientais?
Nao necessariamente, mas aqui indica de novo q. precisamos de um bom
parametro.

Por exemplo, admitindo-se a existencia do ego e aceitando-se a
definicao de q. e': "é o sistema que estabelece o equilíbrio entre as
exigências do id, as exigências da realidade e as "ordens" do
superego". Alteracoes no ego deveriam ser encaradas como modificacoes
no modo como tal equilibrio e' alcancado. Alteracao na capacidade de
discernimento poderia ser nao a alteracao no ego, mas a alteracao do
equilibrio dado q. as 'exigencias da realidade' mudaram. Seria
preciso distinguir uma coisa de outra. Uma tentativa de analogia
matematica (o q. mesmo se for uma analogia razoavel pode trazer
problemas na hora da extrapolacao), temos uma funcao f q. integra
algumas variaveis, o valor da funcao pode ser alterado se se altera a
funcao e/ou se se altera o valor de uma ou mais variaveis.

> Manuel: Ih, rapaz, por esse seu critério nenhuma epistemologia
> (inclusive a sua) é válida, nenhum sistema filosófico ou teoria da
> origem do universo e da vida na Terra é válido

Epistemologia nao e' mesmo valida ou nao nem mesmo a filosofia
de modo geral. Nao nesse sentido de validade. (Pode no maximo ser
logicamente consistente.)

No caso de especulacoes sobre a origem do universo e
da vida na Terra dependendo do modo como sao constituidas
tbm caem na classe das ideias q. nao podem ser validadas, mas
podem tbm ser constituidas de modo a poderem ser validadas.

Taxonomia e' taxonomia... pode se dar o nome q. quiser.
As ciencias humanas podem criar modelos q. estejam de
acordo com os dados e produzir previsoes: o modo como os
seres humanos interagem um dado cenario, p.e.

Se vc faz tais objecoes ao conceito de validade q. apliquei,
bem, nesse caso, pelo conceito q. vc aplicou -- de falseabilidade
popperiana -- tbm tudo o q. vc falou nao seria valido:
ja' q. tbm se trabalha com previsoes, testes de hipotese.
O conceito q. apliquei e' bem menos restritivo do q. o do
falsificacionismo popperiano ou uma visao cientifica das coisas:
a astromancia, por exemplo, poderia muito bem ser valida,
bastaria q. as previsoes se confirmassem. (Nao q. ser menos
restritivo seja uma caracteristica boa, e' apenas uma caracteristica.)

> Manuel: Não se esqueça que o filósofo do falsificacionismo, Popper,
> somente reconheceu o caráter científico do darwinismo (que é bem
> mais antigo que o freudismo) no fim da vida

E dai'? Ele poderia nunca tê-lo feito.

> E faço isso com o objetivo de chamar a atenção para:
> como saber qual a interpretação válida, se é a criacionista ou a
> evolucionista? (Quero deixar bem claro que sou darwinista, um
> defensor da teoria sintética da evolução.)

Dentro do conceito q. aplico de validade: aderencia aos dados e
previsoes -- seria a interpretacao de q. as especies nao foram
criadas em separado. Sim, apenas experimentos em laboratorio nao
confirmariam, mas nao temos apenas experimentos em laborario,
temos observacoes na natureza, tto atraves de registros fosseis,
como pela observacao de populacoes atuais. Os padroes sao
coincidentes.

Se existe Deus ou outra divindade q. criou o Universo ou se
ele e' uma simulacao em um computador ou se surgiu espontaneamente,
por eqto me parece mais uma hipotese de trabalho.

> Digo ainda (mas só de brincadeirinha) que, se o Galileu
> das 'ciências' sociais ainda não surgiu, então não vai surgir mais.
> O ovo gorou, só um cego não vê isso. Temos mais é que jogar no lixo
> todas essas 'gias': sociologia, antropologia, psicologia, etc.
> Concorda comigo, Takata?

Nao, porq. as ciencias sociais nao sao uma coisa so'. Esta' e'
faltando exatamente uma teoria explicativa -- q. talvez nao haja
mesmo -- q. tenha boa aderencia aos dados e faça (boas) previsoes.
So' q. a Psicanalise Freudiana nao e' uma area de estudo, mas uma
tentativa de explicacao de um fenomeno natural: o psquismo humano.

> Por que não considerá-la, se não uma
> proto-ciência, pelo menos um método metafísico de pesquisa,

E eu repito. E' altamente suspeito q. uma tentativa de explicacao
incubada durante um seculo de estudo nao consiga sair do estado de
proto-ciencia. O espiritismo seria uma proto-ciencia?

> A repressão, ou recalque, é sim um dos mecanismos de defesa do ego,
> mas é considerado básico ou fundamental por ser, também, o

Levado a cabo pelo proprio ego?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Desculpe, mas não vou concordar
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2002 10:18


Oi. Qual era o "subject" anterior desta conversa? Peguei o bonde
andando e não consegui encontrar a mensagem anterior.
Belisário

At 23:52 04/12/02 -0300, you wrote:
>Olha, Takata.
>
>Vejo que voce entende do assunto. E o estuda.
>
>Mas acabei de te enviar uma serie de reportagens, dentre dezenas de outras
>publicadas.
>
>Aquilo tudo foi sim festejado como vitoria de uma batalha contra o
>amarelinho na laranja, a praga da bruxa no cacau, a esquistossomose...
>dentre outras pragas e molestias.
>
>Existe sim um lobby forte, seja por mais verbas, seja pro-transgenicos, e
>isso é feito mediante desinformação cientifica, com meias verdades, ou com
>mentiras mesmo.
>
>Leitor de jornal não vai entender que aquela reportagem tá falando do
>sucesso de um programa de treinamento de mao de obra, e capacitação
>institucional.
>Tudo aponta pro sucesso da engenharia genetica brasileira, no combate às
>pragas e doenças.
>E a isso se somaram premios e discursos de politicos.
>
>A FAPESP tirou dinheiro de varias outras areas, pra investir pesado nisso.
>Mas eu nao estou discutindo politica cientifica.
>Apenas mentiras midiaticas.
>
>Abraço,
>
>L.E.



SUBJECT: Re: Desculpe, mas não vou concordar
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2002 10:21

--- Em ciencialist@y..., "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@i...> escreveu
> Mas acabei de te enviar uma serie de reportagens, dentre dezenas de
> outras publicadas.

Nao vejo assim as reportagens.

Elas falam de uma vitoria da Ciencia Brasileira? Sim, falam. E foi
mesmo. Claro q. muito melhor seria se tivessem descoberto a cura da
Aids. O objetivo da instituicao foi alcancado: equiparam-se
laboratorios e profissionais foram capacitados. Bem, pode se discutir
se o custo para tto nao foi elevado (houve algum espaco pra isso tbm
na imprensa). A projecao no cenario mundial e' um ganho a mais. E nao
ha' nada de tao grave em capitalizar isso para conseguir mais
financiamento.

O q. seria errado, p.e., seria se se dissesse q. o sequenciamento por
si so' permitiria curar doencas, combater pragas, melhorar os
alimentos, etc... No entanto, embora isso tenha sim ocorrido em
muitos casos, nao se nota nem q. tais casos tenham sido alimentados
pelos profissionais envolvidos, nem me parece q. foi o tom geral da
cobertura jornalistica (ao menos da midia impressa). Q. abre a
possibilidade de pesquisas posteriores nessa area e' verdade e e' so'
isso q. se fala nos textos q. vc enviou.

> A FAPESP tirou dinheiro de varias outras areas, pra investir pesado
> nisso.

De certo modo sim, ja' q. os recursos sao finitos, embora nao seja
totalmente um desvio: muito do recurso, p.e., do Inst. Ludwig jamais
iria para a area de Astrofisica. Mas sao escolhas. Foi uma boa
escolha? Aqui sim cabe discussao. E chuto q. a tendencia e' esse
ponto comecar a ser mais dicutido: ainda mais com os problemas de
financiamento de novas pesquisas q. a Fapesp apresenta atualmente.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Resposta p/ Lucio
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2002 10:26

--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Negativo. Delfim Neto e Roberto Campos têm orientação ideológica
> liberal, são declaradamente de direita, contudo, seus
> textos são lógica e estruturalmente consistentes.

E da esquerda brasileira? Quem e' q. escreve de modo
logico e consistente? (Apenas uma pergunta, nao um
desafio.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Será????
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2002 10:31

--- Em ciencialist@y..., Erich Weick <erich_weick@y...> escreveu
>
> Visitem o site abaixo e façam seus cometários...
>
> http://www.showdalua.com

Mentira deslavada. Todos sabem q. a Lua nao existe. Ela
sim e' uma armacao da Nasa.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: [ciencialist] Resposta p/ Lucio
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/12/2002 10:34

> De: Guilherme Peixoto
>
> Se eu peco por achar que quem discorda do Olavo seja um imbecil,
> não vejo atitude diferente ao classificar tudo o que ele escreve
> como textos sem consistência e estrutura lógica. Ao fazê-lo, você
> está automaticamente desprestigiando a capacidade de raciocínio
> dos admiradores do Olavo. Isto é uma consequência lógica. Efetivamente
> você está chamando de imbecil aquele que concorda com os textos
> do Olavo. Além disso não acho imbecil aquele que discorda dele.
> Imbecil é aquele que não reconhece uma argumentação bem estruturada
> só porque essa têm uma orientação ideológica diversa.

Negativo. Delfim Neto e Roberto Campos têm orientação ideológica
liberal, são declaradamente de direita, contudo, seus
textos são lógica e estruturalmente consistentes.

Duvido que eles concordem com Olavo de Carvalho.

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Desculpe, mas não vou concordar
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2002 10:49

--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
>
> Oi. Qual era o "subject" anterior desta conversa? Peguei o bonde
> andando e não consegui encontrar a mensagem anterior.

Opsss... Genoma não
"L. E. Carvalho"
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19730

Re: Opsss... Genoma não
"Vulpes vulpes iaponicus ex-Solanum tuberosum"
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19751

Opsss... Genoma, Takata, Olavo...
"L. E. Carvalho"
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19759

Re: : Opsss... Genoma, Takata, Olavo...
"Rupertus altiorizalis olavorum"
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19762

Re: : Opsss... Genoma, Takata, Olavo...
"Rupertus altiorizalis olavorum 2"
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19763

Desculpe, mas não vou concordar
"L. E. Carvalho"
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19779

Fwd: Jornalismo Científico em tempos de Xylella
"L. E. Carvalho"
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19780

brasileiros ja' mapearam genoma de 3 bacterias;
"L. E. Carvalho"
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19781

Fwd: Bacterias brasileiras matam praga da batata
"L. E. Carvalho"
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19782

Fwd: Brasil vai sequenciar genoma do parasita da esquistossomose
"L. E. Carvalho"
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19783

Re: Desculpe, mas não vou concordar
"Molinus ventum"
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19786

Re: Desculpe, mas não vou concordar
"Roberto Belisário"
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19788

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/12/2002 10:57

----- Original Message -----
From: Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de
To: 'ciencialist@yahoogrupos.com.br'
Sent: Thursday, December 05, 2002 10:34 AM
Subject: RES: [ciencialist] Resposta p/ Lucio

>Negativo. Delfim Neto e Roberto Campos têm orientação ideológica
liberal, são declaradamente de direita, contudo, seus
textos são lógica e estruturalmente consistentes.

Tem toda razão, Alexandre. A gente pode ou não concordar com as premissas do
Roberto Campos e do Delfim Neto mas, uma vez dadas as premissas, o
raciocínio deles é bem-estruturado e coerente. O Roberto Campos, aliás, é um
contra-exemplo dos mais pertinentes, porque era um mestre da ironia (fina:
ironia pra ele não era dizer que seus adversários eram imbecis), mas não
usava essa ironia pra esconder inconsistências na argumentação.

>Duvido que eles concordem com Olavo de Carvalho.

Aqui eu já não tenho tanta certeza, porque num artigo sobre o caso Sokal, em
1996, Roberto Campos se referiu ao Olavo de Carvalho como "um filósofo de
grande erudição", e não tenha a menor dúvida de que a frase foi emoldurada
no site do autor.

Abs.
L.



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Resposta p/ Lucio
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2002 11:03

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> > Negativo. Delfim Neto e Roberto Campos têm orientação ideológica
> > liberal, são declaradamente de direita, contudo, seus
> > textos são lógica e estruturalmente consistentes.
>
> E da esquerda brasileira? Quem e' q. escreve de modo
> logico e consistente? (Apenas uma pergunta, nao um
> desafio.)

Manuel: Muitos. P. ex., Caio Prado Júnior (falecido), Celso Furtado,
Roland Corbisier, Jacob Gorender, Leandro Konder, Carlos Nelson
Coutinho, Michael Löwy, Francisco de Oliveira, etc.

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Resposta p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/12/2002 11:04

----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, December 05, 2002 10:26 AM
Subject: Re: RES: [ciencialist] Resposta p/ Lucio

>E da esquerda brasileira? Quem e' q. escreve de modo logico e consistente?
(Apenas uma pergunta, nao um
desafio.)

Vários, porque boa parte dos pensadores de esquerda brasileira se formaram
na Faculdade Maria Antônia, a faculdade de filosofia da USP hoje incorporada
à FFLCH, e uma das principais características do ensino de filosofia nessa
faculdade, desde sua fundação pelos franceses, no começo do século passado
(década de 20 ou 30, por aí) é a adesão estrita à estrututra lógica do
texto. Pra citar alguns exemplos, você tem o Sergio Paulo Rouanet, o Leandro
Konder e o Renato Janine Ribeiro, que aliam o rigor formal da argumentação a
uma elegância do texto que não tem nem comparação com o estilo truculento do
Olavo de Carvalho (nenhum deles jamais desceu ao ponto de chamar seus
adversários de imbecis). É claro que, por outro lado, a esquerda também tem
seus olavinhos, como a Marilena Chauí, que é praticamente um Olavo de
Carvalho de saias, é tão erudita quanto ele e não tem o menor pudor de
golpear abaixo da cintura.

Abs.
L.



SUBJECT: Re: Será????
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2002 11:05

--- Em ciencialist@y..., Leandro <leandropl@m...> escreveu
. . .
>
> Eu assisti a entrevista no Programa do Jô com esse cineastra (se
não
> me engano ele é cineastra). E na ocacião visitei o site e encontrei
> uma foto, que depois pude vê-la no site da NASA também, onde um
> astronauta aparecia subindo uma escada na sombra do módulo lunar (o
> aparelho usado pra descer na Lua, não sei o nome). O que me
intrigou
> é que se ele estava na sombra e na Lua não há atmosfera, a luz não
> pode difundir, e não foi usado flash, o solo abaixo dele está
escuro,
> como a imagem dele foi capturada com tanta clareza?
>


Também entrei no site para ver do que se tratava. Inicialmente pensei
que poderia ser mais um site de paródia como aqueles que surgiram
fazendo piada com essa paranóia maluca de achar que os pousos na Lua
foram forjados. Existem alguns ótimos, como um que mostra fotos da
Lua com uma bomba de posto de gasolina, latas de cerveja, e outras
coisas como prova de que as imagens teriam sido forjadas, que é muito
engraçado. Esse "Showdalua.com" também tinha que ser piada, afinal, o
autor do site também afirma candidamente que a bomba atômica e a
energia atômica não existem, que a usina de Angra é uma farsa, que os
prédios do WTC foram na verdade implodidos em 11 de setembro, que a
Terra não gira em torno do sol, entre outas pérolas. Mas em alguns
momentos tive a nítida impressão de que o autor realmente acredita
nessas coisas. O filme em que ele se mostra expondo-se publicamente a
um tremendo mico diante do diretor da NASA mostra isso.

Como cineasta, o tal André Mauro deveria conhecer um mínimo sobre
iluminação. O site do astrônomo Phil Plait hospeda uma página do
fotógrafo Ian Goddard, que esclarece todos esses argumentos
fotográficos dos que defendem que foi tudo uma farsa.

http://www.badastronomy.com/bad/tv/iangoddard/moon01.htm

Resumindo, as fotos mostram exatamente o que deveriam mostrar. Se
mostrassem diferente, aí sim seriam suspeitas. Mas para a mente do
paranóico conspiratório, isso deve ser apenas mais um indício de que
a NASA forjou as fotos com perfeição. Não há nenhum argumento que
satisfaça o paranóico. Para ele, a iniciativa da NASA de editar um
livro provando que foram à Lua é sinal de culpa. Mas se a NASA
silencia sobre o assunto é sinal de culpa também.


> E a questão do filme fotográfico resistir as variações extremas de
> temperatura, que o próprio diretor da NASA não soube responder.
>


Também não sei por que ele não soube responder, mas alguém que
estivesse tecnicamente envolvido talvez soubesse. Com certeza, os
seres humanos enviados à Lua têm uma resistência muito menor a
variações de temperatura que os filmes fotográficos. No entanto,
ninguém fritou ou congelou na Lua, não é mesmo? Como é que o tal
André Mauro pode ser uma pessoa tão insensível e sem coração e se
preocupar tanto com os filmes e não dar a mínima pros astronautas? A
resposta é que nem os astronautas e nem os filmes ficaram expostos
aos extremos de temperatura possíveis. Sem atmosfera, a transmissão
de calor por convecção era impossível e a única forma de transmissão
de calor do corpo da câmera para o filme era por irradiação (talvez
um mínimo de condução). Não é como deixar o carro no sol por muito
tempo e depois ver que ele virou um verdadeiro forno. As câmeras
teriam que esquentar muito para irradiar calor para o filme. E se vc
observar bem, elas eram pintadas de branco, assim como os trajes dos
astronautas, justamente para reduzir esse aquecimento.


> Bom, o dia que fizerem um telescópio potente o suficiente e
apontarem
> pra Lua e não aparecerem a bandeirinha, a plaquinha, a pegada etc,
a
> coisa vai ficar esquisita pra USA. Até esse dia chegar nem acredito
> nem deixo de acreditar, mas desconfio muito. ( :-) )
>


Há uma frase que diz que a verdade nunca obstrui o caminho de uma boa
história. Na época do pouso na Lua, a façanha era suficientemente
fantástica para atrair a atenção das pessoas e ser considerada um
assunto interessante. Mas logo que a novidade passou, e outras
missões Apollo vieram, a coisa passou a não ser mais tão fascinante
assim. O filme Apollo 13, estrelado por Tom Hanks, ilustra bem o que
aconteceu na época, quando transmissões da missão pela TV foram
canceladas por não darem mais audiência, depois do sucesso das
missões Apollo 11 e 12. A Apollo 13 só ganhou novamente a atenção do
público devido ao acidente que colocou a vida dos astronautas em
risco. Na época, no entanto, não havia tanta especulação sobre
supostas farsas e montagens como há agora, mais de 30 anos depois.
Hoje, a "boa história" é dizer que tudo foi armação.

Afinal, para nós parece mesmo fantástico que a humanidade tivesse
conseguido ir à Lua em 1969, com os recursos que tinham à mão. Quando
assistimos filmes ou vemos fotos da época, os foguetes, cápsulas e
trajes espaciais parecem não combinar nem um pouco com as vitrolas,
os automóveis com suas grandes grades e pára-choques cromados, os
televisores a válvula com móveis de madeira e seletores de canais
rotativos, e todo tipo de eletrodomésticos que aquela civilização
usava. Simplesmente não combinam. Os artefatos tecnológicos com os
quais convivemos no dia a dia parecem ter superado em muito a
evolução das missões espaciais que se seguiram. A culpa pode ser da
própria natureza das missões, que tinham sido em muito motivadas pela
guerra fria e, vencido o desafio de ir à Lua, perdeu-se o incentivo
para investir bilhões numa corrida que não tinha mais grandes
retornos científicos, muito menos financeiros. O próprio projeto
Apollo foi cancelado antes da última missão, que seria a 18, mas só
foi até a 17. Se a corrida tivesse continuado, talvez já tivessem
mandado uma missão tripulada a Marte, e hoje seria difícil
questionarem a ida à Lua. Os vôos do ônibus espacial, experiências em
estações em órbita e sondas não tripuladas que vieram depois das
viagens à Lua definitivamente não despertaram o mesmo fascínio.

É por isso que dá para entender a reação do astronauta Buzz Aldrin,
que deu um soco num sujeito que o importunou querendo que jurasse
sobre a Bíblia que tinha ido à Lua. Imagine se você tivesse arriscado
a sua vida numa missão como a Apollo 11, ficando por uma semana no
espaço num cubículo com outros dois marmanjos, passando privações,
sem gravidade, indo a um lugar totalmente inóspito a centenas de
milhares de quilômetros da Terra, onde apenas sondas já haviam
chegado mas de onde nada jamais havia retornado, e onde não haveria
qualquer possibilidade de socorro se algo saísse errado, e chegasse
um imbecil qualquer fazendo pouco e pedindo para vc jurar que tinha
mesmo ido lá?

[]s
Ronaldo Cordeiro
Dicionário do Cético
http://www.cetico.cjb.net



SUBJECT: Re: [ciencialist] RE: Resposta p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/12/2002 11:19

----- Original Message -----
From: Jose Colucci Jr.
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, December 05, 2002 3:28 AM
Subject: [ciencialist] RE: Resposta p/ Lucio

>Mesmo gente como o Olavo de Carvalho e seus prosélitos rejeitam o termo,
por considerá-lo ofensivo ou, no mínimo, reducionista.

Raramente você vai ver um pensador de direita assumindo que é de direita.

>Embora eu tenda a concordar que a única posição digna do intelectual seja a
independência, expressa como a tomada de posição caso a caso e a rejeição da
qualquer filiação automática a idéias, na prática cada um de nós situa-se em
algum ponto do espectro político. E mais, nossa situação depende do contexto
a ser considerado. Como toda a distribuição
estatística, a preferência política de uma determinada população pode ser
normalizada. Assim, é possível a um mesmo indivíduo ser de esquerda na
reunião do condomínio, de direita na assembléia do PT, de centro nas
eleições municipais.

Concordo em gênero, número e grau.

>Embora Olavo de Carvalho não tenha a pretensão de reformar o mundo pela via
da política, suas posições são politicamente carregadas.

Não tenho muita certeza se ele não tem essa pretensão. É claro que ele
parece não ter ambições políticas e, pelo contrário, demonstra um nojo
extremado da política partidária (talvez o único ponto em que estou de
acordo com ele, embora não pelos mesmos motivos). Mas desconfio que, no
campo da política, o ideal de Olavo de Carvalho é ser como os filósofos
iluministas, cujas opiniões eram seriamente consideradas pelos déspostas
esclarecidos, como Catarina da Rússia.

>No entanto, dizer que ele é o farol que indica a direita da direita, como
eu fiz, é injusto para com o detentor legítimo do título: o falecido Roberto
Campos, este sim brilhante e coerente em seu direitismo.

É verdade, mas como o Roberto Campos morreu, alguém tem que assumir o posto.
;-)

>Quanto a Hitler, não me lembro de ter visto o Lúcio fazer a comparação.

Fiz, sim, numa das primeiras mensagens sobre o thread. Mas, na própria
mensagem, deixei bem claro que a comparação se aplicava unicamente à
argumentação passional disfarçada de racional. Era uma resposta ao argumento
de que, se o Olavo de Carvalho fosse mesmo inconsistente, não teria tantas
pessoas prestando atenção no que ele diz. Então, lembrei que Hitler
conseguiu o apoio maciço da população alemã se valendo de habilidade
retórica.

>Por favor, me dê o devido crédito e não me venha explicar minúcias sobre a
diferenças entre esses personagens e o
filósofo em questão. Eu sei quais são.

Eu também sei: a diferença essencial é que Hitler sabia como atingir a
grande massa. ;-)

>Não compactuo com os que apodam Olavo de Carvalho de "o auto-denominado
filósofo". Olavo de Carvalho é filósofo.

Quando eu digo que ele é um autodenominado filósofo, isso é pra ser tomado
ao pé da letra, Colucci. O Olavo de Carvalho não tem formação acadêmica e
zomba dos que acham que um diploma universitário é suficiente pra
transformar alguém em filósofo. Nisso, eu também concordo com ele [taí: já
são dois pontos de concordância. Daqui a pouco, eu acho que vou me converter
ao olavismo... ;-)]

>Nele Olavo faz a crítica de vertentes popularescas do fenômeno da
inteligência e consciência (ex: conceito das
multiplas inteligências) sem sequer discutir avanços recentes nessa área,
por exemplo D'Amásio, Pinker, Dennet, etc.

É o mesmo erro que ele comete em relação às ciências sociais. Não vou entrar
aqui no mérito da questão se elas podem ou não ser consideradas ciências
(sei que esse é um assunto controverso na Ciencialist). Mas o fato inegável
é que a caricatura que o Olavo de Carvalho apresenta da área não tem a menor
relação com o que os cientistas sociais realmente fazem.

>A falta de civilidade e a disposição de torcer a verdade são ainda mais
perigosas quanto maior a inteligência e a eloquência do debatedor.

É verdade.

>Vou parar porque estou cansado. Leio a coluna do Olavo de Carvalho coluna n
'O Globo sempre que posso, por entretenimento. Onde Jânio via a ação de
"forças terríveis", Olavo vê a mão da Internacional Socialista. Mas levá-lo
a sério está além das minhas forças. Desculpe.

Idem ibidem.

>PS: Eu jamais convidei o Olavo de Carvalho para um debate pela imprensa,
como a resposta do Lúcio à minha mensagem pode levar a crer.

Nem eu pretendi dizer isso. Me referi aos olavos de carvalho, no plural,
como uma referência a pai e filho.

Abs.
L.



SUBJECT: Material clinico de Freud
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2002 19:48

Manuel Bulcão escreveu: "ancorada em dados empíricos, que tem por base um
farto material clínico"

Manuel,

Já vi afirmações com a sua em mais de um texto sobre Freud ou a Psicanálise
e sempre quis saber isso: quão farto é esse material clínico?

Se o Freud teve mais que a meia dúzia de casos famosos de falou em sesu
livros, onde estão arquivados os dados sobre esses casos e que já teve
acesso a eles, além do S.F.?

Juro por Zeus que não estou de sacanagem, minha pergunta é a sério. E não
adianta dizer que quem pergunta isso ou é ignorante ou está de má fé. :-)

Um abraço,

Vizzoni





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SUBJECT: Re: Material clinico de Freud
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2002 21:52

Olá Vizzoni,

<<Já vi afirmações com a sua em mais de um texto sobre Freud ou a
Psicanálise e sempre quis saber isso: quão farto é esse material
clínico?>>

<<Se o Freud teve mais que a meia dúzia de casos famosos de falou em
sesu livros, onde estão arquivados os dados sobre esses casos e que
já teve acesso a eles, além do S.F.?>>

Manuel: Bem, não sei dizer quantos pacientes Freud tratou. Sei que
ele era médico e neurologista e que abriu seu consultório particular
em Viena no ano de 1886 e só deixou de clinicar dois meses antes da
sua morte, em setembro de 1939. Ou seja, foram 53 anos de trabalhos
clínicos. Desconfio que ele deve ter tratado bem mais que meia dúzia
de pessoas.

Além dos estudos realizados com seus pacientes, Freud tinha acesso
aos estudos e dados clínicos de vários outros médicos (Ruth Marck,
Brunswick, Jeanne Lampl-de Gorot, Helene Dentsch, etc.)

Freud não limitou-se a seu consultório particular. Também trabalhou
como pesquisador no Hospital Geral de Viena e, como neurologista, na
Clínica Steindgasse.

Um abraço,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2002 22:55



>Se você diz (como já tinha dito
>antes) que "NA FALTA DE FORÇA SUFICIENTE para a implantação do socialismo,
>o
>método seria a revolução lenta e gradual, para que o objetivo de se criar
>um
>estado socialista seja alcançado", isso implica que os fabianos só defendem
>a evolução (não "revolução") lenta e gradual porque não dispõem de força
>suficiente pra se impor, mas que se dispusessem, eles abandonariam a
>evolução a favor de uma revolução armada.

Em primeiro lugar, por que você prefere usar o termo "evolução" em vez
de "revolução"? O processo de transição do capitalismo para o
socialismo requer uma transferência de poder, e consequentemente
o termo mais preciso é "revolução", seja ela violenta, suave, rápida
ou lenta.

Em segundo lugar, tenho plena convicção de que os Fabianos, caso
tivessem força suficiente, já teriam queimado a etapa dos passos
de tartaruga e realizado a revolução, à la Josef. Não acredito que
a doutrina Fabiana seja uma questão de privilegiar métodos, mas sim
de privilegiar objetivos, não importando quais os métodos.

>Mas os fabianos acreditavam que essa meta seria atingida por uma abolição
>gradativa do estado, enquanto os stalinistas pregavam que o estado deveria
>ser fortalecido. São propostas rigorosamente contrárias uma à outra.

Você pode ter certeza absoluta disso? Para mim está claro que
a meta final de uma sociedade sem estado não é a única meta em
comum entre Fabianos e Stalinistas, mas também a "meta
intermediária", o estado totalitário socialista. Veja por exemplo
o interessante artigo do neurocientista americano David Goodman
(http://www.insightmag.com/main.cfm/include/detail/storyid/158445.html),
que analisa sistematicamente indícios que sugerem que a obra "1984" de
George Orwell foi uma sátira especulativa do futuro do Fabianismo.
A aspiração ao estado socialista pelos Fabianos é um dado já
pressuposto por Goodman.

>Pra mim, extrema direita é simplesmente a direita levada às
>últimas conseqüências.

Não acho que isso esteja correto. A concepção consagrada da extrema direita
é, até onde eu sei, uma ideologia que defende um estado forte,
controlador, fascista, com forte apelo à coletividade, em
detrimento da individualidade. Esse cenário é radicalmente diferente
do defendido pela direita, que é o liberalismo, no qual as liberdades
individuais são bem maiores. A extrema direita está bem mais próxima
do socialismo. Aliás, basta lembrar que os grandes regimes de
extrema direita foram regimes socialistas.

Por fim, peço desculpas se lhe agredi no email anterior, esse não
era o objetivo. Gostaria de enfatizar que no mesmo momento que eu
me convencer dos seus argumentos, você será avisado. Não estou aqui
para defender o Olavo a qualquer custo, mas apenas para defender a
verdade, esteja ela de que lado estiver. Já estou querendo discutir
outros textos do Olavo, e críticas suas, mas meu tempo impede.

Abraços,

Guilherme



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SUBJECT: Resposta p/ Colucci
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2002 23:13


Caro Jose,

Não quis lhe ofender de qualquer maneira, desculpe.
Você não foi considerado inapto para o debate, de forma
alguma. A verdade é que EU estou me considerando inapto
para o debate por falta de tempo disponível... essa é a
realidade.

O Olavo não tem nada a ver com Anauê. Em muitos dos seus textos
você vai flagrá-lo atacando duramente tudo quanto é coisa que se
assemelhe a fascismo. O Olavo tem ojeriza à coletivização, seja
ela de esquerda ou de direita. Ele é um defensor das liberdades
individuais e de opinião. Tudo que sugere qualquer grau de
coletivização, seja social, intelectual ou financeira, é
repudiado por ele. Esse aspecto central é captado como a coisa
geral mais comum nas esquerdas, e aí está a ilusão de que ele tem
uma visão monolítica da esquerda.

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Re: p/ Alexandre
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2002 23:16


Caro Alexandre,

Roberto Campos foi um grande admirador do Olavo, dentre
muitos outros intelectuais.

Guilherme

>Negativo. Delfim Neto e Roberto Campos têm orientação ideológica
>liberal, são declaradamente de direita, contudo, seus
>textos são lógica e estruturalmente consistentes.
>
>Duvido que eles concordem com Olavo de Carvalho.


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SUBJECT: Identificado gene inibidor de fungo - Correio do Povo, 05/12/02
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/12/2002 23:38


LabConsS - www.ufrj.br/consumo

>Identificado gene inibidor de fungo
>
>
>Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), no interior
>paulista, acabam de obter o primeiro resultado prático do mapeamento
>genético da cana-de-açúcar. Identificaram um gene que é responsável pela
>proteína capaz de inibir o crescimento de fungos causadores de doenças na
>planta. Com isso, será possível selecionar variedades de cana mais
>resistentes a pragas, ou até fazer transgênicas com essa característica. O
>seqüenciamento do genoma do vegetal, realizado entre abril de 1999 e
>dezembro de 2000, resultou de um projeto financiado pela Fundação de Amparo
>à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que envolveu 60 laboratórios.
>Foram identificados 43 mil genes, cujos fragmentos - cerca de 300 mil
>seqüências - estão armazenados no Brazilian Clone Collection Center, em
>Jaboticabal (SP).


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/12/2002 01:42

----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto"
Sent: Thursday, December 05, 2002 9:55 PM
Subject: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio

Apenas para botar mais lenha na fogueira ;-)), vou reproduzir aqui um trecho
de um editorial que escrevi em 1996 para a revista Integração (n.º 4). O
título do editorial é: "A revolução que está a termo."


********** início da citação **********

[...]
A partir do Summit de 1988, sistemas políticos condenados à falência --e
que, não obstante, polarizaram a história de quase todo o século XX,--
irmanaram-se em suas agonias, como que a suplicar pela procrastinação de
seus amargos fins. Flagram-se hoje --como conseqüência desta opção doentia
pela distanásia-- por todos os recantos do mundo --e em meio aos estertores
que denunciam o fim de mais uma era órgio babilônica-- resquícios de um
irracionalismo a nos aduzirem que o poder permanece em mãos dos seguidores
de ideologias fracassadas.

Se não há mais porque se falar, hoje, em esquerda ou direita --as duas faces
da mesma moeda que, ao destronarem o homem de seu egocentrismo, coroaram o
Capital como o senhor todo poderoso do universo-- podemos, não obstante,
tecer comentários sobre seus filhos pródigos: o neoliberalismo e a social
democracia -- que, de braços dados, estão a zombar de nosso alheamento ou,
porque não dizer, nossa ignorância, ingenuidade e/ou oportunismo.

A doutrina liberal defende a coexistência entre um estado de direito, ou
seja, com poderes limitados, e um estado mínimo, ou seja, com funções
limitadas (Bobbio, 1994, e Lanzoni, 1987). "O Estado é concebido
como um mal necessário" e "deve se intrometer o menos possível na esfera de
ação dos indivíduos". Some-se, a esses princípios fundamentais, o
seguinte corolário: "A concepçao liberal do Estado contrapõe-se às várias
formas de paternalismo --segundo as quais o Estado deve tomar conta de seus
súditos tal como o pai de seus filhos, posto que os súditos são considerados
como perenemente menores de idade." É interessante analisarmos esta
adenda à luz da opinião de Rousseau, a denunciar uma incompatibilidade
entre liberalismo e democracia representativa: "O povo inglês crê ser livre,
mas se equivoca redondamente; só o é durante a eleição dos membros do
parlamento; tão logo são esses eleitos, ele volta a ser escravo, não é mais
nada." Como numa resposta ao filósofo, na página 44 de sua obra, Bobbio
ensaia esta compatibilização: "O indivíduo que se dirige às urnas para
expressar o próprio voto deve gozar das liberdades de opinião, de imprensa,
de reunião, de associação, de todas as liberdades que constituem a essência
do Estado liberal, e que enquanto tais passam por pressupostos necessários
para que a participação seja real e não fictícia."

O socialismo, outrora antítese do liberalismo, abandonou, recentemente,
sua marca registrada --a luta pró "substituição da propriedade privada pela
propriedade socializada'"-- convertendo-se num liberalismo às avessas.
A distinção entre liberalismo democrático e social democracia é hoje muito
mais uma questão política --para não dizermos retórica-- do que econômica:
votação (representantes) versus delegação de poderes (delegados sujeitos a
revogação); igualdade real (utopia) versus igualdade como ideal último
(utopismo). As quimeras prenunciadas para a sociedade comunista --estágio
último do socialismo "científico" que Marx recusou-se a definir--
confundem-se hoje com os ideais já apontados da doutrina liberal: ausência
do estado, liberdade total e abundância de bens de consumo.

A bem da verdade, liberalismo e socialismo, incluindo-se neste último a
pretensa filosofia da práxis, são doutrinas virgens, posto que jamais
saíram do papel. E não há como contestar qualquer visão positivista que por
ventura venha a ignorá-las, tendo em vista que jamais foram testadas --a
não ser denunciando a miopia científica de tais visionários. O que se nos
aparenta como verdade é que na prática as teorias testadas foram outras, e
isto se deveu a falhas das teorias originais, que desprezaram a identidade
entre observadores e observados, bem como a distinção sinérgica entre
antagônicos complementares como conteúdo e continente, indivíduo e
sociedade.

"A trajetória infeliz e irritmada que se vem observando em toda a parte,
desde que o mundo perdeu a fé na inteligência", contrasta com os discursos
recheados de ufanismos igualitários, liberais e de amor ao próximo, a
locupletarem os espaços informacionais. Em nome de um
neo-liberalismo-social-democrata, o que vemos hoje, por exemplo, no Brasil,
é um paternalismo consensualista e corporativista de Estado a nos aprisionar
aos donos de uma "verdade" consensual, absoluta, insofismável e
incontestável; uma ditadura do consenso que, em nome de um pseudo
protecionismo aos medíocres --mais correto seria dizer protecionismo à
mediocridade-- tem como única finalidade favorecer uns poucos bacharéis
que conseguiram se imiscuir na reestruturação do Estado. Mas... como
explicar tal transformação?

Os regimes ditatoriais caracterizam-se por coibirem ao máximo a proliferação
de seus críticos o que, via de regra, se consegue pela "mediocrização
deliberada" da sociedade aliada à elitização de uma minoria protegida
pelo sistema. Métodos diferentes --conforme se trate de uma ditadura de
tiranos, ou de delegados do proletariado ou ainda de uma ditadura do
consenso-- prestam-se a um mesmo fim: a manutenção do "status quo". Via de
regra consegue-se propiciar uma ilusória felicidade --para um dado
contingente populacional-- tanto maior quanto menos subdesenvolvida for a
região afetada. Obviamente, esta prática é mascarada pela mídia, e a ação
desta é protegida pelos gestores daquela; e assim como menos por menos dá
mais, a negação da negação nos leva a assimilar manobras ditatoriais como
recursos consensualmente aceitos como democráticos. Exemplificando:

A negação da negação nos leva a enxergar povos, levados à mediocrização
deliberada, como bárbaros. Realizada esta transmutação, torna-se fácil
justificar a tirania com argumentos de liberais-democratas de peso. Assim é
que Mill, pregador de uma doutrina liberal "antipaternalista por
excelência",
presta-se a fornecer subsídios aos defensores do paternalismo
consensualista e corporativista graças a um seu comentário secundário,
polêmico, tremendamente contestável e, acima de tudo, de pouco valor para
sua teoria: "O despotismo é uma forma legítima de governo quando se está na
presença de bárbaros, desde que o fim seja o progresso deles e os meios
sejam adequados para sua efetiva obtenção". É interessante observar que
mesmo o "despótico" Mill dificilmente obrigaria uma população de bárbaros à
utilização de cintos de segurança, pois "o único objetivo pelo qual se pode
exercer legitimamente um poder sobre qualquer membro de uma comunidade
civil, contra a sua vontade, é o de evitar danos aos outros".

Se, por um lado, o paternalismo "protege" os bárbaros criados pelo sistema,
por outro a mídia comprometida presta-se a propagar um falso consensualismo
que, subliminarmente, e em terra de bárbaros, acaba se materializando; e o
corporativismo, por seu turno, mantém a pseudo elite dos bacharéis no poder.
[...]

********** fim da citação **********

Abraços e recomendações aos Fabianos, ao Anauê, ao Olavo, à Maria Antônia
[hoje incorporada à FFCLCH!!! ;-)], à Marilena Chauí e a todos aqueles que
de maneira direta ou indireta colaboraram para o brilho desta thread.

Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/12/2002 02:07

On 4 Dec 2002 at 23:57, Manuel Bulcão wrote:

> A repressão é também
> fundamental na formação dos sintomas neuróticos.

Oi Manuel

É certo o que Vc. diz, Freud, em todos os artigos em que fala do essencial
em psicanálise se refere a resistência e repressão. No entanto eu penso
que isto pode até ser redundante, porque se Vc. se põe a pensar, vai se
dar conta que repressão é o termo teórico que corresponde à sua
constatação na clínica que se chama resistencia. Logo, resistencia é a cara
empírica da repressão. No consultorio não vemos repressão, vemos
resistência. É como o stress e o SAG. Este é conseqüência daquele. O
que se "vê" é o fenômeno adaptativo. O stress é um conceito teórico (aliás
que, embora poucos o apliquem bem em seus escritos, nunca põem em
dúvida sua existencia).

Eu gosto muito da afirmação em "Contribuição à Historia do Movimento
Psicanalítico", de 1914 (não sei se é esta a tradução em português), em
que Freud diz algo que eu traduzo mais ou menos assim: "É lícito dizer,
pois, que a teoria psicanalítica é uma tentativa de compreender duas
experiencias que, de um modo chamativo e inesperado, são obtidas nos
ensaios por conduzir a suas fontes biográficas os sintomas patológicos de
um neurótico: o da transferência e o da resistência. Qualquer linha de
invesigação que admita estes dois fatos e os tome como ponto de partida
de seu trabalho tem direito a chamar-se psicanálise, ainda que chegue a
resultados diferentes dos meus." Creio que estes dois conceitos são mais
determinantes.

A primeira forma de falar em transferência é a do material inconsciente ao
preconsciente. A outra é a que afirma que a transferência se dá na pessoa
do analista. Creio que é assim porque o analista não é mais que uma ideia
preconsciente. Quando deixa de ser só isso, o paciente começa a curar-se.

A resistência é a responsávl pelos sintomase pelos demais mecanismos de
defesa. Creio que as pessoas que opinam, em geral não leram Freud e
tocam de ouvido, Vc. não acha?

Não importa quem afirme, mesmo que seja uma instituição importante, Vc.
não acha? (algum polemista, de um modo snob diria que é uma não sei o
quê "ad hominem"). :-)

Amplósculos

Marco Aurelio





























SUBJECT: [ciencialist] Saindo de fininho
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/12/2002 02:29

SAINDO DE FININHO... E DE BEM COM TODOS, ESPERO.

Guilherme, Lúcio, Alberto e demais listeiros,

Como o Guilherme, o único tempo que me resta são as madrugadas, e acho
que poderiam ser empregadas para coisa melhor do que fazer a exegese da
obra do Olavo de Carvalho. Dormir, por exemplo. A comparação que fiz
entre o Olavo e o Plínio foi apenas para ilustrar que dos textos dele se
tiram conclusões . A comparação não chega a ofender. O movimento
integralista atraiu intelectuais importantes como o jurista Miguel
Reale, reitor da USP por duas vezes. Sei que o Olavo ataca também a
direita, embora com frequência bem menor do que ataca a esquerda. Nos
definimos politicamente não só pelas afinidades, mas também pelas
antipatias.

O que devemos evitar, em benefício da saúde da Ciencialist, é romper as
baterias contra o primeiro que ousar manifestar uma idéia polêmica, como
fez o Guilherme. Passamos bem perto disso. Nenhum de nós mudou de
opinião, com certeza, mas ganhamos todos. Se eu tivesse tempo jogaria
uma idéia no ar: uma lista temática moderada. A cada mês um tema
diferente seria escolhido -- um autor, um livro, uma teoria, uma idéia
especulativa -- e somente mensagens relativas ao tema seriam aceitas.
Seria uma boa maneira de aprender. Atualmente vivo em conflito entre a
eterna falta de tempo e a vontade de participar.

Um abraço,
Colucci




SUBJECT: Receita para fazer oceano
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/12/2002 03:10

Léo chegando de fininho e cumprimentando a todos ... pelo menos os que saíram vivos das últimas escaramuças.
Continuo tentando trilhar o ciencialist para o bom e velho leito da Ciência. Discussões fora desse tema não levam a nada, ninguém sai ganhando e nem aprende nada!
De minha parte simplesmente deleto qqer coisa que não tenha sabor científico, coisas como Olavo, freud e suas sexualidades, psicos em geral (e arquibancada) etc. Nos últimos tempos, nunca 'deletei' tanto! Enquanto uns se deleitam, outros deletam.

E, falando de Ciência, tenho me desdobrado para escrever textos para nossos jovens da 5a série. A literatura que lhes chegam ás mãos são bem ruins; até o MEC acordou e viu que era ruim! Podou vários. Mas, entendo, escrever para essa faixa não é nada fácil ... abaixo dessa faixa, então, nem me meto, não tenho capacidade para tanto.

Fiz uma tentativa para analisar as possibilidades de oceanos em vários outros planetas e justificar porque nosso oceano existe e é de água.
Estou com isso em:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala02/02_103.asp
em caráter provisório.
Aos que passeiam pelos trilhos da ciência solicito leitura e sugestões; sem perder o rumo e o alvo do texto.

Aquele amplexo divino,
Léo

PS1: Cumprimentos especiais ao Colucci e saudo-o nesse retorno.
PS2: MIMOSA, saudosa Mimosa. Tore-Jonhson telefonou perguntando se tenho lubrificado periodicamente essa cadeira giratória. Menti!



SUBJECT: Movido a telefone...
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/12/2002 03:40

Produtos movidos pela tensão da linha telefônica :) (na verdade, não
sei se o site é a sério, mas é claro q o conceito deve funcionar)

- Power from the Phone Company!
http://www.sandman.com/telco.html

[]s

MK



SUBJECT: Off-topic, PC
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/12/2002 10:41

1)- De dois dias para cá tô tendo um miserável probleminha: ao clicar num link para navegar, a tela entra minimizada e toca clicar no 'quadradinho' para passar para tela cheia! Uso Internet Explorer 6.0.
Parece que não é nada mas, navegando um bom tempo e diariamente, é cliks extras a dar com pau!
Não consigo achar onde estão tais 'opções' para ajeitar isso. HELP!

2)- Trabalho com o FrontPage. Durante o trabalho coloco a figura necessária dentro de uma tabela. O padrão do Imperdível para o contorno dessa tabela é 1:1:3 (enchimento da célula, espaçamento e tamanho da borda) mas, o padrão de meu FP é 0:1:1. Desse modo, cada tabela é preciso ser ajustada: propriedades da tabela e clicar para 1:1:3 ... puta mão de obra!
Como faço para alterar os padrões do FP? HELP!

[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/12/2002 10:53

----- Original Message -----
From: Guilherme Peixoto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, December 05, 2002 10:55 PM
Subject: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio

>Em primeiro lugar, por que você prefere usar o termo "evolução" em vez de
"revolução"? O processo de transição do capitalismo para o socialismo requer
uma transferência de poder, e consequentemente o termo mais preciso é
"revolução", seja ela violenta, suave, rápida ou lenta.

Do Aurélio (os grifos são meus):

REVOLUÇÃO - Rebelião *armada*; revolta, conflagração, sublevação.
Transformação radical e, *por via de regra, violenta*, de uma estrutura
política, econômica e social. P. ext. Qualquer transformação *violenta* da
forma de um governo.

EVOLUÇÃO - O desenrolar de acontecimentos ou atos a partir de um momento ou
situação inicial, *numa sucessão* em que cada novo elemento é em parte
determinado ou condicionado pelo(s) anterior(es). Conjunto de mudanças ou
modificações *sucessivas* que fazem surgir algo que de início era apenas
potencial. Processo *lento e contínuo* de transformação, esp. aquele em que
certas características ou elementos, a princípio simples, parciais ou
indistintos, tornam-se mais complexos, mais completos ou mais pronunciados.
Processo que, segundo certas teorias, determina o surgimento de novos
elementos socioculturais (técnicas, formas de organização social, crenças,
costumes, conhecimentos, etc.), mais complexos e diferenciados, como
resultado de adaptações e *modificações contínuas e progressivas* de
elementos anteriores, mais simples.

Basta a leitura da definição do dicionário para perceber que o traço
essencial de uma revolução é a violência, a transformação radical de um
estado de coisas por meio da força. A nova situação é imposta de fora, por
assim dizer. A evolução, por sua vez, implica uma transição lenta a partir
de transformações graduais de elementos que já estão presentes no estado
inicial e que vão paulatinamente se desdobrando até dar origem a uma nova
situação. Portanto, a revolução é descontínua e a evolução é contínua.

O marxismo-leninismo prega que a transição do capitalismo para o socialismo
deve ocorrer por meio da luta armada, que derrube o estado burguês e o
substitua por um governo formado pelo proletariado. Logo, é revolução. O
fabianismo defende que a transição do capitalismo para o socialismo é um
processo lento e gradual de transformação interna da propria sociedade.
Logo, é evolução.

>Em segundo lugar, tenho plena convicção de que os Fabianos, caso tivessem
força suficiente, já teriam queimado a etapa dos passos de tartaruga e
realizado a revolução, à la Josef. Não acredito que a doutrina Fabiana seja
uma questão de privilegiar métodos, mas sim de privilegiar objetivos, não
importando quais os métodos.

Isso mostra uma compreensão superficial da doutrina fabiana. O motivo pelo
qual eles questionam a revolução como caminho para o socialismo não é a
insuficiência de força, mas o fato de que a sociedade ainda não está madura
o suficiente pra isso. De acordo com os fabianos, a sociedade precisa ser
transformada antes que possa abraçar o socialismo: este não pode ser imposto
de fora por uma revolução, mas deve surgir espontaneamente, no final de uma
série de mudanças internas na estrutura social e na mentalidade dos
indivíduos. Logo, o método é tão importante quanto o objetivo, pois o uso de
um método incorreto - como uma revolução armada - é incapaz de conduzir ao
objetivo desejado que, repito, não é o estado socialista, mas a sociedade
sem estado.

>Você pode ter certeza absoluta disso?

Eu me baseio na filosofia dos próprios fundadores da Fabian Society,
especialmente H. G. Wells e Bernard Shaw. Claro, você pode presumir, como o
Olavo de Carvalho, que essa filosofia é só fachada pra inglês ver e que os
verdadeiros objetivos da Fabian Society são outros, mas aí a gente cai no
domínio da especulação pura: eu poderia igualmente presumir que, como a
filosofia da Fabian Society é só fachada, eles são criptocatólicos que
fingem abraçar o socialismo para melhor promover a volta ao catolicismo, ou
que a verdadeira meta da organização é estabelecer contato com os gnomos
púrpura de Andrômeda e que a teoria socialista é só um disfarce pra isso.

>Para mim está claro que a meta final de uma sociedade sem estado não é a
única meta em comum entre Fabianos e Stalinistas, mas também a "meta
intermediária", o estado totalitário socialista.

O estado totalitário defendido pelo marxismo-lenininsmo e pelo stalinismo é
a ditadura do proletariado após uma tomada violenta do poder. Não existe
nada comparável a isso na doutrina fabiana. A Fabian Society trabalha junto
ao Partido Trabalhista pela adoção de políticas favoráveis aos
trabalhadores, e é por meio do acúmulo dessas políticas trabalhistas que
eles esperam transformar a sociedade. Eu não acho que a Fabian Society tenha
razão nesse ponto, mas é isso que eles pregam, e não a ditadura do
proletariado.

>Veja por exemplo o interessante artigo do neurocientista americano David
Goodman
(http://www.insightmag.com/main.cfm/include/detail/storyid/158445.html), que
analisa sistematicamente indícios que sugerem que a obra "1984" de George
Orwell foi uma sátira especulativa do futuro do Fabianismo. A aspiração ao
estado socialista pelos Fabianos é um dado já pressuposto por Goodman.

É essa pressuposição ad hoc que vicia a análise que Goodman faz do livro.
Trata-se de um pressuposto que não corresponde a nada que se possa encontrar
nos escritos fabianos. Por outro lado, Orwell já declarou com todas as
letras que 1984 é uma sátira ao *stalinismo*. A figura do Grande Irmão foi
inspirada em Stalin e a falsificação da história (contemporânea e passada),
que é o trabalho de Winston Smith antes de se tornar renegado, é uma
reprodução literal de práticas que eram freqüentes na URSS de Stalin.
Goodman descarta essa interpretação, que se apóia nas palavras do próprio
Orwell, sem apresentar nenhum motivo plausível pra isso, exceto a
especulação gratuita de que Orwell trabalhou como espião para o serviço
secreto britânico, uma teoria cuja pertinência pra questão de saber se 1984
é ou não uma sátira à URSS é, na melhor das hipóteses, um *cogitus
interruptus*.

O próprio Orwell também explicou que o ano em que se passa o livro não tem
nada a ver com o centenário de fundação da Fabian Society, mas é
simplesmente a inversão dos dois últimos algarismos do ano em que o livro
foi escrito, 1948. Além disso, Goodman mesmo cita que uma das fontes do
romance de Orwell é "The Iron Heel", de Jack London, que também descreve uma
ditadura fascista no futuro e se passa no mesmo ano de 1984.

Que Emmanuel Goldstein, o renegado que depois se descobre estar do lado do
INGSOC, tenha se inspirado em Sidney Webb não é uma tese inverossímil, pelo
contrário. Mas 1984 foi escrito mais de dez anos após a visita dos Webb a
Moscou, quando eles renegaram os princípios da Fabian Society e se
converteram ao stalinismo. Portanto, o mais lógico é presumir que Orwell
esteja criticando Sidney Webb pessoalmente por essa conversão, e não a
Fabian Society, da qual Orwell foi ele próprio um simpatizante (ele escreveu
*Animal Farm* como uma crítica à revolução socialista pregada pelo
marxismo-leninismo). Se Orwell não gostasse dos fabianos, por que, com a
morte da esposa, os direitos sobre suas obras passariam para a Fabian
Society?

>Não acho que isso esteja correto. A concepção consagrada da extrema direita
é, até onde eu sei, uma ideologia que defende um estado forte, controlador,
fascista, com forte apelo à coletividade, em detrimento da individualidade.
Esse cenário é radicalmente diferente do defendido pela direita, que é o
liberalismo, no qual as liberdades individuais são bem maiores. A extrema
direita está bem mais próxima do socialismo. Aliás, basta lembrar que os
grandes regimes de
extrema direita foram regimes socialistas.

Por que você aceita tão prontamente a diferença entre a direita e a extrema
direita (que eu não contesto, você tem razão) e nega uma diferença análoga
entre a esquerda e a extrema esquerda? Para você, dizer que um pensador de
direita como o Olavo de Carvalho defende as metas da extrema direita é um
enorme equívoco, mas você não vê nenhum problema em dizer que um pensador de
esquerda defende as metas da extrema esquerda. Não é um caso de dois pesos e
duas medidas?

>Por fim, peço desculpas se lhe agredi no email anterior, esse não era o
objetivo.

Tudo bem, esse tipo de coisa acontece no calor do debate.

>Gostaria de enfatizar que no mesmo momento que eu me convencer dos seus
argumentos, você será avisado.

Idem ibidem. ;-)

>Não estou aqui para defender o Olavo a qualquer custo, mas apenas para
defender a verdade, esteja ela de que lado estiver.

Assim como o meu objetivo não é atacar o Olavo a qualquer custo só porque
ele é anti-esquerdista, até porque também tenho sérias críticas à esquerda
tradicional (embora eu me considere de esquerda porque defendo uma sociedade
sem estado e livre da exploração do homem pelo homem como um ideal a ser
buscado, mesmo que ainda não possa ser concretizado).

>Já estou querendo discutir outros textos do Olavo, e críticas suas, mas meu
tempo impede.

Whenever you wish. ;-)

Abs.
L.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Off-topic, Imperdivel !
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/12/2002 11:10

Faltam miseráveis 11 000 consultas para o Imperdível chegar aos 2 500 000! Então, domingo, já estarei comemorando mais esse meio milhãozinho, com Skol, lá no rancho ... meio milhãozinho não merece vinho :-)
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
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SUBJECT: Genoma humano, pedido a Takata
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/12/2002 11:49

Caro Roberto Takata!

Relendo, mais uma vez, seu artigo abaixo veiculado no sítio do OI em 05.05.2000, surgiu mais uma dúvida - das já inúmeras colecionadas - sobre a semelhança do genoma humano das diversas raças e o genoma dos seres vivos em geral. Notícia desta semana divulga que o DNA dos ratos é mais de 90% semelhante ao dos humanos.
Ressalto o trecho de seu comentário e peço, quando vc puder, esclarecer-nos quanto às semelhanças, igualdades e diferenças existentes nos genomas das espécies mencionadas: ratos e humanos de diferentes raças:
[ Quando se refere ao material genético da espécie humana, que é diferente de qualquer outra espécie, ou mesmo de um indivíduo, que é diferente de qualquer outro (à exceção de clones - naturais ou produzidos em laboratórios), ... ]

Grato.

José Renato
__________________________________

Observatório da Imprensa
< http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ofjor/ofc05052000.htm >
GENOMA HUMANO
Faltam muitas respostas

[ ............... ]

[ Por vezes, a mídia usa uma outra expressão: "carga genética". Igualmente mal-empregada no mais das vezes. Carga genética em biologia significa uma redução da adaptação média da população (isto é, quão bem, em média, os indivíduos de uma população estão adaptados a um dado ambiente) pela presença de indivíduos menos bem-adaptados (em relação aos indivíduos mais bem-adaptados). Mal comparando (e comparando bem mal), seria como se pensar quão distante a nossa seleção de futebol está longe do ideal pelo fato de nem todos serem craques (há sempre um tanto de cabeças-de-bagre).
Quando se refere ao material genético da espécie humana, que é diferente de qualquer outra espécie, ou mesmo de um indivíduo, que é diferente de qualquer outro (à exceção de clones - naturais ou produzidos em laboratórios), a expressão a ser utilizada é mesmo "material genético". ]

[.................................]



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Genoma humano, pedido a Takata
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/12/2002 12:31

--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> Relendo, mais uma vez, seu artigo abaixo veiculado no sítio do OI
> em 05.05.2000

Texto no qual escrevi esta preciosidade: "quão distante a nossa
seleção de futebol está longe do ideal" -- quão distante está longe...

> Ressalto o trecho de seu comentário e peço, quando vc puder,
> esclarecer-nos quanto às semelhanças, igualdades e diferenças
> existentes nos genomas das espécies mencionadas: ratos e humanos de
> diferentes raças:

Esclarecer eu? Eu nao esclareço ninguem. Dou os meus pitacos e so'.
Nao sei esclarecer nem a mim mesmo.

O q. quer dizer expressões como o genoma do camundongo e' 90%
semelhante ao nosso? Bem, temos q. entender em q. bases se faz essa
comparacao.

Uma coisa e' comparar qto 'a sequencia de nucleotideos, por exemplo,
os trechos:

AGTACTCCCGGATATATATAGCGGATGCTAG
AGTACTCCCGGATATATATAGCGGATGCTAG

São idênticos. Já os trechos:

AGTACTCCCGGATATATATAGCGGATGCTAG
AGTACTGCCGGATATATATAGCGGATGCTAG

Diferem entre si em uma posicao. Seriam semelhantes em 30 das 31
posições. Um grau de similaridade de 30/31 = 96,37%. O mesmo grau de
similaridade entre:

AGTACTCCCGGATATATATAGCGGATGCTAG
AGTACTCCCGGATATATATAGCGGATGCTA

E temos q. tomar cuidado qdo fazemos essa comparacao, pareando
trechos correspondentes, pois:

AGTACTCCCGGATATATATAGCGGATGCTAG
GTACTCCCGGATATATATAGCGGATGCTAG

Apresentaria apenas 3 posicoes coincidentes. Mas se fizermos um
realinhamento:

AGTACTCCCGGATATATATAGCGGATGCTAG
-GTACTCCCGGATATATATAGCGGATGCTAG

Teremos 96,37% de semelhanca. Esse exemplo e' facil, mas qdo se
compara trechos maiores com mais diferencas, insercoes e delecoes, as
coisas se complicam muito. Um dos trabalhos de bioinformatica e'
desenvolver algoritmos q. enxerguem trechos correspondentes e faca o
alinhamento mais adequado.

Mas isso e' uma comparacao qto ao grau de semelhanca nas posicoes dos
nucleotideos. Nao nos diz o grau de semelhanca funcional. Uma simples
alteracao na posicao do nucleotideo pode nao ter efeito algum ou pode
causar um efeito sensivel (ou ate' bem drastico no desenvolvimento
normal do individuo): a diferenca entre uma hemoglobina humana normal
e a q. confere a condicao de anemia falciforme e' a substituicao de
um unico aminoacido.

Tbm nao sabemos se o trecho analisado corresponde a um gene ou a um
trecho q. nao tem nenhuma funcao. Se nao tiver nenhuma funcao, mesmo
q. houvesse uma diferenca de 100% nao haveria alteracao de
funcionamento entre os individuos. Se pertencer a um gene, qual a sua
participacao no gene: e' uma regiao q. controla a expressao do gene?
e' uma regiao q. se incorpora 'a proteina?

Antes q. a analise das sequencias fosse possivel, podia-se comparar o
padrao de regioes claras e escuras (bandas) q. se formavam nos
cromossomos qdo tratados com corantes especificos. Podia se analisar
o padrao de correspondencia de regioes claras e escuras (e a
espessura dessas regioes) entre cromossos de especies proximas. Desde
ai' se percebeu q. os padroes entre chimpanzes e humanos eram
bastante proximos.

Outro meio de se avaliar o grau de similaridade era atraves do q. se
chama de hibridacao (por vezes chamada de hibridizacao), por meio do
pareamento complementar de Watson e Crick. Tendo uma sequencia
original e produzindo-se a sequencia complementar, a sequencia
complementar deve se parear melhor (mais fortemente, mais rapidamente
e mais frequentemente) com uma sequencia proxima 'a sequencia
original. Qto mais diferente, pior a ligacao da cadeia complementar.
Pode-se medir o grau de pareamento fixando-se a cadeia complementar
em um substrato, marcando-se (por exemplo, com isotopos radiativos) a
cadeia q. se quer testar, fazendo-se a reacao de hibridacao
(controlando-se a concentracao, o tempo, a temperatura e tudo o mais
q. afeta o modo como as cadeias se pareiam) e depois verificando-se a
intensidade do marcador (por exemplo, o grau de radiacao) apos
eliminar as cadeias q. nao se ligaram.

Mas ao q. parece alem de se ter sequencias coincidentes, o modo como
essas sequencias estao organizadas nos cromossomos podem alterar o
funcionamento do organismo.

AGTACTCCCGGATATATATAGCGGATGCTAG
GATCGTAGGCGATATATATAGGCCCTCATGA

Parecem muito diferentes entre si, mas uma e' a imagem invertida da
outra. Em termos de sequencia na verdade, sao iguais. Mas essa
inversao pode fazer com q. uma delas nao seja expressa. Se uma
sequencia esta' inserida em outro trecho do cromossomo tbm pode ter
seu funcionamento adequado, por exemplo, por alterar as sequencias
proximas q. regulam a expressao do gene.

Qdo se analisa apenas pela semelhanca de sequencias tbm, perde-se a
informacao a respeito dos genes.

AGTACTCCCGGA TATA TATA GCGG ATG CTAG
AGTACTCCCGGA CGCA GAGA GATG ATG TTTG

Suponhamos q. cada trecho das sequencias acima correspondem a um gene.
São 22 posicoes iguais em 31, 70,97% de similaridade em sequencia.
Pois bem, mas os genes iguais sao o I e V, dois em seis: 33,33%.

Poderiamos hipoteticamente ter suas sequencias com 10 genes de 10
nucleotideos (genes na verdade raramente possuem menos de 1.000
nucleotideos) e diferirem entre si em apenas um posicao em cada gene.
A similaridade em termos de sequencia seria de 90%. Mas digamos q.
cada alteracao nos genes signifique uma alteracao no funcionamento do
gene, assim os dez genes seriam funcionalmente distintos.

Complicado? De fato a questao pode ser analisada de um modo um tto
mais complexo. E as implicacoes dessas similaridades de sequencia nao
podem ser lidas tao diretamente assim.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Genoma humano, pedido a Takata
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/12/2002 13:40

Mouse Genome Sequenced
http://www.sciam.com/article.cfm?chanID=sa003&articleID=00031D22-6C7C-
1DEE-A838809EC588F2D7

(Bem, ate' a SciAm fala em 'genetic code'...)

Mas os numeros sao: 90% dos genes associados a doencas em humanos
apresentam uma contraparte em camundongos -- ha' um gene homologo
(mas nao necessariamente apresentam a mesmissima sequencia).

Diz-se q. 99% dos genes sao compartilhados no total (mas novamente
nao necessariamente apresentam a mesma sequencia). Cerca de 300 genes
q. sao encontrados em camundongos nao sao encontrados nos humanos e
vice-versa.

Isso sao estimativas a partir de um sequenciamento de 95% dos 2,5
bilhoes pares de bases do genoma de camundongo. Sao estimativas porq:

1) Não se conhecem verdadeiramente todos os genes;
2) Não é possível ainda se comparar os genomas completos -- isso
demanda muito tempo computacional;
3) Não se tem certeza se os trechos comparados são realmente
correspondentes.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio + Evolucao - Revolucao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/12/2002 13:49

Eis uma típica mensagem que deveria ser out-topic no ciencialist. Mesmo as definições são 'corporativistas'; vejamos os comentários:

De: "Lucio Jorge Pina Manfredi"

| ----- Original Message -----
| From: Guilherme Peixoto
|
| >Em primeiro lugar, por que você prefere usar o termo "evolução" em vez de
| "revolução"? ..... o termo mais preciso é "revolução", seja ela violenta, suave, rápida ou lenta.

Léo: Evolução são os passes carnavalescos na avenida; Revolução é uma seqüência de evoluções que preenchem um giro completo. Na revolução, em geral não violentas e sim suaves, os estados intermediários (evoluções) não interferem no resultado final, mas contam pontos quanto às suas graças indivuduais.

>| Do Aurélio (os grifos são meus):

Como percebem o Aurélio, que jamais deve ser usado como consulta científica, nada entende de rotações; nem sabe que elas não são comutativas. Uma evolução para a esquerda e uma cambalhota para a direita tem resultado totalmente diferente de uma cambalhota para a direita e uma evolução para a esquerda.
|
| >Em segundo lugar, tenho plena convicção de que os Fabianos, caso tivessem
| força suficiente, já teriam queimado a etapa dos passos de tartaruga e
| realizado a revolução, à la Josef.

Léo: Isso é uma generalização brutal e maldosa!. Meu sobrinho é um Fabiano, Fabiano Ferraz, e jamais se propôs a queimar a carapaça de uma tartaruga, mesmo por etapas, fazendo evoluções. O pai dele, meu irmão, Joséferraz, tb não é pessoa de ficar fazendo revoluções no meio da rua!

>| .... Logo, o método é tão importante quanto o objetivo, ...

Léo: Antes de mais nada Método e Objetivo devem ser grafados com maiúsculas, são dois cursinhos de renome. E, não vejo igual importância para os dois; a mim, o Objetivo importa mais. Tanto é que importou grande estoque de material de laboratório nesse final de ano, já revendo novas classes de Mecatrônica para 2003.
|
| >Você pode ter certeza absoluta disso?
|

Léo: Claro que tenho! Eu mesmo fui desencaixotar e selecionar todo o material. Adorei um equipamento para a pesquisa do 'zero absoluto de temperaturas'.

> | ... gnomos púrpura de Andrômeda

Léo: Sei não. Aqui, consultando minhs brochuras, diz que são verdes. Aliás são eles que ensinam a função clorofiliana às plantas.

>| Goodman descarta essa interpretação, que se apóia nas palavras do próprio
| Orwell,

Léo: Goodman interpretou o Flintstone e realmente descartou interpretar o 'Big Brother'. Nisso concordo com vc.

>| O próprio Orwell também explicou que o ano em que se passa o livro não tem
| nada a ver com o

Léo: Cretáceo?, Cetáceo?, Creta? Paleolítico? Claro que o BB passou-se em época diferente do cenário do Flintstone!

| >Por fim, peço desculpas se lhe agredi no email anterior, esse não era o
| objetivo
|
| Tudo bem, esse tipo de coisa acontece no calor do debate.

Léo: Novamente: Objetivo, O e não o! Seria o Método? Não considerei essa igualdade de importância como agressão ... deixa prá lá. Podemos fazer essa discussão dentro de um freezer ... assim não haveria qualquer 'calor do debate'.

Abraço a todos do CIENCIAlist (só meio grito!)

Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio + Evolucao - Revolucao
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/12/2002 17:40

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, December 06, 2002 1:49 PM
Subject: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio + Evolucao - Revolucao

>Eis uma típica mensagem que deveria ser out-topic no ciencialist. Mesmo as
definições são 'corporativistas'; vejamos os comentários:

Ótimo texto, Léo, me fez rir bastante com a tua paródia. Quanto ao resto,
você tem tanto interesse no Olavo de Carvalho quanto eu tenho em saber o
número de acessos do Imperdível, mas você não me vê mandando farpas irônicas
e reclamações sobre isso. Você tem todo o direito de achar que o termo
ciência só se aplica à física e seus derivados, mas não tem como obrigar as
outras pessoas a se curvarem diante de such narrow-minded view.

Abs.
L.



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/12/2002 18:14

Oi,

Takata: Se vc se chamar Angelina Jolie fica mais facil.

Manuel: Depois fica criticando Freud porque ele só pensa em sexo. É
muita hipocrisia... :-)

Takata: Se vc faz tais objecoes ao conceito de validade q. apliquei,
bem, nesse caso, pelo conceito q. vc aplicou -- de falseabilidade
popperiana -- tbm tudo o q. vc falou nao seria valido: ja' q. tbm se
trabalha com previsoes, testes de hipotese. O conceito q. apliquei e'
bem menos restritivo do q. o do falsificacionismo popperiano ou uma
visao cientifica das coisas:

Manuel: Não acho que o seu conceito seja menos restritivo que o de
Popper. Suponho mesmo que seja o contrário. Na mensagem nr. 12525
desta lista, o Colucci disse algo que considero certo: que o poder
preditivo é um critério forte, mas que não é definitivo; que há
hipóteses que não prevêem acontecimentos futuros, mas que, no
entanto, podem ser falseadas. Para ilustrar, citou a teoria das
supercordas. Com efeito, a teoria das supercordas não prevê nada, ou
melhor, todo acontecimento que ela prevê, como o surgimento da força
da gravidade, já aconteceu faz um tempinho; logo, não se trata de
previsões, mas de pós-visões. Só que, para que ela não seja falsa,
tem que existir no Universo uma matéria escura constituída por
fotinos, gravitinos e outros `inos', partículas estas que ainda não
foram detectadas, mas que podem ser detectadas. Para tanto, só nos
falta tecnologia, um problema que o tempo resolve.

Em suma, embora não tenha nenhum poder preditivo (com base nela, não
podemos ver X antes de X acontecer), a teoria das supercordas presume
ou implica coisas – fotinos, gravitinos, etc. -- que, apesar de
talvez existirem há muito tempo, ainda não foram percebidas, mas que
podem ser percebidas ou não, fato este que a torna falseável, isto
é, `científica'.

Takata: a astromancia, por exemplo, poderia muito bem ser valida,
bastaria q. as previsoes se confirmassem.

Manuel: Caso suas previsões se confirmassem, a astromancia seria
válida, porque o seu objetivo é esse: fazer previsões, antever
acontecimentos futuros. Aliás, num aspecto os astrólogos, os
quiromantes, os copromantes, etc. concordam com você. Eles também
partem da idéia de que as coisas são previsíveis. Sim, se você afirma
que uma hipótese só é válida caso faça previsões que possam ser
verificadas, é porque você acredita que todos os fenômenos são
previsíveis. Como você sabe disso? Como você justifica essa idéia?

Sei que os sistemas não-lineares complexos, muito sensíveis às
condições iniciais, não são previsíveis. O que não significa que seu
comportamento futuro não possa ser descrito matematicamente, mas
trata-se de um leque enorme de estados possíveis e que pode muito bem
compreender alternativas contraditórias. Resta saber se, em casos
como estes, a sua ciência rigorosa é válida.

Manuel: Por que não considerá-la, se não uma proto-ciência, pelo
menos um método metafísico de pesquisa,

Takata: E eu repito. E' altamente suspeito q. uma tentativa de
explicacao incubada durante um seculo de estudo nao consiga sair do
estado de proto-ciencia. O espiritismo seria uma proto-ciencia?

Manuel: Mas como não conseguiu sair? Eu tenho mostrado que muitas
hipóteses psicanalíticas (a teoria da libido, a teoria da resistência
e da repressão, etc.) já podem ser submetidas a testes que a refutem.
Para saber se um fenômeno é de natureza sexual, é só verificar o seu
substrato neuroquímico, o que é plenamente possível nos dias de hoje,
dado os avanços das técnicas materiais de pesquisa. Pesquisas
realizadas por neurocientistas vêm demonstrando a existência de uma
sexualidade não-genital, e até mesmo de orgasmos não-genitais, o que
corrobora algumas teses de Freud. Pesquisas de campo levadas a cabo
por primatologistas indicam que numa determinada linhagem de
primatas, nossos parentes muito próximos, o órgão sexual masculino, o
pênis, tem um importante valor simbólico, isto é, que o pênis vale
como signo de deminância e poder, e que esse signo é provavelmente
inato. Esses dados etológicos corroboram outras tantas idéias
freudianas: a existência de um estágio `fálico' da libido que precede
o de pleno amadurecimento sexual, a angústia de castração, etc.

Falei que o psicólogo Saul Rosenzweig realizou experimentos em
laboratório que corroboraram a teoria do recalcamento (essas
experiências foram divulgadas no British Journal of Psychology, nr.
24, 1934, p. 247-65). Isso sem falar naquela mais recente, divulgada
pela revista Nature.

Mas me parece que estou falando no deserto. Desisto.

...Se não uma proto-ciência, pelo menos um programa metafísico de
pesquisa?

[]s,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Genoma humano, pedido a Takata
FROM: "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/12/2002 21:54

Olá rmtakata!!!

O empirismo ajuda muito, ok. Ratos e ratos
deformados e mortos.

Saudações!!!
gemaba
www.gemaba>hpg.com.br



----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, December 06, 2002 12:31 PM
Subject: [ciencialist] Re: Genoma humano, pedido a Takata


--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> Relendo, mais uma vez, seu artigo abaixo veiculado no sítio do OI
> em 05.05.2000

Texto no qual escrevi esta preciosidade: "quão distante a nossa
seleção de futebol está longe do ideal" -- quão distante está longe...

> Ressalto o trecho de seu comentário e peço, quando vc puder,
> esclarecer-nos quanto às semelhanças, igualdades e diferenças
> existentes nos genomas das espécies mencionadas: ratos e humanos de
> diferentes raças:

Esclarecer eu? Eu nao esclareço ninguem. Dou os meus pitacos e so'.
Nao sei esclarecer nem a mim mesmo.

O q. quer dizer expressões como o genoma do camundongo e' 90%
semelhante ao nosso? Bem, temos q. entender em q. bases se faz essa
comparacao.

Uma coisa e' comparar qto 'a sequencia de nucleotideos, por exemplo,
os trechos:

AGTACTCCCGGATATATATAGCGGATGCTAG
AGTACTCCCGGATATATATAGCGGATGCTAG

São idênticos. Já os trechos:

AGTACTCCCGGATATATATAGCGGATGCTAG
AGTACTGCCGGATATATATAGCGGATGCTAG

Diferem entre si em uma posicao. Seriam semelhantes em 30 das 31
posições. Um grau de similaridade de 30/31 = 96,37%. O mesmo grau de
similaridade entre:

AGTACTCCCGGATATATATAGCGGATGCTAG
AGTACTCCCGGATATATATAGCGGATGCTA

E temos q. tomar cuidado qdo fazemos essa comparacao, pareando
trechos correspondentes, pois:

AGTACTCCCGGATATATATAGCGGATGCTAG
GTACTCCCGGATATATATAGCGGATGCTAG

Apresentaria apenas 3 posicoes coincidentes. Mas se fizermos um
realinhamento:

AGTACTCCCGGATATATATAGCGGATGCTAG
-GTACTCCCGGATATATATAGCGGATGCTAG

Teremos 96,37% de semelhanca. Esse exemplo e' facil, mas qdo se
compara trechos maiores com mais diferencas, insercoes e delecoes, as
coisas se complicam muito. Um dos trabalhos de bioinformatica e'
desenvolver algoritmos q. enxerguem trechos correspondentes e faca o
alinhamento mais adequado.

Mas isso e' uma comparacao qto ao grau de semelhanca nas posicoes dos
nucleotideos. Nao nos diz o grau de semelhanca funcional. Uma simples
alteracao na posicao do nucleotideo pode nao ter efeito algum ou pode
causar um efeito sensivel (ou ate' bem drastico no desenvolvimento
normal do individuo): a diferenca entre uma hemoglobina humana normal
e a q. confere a condicao de anemia falciforme e' a substituicao de
um unico aminoacido.

Tbm nao sabemos se o trecho analisado corresponde a um gene ou a um
trecho q. nao tem nenhuma funcao. Se nao tiver nenhuma funcao, mesmo
q. houvesse uma diferenca de 100% nao haveria alteracao de
funcionamento entre os individuos. Se pertencer a um gene, qual a sua
participacao no gene: e' uma regiao q. controla a expressao do gene?
e' uma regiao q. se incorpora 'a proteina?

Antes q. a analise das sequencias fosse possivel, podia-se comparar o
padrao de regioes claras e escuras (bandas) q. se formavam nos
cromossomos qdo tratados com corantes especificos. Podia se analisar
o padrao de correspondencia de regioes claras e escuras (e a
espessura dessas regioes) entre cromossos de especies proximas. Desde
ai' se percebeu q. os padroes entre chimpanzes e humanos eram
bastante proximos.

Outro meio de se avaliar o grau de similaridade era atraves do q. se
chama de hibridacao (por vezes chamada de hibridizacao), por meio do
pareamento complementar de Watson e Crick. Tendo uma sequencia
original e produzindo-se a sequencia complementar, a sequencia
complementar deve se parear melhor (mais fortemente, mais rapidamente
e mais frequentemente) com uma sequencia proxima 'a sequencia
original. Qto mais diferente, pior a ligacao da cadeia complementar.
Pode-se medir o grau de pareamento fixando-se a cadeia complementar
em um substrato, marcando-se (por exemplo, com isotopos radiativos) a
cadeia q. se quer testar, fazendo-se a reacao de hibridacao
(controlando-se a concentracao, o tempo, a temperatura e tudo o mais
q. afeta o modo como as cadeias se pareiam) e depois verificando-se a
intensidade do marcador (por exemplo, o grau de radiacao) apos
eliminar as cadeias q. nao se ligaram.

Mas ao q. parece alem de se ter sequencias coincidentes, o modo como
essas sequencias estao organizadas nos cromossomos podem alterar o
funcionamento do organismo.

AGTACTCCCGGATATATATAGCGGATGCTAG
GATCGTAGGCGATATATATAGGCCCTCATGA

Parecem muito diferentes entre si, mas uma e' a imagem invertida da
outra. Em termos de sequencia na verdade, sao iguais. Mas essa
inversao pode fazer com q. uma delas nao seja expressa. Se uma
sequencia esta' inserida em outro trecho do cromossomo tbm pode ter
seu funcionamento adequado, por exemplo, por alterar as sequencias
proximas q. regulam a expressao do gene.

Qdo se analisa apenas pela semelhanca de sequencias tbm, perde-se a
informacao a respeito dos genes.

AGTACTCCCGGA TATA TATA GCGG ATG CTAG
AGTACTCCCGGA CGCA GAGA GATG ATG TTTG

Suponhamos q. cada trecho das sequencias acima correspondem a um gene.
São 22 posicoes iguais em 31, 70,97% de similaridade em sequencia.
Pois bem, mas os genes iguais sao o I e V, dois em seis: 33,33%.

Poderiamos hipoteticamente ter suas sequencias com 10 genes de 10
nucleotideos (genes na verdade raramente possuem menos de 1.000
nucleotideos) e diferirem entre si em apenas um posicao em cada gene.
A similaridade em termos de sequencia seria de 90%. Mas digamos q.
cada alteracao nos genes signifique uma alteracao no funcionamento do
gene, assim os dez genes seriam funcionalmente distintos.

Complicado? De fato a questao pode ser analisada de um modo um tto
mais complexo. E as implicacoes dessas similaridades de sequencia nao
podem ser lidas tao diretamente assim.

[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/12/2002 22:41


>Basta a leitura da definição do dicionário para perceber que o traço
essencial de uma revolução é a violência, a transformação radical de um
estado de coisas por meio da força. A nova situação é imposta de fora, por
assim dizer. A evolução, por sua vez, implica uma transição lenta a partir
de transformações graduais de elementos que já estão presentes no estado
inicial e que vão paulatinamente se desdobrando até dar origem a uma nova
situação. Portanto, a revolução é descontínua e a evolução é contínua.

Não é tão simples assim. As diferenças qualitativas que você mencionou
são um tanto difusas, em termos gerais. Como decidir de onde vêm a
força que move uma revolução ou uma evolução? Creio que uma revolução
é deflagrada sempre por fatores internos. Parece-me, então, que a única
diferença consiste no aspecto da continuidade ou descontinuidade. E
quando voltamos ao caso específico do processo de transformação lenta
do capitalismo para o socialismo, é trivial concluir que, olhando todo
esse processo, o resultado efetivo é o mesmo resultado que seria alcançado
da noite para o dia numa revolução repentina. Assim, ambos os processos
(revolução e evolução) causaram à sociedade o mesmo fenômeno: uma
transferência de poder, uma rotação de 180 graus, uma revolução (na
acepção mais geral do termo). Qualitativa e socialmente, os dois
processos são uma revolução social, diferindo apenas na dinâmica, mas
se equivalendo na essência. Essa diferença diz respeito apenas à
velocidade, basicamente. Por esse motivo considero que o emprego das
acepções estritas do dicionário seja menos rico e menos expressivo
do que o uso do mesmo termo para ambos os processos, apelando para
o sentido mais geral de "revolução" e assim ganhando maior expressividade
e sinteticidade.

>O motivo pelo
qual eles questionam a revolução como caminho para o socialismo não é a
insuficiência de força, mas o fato de que a sociedade ainda não está madura
o suficiente pra isso.

Veja bem, Lúcio, o sentido da palavra "força" que eu usei se refere
às condições gerais apropriadas, e não à força armada. O sentido engloba
as condições humanas, econômicas, psíquicas e materiais para que uma
eventual revolução abrupta possa ser realizada com sucesso. Em
outras palavras, essa "força necessária" são as condições mesmas que
dariam a desejada maturidade. Inspirada nas táticas de guerra do general
Romano Fabius Cunctator o nome da Fabian Society não captura para si somente
o sentido militar da coisa, e sim o sentido bem mais amplo. Dito isso, o
que você escreveu é exatamente igual ao que eu escrevi, dito por outras
palavras: como a sociedade não está madura para uma revolução, então o
caminho para o socialismo não é a revolução; mas se ela estivesse madura,
então automaticamente esse caminho seria aceitável.

>...pois o uso de
um método incorreto - como uma revolução armada - é incapaz de conduzir ao
objetivo desejado que, repito, não é o estado socialista, mas a sociedade
sem estado.

Aqui eu tenho uma opinião um tanto subjetiva. Na prática, acho impossível
uma sociedade sem estado. Logo, quem deseja uma sociedade sem estado não
pode fazer nada, sob pena de, se tentar fazer alguma coisa, obter como
produto uma coisa distinta, que invariavelmente vai acabar sendo um regime
de estado forte. Daí o termo utópico ser tão empregado aos anarquistas.

Sobre suas críticas ao artigo do David Goodman, acho-as razoáveis e
até concordo.

>Por que você aceita tão prontamente a diferença entre a direita e a extrema
direita (que eu não contesto, você tem razão) e nega uma diferença análoga
entre a esquerda e a extrema esquerda?

Bom, fico feliz que você já reconhece a diferença entre a direita e a
extrema
direita. Você pode ter razão ao supor que o espectro esquerdista seja bem
mais
heterogêneo do que o enxergado por mim, mas gostaria de comentar uma
diferença
crucial entre ambos os casos (direita e esquerda). A esquerda moderada se
utiliza de práticas capitalistas (ou no mínimo convive com o capitalismo),
mas
sabe que o estado ideal não é capitalista e sim socialista (ou eventualmente
anarquista). Tanto é assim que os Fabianos pregam uma mudança gradual e
lenta
da sociedade. O objetivo final é o mesmo para a extrema esquerda. Em
contrapartida,
a direita acredita no estado liberal. Ela não prega mudança alguma (num
estado
já liberal). E a extrema direita quer um estado forte, diferente do estado
ideal
da direita. Nesse sentido, a diferença entre a esquerda e a extrema esquerda
é
bem menor do que a diferença entre a direita e a extrema direita.

Abraços,

Guilherme

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio + Evolucao - Revolucao
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/12/2002 22:50


Uai, gente. A nossa discussão (minha com o Lúcio) não
é sobre ciência? Ciências Políticas e Sociais.

Guilherme
PS: Ei Ferraz, parece que o Leibniz acusava a Natureza de
Fabiana: "Natura non facit saltus" (A Natureza não dá saltos).:)



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SUBJECT: Re: Receita para fazer oceano
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/12/2002 23:38

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Léo chegando de fininho e cumprimentando a todos ... pelo menos os
que saíram vivos das últimas escaramuças.
> Continuo tentando trilhar o ciencialist para o bom e velho leito da
Ciência. Discussões fora desse tema não levam a nada, ninguém sai
ganhando e nem aprende nada!
> De minha parte simplesmente deleto qqer coisa que não tenha sabor
científico, coisas como Olavo, freud e suas sexualidades, psicos em
geral (e arquibancada) etc. Nos últimos tempos, nunca 'deletei'
tanto! Enquanto uns se deleitam, outros deletam.

Manuel: Isso é o que eu chamo de burrice arrogante. Tu não te cansas
de falar merda não, pô? Vai cagar noutro canto, cara!

Léo, de agora em diante vou deletar todas as suas mensagens, ou
melhor, vou programar meu PC a não mais receber mensagens suas.
Cansei-me das suas manifestações explícitas de boçalidade. Adeus,
babaca!

Manuel Bulcão



SUBJECT: PODER PREDITIVO E FALSEABILIDADE (ERA: RE: [RN]VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/12/2002 01:30

(Estou reenviando um trecho de uma mensagem anterior, porque julgo o
tema interessante para um debate)

Oi,

Takata: Se vc se chamar Angelina Jolie fica mais facil.

Manuel: Depois fica criticando Freud porque ele só pensa em sexo. É
muita hipocrisia... :-)

Takata: Se vc faz tais objecoes ao conceito de validade q. apliquei,
bem, nesse caso, pelo conceito q. vc aplicou -- de falseabilidade
popperiana -- tbm tudo o q. vc falou nao seria valido: ja' q. tbm se
trabalha com previsoes, testes de hipotese. O conceito q. apliquei e'
bem menos restritivo do q. o do falsificacionismo popperiano ou uma
visao cientifica das coisas:

Manuel: Não acho que o seu conceito seja menos restritivo que o de
Popper. Suponho mesmo que seja o contrário. Na mensagem nr. 12525
desta lista, o Colucci disse algo que considero certo: que o poder
preditivo é um critério forte, mas que não é definitivo; que há
hipóteses que não prevêem acontecimentos futuros, mas que, no
entanto, podem ser falseadas. Para ilustrar, citou a teoria das
supercordas. Com efeito, a teoria das supercordas não prevê nada, ou
melhor, todo acontecimento que ela prevê, como o surgimento da força
da gravidade, já aconteceu faz um tempinho; logo, não se trata de
previsões, mas de pós-visões. Só que, para que ela não seja falsa,
tem que existir no Universo uma matéria escura constituída por
fotinos, gravitinos e outros `inos', partículas estas que ainda não
foram detectadas, mas que podem ser detectadas. Para tanto, só nos
falta tecnologia, um problema que o tempo resolve.

Em suma, embora não tenha nenhum poder preditivo (com base nela, não
podemos ver X antes de X acontecer), a teoria das supercordas presume
ou implica coisas – fotinos, gravitinos, etc. -- que, apesar de
talvez existirem há muito tempo, ainda não foram percebidas, mas que
podem ser percebidas ou não, fato este que a torna falseável, isto
é, `científica'.

Takata: a astromancia, por exemplo, poderia muito bem ser valida,
bastaria q. as previsoes se confirmassem.

Manuel: Caso suas previsões se confirmassem, a astromancia seria
válida, porque o seu objetivo é esse: fazer previsões, antever
acontecimentos futuros. Aliás, num aspecto os astrólogos, os
quiromantes, os copromantes, etc. concordam com você. Eles também
partem da idéia de que as coisas são previsíveis. Sim, se você afirma
que uma hipótese só é válida caso faça previsões que possam ser
verificadas, é porque você acredita que todos os fenômenos são
previsíveis. Como você sabe disso? Como você justifica essa idéia?

Sei que os sistemas não-lineares complexos, muito sensíveis às
condições iniciais, não são previsíveis. O que não significa que seu
comportamento futuro não possa ser descrito matematicamente, mas
trata-se de um leque enorme de estados possíveis e que pode muito bem
compreender alternativas contraditórias. Resta saber se, em casos
como estes, a sua ciência rigorosa é válida.

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/12/2002 04:40

Salve, Marco Aurélio!

Marco Aurélio: Eu gosto muito da afirmação em "Contribuição à
Historia do Movimento Psicanalítico", de 1914 (não sei se é esta a
tradução em português), em que Freud diz algo que eu traduzo mais ou
menos assim: "É lícito dizer, pois, que a teoria psicanalítica é uma
tentativa de compreender duas experiencias que, de um modo chamativo
e inesperado, são obtidas nos ensaios por conduzir a suas fontes
biográficas os sintomas patológicos de um neurótico: o da
transferência e o da resistência. Qualquer linha de invesigação que
admita estes dois fatos e os tome como ponto de partida de seu
trabalho tem direito a chamar-se psicanálise, ainda que chegue a
resultados diferentes dos meus." Creio que estes dois conceitos são
mais determinantes.

Manuel: Interessante. Eu ainda não havia lido esse artigo. Procurei-o
na 'Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de S.
Freud, e o encontrei no Vol. XIV: A História do Movimento
Psicanalítico (1914). Neste artigo, Freud escreve que 'a teoria da
repressão é a pedra angular sobre a qual repousa toda a estrutura da
psicanálise. É a parte mais essencial dela', e que 'qualquer linha de
investigação que reconheça esses dois fatos e os tome como ponto de
partida de seu trabalho tem o direito de chamar-se psicanálise, mesmo
que chegue a resultados diferentes dos meus.'

Foi em 1893 que Freud reportou-se, pela primeira vez, ao papel
fundamental da repressão na formação dos sintomas neuróticos. Afirmou
ele que, 'se uma pessoa histérica intencionalmente procura esquecer
uma experiência, ou decididamente rechaça, inibe e suprime uma
intenção ou idéia, esses atos psíquicos, em conseqüência, entram no
segundo estado da consciência; daí produzem seus efeitos permanentes
e a lembrança deles retorna sob a forma de ataque histérico. (Esboços
para a Comunicação Preliminar de 1893; [C] Sobre a Teoria dos Ataques
Histéricos)

Sim, a teoria da repressão é a pedra angular da psicanálise, e, para
o desespero dos detratores de Freud, essa teoria é testável! Tanto
que já foi testada, em 1934 pelo psicólogo Saul Rosenzweig (British
Journal of Psychology, nr. 24, 1934, p. 247-65). Outro teste foi
realizado recentemente, em 2001, tendo sido divulgado pela
revista 'Nature':

http://webhost.bridgew.edu/stodd/News%20Clips/Freud%20and%
20repression%20study.doc

E os testes realizados corroboraram a teoria da repressão.

Mesmo assim, o Takata continua provocando nós, insinuando que a
psicanálise é uma pseudociência. Ô cabra teimoso duma peste! Eu só
vou me convencer que o Takata não é uma máquina de Turing (fabricada
no Japão pela Mitsubichit ou pela Sony), em fase de teste e
programada para questionar Freud entre outras coisas, no dia em que
ele admitir que a psicanálise é, pelo menos, um 'programa metafísico
de pesquisa' (expressão de Popper), e não uma réles pseudociência. A
minha desconfiança tem fundamentos: o cara apresenta as vantagens que
os computadores têm sobre a mente humana. Bem, não chega a ser um
Deep Blue... :-))

Ósculos e amplexos,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM/CORRIGIDO
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/12/2002 04:45

Salve, Marco Aurélio!

Marco Aurélio: Eu gosto muito da afirmação em "Contribuição à
Historia do Movimento Psicanalítico", de 1914 (não sei se é esta a
tradução em português), em que Freud diz algo que eu traduzo mais ou
menos assim: "É lícito dizer, pois, que a teoria psicanalítica é uma
tentativa de compreender duas experiencias que, de um modo chamativo
e inesperado, são obtidas nos ensaios por conduzir a suas fontes
biográficas os sintomas patológicos de um neurótico: o da
transferência e o da resistência. Qualquer linha de invesigação que
admita estes dois fatos e os tome como ponto de partida de seu
trabalho tem direito a chamar-se psicanálise, ainda que chegue a
resultados diferentes dos meus." Creio que estes dois conceitos são
mais determinantes.

Manuel: Interessante. Eu ainda não havia lido esse artigo. Procurei-o
na 'Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de S.
Freud', e o encontrei no Vol. XIV: A História do Movimento
Psicanalítico (1914). Neste artigo, Freud escreve que 'a teoria da
repressão é a pedra angular sobre a qual repousa toda a estrutura da
psicanálise. É a parte mais essencial dela', e que 'qualquer linha de
investigação que reconheça esses dois fatos [resistência e
transferência] e os tome como ponto de partida de seu trabalho tem o
direito de chamar-se psicanálise, mesmo que chegue a resultados
diferentes dos meus.'

Foi em 1893 que Freud reportou-se, pela primeira vez, ao papel
fundamental da repressão na formação dos sintomas neuróticos. Afirmou
ele que, 'se uma pessoa histérica intencionalmente procura esquecer
uma experiência, ou decididamente rechaça, inibe e suprime uma
intenção ou idéia, esses atos psíquicos, em conseqüência, entram no
segundo estado da consciência; daí produzem seus efeitos permanentes
e a lembrança deles retorna sob a forma de ataque histérico. (Esboços
para a Comunicação Preliminar de 1893; [C] Sobre a Teoria dos Ataques
Histéricos)

Sim, a teoria da repressão é a pedra angular da psicanálise, e, para
o desespero dos detratores de Freud, essa teoria é testável! Tanto
que já foi testada, em 1934 pelo psicólogo Saul Rosenzweig (British
Journal of Psychology, nr. 24, 1934, p. 247-65). Outro teste foi
realizado recentemente, em 2001, tendo sido divulgado pela
revista 'Nature':

http://webhost.bridgew.edu/stodd/News%20Clips/Freud%20and%
20repression%20study.doc

E os testes realizados corroboraram a teoria da repressão.

Mesmo assim, o Takata continua provocando nós, insinuando que a
psicanálise é uma pseudociência. Ô cabra teimoso duma peste! Eu só
vou me convencer que o Takata não é uma máquina de Turing (fabricada
no Japão pela Mitsubichit ou pela Sony), em fase de teste e
programada para questionar Freud entre outras coisas, no dia em que
ele admitir que a psicanálise é, pelo menos, um 'programa metafísico
de pesquisa' (expressão de Popper), e não uma réles pseudociência. A
minha desconfiança tem fundamentos: o cara apresenta as vantagens que
os computadores têm sobre a mente humana. Bem, não chega a ser um
Deep Blue... :-))

Ósculos e amplexos,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Teoria da repressão testada
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/12/2002 05:13

Oi,

Na minha mensagem anterior, falei sobre uma experiência recente que
corrobora a teoria da repressão de Freud. Quem quiser saber mais a
respeito, confira:

http://www.nature.com/nsu/010315/010315-10.html

[]s,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM/CORRIGIDO
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/12/2002 09:23

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
. . .
>
> Foi em 1893 que Freud reportou-se, pela primeira vez, ao papel
> fundamental da repressão na formação dos sintomas neuróticos.
Afirmou
> ele que, 'se uma pessoa histérica intencionalmente procura esquecer
> uma experiência, ou decididamente rechaça, inibe e suprime uma
> intenção ou idéia, esses atos psíquicos, em conseqüência, entram no
> segundo estado da consciência; daí produzem seus efeitos
permanentes
> e a lembrança deles retorna sob a forma de ataque histérico.
(Esboços
> para a Comunicação Preliminar de 1893; [C] Sobre a Teoria dos
Ataques
> Histéricos)
>
> Sim, a teoria da repressão é a pedra angular da psicanálise, e,
para
> o desespero dos detratores de Freud, essa teoria é testável! Tanto
> que já foi testada, em 1934 pelo psicólogo Saul Rosenzweig (British
> Journal of Psychology, nr. 24, 1934, p. 247-65). Outro teste foi
> realizado recentemente, em 2001, tendo sido divulgado pela
> revista 'Nature':


Salve, Manuel.

Quanto a esse estudo, lembro-me das críticas que surgiram quando o
artigo foi publicado. Me parece que, embora Freud tenha claramente
definido a "repressão" como um ato deliberado, intencional, de
suprimir uma lembrança, muitos psicanalistas atuais interpretam esse
mecanismo como uma coisa automática. Ou seja, as lembranças seriam
reprimidas por serem traumáticas, não porque a pessoa se esforçou
para reprimi-las. É comum vermos esse tipo de afirmação partindo de
terapeutas que falam em abusos sexuais na infância.

Outro problema que vejo em usar o estudo de Anderson e Collin como
prova para a teoria da repressão é que, segundo a teoria, as
lembranças reprimidas influenciariam inconscientemente a conduta da
pessoa, embora ela não seja capaz de recuperá-las (a não ser com a
ajuda do psicanalista). Não há nada no estudo que sugira que as
lembranças reprimidas sejam capazes de ter alguma influência, ou
mesmo de que possam ser recuperadas de alguma forma.

Concordo que muita coisa na psicanálise seja testável. Só não
conseguiram, ou não quiseram, testar ainda.

[]s
Ronaldo
Dicionário do Cético
http://www.cetico.cjb.net



SUBJECT: Transcrevo msg. de natal.
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <noosfera@yahoogrupos.com.br>, <GuardiaodaNoite@yahoogrupos.com.br>, <Genismo@yahoogroups.com>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/12/2002 09:55




MENSAGEM DE NATAL

Neste fim de ano eu gostaria que ninguém perdoasse ninguém, a menos
que merecesse.
Neste fim de ano eu gostaria que ninguém sentasse à mesa com alguém
que não gostasse.
Neste fim de ano eu gostaria que ninguém presenteasse ninguém com
presentes artificiais.
Eu realmente gostaria que este clima falso não estivesse pesando sob
as mentes das pessoas que não se deixam enganar por momentos tramados e
passageiros.
Este fim de ano eu gostaria que as crianças sequestrassem Papai-Noel e
o espancassem.
Depois libertassem as renas do julgo desse capitalista.
E que lhe enviassem uma carta bomba, caso ele consiga fugir, quem sabe
libertado por aqueles malditos duendes que se deixam escravizar pelo tirano
Noel!
Gostaria que seu saco de presentes capitalistas, que corrompe a mente
ingênua das crianças, fosse roubado por "crianças de rua" e que os
presentes, produtos de furto, fossem distribuídos pelas favelas desse mundo.
Basta apenas querer enxergar para ver quantos cifrões se escondem por
detrás daquela pança e daquela barba do maldito bom velhinho risonho.

(Ari Soares)
Revista Anarquista Brasileira, @suras






SUBJECT: Re: Genoma humano, pedido a Takata
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/12/2002 10:57

--- Em ciencialist@y..., "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <
> O empirismo ajuda muito, ok. Ratos e ratos
> deformados e mortos.

Realmente entra uma questao etica ai'.
Mas, em uma visao antropocentrica, nao
e' melhor ratos, ratos deformados e mortos,
do q. humanos, humanos deformados e mortos?

Concordo q. nao devemos encarar os animais
(e os seres) experimentais como simples brinquedos
cientificos: evitar sofrimento desnecessario,
experimentos inuteis e assim por diante.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/12/2002 12:39

----- Original Message -----
From: Guilherme Peixoto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, December 06, 2002 10:41 PM
Subject: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio

>Como decidir de onde vêm a força que move uma revolução ou uma evolução?
Creio que uma revolução
é deflagrada sempre por fatores internos.

Existe um probleminha conceitual aí. Ou bem a revolução é vista como uma
imposição de fora, de um determinado grupo sobre a sociedade como um todo,
ou bem ela é deflagrada por fatores internos a essa sociedade. Se ela é
deflagrada por fatores internos, então é uma resposta da própria sociedade a
essa situação, uma acomodação interna da sociedade a esses fatores. Mas,
nesse caso, ela não é a imposição de um grupo sobre a sociedade como um
todo, o que vai contra a visão olavodecarvalhiana de que o objetivo da
revolução socialista seria impor um estado totalitário e o que estaria por
trás desse objetivo seria a sede de poder de um determinado grupo. (Veja que
eu *não* estou defendendo a idéia socialista de revolução, porque não
acredito nela. Aponto apenas que essa idéia está implícita no teu comentário
de que uma revolução é sempre deflagrada por fatores internos.)

>Parece-me, então, que a única diferença consiste no aspecto da continuidade
ou descontinuidade.

É uma diferença fundamental, mas há mais do que isso. A evolução implica em
um desenvolvimento espontâneo de uma situação para outra, enquanto que, numa
revolução, as novas condições são impostas pelo uso da força.

>E quando voltamos ao caso específico do processo de transformação lenta do
capitalismo para o socialismo, é trivial concluir que, olhando todo esse
processo, o resultado efetivo é o mesmo resultado que seria alcançado
da noite para o dia numa revolução repentina.

Num caso, você teria a ditadura do proletariado, um estado totalitário no
qual uma determinada classe impõe sua vontade sobre todas as demais. No
outro, você teria uma sociedade sem estado nem divisão de classes. Tem
certeza que é o mesmo resultado?

>Assim, ambos os processos (revolução e evolução) causaram à sociedade o
mesmo fenômeno: uma transferência de poder, uma rotação de 180 graus, uma
revolução (na acepção mais geral do termo).

No caso de uma sociedade sem estado, não existe transferência, mas
dissolução do poder. A sociedade passaria a ser estruturada segundo outras
forças que não as relações de poder.

>Qualitativa e socialmente, os dois processos são uma revolução social,
diferindo apenas na dinâmica, mas
se equivalendo na essência.

De novo, uma sociedade sem estado tem uma essencia bastante diferente de um
estado totalitário.

>Essa diferença diz respeito apenas à velocidade, basicamente.

Não, essa diferença diz respeito ao fato de que, para os fabianos, uma
revolução não conduziria a uma sociedade sem classes, mas a um estado
totalitário que é o oposto da meta que eles almejam, e a história da URSS só
mostrou que os fabianos tinham toda razão nesse ponto.

>Veja bem, Lúcio, o sentido da palavra "força" que eu usei se refere às
condições gerais apropriadas, e não à força armada. O sentido engloba as
condições humanas, econômicas, psíquicas e materiais para que uma eventual
revolução abrupta possa ser realizada com sucesso. Em outras palavras, essa
"força necessária" são as condições mesmas que dariam a desejada maturidade.
Inspirada nas táticas de guerra do general Romano Fabius Cunctator o nome da
Fabian Society não captura para si somente o sentido militar da coisa, e sim
o sentido bem mais amplo. Dito isso, o que você escreveu é exatamente igual
ao que eu escrevi, dito por outras palavras: como a sociedade não está
madura para uma revolução, então o caminho para o socialismo não é a
revolução; mas se ela estivesse madura, então automaticamente esse caminho
seria aceitável.

Veja bem, Guilherme, se as condições humanas, econômicas, psíquicas e
materiais fossem adequadas, se a sociedade estivesse suficientemente madura
haveria uma transição espontânea de uma estrutura social para outra. Em
outras palavras, na falta de condições adequadas, a revolução é ineficaz e
na presença de condições adequadas, a revolução é desncessária. Simples como
isso.

>Aqui eu tenho uma opinião um tanto subjetiva. Na prática, acho impossível
uma sociedade sem estado.

Talvez seja, talvez não. Mas o ponto é que a meta não só dos fabianos como
de boa parte da esquerda *é* essa sociedade sem estado, e não a ditadura do
proletariado defendida por leninistas e stalinistas. Assim, quando o Olavo
de Carvalho afirma que toda a esquerda é totalitária, ele está cometendo uma
generalização que não só é injusta como não tem a menor correspondência com
os fatos.

>Logo, quem deseja uma sociedade sem estado não pode fazer nada, sob pena
de, se tentar fazer alguma coisa, obter como
produto uma coisa distinta, que invariavelmente vai acabar sendo um regime
de estado forte. Daí o termo utópico ser tão empregado aos anarquistas.

No que se refere às condições atuais da sociedade, eu concordo com você. E
os fabianos também concordariam. Uma sociedade sem estado atualmente é
impossível. Isso exigiria uma transformação radical não só das estruturas
sociais, mas do próprio ser humano, cujo comportamento ainda é regido por
imperativos de posse e territorialidade enraizados no hipotálamo e que fazem
parte da nossa herança biológica. Mas dizer que uma coisa é impossível hoje
não significa que ela continuará a ser impossível pra sempre. O conceito do
homem novo, sintomaticamente abandonado pelos stalinistas, era uma das
idéias-chave dos primeiros comunistas. Eles tinham a idéia simplória de que,
uma vez que a consciência era determinada pelas relações sociais, bastava
modificar a estrutura da sociedade pra que a consciência também se
transformasse. Isso é ingênuo e não funciona, mas a essência da idéia - a de
que é preciso um novo homem para uma nova sociedade - continua de pé.

>Sobre suas críticas ao artigo do David Goodman, acho-as razoáveis e até
concordo.

A melhor maneira de interpretar 1984, levando em conta a filiação política
de Orwell, é dizer que se trata de uma versão romanceada da crítica fabiana
de que uma revolução, mesmo uma revolução socialista, sempre conduz a uma
ditadura.

>Você pode ter razão ao supor que o espectro esquerdista seja bem mais
heterogêneo do que o enxergado por mim

...e pelo Olavo de Carvalho, não vamos esquecer dele. ;-)

>A esquerda moderada se utiliza de práticas capitalistas (ou no mínimo
convive com o capitalismo), mas sabe que o estado ideal não é capitalista e
sim socialista (ou eventualmente anarquista). Tanto é assim que os Fabianos
pregam uma mudança gradual e lenta da sociedade. O objetivo final é o mesmo
para a extrema esquerda.

O objetivo imediato da extrema esquerda é a ditadura do proletariado, não a
sociedade sem classes. Já a esquerda não-radical (onde se incluem os
fabianos) demonstra muito mais bom-senso, pois duvida que uma ditadura,
qualquer que seja ela, possa criar condições para a superação do estado e da
divisão em classes.

>Em contrapartida, a direita acredita no estado liberal. Ela não prega
mudança alguma (num estado já liberal). E a extrema direita quer um estado
forte, diferente do estado ideal da direita.

Mais ou menos. A sociedade ideal da extrema direita é a mesma da direita:
uma economia de mercado, divisão em classes, a coisa toda. O estado forte da
extrema direita não pretende mudar essa situação, mas expurgar a sociedade
dos elementos e idéias que possam colocá-la em risco. Nesse sentido, você
pode inclusive dizer que a extrema direita é mais coerente com o pressuposto
de que a divisão em classes sociais e a economia de mercado formam a
sociedade ideal, porque ela apela para o estado forte como garantia de que
essas condições permaneçam as mesmas. Existe uma contradição interna na
sociedade capitalista que já tinha sido salientada por Marx antes que ele
abraçasse a idéia de uma revolução armada: dada sua característica
extremamente dinâmica, ela não pode se impedir de colocar no mercado
inclusive idéias que questionam suas próprias bases e que podem acabar
promovendo uma mudança na estrutura da sociedade. Era essa contradição
interna que Marx originalmente achava que acabaria levando ao socialismo e é
em cima disso que se apóia a doutrina fabiana. A extrema direita, por outro
lado, elimina essa contradição, suprimindo as idéias e conceitos que possam
ser perigosos para o sistema vigente.

>Nesse sentido, a diferença entre a esquerda e a extrema esquerda é bem
menor do que a diferença entre a direita e a extrema direita.

Como espero ter demonstrado, nem a diferença entre a esquerda e a extrema
esquerda é tão pequena, nem a diferença entre a direita e a extrema direita
é tão grande. ;-)

Abs.
L.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Off-topic, PC
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/12/2002 13:35

Vamos por partes:

a) Acho que não há opção para isso, mas dá para resolver de um jeito
simples: clique no botão do Explorer que fica ao lado do "X". Isso colocará
a tela em um tamanho intermediário. Ajuste o tamanho que você quiser usando
o mouse. Desligue todas as janelas do Explorer e da próxima vez que você
entrar ele estará no último tamanho ajustado;

b) Você usa o Front Page?? Bem feito. Profissionais usam o DreamWeaver. No
DreamWeaver eu simplesmente crio um arquivo "template" com os padrões
necessários. Ao criar uma nova página, basta copiar o template vazio e
preencher os dados. O Front Page deve ter solução semelhante.

[ ]s


Eng. Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Pinhais - PR - Brasil



-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sexta-feira, 6 de Dezembro de 2002 10:41
Assunto: [ciencialist] Off-topic, PC


1)- De dois dias para cá tô tendo um miserável probleminha: ao clicar num
link para navegar, a tela entra minimizada e toca clicar no 'quadradinho'
para passar para tela cheia! Uso Internet Explorer 6.0.
Parece que não é nada mas, navegando um bom tempo e diariamente, é cliks
extras a dar com pau!
Não consigo achar onde estão tais 'opções' para ajeitar isso. HELP!

2)- Trabalho com o FrontPage. Durante o trabalho coloco a figura necessária
dentro de uma tabela. O padrão do Imperdível para o contorno dessa tabela é
1:1:3 (enchimento da célula, espaçamento e tamanho da borda) mas, o padrão
de meu FP é 0:1:1. Desse modo, cada tabela é preciso ser ajustada:
propriedades da tabela e clicar para 1:1:3 ... puta mão de obra!
Como faço para alterar os padrões do FP? HELP!

[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================




SUBJECT: O gene no devido lugar
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/12/2002 17:28


>O Globo Rio, 6 de Dezembro de 2002
>
>Especialistas explicam semelhanças entre seres humanos e camundongos
>Roberta Jansen
>Em meio ao espanto causado pela revelação das semelhanças genéticas entre
>homens e camundongos, especialistas tentavam ontem explicar o que faz com
>que seres humanos sejam tão diferentes de roedores. O seqüenciamento
>genético do camundongo ( Mus musculus ), publicado na última edição da
>revista “Nature”, revelou que 99% dos genes de homens e camundongos são
>similares, até mesmo aqueles responsáveis pela cauda. Mas, segundo os
>cientistas, o segredo está na regulagem dos genes, ou seja, faz toda a
>diferença a forma como são ativados ou desativados e a velocidade em que
>isso ocorre. A ordem em que os genes são expressos também é importante.
>Além disso, o mapa genético do camundongo aponta outras diferenças
>significativas. O genoma do roedor é 14% menor que o do homem. Camundongos
>têm também genes exclusivos relacionados ao olfato (mais aguçado) e à
>reprodução — eles são capazes de gerar grandes ninhadas.
>Genoma é como partitura musical, diz geneticista O seqüenciamento do
>genoma dos camundongos mostrou que 2,5% das seqüências que não contêm
>genes (chamadas DNA-tralha, cuja função é desconhecida) são compartilhadas
>com o homem. Mas, embora compartilhem tantas instruções semelhantes,
>homens e camundongos são completamente diversos.
>— Costuma-se fazer uma analogia entre o genoma e um livro de instruções.
>Mas eu prefiro dizer que o genoma é como uma partitura musical — comparou
>o geneticista Sérgio Danilo Pena. — Partindo da mesma partitura, você pode
>obter resultados muito diferentes, dependendo do regente, do número de
>músicos que estiver tocando, da forma como eles tocarem.
>— O fato de compartilhar tantos genes semelhantes não é tão surpreendente,
>uma vez que homens e camundongos são mamíferos — apontou Pena, lembrando
>que o camundongo é o único mamífero, além do homem, já seqüenciado
>geneticamente.
>Homens e camundongos, de fato, têm um ancestral comum, um animal similar a
>um rato pequeno que viveu entre 75 milhões e 125 milhões de anos atrás, na
>época dos dinossauros. Não é por acaso que, a despeito das diferenças,
>camundongos são suficientemente similares a humanos para serem
>considerados os melhores modelos para testar novas drogas e tratamentos.
>— O camundongo é o nosso animal de laboratório por excelência — disse
>Pena. — E agora, com as novas informações, poderemos aprofundar estudos
>sobre doenças.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: When Activists Win
FROM: Joao Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: argumentos <argumentos-critica@yahoogroups.com>
DATE: 07/12/2002 17:45

When Activists Win
http://www.techcentralstation.be/2051/wrapper.jsp?PID=2051-100&CID=2051-120502M
by Dr. Roger Bate [ 05/12/2002 ]

Today data are released from PhRMA, the pharmaceutical lobby group,
which show that AIDS drugs in development are in shocking decline, down
by 33% over the past 5 years. What the industry is unwilling to admit is
that drug activists have been successful in their campaign of demanding
lower prices for AIDS drugs. The result is that in some drug company
boardrooms, investment is obviously switching from AIDS research into
areas where profits can still be made.

How can access to medicines for the poorest people with diseases such as
AIDS, malaria and Tuberculosis be improved? This question has been at
the top of numerous international meetings over the past year, and
especially at the World Trade Organisation's TRIPS (trade related
aspects of intellectual property) Council.

It has also been one of the most infuriating discussions to monitor
because most of this year's focus (and indeed last year's as well) has
been on drug patents, and the allegation that they are the cause of the
inability of the poor to access drugs. Yet as has been admirably
demonstrated in a paper by Dr Amir Attaran and Dr Lee Gillespie White in
the Journal of the American Medical Association, most drugs are not
patented in the majority of the poorest countries in the world. At most,
patents have a tiny impact in some countries like South Africa. The real
causes of lack of access to drugs are poverty, ignorance and stigmatism
for those with disease (especially AIDS), and often a lack of political
will in many African and some Asian countries.

For drug development it is essential for industry to be able to price
discriminate to cover the massive research and development costs and the
economies of scale in production. This is true for all drugs, but for
AIDS drugs the discrepancy between a reasonable price differential
between rich and poor and the income in the poorest countries is still
huge. In other words, the activists are correct when they say 'the poor
can't afford' the drugs. Why? Because the lowest price for AIDS drugs,
diagnostics and delivery per person is at least $300 a year, which is
far more than any but the richest African is capable of spending. In any
event, when offers of free drugs are not taken up, as they are in
Africa, one has to seriously question whether even the cheapest generic
drugs will ever be delivered to those that need them.

The misguided attacks against pharmaceutical companies and drug patents
have had an unintended, but potentially devastating, consequence. Data
from the pharmaceutical research consultancy Pharmaprojects shows that
there has been a significant drop off in the number of new AIDS drugs in
development in recent years. The Pharmaprojects analysis, and my own
analysis of PhRMA data (which is published today), shows a decline of
over 30% since 1997 when products in development were at a peak.

There could be a number of reasons behind the drop off in research. Some
senior pharma sector experts such as Trevor Jones, Director of the
Association of British Pharmaceutical Associations, believe that the
drug development drop off is because several research projects have been
unsuccessful. This means that those anti-AIDS drugs that remain in
development today are of higher quality, and are more likely to succeed
in clinical trials. It could also be that the market may be reaching
saturation point, with over 70 drugs approved by the Food and Drug
Administration in America.

These reasons aside, the attacks against drug companies certainly does
not make AIDS an attractive area to devote to research. Dr Des Martin,
President of the South African HIV Clinicians Society, suspects that
'among several reasons, the threat of generic competition and attacks on
multinational companies could be behind the recent decline in HIV
anti-retroviral compounds'.

It is almost impossible to get industry executives to comment, but one
who would actually discuss the topic, but did not wish to be identified,
agreed that although he didn't like to admit it, 'we have lost the
battle with the activists, and now the market is less profitable. The
result is that we are spending less R&D time on anti-retrovirals. Why
bother to innovate these products when any advance will not be
profitable', he said.

Some of the large companies are continuing research, perhaps for
historic reasons, and the need to stop activist attacks and not in the
hope of future profits. For example, GSK and Merck are probably doing as
much, if not more, research than before. The real and long-term damage
in new research is at the margins. It is those companies whose
reputations are not linked to AIDS research that are quietly slipping
away from the field, and far fewer start ups (biotech and others) are
coming into AIDS research than a few years ago. Roughly 25% fewer
companies are involved in AIDS research than in the late 1990s.

In the past three years, activist groups like Doctors Without Borders,
have been celebrating the numerous climb-downs from the industry.
Companies have been giving AIDS drugs away for free, they have
drastically lowered their prices and voluntarily licensed their drugs
with generics manufacturers in South Africa. Meanwhile in numerous
boardrooms, decisions have been made to steer research into other
directions. It's ironic that activists have scared drug companies into
action that will harm AIDS patients in the long run. For while
government and activists can blame capitalism and the drug giants and
profiteering, the latter actually develop solutions, the former just
talk about them.

Dr Roger Bate is a Director of the International Policy Network, a
public policy group in London and Washington.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/12/2002 19:05


<<Existe um probleminha conceitual aí. Ou bem a revolução é vista como uma
imposição de fora, de um determinado grupo sobre a sociedade como um todo,
ou bem ela é deflagrada por fatores internos a essa sociedade. Se ela é
deflagrada por fatores internos, então é uma resposta da própria sociedade a
essa situação, uma acomodação interna da sociedade a esses fatores. Mas,
nesse caso, ela não é a imposição de um grupo sobre a sociedade como um
todo, o que vai contra a visão olavodecarvalhiana de que o objetivo da
revolução socialista seria impor um estado totalitário e o que estaria por
trás desse objetivo seria a sede de poder de um determinado grupo. (Veja que
eu *não* estou defendendo a idéia socialista de revolução, porque não
acredito nela. Aponto apenas que essa idéia está implícita no teu comentário
de que uma revolução é sempre deflagrada por fatores internos.)>>

Não vejo por que a visão do Olavo de Carvalho se oponha à idéia de que
toda revolução é causada por fatores internos. O grupo revolucionário,
querendo ou não somente o poder, pertence à sociedade e não é um agente
externo. Ele é fruto dessa mesma sociedade, que o alimenta materialmente,
ideologicamente e psiquicamente. Portanto, devemos reconhecer qualquer
processo de transformação da sociedade, seja movido por um grupo de doidos
ou não, como um processo que tem suas causas dentro do seio da própria
sociedade.

<<É uma diferença fundamental, mas há mais do que isso. A evolução implica
em
um desenvolvimento espontâneo de uma situação para outra, enquanto que, numa
revolução, as novas condições são impostas pelo uso da força.>>

Por que o uso da força não é um desenvolvimento espontâneo? De acordo
com o seu ponto de vista, qualquer processo violento é necessariamente
movido por fatores externos à sociedade, por não se tratarem de um
processo espontâneo. Um grupo paramilitar faz parte da sociedade, assim
como seus métodos de ação. Assim, as transformações de numa sociedade,
violentas ou não, se resultarem numa grande mudança estrutural nas
relações de poder, podem ser, com certeza, resumidas sob o termo
"revolução".

<<Num caso, você teria a ditadura do proletariado, um estado totalitário no
qual uma determinada classe impõe sua vontade sobre todas as demais. No
outro, você teria uma sociedade sem estado nem divisão de classes. Tem
certeza que é o mesmo resultado?>>

Se realmente o produto final é uma sociedade sem estado, você tem
razão. Mas isso é utopia, e na prática sempre haverá uma transferência
de poder. Aproveitando que já estou falando disso, repare nesse trecho
que você escreveu:

<<Uma sociedade sem estado atualmente é
impossível. Isso exigiria uma transformação radical não só das estruturas
sociais, mas do próprio ser humano, cujo comportamento ainda é regido por
imperativos de posse e territorialidade enraizados no hipotálamo e que fazem
parte da nossa herança biológica.>>

Assim, a seguinte pergunta é pertinente: quando a humanidade estará
praparada para a sociedade perfeita? Você mesmo apontou barreiras
biológicas. Logo, o homem deve sofrer alterações biológicas para tal
objetivo. Vejo duas possibilidades: devemos esperar essas alterações
como advindas do processo de evolução natural ou devemos modificar
geneticamente o padrão humano? Esta última seria a maior e a única
campanha de eugenia da história, sob propósitos políticos. Na segunda
opção, a sociedade sem estado só poderá existir depois de uma ligeira
modificação natural da espécie humana. Aos biólogos da lista, qual é
a escala de tempo para um salto evolucionário de uma espécie? 500 mil
anos? 50 mil? Não sou biólogo, mas acho que poderíamos conceber um
período superior a pelo menos 10 mil anos! Como conclusão, os Fabianos
seguem uma tática para a transformação da sociedade que não vai atingir
o objetivo final em menos de 10 mil anos. Então das duas a uma:
ou o poder vai permanecer sob uma estrutura capitalista pela maior
parte do tempo, ou o poder estará distribuído de modo diferente
(leia-se: nas mãos de outra classe) pela maior parte desse período
de 10 mil anos.

Por essas razões eu considero a idéia da sociedade sem estado uma
idéia absurda e utópica, portanto a receita Fabiana não é capaz
de evitar uma transferência de poder. Assim, mesmo que inconscientemente,
o projeto Fabiano serve efetivamente como braço direito do Stalinismo.

<<Mais ou menos. A sociedade ideal da extrema direita é a mesma da direita:
uma economia de mercado, divisão em classes, a coisa toda. O estado forte da
extrema direita não pretende mudar essa situação, mas expurgar a sociedade
dos elementos e idéias que possam colocá-la em risco. Nesse sentido, você
pode inclusive dizer que a extrema direita é mais coerente com o pressuposto
de que a divisão em classes sociais e a economia de mercado formam a
sociedade ideal, porque ela apela para o estado forte como garantia de que
essas condições permaneçam as mesmas. Existe uma contradição interna na
sociedade capitalista que já tinha sido salientada por Marx antes que ele
abraçasse a idéia de uma revolução armada: dada sua característica
extremamente dinâmica, ela não pode se impedir de colocar no mercado
inclusive idéias que questionam suas próprias bases e que podem acabar
promovendo uma mudança na estrutura da sociedade. Era essa contradição
interna que Marx originalmente achava que acabaria levando ao socialismo e é
em cima disso que se apóia a doutrina fabiana. A extrema direita, por outro
lado, elimina essa contradição, suprimindo as idéias e conceitos que possam
ser perigosos para o sistema vigente.>>

Não vejo dessa forma. A extrema direita não prega a mesma sociedade que
a direita diferindo apenas na presença do estado forte. O estado forte
interfere nas liberdades individuais e limita fortemente a ação do
capital na sociedade, tão fortemente como o faz um estado socialista
(exemplo concreto: o Nacional Socialismo alemão). Esses "efeitos colaterais"
são vigorosamente repudiados pela direita. Assim, contrariamente ao que
você escreveu, o estado forte não garante o estado liberal, mas aniquila-o.
O estado liberal (direitista) abriga a possibilidade de contestação interna,
de modo que ele deixaria de ser o que é caso essa possibilidade fosse
vedada.

Abraços,

Guilherme

_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: Comparative Mammalian Brain Collections
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/12/2002 12:07

Parece um monte de noz :), mas:

- Comparative Mammalian Brain Collections
This web site provides browsers with images and information from one
of the world's largest collection of well-preserved, sectioned and
stained brains of mammals. Viewers can see and download photographs
of brains of over 100 different species of mammals (including humans)
representing 17 mammalian orders.
http://www.brainmuseum.org/

[]s

MK



SUBJECT: Vampire Population Ecology
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/12/2002 12:11

Do blog http://www.ceticismoaberto.kit.net/blog.htm

<<<
And now, for your amusement and stimulation,
Vampire Population Ecology - "Ooh, Brian, can you help us work out
the vampire carrying capacity of a typical population? I'm assuming a
typical vampire accounts for, say, 150-200 humans a year. So how big
does a town have to be to support Sunnydale's apparently limitless
supply of vampires? Are there human warrens in the catacombs
somewhere, used only for feeding purposes?"
http://www.stanford.edu/~bthomas/vamp/vampecology.htm
>>>

[]s

MK



SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/12/2002 13:04

----- Original Message -----
From: Guilherme Peixoto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, December 07, 2002 7:05 PM
Subject: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio

>Não vejo por que a visão do Olavo de Carvalho se oponha à idéia de que toda
revolução é causada por fatores internos. O grupo revolucionário, querendo
ou não somente o poder, pertence à sociedade e não é um agente externo.

Não é o que o Olavo de Carvalho diz. De acordo com ele, todos os movimentos
revolucionários são instigados de fora, a partir da URSS, da KGB ou da Cuba
de Fidel Castro. Lembre-se que o que deu origem a esta discussão foi
precisamente a hipótese do Olavo de que a Fabian Society não foi um
movimento espontâneo, e sim criado pelos agentes de Stalin. Se você
compulsar os artigos dele, vai ver que ele se esforça o quanto pode pra
rastrear as ligações entre os agentes soviéticos (ou cubanos) e qualquer
movimento de esquerda ou que possa beneficiar os objetivos da esquerda.
Portanto, pra ele, a revolução não é causada por fatores internos, mas por
influências externas.

>Portanto, devemos reconhecer qualquer processo de transformação da
sociedade, seja movido por um grupo de doidos
ou não, como um processo que tem suas causas dentro do seio da própria
sociedade.

Essa interpretação está mais de acordo com o que eu próprio penso, mas não
com o que pensa o Olavo de Carvalho.

>Por que o uso da força não é um desenvolvimento espontâneo?

Porque as duas idéias são mutuamente contraditórias, Guilherme. Se você
*força* um desenvolvimento, ele por definição não é *espontâneo*.

>De acordo com o seu ponto de vista, qualquer processo violento é
necessariamente movido por fatores externos à sociedade, por não se tratarem
de um processo espontâneo.

Quando eu digo "externo", não quero dizer estrangeiro (diferente do Olavo de
Carvalho). Eu quero dizer que, numa revolução, o ponto de vista de um grupo
particular é imposto pela força sobre o conjunto da sociedade. Mesmo que
esse grupo, em última análise, faça parte da sociedade, sua perspectiva não
é compartilhada pela sociedade como um todo que, no caso de uma revolução
bem-sucedida, é obrigada a acatar um ponto-de-vista que não é o seu.

>Assim, as transformações de numa sociedade, violentas ou não, se resultarem
numa grande mudança estrutural nas
relações de poder, podem ser, com certeza, resumidas sob o termo
"revolução".

Você tá usando o termo revolução num sentido diferente do meu, e diferente
do sentido que se tem em mente quando se fala em "revolução comunista". Você
emprega o termo na acepção de qualquer mudança radical (por exemplo: "o
surgimento da Internet causou uma *revolução* nas telecomunicações"). Mas
quando se fala em revolução comunista e, na verdade, em qualquer revolução
política, não é nessa acepção, mas no sentido de um movimento armado que
visa derrubar o governo e assumir o lugar dele.

>Se realmente o produto final é uma sociedade sem estado, você tem razão.

Basta ler os teóricos da esquerda. Utópica ou não, a meta da maior parte da
esquerda sempre foi essa.

>Mas isso é utopia, e na prática sempre haverá uma transferência de poder.

Não necessariamente. Pode-se imaginar, por exemplo, um processo de ampliação
crescente das liberdades individuais e afrouxamento progressivo do controle
do estado, até a autodissolução deste último. Não digo que esse processo
*seja* viável, pelo menos não sem uma transformação radical do ser humano,
mas é um exemplo de como isso poderia acontecer sem envolver nenhuma
transferência de poder. O objetivo não é transferir o poder, mas
dissolvê-lo.

>Assim, a seguinte pergunta é pertinente: quando a humanidade estará
praparada para a sociedade perfeita?

Do meu ponto de vista (e aqui estou falando por mim, e não pela esquerda),
quando a estrutura psicológica do ser humano deixar de ser centrada no ego.
É devido a essa estrutura que tendemos a transformar todas as relações entre
as pessoas, mesmo as relações afetivas, em relações de poder.

>Você mesmo apontou barreiras biológicas.

O que eu disse é que elas fazem parte da nossa herança biológica, não que
somos obrigados a nos submeter a ela. Existe uma diferença fundamental entre
o ser humano e os outros animais: enquanto estes são totalmente programados
pelos instintos, que obedecem ao imperativo categórico dos genes, a
consciência (embora seja, ela própria, fruto da seleção natural) dota os
seres humanos da capacidade de resistir a esse imperativo categórico. Isso
não é nenhuma arenga mística, mas a conclusão a que Richard Dawkins chegou
no final de _O Gene Egoísta_, uma das principais obras de divulgação do
neo-darwinismo.

>Logo, o homem deve sofrer alterações biológicas para tal objetivo.

Se Dawkins estiver certo, não. De acordo com ele, a consciência dá ao ser
humano - tal como é hoje - a opção de aceitar ou rejeitar a nossa
programação biológica.

>Vejo duas possibilidades: devemos esperar essas alterações como advindas do
processo de evolução natural ou devemos modificar geneticamente o padrão
humano? Esta última seria a maior e a única campanha de eugenia da história,
sob propósitos políticos.

Como eu disse acima, isso não é necessário. O que precisa ser transformada é
a estrutura psicológica do ser humano, não sua estrutura biológica. E não se
trata de uma transformação com propósitos políticos, mas de uma ampliação do
espectro da consciência, de modo a tornar o ser humano menos egoísta e menos
(auto)destrutivo. Você considera que amar ao próximo como a si mesmo é um
objetivo político?

>Como conclusão, os Fabianos seguem uma tática para a transformação da
sociedade que não vai atingir
o objetivo final em menos de 10 mil anos.

Não creio que a "tática" dos Fabianos (como você diz) seja mais adequada do
que a revolução pregada por leninistas e stalinistas. Ambos cometem o mesmo
erro, que é o de achar que basta uma transformação das estruturas sociais,
seja ela evolucionária ou revolucionária, para transformar o ser humano. Do
meu ponto de vista, tanto uns quanto os outros estão enxergando as coisas de
cabeça pra baixo: eles acham que é a estrutura social que determina a
estrutura psicológica. Embora não reste a menor dúvida de que a sociedade
reforça a estrutura da consciência, eu acho que aquela é que é um reflexo
desta, e não o contrário.

>Por essas razões eu considero a idéia da sociedade sem estado uma idéia
absurda e utópica, portanto a receita Fabiana não é capaz de evitar uma
transferência de poder. Assim, mesmo que inconscientemente, o projeto
Fabiano serve efetivamente como braço direito do Stalinismo.

Não vejo como uma coisa possa decorrer da outra, até porque o stalinismo
está morto e enterrado, com a graça de Deus, e a Fabian Society vai muito
bem, obrigado.

>Não vejo dessa forma. A extrema direita não prega a mesma sociedade que a
direita diferindo apenas na presença do estado forte. O estado forte
interfere nas liberdades individuais e limita fortemente a ação do capital
na sociedade, tão fortemente como o faz um estado socialista (exemplo
concreto: o Nacional Socialismo alemão). Esses "efeitos colaterais"
são vigorosamente repudiados pela direita. Assim, contrariamente ao que você
escreveu, o estado forte não garante o estado liberal, mas aniquila-o. O
estado liberal (direitista) abriga a possibilidade de contestação interna,
de modo que ele deixaria de ser o que é caso essa possibilidade fosse
vedada.

Então, considera um exemplo concreto e mais próximo a nós do que o nazismo.
Pelos termos que você definiu, o governo Bush é de direita, mas não de
extrema direita. Está comprometido com os princípios do liberalismo
econômico, que é a coluna vertebral da economia norte-americana. No entanto,
especialmente após o 11 de setembro, você seria capaz de dizer que ele não
interfere nas liberdades individuais? E eu não falo das liberdades
individuais em relação aos outros países, mas dos próprios cidadãos
norte-americanos. Cito apenas três itens (poderia citar mais):

1) O pacote de medidas aprovado pelo Congresso após os ataques terroristas
de 11 de setembro permite aos agentes federais deterem qualquer indivíduo
suspeito para interrogatório, sem que ele tenha sequer o direito de ser
informado sobre os motivos de sua detenção. Os agentes federais também não
têm a menor obrigação de prestar contas dos motivos pelos quais consideraram
o indivíduo suspeito. Fica inteiramente a critério deles. Eles também têm
poderes para negar ao prisioneiro até mesmo o mais elementar direito à
defesa, proibindo-o de solicitar a ajuda de um advogado. Uma força policial
que não tem que prestar contas de seus atos normalmente é considerada
característica de um governo totalitário (seja de esquerda, seja de
direita), mas esses poderes absolutos foram concedidos aos agentes federais
por um governo economicamente liberal.

2) A National Security Agency (NSA) mantém em Sugar Grove, Virgínia, uma
estação de interceptação de comunicações por satélites, chamada Echelon, com
a qual os agentes da NSA podem espionar qualquer ligação telefônica
internacional. Do ponto de vista da ideologia liberal da direita, isso já
seria uma violação injustificável das liberdades individuais, mas a situação
é ainda mais grave, porque existem evidências de que o Echelon é usado para
espionagem econômica. Foi graças ao Echelon que o grupo francês de
eletrônica Thomson-CSF perdeu o contrato com o governo brasileiro para
fornecer os equipamentos do Projeto SIVAM. Ao que me consta, a interferência
do estado em assuntos econômicos vai contra as idéias da direita liberal e,
no entanto, foi um governo de direita liberal (Bill Clinton, ne c'est pas?)
que implantou o Echelon.

3) A direita liberal, teoricamente, também é contra a espionagem de
comunicações particulares. No entanto, o FBI desenvolveu um sistema chamado
Carnivore Diagnostic Tool que faz exatamente isso: monitora todos os emails
que circulam pela Internet no mundo todo, rastreando os que contém
determinadas palavras-chave. Isso quer dizer que até mesmo este email vai
passar pelo escrutínio do Carnivore. Você não considera isso uma violação
dos direitos individuais? No entanto, foi um governo de direita liberal que
desenvolveu e implementou o Carnivore. Não se trata de teoria conspiratória:
você vai encontrar uma descrição do funcionamento do Carnivore no próprio
site oficial do FBI, em http://www.fbi.gov/hq/lab/carnivore/carnivore.htm.

Como você vê, na teoria a direita liberal e a extrema direita podem ter
diferenças mas, na prática, um governo da direita liberal não se furta a
adotar práticas que deixariam qualquer liberal escandalizado, o que
relativiza, e muito, a distinção que voce faz entre direita e extrema
direita.

Abs.
L.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/12/2002 16:51


Oi Lúcio,

A discussão tem sido interessante para mim, porém não me
parece sensato passar o tempo todo nesse mesmo assunto,
mesmo porque, ainda que nós avançamos na profundidade, nenhum
chegou a concordar com o outro. Li seu email e compreendo seus
argumentos, no entanto ainda mantenho minha posição.
Tive uma enorme tentação em responder ao seu email, mas
talvez seja mais razoável sugerir um fim. De acordo?
Com certeza ficaremos mais livres para outras discussões.
É uma pena que a ciência política não seja uma ciência
matemática, pois desse modo seria muito mais fácil
convencer as pessoas. Me despeço aqui, e obrigado pela
discussão.

Abraços,

Guilherme



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio + Evolucao - Revolucao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/12/2002 18:49

|
Léo:| >Eis uma típica mensagem que deveria ser out-topic no ciencialist. Mesmo as
| definições são 'corporativistas'; vejamos os comentários:
|
Lúcido: Ótimo texto, Léo, me fez rir bastante com a tua paródia. Quanto ao resto,
| você tem tanto interesse no Olavo de Carvalho quanto eu tenho em saber o
| número de acessos do Imperdível, mas você não me vê mandando farpas irônicas
| e reclamações sobre isso. Você tem todo o direito de achar que o termo
| ciência só se aplica à física e seus derivados, mas não tem como obrigar as
| outras pessoas a se curvarem diante de such narrow-minded view.

OK. Nada como uma boa paródia.
Vc tem toda razão em destacar que não posso obrigar as outras pessoas a trilharem o 'caminho do bem', mas, como educador, tenho que cumprir minha tarefa: "tentar levar o maior número de indivíduos a andarem no bom caminho".
As singelas 'farpas irônicas' talvez sejam um modo de 'cutucar' os pobres desgarrados e tentar leva-los a enxergar, antecipadamente, o resultado do jogo "Olavo de Carvalho versus Isaac Newton". Mesmo que o jogo se dê em campo adversário.
Aquele amplexo, sem farpas,
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio + Evolucao - Revolucao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/12/2002 19:14



|
| Uai, gente. A nossa discussão (minha com o Lúcio) não
| é sobre ciência? Ciências Políticas e Sociais.
|
| Guilherme
| PS: Ei Ferraz, parece que o Leibniz acusava a Natureza de
| Fabiana: "Natura non facit saltus" (A Natureza não dá saltos).:)
|

Ferraz ... aposto que tem gente que não se lembra do Ferrabrás do HQ!
Mas, comentemos a réplica:

a) Não existe base científica alguma para as notações "Ciências Políticas", "Ciências Sociais", "Ciências Jurídicas" etc. Nada têm a ver com o Método.
Esses ramos do conhecimento humano, ainda em desenvolvimento, almejam o 'status' de Ciências, o que é louvável. A religião tb almeja isso, assim como todos os produtos 'sacanas' postos no mercado (adoram o 'carimbo' ... está cientificamente provado que...). Todos esses ramos têm 'minha graça divina' para continuarem seus estudos ... mas, não vamos batiza-los de "Ciência", por definição! Por definição (ou por Lei do Getulio Vargas, como quiserem) os advogados (com uma faculdade em cada quarteirão para bem atender) recebem o título de 'Doutor' ..., tb está errado e acho que até os advogados se ressentem disso! Chamar um advogado de "Dr." é tão grave qto chamar a Política de "Ciências".

b) Temos duas correntes, Newton diz que a natureza não dá saltos e uma porrada de físico quântico diz que a natureza é quantificada, uma vez que tudo deriva dos saltos eletrônicos ... que se dá aos 'trancos'.
Newton adotava a matéria como contínua, os outros como descontínua. Imagine um meteorologista tentar fazer uma previsão do tempo tentando analisar o comportamento da atmosfera 'molécula por molécula'! Ele não faz isso, uso o modelo do contínuo; a hidrodinâmica também. Mas, em outros estudos vale a pena usar o descontínuo.
Veja, a Ciência progride com os dois modelos e a tecnologia está ai para confirmar isso.

[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Receita para fazer oceano
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/12/2002 19:16

aDeus!
]['
===========================
-----Mensagem Original-----
De: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 6 de dezembro de 2002 23:38
Assunto: [ciencialist] Re: Receita para fazer oceano


--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Léo chegando de fininho e cumprimentando a todos ... pelo menos os
que saíram vivos das últimas escaramuças.
> Continuo tentando trilhar o ciencialist para o bom e velho leito da
Ciência. Discussões fora desse tema não levam a nada, ninguém sai
ganhando e nem aprende nada!
> De minha parte simplesmente deleto qqer coisa que não tenha sabor
científico, coisas como Olavo, freud e suas sexualidades, psicos em
geral (e arquibancada) etc. Nos últimos tempos, nunca 'deletei'
tanto! Enquanto uns se deleitam, outros deletam.

Manuel: Isso é o que eu chamo de burrice arrogante. Tu não te cansas
de falar merda não, pô? Vai cagar noutro canto, cara!





SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/12/2002 20:43

----- Original Message -----
From: Guilherme Peixoto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, December 08, 2002 4:51 PM
Subject: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio

>A discussão tem sido interessante para mim, porém não me parece sensato
passar o tempo todo nesse mesmo assunto,
mesmo porque, ainda que nós avançamos na profundidade, nenhum chegou a
concordar com o outro. Li seu email e compreendo seus argumentos, no entanto
ainda mantenho minha posição. Tive uma enorme tentação em responder ao seu
email, mas talvez seja mais razoável sugerir um fim. De acordo?

As you wish, Guilherme. Eu estava achando o debate bastante interessante,
especialmente agora que estava entrando no ponto de clarificar as definições
recíprocas em função das premissas que cada um de nós adota. Mas, de
qualquer forma, tenho a impressão que, justamente por isso, ele estava se
aproximando rápido de um ponto de esgotamento: definida a minha posição e a
tua, e sendo claro que nenhum dos dois vai mudar de opinião, não tinha muito
pra onde prosseguir.

>Com certeza ficaremos mais livres para outras discussões. É uma pena que a
ciência política não seja uma ciência
matemática, pois desse modo seria muito mais fácil convencer as pessoas. Me
despeço aqui, e obrigado pela
discussão.

Se a ciência política fosse uma ciência matemática, não haveria discussão
alguma. Mas, em compensação, se o comportamento das pessoas fosse tão
previsível quanto uma equação, embora esse pareça ser o sonho secreto dos
que lamentam que as ciências humanas não tenham a exatidão da física, acho
que o mundo seria um lugar bem menos interessante, não acha?

Abs.
L.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio + Evolucao - Revolucao
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/12/2002 21:02

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, December 08, 2002 6:49 PM
Subject: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio + Evolucao - Revolucao

>OK. Nada como uma boa paródia.

Nesse ponto, estamos de acordo.

>Vc tem toda razão em destacar que não posso obrigar as outras pessoas a
trilharem o 'caminho do bem', mas, como educador, tenho que cumprir minha
tarefa: "tentar levar o maior número de indivíduos a andarem no bom
caminho".

Bom caminho em função de qual critério? Se você só considera como ciência
aquilo que se adequa ao paradigma de exatidão da física clássica (porque a
física quântica já cai em outro departamento), está excluindo do campo da
ciência tudo o que tem a ver com os seres humanos e as sociedades humanas. É
uma forma de conhecimento que exclui o conhecimento do homem. Esse é o
caminho do bem? É uma questão de opinião, mas eu, particularmente, não
considero isso lá muito bom. De que me adianta uma ciência que permite
prever com exatidão o movimento retilíneo uniforme, mas não me permite saber
nada a respeito de mim mesmo e do meu semelhante?

Abs.
L.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/12/2002 21:05

Êpa! Então em matemática não existe discussão??!! E o que dizer, por
exemplo, da dependência sensível das condições iniciais??

[ ]s

Alvaro Augusto

> Se a ciência política fosse uma ciência matemática, não haveria discussão
> alguma. Mas, em compensação, se o comportamento das pessoas fosse tão
> previsível quanto uma equação, embora esse pareça ser o sonho secreto dos
> que lamentam que as ciências humanas não tenham a exatidão da física,
acho
> que o mundo seria um lugar bem menos interessante, não acha?
>
> Abs.
> L.
>




SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/12/2002 21:11

----- Original Message -----
From: <% Alvaro Augusto de Almeida %>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, December 08, 2002 9:05 PM
Subject: Re: [ciencialist] Resposta p/ Lucio

>Êpa! Então em matemática não existe discussão??!!

Não foi isso que eu disse. Eu disse que se o comportamento dos seres humanos
fosse tão previsível quanto uma equação matemática, o mundo seria um lugar
bem menos interessante. Isso não quer dizer que não exista discussão em
matemática. Não quer dizer nem mesmo que determinadas ferramentas
matemáticas, como a teoria das probabilidades e, mais recentemente, a
matemática do caos, não possam ser aplicadas ao comportamento humano. Quer
dizer apenas que não me parece possível (e eu nem sei se desejável) que as
ciências humanas possam um dia se tornar ciências exatas.

Abs.
L.



SUBJECT: Re: ciencias humanas
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/12/2002 21:38


>Se a ciência política fosse uma ciência matemática, não haveria discussão
>alguma.

Sei não, a física é uma ciência matemática e ainda se discute
bastante :) Mas de qualquer modo as discussões seriam mais
"controláveis".

>Mas, em compensação, se o comportamento das pessoas fosse tão
>previsível quanto uma equação, embora esse pareça ser o sonho secreto dos
>que lamentam que as ciências humanas não tenham a exatidão da física, acho
>que o mundo seria um lugar bem menos interessante, não acha?>

Sem dúvida!

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Ciências Humanas p/ Luiz
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/12/2002 21:58


>a) Não existe base científica alguma para as notações "Ciências Políticas",
>"Ciências Sociais", "Ciências Jurídicas" etc. Nada têm a ver com o Método.

O método de conhecimento utilizado para as ciências humanas não
é o mesmo método utilizado para as exatas, mas isso não significa
que as primeiras não sejam ciência. Ciência é qualquer sistema de
conhecimento de um objeto definido com um método próprio. Assim,
não vejo por que a partir dessa definição não sejam possíveis as
ciências humanas.

>Esses ramos do conhecimento humano, ainda em desenvolvimento, almejam o
>'status' de Ciências, o que é louvável. A religião tb almeja isso, assim
>como todos os produtos 'sacanas' postos no mercado (adoram o 'carimbo' ...
>está cientificamente provado que...). Todos esses ramos têm 'minha graça
>divina' para continuarem seus estudos ... mas, não vamos batiza-los de
>"Ciência", por definição! Por definição (ou por Lei do Getulio Vargas, como
>quiserem) os advogados (com uma faculdade em cada quarteirão para bem
>atender) recebem o título de 'Doutor' ..., tb está errado e acho que até os
>advogados se ressentem disso! Chamar um advogado de "Dr." é tão grave qto
>chamar a Política de "Ciências".

Bom, aí eu nem sei o que dizer. Só sei que muitos advogados exigem
ser chamados de doutor, e os médicos então nem se fala... Acho que
eles gostam muito dessa convenção.

>b) Temos duas correntes, Newton diz que a natureza não dá saltos e uma
>porrada de físico quântico diz que a natureza é quantificada, uma vez que
>tudo deriva dos saltos eletrônicos ... que se dá aos 'trancos'.
>Newton adotava a matéria como contínua, os outros como descontínua. Imagine
>um meteorologista tentar fazer uma previsão do tempo tentando analisar o
>comportamento da atmosfera 'molécula por molécula'! Ele não faz isso, uso o
>modelo do contínuo; a hidrodinâmica também. Mas, em outros estudos vale a
>pena usar o descontínuo.
>Veja, a Ciência progride com os dois modelos e a tecnologia está ai para
>confirmar isso.

Nem precisava escrever tudo isso, eu estava só fazendo piada com
os Fabianos. Hoje em dia sabemos que a natureza dá saltos.

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Dúvida- Expansão do Universo
FROM: "Elenice" <elemell@vant.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/12/2002 22:10

Qual a velocidade de expansão do Universo?
Há algum tempo, numa questão sobre o tamanho do universo, se colocou que ele estaria se expandindo na velocidade da luz. Mas a expansão não está acelerando?
Abraços,
Elenice Mello.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 01:06

On 3 Dec 2002 at 13:25, rmtakata wrote:

> Mas como e' q. sabemos q. o ego humano e' educado pela pressao da
> necessidade externa?

Oi Takata.

Essa pergunta só pode ser respondida assim: "Sentando-se numa
poltrona, pedindo ao paciente que associe livremente e estudando o
material que ele produz."

Então a outra pergunta é "Como sabê-lo?"

Aí entra a historia de como foi proposta a afirmação. Freud, estudando o
que o paciente dizia (não pode ser feita outra hipótese sem ter em conta
este aspecto), chegou à conclusão de que se não classificava o material
falado, era muito difícil ter uma mínima compreensão do que o paciente
mostrava. A simples divisão em consciente, pré-consciente e inconsciente
pareceu-lhe insuficiente. Notou, por exemplo, que havia teorias que o
paciente defendia usando uma lógica infantil (falava do mesmo modo que
falam as crianças, como por exemplo, confundindo a parte com o todo).
Denominou ao conjunto de processo primario e tomou de Grodeck o termo
Id para designar o "depósito" dessa lógica primaria (ausencia da
consideração da contradição, satisfação imediata e alucinatoria de desejos,
incapacidade de adiamento da satisfação de desjos, etc.).

Também notou que outro conjunto do discurso mostrava que seus atos e
atitudes respondiam a uma ética tirânica em que "tudo o que não é
proibido, é obrigatorio", faltando o aspecto permitido da ética racional. Ao
conjunto de enunciados que obedecem a esta ética, chamou super-ego.

Também notou que uma grande maioria das proposições enunciadas por
um paciente estavam determinadas pela percepção. Isto significa que a
percepção como função orientava o juizo de realidade. A coisa percebida
não pode ser anulada por um processo mental. Se eu vejo um barco que
todo mundo vê, o fato de desejar, por exemplo, não vê-lo, não o faz
desaparecer. Do mesmo modo, se eu percebo que tenho fome, um simples
ato voluntario, sem esforço (se sou normal) não anula a fome. Poderei
enganar-me, mas cedo ou tarde me dou conta de que necessito comer. A
percepção sempre funciona melhor para os fenômenos externos à pessoa.

Quando Freud estudou um pouco mais estes enunciados, se deu conta de
que se formavam graças à experiência (interação do sujeito com o meio). A
este conjunto de formas de conceber o mundo Freud deu o nome de Ego.

Vc. até poderia chegar a outras conclusões. Creio que qualquer pessoa
poderia até fazer diferentes interpretações. Estou certo de que Vc. tem
uma escondida na manga. Eu até poderia dizer que é boa, se me permite
trabalhar com o paciente no sentido da cura. Se é realmento muito boa,
poderia até ser melhor que as de Freud. Se eu sinto que é uma forma útil
para trabalhar com o paciente, ponho em prática e divulgo a "abordagem
Takata para o mundo psicanalítico". É lógico que pediria sua licença para
não ofendê-lo por usar seu nome numa prática tão pouco científica .

[ ]s

Marco Aurelio



































SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Material clinico de Freud
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 01:06

On 5 Dec 2002 at 23:52, Manuel Bulcão wrote:

> Além dos estudos realizados com seus pacientes, Freud tinha acesso
> aos estudos e dados clínicos de vários outros médicos (Ruth Marck,
> Brunswick, Jeanne Lampl-de Gorot, Helene Dentsch, etc.)

Manuel.

Estou admirado de seus conhecimentos psicanalíticos. Tive poucos
exemplos de pessoas tão consistentes em conhecimentos psicanalíticos,
não analistas, como Vc. Efetivamente Vc. tem razão. Também podemos ter
noção do número de casos que Freud atendeu (e que formam um grande
acervo documetal, guardado e conservado hoje pela familia Freud) na
famosa correspondência entre Freud e Fliess. Nesse conjunto, alem das
cartas (designadas por números), encontram-se os denominados
(designados por letras). Nestes é freqüente Freud mencionar o número de
casos que está vendo. Um bom exemplo para ver como Freud trabalhava é
a famosa Carta nº 52, dessa correspondência.

Uma boa parte dessa documentação foi adquirida pela famosa biblioteca
do Congresso, nos EEUU. Anna Freud confiou a um psicanalista (agora
não me lembro seu nome) a guarda de outros documentos, mas a maior
quantidade é atualmente propriedade da familia Freud e se encontra em
seu poder. Seus cuidados nem sempre coincidem com os interesses do
conhecimento.

[ ]s

Marco Aurelio






manuscritos








SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Material clinico de Freud
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 01:06

On 5 Dec 2002 at 23:52, Manuel Bulcão wrote:

> Freud não limitou-se a seu consultório particular. Também trabalhou
> como pesquisador no Hospital Geral de Viena e, como neurologista, na
> Clínica Steindgasse.

Manuel

Talvez seja interessante acrescentar que seus estudos histológicos (que
tanto influenciaram nos seus postulados "tópicos" da metapsicologia)
mostram que esteve a uma passo da demonstração da existência do
neurônio ( denominação que, antes de Ramón y Cajal, já fazia parte da
linguagem de Freud). Muitos dos discípulos que contam as famosas
reuniões das quartas-feiras, mencionam como Freud, depois das
experiências funestas com a cocaina, desinteressou-se pela pesquisa
histológica e enveredou pelos caminhos da construção da psicanálise.
Nessa época, contam varios analistas, seus contemporâneos, ele
mancionava freqüentemente sua certeza na existência do neurônio e fazia
votos que prontamente pudessem comprová-la . No "Projeto de
Psicologia", de 1895, Freud usa uma terminologia francamente neurológica
(a palavra "neuronio" está bastante presente nesse famoso rascunho).

[ ]s

Marco Aurelio












SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
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DATE: 09/12/2002 01:06

On 5 Dec 2002 at 4:09, Joao de Carvalho wrote:

> Como é essa história de jogar as "gias" no lixo? Ta certo que essas
> disciplinas, da forma como estão, são pré-científicas. Mas isso não
> quer dizer que não seja possível criar uma ciência social de verdade.

João

Sua proposta é interessante. Creio que este problema da denominação da
qualidade do conhecimento é talvez algo secundario. O que deveríamos
fazer é seguir o caminho para frente. Perde-se muito tempo na defesa do
que possa ser científico, pré-científico ou pseudo-ciência. Eu nem me
importo muito com a denominação. Não existe nada que mude só pelo fato
de que as pessoas queiram chamar a psicanállise de qualquer modo.

O que eu penso é melhorar seu uso e extender seus beneficios. A única
coisa que eu pesquiso (não poderia aprender tão bem outras coisas, sou
limitado e não posso fazer tudo) está dentro dos limites da psicanálise. Se
alguém parte de que é uma pseudo-ciencia ou coisa que o valha, nem se
perturbará em tomar conhecimento das coisas que eu estudo.

Outros se interessam e tratam de compreender (Manuel é um deles). Está
em condições de pensar amplamente. Gente assim tem uma mente mais
aberta. Com o passar do tempo, algo fica na peneira. Sugiro que sigam
investigando e possam dialogar. Hoje as neuro-ciências mantém um
diálogo muito interessante com a psicanálise.

[ ]s

Marco Aurelio





















SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Método científico
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DATE: 09/12/2002 01:06

On 29 Nov 2002 at 16:55, Watson Fernando wrote:

> De fato, acho que a afirmação 'o homem é superior à máquina' não tem sentido (e,
> com mais forte razão, não pode ser provada). Isso se deve, em parte, à imprecisão do
> conceito de 'superior'.

Entre tantas coisas que Vc. disse, este tema que menciono acima me
despertaram certas ideias que gostaria de compartilhar com Vc. Não sei
até que ponto são "boas".

Creio que tem que ver com o famoso conceitod de "superior".

Em 1917 Freud escreveu um artigo cujo título foi "Uma Dificuldade da
Psicanálise". Nele o autor reconheceu três graves feridas narcisistas que a
humanidade recebeu, graças à investigação científica. A primeira
denominou cosmológica, asegunda, biológica e a terceira, psicológica. A
primeira (a revolução copernicana) mudou a noção de localização da Terra
e da humanidade como centro do universo. Esta concepção significou um
golpe para certo sentimento de grandiosidade, pois relegou o planetinha e
seus habitantes a uma situação bastante periférica no universo.

A segunda (a revolução darwiniana) mostrou que as pessoas não eram
criações únicas e isoladas, nem o resultado de um ato especial de Deus, já
que não estavam desvinculadas dos animais.

A terceira (para a qual, a psicanálise foi uma contribuição) foi a concepção
nova da alma humana. Esta, com o livre arbirio e a vontade livre, significava
um rastro da divindade. A ideia de que o Ego não é o senhor em sua
propria casa e a possibilidade de representar os processos mentais a
través de modelos científicos terminaram por re-materializar a alma. Os
seres humanos possuem um aparelho mental que está em continuidade
hierárquica com outros aparelhos como o digestivo e o excretor.

Bruce Mazlish (The Fourth Discontinuity: The Evolution of Humans and
Machines. New Haven, Conn. Yale University Press.) identificou no ser
humano um sentido de descontinuidade fundamental com o resto do
cosmos. Subdividiu este sentido em três descontinuidades: a
descontinuidade do homem como separado do cosmos (pré-copernicana),
dos demais seres vivos (pré-darwiniana) e portador de uma alma imaterial
(pré-psicanalítica). Disse que havia uma quarta descontinuidade: serí o
único portador de uma inteligência que o separaria do resto do universo e,
evidentemente, das máquinas. Mazlish crê que as revoluções científicas
são como assaltos, golpes contra o sentido de descontinuidade com o
resto do que existe. A ferida sofrida pelo orgulho humano, no terreno da
quarta descontinuidade está representada éla inteligência artificial, que
aproxima o homem às máquinas.

Pessoalmente penso que Mazlish, quando fala do assalto à
descontinuidade se refere ao que os psicanalistas denominamos "feridas
narcisistas" que re-colocam o ser humano no mundo em que vive.

Os humanos não têm outro caminho que re-acomodar-se no mundo. A
cada revolução científica segue-se uma longa historia de resistência,
negação e acomodação às novas concepções, demonstrada pela resposta
cultural à concepção da máquina inteligente..

No entanto, ante desilusões, reconhecimento da continuidade, da solidão
do anonimato no universo, de seus limites, o narcisismo tende a recompôr-
se.Para não se sentir empobrecido, o ser humano tende a fundir, "fusionar"
a nova descoberta a sua natureza, numa nova busca de unidade e
continuidade que impulsiona a evolução. Termina por unir-se e fazer parte
de si (para dominar) as novas descobertas. Alia-se cooperativamente com o
mundo que o rodeia, depois de cada golpe contra a descontinuidade. As
desconinuidades com o mundo artificial seriam tão só uma etapa no
caminho que terminaria por gerar uma união cooperativa entre homem e
máquina.

Não sei se nos desviamos muito do tema. No entanto creio que o método
científico, por gerar sentimentos mais realistas e menos megalomaníacos
na humanidade, gera um espírito de união e aceitação das novas
realidades e é, evidentemente, um motor da evolução cultural da
humanidade.

[ ]s
Marco Aurelio





















































[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM/CORRIGIDO
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DATE: 09/12/2002 01:06

On 7 Dec 2002 at 6:45, Manuel Bulcão wrote:

> Mesmo assim, o Takata continua provocando nós, insinuando que a
> psicanálise é uma pseudociência. Ô cabra teimoso duma peste!

Oi Manuel.

Deixa ele falar. O peixe morre pela boca. Tanto empenho em dizer que é
pseudo-ciência, não tem importância. Creio que significaria ter que admitir
certas limitações que ele (talvez) não goste de admitir. Espero que eu
esteja errado, mas sua atitude às vezes parece a relação maníaca com os
objetos, fundada nas emoções de controle, triunfo e desprezo (tudo muito
sofisticado e elegante). Se a coisa é assim, ele sempre vai ser um teimoso
agradável, simpático e desafiante (cuidado com irritá-lo!), muito estimulante
para as boas discussões.

Pensando na psicanálise, isto me faz lembrar a famosa frase de D.
Quixote: " Os cães latem, Sacho, sinal de que cavalgamos".

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Marco Aurelio














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On 6 Dec 2002 at 20:14, Manuel Bulcão wrote:

> Manuel: Depois fica criticando Freud porque ele só pensa em sexo. É
> muita hipocrisia... :-)

Manuel.

Não se preocupe. Siga em frente. Takata é um bom desafio. Ele consegue
ser simpático e gerar vontade de responder a sua provocações. Muitas
vezes ele usa os mesmos recursos do Sottomaior, sem contudo ser
desagradável como ele. Gosta, por exemplo, de ante qualquer menção de
previsibilidade ou poder preditivo, apelar à astrologia, quiromancia ou
astromancia enão sei que mancias mais, como modo de desqualificar. É
um recurso que só quando usado pelo Takata não é insuportável. Outra
coisa, digna do manual do polemista que alguém postou numa lista, é
dizer que "justamente pelas mesmas razões que Vc. afirma isso, eu estou
certo no que afirmo, porque, tal e tal coisa".

No entanto eu reconheço que faz uso disso com inteligência, porque não
se torna desagradável nem torna vulgar a discussão (coisa que putros não
conseguem). Ele também sabe admitir o que é correto, ainda que siga com
sua opinião. É um interlocutor muito estimulante.

Abração
Marco Aurelio


















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On 5 Dec 2002 at 11:56, rmtakata wrote:

> Mas isso e' a transformacao do ego ou do sistema nervoso ou da
> populacao de memes ou da alma ou uma programacao ontogenetica ou xis?

Takata,
Aqui temos um exemplo do que eu digo quando me refiro a teorias que
podem até ser viáveis. Explicações que não são necessariamente erradas.
No entanto todas devem fornecer elementos técnicos para trabalhar e
introduzir-se no discurso do paciente para que ele note como construiu
suas fantasias patológicas. A explicação deve proporcionar um modo de
trabalhar. E eu não creio que se possa tão fácilmente inventar técnicas a
partir de uma suposição tão bem construida previa e logicamente. Se
funciona e o paciente se cura, muito bem.

O importante não é a teoria, mas como foi construida e sobretudo como
funciona no tratamento.

[ ]s
Marco Aurelio












SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIA
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On 2 Dec 2002 at 11:18, rmtakata wrote:

> A alimentacao e' multifuncional na cultura humana. Ela desempenha o
> papel primaz de nutricao, mas ela tbm e' o centro das relacoes
> sociais humanas, ela carrega consigo todo um carater simbolico.

Existem talvez outros elementos objetivos que possuem uma
multifuncionalidade na cultura humana. É até possível que nenhum ganhe
da alimentação.

A psicanálise divide certas representações e representações de desejo e
representações de necessidade. A alimentação, quando sentida e pensada
como necessidade tem um valor biológico que não deixa dúvida, pois
qualquer sujeito sabe que, se não se alimenta, morre. A tensão gerada por
uma necessidade vai além do aspecto puramente psicológico. É perentoria.
Deve ser satisfeita sob pena de que quem a sente morra se não houver
satisfação (a fome é a tensão gerada pela necessidade de comer).

Outro aspecto que não tem que ver só com a necessidade é quando o
sujeito sente vontade de comer sem uma necessidade perentoria. No caso
até temos uma palavra que caracteriza esta sensação: apetite. Apetite não
é propriamente fome. É desejo de comer. Uma grande quantidade de
pessoas tem esta função alterada (pervertida?) e come mais do que é
"necessario", porque têm um apetite desmedido e que gera muitos
problemas metabólicos (hipertensão, diabete, problemas cardiovasculares,
hernias diafragmáticas, litíase biliar, etc.). Esta compulsão a comer, por
exemplo, não sofre nenhuma influência da simples vontade de deixar de
comer o que não é necessario. Sabe-se que 90% das tentativas de
controlar o apetite dos obesos termina por fracassar. Não há nenhum
tratamento que considere como fome o que o obeso sente.

Assim a comida funciona como motivadora de uma perversão da
necessidade de comer. No entanto o que o paciente sente não é motivado
pela comida, porque se assim fosse, todos seriam obesos.

Freud postulou que qualquer função biológica poderia ser pervertida
porque seu registro sensorial sofre influência de outros elementos
presentes na mente. Ao conjunto de elementos que modificam o registro
simples da necessidade, Freud denominou desejo. A necessidade está
regulada por uma serie de reflexos que não se modificam fácilmente com a
cultura. Já o desejo tem seus avatares. As funções biológicas são os
cavalos em que cavalgam os desejos. Mais precisamente, as necessidades
são os cavalos em que cavalgam os desejos. São básicas. Sem elas, não
há desejo. No entanto o que adoece as pessoas não é a necessidade, mas
os problemas que envolvem os desejos.

Como se poderia dissecar psicológicamente um desejo. Freud deu uma
versão (a que foi mais útil para o trabalho com o paciente), embora não
talvez a mais correta para ser enunciada num manual de biologia que
pudesse satisfazer a alguém como Vc. Freud disse que um bebê sofre
uma tormenta fisiológica quando sente fome e que esta tormenta está
registrada na mente (fica na memoria). Chamou a esta fome de Tensão de
Necessidade (N). Aquí, no caso da comida, ela está presente. Tanto como
Vc. sugere. Também registra que algo se forma ao redor de seus labios e
que se presta ao reflexo de sucção. Não só se dá conta disso, senão que
sente que existe uma certa independência nisso porque seu
comportamento não responde biunívocamente a sua fome. Tem erta
independência e vontade propria. Freud chamou a este elemento vital para
a satisfação da necessidade de objeto (para estabelecer a diferença do
sujeito). O bebê não só registra N, como registra sua dependência de um
objeto (O). Também fica registrado o modo de satisfação (S), que se dá
mediante um funcionamento do reflexo de sucção e deglutição.

Inferiu (também pela experiência com o discurso do paciente) que este
tríplice registro pode ser ativado como lembrança. Deu o nome de "desejo"
a esta tríplice reativação de NOS pela memoria. Também inferiu que, uma
vez reativado, o complexo NOS pode ser satisfeito alucinatoriamente.
Quando ultrapassa certo grau de frustração o complexo NOS perde a
organização e funciona nada mais que N. Termina-se o desejo e surge a
necessidade. Sea a teoria da alimetação puder ser considerada de um
modo que sirva para trabalhar com o discurso tão complexo dos pacientes,
poderia substituir o modo tradicional de trabalhar psicanalíticamente.

Se alguém puder tratar uma neurose com a ideia da alimentação, tudo
bem. Seria útil ver se o que um paciente produz tem que ver com isso.
Existem muitas coisas certas que poderia substituir as "teorias"
psicanalíticas, mas teriam que registrar bem os modos de trabalhar e a
curas teriam que ter as mesmas estatísticas. Mesmo que não fossem tão
boas, ja seriam válidas. Quem enuncia essas coisas deveria ter exemplos
clínicos. Sem exemplos clínicos, qualquer teoria lógicamente enunciada
seria boa.

O que eu peço é que funcione clinicamente. A psicanálise sem a clínica
não valeria nada.

Si me dão uma boa clínica, curarei com a teoria alimenticia (a alavanca que
moverá o mundo).

[ ]s

Marco Aurelio



































































SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
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DATE: 09/12/2002 01:06

On 4 Dec 2002 at 20:11, rmtakata wrote:

> E se toda a agressao envolver o sistema limbico, primordialmente a
> amidala (nao confundir com a tonsila palatina)?

Takata.

No núcleo (não sei se é núcleo ainda hoje) amigdalino, no sistema límbico
ou no dedão do pé, para o modo de trabalhar com o paciente, não existe
nenhuma influência. O que interessa é como é construida a interpretação
do paciente. Se esta interpretação envolve a amídala, o sistema límbico, ou
mesmo a tonsila, para a conversa com o paciente não tem nenhuma
importância. É lógico que nenhum psicanalista que se prese vai tratar um
Phineas Gage sem diagnosticar que o sistema neurológico está furado. Por
enquanto só se pode tratar psicanalíticamente a simples perturbações de
função com o sistema supostamente íntegro desde um ponto de vista
anatômico. É bem possivel que num futuro se consigam detectar pequenas
alterações físico-químicas corrigíveis com uma simples intervenção
(farmacológica ou qualquer outra forma de controlar funções). Então a
psicanálise perderá vigencia para estes casos. Freud pensava que, em
função do progresso que experimentava a endocrinologia em sua época,
esta disciplina clínica substituiria a psicanálise.

A efetividade do tratamento psicanalítico só pode ser estudada por uma
disciplina não psicanalítica (porque envolve medições, observações
histopatológicas e fisiológicas, sem falar nos aspectos bioquímicos). Em
alguma parte do mundo existirão psicanalistas que estariam dispostos a
oferecer seus registros para ser estudados. Também seria importante
contar com um grupo importante de pacientes que se prestassem a ser
estudados.

Uma psicanalista chamada Therese Benedeck fez uma pesquisa dos
aspectos psicológicos do "ciclo sexual da mulher" (este foi o nome de seu
livro) com um grupo de pacientes que se submetiam a uma entrevista
psicanalítica, depois de submeter-se a um exame de Pappanicolaou,
efetuado por um discípulod o inventor. Os psicanalista registravam os
conteúdos das entrevistas e o ginecologista fazia um esfregaço hormonal.
O ginecologista não conhecia o analista nem este àquele. Depois uma
terceira pessoa confrontava o esfregaço com os conteúdo da entrevista.

Registraram as constancias e publicaram os resultados. Se deduzia o
estado hormonal e as coincidencias com o estado psicológico, desde a
psicanálise. Este procedimento se fez com mulheres normais, selecionadas
por uma equipe de saúde mental. Hoje podemos perfeitamente saber
aetapa do ciclo sexual de qualquer mulher pelas variações de suas
produções durante o tratamento psicanalítico. Dizer que a astrologia ou o
espiritismo também querem fazer isso, não serve como argumento, porque
eu, nesta lista não tenho como mostrar os resultados de um tratamento. É
muito complexo para escrever e muito longo, embora o procedimento não
seja complexo.

A essa altura da partida sabemos que certas coisas acontecem com todas
as mulheres durante seu ciclo ovariano. Se quiserem posso fornecer a
referencia do livro de Benedeck em co-autoria com o ginecólogista. É um
trabalho muito antigo e não existe mais este livro à venda. Mas em
qualquer biblioteca boa de uma associação psicanalítica está. A mais
completa das Américas nesse sentido é a biblioteca da Asociación
Psicoanalítica Argentina, que está em B. Aires. Sua Base de Dados é
quase uma das melhores no gênero e a mais completa do mundo.

[ ]s
Marco Aurelio


































SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIA
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DATE: 09/12/2002 01:06

On 2 Dec 2002 at 18:46, Manuel Bulcão wrote:

> ... a uma variedade de objetos
> e de fins aos quais está voltada sua busca de prazer, e não apenas de
> prazer sexual.>> (S. Freud; Conferência XXIII - Os Caminhos Da
> Formação Dos Sintomas)

Manuel.

Esta referência é muito instrutiva. O que Freud quer dizer é que o principio
do prazer deve ser, para melhor preservar o individuo, pelo principio de
realidade. Significa que o que é sexual não deve ser satisfeito antes de
garantir a cobertura das necessidades. Para isso o Ego conta com uma
diferenciação das pulsões sexuais em pulsões do Ego ou silesmente
pulsões de auto-conservação. É como se a pulsão sexual tivesse sofrido
uma alteração e substituir a consideração primaria de algo como gerador
ou não de prazer pela ideia de é "bom" ou "mau " para o Ego, ou seja, útil
ou nocivo para o sujeito. A percepção (esta função é primordial para o Ego)
da nocividade gera automáticamente "desprazer" para o sujeito. Ou seja, a
sexualidade como prazer está sempre presente, mas como função
secundaria, a serviço da percepção (principio de realidade).
Não há em realidade contradição no que Freud afirmou no trabalho citado
por Vc. Basta confrontar este escrito com outros. O sexo não é o primeiro
quando a realidade se impõe.
[ ]s
Marco Aurelio













SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
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On 4 Dec 2002 at 19:15, Manuel Bulcão wrote:

> Agressividade `famélica' é a do predador com relação à presa,
> é a agressão presente no comportamento predatório.

Manuel

É interessante que Freud notou que o odio é mais antigo que o amor.
Depois perguntou como podia encontrar no conteudo dos paciente os
fundamentos deste achado. Depois de muito estudar, suspeitou que o
prazer "fágico" (quero lembrar que o substantivo é prazer e o adjetivo é do
gosto do Takata) era ajudado por uma pulsão (definida como tendencia
derivada do instinto) que ele denominou "pulsão de preensão", que gerava
uma prazer no ato de prender a vítima destinada a ser comida. A
necessidade como motivação biológica (a função biológica "fágica") era
ajudada por um desejo (não uma necessidade propriamente dita) de
prender fortemente a vítima.

São especulações interessantes.

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Marco Aurelio








SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM/CORRIGIDO
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DATE: 09/12/2002 01:06

On 7 Dec 2002 at 11:23, Ronaldo Cordeiro wrote:

> Me parece que, embora Freud tenha claramente
> definido a "repressão" como um ato deliberado, intencional, de
> suprimir uma lembrança, muitos psicanalistas atuais interpretam esse
> mecanismo como uma coisa automática.

Ronaldo

Esta questão é muito interessante. Deliberado e intencional não quer
necessariamente dizer consciente. Tampouco automático é sinônimo de
inconsciente. As coisas se dão mais ou menos simultâneamente. De um
modo simplista e resumido, pode-se dizer que o Super-ego tem um
funcionamento automático e despersonalizado porque desencadeia culpa
automática no Ego, mas este funciona com deliberação e intencionalidade
para resistir-se. São detalhes com que os psicanalistas trabalhamos e nem
todos estão suficientemente informados disso (embora haja pessoas muito
instruidas e leitoras de Freud, com Manuel Bulcão, para quem não vale o
que eu disse).

[ ]s
Marco Aurelio













SUBJECT: Re: Dúvida- Expansão do Universo
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 01:48

--- Em ciencialist@y..., "Elenice" <elemell@v...> escreveu
> Qual a velocidade de expansão do Universo?
> Há algum tempo, numa questão sobre o tamanho do universo, se
colocou que ele estaria se expandindo na velocidade da luz. Mas a
expansão não está acelerando?
> Abraços,
> Elenice Mello.


Olá Elenice

Depois de uma semana de chuva na praia (desejando que demais
listeiros enviem propostas para mudança de Ubatuba para o Nordeste,
onde não chove :), eis que encontro uma questão interessante, ou
melhor, de meu interesse... :) Vamos a ela.

Existe uma velocidade limite para a tal expansão do Universo com o
valor em cerca de 73 km por segundo por megaparsec, o que implica
dizer que galáxias distando cerca de 3,26 milhões de anos-luz estão
se afastando uma da outra à velocidade de 73 Km/s, portanto um valor
inferior aos 300.000 Km/s que você sugere. Esta velocidade
é "limite" porque ela é determinável mediante a idade do universo
observável, a quantidade de massa "disponível" e a força de atração
gravitacional entre esses corpos em questão. Caso fosse muito maior
ou menor, isso implicaria que não estamos falando do mesmo
Universo :).

Veja uma coisa: a expansão não vem acelerando por um simples
motivo: onde há matéria, há atração gravitacional. Ora, havendo
atração, a velocidade de expansão tem que arcar com um coeficiente
desacelerador por conta dessa força gravitacional que atrai os corpos
celestes mutuamente e portanto não permite que as galáxias espalhem-
se a uma velociade muito alta.


Beijos, Lígia

nota de rodapé: Acho que você deve estar confundindo o desvio para o
vermelho (o redshift) com a velociade de expansão, daí a sua dúvida.
O redshift sim pode dar a entender que está à beira da velocidade da
luz em frações muito próximas da mesma para corpos distantes, como os
quasares por exemplo.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/12/2002 07:26

----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão"
Sent: Saturday, December 07, 2002 3:40 AM
Subject: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM


> Mesmo assim, o Takata continua provocando nós, insinuando que a
> psicanálise é uma pseudociência. Ô cabra teimoso duma peste!

Olá, Manuel

Eu acho que esse é um problema que podemos resolver com a aplicação do
"Princípio de Estapara". E é bem simples: A psicanálise "está para" as
pseudociências, assim como o anta-ceticismo "está para" o ceticismo. Se você
achar que os anta-céticos são céticos, você haverá de concordar que os
psicanalistas são charlatões; e se você achar que os anta-céticos são
mistificadores, você haverá de concordar que os psicanalistas são médicos
(ou pelo menos que militam na seara científica, pois não sei se a exigência
do grau de bacharel em medicina é universal). O problema agora é saber quem
é quem ou o quê, e isso não vai ser nada fácil, mas não tem importância. O
problema é que eu disse o que pretendia dizer e cada um que interprete como
julgar conveniente. Se alguém se sentir ofendido sugiro que procure um
psicanalista, pois eu posso ter pretendido passar a noção totalmente oposta.
;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 09:32

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Takata: Se vc se chamar Angelina Jolie fica mais facil.
>
> Manuel: Depois fica criticando Freud porque ele só pensa em sexo. É
> muita hipocrisia... :-)

1) A referencia foi deliberada.
2) A critica nao e' q. Freud so' pensava em sexo. Embora alguns
freudianos parecam sustentar o pansexualismo.

Mas ja' q. vc nao gosta da Angelina Jolie. Fico com a Fernanda Lima.

>> O conceito q. apliquei e'
>> bem menos restritivo do q. o do falsificacionismo popperiano ou
>> uma visao cientifica das coisas:
>
> Manuel: Não acho que o seu conceito seja menos restritivo que o de
> Popper. Suponho mesmo que seja o contrário. Na mensagem nr. 12525
> desta lista, o Colucci disse algo que considero certo: que o poder
> preditivo é um critério forte, mas que não é definitivo; que há
> hipóteses que não prevêem acontecimentos futuros, mas que, no
> entanto, podem ser falseadas.

O falseada e' justamente o poder preditivo. Um poder preditivo com
potencial de verificacao (verificacao de falsidade, mas verificacao).
Logo a critica ao conceito de 'validade' q. usei e' aplicavel tbm ao
falsificacionismo popperiano.

> Em suma, embora não tenha nenhum poder preditivo (com base nela,
> o podemos ver X antes de X acontecer), a teoria das supercordas
> resume ou implica coisas – fotinos, gravitinos, etc. -- que,
> apesar de talvez existirem há muito tempo, ainda não foram
> percebidas, mas que podem ser percebidas ou não, fato este que a
> torna falseável, isto é, `científica'.

Isto e', ela tem um poder preditivo.

> partem da idéia de que as coisas são previsíveis. Sim, se você
> afirma que uma hipótese só é válida caso faça previsões que possam
> ser verificadas, é porque você acredita que todos os fenômenos são
> previsíveis. Como você sabe disso? Como você justifica essa idéia?

Eis aqui um belo exemplo (no caso nao foi intencional) de como uma
terminologia arbitrariamente redefinida sobrepondo-se a uma
significacao preexistente cria problemas.

> Sei que os sistemas não-lineares complexos, muito sensíveis às
> condições iniciais, não são previsíveis. O que não significa que
> seu comportamento futuro não possa ser descrito matematicamente,
> mas trata-se de um leque enorme de estados possíveis e que pode
> muito bem compreender alternativas contraditórias. Resta saber se,
> em casos como estes, a sua ciência rigorosa é válida.

A minha ciencia? Eu nao tenho nenhum certificado de propriedade.
Nesta linha alias eu nem antepus a psicanalise contra as ciencias. De
todo modo, a descricao matematica esta' gerando uma previsao.

> Takata: E eu repito. E' altamente suspeito q. uma tentativa de
> explicacao incubada durante um seculo de estudo nao consiga sair do
> estado de proto-ciencia. O espiritismo seria uma proto-ciencia?
>
> Manuel: Mas como não conseguiu sair?

Eu nao disse q. nao conseguiu sair. Vc apenas perguntou se nao
poderia ser encarada a psicanalise como uma proto-ciencia. Eu
respondo q. dificilmente poderia ser vista assim: se se desenvolveu
entao nao e' uma proto-ciencia, mas se nao se desenvolveu ate' agora,
entao dificilmente pode ser vista como uma proto-ciencia.

> Para saber se um fenômeno é de natureza sexual, é só verificar o
> seu substrato neuroquímico, o que é plenamente possível nos dias de
> hoje, dado os avanços das técnicas materiais de pesquisa.

Hmmmmm... nao sei se estamos com essa bola toda. Primeiro teremos q.
entender o q. seria a tal 'natureza sexual' e verificar o q. do ponto
de vista, por exemplo, da psicanalise freudiana seria a 'natureza
sexual'.

> Pesquisas realizadas por neurocientistas vêm demonstrando a
> existência de uma sexualidade não-genital, e até mesmo de orgasmos
> não-genitais, o que corrobora algumas teses de Freud.

Aqui creio q. sua interpretacao seria: orgasmo nao-genital implicando
na caracteristica sexual do elemento nao-genital eliciador do
orgasmo. Mas nao poderia ser o inverso? O orgasmo eliciado por
elemento nao-genital nao ser de natureza sexual? Ou poderia mesmo ser
sexual, mas sem implicar q. seja sexual para todas as pessoas? Tipo,
um circuito neuronal proprio a algumas pessoas q. ligam certos
centros 'as regioes q. controlam a sensacao de prazer e acionam
reminiscencias sexuais. Justamente a plasticidade do sistema nervoso
permitindo a formacao de circuitos diversos de pessoa para pessoa,
sem implicar assim q. se um dado circuito e' descoberto em uma
pessoa, nao necessariamente tal circuito existe em outra, ou mesmo e'
de presenca geral na populacao.

Mas q. tese de Freud provariam os orgasmos nao-genitais?

> Pesquisas de campo levadas a cabo por primatologistas indicam que
> numa determinada linhagem de primatas, nossos parentes muito
> próximos, o órgão sexual masculino, o pênis, tem um importante
> valor simbólico, isto é, que o pênis vale
> como signo de deminância e poder, e que esse signo é provavelmente
> inato. Esses dados etológicos corroboram outras tantas idéias
> freudianas: a existência de um estágio `fálico' da libido que
> precede o de pleno amadurecimento sexual, a angústia de castração,
> etc.

O penis tendo valor simbolico ainda faz parte da sexualidade?
Por outro lado humanos, de modo geral, nao saem por ai' mostrando seu
penis para mostrar agressividade. Nem as relacoes hierarquicas nao
sao definidas por copulas.

Angustia? Como eles sabem q. e' angustia? E q. ela se dirige 'a
castracao?

Como exatamente tais dados etologicos corroboram a existencia de um
estagio 'falico' da libido precendendo o pleno amadurecimento sexual?

> Falei que o psicólogo Saul Rosenzweig realizou experimentos em
> laboratório que corroboraram a teoria do recalcamento (essas
> experiências foram divulgadas no British Journal of Psychology, nr.
> 24, 1934, p. 247-65). Isso sem falar naquela mais recente,
> divulgada pela revista Nature.

No caso da Nature, houve realmente recalcamento (isto e', as memorias
ficavam reprimidas, mas continuavam no inconsciente) ou apenas
esquecimento (desapareciam de vez)?

Aparentemente muito da memoria humana e' "armazenada" de um modo
fragmentado e e' reconstituida no momento da rememoracao. Isso nao
vai um tto contra a ideia de q. uma dada lembranca fica reprimida no
inconsciente e 'pressionando' o consciente? E q. essa 'pressao' possa
ser debelada resgatando-a para o consciente? Isso porq. uma vez q. a
memoria e' reconstituida e parece q. ela e' reconstituida a cada vez,
e tbm e' mostrada q. essa reconstituicao vai variando com o tempo, o
q. faria com q. o tal 'resgate' da memoria possa nao ser viavel
(entre outras coisas, poderia ser mais uma falsa lembranca
constituida posteriormente misturando-se diversos elementos). E sera'
possivel q. fragmentos de lembrancas possam 'pressionar' o consciente?

> Mas me parece que estou falando no deserto. Desisto.

Uai e no deserto nao tem bicho? (Havia sido promovido de tuberculo
para raposa, esnobe, mas raposa -- acho q. era promocao -- agora eu
sou um areal...)

> ...Se não uma proto-ciência, pelo menos um programa metafísico de
> pesquisa?

O q. vc entende por programa metafisico de pesquisa? (Eu nao entendo
nada.)

--- Em ciencialist@y..., "Marco A. Andrade" <clave@s...> escreveu
> Creio que as pessoas que opinam, em geral não leram Freud e
> tocam de ouvido, Vc. não acha?

Eu declaradamente nao li Freud. So' li uma serie de prelecoes q. ele
deu falando do desenvolvimento da Psicanalise.

http://www.psych.yorku.ca/classics/Freud/Origin/index.htm

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: When Activists Win
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 09:36

E isso quer dizer q. os paises perifericos nao devem quebrar a
patente de medicamentos contra a Aids qdo nao conseguem uma boa
negociacao?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 09:53

--- Em ciencialist@y..., "Marco A. Andrade" <clave@s...> escreveu
> E eu não creio que se possa tão fácilmente inventar técnicas a
> partir de uma suposição tão bem construida previa e logicamente. Se
> funciona e o paciente se cura, muito bem.

So' q. as tecnicas psicanaliticas parecem q. nao foram inventadas em
cima da teoria psicanalitica. Mas a teoria psicanalitica foi
construida em cima das tecnicas psicanaliticas.

De todo modo nao estou certo se funciona do modo como se supoem q.
funciona, se o paciente se cura. E mais, se se cura, se a taxa de
cura e' maior do q. seria alcancado por outros meios.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM/CORRIGIDO
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 10:41

--- Em ciencialist@y..., "Marco A. Andrade" <clave@s...> escreveu
> Tanto empenho em dizer que é
> pseudo-ciência, não tem importância.

Realmente nao tem importancia alguma. Mas nao ha' empenho em dizer q.
e' pseudociencia. Eu tenho uma ponta de desconfianca de q. nao seja
cientifica, mas o fato de nao ser cientifica (se nao for) nao torna a
questao, como direi?, invalida. (E mesmo q. nao seja valida no
sentido q. eu uso, tbm nao condenaria a questao ao desprezo.)

> Creio que significaria ter que admitir
> certas limitações que ele (talvez) não goste de admitir.

Hmmmm... nao sei quais limitacoes seriam essas. Q. nao tenho controle
sobre o meu proprio psiquismo, aceito naturalmente.

> Espero que eu esteja errado, mas sua atitude às vezes parece a
> relação maníaca com os objetos, fundada nas emoções de controle,
> triunfo e desprezo (tudo muito sofisticado e elegante).

O caso e' grave doutor? Re re... Mas com apenas os elementos
acessiveis pelo q. escrevo e' possivel fazer tal diagnostico?
Tipo, falta do q. fazer tbm entra nessa categoria de manias
(a descricao dada parece mais de sadismo)?

Em outra mensagem:
> Se eu sinto que é uma forma útil para trabalhar com o paciente,
> ponho em prática e divulgo
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19857

Jamais daria autorizacao para o uso nem do nome nem da 'tecnica', nem
ao menos incentivaria a aplicacao em pacientes. Nao seria nem um
pouco etico utilizar pessoas como cobaias nessa situacao. Claro q.
esbarra na questao de colecao de dados clinicos. Mas seria preciso
adotar uma outra abordagem (claro, seria estranho 'psicanalisar'
camundongos e ratos... mas dado q. eles sao 99% parecidos. Re re...).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: p/ Alexandre
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/12/2002 11:15

> De: Guilherme Peixoto
>
> Caro Alexandre,
>
> Roberto Campos foi um grande admirador do Olavo, dentre
> muitos outros intelectuais.

Olá, Guilherme

Há dois artigos de OC publicados na Época (presumo que
sejam os dois primeiros) que são muito bons. Contudo, tudo
que ele poderia criticar sobre a Esquerda de forma consistente
e racional esgota-se ali. Depois disso, só paranóia e teoria
da conspiração.

Não duvido que OC também seja muito bem sobre outros temas,
de filosofia à história, mas isso não significa que TUDO o
que ele escreve seja bom.

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciências Humanas p/ Luiz
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/12/2002 11:57

Léo:| >a) Não existe base científica alguma para as notações "Ciências Políticas",
| >"Ciências Sociais", "Ciências Jurídicas" etc. Nada têm a ver com o Método.
|
Guilherme: | O método de conhecimento utilizado para as ciências humanas não
| é o mesmo método utilizado para as exatas, mas isso não significa
| que as primeiras não sejam ciência. Ciência é qualquer sistema de
| conhecimento de um objeto definido com um método próprio. Assim,
| não vejo por que a partir dessa definição não sejam possíveis as
| ciências humanas.

Léo: Isso é que chamamos de definição 'ad hoc', feita sob encomenda. Sob tal definição Astrologia, Tarô etc. encaixam-se perfeitamente como Ciência. Arte e Música também. Até Direito, com certa arte, poderia ser encaixado!
O 'desviador', entre se é realmente ciência ou não, está nas nuances da idéia de 'conhecimento'; na sua definição acima faltou adjetivar e escrever "conhecimento científico". O conhecimento científico, através de investigação metódica, escrupulosa e rigorosa, suprime tudo o que há de individual e particular no conhecimento vulgar; recolhe os elementos comuns a uns tantos intelectos e que poderiam ser comuns a todos os intelectos. É fato objetivo e sociológico; conhecimento coletivo, obra humana, social. Resulta de constatar fatos e raciocinar sobre eles visando à descoberta de relações invariáveis entre eles (leis da natureza).
Veja se 'ciências humanas e ciências políticas' apresenta as etapas do conhecimento científico:

(a) Ensaios experimentais, visando aos fatores essenciais do fenômeno em estudo.
(b) Abstração dos elementos julgados acessórios, conduzindo à concepção de um modelo abstrato do fenômeno em estudo.
(c) Idéias, conceitos, considerados úteis para a elaboração de juízos.
(d) Princípios, fundamentos da estrutura lógica da teoria que se vislumbra.
(e) abstração ulterior, consistindo em corrigir os conceitos visando a mais perfeita coerência lógica (coerência intrínseca) e fatual (coerência extrínseca, isto é, com os fatos).
(f) Limitação da validez dos princípios em particular, da teoria em geral.
(g) Pesquisa racional de todas as conseqüências da teoria, em busca de fatos não suspeitados.

Humanidades e política ainda não solidificaram sua estrutura, ou seja, ainda não se consolidou adequadamente o conjunto das relações entre os elementos de um todo. No conhecimento científico, como o sabemos, a estrutura pode ser lógica, matemática, física etc., óbvio, conforme a natureza dos objetos em estudo, e das relações que se investigam. Em cada ciência, a questão básica é: Quais são os entes que intervêm, e como se ligam uns a outros?

Esses outros ramos (não assuma aqui conotação pejorativa!) do conhecimento humano (não científico) pecam no momento da "definição real" (exposição sumária da compreensão de um conceito). Uma 'definição real' caracteriza o ente a ser definido, distinguindo-o inequivocamente de todos os entes diferentes. Ao ente definido associa-se um 'termo' (na ciência exemplificaria com: potência é rapidez de conversão de energia, ou, simbolicamente, P =/\E//\t). Em ciência, surge freqüentemente a necessidade de demonstrar que o ente definido existe (coerência intrínseca e extrínseca). Cite um exemplo disso em, digamos, política.

Após uma 'definição real', no modelo científico, segue a "definição nominal" (associação bi-.unívoca entre um conceito primitivo e o termo que lhe é atribuído). Em ciência, a uma definição desse tipo eu justaporia dois exemplos: (a) O conceito de cor é primitivo; presenciada uma cor, damos-lhe um nome (azul, verde, amarelo, vermelho etc.); (b) Da sucessão de eventos surge a idéia de tempo, que geralmente se admite como conceito primitivo, adquirido através da vivência de acontecimentos.

Fechando esse tópico apresento UMA definição: Ciência, como um todo, é conhecimento organizado (isto é, ordenado e estruturado). Cada ciência particular é, em seu setor, a totalidade dos conhecimentos ordenados e relacionados uns com os outros segundo critérios coerentes e geralmente aceitos. A ciência pressupõe regularidade na natureza, isto é, relação recíproca e invariável dos elementos que participam dos fenômenos (lógica; causalidade ou determinismo; probabilidade); por isso toda ciência se compõe de conhecimentos fundamentados (o que não significa que sejam imutáveis) e que permitem previsões. Ciência tem estrutura, e nisso ela se distingue essencialmente de mera soma de informações, amontoado de fatos, mesmo que sejam ordenados. A estrutura decorre da uniformidade da natureza.

|
Léo: | > .....Todos esses ramos têm 'minha graça
| >divina' para continuarem seus estudos ... mas, não vamos batiza-los de
| >"Ciência", por definição! Por definição (ou por Lei do Getulio Vargas, como
| >quiserem) os advogados (com uma faculdade em cada quarteirão para bem
| >atender) recebem o título de 'Doutor' ..., tb está errado e acho que até os
| >advogados se ressentem disso! Chamar um advogado de "Dr." é tão grave qto
| >chamar a Política de "Ciências".
|

Guilherme: | Bom, aí eu nem sei o que dizer. Só sei que muitos advogados exigem
| ser chamados de doutor, e os médicos então nem se fala... Acho que
| eles gostam muito dessa convenção.

Léo: Bem lembrado, havia me esquecido de citar os médicos (principalmente porque detesto aquela arrogância, desprezo e estupidez conotadas em suas caligrafias nas receitas). Mas, convenhamos, há uma grande distância entre a formação educacional e estrutural de um médico e de um advogado!

|
Léo:| >b) Temos duas correntes, Newton diz que a natureza não dá saltos e uma
| >porrada de físico quântico diz que a natureza é quantificada, .......|


Guilherme: | Nem precisava escrever tudo isso, eu estava só fazendo piada com
| os Fabianos. Hoje em dia sabemos que a natureza dá saltos.

Léo: Desculpe-me a 'explicação didática' posta nessa minha resposta acima. Por vezes esquecemos, como educador, que não estamos dialogando com jovens alunos e sim com 'mestres' e bons profissionais. Pecados do educador.

[]'
Léo
PS: Vou aproveitar essa mensagem para comentar a seguinte pinçada numa mensagem do Lúcio:"Quanto ao resto, você tem tanto interesse no Olavo de Carvalho quanto eu tenho em saber o número de acessos do Imperdível, ......."
Lúcio, vc é bem novato no ciencialist, sem contudo, deixar de ser um excelente debatedor e primorosa aquisição no rol desse grupo. Todavia, no meu amadurecimento nesse grupo, havia notável interesse no desenvolvimento e futuro do Feira de Ciências, do Espaço Cultural, do Humor na Ciência etc. As citações do progresso e indicações de novos temas (link) era um fator comum nas trocas de mensagens e lidas com notável entusiamo com troca de sugestões e pareceres. Muito do progresso do Feira devo a tal entusiasmo. Ao chegar ao dois milhões de acessos houve até uma premiação (um livro raro) entre os integrantes do grupo. Eis porque, por inércia, continuei periodicamente a relatar o sucesso do Imperdível -- é um prêmio para todos aqueles.
Cancelarei essa manifestação dado o novo rumo tomado pelo ciencialist.




SUBJECT: Relógio e Auto-organização (comentarios diversos)
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 12:07


Quando eu vejo um relógio jogado na rua eu sempre imagino que ele se
auto-organizou , pois não vejo nenhum relojoeiro por perto ;)
jailsoncarvalho@yahoo.com.br









A frase acima, eu retirei de uma lista de discussão sobre ciencia.
Alguém saberia me explicar a graça da piada?
Ou, pelo menos, a intenção.
Eu não entendi.
L.E.



Querido Luis,
Eu tentaria lhe responder a essa pergunta de forma Nietzscheana. O relógio
matou seu Deus e pode hoje estar na rua sem dono, nem relojoeiro. Conseguir
se auto-organizar e perceber toda consequencia biológica e emocional desse
ato é decretar a morte de um organizador transcendente e puxar para si
mesmo a responsiabilidade por seu existir.
O que poderiamos dizer mais sobre esse tema?
Eduardo.


Caro Luiz Eduardo.
Trata-se, na minha interpretação, de um mordaz sarro ao mito da técnica
como solucionadora dos problemas do homem embasando esta bobagem que é a
"auto-suficiência", como se, para que a condição humana seja estabelecida,
não seja necessária a inclusão do outro.
Se substituirmos "relógio" por "mendigo", "auto-organizou" por "resolveu" e
"relojoeiro" por "voluntário", o sarro deixa de ser sobre a técnica e passa
a ser sobre a alienação social.
Ambos continuam, no entretanto, a denunciar os males do homem contemporâneo
- "centrado" no próprio umbigo, "crente" no "auto-qualquer coisa", carente
e sem saber de quê.
Abraços,
Lauro Fabiano de Souza Carvalho.



Quando vejo uma árvore na rua eu sempre imagino que ela se auto-organizou,
pois não vejo nenhum jardineiro por perto.
(ajuda?)
Agora pergunto: será que ela existiria se eu não existisse?
Iria mais adiante, o ser que se auto-organiza, será que pode se perceber?
(a dinâmica teria consciência fora dela?).
Abraço
Carlo
corabi@terra.com.br


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Dvida- Expanso do Universo II
FROM: "larcr 3001" <larcr@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 12:22



Aproveitando a pergunta de Elenice. Gostaria de saber se ,baseado nas
ultimas pesquisas, tem como se estimar, o tempo de vida do universo. ou seja
com os nossos recursos atuais e possivel saber esse tipo de coisa? caso sim,
como?

grande abraco a todos
ricardo




----Original Message Follows----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] Re: Dvida- Expanso do Universo
Date: Mon, 09 Dec 2002 03:48:41 -0000

--- Em ciencialist@y..., "Elenice" <elemell@v...> escreveu
> Qual a velocidade de expanso do Universo?
> H algum tempo, numa questo sobre o tamanho do universo, se
colocou que ele estaria se expandindo na velocidade da luz. Mas a
expanso no est acelerando?
> Abraos,
> Elenice Mello.


Ol Elenice

Depois de uma semana de chuva na praia (desejando que demais
listeiros enviem propostas para mudana de Ubatuba para o Nordeste,
onde no chove :), eis que encontro uma questo interessante, ou
melhor, de meu interesse... :) Vamos a ela.

Existe uma velocidade limite para a tal expanso do Universo com o
valor em cerca de 73 km por segundo por megaparsec, o que implica
dizer que galxias distando cerca de 3,26 milhes de anos-luz esto
se afastando uma da outra velocidade de 73 Km/s, portanto um valor
inferior aos 300.000 Km/s que voc sugere. Esta velocidade
"limite" porque ela determinvel mediante a idade do universo
observvel, a quantidade de massa "disponvel" e a fora de atrao
gravitacional entre esses corpos em questo. Caso fosse muito maior
ou menor, isso implicaria que no estamos falando do mesmo
Universo :).

Veja uma coisa: a expanso no vem acelerando por um simples
motivo: onde h matria, h atrao gravitacional. Ora, havendo
atrao, a velocidade de expanso tem que arcar com um coeficiente
desacelerador por conta dessa fora gravitacional que atrai os corpos
celestes mutuamente e portanto no permite que as galxias espalhem-
se a uma velociade muito alta.


Beijos, Lgia

nota de rodap: Acho que voc deve estar confundindo o desvio para o
vermelho (o redshift) com a velociade de expanso, da a sua dvida.
O redshift sim pode dar a entender que est beira da velocidade da
luz em fraes muito prximas da mesma para corpos distantes, como os
quasares por exemplo.




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SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 12:49

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu

Takata: So' q. as tecnicas psicanaliticas parecem q. nao foram
inventadas em cima da teoria psicanalitica. Mas a teoria
psicanalitica foi construida em cima das tecnicas psicanaliticas.

Manuel: Não. A teoria da repressão, do inconsciente e do papel
fundamental da sexualidade na etiologia das neuroses surgiu na época
em que Freud ainda trabalhava com o método da catarse, que se vale da
hipnose, isto é, antes da criação do método psicanalítico, que
substituiu a hipnose pela associação livre.

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 13:34

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu

> Takata: So' q. as tecnicas psicanaliticas parecem q. nao foram
> inventadas em cima da teoria psicanalitica. Mas a teoria
> psicanalitica foi construida em cima das tecnicas psicanaliticas.

> Manuel: Não. A teoria da repressão, do inconsciente e do papel
> fundamental da sexualidade na etiologia das neuroses surgiu na
> época em que Freud ainda trabalhava com o método da catarse, que se
> vale da hipnose, isto é, antes da criação do método psicanalítico,
> que substituiu a hipnose pela associação livre.

Nao e' o q. eu depreendo da leitura das palestras proferidas por
Freud:

http://www.psych.yorku.ca/classics/Freud/Origin/origin1.htm

Primeiro ele fala do trabalho q. ele desenvolveu com Joseph Breuer,
depois das teorias de Charcot, depois de como ele acabou abandonando
o uso da hipnose (por razoes eminentemente praticas e nao teoricas) e
so' depois fala da ideia de repressao.

Qto ao papel da sexualidade nas neuroses, aqui q. fico me coçando pra
saber q. resultado teriamos com a psicoralise em pacientes
neuroticos. Mas nao podemos aplicar... Embora qdo a gente vê os
resultados de discursos religiosos sobre essa gente... Sera' q. o
grau de cura pela religiao e' menor do q. com a psicanalise? Se bem
me lembro foi objetado q. seria apenas a substituicao de uma obsessao
por outra, ou algo assim, e q. o paciente na verdade nao estaria
curado. Sera' mesmo q. nao? Nao ha' meios de se verificar isso? Isso
ja' foi feito?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Ainda não é sexta....
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: carlosall@veloxmail.com.br, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 13:53









Ainda não é 6a. feira,
ainda temos muitos dias de trabalho pela frente,
portanto mexa a...

Segunda ...
(Embedded image moved to file: pic24021.gif)(Embedded image moved to file:
pic27348.gif)
Terça ...


(Embedded image moved to file: pic23199.gif)(Embedded image moved to file:
pic19668.gif)(Embedded image moved to file: pic24484.gif)
Quarta ...


(Embedded image moved to file: pic08281.gif)(Embedded image moved to file:
pic04734.gif)(Embedded image moved to file: pic00053.gif)(Embedded image
moved to file: pic01999.gif)
Quinta ...

(Embedded image moved to file: pic26418.gif) (Embedded image moved to
file: pic27938.gif)(Embedded image moved to file: pic06900.gif) (Embedded
image moved to file: pic03788.gif)(Embedded image moved to file:
pic18127.gif)
Quinta ...

... Vá trabalhar agora !!! ...










[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Genoma humano, pedido a Takata
FROM: "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/12/2002 14:12

Olá Takata!!!

Não estou falando de ética não, ok. Estou falando
de empirismo pra desvendar o código genético.

Insisto que existe o empírismo mas pelo que entendi
a linguagem do DNA, sua sintaxe e semantica é
um tanto parecida com a da música, ok.

Suadçãoes !!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br


----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, December 07, 2002 10:57 AM
Subject: [ciencialist] Re: Genoma humano, pedido a Takata


--- Em ciencialist@y..., "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <
> O empirismo ajuda muito, ok. Ratos e ratos
> deformados e mortos.

Realmente entra uma questao etica ai'.
Mas, em uma visao antropocentrica, nao
e' melhor ratos, ratos deformados e mortos,
do q. humanos, humanos deformados e mortos?

Concordo q. nao devemos encarar os animais
(e os seres) experimentais como simples brinquedos
cientificos: evitar sofrimento desnecessario,
experimentos inuteis e assim por diante.

[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciências Humanas p/ Luiz
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/12/2002 14:31

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, December 09, 2002 11:57 AM
Subject: Re: [ciencialist] Ciências Humanas p/ Luiz

>O 'desviador', entre se é realmente ciência ou não, está nas nuances da
idéia de 'conhecimento'; na sua definição acima faltou adjetivar e escrever
"conhecimento científico".

O que transforma a definição numa perfeita tautologia: ciência é qualquer
sistema de conhecimento científico; e o que é conhecimento científico? é o
conhecimento produzido pela ciência...

>O conhecimento científico, através de investigação metódica, escrupulosa e
rigorosa, suprime tudo o que há de individual e particular no conhecimento
vulgar; recolhe os elementos comuns a uns tantos intelectos e que poderiam
ser comuns a todos os intelectos. É fato objetivo e sociológico;
conhecimento coletivo, obra humana, social. Resulta de constatar fatos e
raciocinar sobre eles visando à descoberta de relações invariáveis entre
eles (leis da natureza).

Até aqui, nada que não se aplique também às ciências humanas.

>Veja se 'ciências humanas e ciências políticas' apresenta as etapas do
conhecimento científico:

Das cinco etapas que você listou, apenas a primeira, ensaios experimentais,
é um tanto quanto problemática nas ciências humanas, porque existe um limite
ético na utilização de seres humanos como sujeitos de experimentos
científicos. Mas, mesmo considerando essa limitação, *existe* uma psicologia
experimental, bem como experimentos sociológicos. Quanto aos outros itens
(abstração, formulação de conceitos, princípios, correção de conceitos,
limitação da validade dos princípios e pesquisa racional de todas as
conseqüências da teoria), todos eles pertencem igualmente à metodologia das
ciências humanas. Portanto, se o critério é esse, então ciências humanas são
ciência.

>Humanidades e política ainda não solidificaram sua estrutura, ou seja,
ainda não se consolidou adequadamente o conjunto das relações entre os
elementos de um todo.

As ciências humanas têm pouco mais de cem anos, em contraste com quase
quatrocentos anos da física (tomando como marco inicial as experiências de
Galileu). E não faz nem cem anos, mesmo a física ainda lidava com conceitos
esdrúxulos, como o éter. Isso tornava a física menos científica? A estrutura
de uma ciência não se consolida da noite para o dia.

>No conhecimento científico, como o sabemos, a estrutura pode ser lógica,
matemática, física etc., óbvio, conforme a natureza dos objetos em estudo, e
das relações que se investigam. Em cada ciência, a questão básica é: Quais
são os entes que intervêm, e como se ligam uns a outros?

Questão básica da psicologia: quais são os entes que intervêm na
constituição do psiquismo e como eles se ligam uns aos outros?
Questão básica da sociologia: quais são os entes que intervêm na
estruturação da sociedade e como eles se ligam uns aos outros?

>Cite um exemplo disso em, digamos, política.

A política não é propriamente uma ciência à parte, mas um ramo da
sociologia, que estuda as relações de poder dentro de uma dada sociedade.

>Fechando esse tópico apresento UMA definição: Ciência, como um todo, é
conhecimento organizado (isto é, ordenado e estruturado). Cada ciência
particular é, em seu setor, a totalidade dos conhecimentos ordenados e
relacionados uns com os outros segundo critérios coerentes e geralmente
aceitos.

De novo, desconsiderando as limitações inerentes a uma ciência ainda
relativamente nova em comparação com a física, não existe nada nessa
definição que não se aplique à psicologia ou à sociologia.

>Ciência tem estrutura, e nisso ela se distingue essencialmente de mera soma
de informações, amontoado de fatos, mesmo que sejam ordenados.

As ciências humanas não são uma mera soma de informações ou um amontoado
ordenado de fatos. Elas têm estrutura. Existem vários modelos concorrentes e
ainda não se chegou a um consenso sobre qual desses modelos é o mais
adequado para descrever a realidade humana, mas isso não quer dizer que elas
não tenham estrutura. A concorrência de modelos divergentes para explicar o
mesmo conjunto de fenômenos também existe na física.

>Lúcio, vc é bem novato no ciencialist, sem contudo, deixar de ser um
excelente debatedor e primorosa aquisição no rol desse grupo.

Agradeço o elogio.

>Todavia, no meu amadurecimento nesse grupo, havia notável interesse no
desenvolvimento e futuro do Feira de Ciências, do Espaço Cultural, do Humor
na Ciência etc. As citações do progresso e indicações de novos temas (link)
era um fator comum nas trocas de mensagens e lidas com notável entusiamo com
troca de sugestões e pareceres. Muito do progresso do Feira devo a tal
entusiasmo. Ao chegar ao dois milhões de acessos houve até uma premiação (um
livro raro) entre os integrantes do grupo. Eis porque, por inércia,
continuei periodicamente a relatar o sucesso do Imperdível -- é um prêmio
para todos aqueles.

Você não entendeu o que eu quis dizer e se melindrou desnecessariamente com
isso. Não disse que o Imperdível não tem importância ou que não haja
interesse nas suas mensagens a respeito. Disse que eles não tinham interesse
particular *pra mim*. E usei isso como exemplo pra mostrar que uma lista de
discussões abarca necessariamente interesses diferenciados. Faz parte das
regras de convivência dentro de uma lista aceitar que outras pessoas possam
se interessar por assuntos que não dizem nada a nós, particularmente, e
entender que a lista deve servir de espaço pra esses outros interesses
também. Pular da cadeira aos brados de "Off topic! Off topic! Off topic!"
cada vez que surge um thread que não nos interessa significa querer que
todos se pautem unicamente pelos *nossos* interesses particulares, e essa
não é uma atitude sensata.

>Cancelarei essa manifestação dado o novo rumo tomado pelo ciencialist.

Isso seria injusto para com todos os outros ciencialisteiros que *têm*
interesse nas notícias sobre o Imperdível, Léo. Presumir que o que não *me*
interessa não interessa a ninguém é tão ruim quanto presumir que o que *te*
interessa, interessa a todo mundo. Pessoas diferentes têm interesses
diferentes, e esse é um fato que não pode (e nem vejo porque deveria) ser
mudado.

Abs.
L.



SUBJECT: Re: Relógio e Auto-organização (comentarios diversos)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 14:35

--- Em ciencialist@y..., "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@i...> escreveu

> Quando eu vejo um relógio jogado na rua eu sempre imagino que ele
> se auto-organizou , pois não vejo nenhum relojoeiro por perto ;)
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19196

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19217
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19221
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19228
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19365

http://wise.berkeley.edu/WISE/evidence/512.html
http://www.ucmp.berkeley.edu/history/paley.html

http://faculty.uca.edu/~benw/biol4415/lecture1a/sld020.htm

http://www.scholars.nus.edu.sg/landow/victorian/religion/paley1.html
http://www.scholars.nus.edu.sg/landow/victorian/religion/paley2.html

> A frase acima, eu retirei de uma lista de discussão sobre ciencia.
> Alguém saberia me explicar a graça da piada?
> Ou, pelo menos, a intenção.
> Eu não entendi.
> L.E.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 15:20

Outra coisa com a qual nao concordo é a visao q. Freud parece ter do
homossexualismo:

"Gentlemen, a sentence of general pathology says that every process
of development brings with it the germ of pathological dispositions
in so far as it may be inhibited, delayed, or incompletely carried
out. This holds for the development of the sexual function, with its
many complications. It is not smoothly completed in all individuals,
and may leave behind either abnormalities or disposition to later
diseases by the way of later falling back or regression. It may
happen that not all the partial impulses subordinate themselves to
the rule of the genital zone. Such an impulse which has remained
disconnected brings about what we call a perversion, which may
replace the normal sexual goal by one of its own. It may happen, as
has been said before, that the auto-erotism is not fully overcome, as
many sorts of disturbances testify. The originally equal value of
both sexes as sexual objects may be maintained and an inclination to
homosexual activities in adult life result from this, which, under
suitable conditions, rises to the level of exclusive homosexuality.
This series of disturbances corresponds to the direct inhibition of
development of the sexual function, it includes the perversions and
the general infantilism of the sex life that are not seldom met with."
http://www.psych.yorku.ca/classics/Freud/Origin/origin4.htm

"Senhores, uma regra da Pataologia Geral é que todo processo de
desenvolvimento traz consigo um germe de disposicoes patologicas, na
medida em q. esse processo pode ser inibido, atrasado ou conduzido
incompletamente. Isso vale também para o desenvolvimento sexual, com
suas varias complicacoes. Ele nao e' completado sem sobressaltos em
todos os individuos e pode levar a anormalidades ou disposicoes para
doencas posteriores por meio de recaidas tardias ou regressoes. Pode
ocorrer de não se subordinarem todos as pulsoes parciais 'a regra da
zona genital. Tal pulsao que permaneceu desconetado leva ao que
chamamos de perversao, que pode substituir a meta sexual normal por
uma de suas proprias metas. Isso pode acontecer, como dito
anteriormente, que o auto-erotismo nao seja completamente superado,
como varias formas de disturbios testemunham. O valor originalmente
igual de ambos os sexos como objetos sexuais pode ser mantido e uma
inclinacao 'a homossexualidade na vida adulta resulta disso, que, sob
certas condicoes favoraveis, segue ate' o homossexualismo exclusivo.
Essa serie de disturbios corresponde 'a inibicao direta do
desenvolvimento da funcao sexual, inclui as perversoes e o
infantilismo generalizado da vida sexual com os quais nao raramente
nos encontramos."

Particularmente no q. se refere ao homossexualismo parece ser uma
visao em ampla medida (se nao totalmente) superada, salvo
reinterpretacoes sobre o q. Freud teria querido dizer.

Ele ainda sustenta, como Manuel aponta:

"Ladies and Gentlemen: At this point you will be asking what the
technique which I have described has taught us of the nature of the
pathogenic complexes and repressed wishes of neurotics.
One thing in particular: psychoanalytic investigations trace back the
symptoms of disease with really surprising regularity to impressions
from the sexual life, show us that the pathogenic wishes are of the
nature of erotic impulse-components (Triebkomponente), and
necessitate the assumption that to disturbances of the erotic sphere
must be ascribed the greatest significance among the etiological
factors of the disease. This holds of both sexes."

A neurose teria origem fundamentalmente em alguma coisa com carga
sexual. Claro q. se utilizarmo-nos de uma definicao tao ampla
de 'sexo' qto o 'prazer' ou qq coisa relacionada a isso fica mais
facil de se interpretar qq coisa sob essa optica: ate' mesmo o caso
da moça q. ficou neurotica com a visao de um cachorro bebendo agua.

"Dr. Breuer's patient was a girl of twenty-one, of a high degree of
intelligence. She had developed in the course of her two years'
illness a series of physical and mental disturbances which well
deserved to be taken seriously. She had a severe paralysis of both
right extremities, with anasthesia [sic], and at times the same
affection of the members of the left side of the body; disturbance of
eye-movements, and much impairment of vision; difficulty in
maintaining the position of the head, an intense Tussis nervosa,
nausea when she attempted to take nourishment, and at one time for
several weeks a loss of the power to drink, in spite of tormenting
thirst. Her power of speech was also diminished, and this progressed
so far that she could neither speak nor understand her mother tongue;
and, finally, she was subject to states of "absence," of confusion,
delirium, alteration of her whole personality. These states will
later claim our attention.
[...]
The doctor soon hit upon the fact that through such cleansing of the
soul more could be accomplished than a temporary removal of the
constantly recurring mental "clouds." Symptoms of the disease would
disappear when in hypnosis the patient could be made to remember the
situation and the associative connections under which they first
appeared, provided free vent was given to the emotions which they
aroused. "There was in the summer a time of intense heat, and the
patient had suffered very much from thirst; for, without any apparent
reason, she had suddenly become unable to drink. She would take a
glass of water in her hand, but as soon as it touched her lips she
would push it away as though suffering from hydrophobia. Obviously
for these few seconds she was in her absent state. She ate only
fruit, melons and the like, in order to relieve this tormenting
thirst. When this had been going on about six weeks, she was talking
one day in hypnosis about her English governess, whom she disliked,
and finally told, with every sign of disgust, how she had come into
the room of the governess, and how that lady's little dog, that she
abhorred, had drunk out of a glass. Out of respect for the
conventions the patient had remained silent. Now, after she had given
energetic expression to her restrained anger, she asked for a drink,
drank a large quantity of water without trouble, and woke from
hypnosis with the glass at her lips. The symptom thereupon vanished
permanently."

(Fiquei com pregui de 'traduzir'.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Ciências Humanas p/ Luiz
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 15:26

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> Alguém aí sabe se guiar pelas estrelas?

A Cameron Diaz ou a Eva Wilma (nos tempos de Alo, Docura?).

Uai, porq. vc e o Leo nao comecam puxando uma conversa sobre ciencias?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: ESSA DO CHAPOLIM FOI BEM SACADA...
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 16:03


>Se dou bordoada em alguem e' com aquele martelo do
>Chapolin Colorado: puro ar em plastico sanfonado
>a fazer um som engracado. (Vai ver q algumas pessoas
>somatizam...)
>[]s,
>Roberto Takata




NAO CONCORDO COM TUA LIMITADA PERCEPCAO SOBRE O FENOMENO LOBISTA QUE ROLA
NOS JORNAIS, SOBRE TRANSGENICOS (que tal dar uma olhada
no... www.casadaimprensa.com.br ?).

MAS DE RESTO... EU GOSTO MUITO DO SENSO DE HUMOR DE VARIOS DE VOCES...
E DA INTELIGENCIA, CLARO.

L.E.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciências Humanas p/ Luiz
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/12/2002 16:03

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Monday, December 09, 2002 10:57 AM
Subject: Re: [ciencialist] Ciências Humanas p/ Luiz

> [...] Ciência, como um todo, é conhecimento organizado (isto é, ordenado e
> estruturado). [...] Ciência tem estrutura, e nisso ela se distingue
> essencialmente de mera soma de informações, amontoado de fatos, mesmo que
> sejam ordenados. [..]

Sem entrar no mérito da questão [Eu, heim!!! ;-)], mas apenas no sentido de
colaborar, lembro o pensamento de Henri Poincaré a respeito: "A Ciência é
construída de fatos, como uma casa é de pedras. Mas uma coleção de fatos não
é mais uma ciência do que um monte de pedras é uma casa."

Mas o Poincaré é europeu e o conceito que aprendemos hoje de ciência vem de
"noviorqui' ou de "las vesgas". Acho que você está precisando se globalizar.
;-))

> > Guilherme: | Bom, aí eu nem sei o que dizer. Só sei que muitos advogados
> > exigem ser chamados de doutor, e os médicos então nem se fala... Acho
> > que eles gostam muito dessa convenção.

> Léo: Bem lembrado, havia me esquecido de citar os médicos (principalmente
> porque detesto aquela arrogância, desprezo e estupidez conotadas em suas
> caligrafias nas receitas).

Taí! Nos 11 anos em que exerci a medicina conheci alguns poucos médicos com
letra legível. Curiosamente nenhum deles fazia questão de ser chamado por
doutor, nem mesmo aqueles que tinham phd ou md. A má caligrafia, a meu ver,
denota a insegurança do recém-formado e por inércia, mesmo porque acaba
sendo ridiculamente valorizada, persiste por uma vida toda.

Por outro lado, eu era um dos que tinham letra legível, se bem que feia. No
HC, tanto nos corredores quanto nos cafezinhos, eu era sempre tratado por
Mesquita, ninguém me chamava por Dr. Mesquita, fosse colega, médico ou
funcionário, a menos que estivesse na frente de algum paciente meu. E isso
era importante, porque o paciente sente a necessidade de colocar o seu
médico no reino do Léo. É bem possível que o título tenha surgido dessa
necessidade, quero crer que de natureza psicológica, mas deixo a explicação
desta possível razão a cargo dos psicólogos. Com o correr do tempo alguns
gostaram desse endeusamento e começaram a exigir, da sociedade, este título
para finalidades outras. Já flagrei muita enfermeira levando bronca por não
chamar alguns imbecis por doutores, sem que houvesse algum paciente por
perto.

Eu tenho a impressão que o aluno do nosso tempo também gostava de valorizar
os seus professores, colocando-os no reino do Léo. Aliás, você faz isso até
hoje com o seu guru Folmer-Johnsom, não é verdade?

> > > Léo Temos duas correntes, Newton diz que a natureza não dá saltos e
> > > uma porrada de físico quântico diz que a natureza é quantificada,

Léo, perdoai-os, eles (os quânticos) não sabem o que falam. ;-)

> Léo: Desculpe-me a 'explicação didática' [...]
> Por vezes esquecemos, como educador, que não estamos dialogando com jovens
> alunos e sim com 'mestres' e bons profissionais. Pecados do educador.

Gostei! Eu já senti muito essa dificuldade. O debatedor de listas de
discussão deveria se mancar e perceber que não estamos discutindo apenas com
ele e sim escrevendo para uma infinidade de outras pessoas (só na
Ciencialist são mais de 290), por vezes leigos, ou especialistas, ou
profissionais de outras áreas, ou estudantes etc. Mas o que fazer, o homem é
egocêntrico mesmo, e questões desse tipo sempre surgirão (não estou acusando
ninguém em particular, mesmo porque não conheço exatamente o contexto da
discussão que o Léo está travando -- não estou tendo tempo de ler tudo o que
se posta aqui).

> PS: Vou aproveitar essa mensagem para [...] As citações do progresso e
> indicações de novos temas (link) era um fator comum
> nas trocas de mensagens e lidas com notável entusiamo com troca de
> sugestões e pareceres. Muito do progresso do Feira devo a tal entusiasmo.
> [...] novo rumo tomado pelo ciencialist.

Vou aproveitar a ocasião para renovar a minha admiração pelo seu trabalho na
Feira de Ciências. Quanto ao rumo, diria que a bússola caiu no mar, que
fazer? Alguém aí sabe se guiar pelas estrelas?

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: Genoma humano, pedido a Takata
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 16:40

--- Em ciencialist@y..., "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@i...>
> Não estou falando de ética não, ok. Estou falando
> de empirismo pra desvendar o código genético.

O código genético já foi desvendado faz tempo. Lá pelos
idos de 50 a 60. Ele é essencialmente o mesmo seja em
bacterias, seja em humanos, seja em camundongos, seja
em samambaias, daí se falar de um código genético
universal (ou padrão).

http://molbio.info.nih.gov/molbio/gcode.html

> Insisto que existe o empírismo mas pelo que entendi
> a linguagem do DNA, sua sintaxe e semantica é
> um tanto parecida com a da música, ok.

Nao diria q. a sintaxe ou a semantica seja parecida
com a da musica -- embora pouco entenda de genetica
e nada de musica. Mas q. ha' empirismo, claro q.
ha'.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Ciências Humanas p/ Luiz
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 16:52

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> (até você já entrou no terreno das gozações, lembra-se?).

Como assim, ate' eu ja' entrei no terreno das gozacoes?
Eu nunca sai' de la'. O q. nao tenho e' o espirito do
menoscabo -- se transpareci isso peço desculpas.

Ja' eu, nao q. me contente em ficar apenas repetindo o
q. esta' nos livros, mas nao me furto em ir buscar la'
a maioria das informacoes. O fato um tto triste e' q.
nem todo mundo tem acesso aos tais livros.

Se dou bordoada em alguem e' com aquele martelo do
Chapolin Colorado: puro ar em plastico sanfonado
a fazer um som engracado. (Vai ver q algumas pessoas
somatizam...)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciências Humanas p/ Luiz
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/12/2002 17:02

----- Original Message -----
From: "rmtakata"
Sent: Monday, December 09, 2002 2:26 PM
Subject: [ciencialist] Re: Ciências Humanas p/ Luiz

> > Alguém aí sabe se guiar pelas estrelas?

> Uai, porq. vc e o Leo nao comecam puxando uma conversa sobre ciencias?

Eu tenho a impressão que o Léo tem tentado, sem muito retorno. Além do que
ele tem se incompatibilizado com alguns, graças a sua maneira um tanto
quanto ortodoxa de interpretar a ciência (e eu diria ortodoxo-gozadora).
Quanto à minha ciência... Diria que ela é muito pseudocientífca para os
ciencialisteiros, ela está mais no nível dos noosferautas. Uma nova idéia em
física, para ser discutida aqui, deve antes ser publicada no Physical
Reviews. Sob esse aspecto a Noosfera é menos exigente, e como eu não sou do
tipo de ficar repetindo o que está nos livros, mas sim de expor idéias
próprias, sinto-me sem espaço para comentar aqui o que penso.

Atualmente, sempre que penso em postar algo com seriedade (sob o meu ponto
de vista) percebo que virá cacetada e gozações de todos os lados (até você
já entrou no terreno das gozações, lembra-se?). Aí então mudo o "Para" da
mensagem de Ciencialist para Noosfera e desta forma consigo estabelecer
algum diálogo útil.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Genoma humano, pedido a Takata
FROM: "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/12/2002 17:17

Olá Takata!!!

Você quer dizer que desde 50 ou 60 já se diz
ser o DNA uma linguagem, com sintaxe e
semantica e que existe uma natureza comum
entre a linguagem musical e a linguagem do
DNA?

O que é o Genoma, você saberia
explicar, quais as bases do modelo teorico?

Pondere!!!!!

gemaba
www.gemaba.hpg.com.br



----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, December 09, 2002 4:40 PM
Subject: [ciencialist] Re: Genoma humano, pedido a Takata


--- Em ciencialist@y..., "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@i...>
> Não estou falando de ética não, ok. Estou falando
> de empirismo pra desvendar o código genético.

O código genético já foi desvendado faz tempo. Lá pelos
idos de 50 a 60. Ele é essencialmente o mesmo seja em
bacterias, seja em humanos, seja em camundongos, seja
em samambaias, daí se falar de um código genético
universal (ou padrão).

http://molbio.info.nih.gov/molbio/gcode.html

> Insisto que existe o empírismo mas pelo que entendi
> a linguagem do DNA, sua sintaxe e semantica é
> um tanto parecida com a da música, ok.

Nao diria q. a sintaxe ou a semantica seja parecida
com a da musica -- embora pouco entenda de genetica
e nada de musica. Mas q. ha' empirismo, claro q.
ha'.

[]s,

Roberto Takata


##### ##### #####
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: ESSA DO CHAPOLIM FOI BEM SACADA...
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 17:49

At 18:01 09/12/02 , you wrote:
>--- Em ciencialist@y..., "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@i...> escreveu
> > NAO CONCORDO COM TUA LIMITADA PERCEPCAO SOBRE O FENOMENO LOBISTA
> > QUE ROLA NOS JORNAIS, SOBRE TRANSGENICOS (que tal dar uma olhada
> > no... www.casadaimprensa.com.br ?).
>
>Q. percepcao sobre fenomeno lobista sobre transgenicos? A
>gente nao estava discutido sobre os projetos genomas?
>Transgenicos sao uma historia diferente.
>
>Mas o q. e' q. tem no site indicado? Nao vi nada sobre
>transgenicos la'.
>Roberto Takata





tu vai ver que eles são contratados, por varias empresas de biotecnologia,
pra fazer lobby, na imprensa.
ou tu acha que é por acaso que não para de sair noticia sobre esse assunto?

me admira você, Chapolim, aceitar essa babaquice de que maisculas é gritaria.
fala sério....
L.E.

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Velocidade de Luz
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 18:33

--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Voltando à Marginal Pinheiros: o que aconteceria
> com o meu Fuscão ao se chocar a 600.000 km/s com
> a maledeta da Kombi???

Vc nao ira' se chocar a 600.000 km/s porq. as velocidades
nao se somam assim.

http://plabpc.csustan.edu/A3000/ASChapter7.htm

[]s,

Roberto Takata






SUBJECT: Velocidade de Luz
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: 'Ciencialist' <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/12/2002 19:00

Praticamente todos os corpos estão distribuídos pelo
Universo em velocidades muito abaixo da luz. Mesmo
corpos que estão se distanciando nos extremos diametralmente
opostos do Universo encontram-se numa velociade de 73 km/s
(como a Lígia nos informou). Isso é uma fraçãozinha da
velocidade da luz.

Mas imaginemos que estou pilotando um fuscão na Marginal
do Rio Pinheiros a uma velocidade próxima a da luz e
que na contramão esteja um nó-cego qualquer numa Kombi
72 também a uma velocidade próxima a da luz.

Minha velocidade com relação à Kombi é de ~600.000 km/s,
certo? Se o limite de 'c' é de 300.000 km/s, estamos nos
referindo a um referencial absoluto; uma velocidade igual
a zero. Mas, baseado em que referencial eu digo que um
corpo está em repouso absoluto (velocidade = zero)??????
Não posso me basear na Terra, nem no Sol, nem em qualquer
outro corpo do Universo, pois estão todos em movimento,
ainda que numa velocidade muito abaixo da luz, como
foi dito na introdução. Então? É possível dizer que
um corpo está em repouso absoluto?

Voltando à Marginal Pinheiros: o que aconteceria
com o meu Fuscão ao se chocar a 600.000 km/s com
a maledeta da Kombi???

[]

Alexandre Pimentel Cabral de Medeiros
"Eppur se muove..." (Galileu)


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: ESSA DO CHAPOLIM FOI BEM SACADA...
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 19:01

--- Em ciencialist@y..., "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@i...> escreveu
> NAO CONCORDO COM TUA LIMITADA PERCEPCAO SOBRE O FENOMENO LOBISTA
> QUE ROLA NOS JORNAIS, SOBRE TRANSGENICOS (que tal dar uma olhada
> no... www.casadaimprensa.com.br ?).

Q. percepcao sobre fenomeno lobista sobre transgenicos? A
gente nao estava discutido sobre os projetos genomas?
Transgenicos sao uma historia diferente.

Mas o q. e' q. tem no site indicado? Nao vi nada sobre
transgenicos la'.

(Use minusculas normalmente. Maiusculas simboliza grito.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Homens: camundogos sem cauda - Marcelo Leite
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/12/2002 20:55

Olá! Vejam esse comentário veiculado hoje no Jornal da Ciência e-mail.
[]s
José Renato
ET. Gemaba, um dia vamos entender uns 10% do "pouquinho" que o Takata sabe após uns trocentos anos queimando as pestanas sobre os livros de genética.
_______________________

JC e-mail 2177, de 09 de Dezembro de 2002.
< http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=6573 >
Homens são camundongos sem cauda, artigo de Marcelo Leite

Há muito mais que uma cauda separando homens de roedores, e não se trata aqui de superioridade moral, mas de complexidade biológica, mesmo
Marcelo Leite é o editor de Ciência da 'Folha de SP' e escreve a coluna 'Ciência em Dia' no caderno 'Mais!' da 'Folha de SP', onde saiu este artigo:
Jamais escreveria a frase do título, não fosse instado a isso por uma instituição do porte do Wellcome Trust, fundação britânica que financia o Centro Sanger, por sua vez o segundo mais importante instituto envolvido no sequenciamento (soletração) do genoma humano -e também do genoma do camundongo, publicado há três dias na revista científica "Nature" (http://www.nature.com).

Tamanha enormidade se encontra num comunicado à imprensa redigido pelo Wellcome Trust e distribuído a jornalistas credenciados com acesso antecipado aos artigos da "Nature" (um serviço que lhes permite trabalhar durante uma semana sobre o conteúdo das pesquisas, de modo a entendê-las melhor e, com isso, se tornarem mais capazes de fazê-las compreensíveis para o público).

O período completo diz literalmente: "Seria possível dizer que nós somos essencialmente camundongos sem caudas -mas nós até mesmo temos os genes que poderiam fazer uma cauda".

É o cúmulo da simplificação e o supra-sumo do determinismo genético. Não dá para imaginar um exemplo mais acabado dessa crença de que tudo que há numa pessoa (ou organismo), da cor dos olhos ao comportamento mais peculiar, seja determinado principal ou exclusivamente pelos genes, ou seja, pela seqüência das letras num trecho de DNA.

Como a comparação dos genomas do homem e do camundongo revelou uma coincidência de 99% entre os genes das duas espécies, algum redator concluiu que estava autorizado a redigir a frase infeliz.

O texto que você tem em mãos foi escrito antes de sair a "Nature" com o genoma do camundongo, quinta-feira passada.

Não havia como saber se a bobagem viria a ser assimilada por algum jornalista entre as centenas ou milhares deles cadastrados pelo sítio de acesso restrito da "Nature" (press.nature.com).

Arriscaria prever que sim, pois ela tem todos os elementos de uma frase de efeito e, imprudência das imprudências, foi destacada no comunicado entre "Dez fatos e cifras do Projeto Genoma do Camundongo", como item 6 da lista.

O press release traz até uma variante citável da cincada, pela boca da cientista Jane Rogers, chefe de sequenciamento do Centro Sanger, em Cambridge (Reino Unido), com exclamação e tudo: "Compartilhamos 99% de nossos genes com o camundongo, e até mesmo temos os genes que poderiam fazer uma cauda!"

Longe desta coluna desmerecer a importância científica de soletrar o DNA do camundongo, que se tornou o principal animal-modelo da pesquisa biomédica.

Com o sequenciamento de seu genoma e a possibilidade de cotejá-lo com o humano, decerto surgirão muitos lampejos sobre os mecanismos básicos da intricada bioquímica de doenças importantes. Mas exageração tem limite.

Há muito mais que uma cauda separando homens de roedores, e não se trata aqui de superioridade moral, mas de complexidade biológica, mesmo.

Mais importante é destacar, como faz outro press release (da Universidade de Genebra), a descoberta do grupo de Stylianos Antonarakis na mesma "Nature", com base na análise do cromossomo 21 humano: de 3.491 trechos de DNA nele com correspondentes no camundongo, 2.262 não são de genes (só 1.229 apresentam as características necessárias para participar da síntese de proteínas).

Ela diz bem mais sobre o grau de exatidão do conhecimento obtido com o sequenciamento: "O papel exato desses elementos genômicos não-gênicos, mas importantes, é desconhecido, mas provavelmente regulam a função de genes".

(Folha de SP, Mais!, 8/12)
_______________________________vejam mais sobre o assunto


December 05, 2002

Mouse Genome Sequenced


In the name of science, researchers have fashioned numerous kinds of mice: fat, thin, hairless, or afflicted with a particular disease, to name a few. Now the first draft sequence of the mouse genome, published today in the journal Nature, should make the tiny rodents even more helpful for future research into a variety of diseases. The findings suggest that mice and humans have a similar number of genes (around 30,000) and that nearly 90 percent of genes associated with disease in people have counterparts in mice.

The international Mouse Genome Sequencing Consortium sequenced and analyzed more than 95 percent of the genetic code of Mus musculus, which contains about 2.5 billion DNA base pairs compared to 2.9 billion in the human genome. "We share 99 percent of our genes with mice," says Jane Rogers of the Wellcome Trust Sanger Institute in Cambridge, England, "and we even have the genes that could make a tail." In fact, only about 300 genes are unique to either organism, which further supports the use of the mouse models for studying various diseases as well as testing novel treatments. The key differences lie in those areas of the genome governing immunity, detoxification, smell and sex, which makes sense considering where rodents usually live, how they find food and the number of offspring they can produce.

According to Allan Bradley, also at the Wellcome Trust Sanger Institute, the mouse genome "is a huge asset to researchers, and its significance matches that of the human genome." Indeed, by comparing specific sections of the mouse genome to our own, scientists can garner insight not evident from examination of our genetic code alone. For example, additional findings published today in Nature by Stylianos Antonaradkis of the University of Geneva Medical School and his colleagues highlight the similarity of non-protein-encoding sequences between man and mouse. By comparing human chromosome 21 to the corresponding section of the mouse genome, the team determined that 2,262 nongene DNA segments have been conserved. Because evolution has left these chunks of DNA intact, the scientists posit that they play an important role and could exert control over other genes at specific times and places, or provide chromosomes with the necessary structure to function properly. -- Sarah Graham

____________________________Tradução livre... e bote livre nisso!



Seqüenciado o genoma de rato

Em nome da ciência, pesquisadores adaptaram tipos numerosos de ratos nomeando alguns : gordos, magros, calvos, ou afligidos por alguma doença particular. Agora a primeira seqüência de desenho do genoma de rato, publicada hoje na Revista Nature , fará os minúsculos roedores até mais úteis para pesquisa futura em uma variedade de doenças. As descobertas sugeriram que ratos e humanos teriam um número semelhante de genes (ao redor de 30,000) e que quase 90 por cento de genes associados com doença nas pessoas tem contrapartes em ratos.

O Consórcio Internacional de Seqüência de Genoma de Rato seqüenciou e analisou mais de 95 por cento do código genético de Mus musculus, que contém mais ou menos 2.5 bilhões DNA pares básicos comparados a 2.9 bilhões no genoma humano. "Nós compartilhamos 99 por cento de nossos genes com ratos," diz que Jane Rogeres do Wellcome Trust Sanger Institute"em Cambridge, Inglaterra, "e nós até temos os genes que podiam fazer um rabo." De fato, somente mais ou menos 300 genes são sem iguais para um ou outro organismo, que suportes adicionais o uso dos modelos de rato para estudar várias doenças como também tratamentos inovativos de prova. As diferenças básicas nessa área ficam nas área do genoma que administra a imunidade, detoxification(?), olfato e sexo, que faz sentido considerando onde os roedores usualmente vivem, como eles encontram alimentos e o número de crias que eles podem gerar.

De acordo com o Allan Bradley, também no Wellcome Trust Sanger Institute, o genoma de rato "é um imenso recurso para pesquisadores, e suas combinações de significado do genoma humano." Realmente, comparando seções específicas do genoma de rato com o nosso próprio, cientistas podem armazenar "percepções" não evidentes em exames de apenas nosso código genético. Por exemplo, descobertas adicionais publicadas hoje na Revista Nature por Stylianos Antonaradkis da Universidade da Escola Médica de Genebra e seus colegas, destacam a semelhança de codificação de não proteína seqüencial entre homem e rato. Comparando cromossomo humano 21 para a seção correspondente do genoma de rato, o grupo determinou que 2,262 nongene de DNA segmentos foram conservados. Porque a evolução deixou estes pedaços de DNA intactos, os cientistas apostam que eles desempenham um papel importante e poderão mostrar controle acima de outros genes em tempos e lugares específicos, ou oferecerão, de forma correta, cromossomos com a estrutura necessária para funcionar.

Sarah Graham






[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ciências Humanas p/ Luiz
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 21:13


> > Léo: Desculpe-me a 'explicação didática' [...]
> > Por vezes esquecemos, como educador, que não estamos dialogando com
>jovens
> > alunos e sim com 'mestres' e bons profissionais. Pecados do educador.
>
>Gostei! Eu já senti muito essa dificuldade. O debatedor de listas de
>discussão deveria se mancar e perceber que não estamos discutindo apenas
>com
>ele e sim escrevendo para uma infinidade de outras pessoas (só na
>Ciencialist são mais de 290), por vezes leigos, ou especialistas, ou
>profissionais de outras áreas, ou estudantes etc. Mas o que fazer, o homem

>egocêntrico mesmo, e questões desse tipo sempre surgirão (não estou
>acusando
>ninguém em particular, mesmo porque não conheço exatamente o contexto da
>discussão que o Léo está travando -- não estou tendo tempo de ler tudo o
>que
>se posta aqui).

Alberto, você está perdoado por não saber do contexto da
discussão. Na verdade o próprio Luiz esqueceu que a lista é aberta
e me respondeu como se fosse uma mensagem exclusivamente a
minha pessoa. Aliás eu nem sei por que ele se desculpou, já que
eu não reclamei de nada (e ainda fui chamado de bom profissional
e mestre). O detalhe é que o contexto não pedia uma mensagem
tão didática, mas enfim, quod abundat non nocit (o que abunda não
prejudica).

Abraços,

Guilherme




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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dúvida- Expansão do Universo
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 21:31



Oi Elenice,

A Ligia já forneceu alguns números (coisa que eu
não sei, por não ser especialista na área), mas de fato
hoje se pode fazer essa estimativa.

Gostaria de comentar um detalhe sobre a resposta da Ligia,
a respeito da aceleração da expansão do universo. O que
ela escreveu está correto, de modo geral. Mas hoje em dia,
até onde eu sei, acredita-se que o universo esteja se
expandindo com uma velocidade cada vez maior, e a razão
disso não se sabe ao certo. Assim, os físicos concebem uma
entidade chamada energia escura (diferente de matéria escura),
que seria a responsável pela aceleração.

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Dúvida- Expansão do Universo II
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 21:37


Caro Ricardo,

Sim, é possível fazer essa estimativa. O tempo de
vida do universo é em torno de 15 bilhões de anos.
Pode-se medir a taxa com que o universo se expande,
bem como sua variação, pela análise espectral da
luz (não me pergunte detalhes porque não sei).
A partir desses dados, faz-se uma regressão no tempo
e assim estima-se o tempo total passado desde o big bang.

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade de Luz
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 21:45


>Minha velocidade com relação à Kombi é de ~600.000 km/s,
>certo? Se o limite de 'c' é de 300.000 km/s, estamos nos
>referindo a um referencial absoluto;

Não existe um referencial absoluto.

>Mas, baseado em que referencial eu digo que um
>corpo está em repouso absoluto (velocidade = zero)??????

Não existe repouso absoluto, exatamente porque também
não existe um referencial absoluto.

>Voltando à Marginal Pinheiros: o que aconteceria
>com o meu Fuscão ao se chocar a 600.000 km/s com
>a maledeta da Kombi???

Não aconteceria nada, pois o seu Fuscão não iria atingir
a velocidade da luz, nem com um motor da Ferrari... -:)

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade de Luz
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/12/2002 22:35

Caro Alexandre,

A questão é que não existe isso de "repouso absoluto". Trata-se de uma
idéia newtoniana abolida pela relatividade (para desespero de muitos).
Assim, mesmo que você estivesse pilotando seu fuscão preto a 299.999,999
km/s, a velocidade que você mediria para a Kombi não seria mais do que
300.000 km/s. Mas se ela vier em sua direção, saia da frente, pois uma
Kombi a quase 300.000 km/s tem energia suficiente para acabar com a cidade
de São Paulo inteira!

[ ]s


Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Pinhais - PR - Brasil



-----Mensagem Original-----
De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
Para: "'Ciencialist'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 9 de Dezembro de 2002 19:00
Assunto: [ciencialist] Velocidade de Luz


Praticamente todos os corpos estão distribuídos pelo
Universo em velocidades muito abaixo da luz. Mesmo
corpos que estão se distanciando nos extremos diametralmente
opostos do Universo encontram-se numa velociade de 73 km/s
(como a Lígia nos informou). Isso é uma fraçãozinha da
velocidade da luz.

Mas imaginemos que estou pilotando um fuscão na Marginal
do Rio Pinheiros a uma velocidade próxima a da luz e
que na contramão esteja um nó-cego qualquer numa Kombi
72 também a uma velocidade próxima a da luz.

Minha velocidade com relação à Kombi é de ~600.000 km/s,
certo? Se o limite de 'c' é de 300.000 km/s, estamos nos
referindo a um referencial absoluto; uma velocidade igual
a zero. Mas, baseado em que referencial eu digo que um
corpo está em repouso absoluto (velocidade = zero)??????
Não posso me basear na Terra, nem no Sol, nem em qualquer
outro corpo do Universo, pois estão todos em movimento,
ainda que numa velocidade muito abaixo da luz, como
foi dito na introdução. Então? É possível dizer que
um corpo está em repouso absoluto?

Voltando à Marginal Pinheiros: o que aconteceria
com o meu Fuscão ao se chocar a 600.000 km/s com
a maledeta da Kombi???

[]

Alexandre Pimentel Cabral de Medeiros
"Eppur se muove..." (Galileu)





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 23:11

On 9 Dec 2002 at 11:53, rmtakata wrote:

> E mais, se se cura, se a taxa de
> cura e' maior do q. seria alcancado por outros meios.

Existem estatísticas boas. Vou mandar as referências
Marco Aurelio


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM/CORRIGIDO
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/12/2002 23:11

On 9 Dec 2002 at 12:41, rmtakata wrote:

> O caso e' grave doutor? Re re... Mas com apenas os elementos
> acessiveis pelo q. escrevo e' possivel fazer tal diagnostico?
> Tipo, falta do q. fazer tbm entra nessa categoria de manias
> (a descricao dada parece mais de sadismo)?

Não é um diagnóstico de sua pessoa. Jamais me atreveria a fazer isso. Os
escritos podem revelar uma relação maníaca na lista, mas isto não é um
diagnóstico. Esta relação pode ser conscientemente cultivada e está tudo
bem. Eu pessoalmente acho que esta forma é muito boa, porque o torna
agradavelmente provocador. Não é nada pejorativo o que eu disse. Pelo
menos não foi minha intenção, mas como dizem, de gente com boas
intenções o inferno está cheio


> Jamais daria autorizacao para o uso nem do nome nem da 'tecnica', nem
> ao menos incentivaria a aplicacao em pacientes. [...] Mas seria preciso
> adotar uma outra abordagem (claro, seria estranho 'psicanalisar'
> camundongos e ratos... mas dado q. eles sao 99% parecidos. Re re...).

Desculpe, mas no caso de ser uma técnica boa, por que não escrever
numa revista científica? Quando eu disse divulgar, me referi a isso. Se não
serve para tratar a ninguém, é uma mera diversão intelectual. Que coisa
estranha. Tanta parecença em seres tão diferentes (seria, de agora em
diante, muito prudente pensar duas vezes antes de dizer a um inimigo que
é um "rato imundo" - alguém 99% parecido, só que imundo).

Um abraço

Marco Aurelio










SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciências Humanas p/ Luiz
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2002 01:04

De: "rmtakata"

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> Alguém aí sabe se guiar pelas estrelas?

Roberto: >Uai, porq. vc e o Leo nao comecam puxando uma conversa sobre ciencias?<

Simples, muito simples, já não sabemos mais o que é isso!
Consultei minhas duas brochuras científicas e nada encontrei sobre a ciência atual tratada com detalhes na ciencialist: as leis de Olavo, teoria da conspiração, derivada da psicanálise, corolário das emoções de controle, a divisão do consciente, pré-consciente e inconsciente por zero (com coeficientes não nulos), percepção como função do juízo de realidade [p = f(jr)], ego (conhecia 'lego'!) e uma tantada de coisas quânticas mais.
Minhas brochuras broxaram?

[]'
Léo
PS: Será isso tb classificado como 'farpas irônicas'?:-)))



SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade de Luz
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2002 01:20

Apreciei essa conspiração anti-volquisvagem. Uma bela idéia de cinemática que, necessariamente deve se passar em intervalo de tempo bem menor que 1 segundo! Em 1 segundo a luz (fusca ou combi) dá cerca de 7,5 voltas ao redor da Terra. Na verdade, para que o problema não saia da marginal do Rio Pinheiros o lapso de tempo desse exercício mental é bem menor que 'epsilon' (bem menor que 'tão pequeno quanto o Siqueira') ... considerando apenas a vizinhança à direita do ponto considerado.
O pior de tudo é que com a contração de Lorentz, o fusca vai ficar menor ainda do que já é ... e ainda vai bater na combi! Só vai restar mesmo o epsilon!
[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
Para: "'Ciencialist'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 9 de dezembro de 2002 19:00
Assunto: [ciencialist] Velocidade de Luz


Praticamente todos os corpos estão distribuídos pelo
Universo em velocidades muito abaixo da luz. Mesmo
corpos que estão se distanciando nos extremos diametralmente
opostos do Universo encontram-se numa velociade de 73 km/s
(como a Lígia nos informou). Isso é uma fraçãozinha da
velocidade da luz.

Mas imaginemos que estou pilotando um fuscão na Marginal
do Rio Pinheiros a uma velocidade próxima a da luz e
que na contramão esteja um nó-cego qualquer numa Kombi
72 também a uma velocidade próxima a da luz.

Minha velocidade com relação à Kombi é de ~600.000 km/s,
certo? Se o limite de 'c' é de 300.000 km/s, estamos nos
referindo a um referencial absoluto; uma velocidade igual
a zero. Mas, baseado em que referencial eu digo que um
corpo está em repouso absoluto (velocidade = zero)??????
Não posso me basear na Terra, nem no Sol, nem em qualquer
outro corpo do Universo, pois estão todos em movimento,
ainda que numa velocidade muito abaixo da luz, como
foi dito na introdução. Então? É possível dizer que
um corpo está em repouso absoluto?

Voltando à Marginal Pinheiros: o que aconteceria
com o meu Fuscão ao se chocar a 600.000 km/s com
a maledeta da Kombi???

[]

Alexandre Pimentel Cabral de Medeiros
"Eppur se muove..." (Galileu)


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 01:22

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu


Takata: Nao e' o q. eu depreendo da leitura das palestras proferidas
por Freud:

http://www.psych.yorku.ca/classics/Freud/Origin/origin1.htm

Primeiro ele fala do trabalho q. ele desenvolveu com Joseph Breuer,
depois das teorias de Charcot, depois de como ele acabou abandonando
o uso da hipnose (por razoes eminentemente praticas e nao teoricas) e
so' depois fala da ideia de repressao.

Manuel: A primeira exposição sobre a teoria da repressão
(Verdrängung) foi o artigo `Sobre o Mecanismo Psíquico dos Fenômenos
Histéricos: Comunicação Preliminar', escrito em 1893 por Freud em co-
autoria com Breuer. Em outros trabalhos posteriores, mas ainda do
período de Breuer (que vai até 1897), Freud fez novas explanações da
teoria da repressão ou `defesa': `The Neuro-Psychoses of Defense
(1894) e `Estudos sobre a Histeria' (1895). Foi somente em 1897 que
Freud abandonou definitivamente o método catártico, que se valia da
hipnose, e criou o método psicanalítico.

Takata: Qto ao papel da sexualidade nas neuroses, aqui q. fico me
coçando pra saber q. resultado teriamos com a psicoralise em
pacientes neuroticos. Mas nao podemos aplicar... Embora qdo a gente
vê os resultados de discursos religiosos sobre essa gente... Sera' q.
o grau de cura pela religiao e' menor do q. com a psicanalise? Se bem
me lembro foi objetado q. seria apenas a substituicao de uma obsessao
por outra, ou algo assim, e q. o paciente na verdade nao estaria
curado. Sera' mesmo q. nao? Nao ha' meios de se verificar isso? Isso
ja' foi feito?

Manuel: Se você pensa em invalidar a psicanálise comparando seus
resultados com os obtidos através do discurso religioso, saiba que,
com esse argumento, e caso não queira valer-se de dois pesos e duas
medidas, você pode também reduzir a merda líquida (ou a uma piada) a
biopsiquiatria e seus psicofármacos. Pois, conforme escreveu John
Horgan: "Talvez o maior mito da biopsiquiatria seja o de que os
antidepressivos representam um tremendo avanço em relação à
psicoterapia isolada no tratamento da depressão. Na realidade,
psicoterapia e drogas produzem resultados aproximadamente
comparáveis, segundo um informe publicado em 1995 em 'professional
psychology' por David Antonuccio, da faculdade de medicina da
Universidade de Nevada, e dois colegas. Os pesquisadores constataram
que 'várias metanálises -- relatadas em publicações especializadas de
psiquiatria e psicologia -- abrangendo numerosos estudos com milhares
de pacientes corroboram com notável consistência a perspectiva de que
a psicoterapia é no mínimo tão eficaz quanto a medicação no
tratamento da depressão." (John Horgan; A Mente Desconhecida -- pp.
153; Companhia das Letras)

A biopsiquiatria é uma religião? Os psicofármacos produzem em seus
usuários efeitos religiosos? O Prozac é um placebo?

Quanto à importância da sexualidade na etiologia das neuroses (falei
neurose, e não doenças psíquicas em geral), a expressão dela é tão-
somente estatística, isto é, neuroses causadas por frustrações
sexuais são em muito maior número, provavelmente porque o desejo
sexual pode ser satisfeito através da fantasia (os punheteiros sabem
disso mais do que ninguém) e estas, por sua vez, podem ser
recalcadas, o que é demonstrável por meio de sujestão pós-hipnótica.

Mas neuroses com outras causas pode haver, como, por exemplo, as
neuroses traumáticas de guerra, em que o que é reprimido é o medo, ou
melhor, o sentimento de medo é afastado da consciência, mas seus
efeitos somáticos permanecem: sudoração, distúrbios gastrintestinais,
tremores, espasmos e até paralisia.

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Genoma humano, pedido a Takata
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2002 01:36

De: "Geraldo M. Barcelos (HPG)"

| Olá Takata!!!
|
| Você quer dizer que desde 50 ou 60 já se diz
| ser o DNA uma linguagem, com sintaxe e
| semantica e que existe uma natureza comum
| entre a linguagem musical e a linguagem do
| DNA?
|
| O que é o Genoma, você saberia
| explicar, quais as bases do modelo teorico?
|
| Pondere!!!!!
|
| gemaba
| www.gemaba.hpg.com.br
|

Gostei do site acima do amigo Gemaba. Altamente recomendado para os apreciadores da linguagem sintética. Os prolixos não devem passear por lá! :-)) Todo o tratamento matemático do site ocorre antes da data zero!
Espero que a resposta 'didática' do Takata sobre o DNA não sejam tão sintética assim.
[]'
Léo
PS: Espero que o Gemaba aprecie nossas brincadeiras.




SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 04:00

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu


Takata: Outra coisa com a qual nao concordo é a visao q. Freud parece
ter do homossexualismo:

Manuel: Certa vez o próprio Freud escreveu (não me lembro em que
ensaio ou artigo) que a bissexualidade é uma disposição natural da
especie humana. Se assim é, então a heterossexualidade 'exclusiva',
tanto quanto a homossexualidade 'exclusiva', é também um desvio.

A sexualidade humana, por estar amplamente desvinculada da
reprodução, e porque pode se satisfazer através da fantasia - em que
o objeto do desejo é, muitas vezes, substituído por uma metáfora ou
metonímia -, pode expressar-se de várias maneiras: tem gente que se
satisfaz apenas com objetos, sapatos, por exemplo (fetichismo),
outros somente com animais (bestialismo), ou com defuntos
(necrofilia), ou apenas olhando e se masturbando (voyerismo), ou
somente quando estimulados pela agressividade (sadomasoquismo),
havendo ainda os que acham altamente afrodisíaco o cheiro e o gosto
das fezes do parceiro (cropofilia). 'Parafilia' é o termo com o qual
designo essa sexualidade que foge ao padrão, e acho muito mais
preferível ao termo usado por Freud: perversão. E, com exceção dos
pedófilos e estupradores, os parafílicos tem mais é que dar vazão ao
seu 'estranho amor', pois, do contrário, serão infelizes.

As parafilias não são doenças. Doença é o que advém da repressão dos
desejos parafílicos, e o nome dessa doença é 'neurose'.

Takata: A neurose teria origem fundamentalmente em alguma coisa com
carga sexual. Claro q. se utilizarmo-nos de uma definicao tao ampla
de 'sexo' qto o 'prazer' ou qq coisa relacionada a isso fica mais
facil de se interpretar qq coisa sob essa optica: ate' mesmo o caso
da moça q. ficou neurotica com a visao de um cachorro bebendo agua.

Manuel: Além das neuroses causadas pela repressão das libidos
parafílica, incestuosa ou estigmatizada como 'imoral', é possível que
haja neuroses em que o papel da sexualidade é secundária ou mesmo
inexistente. Neste último caso, um exemplo a ser citado é o das
neuroses traumáticas de guerra, em que o que se reprime é o
sentimento de medo. Durante a Segunda Guerra Mundial, o psicólogo
Ernest Simmel, diretor do Hospital de Neuróticos de guerra em Posen,
curou 'todos' os soldados afectados por esta doença que ele atendeu,
e o fez através do método catártico de Breuer e Freud. Nenhuma outra
técnica (como o eletrochoque) teve o mesmo sucesso.

Uma outra pulsão suscetível à repressão e que, subsistindo
inconscientemente, pode gerar sintomas neuróticos é a hostilidade, a
agressividade advinda das frustrações. A outra, a agressividade
sádica, é libido.

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: A Espécie das Origens lançado hoje
FROM: Joao Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: argumentos <argumentos-critica@yahoogroups.com>
DATE: 10/12/2002 07:28

Mais um que não percebeu o darwinismo.
Joao


Investigador Português Publica Livro Que Critica Aplicação da Teoria da
Evolução de Darwin
Por ANDRÉIA AZEVEDO SOARES
Terça-feira, 10 de Dezembro de 2002

"A Espécie das Origens" lançado hoje

António Amorim, do Ipatimup, no Porto, defende que a selecção natural
não é um modelo científico aceitável

Chama-se "A Espécie das Origens - Genomas, linhagens e recombinações" o
livro que o cientista António Amorim lança hoje, às 21h30, no auditório
da Biblioteca Almeida Garrett, no Porto. Engana-se quem pensa que a
paródia ao título da famosa obra de Charles Darwin, "A Origem das
Espécies", sugere um diálogo amigável com ideias do pai do
evolucionismo. Pelo contrário, o volume editado pela Gradiva é uma dura
contestação das perspectivas darwinistas.

António Amorim rejeita, numa visão "ferozmente pessoal", a ideia da
selecção natural. Isso porque considera que é uma explicação mais
ideológica do que científica, além de totalitária e circular: "Justifica
a coisa e o seu contrário; tudo e, ao mesmo tempo, nada". O autor é
professor catedrático da Faculdade de Ciências e investigador do
Instituto de Patologia e Imunologia da Universidade do Porto (Ipatimup),
na área da genética pura e aplicada. O volume será apresentado na sessão
de lançamento, esta noite, pelo psiquiatra Rui Mota Cardoso.

A ideia de escrever "A Espécie das Origens" surgiu após um debate,
realizado em 2001, aquando do lançamento da tradução portuguesa de
"Genoma", de Matt Ridley. Após ouvir as críticas de Amorim às ideias
darwinistas, o editor Guilherme Valente desafiou o investigador do
Ipatimup a elaborar um texto sobre o tema para a colecção "Ciência
Aberta". O resultado foi um livro de 126 páginas, com dez capítulos
escritos numa linguagem acessível ao público em geral.

António Amorim parte de uma generosa oferta de conceitos básicos para
chegar, já na parte final do livro, à enunciação da sua tese
antidarwinista. Isso permite ao leitor adquirir, à medida que avança as
páginas, algumas ferramentas necessárias para compreender a questão
central de "A Espécie das Origens": dissociar a inegável existência da
evolução dos pressupostos de Darwin.

"Todos pensam que para falar de evolução é preciso citar Darwin. Ninguém
nega a evolução na área científica. Mas estamos num ponto de viragem no
que toca ao enquadramento teórico dessa mesma evolução. Na minha
opinião, o darwinismo é o último estertor duma forma histórico-natural
de ver a biologia", afirma Amorim.

Darwin defendia a existência de um lento processo que envolveria a
selecção dos indivíduos mais aptos, a modificação das espécies
existentes e, a longo prazo, o aparecimento de novas. Para Amorim, essa
explicação busca apenas justificar a extinção e a substituição das
espécies. Portanto, é um enunciado que não pode ser verificado
experimentalmente e que não é capaz de prever o que a elas sucederá nos
próximos tempos. Como tal, o investigador afirma que a selecção natural
não é um modelo científico aceitável.

"A previsão pormenorizada dos percursos que o mundo vivo irá tomar nos
próximos tempos é-nos inacessível. Mas nem isso é peculiar da biologia:
a física também já enfrentou este problema quando, por exemplo,
verificou ser impossível analisar a trajectória individual de cada
molécula de um gás. Isso não implicou que fosse impossível calcular a
variação da pressão desse gás de acordo com a temperatura. Também na
evolução teremos de assumir a mesma modéstia e, fazermo-la significará
abdicar da presunção de 'explicar' um conjunto de resultados
heterogéneos com uma única abordagem teórica", escreveu o autor.

António Amorim enjeita o desejo do programa neodarwinista de definir um
mecanismo único responsável pela geração da diversidade actual e passada
dos seres vivos. Isso porque, na opinião do professor, uma explicação
global e totalitária despreza a complexidade múltipla que envolve a
evolução das espécies. "Aquilo a que chamamos vida é uma complicação de
coisas. Provavelmente não há uma explicação única para a mudança dessas
diferentes formas de vida", diz o autor.

No que toca à diversidade genética, Amorim refere que "o número de
combinatórias é tão excessivamente elevado que nem que a nossa espécie
durasse até à extinção do Sol não teríamos tempo de ensaiar todas as
combinações já existentes - e não estou nem sequer a falar daquelas que
vão surgir nos próximos tempos. O mundo vivo actual é uma reduzida
amostra da diversidade biológica potencial. Utilizamos poucos volumes
dessa imensa biblioteca que temos à nossa disposição".


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciências Humanas p/ Luiz
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2002 09:24

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Tuesday, December 10, 2002 12:04 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Ciências Humanas p/ Luiz

> Consultei minhas duas brochuras científicas e nada encontrei sobre a
> ciência atual tratada com detalhes na ciencialist:

Eu já disse que você está precisando se globalizar, pô! Vou tentar ajudá-lo.

> as leis de Olavo,

Essa pode deixar de lado pois vale mais para os químicos que trabalham com
medidas de precisão. De qualquer forma, está relacionada a limpeza dos tubos
de ensaio. É mais ou menos assim: *Ou lavo* hoje ou posso jogar fora, pois
os resíduos aderem na parede do tubo e não saem nem a paulada.

> teoria da conspiração,

Isso é coisa de anestesista. Se o paciente começa a se sufocar no catarro,
enquanto eles estão injetando anestésico, eles descobriram um meio de
aspirar o paciente sem interromper a injeção. É o que eles chamam
co-aspiração = aspiração concomitante.

> derivada da psicanálise,

É o equivalente à aplicação da regra de L`Hospital. Quando a terapia não se
mostra muito eficaz, e o paciente não está colaborando, os médicos se
utilizam da psico-derivada, o que corresponde a mandar o paciente para o
L`Hospital, que é a maneira disfarçada de se referirem a Hospital de Loucos.

> corolário das emoções de controle,

Controle as emoções com Viagra e tudo acaba dando certo. Corolário: Viagra é
como o uisque, se não for do bom causa ressaca.

> a divisão do consciente, pré-consciente e inconsciente por zero (com
> coeficientes não nulos),

Aplique a regra de L´Hospital que acaba dando tudo certo.

> percepção como função do juízo de realidade [p = f(jr)],

O JR já saiu de moda. Só tem interesse para os saudosistas das séries de TV,
como os velhos amigos do Colucci.

> ego (conhecia 'lego'!)

A esse respeito eu só conheço as equações egocêntricas, aquelas que
descrevem o movimento de um bambolê com o observador no centro do
referencial (bamboleador seria mais correto). Uma pequena correção: Se você
for o bamboleador as equações serão leocêntricas e não legocêntricas.

> e uma tantada de coisas quânticas mais.

Pô, agora já é demais. Até agora estávamos falando de coisas sérias,
quântica é pseudociência.

> Minhas brochuras broxaram?

Ponha a caixa de Viagra em cima delas por meia hora, 3x/dia.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Apresentação!!!
FROM: "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2002 09:33

Olá Senhores!!!

Serei breve, sou de BH-MG e estrei nessa lista
por intermédio da Acropolis, onde já participo
desde março/2002.

Não tenho ligações profissionais com Filosofia,
meu ramo é ciência da computação.

Saudações!!!
gemaba
www.gemaba>hpg.com.br




SUBJECT: RES: Velocidade de Luz
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2002 09:35

> De: Alvaro Augusto de Almeida
>
> A questão é que não existe isso de "repouso absoluto".

Eu sei. É o que todos dizem. Mas, se não existe um marco
zero como sei que o limite máximo de velocidade é 300.000 km/s?

> Assim, mesmo que você estivesse pilotando seu fuscão preto [...]

É azul-calcinha...

> a 299.999,999 km/s, a velocidade que você mediria para a Kombi
> não seria mais do que 300.000 km/s.

Ok. Mas, mesmo um corpo de encontro a outro, ambos na velocidade
da luz, a velocidade relativa deles não é de 600.000 km/s no instante
do impacto?

> Mas se ela vier em sua direção, saia da frente, pois uma
> Kombi a quase 300.000 km/s tem energia suficiente para acabar
> com a cidade de São Paulo inteira!

Nã-nã-não! A Kombi está carregada de muamba, portanto com
maior massa, fato que aumenta drasticamente a energia cinética.
Eu acho que o Estado todo vai pro beleléu...

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homens: camundogos sem cauda - Marcelo Leite
FROM: "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2002 09:45

Olá José Renato!!!

Como vai caríssimo!!! Separei um parágrafo para comentários, que seja.

"É o cúmulo da simplificação e o supra-sumo do determinismo genético. Não dá
para imaginar um exemplo mais acabado dessa crença de que tudo que há numa
pessoa (ou organismo), da cor dos olhos ao comportamento mais peculiar, seja
determinado principal ou exclusivamente pelos genes, ou seja, pela seqüência
das letras num trecho de DNA. "

Pelas informações que recebi isso não acontece com o cérebro aonde o meio
ambiente tem fator marcante em sua
formação, que seja, a estrutura do cérebro não está toda codificada no DNA,
o que reforça a tese de interação
do DNA com o meio.

José Renato, o Takata tem boa formação na área? Alô Takata, dá pra dar uma
ajuda aos pobres desistrumentalizados?

Saudações!!!
gemaba
www.gemaba.jpg.com.br


----- Original Message -----
From: "José Renato" <jrma@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, December 09, 2002 8:55 PM
Subject: [ciencialist] Homens: camundogos sem cauda - Marcelo Leite


Olá! Vejam esse comentário veiculado hoje no Jornal da Ciência e-mail.
[]s
José Renato
ET. Gemaba, um dia vamos entender uns 10% do "pouquinho" que o Takata sabe
após uns trocentos anos queimando as pestanas sobre os livros de genética.
_______________________

JC e-mail 2177, de 09 de Dezembro de 2002.
< http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=6573 >
Homens são camundongos sem cauda, artigo de Marcelo Leite

Há muito mais que uma cauda separando homens de roedores, e não se trata
aqui de superioridade moral, mas de complexidade biológica, mesmo
Marcelo Leite é o editor de Ciência da 'Folha de SP' e escreve a coluna
'Ciência em Dia' no caderno 'Mais!' da 'Folha de SP', onde saiu este artigo:
Jamais escreveria a frase do título, não fosse instado a isso por uma
instituição do porte do Wellcome Trust, fundação britânica que financia o
Centro Sanger, por sua vez o segundo mais importante instituto envolvido no
sequenciamento (soletração) do genoma humano -e também do genoma do
camundongo, publicado há três dias na revista científica "Nature"
(http://www.nature.com).

Tamanha enormidade se encontra num comunicado à imprensa redigido pelo
Wellcome Trust e distribuído a jornalistas credenciados com acesso
antecipado aos artigos da "Nature" (um serviço que lhes permite trabalhar
durante uma semana sobre o conteúdo das pesquisas, de modo a entendê-las
melhor e, com isso, se tornarem mais capazes de fazê-las compreensíveis para
o público).

O período completo diz literalmente: "Seria possível dizer que nós somos
essencialmente camundongos sem caudas -mas nós até mesmo temos os genes que
poderiam fazer uma cauda".

É o cúmulo da simplificação e o supra-sumo do determinismo genético. Não dá
para imaginar um exemplo mais acabado dessa crença de que tudo que há numa
pessoa (ou organismo), da cor dos olhos ao comportamento mais peculiar, seja
determinado principal ou exclusivamente pelos genes, ou seja, pela seqüência
das letras num trecho de DNA.

Como a comparação dos genomas do homem e do camundongo revelou uma
coincidência de 99% entre os genes das duas espécies, algum redator concluiu
que estava autorizado a redigir a frase infeliz.

O texto que você tem em mãos foi escrito antes de sair a "Nature" com o
genoma do camundongo, quinta-feira passada.

Não havia como saber se a bobagem viria a ser assimilada por algum
jornalista entre as centenas ou milhares deles cadastrados pelo sítio de
acesso restrito da "Nature" (press.nature.com).

Arriscaria prever que sim, pois ela tem todos os elementos de uma frase de
efeito e, imprudência das imprudências, foi destacada no comunicado entre
"Dez fatos e cifras do Projeto Genoma do Camundongo", como item 6 da lista.

O press release traz até uma variante citável da cincada, pela boca da
cientista Jane Rogers, chefe de sequenciamento do Centro Sanger, em
Cambridge (Reino Unido), com exclamação e tudo: "Compartilhamos 99% de
nossos genes com o camundongo, e até mesmo temos os genes que poderiam fazer
uma cauda!"

Longe desta coluna desmerecer a importância científica de soletrar o DNA do
camundongo, que se tornou o principal animal-modelo da pesquisa biomédica.

Com o sequenciamento de seu genoma e a possibilidade de cotejá-lo com o
humano, decerto surgirão muitos lampejos sobre os mecanismos básicos da
intricada bioquímica de doenças importantes. Mas exageração tem limite.

Há muito mais que uma cauda separando homens de roedores, e não se trata
aqui de superioridade moral, mas de complexidade biológica, mesmo.

Mais importante é destacar, como faz outro press release (da Universidade de
Genebra), a descoberta do grupo de Stylianos Antonarakis na mesma "Nature",
com base na análise do cromossomo 21 humano: de 3.491 trechos de DNA nele
com correspondentes no camundongo, 2.262 não são de genes (só 1.229
apresentam as características necessárias para participar da síntese de
proteínas).

Ela diz bem mais sobre o grau de exatidão do conhecimento obtido com o
sequenciamento: "O papel exato desses elementos genômicos não-gênicos, mas
importantes, é desconhecido, mas provavelmente regulam a função de genes".

(Folha de SP, Mais!, 8/12)
_______________________________vejam mais sobre o assunto


December 05, 2002

Mouse Genome Sequenced


In the name of science, researchers have fashioned numerous kinds of mice:
fat, thin, hairless, or afflicted with a particular disease, to name a few.
Now the first draft sequence of the mouse genome, published today in the
journal Nature, should make the tiny rodents even more helpful for future
research into a variety of diseases. The findings suggest that mice and
humans have a similar number of genes (around 30,000) and that nearly 90
percent of genes associated with disease in people have counterparts in
mice.

The international Mouse Genome Sequencing Consortium sequenced and analyzed
more than 95 percent of the genetic code of Mus musculus, which contains
about 2.5 billion DNA base pairs compared to 2.9 billion in the human
genome. "We share 99 percent of our genes with mice," says Jane Rogers of
the Wellcome Trust Sanger Institute in Cambridge, England, "and we even have
the genes that could make a tail." In fact, only about 300 genes are unique
to either organism, which further supports the use of the mouse models for
studying various diseases as well as testing novel treatments. The key
differences lie in those areas of the genome governing immunity,
detoxification, smell and sex, which makes sense considering where rodents
usually live, how they find food and the number of offspring they can
produce.

According to Allan Bradley, also at the Wellcome Trust Sanger Institute, the
mouse genome "is a huge asset to researchers, and its significance matches
that of the human genome." Indeed, by comparing specific sections of the
mouse genome to our own, scientists can garner insight not evident from
examination of our genetic code alone. For example, additional findings
published today in Nature by Stylianos Antonaradkis of the University of
Geneva Medical School and his colleagues highlight the similarity of
non-protein-encoding sequences between man and mouse. By comparing human
chromosome 21 to the corresponding section of the mouse genome, the team
determined that 2,262 nongene DNA segments have been conserved. Because
evolution has left these chunks of DNA intact, the scientists posit that
they play an important role and could exert control over other genes at
specific times and places, or provide chromosomes with the necessary
structure to function properly. -- Sarah Graham

____________________________Tradução livre... e bote livre nisso!



Seqüenciado o genoma de rato

Em nome da ciência, pesquisadores adaptaram tipos numerosos de ratos
nomeando alguns : gordos, magros, calvos, ou afligidos por alguma doença
particular. Agora a primeira seqüência de desenho do genoma de rato,
publicada hoje na Revista Nature , fará os minúsculos roedores até mais
úteis para pesquisa futura em uma variedade de doenças. As descobertas
sugeriram que ratos e humanos teriam um número semelhante de genes (ao redor
de 30,000) e que quase 90 por cento de genes associados com doença nas
pessoas tem contrapartes em ratos.

O Consórcio Internacional de Seqüência de Genoma de Rato seqüenciou e
analisou mais de 95 por cento do código genético de Mus musculus, que contém
mais ou menos 2.5 bilhões DNA pares básicos comparados a 2.9 bilhões no
genoma humano. "Nós compartilhamos 99 por cento de nossos genes com ratos,"
diz que Jane Rogeres do Wellcome Trust Sanger Institute"em Cambridge,
Inglaterra, "e nós até temos os genes que podiam fazer um rabo." De fato,
somente mais ou menos 300 genes são sem iguais para um ou outro organismo,
que suportes adicionais o uso dos modelos de rato para estudar várias
doenças como também tratamentos inovativos de prova. As diferenças básicas
nessa área ficam nas área do genoma que administra a imunidade,
detoxification(?), olfato e sexo, que faz sentido considerando onde os
roedores usualmente vivem, como eles encontram alimentos e o número de crias
que eles podem gerar.

De acordo com o Allan Bradley, também no Wellcome Trust Sanger Institute, o
genoma de rato "é um imenso recurso para pesquisadores, e suas combinações
de significado do genoma humano." Realmente, comparando seções específicas
do genoma de rato com o nosso próprio, cientistas podem armazenar
"percepções" não evidentes em exames de apenas nosso código genético. Por
exemplo, descobertas adicionais publicadas hoje na Revista Nature por
Stylianos Antonaradkis da Universidade da Escola Médica de Genebra e seus
colegas, destacam a semelhança de codificação de não proteína seqüencial
entre homem e rato. Comparando cromossomo humano 21 para a seção
correspondente do genoma de rato, o grupo determinou que 2,262 nongene de
DNA segmentos foram conservados. Porque a evolução deixou estes pedaços de
DNA intactos, os cientistas apostam que eles desempenham um papel importante
e poderão mostrar controle acima de outros genes em tempos e lugares
específicos, ou oferecerão, de forma correta, cromossomos com a estrutura
necessária para funcionar.

Sarah Graham






[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: RES: Velocidade de Luz
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2002 10:01

> De: Takata
>
> Vc nao ira' se chocar a 600.000 km/s porq. as velocidades
> nao se somam assim.

Então qual é a velocidade de um corpo com relação a outro
ambos na velocidade da luz e em sentidos contrários?

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Ajude os chimpanzes
FROM: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 10:08

Entre neste link

http://primates.care2.com/i?p=694944833

e depois clique em ´Free Click To Help´, deste modo voce ajuda na
preservacao dos chimpanzes.

Entrei em contato com o Instituto Jane Goodall e eles confirmaram
que o site eh serio.

Ateh
Luis Brudna





SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade de Luz
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2002 10:19

Álvaro:

E essa destruição nada mais seria do que um ato de profilaxia social.....

silvio.

----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, December 09, 2002 10:35 PM
Subject: Re: [ciencialist] Velocidade de Luz


> Caro Alexandre,
>
> A questão é que não existe isso de "repouso absoluto". Trata-se de uma
> idéia newtoniana abolida pela relatividade (para desespero de muitos).
> Assim, mesmo que você estivesse pilotando seu fuscão preto a 299.999,999
> km/s, a velocidade que você mediria para a Kombi não seria mais do que
> 300.000 km/s. Mas se ela vier em sua direção, saia da frente, pois uma
> Kombi a quase 300.000 km/s tem energia suficiente para acabar com a cidade
> de São Paulo inteira!
>
> [ ]s
>
>
> Alvaro Augusto de Almeida




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM/CORRIGIDO
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2002 10:27

Marco:

O conceito "imundo" é humano. O rato tá na dele e satisfeito por seus
hermanos humanos produzirem a imundície na qual eles, com nossas primas
baratas, vivem.
Não há imundicie sem a presença dos humanos. Mas os ratos embora lucrem, não
se preocupam com isso: humanos, apenas um detalhe....

sds.,

silvio.
From: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Subject: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM/CORRIGIDO


On 9 Dec 2002 at 12:41, rmtakata wrote:

> O caso e' grave doutor? Re re... Mas com apenas os elementos
> acessiveis pelo q. escrevo e' possivel fazer tal diagnostico?
> Tipo, falta do q. fazer tbm entra nessa categoria de manias
> (a descricao dada parece mais de sadismo)?

Não é um diagnóstico de sua pessoa. Jamais me atreveria a fazer isso. Os
escritos podem revelar uma relação maníaca na lista, mas isto não é um
diagnóstico. Esta relação pode ser conscientemente cultivada e está tudo
bem. Eu pessoalmente acho que esta forma é muito boa, porque o torna
agradavelmente provocador. Não é nada pejorativo o que eu disse. Pelo
menos não foi minha intenção, mas como dizem, de gente com boas
intenções o inferno está cheio


> Jamais daria autorizacao para o uso nem do nome nem da 'tecnica', nem
> ao menos incentivaria a aplicacao em pacientes. [...] Mas seria preciso
> adotar uma outra abordagem (claro, seria estranho 'psicanalisar'
> camundongos e ratos... mas dado q. eles sao 99% parecidos. Re re...).

Desculpe, mas no caso de ser uma técnica boa, por que não escrever
numa revista científica? Quando eu disse divulgar, me referi a isso. Se não
serve para tratar a ninguém, é uma mera diversão intelectual. Que coisa
estranha. Tanta parecença em seres tão diferentes (seria, de agora em
diante, muito prudente pensar duas vezes antes de dizer a um inimigo que
é um "rato imundo" - alguém 99% parecido, só que imundo).

Um abraço

Marco Aurelio









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SUBJECT: Re: Genoma humano, pedido a Takata
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 10:28

--- Em ciencialist@y..., "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@i...>
> Você quer dizer que desde 50 ou 60 já se diz
> ser o DNA uma linguagem, com sintaxe e
> semantica e que existe uma natureza comum
> entre a linguagem musical e a linguagem do
> DNA?

O q. eu disse e' q. ha' muito tempo se conhece o
codigo genetico dos seres vivos. O codigo genetico
e' a relacao entre cada grupo de tres nucleotideos
(elementos q. compoem o ADN) e o aminoacido q. e'
incorporado 'a proteina.

Os experimentos para descobrir essa relacao comecaram
por volta de meados dos anos de 1950 e em meados de 60
o codigo ja' era conhecido: se tivessemos três timinas na
cadeia de ADN (ou três uracilas no ARN-m sintetizado a
partir dessa cadeia de ADN), a proteina produzida
teria uma feninalanina, se tivesse uma adenina seguida de
duas guaninas, teriamos uma arginina e assim por diante.

> O que é o Genoma, você saberia
> explicar, quais as bases do modelo teorico?

Genoma se refere basicamente ao conjunto de todos os genes
em um organismo. De modo mais amplo, e' o material genetico
(ADN para a maioria das especies e ARN para o caso de alguns
tipos de virus, como o da Aids) de cada ser vivo: o q. inclui
tbm os trechos q. nao seriam propriamente genes. E' apenas
um nome.

Agora, a q. modelo vc se refere? Ao modelo de gene, ao modelo
de seu funcionamento, ao modelo do processo q. leva do
genotipo ao fenotipo, ao modelo do ADN...?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: ESSA DO CHAPOLIM FOI BEM SACADA...
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 10:34

--- Em ciencialist@y..., "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@i...> escreveu
> tu vai ver que eles são contratados, por varias empresas de
> biotecnologia, pra fazer lobby, na imprensa.

Isso eu nao vi. Mas q. ha' lobby, nao apenas na imprensa, mas no
congresso, claro q. ha'. Tto das empresas favoraveis 'a liberacao dos
transgenicos, como das instituicoes q. sao contra os transgenicos.

> me admira você, Chapolim, aceitar essa babaquice de que maisculas é
> gritaria.

E' a regra. Assim com aceitamos q. :-) e' um sorriso. Como o meio
escrito nao possui a variedade de entonacoes e expressoes faciais q.
ajudam a entendermos o tom e a cor emocional q. percebemos na fala ao
vivo, esses elementos ajudam a interpretar melhor as palavras.

Ate' porq. eu economizo nesses elementos de expressividade, por vezes
interpretam minhas piadas (piadas?) como um ataque.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ciências Humanas p/ Luiz
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2002 10:39

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, December 10, 2002 1:04 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Ciências Humanas p/ Luiz

>...e uma tantada de coisas quânticas mais.

Uai, da última vez que eu consultei meus alfarrábios, a única pessoa que
achava que a mecânica quântica não é ciência era o Alberto. Você também
concorda com ele? Quanto ao resto, com exceção do Olavo de Carvalho, que é
filosofia, tudo o mais se encaixa na área de ciências humanas. Como o nome
da lista é Ciencialist e não Cienciasexataslist, são tópicos pertinentes,
mesmo que você particularmente não tenha o menor interesse neles.

Abs.
L.




SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM/CORRIGIDO
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 10:41

--- Em ciencialist@y..., "Marco A. Andrade" <clave@s...> escreveu
> Desculpe, mas no caso de ser uma técnica boa, por que não escrever
> numa revista científica?

O problema e' descobrir se e' boa. Nao podemos aplicar a
torto e a direito qq coisa em pacientes para descobrir
se funciona ou nao. E' preciso primeiro descobrir um outro meio
para testar antes de aplicar em humanos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Homens: camundogos sem cauda - Marcelo Leite
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2002 10:46

----- Original Message -----
From: Geraldo M. Barcelos (HPG)
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, December 10, 2002 9:45 AM
Subject: Re: [ciencialist] Homens: camundogos sem cauda - Marcelo Leite

>Pelas informações que recebi isso não acontece com o cérebro aonde o meio
ambiente tem fator marcante em sua
formação, que seja, a estrutura do cérebro não está toda codificada no DNA,
o que reforça a tese de interação do DNA com o meio.

É verdade. Eis o que diz a respeito o neurologista António Damásio em _O
Erro de Descartes_: "O equivalente das especificidades que os genes ajudam a
estabelecer nos circuitos do tronco cerebral ou do hipotálamo chegam ao
resto do cérebro muito depois do nascimento, durante o desenvolvimento do
indivíduo na infância, na meninice e na adolescêncie, e à medida que esse
indivíduo interage com o ambiente físico e com outros indivíduos. É de todo
provável, pelo menos no que diz respeito aos setores cerebrais
evolutivamente modernos, que o genoma ajude a estabelecer não um arranjo
preciso, mas um arranjo geral de sistemas e circuitos. E como é que o
arranjo preciso se estabelece? Estabelece-se sob *a influência de
circunstâncias ambientais que são complementadas e restringidas pela
influência dos circuitos estabelecidos de forma inata e precisa,
relacionados com a regulação biológica*." (o grifo é do próprio Damásio)

Abs.
L.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade de Luz
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2002 11:24

Independentemente da profilaxia sugerida, ainda acredito num referencial absoluto. A expansão do universo se faz a partir de um ponto (nessas dimensões cósmicas 'um ponto' = região) central. Tal região poderia ser o local da fixação do referencial absoluto. Sem tal referencial o termo 'expansão' não teria significado [obs: não tem cabimento referir-se a uma expansão geral apenas comparando aumento de distância entre componentes individuais; onde se colocaria o referencial para julgar tais afastamentos? sobre um astro e examinar outro?].
Num campo de futebol pode perfeitamente estar a todo momento ocorrendo afastamentos entre certos jogadores (referencial em um e análise sobre outro), todavia, a área disponível (campo de futebol) é sempre a mesma. Isso, para gases confinados num continente de volume V é de constatação trivial.
Ou será a Terra o referencial absoluto, geral e arquibancada?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 10 de dezembro de 2002 10:19
Assunto: Re: [ciencialist] Velocidade de Luz


| Álvaro:
|
| E essa destruição nada mais seria do que um ato de profilaxia social.....
|
| silvio.
|
| ----- Original Message -----
| From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
| To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
| Sent: Monday, December 09, 2002 10:35 PM
| Subject: Re: [ciencialist] Velocidade de Luz
|
|
| > Caro Alexandre,
| >
| > A questão é que não existe isso de "repouso absoluto". Trata-se de uma
| > idéia newtoniana abolida pela relatividade (para desespero de muitos).
| > Assim, mesmo que você estivesse pilotando seu fuscão preto a 299.999,999
| > km/s, a velocidade que você mediria para a Kombi não seria mais do que
| > 300.000 km/s. Mas se ela vier em sua direção, saia da frente, pois uma
| > Kombi a quase 300.000 km/s tem energia suficiente para acabar com a cidade
| > de São Paulo inteira!
| >
| > [ ]s
| >
| >
| > Alvaro Augusto de Almeida
|
|
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SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 11:26

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Foi somente em 1897 que Freud abandonou definitivamente o método
> catártico, que se valia da hipnose, e criou o método psicanalítico.

Ok. (Mas abandonar definitivamente significa q. antes disso nao se
aplicou outros metodos? Pela palestra dele continua parecendo q. a
questao foi mais pratica do q. inspirada na teoria.)

> Manuel: Se você pensa em invalidar a psicanálise comparando seus
> resultados com os obtidos através do discurso religioso, saiba que,
> com esse argumento, e caso não queira valer-se de dois pesos e duas
> medidas, você pode também reduzir a merda líquida (ou a uma piada)
> a biopsiquiatria e seus psicofármacos.

Eu nao penso em invalidar. Proponho comparar. Sera' invalido se nao
tiver um sucesso significativamente maior. Se isso levar de roldao os
tratamentos quimicos, tudo bem.

> A biopsiquiatria é uma religião? Os psicofármacos produzem em seus
> usuários efeitos religiosos? O Prozac é um placebo?

E se for realmente tudo placebao?

> sexual pode ser satisfeito através da fantasia (os punheteiros
> sabem disso mais do que ninguém)

Os onanistas fazem estimulacao mecanica. E apesar das gravidezes
psicologicas nunca vi ninguem se reproduzir efetivamente apenas
pensando, do mesmo modo q. ninguem se nutre apenas pensando (embora
alguns jurem q. vivam de luz e ar), mas pode satisfazer
temporariamente a tara como a fome com auto-ilusao -- a larica bate
depois? Sim, como o tesao.

Tbm nao sei se sugestao pos-hipnotica e' uma boa demonstracao de
recalcamento. Essa sugestao e' eliminada apenas com a lembranca de q.
a pessoa foi hipnotizada? Tipo, se ela assiste a um video de sua
sessao de hiponose, ela se livra da sugestao? E' possivel induzir
neurose ou atos neuroticos por hipnose?

> Mas neuroses com outras causas pode haver, como, por exemplo, as
> neuroses traumáticas de guerra, em que o que é reprimido é o medo,
> ou melhor, o sentimento de medo é afastado da consciência, mas seus
> efeitos somáticos permanecem: sudoração, distúrbios
> gastrintestinais, tremores, espasmos e até paralisia.

Mas aqui isso parece poder ser interpretado pela psicoralise... como
o caso do cao bebendo agua. E, alem disso, sera' mesmo o resultado da
repressao do medo ou da vivencia do medo, da situacao de tensao?
Soldados q. extravazem seu medo no cenario de guerra sao menos
propensos a tais neuroses traumaticas?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 11:31

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Certa vez o próprio Freud escreveu (não me lembro em que
> ensaio ou artigo) que a bissexualidade é uma disposição natural da
> especie humana. Se assim é, então a heterossexualidade 'exclusiva',
> tanto quanto a homossexualidade 'exclusiva', é também um desvio.

Aparentemente nao e' assim. Indicios sugerem q. ha' muito de
tendencias inatas na orientacao sexual.

> o objeto do desejo é, muitas vezes, substituído por uma metáfora ou
> metonímia -, pode expressar-se de várias maneiras: tem gente que se
> satisfaz apenas com objetos, sapatos, por exemplo (fetichismo),

Isso parece mais uma aplicacao do reflexo pavloviano.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM/CORRIGIDO
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2002 11:37

De: "silvio cordeiro"

| Marco:
|
| O conceito "imundo" é humano. O rato tá na dele e satisfeito por seus
| hermanos humanos produzirem a imundície na qual eles, com nossas primas
| baratas, vivem.
| Não há imundicie sem a presença dos humanos. Mas os ratos embora lucrem, não
| se preocupam com isso: humanos, apenas um detalhe....
|
| sds.,

Na natureza não há imundice, há resíduos. Na cadeia alimentar o resto da caça de uns é alimento para outros ... só sobra (e por breve tempo geológico) ossos. Os resíduos humanos, desde o amigo Erectus, mesmo seus próprios corpos, já foram consumidos (assimilados); os artefatos mais consistentes que os ossos (pontas de flechas metálicas de então, plásticos de hoje) tb serão assimilados. Em suma, na natureza só há resíduos (alguns, atualmente, sob a forma humana).
[]'
deus



SUBJECT: RES: [ciencialist] Velocidade de Luz
FROM: "Ronaldo Correia Junior" <ronaldocj@superig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2002 11:41

Léo

> Independentemente da profilaxia sugerida, ainda acredito num
> referencial absoluto. A expansão do universo se faz a partir
> de um ponto (nessas dimensões cósmicas 'um ponto' = região)
> central.

Não existe esse ponto central a partir do qual o Universo se expandiu.
Tal expansão é análoga à superficie de balão sendo inflado, em que cada
ponto se alarga e nenhum pode ser considerado o centro.

Abraços

________________________________
Ronaldo Correia Junior
www.dedesdospes.hpg.ig.com.br
www.truenet.com.br/ronaldo



SUBJECT: Re: Homens: camundogos sem cauda - Marcelo Leite
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 11:57

--- Em ciencialist@y..., "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@i...>
> o que reforça a tese de interação
> do DNA com o meio.

O ADN sozinho e o ambiente sozinhos nunca produzem nada
(biologicamente falando). Qq caracteristica de um ser
vivo e' resultado da interacao entre o ambiente e seu
material genetico.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade de Luz
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 11:57

Em Seg 09 Dez 2002 19:00, you wrote:
> Praticamente todos os corpos estão distribuídos pelo
> Universo em velocidades muito abaixo da luz. Mesmo
> corpos que estão se distanciando nos extremos diametralmente
> opostos do Universo encontram-se numa velociade de 73 km/s
> (como a Lígia nos informou). Isso é uma fraçãozinha da
> velocidade da luz.
>
> Mas imaginemos que estou pilotando um fuscão na Marginal
> do Rio Pinheiros a uma velocidade próxima a da luz e
> que na contramão esteja um nó-cego qualquer numa Kombi
> 72 também a uma velocidade próxima a da luz.
>
> Minha velocidade com relação à Kombi é de ~600.000 km/s,
> certo? Se o limite de 'c' é de 300.000 km/s, estamos nos
> referindo a um referencial absoluto; uma velocidade igual
> a zero. Mas, baseado em que referencial eu digo que um
> corpo está em repouso absoluto (velocidade = zero)??????
> Não posso me basear na Terra, nem no Sol, nem em qualquer
> outro corpo do Universo, pois estão todos em movimento,
> ainda que numa velocidade muito abaixo da luz, como
> foi dito na introdução. Então? É possível dizer que
> um corpo está em repouso absoluto?

Ai é qu esta o problema. A velocidade da luz é o limite para QUALQUER
referencial. Na Teoria da Relatividade não há referencial inercial
(referencial absoluto) e a velocidade da luz no vácuo é a maior velocidade
permitida para qualquer referencial.

>
> Voltando à Marginal Pinheiros: o que aconteceria
> com o meu Fuscão ao se chocar a 600.000 km/s com
> a maledeta da Kombi???

A questão é que velocidades não se somam do mesmo jeito na física newtoniana
e na física relativística.

Todas aquelas implicações antiintuitivas de tempo e espaço relativos se deve
a esta soma diferente de velocidades e a existência de uma velocidade
absoluta. Sendo a velocidade da luz no vácuo absoluta e sendo ela uma razão
de espaço por tempo, espaço e tempo passam a ser relativos.

Aniello


SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Velocidade de Luz
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 12:12

Em Ter 10 Dez 2002 09:35, you wrote:
> > De: Alvaro Augusto de Almeida
> >
> > A questão é que não existe isso de "repouso absoluto".
>
> Eu sei. É o que todos dizem. Mas, se não existe um marco
> zero como sei que o limite máximo de velocidade é 300.000 km/s?

Por que em qualquer referencial a velocidade da luz no vácuo será a mesma.
Não importa meu movimento, ou o movimento da fonte de luz, a velocidade da
luz no vácuo é a mesma. Não há referencial absoluto, há velocidade absoluta.


> > Assim, mesmo que você estivesse pilotando seu fuscão preto [...]
>
> É azul-calcinha...
>
> > a 299.999,999 km/s, a velocidade que você mediria para a Kombi
> > não seria mais do que 300.000 km/s.
>
> Ok. Mas, mesmo um corpo de encontro a outro, ambos na velocidade
> da luz, a velocidade relativa deles não é de 600.000 km/s no instante
> do impacto?

Primiro, para ser mais exato, um corpo não pode estar na velocidade da luz no
vácuo. Pode ficar muito próximo, tal próximo quanto se queira... Mas nunca na
velocidade da luz.

Segundo: esqueça a soma vetorial de velocidades da física newtoniana, ela não
é aplicável na física relativística.

Aniello


SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade de Luz
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 12:20

Em Ter 10 Dez 2002 11:24, you wrote:
> Independentemente da profilaxia sugerida, ainda acredito num referencial
> absoluto. A expansão do universo se faz a partir de um ponto (nessas
> dimensões cósmicas 'um ponto' = região) central. Tal região poderia ser o
> local da fixação do referencial absoluto. Sem tal referencial o termo
> 'expansão' não teria significado [obs: não tem cabimento referir-se a uma
> expansão geral apenas comparando aumento de distância entre componentes
> individuais; onde se colocaria o referencial para julgar tais afastamentos?
> sobre um astro e examinar outro?]. Num campo de futebol pode perfeitamente
> estar a todo momento ocorrendo afastamentos entre certos jogadores
> (referencial em um e análise sobre outro), todavia, a área disponível
> (campo de futebol) é sempre a mesma. Isso, para gases confinados num
> continente de volume V é de constatação trivial. Ou será a Terra o
> referencial absoluto, geral e arquibancada?
> []'
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@uol.com.br
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================

Luiz, a questão é que o ponto teórico onde esteve a singularidade que deu
origem ao big-bang é um ponto no espaço-tempo, e não no espaço. Assim, em
linguagem bem leiga, a região do big-bang ocorreu, mas não existe mais.

E quando falamos em expansào do universo falamos da observação que;
excetuando-se algumas galáxias próximas, com significativa atraçào
gravitacional mútua, as galáxias se afastam umas das outras. Não há um ponto
central de fuga que possa ser determinado.

Aniello


SUBJECT: RES: [ciencialist] Velocidade de Luz
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2002 12:38

> De: Luiz Ferraz Netto

> A expansão do universo se faz a partir
> de um ponto (nessas dimensões cósmicas 'um ponto' = região)
> central. Tal região poderia ser o local da fixação do
> referencial absoluto. Sem tal referencial o termo 'expansão'
> não teria significado [obs: não tem cabimento referir-se a
> uma expansão geral apenas comparando aumento de distância
> entre componentes individuais; onde se colocaria o
> referencial para julgar tais afastamentos? sobre um astro e
> examinar outro?].

Concordo. O ponto zero a partir do qual o Universo iniciou
a expansão pode não ser possível de se localizar, mas isso
não é o mesmo que dizer que ele não existe.

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 12:48

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu


Manuel: Certa vez o próprio Freud escreveu (não me lembro em que
ensaio ou artigo) que a bissexualidade é uma disposição natural da
especie humana. Se assim é, então a heterossexualidade 'exclusiva',
tanto quanto a homossexualidade 'exclusiva', é também um desvio.

Takata: Aparentemente nao e' assim. Indicios sugerem q. ha' muito de
tendencias inatas na orientacao sexual.

Manuel: Indícios etológicos indicam que é assim entre chimpanzés e
bonobos. Indícios antropológicos e dados psicológicos indicam que
também é assim entre humanos. Só que, entre os homens, a
homossexualidade é em geral sublimada.

Claro que as tendências masculina e feminina podem ser dominantes ou
não.

Manuel: o objeto do desejo é, muitas vezes, substituído por uma
metáfora ou metonímia -, pode expressar-se de várias maneiras: tem
gente que se satisfaz apenas com objetos, sapatos, por exemplo
(fetichismo),

Takata: Isso parece mais uma aplicacao do reflexo pavloviano.

Manuel: Sim, não deixa de sê-lo (não há incompatibilidade entre
psicanálise e reflexologia), só que o estímulo condicionado pertence
ao segundo sistema de sinalização, constituído pelas palavras e
símbolos em geral, entre os quais o símbolo 'fálico'.

[]s,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Velocidade de Luz
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 12:58

Em Ter 10 Dez 2002 12:38, you wrote:
> > De: Luiz Ferraz Netto
> >
> > A expansão do universo se faz a partir
> > de um ponto (nessas dimensões cósmicas 'um ponto' = região)
> > central. Tal região poderia ser o local da fixação do
> > referencial absoluto. Sem tal referencial o termo 'expansão'
> > não teria significado [obs: não tem cabimento referir-se a
> > uma expansão geral apenas comparando aumento de distância
> > entre componentes individuais; onde se colocaria o
> > referencial para julgar tais afastamentos? sobre um astro e
> > examinar outro?].
>
> Concordo. O ponto zero a partir do qual o Universo iniciou
> a expansão pode não ser possível de se localizar, mas isso
> não é o mesmo que dizer que ele não existe.
>
> []
>
> Alexandre Medeiros\

Uma outra abordagem intuitiva possível de ser feita para esta questão, que
está mais de acordo com as teorias atuais, é que o próprio espaço-tempo sofre
expansào. Assim o ponto onde surgiu o big-bang hoje é todo o universo.

No big-bang todo espaço-tempo do universo tinha volume zero. Hoje este mesmo
espaço-tempo se expandiu e é todo o universo. Obviamente o universo está em
repouso em relação a ele mesmo, mas isto não ajuda muito.

O erro está em pensar que o big-bang aconteceu em um espaço absoluto,
newtoniano. O espaço não é apenas o palco onde as coisas acontecem, mas é
influenciado (determinado, na verdade) pelos eventos da peça cósmica.

falar que o ponto do big-bang é um ponto no espaço-tempo, portanto um ponto
que não corresponde a nada hoje (como coloquei em email anterior) é menos
exato do que esta analogia.

Aniello


SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 13:47

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Indícios etológicos indicam que é assim entre chimpanzés e
> bonobos. Indícios antropológicos e dados psicológicos indicam que
> também é assim entre humanos. Só que, entre os homens, a
> homossexualidade é em geral sublimada.

Insisto q. nao e' o caso humano. Ha' irmaos q. se desenvolvem
no mesmo ambiente, um e' hetero; o outro, homossexual.

http://reviews.bmn.com/medline/search/record?
uid=MDLN.93263797&refer=scirus

Estudos apontam uma diferenciacao em certas regioes do cerebro
bem cedo no desenvolvimento -- ainda no utero. Ha' indicios nao
confirmados q. a exposicao a certos hormonios sinteticos
durante a gestacao pode alterar a orientacao sexual do individuo
(em relacao ao seu sexo cromossomico): exposicao a doses de
testosterona durante o desenvolvimento de fetos femininos
levaria a uma masculinizacao do comportamento.

http://www.berkeley.edu/news/media/releases/2000/03/03-29-2000a.html


The ratio of 2nd to 4th digit length and male homosexuality
Evolution and Human Behavior Volume 21, Issue 5 September 2000 Pages
333-345
S. J. Robinson and J. T. Manning,

Sexual orientation may be influenced by prenatal levels of
testosterone and oestrogen. There is evidence that the ratio of the
length of 2nd and 4th digits (2D:4D) is negatively related to
prenatal testosterone and positively to oestrogen. We report that (a)
2D:4D was lower in a sample of 88 homosexual men than in 88 sex- and
age-matched controls recruited without regard to sexual orientation,
(b) within the homosexual sample, there was a significant positive
relationship between mean 2D:4D ratio and exclusive homosexuality,
(c) overall, there was a decrease in 2D:4D from controls to
homosexual men to bisexual men and (d) fraternal birth order, a
positive predictor of male homosexuality, was not associated with
2D:4D in a sample of 240 Caucasian men recruited without regard to
sexual orientation and 45 homosexual men.

Further work is needed to confirm the relationships between 2D:4D and
sexual orientation. However, these and other recent data tend to
support an association between male homosexuality and high fetal
testosterone. Very high testosterone levels may be associated with a
sexual preference for both men and women.

http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6T6H-
41GWNHB-4&_coverDate=09%2F30%
2F2000&_alid=0&_rdoc=1&_fmt=summary&_orig=search&_qd=1&_cdi=5031&_sort
=d&wchp=dGLbVlb-
lSztz&_acct=C000050221&_version=1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=9c1e247
b84ab24efd558fe384bf41f65

Birth order, sibling sex ratio, and maternal miscarriages in
homosexual and heterosexual men and women
Personality and Individual Differences Volume 30, Issue 4 March 2001
Pages 543-552
Lee Ellisa and Ray Blanchard

Abstract
Several studies have shown that older brothers increase the
probability of homosexuality in later-born males. The maternal immune
hypothesis proposes that this phenomenon reflects the progressive
immunization of some mothers to Y-linked minor histocompatibility
antigens (H–Y antigens) by each succeeding male fetus, and the
concomitantly increasing effects of H–Y antibodies on the sexual
differentiation of the brain in each succeeding male fetus. This
hypothesis predicts that older brothers will not increase the
probability of homosexuality in later-born females, because female
fetuses do not produce H–Y antigen and they would not be targets of H–
Y antibodies. The present study tested this prediction. The mothers
of 4043 homosexual and heterosexual men and women provided
information on each of their pregnancies, whether these ended with
miscarriage or abortion or with a live birth. As predicted, male
pregnancies increased the odds of homosexuality in later-born males
but not in later-born females. The mothers of the homosexual females
reported more miscarriages than the other groups of mothers; however,
this result should not be accepted as meaningful until it has been
replicated with mothers matched on variables that might affect
reporting bias. All groups of mothers reported higher rates of
miscarriage for male than for female fetuses.

http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6V9F-
42810WJ-1&_coverDate=03%2F31%
2F2001&_alid=0&_rdoc=1&_fmt=summary&_orig=search&_qd=1&_cdi=5897&_sort
=d&wchp=dGLbVlz-
lSztA&_acct=C000050221&_version=1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=267f23c
88d18d53fbcc19ae9672b7137

Quase certo q. a orientacao sexual seja multifatorial em sua
determinacao, com influencias ambientais e geneticas. E' provavel q.
pressoes ambientais possam sobrepujar tendencias inatas em muitas
situacoes (se nao em quase todas). Mas nao me parece haver indicios
de q. haja um estado default da sexualidade humana para o
bissexualismo (ou sera' pansexualismo?), muito pelo contrario.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade de Luz
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 13:53

Considere um balão de borracha que vai se enchendo de gás, sua superfície
vai se expandindo mas ela não tem um centro. Vc pode dizer que o centro é
o centro do balão [3D], mas se vc considerar apenas a superfície [2D] ela
se expande e não possui centro.

O universo poderia ser uma balão 4D com superfície 3D na qual estamos.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all

On Tue, 10 Dec 2002, Luiz Ferraz Netto wrote:

> Independentemente da profilaxia sugerida, ainda acredito num
> referencial absoluto. A expansão do universo se faz a partir de um
> ponto (nessas dimensões cósmicas 'um ponto' = região) central. Tal
> região poderia ser o local da fixação do referencial absoluto. Sem tal
> referencial o termo 'expansão' não teria significado [obs: não tem
> cabimento referir-se a uma expansão geral apenas comparando aumento de
> distância entre componentes individuais; onde se colocaria o
> referencial para julgar tais afastamentos? sobre um astro e examinar
> outro?]. Num campo de futebol pode perfeitamente estar a todo momento
> ocorrendo afastamentos entre certos jogadores (referencial em um e
> análise sobre outro), todavia, a área disponível (campo de futebol) é
> sempre a mesma. Isso, para gases confinados num continente de volume V
> é de constatação trivial. Ou será a Terra o referencial absoluto,
> geral e arquibancada? []'
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@uol.com.br
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================



SUBJECT: Re: RES: Velocidade de Luz
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 14:41

--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> > Vc nao ira' se chocar a 600.000 km/s porq. as velocidades
> > nao se somam assim.
>
> Então qual é a velocidade de um corpo com relação a outro
> ambos na velocidade da luz e em sentidos contrários?

Ara, no link q. passei explica isso.

A formula e':

u<x> = (u'<x> + v)/(1+ v.u'<x>/c^2)

Em q. u<x> e' a velocidade do objeto em um dado referencial, u'<x> e'
a velocidade do mesmo objeto para um outro referencial e v e' a
velocidade relativa entre os sistemas. Nas condicoes propostas do
Fusquinha contra Kombi, calculando-se em unidades c.

u<x> = (1 + 1)/(1 + 1.1/1^2)
u<x> = 2/2 = 1

Para o Fusquinha, a Kombi se aproxima a cerca de 300.000 km/s (e vice-
versa).

Agora se quiser a deducao da formula sera' uma mensagem mais ou menos
longa.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Velocidade de Luz
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2002 15:52

----- Original Message -----
From: "Aniello Gr?o"
Sent: Tuesday, December 10, 2002 11:12 AM
Subject: Re: [ciencialist] RES: Velocidade de Luz

> ...esqueça a soma vetorial de velocidades da física newtoniana, ela não
> é aplicável na física relativística.

Questão de gosto. Eu já prefiro esquecer a física relativística, pois ela
não é aplicável a pôrra nenhuma. ;-)

E já que falaram em referencial absoluto, convoco os heróicos remanescentes
e quase extintos seguidores de Newton, para que dêem uma sapiada em "Do
micro ao macrocosmo ou vice-versa - um modelo clássico para o Universo em
expansão", reprodução de uma mensagem que postei na Acropolis em setembro de
2000 e que está em
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/varios/ac_3612.htm

Mudando de assunto, o que vocês acham dessa declaração do César Lattes? Ele
falou isso mesmo?:

"O princípio do movimento retilíneo uniforme é do Poincaré. Einstein
confundiu medida de grandeza física com grandeza física, que é uma coisa
objetiva. O metro dele encolhe dependendo da velocidade. Depois, ele fez uma
teoria da gravitação fajuta, que chamou de relatividade geral. Não tem
relatividade geral. A teoria é furada. O movimento de aceleração é absoluto.
Einstein é um palhaço, plagiador! Um século de tapeação e ninguém
desmascarou."

Eu concordo com ele até a ante-penúltima frase. Depois disso acho que ele
exagerou um pouco e confundiu o cientista Einstein com alguns de seus
seguidores fanáticos. A entrevista toda está em Jornal da Unicamp ago/2001
www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/ago2001/unihoje_ju165pag10.html
e meus comentários a respeito da entrevista podem ser lidos em uma lista
de discussão séria sobre filosofia e ciência (Noosfera), em
http://br.groups.yahoo.com/group/noosfera/message/945 . Não repito aqui pois
tem muito ortodoxo e dogmático no pedaço doido para entrar em mais uma
briguinha. Eu heim!

Divirtam-se com minhas heresias. Fui.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Ainda o Relogio:
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 16:01

ABAIXO, REPASSO COMENTARIO RECEBIDO DO RUBEN.
L.E.


>Caro Luiz Eduardo,
>
>Admiro sua persistência em buscar um sentido para a piada (que era
>"quando eu vejo um relógio jogado na rua eu sempre imagino que ele se
>auto-organizou, pois não vejo nenhum relojoeiro por perto"), pelas
>reflexões trazidas e suscitadas. Entendi que era uma forma de introduzir
>"auto-organização" (tema de grande interesse contemporâneo) na metáfora
>de Paley para o Argumento Teleológico de Tomás de Aquino, demonstrativo
>da existência de Deus (um relógio não poderia ter estado ali desde
>sempre. Se um relógio não pode, porque uma pedra poderia ter estado ali
>"desde sempre"? A pedra teria também seu "criador", no caso, Deus).
>
>Imagino eu que seja um sarcasmo, um deboche a respeito da
>auto-organização.
>
>Se a auto-organização contém ou não intencionalidade (o vir-a-ser) é
>questão em aberto (e que não vejo como possa ser fechada) para a
>Ciência. Não há como se falar em qualquer intencionalidade na
>auto-organização sem, ao menos implicitamente, se admitir a existência
>de alguma instância como Deus. Esse foi o caminho, na físico-química
>microscópica (quântica) aberto por Schrödinger e seguido por Bohm, Chew,
>e Charon (para não falar em Capra e outros "literários"), e desbravado,
>já no campo macroscópico, por Prigogine.
>
>Jogos de palavras permitem absolutamente tudo - alguém poderia retrucar
>o piadista considerando que, mudando-se a escala de observação para um
>nível que englobasse, como "partes" do "sistema" em questão, tanto a
>humanidade (relojoeiros) como seus produtos (relógios), o relógio na rua
>seria, sim, fruto de auto-organização.
>
>Grato pelo bom texto remetido. Abraços,
>Ruben



SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade de Luz
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2002 16:05

----- Original Message -----
From: "TARCISIO BORGES"
Sent: Tuesday, December 10, 2002 12:53 PM
Subject: Re: [ciencialist] Velocidade de Luz

> Considere um balão de borracha que vai se enchendo de gás, sua superfície
> vai se expandindo mas ela não tem um centro. Vc pode dizer que o centro é
> o centro do balão [3D], mas se vc considerar apenas a superfície [2D] ela
> se expande e não possui centro.
> O universo poderia ser uma balão 4D com superfície 3D na qual estamos.

Ou poderia ser um universo clássico em 3D com infinitas superfícies em
expansão a partir de um ponto, tal e qual as camadas de uma cebola. Uma
expécie de Big-Bang permanente e realimentável por matéria escura (neutrinos
e outros bichos). Um universo infinito e eterno, sem início nem fim, onde a
2a. lei da termodinâmica fosse observável apenas em escala não macrocósmica
(pois a 2a lei não leva em consideração a formação de neutrinos).

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: RES: Velocidade de Luz
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 16:27

medeiros:

> >
> > Então qual é a velocidade de um corpo com relação a outro
> > ambos na velocidade da luz e em sentidos contrários?
>

takata:
> u<x> = (u'<x> + v)/(1+ v.u'<x>/c^2)
>
> Em q. u<x> e' a velocidade do objeto em um dado referencial, u'<x>
e'
> a velocidade do mesmo objeto para um outro referencial e v e' a
> velocidade relativa entre os sistemas. Nas condicoes propostas do
> Fusquinha contra Kombi, calculando-se em unidades c.
>
> u<x> = (1 + 1)/(1 + 1.1/1^2)
> u<x> = 2/2 = 1
>
> Para o Fusquinha, a Kombi se aproxima a cerca de 300.000 km/s (e
vice-
> versa).
>

baptista: Faltou ressaltar que objetos de massa não nula nunca
atingem a velocidade da luz. A medida que se aproxima a velocidade c
a massa inercial do corpo aumenta. Impulsos adicionais resultam num
aumento de massa, não velocidade. Uma energia infinita fará a massa
ir para o infinito, mas não atingirá a velocidade c.

[]´s

André





SUBJECT: Re: RES: Velocidade de Luz
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 16:56

--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Bem, é o que todos dizem. Mas eu não entendo como
> isso acontece. A luz se contrai na frente do Fuscão
> e se dilata atrás dele? É o tal Efeito Dopler?

O q. se contrai, relativamente, e' o espaco na direcao
do movimento do Fuscao.

Primeiro vamos estabelecer a constancia da velocidade da luz.
O experimento de Michelson e Morley demonstrou q. a velocidade
da luz nao depende do movimento do observador: se a luz viaja
na direcao paralela ao movimento da Terra ou perpendicular,
sua velocidade e' a mesma.

http://www.phys.virginia.edu/classes/109N/lectures/michelson.html

Por outro lado, a velocidade da luz nao depende do movimento
da fonte emissora: observando-se estrelas binarias, afastando-se
ou aproximando-se da Terra, a velocidade da luz emitida e' a mesma.

Bem, em sendo a velocidade da luz constante e como a velocidade v e'
dada por:

v = delta(S)/delta(t)

Qual seja, a variacao da posicao dividida pela variacao do tempo q.
leva para a variacao da posicao.

c = delta(s)/delta(t)

Caso dois observadores nao concordem em relacao 'a variacao do espaco
percorrido pela luz, eles necessariamente nao concordarao sobre o
intervalo de tempo q. a luz demorou para percorrer o espaco dado.

(Ao contrario da mecanica newtoniana, em q. o tempo era absoluto --
os dois observadores deveriam concordar sobre o intervalo de tempo q.
um dado fenomeno durou e assim discordariam em relacao 'a velocidade
do fenomeno.)

http://plabpc.csustan.edu/A3000/ASChapter7.htm

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RES: Velocidade de Luz
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alxmpub@uol.com.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2002 16:58

> De: Aniello Gr?o
>
> Por que em qualquer referencial a velocidade da luz no vácuo
> será a mesma.
> Não importa meu movimento, ou o movimento da fonte de luz, a
> velocidade da
> luz no vácuo é a mesma. Não há referencial absoluto, há
> velocidade absoluta.

É o que dizem. Já li isso de vários autores. Tudo o que
vcs (Aniello, Tarciso, Takata) me disseram eu já sabia...
mas continuo sem entender e francamente duvido que alguém
entenda.

Se estou no Fuscão a 300.000 km/s, e qdo digo que são
300.000 km/s estou arredondando, pois eu também sei que
a matéria não pode atingir esse limite. Pode chegar a
99,99999999%, mas nunca chega a 100% de 'c' pois demandaria
uma qtd de energia infinita.

Vontando ao Fuscão: Estou a 299.999,999 k/s e dou um sinal
de farol. O sinal de luz parte da frente do Fuscão a
300.000 km/s, portanto um pentelhonésimo mais rápido
que o Fuscão. Diria que sou capaz de ver o sinal de luz
seguindo adiante do Fuscão.

Piso no freio, que não funciona, portanto continuo a
299.999,999 km/s, mas a luz de freio funciona! O sinal
de luz da parte traseira tá se lixando se o Fuscão
(fonte) está próximo da velocidade da luz. Ele viaja
também a 300.000 km/s. Se a velocidade da luz de freio
tivesse como referencial o Fuscao, um sujeito sobre a
Ponte Eusébio Matoso veria a luz de freio do Fuscão que
acabou de passar se aproximando lentamente. Mas não
é isso que acontece. A luz de freio do Fuscão passa
pelo sujeito sobre a ponte também a 300.000 km/s.

Bem, é o que todos dizem. Mas eu não entendo como
isso acontece. A luz se contrai na frente do Fuscão
e se dilata atrás dele? É o tal Efeito Dopler?

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 17:06

--- Em ciencialist@y..., "Watson Fernando" <watson@l...> escreveu
> Pesquisadores, especialmente na área das ciências humanas, são
> freqüentemente descuidados ao aplicar a cláusula 'ceteris
> paribus'. "Desenvolver-se no mesmo ambiente" não é uma garantia de
> que os dois irmãos foram submetidos às mesmas
> experiências, solicitações, etc.

De fato, mas o estudo era comparativo. Podemos, ao menos
inicialmente, supor q. os ambientes sao equivalentemente diferentes.
Isto e', na media, os ambientes entre dois irmaos sao tao
diferentes entre si, como os ambientes entre outros dois irmaos,
embora haja diferenca entre os ambientes de cada dupla de irmaos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Watson Fernando" <watson@lmn.con.ufrj.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 17:37

Takata (citando um artigo na Web):

> Insisto q. nao e' o caso humano. Ha' irmaos q. se desenvolvem
> no mesmo ambiente, um e' hetero; o outro, homossexual.

Watson

Pesquisadores, especialmente na área das ciências humanas, são freqüentemente
descuidados ao aplicar a cláusula 'ceteris paribus'. "Desenvolver-se no mesmo
ambiente" não é uma garantia de que os dois irmãos foram submetidos às mesmas
experiências, solicitações, etc.

[]s


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Dúvida- Expansão do Universo
FROM: "Elenice" <elemell@vant.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/12/2002 19:33

Oi, Lígia!
Obrigada por responder, creio que me enganei qto a se ter dito que o universo teria o tamanho que a
luz alcançasse.
Agora eu não entendi esta velocidade constante de 73 km/s por megaparsec. Ela não deveria aumentar a
cada megaparsec de distância?
Mas tenho certeza de que há uns 3 ou 4 anos atrás foi noticiado que duas equipes de astrônomos,
independentes entre si, haviam determinado que a velocidade de expansão do universo está aumentando.
Isso estava sendo considerado algo extraordinário, pois é contrário à teoria do Big Crunch. Houve
alguma descoberta posterior que tenha invalidado esta descoberta?
Espero que o tempo aí tenha melhorado,
Elenice Mello

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, December 09, 2002 1:48 AM
Subject: [ciencialist] Re: Dúvida- Expansão do Universo


--- Em ciencialist@y..., "Elenice" <elemell@v...> escreveu
> Qual a velocidade de expansão do Universo?
> Há algum tempo, numa questão sobre o tamanho do universo, se
colocou que ele estaria se expandindo na velocidade da luz. Mas a
expansão não está acelerando?
> Abraços,
> Elenice Mello.


Olá Elenice

Depois de uma semana de chuva na praia (desejando que demais
listeiros enviem propostas para mudança de Ubatuba para o Nordeste,
onde não chove :), eis que encontro uma questão interessante, ou
melhor, de meu interesse... :) Vamos a ela.

Existe uma velocidade limite para a tal expansão do Universo com o
valor em cerca de 73 km por segundo por megaparsec, o que implica
dizer que galáxias distando cerca de 3,26 milhões de anos-luz estão
se afastando uma da outra à velocidade de 73 Km/s, portanto um valor
inferior aos 300.000 Km/s que você sugere. Esta velocidade
é "limite" porque ela é determinável mediante a idade do universo
observável, a quantidade de massa "disponível" e a força de atração
gravitacional entre esses corpos em questão. Caso fosse muito maior
ou menor, isso implicaria que não estamos falando do mesmo
Universo :).

Veja uma coisa: a expansão não vem acelerando por um simples
motivo: onde há matéria, há atração gravitacional. Ora, havendo
atração, a velocidade de expansão tem que arcar com um coeficiente
desacelerador por conta dessa força gravitacional que atrai os corpos
celestes mutuamente e portanto não permite que as galáxias espalhem-
se a uma velociade muito alta.


Beijos, Lígia

nota de rodapé: Acho que você deve estar confundindo o desvio para o
vermelho (o redshift) com a velociade de expansão, daí a sua dúvida.
O redshift sim pode dar a entender que está à beira da velocidade da
luz em frações muito próximas da mesma para corpos distantes, como os
quasares por exemplo.



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SUBJECT: Re: p/ Elenice
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 20:59


Oi Elenice,

Acho que você não leu minha mensagem, na qual eu lhe informei
que a velocidade da expansão do universo está aumentando.

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Re: Heresias do Alberto
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/12/2002 21:43


Caro Alberto,

Por que heresias?

>E já que falaram em referencial absoluto, convoco os heróicos remanescentes
>e quase extintos seguidores de Newton, para que dêem uma sapiada em "Do
>micro ao macrocosmo ou vice-versa - um modelo clássico para o Universo em
>expansão", reprodução de uma mensagem que postei na Acropolis em setembro
>de
>2000 e que está em
>http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/varios/ac_3612.htm

Tentei dar uma olhada nesse link, mas obtive problemas. Tentarei
outra hora.

>Mudando de assunto, o que vocês acham dessa declaração do César Lattes? Ele
>falou isso mesmo?:

Fiquei espantado com essa tal entrevista. O Lattes é um físico
respeitadíssimo, mas o que ele fala hoje ninguém dá a mínima.
O que ele diz beira a loucura, sinceramente. A física, como
toda ciência, é um processo dinâmico, onde nenhuma teoria é
eterna. O Lattes é uma figura do passado, essa é a verdade.
Hoje em dia nenhum cientista sério diz que teoria é masturbação
e que a relatividade geral é fajuta. Isso é coisa de quem já
perdeu o senso há muito tempo, ou então de quem já não pertence
mais a esse mundo (que deve ser o caso dele).

>tem muito ortodoxo e dogmático no pedaço doido para entrar em mais uma
>briguinha. Eu heim!

Não se sinta tímido, aqui a proposta é o debate científico, e
não briguinhas e argumentos dogmáticos.

Abraços,

Guilherme




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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 01:55

Oi Manuel

On 10 Dec 2002 at 6:00, Manuel Bulcão wrote:

> Manuel: Certa vez o próprio Freud escreveu (não me lembro em que
> ensaio ou artigo) que a bissexualidade é uma disposição natural da
> especie humana.

"Três ensaios de Saxualidade", de 1905.

> curou 'todos' os soldados afectados por esta doença que ele atendeu,
> e o fez através do método catártico de Breuer e Freud. Nenhuma outra
> técnica (como o eletrochoque) teve o mesmo sucesso.

Alguns casos funcioam bem com o método catártico. Tenho uns casos de
narco-análise bastante bons. Na maioria das vezes só a catarse não é
suficiente. Deve-se incursionar na análise do super-ego. Em principio, é
correto o que Vc. diz.

[ ]s

Marco Aurelio








SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM/CORRIGIDO
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 01:55

On 10 Dec 2002 at 12:41, rmtakata wrote:


> O problema e' descobrir se e' boa. Nao podemos aplicar a
> torto e a direito qq coisa em pacientes para descobrir
> se funciona ou nao.

Takata
A torto e a direito diz Vc. Publicar um caso clínico não é "a torto e a direito".

E' preciso primeiro descobrir um outro meio
> para testar antes de aplicar em humanos.

Pôr qualquer outro ser não humano para analisar linguagem humana é
meio difícil. Se alguém souber um meio desses, aceito contente a
proposta. Como Vc. disse, não se pode pedir a um camundongo que deite
no divã e associe livremente.

O inconsciente animal (mesmo que a especie seja 99% parecida) não se
evidencia pela linguagem natural como no ser humano. Não creio que algo
que não possa ser provado em animais, se deva proibir nos humanos. É
claro que qualquer pessoa que entenda de tratamentos segue a norma de
"primum non nocere".

[ ]s
Marco Aurelio











SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 01:55

On 10 Dec 2002 at 13:26, rmtakata wrote:

> Ok. (Mas abandonar definitivamente significa q. antes disso nao se
> aplicou outros metodos? Pela palestra dele continua parecendo q. a
> questao foi mais pratica do q. inspirada na teoria.)

Takata

Freud, quando se enfrentou com a questão prática, sentiu que a coisa se
complicava, porque não podia transmitir um mero método de tentativas.
Ensaiou muitas hipóteses e todas, menos uma funcionou como utilizável
para fundamentar atitudes. É um modo médico de atuar muito comum.
Muitas doenças são tratadas sem que se conheça sua etiologia e ninguém
vive chamando os médicos de bruchos. Eu me refiro ao respeito. Embora
os métodos não possam ser explicados e sejam consagrados como
eficazes, ninguém se mete com os médicos. Graças ao respeito que se
tem por todos é que se pode seguir pesquisando e melhorando.

> Eu nao penso em invalidar. Proponho comparar. Sera' invalido se nao
> tiver um sucesso significativamente maior. Se isso levar de roldao os
> tratamentos quimicos, tudo bem.

Está muito bem, mas muitas vezes suas comparações são meio
demagógicas. Só para gozar com a cara do interlocutor ou por pura
marotice. Às vezes penso que nem Vc. crê no argumento que emite, por
isso meparece muitas vezes divertido discutir com Vc. Nunca me irrito com
suas colocações. Vc. sabe que com alguns, sinto que perde a graça e
deixo de interessar-me.

> E se for realmente tudo placebao?

Eu não sei por que as pessoas esquecem que o efeito placebo é um efeito
essencialmente psicológico. Se for tudo placebão, os psicanalistas
ficaremos ricos. Placebo vem de uma expressão que originalmente
significava "dou-te a paz". Penso que qualquer alteração biológica encerra
reações físico-químicas. Creio que se não fosse a simeticona, os flatos
seriam investigados em termos de gens, enzimas cerebrais o captação de
neuroransmissores e chegaríamos a isolar algumas dessas entidades. O
efeito placebo move estrutura biológicas. Se nossas intervenções podem
fazer isso de uma maneira controlada, "semu tudo placebão e é muito
bão".

> Os onanistas fazem estimulacao mecanica. E apesar das gravidezes
> psicologicas nunca vi ninguem se reproduzir efetivamente apenas
> pensando,

Embora tenha surgido para a reprodução, o sexo pode ser separado dela.
O que é motivador não é o prazer de parir ou de sustentar um filho.
Quando uma criança chupa uma chupeta, sobre uma simulação de comer,
está provocando o prazer oral (se não tivesse prazer, não cupava). O
prazer cavalga sobre uma função fisiológica (Freud denominou isso
anlage). Muda frequentement de cavalo. Niguém quer sentir prazer só para
reproduzir. Ninguém come só para não morrer de fome. Caprichar na
comida é uma arte. O que se busca é o prazer.


> Tbm nao sei se sugestao pos-hipnotica e' uma boa demonstracao de
> recalcamento. Essa sugestao e' eliminada apenas com a lembranca de q.
> a pessoa foi hipnotizada? Tipo, se ela assiste a um video de sua
> sessao de hiponose, ela se livra da sugestao? E' possivel induzir
> neurose ou atos neuroticos por hipnose?

Não sei porque quando algo fica retido na memoria e não pode ser
lembrado, ebora produza efeitos, não possa ser chamado de recalcamento
(gosto muito do termo repressão), embora em alemão a tradução do termo
Freudiano seja "desalojo". A ideia é "desalojada da consciencia". Por que
não chamá-la assim. Se somos nominalistas metodológicos, não há
problema. Chamar partículas de "quark" não está mal. Para que preocupar-
se com nomes?

Muitas vezes assistir um video não leva a livrar-se da sugestão. Nesses
casos só o contato com o hipnotizador anula a sugestão. Isto não quer
dizer que com algumas pessoas isso não aconteça. De fato algumas se
livram. As mais hipnotizáveis são as que enm um video pode liberar (12%).
A hipnose não é um bom méodo para provar hipóteses. Qualquer sintoma
neurótico pode ser induzido num hipnotizado, mas nunca uma neurose.

> Mas aqui isso parece poder ser interpretado pela psicoralise... como
> o caso do cao bebendo agua.

Eu aqui aconselho a não fazer essa literatura de cordel com as neuroses
traumáticas. Se quiserem podemos discuti-las. A coisa é bem mais
complicada. Eu tenho uma boa experiencia nisso. Podemos ensaiar
qualquer coisa, mas desafio a curá-las. Não me considero brucho e minha
atitude teórica me permite atuar de determinada maneira e a prestar
atenção a determinadas coisas que, se não for feita assim, não há cura.

Tenho atéexperiência com narco-análise para neurose traumática. Essa
coisa com não sei o que do medo é quase puro verso. As vivências infantis
são muito importantes para a propensão à neurose traumática. De duas
pessoas que não hajam experimentado medo em situações limites, só uma
pode desenvolver uma neurose traumática e outra não (é um exemplo). A
coisa tem muito mais que ver com compulsões repetitivas que com o que
vulgarmente se fala. Teoria, qualquer uma bem enunciada pode ser
emitida, mas provada na cura, só a boa.

[ ]s
Marco Aurelio














[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 01:55

On 10 Dec 2002 at 13:31, rmtakata wrote:

> Aparentemente nao e' assim. Indicios sugerem q. ha' muito de
> tendencias inatas na orientacao sexual.

Não embarque tão facilmente nesta afirmação. A historia dos indicios pode
complicar-se muito antes de ser bem definida. Existem varias estruturas
íntimas de uma orientação sexual (homo ou hetero). Podemos aceitar que
tudo é innato, sendo que algumas são modificáveis e outras não. Creio que
as que não se podem modificar não se pode classificar como anormal. As
chamadas estruturas defensivas (homo ou hetero) sempre são patológicas.

A menos que hajam estruturas inatas "patológicas" e outras "sãs". É uma
conclusão que não me convence.

> Isso parece mais uma aplicacao do reflexo pavloviano.

É, Takata. Parece, mas não é. Pessoalmente não acho nada parecido. O
fetichismo é uma estrutura que parece haver sido destinada à psicanálise.

Temos todos os fetichismo muito bem analisados. O tema da passagem da
metonimia para a metáfora é algo bastante comum nos tratamentos
psicanalíticos. As metonimias e sinédoques, quando se tratam de sintomas
são grosseiros erros lógicos, verdadeiras reliquias vivas e encistadas de
pensamento infantil em pensamento adulto (raciocini infantil e raciocinio
adulto). A correção do erro lógico, termina com o fetichismo.
Quasenenhum fetichista está feliz com o fetiche. Um sapato, uma trança
ou um oedaço de qualquer coisa não pode ser tão satisfatorio sexualmente
como uma relação com uma pessoa total.

[ ]s
Marco Aurelio












[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM/CORRIGIDO
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 01:55

On 10 Dec 2002 at 11:37, Luiz Ferraz Netto wrote:

> O conceito "imundo" é humano.

Meu amigo listeiro "le bon dieu",

Eu usei o termo no sentido humano. Os ratos evidentemente nem sabem o
que é imundicie. Eu não sei, mas por acaso Vc. pensou que eu acho que
os ratos estão preocupados com os valores morais? Se o que eu disse
pode ser entendido dessa maneira, confesso que fui muito burro (no
sentido humano, porque os burros animais só viverão bem, evidentemente,
sendo burros e ninguém pretende deles outra coisa).

[ ]s
Marco Aurelio





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 01:55

On 10 Dec 2002 at 15:47, rmtakata wrote:

> Ha' indicios nao
> confirmados q. a exposicao a certos hormonios sinteticos
> durante a gestacao pode alterar a orientacao sexual do individuo
> (em relacao ao seu sexo cromossomico): exposicao a doses de
> testosterona durante o desenvolvimento de fetos femininos
> levaria a uma masculinizacao do comportamento.

Takata

Sinto uma certa intriga que me leva a pensar na atitude religiosa. Essas
coisas de que alguns podem dizer "Ha' indicios nao confirmados q...." sem
nenhum problema de ser criticados. Sempre que alguém menciona que se
pensa que existe uma estrutura psicológica homossexual, sempre surge
alguém ridicularizando.

O comportamento homossexual nem sempre tem a mesma etiologia.
Existe uma homossexualidade que até pode ter fundamentos
constitucionais (genéticos ou congênitos). Nestes casos cada vez que se
chega mais a conteúdos inconscientes, os pacientes apresentam indicios
de psicotização, o que leva o psicanalista a não insistir na análise dos
aspectos homossexuais para que o paciente não enlouqueça e seja pior o
remedio que a doença.

No entanto ha outra estrutura homossexual que depois de um tempo de
tratamento, vão-se tornando bi-sexuais (bi-orientados) e terminam
assumindo uma orientação heterosexual. São homossexualidades que
parecem adquiridas. Depois de muitos erros, os psicanalistas não nos
aproximamos de qualquer orientação sexual pensando em mudá-la. Muitas
vezes tocar esta estrutura é desastroso. É preferível mil vezes ser gay que
louco. No entanto, quando a análise avança, alguns mudam. A diferença é
que estes últmos mostram sempre uma orientação sexual baseada numa
determinada interpretação da sexualidade. Eu me pergunto quantos homo
ou hetero que, se se tratassem, mudariam de orientação.

Outros casos muito especiais são pessoas com diagnóstico de histeria que
assumiram uma orientação homossexual (não são os do segundo caso).
Quando curam-se da histeria, vai-se a homossexualidade. Então é
complicado classificar um mesmo comportamento manifesto que pode ser
latentemente diferente em diferentes pessoas, como tendo a mesma
etiologia.
A verdadeira estrutura latente é a que supostamente é a autêntica. Todos
os casos tratados demonstram que a divisão psíquica entre uma estrutura
defensiva e outra não defensiva é sempre prejudicial. Sempre que os
pacientes assumem uma estrutura não defensiva sentem-se mais
satisfeitos e vivem melhor. Creio que o tema está longe de ser esclarecido
e é muito mais complexo. Uma das conclusões a que se chegou desde a
psicoterapia é que uma orientação sexual só pode ser fonte de maior
satisfação se não for defensiva, seja qual fôr a orientação.


[ ]s
Marco Aurelio











































SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Heresias do Alberto
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/12/2002 03:56

----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto"
Sent: Tuesday, December 10, 2002 8:43 PM
Subject: [ciencialist] Re: Heresias do Alberto

> Por que heresias?

Olá Guilherme

Eu nem preciso ir muito longe, basta apelar para dicionários comuns, como o
Houaiss. Uma das conotações é: "teoria, idéia, prática etc. que nega ou
contraria a doutrina estabelecida (por um grupo)". Ora, é suficiente ler
Thomas Kuhn (por ex. "A função do dogma na investigação científica") para
perceber o quanto a comunidade científica é dogmática e quanto a condenação
dos cientistas hereges ao ostracismo é vista com a maior naturalidade nos
meios acadêmicos. Chega mesmo a ser interpretada como uma necessidade
imposta em nome da manutenção do sistema. A filosofia de Kuhn pode ser
encarada como algo simplesmente a regulamentar a Inquisição dos Tempos
Modernos, pois já existia mesmo antes de Kuhn nascer.

Uma conotação mais "light", também do Houaiss diz: heresia = "contra-senso,
opinião absurda; disparate, despautério, tolice". A cada vez que tento
emitir uma opinião séria aqui na Ciencialist sinto que irei ser interpretado
por muitos como herético, sob esse critério "light". Muitos de meus colegas
ciencialisteiros sequer aderem ao pensamento popular a dizer: "quando um
burro fala os outros baixam a orelha". Não, eles querem sempre emitir a
última palavra, quase sempre para dizer asneiras. Então que não digam a
última, mas a primeira, pois atualmente estou levando assuntos sérios para
outras listas de discussão (enquanto eles não as invadirem com seus dogmas
e/ou anta-ceticismos). Eu não tenho nada a perder com isso, pois
profissionalmente falando sou já um homem realizado. Apenas acho que eles
aprenderiam muito mais se conseguissem provar que estou errado, com minhas
idéias, do que através da veneração de doutrinas ensinadas pelos seus
mestres e a apoiarem-se no princípio do copiar/colar.

> Tentei dar uma olhada nesse link, mas obtive problemas. Tentarei
> outra hora.

Raramente o provedor yahoo dá crepe, mas não é impossível (o gratúito dá com
freqüência, mas não é o caso). Pode-se também iniciar o URL com www (seguido
de ponto), o que dá na mesma.

> Hoje em dia nenhum cientista sério diz que teoria é masturbação

Concordo, mas tem muito (mas muito mesmo) acadêmico que afirma isso. O
problema é que estes não são cientistas de fato, não produzem conhecimento e
são cientistas apenas no sentido de que se utilizam adoidado do princípio do
copiar/colar. Não sabem a distinção entre pesquisa e experiência e passam a
vida reproduzindo aquilo que Faraday, por exemplo, fez há mais de 100 anos.
Alguns até fajutam os resultados, pois já conhecem a resposta.

> e que a relatividade geral é fajuta. Isso é coisa de quem já
> perdeu o senso há muito tempo, ou então de quem já não pertence
> mais a esse mundo (que deve ser o caso dele).

Então eu também já perdi o senso há muito tempo e/ou já não pertenço mais a
esse mundo. ;-) O que o Lattes diz a respeito da relatividade geral ele já
dizia nos anos 50 ou 60, e pouquíssimos acadêmicos nacionais conseguiam
enfrentá-lo num debate para contradizê-lo, mesmo porque, não era qualquer
físico brasileiro que conhecia a relatividade geral. O Abraão de Morais, que
foi um dos melhores físicos brasileiros (hoje é nome de avenida em S.Paulo),
costumava dizer que existiam uns dois ou três. Agora, o Lattes chamar o
Einstein de "palhaço plagiador" já é demais: ou é brincadeira, ou a
entrevista foi regada com cerveja ou então é produto de suas artérias
cerebrais que estavam com 77 anos de idade quando a entrevista foi feita (eu
comentei o fato com outros argumentos, na Noosfera -- já citei a msg).

> > tem muito ortodoxo e dogmático no pedaço doido para entrar em mais uma
> > briguinha. Eu heim!

> Não se sinta tímido, aqui a proposta é o debate científico, e
> não briguinhas e argumentos dogmáticos.

Eu vou perdoá-lo por esta afirmação pois você deve estar na Ciencialist há
muito pouco tempo. Do contrário diria que você contou a piada do ano: A
proposta da Ciencialist é o debate científico? Isso dito em 2002?
;-))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Morro de rir mas não acho graça. ;-)

Por incrível que pareça, no passado já consegui discutir coisas sérias aqui.
Já consegui até mesmo demonstrar, para o iniciante em física, quiçá para um
leigo não alérgico à física, por que considero a relatividade geral fajuta.
Se conseguir entrar no meu site dou como exemplo de debate aqui realizado:
"A resolução clássica do paradoxo da carga acelerada", que está em
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/rgpca1.htm . Se não entrar
tente adicionar www. antes de ecientificocultural. Se ainda assim não
conseguir, as mensagens da Ciencialist são de números: 7665 - 7663 - 7675 -
7681 - 7737 - 7750 - 7757 - 7760 - 7768 - 7770 - 7773 - 7781 - 7786

Existem muitos outros debates interessantes aqui acontecidos antes da
derrocada da Ciencialist. Alguns são citados em meu web.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Heresias do Alberto - ERRATA
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/12/2002 04:38

----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho"
Sent: Wednesday, December 11, 2002 2:56 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Heresias do Alberto

Na mensagem anterior desta thread, ONDE SE LÊ:

"conseguir, as mensagens da Ciencialist são de números: 7665 - 7663 - 7675"

LEIA-SE

conseguir, as mensagens da Ciencialist são de números: *7655* - 7663 - 7675

Os outros números estão corretos.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 05:57

Oi,

Manuel: Indícios antropológicos e dados psicológicos indicam que
também é assim entre humanos. Só que, entre os homens, a
homossexualidade é em geral sublimada.

Manuel: --- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu

Takata: Insisto q. nao e' o caso humano.

Manuel: Essa sua insistência me lembra a teimosia dos criacionistas:
por razões extra-científicas (i.e., por motivações morais ou
religiosas), eles defendem que o homem é um animal `sui generis', uma
forma de vida especial, embora a lógica indutiva indique o contrário.

Espero que você, um dia, não perca tempo tentando recuperar a
cosmologia de Ptolomeu. :-)

Takata: Ha' irmaos q. se desenvolvem no mesmo ambiente, um e' hetero;
o outro, homossexual.

Manuel: O que não significa que, no heterossexual, não há uma libido
homossexual subjacente (não necessariamente inconsciente), e que não
exista, no homossexual, uma libido heterossexual igualmente
subjacente. Como falei, a bissexualidade não implica em co-dominância
dos pólos masculino e feminino da sexualidade, isto é, um pode ser
dominante e o outro não, e a dominância pode ser forte ou fraca.

Dados obtidos através da observação e da experiência (no campo da
endocrinologia, da neurobiologia, da etologia, da psicologia, da
antropologia, etc.) indicam que, entre os seres humanos, hormônios
sexuais masculinos e femininos estão presentes tanto nos homens
quanto nas mulheres, e que, mesmo na idade adulta, fatores ambientais
podem determinar mudanças psicológicas que, por sua vez, alteram, até
certo limite, a quantidade de cada um desses hormônios.

Que, entre muitos animais, incluindo-se o homem, o processo de
sexualização do sistema nervoso central não termina no útero; que,
sob a influência do ambiente, esse processo atravessa toda a infância
do indivíduo; que antes de se concluir esse processo, a sexualidade
permanece ambígua.

Que, em muitas espécies de mamíferos, entre as quais o Homo sapiens
sapiens, os filhotes realizam jogos sexuais em que a diferenciação
entre 'masculino' e 'feminino' é difusa.

Que muitas formas de vida evoluem mediante um processo
denominado `neotenia', o qual consiste num desenvolvimento retardado
de algumas ou todas as características morfológicas e comportamentais
do indivíduo em relação à sua capacidade de reprodução, o que resulta
em indivíduos adultos com caracteres infanto-juvenis.

Que, entre os chimpanzés, bonobos e humanos, uma dessas
características neotênicas (traços juvenis retidos na idade adulta)
é, precisamente, a sexualidade ambígua.

Que, entre algumas culturas (na Grécia e na Roma antiga, por
exemplo), o bissexualismo é amplamente tolerado ou aceito como algo
natural, embora submetido a normas morais e a regras
consuetudinárias – depois de uma certa idade, não se deve figurar
como passivo em relações homossexuais.

Takata: Quase certo q. a orientacao sexual seja multifatorial em sua
determinacao, com influencias ambientais e geneticas. E' provavel q.
pressoes ambientais possam sobrepujar tendencias inatas em muitas
situacoes (se nao em quase todas). Mas nao me parece haver indicios
de q. haja um estado default da sexualidade humana para o
bissexualismo (ou sera' pansexualismo?)

Manuel: Não posso impedi-lo de cometer arbitrariedades semânticas:
Você é livre para considerar como sinônimos os termos `bissexualismo'
e `pansexualismo'. Pela mesma razão, pode chamar urubu de `meu louro'
e Jesus de Jenésio. Mas aviso: não me confunda com a Agelina Jolie! :-
)

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 06:25

Oi,

Takata (citando um artigo na Web): Insisto q. nao e' o caso humano.
Ha' irmaos q. se desenvolvem no mesmo ambiente, um e' hetero; o
outro, homossexual.

Watson: Pesquisadores, especialmente na área das ciências humanas,
são freqüentemente descuidados ao aplicar a cláusula 'ceteris
paribus'. "Desenvolver-se no mesmo ambiente" não é uma garantia de
que os dois irmãos foram submetidos às mesmas experiências,
solicitações, etc.

Manuel: até porque a unidade cérebro/mente é um sistema dinâmico, não-
linear, complexo, muito sensível às condições iniciais: uma pequena
diferença, uma variação mínima, um cocozinho de mosca ou qualquer
ínfima grandeza não computável podem determinar, a médio e longo
prazo, alterações significativas e imprevisíveis. Sendo assim, até
mesmo gêmeos univitelinos, depois de um certo tempo, tornam-se muito
diferentes.

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 07:17

Olá,

Takata: Tbm nao sei se sugestao pos-hipnotica e' uma boa demonstracao
de recalcamento. Essa sugestao e' eliminada apenas com a lembranca de
q. a pessoa foi hipnotizada? Tipo, se ela assiste a um video de sua
sessao de hiponose, ela se livra da sugestao? E' possivel induzir
neurose ou atos neuroticos por hipnose?

Marco Aurélio: Qualquer sintoma neurótico pode ser induzido num
hipnotizado, mas nunca uma neurose.

Manuel: Por meio da sugestão pós-hipnótica, pessoas podem recalcar
memórias e pulsões obedecendo a um comando inconsciente (a ordem do
hipnotizador). Diz-se ao hipnotizado que, transcorridas algumas horas
após o transe ou sono hipnótico (ou depois de soar uma campainha),
ele não se recordará de um determinado acontecimento que ele
presenciou ou vivenciou há um ano atrás, e que também não se lembrará
desse comando. A memória é recuperável através de um contra-comando
do hipnotizador, mas mesmo que não se dê um contra-comando, cedo ou
tarde a pessoa voltará a recordar, pois a sugestão pós-hipnótica
tende a se enfraquecer com o tempo, e esse tempo varia dependendo da
suscetibilidade do hipnotizado. Não sei se entre crianças, cujo
sistema nervoso ainda está se formando, o processo é idêntico.

Pode-se fazer o mesmo com afetos, como, por exemplo, o medo que o
hipnotizado tem por uma certa pessoa ou objeto. Sugiro uma
experiência: induza alguém, por meio de sugestões pós-hipnóticas, a
não sentir medo diante de uma determinada ameaça. Se, na presença
dessa ameaça, o indivíduo, embora não sentindo medo, experimenta as
conseqüências somáticas do medo (sudoração, taquicardia, etc.), não
podemos inferir disso que é possível que memórias e sentimentos
recalcados (i.e., inconscientes) atuam sobre o corpo e o
comportamento dos indivíduos? O ideal é realizar esse experimento com
um grupo de pessoas, pois algumas determinações psicológicas são
estatísticas ou probabilísticas.

[]s,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM/CORRIGIDO
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 09:16

--- Em ciencialist@y..., "Marco A. Andrade" <clave@s...> escreveu
> A torto e a direito diz Vc. Publicar um caso clínico não é "a torto
> e a direito".

Aplicar um metodo sem alguma sustentacao previa me parece ser um
ato 'a torto e a direito'. Tirando-se toda a questao etica, sim,
bastaria separar blocos de pacientes e aplicar diversos modos
terapicos pra ver se tem algum efeito -- sempre comparando com algum
bloco controle. Mas nao da' pra tirar a questao etica. Ai' fica
complicado aplicar a psicoralise so' pra saber se funciona ou nao.

Vc fala dos medicos em outra mensagem. Ha' muita gente sim q. os
chamam de bruxos -- pro bem e pro mal. De todo modo, eles nao devem
aplicar qq tratamento sem uma sustentacao maior previa: geralmente
metodos experimentais passam por varias fases, q. comecam la' com os
camundongos (ou outro modelo experimental q. nao seja humano).
Alternativamente, podem analisar experimentos naturais: qual seja sem
a aplicacao sistematica do tratamento, mas observacoes de casos
espontaneos. Por exemplo, em vez de separar grupos controle e teste e
determinar a dosagem de bebida alcoolica na dieta pra verificar a
influencia disso no processo de cura, separar entre as pessoas q. ja'
bebem ou nao bebem e acompanhar a evolucao de seu quadro clinico.
(Essa ultima abordagem no mais das vezes apresenta mais limitacoes na
analise do q. no metodo mais controlado, mas muitas vezes e' o q. se
pode fazer.)

> Pôr qualquer outro ser não humano para analisar linguagem humana é
> meio difícil.

Eu sei.

> Não creio que algo que não possa ser provado em animais, se deva
> proibir nos humanos.

Nao digo proibir, mas ha' uma limitacao etica muito maior.
(Especialmente se for aplicar um metodo parodico.)

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19943
> Está muito bem, mas muitas vezes suas comparações são meio
> demagógicas. Só para gozar com a cara do interlocutor ou por pura
> marotice. Às vezes penso que nem Vc. crê no argumento que emite,

Mais do q. demagogicas sao caricaturais. Claro q. tem o elemento
gozador, de bazofia nisso, mas nao e' apenas pra isso. Como disse
antes, tbm e' a utilizacao de um termo comum, e' um parametro de
comparacao. Qto a 'as vezes eu nao crer no q. eu falo, pode tirar
os "'as vezes". Se eu acreditar na psicoralise pode dispensar o divã
e me aplicar logo o eletrochoque ('na veia').

> Eu não sei por que as pessoas esquecem que o efeito placebo é um
> efeito essencialmente psicológico.
[...]
> Penso que qualquer alteração biológica encerra
> reações físico-químicas.
[...]
> Se nossas intervenções podem fazer isso de uma maneira
> controlada, "semu tudo placebão e é muito bão".

Sim, claro q. o placebo passa por processos psicologicos e claro q.
certamente se refere a processos fisico-quimicos no sistema nervoso.
Mas nesse caso, a teoria subjacente e' outra.

> Embora tenha surgido para a reprodução, o sexo pode ser separado
> dela.
[...]
> O que se busca é o prazer.

Sim, o sexo pode ser separado da reproducao (ha' reproducao sem sexo
e sexo sem reproducao e nao apenas em humanos). Mas aqui o q. chamo a
atencao e' de outra coisa: Bulcao parece conferir algum status mais
elevado (nao sei se e' um bom termo, 'mais plastico') ao sexo porq.
ele seria menos basico q. a alimentacao. Mas a alimentacao tbm se
dissocia da nutricao em moldes bastante paralelos. Apenas isso.

Qto ao se buscar o prazer... Hmmm, sei nao. Claro, em muitas
instancias se busca. Ai' vai dizer q. ha' o policiamento
do 'principio da realidade' -- q. vai redundar no prazer de qq modo.
E' um modo de se encarar. Mas nao sei se o bebe nao tivesse prazer em
sugar uma chupeta nao sugava: sera' q. temos prazer qdo esticamos a
perna ao baterem em nossa patela (ex-rotula... ou era o contrario?)?
Talvez o bebe ate' sinta prazer. Mas nao sei se e' o motor q. o leva
a praticar o ato. Muitas vezes me parece q. as pessoas fazem as
coisas nao por um prazer, mas por outros motivos, q. ate' se pode
tentar analisar sob a optica da busca do prazer ou da evitacao do
desprazer, mas muitas pessoas parecem viver por viver em boa parte do
tempo, nao por uma instigacao interna ou externa, mas meio q.
por 'inercia'.

Bem, mas ha' duas divergencias entre a sua visao e a de Manuel:
* o valor da hipnose para a comprovacao de certas ideias
psicanaliticas;
* a interpretacao de neuroses traumaticas de ex-soldados.

Claro, nao e' nem uma rachadura no edificio da psicanalise (ate'
porq. existem divergencias muito maiores entre os psicanalistas mesmo
os q. seguem uma mesma escola -- assim como ha' em outros campos),
mas seria interessante analisar essa discordancia.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: RES: Velocidade de Luz
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/12/2002 09:17

Essa demonstração - transformações de velocidades - está (entre outras centenas de sites) no Imperdível:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_R05.asp
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 10 de dezembro de 2002 14:41
Assunto: [ciencialist] Re: RES: Velocidade de Luz


--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> > Vc nao ira' se chocar a 600.000 km/s porq. as velocidades
> > nao se somam assim.
>
> Então qual é a velocidade de um corpo com relação a outro
> ambos na velocidade da luz e em sentidos contrários?

Ara, no link q. passei explica isso.

A formula e':

u<x> = (u'<x> + v)/(1+ v.u'<x>/c^2)

Em q. u<x> e' a velocidade do objeto em um dado referencial, u'<x> e'
a velocidade do mesmo objeto para um outro referencial e v e' a
velocidade relativa entre os sistemas. Nas condicoes propostas do
Fusquinha contra Kombi, calculando-se em unidades c.

u<x> = (1 + 1)/(1 + 1.1/1^2)
u<x> = 2/2 = 1

Para o Fusquinha, a Kombi se aproxima a cerca de 300.000 km/s (e vice-
versa).

Agora se quiser a deducao da formula sera' uma mensagem mais ou menos
longa.

[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade de Luz
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 09:19

Então teríamos que nos render a Fred Hoyle e ignorar completamente a
radiação de fundo do universo.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all

On Tue, 10 Dec 2002, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Ou poderia ser um universo clássico em 3D com infinitas superfícies em
> expansão a partir de um ponto, tal e qual as camadas de uma cebola. Uma
> expécie de Big-Bang permanente e realimentável por matéria escura (neutrinos
> e outros bichos). Um universo infinito e eterno, sem início nem fim, onde a
> 2a. lei da termodinâmica fosse observável apenas em escala não macrocósmica
> (pois a 2a lei não leva em consideração a formação de neutrinos).
> Alberto



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 09:26

--- Em ciencialist@y..., "Marco A. Andrade" <clave@s...> escreveu
> Essas coisas de que alguns podem dizer "Ha' indicios nao
> confirmados q...." sem nenhum problema de ser criticados.

Ora, claro q. se pode criticar. Mas no caso citado o indicio se casa
com outros q. apontam a influencia de niveis de hormonios sexuais no
utero sobre a futura orientacao sexual do individuo. O ponto maior a
se confirmar e' se essa fonte de hormonio pode ser externa -- fruto
de contaminacao ambiental.

> Sempre que alguém menciona que se pensa que existe uma estrutura
> psicológica homossexual, sempre surge alguém ridicularizando.

Eu nao estou ridicularizando. De certa forma estou complicando a
questao. Vc disse q. se pode ate' considerar tudo inato q. depois se
modifica. Nao chego a tto. Apenas nao me parece q. haja um default
para a bissexualidade em humanos. Parece ser mais o caso do default
ser: meninos se tornam homens e meninas se tornam mulheres -- caminho
q. pode ser modificado por varios fatores, inatos ou adquiridos.

Basicamente concordo com vc qdo diz: "A verdadeira estrutura latente
é a que supostamente é a autêntica." Claro, sem ficar discutindo
picuinhas epistemologicas sobre 'verdadeira', 'latente' e 'autentica'.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 09:49

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Essa sua insistência me lembra a teimosia dos
> criacionistas: por razões extra-científicas (i.e., por motivações
> morais ou religiosas), eles defendem que o homem é um animal `sui
> generis', uma forma de vida especial, embora a lógica indutiva
> indique o contrário.

Bem, nao posso controlar o q. vc lembra ou nao (ainda bem). Apenas
cuidado com falsas lembracas. Re re...

Acho q. aqui tenho o apoio do Marco Aurelio sobre a visao da
homossexualidade.

> Espero que você, um dia, não perca tempo tentando recuperar a
> cosmologia de Ptolomeu. :-)

Se os indicios apontarem q. a Terra fica no centro do universo...

> Manuel: O que não significa que, no heterossexual, não há uma
> libido homossexual subjacente (não necessariamente inconsciente)

De fato nao significa. Mas nao significa q. haja.

> Dados obtidos através da observação e da experiência (no campo da
> endocrinologia, da neurobiologia, da etologia, da psicologia, da
> antropologia, etc.) indicam que, entre os seres humanos, hormônios
> sexuais masculinos e femininos estão presentes tanto nos homens
> quanto nas mulheres, e que, mesmo na idade adulta, fatores
> ambientais podem determinar mudanças psicológicas que, por sua vez,
> alteram, até certo limite, a quantidade de cada um desses hormônios.

O q. por sua vez nao significa q. o estado default seja da
bissexualidade (ou ambivalencia sexual).

> Que, entre muitos animais, incluindo-se o homem, o processo de
> sexualização do sistema nervoso central não termina no útero; que,
> sob a influência do ambiente, esse processo atravessa toda a
> infância do indivíduo; que antes de se concluir esse processo, a
> sexualidade permanece ambígua.

Bem, como o processo nunca verdadeiramente se conclui, entao e'
sempre ambiguo... Hmmm, nao vejo assim. Esta' sujeito a mudancas?
Esta'. Mas nao parece ser ambiguo, em geral, as estruturas neurais
nos meninos levam-no a desenvolver a sexualidade masculina adulta e
as meninas, a sexualidade feminina adulta. Essa tendencia pode ser
sobrepujada? Eventualmente pode. Mas mesmo q. nao demos revolver de
plastico ao menino e boneca de pano 'a menina, desenvolvem-se
comportamentos distintos -- antes mesmo da puberdade. Talvez o mais
correto seria dizer: meninos tEm sexualidade de menino e meninas tEm
sexualidade de menina e, claro, ha' outras sexualidades q. podem se
desenvolver nos individuos.

> Que, entre algumas culturas (na Grécia e na Roma antiga, por
> exemplo), o bissexualismo é amplamente tolerado ou aceito como algo
> natural, embora submetido a normas morais e a regras
> consuetudinárias – depois de uma certa idade, não se deve figurar
> como passivo em relações homossexuais.

Uai, e em outras nao e' tolerada. Parece ser mais um caso de
influencia cultural do q. um default ontogenetico.

> Manuel: Não posso impedi-lo de cometer arbitrariedades semânticas:
> Você é livre para considerar como sinônimos os termos
> `bissexualismo' e `pansexualismo'. Pela mesma razão, pode chamar
> urubu de `meu louro' e Jesus de Jenésio. Mas aviso: não me confunda
> com a Agelina Jolie! :-)

Nao estou confundindo 'u' com 'unda'. Alem de ser uma provocacao, e'
uma referencia ao Serguei (trocadilho com o tema desenvolvido agora),
uma figuraca no mundo roque e q. e' um pansexual assumido -- transa
ate' com o reino vegetal. Pansexualismo aqui nao no sentido de sexo
em tudo, mas sexo com tudo.

Jamais me atreveria a confundir essa massa disforme quasimodal
chamada Bulcao com aquele formoso arranjo de moleculas graciosamente
dispostas que atende pelo mavioso nome de Angelina Jolie. Nem com
dois engradados de cerveja Tecate (acho q. o Mexico tem alguma coisa
contra os brasileiros, exportam-nos suas novelas, a Gloria Trevis e
suas cervejas... talvez a gente possa exportar pra la' os nossos
programas de teve dominicais, a Hebe e a Kaiser em represalia
comercial) na cacholeta. E nao se anime, nao, Bulcao, q. nem com tres
eu o confundiria com o presente de Jon Voight -- entraria em coma
alcoolico.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Velocidade de Luz
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/12/2002 09:51

On Tue, 10 Dec 2002, Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de wrote:
> Vontando ao Fuscão: Estou a 299.999,999 k/s e dou um sinal
> de farol. O sinal de luz parte da frente do Fuscão a
> 300.000 km/s, portanto um pentelhonésimo mais rápido
> que o Fuscão. Diria que sou capaz de ver o sinal de luz
> seguindo adiante do Fuscão.

OK. Vamos imaginar que vc esteja a velocidade da luz.

Vamos supor que entre vc decidir acender a luz e realmente acendê-la vc
demore um certo intervalo de tempo dt. Quando se está a "c" o seu
intervalo de tempo dt é infinito, ou seja vc nunca vai acender o farol,
aliás, vc nunca vai sequer tomar a decisão de fazê-lo.

A relatividade diz que a velocidade da luz é absoluta e que não importa a
velocidade do emissor a luz sempre viaja a velocidade "c". Digamos que vc
esteja a 99,99% de "c", seu dt será 70 vezes mais lento que o de um
observador parado. Mesmo lento vc consegue ligar o farol, o lance é que vc
não sabe que está lento, mas o observador externo o vê como se fosse uma
tartaruga com paralisia cerebral.

Quando vc liga o farol o observador externo vê a luz viajando a "c". Vc
dentro do fuscão também vai ver a luz viajando a "c". Porque? Por causa da
dilatação do tempo [70x mais lento] e da contração do espaço.

A luz tem velocidade constante porque ela é apenas uma perturbação de
campos eletromagnéticos no espaço, a velocidade de propagação desta
perturbação depende apenas das características do meio. Assim como a
velocidade do som no ar é constante, depende apenas das características
do ar. Se a velocidade do som no ar não fosse constante e dependesse do
emissor não se conseguiria ultrapassar a barreira do som.

A única diferença é que a luz é, até agora, uma barreira intransponível.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Heresias do Alberto
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/12/2002 10:18

> ----- Original Message -----
> From: "Guilherme Peixoto"
> Sent: Tuesday, December 10, 2002 8:43 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Heresias do Alberto

Alberto:

Tomo a liberdade de transcrever um trecho:

> Por incrível que pareça, no passado já consegui discutir coisas sérias
aqui.
> Já consegui até mesmo demonstrar, para o iniciante em física, quiçá para
um
> leigo não alérgico à física, por que considero a relatividade geral
fajuta.
> [ ]´s
> Alberto

e pergunto: e já tentou fazer essa demonstração, com êxito, para os que são
do ramo?

sds,

silvio.



SUBJECT: Ratos e homens
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 12:18

Nao sao bem ratos, mas camundongos.

O material especial disponibilizado pela Nature
sobre o genoma de camundongos.

http://www.nature.com/nature/mousegenome/

Particularmente o artigo:

Initial sequencing and comparative analysis of the mouse genome
http://www.nature.com/cgi-taf/DynaPage.taf?
file=/nature/journal/v420/n6915/full/nature01262_fs.html

Em termos de nucleotideos, apenas 40% do genoma humano pode ser
alinhado com o genoma de camundongos. (O "apenas" e' se compararmos
com os 99% de semelhanca genetica entre as especies ventilado por
ai'.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Holografia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/12/2002 15:25

Fiz uma tentativa de um texto didático para 5a./8a séries sobre holografia; como sói acontecer, apreciaria leitura/comentários/sugestões:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala09/09_22.asp
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================



SUBJECT: Re: Velocidade de Luz
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 15:31

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> Sua lógica é paraconsistente? Não entendi a sua colocação. Porque
> uma "explosão" única (big bang) pode gerar uma radiação e
> uma "explosão" permanente não?

Mas uma radiacao de fundo uniforme? Em sendo uma disposicao em
camadas, nao haveria de haver uma radiacao de um comprimento de onda
maior de um lado (voltado para a camada mais velha) e uma radiacao de
um comprimento de onda menor (voltado para a camada mais jovem) de
outro?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Holografia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 15:48

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> Fiz uma tentativa de um texto didático para 5a./8a séries sobre
> holografia; como sói acontecer, apreciaria
> leitura/comentários/sugestões:
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala09/09_22.asp

Talvez falar de aplicacoes mais conhecidas do laser: o CD player e as
canetas apontadoras.

Nao seria bom dar uma enfatizada q. os espelhos usados na montagem,
dividindo o feixe de laser, sao semi-espelhos ou espelhos semi-
reflexivos (nao sei qual o termo tecnico)?

E talvez (em outra pagina?) discutir um pouco mais de porq. nao se
poder fazer holografia com luz comum.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Holografia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/12/2002 16:02

Sugestões anotadas.
Algo não entendo ...... como vc respondeu à minha mensagem se ela nem entrou ainda na lista de mensagens???????
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 11 de dezembro de 2002 15:48
Assunto: [ciencialist] Re: Holografia


--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> Fiz uma tentativa de um texto didático para 5a./8a séries sobre
> holografia; como sói acontecer, apreciaria
> leitura/comentários/sugestões:
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala09/09_22.asp

Talvez falar de aplicacoes mais conhecidas do laser: o CD player e as
canetas apontadoras.

Nao seria bom dar uma enfatizada q. os espelhos usados na montagem,
dividindo o feixe de laser, sao semi-espelhos ou espelhos semi-
reflexivos (nao sei qual o termo tecnico)?

E talvez (em outra pagina?) discutir um pouco mais de porq. nao se
poder fazer holografia com luz comum.

[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Heresias do Alberto
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/12/2002 16:07

----- Original Message -----
From: "silvio cordeiro"
Sent: Wednesday, December 11, 2002 9:18 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Heresias do Alberto

> > Por incrível que pareça, no passado já consegui discutir coisas sérias
> > aqui. Já consegui até mesmo demonstrar, para o iniciante em física,
> > quiçá para um leigo não alérgico à física, por que considero a
> > relatividade geral fajuta.

> e pergunto: e já tentou fazer essa demonstração, com êxito, para os que
> são do ramo?

Está na Internet. Vez ou outra recebo comentários de um ou outro de meus
artigos ou debates de pessoas do ramo residentes no Reino Unido, na França,
na Eslovênia, no Japão, na Argentina etc. Em novembro, por exemplo, fui
sondado por um físico francês sobre uma idéia que já expus amplamente aqui
na Ciencialist e relacionada ao 2º princípio da termodinâmica. Acho que o
único que se dignou na época a comentar e criticar o assunto foi o Taborda,
que por acaso ;-) reside em Portugal. Esse físico francês está tentando
explicar o 2º princípio da termodinâmica através de uma sistemática
semelhante a minha (escrita em 1987, capítulo de livro, e publicada em
revista nacional em 1995), mas essencialmente relativística (a minha
explicação é 100% clássica). Em seu país ele consegue conversar com os
membros do Olimpo Acadêmico e até publicar em revistas razoáveis de seu
país, mas aqui no Brasil a turminha do ramo só sabe ler em inglês e, de
preferência, artigos que saem no Physical Reviews.

Aliás, na década de 90 recebi um comentário por parte do Newton da Costa
(aquele matemático-filósofo brasileiro especialista em lógica
paraconsistente e reconhecido internacionalmente) onde ele "elogiava" a
turminha do ramo com as seguintes palavras: "Publique suas idéias no
exterior, pois aqui no Brasil você não encontrará ninguém a altura de
contestar idéia nenhuma".

Qualquer um pode ler o debate e enviar comentários, cair de pau etc. Aliás,
quando falei em "iniciante" e "quiçá leigo", fiz apenas para chamar a
atenção dos possíveis interessados que o artigo está escrito em linguagem
acessível ao leigo, pois tenho artigos em meu site que não são digeríveis
por qualquer um.

Lembro também que não por acaso essa thread foi batizada, pelo Guilherme, de
"Heresias do Alberto". Ora, desde quando um herege consegue conversar com os
doutos donos da ciência? É mais fácil defender a homeopatia na STR.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade de Luz
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/12/2002 16:13

----- Original Message -----
From: "TARCISIO BORGES"
Sent: Wednesday, December 11, 2002 8:19 AM
Subject: Re: [ciencialist] Velocidade de Luz

> Então teríamos que nos render a Fred Hoyle e ignorar completamente a
> radiação de fundo do universo.

Sua lógica é paraconsistente? Não entendi a sua colocação. Porque uma
"explosão" única (big bang) pode gerar uma radiação e uma "explosão"
permanente não?

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: Heresias do Alberto
FROM: Clóvis A. S. Maia <gytuin@mailbr.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/12/2002 17:11

Olas,


- Alberto falou:
----------------
> e que a relatividade geral é fajuta. Isso é coisa de quem já
> perdeu o senso há muito tempo, ou então de quem já não pertence
> mais a esse mundo (que deve ser o caso dele).
Então eu também já perdi o senso há muito tempo e/ou já não pertenço mais a
esse mundo. ;-) O que o Lattes diz a respeito da relatividade geral ele já
dizia nos anos 50 ou 60, e pouquíssimos acadêmicos nacionais conseguiam
enfrentá-lo num debate para contradizê-lo, mesmo porque, não era qualquer
físico brasileiro que conhecia a relatividade geral. O Abraão de Morais, que
foi um dos melhores físicos brasileiros (hoje é nome de avenida em S.Paulo),
-------------------
- Comentario - Interessante! Fora o Schemberg e o Lattes, nao sabia que
havia algum outro fisico brasileiro homenageado de forma tao abrangente...
Alberto, poderia nos falar um pouco mais do Sr. Abraao de Morais??


- Alberto falou:
-------------------------------
> > tem muito ortodoxo e dogmático no pedaço doido para entrar em mais uma
> > briguinha. Eu heim!
> Não se sinta tímido, aqui a proposta é o debate científico, e
> não briguinhas e argumentos dogmáticos.
Eu vou perdoá-lo por esta afirmação pois você deve estar na Ciencialist há
muito pouco tempo. Do contrário diria que você contou a piada do ano: A
proposta da Ciencialist é o debate científico? Isso dito em 2002?
;-))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Morro de rir mas não acho graça. ;-)
Por incrível que pareça, no passado já consegui discutir coisas sérias aqui.
---------------------------------------
Bem, as vezes fico um tempo desligado da lista, apenas correndo os olhos
por uma ou outra mensagem. Mas sempre que volto a acompanha-la mais de
perto, alguma coisa mudou.
O clima atual esta meio estranho. Abri as mensagens e dei de cara com
alguem xingando alguem, e vi ate heresias contra deus Leo. Eh uma pena, ja
houve epocas melhores.


- Alberto falou:
------------------------------------------------
Já consegui até mesmo demonstrar, para o iniciante em física, quiçá para um
leigo não alérgico à física, por que considero a relatividade geral fajuta.
Se conseguir entrar no meu site dou como exemplo de debate aqui realizado:
"A resolução clássica do paradoxo da carga acelerada", que está em
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/rgpca1.htm . Se não entrar
tente adicionar www. antes de ecientificocultural. Se ainda assim não
conseguir, as mensagens da Ciencialist são de números: 7665 - 7663 - 7675 -
7681 - 7737 - 7750 - 7757 - 7760 - 7768 - 7770 - 7773 - 7781 - 7786
Existem muitos outros debates interessantes aqui acontecidos antes da
derrocada da Ciencialist. Alguns são citados em meu web.
---------------------------------------------------
Comentario - Ha algum tempo (diria anos) vi esse argumento da carga
acelerada ali pelo seu site. Na epoca nao entendia nada do assunto, entao
deixei-o para la... porem, hoje em dia acho que estou um pouco (apenas
infinitesimalmente) menos ignorante, de forma que depois de dar uma lida na
literatura (praticar o copy and paste :-), entendo um pouco melhor a
questao.
O fato eh que NAO ha paradoxo - a questao apresenta muitas sutilidades
do ponto de vista da relatividade geral, mas nao ha paradoxo algum no
sentido de que o resultado que a teoria da para tal pergunta seja
contraditorio. Porem, antes de tentar explicar-lhe porque digo isso (ou
melhor, antes de tentar empurrar-lhe o resultado de muitos copy and pastes),
quero fazer uma pergunta: Lembro que long time ago voce tocou no assunto com
outra pessoa aqui na lista (seria o Eduardo Gueron?), e comentou brevemente
de uma conversa que teria tido com alguem, em um chat on-line de ciencia,
nos idos de 1998/99, e que tal pessoa lhe explicou como tal questao era
encarada do ponto de vista da relatividade geral. Por favor, voce poderia me
indicar o link dessa explicacao, exatamente do modo como ela lhe foi dada??
Em tempo, gostaria de dizer ainda uma coisa: Nao eh pecado nao ser um
genio. Acredito que aprender exige, sim, muito copy and paste. Mas,
evidentemente, eh um processo de copiar, ENTENDER, e colar. E, claro, sempre
usando a propria criatividade para analisar a questao com um ponto de vista
proprio. Por isso, Alberto, acho que voce nao deveria desprezar tanto o
copiar e colar (quando usado dessa forma). Todos passamos por esse processo
para aprender o 2+2...


Um abraco,
Clovis


_______________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: A Espécie das Origens lançado hoje
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 17:31

--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
> Para criticar A Teoria da Evolução das Espécies, A
> RelatividadeGeral ou qualquer outro paradigma científico a pessoa
> deve, preferencialmente, apresentar um novo modelo que englobe o
> anterior, corrija suas discrepâncias ( se houver ) e que possa ser
> verificável na prática.

Na verdade nao. Quer dizer, talvez seja preferivel q. haja uma nova
teoria a substituir, mas nao e' condicao necessaria, basta apontar
uma falha, alguma previsao da teoria q. nao se confirma
experimentalmente, por exemplo. Ai' sim tem q. se buscar uma nova
explicacao.

Mas destaque-se o trecho abaixo:

> No que toca à diversidade genética, Amorim refere que "o número de
> combinatórias é tão excessivamente elevado que nem que a nossa
> espécie durasse até à extinção do Sol não teríamos tempo de ensaiar
> todas as combinações já existentes - e não estou nem sequer a falar
> daquelas que vão surgir nos próximos tempos. O mundo vivo actual é
> uma reduzida amostra da diversidade biológica potencial. Utilizamos
> poucos volumes dessa imensa biblioteca que temos à nossa
> disposição".

E' verdade q. o mundo vivo atual e' apenas uma amostra reduzida da
diversidade biologica potencial. E' provavel q. mesmo q. a nossa
especie durasse ate' a extincao do Sol nao teriamos tempo de ensaiar
todas as combinacoes ja' existentes.

Mas e' falsa a imputacao disso, afinal nao e' preciso q. a *nossa*
especie ensaie todas as combinacoes. Cada especie ensaia uma
combinacao diferente. Todas as combinacoes ja' existentes, por
definicao, ja' existiram. Talvez se queira dizer q. a diversidade nao
possa ser explicada pela taxa de mutacao, bem aqui se cai do cavalo e
da' com a cara no chao, porq. por mais discrepancias q. haja entre as
tecnicas de relogio molecular e alguns registros fosseis, nao ha'
discrepancia tao espetacular q. inviabilize a atuacao da mutacao na
geracao de novas variedades.

A taxa media de falha da polimerase de ADN de uma bacteria e' de 1
erro em um a dez milhoes de bases incorporadas. Isto e', cerca de
0,00001% de divergencia a cada ciclo de reproducao -- q. chega a um
ciclo a cada 20 minutos.

(1-0,0000001)^c de divergencia acumulada (em relacao ao original) em
c ciclos.

Uma divergencia de 50% sera' acumulada em:

c = log(0,5)/log((1-0,0000001) ~ 7.000.000 de ciclos.

Pouco mais de 260 anos. Claro q. a maior parte da divergencia e'
eliminada por causar problemas e nem todos os organismos possuem
ciclos de apenas 20 minutos. Mas bota ai' alguns milenios a alguns
milhoes de anos e voila': da mais escrota sopa primordial 'a Tatiane
Araujo em alguns bilhoes de anos. (Sim, estou sendo antropocentrista
ao eleger a Tatiane Araujo como ponto final, ja' q. poderia pensar em
qq outro organismo hj existente -- mas os musgos nao me comovem tto.
E, sim, estou simplificando em muito as coisas.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Velocidade de Luz
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 17:40

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> Bem, eu não sou especialista em radiação de fundo, mas ainda assim
> parece-me que sua idéia é um tanto quanto ingênua. Em primeiro
> lugar, essa radiação que vem de todos os lados parece ser uma
> radiação mais recente e de outras freqüências, do tipo daquela que
> recebemos do Sol (demora de oito minutos), da estrela mais próxima
> (demora de cerca de 4 anos) ou de qualquer outra estrela ou galáxia
> (com tempos maiores).

Ao q. eu saiba nao e' isso, nao. Claro q. tem a radiacao das estrelas
e outros corpos espalhados pelo universo. Mas a radiacao de fundo,
atualmente na faixa do microondas vem de todos os lados.

Se fosse o caso de estarmos em movimento (e nos estamos) e essa
radicao viesse de um centro de 'explosao' especifico, a radiacao de
fundo deveria apresentar diferencas em seu espectro a meu ver: o
desvio para o vermelho ou para o azul conforme o nosso deslocamento
em relacao a esse centro fisico da 'explosao': a frequencia da
radiacao de fundo deveria variar conforme o lado para o qual
apontamos as nossas antenas, mas o q. se obtem e' um 'ruido'
relativamente homogeneo. Ou nao?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: [ciencialist] A Espécie das Origens lançado hoje
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 17:58



Boa Tarde a todos.

Para criticar A Teoria da Evolução das Espécies, A Relatividade
Geral ou qualquer outro paradigma científico a pessoa deve,
preferencialmente, apresentar um novo modelo que englobe o anterior,
corrija suas discrepâncias ( se houver ) e que possa ser verificável na
prática.
Qual a alternativa que este Senhor Lusitano sugere? A volta do
vitalismo ? O criacionismo disfarçado ? Ou ainda, a pseudo hipótese do
planejamento inteligente ?
Em qualquer área do conhecimento humano sempre surgem os parias
aspirando algum reconhecimento.
Na Astronomia temos a astrologia, na Medicina a homeopatia, na Química a
alquimia e na Biologia o vitalismo em mesclado com o criacionismo. Esta
polêmica passageira é apenas uma vaidade humana.


****************************************************************************************************************************************


Mais um que não percebeu o darwinismo.
Joao


Investigador Português Publica Livro Que Critica Aplicação da Teoria da
Evolução de Darwin
Por ANDRÉIA AZEVEDO SOARES
Terça-feira, 10 de Dezembro de 2002

"A Espécie das Origens" lançado hoje

António Amorim, do Ipatimup, no Porto, defende que a selecção natural
não é um modelo científico aceitável

Chama-se "A Espécie das Origens - Genomas, linhagens e recombinações" o
livro que o cientista António Amorim lança hoje, às 21h30, no auditório
da Biblioteca Almeida Garrett, no Porto. Engana-se quem pensa que a
paródia ao título da famosa obra de Charles Darwin, "A Origem das
Espécies", sugere um diálogo amigável com ideias do pai do
evolucionismo. Pelo contrário, o volume editado pela Gradiva é uma dura
contestação das perspectivas darwinistas.

António Amorim rejeita, numa visão "ferozmente pessoal", a ideia da
selecção natural. Isso porque considera que é uma explicação mais
ideológica do que científica, além de totalitária e circular: "Justifica
a coisa e o seu contrário; tudo e, ao mesmo tempo, nada". O autor é
professor catedrático da Faculdade de Ciências e investigador do
Instituto de Patologia e Imunologia da Universidade do Porto (Ipatimup),
na área da genética pura e aplicada. O volume será apresentado na sessão
de lançamento, esta noite, pelo psiquiatra Rui Mota Cardoso.

A ideia de escrever "A Espécie das Origens" surgiu após um debate,
realizado em 2001, aquando do lançamento da tradução portuguesa de
"Genoma", de Matt Ridley. Após ouvir as críticas de Amorim às ideias
darwinistas, o editor Guilherme Valente desafiou o investigador do
Ipatimup a elaborar um texto sobre o tema para a colecção "Ciência
Aberta". O resultado foi um livro de 126 páginas, com dez capítulos
escritos numa linguagem acessível ao público em geral.

António Amorim parte de uma generosa oferta de conceitos básicos para
chegar, já na parte final do livro, à enunciação da sua tese
antidarwinista. Isso permite ao leitor adquirir, à medida que avança as
páginas, algumas ferramentas necessárias para compreender a questão
central de "A Espécie das Origens": dissociar a inegável existência da
evolução dos pressupostos de Darwin.

"Todos pensam que para falar de evolução é preciso citar Darwin. Ninguém
nega a evolução na área científica. Mas estamos num ponto de viragem no
que toca ao enquadramento teórico dessa mesma evolução. Na minha
opinião, o darwinismo é o último estertor duma forma histórico-natural
de ver a biologia", afirma Amorim.

Darwin defendia a existência de um lento processo que envolveria a
selecção dos indivíduos mais aptos, a modificação das espécies
existentes e, a longo prazo, o aparecimento de novas. Para Amorim, essa
explicação busca apenas justificar a extinção e a substituição das
espécies. Portanto, é um enunciado que não pode ser verificado
experimentalmente e que não é capaz de prever o que a elas sucederá nos
próximos tempos. Como tal, o investigador afirma que a selecção natural
não é um modelo científico aceitável.

"A previsão pormenorizada dos percursos que o mundo vivo irá tomar nos
próximos tempos é-nos inacessível. Mas nem isso é peculiar da biologia:
a física também já enfrentou este problema quando, por exemplo,
verificou ser impossível analisar a trajectória individual de cada
molécula de um gás. Isso não implicou que fosse impossível calcular a
variação da pressão desse gás de acordo com a temperatura. Também na
evolução teremos de assumir a mesma modéstia e, fazermo-la significará
abdicar da presunção de 'explicar' um conjunto de resultados
heterogéneos com uma única abordagem teórica", escreveu o autor.

António Amorim enjeita o desejo do programa neodarwinista de definir um
mecanismo único responsável pela geração da diversidade actual e passada
dos seres vivos. Isso porque, na opinião do professor, uma explicação
global e totalitária despreza a complexidade múltipla que envolve a
evolução das espécies. "Aquilo a que chamamos vida é uma complicação de
coisas. Provavelmente não há uma explicação única para a mudança dessas
diferentes formas de vida", diz o autor.

No que toca à diversidade genética, Amorim refere que "o número de
combinatórias é tão excessivamente elevado que nem que a nossa espécie
durasse até à extinção do Sol não teríamos tempo de ensaiar todas as
combinações já existentes - e não estou nem sequer a falar daquelas que
vão surgir nos próximos tempos. O mundo vivo actual é uma reduzida
amostra da diversidade biológica potencial. Utilizamos poucos volumes
dessa imensa biblioteca que temos à nossa disposição".

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velocidade de Luz
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/12/2002 18:15

----- Original Message -----
From: "rmtakata"
Sent: Wednesday, December 11, 2002 2:31 PM
Subject: [ciencialist] Re: Velocidade de Luz

> > Porque uma "explosão" única (big bang) pode gerar uma radiação e
> > uma "explosão" permanente não?

> Mas uma radiacao de fundo uniforme? Em sendo uma disposicao em
> camadas, nao haveria de haver uma radiacao de um comprimento de onda
> maior de um lado (voltado para a camada mais velha) e uma radiacao de
> um comprimento de onda menor (voltado para a camada mais jovem) de
> outro?

Bem, eu não sou especialista em radiação de fundo, mas ainda assim parece-me
que sua idéia é um tanto quanto ingênua. Em primeiro lugar, essa radiação
que vem de todos os lados parece ser uma radiação mais recente e de outras
freqüências, do tipo daquela que recebemos do Sol (demora de oito minutos),
da estrela mais próxima (demora de cerca de 4 anos) ou de qualquer outra
estrela ou galáxia (com tempos maiores). A radiação de fundo seria aquela
que foi (no caso do big bang único), ou está sendo (no caso da explosão
permanente), gerada em um suposto centro do universo e/ou no ponto origem do
universo. E não estamos praticamente em repouso em relação a ela, ao
contrário da maioria das radiações citadas acima.

Se fosse possível descer da Galáxia [Pára a Galáxia que eu quero descer!
;-) ], ao situarmo-nos no referencial do Léo (referencial absoluto) *é
possível* que notássemos essa radiação vinda de uma única direção. Na
velocidade que a nossa Galáxia está em relação a um referencial absoluto e
supondo-se uma teoria clássica, a única coisa que podemos afirmar com
certeza é que essa radiação existe, pois já foi constatada. Sequer sabemos
de onde vem e qual a sua velocidade (repito, teoria clássica, clássica,
clássica), se é que ela não é um misto de radiações de inúmeras fontes e com
multiplas velocidades e/ou até mesmo de múltiplos universos concomitantes (e
clássico, não aquela asneira dos múltiplos universos paralelos do Everett),
cada um expandindo-se a partir de um ponto central e num retículo
multi-universal cristalino.

Ou seja, a coisa é extremamente complexa e não sou especialista no assunto.
Como também não sou ingênuo a ponto de acreditar que o assunto seja
extremamente elementar. Essa idéia de explosão permanente cai como uma luva
para as minhas outras teorias, mas não se constitui na essência de (e nem é
necessária para a comprovação de) nenhuma das teorias, dentre as que tenho
mais dedicado meus estudos.

Na época em que me preocupei em estudar esse assunto (década de 80),
comentava-se que os cientistas, empregando um interferômetro de Sagnac,
estavam tentando detectar a existência de uma direção natural ou
preferencial no Universo. Nessa época esse assunto, o da isotropia das
radiações e/ou da questão da existência ou não de um sistema de referência
preferencial, era pensado por muitos físicos respeitáveis como um *tema em
aberto*, e lembro que a radiação de fundo é coisa bem anterior (creio que da
década de 50, mas não estou bem certo). Hoje em dia, quando se fala em
interferômetro de Sagnac pensa-se quase que única e exclusivamente em ondas
gravitacionais, coisa que ninguém sabe se existe. Ou muito me engano ou os
estudos que estavam sendo feitos na década de 80 foram parar na gaveta. Mas
volto a dizer que essa não é a minha praia preferida e atualmente estudo
muito pouco a respeito. Como ninguém está interessado em criticar minhas
idéias com argumentos sérios, posso me dar ao luxo de estudar o que me der
na telha, e evoluo segundo minhas prioridades.

Enfim, eu sou um só e não posso estudar tudo ao mesmo tempo. No mundo
existem muitos hereges como eu, mas cada um está na sua e não posso
criticá-los por isso. O problema é que a física moderna está capengando numa
terapia intensiva e prestes a receber a extrema unção. Para alguns haverá
uma transformação gradativa para algo melhor (como admitem ter sido a
evolução da física clássica para a moderna); para outros, entre os quais me
incluo, não sobrará pedra sobre pedra das teorias físicas do século XX
(serão encaradas, no futuro, como as teorias do flogisto ou do calórico, que
não deram em nada). Independentemente do que vier a acontecer, alguma coisa
terá que ser colocada no lugar da física moderna, e esta alguma coisa de
amanhã muito provavelmente será uma das heresias de hoje. E a história se
repetirá.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM/CORRIGIDO
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 20:13

On 11 Dec 2002 at 11:16, rmtakata wrote:

> mas muitas pessoas parecem viver por viver em boa parte do
> tempo, nao por uma instigacao interna ou externa, mas meio q.
> por 'inercia'.

Creio que este viver por viver, sem instigação interna é imaginar que algo
se move se ter um desencadeante. Não posso entender como alguém
pode realizar coisas "só por realizar", sem que isto esteja inscrito no
cérebro de alguma maneira. Se está inscrito e a vivencia é "por inercia", é
porque deve existir uma motivação "inercial". Eu até estaria de acordo
porque a inercia psíquica é uma moção do que chamamos pulsão de
morte. Não acredito em viver qualquer coisa sem motivação.

[ ]s

Marco Aurelio








SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 20:30

On 11 Dec 2002 at 9:17, Manuel Bulcão wrote:

> A memória é recuperável através de um contra-comando
> do hipnotizador, mas mesmo que não se dê um contra-comando, cedo ou
> tarde a pessoa voltará a recordar, pois a sugestão pós-hipnótica
> tende a se enfraquecer com o tempo, e esse tempo varia dependendo da
> suscetibilidade do hipnotizado. Não sei se entre crianças, cujo
> sistema nervoso ainda está se formando, o processo é idêntico.

Oi Manuel

Isto que Vc. assinala é muito importante. Cedo ou tarde a memoria é
recuperada. Quanto às crianças, são bastante difíceis de hipnotizar. Não
de sugestionar. Eu não gosto da hipnose. São poucos os suscetíveis e os
que o são também são submetidos e com fortes tendências histéricas e/ou
melancólicas. Deixam que seu Ego se enfraqueça. Desconfio de métodos
que enfraquecem o Ego. Eu acho que o sujeito deve ter pleno dominio de
sua personalidade durante a terapia.

A sugestão post-hipnótica fica "guardada" for a do âmbito da consciencia.
Eu digo que fica no pré-consciente com a atenção privada de enfocá-la.
Estária no inconsciente descritivo, mas não no inconsciente sistemático. Se
a ideia é desalojada da consciencia e a tradução do termo alemão que
Freud usa para repressão ou recalcamento é literalmente desalojo, não
vejo porque isso não seria recalcamento. No entanto neste caso não tem
nenhuma importancia porque não se trata de nenhum sintoma (retorno do
reprimido). O que interessa a psicanálise é o retorno do reprimido, porque
é algo que foi mal reprimido e que surge, forçando o Ego a realizar atos
defensivos (sintoma).

[ ]s

Marco Aurelio



















SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Heresias do Alberto
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 20:49


>O que o Lattes diz a respeito da relatividade geral ele já
>dizia nos anos 50 ou 60, e pouquíssimos acadêmicos nacionais conseguiam
>enfrentá-lo num debate para contradizê-lo, mesmo porque, não era qualquer
>físico brasileiro que conhecia a relatividade geral. O Abraão de Morais,
>que
>foi um dos melhores físicos brasileiros (hoje é nome de avenida em
>S.Paulo),
>costumava dizer que existiam uns dois ou três.

Hoje em dia muitos físicos brasileiros entendem bem a
relatividade geral e muito além dela, hoje a realidade é outra
e a comunidade não dá importância aos exageros do Lattes por
mera preguiça, não porque não consigam enfrentá-lo.

Assim que puder vou dar uma olhada nos links que você sugeriu,
fiquei até curioso.

Abraços,

Guilherme



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Heresias do Alberto
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/12/2002 21:01

----- Original Message -----
From: "Clóvis A. S. Maia"
Sent: Wednesday, December 11, 2002 4:11 PM
Subject: [ciencialist] Re: Heresias do Alberto

> Fora o Schemberg e o Lattes, nao sabia que
> havia algum outro fisico brasileiro homenageado de forma tao abrangente...

Esses dois são os mais venerados, mas existem muitos dessa que foi o que
costumo chamar a fase áurea da física brasileira, algo equivalente ao que
para o futebol representou a seleção brasileira do tricampeonato (1970).
Apenas para citar alguns (a ordem é aleatória):

Mário Schenberg
Cesare Mansuetto Giulio Lattes (atualmente na Unicamp, aposentado)
Marcelo Damy de Souza Santos
Abraão de Morais
José Leite Lopes (atualmente deve estar na UFRJ)
Antonio de Souza Teixeira Júnior (foi prefeito da Usp; até recentemente era
pró-reitor da Univap)
José Tyomno
Rômulo Ribeiro Pieroni
Alberto Luiz da Rocha Barros
Roberto Salmeron (atualmente na UnB)
Tore Niels Olof Former Johnson (esse é o guru do Léo)
Giuseppe Occhialini (italiano que esteve no Brasil durante a guerra)
Gleb Wataghin (italiano considerado um dos pais da física moderna no Brasil)

> Alberto, poderia nos falar um pouco mais do Sr. Abraao de Morais??

Conheci apenas de nome e pela admiração que deixou entre seus pares. Tive
dois amigos físicos que foram seus alunos na década de 60 e não se cansavam
de tecer elogios e não era só como professor, pois parece que não era dos
mais didáticos. Na Internet é possível que você encontre alguma coisa a
respeito. Dizem que ele calculava em poucas horas, ou mesmo em minutos, o
que os maiores computadores da NASA levavam meses para calcular, e acertava
na mosca. Se não me falha a memória, um dos auditórios do Ifusp tem o seu
nome.

> O fato eh que NAO ha paradoxo - a questao apresenta muitas sutilidades
> do ponto de vista da relatividade geral, mas nao ha paradoxo algum no
> sentido de que o resultado que a teoria da para tal pergunta seja
> contraditorio.

Com efeito. Rigorosamente falando existem fenômenos já explicados e
fenômenos a serem explicados. Um paradoxo é algo que se propõe a falsear uma
teoria caso ela não consiga explicá-lo. Explicando ou não o paradoxo acaba
deixando de ser paradoxo para se transformar ou numa hipótese corroboradora
ou falseadora (apenas historicamente acaba sendo citado como um paradoxo). A
explicação nem sempre satisfaz a todos os que militam na área
(principalmente quando apela para argumentos "ad hoc") e quando tal
acontece, de duas uma: ou acaba se aceitando a explicação por consenso (vide
Thomas Kuhn) ou pelo critério de autoridade.

> Lembro que long time ago voce tocou no assunto
> com outra pessoa aqui na lista (seria o Eduardo Gueron?), e comentou
> brevemente de uma conversa que teria tido com alguem, em um chat on-line
> de ciencia, nos idos de 1998/99, e que tal pessoa lhe explicou como tal
> questao era encarada do ponto de vista da relatividade geral. Por favor,
> voce poderia me indicar o link dessa explicacao, exatamente do modo como
> ela lhe foi dada??

Vide ao final da mensagem 7010 da Ciencialist:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/7010

> Em tempo, gostaria de dizer ainda uma coisa: Nao eh pecado nao ser um
> genio. Acredito que aprender exige, sim, muito copy and paste. Mas,
> evidentemente, eh um processo de copiar, ENTENDER, e colar. E, claro,
> sempre usando a propria criatividade para analisar a questao com um ponto
> de vista proprio. Por isso, Alberto, acho que voce nao deveria desprezar
> tanto o copiar e colar (quando usado dessa forma). Todos passamos por esse
> processo para aprender o 2+2...

Mas eu não desprezo! O que desprezo é a "mediocrização deliberada"
denunciada por Mário Schenberg em 1984 e que tomou conta de nossas
universidades. Você pode perfeitamente continuar copiando e colando, e quero
crer que até mesmo os gênios (existe isso?) utilizam-se dessa técnica. O
problema é que a escola de hoje aboliu a criatividade e ensina o estudante a
única e exclusivamente copiar e colar. Essa tática, a menosprezar a
criatividade dos jovens eu desprezo, abomino, denuncio e continuarei agindo
dessa forma enquanto viver. Abaixo o anta-ceticismo!

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Heresias do Alberto
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/12/2002 21:08


>José Leite Lopes (atualmente deve estar na UFRJ)

Ele está no CBPF (Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas).

Guilherme



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SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM/CORRIGIDO
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/12/2002 08:42

--- Em ciencialist@y..., "Marco A. Andrade" <clave@s...> escreveu
> Creio que este viver por viver, sem instigação interna é imaginar
> que algo se move se ter um desencadeante.

Fisicamente isso e' possivel.

> Se está inscrito e a vivencia é "por inercia", é
> porque deve existir uma motivação "inercial".

E se assim for fica estranho pensar em pulsao ou drive...

De certo modo caimos como que em imaginar q. o reflexo
patelar seja um mecanismo para proteger o ego. (Outra
coisa q. complica na linguagem psicanalitica tbm e'
um certo ar finalista das coisas... tem hora q. e'
dificil de traduzir isso para um sistema mais material.)

> Eu até estaria de acordo porque a inercia psíquica é uma moção do
> que chamamos pulsão de morte.

Bem, talvez vcs ja' tenham uma expressao chamada 'inercia psquica'.
Mas a ideia e' q. nao haja necessariamente nenhum tipo de mecanismo
q. 'fale' ao individuo: "viva, vc tem q. viver, tem q. se
preservar"... Ate' porq. de certo modo esta' se restringindo a
psicanalise ao humanos, va' la', aos primatas, ou, com muito esforco,
a todos os organismos com um sistema nervoso. Pois bem, uma alface
nao se suicida por nao ter um projeto de vida. E se, e' apenas
especulacao, e se conforme diz Damasio, a emocao seja apenas um
marcador somatico -- apenas mostra o estado geral do corpo -- se, ai'
ja' nao sao as palavras de Damasio, instintos ou algo q. se possa
chamar pulsao funcione apenas de modo a dar um foco, a concentrar a
atencao a um dado elemento processado em nosso sistema nervoso
orientando a acao.

[]s,

Roberto Takata


Não acredito em viver qualquer coisa sem motivação.
>
> [ ]s
>
> Marco Aurelio



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/12/2002 08:44

--- Em ciencialist@y..., "Marco A. Andrade" <clave@s...> escreveu
> Desconfio de métodos que enfraquecem o Ego.

Como assim enfraquecer o ego? O ego nao e' apenas um sistema de
integracao?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Velocidade de Luz
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/12/2002 10:08

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> Parece-me que você valorizou, em detrimento dos demais, apenas o
> primeiro parágrafo de uma mensagem com 5 parágrafos.

Acho q posso fazer isso. Mas se pensa q. com isso distorci alguma
coisa, fique 'a vontade para criticar.

Estou tentando analisar o merito do modelo alternativo. Claro, nao
conheco com propriedade o tema, o q. restringe o valor
dessa 'analise' a quase nada -- se e' q. efetivamente nao e' nada.

Mas nao lhe parece q., sem multiplicar por demais premissas
implicitas ou suposicoes ainda por demonstrar, o modelo de um
universo-cebola nao se encaixa tao bem aos dados do q. o de
um unico big-bang neste universo?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Takata e o Genoma!!!!
FROM: "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/12/2002 10:42

Olá Takata !!! gemaba1, ok.

<<gemaba : Você quer dizer que desde 50 ou 60 já se diz
ser o DNA uma linguagem, com sintaxe e
semantica e que existe uma natureza comum
entre a linguagem musical e a linguagem do
DNA?>>

<<Takata : O q. eu disse e' q. ha' muito tempo se conhece o
codigo genetico dos seres vivos. O codigo genetico
e' a relacao entre cada grupo de tres nucleotideos
(elementos q. compoem o ADN) e o aminoacido q. e'
incorporado 'a proteina>>

gemaba1 : Desculpe a dúvida mas ADN e DNA são a mesma coisa?
A forma do DNA ou ADN afetaram essa relação? Poderia explicar
melhor a proteina ser incorporada?

<<Takata : Os experimentos para descobrir essa relacao comecaram
por volta de meados dos anos de 1950 e em meados de 60
o codigo ja' era conhecido: se tivessemos três timinas na
cadeia de ADN (ou três uracilas no ARN-m sintetizado a
partir dessa cadeia de ADN), a proteina produzida
teria uma feninalanina, se tivesse uma adenina seguida de
duas guaninas, teriamos uma arginina e assim por diante.>>

gemaba1 : Confesso que mais informações seriam úteis
e insisto na pergunta, relacione a forma a sua explicação,
seria possível? Um exemplo seria interessante, por exemplo,
certa vez vi uma orelha que havia nascido nas costas de
um rato. Provavelmente uma experiência empírica
com alguma base, no caso a que você está apresentando,
uma sequência de substâncias, que seja, timina, guanina,
sitozina. Mas qual ´´e uma boa associação do código
genético com o ser que ele produz?

<<gemaba : O que é o Genoma, você saberia
explicar, quais as bases do modelo teorico?>>
<<Genoma se refere basicamente ao conjunto de todos os genes
em um organismo. De modo mais amplo, e' o material genetico
(ADN para a maioria das especies e ARN para o caso de alguns
tipos de virus, como o da Aids) de cada ser vivo: o q. inclui
tbm os trechos q. nao seriam propriamente genes. E' apenas
um nome.>>

gemaba1 : Ok. Então quando diz-se projeto genoma, seria um
nome genérico para o estudo de todos os gens possíveis, certo?

<<Takata : Agora, a q. modelo vc se refere? Ao modelo de gene, ao modelo
de seu funcionamento, ao modelo do processo q. leva do
genotipo ao fenotipo, ao modelo do ADN...?>>

gemaba1 : Se você tiver paciência poderemos discutir todos, só
que vejo um problema, um problema de nível. Você parece
saber bem mais que eu nessa área e peço-lhe se possível
paciência com minha desinstrumentalização. Peço-lhe
que pondere sobre a diferença entre genotipo e fenotipo,
é possível? Quanto ao funcionamento como poderámos
começar a discutir?

PS.: Eu sou membro da Acropolis e lá existe uma carência
de pessoas que possam falar com mais segurança nessa
área. Acho que não somente eu, mas outros membros
gostariam de aumentar seus conhecimentos acerca do
tema e talvez você possa nos ajudar, contamos assim
contigo.

Obrigado!!!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br

[]s,
Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velocidade de Luz
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/12/2002 10:43

rmtakata wrote:

> --- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> > Bem, eu não sou especialista em radiação de fundo, mas ainda assim
> > parece-me que sua idéia é um tanto quanto ingênua. Em primeiro
> > lugar, essa radiação que vem de todos os lados parece ser uma
> > radiação mais recente e de outras freqüências, do tipo daquela que
> > recebemos do Sol (demora de oito minutos), da estrela mais próxima
> > (demora de cerca de 4 anos) ou de qualquer outra estrela ou galáxia
> > (com tempos maiores).
>
> Ao q. eu saiba nao e' isso, nao. Claro q. tem a radiacao das estrelas
> e outros corpos espalhados pelo universo. Mas a radiacao de fundo,
> atualmente na faixa do microondas vem de todos os lados.
>
> Se fosse o caso de estarmos em movimento (e nos estamos) e essa
> radicao viesse de um centro de 'explosao' especifico, a radiacao de
> fundo deveria apresentar diferencas em seu espectro a meu ver: o
> desvio para o vermelho ou para o azul conforme o nosso deslocamento
> em relacao a esse centro fisico da 'explosao': a frequencia da
> radiacao de fundo deveria variar conforme o lado para o qual
> apontamos as nossas antenas, mas o q. se obtem e' um 'ruido'
> relativamente homogeneo. Ou nao?
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>

Oi,

a radiação de fundo é homogênea no sentido de que há pouquíssimas variações no seu espectro nos
diferentes locais onde ela foi medida, entretanto podemos medir a direção do movimento de uma
galáxia (ou da Terra mesmo) em relação à expansão do universo por meio de sua anisotropia
dipolar, i.e., desvios para o vermelho e azul maximizados na direção do movimento.

Isto remete à idéia de uma espécie de referência absoluta, podemos encontrar corpos celestes que
estariam "parados" em relação à expansão cósmica, a radiação medida por um referencial nesse
corpo seria totalmente isotrópica (a menos de flutuações). Cuidado para não confundir com
referencial absoluto porque a radiação de fundo está espalhada por todo o Universo e portanto
não é um sistema de referência.

um abraço, Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velocidade de Luz
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/12/2002 10:47

----- Original Message -----
From: "rmtakata"
Sent: Wednesday, December 11, 2002 4:40 PM
Subject: [ciencialist] Re: Velocidade de Luz

> Ao q. eu saiba nao e' isso, nao. Claro q. tem a radiacao das estrelas
> e outros corpos espalhados pelo universo. Mas a radiacao de fundo,
> atualmente na faixa do microondas vem de todos os lados.
> Se fosse o caso de estarmos em movimento (e nos estamos) e essa
> radicao viesse de um centro de 'explosao' especifico, a radiacao de
> fundo deveria apresentar diferencas em seu espectro a meu ver: o
> desvio para o vermelho ou para o azul conforme o nosso deslocamento
> em relacao a esse centro fisico da 'explosao': a frequencia da
> radiacao de fundo deveria variar conforme o lado para o qual
> apontamos as nossas antenas, mas o q. se obtem e' um 'ruido'
> relativamente homogeneo. Ou nao?

Parece-me que você valorizou, em detrimento dos demais, apenas o primeiro
parágrafo de uma mensagem com 5 parágrafos. Quero crer que a sua leitura da
mensagem foi por demais ingênua, fixando-se tão somente nos conceitos
introdutórios.

Chamo a atenção também para as seguintes expressões contidas na msg:

1) Se fosse possível...
2) ...é possível que...
3) ...supondo-se uma teoria clássica...
4) ...a única coisa que podemos afirmar com certeza...
5) Sequer sabemos de onde vem...
6) ...teoria clássica, clássica, clássica...
7) ...se é que ela não é...
8) ... a coisa é extremamente complexa...
9) ...não sou especialista no assunto...
etc, etc, etc.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM/CORRIGIDO
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/12/2002 12:49

Oi,

Takata: mas muitas pessoas parecem viver por viver em boa parte do
tempo, nao por uma instigacao interna ou externa, mas meio q.
por 'inercia'.

Marco Aurélio: Creio que este viver por viver, sem instigação interna
é imaginar que algo se move se ter um desencadeante. Não posso
entender como alguém pode realizar coisas "só por realizar", sem que
isto esteja inscrito no cérebro de alguma maneira. Se está inscrito e
a vivencia é "por inercia", é porque deve existir uma
motivação "inercial". Eu até estaria de acordo porque a inercia
psíquica é uma moção do que chamamos pulsão de morte. Não acredito em
viver qualquer coisa sem motivação.

Manuel: Segundo Freud, o princípio do prazer deriva do 'princípio da
constância', do qual deriva também a pulsão da repetição. No 'Além do
Princípio do Prazer', ele escreve: <<O princípio de prazer decorre do
princípio de constância; na realidade, esse último princípio foi
inferido dos fatos que nos forçaram a adotar o princípio de prazer.
Além disso, um exame mais pormenorizado mostrará que a tendência que
assim atribuímos ao aparelho mental, subordina-se, como um caso
especial, ao princípio de Fechner da `tendência no sentido da
estabilidade', com a qual ele colocou em relação os sentimentos de
prazer e desprazer.>>

[]s,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: Takata e o Genoma!!!!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/12/2002 12:50

--- Em ciencialist@y..., "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@i...>
> gemaba1 : Desculpe a dúvida mas ADN e DNA são a mesma coisa?
> A forma do DNA ou ADN afetaram essa relação? Poderia explicar
> melhor a proteina ser incorporada?

Sim, ADN e DNA e' a mesma coisa. ADN e' a sigla em portugues e
DNA e' a ingles. Ácido desoxirribonucléico e' o nome do bicho.
O nome parece complicado, mas e' o seguinte. Ele e' um acido,
nao um acido forte como o acido cloridrico, mas um acido
relativamente fraco como o acido acetico (o do vinagre).
Desoxirribonucleico quer dizer q. e' composto por
desoxirribonucleinas: q. sao substancias encontradas no
nucleo -- dai' nucleina -- e que estao ligadas a moleculas
de acucar chamada desoxirribose. Desoxirribose e' basicamente
um ribose (um tipo de acucar com cinco atomos de carbono na
molecula) com um atomo de oxigenio a menos -- dai' desoxirribose.
O ARN ou RNA e' o ácido ribonucléico -- q. em vez de desoxirribose
possui ribose (e tem algumas outras diferencas em relacao ao
ADN).

A maioria dos organismos sao compostos por celulas: apenas os
virus sao seres q. conhecemos q. nao sao formados por celulas,
mas eles pra funcionarem precisam estar dentro de celulas
hospedeiras. As celulas possuem em seu interior o ADN: em muitos
organismos q. conhecemos o ADN esta' empacotado na forma de
cromossomos no interior de um nucleo. No caso de outros organismos
como as bacterias, o ADN esta' organizado em um cromossomo circular e
nao possui uma membrana separando do resto da celula. Alguns virus
nao possuem ADN, mas ARN, so' q. o ARN e' convertido em ADN no
interior das celulas q. parasitam.

O ADN e' formado por duas cadeias pareadas. Cada cadeia e' formada
por uma sequencia de adeninas, timinas, guaninas e citosinas. Se
temos uma adenina em uma cadeia, na outra cadeia temos timina e vice-
versa, se temos guanina em uma, na outra teremos citosina. O
pareamente entao e': A-T, G-C. A cadeia abaixo:

ATTTCGATCTAGCTCATTCGATGCGTGATCGGT

tera' entao como complemento:

TAAAGCTAGATCGAGTAAGCTACGCACTAGCCA

De forma q. ficarao pareados assim:

ATTTCGATCTAGCTCATTCGATGCGTGATCGGT
.................................
TAAAGCTAGATCGAGTAAGCTACGCACTAGCCA

O '.' representa a ligacao entre as cadeias.

Um trecho de uma dessas cadeias ira' servir de molde para a producao
de ARN. O ARN, alem de possuir ribose e nao desoxirribose, nao forma
uma cadeia dupla como o ADN, ele e' formado por uma cadeia simples. E
em vez de Timina, possui Uracila. Durante a sintese do ARN, um trecho
da cadeia dupla de ADN se separa e e' formado uma cadeia de ARN tendo
como molde uma das cadeias separadas de ADN:

ATTTCGATCTAGCTCATTCGATGCGTGATCGGT <- cadeia molde de ADN
..................
GCUAGAUCGAGUAAGCUA <- cadeia de ARN sintetizada
a partir da cadeia molde de ADN

TAAAGCTAGATCGAGTAAGCTACGCACTAGCCA <- cadeia complementar de ADN

Qdo a sintese do ARN termina, a cadeia de ARN se separa da cadeia
molde e a cadeia complementar de ADN volta a se parear com a cadeia
molde.

ATTTCGATCTAGCTCATTCGATGCGTGATCGGT <- cadeia molde de ADN
.................................
TAAAGCTAGATCGAGTAAGCTACGCACTAGCCA <- cadeia complementar de ADN

GCUAGAUCGAGUAAGCUA <- molecula de ARN

(Os comprimentos relativos das moleculas estao bem encurtados por
questao de simplificacao... Ha' genes q. possuem mais de 10.000 pares
de bases: a cadeia molde teria mais de 10.000 letras na hora de
representa'-la.)

A molecula de ARN por sua vez podera' servir de molde para a producao
de proteinas. O ARN se liga a elementos da celula chamados ribossomos
(ribossomos porq. possuem em sua estrutura moleculas de ARN - acido
RIBOnucleico). Os ribossomos sintetizam a proteina do seguinte modo,
ele se liga a uma das extremidades da molecula de ARN e avanca para a
outra extremidade. A cada tres nucleotideos, o ribossomo acrescenta
na cadeia de proteina sintetizada um aminoacido. No exemplo, entao, a
molecula de ARN levaria 'a producao de uma proteina com 6 aminoacidos.

GCU-AGA-UCG-AGU-AAG-CUA

So' q. existe uma correspondencia entre a trinca de nucleotideos e o
aminoacido q. sera' acrescentado na cadeia de proteina.

GCU leva a cadeia ter uma arginina, AGA leva a ter uma serina, UCG
outra serina, AGU mais uma serina, AAG da' fenilananina e CUA
corresponde a um aspartato na cadeia.

A essa correspondencia entre trincas de nucleotideos na molecula de
ARN q. serve de base para a producao de proteina e o aminoacido na
cadeia se da' o nome de codigo genetico. O codigo genetico de uma
bacteria e' igual ao codigo genetico do homem que e' igual ao codigo
genetico de uma ervilha. Tto na bacteria, como no ser humano qto na
ervilha, se tiver GCU na cadeia, teremos arginina na proteina. O q.
faz a ervilha ser entao diferente da bacteria? E' justamente a
sequencia. Pois se em vez de termos:

GCU-AGA-UCG-AGU-AAG-CUA <- molecula de ARN
Arg-Ser-Ser-Ser-Phe-Asp <- molecula de proteina

Tivessemos:

AAG-CUA-CUA-AGU-GCU-GCU

Teriamos: Phe-Asp-Asp-Ser-Arg-Arg, q. e' outra proteina. (Na verdade
costumamos chamar de proteina qdo a cadeia tem mais de 60
aminoacidos... mas nao nos importemos com isso por ora.)

O codigo e' o mesmo, mas a mensagem e' diferente. (Existem uns poucos
organismo q. possuem ligeiras alteracoes no codigo.)

Entao e' bobagem qdo dizem q. decifraram o codigo genetico do
camundongo, o q. fizeram foi estabelecer a sequencia dos nucleotideos
na molecula de ADN dos camundongos.

Esse e' um esquemao geral da relacao entre o ADN, o ARN e as
proteinas. Podemos resumir isso como:
_
| |
| V
ADN -> ARN -> proteina

O ADN se *replica* e produz outra copia de ADN. O ADN tbm serve de
molde pra a producao de ARN: *transcricao*. A proteina e' sintetizada
tendo como base o ARN: *traducao*.

Tem bem mais detalhes q. podemos discutir a partir disso: O q. faz
com q. seja uma cadeia e nao a outra de ADN q. dê origem 'a molecula
de ARN? A cadeia pode ser lida em outra direcao? Por q. o pareamento
e' como o dado acima e nao pode ser outro?

> Um exemplo seria interessante, por exemplo,
> certa vez vi uma orelha que havia nascido nas costas de
> um rato.

O q. eles fizeram foi esculpir uma orelha em plastico. Pegaram
celulas da pele do rato e cultivaram essas celulas sobre a
orelha artificial. As celulas da pele recobriram essa orelha.
E isso foi enxertado nas costas do rato. Era uma demonstracao
de q. no futuro poderiamos produzir orgaos artificiais a
partir das celulas do proprio individuo -- de modo a evitar
os problemas dos transplantes. Nao tem a ver diretamente com
pesquisas geneticas.

> gemaba1 : Ok. Então quando diz-se projeto genoma, seria um
> nome genérico para o estudo de todos os gens possíveis, certo?

O estudo dos genes recebe o nome de Genetica. Os projetos genomas em
geral se referem ao processo de sequenciamento dos genomas:
estabelecer as sequencias de nucleotideos no ADN dos organismos.

> gemaba1 : Se você tiver paciência poderemos discutir todos, só
> que vejo um problema, um problema de nível.

Peco apenas q. nao tome o q. eu escrever como argumento de
autoridade, a verdade absoluta. Se tiver duvidas e' so' por
'a baila.

> Peço-lhe que pondere sobre a diferença entre genotipo e fenotipo,
> é possível?

Bem, pra isso teremos q. discutir um pouco sobre os trabalhos de
Mendel. O fenotipo e' qq caracteristica observavel de um organismo:
forma da celula, atividade da proteina, quantidade de cerdas, tamanho
dos olhos, cor da penugem, tipo sanguineo, producao de veneno e assim
por diante. O genotipo se refere 'a combinacao de genes q. permitem
q. uma dada caracteristica se apresente de um ou outro modo (claro,
considerando-se q. a caracteristica nao depende apenas dos genes, mas
tbm da interferencia do meio em q. o organismo vive e se desenvolve).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM/CORRIGIDO
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/12/2002 12:59

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu

> De certo modo caimos como que em imaginar q. o reflexo
> patelar seja um mecanismo para proteger o ego. (Outra
> coisa q. complica na linguagem psicanalitica tbm e'
> um certo ar finalista das coisas... tem hora q. e'
> dificil de traduzir isso para um sistema mais material.)

Manuel: Mas os organismos vivos são, para usar uma expressão do
bioquímico Jacques Monod, 'sistemas teleonômicos', isto é, seu
funcionamento está subordinado a fins (não transcendentes, mas
imanentes), entre os quais a obtenção de alimentos mas, sobretudo, a
reprodução.

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/12/2002 13:39

Oi,

Manuel: Que, entre algumas culturas (na Grécia e na Roma antiga, por
exemplo), o bissexualismo é amplamente tolerado ou aceito como algo
natural, embora submetido a normas morais e a regras
consuetudinárias – depois de uma certa idade, não se deve figurar
como passivo em relações homossexuais.

Takata: Uai, e em outras nao e' tolerada. Parece ser mais um caso de
influencia cultural do q. um default ontogenetico.

Manuel: Um default ontogenético que precisa de normas culturais (leis
do 'dever ser') para concluir-se ou se definir. A cultura conclui o
biologicamente inconclusivo.

Aliás, só se proibe a realização de algo quando há uma tendência
subjacente para realizá-lo, do contrário não haveria necessidade de
interdição.

Nos primatas (chimpanzés e bonobos), a homossexualidade se
desenvolveu 'pari passu' ao desenvolvimento da cooperação entre
indivíduos do mesmo sexo. Entre as fêmeas chimpanzés, quase não há
cooperação, e também quase não há homossexualidade feminina. As
fêmeas bonobos, ao contrário, são muito cooperativas e, entre elas,
relações homossexuais (oka-oka) é comum. Entre os chimpanzés machos,
há cooperação (para a caça e a defesa do território) e, também, muito
relacionamento homossexual. Não sei porque, entre os homens (primatas
altamente cooperativos, neotenizados e geneticamente muito próximos
dos chimpanzés e bonobos), as coisas são diferentes. Essa resistência
em admitir uma identidade entre homem e macaco não seria uma
decorrência de uma motivação extra-científica? Narcisismo da espécie,
antropocentrismo ou eticismo? :-)

[]s,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM/CORRIGIDO
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/12/2002 14:48

> --- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> > De certo modo caimos como que em imaginar q. o reflexo
> > patelar seja um mecanismo para proteger o ego. (Outra
> > coisa q. complica na linguagem psicanalitica tbm e'
> > um certo ar finalista das coisas... tem hora q. e'
> > dificil de traduzir isso para um sistema mais material.)

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Mas os organismos vivos são, para usar uma expressão do
> bioquímico Jacques Monod, 'sistemas teleonômicos', isto é, seu
> funcionamento está subordinado a fins (não transcendentes, mas
> imanentes), entre os quais a obtenção de alimentos mas, sobretudo,
> a reprodução.

Nao e' porq. Monod diz q. o funcionamento dos organismos tEm um
fim q. seja assim. Claro tbm nao e' porq. eu digo q. nao tEm q.
seja assim. (Sem guardar a distancia q. separa este animal de Monod.)

Nao temos pernas para andar. Andamos porq. temos pernas. Assim como a
gravidade nao existe para q. uma pedra caia qdo a soltamos no ar.

Melhor analisarmos em termos de causas e consequencias do q. em
termos de objetivos e metas. Mas enfim, Freud deve ter sido
contaminado com a linguagem da epoca -- em especial a linguagem
medica, q. ate' hj e' permeada de imagens finalistas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/12/2002 16:08

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Um default ontogenético que precisa de normas culturais
> (leis do 'dever ser') para concluir-se ou se definir. A cultura
> conclui o biologicamente inconclusivo.

Sera' q. conclui ou apenas modifica? A cultura tbm modifica a cor dos
cabelos.

> Aliás, só se proibe a realização de algo quando há uma tendência
> subjacente para realizá-lo, do contrário não haveria necessidade de
> interdição.

Nao precisa haver tendencia, basta haver possibilidade. O assassinato
nao e' proibido porq. a maioria tenha tendencias homicidas, mesmo em
pequenos grupos acratas o assassinato e' uma contingencia.

> Nos primatas (chimpanzés e bonobos), a homossexualidade se
> desenvolveu 'pari passu' ao desenvolvimento da cooperação entre
> indivíduos do mesmo sexo.

Aqui e' uma suposicao q. precisa ser demonstrada. O exemplo q. vc deu
talvez mostre ate' alguma correlacao, mas dai' a dizer q. e' 'pari
passu' vai um passo bem grande.

> Essa resistência em admitir uma identidade entre homem e macaco não
> seria uma decorrência de uma motivação extra-científica? Narcisismo
> da espécie, antropocentrismo ou eticismo? :-)

Resistencia de quem? Nao ha' mesmo identidade. Ha' sim uma grande
proximidade biologica. Nao me peça pra colaborar com vc pra nada. E
nao pedirei favores a vc. Re re...

As enzimas digestivas são basicamente as mesmas? Sim. Mas eles tEm o
corpo recoberto quase todo de pêlos, nós não. Há padrões de
similaridades e diferenças -- não dá pra inferir q. algo q. esta'
presente nos chimpanzes esteja presente em nós, entre outras coisas
porq. são 4 a 7 milhões de anos de separacao filogenetica, sao dois
grupos terminais em suas respectivas linhagens (terminais
atualmente) -- e' preciso fazer uma abordagem mais ampla. (Os
chimpanzes sao capazes de se reconhecerem no espelho e expressar
contentamento ou fazer inferencias dedutivas ou usar linguagens de
sinais -- nao espere porem q. consiga ensinar a tocar um violino. Do
mesmo modo como nao espere poder ensinar uma pessoa a se balancar nos
galhos com um dos bracos e se cocar com o outro, eqto segura um
boneco com os pes.)

Ademais nao sei por q. isso evidenciaria q. o estado bissexual seja o
default nos humanos (ou mesmo em primatas). Ha' algumas suposicoes
ocultas ai' pelo jeito.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velocidade de Luz
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/12/2002 16:27

----- Original Message -----
From: "Eduardo Gueron"
Sent: Thursday, December 12, 2002 9:43 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Velocidade de Luz

Alberto:
> > > Bem, eu não sou especialista em radiação de fundo

Takata:
> > a radiacao de fundo deveria apresentar diferencas em seu espectro a meu
> > ver: o [...] a frequencia da radiacao de fundo deveria variar conforme o
> > lado para o qual apontamos as nossas antenas, mas o q. se obtem e' um
> > 'ruido' relativamente homogeneo. Ou nao?

Eduardo:
> a radiação de fundo é homogênea no sentido de que há pouquíssimas
> variações no seu espectro nos diferentes locais onde ela foi medida,
> entretanto podemos medir a direção do movimento de uma galáxia (ou da
> Terra mesmo) em relação à expansão do universo por meio de sua anisotropia
> dipolar, i.e., desvios para o vermelho e azul maximizados na direção do
> movimento.

Olá Eduardo. Faz tempo que não "brigamos". ;-))

Como já disse não entendo do assunto, por isso vou questioná-lo no sentido
de esclarecer algumas dúvidas. Deixe-me ver se entendi o parágrafo: Isso
parece querer dizer que o espectro é o mesmo em todas as direções, mas sofre
desvios conforme a direção em que é observado. E o máximo e mínimo de
desvios, a caracterizarem essa anisotropia dipolar, estariam num eixo fixo
em relação às "estrelas fixas". Seria isso? Se for assim, acho fantástico.

> Isto remete à idéia de uma espécie de referência absoluta, podemos
> encontrar corpos celestes que estariam "parados" em relação à expansão
> cósmica,...

Se entendi bem, você está levantando uma hipótese do tipo daquelas
utilizadas em experiências de pensamento, certo? Ou seja, só poderíamos
checá-la caso estivéssemos realmente nesse hipotético corpo celeste. E esse
corpo celeste, para uma analogia clássica, mas não obrigatoriamente no seu
contexto, estaria situado no reino do Léo (referencial absoluto clássico).
Seria isso?

> ...a radiação medida por um referencial nesse
> corpo seria totalmente isotrópica (a menos de flutuações). Cuidado para
> não confundir com referencial absoluto porque a radiação de fundo está
> espalhada por todo o Universo e portanto não é um sistema de referência.

Tudo bem. Mas nada impede que levantemos novas (ou antigas) conjecturas.
Obviamente os paradigmas seriam totalmente diferentes, a partir da
constância da velocidade da luz. O cuidado que acho deva ser tomado seria o
de não confundir os paradigmas, tentando encaixar a idéia de uma teoria na
outra teoria. Fora isso acho que podemos conversar, a menos de uma
transformada do tipo Lorentz, não é mesmo ;-)).

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: Velocidade de Luz
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/12/2002 16:28

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>

> Eduardo:
> > a radiação de fundo é homogênea no sentido de que há pouquíssimas
> > variações no seu espectro nos diferentes locais onde ela foi
> > medida, entretanto podemos medir a direção do movimento de uma
> > galáxia (ou da Terra mesmo) em relação à expansão do universo por
> > meio de sua anisotropia dipolar, i.e., desvios para o vermelho e
> > azul maximizados na direção do movimento.

> Como já disse não entendo do assunto, por isso vou questioná-lo no
> sentido de esclarecer algumas dúvidas. Deixe-me ver se entendi o
> parágrafo: Isso parece querer dizer que o espectro é o mesmo em
> todas as direções, mas sofre desvios conforme a direção em que é
> observado. E o máximo e mínimo de desvios, a caracterizarem essa
> anisotropia dipolar, estariam num eixo fixo em relação às "estrelas
> fixas". Seria isso? Se for assim, acho fantástico.

Eu entendo assim, a Terra esta' girando junto com a Via Lactea:


Terra-------|
|
V
----T---- ------> sentido do movimento
\
\ *B*
*A* O <--- centro da Via Lactea
\
\
sentido do <------ ---G------
movimento


A radiacao cosmica (e qq outra radiacao) vinda do lado A
medida da Terra teria um acentuado desvio para o vermelho (ou um
atenuado desvio para o azul). A radiacao vinda de B teria um
acentuado desvio para o azul ou um atenuado desvio para o vermelho.
Se a Terra estivesse no ponto G -- alem de um grande orgasmo -- veria
o fenomeno invertido (e enxergaria um zilhao de estrelas a mais).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velocidade de Luz
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/12/2002 16:37

Caros Ciencialisteiros

Acho que o Takata é um ET que está vivendo em um mundo paralelo ao nosso. Às
13:49 obtive o retorno de uma mensagem que enviei e ele já havia respondido
a essa mensagem às 9:10 do mesmo dia. Até o Léo que vive num espaço/tempo
absolutos (referencial do Léo = referencial absoluto) estranhou recentemente
essa proeza do Takata.

Apenas para que não digam que fugi ao tema da thread, faço a seguinte
pergunta ao Takata:

Você conseguiu ultrapassar a velocidade da luz?

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Takata e o Genoma!!!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/12/2002 16:47

Putz grila! e tem gente que reclama porque, vez por outra, sou educador e didático!
Parabéns Sr. Roberto Takata! Isso é que chamo de explanação didática! Parabéns!
[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 12 de dezembro de 2002 12:50
Assunto: [ciencialist] Re: Takata e o Genoma!!!!


--- Em ciencialist@y..., "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@i...>
> gemaba1 : Desculpe a dúvida mas ADN e DNA são a mesma coisa?
> A forma do DNA ou ADN afetaram essa relação? Poderia explicar
> melhor a proteina ser incorporada?

Sim, ADN e DNA e' a mesma coisa. ADN e' a sigla em portugues e
DNA e' a ingles. Ácido desoxirribonucléico e' o nome do bicho.
O nome parece complicado, mas e' o seguinte. Ele e' um acido,
nao um acido forte como o acido cloridrico, mas um acido
relativamente fraco como o acido acetico (o do vinagre).
Desoxirribonucleico quer dizer q. e' composto por
desoxirribonucleinas: q. sao substancias encontradas no
nucleo -- dai' nucleina -- e que estao ligadas a moleculas
de acucar chamada desoxirribose. Desoxirribose e' basicamente
um ribose (um tipo de acucar com cinco atomos de carbono na
molecula) com um atomo de oxigenio a menos -- dai' desoxirribose.
O ARN ou RNA e' o ácido ribonucléico -- q. em vez de desoxirribose
possui ribose (e tem algumas outras diferencas em relacao ao
ADN).

...................................



SUBJECT: Re: Velocidade de Luz
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/12/2002 17:57

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> Ou muito me engano, ou parece que você está assumindo o centro O da
> Via Lactea em repouso em relação à *fonte* de radiações de fundo

A Via Lactea nao precisa estar em repouso em relacao a nada -- basta
(des)considerar a fracao dela no desvio para o vermelho ou para o
azul. Mas o q. ocorre e' q. 'a velocidade de deslocamento da via
lactea se soma 'a sua velocidade tangencial de giro (ou dela se
subtrai) (perdoes pelo desconhecimento de um termo tecnico): entao a
influencia do deslocamento da Via Lactea esta' presente tto em uma
situacao como em outra, em uma analogia bem frouxa, seria como
cancelar os termos q. aparecem nos dois lados da equacao.

> Mas se as galáxias movem-se entre si, porque privilegiar o centro O
> da Via Láctea?

Como dito nao precisa privilegiar o centro da Via Lactea. Embora tbm
possa se tomar tal centro como o ponto de observacao tbm, justamente
porq. nenhum ponto e' considerado privilegiado.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Velocidade de Luz
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/12/2002 18:12

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" escreveu

> Como dito nao precisa privilegiar o centro da Via Lactea. Embora
> tbm possa se tomar tal centro como o ponto de observacao tbm,
> justamente porq. nenhum ponto e' considerado privilegiado.

A exceção do centro da galáxia onde o Takata reside, juntamente
com
os relativistas ptolomaicos ;-).

Fui.

[]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velocidade de Luz
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/12/2002 18:21

----- Original Message -----
From: "rmtakata"
Sent: Thursday, December 12, 2002 3:28 PM
Subject: [ciencialist] Re: Velocidade de Luz

> Eu entendo assim, a Terra esta' girando junto com a Via Lactea:
>
> Terra-------|
> |
> V
> ----T---- ------> sentido do movimento
> \
> \ *B*
> *A* O <--- centro da Via Lactea
> \
> \
>sentido do <------ ---G------
> movimento

> A radiacao cosmica (e qq outra radiacao) vinda do lado A
> medida da Terra teria um acentuado desvio para o vermelho (ou um
> atenuado desvio para o azul). A radiacao vinda de B teria um
> acentuado desvio para o azul ou um atenuado desvio para o vermelho.
> Se a Terra estivesse no ponto G -- alem de um grande orgasmo -- veria
> o fenomeno invertido (e enxergaria um zilhao de estrelas a mais).

Ou muito me engano, ou parece que você está assumindo o centro O da Via
Lactea em repouso em relação à *fonte* de radiações de fundo (o ôvo cósmico
que teria dado origem ao big bang). Como a teoria do big bang é
relativística, a fonte para eles é um detalhe secundário, e portanto deixo
aos relativistas os comentários sobre se o que você diz faz sentido ou não,
mas a meu ver é esquisitíssimo, mesmo porque há fortes evidências a
indicarem que as galáxias estão se afastando entre si (aliás, a teoria do
big bang apoiou-se inicialmente nessa idéia, mas como muitos de seus adeptos
mudam de opinião a cada dado experimental contraditório, pode ser que a
idéia inicial não mais se justifique).

Mas se as galáxias movem-se entre si, porque privilegiar o centro O da Via
Láctea? Se for assim, parece-me estar faltando aí um Copérnico para
destronar esse centro da Galáxia pensado sob um ponto de vista ptolomáico
e/ou homeocêntrico (a *nossa* galáxia como centro do Universo). Se essas
radiações existirem como tais (radiações do big bang), quero crer que
existirá um tipo de desvio típico a cada galáxia e a ser observado por quem
estiver num equivalente ao ponto O de seu esquema (ponto O diferente para
cada galáxia). Os desvios a que você se refere estariam como que a se somar
(ou subtrair) deste valor tipo (constante galaxial).

De qualquer forma, e como o Eduardo bem acentuou, "isto remete à idéia de
uma espécie de referência absoluta", e a interpretação seria diversa
conforme a teoria em apreço. Eu acho isso bastante esquisito em termos de
relatividade moderna, mas deixo a esquisitice a cargo dos relativistas, pois
essa praia não é a minha e não me cabe a função de despoluí-la ;-)).

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Física: neutrino tem massa
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/12/2002 20:26

JC e-mail 2180, de 12 de Dezembro de 2002.
'< http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=6661 >
Física: Vôo de antineutrino abala Modelo Padrão

Teste confirma que análogo de partícula elementar 'fantasma' possui massa, exigindo revisão de teoria fundamental

Salvador Nogueira escreve para a 'Folha de SP':

Numa velha mina japonesa encravada sob um quilômetro de rocha, um grupo internacional de cientistas acaba de colocar o ponto final numa questão que atormenta os físicos há décadas: definitivamente, o neutrino tem massa.

Eles sustentam, ainda, que nunca mais será a mesma a teoria que lista os tijolos básicos do Universo, o Modelo Padrão.

Teorizada nos anos 1930, essa partícula foi concebida para explicar um estranho processo de decaimento radiativo. Os primeiros traços de sua existência, entretanto, só começaram a surgir nos anos 1950.

E, no ano passado, um grupo do Observatório de Neutrinos de Sudbury, Canadá, obteve forte evidência de que os neutrinos, além de existir, têm massa.

Na ocasião, eles haviam detectado os neutrinos solares, gerados pela fusão dos átomos de hidrogênio que alimenta a estrela. E concluíram que parte deles passava por uma estranha transformação no caminho entre o Sol e a Terra.

Segundo a mais consagrada teoria de partículas, o Modelo Padrão, há três tipos de neutrino. E, embora a teoria não falasse sobre sua massa, os cientistas desde o início vinham presumindo que fosse nula, o que foi incorporado ao modelo.

Os resultados do ano passado ainda davam margem a dúvidas. Confirmavam que os neutrinos mudam de tipo durante a viagem, mas não era possível dizer com certeza que havia mudança - e portanto existência - de massa.

'No ano passado, outros fatores que não a massa poderiam estar causando a alteração', afirma Orlando Peres, da Unicamp. 'Mas agora não tem mais escapatória.'

Giorgio Gratta, físico italiano da Universidade Stanford (EUA) e do Kamland, detector que permitiu o experimento, faz uma analogia para explicar a diferença entre os resultados do ano passado e os deste ano.

'Você pode pensar em alguém olhando para uma estrela com um espectrógrafo. Essa pessoa iria notar claras linha espectrais, e então a comunidade iria discutir se elas são uma propriedade da estrela ou uma propriedade mais geral dos átomos.'

'Após muitas observações, eles iriam concluir que, muito provavelmente, a segunda opção é a correta. Mas então alguém no laboratório faz uma lâmpada e olha para ela com um espectrômetro, descobrindo as mesmas linhas. Só agora eles podem dizer que, definitivamente, essa não é uma propriedade das estrelas. Isso é exatamente o que nós fizemos.'

O trabalho foi submetido para publicação na prestigiada revista 'Physical Review Letters' (prl.aps.org).

Batendo o martelo

O resultado foi muito mais definitivo em razão da proximidade com a fonte geradora de neutrinos - reatores de fissão nuclear a apenas 180 km do detector.

Na verdade, durante a quebra dos átomos, há emissão de antineutrinos (partículas análogas dos neutrinos, feitas de antimatéria), mas suas propriedades equivalem às dos neutrinos convencionais.

A essa altura, dizer que o neutrino tem massa equivale a enviar os cientistas de volta às mesas, para recalcular muito do que julgavam resolvido no Modelo Padrão.

Peres acha que é uma boa chance para novas teorias, como as famosas supersimetria e supercordas, provarem que são o futuro da física, prevendo as estranhas propriedades dos neutrinos mutantes e maciços.

Mas Gratta, ecoando Mark Twain, sugere que os rumores sobre a morte da velha teoria foram muito exagerados.

'Na verdade, as pessoas não são completamente honestas quando dizem que o Modelo Padrão está em perigo', diz.

'O modelo não sabe nada de massas de neutrino. As massas são um parâmetro que ele não prevê. Ele está pronto a 'aceitar' qualquer número para a massa do neutrino, assim como aceitaria um novo valor para, digamos, a massa do elétron, se alguém a medisse melhor.'

Não tão depressa, porém. 'A única diferença, e é importante, é que uma massa zero, como a que estava codificada no Modelo Padrão, é muito diferente de uma massa pequena, mas finita. Então, haverá muito que mudar no modelo, e essas mudanças estão ligadas a comportamentos em altas energias. Isso é tudo muito importante e legal, mas o Modelo Padrão realmente não está nem aí para que massa nós obtivemos.'

Ponto final? 'Acho que, na verdade, isso acabou de começar', diz Gratta. 'Só descobrimos que a massa é diferente de zero.'

(Folha de SP, 12/12)



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Genoma / Takata
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/12/2002 00:07

Caro Takata, agradeço pela bela explanação dada à pergunta de Gemaba. Fique com mais uma dúvida de leigo curioso na passagem da cadeia do molde de ADN(1) para a sintetização do ARN(2). Explico: se no ARN a Timina é 'substituída' pela Uracila, as ligações seriam A-U e C-G, logo pela lógica ficaria:

ATTTCGATCTAGCTCATTCGATGCGTGATCGGT <- cadeia molde de ADN (1)
.................................
UAAAGCUAGAUCGAGUAAGCUACGCACUAGCCA (em vez de)
..................
GCUAGAUCGAGUAAGCUA <- cadeia de ARN sintetizada
a partir da cadeia molde de ADN (2)

Onde foi que eu me confundi?
Abraços.
José Renato
____________________trecho da mnsgm original

----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, December 12, 2002 12:50 PM
Subject: [ciencialist] Re: Takata e o Genoma!!!!

--- Em ciencialist@y..., "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@i...>
> gemaba1 : Desculpe a dúvida mas ADN e DNA são a mesma coisa?
> A forma do DNA ou ADN afetaram essa relação? Poderia explicar
> melhor a proteina ser incorporada?

Sim, ADN e DNA e' a mesma coisa. ADN e' a sigla em portugues e
DNA e' a ingles. Ácido desoxirribonucléico e' o nome do bicho.

[...]

De forma q. ficarao pareados assim:

ATTTCGATCTAGCTCATTCGATGCGTGATCGGT
.................................
TAAAGCTAGATCGAGTAAGCTACGCACTAGCCA

O '.' representa a ligacao entre as cadeias.

Um trecho de uma dessas cadeias ira' servir de molde para a producao
de ARN. O ARN, alem de possuir ribose e nao desoxirribose, nao forma
uma cadeia dupla como o ADN, ele e' formado por uma cadeia simples. E
em vez de Timina, possui Uracila. Durante a sintese do ARN, um trecho
da cadeia dupla de ADN se separa e e' formado uma cadeia de ARN tendo
como molde uma das cadeias separadas de ADN:

ATTTCGATCTAGCTCATTCGATGCGTGATCGGT <- cadeia molde de ADN (1)
..................
GCUAGAUCGAGUAAGCUA <- cadeia de ARN sintetizada
a partir da cadeia molde de ADN (2)

TAAAGCTAGATCGAGTAAGCTACGCACTAGCCA <- cadeia complementar de ADN

Qdo a sintese do ARN termina, a cadeia de ARN se separa da cadeia
molde e a cadeia complementar de ADN volta a se parear com a cadeia
molde.

ATTTCGATCTAGCTCATTCGATGCGTGATCGGT <- cadeia molde de ADN
.................................
TAAAGCTAGATCGAGTAAGCTACGCACTAGCCA <- cadeia complementar de ADN

GCUAGAUCGAGUAAGCUA <- molécula de ARN
[...]


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/12/2002 00:53

Takata,

On 12 Dec 2002 at 10:44, rmtakata wrote:

> Como assim enfraquecer o ego? O ego nao e' apenas um sistema de
> integracao?

A melhor forma de caracterizar o ego é como uma organização de funções
mentais. No entanto uma outra forma é caracterizá-lo como um conjunto de
representações com comunicação facilitada entre elas (facilidade de
conexões) e mais ou menos limitado por certas barreiras. Como as
significações "correm" mais facilemente dentro do ego, diz-se que o ego
seleciona o que deve sair dele e o que não deve sair (em realidade é o
sujeito, através do seu ego, que faz isso, não é o ego que fala à pessoa.
Ele não fala). Quando o ego realiza este "trabalho" de modo eficiente, a
função perceptiva permite ao sujeito uma vida mais ou menos satisfatória.
Quando o ego não conta com uma quantidade adequada de conexões, as
representasções se "sobrecarregam", ou seja, não se associam fácilmente
com outras para permitir uma certa plasticidade de significação. As coisas
representadas se tornam rígidas e, em vez de servir para melhor
adaptação, geram tensão (análogo a uma sobrecarga) e se traduz como
angustia. Esta possibilidade gera a necessidade de implementar defesas
contra esta "sobrecarga". Então dizemos que o ego começou a abusar de
tal ou qual "mecanismo de defesa". Isto limita o funcionamento do ego, ou
seja, "trabalha" com déficit. É aí que dizemos que é um ego frágil ou
fragilizado. Quando aumenta a necessidade de defesa patológica, usamos
as expressões "frágil", "fraco", "débil", etc.

[ ]s
Marco Aurelio




















SUBJECT: Re: [ciencialist] Física: neutrino tem massa
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/12/2002 07:47

----- Original Message -----
From: "José Renato"
Sent: Thursday, December 12, 2002 7:26 PM
Subject: [ciencialist] Física: neutrino tem massa

> Salvador Nogueira escreve para a 'Folha de SP':
> 'Na verdade, as pessoas não são completamente honestas quando dizem que o
> Modelo Padrão está em perigo' (Gratta).

Pelo visto já estão acendendo a fogueira da Santa Inquisição dos Tempos
Modernos, onde muito em breve arderão em chamas virtuais os mais recentes
hereges (desonestos?).

Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: Genoma / Takata
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/12/2002 08:59

--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> Caro Takata, agradeço pela bela explanação dada à pergunta de
Gemaba. Fique com mais uma dúvida de leigo curioso na passagem da
cadeia do molde de ADN(1) para a sintetização do ARN(2). Explico: se
no ARN a Timina é 'substituída' pela Uracila, as ligações seriam A-U
e C-G, logo pela lógica ficaria:
>
> ATTTCGATCTAGCTCATTCGATGCGTGATCGGT <- cadeia molde de ADN (1)
> .................................
> UAAAGCUAGAUCGAGUAAGCUACGCACUAGCCA (em vez de)
> ..................
> GCUAGAUCGAGUAAGCUA <- cadeia de ARN sintetizada
> a partir da cadeia molde de ADN (2)
>
> Onde foi que eu me confundi?
> Abraços.
> José Renato

Vc nao se confundiu propriamente, Renato, vc apenas completou a
sequencia para todo o trecho dado como exemplo. Se o ARN envolver
todo o trecho realmente devera' ter a cara q. vc deu.

No exemplo q. eu considerei, apenas uma parte do trecho dado serviu
como molde. Em genes de verdade tto a sequencia do ADN como a do ARN
sao bem maiores -- um tipico deve ter mais de 1.000 pares de bases
(mil letras encadeadas na representacao). Mas ai' vem uma pergunta
interessante (dentre varias mais q. se pode fazer -- muitas ainda por
se descobrir), o q. determina em q. ponto deve comecar o ARN a ser
produzido e em q. ponto deve parar? Ai' existem certos trechos q.
marcam o comeco (nem sempre marcam bem o fim), sao trechos aos quais
se ligam proteinas q. irao permitir outras proteinas se ligarem.
Essas outras proteinas q. vao ajudar na sintese da nova cadeia de ARN.

Mas a parte mais legal e' toda a historia por tras dessas descobertas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/12/2002 09:18

Ok, mas o ego e' o unico responsavel de fazer as conexoes das
representacoes? Nao poderia ser outra instancia: por exemplo, algum
mecanismo q. envia o sinal de entrada para o ego estar com
alteracoes? Ainda assim falariamos q. o ego e' q. esta' fragilizado?
Como distinguir uma situacao de outra?

Por q. representacoes mais rigidas necessariamente tEm q. ser
piores do q. representacoes mais plasticas? Representacoes plasticas
podem acabar permitindo ambiguidades e com isso problemas de
comunicacao.

O q. conta e' o numero de conexoes ou as propriedades dessas conexoes
ou os dois fatores? Ou ainda a capacidade de processamento dos sinais
enviados por essas conexoes?

Como assim, representacoes rigidas geram uma "sobrecarga" por nao se
associarem facilmente? Por q. falta de plasticidade de significacao
gera uma "sobrecarga" ou e' considerada uma "sobrecarga"?

Como essa "sobrecarga" gera tensao? Como essa tensao gera angustia?

Como a angustia dispara o mecanismo de defesa?

Como o uso de mecanismo de defesa atrapalha o funcionamento do ego?

O q. significa "deficit" do funcionamento do ego? E' "deficit" de quê?
(E' possivel haver "superavit"?)

A funcao perceptiva e' funcao do ego? Em psicanalise o q. e' funcao
perceptiva?

O q. quer dizer: "correr" mais facilmente qdo se fala de
significacoes?

Como funciona a selecao de significacoes pela pessoa atraves do ego?

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@y..., "Marco A. Andrade" <clave@s...> escreveu
> Como as significações "correm" mais facilemente dentro do ego, diz-
> se que o ego seleciona o que deve sair dele e o que não deve sair
> (em realidade é o sujeito, através do seu ego, que faz isso, não é
> o ego que fala à pessoa. Ele não fala). Quando o ego realiza
> este "trabalho" de modo eficiente, a função perceptiva permite ao
> sujeito uma vida mais ou menos satisfatória.
> Quando o ego não conta com uma quantidade adequada de conexões, as
> representasções se "sobrecarregam", ou seja, não se associam
> fácilmente com outras para permitir uma certa plasticidade de
> significação. As coisas representadas se tornam rígidas e, em vez
> de servir para melhor adaptação, geram tensão (análogo a uma
> sobrecarga) e se traduz como angustia. Esta possibilidade gera a
> necessidade de implementar defesas contra esta "sobrecarga". Então
> dizemos que o ego começou a abusar de tal ou qual "mecanismo de
> defesa". Isto limita o funcionamento do ego, ou seja, "trabalha"
> com déficit. É aí que dizemos que é um ego frágil ou
> fragilizado. Quando aumenta a necessidade de defesa patológica,
> usamos as expressões "frágil", "fraco", "débil", etc.




SUBJECT: Re: Física: neutrino tem massa
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/12/2002 10:25


Que há pessoas dentro e fora da comunidade científica
interpretando a massa do neutrino como o apocalipse do Modelo Padrão é
verdade. E que isso é um desatado exagero também é verdade. Dá pra ver que
é um exagero pela própria natureza da teoria proposta para adequar o Modelo
Padrão aos novos resultados sobre neutrinos. Pois, na verdade, o grande
feito do experimento relatado na Folha foi justamente determinar, entre as
várias teorias propostas para essa adequação, qual a correta. E a correta
pressupõe uma massa para o neutrino, mas trata-se não da derrubada do
Modelo Padrão e de sua substituição por outra coisa, mas de uma alteração
localizada no Modelo, perfeitamente compatível com o resto da teoria.
Detalhes sobre essa alteração (chamada oscilação dos neutrinos - oscilação
é o fato dos três tipos conhecidos de neutrinos transformarem-se
espontaneamente uns nos outros, fenômeno não previsto pelo Modelo Padrão em
sua versão até quarta-feira) em:
http://www.ps.uci.edu/~superk/nuosc.html

Seria ótimo se alguém chegasse e tentasse esclarecer as coisas,
relativizando essa idéia de apocalipse.

Porém, quando o cara da Itália tenta fazer exatamente isso, o que
ele recebe em troca? É identificado com a Santa Inquisição...

Belisário

At 06:47 13/12/02 -0300, you wrote:
>----- Original Message -----
>From: "José Renato"
>Sent: Thursday, December 12, 2002 7:26 PM
>Subject: [ciencialist] Física: neutrino tem massa
>
> > Salvador Nogueira escreve para a 'Folha de SP':
> > 'Na verdade, as pessoas não são completamente honestas quando dizem que o
> > Modelo Padrão está em perigo' (Gratta).
>
>Pelo visto já estão acendendo a fogueira da Santa Inquisição dos Tempos
>Modernos, onde muito em breve arderão em chamas virtuais os mais recentes
>hereges (desonestos?).
>
>Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
>carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
>
>[ ]´s
>Alberto
>http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: Física: neutrino tem massa
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/12/2002 10:45


At 10:25 13/12/02 -0200, eu mesmo wrote:
>E a correta
>pressupõe uma massa para o neutrino, mas trata-se não da derrubada do
>Modelo Padrão e de sua substituição por outra coisa, mas de uma alteração
>localizada no Modelo, perfeitamente compatível com o resto da teoria.
>Detalhes sobre essa alteração (chamada oscilação dos neutrinos - oscilação
>é o fato dos três tipos conhecidos de neutrinos transformarem-se
>espontaneamente uns nos outros, fenômeno não previsto pelo Modelo Padrão em
>sua versão até quarta-feira) em:
>http://www.ps.uci.edu/~superk/nuosc.html

Oi. Acabei de conversar por telefone com um físico da Unicamp, e
ele me deu a seguinte visão.

Uma maneira de entender essa "alteração" é: o Modelo Padrão tem
alguns parâmetros livres, vários deles correspondentes às massas do elétron
e de outras partículas. Ou seja, parâmetros cujos valores são medidos
experimentalmente e introduzidos na teoria. A alteração necessária para dar
conta da massa do neutrino é introduzir novos parâmetros livres,
correspondentes justamente à massa do neutrino. Isso é uma alteração
importante, mas não se trata de descartar o Modelo, apenas aperfeiçoá-lo. A
"oscilação" dos neutrinos, que mencionei acima, é uma conseqüência direta
da existência de massa para essas partículas.

Inté,
Belisário



SUBJECT: Fw: [Cerebro & Mente] Curso On-Line sobre Historia da Neurociencia
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: Acrópolis <acropolis@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <noosfera@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/12/2002 11:34

----- Original Message -----
From: "Renato M.E. Sabbatini" <sabbatin@nib.unicamp.br>
To: <cerebroemente@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, December 13, 2002 11:15 AM
Subject: [Cerebro & Mente] Curso On-Line sobre Historia da Neurociencia


Introdução à História da Neurociência

Oferecido totalmente a distância pelo Instituto Edumed, em cooperação
com a UNICAMP (Revista Cérebro & Mente e Centro de Educação a
Distância em Saúde) e com o Instituto Embratel 21 (Projeto Biblioteca
Digital Multimídia):

Este curso tem por objetivo transmitir noções introdutórias sobre a
história das neurociências. O curso consta de 10 aulas, cobrindo, de
forma não exaustiva, os pontos mais importantes dessa história, desde
os primórdios nas neurocirurgias, com a trepanação de crânios desde a
era neolítica, até a história mais recente da psicocirurgia e da
terapêutica medicamentosa dos distúrbios mentais.

O docente do curso é um eminente neurocientista e professor da
Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP, Prof.Dr. Renato M.E.
Sabbatini, doutor em fisiologia pela Faculdade de Medicina de
Ribeirão Preto da USP, ex-pesquisador convidado do Instituto Max-
Planck de Psiquiatria de Munique, e presidente da comissão editorial
da premiada revista on-line Cérebro & Mente/Brain & Mind, na qual é
também o autor e editor da seção de história desde 1997.
http://www.epub.org.br/cm

O curso será ministrado através de palestras em vídeo em tempo real,
de meia hora de duração, ilustradas com slides, e transmitidas
através da Web e TV digital via satélite, em dias e horários
predeterminados, no site da Biblioteca Digital Multimídia. A
interação com o professor será através de bate-papo (chat) após a
aula, e também por um fórum de discussão pela Web. Todos os alunos
inscritos terão acesso a um site com os slides do professor
em PowerPoint, artigos da revista Cérebro & Mente sobre os temas de
aula, tratando-os em maior profundidade, dicas de sites na Internet
sobre o tema, etc.

O curso corresponde a 30 horas aula e os aprovados terão direito a um
certificado de curso extracurricular de extensão universitária,
emitido pelo Instituto Edumed para Educação em Medicina e Saúde
(www.edumed.net).

Programa:

- Uma visão geral da história da neurociência
- A descoberta da bioeletricidade
- Frenologia: a história da localização cerebral
- História da terapia de choque na psiquiatria
- A história da psicocirurgia
- A história da estimulação elétrica cerebral no estudo do
comportamento.
- História das drogas para tratamento de doenças mentais
- Nervos e sinapses: a história das descobertas sobre seu
funcionamento
- A evolução do radiodiagnóstico na neurociência
- A história do eletroencefalograma

Veja a programação das cinco primeiras aulas em:
http://www.edumed.net/eventos/bdm.html#cm

Duração do curso: 20 semanas. Aulas pela TV Internet uma semana sim,
outra semana não. Nas semanas intermediárias: estudo pela Web.

Público Alvo: Estudantes e profissionais das áreas de biologia,
neurociências e ciências humanas interessados em aprender mais sobre a
história das neurociências e sobre seus conceitos e marcos
fundamentais.

Período do curso: de 10/01/2003 a 30/04/2003
E-mail para contato: sabbatin@nib.unicamp.br

Inscrição exclusivamente on-line através do site:
http://www.edumed.org.br
(Clique em Cursos/Cursos com Inscrições Abertas/Neurociências e Saúde
Mental) ou diretamente em:
http://www.edumed.org.br/~teleduc/pagina_inicial/mostra_curso.php?
cod_curso=58&tipo_curso=I&extremos=

As inscrições foram abertas no dia 09/12/2002 e serão encerradas no
dia 09/01/2003.
VAGAS LIMITADAS.



---------------------------------------------------------------
Boletim Eletrônico da Revista Cérebro & Mente
http://www.epub.org.br/cm
Editora-chefe: Dra. Silvia Helena Cardoso
Uma publicação do Núcleo de Informática Biomédica da UNICAMP
Para cancelar sua assinatura deste grupo, envie um e-mail para:
cerebroemente-unsubscribe@yahoogrupos.com.br
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Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html




SUBJECT: Re: Física: neutrino tem massa
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/12/2002 11:36


Mais sobre as novas peripécias dos neutrinos aqui, saiu do forno
há menos que três minutos!
http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid1039786428,10530,
(cuidado: a vírgula final faz parte do link)
Inté,
Belisário

At 10:45 13/12/02 -0200, you wrote:

>At 10:25 13/12/02 -0200, eu mesmo wrote:
> >E a correta
> >pressupõe uma massa para o neutrino, mas trata-se não da derrubada do
> >Modelo Padrão e de sua substituição por outra coisa, mas de uma alteração
> >localizada no Modelo, perfeitamente compatível com o resto da teoria.
> >Detalhes sobre essa alteração (chamada oscilação dos neutrinos - oscilação
> >é o fato dos três tipos conhecidos de neutrinos transformarem-se
> >espontaneamente uns nos outros, fenômeno não previsto pelo Modelo Padrão em
> >sua versão até quarta-feira) em:
> >http://www.ps.uci.edu/~superk/nuosc.html
>
> Oi. Acabei de conversar por telefone com um físico da Unicamp, e
>ele me deu a seguinte visão.
>
> Uma maneira de entender essa "alteração" é: o Modelo Padrão tem
>alguns parâmetros livres, vários deles correspondentes às massas do elétron
>e de outras partículas. Ou seja, parâmetros cujos valores são medidos
>experimentalmente e introduzidos na teoria. A alteração necessária para dar
>conta da massa do neutrino é introduzir novos parâmetros livres,
>correspondentes justamente à massa do neutrino. Isso é uma alteração
>importante, mas não se trata de descartar o Modelo, apenas aperfeiçoá-lo. A
>"oscilação" dos neutrinos, que mencionei acima, é uma conseqüência direta
>da existência de massa para essas partículas.
>
> Inté,
> Belisário



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Takata e o Genoma!!!!
FROM: "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/12/2002 12:00

Alô Roberto Takata!!! gemaba2, ok. Textos entre os símbolos <<>> são
antigos.

<<gemaba1 : Desculpe a dúvida mas ADN e DNA são a mesma coisa?
A forma do DNA ou ADN afetaram essa relação? Poderia explicar
melhor a proteina ser incorporada?>>
<<Takata1 : Sim, ADN e DNA e' a mesma coisa. ADN e' a sigla em portugues e
DNA e' a ingles. Ácido desoxirribonucléico e' o nome do bicho.
O nome parece complicado, mas e' o seguinte. Ele e' um acido,
nao um acido forte como o acido cloridrico, mas um acido
relativamente fraco como o acido acetico (o do vinagre).
Desoxirribonucleico quer dizer q. e' composto por
desoxirribonucleinas: q. sao substancias encontradas no
nucleo -- dai' nucleina -- e que estao ligadas a moleculas
de acucar chamada desoxirribose. Desoxirribose e' basicamente
um ribose (um tipo de acucar com cinco atomos de carbono na
molecula) com um atomo de oxigenio a menos -- dai' desoxirribose.
O ARN ou RNA e' o ácido ribonucléico -- q. em vez de desoxirribose
possui ribose (e tem algumas outras diferencas em relacao ao
ADN).>>

gemaba2 : Ok. Para sintonizar passarei adotarei ADN como
você, ok, que seja Ácido Desoxirribonucleico. Podemos dizer
que o ADN é uma linguagem que
carrega em sua semântica o que será o ente que representa,
possuindo assim uma sintaxe e uma semântica? Situe o gen
em um ADN, seria possível? Poderia dizer que gen é uma sequencia
de um número x qualquer de nucleotideos ou combinações de
bases? Suas ponderações seriam úteis?

<<Takata1 : A maioria dos organismos sao compostos por celulas: apenas os
virus sao seres q. conhecemos q. nao sao formados por celulas,
mas eles pra funcionarem precisam estar dentro de celulas
hospedeiras.>>

gemaba2 : Se os virus não podem viver fora da célula, como eles
chegam até lá? Ou são produzidos pela célula em que se desenvolvem?

<<Takata1 : As celulas possuem em seu interior o ADN: em muitos
organismos q. conhecemos o ADN esta' empacotado na forma de
cromossomos no interior de um nucleo. No caso de outros organismos
como as bacterias, o ADN esta' organizado em um cromossomo circular e
nao possui uma membrana separando do resto da celula. Alguns virus
nao possuem ADN, mas ARN, so' q. o ARN e' convertido em ADN no
interior das celulas q. parasitam.
O ADN e' formado por duas cadeias pareadas. Cada cadeia e' formada
por uma sequencia de adeninas, timinas, guaninas e citosinas. Se
temos uma adenina em uma cadeia, na outra cadeia temos timina e vice-
versa, se temos guanina em uma, na outra teremos citosina. O
pareamente entao e': A-T, G-C. A cadeia abaixo:
ATTTCGATCTAGCTCATTCGATGCGTGATCGGT
tera' entao como complemento:
TAAAGCTAGATCGAGTAAGCTACGCACTAGCCA
De forma q. ficarao pareados assim:
ATTTCGATCTAGCTCATTCGATGCGTGATCGGT
.................................
TAAAGCTAGATCGAGTAAGCTACGCACTAGCCA
O '.' representa a ligacao entre as cadeias.>>

gemaba2 : Pegunto novamente para explicar como o gen
entra na historia? ADN é a sequencia vista como um todo,
por exemplo, se fóssemos comparar com a múcica o ADN
seria para a vida o que as sequencias das notas são
para a música? Você conhece algo da estrutura linguística
musical? Já se fez algum tipo de associação?`Por exemplo,
li recentemente que um geneticista fazia analogias com a
música para explicar porque as semelhanças entre o
ADN do rato e do homem serem tão similares, a
explicação era de intensidade? Seria possível ponderações
suas?

<<Takata1 : Um trecho de uma dessas cadeias ira' servir de molde para a
producao
de ARN. O ARN, alem de possuir ribose e nao desoxirribose, nao forma
uma cadeia dupla como o ADN, ele e' formado por uma cadeia simples. E
em vez de Timina, possui Uracila. Durante a sintese do ARN, um trecho
da cadeia dupla de ADN se separa e e' formado uma cadeia de ARN tendo
como molde uma das cadeias separadas de ADN:>>

gemaba2 : Você quer dizer quando o ADN se reproduz?

<<Takata1 : ATTTCGATCTAGCTCATTCGATGCGTGATCGGT <- cadeia molde de ADN
..................
GCUAGAUCGAGUAAGCUA <- cadeia de ARN sintetizada
a partir da cadeia molde de ADN
TAAAGCTAGATCGAGTAAGCTACGCACTAGCCA <- cadeia complementar
de ADN
Qdo a sintese do ARN termina, a cadeia de ARN se separa da cadeia
molde e a cadeia complementar de ADN volta a se parear com a cadeia
molde.
ATTTCGATCTAGCTCATTCGATGCGTGATCGGT <- cadeia molde de ADN
.................................
TAAAGCTAGATCGAGTAAGCTACGCACTAGCCA <- cadeia complementar de ADN
GCUAGAUCGAGUAAGCUA <- molecula de ARN>>

gemaba2 : Não ficou claro pra mim uma coisa, você disse que duas bases se
emparelham
e sequenciamente se unem, sendo que Adenina se liga com Timina e Citosona
com Guaninal.
Quando da sintese do ARN, não entendi a realação de formação do par
correspondente
do ARN em relação a cadeia que se desprendeu para forma-lo. Porque a
primeira base
do ARN formado em seu exemplo é Guanina? Poderia clarear? Todo ADN ao se
reproduzir produz ARN? Como o virus entra nessa h(e)istória? Podenre!!!

<<Takata1 : (Os comprimentos relativos das moleculas estao bem encurtados
por questao de simplificacao... Ha' genes q. possuem mais de 10.000 pares
de bases: a cadeia molde teria mais de 10.000 letras na hora de
representa'-la.)>>

gemaba2 : Não entendi quando você diz que um gen possui 10.000 pares de
bases? Estou confuso ou gen e ADN são a mesma coisa? Explique melhor?

<<Takata : A molecula de ARN por sua vez podera' servir de molde para a
producao
de proteinas. O ARN se liga a elementos da celula chamados ribossomos
(ribossomos porq. possuem em sua estrutura moleculas de ARN - acido
RIBOnucleico). Os ribossomos sintetizam a proteina do seguinte modo,
ele se liga a uma das extremidades da molecula de ARN e avanca para a
outra extremidade. A cada tres nucleotideos, o ribossomo acrescenta
na cadeia de proteina sintetizada um aminoacido. No exemplo, entao, a
molecula de ARN levaria 'a producao de uma proteina com 6 aminoacidos.

GCU-AGA-UCG-AGU-AAG-CUA>>

gemaba2 : Gostaria de entender melhor a sintese do ARN que
você explicou lá em cima. Você que dizer algo como, o ARN
é produzido na célula a partir de um ADN e então o ARN é
sintetizado pelos ribossomos produzindo um ADN? Vou ler
e entender melhor, ok. Se puder clarear algo!!!

<<Takata : So' q. existe uma correspondencia entre a trinca de nucleotideos
e o
aminoacido q. sera' acrescentado na cadeia de proteina.>>

gemaba2 : Se postula alguma relação causal com esse fato? Isso se dá dessa
forma em todas as espécies de seres vivos? Como você define um ser
vivo?

<<Takata : GCU leva a cadeia ter uma arginina, AGA leva a ter uma serina,
UCG
outra serina, AGU mais uma serina, AAG da' fenilananina e CUA
corresponde a um aspartato na cadeia.

A essa correspondencia entre trincas de nucleotideos na molecula de
ARN q. serve de base para a producao de proteina e o aminoacido na
cadeia se da' o nome de codigo genetico. O codigo genetico de uma
bacteria e' igual ao codigo genetico do homem que e' igual ao codigo
genetico de uma ervilha. Tto na bacteria, como no ser humano qto na
ervilha, se tiver GCU na cadeia, teremos arginina na proteina. O q.
faz a ervilha ser entao diferente da bacteria? E' justamente a
sequencia. Pois se em vez de termos:>>

gemaba2 : Você quer dizer que a sequência dá uma semântica quando
o ADN se manifesta? Cada sequencia produz uma semântica.

<<Takata : GCU-AGA-UCG-AGU-AAG-CUA <- molecula de ARN
Arg-Ser-Ser-Ser-Phe-Asp <- molecula de proteina
Tivessemos:
AAG-CUA-CUA-AGU-GCU-GCU
Teriamos: Phe-Asp-Asp-Ser-Arg-Arg, q. e' outra proteina. (Na verdade
costumamos chamar de proteina qdo a cadeia tem mais de 60
aminoacidos... mas nao nos importemos com isso por ora.)
O codigo e' o mesmo, mas a mensagem e' diferente. (Existem uns poucos
organismo q. possuem ligeiras alteracoes no codigo.)>>

gemaba2 : Seria interessante se você citasse esses organismos que têm
diferenças, seria possível?

<<Takata : Entao e' bobagem qdo dizem q. decifraram o codigo genetico do
camundongo, o q. fizeram foi estabelecer a sequencia dos nucleotideos
na molecula de ADN dos camundongos.>>

gemaba2 : Ok Takata, mas pelas informações a sequência do camundongo
se parece muito com a do homem? Isso é correto? Quantos pares de
sequência possui o homem? O camundongo? Ou eles têm um número
fixo?

<<Takata : Esse e' um esquemao geral da relacao entre o ADN, o ARN e as
proteinas. Podemos resumir isso como:
_
| |
| V
ADN -> ARN -> proteina

O ADN se *replica* e produz outra copia de ADN. O ADN tbm serve de
molde pra a producao de ARN: *transcricao*. A proteina e' sintetizada
tendo como base o ARN: *traducao*.>>

gemaba2 : Desculpe, ainda continuo um pouco confuso entre o ADN
se copiar e produzir proteína, são duas possibilidades distintas?

<<Takata : Tem bem mais detalhes q. podemos discutir a partir disso:>>

gemaba2 : Muitos e muitos detalhes se sua paciência permitir dialogar
com leigos interessados.

<<Takata : O q. faz com q. seja uma cadeia e nao a outra de ADN q. dê origem
'a molecula
de ARN? A cadeia pode ser lida em outra direcao? Por q. o pareamento
e' como o dado acima e nao pode ser outro?>>

gemaba2 : De minha parte procuro pistas que me convençam mais acerca do
que realmente somos. Nasci em família cristã que me fazia acreditar na
suposta falsa verdade, que talvez você prefira chamar de paradigma,
que seja, um fato do passado que se torna uma proposição falaciosa.
Procuro incansavelmente pistas que indiquem uma relação com o
meio e o ADN. Pelo que sinto posso conseguir pistas contigo.
O porque vem da causalidade da física e de tudo ter início. Aí
poderiamos divagar por oras e oras, sem h, ok... Talvez o porque
não seja tão importante mas como o meio influi nisso tudo, procurar
uma relação que ligue o meio em que o ADN executa, como
se fosse uma música executada por uma partitura, e o que ele
representa.

<<Gemaba1 : Um exemplo seria interessante, por exemplo,
certa vez vi uma orelha que havia nascido nas costas de
um rato.>>
<<Takata1 : O q. eles fizeram foi esculpir uma orelha em plastico. Pegaram
celulas da pele do rato e cultivaram essas celulas sobre a
orelha artificial. As celulas da pele recobriram essa orelha.
E isso foi enxertado nas costas do rato. Era uma demonstracao
de q. no futuro poderiamos produzir orgaos artificiais a
partir das celulas do proprio individuo -- de modo a evitar
os problemas dos transplantes. Nao tem a ver diretamente com
pesquisas geneticas.>>

gemaba2 : Imaginei que pudesse ser uma experiência genética,
acho que me enganei. Mas recebo informações de experiências
genéticas? Pondere sobre, é possível?

<<gemaba1 : Ok. Então quando diz-se projeto genoma, seria um
nome genérico para o estudo de todos os gens possíveis, certo?
<<Takata1 : O estudo dos genes recebe o nome de Genetica. Os projetos
genomas em
geral se referem ao processo de sequenciamento dos genomas:
estabelecer as sequencias de nucleotideos no ADN dos organismos.>>

gemaba2 : As sequencias são iguais em termos de base para todos?
Explique um pouco melhor?

<<gemaba1 : Peço-lhe que pondere sobre a diferença entre genotipo e
fenotipo,
é possível?>>

<<Takata : Bem, pra isso teremos q. discutir um pouco sobre os trabalhos de
Mendel. O fenotipo e' qq caracteristica observavel de um organismo:
forma da celula, atividade da proteina, quantidade de cerdas, tamanho
dos olhos, cor da penugem, tipo sanguineo, producao de veneno e assim
por diante.>>

gemaba2 : Isso levado a cabo fica dificil, não? E a teoria da incerteza,
como entra? A nível atomico há como pensar em características?

<<Takata : O genotipo se refere 'a combinacao de genes q. permitem
q. uma dada caracteristica se apresente de um ou outro modo (claro,
considerando-se q. a caracteristica nao depende apenas dos genes, mas
tbm da interferencia do meio em q. o organismo vive e se desenvolve).>>

gemaba2 : Ok Takata. Mas suponhamos que uma caracterísca do
homens seja ele ter nariz. Uma sequencia especifica do ADN
representá o nariz? Pondere!!!!!

PS.: Saudações oh Takata, obrigado por interessantes palavras. Possam
não ser, como você diz, a absoluta verdade, mas qual verdade?
A deflacionária? A correspondente? A coerente? Busco incansavelmente
uma ligação entre ADN e meio ambiente, se ela existir conto com
sua ajuda para dela podermos fofocar. Ou ela já existe e eu não sei?
Prometo ler e reler e assimilar tornando-me menos leigo, obrigado!!!

Sinceramente!!!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br

[]s,
Roberto Takata




SUBJECT: Re: Takata e o Genoma!!!!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/12/2002 13:50

--- Em ciencialist@y..., "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@i...>
> Podemos dizer que o ADN é uma linguagem que
> carrega em sua semântica o que será o ente que representa,
> possuindo assim uma sintaxe e uma semântica?

Hmmm, creio q. nao. Lembra q. eu disse q. havia especies q.
tinham pequenas variacoes em torno do codigo genetico padrao?
Pois entao, se inserirmos uma mesma sequencia de ADN nesses
organismos, a proteina resultante sera' ligeiramente diferente.
Qdo o codigo muda, a interpretacao da mensagem tbm muda.
O q. o ADN ira' produzir depende entao da interacao com o
ambiente. Mesmo qdo o codigo e' exatamente igual, se muda
o ambiente, o resultado final -- com o mesmo ADN -- sera'
diferente. Por exemplo, no caso das abelhas, se o embriao
femea ira' gerar uma rainha ou uma operaria depende de
como a larva e' alimentada: com ou sem geleia real. No caso
das tartarugas, se um ovo ira' gerar um macho ou uma femea
depende da temperatura em q. o ovo se desenvolveu. Como a
caracteristica do organismo depende da interacao do
ADN com o meio, se o meio muda a caracteristica pode mudar
mesmo com o mesmo ADN, e tbm se o ADN muda, mesmo com o
mesmo ambiente, a caracteristica tbm pode mudar.

O gene em uma interpretacao bem simples seria o
trecho do ADN q. corresponde a uma proteina.
Uma definicao um pouco mais ampla de genes seria
a de trechos na molecula de ADN q. determinam uma
caracteristica. Mais pra frente poderemos complicar
essas definicoes iniciais.

O ADN e' o nome da molecula. Gene e' um trecho
determinado dessa molecula. Cromossomo e' a forma
como o ADN se organiza em uma celula -- associada
com proteinas.

> gemaba2 : Se os virus não podem viver fora da célula, como eles
> chegam até lá? Ou são produzidos pela célula em que se desenvolvem?

Os virus se reproduzem dentro das celulas q. parasitam. Os virus nao
possuindo celulas, nao possuem elementos proprios para se
reproduzirem, mas uma vez dentro das celulas, o material genetico dos
virus pode utilizar os elementos da celula parasitada e produzir
novos virus.

Como ele chega a nos? Por varios modos, em um espirro pode haver
milhoes de particulas de virus. Pode passar atraves do sangue. Do
contato com secrecoes. Do ar. Qdo fora das celulas um virus pode
ficar inativo e voltar a ficar ativo qdo entra em uma celula. Alguns
nao conseguem resistir muito tempo fora de uma celula -- nesses casos
eles so' vao passar de um individuo para o outro no contato proximo
com secrecoes e liquidos q. contenham celulas contaminadas.

Qto 'a comparacao com musica. Eu nao manjo nada de musica.
E' um (dentro zilhoes de outros) dos meus pontos fracos.
Mas a analogia me parece muito distante para se fazer uma
comparacao muito elucidativa.

> <<Takata1 : Um trecho de uma dessas cadeias ira' servir de molde
> para a producao de ARN. O ARN, alem de possuir ribose e nao
> desoxirribose, nao forma uma cadeia dupla como o ADN, ele e'
> formado por uma cadeia simples. E em vez de Timina, possui Uracila.
> Durante a sintese do ARN, um trecho da cadeia dupla de ADN se
> separa e e' formado uma cadeia de ARN tendo
> como molde uma das cadeias separadas de ADN:>>
>
> gemaba2 : Você quer dizer quando o ADN se reproduz?

Nao. Qdo o ADN produz outra copia de ADN nao se forma o ARN. Mas o
processo, grosso modo, e' parecido -- as cadeias se separam, os
nucleotideos se pareiam. Mas e' um processo conduzidos por proteinas
diferentes.

> gemaba2 : Não ficou claro pra mim uma coisa, você disse que duas
> bases se emparelham e sequenciamente se unem, sendo que Adenina se
> liga com Timina e Citosona com Guaninal.

Na verdade a Adenina nao se liga com a Timina. Mas a Adenina presente
em uma cadeia se pareia com a Timina presente na outra cadeia a
cadeia complementar. A Adenina de uma molecula ira' se ligar ao
nucleotideo do lado, presente na mesma molecula.

A-T-G-C-T-G-A-T-C-T-A-A-C <- cadeia 1
. . . . . . . . . . . . .
T-A-C-G-A-C-T-A-G-A-T-T-G <- cadeia 2

A primeira Timina da cadeia 1 esta' ligada 'a Adenina e 'a Guanina q.
estao ao seu lado, a ligacao esta' representada por '-'. Mas ela se
pareia com a Adenina na cadeia 2, o pareamento esta' representado
por '.'.

> Quando da sintese do ARN, não entendi a realação de formação do par
> correspondente do ARN em relação a cadeia que se desprendeu para
> forma-lo. Porque a primeira base do ARN formado em seu exemplo é
> Guanina? Poderia clarear?

Foi apenas um exemplo arbitrario. Considerando-se a definicao incial
de q. o gene e' o trecho q. corresponde a uma proteina (tenha em
mente q. essa definicao apresenta inumeros problemas, mas vamos
examinar isso em outra oportunidade):

|---- gene ------|
V V
ATTTCGATCTAGCTCATTCGATGCGTGATCGGT <- cadeia molde de ADN
..................
GCUAGAUCGAGUAAGCUA <- cadeia de ARN sintetizada
a partir da cadeia molde de ADN

TAAAGCTAGATCGAGTAAGCTACGCACTAGCCA <- cadeia complementar de ADN

O resto da sequencia ou pertenceria a outros genes ou nao pertenceria
a gene algum.

Como dito, o ADN se reproduzindo e' outra historia.

> <<Takata1 : (Os comprimentos relativos das moleculas estao bem
encurtados
> por questao de simplificacao... Ha' genes q. possuem mais de 10.000
pares
> de bases: a cadeia molde teria mais de 10.000 letras na hora de
> representa'-la.)>>
>
> gemaba2 : Não entendi quando você diz que um gen possui 10.000
> pares de bases? Estou confuso ou gen e ADN são a mesma coisa?
> Explique melhor?

O gene sendo um trecho especifico de uma molecula de ADN e a molecula
de ADN sendo formada por duas cadeias e cada cadeia sendo formada por
uma sequencia de nucleotideos (os nucleotideos sao formados por uma
base nitrogenada ligada a um acucar - ribose ou desoxirribose - e a
um grupo fosfato), o tamanho de um gene e' medido em numero de pares
de base. O trecho abaixo tem 10 pares de base:

ATGCAGGCTT
TACGTCCGAA

Por q. e' formado por 10 pares. Base se refere 'a base nitrogenada q.
da' identidade ao nucleotideo -- ja' q. o acucar e o fosfato sao
iguais para todos.

10.000 pares de base seria representado por uma sequencia (e sua
sequencia complementar) contendo 10.000 letras (20.000 no total).

> gemaba2 : Gostaria de entender melhor a sintese do ARN que
> você explicou lá em cima. Você que dizer algo como, o ARN
> é produzido na célula a partir de um ADN e então o ARN é
> sintetizado pelos ribossomos produzindo um ADN? Vou ler
> e entender melhor, ok. Se puder clarear algo!!!

O ARN e' produzido a partir do ADN e as proteinas sao produzidas
a partir do ARN. A producao das proteinas e' feita pelos ribossomos
q. se ligam 'a molecula de ARN.

A relacao entre cada 3 nucleotideos na molecula de ARN para um
aminoacido especifico e' igual para praticamente todas as especies
conhecidas -- claro q. nao se testou um por um, mas faz se uma
extrapolacao -- os casos de excecao sao relativamente poucos: alguns
grupos de bacterias e as nossas mitocondrias. Essas diferencas sao
pequenas e parece q. sao modificacoes a partir do codigo genetico
padrao. Por exemplo, em algumas especies de um organismo chamado
micoplasma, a trinca AUG determina a incorporacao do aminoacido
glutamina na cadeia de proteina sintetizada (nos demais organismos o
AUG determina q. aquela cadeia de proteina q. esta' sendo sintetizada
chegou ao fim e o processo de sintese pára).

(O q. e' um ser vivo e' uma questao ainda em aberto. Vale uma
discussao, mas creio q. nao interfira nesta linha, acho q. podemos
retomar isso mais tarde, o q. vc acha?)

> gemaba2 : Você quer dizer que a sequência dá uma semântica quando
> o ADN se manifesta? Cada sequencia produz uma semântica.

Cada sequencia da' um resultado diferente. Tem um 'significado'
diferente. Mas o 'significado' tbm depende do ambiente em q.
o ADN se manifesta, como falei do exemplo das abelhas e da tartaruga.

> gemaba2 : Seria interessante se você citasse esses organismos que
> têm diferenças, seria possível?

Como dito acima, os organismos q. possuem variacoes em torno
do codigo genetico padrao sao algumas linhagens de bacterias e
as nossas mitocondrias.

> gemaba2 : Ok Takata, mas pelas informações a sequência do camundongo
> se parece muito com a do homem? Isso é correto? Quantos pares de
> sequência possui o homem? O camundongo? Ou eles têm um número
> fixo?

Sob certo sentido sim, as sequencias se parecem muito. Ha' uma
correspondencia de cerca de 40% em termos de sequencia -- como sao
quatro tipos de nucleotideos q. compoem o ADN, ao acaso se espera q.
haja apenas 25% de correspondencia.

O ADN do camundongo e' composto por cerca de 2,5 bilhoes de pares de
base. O humano deve ter cerca de 3 bilhoes de pares de base. Mesmo
dentro de cada especie o numero exato pode variar um pouco.

> gemaba2 : Desculpe, ainda continuo um pouco confuso entre o ADN
> se copiar e produzir proteína, são duas possibilidades distintas?

Sao. O ADN tto pode gerar uma outra copia de ADN, como pode servir de
molde para produzir uma molecula de ARN q. servira' de base para
produzir proteina. Sao processos distintos.

> gemaba2 : Imaginei que pudesse ser uma experiência genética,
> acho que me enganei. Mas recebo informações de experiências
> genéticas? Pondere sobre, é possível?

Como assim?

> gemaba2 : As sequencias são iguais em termos de base para todos?
> Explique um pouco melhor?

Nao. As sequencias nao sao exatamente iguais. Mesmo de individuo para
individuo elas possuem pequenas variacoes. Mas a sequencia de um
humano se parece muito mais com a sequencia de outro humano do q. com
a sequencia de um camundongo. Assim como a sequencia de um camundongo
se parece muito mais com a sequencia de outros camundongo do q. com a
sequencia de um humano. E a sequencia de um humano se parece mais com
a sequencia de um camundongo do q. com a sequencia de uma rosa. E a
sequencia de um humano se parece mais com a sequencia de uma rosa do
q. com a sequencia de uma bacteria. A sequencia de um humano se
parece mais com a sequencia de um gorila do q. com a sequencia de um
camundongo. E a sequencia do camundongo se parece mais com a
sequencia de um rato do q. com a sequencia de um humano (ou gorila ou
rosa).

> gemaba2 : Isso levado a cabo fica dificil, não? E a teoria da
> incerteza, como entra? A nível atomico há como pensar em
> características?

O principio da incerteza nao precisa ser levado a cabo aqui.
Embora o conhecimento de Mecanica Quantica possa ajudar a
entender o processo de mutacao (alteracao espontanea na
sequencia de ADN) ou o funcionamento das proteinas.
Em termos atomicos? Considera-se q. os atomos sao iguais
um ao outro, alem disso atomos nao se reproduzem -- nao
ha' transmissao de caracteristicas atraves da descendencia.

> gemaba2 : Ok Takata. Mas suponhamos que uma caracterísca do
> homens seja ele ter nariz. Uma sequencia especifica do ADN
> representá o nariz? Pondere!!!!!

Mais ou menos. No caso especifico do nariz provavelmente ha' mais de
um gene envolvido na formacao do nariz: um gene responsavel pela
producao de colageno, outro pela actina (uma proteina importante na
acao dos musculos), outro miosina (outra proteina importante na acao
dos musculos), outro q. participe da producao de muco, um gene
envolvido na regulacao do crescimento do nariz e assim por diante.

> A deflacionária? A correspondente? A coerente? Busco incansavelmente
> uma ligação entre ADN e meio ambiente, se ela existir conto com
> sua ajuda para dela podermos fofocar. Ou ela já existe e eu não sei?
> Prometo ler e reler e assimilar tornando-me menos leigo, obrigado!!!

A ligacao com certeza existe. Mas os biologos ainda estao desvendando
as minucias dessa interrelacao entre o ADN e o ambiente.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Estado de abstração
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/12/2002 14:03

Vejam essa reportagem com o psiquiatra George Alakija sobre hipnose. Cobre alguns vazios deixados na última polêmica no grupo.
[]s
José Renato
____________________________

A TARDE 13/12/2002 - Shopping
< http://www.atarde.com.br/materia.php3?id_materia=1786&ano=2002&mes=12&id_subcanal=29 >
Saúde
Estado de abstração

A OMS reconhece a hipnose como terapia auxiliar para curar doença


Tatiane Freitas

Amplamente divulgada como um estado de sono profundo provocado por um hipnotizador de olhar magnético, a hipnose apresenta uma aplicação bem diferente no meio médico, definida como uma terapia auxiliar no tratamento de doenças. É uma função pouco conhecida pelas pessoas, porém reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 1970. Ela promove melhoria no estado de saúde física e mental à medida que atua como técnica psicológica capaz de acessar um estado especial de consciência.

A principal função é criar um campo fértil para a aplicação de terapias, esclarece George Alakija, o psiquiatra vivo mais antigo da Bahia, que coleciona 60 anos de estudo sobre a hipnose. Segundo ele, o método acessa um estado ótimo de consciência em que a pessoa fica mais sugestionável e, portanto, mais receptiva ao tratamento.

"O estado de hipnose dirige-se à mente subconsciente, que não funciona na linha da racionalidade e da lógica, e que não tem conexão com as regras da vida social", explica Alakija, acrescentado: "É um estado em que a pessoa se sente tranqüila, serena, relaxada, com funcionamento apenas do subconsciente e com a sugestionabilidade bastante ampliada".

O passo seguinte é aplicar a terapia adequada a cada quadro apresentado. O psicinalista esclarece que nem todas as patologias podem ser tratadas através da hipnose, sendo o método indicado, sobretudo, para remoção de dores, casos de fobia, ansiedade, síndrome do pânico, entre outros tipos de neurose.

"A depressão endógena, por exemplo, provocada por alterações no funcionamento dos neuro-transmissores do cérebro, não é tratada com hipnose, mas sim com remédios", diz o médico, acrescentando que a ação da técnica é positiva em casos de depressão provocados pelo fim de um relacionamento ou a perda de um ente querido.

A hipnose, explica Alakija, não é sono e após a sessão o paciente normalmente lembra-se de tudo o que ocorreu. Refere-se ainda à possibilidade de auto-aplicação da hipnose, considerando-a um fenômeno da vida diária que ocorre, por exemplo, quando se contempla uma paisagem, num estado claro de abstração.

A auto-aplicação da hipnose, no entanto, deve ser precedida de uma avaliação médico-psicológica do paciente, informa Alakija, que aproveita para fazer referência ao decreto de nº 51.009, em vigor desde 1961, que proíbe espetáculos ou números isolados de hipnotismo, de qualquer tipo ou forma, em clubes, auditórios, palcos ou estúdios de rádio e televisão.

A eficiência da hipnose na área médica também tem relação direta com o preparo do profissional, que pode ser médico, dentista ou psicólogo. Terapia comportamental, transiterapia, terapias sugestivas, terapias regressivas, terapia psico-biológica e auto-hipnose hetero-conduzida são algumas das formas de terapia utilizadas nos pacientes em estado de hipnose. Doutor George Alakija atende no Centro Odonto-Médico Itamaraty, 1113, sala 1206, no bairro da Garibaldi (Salvador-BA).




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/12/2002 16:32

----- Original Message -----
From: "Roberto Belisário"
Sent: Friday, December 13, 2002 9:25 AM
Subject: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa

(1) Belisário:
> Que há pessoas dentro e fora da comunidade científica
> interpretando a massa do neutrino como o apocalipse do Modelo Padrão é
> verdade.

(2) (Gratta)
> > Na verdade, as pessoas não são completamente honestas quando dizem que o
> > Modelo Padrão está em perigo.

(1) + (2) = Quem interpreta o assunto de maneira diferente daquela proposta
pelos sacerdotes quânticos é desonesto.

Quem é desonesto, na forma apontada acima [(1)+(2)], vai para a fogueira
virtual (ostracismo), e são muitos (mas muitos mesmo) os condenados pelos
sacerdotes do cientificismo.

(3) Belisário:
> Porém, quando o cara da Itália tenta fazer exatamente isso, o que
> ele recebe em troca? É identificado com a Santa Inquisição...

Eu diria que "o cara da Itália" pode ser apenas mais um inocente útil nas
mãos dos sacerdotes.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. A história se repetirá.
E viva a Internet!



SUBJECT: Re: Física: neutrino tem massa
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/12/2002 17:03

At 15:32 13/12/02 -0300, you wrote:
>----- Original Message -----
>From: "Roberto Belisário"
>Sent: Friday, December 13, 2002 9:25 AM
>Subject: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa
>
>(1) Belisário:
> > Que há pessoas dentro e fora da comunidade científica
> > interpretando a massa do neutrino como o apocalipse do Modelo Padrão é
> > verdade.
>
>(2) (Gratta)
> > > Na verdade, as pessoas não são completamente honestas quando dizem que o
> > > Modelo Padrão está em perigo.
>
>(1) + (2) = Quem interpreta o assunto de maneira diferente daquela proposta
>pelos sacerdotes quânticos é desonesto.

Peraí, não entendi nada... Um de nós está invertendo as coisas. Os
"sacerdotes quânticos" estão interpretando que o Modelo Padrão está em
perigo!? E quem deles discorda nesse ponto é então desonesto? Eu pensei que
os tais sacerdotes que você tem em mente seriam caras que defendem tudo que
é quântico a todo custo - incluindo o Modelo Padrão - e condenariam à
fogueira todos os que se opõem a ela.

Bom, mas o que o Gratta estava falando era de uma noção de senso
comum que permeia parte do meio não especialista, tanto da comunidade
física (físicos que não lidam com neutrinos) como de fora da física. A
noção de que o Modelo Padrão vai ter que ser substituído por causa da massa
do neutrino.

O fato é que agora, depois do experimento KamLAND, sabe-se que o
Modelo Padrão não precisa ser abandonado por causa da massa dos neutrinos.
Pois o experimento justamente determinou qual das modificações propostas no
Modelo era a correta, e essa modificação "eleita" é uma alteração
localizada no Modelo, não o seu descarte. Vide o artigo cujo link mandei há
pouco para cá. Portanto, parece-me que o Gratta está perfeitamente certo.

Belisário

>Quem é desonesto, na forma apontada acima [(1)+(2)], vai para a fogueira
>virtual (ostracismo), e são muitos (mas muitos mesmo) os condenados pelos
>sacerdotes do cientificismo.
>
>(3) Belisário:
> > Porém, quando o cara da Itália tenta fazer exatamente isso, o que
> > ele recebe em troca? É identificado com a Santa Inquisição...
>
>Eu diria que "o cara da Itália" pode ser apenas mais um inocente útil nas
>mãos dos sacerdotes.
>
>[ ]´s
>Alberto



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Takata e o Genoma!!!!
FROM: "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/12/2002 19:01

Olá Takata!!! gemaba1, ok.

<<gemaba : Podemos dizer que o ADN é uma linguagem que
carrega em sua semântica o que será o ente que representa,
possuindo assim uma sintaxe e uma semântica?>>

<<Takata : Hmmm, creio q. nao. Lembra q. eu disse q. havia especies q.
tinham pequenas variacoes em torno do codigo genetico padrao?
Pois entao, se inserirmos uma mesma sequencia de ADN nesses
organismos, a proteina resultante sera' ligeiramente diferente.
Qdo o codigo muda, a interpretacao da mensagem tbm muda.
O q. o ADN ira' produzir depende entao da interacao com o
ambiente.>>

gemaba2 : Mas Takata, isso não descaracteriza uma linguagem,
sua sintaxe e sua semantica. Linguagem é um protocolo de
comunicação que depende sempre do meio, não? Por exemplo,
você fala portugues e se for para uma cidade no Brasil será
entendido de uma forma completamente diferente se o fizer
em uma cidade, digamos, japonesa.

<<Takata : Mesmo qdo o codigo e' exatamente igual, se muda
o ambiente, o resultado final -- com o mesmo ADN -- sera'
diferente.>>

gemaba2 : Continuo argumentando que isso não é argumento,
suponha uma receita de qualquer comida que imagine. Se você
mandar e der os mesmos ingredientes a dez cozinheiros os
pratos produzidos não serão os mesmos e isso não invalida
a receita como uma linguagem, ok. Pondero que ADN sem
meio não exista e a mesma coisa acontece com a linguagem,
uma linguagem sem meio não existe.

<<Takata : Por exemplo, no caso das abelhas, se o embriao
femea ira' gerar uma rainha ou uma operaria depende de
como a larva e' alimentada: com ou sem geleia real.>>

gemaba2 : Se não se importa prefiro continuar no ADN e
ARN,ok.


<<Takata : No caso das tartarugas, se um ovo ira' gerar um macho ou uma
femea
depende da temperatura em q. o ovo se desenvolveu. Como a
caracteristica do organismo depende da interacao do
ADN com o meio, se o meio muda a caracteristica pode mudar
mesmo com o mesmo ADN, e tbm se o ADN muda, mesmo com o
mesmo ambiente, a caracteristica tbm pode mudar.>>

gemaba2 : Se você der uma partitura musical para um
violinista e gravar ele tocando e dar a mesma partitura a
uma orquestra e gravar e depois comparar as duas
gravações verás que são diferentes tão embora
vindas do mesmo código. Não vejo porque o
mesmo não possa ocorrer com ADN. Inclusive,
insisto, vi argumentações de um geneticistas
dando como argumento para o ADN do camundongo
e do homem serem tão semelhantes e eles serem
tão diferentes, seus ambientes corporeos são
diferentes. Isso não invalida o fato do ADN ser
uma linguagem, ok.

<<Takata : O gene em uma interpretacao bem simples seria o
trecho do ADN q. corresponde a uma proteina.
Uma definicao um pouco mais ampla de genes seria
a de trechos na molecula de ADN q. determinam uma
caracteristica. Mais pra frente poderemos complicar
essas definicoes iniciais.>>

gemaba2 : Não sei se saberei expressar a dúvida,
mas a estrura da forma do ADN influi nesse
trecho. O número de combinações de bases
que se sequenciam elicoidalmente formando
a molécula de ADN são constantes em cada
espécie. Onde começa e termina um gen?

<<Takata : O ADN e' o nome da molecula. Gene e' um trecho
determinado dessa molecula. Cromossomo e' a forma
como o ADN se organiza em uma celula -- associada
com proteinas.>>

gemaba2 : Não poderiamos fazer uma associação do
gen e uma nota, ou conjunto delas, musicalmente
falando?

<<gemaba : Se os virus não podem viver fora da célula, como eles
chegam até lá? Ou são produzidos pela célula em que se desenvolvem?>>

<<Takata : Os virus se reproduzem dentro das celulas q. parasitam. Os virus
nao
possuindo celulas, nao possuem elementos proprios para se
reproduzirem, mas uma vez dentro das celulas, o material genetico dos
virus pode utilizar os elementos da celula parasitada e produzir
novos virus.
Como ele chega a nos? Por varios modos, em um espirro pode haver
milhoes de particulas de virus. Pode passar atraves do sangue. Do
contato com secrecoes. Do ar. Qdo fora das celulas um virus pode
ficar inativo e voltar a ficar ativo qdo entra em uma celula. Alguns
nao conseguem resistir muito tempo fora de uma celula -- nesses casos
eles so' vao passar de um individuo para o outro no contato proximo
com secrecoes e liquidos q. contenham celulas contaminadas.>>

gemaba2 : Se entendi um virus é um ARN que reproduz
dentro da célula, como?

<<Takata : Qto 'a comparacao com musica. Eu nao manjo nada de musica.
E' um (dentro zilhoes de outros) dos meus pontos fracos.
Mas a analogia me parece muito distante para se fazer uma
comparacao muito elucidativa.>>

gemaba2 : Não percebo assim, ok Takata. Uma musica, exatamente
como você Takata pode ser expressa formalmente em uma partitura,
que é uma disposição de notas. Um gen seria uma nota e o ADN
ou ADR seria a partitura completa. Só que o gen carrega uma
informação de forma diferente da nota.

<<Takata1 : Um trecho de uma dessas cadeias ira' servir de molde
para a producao de ARN. O ARN, alem de possuir ribose e nao
desoxirribose, nao forma uma cadeia dupla como o ADN, ele e'
formado por uma cadeia simples. E em vez de Timina, possui Uracila.
Durante a sintese do ARN, um trecho da cadeia dupla de ADN se
separa e e' formado uma cadeia de ARN tendo
como molde uma das cadeias separadas de ADN:>>
<<gemaba1 : Você quer dizer quando o ADN se reproduz?>>

<<Takata2 : Nao. Qdo o ADN produz outra copia de ADN nao se forma o ARN. Mas
o
processo, grosso modo, e' parecido -- as cadeias se separam, os
nucleotideos se pareiam. Mas e' um processo conduzidos por proteinas
diferentes.>>

gemaba2 : A cópia é sempre exata ou pode haver falhas comprovadas? O ARN
serve então pra produzir proteínas?

<<gemaba1 : Não ficou claro pra mim uma coisa, você disse que duas
bases se emparelham e sequenciamente se unem, sendo que Adenina se
liga com Timina e Citosona com Guanina.>>

<<Takata : Na verdade a Adenina nao se liga com a Timina. Mas a Adenina
presente
em uma cadeia se pareia com a Timina presente na outra cadeia a
cadeia complementar. A Adenina de uma molecula ira' se ligar ao
nucleotideo do lado, presente na mesma molecula.

A-T-G-C-T-G-A-T-C-T-A-A-C <- cadeia 1
. . . . . . . . . . . . .
T-A-C-G-A-C-T-A-G-A-T-T-G <- cadeia 2

A primeira Timina da cadeia 1 esta' ligada 'a Adenina e 'a Guanina q.
estao ao seu lado, a ligacao esta' representada por '-'. Mas ela se
pareia com a Adenina na cadeia 2, o pareamento esta' representado
por '.'.>>

gemaba2 : Você não entendeu a dúvida, não entendi sua explicação
em relação as correspondencias na formação do ADR e não
do pareamento mencionado mas ok. Suponhamos que a partir
da cadeia 1 que você mencionou seja sintetizado um ARN,
não entendi se existe determinismo em sua formação como
existe na junção dos nucleotideos que formam a molécula de
ADN?

<<Gemaba : Quando da sintese do ARN, não entendi a realação de formação do
par
correspondente do ARN em relação a cadeia que se desprendeu para
forma-lo. Porque a primeira base do ARN formado em seu exemplo é
Guanina? Poderia clarear?>>

<<Takata : Foi apenas um exemplo arbitrario. Considerando-se a definicao
incial
de q. o gene e' o trecho q. corresponde a uma proteina (tenha em
mente q. essa definicao apresenta inumeros problemas, mas vamos
examinar isso em outra oportunidade):>>

gemaba2 : Ok Takata, seria interessante.

<<Takata1 :

|---- gene ------|
V V
ATTTCGATCTAGCTCATTCGATGCGTGATCGGT <- cadeia molde de ADN
..................
GCUAGAUCGAGUAAGCUA <- cadeia de ARN sintetizada
a partir da cadeia molde de ADN

TAAAGCTAGATCGAGTAAGCTACGCACTAGCCA <- cadeia complementar de ADN

O resto da sequencia ou pertenceria a outros genes ou nao pertenceria
a gene algum.

Como dito, o ADN se reproduzindo e' outra historia.>>

gemaba2 : Ok Takata, entendi o que é gen. Gostaria de comentários
seus sobre sua forma, seu tamanho, etc??

<<Takata1 : (Os comprimentos relativos das moleculas estao bem
encurtados por questao de simplificacao... Ha' genes q. possuem mais de
10.000
pares de bases: a cadeia molde teria mais de 10.000 letras na hora de
representa'-la.)>>
<<gemaba1 : Não entendi quando você diz que um gen possui 10.000
pares de bases? Estou confuso ou gen e ADN são a mesma coisa?
Explique melhor?>>
<<Takata2 : O gene sendo um trecho especifico de uma molecula de ADN e a
molecula
de ADN sendo formada por duas cadeias e cada cadeia sendo formada por
uma sequencia de nucleotideos (os nucleotideos sao formados por uma
base nitrogenada ligada a um acucar - ribose ou desoxirribose - e a
um grupo fosfato), o tamanho de um gene e' medido em numero de pares
de base. O trecho abaixo tem 10 pares de base:

ATGCAGGCTT
TACGTCCGAA

Por q. e' formado por 10 pares. Base se refere 'a base nitrogenada q.
da' identidade ao nucleotideo -- ja' q. o acucar e o fosfato sao
iguais para todos.

10.000 pares de base seria representado por uma sequencia (e sua
sequencia complementar) contendo 10.000 letras (20.000 no total).>>

gemaba2 : Isso é fixo, por exemplo do ADN do homem?

<<gemaba1 : Gostaria de entender melhor a sintese do ARN que
você explicou lá em cima. Você que dizer algo como, o ARN
é produzido na célula a partir de um ADN e então o ARN é
sintetizado pelos ribossomos produzindo um ADN? Vou ler
e entender melhor, ok. Se puder clarear algo!!!>>

<<Takata : O ARN e' produzido a partir do ADN e as proteinas sao produzidas
a partir do ARN. A producao das proteinas e' feita pelos ribossomos
q. se ligam 'a molecula de ARN.>>

gemaba2 : Desculpe minha desinstrumentalização mas, as proteinas
são sintetizadas pelo ARN e usadas pela célula pra que?

<<Takata : A relacao entre cada 3 nucleotideos na molecula de ARN para um
aminoacido especifico e' igual para praticamente todas as especies
conhecidas -- claro q. nao se testou um por um, mas faz se uma
extrapolacao -- os casos de excecao sao relativamente poucos: alguns
grupos de bacterias e as nossas mitocondrias. Essas diferencas sao
pequenas e parece q. sao modificacoes a partir do codigo genetico
padrao.>>

gemaba2 : A natureza gosta de padrões, certo?

<<Takata : Por exemplo, em algumas especies de um organismo chamado
micoplasma, a trinca AUG determina a incorporacao do aminoacido
glutamina na cadeia de proteina sintetizada (nos demais organismos o
AUG determina q. aquela cadeia de proteina q. esta' sendo sintetizada
chegou ao fim e o processo de sintese pára).>>

gemaba2 : Processado, ok.

<<Takata : (O q. e' um ser vivo e' uma questao ainda em aberto. Vale uma
discussao, mas creio q. nao interfira nesta linha, acho q. podemos
retomar isso mais tarde, o q. vc acha?)>>

gemaba2 : Podemos discutir isso também porque não e já disparo. No
raciocínio causal tradicional a vida surgiu, ela teve um início, uma causa.
Essa teoria é aceita pela grande maioria, certo? Podemos discutir esse
limiar, esse processo, esse acontecimento. Suponhamos que a realidade
seja anterior a vida, ou seja, a vida se desenvolveu na realidade. O que
você acha?

<<gemaba1 : Você quer dizer que a sequência dá uma semântica quando
o ADN se manifesta? Cada sequencia produz uma semântica.>>

<<Takata : Cada sequencia da' um resultado diferente. Tem um 'significado'
diferente. Mas o 'significado' tbm depende do ambiente em q.
o ADN se manifesta, como falei do exemplo das abelhas e da tartaruga.>>

gemaba2 : Insisto que isso não desclalifica o ADN ou ARN(ADR) como
uma linguagem, um código linguistico que possui sintaxe e semantica.
Quero convence-lo disso, o que achas?

<<gemaba1 : Seria interessante se você citasse esses organismos que
têm diferenças, seria possível?>>

<<Takata : Como dito acima, os organismos q. possuem variacoes em torno
do codigo genetico padrao sao algumas linhagens de bacterias e
as nossas mitocondrias.>>

gemaba2 : Processado.

<<gemaba1 : Ok Takata, mas pelas informações a sequência do camundongo
se parece muito com a do homem? Isso é correto? Quantos pares de
sequência possui o homem? O camundongo? Ou eles têm um número
fixo?>>

<<Takata : Sob certo sentido sim, as sequencias se parecem muito. Ha' uma
correspondencia de cerca de 40% em termos de sequencia -- como sao
quatro tipos de nucleotideos q. compoem o ADN, ao acaso se espera q.
haja apenas 25% de correspondencia.

O ADN do camundongo e' composto por cerca de 2,5 bilhoes de pares de
base. O humano deve ter cerca de 3 bilhoes de pares de base. Mesmo
dentro de cada especie o numero exato pode variar um pouco.>>

gemaba2 : Fico acá a pensar em uma partitura composta de
3 bilhoes de notas, uuuuuaaaaauuuuu, que musicão....(risos)
Insisto esses números são exatos?

<<gemaba1 : Desculpe, ainda continuo um pouco confuso entre o ADN
se copiar e produzir proteína, são duas possibilidades distintas?>>
<<Takata : Sao. O ADN tto pode gerar uma outra copia de ADN, como pode
servir de
molde para produzir uma molecula de ARN q. servira' de base para
produzir proteina. Sao processos distintos.>>

gemaba2 : Processado. Só falta explicar pra que servem as proteinas.

<<gemaba1 : Imaginei que pudesse ser uma experiência genética,
acho que me enganei. Mas recebo informações de experiências
genéticas? Pondere sobre, é possível?>>

<<Takata : Como assim?>>

gemaba2 : Por exemplo, suponhamos que seja possível descobrir
a sequencia, o gen, que prodiz a orelha do homem e pudessemos
inserir isso no camundongo, algo assim, ok. Tenho outros exemplos,
você já ouviu falar da Tooly, acho que é esse o nome de uma amiga
da Dolly?

<<gemaba1 : As sequencias são iguais em termos de base para todos?
Explique um pouco melhor?>>

<<Takata : Nao. As sequencias nao sao exatamente iguais. Mesmo de individuo
para
individuo elas possuem pequenas variacoes. Mas a sequencia de um
humano se parece muito mais com a sequencia de outro humano do q. com
a sequencia de um camundongo. Assim como a sequencia de um camundongo
se parece muito mais com a sequencia de outros camundongo do q. com a
sequencia de um humano. E a sequencia de um humano se parece mais com
a sequencia de um camundongo do q. com a sequencia de uma rosa. E a
sequencia de um humano se parece mais com a sequencia de uma rosa do
q. com a sequencia de uma bacteria. A sequencia de um humano se
parece mais com a sequencia de um gorila do q. com a sequencia de um
camundongo. E a sequencia do camundongo se parece mais com a
sequencia de um rato do q. com a sequencia de um humano (ou gorila ou
rosa).>>

gemaba2 : Um tanto confuso mas ok.

<<gemaba2 : Isso levado a cabo fica dificil, não? E a teoria da
incerteza, como entra? A nível atomico há como pensar em
características?>>

<<Takata : O principio da incerteza nao precisa ser levado a cabo aqui.
Embora o conhecimento de Mecanica Quantica possa ajudar a
entender o processo de mutacao (alteracao espontanea na
sequencia de ADN) ou o funcionamento das proteinas.
Em termos atomicos? Considera-se q. os atomos sao iguais
um ao outro, alem disso atomos nao se reproduzem -- nao
ha' transmissao de caracteristicas atraves da descendencia.>>

gemaba2 : Falo em termos de indeterminismos, caracteísticas
levam a pensar em determinismo, não? A incerteza entre
partícula e onda leva a uma incerteza ou isso também é
característica?

<<gemaba1 : Ok Takata. Mas suponhamos que uma caracterísca do
homens seja ele ter nariz. Uma sequencia especifica do ADN
representá o nariz? Pondere!!!!!>>

<<Takata : Mais ou menos. No caso especifico do nariz provavelmente ha' mais
de
um gene envolvido na formacao do nariz: um gene responsavel pela
producao de colageno, outro pela actina (uma proteina importante na
acao dos musculos), outro miosina (outra proteina importante na acao
dos musculos), outro q. participe da producao de muco, um gene
envolvido na regulacao do crescimento do nariz e assim por diante.>>

gemaba2 : Eles podem estar salteados no ADN?

<<gemaba : A deflacionária? A correspondente? A coerente? Busco
incansavelmente
uma ligação entre ADN e meio ambiente, se ela existir conto com
sua ajuda para dela podermos fofocar. Ou ela já existe e eu não sei?
Prometo ler e reler e assimilar tornando-me menos leigo, obrigado!!!>>

<<Takata : A ligacao com certeza existe. Mas os biologos ainda estao
desvendando
as minucias dessa interrelacao entre o ADN e o ambiente.>>

gemaba2 : Insisto que uma associação com a linguística musical ajudaria a
entender
melhor, que tal?

Sinceramente!!!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br


[]s,
Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/12/2002 19:51

----- Original Message -----
From: "Roberto Belisário"
Sent: Friday, December 13, 2002 4:03 PM
Subject: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa

> Peraí, não entendi nada... Um de nós está invertendo as coisas. Os
> "sacerdotes quânticos" estão interpretando que o Modelo Padrão está em
> perigo!?

Não, muito pelo contrãrio. Os sacerdotes quânticos seriam os defensores
fanáticos do Modelo Padrão. O Gratta disse que as pessoas que desconfiam do
Modelo Padrão (não os sacerdotes) são desonestas (2). Você concorda com
a existência dessas pessoas (seriam aquelas a preverem o apocalipse), apenas
não as chama de desonestas (2). Logo, as pessoas que para você seriam as
que desconfiam do Modelo Padrão (2) seriam, para o Gratta, desonestas (1).
Na minha maneira de interpretar a questão seriam desonestas, para o Gratta,
porque estariam interpretando o assunto de maneira diferente daquela
proposta pelos sacerdotes quânticos.

> E quem deles discorda nesse ponto é então desonesto?

Na opinião do Grata, exposta na minha msg anterior (apud Salvador Nogueira),
sim.

> Eu pensei que os tais sacerdotes que você tem em mente seriam caras
> que defendem tudo que é quântico a todo custo - incluindo o Modelo
> Padrão - e condenariam à fogueira todos os que se opõem a ela.

Pois foi extamente isso que pretendi dizer, mas creio que fui mal
interpretado.

> Bom, mas o que o Gratta estava falando era de uma noção de senso
> comum que permeia parte do meio não especialista, tanto da comunidade
> física (físicos que não lidam com neutrinos) como de fora da física. A
> noção de que o Modelo Padrão vai ter que ser substituído por causa da
> massa do neutrino.

Mas isso é o que seria de se esperar. Os hereges dificilmente pertencem à
comunidade que os discrimina. As revoluções cientificas, via de regra, vêm
de fora para dentro. Existem algumas exceções, o daqueles que pertenciam à
comunidade e acabaram sendo jogados para escanteio por suas heresias.
Parece-me que o Boltzmann e o David Bhom pertenciam a essa categoria e o
Paul Marmet (canadense) é um exemplo vivo da mesma (não com respeito ao tema
em apreço - neutrinos). Mas o número dos discriminados é muito grande, e
citei apenas alguns *possíveis* exemplos históricos.

> O fato é que agora, depois do experimento KamLAND, sabe-se que o
> Modelo Padrão não precisa ser abandonado por causa da massa dos neutrinos.
> Pois o experimento justamente determinou qual das modificações propostas
> no Modelo era a correta, e essa modificação "eleita" é uma alteração
> localizada no Modelo, não o seu descarte. Vide o artigo cujo link mandei
> há pouco para cá. Portanto, parece-me que o Gratta está perfeitamente
> certo.

Em termos. Tudo isso está servindo apenas para reforçar minhas suspeitas de
que a teoria quântica (ou modelo padrão, se quiser) é não falseável, logo
não é uma teoria mas sim uma doutrina. Parece-me que o Gratta considera as
pessoas que pensam dessa maneira como desonestas (e sob esse aspecto eu
também estaria nesse contingente dos Gratta-desonestos). E eu digo que
pessoas que pensam como o Gratta são os inocentes úteis a justificarem o
posicionamento dos sacerdotes da Inquisição dos Tempos Modernos.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Heresias do Alberto
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/12/2002 21:55


Caro Alberto,

Desculpe a demora, dei uma olhada no material que
você sugeriu, sobre a radiação de uma carga acelerada.

>Por incrível que pareça, no passado já consegui discutir coisas sérias
>aqui.
>Já consegui até mesmo demonstrar, para o iniciante em física, quiçá para um
>leigo não alérgico à física, por que considero a relatividade geral fajuta.
>Se conseguir entrar no meu site dou como exemplo de debate aqui realizado:
>"A resolução clássica do paradoxo da carga acelerada", que está em
>http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/rgpca1.htm .

Não acho que exista qualquer motivo relacionado a esse assunto
que indique que a relatividade geral seja fajuta. Na verdade,
não existe paradoxo. Uma carga parada num campo gravitacional
é equivalente a uma carga uniformemente acelerada, pelo princípio
da equivalência. Apesar de sabermos que uma carga acelerada irradia,
não é de causar espanto que uma carga parada no campo gravitacional
não irradie, pois nós que estamos olhando a carga parada sobre a
mesa estamos no mesmo referencial da carga. Até aqui nada de errado
com o eletromagnetismo ou a relatividade.

Considere agora uma carga uniformemente acelerada. Para quem está
acelerado junto com a carga, não há emissão de radiação, mas para
quem está parado (ou seja, acelerado com relação à carga), há
emissão de radiação. A radiação não é um fenômeno covariante,
ou seja, ela depende do referencial. Isso não representa nenhuma
contradição, pois as leis da relatividade geral, covariantes,
permanecem válidas.

O assunto não é simples, por esse motivo evitei dissecar
minuciosamente os seus textos e ao invés disso colocar minha
opinião sobre a idéia geral. Mas sinta-se livre para argumentar
em sua defesa a partir de algum ponto específico.

Abraços,

Guilherme


_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: [Fis} Sobre a velocidade de grupo e de fase
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/12/2002 22:13


http://www.geocities.com/sergiotaborda/relvgvf.pdf

Agradecem-se comentários

Boa leitura,

Sérgio



SUBJECT: Qual é a finalidade que tu disse mesmo, Takata?
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/12/2002 01:08


>Brazilian Scientist Ends First Stage Of GM Coffee Quest
>Author: Alastair Stewart
>Publication: OsterDowJones
>Date: Tuesday, December 10, 2002
>Sao Paulo, Dec 10, 2002 (ODJ via COMTEX) - (OsterDowJones) - Super
>gene-modified coffee trees will come a step closer in December when
>Brazilian scientists finish mapping the coffee genome.
>Over the last 10 months, research teams have identified approximately
>200,000 genetic sequences in coffee trees, information which will be the
>basis for research into creating more resistant trees that produce
>higher-quality coffees, a scientist leading the project told OsterDowJones.
>"We now want to find out more about what the genes do," said Carlos
>Colombo, chief researcher on the project at the Campinas Agronomic
>Institute, or IAC, in Sao Paulo state.
>Colombo said the next phase of the project, starting in the new year, will
>be to identify key gene sequences and discover their properties.
> From this information, scientists aim to modify trees as a way of
> increasing the quality of arabica coffee produced at a lower cost.
>"We have been told not to focus on increasing yields but adding value to
>produce," said Colombo.
>Researchers, for example, will look at ways of reducing the arabica coffee
>blossoming period to cut time spent picking coffee. This would not only
>cut harvesting costs, which account for around 40% of total outlays, but
>also increase the likelihood cherries are taken off the trees at exactly
>the right time, said the researcher.
>"At the moment, very little is known about how the blossoming works," said
>Colombo.
>Scientists will also look at which genes increase resistance to drought, a
>major problem, as well as pest and fungi.
>Gene-modified technology offers the potential to reduce herbicide and
>pesticide costs by 50% to 100%, according to Agriculture Ministry's
>research arm.
>But don't expect gene-modified trees to start populating Minas Gerais
>hillsides too soon. Colombo estimates it will take five to 10 years to
>identify the relevant sequences start creating modified trees.
>Meanwhile, funds still have to be raised to sustain the research groups,
>which involved 20 laboratories in Sao Paulo state alone, through the next
>stage. Around 200,000 Brazilian real ($1 = BRL3.80) are in the coffers but
>the first phase alone ate up around BRL2 million in government and state
>funds.
>All 200,000 gene sequences will be stored at the Sao Paulo State
>University of Campinas, or Unicamp, one of the country's leading centers
>of agricultural research, and the University of Sao Paulo, or USP.
>This is by far the most advanced study into coffee genes.
>"The hope is that this research allows Brazil to stay ahead of the
>competition," said Colombo.
>Brazil is the world's No. 1 coffee producer and exporter, accounting for
>around 40% of world production, according to U.S. Department of
>Agriculture data.
>In 2003-04 (July-June), Brazilian coffee production is expected to slip to
>around 25 million to 35 million 60-kg bags from 45 million to 52 million
>bags this year.
>Brazilian researchers have already genetically mapped sugarcane and are in
>the process of studying the genes of witches' broom fungus, which has
>devastated Brazil's cocoa production in recent years.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/12/2002 03:44

Oi,

Manuel: A cultura conclui o biologicamente inconclusivo.

Takata: Sera' q. conclui ou apenas modifica? A cultura tbm modifica a
cor dos cabelos.

Manuel: De uma certa forma, modifica sim. A sublimação é uma
disposição biológica modificada pela cultura. A agressividade viril,
por exemplo, pode ser sublimada sob a forma de competitividade
esportiva, econômica, etc.

Quanto à sexualidade, fatores genético-constitucionais e também
culturais a determinam, mas estes últimos são decisivos. Em muitas
culturas primitivas, após serem realizados os rituais de iniciação à
vida adulta, o indivíduo é proibido de manter relações homossexuais;
mas antes dos rituais, essa interdição não existe. Em muitas outras
culturas, um dos rituais de passagem consiste em o indivíduo sujeitar-
se durante algum tempo (entre algumas tribos da Nova Guiné, esse
período é de 15 anos) a relações homossexuais com adultos em que ele,
o iniciante, é o passivo. .Somente depois de transcorrido esse
período é que o indivíduo `conquista' a sua masculinidade e se
transforma num guerreiro.
A título de ilustração, no que diz respeito aos `Sambia' da Nova
Guiné: "... ao som das flautas anuncia-se o começo da iniciação. Os
meninos são arrancados das mães e levados para a floresta. Durante
três dias são chicoteados e batidos com folhas de urtiga para sangrar
até saírem os líquidos femininos pelo nariz, que os impedem de se
desenvolverem. A identidade masculina é transmitida pelo esperma
através da felação homossexual ritualizada, para que os meninos
adquiram competência viril. [...] Na seqüência, felação e copulação
tornam-se obrigatórias, porém, praticadas apenas com jovens
celibatários que não foram contaminados pelas mulheres. Mas a felação
não é recíproca, o que seria uma perversão. A ritualização é
rigorosamente proibida entre homens aparentados, devido ao temor do
incesto" (BADINTER, 1993, 72-82, passim).
Manuel: Aliás, só se proibe a realização de algo quando há uma
tendência subjacente para realizá-lo, do contrário não haveria
necessidade de interdição.

Takata: Nao precisa haver tendencia, basta haver possibilidade.

Manuel: Mas para que haja possibilidade tem que haver, se não pré-
disposição, ao menos disposição.

Takata: O assassinato nao e' proibido porque a maioria tenha
tendencias homicidas, mesmo em pequenos grupos acratas o assassinato
e' uma contingencia.

Manuel: Um forte indício de que a maioria tem tendência homicida é a
ampla aceitação da pena de morte (se fizermos um plebiscito,
certamente a pena de morte será aprovada), e muitos dos que são
contrários só não a aprovam porque a Justiça é falha, de modo que
pessoas inocentes podem ser executadas. Ou seja, as pessoas admitem o
assassinato como uma forma de se fazer justiça (vingança), daí o
enorme sucesso do Rambo, Cobra e do personagem do Charles Bronson na
série `Desejo de Matar'. Outro indício é o comportamento das pessoas
durante uma guerra: indivíduos que antes eram pacatos, gentis e
pacíficos, de uma hora pra outra convertem-se em facínoras.

Entendo que há uma tendência nas pessoas para fazer justiça
(vingança) e resolver conflitos através do assassinato.

Takata: As enzimas digestivas são basicamente as mesmas? Sim. Mas
eles tEm o corpo recoberto quase todo de pêlos, nós não. Há padrões
de similaridades e diferenças -- não dá pra inferir q. algo q. esta'
presente nos chimpanzes esteja presente em nós, entre outras coisas
porq. são 4 a 7 milhões de anos de separacao filogenética.

Manuel: Então a partir do quê você infere que o homem evoluiu do
macaco?

Apesar desse período de 4-7milhões de anos que nos separa,
compartilhamos muitas outras características com os bonobos: os
bonobos, asssim como os humanos, gostam de beijar na boca. A posição
ventral de cópula (estilo papai-mamãe) é uma prática corrente tanto
entre humanos quanto entre bonobos. O órgão sexual masculino é, tanto
entre os bonobos quanto entre os humanos e também em meio aos
chimpanzés, um símbolo de poder e de dominância hierárquica.
Chimpanzés, bonobos e humanos têm, em termos proporcionais, pênis
enormes, e neste aspecto nos diferenciamos dos gorilas, cujo pênis
ereto atinge, em média, 2,5 centímetros.

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Equivalencia + Carga ( Ex-Heresias do Alberto)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/12/2002 09:51

Sugestão 1- o próximo a entrar na thread, apague no Assunto (Ex-Heresias do Alberto).
Sugestão 2- discutir porque elétrons num feixe (como os do TRC, por exemplo) não se repelem, ou seja, o feixe paralelo não torna-se divergente.
Sugestão 3- discutir sobre o princípio da equivalência com base na minha imposição posta em "Empuxo Inercial de Newton", da não validade para líquidos (texto na Sala 05 do Imperdível).

Tá de bom tamanho, por enquanto.
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
PS: Veja comentários no texto do Guilherme, abaixo:

>Guilherme
| Não acho que exista qualquer motivo relacionado a esse assunto
| que indique que a relatividade geral seja fajuta. Na verdade,
| não existe paradoxo. Uma carga parada num campo gravitacional
| é equivalente a uma carga uniformemente acelerada, pelo princípio
| da equivalência. Apesar de sabermos que uma carga acelerada irradia,
| não é de causar espanto que uma carga parada no campo gravitacional
| não irradie, pois nós que estamos olhando a carga parada sobre a
| mesa estamos no mesmo referencial da carga. Até aqui nada de errado
| com o eletromagnetismo ou a relatividade.<

Léo: A irradiação implica em conversão de energia, não vejo como estar 'parado' ou não em relação à carga não se perceba qqer variação de sua energia total.

|
| Considere agora uma carga uniformemente acelerada. Para quem está
| acelerado junto com a carga, não há emissão de radiação, mas para
| quem está parado (ou seja, acelerado com relação à carga), há
| emissão de radiação. A radiação não é um fenômeno covariante,
| ou seja, ela depende do referencial. Isso não representa nenhuma
| contradição, pois as leis da relatividade geral, covariantes,
| permanecem válidas.

Léo: Novamente a questão. Para um referencial há emissão (e portanto diminuição da energia total da carga) e noutro não. Parece-me bem mais econômico viver num referencial acelerado, minha conta de energia elétrica diminuirá substancialmente! :-)
|
| O assunto não é simples, por esse motivo evitei dissecar
| minuciosamente os seus textos e ao invés disso colocar minha
| opinião sobre a idéia geral. Mas sinta-se livre para argumentar
| em sua defesa a partir de algum ponto específico.

Léo: "Sempre Livre", OK, vamos dissecar tudo isso.
|
| Abraços,
|
| Guilherme; Léo
|
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SUBJECT: Re: [ciencialist] [Fis} Sobre a velocidade de grupo e de fase
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/12/2002 10:07


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Genoma / Takata
FROM: "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/12/2002 10:41

Olá Takata!!!

Caro Takata, que agradecer por prover meu imaginário
e confesso que estava pensando em associar a nota
musical com o gen, já ponderei e talvez fosse melhor
associar com o par de bases, presentes em cada
aminoacido que compoem o ADN. Gen está mais
para uma melodia, uma sequência de notas, no
caso de pares de bases, tem outro nome melhor?
Se sua paciência tiver gostaria de entender melhor
e discutir melhor a sintaxe e semântica do ADN,
não existe nada sobre?

Saudações!!!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br





SUBJECT: Re: [ciencialist] [Fis} Sobre a velocidade de grupo e de fase
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/12/2002 11:31

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Saturday, December 14, 2002 9:07 AM
Subject: Re: [ciencialist] [Fis} Sobre a velocidade de grupo e de fase

> Gostaria de ter esse programa de passar textos (ou trabalhos em htm) para
> o formato PDF (com a devida senha, óbvio), isso preencheria vários pedidos
> de consulentes do Imperdível. Pode me enviar isso?

Você pode transformar doc em pdf diretamente no site da Adobe, "Create Adobe
pdf Online": https://createpdf.adobe.com/index.pl/4262246609.16251?BP=IE
Estando nesta página clique em "free trial!" para se inscrever (preencher um
formulário fornecendo também login e senha). Eu já fiz isso uma vez e ficou
jóia. Quanto à passagem de htm para pdf eu não conheço, creio que antes o
htm deverá ser transformado em doc.


[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Equivalencia + Carga
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/12/2002 13:46


>Sugestão 3- discutir sobre o princípio da equivalência com base na minha
>imposição posta em "Empuxo Inercial de Newton", da não validade para
>líquidos (texto na Sala 05 do Imperdível).

Vou destacar um trecho do seu site:

<<O gradiente de pressão nasce da inércia
da massa de água e não do peso da água;
por isso não há empuxo de Arquimedes.>>

Aparentemente tudo está certo, eu não entendi o que
exatamente não é válido para líquidos.
Pelo princípio da equivalência, o empuxo de Arquimedes
é equivalente ao "empuxo de Newton", ou seja, um copo
d'água acelerado (no espaço sideral) é equivalente
a um copo d'água em repouso num campo gravitacional
cuja aceleração é a mesma.

>Léo: A irradiação implica em conversão de energia, não vejo como estar
>'parado' ou não em relação à carga não se perceba qqer variação de sua
>energia total.

Sim, a energia da carga muda para cada referencial, mas não podemos
dizer o mesmo para a energia total incluindo a da carga e a do
campo gravitacional. Não sou um especialista nesse problema, mas,
até que se mostre o contrário, o tensor momento-energia, cujas
componentes diferem para cada referencial, deve seguir a mesma
lei (covariante) de conservação em todos os referenciais.

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: arquivos em pdf
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/12/2002 14:13

OFF-TOPIC: Gostaria de ter esse programa de passar textos (ou trabalhos em htm) para o formato PDF (com a devida senha, óbvio), isso preencheria vários pedidos de consulentes do Imperdível. Pode me enviar isso?


Use o pdflivre disponível em http://www.baciotti.com.br/ , é gratuito , e imprime através de arquivos de postscript que são arquivos de impressão , você pode imprimir .doc .txt .htm , ou qualquer outro formato que o programa editor possibilite a impressão

[]

Jaison


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Equivalencia + Carga
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/12/2002 18:58

Guilherme:
| >Léo: Sugestão 3- discutir sobre o princípio da equivalência com base na minha
| >imposição posta em "Empuxo Inercial de Newton", da não validade para
| >líquidos (texto na Sala 05 do Imperdível).
|
| Vou destacar um trecho do seu site:
|
| <<O gradiente de pressão nasce da inércia
| da massa de água e não do peso da água;
| por isso não há empuxo de Arquimedes.>>
|
| Aparentemente tudo está certo, eu não entendi o que
| exatamente não é válido para líquidos.
| Pelo princípio da equivalência, o empuxo de Arquimedes
| é equivalente ao "empuxo de Newton", ou seja, um copo
| d'água acelerado (no espaço sideral) é equivalente
| a um copo d'água em repouso num campo gravitacional
| cuja aceleração é a mesma.

Léo: A questão está no modo como se obtém essa aceleração. Se o copo d'água for acelerado pelo seu fundo através de uma força externa (por exemplo, um foguete), tudo bem, a água fica 'compactada' no fundo do copo, MAS, se a aceleração for obtida pela atração gravitacional de outra enorme massa colocada á frente do copo não haverá qqer 'compactação' e a própria água não exercerá qqer contato com o copo! Não há equivalência entre aceleração gravitacional e aceleração por força externa de interação.


|
| >Léo: A irradiação implica em conversão de energia, não vejo como estar
| >'parado' ou não em relação à carga não se perceba qqer variação de sua
| >energia total.
|
| Sim, a energia da carga muda para cada referencial, mas não podemos
| dizer o mesmo para a energia total incluindo a da carga e a do
| campo gravitacional. Não sou um especialista nesse problema, mas,
| até que se mostre o contrário, o tensor momento-energia, cujas
| componentes diferem para cada referencial, deve seguir a mesma
| lei (covariante) de conservação em todos os referenciais.

Léo: Fica em suspense. Mas não enxergo como duas cargas próximas, ambas vibrando para um referencial externo, podem não estar irradiando quando o referencial passar para uma delas.
|
| Abraços,
|
| Guilherme; Léo
|
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SUBJECT: Re: [ciencialist] arquivos em pdf
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/12/2002 19:04

Oi Jaison,
O que pretendo não é imprimir em formato PDF, é colocar no Imperdível alguns trabalhos em formato PDF para download. O consulente é quem imprime (se quiser).
Aproveito para comentar algo com o A. Mesquita: fiz a conversão de alguns arquivos (5, foi o permitido) para PDF usando a conversão on-line da ADOBE. Ficaram excelentes ... mas as figuras não apareceram! (e, como não tenho editor de PDF --óbvio--, não posso fazer tais inserções).
[]'
Léo
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-----Mensagem Original-----
De: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sábado, 14 de dezembro de 2002 14:13
Assunto: [ciencialist] arquivos em pdf


OFF-TOPIC: Gostaria de ter esse programa de passar textos (ou trabalhos em htm) para o formato PDF (com a devida senha, óbvio), isso preencheria vários pedidos de consulentes do Imperdível. Pode me enviar isso?


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Jaison


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SUBJECT: Re: Física: neutrino tem massa
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/12/2002 19:45

Oi José Renato!

Ainda estou recorrendo a cyber-cafes prá acessar as listas... e esta
notícia me chamou atenção. Gostei dela mas está cheirando a
sensacionalismo. O neutrino do qual detectou-se massa é o neutrino-
múon lá naquela mina adaptada a detetor de neutrinos no Japão e esse
tipo de neutrino já tem uma massa associada a ele na teoria. O que
contudo vem intrigando os cientístas, é que este tipo de neutrino
resultante de fusão nuclear deveria ser muito mais abundante do que
vem sendo demonstrado (tímido?).

(Ainda) Não há motivos para alardes, nem para fogos de artifício ou
suicídio em massa por parte dos físicos modernos ( ufa!)

Beijos, Lígia

***********************************************


--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> JC e-mail 2180, de 12 de Dezembro de 2002.
> '< http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=6661 >
> Física: Vôo de antineutrino abala Modelo Padrão
>
> Teste confirma que análogo de partícula elementar 'fantasma' possui
massa, exigindo revisão de teoria fundamental
>
> Salvador Nogueira escreve para a 'Folha de SP':
>
> Numa velha mina japonesa encravada sob um quilômetro de rocha, um
grupo internacional de cientistas acaba de colocar o ponto final numa
questão que atormenta os físicos há décadas: definitivamente, o
neutrino tem massa.
>
> Eles sustentam, ainda, que nunca mais será a mesma a teoria que
lista os tijolos básicos do Universo, o Modelo Padrão.
>
> Teorizada nos anos 1930, essa partícula foi concebida para explicar
um estranho processo de decaimento radiativo. Os primeiros traços de
sua existência, entretanto, só começaram a surgir nos anos 1950.
>
> E, no ano passado, um grupo do Observatório de Neutrinos de
Sudbury, Canadá, obteve forte evidência de que os neutrinos, além de
existir, têm massa.
>
> Na ocasião, eles haviam detectado os neutrinos solares, gerados
pela fusão dos átomos de hidrogênio que alimenta a estrela. E
concluíram que parte deles passava por uma estranha transformação no
caminho entre o Sol e a Terra.
>
> Segundo a mais consagrada teoria de partículas, o Modelo Padrão, há
três tipos de neutrino. E, embora a teoria não falasse sobre sua
massa, os cientistas desde o início vinham presumindo que fosse nula,
o que foi incorporado ao modelo.
>
> Os resultados do ano passado ainda davam margem a dúvidas.
Confirmavam que os neutrinos mudam de tipo durante a viagem, mas não
era possível dizer com certeza que havia mudança - e portanto
existência - de massa.
>
> 'No ano passado, outros fatores que não a massa poderiam estar
causando a alteração', afirma Orlando Peres, da Unicamp. 'Mas agora
não tem mais escapatória.'
>
> Giorgio Gratta, físico italiano da Universidade Stanford (EUA) e do
Kamland, detector que permitiu o experimento, faz uma analogia para
explicar a diferença entre os resultados do ano passado e os deste
ano.
>
> 'Você pode pensar em alguém olhando para uma estrela com um
espectrógrafo. Essa pessoa iria notar claras linha espectrais, e
então a comunidade iria discutir se elas são uma propriedade da
estrela ou uma propriedade mais geral dos átomos.'
>
> 'Após muitas observações, eles iriam concluir que, muito
provavelmente, a segunda opção é a correta. Mas então alguém no
laboratório faz uma lâmpada e olha para ela com um espectrômetro,
descobrindo as mesmas linhas. Só agora eles podem dizer que,
definitivamente, essa não é uma propriedade das estrelas. Isso é
exatamente o que nós fizemos.'
>
> O trabalho foi submetido para publicação na prestigiada
revista 'Physical Review Letters' (prl.aps.org).
>
> Batendo o martelo
>
> O resultado foi muito mais definitivo em razão da proximidade com a
fonte geradora de neutrinos - reatores de fissão nuclear a apenas 180
km do detector.
>
> Na verdade, durante a quebra dos átomos, há emissão de
antineutrinos (partículas análogas dos neutrinos, feitas de
antimatéria), mas suas propriedades equivalem às dos neutrinos
convencionais.
>
> A essa altura, dizer que o neutrino tem massa equivale a enviar os
cientistas de volta às mesas, para recalcular muito do que julgavam
resolvido no Modelo Padrão.
>
> Peres acha que é uma boa chance para novas teorias, como as famosas
supersimetria e supercordas, provarem que são o futuro da física,
prevendo as estranhas propriedades dos neutrinos mutantes e maciços.
>
> Mas Gratta, ecoando Mark Twain, sugere que os rumores sobre a morte
da velha teoria foram muito exagerados.
>
> 'Na verdade, as pessoas não são completamente honestas quando dizem
que o Modelo Padrão está em perigo', diz.
>
> 'O modelo não sabe nada de massas de neutrino. As massas são um
parâmetro que ele não prevê. Ele está pronto a 'aceitar' qualquer
número para a massa do neutrino, assim como aceitaria um novo valor
para, digamos, a massa do elétron, se alguém a medisse melhor.'
>
> Não tão depressa, porém. 'A única diferença, e é importante, é que
uma massa zero, como a que estava codificada no Modelo Padrão, é
muito diferente de uma massa pequena, mas finita. Então, haverá muito
que mudar no modelo, e essas mudanças estão ligadas a comportamentos
em altas energias. Isso é tudo muito importante e legal, mas o Modelo
Padrão realmente não está nem aí para que massa nós obtivemos.'
>
> Ponto final? 'Acho que, na verdade, isso acabou de começar', diz
Gratta. 'Só descobrimos que a massa é diferente de zero.'
>
> (Folha de SP, 12/12)
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] arquivos em pdf
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/12/2002 20:20

Oi Jaison,
O que pretendo não é imprimir em formato PDF, é colocar no Imperdível alguns trabalhos em formato PDF para download. O consulente é quem imprime (se quiser).
Aproveito para comentar algo com o A. Mesquita: fiz a conversão de alguns arquivos (5, foi o permitido) para PDF usando a conversão on-line da ADOBE. Ficaram excelentes ... mas as figuras não apareceram! (e, como não tenho editor de PDF --óbvio--, não posso fazer tais inserções).
[]

Pois é , o pdf livre gera arquivos pdf a partir de arquivos postscript , que são arquivos prontos para impressão


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Equivalencia + Carga
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/12/2002 20:54



<<Léo: A questão está no modo como se obtém essa aceleração. Se o copo >
d'água for acelerado pelo seu fundo através de uma força externa (por
exemplo, um foguete), tudo bem, a água fica 'compactada' no fundo do
copo, MAS, se a aceleração for obtida pela atração gravitacional de
outra enorme massa colocada á frente do copo não haverá
qqer 'compactação' e a própria água não exercerá qqer contato com o
copo! Não há equivalência entre aceleração gravitacional e aceleração
por força externa de interação.>>

Cuidado: considere um copo d'água acelerado por um campo
gravitacional, livre de todas as outras forças (ou seja, em
queda livre). Essa situação não é equivalente ao copo acelerado,
digamos, por um foguete. De acordo com o princípio de equivalência,
o copo em queda livre é equivalente ao copo em repouso livre
de qualquer força! Assim tudo fica consistente: não há gradiente
de pressão na água dentro do copo em queda livre, equivalentemente
ao que ocorreria com o copo parado no espaço sideral livre de
qualquer força.

<<Léo: Fica em suspense. Mas não enxergo como duas cargas próximas, ambas
vibrando para um referencial externo, podem não estar irradiando quando o
referencial passar para uma delas.>>

Nesse caso se o referencial estiver acelerado em relação a qualquer
carga, ele sentirá radiação (o que você escreveu está certo), mas eu
só estava falando sobre uma carga. Esses resultados vêm da
eletrodinâmica clássica, sem relatividade. O engano principal do
Alberto é atribuir falhas na relatividade geral devido a
inconsistências do cenário proposto. E eu digo que a relatividade
geral dá conta do recado, e muitos problemas teóricos existem,
mas são intrinsecamente problemas da teoria eletromagnética
clássica.

Por exemplo, a questão se uma carga uniformemente acelerada
emite energia radiativa ainda não é satisfatoriamente
compreendida, pois tudo indica que ela não sofreria reação de
radiação (recoil). Isso é uma questão do eletromagnetismo, e
não da relatividade geral.

O próprio artigo que o Alberto sugeriu, do Kirk McDonald
(aparentemente não publicado), apresenta argumentos fortes
que indicam que a relatividade geral só atenua a gravidade
desses quebra-cabeças do eletromagnetismo, através do efeito
Hawking-Unruh.

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/12/2002 21:24

> Ademais nao sei por q. isso evidenciaria q. o estado bissexual seja
o default nos humanos (ou mesmo em primatas). Ha' algumas suposicoes
ocultas ai' pelo jeito.

Olá. Praticamente todas as culturas promovem algum tipo de prática
homossexual. Em geral os homens adultos comem os adolescentes ou
travestis (homossexuais biológicos). Até onde eu sei, a única cultura
na qual os homens não fazem isso é a liberal moderna. Nessa cultura
os gays foram segregados e passaram a fazer sexo ente si. Um sioux
achou esse hábito dos gays ocidentais muito estranho. Os seus gays só
fazem sexo (passivo) com homens, ou, eventualmente, com mulheres,
mais nunca com outros gays.

Dennis Werner, um antropólogo biossocial de Florianópolis, tem uns
bons estudos sobre homossexualismo. Manda um serach que você acha o
site dele.





SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/12/2002 01:56

Oi,

Takata: Ademais nao sei por q. isso evidenciaria q. o estado
bissexual seja o default nos humanos (ou mesmo em primatas). Ha'
algumas suposicoes ocultas ai' pelo jeito.

João Navarro: Praticamente todas as culturas promovem algum tipo de
prática homossexual. Em geral os homens adultos comem os adolescentes
ou travestis (homossexuais biológicos). Até onde eu sei, a única
cultura na qual os homens não fazem isso é a liberal moderna.

Manuel: Uma mulher pode manter relações homossexuais na condição de
mulher, ou como pólo feminino (passivo) da relação. Na gíria dos
homossexuais, 'fada' é o termo que designa a lésbica exclusivamente
passiva, e 'íncubus' a exclusivamente ativa (a mulher-macho que
sempre fica por cima). Quanto aos homens, o mesmo acontece: numa
relação homossexual, há o pólo masculino (ou ativo) da relação, e há
homens que admitem e praticam relações homossexuais, mas apenas na
condição de ativo. Aliás, há mesmo homens que experimentam prazer
sexual somente como ativo, mas que escolhem para parceiros,
preferencial ou exclusivamente, indivíduos do mesmo sexo.

E mesmo em relações heterossexuais, há posições de coito ou formas de
relacionamento em que a mulher não é totalmente passiva, sendo às
vezes mais ativa do que passiva, como, por exemplo, nas posições
sexuais em que a mulher têm o controle ou fica por cima: cavalo de
Heitor, cavalgada da fêmea, felação heterossexual, etc.

Parece que, em meio aos gregos e romanos da Idade Antiga (e entre
muitas outras culturas), a sexualidade baseava-se mais no contraste
ativo-passivo e não tanto na oposição macho-fêmea. O critério de
demarcação não era a morfologia por razões genético-constitucionais,
mas a idade ou o acúmulo de conhecimentos, ou seja, na relação
aprendiz/mestre, o aprendiz era sempre o passivo e o mestre, o ativo.
Tanto que, pelos registros que dispomos, a paixão amorosa, a relação
sexual mediada pela feniletilamina (FEA), dava-se, no mais das vezes,
entre indivíduos do mesmo sexo, o que vale dizer que as mulheres eram
uma espécie de gado: sua importãncia variava conforme a sua
capacidade de gerar filhos.

São dados antropológicos que tornam sustentável a hipótese segundo a
qual a sexualidade humana baseia-se na bipolaridade ativo-passivo, e
não na oposição macho-fêmea. A escolha do objeto, entre machos ou
fêmeas, seria circunstancial ou determinada mais por fatores
subjetivos, por razões psicológicas. Seria uma questão de gosto.

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Ciências Humanas p/ Luiz
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/12/2002 03:00

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu

> Se dou bordoada em alguem e' com aquele martelo do
> Chapolin Colorado: puro ar em plastico sanfonado
> a fazer um som engracado. (Vai ver q algumas pessoas
> somatizam...)

Manuel: Essa pancadinha safonada, acusticamente engraçada e dada com
pontaria bem nos testículos é algo que dói, dói muito, dói demais! E
não me venha com essa estória de que estou apenas somatizando!

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Física: neutrino p/ Lígia
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/12/2002 14:39

Olá, Lígia! No site indicado por Roberto Belizário é mencionado que o neutrino oscila em mutação nos três tipos(!?), o que fica difícil afirmar que apenas o neutrino-múon - da segunda família de matéria - foi detectado. De onde vc obteve essa informação específica que só neutrinos-múons foram identificados, no caso dessa última experiência publicada?

O que está me intrigando é que a notícia fala em antineutrino! Como, até onde eu sabia, os neutrinos tem carga elétrica nula/zero, e sabendo que é o sinal da carga que diferencia o elétron do pósitron (que pode ser chamado de elétron da antimatéria) visto que suas massas e spins são iguais, fica a questão: como seria identificado o antineutrino?

Abraços.
José Renato
ET. Anexo comentário de Belisário logo abaixo.
< http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid1039786428,10530, >
________________________

----- Original Message -----
From: Ligia Amorese
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, December 14, 2002 7:45 PM
Subject: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa


Oi José Renato!

Ainda estou recorrendo a cyber-cafes prá acessar as listas... e esta
notícia me chamou atenção. Gostei dela mas está cheirando a
sensacionalismo. O neutrino do qual detectou-se massa é o neutrino-
múon lá naquela mina adaptada a detetor de neutrinos no Japão e esse
tipo de neutrino já tem uma massa associada a ele na teoria. O que
contudo vem intrigando os cientístas, é que este tipo de neutrino
resultante de fusão nuclear deveria ser muito mais abundante do que
vem sendo demonstrado (tímido?).

(Ainda) Não há motivos para alardes, nem para fogos de artifício ou
suicídio em massa por parte dos físicos modernos ( ufa!)

Beijos, Lígia

***********************************************


--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> JC e-mail 2180, de 12 de Dezembro de 2002.
> '< http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=6661 >
> Física: Vôo de antineutrino abala Modelo Padrão
>
> Teste confirma que análogo de partícula elementar 'fantasma' possui
massa, exigindo revisão de teoria fundamental
>
> Salvador Nogueira escreve para a 'Folha de SP':
>
> Numa velha mina japonesa encravada sob um quilômetro de rocha, um
grupo internacional de cientistas acaba de colocar o ponto final numa
questão que atormenta os físicos há décadas: definitivamente, o
neutrino tem massa.
______________________separdor de artigo de Roberto Belisário
Sexta, 13 de Dezembro de 2002
Categoria:
Nível: Avançado
Neutrinos têm massa: confirmação final
por: Roberto Belisário
Repórter do Labjor/Unicamp

Exatos três meses atrás, foi publicado neste Radar da Ciência um artigo mostrando como os novos resultados experimentais sobre neutrinos implicam em mudanças na teoria da física das partículas atualmente usada, o Modelo Padrão. A descoberta de que os três tipos conhecidos de neutrinos podem transformar-se espontaneamente uns nos outros (fenômeno conhecido por "oscilação" dos neutrinos), descoberta há 4 anos, é uma novidade não prevista no Modelo. O artigo enumera quatro classes de teorias candidatas a substituir a forma atual do Modelo Padrão, mas qual dessas seria a correta era então uma questão em aberto. Mas, como uma luz no fim do túnel, o texto do Radar termina com a seguinte frase: "É possível que as coisas comecem a se aclarar já em outubro, com a publicação dos resultados do Experimento de KamLAND, no Japão."

Pois bem, a equipe do KamLAND demorou um pouco mais e anunciou oficialmente seus resultados não em outubro, mas na última quarta-feira. Mas foram muito além do que se esperava: as coisas não só se aclararam, como resolveram-se de vez. A modificação necessária ao Modelo Padrão é, sem sobra de dúvida, a chamada "oscilação induzida pela massa". Em linguagem de "mortais", isso significa que o neutrino tem massa de repouso (massa medida com a partícula parada) maior do que zero. Na versão atual do Modelo Padrão, a massa de repouso dos três tipos de neutrino é zero - o neutrino só teria energia (ver box abaixo).

Ou seja: trata-se da confirmação final de que os neutrinos têm massa!

Aperfeiçoando o Modelo Padrão

A expressão "oscilações induzidas pela massa" refere-se a uma classe de teorias. Especificamente, a teoria escolhida chama-se LMA, sigla em inglês de "Grande Ângulo de Mistura", um parâmetro ligado à rapidez com que os neutrinos oscilam.

É possível compreender como essa teoria altera o Modelo Padrão da seguinte forma: o Modelo Padrão é capaz de prever muitos resultados experimentais - por exemplo, com ele pode-se calcular quantos novos prótons aparecerão em média numa colisão entre dois prótons bem velozes, ou quanto tempo um nêutron é capaz de sobreviver fora do núcleo do átomo antes de decair em um próton, um elétron e um neutrino. Porém, há algumas quantidades, chamadas genericamente de parâmetros livres, cujos valores ele não prevê. Alguns desses parâmetros são as massas das partículas elementares. Seus valores devem ser determinados experimentalmente, e introduzidos na teoria.

O que se deve fazer para adequar o Modelo Padrão ao conhecimento da massa do neutrino é a introdução de novos parâmetros livres na teoria, correspondentes à massa dessa partícula. A oscilação dos neutrinos é uma conseqüência direta da massa maior do que zero.

Por isso, o advento da massa do neutrino não significa que o Modelo Padrão foi derrubado: ele foi aperfeiçoado. Foi introduzida uma mudança localizada no seu corpo teórico, para dar conta dos novos resultados experimentais.

Isso não é novidade na ciência: sua história, notadamente a história da física moderna, está abarrotada de aperfeiçoamentos desse tipo, adequações de teorias já existentes a novos resultados experimentais. Às vezes, um grande rompimento é necessário, como quando apareceram a teoria quântica e a relatividade, e uma teoria inteira é descartada e substituída por outra. Na maior parte das vezes, entretanto, a inovação na física teórica aparece na forma de um aperfeiçoamento de teorias já existentes. O desenvolvimento da Mecânica Quântica e de toda a física das partículas se fez com aperfeiçoamentos desse gênero, iniciados com uma grande revolução, e entremeados de rompimentos maiores ou menores.

E as pesquisas continuam. Mediu-se a diferença entre as massas dos neutrinos. Agora, é necessário medir a própria massa. Há experimentos ao redor do mundo tentando fazer isso, como o de Mainz, na Alemanha, e o de Trotsky, na Rússia. Esses experimentos já conseguiram estabelecer que a massa do neutrino é menor do que 1/250.000 da massa de um elétron. Mas, pelos valores obtidos pelo experimento de KamLAND - 1/60.000.000 da massa de um elétron - haverá ainda muito chão para chegar-se à precisão necessária.

Um ano crucial

O que se viu nos últimos meses foi a ciência em plena transformação, debaixo de nossos olhos. Vale a pena resumir brevemente a história dessa novidade, cujos lances finais desenrolaram-se ao longo deste ano.

A descoberta da oscilação dos neutrinos, feita em 1998 em neutrinos produzidos por raios cósmicos na alta atmosfera, remonta a um problema de mais de 30 anos, chamado problema dos neutrinos solares. Trata-se de uma discordância entre a observação e a teoria, quanto à quantidade dessas partículas produzidos pelo Sol: a quantidade observada era sistematicamente menor do que as previsões teóricas.

Em abril deste ano, experimentos feitos no Observatório de Neutrinos de Sudbury (SNO, em inglês), no Canadá, mostraram que a razão da discrepância era que os neutrinos oscilam. Os três tipos de neutrinos - neutrino do elétron, do múon e do tau - transformam-se uns nos outros. Por razões teóricas, procurava-se no Sol apenas o neutrino do elétron; mas parte dessas partículas eram transformados nos outros dois tipos no meio do caminho, por causa da oscilação, e então parecia que havia menos neutrinos do que o esperado (veja artigo no Radar da Ciência).

Mas o problema foi substituído por outro: qual o mecanismo pelo qual ocorre a oscilação - o que equivale a qual a modificação necessária no Modelo Padrão para adequá-lo à nova descoberta. Essa era a última lacuna a ser preenchida. Muitas modificações foram propostas e algumas - mas não todas - pressupunham uma massa diferente de zero para o neutrino.

Qual modificação proposta seria a correta foi conhecido com o experimento no KamLAND. A diferença entre os experimentos no KamLAND e no SNO é que este último observa neutrinos vindos do Sol e o KamLAND observa neutrinos produzidos em laboratórios na Terra, envolvendo, portanto, distâncias muito mais curtas. No caso, eles são produzidos em um laboratório nos Estados Unidos, atravessam o planeta e são detectados, vindos do chão, em outro laboratório, no Japão.

Foi esse tipo de experimento de curta distância que permitiu aos físicos japoneses discernir entre as várias propostas para explicar as oscilações dos neutrinos. A razão é que apenas uma delas - a LMA - previa que essas partículas podiam oscilar ao longo de distâncias tão pequenas quanto o diâmetro do nosso planeta. Nas outras propostas, era necessário um caminho equivalente à distância da Terra ao Sol para que as oscilações pudessem ocorrer. Isso porque os neutrinos viajam muito rápido, praticamente à velocidade da luz, levando menos de um vigésimo de segundo para ir de um lado a outro da Terra - mas gastando cerca de 8 minutos e meio para vir do Sol até aqui.

Portanto, se as oscilações fossem detectadas por esse experimento, só poderia haver uma alternativa, a teoria LMA. Se não o fossem, nada se poderia afirmar. Como os japoneses conseguiram observar a oscilação, o veredicto foi dado, e agora não há mais nenhuma dúvida sobre a massa dos neutrinos.

Leia também:

Neutrinos oscilam: o dia seguinte, de Roberto Belisário (Radar da Ciência, 13/09/02)

Neutrinos Oscilam!, de Orlando Peres (Radar da Ciência, 23/05/02)

Para saber mais:

Neutrino oscillations and neutrino mass - site do experimento Super Kamiokande, do Japão.



Massa e massa de repouso

O que se entende por "massa" em física de partículas é, na verdade, a "massa de repouso", ou seja, a massa medida quando a partícula está parada. Segundo o Modelo Padrão, o neutrino não possuiria massa de repouso, apenas energia - idéia abandonada com o experimento de KamLAND.

Segundo a teoria da relatividade, a energia também contribui para a inércia de um corpo. Além disso, o conceito moderno de massa não se refere à quantidade de matéria, mas à inércia - massa é a medida da inércia. Então a energia contribui para a própria massa. Por isso, mesmo que o Modelo Padrão preveja que o neutrino não tenha massa de repouso, a massa medida com ele em movimento é maior que zero, pois a inércia da energia do neutrino contribui.

Essa ambigüidade no conceito de massa ocorre também com outras partículas, pois a energia cinética também contribui para a inércia. Assim, a massa de um corpo em movimento é sempre um pouco maior do que um parado (mas são necessárias velocidades próximas à da luz para perceber a diferença). Por causa dessa ambigüidade, convencionou-se usar a noção de massa de repouso ao invés da massa tradicional.


Baseado em:KamLAND Collaboration, hep-ex/0212021 (pré-print)



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: OFF-TOPIC ==>arquivo em PDF
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/12/2002 14:48

Ois,

baixei o programa PDFLIVRE, testei e creio que obtive bom resultado. Para testar, passei um trabalho direto da sala 04, do Impeerdível, para .pdf e o salvei nessa sala com o nome "cinvetor2.pdf".
Apreciaria que verificassem como ele se apresenta para vcs:
www.feiradeciencias.com.br/sala04/cinvetor2.pdf

Mas, isso ainda não é o que pretendo. Gostaria de saber como faço para que o consulente possa fazer o download desse arquivo .pdf simplesmente clicando em algum quadrinho do tipo: 'clique aqui para download em arquivo em pdf' ou algo do gênero.
[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Genoma / Takata
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/12/2002 14:52

Caro Takata! Os livros parecem simplificar bastante a questão de modo a não assustar o aprendiz. Aparentemente os ADN e ARN formam uma cadeia de genes que têm duas pontas terminais. A idéia que fica é que toda ela se copiaria independente de, ou por, onde começasse o processo.
Conto com sua paciência para esclarecer mais a questão.
Fiquei curioso pela "parte mais legal": as histórias vividas nos bastidores dessas descobertas.
Abraços.
José Renato
________________________________

----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, December 13, 2002 8:59 AM
Subject: [ciencialist] Re: Genoma / Takata


--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> Caro Takata, agradeço pela bela explanação dada à pergunta de
Gemaba. Fique com mais uma dúvida de leigo curioso na passagem da
cadeia do molde de ADN(1) para a sintetização do ARN(2). Explico: se
no ARN a Timina é 'substituída' pela Uracila, as ligações seriam A-U
e C-G, logo pela lógica ficaria:
>
> ATTTCGATCTAGCTCATTCGATGCGTGATCGGT <- cadeia molde de ADN (1)
> .................................
> UAAAGCUAGAUCGAGUAAGCUACGCACUAGCCA (em vez de)
> ..................
> GCUAGAUCGAGUAAGCUA <- cadeia de ARN sintetizada
> a partir da cadeia molde de ADN (2)
>
> Onde foi que eu me confundi?
> Abraços.
> José Renato

Vc nao se confundiu propriamente, Renato, vc apenas completou a
sequencia para todo o trecho dado como exemplo. Se o ARN envolver
todo o trecho realmente devera' ter a cara q. vc deu.

No exemplo q. eu considerei, apenas uma parte do trecho dado serviu
como molde. Em genes de verdade tto a sequencia do ADN como a do ARN
sao bem maiores -- um tipico deve ter mais de 1.000 pares de bases
(mil letras encadeadas na representacao). Mas ai' vem uma pergunta
interessante (dentre varias mais q. se pode fazer -- muitas ainda por
se descobrir), o q. determina em q. ponto deve comecar o ARN a ser
produzido e em q. ponto deve parar? Ai' existem certos trechos q.
marcam o comeco (nem sempre marcam bem o fim), sao trechos aos quais
se ligam proteinas q. irao permitir outras proteinas se ligarem.
Essas outras proteinas q. vao ajudar na sintese da nova cadeia de ARN.

Mas a parte mais legal e' toda a historia por tras dessas descobertas.

[]s,

Roberto Takata


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] OFF-TOPIC ==>arquivo em PDF
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/12/2002 16:05

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Sunday, December 15, 2002 1:48 PM
Subject: [ciencialist] OFF-TOPIC ==>arquivo em PDF

> Apreciaria que verificassem como ele se apresenta para vcs:
> www.feiradeciencias.com.br/sala04/cinvetor2.pdf
> Mas, isso ainda não é o que pretendo. Gostaria de saber como faço para que
> o consulente possa fazer o download desse arquivo .pdf simplesmente
> clicando em algum quadrinho do tipo: 'clique aqui para download em arquivo
> em pdf' ou algo do gênero.

Oi, Léo

Se o consulente clicou no link acima e está lendo a página pdf, isso
significa que ele já fez o download e a pagina está no diretório temporário
do iexplorer de seu computador. Para salvar o arquivo em outro diretório
basta clicar no ícone apropriado do adobe (imediatamente abaixo do cabeçalho
do iexplorer). Ao passar o mouse por sobre os ícones, é aquele onde aparece
"Salvar uma cópia do arquivo" (deve ser o primeiro ícone). A seguir é só
escolher o diretório e salvar.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] OFF-TOPIC ==>arquivo em PDF
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/12/2002 19:02

OK. Alberto, entendo isso. É o caminho que eu recorreria se acontecesse comigo. Mas, veja nos vários sites que há temas para download, vc clica em cima e abre na sua tela aquele quadrinho do Windows que pede o local para o salvamento, diz o tempo previsto e indica a porcentagem do donwload.
[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 15 de dezembro de 2002 16:05
Assunto: Re: [ciencialist] OFF-TOPIC ==>arquivo em PDF


| ----- Original Message -----
| From: "Luiz Ferraz Netto"
| Sent: Sunday, December 15, 2002 1:48 PM
| Subject: [ciencialist] OFF-TOPIC ==>arquivo em PDF
|
| > Apreciaria que verificassem como ele se apresenta para vcs:
| > www.feiradeciencias.com.br/sala04/cinvetor2.pdf
| > Mas, isso ainda não é o que pretendo. Gostaria de saber como faço para que
| > o consulente possa fazer o download desse arquivo .pdf simplesmente
| > clicando em algum quadrinho do tipo: 'clique aqui para download em arquivo
| > em pdf' ou algo do gênero.
|
| Oi, Léo
|
| Se o consulente clicou no link acima e está lendo a página pdf, isso
| significa que ele já fez o download e a pagina está no diretório temporário
| do iexplorer de seu computador. Para salvar o arquivo em outro diretório
| basta clicar no ícone apropriado do adobe (imediatamente abaixo do cabeçalho
| do iexplorer). Ao passar o mouse por sobre os ícones, é aquele onde aparece
| "Salvar uma cópia do arquivo" (deve ser o primeiro ícone). A seguir é só
| escolher o diretório e salvar.
|
| [ ]´s
| Alberto
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SUBJECT: Re: [ciencialist] OFF-TOPIC ==>arquivo em PDF
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/12/2002 19:32

Acho que o único jeito de fazer isso com arquivos PDF é zipando os mesmo.
Se o usuário tiver o Adobe Reader instalado, um clique em cima do PDF
abrirá o arquivo no browser, a não ser que seja escolhida a opção "Salvar
destino como..." (mas a maioria dos usuários não sabe usar essa opção...).

Com arquivos zip, você sempre obrigará o usuário a fazer o download, além
de economizar espaço em disco e largura de banda, (mas não muito, pois
arquivos PDF já são consideravelmente compactados).

[ ]s


Eng. Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Pinhais - PR - Brasil



-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 15 de Dezembro de 2002 19:02
Assunto: Re: [ciencialist] OFF-TOPIC ==>arquivo em PDF


OK. Alberto, entendo isso. É o caminho que eu recorreria se acontecesse
comigo. Mas, veja nos vários sites que há temas para download, vc clica em
cima e abre na sua tela aquele quadrinho do Windows que pede o local para o
salvamento, diz o tempo previsto e indica a porcentagem do donwload.
[]'

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Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
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-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 15 de dezembro de 2002 16:05
Assunto: Re: [ciencialist] OFF-TOPIC ==>arquivo em PDF


| ----- Original Message -----
| From: "Luiz Ferraz Netto"
| Sent: Sunday, December 15, 2002 1:48 PM
| Subject: [ciencialist] OFF-TOPIC ==>arquivo em PDF
|
| > Apreciaria que verificassem como ele se apresenta para vcs:
| > www.feiradeciencias.com.br/sala04/cinvetor2.pdf
| > Mas, isso ainda não é o que pretendo. Gostaria de saber como faço para
que
| > o consulente possa fazer o download desse arquivo .pdf simplesmente
| > clicando em algum quadrinho do tipo: 'clique aqui para download em
arquivo
| > em pdf' ou algo do gênero.
|
| Oi, Léo
|
| Se o consulente clicou no link acima e está lendo a página pdf, isso
| significa que ele já fez o download e a pagina está no diretório
temporário
| do iexplorer de seu computador. Para salvar o arquivo em outro diretório
| basta clicar no ícone apropriado do adobe (imediatamente abaixo do
cabeçalho
| do iexplorer). Ao passar o mouse por sobre os ícones, é aquele onde
aparece
| "Salvar uma cópia do arquivo" (deve ser o primeiro ícone). A seguir é só
| escolher o diretório e salvar.
|
| [ ]´s
| Alberto
| http://ecientificocultural.com/indice.htm
|
|



SUBJECT: Re: [ciencialist] OFF-TOPIC ==>arquivo em PDF
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/12/2002 20:42

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Sunday, December 15, 2002 6:02 PM
Subject: Re: [ciencialist] OFF-TOPIC ==>arquivo em PDF

> OK. Alberto, entendo isso. É o caminho que eu recorreria se acontecesse
> comigo. Mas, veja nos vários sites que há temas para download, vc clica em
> cima e abre na sua tela aquele quadrinho do Windows que pede o local para
> o salvamento, diz o tempo previsto e indica a porcentagem do donwload.

É possível que os feras das linguagens html ou java consigam efetuar essa
magia, a salvar o arquivo diretamente em um diretório no formato pdf (isso
acontecia com as versões antigas do iexplorer). Mas na prática o que tenho
visto é que o iexplorer está adaptado a abrí-los diretamente, sem dar essa
opção de salvamento. Os sites que tenho visitado oferecem algumas dentre as
seguintes opções:

1. O arquivo é baixado como ps (no provedor ele fica no formato ps.gz -
vide, por exemplo, http://xxx.lanl.gov/ ) necessitando de um conversor da
adobe chamado "Adobe Distiller", que converte do formato ps para o pdf em
poucos segundos.

2. O arquivo é baixado na forma zipada (zip-pdf), necessitando de um
conversor (winzip) do formato zip para pdf. Esse (o winzip) quase todo mundo
tem.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/12/2002 20:45

On 14 Dec 2002 at 5:44, Manuel Bulcão wrote:

> De uma certa forma, modifica sim. A sublimação é uma
> disposição biológica modificada pela cultura. A agressividade viril,
> por exemplo, pode ser sublimada sob a forma de competitividade
> esportiva, econômica, etc.

Oi Manuel.

Aproveito que Vc. tocou o tema da sublimação. Freud não me convenceu
sobre este mecanismo. Gostaria de que Vc. apreciasse minhas opiniões.

Penso que este é o conceito mais frouxo de Freud. Passei e repassei em
toda sa obra todos os trabalhos em que fala da sublimação. A impressão
que tive é que nem ele tinha uma visão definitiva sobre este tema.

Começando pelo nome. Sugere uma passagem direta de um estado de
agregação a outro. Seria análogo à transformação física, conservando a
estrutura química: um mecanismo que transforma uma representação em
outra, originado de um único conteúdo inconsciente. Esta seria a condição
necessaria, mas não suficiente. Esta última consistiria numa representação
complexa socialmente aceitada e, por si só, de condição elevada no
sentido moral.

Freud não fala em moral, mas menciona a condição elevada. Creio que
aqui Freud escorregou e se deixou levar pelos seus costumes vitorianos.
Postulou um mecanismo de conteudo moralista. Aliás, em certos trabalhos,
o faz sinônimo da formação reativa (com que eu estaria mais de acordo),
mas insiste em restringir este último à neurose obsessiva. Creio que se
resistiu a aceitar um maior deslocamento, com distância simbólica maior,
que não seria proprio dos obsessivos, mas de qualquer pessoa.

Assim, para resumir, não utilizo a sublimação como conceito psicanalítico e
sim ético. Creio que a aceitação social o faz mais fixo. A formação reativa é
como a vacina do ego para certos conteúdos conflitivos. Sempre que
aparecem, são automaticamente transformados nesse comkplexo
representacional que ele decidiu chamar sublimação. Não consigo
estabelecer nenhuma diferença qualitativa com a formação reativa, porque
esta também altera a estrutura do ego definitivamente.

Além disso Freud cai no erro de dizer que os homossexuais não podem
sublimar, pois que somente as pulsões parciais são sublimaveis. No
entanto minha experiência clínica e a de muitos outros analistas serve
como testemunho de que a maioria dos homossexuais possuem grandes
talentos artísticos e uma capacidade invejável para trabalhar, fixam metas
claras e possuem uma grande tenacidade. Se isto não é sublimação, o que
seria? Por outro lado se a homossexualidade fosse simplesmente uma
pulsão parcial não assimilada, não seria possível a sublimação. Aqui existe
uma clara contradição freudiana.

Eu me inclinaria por um trabalho do ego no sentido evolutivo (progressivo e
não regressivo) de usar a formação reativa a serviço da cultura e da
civilização. Penso que se trataria de uma espécie de "domesticação" de um
mandato tirânico do super-ego. É como se o ego conseguisse arrancar
uma norma despótica do super-ego e adaptá-la melhor, ou seja, dando-lhe
um aspecto mais plástico e menos moralista, acietando a realização do
principio do prazer através dos caminhos tortuosos do prazer estético.

Talvez Vc. possa dizer que eu estou apenas queixando-me do nome. Que
seja sublimação ou formação reativa não tem importância. No entanto eu
penso que todos aceitaram a sublimação exatamente porque é moralista e
muito pouco psicanalítica. Aqui eu acho que corremos o risco de introduzir
a cantilena moral ao discurso psicanalítico. Muita gente mantem a posição
absurda de afirmar que Freud é pansexualista, mas que "felizmente"
introduziu a sublimação. Eu, pessoalmente não vi nenhuma diferente da
formação reativa. Não aceito que só por chamar de sublimação, tornamos
o mecanismo mais aceitável. Outra coisa, creio que epistemologicamente é
mais correto não aceitar o termo sublimação.

Minhas reflexões são um pouco desordenadas. Espero não haver cometido
atrocidades argumentais. Se assim foi, peço que Vc. me as assinale. Estou
escrevendo depois de uma grande atividade e no fim do dia (estou um
pouco cansado).

[ ]s
Marco Aurelio
































































SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velocidade de Luz
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/12/2002 06:46

----- Original Message -----
From: "Eduardo Gueron"
Sent: Friday, December 15, 2000 11:06 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Velocidade de Luz


> Acabei de postar uma mensagem que talvez esclareça as suas perguntas,

Sem dúvida, a mensagem é bastante esclarecedora.

> o problema é que não havia visto o seu e-mail por causa do enorme número
> de mensagens da lista. Perdoe-me, portanto, não ter respondido às
> perguntas diretamente.

Não há o que perdoar. Aqui ou lá, o importante é que a resposta foi dada em
bom tamanho. Grato pela consideração.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Fw: espelhamento em acrílico
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/12/2002 08:55

Alguém conhece algum processo químico para o espelhamento de acrílico. O que conheço é por vaporização de finas folhas de Al e não sei se é apropriado para o acrílico.
[]'
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Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
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-----Mensagem Original-----
De: <ftinform@ig.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: domingo, 15 de dezembro de 2002 22:36
Assunto: espelhamento em acrílico


| Fortaleza, 14 de dezembro de 2002
| Caro Professor
| Em consulta ao sites, só vi respostas no seu. resolvir tomar a libertade de fazer uma consulta sobre
| química, pois estou com dificuldade em encontrar aqui em Fortaleza um
| empresa especializa em espelhamento em acrílico, por isso peço sua ajuda de
| como poderei fazer um pequeno trabalho em espelhamento em uma pequena peças
| de acrilico, pois essa -peça é um motor espelhado que reflete raio laser
| para fazer leitura ótica.
| grato fico no aguardo de vossa atenção. Peço com urgencia
| Tiburcio
| E-Mail ftinform@ig.com.br
|
| _________________________________________________________
| Voce quer um iGMail protegido contra vírus e spams?
| Clique aqui: http://www.igmailseguro.ig.com.br
|



SUBJECT: Re: Takata e o Genoma!!!!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/12/2002 09:45

--- Em ciencialist@y..., "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@i...>
> <<gemaba : Podemos dizer que o ADN é uma linguagem que
> carrega em sua semântica o que será o ente que representa,
> possuindo assim uma sintaxe e uma semântica?>>

> gemaba2 : Mas Takata, isso não descaracteriza uma linguagem,
> sua sintaxe e sua semantica.

Mas vc argumentava q. o ADN carregaria em sua semantica
como o ser sera'. E nao e' bem assim. De fato o ADN e'
considerado portar informacoes. Digamos q. o ADN dertermine
certas *potencialidades* do futuro organismo.

> Pondero que ADN sem
> meio não exista e a mesma coisa acontece com a linguagem,
> uma linguagem sem meio não existe.

O ADN ate' existe independentemente do meio. Mas
com certeza sua expressao sera' diferente. (Embora
em diferentes organismos, pelo fato de possuirem
um mesmo codigo, em geral nao haja grandes alteracoes
do produto final -- a proteina: relembro aqui q.
ainda estou tentando manter as coisas o mais simples
possiveis, ainda q. com algum sacrificio da verdade
conhecida, nem sempre a proteina e' o produto final
de um gene -- alguns genes possuem como produto
final o proprio ARN.)

> <<Takata : Por exemplo, no caso das abelhas, se o embriao
> femea ira' gerar uma rainha ou uma operaria depende de
> como a larva e' alimentada: com ou sem geleia real.>>
>
> gemaba2 : Se não se importa prefiro continuar no ADN e
> ARN,ok.

Mas isso envolve ADN e ARN. Uma pista ambiental -- no
caso o tipo de alimentacao -- e' q. faz com q. os genes
funcionem de modo diferente ou grupos diferentes de
genes funcionem em um caso e outro. E' a interacao com
o ambiente q. faz com q. o gene seja ativado ou desativado.

> gemaba2 : Se você der uma partitura musical para um
> violinista e gravar ele tocando e dar a mesma partitura a
> uma orquestra e gravar e depois comparar as duas
> gravações verás que são diferentes tão embora
> vindas do mesmo código.

Bem, entao vamos complicar um pouquinho. Uma partitura,
assim como a maioria dos livros, exige uma leitura
linear -- primeiro uma parte depois a outra e
sempre se segue reto. O mesmo com receitas de bolo ou
croquete de camarao. Se formos imaginar o ADN sendo
lido pela celula, bem, ha' diversos trechos q.
serao lidos mais de uma vez, outros q. serao lidos
apenas em determinadas ocasioes -- e caso essa
ocasiao nao se faca, esse trecho nao sera' lido
de modo algum. Aqui talvez os entusiastas da computacao
enxerguem alguma semelhanca com o modo como um computador
interpreta uma serie de comandos em um programa.

(No caso do ADN nao devemos confundir a mensagem
com o codigo. Para a analogia da partitura valer,
a partitura nao e' o codigo, o codigo e' a equivalencia
entre os sinais da partitura e os sons produzidos.
Com o mesmo codigo, digamos a escala pentatonica
e' possivel gerar um sem numero de diferentes
partituras. Assim como, com o mesmo codigo genetico,
e' possivel gerar um sem numero de diferentes
genomas.)


> Isso não invalida o fato do ADN ser
> uma linguagem, ok.

O q. melhor se aproximaria do conceito de linguagem
seria o codigo genetico mais do q. ADN. O ADN e'
a mensagem, codificada em uma dada linguagem. Mas
nao sei se tal analogia e' muito esclarecedora.

E como nao entendo nada de musica eu nao quero
correr um risco tao alto de forcar analogias entre
o ADN e a genetica e as partitura e a musica.

> <<Takata : O gene em uma interpretacao bem simples seria o
> trecho do ADN q. corresponde a uma proteina.
> Uma definicao um pouco mais ampla de genes seria
> a de trechos na molecula de ADN q. determinam uma
> caracteristica. Mais pra frente poderemos complicar
> essas definicoes iniciais.>>
>
> gemaba2 : Não sei se saberei expressar a dúvida,
> mas a estrura da forma do ADN influi nesse
> trecho. O número de combinações de bases
> que se sequenciam elicoidalmente formando
> a molécula de ADN são constantes em cada
> espécie. Onde começa e termina um gen?

A estrutura? Bem, nessa interpretacao simples
nao influencia. Em uma interpretacao mais
realistica influi, mas de um outro modo.
Analisemos primeiro pelo modo mais simples --
como a forma do ADN e' relativamente
homogenea por toda a molecula, ela nao
e' um fator muito relevante. O q. importa mesmo
e' a sequencia dos nucleotideos. A sequencia
de fato e' muito parecida entre individuos
da mesma especie, tto e' q. eles costumam
ser muito parecidos entre si (especialmente
qdo o ambiente tende a ser muito parecido). Mas
nao sao identicas -- quase sempre ha' uma
pequena alteracao em algum ponto. E se
nao for nesse gene especifico, sera' em outro
relacionado -- algum q. atue em conjunto na
determinacao da caracteristica ('determinacao'
aqui nao e' um bom termo, ja' q. nao sao
apenas os genes q. participam na formacao de
uma estrutura, mas em uma interpretacao simplista
isso nao fara' muita diferenca).

Agora uma forma menos simplista. De fato a
estrutura do ADN nao se altera muito de um
ponto para o outro. Mas o ADN nao se encontra
nu em uma celula, ele se encontra associado
com diversas proteinas. Essas proteinas muitas
vezes alteram a forma do ADN -- se ele esta'
mais ou menos enrolado e assim mais ou menos
acessivel 'as proteinas q. produzirao o ARN
a partir desse trecho do ADN, pode alterar
o ADN formando alcas na espiral de ADN
aproximando duas regioes q. de outro modo
estariam muito afastadas entre si e
assim por diante. Essas alteracoes afetam
o modo como o gene se *expressa* -- qdo
ele estara' ativo ou nao, em q. ocasioes,
em q. condicoes do ambiente... -- mas
nao alteram o produto: a proteina. Bem,
em uma visao menos simplista ainda: pode
sim alterar o produto -- pode alterar
os subtrechos desse trecho q. irao corresponder
'a proteina produzida, por exemplo:

AGCTTGACTAGCCAGATCTTTAGCCAGCTT

UCGAACUGAUCGGUCUAGAAAUCGGUCGAA

SerLeuThrSerGlnIlePheSerGlnLeu

Mas as alteracoes poderiam levar a apenas uma
parte do trecho acima produzir o ARN (a partir
do ponto marcado com V):

V
AGCTTGACTAGCCAGATCTTTAGCCAGCTT

GGUCUAGAAAUCGGUCGAA

ProAspLeu

Porem esse controle da estrutura do ADN depende
da sequencia da regiao 'a qual se ligam as
proteinas q. alterarao essa estrutura do ADN.
Se a sequencia estiver alterada, as proteinas
podem nao conseguir se ligar e a alteracao nao
se dar.

(Nota: no exemplo dado, apesar do ARN sintetizado
possuir 19 nucleotideos de comprimento, nao corresponde
a uma proteina de 6 aminoacidos como seria de
se esperar, dado q. a correspondencia e' na base
de trincas. Isso devido 'a ocorrencia de uma trinca AUC --
q. corresponde a um sinal de terminacao da sintese
de proteina.)

> <<Takata : O ADN e' o nome da molecula. Gene e' um trecho
> determinado dessa molecula. Cromossomo e' a forma
> como o ADN se organiza em uma celula -- associada
> com proteinas.>>
>
> gemaba2 : Não poderiamos fazer uma associação do
> gen e uma nota, ou conjunto delas, musicalmente
> falando?

Sinceramente alem de nao ter a seguranca de falar
sobre musica, eu nao consigo enxergar qual o valor
no entendimento q. poderiamos ter com uma analogia
dessas -- com muita forcacao talvez para um musico.

> gemaba2 : Se entendi um virus é um ARN que reproduz
> dentro da célula, como?

Nao, nao. Um virus pode ter o ARN, mas e' apenas alguns
tipo de virus q. possuem o ARN como material genetico --
com o virus da Aids. Mas outros virus (acho q. a maioria)
possui o ADN como material genetico. Mas um virus nao
e' seu material genetico. Um virus e' formado pelo
material genetico empacotado no interior de uma capsula de
proteina. Alguns virus possuem ainda uma membrana externa --
geralmente resto da celula q. parasitava.

Um virus entra em contato com a celula e insere seu ADN
em seu interior. As estruturas dentro da celula nao sao
capazes de distinguir esse pedaco de ADN do ADN da propria
celula e assim produz normalmente o ARN a partir desse
pedaco de ADN viral. Esse ARN se liga aos ribossomos e
produz as proteinas do virus -- normalmente sao as proteinas
q. formam a capsula do virus e proteinas q. impedem q.
os genes da celula hospedeira sejam expressos (isto e',
produzam proteinas). De um certo modo, o ADN do virus
'escraviza' a celula hospedeira q. passa a funcionar produzindo
apenas os elementos viroticos: produz mais ADN do virus e
suas proteinas. As proteinas da capsula do virus engloba o ADN
do virus e produz novos virus. A quantidade de virus e' tal q.
a celula hospedeira acaba por se romper e liberar virus
no meio q. podem agora infectar novas celulas.

Qdo o virus possui ARN, o ARN do virus e' primeiro convertido
em ADN e depois os processos ocorrem mais ou menos como acima.
E as capsulas do virus englobam o ARN virotico e, ao serem
liberados da celula, vao invadir outras.

> gemaba2 : Não percebo assim, ok Takata. Uma musica, exatamente
> como você Takata pode ser expressa formalmente em uma partitura,
> que é uma disposição de notas. Um gen seria uma nota e o ADN
> ou ADR seria a partitura completa. Só que o gen carrega uma
> informação de forma diferente da nota.

So' q. o ADN nao e' lido linearmente. E outros detalhes parecem
complicar essa comparacao.

> gemaba2 : A cópia é sempre exata ou pode haver falhas comprovadas?
> O ARN serve então pra produzir proteínas?

A copia nao e' sempre exata nao. As alteracoes sao as chamadas
mutacoes. Em condicoes normais, qdo um novo ADN e' produzido um erro
e' cometido a cada 1 milhao ou 10 milhoes de nucleotideos
incorporados 'a nova cadeia (isso no caso de bacterias). Mas esse nao
e' o numero final de mutacoes, porq. existem mecanismos em uma celula
q. corrigem muitas dessas falhas. Por outro lado, existem outros
modos q. levam 'a mutacao, alem dos erros cometidos na producao de
novas copias de ADN.

O ARN nesta visao bem simplificada funciona como um intermediario na
producao de proteinas. Por isso o ARN a q. estamos nos referindo e'
chamado de ARN mensageiro, o ARN-m. (Existem outros tipos de ARN na
celula q. funcionam de outro modo, talvez mais pra frente a gente
fale deles.)

> gemaba2 : Você não entendeu a dúvida, não entendi sua explicação
> em relação as correspondencias na formação do ADR e não
> do pareamento mencionado mas ok. Suponhamos que a partir
> da cadeia 1 que você mencionou seja sintetizado um ARN,
> não entendi se existe determinismo em sua formação como
> existe na junção dos nucleotideos que formam a molécula de
> ADN?

Sim, a Adenina do ARN se pareia com a Timina do ADN molde, a Citosina
do ARN com a Guanina, a Guanina do ARN com a Citosina do ADN. Apenas
q. qdo se tem Adenina na cadeia molde, em vez de entrar uma Timina no
ADN, entre uma Uracila no ARN.

> gemaba2 : Ok Takata, entendi o que é gen. Gostaria de comentários
> seus sobre sua forma, seu tamanho, etc??

Forma do gene? Bem, a forma nao importa muito -- e' apenas um trecho
do ADN -- ate' porq. a estrutura do ADN e' relativamente homogenea:
uma dupla helice. O tamanho pode variar, alguns nao possuem mais do
q. algumas dezenas de pares de base, outros tEm mais de 100 mil pares
de base.

> gemaba2 : Isso é fixo, por exemplo do ADN do homem?

O q. e' fixo? O tamanho de um determinado gene?

> gemaba2 : Desculpe minha desinstrumentalização mas, as proteinas
> são sintetizadas pelo ARN e usadas pela célula pra que?

Pra varias coisas. As proteinas participam da producao de novas
copias de ADN, da producao de ARN, da producao de novas proteinas a
partir de ARN, elas funcionam como enzimas: facilitam certas reacoes
quimicas dentro do organismo -- digestao de substancias, oxidacao de
acucares produzindo energia q. serao utilizadas em outras reacoes
quimicas, conversao de sinais fisicos como luz, calor, pressao, em
sinais quimicos q. alteram os processos fisico-quimicos no organismo -
- as proteinas podem ter funcao estrutural: como as capsulas do
virus, na formacao dos ossos, das fibras musculares -- elas se ligam
ao ADN e ao ARN controlando a expressao dos genes, elas participam da
protecao do organismo: os anticorpos sao proteinas q. se ligam a
elementos estranhos ao organismo, muitos venenos sao proteinas q.
atuam no sistema nervoso do organismo agressor, ou atacando o sistema
circulatorio e elementos do sangue -- as proteinas formam tbm canais
na superficie das celulas permitindo a troca controlada de
substancias quimicas com o meio, proteinas tbm podem atuar como
hormonios e neurotransmissores, permitindo a comunicacao entre
celulas proximas e distantes -- e assim por diante.

Basicamente e' a partir das proteinas (q. tbm interagem com o meio
ambiente) q. os genes (em conjunto com o ambiente) determinam as
caracteristicas de um individuo.

> gemaba2 : A natureza gosta de padrões, certo?

Nao sei. Eu e' q. nao gosto de antropomorfizar muito a natureza.
A existencia de padroes em muitos casos pode ser um vies humano
em procurar ordem, mesmo onde nao existe -- como enxergar figuras
nos testes de Rorscharch -- em outros esses padroes naturais
devem surgir em funcao de haver um lei simples regendo a interacao
entre os elementos e/ou pode se dever a existencia de um numero
limitado de elementos diferentes q. so' se podem combinar em um
numero limitado -- ainda q. algumas vezes grande -- de arranjos
diferentes.

> gemaba2 : Podemos discutir isso também porque não e já disparo. No
> raciocínio causal tradicional a vida surgiu, ela teve um início,
> uma causa. Essa teoria é aceita pela grande maioria, certo? Podemos
> discutir esse limiar, esse processo, esse acontecimento. Suponhamos
> que a realidade seja anterior a vida, ou seja, a vida se
> desenvolveu na realidade. O que você acha?

Nao entendi.

> gemaba2 : Insisto que isso não desclalifica o ADN ou ARN(ADR) como
> uma linguagem, um código linguistico que possui sintaxe e semantica.
> Quero convence-lo disso, o que achas?

Eu acho q. o ADN ou ARN (nao existe ADR, Geraldo) pode no maximo ser
encarado como uma mensagem, nao como uma linguagem.

> gemaba2 : Fico acá a pensar em uma partitura composta de
> 3 bilhoes de notas, uuuuuaaaaauuuuu, que musicão....(risos)
> Insisto esses números são exatos?

Sao aproximados. Os numeros exatos variam de pessoa para pessoa, de
camundongo para camundongo. Mas nao se espera um camundongo com cerca
de 3 bilhoes de bases em seu genoma.

> gemaba2 : Por exemplo, suponhamos que seja possível descobrir
> a sequencia, o gen, que prodiz a orelha do homem e pudessemos
> inserir isso no camundongo, algo assim, ok. Tenho outros exemplos,
> você já ouviu falar da Tooly, acho que é esse o nome de uma amiga
> da Dolly?

Em principio ate' seria possivel. Ja' ha' cabras (ou ovelhas, nao me
lembro) q. produzem proteina da seda de aranha em seu leite. Ha' tbm
vacas q. produzem a insulina humana em seu leite.

> gemaba2 : Falo em termos de indeterminismos, caracteísticas
> levam a pensar em determinismo, não? A incerteza entre
> partícula e onda leva a uma incerteza ou isso também é
> característica?

Acho q. nem tto. Existem algumas variacoes consideradas aleatorias em
niveis moleculares: a proteina adquirindo uma configuracao e nao a
outra -- mas nao me parece q. tenha ligacao com a questao da
incerteza quantica.

> gemaba2 : Eles podem estar salteados no ADN?

Podem estar bem longe um do outro, inclusive em cromossomos
diferentes.

> gemaba2 : Insisto que uma associação com a linguística musical
> ajudaria a entender melhor, que tal?

Nao sei. A mim nao me parece claro aonde isso poderia levar.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Qual é a finalidade que tu disse mesmo, Takata?
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/12/2002 09:49

Destaco o trecho:

"> But don't expect gene-modified trees to start populating Minas
> Gerais hillsides too soon. Colombo estimates it will take five to
> 10 years to identify the relevant sequences start creating modified
> trees."

Embora eu ache q. va' levar mais do q. os 10 anos...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/12/2002 10:12

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Quanto à sexualidade, fatores genético-constitucionais e também
> culturais a determinam, mas estes últimos são decisivos.

Oquei se a cultura e' decisiva nao vejo porq. precise pensar se
pensar em um default ontogenetico para a bissexualidade.

O resto continua me parecendo confirmacao da teoria psicoralitica.

> Takata: Nao precisa haver tendencia, basta haver possibilidade.
>
> Manuel: Mas para que haja possibilidade tem que haver, se não pré-
> disposição, ao menos disposição.

Em alguns paises e' proibido o suicidio. Suicidio como uma tendencia
inata e' meio complicado.

As pessoas nao deixam de matar porq. e' proibido. E tbm nao passariam
a matar porq. nao consta mais nas leis. A aceitacao da pena de morte
nao e' indicio de tendencia homicida, e' um indicio da intolerancia a
homicidas. Sim, pode ate' ser q. as pessoas enxerguem a execucao como
forma de justica. Mas nao significa q. a maioria das pessoas tenham
tendencias homicidas.

Pessoas nao saem por ai' matando a torto e a direito. Algumas pessoas
sim.

> Manuel: Então a partir do quê você infere que o homem evoluiu do
> macaco?

O homem nao evolui do macaco. O homem e' um macaco -- no sentido de
q. pertence a um mesmo grupo biologico. Ou em uma vesao mais light, o
homem e o chimpanze (ou o gorila) evoluiram a partir de um ancestral
em comum. Isso e' inferido atraves de padroes de similaridades e
diferencas.

Proximidade biologica nao significa identidade biologica. Ha' coisas
semelhantes e ha' coisas diferentes.

> Apesar desse período de 4-7milhões de anos que nos separa,
> compartilhamos muitas outras características com os bonobos: os
> bonobos, asssim como os humanos, gostam de beijar na boca.

E o q. isso nos diz q. tto nos bonobos como nos humanos ha' um
default ontogenetico q. leva ao bissexualismo?

Lembre-se q. os bonobos sao mais proximos ao outro chimpanze' do q.
aos humanos.

G C B H G - Gorilla gorilla
\ \ / / C - Pan troglodites
\ 6 7 5 B - Pan paniscus
\ V / H - Homo sapiens
2 4 /
\ V
\ 3
V
1
/

As inferencias filogeneticas serao assim: se estiver presente nos
gorilas, mas ausentes nos chimpanzes, bonobos e humanos, a
caracteristica tto poderia estar presente em 1 e desaparecido em 3,
como ter estado presente em 1 e desaparecido em 2; se estiver
presente em G e C, mas ausente em B e H: poderia ter estado presente
em 3 e desaparecido em 7 e 5 ou ter estado ausente em 1 e aparecido
em 7 e 5 ou ter estado ausente em 1, presente em 3 e desaparecido em
6; Se estiver presente em G,C,B e ausente em H: presente em 1 e
desaparecido em 5... e assim por diante.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/12/2002 13:15

5-Reductase deficiency: a contrasting model for male homosexuality?
Steroids Volume 62, Issue 11 November 1997 Page 738
A. G. Aliasa
5-alpha-Reductase (5-alpha-R) 2 deficiency 46 XY
pseudohermaphrodites, who are born with female or ambiguous genitalia
and are largely raised as girls, often dramatically turn around
toward puberty to become muscular men with small genitalia and
minimal tendency for body hair growth, all probably due to deficient
formation of dihydrotestosterone (DHT) from testosterone (T). These
subjects, despite their `gender-disordered' upbringing, tend to be
sexually attracted to females. Body hair (BHr) ratings were done on a
scale of 1-9, using three reference sketches. Mesomorphism (Mes)
ratings were done on a scale of 1-7, using seven typical pictures
from Sheldon's Atlas of Men that had been rated from 1-7. The BHr
ratings of 51 Caucasian men self-identified as homosexual were higher
(p < 0.01) and Mes ratings were lower (p < 0.001) than those of a
matched sample of 100 men from the general population, and of all 380
clearly printed pictures of Caucasian men, ages 25-54, in Sheldon's
Atlas of Men. The controls were not different. However, 20% of the
gay men were about glabrous with BHr of 1, whereas 28% were very
hirsute with BHr of 7-9. In the controls, similar ratings were
obtained in 27 and 35% with BHr of 1, and 11 and 12% with BHr of 7-9.
Hirschfeld (1914) noted that 29% of 500 German gay men were very
hirsute and Henry (1948) noted similar hairiness in 15 of 38 American
white gay men, whereas both authors noted around 20% of their samples
were nearly glabrous. Danforth and Trotter (1922) noted substantial
body hair (ratings of 2-3 on a scale of 0-3) in only under 10% of
their sample of several thousand white demobilized soldiers, ages
(only) 18-24. Hall and Kimura (1995) noted heterosexual men and
homosexual women outperformed their respective opposite groups in a
hand-strength task, as one might expect, as well as in a throw-to-
target task. These findings indicate that T:DHT ratio may be lower in
homosexual men, as noted by Doer et al. (Arch Gen Psychiat 1976;
33:611-4), in sharper contrast to 46 XY 5-alpha-R 2 deficiency.
However, lower T:DHT ratio, if confirmed, could be just an
association with, not a predisposition to, male homosexuality.

Um ponto interessante q. destaco: "These subjects, despite their
`gender-disordered' upbringing, tend to be sexually attracted to
females." -- Isso faz certo sentido na medida em q. considerarmos q.
a exposicao intrauterina a determinados hormonios sexuais influem no
desenvolvimento de certas areas cerebrais e q. essas areas possam ter
alguma relacao com a futura orientacao sexual. Certas regioes do
cerebro sao aparentemente respondentes 'a testosterona (e nao 'a
diidro-testosterona) -- curiosamente pela transformacao local em um
estrogenio. Mas mesmo com a confirmacao disso a psicanalise freudiana
nao caira' por terra.

Pondo lenha na fogueira:

Structural and Functional Sex Differences in the Human Hypothalamus
Dick F. Swaab, Wilson C. J. Chung, Frank P. M. Kruijver, Michel A.
Hofman, Tatjana A. Ishunina
Hormones and Behavior 40 (2) 2001: 93-98

Sex differences in the brain may be the basis not only for sex
differences in reproduction, gender identity (the feeling of being
male or female), and sexual orientation (heterosexuality vs
homosexuality), but also for the sex difference in prevalence of
psychiatric and neurological diseases (Swaab and Hofman, 1995). In
this brief article we discuss a few examples of structural and
functional sex differences in the human brain.

Sexual differentiation of the human hypothalamus in relation to
gender and sexual orientation
Trends in Neurosciences Volume 18, Issue 6 1995 Pages 264-270
D. F. Swaab and M. A. Hofman
Recently, sex differences in the structures of the human hypothalamus
and adjacent brain structures have been observed that seem to be
related to gender, to gender problems such as transsexuality, and to
sexual orientation, that is, heterosexuality and homosexuality.
Although these observations have yet to be confirmed, and their exact
functional implications are far from clear, they open up a whole new
field of physiological structural-functional relationships in human
brain research that has so far focused mainly on such relationships
in pathology.

H-Y Antigen and Homosexuality in Men
Journal of Theoretical Biology
Vol. 185, No. 3, April 7, 1997: 373-378
Ray Blanchard, Philip Klassen

In men, sexual orientation correlates with the number of older
brothers, each additional older brother increasing the odds of
homosexuality by approximately 33%. It is hypothesized that this
fraternal birth order effect reflects the progressive immunization of
some mothers to Y-linked minor histocompatibility antigens (H-Y
antigen) by each succeeding male fetus, and the concomitantly
increasing effects of H-Y antibodies on the sexual differentiation of
the brain in each succeeding male fetus. This hypothesis is
consistent with a variety of evidence, including the apparent
irrelevance of older sisters to the sexual orientation of later-born
males, the probable involvement of H-Y antigen in the development of
sex-typical traits, and the detrimental effects of immunization of
female mice to H-Y antigen on the reproductive performance of
subsequent male offspring.


So' por provocacao:

Genetic dissection of sexual orientation: behavioral, cellular, and
molecular approaches in Drosophila melanogaster
Neuroscience Research Volume 26, Issue 2 27 September 1996 Pages 95-
107
Daisuke Yamamoto*, Hiroki Ito and Kazuko Fujitani

Insertional mutagenesis using P-element vectors yielded several
independent mutations that cause male homosexuality in Drosophila
melanogaster. Subsequent analyses revealed that all of these
insertions were located at the same chromosomal division, 91B, where
one of the inversion breakpoints responsible for the bisexual
phenotype of the fruitless (fru) mutant has been mapped. In addition
to the altered sexual orientation, the fru mutants displayed a range
of defects in the formation of a male-specific muscle, the muscle of
Lawrence. Since the male-specific formation of this muscle was
dependent solely on the sex of the innervating nerve and not on the
sex of the muscle itself, the primary site of action of the fru gene
should be in the neural cells. satori, one of the P-insertion alleles
of fru which we isolated, carried the lacZ gene of E. coli as a
reporter, and -galactosidase expression was found in a subset of
brain cells including those in the antennal lobe in the satori
mutant. Targeted expression of a sex determination gene, transformer
(tra), was used to produce chromosomally male flies with certain
feminized glomeruli in the antennal lobe. Such sexually mosaic flies
courted not only females but also males when the DM2, DA3 and DA4
glomeruli were feminized, indicating that these substructures in the
antennal lobe may be involved in the determination of the sexual
orientation of flies. Molecular cloning and analyses of the genomic
and complementary DNAs indicated that transcription of the fru locus
yields several different transcripts, one of which encodes a putative
transcription regulator with a BTB domain and two zinc finger motifs.
In the 5' non-coding region, three putative Transformer binding sites
were identified. It appears plausible therefore that the fru gene is
one of the elements in the sex determination cascade that controls
sexual fates of certain neuronal cells. Improper sex determination in
these neural cells may lead to altered sexual orientation and
malformation of the male-specific muscle. Some implications of the
results of our study on sexual orientation in other organisms will be
discussed based on the Drosophila research.

Continua a me parecer q.:

1) ainda nao se tem muito claro o processo q. leva 'a orientacao
sexual de um dado individuo;

2) aparentemente e' multifatorial e talvez multigenico (alias o q.
nao e' multigenico e multifatorial?)

3) nao me parece nada claro q. haja qq tipo de default ontogenetico
ao bissexualismo.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/12/2002 14:49

Oi Takata

On 16 Dec 2002 at 15:15, rmtakata wrote:

> 1) ainda nao se tem muito claro o processo q. leva 'a orientacao
> sexual de um dado individuo;

Esta é uma grande constatação. Creio que é exatamente assim. Minha
experiência clínica e a de muitos colegas sugere que ha mais de uma
estrutura homossexual. Não chega a 1% de homossexuais que queiram
mudar sua orientação. As psicoterapias começam para atender a
depressões, problemas psicossomáticos, desordens de ansiedade, etc.

Todos os psicanalistas com experiência sabem que é muito delicado tocar
a estrutura psicológica destes pacientes. Alguns (a maioria dos que eu
atendi) se desequilibra psiquicamente se tenta analisar com profundidade
sua orientação sexual. Quando a põem em dúvida, geralmente se
aproximam perigosamente à psicose. Um dos meus pacientes manifestou-
se sabiamente quando tratou de desestruturar sua homossexualidade:
"Tiremos o pé do acelerador que eu prefiro ser puto e não louco". Acho que
tinha razão. Estas são as estruturas fixas, que não podem ser mudadas
mesmo que o sujeito manifeste desejos de nudar. Eu diria que é melhor
nem tocar.

Existe um tipo de comportamento homossexual que se deve
exclusivamente às viciscitudes da neurose histérica. A desaparição da
neurose, termina com a homossexualidade como comportamento.

Outros pacientes, no entanto, não têm relação com o diagnóstico. São
homossexuais que começam o tratamento e mudam porque simplesmente
reprimiam sua tendência heterosexual. Dá-se por sentado que também
muitos heterossexuais insatisfeitos, mudam para homossexuais pelo
mesmo motivo dos anteriores: tinham uma orientação reprimida que tendia
a dominar.

Estas constatações permitem talvez concluir que em algumas estruturas de
personalidade a cultura chega a influir.

Os psicanalistas nos acostumamos a dizer que só podem mudar as
homossexualidade "edípicas" (que se estabeleceram juntamente com o
começo da vigencia do complexo de Édipo) porque não são estruturas
propriamente ditas e sim estados. No caso das homossexualidades pré-
edípicas (estabelecidas muito antes da vigência do Édipo) são estruturas e
não estados.

> 2) aparentemente e' multifatorial e talvez multigenico (alias o q.
> nao e' multigenico e multifatorial?)

Embora seja uma conclusão que peca por generalidade, não creio que se
possa dizer mais do que isso.

> 3) nao me parece nada claro q. haja qq tipo de default ontogenetico
> ao bissexualismo.

A palavra "default" aqui, que sentido tem? A conduta com a dupla
orientação é cada vez mais freqüente, sobretudo na gente mais jovem. Um
dado interessante é que alguns passam por um tempo marcadamente
homossexual, com algumas incursões na heterosexualidade (quando vivem
"momentos muito especiais") e vice versa com outros, pelos mesmos
motivos. Conforme o rumo que tome sua existencia, predominará uma ou
outra orientação. Estes casos não apareciam quase nos consultorios antes
dos últimos dez anos. Como explicá-los?

Às vezes eu penso que o comportamento sexual, quando é sintomático,
não define nehuma patologia de um modo patognomônico. Pode ser
manifestação de outras coisas que não estão diretamente relacionadas
com a estrutura básica da personalidade (estados), embora haja outros que
estão estruturados desde que a pessoa se conhece como gente.

[ ]s

Marco Aurelio











SUBJECT: Re: Fw: espelhamento em acrílico
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/12/2002 14:52

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> Alguém conhece algum processo químico para o espelhamento de
> acrílico. O que conheço é por vaporização de finas folhas de Al e
> não sei se é apropriado para o acrílico.

Parece q. usam esse mesmo processo de vaporizacao e deposicao em
camara a vacuo.

"The material is an optically perfect acrylic sheet that is vacuum
metalized in a vacuum chamber. All sheets are protected on the back
by a durable scratch resistant coating and the front surface is
protected with either a clear polyethylene film or a paper masking."
http://www.americanacrylics.com/mirror.htm

("O material e' uma folha acrilica opticamente perfeita, metalizada
em uma camara de vacuo. Todas as folhas sao protegidas atras por uma
cobertura duravel resistente a riscos e a superficie anterior e'
protegida por filme de polietileno ou por moldura de papel.")

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/12/2002 15:05

--- Em ciencialist@y..., "Marco A. Andrade" <clave@s...> escreveu
> > 3) nao me parece nada claro q. haja qq tipo de default
> > ontogenetico ao bissexualismo.
>
> A palavra "default" aqui, que sentido tem?

A de q. a tendencia primeira da sexualidade humana seria a da
bissexualidade -- e apenas por contingencias da vida se tornaria o
ser hetero ou homossexual.

> A conduta com a dupla orientação é cada vez mais freqüente,
> sobretudo na gente mais jovem.

Na gente mais jovem ate' qtos anos? Com três anos? Dois anos? Seis
anos? Treze anos? Quize anos? E se e' mais frequente realmente, acho
q. mesmo isso precisa ser bem estudado, o q. indica? Influencia
cultural? Tendencias inatas?

> Um dado interessante é que alguns passam por um tempo marcadamente
> homossexual, com algumas incursões na heterosexualidade (quando
> vivem "momentos muito especiais") e vice versa com outros, pelos
> mesmos motivos.

Aqui tbm e' preciso tomar cuidado com a passagem do 'alguns' para
o 'em geral'.

> Como explicá-los?

Hormonios sinteticos? Variacao cultural? Aumento da temperatura media
global? Aumento do uso de drogas psicotropicas? Aumento do consumo de
refrigerantes dieteticos? Variacao do fotoperiodo? (O fenomeno e'
circunscrito? Tem amplo alcance mundial? Atinge os ianomames? Os
esquimos? Os arabes? Atinge todo o país?)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: : Qual é a finalidade que tu disse mesmo, Takata?
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/12/2002 15:21

At 08:49 16/12/02 , you wrote:
>Destaco o trecho:
>
>"> But don't expect gene-modified trees to start populating Minas
> > Gerais hillsides too soon. Colombo estimates it will take five to
> > 10 years to identify the relevant sequences start creating modified
> > trees."
>
>Embora eu ache q. va' levar mais do q. os 10 anos...
>
>[]s,
>
>Roberto Takata



OK, MAS O PUBLICO NÃO LE COM O TEU OLHO, NÉ?
(risos)

L.E.


SUBJECT: Re: PODER PREDITIVO
FROM: "Watson Fernando" <watson@lmn.con.ufrj.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/12/2002 16:10

Colegas,

Meu objetivo não é lançar mais lenha na fogueira do debate Takata-
Bulcão, afinal ambos estão de posse de artilharia pesada o
suficiente para dispensar reforços de terceiros. Acho oportuno
apenas comentar um texto do Bulcão, da mesma forma que o fiz
com um outro escrito pelo Takata.

Bulcão/Colucci: ¨[Penso] que o poder preditivo é um critério forte,
mas acho que não é definitivo; que há hipóteses que não prevêem
acontecimentos futuros, mas que, no entanto, podem ser
falseadas¨.

Watson: Aqui, parece-me que houve alguma confusão, que
poderia ser atribuida ao fato do léxico utilizado pela liguagem
comum nem sempre ser aplicavel 'as ciências naturais, em
particular, 'a física, objeto da discussão T-B. De fato, na física, a
palavra 'previsão' adquire um significado diferente do usual. Nas
teorias reversíveis (a mecânica de Newton, p.e.), os conceitos de
passado e futuro não se inserem de modo essencial na avaliação
do poder preditivo dessas teorias. Para ilustrar, consideremos a
mecânica clássica: a teoria Newtoniana nos fornece um modelo
matemático que permite-nos calcular a evolução de um sistema a
partir de condições iniciais. Mas esse modelo não tem preferência
no tempo: funciona tanto para a frente como para a trás. Assim, o
poder preditivo da teoria Newtoniana tanto pode ser avaliado para o
futuro como para o passado, independentemente dos fatos terem
ou não acontecido. Isso não se limita às teorias reversíveis.
Cosmologistas, p.e., dedicam-se atualmente a aperfeiçoar a teoria
do big-bang, relativa a eventos ocorridos ha bilhões de anos. Mas
não seria correto afirmar por isso que as teorias do big-bang não
teriam nenhum poder preditivo. Claro que, do ponto de vista
pragmático, poderiamos nos interessar preferencialmente por
previsões futuras mas essa preferência em nada muda os
conceitos aplicáveis 'a fisica.

Bulcão: Para ilustrar, citou a teoria das supercordas. Com efeito,
a teoria das supercordas não prevê nada, ou melhor, todo o
acontecimento que ela prevê, como o surgimento da força da
gravidade, já aconteceu faz um tempinho; logo, não se trata de
previsões, mas de pós-visões. Só que, para que ela não seja falsa,
tem que existir no Universo uma matéria escura constituida de
fotinos, gravitinos e outros "inos", partículas estas que ainda não
foram detectadas, mas que podem ser detectadas. Para tanto, só
nos falta tecnologia, um problema que o tempo resolve.

Watson: A teoria das supercordas (TSC) foi idealizada com o
objetivo de unificar a física. A gravidade não é uma 'previsão' da
TSC (e muito menos seu "surgimento" já "aconteceu" faz um
tempinho), apenas é uma força que foi integrada 'a teoria (de fato,
esse poder de unificação é que entusiasma os seus adeptos). Isso
implica que a TSC incluiria, como caso particular, as teorias já
existentes, que ela integra. Assim, se a TSC não tivesse poder
preditivo, essa característica seria transmitida 'aquelas teorias já
existentes, o que seria absurdo... . Aqui, parece-me, houve outra
confusão relacionada 'a distinção que se deve fazer entre previsão
de teoria, ie, o que ela efetivamente calcula, e entidades teóricas
por ela postuladas, como fotinos, gravitinos, etc. O status de tais
'entidades teóricas' não está bem estabelecido pela filosofia da
ciência e, portanto, temos de encarar com muito cuidado
discussões em torno da sua "existência". Como é sabido,
encontram-se filósofos que se consideram realistas de entidades e
de teorias (Boyd, Psillos), só de entidades (Cartwright, Hacking),
só de teorias (Russell) e, finalmente, outros que poderíamos supor
como sendo anti-realistas (van Fraassen - mas este considera-se
um "realista construtivo"). Quanto a dificuldades tecnológicas, eu
não falaria com tanta confiança que o tempo vai resover tudo.

Bulcão: (...) embora não tenha nenhum poder preditivo (...), a teoria
das supercordas presume ou implica coisas - fotinos, gravitinos,
etc. -- que, apesar de talvez existirem há muito tempo, ainda não
foram percebidas, mas que podem ser pecebidas ou não, fato este
que a torna falseável, isto é, 'científica'.

Watson: Há uma grande diferença entre 'presumir' (hipóteses) e
'implicar' (conclusões). Conclusões (dedutivas) resumem-se aos
itens que a teoria permite calcular. Hipóteses referem-se aos itens,
tais como as ditas entidades teóricas, que se assumem na
formulação da teoria. É verdade que, muito raramente, fala-se que
uma dada entidade teórica é 'predita' pela teoria, podendo ser ou
não 'verificada' posteriormente. Mas isso é um abuso de linguagem
(da física) que só se justifica se não der margem a confusões.
Para ilustrar, diz-se que a teoria de Maxwell 'predisse' a
'existência' das ondas eletromagnéticas, fato 'confirmado'
posteriormente pelas experiências de Hertz. Mas, rigorosamente,
o que a teoria previu (calculou) foram os valores dos campos
elétrico e magnético, valores estes que foram confirmados por
Hertz. "Onda eletromagnética" não passa de uma entidade teórica
que não foi 'predita' (deduzida) mas sim 'assumida' (induzida), por
questões de conveniência. Da mesma forma, gravitinos, fotinos,
etc, não são 'predições' da TSC mas sim entidades teóricas
postuladas indutivamente. Finalmente, o que potencialmente
falseia uma teoria são suas previsões e não suas entidades
teõricas. Uma eventual impossibilidade de 'detectar' fotinos e
gravitinos não irá 'falsear' a TSC, da mesma forma que o fato de
não ter sido detectado o bóson de Higgs não implica que a teoria
de G-S-W de unificação das forças fraca e eletromagnética foi
'falseada'.

Bulcão: Sei que os sistemas não lineares complexos, (...)

Watson: Já comentei sobre isso em mensagem anterior.

[]s

Watson




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: PODER PREDITIVO
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/12/2002 16:40

----- Original Message -----
From: "Watson Fernando"
Sent: Monday, December 16, 2002 3:10 PM
Subject: [ciencialist] Re: PODER PREDITIVO

> Para ilustrar, diz-se que a teoria de Maxwell 'predisse' a
> 'existência' das ondas eletromagnéticas, fato 'confirmado'
> posteriormente pelas experiências de Hertz. Mas, rigorosamente,
> o que a teoria previu (calculou) foram os valores dos campos
> elétrico e magnético, valores estes que foram confirmados por
> Hertz. "Onda eletromagnética" não passa de uma entidade teórica
> que não foi 'predita' (deduzida) mas sim 'assumida' (induzida), por
> questões de conveniência.

Muitíssimo bem lembrado. Aliás, Maxwell titubeou bastante antes de assumir
suas ondas eletromagnéticas eram equivalentes à luz. Harman (1998), em "The
Natural Phylosophy of James Clerk Maxwell", diz o seguinte: "In ´On physical
lines of force´ Maxwell does not conceive light waves as electromagnetic
waves. Though he does so subsequently, he still conceives the generation of
light to be a mechanical rather than an electromagnetic process."

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Velocidade de Luz
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/12/2002 18:11

--- Em ciencialist@y..., Eduardo Gueron <dgueron@m...> escreveu
> não sei exatamente qual a sua opinião final sobre o assunto mas o
> fato (e não a teoria) é que há anisotropia dipolar na radiação de
> fundo observada por qualquer satélite ou instrumento construído
> para esse fim.

Eu nao tenho nenhuma opiniao final. Apenas estou dizendo q., ao q. eu
saiba (verdade q. nao sei muito -- quase nada, pra nao dizer
rigorosamente nada), se descontarmos o fato de q. a Terra se desloca
pelo universo, o universo e' bastante isotropico na radiacao de
fundo -- a anisotropia se deve ao deslocamento da Terra e nao 'a
direcao da fonte da radiacao em relacao 'a Terra.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Fwd: CANAL CINCIA - portal de divulgao da pesquisa cientfica brasileira
FROM: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
TO: cienciacidadania@yahoogroups.com
CC: sbcr@yahoogroups.com, strbrasil@yahoogroups.com, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/12/2002 22:16

Lanado o CANAL CINCIA
portal de divulgao da pesquisa cientfica brasileira
>
>
>CANALCINCIA www.canalciencia.ibict.br uma nova ferramenta de divulgao
>cientfica, com duas funes principais: de um lado permite que os
>pesquisadores e cientistas de todo o pas divulguem suas pesquisas; e de
>outro possibilita aos interessados leigos um acesso facilitado s pesquisas
>brasileiras em andamento.
>
>Dirigido a jornalistas, educadores e ao pblico em geral, CanalCincia
>uma ferramenta a servio da cidadania. Uma estratgia de disseminao do
>conhecimento cientfico e divulgao dos novos recursos tecnolgicos que a
>pesquisa pe disposio da sociedade.
>
>O portal CANALCINCIA uma iniciativa do Instituto Brasileiro de
>Informao em Cincia e Tecnologia (IBICT/MCT) concretizada depois de dois
>anos de trabalho sob a direo de Marisa Brcher, no mbito do programa de
>divulgao cientfica do IBICT, coordenado pela divulgadora cientfica
>Gloria Malavoglia.
>
>O portal traz novidades na forma como realiza a divulgao cientfica das
>pesquisas. Como instrumento de divulgao, transforma em idioma coloquial,
>a linguagem especializada dos cientistas. Mas, diferentemente do que ocorre
>normalmente, antes de publicar a pesquisa no portal, a equipe do
>CANALCINCIA submete ao pesquisador o texto destinado aos leigos, de modo
>que a facilitao do acesso informao cientfica acontea sem perda (ou
>com perda mnima) da preciso cientfica, levando o pesquisador a atuar
>como divulgador de conhecimento.
>
>No Banco de Pesquisas do CANALCNCIA cada resumo de pesquisa apresentado
>em trs tpicos principais: o que a pesquisa, como feita, e qual sua
>importncia. Alm disso, so oferecidas inmeras outras informaes, desde
>o ttulo acadmico do estudo, at as fontes financiadoras, e-mail e
>endereos para acesso virtual, nomes dos coordenadores, instituies a que
>pertencem e uma galeria de imagens sobre a pesquisa, que se ampliam ao
>comando do mouse.
>
>Neste primeiro momento, o Banco de Pesquisas contm cerca de 50
>textos-resumos sobre as pesquisas desenvolvidas no Instituto Nacional de
>Pesquisas da Amaznia - INPA, no Instituto de Desenvolvimento Sustentvel
>Mamirau, no Museu Paraense Emlio Goeldi - MPEG e nos Centros Nacionais de
>Referncia para Energias Alternativas do MCT; matrias sobre o Laboratrio
>Nacional de Astrofsica - LNA, Laboratrio Nacional de Luz Sincroton -
>LNLS, INPE, alm de pesquisas na rea da cincia da informao.
>
>Este canal de difuso, aberto aos cientistas brasileiros e aos
>cidados/internautas inteiramente construdo sobre a interatividade
>(possibilitando a iniciativa dos cientistas de inserirem suas pesquisas). A
>estimativa que, dentro de trs meses, quando estiver inteiramente
>operativo, o portal CANALCINCIA j abrigue mais de 100 pesquisas, devendo
>chegar a cerca de 400 at o final de 2003.
>
>Alm dos textos-resumos de pesquisas, o portal disponibiliza um Diretrio
>de Links que rene os links dos principais servios de notcias brasileiros
>em C&T, de glossrios, de revistas, de sites sobre a cultura cientfica e
>de museus de cincia, entre outros. Na seo Saiba Mais, os usurios
>encontram fontes como livros e publicaes, CD-Roms e multimdias, eventos
>e cursos, todos com o foco em difuso cientfica. Em todos eles os
>visitantes podem enviar sugestes.
>
>Finalmente, CanalCincia trar em verso RealAudio e MP3, centenas de
>entrevistas com personalidades da cincia brasileira, do programa de rdio
>de divulgao cientfica produzido nos meados anos 80, pela SBPC, com apoio
>do CNPq e transmitido pela rdio USP. O acervo foi resgatado e digitalizado
>pelo IBICT e a transmisso das entrevistas no CanalCincia foi possvel por
>meio de uma parceria com a BibVirt da Escola do Futuro da USP. J esto no
>ar 20 entrevistas deste acervo.
>
>Maiores informaes: (061) 217.6360 Sonia ou Cida ou pelo e-mail
>canalciencia*ibict.br

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SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Estalidos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/12/2002 00:18

Olá químicos!
Conhecem isso?
[]'
Léo
-----Mensagem Original-----
De: dagmar
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: segunda-feira, 16 de dezembro de 2002 14:52
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


caro mestre,em termos práticos,que acontece se se mergulhar gas acetileno em uma solução de nitrato de prata. Qual é o material usado na feitura daqueles estalinhos de são joão? muito grato. Medeiros - prof. de ginasio
__________________________________________________________________




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: PODER PREDITIVO
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2002 00:32

Watson,

Bulcão/Colucci: ¨[Penso] que o poder preditivo é um critério forte,
mas acho que não é definitivo; que há hipóteses que não prevêem
acontecimentos futuros, mas que, no entanto, podem ser falseadas¨.

Watson: Aqui, parece-me que houve alguma confusão, que poderia ser
atribuida ao fato do léxico utilizado pela liguagem comum nem sempre
ser aplicavel 'as ciências naturais, em particular, 'a física, objeto
da discussão T-B. De fato, na física, a palavra 'previsão' adquire
um significado diferente do usual. Nas teorias reversíveis (a
mecânica de Newton, p.e.), os conceitos de passado e futuro não se
inserem de modo essencial na avaliação do poder preditivo dessas
teorias.

Manuel: Concordo com o que você disse, mas me permita uma objeção.
Leis atinentes a sistemas reversíveis podem determinar tanto
acontecimentos futuros quanto passados. Ocorre que somente os que
estão no futuro de quem os prevê (o sujeito do conhecimento que
afirma 'dado X + Y, Z ocorrerá') podem ser diretamente observados. Os
acontecimentos passados (relativamente ao 'cientista' que teoriza e
observa), por já terem ocorrido, só podem ser observados de uma forma
indireta, ou inferidos a partir de outros fenômenos. Ora, a relação
entre o fenômeno passado e aquele fenômeno que se tem como o seu
registro, ou que presumivelmente sinaliza a sua existência pretérita,
é uma suposição e não um dado empírico, algo que precisa, por sua
vez, ser confirmado pela experiência.

Por isso que o poder de previsão (previsão no sentido estrito, na
acepção de ver acontecimentos futuros, isto é, que estão no futuro de
quem os vê) é um critério forte, e há teóricos da ciência que
diferenciam a predição da retrodição, conferindo à primeira maior
grau de cientificidade. Tanto que a experimentação é mais valorizada
que a observação, dado que esta consiste em reproduzir em laboratório
as circunstâncias que têm por efeito (e a causa antecede o efeito, ou
seja, vem 'antes') a 'previsão' científica. Bem, não vamos comentar
por enquanto a versão de John Wheeler da experiência da dupla fenda,
que confirmaria a hipótese de que o observador consciente pode criar
retroativamente a realidade que o gerou.

Watson: A teoria das supercordas (TSC) foi idealizada com o objetivo
de unificar a física. A gravidade não é uma 'previsão' da TSC (e
muito menos seu "surgimento" já "aconteceu" faz um tempinho), apenas
é uma força que foi integrada 'a teoria (de fato, esse poder de
unificação é que entusiasma os seus adeptos).

Manuel: Talvez eu tenha dito mesmo uma besteira, mas é nisso que dá
querer conhecer teorias científicas ultra-complexas através de textos
de divulgação popular. A minha assertiva, que o Watson agora
contesta, baseia-se no que escreveu Brian Greene, no seu livro 'O
Universo Elegante' (Cia. das Letras; 1999; pp. 234/235),
textualmente: <<Edward Witten gosta de dizer que a teoria das cordas
já fez pelo menos uma previsão espetacular e experimentalmente
confirmada: 'A teoria das cordas tem a extraordinária propriedade de
prever a gravidade'. O que ele quer dizer com isso é que tanto Newton
quanto Einstein desenvolveram teorias da gravidade porque a
observação do mundo exterior revelava claramente a sua existência, e
isso, por sua vez, requeria uma explicação coerente e precisa. Ao
contrário, um físico que estuda a teoria das cordas - mesmo que
desconheça totalmente a relatividade geral - será inexoravelmente
levado a ela pelo próprio esquema da teoria. Por meio do padrão
vibratório de spin-2 e sem massa, correspondente ao gráviton, a
teoria das cordas tem a gravidade totalmente incorporada à sua
estrutura teórica. Como disse Witten, "o fato de que a gravidade seja
uma conseqüência da teoria das cordas é um dos maiores achados
teóricos de todos os tempos". Ele reconhece que essa 'previsão' é
mais corretamente uma 'posvisão', porque a ciência já descobrira as
propriedades teóricas da gravidade antes de conhecer a teoria das
cordas, mas assinala que esse é um mero acidente histórico ocorrido
aqui na Terra. Em outras civilizações avançadas do universo, é
perfeitamente possível que a teoria das cordas tenha sido descoberta
antes e que a teoria da gravitação tenha surgido como uma
extraordinária conseqüência dela.>>

Um abraço,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Física: neutrino p/ Lígia
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2002 01:31

--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> Olá, Lígia! No site indicado por Roberto Belizário é mencionado que
o neutrino oscila em mutação nos três tipos(!?), o que fica difícil
afirmar que apenas o neutrino-múon - da segunda família de matéria -
foi detectado. De onde vc obteve essa informação específica que só
neutrinos-múons foram identificados, no caso dessa última experiência
publicada?

Olá José Renato!

Olha, acabei de ler as mensagens do Belisário... eu não as tinha
lido antes pelo fato de estar acessando a lista de um cyber-
cafe "marretinha" que demorava éons para carregar cada mensagem mas
enfim, agora que eu já li, podemos trocar idéias.

Eu obtive a informação sobre a identificação da massa dos neutrinos-
múon num programa que eu assisti no sábado dia 14/12. Coincidência:
quando eu fui ao cyber-cafe eu estava com a idéia de postar alguma
coisa referente ao que eu havia assistido no programa e foi por isso
que eu fui direto na sua notícia! O programa chama-se "O Sol" e
passou no National Geografic Channel. Muito interessante, fala entre
outras coisas do emudecimento do SOHO há algum tempo e também mostra
o SuperKamiokande, o detetor de neutrinos num "tonel" de toneladas de
água pura escavado na rocha nas montanhas do Japão. Entre outras
coisas, comenta a respeito dos neutrinos-múon.

Muito bem, para não ser repetitiva já que um site sobre física de
partículas é capaz de dar informações muito mais precisas a respeito
dos neutrinos, vamos dizer que os neutrinos-múon sejam uma das 3
variantes dos neutrinos, normalmente aassociados à fusão nuclear. E
esse neutrino já havia sido "previsto" como sendo portador de algum
tipo de massa. Só para falar um pouquinho: os múons são partículas
carregadas energeticamente que constantemente bombardeiam a terra e
que são detectáveis mesmo no nível do mar (normalmente partículas
energéticas são apenas detectáveis em cumes altos de montanhas onde a
atmosfera é mais rarefeita, permitindo que tais partículas não
decaiam em outras pelo contato com as moléculas do ar mais "denso" da
baixa atmosfera). Quando se fala em um neutrino-múon, fala-se
justamente de neutrinos que "compõem" múons. Praticamente todas as
partículas energéticas são conhecidas a partir das partículas
que "surgem" quando de seu decaimento. No caso do que foi
apresentado no programa, a ênfase quanto ao neutrino-múon adveio do
fato dele ser teoricamente mais fácil de ser detectável pelo fato do
múon atravessar a atmosfera praticamente sem sofrer decaimento e
portanto possuír maior energia cinética quando de sua detecção e
consequentemente maiores chances de atigirem átomos nas moléculas de
água do SuperKamiokande.


> O que está me intrigando é que a notícia fala em antineutrino!
Como, até onde eu sabia, os neutrinos tem carga elétrica nula/zero, e
sabendo que é o sinal da carga que diferencia o elétron do pósitron
(que pode ser chamado de elétron da antimatéria) visto que suas
massas e spins são iguais, fica a questão: como seria identificado o
antineutrino?

O antineutrino "aparece" teoricamente justamente quando do
decaimento de "anti-elétrons" ou pósitrons, ou do decaimento
de "anti-prótons" ou elétrons. Pelo fato dos neutrinos não terem
carga elétrica (são neutros como o próprio nome indica), a natureza
deles está intimamente ligada ao que os origina. Um anti-neutrino
surge quando do decaimento de uma anti-partícula.

OBS: Uma das coisas que eu mais gosto em física de partículas é
justamente esse lado destruidor: arremessam-se partículas em
altíssima velocidade e com níveis altíssimos de energia umas com as
outras e observa-se os resultados das colisões. Parecem aquelas
corridas de carros de demolição!

Beijos, Lígia

> Abraços.
> José Renato
> ET. Anexo comentário de Belisário logo abaixo.

Beleza de comentário, sem dúvida!




SUBJECT: Re: Dúvida- Expansão do Universo II
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2002 02:38

--- Em ciencialist@y..., "larcr 3001" <larcr@h...> escreveu
>
>
> Aproveitando a pergunta de Elenice. Gostaria de saber se ,baseado
nas
> ultimas pesquisas, tem como se estimar, o tempo de vida do
universo. ou seja
> com os nossos recursos atuais e possivel saber esse tipo de coisa?
caso sim,
> como?
>
> grande abraco a todos
> ricardo


Olá Ricardo!

Um dos "artifícios" de que se utiliza para estabelecer a idade do
universo é a constante de Hubble, ou Constante de Proporcionalidade
que determina que "Quanto maior for a distância entre as galáxias
maior será a velocidade, independentemente da direcção de
observação". É a partir do desvio para o vermelho, ou redshift que
determinados objetos como quasares e galáxias distantes apresentam,
que é possível estabelecer uma idade possível para o universo. Este
desvio dá-se por um efeito conhecido como "efeito-doppler" que
determina que quando um objeto que emita "ondas", sejam elas
luminosas ou sonoras, está se afastando ou aproximando-se de nós, as
ondas que este objeto emita apresentarão alterações quando ao
comprimento de onda. Caso um objeto luminoso esteja aproximando-se
de nós, seu espectro tenderá a comprimentos de onda menores e
portanto "azuis". Para objetos distanciando-se, o espectro tenderá a
apresentar faixas de comprimentos de ondas maiores e protanto
tendendo ao vermelho. Daí o nome "desvio para o vermelho"
ou "redshift".

Os objetos muito distantes que beiram os limites observáveis têm um
forte desvio para o vermelho, o que permite que se calcule sua
distância de nós. Quasars costumam beirar os 10 bilhões de anos luz
de distância da Terra, valor este verificável pelo seu redshift.
Somem-se mais 2, ou 3 bilhões de anos por conta de algumas outras
variáveis detectáveis a partir da observação de cefeidas (classe
especial de estrelas) além de outras peculiaridades das partículas
sub-atômicas et voilá! : a idade do Universo é estimada!

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fwd: CANAL CIÊNCIA - portal de divulgação da pesquisa científica brasileira
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/12/2002 06:34

----- Original Message -----
From: "Daniel Sottomaior"
Sent: Monday, December 16, 2002 9:16 PM
Subject: [ciencialist] Fwd: CANAL CIÊNCIA - portal de divulgação da pesquisa
científica brasileira

Estava sapiando o Canal Ciência, sugestão do Daniel, e acabei indo parar na
seção "Últimos Artigos" do Radar da Ciência. Surpresa agradável: Os dois
últimos artigos são de ciencialisteiros. Um deles já foi aqui divulgado,
aquele do Belisário sobre os neutrinos com massa (de 13/12/02). O outro está
previsto para o próximo dia 20, mas já pode ser lido em
http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid104034960
0,76028, [observação: o "0,76028," (incluindo a vírgula) fazem parte do
URL - na sua ausência sairá mensagem de erro]. O artigo é:

"No Limiar da Matéria - detectado o sexto e último quark."
por: José Renato M. de Almeida

Que mal pergunte: Por que essa frescura do Radar da Ciência em colocar uma
vírgula no final dos URLs? Por acaso seria terrorismo light da turma do
Linux contra o Bill Gates?

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Imagem mental
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/12/2002 07:01

Que será que errei no Feira de Ciências para atrair estudantes de psicologia?
Que vou responder para essa consulente? Que uma imagem só pode ser 'real', 'virtual' ou 'imprópria'?
Será que ela quer 'projetar' uma "imagem mental" num anteparo?
Será que em psicologia existe algum capítulo de 'óptica mental'?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Cintia Alves
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: terça-feira, 19 de novembro de 2002 02:43
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


Meu nome é Cintia Alves Miguel e curso o 4º período de Psicologia na UFF. Gostaria de saber um pouco mais sobre imagem mental. Meu e-mail é cintiauff@hotmail.com


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Imagem mental
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2002 08:24

Manda pro Cerebro & Mente:

http://www.epub.org.br/cm/home.htm

[]s,

Roberto Takata


--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...> > Que
vou responder para essa consulente? Que uma imagem só pode
ser 'real', 'virtual' ou 'imprópria'?

> -----Mensagem Original-----
> De: Cintia Alves
> Meu nome é Cintia Alves Miguel e curso o 4º período de Psicologia
na UFF. Gostaria de saber um pouco mais sobre imagem mental. Meu e-
mail é cintiauff@h...




SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Estalidos
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2002 08:48

Eu acho q. esse cara esta' com ma's intencoes.
Acetileno + nitrato de prata da' um belo explosivo...
O acetileno reage em solucao aquosa de nitrato de prata formando um
precipitado instavel: Ag2C2.

As bombinhas de estalo, tbm chamada de biribas ou traques, sao feitas
com pedregulho e o produto da reacao acima enrolados em papel.

Nao tentem fazer isso em casa.

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> Olá químicos!
> Conhecem isso?
> []'
> Léo
> -----Mensagem Original-----
> De: dagmar
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: segunda-feira, 16 de dezembro de 2002 14:52
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -
>
>
> caro mestre,em termos práticos,que acontece se se mergulhar gas
acetileno em uma solução de nitrato de prata. Qual é o material usado
na feitura daqueles estalinhos de são joão? muito grato. Medeiros -
prof. de ginasio
> __________________________________________________________________




SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Imagem mental
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2002 09:00

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Que será que errei no Feira de Ciências para atrair estudantes de
psicologia?
> Que vou responder para essa consulente? Que uma imagem só pode
ser 'real', 'virtual' ou 'imprópria'?
> Será que ela quer 'projetar' uma "imagem mental" num anteparo?
> Será que em psicologia existe algum capítulo de 'óptica mental'?


Depois da "água óptica", do que é que você está reclamando? E, de
mais a mais, qualquer imagem é mental, mesmo um cego será capaz de
visualizá-la a nível de mente caso a descrição seja precisa... :)

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: Genoma / Takata
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2002 09:17

--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> Aparentemente os ADN e ARN formam uma cadeia de genes que têm duas
> pontas terminais. A idéia que fica é que toda ela se copiaria
> independente de, ou por, onde começasse o processo.

Na verdade as enzimas q. catalisam a reacao atuam apenas em um
sentido da cadeia. A molecula de ADN apresenta polaridade, isso porq.
os nucleotideos q. a compoem tbm apresentam polaridade:

http://www.dc.peachnet.edu/~larmstea/nucleotide.gif

Os atomos de carbono da molecula de acucar: representados pelos
vertices do pentagono (menos o vertice onde aparece o 'O' de
oxigenio') mais o C ligado ao grupo fosfato -- sao numerados de 1' a
5' a partir do atomo de carbono ligado ao 'N' da base nitrogenada
ate' o 'C' ligado ao grupo fosfato.

A ligacao entre os nucleotideos se da' pela reacao do grupo hidroxila
ligada ao carbono 3' com o grupo fosfato ligado ao carbono 5'. Entao
em uma cadeia, todas as partes estao alinhadas: carbono 3' pra um
lado e 5' pro outro. Podemos falar em extremidade 3' da cadeia e
extremidade 5' dessa cadeia.

Ocorre q. a proteina q. sintetiza tto o ARN como o ADN, faz essa
reacao -- liga os nucleotideos soltos q. se alinharam sobre a cadeia
molde -- no sentido 5'->3'.

Na hora de replicacao da molecula de ADN acontece um fenomeno
curioso. Como as cadeias pareadas estao alinhadas em sentidos
opostos -- se representarmos uma das cadeias no sentido 5'->3' da
esquerda para a direita, a outra cadeia devera' ser representada no
sentido 5'->3' da direita para a esquerda.

5'-ACCCTACGGATGCGGATCGATGGGTA-3'
3'-TGGGATGCCTACGCCTAGCTACCCAT-5'

Qdo as cadeias se separam formam duas bifurcacoes de cada lado -- no
encontro entre as regioes q. estao separadas e as regioes onde as
cadeias ainda estao pareadas:

regiao separada
|
V
/-----------\
5'_____A/ \B________3'
3'______ _________5'
^ \ / ^
| \-----------/ |
| |
\---regioes pareadas---/

A e B sao as regioes de bifurcacao de replicacao. No esquema a
bifurcacao A se desloca para a esquerda com o tempo, e B se desloca
para a direita com o tempo -- expondo novas regioes 'a sintese da
nova cadeia.

Na bifurcacao B, a cadeia de cima esta' alinhada 5'->3' da esquerda
para a direita, 'a medida em q. a bifurcacao B avanca para a direita,
a reacao de formacao da nova cadeia pode prosseguir normalmente sem
interrupcoes. Ja' na cadeia de baixo, o alinhamento esta' oposto ao
sentido do deslocamento da bifurcacao: 3'<-5'. Como a reacao de
formacao da nova cadeia so' se processa no sentido 5'->3', ela nao
pode se dar continuamente. O q. acontece e' q. ela se interrompe de
tempos em tempos, ate' q. um trecho com um certo tamanho fique
exposto, ai' ocorre a reacao ligado os nucleotideos pareados na nova
cadeia no sentido inverso ao do deslocamento da bifurcacao, ate'
encontrar com a parte da cadeia ja' sintetizada anteriormente. Na
bifurcacao A ocorre o inverso.

> Fiquei curioso pela "parte mais legal": as histórias vividas nos
> bastidores dessas descobertas.

Na verdade acabei me expressando mal. Eu me referia mais aos
trabalhos desenvolvidos q. levaram ao modelo atual do funcionamento
dos genes do q. propriamente aos bastidores.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Imagem mental
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/12/2002 09:44

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Tuesday, December 17, 2002 6:01 AM
Subject: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Imagem mental

> Que será que errei no Feira de Ciências para atrair estudantes de
> psicologia?

Acho que foi praga do Manuel Bulcão. ;-))

> Que vou responder para essa consulente?
> Que uma imagem só pode ser 'real', 'virtual' ou 'imprópria'?

Que tal uns Google-links?
http://www.arq.ufmg.br/rcesar/Imagem%20mental.pdf
http://members.tripod.com/~regismesquita/simbolo.html
http://www.espacoparaamulher.com.br/embelezared1.htm
http://www.pgie.ufrgs.br/portalead/rosane/nte2cd/apoio/vol38/59.htm
http://www.discursus.hpg.ig.com.br/textos/000613t.html
Acho que está de bom tamanho. Se ela quiser mais, mande ler as entrevistas
entre o Jung e o Pauli. O Pauli é aquele infeliz que se tratou com o Jung e
pirou de vez, tornando-se quântico. As imagens quânticas são todas desse
tipo, só existem na mente dos quânticos.

Em tempo: Não li nenhum desses artigos. Simplesmente entrei no Google e
digitei "imagem mental". Resposta: 1320 links.

> Será que ela quer 'projetar' uma "imagem mental" num anteparo?

Só se for em experiência de pensamento.

> Será que em psicologia existe algum capítulo de 'óptica mental'?

Sí, pero sólo existe en español. Vea en el artículo
http://www.geocities.com/prgalvao_br/revistaopticamental.html

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Imagem mental
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/12/2002 09:48

He he he ... entendi o recado.
Entrei no terceiro link que vc menciona 'espaçoparamulher' e pincei o trecho muito elucidativo sobre imagem mental:

"O que fazer para evitar o abuso de alguns que exploram as imagens para ditatoriar o que é belo ou, que apenas, é certo o que eles apregoam?

A fórmula é simples: basta crer que cada uma pessoa é singular, sem réplicas, com digitais, voz e íris, únicas e, que assim o é, porque o Criador de todas as coisas, assim a todos nos gerou...

Com esta consciência de amar a si próprio, na sua individualidade, nada ferirá a imagem essencial de cada pessoa, sendo liberta dos conceitos e preconceitos dos outros, portanto equilibrada e feliz consigo mesma.

O uso da parafernália que embeleza exteriormente e os ensinamentos para a melhoria do equilíbrio mental, mesmo que somados, não serão maiores que a Beleza da Fé, da Sabedoria e da Paz Espiritual, porque se saberá que o que é Belo, Bom e o Bem, vêm do Espírito. E o que é do Espírito, vem do Criador de todas as coisas do universo. E o que é do Espírito é para a Eternidade."

Realmente ... agora sei o que é imagem mental!

[]'
Léo
PS: Vou tentar agora o site espanhol.
=================================
-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 17 de dezembro de 2002 09:44
Assunto: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Imagem mental


| ----- Original Message -----
| From: "Luiz Ferraz Netto"
| Sent: Tuesday, December 17, 2002 6:01 AM
| Subject: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Imagem mental
|
| > Que será que errei no Feira de Ciências para atrair estudantes de
| > psicologia?
|
| Acho que foi praga do Manuel Bulcão. ;-))
|
| > Que vou responder para essa consulente?
| > Que uma imagem só pode ser 'real', 'virtual' ou 'imprópria'?
|
| Que tal uns Google-links?
| http://www.arq.ufmg.br/rcesar/Imagem%20mental.pdf
| http://members.tripod.com/~regismesquita/simbolo.html
| http://www.espacoparaamulher.com.br/embelezared1.htm
| http://www.pgie.ufrgs.br/portalead/rosane/nte2cd/apoio/vol38/59.htm
| http://www.discursus.hpg.ig.com.br/textos/000613t.html
| Acho que está de bom tamanho. Se ela quiser mais, mande ler as entrevistas
| entre o Jung e o Pauli. O Pauli é aquele infeliz que se tratou com o Jung e
| pirou de vez, tornando-se quântico. As imagens quânticas são todas desse
| tipo, só existem na mente dos quânticos.
|
| Em tempo: Não li nenhum desses artigos. Simplesmente entrei no Google e
| digitei "imagem mental". Resposta: 1320 links.
|
| > Será que ela quer 'projetar' uma "imagem mental" num anteparo?
|
| Só se for em experiência de pensamento.
|
| > Será que em psicologia existe algum capítulo de 'óptica mental'?
|
| Sí, pero sólo existe en español. Vea en el artículo
| http://www.geocities.com/prgalvao_br/revistaopticamental.html
|
| [ ]´s
| Alberto
| http://ecientificocultural.com/indice.htm
| Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
| carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
|
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SUBJECT: Re: Física: neutrino p/ Lígia
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2002 09:49


Olá!

Vou tentar resumir aqui a história dos neutrinos.

Há uns 30 anos, foi descoberto o chamado problema dos neutrinos
solares. O pó era o seguinte: sabe-se que as reações de fusão nucelar que
ocorrem no Sol produzem, além da luz, neutrinos em abundância. O modelo
físico do que acontece no Sol era capaz de prever a quantidade de neutrinos
que o Sol produzia por segundo.

Acontece que o número observado de neutrinos produzidos pelo Sol
era muito inferior ao previsto pela teoria. Foi isso que constataram há 30
anos.

O que fazer?

Havia basicamente três possibilidades: uma: os modelo solar
atualmente usado estava errado. Dois: o que sabíamos sobre os neutrinos
estava errado. Três: ambos estavam errados.

Com as observações dos neutrinos desde então, viu-se que a segunda
alternativa estava correta: há coisas sobre neutrinos que não sabíamos. E o
modelo solar continua de pé.

O fenômeno que explicou o paradoxo foi a oscilação dos neutrinos.
Os neutrinos existem em três tipos, como disse a Lígia - neutrino-elétron,
neutrino-múon e neutrino-tau. Esses nomes curiosos devem-se a uma simetria
abstrata entre os três neutrinos e a tríade de partículas elétron, múon e
tau (os seis constituem o que chamamos léptons). A oscilação é basicamente
a transformação e a "destransformação" alternada de um neutrino de um tipo
em outro, o que acontece espontaneamente.

As oscilações foram propostas há algum tempo e sua confirmação
aconteceu há 4 anos em neutrinos atmosféricos (produzidos pela interação
dos raios cósmicos com a alta atmosfera) e em abril deste ano em neutrinos
vindos do Sol, pelo observatório SNO, no Canadá. Feitas as contas incluindo
a oscilação, a previsão do modelo solar bate muito bem com os neutrinos
observados.

Estava então resolvido o problema dos neutrinos solares! Mas essa
solução gerou um outro problema: de onde raios viria a tal oscilação? Ela
não era prevista pela teoria da física das partículas, o Modelo Padrão.

Várias teorias foram propostas. Algumas introduziam pequenas
alterações no Modelo Padrão. Outras, chegavam a propor violações no
Princípio da Equivalência, uma das bases da Teoria da Relatividade Geral.
Outra teoria, proposta por um brasileiro da Unicamp e dois da USP, propunha
novas forças fundamentais além das quatro conhecidas.

A solução veio com o experimento no detector KamLAND, no Japão,
cujo resultado foi anunciado oficialmente na quinta passada. A experiência
foi capaz de discriminar qual teoria era a correta. Agora, sabe-se que é
necessária uma pequena modificação no Modelo Padrão, chamada "LMA", cuja
principal característica é prever uma diferença de massa entre os três
tipos de neutrinos. A essa altura essa modificação já está feita. O
experimento do KamLAND foi capaz de determinar qual é essa diferença de
massa - é de cerca de 0,008 eV (lembremos que a massa do elétron é de
511.000 eV, portanto é MUITO pequena).

Portanto, o experimento KamLAND confirmou que os neutrinos têm
massa - ou melhor, pelo menos um deles, posto que o que se determinou foi a
diferença entre as massas dos neutrinos. Não se sabe qual é a massa de cada
um deles. Quer dizer, *eu* não sei, pode ser que haja informações sobre
isso, como sugeriu a Lígia.

Como os caras do KamLAND conseguiram determinar qual a teoria
correta? Eles pensaram o seguinte: dentre as diversas teorias possíveis
para dar conta da oscilação, há uma (a tal "LMA") que prevê oscilações bem
rápidas. Rápidas o suficiente para acontecerem em distâncias como 100 ou
200 quilômetros. Nas outras teorias, os neutrinos têm que atravessar
distâncias astronômicas para acontecer uma única oscilação. Então, fizeram
a seguinte experiência: produziram neutrinos e detectaram-nos a 180 km de
distância. Se conseguissem detectar a oscilação, só a teoria LMA podia ser
a correta. Se não detectassem, nada podia ser afirmado. Fizeram a
experiência, e surpresa! Observaram a oscilação. Então a cobra estava morta.

"LMA" significa "Large Mixing Angle" - "Grande Ângulo de
Oscilação". O "ângulo de oscilação" é um parâmetro diretamente ligado à
rapidez de oscilação dos neutrinos.

Estou devendo a resposta à mensagem do Alberto; fá-lo-ei em breve.

Abraços,
Belisário

At 03:31 17/12/02 +0000, you wrote:
>--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> > Olá, Lígia! No site indicado por Roberto Belizário é mencionado que
>o neutrino oscila em mutação nos três tipos(!?), o que fica difícil
>afirmar que apenas o neutrino-múon - da segunda família de matéria -
>foi detectado. De onde vc obteve essa informação específica que só
>neutrinos-múons foram identificados, no caso dessa última experiência
>publicada?
>
>Olá José Renato!
>
>Olha, acabei de ler as mensagens do Belisário... eu não as tinha
>lido antes pelo fato de estar acessando a lista de um cyber-
>cafe "marretinha" que demorava éons para carregar cada mensagem mas
>enfim, agora que eu já li, podemos trocar idéias.
>
>Eu obtive a informação sobre a identificação da massa dos neutrinos-
>múon num programa que eu assisti no sábado dia 14/12. Coincidência:
>quando eu fui ao cyber-cafe eu estava com a idéia de postar alguma
>coisa referente ao que eu havia assistido no programa e foi por isso
>que eu fui direto na sua notícia! O programa chama-se "O Sol" e
>passou no National Geografic Channel. Muito interessante, fala entre
>outras coisas do emudecimento do SOHO há algum tempo e também mostra
>o SuperKamiokande, o detetor de neutrinos num "tonel" de toneladas de
>água pura escavado na rocha nas montanhas do Japão. Entre outras
>coisas, comenta a respeito dos neutrinos-múon.
>
>Muito bem, para não ser repetitiva já que um site sobre física de
>partículas é capaz de dar informações muito mais precisas a respeito
>dos neutrinos, vamos dizer que os neutrinos-múon sejam uma das 3
>variantes dos neutrinos, normalmente aassociados à fusão nuclear. E
>esse neutrino já havia sido "previsto" como sendo portador de algum
>tipo de massa. Só para falar um pouquinho: os múons são partículas
>carregadas energeticamente que constantemente bombardeiam a terra e
>que são detectáveis mesmo no nível do mar (normalmente partículas
>energéticas são apenas detectáveis em cumes altos de montanhas onde a
>atmosfera é mais rarefeita, permitindo que tais partículas não
>decaiam em outras pelo contato com as moléculas do ar mais "denso" da
>baixa atmosfera). Quando se fala em um neutrino-múon, fala-se
>justamente de neutrinos que "compõem" múons. Praticamente todas as
>partículas energéticas são conhecidas a partir das partículas
>que "surgem" quando de seu decaimento. No caso do que foi
>apresentado no programa, a ênfase quanto ao neutrino-múon adveio do
>fato dele ser teoricamente mais fácil de ser detectável pelo fato do
>múon atravessar a atmosfera praticamente sem sofrer decaimento e
>portanto possuír maior energia cinética quando de sua detecção e
>consequentemente maiores chances de atigirem átomos nas moléculas de
>água do SuperKamiokande.
>
>
> > O que está me intrigando é que a notícia fala em antineutrino!
>Como, até onde eu sabia, os neutrinos tem carga elétrica nula/zero, e
>sabendo que é o sinal da carga que diferencia o elétron do pósitron
>(que pode ser chamado de elétron da antimatéria) visto que suas
>massas e spins são iguais, fica a questão: como seria identificado o
>antineutrino?
>
>O antineutrino "aparece" teoricamente justamente quando do
>decaimento de "anti-elétrons" ou pósitrons, ou do decaimento
>de "anti-prótons" ou elétrons. Pelo fato dos neutrinos não terem
>carga elétrica (são neutros como o próprio nome indica), a natureza
>deles está intimamente ligada ao que os origina. Um anti-neutrino
>surge quando do decaimento de uma anti-partícula.
>
>OBS: Uma das coisas que eu mais gosto em física de partículas é
>justamente esse lado destruidor: arremessam-se partículas em
>altíssima velocidade e com níveis altíssimos de energia umas com as
>outras e observa-se os resultados das colisões. Parecem aquelas
>corridas de carros de demolição!
>
>Beijos, Lígia
>
> > Abraços.
> > José Renato
> > ET. Anexo comentário de Belisário logo abaixo.
>
>Beleza de comentário, sem dúvida!



SUBJECT: Re: Física: neutrino p/ Lígia
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2002 10:04

> Agora, sabe-se que é necessária uma pequena modificação no Modelo
> Padrão, chamada "LMA", cuja principal característica é prever uma
> diferença de massa entre os três tipos de neutrinos.

A massa dos neutrinos pode dar conta de uma fracao significativa da
massa da materia escura?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Física: neutrino p/ Lígia
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2002 10:22


At 12:04 17/12/02 +0000, you wrote:
> > Agora, sabe-se que é necessária uma pequena modificação no Modelo
> > Padrão, chamada "LMA", cuja principal característica é prever uma
> > diferença de massa entre os três tipos de neutrinos.

Takata:
>A massa dos neutrinos pode dar conta de uma fracao significativa da
>massa da materia escura?

Parece que não. As medidas da massa do neutrino (da massa, não da
diferença entre elas) indicam que, se existir, a massa deve ser menor do
que 1 eV. Nesse site:
http://www.shef.ac.uk/~phys/research/pa/neutrino_dm.html
diz assim: "The experimental evidence on neutrino properties suggests a
much smaller mass of <1 eV/c2 for the neutrino, meaning that neutrinos
would contribute <10% of the dark matter."

(1 eV/c2, aqui, dá no mesmo que dizer 1 eV - na segunda, o "c2"
está implícito (o c2 serve só para manter as unidades - eV/c2 tem unidade
de massa).

Ou seja, o cara diz que, supondo massa de neutrino menor que 1
eV/c2, eles contribuiriam com menos do que 10% da massa da matéria escura.
Mas a diferença de massa entre os tipos de neutrino, detectada pelo
KamLAND, é da ordem de míseros 0,008 eV/c2... Se a massa do neutrino for
dessa mesma ordem, a conbrituição deles é desprezível.

Tem uma descrição de alguns candidatos para matéria escura aqui:
http://www.eclipse.net/~cmmiller/DM/

Inté,
Belisário



SUBJECT: Re: Ciências Humanas p/ Luiz
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2002 10:38

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Essa pancadinha safonada, acusticamente engraçada e dada
> com pontaria bem nos testículos é algo que dói, dói muito, dói
> demais! E não me venha com essa estória de que estou apenas
> somatizando!

Oxe, e acaso eu dei alguma pancada didimodinica em alguem?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Pra quem gosta de classificacoes (e acredita nelas)
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2002 13:09

FOLHA ONLINE, 17-12-2002

AS MAIORES DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA

Reinaldo José Lopes

Para quem procura se aperfeiçoar como pesquisador num grande centro
científico, o caminho óbvio a seguir é os Estados Unidos. Mas há
também centros de excelência em outros países. Num ranking fornecido
à Folha pelo ISI (sigla, em inglês, de Instituto para a Informação
Científica), listando as 20 instituições que mais produziram artigos
científicos nos últimos dez anos, nada menos que 7 não são
americanas. (e)

http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u251.shtml

Conheça as 20 maiores do ranking científico mundial
http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u250.shtml

Conheça as 20 maiores do ranking científico latino-americano
http://www1.folha.uol.com.br/folha/sinapse/ult1063u249.shtml

Brasil termina 2002 na liderança do ranking da Fifa
http://www1.folha.uol.com.br/folha/esporte/ult92u52775.shtml

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Grafologia e outros afins - Imagem mental
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2002 13:29


Boa Tarde !

JÁ SEI ! Ela deve estar procurando alguma forma mais subversiva de
selecionar candidatos em algumas empresas. Como o teste de QI, a
grafologia e a dinâmica de grupo estão sendo questionados nada melhor que
utilizar as ciências exatas para obter algum relativo respeito.

Obs: Quando entrei neste emprego atual tive que passar por uma
psicóloga prepotente que além de aplicar o "famoso" teste da grafologia fui
sabatinado com uma bateria de testes teóricos e práticos que eram apenas
formalidades. É claro que nunca concordei com estes testes ambíguos, mas,
infelizmente emprego é emprego.

Atenciosamente:
Lisandro de Souza.




"Alberto Mesquita
Filho" Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
<albmesq@uol.com. cc:
br> Assunto: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Imagem
mental
17/12/2002 08:44
Favor responder a
ciencialist







----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Tuesday, December 17, 2002 6:01 AM
Subject: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Imagem mental

> Que será que errei no Feira de Ciências para atrair estudantes de
> psicologia?

Acho que foi praga do Manuel Bulcão. ;-))

> Que vou responder para essa consulente?
> Que uma imagem só pode ser 'real', 'virtual' ou 'imprópria'?

Que tal uns Google-links?
http://www.arq.ufmg.br/rcesar/Imagem%20mental.pdf
http://members.tripod.com/~regismesquita/simbolo.html
http://www.espacoparaamulher.com.br/embelezared1.htm
http://www.pgie.ufrgs.br/portalead/rosane/nte2cd/apoio/vol38/59.htm
http://www.discursus.hpg.ig.com.br/textos/000613t.html
Acho que está de bom tamanho. Se ela quiser mais, mande ler as entrevistas
entre o Jung e o Pauli. O Pauli é aquele infeliz que se tratou com o Jung e
pirou de vez, tornando-se quântico. As imagens quânticas são todas desse
tipo, só existem na mente dos quânticos.

Em tempo: Não li nenhum desses artigos. Simplesmente entrei no Google e
digitei "imagem mental". Resposta: 1320 links.

> Será que ela quer 'projetar' uma "imagem mental" num anteparo?

Só se for em experiência de pensamento.

> Será que em psicologia existe algum capítulo de 'óptica mental'?

Sí, pero sólo existe en español. Vea en el artículo
http://www.geocities.com/prgalvao_br/revistaopticamental.html

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


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SUBJECT: Paz na terra e ...
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2002 13:46

>Que será que errei no Feira de Ciências para atrair
>estudantes de psicologia?

Meus amigos, é Natal, respeitem a ciência uns dos outros... :-)

Um abraço,

Vizzoni
Engenheiro e psicólogo (UERJ 1976 e 1984)


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Paz na terra e ...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/12/2002 16:18

----- Original Message -----
From: "Edson Vizzoni"
Sent: Tuesday, December 17, 2002 12:46 PM
Subject: [ciencialist] Paz na terra e ...

> Meus amigos, é Natal, respeitem a ciência uns dos outros... :-)

É isso aí, falou e disse.

> Um abraço,
> Vizzoni
> Engenheiro e psicólogo (UERJ 1976 e 1984)

Outro abraço e Feliz Natal a todos os ciencialisteiros, sejam eles
cientistas ou não.

PS: Sou médico (USP 1968), metido a físico a partir de 1983 (psicanalista de
partículas elementares com dupla personalidade) e, nas horas vagas, metido a
cientista teorizador, filósofo, poeta, escritor, editor de revista
acadêmica, webmaster, avô coruja (especialista em ganhar dos netos em
video-games infantis) etc, ainda em pleno exercício da função de
administrador escolar de nível superior (desde 1979), ora lotado no setor de
pesquisa e pós-graduação da USJT. Quando sobra um tempinho escrevo algumas
bobagens para listas de discussão.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Paz na terra e ...
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/12/2002 16:23

Vizzoni:
Puxa!! vc. é psicólogo!!!! e como diz que, sendo Natal, há que haver
respeito?

e para os ímpios? podemos desrespeitar?

tou te mandando meu cartão de natal:

MENSAGEM DE NATAL

Neste fim de ano eu gostaria que ninguém perdoasse ninguém, a menos que
merecesse.
Neste fim de ano eu gostaria que ninguém sentasse à mesa com alguém que não
gostasse.
Neste fim de ano eu gostaria que ninguém presenteasse ninguém com presentes
artificiais.
Eu realmente gostaria que este clima falso não estivesse pesando sob as
mentes das pessoas que não se deixam enganar por momentos tramados e
passageiros.
Este fim de ano eu gostaria que as crianças sequestrassem Papai-Noel e o
espancassem.
Depois libertassem as renas do julgo desse capitalista.
E que lhe enviassem uma carta bomba, caso ele consiga fugir, quem sabe
libertado por aqueles malditos duendes que se deixam escravizar pelo tirano
Noel!
Gostaria que seu saco de presentes capitalistas, que corrompe a mente
ingênua das crianças, fosse roubado por "crianças de rua" e que os
presentes, produtos de furto, fossem distribuídos pelas favelas desse mundo.
Basta apenas querer enxergar para ver quantos cifrões se escondem por detrás
daquela pança e daquela barba do maldito bom velhinho risonho.

(Texto de Ari Soares)

Feliz Natal!!!

silvio, agora da Silva.

----- Original Message -----
From: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, December 17, 2002 1:46 PM
Subject: [ciencialist] Paz na terra e ...


> >Que será que errei no Feira de Ciências para atrair
> >estudantes de psicologia?
>
> Meus amigos, é Natal, respeitem a ciência uns dos outros... :-)
>
> Um abraço,
>
> Vizzoni
> Engenheiro e psicólogo (UERJ 1976 e 1984)
>
>




SUBJECT: Re: Paz na terra e ...
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2002 16:27

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> Em tempo: Obviamente estou incluindo entre os "cientistas ou não"
os físicos
> quânticos. Adivinhem em que categoria:
> a) cientistas;
> b) não cientistas;
> c) indeterminado;
> d) nenhuma das anteriores.

Pelo principio da incerteza, se vc sabe q. e' um fisico vc nao sabe
se e' um quantico. Se vc sabe q. e' um quantico vc nao sabe se e' um
fisico. (Se vc determina ao mesmo tempo q. e' um fisico e um
quantico, a funcao de onda do Alberto entra em colapso... Re re...)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Paz na terra e ...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/12/2002 16:30

----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho"
Sent: Tuesday, December 17, 2002 3:18 PM
Subject: Re: [ciencialist] Paz na terra e ...

Na msg anterior escrevi:

> ...Feliz Natal a todos os ciencialisteiros, sejam eles cientistas ou não.

Em tempo: Obviamente estou incluindo entre os "cientistas ou não" os físicos
quânticos. Adivinhem em que categoria:
a) cientistas;
b) não cientistas;
c) indeterminado;
d) nenhuma das anteriores.

;-)'s e [ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Fw: Feira de Ciencias + FEBRACE
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/12/2002 18:24

O Imperdível (dentro do qual há algum erro a ser corrigido, pois continua a atrair psicólogos) recebeu seu cartão de natal!
[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "FEBRACE - Feira Brasileira de Ciências e Engenharia" <febrace@lsi.usp.br>
Para: "Luiz Ferraz Netto" < leobarretos@uol.com.br >
Enviada em: terça-feira, 17 de dezembro de 2002 15:42
Assunto: Re: Feira de Ciencias


| Prezado Prof. Luiz Ferraz Netto,
|
| EXCELENTE!!! Parabéns pelo seu site Feira de Ciências. É de iniciativas como
| a sua que precisamos para incentivar estudantes e professores a
| desenvolverem projetos criativos e inovadores nas Escolas e formar
| indivíduos que promovam uma transformação positiva no meio em que vivem.
|
| Ainda não criamos no nosso site uma área para links recomendados, mas vamos
| providenciar esta área e com certeza teremos imenso prazer em apontar para o
| seu site.
|
| Gostaríamos de poder contar com a sua ajuda para divulgar a FEBRACE 2003 e
| incentivar submissões até 20 de janeiro de 2003.
|
| Além disso, se puder nos ajudar de alguma outra forma nos diga pois com
| certeza estamos precisando da ajuda de todos. Neste momento estamos nos
| concentrando não só na divulgação, mas também no estabelecimento de contatos
| com entidades públicas e privadas que possam oferecer premiações e suporte
| para a vinda dos finalistas (estudantes e respectivos orientadores).
|
| Atenciosamente,
|
| Roseli Lopes
| Prof. Assistente PSI-EPUSP
| Coord. Geral FEBRACE 2003
| roseli@lsi.usp.br
| 0xx11-30915661
|
=========================================




SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Feira de Ciencias + FEBRACE
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/12/2002 19:51

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Tuesday, December 17, 2002 5:24 PM
Subject: [ciencialist] Fw: Feira de Ciencias + FEBRACE

> O Imperdível (dentro do qual há algum erro a ser corrigido, pois continua
> a atrair psicólogos) recebeu seu cartão de natal!

Pois é! Você notou o título da assinante?

>| Roseli Lopes
>| Prof. Assistente PSI-EPUSP

Desde quando a Poli tem "psi"? Eu pensei que isso fosse marca registrada dos
quânticos (a função "psi" do Schrödinger).

Por falar nisso, o "quase-imperdível" Espaço Científico Cultural também
recebeu um cartão de natal, da IAAC - International Association of the
Assumed Crackpots. ;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: PODER PREDITIVO
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2002 20:56


Manuel,

Li sua resposta ao Watson e concordo
inteiramente com você, especificamente nessa
parte:

>Watson: A teoria das supercordas (TSC) foi idealizada com o objetivo
>de unificar a física. A gravidade não é uma 'previsão' da TSC (e
>muito menos seu "surgimento" já "aconteceu" faz um tempinho), apenas
>é uma força que foi integrada 'a teoria (de fato, esse poder de
>unificação é que entusiasma os seus adeptos).
>
>Manuel: Talvez eu tenha dito mesmo uma besteira, mas é nisso que dá
>querer conhecer teorias científicas ultra-complexas através de textos
>de divulgação popular. A minha assertiva, que o Watson agora
>contesta, baseia-se no que escreveu Brian Greene, no seu livro 'O
>Universo Elegante' (Cia. das Letras; 1999; pp. 234/235),
>textualmente: << (...)

Faz muito bem em querer ler esses livros. O livro do Brian
Greene eu já li e é muito bom, pode ler sem medo!

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Paz na terra e ...
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/12/2002 21:24


>Em tempo: Obviamente estou incluindo entre os "cientistas ou não" os
>físicos
>quânticos. Adivinhem em que categoria:
> a) cientistas;
> b) não cientistas;
> c) indeterminado;
> d) nenhuma das anteriores.

Não existe "físico quântico". Não há essa especialidade na
física, da mesma forma que não existe "físico clássico".

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Re: Física: neutrino p/ Lígia
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/12/2002 21:32

Olá, Lígia! Grato pelos comentários. As dúvidas quanto a identificação entre um neutrino e um anti-neutrino permanecem. Em compensação, Roberto Belizário escreveu um outro artigo sobre os átomos resfriados próximo do zero absoluto, se movimentam bem mais lentamente que o normal cerca de 1km/h. Talvez seja mais emocionante do que as colisões de que vc tanto gosta na Física.
Veja anexo a seguir.
[]s
José Renato
________________________________

[ Com os átomos frios, pode-se, por exemplo, assistir dois átomos juntando-se e formando uma molécula, e observar detalhes do fenômeno. "Os átomos frios estão tão lentos que permitem observar detalhes que em geral revelam coisas fantásticas sobre o que entendemos e o que achávamos que entendíamos", avalia Bagnato. "A formação de moléculas", continua, "é um dos processo mais básicos que conhecemos, porque a natureza é feita não de átomos isolados, mas de aglomerados. Entender o processo de formação de moléculas sempre foi e sempre será um assunto importante dentro do ramo da física, da química, etc." ]

Vejam artigo completo a seguir.
[]s
José Renato
_____________________

Radar da Ciência
< http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid1039441368,75528, >
Segunda, 9 de Dezembro de 2002
Categoria: Fisica
Nível: Intermediário
Átomos frios: fonte de novas descobertas
por: Roberto Belisário
Redator no Labjor/Unicamp
Muitas vezes tem-se a impressão de que os físicos já sabem quase tudo a respeito dos átomos e das moléculas. Conhecem sua estrutura, seu espectro, sabem prever os fenômenos envolvidos, sabem como relacioná-los com as propriedades dos objetos macroscópicos. A fronteira da ciência estaria nos extremos: nas partículas elementares e na imensidão cósmica.

Mas há e continuará havendo por muito tempo muita ciência de fronteira no nível atômico e molecular. Na verdade, pode-se mesmo dizer que a época atual testemunha uma efervescência nesse campo, por causa de uma nova técnica laboratorial de abordagem, identificada genericamente sob o nome "átomos frios", que abriu novas possibilidades de estudo e vem produzindo conhecimentos inteiramente novos sobre átomos e moléculas desde o primeiro experimento feito com ela, em 1985.

Como o nome indica, trata-se do estudo de gases extremamente frios, a décimos de milionésimos de grau acima do zero absoluto - a menor temperatura possível. Existe um limite para as temperaturas baixas (mas não para as altas) porque o calor é uma forma de energia; portanto, pode-se retirar calor apenas até o momento em que toda a energia térmica é retirada. Essa situação corresponde a uma temperatura limite de -273,15°C. Esta é a temperatura mais baixa que se pode alcançar.

As temperaturas muito baixas facilitam o estudo dos átomos porque a temperatura de um gás é, em última análise, uma medida indireta da velocidade média dos seus átomos. Quanto maior a temperatura, mais agitados estão os átomos, colidindo-se entre si e com as paredes de um eventual recipiente, e sendo atirados para todos os lados pelas colisões, incessantemente. As moléculas do ar movem-se a uma velocidade de cerca de 4.000 km/h. Porém, a um milionésimo de grau acima do zero absoluto, átomos de hidrogênio movem-se a cerca de apenas 1 km/h.

É difícil estudar átomos muito velozes; há muito pouco tempo para observá-los. Com átomos lentos, tudo fica mais fácil. Por isso, com os "átomos frios" consegue-se observar fenômenos que normalmente não se poderia em situações normais. Esta é a razão de tantas portas abertas pela nova técnica.

O gás é resfriado a temperaturas extremamente baixas agindo-se diretamente sobre a velocidade dos átomos: a idéia principal é colocar um grupo de átomos no ponto de encontro de três pares de lasers dispostos perpendicularmente. A pressão da luz dos lasers é suficiente para frear os átomos (vide subtítulo "Freando átomos com luz", abaixo).

No Brasil, as principais pesquisas de ponta na área estão sendo feitas no Instituto de Física da USP em São Carlos, pelo grupo liderado pelo professor Vanderlei Salvador Bagnato. As pesquisas estão inseridas em um programa mais amplo, que constitui o Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (CePOF), que inclui diversas investigações em pesquisa básica e tecnológica envolvendo luz: fibras ópticas, amplificadores ópticos, lasers, etc.

Choques entre átomos

Algumas das "coisas inéditas" mencionadas pelo pesquisador estão sendo investigadas nos laboratórios de São Carlos. Um exemplo refere-se ao estudo das colisões atômicas e moleculares, um campo pouco conhecido da mídia, mas que é responsável por uma boa parte das publicações sobre física atômica e molecular a cada ano. Algumas grandes publicações científicas da física, como a Physical Review, dos EUA, possuem uma seção exclusivamente dedicada a colisões atômicas e moleculares. Esses estudos têm diversas aplicações tecnológicas, como a fabricação de chips de computador.

Porém, quase nenhum desses estudos discrimina o que acontece durante a colisão, pois esta é muito rápida. Com os átomos frios, pode-se, por exemplo, assistir dois átomos juntando-se e formando uma molécula, e observar detalhes do fenômeno. "Os átomos frios estão tão lentos que permitem observar detalhes que em geral revelam coisas fantásticas sobre o que entendemos e o que achávamos que entendíamos", avalia Bagnato. "A formação de moléculas", continua, "é um dos processo mais básicos que conhecemos, porque a natureza é feita não de átomos isolados, mas de aglomerados. Entender o processo de formação de moléculas sempre foi e sempre será um assunto importante dentro do ramo da física, da química, etc."

O grupo de óptica de São Carlos é um dos grupos mais ativos do país na área das colisões. "Cada experimento que fazemos", diz Bagnato, "permite descobrir que não entendemos tanto quanto achávamos que entendíamos - temos, por assim dizer, todo dia descoberto alguma coisa nova." Atualmente, o grupo está investigando o que acontece quando átomos diferentes constituem uma molécula. "Temos sido capazes de observar coisas extremamente interessantes - uma delas é quais são os mecanismos pelos quais os átomos liberam energia para formar moléculas".

Condensação de Bose-Einstein

Uma das conseqüências mais interessantes do resfriamento extremo de um conjunto de átomos é que esses átomos deixam de se comportar como "bolinhas" andando de um lado a outro e colidindo entre si - o que se chama "visão clássica" -, e passa a se comportar no âmbito da mecânica quântica, onde essa visão corpuscular do átomos não mais se aplica. A mecânica quântica diz que todas as partículas comportam-se de maneira dual, ora como corpos localizados, ora como ondas. O comportamento corpuscular, entretanto, torna-se cada vez mais evidente à medida que as energias e as massas dos objetos aumentam, em detrimento do comportamento ondulatório. É praticamente impossível detectar comportamentos ondulatórios de uma cadeira, por exemplo. Mas, em elétrons, fótons, etc., esse comportamento é muito evidente. Em átomos, é menos evidente, mas ele torna-se crucial em temperaturas próximas do zero absoluto. "Isso é uma manifestação macroscópica da mecânica quântica. Toda vez que ela se manifesta, algo surpeendente acontece", diz Bagnato. Exemplos: a supercondutividade (condutores perfeitos, sem nenhuma resistência elétrica), a superfluidez (líquidos sem nenhuma viscosidade), etc.

Uma dessas coisas surpreendentes recebeu razoável impacto na mídia recentemente, pois deu um prêmio Nobel a três físicos, em 2001: a condensação de Bose-Einstein. Nessa situação, os vários átomos passam a se comportar como se fossem uma única entidade. Trata-se, na verdade, de um novo estado da matéria, além dos conhecidos sólido, líquido e gasoso. Mas ainda não se sabe com o que se parece um pedaço de matéria nessa situação. Descobrir isso não é fácil, por causa das temperaturas necessárias: demoraram 70 anos para que fosse confirmada a previsão do fenômeno, feita por Albert Einstein, a partir dos estudos de Nathan Bose, em 1925. Mais alguns anos se passarão até que se consiga determinar as propriedades da matéria nesse novo estado.

Apesar de ser extremamente frio, o condensado de Bose-Einstein não é um estado físico além do estado sólido: só se pode chegar a ele mantendo a matéria no estado gasoso até as temperaturas necessárias.

Na verdade, o principal do que está sendo investigado em São Carlos e no resto do mundo não é exatamente as propriedades de um condensado de Bose-Einstein, mas algo ainda mais excitante: a passagem do estado normal para o condensado; ou seja, o que acontece com um gás passando do regime clássico para o quântico. Isso é uma investigação particularmente interessante, porque a mecânica quântica e a clássica possuem previsões tão diferentes uma da outra que é tentador confrontá-las em uma situação intermediária.

Mais possibilidades

Há várias outras portas abertas pela nova técnica. Uma delas relaciona-se com a nanotecnologia - uma nascente área de pesquisa que envolve dispositivos do tamanho de apenas algumas dezenas de átomos, levando mais um passo adiante a miniaturização da tecnologia que já produziu tantos sucessos. Por serem tão pequenos, muitas vezes é necessário construir tais dispositivos átomo por átomo. As técnicas de resfriamento permitem um domínio bem maior sobre os átomos, e, com isso, poder dispô-los da forma que se deseja.

Outro candidato para aplicação dos átomos frios são os computadores quânticos, uma nova tecnologia para computadores ainda não implementada, mas bastante promissora. O principal problema técnico é que esses computadores dependem de átomos em certos estados físicos previstos pela mecânica quântica, chamados estados emaranhados, que são extremamente instáveis, e podem ser destruídos por perturbações minúsculas. Segundo Bagnato, os gases frios são candidatos naturais para constituírem esses computadores, pois, quanto menor a temperatura, mais estáveis os estados emaranhados ficam.

Na USP de São Carlos, pesquisa-se também a construção de relógios atômicos (relógios de grande precisão que usam radiação nuclear para marcar o tempo) usando átomos frios. Segundo Bagnato, os relógios fabricados com essa técnica possuem precisão muito superior aos relógios atômicos disponíveis atualmente. Tais aparelhos podem ser úteis para diversas aplicações, desde a medição de fenômenos cosmológicos e relativísticos (há diversos fenômenos nessas áreas previstos pela teoria mas ainda não confirmados, como a existência do gráviton e de ondas gravitacionais), até posicionamento de satélites artificiais.

Freando átomos com luz

Como obter temperaturas da ordem de décimos de milionésimos de grau acima do zero absoluto?

Em geral, o resfriamento de objetos é feito de diversas formas "indiretas", através do contato com objetos ainda mais frios - como quando colocamos alimentos no congelador -; através de fenômenos que absorvem energia do meio circunvizinho - como quando nos refrigeramos com vento (o vento acelera a evaporação da umidade na superfície da pele, e a evaporação é um fenômeno que retira energia do meio ao seu redor, resfriando-o) -, ou, ainda, diminuindo a pressão - como quando se obtêm gases líquidos em laboratório. No caso dos átomos frios, porém, o resfriamento é feito agindo-se diretamente sobre a velocidade dos átomos.

Para isso, usa-se um método engenhoso, que aproveita um fenômeno comum a todos os átomos e moléculas: a absorção e emissão de fótons. Quando se incide uma fonte luminosa - um laser, por exemplo - sobre um grupo de átomos, eles podem absorver os fótons que constituem essa luz. Mas isso só se dá quando a luz tem uma cor muito precisa, pois os átomos só absorvem fótons com energias muito específicas (a energia de um fóton é diretamente proporcional à sua freqüência, que define sua cor). Cada tipo de átomo absorve em um conjunto específico de freqüências possíveis. Por isso a preferência por lasers, que têm freqüências bem específicas, ao contrário da luz solar (basta olhar para um arco-íris para comprovar-se que a luz solar é composta de várias cores).

Uma vez absorvido um fóton, o átomo fica com um excesso de energia, que é emitido espontaneamente algum tempo depois, geralmente uma fração de segundo (materiais luminescentes, como o usado em interruptores de luz, podem reemitir após horas a luz recebida e absorvida, e por isso brilham no escuro). Essa emissão também se dá em freqüências específicas, as mesmas da emissão (existem freqüências, entretanto, nas quais o átomo absorve, mas praticamente não emite).

A chave do uso da absorção e da emissão é que, quando o átomo absorve um fóton, ele sofre um recuo - tal e qual uma pessoa que, ao tentar segurar um objeto pesado lançado contra ela, é atirada para trás. Mas os átomos não permanecem com o excesso de energia muito tempo, emitindo o fóton espontaneamente. Sofre, portanto, outro recuo - porém, como o novo fóton é lançado em uma direção qualquer, em geral o novo recuo é em uma direção diferente do primeiro. Assim, a componente da velocidade do átomo na direção do laser, diminui. Com três pares de lasers, dispostos em três direções perpendiculares entre si, é possível fazer com que os átomos diminuam progressivamente de velocidade nas três direções, à medida que recebem e emitem fótons. Como a velocidade média dos átomos está diretamente ligada à temperatura do conjunto de átomos, isso faz com que a temperatura abaixe. Com essa técnica e alguns artifícios adicionais para driblar certos efeitos indesejáveis (como o fato de os fótons poderem também acelerar inadvertidamente átomos em baixa velocidade), é possível reduzir a temperatura a níveis extremos, como décimos de milionésimos de grau acima do zero absoluto.

Uma exposição muito compreensível sobre como se alcançam tais temperaturas e como se obtém o condensado de Bose-Einstein encontra-se neste site da Universidade do Colorado, em Boulder (EUA): http://www.colorado.edu/physics/2000/bec/

Baseado em:Entrevista com Vanderlei Salvador Bagnato

_____________________separador de mensagem original

----- Original Message -----
From: Ligia Amorese
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, December 17, 2002 1:31 AM
Subject: [ciencialist] Re: Física: neutrino p/ Lígia


--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> Olá, Lígia! No site indicado por Roberto Belizário é mencionado que
o neutrino oscila em mutação nos três tipos(!?), o que fica difícil
afirmar que apenas o neutrino-múon - da segunda família de matéria -
foi detectado. De onde vc obteve essa informação específica que só
neutrinos-múons foram identificados, no caso dessa última experiência
publicada?

Olá José Renato!

Olha, acabei de ler as mensagens do Belisário... eu não as tinha
lido antes pelo fato de estar acessando a lista de um cyber-
cafe "marretinha" que demorava éons para carregar cada mensagem mas
enfim, agora que eu já li, podemos trocar idéias.

Eu obtive a informação sobre a identificação da massa dos neutrinos-
múon num programa que eu assisti no sábado dia 14/12. Coincidência:
quando eu fui ao cyber-cafe eu estava com a idéia de postar alguma
coisa referente ao que eu havia assistido no programa e foi por isso
que eu fui direto na sua notícia! O programa chama-se "O Sol" e
passou no National Geografic Channel. Muito interessante, fala entre
outras coisas do emudecimento do SOHO há algum tempo e também mostra
o SuperKamiokande, o detetor de neutrinos num "tonel" de toneladas de
água pura escavado na rocha nas montanhas do Japão. Entre outras
coisas, comenta a respeito dos neutrinos-múon.

Muito bem, para não ser repetitiva já que um site sobre física de
partículas é capaz de dar informações muito mais precisas a respeito
dos neutrinos, vamos dizer que os neutrinos-múon sejam uma das 3
variantes dos neutrinos, normalmente aassociados à fusão nuclear. E
esse neutrino já havia sido "previsto" como sendo portador de algum
tipo de massa. Só para falar um pouquinho: os múons são partículas
carregadas energeticamente que constantemente bombardeiam a terra e
que são detectáveis mesmo no nível do mar (normalmente partículas
energéticas são apenas detectáveis em cumes altos de montanhas onde a
atmosfera é mais rarefeita, permitindo que tais partículas não
decaiam em outras pelo contato com as moléculas do ar mais "denso" da
baixa atmosfera). Quando se fala em um neutrino-múon, fala-se
justamente de neutrinos que "compõem" múons. Praticamente todas as
partículas energéticas são conhecidas a partir das partículas
que "surgem" quando de seu decaimento. No caso do que foi
apresentado no programa, a ênfase quanto ao neutrino-múon adveio do
fato dele ser teoricamente mais fácil de ser detectável pelo fato do
múon atravessar a atmosfera praticamente sem sofrer decaimento e
portanto possuír maior energia cinética quando de sua detecção e
consequentemente maiores chances de atigirem átomos nas moléculas de
água do SuperKamiokande.


> O que está me intrigando é que a notícia fala em antineutrino!
Como, até onde eu sabia, os neutrinos tem carga elétrica nula/zero, e
sabendo que é o sinal da carga que diferencia o elétron do pósitron
(que pode ser chamado de elétron da antimatéria) visto que suas
massas e spins são iguais, fica a questão: como seria identificado o
antineutrino?

O antineutrino "aparece" teoricamente justamente quando do
decaimento de "anti-elétrons" ou pósitrons, ou do decaimento
de "anti-prótons" ou elétrons. Pelo fato dos neutrinos não terem
carga elétrica (são neutros como o próprio nome indica), a natureza
deles está intimamente ligada ao que os origina. Um anti-neutrino
surge quando do decaimento de uma anti-partícula.

OBS: Uma das coisas que eu mais gosto em física de partículas é
justamente esse lado destruidor: arremessam-se partículas em
altíssima velocidade e com níveis altíssimos de energia umas com as
outras e observa-se os resultados das colisões. Parecem aquelas
corridas de carros de demolição!

Beijos, Lígia

> Abraços.
> José Renato
> ET. Anexo comentário de Belisário logo abaixo.

Beleza de comentário, sem dúvida!





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fwd: [sigma91] Simplificando
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: people_pop@yahoogroups.com, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2002 00:12



---------- Mensagem encaminhada ----------

Subject: [sigma91] Simplificando
Date: Tue, 17 Dec 2002 14:52:13 -0800 (PST)
From: Pedro Pontual <pontualp@yahoo.com>
To: pontualp@yahoo.com

SIMPLIFICANDO

Muitos textos científicos são escritos em uma
linguagem de difícil compreensão para o grande
público. É necessário simplificá-los, tornando-os mais
acessíveis ao público em geral.

Observem os estágios da SIMPLIFICAÇÃO.

TEXTO ORIGINAL:

O dissacarídeo de fórmula C12H22O11, obtido através da
fervura e da evaporação de H2O do líquido resultante
da prensagem do caule da ramínea Saccharus
officinarum, Linneu, isento de qualquer outro tipo de
processamento suplementar que elimine suas impurezas,
quando apresentado sob a forma geométrica de sólidos
de reduzidas dimensões e arestas retilíneas,
configurando pirâmides truncadas de base oblonga e
pequena altura, uma vez submetido a um toque no órgão
do paladar de quem se disponha a um teste
organoléptico, impressiona favoravelmente as papilas
gustativas, sugerindo a impressão sensorial
equivalente provocada pelo mesmo dissacarídeo em
estado bruto que ocorre no líquido nutritivo da alta
viscosidade, produzindo nos órgãos especiais
existentes na Apis mellifica, Linneu. No entanto, é
possível comprovar experimentalmente que esse
dissacarídeo, no estado físico-químico descrito e
apresentado sob aquela forma geométrica, apresenta
considerável resistência a modificar apreciavelmente
suas dimensões quando submetido a tensões mecânicas de
compressão ao longo do seu eixo em conseqüência da
pequena deformidade que lhe é peculiar.

PRIMEIRO ESTÁGIO DA SIMPLIFICAÇÃO

A sacarose extraída da cana de açúcar, que ainda não
tenha passado pelo processo de purificação e refino,
apresentando-se sob a forma de pequenos sólidos
tronco-piramidais de base retangular, impressiona
agradavelmente o paladar,lembrando a sensação
provocada pela mesma sacarose produzida pelas abelhas
em um peculiar líquido espesso e nutritivo.
Entretanto, não altera suas dimensões lineares ou suas
proporções quando submetida a uma tensão axial em
conseqüência da aplicação de compressões equivalentes
e opostas.

SEGUNDO ESTÁGIO DA SIMPLIFICAÇÃO

O açúcar, quando ainda não submetido à refinação
e,apresentando-se em blocos sólidos de pequenas
dimensões e forma tronco-piramidal, tem sabor
deleitável da secreção alimentar das abelhas; todavia
não muda suas proporções quando sujeito à compressão.

TERCEIRO ESTÁGIO DA SIMPLIFICAÇÃO

Açúcar não refinado, sob a forma de pequenos
blocos,tem o sabor agradável do mel, porém não muda de
forma quando pressionado.

QUARTO ESTÁGIO DA SIMPLIFICAÇÃO

Açúcar mascavo em tijolinhos tem o sabor adocicado,
mas não é macio ou flexível.

ESTÁGIO FINAL DA SIMPLIFICAÇÃO

Rapadura é doce, mas não é mole, não!


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2002 01:10

On 16 Dec 2002 at 17:05, rmtakata wrote:


> Na gente mais jovem ate' qtos anos?

Desculpe a imprecisão. Falo dos adolescentes e adultos jovens (entre 25 e
30 anos), com maior freqüência entre os adolescentes. Estes dados são
bastante viciados. No entanto os psicanalistas informamos nos nossos
congressos que esta é uma realidade de consultorios. Não sabemos
quantos já existiam quietos e sem consultar. Além disso, as consultas
nunca são motivadas pela orientação sexual.

> Aqui tbm e' preciso tomar cuidado com a passagem do 'alguns' para
> o 'em geral'.

Eu usei a expressão "em geral"? Se está na mensagem, falo da realidade
dos consultorios privados. Se não está na mensagem, Vc. pensa que me
deve recordar isto? Acaso me sugere que incorra no erro ou me ralha antes
de que eu o cometa?

> O fenomeno e' circunscrito?

Sim. É um dado dos consultorios psicanalíticos do mundo ocidental
(inclua-se Japão e Coréia do Sul). Amplamente constatado nos EEUU e
Europa (sempre no âmbito dos consultorios psicanalíticos). Em realidade
existem mais de 200.000 consultorios privados psicanalíticos no mundo
ocidental. Não creio que ninguém se interesse pelo aumento da orientação
bissexual dos adolescentes do mundo atual (ocidente) porque
aparentemente isto não tem nenhuma influência na saúde pública. Tenho a
impressão (não posso ser preciso) de que seria tão importante preocupar-
se com isso como preocupar-se pelo uso de sabonete.

[ ]s

Marco Aurelio





SUBJECT: Re: [ciencialist] Paz na terra e ...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/12/2002 01:24

----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto"
Sent: Tuesday, December 17, 2002 8:24 PM
Subject: Re: [ciencialist] Paz na terra e ...

> Não existe "físico quântico". Não há essa especialidade na
> física, da mesma forma que não existe "físico clássico".

Eu poderia até concordar, mas diria também que existem pessoas --que não sei
se seriam físicos ou não-- que estudam o que chamam "tunelamento quântico",
"teletransporte quântico", "computador quântico" e outras asneiras quânticas
que vivem rebatizando como tais. A megalomania e/ou a ignorância em
lexicologia desses quânticos é algo sem igual na história da ciência. Alguns
chegam mesmo a chamar o microcosmo por "mundo quântico". Se são físicos ou
não, deixo o julgamento a critério da história, mas certamente são quânticos
assumidos. Não vejo mal algum em chamá-los por "físicos" quânticos para, sem
ofendê-los, distinguí-los de outros físicos não tão megalomaníacos.

Aliás, em acordo com a sua maneira de pensar, e por motivos idênticos, já
afirmei, na msg 10500 da Ciencialist de 03/julho/2001, que não existem
efeitos ou fenômenos quânticos:

"Eu diria que são fenômenos que comportam uma explicação quântica, mas
jamais que são fenômenos quânticos. Isto cheira-me a lavagem cerebral. Por
exemplo, se o 'teletransporte' de fótons, anunciado recentemente por nossa
mídia, tivesse sido realizado 10 anos atrás, ele teria ido contra os
fundamentos da física quântica de então. Hoje já estão chamando o mesmo como
'teletransporte quântico'. E logo mais irão citar este 'fenômeno quântico'
como uma das miraculosas previsões da teoria quântica. O Popper deve estar
se remoendo em seu túmulo."

Mais sobre o que penso a respeito do assunto pode ser lido em "Questionando
a Física Quântica, em http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/qfq.htm

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2002 04:49

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu

Takata: Um ponto interessante q. destaco: "These subjects, despite
their `gender-disordered' upbringing, tend to be sexually attracted
to females." -- Isso faz certo sentido na medida em q. considerarmos
q. a exposicao intrauterina a determinados hormonios sexuais influem
no desenvolvimento de certas areas cerebrais e q. essas areas possam
ter alguma relacao com a futura orientacao sexual. Certas regioes do
cerebro sao aparentemente respondentes 'a testosterona (e nao 'a
diidro-testosterona) -- curiosamente pela transformacao local em um
estrogenio. Mas mesmo com a confirmacao disso a psicanalise freudiana
nao caira' por terra.

Manuel: Gostaria muito de saber como é que os pesquisadores que você
cita explicam, com base no resultado de suas experiências, o
comportamento dos bissexuais assumidos, na maioria dos casos homens
nem um pouco afeminados e mulheres não masculinizadas. Será que um
bissexual deste tipo possui tanto a estrutura cerebral do macho
quanto da fêmea, só que num estado de superposição quântica? E olha
que em muitas culturas (não só entre os gregos e romanos antigos, mas
também entre os egípcios, os povos da mesopotâmia, etc.) a
bissexualidade não só era a regra como a paixão amorosa era mais
comum entre casais homossexuais. Os resultados dessas pesquisas
lançam alguma luz sobre o comportamento sexualmente ambíguo desses
povos? Seriam eles humanos, bonobos ou deuses astronautas?

E já que se falou nas drosófilas, falemos agora dos bonobos, nossos
parentes mais próximos. Nesta espécie, é comum machos consorciados
beijarem-se na boca. Num ensaio de Drauzio Varella sobre macacos, ele
escreve: "Depois dos conflitos, os machos [bonobos] costumam se
reconciliar. Como nas fêmeas, a estratégia escolhida é a sexual: os
machos se aproximam de costas e esfregam os testículos nos testículos
do outro, para lá e para cá. Ou, então, cruzam os pênis eretos como
se fossem espadas. Procedem da mesma maneira para aliviar a tensão do
encontro com um macho estranho, ou da excitação que antecede a
distribuição de comida em cativeiro." A diferença com relação à
prática homossexual masculina entre humanos é a inexistência, entre
os bonobos, de penetração ou coito anal: "Apesar desses contatos
genitais e de os machos mais velhos masturbarem os juvenis,
penetração homossexual nunca foi documentada nos bonobos." Já as
fêmeas bonobas, é comum, entre elas, o tribadismo ou esfregação
gênito-genital ('oka-oka'). A propósito, esse tipo de contato
homossexual também é normal entre as fêmeas dos macacos japoneses,
que têm em comum com as bonobas o fato de cooperarem na criação e
defesa dos filhotes, bem como na mútua defesa contra machos
violentos. Parece-me claro a existência de um vínculo estreito entre
o desenvolvimento da cooperação entre indivíduos do mesmo sexo e a
generalização do relacionamento homossexual. (leões podem estabelecer
consórcios para caçar ou para se apossar do harém de outros leões. O
interessante é que esses leões consorciados freqüentemente mantêm
entre si relações homossexuais.)

A pergunta que fica é: a estrutura cerebral de um bonobo é de macho
ou de fêmea? Ou, assim como os gregos e romanos antigos, os sambias
da Nova Guiné entre outros povos, teriam eles também ambas as
estruturas, só que num estado de superposição quântica? É preciso que
esses pesquisadores expliquem isso antes de concluir qualquer coisa.

Vão ter que explicar também o fato de existirem mulheres homossexuais
cuja forma de obter prazer é exclusivamente feminina ou `passiva' (as
fadas), e de existirem homossexuais masculinos
exclusivamente `ativos'.

Como falei em mensagens anteriores, bissexualidade não significa co-
dominância dos pólos masculino e feminino. Fatores genético-
constitucionais, mas sobretudo culturais, determinam, no indivíduo
adulto, a dominância de um pólo da sexualidade em relação ao outro. O
próprio Freud fala em 'resíduo' de feminilidade no homem adulto e de
masculinidade na mulher madura. Resíduo. Esse resíduo ou pulsão
parcial, sublimada ou não, desgenitalizada ou não, fornece a base
neuroquímica sobre a qual outros tipos de relações sociais se
desenvolvem, como, por exemplo, relações de hierarquia e de
cooperação. É assim entre os leões, chimpanzés, bonobos e macacos
japoneses. Não sei porque não seria entre os humanos, animais
altamente cooperativos e entre os quais a baitolagem e o lesbianismo,
enrustido ou não, ritualizado ou não, é igualmente endêmico, se não
mais.

Desordens hormonais intra-uterinas talvez explique o hermafroditismo
e alguns casos (não todos os casos) de inversão total da orientação
sexual: gays exclusivamente passivos e lésbicas exclusivamente
ativas; mas mesmo nesses indivíduos deve subsistir resíduo da
orientação sexual contrária. Ademais, não se deve esquecer que o
processo de sexualização do Sistema Nervoso Central permanece por um
longo tempo após o nascimento. Na verdade, atravessa toda a primeira
infância. Tanto que, logo depois de nascer, verifica-se no bebê uma
descarga violenta de hormônios sexuais: a quantidade de testosterona
no sangue torna-se igual a de um adulto, e assim permenece por cerca
de oito meses, depois diminui lentamente até atingir, por volta do
sexto ano de vida, um nível muito baixo. Vale dizer, uma longa etapa
do processo de sexualização do SNC realiza-se fora do útero e em
interação com o meio, isto é, sofrendo a influência determinante do
ambiente social (da família). Fatores ambientais – como, por exemplo,
determinadas formas de relacionamento com os outros indivíduos,
sobretudo os adultos – podem induzir alterações hormonais
significativas com conseqüências permanentes e irreversíveis, dado
que essas quantidades alteradas vão agir sobre um sistema nervoso
ainda em formação. "O rato macho jovem (Mus musculus), exposto à
urina de machos adultos, que contém testosterona, amadurece e se
converte num adulto de peso inferior, com órgãos reprodutores
menores." (Lynn Margulis) Entre os sagüis, a proximidade entre machos
adultos e jovens inibe, nestes últimos, a produção de testosterona.
Se, por alguma razão (condições de cativeiro ou superpovoamento),
essa relação de proximidade permanece, os machos jovens tendem a
tornar-se adultos subdesenvolvidos, feminilizados e, em alguns casos,
com genitália atrofiada. Castrações químicas deste tipo, resultados
de difícil reversão (talvez irreversíveis) da ação do `social' sobre
o `psíquico' e deste sobre o `somático', muito provavelmente também
ocorrem entre os homens e durante a infância. Só que, no caso humano,
a intermediação do psiquismo é muito mais complexa, haja vista o
nosso poder de abstração, a capacidade de simbolização e a faculdade
da linguagem.

Nos orangotangos machos, mudanças somáticas estruturais por meio de
alterações hormonais - induzidas pelo ambiente - são possíveis mesmo
depois de o indivíduo ter-se tornado adulto fértil (há casos de
orangotangos em cativeiro que permaneceram como `subadultos' férteis
por mais de 18 anos). Também entre os seres humanos adultos (homens e
mulheres), embora não tanto quanto na infância e na puberdade, as
secreções hormonais continuam sujeitas a grandes variações
determinadas por fatores sociais, isto é, a relação entre hormônios
sexuais continuam bastante flexíveis. Derrotas e vitórias, fracassos
e sucessos podem alterar para menos ou para mais a quantidade de
testosterona no sangue, diminuindo ou aumentando a virilidade e o
desejo sexual. Podem, também, enfraquecer ou fortalecer o pólo
dominante (ativo ou passivo) da sexualidade e, talvez, até mesmo
inverter a orientação sexual. Isso não significa que, no adulto, as
variações hormonais provoquem mudanças neurológicas de caráter
estrutural. Creio que as alterações qualitativas que elas podem
determinar são de ordem psicológica ou mental. Portanto, reversíveis.

[]s,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2002 09:01

--- Em ciencialist@y..., "Marco A. Andrade" <clave@s...> escreveu
> Desculpe a imprecisão. Falo dos adolescentes e adultos jovens
> (entre 25 e 30 anos), com maior freqüência entre os adolescentes.

Ha' ta', adolescentes...

> > Aqui tbm e' preciso tomar cuidado com a passagem do 'alguns' para
> > o 'em geral'.
>
> Eu usei a expressão "em geral"?

A imprecisao aqui foi minha. Eu apenas digo q. temos q. tomar cuidado
se quisermos tentar generalizar isso. Em sendo um fenomeno
circunscrito, embora nao deixe de ser algo talvez digno de um estudo
socio-bio-antropologico, seguramente teria menos chance de se referir
a um mecanismo basico da psicologia humana.

A ligacao disso e' q. vc entrou na discussao do Bulcao comigo a
respeito dos processos e mecanismos q. levam 'a orientacao sexual na
idade adulta. Bulcao sustenta q. ha' um default ontogenetico nos
humanos q. levam 'a bissexualidade -- o heterossexualismo e o
homossexualismo seriam variacoes a partir da bissexualidade basica.

Se tentarmos utilizar esse dado para inferir algo a respeito da
sexualidade 'basica' humana -- tto a de um default bissexual como um
default heterossexual -- teremos q. fazer uma generalizacao e ai'
temos q. ter cuidado. A generalizacao nao e' impossivel, mas
apresenta vulnerabilidades (e perigos no q. diz respeito a
preconceitos).

> > O fenomeno e' circunscrito?
>
> Sim.

Ok, em adolescentes ocidentais contemporaneos... Interessante.
Pena q. nao dê pra fazer uma estatistica ou inferir mais precisamente
sobre a correspondencia disso na fracao na populacao.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: [RN] MISCIGENACAO BRASILEIRA
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alexandre.medeiros@consultmail.net>
TO: 'Ciencialist' <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/12/2002 09:24

Pesquisa demonstra a complexa miscigenação que compõe o povo brasileiro

Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT455720-1660,00.html

Uma pesquisa brasileira que foi publicada numa das mais conceituadas
revistas
científicas do mundo, a "Proceedings of the National Academy of Sciences"
(PNAS), mostra que o povo brasileiro é realmente composto pela miscigenação.
Os cientistas utilizaram um método de se analisar os genes que não eram
ligados ao sexo, dando resultados muito mais abrangentes com relação aos
antepassados do indivíduo.

Com isso, ficou provada a complexa composição genética dos brasileiros, na
qual a aparência deixa de ser uma características de determinação de raças.
A pesquisa mostra que o branco brasileiro apresenta composições diferentes
dos portugueses, assim como os negros daqui em relação aos africanos.

O coordenador do estudo, Sérgio Danilo Pena, professor titular da
Universidade
Federal de Minas Gerais e presidente do Núcleo de Genética Médica, afirma
que
a pesquisa foi concentrada no Sudeste, mas que os resultados se enquadram
perfeitamente no restante do país, mesmo no Sul e no Nordeste, onde se
concentram uma grande quantidade de descendentes de europeus e africanos.
Pena
conclui que 'cor de pele não conta a história da ancestralidade de uma
pessoa'.

Outro diferencial do estudo é que ele vai de encontro aos conceitos
elaborados
por levantamentos que levam em conta a aparência, mostrando suas limitações.
Pena ressalta o intenso grau de mistura, demonstrando isso com dados. 'No
Sudeste, onde a miscigenação é maior, o homem negro tem, em média, 49% de
ancestralidade não-africana', afirmou.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2002 09:52

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Gostaria muito de saber como é que os pesquisadores que
> você cita explicam, com base no resultado de suas experiências, o
> comportamento dos bissexuais assumidos, na maioria dos casos homens
> nem um pouco afeminados e mulheres não masculinizadas.

Tbm gostaria. Mas, a meu ver, esses individuos nao necessariamente
vao contra a hipotese de uma pre-definicao precoce da orientacao
sexual, com tendencia 'a heterossexualidade.

(De todo modo, nao foi objetivo dos pesquisadores explicarem o
bissexualismo.)

Como uma hipotese ad hoc -- talvez ja' haja estudos sobre isso -- em
sendo os niveis de hormonios no ambiente intra-uterino responsaveis
pela definicao previa (q eventualmente pode ser modificada), niveis
intermediarios podem produzir resultados intermediarios. E/ou a
bissexualidade pode ser uma sobreposicao pos-natal sobre a orientacao
intra-uterina.

De certa forma, essa hipotese pode estar mais de acordo com a
observacao: a heterossexualidade ou mesmo a homossexualidade e'
predominante em relacao 'a bissexualidade. (Embora haja alguns
problemas com a definicao dos termos, pessoas q. gostam do sexo
oposto, mas q. eventualmente incursionam em relacoes homossexuais e'
bissexual? Ou o caso inverso, ha' homossexuais assumidos q. tiveram
filhos -- mas aparentemente nenhum relacionamento afetivo maior com o
pai ou a mae do filho.)

> Será que um bissexual deste tipo possui tanto a estrutura cerebral
> do macho quanto da fêmea, só que num estado de superposição
> quântica?

Talvez, em principio, nada impediria.

> E olha que em muitas culturas (não só entre os gregos e romanos
> antigos, mas também entre os egípcios, os povos da mesopotâmia,
> etc.) a bissexualidade não só era a regra como a paixão amorosa era
> mais comum entre casais homossexuais. Os resultados dessas
> pesquisas lançam alguma luz sobre o comportamento sexualmente
> ambíguo desses povos? Seriam eles humanos, bonobos ou deuses
> astronautas?

Certamente humanos. (E' preciso ver bem se era a regra mesmo ou
apenas relativamente comum ou apenas relativamente comum entre a
classe dominante q. deixou registros escritos, etc... Entre a nobreza
e' comum o casamento consanguineo e teremos um amplo registro
historico de tais enlaces, nao quer dizer q. entre a plebe a pratica
fosse comum ou tao comum.) E' preciso fazer uma analise mais
detalhada do caso. Muitas culturas nao quer dizer maioria das
culturas. E maioria das culturas nao quer dizer biologicamente
determinado ou ser o estado de default ontogenetico. E ser culturas
(temporalmente) antigas nao quer dizer q. sao condicoes biologicas
ancestrais. Muitas culturas por outro lado abominam o
homossexualismo, por exemplo.

Mas se se utilizarmos os exemplos acima, estabelecida a sua
confiabilidade e generalidade, para dizer: o default ontogenetico nao
deve ser a heterossexualidade, pois nao houve mudancas no ambiente
intra-uterino nesse periodo, evidenciando o carater cultural e assim
pos-uterino. Devemos ter em mente, tirando o fato de q. nao sabemos
se nao houve realmente alteracoes no ambiente intra-uterino (ha'
indicios de q. pelos atualmente pode haver certas modificacoes --
como contaminacao por hormonios exogenos), q. pode muito bem
sustentar a leitura: houve mudanca cultural e, em vez de ser a
cultura atual quem guia para o polo da heterossexualidade, seriam
essas culturas 'antigas' que sobrescrevia a tendencia inata 'a
heterossexualidade, levando 'a manifestacoes bissexuais.

> E já que se falou nas drosófilas, falemos agora dos bonobos, nossos
> parentes mais próximos.

Nao ha' nada ali q. evidencia um default ontogenetico 'a condicao da
bissexualidade. Os bonobos -- ou chimpanzes pigmeus -- nao sao nossos
parentes mais proximos. Os bonobos sao parentes mais proximos dos
chimpazes comuns. A linhagem bonobo+chimpanze' e' q. constitui a
linhagem mais proxima atual dos seres humanos. Essa relacao foi
representada em mensagem anterior:

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/20044

Mas mesmo q. fosse o parente mais proximo e mesmo q. apresentasse um
default ontogenetico 'a bissexualidade, nao implica a existencia do
mesmo default nos humanos. As caracteristicas desenvolveram-se
independentemente nos ultimos milhoes de anos. Como dito, tto e' q.
eles possuem o corpo quase todo coberto de pelos -- provavelmente a
condicao ancestral mantida, conforme inferencias q. podemos fazer na
analise comparativa dos padroes de similaridades e diferencas
envolvendo outros grupos -- no's nao. Eles possuem incisivos bem mais
desenvolvidos do q. no's. Nós temos o musculo flexor do polegar, eles
apenas um tendao no lugar. E assim por diante.

> É preciso que esses pesquisadores expliquem isso antes de concluir
> qualquer coisa.

Uai, os psicanalistas tbm. Os pesquisadores podem concluir o q.
quiser. Se os dados sustentam ou nao conclusao e' questao de analise.
Eu, por meu lado, q nem pesquisador, nem psicanalista sou, nao
concluo muita coisa, apenas q. aparentemente a orientacao sexual e'
uma caracteristica multifatorial, possivelmente possui componentes
geneticos (e nesse caso devem ser varios genes) e q. a psicologia,
humana sobretudo, ainda nao e' bem entendida.

> Vão ter que explicar também o fato de existirem mulheres
> homossexuais cuja forma de obter prazer é exclusivamente feminina
> ou `passiva' (as fadas), e de existirem homossexuais masculinos
> exclusivamente `ativos'.

Hmmm... Por outro lado a sua interpretacao psicanalitica deixa
praticamente de lado um numero ainda mais numeroso de heterossexuais.
Na generalidade, em meu juizo, o default heterossexual parece mais
colado aos dados.

A sua interpretacao psicanalitica nao parece cobrir bem o caso dos
pseudo-hermafroditas tratados naquele estudo da deficiencia de
conversao da testosterona em diidro-testosterona.

> masculinidade na mulher madura. Resíduo. Esse resíduo ou pulsão
> parcial, sublimada ou não, desgenitalizada ou não, fornece a base
> neuroquímica sobre a qual outros tipos de relações sociais se
> desenvolvem, como, por exemplo, relações de hierarquia e de
> cooperação. É assim entre os leões, chimpanzés, bonobos e macacos
> japoneses. Não sei porque não seria entre os humanos, animais
> altamente cooperativos e entre os quais a baitolagem e o
> lesbianismo, enrustido ou não, ritualizado ou não, é igualmente
> endêmico, se não mais.

Endemico, circunscrito. De todo modo, nao se demonstrou ainda q. haja
um default da bissexualidade, apenas q. componentes homossexuais ou
bissexuais podem se manifestar, mas isso tbm e' assumido na hipotese
do default heterossexual.

> Ademais, não se deve esquecer que o
> processo de sexualização do Sistema Nervoso Central permanece por
> um longo tempo após o nascimento.

Sim. E isso nao quer dizer q. haja um default da bissexualidade. A
visao humana tbm continua a se desenvolver extra-uterinamente -- nao
ha' um default pra a cegueira.

> Tanto que, logo depois de nascer, verifica-se no bebê uma
> descarga violenta de hormônios sexuais: a quantidade de
> testosterona no sangue torna-se igual a de um adulto

Fenomeno q. nao se restringe aos animais q. cooperam entre si. Ratos,
camundongos, bovinos (bem, bovinos ao menos vivem em bandos no mais
das vezes)...

Todo o resto apenas evidencia q. o ambiente pode afetar o
desenvolvimento posterior. E' compativel ate' mesmo com a hipotese de
uma assexualizacao infantil (ou uma sexualidade q. nao e' dirigida a
nenhum dos sexos e nem aos dois ao mesmo tempo, uma
sexualidade 'amorfa' q. nao e' bissexual, talvez uma auto-sexualidade
ou uma sexualidade nao erotica ou uma sexualidade difusa), alem de
ser compativel com a hipotese do default heterossexual.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Física: neutrino p/ Lígia
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2002 10:29


At 21:32 17/12/02 -0200, you wrote:
>Olá, Lígia! Grato pelos comentários. As dúvidas quanto a identificação
>entre um neutrino e um anti-neutrino permanecem.

Olá, José Renato. Metendo o meu bedelho: o pó é que não é só a
carga elétrica que vai definir se uma partícula é matéria ou antimatéria.
Uma partícula e sua anti-partícula são dois objetos diferentes, com algumas
propriedades em comum e algumas diferentes. As massas, por exemplo, são
idênticas; mas o sinal da carga elétrica difere; mas há outras diferenças
além da carga. Um exemplo de outra diferença é a forma como ela interage
com as outras partículas. No caso dos neutrinos, por algum tempo pensou-se
que o neutrino fosse sua própria anti-partícula (que é o mesmo que dizer
que houvesse diferença nenhuma entre neutrinos e anti-neutrinos, ou ainda,
que anti-neutrinos não existissem, só neutrinos), assim como o fóton. Isso
durou até que se descobriu, no fim da década de 1950, que o neutrino
participava de reações que o anti-neutrino não participava, e vice-versa.
Logo, são partículas diferentes. Por exemplo, a reação abaixo é observada
(foi essa reação que observaram no fim dos anos 1950):

neutrino + nêutron ==> próton + elétron

porém, quando feita com anti-neutrinos no lugar do neutrino, ela
simplesmente não é observada. Se as duas partículas fossem a mesma, ela
ocorreria com anti-neutrinos com a mesma probabilidade que com neutrinos.

A reação acima é uma reação inversa ao decaimento do nêutron:

nêutron ==> próton + elétron + anti-neutrino

Observe que esta segunda reação pode ser obtida da primeira
passando-se o neutrino do primeiro para o segundo membro e trocando-o por
um anti-neutrino. É uma operação análoga à transferência de termos de um
membro a outro numa equação, mudando o sinal:

x + y = z + w
y = z + w - x

Esse tipo de operação pode ser feita sempre nas reações entre
partículas. Se uma reação é possível, então a reação obtida por
transferências desse tipo também é (mas com outra probabilidade de acontecer).

Inté,
Belisário



SUBJECT: Re: Física: neutrino p/ Lígia - colisões
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2002 10:37


At 21:32 17/12/02 -0200, you wrote:
>Em compensação, Roberto Belizário escreveu um outro artigo sobre os átomos
>resfriados próximo do zero absoluto, se movimentam bem mais lentamente que
>o normal cerca de 1km/h. Talvez seja mais emocionante do que as colisões
>de que vc tanto gosta na Física.

Já que falamos de colisões, nesta semana saiu também um texto
específico sobre colisões entre átomos e elétrons no Observatório da
Imprensa. Colisões entre átomos/moléculas e elétrons são responsáveis por
uma quantidade nada desprezível de trabalhos científicos; entretanto, não
aparece quase nada nos jornais. Nesse artigo, eu especulo que os átomos
frios podem tornar o assunto tão interessante que eles podem ser a sua
porta de entrada na mídia.

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ofjor/ofc181220021.htm

Inté,
Belisário



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2002 11:18

Mais um pouco de literatura tendenciosamente selecionada:

Physical development and sexual orientation in women: height, weight,
and age of puberty comparisons
Personality and Individual Differences Volume 24, Issue 1 January
1998 Pages 115-121
Anthony F. Bogaerta

This research examined the relations between sexual orientation and
certain physical development variables, i.e. weight, height, and age
of puberty, in women. Subjects were 5476 nondelinquent women who were
interviewed by the Kinsey Institute for Research in Sex, Gender, and
Reproduction from 1938 to 1963. Subjects were dichotomously
classified as either lesbian (n = 275) or heterosexual (n = 5201).
Results indicated that lesbians reported being taller and heavier
than heterosexual women. No difference in age of puberty (e.g. age at
menarche) was found. The results add to a small body of literature
indicating that homosexual women score in the male-typical direction
on certain sex-dimorphic characteristics.

Color preferences according to gender and sexual orientation
Personality and Individual Differences Volume 31, Issue 8 December
2001 Pages 1375-1379
Lee Ellis, and Christopher Ficek

The present study was undertaken to verify findings surrounding sex
differences in color preferences, and to extend this realm of inquiry
by looking for possible differences in color preferences associated
with sexual orientation. Based on a large sample of North American
college students, significant gender differences were found, with the
main difference being a greater preference for shades of blue by
males than by females. Females, on the other hand, tended to be more
evenly divided than males between preferring both green and blue.
Regarding sexual orientation, we found no significant differences
between heterosexuals and homosexual/bisexuals of either gender. In
other words, male and female homosexuals/bisexuals exhibited
essentially the same configuration of color preferences as did their
heterosexual counterparts.


The effects of prenatal stress, and of prenatal alcohol and nicotine
exposure, on human sexual orientation
Physiology & Behavior Volume 74, Issues 1-2 1 September-15 September
2001 Pages 213-226
Lee Ellis, and Shirley Cole-Harding
Background: Studies of rats have shown that mothers who are subjected
to stress during pregnancy are more likely than mothers who are not
stressed during pregnancy to have male offspring who exhibit female-
typical sexual receptivity postures (lordosis) in the presence of
other males following the onset of puberty. More recent animal
experiments have indicated that prenatal exposure to alcohol affects
the sexual preferences of male offspring in ways that are similar to
the effects of prenatal stress. Research with human subjects have
thus far yielded inconsistent findings regarding the effects of
prenatal stress on male sexual orientation, and no research has yet
addressed the possible involvement of prenatal exposure to alcohol or
other widely used recreational drugs, such as nicotine. Purpose: The
present study was undertaken to determine if prenatal stress could be
one of the causes of variations in sexual orientation in humans, both
singularly and in conjunction with prenatal exposure to alcohol and
nicotine. Methods: Over 7500 offspring and their mothers provided
information regarding the offspring's sexual orientation and the
mother's stressful experiences and use of alcohol and nicotine during
pregnancy. Results: Findings indicate that prenatal stress has a
modest but significant effect on the sexual orientation of male
offspring, particularly when the stress occurred during the first
trimester of pregnancy. Regarding prenatal exposure to alcohol, no
evidence was found to suggest that it impacted offspring sexual
orientation of either males or females. Prenatal nicotine exposure,
however, appears to significantly increase the probability of
lesbianism among female offspring, especially if the exposure
occurred in the first trimester along with prenatal stress in the
second trimester. Conclusion: The present study is consistent with
animal models suggesting that prenatal stress disrupts the typical
sex hormonal milieu within which male fetal brains are sexed, thereby
feminizing/demasculinizing the male's sexual orientation. However,
little support was found for similar effects of prenatal alcohol
exposure. In the case of prenatal nicotine, this study is the first
to suggest that this drug has masculinizing/defeminizing effects on
the sexual orientation of female offspring.


Second to fourth digit ratio and male ability in sport: implications
for sexual selection in humans
Evolution and Human Behavior Volume 22, Issue 1 January 2001 Pages 61-
69
John T. Manning, , a and Rogan P. Taylorb
Fetal and adult testosterone may be important in establishing and
maintaining sex-dependent abilities associated with male physical
competitiveness. There is evidence that the ratio of the length of
the 2nd and 4th digits (2D:4D) is a negative correlate of prenatal
and adult testosterone. We use ability in sports, and particularly
ability in football, as a proxy for male physical competitiveness.
Compared to males with high 2D:4D ratio, men with low ratio reported
higher attainment in a range of sports and had higher mental rotation
scores (a measure of visual–spatial ability). Professional football
players had lower 2D:4D ratios than controls. Football players in 1st
team squads had lower 2D:4D than reserves or youth team players. Men
who had represented their country had lower ratios than those who had
not, and there was a significant (one-tailed) negative association
between 2D:4D and number of international appearances after the
effect of country was removed. We suggest that prenatal and adult
testosterone promotes the development and maintenance of traits which
are useful in sports and athletics disciplines and in male:male
fighting.

Prenatal sex hormone transfer: A reason to study opposite-sex twins
Personality and Individual Differences Volume 17, Issue 4 October
1994 Pages 511-529
Edward M. Miller
In rodents, sex hormones transfer between fetuses. Females that are
adjacent to males in utero later develop more masculine behavior and
morphology. Human sex hormones can pass the placenta, as well as from
the fetus to the amniotic fluid. It is plausible that hormones from
one human fetus could masculinize or feminize an opposite-sex twin
fetus. Many results described in the opposite-sex twin literature
could be explained by sex hormone transference. Such results involve
dental asymmetry, twin death rates, resemblance to parents, sensation
seeking, spatial performance, femininity or masculinity, dominance,
myopia, mathematics performance, perceptual speed, responses to
public opinion questionnaires, and high opposite-sex twin resemblance
in intelligence and personality. Studies of hormonal transfer effects
provide a new reason for studying opposite-sex twins, and a possible
new finding source for twin studies. New analysis of answers to
public opinion questionnaires shows evidence that the opinions of
female twins resemble the male answers more if the co-twin is male
than if it is female, a result which is interpreted as providing
evidence of testosterone transfer.

Congenital adrenal hyperplasia (CAH) due to 21-hydroxylase deficiency
results in excessive androgen exposure in the gestational period and
various degrees of masculinization of the external genitalia in
female foetuses. Intrauterine gonadal steroids are not only essential
for the development of the genital organs but also affect some other
extragenital organ development.

The ratio of second- and fourth-digit lengths and congenital adrenal
hyperplasia due to 21-hydroxylase deficiency
Early Human Development Volume 70, Issues 1-2 December 2002 Pages 47-
54
Ayenur Öktena, b, , , Mukaddes Kalyoncua and Nilgün Yaria

The second to fourth digit (2D/4D) ratio shows a sexually dimorphic
pattern with longer fourth digit from second digit in men compared to
women. A low 2D/4D ratio is associated with high sperm count,
testosterone levels and reproductive success in men. A high 2D/4D
ratio is associated with high oestrogen levels in women. Second and
fourth digit ratio has also found to be correlated with sexual
orientation, left hand preference autism and some adult onset
diseases such as breast cancer and myocardial infarction.

We found lower 2D/4D ratio in female patients with 21-hydroxylase
deficiency compared to healthy girls (p=0.000) and equal 2D/4D ratio
for female patients when compared to male controls. Male patients
with 21-hydroxylase deficiency had significantly lower 2D/4D ratio
than female and male controls in the right hand. Healthy boys had
lower 2D/4D ratio than healthy girls.

It is concluded that 2D/4D ratio established by intrauterine androgen
levels influences the sexually dimorphic digit pattern.

Early hormones and sex differences in cognitive abilities
Learning and Individual Differences Index to Volume 7, Issue 4 1995
Pages 303-321
Sheri A. Berenbaum, Krishna Korman and Catherine Leveroni

Data from a variety of nonhuman species indicate that early hormones
have permanent effects on the sexual differentiation of the brain and
behavior, including learning abilities. Hormones also affect the
sexual differentiation of human cognitive abilities. Evidence from a
variety of human clinical conditions and normal samples suggests that
moderate to high levels of androgens in the prenatal and early
postnatal periods facilitate the development of spatial ability.
There is not enough information to determine whether early hormones
influence other aspects of cognition which show sex differences, such
as verbal fluency, perceptual speed, and memory. Current research is
directed to understanding the behavioral and neural mechanisms
underlying hormonal influences on cognition.

Roles of steroid hormones and their receptors in structural
organization in the nervous system
Neuroscience Research Volume 24, Issue 1 December 1995 Pages 1-46
Mitsuhiro Kawataa

Due to their chemical properties, steroid hormones cross the blood-
brain barrier where they have profound effects on neuronal
development and reorganization both in invertebrates and vertebrates,
including humans mediated through their receptors. Steroids play a
crucial role in the organizational actions of cellular
differentiation representing sexual dimorphism and apoptosis, and in
the activational effects of phenotypic changes in association with
structural plasticity. Their sites of action are primarily the genes
themselves but some are coupled with membrane-bound receptor/ion
channels. The effects of steroid hormones on gene transcription are
not direct, and other cellular components interfere with their
receptors through cross-talk and convergence of the signaling
pathways in neurons. These genomic and non-genomic actions account
for the divergent effects of steroid hormones on brain function as
well as on their structure. This review looks again at and updates
the tremendous advances made in recent decades on the study of the
role of steroid (gonadal and adrenal) hormones and their receptors on
developmental processes and plastic changes in the nervous system.

-------------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Raça um conceito social.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2002 12:37

--- Em ciencialist@y..., lpereira@s... escreveu
[Folha de Sao Paulo]
> De quebra, o trabalho deita por terra a possibilidade de encontrar
> um 'critério científico' de grupos raciais, como defendeu o
> presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, em debate na TV.

Na verdade nao deita por terra na medida em q. Lula nao falou em
criterio por tipagem genetica de raça. Um 'criterio cientifico', mas
seguramente com problemas eticos para sua aplicacao, seria, por
exemplo, o exame do teor de melanina na pele: como, por exemplo,
indice de albedo.

De todo modo, o mercado e a sociedade nao usa criterios cientificos
mesmos. Mas podemos conferir q. ha' segregacao em alguma medida. Uma
possibilidade, tbm bastante problematica, e' utilizar esse proprio
mecanismo do mercado, bota alguem pra dizer: esse e' negro, esse e'
mulatinho, esse e' criolao, essa e' branquinha...

A discriminacao nao e' com base se tem genes africanos ou asiaticos,
mas se tem pele escura ou nao, se o cabelo e' pixaim, sarara' ou
liso, se tem beicola ou nao, se o nariz e' chato ou afilado... O
criterio e' externo e assim a pessoa e' vitima de preconceito racial.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Raça um conceito social.
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: carlosall@veloxmail.com.br, ciencialist@yahoogrupos.com.br, IncredulosBR@yahoogroups.com, fcb@yahoogroups.com, CienciaCidadania@yahoogrupos.com.br, Genismo@yahoogroups.com, ateus-br@yahoogroups.com, alex.santos@unilever.com, humanismosecularpt@yahoogroups.com
DATE: 18/12/2002 13:16

Artigo publicado no jornal da Ciência de 17 de dezembro de 2002.

- Raça é só conceito social, diz DNA brasileiro

Marcelo Leite escreve para a 'Folha de SP':

Nem todo negro no Brasil é geneticamente um afrodescendente, e nem todo
afro-brasileiro é necessariamente um negro. Assim se pode resumir a
pesquisa do grupo de Flavia Parra e Sérgio Danilo Pena, da Universidade
Federal de Minas Gerais (UFMG), divulgada hoje na internet pela revista da
Academia de Ciências -a dos EUA, onde o estudo dos pesquisadores
brasileiros poderá ter grande impacto.

De quebra, o trabalho deita por terra a possibilidade de encontrar um
'critério científico' de grupos raciais, como defendeu o presidente eleito,
Luiz Inácio Lula da Silva, em debate na TV. Pena, 55, um especialista na
origem genética da população brasileira, diz que a complexidade envolvida é
'brutal' e que não existe base objetiva para a introdução de cotas raciais
nas Universidades públicas, por exemplo.

'A única coisa que se pode usar, sujeita a muitos abusos, é a
autoclassificação' (ou seja, o próprio interessado declarar se é negro),
diz o geneticista, que já havia estudado as linhagens genéticas da
população brasileira com base nos cromossomos Y (herdados apenas do pai) e
no DNA das organelas celulares chamadas mitocôndrias (herdadas somente da
mãe). 'Não temos nenhuma intenção de que esse índice seja usado para
avaliação individual. Seria um novo racismo.'

Se a expectativa de direito a uma compensação pelas injustiças sofridas por
negros no Brasil tiver por fundamento a ancestralidade, porém, a pesquisa
da UFMG -que teve a colaboração de cientistas da Universidade do Porto, em
Portugal- embaralha tudo. Isso porque ela demonstra que ter a pele escura
não indica com segurança que a pessoa teve a maioria de seus genes herdada
de ascendentes africanos.

'Nossos dados sugerem que no Brasil, no plano individual, a cor determinada
por avaliação física é um fraco fator de predição de ancestralidade
genômica africana estimada por marcadores moleculares', dizem os autores no
artigo, em linguagem cautelosa.

Os marcadores genéticos usados no estudo foram propostos por Esteban Parra
na revista especializada 'American Journal of Human Genetics' em 1998. Eles
foram escolhidos porque têm alta correlação com a origem africana ou
européia da população (pelo menos 48% mais comuns numa das populações) e
reunidos estatisticamente num 'Índice de Ancestralidade Africana' (AAI).

Seleção natural

Supõe-se que essas sequências de DNA tenham sido selecionadas ao longo da
evolução de populações para aumentar as chances de sobrevivência num
determinado ambiente.

Faz mais sentido, por exemplo, um africano ter genes associados com alguma
resistência a malária, porque é em seu continente que a doença se mostra
devastadora. O mesmo valeria para características físicas mais relacionadas
com noções sociais de raça, como a pele negra.

Ocorre que essas dez sequências de DNA não são necessariamente herdadas em
bloco, pois estão espalhadas pelo genoma (todo o DNA contido nos 46
cromossomos da espécie humana).

Se uma mulher branca tem um filho com um homem negro, por exemplo, a
criança pode herdar do pai os genes associados com resistência a malária e
da mãe os genes que contribuem para a conformação do nariz. Seria
'africano' do ponto de vista da doença e 'europeu' do ponto de vista nasal.

De certo modo, foi o que se encontrou numa amostra da população rural de
Minas Gerais que participa de um estudo de saúde da UFMG, o Projeto
Queixadinha. Tanto os 30 indivíduos classificados fisicamente como 'negros'
quanto os 114 'intermediários' receberam escores genéticos de
'africanidade' distribuídos numa faixa de AAI entre -10 (menos 'africanos')
e +10.

Além disso, os de aparência física categorizada como 'branca' também
apresentaram valores intermediários entre -10 e +5. Algo muito diferente da
amostra de 20 portugueses empregada para validar os marcadores genéticos,
com valores negativos consistentes, na faixa de -15 a -5.

Uma verificação adicional foi feita com homens autoclassificados como
'brancos', pois o grupo da UFMG temia que a mistura genética verificada em
Queixadinha fosse uma peculiaridade da população local. De novo, o que se
encontrou foram valores bem menos 'europeus' do que os observados em
portugueses.

'O que nosso estudo mostra é que o branco de Queixadinha é muito parecido
com o do Sudeste. Nem o branco do Sul bate com os portugueses', afirma
Pena. 'E olhe que na [distribuição genética da] Europa os portugueses já
mostram certa mistura.'

Apesar de toda a miscigenação no Brasil, Pena diz que certos blocos de
características físicas ainda tendem a se manter associados na população,
como a tríade pele negra/cabelo encarapinhado/nariz chato.

A razão, contudo, não é genômica (proximidade no cromossomo ou regulação
compartilhada), e sim social: as pessoas tendem a escolher parceiros
sexuais segundo parâmetros raciais, perpetuando a correlação de traços que,
de outro modo, tenderiam a dissociar-se.

Epidemiologia e genética

O problema é que nesse pacote herdado em bloco não se encontram
necessariamente aqueles genes associados com características metabólicas
importantes para a saúde e para a doença. Uma pessoa pode ser classificada
socialmente como negra e não ser geneticamente 'africana', do ponto de
vista desta ou daquela especialidade médica.

Nos EUA, a pátria do politicamente correto e da ação afirmativa, 'negro' é
sinônimo de 'afro-americano', e não se discute.

Milhões de dólares são despendidos com pesquisas sobre doenças mais comuns
em afro-americanos, mas uma parcela que seja da miscigenação ocorrida no
Brasil já serviria para invalidar muitas conclusões, pois uma das variáveis
empregadas -se a pessoa é negra ou 'caucasiana'- pode estar mal definida.
'Estou ansioso para ver a reação da imprensa americana', diz Pena.
(Folha de SP, 17/12)




SUBJECT: [ciencialist] Re: Genoma / Takata
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/12/2002 15:31


----- Original Message -----
From: rmtakata
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, December 17, 2002 9:17 AM
Subject: [ciencialist] Re: Genoma / Takata


--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> Aparentemente os ADN e ARN formam uma cadeia de genes que têm duas
> pontas terminais. A idéia que fica é que toda ela se copiaria
> independente de, ou por, onde começasse o processo.

Caro Takata, sua explicação a questão acima vai requerer um bom tempo para que eu a assimile. Desse modo, por enquanto, é só estudo. Grato.

Já a segunda parte esclareço que: bastidores é mesmo o trabalho diário feito sem as luzes da TV, trabalho rotineiro sem muita audiência para o jornalismo dito científico. Parece-me que vc interpretou mais como intrigas e disputas entre os pesquisadores, não? Quando vc tiver condições envie para nós essa parte também, OK?

> Fiquei curioso pela "parte mais legal": as histórias vividas nos
> bastidores dessas descobertas.

Na verdade acabei me expressando mal. Eu me referia mais aos
trabalhos desenvolvidos q. levaram ao modelo atual do funcionamento
dos genes do q. propriamente aos bastidores.

[]s,

Roberto Takata

[]s
José Renato


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Genoma / Takata
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2002 16:32

--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> Caro Takata, sua explicação a questão acima vai requerer um bom
> tempo para que eu a assimile.

Vamos ver se consigo deixar um pouco mais digerivel.

O ADN e' composto por unidades chamadas nucleotideos, os nucleotideos
sao formados por: uma *base nitrogenada*, ligada a uma molecula de
acucar (se formos ser mais precisos, seria um residuo de molecula de
acucar, mas podemos considerar isso como um detalhe por ora) e essa
molecula de acucar esta' ligada a um grupo fosfato: PO4--.

O a desoxirribose tem a estrutura molecular assim (a representacao e'
bem tosca):

O OH
/ \ /
HO - C - C C Foram omitidas as ligacoes direta do
| | carbono com o hidrogenio (cada carbono
C - C faz quatro ligacoes, o q. faltar para
| completar 4 e' uma ligacao com hidrogenio
OH omitida.

O carbono q. esta' ligado com o oxigenio representado no vertice do
pentagono e q. tbm esta' ligado a uma hidroxila (OH-) recebe e'
denominado de carbono 1, o carbono seguinte (em sentido horário na
representacao) e' o 2 (ele nao esta' ligado a nenhum grupo especial --
apenas a outros carbonos e a atomos de hidrogenio). O seguinte
(ligado a uma OH-) e' o 3, o seguinte (ligado ao O e a um carbono que
nao faz parte do pentagono) e' o 4. O carbono 5 e' o carbono q. nao
faz parte do pentagono e esta' ligado a uma OH-.

Na ribose, o carbono 2 esta' ligado tbm a um grupo hidroxila. A
formula molecula da ribose e' portanto: C5H10O5. A da desoxirribose
e': C5H10O4 -- um atomo de oxigenio e dai', DESOXIrribose.

(Uma imagem melhor pode ser vista, por exemplo, em:
http://www.omega.dawsoncollege.qc.ca/ray/Organic/ribose.jpg)

A desoxirribose se liga 'a base nitrogenada pelo carbono 1 -- ela
perde o grupo OH- e se liga ao grupo fosfato pelo carbono 5. Como a
base nitrogenada tbm tem carbonos numerados, o carbono do acucar
recebe a marca ('): 1', 2', 3', 4' e 5' (um linha, dois linha, tres
linha, quatro linha e cinco linha) de modo q. podemos diferenciar os
atomos de carbono sem confundir um com o outro. Esquematicamente
temos:

O (base nitrogenada)
/ \ /
(fosfato) - C - C C
| |
C - C
|
OH

As bases nitrogenadas podem ser Adenina, Timina, Citosina e Guanina
no caso do ADN. (Ha' pequenas variacoes, mas nao precisamos pensar
nelas por eqto.) Sao elas q. diferenciam um nucleotideo de outro. O
nucleotideo com adenina e' a adenosina, com timina e' a timidina, com
citosina e' a citidina, com guanina e' a guanosina.

Uma base se liga a outra com o grupo fosfato, ligado ao carbono 5',
de uma reagindo com a hidroxila do carbono 3' de outra.


O (base nitrogenada)
/ \ /
(fosfato) - C - C C
| |
C - C
|
---------> OH
|
| O (base nitrogenada)
V / \ /
(fosfato) - C - C C
| |
C - C
|
OH

Resultando:

O (base nitrogenada)
/ \ /
(fosfato) - C - C C
| |
C - C
|
(fosfato) O (base nitrogenada)
| / \ /
C - C C
| |
C - C
|
OH

Repare q. de um lado temos um grupo fosfato livre para reagir com
outra hidroxila e de outro lado temos um grupo hidroxila livre para
reagir com outro grupo fosfato. Uma extremidade e' chamada de 5' -
por causa do fosfato livre e a outra de 3' - por causa da hidroxila.
Qdo mais nucleotideos se ligam, sempre ficara' um grupo fosfato livre
na ponta q. tinha o fosfato e uma hidroxila na ponta q. tinha uma
hidroxila. Portanto a molecula apresenta uma polaridade -- todas as
unidades q. a compoem estao ordenadas em um sentido.

A proteina q. faz a ligacao dos nucleotideos, porem, so' consegue
ligar novos nucleotideos na ponta 3'. A cadeia cresce entao no
sentido 5'->3'.

Ha' um pequeno problema aqui. Essa proteina q. alonga a cadeia de ADN
precisa ter uma ponta livre de 3' e um molde. Se tivermos a sequencia:

5'-ATCTCGATCGTTTAGCTTGAGTCTTAGTCTA-3'

A proteina nao podera' a partir apenas dessa cadeia sintetizar a
cadeia complementar. A ponta livre 3' da cadeia molde tbm nao pode
ser alongada por q. falta uma cadeia molde para prosseguir o
alongamento. Nas reacoes chamadas PCR (utilizadas em laboratorio para
multiplicar as copias de fragmentos de ADN), fornece-se uma pequena
sequencia q. e' complementar a um segmento da sequencia, de modo a
fornecer uma ponta 3' livre. Por exemplo:

5'-ATCTCGATCGTTTAGCTTGAGTCTTAGTCTA-3'
3'-AGAT-5'

Com isso a proteina pode continuar a alongar a cadeia. Mas se
acrescentarmos o fragmento 3'-CGAAC-5':

5'-ATCTCGATCGTTTAGCTTGAGTCTTAGTCTA-3'
3'-CGAAC-5'

O alongamento se dara' somente a partir da ponta 3' livre de C,
formaremos uma cadeia complementar parcial apenas.

5'-ATCTCGATCGTTTAGCTTGAGTCTTAGTCTA-3'
3'-TAGAGCTAGCAAATCGAAC-5'

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Genoma / Takata
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2002 17:35

--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> Já a segunda parte esclareço que: bastidores é mesmo o trabalho
> diário feito sem as luzes da TV, trabalho rotineiro sem muita
> audiência para o jornalismo dito científico.

Ate' porq. muito do q. foi feito, o foi na epoca em q. mal havia
jornalismo cientifico.

Ha' varios modos de se contar a historia. Uma delas e' pegar um
pouquinho antes de Mendel.

A humanidade ja' realizava melhoramento genetico utilizando seus
conhecimentos empiricos. Notava q. a descendencia tendia a se parecer
mais com os ancestrais imediatos do q. com outros individuos nao
relacionados. Ai' se escolhia a variedade de planta q. produzia mais
sementes e se plantava mais as sementes dessa variedade. Se surgia
uma planta q. produzisse ainda mais semente (supondo q. a semente era
o produto de interesse), entao as sementes dessa planta eram
separadas e dava-se preferencia a elas na proxima semeadura. Notava
tbm q. isso valia no caso dos humanos: os filhos se pareciam mais com
os pais. Mas havia ainda algumas observacoes curiosas: 'as vezes os
filhos se pareciam mais com os avos do q. com os pais.

Diversas teorias para se explicar a hereditariedade foram aventadas.
Algumas com relativo sucesso. Mas foram os trabalhos de Mendel q.
lancaram mais luz sobre a questao -- embora so' tenha sido descoberta
a importancia de seus trabalhos mais de 30 anos depois.

Mendel trabalhou principalmente com ervilhas ornamentais. Ele fez
varios cruzamentos dentro uma mesma linhagem de tal modo a obter
linhagens puras: se individuos de uma mesma linhagem eram cruzados
entre si, a descendencia portava sempre caracteristicas dessa
linhagem. Plantas altas cruzadas com plantas altas dessas linhagens
puras sempre dava outra planta alta. Em linhagens q. nao eram puras
poderiam surgir plantas baixas em um cruzamento entre plantas altas.
O q. ele fez foi pegar as plantas altas resultantes desses
cruzamentos de individuos de linhagens q. nao eram puras e cruzar
entre si e repetir essa operacao varias vezes ate' nao surgirem mais
plantas baixas nesses cruzamentos. Por outro lado, ele fazia o mesmo
com as plantas baixas. E fez isso com diversas outras
caracteristicas: cor da semente, textura da casca da semente, cor da
flor e assim por diante. Ele tratou de escolher logo caracteristicas
q. possuiam variantes contrastantes: ou era alta ou era baixa, sem
meio-termo.

Qdo ele cruzava uma planta alta com uma planta baixa (cada qual de
sua respectiva linhagem pura), ele obtinha somente plantas altas. A
caracteristica 'alta' dominava sobre a caracteristica 'baixa'.

Mas qdo ele cruzou os individuos originados desse primeiro
cruzamento, surgiam novamente individuos baixos. A
caracteristica 'baixa', parecia ter ficado em recesso na geracao
anterior, estava la', mas nao se manifestava.

Os individuos altos em relacao aos baixos nesse segundo cruzamento
era de 3 para 1.

O q. Mendel notou foi q. se existia um fator q. determinava a
caracteristica 'alta' e outro q. determinava a caracteristica 'baixa'
q. estivesse passando de geracao para geracao atraves dos
cruzamentos, ambos os fatores deveriam estar presentes nos individuos
resultantes do primeiro cruzamento -- ja' q. o fator da
caracteristica 'baixa' deveria ser passado para a geracao do segundo
cruzamento, afinal surgiam individuos baixos e o fator da
caracteristica 'alta' deveria estar presente devido 'a propria
estatura da planta do primeiro cruzamento.

Porem, embora ambos os fatores estivessem presentes, na formacao dos
gametas (nessa altura ja' se sabia da participacao dos gametas na
reproducao), em pelos menos algumas celulas os fatores deveriam se
separar, ja' q. se nao se separassem, todos os individuos do segundo
cruzamento receberiam os dois fatores, e em sendo a
caracteristica 'alta' dominante, nao deveriam surgir individuos
baixos.

Mendel notou q. se essa separacao dos fatores sempre ocorresse, a
proporcao 3 para 1 na segunda geracao poderia ser explicada. A
geracao do primeiro cruzamento tendo ambos os fatores, geraria
gametas com o fator 'alto' e gametas fator 'baixo'. Em sendo metade
dos gametas de cada tipo, era razoavel supor isso, 3/4 receberiam o
fator 'alto' (ainda q. pudessem receber *tbm* o fator 'baixo') e 1/4
receberia apenas o fator 'baixo'.

Ele pOde verificar isso fazendo varios cruzamentos. Cruzando
individuos da primeira geracao com individuos baixos da linhagem
pura, metade dos individuos eram baixos e metade eram altos. Isso
seria explicado assim: os individuos baixos produzirao gametas apenas
com o fator 'baixo', os individuos do primeiro cruzamento tendo os
dois fatores produziriam os dois tipos de gametas: 'altos'
e 'baixos'. Assim, metade dos individuos resultantes dos cruzamentos
receberiam o fator 'alto', a outra metade apenas o fator 'baixo'.

E ele fez isso isoladamente com varias outras caracteristicas
estudadas.

Com isso Mendel estabeleceu o q. ficou conhecido como a primeira lei
de Mendel, a segregacao dos fatores na formacao dos gametas: os
gametas recebem somente um tipo de fator de uma dada caracteristica.
Ou o gameta recebe o fator 'alto' ou o 'baixo', nunca os dois.

Depois acompanhando mais de uma caracteristica ao mesmo tempo em um
cruzamento, formulou o q. se chamou depois de a segunda lei de Mendel:
a segregacao independente dos fatores -- fatores q. determinam
caracteristicas diferentes segregam seus tipos de modo independente
entre si. Um gameta q. receba o fator 'alto' pode recer tto o
fator 'semente verde' como o fator 'semente amarela', um gameta q.
receba o fator 'baixo' pode receber tto o fator 'semente amarela'
como o fator 'semente verde'.

Ele cruzando individuos de linhagens puras: alto verde x baixo
amarelo, obtinha 100% alto verde. Cruzando os individuos dessa
primeira geracao, ele obtinha individuos alto verde, alto amarelo,
baixo verde e baixo amarelo, na proporcao de 9:3:3:1. Isso
corresponde 'a distributiva das proporcoes (3/4+1/4) x (3/4+1/4).

Mendel estabeleu entao as leis basicas da hereditariedade. Seus
fatores eram particulados, isto e', tinham carater discreto de modo
q. podiam se segregar durante a formacao dos gametas. Isso era oposto
do q. se pensava na epoca sobre a transmissao dos caracteres de uma
geracao para a outra -- imaginava-se q. havia uma mistura das
caracteristicas, como dois liquidos.

Isso foi nos idos de 1865. Seu trabalho so' seria retomado por volta
de 1903, qdo o pessoal trabalhando com moscas-da-banana comecaram a
ter resultados semelhantes.

Outros trabalhos comecaram a mostrar q. o responsavel pelas
caracteristicas era o nucleo das celulas -- isso foi demonstrado, por
exemplo, com experimentos de transplantes de nucleos entre celulas de
especies aparentadas. A celula anucleada q. recebia um nucleo
adquiria caracteristicas da especie doadora do nucleo e nao do
citoplasma.

Trabalhos posteriores comecaram a ver analogia no comportamento dos
cromossomos com os fatores mendelianos -- segregacao na gametogenese,
segregacao independente. Com o desenvolvimento de tecnicas de
marcacao de cromossomos individuais pode-se correlacionar a presenca
ou ausencia de uma dada caracteristica com um dado trecho do
cromossomo. Experimentos com embrioes de ourico-do-mar tbm
contribuiram para a determinacao dos cromossomos como unidades de
heranca. Anomalias no desenvolvimento dos embrioes estavam
correlacionadas com o numero de cromossomos q. o embriao recebia --
tecnicas de agitacao permitia q. um numero diferente do normal de
cromossomos passassem para um celula q. geraria um embriao.

Comecaram a surgir tbm pequenos desvios dos cruzamentos mendelianos.
Assim a Teoria Mendeliana da Heranca foi sendo reformulada e ampliada.

Mais tarde estabeleceu-se q. eram os acidos nucleicos dos cromossomos
e nao as proteinas os responsaveis pela transmissao dos caracteres.

Watson e Crick baseando-se em dados de cristalografia entre outros de
Rosalin Franklin chegaram 'a estrutura do ADN.

E atualmente temos essa 'festa' genetica em andamento.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2002 17:47

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
. . .
>
> A pergunta que fica é: a estrutura cerebral de um bonobo é de macho
> ou de fêmea? Ou, assim como os gregos e romanos antigos, os sambias
> da Nova Guiné entre outros povos, teriam eles também ambas as
> estruturas, só que num estado de superposição quântica? É preciso
que
> esses pesquisadores expliquem isso antes de concluir qualquer coisa.
>

Olá, Manuel. Ando meio sem tempo de acompanhar o debate. Mas lembro
que o exemplo dos Sambias da Nova Guiné é algo que eu considero um
ótimo indício para falsear a hipótese de que a bissexualidade é uma
espécie de "default" na espécie humana (sim, a hipótese é falseável!)
e que a heterossexualidade é resultado de repressão social. Isso
porque, apesar de passarem perto de 15 anos tendo relações
exclusivamente homossexuais, os rapazes da Nova Guiné voltam ao
heterossexualismo quando passam à idade adulta e passam a poder ter
contato com mulheres. O índice de homossexualismo na idade adulta é
perto de 5%, ou seja, o mesmo das comunidades ocidentais que poderiam
ser chamadas de "repressoras", "homófobas" ou coisa assim. Em resumo,
sem repressão, e na verdade até com intenso estímulo (e prática!)
homossexual em plena adolescência, os homens da Nova Guiné voltam a
ser heteros depois (quando descobrem o que é bom?). Se isso não for
um bom indício de que a heterossexualidade, e não a bissexualidade,
seja inata, não consigo imaginar o que seria um bom indício.

[]s
Ronaldo




SUBJECT: Fwd: Vampire Population Ecology
FROM: Daniel Sottomaior <cetico@hotmail.com>
TO: cienciacidadania@yahoogroups.com
CC: sbcr@yahoogroups.com, strbrasil@yahoogroups.com, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2002 19:47

http://www.stanford.edu/~bthomas/vamp/vampecology.htm



Vampire Population Ecology



Introduction

~or~

A Little Math Never Hurt Anyone



by Brian Thomas



We are gathered here today to ponder the ways in which the humans and

vampires of Sunnydale interact. Specifically, Betsy asked:



Ooh, Brian, can you help us work out the vampire carrying capacity of a

typical population? I'm assuming a typical vampire accounts for, say,
150-200 humans a year. So how big does a town have to be to support
Sunnydale's apparently limitless supply of vampires? Are there human
warrens in the catacombs somewhere, used only for feeding purposes?



The term ?carrying capacity? isn?t often applied to predator population

dynamics. Instead, ecologists generally estimate stable predator

populations by first coming to grips with the prey?s population dynamics,
including its carrying capacity. Actually, in a lot of different cases, the
prey`s carrying capacity ultimately determines how well the predator does.




In principle, ecologists might employ two basic strategies to get at a

problem like this. The empiricists would go out and find a field site where
they could actually observe predators and their prey, and just tally the
results over time. The theoreticians would chuckle at the empiricists, and


construct mathematical models that probably approximate the behavior of
populations in the field, keeping their hands more or less clean in the
process.



In real life, most ecologists use both strategies off and on.

Unfortunately, I dont know of any real life vampire populations in the
field, so we`re going to have to pretend that we are strict theoreticians.
That means that we`ll be using math: some algebra, some calculus, and some
matrix theory.

This is O.K.! It hurts a lot less than, say, getting bitten by a vampire

as you?re trying to fit the bugger with a radio collar....



FULL TEXT AT: http://www.stanford.edu/~bthomas/vamp/vampecology.htm






SUBJECT: Esse mundo quântico...
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2002 21:27


>From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Paz na terra e ...
>Date: Wed, 18 Dec 2002 00:24:23 -0300

>Eu poderia até concordar, mas diria também que existem pessoas --que não
>sei
>se seriam físicos ou não-- que estudam o que chamam "tunelamento quântico",
>"teletransporte quântico", "computador quântico" e outras asneiras
>quânticas
>que vivem rebatizando como tais. A megalomania e/ou a ignorância em
>lexicologia desses quânticos é algo sem igual na história da ciência.
>Alguns
>chegam mesmo a chamar o microcosmo por "mundo quântico". Se são físicos ou
>não, deixo o julgamento a critério da história, mas certamente são
>quânticos
>assumidos. Não vejo mal algum em chamá-los por "físicos" quânticos para,
>sem
>ofendê-los, distinguí-los de outros físicos não tão megalomaníacos.

Ok, mas o problema é que esses outros físicos que você mencionou
simplesmente não existem. Não existe, hoje em dia, físico que
ache a física quântica uma bobagem. Você disse que alguns chamam
o microcosmo de mundo quântico; pois eu digo que muitos físicos
têm plena consciência que o MUNDO É QUÂNTICO. Se a teoria quântica
é uma bobagem e só você descobriu isso, então você está a um passo
à frente na evolução da física, mas de acordo com a física atual,
a mecânica quântica é uma realidade física. Se ela estiver errada,
um dia descobriremos, mas até lá, temos que aceitar as melhores
teorias do "mercado". Pela própria definição de ciência, as teorias
são sempre provisórias: não é como a matemática, eterna.

Não estou duvidando da sua descoberta. Mas certamente ela será em
vão se você não conseguir esclarecer a comunidade científica das
suas convicções. E isso, infelizmente, requer um trabalho descomunal.
Deve-se dominar plenamente toda a física quântica, para assim poder
mostrar quais são as contradições e porque elas são fatais. Note que
uma teoria não é livre de problemas conceituais e até experimentais,
mas nem por isso ela deixa de ser válida. Mas se houver outra teoria
alternativa que, além de satisfazer todas as evidências experimentais
que a teoria antiga satisfazia, também resolver os problemas desta,
então certamente será fácil derrubá-la. Se este for o caso, a
comunidade científica precisa de você. Sem ironia, estou sendo
honesto. De nada adianta ataques severos aos "físicos modernos".
Você tem a tarefa de esclarecê-los, por mais megalônoma que essa
idéia possa parecer. Ser agressivo e sarcástico, mesmo com razão,
só faz espantar a boa-vontade das pessoas, que é valiosa e necessária
para que você possa convencê-las das suas idéias.

Bom, já falei demais. Se pareci agressivo, me perdoe. É sempre
bom o debate com idéias novas. Você tem algum texto ou artigo que
sintetize suas idéias? Isso seria importante. Outra coisa: já
pensou em entrar numa universidade, como quem não quer nada,
e conversar com um "físico moderno"? Quem sabe não seria uma
ótima idéia dar seminários para uma platéia de cientistas?

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Teste de Literatura
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/12/2002 23:53

Silvio escreveu "Puxa!! vc. é psicólogo!!!! e como diz que,
sendo Natal, há que haver respeito? e para os ímpios?
podemos desrespeitar?"

Grande Sílvio,

Na minha mensagem utilizei uma figura de linguagem muito querida do
Veríssimo. Qual será?

a)Metonímia
b)Hipérbato
c)Metáfora
c)IRONIA <---------
e) NRA

Um abraço natalino procê,

Vizzoni


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Teste de Literatura
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/12/2002 00:29

Vizzoni:
Eu não sabia que o Veríssimo tinha tantas "amiguinhas" vamos dizer assim.
Será que vs. tem o e-mail ou o telefone da Metonímia?

silvio, o carente

----- Original Message -----
From: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, December 18, 2002 11:53 PM
Subject: [ciencialist] Teste de Literatura


> Silvio escreveu "Puxa!! vc. é psicólogo!!!! e como diz que,
> sendo Natal, há que haver respeito? e para os ímpios?
> podemos desrespeitar?"
>
> Grande Sílvio,
>
> Na minha mensagem utilizei uma figura de linguagem muito querida do
> Veríssimo. Qual será?
>
> a)Metonímia
> b)Hipérbato
> c)Metáfora
> c)IRONIA <---------
> e) NRA
>
> Um abraço natalino procê,
>
> Vizzoni
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Esse mundo quântico...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/12/2002 00:31

----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto"
Sent: Wednesday, December 18, 2002 8:27 PM
Subject: [ciencialist] Esse mundo quântico...

> Não estou duvidando da sua descoberta. Mas certamente ela será em
> vão se você não conseguir esclarecer a comunidade científica das
> suas convicções. E isso, infelizmente, requer um trabalho descomunal.
> Deve-se dominar plenamente toda a física quântica,...

Dominar é um pouco forte. Um prédio mostra-se inconsistente pelo exame de
seus alicerces. Se os alicerces estiverem podres, ninguém comprará nem mesmo
a sua suite presidencial, ainda que pelo preço de um Volkswagen. Com as
teorias acontecem a mesma coisa, e é suficiente o estudo da história das
ciências para verificar a podridão dos alicerces das teorias que caíram. Em
substituição a sua afirmação, diria que "deve-se conhecer perfeitamente os
alicerces da teoria em questão".

> De nada adianta ataques severos aos "físicos modernos".
> Você tem a tarefa de esclarecê-los, por mais megalônoma que essa
> idéia possa parecer. Ser agressivo e sarcástico, mesmo com razão,
> só faz espantar a boa-vontade das pessoas, que é valiosa e necessária
> para que você possa convencê-las das suas idéias.

"Uma verdade científica nova não é geralmente apresentada de maneira a
convencer os que se opõem a ela... simplesmente a pouco e pouco eles morrem,
e nova geração que se forma familiariza-se com a verdade desde o princípio."
[Planck, M. (1948), Wissenschaftliche Selbistbiographic, Leipzig.]

> Bom, já falei demais. Se pareci agressivo, me perdoe. É sempre
> bom o debate com idéias novas.

"A arte da argumentação é uma forma peculiar da arte de combater - com
palavras em vez de espadas -, uma arte inspirada pelo interesse em nos
aproximarmos da verdade acerca do Mundo." [Popper, K.R. (1956), Acerca da
inexistência do método científico.]

> Você tem algum texto ou artigo que
> sintetize suas idéias? Isso seria importante.

Os assuntos são muitos, mesmo porque relacionam-se com a física em toda a
sua extensão [aliás, não seria essa também a pretensão da teoria quântica?,
qual seja, comprovar que "o mundo é quântico"? ;-)]. Você diz que seria
importante, mas digo que já fui vacinado pelo academicismo (Milito no meio
universitário desde 1969, logo após graduar-me em medicina - antes de
assumir minha personalidade de físico já fui teorizador em
biofísico-clínica). Se sintetizo minhas idéias, dizem que estou sendo
superficial; se me expando, viram-me as costas; e se digo o que querem
ouvir, recebo aplausos. Você nunca leu Thomas Khun?

Aliás, nem mesmo a Ciencialist aceitou a síntese de minhas idéias
(cobraram-me várias vezes, apenas para me testar, mas como eu aceitei o
desafio, deixaram-me falando sozinho), logo não consigo ver para quem seria
importante essa síntese, senão para eu mesmo.

Na webpage http://ecientificocultural.com/ECC2/fisica.htm você encontrará
artigos para todos os gostos, sintéticos e analíticos. E ainda tem muita
coisa para ser acrescentada nessa página, mas sou um só. Embora existam
milhares de físicos alternativos e contrários à física moderna, cada um está
na sua e com idéias diferentes (tenho entrado em contato com dezenas desses,
muitos de elevado nível, e para físico moderno nenhum botar defeito); mas
muitos engrossam a fileira dos físicos alternativos apenas para atrapalhar,
e são os genuínos crackpots, a justificarem a defesa do dogmatismo por
Thomas Kuhn e seus seguidores.

> Outra coisa: já
> pensou em entrar numa universidade, como quem não quer nada,
> e conversar com um "físico moderno"?

Eu nunca saí da universidade. Atualmente estou numa universidade particular,
mas mantenho contato com doutores de todas as áreas de quase todas as
universidades do Brasil e algumas do exterior.

> Quem sabe não seria uma
> ótima idéia dar seminários para uma platéia de cientistas?

Ótima idéia! Sinceramente, em termos de academicismo universitário você deve
ser muito jovem. Enfim, já flagrei doutores que persistem com essa
ingenuidade por toda uma vida. Sim, já cheguei a dar palestras para uma
platéia de cientistas. Não sou contra seminários, muito pelo contrário. Acho
apenas que você está sendo por demais otimista. Pregar uma revolução através
de seminários?!!! ;-)))

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/12/2002 04:41

Salve, Ronaldo.

Ronaldo: Olá, Manuel. Ando meio sem tempo de acompanhar o debate. Mas
lembro que o exemplo dos Sambias da Nova Guiné é algo que eu
considero um ótimo indício para falsear a hipótese de que a
bissexualidade é uma espécie de "default" na espécie humana (sim, a
hipótese é falseável!) e que a heterossexualidade é resultado de
repressão social. Isso porque, apesar de passarem perto de 15 anos
tendo relações exclusivamente homossexuais, os rapazes da Nova Guiné
voltam ao heterossexualismo quando passam à idade adulta e passam a
poder ter contato com mulheres. O índice de homossexualismo na idade
adulta é perto de 5%, ou seja, o mesmo das comunidades ocidentais que
poderiam ser chamadas de "repressoras", "homófobas" ou coisa assim.
Em resumo, sem repressão, e na verdade até com intenso estímulo (e
prática!) homossexual em plena adolescência, os homens da Nova Guiné
voltam a ser heteros depois (quando descobrem o que é bom?). Se isso
não for um bom indício de que a heterossexualidade, e não a
bissexualidade, seja inata, não consigo imaginar o que seria um bom
indício.

Manuel: Ocorre que, depois de atravessarem o período de iniciação à
idade adulta, os homens `Sambia' não se tornam heterossexuais
exclusivos, muito pelo contrário. Vale lembrar que, nessa cultura, a
masculinidade é transmitida de uma geração a outra por contágio,
através do esperma (considerado o `líquido masculino'), e que essa
transmissão se dá através da felação e copulação homossexuais,
práticas estas restringidas pelas leis do incesto. Se os jovens
iniciantes são receptores de esperma, os adultos `másculos' e
guerreiros são os seus doadores, isto é, depois de aprovados no teste
da masculinidade, os machos sambias continuam mantendo relações
homossexuais com freqüência,, só que, doravante, na condição
de `ativos', de doadores de esperma. A diferença entre jovens e
adultos, entre iniciantes e iniciados, entre imaturos e amadurecidos,
não tem por critério a dicotomia homossexual-heterossexual, mas a
oposição sexual `passivo-ativo': macho absoluto é o indivíduo que
nunca `dá' e que `come' todo mundo, seja homem ou mulher. É o fodão,
o bissexual ativo.

È digno de nota que esse povo do Papua-Nova Guiné alia masculinidade
com misoginia ou ginecofobia (aversão ao sexo feminino). Com efeito,
constata-se entre esses homens, `destemidos guerreiros' da
cultura `sambia', um grande desprezo - e medo - pelo sexo feminino.
Até parece que as relações heterossexuais são para eles um encargo ou
o custo da masculinidade.

Ademais, entre os sambias a masculinidade não é algo que se conquista
de uma vez para sempre; ao contrário, depois de conquistada, a
masculinidade deve ser reconquistada cotidianamente, a cada
momento: "Adquirir a masculinidade implica o risco de perdê-la".

Um abraço,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/12/2002 05:22

Olá.

> È digno de nota que esse povo do Papua-Nova Guiné alia
masculinidade com misoginia ou ginecofobia (aversão ao sexo
feminino). Com efeito, constata-se entre esses homens, `destemidos
guerreiros' da cultura `sambia', um grande desprezo - e medo - pelo
sexo feminino. Até parece que as relações heterossexuais são para
eles um encargo ou o custo da masculinidade.

Macho que é macho não gosta de mulher. Quem gosta de mulher é o homem
mole, bonito e sensível, que sabe seduzir a mulher e percebe o prazer
feminino. O Don Juan é o típico exemplo.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Teste de Literatura
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/12/2002 07:04

1) Silvio escreveu "Puxa!! vc. é psicólogo!!!! e como diz que,
sendo Natal, há que haver respeito? e para os ímpios?
podemos desrespeitar?"

2) Grande Sílvio,
Na minha mensagem utilizei uma figura de linguagem muito querida do
Veríssimo. Qual será?
a)Metonímia
b)Hipérbato
c)Metáfora
c)IRONIA <---------
e) NRA

3)Vizzoni:
| Eu não sabia que o Veríssimo tinha tantas "amiguinhas" vamos dizer assim.
| Será que vs. tem o e-mail ou o telefone da Metonímia?
|
| silvio, o carente
|

Léo: A Metonímia e o Hipérbato eu os conheço, boas gentes! Mas, se mal lhes pergunto, quem é esse Veríssimo? É novo ciencialisteiro? Não achei a mensagem de apresentação do gajo!
[]'



SUBJECT: Eletromagnetismo acustico
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/12/2002 09:16

Ois gentes

Em julho deste ano o Léo me apareceu, em pvt, com uma "teoria intrigante"
que achou em suas andanças pela Internet. Eu acabei traduzindo a teoria para
o português e durante algum tempo discutimos alguns detalhes da mesma. Sem
dúvida, é uma teoria bastante interessante e, à primeira vista, não vai
contra os dogmas mais aceitos pelos acadêmicos não tão ortodoxos.

Pensei em publicá-la no Espaço Científico Cultural (ECC) e consegui
autorização do autor para a publicação em português. Alguns comentários do
Léo já foram anexados ao artigo, em notas de rodapé. Não obstante gostaria,
antes de colocá-la no "quase-imperdível" ECC, submetê-la aos magníficos
comentários que certamente virão dos demais caros amigos ciencialisteiros.
Caso isso aconteça, se o comentário for pertinente, e certamente será,
haverá um link na página para a mensagem correspondente da Ciencialist (se o
comentarista autorizar, poderá sair em nota de rodapé).

Atualmente a teoria pode ser lida em português no meu web site pessoal do
uol, em http://sites.uol.com.br/albmesq/ema/acoust.htm. O título é
"Eletromagnetismo Acústico" e o original, em inglês, poderá ser consultado
clicando-se ACOUSTIMAGNETOELECTRICISM.

Agradeço aos comentários, às sugestões e às possíveis correções de tradução
e/ou de português.

Por questão de delicadeza, sinto-me na obrigação de enviar, oportunamente,
os comentários traduzidos ao autor, senão na íntegra, pelo menos uma síntese
dos mesmos.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Eletromagnetismo acustico - ERRATA
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/12/2002 09:22

----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho"
Sent: Thursday, December 19, 2002 8:16 AM
Subject: [ciencialist] Eletromagnetismo acustico


> Atualmente a teoria pode ser lida em português no meu web site pessoal do
> uol, em http://sites.uol.com.br/albmesq/ema/acoust.htm. O título é
> "Eletromagnetismo Acústico" e o original, em inglês, poderá ser consultado
> clicando-se ACOUSTIMAGNETOELECTRICISM.

ERRATA:

Se alguém estiver lendo em página web da Ciencialist, cuidado com o ponto
final após o link, pois ele não faz parte do URL. O URL é
http://sites.uol.com.br/albmesq/ema/acoust.htm

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Teste de Literatura
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/12/2002 10:18

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> Mas, se mal lhes pergunto, quem é esse Veríssimo?

Luís Fernando Veríssimo, filho de Érico Veríssimo, cronista,
humorista, pensador moderado da esquerda, retratista do cotidiano da
classe-média (desde quando isso ainda se chamava, vida pequeno-
burguesa). Avesso a entrevistas, avança sobre doces, torcedor
colorado, teve vários contos reunidos em livros como: "A comédia da
vida privada" e "As mentiras que os homens contam". Criador de "O
analista de Bagé", "As cobras" e co-autor de "Mort, Ed Mort". Foi o
responsável pela redação final de "TV Pirata" - fase 1.

Escreve para os jornais O Estado de São Paulo e O Globo.

http://www.estado.estadao.com.br/colunistas/veris.html
http://oglobo.globo.com/oglobo/colunas/veriss.htm

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/12/2002 13:12

Androgens, androgen receptors, and male gender role behavior.
Wilson JD
Horm Behav 2001 Sep 40:358-66

Studies of genetic males with single gene mutations that impair
testosterone formation or action and consequently prevent development
of the normal male phenotype provide unique insight into the control
of gender role behavior. 46,XY individuals with either of two
autosomal recessive mutations [17 beta-hydroxysteroid dehydrogenase 3
(17 beta-HSD3) deficiency or steroid 5 alpha-reductase 2 (5 alpha-R2)
deficiency] have a female phenotype at birth and are raised as
females but frequently change gender role behavior to male after the
expected time of puberty. In contrast, genetic males with mutations
that impair profoundly the function of the androgen receptor are also
raised as females and have consistent female behavior as adults.
Furthermore, the rare men with mutations that impair estrogen
synthesis or the estrogen receptor have male gender role behavior.
These findings indicate that androgens are important determinants of
gender role behavior (and probably of gender identity) and that this
action is mediated by the androgen receptor and not the result of
conversion of androgen to estrogen. The fact that all genetic males
with 17 beta-HSD3 or 5 alpha-R2 deficiency do not change gender role
behavior indicates that other factors are also important determinants
of this process.

Androgens and the evolution of male-gender identity among male
pseudohermaphrodites with 5alpha-reductase deficiency.
Imperato-McGinley J, Peterson RE, Gautier T, Sturla E
N Engl J Med 1979 May 300:1233-7

To determine the contribution of androgens to the formation of male-
gender identity, we studied male pseudohermaphrodites who had
decreased dihydrotestosterone production due to 5 alpha-reductase
deficiency. These subjects were born with female-appearing external
genitalia and were raised as girls. They have plasma testosterone
levels in the high normal range, show an excellent response to
testosterone and are unique models for evaluating the effect of
testosterone, as compared with a female upbringing, in determining
gender identity. Eighteen of 38 affected subjects were unambiguously
raised as girls, yet during or after puberty, 17 of 18 changed to a
male-gender identity and 16 of 18 to a male-gender role. Thus,
exposure of the brain to normal levels of testosterone in utero,
neonatally and at puberty appears to contribute substantially to the
formation of male-gender identity. These subjects demonstrate that in
the absence of sociocultural factors that could interrupt the natural
sequence of events, the effect of testosterone predominates, over-
riding the effect of rearing as girls.


Male pseudohermaphroditism due to steroid 5alpha-reductase 2
deficiency. Diagnosis, psychological evaluation, and management.
Mendonca BB, Inacio M, Costa EM, Arnhold IJ, Silva FA, Nicolau W,
Bloise W, Russel DW, Wilson JD
Medicine (Baltimore) 1996 Mar 75:64-76

Sixteen subjects (from 10 Brazilian families) with male
pseudohermaphroditism due to steroid 5alpha-reductase 2 deficiency
have been evaluated in 1 clinic. The diagnoses were made on the basis
of normal plasma testosterone values, normal or low plasma
dihydrotestosterone levels and high testosterone/dihydrotestosterone
ratios in the basal state in postpubertal subjects or after treatment
with either human chorionic gonadotropin or testosterone in
prepubertal subjects. The analysis of the ratios of etiocholanolone
to androsterone in urine confirmed the diagnosis in all subjects who
were tested, and the molecular basis of the underlying mutations was
established in 9 of the families. Fourteen of the individuals were
evaluated by the same psychologist. All subjects but 1 were given a
female sex assignment at birth. Three of the subjects (1 the sibling
of an individual who has undergone female to male social behavior)
maintain a female social sex; they have been gonadectomized and
treated with exogenous estrogens. Ten of 13 subjects of postpubertal
age underwent a change of social sex from female to male, had
surgical correction of the hypospadias, and were treated with high-
dose testosterone esters by parenteral injection and subsequently
with dihydrotestosterone cream. These regimens brought serum
dihydrotestosterone levels to the normal male range (or above) but
resulted only in limited growth of the prostate and penis and, in
some, increase in body and facial hair and enhancement of libido and
sexual performance. Treatment of the prepubertal boys with
testosterone and/or dihydrotestosterone resulted in a doubling of
penis size.





SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/12/2002 14:59

Manuel,

Os 15 anos de relacionamento exclusivamente homossexual a que me
referi incluem a fase inicial, em que os rapazes mais jovens atuam
como passivos, e também quando passam a atuar, mais velhos, como
ativos. Na cultura dos guerreiros da Nova Guiné, quando um homem
chega à idade adulta e tem contato com uma mulher, passa a ser
considerado "impuro" e não pode mais participar da brincadeira.
Obviamente, não sou nenhum especialista no assunto mas foi isso que
eu li no material disponível na web (me corrija se eu estiver errado).

De qualquer forma, seria interessante estudarmos exemplos de outras
culturas. Já li alguma coisa sobre a civilização greco-romana, mas
era coisa do Luís Mott. E, pelo que eu percebi, ele exagera um pouco
quando se trata de enxergar homossexualidade em praticamente tudo,
por exemplo, incluindo na lista de personalidades homossexuais
qualquer um de quem não se conheçam relacionamentos heteros (já
recebeu protestos por parte da família de Santos Dumont, que ele
considerou um homossexual, por exemplo).

De qualquer forma, já que afirma-se que a sexualidade (seja qual for
o "default"), seja multifatorial, uma coisa que seria útil seria
analisarmos casos de gêmeos idênticos que cresceram em ambientes
distintos. Esse tipo de estudo costuma ser muito bom para mostrar o
peso de fatores genéticos. Tenho certeza de que o bom Takata
encontrará referências para abastecer-nos.

[]s
Ronaldo


--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Salve, Ronaldo.
. . .
>
> Manuel: Ocorre que, depois de atravessarem o período de iniciação à
> idade adulta, os homens `Sambia' não se tornam heterossexuais
> exclusivos, muito pelo contrário. Vale lembrar que, nessa cultura,
a
> masculinidade é transmitida de uma geração a outra por contágio,
> através do esperma (considerado o `líquido masculino'), e que essa
> transmissão se dá através da felação e copulação homossexuais,
> práticas estas restringidas pelas leis do incesto. Se os jovens
> iniciantes são receptores de esperma, os adultos `másculos' e
> guerreiros são os seus doadores, isto é, depois de aprovados no
teste
> da masculinidade, os machos sambias continuam mantendo relações
> homossexuais com freqüência,, só que, doravante, na condição
> de `ativos', de doadores de esperma. A diferença entre jovens e
> adultos, entre iniciantes e iniciados, entre imaturos e
amadurecidos,
> não tem por critério a dicotomia homossexual-heterossexual, mas a
> oposição sexual `passivo-ativo': macho absoluto é o indivíduo que
> nunca `dá' e que `come' todo mundo, seja homem ou mulher. É o
fodão,
> o bissexual ativo.
>
> È digno de nota que esse povo do Papua-Nova Guiné alia
masculinidade
> com misoginia ou ginecofobia (aversão ao sexo feminino). Com
efeito,
> constata-se entre esses homens, `destemidos guerreiros' da
> cultura `sambia', um grande desprezo - e medo - pelo sexo feminino.
> Até parece que as relações heterossexuais são para eles um encargo
ou
> o custo da masculinidade.
>
> Ademais, entre os sambias a masculinidade não é algo que se
conquista
> de uma vez para sempre; ao contrário, depois de conquistada, a
> masculinidade deve ser reconquistada cotidianamente, a cada
> momento: "Adquirir a masculinidade implica o risco de perdê-la".
>
> Um abraço,
> Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/12/2002 15:26

--- Em ciencialist@y..., "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@w...> escreveu
> De qualquer forma, já que afirma-se que a sexualidade (seja qual
> for o "default"), seja multifatorial, uma coisa que seria útil
> seria analisarmos casos de gêmeos idênticos que cresceram em
> ambientes distintos. Esse tipo de estudo costuma ser muito bom para
> mostrar o peso de fatores genéticos.

Homosexuality in monozygotic twins reared apart.
Eckert ED, Bouchard TJ, Bohlen J, Heston LL
Br J Psychiatry 1986 Apr 148:421-5

We describe six pairs of monozygotic twins, in which at least one
member of five pairs were homosexual, and one of the remaining pair
was bisexual, from a series of 55 pairs, reared apart from infancy;
all the female pairs were discordant for homosexual behaviour. This
and other evidence suggest that female homosexuality may be an
acquired trait. One male pair was concordant for homosexuality, while
the other was not clearly concordant or discordant; this suggests
that male homosexuality may be associated with a complex interaction,
in which genes play some part.

-------------
Acompanhar gemeos univitelinos criados separados nao e' tao simples --
entre outras coisas porq. sao relativamente raros. Mas ha' estudos
comparativos entre gemeos univitelinos e bivitelinos q. tbm podem
lancar alguma luz sobre a questao.
-------------

Sexual orientation, sexual identity, and sex-dimorphic behaviors in
male twins.
Buhrich N, Bailey JM, Martin NG
Behav Genet 1991 Jan 21:75-96

Sexual orientation, sexual identity, and sex-dimorphic behaviors were
assessed concurrently and retrospectively, for childhood, in 95 pairs
of male monozygotic (MZ) twins and 63 pairs of dizygotic (DZ) twins.
There was a significantly higher rate of adult homosexuality among
the MZ than among DZ twins. We employed a model-fitting approach
using LISREL to test for genetic and environmental influences on
variation for each trait singly and on the covariation among all six
traits (three for childhood and three for adulthood). Univariate
analyses confirmed the presence of familial factors for five of the
six variables but were generally unable to distinguish shared
environmental from genetic influences. Hierarchical tests of
multivariate models supported the existence of an additive genetic
factor contributing to the covariance among the variables. More
restrictive multivariate models yielded a significant genetic
influence on sexual orientation. Because of the different rates of
orientation by zygosity and because of the restrictive nature of some
of the multivariate models, our results are best considered tentative
but do suggest that further biometrically oriented studies of sexual
orientation and its correlates would be worthwhile.

Homosexual orientation in twins: a report on 61 pairs and three
triplet sets.
Whitam FL, Diamond M, Martin J
Arch Sex Behav 1993 Jun 22:187-206

Twin pairs in which at least one twin is homosexual were solicited
through announcements in the gay press and personal referrals from
1980 to the present. An 18-page questionnaire on the "sexuality of
twins" was filled out by one or both twins. Thirty-eight pairs of
monozygotic twins (34 male pairs and 4 female pairs) were found to
have a concordance rate of 65.8% for homosexual orientation. Twenty-
three pairs of dizygotic twins were found to have a concordance rate
of 30.4% for homosexual orientation. In addition, three sets of
triplets were obtained. Two sets contained a pair of monozygotic
twins concordant for sexual orientation with the third triplet
dizygotic and discordant for homosexual orientation. A third triplet
set was monozygotic with all three concordant for homosexual
orientation. These findings are interpreted as supporting the
argument for a biological basis in sexual orientation.


Homosexuality, type 1: an Xq28 phenomenon.
Turner WJ
Arch Sex Behav 1995 Apr 24:109-34

Despite the absence of phenotypic manifestations in alternating
generations characteristic of X-linked disorders, a thesis is
presented that a major type of Kinsey grades 5 and 6 male
homosexuality is determined by a gene in the Xq28 region. A total of
133 families in 78 kinshps of male and female homosexual probands, in
addition to 116 families (including those of 40 famous homosexuals)
from the literature, revealed an unbalanced secondary sex ratio in
the maternal generation of male, but not of female, homosexuals. On
the maternal side, in this study, the ratio of all uncles to all
aunts of 90 males homosexuals was 132/209, chi 2 = 8.52, p = 0.004.
On the maternal side for the total of all sources, the ratio of
uncles to aunts of male homosexuals was 241/367, chi 2 = 13.20; p <
0.0001. The male/female ratio of the total number of maternal
sibships bearing homosexuals (310/628: 0.491) was a measure of fetal
wastage of the mothers' male sibs; 49%. This ratio was very close to
that of the total number of children born to fathers affected with
any one of nine Xq28-linked male semilethal conditions (255/508:
ratio 0.556); for the difference between the two populations chi 2 =
0.859, p = 0.354. The male/female ratio of the total number of
children born to female carriers of any one of these same conditions
(1,232/1,062: ratio 1.16), chi 2 = 13.8 p < or = 0.0001, is close to
that of the total number of children in homosexual sibships: 511/413,
chi 2 = 10.4, p = 0.005. Between the number of children born to Xq28
mothers and to those born of mothers of homosexuals chi 2 = 0.581, p
= 0.446. One may readily surmise that the maternal influence so often
related to homosexuality may lie in the mother being a genetic
carrier, with traits thereto associated. In this study, 65% of the
mothers of homosexuals had no or only one live-born brother.
Additional support for a genetic hypothesis is found in the
occurrence of multiple instances--almost exclusively among maternal
relatives--of infertility, spontaneous abortions, miscarriages,
stillbirths, remaining single past age 30, and suicide. Of 109 male
and 43 female homosexual index cases in the present series there were
6 instances of brother/sister homosexual sibships.(ABSTRACT TRUNCATED
AT 400 WORDS)

The heritability of gender identity disorder in a child and
adolescent twin sample.
Coolidge FL, Thede LL, Young SE
Behav Genet 2002 Jul 32:251-7

The heritability and prevalence of the gender identity disorder (GID)
was examined, as well as its comorbidity with separation anxiety and
depression, in a nonretrospective study of child and adolescent
twins. The parents of 314 twins (ages 4-17 years; 96 monozygotic
pairs [MZ] and 61 dizygotic [DZ] pairs) completed the Coolidge
Personality and Neuropsychological Inventory (CPNI) containing a six-
item DSM-IV-based GID scale. Prevalence of clinically significant GID
symptomatology in the twin sample was estimated to be 2.3%.
Univariate model fitting analyses were conducted using an ordinal
transformation of the GID scale. The model that best described the
data included a significant additive genetic component accounting for
62% of the variance and a nonshared environmental component
accounting for the remaining 38% of the variance. Results suggested
no heterogeneity in the parameter estimates resulting from age. The
correlation between GID and depression was modest, but significant (r
= .20; P < .05), whereas the correlation between GID and separation
anxiety was nonsignificant (P > .05). Overall, the results support
the hypothesis that there is a strong heritable component to GID. The
findings may also imply that gender identity may be much less a
matter of choice and much more a matter of biology.

A genetic study of male sexual orientation.
Bailey JM, Pillard RC
Arch Gen Psychiatry 1991 Dec 48:1089-96

Homosexual male probands with monozygotic cotwins, dizygotic cotwins,
or adoptive brothers were recruited using homophile publications.
Sexual orientation of relatives was assessed either by asking
relatives directly, or when this was impossible, asking the probands.
Of the relatives whose sexual orientation could be rated, 52% (29/56)
of monozygotic cotwins, 22% (12/54) of dizygotic cotwins, and 11%
(6/57) of adoptive brothers were homosexual. Heritabilities were
substantial under a wide range of assumptions about the population
base rate of homosexuality and ascertainment bias. However, the rate
of homosexuality among nontwin biological siblings, as reported by
probands, 9.2% (13/142), was significantly lower than would be
predicted by a simple genetic hypothesis and other published reports.
A proband's self-reported history of childhood gender non-conformity
did not predict homosexuality in relatives in any of the three
subsamples. Thus, childhood gender nonconformity does not appear to
be an indicator of genetic loading for homosexuality. Cotwins from
concordant monozygotic pairs were very similar for childhood gender
nonconformity.

---------------

Entre outros. (Caramba, como esse pessoal se preocupa com essa
questao de homossexualismo...)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Teste de Literatura
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/12/2002 16:13

Takata

vc. sabe se as crônicas do Simão são disponíveis na net pra quem não é da
UOL???

grato,

silvio
----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, December 19, 2002 10:18 AM
Subject: [ciencialist] Re: Teste de Literatura



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Teste de Literatura + Eisntein
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/12/2002 17:53

He he he ... tá bom! Tá bem explicado porque não o conhecia. Imagina! TV Pirata!

Outra coisa, vira e mexe recebo na minha caixa postal (entre outros montes de entulhos), frases assim:
======
"A vida é como jogar uma bola na parede."

"Se for jogada uma bola azul, ela voltará azul. Se for jogada uma bola verde, ela voltará verde. Se a bola for jogada fraca, ela voltará fraca. Se a bola for jogada com força, ela voltará com força. Por isso, nunca jogue uma bola na vida se você não estiver pronto a recebê-la. A vida não dá nem empresta; não se comove nem se apieda. Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir aquilo que nós lhe oferecemos".

Albert Einstein, físico judeu alemão
=======

Será que isso é de Einstein mesmo? Alguém sabe de onde tiraram esse texto?

[]'
Léo



======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 19 de dezembro de 2002 10:18
Assunto: [ciencialist] Re: Teste de Literatura


--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> Mas, se mal lhes pergunto, quem é esse Veríssimo?

Luís Fernando Veríssimo, filho de Érico Veríssimo, cronista,
humorista, pensador moderado da esquerda, retratista do cotidiano da
classe-média (desde quando isso ainda se chamava, vida pequeno-
burguesa). Avesso a entrevistas, avança sobre doces, torcedor
colorado, teve vários contos reunidos em livros como: "A comédia da
vida privada" e "As mentiras que os homens contam". Criador de "O
analista de Bagé", "As cobras" e co-autor de "Mort, Ed Mort". Foi o
responsável pela redação final de "TV Pirata" - fase 1.

Escreve para os jornais O Estado de São Paulo e O Globo.

http://www.estado.estadao.com.br/colunistas/veris.html
http://oglobo.globo.com/oglobo/colunas/veriss.htm

[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: Re: Velocidade de Luz
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/12/2002 18:09

Falando em radiacao de fundo (nao, Bulcao, os Sambias nao tEm nada a
ver com a historia):

Cosmic Microwave Background Radiation's Polarization Detected at Last
http://www.sciam.com/article.cfm?chanID=sa003&articleID=0001EDE0-EE2E-
1E00-8B3B809EC588EEDF

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: [ciencialist] Eletromagnetismo acustico
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/12/2002 18:32

1) No parágrafo:
"Quando eu giro uma manivela que está conectada a um longo cabo e que "dá corda" a um sistema dotado de uma mola, o trabalho, de alguma maneira, é instantaneamente conduzido, através do cabo, da manivela para a fonte afastada. O cabo apenas gira! Existe algum modo para revelar a quantidade de trabalho que flui, ao longo do cabo, de meus dedos até a mola?"

A 'fonte', local onde se realiza o trabalho, é a manivela e quem recebe o trabalho é a mola, então, o trecho "através do cabo, da manivela para a fonte afastada." deve ser alterado para "através do cabo, da manivela para a mola afastada."

2) No parágrafo:
"Quando um motorista age sobre a direção de seu veículo e com isso orienta os pneus, todo o trabalho realizado é, de alguma maneira, conduzido instantaneamente através do cabo de direção. Tudo o que se vê é um cabo a girar. Olhando simplesmente para o cabo a girar eu não posso dizer se é a direção que está enviando "trabalho" aos pneus, ou se o motor está desligado e o carro deslizando e, neste caso, o trabalho estaria sendo enviado dos pneus para o motor e que, em decorrência disso, bombearia os cilindros. Em ambos os casos o cabo simplesmente gira."

O sistema sob observação é 'direção, caixa de direção (com suas engrenagens, implícito) e pneus'. Num sentido observa-se que 'agindo na direção, isso acaba orientando os pneus'. Tudo OK.
No sentido inverso, a frase está 'claudicante'; eu poria (após essa leitura mais atenta): "ou se o motor está desligado e o carro ZIGUEZAGUEANDO e, neste caso, o trabalho estaria sendo enviado dos pneus para A CAIXA DE DIREÇÃO e que, em decorrência disso, MOVIMENTARIA O VOLANTE".

[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 19 de dezembro de 2002 09:16
Assunto: [ciencialist] Eletromagnetismo acustico


| Ois gentes
|
| Em julho deste ano o Léo me apareceu, em pvt, com uma "teoria intrigante"
| que achou em suas andanças pela Internet. Eu acabei traduzindo a teoria para
| o português e durante algum tempo discutimos alguns detalhes da mesma. Sem
| dúvida, é uma teoria bastante interessante e, à primeira vista, não vai
| contra os dogmas mais aceitos pelos acadêmicos não tão ortodoxos.
.......................



SUBJECT: Re: [ciencialist] Esse mundo quântico...
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/12/2002 21:12


>From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Esse mundo quântico... Date: Wed, 18 Dec 2002
>23:31:51 -0300

> > Quem sabe não seria uma
> > ótima idéia dar seminários para uma platéia de cientistas?
>
>Ótima idéia! Sinceramente, em termos de academicismo universitário você
>deve
>ser muito jovem. Enfim, já flagrei doutores que persistem com essa
>ingenuidade por toda uma vida. Sim, já cheguei a dar palestras para uma
>platéia de cientistas. Não sou contra seminários, muito pelo contrário.
>Acho
>apenas que você está sendo por demais otimista. Pregar uma revolução
>através
>de seminários?!!! ;-)))

Você está certo quando diz que eu sou jovem... mas eu não sugeri
pregar uma revolução através de seminários, basta ler meu email.
Como eu disse, essa tarefa é muito difícil e complicada.
E além disso, o que é ser mais otimista: pregar uma revolução
através de seminários em universidades ou através da internet
e listas de discussão?

Vou olhar seus textos quando puder, assim podemos discutir
suas idéias propriamente ditas.

Abraços,

Guilherme

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SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/12/2002 05:27

> De qualquer forma, seria interessante estudarmos exemplos de outras
culturas.

De acordo com Dennis Werner
(http://www.dennis.floripa.com.br/index.htm), o modelo de longe mais
adotado é o no qual os homens adultos comem os travestis (bichas
biológicas). Em segundo lugar está o sistema mestre/aprendiz,
praticado por tribos da Nova Guiné, gregos, monges budistas e castas
samurai. Este sistema está presente em culturas que valorizam a idade
como determinante da hierarquia. Existe ainda um terceiro sistema,
mais raro, no qual dois adultos mantém relações homossexuais em um
contexto igualitário. Essas relações são forjadas na adolescência e
permanecem durante toda a vida. Existe também o sistema gay
ocidental, único no mundo. Este sistema, no qual os homossexuais
formam uma comunidade que faz sexo entre si, é uma anomalia
decorrente de nossa situação terminal.

> De qualquer forma, já que afirma-se que a sexualidade (seja qual
for o "default"), seja multifatorial, uma coisa que seria útil seria
analisarmos casos de gêmeos idênticos que cresceram em ambientes
distintos. Esse tipo de estudo costuma ser muito bom para mostrar o
peso de fatores genéticos. Tenho certeza de que o bom Takata
encontrará referências para abastecer-nos.

Existe um tipo de homossexual que é biológico. São homens femininos,
passivos, que durante a infância evitam brigas e brincadeiras com
meninos, preferindo brincar com as meninas. De acordo com Werner, em
geral são bebês bonitos e, quando crescem, possuem inclinações
artísticas (eles podem virar feiticeiros). Werner sugere que eles
estejam no extremo submisso da hierarquia.

Essas observações também sugerem que as mulheres tendem a ser
submissas, e os homens, dominantes.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Esse mundo quântico...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/12/2002 08:06

----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto"
Sent: Thursday, December 19, 2002 8:12 PM
Subject: Re: [ciencialist] Esse mundo quântico...

> E além disso, o que é ser mais otimista: pregar uma revolução
> através de seminários em universidades ou através da internet
> e listas de discussão?

Otimista mesmo foi um réles funcionário de um departamento de patentes
(desprezado pela universidade em que se diplomou) propor uma teoria
totalmente absurda para a época (1905) e acreditar, que do lado de lá, no
Olimpo acadêmico, encontraria um editor do porte de Planck, a valorizar
idéias à primeira vista sem nexo com a realidade.

Quanto ao mais, digo que não existem regras para a proposição de idéias
novas e revolucionárias. Mesmo porque regras foram criadas para serem
seguidas por conservadores. E, como diria Mário Schenberg, "as leis só são
fecundas quando violadas". Quanto à internet eu diria que é muito cedo para
se concluir alguma coisa a respeito. Lembro, no entanto, no que diz respeito
às minhas teorias, que o feedback que recebo via internet em um ano é
centenas de vezes maior, e mais compensador, do que aquele que já obtive em
toda a minha vida acadêmica (de 1969 a 2002). Esse feedback, por incrível
que possa parecer, deve-se ao meu site criado em 1997. Já discuti com
doutores respeitáveis da Inglaterra, dos EUA, da Rússia, da França, da
Alemanha, da Eslovênia, do Japão, do México, da Argentina... e até mesmo do
Brasil. Talvez isso não me leve à glória, mas isso é pouco importante. A
nossa finalidade primordial não é tão somente aprender, mas sim aprender
para produzir. Aprender por aprender pode nos levar à riqueza ou ao poder;
mas isso não basta. Todos os animais aprendem, mas o homem é o único capaz
de produzir, e desta maneira construir sua própria cultura. Produzir para
quê? Eu diria que para se realizar como ser humano. A cada artigo que
escrevo eu me sinto realizado, mesmo antes de ser lido, e independentemente
da repercussão que o artigo possa vir a provocar. Sei que algum dia alguém
irá levar a sério o que escrevo, ainda que seja para derrubar as minhas
idéias (e nem sei se estarei vivo para contestar a crítica) e isso me basta.
Pois para minha satisfação pessoal (e isso não deve ser levado para o âmbito
profissional, pois nesse caso eu procuro vestir minha personalidade
secundária) eu me realizo muito mais quando erro com idéias originais, do
que quando acerto com idéias copiadas.

Se isso é ser otimista, então sou otimista. E repito aqui mais uma vez o que
escrevi para a Ciencialist em 31/05/2001:

"O cientista não é um ser que vive à procura da glória ou do sucesso e a
evitar o fracasso. Sob esse aspecto, vejo o cientista como um ser que abre
ou fecha portas. Se nada de minhas teorias se justificar, gostaria de passar
para a história da ciência como alguém que fechou a porta de um labirinto
imenso e que não dava em lugar nenhum. Psicologicamente falando, isso me
basta. O que não posso é ignorar a existência desse labirinto, apenas para
agradar os físicos 'modernos', que pretendem que eu o coloque debaixo do
tapete."

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade de Luz
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/12/2002 14:28

Perdoem-me pelo atraso, mas durante um mês este será praticamente o único
dia que terei para postar alguma coisa aqui.

On Wed, 11 Dec 2002, Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Então teríamos que nos render a Fred Hoyle e ignorar completamente a
> > radiação de fundo do universo.
>
> Sua lógica é paraconsistente? Não entendi a sua colocação. Porque uma
> "explosão" única (big bang) pode gerar uma radiação e uma "explosão"
> permanente não?

É que sua colocação me soou muito semelhante à expansão proposta por
Hoyle. Que, como sabemos, foi descartada com a descoberta da radiação de
fundo. Na proposta de Hoyle a radiação teria que ser de 10 a 30 vezes
maior para sustentar o crescimento do universo. Se eu não me engano é
isso.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/12/2002 15:02

On Fri, 13 Dec 2002, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Mas indiferentemente a tudo isso, [...] a Terra se move.

Prove isto!!! :-)

[]s
TARCISIO BORGES
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/12/2002 15:15

On Fri, 13 Dec 2002, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Em termos. Tudo isso está servindo apenas para reforçar minhas suspeitas de
> que a teoria quântica (ou modelo padrão, se quiser) é não falseável, logo
> não é uma teoria mas sim uma doutrina.

Mas para falsear uma teoria vc precisa propor uma forma de fazê-lo. Um
experimento que comprove que a quântica é indubitavelmente falsa.
Determinar a massa do neutrino não muda nada.

[]s
TARCISIO BORGES
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Equivalencia + Carga
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/12/2002 15:37

On Sat, 14 Dec 2002, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Sugestão 1- o próximo a entrar na thread, apague no Assunto (Ex-Heresias do Alberto).

OK

> Sugestão 2- discutir porque elétrons num feixe (como os do TRC, por
> exemplo) não se repelem, ou seja, o feixe paralelo não torna-se
> divergente.

Einstein já respondeu esta questão no artigo em que ele faz sua primeira
exposição sobre relatividade.


> Sugestão 3- discutir sobre o princípio da equivalência com base na
> minha imposição posta em "Empuxo Inercial de Newton", da não validade
> para líquidos (texto na Sala 05 do Imperdível).

Não compreendo a não validade.


> Léo: Novamente a questão. Para um referencial há emissão (e portanto
> diminuição da energia total da carga) e noutro não. Parece-me bem mais
> econômico viver num referencial acelerado, minha conta de energia
> elétrica diminuirá substancialmente! :-)

O que a relatividade diz a respeito disso é que para um determinado
observador existem transformações relativísticas que me dizem o que o
outro observador está vendo. Um vê perder energia e o outro não vê perda
nenhuma e a relatividade mostra para um observador o que o outro está
vendo. Apenas isto.

Vc não precisa nem acelerar a carga. Acelere o observador e este verá
emissão de energia vinda da carga.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Equivalencia + Carga
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/12/2002 15:45

On Sat, 14 Dec 2002, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Léo: A questão está no modo como se obtém essa aceleração. Se o copo
> d'água for acelerado pelo seu fundo através de uma força externa (por
> exemplo, um foguete), tudo bem, a água fica 'compactada' no fundo do
> copo, MAS, se a aceleração for obtida pela atração gravitacional de
> outra enorme massa colocada á frente do copo não haverá qqer
> 'compactação' e a própria água não exercerá qqer contato com o copo!
> Não há equivalência entre aceleração gravitacional e aceleração por
> força externa de interação.

Ah! É isso!!! Acho que há um erro de interpretação sua. Mas posso estar
enganado. Que tal um exemplo mais concreto???

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/12/2002 16:21

Ronaldo,

Ronaldo: Os 15 anos de relacionamento exclusivamente homossexual a
que me referi incluem a fase inicial, em que os rapazes mais jovens
atuam como passivos, e também quando passam a atuar, mais velhos,
como ativos. Na cultura dos guerreiros da Nova Guiné, quando um homem
chega à idade adulta e tem contato com uma mulher, passa a ser
considerado "impuro" e não pode mais participar da brincadeira.
Obviamente, não sou nenhum especialista no assunto mas foi isso que
eu li no material disponível na web (me corrija se eu estiver errado).

Manuel: Os jovens celibatários (entre 14 e 21 anos de idade) doadores
de sêmem aos iniciantes já conquistaram a sua masculinidade. Já
apresentam genitália desenvolvida – e a desenvolveram porque, segundo
esta cultura, receberam esperma através da felação e do coito anal –
e são considerados `guerreiros juniors'. Note-se que, para os Sambia,
ser masculino é tornar-se guerreiro, é estar capacitado para matar, e
o relacionamento homossexual por si não compromete a masculinidade
quando realizado dentro das regras estabelecidas pela cultura.
Durante esse primeiro estágio da idade adulta, os jovens guerreiros
celibatários continuam praticando entre si relações homossexuais em
que o ativo (o felatado ou chupado) é sempre o mais velho. Depois que
se casam com mulheres arranjadas por sua família (por volta dos 18-21
anos de idade), durante dois-quatro anos os homens Sambia adultos só
podem praticar com suas esposas sexo oral, isto é, o intercurso pênis-
vagina é proibido. Durante esse período, a felação homossexual ainda
é permitida, pois acreditam que a ingestão de esperma fortalece a sua
masculinidade. Somente depois que a mulher menstrua pela primeira
vez (as mulheres Sambia se casam aos 14 anos de idade, e, talvez por
razões nutricionais, menstruam pela primeira vez aos 17-18 anos), é
que relações homossexuais são proibidas, isso porque, ao introduzir o
pênis na vagina, o homem se contamina com os líquidos femininos, o
que o torna `impuro'. Observe-se aí a junção entre masculinidade e
misoginia: os Sambias consideram perigosas as relações
heterossexuais, e chegam a se flagelar depois do ato, pois crêem que,
ao verterem o seu próprio sangue, eles expulsam do seu corpo o
líquido feminino (o sangue da menstruação). Mas, apesar da
interdição, os antropólogos que contactaram essas tribos, (entre os
quais Gilbert Herdt) observaram um período de transição de 1-2 anos
em que felações homossexuais com guerreiros celibatários mais jovens
são toleradas, se praticadas às ocultas e esporadicamente.

Também segundo os antropólogos que investigaram essa cultura, os
homens Sambia mais velhos, embora heterossexuais exclusivos (supõe-
se), nas conversas que têm entre si gostam de relembrar o período de
suas vidas em que o intercurso homossexual era não só permitido como
obrigatório, e relatam, com prazer, as suas melhores experiências
dessa fase (embora a maioria considere mais prazerosas as
experiências posteriores com as mulheres).

Acresce dizer que, segundo os Sambia, a masculinidade, depois de
conquistada, pode ser perdida. Por isso que deve ser ela
constantemente testada, o que é feito através da guerra, e não na
cama (ou na rede, ou atrás da moita, sei lá como eles fazem sexo.)

Há um link muito interessante sobre os Sambia:

http://icarus.ubetc.buffalo.edu/users/apy106/cultures/sambia.html

Ronaldo: De qualquer forma, seria interessante estudarmos exemplos de
outras culturas...

Manuel: Alguns dados sobre outras culturas, que por ora tenho em
mente: Entre os Etoros, um outro povo da Nova Guiné, as relações
heterossexuais são um tabu, mas só na maioria dos dias do ano; nos
demais dias, relações homossexuais são não só permitidas como
incentivadas.

Entre muitas tribos tupi-guaranis, como, por exemplo, os índios Kraô,
sub-grupo cultural dos Timbiras, no norte do Estado de Goiás, "Os
homens da tribo demonstram muito mais afetividade entre si do que com
as mulheres. Os solteiros dormem juntos com a cabeça recostada ou no
peito ou nos ombros uns dos outros. A prática de "fazer cunin", fazer
sexo, é muito comum e explícita principalmente entre os solteiros de
15 a 20 anos." Parece até que são bonobos!:-)

Entre os povos antigos da Mesopotâmia (sumérios, acádios, assírios e
caldeus), acreditava-se que a introdução do pênis no ânus de um outro
homem aumentava a força, a virilidade, a coragem e outras virtudes
tidas como masculinas. Isto é, ser homem viril, ou torna-se mais
masculino, é incompatível com a heterossexualidade exclusiva, pois,
para tanto, é necessário que o homem mantenha relações homossexuais
na condição de `ativo'. Um dado da primatologia que talvez esclareça
isso: entre muitos primatas (macacos-de-cheiro, macacos-esquilos,
macacos japoneses, babuínos, chimpanzés, etc.), as relações sexuais
são também relações de força e de poder, ou seja, além da função
reprodutiva, o sexo desempenha outras funções: nessas espécies, os
rituais agonísticos de demarcação do território e de manutenção do
status dentro da hierarquia do grupo são idênticos aos rituais de
corte e de acasalamento, isto é, a sinalização de cópula é idêntica à
da agressividade intra-específica. Para mostrar seu poder, os
machos `alfa' exibem seu pênis ereto e `montam' nos machos
subalternos. Entre os bonobos, em que há uma co-dominância entre
machos e fêmeas (há fêmeas que são hierarquicamente superiores a
muitos machos), já se verificou casos em que fêmeas surram machos
subalternos, sujeitando-os depois a um humilhante ritual: elas
os `cobrem', simulando um coito em que a fêmea é o ativo e o macho, o
passivo (nessa simulação de coito, os papéis sexuais se invertem.
Isso também ocorre entre seres humanos, de uma forma simbólica,
quando, numa briga com um homem, a mulher dá-lhe um cotoco ou uma
banana – símbolos fálicos – ou manda ele se foder ou tome no rabo).

Algumas citações: "Entre os macacos japoneses, a classe social é
mantida e reforçada por um ritual diário: os machos das castas
inferiores adotam a posição sexual submissa característica da fêmea
no cio e são, de forma rápida e cerimonial, montados por machos das
castas superiores". (C. Sagan; Os Dragões do Éden; p. 35) "No caso
dos macacos africanos e dos babuínos, há certos machos que se sentam
sempre de costas voltadas para o campo, mantendo-se de guarda e
exibindo o intensamente colorido pênis e os testículos, por vezes do
mesmo colorido intenso. Se um estranho ao grupo se aproxima
demasiado, os guardas têm mesmo uma ereção; as chamadas `cópulas de
fúria' também têm lugar". (Irenäus Eibl-Eibesfeldt; A Biologia da Paz
e da Guerra; p. 108)

Aliás, ontem mesmo eu quase que atropelo um menino que atravessou a
rua atrás de uma bola de futebol. Parei o carro, esparrei "quer
morrer, pôrra!" e lhe dei um cotoco (o dedo médio em riste). Depois
observei-o pelo retrovisor: aos gritos, ele segurava e apontava o
pinto (sob o calção) em minha direção. O sexo como relação de poder,
o pênis como símbolo de potência, força e dominância, claro indício
de que, também entre os homens, e como qualquer outro primata, os
indivíduos do sexo masculino costumam agredir sexualmente uns aos
outros.

Parece que, entre muitos animais em que o sexo desempenha outras
funções além da reprodutiva, a relação sexual tem por base não a
oposição macho-fêmea, mas a bipolaridade `ativo-passivo'. Somente
naquelas espécies em que o sexo é, também, meio de troca (os bonobos
fazem sexo em troca de comida, de proteção e para fazer alianças), a
relação sexual, que é também relação de poder, implica menos
violência.

Ronaldo: De qualquer forma, já que afirma-se que a sexualidade (seja
qual for o "default"), seja multifatorial, uma coisa que seria útil
seria analisarmos casos de gêmeos idênticos que cresceram em
ambientes distintos. Esse tipo de estudo costuma ser muito bom para
mostrar o peso de fatores genéticos. Tenho certeza de que o bom
Takata encontrará referências para abastecer-nos.

Manuel: Uma referência que encontrei: Já ouviu falar das pesquisas de
Dean Hamer, realizadas em 1993 com irmãos maternos e que, segundo
ele, comprovariam que a tendência ao homossexualismo é transmitida
aos filhos pela mãe através do cromossomo X? Pois bem, essas
pesquisas foram contestadas por pesquisas mais recentes, realizadas
pelos professores George Rice e George Ebers, da Universidade Western
Ontario, Canadá, e publicadas na revista Science em abril/1999 . A
respeito disso, veja o link abaixo:
http://www.bio.davidson.edu/courses/genomics/2002/Pierce/gaygene.htm
The year 1995 marked beginning of the end of optimism for chromosome
Xq28 as an indicator of male homosexuality. In this year Scientific
American printed an article that mentioned the doubts in the
scientific community over the genetics of homosexuality. LeVay's
findings, the article reports, "have yet to be fully replicated by
another researcher" (Horgan, 1995). Also, one study contradicted
Hamer's results and Scientific American reported that he had "been
charged with research improprieties and is now under investigation by
the Federal Office of Research Integrity," which was basically a
result of his excluding "pairs of brothers whose genetic makeup
contradicted his finding" (Horgan, 1995). This news report came in
the November edition of the magazine, which was essentially
presenting a retraction for the article the two scientists coauthored
in 1994. Unfortunately for these two researchers, more bad news was
to follow.
Science also reported that the study by Hamer was being questioned. A
study by George Ebers and George Rice in 1995 indicated that "there
is no reason to focus linkage studies on the X chromosome" and that
there is "no evidence that gayness is passed from mother to son"
(Marshall, 1995). Although these researchers agreed with the
possibility that homosexuality is inherited, they found no clear
evidence to justify Hamer's claims.
Finally, in 1999, George Rice and George Ebers published their data.
In the April edition of Science, the scientists show that their
results, "do not support an X-linked gene underlying male
homosexuality" (Rice et al., 1999 and Wickelgren, 1999). They found
that the gay brothers looked at by the Hamer group were no more
likely to share the Xq28 markers than would be expected by chance.
This officially sounded the death-knell for the optimism held by
Hamer et al. and others looking in this region for the gene leading
to homosexuality.
When the 1993 Science article was written, a precursory "Research
News" article was written by Robert Pool in the same magazine to
report the findings of the Hamer group. In this article, Pool
writes, "The field of behavioral genetics is littered with apparent
discoveries that were later called into question or retracted" (Pool,
1993). A statement could not be more prophetic.
"Male homosexuality: absence of linkage to microsatellite markers at
Xq28.
Rice G, Anderson C, Risch N, Ebers G."

Department of Clinical Neurological Sciences, University of Western
Ontario, 339 Windermere Road, London, Ontario, Canada, N6A 5A5.
grice@julian.uwo.ca

Several lines of evidence have implicated genetic factors in
homosexuality. The most compelling observation has been the report of
genetic linkage of male homosexuality to microsatellite markers on
the X chromosome. This observation warranted further study and
confirmation. Sharing of alleles at position Xq28 was studied in 52
gay male sibling pairs from Canadian families. Four markers at Xq28
were analyzed (DXS1113, BGN, Factor 8, and DXS1108). Allele and
haplotype sharing for these markers was not increased over
expectation. These results do not support an X-linked gene underlying
male homosexuality.

PMID: 10213693 [PubMed - indexed for MEDLINE]
Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Esse mundo quântico...
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/12/2002 17:37


>From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Esse mundo quântico...
>Date: Fri, 20 Dec 2002 07:06:08 -0300
>
>Otimista mesmo foi um réles funcionário de um departamento de patentes
>(desprezado pela universidade em que se diplomou) propor uma teoria
>totalmente absurda para a época (1905) e acreditar, que do lado de lá, no
>Olimpo acadêmico, encontraria um editor do porte de Planck, a valorizar
>idéias à primeira vista sem nexo com a realidade.
>
>Quanto ao mais, digo que não existem regras para a proposição de idéias
>novas e revolucionárias.

Sem dúvida, não há como discordar disso.

>Quanto à internet eu diria que é muito cedo para
>se concluir alguma coisa a respeito. Lembro, no entanto, no que diz
>respeito
>às minhas teorias, que o feedback que recebo via internet em um ano é
>centenas de vezes maior, e mais compensador, do que aquele que já obtive em
>toda a minha vida acadêmica (de 1969 a 2002). Esse feedback, por incrível
>que possa parecer, deve-se ao meu site criado em 1997. Já discuti com
>doutores respeitáveis da Inglaterra, dos EUA, da Rússia, da França, da
>Alemanha, da Eslovênia, do Japão, do México, da Argentina... e até mesmo do
>Brasil.

Só tenho que parabenizá-lo e dizer-lhe para continuar
a "luta". A impressão geral que os seus textos me
causaram é de que você sente um desprezo sistemático pela
capacidade intelectual da comunidade física como um todo
(ainda que essa impressão possa estar equivocada), como
se a maioria dos físicos de hoje tivesse uma inteligência
débil, sendo meramente máquinas de repetir. Acho que o
buraco é mais em baixo. É muito perigoso menosprezar a
inteligência das pessoas.

>Sei que algum dia alguém
>irá levar a sério o que escrevo, ainda que seja para derrubar as minhas
>idéias (e nem sei se estarei vivo para contestar a crítica) e isso me
>basta.

Eu levo a sério e vou examinar seus textos, combinado?

>"O cientista não é um ser que vive à procura da glória ou do sucesso e a
>evitar o fracasso. Sob esse aspecto, vejo o cientista como um ser que abre
>ou fecha portas. Se nada de minhas teorias se justificar, gostaria de
>passar
>para a história da ciência como alguém que fechou a porta de um labirinto
>imenso e que não dava em lugar nenhum. Psicologicamente falando, isso me
>basta. O que não posso é ignorar a existência desse labirinto, apenas para
>agradar os físicos 'modernos', que pretendem que eu o coloque debaixo do
>tapete."

Se você gostaria de passar para a história da ciência, por ter feito
o que quer que seja, então você quer a glória e o sucesso, o
que contradiz com a primeira frase.

Abraços,

Guilherme

_________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/12/2002 18:00

quando eu era menino lá em Itabirito, me ensinaram que a Terra é uma bola
quadrada que gira parada em torno do universo.

pelo sim, pelo não....

silvio

----- Original Message -----
From: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, December 20, 2002 3:02 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa


On Fri, 13 Dec 2002, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Mas indiferentemente a tudo isso, [...] a Terra se move.

Prove isto!!! :-)

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all






SUBJECT: Re: [ciencialist] Equivalencia + Carga
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/12/2002 19:14

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 20 de dezembro de 2002 15:45
Assunto: Re: [ciencialist] Equivalencia + Carga


On Sat, 14 Dec 2002, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Léo: A questão está no modo como se obtém essa aceleração. Se o copo
> d'água for acelerado pelo seu fundo através de uma força externa (por
> exemplo, um foguete), tudo bem, a água fica 'compactada' no fundo do
> copo, MAS, se a aceleração for obtida pela atração gravitacional de
> outra enorme massa colocada á frente do copo não haverá qqer
> 'compactação' e a própria água não exercerá qqer contato com o copo!
> Não há equivalência entre aceleração gravitacional e aceleração por
> força externa de interação.

TARCISIO BORGES: Ah! É isso!!! Acho que há um erro de interpretação sua. Mas posso estar
enganado. Que tal um exemplo mais concreto???

OK. Tenho no espaço sideral uma caçamba de concreto (A).
Se essa caçamba for acelerada pelo seu fundo, na direção AB, por um foguete, o concreto mole transfere forças (inter-ação) de camada para camada até compactar-se no fundo da caçamba.
Se todavia a caçamba for acelerada pela presença de uma enorme massa colocada em B, todas as partes do concreto serão igualmente aceleradas e tais partes não agirão sobre as demais; tudo se passa como uma queda livre do concreto e caçamba.
Os modos de acelerar não são equivalentes ... como afirma o princípio da equivalência.

[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Esse mundo quântico...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/12/2002 19:58

----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto"
Sent: Friday, December 20, 2002 4:37 PM
Subject: Re: [ciencialist] Esse mundo quântico...

> A impressão geral que os seus textos me
> causaram é de que você sente um desprezo sistemático pela
> capacidade intelectual da comunidade física como um todo
> (ainda que essa impressão possa estar equivocada), como
> se a maioria dos físicos de hoje tivesse uma inteligência
> débil, sendo meramente máquinas de repetir. Acho que o
> buraco é mais em baixo. É muito perigoso menosprezar a
> inteligência das pessoas.

Aprendi a ser dialético com Popper (e também com Mário Schenberg). Há quem
diga que na Inglaterra, onde mais se contesta Popper é entre os seus
seguidores, pertencentes à escola de pensamento que ele próprio criou (li
isso em um livro de um brasileiro que fez pós-graduação nessa escola).
Alguns, dentre os seguidores de Popper, chegam até mesmo a ridicularizar o
seu guru, e quero crer que fazendo isso eles nada mais estão a fazer senão
imitar seu mestre. Se as pessoas entendem isso ou não, paciência. A verdade
é que um texto escrito é seco, e nem todos conseguem ler além do que está
exposto no papel (parece-me que este não é o seu caso, pois você assumiu a
possibilidade de estar equivocado quanto a intepretação de minha
agressividade).

Não creio ter menosprezado a inteligência de ninguém. Se eu digo que alguém
está errado ao assumir que o campo de um elétron é coulombiano, isso não
significa chamar esse alguém de burro, conquanto a idéia em si apóie-se numa
ingenuidade sem limites, e não existe nenhuma experimentação a comprová-la
em definitivo. Por outro lado, quando afirmo que Descartes foi por demais
ingênuo, ao assumir que a luz *corpuscular* refratada deveria estar numa
velocidade superior à da luz incidente (coisa que se lê a toda hora em
livros didáticos escritos pelos mais eminentes físicos modernos), não estou
pretendendo chamar Descartes de burro, apenas estou dizendo que ele errou ao
tentar ir, em pensamento, além do que a experiência lhe mostrava; assim como
os físicos atuais vivem cometendo esse mesmo erro (e hoje eles têm
experiências a denotarem que estão errados). Mas errar é prerrogativa dos
cientistas e dos filósofos. Quem não erra não acerta! Logo, quem tem medo de
errar tem mais é que procurar outra profissão. Quem não tem medo de errar
também não deve ter medo de apontar os erros dos outros; e também não deve
ter medo de ser considerado ingênuo pelos outros.

> Eu levo a sério e vou examinar seus textos, combinado?

Pois não tenha receios em me chamar de ingênuo. Apenas prepare-se para a
réplica, pois ou você derruba de vez os meus argumentos ou terá que amargar
minha contra-crítica. ;-)) Sem duvida isso não será muito penoso, pois neste
caso quem está em minoria sou eu. :-(

> >"O cientista não é um ser que vive à procura da glória ou do sucesso e a
> >evitar o fracasso. Sob esse aspecto, vejo o cientista como um ser que
> >abre ou fecha portas. Se nada de minhas teorias se justificar, gostaria
> >de passar para a história da ciência como alguém que fechou a porta de um
> >labirinto imenso e que não dava em lugar nenhum. Psicologicamente
> >falando, isso me basta. O que não posso é ignorar a existência desse
> >labirinto, apenas para agradar os físicos 'modernos', que pretendem que
> >eu o coloque debaixo do tapete."

> Se você gostaria de passar para a história da ciência, por ter feito
> o que quer que seja, então você quer a glória e o sucesso, o
> que contradiz com a primeira frase.

Aí eu já discordo. Passar para a história não é sinônimo de glória. Bem ou
mal, todos nós passamos para a história. Mas, no sentido indicado, diria que
aqueles que abrem portas chegam a ser glorificados, enquanto aqueles que
fecham portas são meramente citados, às vezes até mesmo com irreverências.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Electromagnetismo Acustico
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/12/2002 21:55


Não entendi qual a "teoria intrigante" que visam existir no texto
do William Beaty.
Cá para mim o fulano colocou o som "acima de todas as coisas" e
depois "descobriu" o obvio se ele pensasse como deve ser.
Que a energia termica é energia cinética é dado aquirido.
Que o movimento continuo tem fequencia nula tb é dado adquirido. Se
bem que como ele diz:"To be *exactly* zero in frequency, the car
would
have to drive along for an infinite period of time."
Ou caso contrario teremos um fenomeno de Enjanelamento (windowing)
que provoca o aparecimento de frequencia devidas às proprias
dimensões da janela.
Podemos pensar tb nisto como um problema de amostragem se quiserem.
Bla bla bla, não interessa isto... só para dizer que não ha novidade
aqui.


Ele defende que o som de baixa frequencia é o "trabalho comum"
(every day work) mas isso não faz sentido.
Trabalho é a tranferencia de energia capaz de mover uma massa num
campo gravitico.
O som de baixa frequencia pode fazer isto tanto quanto o de alta.
Mas trabalho pode ser feito no vacuo, som, não.

"If I grab a chair and lift it, the wood in my hand moves first,
then it
pulls the next bit of wood which moves, which pulls the next, and
eventually the whole chair is rising. But the work I did was
broadcast to
all parts of the chair as sound, as subsonic energy which travels at
the
speed of sound in wood."


Tomar como facto que a força se expalha com velocidade do som, s,
provoca o mesmo tipo de efeito que tomar como facto que a força se
esplalha coma velocidade da luz no material. Contracções e
dilatações entre referenciais.
E porque não se pode propagar com a velocidade da luz ? Pq com a do
som ?

Se a força do volante transmite-se à roda por um sistema de eixos à
velocidade do som no material em causa (metal) então a força
gravitica se transmitiria de planeta em planeta *a velocidade
do "som no material em causa(vacuo)"... ou seja, zero? Não faz
sentido isto.
Então duas hipoteses, ou ela não se propaga com a velocidade do som
(depende de meio material) mas outra velocidade imaterial como a da
luz ou outra. Ou a velocidade do som é um submultiplo de uma
velocidade "standard" que a "altas energias" / noutra escala, seria
tal que explica a propagaçáo da força gravitica e a baixas o som.

O som é uma perturbaçáo da força electrica do material, pois é esta
força que o material ... "compacto", digamos. Então o som causa uma
pertubação electrica. Mas não uma corrente electrica.

Não faz sentido dizer que "Work is sound" mas sim que "Som pode ser
trabalho" SE trabalho fosse som, poderiamos traduzir todos os
trabalhos por som. Mas como não podemos traduzir a gravidade por
som, então existe pelo menos um trabalho que não é som.
Donde, som é menos que trabalho. Pode ser trabalho em algumas
circunstâncias, mas nem sempre trbalho é por meio de som (gravidade,
momento associado a fotoes).

Electricidade não é rádio.
Só existem ondas de rádio que derivam de electricidade dadas certas
circunstancias (o tamanho certo da antena , por exemplo). Embora
tenham a mesma frequencia e interfiram , não são a mesma coisa. Onda
de Rádio existe quando à propagação. E a propagação nem sempre
ocorre.

Calor é reduzido ao movimento material desde que haja material
(condução,convecção), mas deixa de o ser a certas temperaturas e/ou
condições (emissão). Não é novidade para ninguem que luz é movimento
e Calor. A frase ""Heat" is a slow-moving wave of
"infection" composed of both!" não faz sentido. A luz é calor e se
propaga à velocidade mais alta conhecida (não é lenta, portanto).


"Does you brain hurt yet?"
Are you brain dead ?
A teoria não está de acordo com as observações. Muito imcompleta
esta ideia.
Qual é a ideia mesmo ?

Não está explicita a ligação entre som e electromagnetimos (se é que
é essa a intenção).
A analogia de onda material ,onda EM já foi chão que deu uvas. Para
que a luz obdecesse às equaçós de Navier-stokes o "material" que as
promove teria de ser hiperrigido- Maxwell andou por esse campo e não
colher frutos.

O texto é suposto ser levado a sério ? Ele não diz nada de novo nem
de util.


Sérgio



SUBJECT: Re: Equivalencia + Carga
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/12/2002 22:00

--- Em ciencialist@y..., TARCISIO BORGES <tbs97@f...> escreveu
> On Sat, 14 Dec 2002, Luiz Ferraz Netto wrote:
> > Sugestão 1- o próximo a entrar na thread, apague no Assunto (Ex-
Heresias do Alberto).
>
> OK
>
> > Sugestão 2- discutir porque elétrons num feixe (como os do TRC,
por
> > exemplo) não se repelem, ou seja, o feixe paralelo não torna-se
> > divergente.
>
> Einstein já respondeu esta questão no artigo em que ele faz sua
primeira
> exposição sobre relatividade.

Poderias elaborar mais sobre isso? Como ele explicou o que acontece ?
Eu não lembro de ver isso lá escrito.

Sérgio



SUBJECT: tu quer falacia, né?
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2002 01:53


>
>======
>"A vida é como jogar uma bola na parede."
>Será que isso é de Einstein mesmo? Alguém sabe de onde tiraram esse texto?
>[]'
>Léo



NAO SEI SE ENTENDI.
SE FOR DE EINSTEIN... TEM UM VALOR X.
SE FOR DE OUTRO... TEM UM VALOR Y.

EH ISSO?

BEM... ME PARECE QUE TU TA LEVANDO DE VOLTA A BOLA QUE JOGOU, NÉ?
(risos)

L.E.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Electromagnetismo Acustico
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2002 05:15

----- Original Message -----
From: "Sergio M. M. Taborda"
Sent: Friday, December 20, 2002 8:55 PM
Subject: [ciencialist] Electromagnetismo Acustico

Olá Sérgio, como vai o net-amigo de além mar?

> A teoria não está de acordo com as observações. Muito imcompleta
> esta ideia. Qual é a ideia mesmo?

Minha idéia era provocar os ciencialisteiros com idéias novas,
independentemente de serem boas ou más. Aliás, o que seria, no terreno das
idéias, uma nova má idéia? Sem querer ser chato, eu diria que as novas boas
idéias levam ao consenso, enquanto as novas más idéias podem levar ao
debate, havendo mesmo uma gama de condições intermediárias entre boas e más
idéias. Mas isso é coisa que num mundo tomado pela filosofia de Thomas Kuhn
não chega a fazer sentido, logo deixo no resguardo essa minha nova má idéia
sobre as boas/más idéias, ;-))

> O texto é suposto ser levado a sério? Ele não diz nada de novo nem
> de util.

Eu diria que a sua mensagem se contradiz a esse respeito. Pois se nada do
que o autor afirma fizer sentido, pelo menos a questão das velocidades que
você apontou (reproduzida imediatamente abaixo) já daria muito o que falar.

> Tomar como facto que a força se expalha com velocidade do som, s,
> provoca o mesmo tipo de efeito que tomar como facto que a força se
> esplalha coma velocidade da luz no material. Contracções e
> dilatações entre referenciais. E porque não se pode propagar com a
> velocidade da luz? Pq com a do som?

Esta, além de outras questões que você formulou, é a meu ver fundamental
para o estudo da física. Não obstante, questões desse tipo quase sempre são
colocadas embaixo do tapete num estudo superficial (livros didáticos); e num
estudo aprofundado acabam desaparecendo. Via de regra, o professor
secundarista afirma: "Isso você aprenderá na faculdade". Aí o aluno entra na
faculdade e impingem-lhe a noção de que a questão é sem sentido. Não é à-toa
que muitos novatos no assunto acabam adquirindo uma certa ojeriza pela
física, pois toda pergunta feita com lógica natural, a respeito de uma
disciplina que deveria estudar a natureza como ela é, acaba sendo
interpretada como algo sem sentido. Pior: não se coloca nada no lugar dessa
dúvida, a não ser certezas gratuitas sobre determinadas impossibilidades
naturais.

Ora, se é verdade o que você afirma, pergunto: Porque não se conhece essa
velocidade? A resposta é simples: Porque essa pergunta via de regra não
chega nem mesmo a ser formulada no recinto acadêmico. E uma das grandes
virtudes do artigo do Beaty, se não a maior, é justamente trazer à tona
questões como essa. Se a interpretação que ele dá à questão está certa ou
errada, isso é de somenos importância, pois quero crer que o leitor deva ter
maturidade suficiente para separar o joio do trigo. Ou... Será que a
universidade não forma indivíduos dotados dessa maturidade? Seria por isso
que nas academias dizem que devemos ler apenas o que é publicado nas
physical reviews ou similares? É esse o papel da universidade? Forçar o
indivíduo a andar nos trilhos, ou sob a orientação do cabresto? Pobre dessa
universidade! Pobre dessa comunidade que gasta seus impostos com a
manutenção daquilo que Mário Schenberg chamou "mediocrização deliberada dos
jovens".

> Mas trabalho pode ser feito no vacuo, som, não.

Isso é o que dizem os livros didáticos. Mas... O que é o som? O que é vácuo?
[Não, pelo amor de meus netinhos, não vamos entrar em outra querela sobre a
diferença entre vácuo e vazio! ;-)) -- Msg 12028 e seguintes da thread
"Calor especifico e fisica classica"] Como os fenômenos que respondem pela
sonoridade passam de uma molécula para outra? Creio que moléculas não dão
trombada, no sentido macroscópico do termo. O que é choque, num sentido
microscópico? É a mesma coisa que trombada, com a interpretação macroscópica
que se dá ao termo? Esse trabalho é transferido meramente por contacto? Se
sim, sua observação faz sentido. Se não, diria que o vácuo, de alguma
maneira, participa do processo em escala microcósmica (e nem preciso apelar
para a teoria quântica para acreditar nisso). Mas... se o vácuo que está a
intermediar o processo, participa do fenômeno sonoro, porque esse mesmo
fenômeno não se propaga a distâncias mais longas? Eu diria que a pergunta
ainda não foi respondida porque ela cai naquele grupo que citei acima, como
questões sem sentido. Ou seja, nada que decorre desse questionamento merece
resposta, sob pena de, ao procurarmos por essa resposta, desconfigurarmos
aquilo em que queremos continuar acreditando, qual seja, a física moderna. É
aí que a filosofia de Thomas Kuhn ganha destaque, pois o próprio Kuhn sugere
que questões desse tipo devam ser levadas para debaixo do tapete:

"A minha posição ficará ainda mais clara se eu agora perguntar o que é
que fica para a comunidade científica fazer quando existe um paradigma.
A resposta - tendo em vista a resistência a inovações que existe e que é
escondida freqüentemente debaixo do tapete - é que, dado um paradigma,
os cientistas esforçam-se, usando todas as suas capacidades e todos os
seus conhecimentos para o pôr cada vez mais de acordo com a natureza."
(Kuhn em "A função do dogma na investigação científica".)

Em tempo: Denominar o conteúdo do texto apresentado por teoria, o que fiz na
mensagem anterior, talvez denote um certo exagero, pois o próprio autor
considerou suas idéias como epifania. De qualquer maneira, o autor expôs uma
idéia séria sim, e percebemos, ao lermos seu trabalho, que ele pode até
mesmo estar errado, mas não estava brincando. Como afirmei em mensagem
recente: "... errar é prerrogativa dos cientistas e dos filósofos. Quem não
erra não acerta! Logo, quem tem medo de errar tem mais é que procurar outra
profissão. Quem não tem medo de errar também não deve ter medo de apontar os
erros dos outros; e também não deve ter medo de ser considerado ingênuo
pelos outros."

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2002 08:00

----- Original Message -----
From: "TARCISIO BORGES"
Sent: Friday, December 20, 2002 2:02 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa

> On Fri, 13 Dec 2002, Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Mas indiferentemente a tudo isso, [...] a Terra se move.

> Prove isto!!! :-)

Pois eu diria que indiferentemente ao seu sarcasmo, o neutrino tem massa, o
elétron não é uma carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história
se repetirá.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2002 08:03

----- Original Message -----
From: "TARCISIO BORGES"
Sent: Friday, December 20, 2002 2:15 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa

> Determinar a massa do neutrino não muda nada.

Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Sheldrake e os cupins
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2002 08:54

Vocês conhecem Rupert Sheldrake? É um cientista incômodo. Se as
coisas que ele fala realmente procederem, então ocorre uma revolução
radical na ciência. Porém, o mais incômodo é que ele tem pouquíssima
repercussão. E olha que ele não é nenhum louco desvairado que nós
simplesmente ignoramos; ele recebe algum respeito e reconhecimento.

Deixem-me ilustrar o caráter aparentemente absurdo da situação: Ele
publicou o livro "Seven Experiments That Could Change the World", no
qual ele descreve uns experimentos simples. Um deles é o dos cupins:

http://www.transaction.net/science/seven/termite.html

O que ele relata ali é simplesmente radical. E é um experimento
relativamente realizável. O país ou a empresa que começar a estudar
isso vai abrir um novo campo de tecnologia e poder. Mas ninguém
parece interessado. É incrível.

Parece que não existem cupinzeiros nas regiões temperadas. Portanto,
o pessoal de lá não pode realizar o experimento. Nós podíamos tentar
aqui. Se existir um grupo interessado no Rio, podíamos pensar no
assunto. Se algum rico ou universidade quiser financiar o experimento
seria ainda melhor. É uma aposta quente. É uma chance de ser pioneiro
como poucos cientistas têm.




SUBJECT: Re: [ciencialist] tu quer falacia, né?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2002 09:31



>
>======
>"A vida é como jogar uma bola na parede."
>Será que isso é de Einstein mesmo? Alguém sabe de onde tiraram esse texto?
>[]'
>Léo



NAO SEI SE ENTENDI.
SE FOR DE EINSTEIN... TEM UM VALOR X.
SE FOR DE OUTRO... TEM UM VALOR Y.

EH ISSO?

BEM... ME PARECE QUE TU TA LEVANDO DE VOLTA A BOLA QUE JOGOU, NÉ?
(risos)

L.E.

Não, o que quero saber é se essas frases de "auto-ajuda", muito propagadas na NET, têm realmente cunho de verdade, ou seja, no caso, escrita mesmo por Einstein.
[]'
Léo



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2002 09:32

> Manuel: ... Também segundo os antropólogos que investigaram essa
cultura, os
> homens Sambia mais velhos, embora heterossexuais exclusivos (supõe-
> se), nas conversas que têm entre si gostam de relembrar o período
de
> suas vidas em que o intercurso homossexual era não só permitido
como
> obrigatório, e relatam, com prazer, as suas melhores experiências
> dessa fase (embora a maioria considere mais prazerosas as
> experiências posteriores com as mulheres).
>

Isso é o que eu considero que poderia falsear a teoria do "default"
bissexual. Não há uma cultura em que o bissexualismo seja maioria,
nem mesmo a dos Sambia em que se passa a adolescência tendo relações
exclusivamente homossexuais. Se a teoria afirma que o bissexualismo é
o "default" e o heterossexualismo é de certa forma imposto por uma
sociedade repressora, a predição dessa teoria seria de que, numa
sociedade em que não houvesse essa repressão, o bissexualismo seria
regra. Mas não é o que acontece, nem mesmo numa sociedade que não só
não reprime como até incentiva o homossexualismo. Uma possível
hipótese ad-hoc para justificar por que não é assim, poderia ser a de
que a sociedade em Sambia não é repressora para os adolescentes e
passa a ser repressora para os adultos. Mas não parece fazer muito
sentido acreditar que os guerreiros mais velhos, que são quem
realmente manda na sociedade, não teriam tido interesse em abolir as
regras repressoras se estivessem realmente interessados nisso. E não
seria também mais plausível acreditar que o que acontece é o
contrário? Que os mais jovens na Nova Guiné só se submetem a relações
homossexuais porque são impostos pela sociedade opressora? E que
quando passam a poder escolher, passam a fazer o que realmente lhes
dá mais prazer?

. . .

> Manuel: Uma referência que encontrei: Já ouviu falar das pesquisas
de
> Dean Hamer, realizadas em 1993 com irmãos maternos e que, segundo
> ele, comprovariam que a tendência ao homossexualismo é transmitida
> aos filhos pela mãe através do cromossomo X? Pois bem, essas
> pesquisas foram contestadas por pesquisas mais recentes, realizadas
> pelos professores George Rice e George Ebers, da Universidade
Western
> Ontario, Canadá, e publicadas na revista Science em abril/1999 ...


Claro que essas pesquisas podem refutar o argumento de que a
tendência ao homossexualismo é relacionada com um grupo de genes que
foi sugerido num estudo específico. Mas não quer dizer que um gene ou
genes relacionados não existam. Pode ser que apenas ainda não tenham
sido encontrados. Os estudos que o Takata sugeriu parecem confirmar
de forma bastante convincente que o fator genético é importante,
senão primordial. Voltando a falar em predições, o que a teoria da
predisposição genética preveria seria a maior coincidência de
homossexualismo entre gêmeos idênticos, menor entre gêmeos não
idênticos, e menor ainda entre irmãos adotivos (supondo que pessoas
criadas numa mesma família estão expostas a ambientes sociais
semelhantes), e é exatamente isso que os resultados mostram.

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa
FROM: "Mauro" <bombaspr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2002 09:39

> Mas indiferentemente a tudo isso, [...] a Terra se move.

Prove isto!!! :-)


O Inglês James Bradley conseguiu essa prova no século XVIII
Ele tentou observar a paralaxe das estrelas -- seu deslocamento aparente em
um ano devido, por ex, ao fato do observador estar num planeta q gira em
torno do Sol.
Bradley escolheu a estrela Gama do Dragão, pois esta passava a pino direto
sobre Londres. Apontou seu telescópio verticalmente durante vários meses e
constatou algo imprevisto.
Enquanto imaginava detectar um deslocamento mínimo, cerca de pouquíssimos
segundos de arco, verificou q sua medição apresentava em torno de 40
segundos de arco, no *sentido contrário* ao efeito paralático esperado (em
outras palavras, pela observação a Terra estaria girando em torno do Sol no
sentido oposto). Coisa estranha, ñ é?
Bem, ñ é. Em 1729, após a verificação do mesmo fenômeno em pelo menos mais
50 estrelas, enfim veio a explicação para o fenômeno, e q viria a ser a
melhor prova direta, embora ñ decisiva (tem gente q até hj q duvida, né?),
do Heliocentrismo.
O ex clássico é imaginarmos uma pessoa sob a chuva. Se a pessoa ficar
imóvel as gotas cairão perpendicularmente, mas se a pessoa andar ou, para
visualizar melhor, estiver dirigindo um carro, verá as gotas caindo de modo
inclinado; qto mais rápido mais inclinado.
Se substituirmos a chuva pela luz, aprox. 300.000 Km/s, a pessoa na Terra
em órbita do Sol a 29,79 km/s verá no seu telescópio esta 'aberração' da
luz das estrelas entrando nele inclinadamente; se aTerra fosse imóvel no
Universo a luz 'cairia' reto.

(Já havia postado isto na SBCR, para os q participam das duas listas peço
desculpas pela repetição)

Inté+
Mauro




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Equivalencia + Carga
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2002 09:44

>Luiz Ferraz Netto > Sugestão 2- discutir porque elétrons num feixe (como os do TRC,
por
> > exemplo) não se repelem, ou seja, o feixe paralelo não torna-se
> > divergente.
>
TARCISIO BORGES > Einstein já respondeu esta questão no artigo em que ele faz sua
primeira
> exposição sobre relatividade.

Sérgio: Poderias elaborar mais sobre isso? Como ele explicou o que acontece ?
Eu não lembro de ver isso lá escrito.


Léo: Do mesmo que não recordo ter lido na "sua primeira exposição sobre relatividade." o seguinte texto:
======
"A vida é como jogar uma bola na parede."

"Se for jogada uma bola azul, ela voltará azul. Se for jogada uma bola verde, ela voltará verde. Se a bola for jogada fraca, ela voltará fraca. Se a bola for jogada com força, ela voltará com força. Por isso, nunca jogue uma bola na vida se você não estiver pronto a recebê-la. A vida não dá nem empresta; não se comove nem se apieda. Tudo quanto ela faz é retribuir e transferir aquilo que nós lhe oferecemos".

Albert Einstein, físico judeu alemão
=======
[]'
Léo



SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2002 09:58

E mais esse!
[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: Ricardobsampaio@aol.com
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sexta-feira, 20 de dezembro de 2002 22:06
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


Caros amigos, estou precisando apresentar um seminário de física sobre "Trabalho e Energia em três dimensões - Prosuto escalar", porém está difícil de achar material nas bibliotecas convencionais sobre este tema. Gostaria, se possível, algumas dicas de sites ou livros onde posso conseguir material sobre o tema.
Desde já, agradeço pela atenção dispensada.

ricardobsampaio@aol.com


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - 2
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2002 09:59

E mais essa!
[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: Francisco das Chagas Dutra
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sábado, 21 de dezembro de 2002 06:33
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


Tendo em vista dúvidas suscitadas junto aos meus alunos - sou professor do segundo grau, gostaria de contar com a sua prestigiosa colaboração.
Gostaria que esclarecesse o nome que recebe o núcleo localizado no interior de uma estrela, acrescentando se há alguma identificação com uma das palavras a seguir indicadas : gândula -oescoço - caroço - joelho.
Com antecipados agradecimentos pela atenção que se dignar de sispensar ao assunto, ao tempo em que me coloco ao seu inteiro dispor, subscrevo-me
Francisco das Chagas Dutra (fcdutra@digizap.com.br].


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Electromagnetismo Acustico
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2002 11:24


>From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Electromagnetismo Acustico
>Date: Sat, 21 Dec 2002 04:15:13 -0300
>
>(...)pois quero crer que o leitor deva ter
>maturidade suficiente para separar o joio do trigo. Ou... Será que a
>universidade não forma indivíduos dotados dessa maturidade? Seria por isso
>que nas academias dizem que devemos ler apenas o que é publicado nas
>physical reviews ou similares? É esse o papel da universidade?

Neste texto você menosprezou o intelecto de um grupo enorme
de pessoas.

> > Mas trabalho pode ser feito no vacuo, som, não.
>
>Isso é o que dizem os livros didáticos. Mas... O que é o som? O que é
>vácuo?
>[Não, pelo amor de meus netinhos, não vamos entrar em outra querela sobre a
>diferença entre vácuo e vazio! ;-)) -- Msg 12028 e seguintes da thread
>"Calor especifico e fisica classica"] Como os fenômenos que respondem pela
>sonoridade passam de uma molécula para outra? Creio que moléculas não dão
>trombada, no sentido macroscópico do termo. O que é choque, num sentido
>microscópico? É a mesma coisa que trombada, com a interpretação
>macroscópica
>que se dá ao termo? Esse trabalho é transferido meramente por contacto? Se
>sim, sua observação faz sentido. Se não, diria que o vácuo, de alguma
>maneira, participa do processo em escala microcósmica (e nem preciso apelar
>para a teoria quântica para acreditar nisso). Mas... se o vácuo que está a
>intermediar o processo, participa do fenômeno sonoro, porque esse mesmo
>fenômeno não se propaga a distâncias mais longas? Eu diria que a pergunta
>ainda não foi respondida porque ela cai naquele grupo que citei acima, como
>questões sem sentido. Ou seja, nada que decorre desse questionamento merece
>resposta, sob pena de, ao procurarmos por essa resposta, desconfigurarmos
>aquilo em que queremos continuar acreditando, qual seja, a física moderna.

Esta questão não é sem sentido, nem "evitada" nas universidades.
Levante a questão entre alunos, e estes, tenho certeza, iriam
adorar a oportunidade de discutir. Pergunte a um professor,
especialmente àquele que publica no Physical Review D, por exemplo,
e ele vai, se for paciente, lhe responder corretamente,
esclarecendo a questão, de maneira inofensiva à física moderna.

Mas sobre a questão em si, o que eu acho é o seguinte. De fato,
a propagação do som é baseada na interação eletromagnética,
de molécula para molécula, sendo uma interação à distância.
Da mesma forma, toda força de contato é na verdade uma força
à distância, pelo fato de que não há contato direto entre as
moléculas. Agora, imagine uma barra de ferro partida no
meio. Se você bater numa metade, haverá um pulso sonoro se
propagando até a metade. Nenhum som chega à segunda metade
da barra (tirando as ondas indiretas, por exemplo, pelo chão,
ar, etc.). Daí se conclui que o som não se propaga no vácuo.
Esta é a evidência experimental que responde à sua pergunta.
Vamos à explicação teórica.

O alcance da interação que caracteriza o som é da ordem de
grandeza do espaço entre as moléculas num material. Se duas
moléculas estiverem suficientemente próximas, qualquer perturbação
numa delas influenciará a outra, caracterizando a transmissão da
informação (onda sonora). Tecnicamente, a estrutura da matéria
é tal que uma molécula encontra-se numa posição de equilíbrio
que é um mínimo de potencial (este último dado pela interação
eletromagnética aplicada à estrutura). Uma molécula sozinha,
no vácuo, tem sua curva potencial uma reta constante, sendo
então efetivamente livre de influências. Então claro está que se
a separacão entre duas moléculas for grande, não haverá passagem
de onda sonora entre elas. Na verdade isso tudo é simples:
Da mesma forma que o som não se propaga no vácuo (numa escala
bem maior que a separação característica entre duas moléculas
de um material), ninguém dá uma trombada na parede ao passar a
5 centímetros dela! Essa analogia é exata pois envolve o mesmíssimo
processo físico.

É provável que um físico que escreve para a Physical Review
não queira responder a essas perguntas meramente por falta
de paciência (e de educação), por não reconhecê-la sob algum
aspecto ameaçadora, mas apenas ingênua, sem futuro. Para isso,
é preciso um pouco de maturidade científica.

Abraços,

Guilherme


_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sheldrake e os cupins
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2002 12:51

Caro João,

Muitos da lista são íntimos de Sheldrake, e a opinião deles não é tão
favorável assim... "Charlatão" é o elogio mais ameno que eu já ouvi sobre
esse cara.

Quanto a ter repercussão, bem isso Lair Ribeiro, Roberto Shiniashiki,
Deepak Chopra e outros tantos também conseguem.

Quanto ao experimento, não dá para fazer com formigas? Eles não tem
formigas lá também?

[ ]s


Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Pinhais - PR - Brasil



-----Mensagem Original-----
De: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 08:54
Assunto: [ciencialist] Sheldrake e os cupins


Vocês conhecem Rupert Sheldrake? É um cientista incômodo. Se as
coisas que ele fala realmente procederem, então ocorre uma revolução
radical na ciência. Porém, o mais incômodo é que ele tem pouquíssima
repercussão. E olha que ele não é nenhum louco desvairado que nós
simplesmente ignoramos; ele recebe algum respeito e reconhecimento.

Deixem-me ilustrar o caráter aparentemente absurdo da situação: Ele
publicou o livro "Seven Experiments That Could Change the World", no
qual ele descreve uns experimentos simples. Um deles é o dos cupins:

http://www.transaction.net/science/seven/termite.html

O que ele relata ali é simplesmente radical. E é um experimento
relativamente realizável. O país ou a empresa que começar a estudar
isso vai abrir um novo campo de tecnologia e poder. Mas ninguém
parece interessado. É incrível.

Parece que não existem cupinzeiros nas regiões temperadas. Portanto,
o pessoal de lá não pode realizar o experimento. Nós podíamos tentar
aqui. Se existir um grupo interessado no Rio, podíamos pensar no
assunto. Se algum rico ou universidade quiser financiar o experimento
seria ainda melhor. É uma aposta quente. É uma chance de ser pioneiro
como poucos cientistas têm.






SUBJECT: Re: [ciencialist] tu quer falacia, né?
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2002 12:53

Existe muita bobagem por aí atribuída a Einstein. Aposto 10 contar 1 que
essa não é dele.

[ ]s


Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Pinhais - PR - Brasil



-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 09:31
Assunto: Re: [ciencialist] tu quer falacia, né?




>
>======
>"A vida é como jogar uma bola na parede."
>Será que isso é de Einstein mesmo? Alguém sabe de onde tiraram esse texto?
>[]'
>Léo



NAO SEI SE ENTENDI.
SE FOR DE EINSTEIN... TEM UM VALOR X.
SE FOR DE OUTRO... TEM UM VALOR Y.

EH ISSO?

BEM... ME PARECE QUE TU TA LEVANDO DE VOLTA A BOLA QUE JOGOU, NÉ?
(risos)

L.E.

Não, o que quero saber é se essas frases de "auto-ajuda", muito propagadas
na NET, têm realmente cunho de verdade, ou seja, no caso, escrita mesmo por
Einstein.
[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] tu quer falacia, né?
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2002 13:24


>Não, o que quero saber é se essas frases de "auto-ajuda", muito propagadas
>na NET, têm realmente cunho de verdade, ou seja, no caso, escrita mesmo
>por Einstein.
>[]'
>Léo


Que tu quer isso, eu entendi.
Mas... dentro do teu querer... tinha outra coisa, pra qual chamei tua
atenção, que era essa falácia que nos permeia...
e da qual só vamos nos livrar... se a reconhecermos.

Dá pra reconhecer?

L.E.


SUBJECT: Re: Física: neutrino tem massa e a história se repetirá
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2002 13:37

At 07:03 21/12/02 -0300, you wrote:
>----- Original Message -----
>From: "TARCISIO BORGES"
>Sent: Friday, December 20, 2002 2:15 PM
>Subject: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa
>
> > Determinar a massa do neutrino não muda nada.
>
>Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
>carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

Que história, Alberto?
Belisário



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2002 13:47

Olá Leo!

O professor abaixo quer um "Produto Escalar" do trabalho em 3
dimensões? Se for isso, não se trata de um produto mas de uma
resultante. De acordo com um livro do Alonso&Fin de Física, vol. 2,
temos à pag. 194 que: "O trabalho executado por uma força é igual à
soma dos trabalhos realizados por suas componentes retangulares". É
um bom livro de referência. Acho que tem em bibliotecas...


Bjs, Lígia

**************************



--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> E mais esse!
> []'
> Léo
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: Ricardobsampaio@a...
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: sexta-feira, 20 de dezembro de 2002 22:06
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -
>
>
> Caros amigos, estou precisando apresentar um seminário de física
sobre "Trabalho e Energia em três dimensões - Prosuto escalar", porém
está difícil de achar material nas bibliotecas convencionais sobre
este tema. Gostaria, se possível, algumas dicas de sites ou livros
onde posso conseguir material sobre o tema.
> Desde já, agradeço pela atenção dispensada.
>
> ricardobsampaio@a...
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - 2
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2002 13:52

Léo...

Diga a esse professor que não há "caroço", nem "pescoço",
nem "glândula" ( rsrs ) dentro de estrelas, apenas um núcleo estelar,
ou CORE, traduzindo: "coração", onde ocorre a fusão nuclear.

Bjs, Lígia

******************************************


--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> E mais essa!
> []'
> Léo
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: Francisco das Chagas Dutra
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: sábado, 21 de dezembro de 2002 06:33
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -
>
>
> Tendo em vista dúvidas suscitadas junto aos meus alunos - sou
professor do segundo grau, gostaria de contar com a sua prestigiosa
colaboração.
> Gostaria que esclarecesse o nome que recebe o núcleo localizado
no interior de uma estrela, acrescentando se há alguma identificação
com uma das palavras a seguir indicadas : gândula -oescoço - caroço -
joelho.
> Com antecipados agradecimentos pela atenção que se dignar de
sispensar ao assunto, ao tempo em que me coloco ao seu inteiro
dispor, subscrevo-me
> Francisco das Chagas Dutra (fcdutra@d...].
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Electromagnetismo Acustico
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2002 16:37

----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto"
Sent: Saturday, December 21, 2002 10:24 AM
Subject: Re: [ciencialist] Electromagnetismo Acustico

> Neste texto você menosprezou o intelecto de um grupo enorme
> de pessoas.

Pelo visto você está tentando tapar o sol com a peneira.

> >Mas... se o vácuo que está a
> >intermediar o processo, participa do fenômeno sonoro, porque esse mesmo
> >fenômeno não se propaga a distâncias mais longas? Eu diria que a pergunta
> >ainda não foi respondida porque ela cai naquele grupo que citei acima,
> >como questões sem sentido. Ou seja, nada que decorre desse questionamento
> >merece resposta, sob pena de, ao procurarmos por essa resposta,
> >desconfigurarmos aquilo em que queremos continuar acreditando, qual seja,
> >a física moderna.

> Esta questão não é sem sentido, nem "evitada" nas universidades.
> Levante a questão entre alunos, e estes, tenho certeza, iriam
> adorar a oportunidade de discutir. Pergunte a um professor,
> especialmente àquele que publica no Physical Review D, por exemplo,
> e ele vai, se for paciente, lhe responder corretamente,
> esclarecendo a questão, de maneira inofensiva à física moderna.

Como você tem tanta certeza que será de maneira inofensiva? Estariam
jogando com cartas marcadas? Mas... foi exatamente isso o que pretendi
afirmar. ;-))

> Mas sobre a questão em si, o que eu acho é o seguinte. De fato,
> a propagação do som é baseada na interação eletromagnética,
> de molécula para molécula, sendo uma interação à distância.
> Da mesma forma, toda força de contato é na verdade uma força
> à distância, pelo fato de que não há contato direto entre as
> moléculas. Agora, imagine uma barra de ferro partida no
> meio. Se você bater numa metade, haverá um pulso sonoro se
> propagando até a metade. Nenhum som chega à segunda metade
> da barra (tirando as ondas indiretas, por exemplo, pelo chão,
> ar, etc.). Daí se conclui que o som não se propaga no vácuo.
> Esta é a evidência experimental que responde à sua pergunta.

Você está concluindo o que eu já havia afirmado acontecer! Esta experiência
é por demais óbvia, e estava implícita no questionamento. Mas...Porque isso
ocorre desse jeito? Bem, vejamos seus comentários a seguir:

> Vamos à explicação teórica.
> O alcance da interação que caracteriza o som é da ordem de
> grandeza do espaço entre as moléculas num material. Se duas
> moléculas estiverem suficientemente próximas, qualquer perturbação
> numa delas influenciará a outra, caracterizando a transmissão da
> informação (onda sonora). Tecnicamente, a estrutura da matéria
> é tal que uma molécula encontra-se numa posição de equilíbrio
> que é um mínimo de potencial (este último dado pela interação
> eletromagnética aplicada à estrutura). Uma molécula sozinha,
> no vácuo, tem sua curva potencial uma reta constante, sendo
> então efetivamente livre de influências. Então claro está que se
> a separacão entre duas moléculas for grande, não haverá passagem
> de onda sonora entre elas. Na verdade isso tudo é simples:
> Da mesma forma que o som não se propaga no vácuo (numa escala
> bem maior que a separação característica entre duas moléculas
> de um material), ninguém dá uma trombada na parede ao passar a
> 5 centímetros dela! Essa analogia é exata pois envolve o mesmíssimo
> processo físico.

A dúvida levantada era: Porque isso ocorre desse jeito? E você gastou cerca
de 200 palavras para responder: Porque sim! ;-)) Não sem antes apelar para a
"rebinboca da parafuseta". ;-)

> É provável que um físico que escreve para a Physical Review
> não queira responder a essas perguntas meramente por falta
> de paciência (e de educação), por não reconhecê-la sob algum
> aspecto ameaçadora, mas apenas ingênua, sem futuro. Para isso,
> é preciso um pouco de maturidade científica.

Realmente, esqueci que a física moderna é uma ciência por demais
amadurecida, no sentido apontado por Kuhn. E tão amadurecida que já está
beirando a podridão. ;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa e a história se repetirá
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2002 16:43

----- Original Message -----
From: "Roberto Belisário"
Sent: Saturday, December 21, 2002 12:37 PM
Subject: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa e a história se
repetirá

> >Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é
> >uma carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se
> >repetirá.

> Que história, Alberto?

História é história, uai. Segundo a bíblia, relacionada à estrutura das
revoluções científicas, a história, de alguma maneira, quase sempre se
repete, alternando-se os períodos normais com os períodos revolucionários.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Física: neutrino tem massa e a história se repetirá
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2002 18:19

At 15:43 21/12/02 -0300, you wrote:
>----- Original Message -----
>From: "Roberto Belisário"
>
> > >Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é
> > >uma carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se
> > >repetirá.
>
> > Que história, Alberto?
>
>História é história, uai. Segundo a bíblia, relacionada à estrutura das
>revoluções científicas, a história, de alguma maneira, quase sempre se
>repete, alternando-se os períodos normais com os períodos revolucionários.

Eu pensei que você não gostasse do Kuhn.
Belisário



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - 2
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2002 20:51


>From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - 2
>Date: Sat, 21 Dec 2002 15:52:52 -0000
>
>Léo...
>
>Diga a esse professor que não há "caroço", nem "pescoço",
>nem "glândula" ( rsrs ) dentro de estrelas, apenas um núcleo estelar,
>ou CORE, traduzindo: "coração", onde ocorre a fusão nuclear.

Lígia, a tradução de core é caroço, ou núcleo. Acho que essa é a
única coisa em comum com as palavras citadas pelo referido professor.

Abraços,

Guilherme

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Electromagnetismo Acustico
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2002 21:18


>From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Electromagnetismo Acustico
>Date: Sat, 21 Dec 2002 15:37:25 -0300

> > Vamos à explicação teórica.
> > O alcance da interação que caracteriza o som é da ordem de
> > grandeza do espaço entre as moléculas num material. Se duas
> > moléculas estiverem suficientemente próximas, qualquer perturbação
> > numa delas influenciará a outra, caracterizando a transmissão da
> > informação (onda sonora). Tecnicamente, a estrutura da matéria
> > é tal que uma molécula encontra-se numa posição de equilíbrio
> > que é um mínimo de potencial (este último dado pela interação
> > eletromagnética aplicada à estrutura). Uma molécula sozinha,
> > no vácuo, tem sua curva potencial uma reta constante, sendo
> > então efetivamente livre de influências. Então claro está que se
> > a separacão entre duas moléculas for grande, não haverá passagem
> > de onda sonora entre elas. Na verdade isso tudo é simples:
> > Da mesma forma que o som não se propaga no vácuo (numa escala
> > bem maior que a separação característica entre duas moléculas
> > de um material), ninguém dá uma trombada na parede ao passar a
> > 5 centímetros dela! Essa analogia é exata pois envolve o mesmíssimo
> > processo físico.
>
> A dúvida levantada era: Porque isso ocorre desse jeito? E você gastou
>cerca
>de 200 palavras para responder: Porque sim! ;-)) Não sem antes apelar para
>a
>"rebinboca da parafuseta". ;-)

Se você quiser os porquês, caia fora da física. Podemos dizer,
por exemplo, que um corpo cai por causa da força de gravidade, num
processo que pode ser descrito matematicamente, mas o porquê
definitivo da queda se esconde no porquê definitivo das leis
físicas, e isso é metafísica. Gastei 200 palavras para demonstrar
que esse fenômeno que você questionou é perfeitamente previsto
pela teoria física. Ou você entendeu, ou não entendeu. Se tem
dúvidas, procure no livro do David Jackson ou quem sabe algum
livro de estrutura da matéria. Mas se suas dúvidas são de metafísica,
aí é injusto culpar os físicos e a Physical Review.

>Realmente, esqueci que a física moderna é uma ciência por demais
>amadurecida, no sentido apontado por Kuhn. E tão amadurecida que já está
>beirando a podridão. ;-)

Quem sabe também não já esteja pra lá de amadurecido o esquema
teórico de Kuhn?

Abraços,

Guilherme

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SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - 2
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2002 21:51

--- Em ciencialist@y..., "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@h...> escreveu
>
> >From: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> >Reply-To: ciencialist@y...
> >To: ciencialist@y...
> >Subject: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - 2
> >Date: Sat, 21 Dec 2002 15:52:52 -0000
> >
> >Léo...
> >
> >Diga a esse professor que não há "caroço", nem "pescoço",
> >nem "glândula" ( rsrs ) dentro de estrelas, apenas um núcleo
estelar,
> >ou CORE, traduzindo: "coração", onde ocorre a fusão nuclear.
>
> Lígia, a tradução de core é caroço, ou núcleo. Acho que essa é a
> única coisa em comum com as palavras citadas pelo referido
professor.
>
> Abraços,
>
> Guilherme

Oi Guilherme!

Melhor mesmo é núcleo e não se fala mais nisso, eheheh... caroço
estelar é dose!

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: tu quer falacia, né?
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2002 22:00

Álvaro... :)

Tem mais do tio Einstein, além da bola na parede, claro:

"Todo homem que lê demais e usa o cérebro de menos, adquire a
preguiça de pensar";

"Deus é a lei e o legislador do Universo";

"A maioria de nós prefere olhar para fora e não para dentro de si
próprio";

"A ciência sem religião é paralítica, a religião sem ciência é
cega"...

Tá tudo aqui:

http://www.jorgevalente.hpg.ig.com.br/arquivos/pen_12.htm

Bisous, Lígia

**********************************************


--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Existe muita bobagem por aí atribuída a Einstein. Aposto 10 contar
1 que
> essa não é dele.
>
> [ ]s
>
>
> Alvaro Augusto de Almeida
> Website: http://www.lunabay.com.br
> E-mail: alvaro@l...
> Pinhais - PR - Brasil
>
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> Para: <ciencialist@y...>
> Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 09:31
> Assunto: Re: [ciencialist] tu quer falacia, né?
>
>
>
>
> >
> >======
> >"A vida é como jogar uma bola na parede."
> >Será que isso é de Einstein mesmo? Alguém sabe de onde tiraram
esse texto?
> >[]'
> >Léo
>
>
>
> NAO SEI SE ENTENDI.
> SE FOR DE EINSTEIN... TEM UM VALOR X.
> SE FOR DE OUTRO... TEM UM VALOR Y.
>
> EH ISSO?
>
> BEM... ME PARECE QUE TU TA LEVANDO DE VOLTA A BOLA QUE JOGOU, NÉ?
> (risos)
>
> L.E.
>
> Não, o que quero saber é se essas frases de "auto-ajuda", muito
propagadas
> na NET, têm realmente cunho de verdade, ou seja, no caso, escrita
mesmo por
> Einstein.
> []'
> Léo



SUBJECT: Einstein na parede...
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2002 22:04

Tem mais aqui:

http://www.fisica.net/einsteinjr/pensamentos.html

Bisous, Lígia





SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2002 22:29

Ainda não estou convencido. É fácil publicar um website e colocar lá todas
as tolices atribuídas a quem quer que seja, junto com algumas frases
verdadeiras. Curiosamente, nenhuma das frases apresenta referências, e essa
frase da bola é "auto-ajuda" demais para ter saído de Einstein.

Se você tiver a referência é outra coisa, mas um website não prova nada...

[ ]s


Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 22:04
Assunto: [ciencialist] Einstein na parede...


Tem mais aqui:

http://www.fisica.net/einsteinjr/pensamentos.html

Bisous, Lígia






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa e a história se repetirá
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2002 22:49

----- Original Message -----
From: "Roberto Belisário"
Sent: Saturday, December 21, 2002 5:19 PM
Subject: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa e a história se
repetirá

> Eu pensei que você não gostasse do Kuhn.

Eu não gosto da filosofia do Thomas Kuhn, mas jamais neguei o valor
histórico de seu trabalho. Costumo dizer que ele foi um grande historiador e
um péssimo filósofo. Em 10/nov/02 escrevi o seguinte na lista Noosfera:

"Detesto paradigmas, mas no dia-a-dia sou obrigado a conviver com eles. O
máximo que posso fazer é o que tenho feito, é botar a boca no trombone; e
não é por outro motivo que não me canso em dizer que Thomas Kuhn foi um
excelente historiador, ao retratar alguns vícios da humanidade (dentre os
quais, o de se aprisionar a paradigmas) e um péssimo filósofo, ao assumir
essa falha humana como algo digno de ser imitado e, conseqüentemente, de se
perpetuar."

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Einstein na parede...
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2002 23:01

Anime-se Álvaro,

As frases/pensamentos de Einstein podem ser colhidas na íntegra no
Almanaque abril 1998, Editora Abril S.A.

OBS: Deus não é tão injusto, afinal podia ser no Almanaque
Fontoura... :)

Bisous, Lígia

*********************************8
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Ainda não estou convencido. É fácil publicar um website e colocar
lá todas
> as tolices atribuídas a quem quer que seja, junto com algumas frases
> verdadeiras. Curiosamente, nenhuma das frases apresenta
referências, e essa
> frase da bola é "auto-ajuda" demais para ter saído de Einstein.
>
> Se você tiver a referência é outra coisa, mas um website não prova
nada...
>
> [ ]s
>
>
> Alvaro Augusto
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> Para: <ciencialist@y...>
> Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 22:04
> Assunto: [ciencialist] Einstein na parede...
>
>
> Tem mais aqui:
>
> http://www.fisica.net/einsteinjr/pensamentos.html
>
> Bisous, Lígia



SUBJECT: Re: Einstein na parede...
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2002 23:05

Farinha?

Quanta educação! O que ele quer fazer é jogar #$%^&@ mesmo... :)

Beijos, Lígia

*******************************


--- Em ciencialist@y..., "jsmartins" <jsmartins@t...> escreveu
> Sem tem alguém querendo jogar farinha no ventilador, e esse Alvaro
Augusto é
> um deles.
>
> Valdeci.
> ----- Original Message -----
> From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@l...>
> To: <ciencialist@y...>
> Sent: Saturday, December 21, 2002 8:29 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
>
>
> > Ainda não estou convencido. É fácil publicar um website e colocar
lá todas
> > as tolices atribuídas a quem quer que seja, junto com algumas
frases
> > verdadeiras. Curiosamente, nenhuma das frases apresenta
referências, e
> essa
> > frase da bola é "auto-ajuda" demais para ter saído de Einstein.
> >
> > Se você tiver a referência é outra coisa, mas um website não
prova nada...
> >
> > [ ]s
> >
> >
> > Alvaro Augusto
> >
> >
> > -----Mensagem Original-----
> > De: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> > Para: <ciencialist@y...>
> > Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 22:04
> > Assunto: [ciencialist] Einstein na parede...
> >
> >
> > Tem mais aqui:
> >
> > http://www.fisica.net/einsteinjr/pensamentos.html
> >
> > Bisous, Lígia
> >
> >
> >
> >
> >
> > ##### ##### #####
> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@y...
> > ##### ##### ##### ##### #####
> >
> > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
> >
> >
> >



SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2002 23:18

Caro Valdeci,

Se você acredita que a frase é de Einstein, então é muito fácil: Prove! Mas
não se esqueça de citar o livro onde a frase aparece.

Agora, se você tem alguma dúvida que é fácil propagar besteiras pela
internet, dê uma olhada em www.tramo.com.br/einstein.html ...

É farinha bastante para você ??

[ ]s


Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 23:46
Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...


> Sem tem alguém querendo jogar farinha no ventilador, e esse Alvaro
Augusto é
> um deles.
>
> Valdeci.
> ----- Original Message -----
> From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Saturday, December 21, 2002 8:29 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
>
>
> > Ainda não estou convencido. É fácil publicar um website e colocar lá
todas
> > as tolices atribuídas a quem quer que seja, junto com algumas frases
> > verdadeiras. Curiosamente, nenhuma das frases apresenta referências, e
> essa
> > frase da bola é "auto-ajuda" demais para ter saído de Einstein.
> >
> > Se você tiver a referência é outra coisa, mas um website não prova
nada...
> >
> > [ ]s
> >
> >
> > Alvaro Augusto
> >
> >
> > -----Mensagem Original-----
> > De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
> > Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 22:04
> > Assunto: [ciencialist] Einstein na parede...
> >
> >
> > Tem mais aqui:
> >
> > http://www.fisica.net/einsteinjr/pensamentos.html
> >
> > Bisous, Lígia
> >
> >
> >
> >
> >
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> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> >
> > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
> >
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Em Inglês: Albert Einstein - Quotes
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2002 23:20


http://www.brainyquote.com/quotes/authors/a/a125184.html

Engraçado: a da bola parece não estar lá... Taí uma boa
oportunidade para conferir!

Bisous, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Electromagnetismo Acustico
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2002 23:29

----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto"
Sent: Saturday, December 21, 2002 8:18 PM
Subject: Re: [ciencialist] Electromagnetismo Acustico

> Se você quiser os porquês, caia fora da física. Podemos dizer,
> por exemplo, que um corpo cai por causa da força de gravidade, num
> processo que pode ser descrito matematicamente, mas o porquê
> definitivo da queda se esconde no porquê definitivo das leis
> físicas, e isso é metafísica. [...] Se tem
> dúvidas, procure no livro do David Jackson ou quem sabe algum
> livro de estrutura da matéria. Mas se suas dúvidas são de metafísica,
> aí é injusto culpar os físicos e a Physical Review.

Bem, eu gosto mais de estudar os "Princípios Matemáticos da Filosofia
Natural". Aliás, um dos fundadores dessa disciplina chegou a dizer: "E,
portanto, não tenho escrúpulos em propor os princípios de movimento acima
mencionados, sendo eles de uma extensão muito geral, e *deixar suas causas
serem descobertas*" (Issac Newton). Eu pensei que o estudo das causas
fizesse parte do estudo da física, mas já que você afirma o contrário, e
pelo visto está bem acompanhado, digamos então que eu seja um estudioso de
metafísica, seguindo o conselho de um grande mestre no assunto.

O que você chama por física está mais de acordo com a idéia exposta no livro
de Dirac (The principles of quantum mechanics) no item 1 (A necessidade para
uma teoria quântica). Como vê, os quânticos modificaram os objetivos da
física, tornando-a concorde com suas limitações (a incluírem o princípio da
indeterminação). Para os quânticos, a *certeza* da incerteza é física e
quero crer que a *incerteza* da incerteza seria metafísica. Vá entender
esses egocêntricos!

> Quem sabe também não já esteja pra lá de amadurecido o esquema
> teórico de Kuhn?

A filosofia de Kuhn já apodreceu há muito tempo. Não obstante, a
historicidade relatada em seu trabalho vive a se repetir no dia-a-dia.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Einstein na parede...
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2002 23:31

Olá Valdeci!

Respondo com uma frase de Einstein:

"Only two things are infinite, the universe and human stupidity, and
I'm not sure about the former".

Até que o Álvaro não está tão mal assim... estamos no mesmo
barco. :)

Beijos, Lígia

************************************

--- Em ciencialist@y..., "jsmartins" <jsmartins@t...> escreveu
> Esse Álvaro Ligia! poderia ser mais Inteligente, não achas?
>
> Valdeci
> ----- Original Message -----
> From: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> To: <ciencialist@y...>
> Sent: Saturday, December 21, 2002 9:01 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
>
>
> Anime-se Álvaro,
>
> As frases/pensamentos de Einstein podem ser colhidas na íntegra no
> Almanaque abril 1998, Editora Abril S.A.
>
> OBS: Deus não é tão injusto, afinal podia ser no Almanaque
> Fontoura... :)
>
> Bisous, Lígia
>
> *********************************8
> --- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> <alvaro@l...> escreveu
> > Ainda não estou convencido. É fácil publicar um website e colocar
> lá todas
> > as tolices atribuídas a quem quer que seja, junto com algumas
frases
> > verdadeiras. Curiosamente, nenhuma das frases apresenta
> referências, e essa
> > frase da bola é "auto-ajuda" demais para ter saído de Einstein.
> >
> > Se você tiver a referência é outra coisa, mas um website não prova
> nada...
> >
> > [ ]s
> >
> >
> > Alvaro Augusto
> >
> >
> > -----Mensagem Original-----
> > De: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> > Para: <ciencialist@y...>
> > Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 22:04
> > Assunto: [ciencialist] Einstein na parede...
> >
> >
> > Tem mais aqui:
> >
> > http://www.fisica.net/einsteinjr/pensamentos.html
> >
> > Bisous, Lígia
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@y...
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html



SUBJECT: Re: [ciencialist] Em Inglês: Albert Einstein - Quotes
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2002 23:34

Que coisa, né! Parece que o Almanaque está errado. Quem sabe você acha a
frase no Anuário Astrológico Brasileiro ...

[ ]s


Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 23:20
Assunto: [ciencialist] Em Inglês: Albert Einstein - Quotes



http://www.brainyquote.com/quotes/authors/a/a125184.html

Engraçado: a da bola parece não estar lá... Taí uma boa
oportunidade para conferir!

Bisous, Lígia





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: tu quer falacia, né?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2002 23:37

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese"
Sent: Saturday, December 21, 2002 9:00 PM
Subject: [ciencialist] Re: tu quer falacia, né?

> Tem mais do tio Einstein, além da bola na parede, claro

Eu ainda acho que a melhor dele foi essa:

"A história das descobertas científicas e técnicas revela-nos quanto o
espírito humano carece de idéias originais e de imaginação criadora. E mesmo
quando as condições exteriores e científicas para o aparecimento de uma
idéia já existem há muito, será preciso, na maioria dos casos, uma outra
causa exterior a fim de que se chegue a se concretizar. O homem tem, no
sentido literal da palavra, que se chocar contra o fato para que a solução
lhe apareça. Verdade bem comum e pouco exaltante para nosso orgulho."
[EINSTEIN, A., Como Vejo o Mundo, Ed. Nova Fronteira, 1981 (tradução), São
Paulo.]

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2002 23:38

Ronaldo,

Ronaldo: Isso é o que eu considero que poderia falsear a teoria
do "default" bissexual. Não há uma cultura em que o bissexualismo
seja maioria, nem mesmo a dos Sambia em que se passa a adolescência
tendo relações exclusivamente homossexuais.

Manuel: Como não tem uma cultura em que a maioria é bissexual? E os
casos que citei, dos Etoros (outra tribo da Nova Guiné), em que o
heterossexualismo é tabu, isto é, prática obrigatória, na maioria dos
dias do ano, mas que, nos demais dias, relacionamentos homossexuais
não só são permitidos como incentivados? E o caso dos índios Kraô e
de muitas outras tribos tupi-guaranis, em que a prática de 'fazer
cunin' (relações homossexuais masculinas) é normal e corrente até os
21 anos?

E o povo `Siwa', do deserto da Líbia, que considera anormal não ser
bissexual? E a civilização Maia, onde a prática homossexual foi mesmo
institucionalizada?

E os gregos antigos, não contam? Entre os gregos, relacionamentos
homossexuais entre aprendizes e mestres (mesmo quando os mestres eram
homens casados) eram comuns e aceitos, na condição em que apenas os
jovens fossem os passivos. Um entre muitos registros disso é a parte
de `O Banquete', de Platão, em que Aristófanes faz o elogio do amor
homossexual. Aliás, a aceitação da bissexualidade entre os gregos
manifestava-se mesmo em sua religião poligâmica: Zeus e Ganimedes
formavam um casal masculino; e, segundo sua mitologia, muitos deuses
e heróis - como Apolo, Adônis, Hércules e Dionísio - mantinham
relações homossexuais com jovens efebos.

Em Cartago, o amor homossexual não só era aceito como também era tido
como uma virtude militar, tanto que seus soldados adoravam Horus e
Set, deuses pederastas e da guerra. Ressalte-se, ainda, que esses
dois deuses, que representavam a homossexualidade e as virtudes
militares, foram também idolatrados pelos guerreiros dórios, citas e,
mas tarde, pelos normandos.

Os assírios e romanos (homens), mesmo casados e pais de família,
tinham por hábito tomar como amantes escravos e estrangeiros do mesmo
sexo. Tal prática era normal e aceita. Só lhes era proibido tomar a
posição passiva nessas relações homossexuais. Pois, como disse em
outra mensagem, entre os povos antigos da Mesopotâmia (como os
Assírios), a introdução do pênis no ânus de um outro homem
incrementava a força, a virilidade, a masculinidade, as virtudes
guerreiras. Aliás, entre os romanos, a aceitação do bissexualidade
refletia-se também em sua religião e mitologia: Baco e Diana eram
representados como bissexuais.

O Prof. Silvério da Costa Oliveira, em seu artigo `Masturbação,
Homossexualismo e Ideologia', escreveu que, "excluindo-se interditos
sociais vinculados à posição social ocupada, relações consangüíneas
ou emprego de violência, não existia condenação do comportamento
homossexual na legislação dos hititas, caldeus e judeus anteriormente
ao sétimo século antes de Cristo. Contatos bucogenitais e
homossexuais estavam anteriormente associados ao serviço religioso
destes povos."

Entre os Sambia, mesmo depois de casados, os homens continuavam
mantendo relações homossexuais "não obrigatórias" por 2-4 anos, isto
é, até a mulher menstruar pela primeira vez. E mesmo depois disso
ocorrer, havia um período de transição em que a felação homossexual
era tolerada (se feita às escondidas e esporadicamente). Vale dizer,
depois da iniciação, após terem-se tornado guerreiros, os sambia
mantinham relacionamentos homossexuais até por volta dos 25 anos de
idade. Ademais, a posterior proibição tinha por razão não o ato
homossexual em si, que passaria a ser considerado imoral ou anormal
ou antinatural. O motivo da proibição é tão-somente a contaminação do
homem pelos líquidos femininos presentes na vagina, o sangue
menstrual, de modo que, através da felação, ele poderia vir a
contaminar outros. A heterossexualidade exclusiva, longe de ser um
anelo ou uma meta a ser atingida pelos homens, era por eles
considerada um custo ou um preço a ser pago; pois, para constituir
uma descendência, os homens sambia, devido ao intercurso pênis-
vagina, tornavam-se `impuros'. Por isso, tinham que renunciar ao
intercâmbio homossexual de sêmem. Assim como para nós, ocidentais, o
casamento pressupõe a renúncia a outros parceiras/parceiros. Acresce
dizer, ainda, que os adultos com família constituída costumam relatar
entre si os prazeres homossexuais de outrora, e se relembram suas
experiências passadas como um prazer é porque ainda há desejo. Desejo
homossexual.

Ronaldo: Se a teoria afirma que o bissexualismo é o "default" e o
heterossexualismo é de certa forma imposto por uma sociedade
repressora, a predição dessa teoria seria de que, numa sociedade em
que não houvesse essa repressão, o bissexualismo seria regra. Mas não
é o que acontece, nem mesmo numa sociedade que não só não reprime
como até incentiva o homossexualismo.

Manuel: Mas é exatamente isso o que acontece entre os etoros da Nova
Guiné, os kraôs e outras tribos tupi-guaranis, os siwas do deserto da
Líbia, os gregos antigos, os cartagineses, os romanos, os assírios,
os hititas, os caldeus, os maias do século XIV, etc. Aliás, entre os
hititas, caldeus e maias, o homossexualismo exclusivo, longe de ser
um estigma, era uma virtude religiosa, tanto que os cargos mais
elevados da hierarquia sacerdotal eram ocupados por homossexuais.
Eram homens poderosos dentro da sociedade.

Ronaldo: Uma possível hipótese ad-hoc para justificar por que não é
assim...

Manuel: "Porque é assim", não há a menor necessidade de uma hipótese
ad-hoc para justificar "por que não é assim".

Ronaldo: ...poderia ser a de que a sociedade em Sambia não é
repressora para os adolescentes e passa a ser repressora para os
adultos. Mas não parece fazer muito sentido acreditar que os
guerreiros mais velhos, que são quem realmente manda na sociedade,
não teriam tido interesse em abolir as regras repressoras se
estivessem realmente interessados nisso.

Manuel: Para os antigos ou arcaicos, os tabus ou normas
consuetudinárias são consideradas manifestações da vontade dos deuses
e não da vontade dos homens. Como qualquer meme, os tabus escapam ao
controle dos homens. Ah, estava me esquecendo que a memética é apenas
uma filosofia. :-)

Manuel: Uma referência que encontrei: Já ouviu falar das pesquisas de
Dean Hamer, realizadas em 1993 com irmãos maternos e que, segundo
ele, comprovariam que a tendência ao homossexualismo é transmitida
aos filhos pela mãe através do cromossomo X? Pois bem, essas
pesquisas foram contestadas por pesquisas mais recentes, realizadas
pelos professores George Rice e George Ebers, da Universidade Western
Ontario, Canadá, e publicadas na revista Science em abril/1999 ...

Ronaldo: Claro que essas pesquisas podem refutar o argumento de que a
tendência ao homossexualismo é relacionada com um grupo de genes que
foi sugerido num estudo específico. Mas não quer dizer que um gene ou
genes relacionados não existam.

Manuel: E caso existam, segundo Richard Dawkins "na realidade, os
genes `determinam' o comportamento num sentido apenas estatístico."
(...) "Não existe nenhuma razão que impeça que a influência de um
gene não possa ser facilmente revertida facilmente por outras
influências." (O Gene Egoísta; Gradiva; p. 364), de sorte que
indivíduos portadores de um suposto gene (ou conjunto de genes) da
homossexualidade não possam levar uma vida heterossexual mais ou
menos feliz ou infeliz, do mesmo modo que pessoas que não são
geneticamente predispostas ao homossexualismo podem vir a ser
homossexuais exclusivos por fatores outros que não genéticos. Sabe-se
hoje que alterações hormonais que modificam a estrutura cerebral do
indivíduo podem ser determinadas por fatores extra-genéticos, isto é,
por fatores ambientais e/ou psicológicos (observe-se que, entre os
seres humanos, as relações quantitativas entre os hormônios sexuais
continuam altamente flexíveis mesmo na idade adulta). Por esta razão,
e também porque os homens são geneticamente capacitados - supõe-se
que mais do que qualquer outro animal - para ter controle sobre suas
disposições instintuais, inclusive desviando suas pulsões inatas para
outros objetivos, é que não considero primordial o fator genético.

Talvez o fator genético tenha mais peso nos casos em que ocorre
inversão total da orientação sexual (entre os homens, homossexualismo
passivo exclusivo). Mas o que está em questão é a teoria da
disposição bissexual da espécie humana, que não é de Freud, embora
Freud a sustente. Freud dizia que a sexualidade humana é
multifatorial, que só se define após a puberdade, e que permanece, no
adulto saudável, um `resíduo' do sexo oposto. Esse `resíduo', por
razões genético-constitucionais e também ambientais/culturais, pode
ser mais ou menos forte ou fraco, em muitos casos é tão fraco que se
manifesta de uma forma desgenitalizada (ou seja, a repressão não é
fator decisivo na definição da identidade sexual no adulto. Tá lendo
isso, Marco Aurélio?:-)). Como se caracteriza essa forma
desgenitalizada de manifestação das pulsões homossexuais? Observe o
comportamento dos homens organizados em bando, ou em qualquer grupo
em que há hierarquia e cooperação, como, por exemplo, o exército. Nas
relações entre os indivíduos há manifestações de ciúme entre os
subalternos, de dedicação `apaixonada' aos superiores, de sincero
desejo de impressionar, de chamar a atenção, de agradar e de ser
reconhecido (i.e., os machos do bando gostam de se `pavonear', de
realizar entre si um típico ritual de corte e acasalamento). Não raro
há mesmo carícias: abraços, beijos, afagos, palavras carinhosas, etc.
Muitas vezes dá-se mesmo uma conotação sexual ou erótica, mas sempre
através de chistes. Se for feita uma análise dos processos
neuroquímicos subjacentes nessas relações interpessoais (entre
indivíduos do mesmo sexo), é muito provável que se constate uma
identidade com os processos neuroquímicos em que se baseiam as
relações eróticas entre homem e mulher. Há fortes indícios da
presença, tanto num quanto noutro, da testosterona (o hormônio do
prazer sexual), da dopamina, da oxitocina e até mesmo da
feniletilamina - FEA -, o opiáceo natural da paixão.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2002 23:41

Caro Alberto,

Acredite ou não, eu pensei justamente em você quando escrevi a frase! :))

[ ]s


Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 00:25
Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...


> ----- Original Message -----
> From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> Sent: Saturday, December 21, 2002 10:18 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
>
>
> > Caro Valdeci,
> > Agora, se você tem alguma dúvida que é fácil propagar besteiras pela
> > internet, dê uma olhada em www.tramo.com.br/einstein.html ...
>
> PROTESTO!!!!!!! A frase a seguir é minha e não abro. ;-))
>
> "Aqueles que advogam a favor de mecânica quântica são uns idiotas. O
tempo
> provará que eu tenho razão!"
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
> Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é
uma
> carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2002 23:43

Realmente não sei porque tanta agressividade... Parece que a estupidez
humana não tem limites mesmo...

Numa coisa o Mesquita tem razão: a Ciencialist se encontra em franca
decadência!

[ ]s

Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 23:31
Assunto: [ciencialist] Re: Einstein na parede...


Olá Valdeci!

Respondo com uma frase de Einstein:

"Only two things are infinite, the universe and human stupidity, and
I'm not sure about the former".

Até que o Álvaro não está tão mal assim... estamos no mesmo
barco. :)

Beijos, Lígia

************************************

--- Em ciencialist@y..., "jsmartins" <jsmartins@t...> escreveu
> Esse Álvaro Ligia! poderia ser mais Inteligente, não achas?
>
> Valdeci
> ----- Original Message -----
> From: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> To: <ciencialist@y...>
> Sent: Saturday, December 21, 2002 9:01 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
>
>
> Anime-se Álvaro,
>
> As frases/pensamentos de Einstein podem ser colhidas na íntegra no
> Almanaque abril 1998, Editora Abril S.A.
>
> OBS: Deus não é tão injusto, afinal podia ser no Almanaque
> Fontoura... :)
>
> Bisous, Lígia
>
> *********************************8
> --- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> <alvaro@l...> escreveu
> > Ainda não estou convencido. É fácil publicar um website e colocar
> lá todas
> > as tolices atribuídas a quem quer que seja, junto com algumas
frases
> > verdadeiras. Curiosamente, nenhuma das frases apresenta
> referências, e essa
> > frase da bola é "auto-ajuda" demais para ter saído de Einstein.
> >
> > Se você tiver a referência é outra coisa, mas um website não prova
> nada...
> >
> > [ ]s
> >
> >
> > Alvaro Augusto
> >
> >
> > -----Mensagem Original-----
> > De: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> > Para: <ciencialist@y...>
> > Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 22:04
> > Assunto: [ciencialist] Einstein na parede...
> >
> >
> > Tem mais aqui:
> >
> > http://www.fisica.net/einsteinjr/pensamentos.html
> >
> > Bisous, Lígia




SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2002 23:46

Sem tem alguém querendo jogar farinha no ventilador, e esse Alvaro Augusto é
um deles.

Valdeci.
----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, December 21, 2002 8:29 PM
Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...


> Ainda não estou convencido. É fácil publicar um website e colocar lá todas
> as tolices atribuídas a quem quer que seja, junto com algumas frases
> verdadeiras. Curiosamente, nenhuma das frases apresenta referências, e
essa
> frase da bola é "auto-ajuda" demais para ter saído de Einstein.
>
> Se você tiver a referência é outra coisa, mas um website não prova nada...
>
> [ ]s
>
>
> Alvaro Augusto
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 22:04
> Assunto: [ciencialist] Einstein na parede...
>
>
> Tem mais aqui:
>
> http://www.fisica.net/einsteinjr/pensamentos.html
>
> Bisous, Lígia
>
>
>
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/12/2002 23:50

Me diga uma coisa: você não nada o que dizer, não é? Até onde percebi, a
sua mensagem me ofendendo foi apenas a sua segunda mensagem desde junho de
2002. E a primeira foi um pedido por uma biografia de Nilo Peçanha. E daí
você tem a cara-de-pau de dizer que EU não sou inteligente!! Você acaso me
conhece?? A propósito, de onde você tirou a fantástica conclusão sobre a
minha inteligência?

[ ]s


Eng. Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Pinhais - PR - Brasil



-----Mensagem Original-----
De: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 00:45
Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...


> Este site, amigo Alvaro; é para os pessimistas.
>
> Valdeci
>
> ----- Original Message -----
> From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Saturday, December 21, 2002 9:18 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
>
>
> > Caro Valdeci,
> >
> > Se você acredita que a frase é de Einstein, então é muito fácil: Prove!
> Mas
> > não se esqueça de citar o livro onde a frase aparece.
> >
> > Agora, se você tem alguma dúvida que é fácil propagar besteiras pela
> > internet, dê uma olhada em www.tramo.com.br/einstein.html ...
> >
> > É farinha bastante para você ??
> >
> > [ ]s
> >
> >
> > Alvaro Augusto
> >
> >
> > -----Mensagem Original-----
> > De: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
> > Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 23:46
> > Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> >
> >
> > > Sem tem alguém querendo jogar farinha no ventilador, e esse Alvaro
> > Augusto é
> > > um deles.
> > >
> > > Valdeci.
> > > ----- Original Message -----
> > > From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
> > > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > > Sent: Saturday, December 21, 2002 8:29 PM
> > > Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> > >
> > >
> > > > Ainda não estou convencido. É fácil publicar um website e colocar

> > todas
> > > > as tolices atribuídas a quem quer que seja, junto com algumas
frases
> > > > verdadeiras. Curiosamente, nenhuma das frases apresenta
referências, e
> > > essa
> > > > frase da bola é "auto-ajuda" demais para ter saído de Einstein.
> > > >
> > > > Se você tiver a referência é outra coisa, mas um website não prova
> > nada...
> > > >
> > > > [ ]s
> > > >
> > > >
> > > > Alvaro Augusto
> > > >
> > > >
> > > > -----Mensagem Original-----
> > > > De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
> > > > Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > > > Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 22:04
> > > > Assunto: [ciencialist] Einstein na parede...
> > > >
> > > >
> > > > Tem mais aqui:
> > > >
> > > > http://www.fisica.net/einsteinjr/pensamentos.html
> > > >
> > > > Bisous, Lígia
> > > >
> > > >
> > > >
> > > >
> > > >
> > > > ##### ##### #####
> > > > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > > > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > > > Para sair da lista envie um mail para
> > > > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> > > >
> > > > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> > > http://br.yahoo.com/info/utos.html
> > > >
> > > >
> > > >
> > >
> > >
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> > > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > > http://www.ciencialist.hpg.com.br
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> > > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> > >
> > > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> > http://br.yahoo.com/info/utos.html
> > >
> > >
> >
> >
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> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
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> > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> >
> > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
> >
> >
> >
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
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> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: Einstein na parede...
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/12/2002 23:59

Ora...

Eu até me coloquei no mesmo "barco" só para você não se sentir
ofendido, poxa!

De mais a mais, a decadência da Ciencialist não é mérito meu. E não
tenho visto tanta estupidez postada por aqui ultimamente, com exceção
de algumas mensagens... E vivas! Você até concorda com o Alberto!

Beijos, Lígia

*******************************

--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Realmente não sei porque tanta agressividade... Parece que a
estupidez
> humana não tem limites mesmo...
>
> Numa coisa o Mesquita tem razão: a Ciencialist se encontra em franca
> decadência!
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> Para: <ciencialist@y...>
> Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 23:31
> Assunto: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
>
>
> Olá Valdeci!
>
> Respondo com uma frase de Einstein:
>
> "Only two things are infinite, the universe and human stupidity, and
> I'm not sure about the former".
>
> Até que o Álvaro não está tão mal assim... estamos no mesmo
> barco. :)
>
> Beijos, Lígia
>
> ************************************
>
> --- Em ciencialist@y..., "jsmartins" <jsmartins@t...> escreveu
> > Esse Álvaro Ligia! poderia ser mais Inteligente, não achas?
> >
> > Valdeci
> > ----- Original Message -----
> > From: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> > To: <ciencialist@y...>
> > Sent: Saturday, December 21, 2002 9:01 PM
> > Subject: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
> >
> >
> > Anime-se Álvaro,
> >
> > As frases/pensamentos de Einstein podem ser colhidas na íntegra no
> > Almanaque abril 1998, Editora Abril S.A.
> >
> > OBS: Deus não é tão injusto, afinal podia ser no Almanaque
> > Fontoura... :)
> >
> > Bisous, Lígia
> >
> > *********************************8
> > --- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> > <alvaro@l...> escreveu
> > > Ainda não estou convencido. É fácil publicar um website e
colocar
> > lá todas
> > > as tolices atribuídas a quem quer que seja, junto com algumas
> frases
> > > verdadeiras. Curiosamente, nenhuma das frases apresenta
> > referências, e essa
> > > frase da bola é "auto-ajuda" demais para ter saído de Einstein.
> > >
> > > Se você tiver a referência é outra coisa, mas um website não
prova
> > nada...
> > >
> > > [ ]s
> > >
> > >
> > > Alvaro Augusto
> > >
> > >
> > > -----Mensagem Original-----
> > > De: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> > > Para: <ciencialist@y...>
> > > Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 22:04
> > > Assunto: [ciencialist] Einstein na parede...
> > >
> > >
> > > Tem mais aqui:
> > >
> > > http://www.fisica.net/einsteinjr/pensamentos.html
> > >
> > > Bisous, Lígia



SUBJECT: Re: Einstein na parede...
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/12/2002 00:01

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> PROTESTO!!!!!!! A frase a seguir é minha e não abro. ;-))
>
> "Aqueles que advogam a favor de mecânica quântica são uns idiotas.
O tempo
> provará que eu tenho razão!"


Olá Alberto!

Vai ver que é porque você também é Alberto... :)

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
FROM: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 00:12

Esse Álvaro Ligia! poderia ser mais Inteligente, não achas?

Valdeci
----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, December 21, 2002 9:01 PM
Subject: [ciencialist] Re: Einstein na parede...


Anime-se Álvaro,

As frases/pensamentos de Einstein podem ser colhidas na íntegra no
Almanaque abril 1998, Editora Abril S.A.

OBS: Deus não é tão injusto, afinal podia ser no Almanaque
Fontoura... :)

Bisous, Lígia

*********************************8
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Ainda não estou convencido. É fácil publicar um website e colocar
lá todas
> as tolices atribuídas a quem quer que seja, junto com algumas frases
> verdadeiras. Curiosamente, nenhuma das frases apresenta
referências, e essa
> frase da bola é "auto-ajuda" demais para ter saído de Einstein.
>
> Se você tiver a referência é outra coisa, mas um website não prova
nada...
>
> [ ]s
>
>
> Alvaro Augusto
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> Para: <ciencialist@y...>
> Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 22:04
> Assunto: [ciencialist] Einstein na parede...
>
>
> Tem mais aqui:
>
> http://www.fisica.net/einsteinjr/pensamentos.html
>
> Bisous, Lígia


##### ##### #####
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
##### ##### ##### ##### #####

Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html






SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 00:14

"Irmão"?? "Deus"?? E eu aqui perdendo meu tempo discutindo com um crente?

Podia ter avisado antes, né?

Eu todo caso, sugiro mais cuidado com o que você escreve. Sorte sua eu não
ser advogado, pois isso poderia render um processo bem interessante... Ou
pior, eu poderia ser um hacker e invadir sua caixa postal com uma java bomb
e um worm no meio...

...ou quem sabe eu seja um hacker...

[ ]s


Alvaro


-----Mensagem Original-----
De: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 01:06
Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...


> Apesar que sua mensagem foi enviada meia confusa, mas de maneira nenhuma
meu
> IRMÃO disse que você não é inteligente, está ocorrendo algum equivoco.
Alías
> respeito a capacidade de qualquer Ser Humano, porque DEUS nos deu esta
> grande capacidade que é a inteligência, desculpe o mal entendido e estou
a
> sua inteira disposição.
>
> Um grande abraço.
>
> T.'.F.'.A.'.
>
> Valdeci.
> ----- Original Message -----
> From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Saturday, December 21, 2002 9:50 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
>
>
> > Me diga uma coisa: você não nada o que dizer, não é? Até onde percebi,
a
> > sua mensagem me ofendendo foi apenas a sua segunda mensagem desde junho
de
> > 2002. E a primeira foi um pedido por uma biografia de Nilo Peçanha. E
daí
> > você tem a cara-de-pau de dizer que EU não sou inteligente!! Você acaso
me
> > conhece?? A propósito, de onde você tirou a fantástica conclusão sobre
a
> > minha inteligência?
> >
> > [ ]s
> >
> >
> > Eng. Alvaro Augusto de Almeida
> > Website: http://www.lunabay.com.br
> > E-mail: alvaro@lunabay.com.br
> > Pinhais - PR - Brasil
> >
> >
> >
> > -----Mensagem Original-----
> > De: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
> > Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 00:45
> > Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> >
> >
> > > Este site, amigo Alvaro; é para os pessimistas.
> > >
> > > Valdeci
> > >
> > > ----- Original Message -----
> > > From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
> > > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > > Sent: Saturday, December 21, 2002 9:18 PM
> > > Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> > >
> > >
> > > > Caro Valdeci,
> > > >
> > > > Se você acredita que a frase é de Einstein, então é muito fácil:
> Prove!
> > > Mas
> > > > não se esqueça de citar o livro onde a frase aparece.
> > > >
> > > > Agora, se você tem alguma dúvida que é fácil propagar besteiras
pela
> > > > internet, dê uma olhada em www.tramo.com.br/einstein.html ...
> > > >
> > > > É farinha bastante para você ??
> > > >
> > > > [ ]s
> > > >
> > > >
> > > > Alvaro Augusto
> > > >
> > > >
> > > > -----Mensagem Original-----
> > > > De: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
> > > > Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > > > Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 23:46
> > > > Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> > > >
> > > >
> > > > > Sem tem alguém querendo jogar farinha no ventilador, e esse
Alvaro
> > > > Augusto é
> > > > > um deles.
> > > > >
> > > > > Valdeci.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 00:20

Quem criou a polêmica foi você! Foi você que disse que "esse" Alvaro queria
jogar "farinha" no ventilador. E tudo isso só porque eu pedi referências
exatas sobre a tal frase atribuída a Einstein...

E cada e-mail seu que chega é mais cômico que o anterior. Esse do natal ser
em fevereiro é fantástico! Centenas de historiadores se matam de trabalhar
para tentar achar a data real do nascimento de Jesus de Nazaré (se é que
ele existiu) e você é o único que sabe!! Onde você leu isso? No Almanaque
Sadol?

[ ]s


Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 01:11
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Einstein na parede...


> Estamos em época de Natal, de Festas, apesar que este natal, foi criado
pelo
> homem, melhor pelos comerciantes, não era prá ser em Dezembro e sim em
> Fevereiro, mas tudo bem! Vamos acabar com a polêmica e vamos continuar em
> PAZ, AMOR. e HARMONIA.
>
> Beijos pra Lígia e
> Abraços pro Alváro.
> ----- Original Message -----
> From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Saturday, December 21, 2002 9:59 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
>
>
> Ora...
>
> Eu até me coloquei no mesmo "barco" só para você não se sentir
> ofendido, poxa!
>
> De mais a mais, a decadência da Ciencialist não é mérito meu. E não
> tenho visto tanta estupidez postada por aqui ultimamente, com exceção
> de algumas mensagens... E vivas! Você até concorda com o Alberto!
>
> Beijos, Lígia
>



SUBJECT: Hacker Alvaro...
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/12/2002 00:24

Nossa!

Não fique assim não. O rapaz não está com más intenções. Ele só
queria brincar um pouco. De mais a mais, faz tempo que você não se
manifesta.

OK, dou a mão à palmatória: depois de folhear dezenas de sites com
citações de Einstein em inglês e alemão, nenhuma delas apontava a tal
frase da bola. Portanto: ou os sites em inglês e alemão não
conhecem tal pensamento de Einstein, ou os sites brasileiros (e
Almanaque Abril/98) publicaram algo que não é de Einstein e você
ganhou!

Beijos, Lígia

*******************************


--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> "Irmão"?? "Deus"?? E eu aqui perdendo meu tempo discutindo com um
crente?
>
> Podia ter avisado antes, né?
>
> Eu todo caso, sugiro mais cuidado com o que você escreve. Sorte sua
eu não
> ser advogado, pois isso poderia render um processo bem
interessante... Ou
> pior, eu poderia ser um hacker e invadir sua caixa postal com uma
java bomb
> e um worm no meio...
>
> ...ou quem sabe eu seja um hacker...
>
> [ ]s
>
>
> Alvaro
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "jsmartins" <jsmartins@t...>
> Para: <ciencialist@y...>
> Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 01:06
> Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
>
>
> > Apesar que sua mensagem foi enviada meia confusa, mas de maneira
nenhuma
> meu
> > IRMÃO disse que você não é inteligente, está ocorrendo algum
equivoco.
> Alías
> > respeito a capacidade de qualquer Ser Humano, porque DEUS nos deu
esta
> > grande capacidade que é a inteligência, desculpe o mal entendido
e estou
> a
> > sua inteira disposição.
> >
> > Um grande abraço.
> >
> > T.'.F.'.A.'.
> >
> > Valdeci.
> > ----- Original Message -----
> > From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@l...>
> > To: <ciencialist@y...>
> > Sent: Saturday, December 21, 2002 9:50 PM
> > Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> >
> >
> > > Me diga uma coisa: você não nada o que dizer, não é? Até onde
percebi,
> a
> > > sua mensagem me ofendendo foi apenas a sua segunda mensagem
desde junho
> de
> > > 2002. E a primeira foi um pedido por uma biografia de Nilo
Peçanha. E
> daí
> > > você tem a cara-de-pau de dizer que EU não sou inteligente!!
Você acaso
> me
> > > conhece?? A propósito, de onde você tirou a fantástica
conclusão sobre
> a
> > > minha inteligência?
> > >
> > > [ ]s
> > >
> > >
> > > Eng. Alvaro Augusto de Almeida
> > > Website: http://www.lunabay.com.br
> > > E-mail: alvaro@l...
> > > Pinhais - PR - Brasil
> > >
> > >
> > >
> > > -----Mensagem Original-----
> > > De: "jsmartins" <jsmartins@t...>
> > > Para: <ciencialist@y...>
> > > Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 00:45
> > > Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> > >
> > >
> > > > Este site, amigo Alvaro; é para os pessimistas.
> > > >
> > > > Valdeci
> > > >
> > > > ----- Original Message -----
> > > > From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@l...>
> > > > To: <ciencialist@y...>
> > > > Sent: Saturday, December 21, 2002 9:18 PM
> > > > Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> > > >
> > > >
> > > > > Caro Valdeci,
> > > > >
> > > > > Se você acredita que a frase é de Einstein, então é muito
fácil:
> > Prove!
> > > > Mas
> > > > > não se esqueça de citar o livro onde a frase aparece.
> > > > >
> > > > > Agora, se você tem alguma dúvida que é fácil propagar
besteiras
> pela
> > > > > internet, dê uma olhada em
www.tramo.com.br/einstein.html ...
> > > > >
> > > > > É farinha bastante para você ??
> > > > >
> > > > > [ ]s
> > > > >
> > > > >
> > > > > Alvaro Augusto
> > > > >
> > > > >
> > > > > -----Mensagem Original-----
> > > > > De: "jsmartins" <jsmartins@t...>
> > > > > Para: <ciencialist@y...>
> > > > > Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 23:46
> > > > > Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> > > > >
> > > > >
> > > > > > Sem tem alguém querendo jogar farinha no ventilador, e
esse
> Alvaro
> > > > > Augusto é
> > > > > > um deles.
> > > > > >
> > > > > > Valdeci.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 00:25

----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
Sent: Saturday, December 21, 2002 10:18 PM
Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...


> Caro Valdeci,
> Agora, se você tem alguma dúvida que é fácil propagar besteiras pela
> internet, dê uma olhada em www.tramo.com.br/einstein.html ...

PROTESTO!!!!!!! A frase a seguir é minha e não abro. ;-))

"Aqueles que advogam a favor de mecânica quântica são uns idiotas. O tempo
provará que eu tenho razão!"

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Hacker Alvaro...
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 00:32

Aha! Le jour de la vérité est arrivée!!

[ ]s


Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 00:24
Assunto: [ciencialist] Hacker Alvaro...


Nossa!

Não fique assim não. O rapaz não está com más intenções. Ele só
queria brincar um pouco. De mais a mais, faz tempo que você não se
manifesta.

OK, dou a mão à palmatória: depois de folhear dezenas de sites com
citações de Einstein em inglês e alemão, nenhuma delas apontava a tal
frase da bola. Portanto: ou os sites em inglês e alemão não
conhecem tal pensamento de Einstein, ou os sites brasileiros (e
Almanaque Abril/98) publicaram algo que não é de Einstein e você
ganhou!

Beijos, Lígia

*******************************


--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> "Irmão"?? "Deus"?? E eu aqui perdendo meu tempo discutindo com um
crente?
>
> Podia ter avisado antes, né?
>
> Eu todo caso, sugiro mais cuidado com o que você escreve. Sorte sua
eu não
> ser advogado, pois isso poderia render um processo bem
interessante... Ou
> pior, eu poderia ser um hacker e invadir sua caixa postal com uma
java bomb
> e um worm no meio...
>
> ...ou quem sabe eu seja um hacker...
>
> [ ]s
>
>
> Alvaro
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "jsmartins" <jsmartins@t...>
> Para: <ciencialist@y...>
> Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 01:06
> Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
>
>
> > Apesar que sua mensagem foi enviada meia confusa, mas de maneira
nenhuma
> meu
> > IRMÃO disse que você não é inteligente, está ocorrendo algum
equivoco.
> Alías
> > respeito a capacidade de qualquer Ser Humano, porque DEUS nos deu
esta
> > grande capacidade que é a inteligência, desculpe o mal entendido
e estou
> a
> > sua inteira disposição.
> >
> > Um grande abraço.
> >
> > T.'.F.'.A.'.
> >
> > Valdeci.
> > ----- Original Message -----
> > From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@l...>
> > To: <ciencialist@y...>
> > Sent: Saturday, December 21, 2002 9:50 PM
> > Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> >
> >
> > > Me diga uma coisa: você não nada o que dizer, não é? Até onde
percebi,
> a
> > > sua mensagem me ofendendo foi apenas a sua segunda mensagem
desde junho
> de
> > > 2002. E a primeira foi um pedido por uma biografia de Nilo
Peçanha. E
> daí
> > > você tem a cara-de-pau de dizer que EU não sou inteligente!!
Você acaso
> me
> > > conhece?? A propósito, de onde você tirou a fantástica
conclusão sobre
> a
> > > minha inteligência?
> > >
> > > [ ]s
> > >
> > >
> > > Eng. Alvaro Augusto de Almeida
> > > Website: http://www.lunabay.com.br
> > > E-mail: alvaro@l...
> > > Pinhais - PR - Brasil
> > >
> > >
> > >
> > > -----Mensagem Original-----
> > > De: "jsmartins" <jsmartins@t...>
> > > Para: <ciencialist@y...>
> > > Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 00:45
> > > Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> > >
> > >
> > > > Este site, amigo Alvaro; é para os pessimistas.
> > > >
> > > > Valdeci
> > > >
> > > > ----- Original Message -----
> > > > From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@l...>
> > > > To: <ciencialist@y...>
> > > > Sent: Saturday, December 21, 2002 9:18 PM
> > > > Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> > > >
> > > >
> > > > > Caro Valdeci,
> > > > >
> > > > > Se você acredita que a frase é de Einstein, então é muito
fácil:
> > Prove!
> > > > Mas
> > > > > não se esqueça de citar o livro onde a frase aparece.
> > > > >
> > > > > Agora, se você tem alguma dúvida que é fácil propagar
besteiras
> pela
> > > > > internet, dê uma olhada em
www.tramo.com.br/einstein.html ...
> > > > >
> > > > > É farinha bastante para você ??
> > > > >
> > > > > [ ]s
> > > > >
> > > > >
> > > > > Alvaro Augusto
> > > > >
> > > > >
> > > > > -----Mensagem Original-----
> > > > > De: "jsmartins" <jsmartins@t...>
> > > > > Para: <ciencialist@y...>
> > > > > Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 23:46
> > > > > Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> > > > >
> > > > >
> > > > > > Sem tem alguém querendo jogar farinha no ventilador, e
esse
> Alvaro
> > > > > Augusto é
> > > > > > um deles.
> > > > > >
> > > > > > Valdeci.


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VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
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http://br.yahoo.com/info/utos.html





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 00:37

Bem, agora começo a entender: você é crédulo demais. O problema é que não
há evidência histórica ou arqueológica alguma a respeito do nascimento de
Jesus. Leia a última Superinteressante, que faz um apanhado
supreendentemente bom da questão (apesar de algumas analogias
impróprias...)

[ ]s


Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 01:36
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Einstein na parede...


> Não meu Amigo em um Livro Intitulado, A Vida Mística de Jesus.
>
> Valdeci
>
> ----- Original Message -----
> From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Saturday, December 21, 2002 10:20 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
>
>
> > Quem criou a polêmica foi você! Foi você que disse que "esse" Alvaro
> queria
> > jogar "farinha" no ventilador. E tudo isso só porque eu pedi
referências
> > exatas sobre a tal frase atribuída a Einstein...
> >
> > E cada e-mail seu que chega é mais cômico que o anterior. Esse do natal
> ser
> > em fevereiro é fantástico! Centenas de historiadores se matam de
trabalhar
> > para tentar achar a data real do nascimento de Jesus de Nazaré (se é
que
> > ele existiu) e você é o único que sabe!! Onde você leu isso? No
Almanaque
> > Sadol?
> >
> > [ ]s
> >
> >
> > Alvaro Augusto
> >
> >
> > -----Mensagem Original-----
> > De: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
> > Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 01:11
> > Assunto: Re: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
> >
> >
> > > Estamos em época de Natal, de Festas, apesar que este natal, foi
criado
> > pelo
> > > homem, melhor pelos comerciantes, não era prá ser em Dezembro e sim
em
> > > Fevereiro, mas tudo bem! Vamos acabar com a polêmica e vamos
continuar
> em
> > > PAZ, AMOR. e HARMONIA.
> > >
> > > Beijos pra Lígia e
> > > Abraços pro Alváro.
> > > ----- Original Message -----
> > > From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
> > > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > > Sent: Saturday, December 21, 2002 9:59 PM
> > > Subject: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
> > >
> > >
> > > Ora...
> > >
> > > Eu até me coloquei no mesmo "barco" só para você não se sentir
> > > ofendido, poxa!
> > >
> > > De mais a mais, a decadência da Ciencialist não é mérito meu. E não
> > > tenho visto tanta estupidez postada por aqui ultimamente, com exceção
> > > de algumas mensagens... E vivas! Você até concorda com o Alberto!
> > >
> > > Beijos, Lígia
> > >




SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 00:41

Meu Amigo, nem tudo que brilha é ouro e nem tudo que balança cai, no entanto
as vezes nem sempre provamos só no que está escrito. Ok? Deu pra entender,
você é que nem aquele personagem do zorra total, desculpe se fiu um pouco
discreo contigo.

Valdeci
----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, December 21, 2002 9:18 PM
Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...


> Caro Valdeci,
>
> Se você acredita que a frase é de Einstein, então é muito fácil: Prove!
Mas
> não se esqueça de citar o livro onde a frase aparece.
>
> Agora, se você tem alguma dúvida que é fácil propagar besteiras pela
> internet, dê uma olhada em www.tramo.com.br/einstein.html ...
>
> É farinha bastante para você ??
>
> [ ]s
>
>
> Alvaro Augusto
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 23:46
> Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
>
>
> > Sem tem alguém querendo jogar farinha no ventilador, e esse Alvaro
> Augusto é
> > um deles.
> >
> > Valdeci.
> > ----- Original Message -----
> > From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
> > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Sent: Saturday, December 21, 2002 8:29 PM
> > Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> >
> >
> > > Ainda não estou convencido. É fácil publicar um website e colocar lá
> todas
> > > as tolices atribuídas a quem quer que seja, junto com algumas frases
> > > verdadeiras. Curiosamente, nenhuma das frases apresenta referências, e
> > essa
> > > frase da bola é "auto-ajuda" demais para ter saído de Einstein.
> > >
> > > Se você tiver a referência é outra coisa, mas um website não prova
> nada...
> > >
> > > [ ]s
> > >
> > >
> > > Alvaro Augusto
> > >
> > >
> > > -----Mensagem Original-----
> > > De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
> > > Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > > Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 22:04
> > > Assunto: [ciencialist] Einstein na parede...
> > >
> > >
> > > Tem mais aqui:
> > >
> > > http://www.fisica.net/einsteinjr/pensamentos.html
> > >
> > > Bisous, Lígia
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
> > > ##### ##### #####
> > > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > > Para sair da lista envie um mail para
> > > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> > >
> > > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> > http://br.yahoo.com/info/utos.html
> > >
> > >
> > >
> >
> >
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> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
> >
> >
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
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>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Hacker Alvaro...
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 00:44

Não se preocupe. Formatar HDs remotamente é coisa fácil de fazer, mas o meu
provedor me cortaria o acesso e isso eu não posso deixar acontecer :o))

[ ]s


Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 01:42
Assunto: Re: [ciencialist] Hacker Alvaro...


> Ok! Lígia:
>
> Sei que ele não tem o coração tão má assim, ele é super gente fina!
>
> Valdeci
> ----- Original Message -----
> From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Saturday, December 21, 2002 10:24 PM
> Subject: [ciencialist] Hacker Alvaro...
>
>
> Nossa!
>
> Não fique assim não. O rapaz não está com más intenções. Ele só
> queria brincar um pouco. De mais a mais, faz tempo que você não se
> manifesta.
>
> OK, dou a mão à palmatória: depois de folhear dezenas de sites com
> citações de Einstein em inglês e alemão, nenhuma delas apontava a tal
> frase da bola. Portanto: ou os sites em inglês e alemão não
> conhecem tal pensamento de Einstein, ou os sites brasileiros (e
> Almanaque Abril/98) publicaram algo que não é de Einstein e você
> ganhou!
>
> Beijos, Lígia
>
> *******************************




SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 00:45

Este site, amigo Alvaro; é para os pessimistas.

Valdeci

----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, December 21, 2002 9:18 PM
Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...


> Caro Valdeci,
>
> Se você acredita que a frase é de Einstein, então é muito fácil: Prove!
Mas
> não se esqueça de citar o livro onde a frase aparece.
>
> Agora, se você tem alguma dúvida que é fácil propagar besteiras pela
> internet, dê uma olhada em www.tramo.com.br/einstein.html ...
>
> É farinha bastante para você ??
>
> [ ]s
>
>
> Alvaro Augusto
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 23:46
> Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
>
>
> > Sem tem alguém querendo jogar farinha no ventilador, e esse Alvaro
> Augusto é
> > um deles.
> >
> > Valdeci.
> > ----- Original Message -----
> > From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
> > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Sent: Saturday, December 21, 2002 8:29 PM
> > Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> >
> >
> > > Ainda não estou convencido. É fácil publicar um website e colocar lá
> todas
> > > as tolices atribuídas a quem quer que seja, junto com algumas frases
> > > verdadeiras. Curiosamente, nenhuma das frases apresenta referências, e
> > essa
> > > frase da bola é "auto-ajuda" demais para ter saído de Einstein.
> > >
> > > Se você tiver a referência é outra coisa, mas um website não prova
> nada...
> > >
> > > [ ]s
> > >
> > >
> > > Alvaro Augusto
> > >
> > >
> > > -----Mensagem Original-----
> > > De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
> > > Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > > Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 22:04
> > > Assunto: [ciencialist] Einstein na parede...
> > >
> > >
> > > Tem mais aqui:
> > >
> > > http://www.fisica.net/einsteinjr/pensamentos.html
> > >
> > > Bisous, Lígia
> > >
> > >
> > >
> > >
> > >
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> > > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > > Para sair da lista envie um mail para
> > > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> > >
> > > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> > http://br.yahoo.com/info/utos.html
> > >
> > >
> > >
> >
> >
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> > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
> >
> >
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
FROM: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 00:58

Ok! Amiga Lígia, ele é um cara legal, também estou sentindo me bem com ele,
é só questão de paciência.

Valdeci

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, December 21, 2002 9:31 PM
Subject: [ciencialist] Re: Einstein na parede...


Olá Valdeci!

Respondo com uma frase de Einstein:

"Only two things are infinite, the universe and human stupidity, and
I'm not sure about the former".

Até que o Álvaro não está tão mal assim... estamos no mesmo
barco. :)

Beijos, Lígia

************************************

--- Em ciencialist@y..., "jsmartins" <jsmartins@t...> escreveu
> Esse Álvaro Ligia! poderia ser mais Inteligente, não achas?
>
> Valdeci
> ----- Original Message -----
> From: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> To: <ciencialist@y...>
> Sent: Saturday, December 21, 2002 9:01 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
>
>
> Anime-se Álvaro,
>
> As frases/pensamentos de Einstein podem ser colhidas na íntegra no
> Almanaque abril 1998, Editora Abril S.A.
>
> OBS: Deus não é tão injusto, afinal podia ser no Almanaque
> Fontoura... :)
>
> Bisous, Lígia
>
> *********************************8
> --- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> <alvaro@l...> escreveu
> > Ainda não estou convencido. É fácil publicar um website e colocar
> lá todas
> > as tolices atribuídas a quem quer que seja, junto com algumas
frases
> > verdadeiras. Curiosamente, nenhuma das frases apresenta
> referências, e essa
> > frase da bola é "auto-ajuda" demais para ter saído de Einstein.
> >
> > Se você tiver a referência é outra coisa, mas um website não prova
> nada...
> >
> > [ ]s
> >
> >
> > Alvaro Augusto
> >
> >
> > -----Mensagem Original-----
> > De: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> > Para: <ciencialist@y...>
> > Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 22:04
> > Assunto: [ciencialist] Einstein na parede...
> >
> >
> > Tem mais aqui:
> >
> > http://www.fisica.net/einsteinjr/pensamentos.html
> >
> > Bisous, Lígia
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@y...
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html


##### ##### #####
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
##### ##### ##### ##### #####

Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html






SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 01:06

Apesar que sua mensagem foi enviada meia confusa, mas de maneira nenhuma meu
IRMÃO disse que você não é inteligente, está ocorrendo algum equivoco. Alías
respeito a capacidade de qualquer Ser Humano, porque DEUS nos deu esta
grande capacidade que é a inteligência, desculpe o mal entendido e estou a
sua inteira disposição.

Um grande abraço.

T.'.F.'.A.'.

Valdeci.
----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, December 21, 2002 9:50 PM
Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...


> Me diga uma coisa: você não nada o que dizer, não é? Até onde percebi, a
> sua mensagem me ofendendo foi apenas a sua segunda mensagem desde junho de
> 2002. E a primeira foi um pedido por uma biografia de Nilo Peçanha. E daí
> você tem a cara-de-pau de dizer que EU não sou inteligente!! Você acaso me
> conhece?? A propósito, de onde você tirou a fantástica conclusão sobre a
> minha inteligência?
>
> [ ]s
>
>
> Eng. Alvaro Augusto de Almeida
> Website: http://www.lunabay.com.br
> E-mail: alvaro@lunabay.com.br
> Pinhais - PR - Brasil
>
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 00:45
> Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
>
>
> > Este site, amigo Alvaro; é para os pessimistas.
> >
> > Valdeci
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
> > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Sent: Saturday, December 21, 2002 9:18 PM
> > Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> >
> >
> > > Caro Valdeci,
> > >
> > > Se você acredita que a frase é de Einstein, então é muito fácil:
Prove!
> > Mas
> > > não se esqueça de citar o livro onde a frase aparece.
> > >
> > > Agora, se você tem alguma dúvida que é fácil propagar besteiras pela
> > > internet, dê uma olhada em www.tramo.com.br/einstein.html ...
> > >
> > > É farinha bastante para você ??
> > >
> > > [ ]s
> > >
> > >
> > > Alvaro Augusto
> > >
> > >
> > > -----Mensagem Original-----
> > > De: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
> > > Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > > Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 23:46
> > > Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> > >
> > >
> > > > Sem tem alguém querendo jogar farinha no ventilador, e esse Alvaro
> > > Augusto é
> > > > um deles.
> > > >
> > > > Valdeci.
> > > > ----- Original Message -----
> > > > From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
> > > > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > > > Sent: Saturday, December 21, 2002 8:29 PM
> > > > Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> > > >
> > > >
> > > > > Ainda não estou convencido. É fácil publicar um website e colocar
> lá
> > > todas
> > > > > as tolices atribuídas a quem quer que seja, junto com algumas
> frases
> > > > > verdadeiras. Curiosamente, nenhuma das frases apresenta
> referências, e
> > > > essa
> > > > > frase da bola é "auto-ajuda" demais para ter saído de Einstein.
> > > > >
> > > > > Se você tiver a referência é outra coisa, mas um website não prova
> > > nada...
> > > > >
> > > > > [ ]s
> > > > >
> > > > >
> > > > > Alvaro Augusto
> > > > >
> > > > >
> > > > > -----Mensagem Original-----
> > > > > De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
> > > > > Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > > > > Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 22:04
> > > > > Assunto: [ciencialist] Einstein na parede...
> > > > >
> > > > >
> > > > > Tem mais aqui:
> > > > >
> > > > > http://www.fisica.net/einsteinjr/pensamentos.html
> > > > >
> > > > > Bisous, Lígia
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > > > ##### ##### #####
> > > > > VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> > > > > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > > > > Para sair da lista envie um mail para
> > > > > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> > > > >
> > > > > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> > > > http://br.yahoo.com/info/utos.html
> > > > >
> > > > >
> > > > >
> > > >
> > > >
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> > > > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > > > Para sair da lista envie um mail para
> > > > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> > > > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> > > http://br.yahoo.com/info/utos.html
> > > >
> > > >
> > >
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> > > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> > http://br.yahoo.com/info/utos.html
> > >
> > >
> > >
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> > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
> >
> >
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
FROM: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 01:11

Estamos em época de Natal, de Festas, apesar que este natal, foi criado pelo
homem, melhor pelos comerciantes, não era prá ser em Dezembro e sim em
Fevereiro, mas tudo bem! Vamos acabar com a polêmica e vamos continuar em
PAZ, AMOR. e HARMONIA.

Beijos pra Lígia e
Abraços pro Alváro.
----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, December 21, 2002 9:59 PM
Subject: [ciencialist] Re: Einstein na parede...


Ora...

Eu até me coloquei no mesmo "barco" só para você não se sentir
ofendido, poxa!

De mais a mais, a decadência da Ciencialist não é mérito meu. E não
tenho visto tanta estupidez postada por aqui ultimamente, com exceção
de algumas mensagens... E vivas! Você até concorda com o Alberto!

Beijos, Lígia

*******************************

--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Realmente não sei porque tanta agressividade... Parece que a
estupidez
> humana não tem limites mesmo...
>
> Numa coisa o Mesquita tem razão: a Ciencialist se encontra em franca
> decadência!
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> Para: <ciencialist@y...>
> Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 23:31
> Assunto: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
>
>
> Olá Valdeci!
>
> Respondo com uma frase de Einstein:
>
> "Only two things are infinite, the universe and human stupidity, and
> I'm not sure about the former".
>
> Até que o Álvaro não está tão mal assim... estamos no mesmo
> barco. :)
>
> Beijos, Lígia
>
> ************************************
>
> --- Em ciencialist@y..., "jsmartins" <jsmartins@t...> escreveu
> > Esse Álvaro Ligia! poderia ser mais Inteligente, não achas?
> >
> > Valdeci
> > ----- Original Message -----
> > From: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> > To: <ciencialist@y...>
> > Sent: Saturday, December 21, 2002 9:01 PM
> > Subject: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
> >
> >
> > Anime-se Álvaro,
> >
> > As frases/pensamentos de Einstein podem ser colhidas na íntegra no
> > Almanaque abril 1998, Editora Abril S.A.
> >
> > OBS: Deus não é tão injusto, afinal podia ser no Almanaque
> > Fontoura... :)
> >
> > Bisous, Lígia
> >
> > *********************************8
> > --- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
> > <alvaro@l...> escreveu
> > > Ainda não estou convencido. É fácil publicar um website e
colocar
> > lá todas
> > > as tolices atribuídas a quem quer que seja, junto com algumas
> frases
> > > verdadeiras. Curiosamente, nenhuma das frases apresenta
> > referências, e essa
> > > frase da bola é "auto-ajuda" demais para ter saído de Einstein.
> > >
> > > Se você tiver a referência é outra coisa, mas um website não
prova
> > nada...
> > >
> > > [ ]s
> > >
> > >
> > > Alvaro Augusto
> > >
> > >
> > > -----Mensagem Original-----
> > > De: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> > > Para: <ciencialist@y...>
> > > Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 22:04
> > > Assunto: [ciencialist] Einstein na parede...
> > >
> > >
> > > Tem mais aqui:
> > >
> > > http://www.fisica.net/einsteinjr/pensamentos.html
> > >
> > > Bisous, Lígia


##### ##### #####
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 01:29

Meu Irmão, colega, amigo, como queiras, sei que vc sendo uma pessoa
inteligente e de uma capacidade incrivel, você não tem esta capacidade de me
pejudicar, aliás eu não sou crente e nem tem uma religião definida.

T.'.F.'.A.'.

Valdeci
----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, December 21, 2002 10:14 PM
Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...


> "Irmão"?? "Deus"?? E eu aqui perdendo meu tempo discutindo com um crente?
>
> Podia ter avisado antes, né?
>
> Eu todo caso, sugiro mais cuidado com o que você escreve. Sorte sua eu não
> ser advogado, pois isso poderia render um processo bem interessante... Ou
> pior, eu poderia ser um hacker e invadir sua caixa postal com uma java
bomb
> e um worm no meio...
>
> ...ou quem sabe eu seja um hacker...
>
> [ ]s
>
>
> Alvaro
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 01:06
> Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
>
>
> > Apesar que sua mensagem foi enviada meia confusa, mas de maneira nenhuma
> meu
> > IRMÃO disse que você não é inteligente, está ocorrendo algum equivoco.
> Alías
> > respeito a capacidade de qualquer Ser Humano, porque DEUS nos deu esta
> > grande capacidade que é a inteligência, desculpe o mal entendido e estou
> a
> > sua inteira disposição.
> >
> > Um grande abraço.
> >
> > T.'.F.'.A.'.
> >
> > Valdeci.
> > ----- Original Message -----
> > From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
> > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Sent: Saturday, December 21, 2002 9:50 PM
> > Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> >
> >
> > > Me diga uma coisa: você não nada o que dizer, não é? Até onde percebi,
> a
> > > sua mensagem me ofendendo foi apenas a sua segunda mensagem desde
junho
> de
> > > 2002. E a primeira foi um pedido por uma biografia de Nilo Peçanha. E
> daí
> > > você tem a cara-de-pau de dizer que EU não sou inteligente!! Você
acaso
> me
> > > conhece?? A propósito, de onde você tirou a fantástica conclusão sobre
> a
> > > minha inteligência?
> > >
> > > [ ]s
> > >
> > >
> > > Eng. Alvaro Augusto de Almeida
> > > Website: http://www.lunabay.com.br
> > > E-mail: alvaro@lunabay.com.br
> > > Pinhais - PR - Brasil
> > >
> > >
> > >
> > > -----Mensagem Original-----
> > > De: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
> > > Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > > Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 00:45
> > > Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> > >
> > >
> > > > Este site, amigo Alvaro; é para os pessimistas.
> > > >
> > > > Valdeci
> > > >
> > > > ----- Original Message -----
> > > > From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
> > > > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > > > Sent: Saturday, December 21, 2002 9:18 PM
> > > > Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> > > >
> > > >
> > > > > Caro Valdeci,
> > > > >
> > > > > Se você acredita que a frase é de Einstein, então é muito fácil:
> > Prove!
> > > > Mas
> > > > > não se esqueça de citar o livro onde a frase aparece.
> > > > >
> > > > > Agora, se você tem alguma dúvida que é fácil propagar besteiras
> pela
> > > > > internet, dê uma olhada em www.tramo.com.br/einstein.html ...
> > > > >
> > > > > É farinha bastante para você ??
> > > > >
> > > > > [ ]s
> > > > >
> > > > >
> > > > > Alvaro Augusto
> > > > >
> > > > >
> > > > > -----Mensagem Original-----
> > > > > De: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
> > > > > Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > > > > Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 23:46
> > > > > Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> > > > >
> > > > >
> > > > > > Sem tem alguém querendo jogar farinha no ventilador, e esse
> Alvaro
> > > > > Augusto é
> > > > > > um deles.
> > > > > >
> > > > > > Valdeci.
>
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
FROM: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 01:36

Não meu Amigo em um Livro Intitulado, A Vida Mística de Jesus.

Valdeci

----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, December 21, 2002 10:20 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Einstein na parede...


> Quem criou a polêmica foi você! Foi você que disse que "esse" Alvaro
queria
> jogar "farinha" no ventilador. E tudo isso só porque eu pedi referências
> exatas sobre a tal frase atribuída a Einstein...
>
> E cada e-mail seu que chega é mais cômico que o anterior. Esse do natal
ser
> em fevereiro é fantástico! Centenas de historiadores se matam de trabalhar
> para tentar achar a data real do nascimento de Jesus de Nazaré (se é que
> ele existiu) e você é o único que sabe!! Onde você leu isso? No Almanaque
> Sadol?
>
> [ ]s
>
>
> Alvaro Augusto
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 01:11
> Assunto: Re: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
>
>
> > Estamos em época de Natal, de Festas, apesar que este natal, foi criado
> pelo
> > homem, melhor pelos comerciantes, não era prá ser em Dezembro e sim em
> > Fevereiro, mas tudo bem! Vamos acabar com a polêmica e vamos continuar
em
> > PAZ, AMOR. e HARMONIA.
> >
> > Beijos pra Lígia e
> > Abraços pro Alváro.
> > ----- Original Message -----
> > From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
> > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Sent: Saturday, December 21, 2002 9:59 PM
> > Subject: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
> >
> >
> > Ora...
> >
> > Eu até me coloquei no mesmo "barco" só para você não se sentir
> > ofendido, poxa!
> >
> > De mais a mais, a decadência da Ciencialist não é mérito meu. E não
> > tenho visto tanta estupidez postada por aqui ultimamente, com exceção
> > de algumas mensagens... E vivas! Você até concorda com o Alberto!
> >
> > Beijos, Lígia
> >
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Hacker Alvaro...
FROM: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 01:42

Ok! Lígia:

Sei que ele não tem o coração tão má assim, ele é super gente fina!

Valdeci
----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, December 21, 2002 10:24 PM
Subject: [ciencialist] Hacker Alvaro...


Nossa!

Não fique assim não. O rapaz não está com más intenções. Ele só
queria brincar um pouco. De mais a mais, faz tempo que você não se
manifesta.

OK, dou a mão à palmatória: depois de folhear dezenas de sites com
citações de Einstein em inglês e alemão, nenhuma delas apontava a tal
frase da bola. Portanto: ou os sites em inglês e alemão não
conhecem tal pensamento de Einstein, ou os sites brasileiros (e
Almanaque Abril/98) publicaram algo que não é de Einstein e você
ganhou!

Beijos, Lígia

*******************************


--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> "Irmão"?? "Deus"?? E eu aqui perdendo meu tempo discutindo com um
crente?
>
> Podia ter avisado antes, né?
>
> Eu todo caso, sugiro mais cuidado com o que você escreve. Sorte sua
eu não
> ser advogado, pois isso poderia render um processo bem
interessante... Ou
> pior, eu poderia ser um hacker e invadir sua caixa postal com uma
java bomb
> e um worm no meio...
>
> ...ou quem sabe eu seja um hacker...
>
> [ ]s
>
>
> Alvaro
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "jsmartins" <jsmartins@t...>
> Para: <ciencialist@y...>
> Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 01:06
> Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
>
>
> > Apesar que sua mensagem foi enviada meia confusa, mas de maneira
nenhuma
> meu
> > IRMÃO disse que você não é inteligente, está ocorrendo algum
equivoco.
> Alías
> > respeito a capacidade de qualquer Ser Humano, porque DEUS nos deu
esta
> > grande capacidade que é a inteligência, desculpe o mal entendido
e estou
> a
> > sua inteira disposição.
> >
> > Um grande abraço.
> >
> > T.'.F.'.A.'.
> >
> > Valdeci.
> > ----- Original Message -----
> > From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@l...>
> > To: <ciencialist@y...>
> > Sent: Saturday, December 21, 2002 9:50 PM
> > Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> >
> >
> > > Me diga uma coisa: você não nada o que dizer, não é? Até onde
percebi,
> a
> > > sua mensagem me ofendendo foi apenas a sua segunda mensagem
desde junho
> de
> > > 2002. E a primeira foi um pedido por uma biografia de Nilo
Peçanha. E
> daí
> > > você tem a cara-de-pau de dizer que EU não sou inteligente!!
Você acaso
> me
> > > conhece?? A propósito, de onde você tirou a fantástica
conclusão sobre
> a
> > > minha inteligência?
> > >
> > > [ ]s
> > >
> > >
> > > Eng. Alvaro Augusto de Almeida
> > > Website: http://www.lunabay.com.br
> > > E-mail: alvaro@l...
> > > Pinhais - PR - Brasil
> > >
> > >
> > >
> > > -----Mensagem Original-----
> > > De: "jsmartins" <jsmartins@t...>
> > > Para: <ciencialist@y...>
> > > Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 00:45
> > > Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> > >
> > >
> > > > Este site, amigo Alvaro; é para os pessimistas.
> > > >
> > > > Valdeci
> > > >
> > > > ----- Original Message -----
> > > > From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@l...>
> > > > To: <ciencialist@y...>
> > > > Sent: Saturday, December 21, 2002 9:18 PM
> > > > Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> > > >
> > > >
> > > > > Caro Valdeci,
> > > > >
> > > > > Se você acredita que a frase é de Einstein, então é muito
fácil:
> > Prove!
> > > > Mas
> > > > > não se esqueça de citar o livro onde a frase aparece.
> > > > >
> > > > > Agora, se você tem alguma dúvida que é fácil propagar
besteiras
> pela
> > > > > internet, dê uma olhada em
www.tramo.com.br/einstein.html ...
> > > > >
> > > > > É farinha bastante para você ??
> > > > >
> > > > > [ ]s
> > > > >
> > > > >
> > > > > Alvaro Augusto
> > > > >
> > > > >
> > > > > -----Mensagem Original-----
> > > > > De: "jsmartins" <jsmartins@t...>
> > > > > Para: <ciencialist@y...>
> > > > > Enviada em: Sábado, 21 de Dezembro de 2002 23:46
> > > > > Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
> > > > >
> > > > >
> > > > > > Sem tem alguém querendo jogar farinha no ventilador, e
esse
> Alvaro
> > > > > Augusto é
> > > > > > um deles.
> > > > > >
> > > > > > Valdeci.


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 02:10

----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
Sent: Saturday, December 21, 2002 10:43 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Einstein na parede...

> Numa coisa o Mesquita tem razão: a Ciencialist se encontra em franca
> decadência!

Pô, justo agora que eu ia dizer que ela está melhorando? ;-))

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: academia
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/12/2002 02:20

Uns repetem Einstein...
outros repetem Paulo Coelho...

cacilda...
vocês vão insistir nesse negócio de que a frase muda em função de quem falou?

To ficando assustado.

L.E.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
FROM: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 02:21

Ok Obrigado pela Orientação!

Valdeci
----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, December 21, 2002 10:37 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Einstein na parede...


> Bem, agora começo a entender: você é crédulo demais. O problema é que não
> há evidência histórica ou arqueológica alguma a respeito do nascimento de
> Jesus. Leia a última Superinteressante, que faz um apanhado
> supreendentemente bom da questão (apesar de algumas analogias
> impróprias...)
>
> [ ]s
>
>
> Alvaro Augusto
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 01:36
> Assunto: Re: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
>
>
> > Não meu Amigo em um Livro Intitulado, A Vida Mística de Jesus.
> >
> > Valdeci
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
> > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Sent: Saturday, December 21, 2002 10:20 PM
> > Subject: Re: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
> >
> >
> > > Quem criou a polêmica foi você! Foi você que disse que "esse" Alvaro
> > queria
> > > jogar "farinha" no ventilador. E tudo isso só porque eu pedi
> referências
> > > exatas sobre a tal frase atribuída a Einstein...
> > >
> > > E cada e-mail seu que chega é mais cômico que o anterior. Esse do
natal
> > ser
> > > em fevereiro é fantástico! Centenas de historiadores se matam de
> trabalhar
> > > para tentar achar a data real do nascimento de Jesus de Nazaré (se é
> que
> > > ele existiu) e você é o único que sabe!! Onde você leu isso? No
> Almanaque
> > > Sadol?
> > >
> > > [ ]s
> > >
> > >
> > > Alvaro Augusto
> > >
> > >
> > > -----Mensagem Original-----
> > > De: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
> > > Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > > Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 01:11
> > > Assunto: Re: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
> > >
> > >
> > > > Estamos em época de Natal, de Festas, apesar que este natal, foi
> criado
> > > pelo
> > > > homem, melhor pelos comerciantes, não era prá ser em Dezembro e sim
> em
> > > > Fevereiro, mas tudo bem! Vamos acabar com a polêmica e vamos
> continuar
> > em
> > > > PAZ, AMOR. e HARMONIA.
> > > >
> > > > Beijos pra Lígia e
> > > > Abraços pro Alváro.
> > > > ----- Original Message -----
> > > > From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
> > > > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > > > Sent: Saturday, December 21, 2002 9:59 PM
> > > > Subject: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
> > > >
> > > >
> > > > Ora...
> > > >
> > > > Eu até me coloquei no mesmo "barco" só para você não se sentir
> > > > ofendido, poxa!
> > > >
> > > > De mais a mais, a decadência da Ciencialist não é mérito meu. E não
> > > > tenho visto tanta estupidez postada por aqui ultimamente, com
exceção
> > > > de algumas mensagens... E vivas! Você até concorda com o Alberto!
> > > >
> > > > Beijos, Lígia
> > > >
>
>
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SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM(ERRATA)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/12/2002 02:30

Oi Ronaldo,

Uma correção do meu texto anterior. Onde se lê:

<<E caso existam, segundo Richard Dawkins "na realidade, os genes
`determinam' o comportamento num sentido apenas estatístico."
(...) "Não existe nenhuma razão que impeça que a influência de um
gene não possa ser facilmente revertida facilmente por outras
influências." (O Gene Egoísta; Gradiva; p. 364), de sorte que
indivíduos portadores de um suposto gene (ou conjunto de genes) da
homossexualidade não possam levar uma vida heterossexual mais ou
menos feliz ou infeliz...>>

Leia-se: "E caso existam, segundo Richard Dawkins "na realidade, os
genes `determinam' o comportamento num sentido apenas estatístico."
(...) "Não existe nenhuma razão que impeça que a influência de um
gene não possa ser revertida facilmente por outras influências." (O
Gene Egoísta; Gradiva; p. 364), de sorte que NADA IMPEDE que
indivíduos portadores de um suposto gene (ou conjunto de genes) da
homossexualidade possam, ocasionalmente, levar uma vida heterossexual
mais ou menos feliz ou infeliz..."

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] tu quer falacia, né?
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/12/2002 03:12

At 11:53 21/12/02 , you wrote:
>Existe muita bobagem por aí atribuída a Einstein. Aposto 10 contar 1 que
>essa não é dele.
>
>[ ]s


E SE FOR DELE?
ELE NAO PODE FALAR BOBAGEM?

AGORA... UMA BOBAGEM... EU IMAGINO QUE EINSTEIN NUNCA FALOU...
ESSA AÍ MESMO... DE FICAR FALANDO FRASES QUE SAO DE X OU DE Y...
E QUE SAO MAIS INTELIGENTES... QUANTO MAIS INTELIGENTE FOR X OU Y.

RIDICULO.

TEM NEGUINHO AÍ QUE VAI ACABAR NO SHOW DO MILHÃO...

L.E.


SUBJECT: Re: Sheldrake e os cupins
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/12/2002 03:33

Olá.

> Muitos da lista são íntimos de Sheldrake, e a opinião deles não é
tão favorável assim... "Charlatão" é o elogio mais ameno que eu já
ouvi sobre esse cara.

Por que o pessoal aqui tem essa opinião? Existe alguma evidência que
desqualifique o trabalho de Sheldrake?

> Quanto a ter repercussão, bem isso Lair Ribeiro, Roberto
Shiniashiki, Deepak Chopra e outros tantos também conseguem.

O que eu quis dizer é que, apesar dele ser razoavelemente
reconhecido, suas idéias não tem muito impacto, dada a importância do
assunto em questão.

> Quanto ao experimento, não dá para fazer com formigas? Eles não tem
formigas lá também?

Ele sugere isso, embora me pareça mais difícil. Com cupim parece
relativamente fácil realizar um primeiro experimento. É só arrancar
um pedaço do cupinzeiro. De acordo com o cara que fez o experimento,
os cupins começam a reconstruir as paredes de todos os lados ao mesmo
tempo. Eles vão construindo até finalmente se encontrarem no meio.
Como eles podem fazer isto?

Ninguém sabe de um cupinzeiro para fazer este experimento? Será que
os cupins voam em cima da pessoa? Seria desagradável.




SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/12/2002 03:57

Oi João Carvalho,

João: Macho que é macho não gosta de mulher. Quem gosta de mulher é o
homem mole, bonito e sensível, que sabe seduzir a mulher e percebe o
prazer feminino.

Manuel: E eles sabem seduzir o mulherio e perceber o prazer feminino
não porque aprenderam através da experiência, mas por pura
intuição 'feminina', isto é, eles escutam os conselhos dados por
sua 'porção' mulher, porção esta que, um dia (se o Gilberto Gil
estiver certo), poderá, quiçá, lhes restituir a glória! :-)

E por falar em porção mulher, um amigo meu (casado, atualmente com
duas amantes [ambas horrorosas!], pai de quatro filhos, fã do
Reginaldo Rossi, 1,85 de altura e mais cabeludo que o King Kong)
está, na maior ansiedade, contando os dias que restam para o carnaval
de 2003. Diz ele que vai se fantasiar de Kelly Key e que vai se
apresentar, nas ruas de Aracati, apenas com uma peruca semi-loira,
uma tanga roxa bem pequenininha e uma faixa cor-de-rosa com a frase,
em letras douradas: "Baba, cachorrão!". Bem, não sei se, na hora, ele
vai ter coragem, embora, cachaceiro que é, não vai lhe faltar
estímulos neuroquímicos. Só quero ver a cena ridícula. :-)

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sheldrake e os cupins
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 04:54

----- Original Message -----
From: "Joao de Carvalho"
Sent: Sunday, December 22, 2002 2:33 AM
Subject: [ciencialist] Re: Sheldrake e os cupins

> > Muitos da lista são íntimos de Sheldrake, e a opinião deles não é
> > tão favorável assim... "Charlatão" é o elogio mais ameno que eu já
> > ouvi sobre esse cara.

> Por que o pessoal aqui tem essa opinião?

Acho que aprenderam na escola. É bom que se diga que nem todos aqui são
assim, e quero crer que isso não reflita a opinião da maioria. Para essa
minoria, a meu ver intolerante, quem tem idéias originais é charlatão até
que prove o contrário. Chamam a isso de ceticismo científico, e eu não digo
nada além do que já disse sob pena de ser taxado de agressivo, anti-ético,
deselegante ou imaturo, apenas para citar os adjetivos mais amenos que já me
foram imputados.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/12/2002 07:04

Oi Ronaldo,

Ronaldo: De qualquer forma, seria interessante estudarmos exemplos de
outras culturas. Já li alguma coisa sobre a civilização greco-romana,
mas era coisa do Luís Mott. E, pelo que eu percebi, ele exagera um
pouco quando se trata de enxergar homossexualidade em praticamente
tudo.

Manuel: E quem é totalmente imparcial e objetivo, Ronaldo? O Luís
Mott não é totalmente imparcial devido à sua condição de homossexual.
Por razões subjetivas, ele vê aspectos que nós não vemos; mas, por
outro lado, tem ele uma visão nublada de aspectos que nós, por não
sermos homossexuais, vemos com a maior clareza.

Do mesmo modo, a minha defesa apaixonada da psicanálise freudiana me
impede de ser, quanto a essa questão, totalmente imparcial, admito.
Todavia, se insisto em provar para os céticos que Freud está certo
quanto a esse assunto, uma das razões dessa insistência é que não
estou absolutamente seguro disso. Vale dizer, não quero apenas provar
pra vocês: quero também provar para mim mesmo.

Tenho certeza de que você, Ronaldo, também não se julga totalmente
objetivo e imparcial em suas interpretações dos fatos observados e
dos resultados das experiências; que, como eu, puxa um pouquinho a
brasa para junto da sua sardinha (sem a consciência dessa fraqueza,
puxaria muito mais). Você é um dos quadros do movimento cético-
científico no Brasil, e, segundo o Dicionário Cético, a psicanálise é
uma pseudociência - e as pseudociências, doutrinas a serem
combatidas -. Haveria, portanto, uma tendência irrefletida e
automática para contestar qualquer argumento em prol da psicanálise.
Não concorda?:-)

O Takata, por exemplo (adoro provocar o Takata :-)), contestou-me
quando eu disse que nós, humanos, teríamos uma cultura, ao passo que
os chimpanzés nada mais têm que uma proto-cultura. Segundo ele,
homens e chimpanzés são animais 'culturais' na mesma medida. Em outra
ocasião, ele sustentou que não há diferença de qualidade, mas apenas
de grau, entre os chimpanzés e os humanos; que ambas as espécies
poderiam ser classificadas como 'Homo', embora ele, o Takata,
continuasse preferindo a Camila Pitanga à Chita. Desconfio que não se
trata de mera questão de gosto, mas de preconceito racial puro e
simples!

Essa apologia takatiana da indiferença entre humanos e chimpanzés
(comuns e pigmeus) detém-se, no entanto, diante da questão da
sexualidade. Quando a sexualidade passa a ser o tema, de repente lhe
vêm à luz mil e uma dúvidas, objeções altamente razoáveis e
questionamentos extremamente pertinentes (segundo ele). Não seria
essa atitude uma manifestação de desconforto de um ceticista-
científico militante - com certeza, um dos melhores - diante de dados
empíricos que corroboram uma das teorias que sustentam a psicanálise,
essa réles pseudociência, segundo os céticos? :-)

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sheldrake e os cupins
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 09:25

Só não se esqueça que um desses que tem essa opinião sobre Sheldrake é
justamente um dos que você chama de "gigante da Ciencialist"....

[ ]s


Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Pinhais - PR - Brasil



-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 04:54
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Sheldrake e os cupins


> ----- Original Message -----
> From: "Joao de Carvalho"
> Sent: Sunday, December 22, 2002 2:33 AM
> Subject: [ciencialist] Re: Sheldrake e os cupins
>
> > > Muitos da lista são íntimos de Sheldrake, e a opinião deles não é
> > > tão favorável assim... "Charlatão" é o elogio mais ameno que eu já
> > > ouvi sobre esse cara.
>
> > Por que o pessoal aqui tem essa opinião?
>
> Acho que aprenderam na escola. É bom que se diga que nem todos aqui são
> assim, e quero crer que isso não reflita a opinião da maioria. Para essa
> minoria, a meu ver intolerante, quem tem idéias originais é charlatão até
> que prove o contrário. Chamam a isso de ceticismo científico, e eu não
digo
> nada além do que já disse sob pena de ser taxado de agressivo,
anti-ético,
> deselegante ou imaturo, apenas para citar os adjetivos mais amenos que já
me
> foram imputados.
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
> Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é
uma
> carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] tu quer falacia, né?
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 09:30

Até o momento ninguém conseguiu provar que a frase é dele. Essa frase do X
e do Y eu já tinha lido em uma espécie de biografia de Einstein, mas era
uma biografia pouco confiável.

É claro que Einstein pode ter falado bobagens, mas não vamos misturar as
coisas. Tudo que me pediram foi para dizer se eu achava que **uma** frase
em particular era de Einstein ou não. O tumulto que isso causou é realmente
incrível.

[ ]s


Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 03:12
Assunto: Re: [ciencialist] tu quer falacia, né?


At 11:53 21/12/02 , you wrote:
>Existe muita bobagem por aí atribuída a Einstein. Aposto 10 contar 1 que
>essa não é dele.
>
>[ ]s


E SE FOR DELE?
ELE NAO PODE FALAR BOBAGEM?

AGORA... UMA BOBAGEM... EU IMAGINO QUE EINSTEIN NUNCA FALOU...
ESSA AÍ MESMO... DE FICAR FALANDO FRASES QUE SAO DE X OU DE Y...
E QUE SAO MAIS INTELIGENTES... QUANTO MAIS INTELIGENTE FOR X OU Y.

RIDICULO.

TEM NEGUINHO AÍ QUE VAI ACABAR NO SHOW DO MILHÃO...

L.E.





SUBJECT: Re: [ciencialist] academia
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 11:01

Caríssimo,

Acho que você não entendeu a minha parte. **Eu** não estou discutindo a
frase e nem mesmo estou interessado nela. Tudo o que eu disse, desde o
começo, é que existe muita coisa por aí falsamente atribuída a Einstein. É
só isso? Got it?


[ ]s


Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Pinhais - PR - Brasil



-----Mensagem Original-----
De: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 02:20
Assunto: [ciencialist] academia


Uns repetem Einstein...
outros repetem Paulo Coelho...

cacilda...
vocês vão insistir nesse negócio de que a frase muda em função de quem
falou?

To ficando assustado.

L.E.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 11:04



|T.'.F.'.A.'.
Apesar que sua mensagem foi enviada meia confusa, mas de maneira nenhuma meu
| IRMÃO disse que você não é inteligente, está ocorrendo algum equivoco. Alías
| respeito a capacidade de qualquer Ser Humano, porque DEUS nos deu esta
| grande capacidade que é a inteligência, desculpe o mal entendido e estou a
| sua inteira disposição.
|
| Um grande abraço.
|

Isso não é verdade, nunca dei essa capacidade ao Ser Humano; quando muito lhes propiciei algum livre arbítrio (ainda assim, limitado a certos parâmetros). Até mesmo a inteligência está subordinada á entropia. Durante o seu uso (a inteligência) é preciso despender um certo trabalho para que ela (a entropia) não supere certos limites e a mantenha (a inteligência) dentro da faixa do 'aproveitável'.
No Ciencialist -- nas trocas de mensagens -- está acontecendo exatamente isso, não está sendo dedicado nenhum trabalho em esmerar o uso da inteligência e, conseqüentemente, a entropia do processo está tomando conta do pedaço.
O último exemplo disso tivemos na proposta do Alberto com o tema "Eletromagnetismo Acústico", essencialmente um tema 'dilatador de idéias' (vestígio do uso do trabalho intelectual para diminuir a entropia que naturalmente avança cérebro adentro). Por ser inusitado (dentro das últimas baboseiras do ciencialist nesse último semestre) foi simplesmente varrido para debaixo do tapete! Por que pensar se é mais fácil varrer? Pensar com coerência, com estrutura, com demonstrações práticas, com representação escrita cuidadosa etc. é o que tem faltado por aqui. É a entropia dominando, é a degeneração do processo que pode ser resumido numa palavra: Ciência.

[]' divinos,
deus

PS: Aos que acreditam que nasci em dezembro, desejo boas festas comemorativas (principalmente junto aos familiares), bons vinhos e comida suficiente (evitem os exageros e as conseqüentes perdas para o tradicional lixo natalino) MAS, na verdade, dentro dessa esdrúxula datação que inventaram -- dia 22 de dezembro de 2002, 11h15min -- nasci em novembro!



SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 12:22

Prezado Deus,

Não foi culpa minha se o assunto foi varrido para baixo do tapete. Por
favor, queime outro infiel! Apesar de que "eletromagnetismo acústico" me
atrairia tanto a atenção quanto "acústica eletromagnética"...

[ ]s


Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Pinhais - PR - Brasil



-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 22 de Dezembro de 2002 11:04
Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...




|T.'.F.'.A.'.
Apesar que sua mensagem foi enviada meia confusa, mas de maneira nenhuma
meu
| IRMÃO disse que você não é inteligente, está ocorrendo algum equivoco.
Alías
| respeito a capacidade de qualquer Ser Humano, porque DEUS nos deu esta
| grande capacidade que é a inteligência, desculpe o mal entendido e estou
a
| sua inteira disposição.
|
| Um grande abraço.
|

Isso não é verdade, nunca dei essa capacidade ao Ser Humano; quando muito
lhes propiciei algum livre arbítrio (ainda assim, limitado a certos
parâmetros). Até mesmo a inteligência está subordinada á entropia. Durante
o seu uso (a inteligência) é preciso despender um certo trabalho para que
ela (a entropia) não supere certos limites e a mantenha (a inteligência)
dentro da faixa do 'aproveitável'.
No Ciencialist -- nas trocas de mensagens -- está acontecendo exatamente
isso, não está sendo dedicado nenhum trabalho em esmerar o uso da
inteligência e, conseqüentemente, a entropia do processo está tomando conta
do pedaço.
O último exemplo disso tivemos na proposta do Alberto com o tema
"Eletromagnetismo Acústico", essencialmente um tema 'dilatador de idéias'
(vestígio do uso do trabalho intelectual para diminuir a entropia que
naturalmente avança cérebro adentro). Por ser inusitado (dentro das últimas
baboseiras do ciencialist nesse último semestre) foi simplesmente varrido
para debaixo do tapete! Por que pensar se é mais fácil varrer? Pensar com
coerência, com estrutura, com demonstrações práticas, com representação
escrita cuidadosa etc. é o que tem faltado por aqui. É a entropia
dominando, é a degeneração do processo que pode ser resumido numa palavra:
Ciência.

[]' divinos,
deus

PS: Aos que acreditam que nasci em dezembro, desejo boas festas
comemorativas (principalmente junto aos familiares), bons vinhos e comida
suficiente (evitem os exageros e as conseqüentes perdas para o tradicional
lixo natalino) MAS, na verdade, dentro dessa esdrúxula datação que
inventaram -- dia 22 de dezembro de 2002, 11h15min -- nasci em novembro!





SUBJECT: Re: [ciencialist] academia
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/12/2002 12:24

At 10:01 22/12/02 , you wrote:
>Caríssimo,
>
>Acho que você não entendeu a minha parte. **Eu** não estou discutindo a
>frase e nem mesmo estou interessado nela. Tudo o que eu disse, desde o
>começo, é que existe muita coisa por aí falsamente atribuída a Einstein. É
>só isso? Got it?
>
>
>[ ]s
>
>
>Alvaro Augusto de Almeida




ACHO QUE VOCE NAO ENTENDEU.
EU NAO DISSE QUE FOI TU QUE DISSE ALGUMA COISA.
Got it?
VOCES É QUE VIVEM DIZENDO QUE O EINSTEIN DISSE OU DEIXOU DE DIZER.
(risos)

L.E.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Equivalencia + Carga
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/12/2002 12:49

Em Sex 20 Dez 2002 19:14, you wrote:
> -----Mensagem Original-----
> De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: sexta-feira, 20 de dezembro de 2002 15:45
> Assunto: Re: [ciencialist] Equivalencia + Carga
>
> On Sat, 14 Dec 2002, Luiz Ferraz Netto wrote:
> > Léo: A questão está no modo como se obtém essa aceleração. Se o copo
> > d'água for acelerado pelo seu fundo através de uma força externa (por
> > exemplo, um foguete), tudo bem, a água fica 'compactada' no fundo do
> > copo, MAS, se a aceleração for obtida pela atração gravitacional de
> > outra enorme massa colocada á frente do copo não haverá qqer
> > 'compactação' e a própria água não exercerá qqer contato com o copo!
> > Não há equivalência entre aceleração gravitacional e aceleração por
> > força externa de interação.
>
> TARCISIO BORGES: Ah! É isso!!! Acho que há um erro de interpretação sua.
> Mas posso estar enganado. Que tal um exemplo mais concreto???
>
> OK. Tenho no espaço sideral uma caçamba de concreto (A).
> Se essa caçamba for acelerada pelo seu fundo, na direção AB, por um
> foguete, o concreto mole transfere forças (inter-ação) de camada para
> camada até compactar-se no fundo da caçamba. Se todavia a caçamba for
> acelerada pela presença de uma enorme massa colocada em B, todas as partes
> do concreto serão igualmente aceleradas e tais partes não agirão sobre as
> demais; tudo se passa como uma queda livre do concreto e caçamba. Os modos
> de acelerar não são equivalentes ... como afirma o princípio da
> equivalência.

Correndo o risco de estar enganado, pois peguei a conversa no meio...

O princípio da euivalência não equipara um corpo acelerado mecanicamente a um
corpo em queda livre, e sim a um corpo em repouso que sofre ação
gravitacional.

A comparação clássica é a de um observador em uma canine fechada. Ele não
pode determinar se esta sobre a superfície da Terra ou em uma cabine com
asceleração g para cima.

Assim a comparação dos blocos de conreto adequada seria a de uma nave indo de
A para B e um corpo sobre o corpo B. Ambos seriam compactados da mesma forma,
devido a força normal com o solo.

Um questionamento que eu já vi do princípio da equivalência é o fato que a
gravidade decresce com o quadrado da distância. Enquanto em uma cabine
acelerada a asceleração é uniforme em toda cabine, em uma canine sobre a
Terra o topo da cabine estaria menos acelerada que o chão. Assim o princípio
da euqivalência é aplicável apenas a pontos materiais. So não sei se tal
redução é algo significante para a teoria da relatividade, nem se tal
argumento possue alguma falha.

[]'s
Aniello




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa e a história se repetirá
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/12/2002 13:09

Em Sab 21 Dez 2002 16:43, you wrote:
> ----- Original Message -----
> From: "Roberto Belisário"
> Sent: Saturday, December 21, 2002 12:37 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa e a história se
> repetirá
>
> > >Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é
> > >uma carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se
> > >repetirá.
> >
> > Que história, Alberto?
>
> História é história, uai. Segundo a bíblia, relacionada à estrutura das
> revoluções científicas, a história, de alguma maneira, quase sempre se
> repete, alternando-se os períodos normais com os períodos revolucionários.



??????????????????????????????????????
Sinceramente, não entendi nada. O que diabos a Bíblia tem haver com
revoluções científicas e as duas com a tese que a história se repete?

Aniello


SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/12/2002 13:24

Em Dom 22 Dez 2002 13:56, you wrote:
> O DEUS QUE ME REFEI FOI:
> Divíno
> Espiritual
> Universal
> Superior
>
> Valdeci Martins
> Campo Grande-MS

Galera, por favor, isto é uma lista sobre ciência, não sobre quem acredita no
que, que é inteligente ou não, quem quer jogar farinha ou não.

Até mesmo a questào o que foi dito por Einstein ou imputado a ele por outros
não deveria gerar tanta celeuma. Se até personagens fictícios ganham frases
que nunca disseram (por exemplo, Conan Doyle nunca fez Sherlock Holmes dizer
"Elementar, meu caro Watson"), por que Einstein não ganharia frases de outros.

Sinceramente esta discussão já encheu.

Aniello


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa e a história se repetirá
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 13:39



??????????????????????????????????????
Sinceramente, não entendi nada. O que diabos a Bíblia tem haver com
revoluções científicas e as duas com a tese que a história se repete?

Aniello

"O que tem sido, isso é o que há de ser; e o que se tem feito, isso se tornará a fazer; nada há que seja novo debaixo do sol." Ecleseastes cap 1 vers 9




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 13:56

O DEUS QUE ME REFEI FOI:
Divíno
Espiritual
Universal
Superior

Valdeci Martins
Campo Grande-MS

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, December 22, 2002 9:04 AM
Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...




|T.'.F.'.A.'.
Apesar que sua mensagem foi enviada meia confusa, mas de maneira nenhuma
meu
| IRMÃO disse que você não é inteligente, está ocorrendo algum equivoco.
Alías
| respeito a capacidade de qualquer Ser Humano, porque DEUS nos deu esta
| grande capacidade que é a inteligência, desculpe o mal entendido e estou a
| sua inteira disposição.
|
| Um grande abraço.
|

Isso não é verdade, nunca dei essa capacidade ao Ser Humano; quando muito
lhes propiciei algum livre arbítrio (ainda assim, limitado a certos
parâmetros). Até mesmo a inteligência está subordinada á entropia. Durante o
seu uso (a inteligência) é preciso despender um certo trabalho para que ela
(a entropia) não supere certos limites e a mantenha (a inteligência) dentro
da faixa do 'aproveitável'.
No Ciencialist -- nas trocas de mensagens -- está acontecendo exatamente
isso, não está sendo dedicado nenhum trabalho em esmerar o uso da
inteligência e, conseqüentemente, a entropia do processo está tomando conta
do pedaço.
O último exemplo disso tivemos na proposta do Alberto com o tema
"Eletromagnetismo Acústico", essencialmente um tema 'dilatador de idéias'
(vestígio do uso do trabalho intelectual para diminuir a entropia que
naturalmente avança cérebro adentro). Por ser inusitado (dentro das últimas
baboseiras do ciencialist nesse último semestre) foi simplesmente varrido
para debaixo do tapete! Por que pensar se é mais fácil varrer? Pensar com
coerência, com estrutura, com demonstrações práticas, com representação
escrita cuidadosa etc. é o que tem faltado por aqui. É a entropia dominando,
é a degeneração do processo que pode ser resumido numa palavra: Ciência.

[]' divinos,
deus

PS: Aos que acreditam que nasci em dezembro, desejo boas festas
comemorativas (principalmente junto aos familiares), bons vinhos e comida
suficiente (evitem os exageros e as conseqüentes perdas para o tradicional
lixo natalino) MAS, na verdade, dentro dessa esdrúxula datação que
inventaram -- dia 22 de dezembro de 2002, 11h15min -- nasci em novembro!


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VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: Re: [ciencialist] academia
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 15:10

Você escreveu "vocês". Como eu estava no meio da discussão, entendo que
"vocês" se refere também a mim. Se você quer dar a entender que "vocês" não
inclui todo mundo, então favor ser mais claro da próxima vez.

E felizmente é relativamente fácil saber o que Einstein disse ou não disse.
Existem livros publicados, sem falar no espólio dele. Os inocentes são
aqueles que acreditam que websites servem de referência para alguma coisa.

[ ]s

Alvaro Augusto


ACHO QUE VOCE NAO ENTENDEU.
EU NAO DISSE QUE FOI TU QUE DISSE ALGUMA COISA.
Got it?
VOCES É QUE VIVEM DIZENDO QUE O EINSTEIN DISSE OU DEIXOU DE DIZER.
(risos)

L.E.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 15:25

Compreensão e Tolerância caro Aniello, isso faz bem a mente e o coração.

Valdeci Martins

----- Original Message -----
From: "Aniello Gr?o" <grecojr@solar.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, December 22, 2002 11:24 AM
Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...


> Em Dom 22 Dez 2002 13:56, you wrote:
> > O DEUS QUE ME REFEI FOI:
> > Divíno
> > Espiritual
> > Universal
> > Superior
> >
> > Valdeci Martins
> > Campo Grande-MS
>
> Galera, por favor, isto é uma lista sobre ciência, não sobre quem acredita
no
> que, que é inteligente ou não, quem quer jogar farinha ou não.
>
> Até mesmo a questào o que foi dito por Einstein ou imputado a ele por
outros
> não deveria gerar tanta celeuma. Se até personagens fictícios ganham
frases
> que nunca disseram (por exemplo, Conan Doyle nunca fez Sherlock Holmes
dizer
> "Elementar, meu caro Watson"), por que Einstein não ganharia frases de
outros.
>
> Sinceramente esta discussão já encheu.
>
> Aniello
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
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>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 15:25

Caro Aniello,

Se você se encheu da discussão, sinceramente, basta deletar os e-mails. Eu
jamais entrei em uma discussão da CienciaList pedindo para que ela fosse
interrompida.

O problema pode parecer pueril à primeria vista, mas não é. Incomoda-me,
por um lado, a maneira pouco rigorosa como muitos parecem encarar
informações publicadas em websites. Como eu mostrei, qualquer um pode
publicar a bobagem que quiser em um website. Por outro lado, atribuir
frases a personagens reais é pouco mais grave do que atribuí-las a
personagens fictícios. Se você acha que não, tente convencer um historiador
disso. Ainda, a frase "elementar, meu caro Watson", embora nunca tenha sido
dita por Sherlock, pode ser abstrarída do pensamento do detetive. Já a
patuscada sobre a bola na parede não se encaixa no pensamento einsteiniano
de forma alguma.

Quem acredita em uma tolice pode acreditar em qualquer coisa. Essa é a
questão!


[ ]s

Alvaro Augusto




> Até mesmo a questào o que foi dito por Einstein ou imputado a ele por
outros
> não deveria gerar tanta celeuma. Se até personagens fictícios ganham
frases
> que nunca disseram (por exemplo, Conan Doyle nunca fez Sherlock Holmes
dizer
> "Elementar, meu caro Watson"), por que Einstein não ganharia frases de
outros.
>
> Sinceramente esta discussão já encheu.
>
> Aniello
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/12/2002 15:39

On 20 Dec 2002 at 18:21, Manuel Bulcão wrote:

> Acresce dizer que, segundo os Sambia, a masculinidade, depois de
> conquistada, pode ser perdida.

Oi Manuel

Esta observação demonstra bastante bem a pouca firmeza do objeto sexual. Freud tinha
razão.

[ ]s
Marco Aurelio


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa e a história se repetirá
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/12/2002 15:46

Em Dom 22 Dez 2002 16:14, you wrote:
> ----- Original Message -----
> From: "Aniello Gr?o"
> Sent: Sunday, December 22, 2002 12:09 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa e a história se
> repetirá
>
> > > Segundo a bíblia, relacionada à estrutura das
> > > revoluções científicas, a história, de alguma maneira, quase sempre se
> > > repete, alternando-se os períodos normais com os períodos
> > > revolucionários.
> >
> > ??????????????????????????????????????
> > Sinceramente, não entendi nada. O que diabos a Bíblia tem haver com
> > revoluções científicas e as duas com a tese que a história se repete?
>
> Estou me referindo à "bíblia dos físicos modernos", aquele livrinho escrito
> pelo Thomas Kuhn e intitulado "A estrutura das revoluções científicas".
> Você deve estar se referindo à Bíblia do Léo, aquela obra monumental
> escrita em duas brochuras, certo?

Ok, esclarecido agora...

Obrigado

Aniello


SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/12/2002 15:53

Em Dom 22 Dez 2002 15:25, you wrote:
> Caro Aniello,
>
> Se você se encheu da discussão, sinceramente, basta deletar os e-mails. Eu
> jamais entrei em uma discussão da CienciaList pedindo para que ela fosse
> interrompida.

Tenho o costume de fazê-lo, pois esta é uma lista bastante movimentada e não
dá para acompanhar todas as discussões. Por exemplo, a discussão "Você é o
que seus avôs comiam" infelizmente parei de ler.

Mas ao meu ver esta é uma discussão claramente off-topic e que partiu para as
ofensas (quem é mais inteligente, que disse ou quem não disse) e há muito
deixou de ser uma discussão sobre ciência, ou mesmo sobre Einstein.

Minha reclamação é por ser off topic e por ter descambado para ataques
pessoais. Mas parece que a frase "esta discussão já encheu" disse mais que
todo o resto do email, infelizmente. Minha pretensão não era ofender ninguém.

Mas insisto que isto esta discussão está totalmente fora âmbito da lista IMHO.

Aniello




SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 16:08

----- Original Message -----
From: "jsmartins"
Sent: Sunday, December 22, 2002 12:56 PM
Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...

> O DEUS QUE ME REFERI FOI:
> Divíno
> Espiritual
> Universal
> Superior

Esse é o Léo, sem tirar nem por. ;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa e a história se repetirá
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 16:14

----- Original Message -----
From: "Aniello Gr?o"
Sent: Sunday, December 22, 2002 12:09 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa e a história se
repetirá

> > Segundo a bíblia, relacionada à estrutura das
> > revoluções científicas, a história, de alguma maneira, quase sempre se
> > repete, alternando-se os períodos normais com os períodos
> > revolucionários.

> ??????????????????????????????????????
> Sinceramente, não entendi nada. O que diabos a Bíblia tem haver com
> revoluções científicas e as duas com a tese que a história se repete?

Estou me referindo à "bíblia dos físicos modernos", aquele livrinho escrito
pelo Thomas Kuhn e intitulado "A estrutura das revoluções científicas". Você
deve estar se referindo à Bíblia do Léo, aquela obra monumental escrita em
duas brochuras, certo?

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sheldrake e os cupins
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 16:19

----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
Sent: Sunday, December 22, 2002 8:25 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Sheldrake e os cupins

> Só não se esqueça que um desses que tem essa opinião sobre Sheldrake é
> justamente um dos que você chama de "gigante da Ciencialist"....

Para ser sincero, eu mal conheço o Sheldrake e não me manifestei em sua
defesa. Apontei uma regra geral adotada por alguns, a de ir contra novas
idéias sem argumentação, apenas retratando uma desconfiança gratuita nos
pretensos inovadores. Ora, a ciência evolui graças a inovações, e isso até
mesmo aquela anta do Kuhn admite como certo.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 16:34

Valeu!!! Caro Alváro é por isso que sempre lhe admirei aqui no ciencialist]

Valdeci

----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, December 22, 2002 1:25 PM
Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...


> Caro Aniello,
>
> Se você se encheu da discussão, sinceramente, basta deletar os e-mails. Eu
> jamais entrei em uma discussão da CienciaList pedindo para que ela fosse
> interrompida.
>
> O problema pode parecer pueril à primeria vista, mas não é. Incomoda-me,
> por um lado, a maneira pouco rigorosa como muitos parecem encarar
> informações publicadas em websites. Como eu mostrei, qualquer um pode
> publicar a bobagem que quiser em um website. Por outro lado, atribuir
> frases a personagens reais é pouco mais grave do que atribuí-las a
> personagens fictícios. Se você acha que não, tente convencer um
historiador
> disso. Ainda, a frase "elementar, meu caro Watson", embora nunca tenha
sido
> dita por Sherlock, pode ser abstrarída do pensamento do detetive. Já a
> patuscada sobre a bola na parede não se encaixa no pensamento einsteiniano
> de forma alguma.
>
> Quem acredita em uma tolice pode acreditar em qualquer coisa. Essa é a
> questão!
>
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto
>
>
>
>
> > Até mesmo a questào o que foi dito por Einstein ou imputado a ele por
> outros
> > não deveria gerar tanta celeuma. Se até personagens fictícios ganham
> frases
> > que nunca disseram (por exemplo, Conan Doyle nunca fez Sherlock Holmes
> dizer
> > "Elementar, meu caro Watson"), por que Einstein não ganharia frases de
> outros.
> >
> > Sinceramente esta discussão já encheu.
> >
> > Aniello
> >
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 16:53

Já vi aqui vários comentários á respeito do nascimento de Jesus. Tudo é pura
inverdade e mentirosa, porque na realidade não uma data correta. Por muitos
séculos depois da época de Jesus, os Santos Padres da primitiva Igraja
Cristã e outras eminentes autoridades eclesiásticas não conseguiram chegar a
um consenso quanto à data do nascimento. Entre os primeiros Cristãos, o
aniversário da Natividade era celebrado com um grande festival em maio, às
vezes em abril, e em outra ocasiões em janeiros. Algumas tradições da Igreja
Cristã definiram o dia 20 de maio como a data correta, enquanto alguns dos
Santos Padres inssistiam que a data real era 19 ou 20 de abril. No quinto
século depois de Cristo, o assunto ainda estava sendo discutido e foi nesse
mesmo século que a comunidade de Roma convocou um de seus famosso consílios
e tomou um decisão definitiva esconlhendo como a data 25 de Dezembro, ou
meia Noite de 24 de Dezembro, como a hora verdadeira. Nesta decisão está
envolvida uma história mística importante e muito bela.

Valdeci Martins
Campo Grande-MS
----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, December 22, 2002 9:04 AM
Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...




|T.'.F.'.A.'.
Apesar que sua mensagem foi enviada meia confusa, mas de maneira nenhuma
meu
| IRMÃO disse que você não é inteligente, está ocorrendo algum equivoco.
Alías
| respeito a capacidade de qualquer Ser Humano, porque DEUS nos deu esta
| grande capacidade que é a inteligência, desculpe o mal entendido e estou a
| sua inteira disposição.
|
| Um grande abraço.
|

Isso não é verdade, nunca dei essa capacidade ao Ser Humano; quando muito
lhes propiciei algum livre arbítrio (ainda assim, limitado a certos
parâmetros). Até mesmo a inteligência está subordinada á entropia. Durante o
seu uso (a inteligência) é preciso despender um certo trabalho para que ela
(a entropia) não supere certos limites e a mantenha (a inteligência) dentro
da faixa do 'aproveitável'.
No Ciencialist -- nas trocas de mensagens -- está acontecendo exatamente
isso, não está sendo dedicado nenhum trabalho em esmerar o uso da
inteligência e, conseqüentemente, a entropia do processo está tomando conta
do pedaço.
O último exemplo disso tivemos na proposta do Alberto com o tema
"Eletromagnetismo Acústico", essencialmente um tema 'dilatador de idéias'
(vestígio do uso do trabalho intelectual para diminuir a entropia que
naturalmente avança cérebro adentro). Por ser inusitado (dentro das últimas
baboseiras do ciencialist nesse último semestre) foi simplesmente varrido
para debaixo do tapete! Por que pensar se é mais fácil varrer? Pensar com
coerência, com estrutura, com demonstrações práticas, com representação
escrita cuidadosa etc. é o que tem faltado por aqui. É a entropia dominando,
é a degeneração do processo que pode ser resumido numa palavra: Ciência.

[]' divinos,
deus

PS: Aos que acreditam que nasci em dezembro, desejo boas festas
comemorativas (principalmente junto aos familiares), bons vinhos e comida
suficiente (evitem os exageros e as conseqüentes perdas para o tradicional
lixo natalino) MAS, na verdade, dentro dessa esdrúxula datação que
inventaram -- dia 22 de dezembro de 2002, 11h15min -- nasci em novembro!


##### ##### #####
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Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
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SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM(ERRATA)
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/12/2002 17:00

Manuel,

Quando Dawkins fala em sentido estatístico, quer dizer exatamente
isso. A influência do gene não impede que *indivíduos* possam ter
essa influência revertida por outras, mas torna improvável que a
*maioria*, ou *todos* tenham a mesma reação. Por isso, estudos com
poucas pessoas têm pouco valor estatístico. Quando se observa que
pessoas num estudo apresentam um comportamento que sugere um fator
genético, claro que sempre irão aparecer indivíduos na amostra que
fogem à regra (e isso também é corroborado pelos estudos sugeridos
pelo Takata).

[]s
Ronaldo


--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Oi Ronaldo,
>
> Uma correção do meu texto anterior. Onde se lê:
>
> <<E caso existam, segundo Richard Dawkins "na realidade, os genes
> `determinam' o comportamento num sentido apenas estatístico."
> (...) "Não existe nenhuma razão que impeça que a influência de um
> gene não possa ser facilmente revertida facilmente por outras
> influências." (O Gene Egoísta; Gradiva; p. 364), de sorte que
> indivíduos portadores de um suposto gene (ou conjunto de genes) da
> homossexualidade não possam levar uma vida heterossexual mais ou
> menos feliz ou infeliz...>>
>
> Leia-se: "E caso existam, segundo Richard Dawkins "na realidade, os
> genes `determinam' o comportamento num sentido apenas estatístico."
> (...) "Não existe nenhuma razão que impeça que a influência de um
> gene não possa ser revertida facilmente por outras influências." (O
> Gene Egoísta; Gradiva; p. 364), de sorte que NADA IMPEDE que
> indivíduos portadores de um suposto gene (ou conjunto de genes) da
> homossexualidade possam, ocasionalmente, levar uma vida
heterossexual
> mais ou menos feliz ou infeliz..."
>
> Abraços,
> Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 17:06

----- Original Message -----
From: "Aniello Gr?o"
Sent: Sunday, December 22, 2002 2:53 PM
Subject: Re: [ciencialist] Einstein na parede...

> Minha pretensão não era ofender ninguém.
> Mas insisto que isto esta discussão está totalmente fora âmbito da lista
> IMHO.

Mas que história é essa de chamar nossa lista de listINHA ou listIMHO? E
ainda por cima diz que não tem a pretensão de ofender ninguém? ;-)

[ ]´s
Alberto
Colaborando para a manutenção de discussões off-topic.
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.




SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/12/2002 17:32

> Manuel: E quem é totalmente imparcial e objetivo, Ronaldo? O Luís
> Mott não é totalmente imparcial devido à sua condição de
homossexual.
> Por razões subjetivas, ele vê aspectos que nós não vemos; mas, por
> outro lado, tem ele uma visão nublada de aspectos que nós, por não
> sermos homossexuais, vemos com a maior clareza.


Minha desconfiança sobre os textos do Luis Mott não decorre do fato
dele ser homossexual (a primeira vez que li alguma coisa, nem sabia
que ele era gay), e sim das afirmações que ele faz atribuindo
homossexualidade a vários personagens históricos, que me parecem ter
uma base muito frágil. No exemplo que eu citei de Santos Dumont, me
parece que os agumentos eram coisas do tipo: "não se casou, era
gay", "usava relógio no pulso, era escândalo na época, era gay". A
família de Santos Dumont desmentiu essas conclusões e protestou.


>
> Do mesmo modo, a minha defesa apaixonada da psicanálise freudiana
me
> impede de ser, quanto a essa questão, totalmente imparcial, admito.
> Todavia, se insisto em provar para os céticos que Freud está certo
> quanto a esse assunto, uma das razões dessa insistência é que não
> estou absolutamente seguro disso. Vale dizer, não quero apenas
provar
> pra vocês: quero também provar para mim mesmo.
>
> Tenho certeza de que você, Ronaldo, também não se julga totalmente
> objetivo e imparcial em suas interpretações dos fatos observados e
> dos resultados das experiências; que, como eu, puxa um pouquinho a
> brasa para junto da sua sardinha (sem a consciência dessa fraqueza,
> puxaria muito mais). Você é um dos quadros do movimento cético-
> científico no Brasil, e, segundo o Dicionário Cético, a psicanálise
é
> uma pseudociência - e as pseudociências, doutrinas a serem
> combatidas -. Haveria, portanto, uma tendência irrefletida e
> automática para contestar qualquer argumento em prol da
psicanálise.
> Não concorda?:-)


Claro que essa tendência pode existir, e é até um bom exercício
ficarmos nos questionando a respeito. Se não existisse o
questionamento, aliás, talvez nem estivéssemos debatendo. Cada um
ficaria no seu canto com suas convicções e ficaria satisfeito. No
caso do Dicionário do Cético, meu trabalho é de traduzir e
administrar o site em português, e nem sempre concordo com a opinião
do Bob Carroll. Fui um dos que escreveram a ele criticando o verbete
sobre "Psicologia Evolutiva", que achei injusto, e um outro sobre um
suposto "Efeito Tomate", que achei pseudocientífico. Coincidência ou
não, ambos os verbetes foram removidos posteriormente. Os argumentos
do autor do Dicionário para rotular a psicanálise como pseudociência
parecem coerentes: ela não se originou em observação, teorização e
experimentação, e sim em insights de Freud. Logo, mesmo que
descobertas modernas venham a confirmar algumas das teorias
psicanalíticas, isso não as torna científicas na formulação.
Resumindo, a psicanálise Freudiana não é científica, mesmo se
descobrissem depois que cada uma de suas afirmações era verdadeira.
(Demócrito, ainda na Grécia antiga, teorizava que a matéria seria
constituída por átomos. O fato de que, muito depois, descobriram o
átomo, não quer dizer que as teorias de Demócrito fossem
científicas). Talvez, se um grupo de psicanalistas modernos
resolvesse fundar uma nova corrente, desta vez baseada em teorias
testáveis e falseáveis, e em experimentação, essa "neopsicanálise"
poderia sim ser científica (quer tentar?).

[]s
Ronaldo



SUBJECT: recursividade
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: Acrópolis <acropolis@yahoogrupos.com.br>
CC: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 18:22

Faculdade da linguagem é compartilhada entre humanos e animais
CLAUDIO ANGELO
Editor-assistente de Ciência da Folha de S.Paulo

João amava Teresa, que amava Raimundo, que amava Maria, que amava Joaquim, que amava Lili, que não amava ninguém. A capacidade de montar estruturas aparentemente banais, como esse trecho do poema "Quadrilha", de Carlos Drummond de Andrade, pode ser o único elemento da linguagem realmente exclusivo dos seres humanos.

A idéia é do psicólogo americano Marc Hauser, 43, que estuda animais como macacos para tentar entender como a linguagem evoluiu e por que ela se tornou tão fundamental para o homem. Professor da Universidade Harvard, Hauser defende que os outros bichos têm exatamente o mesmo hardware cerebral que, segundo alguns cientistas, faz a balança da evolução linguística pesar para o lado do Homo sapiens.

A diferença, segundo Hauser, está num detalhe: a habilidade de montar uma gama infinita de significados a partir de um conjunto discreto de elementos. Em um artigo publicado no dia 22 de novembro na revista científica americana "Science", Hauser e seu colega Tecumseh Fitch se juntaram a ninguém menos que Noam Chomsky para propor que essa habilidade --conhecida como recursividade-- aplicada ao domínio da comunicação é possivelmente a única peça exclusivamente humana no mosaico da linguagem. E que o desenho completo desse mosaico só surgirá depois que os campos da biologia, da linguística e da etologia (o estudo do comportamento animal) saírem do estado de guerra em que sempre estiveram e passarem a cooperar.

"Há muita gente que se aferra aos aspectos únicos da linguagem e quer defendê-los de qualquer forma", diz. Isso é ruim quando se estuda evolução. "É claro que há coisas únicas aos humanos e coisas únicas aos macacos com que eu trabalho. Nenhum humano consegue se mover entre as árvores como os meus macacos. E daí?"

Para o pesquisador, é preciso ouvir o que os animais têm a dizer. Em março de 2000 ele deu esse recado com a publicação do livro "Wild Minds" (Mentes Selvagens), no qual propõe que todos os animais nascem equipados com um "kit" cognitivo básico que inclui a capacidade de distinguir quantidades, a orientação espacial e reconhecer objetos. "Nós compartilhamos o planeta com animais pensantes", diz. Até mesmo a recursividade pode estar presente nos não-humanos, só que aplicada a outros domínios, como matemática --saguis são capazes de contar até quatro com precisão-- e relações sociais. "A questão é por que ela evoluiu entre humanos para a comunicação, e por que só em humanos, já que é uma ferramenta tão poderosa."

De seu escritório em Cambridge, EUA, Hauser concedeu a seguinte entrevista à Folha:

Muita gente diz que a linguagem é o principal fator de distinção entre humanos e não-humanos. O sr. argumenta que a coisa não é exatamente assim. Por que não?
A questão que eu realmente levanto não é se a linguagem em geral é um traço distintivo, mas o que é a faculdade da linguagem, em que sentido nós a compartilhamos com outros animais e em que sentido não compartilhamos. Há duas partes da faculdade da linguagem que parecem ser compartilhadas entre humanos e animais, que têm a ver com como você produz som e como o percebe.

Quando se trata do sistema conceitual e intencional, há de novo muitas sobreposições, com uma possível exceção sendo a capacidade de referência. E, finalmente, a capacidade para recursividade, e nós propomos como hipótese que isso parece ser exclusivamente humano. Mas não está claro se isso é verdade, se essa capacidade evoluiu para a linguagem ou para alguma outra coisa.

O sr. acha que pode haver uma estrutura cerebral que evoluiu para a recursividade? Ou nós só estamos usando o nosso hardware de outra forma?
Certamente deve haver circuitos do cérebro envolvidos. Se se trata de peças de outros circuitos fazendo isso, ou se há um sistema dedicado à recursividade, eu não sei. Mas deve ser algo que possa ser usado em tarefas outras que a linguagem, porque nós o utilizamos o tempo todo --em matemática, por exemplo.

No artigo, vocês lançam a hipótese de que mesmo a recursividade pode não ser exclusiva de seres humanos.
Nós argumentamos que a recursividade pode estar operando parcialmente dentro do sistema de navegação dos animais, parcialmente operando nas capacidades matemáticas dos animais. Os animais têm um grau razoável de sofisticação para números. O que nós não sabemos é se eles podem recursivamente operar sobre as representações de números que eles parecem usar. Essa é uma questão aberta. Muito do trabalho na evolução da linguagem tem sido especulativo, com muitas hipóteses, mas poucos dados empíricos. O que tentamos mostrar no artigo na "Science" é que há um enorme mundo empírico lá fora que nós apenas começamos a descobrir. Esperamos abrir essa porta. Há muita animosidade entre linguistas e biólogos, eles não trabalham juntos.

A que o sr. atribui essa animosidade?
Há muita gente que se aferra muito a aspectos únicos da linguagem e quer defendê-los de qualquer forma. E, em vez de trabalhar com pessoas que fazem outras coisas, trabalham contra elas. Eu não me importo que algumas coisas sejam iguais e outras diferentes: se você se interessa por evolução, está igualmente interessado no que torna espécies únicas e no que as torna iguais. É claro que haverá coisas únicas aos humanos e coisas únicas aos macacos com que eu trabalho. Nenhum humano consegue se mover entre as árvores como os meus macacos. E daí?

Então, o sr. não vê diferenças qualitativas entre essas capacidades?
Não. São coisas totalmente diferentes, mas ambas são importantes para tarefas que tenham a ver com sobrevivência. Quando as nossas capacidades de linguagem evoluem a ponto de que eu e você possamos expressar o que estamos fazendo agora, isso é extremamente vantajoso. Mas, do mesmo jeito, quando animais como os primatas desenvolvem mecanismos para pular entre as árvores rapidamente, isso dá a eles uma vantagem em sobrevivência que nós não teríamos se estivéssemos sob a mesma pressão. Então, não dá para comparar o que é mais sofisticado ou mais complicado. O interesse para as pessoas que estudam evolução é ver o que é compartilhado e o que é diferente. O problema é que muita gente que trabalha com humanos fica buscando o que é único.

Como foi a recepção à idéia de que todos os animais são equipados com um "kit" cognitivo básico?
Eu acho que a reação foi relativamente favorável. A idéia básica de que há especializações distintas no cérebro é uma visão predominante na ciência cognitiva, então, o que eu sugeria para animais não era repugnante para as pessoas em ciência cognitiva. Desde que eu publiquei o livro, um dos estudantes que trabalhavam comigo [Brian Hare] mostrou, agora em chimpanzés, evidências muito mais fortes para uma capacidade que eu disse que faltava em animais, que é a de atribuir crenças e desejos a outros indivíduos, a chamada teoria da mente.

Como foi o experimento de Hare?
Na primeira etapa, você tinha um animal dominante numa jaula, um subordinado na outra e, no meio, entre eles, dois pedaços de banana. Quando você abre a porta de cada jaula o que acontece, claro, é que o dominante sai, apanha os dois pedaços e o subordinado não se mexe. Na segunda etapa, que é a interessante, você põe num compartimento no meio duas telas opacas. No lado do subordinado, você põe uma banana, de modo que o dominante não possa vê-la. No meio, entre as duas telas, você põe outro pedaço de banana. Ambos podem ver o que está no meio, mas só o subordinado pode ver o pedaço que está do seu lado. Então, a previsão é: se o subordinado pode ver o que vê e o que o dominante não pode ver, portanto, o que não sabe, ele deveria ir direto para o pedaço de banana que está escondido. E é exatamente o que ele faz na primeira tentativa.

O sr. tem alguma hipótese sobre por que a recursividade evoluiu em humanos da forma como a conhecemos?
Não há argumento claro para a seleção de pressões. O que sabemos é que qualquer sistema desenhado para criar uma gama aberta de possibilidades de expressão, seja ele linguagem matemática, química ou genética, requer recursividade, quando você tem elementos discretos que podem ser operados e recombinados para criar um conjunto infinito de expressões. Mas por que acontece, e quando acontece, é um completo mistério. Se os animais falharem em mostrar recursividade nos próximos 20 anos de buscas em outros domínios além da comunicação, é porque eles simplesmente não a têm. O registro fóssil nunca vai mostrar quando ela evoluiu.

E a genética, não pode resolver o problema?
Acho que não. Estamos ainda muito longe de achar as bases genéticas da recursividade. Nós não estamos nem perto de achar as bases anatômicas da recursividade. Peguemos a linguagem da dança das abelhas, por exemplo. Vamos assumir que seja uma linguagem simbólica, com signos que fazem referência a coisas etc. O que nós sabemos sobre como o cérebro das abelhas gera as representações para a dança? Basicamente nada! E é um sistema bem simples. Não vou dizer que seja impossível; em algum ponto, talvez não durante a minha vida, alguém vai matar a charada. Mas estamos muito, muito, muito longe.

De que lado o sr. se coloca no debate entre natureza ["nature"] e aprendizado ["nurture"]?
Eu sou definitivamente mais "naturista" ["naturist"] que "aprendizacionista" ["nurturist"]. Em "Wild Minds", defendo uma visão muito significativa em etologia, o instinto do aprendizado. É uma visão que Steven Pinker [neurocientista do Instituto de Tecnologia de Massachusetts] disseminou no livro "O Instinto da Linguagem" e muito popular em etologia nos últimos 60 anos. Agora estou trabalhando num livro que pega a abordagem chomskiana da linguagem e vendo o quão longe se pode ir com a moral. Pensar a existência de uma faculdade da moralidade restringe o número possível de sistemas morais.

Os animais têm algo parecido com moral?
Eu acho que não. Acho que essa é uma mudança evolutiva única, que evoluiu como resposta à explosão cultural que atingiu o comportamento humano. Acho que a explosão cultural foi a pressão para a evolução da moral.

Os estudos comparativos mostram, até agora, que só humanos e golfinhos parecem ter um sistema que se pode chamar de sintaxe. É realmente algo único?
Eu acho que os trabalhos feitos até agora com sintaxe em animais não são realmente evidência para sintaxe em animais. Mostram um sistema baseado em regras que não é sintaxe. Eu acho que não há evidências para sintaxe, e, se há uma recombinação, é uma recombinação sem sentido. Pássaros têm a capacidade de recombinar elementos de seu canto para criar novos cantos, mas não têm novos significados. Isso é interessante, porque pássaros canoros têm aprendizado vocal, algo central para a faculdade da linguagem, porque é assim que aprendemos palavras. Isso surge não necessariamente como uma homologia, isto é, como evolução por descendência, mas como convergência. Você pode encontrar peças do maquinário em outras espécies.

O sr. defende que animais têm consciência?
Depende de que aspecto da consciência. Se você estiver falando de consciência de acesso, que eles têm acesso a algumas coisas que sabem, creio que há evidências claras disso. Agora, o outro aspecto, que é a autoconsciência, a "sensciência" ["sentience"], acho que não temos evidência de jeito nenhum. E a questão passa a ser: podemos obtê-la? Eu acho que testes como o da teoria da mente são o começo disso.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Einstein na parede...
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/12/2002 19:43

Tem tambem o Capivarol. Na BN tem.

silvio

não consigo entender a relação dos trabalhos de física do Einstein e
palavras que ao longo do tempo foram colocando na boca dele, sobre os mais
diversos assuntos ou retirando de seus escritos, quando fora do contexto.
Existem diversos livros sobre se ele acreditava ou não em deus,
absolutamente sem importância; o importante é o NOSSO modo de pensar.
Sobre religião o importante é refletir sobre suas origens, porque existem,
seu status atual e qual sua influência para o desenvolvimento do ser humano
ao longo do tempo e o que elas representam AGORA.

Pra mim, nem concordo com Mao pois o ópio ainda dá um prazer...

sds.,
silvio

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, December 21, 2002 11:01 PM
Subject: [ciencialist] Re: Einstein na parede...


Anime-se Álvaro,

As frases/pensamentos de Einstein podem ser colhidas na íntegra no
Almanaque abril 1998, Editora Abril S.A.

OBS: Deus não é tão injusto, afinal podia ser no Almanaque
Fontoura... :)

Bisous, Lígia

*********************************8
--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu
> Ainda não estou convencido. É fácil publicar um website e colocar
lá todas
> as tolices atribuídas a quem quer que seja, junto com algumas frases
> verdadeiras. Curiosamente, nenhuma das frases apresenta
referências, e essa
> frase da bola é "auto-ajuda" demais para ter saído de Einstein.
>
> Se você tiver a referência é outra coisa, mas um website não prova
nada...
>
> [ ]s
>
>
> Alvaro Augusto
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] academia
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: CIENcialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/12/2002 21:35

At 14:10 22/12/02 , you wrote:
>Você escreveu "vocês". Como eu estava no meio da discussão, entendo que
>"vocês" se refere também a mim. Se você quer dar a entender que "vocês" não
>inclui todo mundo, então favor ser mais claro da próxima vez.
>
>E felizmente é relativamente fácil saber o que Einstein disse ou não disse.
>Existem livros publicados, sem falar no espólio dele. Os inocentes são
>aqueles que acreditam que websites servem de referência para alguma coisa.
>
>[ ]s
>
>Alvaro Augusto



BEM...
PRA SER SINCERO...
O VOCES NAO ERA TODO MUNDO...
MAS UM CONJUNTO DE PESSOAS NAO MUITO BEM DEFINIDO... UM CLIMA... UM
TUMULTO... NAO IDENTIFIQUEI NINGUEM EM PARTICULAR.

NAO QUERO SER INJUSTO CONTIGO.
EU REALMENTE NAO ESTAVA LENDO QUEM DIZIA O QUE... MAS TAVA OLHANDO SO A
CONFUSAO... E A FALACIA.

VOCE CONCORDA QUE É FALACIA, NÃO?

L.E.


SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/12/2002 01:41

Oi,

Manuel: Quanto à sexualidade, fatores genético-constitucionais e
também culturais a determinam, mas estes últimos são decisivos.

Takata: Oquei se a cultura e' decisiva nao vejo porq. precise pensar
se pensar em um default ontogenetico para a bissexualidade.

Manuel: Bonobos e humanos são primatas altamente neotenizados. Ambos
retêm, na idade adulta, várias características juvenis. Compare as
incríveis semelhanças entre um humano adulto e um bebê chimpanzé: o
volume do crânio em relação à face, a testa alta, o semblante reto,
etc. Algumas de nossas características são mesmo as de um feto, como,
por exemplo, a pelagem rala. Claro que a evolução se dá por mosaico,
de modo que nem todos os caracteres humanos são neotênicos; mas é
impressionante o grande número delas, sendo as mais marcantes os
seguintes traços comportamentais: a manutenção na idade adulta da
capacidade de aprender, o gosto pelo jogo (brincadeiras), um maior
gregarismo, a dependência psíquica com relação aos genitores (tanto
nos bonobos quanto nos humanos, o vínculo afetivo mãe-filho permanece
por toda a vida; entre os bonobos, a posição do macho na hierarquia
do grupo é amplamente determinado pela influência materna), a quase
inexistência de dimorfismo sexual e, também, a sexualidade flexível
ou disposição bissexual.

Observe que todas essas características são resultados de um
defasagem ontogenética.

(Os cães domésticos são tambem animais neotenizados, e umas raças são
mais que outras. Aqui em casa há uma poodle fêmea que, vez por outra,
monta no seu irmão macho, como se ela fosse o macho. Ela também gosta
de montar em almofadas. Isso indica que a sua sexualidade não
amadureceu completamente, que é um de seus caracteres neotênicos.)

Nossa maior adaptação é a 'adaptabilidade', que é uma possibilidade
de adaptações diversas. E a adaptabilidade tem como condição de
possibilidade um grau relativamente baixo de especialização orgânica
e comportamental, bem como uma menor rigidez (ou maior flexibilidade)
dos instintos, inclusive o sexual. E, realmente, entre muitos
primatas - mais acentuadamente entre os bonobos e humanos - o sexo
perdeu a sua especialização originária, isto é, o sexo deixou de ser
uma atividade voltada 'especificamente' (ou exclusivamente) para a
reprodução.

De resto, para que haja determinação pela cultura, tem que haver uma
relativa indeterminação biológica ou genética.

Takata: Em alguns paises e' proibido o suicidio. Suicidio como uma
tendencia inata e' meio complicado.

Manuel: proibição do suicídio? Não entendi. Se o cara se suicidar,
ele vai preso ou tem que pagar uma multa?

Concordo que, em muitas culturas (mormente naquelas onde existe a
crença em vida pós-morte), há condenações morais para o suicídio, e
há porque os homens sempre consideraram o suicídio como uma saída
razoável para certas situações-limite. O suicídio é uma idéia que
sempre surge em momentos de grande sofrimento, e que se torna uma
obsessão quando a vida reduz-se à dor sem esperança. Há, sim, uma
disposição humana para o suicídio.

"A questão filosófica fundamental é a questão do suicídio." (Albert
Camus)

Takata: A aceitacao da pena de morte nao e' indicio de tendencia
homicida, e' um indicio da intolerancia a homicidas.

Manuel: Uma intolerância ao homicídio que se manifesta através da
aceitação do homicídio institucionalizado. O homicídio como meio de
fazer justiça (a vingança) é uma inclinação do ser humano presente em
todas as culturas observadas.

Takata: Pessoas nao saem por ai' matando a torto e a direito. Algumas
pessoas sim.

Manuel: As pessoas não saem por aí matando a torto e a direito para
resolver suas diferenças porque há uma tendência oposta, não-
homicida, no geral mais forte.

A proibição moral (e, em alguns casos, jurídica) só existe porque
existe 'ambivalência', tendências opostas e conflitantes.

Takata: Proximidade biologica nao significa identidade biologica. Ha'
coisas semelhantes e ha' coisas diferentes.

Manuel: E uma das semelhanças mais acentuadas entre chimpanzés,
bonobos e humanos é a sexualidade flexível e multifuncional. E, muito
provavelmente, semelhança não só estrutural, mas também de origem,
isto é, tudo indica que se trata de características homólogas, e não
análogas.

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Lançamento: Revista Terra Redonda!
FROM: "Leo Vines" <postmaster@str.com.br>
TO: <Lista@str.com.br>
DATE: 23/12/2002 02:00

Prezados,

Uma nova fase inicia-se na organização não-governamental Sociedade da
Terra Redonda. Atendendo os pedidos de nossos membros e visitantes, lançamos
a Revista Terra Redonda, o nosso periódico trimestral! Com textos exclusivos
de autores brasileiros, os objetivos da STR são divulgados de forma clara e
acessível para todos.

É a primeira publicação deste tipo no Brasil, marca do pioneirismo e
empenho da STR para divulgar o ceticismo, o racionalismo científico, a
separação entre governo e religião e defender dos direitos dos ateístas.
Convidamos você a ler a edição de estréia e nos enviar a sua opinião para o
endereço Revista@str.com.br . Ela pode ser adquirida gratuitamente pela
Internet. Visite a página da Revista em http://str.com.br/Revista e faça o
download da edição número 1!

Não deixe de participar da criação da próxima edição, participando da
pesquisa on line, enviando cartas, perguntas para o entrevistado, resenhas
de livros e até textos. O principal objetivo da Revista Terra Redonda é
incentivar o surgimento de autores brasileiros. Agradecemos o apoio e a
participação de todos os membros e visitantes que, de alguma forma,
contribuiram para a realização desta nova etapa da STR.

Atenciosamente,
Leo Vines, Presidente
Marcelo Kunimoto & Roberto Moschen Jr.
Editores da Revista Terra Redonda

---

Esta mensagem foi enviada pois você se registrou como Membro (
http://str.com.br/Membros ) da Sociedade da Terra Redonda ou faz parte das
principais listas de ateísmo, ceticismo e ciência na língua portuguesa. Caso
não queira mais receber os boletins -=trimestrais=- diretamente por e-mail,
envie mensagem para Str@str.com.br com o título "Remover". Pedimos desculpas
aos cadastrados em mais de uma lista pelas mensagens duplicadas.



SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Hoppy Hari
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/12/2002 08:32

Descrever a frenagem via correntes de Foucault não é problema. Mas, não sei o que venha a ser esse Hoppy Hari. Alguém se habilita?
[]'
Léo
PS: Sobre a cinemática elementar da questão: Queda livre de 20 m de altura ocorre em dois segundos e dá velocidade final de 72 km/h.
======================================
-----Mensagem Original-----
De: reinaldo
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: segunda-feira, 23 de dezembro de 2002 08:38
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


prezado professor meu nome é reinaldo garcia, tenho 54 anos, curso ginasial.
meu e-mail é kingprojects@terra.com.br, gostaria de obter mais informações sobre fabricantes de imã e que saibam bem, como aplicar corrente de foucault.
trabalho na área de entretenimentos e fabrico brinquedos de parque de diversões infantis. estive recentemente em orlando, u.s.a., numa feira de acessórios para diversões e lá brinquei numa torre como a do hoppy hari que despenca em queda livre de 20 metros de altura com 16 pessoas sentadas. e a frenagem é feita com duas barras de imã.
se é que o sr. pode me dar alguma orientação, desde já fico agradecido.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/12/2002 09:58

Manuel Bulcão escreveu: "(Os cães domésticos são tambem animais
neotenizados, e umas raças são mais que outras. Aqui em casa há uma poodle
fêmea que, vez por outra, monta no seu irmão macho, como se ela fosse o
macho. Ela também gosta de montar em almofadas. Isso indica que a sua
sexualidade não amadureceu completamente, que é um de seus caracteres
neotênicos.)"

Manuel,

Estou acompanhando a discussão "vc é o q seus avós comiam" com extremo
interesse e tenho aprendido muito com ela. A observação que se segue é
apenas um comentário paralelo a que não resisti por ter, também, uma poodle
fêmea "montadora". Para mim isso indica que sua poodle, do mesmo modo que a
minha, gosta de esfregar a vulva em coisa peludas e macias, como o irmão e
almofadas. Isso pode ser comum em fêmeas, pois tive uma namorada que chegava
ao orgasmo se esfregando nas minhas pernas. Eu sabia quando ela estava com
tesão quando começava a olhar de lado para minhas pernas. :-)

Daí segue que sua frase final, no trecho supracitado, para ser correta,
talves devesse ser "Isso TALVEZ POSSA indicar que a sua sexualidade não
amadureceu completamente, que é um de seus caracteres neotênicos.)"

Um abraço,

Vizzoni

_________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/12/2002 13:39

Oi Vizzoni

Manuel:(Os cães domésticos são tambem animais neotenizados, e umas
raças são mais que outras. Aqui em casa há uma poodle fêmea que, vez
por outra, monta no seu irmão macho, como se ela fosse o macho. Ela
também gosta de montar em almofadas. Isso indica que a sua
sexualidade não amadureceu completamente, que é um de seus
caracteres neotênicos.)"

Vizzoni: Para mim isso indica que sua poodle, do mesmo modo que a
minha, gosta de esfregar a vulva em coisa peludas e macias, como o
irmão e almofadas.

Manuel: A poodle que tem aqui em casa não é minha, mas da minha
filha. Eu tenho um pastor alemão, que é cachorro de macho! :-)

Observe que a poodle da sua casa faz o mesmo movimento típico do
cachorro macho, como se estivesse 'penetrando'. Não se vê tal
postura 'ativa' entre felídeas ou qualquer outro animal não-
neotênico. Se ela quisesse apenas esfregar a vulva, poderia muito bem
fazer isso de outro modo, como, por exemplo, por trás (a vulva da
cadela fica perto do ânus, ao contrário do pênis do cachorro).

Numa relação sexual, pode-se ser passivo ou ativo, e a posição ativa
(a posição de quem controla a relação) é característica do macho. No
entanto, entre os seres humanos, em que há uma riqueza de posições
sexuais, em muitas delas é a fêmea o parceiro ativo, ou mais ativo
que passivo. Como, por exemplo, nas posições em que a mulher fica por
cima e em que é ela que realiza os movimentos: cavalo de Heitor,
cavalgada da fêmea, etc. Aliás, alguns manuais eróticos dão a
seguinte dica para que, na posição 'cavalo de Heitor', o prazer seja
intensificado: `toque levemente o ânus dele para aumentar a
excitação.' (Aqui no Ceará, isso se chama `fazer terra'). É o que
consta no link abaixo:

http://sites.uol.com.br/namoro2000/posicoes.htm

É a masculinidade da mulher em plena atividade, para a glória dos
machões. A relação sexual entre um homem e uma mulher é, na verdade,
uma relação a quatro, já que os resíduos masculino (da mulher) e
feminino (do homem) também participam, e não só participam como, às
vezes, roubam a cena. :-)

Já falei, em outras mensagens, que nos primatas o pênis não é apenas
um órgão sexual, mas também um símbolo de poder (assim como, entre
nós, um automóvel não é apena um meio de transporte, mas também um
símbolo de status). E tudo indica que um símbolo inato, já que
macacos arborícolas que cresceram no cativeiro e sem contato com
qualquer outro, diante da sua imagem no espelho (que eles não
reconhecem como sendo a sua imagem), realizam o mesmo ritual
agonístico que se verifica nos macacos em seu habitat: mostram os
dentes, emitem guinchos agudos e erguem suas pernas para exibir o
pênis ereto, numa clara atitude de ameaça. (Nós também fazemos isso,
quando, com raiva, distribuímos cotocos e bananas -
símbolos `fálicos - e gritamos: `vai tomar no cu, viado!)

E se o órgão sexual masculino é também um símbolo de poder `inato',
então esse seu valor simbólico aparecerá no psiquismo da criança num
determinado momento do seu desenvolvimento ontogenético. Segundo
Freud (que não sabia que isso também ocorria entre os macacos, pelo
menos não consta em seus escritos), é entre os 3-5 anos, período este
que ele designou como `fase fálica da libido', que o pênis adquire
esse valor para a criança, ou melhor, para as crianças `de ambos os
sexos', tanto meninos quanto meninas. Apenas as reações são
diferentes: o menino reage como um fóbico, temendo perdê-lo (o poder
que o pênis representa), e as meninas comportam-se mais como um
deprimido, dada a sua ausência nelas.

Vizzoni: Isso pode ser comum em fêmeas, pois tive uma namorada que
chegava ao orgasmo se esfregando nas minhas pernas.

Manuel: Isso indica que sua namorada, como qualquer fêmea humana, é
um animal neotênico, e que a sua sexualidade é uma de suas
características neotênicas. :-)

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Hoppy Hari
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/12/2002 13:41

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> não sei o que venha a ser esse Hoppy Hari. Alguém se habilita?

Certamente se fala do Hopi Hari, parque de diversoes na regiao de
Campinas.

http://www.hopihari.com.br

[]s,

Roberto Takat



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/12/2002 14:09

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> De resto, para que haja determinação pela cultura, tem que haver uma
> relativa indeterminação biológica ou genética.

Na verdade nao. Basta o componente ambiental/cultural sobrepor-se a
condicionamentos geneticos. Uma caricatura: Michael Jackson e' branco
-- sua pele e' pouco melanizada.

> Takata: Em alguns paises e' proibido o suicidio. Suicidio como uma
> tendencia inata e' meio complicado.
>
> Manuel: proibição do suicídio? Não entendi. Se o cara se suicidar,
> ele vai preso ou tem que pagar uma multa?

Se o cara tentar se suicidar e sobreviver ele e' punido.

> Há, sim, uma disposição humana para o suicídio.

Nao como uma tentencia. Apenas uma eventual possibilidade.

> Manuel: Uma intolerância ao homicídio que se manifesta através da
> aceitação do homicídio institucionalizado. O homicídio como meio de
> fazer justiça (a vingança) é uma inclinação do ser humano presente
> em todas as culturas observadas.

O q. nao atinge o ponto: cade a tendencia humana ao homicidio?
A maioria das pessoas qdo tem fome, comem. Apenas algumas pessoas qdo
sentem vontade de esganar alguem o fazem -- mesmo qdo nao ha'
possibilidade de ser descoberta.

> Manuel: As pessoas não saem por aí matando a torto e a direito para
> resolver suas diferenças porque há uma tendência oposta, não-
> homicida, no geral mais forte.

Nao e' muito mais simples pensar q. nao ha' tendencias homicidas e q.
apenas em circunstancias determinadas: pressoes do ambiente, desvios
de conduta e afins -- a pessoa acabe matando?

Mal comparando, seria como imaginar q. ha' uma tendencia da pedra em
subir (descontada a questao da rotacao da terra) e q apenas nao sobe
por causa da gravidade.

> A proibição moral (e, em alguns casos, jurídica) só existe porque
> existe 'ambivalência', tendências opostas e conflitantes.

Ou nao. Pode existir por crendices tontas: nao pode comer manga com
leite, nao pode apontar o dedo para as estrelas, nao pode passar por
debaixo da escada... Nao existe a tendencia de se comer manga com
leite, apontar dedo para as estrelas ou passar por debaixo da escada.
Existe apenas a possibilidade de q. as pessoas facam isso ou a
possibilidade de q. *algumas* pessoas facam isso.

> Manuel: E uma das semelhanças mais acentuadas entre chimpanzés,
> bonobos e humanos é a sexualidade flexível e multifuncional. E,
> muito provavelmente, semelhança não só estrutural, mas também de
> origem, isto é, tudo indica que se trata de características
> homólogas, e não análogas.

Voce so' pode falar em semelhanca na medida em q. prova q. existe tto
em um como em outro. Nao pode usar a existencia em um para inferir a
existencia em outro. A questao nao e' a sexualidade flexivel e
multifuncional, mas a existencia de um default ontogenetico 'a
bissexualidade.

Sexualidade flexivel e multifuncional nao e' uma prova de q, exista um
default e q, ele seja para a bissexualidade.

Em outra mensagem:
> Essa apologia takatiana da indiferença entre humanos e chimpanzés
> (comuns e pigmeus) detém-se, no entanto, diante da questão da
> sexualidade. Quando a sexualidade passa a ser o tema, de repente lhe
> vêm à luz mil e uma dúvidas, objeções altamente razoáveis e
> questionamentos extremamente pertinentes (segundo ele).

Eu nao disse q humanos e chimpanzes sao iguais. Eu disse q. nao sao
tao diferentes em varios pontos -- comparativamente sao muito
proximos: comparando-se, por exemplo, com outros seres vivos.
Em relacao 'a cultura, eu apenas ressalto q. nao ha' relacao de
superioridade e inferioridade entre as culturas -- mesmo qdo se
compara a cultura humana de modo geral com a cultura de populacoes de
chimpanzes (pigmeus ou comuns) -- nao q. sejam iguais. Idem para o
resto da biologia dos dois grupos (ou de qq outros grupos): nao ha'
relacao de superioridade/inferioridade.

Por nao serem iguais q. eu prefiro a Camila Pitanga ou a Juliana Paes,
do q. a Chita (q de mais a mais e' um macho). Mas entre o Rodrigo
Santoro e uma chimpanze' femea, tbm nao ha' duvidas prefiro ficar com
o T



SUBJECT: Boas Festas
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/12/2002 14:12

Nao maltratem tto os seus figados. De resto, boas festancas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/12/2002 14:20

Ou a seis, já que, segundo Freud, o pai da mulher e a mãe do homem também
estão presentes. Não sei como cabe tanta gente na cama!

[ ]s

Alvaro

> É a masculinidade da mulher em plena atividade, para a glória dos
> machões. A relação sexual entre um homem e uma mulher é, na verdade,
> uma relação a quatro, já que os resíduos masculino (da mulher) e
> feminino (do homem) também participam, e não só participam como, às
> vezes, roubam a cena. :-)





SUBJECT: Sheldrake e os Cupins
FROM: Leonardo Stern <roxo@gmx.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/12/2002 14:45

> Ele sugere isso, embora me pareça mais difícil. Com cupim parece
> relativamente fácil realizar um primeiro experimento. É só arrancar
> um pedaço do cupinzeiro. De acordo com o cara que fez o experimento,
> os cupins começam a reconstruir as paredes de todos os lados ao mesmo
> tempo. Eles vão construindo até finalmente se encontrarem no meio.
> Como eles podem fazer isto?
>
> Ninguém sabe de um cupinzeiro para fazer este experimento? Será que
> os cupins voam em cima da pessoa? Seria desagradável.

O principal trabalho que Sheldrake se baseou para o experimento com cupins e
um dos que o influenciaram para criar a teoria dos campos morfogenicos está
em :

The Soul of the White Ant by Eugène N. Marais Translated by Winifred de Kok -
1937 , livro completo para leitura online

http://journeytoforever.org/farm_library/Marais1/whiteantToC.html

O problema das teorias de Sheldrake foi que ele inicialmente foi muito
confiante e generalizou por demais considerando verdadeiras historias como o
"Mito do centésimo macaco", historia que supostamente demonstrava a
ressonância mórfica entre macacos e posteriormente foi uma mentira confessa

(não de Sheldrake, mas de um pesquisador, não lembro de qual nacionalidade,
que havia feito tal relato).

[]s
Leonardo Stern


SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/12/2002 15:38

Mais algumas referencias (continuam tendenciosas):

--------------------------
Kirk KM, Bailey JM, Dunne MP, Martin NG 2000 -- Measurement
models for sexual orientation in a community twin sample
BEHAVIOR GENETICS 30 (4): 345-56.

Multivariate structural equation modeling techniques have been
applied to examine the causes of individual differences in
responses to several items concerning sexual orientation. To
minimize potential ascertainment and response biases, the
study sample involved a large (N = 4901) community-based
cohort of Australian twins aged 18-52 who answered an
anonymous questionnaire on sexual behavior and attitudes. The
statistical power of the analysis was increased by the availability
of multiple measures of sexual orientation (behaviors, attitudes
and feelings), providing stronger evidence for the existence of
additive genetic influences on this phenotype than in a previous
analysis (Bailey et al., 2000). Estimates of the heritability of
homosexuality in this sample ranged between 50 and 60% in
females but were significantly lower (heritability of approximately
30%) in males.

****

Kendler KS, Thornton LM, Gilman SE, Kessler RC 2000 -- Sexual
orientation in a US national sample of twin and nontwin sibling
pairs. AMERICAN JOURNAL OF PSYCHIATRY 157 (11): 1843-6

Objective: Although previous studies have suggested that sexual
orientation is influenced by familiar factors, which may be partly
genetic, these studies have relied on unrepresentative and
potentially biased samples. The authors attempted to estimate
the role of genetic and environmental factors in the
determination of sexual orientation in a more representative
sample.
Method: Sexual orientation was assessed by a single item on a
self-report questionnaire in a U.S. national sample of twin and
nontwin sibling pairs. Sexual orientation was classified as
heterosexual or nonheterosexual (bisexual or homosexual). The
authors compared the similarity of sexual orientation in the
monozygotic twins to the similarity in the same-sex dizygotic
twins, all dizygotic twins, the same-sex dizygotic twins and
sibling pairs, and all dizygotic twins and sibling pairs.
Biometrical twin analyses were performed.
Results: All analyses demonstrated familial resemblance for
sexual orientation. Resemblance was greater in the monozygotic
twins than in the dizygotic twins or in the dizygotic twins plus
nontwin siblings. Biometrical twin modeling suggested that
sexual orientation was substantially influenced by genetic
factors, but family environment may also play a role. No evidence
was found for a violation of the equal-environment assumption
regarding monozygotic and dizygotic twin pairs.
Conclusions: Familial factors, which are at least partly genetic,
influence sexual orientation. The results of these analyses
should be interpreted in the context of low statistical power and
the use of a single item to assess the complex phenotype of
sexual orientation.

***
BAILEY JM, PILLARD RC, NEALE MC, AGYEI Y 1993 --
HERITABLE FACTORS INFLUENCE SEXUAL ORIENTATION IN
WOMEN. ARCHIVES OF GENERAL PSYCHIATRY 50 (3): 217-23.

Homosexual female probands with monozygotic cotwins,
dizygotic cotwins, or adoptive sisters were recruited using
homophile publications. Sexual orientation of relatives was
assessed either by asking relatives directly, or, when this was
impossible, by asking the probands. Of the relatives whose
sexual orientation could be confidently rated, 34 (48%) of 71
monozygotic cotwins, six (16%) of 37 dizygotic cotwins, and two
(6%) of 35 adoptive sisters were homosexual. Probands also
reported 10 (14%) nontwin biologic sisters to be homosexual,
although those sisters were not contacted to confirm their
orientations. Heritabilities were significant using a wide range of
assumptions about both the base rate of homosexuality in the
population and ascertainment bias. The likelihood that a
monozygotic cotwin would also be homosexual was unrelated to
measured characteristics of the proband such as self-reported
history of childhood gender nonconformity. Concordant
monozygotic twins reported similar levels of childhood gender
nonconformity.

----------------------------

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/12/2002 16:30

> Manuel: Isso indica que sua namorada, como qualquer fêmea
>humana, é um animal neotênico, e que a sua sexualidade é
> uma de suas características neotênicas. :-)

Montadas invertidas ou homossexuais tbm ocorrem em
bovinos, cuniculideos, murinos...

[]s,

Roberto Takata








SUBJECT: Ligia sent you a Yahoo! Greeting
FROM: ligia5555@yahoo.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/12/2002 16:53

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SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/12/2002 19:52

--- Em ciencialist@y..., "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
<alvaro@l...> escreveu

> Ou a seis, já que, segundo Freud, o pai da mulher e a mãe do homem
também estão presentes. Não sei como cabe tanta gente na cama!

Manuel: Pois é, como é possível esse fenômeno físico que vai de
encontro ao Princípio da Exclusão de Pauli? Simples: os seis
parceiros jazem em estado de superposição quântica. :-)

Do mesmo modo, a Greta Garbo, a Madonna, a Anaïs Nin (amante de Henry
Miller e também da sua esposa), o Caetano Veloso, o Renato Russo e
muitos outros bissexuais que já assumiram essa condição são, todos
eles, *gatos de schrödinger* da sexualidade (a Greta Garbo e a
Madonna são mesmo gatíssimas, duas panteras, e o Caetano, segundo a
minha mulher, é um gato), isto é, são sistemas quânticos sexuais: um
cérebro de homem e outro de mulher na mesma caixa craniana, malgrado
tenham o resto do corpo sexualmente bem definido. Basta um observador
bonito, não importa se macho ou fêmea, lançar sobre eles um olhar
lascivo (ao gosto exigente deles) para a função-de-onda do hipotálamo
entrar em colapso nervoso.

Se a mulher tem uma estrutura cerebral de mulher; se o homem tem uma
estrutura cerebral de homem; e se o homossexual exclusivo é o que é
porque tem a estrutura cerebral - o hipotálamo - do sexo oposto,
então como explicar a existência de bissexuais praticantes, de homens
não feminilizados e mulheres não masculinizadas que sentem atração
sexual tanto por homens como por mulheres? (Saibam que muitos
bissexuais não assumem publicamente essa condição por medo de perder
seus/suas parceiro[a]s do sexo oposto.) Para salvar a teoria
fisicista da não-ambigüidade sexual, não há outra hipótese ad-hoc a
não ser essa: a hipótese da dualidade quântica. O problema é que,
para concordar com ela, vai ter que concordar também com a hipótese
maluca do Everett, aquela dos múltiplos mundos. quanto a mim, prefiro
orientar-me pelo critério de Ockham. Por isso, prefiro a teoria de
Freud.

E não pensem que bissexuais assumidos, praticantes e apostólicos
constituem um número reduzido que pode ser perfeitamente enquadrado
na margem de incerteza de qualquer lei determinística. Em todo o
mundo há, atualmente, 1.400 agremiações de bissexuais 'assumidos'; e
há algum tempo o hospital carioca Gaffré e Guinle, um centro de
referência nacional em AIDS, realizou uma pesquisa com 662 casais
heterossexuais em que se constatou que, nesta amostragem, *mais da
metade* dos maridos ou companheiros eram bissexuais praticantes. Isso
sem falar nos etoros, nos kraôs, nos siwas, nos sambias, nos maias,
nos hititas, nos gregos, nos cartagineses, nos romanos, nos gaúchos,
nos cariocas... Re re!

Sobre a 'mãe do homem' na cama com Madonna, bem, depois escreverei
sobre isso. Mas já adianto um fato interessante, pra vocês
elucubrarem antes de dormir: entre os chimpanzés e bonobos (mais uma
vez), a relação afetiva mãe-filho permanece por toda a vida, um
fenômeno raro entre os animais. Entre os bonobos, em que há uma co-
dominância de ambos os sexos (i.e., as fêmeas também podem ocupar
posição hierárquica privilegiada e, por isso, ter poder sobre muitos
machos), o status social que um indivíduo tem ou pode vir a ter
depende muito das influências que sua mãe tem na horda. É tráfico de
influência, é nepotismo em que a genitora figura como pistolão.
Aliás, nos arquivos da etologia há registros de chimpanzés semi-
adultos enciumados que não permitem que qualquer outro macho se
aproxime da sua mãe. Num desses casos documentados (estou procurando
a fonte), o macho juvenil foi acometido de morrinha - modorra - logo
após a morte da sua mãe e, dias depois, também veio a falecer.

Há quem diga que as idéias de Freud têm a sua validade circunscrita à
época vitoriana. Bem, eu não sabia que existiam bonobos vitorianos. :)

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/12/2002 21:14

Prezado Takata, (gostou do 'Prezado'? :-))

Manuel: Isso indica que sua namorada, como qualquer fêmea humana, é
um animal neotênico, e que a sua sexualidade é uma de suas
características neotênicas. :-)

Takata: Montadas invertidas ou homossexuais tbm ocorrem em bovinos,
cuniculideos, murinos...

Manuel: Bovinos são animais neotenizados pelo processo de
domesticação levado a cabo pelos homens. No caso deles, a sexualidade
ambígua seria uma exaptação: uma característica não selecionada, mas
que acompanha as selecionadas (vieram de brinde, inteiramente
grátis), porque os genes que determinam um comportamento desejável
para os criadores podem, ocasionalmente, determinar outros caracteres
fenotípicos, comportamentais.

Quanto aos ratos, esses são cobaias, criações de laboratório. É só
injetar uma super-dose de testosterona que a ratinha faz o que o
cientista quer, até mesmo mascar fumo enquanto coça os ovos. Se bem
que, no habitat natural, em caso de superpopulação, uma rata pode ter
esse comportamento. Mas só porque tal situação excita seu organismo a
prozudir quantidades extras de testosterona (o hormônio masculino do
prazer), o que faz com que ela passe a ter comportamento de macho.

No que diz respeito ao cunilídeos, bem, entre os 'Spalax', roedores
africanos que vivem em tocas (também conhecidos como ratos-toupeira
nus), as fêmeas são não só dominantes como a quantidade de
testosterona (o hormônio sexual masculino) em seu corpo é muito
superior a que se verifica entre os machos da sua espécie. "Somente a
enorme rainha e dois ou três machos reprodutores procriam. Os outros
machos e fêmeas, vez por outra, comprazem-se com um 'fuçar
anogenital', ou até atingem o clímax do ato sexual, mas cinco em cada
sete machos, quando chegam a ejacular, produzem apenas
espermatozóides mortos, inférteis." (Paul W. Sherman, Jenifer U.M
jarvis e Richard D. Alexander; The Biology of the Naked Mole-Rat:
Monographs in Behavior and Ecology, Princeton University).

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: curriculo.
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/12/2002 21:51

Quem me informa a diferença entre o Roberto Amaral, o escolhido ministro para a C&T e o Sérgio Resende, indicado pela SBPC?

sds.,

silvio


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/12/2002 21:52

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...>
> Para salvar a teoria fisicista da não-ambigüidade sexual, não
> há outra hipótese ad-hoc a não ser essa: a hipótese da
> dualidade quântica.

Aqui vc esta' sendo melodramatico, pra nao dizer caricatural.
Ha' varias hipoteses q. poderiam ' salvar' a hipotese de uma
determinacao estrita da sexualidade humana -- lembremos q.
nao e' de todo modo a hipotese defendida por mim ou mesmo
pelos autores dos artigos citados por mim (bem, talvez haja
um ou outro louco no meio).

Uma delas e' q. a sexualidade nao e' uma funcao unica, mas
modulada -- ha' indicios q. suportariam essa suposicao -- o
fator ambiente ou a interacao com certos genes poderiam levar
a uma variedade de combinacoes de estados desses modulos.

A outra, nao mutuamente exclusiva com a primeira, e' q. o
ambiente nao tem um efeito de tudo ou nada, mas uma acao q.
pode modular o fenotipo da sexualidade.

A teoria de Freud realmente nao me parece a mais economica.
Ja' q. teriamos q. descartar toda aquela sorte de observacoes
sobre a influencia da exposicao hormonal ainda no ambiente
uterino, no resultado do indice de concordancia entre os
gemeos mono e dizigoticos, etc. Ou fazer uma volta bastante
grande para acomoda'-los.

Bonobos, bovinos, coelhos, ratos, etc... nao vao contra a
hipotese de um default heterossexual (bem verdade q. tbm nao
vai contra um default feminino ou masculino ou assexual ou
mesmo como a sua proposta de bissexualidade).

Na hipotese q. defendo, a multifatorial com participacao
genetica -- q. em principio nao e' incompativel com o default
bissexual de todo modo -- do condicionamento da orientacao
sexual humana -- q. e' apenas uma faceta da sexualidade
humana -- a existencia de homossexuais q. de resto se
comportam de acordo com o esperado de seu sexo
cromossomico nao e' algo q. foge 'a explicacao e nem
necessita de explicacoes acessorias (ou menos nao de
explicacoes muito especiais) -- mesmo qdo se assume um
default da heterossexualidade.

> mundo há, atualmente, 1.400 agremiações de bissexuais
>'assumidos';

E qual o contingente total?

(Ha' um numero bem maior de agremiacoes politicas, mas a
proporcao de ativistas politicos e' muito menor do q. os nao sao
ativistas, talvez menor mesmo q. a dos q. nao gostam de
ativismo politico. Ha' um numero tbm maior de agremiacoes de
carater cientifico no mundo.

Nao sei quao confiavel e' a estimativa, mas alguns dizem q, ha'
cerca de 30 milhoes de filatelistas no mundo todo:

http://www.abacusemedia.com/content.asp?ca=1&st=85

O q. esse numero quer dizer? Talvez nao muita coisa.)

> referência nacional em AIDS, realizou uma pesquisa com 662
>casais heterossexuais em que se constatou que, nesta

Obviamente um levantamento entre os soropositivos nao e' uma
amostra fiel da sociedade. Seria preciso fazer a suposicao de q.
a Aids atinge equitativamente todos os grupos
socio-economicos. O q. nao e' verdade: ainda q. nao se possa
mais falar em grupos de risco.

(Considerando-se q. o sexo anal e' mais propenso a transmitir
o HIV do q. o sexo vaginal, considerando-se q. sexo
monogamico reduz em muito o risco de contagio e outras
consideracoes, nao e' surpreendente q. haja uma boa fracao de
bissexuais -- precisamos ainda descontar a fracao de
homossexuais nessa amostra, considerados como bissexuais
apenas em virtude de serem casados e terem filhos -- nessa
amostra.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/12/2002 22:17

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...>
> Manuel: Bovinos são animais neotenizados pelo processo de
> domesticação levado a cabo pelos homens.

Ocorre com cervideos tbm.

> Quanto aos ratos, esses são cobaias, criações de laboratório.

Freud nao vai ao laboratorio?

> No que diz respeito ao cunilídeos, bem, entre os 'Spalax',
> roedores africanos que vivem em tocas (também conhecidos

Cuniculideos sao Lagomorpha e nao Rodentia. (Apesar da
suposta proximidade genetica entre as duas ordens.)

A montagem invertida ocorre com coelhos selvagens.

De vez em qdo se formam casais do mesmo sexo com aves
como psitacideos. E ha' comportamentos homossexuais tbm
em drosofilas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RNA binário, origem da vida? - Salvador Nogueira
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/12/2002 23:49


JC e-mail 2187, de 23 de Dezembro de 2002.
< http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=6879 >

RNA binário pode ter sido origem da vida

Molécula criada em laboratório manteve capacidade de reação mesmo quando codificada em apenas duas 'letras'

Salvador Nogueira escreve para a 'Folha de SP':

A dupla não ousa afirmar que foi assim que aconteceu, mas John Reader e Gerald Joyce, do The Scripps Research Institute, em La Jolla, Califórnia (EUA), acabam de demonstrar que a vida pode ter surgido a partir de moléculas de RNA codificadas como os programas de computador -em simples linguagem binária.

A idéia de que o RNA (ácido ribonucléico), o 'primo pobre' do DNA (ácido desoxirribonucléico), foi o responsável pelo surgimento dos primeiros seres vivos já circula há várias décadas. É a chamada hipótese do 'mundo de RNA', que aposta tudo na versatilidade dessas moléculas.

Ao contrário do famoso e sofisticado DNA, com sua fita dupla em forma de escada torcida, o RNA é composto por uma única sequência de 'letras'. E essa simplicidade se traduz em atitude.

Diferentemente do pomposo DNA, que se contenta com a função de ser o guardião da informação genética dos organismos, o RNA é muito mais ativo no metabolismo celular. Além de transmitir informações provenientes do DNA, ele até atua em reações químicas, uma função normalmente delegada a proteínas -as substâncias criadas a partir das receitas contidas no material genético.

Daí a aposta no 'mundo de RNA'. Mas ainda havia um problema com essa hipótese. A citosina, uma das 'letras' do RNA (e do DNA), é instável e pode até ter faltado no caldo primordial em que a vida primeiro floresceu. Há quase 40 anos, Francis Crick (um dos decifradores da estrutura da molécula de DNA, junto com James Watson) propôs que as moléculas primordiais de RNA não teriam quatro bases, mas duas.

Faltava provar que uma molécula assim servia. Foi o que fizeram Reader e Joyce. Eles partiram de uma molécula de RNA conhecida, capaz de agir na catalisação (aceleração) de uma reação química. Foram alterando-a até que tivesse só duas bases.

'Apesar de ter apenas duas bases, ela continha informação suficiente para causar a catálise', diz Reader. O estudo da dupla saiu publicado na revista 'Nature'.
(Folha de SP, 23/12)



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] curriculo.
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/12/2002 02:35

At 20:51 23/12/02 , you wrote:
>Quem me informa a diferença entre o Roberto Amaral, o escolhido ministro
>para a C&T e o Sérgio Resende, indicado pela SBPC?
>
>sds.,
>
>silvio


DEVE TER SETE DIFERENÇAS.
UMA... É QUE UM É AMIGO E PARCEIRO DO GAROTINHO.

L.E.


SUBJECT: Re: Sheldrake e os Cupins
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/12/2002 09:55

Olá. Obrigado por enviar o livro. É uma leitura importante para
alguém que resolva retomar esses experimentos.

> O problema das teorias de Sheldrake foi que ele inicialmente foi
muito confiante e generalizou por demais considerando verdadeiras
historias como o "Mito do centésimo macaco", historia que
supostamente demonstrava a ressonância mórfica entre macacos e
posteriormente foi uma mentira confessa

Algo me incomoda nesses cientistas alternativos. Eles parecem
apresentar uma certa falta de rigor. Sheldrake é um dos mais
rigorosos, mas mesmo assim ele dá umas escorregadas. Esses caras
deveriam ser mais rigorosos, e não menos, que o "mainstream."

Seja como for, das duas uma: Ou tudo isso é uma armação gigantesca,
construída para enganar as pessoas para adquirir fama e dinheiro, ou
a ciência está próxima a uma grande revolução conceitual, que só não
ocorreu por conservadorismo. Como em 1600, quando o sistema
heliocêntrico já estava circulando, mas as pessoas continuavam
acreditando no sistema geocêntrico.

O que me impressiona, como já coloquei, é que diante da radicalidade
da situação as pessoas estejam tão calmas. Deveriam estar surgindo
pesquisadores por todas as partes do mundo investigando cupinzeiros e
outras coisas do gênero de forma obsessiva, em busca de fama,
pioneirismo, poder e dinheiro. Assim como na década de 50 os
cientistas estavam desesperados atrás do DNA, ou no fim do século XIX
eles estavam atrás do elétron. Se o que aquele livro diz está certo,
então o sucesso é garantido. Então por que ninguém se interessa?

Dizem que a civilização greco-romana não deu origem à revolução
industrial porque ela apresentava uma surpreendente falta de
interesse pelas tecnologias. O moinho d'água, por exemplo, foi
inventado pelos greco-romanos, mas só foi usado pela civilização
medieval. Talvez algo assim possa explicar porque nós não fazemos uma
revolução que está na nossa cara. Pode ser cultural.




SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/12/2002 18:00

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...>
> > Manuel: Bovinos são animais neotenizados pelo processo de
> > domesticação levado a cabo pelos homens.
>
> Ocorre com cervideos tbm.

Manuel: Como muitos outros mamíferos gregários, muito provavelmente
são animais com um grau razoável de neotenização. Entre os mamíferos,
o gregarismo é muitas vezes resultado da neotenia.

> > Quanto aos ratos, esses são cobaias, criações de laboratório.
>
> Freud nao vai ao laboratorio?

Manuel: Freud trabalhou como pesquisador no Hospital Geral de Viena.
E como neurologista, realizou pesquistas em laboratório com animais.
Mas o que quis dizer é que, em laboratório, muitos resultados podem
ser forjados. O que é de se esperar quando se injeta grande
quantidade de testosterona numa rata?

> A montagem invertida ocorre com coelhos selvagens.

Entre coelhos, ratos e muitos outros animais, condições de
superpopulação provocam alterações hormonais nos indivíduos, e, por
via disto, modificação do comportamento padrão, sobretudo o sexual.

[]s,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/12/2002 22:52

Oi,

Manuel: Para salvar a teoria fisicista da não-ambigüidade sexual,
não há outra hipótese ad-hoc a não ser essa: a hipótese da
dualidade quântica.

Takata: Ha' varias hipoteses q. poderiam ' salvar' a hipotese de
uma determinacao estrita da sexualidade humana ... Uma delas e' q. a
sexualidade nao e' uma funcao unica, mas modulada -- ha' indicios q.
suportariam essa suposicao -- o fator ambiente ou a interacao com
certos genes poderiam levar a uma variedade de combinacoes de estados
desses modulos.

Manuel: Sobre o caráter modular da sexualidade humana, em outra
mensagem falei que a disposição bissexual ou bissexualidade biológica
não implica em co-dominância de ambas as orientações sexuais: a
masculina e feminina; que é normal que haja tendência dominante; que
a dominância, dependendo de fatores genético-constitucionais e
culturais, pode ser forte ou fraca; que, conforme Freud, no indivíduo
adulto que teve um desenvolvimento normal ('normal' na acepção de uma
cultura que propugna a heterossexualidade exclusiva) permanece
um 'resíduo' da sexualidade oposta, salvo raras exceções de natureza
patológica cujo principal sintoma é a incapacidade de manter
relacionamentos sociais (Asperger notou que há, no indivíduo autista,
uma combinação de traços de personalidade que representa 'o limite
extremo do caráter masculino'); que esse resíduo de feminilidade (no
homem) e de masculinidade (na mulher) manifesta-se no relacionamento
heterossexual e, de uma forma desgenitalizada, entre os indivíduos do
mesmo sexo; que é esse 'resíduo' que fornece a base neuroquímica
sobre a qual o indivíduo irá desenvolver relacionamentos sociais (em
que há cooperação e hierarquia) com outros do mesmo sexo; que a
orientação sexual no adulto, embora mais rígida, não perde totalmente
a sua flexibilidade, podendo mesmo haver inversões tardias da
orientação sexual.

Takata: A teoria de Freud realmente nao me parece a mais economica.
Ja' q. teriamos q. descartar toda aquela sorte de observacoes sobre a
influencia da exposicao hormonal ainda no ambiente uterino, no
resultado do indice de concordancia entre os gemeos mono e
dizigoticos, etc. Ou fazer uma volta bastante grande para acomoda'-
los.

Manuel: Na verdade, a teoria de Freud não descarta nenhuma dessas
observações nem faz voltas para acomodá-la. Freud não é um
desses 'psicologistas' segundo os quais todos os distúrbios mentais
são inteiramente psicogênicos. Nem mesmo sua explicação do
homossexualismo exclusivo é monocausal, embora ele defenda que, em
muitos casos, as causas psicológicas são mais determinantes (segundo
as próprias palavras de Freud, <<ela [a psicanálise] jamais sonhou
tentar explicar `tudo'>>). Já que a determinação genética é apenas
estatística (e mais nos homens que nos animais), um indivíduo com
predisposição genética para o homossexualismo (caso existam mesmo
esses genes da viadagem) não se tornará inevitavemente um gay. Talvez
ele apenas se torne um homem heterossexual mais feminino no trato com
as mulheres e um desses amigos que adoramos e com os quais nos
casaríamos caso tivessem nascido mulher. Do mesmo modo, homens que
não possuem tal predisposição genética podem muito bem virem a se
tornar homossexuais exclusivos por fatores culturais e psicológicos.

E certamente, nas experiências que você cita, casos desse tipo
aparecem, malgrado o menor grau de probabilidade.

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: cabe processo???
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: "Leo Vines" <postmaster@str.com.br>
CC: <noosfera@yahoogrupos.com.br>, "ágora" <a_gora@yahoogrupos.com.br>, Acrópolis <acropolis@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/12/2002 01:50

Leo:

Será que algum advogado pode responder à seguinte pergunta:

1. É crime alguem ter em seu poder objetos que foram objetos de roubo e de furto e, tendo completo conhecimento dos fatos, os retem em seu poder e inclusive se recusa a devolve-los aos legítimos donos?

Será que existem leis no direito internacional que consideram tais fatos, crime de ação pública?

2. Caso estes fatos sejam crime será que alguma entidade se propõe denunciar o papa chefe da igreja católica romana como ladrão, no Tribunal Internacional de Haia, por reter objetos que sabidamente foram furtados/roubados por outras pessoas e que doaram esses objetos como adornos para os prédios e praças e obras de arte para os museus do vaticano?
E pedir a condenação que implicaria a devolução dos objetos aos países de origem, aàs custas do vaticano e um pedido formal de desculpas ao povo e ao governo do país expoliado.

3. Uma pesquisa aqui no Brasil, possivelmente encontrará atos infracionais similares, o que tambem poderia dar origem a uma ação penal.

Não tenho dinheiro pra pagar advogado mas, com gosto, assino a denúncia.

É preciso lutar!!!!


silvio cordeiro.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles-COMPLEMENTO
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/12/2002 09:04

(Complementando a mensagem anterior)

Takata: A teoria de Freud realmente nao me parece a mais economica.
Ja' q. teriamos q. descartar toda aquela sorte de observacoes sobre a
influencia da exposicao hormonal ainda no ambiente uterino, no
resultado do indice de concordancia entre os gemeos mono e
dizigoticos, etc. Ou fazer uma volta bastante grande para acomoda'-
los.

Manuel: Na verdade, a teoria de Freud não descarta nenhuma dessas
observações nem faz voltas para acomodá-la. Freud não é um
desses 'psicologistas' segundo os quais todos os distúrbios mentais
são inteiramente psicogênicos. Nem mesmo sua explicação do
homossexualismo exclusivo é monocausal, embora ele defenda que, em
muitos casos, as causas psicológicas são mais determinantes (segundo
as próprias palavras de Freud, <<ela [a psicanálise] jamais sonhou
tentar explicar `tudo'>>). Já que a determinação genética é apenas
estatística (e mais nos homens que nos animais), um indivíduo com
predisposição genética para o homossexualismo (caso existam mesmo
esses genes da viadagem) não se tornará inevitavemente um gay. Talvez
ele apenas se torne um homem heterossexual mais feminino no trato com
as mulheres e um desses amigos que adoramos e com os quais nos
casaríamos caso tivessem nascido mulher. Do mesmo modo, homens que
não possuem tal predisposição genética podem muito bem virem a se
tornar homossexuais exclusivos por fatores culturais e psicológicos.

E certamente, nas experiências que você cita, casos desse tipo
aparecem, malgrado o menor grau de probabilidade.

Alguns oligofrênicos (retardados mentais) o são por razões
exclusivamente genéticas, mas muitos outros, talvez a maioria,
apresentam QI muito abaixo da média devido a fatores extra-genéticos:
a subnutrição ou o alcoolismo da gestante podem ter determinado a sua
olifogrenia, ou então o estado de subnutrição do próprio indivíduo
durante a infância. Carência afetiva é, também, um fator determinante
do subdesenvolvimento mental.

O comportamento autístico na criança é também multicausal. E,
dependendo do fator que o gerou, o autista pode ser enquadrado numa
ou noutra subcategoria: síndrome de Kanner, síndrome de Asperger e
autismo psicogênico (resultante de privações psicossociais).

Quanto à inversão total da orientação sexual, idem. Por razões
genético-constitucionais, é muito mais provável que, num homem, a
orientação sexual dominante seja a masculina (ativa) e, na mulher, a
feminina (passiva). Inversões totais da sexualidade podem ocorrer sem
a presença de um fator genético extra, mas admite-se que fatores
dessa natureza tornem o indivíduo mais propensos a tais inversões.
Que gene é esse cuja existência é inferida do resultado do índice de
concordância entre gêmeos mono e dizigóticos? Bem, a hipótese do
homossexualismo como herança materna através do cromossomo X foi
derrubada por pesquisas mais recentes, realizadas no Canadá por
George Rice e sua equipe. Talvez o índice seja alto não tanto por
razões genéticas, mas porque, nos casos em que os irmãos cresceram no
mesmo ambiente familiar, foram eles submetidos ao mesmo tipo de
tratamento. Ademais, é possível que, em muitos casos, os genes da
propensão homossexual nada mais seja que os genes da beleza: mulheres
belas dão à luz meninos belos, com aqueles traços fisionômicos que
tornam as mulheres criaturas encantadoras, traços esses mais nítidos
e visíveis na infância. Isso faz com que as pessoas os tratem mais
como meninas. Na puberdade, estão eles mais sujeitos ao assédio
masculino, e a percepção de que são 'desejados' por outros homens
fortalece, por sua vez, seus desejos homossexuais passivos. Dizer que
os genes da beleza são os genes do homossexualismo é o mesmo que
dizer que os genes da baixa estatura é o gene do joqueísmo (os
jóqueis devem ser homens pequenos, mas poucos homens pequenos são
jóqueis).

De resto, as observações e resultados citados pelo Takata não dizem
absolutamente nada a respeito de um certo tipo de homossexualismo
exclusivo, o caso das 'fadas' e dos 'bofes', isto é, mulheres
homossexuais exclusivamente passivas e homens homossexuais
exclusivamente ativos (homens que apenas 'comem' outros homens - eles
nunca 'dão' - e não sentem desejo por mulheres).

Para terminar, cito mais uma vez a frase de Freud: "A psicanálise
jamais sonhou explicar TUDO." (Críticas e Más Interpretações da
Psicanálise)

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Fw: dicas para pintura
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/12/2002 10:15

Help.
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: <cavassa.diniz@globo.com>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: terça-feira, 24 de dezembro de 2002 19:53
Assunto: dicas para pintura




Olá Luiz,
antes de qualquer coisa, parabéns pelo seu sucesso,
seu site muito bem elaborado, e seu apoio e compartilhamento
de seus conhecimentos. Eu preciso de uma ajuda sua. Sou, não
só artista plástico, mas muito curioso e meticulo. Gostaria de
saber se é possível eu fazer artezanalmente um pigmento fosfores-
cente (blenda) com variadas cores. E também se um produto imper-
meabilizante, (preferivelmente natural, com produtos comuns) que
eu pudesse usar como base de fundo na tela para pintura à óleo.
Muito obrigado,
Fernando Diniz.




SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Infrasons ==> Audiveis
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/12/2002 10:29

Alguém tem alguma sugestão?

Pensei em um dispositivo que recebendo o infra-som tenha a propriedade de multiplicar por 2 todas as freqüências pertencentes ao infra-som; desse modo 'ouviríamos' o segundo harmônico de todas as freqüências que originam o infra-som. Se as freqüências originais forem muito baixas, talvez multiplicar por 3.
Isso seria algo equivalente a pedir para alguém tocar uma música sempre uma oitava acima da original.
Resolveria?
[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Emerson de Castro Velloso
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: terça-feira, 24 de dezembro de 2002 19:20
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -



Caro Professor,

Como posso criar um circuito para transformar infrasom quase audível em som perfeitamente audível.
É possível construir um aparelho para ouvir as ondas mecânicas que certos animais emitem (infrasom)? Como posso construir um sem muita sofisticação? Enfim, como detectar o infrasom e transformá-lo em som audível?

Desde já agradeço,

Emerson



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/12/2002 14:19

Oi,

Takata: De resto, para que haja determinação pela cultura, tem que
haver uma relativa indeterminação biológica ou genética.

Takata: Na verdade nao. Basta o componente ambiental/cultural
sobrepor-se a condicionamentos geneticos. Uma caricatura: Michael
Jackson e' branco -- sua pele e' pouco melanizada.

Manuel: Mas para que haja desenvolvimento cultural autônomo (processo
de retroalimentação em que o indivíduo que produz cultura é, por sua
vez - em larga medida -, um produto da cultura), tem que haver uma
sobredeterminação 'originária' do fator cultural, o que só é possível
quando o condicionamento genético é fraco ou quando as funções
orgânicas são pouco especializadas.

Por que a evolução cultural deslanchou entre os humanos e não entre
os chimpanzés, que também têm uma cultura? Primeiro, porque o
desempenho dos chimpanzés como 'artefatos' de produzir cultura é
insuficiente; e, segundo, porque são organismo ainda muito
especializados e, por isso, refratários a uma modelagem pela cultura.
O homem, relativamente ao chimpanzé, possui muito menos
especializações ou adaptações.

Manuel: Há, sim, uma disposição humana para o suicídio.

Takata: Nao como uma tentencia. Apenas uma eventual possibilidade.

Manuel: O que distingue o possível do impossível? A 'disposição' para
realizar-se sob determinadas circunstâncias. Potência é tendência.

Já ouviu falar naquele dito popular segundo o qual 'o proibido é mais
gostoso'?

Takata: cade a tendencia humana ao homicidio? A maioria das pessoas
qdo tem fome, comem. Apenas algumas pessoas qdo sentem vontade de
esganar alguem o fazem -- mesmo qdo nao ha' possibilidade de ser
descoberta.

Manuel: Não o fazem porque interiorizaram normas ou interdições
morais e temem o remorso ou arrependimento, interdições estas que só
existem porque há um estado de ambivalência emocional: uma tendência
conforme o 'dever ser' e uma tendência subjacente contrária.

Takata: Nao e' muito mais simples pensar q. nao ha' tendencias
homicidas e q. apenas em circunstancias determinadas: pressoes do
ambiente, desvios de conduta e afins -- a pessoa acabe matando?

Manuel: Bem, infelizmente os homens não são tão racionais como se
supõe, e não compartilho a crença romântica segundo a qual o homem é
naturalmente bom e que é o meio que o torna mal. Também não acho que
ele seja mal por natureza. Ele é apenas ambivalente, e as normas
morais e jurídicas existem para reforçar suas tendências socialmente
desejáveis. Como a guerra sempre foi uma endemia entre os homens e
representa, ainda hoje, uma possibilidade que exige um permanente
estado de alerta, é natural que a sociedade incentive nos indivíduos,
por meio do culto ao herói guerreiro e suas façanhas, aquilo que
constitui a 'vocação' militar, que faz o soldado gostar do que faz,
aquela pulsão que confere ao guerreiro maior performance como máquina
de matar: a agressividade homicida desencadeada pela testosterona (o
hormônio do orgasmo), o belicismo como atividade lúdica e prazerosa,
o desejo de matar. Por isso que filmes que glamourizam a máfia e a
bandidagem em geral, em que os protagonistas são foras-da-lei
bonzinhos (os do Coppola, do Tarantino, etc.) fazem enorme sucesso;
por isso que as pessoas idolatram justiceiros matadores, como aquele
personagem do Charles Bronson do filme 'Desejo de Matar', Rambo,
Cobra, etc. Por isso que a maioria das pessoas defende a pena de
morte.

A pulsão da morte é, em certas ocasiões, socialmente desejável. Por
isso é que ela deve estar o tempo todo 'disponível'.

Takata: Mal comparando, seria como imaginar q. ha' uma tendencia da
pedra em subir (descontada a questao da rotacao da terra) e q apenas
nao sobe por causa da gravidade.

Manuel: Não há termos de comparação. Leis naturais são uma coisa,
leis do 'dever ser' não outra coisa totalmente distinta.

Takata: Voce so' pode falar em semelhanca na medida em q. prova q.
existe tto em um como em outro. Nao pode usar a existencia em um para
inferir a existencia em outro.

Manuel: Freud teorizou sobre a disposição bissexual da espécie humana
com base em seu material clínico e outros dados empíricos e
historiográficos acerca do comportamento humano. Sua teoria não é uma
inferência do que ocorre nos bonobos, até porque, quando ele esboçou
sua teoria, não se tinha conhecimento da existência desses primatas
(se não me engano, os bonobos foram observados pela primeira vez em
1920) e a etologia, ciência do comportamento animal, sequer tinha
sido criada.

Mas as semelhanças são tantas, tão similares entre essas duas
espécies são também as correlações entre os traços semelhantes (p.
ex., a correlação entre cooperação e comportamento homossexual) e tão
grande é a proximidade biológica entre bonobos e humanos (há quem
diga que os bonobos poderiam ser classificados no gênero 'Homo' sem
problema) que é impossível não tirar disso qualquer conclusão. É
preciso ter um desprezo muito grande (um desdém metapopperiano!) pela
lógica indutiva para não considerar ou negligenciar totalmente essa
tão nítida regularidade de comportamento interespecífica. Se essas
semelhanças não servem como critério de verdade, servem muito bem
como critério de escolha entre diversas explicações para o mesmo
fenômeno.

A maior diferença entre bonobos e humanos (aquilo que não permite aos
primeiros serem qualificados no gênero Homo) é, ao meu ver, terem
eles um poder de abstração e de simbolização muito aquém do nosso.
Por essa razão, são os bonobos incapazes de fazer da linguagem e do
raciocínio lógico um meio de auto-engano, um mecanismo de defesa do
ego. Os bonobos, ao contrário dos homens, não podem 'racionalizar',
não podem esquivar-se aos fatos tecendo em torno de si uma teia
simbólica.

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Infrasons ==> Audiveis
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/12/2002 18:12

Olá Léo!

Gravadores antigos, aqueles com fita de rolo podem resolver essa
questão: basta gravar os tais infra-sons e rodar a fita em rotação
acima da normal. Bem, normalmente é isso o que utiliza-se
para "ouvir" infra-sons.

Beijos, Lígia

**************************************

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Alguém tem alguma sugestão?
>
> Pensei em um dispositivo que recebendo o infra-som tenha a
propriedade de multiplicar por 2 todas as freqüências pertencentes ao
infra-som; desse modo 'ouviríamos' o segundo harmônico de todas as
freqüências que originam o infra-som. Se as freqüências originais
forem muito baixas, talvez multiplicar por 3.
> Isso seria algo equivalente a pedir para alguém tocar uma música
sempre uma oitava acima da original.
> Resolveria?
> []'
>
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: Emerson de Castro Velloso
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: terça-feira, 24 de dezembro de 2002 19:20
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -
>
>
>
> Caro Professor,
>
> Como posso criar um circuito para transformar infrasom quase
audível em som perfeitamente audível.
> É possível construir um aparelho para ouvir as ondas mecânicas que
certos animais emitem (infrasom)? Como posso construir um sem muita
sofisticação? Enfim, como detectar o infrasom e transformá-lo em som
audível?
>
> Desde já agradeço,
>
> Emerson
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Direita canalha
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/12/2002 21:17

(E esse imbecis tentam se legitimar com o argumento de que a esquerda
é autoritária e golpista.)

Clóvis Rossi: O sequestro da democracia
da Folha de S.Paulo

No sábado, o jornal venezuelano "El Nacional" publicou charge em que
o presidente Hugo Chávez é retratado como "Baby Doc", o nefando
ditador haitiano da dinastia Duvalier.

É parte de uma campanha para torcer os fatos e mostrar o presidente
como um tirano. O que, por sua vez, justificaria sua remoção.

Chávez pode ser tudo o que se quiser, mas não é um tirano. Fatos:
1 - Sua eleição e posterior revalidação do mandato, devido à nova
Constituição, foram legítimas.
2 - O Legislativo está aberto e funciona normalmente. Nele, Chávez
tem apenas tênue maioria (87 de 165 parlamentares).
3 - Se o Judiciário fosse mero apêndice do "chavismo", não teria
inocentado os militares que participaram do golpe de 11 de abril, que
o afastou por 47 horas.
4 - A liberdade de imprensa é tão absoluta que beira a libertinagem.
Que tirano aguentaria cinco minutos de críticas ferozes e xingamentos
nos meios de comunicação?
Chávez aguenta o dia inteiro uma barragem de propaganda negativa, de
distorções de fatos e de unilateralismo (a versão oficial mal
aparece), em todos os cinco canais privados e em nove dos dez
principais jornais.
5 - A liberdade de manifestação é tanta que há marchas oposicionistas
dia sim, o outro também.

É verdade que houve mortos em duas dessas manifestações (na véspera
do golpe de abril e agora, em dezembro). Mas não está claro quem
atirou, se comandos governistas ou oposicionistas (ou ambos).

O que está se fazendo na Venezuela parece muito com o que se fez no
Chile contra Salvador Allende. Sabe-se o que veio depois: um tirano,
aí sim, que hoje não pode sair do país sob pena de ser preso como
genocida.

Se funcionar com Chávez, pode funcionar com qualquer outro presidente
legitimamente eleito.




SUBJECT: [ciencialist]: Teoria da complexidade e equilibrio pontuado
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/12/2002 00:22

Voltei à lista por enquanto.



Gostaria de saber se alguém aqui conhece as idéias de Stuart Kauffman sobre a relação existente entre a teoria da complexidade e o equilíbrio pontuado de Jay Gould. Principalmente no que diz respeito ao aparente florescimento repentino de diversas linhas filogenéticas no período Cambriano.

Gostaria de saber se alguém tem alguma opinião no que toca ao crescimento endocraniano humano. Explicando: A evolução do cérebro dos Hominidae é totalmente anormal - para não dizer aberradora - do ponto de vista temporal. Em um período geologicamente curto - aproximadamente 3,5 milhões de anos - o cérebro quase triplicou de tamanho e peso. Foi de 450 ml nos australopitecos para 1.350 ml no Homo sapiens. Dos primeiros macacos Hominidae a certos grupos Hominoidea precedentes, cerca de 12 milhões de anos se passaram sem modificações relevantes na capacidade endocraniana média, como atestam as pesquisas de índice de encefalização de H. J. Jerison. O aumento da capacidade encefálica pós-australopiteco é, talvez, a modificação evolutiva mais rápida que se tem conhecimento.

Gostaria de saber a opinião dos listeiros sobre pretensos 4 mecanismos não classicamente darwinianos que estariam presentes no processo de evolução das espécias: mudança de pico, teoria da complexidade, co-evolução e evolução neutra. (Exluíndo a influência do acaso - não do acaso no que toca às mutações, mas sim no que tange à deriva gênica - e das teorias de fusão simbiótica/mutualística de Lynn Margulis.) E sobre a preponderancia da complexidade em relação a esses mesmos mecanismos e - talvez - em relação aos próprios mecanismos de seleção clássicos.

Gostaria de saber a opinião dos listeiros sobre as teorias de seleção de grupo de Eldredge - e outros. Mas tenho especial interesse por Eldredge - e sobre a validade da refutação matemática da seleção de grupo de George Willians.

E, por fim, gostaria de saber a opinião dos listeiros sobre as pretensas - possíveis ou não - relações entre teoria da complexidade, teoria do caos, teoria da informação de Shannon.

Sei que pode parecer muita coisa. Não peço uma tese. Só observações.

Grato.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Heisenbug, Bohr bug, Mandelbug, Schroedinbug
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/12/2002 02:52

Nomes curiosos para bugs de computador:

- Heisenbug
[from Heisenberg's Uncertainty Principle in quantum physics] A bug
that disappears or alters its behavior when one attempts to probe or
isolate it;

- Bohr bug
[from quantum physics] A repeatable bug; one that manifests reliably
under a possibly unknown but well-defined set of conditions. Antonym
of heisenbug;

- Mandelbug
[from the Mandelbrot set] A bug whose underlying causes are so
complex and obscure as to make its behavior appear chaotic or even
non-deterministic.

- Schroedinbug
[MIT: from the Schroedinger's Cat thought-experiment in quantum
physics] A design or implementation bug in a program that doesn't
manifest until someone reading source or using the program in an
unusual way notices that it never should have worked, at which point
the program promptly stops working for everybody until fixed. Though
(like bit rot) this sounds impossible, it happens; some programs have
harbored latent schroedinbugs for years.

http://c2.com/cgi/wiki?HeisenBug
http://www.tuxedo.org/~esr/jargon/html/entry/heisenbug.html

[]s

MK



SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/12/2002 13:13

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...>
> > Ocorre com cervideos tbm.
>
> Manuel: Como muitos outros mamíferos gregários, muito
provavelmente

Cervideos sao gregarios? Cervideos sao neotenicos?

> Mas o que quis dizer é que, em laboratório, muitos resultados
>podem ser forjados. O que é de se esperar quando se injeta
>grande quantidade de testosterona numa rata?

Talvez o mesmo q. deixar o paciente perturbado deitado em um
diva falando livremente...

> Entre coelhos, ratos e muitos outros animais, condições de
> superpopulação provocam alterações hormonais nos
>indivíduos, e, por via disto, modificação do comportamento
>padrão, sobretudo o sexual.

Coelhos podem montar invertido tbm em condicoes de
populacao normal.

Mas olha o hormonio agindo ai'. Fico imaginando se a Timina
q. pareia erradamente com a Citosina tbm tem tendencias
bissexuais ou e' neotenica.

Mas engracado clamar por neotenia para tal comportamento
ocasionalmente erratico: filhotes de especies proximas
(possiveis equivalentes dos ancestrais) geralmente nao
apresentam tal comportamento.

Uma outra alternativa seria simplesmente um sinal errado
entrando no sistema causando o erro de identificacao.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/12/2002 13:24

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...>
> Manuel: Sobre o caráter modular da sexualidade humana, em
>outra mensagem falei que a disposição bissexual ou
>bissexualidade biológica não implica em co-dominância de
>ambas as orientações sexuais: a masculina e feminina; que é
>normal que haja tendência dominante;

Ha' varios indicios q. apontam para uma especie de
pre-orientacao da sexualidade devido a fatores presentes ainda
na vida uterina. A existencia de um default 'a heterossexualidade
continua me parecendo bem consistente com os dados.

> adulto que teve um desenvolvimento normal ('normal' na
> acepção de uma cultura que propugna a heterossexualidade
>exclusiva)

Conforme Ronaldo apontou, mesmo em sociedades q.
propugnam a homossexualidade como um processo normal
nao ha' predominancia de homossexuais ou bissexuais
exclusivos. Segundo o q. vc postou, os proprios guerreiros
Sambias relatam achar o sexo com mulheres mais prazeroso.

> Nem mesmo sua explicação do homossexualismo exclusivo
>é monocausal

E' o q. eu quero dizer qdo falo q. a determinacao da orientacao
sexual aparentemente e' multifatorial.

> Já que a determinação genética é apenas
> estatística (e mais nos homens que nos animais), um
> indivíduo com predisposição genética para o
> homossexualismo (caso existam mesmo
> esses genes da viadagem) não se tornará inevitavemente um
> gay. Talvez ele apenas se torne um homem heterossexual
> mais feminino no trato com as mulheres e um desses
> amigos que adoramos e com os quais nos
> casaríamos caso tivessem nascido mulher. Do mesmo
> modo, homens que não possuem tal predisposição genética
> podem muito bem virem a se tornar homossexuais exclusivos
> por fatores culturais e psicológicos.

E ai' caimos no default ontogenetico ' a heterossexualidade
como regra.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles-COMPLEMENTO
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/12/2002 13:31

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...>
> Para terminar, cito mais uma vez a frase de Freud: "A
>psicanálise jamais sonhou explicar TUDO." (Críticas e Más I

O problema e' qdo explica muito pouco ou, pior ainda, nada.
Nao q. a psicanalise se encaixe em um outro.

De todo modo na questao exclusiva da orientacao sexual,
parece haver bons indicios de q. haja um default ontogenetico 'a
heterossexualidade. Em alguns individuos esse default pode
estar alterado -- talvez ate' ao bissexualismo -- devido a
modificacoes na constituicao genetica ou a fatores presentes
no ambiente intra-uterino. Em outros, durante a vida pos-natal,
tal default pode ser sobrescrito por fatores ambientais varios --
o q. inclui cultura.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Muito Além do Big Bang...
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/12/2002 13:50

Olá,

Já que ninguém pelo jeito gostou do meu cartão de Natal :( resolvi
enviar esse artigo que pode ser lido em:

http://www.oscuriososnet.hpg.ig.com.br/muito_alem_do_big_bang.htm

A propósito: não me pareceu tendencioso...

Beijos, Lígia

*********************************************

MUITO ALÉM DO BIG BANG

Ninguém definiu com maior acerto as tentativas dos cientistas de
entender o Cosmo do que o escritor húngaro, naturalizado inglês,
Arthur Koestler (1905-1983). Poucos sabem sequer que ele escreveu
sobre esse assunto, sendo mais conhecido por um romance político
genial &#8211; O Zero e o Infinito (Darkness at Noon, ou Escuridão ao Meio-=

Dia, no original inglês). Mas Koestler também produziu, em 1959, uma
fascinante história das idéias do homem sobre o Universo, cujo
título &#8211; Os Sonâmbulos (The Sleepwalkers, em inglês) &#8211; sublinha=

admiravelmente os passos incertos que os astrônomos dão no labirinto
das estrelas na esperança de decifrar o Cosmo. (O mais impressionante
é que eles sempre conseguem encontrar respostas para suas indagações.)

E que respostas! A imagem que emerge atualmente do Cosmo espanta até
os mais ousados teóricos, como o físico americano Michio Kaku, do
City College de Nova York. "Estamos diante de uma nova e
extraordinária visão do Universo", diz Kaku, que também é um hábil
divulgador da ciência, considerado um herdeiro à altura do astrônomo
americano Carl Sagan, morto em 1996.


Einstein foi genial no raciocínio e também na intuição

Para começo de conversa, as observações e teorias mais recentes
indicam que o Cosmo que vemos não é o único que existe. Isso mesmo:
além da última galáxia e dos limites do espaço e do tempo, escondem-
se outros, infinitos universos, que obedeceriam a leis diferentes das
nossas e, quem sabe, conteriam seres e inteligências muito além da
nossa compreensão. Inacessíveis até aos mais potentes telescópios,
esses universos paralelos não estariam apenas separados por formas de
matéria e de energia ainda desconhecidas &#8211; acredita-se que, tanto
eles quanto o nosso próprio Universo, teriam nascido e crescido
simplesmente do nada. "Ou seja, daquilo que os budistas e hinduístas
chamam de nirvana", afirma Kaku.

Para enfatizar as mudanças revolucionárias em curso na cosmologia,
Kaku recupera uma frase perturbadora do biólogo inglês John Haldane
(1892-1964), segundo a qual "o Universo não é apenas mais estranho do
que supomos; ele é mais estranho do que somos capazes de supor".

Mas a metáfora de Koestler continua em vigor. Ainda hoje, mesmo com a
tecnologia e a matemática refinadas que dominam, é como sonâmbulos
que os cosmologistas perseguem as novidades estonteantes do espaço.
Tem sido assim desde que o físico alemão Albert Einstein deu início
ao estudo científico do Universo com sua teoria da relatividade
geral, escrita em 1915. Com ela, Einstein pôde deduzir, pela primeira
vez, em 1917, as leis que governam o movimento das galáxias, que são
as peças do tabuleiro cósmico. Embora as galáxias contenham mais de
100 bilhões de estrelas cada uma, do ponto de vista da relatividade
não passam de partículas microscópicas. São os átomos do Cosmo.

Mas, se o trabalho de Einstein foi uma conquista espetacular, nem por
isso deixava de ser um salto no escuro, um passo a esmo na
compreensão do Universo. É que ele adotou um pressuposto incerto,
como num "chute", ou "um ato de fé", como diz o físico, historiador
da ciência e escritor americano Alan Lightman, do Instituto de
Tecnologia de Massachusetts. Um ponto especialmente frágil era que o
Universo, de acordo com as equações einsteinianas, estaria condenado
a desmoronar sob a ação da sua própria força gravitacional. A
situação era simples: como a gravidade é uma força de atração,
acabaria puxando todos os corpos celestes para cima uns dos outros e,
daí para a frente, os esmagaria até reduzi-los a um ponto
infinitesimal e concentradíssimo de energia. (Lembre-se: quanto menor
o volume, maior a energia.)


O Universo pode crescer para sempre e, no final, virar pó

Einstein, naturalmente, percebeu o problema. O que ele não viu foi
que a relatividade admitia duas saídas para o desastre gravitacional.
Como ficaria claro mais tarde, o efeito aglutinador da gravidade
poderia ser compensado se as galáxias, em vez de estarem imóveis como
ele imaginara, estivessem em movimento. Assim, poderiam estar se
afastando umas das outras, o que contrabalançaria a atração
gravitacional. Dito de outra maneira, o Universo estaria em expansão.

Mas não foi essa a solução que Einstein adotou. Em parte, dizem os
especialistas, por que ele acreditava que o Cosmo fosse eterno, sem
começo nem fim, e que tudo dentro dele estaria imóvel. "Mesmo naquela
época, não havia razão para pensar assim", afirma Lightman. "Einstein
pode ter sido motivado pela tradição aristotélica, na qual o Universo
era considerado estático", diz Lightman. De uma maneira ou de outra,
foi com essa noção em mente que Einstein decidiu postular a
existência de uma força capaz de manter o Cosmo quieto, agindo em
sentido oposto à gravidade. Ou seja, o gênio deu uma de mágico: tirou
do bolso do colete uma espécie de antigravidade com o único objetivo
de remendar suas equações.
O castigo veio depressa. Nos anos 20, o Observatório de Monte Palomar
foi inaugurado nos Estados Unidos, e com ele, em 1929, o astrônomo
americano Edwin Hubble (1889-1953) foi finalmente capaz de enxergar
que as galáxias, afinal, não estavam paradas. Não era preciso uma
antigravidade para evitar o seu desabamento. Einstein imediatamente
se desculpou, afirmando que sua força fictícia tinha sido o maior
erro da sua vida. Por coincidência, ele estava em visita aos Estados
Unidos, na época, tornando-se um dos primeiros cientistas do mundo a
saber da proeza de Hubble.

A descoberta da expansão cósmica teve o efeito de um choque porque
descortinou, de um só golpe, toda uma história secreta do Universo.
Ficou claro que ele estava em permanente transformação e, certamente,
havia tido um começo. E seu nascimento, como logo concluíram os
cientistas, tinha sido violento, como uma espécie de grande explosão,
ou Big Bang, em inglês. O motivo, quase óbvio, era que se os
telescópios agora mostravam as galáxias se afastando, elas deviam
estar grudadas umas nas outras no passado. Recuando ainda mais no
tempo &#8211; até 13 bilhões de anos, como hoje se sabe &#8211;, o Cosmo de=
via
ser menor que um átomo e tão denso que não havia lugar para estrelas.
Toda a matéria se resumia a uma maçaroca de fragmentos atômicos
submetidos a uma pressão brutal devido à falta de espaço.
Conseqüentemente, sua temperatura chegaria a centenas de milhões de
graus. Daí a comparar o início da expansão cósmica com um Big Bang
foi um passo.

Mas a idéia parecia bizarra, tanto que a expressão Big Bang, cunhada
pelo astrofísico inglês Arthur Eddington (1882-1944), tinha
originalmente um tom depreciativo. Visava ridicularizar o raciocínio
de que as galáxias e tudo o que elas contêm &#8211; a humanidade inclusive =
&#8211;
estiveram um dia confinadas numa esfera um trilhão de vezes menor
que 1 centímetro. Apesar disso, o nome pegou. Até porque, em poucos
anos, todos os cálculos e observações feitas comprovaram a realidade
da expansão cósmica.


A prova de maior impacto surgiu da idéia de que o brilho do Big Bang,
calculado na ponta do lápis, ainda deveria estar cintilando por aí na
forma de um chuvisco rarefeito de ondas de rádio ou de tevê. Depois
de ter se espalhado por um volume cada vez mais largo, durante a
expansão, ele havia perdido a potência original, deixando de ser uma
radiação cegante para se transformar no equivalente a uma transmissão
de FM ou de televisão (de fato, desde que se tenha uma antena bem
grande, é possível "ouvir" o brilho cósmico até sem sair de casa). É
claro que, se essa luminescência fóssil pudesse ser captada,
demonstraria que o Big Bang existira de fato.

Foi o que fizeram, totalmente sem querer, em 1965, dois técnicos dos
Laboratórios Bell, nos Estados Unidos, Arno Penzias e Robert Wilson.
Eles captaram um chiado estranho ao tentar calibrar uma antena nova,
montada para pegar os sinais de um dos primeiros satélites de
telecomunicações a entrar em órbita, o Telstar. Depois de analisar o
ruído captado pela dupla, o teórico Robert Dicke, da Universidade
Princeton, confirmou que ele vinha mesmo do Big Bang. Penzias e
Wilson passaram diretamente do anonimato absoluto para os livros de
história, recebendo o Prêmio Nobel em 1978.


O espaço estende-se como uma planície infinita

Morto em 1955, Einstein não chegou a ver a prova mais forte de que
sua teoria, a despeito de todos os percalços, estava essencialmente
correta. Ou seja, Einstein não era genial só no raciocínio. Era-o
também na intuição. Mas o melhor ainda estava por vir: por incrível
que pareça, a antigravidade que inventara também não havia saído
definitivamente de cena. Num retorno espetacular, ela reapareceu como
um fantasma diante dos olhos dos astrônomos, no início de 1998. Nesse
ano, duas equipes internacionais trabalhando com o telescópio de 4
metros de diâmetro do Observatório de Cerro Tololo, no Chile,
anunciaram que havia mesmo uma força desconhecida acelerando a
expansão das galáxias além do normal.

"Nossa primeira reação foi pensar que havia algum erro", diz um dos
responsáveis pelo achado, o astrônomo Mark Phillips, das Instituições
Carnegie, nos Estados Unidos. "Mas era verdade: o Universo não está
apenas em expansão, mas vem crescendo com velocidade cada vez maior."
A descoberta, de lá para cá, tem sido reiteradamente comprovada. O
teste mais recente foi anunciado em abril pelos cientistas do
Telescópio Espacial Hubble que observaram galáxias situadas nos
extremos do Cosmo, a 11 bilhões de anos-luz da Terra (1 ano-luz mede
9,5 trilhões de quilômetros).

Uma conseqüência disso é que os pesquisadores, agora, sabem como vai
acabar o Universo: ele vai crescer infinitamente, até se transformar
numa insólita poeira de partículas atômicas, gelada, escura e mais
rarefeita que o vácuo. É o apagão total &#8211; aquilo que vai restar
quando não houver mais luz nas estrelas e até os buracos negros, os
corpos mais densos e duros que existem, tiverem evaporado por
completo. Os cientistas dão a esse processo o nome de "morte
térmica", causada pela tendência que têm o calor e todas as outras
formas de energia de se espalhar democraticamente por todas as
partes. No fim &#8211; não havendo mais centros de energia, como as
estrelas &#8211;, nada mais se moverá dentro do Cosmo. Só ele mesmo,
persistirá num crescimento sem fim e cada vez mais alucinante. Essa
conclusão descartou de vez a possibilidade de que o Universo pudesse
se expandir até certo ponto e depois começar a encolher, gradualmente.

Nem todos os cientistas se sentem confortáveis com a misteriosa
corrida das galáxias, que, ainda agora, dá a sensação de ser uma
espécie de apêndice, que tira a beleza original da teoria do Big
Bang. Esse tipo de incômodo aparece no livro The Accelerating
Universe (O Universo Acelerado), lançado no ano passado nos Estados
Unidos pelo chefe de pesquisas do Telescópio Espacial Hubble, Mario
Livio. O autor não é só um cientista de respeito, mas também um
diletante estudioso da arte, capaz de discorrer eruditamente sobre os
sonetos de William Shakespeare e esboçar uma definição de beleza que
englobe tanto a estética artística quanto a científica.

Para Livio, um adepto da elegância na ciência, as melhores teorias
são as mais simples e enxutas, capazes de explicar uma grande
quantidade de fatos a partir de um número reduzido de postulados. É o
caso da teoria da relatividade, que descortinou o mundo fantástico do
Big Bang, dos buracos negros e da aceleração cósmica, apesar de
repousar sobre apenas duas idéias-mães, fundadas mais na imaginação
do que na observação empírica: a de que a velocidade da luz não pode
ser superada e a de que as leis da física mantêm a sua validade em
qualquer circunstância.

Mesmo Livio, no entanto, admite que os avanços científicos, de vez em
quando, têm que se contentar com soluções menos elegantes do que se
gostaria. "O importante é que todas as novidades recentes compõem um
quadro coerente do Universo", afirma ele. Com toda a razão &#8211;
especialmente quando se leva em conta que a aceleração cósmica tende
a fortalecer outra descoberta importante: a de que a geometria do
Universo, em larga escala, deve ser plana, e não curva, como se
chegou a imaginar até há pouco tempo.

Não é tão complicado como parece: "curvatura", na linguagem da
relatividade, é sinônimo de atração gravitacional. Assim, se o Sol
exerce força sobre a Terra, diz-se que o espaço à volta dele é curvo.
Tudo se passa como se o peso do Sol "afundasse" o vácuo à sua volta,
fazendo a Terra rolar para dentro do "buraco". Portanto, quando falam
em medir a curvatura do Cosmo, o que os cientistas querem mesmo saber
é se haveria algum ponto do espaço mais fundo ou mais raso que os
outros. Isto é, onde a gravidade seria mais forte ou mais fraca que a
média.

A resposta, segundo a tese mais recente, é não &#8211; não há lugar assim. =

Até onde se pode ver, o Universo se apresenta como uma vasta e
monótona planície. Mas a maneira como se chegou a essa certeza não
podia ter sido mais tortuosa. Acontece que os cientistas já estavam
parcialmente convencidos da planura cósmica desde 1980, graças a uma
hipótese levantada naquele ano pelo matemático e físico americano
Alan Guth. Segundo ele, o Cosmo, nos primeiros bilionésimos de
segundo de existência, havia passado por um período de expansão
acelerada, anterior à que se vê agora. A diferença é que a maratona
imaginada por Guth, chamada de inflação cósmica, durou muito pouco e
foi muito mais violenta que a atual. Num átimo, ela tornou o Universo
trilhões de vezes maior do que era até então. Resultado: o espaço se
esticou imensamente e eliminou qualquer curvatura que pudesse ter no
momento do Big Bang.

Demorou 20 anos para surgir uma prova experimental dessa idéia, que
acabou aparecendo apenas no início de 2000. As evidências foram
recolhidas pelo projeto Boomerang, reunindo pesquisadores de vários
países. O grupo obteve imagens do brilho do Big Bang com uma nitidez
sem precedentes e, a partir delas, viu exatamente como era a cara do
Universo logo depois do nascimento. E as imagens mostraram que o
espaço era realmente plano.


O nosso Universo teria surgido do choque de outros dois

"Agora, a aceleração das galáxias veio fortalecer essa convicção",
afirma o astrofísico Adam Riess, da equipe científica do Telescópio
Hubble, que opera em órbita, 300 quilômetros acima da superfície
terrestre. O problema, de acordo com ele, é que a soma de todas as
galáxias existentes não produziria gravidade suficiente para alisar o
espaço; em vez disso, a massa de tudo o que se vê daria ao Cosmo a
forma de uma corcova de camelo. "Só temos atualmente 30% da matéria
necessária para torná-lo plano", estima Riess. "Mas, como energia
também gera gravidade, os 70% restantes podem estar vindo justamente
da energia que está acelerando as galáxias e achatando o Cosmo. É o
que os nossos dados estão revelando", afirma ele.

Com as muitas facetas do Big Bang se encaixando tão bem, os teóricos
se sentem animados a dar um novo salto no desconhecido e tentar
entender o que estava acontecendo antes mesmo de o Universo nascer.
Isso poderia ser feito, segundo Michio Kaku, se a relatividade fosse
acoplada à outra grande idéia teórica do século XX, a mecânica
quântica. "Esse casamento unificaria não apenas os conhecimentos
científicos como também duas das grandes mitologias do passado &#8211; a
judaico-cristã e a budista-hinduísta." A primeira, de acordo com o
gênese, admite que o Cosmo teve um princípio bem definido, como no
Big Bang. Mas a segunda, por advogar a existência do nirvana, um
estado de vazio e quietude absolutos, postula que o Universo
independe do tempo; ele nunca teve começo e jamais terá fim.

Como se percebe, são duas maneiras radicalmente opostas de ver o
mundo, mas Kaku diz que ambas podem ser consideradas corretas dentro
da fusão teórica proposta por ele e outros pesquisadores. De acordo
com ela, antes do Big Bang não haveria nada &#8211; algo semelhante ao
nirvana, destituído de matéria, energia, tempo ou espaço. Mas, como a
mecânica quântica não admite situações imutáveis, o nirvana teórico
de Kaku não seria tão quieto assim. "Ele lembraria uma fervura, onde
universos inteiros brotam e desaparecem constantemente, como bolhas
em expansão."

Cada bolhinha dessas representa um Big Bang independente, diz o russo-
americano Andrei Linde, da Universidade Stanford, outro proponente da
fusão das teorias. "Se eu e meus colegas estivermos certos, logo
diremos adeus à idéia de que houve apenas uma bola de fogo
solitária." Alguns dos universos nascidos na fervura do nada, como o
nosso, cresceriam até o ponto de gerar galáxias, buracos negros ou
planetas, até terminar os seus dias nas cinzas da morte térmica.
Haveria também chabus cósmicos &#8211; bolhas que desapareceriam em frações=

de segundo &#8211; e é até possível que dois microcosmos em expansão
colidissem, produzindo um terceiro universo, como propõe o teórico
americano Paul Steinhardt, da Universidade Princeton. Seja como for,
pondera Kaku, nosso objeto de estudo não é mais o nosso Universo, mas
toda a família cósmica &#8211; o Multiverso, como ele diz. "E, no conjunto,=

essa multiplicidade de universos é realmente intemporal, como o
próprio nirvana."







SUBJECT: Re: [RN] VOCE E' O QUE SEUS AVOS COMIAM
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/12/2002 14:14

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...>
> sobredeterminação 'originária' do fator cultural, o que só é
>possível quando o condicionamento genético é fraco ou
>quando as funções orgânicas são pouco especializadas.

Nao necessariamente. Sem, claro defender q a cultura humana
seja geneticamente determinada.

O sistema imunologico e' extremamente plastico e possui
diversas alcas de retroalimentacao em relacao a sinais do
ambiente. Ninguem diz q. o sistema imunologico nao esteja
sob um rigido controle genetico ou q. nao seja um sistema
altamente especializado. A plasticidade pode estar (*pode*) sob
jugo genetico (embora nada esteja verdadeiramente sob jugo
genetico ou ambiental exclusivo -- toda caracteristica e'
determinada pelo menos pela interacao entre os dois fatores).

Mas pulamos da orientacao sexual para a cultura.

> Por que a evolução cultural deslanchou entre os humanos e
> não entre os chimpanzés, que também têm uma cultura?
> Primeiro, porque o desempenho dos chimpanzés como
> 'artefatos' de produzir cultura é insuficiente; e, segundo,
> porque são organismo ainda muito especializados e, por
> isso, refratários a uma modelagem pela cultura.
> O homem, relativamente ao chimpanzé, possui muito menos
> especializações ou adaptações.

O chimpanze' tem ttas especializacoes em ser chimpanze'
como o humano em ser humano.

> Manuel: O que distingue o possível do impossível? A
>'disposição' para realizar-se sob determinadas
>circunstâncias. Potência é tendência.

Nao vejo assim. Ha' possibilidade de eu acertar sozinho na
Mega-Sena acumulada. Mas nao ha' tendencia para tal.
Possibilidade, falando de forma pouco precisa, seria uma
probabilidade maior do q. 0, ainda q. seja 0,0000....00001.
Tendencia seria uma probabilidade maior do q. a esperada ao
acaso: se uma moeda em um milhao de lancamentos da'
600.000 caras e 400.000 coroas, a tendencia e' dessa moeda
dar cara.

> Já ouviu falar naquele dito popular segundo o qual 'o proibido
>é mais gostoso'?

Ditos populares encerram uma sabedoria pratica de modo
geral, ate' por isso em sua colecao eles sao ambiguos: tto
falam de uma possibilidade qto de outra.

Se de um lado diz: A cavalo dado nao se olham os dentes. De
outro diz: Quando a esmola e' muita, o santo desconfia.

Se: O proibido e' mais gostoso. Tbm: O crime nao compensa.

> Manuel: Não o fazem porque interiorizaram normas ou
> interdições morais e temem o remorso ou arrependimento,
> interdições estas que só existem porque há um estado de
> ambivalência emocional: uma tendência conforme o 'dever
> ser' e uma tendência subjacente contrária.

E se pensarmos q. nao ha' uma tendencia inata para sair por
ai' matando a todos indiscriminadamente?

> Manuel: Bem, infelizmente os homens não são tão racionais
> como se supõe, e não compartilho a crença romântica
> segundo a qual o homem é naturalmente bom e que é o
> meio que o torna mal.

Imaginar q. nao haja tendencias homicidas na humanidade nao
e' nem assumir q. e' bom.

> Por isso que a maioria das pessoas defende a pena de
> morte.

Se houvesse tendencias homicidas, pouco importaria em
matar, pouco importaria com vidas humanas, pouco importaria
se vingar, pouco importaria em defender a pena de morte.

> Manuel: Não há termos de comparação. Leis naturais são
> uma coisa, leis do 'dever ser' não outra coisa totalmente
> distinta.

Aqui estamos tratando de modelos de comportamento humano.
Nao estamos julgando se matar e' justo ou nao, apenas
discutindo por q. as pessoas achariam q. matar e' ou nao justo.

> Manuel: Freud teorizou sobre a disposição bissexual da
>espécie humana com base em seu material clínico e outros
> dados empíricos e historiográficos acerca do comportamento
>humano.

Nao estou falando q, Freud inferiu a partir do bonobos. A
questao e': as conclusoes de Freud nesse aspecto esta' sendo
desafiada -- a de q. existiria a bissexualidade como tendencia
natural no desenvolvimento humano.

Por isso nao da' pra usar os bonobos, ainda q. neles estivesse
certo q. ha' uma tendencia inata ao bissexualismo, como uma '
prova' de q exista a bissexualidade como default nos humanos.

> problema) que é impossível não tirar disso qualquer
> conclusão.

Nao e' impossivel se concluir q nao haja default ontogenetico ao
bissexualismo na especie humana.

> É preciso ter um desprezo muito grande (um desdém
> metapopperiano!) pela lógica indutiva para não considerar ou
> negligenciar totalmente essa tão nítida regularidade de
> comportamento interespecífica.

Eu nao acho q. seria preciso tal desprezo. Tampouco o
acusarei, por isso, de desprezar a logica. Mas seria
interessante tentar colocar explicitamente as premissas em um
esquema silogistico. Tentarei de minha parte.

1)- Os bonobos apresentam tendencias inatas ao
bissexualismo. (Esta dou de lambuja apenas por questoes de
discussao.)
2)- Os bonobos apresentam alto grau de similaridade com os
humanos em diversos aspectos.
3)- Os bonobos apresentam diferencas em relacao aos
humanos em varios outros aspectos.
4)- A presenca de similaridades em um aspecto nao e' garantia
da similaridade em outro aspecto.
5)- Os aspectos similares sao caracterizados pela presenca
concomitante da mesma caracteristica no mesmo estado em
dois grupos comparados.
6)- Os aspectos diferentes sao caracterizados pela presenca de
uma caracteristica em um dado estado em um grupo e pela
ausencia dessa caracteristica nesse estado em outro grupo.
7)- Assim, se A e' uma caracteristica de similaridade, se A esta'
presente em um grupo, A tbm esta' presente em outro grupo.
8)- Se B e' uma caracteristica de diferenca, se B esta' presente
em um grupo, B esta' ausente em outro.
9)- Em estando presente uma caracteristica X em um dos
grupos, nao se infere imediatamente sua presenca ou ausencia
em outro grupo, pois isso depende de se X e' do tipo A ou do
tipo B.
10)- Seria preciso determinar entao se X e' do tipo A ou do tipo
B, anteriormente.
11)- Mas ao se fazer isso e' porq. ja' se determinou
anteriormente a presenca ou ausencia de X no outro grupo.
12)- A inferencia da presenca de X no outro grupo nao depende,
pois, da presenca ou ausencia de X em um dado grupo de
comparacao.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist]: Teoria da complexidade e equilibrio pontuado
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/12/2002 15:16

--- Em ciencialist@y..., "Arcange" <Arcange@i...> escreveu
> Gostaria de saber se alguém tem alguma opinião no que toca
> ao crescimento endocraniano humano.

E' possivel de se explicar em termos de selecao natural. Por
exemplo, o sistema nervoso e' uma estrutura q. consome muita
energia. Por outro lado, o aumento do grau de encefalizacao
pode ser vantajoso na medida em q. permite um maior numero
de conexoes neuronais -- permitindo um maior armazenamento
e processamento de informacoes. Na medida em q. a
vantagem da encefalizacao seja maior do q. os custos, um
aumento dela pode ocorrer.

Em uma linhagem isso se deu -- devido ' a permissividade do
ambiente: um ambiente q. exigia uma boa capacidade preditiva,
mas nao impedia coleta suficiente de energia. E devido ao
principio da exclusao competitiva por disputa de nichos, uma
vez estabelecida em uma linhagem, outras linhagens vivendo
no mesmo ambiente nao tiveram oportunidade de desenvolver
a mesma caracteristica: o nicho foi ocupado antes.

> O aumento da capacidade encefálica pós-australopiteco é,
> talvez, a modificação evolutiva mais rápida que se tem
> conhecimento.

Nem tto. Desde o fim do mesozoico, ha' coisa de 65 milhoes de
anos, a partir de ancestrais do tamanho de um rato: algumas
centenas de gramas, surgiram colossos do tamanho de um
jumbo cruzando os mares: uma baleia azul pesa mais de 100
toneladas. E' um aumento de 100.000 vezes em 65 milhoes de
anos: 1.538 vezes a cada milhao de anos

Se sao cerca de 3 vezes em 3 milhoes de anos: uma vez a cada
milhao de anos -- no caso do cerebro dos hominideos.

> Gostaria de saber a opinião dos listeiros sobre pretensos 4
>mecanismos não classicamente darwinianos que estariam
>presentes no processo de evolução das espécias: mudança
>de pico, teoria da complexidade, co-evolução e evolução
>neutra.

Por mudanca de pico vc diz dos picos adaptativos na
paisagem? Se for isso faz parte do cenario wallace-darwiniano
de evolucao. Assim como co-evolucao.

Evolucao neutra realmente nao seria um processo de evolucao
por selecao natural.

E' possivel haver evolucao sem selecao de fato. Mas eu
desconfio de q. seja muito dificil haver adaptacao sem selecao.

> Gostaria de saber a opinião dos listeiros sobre as teorias de
> seleção de grupo de Eldredge - e outros. Mas tenho especial
>interesse por Eldredge - e sobre a validade da refutação
>matemática da seleção de grupo de George Willians.

A selecao de grupos pde ocorrer em casos muito especiais.
Tao especiais q. pode ser q. nao seja muito importante como
um processo geral de evolucao e adaptacao.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/12/2002 18:50

Oi,

Takata: Cervideos sao gregarios? Cervideos sao neotenicos?

Manuel: Ué, veados não são gregários? Pelo que sei, em muitas
espécies de cervídeos os machos vivem em grupos com inúmeros
indivíduos, ocorrendo o mesmo com as fêmeas. No grupo, a
possibilidade de o indivíduo ser abatido por algum predador é menor
do que se ele estivesse sozinho.

A neotenia (retenção na idade adulta de caracteres infanto-juvenis) é
uma importante via evolutiva. Há uma teoria que sustenta que a classe
dos mamíferos surgiu por meio desse processo. E, entre os mamíferos,
a evolução por meio da neotenia não é um fenômeno nada raro. Há
numerosos indícios de que muitas espécies de primatas, se não todas,
apresentam neotenia em graus variados, sendo os mais neotênicos os
homens e os bonobos (bonobos adultos se parecem muito com chimpanzés
jovens).

Entre os mamíferos, há uma clara correlação entre neotenia e
gregarismo. Pois os animais jovens, por serem dependentes e
indefesos, são gregários, até mesmo as oncinhas e outros filhotes de
animais de hábitos solitários (quando adultos). O gregarismo, entre
os mamíferos, é um fenômeno que surge e se desenvolve através do
processo de juvenilização ou de retenção na idade adulta de
caracteres juvenis.

Manuel: Mas o que quis dizer é que, em laboratório, muitos resultados
podem ser forjados. O que é de se esperar quando se injeta grande
quantidade de testosterona numa rata?

Takata: Talvez o mesmo q. deixar o paciente perturbado deitado em um
diva falando livremente...

Manuel: Não, não é o mesmo. As alterações quantitativas de hormônios,
adrenalina e neurotransmissores que acompanha o tratamento
psicanalítico são endógenas. São, portanto, reações 'naturais' do
organismo, isto é, tais reações podem ocorrer 'naturalmente' e longe
de qualquer consultório psicanalítico. Claro que um súbito aumento
endógeno de adrenalina pode matar um paciente cardíaco. Sim, isso é
um risco. Mas riscos semelhantes, ou situações muito mais arriscadas
ocorrem em qualquer hospital e, também, nas clínicas e laboratórios
dos "verdadeiros cientistas" segundo o CSICOP. Já leu a bula do
prozac? do anafranil? do meticorten? Quantas pessoas morrem por ano
devido a erros médicos?

Manuel: Entre coelhos, ratos e muitos outros animais, condições de
superpopulação provocam alterações hormonais nos indivíduos, e, por
via disto, modificação do comportamento padrão, sobretudo o sexual.

Takata: Coelhos podem montar invertido tbm em condicoes de populacao
normal. Mas olha o hormonio agindo ai'.

Manuel: Agindo em condições 'naturais', e secretado pelas glândulas
do animal. Uma situação nada semelhante com algumas experiências de
laboratório. Lembro-me da ocasião em que alguns cientistas divulgaram
que, de acordo com alguns experimentos realizados com ratos, a
maconha pode causar câncer. Só que a dose do princípio ativo da
marijuana injetada no rato, e que forjou esse resultado, equivale à
quantidade que um ser humano ingere fumando cerca de cinqüenta
cigarros de maconha por dia. Nenhum maconheiro fuma tanta maconha
assim, até porque o dia só tem 24 horas. Teria que comer as folhas na
salada ou então misturadas com farofa no café-da-manhã, no almoço, no
lanche à tarde e no jantar, tendo ainda que fumar três baseados
depois de cada refeição. E não pode vomitar!

Mas essas experiências em que se injeta testosterona em ratas
adultas, invertendo, assim, a sua sexualidade, corrobora a teoria da
disposição bissexual em alguns mamíferos, inclusive nos ratos. Pois o
resultado indica que a inversão é causada por fatores endócrinos e
não neurológicos, isto é, não é necessário que a cobaia tenha uma
estrutura cerebral de macho ou de fêmea para que a inversão sexual
ocorra, bastanto para tanto alterações hormonais. Como tais
alterações podem se dar naturalmente, sem a intervenção do cientista,
então há sim uma disposição bissexual nesta espécie.

Takata: Fico imaginando se a Timina q. pareia erradamente com a
Citosina tbm tem tendencias bissexuais ou e' neotenica.

Manuel: Muito engraçado. Você não gosta de analogias e metáforas,
mas, para contra-argumentar, costuma lançar mão de analogias
estapafúrdias, na tentativa de ridicularizar o oponente. E tem tanto
talento para isso que chegou a criar uma obra-prima do sarcasmo: a
interpretação psicoralítica. Se estivéssemos realizando essa
discussão no auditório do Ratinho, com certeza você estaria fazendo o
maior sucesso. :)

Takata: Mas engracado clamar por neotenia para tal comportamento
ocasionalmente erratico: filhotes de especies proximas (possiveis
equivalentes dos ancestrais) geralmente nao apresentam tal
comportamento.

Manuel: Entre os mamíferos, montadas invertidas e homossexuais são
muito mais freqüentes entre os jovens que nos adultos. Observe uma
ninhada de cães. Tão logo adquirem controle motor e começam com as
brincadeiras, os animais (mesmo sexualmente imaturos, ainda incapazes
de reproduzir) realizam jogos sexuais em que muitas vezes os 'papéis'
se invertem. E ainda dizem que não há sexualidade infantil...

Takata: Uma outra alternativa seria simplesmente um sinal errado
entrando no sistema causando o erro de identificacao.

Manuel: Seria um erro de identificação se a postura de cópula fosse a
mesma tanto no macho quanto na fêmea, mas não é o caso. Montar e
realizar movimentos rítmicos é o comportamento sexual típico do
macho, enquanto a fêmea levanta a cauda e fica por baixo, passiva.

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/12/2002 00:18

Oi,

Manuel: Sobre o caráter modular da sexualidade humana, em outra
mensagem falei que a disposição bissexual ou bissexualidade biológica
não implica em co-dominância de ambas as orientações sexuais: a
masculina e feminina; que é normal que haja tendência dominante;

Takata: Ha' varios indicios q. apontam para uma especie de pre-
orientacao da sexualidade devido a fatores presentes ainda na vida
uterina. A existencia de um default 'a heterossexualidade continua me
parecendo bem consistente com os dados.

Manuel: Quanto a mim, continuo propenso a achar que esses fatores
intra-uterinos pré-determinam apenas qual a tendência que
provavelmente será a dominante e qual a que será subjacente, ou seja,
qual dos pendores pode vir a ser o mais forte e em que grau. A
determinação não é completa nem irreversível, uma vez que a ação de
fatores ambientais sobre o organismo durante o desenvolvimento
ontogenético pós-uterino pode alterar essa correlação de forças,
reforçando-a, mitigando-a, neutralizando-a e, em casos mais raros,
invertendo-a.

Essa tendência pré-determinada por fatores intra-uterinos não é à
heterossexualidade ou à homossexualidade, mas à orientação masculina
(ativa) ou feminina (passiva). Há casos de machões que não 'dão'
jamais e em hipótese alguma, mas que comem qualquer um que cair na
rede, seja homem ou mulher, bonita(o) ou feia(o); ou seja, se tiver
um buraco e não for bicho, é comível. Em alguns casos, chegam mesmo a
ter preferência por homens 'passivos', preferência esta às vezes
exclusiva. Esses homens 'ativos', apesar de serem muito masculinos ou
malgrado apresentarem uma feminilidade apenas residual (ao menos
aparentemente), não deixam de ser bissexuais praticantes ou
homossexuais exclusivos. Entre as mulheres com orientação sexual
feminina (ou passiva) também ocorre o mesmo fenômeno. É o caso
das 'fadas' ou lésbicas passivas.

A existência de 'fadas' e de 'bofes' contumazes indica que, mesmo
tendo uma orientação sexual em conformidade com o sexo cromossômico
ou biológico, podemos escolher parceiros de ambos os sexos. A escolha
do parceiro é mais uma questão muito subjetiva de gosto (uma
determinação psicológica), não necessariamente de sexo.

Experiências de laboratório com ratos adultos indicam que a
orientação sexual pode ser invertida por meio de alterações
hormonais. Vale dizer, não é a estrutura do cérebro (fatores
neurofisiológicos), mas a correlação entre hormônios e
neurotransmissores (fatores endócrinos e neuroquímicos) que em última
instância determina a orientação sexual, e que esta pode ser
alterada 'quimicamente' mesmo na idade adulta. Como em muitos
mamíferos (ratos, coelhos, pacas, unicórnios, humanos, gnomos, etc.)
o nível dos hormônios e neurotransmissores no organismo são instáveis
e circunstancialmente alteráveis mesmo depois de o indivíduo ter
atingido a plena maturidade sexual, e como os agentes químicos do
desejo sexual são os mesmos em ambos os sexos (a diferença é
determinada pela quantidade), conclui-se então que, muito
provavelmente, há em todas essas espécies uma disposição bissexual.

Takata: Conforme Ronaldo apontou, mesmo em sociedades q. propugnam a
homossexualidade como um processo normal nao ha' predominancia de
homossexuais ou bissexuais exclusivos. Segundo o q. vc postou, os
proprios guerreiros Sambias relatam achar o sexo com mulheres mais
prazeroso.

Manuel: Você realmente não leu a minha resposta ao Ronaldo. Nas
culturas em que não se proíbe relações homossexuais, a bissexualidade
é a regra. Gregos, romanos, cartagineses, assírios, hititas, caldeus,
etc.

Entre os 'siwa', povo do deserto da Líbia, considera-se anormal não
ser bissexual.

Entre os Etoro, uma outra tribo da Nova Guiné, a heterossexualidade é
tabu (i.e., obrigatória) na maioria dos dias do ano. Nos outros dias,
relações homossexuais não só são livremente praticadas como são até
mesmo incentivadas.

Entre os Kraôs e outras tribos tupi-guaranis, os homens manifestam
muito mais afetividade pelos outros homens do que pelas mulheres. E a
prática de fazer 'cunin' (ou 'cunim', não me lembro agora da grafia),
isto é, coito homossexual, é comum e aceita até os 21 anos de idade.
Depois dessa idade já não é vista com bons olhos, mas ninguém sabe o
que ocorre pelos matagais no silêncio da madrugada, principalmente em
noites de lua nova, re re!

Quanto aos Sambia, já falei que há um interstício que compreende em
média seis anos (até os 25 anos, no mais tardar) em que o
relacionamento homossexual não é obrigatório, mas que, no entanto, é
livre e voluntariamente praticado. Sambias homens adultos com família
constituída, nas conversas que têm entre si, costumam relatar suas
experiências homossexuais mais prazerosas. E se recordam o prazer, é
porque ainda há desejo. Desejo homossexual. Se, segundo a maioria dos
guerreiros Sambia adultos, o sexo com mulheres é mais prazoroso, o
sexo com homens não deixa de ser prazeroso. Só é 'menos' prazeroso.

<<Ademais, a posterior proibição tinha por razão não o ato
homossexual em si, que passaria a ser considerado imoral ou anormal
ou antinatural. O motivo da proibição é tão-somente a contaminação do
homem pelos líquidos femininos presentes na vagina, o sangue
menstrual, de modo que, através da felação, ele poderia vir a
contaminar outros. A heterossexualidade exclusiva, longe de ser um
anelo ou uma meta a ser atingida pelos homens, era por eles
considerada um custo ou um preço a ser pago; pois, para constituir
uma descendência, os homens sambia, devido ao intercurso pênis-
vagina, tornavam-se `impuros'. Por isso, tinham que renunciar ao
intercâmbio homossexual de sêmem. Assim como para nós, ocidentais, o
casamento pressupõe a renúncia a outros parceiras/parceiros.>>

Takata: E ai' caimos no default ontogenetico 'a heterossexualidade
como regra.

Manuel: E é regra social *com exceções* porque é, no indivíduo
singular, a tendência dominante *entre outras subjacentes*. Em nossa
cultura, que propugna a heterossexualidade exclusiva, a
heterossexualidade é o comportamento normal que, no entanto,
compreende muitas exceções, e variações de grau entre as exceções.
Como num holograma, a parte é semelhante ao todo: o que é tendência
dominante nos indivíduos singulares é, considerando-se o conjunto ou
a sociedade como um todo, o comportamento individual mais provável,
segundo uma lei estatística.

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles-COMPLEMENTO
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/12/2002 01:43

Oi,

Manuel: Para terminar, cito mais uma vez a frase de Freud: "A
psicanálise jamais sonhou explicar TUDO." (Críticas e Más
Interpretações da Psicanálise).

Takata: O problema e' qdo explica muito pouco ou, pior ainda, nada.
Nao q. a psicanalise se encaixe em um outro.

Manuel: A psicanálise não explicaria nada se fosse ela uma explicação
pra tudo, o que não é o caso, e isso Freud teve a 'grandeza' de
admitir. Uma grandeza que, me parece, falta em muito dos seus
detratores, em geral pessoas orientadas pelo modismo intelectual e
não pelo espírito crítico. É lamentável.

Dizer que a psicanálise explica muito pouco... Ora, pode-se dizer
qualquer coisa. Tem até gente que diz que o homem nunca esteve na
lua, que Elvis Presley ainda está vivo, etc. E é impressionante como
esses malucos têm uma capacidade fora do comum para dar uma aparência
de racionalidade a seus delírios! Chegam mesmo a chamar de 'crédulos'
quem discorda deles...

Ainda bem que há céticos militantes que não se deixam contaminar por
esse modismo intelectual. Carl Sagan e Murray Gell-Mann, entre
outros 'céticos', não deixaram de reconhecer a contribuição de Freud
ao pensamento científico. Até Karl Popper, que jamais admitiu o
caráter científico da psicanálise (também relutou em conferir tal
estatuto ao darwinismo, só vindo a ceder no fim da vida) não deixou
de render tributos a Freud. Certa vez, Popper escreveu:

<<Eu, pelo menos, estou convencido de que existe um mundo
inconsciente e de que as análises dos sonhos de Freud em seu livro
são fundamentalmente corretas, embora incompletas (como ele mesmo
deixa claro)...>>

<<Não quero ser mal interpretado. Penso que a Interpretação dos
Sonhos de Freud é um grande sucesso. Contudo, a teoria que ela contém
possui um caráter mais parecido com o do atomismo anterior a
Demócrito - ou talvez ao da coleção de relatos de Homero sobre o
Olimpo - do que o de uma ciência contrastável. Ela mostra certamente
que uma teoria metafísica é infinitamente melhor do que a ausência de
teorias; e, suponho, é um projeto para uma ciência psicológica,
comparável ao atomismo e ao materialismo, ou à teoria eletromagnética
da matéria, ou à teoria dos campos de Faraday, que foram, todas elas,
projetos para a ciência física. Todavia, é um erro fundamental
acreditar que, porque está "sendo verificada" constantemente, ela tem
que ser uma ciência baseada na experiência.>>
Popper, K. (1985): Realismo Y el Objetivo de la Ciencia (post
scriptum a la lógica de la investigación científica, Madrid:
Editorial Tecnos, vol. I, pgs. 203-214.

Quantas vezes mais vou ter que repetir isso...

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Muito Além do Big Bang/felizes desnatais.
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/12/2002 03:26

Oi Lígia,

Lígia: Já que ninguém pelo jeito gostou do meu cartão de Natal...

Manuel: Como ninguém gostou! Eu achei seu cartão lindo e agradeço
seus votos de felicidade.

Só não retribuí porque sou ateu, materialista, anticlerical,
sanguinário, sadomasoquista enrustido e, para mim, o dia 25/12 não
representa absolutamente nada. Tanto que, neste último dia 25,
enquanto todo mundo entregava-se a comilanças e libações, fechei-me
no quarto com um pedaço de pão dormido com margarina e um copo
de 'Qsuco' de uva. Ingeri essa manjá infernal enquanto assistia ao
filme "Assassinos por Natureza", do Olver Stone. (Claro que estou
brincando! :-))

Por uma questão de princípio (porque não sou hipócrita) não desejo a
ninguém boas festas natalinas. No entanto, desejo a você e a todos os
membros da CienciaList, de todo o coração, que sejam muito felizes em
todos os 364 dias de desnatal que se seguirão.

Natal é um dia que fico triste. No dia 25, à tarde, saí de carro, e
vi uma grande quantidade de crianças nos semáforos, muito delas da
idade dos meus filhos, pedindo uma ajuda para o 'natal' delas. Num
dos semáforos, como não tinha trocado, entreguei uma cédula de dez
reais para eles dividirem entre si. Depois, pelo retrovisor, vi as
crianças brigando e o menino mais velho (o mais forte) se apoderar da
cédula. É a vida.

Abraços, beijos.
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Muito Além do Big Bang/felizes desnatais.
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/12/2002 04:44

Oi,

A Lúcia R. Brown, inscrita na CienciaList, respondeu-me 'em privado'
à minha mensagem de 'felizes desnatais'. Reproduzo-a, ipsis litteris:

Manuel: Num dos semáforos, como não tinha trocado, entreguei uma
cédula de dez reais para eles dividirem entre si. Depois, pelo
retrovisor, vi as crianças brigando e o menino mais velho (o mais
forte) se apoderar da cédula. É a vida.>>

Lúcia: Voce fez de proposito. A mim voce nao engana. Lucia.

Enviei-lhe, então, a seguinte resposta:

Manuel: É, já que não há como convencê-la do contrário, então direi
amém à sua sábia e arrogante intuição feminina: fiz de propósito,
sim. Sou mesmo mal. Mal, infeliz, baixinho, careca, barrigudo,
feioso, perebento, corno, coxo, viado, etc. E tudo mais que há de
ruim e que vc possa imaginar.

Boa noite,
Manuel Bulcão
PS.: Quando criança, costumava me masturbar pensando na Nossa Senhora
Maria Mãe-de-Deus.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Muito Além do Big Bang/felizes desnatais.
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/12/2002 06:02


retransmito, em homenagem ao Manoel a quem endosso.

silvio.


MENSAGEM DE NATAL

Neste fim de ano eu gostaria que ninguém perdoasse ninguém, a menos que
merecesse.
Neste fim de ano eu gostaria que ninguém sentasse à mesa com alguém que não
gostasse.
Neste fim de ano eu gostaria que ninguém presenteasse ninguém com presentes
artificiais.
Eu realmente gostaria que este clima falso não estivesse pesando sob as
mentes das pessoas que não se deixam enganar por momentos tramados e
passageiros.
Este fim de ano eu gostaria que as crianças sequestrassem Papai-Noel e o
espancassem.
Depois libertassem as renas do julgo desse capitalista.
E que lhe enviassem uma carta bomba, caso ele consiga fugir, quem sabe
libertado por aqueles malditos duendes que se deixam escravizar pelo tirano
Noel!
Gostaria que seu saco de presentes capitalistas, que corrompe a mente
ingênua das crianças, fosse roubado por "crianças de rua" e que os
presentes, produtos de furto, fossem distribuídos pelas favelas desse mundo.
Basta apenas querer enxergar para ver quantos cifrões se escondem por detrás
daquela pança e daquela barba do maldito bom velhinho risonho.

----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, December 27, 2002 3:26 AM
Subject: [ciencialist] Re: Muito Além do Big Bang/felizes desnatais.


Oi Lígia,

Lígia: Já que ninguém pelo jeito gostou do meu cartão de Natal...

Manuel: Como ninguém gostou! Eu achei seu cartão lindo e agradeço
seus votos de felicidade.

Só não retribuí porque sou ateu, materialista, anticlerical,
sanguinário, sadomasoquista enrustido e, para mim, o dia 25/12 não
representa absolutamente nada. Tanto que, neste último dia 25,
enquanto todo mundo entregava-se a comilanças e libações, fechei-me
no quarto com um pedaço de pão dormido com margarina e um copo
de 'Qsuco' de uva. Ingeri essa manjá infernal enquanto assistia ao
filme "Assassinos por Natureza", do Olver Stone. (Claro que estou
brincando! :-))

Por uma questão de princípio (porque não sou hipócrita) não desejo a
ninguém boas festas natalinas. No entanto, desejo a você e a todos os
membros da CienciaList, de todo o coração, que sejam muito felizes em
todos os 364 dias de desnatal que se seguirão.

Natal é um dia que fico triste. No dia 25, à tarde, saí de carro, e
vi uma grande quantidade de crianças nos semáforos, muito delas da
idade dos meus filhos, pedindo uma ajuda para o 'natal' delas. Num
dos semáforos, como não tinha trocado, entreguei uma cédula de dez
reais para eles dividirem entre si. Depois, pelo retrovisor, vi as
crianças brigando e o menino mais velho (o mais forte) se apoderar da
cédula. É a vida.

Abraços, beijos.
Manuel Bulcão





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Muito Além do Big Bang/felizes desnatais.
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/12/2002 10:33

Manoel:

Uma bronha em homenagem à deípara é realmente algo sofisticado....

sds.,

silvio
----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, December 27, 2002 4:44 AM
Subject: [ciencialist] Re: Muito Além do Big Bang/felizes desnatais.


Oi,

A Lúcia R. Brown, inscrita na CienciaList, respondeu-me 'em privado'
à minha mensagem de 'felizes desnatais'. Reproduzo-a, ipsis litteris:

Manuel: Num dos semáforos, como não tinha trocado, entreguei uma
cédula de dez reais para eles dividirem entre si. Depois, pelo
retrovisor, vi as crianças brigando e o menino mais velho (o mais
forte) se apoderar da cédula. É a vida.>>

Lúcia: Voce fez de proposito. A mim voce nao engana. Lucia.

Enviei-lhe, então, a seguinte resposta:

Manuel: É, já que não há como convencê-la do contrário, então direi
amém à sua sábia e arrogante intuição feminina: fiz de propósito,
sim. Sou mesmo mal. Mal, infeliz, baixinho, careca, barrigudo,
feioso, perebento, corno, coxo, viado, etc. E tudo mais que há de
ruim e que vc possa imaginar.

Boa noite,
Manuel Bulcão
PS.: Quando criança, costumava me masturbar pensando na Nossa Senhora
Maria Mãe-de-Deus.




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SUBJECT: Re: Muito Além do Big Bang/felizes desnatais.
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/12/2002 11:16

Oi Manuel!

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Oi Lígia,
>
> Lígia: Já que ninguém pelo jeito gostou do meu cartão de Natal...
>
> Manuel: Como ninguém gostou! Eu achei seu cartão lindo e agradeço
> seus votos de felicidade.
>
> Só não retribuí porque sou ateu, materialista, anticlerical,
> sanguinário, sadomasoquista enrustido e, para mim, o dia 25/12 não
> representa absolutamente nada.

Lígia: Ah, é mais um dia como outro qualquer, apenas provido de
algum sentido sentimental... Em minha família aliás, nunca houve
ceia (minha mãe odeia cozinhar). Pois então veja: Neste natal eu
não tive que preparar a ceia, foi minha mãe quem fez! E isso só
porque ela sobreviveu a uma angioplastia realizada no dia 4 de
dezembro. Como eu estava feliz pelo fato dela estar bem a ponto de
ir prá cozinha, eu resolvi lançar mão de meus dotes artísticos e
fazer um cartão de natal especial para esta lista científica... foi
só isso. Assim, eu esperava que alguém dissesse: "nossa, que
lindo!", assim como eu sempre cozinho para ouvir: "nossa, que
delícia!". Pura vaidade... :)


Tanto que, neste último dia 25,
> enquanto todo mundo entregava-se a comilanças e libações, fechei-me
> no quarto com um pedaço de pão dormido com margarina e um copo
> de 'Qsuco' de uva. Ingeri essa manjá infernal enquanto assistia ao
> filme "Assassinos por Natureza", do Olver Stone. (Claro que estou
> brincando! :-))


Lígia: Sei não... você tem essa "essência" sanguinária, tem não?
Tenho acompanhado o correr dos "Avós que comiam Nós" e até estou
pensando em mudar minhas opções sexuais sob sua influência :)


> Por uma questão de princípio (porque não sou hipócrita) não desejo
a
> ninguém boas festas natalinas. No entanto, desejo a você e a todos
os
> membros da CienciaList, de todo o coração, que sejam muito felizes
em
> todos os 364 dias de desnatal que se seguirão.


Lígia: E eu lhe envio uma emissão de Reiki de luz na cor rosa-
dourado. Detalhe: ainda não aprendi Reiki nem sei como se envia.
Mas alguma coisa deve chegar até você :)



> Natal é um dia que fico triste. No dia 25, à tarde, saí de carro, e
> vi uma grande quantidade de crianças nos semáforos, muito delas da
> idade dos meus filhos, pedindo uma ajuda para o 'natal' delas. Num
> dos semáforos, como não tinha trocado, entreguei uma cédula de dez
> reais para eles dividirem entre si. Depois, pelo retrovisor, vi as
> crianças brigando e o menino mais velho (o mais forte) se apoderar
da
> cédula. É a vida.


Lígia: Lei da selva, né? Por aqui tinham aqueles flanelinhas que
ficam pedindo prá tomar conta dos carros no estacionamento de
supermercado. Eu nunca dava dinheiro, sempre um saco de biscoitos e
um refrigerante. Até o dia em que eu vi o tipo de partilha que eles
realizavam: os maiores se apossava do saco de biscoitos e do
refrigerante enquanto os pequenos choravam. Então eu saí do carro e
dei uma "coça" neles, com direito a bolsadas e tudo. Os
pequenininhos ficaram radiantes com a perspectiva de ganharem os
biscoitos pela primeira vez enquanto os grandes saíram correndo.

Atualmente os pequenininhos cresceram e repartem com os que lhes são
menores, eu fico de olho. Veja, se eles não têm pais que os ensinem
a repartir, a gente pode ensinar mesmo que com bolsadas :)


Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/12/2002 15:46

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...>
> Manuel: Ué, veados não são gregários?

Alguns vivem em bando, outros nao -- especialmente os
machos.

No caso de uma especie em q. foi relatada a ocorrencia de
montaria entre machos /Dama dama/ (pois e' , ironia ne'? Cervo
Dama), os machos adultos nao sao gregarios.

--------------
Holeckova J, Bartos L, Tomanek M 2000 -- Inter-male mounting
in fallow deer, Dama dama - its seasonal pattern and social
meaning. FOLIA ZOOLOGICA 49 (3): 175-81.

The study monitored fallow deer bucks over a one year period in
order to establish if and when inter-male mounting was
performed, and whether this phenomenon was
testosterone-dependent. We also tested the frequently
presented hypotheses that it is the dominant animal who
mounts a Subordinate one. Observations were carried out
during three seasons (in all months except September) in the
deer park at Zehusice, Czech Republic. Concurrent blood
samples taken from two captive intact fallow deer bucks allowed
comparison of the frequencies of inter-male mounting with
seasonal changes in serum testosterone levels. During 30
sessions consisting of 120 hours of direct observation of fallow
deer behaviour, we recorded 314 inter-male mounts. Mounting
activity was seen throughout May, June and July, but not in any
other month. Although there was no apparent dependence of
mounting activity on testosterone levels, occurrence of the
behaviour was associated with the start of a seasonal increase
in testosterone levels following seasonal minima. We observed
that a smaller buck always mounted a larger one but, in most
cases, the mounted individual did not respond to being
mounted. Our study thus disproves the hypothesised dominance
function of inter-male mounting in fallow deer.
-------

http://animaldiversity.ummz.umich.edu/accounts/dama/d._dama
$narrative.html

De resto, mesmo q. algumas ou varias especies mamiferas
tenham apresentado neotenia ou pedomorfose, nao indica q. os
cervideos sejam neotenicos ou q. o cervo Dama seja neotenico
ou pedomorfico.

> O gregarismo, entre os mamíferos, é um fenômeno que surge
>e se desenvolve através do processo de juvenilização ou de
>retenção na idade adulta de caracteres juvenis.

Talvez em algumas especies, mas nao em todas e desconfio
de se e' um bom processo geral. Bisoes nao sao neotenicos,
nem a sua contraparte pre-historica. Ou mamutes, mastodontes
e bois almiscarados. Zebras, hipopotamos,
elefantes-marinhos, baleias, gnus, lobos...

> As alterações quantitativas de hormônios,
> adrenalina e neurotransmissores que acompanha o
>tratamento psicanalítico são endógenas.

Uai, a estrutura quimica da adrenalina continua inalterada.

> Manuel: Agindo em condições 'naturais', e secretado pelas
>glândulas do animal.

Assim como poderia ser o caso humano influenciando sua
orientacao sexual.

(> Teria que comer as folhas na salada ou então misturadas
>com farofa no café-da-manhã, no almoço, no
> lanche à tarde e no jantar

Conhece o bolo com flores de skunk?)

> Mas essas experiências em que se injeta testosterona em
> ratas adultas, invertendo, assim, a sua sexualidade, corrobora
>a teoria da disposição bissexual em alguns mamíferos,
>inclusive nos ratos.

Ou nao. Em passaros canoros a injecao de hormonios sexuais
causa uma alteracao estrutural no cerebro. Mas nao seria
preciso imaginar q. haja alteracao na estrutura -- basta ter em
mente q o movimento de montaria entre ratas nao possui
nenhum carater sexual.

------------
Fang JM, Clemens LG 1999 -- Contextual determinants of
female-female mounting in laboratory rats. ANIMAL BEHAVIOUR
57: 545-55.

Female-female mounting is widespread among mammalian
species, but little is known about the proximal function of this
behaviour. While such mounting is often regarded as a
'masculine' trait, its widespread occurrence may indicate that it
serves specific functions within the context of female-female
social behaviour. We valuated female mounting behaviour in
Long-Evans rats in standard observation chambers and in a
seminatural enclosure. Under these conditions, we examined a
number of potential factors that might influence mounting,
including the oestrous cycle, social hierarchy, familiarity and
male presence. The female's mounting was not influenced by
her own oestrous cycle, but did vary with the oestrous cycle of the
stimulus female. Socially dominant females mounted
significantly more than subordinate females, and mounting by
the dominant female was most frequent when the subordinate
female was sexually receptive. Females mounted (and fought
with) unfamiliar females significantly more than they did with
familiar cagemates. Female-female mounting was dramatically
reduced when males were present. Further testing showed that
female mounting did not affect the induction of the progestational
state of pregnancy, suggesting that female mounting does not
function as a pseudomale behaviour that can substitute for
genital stimulation provided by the male. Based on these data,
female mounting does not appear to function as a sexual
behaviour per se, but may serve as a form of female social
behaviour related to maintenance of the female's social status
within female groups. In this regard, the results of this study
suggest that female mounting is part of the normal female's
complex behavioural repertoire and does not necessarily reflect
masculinization of some underlying neural substrate.

----------------

No caso humano se somarmos a isso a observacao feita com
gemeos uni e bivitelinos e o caso do pseudohermafroditismo,
temos uma boa causa em favor de uma predisposicao natural
ao heterossexualismo nos humanos.

> Manuel: Muito engraçado. Você não gosta de analogias e
> metáforas, mas, para contra-argumentar, costuma lançar mão
> de analogias estapafúrdias, na tentativa de ridicularizar o
>oponente.

Nao exatamente para ridicularizar o oponente, mais pra tentar
dar um ar menos serio na discussao.

De todo modo, embora pareca estapafurdia, eu vejo nela um
merito -- demonstra q. nao e' preciso a existencia permamente
de uma bivalencia para q. ocorra dois resultados diferentes em
diferentes contextos ou ocasioes.

> E tem tanto talento para isso que chegou a criar uma
> obra-prima do sarcasmo: a interpretação psicoralítica.

Nao chega a ser uma obra-prima. Tbm nao chega a ser um
sarcasmo.

> Manuel: Entre os mamíferos, montadas invertidas e
> homossexuais são muito mais freqüentes entre os jovens
> que nos adultos. Observe uma
> ninhada de cães.

Estarei olhando um ser supostamente neotenico. Teria q. ser
os jovens do ancestral -- ou de uma especie atual q. possa dar
pistas sobre o comportamento no ancestral.

No caso do /Dama dama/ teria q. ver nos filhotes de outros
cervideos a ocorrencia de tal comportamento. Ou no caso dos
coelhos em lebres aparentadas.

> Takata: Uma outra alternativa seria simplesmente um sinal
> errado entrando no sistema causando o erro de identificacao.
>
> Manuel: Seria um erro de identificação se a postura de cópula
>fosse a mesma tanto no macho quanto na fêmea, mas não é
>o caso. Montar e realizar movimentos rítmicos é o
>comportamento sexual típico do macho, enquanto a fêmea
>levanta a cauda e fica por baixo, passiva.

Mas repare q. nao ha' modificacao em todo o comportamento,
apenas nesse especifico de copula. (Embora no caso de
mamiferos seja mais complicado identificar comportamentos
especificos de um ou outro sexo.)

No caso dos cachorros, qdo o de baixo e' o macho ele nao
levanta a cauda e fica passivo. Normalmente baixa a causa e
tenta sair rapidinho com cara de ' Epa, comigo nao violao'.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/12/2002 16:51

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...>
> Manuel: Quanto a mim, continuo propenso a achar que esses
> fatores intra-uterinos pré-determinam apenas qual a
> tendência que provavelmente será a dominante e qual a que
> será subjacente, ou seja, qual dos pendores pode vir a ser o
> mais forte e em que grau. A determinação não é completa
> nem irreversível,

Ninguem falou em determinacao. A determinacao ocorre pela
interacao entre os genes e o ambiente. Apenas q. o default
ontogenetico parece ser ' a heterossexualidade.

> Essa tendência pré-determinada por fatores intra-uterinos não
>é à heterossexualidade ou à homossexualidade, mas à
>orientação masculina (ativa) ou feminina (passiva). Há casos
>de machões que não 'dão' jamais e em hipótese alguma,

Ha' casos de cura de cancer apos uma sessao de reza...
Ha' casos de machoes q. sempre dao.

Nada disso parece indicar uma tendencia inata ' a
bissexualidade.

> A escolha do parceiro é mais uma questão muito subjetiva de
>gosto (uma determinação psicológica), não necessariamente
>de sexo.

Claro q. e' uma questao de gosto. Ser passivo ou ativo tbm e'
questao de gosto.

> Experiências de laboratório com ratos adultos indicam que a
> orientação sexual pode ser invertida por meio de alterações
> hormonais. Vale dizer, não é a estrutura do cérebro (fatores
> neurofisiológicos),

Os genes nao regulam apenas a estrutura do cerebro -- alias
nem as estruturas do cerebro os genes regulam sozinho.
Apenas q. o default ontogenetico para ser do
heterossexualismo, default este q. pode ser sobrescrito
posteriormente.

> Manuel: Você realmente não leu a minha resposta ao
>Ronaldo. Nas culturas em que não se proíbe relações
>homossexuais, a bissexualidade é a regra. Gregos, romanos,
>cartagineses, assírios, hititas, caldeus, etc.

Nao parece q. gregos, romanos e etc tenham sido
predominantemente bissexuais. Poderia haver uma proporcao
relativamente elevada, mas dai' a dizer q. era a regra vai um
grande passo.

> Entre os 'siwa', povo do deserto da Líbia, considera-se
[...]
> Entre os Etoro, uma outra tribo da Nova Guiné, a
[...]
> Entre os Kraôs e outras tribos tupi-guaranis, os homens

Isso nao mostra q. a maioria seja inatamente bissexual,
apenas q. ha' influencia do fator cultural. E ao q. eu saiba, a
heterossexualidade nao e' obrigatoria na maioria dos dias do
ano, mas proibida na maioria dos dias do ano entre os Etoro
(Etolo ou Edoro).

> Quanto aos Sambia, já falei que há um interstício que

Mas segundo o seu relato, eles achavam o sexo heterossexual
mais prazeroso. Eles podem ate' sentir saudades dos ritos
homossexuais, assim como eu sinto saudades dos desenhos
q. eu assistia na infancia -- e sempre q. posso assisto a varios
deles -- nao quer dizer nem q. haja uma tendencia inata ao
bissexualismo ou homossexualismo entre eles ou uma
tendencia inata a assistir ao Tom e Jerry em mim.

> Manuel: E é regra social *com exceções* porque é, no
> indivíduo singular, a tendência dominante *entre outras
>subjacentes*.

Subjacentes nao demonstradas. Claro q. tem ' excecoes' -- q.
podem ser por variacoes geneticas, variacoes ambientais, uma
combinacao das duas. A hipotese da bissexualidade como
regra apresenta um numero muito maior de excecoes.

Mas olha a teoria psicoralitica ai':

-----
S. Bryn Austin Sc.D., Najat Ziyadeh M.P.H., Jessica A. Kahn M.D.,
M.P.H., Graham A. Colditz M.D., Dr.P.H. and Alison E. Field Sc.D.
Sexual orientation and disordered eating: a national cohort study
of adolescent girls and boys
Journal of Adolescent Health, Feb 2002

Purpose: Several studies have suggested that gay males may
be at elevated risk and that lesbians may be at reduced risk for
disordered eating compared to heterosexuals, but little research
has examined these hypothesized relationships in adolescents.
This analysis is the first national study of disordered eating
across sexual orientation groups in adolescents.

Methods: The Growing Up Today Study (GUTS) is a national,
longitudinal cohort study of 16,862 adolescent girls and boys
ongoing since 1996. GUTS questionnaires include items on
sexual orientation, disordered eating, and other health behaviors
in the past year. Multivariate logistic regression analyses using
1999 data were conducted to examine cross-sectional
associations between sexual orientation and disordered eating
behaviors among 10,136 subjects, ages 12 to 17 years. All
regression models controlled age and overweight, and for some
models, self-reported Tanner stage. Heterosexuals served as
the reference group.

Results: Approximately 91% (5,475) of girls and 94% (3,821) of
boys described themselves as heterosexual, 6% (369) of girls
and 3% (142) of boys as mostly heterosexual, 1% (62 girls, 41
boys) as gay/bisexual, and 2% (143 girls, 83 boys) as unsure.
Compared to heterosexual girls, mostly heterosexual girls were
40% more likely (adjusted odds ratio [AOR]: 1.4; 95% confidence
interval [CI]: 1.1, 1.8) to diet, 70% more likely (AOR: 1.7; 95% CI:
1.1, 2.5) to vomit and/or use laxatives to control their weight, and
twice as likely (AOR: 2.1; 95% CI: 1.3, 3.4) to binge eat in the past
year. In contrast, gay/bisexual girls were half as likely (AOR: 0.5;
95% CI: 0.3, 1.1) to diet and twice as likely (AOR: 1.8; 95% CI:
0.9, 3.3) to report being happy with the way their body looks.
Compared to heterosexual boys, mostly heterosexual boys were
3.6 times more likely (AOR: 3.6; 95% CI: 1.1, 12.3) to vomit
and/or use laxatives to control their weight, 4 times more likely
(AOR: 3.8; 95% CI: 0.9, 17) to binge eat in the past year, and 2.6
times more likely (AOR: 2.6; 95% CI: 1.7, 3.8) to report trying to
look like boys and men on TV and in magazines and movies. In
addition, gay/bisexual boys were 2.5 times more likely (AOR: 2.5;
95% CI: 1.0, 5.9) to diet, 11.3 times more likely (AOR: 11.3; 95%
CI: 2.4, 52.3) to binge eat, and 3.4 times more likely (AOR: 3.4;
95% CI: 1.8, 6.8) to report trying to look like boys and men in the
media.

Conclusions: Among adolescents describing themselves as
mostly heterosexual, both boys and girls reported significantly
higher rates of disordered eating symptoms than did
heterosexuals. Among gay/bisexual adolescents, however, boys
and girls showed different risk patterns. Compared to
heterosexuals, gay/bisexual girls reported fewer symptoms,
while gay/bisexual boys were at elevated risk for disordered
eating symptoms.
--------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles-COMPLEMENTO
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/12/2002 17:04

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...>
> Quantas vezes mais vou ter que repetir isso...

Ter nao tem q repetir, vc repete sempre q. quiser.

Relacionar frases de Sagan e Popper nao muda as coisas.

Mesmo q. valesse alguma coisa -- alguma propriedade magica
de principio de autoridade -- a citacao foi completamente
desnecessaria. Eu atrelei um: "nao q. a psicanalise se encaixe
em um ou outro".

Mas ela nao parece explicar satisfatoriamente a sexualidade
humana, nem a questao do homossexualismo. Conforme
apontei originalmente (originalmente nao no sentido da minha
observacao ser original, claro) em:

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/19876

Nessa questao especifica do homossexualismo, entao, a
psicanalise nao apresenta uma boa resposta. Em boa medida,
possivelmente, por Freud se valer da visao entao dominante do
homossexualismo, atualmente superada em varios (se nao
todos) aspectos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Muito Além do Big Bang/felizes desnatais.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/12/2002 17:10

--- Em ciencialist@y..., "silvio cordeiro" <scordeiro@t...>
> Uma bronha em homenagem à deípara é realmente algo
> sofisticado....

Fazer no recesso de seu lar e' uma coisa com q. ninguem tem
nada a ver. Mas propalar publicamente -- especialmente
sabendo q. ha' sectarios no meio do publico -- e' um ato de
grande desrespeito.

E' possivel divergir sem agredir -- eu acho q. e'.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/12/2002 18:25

Mais literatura tendenciosa:

Paredes RG, Tzschentke T, Nakach N 1998 -- Lesions of the
medial preoptic area anterior hypothalamus (MPOA/AH) modify
partner preference in male rats. BRAIN RESEARCH
813 (1): 1-8.

When given the choice, male rats will interact with a receptive
female while female rats will interact with a sexually active male.
In the present experiment partner preference was tested in male
and female rats before and after lesions of the medial preoptic
area of the anterior hypothalamus (MPOA/HA). Subjects were
gonadectomized, treated for 10 days with 5 mu g/kg of estradiol
benzoate (EB) and tested for male coital behavior with receptive
females and for partner preference in a three compartment box
with free access to either a sexually receptive female or a
sexually active male. The same tests were repeated after 10
days of treatment with 5 mg/kg of testosterone propionate (TP).
The subjects then received a bilateral electrolytic lesion aimed at
the MPOA/AH. Two weeks after the lesion the hormonal
treatments and behavioral tests were repeated in the same
sequence. Prior to the lesion, females showed a clear
preference to interact with the stimulus male while male
subjects showed a preference to interact with the receptive
female regardless of the hormonal treatment they received. After
lesions the females preference for the opposite sex was not
modified, they spent more time in the chamber with the stimulus
male regardless of whether they had an extensive bilateral
destruction of the MPOA/AH or a sham lesion. Males with
bilateral destruction of the MPOA/AH changed their partner
preference after the lesion. They spent significantly more time in
the chamber with the stimulus male than in the chamber with the
receptive female. As well, the coital behavior of males with
bilateral destruction of the MPOA/AH was significantly reduced
after the lesion. The change of preference was observed when
the lesioned animals were treated either with EB or TP. The
results of the present experiment further support the notion that
the MPOA/AH is a crucial structure in the integration of sensory
cues that determine partner preference.


*****
Kindon HA, Baum MJ, Paredes RJ 1996 -- Medial
preoptic/anterior hypothalamic lesions induce a female-typical
profile of sexual partner preference in male ferrets
HORMONES AND BEHAVIOR 30 (4): 514-27

In T-maze tests given to gonadectomized ferrets treated daily
with estradiol benzoate (EB), females consistently prefer to
approach and interact sexually with a stud male whereas male
subjects, on average, prefer an estrous female. In the present
experiment this sexually allomorphic pattern of partner
preference was changed in males given lesions of the medial
preoptic area/anterior hypothalamus (mPOA/AH). Electrolytic
lesions, which caused extensive bilateral damage to the
mPOA/AH, including the sexually dimorphic male nucleus (MN)
of the POA/AH, led males to shift their mean preference away
from the estrous female to the stud male. Their postoperative
profile of partner preference more closely resembled that of
sham-operated females than that of sham-operated males or of
males which sustained either partial or minimal bilateral
damage to the mPOA/AH so as to spare the MN-POA/AH in one
or both hemispheres. Males with extensive bilateral mPOA/AH
lesions, like sham-operated females, showed an even stronger
preference to approach the stud male during T-maze tests in
which the subjects could smell, see, and hear the stimulus
animals without physically interacting with them. After receiving
testosterone propionate, male ferrets with either extensive or
partial lesions of the mPOA/AH showed significant deficits in
neck gripping and mounting performance in tests with either
female or male stimulus animals which were sexually receptive
after gonadectomy and EB treatment. The present results,
coupled with those of a previous study using excitotoxic
mPOA/AH lesions, suggest that the male-typical profile of
preference for an estrous female depends on the functional
integrity of sexually dimorphic mPOA/AH neurons and the reward
engendered by coital interaction with such a female. When these
neurons either are destroyed experimentally (as in male ferrets
with extensive bilateral mPOA/AH lesions) or are absent (as in
sham-operated females), subjects are attracted by distal
(possibly chemosensory) incentive cues from a stud male.

*****
K.L. Pinckard, J. Stellflug, J.A. Resko, C.E. Roselli, F. Stormshak
2000. Review: brain aromatization and other factors affecting
male reproductive behavior with emphasis on the sexual
orientation of rams. Domestic Animal Endocrinology 18: 83–96

5. Aromatase: relationship to differentiation and behavior
5.1. Sexual differentiation
Chromosomal sex in mammalian species is determined by the
presence or absence of a "Y" chromosome in the animals
genome. In the heterogametic genetic male the presence of
the Y chromosome results in the undifferentiated genital ridge
tissue developing into fetal testes during embryonic
development. Consequent production of Mullerian Regression
Factor (Mullerian Inhibiting Substance) from Sertoli cells in the
developing testes inhibits Mullerian duct differentiation in males
[19 –22]. Somewhat like the reproductive tract and gonads, the
fetal brain also undergoes differentiation in response to
hormones secreted by the fetal testes [23]. Upon exposure of the
fetal brain to androgens during a critical period for
sexual differentiation (Days 35–60 of gestation in sheep), the
male brain undergoes two transformations, masculinization, and
defeminization. The former entails permanent actions
in those areas of the brain that mediate male-typical
heterosexual behaviors and patterns of gonadotropin release
whereas the latter entails the loss of female behaviors such as
lordosis and proceptivity and likewise a loss of feminine
neuroendocrine secretory patterns [24]. The first reported sexual
dimorphism in the brain of a vertebrate species, presumably due
to the effects of steroid-induced dimorphic differentiation, was
attributed to Nottebohm and Arnold [25]. The volume of brain
regions of finches and canarys that specifically control song
patterns are greater in males compared with females; evidence
that sexual dimorphism does indeed exist in the avian brain.
More specifically, the medial preoptic area/anterior
hypothalamus (MPOA/AH) mediates male typical behavior in
many species [26]. Masculinization of behavior in some species
is mediated by aromatization of androgens to estrogens [27].
Lesions of the MPOA/AH disrupt male sexual behaviors in birds
[28], rats [29,30], cats [31], and monkeys [32]. Sexual
dimorphism in the MPOA/AH has also been observed in the
human brain. LeVay [33] described a region of the human brain
designated INAH 3 (the "interstitial nuclei of the anterior
hypothalamus region 3", analogous to the MPOA in other
species), that was evaluated for volumetric differences in
heterosexual men and women and homosexual men during
postmortem examination. This evaluation demonstrated that the
INAH 3 was twice as large in heterosexual men (0.12 6 0.01
mm3) than that of both homosexual men and heterosexual
women (0.05 6 0.01 and 0.06 6 0.02 mm3, respectively).
Thus, the INAH 3 region of the human brain correlates with the
sexual orientation of the individuals studied. In a different
postmortem study conducted by Allen and Gorski [34], the
size of the anterior commissure (a fiber tract in the midsagittal
area of the hypothalamus) of the human was evaluated in
heterosexual men and women and in homosexual men. Results
of this research showed the anterior commissure in
homosexual men to be 18% larger than in heterosexual women
and 34% larger than in heterosexual men. From these data, it
was deduced that dimorphic structures in the human brain were
formed by factors operating during fetal development and that
these anatomic changes have implications for understanding
the origins of sexual orientation. However, it should be noted that
results of the studies mentioned above do not resolve the issue
of whether the observed anatomic differences in
the brain determine sexual orientation or are formed as a result
of it. As example, Breedlove [35] reported that the somata and
nuclei of the spinal bulbocavernosus motor neurons were
significantly smaller in size in castrated-testosterone-treated
adult male rats permitted to copulate as compared to similarly
treated noncopulators. In the male fetal brain, testosterone
crosses the blood– brain barrier and at the level of
hypothalamus is locally converted to estradiol via aromatase.
The resulting free estradiol produces autocrine/paracrine
actions in the central nervous system [36]. Thus, the genetic
make-up of the male will dictate its behavior through the
mediation of hormonal defeminization and masculinization that
occurred in utero during "critical periods" of sexual differentiation.
A summary of these events was eloquently stated by Young et al.
[37] ". . . during fetal morphogenesis, androgens exert a
fundamental influence on the organization of the soma,
determining whether sexual reactions brought to expression in
the adult will be masculine or feminine in character."

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Fw: dicas para pintura
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/12/2002 19:49

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> saber se é possível eu fazer artezanalmente um pigmento
> fosforescente (blenda) com variadas cores.

Parece q. com cristal de sulfeto de zinco ultramoido com cobre
da' pra se obter o efeito de fosforescencia -- a cor e' um
amarelo esverdeado como dos interruptores.

Adicionando-se manganes ' a mistura obtem-se uma cor mais
amarelada.

Sulfeto de zinco com sulfeto de cadmio da' uma coloracao
esverdeada.

Cristais de sulfeto de calcio e estroncio pulverizados
misturados com bismuto emite uma cor azulada.

Aluminato de estroncio com europio produz uma luz verde mais
duradoura do q. o tradicional sulfeto de zinco.

> E também se um produto imper-
> meabilizante, (preferivelmente natural, com produtos
> comuns)

Verniz...? Natural tem asfalto mas nao e' muito comum.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: A Loucura no Diva - Culpando as Vitimas no Apogeu da Psicanalise
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/12/2002 20:10

Manuel Bulcão escreveu: "Dizer que a psicanálise explica muito pouco... Ora,
pode-se dizer qualquer coisa. Tem até gente que diz que o homem nunca esteve
na lua, que Elvis Presley ainda está vivo, etc. E é impressionante como
esses malucos têm uma capacidade fora do comum para dar uma aparência de
racionalidade a seus delírios! Chegam mesmo a chamar de 'crédulos' quem
discorda deles..."

Manuel,

Antes do dolar disparar, comprei na Amazon o livro Madness on the Couch:
Blaming the Victim in the Heyday of Psychoanalysis [A Loucura no Divã:
Culpando as Vítimas no Apogeu da Psicanálise] de Edward Dolnick, que estou
lendo só agora.

Nesse momento de sua brilhante e produtiva discussão com o Takata, em que
parece que seu saco começa a ficar cheio de defender algumas das idéias de
Freud do ataque dos incrédulos, acredito que seria muito interessante que
você lêsse (ou relêsse, não sei) o livro do Dolnick, que mostra os males que
a adoção acrítica das implicações de certas idéias freudianas trouxe para
pacientes de esquizofrenia, autismo e transtornos obsessivos-compulsivos, e
seus pais, nas décadas após a II Guerra Mundial.

Se você quiser, escreva-me em PVT que combinamos um forma de lhe empresta
meu exemplar do dito cujo, caso não o tenha. Parece-me que alguém com sua
abertura de espírito e tão grande interesse na psicanálise não pode deixar
de ler esse livro.

Um abraço,

Vizzoni





_________________________________________________________________
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SUBJECT: Takata e o Genoma!!!!
FROM: "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/12/2002 09:52

Alo Takata!!! gemaba3,ok. Desculpe a demora pra responder
mas tive que estudar um pouco e obrigado pelos esclarecimentos.

<<gemaba : Podemos dizer que o ADN é uma linguagem que
carrega em sua semântica o que será o ente que representa,
possuindo assim uma sintaxe e uma semântica?>>
gemaba2 : Mas Takata, isso não descaracteriza uma linguagem,
sua sintaxe e sua semantica.>>
<<Takata : Mas vc argumentava q. o ADN carregaria em sua semantica
como o ser sera'. E nao e' bem assim. De fato o ADN e'
considerado portar informacoes. Digamos q. o ADN dertermine
certas *potencialidades* do futuro organismo.>>

gemaba3 : A despeito de qualquer mal uso das formas
expressionais o que quero argumentar é que o ADN
é um código linguístico que ao se expressar produz
as potencialidades com a contribuição do meio,ok.
Portar informações? Informações não estariam ligadas
as potencialidades? Não seria melhor usar o termo dado?

<<gemaba : Pondero que ADN sem
meio não exista e a mesma coisa acontece com a linguagem,
uma linguagem sem meio não existe.>>
<<Takata : O ADN ate' existe independentemente do meio. Mas
com certeza sua expressao sera' diferente. (Embora
em diferentes organismos, pelo fato de possuirem
um mesmo codigo, em geral nao haja grandes alteracoes
do produto final -- a proteina: relembro aqui q.
ainda estou tentando manter as coisas o mais simples
possiveis, ainda q. com algum sacrificio da verdade
conhecida, nem sempre a proteina e' o produto final
de um gene -- alguns genes possuem como produto
final o proprio ARN.)>>

gemaba3 : Só imagino uma forma que independe
do meio, o nada, como assim o ADN existir
independente do meio? Pondere sobre como
a célula usa a proteina ou ARN, é possível?

<<Takata : Por exemplo, no caso das abelhas, se o embriao
femea ira' gerar uma rainha ou uma operaria depende de
como a larva e' alimentada: com ou sem geleia real.>>
<<gemaba2 : Se não se importa prefiro continuar no ADN e
ARN,ok.>>
<<Takata2 : Mas isso envolve ADN e ARN. Uma pista ambiental -- no
caso o tipo de alimentacao -- e' q. faz com q. os genes
funcionem de modo diferente ou grupos diferentes de
genes funcionem em um caso e outro. E' a interacao com
o ambiente q. faz com q. o gene seja ativado ou desativado.>>

gemaba3 : Processado, voltemos ao tema central, ok.
Insisto que isso não descaracteriza o ADN como
um código linguístico parecido com a música, onde
os pares de base serão as notas e os gens as
melodias significando as potencialidades do
ser que irá representar quando executada no
meio propício.

<<gemaba2 : Se você der uma partitura musical para um
violinista e gravar ele tocando e dar a mesma partitura a
uma orquestra e gravar e depois comparar as duas
gravações verás que são diferentes tão embora
vindas do mesmo código.>>
<<Takata2 : Bem, entao vamos complicar um pouquinho. Uma partitura,
assim como a maioria dos livros, exige uma leitura
linear -- primeiro uma parte depois a outra e
sempre se segue reto. O mesmo com receitas de bolo ou
croquete de camarao. Se formos imaginar o ADN sendo
lido pela celula, bem, ha' diversos trechos q.
serao lidos mais de uma vez, outros q. serao lidos
apenas em determinadas ocasioes -- e caso essa
ocasiao nao se faca, esse trecho nao sera' lido
de modo algum. Aqui talvez os entusiastas da computacao
enxerguem alguma semelhanca com o modo como um computador
interpreta uma serie de comandos em um programa.>>

gemaba3 : Mais ou menos isso e podemos estender em
como o cérebro executa um texto, ou um músico executa
uma melodia, ou um padeiro faça um pão, bla,bla,bla. Ou
seja, estamos falando de dados, código, lógica, linguagem,
semântica, sintaxe, ok. Queremos estabelecer uma relação
entre linguagem e ADN procurando sua sintaxe e sua
semântica seja ela qual for, ok. Quanto ao que você falou
de linearidade, não é bem assim em todos os exemplos
que você deu. Ao fazermos um bolo podemos não seguir
a risca a receita, o mesmo ao ler um livro, o mesmo
a entoar uma melodia, bla,bla,bla.... Mesmo em computadores
já existem códigos ditos não lineares e nem os códigos
lineares o são toralmente, ok. A progranação das novas
linguagens de computadores jà não são tão lineares
e não podemos estabecer uma ordem de execução
que dependerá do operador do sistema em questão.

<<Takata : (No caso do ADN nao devemos confundir a mensagem
com o codigo. Para a analogia da partitura valer,
a partitura nao e' o codigo, o codigo e' a equivalencia
entre os sinais da partitura e os sons produzidos.
Com o mesmo codigo, digamos a escala pentatonica
e' possivel gerar um sem numero de diferentes
partituras. Assim como, com o mesmo codigo genetico,
e' possivel gerar um sem numero de diferentes
genomas.)>>

gemaba3 : Podemos então começar a falar de
formas, o que você acha? Já houviu esse termo?
Poderiamos introduzi-lo acá? Exemplo,
existe uma sequencia de bases, formando
um gen, que contem uma potencial forma
nele codificada que ao ser executado pela
célula produz tal potencialidade. Algo assim,
que tal? Quanto ao que você disse precisamos
entender melhor, ok. Não entendi a diferença
entre mensagem em código, um código contem
uma mensagen, certo? Você associa código
com melodia? Explique!!! Escala no caso do
ADN seria a distancia entre Um par de base
e outro, mas você não pode esquecer do
compasso. Pondere!!!

<<gemaba : Isso não invalida o fato do ADN ser
uma linguagem, ok.>>
<<Takata : O q. melhor se aproximaria do conceito de linguagem
seria o codigo genetico mais do q. ADN. O ADN e'
a mensagem, codificada em uma dada linguagem. Mas
nao sei se tal analogia e' muito esclarecedora.>>

gemaba3 : Você quer dizer que a linguagem da vida é
expressa por todos os ADn conhecidos formando
o código genético, ok. Pondero porque não usar a palavra
dado ao invez de informação ou mensagem? Quanto a
ser esclaredora não resta dúvida. Se não tivermos
um modelo conceitual pra entender o ADN só
nos restará o emprismo pra desvendarmos os
mistérios da vida. Você gosta de matar ratos?

<<Takata : E como nao entendo nada de musica eu nao quero
correr um risco tao alto de forcar analogias entre
o ADN e a genetica e as partitura e a musica.>>

gemaba3 : Se você gostar de genética sugiro estudar
a linguagem musical porque percebo uma natureza
comum nesses dois tipos de linguagem, confesso,
conheço pouco a linguagem genética, sua sintaxe
e sua semântica, mas só podemos falar disso se
falarmos disso, ok. Falemos disso então.

<<Takata : O gene em uma interpretacao bem simples seria o
trecho do ADN q. corresponde a uma proteina.
Uma definicao um pouco mais ampla de genes seria
a de trechos na molecula de ADN q. determinam uma
caracteristica. Mais pra frente poderemos complicar
essas definicoes iniciais.>>
<<gemaba2 : Não sei se saberei expressar a dúvida,
mas a estrura da forma do ADN influi nesse
trecho. O número de combinações de bases
que se sequenciam elicoidalmente formando
a molécula de ADN são constantes em cada
espécie. Onde começa e termina um gen?>>
<<Takata2 : A estrutura? Bem, nessa interpretacao simples
nao influencia. Em uma interpretacao mais
realistica influi, mas de um outro modo.
Analisemos primeiro pelo modo mais simples --
como a forma do ADN e' relativamente
homogenea por toda a molecula, ela nao
e' um fator muito relevante. O q. importa mesmo
e' a sequencia dos nucleotideos. A sequencia
de fato e' muito parecida entre individuos
da mesma especie, tto e' q. eles costumam
ser muito parecidos entre si (especialmente
qdo o ambiente tende a ser muito parecido). Mas
nao sao identicas -- quase sempre ha' uma
pequena alteracao em algum ponto. E se
nao for nesse gene especifico, sera' em outro
relacionado -- algum q. atue em conjunto na
determinacao da caracteristica ('determinacao'
aqui nao e' um bom termo, ja' q. nao sao
apenas os genes q. participam na formacao de
uma estrutura, mas em uma interpretacao simplista
isso nao fara' muita diferenca).>>

gemaba3 : Processado.

<<Takata : Agora uma forma menos simplista. De fato a
estrutura do ADN nao se altera muito de um
ponto para o outro. Mas o ADN nao se encontra
nu em uma celula, ele se encontra associado
com diversas proteinas. Essas proteinas muitas
vezes alteram a forma do ADN -- se ele esta'
mais ou menos enrolado e assim mais ou menos
acessivel 'as proteinas q. produzirao o ARN
a partir desse trecho do ADN, pode alterar
o ADN formando alcas na espiral de ADN
aproximando duas regioes q. de outro modo
estariam muito afastadas entre si e
assim por diante. Essas alteracoes afetam
o modo como o gene se *expressa* -- qdo
ele estara' ativo ou nao, em q. ocasioes,
em q. condicoes do ambiente... -- mas
nao alteram o produto: a proteina. Bem,
em uma visao menos simplista ainda: pode
sim alterar o produto -- pode alterar
os subtrechos desse trecho q. irao corresponder
'a proteina produzida, por exemplo:

AGCTTGACTAGCCAGATCTTTAGCCAGCTT

UCGAACUGAUCGGUCUAGAAAUCGGUCGAA

SerLeuThrSerGlnIlePheSerGlnLeu

Mas as alteracoes poderiam levar a apenas uma
parte do trecho acima produzir o ARN (a partir
do ponto marcado com V):

V
AGCTTGACTAGCCAGATCTTTAGCCAGCTT

GGUCUAGAAAUCGGUCGAA

ProAspLeu

Porem esse controle da estrutura do ADN depende
da sequencia da regiao 'a qual se ligam as
proteinas q. alterarao essa estrutura do ADN.
Se a sequencia estiver alterada, as proteinas
podem nao conseguir se ligar e a alteracao nao
se dar.

(Nota: no exemplo dado, apesar do ARN sintetizado
possuir 19 nucleotideos de comprimento, nao corresponde
a uma proteina de 6 aminoacidos como seria de
se esperar, dado q. a correspondencia e' na base
de trincas. Isso devido 'a ocorrencia de uma trinca AUC --
q. corresponde a um sinal de terminacao da sintese
de proteina.)>>

gemaba3 : Processado.

<<Takata : O ADN e' o nome da molecula. Gene e' um trecho
determinado dessa molecula. Cromossomo e' a forma
como o ADN se organiza em uma celula -- associada
com proteinas.>>

gemaba3 : Esplique melhor como o cromossoma
entra na parada é possível? Os exames que
provam que somos filhos de nossos pais,
qual é o princípio?

gemaba2 : Não poderiamos fazer uma associação do
gen e uma nota, ou conjunto delas, musicalmente
falando?

Takata : Sinceramente alem de nao ter a seguranca de falar
sobre musica, eu nao consigo enxergar qual o valor
no entendimento q. poderiamos ter com uma analogia
dessas -- com muita forcacao talvez para um musico.

gemaba3 : Bem fica dificil avaliar porque você diz
desconhecedor da teoria linguística mas insisto que
existem fortes indícios do Genoma ser uma linguagem
com sintaxe e semantica possíveis de serem definidas.
Isso ajudaria muito a entendermos como a vida
se processa.

gemaba2 : Se entendi um virus é um ARN que reproduz
dentro da célula, como?

Takata : Nao, nao. Um virus pode ter o ARN, mas e' apenas alguns
tipo de virus q. possuem o ARN como material genetico --
com o virus da Aids. Mas outros virus (acho q. a maioria)
possui o ADN como material genetico. Mas um virus nao
e' seu material genetico. Um virus e' formado pelo
material genetico empacotado no interior de uma capsula de
proteina. Alguns virus possuem ainda uma membrana externa --
geralmente resto da celula q. parasitava.
Um virus entra em contato com a celula e insere seu ADN
em seu interior. As estruturas dentro da celula nao sao
capazes de distinguir esse pedaco de ADN do ADN da propria
celula e assim produz normalmente o ARN a partir desse
pedaco de ADN viral. Esse ARN se liga aos ribossomos e
produz as proteinas do virus -- normalmente sao as proteinas
q. formam a capsula do virus e proteinas q. impedem q.
os genes da celula hospedeira sejam expressos (isto e',
produzam proteinas). De um certo modo, o ADN do virus
'escraviza' a celula hospedeira q. passa a funcionar produzindo
apenas os elementos viroticos: produz mais ADN do virus e
suas proteinas. As proteinas da capsula do virus engloba o ADN
do virus e produz novos virus. A quantidade de virus e' tal q.
a celula hospedeira acaba por se romper e liberar virus
no meio q. podem agora infectar novas celulas.
Qdo o virus possui ARN, o ARN do virus e' primeiro convertido
em ADN e depois os processos ocorrem mais ou menos como acima.
E as capsulas do virus englobam o ARN virotico e, ao serem
liberados da celula, vao invadir outras.

gemaba3 : Vou ler e reler e reler e ganhar segurança acá, ok.

<<gemaba2 : Não percebo assim, ok Takata. Uma musica, exatamente
como você Takata pode ser expressa formalmente em uma partitura,
que é uma disposição de notas. Um gen seria uma nota e o ADN
ou ADR seria a partitura completa. Só que o gen carrega uma
informação de forma diferente da nota.>>
<<Takata : So' q. o ADN nao e' lido linearmente. E outros detalhes parecem
complicar essa comparacao.>>

gemaba3 : Você defende a lineridade como caracteristica da linguagem
e não é. Normalmente quando pego um livro a primeira coisa
que leio é o seu final, as partes finais, depois o prefácio, e posso
ler apenas um capítulo. Posso te dar outros exemplos pra demosntrar
que a não linearidade não descaracteriza o Genoma como uma
linguagem possuidora de sintaxe, semantica e formas expressionais.
O gen possui a forma expressional da caracteristica que ele
representa ao ser executado no meio.

<<gemaba2 : A cópia é sempre exata ou pode haver falhas comprovadas?
O ARN serve então pra produzir proteínas?>>
<<Takata : A copia nao e' sempre exata nao. As alteracoes sao as chamadas
mutacoes. Em condicoes normais, qdo um novo ADN e' produzido um erro
e' cometido a cada 1 milhao ou 10 milhoes de nucleotideos
incorporados 'a nova cadeia (isso no caso de bacterias). Mas esse nao
e' o numero final de mutacoes, porq. existem mecanismos em uma celula
q. corrigem muitas dessas falhas. Por outro lado, existem outros
modos q. levam 'a mutacao, alem dos erros cometidos na producao de
novas copias de ADN.>>
O ARN nesta visao bem simplificada funciona como um intermediario na
producao de proteinas. Por isso o ARN a q. estamos nos referindo e'
chamado de ARN mensageiro, o ARN-m. (Existem outros tipos de ARN na
celula q. funcionam de outro modo, talvez mais pra frente a gente
fale deles.>>

gemaba3 : ok.

<<gemaba2 : Ok Takata, entendi o que é gen. Gostaria de comentários
seus sobre sua forma, seu tamanho, etc??>>
<<Takata : Forma do gene? Bem, a forma nao importa muito -- e' apenas um
trecho
do ADN -- ate' porq. a estrutura do ADN e' relativamente homogenea:
uma dupla helice. O tamanho pode variar, alguns nao possuem mais do
q. algumas dezenas de pares de base, outros tEm mais de 100 mil pares
de base.>>

gemaba3 : Formulei mal a pergunta, ok. Uma escala na música é
definida pela distancia entre as notas, a distancia entre os pares
de base é definida, implica em alguma coisa? Ou não se sabe?

<<gemaba2 : Isso é fixo, por exemplo do ADN do homem?>>
<<Takata : O q. e' fixo? O tamanho de um determinado gene?>>

gemaba3 : O que é fixo? O tamanho de seu ADN e do meu é
fixo, possui uma sequencia de pares de bases? Um gen que
capacita uma caracteristica possui tamanho definido?

<<gemaba2 : A natureza gosta de padrões, certo?>>
<<Takata : Nao sei. Eu e' q. nao gosto de antropomorfizar muito a natureza.
A existencia de padroes em muitos casos pode ser um vies humano
em procurar ordem, mesmo onde nao existe -- como enxergar figuras
nos testes de Rorscharch -- em outros esses padroes naturais
devem surgir em funcao de haver um lei simples regendo a interacao
entre os elementos e/ou pode se dever a existencia de um numero
limitado de elementos diferentes q. so' se podem combinar em um
numero limitado -- ainda q. algumas vezes grande -- de arranjos
diferentes.>>

gemaba3 : Mas existe um padrão básico da forma do homem, não?
Cabeça, braços, pernas, bla,bla,bla.... não?

<<gemaba2 : Podemos discutir isso também porque não e já disparo. No
raciocínio causal tradicional a vida surgiu, ela teve um início,
uma causa. Essa teoria é aceita pela grande maioria, certo? Podemos
discutir esse limiar, esse processo, esse acontecimento. Suponhamos
que a realidade seja anterior a vida, ou seja, a vida se
desenvolveu na realidade. O que você acha?>>

<<Takata : Nao entendi.>>

gemaba3 : Você acha que a vida surgiu, existe uma causa?
Devemos procurá-la, não?

<<gemaba2 : Insisto que isso não desclalifica o ADN ou ARN(ADR) como
uma linguagem, um código linguistico que possui sintaxe e semantica.
Quero convence-lo disso, o que achas?>>
<<Takata : Eu acho q. o ADN ou ARN (nao existe ADR, Geraldo) pode no maximo
ser
encarado como uma mensagem, nao como uma linguagem.>>

gemaba3 : Dá pra explicar melhor o que é mensagem pra você?

<<gemaba2 : Por exemplo, suponhamos que seja possível descobrir
a sequencia, o gen, que prodiz a orelha do homem e pudessemos
inserir isso no camundongo, algo assim, ok. Tenho outros exemplos,
você já ouviu falar da Tooly, acho que é esse o nome de uma amiga
da Dolly?>>

<<Takata : Em principio ate' seria possivel. Ja' ha' cabras (ou ovelhas, nao
me
lembro) q. produzem proteina da seda de aranha em seu leite. Ha' tbm
vacas q. produzem a insulina humana em seu leite.>>

gemaba3 : Ok, Takata, então pondere que o gen possa ser uma
forma expressional que pode ser manipulada, ok.


<<gemaba2 : Falo em termos de indeterminismos, caracteísticas
levam a pensar em determinismo, não? A incerteza entre
partícula e onda leva a uma incerteza ou isso também é
característica?>>
<<Takata : Acho q. nem tto. Existem algumas variacoes consideradas
aleatorias em
niveis moleculares: a proteina adquirindo uma configuracao e nao a
outra -- mas nao me parece q. tenha ligacao com a questao da
incerteza quantica.>>

gemaba3 : A teoria seria que a incerteza entre partícula e onda é um
tipo de mensagem como você entende que define o que cada
atómo será, algo assim, ok.

<<gemaba2 : Eles podem estar salteados no ADN?>>
<<Takata : Podem estar bem longe um do outro, inclusive em cromossomos
diferentes.>>

gemaba3 : Interessante.

<<gemaba2 : Insisto que uma associação com a linguística musical
ajudaria a entender melhor, que tal?>>
<<Takata : Nao sei. A mim nao me parece claro aonde isso poderia levar.>>

gemaba3 : Simples, basta você imaginar como a música era feita antes de
se definir a estrutura conceitual da linguagem musical. Quando
identificarmos
um modelo conceitual que possa traduzir o Genoma faremos progressos
mais rápidos e podemos aliar ao empirismo uma forma de entendimento
maior pra trabalharmos com a linguagem da vida.

Uma pergunta, alguns autores, como Ghonsky e Pink defendem a
linguagem como uma estrutura cognitiva, você sabe informar se
existe algum respaldo, no sentido de haver um gen ou combinação
deles que possam representar essas tais estruturas?

[]s,
Roberto Takata



SUBJECT: Re: A Loucura no Diva - Culpando as Vitimas no Apogeu da Psicanalise
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/12/2002 12:33

Oi,

psicologista, etc. Por ora, eu apenas não estou deixando
transparecinvestiVizzoni: Nesse momento de sua brilhante e produtiva
discussão com o Takata, em que parece que seu saco começa a ficar
cheio de defender algumas das idéias de Freud do ataque dos
incrédulos, acredito que seria muito interessante que você lêsse (ou
relêsse, não sei) o livro do Dolnick, que mostra os males que a
adoção acrítica das implicações de certas idéias freudianas trouxe
para pacientes de esquizofrenia, autismo e transtornos obsessivos-
compulsivos, e seus pais, nas décadas após a II Guerra Mundial.

Manuel: Caro Vizzoni, também tenho minhas críticas ao 'establishment'
psicanalítico: ao espírito de seita e ao dogmatismo de muitos, ao
gosto muito disseminado pela elaboração de hipóteses sem nenhuma
referência a um material clínico ou à observação, à tendência ao
reducionismo psicologista nada incomum, à pretensão de onisciência
(de querer explicar tudo) que alguns de seus expoentes manifestam,
etc. Por ora, eu apenas não estou transparecendo muito as minhas
divergências.

Segundo Freud, "PSICANÁLISE é o nome de (1) um procedimento para a
investigação de processos mentais que são quase inacessíveis por
qualquer outro modo, (2) um método (baseado nessa investigação) para
o tratamento de distúrbios neuróticos." (Dois Verbetes; A-
Psicanálise). Veja bem, A terapia psicanalítica, feita através da
fala e da livre associação, é um tratamento destinado à NEURÓTICOS.
Ora, O autismo não é neurose. A esquizofrenia não é neurose. A
psicose maníaco-depressiva não é neurose. A maioria das psicoses, ao
contrário das neuroses, são distúrbios neurológicos graves, problemas
de má-formação de algumas regiões do cérebro, muitos deles
geneticamente pré-determinados. Algumas vezes, essa má-formação é
conseqüência da ação do meio sobre o sistema nervoso central ainda
imaturo da criança; nestes casos, a psicanálise até pode explicar a
sua gênese, mas não pode tratá-los, devido à sua natureza orgânica.
Quando muito, pode servir de terapia coadjuvante quando o paciente
não está em surto. Quanto aos distúrbios obsessivos-compulsivos, são
uma neurose que o próprio Freud admitiu como de difícil tratamento.
Penso que são casos mais facilmente tratáveis quando se combina
psicoterapia com psicofarmacologia. O problema é que muitos
psicanalistas são hostis aos psicofármacos, do mesmo modo que muitos
psiquiatras que abusam dos psicofármacos (ansiolíticos,
antidepressivos, etc.) têm o mais absoluto desprezo por qualquer tipo
de psicoterapia. Parece até briga de gangue.

De resto, erros de avaliação, abusos e profissionais incompetentes há
em qualquer domínio da medicina e da ciência, não concorda? A adoção
acrítica de idéias não é edêmica apenas entre os psicanalistas. Se,
por isso, tivermos de condenar a psicanálise, para não sermos
injustos teremos que condenar toda a medicina, não concorda?

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Muito Além do Big Bang/felizes desnatais/Mea-culpa.
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/12/2002 13:22

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu

> Fazer no recesso de seu lar e' uma coisa com q. ninguem tem
> nada a ver. Mas propalar publicamente -- especialmente
> sabendo q. ha' sectarios no meio do publico -- e' um ato de
> grande desrespeito.
>
> E' possivel divergir sem agredir -- eu acho q. e'.

Manuel: Ok, faço mea-culpa. Disse aquilo num momento de raiva.
Lamento por minhas palavras.

Perdoem-me os católicos pelo 'grande desrespeito'. Só espero que, um
dia, os católicos peçam perdão por suas tentativas de transformar os
dogmas excludentes da sua religião em instituições de Estado, ao meu
ver um 'grande desrespeito' aos que não professam sua fé.

Quando se estigmatiza uma pessoa por suas crenças, por sua orientação
sexual etc., tentando desde modo restringir-lhes os direitos e
encerrá-los em guetos (p. ex., a campanha que hoje se faz contra a
união civil entre gays), está-se profanando não um ícone, mas o que,
na minha (anti-)religião 'individualista', são as únicas coisas
consideradas sagradas: o corpo e a alma do indivíduo. É realmente
chocante! E, entre as vítimas, o estado de indignação e de mágoa,
o 'sentir-se ofendido', é algo permanente, é uma dor contínua que
tende a arruinar a auto-estima. É até bom que os que se julgam a
palmatória do mundo sintam isso ao menos uma vez, experimentem ao
menos por um momento esse sentimento que, em muitas pessoas por eles
estigmatizadas, faz parte da sua condição normal de vida.

Sinceramente arrependido,
Manuel Bulcão



SUBJECT: A ameaça vem dos EUA - Joseph Rotblat
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: "Divulgação" <jrmalmeida@ig.com.br>
DATE: 28/12/2002 14:03

"O respeito e a adesão aos termos dos tratados internacionais são a base da sociedade civilizada. Sem isso, a anarquia e o terrorismo prevalecerão, exatamente os perigos que Bush prometeu erradicar. Enquanto ele pretende resolver isso por meios militares, nós temos que lutar para resolver isso por meios pacíficos. Enquanto Bush planeja agir unilateralmente, nós temos que assegurar que a segurança mundial seja regida pelas Nações Unidas, a instituição criada para esse propósito."

Vale a pena ler e divulgar esse comentário de Joseph Rotblat, de 94 anos, físico nuclear e membro da Royal Academy, ganhou o Prêmio Nobel em 1995 por suas décadas de trabalho com a Conferência Pugwash para alertar sobre os perigos de uma guerra nuclear.

Abraços.

José Renato M. de Almeida
Salvador - Bahia
___________________________

Caderno IG
< http://ultimosegundo.ig.com.br/paginas/cadernoi/materias/076501-077000/76989/76989_1.html >

A ameaça nuclear é real, mas vem dos EUA e não do Iraque

Por Joseph Rotblat

LONDRES - O governo norte-americano está determinado a derrubar Saddam Hussein e disposto a alcançar isso por meios militares, sem a aprovação da ONU. Em justificativa a sua política, eles nos disseram que há uma ameaça real de armas nucleares sendo obtidas e usadas por Hussein.

A ameaça nuclear é real, mas não vem do Iraque. A ameaça vem dos Estados Unidos, onde uma política agressiva está sendo levada a cabo por linhas-dura, que ganharam poder no governo Bush e que estão determinados a assegurar a supremacia em todos os campos, incluindo o nuclear.

Eu sou um crítico dessa política, mas quero deixa claro que minha crítica não é contra a população americana. Eu tenho certeza que eles são genuínos na sua saga pela paz. Com o prêmio Nobel da Paz para Jimmy Carter, 19 dos 89 laureados são dos Estados Unidos. Em uma recente pesquisa de opinião, 76% dos americanos defendem a banimento de armas nucleares.

No entanto, eu tenho que confessar que me preocupo profundamente com a política unilateral do governo americano. A afluência econômica revelou a face obscura do capitalismo: ambição e egoísmo se tornaram a principal força impulsora. A conseqüente necessidade de proteger o "American way of life" resultou em uma assustadora força militar, incluindo decisões de continuar produzindo mísseis balísticos apesar da forte oposição dos outros países.

Neste panorama, os ataques de 11 de setembro foram um grande choque: os Estados Unidos perceberam de repente que não estavam seguros. Os falcões imediatamente exigiram uma mudança de política, com ênfase na ofensiva, e não na defensiva - como é o caso do Iraque.

Na questão nuclear, a nova postura agressiva é uma confirmação da política feita pelos falcões desde o início: os Estados Unidos sempre quiseram manter sua superioridade, até um monopólio, de armas nucleares. Deixe-me contar a história do primeiro uso de uma bomba atômica.

Em agosto de 1945, o Japão já havia sido derrotado militarmente, e as autoridades japonesas queriam discutir os termos da rendição. Mas o presidente Harry Truman rejeitou essa tentativa de diálogo. Na época, ele já sabia que a bomba atômica havia sido testada com sucesso e que estava pronta para o uso. Apesar dos fortes protestos de cientistas do Projeto Manhattan, ele decidiu explodir bombas atômicas em áreas populosas.

Salvar vidas de soldados americanos não era um fator importante, nem a grande perda de vidas japonesas. A questão mais importante era demonstrar ao mundo, particularmente à União Soviética, a força militar adquirida pelos Estados Unidos. James Byrnes, o secretário de Estado da época, deixou claro quando disse: "nossa demonstração de força tornará a Rússia mais manejável". Depois do uso da bomba, o general Leslie Groves, o líder do Projeto Manhattan, demonstrou sua visão sobre a política americana sobre o programa nuclear em uma dura declaração:
"Se fossemos mais realistas que idealistas, como somos agora, não permitiríamos que qualquer poder estrangeiro que não fosse nosso aliado, que não tivéssemos absoluta confiança, tivesse armas nucleares. Se um país sem essas características começasse a construir bombas atômicas, nós destruiríamos sua capacidade de produção antes mesmo de ter algum progresso para nos ameaçar".
Cinquenta e sete anos depois, essa é exatamente a política dos EUA em relação ao Iraque. Os Estados Unidos não permitirão que nenhum país que não é um firme aliado desenvolva armas nucleares. Ao mesmo tempo, se apropriam do direito de tê-las.

Durante os anos da Guerra Fria, a doutrina nuclear dos EUA teve uma série de estratégias, como a destruição mútua assegurada (DMA), todas delineadas para prevenir um ataque nuclear da União Soviética. Depois do fim da Guerra Fria, a atual estratégia nuclear se tornou orientada pelo primeiro uso de armas nucleares, que foi originalmente defendida por Groves. A revisão da postura nuclear em 1994, sob o governo Clinton, fez pela primeira menção explícita ao uso de armas nucleares em resposta a um ataque com armas químicas ou biológicas.

A última revisão da postura nuclear, de janeiro de 2002, vai mais adiante: torna as armas nucleares o instrumento para manter a paz no mundo. Como mencionado, isso foi particularmente provocado pelos ataques terroristas de 11 de setembro, que lembraram os americanos como estão vulneráveis mesmo em casa.

Em reversão à doutrina anterior, quando as armas nucleares eram vistas como o último recurso, a nova revisão da postura nuclear esclarece uma estratégia que incorpora a capacidade nuclear em um planejamento de guerra convencional. Armas nucleares se tornaram agora parte de uma estratégia militar padrão, para serem usadas como qualquer outro explosivo. É uma mudança perigosa para toda lógica de armas nucleares.

A implementação dessa política já começou. Os Estados Unidos estão desenvolvendo uma nova ogiva nuclear com baixos custos e com poder de penetração no concreto, uma espécie de "destruidor de bunkers". Essa bomba é capaz de destruir paredes de concreto de bunkers que inimigos, como Saddam Hussein, podem buscar refúgio.

Para ter confiança na capacidade da nova bomba são necessários vários testes. Atualmente, há um tratado que proíbe testes com armas nucleares, o Tratado de banimento de testes nucleares, que os EUA assinaram mas não ratificaram. Com o desprezo de Bush aos tratados internacionais, ele precisa de pouco para autorizar testes com essa nova arma.

Se os EUA retomarem os testes, será um claro sinal para outros países com armas nucleares fazerem o mesmo. A China retomará seus testes certamente. Depois da decisão dos EUA de desenvolver defesas para mísseis balísticos, a China se sentiu vulnerável e deve modernizar seu arsenal nuclear. Outros estados com armas nucleares, como a Índia e o Paquistão, podem usar a oportunidade aberta pelos EUA para renovar seu arsenal. O perigo de uma nova corrida nuclear é real.

Outra preocupação sobre o desenvolvimento da nova bomba é que ela iria confundir a distinção entre armas nucleares e convencionais. A principal característica das armas nucleares é seu enorme poder de destruição, que é classificada como armas de destruição em massa, e é mais destrutiva que outras armas de destruição em massa, como as biológicas e químicas. Isso resultou em um tabu para o uso de armas nucleares em combate, um tabu que existe desde Nagasaki.

Mas se de um lado é possível fabricar uma bomba nuclear que não se difere quantitativamente dos explosivos comuns, então a diferença qualitativa também desaparecerá, a barreira nuclear será ultrapassada, e as armas nucleares passarão a ser vistas como uma ferramenta de guerra, apesar da permanência do perigo para a existência humana continuar.

Para os Estados Unidos, a distinção entre armas nucleares e convencionais já não existe, como indicado na revisão da postura nuclear. Mas a situação se tornou ainda mais perigosa sob a estratégia de segurança nacional introduzida por Bush recentemente. "Para evitar atos hostis dos nossos adversários, os Estados Unidos irão agir preventivamente". O novo plano não se refere especificamente a armas nucleares, mas à luz da revisão da postura nuclear, nós temos que concluir que o comunicado inclui ataques preventivos com armas nucleares.

O perigo dessa política dificilmente pode ser percebido. Se um país poderoso militarmente declarar que está pronto para lançar um ataque preventivo com armas nucleares, outros farão o mesmo rapidamente. A crise na Caxemira, em maio deste ano, é um alerta da realidade do perigo nuclear.

A política declarada da Índia não deverá ser a primeira a usar armas nucleares. Mas se os Estados Unidos - cujas políticas nucleares são seguidas pela Índia - colocarem um ataque nuclear como parte de sua doutrina, a Índia teria a legitimidade de lançar um ataque preventivo contra o Paquistão. O mais provável é que o Paquistão lance antes esse ataque preventivo.

Taiwan representa outro caso potencial para um ataque nuclear preventivo dos EUA. Se as autoridades de Taiwan decidirem declarar independência, isso resultará numa invasão militar pela China. Os Estados Unidos, que estão comprometidos com a defesa da integridade de Taiwan, podem então optar por um ataque preventivo. Todas juntas, as políticas agressivas dos Estados Unidos, sob o governo Bush, criaram uma situação precária nas relações mundiais, com um crescente perigo do uso de armas nucleares em combate.

Há uma necessidade de se tomar medidas para aliviar o perigo imediato. Medidas de curto-prazo - como a ratificação do tratado de banimento nuclear; barrar a construção de ogivas; adotar outro tratado - devem ser feitas imediatamente. Nós devemos fazer isso.

Na questão geral de segurança mundial, nós devemos pedir aos EUA que abandonem suas políticas unilaterais, e que o Conselho de Segurança das Nações Unidas se torne a única autoridade legítima para lançar operações militares para a resolução de conflitos.

A ameaça à segurança mundial dos grupos terroristas como a Al-qaeda - que podem adquirir armas de destruição em massa - serão removidos somente se nós lidarmos com os motivos da existência desses grupos. Simultaneamente, a ameaça pode ser reduzida pela eliminação de armas de destruição em massa, como a sistema que proíba a produção clandestina.

O respeito ao direito internacional

É imprescindível em uma sociedade civilizada que as nações cumpram suas obrigações legais e respeitem os tratados internacionais. A paz mundial não pode ser alcançada sem o respeito ao direito internacional.

Nesse panorama, a política nuclear dos EUA é um equívoco. A repulsa geral a armas nucleares, após o seu uso no Japão, resultou em um desejo, expressado pela opinião pública e pela ONU, pela abolição de armas nucleares. Isso levou ao Tratado de Não-proliferação Nuclear (TNP), que todos os membros da ONU fazem parte hoje.

Sob os termos do tratado, os 183 países não-nucleares não podem adquirir armas nucleares, e os cinco estados nucleares tem que esconder suas armas. Houve certa ambigüidade na formulação do Artigo VI do TNP, que deu aos EUA uma desculpa para reterem suas armas nucleares até que o desarmamento completo seja alcançado. Mas essa ambigüidade foi removida há dois anos em uma relatório feito pela Conferência para a Revisão da TNP em 2000. Esse relatório, assinado pelos cinco países nucleares, contém o seguinte: "...uma tarefa inequívoca que deve ser realizada pelo estados nucleares é que seus arsenais nucleares sejam eliminados totalmente levando ao desarmamento completo".

Dessa forma, os Estados Unidos e outros estados nucleares oficiais - a China, França, Rússia e a Grã-Bretanha - estão formalmente comprometidos a eliminação de seus arsenais nucleares. A criação de um mundo livre de armas nucleares é um compromisso legal de todos os signatários do TNP. Mas a política real dos EUA implica na existência indefinida de armas nucleares, em uma direta contradição ao compromisso com a TNP.

Graças ao fantástico progresso da tecnologia, nosso mundo está se tornando cada vez mais interdependente, cada vez mais transparente, cada vez mais interativo. Inerente a esses desenvolvimentos é a criação de acordos, passando de medidas de confiança a tratados internacionais formais: da proteção do meio ambiente à limpeza de campos minados; da Interpol ao Tribunal Penal Internacional; do respeito à propriedade intelectual à Declaração dos Direitos Humanos.

O respeito e a adesão aos termos dos tratados internacionais são a base da sociedade civilizada. Sem isso, a anarquia e o terrorismo prevalecerão, exatamente os perigos que Bush prometeu erradicar. Enquanto ele pretende resolver isso por meios militares, nós temos que lutar para resolver isso por meios pacíficos. Enquanto Bush planeja agir unilateralmente, nós temos que assegurar que a segurança mundial seja regida pelas Nações Unidas, a instituição criada para esse propósito.

*Joseph Rotblat, de 94 anos, físico nuclear e membro da Royal Academy, ganhou o Prêmio Nobel em 1995 por suas décadas de trabalho com a Conferência Pugwash para alertar sobre os perigos de uma guerra nuclear



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Electromagnetismo Acustico
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/12/2002 14:22

Alberto em resposta a Sérgio

>> A teoria não está de acordo com as observações. Muito imcompleta
>> esta ideia. Qual é a ideia mesmo?
>
>Minha idéia era provocar os ciencialisteiros com idéias novas,
>independentemente de serem boas ou más.

Acho que o ponto é esse mesmo. Não ha nada de novo ali. Excepto,
talvez, a ideia de que trabalho é som. Mas essa é uma ideia sem
sentido. Trabalho é algo mais abrangente que Som.
Som é trabalho, mas Trabalho não tem que ser som. Aliás, na mecanica
dos meios continuos o som é um tipo expecial de deformação do
material (aquela que obdece uma eq de onda).
Não ha sentido no que o autor diz.
Contudo, a ideia abstracta pode ser aproveitável na medida em que o
trabalho é um integral de caminho e isso pode, abstractamente, ser
concebido como uma transformada de Fourier truncada. Nesse sentido,
o integral da força interna em um material teria uma relaçáo com o
som. Mas dai não nasce nada especial.

A minha desilusão no texto foi não encontrar uma relação explicita
entre acustica e EM.
Esta relação já foi procurada ha muito tempo desde o tempo em que se
pensava em Luz como uma especie particular de som (uma deformação de
uma terial chamado aether)
Agora com a sonoluminiscencia, poderia estar aberto esse caminho de
novo. Mas parece que não é por ai. A menos que alguem tenha uma idea
original. A qual não encontrei no texto.

>> Mas trabalho pode ser feito no vacuo, som, não.

>Isso é o que dizem os livros didáticos. Mas... O que é o som? O que
é vácuo?

Não é apenas o que dzem os livros didacticos. é o que mostra a
experiencia.

>Como os fenômenos que respondem pela sonoridade passam de uma
molécula para outra?

Efeito electrico, as moleculas interagem electricamente. Isso é a
base da propria aglomeração das moleculas e como elas se organizam.

>Creio que moléculas não dão
>trombada, no sentido macroscópico do termo. O que é choque, num
sentido
>microscópico?

Isso nem é relevante aqui, pois o som não é um deslocamento ou um
choque, mas sim uma deformação periodica do material. Material, que
por observação, não existe no vácuo em quantidade suficiente por
forma a sustentar o som.

>Mas... se o vácuo que está a
>intermediar o processo, participa do fenômeno sonoro, porque esse
mesmo
>fenômeno não se propaga a distâncias mais longas? Eu diria que a
pergunta
>ainda não foi respondida porque ela cai naquele grupo que citei
acima, como
>questões sem sentido. Ou seja, nada que decorre desse
questionamento merece
>resposta, sob pena de, ao procurarmos por essa resposta,
desconfigurarmos
>aquilo em que queremos continuar acreditando, qual seja, a física
moderna

Isto não faz sentido. Primeiro, nada ha que indique que o vacuo
medeie som. A experiencia mostra esxactamente o contrario. Vc
interroga-se se seria possivel que ele mediasse mas que decaisse
tão depressa que seria o mesmo que não mediar. Ora, sem experiencia
que invidencie isso ou argumento impirico de pq isso deveria
acontecer, não podemos acreditar nisso.
Depois, isso nada tem a ver com fisica moderna, já q nem existe uma
questão fisica. É apenas conjectura. A qual não obteve frutos até
hoje.

o efeito EM depende do meio. E o vácuo é um meio electromagnético
com tanto direito como outro qq. O som, tb depende do meio, mas de
forma inversa. E o vácuo não é um meio para o som. Para destinguir
as propriedades de ambos e evidenciar as diferenças, diz-se que o
som existe em meios materiais (solidos, liquidos, gases, fluidos em
gera) , dai q não existe som no vácuo. os efeitos EM existem em
todos estes meios e ainda no vacuo. O que indica que q o efeito EM
não é material.

Então, onde a acustica tem algo a ver com EM ?
Esperaria que a resposta fosse nos solidos, liquidos ou gases.
É sabida da possibilidade de transformar campo EM em som (materiais
piezoelectricos- usados em microfones e fones de ouvido, p ex.) , em
liquidos existe sonoluminescencia (que ainda não se entende muito
bem, mas existe).
Eu esperava uma explicação destes efeitos ou de uma tentativa de uma
teoria geral que os englobasse. Nada disto apareceu e nenhuma ideia
foi apresentada neste sentido.
Apenas de que o trabalho e a energia termica seriam "duas pontas de
um espectro de frequencia" , por muito que isso possa ter sentido
abstracto/conjectural, não tem sentido fisico rigoroso.


Sérgio




SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/12/2002 16:56

Oi,

Takata: Alguns vivem em bando, outros nao -- especialmente os
machos.

No caso de uma especie em q. foi relatada a ocorrencia de montaria
entre machos /Dama dama/ (pois e' , ironia ne'? Cervo Dama), os
machos adultos nao sao gregarios.

Manuel: Ah, foi entre machos? Ora, é normal entre muitas espécies de
mamíferos que o macho derrotado seja 'ritualisticamente' montado
pelos outros machos. É aquele fenômeno que já relatei: os rituais
agonísticos imitam o comportamento masculino de corte e de
acasalamento. É um comportamento desencadeado pela testosterona:

<<No cérebro de muitos animais há postos receptores específicos aos
quais se liga, quimicamente, a molécula testosterona a outras
hormonas sexuais e que controlam o comportamento hormonalmente
induzido. Pode haver centros neurais distintos responsáveis por
atitudes como o parvonear-se, o cacarejar, a intimidação, a luta, o
copular, a defesa do território e a inserção na hierarquia dominante,
mas cada centro desses tem uma tecla que é premida pela
testosterona. (...) Tal como acontece com muitos hormonas, a
testosterona funciona como ligação de uma diversidade de circuitos
completos de retroalimentação positivos e negativos, que mantém a
concentração da molécula a circular no sangue.

<<Os animais de sexo masculino não só suportam as rixas, ameaças e
lutas orientadas pela testosterona, como até parece sentirem nela um
certo prazer. Um rato aprenderá a percorrer um labirinto complicado
quando a única recompensa, ou reforço, é a oportunidade de se bater
com outro macho. Há imensos exemplos semelhantes na nossa espécie. As
atividades que são cruciais à reprodução tendem a ser encaradas com
entusiasmo. O sexo é, só por si, o exemplo mais óbvio. A
agressividade encontra-se na mesma categoria.>> (Carl Sagan; Sombras
de Antepassados Esquecidos; Gradiva; 1a. Edição; 1996; pp. 184 e 212)

Naqueles primatas com neocórtex mais desenvolvido (e que, portanto,
apresenta maior poder de abstração), o órgão sexual masculino adquire
mesmo um valor simbólico. Numa rixa, os machos 'apontam' uns para os
outros (sinal de indicação) o pênis erecto. Muitas vezes um dos
machos é castrado à dentadas. A masturbação do alfa por um subalterno
talvez seja uma demonstração de submissão e de reverência. Quanto aos
humanos, em muitas culturas arcaicas os guerreiros vencedores castram
os cadáveres dos vencidos, e o pênis é guardado como troféu. A
circuncisão é uma espécie de castração mitigada, ritualizada, por
meio do qual os indivíduos manifestavam sua submissão ao totem da
tribo, aos ancestrais. Há mesmo um culto ao 'fálo' disseminado em
muitas culturas. Na Grécia, na ilha da Córsega, em Roma, na
Alexandria, era comum o uso de amuletos representando o pênis,
havendo, ainda, muitos templos com estátuas de pênis enormes. As
pessoas iam para o altar destes pênis orar, fazer abstinências e
sacrifícios. Em escavações realizadas na Índia, na Babilônia, na
China, no Sudão, na Palestina, na França, bem como no México e na
Argentina, vestígios deste culto foram encontrados, o que indica a
sua universalidade.

Entre as fêmeas de mamíferos, montadas de caráter ritualístico-
agonístico é um fenômeno mais raro. Ocorre mais naquelas espécies em
que as fêmeas são co-dominantes ou então dominantes, como entre os
ratos-toupeira, onde o nível sangüíneo de testosterona na fêmea-
rainha é muito mais elevado que em qualquer macho.

Takata: ... basta ter em mente q o movimento de montaria entre ratas
nao possui nenhum carater sexual.

Manuel: Talvez tenha um caráter agonístico. Mas, no aspecto
neuroquímico, é sexual, tanto que muitas vezes é auto-compensatório,
isto é, um ato prazeroso por si mesmo, agressão lúdica. É a
sexualidade começando a se desligar de sua função originária,
reprodutiva, e a desempenhar outras funções.

Takata: No caso humano se somarmos a isso a observacao feita com
gemeos uni e bivitelinos e o caso do pseudohermafroditismo, temos uma
boa causa em favor de uma predisposicao natural ao heterossexualismo
nos humanos.

Manuel: Ok, há uma predisposição natural, geneticamente determinada,
à orientação sexual 'masculina' (ativa) entre os machos, e
à 'feminina' (passiva), entre as fêmeas. Mas também há uma
predisposição natural para que, ao fim da ontogênese, permaneça
um 'resíduo' da sexualidade oposta. E esse resíduo é importante, pois
é ele que fornece a base neuroquímica aos comportamentos de
obediência e de imposição hierárquica, bem como de cooperação entre
indivíduos do mesmo sexo. Nessas relações sociais, o homo-erotismo
residual amiúde se manifesta desgenitalizado, ritualisticamente.
(Note-se que, entre os bonobos, as relações homossexuais entre os
machos tem mais um caráter ritual de amizade, tanto que geralmente
não há orgasmo, ao passo que o ato homossexual fêmea-fêmea quase
sempre termina com orgasmo, sem falar que as fêmeas preferem muito
mais a companhia das fêmeas do que dos machos, havendo muitas
manifestação de afeto entre elas.)

E, assim como o gene recessivo 'si', que produz resistência à
malária, é patogênico em seus portadores homozigóticos (sofrem eles
de um tipo de anemia), do mesmo modo os genes do homo-erotismo
residual, quando combinados de uma certa forma, torna seu portador
propenso a uma inversão total da orientação sexual e ao
homossexualismo exclusivo. Mas apenas propenso.

Manuel: Muito engraçado. Você não gosta de analogias e metáforas,
mas, para contra-argumentar, costuma lançar mão de analogias
estapafúrdias, na tentativa de ridicularizar o oponente.

Takata: Nao exatamente para ridicularizar o oponente, mais pra tentar
dar um ar menos serio na discussao.

Manuel: Ah, foi essa a sua intenção? Então me desculpe. Eu pensei que
vc estava de gozação e resolvi dar um "chega-pra-lá", para que a
discussão não termine em agressão sexual. :)

Takata [sobre a sua interpretação psicoralítica]: Nao chega a ser uma
obra-prima. Tbm nao chega a ser um sarcasmo.

Manuel: Pô, o cara tem estilo até quando sai pela tangente! :)

Manuel: Entre os mamíferos, montadas invertidas e homossexuais são
muito mais freqüentes entre os jovens que nos adultos. Observe uma
ninhada de cães.

Takata: Estarei olhando um ser supostamente neotenico. Teria q. ser
os jovens do ancestral -- ou de uma especie atual q. possa dar pistas
sobre o comportamento no ancestral.

Manuel: O ritual agonístico que simula cópula é muito comum não só
nos primatas, mas em toda a classe dos mamíferos. Você mesmo citou o
exemplo dos ratos. É um comportamento que aparece em um determinado
momento do desenvolvimento ontogenético, e que se manifesta primeiro
como jogo infantil, como brincadeira, como ato prazeroso desencadeado
pela testosterona.

Entre os humanos, o valor simbólico do pênis (o 'fálo' como símbolo
de força e de poder hierárquico) surge no psiquismo da criança entre
o terceiro e o quarto ano de idade. Freud denominou esse estágio da
libido que antecede o 'genital' propriamente dito (de plena
maturidade sexual) de fase fálica. É um momento crucial do
desenvolvimento humano. Crianças de temperamento mais ansioso têm
mais dificuldades de superá-los de uma forma satisfatória.

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A Loucura no Diva - Culpando as Vitimas no Apogeu da Psicanalise
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/12/2002 21:01

On 28 Dec 2002 at 14:33, Manuel Bulcão wrote:

> Se,
> por isso, tivermos de condenar a psicanálise, para não sermos
> injustos teremos que condenar toda a medicina, não concorda?

Oi Manuel

Concordo plenamente com sua lúcida apreciação. Acrescento a terceira
frase do verbete de enciclopedia sobre a definição de psicanálise: (3) um
conjunto de enunciados que vão se tornando gradualmente uma nova
disciplina científica (minha livre tradução).

Outra coisa. As furias destrutivas de que sempre foi alvo a psicanálise
nunca existiram para outros métodos relacionados com a saúde. Creio que
estudar métodos para tratamentos que estão fora a do sujeito, é algo bem
tolerado pelas pessoas. O proprio corpo é examinado como algo que não
está no centro do "eu". É algo que pode ser experimentado como externo a
si. Os remedios podem ser encontrados nas plantas, podem ser
sintetizados graças a conhecimentos de química, a cirurgia se faz com
elementos que não pertencem ao corpo do paciente.

No entanto, pensar que dentro dos proprios pensamentos existem setores
desconhecidos e que ninguém é senhor de tudo em sua propria casa
(senhor de sua mente), é muito duro de aceitar. Pior se alguém se arroga a
capacidade de saber o que eu não sei e que está dentro de mim. É difícil
de tolerar e gera sentimentos paranoides. A fantasia é que quem pode
entrar em minha mente, terá grande poder sobre mim. É essa fantasia
equivocada que gera tanta antipatia contra a psicanálise. Depois de um
bom tratamento ou se a gente é um pouco autista, sabe que não passa de
fantasia. Ninguém pode apropriar-se de ninguém. Muitas vezes fico
pensando no empenho com que os debatedores defendem a psicanálise
como pseudo-ciência. Fico admirado com o fervor com que tratam de
desfazer todo argumento psicanalítico e como mostram que que
argumenta a favor da psicanálise é expulsado da mente do oponente antes
mesmo de entrar.

No entanto não se escrevem livros mostrando os desastres e as mortes
que os psicofármacos provocaram. Creio que mesmo se alguém se
dignasse a escrever sobre os danos que provocam os tranqüilizantes
maiores (tão usados e abusados na clínica psiquiátrica) nos pacientes de
todo o mundo, não geraria tanta furia contra. A enorme quantidade de
gente que morre por intoxicação hepática provocada pelos psicofármacos
torna insignificante o número de vítimas da psicanálise. Quem fizesse este
trabalho seria furiosamente neutralizado pelos laboratorios farmacêuticos.
Creio que se o trabalho fosse realmente bom, esta pessoa seria eliminada.

Simples trabalhos provando que determinados genéricos são mais efetivos
que especialidades farmacêuticas que vendem os laboratorios geram
dissabores terríveis aos pesquisadores dos genéricos. São despedidos,
perseguidos para não ter mais trabalho e muitas vezes são assassinados.

Os laboratorios estão contentíssimos que hajam muitos livros que mostram
os desastres dos psicanalistas que erram ou que exercem mal a
psicanálise. Quanto menos analistas, mais remédios se vendem. O
argumento financeiro não é tão eficiente. Em muitos países a previdência
social financia o tratamento psicanalítico. Na Alemanha e no Canadá os
tratamentos são pagos por seguros médicos (sistemas pré-pagos). Os
pacientes só necessitam um diagnóstico e um plano de tratamento. Uma
vez tive acesso a um documento que continha uma coleção de obras e
trabalhos contra a psicanálise financiados por laboratorios de
especialidades farmacêuticas. São feitos filmes que mostram a extorsão
exercida pelas industrias de cigarros que alteram criminosamente o
conteúdo de pesquisas que demonstram os efeitos nocivos do fumo. No
entanto não existem filmes contra os laboratorios. São bem mais poderosos
que as industrias de cigarros.

Enquanto existirem pessoas que exerçam diferentes especialidades,
existirão profissionais que se desempenhem mal e sempre existirão
trabalhos que podem mostrar seus erros e mau exercicio.

Também gostaria de acrescentar que, embora não se possam curar as
psicoses com psicanálise, esta é sempre de grande ajuda quando, na
psicoterapia se trata de comprender certos modos que têm as pessoas de
pensar. Embora não se cure o autismo psicogênico, Frances Tustin (uma
psicanalista inglesa há pouco falecida) demonstrou que os portadores de
autismo psicogênico podem perfeitamente viver compensados e integrados
no convivio humano quando são tratados psicanaliticamente. O tratamento
psicanalítico associado com uma boa assistência psicofarmacológica
forma um conjunto terapêutico que nem a psicofarmacologia isolada e nem
a psicoterapia sozinha podem resolver de maneira isolada.

Não é muito lógico o empenho em demonstrar que as estatísticas que
revelam efeitos deletereos ou ineficacia da psicoterapia são sempre
melhores que as que demonstram seus bons efeitos. Mostram-se sempre
inclinados a crer em qualquer coisa que trate de demonstrar ineficacia.
Mais ainda, acolhem favoravelmente argumentos contrarios, nunca os
criticam, mas se mostram implacáveis contra qualquer argumento a favor.

Eu coneço o livro. Não é nada do outro mundo. Não supera a morbilidade
dos efeitos colaterais das psicodrogas. Só que nunca se escreverá nada
sobre isso porque é muito perigoso. Os psicanalistas podem formar grupos
de defeza que muitas vezes parecem seitas, mas são inofensivos. Jamais
reagirão destrutivamente contra os detratores.

Prefiro gastar meu tempo exercendo a clínica e investigando sobre novas
estrategias de abordagem de problemas que até agora não tinham
solução.

[ ]s e boas festas de fim de ano.

Marco Aurelio


















































































































SUBJECT: Re: A Loucura no Diva (corrigindo)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/12/2002 22:41

Enquanto eu atendia ao telefone, meu filho resolveu dar uma
contribuição à discussão. Como ele é muito pequenininho, a única
coisa que valeu foi a boa intenção dele. Agora corrigo. (Tinha
corrigido antes, mas faltou-me alguns detalhes.)

Oi,

Vizzoni: Nesse momento de sua brilhante e produtiva discussão com o
Takata, em que parece que seu saco começa a ficar cheio de defender
algumas das idéias de Freud do ataque dos incrédulos, acredito que
seria muito interessante que você lêsse (ou relêsse, não sei) o livro
do Dolnick, que mostra os males que a adoção acrítica das implicações
de certas idéias freudianas trouxe para pacientes de esquizofrenia,
autismo e transtornos obsessivos-compulsivos, e seus pais, nas
décadas após a II Guerra Mundial.

Manuel: Caro Vizzoni, também tenho minhas críticas ao 'establishment'
psicanalítico: ao espírito de seita e ao dogmatismo de muitos, ao
gosto muito disseminado pela elaboração de hipóteses sem nenhuma
referência a um material clínico ou à observação, à tendência ao
reducionismo psicologista nada incomum, à pretensão de onisciência
(de querer explicar tudo) que alguns de seus expoentes manifestam,
etc. Por ora, eu apenas não estou transparecendo muito as minhas
divergências.

Segundo Freud, "PSICANÁLISE é o nome de (1) um procedimento para a
investigação de processos mentais que são quase inacessíveis por
qualquer outro modo, (2) um método (baseado nessa investigação) para
o tratamento de distúrbios neuróticos." (Dois Verbetes; A-
Psicanálise). Veja bem, A terapia psicanalítica, feita através da
fala e da livre associação, é um tratamento destinado à NEURÓTICOS.
Ora, O autismo não é neurose. A esquizofrenia não é neurose. A
psicose maníaco-depressiva não é neurose. A maioria das psicoses, ao
contrário das neuroses, são distúrbios neurológicos graves, problemas
de má-formação de algumas regiões do cérebro, muitos deles
geneticamente pré-determinados. Algumas vezes, essa má-formação é
conseqüência da ação do meio sobre o sistema nervoso central ainda
imaturo da criança; nestes casos, a psicanálise até pode explicar a
sua gênese, mas não pode tratá-los, devido à sua natureza orgânica.
Quando muito, pode servir de terapia coadjuvante quando o paciente
não está em surto. Quanto aos distúrbios obsessivos-compulsivos, são
uma neurose que o próprio Freud admitiu como de difícil tratamento.
Penso que são casos mais facilmente tratáveis quando se combina
psicoterapia com psicofarmacologia. O problema é que muitos
psicanalistas são hostis aos psicofármacos, do mesmo modo que muitos
psiquiatras que abusam dos psicofármacos (ansiolíticos,
antidepressivos, etc.) têm o mais absoluto desprezo por qualquer tipo
de psicoterapia. Parece até briga de gangue.

De resto, erros de avaliação, abusos e profissionais incompetentes há
em qualquer domínio da medicina e da ciência, não concorda? A adoção
acrítica de idéias não é edêmica apenas entre os psicanalistas. Se,
por isso, tivermos de condenar a psicanálise, para não sermos
injustos teremos que condenar toda a medicina, não concorda?

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: A Loucura no Diva - Culpando as Vitimas no Apogeu da Psicanalise
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/12/2002 01:30

Salve, Marco Aurélio!

Marco: As furias destrutivas de que sempre foi alvo a psicanálise
nunca existiram para outros métodos relacionados com a saúde. Creio
que estudar métodos para tratamentos que estão fora do sujeito, é
algo bem tolerado pelas pessoas. O proprio corpo é examinado como
algo que não está no centro do "eu". É algo que pode ser
experimentado como externo a si. Os remedios podem ser encontrados
nas plantas, podem ser sintetizados graças a conhecimentos de
química, a cirurgia se faz com elementos que não pertencem ao corpo
do paciente.

No entanto, pensar que dentro dos proprios pensamentos existem
setores desconhecidos e que ninguém é senhor de tudo em sua propria
casa (senhor de sua mente), é muito duro de aceitar.

Manuel: Assim como foi duro ter que aceitar que o universo não gira
em torno do Planeta Terra; que o Sol não é o centro do Cosmo; que o
Cosmo é na realidade 'Caos' determinístico; que a vida surgiu ao
acaso na lama; que o homem evoluiu de um bicho imundo, ignorante e
sexualmente promíscuo (ergh!)... Se quisermos continuar esnobando os
minerais, a flora e a fauna, só nos resta proclamarmos a nós mesmos
seres 'racionais', senhores absolutos do nosso próprio destino. E,
para defender esse último reduto do orgulho, eis que ateus, teístas,
darwinistas e criacionistas se unem na mesma canção: " vamos dar as
mãos com muito amor, vamos dar as mãos, eu e você, hilari-lariê!"

Marco: Pior se alguém se arroga a capacidade de saber o que eu não
sei e que está dentro de mim. É difícil de tolerar e gera sentimentos
paranoides.

Manuel: Para saber o que eu não sei e que está dentro de mim, é
necessário esforço, trabalho e cuidado científicos; e mesmo assim
sempre resta uma dúvida. Intuição feminina ajuda nesse processo, mas
não é o bastante. :-)

Marco: não se escrevem livros mostrando os desastres e as mortes
que os psicofármacos provocaram. Creio que mesmo se alguém se
dignasse a escrever sobre os danos que provocam os tranqüilizantes
maiores (tão usados e abusados na clínica psiquiátrica) nos pacientes
de todo o mundo, não geraria tanta furia contra. A enorme quantidade
de gente que morre por intoxicação hepática provocada pelos
psicofármacos torna insignificante o número de vítimas da
psicanálise. Quem fizesse este trabalho seria furiosamente
neutralizado pelos laboratorios farmacêuticos. Creio que se o
trabalho fosse realmente bom, esta pessoa seria eliminada. (...) Os
laboratorios estão contentíssimos que hajam muitos livros que mostram
os desastres dos psicanalistas que erram ou que exercem mal a
psicanálise. Quanto menos analistas, mais remédios se vendem.

Manuel: Também acho. Há interesses econômicos por trás. Não sou um
marxista vulgar que crê na omnipotência do fator econômico, nem digo
que os céticos do CSICOP e filiais sejam meros fantoches de
tecnocratas e magnatas. Acredito que eles têm alguma autonomia e que
alguns de seus argumentos até que são pertinentes, objeções a serem
consideradas.

Mas é perigoso a gente insistir neste argumento. Vão dizer que somos
lunáticos conspiracionistas e coisa e tal.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Esse 'insight' merece destaque
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/12/2002 02:07

Oi,

Concordo plenamente com o que o Marco Aurélio afirmou:

<<Os laboratorios estão contentíssimos que hajam muitos livros que
mostram os desastres dos psicanalistas que erram ou que exercem mal a
psicanálise. Quanto menos analistas, mais remédios se vendem.>>

Será que esses laboratórios gastam algum dinheiro custeando e
divulgando esses livros? Será que essa dinheirama não contribui para
a distorção dos fatos? É só uma perguntinha.

[]s,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: A Loucura no Diva - Culpando as Vitimas no Apogeu da Psicanalise
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/12/2002 02:29

Oi Vizzoni,

Vizzoni: acredito que seria muito interessante que você lêsse (ou
relêsse, não sei) o livro do Dolnick, que mostra os males que a
adoção acrítica das implicações de certas idéias freudianas trouxe
para pacientes de esquizofrenia, autismo e transtornos obsessivos-
compulsivos...

Manuel: Também acredito que seria muito interessante para você ler
Freud no original, que o seu contacto com a psicanálise se desse na
fonte, e não por meio da versão nada imparcial de seus detratores. Há
obras avulsas de Freud muito baratas. Leia Freud, faço-lhe esse
apelo. :-)

Abração,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Esse 'insight' merece destaque
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/12/2002 03:10

Ô Manoel:

por mais caros que os remédios custem, não seriam mais baratos que os
psicanalistas?

e falo "ex-catedra": já me mandaram procurar um desses doutores, e minha
grana não chega nem pra passar na porta.
Outra coiisa: as pessoas que fazem análise, ficam por longos períodos,
ocorrem até relacionamentos inusitados entre analista/analizado dos mais
sofisticados matizes.

Analista de pobre é boteco, é prostíbulo, é sentar na praia ou no morro
mais próximo e ver o por-do-sol
sds.,
silvio.


----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, December 29, 2002 2:07 AM
Subject: [ciencialist] Esse 'insight' merece destaque


Oi,

Concordo plenamente com o que o Marco Aurélio afirmou:

<<Os laboratorios estão contentíssimos que hajam muitos livros que
mostram os desastres dos psicanalistas que erram ou que exercem mal a
psicanálise. Quanto menos analistas, mais remédios se vendem.>>

Será que esses laboratórios gastam algum dinheiro custeando e
divulgando esses livros? Será que essa dinheirama não contribui para
a distorção dos fatos? É só uma perguntinha.

[]s,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/12/2002 03:44

Oi,

Takata: Ninguem falou em determinacao. A determinacao ocorre pela
interacao entre os genes e o ambiente. Apenas q. o default
ontogenetico parece ser ' a heterossexualidade.

Manuel: Não, não é. No fim da ontogênese há sempre um resíduo da
orientação sexual contrária, que mais frequentemente se manifesta sob
uma forma desgenitalizada ou ritual, mas que, vez por outra, pode se
materializar de uma forma brutal, como coito! Perdoe-me, eu não quis
assustar.

Takata: Ha' casos de cura de cancer apos uma sessao de reza... Ha'
casos de machoes q. sempre dao.

Manuel: Assim como há casos de homens heterossexuais sem nenhum
resídio de sexualidade feminina em seu psiquismo. É mais provável
encontrá-los em hospitais psiquiátricos.

Takata: Nada disso parece indicar uma tendencia inata ' a
bissexualidade.

Manuel: Não, muito pelo contrário: nada indica a existência de uma
tendência inata à heterossexualidade.

Na verdade, seríamos mais sábios se resolvêssemos decidir isso na
queda de braço. Com um tempo para se preparar.

Takata: Claro q. e' uma questao de gosto. Ser passivo ou ativo tbm
e' questao de gosto.

Manuel: Se tudo é apenas questão de gosto, então eu prefiro picolé de
morango.

Essa discussão tá começando a ficar chata e repetitiva. Parece até
briga entre um padre e um rabino: - O messias já veio. - Não, ele
ainda não veio. - Ele veio faz tempo. - Você se engana, ele ainda
virá. - Seu discurso labora em erro, ele está entre nós. - Só em
espírito, materialmente ainda não. - Isso porque você é muito
cético. - Não, é você que é crédulo. - Crédulo é você!...

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Esse 'insight' merece destaque
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/12/2002 05:01

Oi Silvio,

Sílvio: por mais caros que os remédios custem, não seriam mais
baratos que os psicanalistas?

Manuel: E é o mais barato que cura? Não creio. Assim como também não
acho que o mais caro tem 'necessariamente' o melhor efeito
terapêutico.

Não há uma relação necessária entre preço e eficiência terapêutica.

Sílvio: e falo "ex-catedra": já me mandaram procurar um desses
doutores, e minha grana não chega nem pra passar na porta.

Manuel: Tem gente cuja vida depende de gastos com remédio altíssimos:
200, 300, 500, 1.500 reais por mês ou mais. E muitas dessas pessoas
vivem com um salário mínimo, ou pouco mais. É de se concluir, então,
que a psicofarmacologia é uma charlatanice e que as rezas com ramos
de cidreira, por serem mais baratas, são medicações autênticas?

Sílvio: Outra coisa: as pessoas que fazem análise, ficam por longos
períodos, ocorrem até relacionamentos inusitados entre
analista/analizado dos mais sofisticados matizes.

Manuel: Tem gente que passa 10 anos em coma e que são, vez por
outra, 'comidas' por enfermeiros. Esses enfermeiros são todos uns
escrotos, só pensam em sexo. Cambada!

Sílvio: Analista de pobre é boteco, é prostíbulo, é sentar na praia
ou no morro mais próximo e ver o por-do-sol.

Manuel: do mesmo modo que remédio para vasculite de pobre é reza com
ramos de mastruz, é passe espírita, é pó de café diluído em saliva de
javali, é couro de cobra apodrecido n'água de coco e milhares de
outras gororobas ridículas. Embora haja em qualquer farmácia remédios
apropriados, só que muito mais caros e inecessíveis se não fosse o
SUS.

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Esse 'insight' merece destaque
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/12/2002 10:09

Manoel:

Que bom!! rara oportunidade de discordar de você!!!!

Manuel: E é o mais barato que cura? Não creio. Assim como também não
acho que o mais caro tem 'necessariamente' o melhor efeito
terapêutico.

s. existe aí uma incongruência: a terapia é realmente cara, não é disponível
para pessoas, como eu, aposentadas pelo INSS e nem tem efeito mais rápido do
que os medicamentos.
Excepcionalmente algum processo analítico poderia provocar uma melhora ou
mesmo cura em certas enfermidades mas não é o que se constata no geral.

Minha vida hoje depende de remédios. Incrível, Manoel, lê-se nas bulas:
"Industria Brasileira" e noutro canto, "fabricado na.... e vem Israel,
França, Índia, Inglaterra, UUA" !!!! Eu, troco os remédios dos laboratórios
e mando fazer tudo em farmácia de manipulação, que é bem mais barato. Agora
se os resultados são semelhantes, certamente o "meu tempo" dirá.

Outro dado: trabalhei num dos melhores hospitais do país, a maioria dos
médicos aconselha que se compre os remédios dos laboratórios estrangeiros. E
não ganham comissão por isso. Apenas procuram o melhor pro paciente. Eu
tenho uma prava: meu pai, quando vivo, usava, para "gota", colchisina, um
remédio específico: tomava o produto nacional e as dores apenas atenuaram.
Comecei a comprar para ele, nos EUA, com a boa vontade de pilotos, o
resultado foi impressionante: eram muito mais eficientes. E as dosagens eram
idênticas.


Manuel: Tem gente cuja vida depende de gastos com remédio altíssimos: 200,
300, 500, 1.500 reais por mês ou mais. E muitas dessas pessoas vivem com um
salário mínimo, ou pouco mais. É de se concluir, então, que a
psicofarmacologia é uma charlatanice e que as rezas com ramos de cidreira,
por serem mais baratas, são medicações autênticas?

s. este seu comentário nao tem sentido. Vs. está agindo de forma emocional.
Cadê seu racionalismo? não sei nem responder.

s. quando falei que não tenho grana pra ir num psicanalista seu comentário
foi tambem sem sentido.
não há relação entra a falta de grana e o uso de remédios populares.
Eu disse que não tenho grma pra ir no psicanalista e em momento algum disse
que uso "chás", ervas e similares.

Sílvio: Outra coisa: as pessoas que fazem análise, ficam por longos
períodos, ocorrem até relacionamentos inusitados entre analista/analizado
dos mais sofisticados matizes.

Manuel: Tem gente que passa 10 anos em coma e que são, vez por outra,
'comidas' por enfermeiros. Esses enfermeiros são todos uns escrotos, só
pensam em sexo. Cambada!

Que dó, Manoel, você usa até de sarcasmo.... sarcasmo pouco adequado ao
tema...

um abraço. Vai deixar crescer uma barba pra se adequar aos novos tempos???

silvio.

----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, December 29, 2002 5:01 AM
Subject: [ciencialist] Re: Esse 'insight' merece destaque


Oi Silvio,

Sílvio: por mais caros que os remédios custem, não seriam mais
baratos que os psicanalistas?

Manuel: E é o mais barato que cura? Não creio. Assim como também não
acho que o mais caro tem 'necessariamente' o melhor efeito
terapêutico.

Não há uma relação necessária entre preço e eficiência terapêutica.

Sílvio: e falo "ex-catedra": já me mandaram procurar um desses
doutores, e minha grana não chega nem pra passar na porta.

Manuel: Tem gente cuja vida depende de gastos com remédio altíssimos:
200, 300, 500, 1.500 reais por mês ou mais. E muitas dessas pessoas
vivem com um salário mínimo, ou pouco mais. É de se concluir, então,
que a psicofarmacologia é uma charlatanice e que as rezas com ramos
de cidreira, por serem mais baratas, são medicações autênticas?

Sílvio: Outra coisa: as pessoas que fazem análise, ficam por longos
períodos, ocorrem até relacionamentos inusitados entre analista/analizado
dos mais sofisticados matizes.

Manuel: Tem gente que passa 10 anos em coma e que são, vez por
outra, 'comidas' por enfermeiros. Esses enfermeiros são todos uns
escrotos, só pensam em sexo. Cambada!

Sílvio: Analista de pobre é boteco, é prostíbulo, é sentar na praia
ou no morro mais próximo e ver o por-do-sol.

Manuel: do mesmo modo que remédio para vasculite de pobre é reza com
ramos de mastruz, é passe espírita, é pó de café diluído em saliva de
javali, é couro de cobra apodrecido n'água de coco e milhares de
outras gororobas ridículas. Embora haja em qualquer farmácia remédios
apropriados, só que muito mais caros e inecessíveis se não fosse o
SUS.

Abraços,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A Loucura no Diva - Culpando as Vitimas no Apogeu da Psicanalise
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/12/2002 20:43

On 29 Dec 2002 at 3:30, Manuel Bulcão wrote:

> Mas é perigoso a gente insistir neste argumento. Vão dizer que somos
> lunáticos conspiracionistas e coisa e tal.

Oi Manuel.

Estou totalmente de acordo com Vc. O que eu disse foi só um desabafo.
Não creio em conspirações. Creio, isto sim, nas estrategias de marketing.
Já não se usa mais conspirar. O que está por trás de muitas coisas tem
muito mais de mafia que de conspiração. Creio que defender e promover
negocios faz parte do mercado. Na saúde existe tanto intenção de curar
como intenção de lucrar. Enquanto as coisas se equilibram, tudo bem, mas
quando se desequilibram, já Aristóteles dizia que não são virtuosas.

Eu acho que toda crítica equilibrada é sempre boa. Sagan disse, de um
modo maravilhosamente sintético e sábio, que "as críticas te fazem um
favor".

O que este livro diz, tem muita coisa (quase tudo) correta. Eu me pico um
pouco quando leio bobagens escritas contra Freud e com um enorme
esforço argumental, alguns tratam de mostrar que ele não tinha razão.
Ficou puto da vida quando vejo gente defender besteira do tal de dicionario
cético. Gosto dele, mas não me atrevo a citá-lo. Teria vergonha.

Um cara que discute com paixão (insisto no significado desta palavra), mas
é prudente e não fala besteira grossa é o Takata. Gosto de ver seu diálogo
com ele (aliás, Vc. debate muito bem). Sempre leio tudo o que Vcs.
debatem. Parabens. Aprendo e me divirto muito.

Ósculos e amplexos neste fim de translação.

Marco Aurelio


















SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A Loucura no Diva - Culpando as Vitimas no Apogeu da Psicanalise
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/12/2002 22:31

-----Mensagem Original-----
De: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 29 de Dezembro de 2002 20:43
Assunto: Re: [ciencialist] Re: A Loucura no Diva - Culpando as Vitimas no
Apogeu da Psicanalise

> negocios faz parte do mercado. Na saúde existe tanto intenção de curar
> como intenção de lucrar. Enquanto as coisas se equilibram, tudo bem, mas
> quando se desequilibram, já Aristóteles dizia que não são virtuosas.

Cê tá brincando, né? Citar Aristóteles para defender uma economia à moda
antiga é o mesmo que citá-lo para defender o geocentrismo. Nunca existiu
uma verdadeira economia de mercado na antiguidade, embora existisse
comércio. Todas as bobagens que Aristóteles disse sobre economia deveriam,
portanto, estar em museus, não em bibliotecas! É bonitinho falar em
equilíbrio, etc, mas no mundo moderno o equilíbrio significaria a morte. Na
Grécia antiga, com trocentos escravos para fazer o trabalho e 70% de
impostos, era outra coisa.

Quanto ao lucro na área da saúde, é fácil falar. O fato é que muitos
remédios simplesmente não existiriam se os laboratórios não buscassem o
lucro.

[ ]s

Alvaro Augusto




SUBJECT: sobrenatural
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/12/2002 23:13

Não tomem produtos com L-doma!!!!!


Química do cérebro afeta crença no sobrenatural

Philips
Da New Scientist

Determinar se você acredita ou não em paranormalidade pode depender inteiramente da química de seu cérebro. As pessoas com presença elevada de dopamina têm maior chance de considerar coincidências significativas e encontrar significados e padrões onde não existe nenhum.

Peter Brugger, neurologista do Hospital Universitário de Zurique, Suíça, já havia sugerido que as pessoas que acreditam em paranormalidade em geral parecem mais dispostas a ver padrões ou relações entre acontecimentos com relação aos quais os céticos nada percebem.

Universidade da Califórnia

Tomografia do cérebro
Para descobrir ob que poderia causar esses pensamentos, Brugger persuadiu 20 pessoas que se declaram crentes quanto à paranormalidade e 20 céticos a tomar parte em uma experiência. Brugger e seus colegas solicitaram que os dois grupos distinguissem rostos reais de rostos com imagem distorcida, depois da exibição desses rostos em uma tela por breves períodos. Os voluntários a seguir executaram tarefa semelhante, dessa vez distinguindo palavras reais de palavras inventadas.

As pessoas que acreditam em paranormalidade tinham probabilidade muito maior de discernir uma palavra ou rosto onde não havia nenhum, revelou Brugger na semana passada em uma reunião da Federação de Sociedades Européias de Neurociência, em Paris. No entanto, os céticos tinham maior probabilidade de não perceber palavras e rostos reais exibidos na tela.

Os pesquisadores a seguir deram aos participantes um medicamento chamado L-dopa, usualmente empregado para aliviar os sintomas do mal de Parkinson, por meio da elevação do nível de dopamina no cérebro. Ambos os grupos erraram mais sob a influência do medicamento, mas os céticos aumentaram sua probabilidade de identificar palavras inventadas ou rostos distorcidos como reais. Isso sugere que os pensamentos paranormais estão associados à presença de nível elevado de dopamina no cérebro, e que o L-dopa diminuiu o ceticismo dos céticos.

"A dopamina parece ajudar as pessoas a distinguir padrões", disse Brugger.

No entanto, a dose única da droga que foi aplicada não pareceu aumentar a tendência daqueles que acreditam a encontrar coincidências ou relações entre palavras e imagens. Isso pode significar que existe um platô para o fenômeno, e que adicionar dopamina acima de um determinado limite não tem muito efeito, diz Peter Krummenacher, um dos colegas de Brugger.

A dopamina é um importante produto químico que opera no sistema de recompensa e motivação do cérebro, e quanto aos vícios. Seu papel no sistema de recompensas pode nos ajudar a decidir se uma informação é relevante ou irrelevante, diz François Schenk, da Universidade de Lausanne, na Suíça.




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] sobrenatural
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/12/2002 23:19

dizer isto é o mesmo que reduzir a tristeza a lagrimas que escorrem do olho.

----- Original Message -----
From: silvio cordeiro
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, December 29, 2002 11:13 PM
Subject: [ciencialist] sobrenatural


Não tomem produtos com L-doma!!!!!


Química do cérebro afeta crença no sobrenatural

Philips
Da New Scientist

Determinar se você acredita ou não em paranormalidade pode depender inteiramente da química de seu cérebro. As pessoas com presença elevada de dopamina têm maior chance de considerar coincidências significativas e encontrar significados e padrões onde não existe nenhum.

Peter Brugger, neurologista do Hospital Universitário de Zurique, Suíça, já havia sugerido que as pessoas que acreditam em paranormalidade em geral parecem mais dispostas a ver padrões ou relações entre acontecimentos com relação aos quais os céticos nada percebem.

Universidade da Califórnia

Tomografia do cérebro
Para descobrir ob que poderia causar esses pensamentos, Brugger persuadiu 20 pessoas que se declaram crentes quanto à paranormalidade e 20 céticos a tomar parte em uma experiência. Brugger e seus colegas solicitaram que os dois grupos distinguissem rostos reais de rostos com imagem distorcida, depois da exibição desses rostos em uma tela por breves períodos. Os voluntários a seguir executaram tarefa semelhante, dessa vez distinguindo palavras reais de palavras inventadas.

As pessoas que acreditam em paranormalidade tinham probabilidade muito maior de discernir uma palavra ou rosto onde não havia nenhum, revelou Brugger na semana passada em uma reunião da Federação de Sociedades Européias de Neurociência, em Paris. No entanto, os céticos tinham maior probabilidade de não perceber palavras e rostos reais exibidos na tela.

Os pesquisadores a seguir deram aos participantes um medicamento chamado L-dopa, usualmente empregado para aliviar os sintomas do mal de Parkinson, por meio da elevação do nível de dopamina no cérebro. Ambos os grupos erraram mais sob a influência do medicamento, mas os céticos aumentaram sua probabilidade de identificar palavras inventadas ou rostos distorcidos como reais. Isso sugere que os pensamentos paranormais estão associados à presença de nível elevado de dopamina no cérebro, e que o L-dopa diminuiu o ceticismo dos céticos.

"A dopamina parece ajudar as pessoas a distinguir padrões", disse Brugger.

No entanto, a dose única da droga que foi aplicada não pareceu aumentar a tendência daqueles que acreditam a encontrar coincidências ou relações entre palavras e imagens. Isso pode significar que existe um platô para o fenômeno, e que adicionar dopamina acima de um determinado limite não tem muito efeito, diz Peter Krummenacher, um dos colegas de Brugger.

A dopamina é um importante produto químico que opera no sistema de recompensa e motivação do cérebro, e quanto aos vícios. Seu papel no sistema de recompensas pode nos ajudar a decidir se uma informação é relevante ou irrelevante, diz François Schenk, da Universidade de Lausanne, na Suíça.




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] sobrenatural
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/12/2002 02:22


De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>
> Mas... O Brugger não se utilizou de nenhum grupo controle normal? Esse
cara
> só estuda doidos? ;-))

E que graça tem estudar gente normal? :))

Mais complicado do que definir um grupo de controle é definir o que
significa ser "crente" ou "cético" em relação à paranormalidade...

De qualquer forma, se as conclusões dele estão certas, eu diria que há
pouca dopamina no meu cérebro! Será que eu estou mais sujeito à doença de
Parkinson?? :o))

[ ]s

Alvaro Augusto



SUBJECT: Re: [ciencialist] sobrenatural
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/12/2002 02:23

----- Original Message -----
From: "silvio cordeiro"
Sent: Sunday, December 29, 2002 10:13 PM
Subject: [ciencialist] sobrenatural

> Peter Brugger, neurologista do Hospital Universitário de Zurique, Suíça
> [...] Para descobrir o que poderia causar esses pensamentos, Brugger
> persuadiu 20 pessoas que se declaram crentes quanto à paranormalidade e 20
> céticos a tomar parte em uma experiência.

Mas... O Brugger não se utilizou de nenhum grupo controle normal? Esse cara
só estuda doidos? ;-))

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: The Electric Pickle
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/12/2002 03:17

Pickles elétricos brilhando...
http://ygraine.membrane.com/hubris/sight/electric.jpg
http://ygraine.membrane.com/hubris/notes/electric_pickle.html
http://www.discoverchemistry.com/dcv2-
docroot/student/fun_stuff/electric_pickle/default.html

...

MK



SUBJECT: Memória genética e o inconsciente p/ Takata
FROM: "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/12/2002 09:46

Olá Takata!!!

No compasso de nossa discussão sobre o código genético ser uma
linguagem e o ADN uma forma definida de expressão da natureza
gostaria de perguntar da possibilidade de alguns genes, ou vários,
serem portadores de características sinápticas, que seja, memórias
que possam ser pré-gravadas no cérebro em formação desde sua
fecundação, sendo que essas memórias não seriam do ser que se
forma em questão. Existe alguma relação disso com o que chamamos
de inconsciente ou regressão, vidas passadas, bla,bla,bla...
Já existe algum experimento que procura essas associações?

Caro Takata, é conhecida minha desinstrumentalização em
Acropolis e peço-lhe paciência para digerir suas informações
e muito obrigado.

Saudações!!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br




SUBJECT: Felicidades!
FROM: Paulo <pelache@directnet.com.br>
TO: intempol2@yahoogrupos.com.br
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DATE: 30/12/2002 10:13

Olá pessoal,

Sucintamente, desejo:

# Feliz data estelar -320000.11

# Feliz ano 211 da Revolução Francesa

# Feliz ano 1423 islâmico

# Feliz ano 5763 hebreu

# Feliz ano juliano de 2452641

# Feliz Ciclo 78, ano 19 (Ren-Wu), mês 11 (Ren-Zi), dia 29 (Jia-Xu)

Mas o que eu quero desejar mesmo é um ano novo bom pra cacete para todos
nós ! :-))

Abraços,

Paulo Elache

P.S.: Aos cariocas que quizerem conversar pessoalmente comigo, chegarei
no Rio de Janeiro hoje (segunda-feira, 30/12/2003) por volta de 17:00h, na
casa da sogra :-)),
Telefone: (0xx21) 2238-6249



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Homossexualismo e psicanálise
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/12/2002 11:19

Esta é especialmente para o Manuel Bulcão:

Como conciliar a visão do homossexualismo como expressão ritual da
política primata com a visão da psicanálise? Até onde eu sei, a
psicanálise ignora esta visão do homossexualismo. No entanto, os
mecanismos que ela sondou para explicar esse fenômeno devem estar, de
alguma forma, relacionados com a estrutura política das sociedades de
primatas.





SUBJECT: Re: [ciencialist] sobrenatural
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/12/2002 12:49

Albert:

Não entendi. NORMAL??? o que é isso? existem humanos normais?

Já já aparece em São paulo uma trattoria oferecendo massa de neutrinos ao
molho piemontês.

As cargas colombianas não são, usualmente, de eletricidade, mas por certo
causam algo parecido...

A Terra não se move. é impossível que ela se mova a não ser em condições
especiais quando se co nvulsiona.

E a história não se repete: o passado não existe. nem o futuro. Tudo
alegoria pra dar emprego a professores que acham que sabem alguma coisa, pra
alunos que estudam em busca de um diploma pra garantir um desemprego mais
sofisticado.

slvio, agora da Silva.

From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
> ----- Original Message -----
> From: "silvio cordeiro"
> Sent: Sunday, December 29, 2002 10:13 PM
> Subject: [ciencialist] sobrenatural
>
> > Peter Brugger, neurologista do Hospital Universitário de Zurique, Suíça
> > [...] Para descobrir o que poderia causar esses pensamentos, Brugger
> > persuadiu 20 pessoas que se declaram crentes quanto à paranormalidade e
20
> > céticos a tomar parte em uma experiência.
>
> Mas... O Brugger não se utilizou de nenhum grupo controle normal? Esse
cara
> só estuda doidos? ;-))
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
> Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é
uma
> carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
>



SUBJECT: Teoria da complexidade e equilibrio pontuado
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/12/2002 17:22


>REPASSANDO...





>Arcange,
>em tempo,
>Uma correção no que escrevei.
>Onde se lê: "Como a morfologia desse grupo é bastante artificial",
>Leia-se: "como a morfologia desse grupo é muito semelhante, sua
>classificação é bastante artificial."
>Excusez-moi.
>Carlo



SUBJECT: Armaduras
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/12/2002 18:15

Aproveitando q. o Arcange voltou:

"[...] Contudo, apesar de todos os protestos da classe guerreira
tradicional, na metade do seculo XVI estava claro que as armas de fogo
e os canhoes tinham vindo para ficar. O arcabuz e o mosquete mais
pesado, ambos disparados por um mecanismo que levava um rastilho 'a
cacoleta de escorva atraves do disparo de um gatilho, eram armas
eficientes, sendo a ultima capaz de penetrar numa armadura a duzentos
ou 240 passos. O peito de armas do soldado de infantaria foi perdendo
valor como meio de protecao e mais ainda a armadura completa do
cavaleiro. No final do seculo, ja' nao era mais usada e a propria
cavalaria estava perdendo seu papel decisivo no campo de batalha. Esse
papel sempre fora duvidoso: o efeito de uma carga de cavalaria sempre
dependeu mais da fragilidade moral de quem a recebia que do poder
objetivo do cavalo e cavaleiro. E, quando o cavaleiro encontrou um
adversario que podia colocar em campo a decisao de enfrentar, como os
piqueiros suicos, ou uma arma que podia derruba'-lo com certeza, como
o mosquete, o direito da classe cavaleira de determinar como os
exercitos deveriam se organizar e de manter uma preeminencia social
equivalente foi colocado em questao. [...]" - John Keegan - Uma
historia da Guerra - pag. 344 (442 pp.) - Cia das Letras - 1993.

(So' pra forcar um pouco de argumento de autoridade: John Keegan foi
professor de historia militar na Real Academia Militar, Sandhurst, e
e' editor de assuntos de defesa do Daily Telegraphy de Londres [pelo
menos era na epoca]. E' autor ou co-autor de nove obras sobre assuntos
militares, entre elas The face of the battle e The mask of command.)



SUBJECT: Link do Sergio MM Taborda
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/12/2002 18:36

Oi pessoal,

onde foi parar a mensagem do Sérgio onde ele manda o link sobre 'velocidade de grupo e de fase'?

Copiei o texto, e gostaria de fazer alguns comentários ... mas o diabo da mensagem sumiu de minha pasta!

abraços

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================



SUBJECT: Re: Takata e o Genoma!!!!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/12/2002 19:05

--- Em ciencialist@y..., "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@i...>
> gemaba3 : A despeito de qualquer mal uso das formas
> expressionais o que quero argumentar é que o ADN
> é um código linguístico que ao se expressar produz
> as potencialidades com a contribuição do meio,ok.
> Portar informações? Informações não estariam ligadas
> as potencialidades? Não seria melhor usar o termo dado?

O codigo seria o codigo genetico. O ADN por si so' nao
determina a correspondencia entre um elemento e outro, como
faz um codigo: a lingua portuguesa e' o codigo q. determina
q. estas letras: "cachorro" corresponda a um certo animal.
Assim como o texto "Maria viu um cachorrinho" nao encerra
em si mesmo um codigo, mas e' uma mensagem q. porta uma
informacao q. sera' entendida utilizando um certo codigo,
uma molecula de ADN tbm nao e' um codigo, mas uma mensagem.

(Deixo para outra hora a discussao sobre o termo informacao.)

> gemaba3 : Só imagino uma forma que independe
> do meio, o nada, como assim o ADN existir
> independente do meio?

Assim como uma molecula de acucar e' uma molecula
de acucar seja dentro em um copo de acucar com
agua, seja dentro de um celula, seja dentro de um
saquinho plastico, uma molecula de ADN e' uma
molecula de ADN quer no nucleo de uma celula, quer
em um tubo de ensaio.

> Pondere sobre como a célula usa a proteina ou ARN, é possível?

Diversas proteinas como a actina sao proteinas q.
se unem em longos filamentos. Esses filamentos se
organizam em uma rede q. forma um arcabouco q.
da' a forma 'a celula. Uma proteina como a sacarase
facilita a quebra da molecula de sacarose em duas
moleculas de glicose.

O ARN sintetizado a partir da cadeia molde de ADN,
no citoplasma da celula, se liga a ribossomos. Os
ribossomos sintetizam as proteinas a partir da
sequencia do ARN. O ARN tbm pode desempenhar outras
funcoes, mas isso deixemos pra outra hora.

> gemaba3 : Processado, voltemos ao tema central, ok.
> Insisto que isso não descaracteriza o ADN como
> um código linguístico parecido com a música, onde
> os pares de base serão as notas e os gens as
> melodias significando as potencialidades do
> ser que irá representar quando executada no
> meio propício.

Sei, nao. Um do' e' um do', independentemente de
se seguido por um mi ou um fa'. Sim, a citosina
tbm e' uma citosina independentemente se depois
vem outra citosina ou uma adenina, mas um do'
corresponde a uma mesma frequencia fundamental de
vibracao das cordas (ou do ar ou de uma membrana),
ja' se aquela citosina determina uma fenilalanica ou
um triptofano na proteina, depende da trinca da
qual ela faz parte.

> Ao fazermos um bolo podemos não seguir
> a risca a receita

E vc tera' uma bela gogororoba. Mas mais do q.
seguir a receita, a receita e' linearmente escrita.
Apenas aqueles livros de enrola e desenrola manda a gente
pra uma outra pagina q. nao a imediatamente a seguinte.

> Não entendi a diferença
> entre mensagem em código, um código contem
> uma mensagen, certo?

O codigo nao me parece conter uma mensagem.
O codigo morse nao contem uma mensagem. Ele
apenas relaciona elementos: no caso uma
certa disposicao de tracos e pontos (ou sinais
sonoros longos e curtos) e letras do alfabeto.

> Você associa código
> com melodia? Explique!!! Escala no caso do
> ADN seria a distancia entre Um par de base
> e outro, mas você não pode esquecer do
> compasso. Pondere!!!

Pra mim parece viagem. Parece mais como falar
q., sei la', pedrinhas atiradas ao acaso
e' uma forma de linguagem porq podemos associar
a distancia de cada pedra em relacao a um ponto
arbitrario com um nota musical... Mas como eu
disse, nao entendo nada de musica.

> <<Takata : O ADN e' o nome da molecula. Gene e' um trecho
> determinado dessa molecula. Cromossomo e' a forma
> como o ADN se organiza em uma celula -- associada
> com proteinas.>>
>
> gemaba3 : Esplique melhor como o cromossoma
> entra na parada é possível? Os exames que
> provam que somos filhos de nossos pais,
> qual é o princípio?

O cromossomo e' apenas uma estrutura q
fica no nucleo da celula e e' formado
por ADN associado a proteinas.

O exame de ADN normalmente e' feito usando-se
certas enzimas q. cortam o ADN em diversas
partes menores. Isso e' colocado em um
gel e submetido a uma corrente eletrica. Os
pedacos de ADN irao migrar ao longo do gel de
acordo com o seu tamanho. Usa-se uma substancia
q. se liga ao ADN e' permite q. seja possivel
detectar sua presenca sob a luz ultravioleta.
Pedacos maiores ficarao em uma extremidade
do gel, pedacoes menores ficarao em outra, pedacos
intermediarios ficarao no meio. Isso cria
um padrao de bandas q. pode ser usado para se
comparar com o padrao dos pais. Como o filho herda
metade do material genetico da mae e metade
do pai, uma dada banda no exame de ADN tem q.
ter vindo ou da mae ou do pai. Cada pessoa possui
um padrao de bandas especificos e isso permite
a identificacao da pessoa com o exame de ADN.

> gemaba3 : Bem fica dificil avaliar porque você diz
> desconhecedor da teoria linguística mas insisto que
> existem fortes indícios do Genoma ser uma linguagem
> com sintaxe e semantica possíveis de serem definidas.
> Isso ajudaria muito a entendermos como a vida
> se processa.

Quais indicios?

> Normalmente quando pego um livro a primeira coisa
> que leio é o seu final, as partes finais, depois o prefácio, e posso
> ler apenas um capítulo.

Pode, e com isso vc nao leu o livro. Mas digamos q. vc
leia todos os capitulos fora de ordem. Normalmente a
historia so' tera' sentido se vc fizer a reodenacao,
ainda q mental, dos trechos lidos. A menos de livros
dividos em partes segmentadas sem grandes relacoes
cronologicas entre si -- tal como Vidas Secas. E normalmente
cada capitulo e' lido apenas uma vez, se se le mais de uma
vez e' apenas para refrescar a memoria e nao como uma parte
necessaria para o desenvolvimento da historia: a excecao aqui
seriam novamente os livros de enrola e desenrola.

> O gen possui a forma expressional da caracteristica que ele
> representa ao ser executado no meio.

Nao entendi.

> gemaba3 : Formulei mal a pergunta, ok. Uma escala na música é
> definida pela distancia entre as notas, a distancia entre os pares
> de base é definida, implica em alguma coisa? Ou não se sabe?

Como assim, a distancia entre os pares de base?

> gemaba3 : O que é fixo? O tamanho de seu ADN e do meu é
> fixo, possui uma sequencia de pares de bases? Um gen que
> capacita uma caracteristica possui tamanho definido?

Sim, de certa forma o meu ADN tem um dado tamanho e o seu tbm. Embora,
nao necessariamente o seu e o meu ADN tenham exatamente o mesmo numero
de bases -- possivelmente nao terao.

Se um gene tem um tamanho definido? Depende. Muitos genes podem ter
copias com tamanhos diferentes: algumas mais longas, outras mais
curtas. E como isso altera a sequencia de bases, isso pode alterar o
funcionamento do gene.

> gemaba3 : Mas existe um padrão básico da forma do homem, não?
> Cabeça, braços, pernas, bla,bla,bla.... não?

Digamos q. sim.

> gemaba3 : Você acha que a vida surgiu, existe uma causa?
> Devemos procurá-la, não?

Tem gente pesquisando a origem da vida. Muitos acham q.
o aparecimento de forma de vida e' uma decorrencia natural
da presenca de algumas condicoes na Terra primitiva. Ha'
varios q. acham q. essas condicoes estao presentes em
muitos cantos do universo e q. com isso formas de vida teriam
surgido em diferentes lugares.

> gemaba3 : Dá pra explicar melhor o que é mensagem pra você?

Por exemplo, O Tempo e o Vento e' um texto, uma mensagem.
A linguagem e' o Portugues do Sul do Brasil.

> gemaba3 : Ok, Takata, então pondere que o gen possa ser uma
> forma expressional que pode ser manipulada, ok.

Forma expressional? Expressao de quem? Do proprio gene ou de quem o
manipula?

> gemaba3 : A teoria seria que a incerteza entre partícula e onda é um
> tipo de mensagem como você entende que define o que cada
> atómo será, algo assim, ok.

Eu acho q. a teoria da incerteza e' outra coisa. E' aquela q. fala q.
nao se e' possivel, nem em tese, determinar com exatidao todas as
propriedades de qq objeto.

> Quando identificarmos
> um modelo conceitual que possa traduzir o Genoma faremos progressos
> mais rápidos e podemos aliar ao empirismo uma forma de entendimento
> maior pra trabalharmos com a linguagem da vida.

Modelo conceitual, ok. Mas porq. linguagem como modelo?

> Uma pergunta, alguns autores, como Ghonsky e Pink defendem a
> linguagem como uma estrutura cognitiva, você sabe informar se
> existe algum respaldo, no sentido de haver um gen ou combinação
> deles que possam representar essas tais estruturas?

Eu nao estou por dentro. Mas acho q. tem gente trabalhando com isso.

[]s,

Robert



SUBJECT: Re: Muito Além do Big Bang/felizes desnatais/Mea-culpa.
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/12/2002 19:09

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Perdoem-me os católicos pelo 'grande desrespeito'. Só espero que, um
> dia, os católicos peçam perdão por suas tentativas de transformar os
> dogmas excludentes da sua religião em instituições de Estado, ao meu
> ver um 'grande desrespeito' aos que não professam sua fé.

De fato ha' alguns catolicos assim. Mas nao acho q. sejam todos ou a
maioria. (Ha' tbm sectarios de outras correntes religiosas e
filosoficas q. pensam de modo semelhante.)

Dentre os q. sao assim, nao sei se podemos esperar pedidos de
desculpas de todo modo.

Mas ofender a fe' q. professam nao parece q. seja uma boa tatica de
faze-los se arrependerem.

[]s,

Roberto Ta



SUBJECT: Sobre a relacao entre Vg e Vf
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/12/2002 19:24

Oi Sérgio (et all),

Li e reli seu texto 'sobre a relação entre as velocidades de grupo e de fase'. Como sabes, só sou especialista em ectoplasma mas, vez por outra, tenho recaídas científicas e assim ... vamos aos comentários.

Vou ater-me primeiro ao item 2.1- Definições

Na conceituação da velocidade de grupo (Vg = dw/dk), com w = pulsação e k = 2pi/lâmbda = número de onda há algum comentário. Apesar da dificuldade do 'texto puro' aqui no ciencialist, vamos tentar.

Comecemos pela representação complexa de A (parâmetro que caracteriza a perturbação no meio) por meio da integral de Fourier: A(t) = int(-infin a + infin) g(w).e^(i.wt).dw, que transforma-se em:
A(x,t) = int(-oo a + oo) g(w).e^[iw(t-x/u)].dw = int(-oo a +oo) g(w).e^[i(wt -kx)].dw
Comumente se usa como variável não w mas k, escrevendo-se:
A(x,t) = int(-oo a +oo) C(k).e^[i(kx-wt)].dk ==> (w/Vf = k <===velocidade de fase)
com w como função do número de onda w = k.Vf(k) = w(k).

Naturalmente A(x,t) não é mais representável sob a forma A(x -Vf.t), porq ue não existe uma velocidade uniforme de propagação. 'A' mudará de aspecto, portanto, durante a propagação.

Há, entretanto, um caso muito corrente na prática onde apesar da dispersão, pode-se falar de uma velocidade de propagação "V", a saber, no caso em que o espectro de frequencia for muito estreito, isto é,
wo - /\w <= w =< wo + /\w ou
ko - /\k <= k =< ko + /\k
Todos os valores de w (e consequentemente os valores de k) situam-se em torno de wo (correspondente a ko).
A perturbação 'A' sempre tem, neste caso a aparência de um grupo de ondas. Uma onda senoidal é modulada de tal maneira que a amplitude somente num intervalo G é diferente de zero. É justamente nessa situação que podemos mostrar qua a onda senoidal pode se propagar com a velocidade de fase Vf e além disso o ventre de ondas (ou grupo de ondas) pode se propagar com uma velocidade "V" diferente de Vf. Esse "V" é a velocidade de grupo Vg.

Como vc próprio indicou esse Vg é definido por dw/dk.
Todavia, caso Vf seja dada em função do comprimento de onda 'L' ( L = 2pi/k ) essa velocidade de grupo deverá ser expressa por:

Vg = Vf - L. dVf/dL <=== essa é a expressão que 'acho' que deveria comparecer em seu trabalho.

A obtencão da relação acima pode ser assim:

dw/dk = d(Vf.k)/dk = Vf + dVf/dL(k.dL/dk) = Vf - L.dVf/dL

é só lembrar que: L =2pi/k ; L.k = 2pi ; k.dL + L.dk = 0 ; k.dL = - L.dk logo k.dL/dk = -L

Assim, somente quando Vf for independente de k (e respectivamente de L), valerá Vg = Vf, porque então teremos: dVf/dL = 0

A velocidade de grupo Vg é, conforme o sinal de dVf/dL, maior ou menor que a velocidade de fase Vf.

Esse é o comentário inicial. Depois disso faz-se Vf = c (seu trabalho), donde Vg = c - L.dVf/dL.
Minha sugestão é rediscutir a E = m.c^2 e demais implicações da RR com base nessa relação proposta.

Aquele abraço,
Léo



SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/12/2002 19:27

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Ah, foi entre machos? Ora, é normal entre muitas espécies de
> mamíferos que o macho derrotado seja 'ritualisticamente' montado
> pelos outros machos.

Nao e' tbm o caso.

"Our study thus disproves the hypothesised dominance
function of inter-male mounting in fallow deer."

Ate' porq. a tendencia era dos menores montarem os maiores.

"We observed that a smaller buck always mounted a larger one"

> É um comportamento desencadeado pela testosterona:

"Although there was no apparent dependence of
mounting activity on testosterone levels, occurrence of the
behaviour was associated with the start of a seasonal increase
in testosterone levels following seasonal minima."

Friso o: "although there was no apparent dependence of mounting
activity on testosterone levels" -- embora nao houvesse uma relacao
aparente entre a ativadade de monta e o nivel de testosterona.

> Entre as fêmeas de mamíferos, montadas de caráter ritualístico-
> agonístico é um fenômeno mais raro. Ocorre mais naquelas espécies em
> que as fêmeas são co-dominantes ou então dominantes, como entre os
> ratos-toupeira, onde o nível sangüíneo de testosterona na fêmea-
> rainha é muito mais elevado que em qualquer macho.

O q. pode ser perfeitamente interpretado sob a optica de q. ha' um
default ontogenetico 'a heterossexualidade.


> Manuel: Talvez tenha um caráter agonístico. Mas, no aspecto
> neuroquímico, é sexual, tanto que muitas vezes é auto-compensatório,
> isto é, um ato prazeroso por si mesmo, agressão lúdica. É a
> sexualidade começando a se desligar de sua função originária,
> reprodutiva, e a desempenhar outras funções.

Nao entendi a relacao entre 'ser neuroquimicamente sexual' e 'ser
auto-compensatorio'...

> Manuel: Ok, há uma predisposição natural, geneticamente determinada,
> à orientação sexual 'masculina' (ativa) entre os machos, e
> à 'feminina' (passiva), entre as fêmeas.

Nao sei se a masculinidade e feminilidade se resuma ou seja
substancialmente alocada 'a questao de ser ativo ou passivo.

De todo modo nao me parece seguro dizer q. haja uma tendencia natural
da permanencia de algum 'residuo' (o fim da ontogenese se da' apenas
com a morte do individuo, mas nao compliquemos) em estagios mais
avancados (avancados no tempo, na idade).

> Manuel: O ritual agonístico que simula cópula é muito comum não só
> nos primatas, mas em toda a classe dos mamíferos. Você mesmo citou o
> exemplo dos ratos. É um comportamento que aparece em um determinado
> momento do desenvolvimento ontogenético, e que se manifesta primeiro
> como jogo infantil, como brincadeira, como ato prazeroso
> desencadeado pela testosterona.

Se esta' presente em toda a classe dos mamiferos nao se pode dizer q.
seja uma caracteristica de juvenilizacao de um dado grupo dentre os
Mammalia.

[]s,

Robe



SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/12/2002 19:40

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Não, não é. No fim da ontogênese há sempre um resíduo da
> orientação sexual contrária

Nao estou certo qto a isso.

> Manuel: Assim como há casos de homens heterossexuais sem nenhum
> resídio de sexualidade feminina em seu psiquismo. É mais provável
> encontrá-los em hospitais psiquiátricos.

Sera'?

> Takata: Nada disso parece indicar uma tendencia inata ' a
> bissexualidade.
>
> Manuel: Não, muito pelo contrário: nada indica a existência de uma
> tendência inata à heterossexualidade.

Hmmmm, pelos artigos cujos resumos postei parecem indicar exatamente
uma predisposicao natural 'a heterossexualidade.

> Manuel: Se tudo é apenas questão de gosto, então eu prefiro picolé
> de morango.

Picole'? De morango? Ihhhhh... (Antes q. vc fique puto, e' apenas
outra brincadeira pra tirar o carater serio da discussao.)

E' questao de gosto, uai. A pessoa faz porq. gosta -- nao se esta'
falando de casos de estupro ou sexo forcado. Agora, por q. se gosta
daquilo ou daquiloutro e' outra questao -- ou a mesma.

> Essa discussão tá começando a ficar chata e repetitiva. Parece até
> briga entre um padre e um rabino: - O messias já veio. - Não, ele
> ainda não veio. - Ele veio faz tempo. - Você se engana, ele ainda
> virá. - Seu discurso labora em erro, ele está entre nós. - Só em
> espírito, materialmente ainda não. - Isso porque você é muito
> cético. - Não, é você que é crédulo. - Crédulo é você!...

Bem, estou procurando trazer referencias de artigos publicados, dados
q. sustentem o ponto de vista q. defendo. Vc pode ate' ter restricoes
qto ao modo de execucao de um dado experimento, 'as conclusoes tiradas
dos dados, ao modo de se interpretar os resultados, ao vies da selecao
de trabalhos... Mas espero q. esse pequeno esforco possa ser
considerado se nao substancial, ao menos minimamente diferente de
apenas uma lenga-lenga de se tentar provar um ponto apenas reafirmando
um sem numero de vezes algo q. se considera verdadeiro ou tentando
gritar mais alto ou pegando trechos da Biblia e interpretando ao
bel-prazer.

[]s,

R



SUBJECT: Re: Memória genética e o inconsciente p/ Takata
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/12/2002 19:44

--- Em ciencialist@y..., "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@i...>
> No compasso de nossa discussão sobre o código genético ser uma
> linguagem e o ADN uma forma definida de expressão da natureza
> gostaria de perguntar da possibilidade de alguns genes, ou vários,
> serem portadores de características sinápticas, que seja, memórias
> que possam ser pré-gravadas no cérebro em formação desde sua
> fecundação, sendo que essas memórias não seriam do ser que se
> forma em questão. Existe alguma relação disso com o que chamamos
> de inconsciente ou regressão, vidas passadas, bla,bla,bla...
> Já existe algum experimento que procura essas associações?

Desconheco. Mas nao parece haver indicios de tais memorias ou
"memorias" preexistentes ou codificadas no ADN.

[]s,

Roberto Takat



SUBJECT: Takata e o Genoma!!!!
FROM: "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/12/2002 20:47

Alô Takata !!! gemaba5, ok.

<<gemaba3 : A despeito de qualquer mal uso das formas
expressionais o que quero argumentar é que o ADN
é um código linguístico que ao se expressar produz
as potencialidades com a contribuição do meio,ok.
Portar informações? Informações não estariam ligadas
as potencialidades? Não seria melhor usar o termo dado?>>
<<Takata : O codigo seria o codigo genetico. O ADN por si so' nao
determina a correspondencia entre um elemento e outro, como
faz um codigo: a lingua portuguesa e' o codigo q. determina
q. estas letras: "cachorro" corresponda a um certo animal.
Assim como o texto "Maria viu um cachorrinho" nao encerra
em si mesmo um codigo, mas e' uma mensagem q. porta uma
informacao q. sera' entendida utilizando um certo codigo,
uma molecula de ADN tbm nao e' um codigo, mas uma mensagem.>>

gemaba5 : Ok Takata, nada contra. O código genético seria a
linguagem e um ADN qualquer seriam dados codificados
nessa linguagem que quando executado gera uma informação
traduzida em uma potencialidade, ou conjunto delas. Pondero
conceituarmos a diferença entre informação e dado, me
parece que o que você entende por mensagem eu
traduzo por dado.

<<Takata : (Deixo para outra hora a discussao sobre o termo informacao.)>>

gemaba5 : Espero então.

<<gemaba3 : Só imagino uma forma que independe
do meio, o nada, como assim o ADN existir
independente do meio?>>

<<Takata : Assim como uma molecula de acucar e' uma molecula
de acucar seja dentro em um copo de acucar com
agua, seja dentro de um celula, seja dentro de um
saquinho plastico, uma molecula de ADN e' uma
molecula de ADN quer no nucleo de uma celula, quer
em um tubo de ensaio.>>

gemaba5 : E daí!!! Mas sempre existe um meio, não?
Você nega a realidade e diz que o ADN existe fora
da realidade? Não entendi seu argumento? Pondere!!!

<<gemaba3 : Voltemos ao tema central, ok.
Insisto que isso não descaracteriza o ADN como
um código linguístico parecido com a música, onde
os pares de base serão as notas e os gens as
melodias significando as potencialidades do
ser que irá representar quando executada no
meio propício.>>
<<Takata : Sei, nao. Um do' e' um do', independentemente de
se seguido por um mi ou um fa'. Sim, a citosina
tbm e' uma citosina independentemente se depois
vem outra citosina ou uma adenina, mas um do'
corresponde a uma mesma frequencia fundamental de
vibracao das cordas (ou do ar ou de uma membrana),
ja' se aquela citosina determina uma fenilalanica ou
um triptofano na proteina, depende da trinca da
qual ela faz parte.>>

gemaba5 : Ok Takata, existe um determinismo na
estrutura linguística, seja da musical, seja da escrita,
seja do código genético. Existe o que você disse,
uma nota ser definida como associada a uma
vibração, não se esqueça do que os músicos
chamam de oitavas, elas se repetem cobrindo
o escopo do som audível pelo ouvido humano,
desde sons mais agudos até sons graves. No
código genético, que podemos tranquilamente
dizer, na linguagem genética existe também
seus principios representativos, como as
notas, ou letras, seriam as bases. Nâo existe
problema algum considerar as bases como
uma espécie de nota na linguagem da vida,
ou uma espécie de letra.

<<Gemaba : Ao fazermos um bolo podemos não seguir
a risca a receita>>
<<Takata : E vc tera' uma bela gogororoba. Mas mais do q.
seguir a receita, a receita e' linearmente escrita.
Apenas aqueles livros de enrola e desenrola manda a gente
pra uma outra pagina q. nao a imediatamente a seguinte.>>

gemaba5 : Desculpe Takata, você quer que pra uma
linguagem existir ela tenha que ser linear e não é assim.
Uma linguagem não precisa da linearidade como
expressado por você. Pra um determinado código
representado por uma sequencia de dados ser encarado
como uma linguagem sua execução não precisa ser linear.
Seu argumento é que o ADN não é executado linearmente
e continuo ponderando que nossas conhecidas linguagens
não precisam ser executadas da forma linear que você supoe.
Posso comprar um livro pra ler apenas um capítulo.
Posso comprar um CD e ouvir apenas uma música.
Posso fazer um bolo seguindo uma receita, e ótimos
bolos, sem necessariamente seguir a rigidez imbutida
no código. Posso concordar que algumas partes possam
comprometer a execução de outras, mas não define
uma linearidade absoluta.

<<Gemaba : Não entendi a diferença
entre mensagem em código, um código contem
uma mensagen, certo? >>
<<Takata : O codigo nao me parece conter uma mensagem.
O codigo morse nao contem uma mensagem. Ele
apenas relaciona elementos: no caso uma
certa disposicao de tracos e pontos (ou sinais
sonoros longos e curtos) e letras do alfabeto.>>

gemaba5 : Mas você pode imbutir uma mensagem
usando o código morse, da mesma forma o ADN,
imbutido no código existe uma mensagem que
capacitaram o ser formado com as potencialidades
representadas nesse código pela mensagem,
prefiro usar aqui o termo dado. Você pode
imbuir dados no código morse, esses dados
ao serem interpretados viram a mensagem.
Da mesma forma no ADN, as capacidades
estão imbuidas no gen, são os dados,
as sequências específicas de bases,
que, quando executadas no ambiente
propício produzem as informações,
no caso a forma e função no ser que
representa.

<<gemaba : Você associa código
com melodia? Explique!!! Escala no caso do
ADN seria a distancia entre Um par de base
e outro, mas você não pode esquecer do
compasso. Pondere!!!>>
<<Takata : Pra mim parece viagem. Parece mais como falar
q., sei la', pedrinhas atiradas ao acaso
e' uma forma de linguagem porq podemos associar
a distancia de cada pedra em relacao a um ponto
arbitrario com um nota musical... Mas como eu
disse, nao entendo nada de musica.>>

gemaba5 : Explico então, ok. Só posso lhe
dizer o seguinte, estudei um pouco de música,
confesso, não foi muito não, mas pelo menos
tenho uma base teórica mínima. Quanto mais
você fala de ADN mais concebo em minha
mente uma linguagem muito interessante
que tem similaridades interessantes com a
linguagem musical. Por exemplo, uma música
pode ser copiada e executada em meios
diferentes de intrumentos, o ADN também.
O clone é um indício que o ADN é um código
de uma linguagem genética da realidade, ele
pode ser copiado e se desenvolve em meios
diferentes do, digamos, natural.

<<Takata : O ADN e' o nome da molecula. Gene e' um trecho
determinado dessa molecula. Cromossomo e' a forma
como o ADN se organiza em uma celula -- associada
com proteinas.>>
<<gemaba3 : Esplique melhor como o cromossoma
entra na parada é possível? Os exames que
provam que somos filhos de nossos pais,
qual é o princípio?>>
<<Takata3 : O cromossomo e' apenas uma estrutura q
fica no nucleo da celula e e' formado
por ADN associado a proteinas.
O exame de ADN normalmente e' feito usando-se
certas enzimas q. cortam o ADN em diversas
partes menores. Isso e' colocado em um
gel e submetido a uma corrente eletrica. Os
pedacos de ADN irao migrar ao longo do gel de
acordo com o seu tamanho. Usa-se uma substancia
q. se liga ao ADN e' permite q. seja possivel
detectar sua presenca sob a luz ultravioleta.
Pedacos maiores ficarao em uma extremidade
do gel, pedacoes menores ficarao em outra, pedacos
intermediarios ficarao no meio. Isso cria
um padrao de bandas q. pode ser usado para se
comparar com o padrao dos pais. Como o filho herda
metade do material genetico da mae e metade
do pai, uma dada banda no exame de ADN tem q.
ter vindo ou da mae ou do pai. Cada pessoa possui
um padrao de bandas especificos e isso permite
a identificacao da pessoa com o exame de ADN.>>

gemaba5 : Pondere se você não lembra de música.
Quando você houve uma música você sabe que
a música que você está escutando é a música
que você está escutando, certo? Porque?
Porque você memoriza aquela sequencia de
notas que concebe a música, digamos,
uma universalidade, uma forma expressional
única. A priori pensei que o exame levasse
em conta a sequencia das bases no gen,
parece que me enganei? Terei que digerir
melhor seu texto, com calma. Uma pergunta
Takata, entrei no site da lista e não
consegui ver nossos E-mais, como
fazer para ler de novo porque apaguei
alguns, gostaria de dar uma relida pra
firmar os conceitos, ok.

<<gemaba3 : Bem fica dificil avaliar porque você diz
desconhecedor da teoria linguística mas insisto que
existem fortes indícios do Genoma ser uma linguagem
com sintaxe e semantica possíveis de serem definidas.
Isso ajudaria muito a entendermos como a vida
se processa.>>

<<Takata : Quais indicios?>>

gemaba5 : A Eva é um indício forte, ok.

<<gemaba : Normalmente quando pego um livro a primeira coisa
que leio é o seu final, as partes finais, depois o prefácio, e posso
ler apenas um capítulo.>>
<<Takata : Pode, e com isso vc nao leu o livro. Mas digamos q. vc
leia todos os capitulos fora de ordem. Normalmente a
historia so' tera' sentido se vc fizer a reodenacao,
ainda q mental, dos trechos lidos.>>

gemaba5 : Desculpe Takata, nossa razão não é linear, ok.
Você já ouviu falar de programação orientada a objetos
já disponíveis em linguagens de largo uso. Não existe
linearidade, a linearidade é uma relação com o meio
que dispara os eventos, ok. Você gosta de computação?
Ou linguagens de computador não são linguagens?

<<Takata : A menos de livros
dividos em partes segmentadas sem grandes relacoes
cronologicas entre si -- tal como Vidas Secas. E normalmente
cada capitulo e' lido apenas uma vez, se se le mais de uma
vez e' apenas para refrescar a memoria e nao como uma parte
necessaria para o desenvolvimento da historia: a excecao aqui
seriam novamente os livros de enrola e desenrola.>>

gemaba5 : Insisto Takata, seu argumento é fraco pra
descaracterizar o código genético de ser uma linguagem.
A linearidade não é forma essencial para a existência
da linguagem. Podemos ter um código não executado
linearmente e ser fruto de uma linguagem.

<<gemaba : O gen possui a forma expressional da caracteristica que ele
representa ao ser executado no meio.>>
<<Takata : Nao entendi.>>

gemaba5 : Desperte seu gosto pela linguagem musical que você entende.
Uma música traduzida em uma partitura é um código, um conjunto
de dados disposto seguindo uma ordem lógica. Uma música quando
executada, se tornando uma informação, que, no caso, é a melodia
produzida pela sequencia de notas. O ADN é a mesma coisa, o
ADN é um código, um conjunto de dados composto em uma
linguagem maior, qual linguagem? A linguagem que expressa
a existência, a linguagem das formas. No caso, a linguagem
das formas biológicas. No ADN existem diversas melodias,
diversos gens, onde cada gen representa alguma coisa,
ou coisa nenhuma no ser que representa.

<<gemaba3 : Formulei mal a pergunta, ok. Uma escala na música é
definida pela distancia entre as notas, a distancia entre os pares
de base é definida, implica em alguma coisa? Ou não se sabe?>>
<<Takata : Como assim, a distancia entre os pares de base?>>

gemaba5 : Quero argumentar por exemplo, que apesar do
ADN do rato e do homem serem 80% iguais eles sejam
bem diferentes. Pode ser a mesma melodia, no caso o mesmo
gen, dispoto em outro compasso, ou mesmo considerações
sobre intencidade.

<<gemaba3 : O que é fixo? O tamanho de seu ADN e do meu é
fixo, possui uma sequencia de pares de bases? Um gen que
capacita uma caracteristica possui tamanho definido?>>

<<Takata : Sim, de certa forma o meu ADN tem um dado tamanho e o seu tbm.
Embora,
nao necessariamente o seu e o meu ADN tenham exatamente o mesmo numero
de bases -- possivelmente nao terao.>>

gemaba5 : Existe um limite natural mínimo e máximo?

<<Takata : Se um gene tem um tamanho definido? Depende. Muitos genes podem
ter
copias com tamanhos diferentes: algumas mais longas, outras mais
curtas. E como isso altera a sequencia de bases, isso pode alterar o
funcionamento do gene.>>

gemaba5 : Você quer dizer algo como, o gen que representa seu nariz, ou
gens, tem tamanho diferente do gen que representa o meu nariz, ou gens?

<<gemaba3 : Mas existe um padrão básico da forma do homem, não?
Cabeça, braços, pernas, bla,bla,bla.... não?>>
<<Takata : Digamos q. sim.>>

gemaba5 : Tenho difilculdades em imaginar um gen que represente
essa forma básica, digamos, dos mamíferos. Provavelmente isso
não se representa por um gen específico. O que você me diz
disso?

<<gemaba3 : Você acha que a vida surgiu, existe uma causa?
Devemos procurá-la, não?>>
<<Takata : Tem gente pesquisando a origem da vida. Muitos acham q.
o aparecimento de forma de vida e' uma decorrencia natural
da presenca de algumas condicoes na Terra primitiva. Ha'
varios q. acham q. essas condicoes estao presentes em
muitos cantos do universo e q. com isso formas de vida teriam
surgido em diferentes lugares.>>

gemaba5 : Já houvi postulações da sempre existência
contrárias ao início de tudo mas as ponderações
acerca do aparecimento da vida são possíveis
devido a fruticidade do ambiente, ok. Na Acropolis
postulo que a vida se surgiu pode ter haver com a vontade,
o que você acha?

<<gemaba3 : Dá pra explicar melhor o que é mensagem pra você?>>

<<Takata : Por exemplo, O Tempo e o Vento e' um texto, uma mensagem.
A linguagem e' o Portugues do Sul do Brasil.>>

gemaba5 : As vezes tenho dificuldades com metáforas, dá pra clarear?

<<gemaba3 : Ok, Takata, então pondere que o gen possa ser uma
forma expressional que pode ser manipulada, ok.>>
<<Takata : Forma expressional? Expressao de quem? Do proprio gene ou de quem
o
manipula?>>

gemaba5 : O ADN é uma forma expressional como a música ou um texto, ok.
O ADN é uma expressão da realidade, do cosmos, do universo, do todo.
O ser humano hoje está começando a desvendar essa linguagem, qual o
gen que dá a cor do seu olho, como se o gen que representa a cor do seu
olho fosse uma melodia, uma forma expressional, que no caso não
soa em um intrumento, soa no nada onde os substantivos existem.

<<gemaba3 : A teoria seria que a incerteza entre partícula e onda é um
tipo de mensagem como você entende que define o que cada
atómo será, algo assim, ok.>>
<<Takata : Eu acho q. a teoria da incerteza e' outra coisa. E' aquela q.
fala q.
nao se e' possivel, nem em tese, determinar com exatidao todas as
propriedades de qq objeto.>>

gemaba5 : Se a gente fizer um gancho acá podemos jogar uma bomba
no princípio da identidade defendida pela lógica binária de Aristóteles,
o que acha?

<<gemaba : Quando identificarmos
um modelo conceitual que possa traduzir o Genoma faremos progressos
mais rápidos e podemos aliar ao empirismo uma forma de entendimento
maior pra trabalharmos com a linguagem da vida.>>

<<Takata : Modelo conceitual, ok. Mas porq. linguagem como modelo?>>

gemaba5 : Uai Takata, porque o código genético é uma linguagem que
expressa o ser orgânico no cosmos. Um ser orgênico é uma expressão
da realidade, uma forma de expressão da realidade, do cosmos.

<<gemaba : Uma pergunta, alguns autores, como Ghonsky e Pink defendem a
linguagem como uma estrutura cognitiva, você sabe informar se
existe algum respaldo, no sentido de haver um gen ou combinação
deles que possam representar essas tais estruturas?>>

<<Takata : Eu nao estou por dentro. Mas acho q. tem gente trabalhando com
isso.>>

gemaba5 : Poderia dar mais informações???!?

Um abraço e saúde sempre e sempre!!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br


[]s,

Robert



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Memória genética e o inconsciente p/ Takata
FROM: "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@ieg.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/12/2002 20:50

Olá Robert!!!


Já se postulou suas possíveis existências, que
seja, termos memórias de nossos antepassados
pré-gravadas em nosso cérebro. Nascemos
já sabendo algumas coisas, não?

Saudações!!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br


----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, December 30, 2002 7:44 PM
Subject: [ciencialist] Re: Memória genética e o inconsciente p/ Takata


--- Em ciencialist@y..., "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@i...>
> No compasso de nossa discussão sobre o código genético ser uma
> linguagem e o ADN uma forma definida de expressão da natureza
> gostaria de perguntar da possibilidade de alguns genes, ou vários,
> serem portadores de características sinápticas, que seja, memórias
> que possam ser pré-gravadas no cérebro em formação desde sua
> fecundação, sendo que essas memórias não seriam do ser que se
> forma em questão. Existe alguma relação disso com o que chamamos
> de inconsciente ou regressão, vidas passadas, bla,bla,bla...
> Já existe algum experimento que procura essas associações?

Desconheco. Mas nao parece haver indicios de tais memorias ou
"memorias" preexistentes ou codificadas no ADN.

[]s,

Roberto Takat


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SUBJECT: Re:[ciencialist] Re: Muito Além do Big Bang/felizes desnatais/Mea-culpa.
FROM: "luciojpm" <luciojpm@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/12/2002 22:13

> De fato ha' alguns catolicos assim. Mas nao acho q. sejam
todos ou a maioria. (Ha' tbm sectarios de outras correntes
religiosas e filosoficas q. pensam de modo semelhante.)

Há também sectários desse tipo entre os cientificistas...

Abs.
L.



---
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SUBJECT: Bissexualidade e outros temas - epílogo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/12/2002 23:10

Oi,

Takata: O chimpanze' tem ttas especializacoes em ser chimpanze' como
o humano em ser humano.

Manuel: Creio que o homem é altamente especializado para produzir
cultura. Quanto a maioria da suas outras funções vitais, o homem é
apenas uma semi-fabricação. Se a sua maior adaptação é
a `adaptabilidade', isto é, a possibilidade de adaptações várias, é
porque há nele uma plasticidade bio-psíquica que assim o permite. Há
muitos indícios de que o processo evolucionário mediante o qual o
homem obteve esse flexibilidade foi a neotenia, ou seja, o homem
preserva na idade adulta as potencialidades evolutivas da criança,
que são imensas; pois, se cada estágio do desenvolvimento
ontogenético de um organismo apresenta semelhanças com o estágio
respectivo de um organismo ancestral, então na criança há muitas
características da infância dos indivíduos das espécies ascendentes
mais próximas. Vale dizer, a criança apresenta as potencialidades de
desenvolvimento não apenas da espécie, mas do gênero. Algumas dessas
características `genéricas' vão se desenvolver, outras vão esmaecer e
atrofiar, havendo ainda outras que vão desaparecer, deixando poucos
ou nenhum vestígio.

De resto, se, na criança, muitas das características comportamentais
do adulto já estão presentes, trata-se de uma presença débil, ainda
sem contornos definitivos, isto é, um produto semi-acabado. Num
adulto com alto grau de neotenização, seus caracteres comportamentais
permanecem mais ou menos indefinidos como em uma criança, mais ou
menos semi-acabados, mais flexíveis e, portanto, mais fáceis de serem
submetidos às funções superiores do neocórtex: controle e remodelagem
cultural.

Penso que a sexualidade humana é uma dessas características
neotênicas. Há nela uma indefinição, porém não total, pois em seus
jogos eróticos as crianças já manifestam uma dominância sexual
(masculina/ativa nos meninos e feminina/passiva nas meninas), traço
este pré-determinado `in utero'. No entanto, a orientação sexual
contrária subjaz, por que o processo ontogenético de diferenciação
sexual continua durante uma longa etapa após o nascimento. Essa
ambigüidade sexual ainda se explica pelos seguintes fatos:

a) Nos mamíferos, a castração do feto `in utero' (a retirada dos
testículos ou do ovário) "é sempre seguida do desenvolvimento de um
aparelho genital, de glândulas mamárias e de um sistema nervoso
central com caracteres do sexo feminino" (A. Bourguignon), de modo
que o processo de diferenciação sexual no indivíduo geneticamente
masculino é, na verdade, um processo de `desfeminização'. Ora, se
esse processo de desfeminização nos meninos não se encerra no útero,
mas perdura por toda a primeira infância, sob a ação do meio e das
condições sociais, então os meninos ainda apresentam em sua
constituição física e psíquica um forte componente `feminino'.

b) Em grande parte das espécies, a pulsão erótica e a corolária
sensação de satisfação (orgasmo) só se verifica entre os machos. O
prazer sexual feminino é resultado da ação estimulante dos hormônios
masculinos, sobretudo a testosterona. Sendo assim, na orientação
sexual feminina está presente um elemento masculino, elemento este
que é a sua condição de possibilidade. Alterações para mais ou para
menos desses hormônios masculinos na mulher podem inverter sua
orientação sexual ou causar frigidez.

c) Isto posto, em mamíferos com alto grau de neotenização o processo
de diferenciação sexual, mesmo avançado, não se conclui, isto é, no
fim do processo, vai faltar o `acabamento', e o resultado será, como
Freud constatou há um século, a existência de um `resíduo' de
feminilidade no homem e de masculinidade na mulher.

d) Segundo o psiquiatra e neurologista francês André Bourguignon, "em
todos os vertebrados, existe uma organização nervosa e muscular
compatível com a expressão de uma bissexualidade comportamental.
Intrinsecamente, o SNC tem uma dupla potencialidade masculina e
feminina que, em decorrência das influências hormonais, não se
expressa no adulto normal." A isso se acresce o fato de que, entre
muitos mamíferos gregários, o nível sangüíneo de testosterona
(hormônio sexual masculino) nos indivíduos adultos é regulado por
fatores sociais. Observou-se nos primatas que, "depois de derrotar um
macho dominante, às vezes os vencedores exibem níveis elevados de
testosterona, enquanto os derrotados podem sofrer baixas
significativas desse hormônio. De algum modo, a luta social e o novo
status na hierarquia de dominação se manifestam na fisiologia."(Lynn
Margullis) Na fisiologia e no comportamento, pois, nessas comunidades
de primatas, os machos subalternos, em sinal de submissão e de
reverência, costumam adotar "a posição sexual submissa característica
da fêmea no cio e são, de forma rápida e cerimonial, montados por
machos de castas superiores." (Carl Sagan) Vale dizer, nesses
primatas, fatores sociais desencadeiam alterações hormonais, e sob
tais influências se manifesta neles a bissexualidade constitucional
dos vertebrados.

Manuel: O que distingue o possível do impossível? A 'disposição' para
realizar-se sob determinadas circunstâncias. Potência é tendência.

Takata: Nao vejo assim. Ha' possibilidade de eu acertar sozinho na
Mega-Sena acumulada. Mas nao ha' tendencia para tal.

Manuel: Se você joga um dado uma única vez, há uma possibilidade em
seis que ele caia com o lado 2 voltado para cima. Se você joga o dado
seis vezes, há uma `tendência' de isso ocorrer pelo menos uma vez.
Jogando-se sessenta vezes, a `tendência' é que o mesmo se verifique
em dez ocasiões. Isto é, não é por acaso que o dado cai com a face
dois para cima em média 10 vezes em 60. É uma `tendência'. Acaso são
as variações muito acentuadas para mais ou para menos. Por isso,
continuo defendendo que potência é tendência.

As pulsões destrutivas se manifestam como possibilidade em indivíduos
singulares, e como tendência em vários momentos da vida de qualquer
pessoa. A crueldade lúdica e o sadismo são comuns e amiúde se
manifestam de uma forma velada, por vias indiretas, racionalizadas,
sub-repticiamente. Quem já não experimentou dentro de si esses
terríveis desejos? E quem já não vítima deles? Sejamos sinceros. Se
não existisse uma norma moral e uma lei jurídica (reforçando essa
norma moral) para inibir esses impulsos, eles se manifestariam com
muito mais freqüência. Na guerra, nas revoluções e noutros períodos
de exceção em que o imperativo `não matar' é suspenso, essa tendência
se mostra de uma forma brutal. Tanto que há normas militares no
sentido de inibir os excessos.

Manuel: Já ouviu falar naquele dito popular segundo o qual 'o
proibido é mais gostoso'?

Takata: Ditos populares encerram uma sabedoria pratica de modo geral,
ate' por isso em sua colecao eles sao ambiguos: tto falam de uma
possibilidade qto de outra.

Se de um lado diz: A cavalo dado nao se olham os dentes. De
outro diz: Quando a esmola e' muita, o santo desconfia.

Se: O proibido e' mais gostoso. Tbm: O crime nao compensa.

Manuel: Pra você vê como há ambigüidades, tendências opostas em
interação, conflitos no coração do bicho homem. Como canta o meu
conterrâneo Raimundo Fagner: "Ah meu coração que não entende/o
compasso do meu pensamento/se o pensamento foge dela/o coração a
busca aflito/e o corpo todo sai tremento/massacrado e ferido no
conflito."

Takata: Se houvesse tendencias homicidas, pouco importaria em
matar, pouco importaria com vidas humanas, pouco importaria
se vingar, pouco importaria em defender a pena de morte.

Manuel: Seria assim se não existisse uma tendência oposta e
dominante. Como há, não é assim. E em muitas pessoas em que o
conflito entre essas duas tendências é mais acirrado, verifica-se uma
situação de compromisso dessas duas pulsões, ou uma rendição
condicionada de uma a outra: o assassinato a serviço do Bem, o
assassinato como meio de se fazer justiça, o facínora com licença do
Estado para matar.

E, mais uma vez, vou apelar aos macacos, desta vez ao Pan troglodytes.

Constata-se entre os chimpanzés e os humanos um padrão de
comportamento que não é normal em qualquer outra espécie: as
coligações agressivas entre machos de um grupo contra indivíduos de
outro grupo em que há, entre os grupos hostis, laços próprios de
parentesco; como, por exemplo, tutsis e hutus, atenienses e
espartanos, judeus e palestinos, montecchios e capuletos, irlandeses
católicos e protestantes, cientificistas e fundamentalistas cristãos,
etc. (Entre os chimpanzés, dá-se com mais freqüência entre hordas em
que uma apartou-se recentemente da outra.) Tropas de machos
chimpanzés realizam incursões no território do outro grupo e
assassinam indiscriminadamente machos, fêmeas e filhotes. Nessas
batalhas, além de assassinatos ocorre também canibalismo – em que as
vítimas são os bebês -, estupros e, ocasionalmente, raptos de fêmeas.
Aparentemente, esses conflitos não são motivados por disputa
territorial. Depois da refrega, os limites permanecem os mesmos de
antes. Como não há, entre os chimpanzés, o sistema de alfas
poligâmicos que privam os subalternos do acesso às fêmeas (pelo
contrário, há entre eles um sistema de promiscuidade sexual em que as
fêmeas são de livre acesso, na condição que se dê prioridade às
patentes mais alta e que não fure a fila), não é provável que as
fêmeas da horda vizinha sejam o principal estímulo dessas incursões
guerreiras. A carne tenra dos bebês também não parece ser a razão
mais forte dessa guerra, pois em seu território os chimpanzés têm à
sua disposição uma fartura de pequenos animais silvestres, entre os
quais suculentos macacos arborícolas.

E não pensem que essas batalhas não são freqüentes. Segundo os
primatologistas, cerca de 30% (trinta por cento) dos chimpanzés têm
morte violenta. Por estranha coincidência, ou não, esse índice é
idêntico ao dos ianomânis que morrem assassinados por ianomânis de
outros subgrupos, e muito perto do índice de assassinatos que se
verifica em muitos povos caçadores-coletores e neolíticos de qualquer
continente. Quanto aos ianomânis, são eles um povo muito beligerante.
O número de inimigos mortos por um guerreiro é um distintivo que lhe
confere maior status dentro da sua comunidade. E os ianomânis são
também um povo paupérrimo: sua indumentária é decorativa, consistindo
apenas num cordão em torno da cintura, vivem da caça, da pesca e do
plantio de mandioca, não conhecem o metal (pelo menos não conheciam
até o início do processo de aculturação) e suas habitações são
singelas. Não há, portanto, entre eles, razões materiais para a
guerra, riquezas que justifiquem a inveja, a ambição e a pilhagem. Os
motivos são quase sempre superstições (a doença que causou a morte de
um ianomâni é interpretada como feitiço do pajé da outra tribo), e
quando não, a reação é quase sempre desproporcional ao motivo, além
de iniciar um espiral ascendente de violência.

Há uma quantidade muito grande de indícios de que não é mera
especulação afirmar que existe, por trás desse estado edêmico de
guerra, uma motivação irracional decisiva. É crueldade lúdica, é
sadomasoquismo, é necrofilia moral cuja expressão mítico-
antropomórfica é o demônio. Nos grandes centros urbanos de hoje, que
não são comunidades consangüíneas mas de vizinhança, há uma tendência
nas pessoas de formarem grupos antagônicos, de separarem os
indivíduos em duas categorias, `nós' e os `outros', e de
transformarem grupos minoritários (negros, fumantes, judeus, gays,
ateus, etc.) em bodes expiatórios, em sacos de pancada, em alvos de
toda sorte de hostilidade. Parece até que essa demarcação reiterada
do `nós' com relação aos `outros' é um dualismo inato, uma
necessidade psicológica.

É uma ironia que o Século XX, pós-revoluções industriais e científico-
tecnológica, um período de afluência material sem precedentes, ter
sido o século em que mais pessoas morreram assassinadas em guerras. E
a grandeza do morticínio supera em muito os dos outros séculos.
Segundo uma estimativa recente (Brzezinski, 1993), o número dessas
mortes violentas é 187 milhões, o equivalente a mais de 10% da
população mundial total no ano de 1900. Claro, uma tecnologia
avançada potencializa qualquer resultado, inclusive o das guerras.

Diga-se ainda que a humanidade moderna (Homo sapiens sapiens) é uma
espécie muito nova. Temos aproximadamente 100 mil anos de idade,
quando a média de vida de uma espécie de vertebrados, segundo o
paleontólogo S. Jay Gould, é de aproximadamente 3,5 milhões de anos.
Mas, mesmo sendo tão jovens, já reunimos hoje as condições bélicas
para que o nosso auto-extermínio se dê numa piscada de olhos. Mil
séculos é a nossa idade estimada e muito provavelmente não duraremos
mas mil anos... Para mim está claro que há uma tendência destrutiva e
autodestrutiva, homicida e suicida fincada no coração do homem. E por
já termos atravessado tantos milênios, também está claro que há uma
tendência oposta, biófila, e que essa é a pulsão dominante. Se não
fosse, nem a Eva Mitocondrial teria escapado da sanha assassina. Ah,
não podia me esquecer: os chimpanzés machos também demonstram muito
carinho e apego aos filhotes, e têm com os outros machos da horda
vínculos de amizade que não se vêem na maioria dos outros macacos.
Até parecem humanos.

Takata: Nao estou falando q, Freud inferiu a partir dos bonobos. A
questao e': as conclusoes de Freud nesse aspecto esta' sendo
desafiada -- a de q. existiria a bissexualidade como tendencia
natural no desenvolvimento humano.

Manuel: as pesquisas realizadas por geneticistas e que você relatou
não desafiam as conclusões de Freud. Mas, como não sou um sectário
(pelo menos não sou um sectário `empedernido'), admito que são
pesquisas importantes e que seus resultados devem ser levados em
conta, pois que lançam uma luz sobre muitos casos (provavelmente a
maioria) em que ocorre inversão total da orientação sexual: o
homossexualismo passivo exclusivo nos homens e o homossexualismo
ativo igualmente exclusivo nas mulheres. Mas não dá para admitir que
tais resultados descartam a teoria da disposição bissexual da espécie
humana, pois eles não condizem com o abundante material empírico de
uma outra ciência, a antropologia, nem explicam porque muitos homens
e mulheres da nossa cultura (os denominados bissexuais eróticos) em
que, aparentemente, não há discrepância entre o fenótipo sexual e seu
genótipo, manifestam forte atração, dependendo da ocasião, tanto por
homens como por mulheres, e tanto na posição ativa quanto na passiva.
Além disso, para descartar a teoria da disposição bissexual no homem,
teriam os geneticistas que nos fornecer uma explicação adicional para
o fato de que, entre os primatas em que há cooperação combinada com
hierarquia entre indivíduos do mesmo sexo, a bissexualidade é a
regra, ao passo que entre os seres humanos (em que também há
cooperação e hierarquia entre machos, entre fêmeas e entre machos e
fêmeas), o fenômeno da bissexualidade não ocorre, apesar dos dados
antropológicos mencionados, dos bissexuais eróticos e outros
fenômenos indicarem o contrário.

Teria que ficar demonstrado também que a base neuroquímica da amizade
entre homens e da amizade entre mulheres não é a mesma base
neuroquímica das relações homossexuais. O método psicanalítico não
pode elucidar esse vínculo, mas a neurologia, atualmente, é capaz
disso. A propósito, Freud era psicólogo e também neurologista, Freud
jamais pretendeu criar um abismo entre essas duas ciências.

Por fim, em uma das pesquisas genéticas que você divulgou, os
resultados corroboram muito mais a hipótese da determinação genética
do homossexualismo feminino. Quanto ao homossexualismo masculino,
este permaneceu indefinido. Estou certo?

Se o prazer sexual feminino é estimulado pela testosterona, que é um
hormônio masculino, então as mulheres que portam o gene do desejo
feminino em estado homozigótico (caso haja esse gene) talvez
apresentem uma predisposição maior a uma inversão da orientação
sexual. Talvez...

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re:[ciencialist] Re: Muito Além do Big Bang/felizes desnatais/Mea-culpa.
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/12/2002 23:20

Oi Lúcio,

Lúcio: De fato ha' alguns catolicos assim. Mas nao acho q. sejam
todos ou a maioria...

Manuel: É, querendo atingir um, terminei jogando merda no ventilador.
E recebi na cara muitos respingos. Prometo que não cometerei mais
essa criancice.

Envergonhado,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] sobrenatural
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/12/2002 00:17

----- Original Message -----
From: "silvio cordeiro" Sent: Monday, December 30, 2002 11:49 AM
Subject: Re: [ciencialist] sobrenatural

> Não entendi. NORMAL??? o que é isso? existem humanos normais?

Normal, no sentido estatístico do termo, relaciona-se ao padrão da maioria.
Quanto ao restante de sua mensagem, diria que você, assim como eu, está se
comportando como um membro pertencente à minoria, pois a maioria desconhece
o significado das expressões neutrino, carga coulombiana, Terra, história,
emprego, professores e diploma.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/12/2002 01:08

Oi,

Manuel: Não, não é. No fim da ontogênese há sempre um resíduo da
orientação sexual contrária

Takata: Nao estou certo qto a isso.

Manuel: Nem eu. Não tenho certeza de nada. Sou cético. Ademais,
nenhuma hipótese científica, nem mesmo as do papai Freud, são
absolutamente certas. Para serem 'falseáveis', e, portanto,
científicas, elas devem pressupor uma margem de incerteza.

Vocé está certo da verdade da teoria sintética da evolução? Se tiver,
é um crédulo e não um cético, e terá que rasgar a carteirinha do SBCR
e também do FCB.

Takata: Hmmmm, pelos artigos cujos resumos postei parecem indicar
exatamente uma predisposicao natural 'a heterossexualidade.

Manuel: Engraçado, os dados de várias ciências que eu postei
(primatologia, antropologia, sociologia, endocrinologia, embriologia,
etc.) contradizem os dados geneticistas que você forneceu e indicam
exatamente o contrário, que a disposição é à bissexualidade, ué!

Manuel: Se tudo é apenas questão de gosto, então eu prefiro picolé
de morango.

Takata: Picole'? De morango? Ihhhhh... (Antes q. vc fique puto, e'
apenas outra brincadeira pra tirar o carater serio da discussao.)

Manuel: Se eu tivesse dito que preferia picolé de chocolate,
automaticamente você pensaria no pau de um negão e diria: Ihhhhh...
Mas se eu dissesse que preferia um pirulito de sabor (e cor) laranja,
logo lhe viria à mente o pinto de um guerreiro samurai, e você
igualmente diria: Ihhhhhh... E se eu, numa infelicidade, tivesse
afirmado que prefiro ostra, você logo associaria a inconsistência da
ostra com a do esperma, e do mesmo modo diria: Ihhhhh... Criativo
como você é, se eu dissesse que a minha preferência é por arroz com
feijão, num piscar de olhos você teria pronta uma hipótese ad-hoc
para salvar a piada. Não tem jeito. Quando uma pessoa apresenta uma
forte disposição bissexual quase bonoba (e quem não apresenta,
segundo Freud?) vê viadagem em tudo! Você daria um excelente
psicanalista picareta (além de bissexual) e, provavelmente, ganharia
muito dinheiro. Brincadeirinha! Foi só pra relaxar! Por favor não
fique puto! :-))

Manuel: Essa discussão tá começando a ficar chata e repetitiva.
Parece até briga entre um padre e um rabino: - O messias já veio. -
Não, ele ainda não veio. - Ele veio faz tempo. - Você se engana, ele
ainda virá. - Seu discurso labora em erro, ele está entre nós. - Só
em espírito, materialmente ainda não. - Isso porque você é muito
cético. - Não, é você que é crédulo. - Crédulo é você!...

Takata: Bem, estou procurando trazer referencias de artigos
publicados, dados q. sustentem o ponto de vista q. defendo. Vc pode
ate' ter restricoes qto ao modo de execucao de um dado
experimento, 'as conclusoes tiradas dos dados, ao modo de se
interpretar os resultados, ao vies da selecao de trabalhos... Mas
espero q. esse pequeno esforco possa ser considerado se nao
substancial, ao menos minimamente diferente de apenas uma lenga-lenga
de se tentar provar um ponto apenas reafirmando um sem numero de
vezes algo q. se considera verdadeiro ou tentando gritar mais alto ou
pegando trechos da Biblia e interpretando ao bel-prazer.

Manuel: Sem dúvida que a sua iniciativa foi muito válida. São dados
científico-experimentais a serem levados em conta, é claro. Espero
que os dados etológicos, antropológicos e sociológicos que colhi e
postei na CienciaList também lhe sejam úteis, que você retire deles
alguma coisa.

Quando falei que a discussão estava parecendo com briga entre um
padre e um rabino é porque ela estava ficando, de fato, improdutiva.
Chegou um momento em que o que mais estava transparecendo era a
teimosia. um interlocutor diz uma coisa, e o outro faz ouvidos
moucos. E vice-versa. Mas se você quiser continuar a gente continua!:-
)

Takata, desejo-lhe felicidades neste próximo ano. E me desculpe
alguns excessos.

Um abraço,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/12/2002 06:22

Oi,

Manuel: É um comportamento desencadeado pela testosterona:

Takata: "Although there was no apparent dependence of mounting
activity on testosterone levels, occurrence of the behaviour was
associated with the start of a seasonal increase in testosterone
levels following seasonal minima."

Friso o: "although there was no apparent dependence of mounting
activity on testosterone levels" -- embora nao houvesse uma relacao
aparente entre a ativadade de monta e o nivel de testosterona.

Manuel: E o que diz o resto da sentença? Há variações sazonais do
nível sangüíneo de testosterona em muitos mamíferos, e esse nível
tende a atingir o pico no verão. Esses cervídeos jovens produzem,
nessa estação do ano, uma quantidade maior de testosterona e, por
conta disso, manifestam comportamento erótico. É, trata-se mesmo de
um comportamento desencadeado pela testosterona.

Manuel: Entre as fêmeas de mamíferos, montadas de caráter
ritualístico-agonístico é um fenômeno mais raro. Ocorre mais naquelas
espécies em que as fêmeas são co-dominantes ou então dominantes, como
entre os ratos-toupeira, onde o nível sangüíneo de testosterona na
fêmea-rainha é muito mais elevado que em qualquer macho.

Takata: O q. pode ser perfeitamente interpretado sob a optica de q.
ha' um default ontogenetico 'a heterossexualidade.

Manuel: Se pode, então me apresente essa interpretação.

Manuel: Talvez tenha um caráter agonístico. Mas, no aspecto
neuroquímico, é sexual, tanto que muitas vezes é auto-
compensatório...

Takata: Nao entendi a relacao entre 'ser neuroquimicamente sexual'
e 'ser auto-compensatorio'...

Manuel: Um indivíduo cuja intenção é tão somente proteger seu
território e seu harém, ele não vai gastar energia extra cometendo
excessos. Se ele se excede na defesa de uma forma reiterada, se mesmo
após ter atingido o objetivo ele continua brigando, é porque a briga
é, para ele (presume-se), uma atividade prazerosa por si mesma, ou
seja, é auto-compensatória. A testosterona, hormônio do prazer
sexual, é uma substância que desencadeia atividades deste tipo, auto-
compensatórias. Um equivalente à expressão 'auto-compensatório' seria
o termo 'compulsivo'. Segundo Carl Sagan, "os animais de sexo
masculino não só suportam as rixas, ameaças e lutas orientadas pela
testosterona, como até parece sentirem nela um certo prazer. Um rato
aprenderá a percorrer um labirinto complicado quando a única
recompensa, ou reforço, é a oportunidade de se bater com outro macho."

Manuel: Ok, há uma predisposição natural, geneticamente determinada,
à orientação sexual 'masculina' (ativa) entre os machos, e
à 'feminina' (passiva), entre as fêmeas.

Takata: Nao sei se a masculinidade e feminilidade se resuma ou seja
substancialmente alocada 'a questao de ser ativo ou passivo.

Manuel: Então vamos criar um modelo que enquadre de uma maneira mais
satisfatória essas três bipolaridades: ativo/passivo,
masculino/feminino e heterossexual/homossexual.

Takata: De todo modo nao me parece seguro dizer q. haja uma tendencia
natural da permanencia de algum 'residuo' (o fim da ontogenese se da'
apenas com a morte do individuo, mas nao compliquemos) em estagios
mais avancados (avancados no tempo, na idade).

Manuel: Entendo que o fim da ontogênese é quando o organismo atinge o
estágio em que ele é capaz de se reproduzir. Claro que ha uma fase em
que a capacidade reprodutiva melhora e uma outra em que ela declina.

Todavia, há espécies em que os velhos, mesmo sexualmente
improdutivos, continuam desempenhando importantes funções sociais: de
receptáculo e de transmissor de conhecimento cultural. De uma forma
indireta, eles são importantes para a reprodução; de modo que, nesses
casos, envelhecer não é degenerar, mas evoluir sob certos aspectos.
É, a ontogênese, em algumas espécies, parece terminar no túmulo.

>[],
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Esse 'insight' merece destaque
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/12/2002 07:25

Salve, Silvio!

Silvio: Que dó, Manoel, você usa até de sarcasmo.... sarcasmo pouco
adequado ao tema...

Manuel: Aprendi a ser sarcástico nos bate-bocas que tive e ainda
tenho com o cabeça-dura do meu pai, um puto de um reacionário que eu
amo muito. Só começamos a concordar de um ano pra cá: ambos somos
lulistas. :-)

Silvio, não interprete esses meus 'sarcasmos' como desprezo ou
manifestação de desafeto. São apenas exacerbações verbais comuns em
qualquer discussão mais acalorada. É uma reação natural, as
vicissitudes do diálogo. Apenas isso.

Um forte abraço,
Manuel Bulcão



SUBJECT: O DOI CODI do Bush em ação
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/12/2002 10:25

Vejam o DOI CODI do Bush em ação em pleno final de 2002.

Pesquisadora brasileira é expulsa dos EUA
Bióloga do Tocantins foi detida sob acusação de tráfico de mulheres ao
viajar a convite de uma instituição americana
CLAUDIO ANGELO
EDITOR-ASSISTENTE DE CIÊNCIA
Vide Folha de São Paulo de 31/12/2002

Lamentável sob todos os aspectos.
Americanos do Norte, se cuidem! Vocês estão nas mãos de uma besta.

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[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Esse 'insight' merece destaque
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/12/2002 10:29

Manoel.

Que bom vs. tem com quem conversar, principalmente um pai.... E qual pai não
é reacionário depois dos 50?

eu sou um indigente conversacional: falar, posso mas ser entendido ou pelo
menos contestado....

Vc. vai me proporcionar mais um prazer: lulista.... como não vejo nele
NENHUMA qualidade no amplo espectro do manual de como governar bem o
Brasil, eu o considero um robô na mão de um grupo que aproveitou seu falso
carisma de operário e sem-dedo, pra em contraponto com as burradas do fhc,
alça-lo ao poder.

O que mais assusta no prontuário, digo currículo do lula é ele nunca ter
tido interesse em aprender nada nos anos de ócio tão bem remunerado e ócio
esse que lhe rendeu um bom "stastus" financeiro, como ele próprio declarou
ao STF.

Agora tudo é festa.

mas em breve, anote bem, o pau vai quebrar: ele se perderá no meio de tantas
opiniões, se perderá por sua indigência intelectual e verbal, se perderá na
guerra pelas ubérrimas tetas da viúva.
E mais: o Brasil tem um potencial enorme para a erradicação da pobreza, em
projetos de agregação de valor aos produtos agrícolas. E como isso só dá
resultado com alta tecnologia,bancos setoriais e cooperativas muito bem
estruturadas, administradas por profissionais, além de forte promoção nos
mercados internacionais, vamos ver como os sem-terra do Srs. Stedile e Mauro
vão se sair.

E, como brasileiro, gostaria que tudo desse certo, que, principalmente aí no
nordeste, houvesse a redenção da centenária fome com a implantação de
projetos de irrigação e culturas alternativas sobre as quais, a Embrapa tem
toda a tecnologia.

Mas o sinal, o ciro com sua barbicha (pra não destoar do modelito do PT) ,
lídimo representante dos oligarcas nordestinos, não é uma sinalização
muito otimisma....

Um abraço,

silvio

(e ainda tem as igrejas às quais ele se rendeu e que deverá pagar um
"dízimo" que, se bem conheço a voracidade destes procuradores do senhor
deus, fará bons estragos no erário...)

Nota: de seu texto, só não "captei" o vississitudes. Não sei se já te
contei, tenho 68 anos, talvez seja problemas de audição....


----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, December 31, 2002 7:25 AM
Subject: [ciencialist] Re: Esse 'insight' merece destaque


Salve, Silvio!

Silvio: Que dó, Manoel, você usa até de sarcasmo.... sarcasmo pouco
adequado ao tema...

Manuel: Aprendi a ser sarcástico nos bate-bocas que tive e ainda
tenho com o cabeça-dura do meu pai, um puto de um reacionário que eu
amo muito. Só começamos a concordar de um ano pra cá: ambos somos
lulistas. :-)

Silvio, não interprete esses meus 'sarcasmos' como desprezo ou
manifestação de desafeto. São apenas exacerbações verbais comuns em
qualquer discussão mais acalorada. É uma reação natural, as
vicissitudes do diálogo. Apenas isso.

Um forte abraço,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Re: Re:[ciencialist] Re: Muito Além do Big Bang/felizes desnatais/Mea-culpa.
FROM: "Lucio Jorge Pina Manfredi" <luciojpm@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/12/2002 14:12

----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, December 30, 2002 11:20 PM
Subject: Re:[ciencialist] Re: Muito Além do Big Bang/felizes
desnatais/Mea-culpa.

>Manuel: É, querendo atingir um, terminei jogando merda no ventilador.
E recebi na cara muitos respingos. Prometo que não cometerei mais
essa criancice.

Não fui eu que escrevi isso, não, Manuel. Eu só comentei que o sectarismo
não é característica só das religiões, também se encontra entre os que acham
que a ciência é a única fonte de conhecimento válida.

Abs.
L.



SUBJECT: A Loucura no Diva - Ler ou nao ler Dolnick, eis a questao
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/12/2002 17:23

Manuel escreveu: "Também acredito que seria muito interessante para você
ler Freud no original, que o seu contacto com a psicanálise se desse
na fonte, e não por meio da versão nada imparcial de seus detratores. Há
obras avulsas de Freud muito baratas. Leia Freud, faço-lhe esse apelo. :-)"

Manuel,

Não é essa a questão. Disponho da obra completa de Freud, que está junto com
livros de engenharia, matemática, psicologia, psicanálise, psiquiatria,
umbanda (já fui umbandista), esoterismo (já fui rosacruz e esoterista),
darwinismo, espiritismo (já fui espírita), ficção literária nacional e
internacional, etc. O elo comum a todas essas obras é que nenhuma tem, para
mim, o caráter de fonte da verdade última e absoluta. Eu poderia ler Freud
no original 500 vezes, mas minhas críticas permaneceriam, já que a leitura
repetida de um autor não faz sua obra se isentar dos defeitos descobertos
nas primeiras leituras.

Infelizmente, minha intenção, ao lhe falar do livro do Dolnick, não foi
compreendida. Encantado com o excelente nível da sua discussão com o Takata,
e entusiasmado com a qualidade do livro em pauta, ofereci-o a você no mesmo
espírito com que a gente fala com um amigo, ao voltar do cinema: "Fulano,que
filme fantástico, você tem que vê-lo". O que eu estava querendo era que
alguém com sua evidente capacidade intelectual e grande interesse pela
Psicanálise lêsse o texto do Dolnick, como contraponto à minha leitura. Em
suma, eu queria dividir a descoberta com alguém e você me pareceu a pessoa
mais indicada, no momento.

Quanto a essa história de complô de psiquiatras e indústria famacêutica,
coloco-a no mesmo nível dos argumentos ad hominem que dão como paranóicos os
críticos da Psicanálise: são apenas resultado da ativação emocional
exagerada experimentada pelos fizeram da Psicanálise seu objetivo de vida e
detestam estar vivendo a crise de uma abordagem psicológica que já teve seus
dias de glória.

Para encerrar, pergunto em bom e simples Português: Meu santo, tu queres ler
o livro do Dolnick ou não? Não vai de custar nada... :-)

Um abraço,

Vizzoni


_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] A Loucura no Diva - Ler ou nao ler Dolnick, eis a questao
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/12/2002 22:46

Companheiro Manoel:

Tenho as obras completas co companheiro Freud, num CD. Se vs. quiser, mande
seu endereço que peço meu filho pra fazer uma cópia e te mando. Com prazer.

sds.,

silvio.

PS>: ovê viu quem vai representar os EUA na posse do companheiro lula???
viu o pedigree dele???


----- Original Message -----
From: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, December 31, 2002 5:23 PM
Subject: [ciencialist] A Loucura no Diva - Ler ou nao ler Dolnick, eis a
questao


> Manuel escreveu: "Também acredito que seria muito interessante para você
> ler Freud no original, que o seu contacto com a psicanálise se desse
> na fonte, e não por meio da versão nada imparcial de seus detratores. Há
> obras avulsas de Freud muito baratas. Leia Freud, faço-lhe esse apelo.
:-)"
>
> Manuel,
>
> Não é essa a questão. Disponho da obra completa de Freud, que está junto
com
> livros de engenharia, matemática, psicologia, psicanálise, psiquiatria,
> umbanda (já fui umbandista), esoterismo (já fui rosacruz e esoterista),
> darwinismo, espiritismo (já fui espírita), ficção literária nacional e
> internacional, etc. O elo comum a todas essas obras é que nenhuma tem,
para
> mim, o caráter de fonte da verdade última e absoluta. Eu poderia ler Freud
> no original 500 vezes, mas minhas críticas permaneceriam, já que a leitura
> repetida de um autor não faz sua obra se isentar dos defeitos descobertos
> nas primeiras leituras.
>
> Infelizmente, minha intenção, ao lhe falar do livro do Dolnick, não foi
> compreendida. Encantado com o excelente nível da sua discussão com o
Takata,
> e entusiasmado com a qualidade do livro em pauta, ofereci-o a você no
mesmo
> espírito com que a gente fala com um amigo, ao voltar do cinema:
"Fulano,que
> filme fantástico, você tem que vê-lo". O que eu estava querendo era que
> alguém com sua evidente capacidade intelectual e grande interesse pela
> Psicanálise lêsse o texto do Dolnick, como contraponto à minha leitura. Em
> suma, eu queria dividir a descoberta com alguém e você me pareceu a pessoa
> mais indicada, no momento.
>
> Quanto a essa história de complô de psiquiatras e indústria famacêutica,
> coloco-a no mesmo nível dos argumentos ad hominem que dão como paranóicos
os
> críticos da Psicanálise: são apenas resultado da ativação emocional
> exagerada experimentada pelos fizeram da Psicanálise seu objetivo de vida
e
> detestam estar vivendo a crise de uma abordagem psicológica que já teve
seus
> dias de glória.
>
> Para encerrar, pergunto em bom e simples Português: Meu santo, tu queres
ler
> o livro do Dolnick ou não? Não vai de custar nada... :-)
>
> Um abraço,
>
> Vizzoni
>
>



SUBJECT: Re: O DOI CODI do Bush em ação
FROM: "Alvaro Augusto de Almeida" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/12/2002 23:38

Caro Mesquita,

Vejo que concordamos em mais uma coisa, por incrível que pareça. Só
que essa besta tem bacharelado em Yale e MBA em Harvard
(http://www.whitehouse.gov/president/gwbbio.html), o que pode
aumentar o poder de convencimento dele e torná-lo muito mais perigoso.

[ ]s

Alvaro Augusto




--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> Vejam o DOI CODI do Bush em ação em pleno final de 2002.
>
> Pesquisadora brasileira é expulsa dos EUA
> Bióloga do Tocantins foi detida sob acusação de tráfico de mulheres
ao
> viajar a convite de uma instituição americana
> CLAUDIO ANGELO
> EDITOR-ASSISTENTE DE CIÊNCIA
> Vide Folha de São Paulo de 31/12/2002
>
> Lamentável sob todos os aspectos.
> Americanos do Norte, se cuidem! Vocês estão nas mãos de uma besta.
>




SUBJECT: Re: A Loucura no Diva - Ler ou nao ler Dolnick, eis a questao
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/01/2003 16:22

Vizzoni,

Manuel escrevera: "Também acredito que seria muito interessante para
você ler Freud no original, que o seu contacto com a psicanálise se
desse na fonte, e não por meio da versão nada imparcial de seus
detratores. Há obras avulsas de Freud muito baratas. Leia Freud, faço-
lhe esse apelo. :-)"

Vizzoni: Eu poderia ler Freud no original 500 vezes, mas minhas
críticas permaneceriam, já que a leitura repetida de um autor não faz
sua obra se isentar dos defeitos descobertos nas primeiras leituras.

Manuel: Não é preciso ler 500 vezes um determinado autor. Basta ler
uma vez só com atenção. Claro que críticas permanecerão, mas não
terão como base erros de avaliação. Todos nós estamos sujeitos a
interpretar erradamente um texto, a passar por cima de certas
passagens importantes, a se confundir com os muitos significados de
um termo (a definição técnica e a do senso-comum) e, por isso, a
errar em nossas avaliações. Além disso, a nossa leitura nunca é
isenta de preconceitos, e os preconceitos podem ser tanto
desfavoráveis ao autor como favoráveis. Esses preconceitos, quando
positivos, torna o leitor mais atento aos pontos fortes do autor e
negligente em relação aos seu lado mais vulnerável. Quando os
preconceitos são negativos, dá-se o contrário, e quando muito
desfavoráveis, só se enxerga o calcanhar-de-aquiles. Todos nós somos
assim, e eu não sou nenhuma exceção, diga-se de passagem. A
objetividade total, a imparcialidade absoluta é humanamente
impossível. Mas o grau de objetividade é maior quando se aceita isso,
quando se admite a própria imparcialidade e a existência de
preconceitos e pré-noções mediando a leitura, iluminando certos
aspectos, obnubilando a visão de outros.

Eu me proponho a discutir, mas para que a discussão flua melhor,
seria muito bom que os que se opõem à minha interpretação tendenciosa
admitissem que a sua visão é também tendenciosa, orientada por
preconceitos. Como a minha. Jamais eu proporia a leitura de Freud à
um bitolado que não admite a sua própria tendenciosidade, porque sei
que essa leitura seria para ele improdutiva. Só propus isso a você
porque a minha intuição me diz que o Vizzoni é uma inteligência com
visão crítica e 'auto-crítica' e que, por isso, seria capaz de
auferir algum proveito com essa leitura, ou de corrigir possíveis
erros de avaliação com uma segunda leitura.

Vizzoni: Infelizmente, minha intenção, ao lhe falar do livro do
Dolnick, não foi compreendida.

Manuel: Não, Vizzoni, eu a compreendi perfeitamente, e a minha
compreensão condiz com a justificação que você expôs na mensagem que
estou a responder. E espero que, com os esclarecimentos acima, você
agora compreenda qual foi a minha intenção quando lhe propus ler
Freud. Esclarecendo mais um pouco, quando fiz aquela proposta, na
minha cabeça rondava a lembrança daquela sua mensagem, em que você
pôs em questão a consistência do material clínico em que Freud baseou
as suas teorias da mente, insinuando até a possilibidade dele ter se
fundamentado em apenas 'meia dúzia' de casos. Percebi em você, e me
corrija se estou errado, uma antipatia pelo referido psicólogo e
neurologista. Bem, desafeição por determinados pensadores eu também
tenho. Tinha-a por Richard Dawkins, que se desfez após o contato
direto com a sua obra, ou melhor, com duas de suas obras, 'O Gene
Egoísta' e 'A Escalada do Monte Improvável'. Divergências importantes
permaneceram, mas muitos mal-entendidos foram eliminados e, sem a
empatia negativa de antes, hoje estou mais aberto à suas idéias,
embora continue crítico. Bem, foi com base nessa minha experiência, e
sabendo que a sua atitude refratária à Freud (que eu presumo que
exista) não é algo cristalizado, que tomei a liberdade para propôr-
lhe a leitura de alguns de seus livros.

Vizzoni: Quanto a essa história de complô de psiquiatras e indústria
famacêutica, coloco-a no mesmo nível dos argumentos ad hominem que
dão como paranóicos os críticos da Psicanálise...

Manuel: Considero muitos críticos da psicanálise extremamente
lúcidos, e suas críticas, por serem pertinentes, têm um efeito
positivo dentro do movimento psicanalítico, na medida que ajuda a
eliminar certos desvios 'psicologistas', aquela tendência a ver em
todo distúrbio mental uma origem psicogênica, excluindo-se as demais.
Do mesmo modo que muitas das objeções e contra-argumentos que o
círculo psicanalítico é forçado a elaborar são igualmente procedentes
e úteis, visto que inibem a tendência contrária, fisicista, que não
admite uma autonomia parcial (apenas em parte, não absolutamente) da
mente com relação ao cérebro, que não reconhece leis 'psicológicas'
sobredeterminando processos neurológicos e que interpreta todos as
afeções mentais como sendo problemas da máquina (do hardware, do
cérebro) e nunca do programa (do foftware, da mente). Creio que
depois dessa enxurrada de críticas, a psicanálise não desaparecerá:
apenas terá que se acomodar a certos limites, dentro dos quais se
aperfeiçoará, tornando-se ao fim mais eficiente.

Mas, quanto àqueles críticos que não reconhecem nenhum valor na
psicanálise, designando-a como uma 'falcatrua', afirmando que 'Freud
é Fraude', que consideram o conjunto dos psicanalista como uma
subcategoria de charlatões, que, irresponsavelmente, querem jogar
fora a água suja da bacia junto com o bebê, que reiteramente se valem
de falácias (argumentum ad hominem, etc.), eu não posso deixar de ver
um fortíssimo fator irracional determinando sua rigidez de fóssil,
sua azeda intolerância, sua obstinação obsessivo-compulsiva. Eu os
considero paranóicos, sim. Mas, antes que me interpretem mal, não
enquadro nenhum dos críticos ciencialisteiros da psicanálise nesta
categoria. Eu até gosto de todos eles, sinceramente, sem viadagem
(Takata, não me venha com piadinhas, ok? :-)). O Ronaldo Cordeiro é
muito cuidadoso em suas colocações, me parece racional sem ser
racionalizador, além de urbano (mais do que eu) e até simpático. O
Takata sempre ressalva o caráter 'tendencioso' das suas
interpretações (o que é louvável) e argumenta quase tão bem quanto
eu, apesar de gostar de umas brincadeirinhas de mal-gosto que denotam
uma agressividade lúdica induzida pela testosterona, portanto,
neuroquimicamente sexual, e de que eu não reclamo muito porque sei
que são coisas de animal neotênico, re re!

Quanto a um suposto complô de psiquiatras e da indústria
farmacêutica, eu e o Marco Aurélio (tenho certeza que posso falar por
ele) não vemos nenhum complô, mas também não vemos apenas razões
científicas e epistemológicas no questionamento da psicanálise. O que
vemos são monopólios industriais que tendem a substituir a saudável
concorrência capitalista pela sabotagem pura e simples (ainda bem que
existem leis anti-trustes!), o que vemos é o critério da
lucratividade, que é bom, querendo sobrepor-se a todos os demais
critérios e até mesmo tornar-se exclusivo, o que é mau. Vemos também,
dentro das universidades, brigas entre grupos pelos subsídios dados
pelo governo à pesquisa científica. Subsídios do governo e doações de
particulares. Em suma, vemos o fator econômico, até porque, devido ao
seu tamanhão, ele mal consegue se esconder.

Vizzoni: são apenas resultado da ativação emocional exagerada
experimentada pelos que fizeram da Psicanálise seu objetivo de vida e
detestam estar vivendo a crise de uma abordagem psicológica que já
teve seus dias de glória.

Manuel: Muitos estão apenas resguardando o que julgam ser uma
conquista valiosa do pensamento crítico e científico de um vendaval
de besteiras, de um modismo intelectual passageiro que, como todo
modismo, seduz multidões. Tão também reagindo de uma forma hostil a
quem os hostilizam e os desrespeitam estigmatizando-os de desonestos.
Uma reação natural entre os que têm vergonha na cara e sentimento de
dignidade.

Vizzoni: Para encerrar, pergunto em bom e simples Português: Meu
santo, tu queres ler o livro do Dolnick ou não? Não vai de custar
nada... :-)

Manuel: Em bom e simples português, digo que quero sim ler o livro do
Dolnick e até lhe agradeço pela dica, viu, meu rei! Mas antes de ler
esse livro, vou ler um outro livro que fez muito sucesso alguns anos
atrás: "A Assustadora História da Medicina", e vou lê-lo antes porque
tudo que o Dolnick escreveu sobre a psicanálise é apenas uma breve
nota de rodapé dessa história assombrosa e sinistra com 1000 páginas
de registros. :-)

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: A Loucura no Diva - Ler ou nao ler Dolnick, eis a questao
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/01/2003 16:35

Oi Silvio,

> Tenho as obras completas co companheiro Freud, num CD. Se vs.
quiser, mande
> seu endereço que peço meu filho pra fazer uma cópia e te mando. Com
prazer.

Manuel: Agradeço-lhe, Silvio, mas eu também tenho o CD das obras
completas do Freud, que veio de brinde com a coleção. O CD é muito
bom. Tem tudo. Mas não substitui o livro de papel, pois este você
pode ler na rede. :-) Valeu!

Aliás, parece que estão vendendo esse CD avulso por pouco mais de 100
reais. Cem reais e uns trocados por 25 livros, é realmente uma
pechincha!

PS>: ovê viu quem vai representar os EUA na posse do companheiro
lula??? viu o pedigree dele???

Manuel: Não, quem é? Quem é? Quem é? Vou já acessar o UOL para
saber! :-)

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A Loucura no Diva - Ler ou nao ler Dolnick, eis a questao
FROM: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/01/2003 19:13

Caro Amigo Manuel:

Podes enviar para mim?

Qual o procedimento? É o mesmo?

Valdeci Martins
Campo Grande-MS

----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, January 01, 2003 2:35 PM
Subject: [ciencialist] Re: A Loucura no Diva - Ler ou nao ler Dolnick, eis a
questao


Oi Silvio,

> Tenho as obras completas co companheiro Freud, num CD. Se vs.
quiser, mande
> seu endereço que peço meu filho pra fazer uma cópia e te mando. Com
prazer.

Manuel: Agradeço-lhe, Silvio, mas eu também tenho o CD das obras
completas do Freud, que veio de brinde com a coleção. O CD é muito
bom. Tem tudo. Mas não substitui o livro de papel, pois este você
pode ler na rede. :-) Valeu!

Aliás, parece que estão vendendo esse CD avulso por pouco mais de 100
reais. Cem reais e uns trocados por 25 livros, é realmente uma
pechincha!

PS>: ovê viu quem vai representar os EUA na posse do companheiro
lula??? viu o pedigree dele???

Manuel: Não, quem é? Quem é? Quem é? Vou já acessar o UOL para
saber! :-)

Abraços,
Manuel Bulcão


##### ##### #####
VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
##### ##### ##### ##### #####

Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html






SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Quimicos estao por ai?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/01/2003 19:26

Os químicos que possam converter litros de GLP (líquido) para litros (ou m^3) de gás (gasoso, sob pressão normal) estão por ai?

Obviamente os dados do consulentes não oferecem consistência pois, 31/8 (= 3,875, razão do primeiro conjunto de dados) é diferente de 50/12 (= 4,166, razão do segundo conjunto de dados).

[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Francisco
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: quarta-feira, 1 de janeiro de 2003 11:01
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


CARO PROFESSOR:MEU NOME É FRANCISCO MUNIZ,MEU E-MAIL É fmuniz@connection.com.br, .TENHO O SEGUNDO GRAU COMPLETO.INHA DÚVIDA É SOBRE A CONVERSÃO DOS CARROS QUE USAM GASOLINA E PASSARÃO A USAR GÁS NATURAL VEICULAR.INFORMAM AS FIRMAS QUE UM RESERVATPORIO DE GÁS DE 31 LITROS,CORRESPONDE A 8M3(8 METROS CÚBICOS).DA MESMA FORMA,50 LITROS EQUIVALEM À 12 METROS CÚBICOS.PERGUNTO EU;qual é o fator de conversão usado para medir a capacidade destes tanques de gás,seja de litros para METROS CÚBICOS,SEJA O CONTRÁRIO:DE METROS CÚBICOS PARA LITROS.DESDE JÁ,OBRIGADO POR SEUS ESCLARECIMENTOS,
Francisco Muniz-RIO DE JANEIRO


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: A Loucura no Diva - Ler ou nao ler Dolnick, eis a questao
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/01/2003 19:52

Caro Valdeci,

Foi um livreiro, desses que vão de repartição em repartição com uma
mala na mão, que há uns seis meses me ofereceu o CD-ROM do Freud por
pouco mais de cem reais. Como eu já tinha, não comprei. Vou tentar me
informar onde esse CD se encontra a venda. Mas faça contato com o
endereço abaixo:

"Leia as Obras Completas de Freud em CD - Apenas R$ 40,00! - (27) 222-
5550 ou korax@bol.com.br"

Foi o que achei no google.

Abraços,
Manuel Bulcão

--- Em ciencialist@y..., "jsmartins" <jsmartins@t...> escreveu
> Caro Amigo Manuel:
>
> Podes enviar para mim?
>
> Qual o procedimento? É o mesmo?
>
> Valdeci Martins
> Campo Grande-MS
>
> ----- Original Message -----
> From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@u...>
> To: <ciencialist@y...>
> Sent: Wednesday, January 01, 2003 2:35 PM
> Subject: [ciencialist] Re: A Loucura no Diva - Ler ou nao ler
Dolnick, eis a
> questao
>
>
> Oi Silvio,
>
> > Tenho as obras completas co companheiro Freud, num CD. Se vs.
> quiser, mande
> > seu endereço que peço meu filho pra fazer uma cópia e te mando.
Com
> prazer.
>
> Manuel: Agradeço-lhe, Silvio, mas eu também tenho o CD das obras
> completas do Freud, que veio de brinde com a coleção. O CD é muito
> bom. Tem tudo. Mas não substitui o livro de papel, pois este você
> pode ler na rede. :-) Valeu!
>
> Aliás, parece que estão vendendo esse CD avulso por pouco mais de
100
> reais. Cem reais e uns trocados por 25 livros, é realmente uma
> pechincha!
>
> PS>: ovê viu quem vai representar os EUA na posse do companheiro
> lula??? viu o pedigree dele???
>
> Manuel: Não, quem é? Quem é? Quem é? Vou já acessar o UOL para
> saber! :-)
>
> Abraços,
> Manuel Bulcão
>
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Bissexualidade e outros temas - epílogo
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/01/2003 21:04

On 31 Dec 2002 at 1:10, Manuel Bulcão wrote:

> Creio que o homem é altamente especializado para produzir
> cultura. Quanto a maioria da suas outras funções vitais, o homem é
> apenas uma semi-fabricação.

Oi Manuel

Parabéns pela exposição sobre bissexualidade, foi impecável. Creio que
muitos elemento agressivos têm que ver justamente com um duplo efeito
da cultura. Se, por um lado, defende o homem contra (como diz Freud) "as
forças ciclópicas da natureza", por outro obriga a renunciar à satisfação
imediata dos desejos. Aliada do principio de realidade, obriga a realizar
rodeios e buscar mediações e manobras indiretas para manter a vigência
do principio do prazer.

Lendo o trabalho sobre a agressão que escreveu Konrad Lorenz, tive uma
ideia que me resultou útil.

Lorenz mostra como, de uma maneira geral, os animais dotados de armas
potentes, possuem mecanismos inatos que os protegem contra o
exterminio intra-específico, mediante sinais que os fazem interromper
imediatamente a luta quando um dos contrincantes está perdendo. Este
autor mostra também como os que não são dotados de armas poderosas
não possuem mecanismos automáticos para interromper lutas entre
membros da mesma espécie. Assinala que o homem é um desses seres.
Aparentemente não existe nada que impeça que siga gerando impulsos e
ações agressivas contra um inimigo da mesma especie. Parece que
poderia seguir odiando e lutando enquanto tenha forças para tal.

K. Lorenz menciona que a defeza contra as agressões extra-específicas
(assim como limitação das intra-específicas) se encontra na capacidade
inata de formar vínculos intra-específicos.

Estive pensando na proposta de Freud sobre as denominadas pulsões de
auto-conservação, que ele chamou de pulsões do ego, mas também, por
esta razão, de pulsões narcisistas a serviço do ego (que André Green
chama, no caso de servir para a defeza da vida, de narcisismo de vida).

As pulsões sexuais objetais se aplicaria ao ego e se transformariam em
pulsões do ego (egoistas) ou, mais propriamente, narcisistas. As primeiras
respondem a uma dualidade prazer-disprazer, as segundas, útil-prejudicial
(com todas as distorsões eventuais).

Pensei que as pulsões narcisistas seriam uma representação psíquica da
territorialidade dos animais. Tudo o que ocorre no espaço físico para os
animais, parece ocorrer representativamente no "territorio" do ego.

Somente a tendência a vincular-se (inata) poderia modular a furia egoista
das pulsões narcisistas. A capacidade de pôr em funcionamento esta
função vincular começa com as primeiras relações com a mãe. A esta cabe
a "missão" cultural de ensinar a aplicar a função vincular.

Penso que uma perturbação da função dos pais e da familia nuclear (além
das tendências que já poderia estar biologicamente alteradas) poderia ser
responsável pela dificuldade humana no dominio da agressividade. Os
tratamentos das personalidades narcisistas e "berderline" permite seguir
"regressivamente" o desenvolvimento do manejo da agressão nos
individuos. Cheguei à conclusão de que existem pessoas com mais
predisposição à agressividade descontrolada ou excessiva para as
circunstâncias que outras. Também pude inferir que, embora não
houvesse em outras esta predisposição, o mau manejo da função
agressiva se origina durante a vigência dos primeiros entreinamentos da
função víncular. Também penso que certas cargas excessivas de
tendência agressiva são moduladas e encaminhadas a uma utilização
favorável da agressividade (prática cirúrgica, por exemplo) que se conhece
popularmente como sublimação (não gosto deste termo).

Penso que a psicanálise pode sugerir que uma adequada função paterna e
materna poderia ser útil para morigerar a carga de agressividade dos
individuos, porque permitiria uma interação mais "adequada" (mais
compatível com o bem estar coletivo e individual) entre a função vincular e
as pulsões narcisistas.

Estas reflexões poderiam servir também para pensar que, em muitos
casos, a eleição de um objeto homossexual poderia responder a um
excesso de pulsões do ego (narcisistas, impropriamente chamadas de
auto-conservação). A relação sexual não poderia, nestes casos, chegar a
grau de "objetalidade", compatível com uma orientação heterossexual
(tenha-se em conta que esta proposta não serviria, como é obvio, para
todos as pessoas com orientação homossexual).

Se Vc. não considerar uma garga tediosa, gostaria de contar com sua
crítica a estas ideias minhas. Se lhe parece muito trabalho ou em vão, eu
não me incomodo se Vc. não responder. No entanto, ficaria encantado de
contar com seu parecer, seja como for (as boas críticas sempre me
favorecem, como dizia Sagan).

Abração

Marco Aurelio










































































[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Sobre a relacao entre Vg e Vf
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/01/2003 23:37


----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"

>Oi Sérgio

Olá Luiz. Obrigado por teres levado a sério meu documento e agradeço
desde
já teus comentários.

>Vou ater-me primeiro ao item 2.1- Definições
(...)
>Comecemos pela representação complexa de A (parâmetro que
caracteriza a
perturbação
>no meio) por meio da integral de Fourier: A(t) = int(-infin a +
infin)
g(w).e^(i.wt).dw, que
>transforma-se em:
>A(x,t) = int(-oo a + oo) g(w).e^[iw(t-x/u)].dw = int(-oo a +oo)
g(w).e^[i(wt -kx)].dw
>Comumente se usa como variável não w mas k, escrevendo-se:
>A(x,t) = int(-oo a +oo) C(k).e^[i(kx-wt)].dk ==> (w/Vf = k
<===velocidade
de fase)
>com w como função do número de onda w = k.Vf(k) = w(k).

Bom, aqui, pelo que percebo, introduzes que w=k.Vf(k)
o que reescrevendo obtemos Vf(k)=w(k)/k=w/k , se não explicitarmos as
dependencias.

>Naturalmente A(x,t) não é mais representável sob a forma A(x -
Vf.t), porq
ue não existe >uma velocidade uniforme de propagação. 'A' mudará de
aspecto,
portanto, durante a >propagação.

O que queres dizer com isto é que não posso dizer que onda é algo do
tipo
A=A0e^(x.k-wt) ? e que deveria ter uma expressão mais completa que
começa na
Transformada de Fourier ?

>(...)
>Como vc próprio indicou esse Vg é definido por dw/dk.
>Todavia, caso Vf seja dada em função do comprimento de onda 'L' ( L
=
2pi/k ) essa >velocidade de grupo deverá ser expressa por:

>Vg = Vf - L. dVf/dL <=== essa é a expressão que 'acho' que deveria
comparecer em >seu trabalho.
>A obtencão da relação acima pode ser assim:
>dw/dk = d(Vf.k)/dk = Vf + dVf/dL(k.dL/dk) = Vf - L.dVf/dL

Aqui vc usa as duas definições dadas no texto Vg = dw/dk e Vf = w/k
Ou seja, esta expressão pode ser deduzida das duas definições tais
como eu
as dei da forma como descreves acima. (posso sempre eliminar o L
subtituindo-o por k )

>é só lembrar que: L =2pi/k ; L.k = 2pi ; k.dL + L.dk = 0 ; k.dL = -
L.dk
logo k.dL/dk =L

Sim, mas isso não seria uma definição. A definição é Vf = w/k , pelo
que
esta relação Vg=Vf + ... so poderia aparecer depois dissso. Ou seja,
não
poderia aparecer na secção "Definições". A questão, é então: Onde ela
deveria aparecer ?

Quando eu efectuei os calculos eu crusei-me com a expressão que
mencionas.
Ela é muito usada em optica. A questão é que acabei por perceber que
era
inutil pois não continha mais informação que as proprias definições
de Vg e
Vf. Essa relação poderia servir de atalho a outras mas seria muito
menos
directo que os calculos apresentados.
Como é uma relação importante em optica, eu achei que seria tb no
caso, mas
depois de introduzir P=mv e E= hf , etc... ela não mais me pareceu
importante (não retiro de lá mais nenhuma relação).
Não tendo onde a colocar, por não ser crucial para nenhuma conclusão.
deixa-a de fora.
Onde tu a colocarias?

>Assim, somente quando Vf for independente de k (e respectivamente
de L),
valerá Vg =
>Vf, porque então teremos: dVf/dL = 0
>A velocidade de grupo Vg é, conforme o sinal de dVf/dL, maior ou
menor que
a
>velocidade de fase Vf.

>Esse é o comentário inicial. Depois disso faz-se Vf = c (seu
trabalho),
donde Vg = c -
>L.dVf/dL.

>Minha sugestão é rediscutir a E = m.c^2 e demais implicações da RR
com base
nessa >relação proposta.

Mas pq eu preciso fazer isso , se obtenhosas mesmas relações por um
processo mais directo ? Pq introduzir uma eq intermedia que não é
inicio
(não é uma definição) nem conclusão de nada (não é uma eq da
relatividade)?
Eu não entendi direito pq é preciso aquela relação e qual a
importancia de
discutir as implicações da RR à luz dessa eq em vez das outras
patentes no
documento.

Embora tudo isto, vou introduzir a eq no texto apenas para fins de
complitude, para mostrar que existe uma relação ente Vg e Vf.

Um abraço e o meu muito obrigado pelo comnetário. Qq outros serão bem
vindos.

Sérgio




SUBJECT: Re: Bissexualidade e outros temas - epílogo
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/01/2003 00:20

Olá.

Não entendi muito bem muitas das coisas que você disse, mas vou fazer
alguns comentários.

Muito do pensamento de Lorenz é importante, mas tenho a impressão que
ele cometeu alguns enganos. Ele tem seu mérito, pois foi um dos
pioneiros na abordagem do comportamento animal, mas acho que ele já é
meio antigo (seus trabalhos são das décadas de 20 e 30, se eu não me
engano). Os sociobiólogos (décadas de 60 e 70) parecem estar bem mais
adiantados na compreensão do comportamento animal.

> Lorenz mostra como, de uma maneira geral, os animais dotados de
armas potentes, possuem mecanismos inatos que os protegem contra o
exterminio intra-específico, mediante sinais que os fazem interromper
imediatamente a luta quando um dos contrincantes está perdendo. Este
autor mostra também como os que não são dotados de armas poderosas
não possuem mecanismos automáticos para interromper lutas entre
membros da mesma espécie. Assinala que o homem é um desses seres.
Aparentemente não existe nada que impeça que siga gerando impulsos e
ações agressivas contra um inimigo da mesma especie. Parece que
poderia seguir odiando e lutando enquanto tenha forças para tal.

Essa afirmação sobre o homem é duvidosa. Robin Fox postula que
existam sim mecanismos de contenção da violência no homem. Se a
teoria de Lorenz sobre a presença de armas faz sentido, podemos
pensar que o homem possui sim armas poderosas (pedras, tacapes, e
talvez até mesmo lanças e machados). Uma pedrada na cabeça de alguém
é uma agressão significativa, e, assumindo que pedras são usadas
desde pelo menos o Homo abilis, existiu um grande tempo no qual os
humanos evoluíram utilizando pedras. (Já li algo sobre os crânios
terem ficado mais grossos quando surgiu o machado de pedra).

Fox mostra como em confrontos, em geral as pessoas não partem para
agressões generalizadas. Quando duas torcidas se encontram, por
exemplo, em geral algumas poucas pessoas morrem. Se não existissem
mecanismos de contenção, as duas massas iriam se encontrar e um banho
de sangue iria ocorrer. Na maior parte das brigas, os
envolvidos "esperam" que os outros membros do grupo os separem antes
que um tenha que matar o outro. Existe também o recurso da submissão,
amplamente empregado pelos animais, no qual o mais fraco se submete e
assim resolve o confronto sem que haja sangue.

Fox também postula (baseado em Freud), que o desenvolvimento de armas
pela linhagem dos humanos pode ter levado a instabilidades na
hierarquia, levando, assim, ao desenvolvimento de inibições da
agressividade em relação aos machos dominantes (que controlam as
fêmeas, deixando os jovens sem fêmeas).

> K. Lorenz menciona que a defeza contra as agressões extra-
específicas (assim como limitação das intra-específicas) se encontra
na capacidade inata de formar vínculos intra-específicos.

Eu também não sei se isso procede. Não conheço a visão de Lorenz, mas
se ele acha que pode existir algo como seleção de espécies, ele está
enganado. A idéia de uma espécie formar vínculos entre seus membros
para se proteger de outras espécies me parece absurda. No máximo
podemos ter um grupo formando vínculos entre si para se proteger de
outros grupos, sejam eles da mesma espécie ou de outras. As maiores
ameaças em geral vêm de organismos da mesma espécie, que irão querer
mata-los para pegar suas fêmeas.

> Pensei que as pulsões narcisistas seriam uma representação psíquica
da territorialidade dos animais. Tudo o que ocorre no espaço físico
para os animais, parece ocorrer representativamente no "territorio"
do ego.

Não entendi direito. Você está propondo que as funções de alto-
preservação estejam ligadas ao territorialismo? Talvez seja possível,
mas vale lembrar que existem espécies não territorialistas que
apresentam instinto de alto-preservação.

> Penso que uma perturbação da função dos pais e da familia nuclear
(além das tendências que já poderia estar biologicamente alteradas)
poderia ser responsável pela dificuldade humana no dominio da
agressividade.

Acho que sim. A família nuclear é a última encarnação da ordem social
ancestral, na qual os machos dominantes impunham regras para impedir
que os jovens tivessem acesso às fêmeas. A aceitação dessas regras
pelos jovens era a aceitação da hierarquia, que é a resolução dos
conflitos agressivos e sexuais. Com a abolição da hierarquia, tanto o
sexo quanto a agressividade foram liberados. A partir de 1964, o
crime explodiu em todos os países nos quais os jovens e as mulheres
se rebelaram. Na Inglaterra, por exemplo, ocorriam 100 crimes por cem
mil habitantes na década de 1960. Na década de 1990 esse número
saltou para 700. Números semelhantes podem ser observados em todos os
outros países desenvolvidos, com exceção do Japão e Coréia, no qual
os jovens e as mulheres continuam bem comportados (na década de 1990,
os crimes no Japão estavam na casa dos 50 por 100 mil habitantes). A
explosão de criminalidade por que passa o Brasil provavelmente é
decorrência deste mesmo fenômeno.

> Penso que a psicanálise pode sugerir que uma adequada função
paterna e materna poderia ser útil para morigerar a carga de
agressividade dos individuos, porque permitiria uma interação
mais "adequada" (mais compatível com o bem estar coletivo e
individual) entre a função vincular e as pulsões narcisistas.

Acho que sim. Especialmente a paterna, que representa a hierarquia,
que é a resolução dos conflitos agressivos, portanto, um elemento
central para se estabelecer os laços sociais. Nossa sociedade está se
desintegrando porque ela acabou com a hierarquia, que é um elemento
central na estrutura social.
]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Sobre a relacao entre Vg e Vf
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/01/2003 08:48

Oi Sérgio,

De início gostaria de sua autorização para publicar esse trabalho no Imperdível, na Sala de Relatividade e na Sala 19 de Leituras Recomendadas.
Todavia, além de aguardar essa autorização, apreciaria colocar no Imperdível o seu texto 'novo', já com a inclusão, para fins de completude, daquela equação de dependência entre Vg e Vf pois, vejo nela uma diferencial importância quando aplicada à óptica e aos demais temas onde a dispersão é o fenômeno que se destaca.

Seu trabalho, acredito eu, tem amplitude maior do que aquela 'apenas' relatada em seu texto; é um excelente exemplo de aplicação do conceito de velocidade de grupo que tanta dificuldade traz a nossos jovens estudantes. Raramente os livros didáticos citam tal fenômeno.

Graças ao seu trabalho (que me despertou esse detalhe) estou incluindo na teoria ondulatória (que breve estará disponível na Sala 10 do Imperdível) o cálculo das velocidades de grupo na propagação de ondas pesadas em águas profundas e na propagação de ondas capilares nas superfícies dos líquidos:

a) ondas pesadas em águas profundas
==> Vf = sqrt[g.L/2pi] = sqrt(g/k).
Como w = k.Vf = sqrt(g.k), teremos para a velocidade de grupo:
Vg = dw/dk = (1/2)sqrt(g/k) = Vf/2
Veja só que resultado interessante: Vg = (1/2).Vf !
b) ondas capilares nas superfícies dos líquidos
==> Vf = sqrt[(2pi/L).(a/d)] = sqrt[k.(a/d)].
Sendo w = k.Vf, a velocidade de grupo será:
Vg = dw/dk = (3/2).sqrt[k.(a/d)] = 3.Vf/2 .
( a = tensão superficial e d = massa específica)
Não é interessante? Vg = (3/2).Vf !

Quando Vf cresce com L (lâmbda) temos dispersão normal; quando Vf decresce com L crescentes temos dispersão anormal. No caso de dispersão normal (exemplo a) temos Vg < Vf e na anormal Vg > Vf (exemplo b).

Finalizando, cumprimento-o pelo trabalho. Darei mais uma cuidadosa lida para tentar responder seus questionamentos na mensagem abaixo. Não sei se minha especialização em ectoplasmas vai ajudar muito em RR, todavia, tentarei.

Em tempo: Se vc autorizar a publicação, permita-me passar seu texto para 'minha língua'; imagina só escrever "correctas", "facto" etc.! Que "obCeÇão" é essa de colocar a velocidade da luz (c) em um monte de termos? :-)))
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 1 de janeiro de 2003 23:37
Assunto: [ciencialist] Re: Sobre a relacao entre Vg e Vf



----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"

>Oi Sérgio

Olá Luiz. Obrigado por teres levado a sério meu documento e agradeço
desde
já teus comentários.

>Vou ater-me primeiro ao item 2.1- Definições
(...)
>Comecemos pela representação complexa de A (parâmetro que
caracteriza a
perturbação
>no meio) por meio da integral de Fourier: A(t) = int(-infin a +
infin)
g(w).e^(i.wt).dw, que
>transforma-se em:
>A(x,t) = int(-oo a + oo) g(w).e^[iw(t-x/u)].dw = int(-oo a +oo)
g(w).e^[i(wt -kx)].dw
>Comumente se usa como variável não w mas k, escrevendo-se:
>A(x,t) = int(-oo a +oo) C(k).e^[i(kx-wt)].dk ==> (w/Vf = k
<===velocidade
de fase)
>com w como função do número de onda w = k.Vf(k) = w(k).

Bom, aqui, pelo que percebo, introduzes que w=k.Vf(k)
o que reescrevendo obtemos Vf(k)=w(k)/k=w/k , se não explicitarmos as
dependencias.

>Naturalmente A(x,t) não é mais representável sob a forma A(x -
Vf.t), porq
ue não existe >uma velocidade uniforme de propagação. 'A' mudará de
aspecto,
portanto, durante a >propagação.

O que queres dizer com isto é que não posso dizer que onda é algo do
tipo
A=A0e^(x.k-wt) ? e que deveria ter uma expressão mais completa que
começa na
Transformada de Fourier ?

>(...)
>Como vc próprio indicou esse Vg é definido por dw/dk.
>Todavia, caso Vf seja dada em função do comprimento de onda 'L' ( L
=
2pi/k ) essa >velocidade de grupo deverá ser expressa por:

>Vg = Vf - L. dVf/dL <=== essa é a expressão que 'acho' que deveria
comparecer em >seu trabalho.
>A obtencão da relação acima pode ser assim:
>dw/dk = d(Vf.k)/dk = Vf + dVf/dL(k.dL/dk) = Vf - L.dVf/dL

Aqui vc usa as duas definições dadas no texto Vg = dw/dk e Vf = w/k
Ou seja, esta expressão pode ser deduzida das duas definições tais
como eu
as dei da forma como descreves acima. (posso sempre eliminar o L
subtituindo-o por k )

>é só lembrar que: L =2pi/k ; L.k = 2pi ; k.dL + L.dk = 0 ; k.dL = -
L.dk
logo k.dL/dk =L

Sim, mas isso não seria uma definição. A definição é Vf = w/k , pelo
que
esta relação Vg=Vf + ... so poderia aparecer depois dissso. Ou seja,
não
poderia aparecer na secção "Definições". A questão, é então: Onde ela
deveria aparecer ?

Quando eu efectuei os calculos eu crusei-me com a expressão que
mencionas.
Ela é muito usada em optica. A questão é que acabei por perceber que
era
inutil pois não continha mais informação que as proprias definições
de Vg e
Vf. Essa relação poderia servir de atalho a outras mas seria muito
menos
directo que os calculos apresentados.
Como é uma relação importante em optica, eu achei que seria tb no
caso, mas
depois de introduzir P=mv e E= hf , etc... ela não mais me pareceu
importante (não retiro de lá mais nenhuma relação).
Não tendo onde a colocar, por não ser crucial para nenhuma conclusão.
deixa-a de fora.
Onde tu a colocarias?

>Assim, somente quando Vf for independente de k (e respectivamente
de L),
valerá Vg =
>Vf, porque então teremos: dVf/dL = 0
>A velocidade de grupo Vg é, conforme o sinal de dVf/dL, maior ou
menor que
a
>velocidade de fase Vf.

>Esse é o comentário inicial. Depois disso faz-se Vf = c (seu
trabalho),
donde Vg = c -
>L.dVf/dL.

>Minha sugestão é rediscutir a E = m.c^2 e demais implicações da RR
com base
nessa >relação proposta.

Mas pq eu preciso fazer isso , se obtenhosas mesmas relações por um
processo mais directo ? Pq introduzir uma eq intermedia que não é
inicio
(não é uma definição) nem conclusão de nada (não é uma eq da
relatividade)?
Eu não entendi direito pq é preciso aquela relação e qual a
importancia de
discutir as implicações da RR à luz dessa eq em vez das outras
patentes no
documento.

Embora tudo isto, vou introduzir a eq no texto apenas para fins de
complitude, para mostrar que existe uma relação ente Vg e Vf.

Um abraço e o meu muito obrigado pelo comnetário. Qq outros serão bem
vindos.

Sérgio



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SUBJECT: Como acabar com congestionamentos
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/01/2003 16:11

Pena q seja só em inglês, mas quem puder ler é bem interessante:
http://www.amasci.com/amateur/traffic/traffic1.html

Explicando o motivo daqueles congestionamentos de carros na estrada
sem nenhum acidente por perto, como quebrar a onda de
congestionamento e outras idéias bem curiosas.

MK



SUBJECT: Re: Como acabar com congestionamentos
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/01/2003 17:44

--- Em ciencialist@y..., "Marcelo Kunimoto" <airdown@i...> escreveu
> Pena q seja só em inglês, mas quem puder ler é bem interessante:
> http://www.amasci.com/amateur/traffic/traffic1.html
>
> Explicando o motivo daqueles congestionamentos de carros na estrada
> sem nenhum acidente por perto, como quebrar a onda de
> congestionamento e outras idéias bem curiosas.
>
> MK

A explicação sobre as "ondas de congestionamento" parece boa. Mas a
idéia de dizer que se está "acabando com os congestionamentos" apenas
mantendo uma distância do carro da frente e dirigindo devagar parece
um tanto exagerada. O que ele está fazendo, na verdade, é
introduzindo um "amortecimento" no movimento. No final das contas, o
tempo total que ele irá gastar para fazer o percurso será
rigorosamente o mesmo, ditado pelo movimento dos carros que estão à
frente do dele, e sobre os quais ele não tem controle.

De qualquer forma, ele ainda pode sair ganhando com uma economia no
desgaste dos freios. Talvez economize gasolina (admitindo que um
carro que anda e pára sucessivamente consome mais que um outro que
ande numa velocidade constante). E talvez a direção seja menos
cansativa (a diferença deve ser ainda mais pronunciada aqui no Brasil
onde, ao contrário dos EUA, carros com câmbio automático são raros).
Por falar em Brasil, claro que o efeito colateral será ter carros
buzinando atrás de quem seguir a sugestão do artigo.

[]s
Ronaldo



SUBJECT: RES: [ciencialist] Como acabar com congestionamentos
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alexandre.medeiros@consultmail.net>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/01/2003 18:21

> De: Marcelo Kunimoto
>
> Pena q seja só em inglês, mas quem puder ler é bem interessante:
> http://www.amasci.com/amateur/traffic/traffic1.html
>
> Explicando o motivo daqueles congestionamentos de carros na estrada
> sem nenhum acidente por perto, como quebrar a onda de
> congestionamento e outras idéias bem curiosas.

Quando possível, diminuo lentamente a velocidade de meu carro de modo que
todos os que estão atrás de mim possam manter um ritmo constante, evitando
desacelerações bruscas que ajuda a manter a onda (qdo não a provoca!).

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Como acabar com congestionamentos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/01/2003 18:39

Sei lá o que está escrito no original norte-americano. Mas, o problema lembra-me uma longa corrente sendo arrastada pela estrada.
Imagine uma longa corrente estendida no percurso SP-Santos e sendo enrolada lentamente por um sarilho em SP. Obviamente, com um pouco de imaginação de dispositivos que permitam tal escorregamento da corrente ao longo da rodovia, ela deverá ter velocidade constante. A diferença com os carros é que não há a ligação mecânica como os elos da corrente. Localmente, com os carros poderá haver momentos de paradas e de acelerações ... mas a média não será alterada.
[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
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-----Mensagem Original-----
De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alexandre.medeiros@consultmail.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 2 de janeiro de 2003 18:51
Assunto: [ciencialist] Re: Como acabar com congestionamentos


> De: Ronaldo Cordeiro
>
> A explicação sobre as "ondas de congestionamento" parece boa. Mas a
> idéia de dizer que se está "acabando com os congestionamentos" apenas
> mantendo uma distância do carro da frente e dirigindo devagar parece
> um tanto exagerada. O que ele está fazendo, na verdade, é
> introduzindo um "amortecimento" no movimento. No final das contas, o
> tempo total que ele irá gastar para fazer o percurso será
> rigorosamente o mesmo, ditado pelo movimento dos carros que estão à
> frente do dele, e sobre os quais ele não tem controle.

Talvez vc não 'ganhe' nada com isso, mas está ajudando a dissipar a onda.
Quem está bastante atrás acaba saindo no lucro. Altruísmo, Ronaldo! :-))

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: Como acabar com congestionamentos
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/01/2003 18:44

Já presenciei alguns casos, especialmente em subidas, nos quais as
pessoas realmente mantém uma velocidade lenta e constante.





SUBJECT: Re: Como acabar com congestionamentos
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alexandre.medeiros@consultmail.net>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/01/2003 18:51

> De: Ronaldo Cordeiro
>
> A explicação sobre as "ondas de congestionamento" parece boa. Mas a
> idéia de dizer que se está "acabando com os congestionamentos" apenas
> mantendo uma distância do carro da frente e dirigindo devagar parece
> um tanto exagerada. O que ele está fazendo, na verdade, é
> introduzindo um "amortecimento" no movimento. No final das contas, o
> tempo total que ele irá gastar para fazer o percurso será
> rigorosamente o mesmo, ditado pelo movimento dos carros que estão à
> frente do dele, e sobre os quais ele não tem controle.

Talvez vc não 'ganhe' nada com isso, mas está ajudando a dissipar a onda.
Quem está bastante atrás acaba saindo no lucro. Altruísmo, Ronaldo! :-))

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Curso de Formação de Homens
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/01/2003 22:39

Essa nem eu aguentei... e, interessante: recebi de uma
representante de Feng Shui... :)

Beijos, Lígia

*************************************



CURSO DE FORMAÇÃO PARA HOMENS
Vamos lá, NAO DESANIME! Você é capaz! Mais de 7 homens já concluiram
o curso com sucesso! Você pode ser o próximo!


Objetivo Pedagógico: Curso de formação que permite aos homens
desenvolver essa parte do cérebro cuja existência ignoram.
Programa: Composto por quatro módulos, um dos quais é absolutamente
obrigatório!


* Módulo 1: *** Curso obrigatório ***
< 1 > Aprender a viver SEM minha mãe (2000 h)
< 2 > Minha mulher NÃO é minha mãe (350 h)
< 3 > Entender que o futebol é apenas um esporte (500 h).


* Módulo 2: Vida a dois
< 1 > Ter crianças sem se tornar ciumento (50 h)
< 2 > Aprender a deixar de falar bobagens quando a minha mulher
recebe as amigas (500 h)
< 3 > Superar a síndrome do comando da TV (550 h)
< 4 > Não fazer xixi fora do vaso (100 h)
< 5 > Entender que sapatos nunca vão sozinhos até o armário (800 h)
< 6 > Como chegar até o cesto de roupa suja sem se perder (500 h)
< 7 > Como sobreviver a um resfriado sem agonizar (500h)


* Módulo 3: Tempo livre - EXERCÍCIOS PRÁTICOS para melhor assimilação
< 1 > Passar uma camisa em menos de 2h
< 2 > Digerir sem arrotar enquanto se assiste televisao esparramado
no sofá


* Módulo 4: Curso de Cozinha
< Nível 1 (principiantes) > O segredos dos eletrodomésticos
importados "ON : liga" - "OFF: desliga"
< Nível 2 (avançado) > A minha primeira sopa instantânea sem queimar
os dedos! e Ferver a água antes de acrescentar a massa.








SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Bissexualidade e outros temas - epílogo
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/01/2003 02:03

On 2 Jan 2003 at 2:20, Joao de Carvalho wrote:

> Muito do pensamento de Lorenz é importante, mas tenho a impressão que
> ele cometeu alguns enganos.

Como qualquer autor (assim como Freud), é lógico que ele haja cometido
enganos. O importante não são os enganos. São os acertos e as coisas,
que, embora não possam ser comprovadas, possam ser razoaveis.

Ele tem seu mérito, pois foi um dos
> pioneiros na abordagem do comportamento animal, mas acho que ele já é
> meio antigo (seus trabalhos são das décadas de 20 e 30, se eu não me
> engano). Os sociobiólogos (décadas de 60 e 70) parecem estar bem mais
> adiantados na compreensão do comportamento animal.

Todo autor se torna antigo. Toda teoria se torna anacrônica. No entanto
nunca pode se desprezada "in totum". O fato de estar ultrapassado, não é
uma argumento para não considerar certas coisas que diz. Mesmo assim,
os autores que o superam, sabem muito bem em que le acertou e em que
errou. Seus erros e acertos foram úteis para a proposição de novas
problemáticas.


> Se a teoria de Lorenz sobre a presença de armas faz sentido, podemos
> pensar que o homem possui sim armas poderosas (pedras, tacapes, e
> talvez até mesmo lanças e machados).

Lorenz nunca se referiu às armas artificiais. As armas naturais são as
únicas que poderiam estar diretamente relacionadas com a genética. As
armas artificiais (frutos da capacidade do homem para gerar cultura) são
uma compensação para a falta de armas, ou para suprir o que a naturez
não dá.

> Se não existissem mecanismos de contenção, as duas massas iriam se
>encontrar e um banho de sangue iria ocorrer.

Niguém disse que não existem mecanismos de contenção. O que se
afirma é que o mecanismo nasce de uma elaboração cultural da função
vincular. Justamente a arma natural contém um mecanismo também
natural, talvez, de inibição da agressão intra-específica. A inibição gerada
pela capacidade de agrupar-se é diferente.

>. Na maior parte das brigas, os
> envolvidos "esperam" que os outros membros do grupo os separem antes
> que um tenha que matar o outro.
Veja como aquí o grupo tem uma função. Não seria o grupo uma
conseqüência da função vincular?

> > K. Lorenz menciona que a defeza contra as agressões extra-
> específicas (assim como limitação das intra-específicas) se encontra
> na capacidade inata de formar vínculos intra-específicos.

Não é bem assim. Ele enuncia a hipótese de que a capacidade de
vinculação serve para defender a espécie, quando os seus membros são
débeis. Este seria um recurso "dado" pela evolução. Quem se vincula por
instinto tem maior possibilidade de gerar defezas para a propriaespécie.

> A idéia de uma espécie formar vínculos entre seus membros
> para se proteger de outras espécies me parece absurda.

Lorenz tampouco pensaria uma coisa tão absurda. Não existe, que eu
saiba, nenhuma finalidade na evolução. Simplesmente os que herdam uma
capacidade de formar vínculos, têm maior possibilidade de sobrevivência
em determinadas condições.

>As maiores ameaças em geral vêm de organismos da mesma espécie,
que irão querer
> mata-los para pegar suas fêmeas.

Creio que a maior ameaça para um grupo de zebras é de serem comidas
po um grupo de leões. As proprias zebras têm uma hierarquia que faz com
certos membros determinados do grupo ocupem posições mais periféricas,
com maior possibilidade de serem devorados que outros. Aquí a função
vincular gera defezas.

>
> Não entendi direito. Você está propondo que as funções de alto-
> preservação estejam ligadas ao territorialismo? Talvez seja possível,
> mas vale lembrar que existem espécies não territorialistas que
> apresentam instinto de alto-preservação.

Eu me efiro a auto (não alto) preservação. "Ligadas" não seria um termo
adequado. Eu me refri a uma representação mental de algo material, ou
seja, uma representação subjetiva de algo objetivo. Só constato que a
invasão do territorio representa ameaça para o ser territorial. Todo ser
territorial defende o territorio como a si mesmo, mas não ter territorialidade
não é a mesma coisa que não ter defeza.

> Acho que sim. Especialmente a paterna, que representa a hierarquia,
> que é a resolução dos conflitos agressivos, portanto, um elemento
> central para se estabelecer os laços sociais.

A função paterna é a mais humana. A materna é bem mais animal. Ser pai
não é algo inato. É cultural. O que se constata nas disfuncionalidades
humanas é quase sempre uma deficiência da função paterna (falta uma
dose de humanidade).

[ ]s
Marco Aurelio







SUBJECT: Re: [ciencialist] A Loucura no Diva - Ler ou nao ler Dolnick, eis a questao
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/01/2003 02:03

On 31 Dec 2002 at 17:23, Edson Vizzoni wrote:

> Quanto a essa história de complô de psiquiatras e indústria famacêutica,
> coloco-a no mesmo nível dos argumentos ad hominem que dão como paranóicos os
> críticos da Psicanálise: são apenas resultado da ativação emocional
> exagerada experimentada pelos fizeram da Psicanálise seu objetivo de vida e
> detestam estar vivendo a crise de uma abordagem psicológica que já teve seus
> dias de glória.

Vizzoni,

Em primeiro lugar, não falei em complô. Não entendo porque Vc. pensa que estou
atacando indiscriminadamente a indústria farmacêutica. Tampouco creio que a
palavra "paranoia" se ajuste ao tema. Eu não acusei ninguém de paranoico e não
penso que este diagnóstico possa ser usado de modo puramente ofensivo
(tampouco compartilho esta ideia de apenas mencionar falacias para argumentar).

Que falacia é essa que consiste em mencionar uma palavra ("paranoico") para
impressionar e fazer com que seu argumento valha? Talvez me incomode esta
expressão, no entanto reconheço que deveria ter dito que, além das coisas que eu
disse da indústria farmacêutica, eu não sou inimigo dela. Penso também que se
não fôsse a pujança desta industria, não teríamos uma pesquisa tão desenvolvida e
nem contaríamos com medicamentos tão eficientes. Hoje pode-se tirar um paciente
de um surto psicótico em 72 horas, só com tratamentos psicofarmacológicos (e digo
mais, com uma só droga). Não existe nenhuma psicoterapia que possa fazer isso.
Negar isso é estupidez e burrice.

Creio que o que escrevi foi só um desabafo. Não pensei que Vc. não admite que se
diga nada da indústria farmacêutica. O que eu imaginei é que, com receber uma
crítica, Vc se irritou tanto como eu. Assim como eu não creio que todos os
psicanalistas são inocentes, nem que todos só usaram (disseram usar, que é muito
pior) a psicanálise de uma maneira correta . Tampouco penso que não existiu abuso
na indicação psicanalítica. Tudo bem. Espero que Vc. tampouco cria que a industria
farmacêutica é tão inocente. Por que eu tenho que engolir que só os fabricantes de
psicanálise fazem falcatruas? Eu penso que Vc. deve admitir que em todas as
atividades humanas se encontram grupos que fazem mau uso.

Os que fazem da psicanálise seu objetivo de vida são simplesmente religiosos. Eu
sou médico, psicanalista e psiquiatra. Conheço bastante bem as falcatruas nestes
três setores. No entanto esclareço: Não faço da psicanaálise meu objetivo de vida.
Este é muito mais complexo. Eu faço da psicanalise um dos meios de vida (não sei
que falacie é essa de confundir meio com objetivo). Talvez Vc. não tenha afirmado
que este é "meu" objetivo de vida, no entanto, se ninguém, além de mim, falou o
que falei, isso só pode estar dirigido a qume escreveu (no caso, eu). Se é paranoia
minha, me retrato.

Não aceito a sugestão de que seja uma reação emocional motivada pela
constatação da crise da abordagem psicológica. Aceito que haja sido uma reação
emocional. Mas por outros motivos (como estar um pouco farto de ler certas coisas),
concordo e peço desculpas pelos excessos. Sobre a crise da abordagem
psicológica, isto é altamente discutível. Por outro lado, no dia em que não exista
mais aboradagem psicológica, eu simplesmente farei outras coisas que posso fazer
(medicina e psiquiatria). Não preciso da psicanálise para seguir vivendo e
trabalhando.

Há um fecundo diálogo entre as neurociências, a psicofarmacologia (pasme!) e a
psicanálise (com muitas revistas científicas). Não odeio de modo fundamentalista a
industria farmacêutica. Tampouco penso que existe complô. No entanto, eu não
creio que Vc. seja ingênuo e pense que é o único setor "puro e sem pecado". Tudo
pode e deve ser dito. Se Vc. pode criticar a psicanálise, também os excesso da
industria farmacêutica podem ser mencionados, mesmo que não tenham nada que
ver som o conteúdo do livro.

É certo que Vc. pode ler 500 vezes a Freud, mas veja o que Vc. disse. Manterá as
mesmas cíticas. Não creio que depois de ler-se um autor pela segunda vez, a gente
permaneça com as mesmas críticas. Elas podem inclusive aumentar. Não significa
dizer nada. Quem lê um autor, pode ter suas críticas aumentadas, diminuidas,
corrigidas, eliminadas ou todas elas, mas que alguém depois de ler um livro, fique
igual, não é possível. Um autor dizia que ninguém pode sair com as mãos
completamente limpas depois de ler uma obra. Qualquer pessoa que leia como Vc
lê experimenta os mesmos efeitos. Assim que...

Aceite meus esclarecimentos e desculpe minha irritação.

Espero que possamos conversar de modo mais amistoso, neste ano que começa.

[ ]
Marco Aurelio







































SUBJECT: Re: Bissexualidade e outros temas - epílogo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/01/2003 03:22

Oi Marco Aurélio

Marco: Creio que muitos elemento agressivos têm que ver justamente
com um duplo efeito da cultura. Se, por um lado, defende o homem
contra (como diz Freud) "as forças ciclópicas da natureza", por outro
obriga a renunciar à satisfação imediata dos desejos. Aliada do
principio de realidade, obriga a realizar rodeios e buscar mediações
e manobras indiretas para manter a vigência do principio do prazer.

Manuel: Concordo. Essa agressividade basal nos seres humanos é, em
grande medida, uma reação à frustração.

Os trabalhos realizados pelos psicólogos da corrente behaviorista
mostram a extrema plasticidade do psiquismo humano, o quanto ele é
moldável, e que o grosso do nosso comportamento é condicionado por
fatores culturais, e não inato (embora, em última análise, tais
comportamentos condicionados tenham por base reflexos inatos).
Concordo com os bahavioristas, só acrescento que, mesmo muito
flexível, há um caroço duro dentro da fruta e, por isso, uma certa
resistência por parte do indivíduo que 'sofre' o processo de
condicionamento pela cultura, resistência esta decorrente do que
Freud denominou de `Princípio da Constância'.

O processo de socialização do indivíduo é um processo de fabricação
em que a matéria-prima, embora plástica, não deixa de impor
resistência. O indivíduo literalmente 'sofre' esse processo e reage;
e para que o processo se conclua, o agente social deve vencer essas
forças reativas individuais por meios que sempre encerram algum grau
de violência, a qual o indivíduo responde com violência adicional
que, por sua vez, deve ser neutralizada. E como ela é neutralizada?
Fazendo-o viver sob a ameaça constante de uma força maior, de modo
que ao medo das 'forças ciclópicas da natureza' se junta, no animal
cultural, o temor à ira dos deuses (os deuses são a fonte dos tabus),
às autoridades do Estado, às sanções do ordenamento jurídico, à dor
do remorso.

No fim do processo de fabricação do homem, que se dá em correlação
com a ontogênese biológica, o que se tem é um produto e também uma
poluição, um 'resto': agressividade reativa (decorrente das
frustrações acumuladas) e ansiedade. O homem adulto socializado não
só é esse produto final como também contém em si esse subproduto, mas
devidamente afastado da consciência, encerrado numa espécie de porão
mental, o inconsciente. O princípio da realidade, por impor renúncias
ao indivíduo adulto (mais em algumas condições socioculturais e menos
em outras), é também uma geratriz de frustrações e do binômio que as
acompanha: hostilidade/temor. Aliás, o princípio da realidade deriva
de um mecanismo biológico de aprendizagem que opera no animal jovem,
denominado por Konrad Lorenz de estampagem (imprinting), e que
consiste no estabelecimento de um rígido padrão comportamental com
base em estímulos. Significa dizer que, para funcionar, o princípio
da realidade não pode prescindir da `memória' desses estímulos
originários, o grosso deles ocorridos na infância do indivíduo e que
tiveram como resposta frustração, agressividade reativa e ansiedade.
Essas memórias são inconscientes, de modo que muitos dos
comportamentos determinados por tal princípio são resultados de uma
inferência inconsciente. Claro que não estou dizendo que o homem não
pode tomar decisões realistas de uma forma racional e consciente. Não
só pode como, com freqüência, é desta forma que ele age. Só penso que
não é assim que se processa em boa parte dos casos.

Como disse, esse refugo `fabril' permanece junto ao produto final que
é o indivíduo socializado. E, para não se intoxicar, o indivíduo deve
estar constantemente dissipando essa poluição, havendo para tanto
muitos mecanismos, vários meios de escape, sendo alguns deles não só
tolerados pela sociedade como são também socialmente úteis. É o lixo
catalisando o desenvolvimento cultural, o lixo como fonte de energia,
como combustível.

Mas existem outras formas de agressividade, distintas entre si pelo
substrato neurofisiológico. Há, por exemplo, a agressividade
agonístico-territorialista, que, em muitos animais, realiza-se
ritualisticamente e de uma forma semelhante à (na verdade, uma
imitação da) agressividade viril ou erótica, que é a que se verifica
na competição entre machos pelas fêmeas, bem como no ato de domínio
da fêmea pelo macho. Nas crianças, cujos instintos ainda estão em
formação, essas formas de agressividade se manifestam como
brincadeira, como jogo, e desligadas de suas funções. Em espécies
neotênicas, como o homem, o chimpanzé-pigmeu e o cão, o ludismo e o
caráter `desligado' das agressões agonísticas e viris permanecem em
larga medida nos indivíduos adultos. No homem, especificamente, elas
se manifestam deslocadas (eu ia dizer `sublimadas', mas como você não
gosta dessa expressão...:-)) nas atividades esportivas e em outras
formas de competição. Como, segundo os liberais e os fatos em que
eles se baseiam, a concorrência é fecunda, presumo que a retenção
dessas características na idade adulta se deve ao valor adaptativo
que elas demonstram ter.

É de se observar, também, que ambos os tipos de agressividade (a
decorrente do acúmulo de frustrações, a agonística, a viril, etc.)
podem se combinar na resposta a um mesmo estímulo. Pode até mesmo
ocorrer uma relação mútua de ativação e de alimentação. E, realmente,
não é incomum vermos pessoas que se comportam como frustrados na
corte e no momento íntimo da relação sexual, e outras que reagem às
frustrações de uma forma libidinosa.

Marco: Lorenz mostra como, de uma maneira geral, os animais dotados
de armas
potentes, possuem mecanismos inatos que os protegem contra o
extermínio intra-específico, mediante sinais que os fazem
interromper imediatamente a luta quando um dos contrincantes está
perdendo. Este autor mostra também como os que não são dotados de
armas poderosas não possuem mecanismos automáticos para interromper
lutas entre
membros da mesma espécie. Assinala que o homem é um desses seres.
Aparentemente não existe nada que impeça que siga gerando impulsos e
ações agressivas contra um inimigo da mesma especie. Parece que
poderia seguir odiando e lutando enquanto tenha forças para tal.

Manuel: Interessante esse insight do Lorenz. Aliás, há uma outra
hipótese dele que acho igualmente consistente. Segundo K. Lorenz (e
Tinbergen), um outro valor seletivo do comportamento agonístico-
territorialista está em fazer com que a população de uma determinada
espécie se disperse ao máximo no espaço, ocupando deste modo todo o
habitat disponível. Se a população permanecesse muito concentrada,
com certeza os recursos disponíveis cedo acabariam e as conseqüências
disso para o delicado equilíbrio do ecossistema seriam catastróficas,
resultando até no extermínio da espécie (e muitas espécies já teriam
sido exterminadas por isso).

Sendo assim, os indivíduos e os grupos não se conteriam dentro de um
território com recursos suficientes. Tenderiam, portanto, a uma
agressividade agonística ofensiva e, portanto, expansionista.

É uma hipótese que encerra alguns problemas, pois se baseia numa
suposta seleção de grupos, que é controversa. Quanto à seleção de
grupos, não são muitos os evolucionistas que atualmente a aceitam.

Marco: Penso que a psicanálise pode sugerir que uma adequada função
paterna e
materna poderia ser útil para morigerar a carga de agressividade dos
individuos, porque permitiria uma interação mais "adequada" (mais
compatível com o bem estar coletivo e individual) entre a função
vincular e as pulsões narcisistas.

Manuel: Sim, os resultados da psicanálise poderiam ser muito úteis
como medicina preventiva. Essa sua idéia ainda não tinha passado pela
minha cabeça, mas, agora que passou, vai criar raízes. :-)

Marco: Estas reflexões poderiam servir também para pensar que, em
muitos casos, a eleição de um objeto homossexual poderia responder a
um excesso de pulsões do ego (narcisistas, impropriamente chamadas de
auto-conservação). A relação sexual não poderia, nestes casos, chegar
a grau de "objetalidade", compatível com uma orientação
heterossexual...

Manuel: Certamente, um narcisista tende a selecionar como objeto da
libido um igual a ele, e há mais igualdades entre os homens (e entre
as mulheres) do que entre homens e mulheres. Mas me parece que, nas
relações heterossexuais, há uma significativa participação da libido
narcísica e da homossexual. Há uma piada machista que diz: "qual a
graça de comer a Sharon Stones se não se pode contar pros amigos?". O
cara vai pra cama com uma mulher, mas com homens na cabeça: os
amigos, os outros associados do Clube do Bolinha. Teve até um que,
completamente embriagado, me confessou que a tara dele era por
mulheres casadas, e que isso não seria problema se não fossem os
amigos. Antes disso, eu não o conhecia. Foi um amigo meu que nos
apresentou, o que se deu numa dessas noites etílicas que emendam com
a tarde do dia seguinte, re re!

Por que esse rapaz tem preferência sexual por mulheres casadas? Mais
tesão numa casada feia que numa solteira bonita, até uma certa medida
de feiúra e de boniteza? A diferença entre uma casada e uma solteira,
abstraindo-se qualquer outra diferença, é que a casada é a metonímia
de um homem. Pode ser libido homossexual se manifestando de uma forma
indireta, torta. Ou então demonstração de um desejo narcísico de ser
igual ou melhor que o marido, segundo algum critério. Também pode ser
por outras razões.

Marco: Se Vc. não considerar uma garga tediosa, gostaria de contar
com sua crítica a estas ideias minhas. Se lhe parece muito trabalho
ou em vão, eu não me incomodo se Vc. não responder. No entanto,
ficaria encantado de contar com seu parecer, seja como for (as boas
críticas sempre me favorecem, como dizia Sagan).

Manuel: Marco, perdoe-me não ter respondido muitas das suas
mensagens, com as quais concordo em quase tudo. É que, nesta guerra
em que eu e você nos encontramos do mesmo lado (até parece que somos
a dupla Bush/Blair), estive mais atendo ao chumbo grosso do
adversário. Mas qualquer dia desses apareço aí e Buenos Aires. Iremos
a um cabaré e, se as portenhas nos deixarem em paz (o que é pouco
provável), conversaremos sobre Freud, Jorge Luis Borges, futebol,
piadas de argentino, etc. E com o papo devidamente lubrificado com o
melhor vinho. :-)

Um forte abraço,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Bissexualidade e outros temas - epílogo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/01/2003 05:23

Oi João,

João: Muito do pensamento de Lorenz é importante, mas tenho a
impressão que ele cometeu alguns enganos.

Manuel: Naturalmente.

João: Ele tem seu mérito, pois foi um dos pioneiros na abordagem do
comportamento animal, mas acho que ele já é meio antigo (seus
trabalhos são das décadas de 20 e 30, se eu não me engano). Os
sociobiólogos (décadas de 60 e 70) parecem estar bem mais adiantados
na compreensão do comportamento animal.

Manuel: Na verdade, algumas obras do K. Lorenz são bem recentes. O
seu livro 'Sobre a Agressão' foi editado pela primeira vez em
1963. 'Os Fundamentos da Etologia', outra obra dele, é de 1981.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Teoria da complexidade e equilibrio pontuado
FROM: "L. E. Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/01/2003 05:24

REPASSANDO...
DA LISTA "complexidade".


Prezado Arcange
Em minha tese de mestrado utilizei um conceito de Kaufmann (1993) para
explicar (discutir num conceito mais amplo) um fenômeno evolutivo
denominado em outros tempos como "explosão evolutiva". Na época tentava
entender o que ocorreu com um restrito grupo de orquídeas (na realidade uma
Seção) que apresenta uma distribuição endêmica e "irregular" nos campos
rupestres de MG (pp Serra do Cipó) e arredores. Do ponto de vista gênico
(simplificando bastante) ele sugere que as maiores mudanças na evolução
morfológica são decorrentes de mutações não nos genes estruturais, mas sim
nos genes regulatórios, cujas as ações determinam a ação de outros genes
regulatórios e estruturais. Ou seja, a idéia geral é que uma simples
mutação regulatória pode causar uma grande alteração nos padrões de
expressão gênica pela disruptura do comportamento coordenado do sistema
genômico regulatório.
Aprofundando a questão, imaginei que a ausência de um padrão identificável
(segundo nossa lógica corrente, me referindo sobretudo à questões
morfogênicas) possa ser devido à nossa interpretação estar focada na
extremidade da expressão (fenotípica). Isto é absolutamente compreensível,
pois que trabalhamos com os dados visíveis e mensuráveis para interpretar a
evolução. A questão da expressão fenotípica, também é outra a ser
verificada, pois que o meio modula esta expressão, sendo algumas espécies
mais tolerantes e outras mais sensíveis à esse grupo de forças opostas. A
coisa se torna mais complexa ainda se considerarmos as outras espécies e
outros fatores interferindo no meio circundante, influenciando na
materialização desta expressão. Se tiver interesse veja os modelos de
morfogênese realizados por computação gráfica por Mainzer (1995)
(utilizei-os para ilustrar o que poderia estar acontecendo).
No momento trabalho como outro grupo de organismos (fungos). Como a
morfologia deste grupo é bastante artificial (e pq não dizer bastante
arbitrária?) estou seqüenciando uma região específica do DNA para ver se é
possível realizar alguma inferência filogenética.
Bom vou parando por aqui (inclusive por este assunto poder ser meio
entediante para os membros da lista). Se tiver interesse meu email segue acima.
Abraço
Carlo


At 22:31 25/12/02 -0300, you wrote:

>>From: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
>>Date: Thu, 26 Dec 2002 00:22:16 -0200
>>
>>Gostaria de saber se alguém aqui conhece as idéias de Stuart Kauffman
>>sobre a relação existente entre a teoria da complexidade e o equilíbrio
>>pontuado de Jay Gould. Principalmente no que diz respeito ao aparente
>>florescimento repentino de diversas linhas filogenéticas no período Cambriano.
>>
>>Gostaria de saber se alguém tem alguma opinião no que toca ao crescimento
>>endocraniano humano. Explicando: A evolução do cérebro dos Hominidae é
>>totalmente anormal - para não dizer aberradora - do ponto de vista
>>temporal. Em um período geologicamente curto - aproximadamente 3,5
>>milhões de anos - o cérebro quase triplicou de tamanho e peso. Foi de 450
>>ml nos australopitecos para 1.350 ml no Homo sapiens. Dos primeiros
>>macacos Hominidae a certos grupos Hominoidea precedentes, cerca de 12
>>milhões de anos se passaram sem modificações relevantes na capacidade
>>endocraniana média, como atestam as pesquisas de índice de encefalização
>>de H. J. Jerison. O aumento da capacidade encefálica pós-australopiteco
>>é, talvez, a modificação evolutiva mais rápida que se tem conhecimento.
>>
>>Gostaria de saber a opinião dos listeiros sobre pretensos 4 mecanismos
>>não classicamente darwinianos que estariam presentes no processo de
>>evolução das espécias: mudança de pico, teoria da complexidade,
>>co-evolução e evolução neutra. (Exluíndo a influência do acaso - não do
>>acaso no que toca às mutações, mas sim no que tange à deriva gênica - e
>>das teorias de fusão simbiótica/mutualística de Lynn Margulis.) E sobre a
>>preponderancia da complexidade em relação a esses mesmos mecanismos e -
>>talvez - em relação aos próprios mecanismos de seleção clássicos.
>>
>>Gostaria de saber a opinião dos listeiros sobre as teorias de seleção de
>>grupo de Eldredge - e outros. Mas tenho especial interesse por Eldredge -
>>e sobre a validade da refutação matemática da seleção de grupo de George
>>Willians.
>>
>>E, por fim, gostaria de saber a opinião dos listeiros sobre as pretensas
>>- possíveis ou não - relações entre teoria da complexidade, teoria do
>>caos, teoria da informação de Shannon.
>>
>>Sei que pode parecer muita coisa. Não peço uma tese. Só observações.
>>
>>Grato.




SUBJECT: Primeiros Passos - Evolucao das ideias
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/01/2003 12:10

Coloquei no Imperdível algumas blasfêmias sobre as evoluções das idéias científicas; Sala 19 - Teorias e Leituras Recomendadas, que já estavam sendo preparadas a algum tempo. Quem não tiver coisa melhor a fazer ... envie-me comentários/correções etc.

Primeiros Passos da Ciência (Geral)
Primeiros Passos da Física (parte 1)
Primeiros Passos da Física (parte 2)
Primeiros Passos da Física (parte 3)
Primeiros Passos da Física (parte 4)
Primeiros Passos da Física Clássica (parte 1)
Primeiros Passos da Física Clássica (parte 2)
Primeiros Passos da Mecânica Quântica (parte 1)
Primeiros Passos da Mecânica Quântica (parte 2)
Primeiros Passos da Mecânica Quântica (parte 3)

[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Armaduras
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/01/2003 21:33


----- Original Message -----
From: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, December 30, 2002 6:15 PM
Subject: [ciencialist] Armaduras


Aproveitando q. o Arcange voltou:

"[...] Contudo, apesar de todos os protestos da classe guerreira
tradicional, na metade do seculo XVI estava claro que as armas de fogo
e os canhoes tinham vindo para ficar. O arcabuz e o mosquete mais
pesado, ambos disparados por um mecanismo que levava um rastilho 'a
cacoleta de escorva atraves do disparo de um gatilho, eram armas
eficientes, sendo a ultima capaz de penetrar numa armadura a duzentos
ou 240 passos. O peito de armas do soldado de infantaria foi perdendo
valor como meio de protecao e mais ainda a armadura completa do
cavaleiro. No final do seculo, ja' nao era mais usada e a propria
cavalaria estava perdendo seu papel decisivo no campo de batalha. Esse
papel sempre fora duvidoso: o efeito de uma carga de cavalaria sempre
dependeu mais da fragilidade moral de quem a recebia que do poder
objetivo do cavalo e cavaleiro. E, quando o cavaleiro encontrou um
adversario que podia colocar em campo a decisao de enfrentar, como os
piqueiros suicos, ou uma arma que podia derruba'-lo com certeza, como
o mosquete, o direito da classe cavaleira de determinar como os
exercitos deveriam se organizar e de manter uma preeminencia social
equivalente foi colocado em questao. [...]" - John Keegan - Uma
historia da Guerra - pag. 344 (442 pp.) - Cia das Letras - 1993.

(So' pra forcar um pouco de argumento de autoridade: John Keegan foi
professor de historia militar na Real Academia Militar, Sandhurst, e
e' editor de assuntos de defesa do Daily Telegraphy de Londres [pelo
menos era na epoca]. E' autor ou co-autor de nove obras sobre assuntos
militares, entre elas The face of the battle e The mask of command.)


--------------------------

Olá, Takata.

Quanto às armaduras, não tenho argumentos novos. Apenas mais um e uma
crítica a Keegan. Vou repetí-los todos.

1-) O advento das armaduras pesadas coincide de certa forma com o advento
das armas de fogo. Ora, se houvesse uma relação determinista de um fato
inibir o outro, as armaduras não teriam advento algum. Talvez, um pequeno
suspiro débil de uso, que possivelmente fosse parcamente documentado pela
história.

2-) As armaduras pesadas não eram usas em combate. Eram para torneios e
outros eventos correlatos. Todo estudante de história sabe disso. Ora, se
não eram usadas em combate, sua eficiencia ou não ante armas de fogo era
irrevelante como critério de uso.

3-) Ao contrário do que John Keegan generaliza, todos sabem que as armas de
fogo - pelo meno no começo - não eram eficientes. Os tiros saiam com
velocidade variável e, tiros de velocidade muito baixa eram frequentes. Isso
tinha até um nome: Chabu. O chabu não era uma 'falha' absoluta e descontínua
na arma (estilo: Tudo-ou-nada). Era a manifestação extrema de uma
variabilidade gradativa das velocidades do tiro.

4-) A variação da velocidade dos tiros era tanta que há exemplos históricos
que ficaram memoráveis. No século 18 - e supõe-se que armas do século 18
fossem mais eficientes que as do século 16 - O navegador J. Cook acabou
morto em um conflito cujo desponte nasceu do fato dos nativos do Havai terem
percebido que as armas dos europeus não eram tão poderosas como se pensava.
Um tiro de Cook teria sido defletido por um *escudo de madeira*.

Ora, se um escuro de *madeira* era capaz de, pelo menos eventualmente,
impedir a penetração de um projétil do século *18*; por que uma chapa de
*ferro* não impediria a penetração de um projetil do século *16* ?

5-) Reafirmo: experiências consoantes com o que preconizo foram feitas na
UECE.



--- Desculpe o Ad Nausean. Agora, duas observações novas:



6-) A observação do Keegan está muito frágil. O que são 200 ou 250 passos ?
E penetrar que tipo de armadura ?

Eu concordo que armaduras de bronze - ou de ligas menos resistentes - fossem
mais aptas à penetração. A capacidade de perfuração de um projétil de arma
de fogo portátil depende unicamente da sua velocidade. (Se entendermos que
os projéteis têm mais ou menos a mesma massa e são feitos de material mais
resistente que seus alvos.) É claro que essa velocidade era variável, assim
como é claro que há variações nas ligas dos metais.

Pareceu-me uma generalização exagerada.

7-) Eu perguntei a 2 pessoas que têm porte legal de armas e experiencia em
tiro se uma 22mm penetraria uma chapa de metal de 1,5 cm de espessura. Elas,
coerentemente, me perguntaram que tipo exatamente de metal. Era uma atitude
coerente e condizente com uma visão menos generalizante e mais racional. Eu
tive que apelar para uma chapa de ferro "genérica".

Perguntaram também sobre o tipo de arma. Eu indiquei revolveres de mão e
cano curto. Falou-se em 'distancia média' (digamos, algo em torno 25
metros.)

Todos as duas foram veementes - veementes - em dizer que, possivelmente, nem
uma 22mm cano curto e nem uma 38mm cano curto (e eu não tinha nem colocado a
38 na história) penetrariam numa chapa de ferro 'genérica' cuja espessura
fosse de 1,5 cm.

*Se* eles estiverem certos (e eu não tenho certeza disso), por que um
mosquete ou garrucha chabuzentos do século 16 penetrariam numa armadura
pesada de ferro; mas um revolver moderno cano curto 38 não teria potencia
para perfurar uma chapa de 1,5 cm do mesmo metal ?


Até.





SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Trocando em miudos ........
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/01/2003 19:07

Olá expert's,
[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: dagmar
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sábado, 4 de janeiro de 2003 14:10
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


a cadeia alfa da ricina é uma N-glicosidase,que remove a adenina 4323 do ribossomo 28S,essa depurinação bloqueia a ligação do fator de elongação,deixando o ribossomo incapacitado para a síntese proteica. De maneira prática,clara,como é que se troca isso em miudos? Grato Medeiros, prof de ginasio_______________________________________________________________

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Bissexualidade e outros temas - epílogo
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/01/2003 22:38

On 3 Jan 2003 at 5:22, Manuel Bulcão wrote:

>Mas me parece que, nas relações heterossexuais, há uma
significativa participação da libido
> narcísica e da homossexual.

Joyce McDougall é uma psicanalista inglesa que está vivendp na
França e escreve en francês. Ela é uma grande clínica. Seus trabalhos
sempre são ideias elaboradas a partir de tratamentos. Um de seus
livros se chama "Alegação por certa anormalidade", em que ela
demonstra que existe uma grande criatividade nas pessoas que são
portadoras de certa anormalidade que não alcança para categorizar
uma patologia. Melhor ainda: ela afirma que é mais feliz quem é
portador dessa discreta anormalidade.

Esta autora diz que, depois de muitos anos de estar escutando
pacientes, chegou à conclusão que as melhores relações
heterosexuais encerravam um componente narcisista muito
importante. Constatou que durante o ato sexual, o homem chegaria a
um grande clímax e com um prazer maior se ele pudesse num
determinado momento, pensar : "Como seria mais excitante, se eu
fosse esta mulher e tivesse que ser penetrada por mim?" "Como,
sendo eu ela, poderia ser melhor penetrada e manipulada por mim
para gozar mais?" "Como, sendo eu ela, poderia sentir o máximo gozo,
sendo penetrada por mim?" Joyce McDougall diz que a parceira
também deve imaginar algo análogo. Quando se dá conta da excitação
crescente do companheiro, também tentaria colocar-se no lugar dele e
sentir "seu grande gozo em penetrar-me".

Evidentemente estas seriam fantasias preconscientes. Não se podem
imaginar que a maioria das pessoas possam admitir que lhe ocorrem
coisas como estas.

> Por que esse rapaz tem preferência sexual por mulheres casadas? Mais
> tesão numa casada feia que numa solteira bonita, até uma certa medida
> de feiúra e de boniteza? A diferença entre uma casada e uma solteira,
> abstraindo-se qualquer outra diferença, é que a casada é a metonímia
> de um homem.

Vc. está descrevendo uma fantasia patognomonicamente histérica. A
predileção por gente que já tem par é tipicamente histérica. É muito
comum que meus pacientes homens contem coisas como estas: que,
em determinada ocasião, quando passeavam pela Av. Santa Fé,
acompanhados por suas respectivas esposas, notavam que as
mulheres que também por ali passeavam, os olhavam com grande
interesse sexual. Mais de um resolveu fazer um passeio sozinho e,
quando o realizou, deu-se conta que nenhuma mulher demonstrou
interesse por ele. Alguns até se perguntavam por que não coincidiu o
dia em que demonstraram tanto interesse com um passeio sozinho. Eu
pessoalmente penso que isso raramente acontecerá. O interesse é
gerado por uma cultura favorecedora da histeria (machista), porque o
sexismo na cultura, excita a fantasia de castração (complexo, nas
mulheres e ansiedade nos homens).

> Manuel: Marco, perdoe-me não ter respondido muitas das suas
> mensagens, com as quais concordo em quase tudo.

Obrigado pela resposta tão amável. Em realidade eu não reclamava
conscientemente de que Vc. não respondia (Vc talvez tenha captado
uma intenção preconsciente em mim). Quando relí minha mensagem
comecei a rir de mim mesmo. Pensei que era um ingênuo dizendo que
não estava reclamando. Sua perspicacia me destapou. Estarei feliz de
passear por Buenos Aires com Vc. Poderíamos divertir-nos e rir
bastante.

Acompanho seus debates. Não deixo de ler nenhum e me mantenho
torcendo. Tenho muita coisa guardada porque são muito interessantes.
Até já tratei de desenvolver varias ideias sugeridas por Vc. em
palestras ou trabalhos escritos. Fico muito agradecido por sua
fecundidade e lucidez.

Abração

Marco Aurelio














SUBJECT: Re: Bissexualidade e outros temas - epílogo
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/01/2003 23:56

Olá.

Marco Aurélio:

> Como qualquer autor (assim como Freud), é lógico que ele haja
cometido enganos. O importante não são os enganos. São os acertos e
as coisas, que, embora não possam ser comprovadas, possam ser
razoaveis.

Sem dúvida. Aliás, Lorenz é muito estimado pelos de formação
biológica como eu por ter sido um dos únicos biólogos a receber
prêmio Nobel.

> Todo autor se torna antigo. Toda teoria se torna anacrônica. No
entanto nunca pode se desprezada "in totum".

Não desprezo Lorenz. Muito pelo contrário. Acho ele muito importante.

> Lorenz nunca se referiu às armas artificiais. As armas naturais são
as únicas que poderiam estar diretamente relacionadas com a genética.
As armas artificiais (frutos da capacidade do homem para gerar
cultura) são uma compensação para a falta de armas, ou para suprir o
que a naturez não dá.

Acho que você não entendeu meu argumento. Meu ponto é: as pedras são
as armas naturais dos humanos. Eles estão naturalmente capacitados
para usar pedras em combate, assim como um tigre está para usar
garras.

> Niguém disse que não existem mecanismos de contenção. O que se
afirma é que o mecanismo nasce de uma elaboração cultural da função
vincular. Justamente a arma natural contém um mecanismo também
natural, talvez, de inibição da agressão intra-específica. A inibição
gerada pela capacidade de agrupar-se é diferente.

Não entendi direito. Talvez tenhamos visões diferentes do problema.
Para mim o social é natural. Os vínculos que os humanos estabelecem
entre si são naturais.

> Não é bem assim. Ele enuncia a hipótese de que a capacidade de
vinculação serve para defender a espécie, quando os seus membros são
débeis. Este seria um recurso "dado" pela evolução. Quem se vincula
por instinto tem maior possibilidade de gerar defezas para a
propriaespécie.

A vinculação serve para defender os indivíduos, ou um pequeno grupo
social. É algo bem claro em evolução que não pode existir algo como
seleção de espécies. Não pelo menos neste nível que estamos tratando.

> > A idéia de uma espécie formar vínculos entre seus membros para se
proteger de outras espécies me parece absurda.

> Lorenz tampouco pensaria uma coisa tão absurda. Não existe, que eu
saiba, nenhuma finalidade na evolução. Simplesmente os que herdam uma
capacidade de formar vínculos, têm maior possibilidade de
sobrevivência em determinadas condições.

Não era à questão da intencionalidade que eu estava me referindo.
Estava me referindo à possibilidade da espécie ser tomada como alvo
da seleção. Isso dificilmente pode ocorrer.

> >As maiores ameaças em geral vêm de organismos da mesma espécie,
que irão querer mata-los para pegar suas fêmeas.

> Creio que a maior ameaça para um grupo de zebras é de serem comidas
por um grupo de leões.

Talvez. Mas acho que as maiores fontes de conflitos entre machos é
com outros machos da mesma espécie. Isso não quer dizer que um macho
tenha que matar o outro. Se um se reproduzir, e o outro não, do ponto
de vista evolutivo é tão horrível para o perdedor quanto morrer. E em
chimpanzés existe agressão entre grupos, e o motivo não é
alimentação. Talvez seja território, talvez fêmeas. Acho que o Manuel
Bulcão sabe mais sobre isso.

> A função paterna é a mais humana. A materna é bem mais animal. Ser
pai não é algo inato. É cultural. O que se constata nas
disfuncionalidades humanas é quase sempre uma deficiência da função
paterna (falta uma dose de humanidade).

Esta diferenciação entre animal e humano, entre natural e social, não
me agrada. Talvez possamos dizer que a função paterna seja mais
social que a materna. Mas eu vejo o social como natural. Imagino que
esta diferença entre nossas visões se deve à abordagem individual dos
psicanalistas, que eu não concordo. O Homem é um grupo social, e não
um indivíduo. O indivíduo é uma invenção recente. Na época de Freud a
sociedade já havia morrido, e só restavam indivíduos. Por isso sua
abordagem é individual. Mas esta situação é resultado de uma doença.
Ela não pode ser tomada como a condição normal do homem.

Manuel Bulcão escreveu:

> O processo de socialização do indivíduo é um processo de fabricação
em que a matéria-prima, embora plástica, não deixa de impor
resistência. O indivíduo literalmente 'sofre' esse processo e reage;
e para que o processo se conclua, o agente social deve vencer essas
forças reativas individuais por meios que sempre encerram algum grau
de violência, a qual o indivíduo responde com violência adicional
que, por sua vez, deve ser neutralizada. E como ela é neutralizada?
Fazendo-o viver sob a ameaça constante de uma força maior, de modo
que ao medo das 'forças ciclópicas da natureza' se junta, no animal
cultural, o temor à ira dos deuses (os deuses são a fonte dos tabus),
às autoridades do Estado, às sanções do ordenamento jurídico, à dor
do remorso.

É importante fazer uma distinção entre sociedade no sentido natural
do termo, isto é, sociedades de caçadores e coletores nômades, e
sociedade no sentido agrícola do termo, que são anomalias cheias de
problemas, e que por isso necessitam de instrumentos de correção
moral como a religião, cuja função é adaptar o aparato moral dos
humanos aos os grandes grupos agrícolas. Entre outras coisas, é
necessário inventar alguma coisa que faça indivíduos que não se
conhecem, e que não tem nenhuma relação de parentesco ou casamento,
não se matarem quando se encontram. Tem que haver uma domesticação do
homem. Em sociedades naturais imagino que o processo de integração do
indivíduo à sociedade é muito mais harmonioso e espontâneo.

> Manuel: Certamente, um narcisista tende a selecionar como objeto da
libido um igual a ele, e há mais igualdades entre os homens (e entre
as mulheres) do que entre homens e mulheres. Mas me parece que, nas
relações heterossexuais, há uma significativa participação da libido
narcísica e da homossexual. Há uma piada machista que diz: "qual a
graça de comer a Sharon Stones se não se pode contar pros amigos?". O
cara vai pra cama com uma mulher, mas com homens na cabeça: os
amigos, os outros associados do Clube do Bolinha.

Imagino que em sociedades mais masculinas um homem procura ter várias
mulheres como forma de exibir status para os outros homens. A coisa é
toda centrada em homens. Mas penso também que existem sociedades mais
femininas, como as democracias liberais desenvolvidas, nas quais a
realização sexual dos homens passa mais por dar prazer às mulheres, e
não por possuí-las como um símbolo de status.

> Teve até um que, completamente embriagado, me confessou que a tara
dele era por mulheres casadas, e que isso não seria problema se não
fossem os amigos. Antes disso, eu não o conhecia. Foi um amigo meu
que nos apresentou, o que se deu numa dessas noites etílicas que
emendam com a tarde do dia seguinte, re re!

> Por que esse rapaz tem preferência sexual por mulheres casadas?
Mais tesão numa casada feia que numa solteira bonita, até uma certa
medida de feiúra e de boniteza? A diferença entre uma casada e uma
solteira, abstraindo-se qualquer outra diferença, é que a casada é a
metonímia de um homem. Pode ser libido homossexual se manifestando de
uma forma indireta, torta. Ou então demonstração de um desejo
narcísico de ser igual ou melhor que o marido, segundo algum
critério. Também pode ser por outras razões.

Existe mesmo uma tara comum em mulheres casadas. Na internet é comum
ver categorias pornográficas para "housewife". Talvez os mecanismos
mentais que mediam esta relação tenham a ver com o que você relatou;
ser algo relacionado ao marido, e não à esposa. Mas talvez tenha a
ver com o complexo de Édipo, isto é, com o desejo por algo proibido.
A esposa do outro homem seria uma projeção da mãe. Assim, os que
apresentam taras por mulheres casadas podem apresentar maiores
ligações com suas mães. Seria interessante observar se essas pessoas
tiveram pais casados durante a infância.

Quanto ao motivo evolutivo, como já lhe falei uma vez, estou
convencido de que esta é a estratégia dos jovens machos. Isto porque
um jovem macho não tem direito a nenhuma mulher, portanto, sua única
chance é fazer sexo com as mulheres dos machos dominantes. Comer uma
casada é uma ótima estratégia, pois o sujeito faz um filho e o deixa
para o marido cuidar. Esta estratégia é de fato verificada em
orangotangos. Os orangotangos submissos nunca se desenvolvem até a
idade adulta, permanecendo em uma eterna adolescência. Seus
testículos, no entanto, são tão desenvolvidos quanto os de um adulto.
Isto porque o jovem precisa de bons exércitos de espermatozóides para
derrotar os dos machos dominantes quando eles se enfrentarem no
interior das fêmeas.

O caminho para uma integração da psicanálise com uma teoria
biossocial é mostrar como estas duas visões se relacionam, isto é,
temos que identificar como as condições e os estímulos sociais que
promovem os mecanismos mentais que levam o indivíduo a este tipo de
comportamento se formam. Esses estímulos e condições devem estar de
alguma forma relacionados com o conflito entre jovens sem mulher e os
adultos com mulher, e o resultado do funcionamento destes mecanismos
tem que promover aptidão evolutiva ao organismo.




SUBJECT: Noosfera
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/01/2003 02:35

Meus amigos da CienciaList,

Resolvi dedicar um pouco mais de tempo à lista que criei juntamente
com o Lúcio e a Lígia.

Vou investir nesta minha proposta.

Obviamente que não vou abandonar a CienciaList, mas, durante algum
tempo, vou participar menos.

Para os que quiserem continuar escrachando as minhas inconsistentes
idéias, meus contra-argumentos estarão disponíveis na Noosfera. O
endereço do site é o seguinte:

noosfera-subscribe@yahoogrupos.com.br

Abraços, beijos, apertos de mão...
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Sobre a relacao entre Vg e Vf
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/01/2003 14:12

>Oi Sérgio,
>
>De início gostaria de sua autorização para publicar esse trabalho no
Imperdível, na Sala de >Relatividade e na Sala 19 de Leituras
Recomendadas.

Me passe seu email que eu lhe mando uma cópia para por no
imperdivel. A
cópia disponivel na internet no meu site não pode ser usada. (a
menos que
faça um simples link para ela)

>Todavia, além de aguardar essa autorização, apreciaria colocar no
Imperdível o seu texto >'novo', já com a inclusão, para fins de
completude,
daquela equação de dependência entre >Vg e Vf pois, vejo nela uma
diferencial importância quando aplicada à óptica e aos demais >temas
onde a
dispersão é o fenômeno que se destaca.

Minha questão com isso, é que o objectivo do texto não é estabelecer
relações entre Vg e Vf, mas sim em decifrar nas formulas da
relatividade o
papel dos vários c q aparecem nelas.
Por outras palavras, não sei onde colocar essa relação. Não sei que
enfoque
lhe posso dar.

>Seu trabalho, acredito eu, tem amplitude maior do que
aquela 'apenas'
relatada em seu
>texto; é um excelente exemplo de aplicação do conceito de
velocidade de
grupo que tanta
>dificuldade traz a nossos jovens estudantes. Raramente os livros
didáticos
citam tal
>fenômeno.

Obrigado. De facto existe um objectivo ultrior. A questão base é que
ao
trabalhar as fomulas vc verifica que existem variáveis a mais e a
definição
de Energia Cinética não é clara.
Durante os calculos que fiz para obter aqueles resultados , e ao
tentar
estrapolar mais os resultados aparecia uma relação fixa entre Vg e
Vf ,
sendo Vg = 1/2 Vf E achei isso muito estranho e parei por ai. Essa
relação
vinha da def classica de Energia Cinética e por isso achei que não
seria
certa a minha dedução.
O fenomeno de dispersão em meios que não o vácuo é causado pelos
atomos
desses materiais. Então, entre atomos num meio as eq do vácuo são
válidas.
Por outras palavras, como calcular o valor da permitividade e da
permeablidade dada a estrutura do material, e como relacionar a
alteração de
epsilon com a "massa" da onda (m u^2=hf, u depende do meio ) ?

>Graças ao seu trabalho (que me despertou esse detalhe) estou
incluindo na
teoria
>ondulatória (que breve estará disponível na Sala 10 do Imperdível) o
cálculo das
>velocidades de grupo na propagação de ondas pesadas em águas
profundas e na
>propagação de ondas capilares nas superfícies dos líquidos:

>a) ondas pesadas em águas profundas
==> Vf = sqrt[g.L/2pi] = sqrt(g/k).
Como w = k.Vf = sqrt(g.k), teremos para a velocidade de grupo:
Vg = dw/dk = (1/2)sqrt(g/k) = Vf/2
Veja só que resultado interessante: Vg = (1/2).Vf !

De facto. Muito interessante. Gostaria de saber mais sobre isso das
ondas
pesadas em águas profundas, pois essas foi a relação que encontrei.
(mas
baseado na def classica de E cinetica. Existe alguma versão
independente que
permita deduzir a energia cinética ? )

>Finalizando, cumprimento-o pelo trabalho. Darei mais uma cuidadosa
lida
para tentar >responder seus questionamentos na mensagem (...)

Agradeceria isso.

>Em tempo: Se vc autorizar a publicação, permita-me passar seu texto
para
'minha língua'; >imagina só escrever "correctas", "facto" etc.! Que
"obCeÇão" é essa de colocar a >velocidade da luz (c) em um monte de
termos?
:-)))

Sim, poderá fazer isso. E ai vc me envia essa versão para eu revisar
antes
de ficar disponivel. Ou então, vc aguarda que eu lhe mande uma
versão em
portugues.br :-))

Sérgio



SUBJECT: Fw: ... essa merece!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, "SBCR" <sbcr@yahoogrupos.com.br>, "STR_Brasil" <strbrasil@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/01/2003 16:00

Essa mensagem que recebi hoje merece uma leitura.
[]'
Léo

======================
-----Mensagem Original-----
De: "Axioma" <axioma@expresso.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: domingo, 5 de janeiro de 2003 15:15


| http://www.feiradeciencias.com.br/sala22/motor14.asp
|
|
| holá professor:
| no motor 14 da feira de ciências ví escrito:
| ""Ficará algo parecido com os motores de passo. Seu uso vai deste controles
| servo-mecânicos até leituras de 'mensagens do além', por simples comandos de
| botões que levam a agulha sobre as letras do alfabeto marcadas num disco sob
| a agulha; esoterismo muito comum nos dias de hoje, onde a falta de cultura
| popular é caminhada para a mistificação.
| Aliás, grande parte da culpa é nossa, por não explicarmos a todos, os
| truques que são utilizados para essas poluições do além.""
|
| e esta última parte:
|
| ""Aliás, grande parte da culpa é nossa, por não explicarmos a todos, os
| truques que são utilizados para essas poluições do além.""
|
| MERECE UM APLAUSO (DI PÊ, AINDA)
|
| 1 abraço do francisco
| Tenha um bom ano.
|
|
|
| ________________________________________________
| This mail was sent by Webmail Expresso 2.5
|



SUBJECT: A realidade e o quantum ... ou, a filosofia quantica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/01/2003 16:07

MensagemA realidade e o quantum
Marcelo Gleiser
especial para a Folha

Segundo o dicionário, realismo é a doutrina filosófica de acordo com a qual objetos materiais existem por si mesmos, independentemente da mente ter consciência deles. Já o oposto, o idealismo, supõe que as coisas existem apenas como idéias na mente.
Eis um exemplo bastante conhecido, que ilustra bem os dois pontos de vista. Imagine que atrás da sua casa exista um bosque, cheio de árvores. Você sabe que o bosque existe porque você passeia frequentemente por lá. Segundo a posição realista, esse bosque existe mesmo se você ou outra pessoa nunca o tenha visto.
Ele é tão real para os mosquitos e as borboletas voando lá quanto para você. Já o idealismo diria que o bosque só existe na sua cabeça, pois a mente fabrica a nossa percepção do real através de sinais sensoriais processados no cérebro.
Se um belo dia uma das árvores do bosque cair, os realistas diriam que ela caiu, mesmo se ninguém a visse caída, enquanto os idealistas só admitiriam que ela caiu caso eles a tenham visto no chão, ou a ouvido caindo. Os idealistas mais radicais diriam ainda que a árvore só caiu dentro da sua cabeça, pois foi a sua mente que construiu o evento.
Essas duas correntes filosóficas estão muito ligadas com a interpretação do mundo segundo a física. A física clássica, que descreve a realidade em que vivemos o dia-a-dia, toma uma posição realista; o mundo esteve aqui bem antes de existirem pessoas com consciência disso.
Afinal, se o Universo existe há 14 bilhões de anos, a Terra há 4,6 bilhões e o Homo sapiens há menos de 200 mil, claramente a realidade é mais velha do que nós. Em outras palavras, a realidade existe independentemente da presença de um observador consciente para medi-la.
O mundo está aí, pronto para ser medido e observado por nós, ou por qualquer outra inteligência interessada em uma descrição quantitativa da natureza. No entanto, a confirmação final do que existe depende da observação; só sabemos o que existe no mundo se observarmos o mundo. Segundo a física clássica, o ato de observação não interfere com o observado; existe uma separação explícita entre observador e observado.
Duas pessoas, observando o mesmo fenômeno, com os mesmos instrumentos, obterão resultados idênticos. Aliás, é justamente isso o que garante a relatividade de Einstein: que dois observadores em movimento com velocidades (e acelerações) diferentes poderão comparar sem problemas as suas medidas.
Essa posição realista foi profundamente revisada com o advento da mecânica quântica durante as três primeiras décadas do século 20. No mundo do quantum, o mundo dos átomos e das partículas subatômicas, o que é ou não real deixa de ser tão óbvio. De fato, os próprios pioneiros da mecânica quântica, de Planck e Einstein à Bohr, Schrödinger e Heisenberg, debateram as implicações da nova teoria para a nossa compreensão do real sem chegarem a um consenso.
A teoria quântica abandona certas premissas básicas da física clássica como, por exemplo, o conceito de trajetória; um elétron viajando pelo espaço não percorre mais um caminho bem definido entre o seu ponto de partida e o de chegada; podemos apenas dizer qual a probabilidade dele tomar um dado caminho. No mundo quântico, a noção de caminho torna-se difusa, junto com a própria existência: afinal, se não podemos dizer por onde o elétron passou para ir de um ponto a outro, como garantir que ele existe entre esses dois pontos?
A salvação do caos completo vem com a idéia de medida. Para sabermos onde está o elétron, temos de interagir com ele. No processo de medida, fixamos a sua posição e, portanto, a sua existência. Ou seja, a realidade, no mundo quântico, depende do ato de observação: as coisas só são reais quando observadas.
Mais ainda, o resultado da observação depende do observador: duas medidas idênticas não darão necessariamente o mesmo resultado. No mundo quântico, vence o idealismo: as coisas existem ao serem medidas, o que, em última instância, depende do observador, seja ele inteligente ou uma máquina.



--------------------------------------------------------------------------------
Marcelo Gleiser é professor de física teórica do Dartmouth College, em Hanover (EUA), e autor do livro "O Fim da Terra e do Céu"



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: CQ Rib.Preto CQ
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, "SBCR" <sbcr@yahoogrupos.com.br>, "STR_Brasil" <strbrasil@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/01/2003 16:58

Cq Ribeirão Preto,
há algum amigo listeiro de Ribeirão Preto? Preciso de um favorzão urgente!
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br <=== resposta para PVT
www.feiradeciencias.com.br
======================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Trocando em miudos ........
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/01/2003 17:00

O consulente abaixo enviou uma complementação:

"prof. Leo,acho que lhe pedi uma explicação que não é de sua área,ou seja bloqueadores ribossomicos da sintese proteica.Queira me desculpar,embora sempre ache que os físicos são os que sabe das coisas.caso o sr. conheça algum bioquimico,me seria de utilidade.muito grato Dagmar.______________________________________________________________"

[]'
Léo

-----Mensagem Original-----
Assunto: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Trocando em miudos ........


Olá expert's,
[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: dagmar
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sábado, 4 de janeiro de 2003 14:10
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


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SUBJECT: Re: Bissexualidade e outros temas - epílogo
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/01/2003 19:03

Olá.

> Vc. está descrevendo uma fantasia patognomonicamente histérica. A
predileção por gente que já tem par é tipicamente histérica.

Eu não sei o que você está chamando histérico. Só acho importante
lembrar que casos de homens que fazem sexo com mulheres casadas são
comuns por toda a história. Isto porque, no ambiente ancestral, não
existiam mulheres disponíveis para o homem fazer sexo como existem
hoje. A mulher, mesmo antes de menstruar (ou mesmo antes de nascer,
ou antes de ser sequer concebida), já estava casada. Assim, a única
chance que um cara tinha de fazer sexo com outras mulheres além de
sua esposa (se ele tiver uma), seria com as casadas. Comer uma
solteira pode ser perigoso, pois o pai ou os irmãos dela não irão
gostar (pois ela já está prometida para outro homem), mas comer uma
casada é uma boa estratégia, pois o segredo interessa também à
mulher.

> É muito comum que meus pacientes homens contem coisas como estas:
que, em determinada ocasião, quando passeavam pela Av. Santa Fé,
acompanhados por suas respectivas esposas, notavam que as mulheres
que também por ali passeavam, os olhavam com grande interesse sexual.
Mais de um resolveu fazer um passeio sozinho e, quando o realizou,
deu-se conta que nenhuma mulher demonstrou interesse por ele. Alguns
até se perguntavam por que não coincidiu o dia em que demonstraram
tanto interesse com um passeio sozinho.

Isso é realmente intrigante. Faz sentido um homem se interessar por
uma mulher casada. Também faz sentido uma mulher casada se interessar
por fazer sexo casual com outros homens (escondida do marido). Mas
uma mulher solteira se interessar por homens casados é uma estratégia
estranha. O que ela poderia ganhar com isso? Ela quer roubar o marido
da outra? Não entendo. Isso parece desafiar a teoria evolutiva.

> O interesse é gerado por uma cultura favorecedora da histeria
(machista), porque o sexismo na cultura, excita a fantasia de
castração (complexo, nas mulheres e ansiedade nos homens).

Não entendi direito. Mas tudo isso que estou falando só tem sentido
em sociedades "patrifocais", isto é, sociedades nas quais os
acasalamentos são regulados por uma ordem política que visa
distribuir as mulheres pelos diversos homens. (Como aquelas
estruturas elementares de parentesco de Claude Lévi-Strauss.) Em
sociedades mais "matrifocais", nas quais a ordem política é menos
importante, tais idéias fazem pouco sentido, pois em geral nessas
sociedades o sexo é mais livre e o pai tem pouca importância. A
figura que representa a autoridade é o irmão da mãe.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Bissexualidade e outros temas - epílogo
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/01/2003 19:15


Uma pequena intromissão, para um breve comentário.

On Sun, 5 Jan 2003, Joao de Carvalho wrote:
(...)
>
> Isso é realmente intrigante. Faz sentido um homem se interessar por
> uma mulher casada. Também faz sentido uma mulher casada se interessar
> por fazer sexo casual com outros homens (escondida do marido). Mas
> uma mulher solteira se interessar por homens casados é uma estratégia
> estranha. O que ela poderia ganhar com isso? Ela quer roubar o marido
> da outra? Não entendo. Isso parece desafiar a teoria evolutiva.

Na verdade isso é cotidiano. Comenta-se que é muito mais fácil arranjar
mulher (numa festa, por ex.) depois que se arranja a primeira ou quando
já se chega acompanhado (especialmente se por namorada e melhor ainda se
bonita).

Uma possível explicação é um raciocício do tipo: "... ele deve ter algo
[de bom] pra ter conseguido aquela garota...".

É aquela velha história: 'O diabo sempre caga no monte maior'. Quer
trate-se de dinheiro, mulher, ... :-)

Abraços,
Stafusa




SUBJECT: Fim do conceito de raça - Steve Olson
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/01/2003 23:18

A TARDE 05/01/2003 - Internacional
< http://www.atarde.com.br/materia.php3?mes=01&ano=2003&id_subcanal=15&id_materia=599 >
Estados Unidos
Conceito de raça é lançado por terra

Rio - Para contar a História da Humanidade nos últimos 150 mil anos e discutir como os diversos grupos humanos surgiram, o pesquisador americano Steve Olson recorreu às mais recentes descobertas genéticas. Rastreando os genes humanos, Olson concluiu que os seis bilhões de habitantes do planeta descendem de um único grupo populacional que viveu na África há 150 mil anos.

E vai além: demonstra que, geneticamente, todas as pessoas são extremamente similares, e joga por terra o conceito de raça.

"O termo raça não tem nenhuma utilidade e deve ser abandonado", afirmou, em entrevista ao Globo, por e-mail. "Qualquer divisão populacional em grupos biológicos é uma simplificação". O resultado dos estudos está no livro "A História da Humanidade" (Editora Campus), que acaba de ser lançado no Brasil.

Pergunta - Podemos dizer que os seres humanos são todos idênticos? Ou, pelo menos, muito parecidos?
Steve Olson - As pessoas não são geneticamente idênticas, como podemos constatar olhando para as diferenças de pele, cabelo e rosto. Mas elas são surpreendentemente muito similares geneticamente. Chimpanzés que vivem em uma única colina na África, por exemplo, apresentam duas vezes mais diversidade genética do que os seis bilhões de humanos no planeta. Isso ocorre porque todos nós descendemos de um pequeno grupo que viveu no Leste da África há apenas 150 mil anos.

P - Por que os homens mudaram tão pouco em 150 mil anos?
R - Cento e cinqüenta mil anos, ou cerca de seis mil gerações, podem parecer muito tempo. Mas em termos evolucionários é um piscar de olhos. Os grupos humanos não ficaram separados por tempo suficiente para que desenvolvessem diferenças significativas. Todos têm as mesmas características biológicas básicas do grupo original de homens modernos que vivia na África.

P - Podemos dizer, então, que não existem raças? Por que não podemos chamar um grupo de raça?
R - Nossas histórias biológicas se sobrepõem de tal forma e são tão complexas que não podemos resumi-las em rótulos tão simples quanto raça. Indivíduos e grupos têm ancestrais biológicos únicos, mas o termo raça mistura o cultural e o biológico de forma inevitavelmente confusa. Eu acredito que o termo raça não tem mais utilidade e deve ser abandonado. Qualquer divisão da população mundial em grupos biológicos - sejam eles três, cinco ou mil - é inevitavelmente uma simplificação.

P - Como os grupos desenvolveram características físicas diferentes?
R - Quando o homem moderno deixou a África, há cerca de 65 mil anos, ele se descobriu vivendo em ambientes diferentes daquele de seus ancestrais. Muitas regiões da Europa e da Ásia, por exemplo, eram menos ensolaradas do que o Leste da África. Pessoas com pele escura têm um elevado risco de desenvolver raquitismo em regiões mais frias porque absorvem menos luz solar, necessária para a produção da vitamina D. Pessoas que tiveram mutações que garantiram a elas peles mais claras tiveram uma vantagem evolutiva nessas regiões. Por outro lado, é sempre mais provável que pessoas tenham filhos com parceiros que vivem nas proximidades. Sempre que isso acontece, populações de determinadas regiões divergem das de outras regiões.

Práticas esportivas

P - Por que alguns grupos têm performances melhores em determinados esportes?
R - Baseado na história genética da humanidade, era de se esperar que todos os grupos estivessem representados de forma mais ou menos similar em todos os esportes - e é exatamente isso que ocorre, se analisarmos os esportes como um todo. Alguns grupos estão mais representados em alguns esportes, mas são exatamente os esportes esperados, se levarmos em conta aspectos culturais. Nos Estados Unidos, os afro-americanos estão mais presentes em esportes típicos da cidade, como o basquete, e os euro-americanos se sobressaem nos esportes suburbanos, como a natação e o tênis. Na medida em que as barreiras sociais caírem, cairão também esses estereótipos.

P - Se os grupos podem divergir fisicamente, por que não podem ter diferenças de temperamento ou inteligência?
R - Os homens têm diferenças físicas porque migraram para regiões com ambientes muito diferentes. Mas todos os grupos humanos carregam consigo os mesmos atributos mentais. Os argumentos, segundo os quais, grupos diferentes teriam sofrido pressões que, por seleção natural, produziram diferentes atributos mentais, são falhos por duas razões. Primeiro, porque nunca foi identificado nenhum mecanismo que pudesse ser responsável por atributos tão complexos. Em segundo lugar, o desenvolvimento do cérebro envolve milhares de genes e depende em grande parte das experiências que temos no útero e ao longo do nosso crescimento. Nunca será possível mostrar que comportamentos distintos têm origem biológica, porque a complexidade da interação entre genes e meio ambiente irá sempre exceder qualquer diferença genética. As pessoas são muito interligadas para que tenham o tipo de distinção genética que resulte em diferenças biológicas radicais.

P - Somos todos parentes?
R - Cada pessoa tem uma árvore genealógica diferente da de qualquer outro indivíduo, muito embora essas árvores comecem a se sobrepor num passado surpreendentemente recente. Por exemplo, todas as pessoas do Novo Mundo - inclusive cada um dos brasileiros - descendem da realeza britânica. Trata-se de uma certeza virtual baseada na maneira pela qual as árvores genealógicas se conectam se olharmos para algumas centenas de anos no passado. De certa forma, compartilhamos os mesmos ancestrais, embora em proporções diferentes.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Bissexualidade e outros temas - epílogo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/01/2003 23:56

Oi Marco, João e Jefferson,

João: Isso é realmente intrigante. Faz sentido um homem se interessar
por uma mulher casada. Também faz sentido uma mulher casada se
interessar por fazer sexo casual com outros homens (escondida do
marido). Mas uma mulher solteira se interessar por homens casados é
uma estratégia estranha. O que ela poderia ganhar com isso? Ela quer
roubar o marido da outra? Não entendo. Isso parece desafiar a teoria
evolutiva.

Jefferson: Na verdade isso é cotidiano. Comenta-se que é muito mais
fácil arranjar mulher (numa festa, por ex.) depois que se arranja a
primeira ou quando já se chega acompanhado (especialmente se por
namorada e melhor ainda se bonita).

Uma possível explicação é um raciocício do tipo: "... ele deve ter
algo [de bom] pra ter conseguido aquela garota...".

Manuel: Ninguém está absolutamente satisfeito consigo mesmo. Num ou
noutro aspecto queremos ser como algum 'outro', bonito como o fulano,
inteligente como o sicrano, etc. Isto é, desejamos ser conforme um
modelo ou personalidade paradigmática, que é sempre uma construção
cultural. E certas pessoas estão mais próximas desse modelo do que
nós próprios. Ser o outro, eis a questão; e quando se deseja ser o
outro, deseja-se o que ele tem (os seus bens materiais, o seu cônjuge
ou namorado), deseja-se ter os seus gostos pessoais, deseja-se os
seus desejos. Esse Outro que determina grande parte dos nossos
desejos pode ser designado pelo pronome impessoal 'se': como o
que 'se' come, bebo o que 'se' bebe, leio o que 'se' lê, desejo o
que 'se' deseja... Em suma, quero ser como 'se' é. É o 'se' o sujeito
da moda. Se alguém muito próximo do 'Ego Ideal' aparece de repente
sob roupas estravagantes, é muito provável que essa indumentária se
incorpore ao gosto das pessoas médias por algum tempo. Se, num
círculo de mulheres, a mais bonita, rica e gostosa (e que, por esses
atributos, tem sobre as outras um poder maior de influência) diz que
o chiquinho, apesar de muito feio, tem um charme irresistível,
certamente muitas outras mulheres desse círculo passarão a olhar o
chiquinho com olhos mais lascivos, desejosos. Assim como gripe, o
desejo é algo que se propaga por contágio. Contágio este que se
assemelha muito com o contágio histérico que se verifica em conventos
e colégios internos de moças: basta uma moça ter um ataque de
histeria para que, depois de algumas horas, dezenas de outras moças
sejam acometidas pelo mesmo mal. Um suicídio ocorrido numa comunidade
pode desencadear uma onda de suicídios e um assassinato passional,
uma onda de assassinatos passionais da mesma natureza.

É comum vermos psicóticos que abriram mãos da sua própria
personalidade e incorporaram a de outros, na maioria das vezes
personalidades importantes da sua época. Napoleão Bonaparte, por
exemplo. Um amigo meu, que se suicidou recentemente, em um de seus
surtos maníacos passou a se identificar como o compositor cubano
Pablo Milanez. Tocava uma música desse cantor no rádio, ele dizia que
a música era dele. São em geral indivíduos destruídos que perderam
completamente o amor próprio e para os quais a única saída na vida é
tornarem-se literalmente uma outra pessoa. São casos em que a morte
do ego antecipa-se à do corpo.

Há casos menos graves em que a pessoa mantém a sua própria
identidade, mas que se comporta como clone de personalidades famosas.
Imita o corte de cabelo, a indumentária, os gostos pessoais e todos
os trejeitos do seu ídolo: Elvis Presley, John Lennon, Mick Jegger,
Raul Seixas, Michael Jakson, Madonna, etc. Num restaurante perto
daqui de casa conheci um que é uma cópia quase perfeita do Alexandre
Frota. E ele não é apenas parecido, ele 'quer' ser parecido e se
esforça muito para isso. Muitos dos seus gestos e da sua postura
corporal é perceptivelmente exagerada, afetada, não espontânea. Toda
frase ele termina com um 'valeu, parceiro!' e com sotaque carioca(o
cara é cearense da gota serena). O meu irmão, quando adolescente, era
tão fã do Arnold Schwarzenegger que ficou meio parecido com ele,
tendo inclusive incorporado definitivamente aquela expressão de mau
do ator quando, no filme 'O Caçador de Andróides II', ele pronuncia a
frase: 'Até la vista, baby.' Eu mesmo, quando era trotsquista, fiquei
com a fisionomia quase idêntica à do Trotsky. Ai como eu era
ridículo! :-)

Malgrado essas versões mais ou menos patológicas, o processo de
identificação mediante o qual incorporamos traços de outras pessoas é
um importante mecanismo de construção da personalidade. Entre as
crianças, é absolutamente natural que umas imitem as outras, que
imitem os irmãos mais velhos, os pais, etc. Algumas dessas imitações
se incorporam definitivamente à personalidade. De modo que, no fim,
todos nós adultos trazemos em nós mesmos caracteres pessoais de
outros, introjetados mediante imitação e por razões psicológicas.
Lacan chegou mesmo a dizer que o ego é uma colcha de retalhos de
identificações, um 'precipitado' de identificações.

Os chimpanzés não só se reconhecem no espelho como gostam de se verem
no espelho, isto é, há entre eles aquilo que Freud denominou de
libido narcísica. Essa libido narcísica (ou narcisismo secundário)
nada mais é que o resíduo no indivíduo adulto do auto-erotismo
infantil. Interpessoalmente, ela se manifesta como desejo
homossexual (desgenitalizado) pelos 'alter-egos' do grupo social.
Aliás, quando vemos um homem se jactar dizendo para os outros do
clube do bolinha que comeu uma gostosona, ele não está fazendo outra
coisa que aquele jogo erótico de conquista e de sedução. Só que o
parceiro a ser conquistado e seduzido não é uma mulher, mas outros
homens, seus amigos, seus alter-egos.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Fim do conceito de raça - Steve Olson
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/01/2003 23:57

> E vai além: demonstra que, geneticamente, todas as pessoas são
extremamente similares, e joga por terra o conceito de raça.

Não concordo com isso. Raças existem. Pode não ser um conceito
preciso como é homem e mulher, adulto e criança, mas ainda assim
podemos falar de raças diferentes.

> "O termo raça não tem nenhuma utilidade e deve ser abandonado"

É claro que é útil. Se você vê um cara com traços orientais, você
jamais diria que suas origens estão na Irlanda. Você sabe que ele
veio do oriente (ou seus pais, avós, etc.). Com um pouco de
familiaridade, dá para dizer até mesmo se ele veio do Japão, da
Coréia ou da China. Como você pode saber disso simplesmente olhando
para os traços físicos? A resposta é que os japoneses realmente
possuem certas características próprias daquela região, assim como os
chineses e os coreanos.

Eu tenho um amigo holandês que diz conseguir identificar facilmente
turistas holandeses andando aqui no Rio. Está certo que ele usa
muitos traços do comportamento (que provavelmente são culturais) para
diferenciar holandeses e alemães, mas ainda assim existe uma
diferença física entre esses dois povos. Eu acho que eu consigo
identificar um inglês, um cara da Europa central, e um francês
(embora para mim alemães, dinamarqueses e holandeses sejam tudo a
mesma coisa).




SUBJECT: Re: Fim do conceito de raça - Steve Olson
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/01/2003 00:52

Oi João,

Você já ouviu falar na Eva Mitocondrial? Pois bem: mesmo pessoas
com características "raciais" diversas, tal como um ameríndio e uma
russa podem ter ancestrais comuns, o que é verificável através do
rastreamento genético do DNA mitocondrial.

Como pode ser lido em:
http://ctc.fmrp.usp.br/ctc/education/mostrareportagem.asp?Id=96

" Humanidade descende de 33 filhas de Eva, afirma geneticista da
Reuters, em Hay-On-Wye (Gales) Nós todos somos descendentes das 33
filhas de Eva. Para saber qual delas era a sua tataravó, tudo o que
você precisa fazer, agora, é raspar a bochecha com um algodão. E
pagar um precinho módico a um geneticista para que ele construa a sua
árvore genealógica. O geneticista é o professor Bryan Sykes, que
passou a última década mapeando as origens da humanidade. Ele lançou
na internet (www.oxfordancestors.com) um serviço chamado MatriLine,
que permite traçar as linhagens maternas de qualquer pessoa até uma
das "sete filhas de Eva", que se espalharam pela Europa a partir de
45 mil anos atrás _as datas ainda são discutíveis. Um serviço
parecido existe no Brasil desde o ano passado. Ele é fornecido pela
empresa Gene, de Belo Horizonte (www.gene.com .br), e permite
determinar de que parte do mundo vieram os genes de cada brasileiro.
Quem entrar no site e pagar 150 libras (cerca de R$ 500) recebe um
kit com uma espécie de haste de algodão para preparar um esfregaço de
células e o manda de volta para as análises que irão revelar suas
origens. "Há cerca de 33 grupos [filhas] se você pegar o mundo
inteiro", disse o geneticista-empresário. As sete "mães" dos europeus
_o serviço é inicialmente voltado para Europa e EUA, mas o site
garante que pode descobrir as origens de qualquer pessoa_ foram
descritas no novo livro de Sykes, "As Sete Filhas de Eva", recém-
lançado no Reino Unido. "Para trazê-las à vida eu dei nomes a elas,
que vão de Úrsula, na Grécia, 45 mil anos atrás, a Jasmine, na Síria,
10.000 anos atrás." Parente da múmia O pesquisador britânico começou
a analisar DNA de ossos arqueológicos no início da década. Em 1994,
foi chamado para examinar os restos congelados de um homem de 5.000
anos, aprisionado no gelo dos Alpes italianos. Isso o levou a
pesquisar como os genes passam inteiros de geração a geração pela
linhagem materna e o ajudou a localizar os ancestrais genéticos
humanos. Pouco tempo depois, descobriu na Inglaterra uma mulher com a
mesma sequência genética da múmia. Estava aberto um filão de
mercado. "Milhares de pessoas pediram para fazer um teste de DNA para
descobrir de onde elas vêm", disse Sykes. "A maioria vinha dos EUA.
Eu acho que a razão para o interesse é a redescoberta do fato de que
nós temos uma história, e de que os genes não são só algo que é dado
a você." As "filhas de Eva" são linhagens recentes de um DNA
mitocondrial fundador da espécie, batizado de "Eva" pelo geneticista
americano Allan Wilson. Ela teria vivido em algum lugar da África há
cerca de 150 mil anos, quando o Homo sapiens sapiens surgiu. Para
saber a que distância uma pessoa se encontra de uma dada "filha de
Eva", basta sequenciar (descobrir a ordem das letras químicas A, T, C
e G do DNA) uma porção específica do DNA mitocondrial e compará-la a
determinados haplogrupos, ou seja, grupos de genes que funcionam
como "etiquetas" de determinadas populações modernas."

E detalhes quanto ao que o "lixo" genético pode oferecer em termos de
respostas à evolução além de alusões à Eva mitocondrial podem ser
lidos aqui:

http://www.estado.estadao.com.br/edicao/especial/perspe/meca.html

O conceito de "raça" é algo que pode ser desprezado. Somos todos
seres humanos e ponto. Se ele persistir, fica provado que
temos "preferências" por seres humanos de cores e tipos biofísicos
específicos.

Quanto às diferenças que você aponta, são resultantes de seleção +
traços culturais. Haja visto que há um contingente grande de
italianos vivendo na França e que depois de algumas gerações adotam
os costumes franceses e não admitem que têm raízes italianas ( há
casos na minha família, pode crêr ), simplesmente por preconceito
(franceses não suportam outros povos )... Há ainda muitos holandeses
que deixaram descendência aqui no Brasil, quando da invasão holandesa
a partir de 1624 e alguns dos traços característicos desse povo foram
integrados ao povo de certas regiões do nordeste depois da
miscigenação. A vulga "cabeça chata" é tida como um de tais traços,
além da pele clara e dos olhos azuis :)

Beijos, Lígia

**********************************

--- Em ciencialist@y..., "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@h...>
escreveu
> > E vai além: demonstra que, geneticamente, todas as pessoas são
> extremamente similares, e joga por terra o conceito de raça.
>
> Não concordo com isso. Raças existem. Pode não ser um conceito
> preciso como é homem e mulher, adulto e criança, mas ainda assim
> podemos falar de raças diferentes.
>
> > "O termo raça não tem nenhuma utilidade e deve ser abandonado"
>
> É claro que é útil. Se você vê um cara com traços orientais, você
> jamais diria que suas origens estão na Irlanda. Você sabe que ele
> veio do oriente (ou seus pais, avós, etc.). Com um pouco de
> familiaridade, dá para dizer até mesmo se ele veio do Japão, da
> Coréia ou da China. Como você pode saber disso simplesmente olhando
> para os traços físicos? A resposta é que os japoneses realmente
> possuem certas características próprias daquela região, assim como
os
> chineses e os coreanos.
>
> Eu tenho um amigo holandês que diz conseguir identificar facilmente
> turistas holandeses andando aqui no Rio. Está certo que ele usa
> muitos traços do comportamento (que provavelmente são culturais)
para
> diferenciar holandeses e alemães, mas ainda assim existe uma
> diferença física entre esses dois povos. Eu acho que eu consigo
> identificar um inglês, um cara da Europa central, e um francês
> (embora para mim alemães, dinamarqueses e holandeses sejam tudo a
> mesma coisa).



SUBJECT: Re: A Loucura no Diva - Pax!
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/01/2003 10:56

Marco A. escreveu: "Espero que possamos conversar de modo mais amistoso,
neste ano que começa."

Marco,

Meu alvo era exatamente você quando escrevi "Quanto a essa história de
complô de psiquiatras e indústria famacêutica, coloco-a no mesmo nível dos
argumentos ad hominem que dão como paranóicos os críticos da Psicanálise:
são apenas resultado da ativação emocional exagerada experimentada pelos
fizeram da Psicanálise seu objetivo de vida e detestam estar vivendo a crise
de uma abordagem psicológica que já teve seus dias de glória."

Por quê? Porque já havia ficado meio chocado quando, na Acrópolis, vc dise
que certas críticas (minhas) só poderiam ser feitas por alguém que fosse
ignorante ou estivesse de má-fé. Dentre todas as possibilidades vc escolhia
a que não me deixava saída (e nem uma coisa nem outra se apicavam a mim,
naquel momento). Então, na época, parei de escrever sobre o assunto e fui
estudar mais, o que resultou em maior sofisticação, de minha parte, ao
pensar sobre a Psicanálise. Seu remédio foi amargo e injusto, mas teve bons
resultados.

Agora, eu, no meu estilo barroco e meio ininteligível, quis apenas oferecer
ao Manuel Bulcão um cópia xerox de um livro que estou lendo (o que ele,
devido ao meu estilo, ainda não entendeu). E vc surgiu com aquele
ataque-defesa em que, mais uma vez, eu, ou me calava, ou engolia que minhas
"críticas" (não fiz nenhuma) eram uma manifestação de minha paranóia, no que
eu estaria junto com outros críticos de Freud e da Psicanálise. Então eu
quis lhe mostrar que também sei produzir falácias e fiz uma bem dolorosa.

Mas no fundo, ao oferecer o livro ao Manuel, eu estava era querendo me
juntar à "turma", uma turma que tem pessoas do nível do Takata, do Manuel e
você mesmo, se nos restringirmos apenas àqueles que discutem Psicanálise a
sério (perdoem-me se esqueci de alguém). Nesse contexto, seu pedido de
conversas mais amistosas me cai como um presente dos céus (desculpe,
Sílvio). Pois tenho aprendido tanto, aqui na Ciencialist, que posso dizer,
sem medo, que ter ingressado nesta lista foi um de meus maiores acertos
intelectuais dos últimos anos. E é óbvio que isto se deve às pessoas, como
você, que me fazem pensar e rever posições, continuamente.

Então, peço-lhe desculpas pela maldade e mesquinharia intencionais e
conscientes de meu contra-ataque e aceito, total e integralmente, sua
proposta de conversas mais amistosas.

Um grande abraço,

Vizzoni











_________________________________________________________________
MSN Messenger: converse com os seus amigos online.
http://messenger.msn.com.br



SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - BRUDNA (GRITANDO)!!!!!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/01/2003 11:12

QUEBRA ESSA!
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Usuario Universo Online
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: segunda-feira, 6 de janeiro de 2003 11:08
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


Meu nome é Eduardo, tenho um trabalho de Quimica e tenho duvidas sobre o assunto Eletroquimica , procurei me informar mas as informações foram insuficientes , no trabalho o professor pergunta o seguinte :
Eletroquimica
- Potencial de Eletrodo
- Potenciais Padrão de Redução
- Metais Sacrifício
- Pilhas
- Eletrolise <=== isso tem na minha Sala 21
- Estequiometria da Eletrólise
Se for possivel me mandar alguma coisa sobre o assunto ou me indicar onde devo pesquisar , preciso disso para quarta - feira dia 08/01/2003
Obrigado.
mail - rogerionegimob@uol.com.br


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A Loucura no Diva - Pax!
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/01/2003 13:01

On 6 Jan 2003 at 10:56, Edson Vizzoni wrote:

> Pois tenho aprendido tanto, aqui na Ciencialist, que posso dizer,
> sem medo, que ter ingressado nesta lista foi um de meus maiores acertos
> intelectuais dos últimos anos.

Benvindo à turma, Vizzoni. Uma das coisas que eu mais gosto é de
baixar a bola, serenar-me, deixar a irritação de lado e sentir o valor de
uma pessoa. Eu lhe agradeço por deixar-me apreciar seu valor.
Tratarei de aprender mais. A verdade é que esta lista é muito boa para
testar a segurança e a profundidade do que a gente estuda e pratica.

Esta lista me obriga a responder concisa e precisamente. Quando
meus conhecimentos não estão firmes, não me resta outra que tratar
de melhorá-los. Até agora não me arrependi. Penso que neste ano
novo, ganhei um interlocutor dos bons.

É isto aí, Vizzoni, eu já havia sentido que era interessante conversar
com Vc. Quando Vc. silenciou pensei que eu havia feito algo mal e que
lhe havia incomodado. Achei que era uma pena. Agora que estamos
de volta ao diálogo fico muito satisfeito.

Um abração
Marco Aurelio Andrade


















SUBJECT: Re: [ciencialist] Equivalencia + Carga
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/01/2003 14:15

On Fri, 20 Dec 2002, Luiz Ferraz Netto wrote:
> TARCISIO BORGES: Ah! É isso!!! Acho que há um erro de interpretação sua. Mas posso estar
> enganado. Que tal um exemplo mais concreto???
>
> OK. Tenho no espaço sideral uma caçamba de concreto (A). Se essa
> caçamba for acelerada pelo seu fundo, na direção AB, por um foguete, o
> concreto mole transfere forças (inter-ação) de camada para camada até
> compactar-se no fundo da caçamba. Se todavia a caçamba for acelerada
> pela presença de uma enorme massa colocada em B, todas as partes do
> concreto serão igualmente aceleradas e tais partes não agirão sobre as
> demais; tudo se passa como uma queda livre do concreto e caçamba. Os
> modos de acelerar não são equivalentes ... como afirma o princípio da
> equivalência.
>
> []'
> Léo

Voltemos então ao elevador de Einstein.

Quando a caçamba é acelerada pela massa B, ela é acelerada em relação a B,
ou equivalentemente, B é acelerado em relação a caçamba A.

Suponhamos uma bola de basquete parcialmente cheia de concreto sobre a
superfície terrestre, quando em queda livre a massa de concreto não é
compactada [que é a segunda situação sugerida por vc], mas quando em
repouso sobre a Terra a massa é compactada. O mesmo acontece no elevador
de Einstein acelerado. Quando a bola está em queda livre, mesmo sofrendo
uma "atração gravitacional", a massa de concreto não é compactada.

Segundo a relatividade, um objeto em queda livre não é distingüível de um
outro objeto em um espaço livre com ausência de forças. A massa de
concreto do caminhão não se compacta, quando atraído gravitacionalmente,
pois ele se comporta como se estivesse em um espaço livre [sem atuação das
quatro forças fundamentais]. No entanto, coloque o caminhão em repouso
sobre seu objeto de grande massa e o concreto irá se compactar.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/01/2003 14:32

On Sat, 21 Dec 2002, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não
> é uma carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se
> repetirá.
> Alberto

Vamos por partes...

Carga elétrica é uma característica da massa que gera um campo elétrico.

Sabemos que um corpo tem carga elétrica porque gera um campo elétrico e
este interage com outros campos elétricos [e magnéticos].

Sabemos que o elétron tem carga pois interage com outros campos elétricos.

Agora, se esta carga é coulombiana ou não, está além da física atual pois
a dimensão de um elétron é muito menor que o menor objeto observável.

É esférico? É peludo? Tem a forma de uma corda? Tem a forma de um
chiclete? Ninguém sabe. Modelemos cada alternativa e vejamos o que
conseguimos observar com isso.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Equivalencia + Carga
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/01/2003 14:51

On Sat, 21 Dec 2002, Luiz Ferraz Netto wrote:
> >Luiz Ferraz Netto > Sugestão 2- discutir porque elétrons num feixe (como os do TRC,
> por
> > > exemplo) não se repelem, ou seja, o feixe paralelo não torna-se
> > > divergente.
> >
> TARCISIO BORGES > Einstein já respondeu esta questão no artigo em que ele faz sua
> primeira
> > exposição sobre relatividade.
>
> Sérgio: Poderias elaborar mais sobre isso? Como ele explicou o que acontece ?
> Eu não lembro de ver isso lá escrito.

É onde ele fala da dinâmica de objetos eletricamento carregados quando em
movimento, no caso supra citado, um feixe de elétrons.

Lá ele começa a discussão do problema de referenciais no eletromagnetismo
e propõe a relatividade, mas até onde eu sei ele não chega a responder
sobre o fenômeno da não divergência/convergência do feixe.

Sugeriram [depois] que existiria uma velocidade em que os efeitos de
atração magnética e repulsão elétrica se igualariam, mas tal não acontece
pois é observado em todas as velocidades.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: Física: neutrino tem massa
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/01/2003 15:03


Oi. Carga coulombiana significa que o campo elétrico decresce com
o quadrado da distância. Então, para ver se a carga de um elétron é
coulombiana ou não, não é necessário ter acesso a suas dimensões mínimas;
basta medir seu campo elétrico e ver sua variação com a distância.

A pergunta é: alguém já teve a pachorra de medir o campo elétrico
de um elétron único e determinar sua variação com a distância?

Belisário

At 14:32 06/01/03 -0200, you wrote:
>On Sat, 21 Dec 2002, Alberto Mesquita Filho wrote:
> > Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não
> > é uma carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se
> > repetirá.
> > Alberto
>
>Vamos por partes...
>
>Carga elétrica é uma característica da massa que gera um campo elétrico.
>
>Sabemos que um corpo tem carga elétrica porque gera um campo elétrico e
>este interage com outros campos elétricos [e magnéticos].
>
>Sabemos que o elétron tem carga pois interage com outros campos elétricos.
>
>Agora, se esta carga é coulombiana ou não, está além da física atual pois
>a dimensão de um elétron é muito menor que o menor objeto observável.
>
>É esférico? É peludo? Tem a forma de uma corda? Tem a forma de um
>chiclete? Ninguém sabe. Modelemos cada alternativa e vejamos o que
>conseguimos observar com isso.
>
>[]s
>TARCISIO BORGES



SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/01/2003 15:10

Eu só conheço um Deus e ele se chama Léo, que aliás possui todas as
características citadas mais uma, que é a humildade, que lhe impede de se
manifestar em toda a sua grandeza.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all

On Sun, 22 Dec 2002, jsmartins wrote:

> O DEUS QUE ME REFEI FOI:
> Divíno
> Espiritual
> Universal
> Superior
>
> Valdeci Martins
> Campo Grande-MS



SUBJECT: Re: [ciencialist] Einstein na parede...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/01/2003 18:02

Obritanquiu!
Choro com a magnitude de tais reconhecimentos. Só não choro mais para não converter a humildade em umidade (o choro traz apócope de h e l) ... não pretendo o segundo dilúvio universal (mesmo pq ainda não sei onde foi parar toda a água do primeiro)!
[]'
deus
======================

-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 6 de janeiro de 2003 15:10
Assunto: Re: [ciencialist] Einstein na parede...


Eu só conheço um Deus e ele se chama Léo, que aliás possui todas as
características citadas mais uma, que é a humildade, que lhe impede de se
manifestar em toda a sua grandeza.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all

On Sun, 22 Dec 2002, jsmartins wrote:

> O DEUS QUE ME REFEI FOI:
> Divíno
> Espiritual
> Universal
> Superior
>
> Valdeci Martins
> Campo Grande-MS





SUBJECT: Re: [ciencialist] Equivalencia + Carga
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/01/2003 18:10

Então aquela experiência mental proposta por Einstein de estar dentro de uma cápsula acelerada por foguetes traseiros ser equivalente a uma atração gravitacional não é verdadeira! Não era isso a proposta da equivalência? Quem está dentro da cápsula não deveria saber se está sendo acelerado 'foguetalmente' ou por atração gravitacional. Acabei de dar um contra-exemplo para isso!
[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 6 de janeiro de 2003 14:15
Assunto: Re: [ciencialist] Equivalencia + Carga


On Fri, 20 Dec 2002, Luiz Ferraz Netto wrote:
> TARCISIO BORGES: Ah! É isso!!! Acho que há um erro de interpretação sua. Mas posso estar
> enganado. Que tal um exemplo mais concreto???
>
> OK. Tenho no espaço sideral uma caçamba de concreto (A). Se essa
> caçamba for acelerada pelo seu fundo, na direção AB, por um foguete, o
> concreto mole transfere forças (inter-ação) de camada para camada até
> compactar-se no fundo da caçamba. Se todavia a caçamba for acelerada
> pela presença de uma enorme massa colocada em B, todas as partes do
> concreto serão igualmente aceleradas e tais partes não agirão sobre as
> demais; tudo se passa como uma queda livre do concreto e caçamba. Os
> modos de acelerar não são equivalentes ... como afirma o princípio da
> equivalência.
>
> []'
> Léo

Voltemos então ao elevador de Einstein.

Quando a caçamba é acelerada pela massa B, ela é acelerada em relação a B,
ou equivalentemente, B é acelerado em relação a caçamba A.

Suponhamos uma bola de basquete parcialmente cheia de concreto sobre a
superfície terrestre, quando em queda livre a massa de concreto não é
compactada [que é a segunda situação sugerida por vc], mas quando em
repouso sobre a Terra a massa é compactada. O mesmo acontece no elevador
de Einstein acelerado. Quando a bola está em queda livre, mesmo sofrendo
uma "atração gravitacional", a massa de concreto não é compactada.

Segundo a relatividade, um objeto em queda livre não é distingüível de um
outro objeto em um espaço livre com ausência de forças. A massa de
concreto do caminhão não se compacta, quando atraído gravitacionalmente,
pois ele se comporta como se estivesse em um espaço livre [sem atuação das
quatro forças fundamentais]. No entanto, coloque o caminhão em repouso
sobre seu objeto de grande massa e o concreto irá se compactar.

[]s
TARCISIO BORGES
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/01/2003 18:27

Um só elétron não faz verão! Mas, um 'enxame' deles poderá produzir campos aditivos (vetorialmente) num dado ponto do espaço ... e nesse ponto poderá haver um pacotinho de elétrons em equilíbrio sob ação de seu próprio peso e daquele campo eletrostático. Uma placa eletrizada simula o enxame e a minúscula gota de óleo o pacotinho de elétrons ... e assim Millikan determinou a razão e/m donde e. A força coulombiana foi constatada.
A técnica é própria dos métodos da formação da ciência: Semelhança, Interpolação e Extrapolação. Outra técnica aplicada foi a 'Eliminação pela simetria'.
A palavra 'simetria' talvez não seja a mais indicada porque nela estão incluídos também os significados de invariança e a lei de conservação. Todavia, isso não é muito estranho porque, quando se exige a invariança sob a conjugação de carga, as propriedades das partículas carregadas positivamente e das carregadas negativamente tornam-se simétricas, como no caso do elétron e do pósitron. Tb, quando se exige a conservação do momento angular, a equação que descreve o sistema mecânico torna-se invariante sob uma rotação no espaço, isto é, torna-se simétrica em relação às coordenadas x, y, z.
Por exemplo (para não sair do contexto), a força coulombiana
f = (e.e').[(x-x')^2 + (y-y')^2 + (z-z')^2]^-1
é simétrica em relação a x,y,z e, por isso, o momento angular do sistema de dois corpos conserva-se.
Contudo, se a força sobre uma partícula for
f' proporc. (ax^2 + by^2 + cz^2)^-1
o momento angular dessa partícula não seria definido.

Vichiii ..... qta bobagem!
[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisário" <belistas2@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 6 de janeiro de 2003 15:03
Assunto: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa



Oi. Carga coulombiana significa que o campo elétrico decresce com
o quadrado da distância. Então, para ver se a carga de um elétron é
coulombiana ou não, não é necessário ter acesso a suas dimensões mínimas;
basta medir seu campo elétrico e ver sua variação com a distância.

A pergunta é: alguém já teve a pachorra de medir o campo elétrico
de um elétron único e determinar sua variação com a distância?

Belisário





SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -algebra linear e fisica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/01/2003 18:31

Querem colaborar com a resposta a essa pergunta?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "." <portas@uai.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 6 de janeiro de 2003 16:00
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -algebra linear e fisica


| Prezado Professor,
| Voce poderia dizer quais as aplicacoes da algebra linear para os
| diversos ramos da fisica?
| Ou,tambem,qual o grau de importancia da algebra linear para a fisica?
| Mauricio Moreira
|
|



SUBJECT: Re: [ciencialist] Equivalencia + Carga
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/01/2003 18:31


Não entendo nada de RG, mas vou dar minha opinião mesmo assim, me baseando
no pouco de conceito que (acho que) sei.

A equivalência é entre aceleração e campo gravitacional, e não inclui uma
eventual trajetória. Assim, no ex. da caçamba de concreto, o campo que é
equivalente ao foguete a empurrando pelo fundo não é o campo de uma grande
carga a sua frente, é o de uma grande carga sobre a qual ele se apoie.

Abraços,
Stafusa



On Mon, 6 Jan 2003, Luiz Ferraz Netto wrote:

> Então aquela experiência mental proposta por Einstein de estar dentro de uma cápsula acelerada por foguetes traseiros ser equivalente a uma atração gravitacional não é verdadeira! Não era isso a proposta da equivalência? Quem está dentro da cápsula não deveria saber se está sendo acelerado 'foguetalmente' ou por atração gravitacional. Acabei de dar um contra-exemplo para isso!
> []'
> Léo
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: segunda-feira, 6 de janeiro de 2003 14:15
> Assunto: Re: [ciencialist] Equivalencia + Carga
>
>
> On Fri, 20 Dec 2002, Luiz Ferraz Netto wrote:
> > TARCISIO BORGES: Ah! É isso!!! Acho que há um erro de interpretação sua. Mas posso estar
> > enganado. Que tal um exemplo mais concreto???
> >
> > OK. Tenho no espaço sideral uma caçamba de concreto (A). Se essa
> > caçamba for acelerada pelo seu fundo, na direção AB, por um foguete, o
> > concreto mole transfere forças (inter-ação) de camada para camada até
> > compactar-se no fundo da caçamba. Se todavia a caçamba for acelerada
> > pela presença de uma enorme massa colocada em B, todas as partes do
> > concreto serão igualmente aceleradas e tais partes não agirão sobre as
> > demais; tudo se passa como uma queda livre do concreto e caçamba. Os
> > modos de acelerar não são equivalentes ... como afirma o princípio da
> > equivalência.
> >
> > []'
> > Léo
>
> Voltemos então ao elevador de Einstein.
>
> Quando a caçamba é acelerada pela massa B, ela é acelerada em relação a B,
> ou equivalentemente, B é acelerado em relação a caçamba A.
>
> Suponhamos uma bola de basquete parcialmente cheia de concreto sobre a
> superfície terrestre, quando em queda livre a massa de concreto não é
> compactada [que é a segunda situação sugerida por vc], mas quando em
> repouso sobre a Terra a massa é compactada. O mesmo acontece no elevador
> de Einstein acelerado. Quando a bola está em queda livre, mesmo sofrendo
> uma "atração gravitacional", a massa de concreto não é compactada.
>
> Segundo a relatividade, um objeto em queda livre não é distingüível de um
> outro objeto em um espaço livre com ausência de forças. A massa de
> concreto do caminhão não se compacta, quando atraído gravitacionalmente,
> pois ele se comporta como se estivesse em um espaço livre [sem atuação das
> quatro forças fundamentais]. No entanto, coloque o caminhão em repouso
> sobre seu objeto de grande massa e o concreto irá se compactar.
>
> []s
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS -algebra linear e fisica
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/01/2003 18:40


Toda a mec. quant. é baseada numa extensão da alg. lin. (esp. de Hilbert).

Sistemas de eq. diferenciais (com as quais quase tudo se modela na física)
são tratados de maneira mais simples (com Wronskiano, variáveis vetoriais,
etc) com ferramentas da alg. lin: é um caso de aplicação da matemática à
própria matemática e desta última à física.

No tratamento de circuitos eletrônicos a alg. lin. pode facilitar muito
algumas coisas.

E muitas outras aplicações mais específicas, que não são tão importantes
quanto as duas primeiras (especialmente a segunda).

Abraços,
Stafusa


On Mon, 6 Jan 2003, Luiz Ferraz Netto wrote:

> Querem colaborar com a resposta a essa pergunta?
> []'
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@uol.com.br
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> -----Mensagem Original-----
> De: "." <portas@uai.com.br>
> Para: <leobarretos@uol.com.br>
> Enviada em: segunda-feira, 6 de janeiro de 2003 16:00
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -algebra linear e fisica
>
>
> | Prezado Professor,
> | Voce poderia dizer quais as aplicacoes da algebra linear para os
> | diversos ramos da fisica?
> | Ou,tambem,qual o grau de importancia da algebra linear para a fisica?
> | Mauricio Moreira
> |
> |



SUBJECT: Re: [ciencialist] Equivalencia + Carga
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/01/2003 18:43

>>Stafusa: Não entendo nada de RG, mas vou dar minha opinião mesmo assim, me baseando
no pouco de conceito que (acho que) sei.

A equivalência é entre aceleração e campo gravitacional, e não inclui uma
eventual trajetória. Assim, no ex. da caçamba de concreto, o campo que é
equivalente ao foguete a empurrando pelo fundo não é o campo de uma grande
carga a sua frente, é o de uma grande carga sobre a qual ele se apoie. <<

Léo: Não entendi! Principalmente a parte:"não é o campo de uma grande
carga a sua frente, é o de uma grande carga sobre a qual ele se apoie."
[]'
Léo
=================================================

On Mon, 6 Jan 2003, Luiz Ferraz Netto wrote:

> Então aquela experiência mental proposta por Einstein de estar dentro de uma cápsula acelerada por foguetes traseiros ser equivalente a uma atração gravitacional não é verdadeira! Não era isso a proposta da equivalência? Quem está dentro da cápsula não deveria saber se está sendo acelerado 'foguetalmente' ou por atração gravitacional. Acabei de dar um contra-exemplo para isso!
> []'
> Léo
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: segunda-feira, 6 de janeiro de 2003 14:15
> Assunto: Re: [ciencialist] Equivalencia + Carga
>
>
> On Fri, 20 Dec 2002, Luiz Ferraz Netto wrote:
> > TARCISIO BORGES: Ah! É isso!!! Acho que há um erro de interpretação sua. Mas posso estar
> > enganado. Que tal um exemplo mais concreto???
> >
> > OK. Tenho no espaço sideral uma caçamba de concreto (A). Se essa
> > caçamba for acelerada pelo seu fundo, na direção AB, por um foguete, o
> > concreto mole transfere forças (inter-ação) de camada para camada até
> > compactar-se no fundo da caçamba. Se todavia a caçamba for acelerada
> > pela presença de uma enorme massa colocada em B, todas as partes do
> > concreto serão igualmente aceleradas e tais partes não agirão sobre as
> > demais; tudo se passa como uma queda livre do concreto e caçamba. Os
> > modos de acelerar não são equivalentes ... como afirma o princípio da
> > equivalência.
> >
> > []'
> > Léo
>
> Voltemos então ao elevador de Einstein.
>
> Quando a caçamba é acelerada pela massa B, ela é acelerada em relação a B,
> ou equivalentemente, B é acelerado em relação a caçamba A.
>
> Suponhamos uma bola de basquete parcialmente cheia de concreto sobre a
> superfície terrestre, quando em queda livre a massa de concreto não é
> compactada [que é a segunda situação sugerida por vc], mas quando em
> repouso sobre a Terra a massa é compactada. O mesmo acontece no elevador
> de Einstein acelerado. Quando a bola está em queda livre, mesmo sofrendo
> uma "atração gravitacional", a massa de concreto não é compactada.
>
> Segundo a relatividade, um objeto em queda livre não é distingüível de um
> outro objeto em um espaço livre com ausência de forças. A massa de
> concreto do caminhão não se compacta, quando atraído gravitacionalmente,
> pois ele se comporta como se estivesse em um espaço livre [sem atuação das
> quatro forças fundamentais]. No entanto, coloque o caminhão em repouso
> sobre seu objeto de grande massa e o concreto irá se compactar.
>
> []s
> TARCISIO BORGES
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> One Ring to rule them all
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SUBJECT: Re: Homossexualismo e psicanálise
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/01/2003 19:40

Oi João,

João: Esta é especialmente para o Manuel Bulcão:

Como conciliar a visão do homossexualismo como expressão ritual da
política primata com a visão da psicanálise? Até onde eu sei, a
psicanálise ignora esta visão do homossexualismo. No entanto, os
mecanismos que ela sondou para explicar esse fenômeno devem estar, de
alguma forma, relacionados com a estrutura política das sociedades de
primatas.
Manuel: Para Freud, a sexualidade infantil, de caráter pré-genital,
tem por base o binômio ativo-passivo e não a bipolatidade macho-
fêmea. Há até uma distinção com base nesse binônio nas fases oral e
anal da libido. Freud fala numa fase oral primária de sucção
(passiva) e numa fase oral secundária 'canibalística' (ativa) em que
a criança se relaciona com os objetos mordendo, dilacerando,
reduzindo o todo às suas partes (neste aspecto, as crianças se
assemelham aos cientistas reducionistas :-)) . Talvez pareça estranho
um erotismo ligado às funções digestivas, mas disso há um importante
paralelo no reino protista: a primeira forma de sexo entre os
protozoários teve esse caráter canibalístico; sem que houvesse
distinção entre gêneros sexuais, um protista incorporava um outro por
meio da fagocitose, ocorrendo depois disso uma fusão genética. Ok, é
um exemplo muito distante da nossa humana realidade, e provas por
analogia têm limites. Aliás, analogias não provam nada; no máximo,
servem como critério de escolha entre hipóteses com o mesmo poder
explicativo. E corroboram de uma forma precária (reforçam numa medida
mínima) aquelas hipóteses para as quais não existem hipóteses
alternativas. Não obstante isso, há outros fatos que tornam essa
associação entre as funções digestivas e sexuais menos abstrusa,
entre eles o seguinte: entre os mamíferos, o nervo vago é um
importante canal que medeia estímulos e respostas prazerosas, de
natureza estritamente sexual. E pelo nervo vago passa quase toda a
inervação parassimpática da parte superior do corpo; a partir do
pescoço e do tronco cerebral, o vago se ramifica pela cabeça, com
terminais pelas adjacências da laringe, da faringe e dos olhos.
Mulheres paraplégicas em decorrência de acidentes (por isso,
insensíveis da cintura pra baixo) tendem, em compensação, a
desenvolver esse erotismo intermediado pelo nervo vago. São capazes
de atingir orgasmos `não-genitais' por meio de carícias nos mamilos,
no pescoço, no ombro, no queixo, NA BOCA e até mesmo através de
sensações visuais. Segundo o prof. A. Scott, da Universidade do
Arizona, "Algumas mulheres podem induzir o orgasmo afagando suas
sobrancelhas ou pressionando seus dentes ou acenando os dedos entre
os olhos e o sol numa freqüência de 5-10 hertz." Em condições
normais, orgasmos não-genitais deste tipo são improváveis. Normal é
apenas a sensação de prazer sexual pré-orgástica, preliminar, tal
como ocorre no beijo, que comumente não distingue macho de fêmea (o
que é corrente entre humanos e bonobos), no contato entre a boca e os
mamilos, bem como na felação e na cunilíngua, práticas sexuais estas
muito comuns entre os seres humanos (No contato erótico entre lábios
e mamilos, é natural que tanto uns como os outros se intumesçam).
Do mesmo modo que o estágio oral, a fase anal também se desdobra em
duas: há uma fase anal de retenção (passiva) e uma outra de expulsão
(ativa). Um erotismo anal também pode parecer estranho. Mas saibam
que, em muitos animais, as relações intra-específicas (entre
indivíduos da mesma espécie), mormente às de demarcação territorial,
são mediadas pelos órgãos excretores de urina e fezes, isto é, pela
uretra e pelo ânus. Entre alguns lêmures, são as glândulas
sudoríparas que estabelecem essa mediação (friccionando seu braço e
antebraço no tronco das árvores, os lêmures sinalizam as fronteiras
do seu território). Quanto à demarcação pelas fezes, isso é
verificável tanto entre mamíferos quadrúpedes que se orientam pelo
faro (lobos, ratos-topeira, doninhas, etc.) quanto entre répteis e
até mesmo insetos. Junto aos excrementos, há liberação do hormônio
sexual testosterona, que, neste caso, desempenha também o papel de
feromônio, ou seja, de agente químico que serve de sinal entre
membros da mesma espécie. Nesses animais, o sinal que indica a
presença de um outro animal da mesma espécie (e do mesmo sexo)
estimula os esfíncteres anal e uretral. Ademais, "os centros de
reflexo espinhais do orgasmo acham-se em estreita proximidade
anatômica com os que regulam as descargas urinárias e fecais. Isso
explica algumas situações clínicas em que há concomitância de
sintomas nestas áreas funcionais." Esse último trecho foi retirado do
link:

http://www.geocities.com/diva_ps/sexo.html

Isto posto, é como se as relações eróticas fossem também relações de
força e de dominação, tal como se verifica na maioria dos animais,
sobretudo naquelas espécies em que a seleção sexual do macho pela
fêmea é fraca ou inexistente (a fêmea é pouco mais que uma 'presa' do
macho). E, realmente, há um forte teor sadomasoquista no
relacionamento sexual entre mamíferos.

Esse erotismo baseado nos binômios ativo-passivo e dominante-dominado
é a argamassa que une as relações de hierarquia, mormente entre os
indivíduos do mesmo sexo.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Equivalencia + Carga
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/01/2003 21:20


O que o princípio da equivalência afirma é que:

Experiências realizadas em um referencial uniformemente acelerado (com
aceleração 'a') têm os mesmos resultados se realizadas num referencial não
acelerado situado em um campo gravitacional (com a acel. da grav g = -a )

Então, no seu ex., o concreto se compacta no fundo da caçamba quando esta
é um ref. acelerado ("para cima"), mas ele se compacta, também, se a
caçamba estiver com velocidade constante (i.e., num ref não acelerado) mas
em um campo gravitacional ("para baixo": do topo da caçamba para o fundo).

Só que a gravidade é só atrativa (até onde se sabe), por isso falei que a
"grande massa" deve estar sob a caçamba e não "a sua frente" (que, no
caso, significa sobre ela).

E falei da trajetória não ser a mesma pois, naturalmente, a caçamba
acelerada não descreve a mesma traj. que a caçamba com vel. cte num campo
grav. (pelo menos acho que não :) mas, de qquer modo, essa é uma questão
mal formulada: afinal, se falaria da trajetória em qual referencial?

Até,
Stafusa



On Mon, 6 Jan 2003, Luiz Ferraz Netto wrote:

> >>Stafusa: Não entendo nada de RG, mas vou dar minha opinião mesmo assim, me baseando
> no pouco de conceito que (acho que) sei.
>
> A equivalência é entre aceleração e campo gravitacional, e não inclui uma
> eventual trajetória. Assim, no ex. da caçamba de concreto, o campo que é
> equivalente ao foguete a empurrando pelo fundo não é o campo de uma grande
> carga a sua frente, é o de uma grande carga sobre a qual ele se apoie. <<
>
> Léo: Não entendi! Principalmente a parte:"não é o campo de uma grande
> carga a sua frente, é o de uma grande carga sobre a qual ele se apoie."
> []'
> Léo
> =================================================
> > >
> > > OK. Tenho no espaço sideral uma caçamba de concreto (A). Se essa
> > > caçamba for acelerada pelo seu fundo, na direção AB, por um foguete, o
> > > concreto mole transfere forças (inter-ação) de camada para camada até
> > > compactar-se no fundo da caçamba. Se todavia a caçamba for acelerada
> > > pela presença de uma enorme massa colocada em B, todas as partes do
> > > concreto serão igualmente aceleradas e tais partes não agirão sobre as
> > > demais; tudo se passa como uma queda livre do concreto e caçamba. Os
> > > modos de acelerar não são equivalentes ... como afirma o princípio da
> > > equivalência.
> > >
> > > []'
> > > Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fim do conceito de raça - Steve Olson
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/01/2003 21:30


O próximo passo vai ser a negação sistemática e dogmática
das diferenças do fenótipo. Reparem que o autor se contradiz
ao defender a necessidade da abolição do termo "raça":

<<Steve Olson - As pessoas não são geneticamente idênticas,
como podemos constatar olhando para as diferenças de pele,
cabelo e rosto.>>

Ora, tais diferenças, embora pequenas, recebem o nome de
diferenças raciais. Parece até coisa de doido de hospício.
As diferenças não são negadas, mas o nome que sempre foi
usado para sintetizá-las, esse sim, deve ser negado...
Steve Olson não está lutando contra o racismo ou contra
o preconceito racial, mas apenas contra a linguagem, hoje
em dia bem enfraquecida. O resultado de se fazer biologia
a serviço do politicamente correto é catastrófico para
a biologia e para o raciocínio.

Isso me lembra uma mania crescente na mídia de usar um termo
sem o menor significado: "raça humana"... Pode?

Abraços,

Guilherme

>A TARDE 05/01/2003 - Internacional
><
>http://www.atarde.com.br/materia.php3?mes=01&ano=2003&id_subcanal=15&id_materia=599
> >
>Estados Unidos
>Conceito de raça é lançado por terra
>
>Rio - Para contar a História da Humanidade nos últimos 150 mil anos e
>discutir como os diversos grupos humanos surgiram, o pesquisador americano
>Steve Olson recorreu às mais recentes descobertas genéticas. Rastreando os
>genes humanos, Olson concluiu que os seis bilhões de habitantes do planeta
>descendem de um único grupo populacional que viveu na África há 150 mil
>anos.
>
>E vai além: demonstra que, geneticamente, todas as pessoas são extremamente
>similares, e joga por terra o conceito de raça.
>
>"O termo raça não tem nenhuma utilidade e deve ser abandonado", afirmou, em
>entrevista ao Globo, por e-mail. "Qualquer divisão populacional em grupos
>biológicos é uma simplificação". O resultado dos estudos está no livro "A
>História da Humanidade" (Editora Campus), que acaba de ser lançado no
>Brasil.
>
> Pergunta - Podemos dizer que os seres humanos são todos idênticos? Ou,
>pelo menos, muito parecidos?
> Steve Olson - As pessoas não são geneticamente idênticas, como podemos
>constatar olhando para as diferenças de pele, cabelo e rosto. Mas elas são
>surpreendentemente muito similares geneticamente. Chimpanzés que vivem em
>uma única colina na África, por exemplo, apresentam duas vezes mais
>diversidade genética do que os seis bilhões de humanos no planeta. Isso
>ocorre porque todos nós descendemos de um pequeno grupo que viveu no Leste
>da África há apenas 150 mil anos.
>
> P - Por que os homens mudaram tão pouco em 150 mil anos?
> R - Cento e cinqüenta mil anos, ou cerca de seis mil gerações, podem
>parecer muito tempo. Mas em termos evolucionários é um piscar de olhos. Os
>grupos humanos não ficaram separados por tempo suficiente para que
>desenvolvessem diferenças significativas. Todos têm as mesmas
>características biológicas básicas do grupo original de homens modernos que
>vivia na África.
>
> P - Podemos dizer, então, que não existem raças? Por que não podemos
>chamar um grupo de raça?
> R - Nossas histórias biológicas se sobrepõem de tal forma e são tão
>complexas que não podemos resumi-las em rótulos tão simples quanto raça.
>Indivíduos e grupos têm ancestrais biológicos únicos, mas o termo raça
>mistura o cultural e o biológico de forma inevitavelmente confusa. Eu
>acredito que o termo raça não tem mais utilidade e deve ser abandonado.
>Qualquer divisão da população mundial em grupos biológicos - sejam eles
>três, cinco ou mil - é inevitavelmente uma simplificação.
>
> P - Como os grupos desenvolveram características físicas diferentes?
> R - Quando o homem moderno deixou a África, há cerca de 65 mil anos, ele
>se descobriu vivendo em ambientes diferentes daquele de seus ancestrais.
>Muitas regiões da Europa e da Ásia, por exemplo, eram menos ensolaradas do
>que o Leste da África. Pessoas com pele escura têm um elevado risco de
>desenvolver raquitismo em regiões mais frias porque absorvem menos luz
>solar, necessária para a produção da vitamina D. Pessoas que tiveram
>mutações que garantiram a elas peles mais claras tiveram uma vantagem
>evolutiva nessas regiões. Por outro lado, é sempre mais provável que
>pessoas tenham filhos com parceiros que vivem nas proximidades. Sempre que
>isso acontece, populações de determinadas regiões divergem das de outras
>regiões.
>
>Práticas esportivas
>
> P - Por que alguns grupos têm performances melhores em determinados
>esportes?
> R - Baseado na história genética da humanidade, era de se esperar que
>todos os grupos estivessem representados de forma mais ou menos similar em
>todos os esportes - e é exatamente isso que ocorre, se analisarmos os
>esportes como um todo. Alguns grupos estão mais representados em alguns
>esportes, mas são exatamente os esportes esperados, se levarmos em conta
>aspectos culturais. Nos Estados Unidos, os afro-americanos estão mais
>presentes em esportes típicos da cidade, como o basquete, e os
>euro-americanos se sobressaem nos esportes suburbanos, como a natação e o
>tênis. Na medida em que as barreiras sociais caírem, cairão também esses
>estereótipos.
>
> P - Se os grupos podem divergir fisicamente, por que não podem ter
>diferenças de temperamento ou inteligência?
> R - Os homens têm diferenças físicas porque migraram para regiões com
>ambientes muito diferentes. Mas todos os grupos humanos carregam consigo os
>mesmos atributos mentais. Os argumentos, segundo os quais, grupos
>diferentes teriam sofrido pressões que, por seleção natural, produziram
>diferentes atributos mentais, são falhos por duas razões. Primeiro, porque
>nunca foi identificado nenhum mecanismo que pudesse ser responsável por
>atributos tão complexos. Em segundo lugar, o desenvolvimento do cérebro
>envolve milhares de genes e depende em grande parte das experiências que
>temos no útero e ao longo do nosso crescimento. Nunca será possível mostrar
>que comportamentos distintos têm origem biológica, porque a complexidade da
>interação entre genes e meio ambiente irá sempre exceder qualquer diferença
>genética. As pessoas são muito interligadas para que tenham o tipo de
>distinção genética que resulte em diferenças biológicas radicais.
>
> P - Somos todos parentes?
> R - Cada pessoa tem uma árvore genealógica diferente da de qualquer
>outro indivíduo, muito embora essas árvores comecem a se sobrepor num
>passado surpreendentemente recente. Por exemplo, todas as pessoas do Novo
>Mundo - inclusive cada um dos brasileiros - descendem da realeza britânica.
>Trata-se de uma certeza virtual baseada na maneira pela qual as árvores
>genealógicas se conectam se olharmos para algumas centenas de anos no
>passado. De certa forma, compartilhamos os mesmos ancestrais, embora em
>proporções diferentes.
>
>
>
>[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>


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SUBJECT: Re: Homossexualismo e psicanálise
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/01/2003 21:32

(corrigindo)

Oi João,

João: Esta é especialmente para o Manuel Bulcão:

Como conciliar a visão do homossexualismo como expressão ritual da
política primata com a visão da psicanálise? Até onde eu sei, a
psicanálise ignora esta visão do homossexualismo. No entanto, os
mecanismos que ela sondou para explicar esse fenômeno devem estar, de
alguma forma, relacionados com a estrutura política das sociedades de
primatas.

Manuel: Para Freud, a sexualidade infantil, de caráter pré-genital,
tem por base o binômio ativo-passivo e não a bipolatidade macho-
fêmea. Há até uma distinção com base nesse binônio nas fases oral e
anal da libido.

Freud fala numa fase oral primária de sucção (passiva) e numa fase
oral secundária 'canibalística' (ativa) em que a criança se relaciona
com os objetos mordendo, dilacerando, reduzindo o todo às suas partes
(neste aspecto, as crianças se assemelham aos cientistas
reducionistas :-)).

Talvez pareça estranho um erotismo ligado às funções digestivas, mas
disso há um importante paralelo no reino protista: a primeira formade
sexo entre os protozoários teve esse caráter canibalístico; sem que
houvesse distinção entre gêneros sexuais, um protista incorporava um
outro por meio da fagocitose, ocorrendo depois disso uma fusão
genética.

Ok, é um exemplo muito distante da nossa humana realidade, e provas
por analogia têm limites. Aliás, analogias não provam nada; no
máximo, servem como critério de escolha entre hipóteses com o mesmo
poder explicativo. E corroboram de uma forma precária (reforçam numa
medida mínima) aquelas hipóteses para as quais não existem hipóteses
alternativas. Não obstante isso, há outros fatos que tornam essa
associação entre as funções digestivas e sexuais menos abstrusa,
entre eles o seguinte: entre os mamíferos, o nervo vago é um
importante canal que medeia estímulos e respostas prazerosas, de
natureza estritamente sexual. E pelo nervo vago passa quase toda a
inervação parassimpática da parte superior do corpo; a partir do
pescoço e do tronco cerebral, o vago se ramifica pela cabeça, com
terminais pelas adjacências da laringe, da faringe e dos olhos.
Mulheres paraplégicas em decorrência de acidentes (por isso,
insensíveis da cintura pra baixo) tendem, em compensação, a
desenvolver esse erotismo intermediado pelo nervo vago. São capazes
de atingir orgasmos `não-genitais' por meio de carícias nos mamilos,
no pescoço, no ombro, no queixo, NA BOCA e até mesmo através de
sensações visuais. Segundo o prof. A. Scott, da Universidade do
Arizona, "Algumas mulheres podem induzir o orgasmo afagando suas
sobrancelhas ou pressionando seus dentes ou acenando os dedos entre
os olhos e o sol numa freqüência de 5-10 hertz." Em condições
normais, orgasmos não-genitais deste tipo são improváveis. Normal é
apenas a sensação de prazer sexual pré-orgástica, preliminar, tal
como ocorre no beijo (que comumente não distingue macho de fêmea e
que é corrente entre humanos e bonobos), no contato entre a boca e os
mamilos, bem como na felação e na cunilíngua -- práticas sexuais
estas muito comuns entre os seres humanos. A propósito, no contato
erótico entre lábios e mamilos, é natural que tanto uns como os
outros se intumesçam.

Do mesmo modo que o estágio oral, a fase anal também se desdobra em
duas: há uma fase anal de retenção (passiva) e uma outra de expulsão
(ativa). Um erotismo anal também pode parecer estranho. Mas saibam
que, em muitos animais, as relações intra-específicas (entre
indivíduos da mesma espécie), mormente às de demarcação territorial,
são mediadas pelos órgãos excretores de urina e fezes, isto é, pela
uretra e pelo ânus. Entre alguns lêmures, são as glândulas
sudoríparas que estabelecem essa mediação (friccionando seu braço e
antebraço no tronco das árvores, os lêmures sinalizam as fronteiras
do seu território). Quanto à demarcação pelas fezes, isso é
verificável tanto entre mamíferos quadrúpedes que se orientam pelo
faro (lobos, ratos-topeira, doninhas, etc.) quanto entre répteis e
até mesmo insetos. Junto aos excrementos, há liberação do hormônio
sexual testosterona, que, neste caso, desempenha também o papel de
feromônio, ou seja, de agente químico que serve de sinal entre
membros da mesma espécie. Nesses animais, o sinal que indica a
presença de um outro animal da mesma espécie (e do mesmo sexo)
estimula os esfíncteres anal e uretral. Ademais, "os centros de
reflexo espinhais do orgasmo acham-se em estreita proximidade
anatômica com os que regulam as descargas urinárias e fecais. Isso
explica algumas situações clínicas em que há concomitância de
sintomas nestas áreas funcionais." Esse último trecho foi retirado do
link:

http://www.geocities.com/diva_ps/sexo.html

Isto posto, é como se as relações eróticas fossem também relações de
força e de dominação, tal como se verifica na maioria dos animais,
sobretudo naquelas espécies em que a seleção sexual do macho pela
fêmea é fraca ou inexistente (a fêmea é pouco mais que uma 'presa' do
macho). Entre esses mamíferos, há mesmo um forte teor sadomasoquista
no relacionamento sexual entre os indivíduos.

Esse erotismo 'sadomasoquista' baseado nos binômios ativo-passivo e
dominante-dominado constitui a argamassa que une as relações de
hierarquia, principalmente entre os indivíduos do mesmo sexo.

É o que penso.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fim do conceito de raça - Steve Olson
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/01/2003 21:40


>From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Re: Fim do conceito de raça - Steve Olson
>Date: Mon, 06 Jan 2003 02:52:57 -0000
>
>Oi João,
>
>Você já ouviu falar na Eva Mitocondrial? Pois bem: mesmo pessoas
>com características "raciais" diversas, tal como um ameríndio e uma
>russa podem ter ancestrais comuns, o que é verificável através do
>rastreamento genético do DNA mitocondrial.

Provavelmente todas as formas de vida têm a mesma origem, e
isso não faz com que não existam espécies diferentes.
Esse é o raciocínio. Daí para o conceito de raça, é um pulo.

>O conceito de "raça" é algo que pode ser desprezado. Somos todos
>seres humanos e ponto. Se ele persistir, fica provado que
>temos "preferências" por seres humanos de cores e tipos biofísicos
>específicos.

Não vejo por que a persistência do conceito de raça implica
que temos preferências por seres humanos de cores e tipos
diferentes. Não há nenhuma lógica na sua afirmação. Quem
sabe isso não seja um ato falho da sua parte?
Quem sabe, no fundo, você não tenha lá suas preferências?
Desculpe se não é a realidade, mas é o que me pareceu.

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS -algebra linear e fisica
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/01/2003 22:02


>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS -algebra linear e fisica
>Date: Mon, 6 Jan 2003 18:31:47 -0200
>
>| Prezado Professor,
>| Voce poderia dizer quais as aplicacoes da algebra linear para os
>| diversos ramos da fisica?
>| Ou,tambem,qual o grau de importancia da algebra linear para a fisica?
>| Mauricio Moreira

A importância da álgebra linear na física é incalculável. Como eu
sou meio esquecido, só me vem uma aplicação bem importante, que
é a mecânica quântica. A álgebra linear é tão essencial para a MQ,
que eu diria que ela é como a geometria para a relatividade geral.

Abraços,

Guilherme




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SUBJECT: Re: Fim do conceito de raça - Steve Olson
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/01/2003 22:05

--- Em ciencialist@y..., "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@h...> escreveu
> Não vejo por que a persistência do conceito de raça implica
> que temos preferências por seres humanos de cores e tipos
> diferentes. Não há nenhuma lógica na sua afirmação. Quem
> sabe isso não seja um ato falho da sua parte?
> Quem sabe, no fundo, você não tenha lá suas preferências?
> Desculpe se não é a realidade, mas é o que me pareceu.


Bem, segundo o que o rastreamento do DNA mitocondrial preconiza,
existe uma só família humana que diferenciou-se quanto aos aspectos
externos devido a fatores mormente ambientais. O conceito de raça,
que dá a idéia de separatividade entre os povos, passa a ser um
conceito sem um embasamento concreto. Se ainda persistirem os que
defendam tal conceito será por preferências, ou ainda pelo fato de
haver diferenças quanto à aparência entre os diversos tipos
biofísicos humanos. O engraçado é que há diferenciação quanto à cor
da pele e traços característicos como formato dos olhos, nariz,
boca. Por que será que não há representantes da raça gorda, da alta,
da baixa, da magra? Já pensou nisso?

Que mal lhe pergunte, onde está o erro na minha afirmação anterior?
Quanto às minhas preferências, na realidade nem são preferências.
Casei-me com um homem alto e claro como eu porque deu "química" e
meus filhos são altos e claros também porque tais traços acabaram
sendo dominantes... :)

Beijos, Lígia





SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS (complemento)
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/01/2003 22:09


>From: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS -algebra linear e fisica
>Date: Mon, 6 Jan 2003 18:40:17 -0200 (BRST)
>
>
>Toda a mec. quant. é baseada numa extensão da alg. lin. (esp. de Hilbert).
>
>Sistemas de eq. diferenciais (com as quais quase tudo se modela na física)
>são tratados de maneira mais simples (com Wronskiano, variáveis vetoriais,
>etc) com ferramentas da alg. lin: é um caso de aplicação da matemática à
>própria matemática e desta última à física.
>
>No tratamento de circuitos eletrônicos a alg. lin. pode facilitar muito
>algumas coisas.
>
>E muitas outras aplicações mais específicas, que não são tão importantes
>quanto as duas primeiras (especialmente a segunda).
>
>Abraços,
> Stafusa

Caro Luiz e lista,

É isso aí. Me lembrei de um artigo no Mathematical Physics
(cujo autor é um grande amigo) mostrando uma aplicação
direta da álgebra linear em um problema de
relatividade geral.

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/01/2003 22:14

----- Original Message -----
From: "Roberto Belisário"
Sent: Monday, January 06, 2003 2:03 PM
Subject: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa

> Oi. Carga coulombiana significa que o campo elétrico decresce com
> o quadrado da distância.
> Então, para ver se a carga de um elétron é
> coulombiana ou não, não é necessário ter acesso a suas dimensões mínimas;
> basta medir seu campo elétrico e ver sua variação com a distância.
> A pergunta é: alguém já teve a pachorra de medir o campo elétrico
> de um elétron único e determinar sua variação com a distância?

Esse assunto eu já discuti no news uol.carreiras.fisica em setembro de 2001
afirmando, dentre outras coisas, o seguinte:

********* início da citação **********

Você diz que o campo de um elétron ou, em suas palavras, o quantum do campo
eletrônico, teria simetria esférica, a exemplo do campo de uma carga
elétrica. E eu digo que esse campo não pode ser coulombiano, apoiando-me na
experimentação como deveria ser interpretada por um físico clássico de fato,
se bem que não por outro físico clássico a já assumir como verdadeiro aquilo
que, para mim, seria um absurdo. Mas, então, você afirma que todas as
experiências eletromagnéticas efetuadas retratam o comportamento coulombiano
que, pelo que você deu a entender, seria um campo a variar com o inverso do
quadrado da distância. Mas isso, por si só, não é um campo coulombiano. O
campo magnético de um elemento de corrente (lei de Biot-Savart) varia com o
inverso do quadrado da distância e não é um campo coulombiano: nem é
elétrico, nem é de simetria esférica. O campo de efeitos elétricos da minha
teoria, sob o ponto de vista matemático, é muito parecido com o campo da lei
de Biot-Savart; ele tem um co-seno no lugar do seno ou então o que chamo
produto vetorial interno no lugar do produto vetorial externo ou
tradicional; e, também, não tem simetria esférica, mas também varia com o
inverso do quadrado da distância; para uma direção constante, ele cai
exatamente da maneira observada na lei de Coulomb.

Por que então eu afirmaria que o campo de um elétron não pode ser
coulombiano na visão de um físico clássico de fato? Porque para esse físico
clássico todos os fenômenos observados deveriam ser explicados por meio dos
postulados básicos de sua física clássica; e quando falo em postulados não
estou me referindo aos princípios da mecânica de Newton, mas aos axiomas ou
pressupostos da física newtoniana e que, de maneira sucinta, caracterizariam
o que afirmei como sendo os pilares básicos dessa física: espaço, tempo,
matéria, movimento da matéria e informação do movimento da matéria. E digo
mais: por esses axiomas não há como confundir espaço com tempo nem matéria
com movimento da matéria. Ou seja, se nós quisermos manter os axiomas da
física newtoniana intactos, não poderemos, em hipótese alguma, apoiados
agora na experimentação, interpretarmos as experiências por meio da
aceitação a priori da existência de um elétron responsável por algo que
possa ser caracterizado como o campo de uma carga elétrica coulombiana e,
como tal, de simetria esférica.

Em outras palavras: qualquer experiência a "garantir", sem dar margem a
dúvidas, que o campo elétrico gerado por um elétron é coulombiano, estaria a
meu ver falseando, de maneira irrefutável, a física newtoniana. Mas... essa
experiência já foi feita? Na sua opinião, parece que sim. Na minha opinião,
parece que não; se tirarmos a média de nossas opiniões, diria que a
problemática ainda não foi resolvida, pois a mim parece que as coisas ainda
não foram elucidadas da maneira como enfatizei, qual seja: sem dar margem a
dúvidas. É claro que essa média não é para ser levada a sério, pois o
falseamento não é algo a se sujeitar a opiniões pessoais. Sob esse aspecto
diria que estou fazendo um inocente jogo de palavras.

Vamos então aceitar, ainda que por hipótese, que o que eu digo não seja
assim tão sem fundamento; e que até o momento nós estivéssemos
--raciocinando como alguém a viver no final do século XIX-- a contemplar uma
física clássica ainda não falseada. Nessas condições, Lorentz jamais poderia
supor gratuitamente que o campo de um elétron seria coulombiano, nem mesmo
após a experiência de Thompson (1897), a supostamente medir a relação e/m; e
nem mesmo após a experiência de Millikan, efetuada bem mais tarde. O máximo
que se poderia dizer, após a experiência de Thompson ter sido efetuada,
seria que o elétron está sujeito a uma força que poderia ser do tipo
coulombiano, mas que também poderia não ser. Optou-se, então, pela primeira
afirmativa e, com isso, construiu-se uma nova física que se assumiu como
sendo a própria física clássica. E essa é a verdadeira origem do que chamei
em outra mensagem de "física clássica na visão de um físico moderno dos dias
atuais", ou seja, aquela que não consegue explicar grande número dos
fenômenos que ocorrem na natureza; ou seja, a física clássica foi falseada
por um decreto e, salvo maior juízo, creio que poderíamos chamá-lo de
Decreto de Lorentz. Esse decreto acabou sendo referendado como tal por todos
os físicos do século XX, até mesmo por aqueles que jamais se satisfizeram
com a física do século XX e que, na minha modesta opinião, constituem a
imensa maioria dos físicos que conheci, seja pessoalmente, seja por meio das
leituras que fiz a respeito desses descontentamentos manifestos. Eles não
querem admitir que estão errados, mas se expressam com freqüência por meio
dessa peculiar idiossincrasia.

Assumindo-se esse decreto como irrevogável, irretratável e irrecorrível
(olha aí a origem do partido único, que chamei em outra mensagem de Partidão
da física moderna, a existir mesmo antes de Thomas Kuhn ter nascido), não
existe mais física newtoniana, ou seja, a física newtoniana foi abolida da
face da Terra por decreto. O que sobrou da mesma convencionou-se continuar
chamando de física clássica e, por extensão, aquela que, por não explicar
grande parte de fenômenos que ocorrem na natureza, precisaria sujeitar-se a
algumas modificações em seus pilares básicos. E, daí, surgiu a física
moderna com a relatividade, de um lado, e a física quântica, de outro. E daí
surgiu aquela história de assumir que, em casos limites, a física moderna
confunde-se com a física clássica. Sim, é verdade, mas confunde-se tão
somente com a física clássica que aceita uma natureza fluido-coulombiana
para as partículas elementares, ou seja, aquela que por não ter dado certo
precisou de adaptações que a despersonalizaram, a menos de uma condição
limite.

Quando digo então que a física quântica apóia-se na noção de fluidos
elétricos, entenda-se: a física quântica tornou-se necessária porque a
física que tentou expandir para o microcosmo as idéias do modelo dos fluidos
elétricos de Maxwell --e que funcionava muito bem para o macrocosmo-- não
conseguiu explicar alguns fenômenos importantes encontrados na natureza e
relacionados ao comportamento das partículas do microcosmo. Em minha maneira
resumida de focar o problema, via de regra devida ao fato de não me darem
chance de expressar o que efetivamente penso, fica aquela impressão, que não
pretendi dar, de que os físicos quânticos estariam fluidificando as
partículas. Isto se confunde ainda mais quando interpretado sob o ponto de
vista da dualidade corpúsculo-onda e/ou do chamado colapso ou descolapso da
função de onda. Mas essa é uma outra fluidificação que tem a sua lógica
própria, a apoiar-se nos conceitos de onda, nuvem ou mesmo densidade
probabilística. Esse é um outro problema que raramente chega a me
interessar, a não ser quando tento entender como foi que uma coisa que
evoluiu a partir de um erro deu origem àquela matemática que dá certo sem
que se saiba onde, quando e nem porquê.

********* final da citação **********

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fim do conceito de raça - Steve Olson
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/01/2003 22:35


>From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Re: Fim do conceito de raça - Steve Olson
>Date: Tue, 07 Jan 2003 00:05:43 -0000

>Bem, segundo o que o rastreamento do DNA mitocondrial preconiza,
>existe uma só família humana que diferenciou-se quanto aos aspectos
>externos devido a fatores mormente ambientais. O conceito de raça,
>que dá a idéia de separatividade entre os povos, passa a ser um
>conceito sem um embasamento concreto.

Não vejo porque. Os povos foram se diferenciando geneticamente
por estarem separados entre si, em seus respectivos ambientes.
Isso é bem concreto.

>Se ainda persistirem os que
>defendam tal conceito será por preferências, ou ainda pelo fato de
>haver diferenças quanto à aparência entre os diversos tipos
>biofísicos humanos.

É aí que eu disse faltar lógica. Eu defendo o conceito de raça,
pelos motivos já enunciados, mas não tenho nenhuma preferência.
Ainda não entendi por que quem acha que as raças existem
necessariamente tem preferência por esta ou aquela raça.

>O engraçado é que há diferenciação quanto à cor
>da pele e traços característicos como formato dos olhos, nariz,
>boca. Por que será que não há representantes da raça gorda, da alta,
>da baixa, da magra? Já pensou nisso?

Não é tão simples assim, e também nem tão complicado: Os
pigmeus africanos têm todos estatura baixa. Os suecos têm
uma altura superior à altura dos brancos mediterrâneos, na
média. Individualmente, há exceções, mas na média, existe
visivelmente um padrão, que é retratado pelas diferenças
raciais.

Abraços,

Guilherme

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SUBJECT: Sobre a relacao entre Vg e Vf -Actualização
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/01/2003 22:51

Ao Luiz e a quem possa interessar a nova versão do texto sobre a
relação da velocidade de grupo e de fase e a RR está disponivel em

http://www.geocities.com/sergiotaborda/relvgvf2.pdf

Introduzi a relação Vg = Vf + k dVf/dk e a realção em 1/m que se
deduz da mesma.

Alguns comentários foram editados e algumas chamdas de atenção foram
acrescentadas.

Espero comentários,

Sérgio



SUBJECT: Encontros da STR no RJ e no RS
FROM: "Leo Vines" <str@str.com.br>
TO: <Lista@str.com.br>
DATE: 07/01/2003 03:49

Prezados,

Neste início de ano a Sociedade da Terra Redonda realizará dois encontros
regionais, um em Porto Alegre e outro no Rio de Janeiro. Em ambos teremos
uma palestra sobre biologia e fósseis, ministrada pelo paleontólogo
salvadorenho e Editor da STR, Juan Carlos Cisneros. Textos de Juan podem ser
lidos em http://str.com.br/Debate/debate0200e.htm ,
http://str.com.br/Scientia/entendendo.htm ,
http://str.com.br/Scientia/duvidas.htm e
http://str.com.br/Str/inexplicavel.htm . Veja também o seu site Sin Dioses,
em http://www.sindioses.org .

No Rio de Janeiro o encontro acontecerá no dia 11/01/2003 (próximo
sábado) na Rua dos Artistas, 225, Tijuca, no salão de festas. Começará às
17h e a entrada é franca. Mais informações com Leo Vines no e-mail
Vines@str.com.br ou pelos telefones (21) 9116-8427 e (21) 2570-1812.

Em Porto Alegre acontecerá no dia 17/11/2003 (sexta-feira), no Bar Zelig,
que fica na Sarmento Leite. Começará às 21h e os participantes pagam apenas
pelo que consumirem no local. Mais informações com Roberto Moschen Jr. no
e-mail Moschen@str.com.br .

Avise seus amigos e participe, a sua presença é muito importante! Veja as
fotos e o que aconteceu nos encontros já realizados na Área Eventos, em
http://str.com.br/Eventos/encontros.htm .

Atenciosamente,
Equipe da STR
Equipe@str.com.br
Sociedade da Terra Redonda
http://str.com.br
"Porque concluir é melhor que acreditar"

P.S.: Não se esqueça de adquirir gratuitamente o seu exemplar da Revista
Terra Redonda em http://str.com.br/Revista !

---

Esta mensagem foi enviada pois você registrou-se como Membro (
http://str.com.br/Membros ) da Sociedade da Terra Redonda ou faz parte das
principais listas de ateísmo, ceticismo e ciência na língua portuguesa. Caso
não queira mais receber nossos informes diretamente por e-mail, envie
mensagem para Str@str.com.br com o título "Remover". Pedimos desculpas aos
cadastrados em mais de uma lista pelas mensagens repetidas.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre a relacao entre Vg e Vf -Actualização
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/01/2003 07:20

Oi Sérgio,
Poderia me enviar uma cópia desse trabalho em .htm?
Tentei usar seu .pdf para converter em .htm e sempre dá erro O Acrobat aborta.
Envie seu .htm, faço as alterações que combinamos, re-envio para vc (para julgamento das alterações) e após sua avaliação coloco on-line no Imperdível.
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 6 de janeiro de 2003 22:51
Assunto: [ciencialist] Sobre a relacao entre Vg e Vf -Actualização


Ao Luiz e a quem possa interessar a nova versão do texto sobre a
relação da velocidade de grupo e de fase e a RR está disponivel em

http://www.geocities.com/sergiotaborda/relvgvf2.pdf

Introduzi a relação Vg = Vf + k dVf/dk e a realção em 1/m que se
deduz da mesma.

Alguns comentários foram editados e algumas chamdas de atenção foram
acrescentadas.

Espero comentários,

Sérgio


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre a relacao entre Vg e Vf -Actualização
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/01/2003 07:24

Olá Sérgio,

na verdade não consigo nem ler seu trabalho (actualizado). Há algum erro na passagem para .pdf.
Aliás, como é que vc passou seu trabalho para .pdf? Usou o PDFLIVRE?
[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
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-----Mensagem Original-----
De: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 6 de janeiro de 2003 22:51
Assunto: [ciencialist] Sobre a relacao entre Vg e Vf -Actualização


Ao Luiz e a quem possa interessar a nova versão do texto sobre a
relação da velocidade de grupo e de fase e a RR está disponivel em

http://www.geocities.com/sergiotaborda/relvgvf2.pdf

Introduzi a relação Vg = Vf + k dVf/dk e a realção em 1/m que se
deduz da mesma.

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acrescentadas.

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Sérgio


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Cientistas criam revistas especializadas na web
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/01/2003 12:18

No Brasil não precisamos nada disso! ... já temos o Imperdível :-))))

Agora, na Sala 19, as técnicas de desenvolvimento da Ciência, passo a passo e os modelos para seguir esses passos; tem até o perigo da superaplicação das simetrias.
Vou dar uma 'palhinha' (para os preguiçosos) sobre algumas simetrias e alguns exemplos do "perigo" delas:

(1) Invariança na translação - É a exigência quanto à invariança de uma equação em relação a uma translação paralela no espaço--tempo. O significado físico é a conservação do momento-energia.

(2) Invariança na rotação - É a exigência de que a equação seja invariante em relação a uma rotação em torno de um ponto (simetria esférica) e em relação a uma rotação em torno de um eixo (simetria axial). O significado físico dessa simetria é a conservação do momento angular.

(3) Invariança de Lorentz - A exigência agora é a invariança da equação em relação à transformação de Lorentz. A equação é, portanto, simétrica no espaço de Minkowsky. O seu significado físico é a imutabilidade das leis físicas, quando observadas em dois sistemas de coordenadas com velocidade relativa constante.

(4) Invariança de Gauge - A equação deve ser invariante em relação à transformação de Gauge. O seu significado físico é a conservação da carga-corrente.

5) Invariança de reversão de tempo - É a exigência de que a equação continue invariante, embora se troque o sinal do tempo t nela contido, isto é, em relação a uma mudança t ==> -t.

(6) Invariança de conjugação de carga - É a exigência de que, quando se fizer, numa equação, a mudança e ==> -e e trocar-se, ao mesmo tempo, a partícula pela sua antipartícula, a equação continue a mesma. Isso afirma a identidade das propriedades da partícula e da antipartícula, exceto no sinal da carga.

(7) Conservação da paridade - É a exigência de que as leis físicas sejam as mesmas tanto nas coordenadas dextrógiras como nas levógiras. A lei deve ser, portanto, invariante em relação à transformação x, y, z ==> -x, -y, -z.

Foram explicadas acima as simetrias mais representativas. Porém existem outras simetrias, tais como a conservação de paridade G, a invariança sob rotação do espaço de isospin, a conservação do número de bárions etc.

Perigo da superaplicação da simetria
..................
De fato, há exemplos em que, devido a sua superaplicação, os problemas ficaram sem solução por longo tempo, tendo sido solucionados somente quando se removeu o requisito da simetria.

Exemplo - 1 . Teoria de Lee e Yang - Existe um méson chamado K cuja massa é pouco maior que a metade da massa do próton. Depois de 10-8 segundos de vida média, ele decai em 2 ou 3 píons. Porém, aceitando a conservação da paridade, é impossível um méson K transformar-se ora em um número par, ora em um número ímpar de mésons p. Por isso, foi considerado no início, que existiam duas partículas distintas com massas iguais: a que decaía em dois píons foi denominada méson q e a que decaía em três píons, méson t. Contudo era um mistério por que duas partículas distintas possuíam exatamente a mesma massa. A sua solução foi encontrada em outro campo. Isto é, se se supusesse a conservação da paridade, os elétrons provenientes do decaimento b tinham igual possibilidade de sair com velocidade paralela ou antiparalela ao eixo do spin do núcleo.
Evidentemente, até 1955, os cálculos eram feitos considerando essa hipótese. Às vezes, encontravam-se núcleos que não concordavam com os cálculos, mas imaginava-se que a causa fosse outra. Seu motivo era simples. Nas substâncias em geral, as direções dos spins nucleares estão oscilando devido ao movimento térmico e seria quase impossível tentar a comprovação da simetria nesse caso, pois somente a intensidade total do feixe elétrons, provenientes dos núcleos com spin em diversas direções, podia ser observada. Seria melhor admitir a conservação da paridade, pois isso simplificaria bastante o cálculo. Exatamente nessa época, a técnica das temperaturas extremamente baixas desenvolvia-se muito e a obtenção das temperaturas da ordem de 0,01 K era relativamente fácil.

Os 'spins' dos núcleos a essas temperaturas praticamente não apresentam oscilações térmicas, e suas direções podem ser ordenadas por meio de um campo magnético. Com essas amostras, a validade da simetria poderia ser testada. Em 1956, sob a hipótese de não conservação da paridade, Lee e Yang fizeram vários cálculos e pediram a Wu, da Universidade de Colúmbia, a realização das comprovações experimentais. Como resultado, obteve-se que, nas interações fracas, não vale a conservação da paridade. Com isso, também o 'quebra-cabeça' q,t foi resolvido.

Exemplo - 2. Conjugação da carga - É outro exemplo que mostra a incerteza quanto à exigência da simetria. Uma vez foi focalizada a experiência que sugeria a não-validade da conjugação da carga até nas interações fortes. Existe uma partícula chamada méson h com massa da mesma ordem do méson K extremamente instável, com vida média da ordem de aproximadamente 10-22 segundos, que decai segundo h ==> p+ + p- + po. Se a conjugação da carga for válida, os fenômenos relativos ao méson p carregado positivamente e ao carregado negativamente devem ser simétricos, de modo que, se se compararem as somas das energias do p+ e do p-, depois da observação de muitos eventos, deverão ser iguais, isto é,
..........................................

==========
Bem, já desconfiaram que o que 'desejo' (praticamente uma ordem divina!) são os comentários/sugestões/ alterações/erros da língua etc.

[]'
www.feiradeciencias.com.br/sala19/index19.asp

Léo


======================
-----Mensagem Original-----
De: "Paulo Sérgio Dias" <psdias@globo.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 7 de janeiro de 2003 12:49
Assunto: [ciencialist] Cientistas criam revistas especializadas na web


| Nova York -
|
| Um grupo de proeminentes cientistas prepara um desafio eletrônico para
| os principais jornais científicos, acusando-os de deter o progresso da
................................



SUBJECT: Cientistas criam revistas especializadas na web
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@globo.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/01/2003 12:49

Nova York -

Um grupo de proeminentes cientistas prepara um desafio eletrônico para
os principais jornais científicos, acusando-os de deter o progresso da
ciência ao restringir o acesso online a seus artigos para lucrar mais.
Apoiados por uma subvenção de US$ 9 milhões da Fundação Gordon e Betty
Moore, os cientistas dizem que nesta semana anunciarão a criação de dois
jornais acadêmicos online sobre biologia e medicina, com o objetivo de
reunir os melhores ensaios científicos e colocá-los imediatamente no
domínio público.

Fornecendo uma alternativa visível aos que consideram um sistema
obsoleto de distribuição de informação científica, os fundadores esperam
que a própria ciência seja transformada. Os dois jornais são os
primeiros, do que pretende ser uma vasta biblioteca eletrônica, na qual
ninguém terá de pagar ou pedir permissão para ler, copiar ou usar o
produto coletivo da pesquisa acadêmica mundial.

"O registro escrito é o sangue da ciência", disse Harold E. Varmus,
prêmio Nobel de medicina, que assumiu a função de presidente da nova
editora sem fins lucrativos. "Nossa capacidade de aproveitar o velho
para descobrir o novo baseia-se inteiramente no modo como disseminamos
nossos resultados." Em contraste, publicações estabelecidas como Science
e Nature cobram taxas anuais de assinatura de centenas de dólares e
impedem o acesso dos não-assinantes a suas edições online ­ embora a
Science tenha começado recentemente a oferecer acesso eletrônico livre a
artigos um ano depois da publicação.

O novo empreendimento editorial, Biblioteca Pública da Ciência, é
produto de vários anos de conflito entre cientistas e jornais sobre quem
deve controlar o acesso à literatura científica na era eletrônica.

Para a maioria dos cientistas, que tipicamente cedem os direitos
autorais às publicações sem nenhuma compensação, o principal objetivo é
divulgar seu trabalho o mais amplamente possível.

Os editores acadêmicos alegam que, se tornassem os artigos mais
acessíveis, perderiam a receita com assinaturas necessárias para
garantir a qualidade do processo editorial. Longe de deter a ciência,
dizem eles, as publicações têm desempenhado um papel crucial em seu
avanço, como depósito confiável de descobertas significativas.

"Temos padrões bem altos, e isso custa alguma coisa", disse Donald
Kennedy, editor-chefe da Science. "Gostemos ou não, estamos atuando num
mercado." A Science estima que 800 mil pessoas lêem hoje a versão
eletrônica da revista, contra 140 mil leitores da versão impressa. Dado
o número de downloads em universidades como Harvard e Stanford, que
compram licenças para o acesso aos sites por cerca de US$ 5 mil por ano,
a revista diz que as pessoas estão lendo os artigos por apenas uns
poucos centavos cada.

A Science não divulga seus resultados financeiros, mas em muitos casos
até mesmo essas pequenas cobranças por artigo, para o acesso a uma base
de dados digital, podem render lucros substanciais. O conglomerado
anglo-holandês Reed Elsevier Group, a maior editora acadêmica do mundo,
teve um lucro de 30% no ano passado com suas atividades de publicação
científica. Estima-se que o New England Journal of Medicine ganha US$ 20
milhões por ano.

Dinheiro

Ainda assim, os defensores da Biblioteca Pública da Ciência dizem que a
questão não é quanto dinheiro as publicações ganham, mas seu monopólio
sobre uma literatura que deveria pertencer ao público.

"Ficaríamos muito felizes por eles terem grandes margens de lucro se, em
troca de todo esse dinheiro que lhes damos, fôssemos os donos da
literatura, e não eles", afirmou Michael B. Eisen, biólogo do
Laboratório Nacional Lawrence Berkeley e da Universidade da Califórnia e
um dos fundadores da Biblioteca Pública da Ciência.

Os defensores da iniciativa argumentaram que, quando os cientistas
contavam com publicações impressas para divulgar seu trabalho, fazia
sentido cobrar pelo acesso, já que cada cópia representava uma despesa
adicional. Mas, dizem eles, numa época em que a internet reduziu os
custos de distribuição a quase zero, um sistema que dá às publicações o
direito exclusivo sobre a distribuição não é mais necessário.

Publicando na rede e abrindo mão de qualquer lucro, os novos editores
dizem que agora é possível manter uma publicação de alta qualidade sem
cobrar taxas de assinatura.

Amy Harmon, The New York Times



SUBJECT: Como criar vida - Paul Davies
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/01/2003 13:18

"A maior parte das atividades de uma célula são melhor descritas, não em termos materiais - hardware -, mas em termos de informação, ou software. Tentar criar vida misturando elementos químicos em um tubo de ensaio é como tentar soldar fios para produzir o Windows 98.
Não funciona porque leva o problema por um caminho conceitual equivocado."

Artigo completo a seguir.
[]s
José Renato
______________________________
JC e-mail 2182, de 16 de Dezembro de 2002.
< http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=6727 >

Como podemos criar vida, artigo de Paul Davies
Cientistas buscam novas tecnologias para produzir vidas em laboratório

Paul Davies e professor do Imperial College e autor de 'The Fifth Miracle: the Search for the Origin of Life'. Artigo publicado no jornal inglês 'The Guardian':
Em 1953, um jovem cientista chamado Stanley Miller levou adiante uma experiência histórica na Universidade de Chicago. Ele tentou recriar as condições de vida na Terra durante os primórdios, descarregando eletricidade em uma mistura de água e gases selada em um frasco.
Quando Miller analisou os resultados, ficou feliz ao encontrar sinais de aminoácidos, importantes elementos das proteínas.

A experiência de Miller entrou para a história como tentativa pioneira de criar vida em um tubo de ensaio. O sucesso lançou a crença de que se tratava do primeiro passo para uma caminhada em direção à vida, ao final da qual uma sopa química nos conduziria a uma passagem pelo tempo.
Ao fazer mais experiências como essa, algum tipo de vida seria produzida. Para a maior parte das pessoas, a idéia de criar vida em laboratório parece ficção.

Alguns cientistas, porém, anunciaram que estão prestes a conseguir isso.

A origem da vida continua um quebra-cabeças. Se os cientistas pudessem criar uma segunda forma de vida no laboratório, isso poderia render pistas vitais sobre como chegamos aqui.

De alguma forma, bilhões de anos atrás, uma mistura de elementos químicos sem vida se transformaram em células com vida. Repetir experiências químicas sob condições controladas poderia levar à primeira forma de vida artificial.
A princípio, não vejo razão para não criar uma forma de vida sintética. De qualquer maneira, muitos dos cientistas que trabalham nessa tentativa estão mirando no alvo errado. No século 19, a vida era vista como um tipo de substância mágica.

Ganhou força a idéia de que essa matéria orgânica, originária de um caldo primitivo, só poderia ser sintetizada em laboratório se os ingredientes certos fossem identificados. Foi com esse espírito que Miller fez sua experiência, e muitas outras versões refinadas dela vêm sendo repetidas.

Infelizmente, os pesquisadores continuam no estágio dos blocos de construção.

Há uma razão fundamental para esse impasse. A vida, como a conhecemos agora, não é uma substância mágica. Não é algo que possa ser incubado pelos métodos da química do século 19.

Nem pode ser conjurado por descarga energética em substâncias infusivas, como um raio elétrico, à la doutor Frankenstein. Não há força vital acima e abaixo das habituais forças intermoleculares.

Ao invés disso, a célula viva tem mais semelhança com um supercomputador - um sistema de processamento e reprodução de informações de complexidade surpreendente.
O DNA não é uma molécula especial que dá vida, mas um banco de dados genético que transmite suas informações usando um código matemático.

A maior parte das atividades de uma célula são melhor descritas, não em termos materiais - hardware -, mas em termos de informação, ou software. Tentar criar vida misturando elementos químicos em um tubo de ensaio é como tentar soldar fios para produzir o Windows 98.

Não funciona porque leva o problema por um caminho conceitual equivocado.

A aproximação de Miller é fundamental, sintetizando os blocos de construção vitais a partir de substâncias inorgânicas e tentando reagrupá-los em estruturas mais complexas.

Enquanto isso, biólogos moleculares têm feito experiências sob uma perspectiva mais profunda, quebrando os elementos internos de bactérias e vírus para reorganizar seus componentes.

Há um mês, Craig Venter, famoso por seu trabalho no projeto do genoma humano, anunciou a intenção de criar uma nova forma de vida. Venter planeja esquartejar e reconstruir o genoma do Mycoplasma genitalium, um micróbio que habita o trato genital.

Mais do que criar vida, trata-se de reformulá-la. Até uma simples bactéria é uma vasta montagem de moléculas intrincadas. Embora não estejam vivas, elas são produtos de coisas vivas.

Cientistas fazem uso delas em seus consertos microbiológicos. Eles usam produtos de organismos vivos para refazer organismos vivos e continuam distantes de ser capazes de compor uma célula viva do zero.

Se a vida artificial é manufaturada, será pela aplicação das informações tecnológicas e nanotecnológicas e não pela química orgânica. Esses são os campos emergentes, e os princípios em que repousam raramente são captados.

O assunto do momento é a computação quântica - uma tentativa de aperfeiçoar as propriedades dos elétrons e átomos para processar informação em nível molecular. Aqui, o conceito de informação é transformado, e as regras de processamento são diferentes.

Entusiastas da computação quântica prevêem um salto no poder de processamento se uma tecnologia puder ser trabalhada Talvez isso crie condições para a criação da vida em laboratório.

O que nos deixa com uma questão curiosa. Como a natureza fabricou o primeiro processador de informação digital do mundo - a primeira célula viva - do caos cego das moléculas desorganizadas? Como o hardware molecular escreve seu próprio software?

A resposta deve esperar até que nós entendamos a natureza da informação e os princípios que governam sua dinâmica.

(O Estado de SP, 15/12)



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Equivalencia + Carga
FROM: Eduardo Guéron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/01/2003 15:59

>
>
>>
>>
>>>>OK. Tenho no espaço sideral uma caçamba de concreto (A). Se essa
>>>>caçamba for acelerada pelo seu fundo, na direção AB, por um foguete, o
>>>>concreto mole transfere forças (inter-ação) de camada para camada até
>>>>compactar-se no fundo da caçamba. Se todavia a caçamba for acelerada
>>>>pela presença de uma enorme massa colocada em B, todas as partes do
>>>>concreto serão igualmente aceleradas e tais partes não agirão sobre as
>>>>demais; tudo se passa como uma queda livre do concreto e caçamba. Os
>>>>modos de acelerar não são equivalentes ... como afirma o princípio da
>>>>equivalência.
>>>>
>>>>[]'
>>>>Léo
>>>>

Oi,

perdi (ou nao cheguei a receber) parte da discussao acima. Darei,
entretanto, alguns palpites....

Uma discussao semelhante ja houve na ciencialist ha algum tempo, se nao
me engano o principio da equivalencia era questionado por meio de uma
experiencia com um balde com agua em um elevador ou algo semelhante. O
principio do questionamento eh o mesmo do experimento acima, a ideia de
comparar aceleracoes "globais" com locais mas ha outros fatores a serem
considerados.

O primeiro eh a comparacao de queda livre com corpo acelerado. Para que
a experiencia tenha sentido, vc deve comparar o caso de a cacamba ser
acelerada pelo seu fundo com o caso de a cacamba estar parada em um
campo gravitacional (de valor aproximadamente constante igual a g)
apoiada pelo seu fundo . Nesse caso, o resultado sera o mesmo. Deve se
tomar muito cuidado quando se analisa o principio da equivalencia em
corpos cuja forma ou tamanho sejam relevantes ja que o principio da
equivalencia eh perfeito para referenciais, portanto, pontos. Se o
principio for testado em um corpo, a direcao da aceleracao, a forma e
tudo mais deve ser levado em conta para que tenhamos, de fato, situacoes
equivalentes.

Podemo exemplificar com um par de bolinhas presas por um fio.
Consideremos o caso em que uma das bolas eh acelerada com uma aceleracao
constante g (a aceleracao pode ser variavel contanto que varie da mesma
maneira que o campo gravitacional). A outra bolinha, portanto, sera
puxada pela da frente e a corda ficara tensionada. A situacao
equivalente seria prender a bolinha que eh acelerada no teto, a bolinha
solta pesara para baixo e tensionara a cordinha da mesma maneira. As
duas bolinhas em queda livre, por exemplo, nao eh uma situacao
equivalente bem como se prendermos ambas no teto ou se prendermos o fio
no teto, a diferenca pode ser medida na tensao da cordinha.

um abraco, Eduardo.




SUBJECT: Medida a velocidade das ondas gravitacionais
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/01/2003 19:21

A velocidade de propagação das ondas gravitacionais foi medida pela
primeira vez, segundo a New Scientist, por Ed Fomalont (Radio
Astronomy Observatory, Virginia) e Sergei Kopeikin (U of Missouri,
Columbia) em Setembro de 2002.

Os pesquisadores mediram a velocidade de propagação do campo
gravitacional de Júpiter através da deformação causada por este nas
ondas de rádio emitidas por um quasar, usando dados combinados de uma
série de radiotelescópios na Terra.

Fomalont e Kopeikin concluiram que a velocidade da gravidade é ...
surpresa! ... a mesma da luz. Parece que, mais uma vez, o velho
Alberto estava certo. O Alberto Einstein, é claro.

Colucci

First speed of gravity measurement revealed:
http://www.newscientist.com/news/news.jsp?id=ns99993232




SUBJECT: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/01/2003 22:41

----- Original Message -----
From: "josecolucci"
Sent: Tuesday, January 07, 2003 6:21 PM
Subject: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais

> First speed of gravity measurement revealed:
> http://www.newscientist.com/news/news.jsp?id=ns99993232

Neste artigo, lê-se: "Isaac Newton thought the influence of gravity was
instantaneous, but Einstein assumed it travelled at the speed of light and
built this into his 1915 general theory of relativity."

ASURDO, ABSURDO, ASURDO, ABSURDO e ABSURDO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Palavras de Newton:

1) "É inconcebível que a matéria bruta inanimada possa, sem a mediação de
alguma coisa, que não é material, atuar sobre, e afetar outra matérria sem
contato mútuo, como deve ser, se a gravitação no sentido de Epicuro for
essencial e inerente a ela. E esta á uma razão pela qual desejo não me seja
atribuída a gravidade inata. Que a gravitação seja inata, inerente e
essencial à matéria, de modo que um corpo possa atuar sobre outro a
distância, através do vácuo, sem a mediação de mais nenhuma coisa, pela qual
e através da qual sua ação e sua força fosse transportada de um até outro, é
para mim absurdo tão grande, que acredito que homem algum que tenha em
questões filosóficas competente faculdade de pensar, possa cair nele. A
gravidade deve ser causada por um agente que atua constantemente, de acordo
com certas leis; mas deixo à consideração de meus leitores se este agente é
material ou imaterial."
Isaac Newton

2) A idéia de interação instantânea a distância entrou na física pela porta
dos fundos, através de um prefácio, como afirmou James Clerk Maxwell. Ou
seja, Roger Cotes, o prefaciador da segunda edição dos Principia, teria
sido, segundo Maxwell, "o primeiro dentre os hereges criados no seio do
newtonianismo" [HARMAN, P.M (1998).: The Natural Philosophy of James Clerk
Maxwell, Cambridge University Press, UK, pp. 171-2.]. A principal heresia
atribuída a Cotes foi ter interpretado a gravitação como algo a exercer uma
interação instantânea a distância e não mediada por nada, a caracterizar o
que Maxwell chamou dogma de Cotes [MAXWELL, J.C. (1873): A Treatise on
Electricity & Magnetism (Vol.2), Dover Publ, Inc., New York, 1954, Chapter
XXIII - Theories of action at a distance, p. 492].

Pergunto: Porque insistem tanto nessa mentira deslavada? Conheço mais de 10
doutores que acreditam piamente nesse absurdo e jamais leram Newton nem
Maxwell. Na década de 90 cursei física no ifusp e notei que quase todos os
professores repetiam esse absurdo e não ficavam vermelhos. E na literatura
já flagrei mais CENTENAS de vezes esse ERRO CRASSO da comunidade científica.
Porque? Porque? Porque? Porque? Porque? Porque? Não é necessário responder,
eu só queria perguntar. ;-))

Quanto ao mais, parabéns aos relativistas, pelo visto conseguiram emplacar
mais uma vitória. Será que chegarão a comemorar 100 anos de relatividade? A
contagem regressiva já começou e 2005 está aí.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Fim do conceito de raça - Steve Olson
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/01/2003 00:10

Olá, Lígia.

> Pois bem: mesmo pessoas com características "raciais" diversas,
tal como um ameríndio e uma russa podem ter ancestrais comuns

Nós temos um ancestral comum com todos os humanos que exclui as
outras espécies. Temos também um ancestral comum com os chimpanzés
que exclui as outras espécies, e um com os chimps e gorilas, e outro
com os chimps, gorilas e orangotangos, e por aí vai, até o alface e a
bactéria.

> " Humanidade descende de 33 filhas de Eva, afirma geneticista da
Reuters

Ele está sugerindo que uma única mulher teve 33 filhas? Não entendi.
Mesmo sete filhas, como ele sugere depois, parece muito para
caçadores e coletores nômades.

A Reuters tem geneticistas? Ela não é uma empresa de notícias?

> O conceito de "raça" é algo que pode ser desprezado. Somos todos
seres humanos e ponto.

Podem os conceito de homem e mulher, adulto e criança, serem
desprezados por sermos todos seres humanos? Acho que não. Humanos
englobam uma grande diversidade genética que pode ser agrupada por
raças. Não estou dizendo que o conceito de raça é preciso como o de
homem e mulher, ou adulto e criança, mas, como eu coloquei em outra
mensagem, o fato é que nós realmente podemos dizer de que região do
globo uma pessoa veio simplesmente olhando para seus traços físicos.
O exemplo que você citou, o Brasil, é complicado, assim como todas as
Américas, pois as populações aqui presentes vieram de vários lugares
diferentes e se misturaram, tudo isso há muito pouco tempo. Para
vermos uma autêntica variação genética de acordo com a geografia nas
Américas, teríamos que olhar para as populações originais de índios.

> Se ele persistir, fica provado que temos "preferências" por seres
humanos de cores e tipos biofísicos específicos.

Eu tenho. Você não? Não gosto, por exemplo, do cabelo esponja dos
negróides. Para não parecer racista (no sentido normal do termo),
observo que não gosto das mulheres holandesas e alemãs. As francesas
são as criaturas mais belas sobre a Terra, embora as italianas também
sejam muito bonitas. Muitas brasileiras são bonitas, mas em termos de
média, mesmo entre a população "branca", elas não se comparam às
francesas. As norte-americanas são OK, e as inglesas são
razoavelmente feias, mas têm algo interessante. Como um amigo
observou, elas são quase bonitas.

> Quanto às diferenças que você aponta, são resultantes de seleção +
traços culturais. Haja visto que há um contingente grande de
italianos vivendo na França e que depois de algumas gerações adotam
os costumes franceses e não admitem que têm raízes italianas ( há
casos na minha família, pode crêr ), simplesmente por preconceito
(franceses não suportam outros povos )... Há ainda muitos holandeses
que deixaram descendência aqui no Brasil, quando da invasão holandesa
a partir de 1624 e alguns dos traços característicos desse povo foram
integrados ao povo de certas regiões do nordeste depois da
miscigenação. A vulga "cabeça chata" é tida como um de tais traços,
além da pele clara e dos olhos azuis :)

É claro, nesses últimos séculos houve muita miscigenação.
Provavelmente existem muitos ingleses com cara de francês, e muitos
franceses com cara de inglês. Mas existem tipos que são tipicamente
ingleses ou franceses. Aquele cara que fez o rei em Rainha Margot,
Jean-Rouges Anglais, algo assim, é muito francês (ele também fez
Betty Blue). O príncipe Charles é muito inglês.




SUBJECT: Re: Homossexualismo e psicanálise
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/01/2003 00:15

Olá, Manuel. Obrigado por sua explicação.

> Manuel: Para Freud, a sexualidade infantil, de caráter pré-genital,
tem por base o binômio ativo-passivo e não a bipolatidade macho-
fêmea. Há até uma distinção com base nesse binônio nas fases oral e
anal da libido.

> Freud fala numa fase oral primária de sucção (passiva) e numa fase
oral secundária 'canibalística' (ativa) em que a criança se relaciona
com os objetos mordendo, dilacerando, reduzindo o todo às suas partes
(neste aspecto, as crianças se assemelham aos cientistas
reducionistas :-)).

Interessante. Se chupar é passivo, e morder, ativo, faz sentido
pensar que muitas atividades humanas estejam enquadradas nesta
dicotomia, o que faz lembrar aquelas idéias de yin e yang. Mapear
estas relações é fundamental para uma ciência do homem.

Não sei se eu já falei isso: A natureza costuma ser econômica; em
geral ela atua no que já existe. Os laços que se formam com a mãe,
por exemplo, são depois aproveitados para forjar ligações com outros
indivíduos. Podemos pensar em uma situação de pré-adaptação, na qual
uma estrutura que antes seria para uma coisa, é adaptada para servir
para outra. Talvez a natureza aproveite algum substrato das funções
de comer para montar seus módulos sexuais. Talvez assim nós possamos
também relacionar agressividade e sexo.

> Talvez pareça estranho um erotismo ligado às funções digestivas,
mas disso há um importante paralelo no reino protista: a primeira
formade sexo entre os protozoários teve esse caráter canibalístico;
sem que houvesse distinção entre gêneros sexuais, um protista
incorporava um outro por meio da fagocitose, ocorrendo depois disso
uma fusão genética.

Acho que isso é levar a analogia longe demais, como você mesmo coloca
depois. Não podemos falar de sexo nesta situação. O que temos é um
organismo vivendo dentro de outro por acaso. Também não existe
realmente fusão genética. A mitocôndria conserva seu DNA. O que
ocorre, ao longo da evolução, é uma progressiva integração dos dois
genomas, mas eles nunca chegam a se misturar. É completamente
diferente, por exemplo, de casos de hibridização, que dão origem a
novas espécies. Nestes casos realmente existe contato sexual e fusão
genética.

> Do mesmo modo que o estágio oral, a fase anal também se desdobra em
duas: há uma fase anal de retenção (passiva) e uma outra de expulsão
(ativa). Um erotismo anal também pode parecer estranho. Mas saibam
que, em muitos animais, as relações intra-específicas (entre
indivíduos da mesma espécie), mormente às de demarcação territorial,
são mediadas pelos órgãos excretores de urina e fezes, isto é, pela
uretra e pelo ânus.

Interessante esta observação sobre esse caráter ativo do ânus. O da
urina é mais claro, e ela é extensivamente usada como marcação de
território. Os americanos têm essa coisa estranha de "kiss my ass",
que se traduzirmos parece meio passivo, mas para eles é o oposto.

Resta saber até que ponto existe marcação de território nos humanos
por fezes, até que ponto seria possível que isto fosse um resquício
de mamíferos anteriores. Se é que é possível que existam "fósseis
mentais".

> Isto posto, é como se as relações eróticas fossem também relações
de força e de dominação, tal como se verifica na maioria dos animais,
sobretudo naquelas espécies em que a seleção sexual do macho pela
fêmea é fraca ou inexistente (a fêmea é pouco mais que uma 'presa' do
macho). Entre esses mamíferos, há mesmo um forte teor sadomasoquista
no relacionamento sexual entre os indivíduos.

O fato de existir sadomasoquismo nos humanos aponta para algo assim.
Mas também existe corte e sedução nos humanos, o que aponta para uma
situação de escolha da fêmea. Acredito que essas duas tendências se
entrelaçam e competem uma com a outra. Nos humanos, o
acasalamento "sadomasoquista" em geral assume uma forma mais
política, na qual dois homens trocam mulheres, mas a presença de
sadomasoquismo propriamente dito, de chicote e algema, sugere que
formas mais "animais" também estejam presentes nos humanos.

Quando eu fiz a pergunta, eu estava pensando mais naquelas teorias
psicanalíticas que atribuem ao homossexualismo fortes ligações com a
mãe. Mas pensando agora, talvez isso seja uma outra coisa. Não sei se
tem a ver com o homossexualismo hierárquico.





SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/01/2003 13:00

Especialistas em bombas ... estão por ai?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: dagmar
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: quarta-feira, 8 de janeiro de 2003 12:07
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


Prof. Leo,qual apressão em kg/cm2,gerada pela detonaçã´de 5g de fulminato de mercúrio - Hg[ONC}2 - O=N=C-Hg-C=N=O. Grato Dagmar.ps. tá faltando uma ligação entre N e o C_______________________________

ICQ#: 122242533
Current ICQ status:
+ More ways to contact me
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: Fim do conceito de raça - Steve Olson
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alexandre.medeiros@consultmail.net>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/01/2003 15:28

> De: Guilherme Peixoto
>
> Não vejo porque. Os povos foram se diferenciando geneticamente
> por estarem separados entre si, em seus respectivos ambientes.
> Isso é bem concreto.

A espécie humana é muito recente e as diferenças genéticas entre
uma etnia e outra não são muito grandes. Ao contrário, toda a
humanidade é bem homogênea geneticamente. A variação genética
entre dois chipanzés de tribos vizinhas é maior que a de dois
seres humanos escolhidos aleatoriamente e separados por um
continente.

Um conceito de raça do ponto de vista genético não faz muito
sentido. Nossas diferenças referem-se mais a fenótipos.

Contudo, só para efeito de classificação fenotípica, não vejo
porque o termo raça não seja apropriado.

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/01/2003 16:10

----- Original Message -----
From: "Eduardo Gueron"
Sent: Sunday, January 07, 2001 9:40 AM
Subject: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais

Olá Eduardo. Vamos para mais um quebra-pau amistoso? ;-))

> Enfim, pode ser muito útil este esquecimento do ponto de vista
> operacional, no caso da gravitação de Newton o que acaba interessando é
> que a alteração do campo gravitacional pode ser calculada instantaneamente
> apesar do próprio discordar disso.

Respeito a sua maneira de pensar, mas ainda acho que o buraco é mais embaixo
e reside na distinção entre o que chamo modelo newtoniano e física
newtoniana. O modelo newtoniano é operacional, foi feito para funcionar em
condições específicas. A física newtoniana foi feita para explicar como a
natureza funciona. Hoje adotou-se a norma de se estudar apenas modelos e
deixar explicações a cargo dos filósofos. Com isso a ciência está perdendo
muito, os cientistas estão se transformando em meros operadores de receitas
de bolo, e estamos nos aproximando de uma nova catástrofe (Kuhn chama isso
de prenúncio de um período revolucionário).

> Os doutores do ifusp citados podem até ser excelentes
> físicos mas, provavelmente, nada conhecem de sua história.

Nesse caso diria que não são excelentes físicos, são meros operadores de
receitas de bolo. Ou, se quiser, são excelentes operadores de receitas de
bolo.

> A grande tragédia é que os físicos com a característica petulância que
> possuem (posso falar com tranquilidade porque sou um), resolvem escrever
> sobre história da ciência, filosofia da ciência, epistemologia, etc..
> sem ter, salvo honrosas exceções, o devido conhecimento.

Concordo contigo e acho isso realmente lamentável. Pior do que ser ignorante
é desconhecer a própria ignorância, e nisso eles são mestres, ou melhor,
doutores.

> Um exemplo é o primeiro livro do Marcelo Gleiser (me fugiu o nome agora)
> em que se cometem deslizes típicos de um conhecedor superficial. De
> maneira equivalente, muitos não físicos pecam ao abusar do termo quântico,
> relativístico, magnetismo...

O Gleiser é mesmo uma piada. Com respeito a seu último artigo da fsp
("A realidade e o quantum", 05/jan/03) escrevi recentemente o seguinte na
lista de discussão Noosfera (msg 1179): "O que ele escreve hoje sobre o
realismo quântico, talvez fizesse sentido nos anos trinta ou quarenta do
século passado. Pelo visto, dos anos sessenta para cá até os quânticos
conseguiram evoluir um pouquinho e o Gleiser ficou parado no tempo e no
espaço."

> Como estudante de gravitação posso dizer que a relatividade está errada
> em algum nível. Resta-nos saber qual...

Uhlalá! Parabéns pela brilhante conclusão.

> Mas nenhuma teoria física está, nem jamais estará, completa todavia há
> algumas, como a física newtoniana, que serão usadas para sempre já que as
> suas limitações são bem compreendidas.

Pois eu digo que o "modelo newtoniano" será utilizado para sempre, *apesar
de aproximado*. E que a física genuinamente newtoniana está 100% certa e
voltará para triunfar.

> Aproveitando a deixa, posso lhes dizer que a importância da velocidade
> da onda gravitacional é simplesmente que garante que a teoria de campo
> da relatividade geral é a geometria. Isto porque vc pode obter todos os
> resultados da gravitação, inclusive ondas gravitacionais, com várias
> teorias de campo (para quem não conhece, algo como as leis de Maxwell)
> de spin 2 (apenas uma classificação matemática, esqueçam o spin do
> elétron). Dependendo de algumas constantes a serem definidas por essas
> teorias, a velocidade de propagação da onda gravitacional seria menor
> que -c-. No caso da geometria pseudo-riemanniana, a matemática por trás
> da relatividade, é necessária que a velocidade de propagação da onda
> seja a da luz para que ela possa ser interpretada como uma distorção no
> próprio espaço-tempo, ou seja, uma onda geométrica em essência.

Pois eu desconfio de qualquer física que tenha a matemática por trás. O
homem constrói a matemática, mas não consegue acrescentar nada à física.
Quando muito, consegue descobrir os segredos que a natureza encerra. Essa
história de "inventar" a física, que muitos atribuem ter sido coisa
defendida por Einstein, ou representa um erro de Einstein ou representa um
erro de tradução (do alemão para o inglês e daí para o português). Entre
descobrir e inventar existem muitas semelhanças, mas tratam-se de coisas
totalmente distintas. A física retrata o que existe e o que existe é como é,
não como gostaríamos que fosse. Matemática é linguagem, nada mais do que
linguagem.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] RES: Fim do conceito de raça - Steve Olson
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/01/2003 21:31


>From: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
><alexandre.medeiros@consultmail.net>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: [ciencialist] RES: Fim do conceito de raça - Steve Olson
>Date: Wed, 8 Jan 2003 11:28:39 -0600
>
>A espécie humana é muito recente e as diferenças genéticas entre
>uma etnia e outra não são muito grandes. Ao contrário, toda a
>humanidade é bem homogênea geneticamente. A variação genética
>entre dois chipanzés de tribos vizinhas é maior que a de dois
>seres humanos escolhidos aleatoriamente e separados por um
>continente.

Você disse tudo: as diferenças genéticas não são muito
grandes, mas existem, e dão origem às (grandes) diferenças
fenotípicas. Isso dá um significado claro ao termo "raça".

>Um conceito de raça do ponto de vista genético não faz muito
>sentido. Nossas diferenças referem-se mais a fenótipos.

O conceito de raça SÓ faz sentido do ponto de vista genético.
Pois são essas pequenas variações que dão origem às grandes
variações fenotípicas. Tanto é assim que uma pessoa da raça
branca, por exemplo, não passará a ser da raça amarela se
viver 30 anos no Japão. Portanto o conceito de raça se fundamenta
na genética.

Abraços,

Guilherme

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/01/2003 21:59


Vou entrando de penetra da discussão entre o Alberto
e o Eduardo.

>From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais
>Date: Wed, 8 Jan 2003 15:10:01 -0300
>
>----- Original Message -----
>From: "Eduardo Gueron"
>Sent: Sunday, January 07, 2001 9:40 AM
>Subject: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais
>
>Olá Eduardo. Vamos para mais um quebra-pau amistoso? ;-))
>
> > Enfim, pode ser muito útil este esquecimento do ponto de vista
> > operacional, no caso da gravitação de Newton o que acaba interessando é
> > que a alteração do campo gravitacional pode ser calculada
>instantaneamente
> > apesar do próprio discordar disso.
>
>Respeito a sua maneira de pensar, mas ainda acho que o buraco é mais
>embaixo
>e reside na distinção entre o que chamo modelo newtoniano e física
>newtoniana. O modelo newtoniano é operacional, foi feito para funcionar em
>condições específicas. A física newtoniana foi feita para explicar como a
>natureza funciona. Hoje adotou-se a norma de se estudar apenas modelos e
>deixar explicações a cargo dos filósofos. Com isso a ciência está perdendo
>muito, os cientistas estão se transformando em meros operadores de receitas
>de bolo, e estamos nos aproximando de uma nova catástrofe (Kuhn chama isso
>de prenúncio de um período revolucionário).

Se os cientistas estão se transformando em operadores de receitas
de bolo, então, Alberto, encare a realidade como ela é: a FÍSICA
É isso. A física que você defende não existe. A física que você
ataca e nega é a física que se faz no mundo, desde Galileu.
Querendo ou não, a física Newtoniana NÃO explica absolutamente
qualquer coisa da natureza. Isto é um fato. Não é à toa que ele
enlouqueceu no final da vida, frustrado por não ter explicado nada.
E não devemos fazer abstrações sobre uma coisa concreta, que é
a Gravitação Newtoniana. A Gravitação Newtoniana é, infelizmente,
uma teoria de interação instantânea, sem mediação de nada. A física
é uma coisa, e outra coisa diferente são os sonhos que habitam
as mentes dos físicos.

É estranho que você defenda um sistema de conhecimento tão
diferente da física experimental Galileana e coloque Newton
como o físico definitivo. Não seria mais coerente colocar
Aristóteles? A Física Aristotélica se aproxima muito mais
desse objetivo de "explicar" a natureza, pelo menos essa
era sua proposta.

E mesmo dando uma olhadinha na sua teoria eletromagnética,
só nos axiomas, nota-se que qualitativamente sua física não
difere das outras no sentido de que ela não explica absolutamente
nada.

> > Como estudante de gravitação posso dizer que a relatividade está errada
> > em algum nível. Resta-nos saber qual...
>
>Uhlalá! Parabéns pela brilhante conclusão.

Essa do Eduardo eu não entendi. Enquanto ele não disser por que
acha que a relatividade está errada em algum nível, sua afirmação
carece de sentido. Que todas as teorias são transitórias, tudo bem,
mas a relatividade, caso se percebesse um erro manifesto, perderia
seu status de uma boa teoria vigente.

Por hoje é só.

Abraços,

Guilherme

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fim do conceito de raça - Steve Olson
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/01/2003 22:38

Caro João de Carvalho!
Observar que o conceito usual de raça não atinge apenas as características. Apesar de não explícito, desde principalmente as descobertas marítimas, raça significa mais uma outra espécie! Algumas, como os índios não tinham nem alma, não eram considerados seres humanos. Idem para os africanos, como justificativa à escravidão. O objetivo do articulista é apresentar, de forma contundente, que apesar de características e costumes um tanto diferentes, todos somos irmãos, descendentes de um mesmo grupo que existiu há 150 mil anos, e que não faz mais sentido considerar a raça como um obstáculo genético-político-social-econômico-intelectual, como fizeram os nazistas do século passado e o fazem os atuais.
Abraços.
José Renato
_______________________

----- Original Message -----
From: Joao de Carvalho
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, January 05, 2003 11:57 PM
Subject: [ciencialist] Re: Fim do conceito de raça - Steve Olson


> E vai além: demonstra que, geneticamente, todas as pessoas são
extremamente similares, e joga por terra o conceito de raça.

Não concordo com isso. Raças existem. Pode não ser um conceito
preciso como é homem e mulher, adulto e criança, mas ainda assim
podemos falar de raças diferentes.

> "O termo raça não tem nenhuma utilidade e deve ser abandonado"

É claro que é útil. Se você vê um cara com traços orientais, você
jamais diria que suas origens estão na Irlanda. Você sabe que ele
veio do oriente (ou seus pais, avós, etc.). Com um pouco de
familiaridade, dá para dizer até mesmo se ele veio do Japão, da
Coréia ou da China. Como você pode saber disso simplesmente olhando
para os traços físicos? A resposta é que os japoneses realmente
possuem certas características próprias daquela região, assim como os
chineses e os coreanos.

Eu tenho um amigo holandês que diz conseguir identificar facilmente
turistas holandeses andando aqui no Rio. Está certo que ele usa
muitos traços do comportamento (que provavelmente são culturais) para
diferenciar holandeses e alemães, mas ainda assim existe uma
diferença física entre esses dois povos. Eu acho que eu consigo
identificar um inglês, um cara da Europa central, e um francês
(embora para mim alemães, dinamarqueses e holandeses sejam tudo a
mesma coisa).


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/01/2003 23:53

----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto"
Sent: Wednesday, January 08, 2003 8:59 PM
Subject: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais

> Se os cientistas estão se transformando em operadores de receitas
> de bolo, então, Alberto, encare a realidade como ela é: a FÍSICA
> É isso. A física que você defende não existe.

Lamentável sob todos os aspectos. Pior do que verificar essa atitude dos
físicos da atualidade é encontrar alguém satisfeito com isso. Sinceramente,
nunca imaginei que pudesse existir alguém a pensar dessa maneira. Diga que
eu estou errado, diga que a maioria dos físicos não se enquadram no quadro
que tenho pintado, diga que eu sou um imbecil e que não entendo nada do
assunto, mas por favor, não venha me dizer que estou certo ao interpretar o
comportamento dos físicos da atualidade, mas errado em não aceitá-los como
são. Isso é terrivelmente lamentável, sob todos os pontos de vista. Meus
pêsames a você e ao sistema educacional que "o inventou".

> A física que você
> ataca e nega é a física que se faz no mundo, desde Galileu.

Pobre Galileu. Não bastasse a inquisição que enfrentou, justamente por ter
se rebelado a seguir receitas de bolo...

> Querendo ou não, a física Newtoniana NÃO explica absolutamente
> qualquer coisa da natureza. Isto é um fato. Não é à toa que ele
> enlouqueceu no final da vida, frustrado por não ter explicado nada.

Sem comentários, a não ser para lamentar novamente essa sua maneira de
pensar.

> E mesmo dando uma olhadinha na sua teoria eletromagnética,
> só nos axiomas, nota-se que qualitativamente sua física não
> difere das outras no sentido de que ela não explica absolutamente
> nada.

Você é bom mesmo, heim! Foi isso o que você aprendeu na escola, dar uma
olhadinha aqui, outra acolá? Magnífico! Digno de um gênio.

> Por hoje é só.

Ainda bem!

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Equivalencia + Carga
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/01/2003 10:00

On Mon, 6 Jan 2003, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Então aquela experiência mental proposta por Einstein de estar dentro
de uma cápsula acelerada por foguetes traseiros ser equivalente a uma
atração gravitacional não é verdadeira! Não era isso a proposta da
equivalência? Quem está dentro da cápsula não deveria saber se está sendo
acelerado 'foguetalmente' ou por atração gravitacional. Acabei de dar um
contra-exemplo para isso!
> Léo

Desculpe-me Léo, deve ser excesso de ignorância minha, mas eu não percebo
onde está o erro.

Um objeto em repouso no elevador acelerado é equivalente a um
objeto em repouso sobre a superfície terrestre.

Um objeto solto dentro do elevador é equivalente a um objeto em
queda livre sobre a superfície terrestre.

Na primeira hipótese há contração de material. Na segunda hipótese não há
a contração do material. Quem está sendo acelerado ou não depende do
referencial.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/01/2003 10:04

> Oi. Carga coulombiana significa que o campo elétrico decresce com
> o quadrado da distância. Então, para ver se a carga de um elétron é
> coulombiana ou não, não é necessário ter acesso a suas dimensões mínimas;
> basta medir seu campo elétrico e ver sua variação com a distância.
>
> A pergunta é: alguém já teve a pachorra de medir o campo elétrico
> de um elétron único e determinar sua variação com a distância?
>
> Belisário

Estava eu no banheiro meditando sobre este assnuto e a resposta é: sim!

Os colisores de partículas fazem isto todo o dia.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: [RN] MICROMOLECULA FAZ DE 2002 O ANO DO RNA
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alexandre.medeiros@consultmail.net>
TO: "Ciencialist (E-mail)" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/01/2003 10:42

FOLHA DE S. PAULO - 20/12/2002
Micromolécula faz de 2002 o ano do RNA
MARCELO LEITE
Editor de Ciência da Folha de S.Paulo

Quem acha que o DNA está na origem e no controle da vida vai
precisar reavaliar seus conceitos e abrir espaço para o RNA,
molécula-irmã que inaugura uma dinastia de siglas fundamentais
para a biologia: smRNa, RNAi, miRNA, siRNA. Guarde-as na
memória. Elas fazem parte da descoberta eleita como a mais
importante de 2002 e algum dia ainda vão render um Prêmio
Nobel.

A escolha foi feita pela revista norte-americana "Science"
(www.sciencemag.org), que reúne seus editores todos os anos
para fazer uma seleção dos dez principais avanços da
pesquisa. Só um deles é destacado como campeão -os outros
nove são todos considerados vices-, e este ano foi a vez dos
pequenos RNAs, ou smRNAs (de "small RNAs").

Apesar de contar com apenas 21 a 28 "letras" do código
genético (as chamadas bases nitrogenadas), essas moléculas
fizeram estrago considerável no reinado do DNA, que reúne
nos cromossomos sequências de centenas de milhões de bases.

A coisa é tão séria que o editor-chefe da "Science", Donald
Kennedy, já fala em "mudança de paradigma", no editorial
publicado hoje com a lista das dez mais. "Os pequenos RNAs (...)
impõem toda uma nova camada de regulação sobre o genoma,
produzindo uma mudança de paradigma em nossa visão do controle
genético e epigenético" (o último termo se refere a informação
hereditária não mediada por genes). [e]

Link completo:
http://noticias.uol.com.br/inovacao/frame.htm?url=http://www1.folha.uol.com.
br/folha/ciencia/ult306u7997.shtml
(somente para assinantes do UOL)

http://noticias.uol.com.br/inovacao


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/01/2003 11:05

----- Original Message -----
From: "Eduardo Gueron"
Sent: Monday, January 08, 2001 12:11 PM
Subject: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais

> ... um físico é um cientista (no Brasil geralmente é professor
> Universitário) e deve ser um pensador, abdicar desse papel tão bem
> executado por cientistas como Mário Schemberg é lastimável.

Olá, Eduardo.

Fico feliz em encontrar alguém que ainda valoriza o "pensar a física" de
Mário Schemberg. Enfim, nem tudo está perdido.

> Aproveitando a mensagem, respondo ao Alberto sobre a crítica que faz a
> matematização da teoria. Toda teoria física consistente é matemática...

Aí eu já discordo. A matemática é a última etapa da teorização, e é só aí
que ela ganha importância de fato. A matemática chega para coroar uma
teoria já completa, exclusivamente como linguagem e incapaz de modificar o
sentido físico, sob pena de ser inconsistente como tal. Sem dúvida, ela pode
levar a previsões, mas estas surgem, por exemplo, como algo a quantificar
uma extrapolação fisicamente suspeitada, antes mesmo de se saber qual
matemática poderá vir a ser aí aplicada. Obviamente, estou me referindo à
física clássica, pois a física moderna consegue ir além, mas dentro daquela
insatisfação já comentada e manifestada por Einstein, De Broglie,
Schrödinger (vide pensamento abaixo) e recentemente Sokal, dentre inúmeros
outros. Sinto, pelas suas manifestações, que embora você aceite a física
moderna com tal, você se situa em meio a esses insatisfeitos, e isso é muito
bom, pois a ciência evolui graças a essa insatisfação. Sob certos aspectos,
diria que você está a um passo da heresia. ;-) Cuidado! ;-)) Se você ainda
estiver na unicamp, não deixe de consultar o André Assis, pois ele é
especialista em andar na corda bamba, sem se transformar num herege de fato.
;-)

Continuando, diria que é mais fácil construir um conceito matemático que
possa vir a interessar à física, e daí generalizá-lo para a matemática, do
que o contrário. O limite, a derivada, a integral, o rotacional, foram todos
conceitos que, muito antes de serem descobertos pelos matemáticos, foram
inventados pelos físicos como linguagem a facilitar a transmissão do que
pensam. Assim como o logaritmo natural dizem ter sido coisa descoberta por
economistas. Nenhum desses conceitos é essencial para a física, mas
facilitam brutalmente a descrição de um processo que seria quase
indescritível de outra maneira. Ou seja, matemática é coisa que se inventa
para se adaptar à realidade, como linguagem facilitadora. E digo "inventa"
pois uma mesma realidade pode ser descrita por várias linguagens
matemáticas, ao contrário de uma descoberta em física que ou corresponde à
realidade, ou não (é aí que entra o falseamento de Popper). Posteriormente,
entrega-se esse invento para que os matemáticos venham a brincar com o mesmo
e, com isso, evoluir a idéia, e nisso eles são muito bons e os físicos, com
raríssimas exceções (Dirac é uma dessas exceções), são medíocres. A física
não se presta a invenções, a física é o estudo da natureza. A física é o que
é e não pode deixar de ser o que é sob o risco de deixar de ser física para
se transformar em ficção. Física não se inventa, física se descobre.

> mas no caso particular da Relatividade Geral, a geometria tem um caráter
> muito peculiar porque ela permite interpretação direta de seus
> conceitos.

É verdade, mas perceba que muito antes de Minkowiski ter criado a matemática
relativística, a relatividade de Einstein, como teoria física, era uma
teoria acabada. Era uma física a exigir uma matemática sofisticada, jamais
uma matemática a exigir uma física. Há mesmo quem diga que Einstein era um
péssimo matemático, mas jamais concordarei com isso. Poucos matemáticos têm
a visão quase que profecial que ele tinha a respeito de conceitos que
valeriam a pena serem inventados em matemática. E essa visão tem se
mostrado, no decorrer da história, como característica dos físicos
teorizadores, não dos matemáticos. Como regra, quem inventa a matemática são
os físicos, e os matemáticos que me perdoem por mais esta heresia. ;-)

O mesmo que disse com respeito à relatividade eu não poderia dizer com
respeito a teoria quântica. Na evolução da teoria quântica primitiva para a
atual deixou-se um pouco a física de lado e passou-se a inventar conceitos
que matematicamente davam certo. Quero crer que a grande confusão, a
valorizar a matemática em detrimento da física, começou com os quânticos e,
em particular, com De Broglie, Schrödinger e Heisenberg. Mas não há como
responsabilizá-los por isso, pois muitos deles tentaram chamar a atenção
para essa peculiar idiossincrasia. Schrödinger, por exemplo, chegou a
afirmar: "Esperamos que a vacilação de conceitos e opiniões signifique
apenas um intenso processo de transformação, que conduzirá finalmente a algo
melhor do que as confusas séries de fórmulas que cercam o nosso tema."

> O fato de a onda gravitacional se propagar com a velocidade
> da luz garante a beleza da teoria de Einstein porque corrobora a idéia
> de que a gravidade deforma o espaço e variações temporais do campo
> gravitacional se propagam como ondas de deformação do espaço-tempo
> trazendo-nos a imagem de uma onda mecânica.

Essa história de beleza matemática de uma teoria quero crer que tenha sido
defendida por Dirac. Segundo Herrera, Dirac teria dito o seguinte: "Parece
que, ao se trabalhar a partir do ponto de vista de obter beleza nas equações
e tendo-se intuição, se está numa linha segura de progresso".

Nada contra a beleza, apenas já afirmei em algum lugar de meu passado que
"não consigo imaginar um método mais feio", ainda que a conclusão possa até
mesmo vir a ser bonita. Como ser social que também sou, diria que trata-se
de um método anti-econômico e, se pensarmos em aplicá-lo em outras áreas,
até mesmo anti-ético. "Seria como se um médico, frente a um doente sem
diagnóstico e cinqüenta medicamentos, passasse a se utilizar destes últimos,
um a um, até encontrar aquele que curasse o paciente. Os riscos seriam
grandes, o tempo perdido seria enorme, e os custos seriam altíssimos. Não
obstante, a medicina poderia até mesmo evoluir, como a física tem evoluído,
a despeito da persistência de um fator de incerteza nesta evolução."

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fim do conceito de raça - Steve Olson
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/01/2003 11:42


----- Original Message -----
From: "José Renato" <jrma@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, January 08, 2003 10:38 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Fim do conceito de raça - Steve Olson


Caro João de Carvalho!
Observar que o conceito usual de raça não atinge apenas as características.
Apesar de não explícito, desde principalmente as descobertas marítimas, raça
significa mais uma outra espécie! Algumas, como os índios não tinham nem
alma, não eram considerados seres humanos. Idem para os africanos, como
justificativa à escravidão. O objetivo do articulista é apresentar, de forma
contundente, que apesar de características e costumes um tanto diferentes,
todos somos irmãos, descendentes de um mesmo grupo que existiu há 150 mil
anos, e que não faz mais sentido considerar a raça como um obstáculo
genético-político-social-econômico-intelectual, como fizeram os nazistas do
século passado e o fazem os atuais.
Abraços.
José Renato
_______________________



----------------------------

Olá, João e outros participantes...


Eu não queria me meter, porque esse assunto é tratado de forma mais
passional do que racional. Mas... enfim. vou fazer pequenas observações.

1-) João, raça não significa espécie diferente. Raça, em termos taxonômicos,
diz respeito à subespécie. É o que podemos chamar de "raça geográfica". Sei
que não há uma unanimidade quando à isso, porque o termo 'raça' é informal.
De qualquer forma, há categorias inferiores à espécie: biossitemáticas. De
acordo com a definição de Mayr - um dos mais relevantes teóricos da síntese
moderna - usa-se o famoso "critério dos 75%". Se 75% dos indivíduos de uma
população diferem *fenotipicamente* (Veja... nós não estamos falando de
*genes*, como o articulista do artigo propõe.) de 100% dos indivíduos da
*mesma espécie*, mas que constituam *outra população*, então, tem-se uma
subespécie.

Veja, João. Raças pertencem a uma mesma espécie e o critério é fenotípico.
Não genético. Se negros são fenotipicamente diferentes de brancos - e são:
isso é inegável - são outra raça. Não há nada de errado em ser de outra
raça. Não é por causa disso que temos que ter preconceitos ou outras coisas.




2-) Realmente, a igreja católica considerava os negros desprovidos de alma.
Entretanto, isso *não* é verdade em se tratando de índios. A igreja não só
achava que os índios tinham alma, como era muito preocupada com a alma
deles. As missões jesuíticas foram lançadas para 'salvar' os pobres dos
índios da danação da ignorancia no que toca à palavra de Deus.




3-) Há, às vezes, uma certa incerteza e uma ambiguidade quando se trata de
estudos genéticos. Veja só:

a-) Para fazer muitas das inferencias que os geneticistas fazem, certos
postulados muito arbitrárias são conjecturados. Apesar de ser muito razoável
e plausível entender que há evolução totalmente neura no nível molecular ou
que as taxas de mutação não se alteraram de maneira imprevisível em todos
esses milhares de anos, é igualmente útil ser, pelo menos, comedido quando
às declarações baseadas nesses estudos.

b-) João, veja só que paradoxo. Você sabe como são feitas as inferencias
genéticas que preconizam o fato de toda humanidade ter vindo da África ?
Muito grosseiramente falando, é assim. Eles pegam o grupo de indivíduos
africanos e medem a variabilidade genética daquela população. Depois pegam
um grupo de, por exemplo, caucasóides, e medem a variabilidade genética
igualmente. Depois comparam os graus de variabildiade e vêem que, no grupo
africano, há uma maior homogenidade. Já no grupo causasóide, há uma maior
diversidade genética. O que eles concluem ? Grosseiramente falando, que os
caucasóides são 'mais recentes' que os africanos. E que os africanos estão
geneticamente mais 'homogenizados' com os primeiros Homo sapiens. Logo,
conclui-se que todos nós viemos da África.

Ora! Para inferir que todos viemos da África, eles consideram as diferenças
genéticas entre negros e brancos. Mas quando é para "fazer cena de
politicamente-correto" na mídia, esquizofrenicamente, negam seús próprios
critérios de pesquisa!


c-) Genéticamente, negros e brancos são diferentes, como exposto acima. Se
fossemos iguais, não saberíamos coisas como a tal da 'procedencia africana'.
Mas mesmo que houvesse uma homogenidade genética - e repito: não há - ainda
sim, isso não muda muita coisa. Às vezes, um pequeno grupo de genes,
estatisticamente irrelevantes dentro de todo gene pool, fazem uma
diferença fenotípica brutal. E, afinal, nós não somos genes: somos
fenótipos.

Há genes que servem como 'marcadores', que se prestam a identificar, não só
raças, como etnias.

Há genes que são mais 'importantes' que outros. Dois indivíduos podem ser
muito parecidos geneticamente, entretanto apresentar fenótipos muito
dispares. E isso pode não ter nada a ver com o 'meio ambiente'. Pode ser
que, justamente os poucos genes que mudaram, são, justamente, os genes mais
'importantes'. *Os genes que fazem mais diferença*.

Quero dizer que há genes que têm uma maior 'carga fenotípica' do que outros.
Homogenidade genética não significa, necessariamente, homogenidade
fenotípica.

Por fim, e para exemplificar caricaturalmente o que estou dizendo, me lembro
de uma vez de quando eu era criança. Eu tinha um tio biólogo que gostava
muito de ciência de modo geral. Uma vez ele disse que a diferença genética
entre o homem e o chimpanzé era de aproximadamente uns 2%.

Eu fiquei inocentemente espantado. Mas depois ele completou: "São só 2%. Mas
esses 2% fazem *toda* a diferença."


Até.

Arcange.


(Obs: Repito o que disse antes: de modo algum isso significa que se deve ter
preconceitos ou coisas do tipo. Isso não tem nada a ver com racismo, que é
algo repudiável. Não há nada de errado em ser de outra raça. O ser humano
pode viver - pelo menos teoricamente - muito bem em harmonia, mesmo sendo
constituído por raças diferentes. É preciso superar o truma nazista. É
preciso superar o trauma do darwinismo social. Foram coisas horríveis, mas
já passaram. A ciência não pode ter sua 'verdade' vergada e entortada só
para servir de contra-ponto ideológico a um passado histórico nefasto. É
errado esse "bunda-lêlê" de dizer que não existem raças. Isso é errado. São
afirmações ideológicas. Não são honestas.)






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fim do conceito de raça - Steve Olson
FROM: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/01/2003 12:13


----- Original Message -----
From: "Arcange" <Arcange@ivia.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, January 09, 2003 11:42 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Fim do conceito de raça - Steve Olson

Eu falo em "Jõao", mas a mensagem, como todos podem ver, era para o José
Renato.

Enfim. É para qualquer interessado.

Até.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Equivalencia + Carga
FROM: Aniello Gr?o <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/01/2003 13:20

Em Qui 09 Jan 2003 10:00, you wrote:
> On Mon, 6 Jan 2003, Luiz Ferraz Netto wrote:
> > Então aquela experiência mental proposta por Einstein de estar dentro
>
> de uma cápsula acelerada por foguetes traseiros ser equivalente a uma
> atração gravitacional não é verdadeira! Não era isso a proposta da
> equivalência? Quem está dentro da cápsula não deveria saber se está sendo
> acelerado 'foguetalmente' ou por atração gravitacional. Acabei de dar um
> contra-exemplo para isso!
>
> > Léo
>
> Desculpe-me Léo, deve ser excesso de ignorância minha, mas eu não percebo
> onde está o erro.
>
> Um objeto em repouso no elevador acelerado é equivalente a um
> objeto em repouso sobre a superfície terrestre.
>
> Um objeto solto dentro do elevador é equivalente a um objeto em
> queda livre sobre a superfície terrestre.
>
> Na primeira hipótese há contração de material. Na segunda hipótese não há
> a contração do material. Quem está sendo acelerado ou não depende do
> referencial.
>
> []s
> TARCISIO BORGES
> tbs97@fisica.ufpr.br
> One Ring to rule them all

Peraí! Vamos somar nossas ignorâncias então.
Que eu saiba o princípio de equivalência equipara os seguintes casos:

1- Objeto em repouso na superfície da Terra = objeto em repouso no solo de
cabine acelerada. Neste caso em ambos há contração do objeto. Em outras
palavras, não se pode diferenciar se está sob aceleração foguetal ou sob
repouso em campo gravitacional. A aceleração emula um campo gravitacional. É
o que desmais pilotos de caça em manobras muito fechadas e velozes.

2- Objeto em queda livre próximo a Terra = objeto em MRU ou em repouso. Em
ambos sentiríamos a sensação de imponderabilidade. É o que se verifica em
estações orbitais ou em aviões em queda sem motor ligado.

Então Einstein nunca propôs que um observador não saberia se estava acelerado
por gravitação ou por outro método (foguetes, elevadores, etc), visto que
isto equiparia situações completamente diferentes, de imponderabilidade e de
sensação de peso.

Repito, para ficar claro ou chato: o princípio de equivalência equipara
repouso gravitacional com aceleração mecânica.

Aniello


SUBJECT: Re: Física: neutrino tem massa
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/01/2003 19:44


Oi, Alberto. Aparentemente, toda a argumentação abaixo baseia-se
na idéia de que:

(1) a existência de um elétron responsável por um campo coulombiano

não é compatível com:

(2) os princípios fundamentais da física newtoniana, nomeadamente, as
noções de espaço, tempo, matéria, movimento da matéria e informação do
movimento da matéria embutidas tacitamente na teoria - em paticular, a não
"confundir espaço com tempo nem matéria com movimento da matéria".

Aparentemente também, corrija-me se estiver errado, toda a
motivação epistemológica que levou à formulação da sua teoria vem daí.

Entretanto, ainda não entendi porque (1) seria incompatível com (2).

Belisário

At 21:14 06/01/03 -0300, you wrote:
>----- Original Message -----
>From: "Roberto Belisário"
>Sent: Monday, January 06, 2003 2:03 PM
>Subject: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa
>
> > Oi. Carga coulombiana significa que o campo elétrico decresce com
> > o quadrado da distância.
> > Então, para ver se a carga de um elétron é
> > coulombiana ou não, não é necessário ter acesso a suas dimensões mínimas;
> > basta medir seu campo elétrico e ver sua variação com a distância.
> > A pergunta é: alguém já teve a pachorra de medir o campo elétrico
> > de um elétron único e determinar sua variação com a distância?
>
>Esse assunto eu já discuti no news uol.carreiras.fisica em setembro de 2001
>afirmando, dentre outras coisas, o seguinte:
>
>********* início da citação **********
>
>Você diz que o campo de um elétron ou, em suas palavras, o quantum do campo
>eletrônico, teria simetria esférica, a exemplo do campo de uma carga
>elétrica. E eu digo que esse campo não pode ser coulombiano, apoiando-me na
>experimentação como deveria ser interpretada por um físico clássico de fato,
>se bem que não por outro físico clássico a já assumir como verdadeiro aquilo
>que, para mim, seria um absurdo. Mas, então, você afirma que todas as
>experiências eletromagnéticas efetuadas retratam o comportamento coulombiano
>que, pelo que você deu a entender, seria um campo a variar com o inverso do
>quadrado da distância. Mas isso, por si só, não é um campo coulombiano. O
>campo magnético de um elemento de corrente (lei de Biot-Savart) varia com o
>inverso do quadrado da distância e não é um campo coulombiano: nem é
>elétrico, nem é de simetria esférica. O campo de efeitos elétricos da minha
>teoria, sob o ponto de vista matemático, é muito parecido com o campo da lei
>de Biot-Savart; ele tem um co-seno no lugar do seno ou então o que chamo
>produto vetorial interno no lugar do produto vetorial externo ou
>tradicional; e, também, não tem simetria esférica, mas também varia com o
>inverso do quadrado da distância; para uma direção constante, ele cai
>exatamente da maneira observada na lei de Coulomb.
>
>Por que então eu afirmaria que o campo de um elétron não pode ser
>coulombiano na visão de um físico clássico de fato? Porque para esse físico
>clássico todos os fenômenos observados deveriam ser explicados por meio dos
>postulados básicos de sua física clássica; e quando falo em postulados não
>estou me referindo aos princípios da mecânica de Newton, mas aos axiomas ou
>pressupostos da física newtoniana e que, de maneira sucinta, caracterizariam
>o que afirmei como sendo os pilares básicos dessa física: espaço, tempo,
>matéria, movimento da matéria e informação do movimento da matéria. E digo
>mais: por esses axiomas não há como confundir espaço com tempo nem matéria
>com movimento da matéria. Ou seja, se nós quisermos manter os axiomas da
>física newtoniana intactos, não poderemos, em hipótese alguma, apoiados
>agora na experimentação, interpretarmos as experiências por meio da
>aceitação a priori da existência de um elétron responsável por algo que
>possa ser caracterizado como o campo de uma carga elétrica coulombiana e,
>como tal, de simetria esférica.
>
>Em outras palavras: qualquer experiência a "garantir", sem dar margem a
>dúvidas, que o campo elétrico gerado por um elétron é coulombiano, estaria a
>meu ver falseando, de maneira irrefutável, a física newtoniana. Mas... essa
>experiência já foi feita? Na sua opinião, parece que sim. Na minha opinião,
>parece que não; se tirarmos a média de nossas opiniões, diria que a
>problemática ainda não foi resolvida, pois a mim parece que as coisas ainda
>não foram elucidadas da maneira como enfatizei, qual seja: sem dar margem a
>dúvidas. É claro que essa média não é para ser levada a sério, pois o
>falseamento não é algo a se sujeitar a opiniões pessoais. Sob esse aspecto
>diria que estou fazendo um inocente jogo de palavras.
>
>Vamos então aceitar, ainda que por hipótese, que o que eu digo não seja
>assim tão sem fundamento; e que até o momento nós estivéssemos
>--raciocinando como alguém a viver no final do século XIX-- a contemplar uma
>física clássica ainda não falseada. Nessas condições, Lorentz jamais poderia
>supor gratuitamente que o campo de um elétron seria coulombiano, nem mesmo
>após a experiência de Thompson (1897), a supostamente medir a relação e/m; e
>nem mesmo após a experiência de Millikan, efetuada bem mais tarde. O máximo
>que se poderia dizer, após a experiência de Thompson ter sido efetuada,
>seria que o elétron está sujeito a uma força que poderia ser do tipo
>coulombiano, mas que também poderia não ser. Optou-se, então, pela primeira
>afirmativa e, com isso, construiu-se uma nova física que se assumiu como
>sendo a própria física clássica. E essa é a verdadeira origem do que chamei
>em outra mensagem de "física clássica na visão de um físico moderno dos dias
>atuais", ou seja, aquela que não consegue explicar grande número dos
>fenômenos que ocorrem na natureza; ou seja, a física clássica foi falseada
>por um decreto e, salvo maior juízo, creio que poderíamos chamá-lo de
>Decreto de Lorentz. Esse decreto acabou sendo referendado como tal por todos
>os físicos do século XX, até mesmo por aqueles que jamais se satisfizeram
>com a física do século XX e que, na minha modesta opinião, constituem a
>imensa maioria dos físicos que conheci, seja pessoalmente, seja por meio das
>leituras que fiz a respeito desses descontentamentos manifestos. Eles não
>querem admitir que estão errados, mas se expressam com freqüência por meio
>dessa peculiar idiossincrasia.
>
>Assumindo-se esse decreto como irrevogável, irretratável e irrecorrível
>(olha aí a origem do partido único, que chamei em outra mensagem de Partidão
>da física moderna, a existir mesmo antes de Thomas Kuhn ter nascido), não
>existe mais física newtoniana, ou seja, a física newtoniana foi abolida da
>face da Terra por decreto. O que sobrou da mesma convencionou-se continuar
>chamando de física clássica e, por extensão, aquela que, por não explicar
>grande parte de fenômenos que ocorrem na natureza, precisaria sujeitar-se a
>algumas modificações em seus pilares básicos. E, daí, surgiu a física
>moderna com a relatividade, de um lado, e a física quântica, de outro. E daí
>surgiu aquela história de assumir que, em casos limites, a física moderna
>confunde-se com a física clássica. Sim, é verdade, mas confunde-se tão
>somente com a física clássica que aceita uma natureza fluido-coulombiana
>para as partículas elementares, ou seja, aquela que por não ter dado certo
>precisou de adaptações que a despersonalizaram, a menos de uma condição
>limite.
>
>Quando digo então que a física quântica apóia-se na noção de fluidos
>elétricos, entenda-se: a física quântica tornou-se necessária porque a
>física que tentou expandir para o microcosmo as idéias do modelo dos fluidos
>elétricos de Maxwell --e que funcionava muito bem para o macrocosmo-- não
>conseguiu explicar alguns fenômenos importantes encontrados na natureza e
>relacionados ao comportamento das partículas do microcosmo. Em minha maneira
>resumida de focar o problema, via de regra devida ao fato de não me darem
>chance de expressar o que efetivamente penso, fica aquela impressão, que não
>pretendi dar, de que os físicos quânticos estariam fluidificando as
>partículas. Isto se confunde ainda mais quando interpretado sob o ponto de
>vista da dualidade corpúsculo-onda e/ou do chamado colapso ou descolapso da
>função de onda. Mas essa é uma outra fluidificação que tem a sua lógica
>própria, a apoiar-se nos conceitos de onda, nuvem ou mesmo densidade
>probabilística. Esse é um outro problema que raramente chega a me
>interessar, a não ser quando tento entender como foi que uma coisa que
>evoluiu a partir de um erro deu origem àquela matemática que dá certo sem
>que se saiba onde, quando e nem porquê.
>
>********* final da citação **********
>
>[ ]´s
>Alberto



SUBJECT: Re: Física: neutrino tem massa - campo do e-
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/01/2003 19:44


Oi. Essas experiências nos colisores lançam de fato elétrons uns
contra os outros, mas elas não são feitas para determinar explicitamente a
dependência espacial do campo elétrico. Os resultados publicados nos
artigos são outros - seções de choque, em geral. O que eu gostaria de saber
é se alguém já fez essa experiência com esse intuito, de forma a publicar
em artigo algo do tipo: "concluímos que a força elétrica entre dois
elétrons depende de 1/r**(2,000 +- 0,0003)".

Belisário

At 10:04 09/01/03 -0200, you wrote:
> > Oi. Carga coulombiana significa que o campo elétrico decresce com
> > o quadrado da distância. Então, para ver se a carga de um elétron é
> > coulombiana ou não, não é necessário ter acesso a suas dimensões mínimas;
> > basta medir seu campo elétrico e ver sua variação com a distância.
> >
> > A pergunta é: alguém já teve a pachorra de medir o campo elétrico
> > de um elétron único e determinar sua variação com a distância?
> >
> > Belisário
>
>Estava eu no banheiro meditando sobre este assnuto e a resposta é: sim!
>
>Os colisores de partículas fazem isto todo o dia.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/01/2003 20:55


>From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais
>Date: Wed, 8 Jan 2003 22:53:08 -0300
>
>
> > Se os cientistas estão se transformando em operadores de receitas
> > de bolo, então, Alberto, encare a realidade como ela é: a FÍSICA
> > É isso. A física que você defende não existe.
>
>Lamentável sob todos os aspectos. Pior do que verificar essa atitude dos
>físicos da atualidade é encontrar alguém satisfeito com isso. Sinceramente,
>nunca imaginei que pudesse existir alguém a pensar dessa maneira. Diga que
>eu estou errado, diga que a maioria dos físicos não se enquadram no quadro
>que tenho pintado, diga que eu sou um imbecil e que não entendo nada do
>assunto, mas por favor, não venha me dizer que estou certo ao interpretar o
>comportamento dos físicos da atualidade, mas errado em não aceitá-los como
>são. Isso é terrivelmente lamentável, sob todos os pontos de vista. Meus
>pêsames a você e ao sistema educacional que "o inventou".

Você está certo ao lamentar que a física não explica nada, mas
equivoca-se ao dar um único rótulo a toda uma comunidade de
cientistas, ao reduzir a atividade científica atual ao
gerenciamento de receitas de bolo. Não é um pouco demais?

> > Querendo ou não, a física Newtoniana NÃO explica absolutamente
> > qualquer coisa da natureza. Isto é um fato. Não é à toa que ele
> > enlouqueceu no final da vida, frustrado por não ter explicado nada.
>
>Sem comentários, a não ser para lamentar novamente essa sua maneira de
>pensar.

Na ausência de argumentos, eu me calo.

>Você é bom mesmo, heim! Foi isso o que você aprendeu na escola, dar uma
>olhadinha aqui, outra acolá? Magnífico! Digno de um gênio.

Minha filosofia é prestar atenção numa intensidade diretamente
proporcional à relevância do objeto em questão. Mas em consideração
a sua pessoa, me sinto bastante inclinado a lhe mostrar o que
eu aprendi na escola, e fazer um parecer sobre o seu trabalho.

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/01/2003 21:20


>From: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais
>Date: Mon, 08 Jan 2001 13:11:51 -0200
>
>Para dizer que a relatividade geral está errada em algum aspecto poderia
>usar o teorema de Gödel, falar um pouco da história da ciência ou
>complicar um pouco citando o problema da termodinâmica dos buracos
>negros e a impossibilidade de quantização da gravitação de Einstein.

Então eu falo. Dizer que a relatividade geral está errada nesse
nível é uma afirmação vazia e a razão é simples: nesse nível,
qualquer teoria física (de interação) está errada. No caso da
termodinâmica dos buracos negros, ou do problema da gravitação
quântica, não existe erro na acepção científica moderna. A gravitação
é entendida como uma teoria efetiva, válida no seu domínio
característico. Qualquer físico teórico sabe que a gravitação
não é uma teoria fundamental. E a teoria mesma prevê situações
limite, como a singularidade, relacionada ao problema que você
mencionou com o elétron. Isso não significa que a teoria esteja
errada, mas apenas que em certas condições críticas de curvatura
e energia, a relatividade não é mais a teoria adequada à descrição.

Abraços,

Guilherme

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/01/2003 22:44

Sobre o tema, pincei do Imperdível (Sala 19) esse trecho:
..........
Abuso do novo método de pesquisa
Uma palavra de advertência deve ser dada relativamente ao abuso desse método moderno ou método analógico. Quando o seu uso se restringe ao estágio substancial, o perigo praticamente inexiste. Entretanto, se for usado no estágio essencial, embora a vantagem de um eventual sucesso seja enorme, a probabilidade de um perigo também o será. Se for usado no estágio de refinamento tentando-se construir uma 'mecânica' cujos estágios fenomenológico, substancialístico e essencial ainda não estejam completos, será extremamente perigoso e tornar-se-á quase uma ciência da Idade Média. O uso do método analógico no estágio de refinamento significa o uso da analogia nos domínios da matemática e não no domínio dos conceitos físicos.

A relação entre a física teórica e a matemática encontra-se bem definida desde a Renascença e bem resumida nas seguintes palavras de Newton: "A matemática não é física. Contudo é a única língua da física".
Isso quer dizer que, ao se construir uma nova teoria, deve-se usar raciocínio físico baseado nos fenômenos e matérias. Mas, quando for apresentada a conclusão, deve ser expressa pelos recursos da matemática, para evitar ambigüidades. Essa relação entre ambas foi mantida durante muito tempo. Alguns exemplos serão dados a seguir.

Exemplo - 1 - Antes de Schrödinger apresentar a sua equação, já havia raciocínios como o de De Broglie sobre a dualidade do elétron.

Exemplo - 2 - Quando Heisenberg construiu a mecânica das matrizes, ele próprio não conhecia a matemática das matrizes.

Recentemente, contudo, essa relação tradicional entre a física e a matemática às vezes tem sido quebrada. Devido, talvez, aos sucessos do método analógico, têm surgido tentativas de fazer-se analogia matemática no estágio de refinamento e obter diretamente uma nova mecânica. Esquematizando, obtemos:


(esquema no imperdível):Métodos dos Passos da Física (parte 2) - Sala 19

Os exemplos dessa aplicação perigosa são vistos com freqüência na história da pesquisa da teoria da relatividade generalizada, porém discutiremos isso em detalhes no próximo trabalho. Somente citaremos aqui um exemplo observado na recente (?) pesquisa da física das partículas elementares.

Exemplo - 3 - Existem várias teorias fenomenológicas para explicar o espectro de massa de diversas partículas. Para explicar essas teorias, foi utilizado um método matemático extremamente refinado, a teoria do grupo SU( 3). Porém, como as próprias teorias fenomenológicas não são ainda precisas em si, foi impossível a explicação do espectro de massa a partir de SU(3). Assim, muitos tentaram encontrar a explicação com o grupo SU(6) ou com matemáticas ainda mais complicadas. Isso é apenas uma extensão de conceito matemático nos casos de muitos imitadores, excetuando evidentemente os poucos pioneiros.

Entretanto é claro que isso não significa que tais trabalhos sejam completamente inúteis. Enquanto se trabalha tendo em mente que essa é apenas uma possibilidade, a sua utilidade é reconhecida. Todavia, algumas vezes, surge o fanatismo e começa-se a acreditar que aquela é a única possibilidade. Nesse caso, a física se transforma em matemática e, nesse ponto, a utilização do método contemporâneo exige o devido cuidado.



Para navegar pela série PP:

Primeiros Passos da Ciência (Geral)
Primeiros Passos da Física (parte 1)
Primeiros Passos da Física (parte 2)
Primeiros Passos da Física (parte 3)
Primeiros Passos da Física (parte 4)
Primeiros Passos da Física Clássica (parte 1)
Primeiros Passos da Física Clássica (parte 2)
Primeiros Passos da Física Moderna
Primeiros Passos da Mecânica Quântica (parte 1)
Primeiros Passos da Mecânica Quântica (parte 2)
Primeiros Passos da Mecânica Quântica (parte 3)
Métodos dos Passos da Física (parte 1)
Métodos dos Passos da Física (parte 2)

[]'
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Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 9 de janeiro de 2003 11:05
Assunto: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais


| ----- Original Message -----
| From: "Eduardo Gueron"
| Sent: Monday, January 08, 2001 12:11 PM
| Subject: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais
|
| > ... um físico é um cientista (no Brasil geralmente é professor
| > Universitário) e deve ser um pensador, abdicar desse papel tão bem
| > executado por cientistas como Mário Schemberg é lastimável.
|
| Olá, Eduardo.
|
| Fico feliz em encontrar alguém que ainda valoriza o "pensar a física" de
| Mário Schemberg. Enfim, nem tudo está perdido.
|
| > Aproveitando a mensagem, respondo ao Alberto sobre a crítica que faz a
| > matematização da teoria. Toda teoria física consistente é matemática...
|
| Aí eu já discordo. A matemática é a última etapa da teorização, e é só aí
| que ela ganha importância de fato. A matemática chega para coroar uma
| teoria já completa, exclusivamente como linguagem e incapaz de modificar o
| sentido físico, sob pena de ser inconsistente como tal. Sem dúvida, ela pode
| levar a previsões, mas estas surgem, por exemplo, como algo a quantificar
| uma extrapolação fisicamente suspeitada, antes mesmo de se saber qual
| matemática poderá vir a ser aí aplicada. Obviamente, estou me referindo à
| física clássica, pois a física moderna consegue ir além, mas dentro daquela
| insatisfação já comentada e manifestada por Einstein, De Broglie,
| Schrödinger (vide pensamento abaixo) e recentemente Sokal, dentre inúmeros
| outros. Sinto, pelas suas manifestações, que embora você aceite a física
| moderna com tal, você se situa em meio a esses insatisfeitos, e isso é muito
| bom, pois a ciência evolui graças a essa insatisfação. Sob certos aspectos,
| diria que você está a um passo da heresia. ;-) Cuidado! ;-)) Se você ainda
| estiver na unicamp, não deixe de consultar o André Assis, pois ele é
| especialista em andar na corda bamba, sem se transformar num herege de fato.
| ;-)
|
| Continuando, diria que é mais fácil construir um conceito matemático que
| possa vir a interessar à física, e daí generalizá-lo para a matemática, do
| que o contrário. O limite, a derivada, a integral, o rotacional, foram todos
| conceitos que, muito antes de serem descobertos pelos matemáticos, foram
| inventados pelos físicos como linguagem a facilitar a transmissão do que
| pensam. Assim como o logaritmo natural dizem ter sido coisa descoberta por
| economistas. Nenhum desses conceitos é essencial para a física, mas
| facilitam brutalmente a descrição de um processo que seria quase
| indescritível de outra maneira. Ou seja, matemática é coisa que se inventa
| para se adaptar à realidade, como linguagem facilitadora. E digo "inventa"
| pois uma mesma realidade pode ser descrita por várias linguagens
| matemáticas, ao contrário de uma descoberta em física que ou corresponde à
| realidade, ou não (é aí que entra o falseamento de Popper). Posteriormente,
| entrega-se esse invento para que os matemáticos venham a brincar com o mesmo
| e, com isso, evoluir a idéia, e nisso eles são muito bons e os físicos, com
| raríssimas exceções (Dirac é uma dessas exceções), são medíocres. A física
| não se presta a invenções, a física é o estudo da natureza. A física é o que
| é e não pode deixar de ser o que é sob o risco de deixar de ser física para
| se transformar em ficção. Física não se inventa, física se descobre.
|
| > mas no caso particular da Relatividade Geral, a geometria tem um caráter
| > muito peculiar porque ela permite interpretação direta de seus
| > conceitos.
|
| É verdade, mas perceba que muito antes de Minkowiski ter criado a matemática
| relativística, a relatividade de Einstein, como teoria física, era uma
| teoria acabada. Era uma física a exigir uma matemática sofisticada, jamais
| uma matemática a exigir uma física. Há mesmo quem diga que Einstein era um
| péssimo matemático, mas jamais concordarei com isso. Poucos matemáticos têm
| a visão quase que profecial que ele tinha a respeito de conceitos que
| valeriam a pena serem inventados em matemática. E essa visão tem se
| mostrado, no decorrer da história, como característica dos físicos
| teorizadores, não dos matemáticos. Como regra, quem inventa a matemática são
| os físicos, e os matemáticos que me perdoem por mais esta heresia. ;-)
|
| O mesmo que disse com respeito à relatividade eu não poderia dizer com
| respeito a teoria quântica. Na evolução da teoria quântica primitiva para a
| atual deixou-se um pouco a física de lado e passou-se a inventar conceitos
| que matematicamente davam certo. Quero crer que a grande confusão, a
| valorizar a matemática em detrimento da física, começou com os quânticos e,
| em particular, com De Broglie, Schrödinger e Heisenberg. Mas não há como
| responsabilizá-los por isso, pois muitos deles tentaram chamar a atenção
| para essa peculiar idiossincrasia. Schrödinger, por exemplo, chegou a
| afirmar: "Esperamos que a vacilação de conceitos e opiniões signifique
| apenas um intenso processo de transformação, que conduzirá finalmente a algo
| melhor do que as confusas séries de fórmulas que cercam o nosso tema."
|
| > O fato de a onda gravitacional se propagar com a velocidade
| > da luz garante a beleza da teoria de Einstein porque corrobora a idéia
| > de que a gravidade deforma o espaço e variações temporais do campo
| > gravitacional se propagam como ondas de deformação do espaço-tempo
| > trazendo-nos a imagem de uma onda mecânica.
|
| Essa história de beleza matemática de uma teoria quero crer que tenha sido
| defendida por Dirac. Segundo Herrera, Dirac teria dito o seguinte: "Parece
| que, ao se trabalhar a partir do ponto de vista de obter beleza nas equações
| e tendo-se intuição, se está numa linha segura de progresso".
|
| Nada contra a beleza, apenas já afirmei em algum lugar de meu passado que
| "não consigo imaginar um método mais feio", ainda que a conclusão possa até
| mesmo vir a ser bonita. Como ser social que também sou, diria que trata-se
| de um método anti-econômico e, se pensarmos em aplicá-lo em outras áreas,
| até mesmo anti-ético. "Seria como se um médico, frente a um doente sem
| diagnóstico e cinqüenta medicamentos, passasse a se utilizar destes últimos,
| um a um, até encontrar aquele que curasse o paciente. Os riscos seriam
| grandes, o tempo perdido seria enorme, e os custos seriam altíssimos. Não
| obstante, a medicina poderia até mesmo evoluir, como a física tem evoluído,
| a despeito da persistência de um fator de incerteza nesta evolução."
|
| [ ]´s
| Alberto
| http://ecientificocultural.com/indice.htm
| Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
| carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
|
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/01/2003 23:01

----- Original Message -----
From: "Roberto Belisário"
Sent: Thursday, January 09, 2003 6:44 PM
Subject: [ciencialist] Re: Física: neutrino tem massa

> Oi, Alberto. Aparentemente, toda a argumentação abaixo baseia-se
> na idéia de que:

> (1) a existência de um elétron responsável por um campo coulombiano
> não é compatível com:
> (2) os princípios fundamentais da física newtoniana, nomeadamente, as
> noções de espaço, tempo, matéria, movimento da matéria e informação do
> movimento da matéria embutidas tacitamente na teoria - em paticular, a não
> "confundir espaço com tempo nem matéria com movimento da matéria".

> Aparentemente também, corrija-me se estiver errado, toda a
> motivação epistemológica que levou à formulação da sua teoria vem daí.
> Entretanto, ainda não entendi porque (1) seria incompatível com (2).

Olá Belisário.

Quero crer que você está me pedindo muito, algo que mereceria talvez um
texto de umas vinte páginas, mas vou tentar resumir a questão ao máximo.

1) Quanto à "motivação epistemológica":

Não, não houve motivação epistemológica alguma. Tudo foi produto de um
insight que tive em 1983 e que se seguiu de uma série de insights outros.
Meus conhecimentos em física na época eram bem mais rudimentares do que são
hoje, e eu simplesmente persegui uma trilha que se me abriu, e fui estudando
concomitantemente. Inicialmente eu não tive nenhuma preocupação em estudar
elétrons. Estava mais preocupado com alguns fatos relacionados à
relatividade, e com o porquê da velocidade da luz participar como constante
das equações do eletromagnetismo. Nessa época a teoria quântica estava muito
além da minha disposição e/ou capacidade para aprendê-la. Comento alguma
coisa a respeito na mensagem 3612 que enviei para a lista de discussão
Acrópolis sob o título "Do macro ao microcosmo ou vice-versa", num bate-papo
que em setembro de 2000 travei com o Manuel Bulcão. A mensagem não é muito
longa e pode ser lida em
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/varios/ac_3612.htm

2) Quanto a "incompatibilidade entre (1) e (2)":

Em primeiro lugar, lembraria que disse que (1) falsearia, a meu ver, a
física newtoniana a apoiar-se nos argumentos (2) como "pano de fundo". Isso
corresponde, de fato, ao que você chama "incompatibilidade entre (1) e (2)".
Lembro, não obstante, que não é uma incompatibilidade prevista pela física
de
Newton, mesmo porque faltava na época um eletromagnetismo mais sofisticado e
o elétron era praticamente desconhecido e creio mesmo que não suspeitado por
nenhum autor anterior a Faraday.

Hoje sabemos que os elétrons existem e sabemos também que não haveria mais
razão para suspeitarmos de elétrons livres oscilantes, coisa que faria
sentido no início do século XX frente ao modelo em pudim de passas do átomo
de Thomson. A partir de Bohr, pode-se perfeitamente deixar as oscilações de
lado e pensar-se tão somente em órbitas (uma oscilação não deixa de ser a
projeção de um movimento circular). Ora, Bohr ao mesmo tempo que adotou o
átomo planetário percebeu que ele era impraticável classicamente. E era
impraticável porquê? Simplesmente porque se o elétron fosse uma carga
elétrica coulombiana ele não conseguiria se manter em órbita, e isso era um
dado bem conhecido na época. O que Bohr fez então? Modificou o modelo
clássico? Não, simplesmente inventou uma situação não clássica,
caracterizada pelo que chamou órbitas permitidas. Nessas órbitas permitidas
o elétron estaria autorizado a desobedecer as leis observadas
macroscopicamente para cargas elétricas assumidas como sendo do mesmo tipo.
Estou mentindo? Não foi assim que evoluiu a teoria quântica a partir de
1913, após os quanta de Planck (1901) e o efeito fotoelétrico de Einstein
(1905)?

Ora, segundo a teoria de Maxwell, seria impossível uma carga elétrica
permanecer em órbita, a menos que estivesse dotada de motores divinos a
compensarem sua emissão de radiação. Por outro lado, ao que tudo indica essa
radiação não ocorre! Conclusão: ou o elétron não está efetivamente em
órbita, mas em algum espaço probabilístico sobrenatural, e é isso o que a
teoria quântica de certa forma propõe, ou então devemos esclarecer em
definitivo o que seriam essas órbitas permitidas. Permitidas por quem? Por
aquele que não joga dados? Ou seja, eliminamos os motores divinos e recaímos
ou na teoria quântica ou numa outra divindade! Seriam apenas essas as
opções?

Eu poderia continuar com o assunto quase que indefinidamente, mas creio que
isso é suficiente para justificar o falseamento referido. E é o que se lê em
qualquer trecho introdutório de física quântica. Se o elétron for uma carga
coulombiana você jamais conseguirá explicar classicamente a estabilidade do
átomo. Por outro lado, se ele não for uma carga coulombiana deveremos
procurar por novos campos a promoverem a união espacial entre o núcleo e os
elétrons. Se esse campo existir, a física newtoniana poderá estar a salvo;
do contrário teremos que nos contentar com os gnomos quantum-relativistas.

Perceba que não foi por acaso que relatividade e teoria quântica nasceram
praticamente na mesma época. Também não foi por acaso que uma apóia-se na
idéia de elétrons livres de Lorentz e a outra na idéia de transformações de
Lorentz. Também não foi por acaso que o eletromagnetismo de Maxwell, pouco
antes de gerar esses dois monstros, foi bastante modificado por Lorentz.
Também não foi por acaso que Planck desenvolveu seus estudos relacionados à
radiação de calor utilizando-se do modelo de oscilador linear de Hertz, 100%
compatível com os elétrons oscilantes de Lorentz. Ou seja, todas essas
idéias a apoiarem-se na noção de Lorentz de elétron-carga elétrica
coulombiana, terminam por gerar conseqüências funestas para a física
clássica newtoniana. Só está faltando provar que o elétron é realmente isso
que os físicos vêm assumindo há mais de 100 anos. O dia que provarem isso em
definitivo, a física newtoniana estará efetivamente em maus lençóis. A
partir desse dia passarei a respeitar a física moderna. Até então,
continuarei dizendo que ela não passa de uma enganação. É muito o que estou
pedindo?

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/01/2003 23:24

----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto"
Sent: Thursday, January 09, 2003 7:55 PM
Subject: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais

> Você está certo ao lamentar que a física não explica nada, mas
> equivoca-se ao dar um único rótulo a toda uma comunidade de
> cientistas, ao reduzir a atividade científica atual ao
> gerenciamento de receitas de bolo. Não é um pouco demais?

Folgo em verificar que você mudou de opinião a respeito. Por outro lado,
diria que quem está generalizando é você, pois no contexto inicial (msgs
20403 e 20409) não houve essa preocupação. Aliás, não é a primeira vez que
você preocupa-se com o que eu penso sobre terceiros. Tudo bem, não vou ficar
bravo com isso, mas... Qual é a sua? Você pertence à Sociedade dos Amigos da
Física Moderna? ;-)

> Minha filosofia é prestar atenção numa intensidade diretamente
> proporcional à relevância do objeto em questão. Mas em consideração
> a sua pessoa, me sinto bastante inclinado a lhe mostrar o que
> eu aprendi na escola, e fazer um parecer sobre o seu trabalho.

Sinta-se a vontade para tal.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Equivalencia + Carga
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/01/2003 04:49

Depois de todas essas querelas sobre o princípio da equivalência decidi colocar no Imperdível - Sala 19, dentro da Série "Primeiros Passos", no trabalho "Métodos dos Passos da Teoria da Relatividade (parte 2)" o que 'entendi' (didaticamente) por 'equivalência':
---------------------------------------------------------------
Principio de equivalência
Einstein, que conseguiu modificar as leis da mecânica concluída por Newton, tentou em seguida reescrever relativisticamente a lei da gravitação universal - outra grande descoberta de Newton. Esse trabalho de Einstein viria a ser a teoria da relatividade generalizada, que foi concluída(?) nos seus pontos essenciais em 1915. O seu processo de surgimento, do ponto de vista metodológico, era também bastante característico, como no caso da teoria da relatividade especial.Primeiramente, Einstein observou que, embora a lei da gravitação universal fosse expressa matematicamente de forma análoga à lei de Coulomb da teoria eletromagnética, as duas eram completamente diferentes em sua essência. No caso da lei coulombiana, aparece, como fator determinante da grandeza da força, uma nova quantidade física, a carga elétrica ou a magnética. No caso da lei da gravitação universal, contudo, a massa não é uma nova quantidade física, mas a mesma que apareceu na equação do movimento. À primeira vista, isso parece bastante simples, porém, na realidade, possui um significado muito interessante. Por exemplo, ao se colocarem diversos corpos carregados num campo elétrico, os seus comportamentos, isto é, as suas acelerações, são diferentes. O fato está claro, uma vez que a força é proporcional à carga elétrica, e a aceleração é inversamente proporcional à massa. Entretanto, no caso do campo gravitacional, a situação é completamente diferente. Qualquer que seja o corpo colocado no campo, a aceleração que ele adquire é a mesma. Então, se considerarmos um sistema de coordenadas que se move com essa aceleração e observarmos o movimento dos diversos corpos que estão nesse campo, estes começarão a se mover com velocidade constante, isto é, poderemos considerar o campo gravitacional como eliminado. Contrariamente, se movimentarmos o sistema de coordenadas com uma certa aceleração, os corpos que na realidade não estão sob a ação de nenhuma força serão observados daí como se se movessem com uma aceleração igual e oposta à do sistema de coordenadas, isto é, aparentemente observaremos o movimento dos corpos como se um campo gravitacional tivesse surgido.Nesse sentido, o "campo gravitacional" e o "sistema de coordenadas com um movimento acelerado" estariam estritamente relacionados e seriam 'equivalentes".
Seria melhor, então, começar pelo estudo da extensão da transformação de Lorentz a um sistema de coordenadas em movimento acelerado do que estudar diretamente a lei da gravitação universal, a qual não se sabia como tratar. Com essa idéia, Einstein começou a estudar a transformação dos sistemas de coordenadas aceleradas.
...........
Daqui prá frente seguirá a continuação da metodologia empregada na relatividade. Creio que o próximo passo serão os postulados do espaço de Riemann e mais toda a paçoca geométrica de Minkowsky com a sua rotação generalizada do espaço quadridimensional de coordenadas.
Que acham desse texto? Satisfaz gregos e troianos na equivalência?
[]'
Léo

PS: Agradeço ao Aniello, Tarcisio Borges et all, que participaram da thread e me encaminharam para tal texto. Talvez, ainda didaticamente, seja interessante acrescentar alguns exemplos; quais sugerem?





SUBJECT: Fw: secador Ferraz de caf
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/01/2003 04:54

Bem, esse consulente usou meu santo nome, não em vão, mas sim num secador de café ... todavia ... tem algum especialista em secagem de café por ai? Será que a boa técnica é passar o café entre as placas de um grande capacitor alimentado por tensões alternadas de altas freqüências? Secagem capacitiva?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: OMAR MUÑOZ GOSALEZ
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sexta-feira, 10 de janeiro de 2003 12:27
Assunto: secador Ferraz de café


le pido ayuda por favor: estoy tratando de encontrar métodos de evaluación y optimización de un secador de café Ferraz fabricado por PUGLIESSE en 1979... no he podido encontrar información.. si usted pudiera ayudarme quizá con algunas direcciones le agradecería mucho... el secador tiene forma cónica con capacidad de 120 qq de carga.
si puede por faor escriba a omar_munozgo@hotmail.com y si le puedo ayudar en algo sólo me mantendré en contacto. gracias OMAR MUÑOZ GOSALVEZ --- CASILLA 3082 - LA PAZ BOLIVIA


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/01/2003 10:18

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Thursday, January 09, 2003 9:44 PM
Subject: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais

Olá, Léo.

Muito interessante a sua mensagem, a demonstrar que o Imperdível é realmente
o que há de melhor a orientar os jovens que se iniciam na física no Brasil.

Concordo com quase tudo o que foi apresentado [É sempre bom manter um
"quase" nessas afirmações ;-)] e vou comentar apenas as conclusões finais.

> Entretanto é claro que isso não significa que tais trabalhos sejam
> completamente inúteis.

Sem dúvida. Aliás, a minha crítica, com raríssimas exceções, nunca é
dirigida aos idealizadores da física moderna, mas sim a seus incautos
seguidores. Creio mesmo que os idealizadores não chegaram a se utilizar
desse método como algo definitivo, a não ser Dirac que parece não ter
deixado dúvidas de que valorizava tremendamente a matemágica. Qualquer um
que se der ao luxo de ler Planck, Schrödinger, Heisenberg e até mesmo Bohr,
perceberá que eles eram físicos de fato, e sabiam muito bem se utilizar do
(e/ou inventar o) ferramental matemático. A idiossincrasia, a propalar a
matemágica, é coisa da atualidade, a prenunciar uma insatisfação total pela
incompreensão da natureza íntima da matéria. Tenta-se então imitar os
precursores da física moderna, "inventando adoidado", sem que no entanto se
possua argumentos físicos para tal. O resultado está aí, não se consegue
produzir nada de sério em física que não sejam os universos paralelos, as
viagens no tempo, os universos com onze ou mais dimensões, a física dos
esquilos (universo como casca de noz) etc.

Quanto à utilidade do método, creio que está em acordo com o que afirmei:
"Não obstante, a medicina poderia até mesmo evoluir, como a física tem
evoluído, a despeito da persistência de um fator de incerteza nesta
evolução." Mas insisto na feiura desse método bem como no seu caráter
anti-econômico, e principalmente no fato de que em outras áreas isso seria
até mesmo anti-ético. Quem paga por isso é a sociedade, essa mesma sociedade
que está hoje a preocupar-se com os mutirões anti-fome. No que diz respeito
à anti-eticidade, essa medicina, que concluí que "poderia até mesmo
evoluir",
foi inventada nos campos de concentração nazistas. Preciso dizer mais alguma
coisa a respeito?

> Enquanto se trabalha tendo em mente que essa é apenas uma possibilidade, a
> sua utilidade é reconhecida.

Muito bem lembrado. Mas não é isso que tenho constatado ser ensinado nas
escolas.

> Todavia, algumas vezes, surge o fanatismo e começa-se a acreditar que
> aquela é a única possibilidade.

Perfeito. Diria que essa crença transformou-se em realidade educacional. O
aluno aprende que a física somente progride às custas do método da tentativa
e erro. Ficam então testando equações estratosféricas, na vã esperança de
que um dia transformar-se-ão num Planck ou num Schrödinger

> Nesse caso, a física se transforma em matemática e, nesse ponto, a
> utilização do método contemporâneo exige o devido cuidado.

Muito bem colocado: "Método contemporâneo".

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/01/2003 14:52

>From: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais
>Date: Tue, 09 Jan 2001 11:26:20 -0200
>
>Permita-me, apenas, discordar do caso do elétron. Os problemas de
>singularidades são, de fato,
>previstos pela relatividade mas, geralmente, estas estão cobertas por
>algum tipo de horizonte
>(o problema de singularidades nuas ainda está em aberto mas há
>conjecturas a respeito). Outro exemplo de
>paradoxo da teoria seria a hipótese matemática de se voltar no tempo em
>soluções
>como buracos negros que giram ou carregados mas que são impossíveis
>quando olhamos a situação com mais cuidado
>(como análises de estabilidade) estes casos mostram a consistência da
>teoria. Todos esse possíveis paradoxos associados
>a limites de curvatura ou problemas de geodésica são contornáveis (às
>vezes não mui facilmente) dentro da própria
>teoria, no entanto, o problema da partícula não é visto que não se trata
>de um limite de curvatura mas a possível
>existência de uma entidade mínima.

Olá Eduardo,

Mas sempre a singularidade constitui um problema sério na teoria.
Ainda que uma singularidade esteja "vestida", a região interna do
horizonte de eventos não é predictable (esqueci a palavra em
português), além disso há o problema cosmológico da singularidade
inicial.

>O limite de energia aconteceria se
>tivéssemos a partícula como um ponto mas o bom
> senso nos faz crer que pontos materiais não existem, e mais, aspectos
>como o seu comportamento ondulatório tornam
>impossíveis as análises, por exemplo, do campo gravitacional gerado por
>um elétron a la RG.

Mas o que é o elétron senão um ponto? De acordo com o modelo padrão,
as partículas fundamentais são um ponto.

>Se vc conhece bem RG deve
>conhecer a solução de Reisner-Nodstron acerca de estrelas esfericamente
>simétricas e carregadas, pois bem, imagine
>que tal estrela fosse apenas um conjunto com algumas partículas
>carregadas, como fazer para levar em conta simultaneamente
>a gravitação de Einstein e a eletrodinâmica quântica?

Não vejo nesse caso problema, a princípio. Geralmente,
considera-se esse amontoado de partículas gerando a solução
de Reissner-Nordstron como um objeto clássico. Mas também
podemos considerar campos quantizados (ou partículas quânticas)
no espaço-tempo curvo de fundo. A gravitação Einsteiniana
pode ser levada em conta junto com a teoria quântica de campos.
Acho que o Robert Wald, um dos grandes especialistas em RG,
já mostrou que a teoria é consistente. As singularidades da
matéria quantizada são "domesticadas" através da renormalização,
mas as oriundas da própria geometria, como você sabe, não
podem ser tratadas.

Um abraço,

Guilherme

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http://messenger.msn.com.br



SUBJECT: Fw: OBRIGADO!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/01/2003 22:32

Todos merecem isso!
[]'
======================
-----Mensagem Original-----
De: Ivo da Silva Costa Junior
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sexta-feira, 10 de janeiro de 2003 22:33
Assunto: OBRIGADO!


Sou formado em mecânica de precisão pela escola SENAI Suíço-Brasileira, faz um ano que sou contratado pelo Estado (Ba) como professor de física para nível médio. Já estou "devorando" este site e preparando os kit's para demonstração em sala de aula, além de preparar os manifestos e incentivos ao pensamento cientifico.
Feira de Ciências trouxe-me novo vigor para ensinar e provavelmente trará grande moitvação para os alunos de Santana-Ba.
Ivo S.C. Junior


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Velocidades de Grupo/Fase - IMPERDIVEL !!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/01/2003 23:13

Já está no Imperdível o excelente trabalho do Sérgio M. M. Taborda 'Sobre a relação entre a velocidade de grupo e de fase'.

http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_R12.asp

Recomendação divina

[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================



SUBJECT: Re: Fw: [sbcr] Fw: Desgraças da Vida...
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/01/2003 02:59

Sílvio!

Vou de Veríssimo para responder à sua mensagem... :)

Bisous, Lígia

*********************************

Diga NÂO
Diga não às drogas!

Luiz Fernando Veríssimo

Tudo começou quando eu tinha uns 14 anos e um amigo chegou com
aquele papo de "experimenta, depois, quando você quiser, é só
parar..." e eu fui na dele.

Primeiro ele me ofereceu coisa leve, disse que era de "raiz", "da
terra", que não fazia mal, e me deu um inofensivo disco
do "Chitãozinho e Xororó" e em seguida um do "Leandro e Leonardo".
Achei legal, coisa bem brasileira; mas a parada foi ficando mais
pesada, o consumo cada vez mais freqüente, comecei a chamar todo
mundo de "Amigo" e acabei comprando pela primeira vez.
Lembro que cheguei na loja e pedi:
- Me dá um CD do Zezé de Camargo e Luciano.
Era o princípio de tudo!

Logo resolvi experimentar algo diferente e ele me ofereceu um CD de
Axé.
Ele dizia que era para relaxar; sabe, coisa leve... "Banda
Eva", "Cheiro de Amor", "Netinho", etc.
Com o tempo, meu amigo foi oferecendo coisas piores: "É o
Tchan", "Companhia do Pagode", "Asa de Águia" e muito mais.
Após o uso contínuo eu já não queria mais saber de coisas leves, eu
queria algo mais pesado, mais desafiador, que me fizesse mexer a
bunda como eu nunca havia mexido antes, então, meu "amigo" me deu o
que eu queria, um Cd do "Harmonia do Samba".
Minha bunda passou a ser o centro da minha vida, minha razão de
existir.
Eu pensava por ela, respirava por ela, vivia por ela!

Mas, depois de muito tempo de consumo, a droga perde efeito, e você
começa a querer cada vez mais, mais, mais . . .
Comecei a freqüentar o submundo e correr atrás das paradas.
Foi a partir daí que começou a minha decadência.
Fui ao show de encontro dos grupos "Karametade" e "Só pra
Contrariar", e até comprei a Caras que tinha o "Rodriguinho" na capa.
Quando dei por mim, já estava com o cabelo pintado de loiro, minha
mão tinha crescido muito em função do pandeiro, meus polegares já não
se mexiam por eu passar o tempo todo fazendo sinais de positivo.
Não deu outra: entrei para um grupo de Pagode.
Enquanto vários outros viciados cantavam uma "música" que não dizia
nada, eu e mais 12 infelizes dançávamos alguns passinhos ensaiados,
sorriamos e fazíamos sinais combinados.
Lembro-me de um dia quando entrei nas lojas Americanas e pedi a
coletânea "As Melhores do Molejão". Foi terrível!! Eu já não pensava
mais!! Meu senso crítico havia sido dissolvido pelas
rimas "miseráveis" e letras pouco arrojadas.

Meu cérebro estava travado, não pensava em mais nada.
Mas a fase negra ainda estava por vir.
Cheguei ao fundo do poço, no limiar da condição humana, quando
comecei a escutar "Popozudas", "Bondes", "Tigrões", "Motinhas"
e "Tapinhas".
Comecei a ter delírios, a dizer coisas sem sentido.
Quando saia a noite para as festas pedia tapas na cara e fazia
gestos obscenos.
Fui cercado por outros drogados, usuários das drogas mais
estranhas; uns nobres queriam me mostrar o "caminho das Pedras",
outros extremistas preferiam o "caminho dos templos".

Minha fraqueza era tanta que estive próximo de sucumbir aos
radicais e ser dominado pela droga mais poderosa do mercado: a droga
limpa.
Hoje estou internado em uma clínica. Meus verdadeiros amigos
fizeram a única coisa que poderiam ter feito por mim. Meu tratamento
está sendo muito duro: doses cavalares de Rock Progressivo e Blues.
Mas o meu médico falou que é possível que tenham que recorrer ao
Jazz e até mesmo a Mozart e Bach.
Queria aproveitar a oportunidade e aconselhar as pessoas a não se
entregarem a esse tipo de droga. Os traficantes só pensam no dinheiro.
Eles não se preocupam com a sua saúde, por isso tapam sua visão
para as coisas boas e te oferecem drogas.
Se você não reagir, vai acabar drogado: alienado, inculto,
manobrável, consumível, descartável e distante; vai perder as
referências e definhar mentalmente.
Em vez de encher a cabeça com porcaria, pratique esportes e, na
dúvida, se não puder distinguir o que droga ou não, faça o seguinte:
Não ligue a TV no Domingo a tarde;
Não escute nada que venha de Goiânia ou do Interior de São Paulo;
Não entre em carros com adesivos "Fui ... "
Se te oferecerem um CD, procure saber se o suspeito foi ao programa
da Hebe ou se apareceu no Sabadão do Gugu; Mulheres gritando
histericamente é outro indício;
Não compre nenhum CD que tenha mais de 6 pessoas na capa;
Não vá a shows em que os suspeitos façam gestos ensaiados;
Não compre nenhum CD que a capa tenha nuvens ao fundo;
Não compre qualquer CD que tenha vendido mais de 1milhão de cópias
no Brasil; e
Não escute nada que o autor não consiga uma concordância verbal
mínima.

Mas, principalmente, duvide de tudo e de todos.
A vida é bela! Eu sei que você consegue!
Diga não às drogas!

*************************************



--- Em ciencialist@y..., "silvio cordeiro" <scordeiro@t...> escreveu
> Companheiros!!!!!!!!!!
>
> Desculpem a infringência das sagradas regras dos grupos, em não
espalhar
> "correntes", mas essa, é irresistível...
> Como nada é perfeito, eu retiro a Kelly Key - que calipígio!!!!!!!!
>
> silvio, o tirômano.
>
> transcrevo:

(...)

> Nos últimos tempos, o rock e a MPB sofreram baixas pouco
lamentáveis:
>
> Cazuza e Renato Russo morreram de Aids;
> Chico Science morreu em um terrível acidente de carro;
> Marcelo Yuka foi baleado e ficou sem o movimento das pernas e do
braço
> esquerdo;

(...)



SUBJECT: me ajude
FROM: Adriano Leite <oaklab151@yahoo.com.br>
TO: Grupo "cincia" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2003 14:57

Alô, pessoal!Bem, eu gostaria que explicasse mais
detalhadamente como posso usar a
telecinese.exemplo:ambiente certo, posição, se tem que
meditar, etc.Por favor me ajudem e mandem a resposta
por e-mail.


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O melhor lugar para encontrar tudo o que você procura na Internet
http://br.busca.yahoo.com/


SUBJECT: Re: me ajude
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/01/2003 15:31

--- Em ciencialist@y..., Adriano Leite <oaklab151@y...> escreveu
> Alô, pessoal!Bem, eu gostaria que explicasse mais
> detalhadamente como posso usar a
> telecinese.exemplo:ambiente certo, posição, se tem que
> meditar, etc.Por favor me ajudem e mandem a resposta
> por e-mail.


Adriano!

Que que é isso... perguntando assim, na cara dura sobre telecinese
numa lista científica onde a maioria, senão todos os participantes
são céticos? Tudo bem... sem problemas. :) Eu gosto desses
assuntos e espero poder ajudá-lo.

SE a telecinese fosse comprovável ( vejam bem: eu disse SE), ela
teria a ver com uma capacidade humana relacionada ao eletromagnetismo
que nosso cérebro seria capaz de emitir sob efeito de certos estados
alterados da consciência atingíveis numa meditação profunda pelos que
são chamados "paranormais". Desta forma, sob o efeito de tais
estados alterados em tais pessoas "especiais", os índices de
eletromagnetismo capazes de executar tal proeza de mover objetos sem
o toque das mãos seria atingível através da focalização de
tal "energia" e a emissão dela pelos olhos sobre um "alvo". Tal alvo
tenderia a mover-se por curtos ou longos períodos de tempo sem a
intromissão de nenhum agente além da suposta energia telecinética
(eletromangetismo animal, magnetismo animal or else...)...

MAS, e eu acredito nisso, o mágico Randi vem dando mostras de que
nunca houve tal habilidade humana, sendo que tudo o que se comenta a
respeito, ou mesmo os supostos místicos e paranormais aptos a tais
proezas ao longo da história humana têm sido apenas e tão somente
impostores... portanto, não há como afirmar a você se há uma posição
correta, se há um momento certo, ou mesmo sob quais circunstâncias a
telecinese pode ocorrer. Ela simplesmente não ocorre... a não ser
sob a influência de um bom mágico ou mistificador que é o que
os "portadores" de tal habilidade são.

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] me ajude
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2003 16:38

Caro Adriano,

Se você descobrir como usar a telecinese, não se esqueça de me avisar. Mas
acho que isso acontecerá somente depois da segunda vinda... :))

[ ]s


Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "Adriano Leite" <oaklab151@yahoo.com.br>
Para: "Grupo ciência" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sábado, 11 de Janeiro de 2003 14:57
Assunto: [ciencialist] me ajude


> Alô, pessoal!Bem, eu gostaria que explicasse mais
> detalhadamente como posso usar a
> telecinese.exemplo:ambiente certo, posição, se tem que
> meditar, etc.Por favor me ajudem e mandem a resposta
> por e-mail.
>
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: me ajude
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/01/2003 18:43

--- Em ciencialist@y..., Adriano Leite <oaklab151@y...> escreveu
> Alô, pessoal!Bem, eu gostaria que explicasse mais
> detalhadamente como posso usar a
> telecinese.exemplo:ambiente certo, posição, se tem que
> meditar, etc.Por favor me ajudem e mandem a resposta
> por e-mail.


Adriano,

O ambiente certo é, com certeza, um cassino. Escolha a roleta.
Esqueça os dados e as caça-níqueis. Aplicar telecinese nos dados para
que caiam com o lado certo para cima pode criar movimentos suspeitos.
Afinal eles param muito rápido, e enquanto estão rolando é difícil
visualizar os lados para saber para que lado movê-los. Mas na roleta
vc pode esperar que a bolinha esteja quase parando e aí usar a
telecinese para fazê-la cair na casa em que vc apostou sem despertar
muita suspeita, afinal, antes de parar, a bolinha fica por alguns
instantes pulando de casa em casa. Quanto a posições e meditação,
pode meditar à vontade, e também fazer figa, caretas, movimentos com
o corpo, etc. Isso não vai gerar suspeitas nos donos do cassino, já
que os outros apostadores que não têm o poder da telecinese também
fazem isso.

(Vc, obviamente, fez a pergunta porque tem poderes telecinéticos e só
queria uma sugestão de como aplicá-los. Agora, se vc não tem o poder,
e quer saber como consegui-lo, eu também não sei. Se descobrir, me
conte, já que agora vc me deve um favor!)

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Re: me ajude (agora falando sério)
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/01/2003 19:06

--- Em ciencialist@y..., "Ligia Amorese" <ligia5555@y...> escreveu
...
> SE a telecinese fosse comprovável ( vejam bem: eu disse SE), ela
> teria a ver com uma capacidade humana relacionada ao
eletromagnetismo
> que nosso cérebro seria capaz de emitir sob efeito de certos
estados
> alterados da consciência atingíveis numa meditação profunda pelos
que
> são chamados "paranormais". Desta forma, sob o efeito de tais
> estados alterados em tais pessoas "especiais", os índices de
> eletromagnetismo capazes de executar tal proeza de mover objetos
sem
> o toque das mãos seria atingível através da focalização de
> tal "energia" e a emissão dela pelos olhos sobre um "alvo". Tal
alvo
> tenderia a mover-se por curtos ou longos períodos de tempo sem a
> intromissão de nenhum agente além da suposta energia telecinética
> (eletromangetismo animal, magnetismo animal or else...)...
...

Agora falando sério (ou quase) sobre telecinese, alguns pesquisadores
do paranormal discordariam de vc. Eles afirmam que os estudos
disponíveis comprovam que a psicocinese (ou PK) é exercida
independentemente da distância entre o agente e o alvo. Por não
decair em intensidade em proporção ao quadrado da distância, a PK não
seria exercida através de eletromagnetismo. Afinal, como é que os
parapsicólogos iriam justificar a indetectabilidade de campos
eletromagnéticos por instrumentos, a ação independente do espaço e do
tempo e a indiferença em relação ao material de que os objetos a
serem movidos são feitos, senão através de alguma "força"
ou "mecanismo desconhecido"?

Mas vc está certa em relação aos charlatães. Ao longo de mais de 100
anos de história da pesquisa "psi", os sujeitos que diziam mover
coisas como caixas de fósforo, agulhas, ponteiros de bússola,
charutos e outros objetos macroscópicos foram sempre desmascarados e
nunca conseguiam exercer seus "poderes" em experiências controladas.
Ou conseguiam produzir efeitos fantásticos diante de um pesquisador,
mas se recusavam a se submeter a outros. Algins pesquisadores atuais,
quando têm maior simpatia pela ciência, abandonaram esse tipo de
pesquisa e estão se concentrando mais naquilo que chamam de micro-PK.
É o que programas como o PEAR, de Princeton, testam. Fazem
experiências com sujeitos tentando interferir sobre geradores
eletrônicos de números aleatórios, em vez de objetos. Coletam grandes
massas de dados e aí aplicam programas estatísticos tentando
encontrar desvios. Se encontram, ahá! Está comprovada a existência da
PK. E vc tem alguma dúvida de que encontram?

[]s
Ronaldo





SUBJECT: Re: [ciencialist] me ajude
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2003 19:44

Olá Adriano,

o tema telecinese é vasto e apaixonante. Só consegui algum resultado depois de estudos neurais e projetos de laboratório na pesquisa de ectoplasma. Há um comportamento peculiar dos sensores epidérmicos na presença de ectoplasma obtido em frascos de vidro (frasco de Florence) com eletrodos de tungstênio e gases colhidos no interior da massa fecal de cadáveres (obviamente devidamente colhido em salas de medicina legal - autópsia). Pela passagem da corrente elétrica (sob tensão da ordem de 25 kV) tais gases no interior do frasco 'degeneram' em ectoplasma do nível 1 (ainda não têm a consistência esverdeada e fluorescente daquele do nível 2).
Na presença desse ectoplasma 'degenerado' os sensores epidérmicos de temperatura e pressão ficam com sua capacidade sensorial multiplicada por 23 e, o efeito mais interessante é justamente sobre a capacidade cerebral em organizar as correntes elétricas neurais dirigindo-as para um determinado objeto (não muito pesado, infelizmente). Tal objeto, nessas condições específicas, pode ser movimentado pelos campos eletroplasmáticos que são gerados por tais correntes elétricas.
Ainda não tenho nenhuma lei empírica sobre tais campos, mas tudo indica que suas intensidades não decrescem com o quadrado da distância.
Enfim, há muita coisa ainda a ser estudada; vamos aguardar novos resultados. Tenho me comunicado com a SBT (Sociedade Brasileira de Telecinese) e soube que estão tentando uma nova montagem usando de magníficas máquinas Kirlian.

Aquele abraço e,
não deixe de avisar-me de qqer avanço nesses estudos.

Luiz Ferraz Netto

======================
-----Mensagem Original-----
De: "Adriano Leite" <oaklab151@yahoo.com.br>
Para: "Grupo ciência" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sábado, 11 de janeiro de 2003 14:57
Assunto: [ciencialist] me ajude


| Alô, pessoal!Bem, eu gostaria que explicasse mais
| detalhadamente como posso usar a
| telecinese.exemplo:ambiente certo, posição, se tem que
| meditar, etc.Por favor me ajudem e mandem a resposta
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SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Gentica - TATUS
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2003 19:46

Bem, ... isso não é da minha praia. Quem participa?
[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: Renata Almeida
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sábado, 11 de janeiro de 2003 14:21
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS - Genética


Fiquei surpresa em saber através do Aurélio que os tatus dão cria através da poliembrionia, onde todos os filhotes são do mesmo sexo. Não entendi como isso se dá: se são vários gametas fecundando um mesmo óvulo? Mas aí seriam gêmeos univitelinos, não. Sou professora de desenho mas gostaria de ser esclarecida sobre essa forma de geração. Vi na Internet muita coisa sobre poliembrionia em frutas, como a tangerina.
Aguardo resposta.
Grata desde já.
Renata Almeida


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: me ajude (agora falando sério)
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2003 20:26

a telecinese não é uma estatal que ofere serviços na área de telefonia ?


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: me ajude (agora falando sério)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2003 21:13

----- Original Message -----
From: "Ronaldo Cordeiro"
Sent: Saturday, January 11, 2003 6:06 PM
Subject: [ciencialist] Re: me ajude (agora falando sério)

> Agora falando sério (ou quase) sobre telecinese, alguns pesquisadores
> do paranormal discordariam de vc. Eles afirmam que os estudos
> disponíveis comprovam que a psicocinese (ou PK) é exercida
> independentemente da distância entre o agente e o alvo. Por não
> decair em intensidade em proporção ao quadrado da distância, a PK não
> seria exercida através de eletromagnetismo.

Eu diria que você está desprezando a psicocinese quântica. Que tal pensar em
fótons psicocinéticos? Você irá me dizer que estava falando "quase" sério,
mas quem foi que disse que a física quântica não é coisa "quase" séria?

> Afinal, como é que os
> parapsicólogos iriam justificar a indetectabilidade de campos
> eletromagnéticos por instrumentos, [...]?

Da mesma forma que os quânticos justificam o spin que não é giro, a carga do
elétron, as órbitas proibidas, o princípio da superposição de estados, o
colapso da função de onda, os universos paralelos, as infinitas dimensões
espaciais das teorias das cordas, as partículas virtuais, o vácuo quântico
etc. etc. etc.

> Mas vc está certa em relação aos charlatães. Ao longo de mais de 100
> anos de história da pesquisa "psi", os sujeitos que diziam mover
> coisas como caixas de fósforo, agulhas, ponteiros de bússola,
> charutos e outros objetos macroscópicos foram sempre desmascarados e
> nunca conseguiam exercer seus "poderes" em experiências controladas.

Isso porque você deixou de lado a função "psi" da teoria quântica, que já
existe há quase 80 anos e está por aí a fazer milagres, fazendo elétrons
saltarem de um local para outro sem passarem por nenhum ponto intermediário.
Tais feitos miraculosos jamais foram desmascarados, a não ser por "hereges"
e "crackpots".

> Coletam grandes
> massas de dados e aí aplicam programas estatísticos tentando
> encontrar desvios. Se encontram, ahá! Está comprovada a existência da
> PK. E vc tem alguma dúvida de que encontram?

Tá parecendo a invenção diraciana do princípio quântico da superposição de
estados. ;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Genética - TATUS
FROM: "roberta ramos" <roberta_pr@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2003 22:34




Fiquei surpresa em saber através do Aurélio que os tatus dão cria através
da poliembrionia, onde todos os filhotes são do mesmo sexo. Não entendi como
isso se dá: se são vários gametas fecundando um mesmo óvulo? Mas aí seriam
gêmeos univitelinos, não. Sou professora de desenho mas gostaria de ser
esclarecida sobre essa forma de geração. Vi na Internet muita coisa sobre
poliembrionia em frutas, como a tangerina.
Aguardo resposta.
Grata desde já.
Renata Almeida

Sim, eles serão gêmeos univitelinos sim!!!! Na verdade, não são vários
gametas fecundando
o óvulo, o que ocorre é que no início da clivagem, aos invés dos blastômeros
(são as céluas que resultam da divisão do zigoto) permanecerem unidos, eles
se separam e cada um irá se desenvolver separadamente, dando origem a vários
tatus (com o mesmo sexo e a mesma carga genética).
Falou?!
Roberta

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: oi
FROM: "m@lu" <dedoverde@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2003 22:37

Oi pessoal, sou nova no grupo por isso estou meio perdida..alguem pode me
orientar.
Bjos
M@lu
Ah faço facu em enfermagem e estou pesquisando sobre celulas tronco



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: me ajude (agora falando bem sério)
FROM: "roberta ramos" <roberta_pr@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2003 22:37


----- Original Message -----
From: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, January 11, 2003 8:26 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: me ajude (agora falando sério)


>a telecinese não é uma estatal que ofere serviços na área de telefonia ?

hmmm.. sempre achei que fosse aquele canal de filmes...
A proposito, cai bem a piadinha:
Quem acredita em psicocinese, levante o meu braço!




SUBJECT: Re: [ciencialist] oi
FROM: "roberta ramos" <roberta_pr@hotmail.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2003 22:38

Oi Malu!!!
Seja bem-vinda!
O que voce quer saber sobre células-tronco??!

Roberta
----- Original Message -----
From: "m@lu" <dedoverde@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, January 11, 2003 10:37 PM
Subject: [ciencialist] oi


> Oi pessoal, sou nova no grupo por isso estou meio perdida..alguem pode me
> orientar.
> Bjos
> M@lu
> Ah faço facu em enfermagem e estou pesquisando sobre celulas tronco
>
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http://br.yahoo.com/info/utos.html
>


SUBJECT: Re: [ciencialist] oi
FROM: "m@lu" <dedoverde@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/01/2003 23:05

Oi Roberta! Obrigada pela receptidade..rs
Na verdade estou tentando fazer uma revisao bibliografia, e tenho q achar
alguns dados, o q estou sentindo mais dificuldade e em achar onde td começou
e como, e tb estou tentando entrar em contato com o instituto de
biotecnologia do milenos,mas eles nao estao me dando retorno..se vc puder me
ajudar me transmitindo o q vc sabe ficarei muito feliz
Bjos
M@lu



SUBJECT: (OFF-TOPPIC)[ciencialist] me ajude
FROM: Leandro <leandropl@mailbr.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/01/2003 00:24

On Sat, 11 Jan 2003 19:44:36 -0200, Luiz Ferraz Netto wrote:
>o tema telecinese é vasto e apaixonante. Só consegui algum resultado
>depois de estudos neurais e projetos de laboratório
>na pesquisa de ectoplasma. Há um comportamento peculiar dos sensores
>epidérmicos na presença de ectoplasma obtido
>em frascos de vidro (frasco de Florence) com eletrodos de tungstênio
>e gases colhidos no interior da massa fecal de
>cadáveres (obviamente devidamente colhido em salas de medicina legal
>- autópsia). Pela passagem da corrente elétrica
>(sob tensão da ordem de 25 kV) tais gases no interior do frasco
>'degeneram' em ectoplasma do nível 1 (ainda não têm a
>consistência esverdeada e fluorescente daquele do nível 2).
>Na presença desse ectoplasma 'degenerado' os sensores epidérmicos de
>temperatura e pressão ficam com sua capacidade
>sensorial multiplicada por 23 e, o efeito mais interessante é
>justamente sobre a capacidade cerebral em organizar as
>correntes elétricas neurais dirigindo-as para um determinado objeto
>(não muito pesado, infelizmente). Tal objeto, nessas
>condições específicas, pode ser movimentado pelos campos
>eletroplasmáticos que são gerados por tais correntes elétricas.
>Ainda não tenho nenhuma lei empírica sobre tais campos, mas tudo
>indica que suas intensidades não decrescem com o
>quadrado da distância.
>Enfim, há muita coisa ainda a ser estudada; vamos aguardar novos
>resultados. Tenho me comunicado com a SBT
>(Sociedade Brasileira de Telecinese) e soube que estão tentando uma
>nova montagem usando de magníficas máquinas
>Kirlian.
>
>Aquele abraço e,
>não deixe de avisar-me de qqer avanço nesses estudos.
>
>Luiz Ferraz Netto


Leandro:


Se eu nunca tivesse lido as mensagens do Luiz Ferraz acharia que o
texto acima pertenceria à coluna do Agamenon (O Globo).

Realmete DEUS se superou nessa!

Tenho que "tirar meu chapéu". Eita criatividade!



Abração!
Leandro Lannes




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SUBJECT: Re: me ajude (agora falando sério)
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/01/2003 01:06

Olá Ronaldo!

--- Em ciencialist@y..., "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@w...> escreveu
> Agora falando sério (ou quase) sobre telecinese, alguns
pesquisadores
> do paranormal discordariam de vc. Eles afirmam que os estudos
> disponíveis comprovam que a psicocinese (ou PK) é exercida
> independentemente da distância entre o agente e o alvo. Por não
> decair em intensidade em proporção ao quadrado da distância, a PK
não
> seria exercida através de eletromagnetismo. Afinal, como é que os
> parapsicólogos iriam justificar a indetectabilidade de campos
> eletromagnéticos por instrumentos, a ação independente do espaço e
do
> tempo e a indiferença em relação ao material de que os objetos a
> serem movidos são feitos, senão através de alguma "força"
> ou "mecanismo desconhecido"?



Lígia: Explicando: Quanto ao que eu digo a respeito de tal "força"
ser irradiada dos olhos, eu estava brincando, aliás, lembrando
daqueles personagens mágicos de alguns desenhos que aparecem com os
olhos "jorrando" ondinhas enquanto tentam hipnotizar os outros... :)

Agora, há indícios que exista tal "mecanismo desconhecido",
indetectável e aparentemente fora do alcance da ciência hodierna. É
complicado tentar entender essa "força" principalmente porque eu
sempre tento enquadrar as coisas dentro de um conceito relacionado à
física ou ao que ela possa explicar. Portanto, ao não descartá-la
totalmente eu caio numa arapuca conceitual... O *fato* é que
tal "mecanismo" ou "força" seria da mesma categoria do
eletromangetismo, porém não detectável diretamente, a não ser pelos
efeitos. Alguma coisa a respeito disso pode ser lida em um livro
cuja sinópse encontra-se aqui:

galileu.globo.com/edic/98/conhecimento5.htm

É um terreno movediço, concordo, mas abre um campo de pesquisas
fascinante, isso porque dá a idéia de que, se as plantas têm mesmo a
capacidade de perceberem o que se passa em outros cômodos como
se "vissem" através de paredes, ou ainda de perceberem quando
seus "donos" estão voltando de viagem ainda que estejam a milhares de
quilómetros de distância dos mesmos, por que nós não teríamos a mesma
capacidade ainda que latente? Isso consta do livro, além da menção a
algo que eu realmennte não entendo: a Radiônica... :) Parece que a
extinta URSS chegou a fazer pesquisas a respeito disso a fim de
criar "armas" psi durante a guerra-fria.

A telecinesia, a telepatia e outras "ias" relacionadas aos eventos
tidos como parapsicológicos giram em torno de "algo" que está fora da
alçada de nossa compreensão imediata mas que poderá vir a ser
compreendido um dia... quem sabe? É só esperar e ver. Eu pelo
menos espero. Quanto ao que eu digo a respeito de tal "força" ser
irradiada dos olhos, eu estava brincando, aliás, lembrando daqueles
personagens mágicos de alguns desenhos que aparecem com os
olhos "jorrando" ondinhas enquanto tentam hipnotizar os outros... :)


> Mas vc está certa em relação aos charlatães. Ao longo de mais de
100
> anos de história da pesquisa "psi", os sujeitos que diziam mover
> coisas como caixas de fósforo, agulhas, ponteiros de bússola,
> charutos e outros objetos macroscópicos foram sempre desmascarados
e
> nunca conseguiam exercer seus "poderes" em experiências
controladas.
> Ou conseguiam produzir efeitos fantásticos diante de um
pesquisador,
> mas se recusavam a se submeter a outros.


Lígia: Outro *fato*: o fator Empatia. Aquela coisa de dizer que um
fulano cético "corta" a corrente em sessões espíritas ou algo que o
valha tem fundamento, bem pelo menos levando-se em consideração
tal "mecanismo oculto" que menciono no meu parágrafo acima. Daí o
caso de tais paranormais preferirem um a outros pesquisadores: é que
com alguns o tal "mecanismo" ou "força" flui melhor, enquanto com
outros... nada acontece porque não há tal fluxo :) Quanto aos
charlatães... eu fico pasma com o sucesso que eles faziam e ainda
fazem com o povo em geral.


> Algins pesquisadores atuais,
> quando têm maior simpatia pela ciência, abandonaram esse tipo de
> pesquisa e estão se concentrando mais naquilo que chamam de micro-
PK.
> É o que programas como o PEAR, de Princeton, testam. Fazem
> experiências com sujeitos tentando interferir sobre geradores
> eletrônicos de números aleatórios, em vez de objetos. Coletam
grandes
> massas de dados e aí aplicam programas estatísticos tentando
> encontrar desvios. Se encontram, ahá! Está comprovada a existência
da
> PK. E vc tem alguma dúvida de que encontram?


Lígia: Olha... aquilo é interessante e eu já havia lido algo a
respeito há algum tempo. Na minha opinião, contudo, parece que não
há nada de conclusivo ainda porque os resultados forçam os
pesquisadores a cairem na tal "arapuca conceitual"... mas é um
caminho. A propósito, você já leu algo a respeito de pesquisas sendo
efetuadas em Cambridge relacionadas à mente "criando" a matéria? O
site é este aqui:

http://www.tcm.phy.cam.ac.uk/~bdj10/

Dentro dele encontram-se artigos interessantes como os listados
abaixo:

http://www.tcm.phy.cam.ac.uk/~bdj10/mm/articles/articles.html

Do qual destaco um em especial:

http://www.tcm.phy.cam.ac.uk/~bdj10/mm/articles/PM.html

O Dr Brian é amigo de um amigo meu. Coitado, tem sofrido boicotes de
vários colegas mas tem levado adiante tais pesquisas. É tudo uma
questão de não ter preconceitos e tentar achar alguma resposta aos
eventos tidos por "fenomenais". Quando forem explicáveis deixam de
ser fenomenais. E eu espero que isso aconteça também.

Beijos, Lígia




SUBJECT: Lula testa acupuntura contra a bursite
FROM: "Adriano" <mongeateu@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/01/2003 16:44

Lula testa acupuntura contra a bursite

"O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu por
volta das 10h30 de hoje, em sua residência, em São Bernardo do
Campo, a visita de seu médico particular, Roberto Calhil Filho, e de
quatro acupunturistas. O presidente resolveu usar a técnica chinesa
para tratar da bursite que tem no ombro direito."

(...)

http://www.estadao.com.br/eleicoes/governolula/noticias/2003/jan/12/3
0.htm



SUBJECT: Re: me ajude (agora falando sério)
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/01/2003 21:52

--- Em ciencialist@y..., "Ligia Amorese" <ligia5555@y...> escreveu
...
>
> Agora, há indícios que exista tal "mecanismo desconhecido",
> indetectável e aparentemente fora do alcance da ciência hodierna.
É
> complicado tentar entender essa "força" principalmente porque eu
> sempre tento enquadrar as coisas dentro de um conceito relacionado
à
> física ou ao que ela possa explicar. Portanto, ao não descartá-la
> totalmente eu caio numa arapuca conceitual... O *fato* é que
> tal "mecanismo" ou "força" seria da mesma categoria do
> eletromangetismo, porém não detectável diretamente, a não ser pelos
> efeitos. Alguma coisa a respeito disso pode ser lida em um livro
> cuja sinópse encontra-se aqui:
>
> galileu.globo.com/edic/98/conhecimento5.htm
>

Lígia,

A Galileu pisou no tomate nessa reportagem. Uma simples pesquisa na
literatura teria evitado esse mico. Imagina-se que, antes de publicar
uma reportagem em que se endossa uma alegação extraordinária como a
de que plantas seriam capazes de uma sensibilidade como essa (!!!), o
mínmo que deveriam fazer era tentar encontrar alguma coisa na
literatura, ou consultar algum botânico para ver se alguém já teria
ouvido falar da tal "percepção primária". Dê uma lida em:

http://www.cetico.hpg.ig.com.br/plantas.html


> É um terreno movediço, concordo, mas abre um campo de pesquisas
> fascinante, isso porque dá a idéia de que, se as plantas têm mesmo
a
> capacidade de perceberem o que se passa em outros cômodos como
> se "vissem" através de paredes, ou ainda de perceberem quando
> seus "donos" estão voltando de viagem ainda que estejam a milhares
de
> quilómetros de distância dos mesmos, por que nós não teríamos a
mesma
> capacidade ainda que latente?


Claro. SE a experiência tivesse sido mesmo verdadeira.


> Isso consta do livro, além da menção a
> algo que eu realmennte não entendo: a Radiônica... :) Parece que
a
> extinta URSS chegou a fazer pesquisas a respeito disso a fim de
> criar "armas" psi durante a guerra-fria.


Sim. Os EUA também. E parece também que não descobriram nada.


>
> A telecinesia, a telepatia e outras "ias" relacionadas aos eventos
> tidos como parapsicológicos giram em torno de "algo" que está fora
da
> alçada de nossa compreensão imediata mas que poderá vir a ser
> compreendido um dia... quem sabe? É só esperar e ver. Eu pelo
> menos espero. Quanto ao que eu digo a respeito de tal "força" ser
> irradiada dos olhos, eu estava brincando, aliás, lembrando daqueles
> personagens mágicos de alguns desenhos que aparecem com os
> olhos "jorrando" ondinhas enquanto tentam hipnotizar os
outros... :)
>


Claro. Com certeza vamos descobrir muita coisa no futuro. Mas para
que se procure explicações para um fenômeno, primeiro temos que ao
menos saber se ao menos o fenômento existe. A grande briga dos
parapsicólogos com os céticos é que estes acham que os indícios são
insuficientes para se pensar que exista alguma coisa para ser
explicada.

. . .
>
> Lígia: Outro *fato*: o fator Empatia. Aquela coisa de dizer que
um
> fulano cético "corta" a corrente em sessões espíritas ou algo que o
> valha tem fundamento, bem pelo menos levando-se em consideração
> tal "mecanismo oculto" que menciono no meu parágrafo acima. Daí o
> caso de tais paranormais preferirem um a outros pesquisadores: é
que
> com alguns o tal "mecanismo" ou "força" flui melhor, enquanto com
> outros... nada acontece porque não há tal fluxo :)


Mas também é a desculpa esfarrapada mais comumente aplicada pelos que
dizem ter esses poderes ocultos. É por isso que o James Randi tem uma
estratégia quando testa um desses sujeitos. Ele sempre faz com que o
suposto paranormal primeiro execute suas façanhas em condições sem
controle, ou sem saber que há controles. Por exemplo, se um
radiestesista diz ser capaz de descobrir em qual tambor, entre um
grupo de tambores enterrados, existe água, Randi pode fazer o
experimento primeiro deixando que o sujeito veja em qual dos tambores
existe água, antes de enterrá-los. O radiestesista, como era de se
esperar, sempre acerta. Depois repete a experiência, desta vez não
deixando que ele veja os tambores antes. Se aí ele fracassa, não pode
mais alegar "forças energéticas negativas" ou coisa parecida, porque
pouco antes ele havia sido capaz de ter sucesso diante das
mesmíssimas pessoas.


> Quanto aos
> charlatães... eu fico pasma com o sucesso que eles faziam e ainda
> fazem com o povo em geral.
>


Eu também. Só que hoje em dia não fico mais surpreso.


. . .
> A propósito, você já leu algo a respeito de pesquisas sendo
> efetuadas em Cambridge relacionadas à mente "criando" a matéria? O
> site é este aqui:
>
> http://www.tcm.phy.cam.ac.uk/~bdj10/
>
> Dentro dele encontram-se artigos interessantes como os listados
> abaixo:
>
> http://www.tcm.phy.cam.ac.uk/~bdj10/mm/articles/articles.html
>
> Do qual destaco um em especial:
>
> http://www.tcm.phy.cam.ac.uk/~bdj10/mm/articles/PM.html
>
> O Dr Brian é amigo de um amigo meu. Coitado, tem sofrido boicotes
de
> vários colegas mas tem levado adiante tais pesquisas. É tudo uma
> questão de não ter preconceitos e tentar achar alguma resposta aos
> eventos tidos por "fenomenais". Quando forem explicáveis deixam de
> ser fenomenais. E eu espero que isso aconteça também.
>


Vou dar uma lida, depois comento.

[]s
Ronaldo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Lula testa acupuntura contra a bursite
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/01/2003 23:46

E ...
onde está a parcela científica dessa mensagem?
Provavelmente teremos retorno envolvendo política, pura e simples; 2 contra o lula e 3 a favor ... e eis que enredamos por uma thread alienígena.
[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Adriano" <mongeateu@ig.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 12 de janeiro de 2003 16:44
Assunto: [ciencialist] Lula testa acupuntura contra a bursite


Lula testa acupuntura contra a bursite

"O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu por
volta das 10h30 de hoje, em sua residência, em São Bernardo do
Campo, a visita de seu médico particular, Roberto Calhil Filho, e de
quatro acupunturistas. O presidente resolveu usar a técnica chinesa
para tratar da bursite que tem no ombro direito."

(...)

http://www.estadao.com.br/eleicoes/governolula/noticias/2003/jan/12/3
0.htm


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SUBJECT: Re: me ajude (agora falando sério)
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/01/2003 00:00

Olá Ronaldo!

--- Em ciencialist@y..., "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@w...> escreveu
> Lígia,
>
> A Galileu pisou no tomate nessa reportagem. Uma simples pesquisa na
> literatura teria evitado esse mico. Imagina-se que, antes de
publicar
> uma reportagem em que se endossa uma alegação extraordinária como a
> de que plantas seriam capazes de uma sensibilidade como essa (!!!),
o
> mínmo que deveriam fazer era tentar encontrar alguma coisa na
> literatura, ou consultar algum botânico para ver se alguém já teria
> ouvido falar da tal "percepção primária". Dê uma lida em:
>
> http://www.cetico.hpg.ig.com.br/plantas.html


Li e, se um detetor de mentiras apenas detecta umidade, retiro tudo o
que disse. E digo que é uma pena que o raciocínio empregado para
os "diagnósticos" tenha sido errado desde o princípio. Quanto ao
mico da Galileu, bem, é um assunto que rende... E eu tive tal livro
em mãos, cheguei a ler alguns capítulos e apenas me interessei nos
resultados. É uma idéia bonita demais para ser descartada mas,
enfim... depois de ler sua indicação eu dou meu braço a torcer.


> > É um terreno movediço, concordo, mas abre um campo de pesquisas
> > fascinante, isso porque dá a idéia de que, se as plantas têm
mesmo
> a
> > capacidade de perceberem o que se passa em outros cômodos como
> > se "vissem" através de paredes, ou ainda de perceberem quando
> > seus "donos" estão voltando de viagem ainda que estejam a
milhares
> de
> > quilómetros de distância dos mesmos, por que nós não teríamos a
> mesma
> > capacidade ainda que latente?
>
>
> Claro. SE a experiência tivesse sido mesmo verdadeira.


Concordo. Bem, agora, vou falar a respeito do site que você me
recomendou: todo ele transpira uma certa "agressividade", algo como
um repúdio ao afirmar que "pessoas cientificamente ignorantes"
interpretam de tal ou qual maneira. Pessoas mais "sensíveis", ou que
não compactuem com o ceticismo, ou mesmo que não admitam serem
ignorantes em algum aspecto podem vir a sentir-se desmotivadas a ler
os vários temas pró-ceticismo apresentados. Isso também é uma pena
já que é justamente esse tipo de pessoa com tendências místicas que
deveria inteirar-se dos conceitos científicos a fim de evitar manter
o interesse restrito aos assuntos com apelo místico. Será que não dá
para escrever sobre ciência de um jeito mais "terno"? Místicos de um
modo geral são muito vaidosos e afeitos a rompantes emocionais...
como convencer alguém assim sobre algo sem melindrá-lo? E como fazer
a ciência e o ceticismo mais, digamos, apetitosos?


> > Isso consta do livro, além da menção a
> > algo que eu realmennte não entendo: a Radiônica... :) Parece
que
> a
> > extinta URSS chegou a fazer pesquisas a respeito disso a fim de
> > criar "armas" psi durante a guerra-fria.
>
>
> Sim. Os EUA também. E parece também que não descobriram nada.

Nada mesmo. Inclusive a tal "radiônica" nem serve originalmente a
tais propósitos. A idéia de quem criou tal termo era apenas dar
vazão às "energias" ambientes através de dispositivos, desenhos em
acetato "folheados" a cobre. Mas não aceito nem isso como uma idéia
válida. As tais "energias ambientes" têm mais a ver com a
(in)capacidade das pessoas que estão inseridas nele de controlarem as
emoções em relação ao ambiente e às demais pessoas do que
propriamente o fato de estarem sendo "bombardeadas" por energias
sutis.




> Claro. Com certeza vamos descobrir muita coisa no futuro. Mas para
> que se procure explicações para um fenômeno, primeiro temos que ao
> menos saber se ao menos o fenômento existe. A grande briga dos
> parapsicólogos com os céticos é que estes acham que os indícios são
> insuficientes para se pensar que exista alguma coisa para ser
> explicada.


Entendo. Tirando o envolvimento emocional, até mesmo "afetivo" que
eu tenho por tais assuntos, eu sou muito cética com relação a isso
também. E é justamente pelo "afeto" que tais assuntos despertam que
eu gostaria muito de ver um maior empenho da parte científica em
encontrar alguma resposta ou mesmo em concordar que há a necessidade
de alguma pesquisa. Não sei se você tem tv a cabo mas nesta está
programada a exibição de Mistérios da Ciência sobre "Os verdadeiros
caça-fantasmas" no Discovery Channel. Já assisti uma vez e não achei
tendencioso. Talvez medir a eletricidade estática em ambientes seja
um caminho também...



> Mas também é a desculpa esfarrapada mais comumente aplicada pelos
que
> dizem ter esses poderes ocultos. É por isso que o James Randi tem
uma
> estratégia quando testa um desses sujeitos. Ele sempre faz com que
o
> suposto paranormal primeiro execute suas façanhas em condições sem
> controle, ou sem saber que há controles. Por exemplo, se um
> radiestesista diz ser capaz de descobrir em qual tambor, entre um
> grupo de tambores enterrados, existe água, Randi pode fazer o
> experimento primeiro deixando que o sujeito veja em qual dos
tambores
> existe água, antes de enterrá-los. O radiestesista, como era de se
> esperar, sempre acerta. Depois repete a experiência, desta vez não
> deixando que ele veja os tambores antes. Se aí ele fracassa, não
pode
> mais alegar "forças energéticas negativas" ou coisa parecida,
porque
> pouco antes ele havia sido capaz de ter sucesso diante das
> mesmíssimas pessoas.


Lendo assim, dá até a entender que tal capacidade de um radiestesista
é mesmo somente a capacidade de perceber as reações das pessoas que
aplicam o teste e não propriamente uma capacidade real de perceber
água ou qualquer outra coisa "oculta". Mas ainda assim, o simples
fato de saberem que estão sendo testadas pode fazer os paranormais
ficarem ansiosos pondo tudo a perder.


> > Quanto aos
> > charlatães... eu fico pasma com o sucesso que eles faziam e
ainda
> > fazem com o povo em geral.
> >
>
>
> Eu também. Só que hoje em dia não fico mais surpreso.


Pois então. A ciência deveria ser mais acessível às pessoas de um
modo geral, ou melhor, os conceitos científicos deveriam ser
mais "apelativos", mais chamativos do que os apresentados pelos
charlatães. Sem ter o interesse desperto, o povo acaba acatando
qualquer coisa que chame atenção. E charlatães sabem muito bem como
chamar a atenção dos outros para si... talvez daí surja a
possibilidade de enganarem sem serem tomados por enganadores.



> . . .
> > A propósito, você já leu algo a respeito de pesquisas sendo
> > efetuadas em Cambridge relacionadas à mente "criando" a matéria?
O
> > site é este aqui:
> >
> > http://www.tcm.phy.cam.ac.uk/~bdj10/
> > O Dr Brian...


OPS! ERRATA: Ele não é doutor. É um professor no departamento de
pesquisas psicológicas de Cambridge.



> Vou dar uma lida, depois comento.



Aguardo seus comentários então.

Beijos, Lígia



SUBJECT: (OFF TOPPIC)Re: [ciencialist] Lula
FROM: Leandro <leandropl@mailbr.com.br>
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DATE: 13/01/2003 01:51

On Fri, 4 Jan 1980 17:10:41 -0200, silvio cordeiro wrote:
>A bursite do lula é conseqüencia do de trabalho pesado nos últimos
>vinte
>anos de aposentado: trabalho que lhe deu dois apartamentos, um bom
>saldo
>bancário (vide declar. ao TRE), sitio, filhos estudando no exterior,
>coisas
>das mais simples pra um torneiro que perdeu o dedinho.
>
>Ele vai utilizar essa mesma acupuntura pra matar a fome de 50
>milhoes de
>brasileiros, três vezes ao dia. E mostrar pros 175 milhoes de
>brasileiros
>que pra ter êxito na vida não precisa de estudo, não presisa de
>trabalho
>(embora uns cursinhos de guerrilha em cuba sejam apreciados) : basta
>bons
>conchavos, negociar com as velhas raposas às quais antes jogava
>pedras.
>E mentir para o povo. Mentir como no caso da compra dos aviões pra
>FAB: pura
>demagogia e mais que isso a forra dos discípulos de fidel que
>pupulam em seu
>ministério.


Leandro: vai começar a besteira no CienciaList...digo, está
começando...


Lamentações
Leandro Lannes


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SUBJECT: (OFF TOPPIC)Re: [ciencialist] Lula
FROM: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/01/2003 10:49

Para evitar confusoes este topico deve ser ignorado (na medida do
possivel).

Ateh
Luis Brudna - administrador da Ciencialist



--- Em ciencialist@y..., Leandro <leandropl@m...> escreveu
> On Fri, 4 Jan 1980 17:10:41 -0200, silvio cordeiro wrote:
> >A bursite do lula é conseqüencia do de trabalho pesado nos últimos
> >vinte
> >anos de aposentado: trabalho que lhe deu dois apartamentos, um bom
> >saldo
> >bancário (vide declar. ao TRE), sitio, filhos estudando no
exterior,
> >coisas
> >das mais simples pra um torneiro que perdeu o dedinho.
> >
> >Ele vai utilizar essa mesma acupuntura pra matar a fome de 50
> >milhoes de
> >brasileiros, três vezes ao dia. E mostrar pros 175 milhoes de
> >brasileiros
> >que pra ter êxito na vida não precisa de estudo, não presisa de
> >trabalho
> >(embora uns cursinhos de guerrilha em cuba sejam apreciados) :
basta
> >bons
> >conchavos, negociar com as velhas raposas às quais antes jogava
> >pedras.
> >E mentir para o povo. Mentir como no caso da compra dos aviões pra
> >FAB: pura
> >demagogia e mais que isso a forra dos discípulos de fidel que
> >pupulam em seu
> >ministério.
>
>
> Leandro: vai começar a besteira no CienciaList...digo, está
> começando...
>
>
> Lamentações
> Leandro Lannes
>
>
>
______________________________________________________________________
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> Busca Yahoo!
> O melhor lugar para encontrar tudo o que você procura na Internet
> http://br.busca.yahoo.com/



SUBJECT: Consideracoes sobre a natureza da luz
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/01/2003 15:47

Aos amigos da Ciencialist

Estou escrevendo um novo artigo, para o website Espaço Científico Cultural,
sob o título: "Considerações Sobre a Natureza da Luz". O artigo já está com
seis capítulos escritos e postados, podendo ser acessado a partir de
http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/polar00.htm . Estão previstos
mais dois capítulos para a sua conclusão. A página acima somente será
linkada ao website após o artigo estar completo (com os oito capítulos), o
que irá demorar um pouco. Não obstante, os seis capítulos já podem ser lidos
pelos amigos da Ciencialist e aguardo comentários, críticas, correções e
sugestões. Comunicarei assim que o trabalho for sendo concluído. Abaixo:
advertência inicial e indice do artigo.

ADVERTÊNCIA:
Muitos aspectos são abordados ou na superficialidade ou de uma maneira
diferente da tradicional, nem sempre em harmonia com o que se postula nos
livros didáticos e/ou nos meios acadêmicos. Não há pretensão alguma em
esgotar o assunto "natureza da luz", pois ele é por demais extenso. A idéia
inicial deste trabalho era tão somente a de fornecer dados para que
pudéssemos, naquele clima amistoso que prolifera na lista de discussão
Noosfera, do grupo Yahoo ( http://br.groups.yahoo.com/group/noosfera/ ),
evoluir no sentido de caracterizar alguns aspectos relativos à polarização
da luz. Atingido esse ponto estaríamos em condições de verificar como a
polarização, assim interpretada, poderia se prestar a fornecer subsídios
para que pudéssemos vir a entender ou abordar criticamente o princípio da
superposição de estados da teoria quântica. Este último, segundo Dirac,
seria, dentre o conjunto das leis da natureza, o princípio "mais fundamental
e o mais vigoroso" para a construção da mecânica quântica. Não obstante, à
medida em que ia escrevendo, novas idéias foram surgindo, a acoplarem-se a
outras de minhas teorias. Segui a trilha que ia se me abrindo e espero com
isso ter novamente "colaborado para que possamos um dia retornar aos tempos
em que a física era uma ciência inteligível" (com essas palavras conclui, em
1997, o artigo A equação do elétron e o eletromagnetismo).

ÍNDICE DO ARTIGO (e entrada para as outras páginas)
http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/polar00.htm

I - A luz corpuscular.
.....1 - Os corpúsculos de luz.
.....2 - A Interação luz-matéria.
.....3 - Os lados da luz.
II - A luz ondulatória.
.....1 - A luz ondulatória de Huyghens.
.....2 - A refração de Descartes.
.....3 - Contradições à luz mecânico-ondulatória.
III - Ondas eletromagnéticas.
.....1 - A luz ondulatória de Maxwell.
.....2 - Teorias de emissão.
.....3 - A representação das ondas eletromagnéticas.
.....4 - Contraste onda corpúsculo.
IV - Emissores e receptores de luz
.....1 - Os elétrons oscilantes -- Planck
.....2 - O modelo de Bohr
.....3 - Similaridades entre os modelos
.....4 - Modificando o modelo de Bohr
.....5 - O efeito fotoelétrico
V - Interação Luz-Matéria
.....1 - Sobre o possível agente da interação
.....2 - Interação mediada por campos
.....3- Interação instantânea a distância
.....4 - Interação direta ou imediata
........4.1 - Propagação da luz
........4.2. - Reflexão e refração da luz
........4.3. - Espalhamento da luz
VI - Difração da luz
.....1. A dualidade corpúsculo-onda
.....2. A difração de Taylor
.....3. O Teorema da Indeterminação
VII - A polarização da luz (EM PREPARO)
VIII - O princípio da superposição de estados (EM PREPARO)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Consideracoes sobre a natureza da luz
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/01/2003 15:55

Com certeza entrarei na dança dos comentários, mesmo os mais simples oriundos de uma primeira leitura imediata;

Começo pela "Figura 3: Inflexão de um raio de luz elementar dirigindo-se da esquerda para a direita.". A inflexão está, a meu ver, com a 'curvatura' errada. Se a partícula vem da esquerda para a direita e sobre ação de 'atração' por parte da 'barra', a curva (trajetória) deve ser 'para cima' e não "envergar um pouco para cima e depois ir para baixo":
B 0
arr
a 0
0
0
0 0 0 0

O que faria o 'raio' curvar para baixo após passar próximo da barra?

Na figura 5b o corpúsculo de luz está "entrando na tela" (visto pelo dorso) logo, a convenção vigente é representar isso com (x) e não com (.) como se vê na ilustração, no centro do corpúsculo.

Cap. II-2: Finalmente alguém lembrou que refração 'não é uma mudança da velocidade da luz ao passar de um meio para outro'; muito bem colocado o texto: "Sabe-se hoje que essa história está mal contada. Entre um átomo e outro, de um meio opticamente denso, a luz propaga-se na mesma velocidade v com que entrou nesse meio, nem mais, nem menos. Acontece que durante a passagem pelo meio opticamente denso, a luz vai sendo alternadamente absorvida e reemitida (vide capítulo V, item V.4.1), tendo-se como resultado final uma redução da velocidade medida vm da luz".
E eu complementaria: 'e velocidade média não só não tem significado algum --- é uma abstração matemática --- como não corresponde à realidade dos eventos. A enorme maioria das pessoas têm 'velocidade média diária' igual à zero! Sai da cama pela manhã e volta à cama pela noite! (/\S = 0, logo Vm = 0). Como se observa, não serve para nada [talvez, exceto nos casos limites de /\t tendendo a zero --- derivada, dando a velocidade no instante t (e não velocidade 'instantânea' ... isso não é leite em pó Ninho!)
Aos que pensam de modo diferente basta perguntar: Se a luz ao entrar no vidro diminui de velocidade, quem é que lhe dá 'o pé na bunda', ao sair, para aumentar sua velocidade novamente?

OBS: Alberto, repare no seu texto acima e veja se a palavra "medida", em 'velocidade medida vm da luz' não ficaria melhor com "uma redução na velocidade média (vm) da luz".

Tenho de sair para comprar conexões T de PVC para fazer um Van de Graaff para o Guto que vai sair da escola às 5 h.
Retorno aos comentários.

[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 13 de janeiro de 2003 15:47
Assunto: [ciencialist] Consideracoes sobre a natureza da luz


| Aos amigos da Ciencialist
|
| Estou escrevendo um novo artigo, para o website Espaço Científico Cultural,
| sob o título: "Considerações Sobre a Natureza da Luz". O artigo já está com
| seis capítulos escritos e postados, podendo ser acessado a partir de
| http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/polar00.htm . Estão previstos
| mais dois capítulos para a sua conclusão. A página acima somente será
| linkada ao website após o artigo estar completo (com os oito capítulos), o
| que irá demorar um pouco. Não obstante, os seis capítulos já podem ser lidos
| pelos amigos da Ciencialist e aguardo comentários, críticas, correções e
| sugestões. Comunicarei assim que o trabalho for sendo concluído. Abaixo:
| advertência inicial e indice do artigo.
....................



SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/01/2003 17:32

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Manuel: Não, não é. No fim da ontogênese há sempre um resíduo da
> orientação sexual contrária
>
> Takata: Nao estou certo qto a isso.
>
> Manuel: Nem eu. Não tenho certeza de nada. Sou cético. Ademais,
> nenhuma hipótese científica, nem mesmo as do papai Freud, são
> absolutamente certas. Para serem 'falseáveis', e, portanto,
> científicas, elas devem pressupor uma margem de incerteza.

Manuel, não é sob esse ângulo q. falo de q. não estou certo sobre a
existência do tal resíduo. Estou dizendo q. não parece q temos bons
indicios da existência desse resíduo. (Eu não tenho carteirinha nem
do FCB, nem da SBCR nem da STR.)

> Manuel: Engraçado, os dados de várias ciências que eu postei
> (primatologia, antropologia, sociologia, endocrinologia,
> embriologia, etc.) contradizem os dados geneticistas que você
> forneceu e indicam exatamente o contrário, que a disposição é à
bissexualidade, ué!

Hmmm... eu não vejo assim. O q. vc falou não é incompatível com um
default a heterossexualidade.

> Takata, desejo-lhe felicidades neste próximo ano. E me desculpe
> alguns excessos.

Idem. (Extensível - é com ´x´ mesmo ou é com ´s´? - a todos da lista,
claro.)

Bem, pra felicidade geral da nação ciencialisteira devo postar bem
mais irregularmente por esses dias.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Consideracoes sobre a natureza da luz
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/01/2003 18:21

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Monday, January 13, 2003 2:55 PM
Subject: Re: [ciencialist] Consideracoes sobre a natureza da luz

> Com certeza entrarei na dança dos comentários, mesmo os mais simples
> oriundos de uma primeira leitura imediata;

Fico muito feliz com isso. Seus divinos comentários são sempre bem-vindos,
muito pertinentes e enriquecem qualquer produção científica.

> Começo pela "Figura 3: Inflexão de um raio de luz elementar dirigindo-se
> da esquerda para a direita.". A inflexão está, a meu ver, com a
> 'curvatura' errada. Se a partícula vem da esquerda para a direita e sobre
> ação de 'atração' por parte da 'barra', a curva (trajetória) deve ser
> 'para cima' e não "envergar um pouco para cima e depois ir para baixo":

Muitíssimo bem observado. Lembro, não obstante, que Newton refere-se a dois
tipos de interações luz-matéria. Um desses tipos seria o responsável pela
refração, característicamente atrativo e dar-se-ia muitíssimo próximo ao
ponto de incidência, se bem que antes da luz entrar no meio 2 (vinda do meio
1). Essa atração provavelmente, a meu ver, seria algo do tipo (não
exatamente igual, mas do tipo) de uma interação eletromagnética e já
associada ao que, no capítulo V, denomino receptor de luz a promover a
refração. A luz, de determinada polarização, seria como que atraída por
esses receptores (algo relacionado à densidade do número de receptores).

> O que faria o 'raio' curvar para baixo após passar próximo da barra?

Neste caso estamos frente ao outro tipo newtoniano de interação luz-matéria:
"Os raios que passam muito próximos das bordas de qualquer corpo são
curvados um pouco pela ação do corpo, como mostramos anteriormente; mas essa
curvatura não é em direção à sombra, mas a partir da sombra e realiza-se
somente na passagem do raio pelo corpo, e a uma distância muito pequena
dele." (Newton, questão 28 da Óptica III.).

Essa distância "muito pequena" é, na realidade, muito grande em relação à
anterior, se bem que "muito pequena" quando raciocinada em termos
macroscópicos. Esse tipo de interação seria um análogo invertido ao "andar
no vácuo" dos automobilistas. A luz emite informações (espírito da matéria)
de seu movimento de aproximação, como que empurrando a matéria que está a
sua frente; e recebe uma informação contrária, do tipo ação-reação
(obviamente não instantâneas). Esse efeito tende a reduzir a velocidade da
luz durante a aproximação (ao contrário do tipo anterior), e o efeito, em
termos de velocidade, seria compensado com o afastamento (após a luz passar
pela barra). Ou seja, nesta segunda etapa a luz seria como que aspirada. O
efeito relaciona-se ao princípio de Le Chatelier dos químicos, e/ou a lei de
Lenz do eletromagnetismo, e/ou ao princípio de Arquimedes antes do
equilíbrio ser atingido, e/ou ao andar no vácuo dos automobilistas (todos
esses princípios retratam uma ação-reação não instantânea).

Numa difração genuinamente newtoniana, a sombra projetada por raios
paralelos é maior do que o objeto e tanto maior quanto mais afastado estiver
o anteparo. Isso levou Newton a propor este tipo de curvatura dos raios. Não
obstante, aqueles raios que passam muitíssimo próximos do objeto (digamos,
um objeto circular), mesmo após a curvatura repulsiva, sofrerão a interação
de tipo 1, qual seja, atração. Esses raios serão ou absorvidos pelo corpo (o
mais provável com o tipo de corpo utilizado nestas experiências) ou
refratados (se, por exemplo, o objeto for de vidro). Pensemos no caso não de
vidro. Dentre esses raios atraídos pelo objeto (interação tipo 1), devido à
proximidade, numa das extremidades desse espectro, acredito que alguns não
"cairão" no objeto e contornarão o mesmo, indo dar no anteparo àquele
pequeníssimo ponto central da refração de Fresnel, amplamente comentada como
a prova definitiva da natureza ondulatória da luz.

Em virtude desse duplo efeito, chego a comentar rapidamente, no final do
item II, o seguinte: Lembro ainda que [a esperança de Descartes] é uma
"esperança" puramente teórica e a não levar em conta outras possíveis
interações entre a luz e a matéria, como comentado na referência 4 do
capítulo I.

> Na figura 5b o corpúsculo de luz está "entrando na tela" (visto pelo
> dorso) logo, a convenção vigente é representar isso com (x) e não com (.)
> como se vê na ilustração, no centro do corpúsculo.

Bem observado. Quando construi a figura não tive a preocupação de observar
esta convenção. Falha minha. ;-)

> Cap. II-2: Finalmente alguém lembrou que refração 'não é uma mudança da
> velocidade da luz ao passar de um meio para outro'; [...]
> Aos que pensam de modo diferente basta perguntar: Se a luz ao entrar no
> vidro diminui de velocidade, quem é que lhe dá 'o pé na bunda', ao sair,
> para aumentar sua velocidade novamente?

:-))) Isso Newton já respondeu no século XVII, pouco antes de descrever o
que hoje dizem ser inexplicável pela física newtoniana: o efeito túnel. Já
os físicos modernos assumem a explicação do efeito túnel como um "pé na
bunda" dado numa partícula --presa num poço de potencial-- por aquele ser
quântico que joga dados. Obviamente não é o Léo, pois o Léo, segundo diz o
Manuel Bulcão, joga gamão no seu sítio em Barretos.

> OBS: Alberto, repare no seu texto acima e veja se a palavra "medida", em
> 'velocidade medida vm da luz' não ficaria melhor com "uma redução na
> velocidade média (vm) da luz".

Eu acho que você está absolutamente certo, mas eu pretendi enfatizar a
medição, e é possível que tenha cometido alguma falha. Vou considerar essa
observação e pensar um pouco mais a respeito sobre efetuar alguma
modificação no texto, a satisfazer a sua observação mas sem perdem em
conteúdo de informação.

> Tenho de sair para comprar conexões T de PVC para fazer um Van de Graaff
> para o Guto que vai sair da escola às 5 h.
> Retorno aos comentários.

Eu também já estou de saída e estou praticamente sem tempo para florear a
mensagem (se eu tiver dito alguma bobagem acima, voltarei para me redimir),
mas volto a dizer que achei excelentes os seus comentários. Muito obrigado
pela atenção e também pela prontidão em atender a minha solicitação.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: me ajude (agora falando sério)
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/01/2003 18:25

--- Em ciencialist@y..., "Ligia Amorese" <ligia5555@y...> escreveu
> Olá Ronaldo!
. . .
>
> Concordo. Bem, agora, vou falar a respeito do site que você me
> recomendou: todo ele transpira uma certa "agressividade", algo
como
> um repúdio ao afirmar que "pessoas cientificamente ignorantes"
> interpretam de tal ou qual maneira. Pessoas mais "sensíveis", ou
que
> não compactuem com o ceticismo, ou mesmo que não admitam serem
> ignorantes em algum aspecto podem vir a sentir-se desmotivadas a
ler
> os vários temas pró-ceticismo apresentados. Isso também é uma pena
> já que é justamente esse tipo de pessoa com tendências místicas que
> deveria inteirar-se dos conceitos científicos a fim de evitar
manter
> o interesse restrito aos assuntos com apelo místico. Será que não

> para escrever sobre ciência de um jeito mais "terno"? Místicos de
um
> modo geral são muito vaidosos e afeitos a rompantes emocionais...
> como convencer alguém assim sobre algo sem melindrá-lo? E como
fazer
> a ciência e o ceticismo mais, digamos, apetitosos?
>

O tom que o Bob Carroll usa nos artigos originais geralmente é
irônico, às vezes com um pouco de sarcasmo, e eu tento manter o tom
original quando faço as traduções. Mas, como estou longe de ser um
tradutor profissional, muitas vezes pode sair uma porcaria. Por isso,
sempre que tenho que recomendar algum artigo para alguém que eu sei
que lê em inglês, recomendo o original.

http://skepdic.com

O objetivo do site em portugês é permitir que os que não lêem em
inglês tenham ao menos uma fonte de informação que não mostre somente
a opinião dos místicos. E também para não desencadear a ira do Léo
que, como sabemos, odeia textos em língua alienígena.

Ainda sobre o assunto da psicocinese, se você ou outros membros da
lista quiserem saber o que pensa "o outro lado", para não ficarem só
com a minha opinião de cético, sugiro que vc visite o site Portal
Psi, mantido por pesquisadores Brasileiros.

http://www.portalpsi.cjb.net/

Conversei com o Wellington Zangari, um dos pesquisadores, e ele
sugeriu que convidássemos os interessados a assinar a lista de
discussão que eles mantêm:

http://www.pucsp.br/pos/cos/cepe/intercon/lista/lista.htm

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Re: (OFF TOPPIC)Re: [ciencialist] Lula
FROM: Leandro <leandropl@mailbr.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/01/2003 00:16

On Fri, 4 Jan 1980 10:17:12 -0200, silvio cordeiro wrote:
>Não iniciei o affaire "bursite". voltará o patrulhamento tão caro
>ao PT?
>Use uma balança.
>E o Leonardo?? tá bem?
>Não lamente: lute.
>silvio, acupunturista aposentado.


Ignoro tudo acima a fim de não prolongar assunto impertinente a está
mailing list. Assim como também não iniciar uma discursão particular
nada interessante.


Em tempo: Minha lamentação é pelo gênero da mensagem, algo que já foi
muito censurado e inconveniente num passado recente, não expressando
minha opinião sobre o conteúdo.



Abraços
Leandro Lannes



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SUBJECT: Re: Lula testa acupuntura contra a bursite
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/01/2003 09:51

Oi Silvio,

Silvio: A bursite do lula é conseqüencia do trabalho pesado nos
últimos vinte anos de aposentado: trabalho que lhe deu dois
apartamentos, um bom saldo bancário (vide declar. ao TRE), sitio,
filhos estudando no exterior, coisas das mais simples pra um torneiro
que perdeu o dedinho.

Manuel: Mesmo sendo petista, jamais compactuei com certas críticas
simplórias e golpistas de muitos petistas (mais extremados) aos
nossos adversários políticos. Senti-me muito decepcionado com aquela
ignominiosa palavra de ordem "Fora FHC" levantada numa certa época
por setores da esquerda, ao meu ver puro ranço anti-democrático,
desdém às regras do jogo da democracia política (uma conquista da
civilização), não reconhecimento de um governo legitimamente
constituído, o que denota, além de burrice e falta de visão
estratégica, desrespeito ao povo brasileiro.

Por isso, sinto-me à vontade para rebater as críticas do Silvio, uma
pessoa pela qual tenho grande simpatia, apesar de nossas divergências
políticas.

Antes de tudo, é preciso que se diga que as greves dos trabalhadores
do ABC paulista de 1978, lideradas por Lula, foram decisivas para a
queda da ditadura militar. Nós, os doutores da Nação, cultos
cidadãos, a classe que detém a fatia maior dos benefícios da moderna
democracia brasileira, temos uma dívida imensa para com os operários
metalúrgicos de São Paulo e sua liderança sindical, líderes esses
que, na época, foram duplamente apenados: primeiro com a perda do
emprego (sim, Lula foi demitido, uma demissão definitiva para um
operário grevista inimigo número um do regime militar) e, segundo,
com a prisão, o inquérito policial-militar, a Lei de Segurança
Nacional. Infelizmente, num amplo setor da classe média, maior que
essa dívida política ainda é o preconceito contra os trabalhadores
braçais, o menosprezo pelos que têm formação meramente técnica (não
científica, não universitária), a desinibição para humilhar o humilde
e, também, aquele cadáver da Guerra-Fria que apodrece a céu aberto,
contaminando o espaço com seus gazes e miasmas: o anticomunismo.

Quanto aos 'bens' do Lula, uma parte desse patrimônio ele acumulou
durante o período em que trabalhou como torneiro mecânico (os
metalúrgicos do ABC são operários qualificados que ganham bem mais
que a média dos assalariados do País). Quanto ao resto, após ser
demitido, Lula passou a receber do Partido dos Trabalhadores uma
renda mensal. Para que se dedicasse integralmente ao Partido. Aliás,
isso é prática corrente em todos os partidos de esquerda do mundo,
sejam eles socialistas, social-democratas ou comunistas: líderes
operários que, por algum motivo, foram demitidos ou alijados do
sindicato da categoria, passam a ser sustentados pelas centrais
sindicais ou pelos partidos políticos aos quais são filiados. E qual
o problema disso? É, no mínimo, o preço que vale a sua ampla
experiência político-sindical. Ademais, a sua história de vida, o seu
comprometimento político é um 'estigma' que torna praticamente
impossível arranjarem um emprego compatível com sua formação técnica.

Já no que diz respeito às 'críticas' jocosas que envolvem o dedinho
do Lula, ou o seu gosto por uísque, sinceramente não vejo nisso nada
além de ofensa mesquinha e sádica. O próprio Lula relata uma dessas
ofensas de que foi vítima.

Estava ele num avião quando a aeromoça perguntou-lhe:
- Lula, o que o senhor quer beber?
Lula viu sobre o carrinho uma garrava de Teacher's e respondeu:
- Uísque, por favor.
A aeromoça não se conteve e soltou a veeelha piadinha:
- Hihihi! Um operário bebendo uísque? Um petista? Como pode?
Lula também não se conteve e perguntou:
- Moça, você tem cachaça? Aguardente-de-cana? E conhaque Dreher, tem?
- Não - respondeu a aeromoça.
- Então me traga o uísque e cale a boca. - Disse Lula.

Não quero dizer que o Lula está acima de qualquer crítica, longe
disso. Mas que se critique com racionalidade e sem golpes baixos. Num
momento de raiva a gente se destempera, o que justifica algumas
reações primárias. Mas primarismo o tempo todo... De primarismo,
basta a escolaridade do Lula. :-))

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Fw: (OFF TOPPIC)Re: [ciencialist] Lula
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/01/2003 09:58


======================
-----Mensagem Original-----
De: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 13 de janeiro de 2003 10:49
Assunto: (OFF TOPPIC)Re: [ciencialist] Lula


Para evitar confusoes este topico deve ser ignorado (na medida do
possivel).

Ateh
Luis Brudna - administrador da Ciencialist



--- Em ciencialist@y..., Leandro <leandropl@m...> escreveu
> On Fri, 4 Jan 1980 17:10:41 -0200, silvio cordeiro wrote:
> >A bursite do lula é conseqüencia do de trabalho pesado nos últimos
> >vinte
> >anos de aposentado: trabalho que lhe deu dois apartamentos, um bom
> >saldo
> >bancário (vide declar. ao TRE), sitio, filhos estudando no
exterior,
> >coisas
> >das mais simples pra um torneiro que perdeu o dedinho.
> >
> >Ele vai utilizar essa mesma acupuntura pra matar a fome de 50
> >milhoes de
> >brasileiros, três vezes ao dia. E mostrar pros 175 milhoes de
> >brasileiros
> >que pra ter êxito na vida não precisa de estudo, não presisa de
> >trabalho
> >(embora uns cursinhos de guerrilha em cuba sejam apreciados) :
basta
> >bons
> >conchavos, negociar com as velhas raposas às quais antes jogava
> >pedras.
> >E mentir para o povo. Mentir como no caso da compra dos aviões pra
> >FAB: pura
> >demagogia e mais que isso a forra dos discípulos de fidel que
> >pupulam em seu
> >ministério.
>
>
> Leandro: vai começar a besteira no CienciaList...digo, está
> começando...
>
>
> Lamentações
> Leandro Lannes
>
>
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Consideracoes sobre a natureza da luz
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/01/2003 17:23

Não acha que está a inventar gnomos guiadores de luz?? :-)

A luz pode ser descrita de forma puramente ondulatória nestes casos,
lembre-se, apesar de tudo o mundo continua girando e o foton é uma onda
[também]. Não há necessidade de se colocar cabelo em cabeça de sapo e
chamar de "meu príncipe" quando não é peciso.

Vc só vai usar a descrição corpuscular para o efeito fotoelétrico
e alguns outros detalhes fotônicos.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all

On Mon, 13 Jan 2003, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Essa distância "muito pequena" é, na realidade, muito grande em relação à
> anterior, se bem que "muito pequena" quando raciocinada em termos
> macroscópicos. Esse tipo de interação seria um análogo invertido ao "andar
> no vácuo" dos automobilistas. A luz emite informações (espírito da matéria)
> de seu movimento de aproximação, como que empurrando a matéria que está a
> sua frente; e recebe uma informação contrária, do tipo ação-reação
> (obviamente não instantâneas). Esse efeito tende a reduzir a velocidade da
> luz durante a aproximação (ao contrário do tipo anterior), e o efeito, em
> termos de velocidade, seria compensado com o afastamento (após a luz passar
> pela barra). Ou seja, nesta segunda etapa a luz seria como que aspirada. O
> efeito relaciona-se ao princípio de Le Chatelier dos químicos, e/ou a lei de
> Lenz do eletromagnetismo, e/ou ao princípio de Arquimedes antes do
> equilíbrio ser atingido, e/ou ao andar no vácuo dos automobilistas (todos
> esses princípios retratam uma ação-reação não instantânea).
>
> Numa difração genuinamente newtoniana, a sombra projetada por raios
> paralelos é maior do que o objeto e tanto maior quanto mais afastado estiver
> o anteparo. Isso levou Newton a propor este tipo de curvatura dos raios. Não
> obstante, aqueles raios que passam muitíssimo próximos do objeto (digamos,
> um objeto circular), mesmo após a curvatura repulsiva, sofrerão a interação
> de tipo 1, qual seja, atração. Esses raios serão ou absorvidos pelo corpo (o
> mais provável com o tipo de corpo utilizado nestas experiências) ou
> refratados (se, por exemplo, o objeto for de vidro). Pensemos no caso não de
> vidro. Dentre esses raios atraídos pelo objeto (interação tipo 1), devido à
> proximidade, numa das extremidades desse espectro, acredito que alguns não
> "cairão" no objeto e contornarão o mesmo, indo dar no anteparo àquele
> pequeníssimo ponto central da refração de Fresnel, amplamente comentada como
> a prova definitiva da natureza ondulatória da luz.




SUBJECT: Saramago: esperança para o mundo
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/01/2003 18:48

Ao se referir ao novo presidente brasileiro, Saramago pediu que ''rezemos para que se saia bem, mas não esperemos milagres''.

Notícia completa a seguir...
[]s
José Renato
_________________________________

A TARDE 15/01/2003 - Política
< http://www.atarde.com.br/politica/materias.php?mes=01&ano=2003&id_subcanal=22&id_materia=1996 >

Petista é esperança, diz Saramago

Madri- O escritor português José Saramago, Nobel de Literatura de 1998, disse que o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, é ''uma esperança para o mundo'', após lançar em Madri seu último livro, ''O homem duplicado''.

O escritor português também disse que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ''não é o homem mais poderoso do mundo'', mas os dirigentes das indústrias armamentistas e petroleiras que o puseram nesse cargo.

Ao se referir ao novo presidente brasileiro, Saramago pediu que ''rezemos para que se saia bem, mas não esperemos milagres''. O autor de ''A jangada de pedra'', temendo possíveis pressões sobre o novo presidente brasileiro do FMI e da OMC, assinalou que Lula vai precisar de uma ''força sobre-humana'' para levar o Brasil adiante, e elogiou sua decisão de suspender a compra de aviões de caça para destinar o dinheiro a pessoas necessitadas.''Seja como for, não podemos lhe pedir milagres'', advertiu.

''O homem duplicado'' apareceu em Portugal em novembro e teve uma tiragem de 80.000 exemplares, a ponto de se esgotarem, enquanto simultaneamente foi publicado na América Latina, com uma tiragem na Argentina de 20.000 exemplares.

O romance descreve a vida de um professor de História que descobre que existe outra pessoa exatamente igual a ele quando aluga um filme.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Consideracoes sobre a natureza da luz
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/01/2003 21:32

----- Original Message -----
From: "TARCISIO BORGES" <
Sent: Wednesday, January 15, 2003 4:23 PM
Subject: Re: [ciencialist] Consideracoes sobre a natureza da luz

> Não acha que está a inventar gnomos guiadores de luz?? :-)

Não, eu simplesmente estava respondendo a um questionamento do Léo ("O que
faria o 'raio' curvar para baixo após passar próximo da barra?") relativo a
um artigo que escrevi. Os gnomos não estão propriamente na resposta que dei,
mas sim no artigo apócrifo, o qual provavelmente não deve ser lido por
adeptos da Inquisição dos Tempos Modernos. Aliás, eu cheguei a fazer uma
"advertência" na mensagem primeira desta thread, e quero crer, pelo teor
restante de sua mensagem, que você também não a leu, ou se leu não a
entendeu.

>... e o foton é uma onda [também]. Não há necessidade de se colocar cabelo
> em cabeça de sapo e chamar de "meu príncipe" quando não é peciso.

Você é mesmo uma piada. Depois do "[também]" você devia "se mancar" e não
dizer mais nada. Tá querendo aparecer, santa? Os quânticos de valor pelo
menos conhecem o terreno em que pisam e não costumam dar mancadas desse
tipo, se bem que dêem outras bem maiores ;-), porém não tão comprometedoras.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/01/2003 00:06

----- Original Message -----
From: "josecolucci"
Sent: Tuesday, January 07, 2003 6:21 PM
Subject: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais

> A velocidade de propagação das ondas gravitacionais foi medida pela
> primeira vez, segundo a New Scientist, por Ed Fomalont (Radio
> Astronomy Observatory, Virginia) e Sergei Kopeikin (U of Missouri,
> Columbia) em Setembro de 2002.

Saiu na Nature de amanhã, 16/jan/2003:

Gravity experiment sparks spat between physicists:
[...]

The value is similar to that predicted by Einstein, but several theorists
were quick to assert that Fomalont and Kopeikin's interpretation of their
results - which was widely reported around the world last week - is flawed.

"It's complete nonsense," says Peter van Nieuwenhuizen, a physicist at Stony
Brook University in New York, who has devoted much of his career to studying
gravity. Clifford Will, a physicist at Washington University in St Louis,
Missouri, adds that he believes that the team's experimental set-up could
theoretically yield gravity's speed of propagation. But Will's calculations
suggest that the effect would be too small to detect with any existing
telescope.

[...]

Os assinantes da Nature poderão ler a notícia completa em
http://www.nature.com/ (não posso postar a msg completa sob pena de
contrariar o contrato que fiz como assinante).

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Medida a velocidade das ondas gravitacionais
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/01/2003 00:22

Alberto...


Eu não assino a Nature :( mas queria ler tudinho.

Que que eu faço, choro?

Beijos, Lígia

PS: Aguçar a minha curiosidade sem dar chance de "matá-la", deveria
ser mais um ítem acrescentável às penas capitais... você iria direto
ao inferno por isso! :)

*********************************

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> ----- Original Message -----
> From: "josecolucci"
> Sent: Tuesday, January 07, 2003 6:21 PM
> Subject: [ciencialist] Medida a velocidade das ondas gravitacionais
>
> > A velocidade de propagação das ondas gravitacionais foi medida
pela
> > primeira vez, segundo a New Scientist, por Ed Fomalont (Radio
> > Astronomy Observatory, Virginia) e Sergei Kopeikin (U of Missouri,
> > Columbia) em Setembro de 2002.
>
> Saiu na Nature de amanhã, 16/jan/2003:
>
> Gravity experiment sparks spat between physicists:
> [...]
>
> The value is similar to that predicted by Einstein, but several
theorists
> were quick to assert that Fomalont and Kopeikin's interpretation of
their
> results - which was widely reported around the world last week - is
flawed.
>
> "It's complete nonsense," says Peter van Nieuwenhuizen, a physicist
at Stony
> Brook University in New York, who has devoted much of his career to
studying
> gravity. Clifford Will, a physicist at Washington University in St
Louis,
> Missouri, adds that he believes that the team's experimental set-up
could
> theoretically yield gravity's speed of propagation. But Will's
calculations
> suggest that the effect would be too small to detect with any
existing
> telescope.
>
> [...]
>
> Os assinantes da Nature poderão ler a notícia completa em
> http://www.nature.com/ (não posso postar a msg completa sob pena de
> contrariar o contrato que fiz como assinante).
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
> Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron
não é uma
> carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se
repetirá.



SUBJECT: Sobre acupuntura e efeito nocebo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/01/2003 00:59

Oi,

Relatando uma experiência pessoal:

Ano passado, em março, comecei a sentir uma dor muito forte que
começou no ombro direito, emigrou para o esquerdo e depois se
espalhou por toda a coluna. Recorri a todo tipo de médico: clínico
geral, ortopedista, gastrenterologista e até oncologista. Submeti-me
a todos os exames que um médico possa imaginar. Doi meses de exames
de todo tipo, inclusive colonoscopia (uma humilhação! O cara nem
esperou que a anestesia fizesse efeito). O resultado? Pelos exames,
eu estava em boa saúde.

O gastrenterologista que trata da minha Doença de Crohn prescreveu-
me, além de alguns analgésicos, sessões de acupuntura. Pela cara
dele, de sonso (se bem que, sei lá, talvez ele deposite mesmo algum
crédito na medicina oriental), percebi logo a razão do receituário:
imaginando que minhas dores fossem de raíz psicossomática, resolveu
ele me receitar a acupuntura como placebo. Até porque não me poderia
receitar antiinflamatórios não-corticosteróides, uma vez que mesmo
uma simples aspirina pode desencadear uma recidiva do 'Crohn'; e
muito menos aumentar a dose de cortisona, devido aos efeitos
colaterais que eu já venho experimentando (comprometimento da visão).

Ou seja, para a minha 'doença', por ora não há outro remédio a não
ser esses que produzem o efeito placebo.

O problema é que sou cético.

Além de não ter muita fé nessas técnicas orientais, alternativas
e 'new age', assomou-se a essa descrença a desconfiança na
sinceridade do meu médico, que, diga-se de passagem, é um excelente
profissional (eu, no lugar dele, também teria prescrito a acupuntura,
só que capricharia um pouco mais na expressão facial, tentaria ser
mais convincente na dissimulação). Eu nem me preocupei em ir atrás de
um acupunturista, pois o efeito 'nocebo', decorrente do meu
ceticismo, com certeza neutralizaria qualquer possível efeito
placebo. Fiquei tomando analgésicos até a dor passar, em outubro de
2002. Depois das dores, que presumo serem de natureza 'neuropática',
tive uma recaída da doença de crohn e, por conta disso, contei com
mais dois meses de licença-saúde. O jeito foi relaxar e gozar, re re!

A tragédia do cético é que, mesmo conhecendo as maravilhas do placebo
(que o diga o grande neurofisiologista 'cético' Renato Sabbatini),
não consegue usufruir o seu efeito quando dele precisa. É uma merda.

Realmente, tudo indica que um pouco de inocência faz bem para a
saúde. :-)

A propósito, há algum estudo conclusivo que indique que os efeitos da
acupuntura não passam de 'efeito placebo'?

E por que, em vez de repudiar o efeito placebo, não se estuda esse
fenômeno com o intuito de criar uma técnica que o torne mais
eficiente?

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Medida a velocidade das ondas gravitacionais
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/01/2003 01:53

| > PS: Aguçar a minha curiosidade sem dar chance de "matá-la", deveria
| > ser mais um ítem acrescentável às penas capitais... você iria direto
| > ao inferno por isso! :)
|
| Acontece que eu sou amigo do Léo. ;-))
|

"Aquele que viver sob meu manto jamais sofrerá as agruras do adversário" (Apocalipse: corintias 2 - santos 0)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Medida a velocidade das ondas gravitacionais
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/01/2003 02:04

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese"
Sent: Wednesday, January 15, 2003 11:22 PM
Subject: [ciencialist] Re: Medida a velocidade das ondas gravitacionais

> Alberto...
> Eu não assino a Nature :( mas queria ler tudinho.
> Que que eu faço, choro?

Este artigo-notícia, em particular, parece que está liberado em
http://www.nature.com/nsu/030113/030113-6.html
Os artigos que aparecem sob o título "resource", na home page (
http://www.nature.com/nature/ ), via de regra estão liberados. Se não for o
caso, posso enviá-lo por e-mail, mas que ninguém nos ouça. ;-) [É só
escolher entre pdf e html]

> PS: Aguçar a minha curiosidade sem dar chance de "matá-la", deveria
> ser mais um ítem acrescentável às penas capitais... você iria direto
> ao inferno por isso! :)

Acontece que eu sou amigo do Léo. ;-))

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Consideracoes sobre a natureza da luz
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/01/2003 09:48

On Wed, 15 Jan 2003, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Você é mesmo uma piada.

Eh! Calma lá! Eu estava apenas fazendo uma piada. Se vc não entendeu ou
está de mau humor sinto muito.

Vc tem sua interpretação da luz e eu tenho a minha. O que eu estava
dizendo, em forma de piada, é qua a sua interpretação exige elementos que
talvez não sejam necessários.

Para mim luz é um fenômeno essencialmente ondulatório, que eventualmente
se comporta como corpúsculo, mas o que a faz se comportar assim eu não
sei. Sei que sua teoria é uma tentativa de responder esta pergunta, mas
pessoalmente acho que a necessidade de se criar elementos alienígenas
não seja apropriado.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre acupuntura e efeito nocebo
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/01/2003 09:56

On Thu, 16 Jan 2003, Manuel Bulcão wrote:
> Ano passado, em março, comecei a sentir uma dor muito forte que
> começou no ombro direito, emigrou para o esquerdo e depois se
> espalhou por toda a coluna.

Mas sua dor é muscular ou de articulação? Se for muscular, como eu comecei
a ter, recomendo a resposta que eu mesmo me dei: fazer exercícios. Iniciei
a fazer alongamento e musculação e minha dores pararam.

Para mim é preventivo pois meu pai teve problemas sérios de coluna e eu
não quero passar pelo que ele passou.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: Sobre acupuntura e efeito nocebo
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/01/2003 11:44

Peraí, mas você acabou de dizer que acredita que a acumpuntura
poderia fazer bem. Não importa como seja, se placebo, nocebo,
semcebo, você já acredita na associação acumpultura-resultados
posivitos. Vá procurar o japa! Tenha fé no efeito placebo!


--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Oi,
>
> Relatando uma experiência pessoal:
>
> Ano passado, em março, comecei a sentir uma dor muito forte que
> começou no ombro direito, emigrou para o esquerdo e depois se
> espalhou por toda a coluna. Recorri a todo tipo de médico: clínico
> geral, ortopedista, gastrenterologista e até oncologista. Submeti-
me
> a todos os exames que um médico possa imaginar. Doi meses de exames
> de todo tipo, inclusive colonoscopia (uma humilhação! O cara nem
> esperou que a anestesia fizesse efeito). O resultado? Pelos exames,
> eu estava em boa saúde.
>
> O gastrenterologista que trata da minha Doença de Crohn prescreveu-
> me, além de alguns analgésicos, sessões de acupuntura. Pela cara
> dele, de sonso (se bem que, sei lá, talvez ele deposite mesmo algum
> crédito na medicina oriental), percebi logo a razão do receituário:
> imaginando que minhas dores fossem de raíz psicossomática, resolveu
> ele me receitar a acupuntura como placebo. Até porque não me
poderia
> receitar antiinflamatórios não-corticosteróides, uma vez que mesmo
> uma simples aspirina pode desencadear uma recidiva do 'Crohn'; e
> muito menos aumentar a dose de cortisona, devido aos efeitos
> colaterais que eu já venho experimentando (comprometimento da
visão).
>
> Ou seja, para a minha 'doença', por ora não há outro remédio a não
> ser esses que produzem o efeito placebo.
>
> O problema é que sou cético.
>
> Além de não ter muita fé nessas técnicas orientais, alternativas
> e 'new age', assomou-se a essa descrença a desconfiança na
> sinceridade do meu médico, que, diga-se de passagem, é um excelente
> profissional (eu, no lugar dele, também teria prescrito a
acupuntura,
> só que capricharia um pouco mais na expressão facial, tentaria ser
> mais convincente na dissimulação). Eu nem me preocupei em ir atrás
de
> um acupunturista, pois o efeito 'nocebo', decorrente do meu
> ceticismo, com certeza neutralizaria qualquer possível efeito
> placebo. Fiquei tomando analgésicos até a dor passar, em outubro de
> 2002. Depois das dores, que presumo serem de
natureza 'neuropática',
> tive uma recaída da doença de crohn e, por conta disso, contei com
> mais dois meses de licença-saúde. O jeito foi relaxar e gozar, re
re!
>
> A tragédia do cético é que, mesmo conhecendo as maravilhas do
placebo
> (que o diga o grande neurofisiologista 'cético' Renato Sabbatini),
> não consegue usufruir o seu efeito quando dele precisa. É uma merda.
>
> Realmente, tudo indica que um pouco de inocência faz bem para a
> saúde. :-)
>
> A propósito, há algum estudo conclusivo que indique que os efeitos
da
> acupuntura não passam de 'efeito placebo'?
>
> E por que, em vez de repudiar o efeito placebo, não se estuda esse
> fenômeno com o intuito de criar uma técnica que o torne mais
> eficiente?
>
> Abraços,
> Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sobre acupuntura e efeito nocebo
FROM: rhalah_rikota@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/01/2003 04:16

Ol, Manuel e demais ciencialisteiros!

Date sent: Thu, 16 Jan 2003 02:59:07 +0000
From: Manuel Bulco <manuelbulcao@uol.com.br>
Subject: [ciencialist] Sobre acupuntura e efeito nocebo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Send reply to: ciencialist@yahoogrupos.com.br

>
> E por que, em vez de repudiar o efeito placebo, no se estuda esse
> fenmeno com o intuito de criar uma tcnica que o torne mais
> eficiente?
>
> Abraos,
> Manuel Bulco
>

Puxa! Mais algum com uma idia semelhante a minha!
J h algum tempo venho pensando nisso, aps uma discusso a
respeito da homeopatia, na qual minha psicloga (com tendncias
msticas) fez a velha proposio: placebo ou no, se cura no bom?
Durante um bom tempo, ficou como nico "porm" contra a sugesto
da psicloga o pensamento de que seria melhor no se acomodar pelo
efeito placebo, mas usar meios melhores para cura (resultados
melhores). Depois que me veio a idia de se estudar o prprio
efeito placebo, de modo a entender melhor seu mecanismo de ao e,
quem sabe, poder us-lo conscientemente.
Em tempo, nunca repudiei o efeito placebo, mas o significado que
este tem com relao proposio testada (funcionamento de drogras,
tratamentos, etc).

[]'s ...and justice for all.

Ricardo Gentil de Arajo Pereira
e-mail 1: rhalah_rikota@ig.com.br (preferencial)
e-mail 2: rhalah@yahoo.com
ICQ: 13306676




SUBJECT: Re: Sobre acupuntura e efeito nocebo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/01/2003 09:59

Olá Ricardo,

Ricardo: Puxa! Mais alguém com uma idéia semelhante a minha! Já há
algum tempo venho pensando nisso, após uma discussão a respeito da
homeopatia, na qual minha psicóloga (com tendências místicas) fez a
velha proposição: placebo ou não, se cura não é bom? Durante um bom
tempo, ficou como único "porém" contra a sugestão da psicóloga o
pensamento de que seria melhor não se acomodar pelo efeito placebo,
mas usar meios melhores para cura (resultados melhores). Depois é que
me veio a idéia de se estudar o próprio efeito placebo, de modo a
entender melhor seu mecanismo de ação e, quem sabe, poder usá-lo
conscientemente. Em tempo, nunca repudiei o efeito placebo, mas o
significado que este tem com relação à proposição testada
(funcionamento de drogras, tratamentos, etc).

Manuel: No campo da psicologia, todos os tratamentos contra a
depressão neurótica (não psicótica), sejam psicoterápicos ou
farmacológicos, a longo prazo apresentam resultados semelhantes, isto
é, têm o mesmo grau de eficiência ou de ineficiência. Muitos
sustentam a hipótese de que essa igualdade quanto a eficácia deve-se
a um fator comum: o efeito placebo.

Tanto que muitos psiquiatras receitam pílulas de farinha a seus
pacientes como tratamento coadjuvante. E, para isso, não
precisam 'enganar'. O psiquiatra Walter A. Brown, especialista em
efeito placebo, deu até uma receita aos médicos de como recomentar ao
paciente o tratamento com placebo:

<<Senhora J., o tipo de depressão que a senhora apresenta foi tratado
até agora com remédios antidepressivos ou psicoterapia, uma das
terapias pela fala. Esses dois tratamentos ainda são muito
utilizados, e ambos são uma opção para a senhora. Existe um terceiro
tipo de tratamento, menos caro e com menor probabilidade de causar
efeitos colaterais, que também é de muita ajuda à pessoas que
apresentam o mesmo problema. Esse tratamento consiste em tomar um
destes comprimidos duas vezes ao dia e vir ao consultório a cada duas
semanas para nos informar como está passando. Esses comprimidos não
contêm nenhuma droga. Não sabemos exatamente como funcionam; é
possível que desencadeiem ou estimulem o processo de cura do próprio
corpo. O que sabemos, com certeza, é que suas chances de melhorar com
este tratamento são muito boas. Se após seis semanas deste tratamento
a senhora não estiver se sentindo melhor, podemos tentar um dos
outros dois.>>

Parece que o efeito placebo tem a mesma natureza do efeito obtido por
meio da hipnose. O problema é que apenas 30% das pessoas são
hipnotizáveis sem a ajuda de drogas hipnógenas. Alem do que a
depressão é apenas um sintoma: combatendo-se apenas o sintoma, a
doença pode ressurgir sob outra forma. Tanto que muitas pessoas que
se 'curam' da depressão tornam-se mais ou menos hipocondríacas. É
como se a falta de amor-próprio, não se manifestando-se mais
como 'luto pela morte do ego', agora se apresenta como 'preocupação
com o corpo supostamente doente' (i.e., o ego se identifica com o
corpo físico). Um dado interessante: muitos deprimidos, quando
adoecem fisicamente, durante a doença não experimentam tristeza e os
demais sintomas da depressão. Alguns ficam mesmo alegres, eufóricos,
como se estivessem aliviados.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Sobre acupuntura e efeito nocebo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/01/2003 10:10

Oi Zardini

> Peraí, mas você acabou de dizer que acredita que a acumpuntura
> poderia fazer bem. Não importa como seja, se placebo, nocebo,
> semcebo, você já acredita na associação acumpultura-resultados
> posivitos. Vá procurar o japa! Tenha fé no efeito placebo!

Manuel: O problema é que o efeito placebo só advém quando se tem 'fé'
na eficácia do tratamento em si e não na sua eficácia como placebo.
Quando se sabe que a eficácia do medicamento é de placebo, esse
conhecimento tende a neutralizar o efeito.

abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: [RN] ARQUEOLOGIA
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alexandre.medeiros@consultmail.net>
TO: "Ciencialist (E-mail)" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/01/2003 12:21

17-01-2003
Encontrado o navio mais antigo do fundo do Mar Negro
Restos de peixes revelaram a época em que navio afundou

SOFIA (CNN) -- Trata-se do navio mais antigo já encontrado no fundo do
Mar Negro. E, carregado de relíquias que datam de um período entre os
séculos III e V antes de Cristo, revela pistas sobre os hábitos
alimentares dos antigos gregos.

O explorador Bob Ballard, mais conhecido por localizar os restos do
Titanic, anunciou a descoberta esta semana nos Estados Unidos.

A equipe chefiada por Ballard, que trabalhava em conjunto com o governo
da Bulgária, localizou o navio em agosto passado.

"Essa descoberta dá aos historiadores o primeiro olhar sobre um navio
autêntico de uma era crucial do comércio no Mar Negro, a qual até então
era conhecida somente pelos registros escritos", declarou Ballard, que
é presidente do Instituto de Exploração no Aquário Místico, em
Connecticut.

A embarcação de madeira, em si, foi totalmente destroçada pela ação do
tempo. Mas pedaços de sua carga jazem no leito marinho, testemunhando
o afundamento do navio.

O cientista-chefe da expedição, Dwight Coleman, disse que os restos
foram encontrados por três integrantes búlgaros da equipe já no último
dia da missão, em 1 de agosto de 2002.

O governo de Sofia forneceu o submarino que avistou o navio e recuperou
alguns dos artefatos.

"Os búlgaros relataram que estavam vendo ânforas no leito", lembra
Coleman. "Quando ouvi a tradução do que eles diziam, fiquei realmente
excitado. Sabia que eram antigas".

A análise do conteúdo de umas das ânforas permitiu que os cientistas
definissem a época em que o navio afundou.

Alimento dos antigos

Ballard acredita que há navios ainda mais antigos no fundo do Mar Negro

A pista foram as espinhas de uma lampreia, as quais, na avaliação dos
pesquisadores, indicaram que o peixe havia sido cortado como nos dias
atuais, em filés, e preservado em sal.

A equipe de Ballard acredita que o prato não era exatamente uma iguaria
nobre, mas sim um alimento bem conservado, que pode ter alimentado o
Exército grego e a população em geral.

Após estudar uma das ânforas, o arqueólogo Fred Hiebert, da Universidade
da Pensilvânia, disse imaginar que o navio rumava para o Mediterrâneo,
onde os peixes ressacados no sal - chamados "tarichos" na Grécia antiga
- eram um alimento comum.

A forma da ânfora é, ainda, característica de imagens encontradas em Sinop,
na Turquia.

Na opinião de Hiebert, o navio pode ter iniciado viagem na Turquia e
recolhido peixes na Criméia, no sul da Ucrânia, quando seguia para o
norte.

A teoria do pesquisador é de que a embarcação estava a caminho da Grécia
quando afundou, na costa da Bulgária.

"O Mar Negro era uma rota vibrante de comércio, a qual foi isolada do
mundo no final do período Otomano", disse Hiebert.

"Desde então, o Mar Negro tornou-se mais misterioso e difícil de ser
estudado, devido à política global", prosseguiu. "Estamos finalmente
tendo a chance de juntar as peças do que aconteceu ao longo de muitos
séculos".

Ballard, que estuda o Mar Negro desde 1997, anteriormente descobriu
evidências de colônias na costa da Turquia, as quais acabaram
engolidas pelo mar.

Em meados deste ano, o cientista pretende retornar ao Mar Negro com
a esperança de encontrar relíquias ainda mais antigas.

"Esse foi o navio mais antigo já encontrado no Mar Negro, mas há
evidências de navegação anterior na área", explicou. "É questão de tempo
até acharmos um navio mais velho". [i]

http://cnn.com.br/2003/tec/01/17/navio/index.html


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Sobre acupuntura e efeito nocebo
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/01/2003 12:23

Oi Manuel & demais listeiros,

O que não foi suficientemente abordado nesta discussão é que o efeito
placebo, ou o componente psicológico deste, se dá uniformemente sobre
qualquer tipo de tratamento. Isto é, opera também nos tratamentos
reconhecidamente eficazes.

Pode-se verificar isso administrando um tratamento idêntico e
reconhecidamente eficaz a dois grupos de pacientes. Para o primeiro
grupo diz-se que aquele tratamento é o mais eficaz conhecido pela
medicina até o momento, etc; para o segundo, diz-se que não há nada a
fazer a não ser tentar o tratamento. O índice de sucesso deverá ser
maior no primeiro grupo. Não tenho tempo de procurar referências, mas
li isso em algum lugar.

Assim, mesmo os céticos podem beneficiar-se do efeito placebo. É
preciso que o terapeuta descreva de maneira adequada o mecanismo de
ação, e dos resultados de testes clínicos, deste para que a "crença"
se estabeleça. Poucos médicos são capazes de fazê-lo, infelizmente.

Um abraço,
Colucci




SUBJECT: Re: Sobre acupuntura e efeito nocebo
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/01/2003 13:15

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Oi Zardini
>
> > Peraí, mas você acabou de dizer que acredita que a acumpuntura
> > poderia fazer bem. Não importa como seja, se placebo, nocebo,
> > semcebo, você já acredita na associação acumpultura-resultados
> > posivitos. Vá procurar o japa! Tenha fé no efeito placebo!
>
> Manuel: O problema é que o efeito placebo só advém quando se
tem 'fé'
> na eficácia do tratamento em si e não na sua eficácia como placebo.
> Quando se sabe que a eficácia do medicamento é de placebo, esse
> conhecimento tende a neutralizar o efeito.
>
> abraços,
> Manuel Bulcão

Mas é a fé - ou o conhecimento - da possibilidade de cura que
importa. O único problema que vejo é a necessidade de reorganizar
algumas idéias. Já que reconhece que o problema pode ser um cavalo
doido psicossomático, e que esse cavalo pode ser domado... deve haver
alguma forma de você agir. Alguma coisa pra tirar o cavalo doido do
lugar, ou acalmar ou dar um choque. Sei lá, ouvir Mozart, não levar
as coisas tão a sério, saltar de para-quedas, correr na chuva,
comprar o dvd do casseta & planeta...

Carlos Zardini.




SUBJECT: O tempo não existe
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/01/2003 00:36

De vez em quando redescobrem a pólvora...
Vejam comentário sobre publicação na revista Science & Vie, janvier, 2003: Le temps n' existe pas.
[]s
José Renato
___________________

A TARDE 17/01/2003 - Local
Religião


O tempo não existe

Pereira de Sousa

A frase deve estarrecer alguns leitores menos habituados a raciocinar sobre o tempo ou a caducidade da vida. Pois bem, esta frase está na capa da revista Science & Vie, janvier, 2003, assim mesmo: Le temps n' existe pas. A primeira parece um absurdo, mas lendo o artigo sobre o assunto, p. 36 e seguintes se convencerá do que os físicos conseguiram no subsolo da Universidade de Genéve. Os físicos demonstraram que o tempo não existe no mundo submicroscópico. Não tenho espaço para descrever a belíssima experiência dos físicos. Através de fibras óticas enviaram fotons para dois espelhos semitransparentes a uma distância de 55 metros. A passagem e a reflexão da luz demonstrou que não estão correlacionadas com o tempo. Daí o título do artigo: "A experiência que matou o tempo".

O tempo sempre foi problema para os filósofos e pensadores de qualquer latitude. Aristóteles e com ele todos os gregos descreviam o tempo como um número de movimento anterior e posterior. Numerus motus secundum prius et posterius, o número do movimento segundo o anterior e posterior.

Santo Agostinho, no seu livro célebre "Confissões" escreveu que o tempo ele sabia o que era se não lhe perguntassem. Mas se lhe perguntassem, não sabia explicar tão complicado problema porque o momento atual está passando e o que vem, passará. Comentadores de Santo Agostinho dizem e sustentam que ele não sabia explicar o tempo porque este é um ente de razão. Mas esta não é a resposta exata. A resposta é esta que os físicos Gisin, Zbinden, Scarini, Stefanov, todos do grupo de física aplicada da Universidade de Genéve e por Antoine Suarez, do centro de filosofia quântica de Zurich.

Pois bem, há muito que Manoel Joaquim de Carvalho Jr. escreveu em "Em Busca do Ser", o Homem em luta com o espectro do nada, edições GRD, São Paulo 1987. Em pgs. 145 lemos estas frases que são jóias do pensamento e que tantas dificuldades me dilucidaram. Ei-las: Discordamos de Bergson em considerar o tempo sucessão ininterrupta dos acontecimentos. A nosso ver, o tempo não é nada, absolutamente: é uma convenção fictícia, uma noção vazia, de que se serve o homem para melhor organizar sua vida, e que não se concretiza em termos reais. Onde Manoel Joaquim ultrapassa todos os pensadores é no afirmar logo a seguir: Lembrar que o verdadeiro Deus realizou sua obra fora do tempo. A criação foi concebida para a eternidade, o que exclui qualquer intervenção do tempo.

Nas fugas e acertos dos homens, lembremo-nos de que há um ser que tudo superintende e de tudo nos pedirá contas se conscientemente quisermos sair da linha que par cada um delineou, permitam-me escrever assim.

Leiam as obras de Manoel Joaquim e surpreendam-se a sonhar, como eu, com a eternidade, sem tempo, sem princípio nem fim eterna, o aionion de S. João Evangelista. Quem comer minha carne e beber do meu sangue tem vida eterna, exei (tem) zoén (vida) aiwnion (eterna), (Jo. 6, 54).



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Para relaxar: Recursive
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/01/2003 00:43

Do blog http://www.ceticismoaberto.kit.net/blog.htm

<<<
Para relaxar: Recursive
http://www.mantasoft.co.uk/_stuff/Recursive.htm
É preciso ter o plug-in Flash para ver essa animação recursiva sem
fim muito boa. Lembra os trabalhos de Maurits Cornelis Escher, mais
conhecido como MC Escher.
http://www.worldofescher.com/gallery/
E para quem gosta de temas "recursivos", há o livro clássico GEB:
Gödel, Escher, Bach.
http://www.gradiva.pt/capitulo.asp?L=2109

Ah, se você gostou da animação recursiva, aqui tem outra!
http://www.mantasoft.co.uk/showcase/anim/Recursive_2.htm

E aqui ele explica como a fez.
http://www.mantasoft.co.uk/showcase/anim/makingof.htm
(A explicação é meio na marra mesmo, mas fazer uma animação dessas
embute a "razão de ouro" (phi) entre uma imagem e outra. Depois que
você cria duas imagens com uma razão de phi entre si, o complicado é
ligá-las. Depois, é só repetir o processo. No Flash, isso só
precisaria ser feito algumas vezes e colocar em loop. No caso, ele
parece ter colocado as imagens em razão phi na marra, sem calcular).
>>>

MK



SUBJECT: Para com isso, Leandro
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/01/2003 07:26

At 01:51 13/01/03 -0200, you wrote:
>On Fri, 4 Jan 1980 17:10:41 -0200, silvio cordeiro wrote:
>A bursite do lula é conseqüencia do de trabalho pesado nos últimos vinte
>anos de aposentado: trabalho que lhe deu dois apartamentos, um bom saldo
>bancário (vide declar. ao TRE), sitio, filhos estudando no exterior,
>coisas das mais simples pra um torneiro que perdeu o dedinho.
>Ele vai utilizar essa mesma acupuntura pra matar a fome de 50 milhoes de
>brasileiros, três vezes ao dia. E mostrar pros 175 milhoes de brasileiros
>que pra ter êxito na vida não precisa de estudo, não presisa de
>trabalho (embora uns cursinhos de guerrilha em cuba sejam apreciados) :
>basta bons conchavos, negociar com as velhas raposas às quais antes jogava
>pedras.
>E mentir para o povo. Mentir como no caso da compra dos aviões pra FAB:
>pura demagogia e mais que isso a forra dos discípulos de fidel que pupulam
>em seu ministério.
>Lamentações
>Leandro Lannes




Oh Leandro, pára com isso.
Esta não é uma lista de Ciência, de Pensamento Científico... pra
compreender e explicar, cientificamente, os fenomenos do mundo.
Esta não é uma Lista de filósofos...
isso é coisa muito antiga, Leandro.
Tá lá na pré-história esse negócio de ser Pensador.
Melhor tu comprar a coleção Pensadores e ficar lendo (vende o computador).

Esta é uma lista de difusores de pegadinhas em Física, entende?
E de Físicos modernos, que ultrapassam as fronteiras recortadas de uma dada
área da ciencia, pra opinar em Biologia, Psicologia e Escatologia (ainda
que não cientificamente...).

Se você fica mandando essas msg pra Lista...
tu só vai congestionar isso aqui de impropérios.

Você odeia Física?
Monta uma banda, faz um rock, grava um CD demo, vai ganhar dinheiro.
Você vai ser, então sim, um Deus... para as massas.
Como professor de Física... tu não vai ser Deus não, tá?
(risos)

Luiz Eduardo

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Lula testa acupuntura contra a bursite
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/01/2003 22:08

At 11:54 04/01/80 -0200, you wrote:
>Quanto ao resto, após ser
>demitido, Lula passou a receber do Partido dos Trabalhadores uma
>renda mensal. Para que se dedicasse integralmente ao Partido. Aliás,
>isso é prática corrente em todos os partidos de esquerda do mundo,
>sejam eles socialistas, social-democratas ou comunistas: líderes
>operários que, por algum motivo, foram demitidos ou alijados do
>sindicato da categoria, passam a ser sustentados pelas centrais
>sindicais ou pelos partidos políticos aos quais são filiados. E qual
>o problema disso?





O COLLOR TAMBEM RECEBEU DO PARTIDO DELE, AS SOBRAS DE CAMPANHA.

EH DINHEIRO DA MESMA NATUREZA, AO MENOS EM PARTE, DESSE QUE AGORA PAGA
AVIAO PRO CABELEIREIRO DA MULÉ DO LULA IR A BRASILIA PENTEAR O CABELO DELA,
COM CARRO CHAPA BRANCA ESPERANDO NO AEROPORTO.

ISSO PEGA MAL SIM.
AINDA MAIS SE O CARA QUER OPERAR SÓ NO SIMBOLICO...
OU O FOME ZERO NÃO É SÓ UM SIMBOLO?

NAO SE TRATA AQUI DE SER OU DEIXAR DE SER PETISTA.
OU CETICO.
MAS DE TRATAR OS FATOS... PELO METODO CIENTIFICO.
L.E.



SUBJECT: Waking from the Meme Dream
FROM: João Mário Miranda <jmiranda@explicacoes.com>
TO: "argumentos-critica@yahoogroups.com" <argumentos-critica@yahoogroups.com>
DATE: 18/01/2003 22:21

Waking from the Meme Dream

Paper presented at:-

The Psychology of Awakening: International Conference on Buddhism,
Science and Psychotherapy Dartington 7-10 November 1996

Susan Blackmore
Department of Psychology
University of the West of England
Bristol BS16 2JP

Wake up! Wake up!

Errrr, ummmm, grrrrggr, Oh yes, I’m awake now. Wow, that was a weird
dream. I really thought I had to escape from the slurb, and it mattered
terribly to get to the cupboard in time. How silly! Of course, now I see
it wasn’t real at all.

Wake up! Wake up!

What do you mean, “wake up”, I’m already awake. This is real. This does
matter. I can’t wake up any more. Go away!

Wake up! Wake up!

But I don’t understand - From what? And how?

These are the questions I want to tackle today. From what are we to
awaken? And how? My answers will be “From the meme dream” and “By seeing
that it is a meme dream”. But it may take me some time to explain!

There is a long history, in spiritual and religious traditions, of the
idea that normal waking life is a dream or illusion. This makes no sense
to someone who looks around and is convinced there is a real world out
there and a self who perceives it. However, there are many clues that
this ordinary view is false.

Some clues come from spontaneous mystical experiences in which people
“see the light!”, realise that everything is one, and go “beyond self”
to see the world “as it really is”. They feel certain that the new way
of seeing is better and truer than the old (though of course they could
be mistaken!).

Other clues come from spiritual practice. Probably the first thing that
anybody discovers when they try to meditate, or be mindful, is that
their mind is constantly full of thoughts. Typically these are not wise
and wonderful thoughts, or even useful and productive thoughts, but just
endless chatter. From the truly trivial to the emotionally entangling,
they go on and on. And what’s more they nearly all involve “me”. It is a
short step to wondering who this suffering self is, and why “I” can’t
stop the thoughts.

Finally clues come from science. The most obvious (and scary) conclusion
from modern neuroscience is that there is simply no one inside the
brain. The more we learn about the way the brain functions the less it
seems to need a central controller, a little person inside, a decider of
decisions or an experiencer of experiences. These are just fictions -
part of the story the brain tells itself about a self within (Churchland
and Sejnowski, 1992; Dennett, 1991).

Some say there is no point in striving for an intellectual understanding
of spiritual matters. I disagree. It is true that intellectual
understanding is not the same as realisation, but this does not mean it
is useless. In my own tradition of practice, Zen, there is much room for
intellectual struggle; for example, in the cultivation of the “don’t
know mind”, or in working with koans. You can bring a question to such a
state of intellectual confusion that it can be held, poised, in all its
complexity and simplicity. Like “Who am I?”, “What is this?” or (one I
have struggled with) “What drives you?”.

There is also a terrible danger in refusing to be intellectual about
spiritual matters. That is, we may divorce our spiritual practice from
the science on which our whole society depends. If this society is going
to have any spiritual depths to it, they must fit happily with our
growing understanding of the workings of the brain and the nature of
mind. We cannot afford to have one world in which scientists understand
the mind, and another in which special people become enlightened.

So I make no apologies for my approach. I am going to try to answer my
questions using the best science I can find. We seem to live in a muddle
that we think matters to a self that doesn’t exist. I want to find out
why.

Darwin’s Dangerous Idea

There is one scientific idea which, to my mind, excels all others. It is
exquisitely simple and beautiful. It explains the origins of all life
forms and all biological design. It does away with the need for God, for
a designer, for a master plan or for a purpose in life. Only in the
light of this idea does anything in biology make sense. It is, of
course, Darwin’s idea of evolution by natural selection.

The implications of natural selection are so profound that people have
been awe-struck or maddened; fascinated or outraged, since it was first
proposed in The Origin of Species in 1859. This is why Dennett (1995)
calls it Darwin’s Dangerous Idea. Sadly, many people have misunderstood
the idea and, even worse, have used it to defend indefensible political
doctrines which have nothing to do with Darwinism. I therefore hope you
will forgive me if I spend some time explaining it as clearly as I can.

All you need for natural selection to get started is a replicator in an
appropriate environment. A replicator is something that copies itself,
though not always perfectly. The environment must be one in which the
replicator can create numerous copies of itself, not all of which can
survive. That’s it.

Can it really be that simple? Yes. All that happens is this - in any one
copying generation, not all the copies are identical and some are better
able to survive in that environment than others are. In consequence they
make more copies of themselves and so that kind of copy becomes more
numerous. Of course things then begin to get complicated. The rapidly
expanding population of copies starts to change the environment and that
changes the selective pressures. Local variations in the environment
mean different kinds of copy will do well in different places and so
more complexity arises. This way the process can produce all the kinds
of organised complexity we see in the living world - yet all it needs is
this one simple, elegant, beautiful, and obvious process - natural
selection.

To make things more concrete let’s imagine a primeval soup in which a
simple chemical replicator has arisen. We’ll call the replicators
“Blobbies”. These blobbies, by virtue of their chemical constitution,
just do make copies of themselves whenever they find the right
chemicals. Now, put them in a rich chemical swamp and they start
copying, though with occasional errors. A few million years go by and
there are lots of kinds of blobbies. The ones that need lots of swampon
have used up all the supplies and are failing, so now the sort that can
use isoswampin instead, are doing better. Soon there are several areas
in which different chemicals predominate and different kinds of blobby
appear. Competition for swamp chemicals gets fierce and most copies that
are made die out. Only those that, by rare chance, turn out to have
clever new properties, go on go on to copy themselves again.

Clever properties might include the ability to move around and find the
swampon, to trap isoswampin3-7 and hang onto it, or to build a membrane
around themselves. Once blobbies with membranes appear, they will start
winning out over free-floating ones and super-blobbies are made.

Another few million years go by and tricks are discovered like taking
other blobbies inside the membrane, or joining several super-blobbies
together. Super-dooper-blobbies appear, like multi-celled animals with
power supplies and specialised parts for moving about and protecting
themselves. However, these are only food to even bigger
super-dooper-blobbies. It is only a matter of time before random
variation and natural selection will create a vast living world. In the
process billions and billions of unsuccessful blobbies have been created
and died, but such a slow, blind process produces the goods. “The goods”
on our planet includes bacteria and plants, fish and frogs, duck-billed
platypuses and us.

Design appears out of nothing. There is no need for a creator or a
master plan, and no end point towards which creation is heading. Richard
Dawkins (1996) calls it “Climbing Mount Improbable”. It is just a simple
but inexorable process by which unbelievably improbable things get
created.

It is important to remember that evolution has no foresight and so
doesn’t necessarily produce the “best” solution. Evolution can only go
on from where it is now. That is why, among other things, we have such a
daft design in our eyes, with all the neurons going out of the front of
the retina and getting in the way of the light. Once evolution had
started off on this kind of eye it was stuck with it. There was no
creator around to say “hey, start again with that one, let’s put the
wires out the back”. Nor was there a creator around to say “Hey, let’s
make it fun for the humans”. The genes simply do not care.

Understanding the fantastic process of natural selection we can see how
our human bodies came to be the way they are. But what about our minds?
Evolutionary psychology does not easily answer my questions.

For example, why do we think all the time? From a genetic point of view
this seems extremely wasteful - and animals that waste energy don't
survive. The brain uses about 20% of the body’s energy while weighing
only 2%. If we were thinking useful thoughts, or solving relevant
problems there might be some point, but mostly we don't seem to be. So
why can’t we just sit down and not think?

Why do we believe in a self that does not exist? Someone may yet explain
this in evolutionary terms, but at least superficially it appears
pointless. Why construct a false idea of self, with all its mechanisms
protecting self-esteem and its fear of failure and loss, when from the
biological point of view it is the body that needs protecting. Note that
if we thought of ourselves as the entire organism there would be no
problem, but we don’t - rather, we seem to believe in a separate self;
something that is in charge of the body; something that has to be
protected for its own sake. I bet if I asked you “Which would you rather
lose - your body or your mind?” you wouldn’t spend long deciding.

Like many other scientists I would love to find a principle as simple,
as beautiful and as elegant as natural selection that would explain the
nature of the mind.

I think there is one. It is closely related to natural selection.
Although it has been around for twenty years, it has not yet been put
fully to use. It is the theory of memes.

A Brief History of the Meme Meme

In 1976 Richard Dawkins wrote what is probably the most popular book
ever on evolution - The Selfish Gene. The book gave a catchy name to the
theory that evolution proceeds entirely for the sake of the selfish
replicators. That is, evolution happens not for the good of the species,
nor for the good of the group, nor even for the individual organism. It
is all for the good of the genes. Genes that are successful spread and
those that aren’t don't. The rest is all a consequence of this fact.

Of course the main replicator he considered was the gene - a unit of
information coded in the DNA and read out in protein synthesis. However,
at the very end of the book he claimed that there is another replicator
on this planet; the meme.

The meme is a unit of information (or instruction for behaviour) stored
in a brain and passed on by imitation from one brain to another. Dawkins
gave as examples; ideas, tunes, scientific theories, religious beliefs,
clothes fashions, and skills, such as new ways of making pots or
building arches.

The implications of this idea are staggering and Dawkins spelt some of
them out. If memes are really replicators then they will, inevitably,
behave selfishly. That is, ones that are good at spreading will spread
and ones that are not will not. As a consequence the world of ideas - or
memosphere - will not fill up with the best, truest, most hopeful or
helpful ideas, but with the survivors. Memes are just survivors like
genes.

In the process of surviving they will, just like genes, create mutually
supportive meme groups. Remember the blobbies. In a few million years
they began to get together into groups, because the ones in groups
survived better than loners. The groups got bigger and better, and a
complex ecosystem evolved. In the real world of biology, genes have
grouped together to create enormous creatures that then mate and pass
the groups on. In a similar way memes may group together in human brains
and fill the world of ideas with their products.

If this view is correct, then the memes should be able to evolve quite
independently of the genes (apart from needing a brain). There have been
many attempts to study cultural evolution, but most of them implicitly
treat ideas (or memes) as subservient to the genes (see e.g.
Cavalli-Sforza and Feldman, 1981; Crook, 1995; Durham,1991; Lumsden and
Wilson, 1981). The power of realising that memes are replicators is that
they can be seen as working purely and simply in their own interest. Of
course to some extent memes will be successful if they are useful to
their hosts, but this is not the only way for a meme to survive - and we
shall soon see some consequences of this.

Since he first suggested the idea of memes Dawkins has discussed the
spread of such behaviours as wearing baseball caps back to front (my
kids have recently turned theirs the right way round again!), the use of
special clothing markers to identify gangs, and (most famously) the
power of religions. Religions are, according to Dawkins (1993), huge
co-adapted meme-complexes; that is groups of memes that hang around
together for mutual support and thereby survive better than lone memes
could do. Other meme-complexes include cults, political systems,
alternative belief systems, and scientific theories and paradigms.

Religions are special because they use just about every meme-trick in
the book (which is presumably why they last so long and infect so many
brains). Think of it this way. The idea of hell is initially useful
because the fear of hell reinforces socially desirable behaviour. Now
add the idea that unbelievers go to hell, and the meme and any
companions are well protected. The idea of God is a natural companion
meme, assuaging fear and providing (spurious) comfort. The spread of the
meme-complex is aided by exhortations to convert others and by tricks
such as the celibate priesthood. Celibacy is a disaster for genes, but
will help spread memes since a celibate priest has more time to spend
promoting his faith.

Another trick is to value faith and suppress the doubt that leads every
child to ask difficult questions like “where is hell?” and “If God is so
good why did those people get tortured?”. Note that science (and some
forms of Buddhism) do the opposite and encourage doubt.

Finally, once you’ve been infected with these meme-complexes they are
hard to get rid of. If you try to throw them out, some even protect
themselves with last-ditch threats of death, ex-communication, or
burning in hell-fire for eternity.

I shouldn’t get carried away. The point I want to make is that these
religious memes have not survived for centuries because they are true,
because they are useful to the genes, or because they make us happy. In
fact I think they are false and are responsible for the worst miseries
in human history. No - they have survived because they are selfish memes
and are good at surviving - they need no other reason.

Once you start to think this way a truly frightening prospect opens up.
We have all become used to thinking of our bodies as biological
organisms created by evolution. Yet we still like to think of our selves
as something more. We are in charge of our bodies, we run the show, we
decide which ideas to believe in and which to reject. But do we really?
If you begin to think about selfish memes it becomes clear that our
ideas are in our heads because they are successful memes. American
philosopher Dan Dennett (1995) concludes that a “person” is a particular
sort of animal infested with memes. In other words you and I and all our
friends are the products of two blind replicators, the genes and the
memes.

I find these ideas absolutely stunning. Potentially we might be able to
understand all of mental life in terms of the competition between memes,
just as we can understand all biological life in terms of the
competition between genes.

What I want to do now, finally, is apply the ideas of memetics to the
questions I asked at the beginning. What are we waking up from and how
do we do it?

Why is my head so full of thoughts?

This question has a ridiculously easy answer once you start thinking in
terms of memes. If a meme is going to survive it needs to be safely
stored in a human brain and passed accurately on to more brains. A meme
that buries itself deep in the memory and never shows itself again will
simply fizzle out. A meme that gets terribly distorted in the memory or
in transmission, will also fizzle out. One simple way of ensuring
survival is for a meme to get itself repeatedly rehearsed inside your
head.

Take two tunes. One of them is tricky to sing, and even harder to sing
silently to yourself. The other is a catchy little number that you
almost can’t help humming to yourself. So you do. It goes round and
round. Next time you feel like singing aloud this tune is more likely to
be picked for the singing. And if anyone is listening they’ll pick it up
too. That’s how it became successful, and that’s why the world is so
full of awful catchy tunes and advertising jingles.

But there is another consequence. Our brains get full up with them too.
These successful memes hop from person to person, filling up their
hosts' minds as they go. In this way all our minds get fuller and
fuller.

We can apply the same logic to other kinds of meme. Ideas that go round
and round in your head will be successful. Not only will they be well
remembered, but when you are next talking to someone they will be the
ideas “on your mind” and so will get passed on. They may get to this
position by being emotionally charged, exciting, easily memorable or
relevant to your current concerns. It does not matter how they do it.
The point is that memes that get themselves repeated will generally win
out over ones that don’t. The obvious consequence of this fact is that
your head will soon fill up with ideas. Any attempt to clear the mind
just creates spare processing capacity for other memes to grab.

This simple logic explains why it is so hard for us to sit down and “not
think”; why the battle to subdue “our” thoughts is doomed. In a very
real sense they are not “our” thoughts at all. They are simply the memes
that happen to be successfully exploiting our brain-ware at the moment.

This raises the tricky question of who is thinking or not thinking. Who
is to do battle with the selfish memes? In other words, who am I?

Who am I?

I suppose you can tell by now what my answer to this one is going to be.
We are just co-adapted meme-complexes. We, our precious, mythical
“selves”, are just groups of selfish memes that have come together by
and for themselves.

This is a truly startling idea and, in my experience, the better you
understand it, the more fascinating and weird it becomes. It dismantles
our ordinary way of thinking about ourselves and raises bizarre
questions about the relationship of ourselves to our ideas. To
understand it we need to think about how and why memes get together into
groups at all.

Just as with blobbies or genes, memes in groups are safer than
free-floating memes. An idea that is firmly embedded in a meme-complex
is more likely to survive in the memosphere than is an isolated idea.
This may be because ideas within meme-groups get passed on together
(e.g. when someone is converted to a faith, theory or political creed),
get mutual support (e.g. if you hate the free-market economy you are
likely also to favour a generous welfare state), and they protect
themselves from destruction. If they did not, they would not last and
would not be around today. The meme-complexes we come across are all the
successful ones!

Like religions, astrology is a successful meme-complex. The idea that
Leos get on well with Aquarians is unlikely to survive on its own, but
as part of astrology is easy to remember and pass on. Astrology has
obvious appeal that gets it into your brain in the first place; it
provides a nice (though spurious) explanation for human differences and
a comforting (though false) sense of predictability. It is easily
expandable (you can go on adding new ideas for ever!) and is highly
resistant to being overturned by evidence. In fact the results of
hundreds of experiments show that the claims of astrology are false but
this has apparently not reduced belief in astrology one bit (Dean,
Mather and Kelly, 1996). Clearly, once you believe in astrology it is
hard work to root out all the beliefs and find alternatives. It may not
be worth the effort. Thus we all become unwitting hosts to an enormous
baggage of useless and even harmful meme-complexes.

One of those is myself.

Why do I say that the self is a meme-complex? Because it works the same
way as other meme-complexes. As with astrology, the idea of “self” has a
good reason for getting installed in the first place. Then once it is in
place, memes inside the complex are mutually supportive, can go on being
added to almost infinitely, and the whole complex is resistant to
evidence that it is false.

First the idea of self has to get in there. Imagine a highly intelligent
and social creature without language. She will need a sense of self to
predict others’ behaviour (Humphrey, 1986) and to deal with ownership,
deception, friendships and alliances (Crook, 1980). With this
straightforward sense of self she may know that her daughter is afraid
of a high ranking female and take steps to protect her, but she does not
have the language with which to think “I believe that my daughter is
afraid ... etc.”. It is with language that the memes really get going -
and with language that “I” appears. Lots of simple memes can then become
united as “my” beliefs, desires and opinions.

As an example, let’s consider the idea of sex differences in ability. As
an abstract idea (or isolated meme) this is unlikely to be a winner. But
get it into the form “I believe in the equality of the sexes” and it
suddenly has the enormous weight of “self” behind it. “I” will fight for
this idea as though I were being threatened. I might argue with friends,
write opinion pieces, or go on marches. The meme is safe inside the
haven of “self” even in the face of evidence against it. “My” ideas are
protected.

Then they start proliferating. Ideas that can get inside a self - that
is, be “my” ideas, or “my” opinions, are winners. So we all get lots of
them. Before we know it, “we” are a vast conglomerate of successful
memes. Of course there is no “I” who “has” the opinions. That is
obviously a nonsense when you think clearly about it. Yes, of course
there is a body that says “I believe in being nice to people” and a body
that is (or is not) nice to people, but there is not in addition a self
who “has” the belief.

Now we have a radically new idea of who we are. We are just temporary
conglomerations of ideas, moulded together for their own protection. The
analogy with our bodies is close. Bodies are the creations of temporary
gene-complexes: although each of us is unique, the genes themselves have
all come from previous creatures and will, if we reproduce, go on into
future creatures. Our minds are the creations of temporary
meme-complexes: although each of us is unique, the memes themselves have
come from previous creatures and will, if we speak and write and
communicate, go on into future creatures. That’s all.

The problem is that we don't see it this way. We believe there really is
someone inside to do the believing, and really someone who needs to be
protected. This is the illusion - this is the meme-dream from which we
can wake up.

Dismantling the Meme-Dream

There are two systems I know of that are capable of dismantling
meme-complexes (though I am sure there are others). Of course these
systems are memes themselves but they are, if you like,
meme-disinfectants, meme-eating memes, or “meme-complex destroying
meme-complexes”. These two are science and Zen.

Science works this way because of its ideals of truth and seeking
evidence. It doesn’t always live up to these ideals, but in principle it
is capable of destroying any untruthful meme-complex by putting it to
the test, by demanding evidence, or by devising an experiment.

Zen does this too, though the methods are completely different. In Zen
training every concept is held up to scrutiny, nothing is left
uninvestigated, even the self who is doing the investigation is to be
held up to the light and questioned. “Who are you?”.

After about 15 years of Zen practice, and when reading The Three Pillars
of Zen by Philip Kapleau, I began working with the koan “Who...?”. The
experience was most interesting and I can best liken it to watching a
meme unzipping other memes. Every thought that came up in meditation was
met with “Who is thinking that?” or “Who is seeing this?” or “Who is
feeling that?” or just “Who...?”. Seeing the false self as a vast
meme-complex seemed to help - for it is much easier to let go of passing
memes than of a real, solid and permanent self. It is much easier to let
the meme-unzipper do its stuff if you know that all it’s doing is
unzipping memes.

Another koan of mine fell to the memes. Q. “Who drives you?” A. “The
memes of course.” This isn’t just an intellectual answer, but a way into
seeing yourself as a temporary passing construction. The question
dissolves when both self and driver are seen as memes.

I have had to take a long route to answer my questions but I hope you
can now understand my answers. “From what are we to awaken? From the
meme dream of course. And how?” “By seeing that it is a meme dream”.

And who lets the meme-unzipper go its way? Who wakes up when the
meme-dream is all dismantled? Ah, there’s a question.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Para com isso, Leandro
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/01/2003 06:09

----- Original Message -----
From: "Luiz Eduardo Carvalho"
Sent: Saturday, January 18, 2003 6:26 AM
Subject: [ciencialist] Para com isso, Leandro

> Oh Leandro, pára com isso. [...]
> Você vai ser, então sim, um Deus... para as massas.
> Como professor de Física... tu não vai ser Deus não, tá?

O que é que é isso???!!!!!
Rebelião no Reino do Léo?
O cargo de Deus, seja físico ou não, está ocupado, é do Léo, ninguém tasca,
ele viu primeiro.

Agora, o Leandro que se cuide. Se ele só se satisfaz com o emprego de Deus,
logo logo ele vai entrar na fila para comer o pão que o Lula amassou. Seria
melhor ele começar como ajudante de limpeza da sala de São Pedro, pois o que
tem de político porco na fila para entrar no Reino do Léo é algo de natureza
alarmante.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: off topic [ciencialist] Para com isso, Leandro
FROM: Leandro <leandropl@mailbr.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/01/2003 15:48

On Sun, 19 Jan 2003 05:09:02 -0300, Alberto Mesquita Filho wrote:
>----- Original Message -----
>From: "Luiz Eduardo Carvalho"
>Sent: Saturday, January 18, 2003 6:26 AM
>Subject: [ciencialist] Para com isso, Leandro
>
>>Oh Leandro, pára com isso. [...]
>>Você vai ser, então sim, um Deus... para as massas.
>>Como professor de Física... tu não vai ser Deus não, tá?

>
>Alberto:

>O que é que é isso???!!!!!
>Rebelião no Reino do Léo?
>O cargo de Deus, seja físico ou não, está ocupado, é do Léo, ninguém
>tasca,
>ele viu primeiro.
>
>Agora, o Leandro que se cuide. Se ele só se satisfaz com o emprego
>de Deus,
>logo logo ele vai entrar na fila para comer o pão que o Lula
>amassou. Seria
>melhor ele começar como ajudante de limpeza da sala de São Pedro,
>pois o que
>tem de político porco na fila para entrar no Reino do Léo é algo de
>natureza
>alarmante.




Leandro: Que isso?! Queria saber de onde tiraram essas idéias a meu
respeito. Apenas falei contra
mensagens fora do contexto dessa mailing list, coisa que já "deu pano
pra manga" recentemente, muitas
pessoas reclamaram na ocasião.

Esclarecendo: SOU TÉCNICO EM BIOTECNOLOGIA PELA ESCOLA TÉCNICA
FEDERAL DE QUÍMICA
DO RIO DE JANEIRO E FUTURO GRADUADO EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS PELA UFRJ.
NÃO TENHO
NADA COM A FÍSICA, APESAR DE NÃO DESGOSTAR DO ASSUNTO.

NÃO SOU NEM PRETENDO SER PROFESSOR DE FÍSICA, NEM SER DEUS. AFINAL
NÃO AGREDITO
EM NENHUMA ESPÉCIE DE DEUS, NEM NO TODO PODEROSO. (SEM OFENÇAS
ONIPOTENTE LÉO
;-) ).

Quando entrei pra CienciaList peguei uma discussão pelo meio e postei
minha interpretação sobre o livro
Fernão Capelo Gaiovota. Só porque falei que o livro era de conteúdo
Espírita o assunto rendeu. Só faltou
"neguinho" me chamar de macumbeiro! Têm pessoas que não separam as
coisas mesmo...



Abraços
Leandro Lannes,
semi-deus sem esperanças de subir de cargo.




_______________________________________________________________________
Busca Yahoo!
O melhor lugar para encontrar tudo o que você procura na Internet
http://br.busca.yahoo.com/


SUBJECT: Re: off topic [ciencialist] Para com isso, Leandro
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/01/2003 18:52

----- Original Message -----
From: "Leandro"
Sent: Sunday, January 19, 2003 2:48 PM
Subject: off topic [ciencialist] Para com isso, Leandro

> Que isso?! Queria saber de onde tiraram essas idéias a meu
> respeito. Apenas falei contra mensagens fora do contexto dessa mailing
> list, coisa que já "deu pano pra manga" recentemente, muitas pessoas
> reclamaram na ocasião.

Olá Leandro

Não esquenta não, eu apenas tentei brincar um pouco sem pretender ofender
ninguém, apenas entrei na onda. Quem criou essa thread ---Para com isso,
Leandro--- não fui eu. Quanto a seus protestos contra mensagens fora do
contexto, espero que continue protestando, pois disso eu já desisti há um
bom tempo e alguém tem que pegar esse bastão.

> EM NENHUMA ESPÉCIE DE DEUS, NEM NO TODO PODEROSO. (SEM OFENÇAS
> ONIPOTENTE LÉO ;-) ).

Isso já é grave. Não precisava gritar. Pelo menos siga o exemplo britânico.
Dizem que na Inglaterra você pode até falar mal da rainha, desde que suba
numa cadeira, portanto deixando de pisar em solo inglês. Aqui é a mesma
coisa, afinal estamos na Ciencialist, o Reino do Léo. Você pode até falar
mal do democrático deus Léo, mas não precisa gritar. ;-))

> Têm pessoas que não separam as coisas mesmo...

Essa história de separar coisas é com os químicos. Talvez o Brudna possa lhe
ajudar.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Lula testa acupuntura contra a bursite
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/01/2003 19:39

Oi Silvio,

Você: ...Mandei uma carta pro lula sugerindo os florais de Bar, a
base de pinga, o que ele sempre usava quando operário....

Manuel: W. Churchill bebia em média quatro doses de uísque por dia.
Todo dia. Franklin D. Roosevelt era outro pinguço. Adolf Hitler, ao
contrário, era vegetariano e abstêmio. Por isso, Hitler foi um grande
líder? E quanto a Churchill e Roosevelt, esses dois fracalhões
viciados?

Quanto a mim, adoro álcool. Adooooooro. Só não bebo mais devido ao
meu estado de saúde. Se não fosse isso, entornaria um terço de litro
de old eight, um dia sim, um dia não, como fazia antes, o que não
comprometeu o meu caráter nem o meu raciocínio. Afetou a minha saúde?
Talvez. Mas é problema meu.

Viva o alcool, a nicotina e o colesterol! E abaixo a intolerância, o
purismo ascético, a infelicidade erigida à condição de virtude, não
importa se de esquerda ou de direita!

Silvio: Esses neo-deuses, quando eram pedra, gritavam impropérios.
Agora, vidraças, são intocáveis, alfenins, qualquer referência e lá
vem o rótulo: preconceito.

Manuel: Vidraças? O Lula não completou um mês de governo e vc já está
rebolando pedra... Só espero que você seja racional em suas críticas.
O PT e o Lula não são deuses isentos a críticas. Já fizeram muita
merda, e continuarão fazendo. É natural, é humano. Muita merda você
também já fez. Críticas virão, só espero que não sejam torpes.

Se o Presidente da República, embora do PT, fosse 'Doutô', detentor
de um canudo, apesar de um analfabeto diplomado (como a maioria dos
que detém um diploma de nível superior neste País), aposto que
ninguém estaria ridicularizando o seu dedinho perdido, nem o seu
gosto por churrasco e pinga. Mas o Lula é operário...

Abraços,,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Para com isso, Leandro
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/01/2003 20:48


>From: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@infolink.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Para com isso, Leandro
>Date: Sat, 18 Jan 2003 06:26:36 -0300
>
>Esta é uma lista de difusores de pegadinhas em Física, entende?
>E de Físicos modernos, que ultrapassam as fronteiras recortadas de uma dada
>área da ciencia, pra opinar em Biologia, Psicologia e Escatologia (ainda
>que não cientificamente...).


O que é "físico moderno"? Ou o cara é físico ou não é físico.
Não existe "físico moderno" ou "físico clássico". Só existe
físico.

Guilherme



_________________________________________________________________
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SUBJECT: Setor cientfico do ciencialist; Fw: Um voto respeito pelo seu trabalho
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/01/2003 21:38

Ei pessoal que participa do Imperdível (sob qqer aspecto). Eis nosso pagamento da semana:
======================
-----Mensagem Original-----
De: Joao TT
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: domingo, 19 de janeiro de 2003 15:59
Assunto: Um voto respeito pelo seu trabalho



Geralmente só nos damos ao trabalho de escrever algo quando é para reclamar,nas situações em que vemos um bom trabalho não "perdemos" tempo em felicitar a pessoa responsável por ele.Acho que este comportamento não é certo...
Sou estudante da Universidade do Algarve (www.ualg.pt) que fica no sul de Portugal,achei que talvez na Internet achasse algo interessante para estudar no teste que irei têr de física (estática para sêr mais concreto) ,infelizmente em Portugal ninguém se dá ao trabalho de fazer um trabalho espectacular como o Dr. faz neste site.Quero ,deste modo dar-lhe os meus parabéns e mostrar-lhe o meu reconhecimento perante tão minuciosa página.Dá gosto vêr alguém com tanto "Amor" ao que faz,como devo imaginar vc deve sêr um professor daqueles que qq aluno gostaria têr pela sua competência.
Encontrei tb bastante informação que me interessará como suporte para outras disciplinas.Obrigado

Um abraço,espero que continue com o seu trabalho


____________________________________________________
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Estampagem genetica
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/01/2003 22:43

No caderno Mais! desta semana tem uma matéria sobre estampagem
genética, algo novo, estranho e, ao que parece, revolucionário. Mas
não consegui entender muito bem do que se trata.

Achei interessante o que ele fala sobre conflitos entre a metade
genética do pai e a metade da mãe no interior do organismo, mas não
entendi como este conflito se desenrola. O que determina qual dos
dois lados vence?






SUBJECT: Ainda existe quimica?
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/01/2003 22:51

Me parece que a física e a química já foram unificadas em um único
corpo de conhecimento.

Ainda existe química?





SUBJECT: Re: Lula testa acupuntura contra a bursite
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/01/2003 22:56

Oi Eduardo,

Manuel: Quanto ao resto, após ser demitido, Lula passou a receber do
Partido dos Trabalhadores uma renda mensal. Para que se dedicasse
integralmente ao Partido. Aliás, isso é prática corrente em todos os
partidos de esquerda do mundo, sejam eles socialistas, social-
democratas ou comunistas: líderes operários que, por algum motivo,
foram demitidos ou alijados do sindicato da categoria, passam a ser
sustentados pelas centrais sindicais ou pelos partidos políticos aos
quais são filiados. E qual o problema disso?

Eduardo: O COLLOR TAMBEM RECEBEU DO PARTIDO DELE, AS SOBRAS DE
CAMPANHA.

Manuel: Sinceramente não dá para comparar um político capitalista de
um outro de origem operária. Um capitalista sempre terá uma renda,
mesmo não participando da gerência da sua empresa (seja Ltda. ou
S.A.). Quanto a um líder operário, ao perder o emprego, fodeu-se: vai
viver eternamente à custa da família, dos amigos, do sindicato ou do
partido. Francamente, não há termos de comparação.

Um deputado capitalista pode até fazer proselitismo, afetar
altruísmo, dizer que está a serviço da Nação, mas sem receber nada em
troca, nenhum provento, nenhuma contrapartida monetária. Só que, no
Parlamento, ele vai defender os interesses da cambada detentora de
currais eleitorais que o elegeu e o continuará elegendo.

Por isso, paralelamente ao sufrágio universal, o movimento operário
defendeu que os representantes eleitos deveriam perceber do Estado um
subsídio, uma ajuda de custo, sem o qual eles não se sustentariam,
nem teriam autonomia.

Mesmo quando o Parlamento é próximo da fábrica em que o operário-
deputado trabalha (o que só é possível em países minúsculos), não se
justifica que ele dê dois expedientes: primeiro na fábrica e depois
na assembléia. Ao contrário dele, outros terão tempo livre para se
dedicar integralmente a suas atividade parlamentar, porque vivem de
renda, ou porque são sustentados por terceiros interessados.

Eduardo: EH DINHEIRO DA MESMA NATUREZA, AO MENOS EM PARTE, DESSE QUE
AGORA PAGA AVIAO PRO CABELEIREIRO DA MULÉ DO LULA IR A BRASILIA
PENTEAR O CABELO DELA, COM CARRO CHAPA BRANCA ESPERANDO NO AEROPORTO.
ISSO PEGA MAL SIM.

Manuel: Rapaz, tu tá é com FRESCURA.

Manuel Bulcão



SUBJECT: Que coisa!
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/01/2003 01:34

Gente, acabei de levar um susto daqueles! Vejam só o que está neste
link aqui:

http://www.davinoservidio.hpg.ig.com.br/index.html


Só o título já dá arrepios... imaginem o resto:

*********************************

FRAUDE NA ASTRONOMIA


Rio de Janeiro, janeiro de 1991.



TEORIA SOBRE O MOTIVO PELO QUAL A TERRA NÃO GIRA EM TORNO DO SOL

Eu, Davino Servidio, estou lutando há 43 anos, para tentar provar que
a Terra não gira em torno do Sol, como foi escrito por Copérnico e
que Galileu teria comprovado. Com o conhecimento disto, a humanidade
só contestou no início onde a Igreja se manifestou e com o tempo
todos passaram a aceitar, isto é, acomodaram-se, não querendo mais
saber se o que Copérnico e Galileu diziam era certo ou errado e,
talvez por comodidade assumiram que suas afirmativas eram a expressão
da verdade, razão pela qual, até os dias de hoje, todos somos
ensinados desta forma....

**************************************

Ai, que cruiz!! O pior é que eu fiquei sabendo que essa figura foi
ao Jô, é sério?

Beijos, Lígia







SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Lula testa acupuntura contra a bursite
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/01/2003 02:32

----- Original Message -----
From: "Eduardo Gueron"
Sent: Friday, January 19, 2001 11:39 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Lula testa acupuntura contra a bursite

> Oi Manuel,
> Com que Eduardo vc está falando? Se for comigo, vc está confundindo, eu
> não mandei a mensagem a que se refere e muito pelo contrário...
> Se for com outro (aqui na minha caixa de mensagens não consta outro
> Eduardo da ciencialist) desculpem a nossa falha...

Deve ser o Luiz Eduardo, da msg 20496:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/20496

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ainda existe quimica?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/01/2003 09:22

-----Mensagem Original-----
De: "Joao de Carvalho" :
>Me parece que a física e a química já foram unificadas em um único
corpo de conhecimento. Ainda existe química? <


De verdade em verdade vos digo; isso não é verdade.
Ninguém (des)unificou a química com a física num único corpo de conhecimento. O que os físicos fazem é, vez ou outra, quando se trata de fenômenos baixa energia na periferia da coroa eletrônica, colocarem isso como notas de rodapé, em seus livros, papers, divulgações etc.
Alguém colecionou essas 'notas' e as publicou sob novo título: química. Esse 'novo' ramo, em particular, foi muito usado por Houdini (e outros) quando queria misturar duas coisas transparentes e 'transformar' milagrosamente em algo azul ou vermelho.
Ainda hoje são vendidos 'kits' para os escolares fazerem suas mágicas para os colegas de aula; consta de vários e fálicos tubos de ensaio e vidrinhos contendo líquidos com nomes que lembram as homeopadrinhos. Imaginem só: 'cloreto de sódio', 'padrinhosulfato de cálcio', 'permanganato de potássio' etc.
Ou seja, ou o Brudna envia um solene protesto contra essa poluição anti-científica no ciencialist (lula, psicos, freuderico etc. ou terá que ler amiúde uma descrição altamente divina sobre química.

[]'
deus
{Bendito os pobres de espírito, pois deles será o reino do léo}





SUBJECT: [RN] COMO EMBRIAO SE FIXA A PAREDE DO UTERO
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <alexandre.medeiros@consultmail.net>
TO: "Ciencialist (E-mail)" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/01/2003 10:53

17-01-2003
Cientistas descobrem como embrião se fixa à parede do útero
CNN

WASHINGTON -- Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em
San Francisco, entenderam pela primeira vez como o embrião se
fixa à parede do útero, após estudarem diferentes etapas do
ciclo menstrual.

O estudo combinou a análise de moléculas de carboidratos na
superfície do útero e a identificação de uma proteína chamada
L-selectina, encontrada na superfície do embrião.

A pesquisa pode levar à descoberta de novas formas de tratamento
da infertilidade e a novos tipos de contraceptivos.

A pesquisadora Susan J. Fisher disse que as camadas do útero e
da superfície do embrião agem como peças de um quebra-cabeça,
que se tocam e rapidamente se fecham.

"Uma peça do quebra-cabeça é uma proteína do embrião e a outra
é uma estrutura muito especializada de um carboidrato de açúcar",
disse Fisher.

A molécula de açúcar na superfície do útero é secretada apenas
por um curto período de tempo, durante o ciclo menstrual da mulher,
e o embrião, com sua camada de L-selectina, deve chegar ao útero
durante esse tempo.

"Ela (a camada) tem que se situar em exata sincronia ou a mulher
não engravida", disse Fisher, destacando que a incapacidade de se
implantar no útero é uma das causas mais comuns de concepções
mal-sucedidas.

"Das gestações perdidas, 75 por cento acontecem devido ao insucesso
da implantação", observou.

Novidades

Com essa compreensão da implantação, os pesquisadores podem encontrar
novas formas de ajudar as mulheres em seu esforço para engravidar,
tanto naturalmente quanto por meio de métodos de fertilização.
Fisher disse que talvez seja possível, nas clínicas de fertilização,
cobrir os embriões com a molécula de açúcar que ajuda na adesão ao
útero.

"Se pudermos lançar o processo de implantação em laboratório, então
poderemos ser capazes de implantar menos embriões e ter maior
certeza de uma gravidez bem-sucedida", disse a pesquisadora.

Atualmente, as clínicas de fertilização podem produzir gestações
bem sucedidas em 25 a 40 por cento das vezes. Com um tempo de
implantação mais preciso, baseado na disponibilidade do útero para
aderir ao embrião, essas chances aumentariam, segundo Fisher.

A nova pesquisa também pode ajudar a desenvolver contraceptivos que
não sejam baseados em hormônios, mas sim em formas de impedir a
implantação do embrião.

"Muitas mulheres deixam de usar a pílula devido aos efeitos dos
hormônios. Se tivermos uma droga que vá diretamente até as moléculas
que controlam a adesão, esta seria bem sucedida e teria menos
efeitos colaterais".

A nova droga também ajudaria a controlar o risco de pré-eclampsia,
que é a causa mais comum de morte materna no mundo industrializado.

Fisher disse que a causa fundamental do distúrbio é uma ligeira
ligação da placenta com a parede do útero. Em geral, a placenta
forma uma forte conexão com os vasos sangüíneos profundos do útero,
mas isso não ocorre na pré-eclampsia. A placenta cresce a partir do
útero e do embrião, e é o órgão que fornece nutrição e sangue para
o desenvolvimento do feto. Mas tudo começa com a implantação do
embrião na parede do útero.

"Estamos teorizando que se os estágios iniciais de adesão forem
falhos, então poderiam levar à formação de uma placenta menos
robusta", disse Fisher.

A pré-eclampsia pode causar hipertensão arterial, falência renal,
inchaço, convulsões e a morte.

A Dra. Phyllis Leppert, chefe do setor de ciência reprodutiva do
National Institute of Child Health and Human Development, disse que
a descoberta de Fisher e de sua equipe pode levar a novos tratamentos
fundamentais para a pré-eclampsia e para a principal causa de
infertilidade, a má adesão ao útero após a concepção.
(Com informações da Associated Press)

http://cnn.com.br/2003/saude/01/17/embrioes/index.html


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Que coisa!
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/01/2003 13:21

--- Em ciencialist@y..., "Ligia Amorese" <ligia5555@y...> escreveu

> Ai, que cruiz!! O pior é que eu fiquei sabendo que essa figura foi
> ao Jô, é sério?
>
> Beijos, Lígia

Correto. No mesmo dia o Jô entrevistou também outra figura
que "provava" que o homem nunca fora à lua. Esperar o que? É um
programa de humor...

CZ




SUBJECT: Re: [ciencialist] Que coisa!
FROM: Erich Weick <erich_weick@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/01/2003 15:19


Esse carinha aí não está sozinho, já viu o cara que pode "provar" que o homem nunca foi à Lua?
http://www.showdalua.com
Existem otários para tudo...
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Gente, acabei de levar um susto daqueles! Vejam só o que está neste
link aqui:

http://www.davinoservidio.hpg.ig.com.br/index.html



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SUBJECT: Pesquisadores ingleses acham fórmula da felicidade
FROM: "joao_bonomo" <joao_bonomo@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/01/2003 16:23

Pesquisadores ingleses acham fórmula da felicidade

Se você é feliz e sabe disso, então seu estado é o
resultado de P + 5E + 3A. Dois pesquisadores britânicos
disseram hoje ter achado uma simples equação para
quantificar a felicidade, que poderia resumir em uma
equação o estado emocional de uma pessoa. Depois de
entrevistar mil pessoas, os pesquisadores - uma
psicóloga e um assessor de estilos de vida próprios -
concluíram que a felicidade é igual a P +5E + 3A.
Na equação, P corresponde a Pessoal (características da
visão da vida, adaptação e flexibilidade), E para
Existência (saúde, amizades e estabilidade financeira) e
A representa uma combinação de auto-estima, expectativas
e ambições. A psicóloga Caro Rothwell autora da pesquisa
ao lado de Pete Cohen, pediu aos entrevistados, homens e
mulheres maiores de 18 anos, que elegessem situações que
os fizeram mais felizes ou menos felizes de uma lista de
80 momentos diferentes.
Ao mesmo tempo, formularam uma série de perguntas sobre
sua própria natureza, perspectivas e situações. Não foi
surpreendente a revelação que homens e mulheres
definiram a felicidade de formas diferentes. O clima
quente, a convivência com a família e perder peso é o
que mais influencia na felicidade das mulheres, enquanto
o romance, as relações sexuais, os passatempos, os
hobbies e as vitórias de suas equipes esportivas
favoritas influenciam na felicidade dos homens. "Essa é
a primeira equação que permite às pessoas resumirem seu
estado emocional", explicou Rothwell. "As descobertas
revelam que certos sucessos, como uma promoção no
trabalho, podem ter um impacto positivo na felicidade em
geral".
O estudo foi feito a pedido de uma companhia de
orientação vocacional que desejava saber o que faz as
pessoas felizes.

Reuters





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SUBJECT: Re: O tempo não existe
FROM: "L. B. Holanda" <holanda_lb@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/01/2003 17:01

--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> De vez em quando redescobrem a pólvora...
> Vejam comentário sobre publicação na revista Science & Vie, janvier,
2003: Le temps n' existe pas.
> []s
> José Renato
> ___________________

Olá José Renato,

Gostaria de saber se houve publicação noutra revista (de preferência
em inglês, pois de francês não sei ler nada :o)). Se houver, e você
saber, mande para mim.

Grato,
Leandro.



SUBJECT: Acupuntura
FROM: Álvaro Prieto <alprieto@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/01/2003 23:05

Eu já vi uma cirurgia ser feita na palpebra de um cavalo utilizando
acupuntura para relaxamento total do músculo e analgesia local. Fiquei
bastante impressionado com o resultado. Obviamente é apenas um dado
empírico. O que me levou a pensar na possibilidade de testar a propriedade.

A sensibilidade dolorosa e o relaxamento total do músculo pode ser obtida se
o impulso nervoso for bloqueado, a inserção da agulha e a sua estimulação
regular pode alcançar esse resultado se for introduzida no local correto.

Dependendo da condição anatômica a inserção da agulha no mesmo local deve
produzir sempre o mesmo efeito. É minha impressão de que esta é uma condição
bastante recorrente e a observação dos resultados bastante consistente.
Estes resultados são análogos a se utilizar drogas curaremiméticas ou
analgésicos, eles são eficientes em provocar seus respectivos efeitos:
relaxamento muscular e analgesia.

Por outro lado fico pensando se a introdução da agulha e a estimulação podem
induzir a liberação de algum fator pelo pelo nervo ou por outro conjunto de
células. Tal substância pode produzir efeitos à distância no corpo se
difundido pela corrente sangüinea. Se este for o caso talvez possa ser
testável ligando a circulação venosa de dois animais, aplicar a acupuntura
em um indivíduo e testar a sensibilidade à dor no segundo.

Entretanto, é necessário estar aberto a outras possibilidades já que nem
todo o tipo de comunicação dos tecidos do corpo é realizada por substâncias
liberadas no sangue, mas há também que avaliar aquelas liberadas célula a
célula. Ainda assim esses efetores são passíveis de teste, se forem isolados
devem provocar o efeito observado em um outro indivíduo.

Assim creio que é mais racional testar a hipótese do que ficar discutindo
nossas crenças na eficácia ou ineficácia de determinada prática.

Alprieto



SUBJECT: Fw: Pergunta
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/01/2003 23:55

Aceito sugestões.
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Vitor Henrique
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: segunda-feira, 20 de janeiro de 2003 23:30
Assunto: Pergunta


Sr. Luiz Ferraz


Meu nome é Vitor Henrique, tenho 17 anos e posso dizer que amo o que chamamos de ciência. Adoro o seu site e constantemente utilizo como fonte de pesquisa seja para escola, seja por curiosidade. Eu sou técnico em eletrônica mas no momento estou muito interessado em fisíca quântica e na origem do universo. Após pesquisar e pensar bastante, cheguei a uma questão que talvez seja até meio boba: se o big bang foi uma explosão que deu origem ao universo, o que teria explodido no big bang? Algo que já existia e que não pode ser chamado de universo?

Muito obrigado por manter um site maravilhoso como este no ar!

Abraços

Vitor Henrique Nunciatelli

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Acupuntura
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/01/2003 00:09

Acredito que o cavalo era japonês e, como tal, instinto milenar, propício a acreditar no efeito placebo das agulhas nele espetadas.
A experiência não foi feita com cavalos norte-americanos (pois sairia na Nature et all) e nem em jegues nordestinos (pois teríamos um folclore relativo a isso, tipo --- boi-bumbá-espetado --- ou --- carne de sol furadinha ---).
Muito tendencioso esse efeito cirúrgico.
[]'
Léo (aquele que acha que psicos, lulas, "leis" jurídicas e agulhas espetadas, por se tratarem de pseudociências -- ou pior --, não deveriam aparecer por aqui; infelizmente combatendo quase sozinho!)

PS: Nada pessoal.

======================
-----Mensagem Original-----
De: "Álvaro Prieto" <alprieto@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 20 de janeiro de 2003 23:05
Assunto: [ciencialist] Acupuntura


| Eu já vi uma cirurgia ser feita na palpebra de um cavalo utilizando
| acupuntura para relaxamento total do músculo e analgesia local. Fiquei
| bastante impressionado com o resultado. Obviamente é apenas um dado
| empírico. O que me levou a pensar na possibilidade de testar a propriedade.
|
| A sensibilidade dolorosa e o relaxamento total do músculo pode ser obtida se
| o impulso nervoso for bloqueado, a inserção da agulha e a sua estimulação
| regular pode alcançar esse resultado se for introduzida no local correto.
|
| Dependendo da condição anatômica a inserção da agulha no mesmo local deve
| produzir sempre o mesmo efeito. É minha impressão de que esta é uma condição
| bastante recorrente e a observação dos resultados bastante consistente.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Pergunta
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/01/2003 01:13

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Monday, January 20, 2003 10:55 PM
Subject: [ciencialist] Fw: Pergunta

> Meu nome é Vitor Henrique, tenho 17 anos [...] no momento estou muito
> interessado em fisíca quântica [...]

Pobre coitado! Tão jovem e já tão desencaminhado na vida.

Sugiro que ele leia aquele livro de física dos esquilos, do Hawking. Ele não
vai entender nada, mas isso é pouco importante pois, parafraseando Sokal,
"quanto mais estudamos a teoria quântica menos a entendemos".

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Consideracoes sobre a natureza da luz
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/01/2003 01:55

----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho"
Sent: Monday, January 13, 2003 2:47 PM
Subject: [ciencialist] Consideracoes sobre a natureza da luz

Aos amigos da Ciencialist

Conforme prometido...

> Comunicarei assim que o trabalho for sendo concluído.

... retorno para comunicar que o trabalho já foi concluído e seus oito
capítulos podem ser acessados a partir de
http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/polar00.htm

Vou reproduzir aqui apenas os dois últimos parágrafos:

E interessante observar que embora Dirac afirme inicialmente que a
polarização da luz está intimamente associada a propriedades corpusculares,
e durante toda a exposição da idéia apóie-se na noção de "pacotes"
energéticos chamados fótons, chega a uma conclusão final que somente se
justificaria classicamente se a luz fosse realmente uma "onda
eletromagnética". Mas isso ele não poderia assumir de início, pois essa
idéia de "onda eletromagnética" clássica não passaria pelo crivo da
experimentação, logo toda a sua argumentação se esfacelaria. Tomando os
devidos cuidados, Dirac instituiu uma nova hipótese "ad hoc" que, se por um
lado negava a existência das ondas eletromagnéticas clássicas, por outro
instaurava um novo período histórico para o eletromagnetismo, qual seja, a
era da eletrodinâmica quântica. A aceitarmos essa hipótese, implicitamente
estaremos aceitando a idéia de que na realidade os fótons não estão nem em
um estado, nem no outro, mas, ao prosseguir por seu caminho, submetem-se a
uma lei que não difere muito daquela que controla o resultado do jogo de
dados.

VIII.4 - Conclusão Final
Não é difícil comprovar a beleza do princípio da superposição de estados, e
acredito que não seria difícil conseguir generalizá-lo para todas as áreas
do conhecimento. Mas a essência da "natureza problemática da vitória da
teoria ondulatória" (Einstein e Infeld) não reside na veracidade deste
princípio, e sim na resposta que certamente um dia virá a ser dada ao
seguinte questionamento: Existem os "estados" quânticos de Dirac? Até hoje
ninguém sabe pois, parafraseando Sokal, "quanto mais estudamos a teoria
quântica menos a entendemos".

Os capítulos que faltavam são os seguintes:

VII - A polarização da luz
.....1. A polarização como tema crucial
.....2. A polarização absoluta
.....3. A polarização medial
.....4. Análise da luz polarizada
.....5. O efeito Malus
.....6. A explicação corpuscular do efeito Malus
VIII - O princípio da superposição de estados
.....1. Fótons e corpúsculos de luz
.....2. Suposições diracianas
.....3. Estados de polarização
.....4. Conclusão final

Antecipadamente agradeço comentários, correções, críticas e sugestões.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Acupuntura
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/01/2003 02:17

A acupuntura para cirurgia em animais funciona ainda melhor se a agulha for
previamente mergulhada em anestésico...

[ ]s

Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Terça-feira, 21 de Janeiro de 2003 00:09
Assunto: Re: [ciencialist] Acupuntura


Acredito que o cavalo era japonês e, como tal, instinto milenar, propício a
acreditar no efeito placebo das agulhas nele espetadas.
A experiência não foi feita com cavalos norte-americanos (pois sairia na
Nature et all) e nem em jegues nordestinos (pois teríamos um folclore
relativo a isso, tipo --- boi-bumbá-espetado --- ou --- carne de sol
furadinha ---).
Muito tendencioso esse efeito cirúrgico.
[]'
Léo (aquele que acha que psicos, lulas, "leis" jurídicas e agulhas
espetadas, por se tratarem de pseudociências -- ou pior --, não deveriam
aparecer por aqui; infelizmente combatendo quase sozinho!)

PS: Nada pessoal.

======================
-----Mensagem Original-----
De: "Álvaro Prieto" <alprieto@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 20 de janeiro de 2003 23:05
Assunto: [ciencialist] Acupuntura


| Eu já vi uma cirurgia ser feita na palpebra de um cavalo utilizando
| acupuntura para relaxamento total do músculo e analgesia local. Fiquei
| bastante impressionado com o resultado. Obviamente é apenas um dado
| empírico. O que me levou a pensar na possibilidade de testar a
propriedade.
|
| A sensibilidade dolorosa e o relaxamento total do músculo pode ser obtida
se
| o impulso nervoso for bloqueado, a inserção da agulha e a sua estimulação
| regular pode alcançar esse resultado se for introduzida no local correto.
|
| Dependendo da condição anatômica a inserção da agulha no mesmo local deve
| produzir sempre o mesmo efeito. É minha impressão de que esta é uma
condição
| bastante recorrente e a observação dos resultados bastante consistente.
| Estes resultados são análogos a se utilizar drogas curaremiméticas ou
| analgésicos, eles são eficientes em provocar seus respectivos efeitos:
| relaxamento muscular e analgesia.
|
| Por outro lado fico pensando se a introdução da agulha e a estimulação
podem
| induzir a liberação de algum fator pelo pelo nervo ou por outro conjunto
de
| células. Tal substância pode produzir efeitos à distância no corpo se
| difundido pela corrente sangüinea. Se este for o caso talvez possa ser
| testável ligando a circulação venosa de dois animais, aplicar a
acupuntura
| em um indivíduo e testar a sensibilidade à dor no segundo.
|
| Entretanto, é necessário estar aberto a outras possibilidades já que nem
| todo o tipo de comunicação dos tecidos do corpo é realizada por
substâncias
| liberadas no sangue, mas há também que avaliar aquelas liberadas célula a
| célula. Ainda assim esses efetores são passíveis de teste, se forem
isolados
| devem provocar o efeito observado em um outro indivíduo.
|
| Assim creio que é mais racional testar a hipótese do que ficar discutindo
| nossas crenças na eficácia ou ineficácia de determinada prática.
|
| Alprieto
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Acupuntura
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/01/2003 13:40

De: "Alvaro Augusto de Almeida"
| A acupuntura para cirurgia em animais funciona ainda melhor se a agulha for
| previamente mergulhada em anestésico...

De: "Léo"
Mas isso foi feito, porém separadamente. Veja a frase original do amigo Prieto: " ... cavalo utilizando acupuntura para relaxamento total do músculo e analgesia local."
Ou seja, usaram das agulhas e de analgesia local. Todavia, se a aplicação foi na pálpebra deveria ser um PALPEgesia e não uma ANALgesia! Coitado do cavalo! Acabou levando no 'rabo'!
[]'
Léo {aquele que luta (quase só) pela Ciência no ciencialist}


|
|
| -----Mensagem Original-----
| De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
| Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
| Enviada em: Terça-feira, 21 de Janeiro de 2003 00:09
| Assunto: Re: [ciencialist] Acupuntura
|
|
| Acredito que o cavalo era japonês e, como tal, instinto milenar, propício a
| acreditar no efeito placebo das agulhas nele espetadas.
| A experiência não foi feita com cavalos norte-americanos (pois sairia na
| Nature et all) e nem em jegues nordestinos (pois teríamos um folclore
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| aparecer por aqui; infelizmente combatendo quase sozinho!)
|
| PS: Nada pessoal.
|
| ======================
| -----Mensagem Original-----
| De: "Álvaro Prieto" <alprieto@terra.com.br>
| Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
| Enviada em: segunda-feira, 20 de janeiro de 2003 23:05
| Assunto: [ciencialist] Acupuntura
|
|
| | Eu já vi uma cirurgia ser feita na palpebra de um cavalo utilizando
| | acupuntura para relaxamento total do músculo e analgesia local. Fiquei
| | bastante impressionado com o resultado.
...............................


SUBJECT: RE: Acupuntura
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <Alexandre.Medeiros@Consultmail.net>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/01/2003 15:37

> From: Luiz Ferraz Netto

> Mas isso foi feito, porém separadamente. Veja a frase
> original do amigo Prieto: " ... cavalo utilizando acupuntura
> para relaxamento total do músculo e analgesia local."
> Ou seja, usaram das agulhas e de analgesia local.

É uma frase com duplo sentido, que também leva a entender
que a acupuntura serviu para: a) relaxamento muscular, E;
b) analgesia local.

Bem, nem me preocupo muito com a veracidade do alegado
e até acho que seja verdade, uma vez que, parece SIM, que
a acupuntura esteja associada a analgesia. (A controvérsia
surge por causa do efeito placebo e da incapacidade de se
falsear uma experiência controlada.)

O que acho picaretagem é a alegação de que acupuntura serve
para tudo: da famigerada unha encrava ao tratamento de
câncer, uma panecéia desvairada. Outra alegação esdrúxula
e aquela que tentar explicar seu mecanismo de ação baseado
em 'energias', 'meridianos' e sabe-se lá o quê mais...

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Humor na ciencia (atualizado)
FROM: "brudna" <luisbrudna@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/01/2003 20:54

Pra quem esqueceu de visitar...

as novidades estao no link
http://www.humornaciencia.hpg.ig.com.br/novo.htm

Tambem tem o blog
http://www.humornaciencia.hpg.ig.com.br/blog/index.htm

Ateh
Luis Brudna




SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Pergunta
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/01/2003 21:40


>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: [ciencialist] Fw: Pergunta
>Date: Mon, 20 Jan 2003 23:55:12 -0200
>
>Aceito sugestões.
Vitor Henrique, 17 anos:
<<Após pesquisar e pensar bastante, cheguei a uma questão que talvez seja
até meio boba: se o big bang foi uma explosão que deu origem ao universo, o
que teria explodido no big bang? Algo que já existia e que não pode ser
chamado de universo?>>

Caro Luiz,

Seja lá o que você responder a esse garoto, é importante sempre
estimulá-lo e ter a consciência de que a maioria da população,
velha ou jovem, sequer imagina algum questionamento do gênero.
Eu discordo do Alberto Mesquita e acho a observação dele
potencialmente negativa, apesar de ser apenas divertida entre
nós. Não se trata de um rapaz equivocado já tão jovem, mas
apenas de alguém que já começa a pensar com sua própria cabeça,
e que tomou a atitude louvável de fazer uma pergunta
espontânea e nada trivial! Aliás, não existe pessoa mais interessada
na física quântica do que o Alberto, é ou não é?

Minha sugestão de resposta:

Essa explosão que você diz não tem o mesmo sentido que a explosão
do Big Bang, que é diferente das explosões usuais que sempre
imaginamos, onde há comburente, combustível e produtos finais.
A explosão em si, que teria dado origem ao universo, é um
acontecimento abstrato que é inacessível a qualquer teoria física.
É alguma coisa que não se sabe descrever. A partir desse instante
tudo foi criado, incluindo matéria, espaço e tempo. Desse modo,
o termo "antes do Big bang" não faz sentido físico, já que o próprio
tempo não existia. Pouco depois desse momento singular, o universo
já se torna inteligível e um objeto válido de investigação física.

Abraços,

Guilherme






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MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: Re: Que coisa!
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/01/2003 22:15

--- Erich Weick escreveu
>
> Esse carinha aí não está sozinho, já viu o cara que pode "provar"
que o homem nunca foi à Lua?
> http://www.showdalua.com
> Existem otários para tudo...
> =================================================

--- Carlos Zardini escreveu

> Correto. No mesmo dia o Jô entrevistou também outra figura
> que "provava" que o homem nunca fora à lua. Esperar o que? É um
> programa de humor...

======================

Antes de mais nada, obrigada aos dois por terem respondido!

Agora, vamos falar sério: o que é que tem permitido que pessoas
assim, comuns, sem bases científicas, afirmem disparates desse tipo?
E que ainda por cima ganhem alguma "notoriedade"? Eu fico triste de
ouvir falar em gente que pense dessa forma, mesmo que seja em
programa de humor. Isso dá mostras de que ou o programa de ensino é
falho no que diz respeito à divulgação da ciência, ou as pessoas não
entendem ciência porque a divulgação científica é falha... :)

O que poderia ser feito para melhorar isso? Não adianta criar mais
sites, ou mais revistas de informação. Precisa que estes meios de
divulgação atinjam realmente a população, desde o mais humilde ao
mais letrado. A ignorância não existe só por causa de quem não quer
entender alguma coisa. Ela existe acima de tudo pelo fato de quem
entende não saber explicar... ou até que explicar mas de maneira
difícil e inacessível.

Está bem que a fé em Deus e as religiões colaboram com o entrave no
ensino de muita coisa, até mesmo impedindo que o conhecimento saia da
escola e atinja os lares dos estudantes por puro preconceito dos
pais, ou tutores. Mas tem que haver um meio de levar o conhecimento
para mais gente, de permitir que mais pessoas percebam a realidade de
forma menos "sonhadora', menos "paranóica", não? O que acham?

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Pergunta
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/01/2003 23:35

----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto"
Sent: Tuesday, January 21, 2003 8:40 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Pergunta

> Eu discordo do Alberto Mesquita e acho a observação dele
> potencialmente negativa, apesar de ser apenas divertida entre
> nós.

Mas eu respondi entre nós, e até mesmo os novatos em termos de Ciencialist
têm como me questionar. Por outro lado, conheço o Léo há cerca de 5 anos e
conheço o magnífico trabalho que ele tem feito com os jovens há várias
décadas. Ele sabe exatamente o que deve ou não deve ser repetido a um jovem
como este e acredito que aqui na Ciencialist não exista autoridade maior no
assunto do que o Léo. Se ele achar que a brincadeira ou gozação pode ser
passada em frente, quem aqui tem os anos de janela que ele tem para
contestá-lo? Do contrário espero que ele dê algumas risadas e envie minha
mensagem para a lixeira. Por outro lado, não existem manifestações
negativas, existem receptores de mensagens que gostam de colocar um
sinalzinho de menos na frente de qualquer proposta, seja ela séria, seja ela
cômica, e não há nada de mais sério do que a comicidade. Que preconceito é
esse? Você parece ter oitenta anos de idade! Pô, eu já estou com sessenta,
milito na área de educação superior há cerca de 30 anos e não sou tão
retrógrado assim. Meu professor de física do secundário (anos 50) ainda
vive, deve estar beirando os oitenta, e nunca pensou desse jeito! Sempre foi
um gozador e nem por isso deixou de ser um dos melhores professores de
física do país.

> Aliás, não existe pessoa mais interessada
> na física quântica do que o Alberto, é ou não é?

Saravá, mermão. Toc-toc-toc, mangalô pé de pato treis veis. Viche! ;-))
Eu tô tão interessado na quântica quanto o Léo no roquinrol. ;-))

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: A Loucura no Diva - Pax!
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/01/2003 07:55

--- Em ciencialist@y..., "Marco A. Andrade" <clave@s...> escreveu

>Agora que estamos de volta ao diálogo fico muito satisfeito.


Marco Aurelio,

Parte de meu silêncio atual deveu-se a que estive de férias até ontem. Por =
isso não lhe respondi antes, agradecendo as palavras elogiosas e o incentivo=
para continuar na busca do aperfeiçoamento pessoal. Mas agora, de volta, po=
sso dizer: valeu!

Um grande abraço,

Vizzoni



SUBJECT: off-topic - utilid. pública.
FROM: "silvio cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: "Hercilia Rosa" <blue-gardenia@uol.com.br>, GUARDIÃO <GuardiaodaNoite@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Acrópolis <acropolis@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/01/2003 10:44

VOCÊ SABIA?

Que já é possível a consulta a todos os documentos de habilitação e de
cadastro de veículos registrados no país (Renach e Renavam) através do
DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito?
http://www.govfacil.com.br/?go=6981

Que o site do Ministério da Justiça disponibiliza um serviço On-Line de
consulta ao Cadastro de Cartórios do Brasil?
http://www.govfacil.com.br/?go=5942



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: [ciencialist] Fw: Pergunta
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/01/2003 14:17

Guilherme escreveu:
[ A explosão em si, que teria dado origem ao universo, é um acontecimento abstrato que é inacessível a qualquer teoria física. É alguma coisa que não se sabe descrever. A partir desse instante tudo foi criado, incluindo matéria, espaço e tempo. Desse modo, o termo "antes do Big bang" não faz sentido físico, já que o próprio tempo não existia. Pouco depois desse momento singular, o universo já se torna inteligível e um objeto válido de investigação física.]

José Renato escreve:
Caro Guilherme, estranho que o acontecimento abstrato e inacessível a qualquer teoria física, mencionado na primeira frase acima, seja descrito, logo em seguida, como um momento singular onde não existia tempo... Sua sugestão de resposta está me parecendo mais com um "dogma científico" ditado por alguma autoridade mundialmente reconhecida.
Parabéns ao estudante Luiz Ferraz Neto pela pergunta básica de estudiosos das ciências naturais!

Abraços.

José Renato
__________________________

----- Original Message -----
From: Guilherme Peixoto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, January 21, 2003 9:40 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Pergunta



>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: [ciencialist] Fw: Pergunta
>Date: Mon, 20 Jan 2003 23:55:12 -0200
>
>Aceito sugestões.
Vitor Henrique, 17 anos:
<<Após pesquisar e pensar bastante, cheguei a uma questão que talvez seja
até meio boba: se o big bang foi uma explosão que deu origem ao universo, o
que teria explodido no big bang? Algo que já existia e que não pode ser
chamado de universo?>>

Caro Luiz,

Seja lá o que você responder a esse garoto, é importante sempre
estimulá-lo e ter a consciência de que a maioria da população,
velha ou jovem, sequer imagina algum questionamento do gênero.
Eu discordo do Alberto Mesquita e acho a observação dele
potencialmente negativa, apesar de ser apenas divertida entre
nós. Não se trata de um rapaz equivocado já tão jovem, mas
apenas de alguém que já começa a pensar com sua própria cabeça,
e que tomou a atitude louvável de fazer uma pergunta
espontânea e nada trivial! Aliás, não existe pessoa mais interessada
na física quântica do que o Alberto, é ou não é?

Minha sugestão de resposta:

Essa explosão que você diz não tem o mesmo sentido que a explosão
do Big Bang, que é diferente das explosões usuais que sempre
imaginamos, onde há comburente, combustível e produtos finais.
A explosão em si, que teria dado origem ao universo, é um
acontecimento abstrato que é inacessível a qualquer teoria física.
É alguma coisa que não se sabe descrever. A partir desse instante
tudo foi criado, incluindo matéria, espaço e tempo. Desse modo,
o termo "antes do Big bang" não faz sentido físico, já que o próprio
tempo não existia. Pouco depois desse momento singular, o universo
já se torna inteligível e um objeto válido de investigação física.

Abraços,

Guilherme


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fórum Social Mundial 2003
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/01/2003 14:24

Olá!
Vejam artigo com minha contribuição ao Fórum Social Mundial 2003, no item referente à Educação.

Abraços.

José Renato
_________________________________

Existirá um conhecimento específico para ser feliz? Como obter e manter a felicidade? De algum modo, essa proposta nos fez calar e, o melhor, nos fez pensar.

Viveremos o dia em que será incluída no currículo educacional básico a disciplina: noções de felicidade? Lembro aqui o diálogo entreouvido por Nietzsche: "Seria loucura talvez, pretender algo assim? Mas tudo que é grande talvez tenha sido loucura no início!"

____________________________

A ciência da felicidade

José Renato M. de Almeida



Sem qualquer dúvida, a humanidade nunca esteve tão bem estruturada em tecnologia, poder e ciência. Desde cedo aprendemos a ler, escrever, contar e um mundo de outras coisas, que os atuais meios de comunicação instantânea permitem. O volume de conhecimento, de tão vasto, impõe especializações no ensino dos artífices e profissionais. O conhecimento geral de Linguagem, Gramática, Aritmética, Matemática, Física, Química, Biologia, História e Geografia, já não é suficiente para tornar uma pessoa apta a desenvolver uma atividade. A relação de disciplinas para o aprendizado fundamental do discípulo-cidadão na Grécia Antiga - Linguagens (prosa, oratória, dialética, poesia, teatro...), Matemática, Ginástica-Jogos, Música e Ciências Naturais - se expandiu e muitas outras matérias são incluídas, até hoje, no currículo das escolas, colégios e faculdades. Surge então, de repente, a pergunta quase esquecida: para que servem as ciências? "Ora!" - dirá o poeta distraído a contar estrelas - "Elas servem para o ser humano construir sua felicidade!"



Pelo visto, pode-se concluir que ser feliz é apenas um detalhe, sem aparentemente muita importância. A ênfase educacional é dada às disciplinas e às ciências que ensinam nossos filhos a ser um elemento produtivo, um agente da produção, enlevado pela promessa de tornar-se uma pessoa de sucesso, em resumo: rico.

No fim do ano de 2002, foi aprovada pela Comissão de Educação do Senado a inclusão da disciplina noções de cidadania no currículo escolar(1). No início deste ano, foi tornado obrigatório o ensino da história da África e da cultura afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares.(2)

Um amigo, afeito a questões que passam despercebidas ou preferimos esquecer, acredita que ainda está faltando uma importante matéria no ensino fundamental e propôs que seja incluída no currículo educacional uma disciplina que ensine às nossas crianças e jovens a ciência da felicidade.



Existirá um conhecimento específico para ser feliz? Como obter e manter a felicidade? De algum modo, a proposta dele nos fez calar e, o melhor, nos fez pensar. Viveremos o dia em que será incluída no currículo educacional básico a disciplina: noções de felicidade? Ruborizamos ao parecer ridículos. Lembro aqui o diálogo entreouvido por Nietzsche: "Seria loucura talvez, pretender algo assim? Mas tudo que é grande talvez tenha sido loucura no início!"(3)



Creio que a Ciência da Felicidade vem sendo pesquisada e desenvolvida há muito tempo, mas, como requer um mínimo de visão, sabedoria e lucidez, continuamos como os nossos 'primos' macacos a obtê-la sem abrir a mão. E, assim, ficamos prisioneiros com a mão enfiada na cumbuca da existência, de onde tentamos tirar a própria felicidade... A qualquer custo.

O desafio de definir conhecimentos e regras para viver feliz lembra, de certo modo, o enigma da Esfinge: decifra-me ou... permanecerás infeliz. Poderemos todos ser instruídos na sabedoria edipiana rumo às Tebas modernas?

Diversas filosofias, códigos e religiões continuam tentando implantar costumes numa comunidade onde todos vivam a arte de ser feliz. Falham, quando seus seguidores percebem, que as regras básicas ditadas não são seguidas nem por seus próprios arautos.



Talvez a forma de alcançar a felicidade seja o maior obstáculo, visto ser ela "perseguida" pelos viventes. Qualquer um ao ser perseguido sente-se acuado e foge. Geralmente, queremos retê-la para sempre em nós, em vez de simplesmente desfrutá-la. É como tentar pegar no ar bolhas coloridas de sabão ou aprisionar o canto dos pássaros em gaiolas. A felicidade, nesses casos, não se realiza. Ficamos frustrados sem saber porque.



Outros valores são importantes nessa busca e requerem preparação. Eles são estruturados no seio da família, onde o infante obtém suas primeiras referências. É o fundamento. O resto é, em grande parte, conseqüência desse primeiro aprendizado.

Em pesquisa da Unicef, em 2002, os jovens elegeram a família o ponto de apoio fundamental na educação e na formação dos seus valores pessoais e sociais. Isso me parece significativo, pois há em contrapartida, uma enxurrada difícil de ser contida, por parte das mídias onde a felicidade é oferecida ao jovem consumidor sob vários e sedutores artifícios, antes mesmo dele aprender a falar e desenvolver um melhor entendimento.

Felicidade é o orgasmo transmitido sob gemidos e mão crispadas nos lençóis na telinha do faz-de-conta... É sair do shopping carregando sacolas de grifes famosas. Não é só usar uma roupa bonita e elegante em que me sinto confortável! Ela se realiza no ato de comprar, mostrar aos outros o meu poder de compra e não no usufruto do que adquiri. Felicidade é tirar vantagem em tudo, certo? É parecer que é, em vez de ser.

Parece-me que a felicidade, hoje, é aquela que os marqueteiros dizem ser, durante as 25 horas do dia.



Na prática, observo nas pessoas que parecem viver a felicidade, uma agradável mistura de paz, confiança, tranqüilidade, disposição, integridade, percepção e atenção à realidade... e, curiosamente, todas elas parecem dispor de todo o tempo do mundo! O que será que elas fazem para alcançar aquilo que imagino que só bastante dinheiro pode me dar?

As crianças - quando se sentem em ambiente seguro - transmitem essas "qualidades" ao serem simplesmente felizes. Suas preocupação e realizações são imediatas, logo desfrutadas. Um pouco diferente da elaborada felicidade, programada por nós, hoje, menos crianças. Serei feliz quando: me formar, me empregar, comprar um apartamento, um carro, ter aumento de salário, casar, separar, ter um filho, os filhos crescerem, tornarem-se independentes, me aposentar, ganhar a megasena acumulada (sozinho, claro) e outras pendências que me imponho a cada época.



Seria importante, inicialmente, definir quando estamos felizes, ou melhor, quando nos percebemos e nos consideramos felizes. E, finalmente, tentar definir essa tal felicidade, geralmente só percebida depois que não a temos mais, resumida na frase: "éramos felizes e não sabíamos".

Cada um apresentará sinais e valores próprios de um estado de felicidade. Muitas coincidências ocorrerão. Uma que certamente estará em todas elas já foi dita por Tom Jobim em Wave, de forma tão banal que às vezes é confundida com filosofia barata: "é impossível ser feliz sozinho". No verso anterior Tom considera que "fundamental é mesmo o amor".

E o que é o amor?



É, precisamos aprender também sobre essas coisas importantes para a realização do ser humano, esquecidas por algum motivo que talvez Freud explique! A inclusão, nos currículos educacionais, de matérias que ensinem a ciência da felicidade não terá maiores resultados em nossa formação, mas sim: na dos nossos filhos, na dos filhos dos nossos filhos...







Referências:

1.. A TARDE de 03.12.2002, sob o título: Mudança na Lei de Diretrizes e Bases da Educação-LDB.
2.. Lei n° 10.639, sancionada pelo presidente da República no dia 09.01.2003, altera a Lei n°. 9.394, de 20.12.1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, que passa a vigorar acrescida dos artigos n°s. 26-A e 79-B.
3.. Nietzsche, Friedrich - Além do Bem e do Mal - Prelúdio a uma Filosofia do Futuro, capítulo oitavo: Povos e Pátrias, n° 241 pág.149 - Cia. das Letras.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Fw: Pergunta
FROM: "joao_bonomo" <joao_bonomo@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/01/2003 15:23

Meu caro jovem:
big-bang é "tipo assim": buraco negro, dobra no espaço-
tempo, papai noel, sereias, saci-pererê, big-foot...

[]s
João R. Bonomo


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SUBJECT: ok, eu me rendo
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/01/2003 18:31


>Manuel: Rapaz, tu tá é com FRESCURA.
>
>Manuel Bulcão



Frente a um argumento assim tão científico, eu me rendo.
L.E.



SUBJECT: [ciencialist] Fw: Pergunta/correção
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/01/2003 18:44

Guilherme escreveu:
[ A explosão em si, que teria dado origem ao universo, é um acontecimento abstrato que é inacessível a qualquer teoria física. É alguma coisa que não se sabe descrever. A partir desse instante tudo foi criado, incluindo matéria, espaço e tempo. Desse modo, o termo "antes do Big bang" não faz sentido físico, já que o próprio tempo não existia. Pouco depois desse momento singular, o universo já se torna inteligível e um objeto válido de investigação física.]

José Renato escreve:
Caro Guilherme, estranho que o acontecimento abstrato e inacessível a qualquer teoria física, mencionado na primeira frase acima, seja descrito, logo em seguida, como um momento singular onde não existia tempo... Sua sugestão de resposta está me parecendo mais com um "dogma científico" ditado por alguma autoridade mundialmente reconhecida.
Parabéns ao estudante Vitor Henrique Nunciatelli pela pergunta básica de estudiosos das ciências naturais!

Abraços.

José Renato
__________________________

----- Original Message -----
From: Guilherme Peixoto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, January 21, 2003 9:40 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Pergunta



>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: [ciencialist] Fw: Pergunta
>Date: Mon, 20 Jan 2003 23:55:12 -0200
>
>Aceito sugestões.
Vitor Henrique, 17 anos:
<<Após pesquisar e pensar bastante, cheguei a uma questão que talvez seja
até meio boba: se o big bang foi uma explosão que deu origem ao universo, o
que teria explodido no big bang? Algo que já existia e que não pode ser
chamado de universo?>>

Caro Luiz,

Seja lá o que você responder a esse garoto, é importante sempre
estimulá-lo e ter a consciência de que a maioria da população,
velha ou jovem, sequer imagina algum questionamento do gênero.
Eu discordo do Alberto Mesquita e acho a observação dele
potencialmente negativa, apesar de ser apenas divertida entre
nós. Não se trata de um rapaz equivocado já tão jovem, mas
apenas de alguém que já começa a pensar com sua própria cabeça,
e que tomou a atitude louvável de fazer uma pergunta
espontânea e nada trivial! Aliás, não existe pessoa mais interessada
na física quântica do que o Alberto, é ou não é?

Minha sugestão de resposta:

Essa explosão que você diz não tem o mesmo sentido que a explosão
do Big Bang, que é diferente das explosões usuais que sempre
imaginamos, onde há comburente, combustível e produtos finais.
A explosão em si, que teria dado origem ao universo, é um
acontecimento abstrato que é inacessível a qualquer teoria física.
É alguma coisa que não se sabe descrever. A partir desse instante
tudo foi criado, incluindo matéria, espaço e tempo. Desse modo,
o termo "antes do Big bang" não faz sentido físico, já que o próprio
tempo não existia. Pouco depois desse momento singular, o universo
já se torna inteligível e um objeto válido de investigação física.

Abraços,

Guilherme


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Pergunta
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/01/2003 21:06


>From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Fw: Pergunta
>Date: Tue, 21 Jan 2003 22:35:56 -0300
>
>Mas eu respondi entre nós, e até mesmo os novatos em termos de Ciencialist
>têm como me questionar. Por outro lado, conheço o Léo há cerca de 5 anos e
>conheço o magnífico trabalho que ele tem feito com os jovens há várias
>décadas. Ele sabe exatamente o que deve ou não deve ser repetido a um jovem
>como este e acredito que aqui na Ciencialist não exista autoridade maior no
>assunto do que o Léo. Se ele achar que a brincadeira ou gozação pode ser
>passada em frente, quem aqui tem os anos de janela que ele tem para
>contestá-lo?

Sem dúvida Alberto, você tem toda razão.


>Por outro lado, não existem manifestações
>negativas, existem receptores de mensagens que gostam de colocar um
>sinalzinho de menos na frente de qualquer proposta, seja ela séria, seja
>ela
>cômica, e não há nada de mais sério do que a comicidade. Que preconceito é
>esse?

Epa aí eu discordo... Seu comentário, se fosse dirigido ao rapaz,
teria um efeito ruim, pois ele não teria os meios de compreendê-lo,
absolutamente. Estou longe de me opor à gozação em geral!

>Você parece ter oitenta anos de idade! Pô, eu já estou com sessenta,
>milito na área de educação superior há cerca de 30 anos e não sou tão
>retrógrado assim.

Eu oitenta anos e retrógrado? Desempregado, idealista e com 31 anos,
acho difícil! E ainda sou meio pancada da cuca: vivendo de bolsa,
resolvi fazer um vestibular para uma faculdade privada da cidade
(licenciatura em matemática).

Abraços,

Guilherme

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Pergunta
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/01/2003 21:15


>From: José Renato <jrma@terra.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: [ciencialist] Fw: Pergunta
>Date: Wed, 22 Jan 2003 14:17:42 -0200
>
>Guilherme escreveu:
>[ A explosão em si, que teria dado origem ao universo, é um acontecimento
>abstrato que é inacessível a qualquer teoria física. É alguma coisa que não
>se sabe descrever. A partir desse instante tudo foi criado, incluindo
>matéria, espaço e tempo. Desse modo, o termo "antes do Big bang" não faz
>sentido físico, já que o próprio tempo não existia. Pouco depois desse
>momento singular, o universo já se torna inteligível e um objeto válido de
>investigação física.]
>
>José Renato escreve:
>Caro Guilherme, estranho que o acontecimento abstrato e inacessível a
>qualquer teoria física, mencionado na primeira frase acima, seja descrito,
>logo em seguida, como um momento singular onde não existia tempo... Sua
>sugestão de resposta está me parecendo mais com um "dogma científico"
>ditado por alguma autoridade mundialmente reconhecida.
>Parabéns ao estudante Luiz Ferraz Neto pela pergunta básica de estudiosos
>das ciências naturais!

Caro José Renato,

Eu não disse que nesse momento singular não existia tempo, mas
que o tempo passou a existir nesse instante, compreende?

Abraços,

Guilherme



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MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: Matemágica - Gathering for Gardner
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/01/2003 22:25

Do blog

<<<
Matemágica - Gathering for Gardner
Infelizmente no Brasil é meio difícil encontrar matemágica facilmente
acessível, há tempos havia a coluna do Luiz Barco na
Superinteressante, mas ela inexplicavelmente acabou com a famigerada
reforma editorial por que a revista passou há alguns anos. Para os
meio-órfãos, uma ótima notícia: há um e-book com mais de 200 páginas
composto de diversos enigmas, quebra-cabeças e curiosidades em torno
da matemática, todos em honra ao grande matemágico, Martin Gardner.
O livro é a parte pública da Gathering for Gardner, e pode ser
baixado no formato PDF:
The Mathmagician and the Pied Puzzler
http://www.g4g4.com/contentsmmpp.html
O livro está em inglês, seu único defeito. Em português, um site bom
que encontrei é o matemática.com.prazer.
http://www.geocities.com/matematicacomprazer/
>>>

MK



SUBJECT: Ainda Acupuntura
FROM: Álvaro Prieto <alprieto@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/01/2003 22:41

Ainda sobre a acupuntura
É lamentável que falte comprementimento científico em pessoas inteligentes
se um fenómeno é testável é mais questão de pôr mãos à obra,éste é meu
ponto.
Esclarecendo minha frase em qualquer operação cirúrgica são desejáveis dois
efeitos: 1) relaxamento muscular, alcançável pelo bloqueio de receptores
colinérgicos 2) analgesia, alcançável por uso de drogas anestésicas.
O efeito 1 é necessário para que não ocorra contração muscular durante o
procedimento nem movimento involuntário. O fato do músculo estar paralisado
não significa que não exista sensibilidade dolorosa, por conseguinte em
qualquer cirurgia curaremiméticos são associados a anestésicos, razão de se
fazer necessário o efeito 2. Inclusive na anestesia geral é necessário o
bloqueio dos músculos intercostais e do diafragma para que seja possível o
uso de respirador artificial.
Portanto, se segundo o alegado a acupuntura em determinados casos tem o
efeito descrito seria interessante descobrir o porquê. Qual a razão causal.
Por isso acho relevante a posição do Alexandre Medeiros uma vez que é
opinião dos crentes que acupuntura é uma teoria geral da medicina quando
pode muito bem ser que seja um caso restrito e segundo que o embasamento
teórico dos que advogam seu uso e sua aplicabilidade geral e "mecanismo"
fica restrito a uma teoria vitalista arcaíca e pseudocientífica. O que para
mim me faz ver com maus olhos o que se diz sobre acupuntura e homeopatia ou
correlatos, mas que não me inibe de pensar se existe a possibilidade de
testar.
A. Prieto



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Pergunta
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/01/2003 23:33

----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto"
Sent: Wednesday, January 22, 2003 8:06 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Pergunta

> >Por outro lado, não existem manifestações
> >negativas, existem receptores de mensagens que gostam de colocar um
> >sinalzinho de menos na frente de qualquer proposta, seja ela séria, seja
> >ela cômica, e não há nada de mais sério do que a comicidade. Que
> >preconceito é esse?

> Epa aí eu discordo... Seu comentário, se fosse dirigido ao rapaz,
> teria um efeito ruim, pois ele não teria os meios de compreendê-lo,
> absolutamente.

Mas nesse caso não seria comédia e sim tragicomédia. Um assunto sério,
colocado sob a forma de piada, exige uma platéia em condições de entender a
brincadeira. Do contrário eu concordo contigo, e foi por isso que deixei a
piada nas mãos do Léo e dos demais ciencialisteiros, pois esses me conhecem
e/ou podem me questionar.

> Estou longe de me opor à gozação em geral!

Então não há divergências sérias entre nós. A não ser com respeito à
quântica, mas... Quântica é coisa séria? ;-))

> Eu oitenta anos e retrógrado?

Bem, não era para levar tão a sério essa piada. Estamos numa lista entre
net-amigos e aqui já fui até chamado de imbecil e acabei concordando. Mesmo
porque, se eu não concordar esses caras não saem do meu pé. ;-) Por outro
lado, você andou dizendo que eu sou interessado em física quântica, e isso
não é coisa que se fique espalhando por aí, mesmo que fosse verdade. Cruis,
credo! Eu, heim! ;-))

> Desempregado, idealista e com 31 anos, acho difícil!

Tá na flor da idade. Com uma idade próxima a essa Newton, Einstein e Bohr
revolucionaram a ciência de seu tempo. É só não dar ouvidos aos velhos
carcomidos que já deram o que tinham o que dar. Newton, por exemplo, teve a
sorte de se liberar da universidade por mais de um ano, devido a peste negra
(1666); Einstein foi praticamente alijado da universidade que cursou, e foi
trabalhar num departamento de patentes; e o Bohr foi passear, creio que nos
EUA, para assistir as brincadeiras do Rutherford com bolinhas elementares.
Sem dúvida, todos eles cursaram excelentes universidades, e isso foi
fundamental para seus trabalhos, mas somente conseguiram produzir de fato
porque estavam com as mentes liberadas do aprisionamento que a universidade
paradoxalmente provoca em seus membros (isso chega a ser bem discutido pelo
Thomas Kuhn, se bem que o Kuhn aceite isso com a maior naturalidade).

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Alguma verdade nisso?!
FROM: "Mauro Pennafort" <mpennafort@ieg.com.br>
TO: "Lista SBCR" <sbcr@yahoogrupos.com.br>, "Lista Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/01/2003 00:40

Físico brasileiro pode ter
descoberto os segredos da gravidade

Uma nota divulgada pelo Centro de Estudos de Inteligência Extraterrestre
(Cseti), uma organização ligada à Universidade de Berkeley, EUA, lançou pelo
mundo uma notícia tão bombástica que os meios científicos ficaram em estado
de choque por vários dias.

Segundo a nota do Cseti, assinada pelo seu próprio diretor, Tony Craddock, o
prof. Fran de Aquino, da Universidade Estadual do Maranhão, conseguiu, numa
série de estudos teóricos, mostrar como produzir anti-gravidade e teria
demonstrado com sucesso os resultados em laboratório com a construção de um
aparelho anti-gravitacional. A nota diz que, em dois estudos divulgados em
julho, ele mostra como construir um motor de 215 HP movido exclusivamente
pela gravidade.

Ainda segundo a nota, o prof. Fran de Aquino afirma ter lançado as bases
teóricas para a unificação das forças gravitacional e eletromagnética,
objetivo frustrado de Albert Einstein.

O professor Fran de Aquino afirma que seus estudos foram lidos por 36
cientistas de todo o mundo que o avalizaram, afirmando que tudo está
rigorosamente correto. Entre eles, segundo o prof. Fran de Aquino, está um
ganhador de Prêmio Nobel.

Os estudos estão arquivados, segundo o professor maranhense, no site do
Laboratório Nacional de Los Alamos (http://www.arxiv.org). Ele teria
recebido um prêmio de 600 mil dólares do Departamento de Energia dos Estados
Unidos que pretende validar seu trabalho. Os estudos, assim como o projeto
do motor gravitacional, podem ser encontrados no website do Cseti
(http://www.cseti.org).

Em um dos trechos de seus estudos, o prof. Fran de Aquino afirma que "...
podemos concluir facilmente que as forças gravitacionais podem ser
reduzidas, anuladas e invertidas através da radiação eletromagnética".

Podkletnov

Em 1996, trabalhando nos estudos de supercondutores de alta condutividade em
baixíssimas temperaturas, o cientista russo Eugene Podkletnov descobriu por
acaso um mecanismo que conseguia praticamente anular a força gravitacional.
Sua descoberta passou a ser conhecida como Efeito Podkletnov-Tampere (vide
"Livro das Revelações", Eduardo Castor Borgonovi, Negócio Editora, SP, 99).

Sua descoberta recebeu uma reação de descrença quando foi anunciada. Hoje,
entretanto, é estudada seriamente na grande maioria dos laboratórios do
mundo. A própria Nasa desenvolve uma tentativa de criar um mecanismo
antigravitacional baseado no princípio de Podkletnov. Os estudos estão sendo
feitos no Centro Espacial Marshall, em Huntsville, Alabama. De caráter
sigiloso, o projeto de construção do mecanismo antigravitacional recebeu o
nome em código de Projeto Delta-G.

Trânsito no espaço

O que um aparelho dessa natureza pode representar para o mundo é tão
revolucionário e grande que mal podemos imaginar. Tudo seria mudado no
planeta. Veículos antigravitacionais, por exemplo, poderiam trafegar no
espaço acima do solo, usando energias mais baratas e menos poluentes que as
atuais. A construção civil poderia empregar o mecanismo para carregar
imensos blocos, dispensando os guindastes.

Rios e alimentos poderiam facilmente ser mudados de lugar, combatendo a seca
e a fome em várias regiões do planeta. E a conquista espacial ganharia um
novo impulso, aí o grande interesse da Nasa. Hoje, a maior parte do
combustível carregado por uma nave é utilizada na geração de força para
escapar da força gravitacional terrestre.

Com um canhão antigravitacional, naves menores poderiam viajar muito mais
facilmente, em maior velocidade, a distâncias maiores. Além disso, como
prega a moderna ufologia, um motor gravitacional poderia levar a uma
revolução na navegação espacial só imaginada até hoje na ficção científica.
E na ufologia, verdade seja dita, onde abundam trabalhos e depoimentos sobre
os possíveis mecanismos de propulsão gravitacional dos óvnis.

Agora, o mundo científico, que costuma sempre ser muito recatado a respeito
de descobertas bombásticas como essas, tem à sua disposição, além do Efeito
Podkletnov, os estudos do professor brasileiro Fran de Aquino.

Fonte: Eduardo Castor Borgonovi, da Agência Estado



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Pergunta
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/01/2003 00:57

Olá pessoal,

agradeço os comentários (as divagações e brincadeiras) sobre a pergunta do Vitor. Como a pergunta não é isolada (já recebi várias girando ao redor do tema) procurei apresentar uma resposta 'sui generis', talvez para fugir à resposta concisa mas, e isso é o que mais me interessa, dar mais 'panos prá manga' para os jovens sem viseiras escolares. Apreciaria comentário, inserções e deleções, antes de enviar a 'resposta final'.
Carroças de agradecimentos,
[]'
Léo
============================

Olá Vitor,
Inicio destacando sua pergunta: "se o big bang foi uma explosão que deu origem ao universo, o que teria explodido no big bang? Algo que já existia e que não pode ser chamado de universo?"
e, a seguir, receba meus cumprimentos por dedicar alguns momentos de seus 17 anos a uma proveitosa 'dilatação de idéias' como ilustra o exemplo acima. Pensar é bom; nessa sua idade o difícil é selecionar a linha de pensamentos. Eu, por exemplo, aos 17 anos, dediquei boa parte do pensamento para 'Brigite Bardot' :-))

A resposta à sua pergunta não pode ser 'seca' ou algo como 'não se trata propriamente de uma simples explosão como de uma bomba ou estouro de um balão' ou ainda 'não, não se sabe o que explodiu'. Prefiro que vc acompanhe uma linha de raciocínios para um bom entendimento de 'parte da coisa', pois talvez não cheguemos a saber 'toda a coisa'. Esse texto poderá se tornar um tanto longo, mas tenho minha justificação, poderá ser útil a outros jovens interessados, como você. Comecemos assim:

Recebemos muitas 'luzes' provenientes do espaço sideral e um bom modo de diferencia-las é através de seus espectros; um espectro representa, de fato, um mapa de comprimentos de onda. Este mapa permite que os astrônomos fiquem sabendo muita coisa a propósito dos corpos que se encontram no espaço. Certas porções de uma faixa particular de linhas de cor podem perder-se, em conseqüência de átomos que existem, por exemplo, na atmosfera de uma dada estrela que se está estudando. No lugar dos perdidos comprimentos de ondas de luz, aparecem linhas negras (isso tem um nome, 'espectros de absorção', e recomendo uma leitura no tema). No caso de uma estrela que esteja se "afastando" da Terra, as linhas escuras desviam-se para o lado da extremidade vermelha do espectro, indicando longos comprimentos de onda.
De conformidade com certos fatos básicos, conhecidos em Física, quando a fonte de uma energia radiante (seja ela de luz, de som, ou de qualquer outra ordem) se move para longe de um observador, os comprimentos de onda da energia radiante se tornam mais longos. Os comprimentos de onda se fazem mais curtos quando a fonte se move ao encontro do observador. A isto se dá a denominação de "Efeito Doppler"; é um desvio que se observa na freqüência real da radiação emitida (eis outro tema para o qual recomendo uma atenta leitura).

Notando a medida do desvio destas linhas escuras (que são medidas em unidades angstrom) na direção do vermelho, e combinando isto com outros fatos conhecidos - tais como a velocidade da luz - os astrônomos podem calcular, com relativa facilidade, e com bastante precisão, a velocidade da estrela que recua.
Os astrônomos podem fazer o mesmo com uma estrela que esteja se movendo em sentido à Terra. Neste caso, as linhas escuras desviam-se para o lado oposto, isto é, para o lado violeta do espectro onde os comprimentos de onda são mais curtos.

Uma técnica, já um tanto melhorada, para o estudo das galáxias distantes, bem como o ritmo em que elas se afastam da Terra, foi desenvolvida e aperfeiçoada (e põe uns 40 anos nisso!) nos Observatórios do Monte Wilson e do Monte Palomar. Basicamente, este 'novo' método consistia na observação, por meios fotoelétricos, de galáxias individualmente consideradas, fotografadas em oito cores (hoje se faz isso com milhares de tons!). A informação que se obteve dessas fotografias coloridas, é reduzida para mostrar que a energia irradiada por uma galáxia é uma função dos comprimentos de onda de luz. O método fotoelétrico é particularmente eficaz para o estudo do ritmo de afastamento daquelas galáxias que se situam fora do alcance do espectroscópio.

Os astrônomos notaram, desde muito tempo, o desvio do vermelho no espectro das estrelas que recuam; mas somente lá pelas décadas de 50 o fenômeno foi relacionado aos agrupamentos de galáxias e ao distanciamento veloz, umas das outras.
E agora podemos começar a entrar efetivamente no tema proposto por você.

Este recuo das estrelas é utilizado como evidência, nas várias 'teorias relativas ao nascimento do Universo', particularmente em apoio à idéia de que tudo começou com um "estrondo".
Os cientistas/astrônomos que subscrevem a Teoria da Grande Explosão acreditam que o Universo começou em algum período determinado do tempo como o 'contamos' hoje. As estimativas mais recentes situam este acontecimento cósmico entre 10 bilhões e 15 bilhões de anos, no passado. Os astrônomos e os geólogos concordam muito bem quanto a isto.
Os cientistas geólogos chegaram às suas conclusões, quanto ao número de anos, estudando a transformação dos elementos radiativos nas rochas, nos aerólitos existentes a superfície da Terra e espetaculares observações feitas pelos modernos radiotelescópios.

No começo - acreditam eles - o "Universo de então" estava densamente cheio de partículas de matéria, bem como de gigantescas nuvens de gás, em sua maior parte hidrogênio. Em certo ponto, na mistura violenta destes elementos (e isso responde em parte sua pergunta), uma grande explosão esfuziou através do Universo - e foi este cataclísmico acontecimento que formou as estrelas, os sistemas planetários e os agrupamentos de galáxias - fazendo com que tudo isso voasse pelos espaços 'infinitos' e vazios, deslocando-se com tremendas velocidades. Milhões de anos se passaram; e os agrupamentos de galáxias, com os seus bilhões de estrelas, continuaram a mover-se para longe uns dos outros, criando áreas de espaço vazio cada vez maiores. Esta separação dos agrupamentos de galáxias ainda se encontra em processo; e, simultaneamente, as estrelas estão dissipando as suas energias (você enxerga algum motivo para esse frenamento das galáxias?).
Em algum futuro distante, o Universo passara a consistir somente em espaços vazios e em estrelas mortas, dentro de galáxias enormemente separadas umas das outras.

Alguns astrônomos preferem modificar a Teoria da Grande Explosão, transformando-a no que eles denominam Teoria da Expansão-Contração, ou Teoria do Universo Pulsante. Eles não discordam muito profundamente quanto à maneira pela qual o Universo deve ter sido criado; mas não acreditam que a explosão tenha sido tão violenta, a ponto de fazer com que as galáxias continuem para todo o sempre afastando-se umas das outras.
Com efeito, eles pensam que as velocidades dos agrupamentos de galáxias estão sendo reduzidas - e que os agrupamentos estão se afastando mais lentamente agora do que quando o Universo começou a existir. E - dizem os astrônomos - em alguma data futura, o Universo cessará o seu impulso de expansão. Afirmam eles que a soma total das forças da gravidade de toda a matéria que existe no universo atuará como uma espécie de freio, desacelerando a corrida desabalada das galáxias para a frente (você não acha que isso faz sentido?).
Em certa altura, a força gravitacional se tornará suficientemente poderosa, capaz de reverter o movimento dos agrupamentos de galáxias, de modo que estas, ao contrário, passarão a correr umas ao encontro de outras, com velocidade cada vez maior.
Num período ainda mais distante, no futuro, a atração recíproca, que os agrupamentos de galáxias terão uns para com os outros, poderá conduzir tudo a uma nova colisão cósmica, colisão esta em que até mesmo as estrelas se chocarão umas contra outras. O terrível calor, que será gerado por semelhante choque, concorrerá para desintegrar os mais complicados átomos das estrelas, reduzindo-os a variedade simples do hidrogênio. Então, com a matéria do Universo novamente reduzida a elementos simples, e densamente comprimidos em massa compacta, uma explosão de proporções ciclópicas rasgará de novo todo o cosmos. As estrelas renascerão; as galáxias tornarão a formar-se, e a fugir velozmente umas de outras, como antes. E a expansão do Universo, em seguida à sua contração, será repetida outra vez. Cada fase do ciclo de expansão e contração abarcará muitos bilhões de anos. Há alguns que estabelecem o número bem definido de 30 bilhões de anos para cada ciclo.
Os adeptos mais convencidos da Teoria do Universo Pulsante acreditam que, neste momento, o Universo se encontra mais ou menos a meio caminho de um ciclo de expansão.

Um terceiro grupo de cientistas/astrônomos se recusa a reconhecer muita plausibilidade a qualquer destas teorias. Os integrantes deste grupo formulam uma teoria sua própria, a que dão o nome de Teoria do Estado Contínuo. Não acreditam que o Universo haja começada a existir num período preciso de tempo, nem que ele tenha de deixar de existir num período também definido. Pensam que a aparência global, geral, do Universo, é, por certo, nos dias de hoje, a mesma que ele teve nas regiões ilimitadas do passado; pensam igualmente que as coisas continuarão nesse estado até um futuro 'infinito', embora as galáxias e os grupos de galáxias venham a sofrer profundas alterações.

Os cientistas/astrônomos partidários do Estado Contínuo discordam da idéia de que, na medida em que os grupos de galáxias se distanciam, em grandes velocidades, uns dos outros, o espaço entre eles se torne cada vez maior e permaneça vazio. Sugerem eles que novas galáxias e novos grupos de galáxias estão surgindo ou nascendo constantemente, e que isso ocupa, até certo ponto, as áreas que do contrário ficariam vazias; assim, substituem-se as galáxias e os grupos de galáxias que desaparecem. A criação destas novas galáxias e dos novos grupos de galáxias é, ao que se acredita, resultado de um processo 'desconhecido' (mas, com muita matemática para explicar), em que se envolve matéria intergaláctica - quase que, sem dúvida alguma, o hidrogênio. Entretanto, seja qual for o método, o Universo, de conformidade com tal teoria, é mantido e conservado em estado uniforme, sempre igual.

É coisa fascinante especular para saber qual das teorias possa ser a correta. Neste momento, a Teoria da Expansão-Contração, ou Pulsante, talvez seja a mais favorecida, embora as outras possuam adeptos vigorosos. Todavia, de tempos em tempos, novas evidência, propiciam maior favoritismo a uma ou outra. Há evidências que favorecem à Teoria Pulsante, por exemplo, observações de que o ritmo com que as galáxias se afastam umas das outras está sendo desacelerado. Esta descoberta pode indicar que o Universo, daqui a alguns bilhões de anos, entrará num período de contração. Contudo, uma única descoberta desta ordem está longe de constituir prova bastante para o triunfo de uma teoria; enorme quantidade de outras pesquisas será necessária.
E as investigações continuadas poderão até mesmo conduzir os cientistas/astrônomos a sugerir ainda outras teorias sobre a origem do Universo e sobre o seu destino final.
====================================================


SUBJECT: Re: Ainda existe quimica?
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/01/2003 01:17

> De verdade em verdade vos digo; isso não é verdade. Ninguém (des)
unificou a química com a física num único corpo de conhecimento. O
que os físicos fazem é, vez ou outra, quando se trata de fenômenos
baixa energia na periferia da coroa eletrônica, colocarem isso como
notas de rodapé, em seus livros, papers, divulgações etc. Alguém
colecionou essas 'notas' e as publicou sob novo título: química.

Não peguei muito bem o seu ponto. O fato é que já existiu sim uma
química, que se desenvolveu de forma razoavelmente independente da
física. De Boyle e Lavoisier a Mendeleiev, pelo menos. Ao que me
parece, apenas no século XX, com as teorias atômicas, este campo foi
absorvido pela física.






SUBJECT: RE: [ciencialist] Fw: Pergunta
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/01/2003 02:22

>Luiz Ferraz Netto No começo - acreditam eles - o "Universo de então"
estava densamente cheio de partículas de matéria, bem como de
gigantescas nuvens de gás, em sua maior parte hidrogênio. Em certo
ponto, na mistura violenta destes elementos (e isso responde em parte
sua pergunta), uma grande explosão esfuziou através do Universo - e foi
este cataclísmico acontecimento que formou as estrelas, os sistemas
planetários e os agrupamentos de galáxias - fazendo com que tudo isso
voasse pelos espaços 'infinitos' e vazios, deslocando-se com tremendas
velocidades.<

Léo,

Falar que a explosão resultou "da mistura violenta de elementos" é
incorreto, e pode dar a idéia de uma explosão química. Acho que a sua
resposta sugere que é possível saber o que aconteceu antes do Big-Bang,
ou mais tecnicamente, antes do tempo de Planck. Pelo que sabemos, não é.
As especulações sobre o que havia antes -- ao contrário da própria
teoria do Big Bang -- não são falseáveis.

A resposta usual -- e insatisfatória -- à questão é: O Big Bang é o
começo do tempo. O tempo não existia antes do Big Bang. Assim, a
pergunta "o que aconteceu antes do Big Bang" não tem sentido, pois a
causalidade, uma relação que parece óbvia para qualquer criança, não tem
sentido sem o tempo.

Acho que a resposta deveria salientar que há evidências de que o
universo realmente começou como uma grande explosão, há cerca de 15 ou
20 bilhões de anos. Seus efeitos são detectáveis na forma de radiação de
fundo. A predição teórica da radiação de microondas de fundo foi feita
em 1960 e detectada de fato no começo dos anos 90. As observações mais
recentes -- inclusive as fotos feitas pelo telescópio espacial Hubble --
só confirmam a hipótese do Big Bang.

As leis físicas que conhecemos se aplicam à matéria, gravidade, espaço e
tempo -- coisas que não existiam no começo do universo. Há várias
descrições simplificadas da cronologia de eventos a partir do Big Bang
pela Internet. Se você quiser eu traduzo.

A resposta mais correta para a pergunta "O que havia antes do Big Bang"
é: nada.

Abraço,
Colucci




SUBJECT: Re: Fw: Pergunta
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/01/2003 02:29

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Apreciaria comentário, inserções e deleções, antes de enviar
a 'resposta final'.
> Carroças de agradecimentos,
> []'
> Léo
> ============================


---> No começo - acreditam eles - o "Universo de então" estava
densamente cheio de
partículas de matéria, bem como de gigantescas nuvens de gás, em sua
maior
parte hidrogênio. Em certo ponto, na mistura violenta destes
elementos (e isso
responde em parte sua pergunta), uma grande explosão esfuziou através
do
Universo - e foi este cataclísmico acontecimento que formou as
estrelas, os
sistemas planetários e os agrupamentos de galáxias - fazendo com que
tudo isso
voasse pelos espaços 'infinitos' e vazios, deslocando-se com tremendas
velocidades. <---


Bem, de acordo com a teoria do Big-Bang vigente, não havia átomos,
nem gases, nem espaço, nem tempo e não houve explosão mas uma espécie
de "lancamento", uma espécie de alívio de pressão, ou coisa
parecida... Vai confundir a cabeça do garoto com essa explicação
acima e depois ele vai ler alguma coisa falando em "singularidade" e
vai achar que você falou alguma coisa errada. O estado inicial do
Universo, de acordo com a teoria do BB é o da "singularidade", coisa
como um buraco-negro gigante que lançou a proto-matéria para todo
lado. O Geraldo falou alguma coisa a respeito disso. Se quiser
referências, olhe esse site:

http://astro.if.ufrgs.br/univ/univ.htm#bigbang
"A teoria do Big Bang leva em conta que se as galáxias estão se
afastando umas das outras, como observado por Edwin Hubble em 1929,
então no passado elas deveriam estar cada vez mais próximas, e num
passado remoto, 10 a 15 bilhões de anos atrás, deveriam estar todas
num mesmo ponto, muito quente, uma singularidade espaço-tempo, que se
expandiu no Big Bang. O Big Bang, ou Grande Explosão, criou não
somente a matéria e a radiação, mas também o próprio espaço e o
tempo. Este é o início do Universo que podemos conhecer".


--->Milhões de anos se passaram; e os agrupamentos de galáxias, com os
seus bilhões de estrelas, continuaram a mover-se para longe uns dos
outros,
criando áreas de espaço vazio cada vez maiores. Esta separação dos
agrupamentos
de galáxias ainda se encontra em processo; e, simultaneamente, as
estrelas
estão dissipando as suas energias (você enxerga algum motivo para esse
frenamento das galáxias?).<---


E as galáxias, de acordo com as pesquisas mais recentes efetuadas
pelo telescópio Hubble, formaram-se em pequenos blocos de gases que
foram sendo engolidos uns pelos outros até que galáxias como as
conhecemos, espiraladas, começaram a apresentar um núcleo orbitando
buracos negros hiper-maciços.

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ainda existe quimica?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/01/2003 10:15


Léo: > De verdade em verdade vos digo; isso não é verdade. Ninguém (des)
unificou a química com a física num único corpo de conhecimento. O
que os físicos fazem é, vez ou outra, quando se trata de fenômenos
baixa energia na periferia da coroa eletrônica, colocarem isso como
notas de rodapé, em seus livros, papers, divulgações etc. Alguém
colecionou essas 'notas' e as publicou sob novo título: química.

João: >Não peguei muito bem o seu ponto. O fato é que já existiu sim uma
química, que se desenvolveu de forma razoavelmente independente da
física. De Boyle e Lavoisier a Mendeleiev, pelo menos. Ao que me
parece, apenas no século XX, com as teorias atômicas, este campo foi
absorvido pela física.

Léo: Olá, João. Realmente vc não pegou muito bem o 'ponto'. Continue a leitura da mensagem, abaixo do ponto onde estimulou a sua 'critica', e verá o 'porque' da resposta que dei. Trata-se de uma 'acumputurada' no Brudna, que é químico e moderador. Ressaltei na mensagem suas qualidades como químico.

[]'
Léo





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SUBJECT: RE: Alguma verdade nisso?!
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <Alexandre.Medeiros@Consultmail.net>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/01/2003 10:59

> From: Mauro Pennafort
>
> Físico brasileiro pode ter
> descoberto os segredos da gravidade

Essa notícia é velha já apareceu por aqui antes.
A pesquisa, se existe, é bem mais modesta do que
pretende o artigo.

Parece mesmo que é um hoax.

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re:[ciencialist] Alguma verdade nisso?!
FROM: "joao_bonomo" <joao_bonomo@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/01/2003 11:07

Caro Mauro,

Isto é mais um boato ( hoax ).
Só podia mesmo ser produzido por estudiosos de ET´s.
A NASA e a Boing realmente estão investindo uma grana
preta em pesquisas para tentar reproduzir o experimento
do Podkletnov. O problema é que nem o próprio Podkletnov
consegue repetir o feito.

[]s

>
> ---------- Início da mensagem original -----------
> De: "Mauro Pennafort" <mpennafort@ieg.com.br>
> Para: "Lista SBCR" <sbcr@yahoogrupos.com.br>, "List
a Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Cc:
> Data: Thu, 23 Jan 2003 00:40:25 -0200
> Assunto: [ciencialist] Alguma verdade nisso?!
> Físico brasileiro pode ter
> descoberto os segredos da gravidade
>




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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Pergunta
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2003 00:30


Caro Luiz,

Achei seu texto sobre a pergunta do estudante Vitor um pouco
longo demais, mas está bom. A única coisa que gostaria de
comentar é seu último parágrafo, onde você diz que atualmente
a teoria da Expansão-Contração é a mais aceita. Isso não é
verdade, pois atualmente as evidências indicam que existe uma
aceleração na velocidade de expansão. Aparentemente o universo
caminha para a morte térmica.

Abraços,

Guilherme

>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Fw: Pergunta
>Date: Thu, 23 Jan 2003 00:57:52 -0200
>
>Olá pessoal,
>
>agradeço os comentários (as divagações e brincadeiras) sobre a pergunta do
>Vitor. Como a pergunta não é isolada (já recebi várias girando ao redor do
>tema) procurei apresentar uma resposta 'sui generis', talvez para fugir à
>resposta concisa mas, e isso é o que mais me interessa, dar mais 'panos prá
>manga' para os jovens sem viseiras escolares. Apreciaria comentário,
>inserções e deleções, antes de enviar a 'resposta final'.
>Carroças de agradecimentos,
>[]'
>Léo
>============================
>
>Olá Vitor,
>Inicio destacando sua pergunta: "se o big bang foi uma explosão que deu
>origem ao universo, o que teria explodido no big bang? Algo que já existia
>e que não pode ser chamado de universo?"
>e, a seguir, receba meus cumprimentos por dedicar alguns momentos de seus
>17 anos a uma proveitosa 'dilatação de idéias' como ilustra o exemplo
>acima. Pensar é bom; nessa sua idade o difícil é selecionar a linha de
>pensamentos. Eu, por exemplo, aos 17 anos, dediquei boa parte do pensamento
>para 'Brigite Bardot' :-))
>
>A resposta à sua pergunta não pode ser 'seca' ou algo como 'não se trata
>propriamente de uma simples explosão como de uma bomba ou estouro de um
>balão' ou ainda 'não, não se sabe o que explodiu'. Prefiro que vc acompanhe
>uma linha de raciocínios para um bom entendimento de 'parte da coisa', pois
>talvez não cheguemos a saber 'toda a coisa'. Esse texto poderá se tornar um
>tanto longo, mas tenho minha justificação, poderá ser útil a outros jovens
>interessados, como você. Comecemos assim:
>
>Recebemos muitas 'luzes' provenientes do espaço sideral e um bom modo de
>diferencia-las é através de seus espectros; um espectro representa, de
>fato, um mapa de comprimentos de onda. Este mapa permite que os astrônomos
>fiquem sabendo muita coisa a propósito dos corpos que se encontram no
>espaço. Certas porções de uma faixa particular de linhas de cor podem
>perder-se, em conseqüência de átomos que existem, por exemplo, na atmosfera
>de uma dada estrela que se está estudando. No lugar dos perdidos
>comprimentos de ondas de luz, aparecem linhas negras (isso tem um nome,
>'espectros de absorção', e recomendo uma leitura no tema). No caso de uma
>estrela que esteja se "afastando" da Terra, as linhas escuras desviam-se
>para o lado da extremidade vermelha do espectro, indicando longos
>comprimentos de onda.
>De conformidade com certos fatos básicos, conhecidos em Física, quando a
>fonte de uma energia radiante (seja ela de luz, de som, ou de qualquer
>outra ordem) se move para longe de um observador, os comprimentos de onda
>da energia radiante se tornam mais longos. Os comprimentos de onda se fazem
>mais curtos quando a fonte se move ao encontro do observador. A isto se dá
>a denominação de "Efeito Doppler"; é um desvio que se observa na freqüência
>real da radiação emitida (eis outro tema para o qual recomendo uma atenta
>leitura).
>
>Notando a medida do desvio destas linhas escuras (que são medidas em
>unidades angstrom) na direção do vermelho, e combinando isto com outros
>fatos conhecidos - tais como a velocidade da luz - os astrônomos podem
>calcular, com relativa facilidade, e com bastante precisão, a velocidade da
>estrela que recua.
>Os astrônomos podem fazer o mesmo com uma estrela que esteja se movendo em
>sentido à Terra. Neste caso, as linhas escuras desviam-se para o lado
>oposto, isto é, para o lado violeta do espectro onde os comprimentos de
>onda são mais curtos.
>
>Uma técnica, já um tanto melhorada, para o estudo das galáxias distantes,
>bem como o ritmo em que elas se afastam da Terra, foi desenvolvida e
>aperfeiçoada (e põe uns 40 anos nisso!) nos Observatórios do Monte Wilson e
>do Monte Palomar. Basicamente, este 'novo' método consistia na observação,
>por meios fotoelétricos, de galáxias individualmente consideradas,
>fotografadas em oito cores (hoje se faz isso com milhares de tons!). A
>informação que se obteve dessas fotografias coloridas, é reduzida para
>mostrar que a energia irradiada por uma galáxia é uma função dos
>comprimentos de onda de luz. O método fotoelétrico é particularmente eficaz
>para o estudo do ritmo de afastamento daquelas galáxias que se situam fora
>do alcance do espectroscópio.
>
>Os astrônomos notaram, desde muito tempo, o desvio do vermelho no espectro
>das estrelas que recuam; mas somente lá pelas décadas de 50 o fenômeno foi
>relacionado aos agrupamentos de galáxias e ao distanciamento veloz, umas
>das outras.
>E agora podemos começar a entrar efetivamente no tema proposto por você.
>
>Este recuo das estrelas é utilizado como evidência, nas várias 'teorias
>relativas ao nascimento do Universo', particularmente em apoio à idéia de
>que tudo começou com um "estrondo".
>Os cientistas/astrônomos que subscrevem a Teoria da Grande Explosão
>acreditam que o Universo começou em algum período determinado do tempo como
>o 'contamos' hoje. As estimativas mais recentes situam este acontecimento
>cósmico entre 10 bilhões e 15 bilhões de anos, no passado. Os astrônomos e
>os geólogos concordam muito bem quanto a isto.
>Os cientistas geólogos chegaram às suas conclusões, quanto ao número de
>anos, estudando a transformação dos elementos radiativos nas rochas, nos
>aerólitos existentes a superfície da Terra e espetaculares observações
>feitas pelos modernos radiotelescópios.
>
>No começo - acreditam eles - o "Universo de então" estava densamente cheio
>de partículas de matéria, bem como de gigantescas nuvens de gás, em sua
>maior parte hidrogênio. Em certo ponto, na mistura violenta destes
>elementos (e isso responde em parte sua pergunta), uma grande explosão
>esfuziou através do Universo - e foi este cataclísmico acontecimento que
>formou as estrelas, os sistemas planetários e os agrupamentos de galáxias -
>fazendo com que tudo isso voasse pelos espaços 'infinitos' e vazios,
>deslocando-se com tremendas velocidades. Milhões de anos se passaram; e os
>agrupamentos de galáxias, com os seus bilhões de estrelas, continuaram a
>mover-se para longe uns dos outros, criando áreas de espaço vazio cada vez
>maiores. Esta separação dos agrupamentos de galáxias ainda se encontra em
>processo; e, simultaneamente, as estrelas estão dissipando as suas energias
>(você enxerga algum motivo para esse frenamento das galáxias?).
>Em algum futuro distante, o Universo passara a consistir somente em espaços
>vazios e em estrelas mortas, dentro de galáxias enormemente separadas umas
>das outras.
>
>Alguns astrônomos preferem modificar a Teoria da Grande Explosão,
>transformando-a no que eles denominam Teoria da Expansão-Contração, ou
>Teoria do Universo Pulsante. Eles não discordam muito profundamente quanto
>à maneira pela qual o Universo deve ter sido criado; mas não acreditam que
>a explosão tenha sido tão violenta, a ponto de fazer com que as galáxias
>continuem para todo o sempre afastando-se umas das outras.
>Com efeito, eles pensam que as velocidades dos agrupamentos de galáxias
>estão sendo reduzidas - e que os agrupamentos estão se afastando mais
>lentamente agora do que quando o Universo começou a existir. E - dizem os
>astrônomos - em alguma data futura, o Universo cessará o seu impulso de
>expansão. Afirmam eles que a soma total das forças da gravidade de toda a
>matéria que existe no universo atuará como uma espécie de freio,
>desacelerando a corrida desabalada das galáxias para a frente (você não
>acha que isso faz sentido?).
>Em certa altura, a força gravitacional se tornará suficientemente poderosa,
>capaz de reverter o movimento dos agrupamentos de galáxias, de modo que
>estas, ao contrário, passarão a correr umas ao encontro de outras, com
>velocidade cada vez maior.
>Num período ainda mais distante, no futuro, a atração recíproca, que os
>agrupamentos de galáxias terão uns para com os outros, poderá conduzir tudo
>a uma nova colisão cósmica, colisão esta em que até mesmo as estrelas se
>chocarão umas contra outras. O terrível calor, que será gerado por
>semelhante choque, concorrerá para desintegrar os mais complicados átomos
>das estrelas, reduzindo-os a variedade simples do hidrogênio. Então, com a
>matéria do Universo novamente reduzida a elementos simples, e densamente
>comprimidos em massa compacta, uma explosão de proporções ciclópicas
>rasgará de novo todo o cosmos. As estrelas renascerão; as galáxias tornarão
>a formar-se, e a fugir velozmente umas de outras, como antes. E a expansão
>do Universo, em seguida à sua contração, será repetida outra vez. Cada fase
>do ciclo de expansão e contração abarcará muitos bilhões de anos. Há alguns
>que estabelecem o número bem definido de 30 bilhões de anos para cada
>ciclo.
>Os adeptos mais convencidos da Teoria do Universo Pulsante acreditam que,
>neste momento, o Universo se encontra mais ou menos a meio caminho de um
>ciclo de expansão.
>
>Um terceiro grupo de cientistas/astrônomos se recusa a reconhecer muita
>plausibilidade a qualquer destas teorias. Os integrantes deste grupo
>formulam uma teoria sua própria, a que dão o nome de Teoria do Estado
>Contínuo. Não acreditam que o Universo haja começada a existir num período
>preciso de tempo, nem que ele tenha de deixar de existir num período também
>definido. Pensam que a aparência global, geral, do Universo, é, por certo,
>nos dias de hoje, a mesma que ele teve nas regiões ilimitadas do passado;
>pensam igualmente que as coisas continuarão nesse estado até um futuro
>'infinito', embora as galáxias e os grupos de galáxias venham a sofrer
>profundas alterações.
>
>Os cientistas/astrônomos partidários do Estado Contínuo discordam da idéia
>de que, na medida em que os grupos de galáxias se distanciam, em grandes
>velocidades, uns dos outros, o espaço entre eles se torne cada vez maior e
>permaneça vazio. Sugerem eles que novas galáxias e novos grupos de galáxias
>estão surgindo ou nascendo constantemente, e que isso ocupa, até certo
>ponto, as áreas que do contrário ficariam vazias; assim, substituem-se as
>galáxias e os grupos de galáxias que desaparecem. A criação destas novas
>galáxias e dos novos grupos de galáxias é, ao que se acredita, resultado de
>um processo 'desconhecido' (mas, com muita matemática para explicar), em
>que se envolve matéria intergaláctica - quase que, sem dúvida alguma, o
>hidrogênio. Entretanto, seja qual for o método, o Universo, de conformidade
>com tal teoria, é mantido e conservado em estado uniforme, sempre igual.
>
>É coisa fascinante especular para saber qual das teorias possa ser a
>correta. Neste momento, a Teoria da Expansão-Contração, ou Pulsante, talvez
>seja a mais favorecida, embora as outras possuam adeptos vigorosos.
>Todavia, de tempos em tempos, novas evidência, propiciam maior favoritismo
>a uma ou outra. Há evidências que favorecem à Teoria Pulsante, por exemplo,
>observações de que o ritmo com que as galáxias se afastam umas das outras
>está sendo desacelerado. Esta descoberta pode indicar que o Universo, daqui
>a alguns bilhões de anos, entrará num período de contração. Contudo, uma
>única descoberta desta ordem está longe de constituir prova bastante para o
>triunfo de uma teoria; enorme quantidade de outras pesquisas será
>necessária.
>E as investigações continuadas poderão até mesmo conduzir os
>cientistas/astrônomos a sugerir ainda outras teorias sobre a origem do
>Universo e sobre o seu destino final.
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SUBJECT: Fw: Pergunta (COMPLEMENTO)
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2003 00:39


Caro Luiz,

O comentário do José Colucci procede. De fato, o seu parágrafo
destacado pelo José está errado, como ele explica no seu email.
Falha minha em não ter percebido antes.

Discordo do que ele escreveu a seguir:
<<A resposta mais correta para a pergunta "O que
havia antes do Big Bang" é: nada.>>
Acredito que a resposta mais adequada seja: "não se sabe".

Abraços,

Guilherme

>From: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: RE: [ciencialist] Fw: Pergunta
>Date: Wed, 22 Jan 2003 23:22:24 -0500
>
> >Luiz Ferraz Netto No começo - acreditam eles - o "Universo de então"
>estava densamente cheio de partículas de matéria, bem como de
>gigantescas nuvens de gás, em sua maior parte hidrogênio. Em certo
>ponto, na mistura violenta destes elementos (e isso responde em parte
>sua pergunta), uma grande explosão esfuziou através do Universo - e foi
>este cataclísmico acontecimento que formou as estrelas, os sistemas
>planetários e os agrupamentos de galáxias - fazendo com que tudo isso
>voasse pelos espaços 'infinitos' e vazios, deslocando-se com tremendas
>velocidades.<
>
>Léo,
>
>Falar que a explosão resultou "da mistura violenta de elementos" é
>incorreto, e pode dar a idéia de uma explosão química. Acho que a sua
>resposta sugere que é possível saber o que aconteceu antes do Big-Bang,
>ou mais tecnicamente, antes do tempo de Planck. Pelo que sabemos, não é.
>As especulações sobre o que havia antes -- ao contrário da própria
>teoria do Big Bang -- não são falseáveis.
>
>A resposta usual -- e insatisfatória -- à questão é: O Big Bang é o
>começo do tempo. O tempo não existia antes do Big Bang. Assim, a
>pergunta "o que aconteceu antes do Big Bang" não tem sentido, pois a
>causalidade, uma relação que parece óbvia para qualquer criança, não tem
>sentido sem o tempo.
>
>Acho que a resposta deveria salientar que há evidências de que o
>universo realmente começou como uma grande explosão, há cerca de 15 ou
>20 bilhões de anos. Seus efeitos são detectáveis na forma de radiação de
>fundo. A predição teórica da radiação de microondas de fundo foi feita
>em 1960 e detectada de fato no começo dos anos 90. As observações mais
>recentes -- inclusive as fotos feitas pelo telescópio espacial Hubble --
>só confirmam a hipótese do Big Bang.
>
>As leis físicas que conhecemos se aplicam à matéria, gravidade, espaço e
>tempo -- coisas que não existiam no começo do universo. Há várias
>descrições simplificadas da cronologia de eventos a partir do Big Bang
>pela Internet. Se você quiser eu traduzo.
>
>A resposta mais correta para a pergunta "O que havia antes do Big Bang"
>é: nada.
>
>Abraço,
>Colucci
>
>


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SUBJECT: Re: ok, eu me rendo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2003 00:55

Diga lá, Luiz Eduardo,

Manuel: Rapaz, tu tá é com FRESCURA.

L.E.: Frente a um argumento assim tão científico, eu me rendo.

Manuel: Essa lista é de ciência, mas a ciência é feita (e discutida)
por macacos do gênero humano, e não por anjos ou inteligências
artificiais, cérebros eletrônicos carentes das paixões e dos
instintos do hipotálamo e do complexo reptiliano. Por isso que, num
colóquio, a gente se descontrai, e permeia a discussão com uma piada
aqui, uma ironia ali, uma zanga acolá e, de vez em quando, até com
uma heresia.

Por isso, descontraia-se. Quando sentir vontade de me esculhambar,
faça que nem a banda 'Dominó': não se reprima. Eu o entenderei. :)

Aliás, gosto da CienciaList porque aqui se discute ciência sem aquele
esterilizante 'espírito da seriedade' que impregna o meio acadêmico.

E ao falar em 'espírito da seriedade', lembrei-me de Sartre, e, por
tabela, do mestre Gerd A. Bornheim, que é uma referência tanto para
mim quanto para você.

Aliás, lá na Noosfera (noosfera-subscribe@yahoogrupos.com.br),
estamos discutimos assuntos filosóficos que muito interessariam ao
finado Bornheim & Cia. Por que você não participa da Noosfera? Rapaz,
deixe de FRESCURA e se inscreva na noosfera, pôrra! :(

Abraços do seu amigo 'Pan sapiens',
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Lula testa acupuntura contra a bursite
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2003 02:13

Oi Gueron,

Gueron: Com que Eduardo vc está falando?

Manuel: Eu estava me referindo ao Luis(z) Eduardo (de) Carvalho, mas
torcendo para que você se aliasse a mim nesta luta da "esperança
contra o medo." :-))

Quanto à acupuntura, bem, só espero que os espíritos científicos
tenham por ela a mesma consideração que por décadas tiveram pelo
ácido acetilsalicílico (aspirina), e que até hoje têm pelo lítio como
remédio para a psicose maníaco-depressiva: não se sabe como essas
substâncias agem no organismo, não se sabe como produzem a cura. Mas
não há dúvidas que surtem efeitos positivos, e que muito
provavelmente seus efeitos não se reduzem aos do placebo.

Se não é um produto do conhecimento científico, ao menos pode ser
considerado um resultado do conhecimento empírico, de experiências
acumuladas em milênios. Afinal, os ianomânis não têm ciência 'stricto
sensu', mas têm remédios que funcionam. As grandes empresas da
farmacologia moderna sabem disso; por isso que estão de olho na nossa
biodiversidade, e escutam muito mais um pajé do Xingu do que
cientistas da estirpe de um Linus Pauling.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: RE: [ciencialist] Fw: Pergunta (COMPLEMENTO)
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/01/2003 02:41

>Guilherme Peixoto: Discordo do que ele [José Colucci] escreveu a
seguir: <<A resposta mais correta para a pergunta "O quehavia antes do
Big Bang" é: nada.>> Acredito que a resposta mais adequada seja: "não se
sabe".<

Guilherme,

Continuo achando que a resposta mais correta, não necessariamente a mais
didática, é: nada. Se o Big Bang é o princípio do tempo, nada há antes
dele. A resposta "não se sabe" é menos informativa. A razão humana é tão
dependente do tempo (para os mais chegados a uma filosofiazinha, os três
"a priori" de Kant: tempo, espaço e causalidade) que é impossível
encontrar no vocabulário uma maneira adequada de exprimir o conceito. Se
digo "não se sabe o que havia antes", pressuponho a existência do tempo
tal como a nossa percepção o reconhece, e uma continuidade do eixo do
tempo anterior à explosão cósmica. Sabemos que no domínio das dimensões
subatômicas a dimensão tempo é intercambiável com a dimensão espaço. É
possível que nos primeiros instantes do universo o tempo tenha surgido
do espaço (acho que a idéia é de Hawking -- "Breve história do tempo").

Como sei que raramente tenho uma idéia original, especialmente num
assunto onde não sou mais do que um amador, suspeitei que tivesse lido
isso em algum lugar. Dei uma fuçada na Internet e ... Bingo!: está lá
num artigo de Paul Davies (um físico de quem não sou grande fã).
Consulte em:

What Happened Before the Big Bang?
http://www.fortunecity.com/emachines/e11/86/big-bang.html

Um abraço,
Colucci




SUBJECT: Um site de físicos para físicos
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2003 02:49

Olá,

Achei em minha caixa de emails:

http://digitalphysics.org/

Gostaria de comentários a respeito... A mim pareceu interessante.

Bisous, Lígia



SUBJECT: Re: Fw: Pergunta
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2003 02:51

Salve Colucci,

Colucci: A resposta mais correta para a pergunta "O que havia antes
do Big Bang" é: nada.

Manuel: Exato. 0 = + X - X, em que (+ X) é matéria e (- X) é
gravitação. Vivemos num sistema isolado matéria-gravitação. O
universo existe porque é matematicamente possível, pois não há razão
para que haja um zero no lugar de um (+ X - X). E vice-versa. Por
isso, ambos os estados, zero e (+ X - X), devem co-existir de uma
certa maneira. O tempo é o que os distinguem.

A matemática é a razão mínima, a razão suficiente.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: O sonho de Mendeleiev
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2003 03:13


Estou lendo "O sonho de Mendeleiev: A verdadeira história da
química", de Paul Strathern. É uma leitura leve e divertida. Sempre
prefiro aprender alguma coisa estudando sua história, principalmente
no caso da ciência. Isso porque o objeto de estudo dos cientistas é
tão exótico, tão esquisito, que se você não faz o caminho que eles
fizeram para chegar àquilo, fica meio estranho. É como cair de pára-
quedas no meio de uma paisagem alien, sem saber o caminho que o levou
até lá.

Ele começa com Mendeleiev, no século XIX, quebrando a cabeça com o
enigma dos elementos. Como organiza-los de uma forma coerente? Ele
tinha que pegar um trem para fazer uma palestra sobre queijos, mas
continuava em sua mesa intrigado com o problema.

"Ao passar os olhos mais uma vez pela linha de pesos atômicos
ascendentes, Mendeleiev percebeu de repente algo que lhe acelerou o
pulso. Certas propriedades similares pareciam se repetir nos
elementos no que se revelavam ser intervalos numéricos regulares.
Isso era alguma coisa! Mas o quê? Alguns dos intervalos começavam com
certa regularidade, mas depois o padrão parecia claramente ir
sumindo. Apesar disto, Mendeleiev logo se convenceu de que estava à
beira de uma realização de vulto. Havia um padrão definido em algum
lugar ali, mas ele simplesmente não conseguia agarra-lo de fato...
Momentaneamente vencido pela exaustão, Mendeleiev se debruçou na
mesa, pousando a cabeça desgrenhada nos braços. Adormeceu quase
imediatamente, e teve um sonho."

Sonho este que iria revolucionar a química. Para mostrar como
Mendeleiev chegou a sua grande síntese que consagrou a química como
uma ciência rigorosa, o autor retorna aos gregos para mostrar o todo
o percurso da química.

A primeira metade é meio chata, na qual ele trata quase só da
alquimia. Mas agora estou chegando nos modernos, e está bem mais
interessante.

É curioso que a maior parte do talento de Newton tenha sido gasto com
alquimia, e suas motivações nada tinham de científicas. Era pura
feitiçaria. Ao que parece, o cara era um bruxo que de vez em quando
publicava um trabalho sobre ciência.




SUBJECT: Re: Fw: Pergunta
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2003 03:19

Salve Colucci,

Colucci: A resposta mais correta para a pergunta "O que havia antes
do Big Bang" é: nada.

Manuel: Exato. 0 = + X - X, em que (+ X) é matéria e (- X) é
gravitação. Vivemos num sistema isolado matéria-gravitação. O
universo existe porque é matematicamente possível, pois não há razão
para que haja um zero no lugar de um (+ X - X). E vice-versa. Por
isso, ambos os estados, zero e (+ X - X), devem co-existir de uma
certa maneira. O tempo é o que os distingue, isto é, ambos os estados
co-existem no tempo: o estado 'zero' está na origem, e talvez no fim.

A matemática é a razão mínima, a razão suficiente.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Pergunta
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/01/2003 03:59

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Wednesday, January 22, 2003 11:57 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Pergunta

Olá Léo

Estou assistindo mais ou menos de camarote as discussões, pois creio que
nesse caso eu seria a pior pessoa para palpitar. O que eu penso a respeito
do big bang não está nos livros, e só serviria para confundir a cabeça do
rapaz. Mas eu acredito que você conseguiu fazer uma boa síntese. Você foi
muito além do que ele perguntou, mas entendi a justificativa: Na realidade
você não está respondendo a uma pessoa, mas a um conjunto de pessoas que no
decorrer do tempo surgiram com questionamentos vários, porém relacionados.
Isso é muito bom, e quero crer que acabará se completando com mais um artigo
para o Imperdível.

Concordo com algumas críticas, principalmente aquelas que podem dar margem a
interpretações dúbias, como bem apontou o Colucci. Sinceramente, não é
fácil imaginar como poderia ter acontecido uma explosão que sequer sabemos
se realmente aconteceu. Existem muitas coisas bem estudadas a respeito mas
existem também muitas especulações, mas é justamente isso o que caracteriza
uma ciência de vanguarda. Eu não estranho muito esse enxame especulativo
talvez por ter começado minha vida como cientista na área da medicina.
Lembro de uma doença que tinha 19 teorias para explicar sua origem, e com
muito esforço conseguíamos desprezar uma dez, permanecendo então com quase
outras dez. E veja bem, não estou falando em interpretações relacionadas a
um mesmo pano de fundo (por exemplo, o número de interpretações quânticas).
Não! Cada uma dessas 19 teorias praticamente excluia as 18 restantes.
Nenhuma era um caso particular de outra. Isso quase não existe na física do
dia-a-dia, mas acaba existindo nas suas fronteiras, e a astronomia situa-se
numa dessas fronteiras. Quase podemos dizer que a astronomia faz parte da
física (digo física no sentido estrito, aquele conjunto de disciplinas que
se congregam num bacharelado, pois num lato senso todas as ciências naturais
seriam capítulos da física).

Acho também que você foi bastante prudente em vários aspectos. Essa história
de tempo inexistente está muito mal contada. Uma coisa seria dizermos
que não se pode afirmar nada sobre o que aconteceu antes de um determinado
evento; outra coisa seria dizer que não existe esse "antes". Ora, baseado em
que? Na navalha de Occam? A navalha de Occam é uma regrinha muito útil, mas
não deixa de ser uma simples regrinha. E é uma regrinha para ser utilizada
por gente de bom senso. Jamais poderemos comprovar inexistências, nem pela
navalha de Occam, nem por equações matemáticas. O inexistente não se
manifesta, logo não é objeto da ciência. Se o tempo "algum dia" não existiu,
isso nunca iremos saber. Afinal, existiu esse "algum dia" de tempo
inexistente? Isso é filosofia pura. Gosto muito de filosofia, acho que o
raciocínio filosófico auxilia muito ao cientista teorizador, mas não vou
ficar gastando meu tempo tentando provar que um argumento que não se sujeite
à falseabilidade --ainda que seja em teoria, como por exemplo nas
experiências de pensamento-- possa ser considerado como uma especulação de
valor científico. É nesse sentido que deveria ser interpretado o "Não faço
hipóteses" de Newton, qual seja, Newton não fazia especulações que não
estivessem bem fundamentadas [certo ou errado, Newton chamava a isso, no
século XVII, por hipótese -- hoje sabemos que hipótese é outra coisa].

Sinto não poder ajudá-lo mais, mas na verdade acredito num universo sem
princípio nem fim, mas não estático. As galáxias não estão em repouso, mas
viajando a partir de um ponto. Esse ponto não foi um big bang. *É um
big bang*. O big bang é uma explosão eterna e dotada das condições propícias
para reverter, no nível microcósmico, os fenômenos que se nos parecem
irreversíveis. Graças a isso a entropia total do universo é sempre
constante. Também não creio que exista um único big bang, mas provavelmente
infinitos (Eta palavra incômoda!). Ou seja, além do "nosso" universo existem
infinitos outros do mesmo tipo, e com big bangs em seus centros. Absurdo?
Sim, absurdo! Mas tão absurdo quantos outros absurdos que estão por aí. Tão
absurdo quanto 18 dentre as 19 teorias que citei acima. A diferença
fundamental é que o que eu digo não está nos livros, e as 19 teorias
estavam. Logo, o que digo não tem nenhum valor científico, a não ser para
mim, e até que eu consiga vender esse peixe para uma grupo razoável. Ciência
é isso.

Volto a dizer. O artigo está muito bom pois: 1) traduz em palavras aquilo
que a comunidade científica aceita; 2) chama a atenção para vários
pensamentos conflitantes, mas aceitos por parcelas razoáveis de físicos; 3)
quero crer que está didático para a platéia a que se destina.

No mais, acho que o Colucci, a Lígia, o Guilherme e o Eduardo foram bastante
felizes em suas recomendações e quero crer que você saberá valorizá-las no
contexto em que o trabalho está sendo escrito. Sinto não poder ter ajudado,
mas nem por isso poderia deixar de parabenizá-lo e desejar-lhe sucesso em
mais esta empreitada.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Acupuntura
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2003 04:57

(respondendo diretamente do site da CienciaList)

Oi,

Léo (aquele que acha que psicos, lulas, "leis" jurídicas e agulhas
espetadas, por se tratarem de pseudociências -- ou pior --, não
deveriam aparecer por aqui; infelizmente combatendo quase sozinho!)

Manuel: Se depender de mim, Manuel Bulcão, esse tal de Léo vai morrer
do coração, enfartado. Ô rapazinho desrespeitoso, bitolado, estreito,
obtuso, ressentido, etc. O carinha é fascistóide, é intolerante.
Ainda bem que, segundo ele próprio, está 'combatendo quase sozinho'.
Significa que há uma forte luz no fim do túnel, sinal de que o
contingente das pessoas saudáveis, com alegria de viver, ainda é
grande.

Léo: PS: Nada pessoal.

Manuel: Tudo pessoal. Para mim, você é um ícone da pobreza de
espírito.

Mas não pense que vou deixar a CienciaList. Vou continuar por aqui,
enchendo-lhe o saco, fodendo-lhe a paciência... :-))

Manuel Bulcão



SUBJECT: Fw: Esclarecimento de dúvidas!!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/01/2003 07:54

Aceito sugestões. Deve-se falar em efeito Purkinje na resposta? O que ela entende por ALCANCE de bebes (será a distância dos olhos até o objeto colorido)?
[]'
Léo
PS: A resposta ao consulente do Big Bang está sendo repensada.

======================
-----Mensagem Original-----
De: <haydeecs@ig.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 24 de janeiro de 2003 03:10
Assunto: Esclarecimento de dúvidas!!!


| Sou acadêmica do curso de Terapia Ocupacional. Trabalho em um projeto na
| área de desenvolvimento humano, onde estudo o ALCANCE de bebês com 4 a 6
| meses de vida. Nesse projeto, preciso empregar duas cores de grande
| contraste. Optei por usar AMARELO e VERMELHO. Depois de ler sobre o
| assunto, soube que o AMARELO e o AZUL têm maior contraste que as citadas
| anteriormente.
|
| Gostaria de saber (1) qual dupla de cores devo utilizar; (2) devo esperar
| algum tempo para passar o bebê de um alvo colorido (com uma das cores em
| questão)para o outro alvo colorido (com a outra cor); (3) com bebês dessa
| faixa etária (4 a 6 meses de vida) esse contraste é percebido?
|
| Obrigada.
|
| Haydee
| haydeecs@ig.com.br
|
| _________________________________________________________
| Voce quer um iGMail protegido contra vírus e spams?
| Clique aqui: http://www.igmailseguro.ig.com.br
|


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Acupuntura
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/01/2003 08:43

He he he ...
De verdade em verdade vos digo ... álcool faz mal à psique e embacia os sentidos e, sentidos deturpados, levam à fragilidade dos pensamentos. Em outras palavras, prender-se às picuinhas do pensar baixo (psicos, freud, agulhas milenares, leis jurídicas, filosofia de rodapé etc.) é o máximo permitido aos seus frágeis quatro neurônios. Assim nascem os ícones do NADA!

[]'
Léo {aquele que luta, mesmo quase só, com garras e dentes para que não só os jovens vislumbrem o mundo real, como tenta, que mesmo aqueles de um pouco mais de idade, não perturbem os jovens pensadores com devaneios alcoólicos do Nada justificando o COISA ALGUMA}

======================
-----Mensagem Original-----
De: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 24 de janeiro de 2003 04:57
Assunto: [ciencialist] Re: Acupuntura


(respondendo diretamente do site da CienciaList)

Oi,

Léo (aquele que acha que psicos, lulas, "leis" jurídicas e agulhas
espetadas, por se tratarem de pseudociências -- ou pior --, não
deveriam aparecer por aqui; infelizmente combatendo quase sozinho!)

Manuel: Se depender de mim, Manuel Bulcão, esse tal de Léo vai morrer
do coração, enfartado. Ô rapazinho desrespeitoso, bitolado, estreito,
obtuso, ressentido, etc. O carinha é fascistóide, é intolerante.
Ainda bem que, segundo ele próprio, está 'combatendo quase sozinho'.
Significa que há uma forte luz no fim do túnel, sinal de que o
contingente das pessoas saudáveis, com alegria de viver, ainda é
grande.

Léo: PS: Nada pessoal.

Manuel: Tudo pessoal. Para mim, você é um ícone da pobreza de
espírito.

Mas não pense que vou deixar a CienciaList. Vou continuar por aqui,
enchendo-lhe o saco, fodendo-lhe a paciência... :-))

Manuel Bulcão


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SUBJECT: Re: ok, eu me rendo
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2003 09:21

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
. . .
> Por isso, descontraia-se. Quando sentir vontade de me esculhambar,
> faça que nem a banda 'Dominó': não se reprima. Eu o entenderei. :)
>


Manuel, como esta questão é de suma importância para a ciência e para
o destino da humanidade, aqui vai um alerta para que se evite um
terrível equívoco. "Não se reprima" é do Menudo, não do Dominó.

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Re: O sonho de Mendeleiev
FROM: "Sandro Silva" <anhangah@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2003 11:22

Oi João,

> Data: Fri, 24 Jan 2003 05:13:02 -0000
> De: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>

>É curioso que a maior parte do talento de Newton tenha sido gasto com
>alquimia, e suas motivações nada tinham de científicas. Era pura
>feitiçaria. Ao que parece, o cara era um bruxo que de vez em quando
>publicava um trabalho sobre ciência.


Newton, o bruxo alquimista, também procurava algumas interpretações
científicas em textos religiosos. Uma história apócrifa diz que ele tentou
localizar a entrada do inferno através de passagens bíblicas. Pra quem criou
o Cálculo Diferencial (não esqueci de Leibniz) e estabeleceu novos padrões
para a Ciência moderna, estes hábitos "estranhos" são, em minha opinião,
irrelevantes.

Estudando a História da Ciência podemos perceber que muitos cientistas
consagrados abraçaram idéias que nada tinham de científicas como, por
exemplo, o flogístico, o éter luminífero(pré-Relatividade), ... ou ganhavam
dinheiro com elas, como no caso de Kepler que pagava as contas fazendo
cartas astrológicas para a nobreza.

Sandro

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: ok, eu me rendo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/01/2003 11:40

Bolas!!! Vcs primam por mudanças de variáveis sem definir nenhuma delas.
Quem é Menudo? Quem é Dominó? São precursores do freud? São especialistas em acupuntura? São divogados(desculpem-me, digo, "Dr"s divogados)? São irmãos do 'ID'? São noolistas?
[]'
Léo {sim, aquele!}

PS: Nada pessoal.

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-----Mensagem Original-----
De: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 24 de janeiro de 2003 09:21
Assunto: [ciencialist] Re: ok, eu me rendo


--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
. . .
> Por isso, descontraia-se. Quando sentir vontade de me esculhambar,
> faça que nem a banda 'Dominó': não se reprima. Eu o entenderei. :)
>


Manuel, como esta questão é de suma importância para a ciência e para
o destino da humanidade, aqui vai um alerta para que se evite um
terrível equívoco. "Não se reprima" é do Menudo, não do Dominó.

[]s
Ronaldo


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SUBJECT: Re: Acupuntura
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2003 11:46

Manuel,



Se eu não me engano, a Noosfera foi criada justamente prá "desafogar"
a Ciencialist desses assuntos, digamos, "incômodos". Por falar
nisso, por que você não posta mais mensagens por lá? Prá que ficar
quebrando garrafa de cerveja na mesa e chamar o Léo prá briga?

E a todos os interssados em assuntos "psicos", o convite ainda está
aberto:

http://br.groups.yahoo.com/group/noosfera/

Beijos, Lígia

******************************************


--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> (respondendo diretamente do site da CienciaList)
>
> Oi,
>
> Léo (aquele que acha que psicos, lulas, "leis" jurídicas e agulhas
> espetadas, por se tratarem de pseudociências -- ou pior --, não
> deveriam aparecer por aqui; infelizmente combatendo quase sozinho!)
>
> Manuel: Se depender de mim, Manuel Bulcão, esse tal de Léo vai
morrer
> do coração, enfartado. Ô rapazinho desrespeitoso, bitolado,
estreito,
> obtuso, ressentido, etc. O carinha é fascistóide, é intolerante.
> Ainda bem que, segundo ele próprio, está 'combatendo quase
sozinho'.
> Significa que há uma forte luz no fim do túnel, sinal de que o
> contingente das pessoas saudáveis, com alegria de viver, ainda é
> grande.
>
> Léo: PS: Nada pessoal.
>
> Manuel: Tudo pessoal. Para mim, você é um ícone da pobreza de
> espírito.
>
> Mas não pense que vou deixar a CienciaList. Vou continuar por aqui,
> enchendo-lhe o saco, fodendo-lhe a paciência... :-))
>
> Manuel Bulcão



SUBJECT: Médico metido a físico duvida do Big-Bang
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2003 13:31

As teorias do médico que virou físico são encaradas com ceticismo
pela comunidade científica. Segundo ele, o universo oscila entre
matéria e energia, com ciclos de cerca de mil bilhões de anos.
Entramos há apenas 13 bilhões de anos no ciclo atual. Matéria,
energia e espaço-tempo são conservados.

Se você leu até aqui achando que se trata de mais uma das picuinhas
da Ciencialist, lamento desapontá-lo/la. O médico que virou físico
não é quem você está pensando. O cidadão atende pelo nome de Randell
Mills, e é quase meu vizinho.

Além de especular sobre o Big Bang, Randell Mills tem uma teoria
interessante sobre a geração de energia, envolvendo os chamados
hidrinos. Se átomos de hidrogênio fizerem uma transição abaixo do
estado zero (ground state), tornar-se-ão (que língua, a nossa)
hidrinos, liberando grande quantidade de energia na forma de luz
ultravioleta.

O fato da teoria contrariar as leis da física, ou pelo menos as leis
vigentes da física, não parece preocupar os investidores que
contribuiram com 25 milhões de dólares para a empresa Mills &#8211; A
BlackLight Power. Um estado abaixo do &#8220;ground state&#8221; é tido com=
o
impossível pelos físicos convencionais, esses céticos obtusos. Se até
a NASA investiu na idéia...

Tem alguém aí interessado em investir na minha teoria da geração
quântico-biotônica de antimatéria?

Colucci


Harvard M.D.Challenges Big Bang Theory
http://www.space.com/businesstechnology/blacklight_power_000522.html







SUBJECT: Re:[ciencialist] Médico metido a físico duvida do Big-Bang
FROM: "joao_bonomo" <joao_bonomo@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2003 15:16

E a história se repetirá...
( quem é mesmo o listeiro que diz isso? )

A Keely Engine Company

John Keely da Filadélfia era um mecânico que anunciou em
1872 que havia descoberto um princípio novo para
produção de energia...
http://www.ceticismoaberto.kit.net/keelymotoperpetuo.htm

Caro José,

No artigo acima vc encontra "altas" idéias para
configurar sua empresa de energia quântico-biotônica-
fontoura...

[]´s

> ---------- Início da mensagem original -----------
> De: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Cc:
> Data: Fri, 24 Jan 2003 15:31:43 -0000
> Assunto: [ciencialist] Médico metido a físico duvida do
Big-Bang



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SUBJECT: Re: Médico metido a físico duvida do Big-Bang
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2003 16:06

>Alberto Mesquita Filho: Esses médicos notáveis e suas idéias
maravilhosas! Por cinco vezes revolucionaram a física, e blefaram
bastante! Creio que algumas vezes os físicos "jogaram a toalha" sem
necessidade. E quem sofreu com isso, em sua tumba, foi Newton.<

Alberto,

Você, que conhece bem a história da ciência, talvez possa me dizer.
Existe alguma relação histórica entre as profissões? Por que, em
inglês, temos "physicians" e "physicists"?

Explico a curiosidade. Tenho um amigo escritor, Noah Gordon, que
escreveu um romance chamado "The Physician", em inglês. Vendeu 8
milhões e meio de exemplares no mundo todo. O livro foi traduzido
para o espanhol como "El medico". Da última vez em que fui ao Brasil
o vi numa livraria pelo título de "O Físico".

De duas uma: o tradutor cochilou, ou o termo "físico" era aplicado
aos médicos na idade média, época em que se passa o romance.

Um abraço,
Colucci





SUBJECT: Re: [ciencialist] Médico metido a físico duvida do Big-Bang
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/01/2003 16:06

----- Original Message -----
From: "josecolucci"
Sent: Friday, January 24, 2003 12:31 PM
Subject: [ciencialist] Médico metido a físico duvida do Big-Bang

> O médico que virou físico não é quem você está pensando.

Outros médicos físicos notáveis:

Galileu Galilei: Legou à medicina o termômetro clínico, primeiramente
utilizado por seu colega médico Sanctorius. À física legou os seus ombros:
"Se pude enxergar tão longe foi porque soube apoiar-me nos ombros de
gigantes." [Isaac Newton]

William Gilbert: Médico da rainha Elizabeth. Escreveu um tratado sobre
magnetismo (1600) e desenvolveu uma teoria para explicar a atração elétrica.
Por esta teoria pode-se considerá-lo o pai da "comunicação elementar", um
ramo da física que ainda está engatinhando. Dentre os poucos físicos que
perceberam a importância desta informação elementar situam-se Newton e
Einstein.

Luigi Galvani: Descobriu a corrente elétrica em 1786. O músculo de uma rã
foi o primeiro galvanômetro, termo este utilizado pela primeira vez por
Ampère em 1820.

Thomas Young iniciou uma verdadeira revolução na física. Abandonou a
medicina em 1799 e em 1801 destroçou a óptica newtoniana, ressuscitando os
conceitos ondulatórios de Huygens. Como médico que também sou, e crítico eu
diria que Young, diria que Young cometeu um erro de diagnóstico, e os
físicos foram na onda.

[Para que entendam meus argumentos a respeito sugiro a leitura de um artigo
recente: "A Natureza da Luz e o Princípio da Superposição", que está em
http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/polar00.htm ]

Julius Robert Mayer: Dotado de uma intuição fora do comum, preocupou-se com
a cor do sangue venoso dos habitantes dos trópicos: era de um vermelho vivo
demais. Diziam os médicos da época que era devido à alta concentração venosa
em oxigênio, pois o consumo deste necessário para manter a temperatura do
corpo era menor do que nas regiões frias. Mayer concluiu corretamente que o
trabalho mecânico dos seres vivos provinha da energia liberada pela oxidação
dos alimentos e o calor era um subproduto. Admitiu que pela "queima" de uma
mesma quantidade de alimento, o corpo animal poderia produzir proporções
diferentes de calor e trabalho, mas a soma das duas devia ser constante.
Enunciou desta forma, e pela primeira vez, a primeira lei da termodinâmica,
publicando em 1842, após muitas recusas, o resultado de seus trabalhos.
Estendeu suas conclusões a medidas não biológicas, tendo sido o primeiro a
fornecer subsídios para a determinação numérica do que veio a ser chamado
por Joule de Equivalente Mecânico do Calor, em 1849. Mayer é considerado por
alguns, e merecidamente, o pai filosófico da primeira lei da termodinâmica.

Existem outros, mas esses são os mais citados. Esses dados foram extraídos
do capítulo 2 (Física e Medicina) de um livro (Confesso que blefei - física
antiga x física moderna) que escrevi em 1985 e publiquei em 1987. Concluo o
capítulo com o seguinte texto:


********** início da citação **********

Ensine matemática a um médico e você obterá um físico. Mas cuidado! Às vezes
os médicos erram seus diagnósticos, e eles têm um dom notável de convencer.

Esses médicos notáveis e suas idéias maravilhosas! Por cinco vezes
revolucionaram a física, e blefaram bastante! Creio que algumas vezes os
físicos "jogaram a toalha" sem necessidade. E quem sofreu com isso, em sua
tumba, foi Newton.

A física hoje está doente. E agora, mais do que nunca, precisando de um
médico. Caso contrário quem vai precisar de um médico são os físicos. Alguns
já começaram a ter alucinações. Dizem que a química começou na alquimia.
Pois eu digo que a física está evoluindo para a "alfisia".

Poderão me chamar de arrogante, mas não importa. Não pretendo agradar os
físicos, nem me transformar num físico. Na realidade, já sou um físico "lato
sensu". Mas em breve retornarei às minhas origens. [Nota Atual: esse retorno
ainda não aconteceu, e acredito que jamais acontecerá] A verdade é que
preciso da física para desenvolver uma teoria em medicina [Nota atual: Essa
teoria foi ligeiramente exposta aqui na Ciencialist, e isso pode ser lido em
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/varios/na_pump.htm ]. Fui
considerado um visionário por meus colegas; e precisei apoiar meus
argumentos numa física que acabei descobrindo que "não existia". Talvez seja
a mesma física procurada por Szent Györgyi, um médico fisiologista famoso
que se decepcionou com os físicos modernos. Pois a física moderna é o que
disse no capítulo anterior: uma fina camada de gelo, incapaz de sustentar a
biologia ou a medicina.

********** início da citação **********

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: ok, eu me rendo
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2003 16:31

Quem são Menudo e Dominó? Não se preocupe. Não são nada ligado ao
esotérico, psicanalítico ou jurídico. São apenas grupos musicais
infanto-junvenis fabricados, que fizeram sucesso lá pelos anos 80. O
Menudo chegou a gravar em poruguês (o sotaque vc imagina) e vir ao
Brasil. Os produtores brasileiros não perderam tempo e criaram os
clones tupiniquins de nomes Dominó, Tremendo, Ciclone, Polegar (só
para mencionar alguns nomes de conjuntos de que eu me lembro). A
característica desses grupos era a mesma: rapazes que nunca tinham se
visto antes e não sabiam cantar. Eram escolhidos pela aparência. Da
maioria dos integrantes desses grupinhos ninguém mais nunca ouviu
falar. Com exceção talvez do Ricky Martin, que foi do Menudo e depois
fez sucesso numa carreira solo... e do Rafael do Polegar, que já foi
preso várias vezes com drogas.

[]s
Ronaldo


--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Bolas!!! Vcs primam por mudanças de variáveis sem definir nenhuma
delas.
> Quem é Menudo? Quem é Dominó? São precursores do freud? São
especialistas em acupuntura? São divogados(desculpem-me, digo, "Dr"s
divogados)? São irmãos do 'ID'? São noolistas?
> []'
> Léo {sim, aquele!}
>
> PS: Nada pessoal.




SUBJECT: RE: [ciencialist] Fw: Pergunta (COMPLEMENTO)
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2003 20:40


>From: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: RE: [ciencialist] Fw: Pergunta (COMPLEMENTO)
>Date: Thu, 23 Jan 2003 23:41:46 -0500
>
>Continuo achando que a resposta mais correta, não necessariamente a mais
>didática, é: nada. Se o Big Bang é o princípio do tempo, nada há antes
>dele. A resposta "não se sabe" é menos informativa. A razão humana é tão
>dependente do tempo (para os mais chegados a uma filosofiazinha, os três
>"a priori" de Kant: tempo, espaço e causalidade) que é impossível
>encontrar no vocabulário uma maneira adequada de exprimir o conceito. Se
>digo "não se sabe o que havia antes", pressuponho a existência do tempo
>tal como a nossa percepção o reconhece, e uma continuidade do eixo do
>tempo anterior à explosão cósmica. Sabemos que no domínio das dimensões
>subatômicas a dimensão tempo é intercambiável com a dimensão espaço. É
>possível que nos primeiros instantes do universo o tempo tenha surgido
>do espaço (acho que a idéia é de Hawking -- "Breve história do tempo").
>

Colucci,

Acho que eu me expressei mal (nós dois). A rigor, a própria pergunta
não faz sentido: "o que havia antes do big bang?", devido ao uso
do termo "antes". Desse modo, seja qual for a resposta, ela será
também problemática. Dizer que nada se sabe sobre o momento do
Big Bang, ou "antes" dele, é realmente menos informativo, mas
no entanto é mais fiel à realidade física, que efetivamente
IGNORA a singularidade. Inclusive a singularidade não é descrita
sequer como um ponto da variedade espaço-temporal, para se ter
uma idéia. Assim dizer alguma coisa que tenha uma "origem" na
singularidade é necessariamente uma tomada equivocada de
posição, a menos que se diga "nada sabemos".

A afirmação "nada existia antes do big bang", descontado o
problema com o conceito temporal, pode ser comparada à velha
piada do físico que procura uma aliança numa rua escura, à
noite, à beira de um poste de luz. Ele perdeu a aliança a 100
metros, longe da luz, mas procura perto da luz por acreditar
que no escuro não existe nada.

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Pergunta
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2003 20:44


>From: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Re: Fw: Pergunta
>Date: Fri, 24 Jan 2003 04:51:15 -0000
>
>Salve Colucci,
>
>Colucci: A resposta mais correta para a pergunta "O que havia antes
>do Big Bang" é: nada.
>
>Manuel: Exato. 0 = + X - X, em que (+ X) é matéria e (- X) é
>gravitação. Vivemos num sistema isolado matéria-gravitação. O
>universo existe porque é matematicamente possível, pois não há razão
>para que haja um zero no lugar de um (+ X - X). E vice-versa. Por
>isso, ambos os estados, zero e (+ X - X), devem co-existir de uma
>certa maneira. O tempo é o que os distinguem.

Manuel,

O zero é alguma coisa bem diferente do nada.

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Pergunta
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/01/2003 21:01


Caro Alberto,

Taí, até que eu gostei do seu texto. Escrevendo com cuidado
e respeitando minimamente as outras inteligências, o resultado
efetivo é sempre mais enriquecedor. Eu particularmente entendo
suas críticas mas estou mais inclinado (não totalmente) para
o output de Princeton e Cambridge, mas sei muito bem que a teoria
pode ser refutada um dia, apesar de que hoje ela é muito forte,
apoiada em várias evidências.

Em conformidade estrita com a teoria, é correto dizer que o tempo
não existia antes do big bang, logo essa discussão é científica.
As implicações disso, como o debate sobre o que vem a ser o tempo,
aí sim, já é filosofia.

Abraços,

Guilherme




>
>Olá Léo
>
>Estou assistindo mais ou menos de camarote as discussões, pois creio que
>nesse caso eu seria a pior pessoa para palpitar. O que eu penso a respeito
>do big bang não está nos livros, e só serviria para confundir a cabeça do
>rapaz. Mas eu acredito que você conseguiu fazer uma boa síntese. Você foi
>muito além do que ele perguntou, mas entendi a justificativa: Na realidade
>você não está respondendo a uma pessoa, mas a um conjunto de pessoas que no
>decorrer do tempo surgiram com questionamentos vários, porém relacionados.
>Isso é muito bom, e quero crer que acabará se completando com mais um
>artigo
>para o Imperdível.
>
>Concordo com algumas críticas, principalmente aquelas que podem dar margem
>a
>interpretações dúbias, como bem apontou o Colucci. Sinceramente, não é
>fácil imaginar como poderia ter acontecido uma explosão que sequer sabemos
>se realmente aconteceu. Existem muitas coisas bem estudadas a respeito mas
>existem também muitas especulações, mas é justamente isso o que caracteriza
>uma ciência de vanguarda. Eu não estranho muito esse enxame especulativo
>talvez por ter começado minha vida como cientista na área da medicina.
>Lembro de uma doença que tinha 19 teorias para explicar sua origem, e com
>muito esforço conseguíamos desprezar uma dez, permanecendo então com quase
>outras dez. E veja bem, não estou falando em interpretações relacionadas a
>um mesmo pano de fundo (por exemplo, o número de interpretações quânticas).
>Não! Cada uma dessas 19 teorias praticamente excluia as 18 restantes.
>Nenhuma era um caso particular de outra. Isso quase não existe na física do
>dia-a-dia, mas acaba existindo nas suas fronteiras, e a astronomia situa-se
>numa dessas fronteiras. Quase podemos dizer que a astronomia faz parte da
>física (digo física no sentido estrito, aquele conjunto de disciplinas que
>se congregam num bacharelado, pois num lato senso todas as ciências
>naturais
>seriam capítulos da física).
>
>Acho também que você foi bastante prudente em vários aspectos. Essa
>história
>de tempo inexistente está muito mal contada. Uma coisa seria dizermos
>que não se pode afirmar nada sobre o que aconteceu antes de um determinado
>evento; outra coisa seria dizer que não existe esse "antes". Ora, baseado
>em
>que? Na navalha de Occam? A navalha de Occam é uma regrinha muito útil, mas
>não deixa de ser uma simples regrinha. E é uma regrinha para ser utilizada
>por gente de bom senso. Jamais poderemos comprovar inexistências, nem pela
>navalha de Occam, nem por equações matemáticas. O inexistente não se
>manifesta, logo não é objeto da ciência. Se o tempo "algum dia" não
>existiu,
>isso nunca iremos saber. Afinal, existiu esse "algum dia" de tempo
>inexistente? Isso é filosofia pura. Gosto muito de filosofia, acho que o
>raciocínio filosófico auxilia muito ao cientista teorizador, mas não vou
>ficar gastando meu tempo tentando provar que um argumento que não se
>sujeite
>à falseabilidade --ainda que seja em teoria, como por exemplo nas
>experiências de pensamento-- possa ser considerado como uma especulação de
>valor científico. É nesse sentido que deveria ser interpretado o "Não faço
>hipóteses" de Newton, qual seja, Newton não fazia especulações que não
>estivessem bem fundamentadas [certo ou errado, Newton chamava a isso, no
>século XVII, por hipótese -- hoje sabemos que hipótese é outra coisa].
>
>Sinto não poder ajudá-lo mais, mas na verdade acredito num universo sem
>princípio nem fim, mas não estático. As galáxias não estão em repouso, mas
>viajando a partir de um ponto. Esse ponto não foi um big bang. *É um
>big bang*. O big bang é uma explosão eterna e dotada das condições
>propícias
>para reverter, no nível microcósmico, os fenômenos que se nos parecem
>irreversíveis. Graças a isso a entropia total do universo é sempre
>constante. Também não creio que exista um único big bang, mas provavelmente
>infinitos (Eta palavra incômoda!). Ou seja, além do "nosso" universo
>existem
>infinitos outros do mesmo tipo, e com big bangs em seus centros. Absurdo?
>Sim, absurdo! Mas tão absurdo quantos outros absurdos que estão por aí. Tão
>absurdo quanto 18 dentre as 19 teorias que citei acima. A diferença
>fundamental é que o que eu digo não está nos livros, e as 19 teorias
>estavam. Logo, o que digo não tem nenhum valor científico, a não ser para
>mim, e até que eu consiga vender esse peixe para uma grupo razoável.
>Ciência
>é isso.
>
>Volto a dizer. O artigo está muito bom pois: 1) traduz em palavras aquilo
>que a comunidade científica aceita; 2) chama a atenção para vários
>pensamentos conflitantes, mas aceitos por parcelas razoáveis de físicos; 3)
>quero crer que está didático para a platéia a que se destina.
>
>No mais, acho que o Colucci, a Lígia, o Guilherme e o Eduardo foram
>bastante
>felizes em suas recomendações e quero crer que você saberá valorizá-las no
>contexto em que o trabalho está sendo escrito. Sinto não poder ter ajudado,
>mas nem por isso poderia deixar de parabenizá-lo e desejar-lhe sucesso em
>mais esta empreitada.
>
>[ ]´s
>Alberto
>http://ecientificocultural.com/indice.htm
>Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
>carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
>


_________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Médico metido a físico duvida do Big-Bang
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/01/2003 23:01

Eu acho que a confusão é porque, em inglês, médico e físico são quase a
mesma palavra, hehe...

Você se esqueceu de Helmholtz!

[ ]s

Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sexta-feira, 24 de Janeiro de 2003 16:06
Assunto: Re: [ciencialist] Médico metido a físico duvida do Big-Bang


> ----- Original Message -----
> From: "josecolucci"
> Sent: Friday, January 24, 2003 12:31 PM
> Subject: [ciencialist] Médico metido a físico duvida do Big-Bang
>
> > O médico que virou físico não é quem você está pensando.
>
> Outros médicos físicos notáveis:
>
> Galileu Galilei: Legou à medicina o termômetro clínico, primeiramente
> utilizado por seu colega médico Sanctorius. À física legou os seus
ombros:
> "Se pude enxergar tão longe foi porque soube apoiar-me nos ombros de
> gigantes." [Isaac Newton]
>
> William Gilbert: Médico da rainha Elizabeth. Escreveu um tratado sobre
> magnetismo (1600) e desenvolveu uma teoria para explicar a atração
elétrica.
> Por esta teoria pode-se considerá-lo o pai da "comunicação elementar", um
> ramo da física que ainda está engatinhando. Dentre os poucos físicos que
> perceberam a importância desta informação elementar situam-se Newton e
> Einstein.
>
> Luigi Galvani: Descobriu a corrente elétrica em 1786. O músculo de uma rã
> foi o primeiro galvanômetro, termo este utilizado pela primeira vez por
> Ampère em 1820.
>
> Thomas Young iniciou uma verdadeira revolução na física. Abandonou a
> medicina em 1799 e em 1801 destroçou a óptica newtoniana, ressuscitando
os
> conceitos ondulatórios de Huygens. Como médico que também sou, e crítico
eu
> diria que Young, diria que Young cometeu um erro de diagnóstico, e os
> físicos foram na onda.
>
> [Para que entendam meus argumentos a respeito sugiro a leitura de um
artigo
> recente: "A Natureza da Luz e o Princípio da Superposição", que está em
> http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/polar00.htm ]
>
> Julius Robert Mayer: Dotado de uma intuição fora do comum, preocupou-se
com
> a cor do sangue venoso dos habitantes dos trópicos: era de um vermelho
vivo
> demais. Diziam os médicos da época que era devido à alta concentração
venosa
> em oxigênio, pois o consumo deste necessário para manter a temperatura do
> corpo era menor do que nas regiões frias. Mayer concluiu corretamente que
o
> trabalho mecânico dos seres vivos provinha da energia liberada pela
oxidação
> dos alimentos e o calor era um subproduto. Admitiu que pela "queima" de
uma
> mesma quantidade de alimento, o corpo animal poderia produzir proporções
> diferentes de calor e trabalho, mas a soma das duas devia ser constante.
> Enunciou desta forma, e pela primeira vez, a primeira lei da
termodinâmica,
> publicando em 1842, após muitas recusas, o resultado de seus trabalhos.
> Estendeu suas conclusões a medidas não biológicas, tendo sido o primeiro
a
> fornecer subsídios para a determinação numérica do que veio a ser chamado
> por Joule de Equivalente Mecânico do Calor, em 1849. Mayer é considerado
por
> alguns, e merecidamente, o pai filosófico da primeira lei da
termodinâmica.
>
> Existem outros, mas esses são os mais citados. Esses dados foram
extraídos
> do capítulo 2 (Física e Medicina) de um livro (Confesso que blefei -
física
> antiga x física moderna) que escrevi em 1985 e publiquei em 1987. Concluo
o
> capítulo com o seguinte texto:
>
>
> ********** início da citação **********
>
> Ensine matemática a um médico e você obterá um físico. Mas cuidado! Às
vezes
> os médicos erram seus diagnósticos, e eles têm um dom notável de
convencer.
>
> Esses médicos notáveis e suas idéias maravilhosas! Por cinco vezes
> revolucionaram a física, e blefaram bastante! Creio que algumas vezes os
> físicos "jogaram a toalha" sem necessidade. E quem sofreu com isso, em
sua
> tumba, foi Newton.
>
> A física hoje está doente. E agora, mais do que nunca, precisando de um
> médico. Caso contrário quem vai precisar de um médico são os físicos.
Alguns
> já começaram a ter alucinações. Dizem que a química começou na alquimia.
> Pois eu digo que a física está evoluindo para a "alfisia".
>
> Poderão me chamar de arrogante, mas não importa. Não pretendo agradar os
> físicos, nem me transformar num físico. Na realidade, já sou um físico
"lato
> sensu". Mas em breve retornarei às minhas origens. [Nota Atual: esse
retorno
> ainda não aconteceu, e acredito que jamais acontecerá] A verdade é que
> preciso da física para desenvolver uma teoria em medicina [Nota atual:
Essa
> teoria foi ligeiramente exposta aqui na Ciencialist, e isso pode ser lido
em
> http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/varios/na_pump.htm ]. Fui
> considerado um visionário por meus colegas; e precisei apoiar meus
> argumentos numa física que acabei descobrindo que "não existia". Talvez
seja
> a mesma física procurada por Szent Györgyi, um médico fisiologista famoso
> que se decepcionou com os físicos modernos. Pois a física moderna é o que
> disse no capítulo anterior: uma fina camada de gelo, incapaz de sustentar
a
> biologia ou a medicina.
>
> ********** início da citação **********
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
> Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é
uma
> carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Médico metido a físico duvida do Big-Bang
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/01/2003 23:05

Caro Colucci,

Desculpe-me a intromissão. Em português arcaico, "físico" era realmente
aplicado a médicos. Desse ponto de vista, a tradução do título do livro não
é tão ruim, ou pelo menos não é tão ruim quanto aquela dedicatória
traduzida "Aos meus parentes"...

[ ]s

Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sexta-feira, 24 de Janeiro de 2003 16:06
Assunto: [ciencialist] Re: Médico metido a físico duvida do Big-Bang


>Alberto Mesquita Filho: Esses médicos notáveis e suas idéias
maravilhosas! Por cinco vezes revolucionaram a física, e blefaram
bastante! Creio que algumas vezes os físicos "jogaram a toalha" sem
necessidade. E quem sofreu com isso, em sua tumba, foi Newton.<

Alberto,

Você, que conhece bem a história da ciência, talvez possa me dizer.
Existe alguma relação histórica entre as profissões? Por que, em
inglês, temos "physicians" e "physicists"?

Explico a curiosidade. Tenho um amigo escritor, Noah Gordon, que
escreveu um romance chamado "The Physician", em inglês. Vendeu 8
milhões e meio de exemplares no mundo todo. O livro foi traduzido
para o espanhol como "El medico". Da última vez em que fui ao Brasil
o vi numa livraria pelo título de "O Físico".

De duas uma: o tradutor cochilou, ou o termo "físico" era aplicado
aos médicos na idade média, época em que se passa o romance.

Um abraço,
Colucci




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SUBJECT: Ainda acupuntura
FROM: Álvaro Prieto <alprieto@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/01/2003 00:49

Respondendo ao Manuel Bulcao:
Ceticismo nao pode ser a desculpa para a burrice e a ignorancia para o
aprimoramento
Cientistas e medicos serios avaliam a possibilidade terapeutica da
acupuntura.
Atualmente em anestesiologia e odontologia acupuntura e aplicada com
seriedade
O emprego de estimulaçao eletrica e laser aplicado nos pontos que o
conhecimento tradicional da acupuntura sugere tem aplicaçoes bem
contraoladas em dismonorreia em mulheres gravidas, sindrome do tunelamento
do carpo e hipoalgesia. Aém de dor, efeitos bem determinados foram
demonstrados na resposta imune e inflamaçao e em regulaçao da pressao
sanguine e hipertensao. Eu poderia citar uma lista enorme de aplicaçoes
terapeutica onde o uso de acupuntura e fortemente indicada, mas temo
aborrece-los.
Eu nao sou especialista no assunto apenas quero chamar atençao que algumas
pessoas pecam justamente pelo erro que apontam aos outros no calor de uma
discussao, levados por suas crenças e duvidas abandonam todo o bom senso,
fazem terra arrasada de todo o acumulo de conhecimento e trabalho serio e
partem para o ataque com desdem desprezo ironia porque lhes falta
conhecimento. Assim desmontam toda a sua boa argumentaçao.

Fica o problema ao cientista de explicar porque acupuntura funciona tao bem
em detrminadas aplicaçoes. Uma das primeiras sugestoes de que receptores
opioides poderiam estar envolvidos na açao da acupuntura tem mais de 25
anos.
Nos ensaios de explicaçao surgem duas possibilidades fortemente apoiadas: o
envolvimento de liberaçao de endorfinas e de receptores opioides no nervo
estimulado. Sugiro a seguite leitura a que quiser se ilustrar:

Sjolund B, Eriksson M.
Electro-acupunture and endogenous morphines.
Lancet 1976 Nov 13;2(7994):1085

Gao M, Xu W, Chen W, He L.
Involvement of mu opioid receptors of periaqueductal gary (PAG) in
acupuncture inhibition of noxious blood pressure response in rabbits.
Acupunct Electrother Res 1994 Jun-Sep;19(2-3):81-8 R

O'Brien WJ, Rutan FM, Sanborn C, Omer GE.
Effect of transcutaneous electrical nerve stimulation on human blood
beta-endorphin levels.
Phys Ther. 1984 Sep;64(9):1367-74.

Walsh DM, Liggett C, Baxter D, Allen JM.
A double-blind investigation of the hypoalgesic effects of transcutaneous
electrical nerve stimulation upon experimentally induced ischaemic pain.
Pain. 1995 Apr;61(1):39-45.

Zhao JC, Liu WQ.
Relationship between acupuncture-induced immunity and the regulation of
central neurotransmitter system in rabbits--II. Effect of the endogenous
opioid peptides on the regulation of acupuncture-induced immune reaction.
Acupunct Electrother Res. 1989;14(1):1-7.

Hansson P, Ekblom A.
Transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) as compared to placebo
TENS for the relief of acute oro-facial pain.
Pain. 1983 Feb;15(2):157-65.

Bodofsky E.
Treating carpal tunnel syndrome with lasers and TENS (Transcutaneous
electrical nerve stimulation ).
Arch Phys Med Rehabil. 2002 Dec;83(12):1806

Coloma M, White PF, Ogunnaike BO, Markowitz SD, Brown PM, Lee AQ, Berrisford
SB, Wakefield CA, Issioui T, Jones SB, Jones DB. Related Articles, Links
Comparison of acustimulation and ondansetron for the treatment of
established postoperative nausea and vomiting.
Anesthesiology. 2002 Dec;97(6):1387-92.

Collins HL, DiCarlo SE.
TENS attenuates response to colon distension in paraplegic and quadriplegic
rats.
Am J Physiol Heart Circ Physiol. 2002 Oct;283(4):H1734-9.

Hiraoka K.
Neural mechanisms underlying the effect of transcutaneous electrical nerve
stimulation in humans.
Electromyogr Clin Neurophysiol. 2002 Sep;42(6):359-66.

Campbell TS, Ditto B.
Exaggeration of blood pressure-related hypoalgesia and reduction of blood
pressure with low frequency transcutaneous electrical nerve stimulation.
Psychophysiology. 2002 Jul;39(4):473-81.

Taylor D, Miaskowski C, Kohn J.
A randomized clinical trial of the effectiveness of an acupressure device
(relief brief) for managing symptoms of dysmenorrhea.
J Altern Complement Med. 2002 Jun;8(3):357-70.

Johnson MI, Tabasam G.
A single-blind placebo-controlled investigation into the analgesic effects
of interferential currents on experimentally induced ischaemic pain in
healthy subjects.
Clin Physiol Funct Imaging. 2002 May;22(3):187-96.

Dawood MY, Ramos J.
Transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) for the treatment of
primary dysmenorrhea: a randomized crossover comparison with placebo TENS
and ibuprofen.
Obstet Gynecol. 1990 Apr;75(4):656-60.

El-Khoury C, Hawwa N, Baliki M, Atweh SF, Jabbur SJ, Saade NE.
Attenuation of neuropathic pain by segmental and supraspinal activation of
the dorsal column system in awake rats.
Neuroscience. 2002;112(3):541-53.

Desculpem a falta de acentos mas tenho problemas neste teclado
A. prieto



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ainda acupuntura
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/01/2003 00:59

Tá certo. A aplicação de agulhas libera endorfinas, ou seja lá o que for,
mas e daí? Isso poderia ser útil em uma sociedade agropastoril primitiva.
Nos dias de hoje, continuo achando que mergulhar a agulha em anestésico é
muito melhor! Porque alguém iria arriscar um efeito anestésico induzido por
placebo, ou por endorfinas que ninguém sabe como atuam, quando se tem
tantos anestésicos poderosos?

Agora, se provarem que acupuntura produz algo mais que um efeito
anestésico, isso é outra coisa. Mas que eu saiba essa prova ainda não foi
conseguida...

Falando nisso, a bursite do Lula continua. Acho que ele não vai poder
esquiar em Davos...


[ ]s

Alvaro Augsto



-----Mensagem Original-----
De: "Álvaro Prieto" <alprieto@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sábado, 25 de Janeiro de 2003 00:49
Assunto: [ciencialist] Ainda acupuntura


> Respondendo ao Manuel Bulcao:
> Ceticismo nao pode ser a desculpa para a burrice e a ignorancia para o
> aprimoramento
> Cientistas e medicos serios avaliam a possibilidade terapeutica da
> acupuntura.
> Atualmente em anestesiologia e odontologia acupuntura e aplicada com
> seriedade
> O emprego de estimulaçao eletrica e laser aplicado nos pontos que o
> conhecimento tradicional da acupuntura sugere tem aplicaçoes bem
> contraoladas em dismonorreia em mulheres gravidas, sindrome do
tunelamento
> do carpo e hipoalgesia. Aém de dor, efeitos bem determinados foram
> demonstrados na resposta imune e inflamaçao e em regulaçao da pressao
> sanguine e hipertensao. Eu poderia citar uma lista enorme de aplicaçoes
> terapeutica onde o uso de acupuntura e fortemente indicada, mas temo
> aborrece-los.
> Eu nao sou especialista no assunto apenas quero chamar atençao que
algumas
> pessoas pecam justamente pelo erro que apontam aos outros no calor de uma
> discussao, levados por suas crenças e duvidas abandonam todo o bom senso,
> fazem terra arrasada de todo o acumulo de conhecimento e trabalho serio e
> partem para o ataque com desdem desprezo ironia porque lhes falta
> conhecimento. Assim desmontam toda a sua boa argumentaçao.
>
> Fica o problema ao cientista de explicar porque acupuntura funciona tao
bem
> em detrminadas aplicaçoes. Uma das primeiras sugestoes de que receptores
> opioides poderiam estar envolvidos na açao da acupuntura tem mais de 25
> anos.
> Nos ensaios de explicaçao surgem duas possibilidades fortemente
apoiadas: o
> envolvimento de liberaçao de endorfinas e de receptores opioides no nervo
> estimulado. Sugiro a seguite leitura a que quiser se ilustrar:
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Médico metido a físico duvida do Big-Bang
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/01/2003 01:23

----- Original Message -----
From: "josecolucci"
Sent: Friday, January 24, 2003 3:06 PM
Subject: [ciencialist] Re: Médico metido a físico duvida do Big-Bang

> Existe alguma relação histórica entre as profissões?

Eu diria que sim, mas não sou especialista no assunto. Sou um mero estudioso
da história da ciência e da filosofia da ciência. Se fosse um especialista
eu iria escarafunchar sobre tudo; mas como um curioso no assunto,
preocupo-me em ler a respeito daquilo que no momento me chama a atenção.
Como físico amador que sou, procuro conhecer a história dos assuntos
relacionados às teorias que faço. Como médico, percebo que muitos colegas
sentiram essa mesma atração que tenho pela física, e noto que muitos, dentre
os que não são alérgicos à matemática, conseguem ir em frente, alguns até
com sucesso.

Realmente a divisão de ciência que fazemos hoje dificilmente seria entendida
por um cientista do século XVII, época de Boyle, Descartes, Galileu, Newton,
Liebnitz etc. Mas já havia um certo consenso a diferenciar o que chamamos
hoje física do que chamamos medicina. Talvez essa confusão existisse no
pré-renascimento, na idade média.

> Por que, em inglês, temos "physicians" e "physicists"?

Sinceramente eu não sei, e posso apenas especular a respeito. O dicionário
Oxford, por exemplo, dá, dentre outros, os seguintes significados para
"physical":

1. of or for the body: physical fitness, physical strength....
2. actual, in person ... physical presence
3. of or according to the laws of nature
4. [attrib] of the natural features of the world
5. [attrib] of or concerning natural forces and things that are not alive
6. (infml) a medical examination to see if one is fit.

Ou seja, "física" pode representar um adjetivo como aptidão física, força
física, presença física (significados 1 ou 2). Sob esse aspecto, o exame
médico chega a ser chamado exame físico em português e, segundo o
dicionário, poderia ser simplificado para "physical", em inglês (significado
6). Quero crer que a origem de "physicians" relacione-se a essa conotação da
palavra "physical", e a significar aquele que se preocupa com o nosso bem
estar físico. Já os significados 3, 4 e 5 estariam mais relacionados com o
sentido utilizado nas ciências naturais (física, química e biologia), onde
física é interpretada quase como sinônimo de estudo da natureza. Em
português a derivação "physical --> physician" (adjetivo --> profissão) não
emplacou, mas ainda assim não é estranho dizer que o médico é aquele que se
preocupa com nosso bem estar físico. Ficamos apenas com a outra derivação:
"physics --> physicist", que corresponderia a "física -->físico"
(disciplina --> profissão).

Certamente um lingüista poderá dar uma explicação melhor, inclusive
mostrando se os sufixos "ian" ou "ist" teriam algum significado
esclarecedor.

> Explico a curiosidade. Tenho um amigo escritor, Noah Gordon, que
> escreveu um romance chamado "The Physician", em inglês. Vendeu 8
> milhões e meio de exemplares no mundo todo. O livro foi traduzido
> para o espanhol como "El medico". Da última vez em que fui ao Brasil
> o vi numa livraria pelo título de "O Físico".
> De duas uma: o tradutor cochilou, ou o termo "físico" era aplicado
> aos médicos na idade média, época em que se passa o romance.

É possível que o seu estranhamento tenha fundamento, mas só mesmo lendo o
livro para saber a intenção do autor. De qualquer forma, como não me parece
existir diferenças significativas entre o português e o espanhol nesse caso
específico, fica-me a impressão de que um dos tradutores errou feio. Se eu
tivesse que chutar, diria que a tradução para o português seria a errada.
Mas vamos raciocinar por absurdo: Digamos que a intenção original do autor
fosse criar um título jocoso, ou gozador. Neste caso, diria que a tradução
para o espanhol não respeitou a jocosidade, e quem traduziu para o português
entendeu a jocosidade mas não soube transformá-la em palavras. No primeiro
caso (espanhol), o título ficou sem sentido (apesar da tradução literal) e
no outro (português) ficou chocho (conservou o sentido, porém perdeu a
piada).

Não sei dizer se o termo "físico" era aplicado aos médicos na idade média.
Sei apenas que a ciência era bem mais geral do que é hoje. Paracelsus
(século XV), por exemplo, é considerado um precursor tanto da química quanto
da medicina. Mas nunca li nada a dizer que ele era um físico.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Fw: Irmaos Bogdanov
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/01/2003 01:49

É ... há doutores demais pelas redondezas. Por que tanto trabalho empreendido pelos irmãos Bogdanov para conseguir um diploma de Dr.; bastaria entrar numa 'faculdade' de direito, logo ali na esquina, freqüentando às 4as. e 6as feiras.

Mas, leiam ........

[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Joao Carlos Holland de Barcellos" <jocax@usp.br>
Para: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 24 de janeiro de 2003 15:19
Assunto: Irmaos Bogdanov


|
| Notícias Sexta-Feira, 24 de janeiro de 2003
|
| JC e-mail 2206, de 24 de Janeiro de 2003.
|
| A lição dos Irmãos Bogdanov, artigo de Dilvo I. Ristoff
|
|
| Os Bogdanovs são fruto não da incompetência dos pesquisadores, mas do
| seu isolamento; são crias da departamentalização obsessiva que assola os
| campi, onde os conhecimentos apenas se justapõem, não se articulam
|
| Dilvo I. Ristoff, doutor pela University of Southern California, Los
| Angeles é diretor do Centro de Comunicação e Expressão e professor
| titular da UFSC. Artigo escrito para o 'JC e-mail':
|
| Quando em 96 Alan D. Sokal, professor de Física da New York University,
| teve o seu fraudulento artigo 'Transgredindo os Limites: Rumo a uma
| Hermenêutica Transformativa da Gravidade Quântica' publicado em um
| prestigioso periódico americano, houve desconforto generalizado no meio
| acadêmico.
|
| Entre outras coisas, Sokal argumentava que não havia realidade exterior
| e mostrava, de forma eloqüente, que a teoria da gravidade quântica
| estava impregnada de implicações políticas...
|
| Após se deliciar com a desgraça alheia, a comunidade acadêmica não
| perdeu tempo em denunciar o jargão hermético da hermenêutica
| desconstrucionista que predominava no campo dos Estudos Culturais.
|
| Pior: o campo passou a ser vista com desconfiança, como um território de
| charlatões, sem objeto de estudo definido e sem o menor rigor científico.
|
| Agora, seis anos após Sokal, descobrimos que não os Estudos Culturais,
| mas a Física, de tantas glórias, de Newton, Einstein e tantos outros,
| foi vítima de fraude pior: dois irmãos gêmeos, Igor e Grichka Bogdanov,
| ambos personalidades da televisão francesa e autores de livros de
| ficção, montaram um discurso recheado de fórmulas matemáticas e
| perfumado de modismos próprios do momento e conseguiram publicar três
| artigos em periódicos indexados e protegidos pelo sofisticado aparato
| dos referees, ou conselhos de especialistas.
|
| Mas, não ficou só nisso: os dois irmãos candidataram-se ao doutorado,
| convidaram para as suas bancas professores de Universidades dos EUA e da
| Europa, e conseguiram concluir o doutorado na Universidade de Bourgogne,
| respondendo à seguinte pergunta de tese: Como era o universo no momento
| do Big Bang?
|
| A sua resposta foi mais ou menos esta: 'naquele instante, todo o espaço
| e tempo estavam espremidos num ponto sem tamanho ou duração, um espaço
| infinitesimal chamado singularidade'.
|
| Certos ou errados, a verdade é que os defensores dos Estudos Culturais
| estão rindo à toa; sentem-se vingados e agradecem aos gênios
| pseudo-físicos, pela singularidade da façanha.
|
| Por aqui há quem já ameace esquecer Sokal e retomar o seu discurso cheio
| de jargão ininteligível, prometendo torná-lo ainda mais vago e oco.
|
| Afinal, dizem, somos todos vítimas imbeles de discursos, cheios de ruído
| e vaidade, que não se referem a nada.
|
| Pode não haver muito a aprender com os incidentes de Sokal e dos irmãos
| Bogdanov. É difícil, no entanto, não concordar com o físico, Peter G.
| Woit, da Columbia University, quando diz que 'seria um interessante
| estudo de caso analisar como tanto besteirol consegue passar pelo crivo
| dos referees' e fazer escola na Academia.
|
| O caso de um dos irmãos Bogdanov, Igor, é especialmente interessante.
| Após abandonar o seu doutorado, por considerar a banca hostil às suas
| idéias, convidou o professor Verbaarschot, da State University of New
| York, para fazer parte da banca.
|
| Verbaarschot e Sternheimer, o seu orientador, decidiram que ele poderia
| defender a tese se conseguisse publicar três artigos em periódicos
| especializados. Igor atendeu à exigência e concluiu o doutorado em julho
| último.
|
| É verdade que os dois irmãos passaram com um reles honorable, a pior
| nota de aprovação no sistema francês, onde o normal é atribuir aos bons
| trabalhos a nota trés honorable. De qualquer modo, para todos os
| propósitos formais, ambos são hoje doutores.
|
| O que mais intriga nesta questão é saber que nenhum dos membros da banca
| conhecia com profundidade o assunto e confiaram cegamente no juízo dos
| periódicos especializados, evidenciando a séria crise de legitimidade
| que vive, hoje, a Universidade.
|
| Quem se declara conhecedor do assunto não tem dúvidas: os trabalhos são
| uma fraude.
|
| 'Os artigos são extremamente ecléticos no uso da terminologia matemática
| e física', diz o dr. Baez, da University of California, mas 'posso
| garantir que não são nada mais que uma aglutinação de frases que parecem
| plausíveis, mas que não significam nada'.
|
| Segundo o professor Barrow, da Universidade de Cambridge, que recusou o
| convite para fazer parte da banca, as teses são 'compêndios risíveis'.
|
| Se o caso Sokal nos ensina que, até prova em contrário, a simplicidade,
| a clareza e a coerência continuam sendo virtudes que merecem ser
| cultivadas, o caso Bogdanov nos mostra que o alto grau de
| especialização, que está a gerar doutores que sabem quase tudo sobre
| quase nada, precisa urgentemente de um contraponto - uma estrutura
| acadêmica que assegure que os avanços gerados pelo aprofundamento possam
| se somar aos ganhos que podem ser obtidos através da amplitude
| proporcionada pelos estudos interdisciplinares.
|
| Os Bogdanovs são fruto não da incompetência dos pesquisadores, mas do
| seu isolamento; são crias da departamentalização obsessiva que assola os
| campi, onde os conhecimentos apenas se justapõem, não se articulam;
| apenas avançam, não conversam; apenas se tocam, não se temperam, apenas
| se cruzam, não se misturam.
|
| A menos que aprendamos estas lições, os Sokals e os Bogdanovs
| continuarão a lograr êxito em suas tentativas de provar que, no fundo no
| fundo, o mundo acadêmico nada mais é que um discurso vazio, um bailado
| de significantes sem significado, uma soma de monólogos de mentes
| brilhantes e vaidosas, uma superstição superior.
|
|


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: ok, eu me rendo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/01/2003 02:04

Olá Ronaldo,
agradeço a 'palestra'; aprendi um monte de nomes novos num só dia! Valeu.Todavia, como sou um alienado total, geral e arquibancada desse gênero de entretenimento, explica-se a ignorância.
[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 24 de janeiro de 2003 16:31
Assunto: [ciencialist] Re: ok, eu me rendo


Quem são Menudo e Dominó? Não se preocupe. Não são nada ligado ao
esotérico, psicanalítico ou jurídico. São apenas grupos musicais
infanto-junvenis fabricados, que fizeram sucesso lá pelos anos 80. O
Menudo chegou a gravar em poruguês (o sotaque vc imagina) e vir ao
Brasil. Os produtores brasileiros não perderam tempo e criaram os
clones tupiniquins de nomes Dominó, Tremendo, Ciclone, Polegar (só
para mencionar alguns nomes de conjuntos de que eu me lembro). A
característica desses grupos era a mesma: rapazes que nunca tinham se
visto antes e não sabiam cantar. Eram escolhidos pela aparência. Da
maioria dos integrantes desses grupinhos ninguém mais nunca ouviu
falar. Com exceção talvez do Ricky Martin, que foi do Menudo e depois
fez sucesso numa carreira solo... e do Rafael do Polegar, que já foi
preso várias vezes com drogas.

[]s
Ronaldo


--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Bolas!!! Vcs primam por mudanças de variáveis sem definir nenhuma
delas.
> Quem é Menudo? Quem é Dominó? São precursores do freud? São
especialistas em acupuntura? São divogados(desculpem-me, digo, "Dr"s
divogados)? São irmãos do 'ID'? São noolistas?
> []'
> Léo {sim, aquele!}
>
> PS: Nada pessoal.



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SUBJECT: Re: Acupuntura
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/01/2003 02:27

Oi Lígia,

Lígia: Se eu não me engano, a Noosfera foi criada justamente
prá "desafogar" a Ciencialist desses assuntos, digamos, "incômodos".
Por falar nisso, por que você não posta mais mensagens por lá? Prá
que ficar quebrando garrafa de cerveja na mesa e chamar o Léo prá
briga?

Manuel: Você não me entende porque o seu hipotálamo de mulé é
diferente do meu. Na fase intra-uterina do meu desenvolvimento
ontogenético, recebi doses exageradas de testosterona, que é um
hormônio de macho. Por isso, assim como o Léo, eu gosto é de briga! O
meu negócio é guerra com faxina étnica! E fico extremamente corajoso
ao saber que o contato com o meu adversário é via sátélite, que ele
está distante de mim mil quilômetros ou mais; que ele não pode
revidar imediatamente a não ser com inofensiva verborragia. Ao
descobrir a Internet, recuperei o meu amor-próprio: no espaço
virtual, sinto-me igual ao Gengis Kan!

Lígia e Manuel: E a todos os interssados em assuntos "psicos", o
convite ainda está aberto:

http://br.groups.yahoo.com/group/noosfera/

Abraços,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: Fw: Pergunta
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/01/2003 03:17

Oi Guilherme

Guilherme: Manuel, O zero é alguma coisa bem diferente do nada.

Manuel: Se você pensa no nada (ausência de matéria, energia e espaço-
tempo), está a pensar em 'algo'. Ora, 'algo é', 'algo existe'. Vale
dizer, o nada 'é': o nada é 'ser'.

Ser = Existência. O nada não é outra coisa que a expressão mais
simples e irredutível da Existência.

O Zero é esse nada relativo, na medida em que não representa a
ausência de números, mas um número muito particular.

Assim como o zero é um número e o vazio é um conjunto, o nada é o ser
em seu estágio inicial, estágio este que antecedeu ao Big-Bang.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Acupuntura
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/01/2003 04:23

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
He he he ... De verdade em verdade vos digo ... álcool faz mal à
psique e embacia os sentidos e, sentidos deturpados, levam à
fragilidade dos pensamentos. Em outras palavras, prender-se às
picuinhas do pensar baixo (psicos, freud, agulhas milenares, leis
jurídicas, filosofia de rodapé etc.) é o máximo permitido aos seus
frágeis quatro neurônios. Assim nascem os ícones do NADA!

Manuel: Para imaginar esse besteirol acima, só se eu estivesse em
estado de coma alcoólica, sonhando. O impressionante é que existem
babacas e débeis mentais capazes disso em completo estado de
sobriedade. Esse Léo merece mesmo o prémio capim-de-ouro.

Quanto ao álcool, neste momento estou bebendo Johnnie Walker Red
Label, com gelo. Tin-tim!

Sua insinuação acerca do meu alcoolismo é um demonstrativo da sua
baixa natureza: com certeza, deve pertencer àquela cambada que está o
tempo todo demarcando o território, com a urina e com as fezes (Você
só fala merda!). Você odeia o que lhe é diferente, não suporta o
Outro, o Estrangeiro: o fumante, o alcóolatra, o religioso, o
místico, o judeu, o negro, etc.

Ainda bem que você não representa a maioria. Se fosse, eu teria medo.
Como não é, o meu sentimento por você é compaixão, pena. E vontade de
ridicularizar, para que seus sentimentos não contaminem os outros.

Cordialmente,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Fw: Irmaos Bogdanov
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/01/2003 05:11

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> É ... há doutores demais pelas redondezas. Por que tanto trabalho
empreendido pelos irmãos Bogdanov para conseguir um diploma de Dr.;
bastaria entrar numa 'faculdade' de direito, logo ali na esquina,
freqüentando às 4as. e 6as feiras.

Manuel: Léo, não entendo essa sua raiva com relação aos advogados. É
um sentimento irracional. Sei que a sua mulher formou-se em Direito
recentemente. Às vezes penso que essa sua raiva nada mais é que
medo 'chifre'. Você não confia na sua mulher? Você não se garante
como homem?

Abraços,
Manuel Bulcão (Bacharel em Direito)



SUBJECT: Re: Fw: Irmaos Bogdanov-correção
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/01/2003 05:23

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> É ... há doutores demais pelas redondezas. Por que tanto trabalho
empreendido pelos irmãos Bogdanov para conseguir um diploma de Dr.;
bastaria entrar numa 'faculdade' de direito, logo ali na esquina,
freqüentando às 4as. e 6as feiras.

Manuel: Léo, não entendo essa sua raiva com relação aos advogados. É
um sentimento irracional. Sei que a sua mulher formou-se em Direito
recentemente. Às vezes penso que essa sua raiva nada mais é que
medo de 'chifre'. Você não confia na sua mulher? Você não se garante
como homem?

Abraços,
Manuel Bulcão (Bacharel em Direito)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Acupuntura
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/01/2003 10:45

Escuita Mané, com seus 4 neurônios (o que lhe permitiu ser bacharel em direito) e uma boa dose alcoólica só poderia resulta uma generalização insana tal qual: "Você odeia o que lhe é diferente, não suporta o Outro, o Estrangeiro: o fumante, o alcoólatra, o religioso, o místico, o judeu, o negro, etc.".

Ou, ainda, uma conclusão deturpada sobre os maridos cujas esposas já se encaminham para o MP, qual seja: "Sei que a sua mulher formou-se em Direito recentemente. Às vezes penso que essa sua raiva nada mais é que medo 'chifre'. Você não confia na sua mulher? Você não se garante
como homem?". As mulheres que se tornam divogadas também tornam-se 'infiéis'? É uma das normas da corporação OAB? Ou é produto do 'Johnnie Walker Red Label'?

Ou, simplesmente, é a ética típica do divogado: "não importa se ganho ou perco a causa, se demora a ser julgada ou não (ponho a culpa da lentidão do juiz), o que importa é que ganho sempre, meus 20 a 30% do total da causa, seja de um lado ou do outro." ... nada como ser intermediário/atravessador/parasita, com título de 'Dr.' !

[ + de 1000 km ]'

Léo {aquele que luta quase só contra o NADA justificando COISA ALGUMA}

PS: Nada, pessoal (é o melhor dos esportes!)
========================================


======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sábado, 25 de janeiro de 2003 04:23
Assunto: [ciencialist] Re: Acupuntura


--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
He he he ... De verdade em verdade vos digo ... álcool faz mal à
psique e embacia os sentidos e, sentidos deturpados, levam à
fragilidade dos pensamentos. Em outras palavras, prender-se às
picuinhas do pensar baixo (psicos, freud, agulhas milenares, leis
jurídicas, filosofia de rodapé etc.) é o máximo permitido aos seus
frágeis quatro neurônios. Assim nascem os ícones do NADA!

Manuel: Para imaginar esse besteirol acima, só se eu estivesse em
estado de coma alcoólica, sonhando. O impressionante é que existem
babacas e débeis mentais capazes disso em completo estado de
sobriedade. Esse Léo merece mesmo o prémio capim-de-ouro.

Quanto ao álcool, neste momento estou bebendo Johnnie Walker Red
Label, com gelo. Tin-tim!

Sua insinuação acerca do meu alcoolismo é um demonstrativo da sua
baixa natureza: com certeza, deve pertencer àquela cambada que está o
tempo todo demarcando o território, com a urina e com as fezes (Você
só fala merda!). Você odeia o que lhe é diferente, não suporta o
Outro, o Estrangeiro: o fumante, o alcóolatra, o religioso, o
místico, o judeu, o negro, etc.

Ainda bem que você não representa a maioria. Se fosse, eu teria medo.
Como não é, o meu sentimento por você é compaixão, pena. E vontade de
ridicularizar, para que seus sentimentos não contaminem os outros.

Cordialmente,
Manuel Bulcão


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SUBJECT: Re: Acupuntura
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/01/2003 11:11

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Oi Lígia,

Oi Manuel... :)


> Manuel: Você não me entende porque o seu hipotálamo de mulé é
> diferente do meu. Na fase intra-uterina do meu desenvolvimento
> ontogenético, recebi doses exageradas de testosterona, que é um
> hormônio de macho. Por isso, assim como o Léo, eu gosto é de briga!

Opa! Os florais de Minas pelo jeito não deram jeito não. Vou tomar
uma medida drástica e receitar as internacionalmente
famosas "Essências Animais"! Diretamente dos EEUU, a "Essência de
Gamo" promove o ajustamento dessa fúria, permitindo que você desfrute
de sua machesa, sofrendo sem sentir dor... puro deleite! :))

http://www.rainbowcrystal.com/bach/animalessence1.html


> O meu negócio é guerra com faxina étnica! E fico extremamente
corajoso
> ao saber que o contato com o meu adversário é via sátélite, que ele
> está distante de mim mil quilômetros ou mais; que ele não pode
> revidar imediatamente a não ser com inofensiva verborragia. Ao
> descobrir a Internet, recuperei o meu amor-próprio: no espaço
> virtual, sinto-me igual ao Gengis Kan!

Ah tá... tem também a Essência de Pomba! Ela há de trazer paz a
esse coraçãozinho empedernido. Leia mais:

http://www.essences.com/vibration/feb02/doveanimalessence.html

Com essa estória de violência você está cavando um karma ruim...
depois não reclame quando tiver que defumar suas cuecas com estrume
seco de elefante prá espantar o Exú Caveira da sua vida!


> Lígia e Manuel: E a todos os interssados em assuntos "psicos", o
> convite ainda está aberto:
>
> http://br.groups.yahoo.com/group/noosfera/


Aviso aos navegantes: o ringue por lá é menorzinho e alguns Egos mais
inflamados podem vir a sentir claustrofobia... :)

Beijos, Lígia



SUBJECT: Ainda acupuntura
FROM: Álvaro Prieto <alprieto@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/01/2003 14:20

Respondendo a Alvaro Augusto :
Eh simples: a acupuntura tem interesse em area medica pois anestesicos
poderosos sao extremamente perigosos, nem sempre podem ser aplicados. Uma
anestesia geral te leva ao limiar da morte, so nao estamos no fio da navalha
graças ao apoio de monitoramento tecnologico a que o anestesiologista tem
recurso. Mas acidentes sao mais comuns do que o mero acaso explica. Alias eh
questao de policia o numero de pessoas que passam desta pra melhor nos
fundos de quintais das clinicas de lipoaspiraçao no Brasil.
Segundo o repertorio de anestesicos locais disponiveis para a medicina eh
muito estrito, e aqueles eficazes quando existe um processo infeccioso ou
inflamatorio no local eh praticamente nulo.
Terceiro eh tendencia da medecina moderna a utilizar os proprios mecanismos
endogenos do corpo no processo de cura ao invez de utilzar substancias
quimicas estanhas ao organismo. Medicamentos quimicos atuam de forma nao
dirigida subvertendo a fisiologia do corpo como um todo.
Conforme avança a tecnologia e o conhecimento bioquimico e fisiologico
abrem-se portas para que possamos modular a bioquimica do organismo fazendo
intervençoes seguras e com alvos determinados. Desta forma o uso de
hormonios e neuromediadores eh uma nova fronteira da medicina. Como
manipular substancia e processos que nosso proprio corpo fabrica em
determinados locais eh uma questao complexa e crucial mas na qual a
acupuntura e seus correlatos como eletroestimulaçao e foto-estimulaçao de
nervos tem se mostrado util.
Pro fim nao eh apenas no controle da dor que essa abordagem tem se mostrado
util aos cientistas do campo mas eh uma tecnica capaz de modular pressao
sanguinea e interferir em processos de cicatrizaçao, inflamaçao e imunidade,
o que abre multiplas perspectivas terapeuticas.
Pense porque seu sistema imune atua em uma articulaçao determinada e causa
inflamaçao em seus tendoes em decorrencia dos teus vicios posturais ou da
maneira que voce digita ao teclado de forma incorreta? quais sao os
mecanismos fisiologicos e qual o sistema de comunicaçao celula a celula
percebe que avisa que existe algo errado com seu corpo e desencadeia a
resposta inflamatoria no local?!
E porque muitas vezes apesar de corrigir a causa primal que desencadeou a
inflamaçao seu corpo continua o processo de forma descontrolada?.
De que forma podemos identificar utilizar e modular as substancia quimicas
que os neuronios e outras celulas sintetizam e liberam nos processos de
informaçao envolvidos na fisiologia e na patologia?
No momento que pudermos atuar nesse nivel, estaremos fazendo um tipo de
medicina que nao eh nova mas que eh muito mais exata e poderosa por intervir
no proprio processo bioquimico em questao.
Pode parecer medicina da "sickbay" de jornada das estrelas, mas eh esta a
perspectiva atual da medicina. Ao pensar em intervir no proprio processo
bioquimico, o sistema nervoso adquire importancia ultima ja que ele faz
mais que conduzir impulsos eletricos. Sua principal funçao eh a de secretar
substancias neuroendocrinas na terminaçao nervosa e das quais dependem quase
todos os nossos processos celulares bioquimicos. Dai serem importantes todo
e qualquer avanço em tecnologia fisica de resgistro e sensoriamento
(tomografia etc) dessa atividade mas tambem todo e qualquer avanço capaz de
intervençao (laser, microletrodos etc). Por fim passa a ser fundamental
isolar e saber manipular essas substancias e entre as mais importantes estao
os hormonios locais, os peptideos neuromoduladores e neurotransmissores.
Fora esse efetores, tem crucial importancia na bioquimica, as proteinas
receptoras dessas moleculas que sao o gatilho do encadeamento dos processos
de resposta subsequentes dentro da celula.
Eh dentro deste contexto que receptores opioides e endorfinas ganham
relevancia ainda que sejam um aspecto marginal desse todo complexo e
acupuntura tem no minimo a importancia fundamental de chamar a atençao para
esse aspecto.
Fora isto quero chamar a atençao para outro aspecto: a importancia do
treinamento do individuo ja que nao eh o caso de enfiar uma agulha em
qualquer local do corpo ou aplicar laser ou corrente eletrica em qualquer
local. O ponto eh determinado para um determinado efeito desejado. Isto em
razao da arquitetura anatomica do corpo. Ocorre que apesar da planta geral a
qual nossos acidentes anatomicos e o caminho que nossos nervos percorrem
variam de individuo a individuo e de especie para especie animal. Eh
portanto, relevante o treino unico que o individuo humano detem no momento
de escolher o local da intervençao. Futuramente talvez seja possivel ter
mapas que incluam as variaçoes individuais mas por enquanto a sensibilidade
e treino do aplicador eh ainda crucial em intervençoes do tipo preconizado
pela acupuntura.
A prieto



SUBJECT: [ciencialist] Fw: Pergunta
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/01/2003 14:57

José Colucci Jr. escreveu: "A razão humana é tão dependente do tempo (para os mais chegados a uma filosofiazinha, os três "a priori" de Kant: tempo, espaço e causalidade) que é impossível encontrar no vocabulário uma maneira adequada de exprimir o conceito."

José Renato escreve: Colucci usou, na frase acima, uma palavra que me leva a escrever esse comentário. A razão humana tornou-se dependente do tempo que, como uma droga, pode ser usada consciente e responsavelmente como remédio, em benefício da humanidade, mas pode também viciar e provocar muitos dissabores.
Para começarmos a sair dessa dependência, sugiro a leitura do meu artigo "Uma questão de tempo", no endereço: http://br.groups.yahoo.com/group/acropolis/files/Membros/Jose%20Renato%20M.%20de%20Almeida/
Nesse artigo, introduzo o termo "espaço-movimento" que resume os três "a priori" de Kant e engloba todos os demais conceitos, inclusive os não mencionados acima.
Abraços.
José Renato
_________________________________

----- Original Message -----
From: Jose Colucci Jr.
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, January 24, 2003 2:41 AM
Subject: RE: [ciencialist] Fw: Pergunta (COMPLEMENTO)


>Guilherme Peixoto: Discordo do que ele [José Colucci] escreveu a
seguir: <<A resposta mais correta para a pergunta "O quehavia antes do
Big Bang" é: nada.>> Acredito que a resposta mais adequada seja: "não se
sabe".<

Guilherme,

Continuo achando que a resposta mais correta, não necessariamente a mais
didática, é: nada. Se o Big Bang é o princípio do tempo, nada há antes
dele. A resposta "não se sabe" é menos informativa. A razão humana é tão
dependente do tempo (para os mais chegados a uma filosofiazinha, os três
"a priori" de Kant: tempo, espaço e causalidade) que é impossível
encontrar no vocabulário uma maneira adequada de exprimir o conceito. Se
digo "não se sabe o que havia antes", pressuponho a existência do tempo
tal como a nossa percepção o reconhece, e uma continuidade do eixo do
tempo anterior à explosão cósmica. Sabemos que no domínio das dimensões
subatômicas a dimensão tempo é intercambiável com a dimensão espaço. É
possível que nos primeiros instantes do universo o tempo tenha surgido
do espaço (acho que a idéia é de Hawking -- "Breve história do tempo").

Como sei que raramente tenho uma idéia original, especialmente num
assunto onde não sou mais do que um amador, suspeitei que tivesse lido
isso em algum lugar. Dei uma fuçada na Internet e ... Bingo!: está lá
num artigo de Paul Davies (um físico de quem não sou grande fã).
Consulte em:

What Happened Before the Big Bang?
http://www.fortunecity.com/emachines/e11/86/big-bang.html

Um abraço,
Colucci


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: [ciencialist] Fw: Pergunta
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/01/2003 15:34

Caro Alberto, vc não está sozinho no entendimento de que, provavelmente, os big-bangs ocorrem com muito maior freqüência do que o "único" atualmente mais aceito.
No meu artigo "Medo" publicado no século passado, em 06.03.1993, no caderno Cultural do jornal A TARDE, páginas 2 e 3, já constavam as seguintes observações:

[ Certamente o conhecimento humano obterá grande impulso quando a cultura e a ciência livrarem-se de crenças arraigadas e às vezes nem percebidas. Umas tolas, outras complexas, envolvidas com conhecimento científico, como: o entendimento do tempo - uma relação matemática entre movimentos, como um percentual, sem existência física(1); a velocidade da luz como o limite máximo de velocidade no Universo(2); e o big-bang único para o "início" do Universo, a partir de um ovo-cósmico infinitamente denso(3).

Os cientistas procuram substituir as "certezas religiosas" por "certezas científicas", mas têm consciência de que o conhecimento humano é sempre parcial e provisório. Não cabe portanto impor-nos limites definitivos enquanto há possibilidades razoáveis. ]


Abraços.

José Renato
ET. O artigo completo "Medo" pode ser lido no site:
http://br.groups.yahoo.com/group/acropolis/files/Membros/Jose%20Renato%20M.%20de%20Almeida/
_________________________________

----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, January 24, 2003 3:59 AM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Pergunta


----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Wednesday, January 22, 2003 11:57 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Pergunta

Olá Léo

Estou assistindo mais ou menos de camarote as discussões, pois creio que
nesse caso eu seria a pior pessoa para palpitar. O que eu penso a respeito
do big bang não está nos livros, e só serviria para confundir a cabeça do
rapaz. Mas eu acredito que você conseguiu fazer uma boa síntese. Você foi
muito além do que ele perguntou, mas entendi a justificativa: Na realidade
você não está respondendo a uma pessoa, mas a um conjunto de pessoas que no
decorrer do tempo surgiram com questionamentos vários, porém relacionados.
Isso é muito bom, e quero crer que acabará se completando com mais um artigo
para o Imperdível.

Concordo com algumas críticas, principalmente aquelas que podem dar margem a
interpretações dúbias, como bem apontou o Colucci. Sinceramente, não é
fácil imaginar como poderia ter acontecido uma explosão que sequer sabemos
se realmente aconteceu. Existem muitas coisas bem estudadas a respeito mas
existem também muitas especulações, mas é justamente isso o que caracteriza
uma ciência de vanguarda. Eu não estranho muito esse enxame especulativo
talvez por ter começado minha vida como cientista na área da medicina.
Lembro de uma doença que tinha 19 teorias para explicar sua origem, e com
muito esforço conseguíamos desprezar uma dez, permanecendo então com quase
outras dez. E veja bem, não estou falando em interpretações relacionadas a
um mesmo pano de fundo (por exemplo, o número de interpretações quânticas).
Não! Cada uma dessas 19 teorias praticamente excluia as 18 restantes.
Nenhuma era um caso particular de outra. Isso quase não existe na física do
dia-a-dia, mas acaba existindo nas suas fronteiras, e a astronomia situa-se
numa dessas fronteiras. Quase podemos dizer que a astronomia faz parte da
física (digo física no sentido estrito, aquele conjunto de disciplinas que
se congregam num bacharelado, pois num lato senso todas as ciências naturais
seriam capítulos da física).

Acho também que você foi bastante prudente em vários aspectos. Essa história
de tempo inexistente está muito mal contada. Uma coisa seria dizermos
que não se pode afirmar nada sobre o que aconteceu antes de um determinado
evento; outra coisa seria dizer que não existe esse "antes". Ora, baseado em
que? Na navalha de Occam? A navalha de Occam é uma regrinha muito útil, mas
não deixa de ser uma simples regrinha. E é uma regrinha para ser utilizada
por gente de bom senso. Jamais poderemos comprovar inexistências, nem pela
navalha de Occam, nem por equações matemáticas. O inexistente não se
manifesta, logo não é objeto da ciência. Se o tempo "algum dia" não existiu,
isso nunca iremos saber. Afinal, existiu esse "algum dia" de tempo
inexistente? Isso é filosofia pura. Gosto muito de filosofia, acho que o
raciocínio filosófico auxilia muito ao cientista teorizador, mas não vou
ficar gastando meu tempo tentando provar que um argumento que não se sujeite
à falseabilidade --ainda que seja em teoria, como por exemplo nas
experiências de pensamento-- possa ser considerado como uma especulação de
valor científico. É nesse sentido que deveria ser interpretado o "Não faço
hipóteses" de Newton, qual seja, Newton não fazia especulações que não
estivessem bem fundamentadas [certo ou errado, Newton chamava a isso, no
século XVII, por hipótese -- hoje sabemos que hipótese é outra coisa].

Sinto não poder ajudá-lo mais, mas na verdade acredito num universo sem
princípio nem fim, mas não estático. As galáxias não estão em repouso, mas
viajando a partir de um ponto. Esse ponto não foi um big bang. *É um
big bang*. O big bang é uma explosão eterna e dotada das condições propícias
para reverter, no nível microcósmico, os fenômenos que se nos parecem
irreversíveis. Graças a isso a entropia total do universo é sempre
constante. Também não creio que exista um único big bang, mas provavelmente
infinitos (Eta palavra incômoda!). Ou seja, além do "nosso" universo existem
infinitos outros do mesmo tipo, e com big bangs em seus centros. Absurdo?
Sim, absurdo! Mas tão absurdo quantos outros absurdos que estão por aí. Tão
absurdo quanto 18 dentre as 19 teorias que citei acima. A diferença
fundamental é que o que eu digo não está nos livros, e as 19 teorias
estavam. Logo, o que digo não tem nenhum valor científico, a não ser para
mim, e até que eu consiga vender esse peixe para uma grupo razoável. Ciência
é isso.

Volto a dizer. O artigo está muito bom pois: 1) traduz em palavras aquilo
que a comunidade científica aceita; 2) chama a atenção para vários
pensamentos conflitantes, mas aceitos por parcelas razoáveis de físicos; 3)
quero crer que está didático para a platéia a que se destina.

No mais, acho que o Colucci, a Lígia, o Guilherme e o Eduardo foram bastante
felizes em suas recomendações e quero crer que você saberá valorizá-las no
contexto em que o trabalho está sendo escrito. Sinto não poder ter ajudado,
mas nem por isso poderia deixar de parabenizá-lo e desejar-lhe sucesso em
mais esta empreitada.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Pergunta
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/01/2003 18:28

----- Original Message -----
From: "José Renato"
Sent: Saturday, January 25, 2003 2:34 PM
Subject: [ciencialist] Fw: Pergunta

> Caro Alberto, vc não está sozinho no entendimento de que, provavelmente,
> os big-bangs ocorrem com muito maior freqüência do que o "único"
> atualmente mais aceito. No meu artigo "Medo" publicado no século passado,
> em 06.03.1993, no caderno Cultural do jornal A TARDE, páginas 2 e 3, já
> constavam as seguintes observações:

Prezado José Renato

Realmente não estou sozinho. Existe muita gente procurando por novas saídas
e freqüentemente tenho me defrontado com alguns desses valorosos rebeldes
que ousam enfrentar o academicismo de seu tempo. O problema é que existe uma
academia a reunir os adeptos do marasmo, enquanto os rebeldes ficam quase
falando sozinhos. Posso até mesmo me rebelar contra a atitude dogmatizante e
inibidora da criatividade, que constato existir nos meios universitários.
Mas não posso em hipótese alguma dizer que eles seriam os responsáveis pela
desunião verificada entre os rebeldes.

Tenho tentado discutir com muitos desses que tem teorias alternativas.
Alguns são brasileiros, mas a maioria é do exterior. No início é uma delícia
e somos todos ouvidos. Até a hora em que um dos dois tenta impor uma idéia a
modificar a teoria do outro. Pois os dois tem teorias alternativas, mas via
de regra são duas teorias incompatíveis entre si. Ou seja, mesmo esses
rebeldes estão ainda contaminados pelo dogmatismo, só que é um dogmatismo
inerente a sua própria teoria. Noto que eles não conseguem raciocinar por
hipóteses de terceiros. E isso é muito grave, pois ou eu acabo me
contentando em discutir tão somente a teoria de meu oponente, em aceitar
suas hipóteses de trabalho --e isso dá um trabalho desgraçado-- ou então eu
acabo me fechando em copas, e o diálogo lentamente vai minguando, pois ele,
via de regra, não está disposto a fazer o mesmo.

Na universidade encontramos um dogmatismo generalizante, do tipo descrito
por Thomas Kuhn. Mas o que estou tentando mostrar é que essa tendência acaba
contaminando até mesmo aqueles que se rebelam a esse dogmatismo, pois estes
acabam criando seu dogmatismo particular. Não seria dogmatismo se o
indivíduo tivesse a mente aberta, conseguisse se liberar de seus
pressupostos ao discutir uma teoria de outro, mas é muito raro encontrar um
cientista teorizador com essa particularidade. O próprio Einstein, que sabia
valorizar trabalhos que iam contra seus pressupostos, chegou a comentar
isso, afirmando: "O criador tem esta característica: as produções de sua
imaginação se impõem a ele, tão indispensáveis, tão naturais, que não pode
considerá-las como imagem de espírito, mas as conhece como realidades
evidentes." Ou seja, é muito difícil para um teorizador ser crítico de
teorias de outros.

Eu sempre gostei dos teoremas da matemática, pois eles se propõem a
demonstrar uma tese a partir de hipóteses. Começada a demonstração, não
importa mais se a hipótese é verdadeira ou falsa, ela é aceita como
verdadeira e ponto final. E todo matemático sabe que, ao ter demonstrado o
teorema, a tese será verdadeira se, mas somente se, a hipótese for
verdadeira.

É incrível, mas noto que os cientistas de hoje não sabem mais trabalhar com
hipóteses. As críticas mais inteligíveis que tenho recebido às minhas
teorias (de físicos respeitáveis) são do tipo: Isso não é possível pois vai
contra a teoria da relatividade. Ora, em qual das hipóteses da minha teoria
está implícito que a teoria da relatividade deveria ser verdadeira?
Simplesmente em nenhuma! Porque então a teoria deveria se compatibilizar com
algo estranho a seu núcleo? Aí eu começo a meter o pau nas teorias em que
eles acreditam, e vou direto às hipóteses que sustentam essas teorias.
Conseqüência: Eles ficam totalmente desorientados, pois não conhecem os
alicerces das teorias em que acreditam, e deixam-me falando sozinho. E eu me
pergunto: Que raios de orientação eles estão dando para seus orientandos?
Quero crer que a resposta entá contida em um comentário saido no JC-email e
reproduzido pelo Léo em mensagem recente: "no fundo no fundo, o mundo
acadêmico nada mais é que um discurso vazio, um bailado de significantes sem
significado, uma soma de monólogos de mentes brilhantes e vaidosas, uma
superstição superior."

> [Certamente o conhecimento humano obterá grande impulso quando a cultura e
> a ciência livrarem-se de crenças arraigadas e às vezes nem percebidas.
> Umas tolas, outras complexas, envolvidas com conhecimento científico,
> como: o entendimento do tempo - uma relação matemática entre movimentos,
> como um percentual, sem existência física(1); a velocidade da luz como o
> limite máximo de velocidade no Universo(2); e o big-bang único para o
> "início" do Universo, a partir de um ovo-cósmico infinitamente denso(3).
> Os cientistas procuram substituir as "certezas religiosas" por "certezas
> científicas", mas têm consciência de que o conhecimento humano é sempre
> parcial e provisório. Não cabe portanto impor-nos limites definitivos
> enquanto há possibilidades razoáveis. ]

Assino embaixo.

PS.: Li o artigo indicado e achei bastante interessante. Gostei também dos
links, mas são tantos que não há como comentá-los agora, pois vou precisar
descolar um bom tempo para me atualizar a respeito. De qualquer forma,
valeu.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: O sonho de Mendeleiev
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/01/2003 20:30

Olá.

> Newton, o bruxo alquimista, também procurava algumas interpretações
científicas em textos religiosos. Uma história apócrifa diz que ele
tentou localizar a entrada do inferno através de passagens bíblicas.
Pra quem criou o Cálculo Diferencial (não esqueci de Leibniz) e
estabeleceu novos padrões para a Ciência moderna, estes
hábitos "estranhos" são, em minha opinião, irrelevantes.

Irrelevantes para nós. Newton achava que seus estudos religiosos eram
sua maior contribuição, e seriam por esses estudos que ele seria
lembrado. Vai saber o que se passava em sua mente.

> Estudando a História da Ciência podemos perceber que muitos
cientistas consagrados abraçaram idéias que nada tinham de
científicas como, por exemplo, o flogístico, o éter luminífero(pré-
Relatividade)

Acho que essas não eram idéias tão absurdas. Eram suposições teóricas
sem bases experimentais, mas muita ciência avança desta forma.
Primeiro se concebe a coisa teoricamente, depois se encontra os
resultados empíricos que a sustentam. O flogístico procurava dar
alguma base teórica para o fogo, e o éter procurava explicar como a
luz pode se propagar no nada. Eu entendo muito pouco do assunto, mas
nunca fiquei satisfeito com essa idéia de que a luz se propaga no
nada. Acho que existe sim um meio para ela, nem que seja a própria
estrutura do espaço (pois este, acredito, tem que apresentar uma
estrutura).

> ou ganhavam dinheiro com elas, como no caso de Kepler que pagava as
contas fazendo cartas astrológicas para a nobreza.

Kepler era outro místico desvairado. Me parece que ele não era
chegado a empirismos alquímicos como Newton, mas aquelas associações
das órbitas dos planetas com os sólidos perfeitos é cósmica.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Pergunta
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/01/2003 21:12


>From: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Re: Fw: Pergunta
>Date: Sat, 25 Jan 2003 05:17:37 -0000
>
>Oi Guilherme
>
>Guilherme: Manuel, O zero é alguma coisa bem diferente do nada.
>
>Manuel: Se você pensa no nada (ausência de matéria, energia e espaço-
>tempo), está a pensar em 'algo'. Ora, 'algo é', 'algo existe'. Vale
>dizer, o nada 'é': o nada é 'ser'.
>
>Ser = Existência. O nada não é outra coisa que a expressão mais
>simples e irredutível da Existência.
>
>O Zero é esse nada relativo, na medida em que não representa a
>ausência de números, mas um número muito particular.
>
>Assim como o zero é um número e o vazio é um conjunto, o nada é o ser
>em seu estágio inicial, estágio este que antecedeu ao Big-Bang.

Olá Manuel,

O vazio é um conjunto, mas esse sentido é abstrato, ou seja, é
uma idéia matemática. O nada ontológico, esse sim, nada tem a ver
com o zero, ou o conjunto vazio.

De fato, o nada é uma idéia que tem um atributo (o de não ser
alguma coisa), o que faz dele um ser. Esse paradoxo eu não sei
resolver, mas ainda assim há uma diferença fundamental entre esse
"nada" e o zero. O zero é um conceito matemático, definido como
o elemento neutro para a operação de soma, logo ele é manifestamente
algum ser, mesmo que no plano ideal. O nada, em contraste, por
definição, não é um ser.

Abraços,

Guilherme


_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ainda acupuntura
FROM: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>" <alvaro@lunabay.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/01/2003 21:49

Se a situação é assim tão simples, então que alguém se arrisque a fazer um
tratamento de canal com anestesia via acupuntura!! Eu tô fora...

Talvez fosse melhor usar o método vulcano: "a dor é uma coisa da mente, e a
mente pode ser controlada".

[ ]s

Alvaro Augsto


-----Mensagem Original-----
De: "Álvaro Prieto" <alprieto@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Sábado, 25 de Janeiro de 2003 14:20
Assunto: [ciencialist] Ainda acupuntura


> Respondendo a Alvaro Augusto :
> Eh simples: a acupuntura tem interesse em area medica pois anestesicos
> poderosos sao extremamente perigosos, nem sempre podem ser aplicados.
Uma
> anestesia geral te leva ao limiar da morte, so nao estamos no fio da
navalha
> graças ao apoio de monitoramento tecnologico a que o anestesiologista tem
> recurso. Mas acidentes sao mais comuns do que o mero acaso explica. Alias
eh
> questao de policia o numero de pessoas que passam desta pra melhor nos
> fundos de quintais das clinicas de lipoaspiraçao no Brasil.
> Segundo o repertorio de anestesicos locais disponiveis para a medicina eh
> muito estrito, e aqueles eficazes quando existe um processo infeccioso ou
> inflamatorio no local eh praticamente nulo.
> Terceiro eh tendencia da medecina moderna a utilizar os proprios
mecanismos
> endogenos do corpo no processo de cura ao invez de utilzar substancias
> quimicas estanhas ao organismo. Medicamentos quimicos atuam de forma nao
> dirigida subvertendo a fisiologia do corpo como um todo.
> Conforme avança a tecnologia e o conhecimento bioquimico e fisiologico
> abrem-se portas para que possamos modular a bioquimica do organismo
fazendo
> intervençoes seguras e com alvos determinados. Desta forma o uso de
> hormonios e neuromediadores eh uma nova fronteira da medicina. Como
> manipular substancia e processos que nosso proprio corpo fabrica em
> determinados locais eh uma questao complexa e crucial mas na qual a
> acupuntura e seus correlatos como eletroestimulaçao e foto-estimulaçao de
> nervos tem se mostrado util.
> Pro fim nao eh apenas no controle da dor que essa abordagem tem se
mostrado
> util aos cientistas do campo mas eh uma tecnica capaz de modular pressao
> sanguinea e interferir em processos de cicatrizaçao, inflamaçao e
imunidade,
> o que abre multiplas perspectivas terapeuticas.
> Pense porque seu sistema imune atua em uma articulaçao determinada e
causa
> inflamaçao em seus tendoes em decorrencia dos teus vicios posturais ou da
> maneira que voce digita ao teclado de forma incorreta? quais sao os
> mecanismos fisiologicos e qual o sistema de comunicaçao celula a celula
> percebe que avisa que existe algo errado com seu corpo e desencadeia a
> resposta inflamatoria no local?!
> E porque muitas vezes apesar de corrigir a causa primal que desencadeou
a
> inflamaçao seu corpo continua o processo de forma descontrolada?.
> De que forma podemos identificar utilizar e modular as substancia
quimicas
> que os neuronios e outras celulas sintetizam e liberam nos processos de
> informaçao envolvidos na fisiologia e na patologia?
> No momento que pudermos atuar nesse nivel, estaremos fazendo um tipo de
> medicina que nao eh nova mas que eh muito mais exata e poderosa por
intervir
> no proprio processo bioquimico em questao.
> Pode parecer medicina da "sickbay" de jornada das estrelas, mas eh esta a
> perspectiva atual da medicina. Ao pensar em intervir no proprio processo
> bioquimico, o sistema nervoso adquire importancia ultima ja que ele faz
> mais que conduzir impulsos eletricos. Sua principal funçao eh a de
secretar
> substancias neuroendocrinas na terminaçao nervosa e das quais dependem
quase
> todos os nossos processos celulares bioquimicos. Dai serem importantes
todo
> e qualquer avanço em tecnologia fisica de resgistro e sensoriamento
> (tomografia etc) dessa atividade mas tambem todo e qualquer avanço capaz
de
> intervençao (laser, microletrodos etc). Por fim passa a ser fundamental
> isolar e saber manipular essas substancias e entre as mais importantes
estao
> os hormonios locais, os peptideos neuromoduladores e neurotransmissores.
> Fora esse efetores, tem crucial importancia na bioquimica, as proteinas
> receptoras dessas moleculas que sao o gatilho do encadeamento dos
processos
> de resposta subsequentes dentro da celula.
> Eh dentro deste contexto que receptores opioides e endorfinas ganham
> relevancia ainda que sejam um aspecto marginal desse todo complexo e
> acupuntura tem no minimo a importancia fundamental de chamar a atençao
para
> esse aspecto.
> Fora isto quero chamar a atençao para outro aspecto: a importancia do
> treinamento do individuo ja que nao eh o caso de enfiar uma agulha em
> qualquer local do corpo ou aplicar laser ou corrente eletrica em qualquer
> local. O ponto eh determinado para um determinado efeito desejado. Isto
em
> razao da arquitetura anatomica do corpo. Ocorre que apesar da planta
geral a
> qual nossos acidentes anatomicos e o caminho que nossos nervos percorrem
> variam de individuo a individuo e de especie para especie animal. Eh
> portanto, relevante o treino unico que o individuo humano detem no
momento
> de escolher o local da intervençao. Futuramente talvez seja possivel ter
> mapas que incluam as variaçoes individuais mas por enquanto a
sensibilidade
> e treino do aplicador eh ainda crucial em intervençoes do tipo
preconizado
> pela acupuntura.
> A prieto
>



SUBJECT: O enigma do parafuso
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2003 05:29

http://www.feiradeciencias.com.br/sala25/25_C03.asp

Nesse endereço coloquei (após sérias modificações no texto/figura original) um 'enígma' proposto pelo consulente Mário Samartano. É interessante. Apreciaria comentários.
Nota: Quem enviar comentário, acrescente se dá ou não permissão, dele ser publicado no Imperdível.

Aquele abraço,
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] O enigma do parafuso
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2003 08:17

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <
Sent: Sunday, January 26, 2003 4:29 AM
Subject: [ciencialist] O enigma do parafuso

> Nesse endereço coloquei (após sérias modificações no texto/figura
> original) um 'enígma' proposto pelo consulente Mário Samartano. É
> interessante. Apreciaria comentários.

Fiz uma análise rápida da situação, mas creio que o suficiente para resolver
o paradoxo. Se perceber alguma mancada no raciocínio consertarei em msg
futura.

Eu acho que o problema está na diferença da queda de água do parafuso nos
dois casos. No caso A a água cai abruptamente, e chega ao nível mais baixo
com uma energia ½ de mv² = mgh, que transforma-se totalmente em calor. No
caso B ela cai por etapas, e essa queda é amortecida pelo aparato. A energia
cedida pela água durante a queda é a mesma nos dois casos (mgh), mas no caso
B parte dessa energia será convertida em trabalho e outra parte em calor.
Essa parte que é convertida em trabalho acabará por fim sendo convertida em
calor, mas não diretamente a partir da água, e sim das engrenagens e outras
tralhas do equipamento.

O que importa, em termos de produção de calor e aumento de entropia do
sistema é a diferença de velocidades. Sutilmente observa-se aí o segundo
princípio da termodinâmica: No caso A a queda d'água do parafuso é um
processo totalmente irreversível. No caso B o processo é "parcialmente
reversível", e quem dá o restante da irreversibilidade ao processo (pois o
final é idêntico nos dois casos) é o atrito do equipamento, que deve ser
maior no caso B do que no caso A.

> Nota: Quem enviar comentário, acrescente se dá ou não permissão, dele ser
> publicado no Imperdível.

Bem, eu nem preciso autorizar nada, o Imperdível é nosso. Se o raciocínio
estiver certo, permissão concedida. Se estiver errado, deixo a seu critério.
Se em cima desse possível erro surgir algum bom comentário, que os outros
aprendam com o meu erro. Dizem que o sábio é aquele que aprende com os erros
dos outros. Eu me contento em aprender com os meus erros.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O enigma do parafuso
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2003 12:52

Oi Alberto,

sua análise já está no Imperdível (adaptada como resposta). Confira!
http://www.feiradeciencias.com.br/sala25/25_C03.asp
[]'
Léo
PS: Aguardo mais 'opiniões' dos ciencialisteiros.
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 26 de janeiro de 2003 08:17
Assunto: Re: [ciencialist] O enigma do parafuso


| ----- Original Message -----
| From: "Luiz Ferraz Netto" <
| Sent: Sunday, January 26, 2003 4:29 AM
| Subject: [ciencialist] O enigma do parafuso
|
| > Nesse endereço coloquei (após sérias modificações no texto/figura
| > original) um 'enígma' proposto pelo consulente Mário Samartano. É
| > interessante. Apreciaria comentários.
|
| Fiz uma análise rápida da situação, mas creio que o suficiente para resolver
| o paradoxo. Se perceber alguma mancada no raciocínio consertarei em msg
| futura.
|
| Eu acho que o problema está na diferença da queda de água do parafuso nos
| dois casos. No caso A a água cai abruptamente, e chega ao nível mais baixo
| com uma energia ½ de mv² = mgh, que transforma-se totalmente em calor. No
| caso B ela cai por etapas, e essa queda é amortecida pelo aparato. A energia
| cedida pela água durante a queda é a mesma nos dois casos (mgh), mas no caso
| B parte dessa energia será convertida em trabalho e outra parte em calor.
| Essa parte que é convertida em trabalho acabará por fim sendo convertida em
| calor, mas não diretamente a partir da água, e sim das engrenagens e outras
| tralhas do equipamento. .............................


SUBJECT: Especialistas em diapasao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2003 13:43

Ois,
Cadê os especialistas em diapasão? A primeira pergunta dela não sei responder. As outras duas faço uma sugestão abaixo da mensagem da Iracema.
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Iracema
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: domingo, 26 de janeiro de 2003 09:55
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


Bom Dia! Gostaria de saber, como surgiu o diapasão? Tem jeito de aumentar o som que ele emite (sem exagerar na pancada)? Quando encosto o diapasão na caixa de ressonância o som fica mais forte; de onde vem essa energia extra?
Contato Iracema (cema_fran@uol.com.br)
Obrigada!!!!
====================

Para aumentar o som que ele emite basta eliminar a interferência destrutiva que ocorre 'entre as pernas' do diapasão (que vibram em oposição de fase). Para tanto basta revestir uma das pernas com um tubo.

Ao encostar o diapasão na caixa de ressonância o som fica mais intenso (pois aumenta o volume vibrante - ressonância), em compensação, a vibração dura menos tempo; a energia posta em jogo é a mesma.

Essas duas respostas finais, para minha satisfação geral e arquibancada, estão no Imperdível em:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala10/10_36.asp

===================

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] O enigma do parafuso
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2003 16:03

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Sunday, January 26, 2003 11:52 AM
Subject: Re: [ciencialist] O enigma do parafuso

> sua análise já está no Imperdível (adaptada como resposta).

Sinta-se à vontade nas adaptações. Se quiser retirar a tagline após a
assinatura, tudo bem. Ela foi feita mais para brincar com os
Ciencialisteiros, se bem que eu tenha utilizado em outras listas e grupos de
discussão.

> PS: Aguardo mais 'opiniões' dos ciencialisteiros.

E eu aguardo ansiosamente críticas a minha resposta. Ela saiu muito rápida
e, tão logo veio, foi para o computador e para a Ciencialist. É muito comum
cometermos erros por esse método, mas numa segunda olhada acabei achando que
é isso mesmo. Espero também que o texto tenha saído claro, pois nessas
tiradas rápidas geralmente somos confusos.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: RE: [ciencialist] Especialistas em diapasao
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2003 16:42

>Iracema: Gostaria de saber, como surgiu o diapasão? Tem jeito de
aumentar o som que ele emite (sem exagerar na pancada)? Quando encosto o
diapasão na caixa de ressonância o som fica mais forte; de onde vem essa
energia extra?<

>Luiz Ferraz Netto: Cadê os especialistas em diapasão? A primeira
pergunta dela não sei responder. As outras duas faço uma sugestão abaixo
da mensagem da Iracema.<


Léo,

A física da música é um assunto fascinante, e poderia encher volumes. O
diapasão foi inventado por John Shore, trombeteiro real inglês, em 1711.
Interessante notar que o piano foi inventado na mesma época.

A frequência do diapasão foi se alterando através dos tempos. Quando
John Shore o inventou, era inicialmente de 419.9 Hz, a mais baixa da
história. Atingiu a frequência mais alta, de 457.2 Hz, em 1879, no
diapasão proposto pelo fabricante de pianos Steinway & Sons, de Nova
York. A frequência atual, de 440 Hz, foi ratificada por norma
internacional em 1987, na minha cidade adotiva de Toronto.

Em abril de 1988, na Itália, durante a conferência "Música e Estética
Clássica", uma campanha mundial foi lançada para restaurar a afinação
original do diapasão, usada por compositores clássicos da época de Bach
a Verdi. No sistema proposto, a referência seria um C (dó) central é de
256 Hz, o que conduziria a um A4 (lá da quarta oitava) de 432 Hz. Apesar
do Instituto Schiller, um dos proponentes da mudança, alegar razões que
fariam um cético ranger os dentes, a idéia é boa. A voz humana seria a
grande beneficiária da nova afinação. Boa parte da música clássica
vocal e instrumental foi desenvolvida no período em que o diapasão era
mais baixo. Não só a música vocal é mais fácil e natural de cantar no
diapasão mais baixo, como os instrumentos acústicos soam melhor, pois
foram aperfeiçoados para ele. Há depoimentos de músicos de orquestra e
cantores de ópera sobre as vantagens da mudança.

Em adição ao experimento descrito no Feira de Ciências, um outro
experimento interessante pode ser feito girando-se o diapasão em torno
de seu eixo. O padrão de interferência destrutiva, devido à geometria
típica do instrumento, são projetados na direção diagonal em relação às
pernas do diapasão. Girando-se o diapasão perto do ouvido, ouve-se o som
aumentar e diminuir conforme estamos na região de interferência
destrutiva ou construtiva. Nenhum objeto, com exceção de uma esfera
cercada por ar de todos os lados, emite o mesmo padrão sonoro em todas
as direções. Esse é um problema bem conhecido pelos engenheiros de som
quando têm que posicionar um microfone para a gravação de instrumentos
acústicos.

Colucci




SUBJECT: Re: [ciencialist] Especialistas em diapasao
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2003 16:45

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Sunday, January 26, 2003 12:43 PM
Subject: [ciencialist] Especialistas em diapasao

> Cadê os especialistas em diapasão?

Provavelmente estão de ressaca indigesta, após terem lido meu artigo sobre a
natureza da luz. ;-)) Esse mal estar deve passar nos próximos dias. ;-)

> A primeira pergunta dela não sei responder. Gostaria de saber, como surgiu
> o diapasão?

Eu acho que isso é invenção de algum pré-quântico que poluiu a física dos
séculos anteriores ao XX ;-). Esses caras só pensam em oscilações e
probabilidades. O Deus deles não só joga dados como também está sempre de
pileque, bambeando pra cá e pra lá. ;-)

> Tem jeito de aumentar o som que ele emite (sem exagerar na pancada)?

Na física semi-ondulatória moderna tem jeito pra tudo. Acho que daria para
resolver o assunto classicamente, mas ficaria bem mais bonito se
conseguíssemos sofisticar o vácuo quântico aumentando a densidade de cordas
virtuais situadas na oitava dimensão para cima. O som sairá uma oitava
acima, uma nona acima etc, e tanto mais intenso quanto maior a densidade de
cordas, com uma incerteza da ordem de hf.

> Quando encosto o diapasão na caixa de ressonância o som fica mais forte;
> de onde vem essa energia extra?

Isso pode ser explicado pelo princípio da superposição de estados associado
aos princípio da complementaridade, da economia e da incerteza. Qualquer
sistema microscópico, e o som não faz exceção, pode ser pensado como
existindo em vários estados quânticos, ou seja, pode ser pensado como uma
superposição de estados (princípio da superposição). Em cada contexto
experimental, apenas um desses estados se manifesta (princípio da
complementaridade ligeiramente simplificado pelo princípio da economia
natural, apud Occam). Quando um dos estados quânticos se manifesta, os
outros ficam enrustidos, graças à manifestação divina daquele ser que não
joga dados (princípio da incerteza, conforme modificado por Einstein).
Resumindo: a energia não vem, ela está presente, mas não está sendo
observada, ou seja, ela está deslocalizada e aparece somente quando
conseguimos captar os estados mais energéticos. Poderíamos usar também, como
variante explicativa, o princípio da exclusão de Pauli, mas eu não gosto
muito do nacional socialismo que reside por trás do mesmo.

Aviso aos incautos: Isso é uma gozação, mas não difere muito da realidade
quântica e/ou de como vejo a realidade quântica. ;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Especialistas em diapasao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2003 18:20

Olá Colucci, Alberto (et all),

apreciei sua 'palestra' sobre o diapasão. Com sua permissão irá para o Imperdível como colaboração sua (na própria página cujo link enviei).
Acrescentarei também essa complementação proposta para o giro do diapasão sobre seu eixo de simetria. Enxerguei perfeitamente o padrão de interferências e sem dúvida é um bom experimento (mesmo porque tenho em casa --- e já descrito no Imperdível --- o "banco de rotações" --- que tem o papel do "bom brill" em experimentos).
Há um experimento 'parecido' que é girar o diapasão preso a um barbante ... mas é para destacar o efeito Doppler.

Solicitaria do Alberto (com sua 'didática' em gifs animados) um gif mostrando um diapasão central (girando), uma orelha num determinado ponto fixo e dois trens de ondas (um construtivo - //, outro destrutivo - X) passando pelo observador periodicamente. Algo assim:

() <== orelha
// X
// X
// X
// X
// X
// X
// X
|| ||
|| ||
\\ //
||

Os trens de ondas podem ser iguais mas, no primeiro um // passa pela orelha e no segundo um X passa pelo que, antigamente, era chamado de 'ouvido' (agora a biologia rebatizou como 'orelha' -- oficialmente).

Aproveitando, para com o Alberto: não seria interessante na sua solução do enigma do parafuso citar que a transição de um estado termodinâmico (1) para o estado (2) não depende das transformações intermediárias?

aqueles abraços,
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 26 de janeiro de 2003 16:42
Assunto: RE: [ciencialist] Especialistas em diapasao


>Iracema: Gostaria de saber, como surgiu o diapasão? Tem jeito de
aumentar o som que ele emite (sem exagerar na pancada)? Quando encosto o
diapasão na caixa de ressonância o som fica mais forte; de onde vem essa
energia extra?<

>Luiz Ferraz Netto: Cadê os especialistas em diapasão? A primeira
pergunta dela não sei responder. As outras duas faço uma sugestão abaixo
da mensagem da Iracema.<


Léo,

A física da música é um assunto fascinante, e poderia encher volumes. O
diapasão foi inventado por John Shore, trombeteiro real inglês, em 1711.
Interessante notar que o piano foi inventado na mesma época.

A frequência do diapasão foi se alterando através dos tempos. Quando
John Shore o inventou, era inicialmente de 419.9 Hz, a mais baixa da
história. Atingiu a frequência mais alta, de 457.2 Hz, em 1879, no
diapasão proposto pelo fabricante de pianos Steinway & Sons, de Nova
York. A frequência atual, de 440 Hz, foi ratificada por norma
internacional em 1987, na minha cidade adotiva de Toronto.

Em abril de 1988, na Itália, durante a conferência "Música e Estética
Clássica", uma campanha mundial foi lançada para restaurar a afinação
original do diapasão, usada por compositores clássicos da época de Bach
a Verdi. No sistema proposto, a referência seria um C (dó) central é de
256 Hz, o que conduziria a um A4 (lá da quarta oitava) de 432 Hz. Apesar
do Instituto Schiller, um dos proponentes da mudança, alegar razões que
fariam um cético ranger os dentes, a idéia é boa. A voz humana seria a
grande beneficiária da nova afinação. Boa parte da música clássica
vocal e instrumental foi desenvolvida no período em que o diapasão era
mais baixo. Não só a música vocal é mais fácil e natural de cantar no
diapasão mais baixo, como os instrumentos acústicos soam melhor, pois
foram aperfeiçoados para ele. Há depoimentos de músicos de orquestra e
cantores de ópera sobre as vantagens da mudança.

Em adição ao experimento descrito no Feira de Ciências, um outro
experimento interessante pode ser feito girando-se o diapasão em torno
de seu eixo. O padrão de interferência destrutiva, devido à geometria
típica do instrumento, são projetados na direção diagonal em relação às
pernas do diapasão. Girando-se o diapasão perto do ouvido, ouve-se o som
aumentar e diminuir conforme estamos na região de interferência
destrutiva ou construtiva. Nenhum objeto, com exceção de uma esfera
cercada por ar de todos os lados, emite o mesmo padrão sonoro em todas
as direções. Esse é um problema bem conhecido pelos engenheiros de som
quando têm que posicionar um microfone para a gravação de instrumentos
acústicos.

Colucci



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Especialistas em diapasao
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2003 18:39

----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho"
Sent: Sunday, January 26, 2003 3:45 PM
Subject: Re: [ciencialist] Especialistas em diapasao

Na falta de respostas, preparei uma auto-resposta com críticas, erratas e,
principalmente, comerciais. ;-)

> > Cadê os especialistas em diapasão?

> Provavelmente estão de ressaca indigesta, após terem lido meu artigo sobre
> a natureza da luz. ;-)) Esse mal estar deve passar nos próximos dias. ;-)

Brincadeiras a parte, se alguém quiser o artigo completo no formato doc (do
Word) com 403 Kb poderá fazer o download em
http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/polardowndoc.htm

Os gifs animados não aparecerão no formato doc. As figuras poderão ser
observadas em todos os seus estados quânticos genuínos (gif-htm) clicando-se
nos links da própria página onde o download é feito. O gif-animado é uma
superposição gradativa e temporal desses estados quânticos, e isso não é
possível ser exibido num réles equipamento clássico como o Microsoft Word
(pelo menos eu não sei executar essa magia quântica).

> > A primeira pergunta dela não sei responder. Gostaria de saber, como
> > surgiu o diapasão?

> Eu acho que isso é invenção de algum pré-quântico que poluiu a física dos
> séculos anteriores ao XX ;-).

Pelo que o Colucci bem colocou, a minha intuição falhou. Ainda bem, pois eu
mesmo não estava gostando dessa história de poluição da física clássica por
virtuais pré-quânticos. Como se vê, os músicos também fizeram contribuições
significativas para a evolução da física.

> Quando um dos estados quânticos se manifesta, os
> outros ficam enrustidos, graças à manifestação divina daquele ser que não
> joga dados (princípio da incerteza, conforme modificado por Einstein).

Acho que aí cometi um certo ato fálico. O Deus de Einstein não enruste nada,
ele simplesmente é um inveterado contorcionista de espaços e tempos. Ou
seja, a contribuição de Einstein no caso seria ter mostrado que a
manifestação divina acima apontada não teria sido provocada pelo seu Deus,
mas sim pelo Deus de Bohr e seguidores, justamente Aquele que joga dados.

> Aviso aos incautos: Isso é uma gozação, mas não difere muito da realidade
> quântica e/ou de como vejo a realidade quântica. ;-)

Idem, ibidem.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Especialistas em diapasao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2003 19:45

O novo texto no Imperdível já está on-line no endereço http://www.feiradeciencias.com.br/sala10/10_36.asp

Tem as duas colaborações do Colluci. Qualquer coisa é só avisar que eu altero. Falta a figura.
[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 26 de janeiro de 2003 18:20
Assunto: Re: [ciencialist] Especialistas em diapasao


Olá Colucci, Alberto (et all),

apreciei sua 'palestra' sobre o diapasão. Com sua permissão irá para o Imperdível como colaboração sua (na própria página cujo link enviei).
Acrescentarei também essa complementação proposta para o giro do diapasão sobre seu eixo de simetria. Enxerguei perfeitamente o padrão de interferências e sem dúvida é um bom experimento (mesmo porque tenho em casa --- e já descrito no Imperdível --- o "banco de rotações" --- que tem o papel do "bom brill" em experimentos).
Há um experimento 'parecido' que é girar o diapasão preso a um barbante ... mas é para destacar o efeito Doppler.

Solicitaria do Alberto ........................


SUBJECT: RE: [ciencialist] Especialistas em diapasao
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2003 20:41

Léo,

Desse jeito o Feiradeciências.com.br irá se tornar facilmente o maior
website de física da Internet. Incorpora dois processos dos organismos
vivos: acrescência e mutação. E de quebra não está, ainda, sujeito à
seleção natural, pois não existe nada parecido em português.

Se eu soubesse que minha mensagem iria ser imortalizada no imperdível,
teria caprichado um pouquinho mais na redação. A frase "O padrão de
interferência destrutiva, devido à geometria típica do instrumento, são
projetados na direção diagonal em relação às pernas do diapasão." tem um
erro de concordância. Há outros, mas este é o pior.

Um abraço,

Colucci

PS: É Colucci com dois "c" e um "l" só.



-----Original Message-----
From: Luiz Ferraz Netto [mailto:leobarretos@uol.com.br]
Sent: Sunday, January 26, 2003 4:45 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: Re: [ciencialist] Especialistas em diapasao


O novo texto no Imperdível já está on-line no endereço
http://www.feiradeciencias.com.br/sala10/10_36.asp

Tem as duas colaborações do Colluci. Qualquer coisa é só avisar que eu
altero. Falta a figura.
[]'




SUBJECT: [ciencialist] Fw: Pergunta
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2003 20:43

Alberto escreveu: "É incrível, mas noto que os cientistas de hoje não sabem mais trabalhar com
hipóteses. As críticas mais inteligíveis que tenho recebido às minhas teorias (de físicos respeitáveis) são do tipo: Isso não é possível pois vai contra a teoria da relatividade. Ora, em qual das hipóteses da minha teoria está implícito que a teoria da relatividade deveria ser verdadeira? Simplesmente em nenhuma! Porque então a teoria deveria se compatibilizar com algo estranho a seu núcleo?"

José Renato escreve:
Caro Alberto, ninguém gosta de se expor ao ridículo, por isso há essas atitudes de cautela ao se comentar teorias ainda não 'comprovadas cientificamente". Esquecem que as idéias vêm antes dos cálculos, experiências e comprovações. No início dos anos 60, o físico teórico Murray Gell-Mann, Nobel de Física em 1969, propôs a teoria dos quarks: sub-partículas mínimas e indivisíveis de energia estruturada, que se combinam para formar o próton e o nêutron. Foi depois disso que os físicos experimentais, que trabalham nos aceleradores de partículas, testaram a teoria e obtiveram resultados consistentes. Mas foi só em fins de abril de 1994, que os cientistas - que pesquisam no acelerador de partículas FERMILAB - Laboratório Nacional do Acelerador Fermi, em Illinois, USA - conseguiram finalmente detectar evidências do sexto e último componente básico da matéria - o quark de topo (top = t). A descoberta veio, finalmente, ajustar mais uma peça do quebra-cabeça da teoria cromodinâmica das partículas básicas na estruturação dos componentes do átomo (nêutrons e prótons), para a formação da matéria. Bem antes, em 1969, Gell-Mann já havia recebido o reconhecimento do seu trabalho, através do prêmio Nobel de FÍsica.

No meu artigo "Em busca da integridade"(*), veiculado no início do ano de 2002, escrevi o seguinte comentário: [ Parece-me que um forte fator, para que criativas idéias se dissipem no meio intelectual, é o receio que o acadêmico tem de se expor às crítica de seus pares ou, do graduado perder a credibilidade que seus diplomas e teses - embasadas em reconhecidas figuras, que ousaram expor suas idéias - podem lhe ter concedido.]

O que vc chama de rebeldia, quando ela é feita coerentemente, me parece mais uma atitude corajosa e lúcida, do que uma inconseqüente disputa no pântano das vaidades. Às vezes é preferível continuar omisso e parecer sábio, do que expor uma nova idéia e sofrer os comentários discordantes que sempre virão, qualquer que seja a idéia, mesmo que mais tarde ela venha a ser aceita pela maioria de seus pares. Geralmente depois do falecimento do autor.

Abraços.

José Renato
(*) Veja artigo completo no endereço:
< http://br.groups.yahoo.com/group/acropolis/files/Membros/Jose%20Renato%20M.%20de%20Almeida/Integridade.doc >
_____________________________

----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, January 25, 2003 6:28 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Pergunta


----- Original Message -----
From: "José Renato"
Sent: Saturday, January 25, 2003 2:34 PM
Subject: [ciencialist] Fw: Pergunta

> Caro Alberto, vc não está sozinho no entendimento de que, provavelmente,os big-bangs ocorrem com muito maior freqüência do que o "único" atualmente mais aceito. No meu artigo "Medo" publicado no século passado, em 06.03.1993, no caderno Cultural do jornal A TARDE, páginas 2 e 3, já constavam as seguintes observações:

Prezado José Renato

Realmente não estou sozinho. Existe muita gente procurando por novas saídas e freqüentemente tenho me defrontado com alguns desses valorosos rebeldes que ousam enfrentar o academicismo de seu tempo. O problema é que existe uma academia a reunir os adeptos do marasmo, enquanto os rebeldes ficam quase falando sozinhos. Posso até mesmo me rebelar contra a atitude dogmatizante e inibidora da criatividade, que constato existir nos meios universitários. Mas não posso em hipótese alguma dizer que eles seriam os responsáveis pela desunião verificada entre os rebeldes.

Tenho tentado discutir com muitos desses que tem teorias alternativas.
Alguns são brasileiros, mas a maioria é do exterior. No início é uma delícia e somos todos ouvidos. Até a hora em que um dos dois tenta impor uma idéia a modificar a teoria do outro. Pois os dois tem teorias alternativas, mas via de regra são duas teorias incompatíveis entre si. Ou seja, mesmo esses rebeldes estão ainda contaminados pelo dogmatismo, só que é um dogmatismo inerente a sua própria teoria. Noto que eles não conseguem raciocinar por hipóteses de terceiros. E isso é muito grave, pois ou eu acabo me contentando em discutir tão somente a teoria de meu oponente, em aceitar suas hipóteses de trabalho --e isso dá um trabalho desgraçado-- ou então eu acabo me fechando em copas, e o diálogo lentamente vai minguando, pois ele, via de regra, não está disposto a fazer o mesmo.

Na universidade encontramos um dogmatismo generalizante, do tipo descrito
por Thomas Kuhn. Mas o que estou tentando mostrar é que essa tendência acaba contaminando até mesmo aqueles que se rebelam a esse dogmatismo, pois estes acabam criando seu dogmatismo particular. Não seria dogmatismo se o indivíduo tivesse a mente aberta, conseguisse se liberar de seus
pressupostos ao discutir uma teoria de outro, mas é muito raro encontrar um cientista teorizador com essa particularidade. O próprio Einstein, que sabia valorizar trabalhos que iam contra seus pressupostos, chegou a comentar isso, afirmando: "O criador tem esta característica: as produções de sua imaginação se impõem a ele, tão indispensáveis, tão naturais, que não pode considerá-las como imagem de espírito, mas as conhece como realidades evidentes." Ou seja, é muito difícil para um teorizador ser crítico de teorias de outros.

Eu sempre gostei dos teoremas da matemática, pois eles se propõem a
demonstrar uma tese a partir de hipóteses. Começada a demonstração, não
importa mais se a hipótese é verdadeira ou falsa, ela é aceita como
verdadeira e ponto final. E todo matemático sabe que, ao ter demonstrado o teorema, a tese será verdadeira se, mas somente se, a hipótese for
verdadeira.

É incrível, mas noto que os cientistas de hoje não sabem mais trabalhar com hipóteses. As críticas mais inteligíveis que tenho recebido às minhas
teorias (de físicos respeitáveis) são do tipo: Isso não é possível pois vai contra a teoria da relatividade. Ora, em qual das hipóteses da minha teoria está implícito que a teoria da relatividade deveria ser verdadeira? Simplesmente em nenhuma! Porque então a teoria deveria se compatibilizar com algo estranho a seu núcleo? Aí eu começo a meter o pau nas teorias em que eles acreditam, e vou direto às hipóteses que sustentam essas teorias.
Conseqüência: Eles ficam totalmente desorientados, pois não conhecem os
alicerces das teorias em que acreditam, e deixam-me falando sozinho. E eu me pergunto: Que raios de orientação eles estão dando para seus orientandos?
Quero crer que a resposta está contida em um comentário saido no JC-email e reproduzido pelo Léo em mensagem recente: "no fundo no fundo, o mundo
acadêmico nada mais é que um discurso vazio, um bailado de significantes sem significado, uma soma de monólogos de mentes brilhantes e vaidosas, uma superstição superior."

> [Certamente o conhecimento humano obterá grande impulso quando a
cultura e a ciência livrarem-se de crenças arraigadas e às vezes nem percebidas.
> Umas tolas, outras complexas, envolvidas com conhecimento científico,
como: o entendimento do tempo - uma relação matemática entre movimentos,como um percentual, sem existência física(1); a velocidade da luz como o limite máximo de velocidade no Universo(2); e o big-bang único para o "início" do Universo, a partir de um ovo-cósmico infinitamente denso(3).
> Os cientistas procuram substituir as "certezas religiosas" por "certezas científicas", mas têm consciência de que o conhecimento humano é sempre parcial e provisório. Não cabe portanto impor-nos limites definitivos enquanto há possibilidades razoáveis. ]

Assino embaixo.

PS.: Li o artigo indicado e achei bastante interessante. Gostei também dos
links, mas são tantos que não há como comentá-los agora, pois vou precisar
descolar um bom tempo para me atualizar a respeito. De qualquer forma,
valeu.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Especialistas em diapasao
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2003 21:52

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Sunday, January 26, 2003 5:20 PM
Subject: Re: [ciencialist] Especialistas em diapasao

> Solicitaria do Alberto (com sua 'didática' em gifs animados) um gif
> mostrando um diapasão central (girando), uma orelha num determinado ponto
> fixo e dois trens de ondas (um construtivo - //, outro destrutivo - X)
> passando pelo observador periodicamente.

O diapasão girando é bico. Fiz um rascunho em poucos minutos, que pode ser
checado em http://ecientificocultural.com/ECC2/figuras/diapasao.gif . O giro
pode ser melhorado, é apenas um rascunho. Ele está gingando um pouco, mas
isso é fácil de corrigir. Também acho que no gif completo, com os demais
quesitos leoninos ;-), ele deve ser um pouco menor.

A orelha é fácil, e deve existir milhares na Internet. Assim que entender
devidamente o que é para ser feito encontrarei a orelha conveniente. ;-)

O problema principal reside nos trens de ondas. Como se comportaria
espacialmente cada um deles, com o diapasão girando? Pelo que entendi, você
está propondo que a orelha se situe num ponto onde o que é gerado em um dos
braços do diapasão interfira destrutivamente com o que é gerado no outro
braço. Seria isso? Estou pensando como seria a imagem com o diapasão em
repouso, para depois tentar prever como seria a imagem com o diapasão em
movimento. Existem ainda duas possibilidades. Da maneira que você expõe
seria representado apenas um pulso de cada onda, chegando em fase diferente
conforme o braço emissor. Uma vez chegados os pulsos à orelha, seria dada
uma pausa, para dar a entender que o processo acabou, didaticamente falando.
Depois pode ser repetido ad infinitum, porém sempre com essa pausa. A outra
maneira seria representar o processo contínuo, com todos os pulsos emitidos
enquanto durar o processo. Neste causo o gif-animado chega ao fim, mas
recomeça do ponto em que parou e num ritmo constante. As ondas sempre
chegariam de maneira a dar uma interferência destrutiva.

> Os trens de ondas podem ser iguais mas, no primeiro um // passa pela
> orelha e no segundo um X passa pelo que, antigamente, era chamado de
> 'ouvido'

Mas esse // e esse X não chegam ao mesmo tempo? É possível que eu não tenha
entendido a intenção do gif-animado.

> Aproveitando, para com o Alberto: não seria interessante na sua solução do
> enigma do parafuso citar que a transição de um estado termodinâmico (1)
> para o estado (2) não depende das transformações intermediárias?

Talvez sim. São duas as coisas que acredito devam ficar claras: A primeira é
que os processos são de fato diferentes do ponto de vista físico e não
apenas visual. A outra é que os estados inicial (1) e final (2) são os
mesmos fisicamente falando, se bem que não sob um ponto de vista visual (o
parafuso está em outra posição).

Essa noção que você aponta é extremamente importante, mesmo porque nada mais
é senão uma das maneiras de enunciarmos o primeiro princípio da
termodinâmica. Uma das belezas da termodinâmica é justamente essa, podemos
enunciar seus princípios de diferentes formas, podendo-se demonstrar que se
um enunciado for verdadeiro, todos os demais também serão. Isso vale tanto
para o primeiro quanto para o segundo princípio. Uma das maneiras de
enunciarmos o primeiro princípio é através do que é chamado princípio da
equivalência entre as transformações naturais: "duas transformações
equivalentes a uma terceira, são equivalentes entre si" (no passado quem
utilizava isso como uma das formulações do primeiro princípio era o Pieroni,
lembra-se dele?). Aqueles que adotam o princípio da equivalência definem
transformações equivalentes da seguinte forma: "Duas transformações são
equivalentes quando os estados inicial e final de um dos sistemas que
interage for o mesmo". Ou seja, para a termodinâmica tradicional o que vale
são os estados inicial e o final, jamais o processo em si. Curiosamente, e
como mostrado neste exemplo, o que diferencia um processo do outro é a
velocidade da água, uma propriedade ignorada por essa termodinâmica
tradicional.

Ou seja, é mais do que interessante essa discussão e o que está por trás não
é difícil, mas um tanto quanto complicado. Perceba que até agora falei
apenas na primeira lei mas sutilmente, como eu disse, neste exemplo está
contido todo o potencial da segunda lei, algo que não é muito fácil de ser
compreendido. O entrosamento entre as duas leis é fantástico e é justamente
isso o que possibilita à termodinâmica deixar de lado as propriedades
mecânicas, preocupando-se tão somente com um antes e um depois. Ao mesmo
tempo que ignora o movimento, propõe uma direção para o tempo: "a entropia é
a flecha do tempo". Ou seja, o tempo é o que menos importa para um estudioso
da termodinâmica tradicional, e não obstante ele está lá, a caracterizar a
irreversibilidade. O que não existe é o intervalo de tempo, mas existe um
antes e um depois. Percebe-se claramente que SE entre esse antes e esse
depois incluirmos infinitos estados (o que sem dúvida iria exigir um tempo
infinito), chegaremos na reversibilidade, algo que não existe a não ser como
uma situação limite. Em mecânica diríamos que é um limite para um "delta-t"
tentendo a infinito. Em termodinâmica é o limite em que o número de estados
intermediários tende a infinito.

Bem, vou parar por aqui e nem sei se o que disse acima deve ou não ser
publicado. De qualquer forma, eu assino embaixo. ;-) Também, se eu não
assinar, quem irá fazê-lo? ;-) Afinal, fui eu que escrevi esse monte de
asneiras. ;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O enigma do parafuso
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2003 21:56

Caro Léo! Aqui vão meus pitecos.

1. A maior parte da energia hidráulica armazenada no reservatória 1 será desperdiçada no impacto sobre a paleta da roda, visto que, é necessário que a água, que move as paletas da roda, flua depois, continuamente. Isto é, ainda mantenha uma razoável velocidade de escoamento, para evitar o "atolamento" da roda.

2. No sistema B, quando a água do parafuso volta para acionar a roda junto com a do reservatório 1, é necessário que a água fornecida pelo parafuso tenha, pelo menos, a mesma velocidade da fornecida pelo reservatório 1, caso contrário, em vez de ajudar provocará retardo no sistema. Para isso é necessário que a descarga do parafuso seja feita em um patamar próximo ao nível do reservatório 1. No croquis a água, no topo do parafuso, está com energia cinética pequena (velocidade de queda zero), enquanto a água do reservatório 1 já está com energia cinética elevada.

3. Há um limite de volume de água para obter o rendimento máximo da roda. Depende das dimensões e conformação do projeto das paletas/roda.

4. A quantidade de energia hidráulica fornecida à roda, pela água do parafuso, será sempre menor que a fornecida pela água do reservatório 1, necessária para movimentar o sistema continuamente. Em outras palavras: o volume de água transportada pelo parafuso é sempre menor que a água necessária para movimentar a roda e o próprio parafuso de elevação da água.

[]s

José Renato

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, January 26, 2003 5:29 AM
Subject: [ciencialist] O enigma do parafuso


http://www.feiradeciencias.com.br/sala25/25_C03.asp

Nesse endereço coloquei (após sérias modificações no texto/figura original) um 'enígma' proposto pelo consulente Mário Samartano. É interessante. Apreciaria comentários.
Nota: Quem enviar comentário, acrescente se dá ou não permissão, dele ser publicado no Imperdível.

Aquele abraço,
Léo


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: PLANETARIO - CURSOS DE ASTRONOMIA: FEV 2003
FROM: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
TO: cienciacidadania@yahoogroups.com, sbcr@yahoogroups.com, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/01/2003 22:25

--- Em strbrasil@y..., "Ronaldo" <rrpedrao@i...> escreveu
PLANETÁRIO DE CAMPINAS / MDCC
Convênio:
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS (Secretaria Municipal de Educação)
UNICAMP / FUNCAMP / ACIESP

CURSOS DE ASTRONOMIA: FEVEREIRO 2003


Inscrições: 23 de janeiro a 10 de fevereiro, segundas às sextas,
das 9 às 12h e das 14 às 17h
Número mínimo de alunos inscritos para ocorrer cada curso: 15
Número de vagas por curso: 50
Taxa única por curso: R$ 10,00


Curso: ESFERA CELESTE E CONSTELAÇÕES

Público alvo: Adultos e maiores de 15 anos
Período: 10 a 26 de fevereiro de 2003
Horário: Segundas e quartas-feiras, das 19h 45min
às 21h 45min

Programa:
· Calendários e Escalas de Tempo
· Esfera Celeste e Coordenadas Astronômicas
· Cartas Celestes e Anuários Astronômicos
· Constelações Austrais, Boreais e Zodiacais
· O Céu dos Trópicos e do Equador
· O Céu dos Pólos e o Sol da Meia-Noite


Curso: FUNDAMENTOS DE ASTRONOMIA

Público alvo: Adultos e maiores de 13 anos
Período: 11 a 27 de fevereiro de 2003
Horário: Terças e quintas-feiras, das 19h 45min às
21h 45min

Programa:
· História da astronomia e instrumentos astronômicos
· Reconhecimento de estrelas e constelações
· Movimentos da Terra e demais planetas
· Movimentos da Lua, fases e eclipses
· Planetas e satélites naturais
· Asteróides, cometas e meteoróides
· Características, origem e evolução das estrelas e nebulosas
· Galáxias, quasares, origem e evolução do Universo

Professores: Carlos Eduardo A. Mariano, Marcelo Acácio Adani, Michel
Paschini Neto, Ronaldo Rogério Pedrão e Romildo Póvoa Faria
(coordenador)

Local: Planetário de Campinas / MDCC - Parque Portugal (da Lagoa do
Taquaral) - Taquaral - Campinas - SP - Entrada preferencial: portão
7, ao lado do Ginásio de Esportes - Telef. (19) 3252-2598


Aster_site
www.astersite.cjb.net

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
Fim da mensagem encaminhada ---



SUBJECT: [ciencialist] Ainda acupuntura
FROM: <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2003 22:25

De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>

> > Se a situação é assim tão simples, então que alguém se arrisque a
fazer
um tratamento de canal com anestesia via acupuntura!! Eu tô fora...
>
> Mas que falta de espírito científico!!! ;-)))

Caro Alberto,

Você não entendeu. Eu não tenho nada contra a experiência ser feita em
outras pessoas. Só não quero que seja feita em mim!

> > Talvez fosse melhor usar o método vulcano: "a dor é uma coisa da
mente,
e
> > a mente pode ser controlada".
>
> Concordo plenamente. Através da mente informo o anestesista que a dor
está voltando. Coincidentemente, a dor começa a passar. Essa experiência

foi relatada por milhares de pessoas, estando pois comprovado o poder da
mente.
> ;-)

Hum, o método vulcano é muito mais complexo que isso e demorou 2000 anos
para ser aprimorado... Além disso, ele está fora do alcance da maioria das
mentes terráqueas :)

[ ]s

Alvaro Augusto





SUBJECT: Re: [ciencialist] Ainda acupuntura
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2003 22:30

----- Original Message -----
From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
Sent: Saturday, January 25, 2003 8:49 PM
Subject: Re: [ciencialist] Ainda acupuntura

> Se a situação é assim tão simples, então que alguém se arrisque a fazer um
> tratamento de canal com anestesia via acupuntura!! Eu tô fora...

Mas que falta de espírito científico!!! ;-)))

> Talvez fosse melhor usar o método vulcano: "a dor é uma coisa da mente, e
> a mente pode ser controlada".

Concordo plenamente. Através da mente informo o anestesista que a dor está
voltando. Coincidentemente, a dor começa a passar. Essa experiência já foi
relatada por milhares de pessoas, estando pois comprovado o poder da mente.
;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Especialistas em diapasao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2003 22:47

Colucci,

correções já feitas no Imperdível; qqer outra (inclusive em meus textos) é só avisar.
Quanto à "teria caprichado um pouquinho mais na redação", sinta-se a vontade, é só enviar novo texto e irá 'para o ar'. É Imperdível, não Imutável!
Vc acha que eu iria perder a chance de incluir tão boas sugestões no Imperdível? Nunquinha!

Ainda hoje papeando com o mestre Antonio Carlos M. de Queiros da UFRJ e discutindo temas de Gaston Planté (Recherches sur L'Électricité) nas páginas 148 a 152 nasceu mais um 'motor' para a Sala 22 (Spirales électrodynamiques). Vou monta-lo amanhã cedo (é uma montagem de alguns minutos), escrever e colocar on-line. Saiu a idéia tb do motor de Mendocino, que usa levitação magnética e 4 células solares (infelizmente difícil de ser obtida no Brasil). Como só tenho 1 dessas células de cerca de 3cm x 5cm não vou poder montar tal motor ... mas irei colocar os detalhes teóricos no Imperdível.

Falar nisso, Mendocino é uma cidade da Califórnia?

[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
PS: Quando tiver um tempinho disponível dê uma zoiada na série "primeiros passos" da Sala 19.
----------------------------------------------------------------------------
-----Mensagem Original-----
De: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 26 de janeiro de 2003 20:41
Assunto: RE: [ciencialist] Especialistas em diapasao


Léo,

Desse jeito o Feiradeciências.com.br irá se tornar facilmente o maior
website de física da Internet. Incorpora dois processos dos organismos
vivos: acrescência e mutação. E de quebra não está, ainda, sujeito à
seleção natural, pois não existe nada parecido em português.

Se eu soubesse que minha mensagem iria ser imortalizada no imperdível,
teria caprichado um pouquinho mais na redação. A frase "O padrão de
interferência destrutiva, devido à geometria típica do instrumento, são
projetados na direção diagonal em relação às pernas do diapasão." tem um
erro de concordância. Há outros, mas este é o pior.

Um abraço,

Colucci

PS: É Colucci com dois "c" e um "l" só.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Ainda acupuntura
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2003 23:11

Se assim o for, em qualquer operação/situação, não seria mais simples apenas anestesiar o cérebro? Algumas acupunturadas no cérebro e ... fim das dores gerais e arquibancadas!
Os 'piercings'(?) não poderiam ser projetados para serem usados (permanentemente) como agulhas nos locais acupunturisticos? E já vi piercings em cada local!
[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 26 de janeiro de 2003 22:30
Assunto: Re: [ciencialist] Ainda acupuntura


| ----- Original Message -----
| From: "<% Alvaro Augusto de Almeida %>"
| Sent: Saturday, January 25, 2003 8:49 PM
| Subject: Re: [ciencialist] Ainda acupuntura
|
| > Se a situação é assim tão simples, então que alguém se arrisque a fazer um
| > tratamento de canal com anestesia via acupuntura!! Eu tô fora...
|
| Mas que falta de espírito científico!!! ;-)))
|
| > Talvez fosse melhor usar o método vulcano: "a dor é uma coisa da mente, e
| > a mente pode ser controlada".
|
| Concordo plenamente. Através da mente informo o anestesista que a dor está
| voltando. Coincidentemente, a dor começa a passar. Essa experiência já foi
| relatada por milhares de pessoas, estando pois comprovado o poder da mente.
| ;-)
|
| [ ]´s
| Alberto
| http://ecientificocultural.com/indice.htm
| Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
| carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O enigma do parafuso
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/01/2003 23:42



J. Renato: Caro Léo! Aqui vão meus pitecos.

Léo: Não só agradeço como incentivo-o a 'pitecar' sempre!

J. Renato: 1. A maior parte da energia hidráulica armazenada no reservatória 1 será desperdiçada no impacto sobre a paleta da roda, visto que, é necessário que a água, que move as paletas da roda, flua depois, continuamente. Isto é, ainda mantenha uma razoável velocidade de escoamento, para evitar o "atolamento" da roda.

Léo: Há algumas imprecisões; energia hidráulica(?) é energia potencial gravitacional e, o termo 'desperdiçada' não se aplica, pois a função básica é essa 'fazer girar a roda'. Para a roda essa é a energia útil.
Uma certa quantidade de água com energia m.g.h chega numa paleta e atua sobre ela durante o intervalo de tempo /\t, aplicando-lhe força média Fm e abandona a paleta com energia m.g.h' << m.g.h. A variação de energia m.g(h-h') mede o impulso, Fm./\t, dado tangencialmente à roda, de modo que Fm = mg(h-h')//\t permite o estudo dinâmico da roda/parafuso etc. OK, a parcela mgh' incumbe-se de evitar o atolamento da roda.

J. Renato: 2. No sistema B, quando a água do parafuso volta para acionar a roda junto com a do reservatório 1, é necessário que a água fornecida pelo parafuso tenha, pelo menos, a mesma velocidade da fornecida pelo reservatório 1, caso contrário, em vez de ajudar provocará retardo no sistema. Para isso é necessário que a descarga do parafuso seja feita em um patamar próximo ao nível do reservatório 1. No croquis a água, no topo do parafuso, está com energia cinética pequena (velocidade de queda zero), enquanto a água do reservatório 1 já está com energia cinética elevada.

Léo: Não é necessário que a água proveniente do parafuso tenha a mesma velocidade de queda da água do reservatório, basta apenas que fique 'acima da roda' numa altura h" tal que: h >= h" > h' .
A energia total transferida à roda será mg(h+h"-h') maior, portanto, que aquela do caso A. As 'duas águas' podem perfeitamente chegarem com velocidades distintas, ainda assim colaborarão com suas parcelas de energia cinética. As paletas de um radiômetro giram, independentes das miríades de partículas com velocidades diferentes que a atingem.

J. Renato: 3. Há um limite de volume de água para obter o rendimento máximo da roda. Depende das dimensões e conformação do projeto das paletas/roda.

Léo: Não sei se concordo com isso ... acho que não!

J. Renato: 4. A quantidade de energia hidráulica fornecida à roda, pela água do parafuso, será sempre menor que a fornecida pela água do reservatório 1, necessária para movimentar o sistema continuamente. Em outras palavras: o volume de água transportada pelo parafuso é sempre menor que a água necessária para movimentar a roda e o próprio parafuso de elevação da água.

Léo: Ah, isso eu concordo ... mas discordo da tal 'energia hidráulica' :-))

aquele abraço e ... espero que reconheça que meus comentários são exatamente o meu incentivo :-)

[]'

Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Especialistas em diapasao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/01/2003 00:55

Oi Alberto,

Vi sua figura. Ainda não enxerguei completamente o que sugerir nesse gif, todavia fiz uma ilustração em perspectiva e de topo para tentar encaminhar a coisa.
Está em : www.feiradeciencias.com.br/imagens/diapasao.gif

Vejamos se ajuda. O Colucci poderia nos dar uma ajuda nessa figura; a melhor posição, a melhor vista (de cima, de lado etc.).
[]'
Léo

PS: Quanto aos seus comentários sobre a termodinâmica do enigma do parafuso, excelente. Please, mande-me em pvt o texto definitivo para o Imperdível. Depois colocaremos à disposição dos colegas ... e quem quiser acrescentar 'detalhes' ... bem vindo será.
========================
|
| O diapasão girando é bico. Fiz um rascunho em poucos minutos, que pode ser
| checado em http://ecientificocultural.com/ECC2/figuras/diapasao.gif . O giro
| pode ser melhorado, é apenas um rascunho. Ele está gingando um pouco, mas
| isso é fácil de corrigir. Também acho que no gif completo, com os demais
| quesitos leoninos ;-), ele deve ser um pouco menor.
|
| A orelha é fácil, e deve existir milhares na Internet. Assim que entender
| devidamente o que é para ser feito encontrarei a orelha conveniente. ;-)
|
| O problema principal reside nos trens de ondas. Como se comportaria
| espacialmente cada um deles, com o diapasão girando? Pelo que entendi, você
| está propondo que a orelha se situe num ponto onde o que é gerado em um dos
| braços do diapasão interfira destrutivamente com o que é gerado no outro
| braço. Seria isso? Estou pensando como seria a imagem com o diapasão em
| repouso, para depois tentar prever como seria a imagem com o diapasão em
| movimento. Existem ainda duas possibilidades. Da maneira que você expõe
| seria representado apenas um pulso de cada onda, chegando em fase diferente
| conforme o braço emissor. Uma vez chegados os pulsos à orelha, seria dada
| uma pausa, para dar a entender que o processo acabou, didaticamente falando.
| Depois pode ser repetido ad infinitum, porém sempre com essa pausa. A outra
| maneira seria representar o processo contínuo, com todos os pulsos emitidos
| enquanto durar o processo. Neste causo o gif-animado chega ao fim, mas
| recomeça do ponto em que parou e num ritmo constante. As ondas sempre
| chegariam de maneira a dar uma interferência destrutiva.
|
| > Os trens de ondas podem ser iguais mas, no primeiro um // passa pela
| > orelha e no segundo um X passa pelo que, antigamente, era chamado de
| > 'ouvido'
|
| Mas esse // e esse X não chegam ao mesmo tempo? É possível que eu não tenha
| entendido a intenção do gif-animado.
|
| > Aproveitando, para com o Alberto: não seria interessante na sua solução do
| > enigma do parafuso citar que a transição de um estado termodinâmico (1)
| > para o estado (2) não depende das transformações intermediárias?
|
| Talvez sim. São duas as coisas que acredito devam ficar claras: A primeira é
| que os processos são de fato diferentes do ponto de vista físico e não
| apenas visual. A outra é que os estados inicial (1) e final (2) são os
| mesmos fisicamente falando, se bem que não sob um ponto de vista visual (o
| parafuso está em outra posição).
|
| Essa noção que você aponta é extremamente importante, mesmo porque nada mais
| é senão uma das maneiras de enunciarmos o primeiro princípio da
| termodinâmica. Uma das belezas da termodinâmica é justamente essa, podemos
| enunciar seus princípios de diferentes formas, podendo-se demonstrar que se
| um enunciado for verdadeiro, todos os demais também serão. Isso vale tanto
| para o primeiro quanto para o segundo princípio. Uma das maneiras de
| enunciarmos o primeiro princípio é através do que é chamado princípio da
| equivalência entre as transformações naturais: "duas transformações
| equivalentes a uma terceira, são equivalentes entre si" (no passado quem
| utilizava isso como uma das formulações do primeiro princípio era o Pieroni,
| lembra-se dele?). Aqueles que adotam o princípio da equivalência definem
| transformações equivalentes da seguinte forma: "Duas transformações são
| equivalentes quando os estados inicial e final de um dos sistemas que
| interage for o mesmo". Ou seja, para a termodinâmica tradicional o que vale
| são os estados inicial e o final, jamais o processo em si. Curiosamente, e
| como mostrado neste exemplo, o que diferencia um processo do outro é a
| velocidade da água, uma propriedade ignorada por essa termodinâmica
| tradicional.
|
| Ou seja, é mais do que interessante essa discussão e o que está por trás não
| é difícil, mas um tanto quanto complicado. Perceba que até agora falei
| apenas na primeira lei mas sutilmente, como eu disse, neste exemplo está
| contido todo o potencial da segunda lei, algo que não é muito fácil de ser
| compreendido. O entrosamento entre as duas leis é fantástico e é justamente
| isso o que possibilita à termodinâmica deixar de lado as propriedades
| mecânicas, preocupando-se tão somente com um antes e um depois. Ao mesmo
| tempo que ignora o movimento, propõe uma direção para o tempo: "a entropia é
| a flecha do tempo". Ou seja, o tempo é o que menos importa para um estudioso
| da termodinâmica tradicional, e não obstante ele está lá, a caracterizar a
| irreversibilidade. O que não existe é o intervalo de tempo, mas existe um
| antes e um depois. Percebe-se claramente que SE entre esse antes e esse
| depois incluirmos infinitos estados (o que sem dúvida iria exigir um tempo
| infinito), chegaremos na reversibilidade, algo que não existe a não ser como
| uma situação limite. Em mecânica diríamos que é um limite para um "delta-t"
| tentendo a infinito. Em termodinâmica é o limite em que o número de estados
| intermediários tende a infinito.
|
| Bem, vou parar por aqui e nem sei se o que disse acima deve ou não ser
| publicado. De qualquer forma, eu assino embaixo. ;-) Também, se eu não
| assinar, quem irá fazê-lo? ;-) Afinal, fui eu que escrevi esse monte de
| asneiras. ;-)
|
| [ ]´s
| Alberto
| http://ecientificocultural.com/indice.htm
| Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
| carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
|
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SUBJECT: Re: Acupuntura
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/01/2003 01:27

Diga lá, léo, babaca-mor da CienciaList!

É interessante ver você tentando se superar. Esforçando-se um pouco
mais, deixará de ser um imbecil para se tornar um idiota. Com um
pouco mais de esforço, de idiota se transformará num cretino para o
resto da vida. Mas você é talentoso. Ninguém lhe segura! O seu
destino é ser uma lesma, e desconfio que já atingiu essa difícil
meta. Para você não foi difícil: foi só escorregar. Parabéns!:-)

Um forte abraço do seu amigo,
Manuel Bulcão
__________________

> Escuita Mané, com seus 4 neurônios (o que lhe permitiu ser bacharel
em direito) e uma boa dose alcoólica só poderia resulta uma
generalização insana tal qual: "Você odeia o que lhe é diferente, não
suporta o Outro, o Estrangeiro: o fumante, o alcoólatra, o religioso,
o místico, o judeu, o negro, etc.".




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Acupuntura
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/01/2003 01:42

He he he ....
Quantos da família não devem ter colaborado para resultar num texto desses abaixo! Até imagino a família reunida .... o que vc acha? tá bom assim? Vamos xingar ele de que? Como se escreve essa palavra? Olha no livro do freud e tira uma linha com termos bem difíceis! Viu? Que tal esse? Ei mano, cuidado, vc quase se sentou na nossa agulha familiar de acupuntura!
Ah ah ah ... gente feliz ... continuem assim ... 'traiz otra dose prele' .....

Aquele abraço,
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 27 de janeiro de 2003 01:27
Assunto: [ciencialist] Re: Acupuntura


Diga lá, léo, babaca-mor da CienciaList!

É interessante ver você tentando se superar. Esforçando-se um pouco
mais, deixará de ser ................


SUBJECT: Re: Acupuntura
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/01/2003 01:54

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> He he he ....
> Quantos da família não devem ter colaborado para resultar num texto
desses abaixo! Até imagino a família reunida .... o que vc acha? tá
bom assim? Vamos xingar ele de que? Como se escreve essa palavra?
Olha no livro do freud e tira uma linha com termos bem difíceis! Viu?
Que tal esse? Ei mano, cuidado, vc quase se sentou na nossa agulha
familiar de acupuntura!
> Ah ah ah ... gente feliz ... continuem assim ... 'traiz otra dose
prele' .....

Manuel: Eheheh! Eu sou mesmo uma legião. É demônios por todos os
lados! (Já assistiu ao O Exocista?)

Ave, Satanás!

òsculos e Amplexos,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Vivemos numa floresta...
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/01/2003 02:00

Vejam só que interessante:

http://antwrp.gsfc.nasa.gov/apod/astropix.html

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Acupuntura
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/01/2003 04:38

----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão"
Sent: Monday, January 27, 2003 12:54 AM
Subject: [ciencialist] Re: Acupuntura

"Luiz Ferraz Netto" escreveu
> > Ah ah ah ... gente feliz ... continuem assim ... 'traiz otra dose prele'

Manuel respondeu:

>:Eheheh! Eu sou mesmo uma legião. É demônios por todos os lados! (Já
> assistiu ao O Exocista?) Ave, Satanás!

Olá Léo, olá Manuel e olá demais ("éo" ou "el") anjos do Senhor (Gabriel,
Ezequiel etc).

Depois que eu escrevi, na mensagem 20601, as seguintes linhas:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/20601

"O Deus deles (dos quânticos) não só joga dados como também está sempre
de pileque, bambeando pra cá e pra lá. ;-) [...] Quando um dos estados
quânticos se manifesta, os outros ficam enrustidos, graças à
manifestação divina daquele ser que não joga dados (princípio da
incerteza, conforme modificado por Einstein)."

seguido, na mensagem 20603, por:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/20603

"Acho que aí cometi um certo ato fálico. O Deus de Einstein não enruste
nada, ele simplesmente é um inveterado contorcionista de espaços e
tempos. Ou seja, a contribuição de Einstein no caso seria ter mostrado
que a manifestação divina acima apontada não teria sido provocada pelo
seu Deus, mas sim pelo Deus de Bohr e seguidores, justamente Aquele que
joga dados."

andei pensando com meus botões e acho que comecei a entender a briguinha
de vocês. É como se o Deus do Bohr estivesse em disputa de territórios com o
Deus do Einstein. Um tá sempre de pileque, bambeando pra lá e prá cá, e o
outro só pensa em jogar gamão em seu sítio em Barretos. E o pior de tudo é
que o território em disputa somos nós, a Ciencialist.

Acho que vamos ter que chamar o todo poderoso Zeus... ou seria o Brahma?
Não, Brahma é cerveja! Aquela que refresca até pensamento. Onde se lê Brahma
leia-se Brudna. Acho que vamos ter que chamar o todo poderoso Brudna para
dar um jeito nessa troca de amabilidades divinas.

De minha parte, e como bom Cavaleiro do Apocalipse Quântico, o Manuel que me
perdoe mas tenho que ir contra o Deus do Bohr (ou da Brahma), se bem que eu
também goste de tomar um pileque. Sá cumé, o profissionalismo está acima de
tudo, e nesta encarnação eu vim pra tirar o sarro dos quânticos. ;-)))))

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Acupuntura
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/01/2003 08:13

Oi Alberto,

acredito que vc não 'pescou' o âmago da coisa. Eu e o Mané estamos praticando um exercício (tarefa de casa) para manter o lado 'briguento' de nossas civilidades bem afiado.
É uma maneira de se descarregar dos maus eflúvios e humores que poderiam ficar acumulados e causar reais danos. Cada um procura achar no outro o ponto fraco para 'cutucar o nervo do dente'. Estamos nessa fase invertendo o processo 'dividir para enfraquecer' e trocando por 'reunir para abranger'; por isso ele tentou incluir a minha esposa e eu tentei incluir a família dele toda. Observe que ele já amainou bastante ... com mais dois lances dou-lhe o cheque mate!
Todavia, já temos um lado positivo, o misticismo, o bla'-blá-blá das psicos e coisas de freudinho já diminuíram substancialmente aqui nesse yahoogrupos ... o peso da Ciência é enorme (em qqer referencial).
Nota: essa parte de peso e referencial ele não vai entender ... paciência, não consta do novo código civil! Como vc vê (ele não), até a cautela exige ciência ... paCiência!
[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 27 de janeiro de 2003 04:38
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Acupuntura


| ----- Original Message -----
| From: "Manuel Bulcão"
| Sent: Monday, January 27, 2003 12:54 AM
| Subject: [ciencialist] Re: Acupuntura
|
| "Luiz Ferraz Netto" escreveu
| > > Ah ah ah ... gente feliz ... continuem assim ... 'traiz otra dose prele'
|
| Manuel respondeu:
|
| >:Eheheh! Eu sou mesmo uma legião. É demônios por todos os lados! (Já
| > assistiu ao O Exocista?) Ave, Satanás!
|
| Olá Léo, olá Manuel e olá demais ("éo" ou "el") anjos do Senhor (Gabriel,
| Ezequiel etc).
|
| Depois que eu escrevi, na mensagem 20601, as seguintes linhas:
| http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/20601
|
| "O Deus deles (dos quânticos) não só joga dados como também está sempre
| de pileque, bambeando pra cá e pra lá. ;-) [...] Quando um dos estados
| ..............................


SUBJECT: Re: [ciencialist] Especialistas em diapasao
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/01/2003 08:26

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Sunday, January 26, 2003 11:55 PM
Subject: Re: [ciencialist] Especialistas em diapasao

> Oi Alberto,
> Vi sua figura. Ainda não enxerguei completamente o que sugerir nesse gif

Eu tenho a impressão de que na msg anterior eu fiz uma ligeira confusão ao
dividir os pulsos pelos braços do diapasão. Em teoria a divisão creio que
não está errada, mas na prática é algo que só vem para complicar, sendo
desnecessária. Creio que esses pulsos acabam se agrupando numa onda
estacionária a vibrar entre os braços do diapasão. Na prática acho que
podemos pensar na propagação de pulsos dessa onda estacionária (pois essa
vibração vai se amortecendo com o tempo) como se fosse única, e não como
duas ondas a se interferirem, pois a onda estacionária já leva em conta esse
efeito de interferência.

Creio que por aí já dá para pensar alguma coisa sobre a propagação desta
onda com o diapasão em repouso. Isso certamente já deve estar descrito na
literatura, mas não sei se será fácil encontrar. Talvez um quântico pudesse
ajudar (toc-toc-toc), já que eles gostam tanto de ondas. A coisa se complica
quando o diapasão é posto a girar. Acho que precisaríamos antes pensar em
como seria essa onda estacionária no diapasão girante, para depois entender
como seria a propagação do efeito. Quero crer que o segredo do efeito
Colucci [posso chamá-lo assim? ;-)] estaria no entendimento dessa onda
estacionária giratória [Em tempo: isso não tem nada a ver com o orbital dos
quânticos, qualquer semelhança é mera coincidência]. Isso está me cheirando
a espaço absoluto newtoniano, algo do tipo daquela história dos globos
giratórios presos por um cabo, ou do balde giratório. Filosoficamente
falando, e o Mach que o diga, a coisa é complicada até mesmo nesses casos
simples, imagine então no caso da mecânica ondulatória clássica! De qualquer
forma, é um desafio e tanto. E sendo clássico me interessa bastante, se bem
que estou ainda bastante desorientado a respeito. Acho que ainda estou com
aquela história do enigma do parafuso na cabeça, e preciso ceder um pouco do
calor liberado em uma fonte fria (uma Brahma, por exemplo), pois do
contrário meus quatro neurônios não conseguem pensar em mais nada.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Especialistas em diapasao
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/01/2003 09:56

--- Em ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr." <j.colucci@r...> escreveu
. . .
> Em abril de 1988, na Itália, durante a conferência "Música e
Estética
> Clássica", uma campanha mundial foi lançada para restaurar a
afinação
> original do diapasão, usada por compositores clássicos da época de
Bach
> a Verdi. No sistema proposto, a referência seria um C (dó) central
é de
> 256 Hz, o que conduziria a um A4 (lá da quarta oitava) de 432 Hz.
Apesar
> do Instituto Schiller, um dos proponentes da mudança, alegar razões
que
> fariam um cético ranger os dentes, a idéia é boa. A voz humana
seria a
> grande beneficiária da nova afinação. Boa parte da música clássica
> vocal e instrumental foi desenvolvida no período em que o diapasão
era
> mais baixo. Não só a música vocal é mais fácil e natural de cantar
no
> diapasão mais baixo, como os instrumentos acústicos soam melhor,
pois
> foram aperfeiçoados para ele.
. . .


Colucci,

Como grande curioso em física da música que sou, fiquei interessado
no assunto. Será que adotar um A4 a 432 Hz em vez de 440 faria tanta
diferença? Veja que os 8 Hz a menos não seriam suficientes sequer
para abaixar a nota em um semitom (o lá bemol, primeiro semitom
abaixo do A de 440Hz, tem uma freqüência de 415,3 Hz). Será que faz
mesmo tanta diferença assim para um cantor? Ou para um instrumento?

(este assunto é de suma importância. Afinal, se mudarem mesmo o
diapasão para 432, sou um dos que vão ter que jogar o afinador
eletrônico no lixo).

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Especialistas em diapasao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/01/2003 10:30

Léo pitecando:

8 Hz não faz diferença alguma para roquinrol, mesmo 80 ou 800 de diferença pouco importaria, mas na erudita e coral é significativa. Há pouca diferença entre os intervalos das escalas adotadas pelos Ocidentais e os Orientais, todavia basta escutar uma execução japonesa (aquele célebre tlem-tlem-tlem) e isso já fere o ouvido ocidental.
[]'
Léo (a maior autoridade em ectoplasma, roquinrol, freud, id e vindi, código civil, psicos e da maior parte dos conhecimentos humanos)

======================
-----Mensagem Original-----
De: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 27 de janeiro de 2003 09:56
Assunto: [ciencialist] Re: Especialistas em diapasao


--- Em ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr." <j.colucci@r...> escreveu
. . .
> Em abril de 1988, na Itália, durante a conferência "Música e
Estética
> Clássica", uma campanha mundial foi lançada para restaurar a
afinação
> original do diapasão, usada por compositores clássicos da época de
Bach
> a Verdi. No sistema proposto, a referência seria um C (dó) central
é de
> 256 Hz, o que conduziria a um A4 (lá da quarta oitava) de 432 Hz.
Apesar
> do Instituto Schiller, um dos proponentes da mudança, alegar razões
que
> fariam um cético ranger os dentes, a idéia é boa. A voz humana
seria a
> grande beneficiária da nova afinação. Boa parte da música clássica
> vocal e instrumental foi desenvolvida no período em que o diapasão
era
> mais baixo. Não só a música vocal é mais fácil e natural de cantar
no
> diapasão mais baixo, como os instrumentos acústicos soam melhor,
pois
> foram aperfeiçoados para ele.
. . .


Colucci,

Como grande curioso em física da música que sou, fiquei interessado
no assunto. Será que adotar um A4 a 432 Hz em vez de 440 faria tanta
diferença? Veja que os 8 Hz a menos não seriam suficientes sequer
para abaixar a nota em um semitom (o lá bemol, primeiro semitom
abaixo do A de 440Hz, tem uma freqüência de 415,3 Hz). Será que faz
mesmo tanta diferença assim para um cantor? Ou para um instrumento?

(este assunto é de suma importância. Afinal, se mudarem mesmo o
diapasão para 432, sou um dos que vão ter que jogar o afinador
eletrônico no lixo).

[]s
Ronaldo


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SUBJECT: Fw: Nova forma de produção de energia elétrica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/01/2003 13:35

Durma-se com um barulho desses ... outro inventor da indução?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "cesar.leonidas" <cesar.leonidas@bol.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 27 de janeiro de 2003 12:41
Assunto: Nova forma de produção de energia elétrica


Olá
Luiz Ferraz Neto,

Recebi sua respostra e fiquei muito satisfeito em ter me
respondido, estou estudando todo seu site
feiradeciencias, em todos os site da internet, livros
que estudo vejo que nenhum contempla um assundo de
extreme importancia em minha opinião,ou seja: Como
funciona as forças magnética no imã? o porque da atração
e repulsão do imã? como e porque é produzido uma correte
eletríca em um fio, quando passa este por um campo
magnético? como e porque da direção da corrente
elétrica? isto tudo esplicado de uma maneira clara, por
exemplo: Que ao passar um fio num campo magnético é
criado uma corrente elétrica todos sabemos e utilizamos
isto em grande escala hoje, agora isto explicado passo a
passo justificando o como é criada e o porque da direção
eu nunca encontrei nem em livros nem na internet.
Não sei se deu para você entender minha dúvida se poder
me ajudar, ficarei muito grato.

A forma de criação de energia que falei embora não possa
te passar todos detalhes pois ainda não registrei, é
justamente um detalhe nas linha de força que acho que o
cientista FARADAY, não observou.

Obrigado,
Cesar Leônidas


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SUBJECT: Fw: Especialistas em Parafuso (antigo diapasao)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/01/2003 13:44



Olá Alberto,

seu texto (mensagem 3) já está on-line. Uma revisada viria a calhar, qqer problema é só indicar e corrijo. Sala 25 - enigma do parafuso.

Meus comentários atuais:

a- O modismo 'paradigma' é bem recente e virou palavra obrigatória nos meios jurídicos; nenhuma conversa de interpretação de código feita por 'palavra de autoridade' terá algum peso sem a inclusão desse tal 'paradigma'.
Será que Bunge realmente o utilizou em 1974? Que tal definir 'paradigma' (cientificamente) e incluir isso no próximo texto?

b- É meu modo de ver que, em última análise, energia em trânsito é sempre 'trabalho', Tau = integral de força(vetor) escalar dP, no deslocamento de A para B; é assim na mecânica e no eletromagnetismo. Quando a desordem molecular caótica frustra este cálculo (frustra o cálculo, não o conceito de calor como trabalho caótico), surge como alternativa o 'calor' calorimétrico. Este conceito, entendo, só se aplica a sistema termodinâmico (número elevado de partículas animadas de movimentos caóticos). Eu sempre vejo calor Q como trabalho caótico em escala molecular; é sempre trabalho de forças. Todavia, nesse âmbito, sua medida (dinamômetro, régua) é impossível, daí o tratamento calorimétrico.

c- Sobre o segundo princípio eu penso assim, 'em princípio', trabalho e energia mecânica podem ser convertidos integralmente em qqer forma de energia. Pelo contrário (não, não precisa olhar para seu braço peludo!), calor e energia térmica são convertidos só em parte; por isso são formas de energia dita degradada. O segundo princípio impõe restrições ao calor; há enunciados diversos, exemplifico:
Kelvin - não existe máquina térmica que extrai calor de uma fonte e o converte no trabalho equivalente, sem outro efeito.
Clausius - não existe máquina térmica que extrai calor de uma fonte e o transporta para outra mais quente, sem outro efeito.
Qual é o imprescindível "outro efeito"? Para Kelvin é o calor residual: é impossível a mecanização total de Q1(T1). Para Clausius é o trabalho de acionamento: calor nunca passa de um corpo para outro mais quente.

[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 27 de janeiro de 2003 07:48
Assunto: Re: [ciencialist] Especialistas em diapasao


| ----- Original Message -----
| From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
| To: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
| Sent: Monday, January 27, 2003 6:23 AM
| Subject: Re: [ciencialist] Especialistas em diapasao
|
| > Freqüentemente um estudioso em termodinâmica enuncia o primeiro princípio
| > da seguinte forma: "Se um sistema está sujeito a uma transformação
| > cíclica, o trabalho W produzido nas vizinhanças é igual ao calor Q
| > extraído das vizinhanças".
|
| Olá Léo
|
| Começaram as Erratas ;-))
|
| O princípio está enunciado de maneira correta mas a bem da clareza talvez
| fosse interessante acentuar o significado de "calor Q extraído", pois está
| sendo considerado a soma do calor da fonte quente (positivo) com o calor da
| fonte fria (negativo). Após essa observação, eu deixaria o parágrafo da
| seguinte forma:
|
| ERRATA:
|
| Freqüentemente um estudioso em termodinâmica enuncia o primeiro princípio da
| seguinte forma: "Se um sistema está sujeito a uma transformação cíclica, o
| trabalho W produzido nas vizinhanças é igual ao calor Q extraído das
| vizinhanças". Entende-se Q como sendo um saldo, qual seja, a diferença entre
| o calor cedido pela fonte quente ao sistema e o calor cedido pelo sistema à
| fonte fria. O primeiro princípio não entra em considerações a respeito da
| diferença de temperatura das fontes.
|
| [ ]´s
| Alberto
| http://ecientificocultural.com/indice.htm
|


SUBJECT: Re: Especialistas em diapasao: Teste prático
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/01/2003 15:04

Léo,

Bolei um teste simples para avaliar as diferenças perceptíveis entre
o que seria a música afinada segundo um diapasão de 432 Hz, em lugar
do padrão de 440. Envei para a área de arquivos da ciencialist duas
gravações. Uma delas é a original, e a outra é uma versão que passou
por um pitch-shifting (deslocamento de freqüência) para simular como
ela teria sido gravada numa afinação proporcionalmente deslocada na
mesma razão de 440 para 432.

Como amostra, usei uma das músicas mais batidas da história recente
do planeta. A introdução de "New York, New York", com Frank Sinatra.
Escolhi de propósito uma músca tão manjada para mostrar que a
percepção humana não é tão sensível a essas pequenas mudanças de
freqüencia, mesmo quando se trata de alguma coisa já ouvida dezenas
de vezes pela pessoa.

Caso alguém se interesse em fazer o teste, os arquivos estão em

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/teste%20diapasao%
20A.mp3

e

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/teste%20diapasao%
20B.mp3

Sugiro ouvir alternadamente a versão A e a versão B várias vezes. Eu
mesmo não consigo identificar qual é uma e qual é a outra ouvindo
somente uma delas isoladamente.

Nota: Evidentemente que este teste não se destina ao Léo, que tem
poderes divinos. É apenas para os pobres mortais, entre os quais a
capacidade do ouvido absoluto é rara.

[]s
Ronaldo



--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Léo pitecando:
>
> 8 Hz não faz diferença alguma para roquinrol, mesmo 80 ou 800 de
diferença pouco importaria, mas na erudita e coral é significativa.
Há pouca diferença entre os intervalos das escalas adotadas pelos
Ocidentais e os Orientais, todavia basta escutar uma execução
japonesa (aquele célebre tlem-tlem-tlem) e isso já fere o ouvido
ocidental.
> []'
> Léo (a maior autoridade em ectoplasma, roquinrol, freud, id e
vindi, código civil, psicos e da maior parte dos conhecimentos
humanos)




SUBJECT: Mente controlada (Era: RE: Ainda acupuntura)
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <Alexandre.Medeiros@Consultmail.net>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/01/2003 17:18

> From: Alvaro Augusto de Almeida
>
> Talvez fosse melhor usar o método vulcano: "a dor é uma coisa
> da mente, e a mente pode ser controlada".

Acho que não pode. Por mais que os homens desejassem ter
suas mentes sob controle, isso é impossível; é, no máximo,
uma ilusão. A falta de controle sobre a mente é justamente
o que nos torna tão humanos.

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Especialistas em diapasao: Teste prático
FROM: "Aline Regina Walkoff" <lualine@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/01/2003 19:33



>


> Sugiro ouvir alternadamente a versão A e a versão B várias vezes. Eu


> mesmo não consigo identificar qual é uma e qual é a outra ouvindo


> somente uma delas isoladamente.


>


> Nota: Evidentemente que este teste não se destina ao Léo, que tem


> poderes divinos. É apenas para os pobres mortais, entre os quais a


> capacidade do ouvido absoluto é rara.


>


> []s


> Ronaldo






Tanto minha mãe quanto eu não somos anormais e percebemos a diferença
entre uma e outra. Minha mãe falou que B parece ser mais devagar que
A. Eu digo que B tem som mais grave que A. Eu como nunca mais vi
física na minha frente há 4 anos não sei dar palpite nessa discussão,
mas lembro que 432Hz é um som mais grave (ou mais baixo, fisicamente
falando), do que 440Hz. Deve ser porque a versão A é a afinada em
440Hz e a versão B em 432Hz. Errei ou acertei?




Muito interessante o teste!




Abraços




Aline




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Especialistas em diapasao: Teste prático
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/01/2003 20:03

Não consigo acessar o local dos testes. Sempre aparece o Yahoo que quer ver minha identidade, tipo sanguíneo, DNA, senha, tel, local, CEP, idade, .............., cor dos olhos, ... diz que não sou associado do ciencialist, pede para eu entrar em contato com o moderador .... e nada do som!
[]'
Léo
PS: Som de diapasão não é som musical, a menos que ele tenha timbre. Se diapasão tiver timbre, não é um bom padrão. Auditivamente um som 'puro' (sem harmônicos) é horripilante.
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 27 de janeiro de 2003 15:04
Assunto: [ciencialist] Re: Especialistas em diapasao: Teste prático


Léo,

Bolei um teste simples para avaliar as diferenças perceptíveis entre
o que seria a música afinada segundo um diapasão de 432 Hz, em lugar
do padrão de 440. Envei para a área de arquivos da ciencialist duas
gravações. Uma delas é a original, e a outra é uma versão que passou
por um pitch-shifting (deslocamento de freqüência) para simular como
ela teria sido gravada numa afinação proporcionalmente deslocada na
mesma razão de 440 para 432.

Como amostra, usei uma das músicas mais batidas da história recente
do planeta. A introdução de "New York, New York", com Frank Sinatra.
Escolhi de propósito uma músca tão manjada para mostrar que a
percepção humana não é tão sensível a essas pequenas mudanças de
freqüencia, mesmo quando se trata de alguma coisa já ouvida dezenas
de vezes pela pessoa.

Caso alguém se interesse em fazer o teste, os arquivos estão em

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/teste%20diapasao%
20A.mp3

e

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/teste%20diapasao%
20B.mp3

Sugiro ouvir alternadamente a versão A e a versão B várias vezes. Eu
mesmo não consigo identificar qual é uma e qual é a outra ouvindo
somente uma delas isoladamente.

Nota: Evidentemente que este teste não se destina ao Léo, que tem
poderes divinos. É apenas para os pobres mortais, entre os quais a
capacidade do ouvido absoluto é rara.

[]s
Ronaldo



--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Léo pitecando:
>
> 8 Hz não faz diferença alguma para roquinrol, mesmo 80 ou 800 de
diferença pouco importaria, mas na erudita e coral é significativa.
Há pouca diferença entre os intervalos das escalas adotadas pelos
Ocidentais e os Orientais, todavia basta escutar uma execução
japonesa (aquele célebre tlem-tlem-tlem) e isso já fere o ouvido
ocidental.
> []'
> Léo (a maior autoridade em ectoplasma, roquinrol, freud, id e
vindi, código civil, psicos e da maior parte dos conhecimentos
humanos)



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Especialistas em Parafuso (antigo diapasao)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/01/2003 20:47

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Monday, January 27, 2003 12:44 PM
Subject: [ciencialist] Fw: Especialistas em Parafuso (antigo diapasao)

> O modismo 'paradigma' é bem recente e virou palavra obrigatória nos meios
> jurídicos; nenhuma conversa de interpretação de código feita por 'palavra
> de autoridade' terá algum peso sem a inclusão desse tal 'paradigma'.

O paradigma que entrou em moda tem a assinatura do americano Thomas Kuhn. A
meu ver, Kuhn valorizou excessivamente o termo. Seu livro principal é de
1962 e foi traduzido para o português em 1975. Estamos atrasados até mesmo
em modismos ;-). Um dado curioso é que os críticos de Kuhn encontraram nesse
livro --A estrutura das revoluções científicas-- 14 conotações diferentes
para
a palavra paradigma, algumas conflitantes entre si.

> Será que Bunge realmente o utilizou em 1974? Que tal definir 'paradigma'
> (cientificamente) e incluir isso no próximo texto?

Ele utilizou antes de 1974, pois o livro é tradução [BUNGE, M. (1974),
Teoria e Realidade, Ed. Perspectiva, São Paulo]. Bunge é um físico argentino
e professor de filosofia da ciência no Canadá, onde vive há muitos anos (eu
diria, do ponto de vista social, que ele é mais canadense do que argentino).
Ele realmente utilizou esse termo, mas com a conotação de "modelo" ou
"padrão", creio que sem o peso da autoridade e/ou sem a sofisticação
emprestada por Kuhn à palavra. Ou seja, para Bunge a termodinâmica seria o
padrão, no sentido de "o exemplo típico", das teorias fenomenológicas. Não
sei se sob essa conotação a palavra seria ou não de uso freqüente em inglês.
De qualquer forma, o tradutor do livro optou pela tradução literal do termo,
ainda que paradigma não fosse moda no Brasil em 1974.

> É meu modo de ver que, em última análise, energia em trânsito é sempre
> 'trabalho', Tau = integral de força(vetor) escalar dP, no deslocamento de
> A para B; é assim na mecânica e no eletromagnetismo. Quando a desordem
> molecular caótica frustra este cálculo (frustra o cálculo, não o conceito
> de calor como trabalho caótico), surge como alternativa o 'calor'
> calorimétrico. Este conceito, entendo, só se aplica a sistema
> termodinâmico (número elevado de partículas animadas de movimentos
> caóticos). Eu sempre vejo calor Q como trabalho caótico em escala
> molecular; é sempre trabalho de forças. Todavia, nesse âmbito, sua medida
> (dinamômetro, régua) é impossível, daí o tratamento calorimétrico.

Eu acho que existe aí dois tipos de trânsito a serem considerados. Um
acopla-se ao sabor da mecânica e o outro ao sabor da termodinâmica. Um
termodinâmico tradicional costuma dizer que trabalho é tudo aquilo que pode
ser convertido exclusivamente no levantamento de um peso. Com isso ele evita
ter de falar em deslocamento, pois no núcleo da teoria o tempo não é levado
em consideração; ele surge apenas na periferia, como conseqüência, e assim
mesmo como um "antes" e um "depois". O levantamento de um peso pode sempre
ser pensado como um "antes" e um "depois".

Entre esse "antes" e esse "depois", o termodinâmico tradicional propõe que
alguma coisa entrou no (ou saiu do) sistema, a responder pelas diferenças
que constata. Ele não mede diretamente essa passagem, simplesmente assume
essa entrada, ou essa saída, pela análise de propriedades estáticas medidas
nos dois estados. Conseqüentemente, quando ele fala em energia em trânsito,
está simplesmente relatando transporte de alguma coisa de caráter energético
e que ocorreu quando o sistema passou de um estado para outro. Nem mesmo a
taxa temporal de variação é importante, a não ser o seu caráter reversível
ou não.

O caos a que você se refere, eu diria que serviria para caracterizarmos o
que os termodinâmicos chamam "energia interna", aquela que entrou no
sistema, seja originalmente como calor ou como trabalho. Por exemplo, na
experiência de Joule entra trabalho no sistema de maneira irreversível (um
peso desce durante o processo), e após a experiência executada ninguém
conseguiria medir alguma coisa a confirmar se o que entrou no sistema era
calor ou era trabalho. Mas perceberia que alguma coisa, relacionada ao que
poderia chamar por energia interna, aumentou.

O trânsito, referido ao calor, antes de tudo, tem um sentido direcional e
físico, e surge após a definição física do termo. O trabalho termodinâmico
também é encarado apenas sob esse aspecto. Sem dúvida, os termodinâmicos
necessitam, no que diz respeito ao trabalho, dar uma satisfação aos
mecânicos, e o fazem referindo-se ao mesmo como algo a se comparar ao
"levantamento de um peso". Com o calor isso já não acontece, pois o
termodinâmico se sentem à vontade para caracterizá-lo a sua maneira.

A caoticidade própria à energia interna, e a relacionar-se de certa maneira
com o calor, acaba se espalhando numa direção não tão caótica e muito bem
definida, qual seja, de uma região mais quente em direção a uma região mais
fria. Pois o calor, em termodinâmica seria exatamente essa energia
transportada de uma região para outra em virtude de diferenças de
temperatura. Um corpo não contém calor, o calor simplesmente atravessa as
fronteiras desse corpo, entrando ou saindo, e fixando-se no mesmo como
"energia interna", e aí sim constatamos a caoticidade desta energia
incorporada ao sistema.

> Sobre o segundo princípio eu penso assim, 'em princípio', trabalho e
> energia mecânica podem ser convertidos integralmente em qqer forma de
> energia. Pelo contrário (não, não precisa olhar para seu braço peludo!),
> calor e energia térmica são convertidos só em parte; por isso são formas
> de energia dita degradada.

Tudo isso é verdade. O que até hoje ainda não se sabe é o significado íntimo
dessa degradação. Esse é o grande mistério da termodinâmica, e a encerrar o
conteúdo do segundo princípio. Mario Schenberg chegou a se referir a esse
mistério da seguinte forma: "Há uma coisa sobre a qual a mecânica quântica
não lançou luz alguma: o segundo princípio da termodinâmica. Este continua
tão misterioso quanto antes. A lei de crescimento da entropia não pode ser
até agora deduzida nem pela mecânica estatística clássica, nem pela mecânica
estatística quântica. Há, aí, alguma coisa de fundamental que ainda não
compreendemos. Quando uma coisa começa a se complicar muito, é sinal de que
é preciso simplificá-la."

Eu tenho uma teoria a respeito, e a explicar esse mistério, mas preciso
lançar mão de uma partícula a que chamo por entropino. Exponho essa teoria
em http://ecientificocultural.com/Eletron2/termodinamica.htm . Aliás, tanto
o texto de Bunge quanto o de Schenberg foram retirados desse artigo que
escrevi há cerca de 15 anos, e publiquei em 1995 (até então era capítulo de
um dos meus livros). Existe um francês, Jean-Louis Taine, que propõe uma
saída equivalente, mas contabilmente bem diversa. Para Taine, o aumento da
entropia de um sistema estaria associado a um aumento de sua "energia
interna" e este estaria relacionado a uma desintegração de massa. Ele
consegue desta forma relacionar o segundo princípio da termodinâmica à
equação de Einstein, E = mc². Dois dos trabalhos de Taine podem ser lidos em
http://www.journaloftheoretics.com/Articles/2-3/tane-pub.pdf e
http://www.journaloftheoretics.com/Articles/3-4/taneTRG.htm . Se a
relatividade de Einstein estiver correta, eu não tenho dúvidas de que o
Taine teve uma sacada genial.

Mas eu penso diferente, e descrevo isso no primeiro trabalho citado acima.
Não é demais reforçar que trata-se de uma teoria ainda não aceita nos meios
acadêmicos e a se apoiar totalmente na física clássica, logo não lança mão
de artifícios relativísticos, como a transformação matéria/energia de
Einstein. Já discuti brevemente com o Taine e chegamos a conclusão que a
estranheza que nós dois captamos é do mesmo tipo, apenas estamos tentando
explicar o mesmo fenômeno (aumento da entropia) por vias distintas.

Segundo a minha versão, quando uma molécula ou um átomo sofre um choque
inelástico (sistema afastado do equilíbrio, pois no equilíbrio térmico todos
os choques seriam praticamente elásticos e/ou compensados pela absorção da
energia radiante que sempre permeia o sistema), parte da energia seria, a
meu ver, dissipada sobre a forma de entropinos, e esses entropinos seriam
algo do tipo dos neutrinos. O entropino, a exemplo do neutrino, também não
conseguiria retornar à matéria. Lembro que milhões de neutrinos provenientes
do Sol e/ou do restante do Universo, passam por segundo através de um cm² da
superfície terrrestre, e prosseguem de um lado a outro da Terra como se
estivessem se propagando em um vácuo absoluto. A interferência com a matéria
é mínima e, para efeitos práticos, totalmente desprezível, ou seja,
identicamente nula. Laboratórios imensos (piscinas subterrâneas) foram
construídos para detectar esses neutrinos e conseguem captar tão somente
algumas dezenas por ano, a demonstrar que a absorção do neutrino pela
matéria é praticamente nula. Como toda a regra, existem exceções, mas
perceba que esta exceção é uma verdadeira raridade e surge quase que apenas
para confirmar a existência desses neutrinos. Se o entropino for algo desse
tipo, avesso à absorção pela matéria, uma vez liberado ele provavelmente
jamais conseguirá retornar ao nosso convívio, permanecendo então no Universo
como um tipo do que os astrônomos chamam matéria escura.

Nada impede que o entropino seja o próprio neutrino, e acredito que seja,
mas convém ser cauteloso ao usar conceitos já bem definidos em outras áreas
da física. Eu acho que se a minha teoria tiver fundamento, a navalha de
Occam favorece essa idéia da identidade entre as duas partículas.

> O segundo princípio impõe restrições ao calor; há
> enunciados diversos, exemplifico:
> Kelvin - não existe máquina térmica que extrai calor de uma fonte e o
> converte no trabalho equivalente, sem outro efeito.
> Clausius - não existe máquina térmica que extrai calor de uma fonte e o
> transporta para outra mais quente, sem outro efeito.
> Qual é o imprescindível "outro efeito"? Para Kelvin é o calor residual: é
> impossível a mecanização total de Q1(T1). Para Clausius é o trabalho de
> acionamento: calor nunca passa de um corpo para outro mais quente.

Eu diria que tanto eu quanto o Taine, cerca de 150 anos após Clausius,
pensamos de maneira ligeiramente diversa e se traduz no seguinte argumento:
A energia que entra em um sistema (seja sob a forma de calor, seja sob a
forma de trabalho) é ligeiramente diferente da energia que permanece no
interior desse sistema como tal. O que entrou, os termodinâmicos
tradicionais chamam "energia interna"; o que fica no sistema seria, na minha
versão, a diferença entre essa energia que entrou e aquela que sai sob a
forma de entropinos; para o Taine essa diferença contábil seria devida a
transformações matéria/energia. Em todo processo irreversível aconteceria
uma dessas esquisitices (emissão de entropino ou transformações
matéria/energia). Eu explico a irreversibilidade pela não absorção natural
dos entropinos, já o Taine explica de uma maneira ligeiramente diferente, e
convido os interessados a que leiam seus trabalhos acima indicados.

Importante: Essas novas idéias não vão contra a conservação da energia,
simplesmente introduzem um fator novo e ainda não considerado. Até mesmo o
primeiro princípio, na forma como é enunciado tradicionalmente, pode ser
conservado, porém deve ser reinterpretado. A minha maneira de reinterpretar
está exposta no trabalho acima citado.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] O enigma do parafuso
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/01/2003 21:12


Caro Luiz,

Aí vai meu palpite sobre a questão do Mario Smartano:

A resposta ao problema é bem simples.
Não existe paradoxo. A produção de calor nas duas situações
é exatamente a mesma. A roda gira mais rápido do que no primeiro
caso às custas de uma parte da energia potencial da água levantada
pelo parafuso que seria toda transformada em calor (e será, no final
das contas). Trata-se de produzir o mesmo calor por maneiras
diferentes.

Abraços,

Guilherme


_________________________________________________________________
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http://messenger.msn.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mente controlada (Era: RE: Ainda acupuntura)
FROM: "Prof. Alvaro Augusto de Almeida" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/01/2003 23:31

Só que eu não estou falando de humanos, mas sim de vulcanos. Assista
"Enterprise", que passa no AXN, sexta-feira, às 21:00. Tem uma vulcana lá
que sabe tudo sobre isso... :)

De qualquer forma, o que eu quis dizer foi o seguinte: o método vulcano,
aplicado a seres huamanos, é tão eficaz quanto a acupuntura. Got it?

[ ]s

Alvaro Augusto



-----Mensagem Original-----
De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<Alexandre.Medeiros@Consultmail.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 27 de Janeiro de 2003 17:18
Assunto: [ciencialist] Mente controlada (Era: RE: Ainda acupuntura)


> From: Alvaro Augusto de Almeida
>
> Talvez fosse melhor usar o método vulcano: "a dor é uma coisa
> da mente, e a mente pode ser controlada".

Acho que não pode. Por mais que os homens desejassem ter
suas mentes sob controle, isso é impossível; é, no máximo,
uma ilusão. A falta de controle sobre a mente é justamente
o que nos torna tão humanos.

[]

Alexandre Medeiros




SUBJECT: Re: [ciencialist] O enigma do parafuso
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/01/2003 00:03

Olá Guilherme,

é uma satisfação contar com sua participação. O enigma do parafuso já se estendeu até o 'miolo' da termodinâmica e ainda tem pano prá manga.
Dê uma leitura geral em: http://www.feiradeciencias.com.br/sala25/25_C03.asp
para ver em que pé está.
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 27 de janeiro de 2003 21:12
Assunto: Re: [ciencialist] O enigma do parafuso


|
| Caro Luiz,
|
| Aí vai meu palpite sobre a questão do Mario Smartano:
|
| A resposta ao problema é bem simples.
| Não existe paradoxo. A produção de calor nas duas situações
| é exatamente a mesma. A roda gira mais rápido do que no primeiro
| caso às custas de uma parte da energia potencial da água levantada
| pelo parafuso que seria toda transformada em calor (e será, no final
| das contas). Trata-se de produzir o mesmo calor por maneiras
| diferentes.
|
| Abraços,
|
| Guilherme
|
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SUBJECT: Re: Especialistas em diapasao - figura
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/01/2003 00:14

Oi Alberto,
chegou a dar uma zoiada em: www.feiradeciencias.com.br/imagens/diapasao.gif ? É idéia plausível?
Imagine o diapasão em repouso com os ramos vibrando; em todo seu contorno aparece um padrão de interferências, de modo que em certos pontos teremos int.destrutiva permanente e noutros int. construtiva permanente. Fixe um ponto qqer desse volume que envolve o diapasão onde ocorre permanente destrutiva ou construtiva.. Com o diapasão estacionário nesse ponto teremos sempre 'silencio' ou 'som'. Mas, se o diapasão começar a girar sobre seu eixo de simetria, a distancia dos ramos até aquele ponto fixo muda e consequentemente muda o estado de vibração nesse ponto, podendo ocorrer periodicamente a transição silencio/som.

Acho que essa é a idéia básica.

[]'
Léo


SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Especialistas em diapasao
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/01/2003 01:36

>Ronaldo Cordeiro: Como grande curioso em física da música que sou,
fiquei interessado no assunto. Será que adotar um A4 a 432 Hz em vez de
440 faria tanta diferença? Veja que os 8 Hz a menos não seriam
suficientes sequer para abaixar a nota em um semitom (o lá bemol,
primeiro semitom abaixo do A de 440Hz, tem uma freqüência de 415,3 Hz).
Será que faz mesmo tanta diferença assim para um cantor? Ou para um
instrumento?


Ronaldo,

Antes de chegar lá, permita-me uma pequena digressão sobre a afinação
dos instrumentos.


A FÍSICA DA AFINAÇÃO

Pouca gente sabe, entre estes alguns músicos, que antes de Bach um D#
era diferente de um Eb, ou um G# era diferente de um Ab. Para os que não
estão familiarizados com a notação alfabética, aqui vai uma explicação.
Nela, as notas dó, ré, mi, fa, sol, lá, si são representadas pelas
letras C, D, E, F, G, A, B. Os símbolos # e b significam,
respectivamente, sustenido e bemol. Assim, G# é sol sustenido, e Ab é lá
bemol. Num piano essas duas notas estão no mesmo lugar, uma das teclas
pretas entre o sol e o lá. Nem sempre foi assim.

Até o fim do século XVII havia mais de uma escala musical em uso.
Percebendo as limitações da escala pitagórica, em que os tons eram
associados a intervalos matemáticos exatos, os músicos tentaram outros
sistemas. A escala pitagórica soa desagradável ao ouvido, pois nela
alguns intervalos não “fecham”. Entre os sistemas alternativos contam-se
a escala de tom médio e a escala justa. A primeira era um compromisso, e
soava bem desde que a música não fosse transposta (mudada de tom) para
um tom muito distante. Para falar da segunda – a escala justa – é
necessário uma explicação adicional.

O que segue é uma grande simplificação didática. O intervalo de um tom
entre duas notas, digamos E (mi) e F (fá), é dividido em nove
subintervalos chamados comas (Nota para os entendidos: eu sei, o
intervalo é logarítmico e tem 5 savarts. Vamos deixar essa explicação de
lado por um momento.). A distância entre E (mi) e E# (mi sustenido) é de
cinco comas; a distância entre F (fá) e Fb (fá bemol) é de quatro comas.
Como? Perguntarão os músicos, se E# e Fb são a mesma nota. A resposta é:
são agora, ou melhor, desde a invenção da escala temperada em 1691, por
Andreas Werkmeister. Antes, na escala justa, os instrumentos eram
afinados segundo o tom da música que iriam executar. Um cravo afinado
para tocar em ré não tocava bem em sol, por exemplo.

O problema só existe para os instrumentos de afinação fixa, como os
teclados. Os de corda, da família do violino, podiam tocar em qualquer
tom. Um bom violinista, violista ou violoncelista ajusta a posição dos
dedos no braço do instrumento, de maneira quase imperceptível, para
produzir a diferença de uma coma entre o sustenido e o bemol.

Sob o risco de deixar muita gente com inveja, vou contar que na empresa
onde trabalho, cheia de gente criativa, abundam céticos e músicos.
Perguntei a um colega, que nas horas de folga é violista da Sinfônica de
Cambridge, como é que os violistas tratam a escala temperada. Ele disse
que o bom músico adapta-se à situação. Se estiver tocando com um piano
ou outro instrumento temperado, toca a escala temperada. Se estiver
tocando num quarteto de cordas (para alguns, a mais suprema forma de
expressão musical), tende a usar a escala justa. E mais, a nota final de
uma escala ascendente é tocada uma coma mais alta do que deveria ser,
para maior expressividade. Pela mesma razão, a nota final de uma escala
descendente é tocada um tantinho abaixo.

Com a invenção da já mencionada escala temperada, isso tudo acabou. O
intervalo de um tom é dividido ao meio por dois semitons. Cada uma das
teclas pretas do piano pode ser uma nota sustenida ou bemol. Para
demonstrar o conceito, Bach escreveu os 24 prelúdios do “Cravo bem
temperado”, cobrindo todas os tons maiores e menores. Os especialistas
divergem do propósito de Bach aos escrevê-los. Contrariando a opinião
geralmente aceita, há os que dizem que Bach tentou demonstrar a
coloração diferente em cada tonalidade, imposta pela escala temperada.
De fato, músicos da época custaram a aceitar a escala temperada, pois,
embora traga vantagens práticas (especialmente a transposição de tons),
é acusticamente inferior à escala justa. Eu já tive a oportunidade de
ouvir um cravo afinado pela escala justa e posso dizer que os acordes,
embora um tanto estranhos aos nossos ouvidos modernos, soam mais
“cheios” e vibrantes.

A frequência base para a afinação dos instrumentos temperados variou
através dos tempos para se fixar no padrão atual de A4 = 440 Hz. O
problema, como eu disse na mensagem anterior, relaciona-se
principalmente às vozes humanas. Grande parte do repertório erudito foi
criada na época em que o diapasão era mais baixo. O website do Instituto
Schiller dá um exemplo. Na abertura da “Aída”, de Verdi, a afinação mais
baixa (baseada em C=256Hz, com A4= 432Hz) permite ao tenor manter todas
as notas naturais no registro médio, subindo para o registro alto quando
a nota mais aguda é sustenida. Com a afinação moderna, algumas das notas
naturais são forçadas a subir para o registro alto, perdendo-se parte da
intenção dramática da peça. A diferença de menos de meio tom, embora não
pareça muito, faz muita diferença para os cantores.


>Ronaldo Cordeiro: (este assunto é de suma importância. Afinal, se
mudarem mesmo o diapasão para 432, sou um dos que vão ter que jogar o
afinador eletrônico no lixo).<

A escala temperada apresenta um problema ainda maior para os
instrumentos de corda com traste, como o violão, guitarra, cavaquinho,
etc. Neles, os erros da escala temperada devem ser distribuidos
uniformemente pelo braço do instrumento. Do contrário, a afinação será
horrível. Esse fenômeno é conhecido como a “armadilha da terça
temperada”.

Os afinadores eletrônicos cromáticos modernos permitem a mudança de
frequência padrão (o meu, da marca Korg, permite). Nos afinadores
eletrônicos, a escala usada é o “cent”. Um cent equivale a 1/1200 de uma
oitava. Não é a melhor maneira de medir o desvio da afinação, pois o
valor é fixo para a oitava. Em baixas frequências, o desvio de alguns
hertz representa uma porcentagem significativa da nota. À medida em que
se sobe na escala, é preciso uma variação maior em hertz para que a
variação no tom seja percebida. A melhor unidade é o savart (de Felix
Savart, físico francês), uma grandeza logarítmica que representa o
“poder de resolução” do ouvido humano.

De qualquer forma, um violão ou guitarra for afinado com as cordas
soltas, usando-se o afinador, estará desafinado em certos trastes devido
à acumulação de erros da escala temperada. Infelizmente, poucos
violonistas sabem afinar o instrumento corretamente. Com já se disse, o
violão é o instrumento mais fácil de tocar mal e o mais difícil de tocar
bem.

Um abraço,
Colucci

LINKS:

Schiller Institute
http://www.schillerinstitute.org/programs/program_bergonzi_4-8-93.html

Afinação do piano
http://www.earthmatrix.com/piano/octave.htm

Notes on Musical Scales
from Acoustical and Mathematical Points of View
http://www.phy.duke.edu/~dtl/36hb_sca.html

Afinando o violão corretamente (uma explicação meio confusa)
http://ourworld.compuserve.com/homepages/WarrenAllen/tuning.htm




SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Especialistas em diapasao
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/01/2003 01:45

Alguém notou algo errado com o parágrafo abaixo?

O que segue é uma grande simplificação didática. O intervalo de um tom
entre duas notas, digamos E (mi) e F (fá), é dividido em nove
subintervalos chamados comas (Nota para os entendidos: eu sei, o
intervalo é logarítmico e tem 5 savarts. Vamos deixar essa explicação de
lado por um momento.). A distância entre E (mi) e E# (mi sustenido) é de
cinco comas; a distância entre F (fá) e Fb (fá bemol) é de quatro comas.
Como? Perguntarão os músicos, se E# e Fb são a mesma nota. A resposta é:
são agora, ou melhor, desde a invenção da escala temperada em 1691, por
Andreas Werkmeister. Antes, na escala justa, os instrumentos eram
afinados segundo o tom da música que iriam executar. Um cravo afinado
para tocar em ré não tocava bem em sol, por exemplo.




SUBJECT: Re: Especialistas em diapasao: Teste prático
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/01/2003 09:59

--- Em ciencialist@y..., "Aline Regina Walkoff" <lualine@y...>
escreveu
>
>
> Tanto minha mãe quanto eu não somos anormais e percebemos a
diferença
> entre uma e outra. Minha mãe falou que B parece ser mais devagar
que
> A. Eu digo que B tem som mais grave que A. Eu como nunca mais vi
> física na minha frente há 4 anos não sei dar palpite nessa
discussão,
> mas lembro que 432Hz é um som mais grave (ou mais baixo,
fisicamente
> falando), do que 440Hz. Deve ser porque a versão A é a afinada em
> 440Hz e a versão B em 432Hz. Errei ou acertei?
>
>


Acertou. Mas essa é a parte mais fácil. Agora experimente ficar por
algumas horas sem ouvir nenhuma das duas versões e depois peça à sua
mãe que toque somente uma delas, sem dizer qual é. Vai ser mais
difícil perceber se é a original ou a mais grave, quando vc não puder
comparar uma com a outra e tiver de se apoiar apenas na memória.

Outra coisa que não permite que o teste seja ideal é que o processo
de deslocamento de freqüência que eu usei sobre a amostra original
está longe de ser perfeito. Ele não altera os tempos (pode dizer à
sua mãe que a versão B não é mesmo mais lenta) e deveria atuar apenas
sobre as freqüências, mas introduz ou remove colorações e altera os
timbres (a gravação B é ligeiramente menos brilhante que A, o que
ajuda a acentuar a diferença perceptível entre elas). O efeito sobre
a voz humana é ainda mais perceptível, e foi por isso que eu deixei
nas gravações apenas a introdução instrumental. A parte onde entra a
voz do Sinatra ficou bem mais diferente e eu a deixei de fora. O
correto para dar a impressão ideal da diferença entre instrumentos
afinados com um diapasão e com outro seria usar instrumentos de
verdade, ora numa afinação, ora noutra. Se eu conseguir produzir
alguma coisa deste tipo (e se alguém tiver interesse), posso mandar
para a lista.

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Especialistas em diapasao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/01/2003 10:34

Oi Colucci,
Como especialista em ectoplasma a única coisa que estranhei foi o aparecimento do nome "Andreas Werkmeister" associado à escala temperada. Sempre tive como certo que essa escala, assim como a 'bem temperada' fosse de Bach. Aliás até conhecida como 'escala bem temperada de Bach'.
Outra coisa, na sua 'palestra' nada apareceu da escala de Zarlino ... que é a que aparece em todos os livros didáticos. Por 'acaso' a escala justa é a de Zarlino?
Gostei do comentário do Savart, grande amigo meu; tenho montado aqui a sereia de Savart com 6 rodas dentadas e paleta de osso.
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 28 de janeiro de 2003 01:45
Assunto: RE: [ciencialist] Re: Especialistas em diapasao


Alguém notou algo errado com o parágrafo abaixo?

O que segue é uma grande simplificação didática. O intervalo de um tom
entre duas notas, digamos E (mi) e F (fá), é dividido em nove
subintervalos chamados comas (Nota para os entendidos: eu sei, o
intervalo é logarítmico e tem 5 savarts. Vamos deixar essa explicação de
lado por um momento.). A distância entre E (mi) e E# (mi sustenido) é de
cinco comas; a distância entre F (fá) e Fb (fá bemol) é de quatro comas.
Como? Perguntarão os músicos, se E# e Fb são a mesma nota. A resposta é:
são agora, ou melhor, desde a invenção da escala temperada em 1691, por
Andreas Werkmeister. Antes, na escala justa, os instrumentos eram
afinados segundo o tom da música que iriam executar. Um cravo afinado
para tocar em ré não tocava bem em sol, por exemplo.





SUBJECT: Re: Especialistas em diapasao
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/01/2003 11:47

>"Luiz Ferraz Netto": Como especialista em ectoplasma a única coisa
que estranhei foi o aparecimento do nome "Andreas Werkmeister"
associado à escala temperada. Sempre tive como certo que essa escala,
assim como a 'bem temperada' fosse de Bach. Aliás até conhecida
como 'escala bem temperada de Bach'. Outra coisa, na sua 'palestra'
nada apareceu da escala de Zarlino ... que é a que aparece em todos
os livros didáticos. Por 'acaso' a escala justa é a de Zarlino?<

Léo,

Escala de Zarlino (1517-1590) é o mesmo que escala justa, baseada em
terças harmônicas. Há muitas outras. Recentemente (século 20) os
compositores (John Cage, Stockhausen, etc) começaram a explorar micro-
tonalidades, e aí a coisa se complica muito. Ouvi uma peça de Cage
para piano preparado e... bem... não consegui entender muito.

Todo o mundo pensa que Bach inventou a escala temperada, o que não é
verdade. Ele foi seu popularizador, por vontade própria ou contra
esta, já que alguns acreditam que ele não era um entusiasta da mesma.


>COLUCCI: Alguém notou algo errado com o parágrafo abaixo?
>O intervalo de um tom entre duas notas, digamos E (mi) e F (fá), é
dividido em nove subintervalos chamados comas (Nota para os
entendidos: eu sei, o intervalo é logarítmico e tem 5 savarts. Vamos
deixar essa explicação de lado por um momento.). A distância entre E
(mi) e E# (mi sustenido) é de cinco comas; a distância entre F (fá) e
Fb (fá bemol) é de quatro comas. Como? Perguntarão os músicos, se E#
e Fb são a mesma nota. A resposta é: são agora, ou melhor, desde a
invenção da escala temperada em 1691, por Andreas Werkmeister. Antes,
na escala justa, os instrumentos eram afinados segundo o tom da
música que iriam executar.<

Eu estraguei a minha própria brincadeira, mandando o arquivo errado.
Distração ou senilidade precoce. Nunca se sabe. Era uma gozação para
testar se alguém estava prestando atenção. Não existe E# e Fb. O
intervalo entre essas notas é de meio tom. Para deixar o texto
correto é sósubstituí-las por outras notas separadas por um tom,
como, por exemplo, G e A.

Um abraço,
Colucci





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Especialistas em diapasao
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/01/2003 13:24

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Tuesday, January 28, 2003 9:34 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Especialistas em diapasao

> > Alguém notou algo errado com o parágrafo abaixo?
> > [...] (Nota para os entendidos: eu sei, o
> > intervalo é logarítmico e tem 5 savarts.

> Oi Colucci,
> Gostei do comentário do Savart, grande amigo meu; tenho montado aqui a
> sereia de Savart com 6 rodas dentadas e paleta de osso.

Olá Léo e olá Colucci.

Eu também cheguei a pensar que o erro fosse esse, pois não sabia que o
Savart era "entendido". Mas aí lembrei-me que ele teve um caso sério com o
Biot, do tempo que estudaram magnetismo. Lembra-se da lei de Biot-Savart? Aí
então reli a mensagem e percebi que o Colucci estava se referindo a uma
certa "nota para casais de entendidos", algo a variar de 0 a 5 savarts,
conforme o magnetismo que os atrai. Achei estranho essa nota ser em escala
logarítmica. Seria esse o erro? ;-)))))

Quanta bobagem!

Em outra mensagem, o Léo escreveu:

> Imagine o diapasão em repouso com os ramos vibrando; em todo seu contorno
> aparece um padrão de interferências, de modo que em certos pontos teremos
> int.destrutiva permanente e noutros int. construtiva permanente. Fixe um
> ponto qqer desse volume que envolve o diapasão onde ocorre permanente
> destrutiva ou construtiva.. Com o diapasão estacionário nesse ponto
> teremos sempre 'silencio' ou 'som'. Mas, se o diapasão começar a girar
> sobre seu eixo de simetria, a distancia dos ramos até aquele ponto fixo
> muda e consequentemente muda o estado de vibração nesse ponto, podendo
> ocorrer periodicamente a transição silencio/som.
> Acho que essa é a idéia básica.

Eu estava imaginando que seria algo desse tipo, mas fiquei em dúvida, pois
nunca ouvi nada a respeito deste efeito Colucci. Mas hoje, relendo a
mensagem original do Colluci, notei o seguinte trecho: "Girando-se o
diapasão perto do ouvido, ouve-se o som aumentar e diminuir conforme estamos
na região de interferência destrutiva ou construtiva." Isso corresponde ao
que você expôs acima: "muda o estado de vibração nesse ponto, podendo
ocorrer periodicamente a transição silêncio/som". Se for isso, o mistério
parece estar resolvido, restando apenas bolar como ficaria isso em um
gif-animado.

De qualquer forma, seria interessante saber se o efeito Colucci é esse
mesmo, pois um gif-animado bem feito vale por mil palavras, mas se a idéia
estiver errada o erro se propagará em escala logarítmica.

Vou tentar* bolar o gif-animado hoje a noite, pois agora estou preparando um
relatório para uma "reunião ao cair da tarde". Já que estamos numa thread
musical, lembrei-me de um antigo programa de rádio -- "Um piano ao cair da
tarde". Esse programa também é dos anos dourados, da época em que só se
ouvia rádio, da época da brilhantina ou então daqueles gibis que não existem
mais e que os vovôs da Ciencialist andaram citando recentemente. ;-)

(*) Não garanto nada quanto à produção do gif-animado, pois essa história de
brincar com giro não é nada fácil. Mas eu gosto da idéia, pois como disse em
mensagem anterior, é neste giro que o referencial absoluto de Newton se
mostra em todo o esplendor, e é neste giro que tanto a relatividade de
Einstein quanto a teoria quântica se esfacelam.

Se alguém quiser saber porque penso assim, sugiro que leiam, por exemplo, as
seguintes heresias:

1) "O elétron emissor de informações eletromagnéticas", em
http://ecientificocultural.com/Eletron2/emissor01.htm
2) "O spin que não é giro", em
http://ecientificocultural.com/Eletron2/parep.htm ; e
3) "O espaço curvo euclidiano e a relatividade galileana" em
http://ecientificocultural.com/Relat/espaco_curvo01.htm.

No primeiro desses artigos mostro como seria, segundo a minha teoria, o
campo eletromagnético A de um elétron girante através de um gif animado, que
pode ser visto clicando-se aqui:
http://ecientificocultural.com/Eletron2/emissor05.gif
[Importante: Não olhe para essa figura após a terceira dose de whisky].
Alguém já viu algum campo desse tipo? É o que chamo um campo estacionário e
que varia periodicamente no decorrer do tempo sem irradiar energia. É esse o
campo responsável pelo pareamento elétron-próton, segundo a figura mostrada
no artigo "O spin que não é giro", ou então no artigo que escrevi
recentemente e intitulado "A natureza da luz e o princípio da superposição"
e que está em http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/polar00.htm .

Bem, se eu não conseguir bolar o gif-animado, valeu pelo comercial. ;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Fwd: [Astronomynews] Distant Milky Ways
FROM: Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/01/2003 14:18

--- Astronomy News® <astronomynews@hotmail.com>
escreveu: > Para: Astronomynews@yahoogrupos.com.br
> De: Astronomy News® <astronomynews@hotmail.com>
> Data: Tue, 28 Jan 2003 10:04:23 +0000
> Assunto: [Astronomynews]® Distant Milky Ways
>

---------------------------------

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mulher com idade entre
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anos estado de
ACALAMAPBACEDFESGOMAMGMSMTPAPBPEPIPRRJRNRORRRSSCSESPTO
[input] Meus Grupos |Astronomynews Página Principal

Distant Milky Ways
Astronomers find evidence of Milky Way-sized galaxies
in the early universe.
by Vanessa Thomas


Early galaxies are shown as bright points in this
filamentary cosmic web.
V. Springel (MPIA) / CfA
During the universe's youth, stars were just starting
to form and galaxies were only beginning to take
shape.
Astronomers believe large galaxies grew slowly,
merging with and consuming small galaxies over
billions of years. But two researchers are suggesting
this occurred faster than astronomers thought. They've
found that relatively large galaxies — those the size
of our own Milky Way Galaxy — were already present
within a billion years of the Big Bang.

"In some ways, it's surprising that such large
galaxies formed so quickly. Most galaxies in the early
universe were only one-hundredth that size," says team
member Avi Loeb of the Harvard-Smithsonian Center for
Astrophysics. "But our model, combined with
observations by other researchers, provides clear
evidence that massive galaxies existed within a
relatively short time after the Big Bang."

Loeb and his partner, Rennan Barkana of Tel Aviv
University, studied the spectra of distant quasars,
the brilliant centers of galaxies powered by
supermassive black holes. Some quasars have spectra
with unexplained "double-horn" features with two
emission peaks. Barkana and Loeb have developed a
computer model that fits the profile observed by other
astronomers.


Some distant quasar galaxies may resemble this view of
the future Milky Way.
D. Aguilar / CfA
According to the model, intergalactic hydrogen gas
falling toward the host galaxy's black hole produces
the strange spectral characteristic by absorbing some
of the quasar's light. The longer-wavelength ("red")
peak is due to gas moving away from us toward the
black hole, while the shorter-wavelength ("blue") peak
is caused by gas on the far side of the black hole
moving toward it and us.

The amount and velocity of this infalling hydrogen gas
depends on the mass of the quasar's host galaxy. The
two astronomers used this to estimate the mass of two
faraway quasars that had spectra detailed enough to
make their calculations. Loeb and Barkana found that
each galaxy is about as massive as the Milky Way.

"This is the first time that the mass of an early
galaxy has been directly measured," says Barkana, lead
author of a report on the pair's results published in
the January 23 issue of Nature.

Although the masses of these quasar galaxies are
similar to the Milky Way's mass, their black holes
don't compare. While our galaxy's central black hole
is about three million times as massive as our sun,
"these early galaxies, even though they've had less
time to form, contain black holes of up to one billion
solar masses," Loeb states.

The astronomers admit that their model is supported by
only two observational cases, and they're eager for
more detailed spectra of the universe's most remote
quasars.

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http://www.astronomy.com/Content/Dynamic/Articles/000/000/001/185qtocj.asp
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Especialistas em diapasao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/01/2003 15:34

Oi Colucci, opine sobre a idéia do diapasão girante e a proposta feita aqui (mensagem do Alberto).

Alberto,
talvez simplifique seu trabalho o seguinte: primeiro, à esquerda uma figura estacionária indicando o ponto P, os 'raios' de onda de cada ramo e explicando o que acontece em P, estacionariamente, para os pontos genéricos Pi. Explica-se tb o que correrá quando o diapasão girar.
Depois, à direita o gif animado: apenas a orelha e as duas 'linhas' de onda (em direções quase coincidentes) chegando nela mostrando, ora o 'som' (alguma alegoria destacando isso) ora o 'silêncio'. Obviamente usando o 'efeito de superposição'.
[]'

Ah! Devo lembrar que temos também a sirene de Gagniard de Latour; a sirene de Seebeck, a sirene de disco com orifícios e jato de ar (intermitência do jato). E viva 'O piano ao cair da tarde'! Foi o primeiro Imperdível de minha vida!. Hoje tem um que tenta fazer algo parecido ... 'pianíssimo ... Pedrinho Mattar' ... um floreador e bem ruinzinho. Liberace que o diga.

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 28 de janeiro de 2003 13:24
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Especialistas em diapasao


| ----- Original Message -----
| From: "Luiz Ferraz Netto"
| Sent: Tuesday, January 28, 2003 9:34 AM
| Subject: Re: [ciencialist] Re: Especialistas em diapasao
|
| > > Alguém notou algo errado com o parágrafo abaixo?
| > > [...] (Nota para os entendidos: eu sei, o
| > > intervalo é logarítmico e tem 5 savarts.
|
| > Oi Colucci,
| > Gostei do comentário do Savart, grande amigo meu; tenho montado aqui a
| > sereia de Savart com 6 rodas dentadas e paleta de osso.
|
| Olá Léo e olá Colucci.
|
| Eu também cheguei a pensar que o erro fosse esse, pois não sabia que o
| Savart era "entendido". Mas aí lembrei-me que ele teve um caso sério com o
| Biot, do tempo que estudaram magnetismo. Lembra-se da lei de Biot-Savart? Aí
| então reli a mensagem e percebi que o Colucci estava se referindo a uma
| certa "nota para casais de entendidos", algo a variar de 0 a 5 savarts,
| conforme o magnetismo que os atrai. Achei estranho essa nota ser em escala
| logarítmica. Seria esse o erro? ;-)))))
|
| Quanta bobagem!
|
| Em outra mensagem, o Léo escreveu:
|
| > Imagine o diapasão em repouso com os ramos vibrando; em todo seu contorno
| > aparece um padrão de interferências, de modo que em certos pontos teremos
| > int.destrutiva permanente e noutros int. construtiva permanente. Fixe um
| > ponto qqer desse volume que envolve o diapasão onde ocorre permanente
| > destrutiva ou construtiva.. Com o diapasão estacionário nesse ponto
| > teremos sempre 'silencio' ou 'som'. Mas, se o diapasão começar a girar
| > sobre seu eixo de simetria, a distancia dos ramos até aquele ponto fixo
| > muda e consequentemente muda o estado de vibração nesse ponto, podendo
| > ocorrer periodicamente a transição silencio/som.
| > Acho que essa é a idéia básica.
|
| Eu estava imaginando que seria algo desse tipo, mas fiquei em dúvida, pois
| nunca ouvi nada a respeito deste efeito Colucci. Mas hoje, relendo a
| mensagem original do Colluci, notei o seguinte trecho: "Girando-se o
| diapasão perto do ouvido, ouve-se o som aumentar e diminuir conforme estamos
| na região de interferência destrutiva ou construtiva." Isso corresponde ao
| que você expôs acima: "muda o estado de vibração nesse ponto, podendo
| ocorrer periodicamente a transição silêncio/som". Se for isso, o mistério
| parece estar resolvido, restando apenas bolar como ficaria isso em um
| gif-animado.
|
| De qualquer forma, seria interessante saber se o efeito Colucci é esse
| mesmo, pois um gif-animado bem feito vale por mil palavras, mas se a idéia
| estiver errada o erro se propagará em escala logarítmica.
|
| Vou tentar* bolar o gif-animado hoje a noite, pois agora estou preparando um
| relatório para uma "reunião ao cair da tarde". Já que estamos numa thread
| musical, lembrei-me de um antigo programa de rádio -- "Um piano ao cair da
| tarde". Esse programa também é dos anos dourados, da época em que só se
| ouvia rádio, da época da brilhantina ou então daqueles gibis que não existem
| mais e que os vovôs da Ciencialist andaram citando recentemente. ;-)
|
| (*) Não garanto nada quanto à produção do gif-animado, pois essa história de
| brincar com giro não é nada fácil. Mas eu gosto da idéia, pois como disse em
| mensagem anterior, é neste giro que o referencial absoluto de Newton se
| mostra em todo o esplendor, e é neste giro que tanto a relatividade de
| Einstein quanto a teoria quântica se esfacelam.
|
| Se alguém quiser saber porque penso assim, sugiro que leiam, por exemplo, as
| seguintes heresias:
|
| 1) "O elétron emissor de informações eletromagnéticas", em
| http://ecientificocultural.com/Eletron2/emissor01.htm
| 2) "O spin que não é giro", em
| http://ecientificocultural.com/Eletron2/parep.htm ; e
| 3) "O espaço curvo euclidiano e a relatividade galileana" em
| http://ecientificocultural.com/Relat/espaco_curvo01.htm.
|
| No primeiro desses artigos mostro como seria, segundo a minha teoria, o
| campo eletromagnético A de um elétron girante através de um gif animado, que
| pode ser visto clicando-se aqui:
| http://ecientificocultural.com/Eletron2/emissor05.gif
| [Importante: Não olhe para essa figura após a terceira dose de whisky].
| Alguém já viu algum campo desse tipo? É o que chamo um campo estacionário e
| que varia periodicamente no decorrer do tempo sem irradiar energia. É esse o
| campo responsável pelo pareamento elétron-próton, segundo a figura mostrada
| no artigo "O spin que não é giro", ou então no artigo que escrevi
| recentemente e intitulado "A natureza da luz e o princípio da superposição"
| e que está em http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/polar00.htm .
|
| Bem, se eu não conseguir bolar o gif-animado, valeu pelo comercial. ;-)
|
| [ ]´s
| Alberto
| http://ecientificocultural.com/indice.htm
| Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
| carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
|
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SUBJECT: Re: Especialistas em diapasao
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/01/2003 17:43

Léo e Colluci

Permitam-me que eu me intrometa um pouco. Existe mesmo muita confusão
em torno de de afinações e temperamentos de escalas. Gostaria de
complementar as observações do Colucci com algumas que eu acredito
que possam ajudar a esclarecer um pouco as coisas.

Nos livros didáticos em que se fala sobre a física das cordas
vibrantes e seus harmônicos, geralmente se mostram as notas musicais
como tendo origem em intervalos perfeitos, ou seja, que correspondem
a freqüências que podem ser obtidas a partir de uma fundamental.
Afinal, foi assim que as notas musicais foram inventadas. Por
exemplo, se vc tem uma corda que vibra em C (dó) e toca levemente
essa corda bem no meio, o resultado é que começa a soar uma
freqüência que é o dobro da original, ou seja, outro dó, só que uma
oitava acima. No entanto, se em lugar de tocar bem no meio vc tocar a
um terço de qualquer das extremidades, a freqüência que vai soar é
três vezes maior. Ela vai corresponder a uma nota G (sol). Esta nota
vai ter uma freqüência que é 3/2 daquela que vc conseguiu tocando no
meio da corda, e isso corresponde ao que se chama de intervalo de uma
quinta. Por que o intervalo tem esse nome é outro assunto,
(basicamente porque o G é a quinta nota contando a partir do C) mas
vamos nos concentrar nos harmônicos por enquanto.

O importante desse e de outros intervalos perfeitos é que, quando são
tocadas juntas duas ou mais notas que mantêm entre si esses
intervalos, o resultado é agradável aos ouvidos. Quando não são, o
fenômeno dos batimentos (olha aí a física de novo) aparece bem
pronunciado e o resultado não é tão agradável. Voltando às escalas, o
que costuma aparecer nos livros didáticos são exatamente essas razões
agradáveis entre as notas, 3/2, 4/3, 6/5, etc. As notas musicais
baseadas em intervalos perfeitos surgiram assim.

No entanto, também surge aí um problema, que já havia sido observado
por Pitágoras. É possível conseguir todas as notas a partir desses
intervalos perfeitos. Só que o círculo, como lembrou bem o
Colucci, "não fecha", ou seja, não é possível manter todas as notas
da escala perfeitas. Sempre sobra aquilo que se chama de "coma
pitagórica", ou seja, o "resto" do intervalo que não fechou, em algum
intervalo entre notas. Decidir o que fazer com a coma pitagórica é
exatamente o que se chama de temperamento. Assim, ao longo da
história da música, surgiram inúmeras sugestões de escalas
temperadas. Werkmeister, inclusive, sugeriu algumas delas. Portanto,
não existe "A Escala Temperada" e sim dezenas de escalas temperadas
diferentes, cada uma com uma solução para o problema da coma. Eu
conhecia um site que tinha perto de 60 (sessenta!) mas perdi o link.
Se eu achar de novo, posto aqui. De qualquer forma, para resumir a
história, fechar a escala é impossível, portanto muitas dessas
sugestões de temperamento (pitagórica, Kirnberger, Werkmeister, Van
Zwolle, etc) tentavam colocar os intervalos perfeitos na maioria das
notas, de forma a tornar a escala o mais útil possível,
e "empurravam" a coma pitagórica para onde os intervalos imperfeitos
fossem aparecer menos na música a ser executada. Por isso os
comentários que aparecem no texto do Colucci sobre instrumentos serem
afinados para tocar em um tom específico, sobre um Ab ser diferente
de um G#, etc.: um instrumento podia ser bom para tocar uma certa
peça musical, e ruim para outra.

A escala igualmente temperada é apenas um tipo de escala temperada em
que se ignoram de uma vez os intervalos perfeitos e tenta-se dividir
uma oitava em doze intervalos iguais, em que a freqüência de uma nota
é 2 ^ 1/12 da anterior. Portanto, na escala igualmente temperada,
todos os intervalos são imperfeitos. O erro da coma pitagórica fica
igualmente distribuído entre todas as notas. A quinta de um A de 440
Hz é um D de 659,25 Hz, e não os 660 de uma quinta perfeita. Essa
escala não foi adotada por ser a que soa mais bonito ou agradável aos
ouvidos, mas sim por questões práticas. Com ela, o mesmo instrumento
serve para tocar em todos os tons. O desenvolvimento de músicas em
que se usavam modulações (mudanças de tom dentro de uma mesma música)
também ajudou a estabelecer a escala igualmente temperada como
padrão, apesar da resistência de muitos músicos. O próprio Bach
rejeitava a escala igualmente temperada ("bem temperado" não é a
mesma coisa de igualmente temperado). Já li em um algum lugar que ele
teria composto "O cravo bem temperado" para ser tocado segundo um
temperamento Kirnberger, e em outro lugar que seria Werkmeister.
Talvez o Colucci tenha alguma boa referência. O fato é que a
igualmente temperada pegou, e a imensa maioria dos instrumentos
usados hoje em dia a utilizam. Curiosamente, existem alguns
sintetizadores da Korg e da Ensoniq que permitem que o músico use
escalas diferentes da temperada, e apresentam como opções alguns
temperamentos históricos. Ainda não experimentei o efeito, mas se um
dia tiver a oportunidade volto aqui e conto a experiência.

Voltando aos livros didáticos, eu conheci bem esse conflito entre
escalas nos idos de 1981 quando resolvi construir eu mesmo minha
guitarra. Não sabia qual a fórmula para calcular o espaçamento entre
as notas da escala e procurei nos livros de física. O que eu
encontrei eram os intervalos perfeitos (3/2, 4/3, etc), que
simplesmente não batiam com as medidas dos trastes no braço dos
instrumentos reais, que são igualmente temperados. Faltava a escala
igualmente temperada nos livros de física. Mas, felizmente, a fórmula
usando 2 ^1/12 não foi difícil de deduzir.

Um texto bem interessante que parte da física e vai até a as escalas
é este aqui:

http://home.swipnet.se/~w-37192/eng/handbook/Tuning/history.html
(o Léo que me perdoe pela linguagem alienígena, mas não achei nada em
português. Quem sabe escrevemos um para colocar no Imperdível?).

[]s
Ronaldo



--- Em ciencialist@y..., "josecolucci" <j.colucci@r...> escreveu
> >"Luiz Ferraz Netto": Como especialista em ectoplasma a única coisa
> que estranhei foi o aparecimento do nome "Andreas Werkmeister"
> associado à escala temperada. Sempre tive como certo que essa
escala,
> assim como a 'bem temperada' fosse de Bach. Aliás até conhecida
> como 'escala bem temperada de Bach'. Outra coisa, na sua 'palestra'
> nada apareceu da escala de Zarlino ... que é a que aparece em todos
> os livros didáticos. Por 'acaso' a escala justa é a de Zarlino?<
>
> Léo,
>
> Escala de Zarlino (1517-1590) é o mesmo que escala justa, baseada
em
> terças harmônicas. Há muitas outras. Recentemente (século 20) os
> compositores (John Cage, Stockhausen, etc) começaram a explorar
micro-
> tonalidades, e aí a coisa se complica muito. Ouvi uma peça de Cage
> para piano preparado e... bem... não consegui entender muito.
>
> Todo o mundo pensa que Bach inventou a escala temperada, o que não
é
> verdade. Ele foi seu popularizador, por vontade própria ou contra
> esta, já que alguns acreditam que ele não era um entusiasta da
mesma.
>
...



SUBJECT: Re: feira de ciencias/moto continuo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <mariosamartano@globo.com>
CC: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/01/2003 19:43

Olá Mario,

muito bom vc estar acompanhando o papo do enigma do parafuso.

Seu raciocínio (exposto abaixo) vai bem ... até um certo ponto, depois entra em conflito com a realidade.
A roda, na situação B, rapidamente alcança sua velocidade angular limite; é uma velocidade um 'pouco menor' que aquela com a qual a velocidade tangencial da pá torna-se igual à velocidade de queda da água do reservatório. Com a velocidade exatamente 'igual à limite' a água do reservatório não bateria mais contra a pá (água e pá descem juntas com a mesma velocidade).

Em suma, a resposta termodinâmica do enigma é: os resultados finais (ideais) são idênticos, não importando as infinitas variações intermediárias.

[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================

-----Mensagem Original-----
De: <mariosamartano@globo.com>
Para: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: terça-feira, 28 de janeiro de 2003 17:49
Assunto: Re: feira de ciencias/moto continuo


Caríssimo, Prof. Leo,

Estive refletindo sobre a sua resposta.
Em essência, dizes que o sistema B produzirá o mesmo calor que o sistema
A. Só que de uma forma mais lenta, mais complicada (parece ser esta a
opinião do Dr. Mesquita, também).
Esta opinião é muito válida. A princípio pensei contestá-la, com o seguinte
raciocínio: mais água passa pelo parafuso em B, do que em A. Esta água cai
da mesma altura (o parafuso só muda de orientação, ele continua no mesmo
patamar), logo: mais massa caindo de mesma altura = mais calor dissipado.
Porém, esbarrei no seguinte: as águas que passam pelo parafuso, só passam
porque as águas vindas da calha lhe emprestam energia potencial. O que significa
que quanto mais água passar pelo parafuso, menos calor as águas vindas da
calha deveriam produzir ao se chocar com o reservatório final.
A coisa funcionaria assim:
A calha oferece em A, por exemplo, 20 unidades de energia, por minuto:

Pela calha: entra 20.
Ao cair no reservatório final, as águas da calha dissipam 6 unidades, naquele
minuto.
As águas do parafuso dissipam 4 unidades.
Restam 10 unidades sob forma de energia cinética, nas engrenagens.

Em B, o que ocorreria?

Pela calha entra 20 unidades.
Ao cair no reservatório, as águas da calha dissipam 6.
As águas do parafuso, como passam pela roda, agora, deixam nesta um pouco
de energia cinética. Ao cair no reservatório final, dissiparão menos do
que se estivessem na situação A: 2 unidades, por exemplo.
Logo, restam = 12 unidades nas engrenagens (ótimo, o sistema B, está funcionando
e o saldo energético batendo).
Agora, continuamos em B, porém no minuto, posterior:

A calha fornece 20 unidades.
As águas da calha, ao cair no reservatório final, dissipam 5 unidades.
As águas do parafuso, ao cair, dissipam 2,5 unidades.
Ótimo, sobram 12,5 unidades!!!
(as engrenagens têm cada vez mais energia cinética, cada vez mais água sobe
pelo parafuso, como o previsto. Enquanto o saldo energético continua batendo!).
Pronto, resolvido o enigma!

Provavelmente esta é a solução, porém ainda resta uma dúvida.......

Considerando-se que a roda, quanto mais rápida gira, menor resistência oferece
ao fluxo de água: os números "5" e "2,5" não deveriam ficar cada vez maiores?
O fluxo de água sobre a roda, não seria cada vez mais fácil? Permitindo
às águas que alcancem o reservatório final com mais energia?

Aguardo sua resposta, para mais um emocionante capítulo da novela: O PARAFUSO
REBELDE!!!!!!!!!!


Abraços.




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Motor de Plante
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/01/2003 22:51

Olás,

O trabalho que intitulei 'Motor de Planté' já foi colocado on-line na Sala 22 (mas ainda não está indexado para o público) no endereço: www.feiradeciencias.com.br/sala22/motor27.asp .

Apreciaria suas "leitura/comentários/sugestões" antes dessa indexação ao público.
Pro meu gosto ficou faltando uma figurinha mostrando a força magnética Fm sobre algum íon de velocidade V mergulhado no campo B. Mas, ...

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Especialistas em diapasao
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/01/2003 23:41

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Tuesday, January 28, 2003 2:34 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Especialistas em diapasao

Olá Léo e demais interessados no diapasão bamboleante.

Retornei da reunião ao cair da tarde, que infelizmente aconteceu sem o
piano.

Palavras do Léo (não confundir com palavras ao léu, pois trata-se exatamente
do oposto, não só pela direção, de "do" para "ao", mas também pelo
conteúdo, de "cheio e imperdível" para "vazio e desprezível"):

> talvez simplifique seu trabalho o seguinte: primeiro, à esquerda uma
> figura estacionária indicando o ponto P, os 'raios' de onda de cada ramo e
> explicando o que acontece em P, estacionariamente, para os pontos
> genéricos Pi. Explica-se tb o que correrá quando o diapasão girar.

A idéia é boa. Aliás, eu não tinha pensado em expor o problema com duas
figuras, mas de qualquer forma eu estou sendo obrigado a fazer esquemas
desse tipo para entender como o processo ocorre sem o giro. Essa etapa é
fundamental para que possa depois chegar no sistema girante, logo não custa
nada ir fazendo essa figura. Assim que tiver algo para mostrar colocarei um
rascunho estacionário no ar.

> Depois, à direita o gif animado: apenas a orelha e as duas 'linhas' de
> onda (em direções quase coincidentes) chegando nela mostrando, ora o 'som'
> (alguma alegoria destacando isso) ora o 'silêncio'. Obviamente usando o
> 'efeito de superposição'.

Isso facilita bastante o esquema final. Mas de qualquer forma eu precisaria
entender como seriam essas "linhas de onda". Eu estive pensando num detalhe
que é muito bonito do ponto de vista físico, mas complica um pouco a
situação. O diapasão está em movimento giratório. O som propaga-se numa
velocidade dependente tão somente do meio e não da velocidade da fonte
(diapasão). O meio é suposto estar em repouso, situação ideal (despreza-se
qualquer possível vento provocado pelo diapasão em movimento). As ondas são
então modificadas por este movimento. Se o ouvido estiver num plano
perpendicular ao eixo de giro e na altura do diapasão, as linhas de cada
braço do diapasão emitirão ondas com efeitos Doppler invertidos. Eu não sei
até que ponto isso afetaria o efeito Colucci, mas me parece algo a não ser
desprezado numa primeira visão. É possível que a velocidade do diapasão seja
desprezível em relação à velocidade do som, mas como quem fixa no esquema
essas velocidades é o desenhista (problema de escala de espaço e tempo), não
se pode "comer barriga" a esse respeito.

Lembro que em uma das msgs anteriores (de 26/01/03), ao indicar a sua
figura, você falou em "melhor posição" relativa do diapasão e ouvido. Noto
agora que isso não pode ser desprezado. Por exemplo, se o ouvido estiver
próximo do eixo de giro, não ocorrerá essa inversão do efeito Doppler de
maneira apreciável. De qualquer forma, acho mais interessante especular
sobre o fenômeno em si do que propriamente fazer a figura. É óbvio que eu
quero chegar ao gif-animado, mas acima de tudo o importante é entender o que
efetivamente acontece. Quanto mais difícil for a construção do gif, mais
terei o que aprender. Isso está parecendo aquele ditado oriental que diz que
no extremo o yin se transforma no yang. Em nossa cultura dizemos coisas do
mesmo tipo como: após a tempestade vem a bonança, ou quanto maior a desgraça
melhor o porvir, ou quanto maior for a altura maior será o tombo etc.

Estou matutando e acho que chegaremos lá.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Efeito Colucci - antes, especialista em diapasao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/01/2003 23:53


Oi Alberto (et all)
[ esse 'all', pode ser convertido em 'ao' e dirigido ao Colucci que não nos dá uma luz (ou melhor um som) sobre o 'efeito Colucci' e não previu quer o 'efeito Doppler' quer o 'efeito sombra' que 'se' manifesta com o diapasão em movimento de rotação],

Léo 1: > talvez simplifique seu trabalho o seguinte: primeiro, à esquerda uma
| > figura estacionária indicando o ponto P, os 'raios' de onda de cada ramo e
| > explicando o que acontece em P, estacionariamente, para os pontos
| > genéricos Pi. Explica-se tb o que correrá quando o diapasão girar.
|
Alberto: A idéia é boa. Aliás, eu não tinha pensado em expor o problema com duas
| figuras, mas de qualquer forma eu estou sendo obrigado a fazer esquemas
| desse tipo para entender como o processo ocorre sem o giro. Essa etapa é
| fundamental para que possa depois chegar no sistema girante, logo não custa
| nada ir fazendo essa figura. Assim que tiver algo para mostrar colocarei um
| rascunho estacionário no ar.

Léo 2: Realmente, essa rotação inclui fenômenos que não participam da situação 'diapasão em repouso'.
|
Léo 1: > Depois, à direita o gif animado: apenas a orelha e as duas 'linhas' de
| > onda (em direções quase coincidentes) chegando nela mostrando, ora o 'som'
| > (alguma alegoria destacando isso) ora o 'silêncio'. Obviamente usando o
| > 'efeito de superposição'.
|

Alberto: Isso facilita bastante o esquema final. Mas de qualquer forma eu precisaria
| entender como seriam essas "linhas de onda". Eu estive pensando num detalhe
| que é muito bonito do ponto de vista físico, mas complica um pouco a
| situação. O diapasão está em movimento giratório. O som propaga-se numa
| velocidade dependente tão somente do meio e não da velocidade da fonte
| (diapasão). O meio é suposto estar em repouso, situação ideal (despreza-se
| qualquer possível vento provocado pelo diapasão em movimento). As ondas são
| então modificadas por este movimento.

Léo 2: A velocidade de propagação do som, característica do meio, é constante, mas o comprimento de onda é afetado pelo movimento da fonte. Todavia a 'fase da onda' não é afetada. Onde é ventre (mais especificamente rarefação) continua ventre. A ondinha vai chegar na orelha "mais comprida" ou "mais curta", mais a seqüência dos estados de vibração serão os mesmos. Para o fenômeno interferência (silêncio/som) interessa essa fase: chegam em fase ou em oposição de fase. Esse 'esticamento' ou 'encurtamento' da onda apenas irá afetar o intervalo de tempo durante o qual se terá no tímpano silêncio/som. Não sei se tal variação será tão notável quanto pretendemos (ou não pretendemos). Acredito (intuição) que o afastamento de um ramo será compensado pela aproximação do outro e, portanto, tal intervalo de tempo não será muito (ou nada) diferente daquele com o diapasão em repouso.

Alberto: Se o ouvido estiver num plano
| perpendicular ao eixo de giro e na altura do diapasão, as linhas de cada
| braço do diapasão emitirão ondas com efeitos Doppler invertidos. Eu não sei
| até que ponto isso afetaria o efeito Colucci, mas me parece algo a não ser
| desprezado numa primeira visão. É possível que a velocidade do diapasão seja
| desprezível em relação à velocidade do som, mas como quem fixa no esquema
| essas velocidades é o desenhista (problema de escala de espaço e tempo), não
| se pode "comer barriga" a esse respeito.

Léo 2: Parte disso justifico acima, o efeito Doppler ai não me parece notório. O que vejo é outra coisa. Com diapasão em repouso, e ramos vibrando em oposição de fase (o normal do diapasão -- e daí saiu toda a problemática do -- como fazer para "aumentar o som" emitido --) note que as moléculas de ar na lateral do ramo vibrante não respondem às forças de cisalhamento, elas "nem estão ai" se o diapasão está vibrando ou não, as que estão na frente do ramo sim, sofrem forças de compressão. A propagação não deveria acontecer, portanto, só na região à frente dos ramos? Talvez, digamos, não em 'raios paralelos', mas pelo menos pouco divergentes. Por que quem está 'do lado' do diapasão também escuta? Quem leva o som para a direção perpendicular à linha que passa pelos dois ramos? Não deveria ter ai uma 'região de sombra acústica'?
Acredito que ai está realmente o 'porque' da caixa de ressonância; transferir a energia de um pequeno feixe sonoro para um grande/largo feixe sonoro (às custas de diminuir o intervalo de tempo de duração do fenômeno -- para não ferir a velha conservação). Continuo pensando ..........

|
Alberto: Lembro que em uma das msgs anteriores (de 26/01/03), ao indicar a sua
| figura, você falou em "melhor posição" relativa do diapasão e ouvido. Noto
| agora que isso não pode ser desprezado. Por exemplo, se o ouvido estiver
| próximo do eixo de giro, não ocorrerá essa inversão do efeito Doppler de
| maneira apreciável. De qualquer forma, acho mais interessante especular
| sobre o fenômeno em si do que propriamente fazer a figura. É óbvio que eu
| quero chegar ao gif-animado, mas acima de tudo o importante é entender o que
| efetivamente acontece. Quanto mais difícil for a construção do gif, mais
| terei o que aprender. Isso está parecendo aquele ditado oriental que diz que
| no extremo o yin se transforma no yang. Em nossa cultura dizemos coisas do
| mesmo tipo como: após a tempestade vem a bonança, ou quanto maior a desgraça
| melhor o porvir, ou quanto maior for a altura maior será o tombo etc.

Léo 2: É, a 'melhor posição' sempre será em planos perpendiculares ao eixo do diapasão mas, ... de-me um tempo para pensar mais sobre essa jabiraca toda ... tem parâmetros demais na festa!

[]'

Léo
|
| Estou matutando e acho que chegaremos lá.
|
| [ ]´s
| Alberto
| http://ecientificocultural.com/indice.htm
| Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
| carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
|
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SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Especialistas em diapasao
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/01/2003 03:41

>RONALDO: O desenvolvimento de músicas em que se usavam modulações
(mudanças de tom dentro de uma mesma música)
também ajudou a estabelecer a escala igualmente temperada como padrão,
apesar da resistência de muitos músicos. O próprio Bach rejeitava a
escala igualmente temperada ("bem temperado" não é a mesma coisa de
igualmente temperado). [...] Curiosamente, existem alguns sintetizadores
da Korg e da Ensoniq que permitem que o músico use escalas diferentes da
temperada, e apresentam como opções alguns temperamentos históricos.<

Ronaldo, acho que a encontrei a "Mãe dos websites sobre afinação", para
usar uma expressão de Sadam Hussein, o ditador que prestes a ser atacado
para resolver os problemas afetivos do Bushinho com o Bushão (acabei de
ouvir o discurso do presidente na TV). Dê uma olhada:

The Development of Musical Tuning Systems
http://www.midicode.com/tunings/index.shtml

Falando em sintetizadores, não sei se você já ouviu o "Switched-on Bach
2000", de Wendy Carlos? Nesse álbum, Wendy Carlos retoma seu trabalho
pioneiro de 1968, quando gravou os prelúdios de Bach usando um
sintetizador Moog. Só que agora, ela usa a escala preferida por Bach,
uma variação da escala justa com as terças maiores um pouquinho acima da
escala justa. A explicação completa está em
http://www.wendycarlos.com/+sob2k.html#tunings



>RONALDO: Voltando aos livros didáticos, eu conheci bem esse conflito
entre escalas nos idos de 1981 quando resolvi construir eu mesmo minha
guitarra. Não sabia qual a fórmula para calcular o espaçamento entre as
notas da escala e procurei nos livros de física. O que eu encontrei eram
os intervalos perfeitos (3/2, 4/3, etc), que simplesmente não batiam com
as medidas dos trastes no braço dos
instrumentos reais, que são igualmente temperados. Faltava a escala
igualmente temperada nos livros de física. Mas, felizmente, a fórmula
usando 2 ^1/12 não foi difícil de deduzir.<

A frequência de uma corda depende da massa por unidade de comprimento,
tensão de comprimento. A dificuldade com o violão ou guitarra, é
controlar os dois últimos fatores. Quando se pressiona a corda contra um
traste, acontecem duas coisas não previstas no modelo ideal, teórico. O
comprimento da corda passa a ser não a distância projetada do traste ao
cavalete, mas a hipotenusa do triângulo cujos catetos são a distância
projetada (ideal) e a altura da corda solta em relação ao traste. A
tensão também varia, e de forma não linear. Quanto mais perto do
cavalete o traste estiver, maior a altura da corda em relação a este,
portanto maior desvio da distância real em relação à distância
projetada, e maior a tensão na corda. A variação da tensão, por sua vez,
é afetada pelo material da corda. Quanto menos flexível for esta, maior
a variação de tensão.

Os melhores luthiers têm o seu próprio desenho para o braço do
instrumento, fruto de anos de experiência com um determinado tipo de
construção. Transportado para um instrumento de construção interna
diferente, o mesmo braço não funcionará tão bem, pois o tampo do
instrumento se move sob a tensão das cordas. Os luthiers tradicionais
sempre gostaram de dizer que o que fazem é arte. Na verdade, é ciência
mal compreendida. Os japoneses fizeram um excelente trabalho na
modelagem matemática de todos os fatores que influenciam a acústica e a
afinação dos instrumentos de madeira. A maioria dos violões japoneses de
preço médio tem uma afinação impecável. Não se pode dizer o mesmo dos
brasileiros.

Colucci




SUBJECT: RE: [ciencialist] Efeito Colucci - antes, especialista em diapasao
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/01/2003 03:58

>Luiz Ferraz Netto: Oi Alberto (et all) [ esse 'all', pode ser
convertido em 'ao' e dirigido ao Colucci que não nos dá uma luz (ou
melhor um som) sobre o 'efeito Colucci' e não previu quer o 'efeito
Doppler' quer o 'efeito sombra' que 'se' manifesta com o diapasão em
movimento de rotação],<

Léo e Alberto, descupem-me a lentidão em responder. Além da usual falta
de tempo, estamos com três horas de diferença, o que sempre atrapalha o
ritmo da conversa.

Vou tentar fazer uma ilustração do que ocorre no diapasão girante, que
postarei no Ciencialist. Tenham paciência. O fenômeno pode ser observado
numa câmara de ondas. Uma câmara de ondas, para os que nos lêem e não
sabem o que é, é um experimento similar ao que aprensentei na Feira de
Ciências do Prof. Luiz Grecco, no Ginásio Estadual de Valinhos, em 1968.
Consiste numa bandeja transparente (um pedaço de vidro ou acrílico com
bordas) com mais ou menos um dedo de água. Essa bandeja é iluminada por
cima por uma lâmpada elétrica, e é suspensa a uns 20 cm de uma folha de
papel branco. As ondas produzidas na superfície da água são projetadas
na folha de papel e permitem ver claramente o padrão de interferência
destrutiva e construtiva. Se tocamos a água com dois dedos, simulando a
seção transversal do diapasão, deveremos observar um padrão de
interferência similar ao efeito descrito. Falo deveremos porque não fiz
a experiência ainda.

Léo, não achei a descrição da câmara de ondas no Imperdível. Existe?

Um abraço,
Colucci




SUBJECT: Sorpresa: ¡Los insectos no respiran como se pensaba!
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/01/2003 06:15

Sorpresa: ¡Los insectos no respiran como se pensaba!
Hay que cambiar los libros de texto: los insectos comprimen y
expanden los tubos llamados traqueas para bombear oxígeno.
http://ciencia15.blogalia.com/historias/5032
Hasta ahora, los libros de texto decían que los insectos respiraban
mediante traqueas inmóviles. Las traqueas no son nada más que tubos
que salen hasta el exterior del animal.
A nota do Field Museum
http://www.fmnh.org/museum_info/press/press_insect.htm
>>>

MK



SUBJECT: Re: Especialistas em diapasao
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/01/2003 14:56

--- Em ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr." <j.colucci@r...> escreveu
. . .
> Falando em sintetizadores, não sei se você já ouviu o "Switched-on
Bach
> 2000", de Wendy Carlos? Nesse álbum, Wendy Carlos retoma seu
trabalho
> pioneiro de 1968, quando gravou os prelúdios de Bach usando um
> sintetizador Moog. Só que agora, ela usa a escala preferida por
Bach,
> uma variação da escala justa com as terças maiores um pouquinho
acima da
> escala justa. A explicação completa está em
> http://www.wendycarlos.com/+sob2k.html#tunings
>


Eu não ouvi o 2000, mas ouvi os Switched on Bach I e II, os de 1968,
que ela gravou ainda com o nome de Walter Carlos (a operação de
mudança de sexo foi em 1972). Tempos heróicos aqueles. Imagine gravar
tudo aquilo com aqueles sintetizadores da época, filtros, osciladores
e efeitos analógicos. Nada de computadores, sequenciadores, MIDI, ou
efeitos digitais que usam na música eletrônica hoje em dia e que eram
inimagináveis naqueles tempos. Tem algumas fotos ótimas no site, que
mostram como era o estúdio dela, com os Moog cheios de fios
interligando os módulos. Fantástico. Parece muito mais um laboratório
de filme de ficção científica que um estúdio.

Não duvido que, na onda do pessoal que duvida que homem foi à lua, um
dia apareça gente dizendo que Wendy Carlos nunca gravou aqueles
discos.

[]s
Ronaldo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Especialistas em diapasao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/01/2003 16:47

Que mal eu pergunte, esses sintetizadores de então, não usavam o mesmo processo dos órgãos Harmond (?) onde uma barrinha de ferro girava na frente de um eletroímã com núcleo de ímã (corrente induzida produzida por variação de relutância)?
Esse ainda não é o princípio da (maldita) guitarra elétrica, onde a corda vibrante faz o papel da barrinha de ferro móvel na frente do eletroímã polarizado?
Vc acha que aquele (desmiolado) rapaz que organiza bandas de (maldito) roquinrol tá preocupado se, ao apertar o dedo sobre a corda da (maldita) guitarra, ela vai alterar a tensão ou a densidade linear da corda? Quem toca esse (maldito) roquinrol tem sensibilidade para diferenciar auditivamente essas nuances musicais? Eles percebem o coma pitagórico? Ou já estão permanentemente em estado de coma?
Ora, direis, ouvir ... guitarras! :-))))
[]'
Léo
======================

-----Mensagem Original-----
De: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 29 de janeiro de 2003 14:56
Assunto: [ciencialist] Re: Especialistas em diapasao


--- Em ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr." <j.colucci@r...> escreveu
. . .
> Falando em sintetizadores, não sei se você já ouviu o "Switched-on
Bach
> 2000", de Wendy Carlos? Nesse álbum, Wendy Carlos retoma seu
trabalho
> pioneiro de 1968, quando gravou os prelúdios de Bach usando um
> sintetizador Moog. Só que agora, ela usa a escala preferida por
Bach,
> uma variação da escala justa com as terças maiores um pouquinho
acima da
> escala justa. A explicação completa está em
> http://www.wendycarlos.com/+sob2k.html#tunings
>


Eu não ouvi o 2000, mas ouvi os Switched on Bach I e II, os de 1968,
que ela gravou ainda com o nome de Walter Carlos (a operação de
mudança de sexo foi em 1972). Tempos heróicos aqueles. Imagine gravar
tudo aquilo com aqueles sintetizadores da época, filtros, osciladores
e efeitos analógicos. Nada de computadores, sequenciadores, MIDI, ou
efeitos digitais que usam na música eletrônica hoje em dia e que eram
inimagináveis naqueles tempos. Tem algumas fotos ótimas no site, que
mostram como era o estúdio dela, com os Moog cheios de fios
interligando os módulos. Fantástico. Parece muito mais um laboratório
de filme de ficção científica que um estúdio.

Não duvido que, na onda do pessoal que duvida que homem foi à lua, um
dia apareça gente dizendo que Wendy Carlos nunca gravou aqueles
discos.

[]s
Ronaldo



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SUBJECT: Re: Especialistas em diapasao
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/01/2003 19:00

Léo,

Os sintetizadores da geração analógica, como os célebres Moog, não
usavam o mesmo sistema eletromecânico dos Hammond para produzir os
timbres. Usavam circuitos eletrônicos. As siglas VCO, LFO, VCA e VCF
eram bem conhecidas na época. Osciladores produziam formas de onda
básicas, como a senoidal, dente-de-serra e quadrada. Eram controlados
por tensão (por isso o nome VCO) e podiam ter a freqüência
selecionada pelo sinal vindo de um teclado, ou modulada por um
oscilador de baixa freqüência (o LFO) para produzir vibratos nas
notas, por exemplo. O sinal podia passar pelo VCA, que era o
amplificador controlado por tensão, que introduzia características
como o ataque e sustentação nas notas (o chamado "envelope"), e ainda
passar pelos VCF, filtros controlados por tensão que alteravam o
conteúdo harmônico do sinal. Com isso, conseguiam imitar sons
produzidos por instrumentos musicais de verdade, e sons produzidos
pela natureza, ou ainda criar uma infinidade de timbres inteiramente
novos. Conhecer a física dos instrumentos musicais era algo que
ajudava enormemente.

Essa enorme possibilidade de criação é que era o forte dos
sintetizadores em relação aos órgãos elétricos. Em compensação, fazer
isso com todos esses circuitos, antes da era digital, era bastante
complicado. Ora, se o músico precisava tocar duas ou mais notas ao
mesmo tempo no teclado do instrumento, tinha que ter obviamente um
oscilador para cada nota, além de todos os outros módulos envolvidos.
Sintetizadores como o Mini-Moog, por exemplo, só permitiam tocar uma
nota de cada vez. Enquanto isso, órgãos eletrônicos já podiam tocar
até todas as notas ao mesmo tempo (e olha que muitos tinham não só
um, mais vários teclados no mesmo instrumento).

Depois disso veio a era digital. Teclados atuais usam circuitos
digitais para simular a produção simultânea de 64, ou 128 vozes ao
mesmo tempo, como se tivessem os 128 osciladores, 128 filtros, 128
geradores de envelope, etc. Isso pode ser assunto para páginas e
páginas de mensagem, mas para resumir um pouco a história, a
tecnologia digital passou a permitir que os teclados já saiam de
fábrica com centenas de timbres gravados em estúdio a partir de
instrumentos reais de altíssima qualidade, que são muitas vezes até
melhores que os disponíveis para a maioria das pessoas. Um teclado
digital moderno pode ter um som de piano melhor que o dos pianos de
armário que muitas pessoas têm em casa, pode produzir um som de
violoncelo melhor que o que um violoncelista iniciante é capaz de
tirar do instrumento, e sons de bateria que só se conseguem com uma
bateria de verdade depois de um longo trabalho de afinação,
abafamento e equalização num estúdio. Além desses timbres bastante
realistas, os teclados também já vêm com centenas de timbres "de
sintetizador". O resultado é que, com toda essa facilidade, a
criatividade da rapaziada anda meio em baixa. Alguns músicos andaram
inconformados com essa situação de encontrar "tudo pronto" e não ter
mais a mesma liberdade que tinham com os analógicos e aí surgiu
recentemente uma espécie de "segunda onda" nos sintetizadores.
Fabricantes como a Korg e a Roland lançaram alguns teclados
analógicos, cheios dos knobs e controles deslizantes que o mercado
exigia. Ouvi dizer que esses teclados fizeram sucesso.

[]s
Ronaldo
(um maldito herege que organiza bandas para tocar o maldito roquinrol
e ainda de quebra toca a maldita guitarra de vez em quando)


--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Que mal eu pergunte, esses sintetizadores de então, não usavam o
mesmo processo dos órgãos Harmond (?) onde uma barrinha de ferro
girava na frente de um eletroímã com núcleo de ímã (corrente induzida
produzida por variação de relutância)?
> Esse ainda não é o princípio da (maldita) guitarra elétrica, onde a
corda vibrante faz o papel da barrinha de ferro móvel na frente do
eletroímã polarizado?
> Vc acha que aquele (desmiolado) rapaz que organiza bandas de
(maldito) roquinrol tá preocupado se, ao apertar o dedo sobre a corda
da (maldita) guitarra, ela vai alterar a tensão ou a densidade linear
da corda? Quem toca esse (maldito) roquinrol tem sensibilidade para
diferenciar auditivamente essas nuances musicais? Eles percebem o
coma pitagórico? Ou já estão permanentemente em estado de coma?
> Ora, direis, ouvir ... guitarras! :-))))
> []'
> Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Efeito Colucci
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/01/2003 19:51

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Tuesday, January 28, 2003 10:53 PM
Subject: [ciencialist] Efeito Colucci - antes, especialista em diapasao

> | Alberto: [...] eu estou sendo obrigado a fazer esquemas
> | desse tipo para entender como o processo ocorre sem o giro. Essa etapa é
> | fundamental para que possa depois chegar no sistema girante, logo não
> | custa nada ir fazendo essa figura. Assim que tiver algo para mostrar
> | colocarei um rascunho estacionário no ar.

Olá Léo

Fiz alguns gráficos com o diapasão em repouso e encontrei sérias
dificuldades devido à minha metodologia ser bastante precária. Eu trabalho
com pixéis e especificamente para esse tipo de trabalho seria bem mais
fácil o método vetorial, mas não domino este processo. Uma das dificuldades
(e são muitas) é que não é fácil, pelo método dos pixéis, desenhar
circunferências concêntricas de grande diâmetro e com raios múltiplos de um
padrão fixo, o que seria necessário para incorporar a noção de comprimento
de onda invariável durante a propagação do efeito em consideração. Em vista
disso eu esbocei alguns gráficos de pequena extensão, sem explorar áreas
muito distanciadas do diapasão (afinal, isso é apenas um esboço preliminar e
destinado a enxergar as dificuldades que surgirão pela frente). São vários,
mas selecionei os mais significativos. Os outros estão prestes a ir para a
lixeira ;-) e esses não estão muito longe disso. ;-))

A figura prop.gif retrata a essência do processo sem o giro:
http://ecientificocultural.com/ECC2/figuras/prop.gif . Ela foi feita
de maneira econômica, estando faltando fases intermediárias afim de melhorar
a noção de direção do movimento. São quatro imagens em loop e acredito que o
número ideal seria oito. Os losangos pretos, compostos de quatro losangos
menores, representam os picos da onda resultante (interferência construtiva
dos picos) e os losangos cinza escuro representam os vales (interferência
construtiva dos vales). Os braços do diapasão estão representados em azul
(destoando do conjunto de maneira bastante feia, por sinal). Os losangos
brancos são locais de interferência destrutiva. Entre os diapasões nota-se
uma onda estacionária, surgindo a partir daí o que poderíamos chamar feixes
virtuais. Tem-se a impressão de que o que está se propagando estaria sendo
gerado nos picos e vales dessa onda estacionária.

A figura propb.gif http://ecientificocultural.com/ECC2/figuras/propb.gif
tenta sofisticar um pouco o processo, mas sem muitas
vantagens. A finalidade inicial era dar uma graduação de cor a fim de
diferenciar as alturas dos picos e vales, bem como dos platôs ou regiões de
interferência destrutiva. Ou seja, o processo é contínuo e ao passamos de
uma região de interferência construtiva para outra de interferência
destrutiva as propriedades das ondas resultantes vão se modificando
gradativamente. Como disse, as vantagens são poucas e não sei se vale a pena
insistir nessa distinção. Afinal, não sou nenhum Portinari dos gifs-animados
;-))), mas tão somente um enxerido e metido a ilustrar determinados efeitos
físicos.

> Léo 2: Realmente, essa rotação inclui fenômenos que não participam da
> situação 'diapasão em repouso'.

Pois é. O primeiro deles seria descobrir qual seria o equivalente àqueles
feixes virtuais que apontei acima. Analiticamente é fácil chegar a uma
resposta, mas eu gostaria de visualizar isso mentalmente, haja vista a
metodologia que emprego para desenhar. Seguindo essa metodologia sou
obrigado a ir construindo o processo a partir de seus componentes
elementares.

Esses feixes visuais são ilusórios, pois os feixes reais originam-se nos
braços do diapasão. Cada componente do feixe não é uma ilusão, pois
representa o que está acontecendo num ponto específico. Ilusória seria a
percepção não do efeito, mas da direção da propagação. Um efeito resultante
de dois trens de ondas, que se propagam com direções concorrentes, dá a
impressão de outras ondas a se propagarem em direções intermediárias. Essa
onda é virtual, embora cada um de seus elementos seja real. No caso do giro,
a coisa se complica muito, pois cada uma das parcelas elementares já é
virtual por si só. Em outras palavras, os componentes desses feixes virtuais
não pertencem a um mesmo feixe real emitido pela fonte. Não é difícil
perceber que esses feixes virtuais são curvos, e a curvatura depende de uma
relação entre a velocidade da onda e a velocidade angular do diapasão. O
difícil é colocar isso na figura ;-).

> Léo 2: A velocidade de propagação do som, característica do meio, é
> constante, mas o comprimento de onda é afetado pelo movimento da fonte.
> Todavia a 'fase da onda' não é afetada. Onde é ventre (mais
> especificamente rarefação) continua ventre.

É verdade, mas a distância entre os ventres varia periodicamente, e se eu
tiver que representar num gráfico uma sucessão desses ventres, quero crer
que essa diferença deva aparecer. A menos que a virtualidade desfaça essa
variação, mas isso eu acho difícil acontecer. Só mesmo evoluindo com esta
que já não é mais uma simples experiência de pensamento, mas sim uma
experiência gráfica a checar a racionalidade dessa experiência de
pensamento. Ou então, uma experiência de pensamento afim de viabilizar a
execução de uma experiência gráfica afim de checar a racionalidade dessa
experiência de pensamento. ;-) Putz! Acho que estamos inventando uma lógica
trans-transcendental! ;-))) Veja como a filosofia e as artes são importantes
para a ciência! ;-)

> A ondinha vai chegar na orelha "mais comprida" ou "mais curta", mais a
> seqüência dos estados de vibração serão os mesmos. Para o fenômeno
> interferência (silêncio/som) interessa essa fase: chegam em fase ou em
> oposição de fase.

Concordo plenamente com a conclusão. Pois se a orelha estiver numa região de
interferência destrutiva, tanto faz que o efeito Doppler varie a freqüência
do som, pois nessa região a intensidade do som será nula, independentemente
da freqüência com que a onda chega. Mas esse efeito é pontual. Se eu estou
representando o processo seja através de vários feixes, seja através de um
único daqueles feixes virtuais (que como disse acima, acredito que sejam
curvos), essa variação no comprimento de onda deve aparecer no gráfico. Nem
que seja para mostrar que o efeito Doppler não interfere com o efeito
Colucci.

> Léo 2: O que vejo é outra coisa. Com diapasão em repouso, e ramos vibrando
> em oposição de fase...

Questão de ordem: Nas figuras citadas acima não levei em conta essa
oposição. Muito boa essa dica. Tem lógica! Vivendo e aprendendo. ;-)
Continuemos então com o seu raciocínio:

> ...(o normal do diapasão -- e daí saiu toda a problemática do -- como
> fazer para "aumentar o som" emitido --) note que as moléculas de ar na
> lateral do ramo vibrante não respondem às forças de cisalhamento, elas
> "nem estão ai" se o diapasão está vibrando ou não, as que estão na frente
> do ramo sim, sofrem forças de compressão. A propagação não deveria
> acontecer, portanto, só na região à frente dos ramos? Talvez, digamos, não
> em 'raios paralelos', mas pelo menos pouco divergentes. Por que quem está
> 'do lado' do diapasão também escuta? Quem leva o som para a direção
> perpendicular à linha que passa pelos dois ramos? Não deveria ter ai uma
> 'região de sombra acústica'?

Na proximidade imediata sim, mas acho que se isso ocorrer, ocorrerá apenas
em nível microscópico. A partir de uma certa distância a onda se curva da
maneira huygheniana. Eu não aceito a teoria de Huyghens para a luz, mas para
o som ela ainda é bem razoável, pelo menos macroscopicamente. Do ponto de
vista prático, e sob muitos aspectos, tudo se passa como se o som se
propagasse através daqueles feixes virtuais com origem não nos braços do
diapasão, mas na onda estacionária entre os mesmos.

> Acredito que ai está realmente o 'porque' da caixa de ressonância;
> transferir a energia de um pequeno feixe sonoro para um grande/largo feixe
> sonoro (às custas de diminuir o intervalo de tempo de duração do
> fenômeno -- para não ferir a velha conservação). Continuo pensando

Isso é muito bom, pois disso eu não entendo nada. ;-)) O único aparelho com
mais de dois botões que eu consigo manipular é o computador. ;-)) Assim
mesmo, o terceiro botão do mouse eu quase não uso.

> ...tem parâmetros demais na festa!

Com efeito. Eu ainda não desisti porque o assunto é muito interessante e
estou aprendendo muito com ele. Mas estou quase sem tempo, pois as férias
escolares já estão acabando. Ai, que saudades dos tempos em que as férias
começavam em 1º de dezembro (para os que passavam sem exame oral) e
terminavam em 28 de fevereiro. Hoje só mesmo o Jô Soares tem férias de
tamanha extensão.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Fw: A gravidade (dvida)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/01/2003 20:23

Novamente as conseqüências do BB
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Camila
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: quarta-feira, 29 de janeiro de 2003 15:05
Assunto: A gravidade (dúvida)


Olá Professor Léo Barretos.
Meu nome é Camila Armas,17, e tenho uma dúvida sobre um assunto bastante intrigante: a gravidade.

Bem, assisti à um programa na Discovery Channel nesta semana. Entre outras várias coisas que apresentaram sobre, disseram que ela , além de ser uma força de atração entre os corpos de grande massa, é tb uma força de repulsão, o que explicaria a expanção do Universo. Eles disseram que se este se expande, as galáxias estão se afastando e que os astrônomos não poderão mais ver a luz que elas emitem. Enfim, os físicos entrevistados no programa acreditam que o fim do Universo está associado à sua expanção.
Aí vem minha dúvida, se ele se expande, como pode acabar, ter um fim?

Gostaria tb que o Sr. me indicasse livros de linguagem fácil (relativamente) sobre assuntos como este. Stheven Hawkings (deve estar incorreta a escrita do nome) é o único que conheço.

Aguardo um resposta quando lhe for possível dar.
Muito Obrigada.

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: pergunta
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/01/2003 20:25

?
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Elizete - CPD MAO" <elizete.cpd@semptoshiba.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 29 de janeiro de 2003 17:54
Assunto: pergunta


| professor,
|
| qual a unidade de medida angular que termina com do? por favor responda
|
|


SUBJECT: Re: [ciencialist] O enigma do parafuso
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/01/2003 22:16

Caro Léo! Faço comentários no corpo do seu e-mail de incentivo. Após JR - , OK?
----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, January 26, 2003 11:42 PM
Subject: Re: [ciencialist] O enigma do parafuso




J. Renato: Caro Léo! Aqui vão meus pitecos.

Léo: Não só agradeço como incentivo-o a 'pitecar' sempre!

J. Renato: 1. A maior parte da energia hidráulica armazenada no reservatória 1 será desperdiçada no impacto sobre a paleta da roda, visto que, é necessário que a água, que move as paletas da roda, flua depois, continuamente. Isto é, ainda mantenha uma razoável velocidade de escoamento, para evitar o "atolamento" da roda.

Léo: Há algumas imprecisões; energia hidráulica(?) é energia potencial gravitacional e, o termo 'desperdiçada' não se aplica, pois a função básica é essa 'fazer girar a roda'. Para a roda essa é a energia útil.
Uma certa quantidade de água com energia m.g.h chega numa paleta e atua sobre ela durante o intervalo de tempo /\t, aplicando-lhe força média Fm e abandona a paleta com energia m.g.h' << m.g.h. A variação de energia m.g(h-h') mede o impulso, Fm./\t, dado tangencialmente à roda, de modo que Fm = mg(h-h')//\t permite o estudo dinâmico da roda/parafuso etc. OK, a parcela mgh' incumbe-se de evitar o atolamento da roda.

JR - Usualmente, o termo energia hidráulica é usado para indicar a energia obtida/gerada pelo deslocamento de um flúido, normalmente é realizado pela água sob gravidade. Poderíamos também falar de energia cinética da água sobre as pás, além do peso/força que a própria água incide, principalmente nas baixas rotações.
Assim como, quando falamos de energia elétrica, não especificamos de que forma ou processo ela é obtida, se eletroquímica, eletromagnética, fotoelétrica... Do mesmo modo o termo energia nuclear se refere a energia obtida ou gerada pela fissão ou fusão do núcleo do átomo. Em nenhum desses casos há necessidade de maiores detalhes para evitar imprecisão no entendimento da origem primordial da energia gerada.

J. Renato: 2. No sistema B, quando a água do parafuso volta para acionar a roda junto com a do reservatório 1, é necessário que a água fornecida pelo parafuso tenha, pelo menos, a mesma velocidade da fornecida pelo reservatório 1, caso contrário, em vez de ajudar provocará retardo no sistema. Para isso é necessário que a descarga do parafuso seja feita em um patamar próximo ao nível do reservatório 1. No croquis a água, no topo do parafuso, está com energia cinética pequena (velocidade de queda zero), enquanto a água do reservatório 1 já está com energia cinética elevada.

Léo: Não é necessário que a água proveniente do parafuso tenha a mesma velocidade de queda da água do reservatório, basta apenas que fique 'acima da roda' numa altura h" tal que: h >= h" > h' .
A energia total transferida à roda será mg(h+h"-h') maior, portanto, que aquela do caso A. As 'duas águas' podem perfeitamente chegarem com velocidades distintas, ainda assim colaborarão com suas parcelas de energia cinética. As paletas de um radiômetro giram, independentes das miríades de partículas com velocidades diferentes que a atingem.

JR - É notório que a proposta feita nos dois croquis do parafuso de Arquimedes, foi com o objetivo de avaliar a possibilidade de, atingindo o melhor dos rendimentos, alcançar o moto-contínuo. Desse modo, a roda estaria operando com a máxima eficiência, recebendo de forma contínua o fluxo de água do reservatório. Qualquer tentativa de aumentar esse fluxo seria em vão.
Por outro lado, considerando que a roda não esteja recebendo todo o fluxo possível, a água deslocada até o topo do parafuso poderá ser acrescentada ao volume de recepção da roda, de modo a elevar sua potência/rotação. Nesse caso, o acréscimo de fluxo será melhor utilizado se sua velocidade for semelhante a velocidade do fluxo principal vindo do reservatorio. Em sua mensagem de 28 de janeiro de 2003 19:43, vc já considera a questão de uma forma mais próxima da que utilizei em meu comentário inicial.

J. Renato: 3. Há um limite de volume de água para obter o rendimento máximo da roda. Depende das dimensões e conformação do projeto das paletas/roda.

Léo: Não sei se concordo com isso ... acho que não!

JR - É só raciocinar um pouco com o que expus acima.

J. Renato: 4. A quantidade de energia hidráulica fornecida à roda, pela água do parafuso, será sempre menor que a fornecida pela água do reservatório 1, necessária para movimentar o sistema continuamente. Em outras palavras: o volume de água transportada pelo parafuso é sempre menor que a água necessária para movimentar a roda e o próprio parafuso de elevação da água.

Léo: Ah, isso eu concordo ... mas discordo da tal 'energia hidráulica' :-))

JR - Sinto-me como se estivésse sob uma junta de examinadores a defender tese. Relaxe! Creio que aqui não é necessário o uso de linguagem acadêmica, basta fazer-se entender nas idéias apresentadas. Quando, realmente, não nos fazemos entender há o sempre bem vindo recurso do pedido de explicações.

aquele abraço e ... espero que reconheça que meus comentários são exatamente o meu incentivo :-)

[]'

Léo

Abraços.
José Renato


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: A gravidade (dúvida)
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/01/2003 22:52


>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: [ciencialist] Fw: A gravidade (dúvida)
>Date: Wed, 29 Jan 2003 20:23:35 -0200
>
>De: Camila
>Para: leobarretos@uol.com.br
>Enviada em: quarta-feira, 29 de janeiro de 2003 15:05
>Assunto: A gravidade (dúvida)
>
>Olá Professor Léo Barretos.
>Meu nome é Camila Armas,17, e tenho uma dúvida sobre um assunto bastante
>intrigante: a gravidade.
>
>Bem, assisti à um programa na Discovery Channel nesta semana. Entre outras
>várias coisas que apresentaram sobre, disseram que ela , além de ser uma
>força de atração entre os corpos de grande massa, é tb uma força de
>repulsão, o que explicaria a expanção do Universo. Eles disseram que se
>este se expande, as galáxias estão se afastando e que os astrônomos não
>poderão mais ver a luz que elas emitem. Enfim, os físicos entrevistados no
>programa acreditam que o fim do Universo está associado à sua expanção.
>Aí vem minha dúvida, se ele se expande, como pode acabar, ter um fim?

Não vai ter um fim, a expansão será pra sempre.

>Gostaria tb que o Sr. me indicasse livros de linguagem fácil
>(relativamente) sobre assuntos como este. Stheven Hawkings (deve estar
>incorreta a escrita do nome) é o único que conheço.

O livro "O universo numa casca de noz", do Stephen Hawking, já
é de bom tamanho (apesar de eu ainda não ter lido). Tem muitos
livros bons; o Universo Elegante, de Brian Greene, é excelente,
porém muito complicado para uma primeira leitura. Estou meio por
fora dos livros sobre o tema, mas acho que a leitura do SH já seria
uma boa idéia.

Abraços,

Guilherme


_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: RE: [ciencialist] Fw: pergunta
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/01/2003 23:34

>Consulente do Prof. Léo: professor, qual a unidade de medida angular
que termina com do?<

Léo,

A unidade é o "grado", usada antigamente. O Aurélio explica:

grado2 [Do lat. gradu.] S. m. 1. Geom. Unidade de medida de ângulo,
igual ao ângulo central de uma circunferência de círculo que subtende um
arco de 1/400 de toda a circunferência. [Cf. grau (21).]

Colucci




SUBJECT: Re: Fw: A gravidade (dúvida)
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/01/2003 23:52

Olá Léo!

Respondo este pedido seu da mesma forma que aos emails do Manuel:
sem esperança de respostas... mas tudo bem. Você é metido :)

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Novamente as conseqüências do BB
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: Camila
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: quarta-feira, 29 de janeiro de 2003 15:05
> Assunto: A gravidade (dúvida)
>
>
> Olá Professor Léo Barretos.
> Meu nome é Camila Armas,17, e tenho uma dúvida sobre um assunto
bastante intrigante: a gravidade.
>
> Bem, assisti à um programa na Discovery Channel nesta semana. Entre
outras várias coisas que apresentaram sobre, disseram que ela , além
de ser uma força de atração entre os corpos de grande massa, é tb uma
força de repulsão, o que explicaria a expanção do Universo. Eles
disseram que se este se expande, as galáxias estão se afastando e que
os astrônomos não poderão mais ver a luz que elas emitem. Enfim, os
físicos entrevistados no programa acreditam que o fim do Universo
está associado à sua expanção.
> Aí vem minha dúvida, se ele se expande, como pode acabar, ter um
fim?


Lígia: O que os cientistas afirmam é que o Universo vai "morrer",
acabar não seria bem o termo não... morte térmica e só, além, é
claro de continuar se expandindo até onde der... :)


> Gostaria tb que o Sr. me indicasse livros de linguagem fácil
(relativamente) sobre assuntos como este. Stheven Hawkings (deve
estar incorreta a escrita do nome) é o único que conheço.


Lígia: Um livro que eu leio pros meus filhos antes de dormir:
Cosmos do Carl Sagan. Linguagem fácil e acessível, meio antigão
agora... mas vale como introdução. Outro livro dele, Pálido Ponto
Azul, muito bonito também além de ser mais atual. Já do Hawking
tem "O Universo numa Casca de Noz". Muito bom, fala quase tudo o que
se vem especulando sobre a origem do Universo, seu fim, suas
implicações e buracos negros... mas o Sagan é show.

No mais aqui vai uma pesquisinha Google-básica prá garota (que bom
ver tanta gente jovem interessada num assunto tão bonito):

http://www.if.ufrj.br/teaching/cosmol/exprim1.html
http://www.lucalm.hpg.ig.com.br/mat_esp/big_bang/big_bang.htm
http://www.csa.com.br/labinfo/8Serie/8serie_2002/trab_interd/fisica/tu
rmaa/grupo_A5/entrevista.htm

Esse último site até que é bom, no formato de perguntas e
respostas... mas o problema é o link quebrando...

Ah... e tem um site imperdível em matéria de fotos do Hubble, pro
deleite da garota:

http://oposite.stsci.edu/pubinfo/pictures.html


Beijos, Lígia




SUBJECT: Pedido:
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/01/2003 00:11

Ois!

Eu estou montando um site sobre Precessão dos Equinócios a partir de
um texto que eu recebi de um amigo meu. Gostaria da opinião de vocês
quanto ao visual, legibilidade, "peso"...

http://geocities.yahoo.com.br/ligia5555/as_neves_do_ano_passado.html

Ainda está em construção... o texto é bem maior. Só estou pedindo
opiniões prá eu não ficar "dando murro em ponta de faca" insistindo
com alguma coisa que não deu certo com a estutura "física" da
construção do site :)

Beijos, Lígia



SUBJECT: Fw: Sugesto de assunto para o site Feira de Cincias
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2003 01:19

Eis um bom tema para o Imperdível. Alguém sugere um plano de trabalho?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Rogerio DS
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: quarta-feira, 29 de janeiro de 2003 22:00
Assunto: Sugestão de assunto para o site Feira de Ciências


Boa noite!

Estive a procura de assuntos sobre diagramas de forças envolvendo momentos fletores e axiais no site da feira de ciências, mas infelizmente não encontrei.

Esse é um material muito legal para se ter a disposição, caso alguém queira relembrar os conceitos, cálculos e como se faz os diagramas das forças atuantes em um corpo, seja ele estático ou dinâmico.

O site da feira de ciências é extremamente últil para os estudantes do Brasil, seja para aprender como para participar. Desejo a todos os idealizadores deste site muito sucesso e que continuem com esse trabalho fantástico.







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O melhor lugar para encontrar tudo o que você procura na Internet

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: pergunta
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2003 02:09

Oi Colucci,

Pois é, liguei a máquina nesse horário (2:04h da matina) justamente porque estava pensando na pergunta da Elizete e encontrei duas soluções: grado e segundo!
[]'
Léo
PS: vou encaminhar as soluções para a moça.

======================
-----Mensagem Original-----
De: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 29 de janeiro de 2003 23:34
Assunto: RE: [ciencialist] Fw: pergunta


>Consulente do Prof. Léo: professor, qual a unidade de medida angular
que termina com do?<

Léo,

A unidade é o "grado", usada antigamente. O Aurélio explica:

grado2 [Do lat. gradu.] S. m. 1. Geom. Unidade de medida de ângulo,
igual ao ângulo central de uma circunferência de círculo que subtende um
arco de 1/400 de toda a circunferência. [Cf. grau (21).]

Colucci



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: A gravidade (dúvida)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2003 02:19

Oi Lígia,

eu? metido? Não confunda as pertinências dos temas do ciencialist com os temas bulcônicos; nada a ver. Observe como a Ciência ter 'fluido' em regime laminar nos últimos tempos ... nada de turbilhões e vórtices de Helmotz.

Gostei de sua resposta para a garota. Já está sendo encaminhada. Agradecemos.
[]'
Léo ( o ex-metido )
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 29 de janeiro de 2003 23:52
Assunto: [ciencialist] Re: Fw: A gravidade (dúvida)


Olá Léo!

Respondo este pedido seu da mesma forma que aos emails do Manuel:
sem esperança de respostas... mas tudo bem. Você é metido :)

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Novamente as conseqüências do BB
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
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> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: Camila
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: quarta-feira, 29 de janeiro de 2003 15:05
> Assunto: A gravidade (dúvida)
>
>
> Olá Professor Léo Barretos.
> Meu nome é Camila Armas,17, e tenho uma dúvida sobre um assunto
bastante intrigante: a gravidade.
>
> Bem, assisti à um programa na Discovery Channel nesta semana. Entre
outras várias coisas que apresentaram sobre, disseram que ela , além
de ser uma força de atração entre os corpos de grande massa, é tb uma
força de repulsão, o que explicaria a expanção do Universo. Eles
disseram que se este se expande, as galáxias estão se afastando e que
os astrônomos não poderão mais ver a luz que elas emitem. Enfim, os
físicos entrevistados no programa acreditam que o fim do Universo
está associado à sua expanção.
> Aí vem minha dúvida, se ele se expande, como pode acabar, ter um
fim?


Lígia: O que os cientistas afirmam é que o Universo vai "morrer",
acabar não seria bem o termo não... morte térmica e só, além, é
claro de continuar se expandindo até onde der... :)


> Gostaria tb que o Sr. me indicasse livros de linguagem fácil
(relativamente) sobre assuntos como este. Stheven Hawkings (deve
estar incorreta a escrita do nome) é o único que conheço.


Lígia: Um livro que eu leio pros meus filhos antes de dormir:
Cosmos do Carl Sagan. Linguagem fácil e acessível, meio antigão
agora... mas vale como introdução. Outro livro dele, Pálido Ponto
Azul, muito bonito também além de ser mais atual. Já do Hawking
tem "O Universo numa Casca de Noz". Muito bom, fala quase tudo o que
se vem especulando sobre a origem do Universo, seu fim, suas
implicações e buracos negros... mas o Sagan é show.

No mais aqui vai uma pesquisinha Google-básica prá garota (que bom
ver tanta gente jovem interessada num assunto tão bonito):

http://www.if.ufrj.br/teaching/cosmol/exprim1.html
http://www.lucalm.hpg.ig.com.br/mat_esp/big_bang/big_bang.htm
http://www.csa.com.br/labinfo/8Serie/8serie_2002/trab_interd/fisica/tu
rmaa/grupo_A5/entrevista.htm

Esse último site até que é bom, no formato de perguntas e
respostas... mas o problema é o link quebrando...

Ah... e tem um site imperdível em matéria de fotos do Hubble, pro
deleite da garota:

http://oposite.stsci.edu/pubinfo/pictures.html


Beijos, Lígia



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Efeito Colucci
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2003 02:49

----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho"
Sent: Wednesday, January 29, 2003 6:51 PM
Subject: Re: [ciencialist] Efeito Colucci

Olá Léo e demais interessados no gif-animado do Efeito Colucci, que
provavelmente deverá ficar pronto antes do próximo natal. ;-))

Em primeiro lugar uma pequena errata à msg anterior, acima citada:

Onde se lê:
> A finalidade inicial era dar uma graduação de cor...
Leia-se
A finalidade inicial era dar uma gradação de cor.

Mesmo porque eu acho que não existe curso universitário de cor. Existem
disciplinas que estudam cores (no curso de educação artística, por ex.), mas
não cursos em si. Existe pós-graduação com área de concentração em
cromodinâmica quântica, mas desse mato não sai coelho há mais de 50 anos e
esse "cromo", como quase tudo o que é quântico, é virtual.

Vamos agora ao que interessa.

Melhorei um pouquinho o gif-animado, que está agora na versão c, qual seja,
propc.gif (prop => propagação). Pode ser acessado a partir de
http://ecientificocultural.com/ECC2/figuras/propc.gif . O diapasão ainda
está em repouso, a menos de uma vibração de seus braços. As ondas virtuais
que nascem na onda estacionária central estão bem mais nítidas. Tomei o
cuidado de seguir a sua dica, qual seja: "ramos do diapasão vibrando em
oposição de fase." Só está faltando ampliar esse esquema e isso é
trabalhoso, mas não implica em dificuldade alguma. Com a ampliação os campos
laterais verdes irão desaparecendo, mas por enquanto eles podem ser
explorados didaticamente. Esses campos laterais retratam, a cada lado, a
onda simples que é emitida pelo braço correspondente.

As ondas reais são aquelas mostradas em verde, mas como essas ondas não
existem isoladamente, as resultantes são aquelas ondas representadas em
preto, cinza e branco, da parte central do esquema. Como disse na mensagem
anterior, são ondas virtuais, mas retratam em cada ponto o que efetivamente
está acontecendo. O virtual, ou ilusório, é a impressão que se tem de uma
direção da propagação irreal. Aliás, as virtualidades da física clássica são
todas desse tipo e têm sempre uma explicação não estratosférica, não
gnomológica e não mística, ao contrário de algumas disciplinas virtuais
ensinadas em determinados monastérios acadêmicos.

Por ora é só.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Efeito Colucci
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2003 03:32

BLZ, melhorou bem!

Que tal agora, fixar um ponto P num local conveniente da figura e, num quadrinho ao lado desse gif, separado dele, mas pertencente a ele, ir mostrando as variações das cores no ponto P (traduzindo com isso os desenvolvimentos das interferências). Ou seja, retratar, mediante as cores, o que realmente se passa no ponto P.
| x P
| [ ] nesse quadrinho as variações de cores
o | o
|
E, depois de tudo isso (e chegar ao sistema em rotação), não esqueça de escrever um texto para complementar o que já está no Imperdível. Ah! não esqueça de citar que aquelas 'curvas' de interferência, com o diapasão em repouso, são hipérboles.
[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 30 de janeiro de 2003 02:49
Assunto: Re: [ciencialist] Efeito Colucci


| ----- Original Message -----
| From: "Alberto Mesquita Filho"
| Sent: Wednesday, January 29, 2003 6:51 PM
| Subject: Re: [ciencialist] Efeito Colucci
|
| Olá Léo e demais interessados no gif-animado do Efeito Colucci, que
| provavelmente deverá ficar pronto antes do próximo natal. ;-))
|
| Em primeiro lugar uma pequena errata à msg anterior, acima citada:
|
| Onde se lê:
| > A finalidade inicial era dar uma graduação de cor...
| Leia-se
| A finalidade inicial era dar uma gradação de cor.
|
| Mesmo porque eu acho que não existe curso universitário de cor. Existem
| disciplinas que estudam cores (no curso de educação artística, por ex.), mas
| não cursos em si. Existe pós-graduação com área de concentração em
| cromodinâmica quântica, mas desse mato não sai coelho há mais de 50 anos e
| esse "cromo", como quase tudo o que é quântico, é virtual.
|
| Vamos agora ao que interessa.
|
| Melhorei um pouquinho o gif-animado, que está agora na versão c, qual seja,
| propc.gif (prop => propagação). Pode ser acessado a partir de
| http://ecientificocultural.com/ECC2/figuras/propc.gif . O diapasão ainda
| está em repouso, a menos de uma vibração de seus braços. As ondas virtuais
| que nascem na onda estacionária central estão bem mais nítidas. Tomei o
| cuidado de seguir a sua dica, qual seja: "ramos do diapasão vibrando em
| oposição de fase." Só está faltando ampliar esse esquema e isso é
| trabalhoso, mas não implica em dificuldade alguma. Com a ampliação os campos
| laterais verdes irão desaparecendo, mas por enquanto eles podem ser
| explorados didaticamente. Esses campos laterais retratam, a cada lado, a
| onda simples que é emitida pelo braço correspondente.
|
| As ondas reais são aquelas mostradas em verde, mas como essas ondas não
| existem isoladamente, as resultantes são aquelas ondas representadas em
| preto, cinza e branco, da parte central do esquema. Como disse na mensagem
| anterior, são ondas virtuais, mas retratam em cada ponto o que efetivamente
| está acontecendo. O virtual, ou ilusório, é a impressão que se tem de uma
| direção da propagação irreal. Aliás, as virtualidades da física clássica são
| todas desse tipo e têm sempre uma explicação não estratosférica, não
| gnomológica e não mística, ao contrário de algumas disciplinas virtuais
| ensinadas em determinados monastérios acadêmicos.
|
| Por ora é só.
|
| [ ]´s
| Alberto
| http://ecientificocultural.com/indice.htm
| Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
| carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
|
|
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Pedido:
FROM: Erich Weick <erich_weick@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/01/2003 08:34


Acho que vc poderia aumentar um pouco o tamanho da fonte e mudar a cor da mesma pois o P&B contrastam muito. Eu particularmente gosto do fundo escuro (background)
Abraços.
Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br> wrote:Ois!

Eu estou montando um site sobre Precessão dos Equinócios a partir de
um texto que eu recebi de um amigo meu. Gostaria da opinião de vocês
quanto ao visual, legibilidade, "peso"...

http://geocities.yahoo.com.br/ligia5555/as_neves_do_ano_passado.html

Ainda está em construção... o texto é bem maior. Só estou pedindo
opiniões prá eu não ficar "dando murro em ponta de faca" insistindo
com alguma coisa que não deu certo com a estutura "física" da
construção do site :)

Beijos, Lígia


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SUBJECT: Pergunta
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/01/2003 11:49


| professor,
|
| qual a unidade de medida angular que termina com do? por favor
responda
|
|

Grado.

O Aurélio define assim:
Unidade de medida, igual ao angulo central de uma circunferencia de
circulo
que subtende um arco de 1/400 de toda a circunferencia.

Graus, Radianos e Grados.
Uma circunferencia tem 306º, 2pi radianos e 400 grados. (todas as
calculadoras cientificas tem os 3)


Sérgio




SUBJECT: A gravidade
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/01/2003 11:57




>Olá Professor Léo Barretos.

rs :-)

>Meu nome é Camila Armas,17, e tenho uma dúvida sobre um assunto
bastante
intrigante: a >gravidade.

>Bem, assisti à um programa na Discovery Channel nesta semana. Entre
outras
várias coisas >que apresentaram sobre, disseram que ela , além de
ser uma
força de atração entre os >corpos de grande massa, é tb uma força de
repulsão, o que explicaria a expanção do >Universo.

Não. Deve ter entendido errado alguma coisa. A força da gravidade é
uma
força atractiva como podes comprovar largando um objecto. Ele cai. O
que
significa que a terra atrai o objecto.

Não ha nenhum processo que explique a expanção. A expanção é
simplesmente
aceite, bom base naquilo que alguns fisicos acham serem provas da
mesma.
Como o efeito de Hubble ( todas as galáxias se afastam de nós , e se
afastam
tão mais depressa quanto mais longe estão)
A inferencia de que isso seria assim para todas as galáxias e
portanto que
todas se afastam de todas é isso mesmo: uma inferencia. Não um facto
comprovado.
A inferencia baseia-se no seguinte:
1)Observa-se que as galaxias se afasta da nossa como descrito acima
2) Assume.se que a nossa não é especial em relação às outras.
Conclui.se que então uma outra qq galaxia tb se afastará de todas as
outras.
Donde se infere que todas as galaxias se afastam de todas as outras.

>Eles disseram que se este se expande, as galáxias estão se
afastando e que
os astrônomos >não poderão mais ver a luz que elas emitem.

?? Falta ai qq coisa.
Se não vires a luz de uma galaxia isso significa que não vez a
galaxia.
Em outras palavras, ou bem que vêz a galaxia, ou bem que não sabes q
ela
existe.
Se sabes que ela existe em determinada posição, isso significa que
podes ver
a sua luz.
A frase qque referes não tem sentido. Falta ai qq coisa.

>Enfim, os físicos entrevistados no programa acreditam que o fim do
Universo
está >associado à sua expanção.
>Aí vem minha dúvida, se ele se expande, como pode acabar, ter um
fim?

Existe uma hipotese de que o universo que agora se expande (sic)
venha
depois a contrair-se acabando da forma como começou . É essa a
relação. Mas é só uma hipotese.
Outra é a morte termica, que singifica que o universo se expandirá a
uma velocidade cada vez menor até que para de se expandir.

>Gostaria tb que o Sr. me indicasse livros de linguagem fácil
(relativamente) sobre assuntos >como este. Stheven Hawkings (deve
estar
incorreta a escrita do nome) é o único que >conheço.

Não ha bons livros sobre isso, pq esse campo é altamente
especulativo. O ppr
Steven Hawkings usa muitos argumentos dificeis de engulir -principio
antrópico ... (eu sou fisico
e li os livros dele e digo-te: não leias , pode perturbar a tua
sanidade
mental)

Sérgio Taborda






SUBJECT: Fw: Termometros
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2003 13:00

Não é um bom desafio?
Atenção, não vale colocar uma amostra dentro do forno e depois fazer um ensaio calorimétrico com essa peça ... não esqueça que ele não tem termômetro e não quer comprar!
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================

-----Mensagem Original-----
De: Victor
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: quinta-feira, 30 de janeiro de 2003 13:17
Assunto: Termometros


Boa Tarde

Vi sua explicação de como montar um termometro e achei muito interessante.
Gostaria de medir a temperatura de dentro de um forno caseiro (Continental).
Há alguma forma de descobrir qual a temperatura real do meu forno, sem ter que comprar um termometro para isso?

Muito Obrigado

Victor





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Pergunta
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2003 13:27

Olá Sérgio,

O problema da garota, pelo que inferi, não é saber quais são as unidades de medidas angulares e SIM qual é aquela cujo nome termina com "do". Talvez a garota esteja fazendo palavras cruzadas :-)
Encontramos: graDO e segunDO.
Outro detalhe sobre sua mensagem: aqui no Brasil a circunferência é mais redonda que as de Portugal, pois têm 360° :-)))
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================

-----Mensagem Original-----
De: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 30 de janeiro de 2003 11:49
Assunto: [ciencialist] Pergunta



| professor,
|
| qual a unidade de medida angular que termina com do? por favor
responda
|
|

Grado.

O Aurélio define assim:
Unidade de medida, igual ao angulo central de uma circunferencia de
circulo
que subtende um arco de 1/400 de toda a circunferencia.

Graus, Radianos e Grados.
Uma circunferencia tem 306º, 2pi radianos e 400 grados. (todas as
calculadoras cientificas tem os 3)


Sérgio



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: A gravidade (dúvida)
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/01/2003 13:28

On Wed, 29 Jan 2003, Guilherme Peixoto wrote:
> O livro "O universo numa casca de noz", do Stephen Hawking, já
> é de bom tamanho (apesar de eu ainda não ter lido). Tem muitos
> livros bons; o Universo Elegante, de Brian Greene, é excelente,
> porém muito complicado para uma primeira leitura. Estou meio por
> fora dos livros sobre o tema, mas acho que a leitura do SH já seria
> uma boa idéia.
> Guilherme

Se vc acha o Universo Elegante complicado então o Universo Numa Casca de
Noz é indigerível. O Steve não explica nada, apenas apresenta o assunto.


[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: Sigilo Quantico ... putz grila!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2003 16:02

Sigilo quântico está mais perto do mercado
SALVADOR NOGUEIRA
da Folha de S.Paulo

O cidadão digita o número do cartão de crédito e envia pela internet. Antes
que os dados sejam transmitidos, são codificados em partículas de luz. Esses
pequenos pacotes luminosos desaparecem do computador e, num passe de mágica,
reaparecem no banco --ninguém jamais tem a chance de interceptar a
informação.

Agradeça ao teletransporte quântico por mais uma transmissão de dados
sigilosos 100% segura. Isso já existe, graças a um grupo de pesquisadores na
Suíça.

Na terra dos bancos e dos relógios de precisão, Nicolas Gisin é o líder do
grupo de físicos que anuncia hoje na revista "Nature" (www.nature.com) o
teletransporte bem-sucedido de propriedades de fótons por um cabo de fibra
óptica com dois quilômetros de extensão. A realização mostra que o efeito
maluco da mecânica quântica responsável pela possibilidade do teletransporte
pode ser perpetuado a distâncias maiores, escancarando a porta para
tecnologias de troca de informações que vão frustrar muitos hackers por aí.

Próxima pergunta: quanto tempo falta para que a tecnologia esteja disponível
no mercado? "Você pode comprá-la hoje", avisa Gisin, fundador da Id
Quantique (www.idquantique.com), empresa criada pelo grupo na Universidade
de Genebra.

A limitação do sistema já comercializado pela companhia (que envolve a
mecânica quântica para codificar informações, mas não usa teletransporte) é
de algumas poucas dezenas de quilômetros. Com teletransporte, o recorde é o
atual: dois quilômetros. "Mas não é o limite. Ainda estamos trabalhando para
atingir distâncias maiores", diz Gisin. "Cem quilômetros não é para amanhã,
mas será viável num par de anos."

Princípio da incerteza

O slogan da ID Quantique é "um salto quântico para a criptografia". Mas
poderia bem ser, sem prejuízo científico: "o princípio da incerteza é a
garantia do sucesso". É fato que, se comercialmente não é bom, pelo menos é
correto.

O que faz a codificação de informações em partículas de luz tão atraente é
justamente o famoso princípio da incerteza, enunciado pelo físico alemão
Werner Heisenberg (1901-1976). Entre outras coisas, ele estabelece que, ao
medir as propriedades de uma partícula, é inevitável que ela seja alterada.
Assim, se alguém intercepta a informação no meio do caminho, o receptor pode
detectar essa interceptação e saber que a comunicação foi monitorada.

O teletransporte oferece um recurso adicional precioso: ele faz a informação
desaparecer num lugar e reaparecer em outro, garantindo que ela não tenha
como ser interceptada. Desde o experimento que comprovou essa possibilidade,
em 1997, muito tem se especulado sobre a futura criação de máquinas que
levem objetos inteiros de um lugar a outro instantaneamente, como as
plataformas de teletransporte da série de TV "Jornada nas Estrelas".

Tecnologia fantasmagórica

A alusão incomoda Gisin e seus colegas: até agora, só foram
teletransportados pequenos detalhes característicos de partículas de luz, o
que só pode ser útil para comunicação e computação, mas nada mais
fantasioso.

"Muita simplificação excessiva tem prejudicado o campo. Ninguém nunca
teletransportou um laser e ninguém sonha em fazer tal experimento", diz.
"Com a tecnologia imaginável hoje, o teletransporte está limitado a sistemas
quânticos elementares."

Apesar disso, ele admite que a física por trás do teletransporte pode ainda
guardar surpresas. Ninguém sabe com certeza o que no Universo faz com que o
estado quântico de uma partícula possa ser "magicamente" teletransportado de
um lugar a outro, embora as equações e os experimentos mostrem que é assim
que acontece. Até mesmo Albert Einstein, quando se referiu ao fenômeno do
emaranhamento de partículas (que permite o teletransporte quântico),
classificou-o de "ação fantasmagórica a distância".

"De todo modo, eu acho a implicação conceitual absolutamente fascinante",
conclui Gisin. "Um objeto pode ser teletransportado de um lugar a outro sem
nem mesmo existir em qualquer lugar entre os dois pontos. Isso deve chocar
todos que pensam nisso."

======================
[]'
Léo


SUBJECT: Re: Pedido:
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/01/2003 17:24

Obrigada Erich!

Quando der vai lá novamente e veja se ficou bom daquele jeito...
Esses programas tipo Page builder são "monocórdios": só tem 2 ou 3
variações de tamanho de letra, 2 ou 3 tipos... to tentando fazer
bonito com pouco :) Ah e se eu aumentar muito as letras, vai acabar
virando um livro virtual. O artigo é grandinho: já estou na página 5
e nem sinal do fim...

Bem, olhando lá, letras muito mais escuras prejudicam a leitura
também. Em todo caso, ainda posso escurecer mais uns 10%!

Beijos, Lígia

*******************************

--- Em ciencialist@y..., Erich Weick <erich_weick@y...> escreveu
>
> Acho que vc poderia aumentar um pouco o tamanho da fonte e mudar a
cor da mesma pois o P&B contrastam muito. Eu particularmente gosto do
fundo escuro (background)
> Abraços.
> Ligia Amorese <ligia5555@y...> wrote:Ois!
>
> Eu estou montando um site sobre Precessão dos Equinócios a partir
de
> um texto que eu recebi de um amigo meu. Gostaria da opinião de
vocês
> quanto ao visual, legibilidade, "peso"...
>
> http://geocities.yahoo.com.br/ligia5555/as_neves_do_ano_passado.html
>
> Ainda está em construção... o texto é bem maior. Só estou pedindo
> opiniões prá eu não ficar "dando murro em ponta de faca" insistindo
> com alguma coisa que não deu certo com a estutura "física" da
> construção do site :)
>
> Beijos, Lígia
>
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@y...
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
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Yahoo! encontra.
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Pedido:
FROM: Erich Weick <erich_weick@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/01/2003 17:37


Uma sugestão adicional:
Faça o download da versão 7 do navegador Netscape, nele vem incorporado o Composer que nessa versão é razoavelmente sofisticado e permite a criação de excelentes páginas para internet. Como é gratuíto acho que vale à pena.
Abraços.

Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br> wrote:Obrigada Erich!

Quando der vai lá novamente e veja se ficou bom daquele jeito...
Esses programas tipo Page builder são "monocórdios": só tem 2 ou 3
variações de tamanho de letra, 2 ou 3 tipos... to tentando fazer
bonito com pouco :) Ah e se eu aumentar muito as letras, vai acabar
virando um livro virtual. O artigo é grandinho: já estou na página 5
e nem sinal do fim...

Bem, olhando lá, letras muito mais escuras prejudicam a leitura
também. Em todo caso, ainda posso escurecer mais uns 10%!

Beijos, Lígia

*******************************

--- Em ciencialist@y..., Erich Weick escreveu
>
> Acho que vc poderia aumentar um pouco o tamanho da fonte e mudar a
cor da mesma pois o P&B contrastam muito. Eu particularmente gosto do
fundo escuro (background)
> Abraços.
> Ligia Amorese
wrote:Ois!
>
> Eu estou montando um site sobre Precessão dos Equinócios a partir
de
> um texto que eu recebi de um amigo meu. Gostaria da opinião de
vocês
> quanto ao visual, legibilidade, "peso"...
>
> http://geocities.yahoo.com.br/ligia5555/as_neves_do_ano_passado.html
>
> Ainda está em construção... o texto é bem maior. Só estou pedindo
> opiniões prá eu não ficar "dando murro em ponta de faca" insistindo
> com alguma coisa que não deu certo com a estutura "física" da
> construção do site :)
>
> Beijos, Lígia
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> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Sigilo Quantico ... putz grila!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2003 18:39

He he he ......... consegui! Mas, assim, com esse artigo, foi fácil demais!

Aproveito o embalo e lanço um desafio aos 'quânticos':

quero um experimento didático, típico do Imperdível, integralmente explicável apenas por física quântica (ou mecânica quântica, ou sigilo quântico ou água quantica, ou magnetohidrodinâmica quantica, ou seja lá que quântica for), que possa ser efetuado em laboratório escolar, para colocar no Imperdível.

[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 30 de janeiro de 2003 18:54
Assunto: Re: [ciencialist] Sigilo Quantico ... putz grila!


|
| Pô Léo, tá querendo provocar? ;-))) Se queria, conseguiu. Vou aproveitar o
| gancho para meter o pau na arrogância desses físicos imprudentes. Não estou
| generalizando, estou me referindo apenas a aqueles que se prestam a enganar
| a mídia.
|
........................................


SUBJECT: Re: [ciencialist] Sigilo Quantico ... putz grila!
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2003 18:54

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Thursday, January 30, 2003 3:02 PM
Subject: [ciencialist] Sigilo Quantico ... putz grila!

Pô Léo, tá querendo provocar? ;-))) Se queria, conseguiu. Vou aproveitar o
gancho para meter o pau na arrogância desses físicos imprudentes. Não estou
generalizando, estou me referindo apenas a aqueles que se prestam a enganar
a mídia.

> Sigilo quântico está mais perto do mercado
> SALVADOR NOGUEIRA
> da Folha de S.Paulo

> Agradeça ao teletransporte quântico por mais uma transmissão de dados
> sigilosos 100% segura. Isso já existe, graças a um grupo de pesquisadores
> na Suíça.

Esses quânticos enganadores são mesmo uma piada. Quatro considerações a
respeito:

1) Uma coisa é provar que um fenômeno existe e que de fato é o que dizem
ser. Não estou muito convencido sobre o que dizem a respeito, mas aceito
essa existência como hipótese. Aceito até mesmo, por hipótese, uma outra
hipótese implícita, qual seja, a da inexistência de variáveis ocultas a
justificar que "o que é possa não ser o que aparenta ser".

2) Outra coisa é provar que esse fenômeno (suposto existir e suposto ser o
que aparenta ser) admite uma explicação quântica. Isso os quânticos não
conseguiram fazer, de maneira convincente, nem mesmo com a sua experiência
original, aquela que interpreta o espectro de radiação do corpo negro
(1901). E o Planck que o diga, pois passou o resto da vida tentando dizer a
seus sucessores que estavam cometendo burrices em cima de burrices e
interpretando sua equação de uma maneira absurda e digna de livros de
ficção.

3) Admitindo-se que o Planck estivesse errado, e não apenas o Planck mas
também o Schrödinger, o De Broglie, o Einstein e uma infinidade de outros
fisicos de mentalidade mais ou menos lúcida, ainda assim essa arrogância de
alguns quânticos atuais não se justificaria. Afinal, qual foi o livro no
qual eles aprenderam metodologia científica? O Heisenberg acreditava na sua
teoria, discutiu muito (e bem) sobre filosofia da ciência, e nunca caiu
nessa esparrela de tentar confundir a mídia leiga com certezas sobre sua
questionável incerteza. Ele acreditou e apostou na sua teoria, mas de
maneira decente, como bom teorizador que era.

4) Não digam que o Salvador Nogueira não entende nada do assunto, pois são
incontáveis o número de artigos publicados em revistas consideradas sérias,
por autores respeitados no meio, que dizem exatamente o que o Salvador
disse. A imprensa científica dos dias atuais não é lá essas coisas, mas o
Salvador *parece* ser um jornalista científico sério e que reproduz
exatamente o que ouve de fontes confiáveis.

> Próxima pergunta: quanto tempo falta para que a tecnologia esteja
> disponível no mercado? "Você pode comprá-la hoje", avisa Gisin, fundador
> da Id Quantique (www.idquantique.com), empresa criada pelo grupo na
> Universidade de Genebra.

Hmmmmmmm!!!! Aviso aos net-navegantes quânticos: Aproveitem ao máximo essa
"maré de sorte", patenteiem todas as suas idéias, por mais absurdas que
sejam, continuem enganando a mídia enquanto for possível e procurem vender o
máximo possível essas idéias (cuidado com o Bill Gates, pois para negócios
ele é bem mais esperto que vocês). Aproveitem a maré, pois logo logo o que
vocês estudaram de quântica só vai servir para que escrevam livros sobre a
história da física. ;-)))

> Princípio da incerteza
> O slogan da ID Quantique é "um salto quântico para a criptografia". Mas
> poderia bem ser, sem prejuízo científico: "o princípio da incerteza é a
> garantia do sucesso". É fato que, se comercialmente não é bom, pelo menos
> é correto.

Será que estão pagando royalties para as famílias do Heisenberg e do
Schrödinger? (Não sei se o "salto quântico" foi expresso pela primeira vez
por Schrödinger, mas se não for dele deve ser de algum outro dos precursores
da teoria, talvez o Dirac com os seus saltos entre possíveis estados
quânticos, ou até mesmo Bohr, com saltos entre "órbitas permitidas".)

> O que faz a codificação de informações em partículas de luz tão atraente é
> justamente o famoso princípio da incerteza, enunciado pelo físico alemão
> Werner Heisenberg (1901-1976). Entre outras coisas, ele estabelece que, ao
> medir as propriedades de uma partícula, é inevitável que ela seja
> alterada. Assim, se alguém intercepta a informação no meio do caminho, o
> receptor pode detectar essa interceptação e saber que a comunicação foi
> monitorada.

Enganação refinada. Qualquer detetive não-quântico utiliza-se desse processo
utilizando-se tão somente conceitos clássicos e obtém resultados bem mais
convincentes. Será que eles nunca leram o "clássico" Sherlock Holmes? Há
quem diga que não existe crime perfeito. Seria essa uma das maneiras de
enunciarmos o princípio da incerteza? Volto a dizer: Esses quânticos
enganadores são mesmo uma piada. Leram Heisenberg e não entenderam nada.

> O teletransporte oferece um recurso adicional precioso: ele faz a
> informação desaparecer num lugar e reaparecer em outro, garantindo que ela
> não tenha como ser interceptada.

Enfim, derrubaram a teoria de Sherlock Holmes. Existe o crime perfeito
quântico! Conseguiram criar uma certeza garantida pelo princípio da
incerteza ;-))), se bem que como um "recurso adicional". (Não seria uma
hipótese "ad hoc"?).

> Apesar disso, ele admite que a física por trás do teletransporte pode
> ainda guardar surpresas. Ninguém sabe com certeza o que no Universo faz
> com que o estado quântico de uma partícula possa ser "magicamente"
> teletransportado de um lugar a outro, embora as equações e os experimentos
> mostrem que é assim que acontece. Até mesmo Albert Einstein, quando se
> referiu ao fenômeno do emaranhamento de partículas (que permite o
> teletransporte quântico), classificou-o de "ação fantasmagórica a
> distância".

Mas... Quem é esse Albert Einstein para contestar o incontestável?

> "De todo modo, eu acho a implicação conceitual absolutamente fascinante",
> conclui Gisin. "Um objeto pode ser teletransportado de um lugar a outro
> sem nem mesmo existir em qualquer lugar entre os dois pontos. Isso deve
> chocar todos que pensam nisso."

O que me choca não é pensar nisso. É encontrar aqueles que acreditam nisso.
Isso é piada, gente, acordem!

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: A gravidade (dúvida)
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/01/2003 20:32


>From: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: Re: [ciencialist] Fw: A gravidade (dúvida)
>Date: Thu, 30 Jan 2003 13:28:41 -0200 (BRST)
>
>Se vc acha o Universo Elegante complicado então o Universo Numa Casca de
>Noz é indigerível. O Steve não explica nada, apenas apresenta o assunto.

Eu nem li o Universo numa casca de noz, mas já estou doido
pra comprar!

Abraços,

Guilherme


_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Efeito Colucci
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/01/2003 20:59

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Thursday, January 30, 2003 2:32 AM
Subject: Re: [ciencialist] Efeito Colucci

> Que tal agora, fixar um ponto P num local conveniente da figura e, num
> quadrinho ao lado desse gif, separado dele, mas pertencente a ele, ir
> mostrando as variações das cores no ponto P (traduzindo com isso os
> desenvolvimentos das interferências). Ou seja, retratar, mediante as
> cores, o que realmente se passa no ponto P.

A idéia parece ser boa, mas eu preciso entender melhor a intenção. Seria um
zoom de uma pequena área do gráfico? Algo de um tamanho próximo ao de um
daqueles pequenos losangos? Nessa área as cores seriam mais intensas de
acordo com a altura do pico? Se for o caso, talvez eu pudesse utilizar
tonalidades diferentes de cinza. O difícil seria achar a melhor convenção
para os vales. Se os picos forem, por exemplo, pretos, e o zero em altura
for representado pelo branco (tanto para a interferência destrutiva quanto
para a construtiva, nos casos correspondentes ao zero + zero = zero), qual
seria a cor de um vale, ou seja, dos pontos a representarem uma altura
negativa (para trás do papel)? Acho que eu estou precisando estudar um
pouquinho de cromodinâmica não-quântica, em especial aquele capítulo que
fala sobre cores negativas ;-). No caso da quântica não haveria problema,
pois não existem gradações, somente "up" ou "down" separados por uma
"conveniente" incerteza a simplificar a matemática às custas de uma
desracionalização do fenômeno.

> E, depois de tudo isso (e chegar ao sistema em rotação), não esqueça de
> escrever um texto para complementar o que já está no Imperdível.

Sem dúvida, escreverei. Mas a coisa ainda está muito em seu início. Eu
brinquei dizendo que o gif-animado ficaria pronto para o Natal, mas a
realidade não está muito distante dessa. Vou expor a problemática de maneira
resumida, pois isso será útil para aqueles que estão tentando entender o
fenômeno.

A primeira etapa todos já viram, e o resultado é aquele que apresentei na
msg anterior, se bem que terei que fazer uma boa ampliação da área útil (o
centro do esquema). Agora estou precisando girar o diapasão. Ora, o
movimento de cada braço deforma o campo de propagação de vibrações. Se
pretendo efetuar uma superposição de campos, preciso saber como ficaria cada
um desses campos, para depois poder somá-los, como fiz para o caso do
repouso. Para que tenham uma idéia, vou apresentar dois pequenos
gifs-animados. O primeiro deles mostrando o campo de apenas um dos braços
com o diapasão em repouso. É a figura repouso.gif, que está em
http://ecientificocultural.com/ECC2/figuras/repouso.gif . O outro mostra o
campo de apenas um dos braços com o diapasão em movimento retilíneo e
uniforme e sem girar em torno de seu centro de massa. É a figura
dopler_a.gif, que está em
http://ecientificocultural.com/ECC2/figuras/doppler_a.gif . Essa segunda
figura ilustra o efeito Doppler como encontrado em livros didáticos,
obviamente sem a animação. Ela está bem pequena e o braço do diapasão
percorre apenas 10 pixels. Essas duas figuras eu fiz apenas para entender o
processo, ou seja, para imaginar o que poderia acontecer com a fonte numa
translação circular. A partir daí eu já tenho uma noção de como construir o
gif-animado final. Mas percebam que tanto estes quanto os anteriores, são
gifs descartáveis (obviamente podendo-se utilizá-los como ilustração
didática).

A próxima etapa agora será construir um gif-animado com apenas um braço do
diapasão percorrendo uma trajetória circular de diâmetro igual à distância
"d" entre os braços do diapasão. Esse novo gif também será provisório, mas
não mais totalmente descartável, pois mostrará o campo de um dos braços que
participa do efeito final (superposição do efeito dos dois braços).
Conhecendo estes campos (que são semelhantes, apenas com fases alternadas)
eu poderei começar a pensar em construir a superposição resultante. Mas veja
que esse gif provisório deverá ter uma extensão bem maior do que aquele
apresentado acima(doppler_a), pois para que possa gerar um loop ele deverá
percorrer toda a circunferência, e o número de pixéis deverá ser pi×d (e eu
devo cuidar para que o sistema complete o ciclo de loop chegando numa fase
idêntica à inicial, logo esse "d" não é arbitrário). O tamanho desse
gif-animado também deverá ser maior do que os já apresentados.

Muitos poderão dizer: Pô, mas você está usando um método muito complicado,
já inventaram a matemática e com isso métodos bem mais simples. Você está
pretendendo reinventar a roda? Eu contesto primeiramente dizendo que
processos simples para coisas complicadas não existem. Em segundo lugar,
nós não aprendemos sem colocar a mão na massa e assumindo que os outros
poderiam fazer tudo isso por nós. O importante, para o aprendizado, não é o
resultado em sí, é chegarmos no resultado, qualquer que ele seja. Em
terceiro lugar, a matemática nem sempre nos permite enxergar os detalhes do
processo. Ela sempre contém tudo, mas a nossa cabeça não tem neurônios
suficientes para decifrarmos todos os detalhes desse tudo a não ser
isoladamente e fora de um contexto globalizante. Da maneira que estou
fazendo, se eu deixar de lado alguma coisa, ou essa coisa é de pouca
importância para a finalidade, ou então acabo tendo que refazer quase todo o
trabalho. É assim que se aprende.

Quando eu fazia pesquisas em medicina, às vezes eu media determinadas
variáveis por um processo deixado na gaveta desde a primeira década do
século XX e totalmente obsoleto, qual seja, calcular o pH e outros fatores
com o aparelho de Van Slyke. Alguns colegas achavam estranho isso, pois eu
levava cerca de 20 minutos para determinar algo que um aparelho sofisticado
fazia em 10 segundos, com quantidade mínima de amostra e bastando apertar um
botão que ele fornecia o valor numa pequena tela. O problema é que eu estava
trabalhando com novas variáveis, ainda não bem definidas, e eu precisava ter
controle total da situação. Percebi então que quando esse aparelho
sofisticado entrava em pane (e isso ocorria com relativa freqüência), vinha
um técnico contratado pelo fabricante do aparelho com uns tubinhos (padrões
de medida) e, após consertar o aparelho, checava o mesmo com esses tubinhos.
Mas como saber se esses padrões de medida estavam corretos? Ora, esses
tubinhos eram checados utilizando-se o obsoleto aparelho de Van Slyke.
Preciso dizer mais alguma coisa? Sim, preciso: Medindo-se o pH com o
aparelho de Van Slyke eu sabia exatamente o que estava fazendo, entendia
todo o processo, pois ele foi montado com um ferramental extremamente
rudimentar. A utilização de equipamentos rudimentares exige que se conheça
todos os princípios envolvidos no processo, o que é bem diferente de tão
somente apertar um botão. Quem se contenta com o apertar de botões é porque
deseja um resultado rápido, e isso é muito bom para os usuários desse
processo. Mas quem quer realmente aprender, esse tem que ir aos fundamentos
do processo, tem que conhecer suas etapas nos níveis mais elementares. Tem
que fazer em horas aquilo que a máquina faz em segundos.

A matemática é muito interessante pois, apesar de tudo, e se eu errar, ela
estará aí para apontar o meu erro. Mas física a meu ver não é matemática. A
verdadeira física é aquela utilizada por aqueles que realmente querem
aprender, a ponto de se tornarem construtores de uma possível física do
futuro. Esses, certos ou errados, têm que deixar a matemática um pouquinho
de lado e se preocuparem com os fundamentos que residem por trás dessa
maravilhosa matemática que dá certo. E se ela dá certo, se ela corresponde
com o esperado, tem-se que se procurar sim o porquê dela dar certo, sob pena
de não estarmos estudando física mas tão somente nos iludindo com a aparente
paranormalidade dos fenômenos. Mesmo porque às vezes ela dá certo graças a
ter sido mal utilizada, pois do contrário ela denunciaria a falácia, e a
história das ciências está recheada com exemplos desse tipo.

> Ah! não esqueça de citar que aquelas 'curvas' de interferência, com o
> diapasão em repouso, são hipérboles.

Perfeito!!! Certamente tomarei esse cuidado. Mas veja a ironia. Eu deixei
essa frase para responder por último e em momento algum me preocupei em
relacioná-la com o que disse acima. Eu já havia lido a mensagem, mas escrevi
o texto acima esquecendo-me completamente dessa recomendação. Aliás, esqueci
até mesmo de que estava respondendo a uma mensagem sua, e procurei
reportar-me a um hipotético leitor leigo no assunto. Mas foi muito bom, pois
perceba que você está ilustrando o que eu disse com um belo exemplo. Pois
pelo método gráfico eu cheguei num movimento hiperbólico, sem utilizar
nenhuma matemática que não aquela inerente ao processo gráfico em si. Isso
ilustra bem o que disse acima. A hipérbole já existia na natureza bem antes
de um matemático tê-la equacionado pela primeira vez, e podemos até mesmo
reproduzir essas hipérboles seguindo os "princípios matemático da filosofia
natural", que têm muito de física e pouco de matemática explícita (se bem
que muito de matemática implícita). A partir daí, desse conhecimento que a
natureza pode ser expressa em linguagem matemática, podemos simplificar a
descrição dessas curvas, economizando ao máximo as palavras: uma linha pode
traduzir todo o processo, e essa é a linguagem própria dos físicos se
comunicarem. Mas... e aqueles que estão aprendendo? De duas uma: ou eles vão
ficar a vida inteira utilizando uma equação que dá certo sem saberem como e
nem porquê (isso é muito comum e já foi denunciado por Mário Schenberg entre
pós-graduandos de física), ou então vão ter que arregaçar as mangas para
entenderem o real significado físico dessa matemática que dá certo. E
arregaçar as mangas significa procurar entender a física que reside por trás
dessas equações; e pode-se fazer isso sem se recorrer à utilização de
equação nenhuma, obviamente pressupondo-se um domínio o mais profundo
possível dessa matemática que está por trás.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Boletim Terra Redonda 008
FROM: "Leo Vines" <str@str.com.br>
TO: <Lista@str.com.br>
CC: <Lasir@yahoogroups.com>, <ateus-br@yahoogroups.com>, <ceticismoaberto@yahoogroups.com>, <CienciaCidadania@yahoogroups.com>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <despertar@yahoogroups.com>, <lidearc@yahoogroups.com>, <pensamento@yahoogroups.com>, <sbcr@yahoogroups.com>, <secularismo@yahoogroups.com>
DATE: 30/01/2003 21:34

******* Boletim Terra Redonda *******
Número 008 - Outubro/Novembro/Dezembro 2002
Sociedade da Terra Redonda
http://www.str.com.br

== Neste Número:
* Ajude a STR a Crescer: Faça Doações Pela Internet
* Segunda Edição da Revista Terra Redonda
* Em Breve: Bibliotecas Regionais da STR
* Novo Design das Páginas da STR
* Novos Textos e Ensaios
* Informações

----------------------------------------------------------------------

* Ajude a STR a Crescer: Faça Doações Pela Internet

Você pode apoiar a existência e os projetos futuros da STR fazendo um
doação, de qualquer quantia, on line pela Internet com o seu cartão de
crédito. Sua ajuda contribui para que nossa organização continue existindo e
prospere cada vez mais. Até as doações pequenas menores que uma dezena
ajudam muito. Nossos projetos necessitam de financiamento urgente para
saírem do papel (ou melhor, da Internet). Alguns deles, como a Revista Terra
Redonda e as Bibliotecas Regionais, já estão virando realidade, mas precisam
da sua generosa contribuição para prosperarem. Visite a Seção Doações em
http://str.com.br/paypal.htm e veja como nos ajudar a crescer cada vez mais.

Outra forma de nos apoiar é tornar-se Membro Associado. As associações são
*extremamente* acessíveis, a um custo menor que R$ 0,06 (seis centavos) por
dia! Veja detalhes sobre como associar-se na Área Membros em
http://str.com.br/Membros . Lembramos que nossas finanças são públicas,
podendo ser conferidas no endereço http://str.com.br/financas.htm e que o
dinheiro arrecadado *não* é usado para pagamento de salários; a Equipe da
STR é formada apenas por voluntários não-remunerados.

* Segunda Edição da Revista Terra Redonda

A segunda edição da Revista Terra Redonda será publicada no dia 21/03/03 e
você pode ajudar a fazê-la! Envie um texto de sua autoria sobre um dos
assuntos tratados na Revista através do endereço
http://str.com.br/Revista/?id=publique ; ele poderá ser publicado já na
próxima edição. Participe também enviando perguntas para o entrevistado
Fábio Puentes, através do endereço http://str.com.br/Revista/?id=entrevista
, enviando resenhas de livros relacionados à STR através do endereço
http://str.com.br/Revista/?id=livros e, finalmente, enviando a sua opinião
para ser publicada na seção Cartas dos Leitores, em
http://str.com.br/Revista/?id=cartas .

Você também pode ajudar a Revista a crescer, tornando-se um periódico mensal
impresso e ampliado, anunciando seu produto ou marca através do endereço
http://str.com.br/Revista/?id=anuncie ou doando qualquer quantia para a
Bolsa de Apoio da Revista Terra Redonda, em
http://str.com.br/Revista/?id=apoio . Necessitamos de uma quantidade
razoãvel de doações e de anúncios para custear a Revista na forma impressa,
enviada pelos Correios para todos os assinantes. Agradecemos todas as
mensagens e elogios de leitores que já recebemos desde a publicação da
primeira edição da Revista Terra Redonda. E para quem ainda não leu, adquira
o seu exemplar da primeira edição gratuitamente em http://str.com.br/Revista
.

* Em Breve: Bibliotecas Regionais da STR

Neste ano de 2003 a STR mais uma vez inovará, disponibilizando novos
serviços para os ateístas, céticos, racionalistas e livres-pensadores.
Bibliotecas regionais, com acervos criados de acordo com as sugestões dos
sócios, em breve estarão funcionando nas capitais dos maiores estados
brasileiros. Livros atuais, sobre os temas tratados na STR, estarão
disponíveis para que todos tenham acesso ao conhecimento, sem ter que pagar
o alto preço de exemplares novos. As primeiras bibliotecas, no Rio de
Janeiro, em São Paulo, em Porto Alegre e em Curitiba, serão inauguradas no
quarto aniversário da STR, em 04/05/03. Em breve anunciaremos detalhes na
Área Principal, em http://str.com.br/principal.php . Os interessados em
participar das bibliotecas regionais como sócios podem enviar mensagem para
o endereço Str@str.com.br .

* Novo Design das Páginas da STR

Estamos remodelando todas as páginas da STR. O objetivo é torná-las mais
dinâmicas e bonitas, rápidas para serem carregadas, sem comprometer as
informações e a qualidade estética. As novas páginas foram projetadas para
serem passíveis de impressão em qualquer impressora. Envie suas sugestões,
correções de possíveis erros e a sua opinião sobre o novo design para
Str@str.com.br .

* Novos Textos e Ensaios

Estes são os textos e ensaios que foram publicados neste último trimestre.
Visite a Seção Novidades ( http://str.com.br/novo.htm ) para uma lista
completa. Não se esqueça de enviar seus comentários e críticas, preenchendo
o formulário no final de cada texto.

02/01
= Os Debates Continuam
. http://str.com.br/Atheos/debates.htm
31/12
= Espírito, Alma e Mente
. http://str.com.br/Scientia/mente.htm
= A "Ameaça" do Criacionismo
. http://str.com.br/Atheos/ameaca.htm
24/12
= Por Que Jesus?
. http://str.com.br/Atheos/jesus2.htm
= A Lenda do Papai Noel
. http://str.com.br/Atheos/noel.htm
23/12
= A Estória Esquecida de Luther Burbank
. http://str.com.br/Atheos/burbank.htm
12/12
= Kalamidade Cosmológica
. http://str.com.br/Atheos/kalam.htm
03/12
= Livro Ateísmo & Liberdade de André Díspore Cancian
. http://str.com.br/Compras/cancian.htm
= Fumaça Sagrada e Espelhos
. http://str.com.br/Str/sagrada.htm
29/11
= Respostas para 15 Absurdos Criacionistas
. http://str.com.br/Scientia/absurdos.htm
28/11
= Com Ódio Perfeito
. http://str.com.br/Atheos/odio.htm
27/11
= O Que Há de Errado com o Paranormal?
. http://str.com.br/Str/paranormal2.htm
24/11
= Repercussões: Da Fé à Razão
. http://str.com.br/Atheos/repercussoes.htm
20/11
= Boas e Más Razões Para Crer
. http://str.com.br/Str/razoes.htm
19/11
= Os Estados Unidos São Uma Nação Cristã?
. http://str.com.br/Libertas/nacao2.htm
14/11
= O Sistema Solar
. http://str.com.br/Scientia/solar.htm
12/11
= A Busca Por Vida Extraterrestre
. http://str.com.br/Scientia/busca2.htm
11/11
= A Arte Refinada de Detectar Mentiras
. http://str.com.br/Str/refinada.htm
= Pelo Amor da Bondade - Como Um Ateu Pode Ser Ético?
. http://str.com.br/Atheos/bondade.htm
08/11
= Religião, Hipnose e Música: Uma Perspectiva Evolucionária
. http://str.com.br/Atheos/musica.htm
07/11
= Ciência e Criacionismo: A Opinião da Academia Nacional de Ciências,
Segunda Edição
. http://str.com.br/Scientia/criacionismo.htm
20/10
= O Inexplicável e o Pensamento Mágico
. http://str.com.br/Str/inexplicavel.htm

* Informações

Este boletim foi enviado pois você registrou-se como Membro (
http://str.com.br/Membros ) da Sociedade da Terra Redonda ou faz parte das
principais listas de ateísmo, ceticismo e ciência na língua portuguesa. Caso
não queira mais receber os boletins -=trimestrais=- diretamente por e-mail,
envie mensagem para Str@str.com.br com o título "Remover do Boletim".
Pedimos desculpas aos cadastrados em mais de uma lista pelas mensagens
duplicadas. Entre em contato com a STR sempre que desejar, através do
endereço Editores@str.com.br ou pela Área Fale Conosco em
http://str.com.br/Contato . "Porque concluir é melhor que acreditar."



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A Loucura no Diva - Pax!
FROM: "Marco A. Andrade" <clave@speedy.com.ar>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/01/2003 01:03

On 22 Jan 2003 at 9:55, Edson Vizzoni wrote:

> Parte de meu silêncio atual deveu-se a que estive de férias até ontem.

Oi Vizzoni.

Vc. volta das ferias e eu começo as minhas no dia 1º de fevereiro.
Espero que tenha bom tempo. Vou viajar para o Brasil e matar as
saudades. Falar português com todo o mundo e atirar o relogio no lixo
até chegar o mes de março.

Outro abraço prá Vc.
Marco Aurelio





SUBJECT: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2003 02:45

>Luiz Ferraz Netto: Aproveito o embalo e lanço um desafio aos
'quânticos':
quero um experimento didático, típico do Imperdível, integralmente
explicável apenas por física quântica (ou mecânica quântica, ou sigilo
quântico ou água quantica, ou magnetohidrodinâmica quantica, ou seja lá
que quântica for), que possa ser efetuado em laboratório escolar, para
colocar no Imperdível.<

Léo,

É um desafio interessante. O primeiro experimento que vem à mente é o
das fendas duplas de Young, que foi votado como "um dos dez mais belos
experimentos de todos os tempos" pelos leitores de Physics World.

Nenhum outro experimento mostra de maneira impossível de se explicar
classicamente a realidade do comportamento onda/partícula da luz. As
fendas são fáceis de se construir, o detector pode ser um filme de alta
sensibilidade, usando-se exposição longa. A dificuldade, para um
experimento escolar, é dosar a fonte de luz de maneira que apenas um
fóton de cada vez atinja a placa. A fonte de luz é tão fraca que
dificilmente se conseguiria quantificá-la sem recursos sofisticados. O
tempo de exposição seria tão alto que provavelmente o filme seria velado
devido a outros fatores.

Os primeiros a realizar o experimento com partículas isoladas foram
Akira Tonomura e seus colaboradores, em 1989, se não me falha a fonte
(http://physicsweb.org/). No experimento, um elétron de cada vez passa
por um prisma eletrônico e produz o padrão de interferência. Essa nem o
Alberto explica sem a física quântica.

Descartada o experimento da dupla fenda, o candidato mais provável é o
experimento com filtros polarizadores, em que um filtro polarizador é
colocado entre dois outros e, surpreendentemente, aumenta a intensidade
da luz que passa através deles. Acho que dá para fazê-lo com uma
lanterna forte e três filtros polarizadores usados em fotografia. Ainda
não consegui formulá-lo de maneira a evitar que o Alberto faça chover no
piquenique quântico.

Acho que é um desafio interessante e difícil. Qual será o próximo?
Provar com materiais encontrados na cozinha que o Big-Bang aconteceu?
Construir um acelerador de partículas com materiais de ferro velho?

Vamos ver se os outros membros da Ciencialist aceitam o desafio. A
propósito, não achei a descrição da experiência da fenda dupla de Young
no Imperdível. E nem a cuba de ondas.

Um abraço,
Colucci




SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2003 08:10

He he he ... nada como uma boa 'dilatação de idéias' proporcionada pela Física (contínua ou discreta).

Colucci:É um desafio interessante. O primeiro experimento que vem à mente é o
das fendas duplas de Young, que foi votado como "um dos dez mais belos
experimentos de todos os tempos" pelos leitores de Physics World.

Léo: Essa experiência da fenda dupla de Young, para a luz, é um experimento típico do ensino médio (ou deveria ser!), pois está em todos os manuais de 'ondulatória', com todos os equacionamento clássicos a justificarem os padrões de interferência na tela (em especial os má ximos e mínimos de intensidade que decaem ao afastarmos da região central). Até com equipamento da BENDER era possível mostrar isso ... uma beleza!

Colucci: Os primeiros a realizar o experimento com partículas isoladas foram
Akira Tonomura e seus colaboradores, em 1989, se não me falha a fonte
(http://physicsweb.org/). No experimento, um elétron de cada vez passa
por um prisma eletrônico e produz o padrão de interferência. Essa nem o
Alberto explica sem a física quântica.

Léo: Agora, essa da fenda dupla que 'descreve' o comportamento quântico do fóton isolado e filme sensível nunca presenciei ... nem na USP!
Todavia, ainda não tentei ver isso em sessões de espiritismo ou umbanda :-); o máximo que cheguei a constatar é que aquela imagem na janela com o Chico Xavier era do tipo .gif.

Colucci: Descartada o experimento da dupla fenda, o candidato mais provável é o
experimento com filtros polarizadores, em que um filtro polarizador é
colocado entre dois outros e, surpreendentemente, aumenta a intensidade
da luz que passa através deles. Acho que dá para fazê-lo com uma
lanterna forte e três filtros polarizadores usados em fotografia. Ainda
não consegui formulá-lo de maneira a evitar que o Alberto faça chover no
piquenique quântico.

Léo: Os filtros polarizadores eu tenho, tenho aliás 4 folhas de 1 palmo² (usando unidade inglesas para agradar nosso canadense adotivo:-)), tenho fotômetro eletrônico, tenho fonte de luz colimada para 0 ---500 W regulável com triac ... só não tenho esse efeito de aumentar a intensidade da luz usando um sanduíche de 3 filtros.
Filtrar é 'selecionar', retirar partes (desejáveis ou não) de um todo; será que a ação desses filtros é oposta?
Eles retiram da luz natural os trens de ondas indesejáveis (que produzem no global interferências destrutivas) e deixam passar só os pacotes que produzem interferências construtivas? Isso explicaria classicamente o 'aumento' de intensidade?
Bolas! ou melhor Filtros!, vamos ver isso e comercializar: vc compra uma lâmpada de 60 W, coloca na frente dela 3 pedaços de filtros polarizadores cruzados e obtém uma lâmpada de 200 W! :-)))

Colucci: Acho que é um desafio interessante e difícil. Qual será o próximo?
Provar com materiais encontrados na cozinha que o Big-Bang aconteceu?
Construir um acelerador de partículas com materiais de ferro velho?

Léo: He he he ... acelerador de partículas com material caseiro é comigo mesmo.
Faça o seguinte: pegue uma vassoura recém usada e apóie seu cabo entre os encostos de duas cadeiras. Faça a vassoura girar rapidamente (usando esses encostos como mancais). A força centrífuga (referencial na vassoura) irá expulsar as partículas de sujeira para todos os lados ... um excelente acelerador de partículas!

Quanto ao Big-Bang, experimente hoje, na hora da refeição deixar cair no chão aquela grande travessa de vidro (cheia de salada) que a esposa tanto adora. Vc verá a expansão de ondas (provenientes da esposa) com intensidade inimaginável, podendo chegar facilmente até aos vizinhos, digo, até aos limites do universo.

Colucci: Vamos ver se os outros membros da Ciencialist aceitam o desafio. A
propósito, não achei a descrição da experiência da fenda dupla de Young
no Imperdível. E nem a cuba de ondas.

Léo: Interessante, vc tem razão, cito essas duas experiências em vários lugares do site, pois são experimentos clássicos ... mas, não as publiquei. Falha minha, consertarei isso.

Aquele abraço,
Léo

PS: recebeu o PVT?



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: A gravidade (dúvida)
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/01/2003 10:01

On Thu, 30 Jan 2003, Guilherme Peixoto wrote:
> >Se vc acha o Universo Elegante complicado então o Universo Numa Casca de
> >Noz é indigerível. O Steve não explica nada, apenas apresenta o assunto.
>
> Eu nem li o Universo numa casca de noz, mas já estou doido
> pra comprar!
> Guilherme

Tudo bem. Mas se depois vc se sentir como se seu cérebro coubesse numa
casca de noz não diga que eu não avisei.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2003 10:24

----- Original Message -----
From: "Jose Colucci Jr."
Sent: Friday, January 31, 2003 1:45 AM
Subject: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico
... putz grila!)

> É um desafio interessante. O primeiro experimento que vem à mente é o
> das fendas duplas de Young, que foi votado como "um dos dez mais belos
> experimentos de todos os tempos" pelos leitores de Physics World.

Realizado em 1801, quando o bisavô do Planck ainda usava fraldas. De 1801 a
1901 a física clássica conseguiu sobreviver à experiência de Young sem a
necessidade de explicá-la apelando para a hipótese "ad hoc" de Dirac
relativa aos estados quânticos.

> Nenhum outro experimento mostra de maneira impossível de se explicar
> classicamente a realidade do comportamento onda/partícula da luz.

Argumento falacioso. Nenhum experimento comprova de maneira definitiva que
esse *comportamento* retrata uma dualidade quântica. Nem os quânticos sabem
qual é o real significado dessa dualidade. Traduzindo o seu pensamento para
o meu linguajar: A quântica é a única teoria que consegue explicar o
comportamento de coisas que não existem.

Por outro lado, já apresentei uma explicação clássica e 100% newtoniana para
o experimento da dupla fenda aqui na Ciencialist, e nenhum dos
Ciencialisteiros conseguiu refutá-la. As críticas restringiram-se apenas a
duas: 1) O argumento utilizado é fantasioso (isso vindo de um defensor da
física quântica é piada); 2) A navalha de Occam favorece a física quântica
(outra piada).

Sugiro a leitura dos seguintes artigos e/ou threads:
1) Explicação clássica para a experiência da dupla fenda (março de 2002):
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/dfenda.htm
2) A experiência das fendas (julho de 1999):
http://ecientificocultural.com/Usenet/dialogos05.htm
3) A natureza da luz e o princípio da superposição (janeiro de 2003): Este
artigo não fala da experiência da dupla fenda, mas fornece os argumentos
clássicos teóricos que podem ser utilizados na explicação e pode ser lido em
http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/polar00.htm

> Os primeiros a realizar o experimento com partículas isoladas foram
> Akira Tonomura e seus colaboradores, em 1989, se não me falha a fonte
> (http://physicsweb.org/).

A difração de Taylor foi realizada experimentalmente em 1909 e chegou a ser
amplamente utilizada por Dirac que, de posse dos resultados de Taylor chegou
a dizer que "cada fóton interfere somente com ele mesmo". Que eu saiba os
fótons da física moderna são considerados partículas, até mesmo os fótons
virtuais da eletrodinâmica quântica.

> No experimento, um elétron de cada vez passa
> por um prisma eletrônico e produz o padrão de interferência. Essa nem o
> Alberto explica sem a física quântica.

O difícil é explicar com a física quântica. Duvido que alguém atenda o
pedido do Léo de maneira honesta, mesmo se nos livrarmos da exigência
relacionada ao "laboratório escolar". Falar é fácil. Citar supostas
explicações de terceiros também. Quero ver explicações, não citações. Pois
só assim poderemos perceber se a idéia tem algum fundamento. Como é que a
teoria quântica explica a experiência da dupla fenda? Quantos pressupostos
precisaremos engolir, sem comprovação experimental alguma, até conseguirmos
formular uma idéia lógica?

Quanto ao desafio, diria que posso aceitá-lo de olhos vendados e com o pé
nas costas. A maioria das explicações que você pretende que eu dê, já estão
no meu website há muito tempo, a espera de críticas. Duvido que algum físico
quântico tenha coragem de se expor criticando *efetivamente* idéias
relacionadas às minhas teorias, através da utilização de argumentos sólidos.
Quando muito eles se rebelam quando eu falo o que penso sobre as idéias
deles. Mas ainda assim as respostas convincentes que dão a essas críticas
são raríssimas, pois via de regra eles não sabem defender nem as próprias
idéias. E são medrosos demais para emitirem uma opinião a respeito das
minhas.

> Descartada o experimento da dupla fenda, o candidato mais provável é o
> experimento com filtros polarizadores, em que um filtro polarizador é
> colocado entre dois outros e, surpreendentemente, aumenta a intensidade
> da luz que passa através deles. Acho que dá para fazê-lo com uma
> lanterna forte e três filtros polarizadores usados em fotografia. Ainda
> não consegui formulá-lo de maneira a evitar que o Alberto faça chover no
> piquenique quântico.

De duas uma: ou você não conhece explicação alguma para o fenômeno, e está
apenas especulando, ou então trata-se de algo extremamente banal a ponto de
até um médico metido a físico (a exemplo do Young) ser capaz de estragar
esse piquenique quântico. Do jeito que você expôs, está dando a impressão
que foi descoberto um moto contínuo de primeira espécie, e eu acho que não é
nada disso, pois não me parece que a teoria quântica já tenha atingido esse
requinte.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Sigilo Quantico ... putz grila!
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2003 10:25

>Aproveito o embalo e lanço um desafio aos 'quânticos':

>quero um experimento didático, típico do Imperdível, integralmente
explicável apenas por >física quântica (ou mecânica quântica, ou sigilo
quântico ou água quantica, ou >magnetohidrodinâmica quantica, ou seja lá que
quântica for), que possa ser efetuado em >laboratório escolar, para colocar
no Imperdível.

Mas... é muito simples. O experimento mais simples que envolve só fisica
quantica é a celula foto-voltaica. (Eisntein ganhou o Nobel explicando esse
efeito por meio da fisica quantica - quatificação, quantas)

Sergio


SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/01/2003 10:31

Basta explicar o funcionamento de uma lâmpada fluorescente que já esteja
indo para o vinagre [aquelas que ficam piscando em faixas].

Os elétrons dentro do tubo são acelerados pela diferença de potencial
entre os extremos do tubo, durante este percurso eles se chocam com átomos
de mercúrio e excitam o mercúrio. A quântica está que os elétrons dentro
do átomo se comportam como ondas estacionárias e por causa disso eles
possuem órbitas discretas que possuem níveis de energia determinados.

Para o elétron passar de um nível para outro é preciso uma quantidade
certa de energia, que é, no mínimo, a diferença entre o primeiro orbital e
o segundo [supondo o mercúrio não estar excitado antes]. O elétron livre
que está acelerado só atinge a energia cinética necessária depois de um
certo tempo, então ele colide com o mercúrio, transmite sua energia e
pára. Então ele acelera novamente até atingir, novamente, a energia
cinética necessária para excitar o mercúrio. Neste "acelera - pára -
acelera - pára" é que se formam as faixas brilhantes na lâmpada.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all

On Thu, 30 Jan 2003, Jose Colucci Jr. wrote:

> >Luiz Ferraz Netto: Aproveito o embalo e lanço um desafio aos
> 'quânticos':
> quero um experimento didático, típico do Imperdível, integralmente
> explicável apenas por física quântica (ou mecânica quântica, ou sigilo
> quântico ou água quantica, ou magnetohidrodinâmica quantica, ou seja lá
> que quântica for), que possa ser efetuado em laboratório escolar, para
> colocar no Imperdível.<



SUBJECT: Sigilo Quantico ... putz grila!
FROM: "Sergio M. M. Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/01/2003 10:35

>Aproveito o embalo e lanço um desafio aos 'quânticos':

>quero um experimento didático, típico do Imperdível, integralmente
explicável apenas por >física quântica (ou mecânica quântica, ou
sigilo
quântico ou água quantica, ou >magnetohidrodinâmica quantica, ou
seja lá que
quântica for), que possa ser efetuado em >laboratório escolar, para
colocar
no Imperdível.

Mas... é muito simples. O experimento mais simples que envolve só
fisica
quantica é a celula foto-voltaica. (Einstein ganhou o Nobel
explicando esse
efeito por meio da fisica quantica - quatificação, quantas)

Sergio




SUBJECT: Re: [ciencialist] Efeito Colucci
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2003 11:02


Léo > Que tal agora, fixar um ponto P num local conveniente da figura e, num
| > quadrinho ao lado desse gif, separado dele, mas pertencente a ele, ir
| > mostrando as variações das cores no ponto P (traduzindo com isso os
| > desenvolvimentos das interferências). Ou seja, retratar, mediante as
| > cores, o que realmente se passa no ponto P.
|
Alberto: A idéia parece ser boa, mas eu preciso entender melhor a intenção. Seria um
| zoom de uma pequena área do gráfico? Algo de um tamanho próximo ao de um
| daqueles pequenos losangos? Nessa área as cores seriam mais intensas de
| acordo com a altura do pico? Se for o caso, talvez eu pudesse utilizar
| tonalidades diferentes de cinza. O difícil seria achar a melhor convenção
| para os vales. Se os picos forem, por exemplo, pretos, e o zero em altura
| for representado pelo branco (tanto para a interferência destrutiva quanto
| para a construtiva, nos casos correspondentes ao zero + zero = zero), qual
| seria a cor de um vale, ou seja, dos pontos a representarem uma altura
| negativa (para trás do papel)? ..................
|
Léo: A idéia é essa mesma, um zoom daquela região onde está o ponto P (orelha); ampliando a região do pequeno losângo (não precisa ser na forma de losango, pode ser apenas um quadrado com um traço central representando o tímpano e o gif animado mostrando esse traço vibrando em acompanhamento com a interferência, de um lado e outro da posição de equilíbrio -- tal qual uma corda, fixa pelos extremos, vibrando no modo fundamental --). Ficaria bonito uma 'grande orelha' e esse pequeno quadrado colocado bem na posição do tímpano. O gif afetaria, na orelhona (fundo), só essa região quadrada.

Alberto:.....
| A primeira etapa todos já viram, e o resultado é aquele que apresentei na
| msg anterior, se bem que terei que fazer uma boa ampliação da área útil (o
| centro do esquema). Agora estou precisando girar o diapasão. Ora, o
| movimento de cada braço deforma o campo de propagação de vibrações. Se
| pretendo efetuar uma superposição de campos, preciso saber como ficaria cada
| um desses campos, para depois poder somá-los, como fiz para o caso do
| repouso. Para que tenham uma idéia, vou apresentar dois pequenos
| gifs-animados. O primeiro deles mostrando o campo de apenas um dos braços
| com o diapasão em repouso. É a figura repouso.gif, que está em
| http://ecientificocultural.com/ECC2/figuras/repouso.gif . O outro mostra o
| campo de apenas um dos braços com o diapasão em movimento retilíneo e
| uniforme e sem girar em torno de seu centro de massa. É a figura
| dopler_a.gif, que está em
| http://ecientificocultural.com/ECC2/figuras/doppler_a.gif . Essa segunda
| figura ilustra o efeito Doppler como encontrado em livros didáticos,
| obviamente sem a animação. Ela está bem pequena e o braço do diapasão
| percorre apenas 10 pixels. Essas duas figuras eu fiz apenas para entender o
| processo, ou seja, para imaginar o que poderia acontecer com a fonte numa
| translação circular. A partir daí eu já tenho uma noção de como construir o
| gif-animado final. Mas percebam que tanto estes quanto os anteriores, são
| gifs descartáveis (obviamente podendo-se utilizá-los como ilustração
| didática).

Léo: Realmente, essas ilustrações em separado, servem muito bem para ilustrações didáticas. Tudo indica está no caminho certo.
|
Alberto: A próxima etapa agora será construir um gif-animado com apenas um braço do
| diapasão percorrendo uma trajetória circular de diâmetro igual à distância
| "d" entre os braços do diapasão. Esse novo gif também será provisório, mas
| não mais totalmente descartável, pois mostrará o campo de um dos braços que
| participa do efeito final (superposição do efeito dos dois braços).
| Conhecendo estes campos (que são semelhantes, apenas com fases alternadas)
| eu poderei começar a pensar em construir a superposição resultante. Mas veja
| que esse gif provisório deverá ter uma extensão bem maior do que aquele
| apresentado acima(doppler_a), pois para que possa gerar um loop ele deverá
| percorrer toda a circunferência, e o número de pixéis deverá ser pi×d (e eu
| devo cuidar para que o sistema complete o ciclo de loop chegando numa fase
| idêntica à inicial, logo esse "d" não é arbitrário). O tamanho desse
| gif-animado também deverá ser maior do que os já apresentados.
|
| Muitos poderão dizer: Pô, mas você está usando um método muito complicado,
| já inventaram a matemática e com isso métodos bem mais simples. Você está
| pretendendo reinventar a roda? Eu contesto primeiramente dizendo que
| processos simples para coisas complicadas não existem. Em segundo lugar,
| nós não aprendemos sem colocar a mão na massa e assumindo que os outros
| poderiam fazer tudo isso por nós. O importante, para o aprendizado, não é o
| resultado em sí, é chegarmos no resultado, qualquer que ele seja. Em
| terceiro lugar, a matemática nem sempre nos permite enxergar os detalhes do
| processo. Ela sempre contém tudo, mas a nossa cabeça não tem neurônios
| suficientes para decifrarmos todos os detalhes desse tudo a não ser
| isoladamente e fora de um contexto globalizante. Da maneira que estou
| fazendo, se eu deixar de lado alguma coisa, ou essa coisa é de pouca
| importância para a finalidade, ou então acabo tendo que refazer quase todo o
| trabalho. É assim que se aprende.
|
| Quando eu fazia pesquisas em medicina, às vezes eu media determinadas
| variáveis por um processo deixado na gaveta desde a primeira década do
| século XX e totalmente obsoleto, qual seja, calcular o pH e outros fatores
| com o aparelho de Van Slyke. Alguns colegas achavam estranho isso, pois eu
| levava cerca de 20 minutos para determinar algo que um aparelho sofisticado
| fazia em 10 segundos, com quantidade mínima de amostra e bastando apertar um
| botão que ele fornecia o valor numa pequena tela. O problema é que eu estava
| trabalhando com novas variáveis, ainda não bem definidas, e eu precisava ter
| controle total da situação. Percebi então que quando esse aparelho
| sofisticado entrava em pane (e isso ocorria com relativa freqüência), vinha
| um técnico contratado pelo fabricante do aparelho com uns tubinhos (padrões
| de medida) e, após consertar o aparelho, checava o mesmo com esses tubinhos.
| Mas como saber se esses padrões de medida estavam corretos? Ora, esses
| tubinhos eram checados utilizando-se o obsoleto aparelho de Van Slyke.
| Preciso dizer mais alguma coisa? Sim, preciso: Medindo-se o pH com o
| aparelho de Van Slyke eu sabia exatamente o que estava fazendo, entendia
| todo o processo, pois ele foi montado com um ferramental extremamente
| rudimentar. A utilização de equipamentos rudimentares exige que se conheça
| todos os princípios envolvidos no processo, o que é bem diferente de tão
| somente apertar um botão. Quem se contenta com o apertar de botões é porque
| deseja um resultado rápido, e isso é muito bom para os usuários desse
| processo. Mas quem quer realmente aprender, esse tem que ir aos fundamentos
| do processo, tem que conhecer suas etapas nos níveis mais elementares. Tem
| que fazer em horas aquilo que a máquina faz em segundos.
|
| A matemática é muito interessante pois, apesar de tudo, e se eu errar, ela
| estará aí para apontar o meu erro. Mas física a meu ver não é matemática. A
| verdadeira física é aquela utilizada por aqueles que realmente querem
| aprender, a ponto de se tornarem construtores de uma possível física do
| futuro. Esses, certos ou errados, têm que deixar a matemática um pouquinho
| de lado e se preocuparem com os fundamentos que residem por trás dessa
| maravilhosa matemática que dá certo. E se ela dá certo, se ela corresponde
| com o esperado, tem-se que se procurar sim o porquê dela dar certo, sob pena
| de não estarmos estudando física mas tão somente nos iludindo com a aparente
| paranormalidade dos fenômenos. Mesmo porque às vezes ela dá certo graças a
| ter sido mal utilizada, pois do contrário ela denunciaria a falácia, e a
| história das ciências está recheada com exemplos desse tipo.
|
| > Ah! não esqueça de citar que aquelas 'curvas' de interferência, com o
| > diapasão em repouso, são hipérboles.
|
| Perfeito!!! Certamente tomarei esse cuidado. Mas veja a ironia. Eu deixei
| essa frase para responder por último e em momento algum me preocupei em
| relacioná-la com o que disse acima. Eu já havia lido a mensagem, mas escrevi
| o texto acima esquecendo-me completamente dessa recomendação. Aliás, esqueci
| até mesmo de que estava respondendo a uma mensagem sua, e procurei
| reportar-me a um hipotético leitor leigo no assunto. Mas foi muito bom, pois
| perceba que você está ilustrando o que eu disse com um belo exemplo. Pois
| pelo método gráfico eu cheguei num movimento hiperbólico, sem utilizar
| nenhuma matemática que não aquela inerente ao processo gráfico em si. Isso
| ilustra bem o que disse acima. A hipérbole já existia na natureza bem antes
| de um matemático tê-la equacionado pela primeira vez, e podemos até mesmo
| reproduzir essas hipérboles seguindo os "princípios matemático da filosofia
| natural", que têm muito de física e pouco de matemática explícita (se bem
| que muito de matemática implícita). A partir daí, desse conhecimento que a
| natureza pode ser expressa em linguagem matemática, podemos simplificar a
| descrição dessas curvas, economizando ao máximo as palavras: uma linha pode
| traduzir todo o processo, e essa é a linguagem própria dos físicos se
| comunicarem. Mas... e aqueles que estão aprendendo? De duas uma: ou eles vão
| ficar a vida inteira utilizando uma equação que dá certo sem saberem como e
| nem porquê (isso é muito comum e já foi denunciado por Mário Schenberg entre
| pós-graduandos de física), ou então vão ter que arregaçar as mangas para
| entenderem o real significado físico dessa matemática que dá certo. E
| arregaçar as mangas significa procurar entender a física que reside por trás
| dessas equações; e pode-se fazer isso sem se recorrer à utilização de
| equação nenhuma, obviamente pressupondo-se um domínio o mais profundo
| possível dessa matemática que está por trás.

Léo: Entendo perfeitamente o que diz e eu sou um dos seguidores dessa metodologia não só científica como também 'educacional.
Exemplifico isso pela resposta 'mal educada' interpretada pelo colega José Renato em minha mensagem sobre o 'enigma do parafuso'. Ao responder uma mensagem (ou comenta-la) --- e isso já foi veiculado por aqui --- eu por vezes esqueço que estou falando com um mestre, professor ou especialista no assunto e assumo 'involuntariamente' tratar-se de um jovem estudante. Como tal, aponto 'falhas' no texto, palavras mal empregadas (voltímetro em lugar de voltômetro; d.d.p. em lugar de 'voltagem', intensidade de corrente em lugar de 'amperagem' .....) e estendo-me em explicações didáticas sobre o tema que, com certeza, o 'interlocutor' já conhece.
A Lígia já me rotulou de "metido" devido a essas incursões de educador; que fazer? Falha minha. É difícil eu me re-educar novamente. Já me flagrei até tentando explicar detalhes de biologia para o Takata ... imagine só!!!!
Todavia, relevem-me o propósito, é honesto.

Aquele abraço,

Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Efeito Colucci
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2003 11:05

Ah! tenho que sair agora, mas preciso lembrar de comentar o problema que o Alberto recebeu como dica: "os ramos do diapasão vibrando em oposição de fases". Dai essa mensagem, como lembrete.
[]'
Léo



SUBJECT: Re: Física quântica: Faça você mesmo
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/01/2003 14:45

>Léo: Agora, essa da fenda dupla que 'descreve' o comportamento
quântico do fóton isolado e filme sensível nunca presenciei ... nem
na USP! Todavia, ainda não tentei ver isso em sessões de espiritismo
ou umbanda :-); o máximo que cheguei a constatar é que aquela imagem
na janela com o Chico Xavier era do tipo .gif.<

A intensidade de luz pode ser controlada de forma que a probabilidade
de mais de fóton ao mesmo tempo atingir as fendas é tão pequena
quanto se queira. A experiência foi feita por Taylor em 1909, usando
filmes fotográficos captando a luz de uma vela através de filtros
escuros. Devido ao efeito de reciprocidade os filmes fotográficos não
se comportam linearmente para exposições longas. Taylor usou uma
exposição de três meses. A intensidade da luz corresponde à de uma
vela colocada a mais de uma milha de distância. Nenhuma mudança no
padrão de difração foi observado, o que levou Dirac a afirmar
que "cada fóton interfere apenas consigo mesmo", só para irritar o
Alberto.

Se o experimento não for feito de modo que apenas uma partícula entre
pela fenda num dado instante, não é possível concluir que a luz tem
natureza dual. Com mais de uma única partícula de cada vez,
explicações clássicas podem ser consideradas. Hoje, há fontes
eficientes para a produção de um fluxo de fótons únicos, um de cada
vez, usando nanocristais semicondutores.


>Léo: Eles retiram da luz natural os trens de ondas indesejáveis (que
produzem no global interferências destrutivas) e deixam passar só os
pacotes que produzem interferências construtivas? Isso explicaria
classicamente o 'aumento' de intensidade? Bolas! ou melhor Filtros!,
vamos ver isso e comercializar: vc compra uma lâmpada de 60 W, coloca
na frente dela 3 pedaços de filtros polarizadores cruzados e obtém
uma lâmpada de 200 W! :-)))<

A minha explicação realmente foi péssima. Como disse, ainda estou
tentando formular a experiência de maneira convincente. Tenho ainda
que obter os materiais e testar o arranjo. É mais ou menos assim:
dois filtros são colocados em frente da fonte de luz com orientação
de 90 graus em relação ao plano de polarização. Se os filtros forem
bons, a intensidade da luz é grandemente reduzida. Colocando-se um
terceiro filtro entre eles, orientado, digamos, a 45 graus, a
intensidade total da luz que passa através dos filtros aumenta. O
efeito é utilizado em criptografia quântica (Estou ouvindo o ranger
dos dentes do Alberto daqui).


>Léo: Interessante, vc tem razão, cito essas duas experiências [fenda
dupla de Young e cuba de ondas] em vários lugares do site, pois são
experimentos clássicos ... mas, não as publiquei. Falha minha,
consertarei isso.<

Além desses, há uma porção de experimentos interessantes para o
estudante de física mais entusiasmado. Por aqui se encontram em
qualquer biblioteca local livros que ensinam a construir lasers,
foguetes, experiências com forno de microondas, etc. Todos com
potencial de carbonizar o interessado. Pena que os materiais citados,
na maioria das vezes, seja difícil de se obter no Brasil. Alguém
teria que adaptá-los aos materiais locais.

>Léo: PS: recebeu o PVT?<
Não recebi nenhuma mensagem sua em PVT. Meu e-mail é:
j.colucci@rcn.com

PS: Estou tentando entender a explicação do Alberto para a
experiência da fenda dupla e tentar sintetizá-la nuns poucos
parágrafos. Só aí poderemos confrontá-la com a explicação quântica
para o efeito.


Um abraço,
Colucci




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/01/2003 21:21

----- Original Message -----
From: "josecolucci"
Sent: Friday, January 31, 2003 1:45 PM
Subject: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo

> Nenhuma mudança no
> padrão de difração foi observado, o que levou Dirac a afirmar
> que "cada fóton interfere apenas consigo mesmo", só para irritar o
> Alberto.

Caro Colucci

Grato pela tentativa, pois como educador sei que esse "irritar",
interpretado no bom sentido --coisa que infelizmente muitos não conseguem
entender o que seja,-- é uma ferramenta valiosíssima para o aprendizado.
Aprendemos muito quando tentamos provar que o oponente está errado, e mais
ainda quando percebemos que ele pode estar certo, o que nos dá a sensação de
uma gloriosa "irritação". Infelizmente esse não é o seu caso, pois sob esse
aspecto você dista anos-luz de conseguir me irritar. De qualquer forma
valeu a intenção que estou supondo ter sido das melhores.

Com respeito ao seu texto, reproduzido acima, dê uma lida na mensagem 20687
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/20687 onde, com uma
antecedência de 5 horas, disse exatamente aquilo que você julgou que iria me
irritar. Aliás, fiz a citação exatamente para mostrar que na mensagem
anterior você houvera cometido um deslize, ou um pequeno erro de tão somente
80 anos na escala temporal. Folgo em saber que você tenha se dado conta
desse erro mesmo sem ter lido a minha mensagem, pois do contrário você não
teria caído nessa ingenuidade de pretender me irritar.

> Se o experimento não for feito de modo que apenas uma partícula entre
> pela fenda num dado instante, não é possível concluir que a luz tem
> natureza dual.

Não se pode concluir o que na realidade não existe. O que se pode concluir,
utilizando-se de argumentos 100% clássicos, é que pode-se prever um
*comportamento* aparentemente dual se raciocinarmos à luz do teorema
clássico da indeterminação, um teorema tão óbvio quanto desconhecido. De
qualquer forma, perceba que há uma diferença gritante entre os significados
das palavras "comportamento" e "natureza". Espera-se um "comportamento"
idêntico de duas partículas de "natureza" supostamente idêntica SE, MAS TÃO
SOMENTE SE, as duas partículas estiverem no mesmo "estado clássico". Em
física clássica não existem apenas as situações "up" e "down" (ou então seus
equivalentes, tal como passar por uma fenda ou por outra) mas infinitos
estados intermediários entre um e outro (mesmo porque, as aberturas das
fendas, por menor que elas sejam, não são puntiformes). À semelhança do que
os quânticos fazem a toda a hora, parece-me que você está misturando alhos
com bugalhos. De qualquer forma, não custa nada dar uma olhadinha no teorema
da indeterminação antes de ficar repetindo os argumentos utilizados pelos
físicos quânticos quando tentam vender suas idéias.

> A minha explicação realmente foi péssima. Como disse, ainda estou
> tentando formular a experiência de maneira convincente. Tenho ainda
> que obter os materiais e testar o arranjo. É mais ou menos assim:
> dois filtros são colocados em frente da fonte de luz com orientação
> de 90 graus em relação ao plano de polarização. Se os filtros forem
> bons, a intensidade da luz é grandemente reduzida. Colocando-se um
> terceiro filtro entre eles, orientado, digamos, a 45 graus, a
> intensidade total da luz que passa através dos filtros aumenta. O
> efeito é utilizado em criptografia quântica (Estou ouvindo o ranger
> dos dentes do Alberto daqui).

Melhorou bem!!! Continue assim e você concluirá o que Etienne Louis Malus já
concluiu em 1809, tendo sido sintetizado no que alguns chamam Lei de Malus.
Digo alguns pois os quânticos, creio que a partir de Dirac, usam e abusam da
equação de lei de Malus, mas rarissimamente citam Malus. Acho que eles
pretendem vender a imagem de inventores da roda. Se quiser uma explicação
clássica para o efeito Malus, a se apoiar nos argumentos do já obsoleto
"Opticks" de Newton, vide o Capítulo VII do artigo "A natureza da luz e o
princípio da superposição", que está em
http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/polar00.htm . Se quiser ouvir o
ranger dos meus dentes, derrube os meus argumentos. Agradecerei eternamente
pois, como disse acima, aprenderei muito com isso. Do contrário, e já que
você está dotado de capacidades paranormais, procure sintonizar a radiação
de fundo emitida pelo ranger de dentes dos físicos quânticos que leram os
meus artigos. ;-)). Eles nem conseguem emitir comentário algum, tal é a
tetania que se apossou da musculatura bucal.

> PS: Estou tentando entender a explicação do Alberto para a
> experiência da fenda dupla e tentar sintetizá-la nuns poucos
> parágrafos. Só aí poderemos confrontá-la com a explicação quântica
> para o efeito.

Fico satisfeito com isso. Apenas não sei com o que você vai confrontar, pois
explicação quântica é sinônimo de enganação. Afinal, qual é a explicação
quântica? Sou todo ouvidos. Quais são, dentre os pressupostos utilizados
nessa suposta explicação, aqueles que passam pelo crivo da verdade
(experimentação)? A única coisa que podemos afirmar é que quântica é um
modelo que dá certo, mas não se sabe o porquê, logo, e a bem da verdade, não
há como se falar em explicação quântica. Estou errado? Então explique! Tenho
certeza que o Léo agradecerá muito por isso, pois creio que foi exatamente
esse o sentido do desafio que ele lançou aos quânticos e até agora, e sob
esse aspecto, NINGUÉM o atendeu.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/01/2003 21:22


Caro Luiz,

Em resposta a sua sugestão, proponho uma experiência
banal, que pode ser feita no quintal da sua casa. Estenda
uma roupa vermelha no varal e note que ela perderá
gradualmente a cor com o brilho do sol, ao invés de desbotar
abruptamente. Para este fenômeno, não há explicação clássica.
Se a luz é suficiente para quebrar as moléculas de corante,
todas elas deveriam ser quebradas de uma só vez (afinal, estão
igualmente expostas ao sol). Mas não me agradeça: a idéia é de
um colega de profissão, especialista em física quântica e na sua
interpretação.

Uma experiência igualmente sem explicação clássica é a
clássica experiência com elétrons individuais em fenda
dupla, a despeito dos protestos do Alberto Mesquita.

Alberto: Sugiro a leitura dos seguintes artigos e/ou threads:
>1) Explicação clássica para a experiência da dupla fenda (março de 2002):
> http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/dfenda.htm
>2) A experiência das fendas (julho de 1999):
> http://ecientificocultural.com/Usenet/dialogos05.htm
>3) A natureza da luz e o princípio da superposição (janeiro de 2003):

Existe um link na opção (1):
http://ecientificocultural.com/Eletron2/dfenda.htm .
Aqui a "explicação clássica" é uma piada. E se usarmos
um material totalmente absorvedor de radiação, como é que a
"informação eletromagnética" vai refletir na borda da fenda?
Na época do florescimento da física quântica, com tantos céticos
opositores, por que diabos nenhum físico imaginou a explicação
tão simples do Alberto?

Alberto: Como é que a teoria quântica explica a experiência
da dupla fenda?

Um elétron passa pela fenda dupla, um de cada vez. Um tempo depois,
percebe-se um padrão de interferência, como se efetivamente cada
elétron passasse simultaneamente pelas duas fendas. Se tentarmos
ver em qual fenda cada elétron passa, o padrão deixa se ser de
interferência e passa a ser uma superposição "saudável" como se
cada elétron passasse por uma única fenda. Esse estado é o estado
colapsado do elétron. Enquanto o estado não for colapsado (em outras
palavras, enquanto não detectarmos em qual fenda o elétron passou),
o estado do elétron será uma superposição quântica dele passando
por cada fenda simultaneamente. A prova que esse estado é REAL está
no padrão de interferência, causado pelo aspecto ondulatório do
elétron (ondas de probabilidade).

Abraços,

Guilherme

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/02/2003 01:13

----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto"
Sent: Friday, January 31, 2003 8:22 PM
Subject: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo
Quantico ... putz grila!)

> Em resposta a sua sugestão, proponho uma experiência
> banal, que pode ser feita no quintal da sua casa. Estenda
> uma roupa vermelha no varal e note que ela perderá
> gradualmente a cor com o brilho do sol, ao invés de desbotar
> abruptamente. Para este fenômeno, não há explicação clássica.
> Se a luz é suficiente para quebrar as moléculas de corante,
> todas elas deveriam ser quebradas de uma só vez (afinal, estão
> igualmente expostas ao sol). Mas não me agradeça: a idéia é de
> um colega de profissão, especialista em física quântica e na sua
> interpretação.

Essa é digna de ser colocada num quadro. Se o seu colega tiver mais duas ou
três piadas desse tipo, sugiro que vá ao programa do Jô Soares. É sucesso
garantido. Cada vez me convenço mais de que a quântica é mesmo uma piada.
Será que esse seu colega não tem uma explicação quântica relacionada ao fato
da Skol descer redondo? Essa dá direito a uma tese de doutoramento por
correspondência. A física clássica ainda não conseguiu explicar esse
fenômeno. Nem mesmo apelando para os ectoplasmas leoninos.

Ôi, Brudna, você está por aí? Que tal "garibar" um pouco o texto acima e
colocar no seu site de "Humor na Ciência"?

> Uma experiência igualmente sem explicação clássica é a
> clássica experiência com elétrons individuais em fenda
> dupla, a despeito dos protestos do Alberto Mesquita.

Pois então conteste protestos com protestos e argumentos com
argumentos. Do contrário, sugiro que cale-se para sempre, pois a finalidade
dessa lista é o diálogo e não tão somente a satisfação de vaidades pessoais.
Não vale recorrer ao critério da autoridade, tem que ser com palavras
convincentes. Com palavras eu posso perfeitamente esclarecer a "resolução"
da piada do seu amigo: Utilize o teorema da indeterminação, "um teorema tão
óbvio quanto desconhecido". Esse teorema foi discutido quando a Ciencialist
era ainda uma criança, em dezembro de 1999, e seu enunciado pode ser
encontrado na mensagem 2804
( http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/2804 ).

> Existe um link na opção (1):
> http://ecientificocultural.com/Eletron2/dfenda.htm .
> Aqui a "explicação clássica" é uma piada. E se usarmos
> um material totalmente absorvedor de radiação, como é que a
> "informação eletromagnética" vai refletir na borda da fenda?

Mas você nem se preocupou em saber o que é essa "informação eletromagnética"
e já conhece um material que a absorve totalmente? Você é bom mesmo, heim?
Não é atoa que tem colegas tão bons conhecedores de piadas quânticas.

> Na época do florescimento da física quântica, com tantos céticos
> opositores, por que diabos nenhum físico imaginou a explicação
> tão simples do Alberto?

Quem fornece argumentos para essa explicação tão simples é Newton. O
problema foi que ele teve a infeliz idéia de chamar o que é emitido pela
matéria como "espírito da matéria". Faraday já foi mais vivo e deu um outro
nome que pegou, se bem que de maneira não tão ilustrativa. Paul Davies, por
exemplo, assim se refere ao pensamento do físico da época de Faraday: "A
melhor maneira de compreender os efeitos das forças elétricas e magnéticas
era fazer apelo ao conceito de um campo, espécie de auréola de influência
invisível emanando da matéria e estendendo-se pelo espaço, capaz de agir
sobre partículas eletricamente carregadas, correntes elétricas ou imãs."

Isso que, segundo os contemporâneos de Faraday, emanava da matéria, Newton,
no século XVII chamava "espírito da matéria". Faraday foi mais vivo e deu o
nome de "campo" a essa "aura" ou "auréola de influência invisível". O termo
"campo" qualquer cético aceita. O que eles não aceitam são os termos
"espírito", "aura", "auréola" etc. Esses pseudo-céticos acham que
simplesmente com a mudança das palavras passamos do misticismo para a
ciência. São tão cômicos quanto os quânticos, e acho que é por isso que boa
parte deles defende tanto a quântica.

> > Alberto: Como é que a teoria quântica explica a experiência
> > da dupla fenda?

> Um elétron passa pela fenda dupla, um de cada vez. Um tempo depois,
> percebe-se um padrão de interferência, como se efetivamente cada
> elétron passasse simultaneamente pelas duas fendas. Se tentarmos
> ver em qual fenda cada elétron passa, o padrão deixa se ser de
> interferência e passa a ser uma superposição "saudável" como se
> cada elétron passasse por uma única fenda. Esse estado é o estado
> colapsado do elétron. Enquanto o estado não for colapsado (em outras
> palavras, enquanto não detectarmos em qual fenda o elétron passou),
> o estado do elétron será uma superposição quântica dele passando
> por cada fenda simultaneamente. A prova que esse estado é REAL está
> no padrão de interferência, causado pelo aspecto ondulatório do
> elétron (ondas de probabilidade).

Putz, você é bom mesmo, heim? Decorou direitinho a receita do bolo. Vamos
agora mudar um pouquinho os ingredientes: Baseado em que experiência você
pode garantir que todos os elétrons podem ser pensados como estando no mesmo
estado quântico antes da passagem, seja por uma fenda simples, seja por uma
fenda dupla ou, ainda, por uma fenda dupla e com a observação dessa
passagem? O que é, afinal, esse estado quântico? Isso é importante saber,
pois os físicos quânticos inventam estados a seu bel prazer e posteriormente
dizem que a física clássica não consegue explicar nada com a utilização
desses estados inventados. Certamente não explica, pois a única "ciência"
que consegue explicar o inexistente através do inventado é a física
quântica.

Olá, Léo: Que tal a receita do bolo? Responde a suas exigências? Explica
alguma coisa? Acho que você pode aproveitar as sugestões em duas seções a
serem inauguradas no Imperdível: Uma relacionada a "copa e cozinha" (receita
de bolo) e outra relacionada a "lavanderia". ;-))

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/02/2003 02:08

Oi Alberto!

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> ----- Original Message -----
> From: "Guilherme Peixoto"
> Sent: Friday, January 31, 2003 8:22 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era
Sigilo
> Quantico ... putz grila!)
>
> > Em resposta a sua sugestão, proponho uma experiência
> > banal, que pode ser feita no quintal da sua casa. Estenda
> > uma roupa vermelha no varal e note que ela perderá
> > gradualmente a cor com o brilho do sol, ao invés de desbotar
> > abruptamente. Para este fenômeno, não há explicação clássica.
> > Se a luz é suficiente para quebrar as moléculas de corante,
> > todas elas deveriam ser quebradas de uma só vez (afinal, estão
> > igualmente expostas ao sol). Mas não me agradeça: a idéia é de
> > um colega de profissão, especialista em física quântica e na sua
> > interpretação.
>
> Essa é digna de ser colocada num quadro. Se o seu colega tiver mais
duas ou
> três piadas desse tipo, sugiro que vá ao programa do Jô Soares. É
sucesso
> garantido. Cada vez me convenço mais de que a quântica é mesmo uma
piada.
> Será que esse seu colega não tem uma explicação quântica
relacionada ao fato
> da Skol descer redondo? Essa dá direito a uma tese de doutoramento
por
> correspondência. A física clássica ainda não conseguiu explicar esse
> fenômeno. Nem mesmo apelando para os ectoplasmas leoninos.
>
> Ôi, Brudna, você está por aí? Que tal "garibar" um pouco o texto
acima e
> colocar no seu site de "Humor na Ciência"?



Alberto, essa "ilustração" faz parte da FQ, eheheh... é um
exemplo "clássico" da coisa que "apregoa" que a *natureza é
discreta*. Funciona mais ou menos assim: os fótons da luz solar
incidem sobre os elétrons dos átomos das moléculas do corante fazendo
com que mudem de "órbita" e consequentemente emitam um fóton, um
quanta de energia, nesse processo. Esse fóton, associado a outros,
permite que com o tempo de exposição à luz, a cor prevalescente seja
a branca, da mesma forma que a luz solar. O processo todo é gradual,
portanto dá-se em quanta, em pequenas porções e gradativamente. Caso
não houvesse esse "comedimento", tudo que fosse tingido ou que
tivesse cor apresentar-se-ía (argh, português arcaico!) branco...
jamais absorvendo quaisquer comprimento de onda, apenas refletindo a
luz incidente na base do "toma lá, dá cá"...

O resto do possível debate é entre você e o Guilherme... não me
meto! :)

Beijos, Lígia







SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/02/2003 03:38

>Alberto: Folgo em saber que você tenha se dado conta desse erro mesmo
sem ter lido a minha mensagem, pois do contrário você não teria caído
nessa ingenuidade de pretender me irritar.<

Put your guns down, Alberto. Não entrei no "saloon" da Ciencialist para
desafiar o pistoleiro mais rápido do pedaço. Mesmo porque não teria a
menor chance. Em matéria de física, clássica ou quântica, sou apenas um
amador. Minhas leituras não vão além de livros de divulgação. O que
pretendo fazer é colocar a minha ignorância a serviço da educação, por
paradoxal que isso pareça. Não só a educação alheia, como a minha
também.

O Léo fez um desafio aos que acreditam na física quântica: bolar um
experimento didático, explicável apenas pela física quântica, que possa
ser efetuado em laboratório escolar, para colocar no Imperdível. Ainda
não sei se é possível desenvolver tal experimento sem recorrer a
materiais sofisticados. Acredito, no entanto, que é possível explicar ao
leitor medianamente educado que há fenômenos que não podem ser
explicados pela física clássica. Qualquer que seja o resultado, devemos
nos esforçar por gerar um material que possa ser aproveitado pelo Léo. O
desafio é similar a explicar (não digo provar) o teorema de Gödel de
maneira simples. É possível. A explicação está aqui:
http://www.miskatonic.org/godel.html


>Alberto: A única coisa que podemos afirmar é que quântica é um modelo
que dá certo, mas não se sabe o porquê, logo, e a bem da verdade, não há
como se falar em explicação quântica. Estou errado? Então explique!<

Essa frase daria uma outra discussão, mais filosófica. Só que é longa e
devemos deixá-la para outra hora. O que é "saber o porquê" da explicação
quântica? Cientistas constroem modelos (para Peirce, são construtores de
ícones). Se os modelos apresentam consistência interna, são superiores
aos modelos existentes, e têm poder preditivo, não há por quê não
adotá-los. Porque é que você se recusa a aceitar a hipótese de que a
estrutura última da matéria talvez não possa ser entendida em termos
acessíveis à intuição humana? Não digo que esse é o caso da quântica. É
apenas uma pergunta.

Mas, como eu disse, essa é uma outra discussão. No momento quero me
concentrar na sua interpretação do experimento de Taylor. Vou tentar
extrair de seu website o que acho que é a sua interpretação, e pedir que
você a revise. Será o ponto de partida. Tentaremos manter a discussão
focalizada na interpretação do experimento, sem vituperações contra a
física quântica e nem preconceito contra os que são contra ela. Se você
topar, é claro. Só dessa maneira atenderemos ao pedido do Léo, talvez de
uma maneira diferente da que ele esperava.

Um abraço,
Colucci




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/02/2003 05:19

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese"
Sent: Saturday, February 01, 2003 1:08 AM
Subject: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo
Quantico ... putz grila!)

> Oi Alberto!

Olá, Lígia. Faz tempo que não dialogamos.

> > > [...] Estenda uma roupa vermelha no varal e note que ela perderá
> > > gradualmente a cor com o brilho do sol, ao invés de desbotar
> > > abruptamente. Para este fenômeno, não há explicação clássica.

> > [...] Cada vez me convenço mais de que a quântica é mesmo uma
> > piada.

> Alberto, essa "ilustração" faz parte da FQ, eheheh... é um
> exemplo "clássico" da coisa que "apregoa" que a *natureza é
> discreta*.

Pois é, Lígia, o assunto é muito sério, mas o que é que eu posso fazer a
respeito? Chorar não adianta. Cá entre nós, eu já conhecia essa piada. Ouvi
no IFUSP nos anos noventa, e não foi contada como piada. Por incrível que
pareça, quase todo especialista em teoria quântica não se dá conta do
absurdo que está propagando. Os demais físicos entram na onda, pois em
qualquer especialidade, que não seja a nossa, é natural sermos levados pelo
critério da autoridade.

> Funciona mais ou menos assim: os fótons da luz solar
> incidem sobre os elétrons dos átomos das moléculas do corante fazendo
> com que mudem de "órbita" e consequentemente emitam um fóton, um
> quanta de energia, nesse processo. Esse fóton, associado a outros,
> permite que com o tempo de exposição à luz, a cor prevalescente seja
> a branca, da mesma forma que a luz solar. O processo todo é gradual,
> portanto dá-se em quanta, em pequenas porções e gradativamente.

Até aí, tudo bem. Já fui professor de Biofísica e Bioquímica nos anos 80, já
ensinei centenas de estudantes a respeito do que acontece na fotossíntese e
na respiração celular, e nunca expus uma imagem diferente dessas. O absurdo
não está aí. Como diria a Erundina, o buraco é bem mais embaixo. Tudo isso
que você falou é perfeitamente compatível com uma física 100% clássica e a
se apoiar nos ensinamentos newtonianos. Os físicos quânticos não sabem nem o
significado físico do que chamam "quantum" e muito menos o de fóton, e são
arrogantes demais para admitirem que eles não entendem nada de física
clássica. Se eles perdessem menos tempo falando mal do que não entendem,
certamente já teriam notado que esses quanta sequer existem da maneira que
eles propõem.

Quantum de luz é uma entidade perfeitamente compatível com a física
clássica, desde que não se pense em quantum como sendo aquela babosela que
eles acreditam ter sido inventada por Planck, mesmo porque a intenção de
Planck era bem outra. Por cima dessa idéia, inventaram o que chamam de
fótons. Só que eles não têm a mínima noção do que seja isso a que chamam
fóton. Sem dúvida existe algo dessa natureza, como Einstein demonstrou de
maneira insofismável. Eu não discuto a existência, discuto o significado.
Nesse meu trabalho recente sobre a natureza da luz chego a dizer o seguinte
(capítulo VIII) a esse respeito: "Em suas origens o fóton destinou-se a
representar uma quantidade de energia transportada pelo que se convencionou
chamar pacotes elementares de luz. A existência desses pacotes caracteriza a
natureza corpuscular da luz, mas não implica necessariamente na aceitação
desses pacotes como sendo a unidade corpuscular elementar da luz. Trata-se
de uma entidade quântica, é verdade, mas nada que não possa ser explicado
por uma quantização clássica, explicação essa que exaustivamente, e sem
sucesso, foi procurada por Planck, tão logo se deu conta da maneira como seu
trabalho original estava sendo interpretado."

Eles confundem "pacote" com "conteúdo do pacote". Para eles, fóton é um
pacote sem partes, indivisível. E eu pergunto: Por que? E eu respondo:
Porque para entrar no átomo, ou o pacote entra inteiro, ou não entra. O
elétron não consegue ficar com a metade de um fóton. Mas isso não significa
que esse fóton seja indivisível, significa tão somente que ele não encontra
alguém que o carregue pela metade. Quantização, no sentido moderno do termo,
não existe.

Os físicos quânticos estão totalmente perdidos no tempo e no espaço. O
absurdo que eles cometem a esse respeito (e eles cometem uma infinidade de
outros absurdos) seria equivalente a dizermos que o dinheiro é quantizado,
pois não conseguimos comprar e/ou utilizar a metade de um ingresso para uma
partida de futebol. Foi exatamente isso o que eles fizeram ao quantificar a
luz. Acontece que a quantização não está nos fótons em si (no exemplo acima
corresponderia ao dinheiro) mas sim na estrutura dos átomos (no exemplo,
corresponde ao ingresso), que não permite --por questões que só a física
newtoniana explica de fato-- que elétrons recebam quantidades diversas de
energia. A constante de Planck é propriedade da estrutura atômica, jamais
dos fótons em si.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/02/2003 10:57

----- Original Message -----
From: "Jose Colucci Jr."
Sent: Saturday, February 01, 2003 2:38 AM
Subject: RE: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo

> Put your guns down, Alberto. Não entrei no "saloon" da Ciencialist para
> desafiar o pistoleiro mais rápido do pedaço.

:-))). Rapidez é comigo mesmo. Só que atualmente estou dedicando a maior
parte de meu tempo livre para construir o gif-animado solicitado pelo Léo em
26/01/03, relativo ao efeito Colucci. Putz grila, você não tinha nada mais
simples para sugerir ao Léo? Um diapasão vibrando em repouso já é complicado
de ser representado. Pra que é que você foi sugerir essa tralha girando?!!!
Brincadeira, o exemplo é simplesmente fantástico. Estou até mesmo
conseguindo aprender um pouquinho de ondulatória, coisa que alguns pensam
que eu não gosto. O que eu não gosto mesmo é daquela função de onda
representada por um tridente e que os professores de quântica gostam de
espetar na bunda dos seus alunos que lêem o que eu escrevo sobre eles. ;-)

> Em matéria de física, clássica ou quântica, sou apenas um amador.

Então podemos conversar sem grilos, pois eu também sou amador.

> O que pretendo fazer é colocar a minha ignorância a serviço da educação,
> por paradoxal que isso pareça. Não só a educação alheia, como a minha
> também.

Não vejo paradoxo nenhum. Popper já disse algo semelhante há cerca de 50
anos. Aliás, isso é peculiaridade própria dos cientistas amadores. Quem
pregou o profissionalismo na ciência foi Thomas Kuhn, e é bem possível que
para os seguidores de Kuhn esta postura seja considerada paradoxal.
Sinceramente, não gosto deste kuhnianismo;

> Acredito, no entanto, que é possível explicar ao
> leitor medianamente educado que há fenômenos que não podem ser
> explicados pela física clássica.

Eu diria que existem fenômenos que ainda não foram explicados pela física
clássica. Isso é bem diferente de dizer que existem fenômenos que *não
podem* ser explicados pela física clássica. Por outro lado, existem
fenômenos que os físicos quânticos insistem em dizer que não tem explicação
clássica nenhuma e que já foram explicados pela física clássica. Um físico
quântico de renome e que insistia em dizer coisas desse tipo foi Dirac. Ele
construiu toda a sua argumentação em cima de uma *aparente* falácia da
física clássica. Se ele não conseguisse iludir os seus leitores a esse
respeito, toda a beleza de sua matemática (e é realmente bela) cairia por
terra. Ora, isso é jogo sujo! Isso só serve para envergonhar a nossa
ciência. E ainda hoje milhares de físicos estão sendo iludidos por esses
argumentos de Dirac. Ouço e leio conseqüências dessa esparrela a toda a hora
e em todos os periódicos considerados sérios pela comunidade dos físicos.

> > Alberto: A única coisa que podemos afirmar é que quântica é um modelo
> > que dá certo, mas não se sabe o porquê, logo, e a bem da verdade, não há
> > como se falar em explicação quântica. Estou errado? Então explique!<

> Essa frase daria uma outra discussão, mais filosófica. Só que é longa e
> devemos deixá-la para outra hora.

Concordo. Tive um diálogo excelente na Noosfera, com o Lúcio, a respeito
dessas implicações filosóficas (não apenas relacionadas à quântica, mas
também). Não houve vencedores, apenas vitoriosos. Discordamos do começo ao
fim do diálogo, com mensagens diárias durante quase um mês. Apesar das
discordâncias e do clima tenso em que o debate transcorreu, em nenhum
momento houve o mais leve desrespeito de um pelo outro. Debate desse tipo,
duradouro, com opiniões francamente divergentes e caracterizado por um
respeito mútuo do princípio ao fim, aconteceram pouquíssimas vezes aqui na
Ciencialist.

> O que é "saber o porquê" da explicação
> quântica? Cientistas constroem modelos (para Peirce, são construtores de
> ícones). Se os modelos apresentam consistência interna, são superiores
> aos modelos existentes, e têm poder preditivo, não há por quê não
> adotá-los. Porque é que você se recusa a aceitar a hipótese de que a
> estrutura última da matéria talvez não possa ser entendida em termos
> acessíveis à intuição humana? Não digo que esse é o caso da quântica. É
> apenas uma pergunta.

Se você tem opinião formada sobre o objetivo da ciência e ao mesmo tempo
solicita que devemos deixar essa discussão para outra hora, fica difícil
responder a essas questões. Tá parecendo aquela peça teatral: "Se correr o
bicho pega, se ficar o bicho come". Essa última pergunta foi o tema
principal do diálogo que mantive com o Lúcio, isso durou quase um mês e não
entramos em acordo. Vou comentar apenas um aspecto relativo ao seu
questionamento: Aceito qualquer hipótese, desde que seja efetivamente uma
hipótese. Ora, os quânticos não aceitam hipóteses, eles aceitam dogmas. Eles
não discutem, eles não admitem a não validade do que chamam hipótese, eles
simplesmente blasfemam. Com raríssimas exceções, eles não enfrentam um
diálogo. Assim que ficam sem argumentos, viram-lhe as costas. Aqui na
Ciencialist isso acontece a toda a hora. O que mais abusam aqui é do
critério da autoridade. Eu raramente faço uma citação sem comentários. Eles
nem a citação apresentam, simplesmente dão um nome de um autor que
provavelmente nem leram, simplesmente ouviram falar e, não obstante, dizem
com a maior cara de pau: É assim porque fulano de tal disse.

> Mas, como eu disse, essa é uma outra discussão. No momento quero me
> concentrar na sua interpretação do experimento de Taylor.

Pois então, vamos lá. Eu não fujo de diálogo nenhum. Se é um tema que não
domino, digo isso de cara e fico só na espectativa de aprender. Mas se der
para encarar o diálogo, toco o barco pra frente, e seja o que o Léo quiser.

> Vou tentar extrair de seu website o que acho que é a sua interpretação, e
> pedir que você a revise. Será o ponto de partida. Tentaremos manter a
> discussão focalizada na interpretação do experimento, sem vituperações
> contra a física quântica e nem preconceito contra os que são contra ela.
> Se você topar, é claro. Só dessa maneira atenderemos ao pedido do Léo,
> talvez de uma maneira diferente da que ele esperava.

Eu sempre joguei no contra-ataque. Se o adversário não atacar, eu fico no
meio do campo trocando figurinhas. ;-)) Se ele vier com argumentos, receberá
argumentos outros. Se vier com ofensas, receberá ofensas. Não havendo
preconceitos contra a minha maneira de pensar a física, não há porque
desmerecer aqueles que tão somente não concordam com as minhas idéias.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/02/2003 13:05

|Guilherme escreve:
| > Um elétron passa pela fenda dupla, um de cada vez. Um tempo depois,
| > percebe-se um padrão de interferência, como se efetivamente cada
| > elétron passasse simultaneamente pelas duas fendas. Se tentarmos
| > ver em qual fenda cada elétron passa, o padrão deixa se ser de
| > interferência e passa a ser uma superposição "saudável" como se
| > cada elétron passasse por uma única fenda. Esse estado é o estado
| > colapsado do elétron. Enquanto o estado não for colapsado (em outras
| > palavras, enquanto não detectarmos em qual fenda o elétron passou),
| > o estado do elétron será uma superposição quântica dele passando
| > por cada fenda simultaneamente. A prova que esse estado é REAL está
| > no padrão de interferência, causado pelo aspecto ondulatório do
| > elétron (ondas de probabilidade).
|
Alberto Mesquita: Putz, você é bom mesmo, heim? Decorou direitinho a receita do bolo. Vamos
| agora mudar um pouquinho os ingredientes: Baseado em que experiência você
| pode garantir que todos os elétrons podem ser pensados como estando no mesmo
| estado quântico antes da passagem, seja por uma fenda simples, seja por uma
| fenda dupla ou, ainda, por uma fenda dupla e com a observação dessa
| passagem? O que é, afinal, esse estado quântico? Isso é importante saber,
| pois os físicos quânticos inventam estados a seu bel prazer e posteriormente
| dizem que a física clássica não consegue explicar nada com a utilização
| desses estados inventados. Certamente não explica, pois a única "ciência"
| que consegue explicar o inexistente através do inventado é a física
| quântica.
|
| Olá, Léo: Que tal a receita do bolo? Responde a suas exigências? Explica
| alguma coisa? Acho que você pode aproveitar as sugestões em duas seções a
| serem inauguradas no Imperdível: Uma relacionada a "copa e cozinha" (receita
| de bolo) e outra relacionada a "lavanderia". ;-))
|

A 'explicação' proposta pelo Guilherme é excelente. Segundo a física quântica explica perfeitamente o problema da fenda dupla. Todavia, dentro da 'explicação' aparecem fenômenos mais simples que a própria explicação em si, e, obviamente, esses fenômenos devem ser comprovados experimentalmente e separadamente.
Assim sendo, fico aguardando do Guilherme, as experiências que comprovam o seguinte:
experiência 1 - como comprovar uma superposição saudável e outra não saudável;
experiência 2 - como comprovar o estado colapsado e não colapsado do elétron;
experiência 3 - como mostrar o comportamento individual do estado colapsado do elétron;
experiência 4 - como individualizar a onda de probabilidade do elétron;
experiência 5 - observando o elétron em estado quântico 1, 2, 3, 4 e 5;
experiência 6 - como explicar a aplicação analógica do "como se" tal coisa funcionasse 'de tal modo'.

Assim que receber esses experimentos detalhadas providenciarei a inclusão no Imperdível, com destaques de primeira página.

[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/02/2003 18:11


>From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo
>Quantico ... putz grila!)
>Date: Sat, 1 Feb 2003 00:13:01 -0300
>
>Com palavras eu posso perfeitamente esclarecer a "resolução"
>da piada do seu amigo: Utilize o teorema da indeterminação, "um teorema tão
>óbvio quanto desconhecido".

Bem, de acordo com a física clássica, se você der um mesmo
input a dois sistemas idênticos, o output também será idêntico.
Assim, dado que todas as moléculas estão expostas à luz, elas
devem se quebrar igualmente, e assim o comportamento populacional,
fruto das propriedades individuais, não condiz com a experiência
cotidiana. Mas vamos ao seu teorema:

"Teorema da indeterminação":
"Ao se estudar uma população heterogênea pela utilização de propriedades
populacionais (e não individuais), os valores individuais obtidos estarão
sempre sujeitos a um fator de incerteza diferente de zero, independente
da precisão e/ou exatidão do método, e dependente do grau de heterogeneidade
da população em estudo."

Duas perguntas sobre esse teorema:
1. Como pode ser possível inferir os "valores" individuais a partir apenas
das propriedades populacionais?
2. Você poderia me dar a demonstração desse teorema?

>Mas você nem se preocupou em saber o que é essa "informação
>eletromagnética"
>e já conhece um material que a absorve totalmente?

Ah ok, tudo certo... a falha é minha, vou tentar aprender essa
teoria da "informação eletromagnética", que pelo visto nada tem a
ver com o eletromagnetismo de Maxwell, e tão desconhecida quanto
óbvia...

> > Na época do florescimento da física quântica, com tantos céticos
> > opositores, por que diabos nenhum físico imaginou a explicação
> > tão simples do Alberto?
>
>Quem fornece argumentos para essa explicação tão simples é Newton. O
>problema foi que ele teve a infeliz idéia de chamar o que é emitido pela
>matéria como "espírito da matéria". Faraday já foi mais vivo e deu um outro
>nome que pegou, se bem que de maneira não tão ilustrativa. Paul Davies, por
>exemplo, assim se refere ao pensamento do físico da época de Faraday: "A
>melhor maneira de compreender os efeitos das forças elétricas e magnéticas
>era fazer apelo ao conceito de um campo, espécie de auréola de influência
>invisível emanando da matéria e estendendo-se pelo espaço, capaz de agir
>sobre partículas eletricamente carregadas, correntes elétricas ou imãs."
>
>Isso que, segundo os contemporâneos de Faraday, emanava da matéria, Newton,
>no século XVII chamava "espírito da matéria". Faraday foi mais vivo e deu o
>nome de "campo" a essa "aura" ou "auréola de influência invisível". O termo
>"campo" qualquer cético aceita.

Ora, esses conceitos, "espírito de matéria" ou "aura", NADA têm
a ver com sua teoria, e a explicação é simples. Dessa sopa de
conceitos, o output é o campo eletromagnético Maxwelliano, produzido
dentro da evolução natural da física teórica, campo este que nada
tem a ver com essa "informação eletromagnética" que só você conhece.
Desse modo, Newton não forneceu explicação alguma para o fato de só
você ter descoberto a nova teoria.

> > > Alberto: Como é que a teoria quântica explica a experiência
> > > da dupla fenda?
>
> > Um elétron passa pela fenda dupla, um de cada vez. Um tempo depois,
> > percebe-se um padrão de interferência, como se efetivamente cada
> > elétron passasse simultaneamente pelas duas fendas. Se tentarmos
> > ver em qual fenda cada elétron passa, o padrão deixa se ser de
> > interferência e passa a ser uma superposição "saudável" como se
> > cada elétron passasse por uma única fenda. Esse estado é o estado
> > colapsado do elétron. Enquanto o estado não for colapsado (em outras
> > palavras, enquanto não detectarmos em qual fenda o elétron passou),
> > o estado do elétron será uma superposição quântica dele passando
> > por cada fenda simultaneamente. A prova que esse estado é REAL está
> > no padrão de interferência, causado pelo aspecto ondulatório do
> > elétron (ondas de probabilidade).
>
>Putz, você é bom mesmo, heim? Decorou direitinho a receita do bolo. Vamos
>agora mudar um pouquinho os ingredientes: Baseado em que experiência você
>pode garantir que todos os elétrons podem ser pensados como estando no
>mesmo
>estado quântico antes da passagem, seja por uma fenda simples, seja por uma
>fenda dupla ou, ainda, por uma fenda dupla e com a observação dessa
>passagem?

Ninguém defende que os elétrons estejam no mesmo estado quântico
antes da passagem. Com esse argumento, você se revela um profundo
desconhecedor da teoria quântica. E como tal, não tem capacidade
para criticá-la.

>O que é, afinal, esse estado quântico?

A formulação é simples. A rigor, o estado do anteparo no qual o
elétron se choca é que está em jogo. Mais realisticamente, o
estado do detector de elétrons, colocado na saída de uma das fendas,
é que diz se o elétron passou ou não pela fenda. Vamos chamar uma
das fendas de A e a outra de B. Se o detector acusou um elétron
passando por A, então no estado do elétron, descrito por várias
variáveis (spin, momento, posição, tempo), devemos acrescentar uma
variável adicional, que é a informação do elétron ter passado
por A ou B. Simplificadamente denominamos esses estados quânticos
de |A> e |B>. E se não colocarmos nenhum detector, o estado do
elétron será descrito pelas possibilidades classicamente viáveis
(especificamente na sua formulação estocástica), uma
superposição de |A> + |B>. A experiência da dupla fenda demonstrou
que esse estado superposto nada tem a ver com o entendimento
estatístico clássico, no qual o estado do elétron seria, em
última análise, |A> ou |B>. Agora, ou você entendeu, ou você não
entendeu. Não me venha com saídas espirituosas dizendo que eu
decorei a receita, o que aliás está se tornando um argumento
lugar-comum no âmbito da física de underground.
E eu faço um apelo aos outros colegas da Ciencialist, como o
Colucci por exemplo, a analisar esta mensagem e deduzir com
isenção quem é que está fazendo física de copa, cozinha e lavanderia
por aqui.

Abraços,

Guilherme
PS: Em nenhum momento eu me impus pela autoridade. Tanto é
assim, que nunca expus meu passado profissional, minhas credenciais
e meus títulos.


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/02/2003 18:43


>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo
>Quantico ... putz grila!)
>Date: Sat, 1 Feb 2003 13:05:22 -0200
>
>|Guilherme escreve:
>| > Um elétron passa pela fenda dupla, um de cada vez. Um tempo depois,
>| > percebe-se um padrão de interferência, como se efetivamente cada
>| > elétron passasse simultaneamente pelas duas fendas. Se tentarmos
>| > ver em qual fenda cada elétron passa, o padrão deixa se ser de
>| > interferência e passa a ser uma superposição "saudável" como se
>| > cada elétron passasse por uma única fenda. Esse estado é o estado
>| > colapsado do elétron. Enquanto o estado não for colapsado (em outras
>| > palavras, enquanto não detectarmos em qual fenda o elétron passou),
>| > o estado do elétron será uma superposição quântica dele passando
>| > por cada fenda simultaneamente. A prova que esse estado é REAL está
>| > no padrão de interferência, causado pelo aspecto ondulatório do
>| > elétron (ondas de probabilidade).
>|
>A 'explicação' proposta pelo Guilherme é excelente. Segundo a física
>quântica explica perfeitamente o problema da fenda dupla. Todavia, dentro
>da 'explicação' aparecem fenômenos mais simples que a própria explicação em
>si, e, obviamente, esses fenômenos devem ser comprovados experimentalmente
>e separadamente.
>Assim sendo, fico aguardando do Guilherme, as experiências que comprovam o
>seguinte:
>experiência 1 - como comprovar uma superposição saudável e outra não
>saudável;

Falha minha: me expressei mal. Eu escrevi "superposição saudável" me
referindo à figura no anteparo, e não ao estado do elétron. O termo
"saudável" indica afinidade com a física clássica.

>experiência 2 - como comprovar o estado colapsado e não colapsado do
>elétron;

O resultado da experiência mostra que o estado não colapsado (não
medido) é diferente do estado colapsado, este último descrevendo
um elétron incapaz de atravessar as duas fendas simultâneas. Então,
já está demonstrado.

>experiência 3 - como mostrar o comportamento individual do estado colapsado
>do elétron;

Simples: basta colocar um detector na entrada de uma das fendas. Se
o detector acusar o aparecimento do elétron, então estará demonstrado
o comportamento individual (de ter passado ou não pela fenda
correspondente) do elétron descrito pelo estado colapsado.

>experiência 4 - como individualizar a onda de probabilidade do elétron;

Não tem como fazer essa experiência. Isso depende do formalismo teórico.
Na física quântica, essa onda de probabilidade é descrita por uma função
de onda (matematicamente uma distribuição), e se refere, por construção,
a uma só partícula individual.

>experiência 5 - observando o elétron em estado quântico 1, 2, 3, 4 e 5;

Não compreendi.

>experiência 6 - como explicar a aplicação analógica do "como se" tal coisa
>funcionasse 'de tal modo'.

Através da lógica formal contida no português formal.

Um abraço,

Guilherme

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/02/2003 22:39

----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto"
Sent: Saturday, February 01, 2003 5:11 PM
Subject: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo
Quantico ... putz grila!)

> Bem, de acordo com a física clássica, se você der um mesmo
> input a dois sistemas idênticos, o output também será idêntico.

Perfeito! SE o input for o mesmo e SE os dois sistemas forem idênticos.

> Assim, dado que todas as moléculas estão expostas à luz, elas
> devem se quebrar igualmente, e assim o comportamento populacional,
> fruto das propriedades individuais, não condiz com a experiência
> cotidiana.

O que você entende por molécula? Dizer que temos duas moléculas idênticas
seria o mesmo que dizer que temos dois sistemas idênticos? Tomemos um
exemplo simples, por exemplo, uma molécula de água. Na sua opinião os
sistemas "1", "2" e "3", representados abaixo, são idênticos?

1) H H
O


2) O
H H


3) H
O
H

Classicamente eu diria que, sob certos aspectos, o estado "1" é tão
diferente do estado "2" quanto zero é diferente de pi. Entre 1 e dois
existem infinitos estados intermediários. Se você partir da molécula no
estado clássico "1" e for girando a mesma num sentido anti-horário tentando
superpô-la a seu estado clássico "2", dentre os infinitos estados clássicos
possíveis, e pelos quais você classicamente terá que passar para atingir o
objetivo, um deles será o estado "3".

Voltemos agora a seu questionamento. Apoiado em que dado experimental você
pode garantir que as moléculas da "roupa vermelha" da sua experiência
original deveriam estar todas em estados clássicos equivalentes? As suas
moléculas são todas bolinhas? Eu gosto muito de física de bolinhas, mas a
utilidade dela é bem restrita. Uma delas seria jogar sinuca.

> "Teorema da indeterminação":
> "Ao se estudar uma população heterogênea pela utilização de propriedades
> populacionais (e não individuais), os valores individuais obtidos estarão
> sempre sujeitos a um fator de incerteza diferente de zero, independente
> da precisão e/ou exatidão do método, e dependente do grau de
> heterogeneidade da população em estudo."
> Duas perguntas sobre esse teorema:
> 1. Como pode ser possível inferir os "valores" individuais a partir apenas
> das propriedades populacionais?

Elementar. Com uma balança analítica, determine a massa de um saco de 1 kg
de feijão (ele poderá não ter exatamente 1 kg, daí a necessidade da
balança). Com as suas mãos, e com a paciência de Jó, conte o número de grãos
de feijão contidos em um saco de 1 kg. Divida o primeiro valor pelo segundo
e eu diria que esse é o valor médio da massa de um grão de feijão. Os grãos
de feijão são todos iguais? Se sim, diria que você determinou o valor da
massa de um grão de feijão com um erro, ou incerteza, que dependerá somente
do equipamento laboratorial utilizado (a balança, a sua paciência e a sua
atenção). Do contrário, diria que você não determinou o valor da massa de
*um determinado* grão de feijão, mas um valor médio que somente representará
o valor desejado a menos de uma incerteza maior do que a anterior, e
intimamente relacionada ao grau de heterogeneidade da população em estudo.

Em dúvida (e neste caso de grãos de feijão, mas não no de partículas
elementares) você poderá checar a identidade, seja através de uma observação
refinada, seja através da pesagem individual de vários grãos, seguida da
comparação dos valores.

No exemplo que dei, os indivíduos são visíveis, e para a contagem eles
participam do processo como indivíduos. Não obstante, as propriedades
utilizadas são populacionais: massa e número de grâos em 1 kg de feijão.

> 2. Você poderia me dar a demonstração desse teorema?

Posso e é terrivelmente elementar, mas vou inverter o questionamento:
Demonstre que ele é falso. Já cansei de entregar o bolo pronto aqui na
Ciencialist e percebi que aqueles que me solicitaram a tarefa acabaram
jogando o bolo no lixo, sem sequer prová-lo. Sob esse aspecto, prefiro
atender aos questionamentos do Léo, pois o Léo não é apenas um físico, é um
educador e, acima de tudo, um verdadeiro samaritano da educação nacional.

> Ora, esses conceitos, "espírito de matéria" ou "aura", NADA têm
> a ver com sua teoria, e a explicação é simples. Dessa sopa de
> conceitos, o output é o campo eletromagnético Maxwelliano, produzido
> dentro da evolução natural da física teórica, campo este que nada
> tem a ver com essa "informação eletromagnética" que só você conhece.

Se só eu conheço, você está sendo incoerente. ;-)

> > Baseado em que experiência você
> >pode garantir que todos os elétrons podem ser pensados como estando no
> >mesmo estado quântico antes da passagem, seja por uma fenda simples, seja
> >por uma fenda dupla ou, ainda, por uma fenda dupla e com a observação
> >dessa passagem?

> Ninguém defende que os elétrons estejam no mesmo estado quântico
> antes da passagem. Com esse argumento, você se revela um profundo
> desconhecedor da teoria quântica. E como tal, não tem capacidade
> para criticá-la.

E você tem demonstrado não ter capacidade para criticar a física clássica.
Eu não disse que eles estão no mesmo estado quântico, mesmo porque os
quânticos nem sabem o significado físico desses estados. (O que eles afirmam
sobre estado quântico é matemática pura, não é física.) Eu disse PODE SER
PENSADO (Ou será que os quânticos não pensam?)

> >O que é, afinal, esse estado quântico?

> A formulação é simples. A rigor, o estado do anteparo no qual o
> elétron se choca é que está em jogo.

Eu não estou me referindo aos elétrons que se chocam, mas aqueles que passam
pelas fendas. Pergunto: Todos os elétrons que passam pela fenda A (com a
outra fenda aberta e sem o detector) seriam idênticos? A meu ver não, pois a
fenda não é puntiforme. O que diz um quântico a respeito? A fenda quântica é
puntiforme? Se não for puntiforme, todos os elétrons passam exatamente pelo
centro da fenda? Como diferenciar, pela física quântica, um elétron que
passa pelo centro da fenda de um outro que passa beirando a borda da fenda?
Não existe diferença? Se não existe, do ponto de vista da quântica, e sob
esse aspecto, esses elétrons são todos idênticos?

No caso da física clássica eu diria que, pelo menos em teoria, ela assume a
possibilidade da existência de infinitos estados diferentes para os elétrons
que atravessam cada fenda; e esses estados serão diferentes se a outra fenda
estiver aberta ou fechada e/ou se houver um detector interagindo com esse
elétron. A coisa é exatamente do mesmo tipo do que apresentei acima ao
discutir aquela história das moléculas da sua "roupa vermelha", pendurada no
varal, serem todas idênticas. Como caracterizar essa identidade senão
assumindo que de alguma forma PODE-SE pensar que os elétrons estão em um
mesmo estado? E porque não dizer que seria um tipo de estado quântico, se
foram os quânticos que inventaram essa identidade e, por cima dessa
invenção, dogmatizaram a sua física? Ou será que estado físico, para um
quântico, é uma propriedade exclusivamente matemática? Você supõe uma
hipótese que só existe na sua cabeça, bola uma equação que atende algumas
exigências dessa hipótese, mas não assimila nada do que efetivamente existe
no equipamento que gerou a idéia a gerar a hipótese, e sai por aí dizendo
que estuda física!!! Isso é brincadeira, e é por isso que volto a dizer que
a quântica é uma piada.

> Mais realisticamente, o
> estado do detector de elétrons, colocado na saída de uma das fendas,
> é que diz se o elétron passou ou não pela fenda. Vamos chamar uma
> das fendas de A e a outra de B. Se o detector acusou um elétron
> passando por A, então no estado do elétron, descrito por várias
> variáveis (spin, momento, posição, tempo), devemos acrescentar uma
> variável adicional, que é a informação do elétron ter passado
> por A ou B.

Qual dessas variáveis leva em conta a interação entre o elétron e as bordas
da fenda? Se não existir nenhuma variável quântica a levar isso em
consideração, posso sossegadamente, SOB ESSE ASPECTO, dizer que todos os
elétrons são idênticos. Ou não? Se sim, porque não posso dizer que SOB ESSE
ASPECTO eles estão todos no mesmo estado quântico? Será que os quânticos têm
medo de chamar a atenção de terceiros para uma possível existência de
variáveis ocultas? Quero crer que sim, pois a fonte efetivamente não é
puntiforme.

> Simplificadamente denominamos esses estados quânticos
> de |A> e |B>. E se não colocarmos nenhum detector, o estado do
> elétron será descrito pelas possibilidades classicamente viáveis
> (especificamente na sua formulação estocástica), uma
> superposição de |A> + |B>.

Uma estocástica que despreza o principal fator físico dessa
"estocasticidade".

> A experiência da dupla fenda demonstrou
> que esse estado superposto nada tem a ver com o entendimento
> estatístico clássico, no qual o estado do elétron seria, em
> última análise, |A> ou |B>. Agora, ou você entendeu, ou você não
> entendeu.

Entendi perfeitamente, tanto que nem estou conseguindo escrever, pois não
consigo parar de rir de mais esta piada.
:-))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))))
Cá entre nós, e que ninguém nos ouça: Continue com seus dogmas, mas evite
falar em física clássica.

> Não me venha com saídas espirituosas dizendo que eu
> decorei a receita, o que aliás está se tornando um argumento
> lugar-comum no âmbito da física de underground.

Mas o que é que você quer que eu faça?!!!! Aponte um argumento sério e
convincente e a partir daí poderemos conversar numa boa. Mas você se fixa na
receita de bolo e não sabe ir além disso! Refute os meus argumentos com
argumentos, e não com tão somente um não gostei ou então afirmando que eu
não entendo nada do assunto.

> E eu faço um apelo aos outros colegas da Ciencialist, como o
> Colucci por exemplo, a analisar esta mensagem e deduzir com
> isenção quem é que está fazendo física de copa, cozinha e lavanderia
> por aqui.

Pois então que eles analisem. Não confunda as minhas brincadeiras com os
meus argumentos. Quem está apresentando uma física sem eira nem beira é
você. Se a quântica está certa ou errada, o problema é outro. Eu estou
apontando, de maneira séria, coisas que do meu ponto de vista são
falaciosas. Se você quer contra-argumentar, pelo menos defenda aquilo em que
acredita indo contra as minhas idéias, não repetindo o que Dirac propôs há
70 anos, tal como |A> e |B>. Você está tentando esbanjar cultura, está
querendo mostrar que leu alguma coisa do assunto mas não está atingindo o
alvo, ou então não está levando o diálogo a sério. Conseqüentemente, só me
resta brincar. Que mais eu posso fazer?

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/02/2003 09:37

Ois,
que história é essa de 'bordas da fenda'? Oi gente, estamos no mundo microscópico onde as dimensões da coisas são avaliadas em 'largura do elétron'. Uma 'fenda' é uma abstração nesse mundo que estamos falando; suas bordas, então, nem se fala! Fenda puntiforme??!! Quantos elétrons podem passar lado a lado, de braços dados, por uma 'fenda' de 0,01 mm?

Passe a mão pelo tampo de sua mesa e terá a sensação de liso (obviamente as irregularidades serão menores que o tamanho de suas células sensitivas); observe essa região do tampo da mesa com uma lupa, depois ao microscópio óptico, depois ao microscópio eletrônico etc. e irá perguntar: Cadê a mesa? A esse nível não há mais mesa alguma, apenas alguns ligeiros e discretos pacotes materiais totalmente diferenciados um dos outros. Além disso a experiência deveria ser feita no vácuo. Ora moçada, quem conseguiu fazer esse vácuo no tubo da experiência? Num bom radiômetro (que gira realmente pela quantidade de movimento dos fótons --- e não por agitação térmica --) há milhares de moléculas da mistura dos gases que compõem o ar. No mundo que estamos falando, e dessas prodigiosas fendas, será que uma dessas moléculas não entupiria a fenda? :-)))
Pronto! Lá estou eu novamente tentando ensinar o 'padre nosso ao vigário' (não, não foi uma boa máxima)

[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/02/2003 13:12


>From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo
>Quantico ... putz grila!)
>Date: Sat, 1 Feb 2003 21:39:51 -0300
>
>O que você entende por molécula? Dizer que temos duas moléculas idênticas
>seria o mesmo que dizer que temos dois sistemas idênticos? Tomemos um
>exemplo simples, por exemplo, uma molécula de água. Na sua opinião os
>sistemas "1", "2" e "3", representados abaixo, são idênticos?
>
>1) H H
> O
>
>
>2) O
> H H
>
>
>3) H
> O
> H

Certamente essas moléculas têm as orientações espaciais diferentes,
no entanto eu creio que o efeito da luz solar seja um invariante,
e sob esse aspecto, as moléculas podem ser idealizadas como sistemas
idênticos. A identidade, na física, tem um significado conotativo,
que se baseia na efetividade, e não numa identidade ontológica.
Esse é o ponto.

> > "Teorema da indeterminação":
> > "Ao se estudar uma população heterogênea pela utilização de propriedades
> > populacionais (e não individuais), os valores individuais obtidos
>estarão
> > sempre sujeitos a um fator de incerteza diferente de zero, independente
> > da precisão e/ou exatidão do método, e dependente do grau de
> > heterogeneidade da população em estudo."
> > Duas perguntas sobre esse teorema:
> > 1. Como pode ser possível inferir os "valores" individuais a partir
>apenas
> > das propriedades populacionais?
>
>Elementar. Com uma balança analítica, determine a massa de um saco de 1 kg
>de feijão (ele poderá não ter exatamente 1 kg, daí a necessidade da
>balança). Com as suas mãos, e com a paciência de Jó, conte o número de
>grãos
>de feijão contidos em um saco de 1 kg. Divida o primeiro valor pelo segundo
>e eu diria que esse é o valor médio da massa de um grão de feijão. Os grãos
>de feijão são todos iguais? Se sim, diria que você determinou o valor da
>massa de um grão de feijão com um erro, ou incerteza, que dependerá somente
>do equipamento laboratorial utilizado (a balança, a sua paciência e a sua
>atenção). Do contrário, diria que você não determinou o valor da massa de
>*um determinado* grão de feijão, mas um valor médio que somente
>representará
>o valor desejado a menos de uma incerteza maior do que a anterior, e
>intimamente relacionada ao grau de heterogeneidade da população em estudo.

Então você precisa reformular o enuncidado do teorema. Dentro do
exemplo que você deu, a massa do grão de feijão obtida pelo método
populacional NÃO é um valor individual, compreende? A massa média
é por definição um valor populacional, ainda que associado a um
elemento individual. As propriedades individuais SÓ podem ser obtidas
pelo exame individual. Até onde eu sei, as propriedades coletivas são
fruto das propriedades individuais, e não o contrário. O todo é a soma
das partes. Toda a termodinâmica é consistente com esse princípio. O
ponto de partida da física estatística é sempre a física do componente
individual. Contrariamente ao seu teorema, não existe, para todos os
efeitos, uma componente populacional que não seja derivada dos
indivíduos. No entanto essa questão é delicada. Por exemplo, isso
já pode não ser verdade quando estudamos o cérebro, pois sabemos que
a mente é uma realidade que não pode ser explicada pelos neurônios
individuais. Mas no exemplo das camisas ao sol, pode-se com certeza
ignorar qualquer complexidade do tipo "mente versus cérebro".

> > 2. Você poderia me dar a demonstração desse teorema?
>
>Posso e é terrivelmente elementar, mas vou inverter o questionamento:
>Demonstre que ele é falso.

Não é razoável cobrar que o Iraque demonstre não ter armas químicas. Ao
contrário, deve-se demonstrar que ele as possui. Da mesma forma, o ônus
da prova é seu: cabe a você demonstrar a existência de um elemento
que ponha em xeque que o todo seja a soma das partes.

> > Ora, esses conceitos, "espírito de matéria" ou "aura", NADA têm
> > a ver com sua teoria, e a explicação é simples. Dessa sopa de
> > conceitos, o output é o campo eletromagnético Maxwelliano, produzido
> > dentro da evolução natural da física teórica, campo este que nada
> > tem a ver com essa "informação eletromagnética" que só você conhece.
>
>Se só eu conheço, você está sendo incoerente. ;-)

Não. A informação que a "informação eletromagnética" é diferente
da radiação eletromagnética de Maxwell foi dada por você mesmo,
portanto mesmo sem saber a sua teoria, continuo coerente.

> > > Baseado em que experiência você
> > >pode garantir que todos os elétrons podem ser pensados como estando no
> > >mesmo estado quântico antes da passagem, seja por uma fenda simples,
>seja
> > >por uma fenda dupla ou, ainda, por uma fenda dupla e com a observação
> > >dessa passagem?
>
> > Ninguém defende que os elétrons estejam no mesmo estado quântico
> > antes da passagem. Com esse argumento, você se revela um profundo
> > desconhecedor da teoria quântica. E como tal, não tem capacidade
> > para criticá-la.
>
>E você tem demonstrado não ter capacidade para criticar a física clássica.
>Eu não disse que eles estão no mesmo estado quântico, mesmo porque os
>quânticos nem sabem o significado físico desses estados.

Mas você deu a entender que os quânticos acreditam que eles estejam
no mesmo estado quântico, ao fazer a pergunta acima.

>(O que eles afirmam
>sobre estado quântico é matemática pura, não é física.)

E o estado clássico não é matemática e sim física pura???
Seja lá quântico ou clássico, o estado é descrito invariavelmente
pela matemática. Um estado clássico, da mesma forma que um estado
quântico, se realiza como conceito somente pela matemática: sua
concretude é essencialmente matemática. Posição e velocidade são
conceitos que descrevem uma realidade física, mas são coisas
matemáticas. Tente buscar uma essência física no conceito de
posição, e em menos de um ano acabará num hospício.

>Pergunto: Todos os elétrons que passam pela fenda A (com a
>outra fenda aberta e sem o detector) seriam idênticos? A meu ver não, pois
>a
>fenda não é puntiforme. O que diz um quântico a respeito?

A opinião dos físicos é idêntica à sua. Todos esses elétrons têm
estados diferentes. Mas a propriedade comum entre os infinitos estados
possíveis dos elétrons que passam pela fenda A, é exatamente a
passagem pela fenda A. Eles são idênticos somente no aspecto da
fenda pala qual eles passam.

>No caso da física clássica eu diria que, pelo menos em teoria, ela assume a
>possibilidade da existência de infinitos estados diferentes para os
>elétrons
>que atravessam cada fenda;

A física quântica também assume isso, mesmo porque ela se espelha
sempre na física clássica.

>e esses estados serão diferentes se a outra fenda
>estiver aberta ou fechada e/ou se houver um detector interagindo com esse
>elétron.

Entendi seu argumento, mas ainda acho que essas diferenças não
terão importância para o que se quer demonstrar. Acredito que
classicamente o elétron efetivamente não enxerga se a outra fenda
está aberta ou fechada. Aí caímos na sua teoria... mas se você mostrar
que sua teoria é consistente, que prevê o mesmo resultado experimental
da dupla fenda, e que também seja consistente com o princípio da
correspondência (aplicado para a teoria de Maxwell), então eu tiro
o chapéu. E mesmo que você esteja enganado, para um autodeclarado
amador, a façanha é admirável. Como você vê, eu posso retribuir
ofensas, mas sempre sei elogiar quando reconheço qualidades.

>Qual dessas variáveis leva em conta a interação entre o elétron e as bordas
>da fenda? Se não existir nenhuma variável quântica a levar isso em
>consideração, posso sossegadamente, SOB ESSE ASPECTO, dizer que todos os
>elétrons são idênticos.

Novamente o mesmo tema. Nunhuma variável leva essa interação em conta,
por não existir o análogo clássico. Ninguém se refere à identidade
dos estados como uma identidade fundamental, mas apenas como uma
equivalência de efeitos físicos.

Eu deletei todos os trechos ofensivos no resto da mensagem, vamos
manter uma discussão amigável, digna de argumentos sérios, ok?

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/02/2003 13:19


>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo
>Quantico ... putz grila!)
>Date: Sun, 2 Feb 2003 09:37:37 -0200
>
>Ois,
>que história é essa de 'bordas da fenda'? Oi gente, estamos no mundo
>microscópico onde as dimensões da coisas são avaliadas em 'largura do
>elétron'. Uma 'fenda' é uma abstração nesse mundo que estamos falando; suas
>bordas, então, nem se fala! Fenda puntiforme??!! Quantos elétrons podem
>passar lado a lado, de braços dados, por uma 'fenda' de 0,01 mm?
>
>Passe a mão pelo tampo de sua mesa e terá a sensação de liso (obviamente as
>irregularidades serão menores que o tamanho de suas células sensitivas);
>observe essa região do tampo da mesa com uma lupa, depois ao microscópio
>óptico, depois ao microscópio eletrônico etc. e irá perguntar: Cadê a mesa?
>A esse nível não há mais mesa alguma, apenas alguns ligeiros e discretos
>pacotes materiais totalmente diferenciados um dos outros. Além disso a
>experiência deveria ser feita no vácuo. Ora moçada, quem conseguiu fazer
>esse vácuo no tubo da experiência? Num bom radiômetro (que gira realmente
>pela quantidade de movimento dos fótons --- e não por agitação térmica --)
>há milhares de moléculas da mistura dos gases que compõem o ar. No mundo
>que estamos falando, e dessas prodigiosas fendas, será que uma dessas
>moléculas não entupiria a fenda? :-)))
>Pronto! Lá estou eu novamente tentando ensinar o 'padre nosso ao vigário'
>(não, não foi uma boa máxima)

Luiz, você tem razão, a observação é boa! Sempre que tiver razão,
vai ensinar o padre nosso ao vigário, quer ele queira ou não. E
digo mais, toda a pompa papal que alguém possa ter aqui na lista
não tem nenhuma utilidade, pois aqui devemos prezar a consistência
dos argumentos sozinhos.

Abraços,

Guilherme



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SUBJECT: RE: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/02/2003 14:12

Guilherme Peixoto:
> E eu faço um apelo aos outros colegas da Ciencialist, como o
> Colucci por exemplo, a analisar esta mensagem e deduzir com
> isenção quem é que está fazendo física de copa, cozinha e lavanderia
> por aqui.

A sua tática não vai funcionar com o Alberto. Você está tentando
explicar o fenômeno pela física quântica, coisa que ele já conhece e não
aceita. É o mesmo que tentar converter um ateu descrevendo as vantagens
do paraíso.

Deixando de lado a agressividade do interlocutor -- coisa que parece não
o incomodar, como não incomoda a mim -- estou tentando entender a
explicação do Alberto para a experiência da fenda dupla. (Física se faz
com neurônios, não com testosterona.) Prometi que faria uma descrição
suscinta da mesma e a submeteria à aprovação do autor, já que o Alberto
alega que ninguém faz o esforço sincero de tentar entender o que ele
diz. Eu não me daria ao trabalho se o considerasse apenas mais um louco
manso, desses que abundam na Internet. Ele demonstra saber do que fala,
embora, na minha opinião, esteja equivocado. Se não estiver, pelo menos
teremos a oportunidade de ser testemunhas de uma revolução, ou
contra-revolução, na física.

Isso dito, a tarefa de extrair uma explicação em poucos parágrafos para
e experiência da fenda dupla do website do Alberto é mais difícil do que
parece. Não há uma descrição matemática da mesma e diferentes descrições
são apresentadas em vários locais. Ademais, me parece que ela padece do
mesmo defeito que ele aponta na mecânica quântica, de ser uma hipótese
ad hoc. Digamos que eu consiga fazê-lo a contento do Alberto. O próximo
passo é verificar se a explicação albertiana se aplica consistentemente
a outros fenômenos considerados explicáveis apenas pela MQ. Devemos ter
em mente que o objetivo é fornecer ao Léo um material que possa ser
utilizado no Feira de Ciências.com.br, e deve, portanto, ser acessível
ao não-físicos.

Como eu já disse em outra mensagem, preciso de ajuda. Meu conhecimento
do assunto é limitado, mas acredito que o diálogo pode valer para que
todos nós aumentemos nossos conhecimentos.

Um abraço,
Colucci




SUBJECT: Planícies da Ásia Central
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/02/2003 17:09

Estou pensando em escrever uma utopia no futuro que se passará nas
planícies da Ásia central, provavelmente no que hoje é o Cazaquistão.
A vantagem desta paisagem é que é fácil descrever, e fácil dos
leitores imaginarem, além de ser grandiosa. Mas não sei qual é a
fauna desta região. Alguém tem uma idéia? Alguém sabe de um site que
fale isso? Imagino que deve ter uns cavalos. Queria saber que tipo de
predador ronda as planícies. Alguém tem uma idéia do clima? Será que
é muito nublado? Eu queria umas planícies sem fim com um céu coberto
de nuvens cinzas.






SUBJECT: Re: [ciencialist] Planícies da Ásia Central
FROM: "Alvaro Augusto de Almeida" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/02/2003 18:50

Se a história se passa no futuro, qual a importância da fauna e do clima
hoje? Escreva o que você quiser, e depois coloque a culpa em migrações,
efeito estufa, guerras, etc.

[ ]s

Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 2 de Fevereiro de 2003 17:09
Assunto: [ciencialist] Planícies da Ásia Central


Estou pensando em escrever uma utopia no futuro que se passará nas
planícies da Ásia central, provavelmente no que hoje é o Cazaquistão.
A vantagem desta paisagem é que é fácil descrever, e fácil dos
leitores imaginarem, além de ser grandiosa. Mas não sei qual é a
fauna desta região. Alguém tem uma idéia? Alguém sabe de um site que
fale isso? Imagino que deve ter uns cavalos. Queria saber que tipo de
predador ronda as planícies. Alguém tem uma idéia do clima? Será que
é muito nublado? Eu queria umas planícies sem fim com um céu coberto
de nuvens cinzas.





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SUBJECT: RE: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/02/2003 22:35


>From: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: RE: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo
>Quantico ... putz grila!)
>Date: Sun, 2 Feb 2003 11:12:57 -0500
>
>A sua tática não vai funcionar com o Alberto. Você está tentando
>explicar o fenômeno pela física quântica, coisa que ele já conhece e não
>aceita. É o mesmo que tentar converter um ateu descrevendo as vantagens
>do paraíso.
>
>Deixando de lado a agressividade do interlocutor -- coisa que parece não
>o incomodar, como não incomoda a mim -- estou tentando entender a
>explicação do Alberto para a experiência da fenda dupla. (Física se faz
>com neurônios, não com testosterona.) Prometi que faria uma descrição
>suscinta da mesma e a submeteria à aprovação do autor, já que o Alberto
>alega que ninguém faz o esforço sincero de tentar entender o que ele
>diz. Eu não me daria ao trabalho se o considerasse apenas mais um louco
>manso, desses que abundam na Internet. Ele demonstra saber do que fala,
>embora, na minha opinião, esteja equivocado. Se não estiver, pelo menos
>teremos a oportunidade de ser testemunhas de uma revolução, ou
>contra-revolução, na física.
>
>Isso dito, a tarefa de extrair uma explicação em poucos parágrafos para
>e experiência da fenda dupla do website do Alberto é mais difícil do que
>parece. Não há uma descrição matemática da mesma e diferentes descrições
>são apresentadas em vários locais. Ademais, me parece que ela padece do
>mesmo defeito que ele aponta na mecânica quântica, de ser uma hipótese
>ad hoc. Digamos que eu consiga fazê-lo a contento do Alberto. O próximo
>passo é verificar se a explicação albertiana se aplica consistentemente
>a outros fenômenos considerados explicáveis apenas pela MQ. Devemos ter
>em mente que o objetivo é fornecer ao Léo um material que possa ser
>utilizado no Feira de Ciências.com.br, e deve, portanto, ser acessível
>ao não-físicos.
>
>Como eu já disse em outra mensagem, preciso de ajuda. Meu conhecimento
>do assunto é limitado, mas acredito que o diálogo pode valer para que
>todos nós aumentemos nossos conhecimentos.

Pode contar com a minha ajuda, no que precisar, embora eu também
tenha minhas limitações.

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Re: Planícies da Ásia Central
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/02/2003 22:57

Olá João!

Pelo menos elefantes parece que o Cazaquistão tem:


O elefante do Cazaquistão que falava
14/07/1983 - Por mais absurda que seja, a notícia foi distribuída
para todo o mundo pela Tass, agência oficial de notícias da então
União Soviética. Batir, um elefante do zoológico de Karaganda, no
Cazaquistão, simplesmente falava. Não o suficiente para manter uma
conversa com seus treinadores, mas frases curtas, como pedir comida,
água e até para proclamar-se forte e magnífico.
Numa fita cedida pelo diretor do zôo a uma emissora de rádio, as
pessoas puderam ouvir frases como "Batir quer comida" e "Batir é
magnífico", ditas em tom baixo e rouco.

Beijos, Lígia

*****************************************


--- Em ciencialist@y..., "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@h...>
escreveu
> Estou pensando em escrever uma utopia no futuro que se passará nas
> planícies da Ásia central, provavelmente no que hoje é o
Cazaquistão.
> A vantagem desta paisagem é que é fácil descrever, e fácil dos
> leitores imaginarem, além de ser grandiosa. Mas não sei qual é a
> fauna desta região. Alguém tem uma idéia? Alguém sabe de um site
que
> fale isso? Imagino que deve ter uns cavalos. Queria saber que tipo
de
> predador ronda as planícies. Alguém tem uma idéia do clima? Será
que
> é muito nublado? Eu queria umas planícies sem fim com um céu
coberto
> de nuvens cinzas.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2003 00:29

----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto"
Sent: Sunday, February 02, 2003 12:12 PM
Subject: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo
Quantico ... putz grila!)

> Certamente essas moléculas têm as orientações espaciais diferentes,
> no entanto eu creio que o efeito da luz solar seja um invariante,
> e sob esse aspecto, as moléculas podem ser idealizadas como sistemas
> idênticos.

Ótimo! Agora você já admite que a interpretação que deu na primeira mensagem
pode dever-se a uma CRENÇA associada a uma IDEALIZAÇÃO.

> A identidade, na física, tem um significado conotativo,
> que se baseia na efetividade, e não numa identidade ontológica.
> Esse é o ponto.

Na msg de 31/jan você deu a entender que o fato de podermos repetir aquele
experimento efetuado com a roupa vermelha, serviria para corroborar a teoria
quântica. Ou seja, a capacidade de reproduzirmos um efeito real (efetividade
do processo) seria um dado a corroborar a teoria quântica. Eu contestei o
argumento dizendo que você não poderia assumir uma identidade perfeita às
moléculas, coisa que agora você já admite ser o produto de uma crença
pessoal. Não obstante, logo a seguir dá a entender que pode justificar essa
crença na identidade apoiando-se na efetividade. De duas uma: ou você está
admitindo que a experiência serve para justificar duas crenças distintas, ou
você há de admitir que essas duas crenças estão unificadas numa só. Se
existir uma terceira possibilidade gostaria de conhecer, pois essas duas
justificam toda a reação que manifestei até agora, qual seja: Essa
experiência não atende o quesito principal do desafio feito pelo Léo.

> > > "Teorema da indeterminação":
> > > "Ao se estudar uma população heterogênea pela utilização de
> > > propriedades populacionais (e não individuais), os valores individuais
> > > obtidos estarão sempre sujeitos a um fator de incerteza diferente de
> > > zero, independente da precisão e/ou exatidão do método, e dependente
> > > do grau de heterogeneidade da população em estudo."

> Então você precisa reformular o enuncidado do teorema. Dentro do
> exemplo que você deu, a massa do grão de feijão obtida pelo método
> populacional NÃO é um valor individual, compreende? A massa média
> é por definição um valor populacional, ainda que associado a um
> elemento individual. As propriedades individuais SÓ podem ser obtidas
> pelo exame individual.

Ou eu muito me engano ou a massa média pode representar SIM um valor
individual, desde que pensada em termos de uma incerteza conveniente. Do
contrário não haveria sentido falarmos em incerteza (= i) na física
clássica, seria suficiente expressarmos o "erro na medida da média" (= e).
Ou seja, massa de um grão de feijão = média ± i, e valor médio da massa de
um grão de feijão = média ± e. Tratam-se de duas grandezas dotadas de muitas
propriedades matemático-estatísticas comuns, o que chega a gerar uma ligeira
confusão. Colabora para esta confusão o fato de a incerteza de Heisenberg
estar historicamente relacionada a uma experiência de pensamento feita com
partículas isoladas (câmara de Wilson), mas as leis que foram levadas em
consideração no equacionamento desta incerteza são populacionais. De
qualquer forma, incerteza de Heisenberg, incerteza clássica e erro associado
à medida, são três coisas bem diversas.

> Contrariamente ao seu teorema, não existe, para todos os
> efeitos, uma componente populacional que não seja derivada dos
> indivíduos.

E onde foi que eu assumi isso? Onde foi que eu afirmei que as propriedades
populacionais seriam, num sentido absoluto, independentes dos indivíduos?
Num sentido relativo isso talvez até possa acontecer, e acho que chega a ser
freqüente nas ciências naturais, mas nesse caso o fenômeno não seria
explicável por um teorema, mas provavelmente por uma lei empírica.

> > > 2. Você poderia me dar a demonstração desse teorema?

> >Posso e é terrivelmente elementar, mas vou inverter o questionamento:
> >Demonstre que ele é falso.

> Não é razoável cobrar que o Iraque demonstre não ter armas químicas. Ao
> contrário, deve-se demonstrar que ele as possui. Da mesma forma, o ônus
> da prova é seu: cabe a você demonstrar a existência de um elemento
> que ponha em xeque que o todo seja a soma das partes.

Pô, o Fermat, que era um juiz de direito, lançou um teorema que ficou
infernizando a vida dos matemáticos durante mais de 300 anos. Eu exponho um
teorema vagabundo, que pode ser demonstrado com o pé nas costas, e você,
antes de entender devidamente o enunciado, quer exigir a demonstração! Sinto
muito, mas não vou procurar aquilo que a essa hora já está no fundo do baú.
Quem quiser que acredite, quem não conseguir demonstrar o teorema, que
encontre uma situação a negar a tese. Eu não vou perder meu tempo revendo
coisas que já perdi o interesse (não do teorema em si, mas da redemonstração
de algo que retrata o que é óbvio), apenas para satisfazer caprichos
pessoais. Sinto muito, mas isso eu demonstrei em 1987 e lembro-me que na
época fiquei totalmente satisfeito com o CQD.

Por outro lado: Que história é essa de ônus da prova? Eu não estou aqui para
convencer ninguém de nada! Nem estou participando de uma maratona de
matemática! Estou simplesmente tentando mostrar uma possível saída do
atoleiro onde os físicos modernos se encontram há mais de 100 anos. Os que
estiverem satisfeitos com o atoleiro, ou que não acreditarem na minha
intenção, que lá continuem! Não estou fazendo isso por eles mas simplesmente
para satisfazer minhas potencialidades de cientista amador. Esteja eu certo
ou errado, isso não irá me afetar em nada. Eu não dependo da física para
sobreviver e não preciso da glória para me realizar profissionalmente. Isso
faria sentido 32 anos atrás, quando comecei a apresentar minhas idéias,
primeiramente em medicina e posteriormente (há 19 anos) em física. Hoje
tenho procurado dedicar a minha vida profissional, que não se apoiou em
nenhuma dessas idéias, a criar espaços para que outros não passem pelo que
passei.

Estou simplesmente apontando um caminho. Se alguém quiser me seguir,
sinta-se em casa. Se alguém puder me ajudar, ótimo! Se se sentirem com
capacidade para efetuar uma crítica construtiva, melhor ainda! Se derrubarem
minha argumentação, agradecerei bastante. Do contrário, a única coisa que
peço é que não me atrapalhem, e ficarei eternamente agradecido por isso.

> > > Ora, esses conceitos, "espírito de matéria" ou "aura", NADA têm
> > > a ver com sua teoria, e a explicação é simples. Dessa sopa de
> > > conceitos, o output é o campo eletromagnético Maxwelliano, produzido
> > > dentro da evolução natural da física teórica, campo este que nada
> > > tem a ver com essa "informação eletromagnética" que só você conhece.

> >Se só eu conheço, você está sendo incoerente. ;-)

> Não. A informação que a "informação eletromagnética" é diferente
> da radiação eletromagnética de Maxwell foi dada por você mesmo,
> portanto mesmo sem saber a sua teoria, continuo coerente.

Ser "diferente" não é o mesmo que "não ter nada a ver", assim como "erro"
não é o mesmo que "incerteza" ou assim como "integralmente
explicável" não deve ser confundido com "produto de uma crença".

> >Eu não disse que eles estão no mesmo estado quântico, mesmo porque os
> >quânticos nem sabem o significado físico desses estados.

> Mas você deu a entender que os quânticos acreditam que eles estejam
> no mesmo estado quântico, ao fazer a pergunta acima.

Não, eles acreditam que SOB CERTOS ASPECTOS esses elétrons são
indistinguíveis. Eu é que estou tentando esclarecer, mas não está fácil, que
deixada de lado essa CRENÇA numa identidade absoluta, eu poderia pensar numa
infinidade de outros estados. Os quânticos não aceitam essa hipótese, pois
vai frontalmente contra aquela crença, logo tudo se passa como se eles
desprezassem esses infinitos estados a meu ver possíveis. Para eles esses
possíveis estados seriam todos iguais, ou seja, o aspecto apontado não é
levado em consideração. Em outras palavras, sob o ponto de vista das fendas,
os elétrons, antes de atravessá-las, têm pouquíssimas opções quânticas: ou
passam por A, ou passam por B, ou passam concomitantemente por A e B, ou são
monitorados, ou não são... Mas e a interação entre os elétrons e o material
que contém a fenda? Não vou falar em borda para o Léo não chiar ;-), mas as
implicações são exatamente as mesmas, sem tirar nem pôr.

Por menor que seja essa fenda, e o Léo falou em algo da ordem de 0,01 mm,
existe uma infinidade de possibilidades clássicas para o comportamento do
elétron e que são desprezadas pelos quânticos. Porque será que neste caso
eles deixam a "efetividade" de lado? Pois a experiência mostra que após a
passagem a população de elétrons retrata que muito provavelmente cada
elétron esteve sujeito a uma interação com o material que contém a fenda; e
aceitando-se essa realidade como evidência experimental, poderíamos dizer
que o número de interações diferentes é algo incomensurável, podendo-se
pensar em infinitas possibilidades. Essa maneira de pensar, a meu ver, está
apoiada na experimentação. A maneira de pensar dos quânticos está apoiada
naquilo que você concordou ser uma crença, como também em outra crença, qual
seja, a de que o fenômeno é classicamente inexplicável.

> E o estado clássico não é matemática e sim física pura???
> Seja lá quântico ou clássico, o estado é descrito invariavelmente
> pela matemática. Um estado clássico, da mesma forma que um estado
> quântico, se realiza como conceito somente pela matemática: sua
> concretude é essencialmente matemática.

Não, não e não!!!!! Onde você coloca a experimentação na sua física? Que mal
pergunte, você consegue distinguir alguma diferença entre uma população de
100 moléculas ocupando um recipiente e outra de 100 fantasmas habitando um
castelo? A matemática poderá ser a mesma, desde que se consiga inventar um
modelo "físico" adequado.

> Posição e velocidade são
> conceitos que descrevem uma realidade física, mas são coisas
> matemáticas. Tente buscar uma essência física no conceito de
> posição, e em menos de um ano acabará num hospício.

Eu diria que ponto, reta e plano são coisas matemáticas. A posição pode
ser descrita na LINGUAGEM matemática, mas creio que relacione-se a objetos
pertencentes à natureza, logo é um conceito físico. Quanto ao hospício,
sugiro que evite esse processo lendo os Principia. É bem mais barato do que
ir ao psicanalista mas, em contraposição, não é nada fácil, pois foi escrito
no século XVII e numa linguagem adaptada à época, quando o cálculo ainda era
uma criança. Para quem gosta de muita matemática e pouca física, ler Newton
não deve ser uma tarefa muito agradável.

> >No caso da física clássica eu diria que, pelo menos em teoria, ela assume
> >a possibilidade da existência de infinitos estados diferentes para os
> >elétrons que atravessam cada fenda;

> A física quântica também assume isso, mesmo porque ela se espelha
> sempre na física clássica.

Sim, mas é uma suposição que acaba ficando na gaveta, servindo apenas para
ilustrar possibilidades matemáticas que não se traduzem por efeitos físicos.
Na prática não é essa diferença de posição espacial do elétron que é
assumida quanticamente como a responsável pelas imagens de difração. O
modelo quântico não prevê distinção alguma entre um feixe de elétrons de
espessura de 0,01mm de um outro feixe virtual de elétrons e de espessura
nula. Aliás, o diâmetro desprezado é bem maior, pois a quântica não
distingue os feixes que irão passar pela fenda A daqueles que irão passar
pela fenda B. No modelo quântico os feixes que irão passar pelas duas fendas
são considerados (se bem que essa consideração não seja explicitada) como
sendo um só e de espessura, sob um ponto de vista físico, identicamente
nula. E é por cima dessa idéia que sai aquela outra de que o elétron poderia
ser pensado como estando metade no estado A e metade no estado B, a exemplo
do gato morto/vivo de Schrödinger.

> Entendi seu argumento,

Sinto muito, mas agora eu já re-expliquei. ;-)). Mensagem longa dá nisso.;-)
Enfim, para quem não entendeu, deixo aqui o update da nova versão da
explicação. ;-) A idéia é a mesma, apenas a maneira de argumentar possa ter
ganho em sofisticação, além de atender à bronca do Léo. ;-)

>... mas ainda acho que essas diferenças não
> terão importância para o que se quer demonstrar. Acredito que
> classicamente o elétron efetivamente não enxerga se a outra fenda
> está aberta ou fechada.

Perceba que coisas básicas não estão tão bem resolvidas, como dão a entender
os físicos modernos. Em duas frases seqüenciais você foi obrigado a apelar
para as palavras "acho" e "acredito". Seria essa mais uma crença! Neste caso
diria que para o combate a crenças não disponho de argumentos, apenas
conselhos. E há um ditado a dizer que se conselho fosse bom não seria dado
(no sentido de gratuito).

Veja bem, eu estou defasado 100 anos em relação aos físicos modernos ;-).
Quando estou pensando seriamente em física, tudo se passa como se as teorias
da física moderna não existissem. Olho apenas para a experimentação efetuada
no século XX. Essa, por sinal, é a vantagem que levo em relação aos físicos
do final do século XIX, a compensar o fato deles terem sido muito melhores
do que eu. Ora, ao analisar a experiência da dupla fenda para elétrons, e à
luz das experiências modernas (e são muitas), não consigo pensar em nada
mais absurdo do que supor que a outra fenda (digamos, a B) não exerça nenhum
efeito sobre o elétron que passa pela fenda A. Ou seja, essa interação não
surge como uma crença, mas como uma constatação experimental. Se você parte
do pressuposto que classicamente as coisas deveriam ser diferentes, e isso
você admitiu ser uma crença que aceita como tal, então você já está de
antemão condenando a física clássica. Ou seja, você não está negando
experimentalmente a física clássica. Você simplesmente está descrendo da
física clássica e colocando em seu lugar uma opção de fé na paranormalidade
quântica.

> Aí caímos na sua teoria... mas se você mostrar
> que sua teoria é consistente, que prevê o mesmo resultado experimental
> da dupla fenda, e que também seja consistente com o princípio da
> correspondência (aplicado para a teoria de Maxwell), então eu tiro
> o chapéu. E mesmo que você esteja enganado, para um autodeclarado
> amador, a façanha é admirável. Como você vê, eu posso retribuir
> ofensas, mas sempre sei elogiar quando reconheço qualidades.

Tudo bem. Só não espere que sozinho eu realize uma proeza que milhares de
físicos juntos não conseguiram realizar em 100 anos, a corresponder a cerca
de cinco gerações (20 anos já foi considerado como razoável ao retratar a
renovação acadêmica, mas não sei se hoje esse dado ainda se justificaria).
Do contrário, a grande maioria dos físicos modernos sérios não viveriam se
lastimando quanto a ininteligibilidade da mesma. Essa é a crítica menor que
eu poderia fazer e nem preciso, pois é o que se lê a toda a hora em meio ao
trigo, quando conseguimos separá-lo do joio, o que não é fácil. Por outro
lado, não me exija uma obrigatoriedade na sustentação de seus dogmas de fé,
algo que me pareceu estar implícito em sua mensagem.

> Eu deletei todos os trechos ofensivos no resto da mensagem, vamos
> manter uma discussão amigável, digna de argumentos sérios, ok?

De minha parte, tudo bem. Discussão amigável, restrita a dois participantes
e LONGA (um mês ou mais), com muitos quebra-paus, mas pouquíssimos deslizes,
eu creio que consegui manter aqui na Ciencialist apenas com o Belisário e
com o Taborda. Em outros locais, ou mesmo em pvt, cheguei a ser bem mais
feliz a esse respeito. Mas apesar da cordialidade, em momento algum ninguém
afrouxou, e em momento algum ninguém deixou de admitir que estava errado,
quando efetivamente estava.

Com o Léo não vale citar nada, pois sou um profundo admirador de sua obra (o
Imperdível) e dou-lhe até mesmo o direito de me tirar o sarro ;-) sem
reprimendas e/ou contestações, quando ele percebe que eu cometi uma gafe,
como o caso das bordas das fendas (só que essa gafe é bem antiga, e eu ainda
não havia nascido quando foi cometida pela primeira vez). Mesmo porque eu
sou adepto da opinião de que quem expõe as suas idéias tem mais é que torcer
para que alguém as derrube, pois é assim que mais se aprende. Eu sou um
eterno aprendiz. A esse respeito, há cerca de 20 anos escrevi o seguinte, ao
comentar algo que chegou a me chocar:

. "Não me feriu pois que era uma verdade e as verdades doem mas não ferem;
. apressam a cicatrização de uma ferida pré-existente: a ignorância. Não
. me feriu como não poderia tê-lo feito, pois houvera sido dita por um
. mortal, por um semelhante, por um ser que amo."

É assim que eu vejo o mundo, e é com essa intenção que ao entrar numa
batalha procuro o mais possível ferir o meu adversário. Procuro fazer com
ele o que gostaria que ele fizesse comigo, mas via de regra acabo sendo mal
interpretado e a batalha transforma-se em uma guerra. Nestas condições não
me restam muitas alternativas a não ser deixar o barco correr.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Planícies da Ásia Central
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/02/2003 05:53

Olá.

> Se a história se passa no futuro, qual a importância da fauna e do
clima hoje? Escreva o que você quiser, e depois coloque a culpa em
migrações, efeito estufa, guerras, etc.

Essas são boas desculpas para caso eu fale alguma besteira. Penso até
em botar uns mamíferos do pleistoceno, eoceno, etc., que teriam sido
revividos por engenharia genética. Mas o fato é que, mesmo que essa
história se passe por volta do ano 3 mil, isso é muito pouco tempo
para a biogeografia. Os cavalos das planícies asiáticas devem correr
por elas há centenas de milhares de anos.




SUBJECT: Dúvida sobre ônibus espaciais
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/02/2003 05:56

Será que em caso de vir um parafuso em órbita, colidir com um ônibus
espacial, e abrir um buraco (algo assim já aconteceu. Se eu não me
engano, uma casca de tinta de um satélite colidiu com o vidro de um
ônibus espacial e o rachou), daria para a tripulação ir para a
estação espacial e ficar lá umas semanas até um vôo de resgate
recolhe-los? O ônibus espacial entraria na atmosfera sem ninguém a
bordo. Seria pelo menos uma utilidade para aquela estação inútil.




SUBJECT: Mamíferos do passado
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/02/2003 06:16

Alguém sabe onde posso encontrar umas imagens dos grandes mamíferos
do passado?






SUBJECT: Fw: volume de cilindro horizontal inclinado e ....
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2003 07:38

Estou bastante ocupado para os cálculos e atendimento desse consulente. Agora estou escrevendo sobre 'Interferência da luz' e não pretendo parar.
Tem algum especialista em geometria espacial e trigonometria para fazer as continhas ai pro amigo? Qualquer falta de dados entrar em contato direto com o consulente.

O segundo e-mail, abaixo, também não posso atender. Tem algum especialista no pedaço?


[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
+++++++++++++++++++++++++++++++++++++++
-----Mensagem Original-----
De: carlos
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: domingo, 2 de fevereiro de 2003 15:51
Assunto: En: volume de cilindro horizontal inclinado

Carlos-e-mail=charlesal@ig.com.br-Engenheiro
Solicito ajuda

Tenho um posto de gasolina onde os tanques cilindricos horizontais foram instalados tortos(com angulo de inclinação).Para medir o volume diário utilizamos
uma régua em milimetros e,através de uma tabela teórica (sem considerar o angulo de inclinação) calculamos o volume.A medida é feita numa boca á distância "Z" de uma das tampas.Quero calcular o volume considerando a inclinação para maior precisão.Posso verificar fisicamente o ângulo desta inclinação(que pode ser positiva ou negativa em relação à boca de medição).
Podemos descobrir,nas normas técnicas,o diametro e comprimento do tanque.
Podem me ajudar a deduzir esta formula?

Gratos
CARLOS
============================
-----Mensagem Original-----
De: Bruna Mattos
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sexta-feira, 24 de janeiro de 2003 21:17
Assunto: Sabia!


Oiiiiii Léo ...

Aqui é Bruna, sou do Rio de Janeiro e te convido para me ver TOTALMENTE pelada, no site www.universitariasnuas.com

Tenho certeza que te encontrarei por lá. Se você tem ICQ, adoraria bater um papo cabeça!

Beijinhos...

Bruna ;-)

www.universitariasnuas.com
===================================

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Dupla fenda e outros assuntos. Era: Física quântica...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2003 10:18

----- Original Message -----
From: "Jose Colucci Jr."
Sent: Sunday, February 02, 2003 1:12 PM
Subject: RE: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo
Quantico ... putz grila!)

Caro Colucci

Inicialmente agradeço o esforço que você vem demonstrando no sentido de
entender como eu encaro o fenômeno dupla-fenda. Não vou responder à msg
acima citada pois ela é dirigida especificamente ao Guilherme, mas apenas
tecer alguns comentários sobre parte do terceiro parágrafo.

> ...a tarefa de extrair uma explicação em poucos parágrafos para
> e experiência da fenda dupla do website do Alberto é mais difícil do que
> parece. Não há uma descrição matemática da mesma e diferentes descrições
> são apresentadas em vários locais.

A queixa procede e eu posso tentar justificar o porquê, se bem que isso, do
ponto de vista prático, não irá ajudá-lo em quase nada. Sinto-me na
obrigação de dar alguma satisfação a respeito e se não ajudar a você, pelo
menos me fará bem.

Eu não sou um especialista em dupla-fenda e sim um generalista em física,
pois defendo há 19 anos uma teoria muito geral. Tão geral ou mais do que a
mecânica quântica e a relatividade juntas. Não digo isso para me vangloriar,
pois não creio que a amplitude de uma teoria seja por si só uma qualidade,
mas apenas para que você prepare o espírito para entender o que pretendo
dizer a seguir.

Coloquei quase todo o meu esforço, a partir de 1987, no sentido de procurar
desvendar, através da minha teoria, a maior parte dos segredos relacionados
ao eletromagnetismo. Assim procedi pois creio que a teoria de Maxwell, da
maneira como começou a ser interpretada após a morte de Maxwell, e até o
início do século XX, foi sem dúvida alguma o motivo pelo qual os físicos da
época ficaram totalmente desorientados. E tão perdidos no tempo e no espaço
a ponto de se desencantarem com a física newtoniana, especialmente o seu
modelo de três leis, este último válido para condições bem específicas,
ainda que bastante gerais sob o nosso ponto de vista (baixas velocidades e
objetos macroscópicos).

A minha teoria sobre o elétron está bastante avançada mas sei que existe
muito a ser feito, caso ela se justifique. Há muito pouco a respeito que eu
possa ou deva acrescentar, mesmo porque a ciência, via de regra, não costuma
ser feita, e acho mesmo que nem deveria ser feita, por uma única pessoa.
Tenho me preocupado bastante também com a explicação dos princípios da
termodinâmica, e quero crer também que já evolui bastante a respeito. Em
termos de óptica, diria que a óptica foi responsável pelo "insight" inicial,
que tive em 1983. O que eu fiz na época poderia situar-se mais no terreno
das especulações do que propriamente da ciência. Não vejo outra maneira de
iniciar uma revolução na ciência que não seja através de um "insight"
seguido de especulações várias (tenho tentado expor também alguns detalhes
relacionados a como vejo o método científico, pois creio que o teorizador
tem também a obrigação social de expor a metodologia que utiliza --
teorização é coisa muito pouco valorizada na escola e quase não há onde ou
como aprender a ser um teorizador).

A partir de 1987 optei por colocar quase tudo na gaveta, para um reexame
futuro, e passei a preocupar-me única e exclusivamente com o relacionamento
entre como eu via o elétron e como ele poderia se adaptar ou não com a
teoria de Maxwell (Foi dessa forma que saiu o "meu" eletromagnetismo).

Com grande freqüência, e graças a ter uma teoria de amplo espectro, sou
solicitado a emitir opiniões sobre esse ou aquele tema. Em termos de física,
e desde que inaugurei o Espaço Científico Cultural, em 1997, não tenho feito
outra coisa a não ser discutir assuntos via de regra relacionados à minha
teoria, mas ao sabor da curiosidade de terceiros. Como a partir dessa época
eu não estava mais preso a uma temática única (como o elétron ou a
termodinâmica que citei acima), isso acabou sendo ótimo, pois era justamente
do que eu precisava: ser provocado, ser cobrado, ser desafiado.

Eu não posso afirmar com certeza, mas quero crer que desde então, e graças
principalmente aos leigos ou aos amadores no assunto, a minha produção
aumentou muito. Só não posso garantir posto que virou uma produção
desorganizada, a discutir um pouco de tudo, ora aqui, ora acolá, e de
maneira tal que nem eu mesmo tenho tido tempo de catalogar, pois mal consigo
responder, da maneira que gostaria, tudo aquilo que me solicitam. Mesmo
porque, eu não tenho a receita para o que me pedem. Via de regra eu tenho
que fabricá-la e os ingredientes que disponho são aqueles textos não
lapidados que no decorrer dos anos fui colocando na gaveta. E haja gaveta
para isso, pois nem mesmo um baú dos grandes se prestaria para reunir toda a
minha tralha pseudo-literária. Felizmente hoje temos computadores de boa
memória, mas a maior parte do meu trabalho é anterior a esse progresso da
tecnologia. Mesmo com esses computadores, qualquer um que escreva várias
mensagens por dia durante anos sabe que procurar no Outlook é pior do que
procurar agulha no palheiro. Você deve ter notado que com freqüência eu cito
mensagens numeradas e/ou coloco links de uma mensagem para outra. Isso pode
ajudar a quem lê, mas quase sempre sou eu o maior beneficiado com isso (no
futuro, ao reler essa mensagem, consigo ir para a outra e assim por diante).

As vezes esforço-me para que as coisas saiam de maneira organizada, como fiz
recentemente com o artigo "A natureza da luz e o princípio da superposição"
(escrevi esse artigo para atender a um questionamento surgido em um diálogo
que mantive com o Lúcio). Outras vezes procuro criar uma sistemática para
que eu não me perca dentro de meu próprio site, que já está com uma extensão
enorme, da ordem de 13 MB sem levar em consideração as páginas em txt e que
são muitas. Infelizmente o recurso de pesquisa pessoal do Yahoo (ou seja, a
pesquisa que a Yahoo faz do Espaço Científico Cultural) não é lá essas
coisas e nem sempre atende a solicitação. Hoje, por exemplo, qualque
pesquisa está dando como resultado: "Sorry, no matches were found". No
entanto, na semana passada estava funcionando normalmente.

A experiência da dupla-fenda é por demais interessante e, diria, de
importância crucial. É importante não apenas por ser um modelo bonito, mas
principalmente por reunir, em meio a dificuldades interpretativas, segredos
relacionados a quase todas as áreas da física. Com essa experiência
começou-se a desconfiar fortemente da teoria da luz de Newton, ou seja,
qualquer teoria criada hoje para explicar a natureza da luz, tema esse ainda
em aberto, deve se curvar frente à realidade experimental de Young. Mas não
é só. A experiência convida-nos, quase como uma exigência de cunho
científico, a que pensemos seriamente no entendimento e/ou na teorização de
um possível relacionamento luz-matéria, algo com que pouquíssimos físicos,
além de Newton, se preocuparam. E a física quântica está aí justamente para
dizer, nas entrelinhas, que esse relacionamento ou não existe ou é de
importância praticamente nula. Ao que tudo indica, quântico algum jamais se
preocupou em procurar saber porquê esse relacionamento poderia ser tão
importante para Newton, e lembro que essa preocupação ocorreu cerca de 100
anos antes de Young ter nascido.

Além de importar para o estudo da natureza da luz e do interelacionamento
luz-matéria, o século XX foi pródigo em nos mostrar que análogos da
experiência de Young se prestavam também a explicar o comportamento
observado por feixes outros, até então considerados como formado por
corpúsculos. Ou seja, uma experiência que serviu de ponto de partida para
que derrubassem a luz corpuscular, paradoxalmente começou a se prestar para
acomodar o estudo de feixes de corpúsculos. Ao que parece, e frente a uma
série de idéias consideradas por muitos irem contra o senso comum, quando
não absurdas (em especial a dualidade comportamental das partículas) ninguém
teve a mínima preocupação de tentar rever a Óptica de Newton. O máximo que
fizeram foi providenciar rapidamente a reimpressão da Óptica de Newton,
coisa que não se fazia há mais de 100 anos, para que os físicos pudessem
enfeitar a prateleira de suas bibliotecas com um trabalho sobre alguém que,
nos primórdios da ciência moderna pós-renascentista defendeu, com unhas e
dentes, que a luz deveria ser, ou precisava ser, por razões várias e
convincentes, aquilo que *alguns* chegaram "a posteriori" a concluir, já no
século XX: A luz efetivamente está dotada de uma natureza corpuscular.

> Ademais, me parece que ela padece do
> mesmo defeito que ele aponta na mecânica quântica, de ser uma hipótese
> ad hoc.

A hipótese que faço é de Newton, do século XVII. A experiência de Young é de
1801. Eu simplesmente tento mostrar que utilizando-se essa hipótese de
Newton, poderíamos obter *qualitativamente* um espectro do tipo observado
por Young. Você tem razão ao dizer que "Não há uma descrição matemática da
mesma" a caracterizar de maneira insofismável essa previsão. O que pretendo
dizer é que se for essa a hipótese a que você se refere (a da interação
entre as partículas e o material onde se situa a fenda), em absoluto ela
seria classificada como "ad hoc" por qualquer estudioso de filosofia da
ciência. Por outro lado, acredito ser possível caracterizar propriedades das
partículas, em concordância com os fundamentos da física newtoniana (e não
exatamente o modelo das 3 leis válido para condições macroscópicas) e tais
que possamos obter o equacionamento a que você se refere. Feito isso
estaremos a um passo de falsear toda a física newtoniana, ou então a um
passo de perceber o quanto o século XX foi pródigo em gastar dinheiro com
nada. Será que existe alguém efetivamente interessado em resolver esse
impasse? Antes que perguntem "Porque não eu?", vou me safar dizendo que
estou olhando para outros horizontes, tão profícuos quanto esse e que mais
se acoplam ao meu potencial de resolução de enigmas. De qualquer forma,
tenho quase certeza que dá para falsearmos a física newtoniana (e
conseqüentemente todas as minhas idéias dela derivada) por essa via. Mas o
pior não é isso. O pior será comunicar aos físicos modernos que a física
newtoniana passou por mais esse teste. Não tenho dúvidas que é isso o que,
mais cedo ou mais tarde, irá acontecer.

Era o que tinha a dizer e sinto pelo tamanho da mensagem que acredito venha
a ser de pouca utilidade para o objetivo proposto.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: volume de cilindro horizontal inclinado e ....
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2003 10:24

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Monday, February 03, 2003 6:38 AM
Subject: [ciencialist] Fw: volume de cilindro horizontal inclinado e ....


> O segundo e-mail, abaixo, também não posso atender. Tem algum especialista
> no pedaço?

Pô, que falta de respeito! Ficar convidando todo o mundo para ver o Brudna
TOTALMENTE pelado? ;-)) E ainda pergunta se tem algum especialista no
pedaço?!!!!!

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/02/2003 10:38

On Sat, 1 Feb 2003, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Os físicos quânticos estão totalmente perdidos no tempo e no espaço. O
> absurdo que eles cometem a esse respeito (e eles cometem uma infinidade de
> outros absurdos) seria equivalente a dizermos que o dinheiro é quantizado,
> pois não conseguimos comprar e/ou utilizar a metade de um ingresso para uma
> partida de futebol. Foi exatamente isso o que eles fizeram ao quantificar a
> luz. Acontece que a quantização não está nos fótons em si (no exemplo acima
> corresponderia ao dinheiro) mas sim na estrutura dos átomos (no exemplo,
> corresponde ao ingresso), que não permite --por questões que só a física
> newtoniana explica de fato-- que elétrons recebam quantidades diversas de
> energia. A constante de Planck é propriedade da estrutura atômica, jamais
> dos fótons em si.
> Alberto

Concordo contigo. A quantização se dá em um poço de potencial, como uma
corda vibrante, ou vibra em uma determinada frequência/energia ou em
outra. A luz, por não estar presa em um poço, não está quantizada. O
elétron preso ao átomo está.

Supondo que a luz seja gerada na mudança de orbitais eletrônicos e que
seja gerado apenas um fóton, então uma vez que as órbitas sejam
quantizadas é de se supor que o fóton gerado também o seja.


[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2003 12:28

Olá Tarcísio,

Todavia, após esse seu comentário sobre a possível quantização do fóton emitido, cabe um sub-comentário: nada implica em poder afirmar que o quantun de energia transportada por esse fóton (provavelmente um grupo de ondas, para justificar a velocidade de grupo do fóton) seja o 'mínimo' de energia transportável. Um quantun de energia é 'um tanto' de energia transportada (e pode até ser escolhido como unidade) mas não tem nada de 'indivisível' nada conotação.
O 'quantun' de areia transportada por caminhões é o 'metro cúbico', o que não implica dizer que uma carriola possa transportar 1/4 de quantun de areia. Tem alguma partícula ou 'algo matemático' no mundo quântico que transporte uma fração do 'quantun'?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 3 de fevereiro de 2003 10:38
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)


On Sat, 1 Feb 2003, Alberto Mesquita Filho wrote:
> Os físicos quânticos estão totalmente perdidos no tempo e no espaço. O
> absurdo que eles cometem a esse respeito (e eles cometem uma infinidade de
> outros absurdos) seria equivalente a dizermos que o dinheiro é quantizado,
> pois não conseguimos comprar e/ou utilizar a metade de um ingresso para uma
> partida de futebol. Foi exatamente isso o que eles fizeram ao quantificar a
> luz. Acontece que a quantização não está nos fótons em si (no exemplo acima
> corresponderia ao dinheiro) mas sim na estrutura dos átomos (no exemplo,
> corresponde ao ingresso), que não permite --por questões que só a física
> newtoniana explica de fato-- que elétrons recebam quantidades diversas de
> energia. A constante de Planck é propriedade da estrutura atômica, jamais
> dos fótons em si.
> Alberto

Concordo contigo. A quantização se dá em um poço de potencial, como uma
corda vibrante, ou vibra em uma determinada frequência/energia ou em
outra. A luz, por não estar presa em um poço, não está quantizada. O
elétron preso ao átomo está.

Supondo que a luz seja gerada na mudança de orbitais eletrônicos e que
seja gerado apenas um fóton, então uma vez que as órbitas sejam
quantizadas é de se supor que o fóton gerado também o seja.


[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: O.E.M. - espaco cientifico cultural
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2003 14:33

Oi Alberto,

no seu site, em
http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/polar03.htm#representacao

a figura polar10.gif (e a animação indicada na sequencia), parece-me conterem, ambas, algo estranho. De acordo como se ilustra, os campos B e E estão em fase (E e B variam simultaneamente com defasagem zero) e isso parece-me contrariar o conceito da fonte emissora de dipolo oscilante no circuito LC. A energia inicialmente armazenada no capacitor C (E) converte-se na energia armazenada no indutor L (B). Quando E atinge o máximo B deverá estar no mínimo (conservação da energia). Assim, a figura que ilustra a onda eletromagnética deveria ter uma defasagem entre o máximo de E e o máximo de B. Não podem ocorrer simultaneamente.
Estou certo?
"A variação de E implica no aparecimento de B e vice-versa"

[]'
Léo


SUBJECT: Fw: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2003 14:47


TARCISIO BORGES bronqueia:
Ninguém comentou a minha sugestão de experiência, usando uma lâmpada
fluorescente. Estou magoado :-)
Terá sido total absurdo para ser completamente ignorado???

Olá Tarcísio,
bela bronca, tb andei lançando as minhas sobre o que vem a ser 'bordas' numa fenda, vista pelo elétron (e acertei no Alberto he he he).
Sua proposta da lâmpada fluorescente é divina ... se existisse um único elétron trabalhando e se fosse possível, ele só, nesse avança/pára fazer, em cada ciclo, a lâmpada piscar.
Todavia há miríades de elétrons participando do fenômeno e nos mais variados intervalos de tempo, de modo que sempre há elétrons acelerando enquanto outros estão parando ... um só elétron não faz verão.
Na chutometria, ramo quantitativo da ciência que cultivo com esmero, diria que tais lâmpadas chegam em tais fases devido a inclusão de moléculas dos gases que participam do ar dentro do tubo; a pressão interna aumenta; a corrente iônica diminui, mas continua a ocorrer alguns milhões de 'choques' aleatórios para a produção do ultravioleta necessário à excitação dos sais que recobrem o interior do vidro da lâmpada. Note, por outro lado, que o aparecimento de tais faixas de brilhantes é intensificado pela presença de campos magnéticos. Faça o experimento aproximando um ímã de alto falante a uma dessas lâmpadas.

[]'
Léo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Léo e sua visão de águia. Era: O.E.M. - espaco cientifico cultural
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2003 17:25

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, February 03, 2003 1:33 PM
Subject: [ciencialist] O.E.M. - espaco cientifico cultural

> Oi Alberto,
> no seu site, em
> http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/polar03.htm#representacao
> a figura polar10.gif (e a animação indicada na sequencia), parece-me
> conterem, ambas, algo estranho.

Perfeito!!! Lembro ter visto esta figura, da maneira apresentada, em
inúmeros livros de física, se bem que em teoria os livros relatem exatamente
o que você disse a seguir. Quando tentei fazer a figura percebi nitidamente
que alguma coisa estava errada e relacionada exatamente a seu estranhamento
e sua explicação. Apesar de ter estranhado o fato, procurei pela internet
algumas figuras do gênero, e encontrei inúmeras vezes exatamente isso que me
aparentava ser um erro, e até agora não vi nada do tipo que julguei seria o
correto (não esgotei o potencial de procura, mas procurei bastante). Por via
das dúvidas, procurei me proteger indicando uma ilustração apresentada por
uma entidade respeitável, a Universidade Federal de Santa Catarina (essa
figura foi feita em uma Universidade do Taiwan e chega a ser reproduzida em
uma infinidade de sites, muitos universitários). Creio que você estava se
referindo a esse link quando escreveu "a animação indicada na seqüência".
Dei como desculpa o convite para que vissem uma animação java (coisa que não
sei fazer), mas o motivo principal era deixar o problema em aberto, mesmo
porque o meu artigo não entra no mérito da produção dos campos, apenas a
propagação após terem sido produzidos.

Um erro é sempre um erro, e não há pois como se justificar a não ser
admitindo que de fato se cometeu esse erro. Digo apenas que na época não
quis me desviar do objetivo proposto e partir desta forma para o
esclarecimento deste possível erro (com este possível estou reforçando aqui
o seu "parece-me contrariar", vide abaixo, pois também ainda não estou
totalmente seguro que a figura esteja errada). Quero crer que, salvo maior
juízo, este erro acabou por se generalizar quiçá por motivos estéticos
(parece-me que um esquema com ondas de picos alternados não ficaria tão
bonito).

> De acordo como se ilustra, os campos B e E estão em fase (E e B variam
> simultaneamente com defasagem zero) e isso parece-me contrariar o conceito
> da fonte emissora de dipolo oscilante no circuito LC. A energia
> inicialmente armazenada no capacitor C (E) converte-se na energia
> armazenada no indutor L (B). Quando E atinge o máximo B deverá estar no
> mínimo (conservação da energia). Assim, a figura que ilustra a onda
> eletromagnética deveria ter uma defasagem entre o máximo de E e o máximo
> de B. Não podem ocorrer simultaneamente.
> Estou certo?
> "A variação de E implica no aparecimento de B e vice-versa"

Na minha maneira de pensar está certíssimo.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/02/2003 18:15

>TARCISIO BORGES: Concordo contigo. A quantização se dá em um poço de
potencial, como uma corda vibrante, ou vibra em uma determinada
frequência/energia ou em outra. A luz, por não estar presa em um
poço, não está quantizada. O elétron preso ao átomo está. Supondo que
a luz seja gerada na mudança de orbitais eletrônicos e que seja
gerado apenas um fóton, então uma vez que as órbitas sejam
quantizadas é de se supor que o fóton gerado também o seja.<

>Luiz Ferraz Netto: Todavia, após esse seu comentário sobre a
possível quantização do fóton emitido, cabe um sub-comentário: nada
implica em poder afirmar que o quantun de energia transportada por
esse fóton (provavelmente um grupo de ondas, para justificar a
velocidade de grupo do fóton) seja o 'mínimo' de energia
transportável. Um quantun de energia é 'um tanto' de energia
transportada (e pode até ser escolhido como unidade) mas não tem nada
de 'indivisível' nada conotação. O 'quantun' de areia transportada
por caminhões é o 'metro cúbico', o que não implica dizer que uma
carriola possa transportar 1/4 de quantun de areia. Tem alguma
partícula ou 'algo matemático' no mundo quântico que transporte uma
fração do 'quantun'?<

Léo,

A resposta é "depende", se é que entendi a pergunta. A relação de
Einsten (chamada, no Imperdível, de fórmula de Planck):

E = hv

onde:

h = constante de Planck
v = frequência da onda eletromagnética

estabelece a equivalência entre energia e frequência mas nada nos diz
sobre como essa energia é repartida em unidades discretas (fótons, ou
quanta). Quanto maior a frequência da onda eletromagnética, maior a
energia. Se aceitarmos a idéia, há duas maneiras de repartir a
energia:

1. O número de fótons emitidos por unidade de tempo é
proporcional à energia da luz a uma dada frequência
2. A energia dos fótons emitidos é proporcional à frequência da
luz

No entanto, dados experimentais sobre o efeito fotoelétrico e efeito
Doppler permitiram concluir que para a luz monocromática a energia
dos fótons é proporcional à frequência, e o seu fluxo (número/tempo)
é proporcional à intensidade da emissão. Assim, tentando responder à
sua pergunta, para uma dada frequência a menor quantidade de energia
possível é um quantum. Todos os fótons que emanam daquela fonte
carregam exatamente a mesma energia. Nâo tem sentido falar em 1/2
quantum. Quantum é por definição indivisível. O quantum de cada um
dos fótons emitidos por uma fonte monocromática é idêntico.

Usando a analogia do caminhão de areia, existe um tamanho de grão
mínimo para cada tipo de areia. Assumindo que todos os grãos sejam
idênticos, o quantum das areias mais "energéticas" poderá ser um
pedregulho; o das menos energéticas, um grão fino. Um metro cúbico da
areia "energética" terá uma menor quantidade de "quanta-pedregulhos"
do que um metro cúbico da areia fina, mas cada um de seus "quanta"
transportará mais energia.

O mesmo se dá com a luz. Um bule de café quente poderá emitir mais
energia (infravermelho) do que uma ampola pequena de raios-X, embora
cada um de seus fótons carreque bem menos energia. Basta que emita
mais fótons por unidade de tempo.

Isso é o que está no catecismo quântico. Você irá encontrar a
expressão "half-quantum" nos textos referindo-se a campos que não são
completamente clássicos ou quânticos; ou mesmo "half-quantum spin",
referindo-se ao momento angular da partícula.

Será que entendi a pergunta?

Colucci




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2003 19:10

Oi Colucci,

apesar da imprecisão de meu texto vc entendeu o tema e a dúvida.
A idéia básica dos questionamento residia no seguinte:
Um corpúsculo, tal qual um átomo neutro, um íon, um elétron, possui uma energia cinética variável conforme sua rapidez; um fóton, ao contrário, possui uma energia h.v determinada por sua freqüência (v), e nada diz sua sobre sua rapidez (creio que sempre é admitido sua propagação no vácuo e, portanto, com a velocidade da luz).
O quantun do fóton dentro do diamante é igual ao quantun do fóton no vácuo?
Há possibilidade do fóton 'chocar-se' com alguém e lhe transmitir apenas parte de seu quantun? (e nesse caso ele desapareceria?)

Ooops! tem gente no portão de entrada ... sorry,

[]'
Léo
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Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
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-----Mensagem Original-----
De: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 3 de fevereiro de 2003 18:15
Assunto: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)


>TARCISIO BORGES: Concordo contigo. A quantização se dá em um poço de
potencial, como uma corda vibrante, ou vibra em uma determinada
frequência/energia ou em outra. A luz, por não estar presa em um
poço, não está quantizada. O elétron preso ao átomo está. Supondo que
a luz seja gerada na mudança de orbitais eletrônicos e que seja
gerado apenas um fóton, então uma vez que as órbitas sejam
quantizadas é de se supor que o fóton gerado também o seja.<

>Luiz Ferraz Netto: Todavia, após esse seu comentário sobre a
possível quantização do fóton emitido, cabe um sub-comentário: nada
implica em poder afirmar que o quantun de energia transportada por
esse fóton (provavelmente um grupo de ondas, para justificar a
velocidade de grupo do fóton) seja o 'mínimo' de energia
transportável. Um quantun de energia é 'um tanto' de energia
transportada (e pode até ser escolhido como unidade) mas não tem nada
de 'indivisível' nada conotação. O 'quantun' de areia transportada
por caminhões é o 'metro cúbico', o que não implica dizer que uma
carriola possa transportar 1/4 de quantun de areia. Tem alguma
partícula ou 'algo matemático' no mundo quântico que transporte uma
fração do 'quantun'?<

Léo,

A resposta é "depende", se é que entendi a pergunta. A relação de
Einsten (chamada, no Imperdível, de fórmula de Planck):

E = hv

onde:

h = constante de Planck
v = frequência da onda eletromagnética

estabelece a equivalência entre energia e frequência mas nada nos diz
sobre como essa energia é repartida em unidades discretas (fótons, ou
quanta). Quanto maior a frequência da onda eletromagnética, maior a
energia. Se aceitarmos a idéia, há duas maneiras de repartir a
energia:

1. O número de fótons emitidos por unidade de tempo é
proporcional à energia da luz a uma dada frequência
2. A energia dos fótons emitidos é proporcional à frequência da
luz

No entanto, dados experimentais sobre o efeito fotoelétrico e efeito
Doppler permitiram concluir que para a luz monocromática a energia
dos fótons é proporcional à frequência, e o seu fluxo (número/tempo)
é proporcional à intensidade da emissão. Assim, tentando responder à
sua pergunta, para uma dada frequência a menor quantidade de energia
possível é um quantum. Todos os fótons que emanam daquela fonte
carregam exatamente a mesma energia. Nâo tem sentido falar em 1/2
quantum. Quantum é por definição indivisível. O quantum de cada um
dos fótons emitidos por uma fonte monocromática é idêntico.

Usando a analogia do caminhão de areia, existe um tamanho de grão
mínimo para cada tipo de areia. Assumindo que todos os grãos sejam
idênticos, o quantum das areias mais "energéticas" poderá ser um
pedregulho; o das menos energéticas, um grão fino. Um metro cúbico da
areia "energética" terá uma menor quantidade de "quanta-pedregulhos"
do que um metro cúbico da areia fina, mas cada um de seus "quanta"
transportará mais energia.

O mesmo se dá com a luz. Um bule de café quente poderá emitir mais
energia (infravermelho) do que uma ampola pequena de raios-X, embora
cada um de seus fótons carreque bem menos energia. Basta que emita
mais fótons por unidade de tempo.

Isso é o que está no catecismo quântico. Você irá encontrar a
expressão "half-quantum" nos textos referindo-se a campos que não são
completamente clássicos ou quânticos; ou mesmo "half-quantum spin",
referindo-se ao momento angular da partícula.

Será que entendi a pergunta?

Colucci



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2003 19:59

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Monday, February 03, 2003 11:28 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo
Quantico ... putz grila!)

> Tem alguma partícula ou 'algo matemático' no mundo quântico que
> transporte uma fração do 'quantun'?

No mundo quântico existe resposta para tudo e sempre na versão dualística.
Se você quiser provar que sim, haverá de encontrar argumentos para tal; se
quiser provar que não, idem. Se quiser permanecer em dúvida, sempre haverá
um jeitinho de apelar para o princípio da incerteza.

Na física quântica estão previstas a existência, e até mesmo a inexistência
(é só escolher) de partículas reais, partículas virtuais, partículas
semi-clássicas, partículas ondas, ondas partículas, pacotes de ondas,
partículas com cor, partículas com sabor, partículas estranhas, partículas
perfumadas, partículas fedidas, partículas puntiformes, pontos que se
descolabam em direção ao infinito, infinito com fim, infinito sem fim (esses
dois últimos são mais afins com a quântica relativística), quântica
relativística, quântica não relativística, bracket quântico, basquete
quântico etc.

Por falar em basquete, o basquete quântico é bastante interessante e
instrutivo. Trata-se de um jogo onde um elétron é lançado de cada vez em
direção a duas cestas A e B bem próximas uma da outra. O objetivo do jogo é
provar que a presença da cesta A interfere com o número de elétrons que são
encaçapados (por ser um jogo quântico, ele é meio basquete e meio sinuca,
por isso o termo correto é mesmo encaçapar) na cesta B apesar de, por
princípio, o elétron estar proibido de bater no aro da cesta A caindo a
seguir na cesta B. Este princípio justifica-se pois os lançadores são todos
exímios quânticos e só fazem cestas de "tchuá", mesmo não sabendo em qual
das cesta o elétron irá entrar (afinal, eles são quânticos e conseguem com
perfeição colocar o elétron exatamente metade no estado A e metade no estado
B). É considerada falta grave olhar para qualquer das duas cestas enquanto o
elétron está "caindo". Vence o jogo quem conseguir obter um índice de
interferência que corrobore o máximo possível os princípios emanados pela
Liga Internacional de Física de Bolinhas Quânticas.

Voltando ao seu questionamento, diria que em quântica existe sempre a
possibilidade da criação de mais uma partícula "ad hoc" a atender o que quer
que se queira que seja provado mas, para o caso da sua dúvida não é
necessário postular mais nada. Já existe pelo menos uma partícula "ad hoc",
qual seja, o quark quântico, aquele que pode ser pensado como contendo uma
fração do quantum de carga elétrica. Obviamente esse conceito não tem nada a
ver com o conceito clássico de quantum que eu propus em mensagem anterior e
que tanto você quanto o Tarcísio souberam explorar de maneira "supimpa".

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.

PS.: Essa msg já estava escrita quando recebi outra desta thread e escrita
pelo Colucci. Ainda não li e estou de saída para o trabalho. Como a mensagem
acima foi escrita no sentido de gozação, quero deixar bem claro que não tem
nada a ver com o que o Colucci possa ter comentado. Se for o caso,
posteriormente retornarei para algum esclarecimento que se faça necessário.
Até lá e bom divertimento a todos.



SUBJECT: Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/02/2003 21:00

>Luiz Ferraz Netto: Um corpúsculo, tal qual um átomo neutro, um íon,
um elétron, possui uma energia cinética variável conforme sua
rapidez; um fóton, ao contrário, possui uma energia h.v determinada
por sua freqüência (v), e nada diz sua sobre sua rapidez (creio que
sempre é admitido sua propagação no vácuo e, portanto, com a
velocidade da luz). O quantun do fóton dentro do diamante é igual ao
quantun do fóton no vácuo?<

A velocidade de um fóton não muda, esteja ele no vácuo, no diamante,
ou atravessando uma vidraça com a imagem de Nossa Senhora. A
velocidade da luz (um feixe de fótons) pode mudar. Isso se deve às
multiplas interações com as moléculas e átomos que formam o meio.
Fótons chocam-se com outras partículas e são absorvidos e irradiados
novamente. Como cada interação leva algum tempo, a velocidade média
do feixe de partículas diminui e é sempre menor do que "c". A
velocidade de cada fóton individual continua sendo "c". É fácil
entender por quê: o espaço entre os átomos é vazio (vácuo) e os
fótons viajam nele. Como a velocidade do fóton não se altera, o
quantum não se altera.

Uma analogia seria uma corrida com bastão. Assumindo que um atleta (o
fóton) consiga correr a uma velocidade constante, ele será sempre
mais rápido se correr o trajeto sózinho do que se tiver que passar o
bastão (interação) a outros atletas, ainda que estes sejam tão
rápidos quanto ele. O número de atletas para pegar o bastão é tanto
maior quanto maior for o índice de refração do material.


>Luiz Ferraz Netto: Há possibilidade do fóton 'chocar-se' com alguém
e lhe transmitir apenas parte de seu quantun? (e nesse caso ele
desapareceria?)<

Um fóton nunca transmite parte de sua energia, já que representa
o "pacote" mínimo de energia. O que pode ocorrer -- e ocorre mesmo --
é um fóton transferir toda a sua energia a um elétron do material. O
fóton desaparece e o elétron é excitado a um estado mais alto de
energia pelo ganho obtido à custa do fóton. Dependendo das condições,
o material pode re-emitir fótons de energia mais baixa. Um exemplo é
a fluorescência, em que o material é excitado por luz ultravioleta e
emite luz visível.

Obviamente, nem todos os fótons são absorvidos pelo material. Um
fóton só é absorvido se houver um nível de transição disponível para
a transição do elétron. Os fótons não absorvidos são espalhados ou
refletidos produzindo a sensação de cor específica do material.

Abraço,
Colucci



SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2003 22:02


----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, February 01, 2003 10:39 PM
Subject: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo
Quantico ... putz grila!)


> ----- Original Message -----
> From: "Guilherme Peixoto"
> Sent: Saturday, February 01, 2003 5:11 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo
> Quantico ... putz grila!)
>
> > Bem, de acordo com a física clássica, se você der um mesmo
> > input a dois sistemas idênticos, o output também será idêntico.
>
> Perfeito! SE o input for o mesmo e SE os dois sistemas forem idênticos.
>
> > Assim, dado que todas as moléculas estão expostas à luz, elas
> > devem se quebrar igualmente, e assim o comportamento populacional,
> > fruto das propriedades individuais, não condiz com a experiência
> > cotidiana.
>
> O que você entende por molécula? Dizer que temos duas moléculas idênticas
> seria o mesmo que dizer que temos dois sistemas idênticos? Tomemos um
> exemplo simples, por exemplo, uma molécula de água. Na sua opinião os
> sistemas "1", "2" e "3", representados abaixo, são idênticos?
>
> 1) H H
> O
>
>
> 2) O
> H H
>
>
> 3) H
> O
> H
>
> Classicamente eu diria que, sob certos aspectos, o estado "1" é tão
> diferente do estado "2" quanto zero é diferente de pi.

Eu diria que não.
Como é que sabemos se são diferentes ou não ?
Começa por aqui.
Primeiro so podemos dizer se são ou não diferentes considerando a fisica,
por exemplo.
Poderiamos considerar a matemática como vc fez , mas acho que não é por ai
:-)
E o que significa serem fisicamente diferentes ?
Aquilo que falaram no inicio. São iguais se para o mesmo estimulo se obtem o
mesmo resultado.
Então, e que estimulo podemos usar ? e o quê queremos estudar ?
Poderiamos usar ... por exemplo... luz polarizada, e saberiamos que não ha
diferenças
E como se explica que não as haja ?
Pq as leis da fisica (classica) são invariantes a translações e rotações.
Ou seja, a molecula é a mesma , mesmo que esteja noutro lugar ou virada de
outra forma.
Mas isto acontece para todas as moleculas ?
Não. Existem moculas, quimicamente iguais , que apresentam propriedades
fisicas diferentes. Porque, por exemplo, polarizam a luz de forma diferente.

O seu exemplo não foi bom.

>Entre 1 e dois
> existem infinitos estados intermediários.

Estado, em fisica, representa algo concreto.
Representa que o sistema tem o mesmo valor de energia interna.
Todas as orientações da molecula tem a mesma energia, pelo que são um estado
só e não vários como pareces entender.

Se você partir da molécula no
> estado clássico "1" e for girando a mesma num sentido anti-horário
tentando
> superpô-la a seu estado clássico "2", dentre os infinitos estados
clássicos
> possíveis, e pelos quais você classicamente terá que passar para atingir o
> objetivo, um deles será o estado "3".
>
> Voltemos agora a seu questionamento. Apoiado em que dado experimental você
> pode garantir que as moléculas da "roupa vermelha" da sua experiência
> original deveriam estar todas em estados clássicos equivalentes?

Estados de q?
Estados de vibração ? de rotação ? de tranlação ? estado de q?

> As suas
> moléculas são todas bolinhas? Eu gosto muito de física de bolinhas, mas a
> utilidade dela é bem restrita. Uma delas seria jogar sinuca.

Tá, ok. Agora, falando de fisica novamente: a MQ é a unica teoria a explicar
com rigor o espectro de absorção e de emissão das moleculas/atomos. E tb a
unica teoria a explicar o pq das coisas terem a cor que têm.
Claro que vc pode inventar outra teoria "classica" para explicar isto, mas
terá o mesmo rigor ? Quero eu dizer, estará de acordo com a experiencia com
o mesmo grau de rigor ?
Supreendanos...

Uma questão relativa à igualdade entre electrões:
Se os electrões não são todos iguais , pq se chamam todos electrões ?
E quais são as diferenças fisicas (leia-se mensuráveis) entre eles ?
Lembro que: Dois electrões com energias diferentes, continuam sendo dois
electrões.

Sérgio


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2003 22:02

É, fiz as perguntas 'incompletas' e, obviamente recebo as respostas certas ... de coisas que já sabia!
É que fui interrompido pela chamada no portão e as 'perguntas' não tiveram suas conclusões.
Todavia, essa explicação que vc apresentou é justamente a que utilizo para explicar aos jovens que "na refração a luz não muda de velocidade ao passar de um meio para outro", até brinco com eles perguntando: "se a luz diminui de velocidade dentro do vidro, quem é que 'lhe dá um pé na bunda' para acelera-la quando sai do vidro?".

Além disso, até esqueci qual era o problema em questão, pois o cidadão no portão veio me avisar que a água do Rio Pardo subiu no rancho até a altura da janela ... lá se foram geladeira, TV, sky, ferramental, jato d'água para limpeza, colchões e vários etc., prá caixa-prego. Fazer o que? Assim que as águas baixarem, começaremos tudo de novo ....... Pena foram as mudas de mangas Bourbon, carlota, jambo, cajamanga, caju, acerola, pitanga, cedro, cedrinho, figueira etc., algumas já com 1 m de altura! Espero 5a feira ver o que se pode salvar.
[]'

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Luiz Ferraz Netto [Léo]
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-----Mensagem Original-----
De: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 3 de fevereiro de 2003 21:00
Assunto: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)


>Luiz Ferraz Netto: Um corpúsculo, tal qual um átomo neutro, um íon,
um elétron, possui uma energia cinética variável conforme sua
rapidez; um fóton, ao contrário, possui uma energia h.v determinada
por sua freqüência (v), e nada diz sua sobre sua rapidez (creio que
sempre é admitido sua propagação no vácuo e, portanto, com a
velocidade da luz). O quantun do fóton dentro do diamante é igual ao
quantun do fóton no vácuo?<

A velocidade de um fóton não muda, esteja ele no vácuo, no diamante,
ou atravessando uma vidraça com a imagem de Nossa Senhora. A
velocidade da luz (um feixe de fótons) pode mudar. Isso se deve às
multiplas interações com as moléculas e átomos que formam o meio.
Fótons chocam-se com outras partículas e são absorvidos e irradiados
novamente. Como cada interação leva algum tempo, a velocidade média
do feixe de partículas diminui e é sempre menor do que "c". A
velocidade de cada fóton individual continua sendo "c". É fácil
entender por quê: o espaço entre os átomos é vazio (vácuo) e os
fótons viajam nele. Como a velocidade do fóton não se altera, o
quantum não se altera.

Uma analogia seria uma corrida com bastão. Assumindo que um atleta (o
fóton) consiga correr a uma velocidade constante, ele será sempre
mais rápido se correr o trajeto sózinho do que se tiver que passar o
bastão (interação) a outros atletas, ainda que estes sejam tão
rápidos quanto ele. O número de atletas para pegar o bastão é tanto
maior quanto maior for o índice de refração do material.


>Luiz Ferraz Netto: Há possibilidade do fóton 'chocar-se' com alguém
e lhe transmitir apenas parte de seu quantun? (e nesse caso ele
desapareceria?)<

Um fóton nunca transmite parte de sua energia, já que representa
o "pacote" mínimo de energia. O que pode ocorrer -- e ocorre mesmo --
é um fóton transferir toda a sua energia a um elétron do material. O
fóton desaparece e o elétron é excitado a um estado mais alto de
energia pelo ganho obtido à custa do fóton. Dependendo das condições,
o material pode re-emitir fótons de energia mais baixa. Um exemplo é
a fluorescência, em que o material é excitado por luz ultravioleta e
emite luz visível.

Obviamente, nem todos os fótons são absorvidos pelo material. Um
fóton só é absorvido se houver um nível de transição disponível para
a transição do elétron. Os fótons não absorvidos são espalhados ou
refletidos produzindo a sensação de cor específica do material.

Abraço,
Colucci


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Mamíferos do passado
FROM: "Alvaro Augusto de Almeida" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2003 22:10

Caro João,

Veja foto em
http://www.senado.gov.br/web/comunica/copres/museu/parla/vol2/senadores/uli
sses.gif

[ ]s

Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Segunda-feira, 3 de Fevereiro de 2003 06:16
Assunto: [ciencialist] Mamíferos do passado


Alguém sabe onde posso encontrar umas imagens dos grandes mamíferos
do passado?





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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2003 22:47


>Todavia, após esse seu comentário sobre a possível quantização do fóton
emitido, cabe um
>sub-comentário: nada implica em poder afirmar que o quantun de energia
transportada por
>esse fóton (provavelmente um grupo de ondas, para justificar a velocidade
de grupo do
>fóton) seja o 'mínimo' de energia transportável. Um quantun de energia é
'um tanto' de
>energia transportada (e pode até ser escolhido como unidade) mas não tem
nada de
>'indivisível' nada conotação.
>O 'quantun' de areia transportada por caminhões é o 'metro cúbico', o que
não implica
>dizer que uma carriola possa transportar 1/4 de quantun de areia. Tem
alguma partícula ou
>'algo matemático' no mundo quântico que transporte uma
>fração do 'quantun'?

Essa questão é muito importante e amplamente mal intrepretada.
Quando se diz que um quanta de luz tem energia hf normalmente as pessoas
esquecem que f é uma variavel continua... donde a energia é tb continua
(hipotese classica)
O problema está na equivalencia entre a energia de ligação do electrão e o
fotão que o "desliga". É como a energia de ligação entre dois atomos. Ou
damos aquela quantidade de energia, ou não ha quebra da ligação.
Mas classicamente, se enviarmos mais energia, então será suficiente.
Quanticamente, não será suficiente, a não ser que seja um multiplo da
energia base.
Se a energia base é 2 , 1 e 3 não causaram efeito, mas 4, ou 6 sim. E
porquê ?

Todos sabemos como a natureza é eficiente.
Então, qual é a forma mais eficiente de transferir uma certa quantidade de
energia ?
Maximizando o pacote onde ela é transportada.
É mais eficiente tem um pacote fixo de 100 unidades e enviar n encomendas
para prefazer um determinado numero de unidades com algumas encomendas menos
cheias? ou ter um pacote flexivel que abarca todas as unidades de uma vez só
?

Parece que a natureza adopta esta ultima hipotese. Ela tem que transportar
uma quantidade de energia E indefenida. (ela é definida para um determinado
atomo, mas para outro pode ser diferente, e para diferentes estados do mesmo
atomo pode tb ser diferente) A natureza não sabe à piori que quantidade terá
de enviar.
Essa energia pode ter qq valor , no sentido que ha priori não sabemos quanto
será.
Então, o que a natureza faz?
Ela cria um pacote que maximiza a eficiencia da transmissão.
Esse pacote corresponde com uma onda de frequencia f (não é uma trem de
ondas pois senão teriamos riscas "grossas" no espectro) , mas quantos
pacotes são necessários ? Apenas 1.
Portanto, à custa de uma variável real (não quatificada) podemos emitir
outra variável real, por meio de um numero inteiro de pacotes. A eficiencia
dita que seja apenas necessário 1 pacote destes. E isso é que é a
quantização.

Isto levanos ao exemplo do camião.
No caso do camião, o quanta não é o metro cubico (isso é a unidade. Que
poderia ser o pé cubico, por exemplo - portanto alterável).O quanta é a
capacidade máxima do camião (não alterável).
Ele so pode levar aquela quantidade, e a eficiencia dita que a leve sempre
da mesma forma.
Não é eficiente enviar camiões meio vazios, ou demasiado cheios. (pode ser
economico, mas não eficiente pois força o camião a coisa para que não foi
concebido - excesso de peso, ou não explora toda a sua capacidade).
O camião pode transportar 1/4 da areia, mas isso não é eficiente. [é isto
que não explicas no exemplo]
A quantificação é uma questão de eficiencia de transporte, tal e qual
acontece no mercado de distribuição de produtos.

É assim que se pode explicar pq o efeito fotoelectrico só existe com
determinadas qualidades de luz e não com determinadas quantidades. Podem
enviar os pacotes que quiserem, se não forem do tamanho certo eles sempre
serão rejeitados. .. Mas se forem do tamanho certo, todos serão recebidos.

Sérgio Taborda


SUBJECT: [ciencialist] Offtopic: Inundação no sítio do Léo
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2003 22:56

>Luiz Ferraz Netto: É, fiz as perguntas 'incompletas' e, obviamente
recebo as respostas certas ... de coisas que já sabia!<

É fessor, é assim qui a genti si senti quano fais pergunta no
imperdivil.

>Léo: Fazer o que? Assim que as águas baixarem, começaremos tudo de novo
.......Pena foram as mudas de mangas Bourbon, carlota, jambo, cajamanga,
caju, acerola, pitanga, cedro, cedrinho, figueira etc., algumas já com 1
m de altura! Espero 5a feira ver o que se pode salvar.<

Vocês aí com a chuva e nós aqui com a neve. No último natal fui com
minha família até Toronto, que fica a 10 horas de onde moro. Fui
dirigindo um carro que deveria deixar lá para vender e minha mulher foi
dirigindo o carro novo que compramos, com minha filha no banco de trás.
Naquele dia caiu mais de meio metro de neve na região de Nova York -- a
pior nevasca em 50 anos. Minha mulher perdeu o controle do carro devido
ao gelo na pista, atingiu o guard-rail de frente, rodou, atingiu o lado
e a traseira do carro. Isso tudo a 60 milhas por hora (110 km). Eu vi
tudo pelo espelho, pois estava dirigindo na frente. Felizmente ninguém
se machucou, mas o carro ficou danificado de todos os lados. Poderia ter
sido bem pior, considerando o tráfego de caminhões no local. Na volta,
também debaixo de neve, testemunhei um acidente pavoroso, em que quase
nos envolvemos novamente. As pessoas não acreditam nas leis do atrito.

Está um frio absolutamente recorde. Atravessamos semanas inteiras com
temperaturas abaixo dos 15 graus negativos. Teve um dia em que estava
-23C. Para dar uma idéia, um freezer doméstico chega só até os 18
negativos. Excelente para fazer experiências com eletricidade estática,
dada a secura do ar.

Colucci

PS: Recebi a sua última mensagem PVT e respondi, só não sei se você
recebeu a resposta. Por isso estou botando esta aqui no grupo.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/02/2003 23:34


>From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo
>Quantico ... putz grila!)
>Date: Sun, 2 Feb 2003 23:29:13 -0300

Bem, estou aqui lendo sua mensagem, sem muito tempo livre, e
discordando sistematicamente, como se nós estivéssemos
falando línguas diferentes, mas vou tentar ser bastante
curto.

> > Certamente essas moléculas têm as orientações espaciais diferentes,
> > no entanto eu creio que o efeito da luz solar seja um invariante,
> > e sob esse aspecto, as moléculas podem ser idealizadas como sistemas
> > idênticos.
>
>Ótimo! Agora você já admite que a interpretação que deu na primeira
>mensagem
>pode dever-se a uma CRENÇA associada a uma IDEALIZAÇÃO.

Isso não é uma crença pessoal. Isso é física clássica, mais
especificamente teoria de Maxwell. Sim, é uma idealização, assim
como qualquer teoria física, inclusive a sua (se ela realmente for
uma teoria física).

> > A identidade, na física, tem um significado conotativo,
> > que se baseia na efetividade, e não numa identidade ontológica.
> > Esse é o ponto.
>
>Na msg de 31/jan você deu a entender que o fato de podermos repetir aquele
>experimento efetuado com a roupa vermelha, serviria para corroborar a
>teoria
>quântica. Ou seja, a capacidade de reproduzirmos um efeito real
>(efetividade
>do processo) seria um dado a corroborar a teoria quântica. Eu contestei o
>argumento dizendo que você não poderia assumir uma identidade perfeita às
>moléculas, coisa que agora você já admite ser o produto de uma crença
>pessoal. Não obstante, logo a seguir dá a entender que pode justificar essa
>crença na identidade apoiando-se na efetividade.

Essa efetividade é teórica. Pode-se justificar essa "crença"
baseando-se na única teoria clássica que existe, pelo menos
até a sua teoria emergir e derrubar a antiga.

> > > > "Teorema da indeterminação":
> > > > "Ao se estudar uma população heterogênea pela utilização de
> > > > propriedades populacionais (e não individuais), os valores
>individuais
> > > > obtidos estarão sempre sujeitos a um fator de incerteza diferente de
> > > > zero, independente da precisão e/ou exatidão do método, e dependente
> > > > do grau de heterogeneidade da população em estudo."
>
> > Então você precisa reformular o enuncidado do teorema. Dentro do
> > exemplo que você deu, a massa do grão de feijão obtida pelo método
> > populacional NÃO é um valor individual, compreende? A massa média
> > é por definição um valor populacional, ainda que associado a um
> > elemento individual. As propriedades individuais SÓ podem ser obtidas
> > pelo exame individual.
>
>Ou eu muito me engano ou a massa média pode representar SIM um valor
>individual, desde que pensada em termos de uma incerteza conveniente.

Aqui eu poderia abandonar a discussão, se eu fosse chato. Sim,
você se engana e muito. A massa média pode representar um valor
individual, mas ela NÃO É um valor individual!!! A diferença é
sutil e exige maturidade lógica (não cronológica). O approach
estatístico nada tem a dizer sobre os indivíduos em si, a rigor
e por essência.

>Pô, o Fermat, que era um juiz de direito, lançou um teorema que ficou
>infernizando a vida dos matemáticos durante mais de 300 anos. Eu exponho um
>teorema vagabundo, que pode ser demonstrado com o pé nas costas, e você,
>antes de entender devidamente o enunciado, quer exigir a demonstração!
>Sinto
>muito, mas não vou procurar aquilo que a essa hora já está no fundo do baú.
>Quem quiser que acredite, quem não conseguir demonstrar o teorema, que
>encontre uma situação a negar a tese. Eu não vou perder meu tempo revendo
>coisas que já perdi o interesse (não do teorema em si, mas da
>redemonstração
>de algo que retrata o que é óbvio), apenas para satisfazer caprichos
>pessoais. Sinto muito, mas isso eu demonstrei em 1987 e lembro-me que na
>época fiquei totalmente satisfeito com o CQD.

Ok, qualquer um demonstra com pé nas costas, mas você se recusa por
motivos pessoais. Mas eu acho que você não sabe demonstrar esse
teorema com o rigor adequado. Sem ofensas.

> > Não. A informação que a "informação eletromagnética" é diferente
> > da radiação eletromagnética de Maxwell foi dada por você mesmo,
> > portanto mesmo sem saber a sua teoria, continuo coerente.
>
>Ser "diferente" não é o mesmo que "não ter nada a ver"

Isso é subjetivo. O número 5 não tem nada a ver com o 2, mas são
números. Um elefante não tem nada a ver com um grão de areia, mas
são coisas materiais. Por mais diferente que duas coisas sejam, sempre
podemos traçar paralelos.

>Não, eles acreditam que SOB CERTOS ASPECTOS esses elétrons são
>indistinguíveis. Eu é que estou tentando esclarecer, mas não está fácil,
>que
>deixada de lado essa CRENÇA numa identidade absoluta, eu poderia pensar
>numa
>infinidade de outros estados. Os quânticos não aceitam essa hipótese, pois
>vai frontalmente contra aquela crença, logo tudo se passa como se eles
>desprezassem esses infinitos estados a meu ver possíveis.

Tudo errado, você se engana extraordinariamente, e não entendeu
nada dos meus argumentos anteriores. Não existe crença nenhuma na
indistinguibilidade dos elétrons!!! Nenhum quântico crê nisso.
Todos sabem da infinidade de outros estados, que apenas possuem em
comum o fato de passarem pela fenda A ou B.

>Mas e a interação entre os elétrons e o material
>que contém a fenda?

Mais uma vez: essa interação NÃO EXISTE. Só na sua teoria.

> > E o estado clássico não é matemática e sim física pura???
> > Seja lá quântico ou clássico, o estado é descrito invariavelmente
> > pela matemática. Um estado clássico, da mesma forma que um estado
> > quântico, se realiza como conceito somente pela matemática: sua
> > concretude é essencialmente matemática.
>
>Não, não e não!!!!! Onde você coloca a experimentação na sua física? Que
>mal
>pergunte, você consegue distinguir alguma diferença entre uma população de
>100 moléculas ocupando um recipiente e outra de 100 fantasmas habitando um
>castelo? A matemática poderá ser a mesma, desde que se consiga inventar um
>modelo "físico" adequado.

A diferença é que o fantasma não é um conceito físico e a
molécula, essa sim, já é uma idealização que se realiza pela
matemática. O objeto representado é físico, mas a entidade simbólica
usada para representá-lo é matemática. O estado quântico ou clássico
são conceitos matemáticos usados para representar idealizações
físicas. De fato, a matemática do fantasma pode ser a mesma matemática
da molécula, mas só esta última é física, e isso não livra o
comprometimento do estado clássico com a matemática.

> > Posição e velocidade são
> > conceitos que descrevem uma realidade física, mas são coisas
> > matemáticas. Tente buscar uma essência física no conceito de
> > posição, e em menos de um ano acabará num hospício.
>
>Eu diria que ponto, reta e plano são coisas matemáticas. A posição pode
>ser descrita na LINGUAGEM matemática, mas creio que relacione-se a objetos
>pertencentes à natureza, logo é um conceito físico.

Correto. Assim como a posição é descrita numa linguagem matemática,
o estado clássico de uma partícula também o é, da mesma forma que o
estado quântico.

Abraços,

Guilherme

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/02/2003 23:55

>A idéia básica dos questionamento residia no seguinte:
>Um corpúsculo, tal qual um átomo neutro, um íon, um elétron, possui uma
energia cinética
>variável conforme sua rapidez; um fóton, ao contrário, possui uma energia
h.v determinada
>por sua freqüência (v), e nada diz sua sobre sua rapidez (creio que sempre
é admitido sua
>propagação no vácuo e, portanto, com a velocidade da luz).
>O quantun do fóton dentro do diamante é igual ao quantun do fóton no vácuo?
>Há possibilidade do fóton 'chocar-se' com alguém e lhe transmitir apenas
parte de seu
>quantun? (e nesse caso ele desapareceria?)

Parece-me que isso não aconteceria.
A absorção de fotões actua como uma filtragem.
Se um determinado local /camada absorve o fotão, ele não passa. Mas caso
isso não aconteça ele passa impassivel. A prova disto é o prisma. A luz
entra misturada e sai dividida. Se ela fosse absorvida, determinada cor
(frequencia) não sairia do prisma.
Em outras palavras, o quantum do fotão no vácuo é igual ao quantum no
diamante.
(A frequencia - cor - é a mesma)
O que não é igual é a velocidade!!!
E dai o choque com o conceito de energia cinética classica.
A visão classica, implica, que o alterar da velocidade mude a energia
cinética.
Assim a variação de velocidade (potencia/ intensidade do feixe) deveria
fazer a diferença entre o feixe exitar a celula foto-electrica ou não.
Mas isso não acontece. Então... parece que a energia é transportada numa
"bolha" isolada que viaja a uma certa velocidade (que depende do ambiente em
redor e não da bolha em si), mas sem energia cinética. Quando ela choca com
algo, é essa "bolha" que rompe e transfere energia e não o movimento da
bolha em si que passa a energia por "choque". E isso é muito diferente da
ideia classica. Daqui somos obrigados a concluir que essa "bolha" , embora
tenha velocidade , não tem massa. O quanta não tem massa (obvio não é ? não
é bem assim). Contudo, por força da classica, a intrepretação comum é que a
a "bolha" é vazia e sem energia, e que a energia que transfere, é apenas a
energia do seu movimento.
Mas se isso fosse assim, alterar o seu movimento alteria a velocidade o que
faria perder a energia do quanta por uma quantidade não quantificada- o que
não está de acordo com a MQ.
O Efeito de Compton mostra outra coisa: A "bolha" comporta-se como uma
particula com massa quando interage com particulas livres (fora de poços de
potencial) com a sua energia "interior" equivalente a uma energia cinética
(que antes não mostrava). Esta é uma prespectiva classica do problema.
Podemos pensar nisto de outra forma. Não é o fotão que tem energia
equivalente a uma massa, mas a particula com massa que equivale a uma
"bolha" sem massa , viajando no vacuo, de frequencia f tal que f = mc^2 / h.
(Relembro que c não é a velocidade da luz, é uma constante do meio.) . Esta
é a frequencia de Compton (normalmente expressa em termos de Comprimento de
Onda de Compton)
Como a decisão em escolher a prespectiva classica (o fotão é uma particula)
ou a moderna (todas as chamadas particulas, são onda) cabe a quem formula o
problema existe um problema de 2 soluções para ao mesmo problema. E é isso
que chamamos de Dualidade Particula-Onda. (E não como aparece em muitos
lados que a particula é uma onda e virce-versa)

>>A relação de
>>Einsten (chamada, no Imperdível, de fórmula de Planck):
>> E = hv
>>onde:
>> h = constante de Planck
>> v = frequência da onda eletromagnética

A fórmula é de Plank. O nome "constante de Plank" foi cunhado por Eisntein,
que usou a formula de Plank no seus trabalhos que lhe valeram o Nobel. Foi
Plank, não Eisntein, quem deduzio a formula pela 1ª vez.

Sérgio Taborda


SUBJECT: Fw: Duvida
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/02/2003 08:37

O número de correspondências de consulentes cresce dia-a-dia. Algumas me deixam a pensar a que ponto a política podre levou a educação de nossos jovens; da 5a série ao nível universitário sente-se o acentuado declive.
A maneira com tal consulente enxerga as coisas não é das piores que já recebi (e até seu modo de se expressar é bom); a coleção da semana passada, todavia, foi de arrepiar! Bem ... aqui não é bem local para lamúrias.
'[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Rafael Sena
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: segunda-feira, 3 de fevereiro de 2003 22:36
Assunto: Duvida


Caro professor,

Tenho uma duvida, não sei o senhor sabera responde-la, mas vou tentar.
Tenho uma pequena propriedade rural, onde não ha energia eletrica. Perto da sede, há um pequeno riacho, gostaria de saber então como eu posso descobrir se é possivel gerar energia eletrica a partir dele. Gostaria de saber também se um gerador não ficaria muito caro. Bom, geradores são bem caros, mas eles tem motor não é? O que faz eles ficarem caros é o fato de ter motor? Como nesse caso não precisa, ele seria então muito mais barato? Contando claro com outras despesas decorrentes de sua instalação? Ficarei grato se puder responder.
Obrigado,
Cordialmente,
Rafael Sena rafael_sena@hotmail.com


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/02/2003 08:56

>O quantun do fóton dentro do diamante é igual ao
>quantun do fóton no vácuo?<

>A velocidade de um fóton não muda, esteja ele no vácuo, no diamante,
>ou atravessando uma vidraça com a imagem de Nossa Senhora. A
>velocidade da luz (um feixe de fótons) pode mudar.

Dito assim, é de dizer que o fotão nem sequer tem velocidade.

>Isso se deve às multiplas interações com as moléculas e átomos que formam o
meio.
>Fótons chocam-se com outras partículas e são absorvidos e irradiados
>novamente.

Ora isto causa alguma estranheza. Se o fotão só pode ser absorvido por
electrões com energias particulares, ao enviar luz branca teria de haver um
tipo de electrões para cada frequencia... ora isto não é possivel. Não é
possivel que um material absorva todas as frequencias do espectro. Alem
disso, se o fizer, será um corpo negro e não transparente ,como um prisma.
Ai vc invoca um qq principio de absorção. Mas de qq forma, essa absorção não
é aleatória, caso em que o feixe seria desviado para um direcção qq, pelo
contrario corresponde com uma lei muito bem definida (a qual não necessitada
da hipotese da absorção para ser explicada)
Então, embora a ideia descrita possa ser aceitável, até onde é mesmo
aceitável?

>Como cada interação leva algum tempo, a velocidade média
>do feixe de partículas diminui e é sempre menor do que "c".

Notar que o indice de refracção é def com n = c/v onde v é a velocidade de
fase. A qual pode ser maior que a de grupo e maior que c.

>A velocidade de cada fóton individual continua sendo "c". É fácil
>entender por quê: o espaço entre os átomos é vazio (vácuo) e os
>fótons viajam nele. Como a velocidade do fóton não se altera, o
>quantum não se altera.

Isso até faz sentido. mas como explicar a absorsão de todas as cores por um
material que não tem todos os estados ?

>Uma analogia seria uma corrida com bastão. Assumindo que um atleta (o
>fóton) consiga correr a uma velocidade constante, ele será sempre
>mais rápido se correr o trajeto sózinho do que se tiver que passar o
>bastão (interação) a outros atletas, ainda que estes sejam tão
>rápidos quanto ele. O número de atletas para pegar o bastão é tanto
>maior quanto maior for o índice de refração do material.


>Dependendo das condições,
>o material pode re-emitir fótons de energia mais baixa. Um exemplo é
>a fluorescência, em que o material é excitado por luz ultravioleta e
>emite luz visível.

Isso só acontece pq os dois estados são resonantes , ou seja, o estado de
maior energia tem uma energia que é multipla do estado de menor energia, por
isso um fotão de maior energia pode ser transformado num de menor.
Mas num caso normal isso não acontece.
Imagine-se um gás num recipiente. A luz é refractada pelo gás. Mas o gás tem
um espectro limitado (descontinuo) que não pode abarcar todas as frequencias
do espectro.
Então, como explicar que a luz seja refractada pelo gás ?

>Obviamente, nem todos os fótons são absorvidos pelo material. Um
>fóton só é absorvido se houver um nível de transição disponível para
>a transição do elétron.

Ah! tudo bem... mas então o mecanismo que descreves não funciona para todos
os casos.
Então, de que serve um mecanismo que só funciona às vezes, para explicar um
fenomeno que ocorre sempre ?

>Os fótons não absorvidos são espalhados ou
>refletidos produzindo a sensação de cor específica do material.

Então e os materiais transparentes ?

Sérgio Taborda


SUBJECT: Re: [ciencialist] Offtopic: Inundação no sítio do Léo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/02/2003 08:56


>Léo: Fazer o que? Assim que as águas baixarem, começaremos tudo de novo
.......Pena foram as mudas de mangas Bourbon, carlota, jambo, cajamanga,
caju, acerola, pitanga, cedro, cedrinho, figueira etc., algumas já com 1
m de altura! Espero 5a feira ver o que se pode salvar.<

Vocês aí com a chuva e nós aqui com a neve. No último natal fui com
minha família até Toronto, que fica a 10 horas de onde moro. Fui
dirigindo um carro que deveria deixar lá para vender e minha mulher foi
dirigindo o carro novo que compramos, com minha filha no banco de trás.
Naquele dia caiu mais de meio metro de neve na região de Nova York -- a
pior nevasca em 50 anos. Minha mulher perdeu o controle do carro devido
ao gelo na pista, atingiu o guard-rail de frente, rodou, atingiu o lado
e a traseira do carro. Isso tudo a 60 milhas por hora (110 km). Eu vi
tudo pelo espelho, pois estava dirigindo na frente. Felizmente ninguém
se machucou, mas o carro ficou danificado de todos os lados. Poderia ter
sido bem pior, considerando o tráfego de caminhões no local. Na volta,
também debaixo de neve, testemunhei um acidente pavoroso, em que quase
nos envolvemos novamente. As pessoas não acreditam nas leis do atrito.

Está um frio absolutamente recorde. Atravessamos semanas inteiras com
temperaturas abaixo dos 15 graus negativos. Teve um dia em que estava
-23C. Para dar uma idéia, um freezer doméstico chega só até os 18
negativos. Excelente para fazer experiências com eletricidade estática,
dada a secura do ar.

Colucci

PS: Recebi a sua última mensagem PVT e respondi, só não sei se você
recebeu a resposta. Por isso estou botando esta aqui no grupo.


Léo: É, enquanto não há perdas humanas tudo bem, afinal de contas, quando formos para o céu, que utilidade teriam lá carros, Tvs, telefones celulares, sky etc.? Lá toda comunicação é transcendental (qqer que seja o significado disso nesse contexto) :-))
Para experiências de eletrostática em laboratórios recomendo ligar o ar condicionado 'a todo vapor' ... e a meninada (e professores) não entendem o porque da coisa!
Nem tenho idéia como é ai onde vc está, de respirar ar a -20°C. Isso congelaria os brônquios?
Falar em brônquios ... o Takata tirou férias do ciencialist?

Recebi seu PVT, estou matutando um rascunho para o tema.

[]'
Léo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/02/2003 10:32

----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto"
Sent: Monday, February 03, 2003 10:34 PM
Subject: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo
Quantico ... putz grila!)

> Bem, estou aqui lendo sua mensagem, sem muito tempo livre, e
> discordando sistematicamente, como se nós estivéssemos
> falando línguas diferentes,

Bingo!!! ;-)

> > > Certamente essas moléculas têm as orientações espaciais diferentes,
> > > no entanto eu creio que o efeito da luz solar seja um invariante,
> > > e sob esse aspecto, as moléculas podem ser idealizadas como sistemas
> > > idênticos.
> >Ótimo! Agora você já admite que a interpretação que deu na primeira
> >mensagem pode dever-se a uma CRENÇA associada a uma IDEALIZAÇÃO.

> Isso não é uma crença pessoal. Isso é física clássica,...

Eu já disse que você confunde física com modelo. Uma coisa é uma coisa e
outra coisa é outra coisa.

> ...mais especificamente teoria de Maxwell.

Maxwell sabia distinguir teoria física de modelo físico, assim como
Boltzmann. Por outro lado, o contexto a que você provavelmente está se
referindo era totalmente diverso. Neste modelo de Maxwell-Boltzmann
*pode-se* pensar em moléculas como bolinhas, mas deve-se tomar muito cuidado
com essa idealização. Boltzmann, em "Lectures on gas theory" chegou a chamar
a atenção para esse fato e deixou claro que isso poderia trazer
conseqüências muito sérias em determinadas má aplicações do modelo (a meu
ver, um desses casos reside exatamente na explicação daquela genial
experiência do seu amigo quântico). Parece que Boltzmann estava prevendo que
algum dia iria surgir um Dirac a dizer aquele monte de bobagens que ele
escreveu em seu livro, e que ainda é repetido por todos os cantos do
planeta, qual seja, que a física clássica não explica o problema do calor
específico. Segundo Dirac, apenas a teoria quântica tem o poder miraculoso
de conseguir explicar, com facilidade, porque não ocorre na prática aquilo
que classicamente, e conforme Boltzmann, jamais deveria ocorrer. Parece
piada, mas é algo que é repetido em quase todos os livros didáticos de
física básica e escritos por autores modernos, sem a menor justificativa
lógica. Pelo visto os autores desses livros apostam no mesmo raciocínio
ingênuo que você vem cometendo desde que começou esta thread.

> Sim, é uma idealização, assim
> como qualquer teoria física, inclusive a sua (se ela realmente for
> uma teoria física).

Acontece que você está generalizando uma idealização para condições que não
foram previstas pelos que a propuseram. Então justifique que pode
efetivamente pensar nessa idealização! E que não seja essa sua CRENÇA em uma
suposta física clássica, que na realidade é um modelo clássico construído
para funcionar em condições específicas. Você parece ACREDITAR que um modelo
específico pode ser confundico com uma teoria geral. A partir daí você SUPÕE
que pode utilizar esse modelo em quaisquer condições. Testa uma condição
específica e percebe que o modelo não funciona. A partir daí nega a teoria
geral. Está certo isso?

> > > dá a entender que pode justificar essa
> >crença na identidade apoiando-se na efetividade.

> Essa efetividade é teórica. Pode-se justificar essa "crença"
> baseando-se na única teoria clássica que existe,....

Não pode!!! Como disse acima, você não está se baseando em teoria clássica
nenhuma. Está se apoiando em um modelo específico ou, se quiser, em uma
teoria particular construída no seio de uma teoria mais geral. E está
cometendo o erro gravíssimo de aplicar um modelo para explicar um fenômeno
que sabidamente temos fortes razões para desconfiar que não funcionará. Isso
é o que se pode prever pela análise da teoria mais geral. Se você não aceita
essa teoria mais geral, tudo bem, trata-se de uma OPÇÃO que você faz (opção
não deixa de ser uma crença amenizada e justificável). Mas se você não
conhece essa teoria mais geral ou, pelo que tem demonstrado, nem desconfia
que ela possa existir, então realmente você não está se apoiando em uma
crença, mas em uma ignorância.

> Aqui eu poderia abandonar a discussão, se eu fosse chato. Sim,
> você se engana e muito. A massa média pode representar um valor
> individual, mas ela NÃO É um valor individual!!! A diferença é
> sutil e exige maturidade lógica (não cronológica). O approach
> estatístico nada tem a dizer sobre os indivíduos em si, a rigor
> e por essência.

Rigorosamente falando, e sob o ponto de vista físico, é sem sentido dizer
que uma medida "pode representar" alguma coisa, pois a medida SEMPRE
representa alguma coisa. Mas não vou dizer que você está dotado dessa
imaturidade lógica que propõe, isso é questão de querer ser chato mesmo .-).
Por outro lado, você valoriza tanto a matemática *em detrimento* da física
que parece esquecer que uma medida é sempre uma estimativa. No mais, e já
que de qualquer forma você já está passando por chato, pode abandonar a
discussão e eu me darei por satisfeito.

> > Eu não vou perder meu tempo revendo
> >coisas que já perdi o interesse (não do teorema em si, mas da
> >redemonstração de algo que retrata o que é óbvio), apenas para satisfazer
> >caprichos pessoais.

> Ok, qualquer um demonstra com pé nas costas, mas você se recusa por
> motivos pessoais. Mas eu acho que você não sabe demonstrar esse
> teorema com o rigor adequado. Sem ofensas.

É bem possível mas, como já disse, não vou perder meu tempo apenas para
satisfazer caprichos pessoais. Se algum dia eu encontrar a demonstração no
fundo do baú, e se você ainda estiver por aqui, é possível que eu submeta os
rabiscos à apreciação do magnífico matemático que você aparenta ser. Por ora
eu me contento com a concordância no "qualquer um demonstra com o pé nas
costas". Pelo menos isso demonstra que agora você entendeu o enunciado.

> > > Não. A informação que a "informação eletromagnética" é diferente
> > > da radiação eletromagnética de Maxwell foi dada por você mesmo,
> > > portanto mesmo sem saber a sua teoria, continuo coerente.

> >Ser "diferente" não é o mesmo que "não ter nada a ver"

> Isso é subjetivo.

Num contexto geral sim, mas não no contexto que você utilizou.

> O número 5 não tem nada a ver com o 2, mas são
> números. Um elefante não tem nada a ver com um grão de areia, mas
> são coisas materiais. Por mais diferente que duas coisas sejam, sempre
> podemos traçar paralelos.

Concordo, mas diria que você está tão somente jogando com palavras e não
tem a menor noção do paralelismo que tracei.

> >Não, eles acreditam que SOB CERTOS ASPECTOS esses elétrons são
> >indistinguíveis.

> Tudo errado, você se engana extraordinariamente, e não entendeu
> nada dos meus argumentos anteriores. Não existe crença nenhuma na
> indistinguibilidade dos elétrons!!! Nenhum quântico crê nisso.
> Todos sabem da infinidade de outros estados, que apenas possuem em
> comum o fato de passarem pela fenda A ou B.

E você não entendeu nada do significado da expressão que escrevi em
maiúsculas. Ao escrever em maiúsculas eu não estou gritando, simplesmente
estou tentando chamar a atenção. Essa infinidade de outros estados a que
você se refere, e SOB O ASPECTO que estou tentando sem sucesso transmitir,
tem um sabor de grandeza gauge (procure entender o significado que estou
emprestando à palavra sabor, "ter um sabor" não é a mesma coisa que dizer
"é"). Ora, que diferença faz dizermos que esse elétron pode ocupar infinitos
estados se, do ponto de vista prático, eu posso me utilizar de um número
finito, uns dois ou três, e obter o mesmo resultado? Do ponto de vista
operacional, e em determinadas condições, eu posso até concordar com a
elegância da matemática utilizada. Mas fisicamente falando isso está gerando
uma ilusão! Vocês estão desprezando um efeito físico a meu ver
importantíssimo e estão sendo totalmente iludidos por uma matemática
sofisticada, se bem que bastante elementar. O problema é que vocês avançam
alguns capítulos, a matemática se complica, e vocês se perdem totalmente,
sem saber onde termina essa ilusória matemática e onde começa a física. Aí
ficam a se lamentar e a dizer "quanto mais eu estudo a teoria quântica menos
eu a entendo" (Sokal). Isso parece coisa de criança chorona, que sabe que
está errada mas quer persistir no erro.

> >Mas e a interação entre os elétrons e o material
> >que contém a fenda?

> Mais uma vez: essa interação NÃO EXISTE. Só na sua teoria.

Então vou aqui reproduzir um texto publicado cerca de dois séculos e meio
antes de eu ter nascido (Os elétrons ainda não eram conhecidos, mas
pode-se adaptar o texto e aplicá-lo a feixes de elétrons. Respeitadas as
possíveis adaptações, a física que está por trás é a mesma): "The Rays which
pass very near to the edges of any Body, are bent a little by the action of
the Body, as we shew'd above; but this bending is not towards but from the
Shadow, and is perform'd only in the passage of the Ray by the Body, and at
a very small distance from it." (Opticks, Newton).

Antes que reclamem que estou escrevendo em língua alienígena, vou colocar
aqui a tradução (não é minha, mas de uma publicação da editora Abril): "Os
raios que passam muito próximos das bordas de qualquer corpo são curvados um
pouco pela ação do corpo; mas essa curvatura não é em direção à sombra, mas
a partir da sombra e realiza-se somente na passagem do raio pelo corpo, e a
uma distância muito pequena dele.

Veja bem, não estou utilizando nenhum critério de autoridade. Estou
simplesmente demonstrando de maneira incontestável que você não pode afirmar
que a interação só existe na minha teoria. Aliás, eu já dei a entender
anteriormente que você não está levando esse diálogo a sério e repito
agora. Se você não tem tempo para construir uma argumentação convincente, é
só dizer, é só dar um alô que eu paro de atormentá-lo. Aliás, não há porque
responder de imediato. Os diálogos, no passado, levavam meses entre uma
mensagem e outra. Não há porque entrar na correria dos tempos atuais. Eu
respondo rápido porque participo de muitos diálogos em outras listas e/ou
em pvt, e não gosto de acumular mensagens na lista de espera.

Recuso-me a admitir que você não tem competência para enfrentar um diálogo,
mesmo porque não quero concluir precipitadamente algo do tipo do que você
fez acima, se bem que "sem ofensas". Não há porque se preocupar com isso,
pois sinceramente você não me ofendeu, e nem creio que tivesse essa
intenção. Sou macaco velho de Internet (e/ou também da participação de
seminários universitários que também se passam no estilo do toma lá - dá cá,
se bem que no tete-a-tete) e sei que a gente diz muitas coisas que não
deveria ter dito, graças àquele corre-corre alucinado inerente ao processo.
Só os novatos é que estranham essa maneira de dialogar que no Brasil existe
a menos de uma década. Sei também que o diálogo fica muito chocho se pelo
menos um dos dois não ficar cutucando o outro, e dou preferência a que os
dois o façam. Mas sinto que você está acuado e perdido em meio a uma série
de bobagens que provavelmente, e de maneira precipitada, escreveu em
mensagens anteriores. Além do mais, não acho justo que você fique fazendo
afirmações sem fundamento, apenas para me provocar (como essa acima citada,
de que a interação só existe na minha teoria). Então não diga nada. Basta
dizer que não está satisfeito com a minha argumentação e que não está mais
com disposição para dialogar, e eu irei pregar o meu discurso em outra
praia.

> > Que mal pergunte, você consegue distinguir alguma diferença entre uma
> >população de 100 moléculas ocupando um recipiente e outra de 100
> >fantasmas habitando um castelo? A matemática poderá ser a mesma, desde
> >que se consiga inventar um modelo "físico" adequado.

> A diferença é que o fantasma não é um conceito físico e a
> molécula, essa sim, já é uma idealização que se realiza pela
> matemática. O objeto representado é físico, mas a entidade simbólica
> usada para representá-lo é matemática.

Não concordo integralmente com o seu texto mas satisfaço-me em perceber que
você consegue pelo menos colocar alguns limites entre o que seria física e o
que seria matemática.

> O estado quântico ou clássico
> são conceitos matemáticos usados para representar idealizações
> físicas.

Folgo em saber.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Tabela Periódica
FROM: "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@yahoo.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/02/2003 10:44

Olá Lista

Alguém sabe aonde posso encontrar a tabela periódica dos elementos completa e atualizada para impressão ?



[]

jaison




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Tabela Periódica
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/02/2003 11:58

Olá!

Aqui vai:

http://pearl1.lanl.gov/periodic/default.htm

Tem a tabela em formato word por lá:

http://pearl1.lanl.gov/periodic/downloads/main.html

Uma tabela interativa:

http://www.chemicalelements.com/

Uma tabela em formato PDF para ser impressa:

http://www.webelements.com/webelements/support/media/pdf/WEB_ELEM.PDF

Beijos, Lígia

************************************


--- Em ciencialist@y..., "Jaison Carvalho" <jaisoncarvalho@y...>
escreveu
> Olá Lista
>
> Alguém sabe aonde posso encontrar a tabela periódica dos elementos
completa e atualizada para impressão ?
>
>
>
> []
>
> jaison
>
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: o poste
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/02/2003 18:56

Especialista em postes??? Tem por ai?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Paulo Alexandre Andrade Mota Andrade Mota" <paamota@sapo.pt>
Para: <leobarretos@uol.com.br
Enviada em: terça-feira, 4 de fevereiro de 2003 17:59
Assunto: o poste
Qual a formula que permite determinar a forma de um poste de modo a que a tensão seja igual em todo o poste?
Atenciosamente
Brunomfg@aeiou.pt


|
| --
| Kit SAPO.ADSL.PT Apenas 50 ?.
| Adira já em http://www.sapo.pt/kitadsl
|
|


SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/02/2003 19:35

Eta Imperdível véio de guerra! Leiam essa.
[]'
Léo
PS: Só não entendi a linha introdutória do texto! Será que é um xingamento português?
======================
-----Mensagem Original-----
De: Natalia Botelho
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: terça-feira, 4 de fevereiro de 2003 16:04
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


Sim mas...e as massas?
Aproveito para informar que o vosso site foi escolhido por mim para fazer exame de uma das minhas 12 cadeiras do mestrado em Ensino de Ciências/variante Química e estou a dissecar-vos! Estou a AVALIAR-VOS!!!
Sou professora há 32 anos (!) de Física, Química e astrónoma amadora em Lisboa, Portugal.
Gostei do vosso site. Estava para ir para o adorofisica mas o fulano tem música...e não se pode desligar e numa sala de aula (pois o som do computador não o desligo)é mau. Perguntei se não podiam ensinar a tirar a música ou porque não punham um botão para quem não pudesse estar a ouvi-la. Já lá vai um mês e não responderam Mandei-os´`a fava e foi óptimo pois ganhei o vosso site. Vou aconselhar aos meus alunos desde os 11 anos até aos de 12º ano com 18 anos. Em Portugal a física e a química se iniciam aos 11/12 anos no 7º ano de escolaridade...
Continue colega. Bem haja e a nota que lhe dou é 20 valores!
Maria Natália Botelho
GRASDIC, Grupo de Astronomia e de divulgação científica em Lisboa, Portugal

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fsico prope reformulao das leis de Newton
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/02/2003 20:07

MensagemBem, vamos ler primeiro e depois comentar:
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Paulo Julio O. S. Pedrosa
Para: ClubedAstronomia@yahoogrupos.com.br
Enviada em: segunda-feira, 3 de fevereiro de 2003 20:45
Assunto: [CdA] Físico propõe reformulação das leis de Newton


Físico propõe reformulação das leis de Newton


Marcus Chown
New Scientist

Isso pode soar herético, mas será que Newton definiu erroneamente a sua lei da gravidade? Mordehai Milgrom acredita que sim, e diz ter provas quanto a isso. A maneira pela qual algumas estrelas e galáxias se movem em alta velocidade mas ainda assim permanecem em suas órbitas desafia todas as teorias aceitas, diz ele. Mas uma reformulação das leis newtonianas de movimento pode resolver o problema.

"Dez anos atrás, essa alegação tinha uma péssima reputação", diz Stacy McGaugh, da Universidade de Maryland, em College Park. "Agora, uma minoria considerável de estudiosos começa a levá-la cada vez mais a sério". A teoria de Milgrom é uma das idéias que os cosmologistas adoram odiar, no entanto. Isso se deve em parte ao fato de que ela descarta a existência da "matéria escura", uma misteriosa substância que, de acordo com muitos físicos, ocupa todo o universo. Em termos mais gerais, no entanto, a animosidade deriva do fato de que a idéia foi, em larga medida, criada do nada. Ninguém -Milgrom incluído- sabe o que a torna verdadeira. Mas embora 20 anos e uma grande massa de dados astronômicos tenham sido oferecidos aos cientistas para que tentassem negar a teoria de Milgrom, até agora nenhum deles o conseguiu.

Divulgação

Milgrom (abaixo), diz que reformulação das leis de Newton resolve a questão da matéria escura
Nem mesmo os dados mais recentes do Observatório espacial de raios X Chandra, da Nasa, muito divulgados pela organização como provas contrárias à controvertida teoria de Milgrom, conseguiram eliminá-la. "Não perdi um minuto de sono por causa deles", diz Milgrom. A teoria que ele desenvolveu simplesmente se recusa a desaparecer. Milgrom apresentou sua idéia inicialmente no começo da década de 80, quando trabalhava para o Instituto de Estudos Avançados da Universidade de Princeton. Ele ficou intrigado com os resultados misteriosos obtidos na observação de galáxias em espiral: os melhores telescópios do mundo estavam revelando que as estrelas nos limites extremos das galáxias tinham órbitas muito mais velozes do que as previstas pela lei da gravidade de Newton.

De acordo com a lei de Newton, a força da gravidade se reduz por um fator de quatro a cada vez que a distância do centro da galáxia, onde a maior parte dos astros maciços e do gás galáctico se concentra, para o ponto de mensuração se duplica. As estrelas posicionadas nos limites da galáxia deveriam sentir atração gravitacional muito menor do que as localizadas perto do centro, e isso significa que deveriam orbitar a galáxia em velocidade inferior. Mas as observações demonstraram que a velocidade das estrelas não caía com o aumento da distância, como a lei de Newton previa que aconteceria. Em lugar disso, a velocidade se mantém constante até o limite da galáxia. A descoberta se provou muito intrigante porque a gravidade é a única força que aproxima toda a matéria presente em uma galáxia. "Se Newton estivesse vivo hoje e visse as provas, estou convencido de que ele teria derivado leis diferentes para a dinâmica", diz Milgrom, hoje pesquisador do Instituto Weizmann, em Rehovot, Israel.

Outros teóricos explicam esse fenômeno invocando uma imensa massa de matéria misteriosa e invisível -a chamada matéria escura- que exerceria atração gravitacional suficiente para explicar a velocidade anômala das estrelas nos confins exteriores das galáxias. Milgrom sempre considerou que essa abordagem era pouco convincente, no entanto, e é por isso que desenvolveu uma teoria alternativa, que altera as idéias de Newton. Ele batizou sua teoria de dinâmica newtoniana modificada, ou Mond.

À primeira vista, romper as regras mais queridas da Física não parece ser uma idéia tão interessante. Afinal, a gravidade newtoniana funciona em laboratórios localizados na Terra e para todo o resto do Sistema Solar. Mas a dinâmica newtoniana se esfacela em condições extremas. Para objetos zunindo pelo espaço em velocidades próximas à da luz, por exemplo, as leis de movimento definidas por Newton foram suplantadas pela teoria especial da relatividade, de Einstein. Assim, Milgrom catalogou todas as diferenças entre o Sistema Solar e as galáxias para determinar se alguma delas seria capaz de produzir uma mudança nas leis da dinâmica nos confins distantes das galáxias, e assim explicar a variação na força prevista da gravidade. A principal delas era a distância.

Milgrom começou a especular quanto à possibilidade de que a relação entre a massa de um objeto e sua aceleração devida à força da gravidade pudesse mudar subitamente, a uma distância fixa do centro da galáxia, mas descobriu rapidamente que essa fórmula não funcionava. Quando comparou a velocidade das estrelas em diferentes galáxias em espiral, descobriu que suas velocidades se tornam uniformes em distâncias diferentes do núcleo galáctico. Depois de tentar outras quantidades, tais como o momento angular, Milgrom começou a imaginar que, para além de uma determinada aceleração crítica, a lei newtoniana da gravidade se aplica: a força gravitacional que faz com que uma estrela gire aceleradamente cai de maneira violenta à razão do quadrado de sua distância do núcleo galáctico. Abaixo desse valor crítico de aceleração, no entanto, a gravidade só se reduz lentamente -em proporção direta à distância. Assim, de acordo com a dinâmica newtoniana modificada, a galáxia tem domínio mais forte do que Newton previa sobre certas estrelas.

Isso significa que as estrelas no limite de uma galáxia circulam em velocidade que depende simplesmente da massa de todas as demais estrelas e do gás contido em uma galáxia, e não da distância a que elas estejam do centro galáctico, como dita a lei de Newton. A idéia de Milgrom parecia promissora. E, para sua animação, quando ele aplicou a teoria às observações existentes, os cálculos que ela propunha pareciam se confirmar. Todas as galáxias que foram medidas de maneira detalhada se tornaram um novo campo de provas para os números da Mond. Ele só precisava criar um parâmetro, a aceleração crítica abaixo da qual as leis de Newton se alteram. Ao estabelecer essa aceleração crítica em 10-10 metros por segundo por segundo -100 bilhões de vezes mais fraca que a força da gravidade exercida sobre uma maçã caindo na Terra-, Milgrom descobriu que podia descrever a relação entre a velocidade de uma estrela e sua distância com relação ao centro galáctico para diversas galáxias em espiral.

Nasa

Galáxia NGC 720: indícios contra teoria de Milgrom
Certo de que deveria haver algum equívoco em seu raciocínio ou nos seus cálculos, Milgrom passou muito tempo revisando seu trabalho. "Mas tudo se encaixava", diz. Seu primeiro sucesso notável foi uma previsão sobre uma categoria de galáxias que era virtualmente desconhecida nos anos 80, as galáxias de "baixo brilho superficial". Trata-se de objetos de brilho tão débil que os astrônomos consideravam impossível obter imagens detalhadas sobre elas, pelo menos antes dos anos 90. Porque contêm relativamente poucas estrelas, a força gravitacional exercida nessas galáxias é muito inferior à que afeta as galáxias brilhantes lotadas densamente de estrelas e gás. Em movimento do centro dessas galáxias opacas em direção às suas bordas, descobre-se rapidamente que a aceleração cai abaixo do valor crítico. Nas galáxias brilhantes, acelerações tão baixas só são experimentadas pelas estrelas localizadas no cinturão limítrofe.

Milgrom predisse que a Mond obteria sucesso na descrição da maior parte das estrelas nas galáxias de baixo brilho superficial, e que a dinâmica newtoniana fracassaria. Radiotelescópios conseguiram enfim detectar gás hidrogênio flutuando livremente no interior dessas galáxias opacas, e revelaram a velocidade de suas estrelas. "A previsão foi confirmada", diz Milgrom. "A Mond passou no teste".

A descoberta convenceu McGaugh -que naquela época estava estudando as galáxias de baixo brilho superficial- de que a Mond era uma alternativa séria à matéria escura, a explicação favorita para o rápido movimento das estrelas e galáxias. Desde então, a Mond funcionou quando aplicada a mais de 100 galáxias diferentes. Os astrônomos simplesmente somam as massas de todas as estrelas e gás de uma galáxia e usam esse dado nas equações de Milgrom, obtendo uma curva que termina em um platô, a qual descreve a relação entre as velocidades de todas as estrelas e sua distância do núcleo galáctico. Mas a Mond faz ainda mais, descrevendo tanto a forma quanto a altura da curva de cada galáxia, detalhadamente. É um resultado impressionante para uma teoria baseada em um único parâmetro: a massa da galáxia. "Trata-se de um teste muito forte", diz McGaugh.

E não é o único teste em que a Mond foi aprovada. Ela também é capaz de prever a massa das galáxias. Para cada galáxia, você simplesmente toma sua massa, prevê o movimento das estrelas para aquela massa e verifica o quão bem ela se compara com os dados medidos. Se você repetir o processo com massas diferentes, terminará por encontrar uma massa que descreva o processo de maneira mais adequada. Trata-se de uma importante mensuração, porque é impossível pesar uma galáxia de maneira direta. Em lugar disso, os astrônomos têm de estimar a massa de uma galáxia com base na luz que todas as suas estrelas e nuvens de gás emitem. Ao longo dos anos, eles construíram modelos mais detalhados relacionando a cor dessa luz à massa da galáxia. As previsões da Mond foram testadas em comparação com esses modelos e os resultados são bastante razoáveis. "Considero que esse seja um dos aspectos mais intrigantes da Mond", diz McGaugh. Assim, Milgrom enfim provou estar certo?

Ainda não, e as contestações não param de surgir. A mais recente veio de uma equipe comandada por David Buote, da Universidade da Califórnia em Irvine. No ano passado, a equipe analisou imagens de alta resolução de uma galáxia elíptica chamada NGC 720, obtidas pelo Chandra. Os astrônomos descobriram que a NGC-720 está envolta em uma nuvem quente de gás na forma de um ovo. Eles acreditam que apenas o impulso gravitacional adicional gerado por um halo de matéria escura poderia esmagar essa nuvem de gás. As observações parecem ser os primeiros indícios concretos contra a Mond.

Mas os defensores da teoria de Milgrom apontam equívocos nas suposições da equipe de Buote quando da interpretação dos dados do Chandra. O grupo da Califórnia presumiu que o gás na galáxia fosse estático, mas ele pode apresentar um movimento rotacional. Isso também teria o efeito de esmagar a nuvem de gás, de acordo com Milgrom. Ele aponta igualmente que o telescópio Chandra talvez não tenha resolução elevada o bastante para registrar pequenas estrelas emissoras de raios-X. Esses raios-X podem nublar a imagem obtida nas observações, fazendo com que a aparência da NGC-720 se distorça. No momento, por enquanto, a condenação da Mond parece ter sido suspensa.

Ninguém nega que a Mond se enquadre com perfeição a uma ampla gama de observações astronômicas sobre diferentes galáxias. Mas a teoria certamente está longe de ser perfeita. Por exemplo, ela não funciona à medida que a escala da observação se amplia -no estudo de aglomerados galácticos, em especial. Mesmo que ela seja capaz de reproduzir determinados movimentos observados de galáxias nos limites extremos desses aglomerados, ela fracassa quanto aos núcleos. Esses aglomerados, de massa conhecida, apresentam aceleração superior à prevista sob a fórmula da Mond. "Minha suspeita é que os núcleos dos aglomerados galácticos talvez contenham uma abundância de material não detectado, em forma escura mas mundana -por exemplo, estrelas de brilho fraco", diz Milgrom.

Os cosmologistas descartaram a idéia de que exista uma grande quantidade de matéria escura "comum" no universo, porque isso teria alterado seriamente as condições prevalecentes logo depois do Big Bang. Em lugar disso, eles favorecem a matéria "exótica", a exemplo de misteriosas partículas conhecidas como WIMPS. E mais, evocar matéria escura para salvar a Mond, uma teoria que tenta eliminar a hipótese da matéria escura, é preocupante. É o fracasso da Mond na descrição da situação dos núcleos de aglomerados galácticos que gera maiores objeções entre os estudiosos.

Mas há mais. A Mond foi desenvolvida de maneira empírica e não tem base em fundamentos da Física. Milgrom admite que isso é um problema para sua teoria. Mas ele contra-argumenta que a teoria quântica, quando desenvolvida no começo do século passado, passou muitos anos na mesma posição. Milgrom está convencido de que existe uma teoria profunda que embasa a Mond.

Uma pista pode ser obtida do vácuo -o vazio que permeia o universo. Longe de ser completamente vazio, o vácuo é um mar espumoso de partículas que surgem e desaparecem continuamente. Milgrom acredita que o vácuo seja capaz de modificar a massa, ou inércia, dos objetos, de alguma maneira. Se estiver certo, poderia haver uma conexão inesperada e profunda entre a maneira pela qual as coisas aceleram e a idade do universo. "Essa idéia conta com o apoio de uma estranha coincidência", diz Milgrom. A aceleração crítica da Mond tem o mesmo valor, aparentemente, que seria necessário para acelerar um objeto do zero à velocidade da luz no tempo de existência do universo. Para Milgrom, a conexão entre esses dois números indica uma teoria mais profunda. Mas ele admite que é um argumento discutível.

Os críticos têm outra objeção á idéia, muito mais séria. "A principal razão para que eu não aprecie a Mond é que ela não se enquadra ao resto da Física tal como a conhecemos", disse Bohdan Paczynski, da Universidade de Princeton. Ele está preocupado com o fato de que a Mond deixa de funcionar quando próxima da velocidade da luz e perto de buracos negros onde a gravidade é mais forte e a lei da relatividade de Einstein sobrepuja as leis de Newton.

Isso também preocupa Abraham Loeb, da Universidade Harvard. "O problema torna difícil sujeitar a Mond ao grande volume de dados de alta qualidade de que dispomos agora na cosmologia, incluindo os dados sobre o pano de fundo de microondas, os dados de lentes gravitacionais e os dados de levantamentos galácticos sobre o crescimento da estrutura", aponta ele. Esses fenômenos só podem ser explicados usando a relatividade.

Milgrom concorda que a falta de uma vertente da teoria Mond que leve em conta a relatividade é um problema. Mas acredita que, com o tempo, esse problema possa ser superado. Os teóricos terminarão por aceitar a Mond não devido às suas previsões bem sucedidas, disse ele, mas porque as diversas propostas quanto à matéria escura jamais baterão com as observações. Mas Milgrom terá dificuldades para silenciar seus críticos. Eles estão usando todos os sentidos de que dispõem podem para esmagar suas idéias heréticas. "A matéria escura talvez não seja a resposta", admite Paczynski. "Mas a Mond simplesmente não 'cheira' a uma nova Física, para mim".


Tradução: Paulo Migliacci




http://www.pjpedrosa.cjb.net
ICQ: 116976712


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Do uso da balanca na alquimia ao principio da conservacao da massa
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/02/2003 22:14

Gostei do trabalho histórico, de uma mestra portuguesa, e solicitei autorização para publica-lo no Imperdível.
Eis a autorização:

"Prezado Luis
Certamente que autorizo a publicação do meu texto no seu site. Para mim foi uma agradável surpresa a viagem que fiz pela sua "Feira de Ciências" e vou divulgá-la bastante entre os meus alunos futuros professores de Ciências e Matemática, pois tem uma riqueza imensa a explorar.
Com muita estima
Fátima"

O trabalho (abstract, créditos etc.) está em:

http://www.feiradeciencias.com.br/sala21/21_19.asp

Vale uma leitura.
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================


SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/02/2003 01:26

Oi pá! Facto: Esta mulher está a dar-lhe os cumprimentos! Bem dá a
ver que é uma fêmea representante lusitana! Que tal uns fados a
comemorar tais cumprimentos d'além mar?

"De quem eu gosto... nem às paredes confesso... " :))

Baijos, Lígia

****************************************


--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Eta Imperdível véio de guerra! Leiam essa.
> []'
> Léo
> PS: Só não entendi a linha introdutória do texto! Será que é um
xingamento português?
> ======================








> -----Mensagem Original-----
> De: Natalia Botelho
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: terça-feira, 4 de fevereiro de 2003 16:04
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -
>
>
> Sim mas...e as massas?
> Aproveito para informar que o vosso site foi escolhido por mim para
fazer exame de uma das minhas 12 cadeiras do mestrado em Ensino de
Ciências/variante Química e estou a dissecar-vos! Estou a AVALIAR-
VOS!!!
> Sou professora há 32 anos (!) de Física, Química e astrónoma
amadora em Lisboa, Portugal.
> Gostei do vosso site. Estava para ir para o adorofisica mas o
fulano tem música...e não se pode desligar e numa sala de aula (pois
o som do computador não o desligo)é mau. Perguntei se não podiam
ensinar a tirar a música ou porque não punham um botão para quem não
pudesse estar a ouvi-la. Já lá vai um mês e não responderam Mandei-
os´`a fava e foi óptimo pois ganhei o vosso site. Vou aconselhar aos
meus alunos desde os 11 anos até aos de 12º ano com 18 anos. Em
Portugal a física e a química se iniciam aos 11/12 anos no 7º ano de
escolaridade...
> Continue colega. Bem haja e a nota que lhe dou é 20 valores!
> Maria Natália Botelho
> GRASDIC, Grupo de Astronomia e de divulgação científica em Lisboa,
Portugal
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Deves estar louca
FROM: Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: grasdic2 <grasdic2@yahoo.com>
CC: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/02/2003 23:24

--- grasdic2 <grasdic2@yahoo.com> escreveu: > Se te
referes à professora Natália vê-se que deves
> estar em período
> de cio.
> Se estivesses nas listas portuguesas já tinhas
> levado um pontapé ao
> fundo das costas que saias da lista a pedais.Mas o
> professor Netto é
> que manda. Talvez ele te mande calar.É dor de corno,
> não?
> Tu de cientista nada tens. E o teu raciocínio é
> reles. Tem ao menos
> consideração pelos teus alunos e que estão nesta
> lista. Se te deres
> ao respeito respeitada serás.
> Vai cópia para o professor Netto e da tua mensagem
> foi afixada
> fotocópia no jornal da universidade e da escola para
> se saber o que
> de reles as listas por vezes têm.
> E acabou pois escolho as pessoas com quem me dou.
> Espero não te ver sequer cá em Julho. Não tens
> gabarito...


Caro,

Não o conheço... e espero que tenhas um bom dia.
Afinal, para tanto amargor, só podes estar a
experimentar algum tipo de problema de fundo
emocional... e o professor Neto, o Léo, não manda,
nós é que obedecemos, aliás, quem manda mesmo é o
Brudna. E o Léo tem senso de humor... coisa que você
aparenta não ter. O que tem? Aprenda a rir... faz
bem.

Cientista eu? Sou professora de física e matemática
de nível secundário. Talvez para teus potenciais eu
seja reles. Pois então prova-o à audiência de nossa
lista.

Quanto à tua mestra pela qual melindras, infelizmente
falta a ela algum respeito para com a própria língua
portuguesa... com todo respeito, ela escreve muito
mal. E foi mais neste sentido que brinquei... uma
vez que compreendi "lhufas" do que foi escrito.
Desculpe.


Uns chás de camomila hão de fazer-te bem! Cuida-te e
não te esqueças de assinar seu e-mail da próxima
vez... costumo tratar com adultos que tenham nome.

Lígia


=====
Ligia Amorese
ICQ: 126062546

_______________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deves estar louca
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/02/2003 01:19

Trata-se de um 'ligeiro' qüiproquó entre Lígia (professora brasileira) e Natália (professora portuguesa) originado pela mensagem que, num arroubo de satisfação sobre o Imperdível, postei aqui. O qüiproquó resultou das divergências entre as conotações distintas de certas palavras aqui e lá pelas praias de Camões.
Nada sangrento.
Encerro o assunto.
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Alvaro Augusto de Almeida" <alvaug@netbank.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 7 de fevereiro de 2003 01:06
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Deves estar louca


| Alguém quer me explicar o que se passa? Acho que perdi alguma mensagem!
|
| [ ]s
|
| Alvaro Augusto
|
|
|
| -----Mensagem Original-----
| De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
| Para: "grasdic2" <grasdic2@yahoo.com>
| Cc: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
| Enviada em: Quarta-feira, 5 de Fevereiro de 2003 23:24
| Assunto: [ciencialist] Re: Deves estar louca
|
|
| > --- grasdic2 <grasdic2@yahoo.com> escreveu: > Se te
| > referes à professora Natália vê-se que deves
| > > estar em período
| > > de cio.
| > > Se estivesses nas listas portuguesas já tinhas
| > > levado um pontapé ao
| > > fundo das costas que saias da lista a pedais.Mas o
| > > professor Netto é
| > > que manda. Talvez ele te mande calar.É dor de corno,
| > > não?
| > > Tu de cientista nada tens. E o teu raciocínio é
| > > reles. Tem ao menos
| > > consideração pelos teus alunos e que estão nesta
| > > lista. Se te deres
| > > ao respeito respeitada serás.
| > > Vai cópia para o professor Netto e da tua mensagem
| > > foi afixada
| > > fotocópia no jornal da universidade e da escola para
| > > se saber o que
| > > de reles as listas por vezes têm.
| > > E acabou pois escolho as pessoas com quem me dou.
| > > Espero não te ver sequer cá em Julho. Não tens
| > > gabarito...
| >
| >
| > Caro,
| >
| > Não o conheço... e espero que tenhas um bom dia.
| > Afinal, para tanto amargor, só podes estar a
| > experimentar algum tipo de problema de fundo
| > emocional... e o professor Neto, o Léo, não manda,
| > nós é que obedecemos, aliás, quem manda mesmo é o
| > Brudna. E o Léo tem senso de humor... coisa que você
| > aparenta não ter. O que tem? Aprenda a rir... faz
| > bem.
| >
| > Cientista eu? Sou professora de física e matemática
| > de nível secundário. Talvez para teus potenciais eu
| > seja reles. Pois então prova-o à audiência de nossa
| > lista.
| >
| > Quanto à tua mestra pela qual melindras, infelizmente
| > falta a ela algum respeito para com a própria língua
| > portuguesa... com todo respeito, ela escreve muito
| > mal. E foi mais neste sentido que brinquei... uma
| > vez que compreendi "lhufas" do que foi escrito.
| > Desculpe.
| >
| >
| > Uns chás de camomila hão de fazer-te bem! Cuida-te e
| > não te esqueças de assinar seu e-mail da próxima
| > vez... costumo tratar com adultos que tenham nome.
| >
| > Lígia
| >
| >
| > =====
| > Ligia Amorese
| > ICQ: 126062546
|
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SUBJECT: Re: Deves estar louca
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/02/2003 01:53

Ías já a defender-me, Alvaro Augusto!? :)

Eu só achei que o e-mail enviado em pvt pelo/a indivíduo/a que atende
por "grasdic2" ficaria melhor por aqui, na ciencialist, uma vez que
ele/a ameaça ou já colocou meu nome em um mural lá na escola dele/a
com um título de "reles", ou algo parecido. Pensei em dizer que por
aqui, costumo colocar nomes de gente que não gosto em boca de sapo e
costurar com espinho de coroa de cristo... mas, como ainda não
consegui traduzir o email na íntegra, não arrisquei... :) Pensei
que pudesse encontrar alguém entendido em português de portugal para
me ajudar.

Beijos, Lígia

***********************************

--- Em ciencialist@y..., "Alvaro Augusto de Almeida" <alvaug@n...>
escreveu
> Alguém quer me explicar o que se passa? Acho que perdi alguma
mensagem!
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto
>
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> Para: "grasdic2" <grasdic2@y...>
> Cc: <ciencialist@y...>
> Enviada em: Quarta-feira, 5 de Fevereiro de 2003 23:24
> Assunto: [ciencialist] Re: Deves estar louca
>
>
> > --- grasdic2 <grasdic2@y...> escreveu: > Se te
> > referes à professora Natália vê-se que deves
> > > estar em período
> > > de cio.
> > > Se estivesses nas listas portuguesas já tinhas
> > > levado um pontapé ao
> > > fundo das costas que saias da lista a pedais.Mas o
> > > professor Netto é
> > > que manda. Talvez ele te mande calar.É dor de corno,
> > > não?
> > > Tu de cientista nada tens. E o teu raciocínio é
> > > reles. Tem ao menos
> > > consideração pelos teus alunos e que estão nesta
> > > lista. Se te deres
> > > ao respeito respeitada serás.
> > > Vai cópia para o professor Netto e da tua mensagem
> > > foi afixada
> > > fotocópia no jornal da universidade e da escola para
> > > se saber o que
> > > de reles as listas por vezes têm.
> > > E acabou pois escolho as pessoas com quem me dou.
> > > Espero não te ver sequer cá em Julho. Não tens
> > > gabarito...
> >
> >
> > Caro,
> >
> > Não o conheço... e espero que tenhas um bom dia.
> > Afinal, para tanto amargor, só podes estar a
> > experimentar algum tipo de problema de fundo
> > emocional... e o professor Neto, o Léo, não manda,
> > nós é que obedecemos, aliás, quem manda mesmo é o
> > Brudna. E o Léo tem senso de humor... coisa que você
> > aparenta não ter. O que tem? Aprenda a rir... faz
> > bem.
> >
> > Cientista eu? Sou professora de física e matemática
> > de nível secundário. Talvez para teus potenciais eu
> > seja reles. Pois então prova-o à audiência de nossa
> > lista.
> >
> > Quanto à tua mestra pela qual melindras, infelizmente
> > falta a ela algum respeito para com a própria língua
> > portuguesa... com todo respeito, ela escreve muito
> > mal. E foi mais neste sentido que brinquei... uma
> > vez que compreendi "lhufas" do que foi escrito.
> > Desculpe.
> >
> >
> > Uns chás de camomila hão de fazer-te bem! Cuida-te e
> > não te esqueças de assinar seu e-mail da próxima
> > vez... costumo tratar com adultos que tenham nome.
> >
> > Lígia
> >
> >
> > =====
> > Ligia Amorese
> > ICQ: 126062546



SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/02/2003 03:07

----- Original Message -----
From: "Sergio M M Taborda"
Sent: Monday, February 03, 2003 9:02 PM
Subject: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo
Quantico ... putz grila!)

Salve irmão de além-mar

Cá estamos nós outra vez! Pelo visto você não desiste mesmo dessa maldita
quântica, logo vamos ter de quebrar o pau mais uma vez. ;-)) Te segura!

> > O que você entende por molécula? Dizer que temos duas moléculas
> > idênticas seria o mesmo que dizer que temos dois sistemas idênticos?
> > Tomemos um exemplo simples, por exemplo, uma molécula de água. Na sua
> > opinião os sistemas "1", "2" e "3", representados abaixo, são idênticos?

> > 1) H H
> > O


> > 2) O
> > H H


> > 3) H
> > O
> > H
> > Classicamente eu diria que, sob certos aspectos, o estado "1" é tão
> > diferente do estado "2" quanto zero é diferente de pi.

> Eu diria que não.
> Como é que sabemos se são diferentes ou não ?
> Começa por aqui.

Eu diria que não. Começa por umas 6 ou 7 mensagens atrás. ;-)

> Primeiro so podemos dizer se são ou não diferentes considerando a fisica,
> por exemplo.
> Poderiamos considerar a matemática como vc fez , mas acho que não é por ai
> :-)

Na matemática a que você se refere está implícita uma analogia, e esta
analogia associa-se a uma situação física apresentada no início desta
thread. Como você pegou a conversa pela metade, e parece-me estar
generalizando, fica até difícil rebater. Mas, de qualquer forma, vamos em
frente assim mesmo, pois no decorrer da mensagem quero crer que as coisas
acabarão por se encaixar. Não serão pequenos detalhes como este que irão
atrapalhar mais um capítulo do nosso quebra-pau trans-atlântico, que começou
no "pt.ciencia.geral", lembra-se? Creio que estamos no quarto ou quinto
round. ;-))

> E o que significa serem fisicamente diferentes ?
> Aquilo que falaram no inicio. São iguais se para o mesmo estimulo se obtem
> o mesmo resultado.

Sim, mas para o caso em apreço observava-se exatamente o oposto. Com o mesmo
estímulo obtém-se resultados diferentes.

> Então, e que estimulo podemos usar ? e o quê queremos estudar ?
> Poderiamos usar ... por exemplo... luz polarizada, e saberiamos que não ha
> diferenças
> E como se explica que não as haja ?
> Pq as leis da fisica (classica) são invariantes a translações e rotações.
> Ou seja, a molecula é a mesma , mesmo que esteja noutro lugar ou virada de
> outra forma.

Neste caso diria que você é um adepto da física clássica de bolinhas. Prá
jogar sinuca é uma física excelente. Por outro lado, já discutimos no
passado, sobre o que pensaria Boltzmann a respeito desta "sua" física
clássica. É possível que não tenhamos entrado em acordo, mas isso pouco
importa. Parafraseando um seu ilustre conterrâneo, "Dialogar é preciso,
concordar não é preciso." ;-))

> Mas isto acontece para todas as moleculas ?
> Não. Existem moculas, quimicamente iguais , que apresentam propriedades
> fisicas diferentes. Porque, por exemplo, polarizam a luz de forma
> diferente.

Digamos que essa é uma diferença de outra espécie e a relacionar-se com a
quiralidade.

> O seu exemplo não foi bom.

Para um amante da teoria quântica, realmente não foi bom. ;-)

> >Entre 1 e dois existem infinitos estados intermediários.

> Estado, em fisica, representa algo concreto.
> Representa que o sistema tem o mesmo valor de energia interna.
> Todas as orientações da molecula tem a mesma energia, pelo que são um
> estado só e não vários como pareces entender.

Estamos falando em física do microcosmo e você está se referindo a estados
termodinâmicos. A termodinâmica é uma teoria fenomenológica e a representar
transformações macroscópicas. Isso que você diz, e raciocinando-se em termos
de física do microcosmo, só vale para a teoria quântica. Não vale nem mesmo
para a mecânica estatística, pois esta não estuda partículas em si, mas tão
somente propriedades médias. Ao passarmos desses valores médios para a
estimativa de valores individuais --o que é perfeitamente possível fazer,
ainda que alguns aqui na Ciencialist acreditem que não-- deve-se tomar
muito cuidado. Nem sempre um sistema termodinâmico pode ser pensado como um
conjunto constituído por infinitas bolinhas idênticas, e esse é um erro que
os físicos quânticos cometem a toda a hora, principalmente quando se põem a
repetir as asneiras que o Dirac escreveu na introdução de seu tratado de
mecânica quântica, e creio que já discutimos isso em outra thread [e não
preciso dizer que não entramos em acordo ;-)].

> > Voltemos agora a seu questionamento. Apoiado em que dado experimental
> > você pode garantir que as moléculas da "roupa vermelha" da sua
> > experiência original deveriam estar todas em estados clássicos
> > equivalentes?

> Estados de q?
> Estados de vibração ? de rotação ? de tranlação ? estado de q?

Eu é que pergunto! Pelo que entendi, o autor dessa experiência dá a entender
que todos esses estados que você cita, e mais alguns não relacionados,
seriam idênticos, se não de fato, pelo menos nas conseqüências (Sei lá que
tipo de raciocínio é esse!). Ou seja, ao que parece não existiria, na visão
do autor, distinção alguma a permitir que um físico clássico pudesse
explicar o resultado da "experiência" por uma via de raciocínio clássica.
Mas isso é pouco importante, a menos que queiramos dissecar a "experiência"
original que, a meu ver, é muito sem graça.

> > As suas
> > moléculas são todas bolinhas? Eu gosto muito de física de bolinhas, mas
> > a utilidade dela é bem restrita. Uma delas seria jogar sinuca.

> Tá, ok. Agora, falando de fisica novamente: a MQ é a unica teoria a
> explicar com rigor o espectro de absorção e de emissão das
> moleculas/atomos. E tb a unica teoria a explicar o pq das coisas terem a
> cor que têm.

Sim, mas explica apelando para coisas que não existem. Isso não é explicar.
Os quânticos não conseguem explicar nada, simplesmente vão encaixando
equações aqui e ali na base da tentativa e erro. Quando a equação dá certo
dizem que explicaram alguma coisa que não conseguem transformar em palavras;
quando não dá certo jogam a equação no lixo. E essa história de dizer que "é
a única" também já está saindo de moda. Eu costumo dizer que a teoria
quântica é a única teoria que consegue explicar o que não existe. Explicar o
que existe é exclusividade da física clássica. Ou a física clássica explica,
ou ninguém explica de maneira satisfatória.

> Claro que vc pode inventar outra teoria "classica" para explicar isto, mas
> terá o mesmo rigor ? Quero eu dizer, estará de acordo com a experiencia
> com o mesmo grau de rigor ?
> Supreendanos...

Eu não tenho porque surpreender ninguém. Meu trabalho está quase todo no meu
website à espera de críticas. Existem idéias novas para todos os gostos e
não obstante são raríssimas as críticas que tenho recebido, e quase sempre a
abordarem as idéias apenas na superficialidade, sem penetrarem no âmago das
teorias expostas. As pessoas, via de regra, me dirigem a palavra não para
criticar minhas idéias, mas para se defenderem, quase sempre sem argumento
algum, das críticas que faço à teoria quântica.

Mas então eu pergunto: Se as minhas idéias são tão idiotas, a ponto de não
merecerem crítica alguma, porque se preocupariam tanto sobre o que eu penso
a respeito da teoria quântica? Se eu sou idiota para teorizar, provavelmente
eu também sou idiota para julgar teorias dos outros... Ou não? Alguma coisa
está errada! Quero crer que estamos testemunhando o princípio do fim. Vocês
sabem que estão errados mas não querem assumir essa possibilidade e estão
simplesmente aguardando que alguém os surpreenda com alguma coisa diferente.
Estão rebatendo as minhas críticas mas ao mesmo tempo estão torcendo para
que eu esteja certo e que alguma autoridade acadêmica reconheça isso como um
fato inquestionável. Nem mesmo vocês aguentam a carga que pesa sobre seus
ombros e não têm capacidade para se livrar dela. O máximo que posso dizer a
respeito é que o fim da teoria quântica está muito próximo e vocês não
perdem por esperar. Não sou eu que vou surpreendê-los! A surpresa virá de
todos os lados e vocês um dia irão acordar e perceber que o sonho acabou e
100 ou mais anos de ilusão foram para o espaço, de uma hora para a outra.
Não sei se alguma de minhas idéias permanecerá de pé, mas tenho a certeza de
que da teoria quântica não sobrará nada, não haverá sequer o que ser
enterrado. Quem viver verá.

> Uma questão relativa à igualdade entre electrões:
> Se os electrões não são todos iguais , pq se chamam todos electrões ?

Se os tijolos não são todos iguais, porque se chamam todos tijolos?

> E quais são as diferenças fisicas (leia-se mensuráveis) entre eles ?

Digamos, por hipótese, que você seja um imbecil como eu e que não acredite
em nada do que dizem os fabulosos livros de gnomologia quântica. Você está
observando um feixe de elétrons bem fraco, desses que permitem a captação
dos elétrons, um a um, em um anteparo (a exemplo da experiência de Taylor
feita com a luz). Seja então dois elétrons desse feixe nos quais você, por
não conhecer (por hipótese) o fabuloso arsenal quântico, irá medir alguma
coisa. Digamos, que faça isso apoiando-se naquela ingenuidade que adquiriu
lendo as bobagens que o Newton escreveu no século XVII, e que alguns idiotas
como Faraday, Maxwell, Boltzmann, dentre outros, repetiram nos séculos
seguintes.

Sob essas hipotéticas restrições intelectuais, você perceberá que dentre
dois elétrons do mesmo feixe, após passarem por uma fenda, um deles seguirá
em uma direção e o outro em outra. Na sua ingenuidade sem limites, você
concluirá que antes de atravessar a fenda esses dois elétrons estavam em
estados diferentes. Como os elétrons pertenciam a um mesmo feixe, de
espessura não nula, você poderá concluir que essa diferença deve-se a um
posicionamente espacial diverso dos elétrons no feixe com relação a fenda
(lembre-se que você leu e se maravilhou com aquele monte de asneiras que
Newton escreveu sob o título Opticks). Um passa mais próximo do centro,
outro mais afastado, ou um passa um pouco à direita do centro da fenda,
outro à esquerda, ou então exatamente no centro etc.

Por esse método você poderá não saber exatamente o local onde o elétron
passou, mas poderá saber se dois elétrons passaram ou não pela mesma posição
ao atravessaram a fenda. Isso porque você está *medindo* algo relacionado a
essa posição naquele anteparo que existe após a fenda.

Ou seja, dentro da minha (ou, hipoteticamente, nossa) ingenuidade sem
limites, eu posso afirmar que os elétrons em um desses feixes estudados
pelos físicos modernos, podem ocupar infinitos estados clássicos diferentes,
e posso até mesmo medir essa diferença. Obviamente, e como um ser
inteligente que é, você não irá aceitar essa evidência experimental, sob
pena de ir parar na fogueira da inquisição dos tempos modernos. Mas eu não
tenho mais nada a perder, porque além de ser um imbecil declarado, já fui
para essa fogueira e notei que ela é tão virtual quanto os conhecimentos
quânticos. Ou seja, eu reconheço que sou um imbecil, mas... apenas na
opinião deles. ;-)

> Lembro que: Dois electrões com energias diferentes, continuam sendo dois
> electrões.

Assim como dois tijolos, um de pé e outro deitado (ambos com energia
cinética = 0), ou então um em repouso e outro lançado (e portanto com
energias cinéticas diferentes), continuam sendo dois tijolos, apesar de
estarem em estados diferentes.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: o que se passa...
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/02/2003 03:15

At 01:06 07/02/03 -0200, you wrote:
>Alguém quer me explicar o que se passa? Acho que perdi alguma mensagem!
>
>[ ]s
>
>Alvaro Augusto


O QUE SE PASSA É QUE BRIGA DE MULÉ É ISSO MESMO.
NÃO TEM IRONIA, INVENTIVIDADE, INTELIGENCIA, GRAÇA.
E´ SÓ PORRADA MESMO.

AS PALAVRAS SÃO USADAS FORA DO SEU REAL SIGNIFICADO.
SAO BARULHOS.
(risos)

O MANUEL TAMBÉM BRIGA ASSIM?

HUNNNNNNN....

L.E.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Deves estar louca
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/02/2003 13:32

--- Em ciencialist@y..., "Alvaro Augusto de Almeida" <alvaug@n...>
escreveu
> Cara Ligia,
>
> O seu nome colocado em um mural de uma escola portuguesa?? Que
medo!! Isso
> tudo foi por causa daquelas quatro linhas que você escreveu, ou
houve algum
> fado em pvt?
>
> Cuidado que esse pessoal pode ter ligações com a Al Qaeda, com a
OLP e,
> quem sabe, até com a KGB!
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto


Ah, caro Álvaro... mais este problema a ser somado aos tantos que já
carrego... pobre d'eu! Que será de mim e de minhas pobres
criancinhas, já fadadas à pretensa orfandade em tão tenra idade? E
não houve nada de mais, só minha brincadeira com um fado. Fico só
imaginando se tivesse sido com um trecho de "vira"... :)

E, de mais a mais, fico aqui pensando como poderemos discutir
sobre "aceleradores de partículas" feitos de vassouras girantes daqui
para frente, ou sobre camisetas-quânticas-vermelhas estendidas ao sol
a provar que a natureza é discreta, dada a participação solene desta
douta professora d'além mar...

Não me caibo em prantos... Ai Jesus! Que triste sina a minha!
Minhas palavras em quatro linhas espoucadas a cuspes e escarradas de
alunos portugueses em frêmitos odiosos...


Beijos, Lígia





SUBJECT: Flashs interativos - Levitated
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/02/2003 15:08

Do blog http://www.ceticismoaberto.kit.net/blog.htm

<<<
Flashs interativos - Levitated
http://www.levitated.net/daily/index.html
Diversos flashs interativos, todos muito interessantes e bonitos,
alguns mostrando diretamente conceitos matemáticos e científicos,
como o Atrator de Lorenz,
http://www.levitated.net/daily/levLorenzAttractor.html
ou a Espiral de Arquimedes.
http://www.levitated.net/daily/levGoldenSpiral.html
>>>

MK
PS.: Para quem tem fetiche por calculadoras de bolso, aqui tem um
museu BEM completo:
http://www.calculators.de/
Vale uma visitada também.




SUBJECT: Re: Deves estar louca p/ Léo
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/02/2003 15:15

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Trata-se de um 'ligeiro' qüiproquó entre Lígia (professora
brasileira) e Natália (professora portuguesa) originado pela mensagem
que, num arroubo de satisfação sobre o Imperdível, postei aqui. O
qüiproquó resultou das divergências entre as conotações distintas de
certas palavras aqui e lá pelas praias de Camões.
> Nada sangrento.
> Encerro o assunto.
> []'


Léo,

Antes que este incidente tome as proporções de um "Incidente
Internacional", quero pedir desculpas quanto à forma nada educada com
que me referi à tal professora que está a "dissecar-vos". Espero que
isso não arrefeça seu empenho em dar mostras do quanto o Imperdível
vem ganhando projeção quer aqui, quer acolá. Seu trabalho é mesmo
digno de aplausos. Nada contra a Dna Natália e seus pupilos... e
agora pergunto: dói ser dissecado?

Beijos, Lígia

PS: Não me venha falando que brincadeira desse tipo está fora de
cogitações... afinal, para quem tem ectoplasma sendo cultivado em
frascos de florence, o fato de alguém declamar um fado e dizer
que "Sim mas... e as massas?" é um cumprimento, não deve ser lá de
grande peso... ou como você mesmo disse, nada sangrento... em todo
caso, reitero minhas desculpas.

PS2: Minhas alfacinhas estão murchas hoje... percebem minha
tristeza...







SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deves estar louca p/ Léo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/02/2003 21:07

Oi Lígia,

como eu citei na mensagem anterior, tudo originou de 'discrepâncias e conotações' lingüísticas, a saber: chamar de "fêmea" em Portugal é algo bem depreciativo; além disso, lá o termo 'garota' (sempre subentendido 'de programa') é usado com especial cautela devido à conotação com "tia" em Portugal (Casa da tia).
Por outro lado, o ciencialist é bastante lido e comentado lá pelas praias de Camões e essas divergências de conotações pode trazer problemas, mesmo que não chegue à diplomacia do incidente internacional.

Realmente estou sendo 'dissecado' pela Prof. Natália pois ela está usando do Imperdível para sua graduação (3a ou 4a e seqüência para doutorado). Ela fez-me a gentileza de enviar-me em pvt um resumo de sua avaliação. Muito bom para eu saber as falhas e deficiências do Imperdível. Um dia, perhaps, com a autorização dela, postarei aqui a 'avaliação' que recebi (só posso adiantar uma coisa "tirei nota 9").

Vcs brincam com o ectoplasma aprisionado em frasco de Florence, mas não sabem que ele poderá ser usado, com tremenda vantagens sobre o CFC, nos 'sprays' e blocos de refrigeração. O ectoplasma proveniente de um esquimó tem uma eficiência de 93% nas transformações adiabáticas necessárias na refrigeração. Já, o ectoplasma de um nativo da região equatorial africana, poderá ser usado em máquinas térmicas, vencendo sobejamente a 'camisa de força' do rendimento de Carnot. Coisa séria! Pena que a matéria prima de que disponho é de difícil acesso (tenho que ir a velórios), além de necessitar de um Tesla de 370.000 V para excitar a máquina Kirlian de meu laboratório.

Aquele abraço,
Léo

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Trata-se de um 'ligeiro' qüiproquó entre Lígia (professora
brasileira) e Natália (professora portuguesa) originado pela mensagem
que, num arroubo de satisfação sobre o Imperdível, postei aqui. O
qüiproquó resultou das divergências entre as conotações distintas de
certas palavras aqui e lá pelas praias de Camões.
> Nada sangrento.
> Encerro o assunto.



SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Geissler
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/02/2003 21:34

O velho problema que enfrento dia-a-dia ... onde encontrar material (matéria prima) para recomendar aos consulentes. As perguntas 'onde encontrar' são as mais variadas: pequenas polias plásticas, alavancas de alumínio de 30 cm, rolamento para eixos de 3 mm, agulhas magnéticas, fio esmaltado de vários 'calibres', núcleo para transformador, lâmpada néon NE2, lâmpada para estrobo, ectoplasma, cúpula para Van de Graaff, ímãs cilíndricos, eletroímãs para 12 V ..................................
[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Edson Mattos
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: quinta-feira, 6 de fevereiro de 2003 21:34
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


Preciso de sua ajuda e orientação para montar um experimento simples.
Onde encontrar alguém que produza artesanalmente um tubo de Geissler, mas em formato
circular, com um diâmetro de um metro, contendo placas catódicas e anódicas, contendo
vácuo no seu interior?
Qual o objetivo? Verificar a radiação ionizante. Sou curioso sobre o tema e estou tendo muita
dificuldade em realizar este experimento relativamente simples(?!).
Edison Matos de Oliveira
R Francisco Burzio, 287 Ponta Grossa Paraná
Cep 84010-200
42 99721019

GRATO


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: 1/2 OFF TOPIC - COLUCCI
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/02/2003 21:42

Oi Colucci,

já lhe enviei 3 mensagens (pvt) sobre o problema da força centrífuga (ou, na generalidade, forças de inércia), no endereço recomendado ... todas voltaram (algumas dizendo que será tentado durante 4 horas etc.).
Mande-me um outro endereço eletrônico (caso ainda não tenha recebido o pacote).
[]'
Léo



SUBJECT: RE: [ciencialist] 1/2 OFF TOPIC - COLUCCI
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/02/2003 21:52

Léo,

Os nossos provedores têm um problema de incompatibilidade de gênios. Ou
seriam os gênios que têm incompatibilidade de provedores? :)

Meu ideal sempre foi ter um único endereço de e-mail, que me
acompanhasse para sempre. Como isso não é possível tenho dois. Recebi os
seus e-mails no trabalho mas não em casa. No entanto, o endereço
eletrônico de casa é o mesmo em que recebo esta mensagem e as demais da
Ciencialist.

Tente reenviá-los, do contrário continuarei acreditando que a força
centrífuga não existe nem em e-mails.

Um abraço,
Colucci


-----Original Message-----
From: Luiz Ferraz Netto [mailto:leobarretos@uol.com.br]
Sent: Thursday, February 06, 2003 6:43 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] 1/2 OFF TOPIC - COLUCCI


Oi Colucci,

já lhe enviei 3 mensagens (pvt) sobre o problema da força centrífuga
(ou, na generalidade, forças de inércia), no endereço recomendado ...
todas voltaram (algumas dizendo que será tentado durante 4 horas etc.).
Mande-me um outro endereço eletrônico (caso ainda não tenha recebido o
pacote).
[]'
Léo


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SUBJECT: Re: Deves estar louca p/ Léo
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/02/2003 22:39

Puxa vida!

E eu tomei o maior cuidado em não me referir à senhora em questão
como "moça" porque não sabia se lá moça significa o mesmo
que "rapariga" por aqui, nem "rapariga" pelo mesmo motivo da "moça",
nem "mulher" porque também poderia ter algum significado oculto...
só sobrou "fêmea" dentro do meu repertório e só agora você me diz que
chamar uma mulher de fêmea tem um sentido pejorativo por aquelas
bandas?

Faça-me um favor: da próxima vez que enviar um texto em português de
portugal por aqui, acrescente uma lista de termos apropriados para
possíveis respostas. Nunca mais vou tentar falar em "língua d'além
mar" sem tomar precauções! É um absurdo eu ter sido tomada por
uma "fêmea no cio", estar com "dor nos cornos", ter meu textículo
afixado em um "mural da vergonha" prá servir de escarradeira de
alunos indignados e ainda por cima ser alcunhada de "não cientista"!

Exijo indenizações por danos morais: remeta-me toda sua cultura de
ectoplasma! Vou fazer fortuna com a venda de tal material para as
indústrias químicas, daí eu viajo a Portugal e tasco uns baijos na
Dna Natália por desagravo em Julho!

Que cousa!

Beijos, Lígia

***************************************


--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Oi Lígia,
>
> como eu citei na mensagem anterior, tudo originou de 'discrepâncias
e conotações' lingüísticas, a saber: chamar de "fêmea" em Portugal é
algo bem depreciativo; além disso, lá o termo 'garota' (sempre
subentendido 'de programa') é usado com especial cautela devido à
conotação com "tia" em Portugal (Casa da tia).
> Por outro lado, o ciencialist é bastante lido e comentado lá pelas
praias de Camões e essas divergências de conotações pode trazer
problemas, mesmo que não chegue à diplomacia do incidente
internacional.
>
> Realmente estou sendo 'dissecado' pela Prof. Natália pois ela está
usando do Imperdível para sua graduação (3a ou 4a e seqüência para
doutorado). Ela fez-me a gentileza de enviar-me em pvt um resumo de
sua avaliação. Muito bom para eu saber as falhas e deficiências do
Imperdível. Um dia, perhaps, com a autorização dela, postarei aqui
a 'avaliação' que recebi (só posso adiantar uma coisa "tirei nota 9").
>
> Vcs brincam com o ectoplasma aprisionado em frasco de Florence, mas
não sabem que ele poderá ser usado, com tremenda vantagens sobre o
CFC, nos 'sprays' e blocos de refrigeração. O ectoplasma proveniente
de um esquimó tem uma eficiência de 93% nas transformações
adiabáticas necessárias na refrigeração. Já, o ectoplasma de um
nativo da região equatorial africana, poderá ser usado em máquinas
térmicas, vencendo sobejamente a 'camisa de força' do rendimento de
Carnot. Coisa séria! Pena que a matéria prima de que disponho é de
difícil acesso (tenho que ir a velórios), além de necessitar de um
Tesla de 370.000 V para excitar a máquina Kirlian de meu laboratório.
>
> Aquele abraço,
> Léo
>
> --- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> escreveu
> > Trata-se de um 'ligeiro' qüiproquó entre Lígia (professora
> brasileira) e Natália (professora portuguesa) originado pela
mensagem
> que, num arroubo de satisfação sobre o Imperdível, postei aqui. O
> qüiproquó resultou das divergências entre as conotações distintas
de
> certas palavras aqui e lá pelas praias de Camões.
> > Nada sangrento.
> > Encerro o assunto.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/02/2003 00:13


> > Então, e que estimulo podemos usar ? e o quê queremos estudar ?
> > Poderiamos usar ... por exemplo... luz polarizada, e saberiamos que não
ha
> > diferenças
> > E como se explica que não as haja ?
> > Pq as leis da fisica (classica) são invariantes a translações e
rotações.
> > Ou seja, a molecula é a mesma , mesmo que esteja noutro lugar ou virada
de
> > outra forma.
>
> Neste caso diria que você é um adepto da física clássica de bolinhas. Prá
> jogar sinuca é uma física excelente.

Não me venhas com essas... o que é que as bolas têm a ver com isto ?
Estamos falando de moleculas. Moleculas são agrupamentos de atomos, e estes
têm obrigatoriamente de ter uma disposição espacial em relação uns aos
outros.
Essa diferente disposição origina diferentes estados fisicos.
A molecula de água não tem esta propriedades. É só isto que estou a dizer.
Que o exemplo não foi bem escolhido. Se querias usar a orientação espacial,
tinhas que pegar numa molecula que apresenta diferenças na orientação
espacial.
Seja lá o que for que os atomos sejam, bolinhas ou nuvens, isso não intervém
no que estou a dizer.

> > Mas isto acontece para todas as moleculas ?
> > Não. Existem moculas, quimicamente iguais , que apresentam propriedades
> > fisicas diferentes. Porque, por exemplo, polarizam a luz de forma
> > diferente.
>
> Digamos que essa é uma diferença de outra espécie e a relacionar-se com a
> quiralidade.

De outra especie ?
É a unica diferença que tem alguma coisa a ver com orientação espacial de
moleculas.
E é dessa propriedade que eu estou a falar mesmo.

> > >Entre 1 e dois existem infinitos estados intermediários.
>
> > Estado, em fisica, representa algo concreto.
> > Representa que o sistema tem o mesmo valor de energia interna.
> > Todas as orientações da molecula tem a mesma energia, pelo que são um
> > estado só e não vários como pareces entender.
>
> Estamos falando em física do microcosmo e você está se referindo a estados
> termodinâmicos.

Não. Estou a referir-me ao conceito de Estado.
Entre 1º e 2º não existem infinitos estados pois não existe diferença entre
o estado da molecula vista a 1º e 2º.
Eles são o mesmo estado.
Qq orientação da molecula de água tem o mesmo estado pois ele não se altera
com a rotação da molecula ( e não estou a falar de moleculas em rotação-
energia de rotação, mas da rotação da molecula por um determinado angulo em
relação a um ponto de referencia)

>A termodinâmica é uma teoria fenomenológica e a representar
> transformações macroscópicas. Isso que você diz, e raciocinando-se em
termos
> de física do microcosmo, só vale para a teoria quântica.

Porquê ?

> > > Voltemos agora a seu questionamento. Apoiado em que dado experimental
> > > você pode garantir que as moléculas da "roupa vermelha" da sua
> > > experiência original deveriam estar todas em estados clássicos
> > > equivalentes?
>
> > Estados de q?
> > Estados de vibração ? de rotação ? de tranlação ? estado de q?
>
> Eu é que pergunto! Pelo que entendi, o autor dessa experiência dá a
entender
> que todos esses estados que você cita, e mais alguns não relacionados,
> seriam idênticos, se não de fato, pelo menos nas conseqüências (Sei lá que
> tipo de raciocínio é esse!).

Os estados que interessam para o comprimento de onda vermelho, são devidos à
distancia entre os electrões e o nucleo; distancia esta que depende do
numero de electrões no atomo.
Dado que as moleculas são da mesma especie quimica, e esta contém sempre os
mesmos atomos, que contém um numero pre-conhecido de electrões que não varia
, então por tudo isto, a energia dos estados que interessam para o fenomeno
da cor da roupa é sempre a mesma para o mesmo estado em cada atomo.
Independentemente de como se determine teoricamente o valor dessa energia -
seja MQ ou uma teoria classica qq - ela é experimentalmente a mesma, e
entende-se pq.

> > > As suas
> > > moléculas são todas bolinhas? Eu gosto muito de física de bolinhas,
mas
> > > a utilidade dela é bem restrita. Uma delas seria jogar sinuca.
>
> > Tá, ok. Agora, falando de fisica novamente: a MQ é a unica teoria a
> > explicar com rigor o espectro de absorção e de emissão das
> > moleculas/atomos. E tb a unica teoria a explicar o pq das coisas terem a
> > cor que têm.
>
> Sim, mas explica apelando para coisas que não existem.

Mas explica.
Agora, tente explicar com o mesmo grau de exactidão a mesma coisa apelando
para "coisas que existem". Se vc conseguir , sequer, vislumbrar como isso
possa ser feito, eu gostaria de saber.
E não me refiro obviamente a ideias tiradas sabe-deus-de-onde , mas a
experiencias que se possam fazer que evidenciem que existe uma outra forma
de explicar o assunto sem apelar a "coisas que não existem" .

(O Electrão existe ? Pq ? )

Todas as teorias são boas na medida que poderem prever com maior rigor os
dados experimentais. E nesta acepção vc não pode negar que a MQ é uma boa
teoria.
Vc diz que ha melhores... mas não sabe quais são... então, por hora me
atenho às que "existem" em vez de apelar para as que "não existem" !

Ninguem deve, e deveras não deveria, achar que uma teoria é um espelho da
realidade ou de coisas que "existem". Teorias são apenas intrepretações
cujos resultados podem estar mais perto ou mais longe do que
experimentalmente conseguimos medir.
Portanto, assim sendo, não cabe preferir uma teoria a outra sem nenhum
fundamento para além do gosto pessoal e ideias que embora sejam ideias boas,
não se traduzem no mesmo rigor experimental que a teoria existente
proporciona.


Isso não é explicar.
> Os quânticos não conseguem explicar nada, simplesmente vão encaixando
> equações aqui e ali na base da tentativa e erro.

E os outros, conseguem ?
O que é no teu entender "explicar algo" ? Não será que é apenas encaixar as
coisas, sejam ideias ou equações, até que o conjunto de todos os encaixes
acabe na maior proximidade com o que medimos ?


> Quando a equação dá certo
> dizem que explicaram alguma coisa que não conseguem transformar em
palavras;
> quando não dá certo jogam a equação no lixo.

Hum...e aqueles que têm as palavras e não as conseguem traduzir em numeros
que possam ser comprovados - ou não - por experiencias laboratoriais ?

> E essa história de dizer que "é
> a única" também já está saindo de moda. Eu costumo dizer que a teoria
> quântica é a única teoria que consegue explicar o que não existe. Explicar
o
> que existe é exclusividade da física clássica. Ou a física clássica
explica,
> ou ninguém explica de maneira satisfatória.

Ninguem explica.
Ninguem explica classica, ou de outra forma, pq as massas se atraem .. por
exemplo.
Mas isso não impediu Newton de tecer uma eq atemática para prever o quanto
elas se atraem...mesmo não sabendo o que causaria a atracção.
E eu não tenho problema nenhum em seguir a linha que ele seguiu ...

> > Claro que vc pode inventar outra teoria "classica" para explicar isto,
mas
> > terá o mesmo rigor ? Quero eu dizer, estará de acordo com a experiencia
> > com o mesmo grau de rigor ?
> > Supreendanos...
>
> Eu não tenho porque surpreender ninguém. Meu trabalho está quase todo no
meu
> website à espera de críticas.

Eu ja lhe fiz as minhas ...

Existem idéias novas para todos os gostos e
> não obstante são raríssimas as críticas que tenho recebido, e quase sempre
a
> abordarem as idéias apenas na superficialidade, sem penetrarem no âmago
das
> teorias expostas. As pessoas, via de regra, me dirigem a palavra não para
> criticar minhas idéias, mas para se defenderem, quase sempre sem argumento
> algum, das críticas que faço à teoria quântica.

Eu não estou defendendo nada. Eu estou expondo aquilo que está de acordo com
a experiencia: numéricamente de acordo com a experiencia.
Todo o mundo pode inventar o que quiser, e não tem que seguir a corrente.
Veja-se o Hawking como ele inventa... e está ai, e todos o adoram.
Todos podem inventar desde que possam suportar as suas invenções com dados
concretos: dados numéricos o mais rigorosos possivel.
É assim que se faz ciencia: tendo ideias estranhas e provando que são
certas.

A MQ pode ser - para alguns- estranha, mas ela já se provou certa. E a sua
maior conquista foi exactamente a explicação com rigor matemático e com
medições que fornecem suporte , de pq a tabela periodica é como é.

No teu caso concreto, não existe sequer uma quntificação das unidades das
entidades que usas nos teus argumentos. Já passámos por esta discussão. E
assim, eu por muito que goste da ideia da tua teoria não a posso aceitar
como cientifica. É uma boa leitura, tens ideias , mas está imcompleta. E
está incompleta pq não tem um padrão de grandeza, um padrão de quantificação
das entidades em causa. Só nomes, palavras...mas não numeros experimentais.
É uma teoria sobre fisica, mas não é fisica teorica.

> Mas então eu pergunto: Se as minhas idéias são tão idiotas, a ponto de não
> merecerem crítica alguma, porque se preocupariam tanto sobre o que eu
penso
> a respeito da teoria quântica?

Eu não me preocupo com o que pensas a respeito da TQ.
Eu só me preocupo com a tua indisposição em a aceitar como TEORIA... parece
que no teu conceito, aceitar a teoria é aceitar que a realidade é mesmo
assim.... isso não faz qq sentido cientifico, nem fisico, nem filosofico.
A teoria vale o que vale pelo tempo que vale alguma coisa.
No teu entender está perto o tempo em que ela deixará de valer alguma
coisa...
Tudo bem. É lá ctg. Agora, não podes negar o quanto ela é importante. Nem
que seja para explicar - quero mesmo dizer EXPLICAR - a tabela periodica.

Se eu sou idiota para teorizar, provavelmente
> eu também sou idiota para julgar teorias dos outros... Ou não?

De repente escreves sobre os teus atributos mentais ... pq isso ?
Eu nunca os coloquei em causa.


> O máximo que posso dizer a
> respeito é que o fim da teoria quântica está muito próximo e vocês não
> perdem por esperar.

Bom, tb diziam que o mundo acabava em 2000 e ainda cá estamos... :-)))

Não sou eu que vou surpreendê-los! A surpresa virá de
> todos os lados e vocês um dia irão acordar e perceber que o sonho acabou e
> 100 ou mais anos de ilusão foram para o espaço, de uma hora para a outra.
> Não sei se alguma de minhas idéias permanecerá de pé, mas tenho a certeza
de
> que da teoria quântica não sobrará nada, não haverá sequer o que ser
> enterrado. Quem viver verá.

Se alguma coisa mudar, será a intrepretação da teoria e não a sua matemátca,
as suas ferramentas , os seus postulados.
Nestes termos tb concordo que não pode durar para sempre aquilo a que se
assiste ...

> > Uma questão relativa à igualdade entre electrões:
> > Se os electrões não são todos iguais , pq se chamam todos electrões ?
>
> Se os tijolos não são todos iguais, porque se chamam todos tijolos?

Não respondeste à pergunta.

> Sob essas hipotéticas restrições intelectuais, você perceberá que dentre
> dois elétrons do mesmo feixe, após passarem por uma fenda, um deles
seguirá
> em uma direção e o outro em outra.

Como é que eu percebo isso ?
Eu teria que propor que os electrões são limitados no espaço
Teria que supor que eles são menores que a dimensão da fenda
Teria de supor que a diferença de escala entre a fenda e o electrão não cria
efeitos outros que possam falsear o meu pensamento
Teria que arranjar forma de colocar essa diferença de direcção em termos de
algo observável/mensurável.
Em suma, teria que arranjar coisas "que ainda não existem" para explicar
coisas que eu nem sei se existem. ... humm... voltamos ao principio: como é
que eu percebo que tenho que usar fisica de bolinhas para explicar o
fenomeno ? ( sim, pq o que está a usar é inegávelmente fisica de bolinhas -
localização espacial do corpo fisico)


> Por esse método você poderá não saber exatamente o local onde o elétron
> passou, mas poderá saber se dois elétrons passaram ou não pela mesma
posição
> ao atravessaram a fenda. Isso porque você está *medindo* algo relacionado
a
> essa posição naquele anteparo que existe após a fenda.

Estou pensando, não estou medindo nada até agora.

> Ou seja, dentro da minha (ou, hipoteticamente, nossa) ingenuidade sem
> limites, eu posso afirmar que os elétrons em um desses feixes estudados
> pelos físicos modernos, podem ocupar infinitos estados clássicos
diferentes,
> e posso até mesmo medir essa diferença.

A posição relativa não é um estado classico. Os estados classicos são
temodinamicos e ligados com a energia.
A posição é um estado quantico. É isso que não entendes, ou não queres
entender.
O teu pensamento

>Obviamente, e como um ser
> inteligente que é, você não irá aceitar essa evidência experimental, sob
> pena de ir parar na fogueira da inquisição dos tempos modernos.

Evidencia experimental ? que experiencias vc fez ? onde ? com que
instrumentos ?
como vc calculou os erros de medição ?
... se vc não fez nada disto,como vc pode dizer que é uma evidencia
experimental ?

Eu aceito essa ideia como ideia que é. Concordo com ela na sua exposição, e
até como principio, mas dai a considerar isso algo cientifico vai um caminho
muito longo, que a meu ver vc se nega a atravessar dizendo que calculos,
quantificações e equações não são necessários. E que eu não atravessarei
sei estes.

Se a MQ é tão falsa, pq suas previsões são tão boas ?


Sérgio

P.S.
Para a Ligia: Eu não entendi qual é o problema com o email da prof
portuguesa. Mas caso seja muito necessário , eu posso assitir na tradução do
portugues luso para o portugues brasileiro.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deves estar louca
FROM: "Alvaro Augusto de Almeida" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/02/2003 01:06

Alguém quer me explicar o que se passa? Acho que perdi alguma mensagem!

[ ]s

Alvaro Augusto



-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: "grasdic2" <grasdic2@yahoo.com>
Cc: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quarta-feira, 5 de Fevereiro de 2003 23:24
Assunto: [ciencialist] Re: Deves estar louca


> --- grasdic2 <grasdic2@yahoo.com> escreveu: > Se te
> referes à professora Natália vê-se que deves
> > estar em período
> > de cio.
> > Se estivesses nas listas portuguesas já tinhas
> > levado um pontapé ao
> > fundo das costas que saias da lista a pedais.Mas o
> > professor Netto é
> > que manda. Talvez ele te mande calar.É dor de corno,
> > não?
> > Tu de cientista nada tens. E o teu raciocínio é
> > reles. Tem ao menos
> > consideração pelos teus alunos e que estão nesta
> > lista. Se te deres
> > ao respeito respeitada serás.
> > Vai cópia para o professor Netto e da tua mensagem
> > foi afixada
> > fotocópia no jornal da universidade e da escola para
> > se saber o que
> > de reles as listas por vezes têm.
> > E acabou pois escolho as pessoas com quem me dou.
> > Espero não te ver sequer cá em Julho. Não tens
> > gabarito...
>
>
> Caro,
>
> Não o conheço... e espero que tenhas um bom dia.
> Afinal, para tanto amargor, só podes estar a
> experimentar algum tipo de problema de fundo
> emocional... e o professor Neto, o Léo, não manda,
> nós é que obedecemos, aliás, quem manda mesmo é o
> Brudna. E o Léo tem senso de humor... coisa que você
> aparenta não ter. O que tem? Aprenda a rir... faz
> bem.
>
> Cientista eu? Sou professora de física e matemática
> de nível secundário. Talvez para teus potenciais eu
> seja reles. Pois então prova-o à audiência de nossa
> lista.
>
> Quanto à tua mestra pela qual melindras, infelizmente
> falta a ela algum respeito para com a própria língua
> portuguesa... com todo respeito, ela escreve muito
> mal. E foi mais neste sentido que brinquei... uma
> vez que compreendi "lhufas" do que foi escrito.
> Desculpe.
>
>
> Uns chás de camomila hão de fazer-te bem! Cuida-te e
> não te esqueças de assinar seu e-mail da próxima
> vez... costumo tratar com adultos que tenham nome.
>
> Lígia
>
>
> =====
> Ligia Amorese
> ICQ: 126062546




SUBJECT: Re: [ciencialist] 1/2 OFF TOPIC - COLUCCI + Takata
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/02/2003 02:40

Re-enviei tudo novamente para o endereço que vc usa no ciencialist.
Interessante (porém, sem graça) é que a mensagem de resposta que enviei ao Roberto Takata tb voltou. Será alguma incompatibilidade inerente ao meu provedor (sssssspeedy)?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 6 de fevereiro de 2003 21:52
Assunto: RE: [ciencialist] 1/2 OFF TOPIC - COLUCCI


Léo,

Os nossos provedores têm um problema de incompatibilidade de gênios. Ou
seriam os gênios que têm incompatibilidade de provedores? :)

Meu ideal sempre foi ter um único endereço de e-mail, que me
acompanhasse para sempre. Como isso não é possível tenho dois. Recebi os
seus e-mails no trabalho mas não em casa. No entanto, o endereço
eletrônico de casa é o mesmo em que recebo esta mensagem e as demais da
Ciencialist.

Tente reenviá-los, do contrário continuarei acreditando que a força
centrífuga não existe nem em e-mails.

Um abraço,
Colucci


-----Original Message-----
From: Luiz Ferraz Netto [mailto:leobarretos@uol.com.br]
Sent: Thursday, February 06, 2003 6:43 PM
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Subject: [ciencialist] 1/2 OFF TOPIC - COLUCCI


Oi Colucci,

já lhe enviei 3 mensagens (pvt) sobre o problema da força centrífuga
(ou, na generalidade, forças de inércia), no endereço recomendado ...
todas voltaram (algumas dizendo que será tentado durante 4 horas etc.).
Mande-me um outro endereço eletrônico (caso ainda não tenha recebido o
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[]'
Léo


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SUBJECT: Re: [ciencialist] 1/2 OFF TOPIC - COLUCCI
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/02/2003 02:44


Colucci
Tente reenviá-los, do contrário continuarei acreditando que a força
centrífuga não existe nem em e-mails.


Simples, coloque seu monitor sobre um prato de toca-discos (78 rpm) e coloque um texto na tela com skroll (uauuu!) 'tomático'. O texto ficará submetido à força de Coriolis e sairá da tela!
[]'
sem assinatura, é muito comprometimento!


SUBJECT: puc-rio
FROM: "danni_scully" <ardm@unisys.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/02/2003 03:05

oi gente!

tem alguem aqui na lista que cursa/cursou o ciclo básico na puc-rio?
mandem pvt para ardm@unisys.com.br, ok?

abraços!!



SUBJECT: Re: [ciencialist] 1/2 OFF TOPIC - COLUCCI
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/02/2003 06:12

Colucci,

os e-mails estão voltando. Coloquei o material prá vc em:

http://www.feiradeciencias.com.br/css/colucci1.htm

É material original (parte dele é scanner de folhas datilografadas e parte à mão) que ainda nem foi digitalizado, formatado, desenhado pro Imperdível. É rascunho.

Não esqueça de ler a Parte 5 do tema Mudança de Referenciais na Sala 18!

Estou preparando os seguintes exercícios-exemplos de mudança de referencial em dinâmica:

Pêndulo cônico (estudado com referencial A e R, com análise das forças no fio em ambos)
Plataforma de manobra (plataforma giratória que existe em terminal ferroviário para inversão de locomotiva)
Pêndulo de Foucault
Ferrovia (exame da força de Coriolis em locomotiva que passa por região de latitude 40 graus norte)
Furacão (tufão, ciclone)
Giroscópio
Desvio da vertical (queda de pedra no poço de uma mina)
Torre Eiffel (queda de pedra do alto da torre - desvio vertical)
Espaçonave - referencial de Galileu
Espaçonave - referencial de Foucault
Experimento de Eotvos
Imponderabilidade no equador

e um complemento sobre a Força de Coriolis em meteorologia e tectonia.

Veja se algum desses lhe interessa de imediato e eu passo na frente dos demais.

[]'
Léo
===========================


SUBJECT: Re: Memória genética e o inconsciente p/ Takata
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/02/2003 10:33

--- Em ciencialist@y..., "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@i...>
> Já se postulou suas possíveis existências, que
> seja, termos memórias de nossos antepassados
> pré-gravadas em nosso cérebro. Nascemos
> já sabendo algumas coisas, não?

Sim, nascemos ja' sabendo algumas coisas. Mas
nao parecem q. possam ser consideradas memórias
de nossos antepassados.

Pra ser considerado memória, nossos antepassados
teriam q. ter aprendido alguma coisa nova e isso
ter sido incorporado no material genético. Mas tto
qto se sabe tal coisa -- herança de caracteres
adquiridos -- não ocorre.

As coisas q. já nascemos sabendo, pelo q. se aceita
atualmente, teriam origem assim: mudanças aleatórias
no material genético de nossos antepassados. Algumas
dessas mudanças tinham a ver com a formação de certos
circuitos no sistema nervoso. Algumas dessas mudanças
trariam alguma vantagem: por exemplo, o medo inato de
algum animal perigoso, o reflexo de sucção do bebê,
a tendência a ficar perto do grupo e assim por diante.
Os q. possuíssem essas características deixariam, na
média, mais descendentes e elas (as características)
iriam se espalhar na população.

Muito disso do q. já nascemos sabendo seguramente teve
origem antes mesmo de nossos antepassados terem se
tornado humanos -- e assim partilhamos muito disso, q.
normalmente denominamos de instinto, com diversos outros
organismos. Alguma coisa pode ter sido acrescentado
ou perdido desde então.

(De todo modo, sim, já postularam q. memórias dos
antepassados possam ser incorporados no ADN -- muitas
bobagens místicas pretensamente científicas se baseiam
nessa idéia. Mas não há nada mais sólido apoiando isso.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Takata e o Genoma!!!!
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/02/2003 11:52

--- Em ciencialist@y..., "Geraldo M. Barcelos \(HPG\)" <gemaba@i...>
> Pondero conceituarmos a diferença entre informação e dado, me
> parece que o que você entende por mensagem eu
> traduzo por dado.

Falo em mensagem para as informações contidas no ADN
em função da denominação de mensageiro dado ao ARN q.
intermedeia o processo.

> gemaba5 : E daí!!! Mas sempre existe um meio, não?

Sim, mas o meio não afeta no caso a característica
da molécula em si.

> Nâo existe
> problema algum considerar as bases como
> uma espécie de nota na linguagem da vida,
> ou uma espécie de letra.

Não sei se não existe realmente problemas.
De todo modo não vislumbro grandes vantagens
nisso. Mais simples considerar as bases como
componentes dos nucleosídeos q. formam o
ADN...

> Posso comprar um livro pra ler apenas um capítulo.

E vc não terá lido o livro. Tente ler pulando as linhas...
não faz sentido.

> gemaba5 : Mas você pode imbutir uma mensagem
> usando o código morse

O q. e' diferente de dizer q. o código Morse
contém uma mensagem.

> Por exemplo, uma música
> pode ser copiada e executada em meios
> diferentes de intrumentos, o ADN também.

Bem, não vi ainda executarem o genoma humano em
um computador ou em um violino...

> O clone é um indício que o ADN é um código
> de uma linguagem genética da realidade, ele
> pode ser copiado e se desenvolve em meios
> diferentes do, digamos, natural.

Não pode ser muito diferente. Se eu coloco o
ADN em um tubo de ensaio não acontece coisa alguma.

> A priori pensei que o exame levasse
> em conta a sequencia das bases no gen,
> parece que me enganei?

O exame não é através do sequenciamento, não.
Seria muito demorado, caro e tecnicamente complicado.

> consegui ver nossos E-mais, como

Escreve gemaba no campo de busca.

> gemaba5 : A Eva é um indício forte, ok.

A Eva mitocondrial? Como ela seria um indicio
da sintaxe e semantica dos genomas?

> gemaba5 : Desculpe Takata, nossa razão não é linear, ok.
> Você já ouviu falar de programação orientada a objetos
> já disponíveis em linguagens de largo uso. Não existe
> linearidade, a linearidade é uma relação com o meio
> que dispara os eventos, ok. Você gosta de computação?
> Ou linguagens de computador não são linguagens?

Mas a história do livro é. Se vc já lê de cara o
final em q. o mordomo é revelado o criminoso, a
trama perde a razão de ser.

> gemaba5 : Insisto Takata, seu argumento é fraco pra
> descaracterizar o código genético de ser uma linguagem.
> A linearidade não é forma essencial para a existência
> da linguagem. Podemos ter um código não executado
> linearmente e ser fruto de uma linguagem.

Pelo menos da música isso parece afastar.

> Uma música traduzida em uma partitura é um código, um conjunto
> de dados disposto seguindo uma ordem lógica. Uma música quando
> executada, se tornando uma informação, que, no caso, é a melodia
> produzida pela sequencia de notas. O ADN é a mesma coisa, o
> ADN é um código, um conjunto de dados composto em uma
> linguagem maior, qual linguagem? A linguagem que expressa
> a existência, a linguagem das formas. No caso, a linguagem
> das formas biológicas. No ADN existem diversas melodias,
> diversos gens, onde cada gen representa alguma coisa,
> ou coisa nenhuma no ser que representa.

Continuo sem entender.

> gemaba5 : Existe um limite natural mínimo e máximo?

Não. Pode se argumentar q. existiria um certo limite mínimo q. seria
o número mínimo de bases q. codificariam uma proteína funcional. Mas
não há realmente a necessidade de se codificar uma proteína do ponto
de vista do ADN (ou ARN) -- se e' q. ADN tem ponto de vista -- basta
a seqüência se reproduzir.

> gemaba5 : Você quer dizer algo como, o gen que representa seu
> nariz, ou gens, tem tamanho diferente do gen que representa o meu
> nariz, ou gens?

Podem ter tamanhos diferentes. Embora provavelmente não muito
diferentes.

> gemaba5 : Tenho difilculdades em imaginar um gen que represente
> essa forma básica, digamos, dos mamíferos. Provavelmente isso
> não se representa por um gen específico. O que você me diz
> disso?

Provavelmente não é um único gene realmente. Aliás, seguramente não é
um único gene. São diversos genes q. são expressos em momentos
diferentes no desenvolvimento -- desde antes da fecundação -- e tbm
em regiões diferentes do embrião. A maioria deles são genes
reguladores -- eles modulam a expressão de outros genes q. são
ativados mais tarde.

> gemaba5 : Já houvi postulações da sempre existência
> contrárias ao início de tudo mas as ponderações
> acerca do aparecimento da vida são possíveis
> devido a fruticidade do ambiente, ok. Na Acropolis
> postulo que a vida se surgiu pode ter haver com a vontade,
> o que você acha?

Vontade? Eu particularmente não encampo essa idéia. Mesmo
em um cenário q. admita a existência de um ou mais seres
transcendentes.

> <<Takata : Por exemplo, O Tempo e o Vento e' um texto, uma mensagem.
> A linguagem e' o Portugues do Sul do Brasil.>>
>
> gemaba5 : As vezes tenho dificuldades com metáforas, dá pra clarear?

No caso não é uma metáfora, é um exemplo. Com uma mesma linguagem e'
possivel se escrever coisas diferentes. A mensagem seria *o q.* foi
escrito; a linguagem, o modo *como* foi escrito.

> gemaba5 : O ADN é uma forma expressional como a música ou um texto,
> ok.

Hmmm, pra mim não está ok... A realidade se expressa (vc
usa 'expressar' no sentido estrito aparentemente)?

> gemaba5 : Se a gente fizer um gancho acá podemos jogar uma bomba
> no princípio da identidade defendida pela lógica binária de
> Aristóteles, o que acha?

Pode se criar uma lógica ternária, quaternária ou com qq outra
aridade, mas não vejo como isso muda a questão.

> <<Takata : Modelo conceitual, ok. Mas porq. linguagem como modelo?>>
>
> gemaba5 : Uai Takata, porque o código genético é uma linguagem que
> expressa o ser orgânico no cosmos. Um ser orgênico é uma expressão
> da realidade, uma forma de expressão da realidade, do cosmos.

Não me parece...

> gemaba5 : Poderia dar mais informações???!?

Acho q. vc tem q. correr atrás da bibliografia q. esse pessoal cita
nos trabalhos deles. Eu realmente não estou por dentro disso.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Takata e o ...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/02/2003 12:36

... seu retorno. Seja re-bem-vindo.
[]'
deus
======================


SUBJECT: Re: Bissexualidade e outros temas - epílogo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/02/2003 13:05

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Quanto a maioria da suas outras funções vitais, o homem é
> apenas uma semi-fabricação.

Maioria? Tipo: pressão sanguínea, metabolismo do açúcar, mecanismo de
reparo do ADN, aparato de replicação, digestão e assim por diante?

> Se a sua maior adaptação é
> a `adaptabilidade', isto é, a possibilidade de adaptações várias, é
> porque há nele uma plasticidade bio-psíquica que assim o permite.

Bio-psíquica? O q. e' isso? Isso se come? Q. haja uma plasticidade da
capacidade do sistema nervoso, tudo bem. Mas não vejo isso como uma
demonstração da adaptabilidade humana.

> muitos indícios de que o processo evolucionário mediante o qual o
> homem obteve esse flexibilidade foi a neotenia, ou seja, o homem
> preserva na idade adulta as potencialidades evolutivas da criança,
> que são imensas; pois, se cada estágio do desenvolvimento
> ontogenético de um organismo apresenta semelhanças com o estágio
> respectivo de um organismo ancestral, então na criança há muitas
> características da infância dos indivíduos das espécies ascendentes
> mais próximas.

Discordo de q. haja muitos indícios a favor da neotenia como processo
predominante na evolução da linhagem humana.

Discordo q. haja potencialidades evolutivas na criança ou em qq
outros estágio de qq indivíduo de qq espécie. Evolução é um fenômeno
populacional e não individual, evolução é um fenômeno genético e de
estágios de desenvolvimento.

Discordo q. na eventualidade da presença de características dos
indivíduos das espécies ascendentes mais próximas isso confira
*necessariamente* quer vantagem evolutiva quer adaptabilidade. Pode
conferir de fato, mas outros processos heterocronicos podem
igualmente.

> Vale dizer, a criança apresenta as potencialidades de
> desenvolvimento não apenas da espécie, mas do gênero.

Não existe isso.

> a) Nos mamíferos, a castração do feto `in utero' (a retirada dos
> testículos ou do ovário) "é sempre seguida do desenvolvimento de um
> aparelho genital, de glândulas mamárias e de um sistema nervoso
> central com caracteres do sexo feminino"

Isso não demonstra q. haja um default para a bissexualidade. Nem
mesmo entre os meninos. (Muito menos nas meninas.)

> b) Em grande parte das espécies, a pulsão erótica e a corolária
> sensação de satisfação (orgasmo) só se verifica entre os machos. O
> prazer sexual feminino é resultado da ação estimulante dos
> hormônios masculinos, sobretudo a testosterona. Sendo assim, na
> orientação sexual feminina está presente um elemento masculino,
> elemento este que é a sua condição de possibilidade.

O fato de chamarmos um hormônio de hormônio sexual masculino não quer
dizer q. esse hormônio seja um elemento masculino: exclusivamente ou
intrinsecamente masculino. Chamamos a testosterona de hormônio sexual
masculino simplesmente porq. ele é o hormônio desencadeador do
desenvolvimento das características sexuais secundárias masculinas.
Se formos nos atermos a nomes, rigorosamente não deveria haver
testosterona nas mulheres, já q. elas não possuem testículos.
Aparentemente o cérebro humano é masculinizado não pela ação direta
da testosterona ou da diidrotestorona, mas por um hormônio
sexual 'feminino' produzido localmente a partir da desaromatização da
diidrotestosterona.

> Alterações para mais ou para
> menos desses hormônios masculinos na mulher podem inverter sua
> orientação sexual ou causar frigidez.

O q. não demonstra um default para a bissexualidade, apenas q.
uma 'pré-programação' pode ser alterada posteriormente.

> Freud constatou há um século, a existência de um `resíduo' de
> feminilidade no homem e de masculinidade na mulher.

Constatou? Ou atribuiu?

> Takata: Nao vejo assim. Ha' possibilidade de eu acertar sozinho na
> Mega-Sena acumulada. Mas nao ha' tendencia para tal.
>
> Manuel: Se você joga um dado uma única vez, há uma possibilidade em
> seis que ele caia com o lado 2 voltado para cima. Se você joga o
> dado seis vezes, há uma `tendência' de isso ocorrer pelo menos uma
> vez. Jogando-se sessenta vezes, a `tendência' é que o mesmo se
> verifique em dez ocasiões.

Tendência de um em seis e não tendência de ocorrer na maioria das
vezes. A probabilidade de cair um 2 não se altera. Não se fala em
tendência de dar 2, mas em tendência de ocorrer 2 em um sexto das
vezes.

A possibilidade de uma pessoa matar alguém não implica em tendência
dessa pessoa efetivamente tornar-se assassina.

Nos EUA em um estado -- perdões não me lembro o nome -- é proibido
macacos andarem de ônibus. Não há tendência de macacos andarem em
ônibus, mas existe a possibilidade. No Brasil, os filhos q. atentarem
contra os pais perdem o direito à herança, não há tendência dos
filhos matarem os pais, mas há a possibilidade. Parece q. e' proibido
andar de táxi aos domingos em Toronto após comer alho, não vejo como
uma tendência da natureza humana (ou dos habitantes de Toronto) andar
de táxi aos domingos depois de comer alho (se for, teremos q.
rebatizar a cidade como Otonto).

> Manuel: Pra você vê como há ambigüidades, tendências opostas em
> interação, conflitos no coração do bicho homem.

Isso não demonstra um default ontogenético à bissexualidade.

> Takata: Se houvesse tendencias homicidas, pouco importaria em
> matar, pouco importaria com vidas humanas, pouco importaria
> se vingar, pouco importaria em defender a pena de morte.
>
> Manuel: Seria assim se não existisse uma tendência oposta e
> dominante. Como há, não é assim.

Ou seja não há tendências homicidas.

> Constata-se entre os chimpanzés e os humanos um padrão de
> comportamento que não é normal em qualquer outra espécie: as
> coligações agressivas entre machos de um grupo contra indivíduos de
> outro grupo em que há, entre os grupos hostis, laços próprios de
> parentesco; como, por exemplo, tutsis e hutus, atenienses e
> espartanos, judeus e palestinos, montecchios e capuletos,
> irlandeses católicos e protestantes, cientificistas e
> fundamentalistas cristãos,

Novamente não é um indicador da tendência homicida dentro de uma
sociedade. E' de um grupo contra o outro. A lei e' aplicada
internamente ao grupo.

> Mas não dá para admitir que tais resultados descartam a teoria da
> disposição bissexual da espécie humana, pois eles não condizem com
> o abundante material empírico de uma outra ciência, a antropologia,

Aqui q. eu acho q. a Psicanálise não tem um caráter científico. Vc
fala em falseabilidade. Pois bem, o dragão invisível no quarto de
Sagan tbm é falseável em tese. Mas na medida em q. surgem dados
contraditórios... Bem, não é um mal exclusivo da Psicanálise e dos
psicanalistas. Na verdade ocorre mesmo com teorias científicas
amplamente aceitas. A Navalha de Occam não é tão afiada assim.

Eu ao contrário não acho q. os resultados dos estudos aos quais me
referi contradigam os resultados antropológicos. Mas acho q.
contradizem a hipótese bissexual sob o qual vc interpreta os dados da
Antropologia. Os mesmos dados podem ser interpretados sob um outros
prisma, por exemplo, a da hipótese heterossexual sem problemas sérios.
Indivíduos bissexuais podem se dever ou a uma variação genética ou a
uma variação ambiental (hormônios, criação, etc) ou a uma combinação
de ambos: não é mais difícil de se explicar indivíduos bissexuais e
homossexuais a partir da hipótese heterossexual, do q. seria explicar
a ocorrência de indivíduos heterossexuais e homossexuais a partir da
hipótese bissexual. (Há outras hipóteses alternativas a essas duas:
heterossexualidade sequencial, homofobicidade, heterofobicidade,
sintonia transfásica epiglótica, psicoralismo, etc, etc...)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Deves estar louca
FROM: "Alvaro Augusto de Almeida" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/02/2003 13:13

Cara Ligia,

O seu nome colocado em um mural de uma escola portuguesa?? Que medo!! Isso
tudo foi por causa daquelas quatro linhas que você escreveu, ou houve algum
fado em pvt?

Cuidado que esse pessoal pode ter ligações com a Al Qaeda, com a OLP e,
quem sabe, até com a KGB!

[ ]s

Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quinta-feira, 6 de Fevereiro de 2003 01:53
Assunto: [ciencialist] Re: Deves estar louca


Ías já a defender-me, Alvaro Augusto!? :)

Eu só achei que o e-mail enviado em pvt pelo/a indivíduo/a que atende
por "grasdic2" ficaria melhor por aqui, na ciencialist, uma vez que
ele/a ameaça ou já colocou meu nome em um mural lá na escola dele/a
com um título de "reles", ou algo parecido. Pensei em dizer que por
aqui, costumo colocar nomes de gente que não gosto em boca de sapo e
costurar com espinho de coroa de cristo... mas, como ainda não
consegui traduzir o email na íntegra, não arrisquei... :) Pensei
que pudesse encontrar alguém entendido em português de portugal para
me ajudar.

Beijos, Lígia

***********************************

--- Em ciencialist@y..., "Alvaro Augusto de Almeida" <alvaug@n...>
escreveu
> Alguém quer me explicar o que se passa? Acho que perdi alguma
mensagem!
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto
>
>
>
> -----Mensagem Original-----
> De: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> Para: "grasdic2" <grasdic2@y...>
> Cc: <ciencialist@y...>
> Enviada em: Quarta-feira, 5 de Fevereiro de 2003 23:24
> Assunto: [ciencialist] Re: Deves estar louca
>
>
> > --- grasdic2 <grasdic2@y...> escreveu: > Se te
> > referes à professora Natália vê-se que deves
> > > estar em período
> > > de cio.
> > > Se estivesses nas listas portuguesas já tinhas
> > > levado um pontapé ao
> > > fundo das costas que saias da lista a pedais.Mas o
> > > professor Netto é
> > > que manda. Talvez ele te mande calar.É dor de corno,
> > > não?
> > > Tu de cientista nada tens. E o teu raciocínio é
> > > reles. Tem ao menos
> > > consideração pelos teus alunos e que estão nesta
> > > lista. Se te deres
> > > ao respeito respeitada serás.
> > > Vai cópia para o professor Netto e da tua mensagem
> > > foi afixada
> > > fotocópia no jornal da universidade e da escola para
> > > se saber o que
> > > de reles as listas por vezes têm.
> > > E acabou pois escolho as pessoas com quem me dou.
> > > Espero não te ver sequer cá em Julho. Não tens
> > > gabarito...
> >
> >
> > Caro,
> >
> > Não o conheço... e espero que tenhas um bom dia.
> > Afinal, para tanto amargor, só podes estar a
> > experimentar algum tipo de problema de fundo
> > emocional... e o professor Neto, o Léo, não manda,
> > nós é que obedecemos, aliás, quem manda mesmo é o
> > Brudna. E o Léo tem senso de humor... coisa que você
> > aparenta não ter. O que tem? Aprenda a rir... faz
> > bem.
> >
> > Cientista eu? Sou professora de física e matemática
> > de nível secundário. Talvez para teus potenciais eu
> > seja reles. Pois então prova-o à audiência de nossa
> > lista.
> >
> > Quanto à tua mestra pela qual melindras, infelizmente
> > falta a ela algum respeito para com a própria língua
> > portuguesa... com todo respeito, ela escreve muito
> > mal. E foi mais neste sentido que brinquei... uma
> > vez que compreendi "lhufas" do que foi escrito.
> > Desculpe.
> >
> >
> > Uns chás de camomila hão de fazer-te bem! Cuida-te e
> > não te esqueças de assinar seu e-mail da próxima
> > vez... costumo tratar com adultos que tenham nome.
> >
> > Lígia
> >
> >
> > =====
> > Ligia Amorese
> > ICQ: 126062546




SUBJECT: Re: [VOCÊ É O QUE SEUS AVÓS COMIAM] - Poodles
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/02/2003 13:26

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> Takata: "Although there was no apparent dependence of mounting
> activity on testosterone levels, occurrence of the behaviour was
> associated with the start of a seasonal increase in testosterone
> levels following seasonal minima."
>
> Friso o: "although there was no apparent dependence of mounting
> activity on testosterone levels" -- embora nao houvesse uma relacao
> aparente entre a ativadade de monta e o nivel de testosterona.
>
> Manuel: E o que diz o resto da sentença? Há variações sazonais do
> nível sangüíneo de testosterona em muitos mamíferos, e esse nível
> tende a atingir o pico no verão. Esses cervídeos jovens produzem,
> nessa estação do ano, uma quantidade maior de testosterona e, por
> conta disso, manifestam comportamento erótico. É, trata-se mesmo de
> um comportamento desencadeado pela testosterona.

Se eles descartam a correlação com o nível de testosterona... (ao
menos não encontraram tal correlação)

> Manuel: Entre as fêmeas de mamíferos, montadas de caráter
> ritualístico-agonístico é um fenômeno mais raro. Ocorre mais
> naquelas espécies em que as fêmeas são co-dominantes ou então
> dominantes, como entre os ratos-toupeira, onde o nível sangüíneo de
> testosterona na fêmea-rainha é muito mais elevado que em qualquer
> macho.
>
> Takata: O q. pode ser perfeitamente interpretado sob a optica de q.
> ha' um default ontogenetico 'a heterossexualidade.
>
> Manuel: Se pode, então me apresente essa interpretação.

Há várias possibilidades:

1- montadas de caráter ritualístico-agonístico não possui conotação
sexual, mas é um fator ritualístico-agonístico de dominância.

2- o nível mais alto de testosterona afeta o comportamento (embora
entre em conflito com o achado no cervo-dama -- poderia se supor q. o
envolvimento da testosterona possa variar de especie para especie),
q. continua polarizado.

3- a montada da fêmea dominante em ratos-toupeiras é típico da
espécie e a testosterona está ligada mais ao maior desenvolvimento
corpóreo da fêmea do q. ao seu comportamento: nesse caso os níveis de
testosterona da fêmea dominante durante o seu desenvolvimento no
útero da mãe não difere necessariamente da de outras fêmeas.

> Manuel: Um indivíduo cuja intenção é tão somente proteger seu
> território e seu harém, ele não vai gastar energia extra cometendo
> excessos.

Ele pode. Depende de como se interpreta esse excesso. E' preciso
saber se e' mesmo excesso. Auto-compensacao tbm nao explica eventuais
excessos.

> Se ele se excede na defesa de uma forma reiterada, se mesmo
> após ter atingido o objetivo ele continua brigando, é porque a
> briga é, para ele (presume-se), uma atividade prazerosa por si
> mesma, ou seja, é auto-compensatória.

Não necessariamente. Há plantas q. produzem toxinas em associação com
fungos. E continuam a produzir essas toxinas mesmo após ter eliminado
a concorrência e mesmo q. a toxina seja estável por décadas no
ambiente. Não vejo tal atividade como prazerosa à planta, como auto-
compensatória.

> Manuel: Entendo que o fim da ontogênese é quando o organismo atinge
> o estágio em que ele é capaz de se reproduzir.

Na, não. Crocodilos continuam a crescer ano após anos, décadas depois
de terem atingido a maturidade sexual plena, cobras tbm em geral são
assim. Cervídeos perdem e voltam a desenvolver suas galhadas. Algumas
espécies de peixes e anfíbios mudam de sexo após um certo período. Há
diversos casos de meninas q. engravidam e têm filhos relativamente
saudáveis antes de desenvolverem suas características sexuais
secundárias -- q. se desenvolvem posteriormente.

> É, a ontogênese, em algumas espécies, parece terminar no túmulo.

Por definição, a ontogênese de todos os organismos só termina com sua
morte.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Armaduras
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/02/2003 14:02

--- Em ciencialist@y..., "Arcange" <Arcange@i...> escreveu
> 1-) O advento das armaduras pesadas coincide de certa forma com o
> advento das armas de fogo. Ora, se houvesse uma relação
> determinista de um fato inibir o outro, as armaduras não teriam
> advento algum.

So' se as armas de fogo tivessem surgido plenamente desenvolvidas. O
q. nao e' o caso. A artilharia 'a polvora desenvolveu-se e acabou
superando a capacidade de resposta dos armeiros.

> 2-) As armaduras pesadas não eram usas em combate. Eram para
> torneios e outros eventos correlatos. Todo estudante de história
> sabe disso. Ora, se não eram usadas em combate, sua eficiencia ou
> não ante armas de fogo era irrevelante como critério de uso.

Mesmo q. a armadura completa fosse utilizada apenas em torneios,
armaduras eram utilizadas em combates. Essas armaduras foram se
desenvolvendo. E as armaduras completas certamente tinham status --
do contrario nao teria uso simbolico em torneios. So' q. o status
caiu com a vitoria da polvora.

> 3-) Ao contrário do que John Keegan generaliza, todos sabem que as
> armas de fogo - pelo meno no começo - não eram eficientes.

Claro q. nao eram eficientes. Ninguem disse q. eram. O q. se diz e'
q. elas se tornaram mais eficientes com o desenvolvimento da
tecnologia. Ate' superar as protecoes usuais, incluindo armaduras --
completas ou nao.

> Um tiro de Cook teria sido defletido por um *escudo de madeira*.

Apenas mostra q. eventualmente um tiro poderia falhar. Nao mostra q.
as armas de fogo tornaram as armaduras inuteis em batalha.

> Ora, se um escuro de *madeira* era capaz de, pelo menos
> eventualmente, impedir a penetração de um projétil do século *18*;
> por que uma chapa de *ferro* não impediria a penetração de um
> projetil do século *16* ?

Eventualmente nao e' protecao efetiva. Eventualmente posso sobreviver
saltando de um aviao a 4.000 pes de altitude. Nao mostra q. pára-
quedas são inúteis.

> 5-) Reafirmo: experiências consoantes com o que preconizo foram
> feitas na UECE.

Onde foram publicadas?

> 6-) A observação do Keegan está muito frágil. O que são 200 ou 250
> passos ? E penetrar que tipo de armadura ?

200 ou 250 passos são cerca de 180-220 metros. Penetrar as armaduras
existentes.

> A capacidade de perfuração de um projétil de arma
> de fogo portátil depende unicamente da sua velocidade.

Não, tbm depende de seu formato. As balas esféricas são menos
eficientes do q. as balas atuais tbm em função do formato -- a ponta
diminui a área de contato com a superfície, aumentando a pressão
exercida.

> 7-) Eu perguntei a 2 pessoas que têm porte legal de armas e
> experiencia em tiro se uma 22mm penetraria uma chapa de metal de
> 1,5 cm de espessura.

Q. Incrível Hulk suportaria uma armadura com 1,5 cm de espessura?
São 200 kg em bronze ou ferro - para um nanico medieval de 1,5m de
altura e 60 kg de peso. Balas de calibre 38 perfuram lataria de
carro. Armaduras medievais possuíam uma espessura média q. variava de
20 a 16 gauges (1 a 1,5 *milí*metros): a maior espessura em alguns
locais bem específicos chegava a 5 milímetros.

> *Se* eles estiverem certos (e eu não tenho certeza disso), por que
> um mosquete ou garrucha chabuzentos do século 16 penetrariam numa
> armadura pesada de ferro; mas um revolver moderno cano curto 38 não
> teria potencia para perfurar uma chapa de 1,5 cm do mesmo metal ?

Pela simples razão de q. uma pesada armadura de ferro não tem nem a
pau 1,5 cm de espessura. Se tivesse não seria preciso disparar um
único tiro, bastaria se aproximar do gajo e empurrá-lo com a mão.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/02/2003 14:23

>>COLUCCI: Isso se deve às multiplas interações com as moléculas e
átomos
que formam o meio. Fótons chocam-se com outras partículas e são
absorvidos e irradiados novamente. [...] Obviamente, nem todos os
fótons são absorvidos pelo material. Um fóton só é absorvido se
houver um nível de transição disponível para a transição do elétron.<<

>SÉRGIO TABORDA: Ora isto causa alguma estranheza. Se o fotão só pode
ser absorvido por electrões com energias particulares, ao enviar luz
branca teria de haver um tipo de electrões para cada frequencia...
ora isto não é possivel. Não é possivel que um material absorva todas
as frequencias do espectro. Alem disso, se o fizer, será um corpo
negro e não transparente ,como um prisma. Ai vc invoca um qq
principio de absorção. Mas de qq forma, essa absorção não é
aleatória, caso em que o feixe seria desviado para um direcção qq,
pelo contrario corresponde com uma lei muito bem definida (a qual não
necessitada da hipotese da absorção para ser explicada) Então, embora
a ideia descrita possa ser aceitável, até onde é mesmo aceitável?<

Sérgio,

Você começou a corrigir sem ler a mensagem até o fim, daí o
questionamento. Acho que não preciso responder ao que está aí em
cima, pois a resposta já está na mensagem original. Para simplificar
e, acredito, esclarecer a questão, proponho o seguinte esquema (uma
boa oportunidade para que eu fizesse uma revisão):

O QUE OCORRE COM UM FÓTON QUE ATINGE UM OBJETO?

PRESSUPOSTOS:

Imagine o átomo como um oscilador, com uma nuvem de elétrons
oscilando à volta do núcleo. As frequências de ressonância de um
átomo são as que correspondem ao quantum E=hv no qual os elétrons
saltam para outro estado de transição.

Como demonstrado por Einstein na derivação da Lei de Planck para a
radiação de um corpo negro, a interação entre energia luminosa e
matéria ocorre de três formas fundamentais:

Absorção
E2
^
Photon --> |
|
E1


Emissão espontânea
E2
^
|--> Photon
|
E1


Emissão induzida
E2
|--> Photon
Photon --> |--> Photon
v
E1

Einstein não botou aqui, mas acho que existe um quarto processo:
ionização, quando um elétron absorve a energia do fóton e é ejetado
para fora da órbita do átomo.


>SÉRGIO TABORDA: Isso só acontece pq os dois estados são resonantes ,
ou seja, o estado de maior energia tem uma energia que é multipla do
estado de menor energia, por isso um fotão de maior energia pode ser
transformado num de menor. Mas num caso normal isso não acontece.
Imagine-se um gás num recipiente. A luz é refractada pelo gás. Mas o
gás tem um espectro limitado (descontinuo) que não pode abarcar todas
as frequencias do espectro. Então, como explicar que a luz seja
refractada pelo gás ?<


Sabemos que o nível de transição de um elétron só se eleva se com
determinado nível de energia (E=hv) do fóton incidente. No entanto, o
átomo também responde a fótons de frequência não-ressonantes (chamado
espalhamento não-ressonante).

Imaginando-se o átomo como um oscilador de frequência
natural "wzero", um fóton de frequência "w" exercerá uma força
periódica sobre ele. A amplitude e a fase da oscilação dependerá dos
valores relativos de "wzero" e "w".


1. w<<wzero --> transparência

A oscilação é fraca em em fase. A energia do fóton é
rapidamente absorvida e emitida. Se for emitida na direção original,
o material é transparente; se for emitida em outras direções, o
material é translúcido.

2. w>>wzero --> absorção

A oscilação é fraca, com fase de 180 graus. A energia do
fóton aumenta a energia de vibração do elétron, que a transmite a
outros elétrons. Acontece, por exemplo, na conversão de UV em calor.

3. w~wzero --> absorção

A oscilação é forte, com fase de 180 graus. A energia do
fóton é absorvida pelo átomo (não só o elétron) e geralmente
transferida mecanicamente como energia térmica (absorção
dissipativa). Acontece na conversão de IR em calor.

No caso da luz branca, uma mistura de fótons de diferentes
frequências atinge o objeto. As frequências mais próximas da
ressonância serão absorvidadas e as outras serão refletidas. Esse
mecanismo é responsável pela aparência da maioria dos objetos.

PS: Não encontrei o esquema do jeito que está acima em nenhum texto,
por isso gostaria de ouvir sugestões e correções.


>SÉRGIO TABORDA: Então e os materiais transparentes ?

Vide acima. A transparência tem a ver com a estrutura molecular.
Moléculas em que todos os elétrons são pareados formam materias
brancos ou transparentes. Geralmente absorvem infravermelho ou
ultravioleta. Não conheço os detalhes do processo.


>>COLUCCI: A relação de Einsten (chamada, no Imperdível, de fórmula de
Planck):
E = hv
onde:
h = constante de Planck
v = frequência da onda eletromagnética<<

>SÉRGIO: A fórmula é de Plank. O nome "constante de Plank" foi
cunhado por Eisntein, que usou a formula de Plank no seus trabalhos
que lhe valeram o Nobel. Foi Plank, não Eisntein, quem deduzio a
formula pela 1ª vez.<

A equação é chamada às vezes de relação Planck-Einstein, fórmula de
Planck ou relação de Einstein. Foi inicialmente formulada por Planck,
ao descrever a radiação de um corpo negro. Planck porém, recusava-se
a acreditar no que diziam seus cálculos. Foi Einstein quem assumiu a
idéia dos quanta em seu trabalho sobre o efeito fotoelétrico de 1905,
numa proposta que Millikan chamou de "ousada, para não dizer
imprudente".

Colucci




SUBJECT: Um novo tipo de ciência
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/02/2003 16:28

Como nem todos conhecem a revista "SKEPTIC", editada por Michael
Shermer, copio aqui o resumo de um artigo que deverá sair no próximo
número. É sobre um assunto e uma personagem já discutidos nesta
lista: Stephen Wolfram e seu livro "A new Kind of Science".

Peço desculpas pela língua alienígena, mas não tenho tempo de
traduzir o artigo.

Um abraço,
Colucci


------------------------
E-SKEPTIC FOR FEBRUARY 6, 2003
Copyright 2003 Michael Shermer, Skeptics Society, Skeptic magazine, e-
Skeptic magazine (www.skeptic.com and skepticmag@aol.com). Permission
to print, distribute, and post with proper citation and
acknowledgment. We encourage you to broadcast e-Skeptic to new
potential subscribers. Newcomers can subscribe to e-Skeptic for free
by sending an e-mail to: join-skeptics@lyris.net
------------------------
SKEPTICS ON STEPHEN WOLFRAM AT CALTECH

Last Saturday, February 1, 2003, Dr. Stephen Wolfram, author of the
controversial book A New Kind of Science, spoke at Caltech to a
packed audience of over a thousand people, who came to see and hear
the subject of so much scientific press, as well as what three world-
class scientists had to say about it.

In an upcoming issue of Skeptic computer scientist David Naiditch
will be publishing a full review essay of Wolfram's book, but for now
I post his summary of the Caltech event, along with aerospace
engineer Michael Gilmore's impressions of the day.
-----------------------

A New Kind of Science?

David Naiditch

On February 1, physicist and computer scientist, Dr. Stephen Wolfram,
spoke to a full house at Caltech's Beckman Auditorium about his
grandiose proposal for a new and improved kind of science. After
Wolfram spoke for about an hour, he answered questions from a panel
of distinguished scientists, and then responded to questions from the
audience.

Stephen Wolfram was a child prodigy. He received his doctoral degree
in theoretical physics from Caltech when he was only 20, and was the
youngest scientist to receive a MacArthur award for his work in
physics and computer science. Wolfram made a fortune developing
Mathematica--a powerful software program that has become a standard
for technical computing. Then, staring in the early 1980s, he began
working on cellular automata.

To understand cellular automata, imagine a grid of squares where each
square can either be black or white. From an initial state of a few
black squares, a simple rule is applied over and over again. This
rule determines whether or not a square changes its color, and is
based on the color of the square's nearest neighbors. For instance, a
square might change from white to black only if its nearest left
neighbor is black and its right neighbor is white. From such simple
rules, intricate patterns can be generated, some of which are highly
symmetric like snowflakes, others that appear random, and others that
are self-similar fractals. Wolfram discovered that even the simplest
programs yield patterns of astonishing complexity.

In May 2002, Wolfram published his book, A New Kind of Science, which
for the first time revealed to the world the results of his research
on cellar automata and related fields. Wolfram's book was an
immediate success and caused a great deal of controversy. According
to his publicist, the initial print run of 50,000 copies sold out the
first day, with over 200,000 copies sold at the time of this writing.
The book has been reviewed in most major media venues (New York Times
Book Review, New York Review of Books, Science, Nature, etc.) and
Wolfram has been featured in such national publications as Time and
Newsweek.

Wolfram proposed a new way of doing science. For hundreds of years,
scientists have successfully used mathematical equations that show
how various entities are connected. For instance, Newton's equation,
F=ma, shows us how force (F) is related to mass (m) and acceleration
(a). The problem with this approach is that equations fail to
describe complex phenomena we see all around us, such as the
turbulence of boiling water or the changing weather. To describe such
complex phenomena, Wolfram proposes that scientists employ the types
of rules used in cellular automata and related areas of computing.

In Wolfram's theory the universe is a giant computer. This computer
produces complexity through the repeated execution of simple rules.
Instead of using equations to describe the results of nature's
computer programs, Wolfram tells us to examine the programs
themselves.

At the Caltech event Wolfram's ideas were challenged by a stellar
panel of scientists: Steven Koonin, Chris Adami, John Preskill, and
David Stevenson. Steven Koonin, the moderator, is a full professor of
physics at Caltech and received the Caltech Associated Students
Teaching Award, the Humboldt Senior Scientist Award, and the E.O.
Lawrence Award in Physics from the Department of Energy. Chris Adami
is faculty associate and director of the Digital Life Laboratory at
Caltech, principle scientist in the Quantum Technologies Group at the
Jet Propulsion Laboratory, and author of the textbook Introduction to
Artificial Life. John Preskill is the John D. MacArthur Professor of
Theoretical Physics at Caltech and the director of the Institute for
Quantum Information. David Stevenson has been a physics professor at
Caltech since 1980 and is the recipient of a Fellowship of the Royal
Society of London and the Feynman teaching prize.

Although it is clear that Wolfram is no crank, not someone skeptics
would label a pseudoscientist, skeptics will notice that, despite his
flawless credentials, staggering intelligence, and depth of
knowledge, Wolfram possesses many attributes of a pseudoscientist:
(1) he makes grandiose claims, (2) works in isolation, (3) did not go
through the normal peer-review process, (4) published his own book,
(5) does not adequately acknowledge his predecessors, and (6) rejects
a well-established theory of at least one famous scientist.

First, throughout his lecture Wolfram made the grandiose claim that
his work amounts to a "paradigm shift" of how we do science.
Furthermore, Wolfram claims his work will shed light on a broad range
of fundamental issues that have stymied scientists for ages,
including the randomness found in nature, biological complexity, the
nature of space-time, the possibility of a "theory of everything,"
and the scope and limitations of mathematics. Wolfram even claims his
insights can be used to tackle the ancient paradoxes of free will and
determinism, and the nature of intelligence.

Second, like so many pseudoscientists on the fringe, Wolfram did his
work in isolation for 20 years. Although he was running a company
that required he interact with employees and customers (many of whom
are scientists), his work on cellular automata was kept largely to
himself.

Third, Wolfram admitted that he had enough material during this time
for hundreds of scientific papers, yet he did not bother to publish
any of the material or present his ideas at any scientific
conferences. Thus, any critical feedback that might have improved his
theory before it was cemented in inky stone was eschewed, making
change at this point in the development of his theory much more
unlikely.

Fourth, in May 2002 Wolfram revealed his work for the first time in
his massive self-published tome, A New Kind of Science, coming in at
1,268 pages. This is not because he could not get a publisher, or
that no publisher would print such a large book. Readers may recall
Stephen Jay Gould's magnum opus, The Structure of Evolutionary
Theory, was released about the same time by Harvard University Press,
topping out at 1,433 pages. Between the two, bookstores shelves were
sagging under the weight of Big Science. Wolfram self-published
because he wanted to maintain tight control over the production and
distribution of his life's work.

Fifth, not only did Wolfram work alone, during his Caltech lecture
not once did he acknowledge the work of other scientists. In
addition, throughout the 850 pages of general text, and 350 pages of
notes, there are no traditional references to be found in A New Kind
of Science: no references to scientific papers, no citations of books
related to the topic, and no bibliography. In fact, the notes section
consists mostly of further commentary on his own work earlier in the
book, with occasional reference to other scientists and scholars
without actually providing citations to their work. In actual fact,
many of Wolfram's ideas are not new. They can be found, for instance,
in James Gleick's popular book, Chaos: Making a New Science, and in
Robert Wright's book, Three Scientists and Their Gods, which
describes the work of Edward Fredkin. Fredkin, like Wolfram, believes
that the universe is a digital computer. What is new in A New Kind of
Science is Wolfram's claim that cellular automata, instead of being
peripheral to science, should be central to the way science is
practiced.

Sixth, Wolfram raised the hackles of the scientific panel as well as
the audience when he rejected a well-established theory of a famous
scientist: none other than Charles Darwin and his theory of natural
selection. Although Wolfram does not claim natural selection is
totally without merit, he does claim it is insufficient to fully
explain the complexity found in the
biological world. For instance, he claims that natural selection can
explain phenomena such the lengthening of bones, but not fundamental
changes to an animal's morphology. Wolfram also claims that, contrary
to popular belief, evolution is not very important to biologists.

Panel member Chris Adami, who researches how complexity arises from
natural selection, took exception to these claims. Adami pointed out
that Darwinian evolution in general, and natural selection in
particular, is of fundamental importance to biologists; without it,
biology does not make sense. Adami also argued that the kind of
complexity biologists are most concerned with is different from the
kind of complexity presented by Wolfram. Wolfram tries to explain
complex patterns such as those found on seashells. According to
Adami, such complexity is based on our perception and our inability
to perceive the simple rules that can generate such patterns. In
contrast, biologists are concerned with functional complexity that
arises as organisms adapt to various environments, thereby increasing
their chance of survival and reproduction. Adami finds it
inconceivable that the functional complexity of, say, a living cell,
is due to a simple underlying rule. John Preskill also challenged
Wolfram on this point, noting that cellular automata are very
fragile. Any "mutation" to cellular automata is disastrous.
Biological systems, on the other hand, must be stable even when
mutations and other errors are introduced.

In addition to these criticisms, other objections were raised to
Wolfram's ideas. Steven Koonin pointed out that a paradigm shift
cannot arise simply by asserting something is a paradigm shift. One
must convince the scientific community that this description is
warranted. To the contrary, according to David Stevenson, Wolfram
fails to satisfy rules of what constitutes good science. Creating
programs that generate images that look like things found in nature
is not sufficient. One needs specific predictions. Wolfram does not
offer any laboratory experiments or observations that could verify or
falsify his grand claims.

Wolfram responded that the requirement of falsifiability does not
apply to mathematics or computer science. He argued that his claims
have the character of mathematics rather than physics, employing
calculus as an analogy. Newton= showed how calculus provides a new
way of doing science. Calculus itself, however, is not tested to
determine whether it is true or false. Its justification is that it
works. The panel rebutted that if this analogy is true, then Wolfram
is just proposing a new kind of computational method, not a new kind
of science.

Objections were also raised that Wolfram's theory lacks explanatory
power. Not everything that is useful is explanatory. For example,
David Stevenson explained that Feynman diagrams are very useful and
can provide answers to problems of quantum mechanics much faster than
answers obtained by computational methods. However, Feynman diagrams
do not provide an explanation or deeper understanding of quantum
phenomena. Again, it was emphasized that Wolfram seems to be offering
a new kind of computational tool, not a new kind of science.

According to Wolfram, by generating patterns on the computer screen
that resemble, for instance, snowflakes, he has explained how
snowflakes acquire their complex symmetric structures. Panelists
countered that such inferences are unwarranted. The resemblance does
not, by itself, mean nature uses rules to generate snowflake
patterns. Wolfram needs to demonstrate how nature physically
instantiates the rules of cellular automata. Evidence is needed to
show that the shape of snowflakes was produced by a physical
mechanism whose behavior resembles the rules used by a computer.

John Preskill observed that few of the ideas presented in Wolfram's
book are concrete enough to be usable by research scientists.
Wolfram's answer that no experts in his field yet exist, does not
address the problem. For example, Wolfram's most original ideas--such
as the attempt to incorporate quantum theory and gravity using random
network models and path independence--are too speculative to be of
use to scientists.

At the end of the Caltech program the moderator, Steven Koonin, asked
the panelists to predict whether in 20 years Wolfram's A New Kind of
Science will be viewed as a paradigm shift. The unanimous answer
was "no." One panelist said, "it is not an approach that has much
promise," while another noted that Wolfram's ideas are the "Emperors
New Clothes." Wolfram tried to get in the last word by stating that
this reaction from the panelists is just what one would expect from a
paradigm shift. But Steven Koonin rejoined that this is also just
what one would expect if Wolfram's ideas did not amount to a paradigm
shift. Ultimately, time will tell who is right.




SUBJECT: Re: puc-rio
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/02/2003 17:01

> tem alguem aqui na lista que cursa/cursou o ciclo básico na puc-
rio? mandem pvt para ardm@u..., ok?

Eu. Por que?

Obs. Seu email esta incompleto.





SUBJECT: Takata e o Genoma!!!!
FROM: "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/02/2003 17:18

Olá Takata, Lígia Amorese, José Renato, Manuel Bulcão, Sílvio Cordeiro e todos
!!!

Você sumiu, inclusive na lista Noosfera foi tocada em seu nome
em uma discussão que estou tendo com a Lígia e, se não
me engano, Haroldo, sobre genética. Peço-lhe que tenha
um pouco de paciência porque estou com alguns problemas
pessoais acá, acúmulo de tarefas, ok. Também porque
alguns questões da Lígia estão me fazendo ter que
estudar um pouco melhor.

PS.: Alô Lígia, se estiver por acá o assunto é correlato,
ok.

Agradeço-lhe!!!
Sinceramente!!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br






http://www.ieg.com.br


SUBJECT: Re: Armaduras
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/02/2003 17:19

--- Em ciencialist@y..., "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
> Um projétil .22 para revolver não fura uma chapa de aço de 1,5mm nem
> a pau.

Com 22 não dá pra matar nem passarinho. Mas um arco composto e' capaz
de perfurar uma chapa de ferro (ferro, não aço) de 1 mm.

http://www.stortford-archers.org.uk/medieval.htm

Usando as equacoes encontradas em:

http://battlefield.ru/guns/defin_1.html

Pra um mosquete q. atira um projétil de chumbo de uma onça a cerca de
160 km/h, utilizando-se a equação de Fairbairn, chego a uma espessura
de 14 cm (se não errei na conta), com a de Tressider acho q. dava
algo em torno de 4 cm...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RE: Armaduras
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <Alexandre.Medeiros@Consultmail.net>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/02/2003 17:58

> From: rmtakata

> > 7-) Eu perguntei a 2 pessoas que têm porte legal de armas e
> > experiencia em tiro se uma 22mm penetraria uma chapa de metal de
> > 1,5 cm de espessura.
>
> Q. Incrível Hulk suportaria uma armadura com 1,5 cm de espessura?
> São 200 kg em bronze ou ferro - para um nanico medieval de 1,5m de
> altura e 60 kg de peso. Balas de calibre 38 perfuram lataria de
> carro. Armaduras medievais possuíam uma espessura média q. variava de
> 20 a 16 gauges (1 a 1,5 *milí*metros): a maior espessura em alguns
> locais bem específicos chegava a 5 milímetros.

Um projétil .22 para revolver não fura uma chapa de aço de 1,5mm nem
a pau. O que conta é o tamanho da cápsula da bala. Se for .22 de um
rifle potente a bala atravessa chapa de 1,5mm e mais o cabra da peste
que estiver atrás.

(Conheço um cearense ruim-que-é-o-capeta que tem um projétil de .38
encravado no ociptal (aquele atrás de orelha). Cabra da peste!)

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Lígia, Takata e o genoma.
FROM: "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br>
TO: "noosfera@yahoogrupos.com.br" <noosfera@yahoogrupos.com.br>
CC: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/02/2003 19:13

Olá Lígia !!! gemaba7, ok.

<<gemaba : > Minha teoria é que exista um telômero para cada gen
o que explicaria porque alguns são ativados em momentos
diferentes do desenvolvimento do ser.>>

Lígia : Um gene está dentro de um cromossomo... um cromossomo é composto por

vários genes e o conjunto de genes perfaz uma sequência genética que
é justamente o que um cromossomo é. Um telômero "acontece" em
cromossomos. Explico: a divisão celular pode se dar por duas vias:
a mitose e a meiose, sendo que a meiose apenas acontece quando da
formação dos óvulos ou espermatozóides. Na mitose, por outro lado,
há uma "multiplicação por 2" dentro do núcleo e do citoplasma
celular. Temporariamente uma única célula contém dois núcleos e duas
vezes seu número de cromossomos até que todo o processo da
mitose "divida" tal célula em duas. Dentro do núcleo, onde jazem os
cromossomos, digamos que estes comecem a se multiplicar por dois.
Oras, cada uma das sequências genéticas deve ser repetida à risca
para que a célula "gerada" quando da "divisão" seja exatametne igual
a que a gerou. Muito bem... e como é que um gene pode ser
replicado? A partir da repetição de seu código. Para que tal
repetição aconteça, os "telômeros" já estão a postos lá, encabeçando
cada cromossomo, cada sequência de genes. Os telômeros são
como "cabides", fios tratores, um varal onde as pecinhas de genes vão
sendo "desenroladas e duplicadas"...

gemaba7 : Desculpe Lígia, estou um pouco confuso em relacionais
bases, que aparecem em duplas, pois não? Já entendi que um gen
é uma sequência de bases, agora você diz que os cromossomos
são um, ou mais gens, certo? Pode ser apenas um gen, ou necessariamente
são muitos? Se um cromossomo tem vários gens ele pode conter
em si a essencia de várias formas da essência do ser?

Eduardo Torres : Telomeros são as extremidades dos cromossomos lineares eucarioticos
(q
estao no nucleo). Eles são nucleoproteinas complexas especializadas que têm

de fato funções importantes, principalmente na proteção e estabilização
dessas extremidades, q mantem a integridade fisica e morfologica do ADN
situado entre os telomeros. Claro q para uma duplicacao correta temos q ter

cromossomos integros, mas ai' e' mais uma funcao derivada. Na maioria dos
organismos estudados, os telomeros contem extensões prolongadas de
repeticoes de duplas de nucleotideos formadas por Gs (guanina) e Ts
(timinas), chamadas repetições terminais. Estas repetições terminais são
altamente conservadas; na realidade todos os vertebrados parecem ter a
mesma repetição de sucessão simples em telomeros: (TTAGGG)n. Por q? Ninguem

sabe.

gemaba7 : Eduardo, se puder relacionar melhor pra mim, bases, gens e
cromossomos fico grato. Se tiver alguma indicação de uma imagem
em algum site que possa exemplificar ficaria perfeito, obrigado.

Eduardo Torres : A telomerase é a enzima transcriptase reversa responsável pela
extensão das
sucessões telomericas repetidas na maioria das espécies estudadas. Se a
atividade da telomerase é diminuída, os telomeros encurtarão a cada divisao

do cromossomo. Telomeros encurtados parecem conduzir ao envelhecimento da
celula. Os telomeros podem acabar se encurtando ao ponto de nao serem
longos o bastante p/ suportar o complexo de telomero-proteína que protege
os extremos dos cromossomos e assim estes cromossomos ficam instáveis.
Estas extremidades encurtadas podem ainda se 'grudar' com outras e promover

assim um rearranjo indevido de cromossomos. Alguns rearranjos parecem
contribuir com desenvolvimento de cânceres.

Eduardo Torres : De qq modo, a reproducao correta das celulas parece ser afetada
com a
diminuicao do comprimento dos telomeros, e parece q a cada divisao de
cromossomos eles se encurtam um pouco, como se fosse um 'relogio biologico'

celular.

Eduardo Torres : Especula-se q a enzima telomerase possa ser a chave p/ a extensao
da vida
das celulas, e, por extensao, dos organismos multicelulares, se
conseguirmos manter o tamanho dos telomeros constante ao longo das
reproducoes celulares.

gemaba7 : Ok, Eduardo.

gemaba2 : Ok Lígia essa parte já entendi, ok. Vamos esmuiçar mais
se você não se importar. Outra coisa que me parece importante,
existe um telêmero que regula a divisão da célula como um todo,
mas deva existir telômeros que regulem a síntese de algum gen,
pois não? Não sei se você entendeu a pergunta, mas seria importante
discutirmos isso.

Lígia : Acho que já respondi acima... a idéia de um telômero é a de um
cabide que dá sustentação a um cromossomo enquanto seus genes estão
sendo duplicados a partir de reações enzimáticas. A "decisão" de
tais células serem duplicadas ou multiplicarem-se surge quando elas
alcançam a "maturidade"... sem muito pó-de-arroz, uma divisão
celular é só uma reprodução assexuada.

gemaba7 : Ok Lígia, os telômeros regulam a divisão da célula
como um todo, ok. Mas existe outra coisa que quero discutir,
você disse que a mulher nasce com um número de óvulos
pre-estabelecido. Quando o esperma se encontra com o
óvulo esses óvulos não estão lá no momento da fecundação,
pois não? Quando eles são produzidos? Por volta de
treze anos, quando acontece a mestruação, ou antes?
Se os óvulos não existem quando acontece a fecundação
e são produzidos posteriormente, a informação para
a sua produção está no gen, em algum lugar do ADN,
pois não? Pondero que após a fecundação os gens,
que por exemplo, contêm os códigos para a
formação dos óvulos, se encontram adormecidos,
diriamos assim. Quando são ativados e porque,
os telomeros têm alguma relação com isso?

gemaba : > Se quizerem explico minha hipotese para o desenvolvimento
do óvulo no útero.

Lígia: Eu quero!

gemaba : Uma pergunta, a hipofise, o hipotalo, a tireode se
relacionam com o óvulo femino, pois, não? Como é produzido o óvulo
feminino? e o esperma masculino?

<< Lígia: Em linhas bem gerais: O óvulo e o esperma são produzidos
por uma forma de divisão celular chamada "meiose". >>

gemaba7 : Quando isso ocorre no homem e na mulher?

<<Lígia : Na meiose, as
células são divididas, não há multiplicação apenas divisão do material
genético e os pares XX ou XY passam a ser apenas X, ou Y. No caso
do homem, há a divisão em X e Y, o que permite o nascimento de futuros
homens em 50% dos casos. Já a mulher apenas "produs" o X... A
Hipófise produz hormônios que permitem o "amadurecimento" dos óvulos
dentro dos ovários e a consequente "expulsão" dso mesmos no processo
chamado "ovulação". Nota: as mulheres já nascem com um número pré-
determinado de óvulos.>>

gemaba7 : Você diz que a mulher já nasce, como assim? Se consideramos
o nascimento como o momento da fecundação esses óvulos ainda não
existem, pois não? Pondere!!!

gemaba2 : Já é um dado importante que ponderaria que memórias
genéticas não instintivas possam ser mapeadas no código genético. Huuummm,
interessante Lígia. Conversando com o Lúcio Manfredi e o ZC concordamos que

o
instinto é mapeado no gen. Como você disse, o instinto é uma espécie
de programa que, dependendo de estados do ser, ele é executado
automaticamente. Poderiamos explorar bem o exemplo da pálpebra.
Ou seja, uma hipótese bem possível é que os instintos são memórias,
neurôniios e sinapses que já se encontram mapeadas no gen. Uma
hipótese, diriamos mais surrelista seria imaginar outros tipos
de memórias que pudessem ser armazenadas no ADN que
não fossem instintintos. Pelo que você disse poderiamos
excluir as mulheres dessa hipótese? Você alguma possibilidade
Lígia, de, na produção dós óvulos na mulher memórias dessa
mesma mulher possam, de alguma forma, serem mapeadas
no ADN?

<<Lígia : Nenhuma hipótese. Não há isso como um gene ser um dado ou bit. Um

gene faz parte de uma sequência de genes e é esta sequência que traz
consigo as informações básicas a respeito de um corpo vivo. As
idéias e as memórias fazem parte do que é adquirido quando o corpo já
está nascido e em desenvolvimento de suas atividades... não
participa, portanto, do processo da própria "ciração" do ADN...
agora, há rpedisposições genéticas apra determinados gostos.>>

gemaba7 : Então você não concorda que os instintos estão
mapeados no gen e que são, diriamos, implantados no
ser automaticamente? Pondere!!!

gemaba : Quando a mulher produz os óvulos? Em que
quantidade? No caso dos homens é diferente, certo?
Ou seja, a possibilidade de haver alguma ligação de
memórias com a formação do ADN é maior ao
longo do tempo? Em resumo, além da diminuição
do telômero não existe nenhuma outra forma do
ADN mudar durante a vida do ser? Existe alguma
possibilidade do homem, quando produz o espermatoziode,
transferir algum tipo de memória que tenha armazenado?

Lígia : As mulheres já nascem com um número pré-definido de "proto-óvulos"
em
torno de 300 a 400 mil, que irão apenas alcançar a maturidade a
partir da primeira menstruação, que é quando o ciclo reprodutivo da
mulher dá início. E ainda assim, desse número, apenas uns poucos,
algo em torno de uns 500, chegam a se tornarem óvulos. Menos ainda
chegam a se tornarem ovos... que irá depender do número de filhos
que uma mulher venha a ter ou o número de óvulos fecundados que ela
consiga reter em si durante sua vida sexualmente ativa.

gemaba7 : Continuo com a mesma pergunta do já nascer com
300 a 400 mil óvulos, quando acontece a fecundação isso
não existe, pois não? Pondere!!!

gemaba : O que você me diz de comparações entre o ADN
de uma criança e um adulto, o mesmo ADN. Sô muda o
telêmero. O seu tamanho é idêntico?

Lígia : O código "impresso" em um cromossomo é o mesmo, desde a fase
embrionária até o adulto. E, diga-se de passagem é até mesmo tal
código que cria o corpo a partir das divisões sucessivas e da
diferenciação celular. É algo espantoso e muito lindo ao mesmo
tempo. Estuda-se agora a possibilidade do encurtamento dos
telômeros ter íntima relação com o envelhecimento físico, mas veja:
não tome este evento como a resposta final, ok? Há muitos outros
dados a serem computados quando se fala em envelhecimento...

gemaba7 : Então a única diferença é o telômero?

Lígia: O instinto é um programa básico do tipo: se tal coisa
acontece, faça tal coisa... No caso dos bebês: chore se sentir
desconforto. Sugue se algo entrar em sua boca.

gemaba2 : Que tal se déssemos uma esmuiçada nisso e
entendéssemos melhor o que seja instinto? Você me ajuda?
Desculpe não aprofundar mas é que estou com problemas
acá.

Lígia : Vou tentar, mesmo porque não sou nenhuma autoridade no assunto... e

entendo instintos como algo que nos permitem viver e sobreviver mesmo
quando não temos contato com outras experiências de vida além de
nossa própria... :)

gemaba7 : Você parece que afirmou que os instintos não são memórias
genéticas e insisto na pergunta, tem certeza? Por exemplo, outra
pergunta, o que faz os gens que caracterizam o nariz do ser
ficarem, diriamos, adormecidos logo após a fecundação? Quando
eles são ativados e porque? O Telômero nada tem haver com isso?

Beijos, Lígia

Saudações !!!!
gemaba
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SUBJECT: Memória genética e o inconsciente p/ Takata
FROM: "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
CC: "noosfera@yahoogrupos.com.br" <noosfera@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/02/2003 19:34

Olá Takata !!! gemaba2.

gemaba : > Já se postulou suas possíveis existências, que
> seja, termos memórias de nossos antepassados
> pré-gravadas em nosso cérebro. Nascemos
> já sabendo algumas coisas, não?

Takata : Sim, nascemos ja' sabendo algumas coisas. Mas
nao parecem q. possam ser consideradas memórias
de nossos antepassados.

gemaba2 : Desculpe Takata, mas se pensarmos
na Terra como possibilitadora da vida e o
útero do homem, coisa mais provavel, elas
só podem ter vindo dos nossos ancestrais que
se desenvolveram, pois não? Você vê outra
opção?

Takata : Pra ser considerado memória, nossos antepassados
teriam q. ter aprendido alguma coisa nova e isso
ter sido incorporado no material genético. Mas tto
qto se sabe tal coisa -- herança de caracteres
adquiridos -- não ocorre.

gemaba2 : Vamos imaginar uma reação instintiva,
por exemplo, o abrir e fechar da pálpebra.
A essencia da pálpebra está codificada em
um ou mais gen, pois não? Provavelmente
existem gens que além de mapearem a
essencia da pálpebra, mapeam também
uma forma no cérebro que represente a
ação instintiva de abrir a pálpebra, ação
ou acontecimento? Existe possibilidade
disso ocorrer, certo? Como esse,
diriamos programinha pra abrir a
pálpebra foi parar no gen? Mágica
de Deus?

Takata : As coisas q. já nascemos sabendo, pelo q. se aceita
atualmente, teriam origem assim: mudanças aleatórias
no material genético de nossos antepassados.

gemaba2 : Ok Takata. conheço um pouco da teoria
Darwinista, mas existe também o Lamarkismo, pois
não? Mudanças aleatórias? Os meio sempre pressiona
essas mudanças, pois não? O olho é uma especialização
do tato, ou não?

Takata : Algumas dessas mudanças tinham a ver com a formação de certos
circuitos no sistema nervoso. Algumas dessas mudanças
trariam alguma vantagem: por exemplo, o medo inato de
algum animal perigoso, o reflexo de sucção do bebê,
a tendência a ficar perto do grupo e assim por diante.
Os q. possuíssem essas características deixariam, na
média, mais descendentes e elas (as características)
iriam se espalhar na população.

gemaba2 : Ok Takata, mas a interação com o meio
pressiona essa aleatoriedade, pois não?

Takata : Muito disso do q. já nascemos sabendo seguramente teve
origem antes mesmo de nossos antepassados terem se
tornado humanos -- e assim partilhamos muito disso, q.
normalmente denominamos de instinto, com diversos outros
organismos. Alguma coisa pode ter sido acrescentado
ou perdido desde então.

gemaba : Ok Takata, mas postulo alguma ligação
menos aleatória entre o meio e o ADN. No E-mail
que mandei pra Lígia falamos disso sobre
outro aspecto, se puder comentar...

Takata : (De todo modo, sim, já postularam q. memórias dos
antepassados possam ser incorporados no ADN -- muitas
bobagens místicas pretensamente científicas se baseiam
nessa idéia. Mas não há nada mais sólido apoiando isso.)

gemaba2 : Seria uma explicação interessante para as
tais regressões, vidas passadas, sonhos estranhos,
quando chegamos em lugares que nunca estivemos
e temos a impressão de já conhecer, bla,bla,bla...
Que achas???!???

[]s,
Roberto Takata

Sinceramente!!!
gemaba
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SUBJECT: Takata, Lígia e o Genoma!!!!
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DATE: 07/02/2003 20:39

Olá Takata !!!! gemaba7.

gemaba : Pondero conceituarmos a diferença entre informação e dado, me
parece que o que você entende por mensagem eu
traduzo por dado.

Takata : Falo em mensagem para as informações contidas no ADN
em função da denominação de mensageiro dado ao ARN q.
intermedeia o processo.

gemaba7 : Caro Takata, meu raciocínio se dá por conceptualização,
não primo pela técnica. Enxergo nitidamente um ADN como uma
linguagem, uma espécie de algoritmo se considerarmos a natureza
um computador. O ADN executa na natureza de uma maneira
determinada, bem definida, bem programada, logicamente
relacionada. Mas não enxergo isso tecnicamente, talvez
faça o mesmo que Kepler fez com a geometria dos
sólidos e as medições dos astros e tentou imaginá-los
conceitualmente através da geometria cartesiana
tridimenssional. Estabeleço uma relação conceitual
entre a linguagem musical, a linguagem computacional e
a linguagem adeênica, se é que assim possamos chamar.
Vamos a um exemplo, consideremos que o nascimento
de um indivíduo, por exemplo você Takata, aconteça
no momento da fecundação, ali podemos dizer
que você já exista, pois não? Mas fazer uma pequena
viagem!!! Imaginemos o Takata instantes após sua
fecuandação. O Takata não tinha pálpebra, certo?
O(s) gen(s) que determinaram o que é a pálpebra
do Takata hoje, instantes após a fecundação o que
eram? Eram gens, certo Takata? Gens adormecidos?
Podemos dizer que esses gens que determinaram a
pálpebra do Takata estavão inativos? Quando?
Como? Porque esses gens são ativados?
Aleatoriamente ???!??!

> gemaba5 : E daí!!! Mas sempre existe um meio, não?
<<Takata5 : Sim, mas o meio não afeta no caso a característica
da molécula em si.>>

gemaba7 : A molecula que determina a essencia do ser? Se
assim for lembro-me do exemplo de meu caríssimo Ivan de
Almeida e seu exemplo de clones de gatos. O Ivan
cita Maturama, o Manfredi cita Antônio Damásio,
existem ponderações do interacionalismo entre
tudo, o meio e o ADN e, se a Terra é nosso útero
maior, sendo a água um útero menor e viemos da
Terra e pra Terra retornaremos, essa inter relação
constante é a base do tempo natural, diferente
do Newtoniano, pois não?

<<gemaba : > Nâo existe
> problema alguma considerar as bases como
> uma espécie de nota na linguagem da vida,
> ou uma espécie de letra.>>

Takata : Não sei se não existe realmente problemas.
De todo modo não vislumbro grandes vantagens
nisso. Mais simples considerar as bases como
componentes dos nucleosídeos q. formam o
ADN...

gemaba7 : Vantagens, lembre de Arsitóteles, lembre-se
de conceito, a grande arma da ciência. Quando pensamos
baseados em conceitos podemos fazer associações
que se essencialmente comprovadas podem nos levar
a entender porque os gens que contêm os dados para
a pálpebra do Takata se transformar em pálpebra
estarem inativos no momento em que ele nasceu,
pois não?

gemaba : > Posso comprar um livro pra ler apenas um capítulo.

<<Takata : E vc não terá lido o livro. Tente ler pulando as linhas...
não faz sentido.>>

gemaba7 : Ok Takata, você é resistente, vamos mudar o foco,
já ouvistes falar em linguagens de computador? Você crê
que linguagens orientadas a objeto que programamos
hoje são lineares? O ADN é uma linguagem oh homem!!!
Tem sintaxe, tem semântica, tem lógica, tem determinismo
caótico constantemente interagindo com o meio, pois não?

> gemaba5 : Mas você pode imbutir uma mensagem
> usando o código morse

<<Takata : O q. e' diferente de dizer q. o código Morse
contém uma mensagem.>>

gemaba7 : Linguagem é um protoco de comunicação que
se estabelece pra um fim determinado. O código Morse,
visto como linguagem possibilita codificar dados que
podem se transformar em informação.

gemaba : > Por exemplo, uma música
> pode ser copiada e executada em meios
> diferentes de intrumentos, o ADN também.

Takata : Bem, não vi ainda executarem o genoma humano em
um computador ou em um violino...

gemaba7 : O Ivan falou que clonaram uns gatinhos, que seja,
mesmo ADN executando na natureza e disse que os pelinhos
dos bichinhos ficam diferentes. Que tal se clonassemos uns
gatinhos e fizessemos uns testes colocando cada um para
viver em um ambiente diferente, sendo alimentado por
comidas diferentes. Que tal? O genoma humano é uma
linguagem, o Takata é um código que interage, que é
executado pela natureza, alguns pensam que redigos
por Deuses, fadas, bruxos, presentificados, iluminados,
pagés, pajés, ateus, céticos, físicos, cientistas, bla,bla,bla...
Quais são suas facções preferidas? Oh Takata????????
Quem sabe você seja oriental e iluminado? Alô
Manfredi, o Takata é iluminado? (risos!!!)

gemaba : > O clone é um indício que o ADN é um código
> de uma linguagem genética da realidade, ele
> pode ser copiado e se desenvolve em meios
> diferentes do, digamos, natural.

Takata : Não pode ser muito diferente. Se eu coloco o
ADN em um tubo de ensaio não acontece coisa alguma.

gemaba7 : O ADN precisa do ambiente propício. Se
você conseguir recriar o ambiente propíocio artificialmente
você poderá fazer o ADN executar, por exemplo, fora
do útero, ou não?

gemaba : A priori pensei que o exame levasse
> em conta a sequencia das bases no gen,
> parece que me enganei?

Takata : O exame não é através do sequenciamento, não.
Seria muito demorado, caro e tecnicamente complicado.

gemaba7 : Confesso que não entendi sua explicação e
vou relê-la pra ver se entendo, pelo que me lembro
você se referiu a bandas, vou checar?

gemaba5 : A Eva é um indício forte, ok.

Takata : A Eva mitocondrial? Como ela seria um indicio
da sintaxe e semantica dos genomas?

gemaba7 : Podemos descartar o tal do inatismo, é isso
mesmo Ivan de Almeida? A Terra é um ser e é nossa
mãe, pois não? Se ponderamos a Terra ser um ser
vivo podemos ser místicos e imaginar um outro tipo
de consciência, pois não? Que tal? Você acredita
em fadas?

> gemaba5 : Desculpe Takata, nossa razão não é linear, ok.
> Você já ouviu falar de programação orientada a objetos
> já disponíveis em linguagens de largo uso. Não existe
> linearidade, a linearidade é uma relação com o meio
> que dispara os eventos, ok. Você gosta de computação?
> Ou linguagens de computador não são linguagens?

Takata : Mas a história do livro é. Se vc já lê de cara o
final em q. o mordomo é revelado o criminoso, a
trama perde a razão de ser.

gemaba7 : Não sou degladiador em debates, nem gosto
de polêmicas, continuo ponderando o ADN ser uma
linguagem com lógica, sintaxe, semântica.

> gemaba5 : Insisto Takata, seu argumento é fraco pra
> descaracterizar o código genético de ser uma linguagem.
> A linearidade não é forma essencial para a existência
> da linguagem. Podemos ter um código não executado
> linearmente e ser fruto de uma linguagem.

<<Takata : Pelo menos da música isso parece afastar.

gemaba7 : Não entendi Takata??????

> Uma música traduzida em uma partitura é um código, um conjunto
> de dados disposto seguindo uma ordem lógica. Uma música quando
> executada, se tornando uma informação, que, no caso, é a melodia
> produzida pela sequencia de notas. O ADN é a mesma coisa, o
> ADN é um código, um conjunto de dados composto em uma
> linguagem maior, qual linguagem? A linguagem que expressa
> a existência, a linguagem das formas. No caso, a linguagem
> das formas biológicas. No ADN existem diversas melodias,
> diversos gens, onde cada gen representa alguma coisa,
> ou coisa nenhuma no ser que representa.

Takata : Continuo sem entender.

gemaba7 : A culpa é minha ou sua? O Zé acho que me entende
um pouco, o Ivan de Almeida também, você está em Noosfera?

> gemaba5 : Existe um limite natural mínimo e máximo?

<<Takata : Não. Pode se argumentar q. existiria um certo limite mínimo q. seria

o número mínimo de bases q. codificariam uma proteína funcional. Mas
não há realmente a necessidade de se codificar uma proteína do ponto
de vista do ADN (ou ARN) -- se e' q. ADN tem ponto de vista -- basta
a seqüência se reproduzir.>>

gemaba7 : Metáfora de iluminado é foda.Outra coisa Takata, tô
meio em dúvida ainda da relação entre gen e cromossomo e
telômero? Tenho que estudar e refletir um pouco sobre isso.
Conto com sua valiosíssima ajuda, outra coisa, troco nomes,
troco letras, desculpa-me.

> gemaba5 : Você quer dizer algo como, o gen que representa seu
> nariz, ou gens, tem tamanho diferente do gen que representa o meu
> nariz, ou gens?

Takata : Podem ter tamanhos diferentes. Embora provavelmente não muito
diferentes.

gemaba7 : Mas é um exemplo Takata. Pense em uma música como
uma forma de expressão, uma linguagem. Existe uma melodia, um
conjunto de gens que determinam os narizes. Essas diferentes
melodias são executadas em ambientes diferentes com pequenas
alterações, ou não? Explique-se!!! Você é o especialista e não eu?
O Eduardo parece ser consultor também, de Noosfera.

> gemaba5 : Tenho difilculdades em imaginar um gen que represente
> essa forma básica, digamos, dos mamíferos. Provavelmente isso
> não se representa por um gen específico. O que você me diz
> disso?

Takata : Provavelmente não é um único gene realmente. Aliás, seguramente não
é
um único gene. São diversos genes q. são expressos em momentos
diferentes no desenvolvimento -- desde antes da fecundação -- e tbm
em regiões diferentes do embrião. A maioria deles são genes
reguladores -- eles modulam a expressão de outros genes q. são
ativados mais tarde.

gemaba7 : Entramos no tema, uuuuufffffffaaaaaa!!!!!!!

> gemaba5 : Já houvi postulações da sempre existência
> contrárias ao início de tudo mas as ponderações
> acerca do aparecimento da vida são possíveis
> devido a fruticidade do ambiente, ok. Na Acropolis
> postulo que a vida se surgiu pode ter haver com a vontade,
> o que você acha?

Takata : Vontade? Eu particularmente não encampo essa idéia. Mesmo
em um cenário q. admita a existência de um ou mais seres
transcendentes.

gemaba7 : Fale-me de sua idéia, ou de alguém que você mitifica?

> <<Takata : Por exemplo, O Tempo e o Vento e' um texto, uma mensagem.
> A linguagem e' o Portugues do Sul do Brasil.>>
>
> gemaba5 : As vezes tenho dificuldades com metáforas, dá pra clarear?

Takata : No caso não é uma metáfora, é um exemplo. Com uma mesma linguagem e'

possivel se escrever coisas diferentes. A mensagem seria *o q.* foi
escrito; a linguagem, o modo *como* foi escrito.

gemaba7 : Huuuuummmmm, a linguagem são as regras protocolares, podemos
protocolar vários códigos obedecendo as regras da linguagem, vários
dados. Esses dados, ou códigos, quando interpretados por algum
entendedor do protocolo que o código imbute, se transformam em
informações.

> gemaba5 : O ADN é uma forma expressional como a música ou um texto,
> ok.

Takata : Hmmm, pra mim não está ok... A realidade se expressa (vc
usa 'expressar' no sentido estrito aparentemente)?

gemaba7 : A Terra é nossa mãe.

> gemaba5 : Se a gente fizer um gancho acá podemos jogar uma bomba
> no princípio da identidade defendida pela lógica binária de
> Aristóteles, o que acha?

Takata : Pode se criar uma lógica ternária, quaternária ou com qq outra
aridade, mas não vejo como isso muda a questão.

gemaba7 : Qual??!??!??!???!??!?!??!??!?!??!????!??!??!

> <<Takata : Modelo conceitual, ok. Mas porq. linguagem como modelo?>>
>
> gemaba5 : Uai Takata, porque o código genético é uma linguagem que
> expressa o ser orgânico no cosmos. Um ser orgênico é uma expressão
> da realidade, uma forma de expressão da realidade, do cosmos.

Takata : Não me parece...

gemaba7 : A Terra é nosso útero!!!

> gemaba5 : Poderia dar mais informações???!?

Acho q. vc tem q. correr atrás da bibliografia q. esse pessoal cita
nos trabalhos deles. Eu realmente não estou por dentro disso.

gemaba7 : Obrigado!!!

[]s,
Roberto Takata

Sinceramente!!!
gemaba
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/02/2003 22:02




>>COLUCCI: Isso se deve às multiplas interações com as moléculas e
átomos
que formam o meio. Fótons chocam-se com outras partículas e são
absorvidos e irradiados novamente. [...] Obviamente, nem todos os
fótons são absorvidos pelo material. Um fóton só é absorvido se
houver um nível de transição disponível para a transição do elétron.<<

>SÉRGIO TABORDA: Ora isto causa alguma estranheza. Se o fotão só pode
ser absorvido por electrões com energias particulares, ao enviar luz
branca teria de haver um tipo de electrões para cada frequencia...
ora isto não é possivel. Não é possivel que um material absorva todas
as frequencias do espectro. Alem disso, se o fizer, será um corpo
negro e não transparente ,como um prisma. Ai vc invoca um qq
principio de absorção. Mas de qq forma, essa absorção não é
aleatória, caso em que o feixe seria desviado para um direcção qq,
pelo contrario corresponde com uma lei muito bem definida (a qual não
necessitada da hipotese da absorção para ser explicada) Então, embora
a ideia descrita possa ser aceitável, até onde é mesmo aceitável?<

>Sérgio,
>
>Você começou a corrigir sem ler a mensagem até o fim, daí o
>questionamento. Acho que não preciso responder ao que está aí em
>cima, pois a resposta já está na mensagem original. Para simplificar
>e, acredito, esclarecer a questão, proponho o seguinte esquema (uma
>boa oportunidade para que eu fizesse uma revisão):

=>Não . Não esclareceu o problema.
O problema não está no mecanismo de interacção fotão-electrão- que é aquele
que explicaste- mas no argumento que usaste de que a luz muda de velocidade
quando muda de meio, pq os seus fotões são absorvidos e re-emitidos.
Eu conheço essa historia, e até a achava boa até que li o que escreveste.
Que me lembrou que os electrões não absorvem qq energia, mas uma muito bem
definida.
Quem diz uma diz várias, mas sempre em numero discreto.
Dai, como explicar que a luz refracta independentemente da sua frequencia ?
Todos os materiais absorvem e emitem todas as frequencias??



O que escreves tá muito bem, mas não era esse o assunto em discussão.
O assunto era o paragrafo em que escreves
"A velocidade da luz (um feixe de fótons) pode mudar. Isso se deve às
multiplas interações com as moléculas e átomos que formam o meio.
Fótons chocam-se com outras partículas e são absorvidos e irradiados
novamente. Como cada interação leva algum tempo, a velocidade média
do feixe de partículas diminui e é sempre menor do que "c". "

Ora , os fotões só podem ser absorvidos e irradiados sem perder energia por
electrões particulares cuja energia lhes corresponde.
Como tu escreste "As frequências de ressonância de um
átomo são as que correspondem ao quantum E=hv no qual os elétrons
saltam para outro estado de transição."

A luz branca enviada para um prisma altera sua velocidade (de fase) dentro
do material.
A luz branca é composta por varias frequencias que são divididas no
processo.
O Prisma é transparente.

Se o prisma é transparente, então , como disseste:
"A transparência tem a ver com a estrutura molecular.
Moléculas em que todos os elétrons são pareados formam materias
brancos ou transparentes. Geralmente absorvem infravermelho ou
ultravioleta. "
Essas frequencias não são azul, nem verde, etc... então como explicar que o
prisma que não absorve essas frequencias mude a velocidade delas tb ?.
O que descreves não é coerente com este facto. Mesmo se a gente pensar que é
absorvida uma vizinhança da frequencia ... com muita boa vontade que
tenhamos, verde não é proximo do ultravioleta nem do infravermelho.

Para que o feixe que sai seja o mesmo que o feixe que entra - o que acontece
experimentalmente - então o processo que atraza o feixe não pode ser
dispersor de energia.
Então não pode haver absorção que não tenha uma re-emissõa igual . Ou seja o
material não acumula energia no processo de passagem do feixe.
Caso ele acumule, o feixe que sai não é o mesmo do que entra. (o espectro é
diferente)
Acho que estarás de acordo com isto.

Então, o que eu agradeceria era a reexplicação de como esse processo de
absorção-emissão pode curvar o feixe / alterar a velocidade para Qualquer
frequencia incidente.

>Sabemos que o nível de transição de um elétron só se eleva se com
>determinado nível de energia (E=hv) do fóton incidente. No entanto, o
>átomo também responde a fótons de frequência não-ressonantes (chamado
>espalhamento não-ressonante).

=>Pode, mas isso só eleva o nivel do electrão se o nivel seguinte for muito
próximo (ja que o delta-w não é assim tão grande). O que acontece nas
orbitais de atomos com muitos electrões , ou muito exitados.
Mesmo tendo em conta este fenomeno, não me parece que possa ser aplicado no
caso do prisma.

O processo de re-emissão não é direcional, e a refracção é.
Portanto falta ai qq coisa. A refracção não pode depender apenas de
absorsões-reemissões do direcções de reemissão aleatórias (a não se conheças
alguma razão para que elas não sejam aleatorias).

>No caso da luz branca, uma mistura de fótons de diferentes
>frequências atinge o objeto. As frequências mais próximas da
>ressonância serão absorvidadas e as outras serão refletidas. Esse
>mecanismo é responsável pela aparência da maioria dos objetos.

Mas estamos a falar de refracção e não de reflecção.
Depois temos o angulo critico. Como explicar a relação de um angulo critico
com um processo de absorsão-reemissão.


Sérgio Taborda


SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/02/2003 09:13

----- Original Message -----
From: "Sergio M M Taborda"
Sent: Thursday, February 06, 2003 11:13 PM
Subject: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo

> > > Pq as leis da fisica (classica) são invariantes a translações e
> > > rotações. Ou seja, a molecula é a mesma , mesmo que esteja noutro
> > > lugar ou virada de outra forma.

> > Neste caso diria que você é um adepto da física clássica de bolinhas.
> > Prá jogar sinuca é uma física excelente.

> Não me venhas com essas... o que é que as bolas têm a ver com isto ?
> Estamos falando de moleculas. Moleculas são agrupamentos de atomos, e
> estes têm obrigatoriamente de ter uma disposição espacial em relação uns
> aos outros. Essa diferente disposição origina diferentes estados fisicos.
> A molecula de água não tem esta propriedades. É só isto que estou a dizer.
> Que o exemplo não foi bem escolhido.

E eu estou a dizer que você só imagina a molécula de água através dessa
sua física de bolinhas. A sua premissa está errada! Isso nem sempre dá
certo, e o exemplo apontado é um caso onde vocês estão cometendo um erro
infantil. Se houve algum exemplo mal escolhido foi o daquela "experiência"
boba e que não prova nada, como todas as experiências que *supostamente*
dizem sustentar a física de gnomos quânticos. A única coisa que sustenta a
física quântica é o "Departamento de Produção de Hipóteses ad hoc", a
produzir uma hipótese diferente para cada experiência que falseia suas
miraculosas e ridículas previsões.

> Se querias usar a orientação
> espacial, tinhas que pegar numa molecula que apresenta diferenças na
> orientação espacial. Seja lá o que for que os atomos sejam, bolinhas ou
> nuvens, isso não intervém no que estou a dizer.

Simplesmente porque o que você está a dizer não faz sentido, como toda essa
absurda física que defendes. Não é isso o que se aprende na disciplina de
física clássica que trata do assunto (Dinâmica de partículas e corpos
rígidos). Recomento um livro excelente, do Whittaker (A Treatise on the
Analytical Dynamics of Particles & Rigid Bodies). Tem a vantagem de ter sido
publicado pela primeira vez em 1904, quando os elétrons ainda faziam xixi na
cama. Nessa época não havia porque se pensar em preconceitos contra a teoria
quântica, pois que ela ainda estava no ventre materno.

A dinâmica dos corpos rígidos não tem compromisso nenhum com a
suposta dupla personalidade quântica e eu tenho a impressão que, para essa
disciplina, isso que você diz não faria o menor sentido. Nem mesmo a física
de bolinhas clássicas, que não é o objetivo principal do livro do Whittaker,
é tão elementar quanto os quânticos imaginam que seria.

Que você queira utilizar o significado da palavra "estado" de maneira
diversa da tradicional, tudo bem, isso é um problema de linguagem e não há
porque criarmos aqui uma torre de Babel. Mas assumir que não há diferenças a
se traduzirem em características físicas entre dois objetos idênticos e que
não se superpõem por uma translação simples, isso é próprio de um desprezo
pela extensão do objeto; ou então pela aceitação de que esse objeto seria
uma partícula puntiforme. Como se ponto ocupasse algum lugar no espaço! Ora,
nem mesmo duas bolinhas clássicas elementares serão idênticas, se uma delas
estiver girando e a outra não; ou se ambas estiverem girando segundo eixos
não paralelos! E não me venha a dizer que isso é quiralidade pois nem sempre
é. Não é necessário pensar em nenhuma molécula específica, pois isso é
válido para um elétron, para uma molécula de água, para uma bola de bilhar,
para a Terra, para a Galáxia e para qualquer outro corpo rígido ou não e de
natureza material. Isso é física clássica, e isso é o que existe e a se
associar com seus fundamentos: espaço, matéria, movimento e informação. Com
isso explica-se tudo, com ou sem matemática (que tem a finalidade de
auxiliar, nunca de atrapalhar).

> > Digamos que essa é uma diferença de outra espécie e a relacionar-se com
> > a quiralidade.

> De outra especie ?
> É a unica diferença que tem alguma coisa a ver com orientação espacial de
> moleculas.
> E é dessa propriedade que eu estou a falar mesmo.

Não, não e não. A quiralidade é uma propriedade importantíssima no estudo de
partículas, mas não é a única coisa a caracterizar o que há de diferente
quando pretendemos estudar comportamentos diversos apresentados por duas
partículas aparentemente idênticas. Do contrário você transforma um suposto
corpo rígido --e uma partícula pode *em algumas condições* ser pensada como
um corpo rígido-- num ente que ninguém sabe se é um corpúsculo, uma onda ou
uma quimera. E é exatamente isso o que a mecânica quântica faz. E o "estado
quântico" nada mais é senão um nome a ocultar essa magia, que de ciência não
tem nada.

> Qq orientação da molecula de água tem o mesmo estado pois ele não se
> altera com a rotação da molecula ( e não estou a falar de moleculas em
> rotação- energia de rotação, mas da rotação da molecula por um
> determinado angulo em relação a um ponto de referencia)

Estou falando em física, não em matemática. O Homo erectus e acordado não
está no mesmo estado físico que o Homo dormentis ;-). Não obstante,
matematicamente você chega de um no outro por uma simples rotação. Assim
como você chega do mundo real no mundo da ilusão, por uma simples
quantização.

> > Isso que você diz, e raciocinando-se em termos
> > de física do microcosmo, só vale para a teoria quântica.

> Porquê ?

Porque é a única que gosta de iludir os outros com interpretações
fantasiosas para coisas simples. Ela assume coisas diferentes como estando
no mesmo estado para depois retirar seus gnomos de uma cartola. Ou seja, as
partículas comportam-se de maneira diferente não porque estejam em estados
clássicos diversos, mas porque estão ao sabor de um Deus que joga dados.

> Os estados que interessam para o comprimento de onda vermelho, são devidos
> à distancia entre os electrões e o nucleo; distancia esta que depende do
> numero de electrões no atomo.
> Dado que as moleculas são da mesma especie quimica, e esta contém sempre
> os mesmos atomos, que contém um numero pre-conhecido de electrões que não
> varia , então por tudo isto, a energia dos estados que interessam para o
> fenomeno da cor da roupa é sempre a mesma para o mesmo estado em cada
> atomo. Independentemente de como se determine teoricamente o valor dessa
> energia - seja MQ ou uma teoria classica qq - ela é experimentalmente a
> mesma, e entende-se pq.

Tudo bem, mas acontece que se as coisas fossem tão simples assim, a física
clássica não explicaria o que efetivamente se observa. E é porque vocês se
iludem tanto com essa física clássica que não existe, que acreditam
falsear a verdadeira física clássica a cada vez que retiram um coelho de uma
cartola.

De duas uma: ou as coisas não são tão simples assim, ou então Einstein tinha
razão, e Deus realmente existe e joga dados (sei que ele utilizou em outro
exemplo, mas a falácia é muito semelhante). Vocês assumem que as coisas são
como acham que são, e dizem que a física clássica não explica nada! Ora,
isso é má fé! Se não estivéssemos discutindo ciência, que para mim nada mais
é senão uma diversão, diria que o capítulo I do livro de Dirac é um caso de
polícia (crime de falsidade ideológica). Ele comete esse crime tão somente
para convencer os demais que a teoria quântica é a única saída para a
física, ou seja, seria a pedra filosofal dos tempos modernos. Porque isso?
Falta de confiança? A teoria quântica seria assim tão vagabunda que não tem
como se justificar por si só, apoiando-se única e exclusivamente em seus
fundamentos? Nem o pior jogador de futebol, no climax de uma carreira viril,
utiliza-se de jogo tão sujo assim.

Veja, bem, todos os autores de livros didáticos fazem questão de reproduzir
esse crime de falsidade ideológica. Porque? A quem interessa perpetuar essa
ignorância? Canso-me de me perguntar e não sei responder. Acho mais fácil
justificar os absurdos do Bush do que os absurdos do Dirac. O Bush pelo
menos está querendo dominar o mundo, e precisa do petróleo do Iraque para
isso. Mas e o Dirac? A teoria dele é absurda, mas é bonita, tem uma
matemática elementar mas que vai se sofisticando de uma forma elegante...
Física que é bom, não tem, mas isso pode ser pensado como questão de gosto.
Mas nada, nada e nada justifica o desprezo que ele devotou pela física
clássica, ao mesmo tempo que deu a entender que não entendia nada do assunto
que estava a criticar. E pior: Fez Escola através da enganação propalada com
esse jogo indecente.

> > Sim, mas explica apelando para coisas que não existem.

> Mas explica.

Sem mais comentários a respeito a não ser: Como piada é razoável.

> Agora, tente explicar com o mesmo grau de exactidão a mesma coisa apelando
> para "coisas que existem". Se vc conseguir , sequer, vislumbrar como isso
> possa ser feito, eu gostaria de saber.
> E não me refiro obviamente a ideias tiradas sabe-deus-de-onde , mas a
> experiencias que se possam fazer que evidenciem que existe uma outra forma
> de explicar o assunto sem apelar a "coisas que não existem" .

Isso é uma inversão de valores. Um adepto da teoria quântica falando em não
"apelar para coisas que não existem". Excelente piada. "Idéias tiradas
sabe-deus-de-onde". Outra excelente piada.

> Todas as teorias são boas na medida que poderem prever com maior rigor os
> dados experimentais. E nesta acepção vc não pode negar que a MQ é uma boa
> teoria.

Aceitando sua hipótese como dogma eu não tenho como não concordar. Aliás,
foi isso o que vocês aprenderam na escola: a andar nos trilhos.

> Vc diz que ha melhores... mas não sabe quais são... então, por hora me
> atenho às que "existem" em vez de apelar para as que "não existem" !
> Ninguem deve, e deveras não deveria, achar que uma teoria é um espelho da
> realidade ou de coisas que "existem". Teorias são apenas intrepretações
> cujos resultados podem estar mais perto ou mais longe do que
> experimentalmente conseguimos medir.
> Portanto, assim sendo, não cabe preferir uma teoria a outra sem nenhum
> fundamento para além do gosto pessoal e ideias que embora sejam ideias
> boas, não se traduzem no mesmo rigor experimental que a teoria existente
> proporciona.

Sempre existe um "assim sendo" ou uma "hipótese a ser aceita como dogma" em
nossas conversas. Ora, quem fecha a questão em cima de um ou dois dogmas não
está afim de dialogar. Então não direi nada a respeito. De acordo com as
suas premissas, você está absolutamente certo. Mas essas premissas não são
lá muito confiáveis.

> > Os quânticos não conseguem explicar nada, simplesmente vão encaixando
> > equações aqui e ali na base da tentativa e erro.

> E os outros, conseguem ?

Pelo menos você deu a entender que concordou com a premissa e com a
conclusão. ;-)

> O que é no teu entender "explicar algo" ? Não será que é apenas encaixar
> as coisas, sejam ideias ou equações, até que o conjunto de todos os
> encaixes acabe na maior proximidade com o que medimos ?

Eu poderia concordar, a despeito da fábrica de hipóteses ad hoc (que é
considerado um recurso deplorável pelos amantes da boa ciência). Mas pelo
que li do restante da mensagem (abaixo) o seu conceito de "o que medimos"
não se afina com o meu. Ou seja, partimos de premissas diversas, logo
qualquer concordância será mera coincidência.

> > Quando a equação dá certo
> > dizem que explicaram alguma coisa que não conseguem transformar em
> > palavras; quando não dá certo jogam a equação no lixo.

> Hum...e aqueles que têm as palavras e não as conseguem traduzir em numeros
> que possam ser comprovados - ou não - por experiencias laboratoriais ?

Eu diria que ciência não se faz sozinho, mas nada impede que se comece
sozinho. Principalmente quando se percebe que os físicos quânticos estão
totalmente perdidos e não têm a menor noção nem mesmo do significado da
matemática que utilizam. E essa história de que a física quântica dá certo
está muito mal contada. A tecnologia dos dias atuais apóia-se quase que
totalmente na física do século XIX e anteriores. Vocês têm é muita garganta
e ficam falando em teletransporte quântico, computador quântico, tunelamento
quântico, bits quânticos, relógio quântico, microscópio quântico. Tudo isso
é tão quântico quanto a noção de que a Terra gira em torno do Sol.

> Ninguem explica classica, ou de outra forma, pq as massas se atraem .. por
> exemplo.

Eu tenho uma idéia 100% clássica a respeito, mas você certamente não vai
aceitar, pois nesse caso eu ainda não tive tempo sequer de estudar as
previsões que suspeito que ela faça. Como disse acima, ciência não se faz
sozinho, principalmente quando se tem uma teoria tão geral e uma comunidade
acadêmica tão dogmatizante. Perdoe-me, mas você está dia-a-dia evoluindo
nessa direção. Sinto saudades do Sérgio que conheci em janeiro de 2001. Nós
pouquíssimas vezes entramos em acordo, mas nunca percebi em você essa
predisposição para o dogmatismo, como tenho notado na atualidade.

> Mas isso não impediu Newton de tecer uma eq atemática para prever o quanto
> elas se atraem...mesmo não sabendo o que causaria a atracção.
> E eu não tenho problema nenhum em seguir a linha que ele seguiu ...

Isso porque ainda não surgiu outra alternativa. Aliás, surgiu, mas está
muito latente (Mordehai Milgron). Não me parece que a quântica tenha essa
característica. Garantir que a física clássica é incapaz de explicar esse ou
aquele fenômeno é algo que jamais foi comprovado, nem lógicamente, nem
experimentalmente. Vocês vivem repetindo uma série de bobagens escrita pelo
Dirac, o maior enganador da história da física.

> Eu ja lhe fiz as minhas ...
[aqui o Sérgio está se referindo a críticas que no passado fez à minha
teoria]

Sim, mas em outros tempos, e agradeço muito pela deferência do net-amigo
[Apesar do debate acirrado, continuamos amigos... Ou não?]. Creio que mal
chegamos a roçar na periferia da teoria. Creio também que cheguei a dizer
naquela época, se bem que com outras palavras, que você se preocupa muito
com a matemática --e considero isso uma virtude-- mas deixa totalmente de
lado o significado físico das grandezas, e isso é péssimo.

> A MQ pode ser - para alguns- estranha, mas ela já se provou certa. E a
> sua maior conquista foi exactamente a explicação com rigor matemático
> e com medições que fornecem suporte , de pq a tabela periodica é
> como é.

Isso não tem nada a ver com os fundamentos da quântica. Está parecendo
aquela história dos computadores quânticos etc. Pô, chega de enganação.
Vamos expor de fato o que a física quântica explica, se é que ela realmente
explica alguma coisa. Não adianta citar nomes, já estou cansado de ouvir a
respeito dos sucessos dessa enganação quântica. Quero explicações! Quero
fatos, quero demonstrações a se reportarem aos fundamentos da teoria.
Números não interessam, a menos que acompanhados de seu real significado.
Através tão somente da numerologia não deverá ser difícil calcular quantos
lados tem o dado utilizado por deus, e isso é bem possível que os quânticos
já saibam.

Duvido que vocês consigam justificar alguma coisa de fato. Essa thread
começou com o Léo pedindo mais ou menos isso, e até agora não surgiu nada
que atendesse um décimo do que ele pediu. Pois bem, retiro as exigências que
o Léo fez, quero apenas clareza nas demonstrações. Prove que a teoria
quântica se sustenta através de um único fenômeno físico onde vocês julgam
que a física clássica falha. Você falou no efeito fotoelétrico (msg 20691),
mas isso é outra piada. Nem Einstein diria isso com tamanha convicção. E o
Planck, coitado, morreu sendo ridicularizado por ter tido a coragem de dizer
o que pensava a esse respeito. E o pior é que ele tinha razão.

> No teu caso concreto, não existe sequer uma quntificação das unidades das
> entidades que usas nos teus argumentos. Já passámos por esta discussão.

Na sua opinião. Você não quer uma teoria nascente, quer uma teoria completa,
comprovada experimentalmente e totalmente axiomatizada. Não é a-toa que você
não lê os Principia nem o Opticks de Newton. Então fique na espera, continue
dando tempo ao tempo.

> É uma teoria sobre fisica, mas não é fisica teorica.

Na sua opinião. E pelos seus comentários atuais, quero crer que você ainda
não a entendeu, logo não poderia esperar nada diferente de alguém que está
se mostrando evoluir rapidamente rumo à dogmatização.

> >Se eu sou idiota para teorizar, provavelmente
> > eu também sou idiota para julgar teorias dos outros... Ou não?

> De repente escreves sobre os teus atributos mentais ... pq isso ?
> Eu nunca os coloquei em causa.

E eu jamais pensei o contrário. Acontece que não estamos dialogando em pvt e
sim em público e na Ciencialist e aqui existem muitos que me vêem de uma
forma que não fica muito distante dessa realidade. Quando escrevo para
listas de discussão sempre penso nos demais possíveis leitores, até mesmo
aqueles que me julgam um idiota. Eu nunca afirmei, nem aqui nem em lugar
nenhum, que você me julgasse um idiota e quero crer que o número de
mensagens que já trocamos comprova isso [Do contrário seríamos dois idiotas!
;-))].

> > > Uma questão relativa à igualdade entre electrões:
> > > Se os electrões não são todos iguais , pq se chamam todos electrões ?

> > Se os tijolos não são todos iguais, porque se chamam todos tijolos?

> Não respondeste à pergunta.

Para bom entendedor meia palavra basta. Ou será que os tijolos são todos
iguais? Por outro lado, já comentei até demais sobre esse assunto.

> > Sob essas hipotéticas restrições intelectuais, você perceberá que dentre
> > dois elétrons do mesmo feixe, após passarem por uma fenda, um deles
> > seguirá em uma direção e o outro em outra.

> Como é que eu percebo isso ?

Você nunca vai perceber, pois sua hipótese de trabalho não permite. Ela
impõe que os dois elétrons sejam idênticos para o efeito em consideração e
que a fenda não interfira em nada que não se apóie nas baboseiras diracianas
(de Dirac). Os elétrons irão se chocar em pontos diversos do anteparo graças
à vontade do deus matemático Dirac, aquele que joga dados quando não está
cuspindo no prato em que comeu.

> Eu teria que propor que os electrões são limitados no espaço

Pois é, seus dogmas não permitem essa suposição.

> Teria que supor que eles são menores que a dimensão da fenda

Pois é, seus dogmas também não permitem essa suposição.

> Teria de supor que a diferença de escala entre a fenda e o electrão não
> cria efeitos outros que possam falsear o meu pensamento

Não obrigatoriamente. Você agora está confundindo medida com determinação de
um valor por comparação direta (medida de comprimento com régua, por
exemplo). Você pode perfeitamente assumir, sem ir contra os princípios
clássicos, que todos os elétrons que batem exatamente no ponto A do anteparo
passaram pelo mesmo ponto ao atravessarem a fenda. Ou seja, você está
medindo algo que se relaciona com a posição do elétron. Você acha que essa
posição é absurda, mas eu sou um físico clássico e não compartilho de suas
hipóteses.

Já que você gosta de matemática, diria que esse assunto é estudado como
transformações conformes. Artifício desse tipo foi utilizado, por exemplo,
por Eratóstenes, para determinar o perímetro terrestre, tendo sido
encontrado um valor que não dista 3% das mais rigorosas medidas efetuadas na
modernidade. Antes de Eratóstenes já existia o teorema de Tales, que não
deixa de ser um tipo de transformação conforme, e os engenheiros medem
muitas coisas apelando para esse teorema. Arquimedes também foi um excelente
precursor das transformações conformes. Imaginou ser possível medir o peso
da Terra com uma balança. Balanças desse tipo devem estar adaptadas de
tabelas de correção (transformação conforme). Hoje, quando se fala em
relatividade, todo mundo pensa em relatividade de movimento. Pois
relatividade em física nada mais é senão o estudo de tudo isso, não apenas
do movimento. É a arte de encontrar um valor que representa, a menos de uma
transformação matemática, um número que representa uma medida. Isso é medir
sim, e como físico você tem obrigação de saber isso.

Obviamente, espero ter deixado claro que na maioria das vezes deve-se
conhecer a transformação conforme a ser utilizada, mas o que estou afirmando
é que a medida já foi feita, independentemente até mesmo de conhecermos ou
não a transformação a ser aplicada . Se eu descrever a experiência das
fendas corretamente, através dos pontos registrados no anteparo, daqui a
dez, vinte ou um milhão de anos qualquer físico de então terá condições de
saber exatamente a que eu estava me referindo. Suponhamos então que a
transformação conforme venha a ser conhecida neste período (na hipótese de
ser desconhecida hoje). Esse físico, que for examinar os meus dados, terá
condições de saber exatamente por onde passou o elétron e, quem sabe, pela
análise da experiência toda, conhecer perfeitamente a trajetória desse
elétron, determinação essa que seria, "por hipótese", quanticamente
impossível. Medir é isso. É fornecer dados para que a experiência possa ser
checada para todo o sempre, e/ou reproduzida por quem não acreditar e/ou
quiser aprender. Qualquer matemático de amanhã poderá descobrir que hoje se
faz física, mesmo supondo-se que os físicos de hoje não conheçam essa
matemática do amanhã. Quanto ao mais, eu já disse e repito: Física não é
matemática e matemática não é física. Não se iluda com isso.

> Teria que arranjar forma de colocar essa diferença de direcção em termos
> de algo observável/mensurável.

Volto a dizer: A medida já foi feita, só resta interpretá-la! Se não
tivermos competência para decifrar hoje qual será a melhor transformação
conforme a traduzir um dado observado em outro, deixemos essa tarefa para os
matemáticos do amanhã. Física não é matemática, medir nem sempre significa
obter um número. Se você souber de fato o que está sendo feito, física
experimental é isso, o resto é matemática Obviamente é uma matemática que o
físico deve dominar, mas não deixa de ser tão somente matemática. (existe
ainda a teorização em física, mas isso não está, *por ora*, fazendo parte da
discussão).

> Em suma, teria que arranjar coisas "que ainda não existem" para explicar
> coisas que eu nem sei se existem.

Isso dito por um adepto da teoria quântica soa-me como piada. Em quântica
não existe nada, só um punhado de equações a representarem propriedades
dos fantasmas que habitam um castelo.

> ... humm... voltamos ao principio: como é
> que eu percebo que tenho que usar fisica de bolinhas para explicar o
> fenomeno ? ( sim, pq o que está a usar é inegávelmente fisica de
> bolinhas - localização espacial do corpo fisico)

Sim, mas não são bolinhas quaisquer. A esse respeito eu escrevi em 1983
(putz, 20 anos se passaram, e a idéia ainda serve para alguma coisa!): O
"meu" elétron é uma bolinha. Mas não é uma bolinha entre aspas, não é um
ponto material, não é uma bolinha simples. E por não ser simples, para
obedecer a determinadas equações não precisa se transformar num ente
complexo que ninguém sabe se é uma onda, uma nuvem, uma quimera; como também
não se sabe quando voltará a ser simplesmente uma "bolinha". Sim! O "meu"
elétron não é simples, mas não é tão nebuloso. É uma bolinha composta por
outras bolinhas, mas não por micro-elétrons. Como também composto por
bolinhas é o próton, o nêutron, o fóton, o neutrino, tudo enfim.

> > Por esse método você poderá não saber exatamente o local onde o elétron
> > passou, mas poderá saber se dois elétrons passaram ou não pela mesma
> > posição ao atravessaram a fenda. Isso porque você está *medindo* algo
> > relacionado a essa posição naquele anteparo que existe após a fenda.

> Estou pensando, não estou medindo nada até agora.

Nesse caso sugiro que estude um pouco os vários significados de medida. O
que expus acima é muito pouco. Trata-se de um tema bastante elementar em
seus fundamentos, mas de complexidade crescente. Exige uma matemática
razoável e bem no seu gosto. E é fundamental que um físico conheça o
significado de medida. Um indivíduo que conheça tão somente medidas já pode
se considerar um físico primitivo. Mas outro indivíduo que tenha estudado
tudo a respeito de física, à exceção do capítulo referente a medidas, jamais
poderá dizer que é um físico de fato.

> A posição relativa não é um estado classico. Os estados classicos são
> temodinamicos e ligados com a energia.
> A posição é um estado quantico. É isso que não entendes, ou não queres
> entender.

Tanto quanto você não quer (ou se recusa a) entender o significado de física
clássica. Mas isso é pouco importante. Se todos os problemas da física
quântica pudessem ser resolvidos substituindo-se palavras, não haveria
problema algum na física quântica.

> Eu aceito essa ideia como ideia que é. Concordo com ela na sua exposição,
> e até como principio, mas dai a considerar isso algo cientifico vai um
> caminho muito longo, que a meu ver vc se nega a atravessar dizendo que
> calculos, quantificações e equações não são necessários. E que eu não
> atravessarei sei estes.

Meu caro, você me imputa a responsabilidade de fazer SOZINHO, em 20 anos
(1983-2003) aquilo que MILHARES de físicos não fizeram de maneira
satisfatória durante pouco mais de 100 anos. Grato por me considerar tão
gênio assim, mas acontece que não sou. Eu não me nego a atravessar nada.
Nego-me sim a atender caprichos pessoais daqueles que querem que eu
desenvolva o que interessa tão somente a eles, mas que em meio a toda teoria
passam por detalhes de importância secundária em relação a outros a meu ver
mais importantes. Não posso me dar ao luxo de pretender fazer tudo sozinho,
sou então obrigado a priorizar alguma coisa em detrimento de outra. Nem
sempre aquilo que sou forçado a priorizar coincide com o que seria relevante
para quem não conhece a teoria.

Nunca disse que cálculos e equações são desnecessários. O que disse é que
deve-se evoluir da física para a matemática, inventando-se a matemática
adequada, e é isso o que se aprende com os físicos que realmente
contribuiram para a física, de Newton a Maxwell. Atualmente não se faz mais
isso. Fica-se procurando pela equação que dá certo na base da tentativa e
erro e, com isso, a matemática não evolui e muito menos a física, que está
empacada num atoleiro desde que se adotou essa sistemática. Essa ponte
realmente me nego a atravessar, pois ela não leva a lugar algum. E os
físicos quânticos estão aí, perdidos no tempo e no espaço e sem disposição
sequer para sonhar com dias melhores.

> Para a Ligia: Eu não entendi qual é o problema com o email da prof
> portuguesa. Mas caso seja muito necessário , eu posso assitir na tradução
> do portugues luso para o portugues brasileiro.

Sabe que eu pensei em sugerir a sua ajuda?! Eu optei por não me intrometer,
mas acho que você seria a melhor pessoa para tentar colocar a coisa nos
"trinques", se é que ainda é necessário. Só tome um cuidado: Limite-se a
traduzir sem dar palpites, pois briga de mulé é um deus nos acuda. Vixe! Até
provar que "Carolina de Sá Leitão não é o mesmo que Cassarolinha de Assar
Leitão"... (esse trocadilho é da Lígia, e saiu na Noosfera). Uma coisa é
ficarmos brigando sobre a natureza das bolinhas elementares, outra coisa
é... Bem, você sabe o que eu quero dizer, espero. ;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Fw: Óh enigma cruel! Ajude-me!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/02/2003 09:37

Quem quiser ajudar enumerando os itens da resposta (argumentos contrários ao que ele pede), aventure-se.
[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: <klebernst@zipmail.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: sábado, 8 de fevereiro de 2003 01:50
Assunto: Óh enigma cruel! Ajude-me!


Olá Professor Luiz Ferraz!
Sou recém formado pela Fatec-sp mais não sei responder a este questionamento.
É o seguinte: Você saberia dar uma prova IRREFUTÁVEL, usando apenas de argumentação
lógica, de que o Universo em que vivemos é FINITO no tempo e no espaço ?
Agradeço desde já!
Kleber



------------------------------------------
Use o melhor sistema de busca da Internet
Radar UOL - http://www.radaruol.com.br





SUBJECT: Fw: Para se ler com atenção - Natalia Botelho
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/02/2003 09:52

Recomendação de Natália Botelho (divulgadora científica portuguesa, entre outras qualidades).

"Con el correo electrónico los conflictos se agravan"
http://www.divulcat.com/inicio/articulo.php?id=234
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: <natalia_botelho@netcabo.pt>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 7 de fevereiro de 2003 16:45
Assunto: Para se ler com atenção


Professor Netto:
Junto envio uma página com textos de grande actualidade http://www.divulcat.com/inicio/articulo.php?id=234.
São textos de Alex Fernández Muerza e que usamos quer na cadeira de Multimédia no mestrado quer nas TIC, tecnologias de informação e computacionais dos miúdos de 15 aos 18 anos. Sendo que ajuda a criançada a pensar 3 e 4 vezes que os chats, as listas de discussão e o correio electrónico tem problemas e não é aquela pera doce que se pensa.Navegar e informar na net tem riscos.Será também útil na vossa lista de discussão. Nas que frequento já foi lida.
Com os meus cumprimentos
Maria Natália


SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Óh enigma cruel! Ajude-me!
FROM: Aniello Greco <grecojr@solar.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/02/2003 12:38

Em Sábado 08 Fevereiro 2003 09:37, you wrote:
> Quem quiser ajudar enumerando os itens da resposta (argumentos contrários
> ao que ele pede), aventure-se. []'

Por que tem de ser contrários?
>
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@uol.com.br
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: <klebernst@zipmail.com.br>
> Para: <leobarretos@uol.com.br>
> Enviada em: sábado, 8 de fevereiro de 2003 01:50
> Assunto: Óh enigma cruel! Ajude-me!
>
>
> Olá Professor Luiz Ferraz!
> Sou recém formado pela Fatec-sp mais não sei responder a este
> questionamento. É o seguinte: Você saberia dar uma prova IRREFUTÁVEL,
> usando apenas de argumentação lógica, de que o Universo em que vivemos é
> FINITO no tempo e no espaço ? Agradeço desde já!
> Kleber

A pura lógica é insuficiente para tanto, pois sem nenhum dado empírico todos
os universos possíveis teriam de ser analisados.

Mas vamos a alguns argumentos clássicos que deixavam os astrônomos e físicos
intrigados qunado se acreditava em um universo infinito e eterno.

Primeiro argumento: o céu é escuro a noite.

Classicamente, logo após Newton costumava-se a acreditar que o universo era
um conjunto de estrelas e nebulosas distribuídos de maneira uniforme em todas
as direções. Depois da descoberta das galáxias, o modelo se alternou para um
conjunto de galáxias distribuídas uniformemente pelo espaço infinito,

Se tal fosse o caso, um observador na Terra a noite, não importando a direção
em que olhasse, em sua linha de visada encontraria inúmeras fontes de luz.
Sabemos que a intensidade luminosa de uma fonte diminui de acordo com o
quadrado da distância. Porém, com uma distribuição uniforme, dentro da mesma
linha de visada, o número de fontes luninosas aumentaria de acordo com o
quadrado da distância, compensando a perda luminosa. Mesmo considerando que
muitas fontes acabariam se localizando atrás de outras, para onde quer que
olhassêmos depararíamos com uma fonte luminosa, e o céu noturno seria
uniformemente luminoso.

Portanto é impossível que o universo seja infinito com galáxias
distribuindo-se uniformemente pelo espaço.

Segundo argumento: a gravitação torna um modelo de universo estático
impossível.

Massa atraie massa de acordo com a proporção das massas e o inverso do
quadrado da distância. Aceitando isto, e aceitando que via de regra apenas a
força da gravitação é significativa em grandes distâncias, não existindo
outros campos significativos (este é o quadro na física desde Newton),
torna-se impossível um universo estático. Se em um momento o universo se
encontra estático, por gravitação o universo no intsnte seguinte começaria a
colapsar para dentro de si mesmo.

Newton contra-argumentou que em um universo infinito, com distribuição
uniforme de massa, as forças de atração para dentro de uma determinada área
seriam compensadas pelas forças de atração das estrelas externas. Porém já
sabemos que, devido ao céu ser escuro a noite, tal universo não é possível.
Além disto, um universo em tal equilíbrio seria um universo em equilíbrio
instável, sendo que qualquer perturbação neste estado geraria um
desequilíbrio. E as estrelas e as galáxias movem-se em relação umas as outras
(como se comprova pelo efeito Doppler-Fisseau).
O quadro que se esperaria seria que, após um instante de equilíbrio, vários
colapsos gravitacionais se verificariam em várias porções do universo.

Terceiro argumento: expansão do universo:
Verificando o espectro luminoso das galáxias, vemos que a grande maioria
delas, com raras excessões, estão com um desvio de espectro para os
comprimentos de onda mais alongados, o "desvio para vermelho". A explicação
mais simples disto é que a maioria das galáxias estão se afastando de nós.
Como nossa galáxia é uma galáxia normal, típica, e nosso grupo local de
galáxias também bastante típico, parece improvável que todos estejam se
afastando de nós, e mais provável que todos estejam se afastando entre si.

Em outros termos, o universo se expande. Além disto, temos a famosa radiação
cósmica de fundo, que é apenas um conjunto de fótons de baixa frequência que
permeia todo o universo de maneira praticamente uniforme. Qual a fonte destes
fótons? Por que o universo se expande, e não se colapsa gravitacionalmente. O
melhor modelo que temos até agora é que ocorreu uma grande explosão em um
passado longíncuo, e o universo hoje é os "fragmentos" desta explosão. Os
fótons da radiação cósmica de fundo são o registro fóssil do "brilho" desta
explosão.

Em suma, um modelo de universo infinito no espaço e no tempo não consegue
explicar a escuridão do céu noturno, o não colapso gravitacional, a expansão
cósmica e a radiação cósmica de fundo.

Coloquei os argumentos em ordem, de modo que o primeiro seja o mais puramente
lógico e o último o que se utiliza de mais dados empíricos. Mas todos são
argumentos fortíssimos para um universo finito no tempo e espaço.

Quanto a irrefutabilidade de um argumento, isto é impossível para a ciência.
Na ciência nem teorias nem argumentos são irrefutáveis, e apenas um dado
empírico comprovado é suficiente para derrubar a mais lógica e respeitada
teoria.

[]'s
Aniello



SUBJECT: Fw: perdon por la molestia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/02/2003 19:07

Especialistas em lâmpada de lava .............
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "alejandro islas" <ale_m_islas@hotmail.com>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: sábado, 8 de fevereiro de 2003 15:44
Assunto: perdon por la molestia


| Hola soy Alejandro Manuel Islas de argentina y necesitaría ayuda para la
| construcción de una lámpara de lava.
| ya he hecho miles de intento con resultados medios (probé con cera de piso y
| alcohol + agua también probé con aceite mineral agua + alcohol y, probé con
| cera de vela y alcohol + agua___los resultados fueron medios ni buenos ni
| malos pero siempre hay detalles, que no llegan a ser favorables por ejemplo
| el alcohol + el agua mas el calor se enturbia el mismo, el aceite mineral
| pierde el color en la solución de agua + alcohol (no encontré como teñirlo
| aunque probé con oleos al aceite aunque = destiñe ), la vela por ahora es la
| mejor que encontré pero necesitaría un reemplazo del sistema (alcohol +
| agua) con el fin de que no se enturbie el mismo sistema(alcohol + agua)
| espero ansioso alguna respuesta
| perdona, por enviártelo otra vez lo que pasa es que caduco ni cuenta el
| yahoo por lo tanto reapondela a la de hotmail.
| ale_m_islas@hotmail.com
| Pd: su web esta de 10. realmente espectacular.
|
| _________________________________________________________________
|
|


SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Óh enigma cruel! Ajude-me!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/02/2003 20:05

De: "Aniello Greco"
|
| Por que tem de ser contrários?

Para mostrar prá ele que não será possível apresentar argumentos irrefutáveis!

[]'
Léo




SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/02/2003 01:46

>SÉRGIO TABORDA: Não. Não esclareceu o problema. O problema não está no
mecanismo de interacção fotão-electrão- que é aquele que explicaste- mas
no argumento que usaste de que a luz muda de velocidade quando muda de
meio, pq os seus fotões são absorvidos e re-emitidos. Eu conheço essa
historia, e até a achava boa até que li o que escreveste. Que me lembrou
que os electrões não absorvem qq energia, mas uma muito bem definida.
Quem diz uma diz várias, mas sempre em numero discreto. Dai, como
explicar que a luz refracta independentemente da sua frequencia? Todos
os materiais absorvem e emitem todas as frequencias??<

Tá bem, Sérgio, vamos ver se consigo. Acho que o problema é resultante
da confusão entre interações ressonantes e não-ressonantes. Luz branca
entrando num prisma é uma interação não-ressonante.

Vimos que (1) nem todas as interações são ressonantes e (2) quando a
frequência do fóton é muito menor do que a frequência natural do elétron
(w<<wzero) temos uma oscilação fraca e em fase. Essa interação é
característica dos materiais transparentes, cuja estrutura molecular
apresenta elétrons pareados.

A refração é, obviamente, observada apenas em materiais transparentes.
É, portanto, uma interação não ressonante. Não há mudança no estado de
transição do elétron. Sabemos que o índice de refração de um material é
dependente da frequência, isto é, os diferentes comprimentos de onda têm
diferentes índices de refração no mesmo meio. Isso equivale a dizer que
as diferentes frequências têm velocidades diferentes no meio.

O valor do índice de refração indica o quão próxima da frequência de
ressonância do meio é a frequência do fóton. Quanto mais perto da
ressonância do meio estiver a frequência do fóton, maior a interação
entre o fóton e o elétron. Quanto maior a interação entre o fóton e o
elétron, mais tempo ela toma. Quanto mais tempo ela toma, menor a
velocidade do fóton no meio. Quanto menor a velocidade do fóton no meio,
maior o índice de refração daquela frequência no meio.

Exemplo: num prisma de vidro, os fótons na frequência da luz vermelha
estão mais distante da frequência natural do material e, portanto,
interagem menos com este e apresentam velocidade maior do que os fótons
na frequência do violeta, que estão mais próximos da ressonância. É por
isso que o prisma desvia mais o violeta do que o vermelho.

Quanto à sua observação sobre a direcionalidade observada na refração,
note que a interação quando w<<wzero é em fase -- não altera a direção
do fóton.

Um abraço,
Colucci






SUBJECT: Que história é essa de o elétron não ser uma carga?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/02/2003 03:45

Olá gente

Embora o Espaço Científico Cultural não seja tão requisitado quanto o
Imperdível (Feira de Ciências), pois a esse respeito ainda sou um discípulo
do divinal e internacional Léo, às vezes sou procurado por jovens que
estranham as encucações que eu, em minha rebeldia herética, tenho tentado
propagar por todos os cantos do mundo. Desta feita um desses jovens, que irá
prestar vestibular no final do ano (Vejam a responsabilidade!) procurou-me
com o questionamento que dá título a essa mensagem, qual seja: "Que história
é essa de o elétron não ser uma carga?"

Infelizmente não posso consultá-los a respeito, pois nenhum de vocês
acredita nas minhas verdades e iriam confundir a cabeça do rapaz com aquelas
idiotices pregadas pelos quânticos. ;-)). Mas também não posso dizer tudo o
que penso, pois esses terroristas quânticos estão infiltrados em todas as
bancas sérias que realizam vestibular no país. E se o jovem não se cuidar,
ele irá irritar esses verdadeiros sacerdotes da religião quântica. Pois como
vocês estão cansados de testemunhar aqui, não há coisa mais fácil para
irritar um crente em quântica do que dizer que eles não entendem nada de
física clássica. Mas... O que posso fazer? Via de regra eles não entendem
mesmo! (Há exceções para confirmar a regra).

Bem, deixemos a quântica para os quânticos. Vamos ao que interessa. Eu já
havia escrito anteriormente a esse jovem e não costumo falar muito sobre
minhas teorias com vestibulandos mas, por descuido, apliquei a assinatura
que costumo utilizar aqui na Ciencialist, mais com a intenção de provocar os
físicos modernos ;-). Esse descuido resultou na matéria que vai abaixo.

> Que história é essa de o elétron não ser uma carga?

Olá "Fulano de Tal"

Cuidado! Como eu disse na msg anterior "não valorize em excesso as minhas
palavras" pelo menos até o vestibular passar. Enfim, você fez uma pergunta e
sinto-me na obrigação de responder.

Essa idéia constitui o núcleo de uma de minhas teorias onde procuro mostrar
que a carga elétrica é formada por elétrons, mas o elétron não é uma carga
elétrica em miniatura. Vou tentar mostrar apenas a lógica que está por
trás desse argumento, sem entrar em muitos detalhes sobre as razões físicas
a sustentarem a idéia.

Uma casa é formada por tijolos, mas um tijolo não é uma casa em miniatura. O
homem é formado por células, mas uma célula não é um homem em miniatura. O
sistema solar é formado por astros (estrelas e planetas), mas nenhum desses
astros é um sistema solar em miniatura. Um quebra-cabeças é formado por
peças, mas nenhuma dessas peças é um quebra-cabeças em miniatura.

A natureza é pródiga em nos mostrar que quase sempre a parte é diferente do
todo. As pouquíssimas exceções que existem estão aí para confirmar a regra.
Dentre essas exceções poderíamos pensar nos fluidos. Um volume restrito de
água, por exemplo, 1 cm³ de água, pode ser pensado como a miniatura de 1 m³
de água. Neste caso as propriedades físicas e químicas das partes se
confundem com as propriedades físicas e químicas do todo (por exemplo,
densidade, concentração molar, temperatura, velocidade da luz nesse meio
etc.).

Ainda assim essa exceção é válida dentro de certos limites. Se formos
aplicando sucessivamente um zoom num certo volume de água, certamente
chegaremos na estrutura molecular e, a partir daí a semelhança entre a parte
e o todo se desfaz. Quando você atingir esse nível intuirá que no espaço
entre uma molécula e outra de água a densidade deve ser nula, e onde houver
partículas visíveis a densidade deverá ser enorme. Ou seja, não faz mas
sentido se pensar em densidade do todo, se bem que possa-se adaptar a idéia
para que se conforme às partes.

Não tem mais sentido, num estudo dessas proporções (nível molecular) se
falar em temperatura, pois neste nível molecular o conceito físico que mais
se aproxima daquilo que chamamos macroscopicamente temperatura seria a
energia cinética molecular média. Ora, se você está observando apenas uma ou
duas moléculas, que significaria essa média? Por outro lado, se uma molécula
estiver em alta velocidade e a outra em baixa velocidade, faria algum
sentido dizer que a temperatura de uma é maior do que a da outra? Quero crer
que não, pois temperatura é uma propriedade macroscópica e tem um
significado físico útil para quem estuda um determinado conjunto
macroscópico. A água como um todo tem temperatura, mas as moléculas pensadas
isoladamente não. Quando pensamos em individualidades as propriedades
físicas a serem consideradas são outras, como por exemplo a velocidade. E
estas, como sabemos, não são todas iguais para todos os indivíduos.

Mas vamos voltar ao problema do elétron.

A pergunta que me surgiu há muito tempo atrás (1983) foi exatamente essa:
Porque o elétron deveria ser uma exceção a essa regra? E acabei concluindo
que não existe exceção alguma, apenas estávamos assumindo um erro que se
originou da má adaptação que se fez das idéias que surgiram numa época em
que o eletromagnetismo estava em construção. Na época de Coulomb não se
tinha a menor idéia da existência de elétrons ou prótons, e para todos os
físicos construtores do eletromagnetismo o que havia, e respondia pelos
fenômenos observados, era um fluido elétrico. A própria lei de Coulomb foi
enunciada pela primeira vez (1784-9) em três itens (a, b e c) da seguinte
forma:

a) Num corpo condutor eletrizado o fluido elétrico espalha-se à superfície
mas não penetra no interior do corpo;
b) Os corpos eletrizados por um mesmo fluido repelem-se, os eletrizados por
fluidos diferentes, atraem-se;
c) Essas atrações ou repulsões produzem-se na razão direta das densidades ou
forças dos fluidos elétricos e na razão inversa do quadrado das
distâncias.

O único, dentre os construtores do eletromagnetismo que chegou a imaginar a
existência de partículas como o elétron foi Faraday, mas limitou-se a
aplicar a idéia apenas no estudo de soluções eletrolíticas, estudada
principalmente na química. A teoria de Maxwell assume totalmente a noção de
fluido elétrico e até hoje fala-se em densidade de carga e densidade de
corrente elétrica. Ora, podemos pensar na densidade de um sólido, mas onde
essa propriedade ganha destaque é exatamente na mecânica dos fluidos. E veja
bem: "densidade de corrente", ou seja, de alguma coisa que "corre" no
interior de um fio condutor, assim como as águas de um rio.

Perceba então que a teoria de Maxwell é válida no estudo do macrocosmo, a
exemplo da mecânica dos fluidos, e poderíamos perfeitamente dizer que a
teoria de Maxwell trata exatamente da eletrodinâmica dos fluidos elétricos
e, como tal, é utilíssima tanto em ciência do macrocosmo como,
principalmente, em tecnologia. A tecnologia do século XX se construiu por
cima dessa idéias.

Mas... E quando formos estudar o microcosmo, sob o ponto de vista do
eletromagnetismo? Sem problemas. Como mostrei acima, há uma diferença muito
grande entre o estudo de um volume de água, através de suas propriedades
macroscópicas, e um agrupamento de algumas moléculas de água, através de
suas propriedades microscópicas. Há também uma diferença do mesmo tipo no
eletromagnetismo. Quando partimos para o estudo do microcosmo devemos levar
isso em consideração, sob pena de chegarmos a conclusões totalmente
absurdas.

A teoria quântica fez exatamente isso: Tentou forçar uma situação irreal,
aplicando uma teoria válida para o macrocosmo num território onde podemos
hoje, apoiados na experimentação do século XX, sossegadamente afirmar que
a idéia não daria certo, como de fato não deu, a despeito do que se comenta
na mídia.

O problema foi que os físicos, ao perceberem que a teoria de Maxwell não
dava certo, não tentaram reformular e/ou adaptar as bases da teoria (noção
do que seriam as partículas elementares) mas passaram a transformar as
equações da teoria de Maxwell de maneira tal a adaptá-las a observações
laboratoriais. E isso deu no que deu: um conjunto de equações que às vezes
dá certo sem que se saiba onde, como e nem porquê. E quando as coisas não
dão certo esses mesmos físicos persistem no erro: tão somente adaptam as
equações para que, com a correção efetuada, as equações funcionem na
condição específica (costumam fazer isso fabricando hipóteses ad hoc,
hipóteses formuladas para forçar uma situação que na realidade não se
justificaria tão somente com as hipóteses básicas da teoria). Feitas essas
correções, e verificando que de fato elas se ajustam às condições
experimentais, botam a boca no trombone e divulgam por todos os cantos do
mundo que a teoria quântica conseguiu, de maneira "estupenda", prever algo
que jamais um físico clássico poderia imaginar. O mais interessante é que
estão a festejar um sucesso que não conseguem transformar em palavras, tão
somente em números.

Em dezembro de 1999 fui questionado na lista de discussão Ciencialist (msg
2842 - http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/2842 ), e
respondi o seguinte:

*********** início da citação ****************

Dizer que o elétron é uma carga elétrica, posto que a carga elétrica é
formada por elétrons é tão absurdo quanto dizer que o átomo tem o formato de
um avião, posto que o avião é formado por átomos. Essa idéia de "elétron
carga elétrica" deriva do tempo em que acreditava-se na existência de
flúidos elétricos. O elétron é parte de uma carga elétrica. Inúmeros
elétrons, dispostos convenientemente na superfície de um condutor,
"originam" uma carga elétrica (vide figura 1 em
http://ecientificocultural.com/Usenet/pesp03.gif ). Da mesma forma que
inúmeros espinhos, dispostos na superfície de um porco-espinho, originam o
formato sui-generis desse animal (vide figura 2 em
http://ecientificocultural.com/Usenet/pesp02.gif ). Não obstante, cada
espinho não é um porco-espinho em miniatura. O porco-espinho assume um
formato de simetria aproximadamente esférica; o espinho tem simetria
aproximadamente cilíndrica. A carga elétrica tem simetria esférica
(originando um campo com simetria esférica); o elétron tem simetria
cilíndrica, originando efeitos (dentre os quais incluo seu campo)
relacionados a seu spin (e digo, "spin clássico", posto que spin quântico é
mais um dentre os inúmeros absurdos acima referidos).

*********** fim da citação ****************

Volto a dizer: Não repita nada disso em um vestibular. Sinta-se a vontade
para me questionar sobre o assunto, mas não creio que seja uma boa idéia
pois a minha teoria sobre o elétron ainda não é aceita nos meios acadêmicos.
Após o vestibular, se ainda estiver disposto a enfrentar a fogueira da
Inquisição dos Tempos Modernos, eu ficarei muito satisfeito com isso.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [noosfera] Lígia, Takata e o genoma.
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <noosfera@yahoogrupos.com.br>
CC: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/02/2003 13:56

gemaba7 : Eduardo, se puder relacionar melhor pra mim, bases, gens e
cromossomos fico grato. Se tiver alguma indicação de uma imagem
em algum site que possa exemplificar ficaria perfeito, obrigado.


gemaba7 : Você diz que a mulher já nasce, como assim? Se consideramos
o nascimento como o momento da fecundação esses óvulos ainda não
existem, pois não? Pondere!!!


Saudações !!!!
gemaba


>>> pergunta 1: tem coisas interessantes em
http://www.genlink.wustl.edu/teldb/

pergunta 2 : fecundacao e' uma coisa, nascimento, outra. Ao nascer, a mulher
ja' tem todos os ovulos em seus ovarios.

Abs,
Eduardo Torres





SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/02/2003 15:20


Uma coisa que eu ainda não entendi neste tempo todo é pq eu sou um "adepto
da quântica"
Se vc me perguntasse se eu perfiro quantica a relatividade, certamente
perferiria quantica.
Mas se me perguntasse se eu perfiro quantica a qq outra hipotese de
explicação, certamente não.

> > Moleculas são agrupamentos de atomos, e
> > estes têm obrigatoriamente de ter uma disposição espacial em relação uns
> > aos outros. Essa diferente disposição origina diferentes estados
fisicos.
> > A molecula de água não tem esta propriedades. É só isto que estou a
dizer.
> > Que o exemplo não foi bem escolhido.
>
> E eu estou a dizer que você só imagina a molécula de água através dessa
> sua física de bolinhas. A sua premissa está errada!

Imagino ? Qual era minha permissa mesmo ?
(é que nem eu sei do que vc está falando. tou falando serio)

> > Se querias usar a orientação
> > espacial, tinhas que pegar numa molecula que apresenta diferenças na
> > orientação espacial. Seja lá o que for que os atomos sejam, bolinhas ou
> > nuvens, isso não intervém no que estou a dizer.
>
> Simplesmente porque o que você está a dizer não faz sentido, como toda
essa
> absurda física que defendes.

Eu não estou defendendo fisica absurda. A menos que experiencias
laboratoriais possam ser fisica absurda.
Eu só estou dizendo que a teoria se adequa à prática. E que nenhuma outra
teoria que eu conheça se adequa da mesma forma. Se vc conhecer qual seria
essa teoria, diga.
Caso não conheça - como eu- pq não usar o temos enquanto não vem algo melhor
?
Estou-me nas tintas se os postulados da MQ são falsos. Eles permitem chegar
a resultados verdadeiros.
Agora, do ponto de vista epistemologico- que é aquele que vc parece
preferir- eu não estou satisfeito com as explicações forjadas para os
chamados fenômenos quanticos.
Não encontrei ninguem que saiba falar de quantica sem ser dramaturgo ou
misterioso.
Lutei muito para encontrar algum sentido concreto - longe das fantasias de
divulgadores, professores, livros e jornalistas - na MQ.
Não encontro nenhum problema nos postulados da MQ actual. Portanto, a menos
que alguem mostre onde está o problema, eu não vou poder disconsidera-la.

> A dinâmica dos corpos rígidos não tem compromisso nenhum com a
> suposta dupla personalidade quântica e eu tenho a impressão que, para essa
> disciplina, isso que você diz não faria o menor sentido. Nem mesmo a
física
> de bolinhas clássicas, que não é o objetivo principal do livro do
Whittaker,
> é tão elementar quanto os quânticos imaginam que seria.

Ora, o que as esperiencias mostram é que moleculas não são corpos rigidos.
Eles serão corpos "elasticos" , pois vibram
E aproveito aqui para lembrar que a quantica advem do trabalho de Plank que
apenas conciderou osciladores harmonicos - que são fisica classica.
Portanto, considerar que as moculas vibram, não é uma ideia quantica, é uma
ideia que advem das experiencia.
O que é quantica é a previsão que ela faz das energias de vibração de ditas
moleculas.
(e fazem-se muitas aproximações para chegar a esse resultado, mesmo assim )

Plank inventou a quantica pq a fisica que ele tinha não conseguia explicar
os RESULTADOS EXPERIMENTAIS dele. Se alguem conhece alguma teoria que os
explique que fale! ... pois, bem me parecia ...

> Que você queira utilizar o significado da palavra "estado" de maneira
> diversa da tradicional, tudo bem, isso é um problema de linguagem e não há
> porque criarmos aqui uma torre de Babel.

A orientação da molecula num dado referencial não é um estado- ao contrario
do que vc usa no seu argumento. É só isso que eu estou a dizer.

Mas assumir que não há diferenças a
> se traduzirem em características físicas entre dois objetos idênticos e
que
> não se superpõem por uma translação simples, isso é próprio de um desprezo
> pela extensão do objeto; ou então pela aceitação de que esse objeto seria
> uma partícula puntiforme. Como se ponto ocupasse algum lugar no espaço!

Mais devagar. Eu disse que a movimentação de um objecto fisico de um local
para outro não altera as suas propriedades, assim como, rodar o obj fisico
um determinado angulo no espaço. E fiz notar que não estou a falar de
movmento de rotação - giro.
Portanto, isto que falas, não vem ao caso.

> > Os estados que interessam para o comprimento de onda vermelho, são
devidos
> > à distancia entre os electrões e o nucleo; distancia esta que depende do
> > numero de electrões no atomo.
> > Dado que as moleculas são da mesma especie quimica, e esta contém sempre
> > os mesmos atomos, que contém um numero pre-conhecido de electrões que
não
> > varia , então por tudo isto, a energia dos estados que interessam para o
> > fenomeno da cor da roupa é sempre a mesma para o mesmo estado em cada
> > atomo. Independentemente de como se determine teoricamente o valor dessa
> > energia - seja MQ ou uma teoria classica qq - ela é experimentalmente a
> > mesma, e entende-se pq.
>
> Tudo bem, mas acontece que se as coisas fossem tão simples assim, a física
> clássica não explicaria o que efetivamente se observa. E é porque vocês se
> iludem tanto com essa física clássica que não existe, que acreditam
> falsear a verdadeira física clássica a cada vez que retiram um coelho de
uma
> cartola.

Se bem entendo o que dizes- e isso torna-se cada vez mais complicado partir
daqui - estás a dizer que uma outra teoria existe que explica o fenõmeno
"cor dos objectos" e pq os elementos se destribuem na Tabela Periodica (TP)
como o fazem.
é isso que estás a dizer ? Se é, e para clarificar a conversa, que teoria é
essa ?
Se não é, então o que é que estás a dizer ?
Negas que a MQ explique a organização da TP ? Se sim, pq ?

> De duas uma: ou as coisas não são tão simples assim, ou então Einstein
tinha
> razão, e Deus realmente existe e joga dados (sei que ele utilizou em outro
> exemplo, mas a falácia é muito semelhante). Vocês assumem que as coisas
são
> como acham que são, e dizem que a física clássica não explica nada!

Ahummm... vc não assume que as coisas são como vc acha que são ?
Não? Então o que é a sua teoria senão algo que vc acha que é ?
Todos fazemos isso. Mas não interessa o que achamos, mas o que podemos
provar que é.

>Ele [ Dirac ] comete esse crime tão somente
> para convencer os demais que a teoria quântica é a única saída para a
> física, ou seja, seria a pedra filosofal dos tempos modernos. Porque isso?
> Falta de confiança?

Falta de outra ideia.
Ninguem, nem vc, conseguiu até hoje apresentar outra forma de explicar tão
bem quanto a MQ explica, certos fenómenos.
E por "explicar" eu estou entendendo "previsões numericas que se aproximam
muito das medições laboratorias" e com "medições" eu quero dizer
"comparações com grandezas de referencia"

A teoria quântica seria assim tão vagabunda que não tem
> como se justificar por si só, apoiando-se única e exclusivamente em seus
> fundamentos? Nem o pior jogador de futebol, no climax de uma carreira
viril,
> utiliza-se de jogo tão sujo assim.
>

Vc não respondeu a uma questão que eu levantei.
Se a MQ é falsa pq ela não foi demosntrada falsa até hoje ?
E, caso vc ache isso caricato, que experiencia realizável, e não de
pensamento, mosta que ela é falsa ?

> Veja, bem, todos os autores de livros didáticos fazem questão de
reproduzir
> esse crime de falsidade ideológica. Porque? A quem interessa perpetuar
essa
> ignorância? Canso-me de me perguntar e não sei responder.

A ignorancia é só uma: ninguem conhece outra forma de resolver o problema
com o mesmo rigor. Se vc conhece, ou conhece alguem que conheça, informe-nos
por favor.
Eu concordo que os autores dos livros ditacticos exageram e muitas vezes
demosntram q não sabem do que estão a falar e apenas repetem o que algum ja
disse.
Mas episotmologicamente falando, que outra teoria pode fazer o mesmo que a
MQ faz ?

Acho mais fácil
> justificar os absurdos do Bush do que os absurdos do Dirac. O Bush pelo
> menos está querendo dominar o mundo, e precisa do petróleo do Iraque para
> isso. Mas e o Dirac?

Desconheço Dirac. E nem sei pq estás a falar nele.


> > Agora, tente explicar com o mesmo grau de exactidão a mesma coisa
apelando
> > para "coisas que existem". Se vc conseguir , sequer, vislumbrar como
isso
> > possa ser feito, eu gostaria de saber.
> > E não me refiro obviamente a ideias tiradas sabe-deus-de-onde , mas a
> > experiencias que se possam fazer que evidenciem que existe uma outra
forma
> > de explicar o assunto sem apelar a "coisas que não existem" .
>
> Isso é uma inversão de valores. Um adepto da teoria quântica falando em
não
> "apelar para coisas que não existem". Excelente piada. "Idéias tiradas
> sabe-deus-de-onde". Outra excelente piada.

Não é inversão de valores. É um pedido de explicação. Eu não entendo do que
estás a falar.
Tu dizes que a MQ não explica nada. Então suponho que saibas de outra teoria
que explique. qual é ela então, e no quê ela se baseia ?
E qual é a diferença no que concerne a existencia das coisas da MQ e das
dessa teoria.

> > Portanto, assim sendo, não cabe preferir uma teoria a outra sem nenhum
> > fundamento para além do gosto pessoal e ideias que embora sejam ideias
> > boas, não se traduzem no mesmo rigor experimental que a teoria existente
> > proporciona.
>
> Sempre existe um "assim sendo" ou uma "hipótese a ser aceita como dogma"
em
> nossas conversas. Ora, quem fecha a questão em cima de um ou dois dogmas
não
> está afim de dialogar. Então não direi nada a respeito. De acordo com as
> suas premissas, você está absolutamente certo. Mas essas premissas não são
> lá muito confiáveis.

como é que vc sabe minhas permissas,mas eu não ?
do que vc está falando ?
Eu so digo que: se vc não tem uma alternativa à MQ , nem experiencia que
mostre que ela é falsa, então não faz sentido negar a validade da MQ.
A validade da MQ daqui a 50 anos pode ser outra, mas não é dessa validade de
que estamos a falar.


> > O que é no teu entender "explicar algo" ? Não será que é apenas
encaixar
> > as coisas, sejam ideias ou equações, até que o conjunto de todos os
> > encaixes acabe na maior proximidade com o que medimos ?
>
> Eu poderia concordar, a despeito da fábrica de hipóteses ad hoc (que é
> considerado um recurso deplorável pelos amantes da boa ciência). Mas pelo
> que li do restante da mensagem (abaixo) o seu conceito de "o que medimos"
> não se afina com o meu. Ou seja, partimos de premissas diversas, logo
> qualquer concordância será mera coincidência.

Medir só tem um significado em ciencia. Consulte um manual de metrologia ou
um dicionário. Essa acepção que vc está usando, não é a do vocabulario
cientifico.

>Vocês têm é muita garganta
> e ficam falando em teletransporte quântico, computador quântico,
tunelamento
> quântico, bits quânticos, relógio quântico, microscópio quântico. Tudo
isso
> é tão quântico quanto a noção de que a Terra gira em torno do Sol.

Ahumm verifique mensagens anteirores da lista e me diga em quais eu já
defendi essas coisas que referes. Vocês ? Eles tlv, não eu.

> > Ninguem explica classica, ou de outra forma, pq as massas se atraem ..
por
> > exemplo.
>
> Eu tenho uma idéia 100% clássica a respeito, mas você certamente não vai
> aceitar, pois nesse caso eu ainda não tive tempo sequer de estudar as
> previsões que suspeito que ela faça.

Ter uma ideia não é o mesmo que ter uma explicação. Mantenho minha frase.

Como disse acima, ciência não se faz
> sozinho, principalmente quando se tem uma teoria tão geral e uma
comunidade
> acadêmica tão dogmatizante. Perdoe-me, mas você está dia-a-dia evoluindo
> nessa direção. Sinto saudades do Sérgio que conheci em janeiro de 2001.

Eu tb... eu era mais novo nessa altura... :-)

> > Mas isso não impediu Newton de tecer uma eq atemática para prever o
quanto
> > elas se atraem...mesmo não sabendo o que causaria a atracção.
> > E eu não tenho problema nenhum em seguir a linha que ele seguiu ...
>
> Isso porque ainda não surgiu outra alternativa. Aliás, surgiu, mas está
> muito latente (Mordehai Milgron).

Segundo o que li na msg do luiz , milgron tb não explica. Ele apenas tece
outa forma de quantificar a atracção, a qual se adqua melhor aos dados
experimentais.
Ele não explica. ele não estabelece causa.

Não me parece que a quântica tenha essa
> característica. Garantir que a física clássica é incapaz de explicar esse
ou
> aquele fenômeno é algo que jamais foi comprovado, nem lógicamente, nem
> experimentalmente.

É facil vc provar que ela é capaz. Explique - so ideias não servem- algo
classicamente que hoje seja explicado quanticamente.

>Vocês vivem repetindo uma série de bobagens escrita pelo
> Dirac, o maior enganador da história da física.

Como eu não sei o que ele escreveu, fica dificil eu repetir o que ele disse.


>Creio que mal
> chegamos a roçar na periferia da teoria. Creio também que cheguei a dizer
> naquela época, se bem que com outras palavras, que você se preocupa muito
> com a matemática --e considero isso uma virtude-- mas deixa totalmente de
> lado o significado físico das grandezas, e isso é péssimo.

Vc apresenta uma teoria que diz ser válida. Eu lhe perdi evidencia dessa
validade, cientificamente falando. E vc me respondeu que nem sabia que
unidades tinham as entidades que utilizava.
Convenhamos, assim fica muito dificil de aceitar a sua palavra sobre a
validade da teoria.
E depois, não vejo pq o "electrão" tenha de ter um estatuto especial.

> > A MQ pode ser - para alguns- estranha, mas ela já se provou certa. E a
> > sua maior conquista foi exactamente a explicação com rigor matemático
> > e com medições que fornecem suporte , de pq a tabela periodica é
> > como é.
>
> Isso não tem nada a ver com os fundamentos da quântica.

Mas quem está falando dos fundamentos?
As teorias se avaliam pelos seus fundamentos ? ou pelos resultados que
produzem ? e pelas experiencias que falham em falseá-las?
Eu estava falando de experiencias , não de ideias.
E fisica é uma ciencia experimental, e é a experincia que dita no que não
devemos acreditar.

>Quero explicações! Quero
> fatos, quero demonstrações a se reportarem aos fundamentos da teoria.

Essa é muito simples.
Estudo a eq de Srondinger (fundamento da teoria).
Aplique-a ao atomo de hidrogenio.
Exenda essa aplicação para um atomo de N protoes e 1 electrão.
Estenda-a para um atomo de N protoes e M electrões.
Verifique que a ocupação dos niveis de energia se faz segundo o Principio de
Pauling (fundamento da teoria)
Calcule os niveis de energia, e verifique se se adquam aos expectros de
emissão/absorsão do atomo em causa.
Verifique que a regra de cupação obriga a uma organização especial dos
atomos.
Verifique que essa organização é a TP conhecida antes do advento da MQ.

Ai tem a sua demonstração.

> Números não interessam, a menos que acompanhados de seu real significado.

Se estudar, verá que todos os numeros tem o seu significado.

> Duvido que vocês consigam justificar alguma coisa de fato.

Fala sério... como vc pode dizer isso face à estrondosa evidencia de que a
MQ explica pq a TP é como é....

>Você falou no efeito fotoelétrico (msg 20691),
> mas isso é outra piada. Nem Einstein diria isso com tamanha convicção. E o
> Planck, coitado, morreu sendo ridicularizado por ter tido a coragem de
dizer
> o que pensava a esse respeito. E o pior é que ele tinha razão.

Dizes tu... e mais qual experiencia ?

> > No teu caso concreto, não existe sequer uma quntificação das unidades
das
> > entidades que usas nos teus argumentos. Já passámos por esta discussão.
>
> Na sua opinião. Você não quer uma teoria nascente, quer uma teoria
completa,
> comprovada experimentalmente e totalmente axiomatizada.

Vc apresensta as suas opiniões, ideias e conjecturas sobre sua teoria como
se ela fosse completa. Eu não peço mais do que vc dá. Eu peço apenas algo
diferente do que vc dá.
Não sou eu que quero uma teoria completa, é vc que fala como se ela fosse
completa.
E mais do que isso, comprovada.
Tudo o resto está errado, mas sua teoria de incompleta tem que estar certa.
Isso é no minimo curioso.
Pq vc pode dizer mal da MQ que ja deu mostras de si, mas não podemos achar
que sua teoria incompleta é incompleta ? Pq é isso que ela é, vc mesmo acha.
Então , se é incompleta, que tal completá-la ?
E como vc é o unico que a entende, quem quer que faça isso ?
A quem quer que eu peça? A Deus ?
De quem vc acha que eu devo esperar melhores explicações ?

Não é a-toa que você
> não lê os Principia nem o Opticks de Newton. Então fique na espera,
continue
> dando tempo ao tempo.

Pois, não é à toa.
Ler isso é como ler a bilbia.
As palavras estão tão desactualizadas que corremos o risco das
intrepretarmos mal.

> > É uma teoria sobre fisica, mas não é fisica teorica.
>
> Na sua opinião. E pelos seus comentários atuais, quero crer que você ainda
> não a entendeu, logo não poderia esperar nada diferente de alguém que está
> se mostrando evoluir rapidamente rumo à dogmatização.

Não seu eu que sou dogmático. É vc.
Eu lhe pergunto e vc não me responde.
Limita-se a dizer que não tem obrigação de ter uma resposta.
O que para mim é a mesma coisa que a não ter.
E se vc não tem uma resposta, não acho correcto que me ache dogmático por
ter uma, qq que seja.
Ou achas que as pessoas têm de acreditar em ti pq partilham da mesma
opinião?
Estamos a falar de teorias em ciencia, não de ideias religiosas.
Vc dizer que a MQ é uma treta , mas não saber mostrar pq, é para mim o mesmo
que alguem dizer que viu Deus, mas não sabe como ele é. É inaceitável,
cientificamente falando.

> > > > Uma questão relativa à igualdade entre electrões:
> > > > Se os electrões não são todos iguais , pq se chamam todos electrões
?
>
> > > Se os tijolos não são todos iguais, porque se chamam todos tijolos?
>
> > Não respondeste à pergunta.
>
> Para bom entendedor meia palavra basta. Ou será que os tijolos são todos
> iguais? Por outro lado, já comentei até demais sobre esse assunto.

Mas eu não entendi.

> > > Sob essas hipotéticas restrições intelectuais, você perceberá que
dentre
> > > dois elétrons do mesmo feixe, após passarem por uma fenda, um deles
> > > seguirá em uma direção e o outro em outra.
>
> > Como é que eu percebo isso ?
>
> Você nunca vai perceber, pois sua hipótese de trabalho não permite. Ela
> impõe que os dois elétrons sejam idênticos para o efeito em consideração e
> que a fenda não interfira em nada que não se apóie nas baboseiras
diracianas
> (de Dirac). Os elétrons irão se chocar em pontos diversos do anteparo
graças
> à vontade do deus matemático Dirac, aquele que joga dados quando não está
> cuspindo no prato em que comeu.

Eles são chocar ? Como vc sabe isso ?
Quem garante que vão chocar ?
Quem tem dados sobre esse choque ?


> > Teria de supor que a diferença de escala entre a fenda e o electrão não
> > cria efeitos outros que possam falsear o meu pensamento
>
> Não obrigatoriamente. Você agora está confundindo medida com determinação
de
> um valor por comparação direta (medida de comprimento com régua, por
> exemplo).

Estou ? onde ?
E o disse que como não sei o tamnho de um electrao, não sei qual a diferença
de escala- de tamanho - entre ele e a fenda.

>Você pode perfeitamente assumir, sem ir contra os princípios
> clássicos, que todos os elétrons que batem exatamente no ponto A do
anteparo
> passaram pelo mesmo ponto ao atravessarem a fenda.

Posso ? pq ?
Todos batem da mesma forma ? não ha dispessão nenhuma ?
isso é classico ??



> > Teria que arranjar forma de colocar essa diferença de direcção em termos
> > de algo observável/mensurável.
>
> Volto a dizer: A medida já foi feita, só resta interpretá-la!

Qaul medida exactamente? feita por quem exactamente?
Não sei do que estás a falar.

> > Em suma, teria que arranjar coisas "que ainda não existem" para explicar
> > coisas que eu nem sei se existem.
>
> Isso dito por um adepto da teoria quântica soa-me como piada. Em quântica
> não existe nada, só um punhado de equações a representarem propriedades
> dos fantasmas que habitam um castelo.

Vc já se deu ao trabalho de aprender quantica ?
Não estou a falar de ler dirac e companhia, estou a falar de pegar num livro
e estudar.
Como se estuda quimica, ou biologia, ou qq outra ciencia.

> > A posição relativa não é um estado classico. Os estados classicos são
> > temodinamicos e ligados com a energia.
> > A posição é um estado quantico. É isso que não entendes, ou não queres
> > entender.
>
> Tanto quanto você não quer (ou se recusa a) entender o significado de
física
> clássica.

Ja pedia muitas vezes que o explicasses. Sempre driblaste o pedido.
Se eu não entento, a culpa tb é tua.

> > Eu aceito essa ideia como ideia que é. Concordo com ela na sua
exposição,
> > e até como principio, mas dai a considerar isso algo cientifico vai um
> > caminho muito longo, que a meu ver vc se nega a atravessar dizendo que
> > calculos, quantificações e equações não são necessários. E que eu não
> > atravessarei sei estes.
>
> Meu caro, você me imputa a responsabilidade de fazer SOZINHO, em 20 anos
> (1983-2003) aquilo que MILHARES de físicos não fizeram de maneira
> satisfatória durante pouco mais de 100 anos.

Não conheço ninguem mais que conheça a sua teoria o suficiente , para que
possa fazer isso.
Que culpa tenho eu que vc seja o unico a entende-la ?

> Nego-me sim a atender caprichos pessoais daqueles que querem que eu
> desenvolva o que interessa tão somente a eles, mas que em meio a toda
teoria
> passam por detalhes de importância secundária em relação a outros a meu
ver
> mais importantes.

É isso que,em meu entender, falhas em compreender.
É do teu ppr interesse explicar com matemática. ou pelo de forma
sistematizada. Quantificada de alguma forma.
É uma linguagem mais facil, mais imparcial e mais universal.
Até pq ela simplica muita coisa. E pode te dotar de outras ferramentas de
que não dispoes.

>Não posso me dar ao luxo de pretender fazer tudo sozinho,
> sou então obrigado a priorizar alguma coisa em detrimento de outra. Nem
> sempre aquilo que sou forçado a priorizar coincide com o que seria
relevante
> para quem não conhece a teoria.

Que é todo o mundo excepto tu.
Ou estou enganado ?


Sérgio



SUBJECT: Re: [ciencialist] Que história é essa de o elétron não ser uma carga?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/02/2003 16:02

----- Original Message -----
From: Alvaro Augusto
Sent: Monday, February 10, 2003 1:56 PM
Subject: Re: [ciencialist] Que história é essa de o elétron não ser uma
carga?

> Um elétron sem carga deve ser um elétron que passou por uma terrível
> decepção...

Sem dúvida, como ser inteligente que é, esse elétron é capaz de escolher não
só as fendas por onde "passa" (sem a necessidade da intervenção de um deus
que joga dados quânticos) como também "passa" por muitas alegrias e muitas
decepções. Ele efetivamente "passa", ao contrário daqueles elétrons fantasma
que efetuam "saltos" do nada para lugar nenhum.

> Sinceramente, acho que o que você faz é apenas um jogo de palavras.

Um jogo divertidíssimo, por sinal. E tanto mais quanto mais verifico que
os demais jogadores sentem-se como se tivessem levado um xeque (ou seria um
choque?), e acabam ficando sem palavras ou então sem perceber a maioria dos
lances.

> Além disso, Maxwell não é de muito ajuda aqui, pois, como se sabe, as
> equações de Maxwell falham pavorosamente quando aplicadas ao domínio
> microscópico.

Então diria que vocë não entendeu o texto ou, quem sabe, talvez não tenha
percebido a forma como encaixei as palavras no meu jogo. Você ficou tão
preocupado em caracterizar o texto como um jogo que muito provavelmente nem
assistiu o jogo. Ou... Será que o que você faz não seria apenas um jogo de
ocultar palavras?

> Dúvidas com Popovic.

A Silvia Popovic é excelente. Para os que não sabem, fiz o lançamento de um
dos meus livros (romance) no programa dela (faz tempo pacas) e na época ela
chegou até mesmo a citar, com direito a um close da capa do livro, a obra
prima onde dou a entender que os elétrons estão sujeitos ao que você chama
decepções. Ultimamente não tenho mais visto a Silvia Popovic, parece-me que
ela não tem mais aparecido na televisão, logo sugiro que você tire dúvidas
desse tipo com a Hebe Camargo. Ai, que saudades do Chacrinha!

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/02/2003 16:25


>From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo
>Quantico ... putz grila!)
>Date: Tue, 4 Feb 2003 09:32:20 -0300
>
>Mas sinto que você está acuado e perdido em meio a uma série
>de bobagens que provavelmente, e de maneira precipitada, escreveu em
>mensagens anteriores.

Discordo. Em nenhum momento me senti acuado e muito menos perdido. Assino em
baixo tudo que escrevi até agora, com plena convicção
do alto nível técnico e científico das minhas mensagens.
Que outros membros do Ciencialist se manifestem caso eu esteja
redondamente enganado.

>Além do mais, não acho justo que você fique fazendo
>afirmações sem fundamento, apenas para me provocar (como essa acima citada,
>de que a interação só existe na minha teoria).

Longe de mim querer provocá-lo, não teria por que querer isso.
Tanto faz se você considera meus argumentos sem fundamento,
isso é absolutamente irrelevante para mim. Só faz eu pensar que
sua compreensão esteja bem aquém delas, e isto, por sua vez, deve
fazê-lo pensar que minha compreensão seja igualmente insatisfatória.
Fazer o que? Deixa pra lá... Se acha que eu só quero provocá-lo,
sem problemas, foi bom ter falado, assim eu não perco mais tempo
e economizo meu latim.

Abraços,

Guilherme

_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Que história é essa de o elétron não ser uma carga?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/02/2003 19:36

----- Original Message -----
From: Alvaro Augusto
Sent: Monday, February 10, 2003 6:34 PM
Subject: Re: [ciencialist] Que história é essa de o elétron não ser uma
carga?

> Cê tá brincando, né?

Quem?!!! Eu?!!! Quando? Como? Porque? :-)

> OK. Você me pegou. Eu não li o texto inteiro. Sei que você vai usar isso
> contra mim, mas eu parei naquela perte em que você compara cargas
> elétricas e elétrons com aviões construídos com outros aviões...

Taí! Gostei da sinceridade.

> Não acredito que você tenha caído nessa! Mas valeu como auto-promoção..

Eu jamais perco uma chance de me auto-promover. :-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Mecânica clássica x quântica
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/02/2003 01:20

Alberto,

Segue abaixo uma descrição do experimento das fendas duplas, que
oferecerei ao Léo mais tarde. O objetivo é chegar a uma descrição que um
aluno do segundo grau consiga entender. Ainda estou bem longe disso.

Resolvi usá-la para testar o meu entendimento da sua hipótese, já que
você diz que não há necessidade da mecânica quântica para explicar o
fenômeno. Copiei a descrição do seu website e pediria que você a
revisasse (bem no fim do texto).

A idéia é explicar a coisa em uns poucos parágrafos. Por favor evite
comentários sobre o acerto ou não da explicação quântica. Concentre-se
na sua explicação.

Um abraço,
Colucci

PS: Desculpe a demora. O diálogo comigo tem que ser em passos de
tartaruga, devido às minhas limitações.


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O experimento da fenda dupla – Breve história

(Para o imperdível, deverá haver um “box” descrevendo a experiência das
fendas duplas)

No dia 24 de novembro de 1803, Thomas Young relatou o seu experimento
diante de uma audiência firmemente convencida de que a luz é formada por
corpúsculos emitidos pelos corpos luminosos. Os membros da Royal Society
of London não podiam pensar diferente. Afinal, o próprio Newton dissera,
em 1704, que a luz viaja em linha reta e, portanto, só pode ser formada
por projéteis minúsculos, jamais por ondas como propôs Huygens. Se fosse
uma onda, dizia o grande Newton, o contorno da sombra dos objetos
colocados ao sol não seria nítido. Após descrever o experimento e seus
resultados, Young concluiu: “nem os mais preconceituosos poderão negar
que as bandas observadas são produzidas pela interferência de duas
porções de luz”. Com o experimento, Young , de certa forma, vingava
Christian Huygens, o proponente original da teoria ondulatória da luz.

O experimento de Young ficou conhecido como o experimento da fenda
dupla, embora na forma original não usasse fendas. Young fez um raio de
sol penetrar por um pequeno orifício na janela de uma sala escura com
auxílio de um espelho, produzindo um feixe luminoso de pequeno diâmetro.
Quando uma carta de baralho era alinhada com o feixe de luminoso de
maneira a dividi-lo em dois feixes paralelos, franjas de interferência
podiam ser observadas no anteparo. Só mais tarde é que o experimento
tomou a forma conhecida hoje, com a fenda dupla.

Pensou-se por muito tempo que o experimento de Young proferira o
veredicto final: a luz é uma onda. Em 1909, Geoffrey Ingram Taylor
repetiu a experiência de Young usando uma fonte fraquíssima – a luz de
uma vela através de filtros escuros. O brilho da fonte luminosa usada
por Taylor é equivalente ao da luz de uma vela a mais de uma milha (1,6
km) de distância. A intensidade foi calculada para que não mais do que
um fóton entrasse pela fenda de cada vez. O detector usado por Taylor
foi um filme fotográfico. Os que conhecem fotografia sabem que quanto
mais fraca a luz, maior deve ser a exposição do filme para que a imagem
seja registrada. Taylor usou uma exposição de três meses.

O resultado da experiência de Taylor foi surpreendente: o filme
fotográfico revelava que, mesmo que os fótons entrassem pelas fendas um
a um, o padrão de interferência era idêntico ao obtido com um feixe de
luz. A difração não resulta da interferência entre os fótons mas,
paradoxalmente, "cada fóton interfere apenas consigo mesmo" – como diria
mais tarde Dirac.

Desde então, a experiência das fendas duplas foi repetida com elétrons,
neutrons, átomos e moléculas, sempre com os mesmos resultados.
Experimentos com moléculas de grandes dimensões como o carbono-60 e
carbono-70 mostraram que efeitos quânticos podem ser observados numa
escala dimensional bem maior do que se imaginava.


--------------------------------------------
A luz é partícula

Ao ver as franjas claras e escuras de interferência no anteparo de seu
experimento, Young postulou que a luz deve ser uma onda. A teoria do
eletromagnetismo de James Clerk Maxwell, de 1864, levou à conclusão de
que a luz é uma onda eletromagnética que se propaga da fonte ao
receptor. O mundo concordou com Maxwell por cerca de meio século, pois
sua teoria fazia boas previsões experimentais.

Aos poucos, evidências foram se acumulando de que a luz também se
comporta como sendo formada por partículas, como, por exemplo, o efeito
fotoelétrico e o efeito Compton (espalhamento de raios-x). Foi pela
previsão do efeito fotoelétrico, baseada num modelo em que a luz era
formada por partículas, que Einstein ganhou o prêmio Nobel em 1905. Mais
ou menos na mesma época, surgem as primeiras hipóteses do que veio a ser
conhecido mais tarde como mecânica quântica. Alguns datam o seu
nascimento de 14 de dezembro de 1900, quando Max Planck apresentou em
congresso o seu trabalho sobre a radiação do corpo negro.

A questão da natureza da luz voltou à tona; seria a luz onda ou
partícula? As diferenças são grandes:

ONDAS
São uma espécie de “borrão” no espaço
Podem ser “cortadas” em qualquer ponto, por exemplo, meia onda, um
quarto de onda, etc
No experimento das fendas duplas produzem franjas de interferência
Interferem destrutiva e construtivamente. A soma de duas ondas pode ser
zero.

PARTÍCULAS
Unidades bem definidas
Não podem ser cortadas, pois não seriam mais a mesma coisa. Vêm em
“pacotes” idênticos
No experimento das fendas duplas produzem dois borrões correspondentes à
área de impacto.
Sempre somam construtivamente. Dois elétrons + dois elétrons = quatro
elétrons

Gradualmente, na década de 1930-1940, os físicos começaram a suspeitar
que os campos que Maxwell pensava serem clássicos eram, na verdade,
quanto-mecânicos. Pelo princípio de Heisenberg, em um campo
quanto-mecânico a trajetória de uma partícula só existe quando a
observamos.

Mais do que qualquer outro, o experimento da fenda dupla com partículas
únicas ilustra a natureza dual da luz e as fundações da mecânica
quântica. Mas antes de chegarmos à interpretação quântica da experiência
das fendas duplas, é preciso fazer mais uma experiência.


--------------------------------------------
Experiência das fendas duplas modificada

Começaremos com uma experiência mais simples, em vez de duas fendas – A
e B --, taparemos a fenda B e ficaremos com uma única fenda. Os fótons
vão entrando um a um pela fenda A atingem o filme. Depois de algum tempo
teremos um borrão correspondente à forma da fenda, escuro (se o filme
for negativo) na região correspondente à fenda e progressivamente mais
claro na região ao redor desta, porque um número de fótons a atingiu.
Repetimos a experiência tapando a fenda A e abrindo a fenda B. Novamente
obtemos o mesmo padrão: escuro na região da fenda, mais claro ao redor
desta. Na verdade, o experimento com uma única fenda não nos ensina
muito, pois o padrão resultante seria o mesmo quer a luz seja onda ou
partícula.

No próximo passo abriremos as duas fendas. Agora os fótons que entram um
a um vão atingindo o filme e aos poucos o padrão característico das
franjas de interferência vai emergindo. O resultado é idêntico ao do
experimento original de Young, só um pouco mais lento. Como é que isso
pode acontecer? Se os fótons vão entrando um a um por uma das fendas,
por que os resultados não são similares aos da experiência da fenda
única, com dois borrões lado a lado? Se as franjas de interferência no
experimento original são resultado da interferência de uma parte da onda
com outra parte, o que foi que interferiu com os fótons solitários? Como
é que os fótons “sabem” que a outra fenda foi aberta?

Para descobrir, colocaremos detectores nas fendas para determinar a cada
momento qual delas está sendo atravessada por um fóton. (Nota: isso não
é ficção, é possível detectar experimentalmente um único fóton.) Após a
instalação dos detectores repetimos a experiência, novamente com um
fóton de cada vez. Uma coisa inesperada acontece – o fótons entram pela
fenda A ou B, nunca pelas duas ao mesmo tempo. Esse é o paradoxo da
experiência das fendas duplas: quando não sabemos através de qual fenda
o fóton passou, a luz se comporta como onda; quando sabemos, comporta-se
como partícula.

Esse resultado não é o fruto de um gedanken, ou experimento mental. É um
fato experimental comprovado inúmeras vezes: a determinação da
trajetória de um fóton muda o seu comportamento.


--------------------------------------------
Explicação para o experimento das fendas duplas
A interpretação de Copenhagen

Essa interpretação, desenvolvida principalmente por Niels Bohr, requer o
conceito de “função de onda”. Quando um fóton é disparado pela fonte, o
que se dirige às fendas é uma função de onda. A função de onda não é
aleatória, pois propaga-se conforme as leis conhecidas da propagação de
ondas, e seu comportamento é previsível. Como qualquer onda, move-se em
todas as direções e interfere consigo própria. De acordo com a
interpretação de Copenhagen, a função de onda representa a probabilidade
de um fóton estar em algum lugar em particular. A questão “onde está o
fóton” não têm sentido neste ponto – o fóton é uma onda de probabilidade
que se propaga. Tem probabilidade maior de estar em alguns pontos do que
em outros. A interferência da função de onda consigo própria dá origem a
regiões de probabilidade mais alta, se a interferência for construtiva
ou de probabilidades mais baixas, se a interferência for destrutiva.

Algo acontece quando se mede a posição do fóton: ocorre o “colapso” da
função de onda. A medição tem a propriedade de “forçar” o fóton a
escolher uma posição dentre as inúmeras possíveis naquele instante.

Quando um fóton é emitido na direção das fendas, a função de onda
propaga-se do emissor, passa através de ambas as fendas e atinge o filme
fotográfico. Ao passar pelas fendas a função de onda interfere consigo
própria e cria um padrão de interferência semelhante ao de qualquer
outra onda, exceto por ser um padrão de probabilidades. Ao atingir o
filme fotográfico, a função de onda colapsa e a posição do fóton é
definida. Mesmo que entrem um a um, mais fótons atingem as regiões de
alta probabilidade e apenas uns poucos atingem as regiões de baixa
probabilidade, criando as franjas de interferência.

Quando colocamos detectores nas fendas, produzimos o colapso da função
de onda antes que a função de onda tenha a oportunidade de interferir
consigo própria. O fóton tem que escolher por que fenda passar. A
probabilidade do fóton passar por uma das fendas torna-se “um” e pela
outra fenda “zero”.


--------------------------------------------
Interpretação clássica para a experiência da dupla fenda
segundo Alberto Mesquita Filho

O fóton, ao ultrapassar uma das fendas, sofre a ação de seu próprio
"campo de informações eletromagnéticas" refletido nas bordas da outra
fenda. Durante um breve intervalo de tempo (cujo valor depende da
espessura do anteparo com as fendas) o elétron comporta-se como se
estivesse sob a ação de outro elétron em movimento.

A extensão da região em que o fenômeno ocorre depende da relação entre a
velocidade do elétron e a velocidade das informações elétromagnéticas.
Estas, muito provavelmente, devem viajar a uma velocidade c, igual a
velocidade da luz no vácuo). As i.e.m. emitidas num tempo afastado de to
(tanto para mais quanto para menos), ao serem refletidas, não alcançam o
elétron em seu movimento (passam por trás ou pela frente do elétron, sem
o atingirem).


--------------------------------------------
Referências:

Espaço Científico e Cultural
http://ecientificocultural.com/Eletron2/dfenda.htm

Princípio da correspondência, Copenhagen interpretation
http://www2.ncsu.edu/unity/lockers/users/f/felder/public/kenny/papers/qu
antum.html

Greene, Brian. “The elegant universe”, Vintage Books, New York, 1999

(outros websites que não anotei constarão da revisão final)




SUBJECT: Lígia, Takata e o genoma.
FROM: "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br <ciencialist@yahoogrupos.com.br>; noosfera@yahoogrupos.com.br" <noosfera@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/02/2003 08:43

Alo Eduardo !!!

Uma pergunta, todos os óvulos são iguais em
sua forma estrutural? Se colhermos um desses
ovos no momento do nascimento de uma mulher
eles serão idênticos, quando compararmos, por
exemplo, com a mesma mulher com 25 anos?

O que seria a maturação dos óvulos?

Obrigado!!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br



----- Original Message -----
From: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
To: <noosfera@yahoogrupos.com.br>
Cc: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, February 09, 2003 1:56 PM
Subject: [ciencialist] Re: [noosfera] Lígia, Takata e o genoma.


> gemaba7 : Eduardo, se puder relacionar melhor pra mim, bases, gens e
> cromossomos fico grato. Se tiver alguma indicação de uma imagem
> em algum site que possa exemplificar ficaria perfeito, obrigado.
>
>
> gemaba7 : Você diz que a mulher já nasce, como assim? Se consideramos
> o nascimento como o momento da fecundação esses óvulos ainda não
> existem, pois não? Pondere!!!
>
>
> Saudações !!!!
> gemaba
>
>
> >>> pergunta 1: tem coisas interessantes em
> http://www.genlink.wustl.edu/teldb/
>
> pergunta 2 : fecundacao e' uma coisa, nascimento, outra. Ao nascer, a mulher

> ja' tem todos os ovulos em seus ovarios.
>
> Abs,
> Eduardo Torres
>
>







http://www.ieg.com.br


SUBJECT: Enquanto a quantica esquenta os motores......
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/02/2003 09:21

MICRO/MACRO

Como enxergar o invisível
Marcelo Gleiser
especial para a Folha

Na década de 1930, o astrônomo suíço-americano Fritz Zwicky resolveu medir as velocidades de galáxias agrupadas nos chamados aglomerados, grupos que podem conter de dezenas a milhares de galáxias de massas e formatos diversos. A atração gravitacional das galáxias entre si faz com que elas se comportem como abelhas presas em um saco de papel, incapazes de escapar. Por exemplo, a nossa galáxia, a Via Láctea, faz parte do Grupo Local, que contém 20 galáxias. O aglomerado de Virgem, que se encontra a aproximadamente 60 milhões de anos-luz daqui, contém milhares de galáxias.
A idéia de Zwicky era usar suas medidas de velocidade das galáxias no aglomerado para estimar a sua massa total. Afinal, se a força que está movendo as galáxias é a força gravitacional, suas velocidades dependem da massa total do aglomerado.
No Universo, nem tudo que tem massa brilha. Por aqui mesmo, em nosso Sistema Solar, o único objeto que brilha, isto é, que produz sua própria luz, é o Sol. Planetas, luas e asteróides apenas refletem essa luz. É bem verdade que a massa do Sol é muito maior do que todo o resto do Sistema Solar. E se, no caso das galáxias, essas ilhas de estrelas, ou no dos aglomerados, existisse muito mais massa do que a que podemos ver?
Foi isso que sugeriu Zwicky. Suas medidas eram compatíveis com a existência de muito mais massa nos aglomerados do que a soma das massas das galáxias: os aglomerados estavam cheios de massa invisível. A questão então se tornou como enxergar o invisível, ou seja, como estimar a massa dos aglomerados se não podemos vê-la.
Mais recentemente, foi descoberto que não só os aglomerados, mas as próprias galáxias, têm muito mais massa do que o esperado. Para chegar a essa conclusão, foi necessário estimar a velocidade de rotação das galáxias. Basicamente, se a maior concentração de massa da galáxia está onde podemos vê-la, ela deveria estar na região central, que é a mais luminosa. Nesse caso, as leis da gravidade, aliadas às leis da mecânica, mostram que a velocidade de rotação da galáxia deveria decrescer na região periférica, onde existe menos massa visível.
Mais uma vez, os resultados foram surpreendentes. As velocidades de rotação da maioria absoluta das galáxias espirais (como a nossa Via Láctea) permanece relativamente constante. Esses resultados permitiram uma estimativa da quantidade de matéria invisível nas galáxias, que varia entre 3 e 10 vezes mais do que a matéria visível, composta de estrelas e gás luminoso.
No caso das galáxias, a velocidade de rotação é obtida usando o famoso efeito Doppler, que diz que ondas têm suas frequências modificadas caso exista movimento relativo entre a fonte e o observador. Sabemos disso com ondas sonoras: basta lembrar da modificação no som da buzina de um carro que se aproxima (maior frequência) ou se afasta (menor frequência).
O efeito Doppler nas galáxias aparece nas medidas da luz de suas estrelas em posições diferentes relativas ao centro. E nos aglomerados, que estão muito longe para esse tipo de medida. Nesse caso, as medidas são da luz que vem das galáxias como um todo, que aparecem como pontos de luz a grandes distâncias (as abelhas no saco de papel). As conclusões são ainda mais dramáticas do que no caso das galáxias: existe de 10 a 100 vezes mais matéria invisível -chamada de matéria escura- em aglomerados.
Como essas medidas são complicadas, é sempre bom ter outros métodos para confirmá-las. Para isso, utiliza-se o fato, previsto pela Teoria da Relatividade Geral de Einstein, de que a presença de matéria encurva a geometria do espaço à sua volta. Se a luz de uma estrela distante passa perto de outra em direção à Terra, será desviada na proporção da massa da estrela intermediária.
Esse efeito, chamado de lente gravitacional, tornou-se fundamental para enxergarmos o invisível. Para estimar a massa total de um aglomerado, basta encontrar um objeto bem distante cuja luz passa perto dele em sua viagem até a Terra. Os resultados confirmam que, de fato, a maior parte da massa do Universo, em torno de 80%, é mesmo invisível. O essencial, como escreveu Saint-Exupéry em "O Pequeno Príncipe", é mesmo invisível aos olhos.



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Marcelo Gleiser é professor de física teórica do Dartmouth College, em Hanover (EUA) e autor do livro "O Fim da Terra e do Céu"




SUBJECT: A realidade das forcas de inercia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/02/2003 10:02


Colucci et all,

Para acabar com o mito bestial de que as forças de inércia são "fictícias" ou "irreais" ou "pseudoforças" ou qqer nomenclatura boba estou preparando a sequencia "Mudanças de Referencial - Coriolis", na Sala 18 (provisório).
Já tem algumas partes em estágio final, sendo que a última pronta (18_15.asp) trata, inclusive, do exercício/modelo 'Espaçonave -1'. A 'Espaçonave -2' virá no próximo trabalho (18_16.asp).

www.feiradeciencias.com.br/sala18/index18.asp

Na Parte 6, o primeiro exercício/modelo é o pêndulo cônico, sendo examinado os 4 casos possíveis quando visto pelos referenciais A(Newton) e R(Coriolis). Não acredito que pela Net tenha algo do gênero (todavia, quer achar algo 'parecido' avise-me, para servir como link). Afinal, Imperdível é Imperdível!

As Partes 6, 7, 8, 9 incluem tratamento completo sobre:
Pêndulo cônico,
plataforma de manobra em terminal ferroviário,
pêndulo de Foucault,
ferrovia,
furacão (tornado, tufão, ciclone),
giroscópio, desvio da vertical (poço de mina),
torre Eiffel,
Espaçonave (referencial de Galileu),
espaçonave (referencial de Foucault), <=== daqui prá frente, em construçao
experimento de Eötvös,
imponderabilidade no equador e

para complementar:
forças de Coriolis em meteorologia e tectônica.

Conto com sugestões/críticas/comentários,

[]'
Léo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Que histria essa de o eltron no ser uma carga?
FROM: <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/02/2003 13:56

Um elétron sem carga deve ser um elétron que passou por uma terrível
decepção...

Sinceramente, acho que o que você faz é apenas um jogo de palavras. Além
disso, Maxwell não é de muito ajuda aqui, pois, como se sabe, as equações
de Maxwell falham pavorosamente quando aplicadas ao domínio microscópico.
Dúvidas com Popovic.

[ ]s

Alvaro Augusto





-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Domingo, 9 de Fevereiro de 2003 03:45
Assunto: [ciencialist] Que história é essa de o elétron não ser uma carga?


> Olá gente
>
> Embora o Espaço Científico Cultural não seja tão requisitado quanto o
> Imperdível (Feira de Ciências), pois a esse respeito ainda sou um
discípulo
> do divinal e internacional Léo, às vezes sou procurado por jovens que
> estranham as encucações que eu, em minha rebeldia herética, tenho tentado
> propagar por todos os cantos do mundo. Desta feita um desses jovens, que
irá
> prestar vestibular no final do ano (Vejam a responsabilidade!)
procurou-me
> com o questionamento que dá título a essa mensagem, qual seja: "Que
história
> é essa de o elétron não ser uma carga?"
>
> Infelizmente não posso consultá-los a respeito, pois nenhum de vocês
> acredita nas minhas verdades e iriam confundir a cabeça do rapaz com
aquelas
> idiotices pregadas pelos quânticos. ;-)). Mas também não posso dizer tudo
o
> que penso, pois esses terroristas quânticos estão infiltrados em todas as
> bancas sérias que realizam vestibular no país. E se o jovem não se
cuidar,
> ele irá irritar esses verdadeiros sacerdotes da religião quântica. Pois
como
> vocês estão cansados de testemunhar aqui, não há coisa mais fácil para
> irritar um crente em quântica do que dizer que eles não entendem nada de
> física clássica. Mas... O que posso fazer? Via de regra eles não entendem
> mesmo! (Há exceções para confirmar a regra).
>
> Bem, deixemos a quântica para os quânticos. Vamos ao que interessa. Eu já
> havia escrito anteriormente a esse jovem e não costumo falar muito sobre
> minhas teorias com vestibulandos mas, por descuido, apliquei a assinatura
> que costumo utilizar aqui na Ciencialist, mais com a intenção de provocar
os
> físicos modernos ;-). Esse descuido resultou na matéria que vai abaixo.
>
> > Que história é essa de o elétron não ser uma carga?
>
> Olá "Fulano de Tal"
>
> Cuidado! Como eu disse na msg anterior "não valorize em excesso as minhas
> palavras" pelo menos até o vestibular passar. Enfim, você fez uma
pergunta e
> sinto-me na obrigação de responder.
>
> Essa idéia constitui o núcleo de uma de minhas teorias onde procuro
mostrar
> que a carga elétrica é formada por elétrons, mas o elétron não é uma
carga
> elétrica em miniatura. Vou tentar mostrar apenas a lógica que está por
> trás desse argumento, sem entrar em muitos detalhes sobre as razões
físicas
> a sustentarem a idéia.
>
> Uma casa é formada por tijolos, mas um tijolo não é uma casa em
miniatura. O
> homem é formado por células, mas uma célula não é um homem em miniatura.
O
> sistema solar é formado por astros (estrelas e planetas), mas nenhum
desses
> astros é um sistema solar em miniatura. Um quebra-cabeças é formado por
> peças, mas nenhuma dessas peças é um quebra-cabeças em miniatura.
>
> A natureza é pródiga em nos mostrar que quase sempre a parte é diferente
do
> todo. As pouquíssimas exceções que existem estão aí para confirmar a
regra.
> Dentre essas exceções poderíamos pensar nos fluidos. Um volume restrito
de
> água, por exemplo, 1 cm³ de água, pode ser pensado como a miniatura de 1

> de água. Neste caso as propriedades físicas e químicas das partes se
> confundem com as propriedades físicas e químicas do todo (por exemplo,
> densidade, concentração molar, temperatura, velocidade da luz nesse meio
> etc.).
>
> Ainda assim essa exceção é válida dentro de certos limites. Se formos
> aplicando sucessivamente um zoom num certo volume de água, certamente
> chegaremos na estrutura molecular e, a partir daí a semelhança entre a
parte
> e o todo se desfaz. Quando você atingir esse nível intuirá que no espaço
> entre uma molécula e outra de água a densidade deve ser nula, e onde
houver
> partículas visíveis a densidade deverá ser enorme. Ou seja, não faz mas
> sentido se pensar em densidade do todo, se bem que possa-se adaptar a
idéia
> para que se conforme às partes.
>
> Não tem mais sentido, num estudo dessas proporções (nível molecular) se
> falar em temperatura, pois neste nível molecular o conceito físico que
mais
> se aproxima daquilo que chamamos macroscopicamente temperatura seria a
> energia cinética molecular média. Ora, se você está observando apenas uma
ou
> duas moléculas, que significaria essa média? Por outro lado, se uma
molécula
> estiver em alta velocidade e a outra em baixa velocidade, faria algum
> sentido dizer que a temperatura de uma é maior do que a da outra? Quero
crer
> que não, pois temperatura é uma propriedade macroscópica e tem um
> significado físico útil para quem estuda um determinado conjunto
> macroscópico. A água como um todo tem temperatura, mas as moléculas
pensadas
> isoladamente não. Quando pensamos em individualidades as propriedades
> físicas a serem consideradas são outras, como por exemplo a velocidade. E
> estas, como sabemos, não são todas iguais para todos os indivíduos.
>
> Mas vamos voltar ao problema do elétron.
>
> A pergunta que me surgiu há muito tempo atrás (1983) foi exatamente essa:
> Porque o elétron deveria ser uma exceção a essa regra? E acabei
concluindo
> que não existe exceção alguma, apenas estávamos assumindo um erro que se
> originou da má adaptação que se fez das idéias que surgiram numa época em
> que o eletromagnetismo estava em construção. Na época de Coulomb não se
> tinha a menor idéia da existência de elétrons ou prótons, e para todos os
> físicos construtores do eletromagnetismo o que havia, e respondia pelos
> fenômenos observados, era um fluido elétrico. A própria lei de Coulomb
foi
> enunciada pela primeira vez (1784-9) em três itens (a, b e c) da seguinte
> forma:
>
> a) Num corpo condutor eletrizado o fluido elétrico espalha-se à
superfície
> mas não penetra no interior do corpo;
> b) Os corpos eletrizados por um mesmo fluido repelem-se, os eletrizados
por
> fluidos diferentes, atraem-se;
> c) Essas atrações ou repulsões produzem-se na razão direta das densidades
ou
> forças dos fluidos elétricos e na razão inversa do quadrado das
> distâncias.
>
> O único, dentre os construtores do eletromagnetismo que chegou a imaginar
a
> existência de partículas como o elétron foi Faraday, mas limitou-se a
> aplicar a idéia apenas no estudo de soluções eletrolíticas, estudada
> principalmente na química. A teoria de Maxwell assume totalmente a noção
de
> fluido elétrico e até hoje fala-se em densidade de carga e densidade de
> corrente elétrica. Ora, podemos pensar na densidade de um sólido, mas
onde
> essa propriedade ganha destaque é exatamente na mecânica dos fluidos. E
veja
> bem: "densidade de corrente", ou seja, de alguma coisa que "corre" no
> interior de um fio condutor, assim como as águas de um rio.
>
> Perceba então que a teoria de Maxwell é válida no estudo do macrocosmo, a
> exemplo da mecânica dos fluidos, e poderíamos perfeitamente dizer que a
> teoria de Maxwell trata exatamente da eletrodinâmica dos fluidos
elétricos
> e, como tal, é utilíssima tanto em ciência do macrocosmo como,
> principalmente, em tecnologia. A tecnologia do século XX se construiu por
> cima dessa idéias.
>
> Mas... E quando formos estudar o microcosmo, sob o ponto de vista do
> eletromagnetismo? Sem problemas. Como mostrei acima, há uma diferença
muito
> grande entre o estudo de um volume de água, através de suas propriedades
> macroscópicas, e um agrupamento de algumas moléculas de água, através de
> suas propriedades microscópicas. Há também uma diferença do mesmo tipo no
> eletromagnetismo. Quando partimos para o estudo do microcosmo devemos
levar
> isso em consideração, sob pena de chegarmos a conclusões totalmente
> absurdas.
>
> A teoria quântica fez exatamente isso: Tentou forçar uma situação irreal,
> aplicando uma teoria válida para o macrocosmo num território onde podemos
> hoje, apoiados na experimentação do século XX, sossegadamente afirmar que
> a idéia não daria certo, como de fato não deu, a despeito do que se
comenta
> na mídia.
>
> O problema foi que os físicos, ao perceberem que a teoria de Maxwell não
> dava certo, não tentaram reformular e/ou adaptar as bases da teoria
(noção
> do que seriam as partículas elementares) mas passaram a transformar as
> equações da teoria de Maxwell de maneira tal a adaptá-las a observações
> laboratoriais. E isso deu no que deu: um conjunto de equações que às
vezes
> dá certo sem que se saiba onde, como e nem porquê. E quando as coisas não
> dão certo esses mesmos físicos persistem no erro: tão somente adaptam as
> equações para que, com a correção efetuada, as equações funcionem na
> condição específica (costumam fazer isso fabricando hipóteses ad hoc,
> hipóteses formuladas para forçar uma situação que na realidade não se
> justificaria tão somente com as hipóteses básicas da teoria). Feitas
essas
> correções, e verificando que de fato elas se ajustam às condições
> experimentais, botam a boca no trombone e divulgam por todos os cantos do
> mundo que a teoria quântica conseguiu, de maneira "estupenda", prever
algo
> que jamais um físico clássico poderia imaginar. O mais interessante é que
> estão a festejar um sucesso que não conseguem transformar em palavras,
tão
> somente em números.
>
> Em dezembro de 1999 fui questionado na lista de discussão Ciencialist
(msg
> 2842 - http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/2842 ), e
> respondi o seguinte:
>
> *********** início da citação ****************
>
> Dizer que o elétron é uma carga elétrica, posto que a carga elétrica é
> formada por elétrons é tão absurdo quanto dizer que o átomo tem o formato
de
> um avião, posto que o avião é formado por átomos. Essa idéia de "elétron
> carga elétrica" deriva do tempo em que acreditava-se na existência de
> flúidos elétricos. O elétron é parte de uma carga elétrica. Inúmeros
> elétrons, dispostos convenientemente na superfície de um condutor,
> "originam" uma carga elétrica (vide figura 1 em
> http://ecientificocultural.com/Usenet/pesp03.gif ). Da mesma forma que
> inúmeros espinhos, dispostos na superfície de um porco-espinho, originam
o
> formato sui-generis desse animal (vide figura 2 em
> http://ecientificocultural.com/Usenet/pesp02.gif ). Não obstante, cada
> espinho não é um porco-espinho em miniatura. O porco-espinho assume um
> formato de simetria aproximadamente esférica; o espinho tem simetria
> aproximadamente cilíndrica. A carga elétrica tem simetria esférica
> (originando um campo com simetria esférica); o elétron tem simetria
> cilíndrica, originando efeitos (dentre os quais incluo seu campo)
> relacionados a seu spin (e digo, "spin clássico", posto que spin quântico
é
> mais um dentre os inúmeros absurdos acima referidos).
>
> *********** fim da citação ****************
>
> Volto a dizer: Não repita nada disso em um vestibular. Sinta-se a vontade
> para me questionar sobre o assunto, mas não creio que seja uma boa idéia
> pois a minha teoria sobre o elétron ainda não é aceita nos meios
acadêmicos.
> Após o vestibular, se ainda estiver disposto a enfrentar a fogueira da
> Inquisição dos Tempos Modernos, eu ficarei muito satisfeito com isso.
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/02/2003 15:40

----- Original Message -----
From: "Jose Colucci Jr."
Sent: Monday, February 10, 2003 1:20 AM
Subject: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica

Olá Colucci

> A idéia é explicar a coisa em uns poucos parágrafos. Por favor evite
> comentários sobre o acerto ou não da explicação quântica. Concentre-se
> na sua explicação.

OK, aceitarei a hipótese quântica como algo viável e quero crer que os meus
deuses saberão me perdoar ;-). Afinal, estamos tentando ajudar o divinal
Léo, não é mesmo? ;-)

> O objetivo é chegar a uma descrição que um
> aluno do segundo grau consiga entender. Ainda estou bem longe disso.

Brincadeiras à parte, acho que você não está tão longe assim, pelo menos na
minha maneira de encarar o problema. Na minha visão, um tanto quanto
herética de visualizar a função do educador, acho que o verdadeiro professor
é aquele que orienta o aluno no sentido que possa um dia formular seus
próprios problemas, ao passo que a escola tradicional insiste em ensinar o
aluno a obter soluções padronizadas de problemas de terceiros. Costumo dizer
que quem formula um problema *quase* sempre o resolve, ainda que essa
resolução leve alguns minutos, alguns dias ou alguns anos. Aquele que se
acostuma a receber uma receita pronta, dificilmente estará apto a situações
em que se depara com a falta de um dos ingredientes. E a verdade é que a
ciência e a tecnologia mudam, e os especialistas que não estiverem adaptados
a essas mudanças acabarão por se fossilizar. Por outro lado, é dever da
escola investir no potencial criativo das pessoas.

Essa maneira de encarar a educação não é livre de críticas, mesmo porque nem
todo o mundo se adapta à função de produtor de conhecimentos. Alguns deverão
colaborar para a manutenção do sistema e/ou cultivar a ultraespecialização
(ressalvadas as mudanças a que me referi acima). Por outro lado, e
supondo-se que isso que proponho represente a linha natural a ser perseguida
pela educação, diria que não é fácil reverter a situação atual, mesmo porque
o professor deve se fixar numa determinada área do saber. Mas também não é
nada impossível. Quero crer que você está tentando se situar numa posição
intermediária, levantando um problema básico e procurando mostrar suas
várias e possíveis soluções. Talvez a saída seja mesmo por aí.

> --------------------------------------------
> Interpretação clássica para a experiência da dupla fenda
> segundo Alberto Mesquita Filho

> O fóton, ao ultrapassar uma das fendas, sofre a ação de seu próprio
> "campo de informações eletromagnéticas" refletido nas bordas da outra
> fenda.

No original, esse texto refere-se a elétron, e na frase seguinte você volta
a falar em elétron. Em algum lugar deve ser feita uma correção (de fóton
para elétron ou de elétron para fóton). Creio que até esse ponto [e voltarei
a ler o texto todo para emitir algum comentário sem paixões pessoais, se
assim você permitir], você estava se referindo tão somente à experiência da
dupla fenda feita para fótons. Quando entrou na minha versão clássica tentou
manter a idéia de fóton, o que seria a meu ver didaticamente compreensível.
Mas aí ficamos num impasse, exposto a seguir.

Eu não defini o que seria esse campo de informações. Isso surge em outros de
meus trabalhos que a meu ver, e salvo maior juízo, não devem ser tomados
como referência (seria sofisticar demais um assunto escrito para ser lido
por um principiante). Para o caso do elétron não é difícil que o aluno pense
em alguma coisa do tipo de campo elétrico, mesmo que não seja exatamente
isso, como poderá perceber alguém que tenha lido minha teoria sobre o
elétron. Mas... e no caso do fóton? O que esse aluno irá pensar? Veja bem
que a idéia não é absurda, e o próprio Dirac comenta algo semelhante e até
mais complicado a meu ver (o fóton interferindo com ele mesmo sem que ocorra
reflexão alguma).

Se quisermos manter o texto, de duas uma: ou retornamos a palavra elétron no
lugar de fóton, o que poderá deixar a versão fora do contexto (ou seja, do
restante do trabalho), ou retiramos a palavra "eletromagnéticas", a fim de
não gerar possíveis confusões, mantendo-se tão somente "campo de
informações", algo que não foi definido. Do contrário talvez fosse
necessário encompridar um pouco a explicação, e não sei se isso atenderia as
suas expectativas. Se quiser eu posso pensar numa introdução não muito longa
e a suprir as falhas dessa adaptação, colocando a idéia no contexto do
restante do trabalho (obviamente para isso vou ter que reler com cuidado
todo o restante do seu trabalho). Não creio que isso venha a encompridar
muito o trabalho, pois sei ser conciso quando necessário. ;-) Acredito que o
item ficará com algo em torno do dobro do tamanho atual, mas não posso
garantir nada antes de escrever essa introdução.

> Durante um breve intervalo de tempo (cujo valor depende da
> espessura do anteparo com as fendas) o elétron comporta-se como se
> estivesse sob a ação de outro elétron em movimento.

Já comentei a respeito desse elétron que era fóton ;-).

> A extensão da região em que o fenômeno ocorre depende da relação entre a
> velocidade do elétron e a velocidade das informações elétromagnéticas.
> Estas, muito provavelmente, devem viajar a uma velocidade c, igual a
> velocidade da luz no vácuo). As i.e.m. emitidas num tempo afastado de to
> (tanto para mais quanto para menos), ao serem refletidas, não alcançam o
> elétron em seu movimento (passam por trás ou pela frente do elétron, sem
> o atingirem).

Talvez possamos cortar alguma coisa desse texto, deixando-as implícitas, ou
então nas entrelinhas. Acredito que seria mais interessante que o aluno
percebesse que o fóton (ou o elétron) também seria afetado pela fenda pela
qual passa, e não apena pela outra. Essa dúvida o Takata já manifestou
quando discutimos o assunto, e quero crer que qualquer pessoa ao ler o texto
irá pensar nessa possibilidade, haja vista que a experiência da fenda
simples não costuma ser discutida segundo a minha versão.

Um outro aspecto existente, mas creio que não seria o caso de discutirmos
aqui, seria como se dá essa ação-reação que está sendo interpretada de
maneira simplificada como uma reflexão do campo. Na realidade, o que há em
essência é uma interação do fóton com o material que contém a fenda e sua
respectiva reação. Em virtude da brutal diferença de massas, apenas o fóton
a manifesta. Se entrarmos em detalhes a respeito, eu acho que ou o texto ou
ficaria muito comprido ou, se quisermos resumir a idéia, muito confuso.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Fwd: [RN] STR NO DARWIN DAY
FROM: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
TO: sbcr@yahoogroups.com, strbrasil@yahoogroups.com, ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/02/2003 17:45

--- Em CienciaCidadania@y..., "Daniel Sottomaior" escreveu
O ESTADO DE S. PAULO, 10-02-2003

DIA DE DARWIN É COMEMORADO NO MUNDO TODO HOJE

O dia de Darwin está sendo comemorado hoje em todo o mundo. Escolas,
organizações e cientistas de vários países comemoram o 194º
aniversário de Charles Darwin, o pai da Teoria da Evolução, de formas
diferenciadas. O internauta pode conferir tudo no site Darwin Day. Na
página, há um link para um site brasileiro que também trata do
assunto - o Round Earth Society (Sociedade da Terra Redonda). Traz
leituras e informações sobre a teoria de Darwin, conteúdo para
estudantes e vídeos informativos. O Darwin Day ainda traz links para
outros países. http://www.darwinday.org/event_info/2003.html [i]

http://www.estado.com.br/suplementos/info/2003/02/10/info008.html
Fim da mensagem encaminhada ---




SUBJECT: Re: [ciencialist] Que histria essa de o eltron no ser uma carga?
FROM: <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/02/2003 18:34

> ----- Original Message -----
> From: Alvaro Augusto

> > Sinceramente, acho que o que você faz é apenas um jogo de palavras.

> Um jogo divertidíssimo, por sinal. E tanto mais quanto mais verifico que
> os demais jogadores sentem-se como se tivessem levado um xeque (ou seria
um
> choque?), e acabam ficando sem palavras ou então sem perceber a maioria
dos
> lances.

Cê tá brincando, né?

> > Além disso, Maxwell não é de muito ajuda aqui, pois, como se sabe, as
> > equações de Maxwell falham pavorosamente quando aplicadas ao domínio
> > microscópico.
>
> Então diria que vocë não entendeu o texto ou, quem sabe, talvez não tenha
> percebido a forma como encaixei as palavras no meu jogo. Você ficou tão
> preocupado em caracterizar o texto como um jogo que muito provavelmente
nem
> assistiu o jogo. Ou... Será que o que você faz não seria apenas um jogo
de
> ocultar palavras?

OK. Você me pegou. Eu não li o texto inteiro. Sei que você vai usar isso
contra mim, mas eu parei naquela perte em que você compara cargas elétricas
e elétrons com aviões construídos com outros aviões...

>
> > Dúvidas com Popovic.
>
> A Silvia Popovic é excelente. Para os que não sabem, fiz o lançamento de
um
> dos meus livros (romance) no programa dela (faz tempo pacas) e na época
ela
> chegou até mesmo a citar, com direito a um close da capa do livro, a obra
> prima onde dou a entender que os elétrons estão sujeitos ao que você
chama
> decepções. Ultimamente não tenho mais visto a Silvia Popovic, parece-me
que
> ela não tem mais aparecido na televisão, logo sugiro que você tire
dúvidas
> desse tipo com a Hebe Camargo. Ai, que saudades do Chacrinha!

Na verdade, eu estava me referindo ao livro "Introductory
Eletromagnetics", de Branko Popovic, onde o autor comenta o problema das
cargas microscópicas frente às equações de Maxwell. Não acredito que você
tenha caído nessa! Mas valeu como auto-promoção..

[ ]s

Alvaro Augusto



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/02/2003 23:06


Caro Colucci,

Sua síntese é muito boa, mostra bem que a teoria do Alberto
não explica patavina. Ele próprio já ressaltou aqui que as
previsões teóricas quantitativas para o experimento ainda
não existem... ou seja: não pode sequer ser refutada!

Abraços,

Guilherme

>From: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica
>Date: Sun, 9 Feb 2003 23:20:55 -0500
>
>Alberto,
>
>Segue abaixo uma descrição do experimento das fendas duplas, que
>oferecerei ao Léo mais tarde. O objetivo é chegar a uma descrição que um
>aluno do segundo grau consiga entender. Ainda estou bem longe disso.
>
>Resolvi usá-la para testar o meu entendimento da sua hipótese, já que
>você diz que não há necessidade da mecânica quântica para explicar o
>fenômeno. Copiei a descrição do seu website e pediria que você a
>revisasse (bem no fim do texto).
>
>A idéia é explicar a coisa em uns poucos parágrafos. Por favor evite
>comentários sobre o acerto ou não da explicação quântica. Concentre-se
>na sua explicação.
>
>Um abraço,
>Colucci
>
>PS: Desculpe a demora. O diálogo comigo tem que ser em passos de
>tartaruga, devido às minhas limitações.
>
>
>--------------------------------------------
>
>O experimento da fenda dupla – Breve história
>
>(Para o imperdível, deverá haver um “box” descrevendo a experiência das
>fendas duplas)
>
>No dia 24 de novembro de 1803, Thomas Young relatou o seu experimento
>diante de uma audiência firmemente convencida de que a luz é formada por
>corpúsculos emitidos pelos corpos luminosos. Os membros da Royal Society
>of London não podiam pensar diferente. Afinal, o próprio Newton dissera,
>em 1704, que a luz viaja em linha reta e, portanto, só pode ser formada
>por projéteis minúsculos, jamais por ondas como propôs Huygens. Se fosse
>uma onda, dizia o grande Newton, o contorno da sombra dos objetos
>colocados ao sol não seria nítido. Após descrever o experimento e seus
>resultados, Young concluiu: “nem os mais preconceituosos poderão negar
>que as bandas observadas são produzidas pela interferência de duas
>porções de luz”. Com o experimento, Young , de certa forma, vingava
>Christian Huygens, o proponente original da teoria ondulatória da luz.
>
>O experimento de Young ficou conhecido como o experimento da fenda
>dupla, embora na forma original não usasse fendas. Young fez um raio de
>sol penetrar por um pequeno orifício na janela de uma sala escura com
>auxílio de um espelho, produzindo um feixe luminoso de pequeno diâmetro.
>Quando uma carta de baralho era alinhada com o feixe de luminoso de
>maneira a dividi-lo em dois feixes paralelos, franjas de interferência
>podiam ser observadas no anteparo. Só mais tarde é que o experimento
>tomou a forma conhecida hoje, com a fenda dupla.
>
>Pensou-se por muito tempo que o experimento de Young proferira o
>veredicto final: a luz é uma onda. Em 1909, Geoffrey Ingram Taylor
>repetiu a experiência de Young usando uma fonte fraquíssima – a luz de
>uma vela através de filtros escuros. O brilho da fonte luminosa usada
>por Taylor é equivalente ao da luz de uma vela a mais de uma milha (1,6
>km) de distância. A intensidade foi calculada para que não mais do que
>um fóton entrasse pela fenda de cada vez. O detector usado por Taylor
>foi um filme fotográfico. Os que conhecem fotografia sabem que quanto
>mais fraca a luz, maior deve ser a exposição do filme para que a imagem
>seja registrada. Taylor usou uma exposição de três meses.
>
>O resultado da experiência de Taylor foi surpreendente: o filme
>fotográfico revelava que, mesmo que os fótons entrassem pelas fendas um
>a um, o padrão de interferência era idêntico ao obtido com um feixe de
>luz. A difração não resulta da interferência entre os fótons mas,
>paradoxalmente, "cada fóton interfere apenas consigo mesmo" – como diria
>mais tarde Dirac.
>
>Desde então, a experiência das fendas duplas foi repetida com elétrons,
>neutrons, átomos e moléculas, sempre com os mesmos resultados.
>Experimentos com moléculas de grandes dimensões como o carbono-60 e
>carbono-70 mostraram que efeitos quânticos podem ser observados numa
>escala dimensional bem maior do que se imaginava.
>
>
>--------------------------------------------
>A luz é partícula
>
>Ao ver as franjas claras e escuras de interferência no anteparo de seu
>experimento, Young postulou que a luz deve ser uma onda. A teoria do
>eletromagnetismo de James Clerk Maxwell, de 1864, levou à conclusão de
>que a luz é uma onda eletromagnética que se propaga da fonte ao
>receptor. O mundo concordou com Maxwell por cerca de meio século, pois
>sua teoria fazia boas previsões experimentais.
>
>Aos poucos, evidências foram se acumulando de que a luz também se
>comporta como sendo formada por partículas, como, por exemplo, o efeito
>fotoelétrico e o efeito Compton (espalhamento de raios-x). Foi pela
>previsão do efeito fotoelétrico, baseada num modelo em que a luz era
>formada por partículas, que Einstein ganhou o prêmio Nobel em 1905. Mais
>ou menos na mesma época, surgem as primeiras hipóteses do que veio a ser
>conhecido mais tarde como mecânica quântica. Alguns datam o seu
>nascimento de 14 de dezembro de 1900, quando Max Planck apresentou em
>congresso o seu trabalho sobre a radiação do corpo negro.
>
>A questão da natureza da luz voltou à tona; seria a luz onda ou
>partícula? As diferenças são grandes:
>
>ONDAS
>São uma espécie de “borrão” no espaço
>Podem ser “cortadas” em qualquer ponto, por exemplo, meia onda, um
>quarto de onda, etc
>No experimento das fendas duplas produzem franjas de interferência
>Interferem destrutiva e construtivamente. A soma de duas ondas pode ser
>zero.
>
>PARTÍCULAS
>Unidades bem definidas
>Não podem ser cortadas, pois não seriam mais a mesma coisa. Vêm em
>“pacotes” idênticos
>No experimento das fendas duplas produzem dois borrões correspondentes à
>área de impacto.
>Sempre somam construtivamente. Dois elétrons + dois elétrons = quatro
>elétrons
>
>Gradualmente, na década de 1930-1940, os físicos começaram a suspeitar
>que os campos que Maxwell pensava serem clássicos eram, na verdade,
>quanto-mecânicos. Pelo princípio de Heisenberg, em um campo
>quanto-mecânico a trajetória de uma partícula só existe quando a
>observamos.
>
>Mais do que qualquer outro, o experimento da fenda dupla com partículas
>únicas ilustra a natureza dual da luz e as fundações da mecânica
>quântica. Mas antes de chegarmos à interpretação quântica da experiência
>das fendas duplas, é preciso fazer mais uma experiência.
>
>
>--------------------------------------------
>Experiência das fendas duplas modificada
>
>Começaremos com uma experiência mais simples, em vez de duas fendas – A
>e B --, taparemos a fenda B e ficaremos com uma única fenda. Os fótons
>vão entrando um a um pela fenda A atingem o filme. Depois de algum tempo
>teremos um borrão correspondente à forma da fenda, escuro (se o filme
>for negativo) na região correspondente à fenda e progressivamente mais
>claro na região ao redor desta, porque um número de fótons a atingiu.
>Repetimos a experiência tapando a fenda A e abrindo a fenda B. Novamente
>obtemos o mesmo padrão: escuro na região da fenda, mais claro ao redor
>desta. Na verdade, o experimento com uma única fenda não nos ensina
>muito, pois o padrão resultante seria o mesmo quer a luz seja onda ou
>partícula.
>
>No próximo passo abriremos as duas fendas. Agora os fótons que entram um
>a um vão atingindo o filme e aos poucos o padrão característico das
>franjas de interferência vai emergindo. O resultado é idêntico ao do
>experimento original de Young, só um pouco mais lento. Como é que isso
>pode acontecer? Se os fótons vão entrando um a um por uma das fendas,
>por que os resultados não são similares aos da experiência da fenda
>única, com dois borrões lado a lado? Se as franjas de interferência no
>experimento original são resultado da interferência de uma parte da onda
>com outra parte, o que foi que interferiu com os fótons solitários? Como
>é que os fótons “sabem” que a outra fenda foi aberta?
>
>Para descobrir, colocaremos detectores nas fendas para determinar a cada
>momento qual delas está sendo atravessada por um fóton. (Nota: isso não
>é ficção, é possível detectar experimentalmente um único fóton.) Após a
>instalação dos detectores repetimos a experiência, novamente com um
>fóton de cada vez. Uma coisa inesperada acontece – o fótons entram pela
>fenda A ou B, nunca pelas duas ao mesmo tempo. Esse é o paradoxo da
>experiência das fendas duplas: quando não sabemos através de qual fenda
>o fóton passou, a luz se comporta como onda; quando sabemos, comporta-se
>como partícula.
>
>Esse resultado não é o fruto de um gedanken, ou experimento mental. É um
>fato experimental comprovado inúmeras vezes: a determinação da
>trajetória de um fóton muda o seu comportamento.
>
>
>--------------------------------------------
>Explicação para o experimento das fendas duplas
>A interpretação de Copenhagen
>
>Essa interpretação, desenvolvida principalmente por Niels Bohr, requer o
>conceito de “função de onda”. Quando um fóton é disparado pela fonte, o
>que se dirige às fendas é uma função de onda. A função de onda não é
>aleatória, pois propaga-se conforme as leis conhecidas da propagação de
>ondas, e seu comportamento é previsível. Como qualquer onda, move-se em
>todas as direções e interfere consigo própria. De acordo com a
>interpretação de Copenhagen, a função de onda representa a probabilidade
>de um fóton estar em algum lugar em particular. A questão “onde está o
>fóton” não têm sentido neste ponto – o fóton é uma onda de probabilidade
>que se propaga. Tem probabilidade maior de estar em alguns pontos do que
>em outros. A interferência da função de onda consigo própria dá origem a
>regiões de probabilidade mais alta, se a interferência for construtiva
>ou de probabilidades mais baixas, se a interferência for destrutiva.
>
>Algo acontece quando se mede a posição do fóton: ocorre o “colapso” da
>função de onda. A medição tem a propriedade de “forçar” o fóton a
>escolher uma posição dentre as inúmeras possíveis naquele instante.
>
>Quando um fóton é emitido na direção das fendas, a função de onda
>propaga-se do emissor, passa através de ambas as fendas e atinge o filme
>fotográfico. Ao passar pelas fendas a função de onda interfere consigo
>própria e cria um padrão de interferência semelhante ao de qualquer
>outra onda, exceto por ser um padrão de probabilidades. Ao atingir o
>filme fotográfico, a função de onda colapsa e a posição do fóton é
>definida. Mesmo que entrem um a um, mais fótons atingem as regiões de
>alta probabilidade e apenas uns poucos atingem as regiões de baixa
>probabilidade, criando as franjas de interferência.
>
>Quando colocamos detectores nas fendas, produzimos o colapso da função
>de onda antes que a função de onda tenha a oportunidade de interferir
>consigo própria. O fóton tem que escolher por que fenda passar. A
>probabilidade do fóton passar por uma das fendas torna-se “um” e pela
>outra fenda “zero”.
>
>
>--------------------------------------------
>Interpretação clássica para a experiência da dupla fenda
>segundo Alberto Mesquita Filho
>
>O fóton, ao ultrapassar uma das fendas, sofre a ação de seu próprio
>"campo de informações eletromagnéticas" refletido nas bordas da outra
>fenda. Durante um breve intervalo de tempo (cujo valor depende da
>espessura do anteparo com as fendas) o elétron comporta-se como se
>estivesse sob a ação de outro elétron em movimento.
>
>A extensão da região em que o fenômeno ocorre depende da relação entre a
>velocidade do elétron e a velocidade das informações elétromagnéticas.
>Estas, muito provavelmente, devem viajar a uma velocidade c, igual a
>velocidade da luz no vácuo). As i.e.m. emitidas num tempo afastado de to
>(tanto para mais quanto para menos), ao serem refletidas, não alcançam o
>elétron em seu movimento (passam por trás ou pela frente do elétron, sem
>o atingirem).
>
>
>--------------------------------------------
>Referências:
>
>Espaço Científico e Cultural
>http://ecientificocultural.com/Eletron2/dfenda.htm
>
>Princípio da correspondência, Copenhagen interpretation
>http://www2.ncsu.edu/unity/lockers/users/f/felder/public/kenny/papers/qu
>antum.html
>
>Greene, Brian. “The elegant universe”, Vintage Books, New York, 1999
>
>(outros websites que não anotei constarão da revisão final)
>
>


_________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/02/2003 00:12

Oi

>Exemplo: num prisma de vidro, os fótons na frequência da luz vermelha
>estão mais distante da frequência natural do material e, portanto,
>interagem menos com este e apresentam velocidade maior do que os fótons
>na frequência do violeta, que estão mais próximos da ressonância. É por
>isso que o prisma desvia mais o violeta do que o vermelho.
>
>Quanto à sua observação sobre a direcionalidade observada na refração,
>note que a interação quando w<<wzero é em fase -- não altera a direção
>do fóton.

Tá tudo muito bem, mas primeiro vc diz que o violeta é mais desviado que o
vermelho.
Mas como o atraso (=tempo em segundos) pode desviar (=angulo em radianos) o
feixe ?
É isso que ainda não entendi.
Eu estava falando da mudança de direcção durante a refracção não de
reflecção.

Sérgio


SUBJECT: Re: [ciencialist] A realidade das forcas de inercia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/02/2003 00:31

Ufa! As partes de 6 até 10 (final) estão prontas (esboço no Imperdível - Sala 18).
Agora apareceu (via Colucci) mais uma denominação para as forças de inércia: "virtuais". Vejamos que novas surpresas teremos pela frente!

[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 10 de fevereiro de 2003 10:02
Assunto: [ciencialist] A realidade das forcas de inercia



Colucci et all,

Para acabar com o mito bestial de que as forças de inércia são "fictícias" ou "irreais" ou "pseudoforças" ou qqer nomenclatura boba estou preparando a sequencia "Mudanças de Referencial - Coriolis", na Sala 18 (provisório).
Já tem algumas partes em estágio final, sendo que a última pronta (18_15.asp) trata, inclusive, do exercício/modelo 'Espaçonave -1'. A 'Espaçonave -2' virá no próximo trabalho (18_16.asp).

www.feiradeciencias.com.br/sala18/index18.asp

Na Parte 6, o primeiro exercício/modelo é o pêndulo cônico, sendo examinado os 4 casos possíveis quando visto pelos referenciais A(Newton) e R(Coriolis). Não acredito que pela Net tenha algo do gênero (todavia, quer achar algo 'parecido' avise-me, para servir como link). Afinal, Imperdível é Imperdível!

As Partes 6, 7, 8, 9 incluem tratamento completo sobre:
Pêndulo cônico,
plataforma de manobra em terminal ferroviário,
pêndulo de Foucault,
ferrovia,
furacão (tornado, tufão, ciclone),
giroscópio, desvio da vertical (poço de mina),
torre Eiffel,
Espaçonave (referencial de Galileu),
espaçonave (referencial de Foucault), <=== daqui prá frente, em construçao
experimento de Eötvös,
imponderabilidade no equador e

para complementar:
forças de Coriolis em meteorologia e tectônica.

Conto com sugestões/críticas/comentários,

[]'
Léo

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SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/02/2003 01:19

>SÉRGIO TABORDA: Tá tudo muito bem, mas primeiro vc diz que o violeta é
mais desviado que o vermelho. Mas como o atraso (=tempo em segundos)
pode desviar (=angulo em radianos) o feixe ?<

Vamos ver se consigo rever isso.

A superfície de um material contém moléculas com o campo elétrico
não-saturado; o chamado "potencial de superfície" ou "campo de junção".
A intensidade desse campo descresce à medida em que nos afastamos do
material.

O campo elétrico "E" e o campo magnético "B" de um fóton são
perpendiculares entre si. Além disso, o fóton tem energia cinética
K=1/2mV2 e momento P=µV. Quando um fóton entra no potencial de
superfície duas coisas podem ocorrer: (1) o componente ortogonal à
superfície do momento do fóton não é suficiente para penetrar no campo e
o fóton é refletido ou (2) esse componente do momento do fóton é capaz
de penetrar no campo e ocorre a refração.

No caso (2), durante essa entrada, a interação entre o campo elétrico do
fóton e o potencial de superfície do material desvia o fóton de sua
direção inicial. Como o campo elétrico do fóton é proporcional à sua
energia, e esta é proporcional à frequência, fótons de frequência mais
alta sofrem desvio maior. Isso explica o maior desvio das ondas de
frequência mais alta, como o violeta.

Um abraço,
Colucci



Interessante representação gráfica de um fóton:
http://pw1.netcom.com/~heensle/phys/book/sft.html





SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/02/2003 01:26

----- Original Message -----
From: "Sergio M M Taborda"
Sent: Sunday, February 09, 2003 3:20 PM
Subject: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo

Olá Sérgio

QUESTÃO DE ORDEM: Essa mensagem está ficando muito longa para o meu gosto.
De duas uma: ou subdividimos os assuntos (não a mensagem em duas ou mais,
mas os assuntos em si, pois coisas comuns estão ficando embaralhadas nos
textos), ou acho melhor parar com esse diálogo, pois creio que ele está se
tornando improdutivo em virtude do local onde está acontecendo (uma lista de
discussão). Pensei em fazer isso (subdividir por assuntos), mas ainda não
fiz para não dar a impressão de que estava fugindo de um ou de outro
questionamento. Principalmente após você ter me acusado, injustamente a meu
ver, e por inúmeras vezes, de eu não ter respondido a essa ou àquela
pergunta.

> Uma coisa que eu ainda não entendi neste tempo todo é pq eu sou um "adepto
> da quântica". Se vc me perguntasse se eu perfiro quantica a relatividade,
> certamente perferiria quantica. Mas se me perguntasse se eu perfiro
> quantica a qq outra hipotese de explicação, certamente não.

Este é o Sérgio que conheci em setembro de 2000 no pt.ciencia.geral. ;-)
Será que ele ainda existe!

> > E eu estou a dizer que você só imagina a molécula de água através dessa
> > sua física de bolinhas. A sua premissa está errada!

> Imagino ? Qual era minha permissa mesmo ?
> (é que nem eu sei do que vc está falando. tou falando serio)

Na minha primeira resposta (msg 20752 -
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/20752 ) cheguei a
escrever: "Como você pegou a conversa pela metade, e parece-me estar
generalizando, fica até difícil rebater. Mas, de qualquer forma, vamos em
frente assim mesmo, pois no decorrer da mensagem quero crer que as coisas
acabarão por se encaixar." Pelo visto, as coisas não se encaixaram. Ora, eu
não estava apresentando uma idéia, mas sim contestando uma idéia apresentada
por outrem. Continuo acreditanto que não vale a pena insistir nesse
assunto, mesmo porque o caráter essencial e que efetivamente interessa está
sendo discutido em outro trecho da sua e desta mensagem. Nesse trecho, se
bem que em outro contexto, você parece insistir na premissa a que me referi
acima, mas chegaremos lá. De minha parte, considero esse assunto encerrado.
Só espero que no futuro você não venha a dizer que eu não respondi, pois não
há o que responder, a menos que você se inteire do assunto.

> Eu só estou dizendo que a teoria se adequa à prática. E que nenhuma outra
> teoria que eu conheça se adequa da mesma forma. Se vc conhecer qual seria
> essa teoria, diga.

Eu acho que confunde-se muito teoria com modelo. Talvez isso não esteja
errado sob o ponto de vista lingüístico e/ou etimológico (não sou
especialista em nenhum desses ramos do saber), mas se as duas palavras
existem há de haver alguma diferença entre elas. Isso que você chama de
teoria parece-me mais um modelo que dá certo, algo um pouco mais sofisticado
do que um algoritmo ou até mesmo uma regra mnemônica que utilizamos com
freqüência. Uma teoria tem que se fundamentar em dados mais sólidos. Você
haverá de dizer que uma teoria deve se fundamentar na experimentação, e é
verdade. Mas uma coisa é se fundamentar na experimentação e outra coisa é se
fundamentar numa interpretação pessoal que se dá a essa experimentação.

Quando eu interpreto um resultado experimental à minha maneira, sem nenhuma
justificativa epistemológica para tal que não seja a constatação de uma
generalização capenga e válida para condições muito particulares, na
realidade não estou teorizando, não estou produzindo novos conhecimentos,
mas tão somente descobrindo um algoritmo que dá certo ou, se quiser, um
modelo.

Ao constatar uma particularidade não antes verificada, estou "descobrindo"
uma faceta nova da realidade; mas ao tentar generalizar esse particular sem
que haja uma fundamentação sólida, muito provavelmente estarei "inventando"
um castelo habitado por fantasmas.

A física de Newton, por exemplo, costuma ser confundida com um
modelo de quatro leis que dão certo em condições particulares. Essas quatro
leis (3 da mecânica + 1 da gravitação) podem ser descritas em 20 linhas.
Essas 20 linhas retratam um modelo que dá certo no mundo em que vivemos, mas
não dá certo nem no microcosmo, nem em condições de elevadas velocidades
relativas. Mas a física de Newton não é só isso. Isso não representa um
décimo da obra de Newton.

A física de Newton é uma obra monumental e a prever até mesmo condições onde
o modelo poderia não dar certo. Ou seja, existe uma física newtoniana, e eu
não estou tão certo de que já tenham inventado outra física em condições de
superá-la. Ora, uma física desse porte está composta por capítulos, muitos
dos quais podemos chamar teorias. Uma teoria, para pertencer a uma dada
física (e como disse não conheço ainda nenhuma outra física de fato e que
não seja a newtoniana) deve se firmar nos alicerces dessa física. Não é
suficiente ser um modelo, não é suficiente adequar-se a como interpretamos
uma determinada experimentação, mas tem que adequar-se também a uma lógica
consistente e se apoiar numa experimentação secular, e não apenas no que
observamos no aqui e no agora.

O que estou pretendendo dizer é que existem modelos que dão certo sem que se
saiba como e nem porquê, e às vezes dão certo apenas em condições
específicas, sem também se saber do porquê não darem certo sempre. É
possível que eu esteja cego para a realidade, mas é assim que enxergo a
mecânica quântica. Simplesmente um modelo a não fazer parte de física
nenhuma. Alguns dizem que ela se constitui num pano de fundo a congregar
alguns modelos, mas nem essa idéia me satisfaz. Um modelo pode dar certo, se
for uma boa aproximação da realidade, como o modelo newtoniano. Um modelo
pode também dar certo se acumular erros que se superpõem a ponto de se
anularem. Assim como em fenômenos ondulatórios picos e vales se somam
construtivamente ou destrutivamente, quero crer que existam também modelos
que dão certo aqui e errado acolá, e a mecânica quântica parece-me ser o
exemplo típico desses modelos. Ela é tão somente o produto de uma matemática
criada para atender a caprichos de sonhadores. E sendo o produto de um
sonho, tem também um certo sabor de realidade, mas nada além desse sabor
ingênuo.

Existem ainda teorias modernas, soltas no tempo e no espaço e que também dão
certo. É o caso da teoria da relatividade de Einstein. Einstein procurou
incansavelmente por uma física, a exemplo do que fez Newton ao alicerçar
suas teorias e modelos, mas não conseguiu sequer caracterizar os essenciais
inerentes a essa física. Legou-nos um teoria bonita, mas tão útil para nós,
que não sabemos voar, quanto um castelo construído no ar, para quem não
dispõe de uma nave espacial. O maior legado de Einstein, a meu ver, não foi
na física, mas na filosofia da ciência. Deu um exemplo de vida a ser seguido
por quem quer que pretenda vir a ser um teorizador e, como tal, um produtor
de conhecimentos. Sabia que a sua física estava capenga, ainda que completa.
Sabia que o modelo quântico era absurdo. Mas não conseguiu completar um
quebra-cabeças que julgou existir, haja vista ter conseguido reunir algumas
das peças desse suposto quebra-cabeças. A meu ver, só não foi em frente
porque esse quebra-cabeças não existe, logo não há como completá-lo.

Você pensa nas minhas teorias como coisas soltas no tempo e no espaço, pois
você confunde o modelo newtoniano com a física newtoniana. Todas as minhas
teorias estão alicerçadas na física newtoniana. Não estou pretendendo criar
uma nova física, mas tão somente mostrar que existe uma verdadeira física.
Você não aceita a física de Newton como ela é, talvez por não ter lido
Newton e/ou por não ter tido professores que leram Newton. E pretende que eu
justifique tudo aquilo que já está mais do que justificado, se bem que pouco
conhecido. Assim fica difícil! Mesmo porque você não tem paciência de
examinar os alicerces das minhas teorias. Sempre que eu tentei dirigir nossa
conversa para coisas fundamentais, você sempre desviou o assunto para coisas
importante, porém secundárias.

Sei que isso é próprio a sua juventude, essa história que querer colocar o
carro à frente dos bois. Mas nesse caso o diálogo não rende, pois você
insiste em que eu dê uma unidade para algo cujo verdadeiro significado
físico você ainda não entendeu. Ou seja, você quer ir da unidade para o
significado, como fazemos com teorias conhecidas. Mas não é esse o caminho
seguido por um genuíno teorizador. Minhas teorias podem ser péssimas, mas
conheço muito sobre lógica de teorização. Talvez seja por isso que até hoje
(e já fazem 20 anos) ninguém conseguiu apontar um furo lógico nas minhas
teorias. Não porque elas sejam boas, mas porque meus críticos não conhecem
essa lógica de teorização, e se perdem totalmente ao valorizarem detalhes
secundários e facilmente contornáveis. O Álvaro diz que eu jogo com as
palavras, e você dá a entender que concorda com ele. É possível que vocês
tenham razão, mas até prova em contrário diria que estou jogando com
palavras certas no local exato, ao passo que vocês estão criticando com
palavras erradas em locais impróprios.

> Agora, do ponto de vista epistemologico- que é aquele que vc parece
> preferir- eu não estou satisfeito com as explicações forjadas para os
> chamados fenômenos quanticos. Não encontrei ninguem que saiba falar de
> quantica sem ser dramaturgo ou misterioso.
> Lutei muito para encontrar algum sentido concreto - longe das fantasias de
> divulgadores, professores, livros e jornalistas - na MQ.

Como disse acima, este é o Sérgio que conheci :-) e que aprendi a admirar,
apesar de nossas constantes mas frutíferas discordâncias.

> Ora, o que as esperiencias mostram é que moleculas não são corpos rigidos.
> Eles serão corpos "elasticos" , pois vibram
> E aproveito aqui para lembrar que a quantica advem do trabalho de Plank
> que apenas conciderou osciladores harmonicos - que são fisica classica.

Calma lá! Osciladores harmônicos são física clássica, perfeito! E daí? Quem
nos garante que as fontes de radiação interpretadas por Planck são aquilo
que ele assumiu como um excelente artifício físico-matemático? Planck
admitiu por hipótese que poderia interpretar as fontes de radiação como
idênticas ao aparelho macroscópico utilizado por Hertz. Com isso chegou numa
equação que dá certo. Mas isso não significa que esses elétrons, que hoje
supomos ser a fonte de radiação, estariam oscilando segundo o modelo de
elétron oscilante de Lorentz (apoiado no modelo de átomo de Thomson, ou
modelo em pudim de passas).

Ou seja, é bom lembrar que a quântica advém do trabalho de Planck que apenas
lançou uma hipótese provisória e que hoje não mais se justificaria, se
quisermos pensar em termos de física clássica + experimentação do século XX.
Planck jamais aceitou a interpretação que os quânticos deram ao seu
trabalho. E os quânticos de hoje não aceitam mais a idéia original de
Planck, se bem que continuem acreditando nesses osciladores harmônicos
clássicos em teoria, mas inexistentes na prática. Ou seja, são osciladores
"clássicos" tão somente neste mundo de ilusão em que vivem os físicos
quânticos.

Matematicamente podemos pensar num movimento oscilatório como sendo a
projeção num eixo de um movimento circular, e já discutimos bastante isso
no passado (novembro de 2001, vide msgs: 11819, 11838, 11844, 11871, 11875,
11888, 11900, 11902, 11906 e outras). Se alguém não entendeu a analogia,
sugiro que veja a figura
http://www.ecientificocultural.com/ECC2/figuras/polar16.gif .

> Portanto, considerar que as moculas vibram, não é uma ideia quantica, é
> uma ideia que advem das experiencia.

A história aqui é um pouquinho diferente. Planck não se apoiou nessa idéia
de vibração "molecular", mesmo porque o conceito de molécula não estava
ainda bem estabelecido, a não ser em química através de seu ferramental
apropriado, mas nem sempre muito bem visto pelos esnobes físicos. Nem sei se
alguém valorizou isso devidamente. Não vou entrar em detalhes pois o assunto
é complexo, mas relaciona-se a um dos tópicos de sua discussão com o
Colucci. Lá vocês estão discutindo, entre outras coisas, o problema da
absorção e da reemissão de luz, a velocidade da luz no meio considerado e a
mudança de direção na refração. O assunto é bem complexo mas a pergunta que
me ocorreu foi: Apenas os elétrons executam essa magia de absorver e
reemitir a luz? Qual é o papel das demais partículas atômicas nesse
processo? Bem, acho que esse assunto pode ser discutido lá, pois o nosso já
está muito extenso, para variar. ;-)

> Plank inventou a quantica pq a fisica que ele tinha não conseguia explicar
> os RESULTADOS EXPERIMENTAIS dele. Se alguem conhece alguma teoria que os
> explique que fale! ... pois, bem me parecia ...

Planck não inventou nada, simplesmente verificou um algoritmo que dava
certo. Para que ele pudesse teorizar em cima desse modelo ele precisaria
conhecer melhor a natureza da luz e dos elétrons, coisa que na época era
praticamente impossível. O máximo que lhe ocorreu foi assumir a idéia de
elétrons oscilantes a compatibilizar-se com a experiência de Hertz, e
construiu assim um modelo a explicar o espectro de radiação do corpo negro.
Mas nunca aceitou esse modelo como teoria, pois sabia que para justificar a
sua termodinâmica esse modelo não bastava. É difícil saber hoje o que ele
realmente queria, mas ele nunca se satisfez com esse modelo que dava certo
para explicar o espectro de radiação do corpo negro. Como já afirmei
anteriormente, Planck foi o último dos grandes clássicos, e sempre soube
honrar esse posto, a despeito de pretenderem imputar a ele um "erro" que
jamais cometeu.

> A orientação da molecula num dado referencial não é um estado- ao
> contrario do que vc usa no seu argumento. É só isso que eu estou a dizer.

E eu não pretendo criar mais uma torre de Babel em cima dessa idéia, é só
isso que eu estou a dizer.

> Se bem entendo o que dizes- e isso torna-se cada vez mais complicado
> partir daqui - estás a dizer que uma outra teoria existe que explica o
> fenõmeno "cor dos objectos" e pq os elementos se destribuem na Tabela
> Periodica (TP) como o fazem. é isso que estás a dizer ? Se é, e para
> clarificar a conversa, que teoria é essa ?

Não é nada disso. Já disse que você pegou a conversa pela metade. O problema
não está na cor do objeto, mas na "mudança gradual da cor da roupa com o
brilho do Sol". Isso foi descrito na mensagem 20696 e o problema que
estávamos discutindo relaciona-se a uma suposição que fizeram de que as
moléculas de corante deveriam ser quebradas de uma só vez. Em que lugar da
sua explicação você está considerando o fator tempo? Em nenhum! Logo você
não sabe sobre o que estávamos discutindo. Já cansei de dizer: Essa é uma
experiência furada! Se quiser discutir, tudo bem, mas procure antes saber do
que se trata.

> Se não é, então o que é que estás a dizer ?
> Negas que a MQ explique a organização da TP ? Se sim, pq ?

Ela não explica, ela foi construída para concordar. Já disse que a MQ é um
modelo, logo não explica nada. Como não existe uma física a alicerçar esse
modelo, os quânticos sentem-se à vontade (não existem princípios a limitarem
a imaginação) para construir uma hipótese ad hoc para cada condição que
contradiz esse modelo. No caso da TP nem foi necessário, pois a principal
hipótese ad hoc já estava embutida no modelo quântico primitivo, aquele que
fala em órbitas permitidas, ou seja, fala sobre locais onde o elétron de
Lorentz está autorizado por Bohr a desrespeitar o decreto de Lorentz que
nivela seus elétrons às cargas elétricas da teoria de Maxwell. Hoje essa
hipótese já não incomoda tanto, pois foi sutilmente disfarçada por detrás de
uma inocente matemática elementar. Já discutimos isso no passado. Essa
matemática elementar não tem bases físicas outras que não aqueles absurdos
da física primitiva de Bohr. Nem vocês conseguem entender onde foram parar
essas órbitas permitidas na versão atual, pois os orbitais quânticos de hoje
não passam de produtos de uma ficção justificável tão somente por uma
matemática que dá certo para condições predeterminadas. Vocês estão
reinventando a roda, só que trata-se de uma roda quadrada e que não se
presta para quase nada, a não ser para elucubrações mentais e sem sentido.

> > Vocês assumem que as coisas são
> > como acham que são, e dizem que a física clássica não explica nada!

> Ahummm... vc não assume que as coisas são como vc acha que são ?
> Não? Então o que é a sua teoria senão algo que vc acha que é ?

As minhas teorias têm cadastro, coisa que a MQ não tem. É quase impossível
assumir uma hipótese ad hoc nas minhas teorias sem minar todos os seus
alicerces. Já disse inúmeras vezes que estou propondo algumas teorias, não
uma nova física. A física que está por trás de toda minha teorização é a
genuína física newtoniana.

> Vc não respondeu a uma questão que eu levantei.
> Se a MQ é falsa pq ela não foi demosntrada falsa até hoje ?

Já respondi inúmeras vezes e não só nesta mensagem. Você tem o costume de
não aceitar as respostas que contrariam o que julga ser certo. Tudo bem, não
as aceite, você não é obrigado a concordar com o que eu digo. Mas não cometa
a imprudência de dizer que a questão não foi respondida. Isso sim denuncia a
atitude dogmática que se apossou de você. Isso é muito feio e não condiz com
a ética que convém ser observada por um cientista sério.

Com relação ao seu questionamento, completaria o que já respondi por
inúmeras vezes dizendo que trata-se de um modelo sem cadastro, sem pedigree.
Assim como um bom vira-lata sempre encontra um jeitinho de se alimentar, a
MQ sempre dá margem a que se fabrique hipóteses ad hoc, uma atrás das
outras. Não há como falsear uma ilusão caracteristicamente infalseável. A MQ
jamais cairá por um falseamento --o que acontece com quase todas as
teorias dignas e que se prezam como tais-- mas sim pelo cansaço, o que já
está se observando acontecer. Só não enxerga quem não quer. Mas pelo menos
que enxerguem mais essa minha resposta ao questionamento, aceitando-a ou
não.

> E, caso vc ache isso caricato, que experiencia realizável, e não de
> pensamento, mosta que ela é falsa ?

O aspecto caricato surgiu agora ;-). Pelo que disse acima, a resposta seria
"nenhuma", pois a MQ é, "caricaturisticamente" falando, infalseável. Mas
para que você não diga que fugi ao questionamento, vou relacionar algumas
experiências (você me pede uma, vou citar três, mas existem muito mais) com
as respectivas hipóteses ad hoc a superprotegerem-na.

1) Experiência de Rutherford: órbitas permitidas.
2) Experiência de Stern e Gerlach: "spin" que não é giro.
3) Experiência de Aspect: não localidade.

Lembro ainda que faz muito pouco tempo os quânticos diziam (ouvi isso de
várias autoridades brasileiras no assunto) que o teletransporte falsearia a
teoria quântica. Pelo visto devem ter inventado uma hipótese ad hoc
conveniente, pois hoje chamam o fenômeno por teletransporte quântico e não
estamos longe do dia em que dirão tratar-se de mais uma das miraculosas
previsões da teoria quântica (Com o spin aconteceu mais ou menos isso,
quando transformaram o giro clássico no spin quântico).

> Mas episotmologicamente falando, que outra teoria pode fazer o mesmo que a
> MQ faz ?

Agora você me pegou. Talvez a teoria do flogisto, ou a do calórico, ou então
a dos epiciclos... sei lá! ;-))

> Desconheço Dirac. E nem sei pq estás a falar nele.

Não perde nada. Só que é um dos papas da MQ, e muito mais respeitado do que
aquele Hawking, que você parece não gostar.

> > > Agora, tente explicar com o mesmo grau de exactidão a mesma coisa
> > > apelando para "coisas que existem". Se vc conseguir , sequer,
> > > vislumbrar como isso possa ser feito, eu gostaria de saber.

> > Isso é uma inversão de valores. Um adepto da teoria quântica falando em
> > não "apelar para coisas que não existem". Excelente piada.

> Não é inversão de valores. É um pedido de explicação. Eu não entendo do
> que estás a falar.

Claro que é! Você me pede para explicar apelando para "coisas que existem"
aquilo que a MQ não consegue explicar nem mesmo apoiando-se em seus gnomos
"que não existem". É inversão de valores sim! E o que você chama de
explicação, quando se refere à MQ, não é explicação. Trata-se de um
artifício matemático construído para iludir os trouxas. É um modelo que foi
feito para dar certo sem que se saiba exatamente onde, quando, como e nem
porquê. Se for útil para alguma coisa, vamos utilizá-lo como modelo. Do
contrário, que os quânticos fiquem brincando com ele, mas que não venham
arrotar sabedoria e muito menos vender uma imagem falsa desses modelos, como
se explicassem alguma coisa com esse brinquedo.

> Tu dizes que a MQ não explica nada. Então suponho que saibas de outra
> teoria que explique. qual é ela então, e no quê ela se baseia ?

A física de Newton. Baseia-se em espaço, matéria, movimento e informação.
Como alternativa ao movimento poderia citar o tempo (Newton usa ora um,
ora outro) e como alternativa à informação poderia citar o campo (Faraday)
ou o "espírito da matéria" (Newton). Com apenas esses quatro essenciais da
física newtoniana pode-se explicar o que reside por trás de centenas de
gnomos quânticos e/ou relativistas, como "órbitas permitidas", "spin que não
é giro", dualidade corpúsculo-onda, incerteza de Heisenberg, salto quântico,
contração e/ou curvatura do espaço, dilatação do tempo etc.

> E qual é a diferença no que concerne a existencia das coisas da MQ e das
> dessa teoria.

A resposta está implícita na pergunta: O conceito de existência.

> > > Portanto, assim sendo, não cabe preferir uma teoria a outra sem nenhum
> > > fundamento para além do gosto pessoal e ideias que embora sejam ideias
> > > boas, não se traduzem no mesmo rigor experimental que a teoria
> > > existente proporciona.

> > Sempre existe um "assim sendo" ou uma "hipótese a ser aceita como dogma"
> > em nossas conversas. Ora, quem fecha a questão em cima de um ou dois
> > dogmas não está afim de dialogar. Então não direi nada a respeito. De
> > acordo com as suas premissas, você está absolutamente certo. Mas essas
> > premissas não são lá muito confiáveis.

> como é que vc sabe minhas permissas,mas eu não ?
> do que vc está falando ?

Pois então leia o texto que você escreveu. Mantive acima com > > >. Você
fala em rigor experimental ao se referir a uma teoria que não faz outra
coisa que não seja desafiar a experimentação, com hipóteses ad hoc
fabricadas em série. A sua premissa foi essa, e não é nada confiável.

> Eu so digo que: se vc não tem uma alternativa à MQ , nem experiencia que
> mostre que ela é falsa, então não faz sentido negar a validade da MQ.

Essa sua idéia não está livre de críticas. Mas mesmo que fosse correta, e
digo que não é, diria que você está propondo o engessamento da ciência. Ora,
se não negarmos nada que esteja bem estabelecido, a ciência não progride. A
menos que a sociedade seguisse aquela utopia descrita por Thomas Kuhn a
desengessar a ciência de tempos em tempos (períodos revolucionários). Eu já
gosto mais do estilo popperiano de revolução permanente, ou seja, devemos
sempre questionar a validade do que está bem estabelecido. Em ciência não há
lugar para dogmas, a despeito de Kuhn defender o dogmatismo. E sob esse
aspecto digo que nenhuma área das ciências é mais dogmática do que a física
da atualidade. O seu questionamento denota que você aceita esse dogmatismo
como algo inevitável, e sob esse aspecto é bem possível que jamais venhamos
a entrar em acordo.

> Medir só tem um significado em ciencia. Consulte um manual de metrologia
> ou um dicionário. Essa acepção que vc está usando, não é a do vocabulario
> cientifico.

Eu prefiro consultar os tratados escritos por aqueles que efetivamente
trabalharam com esses conceitos, pois estes orientam os dicionaristas quanto
aos possíveis significados científicos. Já os dicionários são úteis para que
conheçamos os diversos significados que a população dá as palavras, muitas
vezes numa conotação leiga. Mas você gosta de insistir em significado de
palavras, não é mesmo? Tudo bem, pode ser que o significado que você emprega
esteja mais correto, mas neste caso diria que você está utilizando a palavra
certa no contexto errado. O importante não é o significado de medida em si,
mas a maneira como você está valorizando o termo. Se você diz que o
importante em ciência é tão somente medir, então você ou está dizendo
bobagem, ou então não está sendo coerente com o significado que assume à
palavra. O que caracteriza a ciência é a reprodutibilidade. Se isso se
relacionar ao seu conceito de medida, então o que você diz faz sentido; mas
se o seu conceito de medida é tão somente o confronto direto ou algo
equivalente, então essa sua medida não serve para caracterizar o que seja
ciência. A escolha é sua. O que não podemos é jogar com as palavras ao nosso
bel-prazer. A menos que sejamos adeptos de um dogmatismo insensato, mas
diria então que as coisas estão piorando bastante para o seu lado.

> > Vocês têm é muita garganta
> > e ficam falando em teletransporte quântico, computador quântico,
> > tunelamento quântico, bits quânticos, relógio quântico, microscópio
> > quântico. Tudo isso é tão quântico quanto a noção de que a Terra gira em
> > torno do Sol.

> Ahumm verifique mensagens anteirores da lista e me diga em quais eu já
> defendi essas coisas que referes. Vocês ? Eles tlv, não eu.

Ou eu muito me engano (o que não é impossível), ou já discutimos sobre
tunelamento quântico aqui na Ciencialist. Você pode não ser tão enfático
quanto os demais, mas ainda assim aceita que a física newtoniana é incapaz
de explicar um fenômeno observado pela primeira vez por Newton, e
perfeitamente *bem explicado* na ocasião (século XVII).

> Ter uma ideia não é o mesmo que ter uma explicação. Mantenho minha frase.

Assim como chegar a uma equação não é o mesmo que ter uma explicação. Mas
tudo indica que sobre isso dificilmente iremos entrar em acordo.

> É facil vc provar que ela é capaz. Explique - so ideias não servem- algo
> classicamente que hoje seja explicado quanticamente.

Já citei acima o tunelamento, mas vamos mudar o exemplo. Que tal o efeito
Malus? Dizem que só os quânticos conseguem explicar. Se servir esse, eu
explico com o pé nas costas. ;-) Posso até usar uma matematicazinha
elementar, só prá te agradar. :-) Vou apenas fazer uma correção ao seu
texto: A quântica não explica nada. Neste caso, e como em todos os outros,
ela apela para mais uma de suas famosas hipóteses ad hoc. Como você diz
desconhecer o Dirac, é possível que desconheça a magia que ele fez para
salvar a MQ de ser falseada pela experiência de Malus (realizada em 1809).

> Vc apresenta uma teoria que diz ser válida. Eu lhe perdi evidencia dessa
> validade, cientificamente falando. E vc me respondeu que nem sabia que
> unidades tinham as entidades que utilizava.

Eu diria que você está sendo injusto, ou então já esqueceu nosso diálogo e
ficou com uma impressão errônea. Comentamos muito a respeito disso, mas vou
repetir aqui apenas um pequeno trecho da mensagem de 22/01/2001 intitulada
Resposta04.doc: "Eu não estou simplesmente cruzando variáveis. Estou
definindo coisas novas. E estas novas idéias devem se adaptar não apenas aos
fenômenos eletromagnéticos mas a toda física. Do ponto de vista
eletromagnético acredito que a teoria esteja fechada, não suportando novas
hipóteses, sob pena de descaracterizar-se. Poderia então definir, desde o
início, uma unidade a comportar, por exemplo, a informação eletromagnética
como grandeza fundamental. Não obstante, será que, ao longo do tempo será
esta a melhor opção? Procuro então deixar algumas brechas para que outros
teorizadores, e até mesmo eu, possam introduzir novos conceitos a se
acoplarem com os conceitos bem definidos da teoria. É claro que se
pretendermos levar a exposição da teoria para um livro didático, estas
brechas deverão ser completadas, ainda que admitindo futuras modificações."

Que você não conheça normas de teorização, tudo bem. Via de regra não se
aprende isso na escola. Mas então, não diga bobagens e muito menos cometa
injustiças. Veja bem, não confunda essas "brechas" com hipóteses ad hoc. O
que eu fiz foi definir uma grandeza a menos de uma constante, que pode ser
adimensional ou não, dependendo das conveniências. Isso se faz em física a
toda a hora e não implica em sacrifício nenhum para a teoria. Se você acha
que eu deveria fechar a questão, isso é opinião sua, mas você não tem visão
da teoria como um todo, logo acho muito imprudente ficar me cobrando coisas
desse tipo. Sugestões sim, serão sempre bem-vindas. Críticas também.
Cobranças imprudentes não.

> Convenhamos, assim fica muito dificil de aceitar a sua palavra sobre a
> validade da teoria.

E fica muito difícil aceitar essa sua crítica como algo de valor (Sem
desmerecer as outras críticas).

> E depois, não vejo pq o "electrão" tenha de ter um estatuto especial.

Não sei o que você quer dizer por estatuto especial, mas acredito que cada
partícula tenha a sua individualidade. Um elétron é um elétron, não é um
próton nem um neutrino e nem um fóton. Não vejo porque cada um não possa vir
a ter o seu próprio estatuto, se é que entendi o significado da expressão.

> As teorias se avaliam pelos seus fundamentos ? ou pelos resultados que
> produzem ? e pelas experiencias que falham em falseá-las?

Eu avalio uma teoria com o mesmo rigor com que avalio um apartamento que
pretenda comprar. Se os alicerces do prédio estiverem podres eu nem vou
olhar o apartamento. Que me importa a vista magnífica do apartamento, as
suites maravilhosas! Se o prédio está prestes a cair! Que mais dizer? Com
respeito às teorias eu nem sou tão inflexível assim, pois como teorizador
que sou gosto de conhecer bem uma teoria condenada. Mas jamais vou
investir algo, além de meu tempo de aprendizado, numa teoria que não nos
levará a lugar algum e que só trouxe decepções para aqueles que a estudaram,
e até mesmo para os seus construtores.

> >Quero explicações! Quero
> > fatos, quero demonstrações a se reportarem aos fundamentos da teoria.

> Essa é muito simples.
> Estudo a eq de Srondinger (fundamento da teoria).

Isso não é fundamento de nada. Isso é tão somente uma equação. Veja a
opinião de Schrödinger sobre esse "fundamento": "Esperamos que a vacilação
de conceitos e opiniões signifique apenas um intenso processo de
transformação, que conduzirá finalmente a algo melhor do que as confusas
séries de fórmulas que cercam o nosso tema" Me perdoe dizer, mas você nem
suspeita o que seja fundamento de uma teoria. Pudera, confunde modelo com
teoria!

> Aplique-a ao atomo de hidrogenio.
> Exenda essa aplicação para um atomo de N protoes e 1 electrão.
> Estenda-a para um atomo de N protoes e M electrões.
> Verifique que a ocupação dos niveis de energia se faz segundo o Principio
> de Pauling (fundamento da teoria)
> Calcule os niveis de energia, e verifique se se adquam aos expectros de
> emissão/absorsão do atomo em causa.
> Verifique que a regra de cupação obriga a uma organização especial dos
> atomos.
> Verifique que essa organização é a TP conhecida antes do advento da MQ.
> Ai tem a sua demonstração.

"A ciência é construída de fatos, como uma casa é de pedras. Mas uma coleção
de fatos não é mais uma ciência do que um monte de pedras é uma casa."
(Henri Poincaré). Você não demonstrou nada, simplesmente enumerou fatos
inventados um a um afim de que se encaixassem por cima de um quebra-cabeças
que já estava montado. Mas... E a explicação? Como é que se explica a
manutenção desse castelo no ar? Os quânticos não fazem outra coisa a não ser
enganar os químicos. E esses, como nem sempre vão atrás dos fundamentos
quântica (coisa que do ponto de vista físico não existe), acabam caindo
nessa conversa fiada.

> Fala sério... como vc pode dizer isso face à estrondosa evidencia de que a
> MQ explica pq a TP é como é....

Faz-me rir. :-))))) Uma estrondosa piada. Evidência?!!! Explica?!!!

> >Você falou no efeito fotoelétrico (msg 20691),
> > mas isso é outra piada. Nem Einstein diria isso com tamanha convicção. E
> > o Planck, coitado, morreu sendo ridicularizado por ter tido a coragem de
> > dizer o que pensava a esse respeito. E o pior é que ele tinha razão.

> Dizes tu... e mais qual experiencia ?

Que tal a de Rutherford, sem a apelação para órbitas permitidas ou outros
gnomos do gênero?

> > Você não quer uma teoria nascente, quer uma teoria completa,
> > comprovada experimentalmente e totalmente axiomatizada.

> Vc apresensta as suas opiniões, ideias e conjecturas sobre sua teoria como
> se ela fosse completa. Eu não peço mais do que vc dá.

Eu não disse que a minha teoria é incompleta. Eu simplesmente relacionei as
exigências que você faz. Uma das minhas teorias está completa e quase toda
axiomatizada, como eu disse em mensagem anterior (texto reproduzido acima).
O problema é que você por não ter experiência nesse campo da filosofia da
ciência, exige mais do que essa completude. Por outro lado, você mistura
dados das minhas teorias com as bases onde elas foram firmadas. Como você
ignora as bases, quer que eu explique tudo, até mesmo aquilo que já foi
sedimentado por uma ciência secular e que estão a desprezar sem
justificativa alguma. É graças a esse desprezo, que você aparenta acreditar
que todas as minhas teorias são incompletas. Algumas de fato são, mas nem
todas com a visão que você tem dado ao termo.

> Eu peço apenas algo diferente do que vc dá.

Pois então espere que alguém se digne a comprovar as previsões que faço.

> Não sou eu que quero uma teoria completa, é vc que fala como se ela fosse
> completa.

A teoria do elétron está completa. Ela não admite o encaixe de nenhuma
hipótese ad hoc, sob pena de deixar de se apoiar na física genuinamente
newtoniana, seu pano de fundo. Obviamente, estar completa não significa
estar estagnada. Ela pode evoluir, e certamente evoluirá, mas não admite que
se mexa nas hipóteses que constituem seu núcleo, sob pena de estarmos
construindo outra teoria.

> E mais do que isso, comprovada.

Não me cabe comprovar nada, mesmo porque sob a visão moderna eu sou
considerado suspeito. Quando foi que Einstein ou Bohr comprovaram
experimentalmente suas idéias? Seus discípulos diretos talvez, mas creio que
nem mesmo esses.

> Tudo o resto está errado, mas sua teoria de incompleta tem que estar
> certa. Isso é no minimo curioso.

Curioso é você me interpretar sob esse prisma.

> Pq vc pode dizer mal da MQ que ja deu mostras de si, mas não podemos achar
> que sua teoria incompleta é incompleta ? Pq é isso que ela é, vc mesmo
> acha.

Já que você não consegue se libertar do significado das palavras, seria
interessante que conceituasse qual o significado está adotando agora para
"teoria incompleta", pois do contrário vamos tornar a discussão improdutiva.
Num senso estrito (filosofia da ciência) já disse que a minha teoria é
completa; num senso amplo (evolução) já disse que minha teoria, como
qualquer outra, é incompleta. Defina-se! É importante uma teoria ser
completa? Se sim, em quais dos sentidos apontados?

Eu propriamente não estou interessado nesta sua resposta, mas já que você se
julga o dono do significado das palavras, defina a expressão para que
possamos dialogar sem atritos outros que não nossas discordâncias em física,
que já não são poucas.

> Então , se é incompleta, que tal completá-la ?

No senso estrito, já disse que a teoria do elétron está completa. No senso
amplo, fique a vontade para completá-la, simplesmente não deturpe suas
hipóteses pois, utilizando uma palavra de um ilustre ex-ministro brasileiro,
elas são "imexíveis". Mexa em suas hipóteses fundamentais e a teoria será
outra. Isso, a meu ver, caracteriza uma teoria completa, no sentido estrito
a que me referi.

> E como vc é o unico que a entende, quem quer que faça isso ?
> A quem quer que eu peça? A Deus ?

Não é necessário nada disso, como já dei a entender. A teoria é minha, mas
não sou dono da ciência nem da evolução das minhas próprias idéias.

> De quem vc acha que eu devo esperar melhores explicações ?

Explicações, sim. Contra-críticas também. Mas não é só isso que você está
exigindo. Como disse acima, você está fazendo cobranças imprudentes. Você
parte do pressuposto que minhas hipóteses são incabíveis, pelo simples fato
de eu me recusar a atender uma exigência sua a retratar uma imprudência
também sua. Ora, se você se recusa a aceitar as hipóteses como elas são, e
eu justifico o porquê disso, você não pode exigir explicação alguma. Pois
qualquer explicação tem de ser coerente com essas hipóteses. Em nome da sua
coerência você está querendo me exigir a incoerência! Que raios de lógica é
essa?

Além do mais você está exigindo que eu explique tudo o que você não consegue
entender através de outras teorias. Ou então, está querendo que eu passe por
vendedor de ilusões, sob o argumento de fornecer explicações floreadas por
uma matemática sem conteúdo físico algum. Já disse e repito: Não confunda
física com matemática, e não me cobre uma matemática de enfeite e criada tão
somente para que se venda um produto sem utilidade alguma. Ciência é coisa
séria, e a matemática utilizada tem que se justificar amplamente, e não tão
somente através de virtudes "coincidentais" [Existe essa palavra? :-) Se não
existia, passou a existir, pois eu inventei agora :-)]. E via de regra, essa
matemática justifica-se após décadas da teoria ter sido criada, a exemplo
das teorias de Newton e de Maxwell. Se a física for boa, a matemática que a
acompanha permanecerá sendo útil aos físicos, como aconteceu com os
conceitos inventados por Newton, Maxwell e tantos outros.

> > Não é a-toa que você
> > não lê os Principia nem o Opticks de Newton.

> As palavras estão tão desactualizadas que corremos o risco das
> intrepretarmos mal.

Pois então deixe que outros leiam, mas não se surprenda ao ouvir dizer que
Newton já explicou no século XVII aquilo que você nem sonhou que pudesse ser
explicável pela ciência dos dias atuais.

> Não seu eu que sou dogmático. É vc.
> Eu lhe pergunto e vc não me responde.
> Limita-se a dizer que não tem obrigação de ter uma resposta.
> O que para mim é a mesma coisa que a não ter.

Lamentável que você pense assim. Duvido que exista na Ciencialist alguém que
tenha recebido mais respostas minhas do que você. Considero isso como estar
recebendo uma bofetada de alguém por quem sempre nutri uma certa admiração.

> > > > Se os tijolos não são todos iguais, porque se chamam todos tijolos?

> > > Não respondeste à pergunta.

> > Para bom entendedor meia palavra basta. Ou será que os tijolos são todos
> > iguais? Por outro lado, já comentei até demais sobre esse assunto.

> Mas eu não entendi.

Então diga que não entendeu, mas não que eu não respondi. Ou será que você
não quer entender? Neste caso fica-me a impressão de que você está tentando
fugir ao questionamento, está querendo vencer pelo cansaço, e isso é muito
pior do que não responder. Perdoe-me dizer, mas isso é golpe sujo, é golpe
baixo, como dizem os aficcionados do boxe.

> > Os elétrons irão se chocar em pontos diversos do anteparo...

> Eles são chocar ? Como vc sabe isso ?
> Quem garante que vão chocar ?
> Quem tem dados sobre esse choque ?

Novo golpe sujo! Não sabes responder e mudas de assunto? Tudo bem, mudo as
palavras: "os elétrons irão registrar sua marca em pontos diversos do
anteparo...". Retorne agora à questão e responda dignamente e sem evasivas.
Ou sou só eu quem tem a obrigação de responder tudo o que aqui se comenta? E
não venha dizer que não entendeu, pois você está entendendo muito bem. Não
se faça de sonso, pois eu sei que você não é.

> > Você agora está confundindo medida com determinação de
> > um valor por comparação direta (medida de comprimento com régua, por
> > exemplo).

> Estou ? onde ?
> E o disse que como não sei o tamnho de um electrao, não sei qual a
> diferença de escala- de tamanho - entre ele e a fenda.

Exatamente. Ou você não está entendendo nada, ou mais uma vez está fugindo
do assunto. Nada disso importa. Eu estou *medindo* o efeito do elétron
registrado no anteparo, só isso. O mais é teorizar por cima dessa *medida*.
E é medida sim, e deixe de se passar por sonso.

> >Você pode perfeitamente assumir, sem ir contra os princípios
> > clássicos, que todos os elétrons que batem exatamente no ponto A do
> > anteparo passaram pelo mesmo ponto ao atravessarem a fenda.

> Posso ? pq ?
> Todos batem da mesma forma ? não ha dispessão nenhuma ?
> isso é classico ??

Então explique o efeito dessa dispersão, do contrário direi que você
novamente está fugindo do debate. Aliás, isso está se tornando uma
constante. Você me acusa de não responder a nada, o que é uma deslavada
mentira, e descaradamente foge do debate, com a maior cara de pau. Tem
sentido isso?!!!!!

> > Volto a dizer: A medida já foi feita, só resta interpretá-la!

> Qaul medida exactamente? feita por quem exactamente?
> Não sei do que estás a falar.

Você sabe perfeitamente. Se não entendeu, sugiro que releia as mensagens
anteriores. Não vou repetir nada pois já disse tudo com clareza mais do que
suficiente para você entender. Pare de fugir dos questionamentos e pare de
me acusar de um crime que não cometi. Vou interpretar isso como uma
brincadeira de péssimo gosto, pois do contrário só me restaria encerrar o
diálogo.

> Vc já se deu ao trabalho de aprender quantica ?

Estás querendo me vender um apartamento num prédio com alicerces condenados?
:-) Sim, já li muito sobre quântica, mas a única coisa que consegui aprender
é que ela não se apóia em nada, é tão somente um castelo construído no ar.

> Não estou a falar de ler dirac e companhia, estou a falar de pegar num
> livro e estudar.

Dizem as maiores autoridades no assunto que o livro do Dirac é um dos
melhores, e acho estranho você não conhecê-lo. Na minha opinião é um lixo,
mas a minha opinião não vale. De qualquer forma, e apenas para que você não
diga que não respondi à pergunta, direi que já li mais de 10 livros sobre o
assunto, de ponta a ponta, e uma infinidade de artigos escritos por autores
respeitáveis. Com respeito aos livros, além do Dirac lembro-me do Eisberg,
do Landau, do Born, do Heisenberg e se forçar a memória lembrarei de mais
algum. Infelizmente essa biblioteca ficou em minha antiga residência (saí de
lá há mais ou menos 5 anos) e esses livros de quântica eu ainda não me
dispus a ir buscá-los, pois sinceramente não gostei e não creio que valha a
pena o sacríficio. Algum dia, quem sabe, os venderei num sebo, ou quiçá
doarei para uma biblioteca especializada em história dos modelos científicos
fracassados. ;-)

> > Tanto quanto você não quer (ou se recusa a) entender o significado de
> > física clássica.

> Ja pedia muitas vezes que o explicasses. Sempre driblaste o pedido.
> Se eu não entento, a culpa tb é tua.

Mentira deslavada. Já cansei de dizer o que penso a respeito. O que você
quer que eu faça? Que lhe ensine pela Internet tudo aquilo que seus
professores não souberam ensinar? Que absurdo! Saiba que com esta mensagem
você conseguiu me ofender profundamente. E com mentiras, pois verdades não
me ofendem.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Alerta!_Cuidado_com_e-mail_NOVAS_FOTOS_DE _FAMÍLIA
FROM: "jsmartins" <jsmartins@terra.com.br>
TO: "Eroci Silveira Barroso" <eroci@terra.com.br>, <arimateiamacedo@timnet.com>, "Daiane" <daiane.esp@terra.com.br>, "DAURA LUNA" <dauraluna@hotmail.com>, deisy krüger <deisykruger@enersulnet.com.br>, "Eduardo Freitas" <edustone2001@hotmail.com>, "Fernando Fernando" <nandoto@hotmail.com>, "Geraldinho" <gmcastro@uai.com.br>, "gracielli Queiroz Donatti" <gracidonatti@yahoo.com.br>, "Hassega" <hassega@netview.com.br>, "heloau" <heloau@bol.com.br>, José Alves Pereira Filho <josealves@enersulnet.com.br>, "Olney Bettega" <teg@enersulnet.com.br>, "PAULO" <ppfiorin@terra.com.br>, "paulodasilva10" <paulodasilva10@bol.com.br>, "Penna" <penna_pl_57@yahoo.com.br>, "reinaldojmg" <reinaldojmg@bol.com.br>, "tencelsoares" <tencelsoares@ig.com.br>
CC: <atalaia@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <cjmello@pr.gov.br>, <lucromeiro@ibest.com.br>, "Fernando Fernando" <nandoto@hotmail.com>, <nandoemary@uol.com.br>
DATE: 11/02/2003 06:10



_NOVAS_FOTOS_DE_FAMÍLIA
>
>
>
> Por favor leia isso que segue e envie a todo mundo que você conhece.
>
>
> Se vc receber um e-mail chamado "NOVAS FOTOS DE FAMÍLIA" não abra. É um
> vírus que apaga o disco "C".
>
>
> Vem em forma de e-mail de uma pessoa conhecida . Repito : Será de um nome
> familiar: Amigo , parente....
>
>
> Mande esse e-mail a todos que você conhece e , se receber um e-mail que
se
> intitule "NOVAS FOTOS DE FAMÍLIA" , cancele-o imediatamente.
>
>
> Se você o abre, ele funciona da seguinte forma :
>
>
> 1- Se auto-envia a todos os nomes de sua agenda com o título "Um postal
> virtual para você"
>
>
> 2 - Pendura o computador para que você o reinicie
>
>
> Quando você pressiona "Crtl + alt + del" ou o botão "Reset", destrói para
>
>
> sempre o Winchester.
>
>
> Por favor re-envie este e-mail para o maior numero de pessoas que você
> conhecer.

Valdeci Martins
Campo Grande-MS




SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/02/2003 10:35

----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto" <
Sent: Monday, February 10, 2003 11:06 PM
Subject: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica

> Caro Colucci,
> Sua síntese é muito boa, mostra bem que a teoria do Alberto
> não explica patavina. Ele próprio já ressaltou aqui que as
> previsões teóricas quantitativas para o experimento ainda
> não existem... ou seja: não pode sequer ser refutada!

Bem no seu estilo, num mínimo de espaço você conseguiu dizer inúmeras
asneiras. Nem vou replicar pois reconheço que o troféu é seu. Vou sugerir ao
Brudna que encaminhe seu texto para o GUINES BOOK OF RECORDS. Parabéns!

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/02/2003 14:49

----- Original Message -----
From: "Jose Colucci Jr."
Sent: Monday, February 10, 2003 1:20 AM
Subject: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica

Olá Colucci

Uma pequena correção que não tem nada a ver com o que eu penso ou deixo de
pensar sobre a mecânica quântica.

> Foi pela previsão do efeito fotoelétrico, baseada num modelo em que a luz
> era formada por partículas, que Einstein ganhou o prêmio Nobel em 1905.

É possível que você tivesse pensado em uma coisa mas acabou escrevendo
outra. O trabalho de Einstein realmente é de 1905, mas o prêmio Nobel foi
ganho somente em 1921 (vide
http://www.nobel.se/physics/laureates/index.html ).

Por ora é só. Se perceber mais alguma coisa voltarei a escrever.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: Mecânica clássica x quântica
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/02/2003 15:47

Olá Alberto!

Voltei ao excelso Olimpo da Ciencialist depois de breve
defenestramento! À maneira de um "foton-peregrino", atravessei
duplas fendas em luso e brasileiro e fui arremessada ao limbo de uma
câmara de bolhas temporariamente... Assim, a partir de agora, retomo
a conversa a respeito do OMO lavar mais branco e com isso contribuir
para a rápida emissão de fotons pela camiseta vermelha do Guilherme
exposta ao sol, metendo meu bedelho na sua conversa com o Colucci...
afinal de contas, de sabão/alvejante a dona-de-casa aqui entende! :)



--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> > Colucci: A extensão da região em que o fenômeno ocorre depende da
relação entre a
> > velocidade do elétron e a velocidade das informações
elétromagnéticas.
> > Estas, muito provavelmente, devem viajar a uma velocidade c,
igual a
> > velocidade da luz no vácuo). As i.e.m. emitidas num tempo
afastado de to
> > (tanto para mais quanto para menos), ao serem refletidas, não
alcançam o
> > elétron em seu movimento (passam por trás ou pela frente do
elétron, sem
> > o atingirem).
>
> Talvez possamos cortar alguma coisa desse texto, deixando-as
implícitas, ou
> então nas entrelinhas. Acredito que seria mais interessante que o
aluno
> percebesse que o fóton (ou o elétron) também seria afetado pela
fenda pela
> qual passa, e não apena pela outra. Essa dúvida o Takata já
manifestou
> quando discutimos o assunto, e quero crer que qualquer pessoa ao
ler o texto
> irá pensar nessa possibilidade, haja vista que a experiência da
fenda
> simples não costuma ser discutida segundo a minha versão.
>
> Um outro aspecto existente, mas creio que não seria o caso de
discutirmos
> aqui, seria como se dá essa ação-reação que está sendo interpretada
de
> maneira simplificada como uma reflexão do campo. Na realidade, o
que há em
> essência é uma interação do fóton com o material que contém a fenda
e sua
> respectiva reação. Em virtude da brutal diferença de massas, apenas
o fóton
> a manifesta. Se entrarmos em detalhes a respeito, eu acho que ou o
texto ou
> ficaria muito comprido ou, se quisermos resumir a idéia, muito
confuso.


Deixa eu ver se entendi direito: existe uma interação
fóton/superfície e esta é "interpretada" pelo experimento da dupla-
fenda como uma "emissão" que transpassa as duas fendas ao mesmo tempo
sem contudo descaracterizar a natureza corpuscular do fóton em
questão? É isso?

Bem, até agora eu vim lendo sua talentosa explanação a respeito da
natureza da luz no "também Imperdível" ECC. A minha sempre questão
desde lá do tempo de faculdade é esta: qual o porquê de não se
assumir uma única característica da natureza da luz ao invés de
tentar-se entender esta aparente dualidade onda/partícula? Se ora
assume-se a luz como emissões de pacotes de luz - fótons e ora assume-
se que se trata de uma "irradiação" sucetível a ser tratada sob
o "prisma da ondulatória", a coisa fica mesmo confusa... O colapso
da função de onda é aplicável quando a idéia é fundamentar
tal "dualidade" e permitir que esta seja convenientemente explanável
pela nossa incapacidade de abarcar o "real conceito". Eu tão pouco
faço a mínima idéia de como tal "realidade do conceito da luz"
poderia ser "abarcada"... mas veja: um primeiro passo é tentar
compreender de que forma a luz de um modo geral interage com as
superfícies. E é nesse ponto que eu volto à vaca fria, digo, à
camiseta vermelha do Guilherme exposta ao sol.

Interessante notar que certas substâncias químicas tais como a famosa
água sanitária, fazem o mesmo efeito do desbotamento induzido pela
ação direta de fotons diretamente (ao invés de discretamente como no
caso de apenas luz incidir sobre um tecido tingido) interagindo com
os átomos das moléculas que compõem a tinta com que o tecido foi
tingido previamente. E aí, como explicar a idéia do desbotamento a
partir da perspectiva dos fótons incidindo sobre o tecido "tratado"
quimicamente?

A Física Quântica explica convenientemente a partir da idéia de
desvios de fótons para um ou outro extremo do espectro luminoso
permitindo que na reflexão dos mesmos haja a idéia de visualizar-se
um azul ou um vermelho, por exemplo. É como o Colucci vem explicando
ao Sérgio, pois não? Tenho tido algum tempo fugidio e não tenho tido
oportunidade de acompanhar os debates "iluminados" na íntegra mas tem
sido isso o que tem parecido. E essa explicação não é mais do que um
desdobramento também conveniente do efeito foto-elétrico de Einstein
com fótons incidindo sobre superfícies metálicas...

Michelson e Morley provaram que não há o éter, ou um meio de
propagação para a luz meramente ondulatória... portanto, ou a luz
tem que ser encarada apenas como composta por partículas, ou a idéia
de que é também sujeita aos desmandes da ondulatória não é
válida :)). Mas... parece que o buraco é mais embaixo já que até
mesmo Newton admitiu que para explicar os "anéis de interferência"
tem que se assumir que a luz apresenta características
ondulatórias... Portanto, só para finalizar: gostaria muito de
referências além das que estão no ECC para a idéia de "espírito da
matéria" de Newton. Você poderia citar?

Beijos, Lígia








SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/02/2003 20:05

Perfeitamente dentro da quântica, apreciaria comunicar, em primeira mão aos amigos do ciencialist, a síntese do ectoplasma; utilizei: "pó de Algarrotti", "sal de Alembroth", "água fagedênica" ou "colcotar", "óleo de tártaro pelo sino", "óleo de vitríolo", "manteiga de antimônio" e "flores de zinco", misturados em frasco de Florence, na ordem dada e na proporção (em massa) 1:1:2:2:1:1:3. A energia de ativação decorre da descarga de uma bobina de Tesla de 150 000 V, 5 W, durante 13 segundos (os eletrodos de Pb, lâminas de 4x5 cm, são colocadas diametralmente em pólos opostos do frasco de Florence).
Como primeiro resultado da energia vital aprisionada ressuscitei um sapo (perereca) colocado na atmosfera de ectoplasma durante, apenas, 3 segundos!!!
O sapo foi morto ontem pela madrugada e preservado no freezer (em saco plástico) até o horário do experimento --- 16h26min --- 11/02/03.
Registre-se.

[]'
deus
www.feiradeciencias.com.br
=========================
-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 11 de fevereiro de 2003 15:47
Assunto: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica


Olá Alberto!

Voltei ao excelso Olimpo da Ciencialist depois de breve
defenestramento! À maneira de um "foton-peregrino", atravessei
duplas fendas em luso e brasileiro e fui arremessada ao limbo de uma
câmara de bolhas temporariamente... Assim, a partir de agora, retomo
a conversa a respeito do OMO lavar mais branco e com isso contribuir
para a rápida emissão de fotons pela camiseta vermelha do Guilherme
exposta ao sol, metendo meu bedelho na sua conversa com o Colucci...
afinal de contas, de sabão/alvejante a dona-de-casa aqui entende! :)



--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> > Colucci: A extensão da região em que o fenômeno ocorre depende da
relação entre a
> > velocidade do elétron e a velocidade das informações
elétromagnéticas.
> > Estas, muito provavelmente, devem viajar a uma velocidade c,
igual a
> > velocidade da luz no vácuo). As i.e.m. emitidas num tempo
afastado de to
> > (tanto para mais quanto para menos), ao serem refletidas, não
alcançam o
> > elétron em seu movimento (passam por trás ou pela frente do
elétron, sem
> > o atingirem).
>
> Talvez possamos cortar alguma coisa desse texto, deixando-as
implícitas, ou
> então nas entrelinhas. Acredito que seria mais interessante que o
aluno
> percebesse que o fóton (ou o elétron) também seria afetado pela
fenda pela
> qual passa, e não apena pela outra. Essa dúvida o Takata já
manifestou
> quando discutimos o assunto, e quero crer que qualquer pessoa ao
ler o texto
> irá pensar nessa possibilidade, haja vista que a experiência da
fenda
> simples não costuma ser discutida segundo a minha versão.
>
> Um outro aspecto existente, mas creio que não seria o caso de
discutirmos
> aqui, seria como se dá essa ação-reação que está sendo interpretada
de
> maneira simplificada como uma reflexão do campo. Na realidade, o
que há em
> essência é uma interação do fóton com o material que contém a fenda
e sua
> respectiva reação. Em virtude da brutal diferença de massas, apenas
o fóton
> a manifesta. Se entrarmos em detalhes a respeito, eu acho que ou o
texto ou
> ficaria muito comprido ou, se quisermos resumir a idéia, muito
confuso.


Deixa eu ver se entendi direito: existe uma interação
fóton/superfície e esta é "interpretada" pelo experimento da dupla-
fenda como uma "emissão" que transpassa as duas fendas ao mesmo tempo
sem contudo descaracterizar a natureza corpuscular do fóton em
questão? É isso?

Bem, até agora eu vim lendo sua talentosa explanação a respeito da
natureza da luz no "também Imperdível" ECC. A minha sempre questão
desde lá do tempo de faculdade é esta: qual o porquê de não se
assumir uma única característica da natureza da luz ao invés de
tentar-se entender esta aparente dualidade onda/partícula? Se ora
assume-se a luz como emissões de pacotes de luz - fótons e ora assume-
se que se trata de uma "irradiação" sucetível a ser tratada sob
o "prisma da ondulatória", a coisa fica mesmo confusa... O colapso
da função de onda é aplicável quando a idéia é fundamentar
tal "dualidade" e permitir que esta seja convenientemente explanável
pela nossa incapacidade de abarcar o "real conceito". Eu tão pouco
faço a mínima idéia de como tal "realidade do conceito da luz"
poderia ser "abarcada"... mas veja: um primeiro passo é tentar
compreender de que forma a luz de um modo geral interage com as
superfícies. E é nesse ponto que eu volto à vaca fria, digo, à
camiseta vermelha do Guilherme exposta ao sol.

Interessante notar que certas substâncias químicas tais como a famosa
água sanitária, fazem o mesmo efeito do desbotamento induzido pela
ação direta de fotons diretamente (ao invés de discretamente como no
caso de apenas luz incidir sobre um tecido tingido) interagindo com
os átomos das moléculas que compõem a tinta com que o tecido foi
tingido previamente. E aí, como explicar a idéia do desbotamento a
partir da perspectiva dos fótons incidindo sobre o tecido "tratado"
quimicamente?

A Física Quântica explica convenientemente a partir da idéia de
desvios de fótons para um ou outro extremo do espectro luminoso
permitindo que na reflexão dos mesmos haja a idéia de visualizar-se
um azul ou um vermelho, por exemplo. É como o Colucci vem explicando
ao Sérgio, pois não? Tenho tido algum tempo fugidio e não tenho tido
oportunidade de acompanhar os debates "iluminados" na íntegra mas tem
sido isso o que tem parecido. E essa explicação não é mais do que um
desdobramento também conveniente do efeito foto-elétrico de Einstein
com fótons incidindo sobre superfícies metálicas...

Michelson e Morley provaram que não há o éter, ou um meio de
propagação para a luz meramente ondulatória... portanto, ou a luz
tem que ser encarada apenas como composta por partículas, ou a idéia
de que é também sujeita aos desmandes da ondulatória não é
válida :)). Mas... parece que o buraco é mais embaixo já que até
mesmo Newton admitiu que para explicar os "anéis de interferência"
tem que se assumir que a luz apresenta características
ondulatórias... Portanto, só para finalizar: gostaria muito de
referências além das que estão no ECC para a idéia de "espírito da
matéria" de Newton. Você poderia citar?

Beijos, Lígia







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SUBJECT: Re: Mecânica clássica x quântica
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/02/2003 20:48

Peraí,

Você já não enunciou anteriormente que costuma extrair o precioso
ectoplasma de cadáveres em IMLs a partir de uma técnica que é só sua
envolvendo bicos-de-bunsen ou equivalente? Essa formulação sintética
de fundo de quintal com aval da Quântica só pode ser mais fraca e
marretinha! E você está me devendo toda a sua cultura ectoplásmica
como parte da indenização pelos danos morais a que fui submetida
anteriormente: informo que as tamancadas d'além mar ainda estão
doendo!

Baijos, Lígia

PS: A perereca foi morta ou morreu naturalmente antes de ser
acometida pelo experimento com arco-voltaico?

***********************************




--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Perfeitamente dentro da quântica, apreciaria comunicar, em primeira
mão aos amigos do ciencialist, a síntese do ectoplasma; utilizei: "pó
de Algarrotti", "sal de Alembroth", "água fagedênica"
ou "colcotar", "óleo de tártaro pelo sino", "óleo de
vitríolo", "manteiga de antimônio" e "flores de zinco", misturados em
frasco de Florence, na ordem dada e na proporção (em massa)
1:1:2:2:1:1:3. A energia de ativação decorre da descarga de uma
bobina de Tesla de 150 000 V, 5 W, durante 13 segundos (os eletrodos
de Pb, lâminas de 4x5 cm, são colocadas diametralmente em pólos
opostos do frasco de Florence).
> Como primeiro resultado da energia vital aprisionada ressuscitei um
sapo (perereca) colocado na atmosfera de ectoplasma durante, apenas,
3 segundos!!!
> O sapo foi morto ontem pela madrugada e preservado no freezer (em
saco plástico) até o horário do experimento --- 16h26min --- 11/02/03.
> Registre-se.
>
> []'
> deus
> www.feiradeciencias.com.br
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> -----Mensagem Original-----
> De: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> Para: <ciencialist@y...>
> Enviada em: terça-feira, 11 de fevereiro de 2003 15:47
> Assunto: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica
>
>
> Olá Alberto!
>
> Voltei ao excelso Olimpo da Ciencialist depois de breve
> defenestramento! À maneira de um "foton-peregrino", atravessei
> duplas fendas em luso e brasileiro e fui arremessada ao limbo de
uma
> câmara de bolhas temporariamente... Assim, a partir de agora,
retomo
> a conversa a respeito do OMO lavar mais branco e com isso
contribuir
> para a rápida emissão de fotons pela camiseta vermelha do Guilherme
> exposta ao sol, metendo meu bedelho na sua conversa com o
Colucci...
> afinal de contas, de sabão/alvejante a dona-de-casa aqui
entende! :)
>
>
>
> --- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
> escreveu
> > > Colucci: A extensão da região em que o fenômeno ocorre depende
da
> relação entre a
> > > velocidade do elétron e a velocidade das informações
> elétromagnéticas.
> > > Estas, muito provavelmente, devem viajar a uma velocidade c,
> igual a
> > > velocidade da luz no vácuo). As i.e.m. emitidas num tempo
> afastado de to
> > > (tanto para mais quanto para menos), ao serem refletidas, não
> alcançam o
> > > elétron em seu movimento (passam por trás ou pela frente do
> elétron, sem
> > > o atingirem).
> >
> > Talvez possamos cortar alguma coisa desse texto, deixando-as
> implícitas, ou
> > então nas entrelinhas. Acredito que seria mais interessante que o
> aluno
> > percebesse que o fóton (ou o elétron) também seria afetado pela
> fenda pela
> > qual passa, e não apena pela outra. Essa dúvida o Takata já
> manifestou
> > quando discutimos o assunto, e quero crer que qualquer pessoa ao
> ler o texto
> > irá pensar nessa possibilidade, haja vista que a experiência da
> fenda
> > simples não costuma ser discutida segundo a minha versão.
> >
> > Um outro aspecto existente, mas creio que não seria o caso de
> discutirmos
> > aqui, seria como se dá essa ação-reação que está sendo
interpretada
> de
> > maneira simplificada como uma reflexão do campo. Na realidade, o
> que há em
> > essência é uma interação do fóton com o material que contém a
fenda
> e sua
> > respectiva reação. Em virtude da brutal diferença de massas,
apenas
> o fóton
> > a manifesta. Se entrarmos em detalhes a respeito, eu acho que ou
o
> texto ou
> > ficaria muito comprido ou, se quisermos resumir a idéia, muito
> confuso.
>
>
> Deixa eu ver se entendi direito: existe uma interação
> fóton/superfície e esta é "interpretada" pelo experimento da dupla-
> fenda como uma "emissão" que transpassa as duas fendas ao mesmo
tempo
> sem contudo descaracterizar a natureza corpuscular do fóton em
> questão? É isso?
>
> Bem, até agora eu vim lendo sua talentosa explanação a respeito da
> natureza da luz no "também Imperdível" ECC. A minha sempre questão
> desde lá do tempo de faculdade é esta: qual o porquê de não se
> assumir uma única característica da natureza da luz ao invés de
> tentar-se entender esta aparente dualidade onda/partícula? Se ora
> assume-se a luz como emissões de pacotes de luz - fótons e ora
assume-
> se que se trata de uma "irradiação" sucetível a ser tratada sob
> o "prisma da ondulatória", a coisa fica mesmo confusa... O colapso
> da função de onda é aplicável quando a idéia é fundamentar
> tal "dualidade" e permitir que esta seja convenientemente
explanável
> pela nossa incapacidade de abarcar o "real conceito". Eu tão pouco
> faço a mínima idéia de como tal "realidade do conceito da luz"
> poderia ser "abarcada"... mas veja: um primeiro passo é tentar
> compreender de que forma a luz de um modo geral interage com as
> superfícies. E é nesse ponto que eu volto à vaca fria, digo, à
> camiseta vermelha do Guilherme exposta ao sol.
>
> Interessante notar que certas substâncias químicas tais como a
famosa
> água sanitária, fazem o mesmo efeito do desbotamento induzido pela
> ação direta de fotons diretamente (ao invés de discretamente como
no
> caso de apenas luz incidir sobre um tecido tingido) interagindo com
> os átomos das moléculas que compõem a tinta com que o tecido foi
> tingido previamente. E aí, como explicar a idéia do desbotamento a
> partir da perspectiva dos fótons incidindo sobre o tecido "tratado"
> quimicamente?
>
> A Física Quântica explica convenientemente a partir da idéia de
> desvios de fótons para um ou outro extremo do espectro luminoso
> permitindo que na reflexão dos mesmos haja a idéia de visualizar-se
> um azul ou um vermelho, por exemplo. É como o Colucci vem
explicando
> ao Sérgio, pois não? Tenho tido algum tempo fugidio e não tenho
tido
> oportunidade de acompanhar os debates "iluminados" na íntegra mas
tem
> sido isso o que tem parecido. E essa explicação não é mais do que
um
> desdobramento também conveniente do efeito foto-elétrico de
Einstein
> com fótons incidindo sobre superfícies metálicas...
>
> Michelson e Morley provaram que não há o éter, ou um meio de
> propagação para a luz meramente ondulatória... portanto, ou a luz
> tem que ser encarada apenas como composta por partículas, ou a
idéia
> de que é também sujeita aos desmandes da ondulatória não é
> válida :)). Mas... parece que o buraco é mais embaixo já que até
> mesmo Newton admitiu que para explicar os "anéis de interferência"
> tem que se assumir que a luz apresenta características
> ondulatórias... Portanto, só para finalizar: gostaria muito de
> referências além das que estão no ECC para a idéia de "espírito da
> matéria" de Newton. Você poderia citar?
>
> Beijos, Lígia
>
>
>
>
>
>
>
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SUBJECT: RE: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/02/2003 21:42

Alberto Mesquita: O trabalho de Einstein realmente é de 1905, mas o
prêmio Nobel foi ganho somente em 1921 (vide
http://www.nobel.se/physics/laureates/index.html ).<

Alberto,

Você tem razão. O Einstein só foi ganhar o Nobel em 1921. Ironicamente,
por suas contribuições ao estudo do efeito fotoelétrico, em que propôs a
existência dos quanta -- logo ele, que passou o resto da vida tentando
provar que Deus não joga dados. Infelizmente não só joga como é um
tremendo gozador.

Falando nisso, entendo que você não irá revisar a interpretação clássica
que propõe para a experiência das fendas duplas. Você pode não aceitar a
mecânica quântica, mas certamente percebeu que a interpretação que está
em seu website é furada.

A história toda começou porque o Léo pediu uma experiência simples que
demonstrasse um fenômeno quântico. Ainda chegaremos lá.


Um abraço,
Colucci





SUBJECT: RE: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/02/2003 22:33


>From: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: RE: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica
>Date: Tue, 11 Feb 2003 19:42:38 -0500
>
>A história toda começou porque o Léo pediu uma experiência simples que
>demonstrasse um fenômeno quântico. Ainda chegaremos lá.
>

Colucci,

Como assim ainda chegaremos lá? As camisas vermelhas ao sol
ainda carecem de explicação clássica.

Abraços,

Guilherme

_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2003 01:21

----- Original Message -----
From: "Jose Colucci Jr."
Sent: Tuesday, February 11, 2003 9:42 PM
Subject: RE: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica

> Falando nisso, entendo que você não irá revisar a interpretação clássica
> que propõe para a experiência das fendas duplas. Você pode não aceitar a
> mecânica quântica, mas certamente percebeu que a interpretação que está
> em seu website é furada.

Eu não disse que não iria revisar. Quero crer que você não recebeu a
mensagem 20803 que enviei antes dessa. Se quiser posso reenviar, ou para a
Ciencialist ou em pvt. Ou então ela poderá ser lida em
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/20803

Essa msg tanto foi reenviada pelo YahooGroup que a Lígia recebeu, e estou
preparando uma resposta a ela. Nesta resposta comento alguma coisa sobre
algumas dentre essas possíveis correções, mas estou aguardando as diretrizes
relativas ao que comentei na msg 20803.

A Yahoo ultimamente têm criado muitos problemas, e tenho ouvido queixas do
Léo, suas, da Lígia e recentemente eu deixei de receber uma das mensagens de
outro grupo.

> A história toda começou porque o Léo pediu uma experiência simples que
> demonstrasse um fenômeno quântico. Ainda chegaremos lá.

Pois um desejo do Léo é uma ordem. Vamos lá!

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2003 02:23

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese"
Sent: Tuesday, February 11, 2003 3:47 PM
Subject: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica

> Voltei ao excelso Olimpo da Ciencialist depois de breve
> defenestramento!
> À maneira de um "foton-peregrino", atravessei
> duplas fendas em luso e brasileiro e fui arremessada ao limbo de uma
> câmara de bolhas temporariamente...

Ficamos muito satisfeitos com seu retorno. Em nome do Léo e de todos os
Ciencialisteiros, a incluir nosso Excelso Grão-Mestre Brahma, digo, Brudna,
dou-lhe as re-boas-vindas.

O Léo escreve direito por linhas tortas, logo seus súditos, vez por outra,
são obrigados a navegar por linhas quânticas indiferentes ao ectoplasma
fétido que por lá pulula. Já dizia o nosso ilustre irmão em língua Fernando
Pessoa: "Navegar é preciso, Viver não é preciso". Com isso ele pretendeu
dizer: Navegar por linhas quânticas não é viver, é tão somente a afronta
pela qual temos que passar para chegar ao reino do Léo. "Tudo vale a pena,
se a alma não é pequena." (Essa é também do magnífico poeta português).

Como eu estou quebrando o pau com o Sérgio, e você vem de um entrevero com a
Natália, nada melhor para demonstrar nossa admiração pelo povo português do
que citar um de seus mais ilustres poetas.

> Assim, a partir de agora, retomo
> a conversa a respeito do OMO lavar mais branco e com isso contribuir
> para a rápida emissão de fotons pela camiseta vermelha do Guilherme
> exposta ao sol, metendo meu bedelho na sua conversa com o Colucci...
> afinal de contas, de sabão/alvejante a dona-de-casa aqui entende! :)

Isso muito nos envaidece, pois vem a colaborar sobremaneira para que
possamos esclarecer mais uma, dentre as mil e uma inutilidades que só mesmo
os ectoplasmas quânticos podem nos proporcionar.

> > Acredito que seria mais interessante que o
> > aluno percebesse que o fóton (ou o elétron) também seria afetado pela
> > fenda pela qual passa, e não apena pela outra. [...] Na
> > realidade, o que há em essência é uma interação do fóton com o material
> > que contém a fenda e sua respectiva reação. Em virtude da brutal
> > diferença de massas, apenas o fóton a manifesta. Se entrarmos em
> > detalhes a respeito, eu acho que ou o texto ou ficaria muito comprido
> > ou, se quisermos resumir a idéia, muito confuso.

> Deixa eu ver se entendi direito: existe uma interação
> fóton/superfície e esta é "interpretada" pelo experimento da dupla-
> fenda como uma "emissão" que transpassa as duas fendas ao mesmo tempo
> sem contudo descaracterizar a natureza corpuscular do fóton em
> questão? É isso?

O texto está dando margem a algumas confusões, pois ele foi escrito como
rodapé de figuras que fiz a complementarem um bate-papo que aconteceu aqui
na Ciencialist. É ótimo que você se manifeste, pois isso nos orienta quanto
a possíveis interpretações cabíveis ao texto e nem sempre 100% afinadas com
a idéia original.

A minha teoria interpreta a suposta dualidade das partículas elementares de
uma maneira sui-generis. Digamos que o corpúsculo de luz (ou qualquer outro)
emita, para todo o espaço a sua volta, informações de seus possíveis
movimentos (rotação e translação). Esse campo de "informações de movimento"
propaga-se, para todas as direções, segundo esferas centradas no corpúsculo,
quando "visualizadas" num referencial fixo ao mesmo. Uma vez emitidas, essas
informações estarão totalmente liberadas da fonte, assim como um jato de
água pode ser pensado como livre da mangueira que o emitiu. Ou seja, não
existe uma dualidade corpúsculo-onda, mas uma duplicidade corpúsculo-campo.
Em outra palavra, não estamos frente a "um dual", mas sim a "dois unos".
Existe corpúsculo e existe campo de informações emitidas, e não existe onda
alguma a não ser em nossa imaginação e/ou em possíveis equações. De uma
maneira que só a matemática consegue fazer, é possível interpretar o que
ocorre em uma situação física utilizando-se conceitos fisicamente errados e
inexistentes. Não é a-toa que dizem que a matemática é a linguagem dos
deuses, pois eles conseguem escrever certo por linhas erradas.

O corpúsculo irá ou passar por uma fenda, ou pela outra, ou ainda, poderá
chocar-se com o anteparo. O campo que ele emitiu, e que emite
constantemente, ou seja, este jato de informações a se propagar nos 360º à
volta do corpúsculo, fatalmente atravessará as duas fendas. Mas o que
acontece com as informações que não passam pelo orifício e/ou pelo espaço
intermolecular da estrutura do anteparo? Ora, elas irão exercer o seu efeito
junto às moléculas que a interceptam. E qual será esse efeito? Será
semelhante ao de um campo elétrico ou magnético, se bem que em nível bem
elementar, e a relacionar-se ao tipo de movimento das partículas emissoras
relativo ao movimento das partículas receptoras. Digamos, por simplicidade,
que esse efeito seja o de "empurrar" a molécula que recebe a informação.
Essa molécula ao ser empurrada, e por ter o seu movimento relativo
modificado, gerará uma informação desse movimento e de sentido oposto ao
original, e a se propagar também não numa única direção, mas nos 360º. Esta
informação ao atingir o corpúsculo, promoverá um "empurrão" que só não terá
a direção exatamente oposta (ação e reação estática) porque o corpúsculo se
movimentou entre a ida da informação primeira e da informação resposta. Esta
é a ação e reação dinâmica, perfeitamente compatível com a física
newtoniana, se bem que não com o modelo newtoniano de três leis. Aliás, em
eletromagnetismo essa ação-reação dinâmica foi descrita no final do século
XIX por Lienard e Wiechert, através do que hoje chamamos potenciais
retardados. Isso não é exclusividade do eletromagnetismo, mas existe com
qualquer campo, até mesmo com este campo elementar de informações e que é na
realidade a essência de todos os demais campos.

Perceba que a interação não é tão somente entre a luz e o que poderíamos
chamar bordas das fendas, mas entre a luz e todo o anteparo. O que a fenda
faz é, por um lado, permitir a passagem do fóton, que do contrário se
chocaria com o anteparo e, por outro, tornar a situação assimétrica. É
justamente em virtude dessa assimetria que costumo dizer que os elétrons,
antes de passarem pelo anteparo, não estão num mesmo estado físico,
independentemente do que os quânticos possam pensar a respeito. E eles podem
pensar o que quiserem, mas não podem me proibir de utilizar hipóteses
diversas das deles, como também não podem me criticar pelo fato da minha
explicação não ser compatível com as hipóteses que eles acreditam ser
verdadeiras. O máximo que poderiam fazer seria contestarem as minhas
hipóteses com argumentos sérios, coisa que se recusam a fazer. Então que
fiquem quietos.

A Óptica de Newton está repleta de considerações a respeito desse efeito.
Newton não comenta isso uma ou duas vezes, mas centenas de vezes e em
condições diversas, pois como dei a entender acima, o efeito não é um só e
está na dependencia, a meu ver, do tipo de movimento do corpúsculo que está
sendo levado em consideração. Newton não chegou a falar em movimento do
corpúsculo, mas fala em lados dos raios de luz, que podem perfeitamente ser
hoje interpretados como algo a retratar um movimento de giro.

Com respeito a esse efeito em particular, e que chamei, por simplicidade,
"empurrão" (e neste caso o giro é pouco importante), Newton diz o seguinte:
"Os raios que passam muito próximos das bordas de qualquer corpo são
curvados um pouco pela ação do corpo; mas essa curvatura não é em direção à
sombra, mas a partir da sombra e realiza-se somente na passagem do raio pelo
corpo, e a uma distância muito pequena dele." O giro terá importância quando
formos pensar nos fenômenos que levaram Newton a suspeitar que os raios de
luz pudessem ser descritos por "lados". Ressalto aqui a refração e a
polarização.

> Bem, até agora eu vim lendo sua talentosa explanação a respeito da
> natureza da luz no "também Imperdível" ECC. A minha sempre questão
> desde lá do tempo de faculdade é esta: qual o porquê de não se
> assumir uma única característica da natureza da luz ao invés de
> tentar-se entender esta aparente dualidade onda/partícula? Se ora
> assume-se a luz como emissões de pacotes de luz - fótons e ora assume-
> se que se trata de uma "irradiação" sucetível a ser tratada sob
> o "prisma da ondulatória", a coisa fica mesmo confusa... O colapso
> da função de onda é aplicável quando a idéia é fundamentar
> tal "dualidade" e permitir que esta seja convenientemente explanável
> pela nossa incapacidade de abarcar o "real conceito". Eu tão pouco
> faço a mínima idéia de como tal "realidade do conceito da luz"
> poderia ser "abarcada"... mas veja: um primeiro passo é tentar
> compreender de que forma a luz de um modo geral interage com as
> superfícies. E é nesse ponto que eu volto à vaca fria, digo, à
> camiseta vermelha do Guilherme exposta ao sol.

O que os quânticos estranham nesse processo? Não seria o fato das coisas
acontecerem gradativamente? Eles acreditam que as coisas deveriam
classicamente ocorrer abruptamente, a ponto de a camiseta perder a cor de
uma vez só. Mas... Porque? Dizem eles que segundo a física clássica isso
seria de se esperar. Mas seria de se esperar segundo qual dentre as milhares
de teorias que a física clássica comporta? A de Newton? A de Huyghens? A de
Fresnell? A de Maxwell? Afinal... qual? E se uma não comporta explicação,
por acaso eles se deram ao trabalho de estudar as outras, antes de erigirem
este absurdo castelo no ar? Não. Eles sequer sabem sobre a existência de uma
física clássica. Eles simplesmente aprenderam um modelo que Newton criou
para facilitar o estudo de determinados problemas e confundem esse modelo
com física clássica. Tudo bem que se construam castelos no ar. Eu também sou
favorável a essas construções, pois a ciência começa por aí. Jamais
critiquei os contrutores desses castelos. O que não tolero é que pretendam
me vender um apartamento em um local onde estou cansado de saber que é
impossível morar.

Voltando ao questionamento. Se o fenômeno se dá pela interação luz
matéria, porque seria de se esperar um comportamento instantâneo e igual
para todas as moléculas? As posições relativas dessas infinitas moléculas e
dos infinitos conjuntos de corpúsculos de luz (fótons) são idênticas? Se
sim, em que se apoiaria essa hipótese? Na inexistência de estados clássicos
diferentes, tais como aqueles que citei acima e decorrentes de uma quebra de
simetria pela existência das fendas? Ou então num absurdo caráter puntiforme
das moléculas e corpúsculos? Mas em que teoria clássica está escrito que
moléculas e corpúsculos de luz são puntiformes?

Talvez no modelo newtoniano, não é verdade. Mas esse modelo diz o que? Que
conforme as dimensões do problema *podemos considerar* a massa da Terra como
se estivesse localizada em seu centro de massa. Mas... Será que a massa do
meu computador, que sem dúvida pertence a Terra, está no centro de massa da
Terra? Será que a Terra é um ponto? Afinal, o modelo newtoniano nos permite,
em certas condições pensar desta forma! Será que permite sempre? E será que
tudo pode ser resolvido unicamente através desse modelo? Obviamente não, e
Newton chamou a atenção para que não caíssem em absurdos desse tipo "aqueles
que, em questões filosóficas, tivessem competente faculdade de pensar". Ou
seja, para as dimensões a serem consideradas na resolução do "enigma" da
camiseta vermelha, nem as moléculas nem os corpúsculos de luz podem ser
pensados como objetos puntiformes. Logo, essa história de que a física
clássica não explica nada está muitíssimo mal contada. Pois está sendo
contada por quem não entende nada do assunto.

> Interessante notar que certas substâncias químicas tais como a famosa
> água sanitária, fazem o mesmo efeito do desbotamento induzido pela
> ação direta de fotons diretamente (ao invés de discretamente como no
> caso de apenas luz incidir sobre um tecido tingido) interagindo com
> os átomos das moléculas que compõem a tinta com que o tecido foi
> tingido previamente. E aí, como explicar a idéia do desbotamento a
> partir da perspectiva dos fótons incidindo sobre o tecido "tratado"
> quimicamente?

Bem, eu entendo um pouquinho de física clássica, mas quase nada sobre
desbotamento de camisetas e muito menos sobre a química aí envolvida.
Consigo situar o absurdo de um argumento mal explorado fisicamente, mas não
sei fazer o contraponto, pois nesse caso precisaria conhecer aspectos
relacionados a lavanderia, a estrutura de camisetas e a química envolvida no
processo. Posso apenas especular. Qual é o efeito da água sanitária no caso?
Ela está efetuando todo o descoramento por si só, ou ela está catalisando o
processo descrito anteriormente? No primeiro caso não precisaríamos da luz,
no segundo sim. No primeiro caso, o fenômeno interpretado sob o prisma da
física seria outro, no segundo seria o mesmo, ocorrendo de maneira
acelerada. Vamos então supor que o caso seja o segundo, e volto a dizer que
estou especulando. Uma das possibilidades seria dizer que o agente químico
está acelerando o processo pelo fato de estar, de alguma maneira,
facilitando a interação luz-molécula responsável pelo descoramento. Neste
caso, e afim de esclarecer totalmente o processo, só mesmo a experimentação
conduzida, e não apenas aquela observada na lavanderia. Seria necessário
medir a velocidade desse descoramento, estudar outras substâncias para
verificar se existiriam condições intermediárias, etc. Estudos desse tipo os
bioquímicos conseguem fazer no capítulo de enzimas (catalizadores
biológicos). Quero crer que os químicos, ou mais provavelmente os
físico-químicos, possuam o capítulo correspondente e a apoiar-se em
princípios bem mais elementares. Ou seja, a coisa não é tão simples assim
quanto supõem os ingênuos e fanáticos quânticos, mas não é tão complicada a
ponto de necessitar do apelo para "explicações" de ordem gnomológica.

> A Física Quântica explica convenientemente a partir da idéia de
> desvios de fótons para um ou outro extremo do espectro luminoso
> permitindo que na reflexão dos mesmos haja a idéia de visualizar-se
> um azul ou um vermelho, por exemplo. É como o Colucci vem explicando
> ao Sérgio, pois não? Tenho tido algum tempo fugidio e não tenho tido
> oportunidade de acompanhar os debates "iluminados" na íntegra mas tem
> sido isso o que tem parecido. E essa explicação não é mais do que um
> desdobramento também conveniente do efeito foto-elétrico de Einstein
> com fótons incidindo sobre superfícies metálicas...

É difícil dizer o que a "física" quântica explica. Eu diria que o modelo
quântico foi feito juntando-se uma série de conceitos aceitos em teorias
várias e colocando-se tudo num liquidificador. Ou seja, às vezes ela
utiliza-se do modelo de reflexão ondulatório de Huyghens, sob certos
aspectos incompatível com outro modelo apresentado de maneira elegante pelo
Colucci, a se utilizar dos fótons.

Um pequeno parêntesis para dizer que aqui não vai nenhuma jocosidade, pois
tenho notado que o Colucci gosta muito de quântica, e apesar de afirmar o
contrário, entende bastante do assunto, mas não é nem um pouquinho
dogmático. Se alguém aqui conseguir derrubar meus argumentos, gostaria que
fosse ou o Colucci ou o Belisário. Mas eu sei que não é fácil, e nem por
isso garanto que os argumentos sejam verdadeiros. Se fosse fácil, eu mesmo
já os teria derrubado. Mas, voltemos ao que interessa.

De acordo com as conveniências, consegue-se sempre "explicar" o que se
queira, seja apelando-se para a natureza ondulatória, seja apelando-se para
a natureza corpuscular. Eu não gosto disso, mas outros gostam. De qualquer
forma, esse não é o motivo principal a me fazer optar pela física clássica.
Mesmo porque, em condições de desespero, as manobras quânticas talvez possam
fazer algum sentido. Não obstante, acho que estão forçando a barra e criando
uma quântica mais ortodoxa do que a quântica ortodoxa de Copenhage. Pois o
princípio da complementaridade de Bohr não dá tantas opções assim, a ponto
de podermos explicar um mesmo fenômeno por duas versões clássicas diversas.

Sem dúvida, o parentesco a que você se refere, na minha opinião, não só
existe como deve traduzir todo o segredo a ser desvendado pelos que se
preocuparem com a compreensão do que seja essa interação luz-matéria.

> Michelson e Morley provaram que não há o éter, ou um meio de
> propagação para a luz meramente ondulatória... portanto, ou a luz
> tem que ser encarada apenas como composta por partículas, ou a idéia
> de que é também sujeita aos desmandes da ondulatória não é
> válida :)). Mas... parece que o buraco é mais embaixo já que até
> mesmo Newton admitiu que para explicar os "anéis de interferência"
> tem que se assumir que a luz apresenta características
> ondulatórias... Portanto, só para finalizar: gostaria muito de
> referências além das que estão no ECC para a idéia de "espírito da
> matéria" de Newton. Você poderia citar?

Rigorosamente falando, Newton não assumiu a existência de características
ondulatórias para a luz. O que ele admitiu é que os seus corpúsculos emitiam
alguma coisa para o espaço, e que essa alguma coisa iria intermediar a
interação luz-matéria. Além da obra de Newton, em especial a Opticks,
dificilmente você encontrará alguma coisa na literatura, a não ser em livros
de história da física (eu já li em vários, mas em bibliotecas -- em casa
tenho apenas um, e cheguei a me referir a ele recentemente numa mensagem ao
Lucio, mas não estou conseguindo localizar nem o livro nem a mensagem -- meu
escritório está uma zoeira, é livro pra todo lado). Muita coisa a esse
respeito Newton deixou escrito em cartas, mas no Brasil não é fácil
localizá-las. Uma famosa carta foi escrita de Newton para seu amigo Bentley,
e nessa carta ele chama a essa entidade por "alguma coisa". Eu tenho essa
carta no rodapé de um livro do Hugh M. Lacey, traduzido para o português
pela Editora Perspectiva (A linguagem do espaço e do tempo). O termo
"espírito da matéria" é encontrado principalmente em livros de história
quando relatam os trabalhos apócrifos de Newton. Na Óptica acho que ele não
usa esse termo, mas cita inúmeras vezes, e sem dar margem a dúvidas sobre o
que sejam, mas com o nome de "vibrações" emanadas seja pela matéria, seja
pela luz. Talvez esse termo "vibrações", ou sua tradução, pois creio que
Newton escrevia sua física em latim, tenha dado origem a confusões, *como se
fosse* um fenômeno ondulatório. Certamente não era um fenômeno ondulatório e
quero crer que se algum dia for possível passar essas vibrações por um
equipamento semelhante àquele utilizado por Michelson Morley, não tenho
dúvidas que o resultado a ser obtido será do mesmo tipo daquele observado
para a luz, a caracterizar uma emissão e não a propagação de um pulso (ou
momento). Em alguns trechos ele descreve algo muito parecido com essas
"vibrações", mas não está a se referir à luz e sim à propagação da
gravitação. Curiosamente, cerca de 99% dos quânticos, ao comentarem a
respeito da gravitação, dizem que Newton assumia a propagarção instantanea.
Certamente você já leu e/ou ouviu isso centenas de vezes, nos meios
universitários. E quando eu digo que eles são uma piada eles se queimam, mas
continuam afirmando asneiras desse tipo e a toda a hora. Então que me
agüentem numa boa, pois em termos de piada existem alguns metidos a
quânticos que também são uma piada: Sequer sabem distinguir quando estou
contando uma piada de quando estou falando sério. Felizmente esses últimos
são poucos.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: RE: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2003 09:10

On Tue, 11 Feb 2003, Jose Colucci Jr. wrote:
> A história toda começou porque o Léo pediu uma experiência simples que
> demonstrasse um fenômeno quântico. Ainda chegaremos lá.
> Colucci

Pois é. Voltando às origens, sugeriria ao Léo a experiência do corpo
negro, visto que foi ele que deu estopim às primeiras idéias da
quantização da energia.


[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: [RN] FORCA CENTRIFUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <Alexandre.Medeiros@Consultmail.net>
TO: "Ciencialist (E-mail)" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2003 09:32

12-02-2003
O desastre do Columbia e as forças fictícias
José Colucci Jr. (*)
Observatório da Imprensa

Columbia explode e mata sete - com pequenas variações, essa foi
a manchete dos principais jornais do país no domingo, 2/2.
Excetuando-se uns poucos veículos, como o O Estado de S. Paulo,
a imprensa brasileira seguiu o seu padrão habitual de servir ao
leitor a notícia requentada da internet, do rádio e da TV. Diante
da tragédia tecnológica e humana, a imprensa preferiu o folhetim
à análise. Notadamente a análise científica.

No artigo "O legado do Columbia", publicado na edição passada
deste Observatório da Imprensa, o jornalista Ulisses Capozzoli
lamenta que a imprensa perca-se em detalhes irrelevantes e deixe
passar a oportunidade de trabalhar conceitos científicos
interessantes. Um deles, segundo o jornalista, é a idéia de
"gravidade zero". Conceito tão interessante quanto traiçoeiro,
pois a explicação que Capozolli oferece para o fenômeno é
incorreta.

Diz ele, lá pelo meio do texto:

"A imponderabilidade (ausência de peso) em órbita é resultado da
interação de duas forças, a centrípeta e a centrífuga. [...] A
centrípeta é a própria atração da gravidade, enquanto a centrífuga
é a tendência da nave de escapar como uma pedra presa à ponta de
um cordel que um experimentador faz girar em torno de sua mão. Se
o cordel se parte, a força centrífuga lança a pedra à distância,
impulsionada pelo movimento da mão do experimentador."

A aparente ausência de peso dos astronautas, ou de qualquer corpo
em órbita, deve-se ao fato de a gravidade puxá-los para baixo
enquanto a sua inércia tenta mantê-los viajando em linha reta.
É como se estivessem constantemente "caindo" sem nunca chegar ao
chão. E nunca chegam ao chão porque, do ponto de vista da
espaçonave, que tenta mover-se em linha reta, a superfície da
Terra também está constantemente caindo. A sensação de ausência
de peso advém da inexistência de forças de contato, já que a
gravidade não deixa de agir no espaço.

Na órbita do Columbia, de 250 km de altura, a gravidade é
apenas 8% menor do que na superfície da Terra. Em condições
normais, experimentamos a sensação de peso devido à reação que
os objetos oferecem à força que os atrai para o centro da Terra.
Quando nos sentamos, nosso corpo empurra a cadeira para baixo, e
a cadeira nos empurra para cima; quando estamos em pé,
empurramos a Terra para baixo com os pés e ela os empurra para
cima. Forças de contato aparecem sempre que seguramos e
manipulamos objetos na Terra. Assim, embora a gravidade continue
a agir no espaço, todos os objetos "caem" junto com o observador
e não há qualquer interação que possa criar forças de contato.
Um efeito semelhante é experimentado num elevador em queda livre
ou num avião em mergulho. Para a pesquisa científica, e também
para o treinamento de astronautas, a NASA utiliza o "Cometa do
Vômito" - um KC-135A modificado para permitir longos mergulhos.
Apesar do mau gosto do nome, a aeronave permite experimentar por
até 25 segundos a sensação de ausência de peso.

Já a força centrífuga mencionada por Capozzoli, essa não existe.
Ou melhor, não existe em referenciais inerciais, necessários
para a aplicação das leis de Newton que foram mencionadas no
artigo. A discussão do assunto é um tanto técnica para ser
tratada aqui, mas a sua demonstração é bem simples. Basta que
o experimentador mencionado de um dos parágrafo acima, o que
gira a pedra, deixe escapar o cordel que a prende. Livre da
força centrípeta aplicada pelo cordel, a pedra sai em linha
reta, em direção tangente ao movimento.

Questão de cidadania

A postulação da força centrífuga é um desses erros renitentes,
que atravessam o tempo perpetuados por livros didáticos e
divulgadores que copiam-se mutuamente. Alguns físicos a chamam
de "pseudoforça" ou "força fictícia", pois não se origina de
nenhuma interação. Seria mais apropriado chamá-la de "força
virtual", já que ela pode aparecer quando tentamos analisar o
sistema a partir de um referencial não-inercial. Ao invocá-la,
Capozzoli não erra sozinho. O website da NASA menciona a força
centrífuga em vários de seus artigos, sem explicitar o tipo de
referencial considerado. Com certeza tal erro não foi cometido
pelos cientistas encarregados dos cálculos de órbita, ou
jamais teriam chegado à Lua.

De qualquer forma, os assuntos ligados às diferentes condições
no espaço são fascinantes se abordados em linguagem acessível,
e pouco explorados pela imprensa. Um dos primeiros divulgadores
da ciência a prever a ausência de peso no espaço foi Júlio
Verne em seus romances Da Terra à Lua (1865) e Viagem ao redor
da Lua (1869). O autor orgulhava-se da exatidão científica de
seus livros, embora estes exibissem alguns erros mesmo à luz
da ciência de seu tempo.

Nos dois romances citados, Verne previu que os astronautas
experimentariam a ausência de peso apenas em determinado ponto
da viagem, no qual a gravidade da Lua cancelaria a da Terra.
Apesar da ciência que contém estar desatualizada, a leitura das
viagens extraordinárias do genial Verne deveria ser estimulada
entre os jovens. Entre os seus leitores mais assíduos, Verne
contava com o jovem Alberto Santos Dumont. Quem sabe não teria
sido Verne quem levou o brasileiro a sonhar em conquistar a
imensidão azul do céu?

Os jornalistas científicos de hoje cumprem parte do papel que
coube a Júlio Verne no passado, quando divulgam de forma
acessível a ciência e a tecnologia. Num país em que escritores,
intelectuais e humanistas parecem orgulhar-se de sua ignorância
científica e tecnológica, a função é ainda mais importante.
Entender a ciência e a tecnologia de nosso tempo é questão de
cidadania. De que outra maneira se poderia opinar sobre a
construção de usinas nucleares, alimentos transgênicos,
investimento em tecnologia aeroespacial, biodiversidade, e
outros temas contemporâneos tão relevantes? O que não se pode
fazer é esquecer da ciência no jornalismo científico. [i]

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ofjor/ofc120220032.htm


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRIFUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2003 10:20


Colucci,

Ulysses: "A imponderabilidade (ausência de peso) em órbita é resultado da
interação de duas forças, a centrípeta e a centrífuga...
Colucci: "Já a força centrífuga mencionada por Capozzoli, essa não existe.
Ou melhor, não existe em referenciais inerciais, necessários
para a aplicação das leis de Newton que foram mencionadas no
artigo...

Não li o texto do Ulysses, mas, se o Ulysses está tentando
justificar a gravidade zero percebida pelos astronautas, então ele não
estaria considerando o referencial dos próprios astronautas, ou seja,
justamente um referencial não-inercial, onde a força centrífuga existe?

Belisário

At 06:32 12/02/03 -0600, you wrote:
>12-02-2003
>O desastre do Columbia e as forças fictícias
>José Colucci Jr. (*)
>Observatório da Imprensa
>
>Columbia explode e mata sete - com pequenas variações, essa foi
>a manchete dos principais jornais do país no domingo, 2/2.
>Excetuando-se uns poucos veículos, como o O Estado de S. Paulo,
>a imprensa brasileira seguiu o seu padrão habitual de servir ao
>leitor a notícia requentada da internet, do rádio e da TV. Diante
>da tragédia tecnológica e humana, a imprensa preferiu o folhetim
>à análise. Notadamente a análise científica.
>
>No artigo "O legado do Columbia", publicado na edição passada
>deste Observatório da Imprensa, o jornalista Ulisses Capozzoli
>lamenta que a imprensa perca-se em detalhes irrelevantes e deixe
>passar a oportunidade de trabalhar conceitos científicos
>interessantes. Um deles, segundo o jornalista, é a idéia de
>"gravidade zero". Conceito tão interessante quanto traiçoeiro,
>pois a explicação que Capozolli oferece para o fenômeno é
>incorreta.
>
>Diz ele, lá pelo meio do texto:
>
>"A imponderabilidade (ausência de peso) em órbita é resultado da
>interação de duas forças, a centrípeta e a centrífuga. [...] A
>centrípeta é a própria atração da gravidade, enquanto a centrífuga
>é a tendência da nave de escapar como uma pedra presa à ponta de
>um cordel que um experimentador faz girar em torno de sua mão. Se
>o cordel se parte, a força centrífuga lança a pedra à distância,
>impulsionada pelo movimento da mão do experimentador."
>
>A aparente ausência de peso dos astronautas, ou de qualquer corpo
>em órbita, deve-se ao fato de a gravidade puxá-los para baixo
>enquanto a sua inércia tenta mantê-los viajando em linha reta.
>É como se estivessem constantemente "caindo" sem nunca chegar ao
>chão. E nunca chegam ao chão porque, do ponto de vista da
>espaçonave, que tenta mover-se em linha reta, a superfície da
>Terra também está constantemente caindo. A sensação de ausência
>de peso advém da inexistência de forças de contato, já que a
>gravidade não deixa de agir no espaço.
>
>Na órbita do Columbia, de 250 km de altura, a gravidade é
>apenas 8% menor do que na superfície da Terra. Em condições
>normais, experimentamos a sensação de peso devido à reação que
>os objetos oferecem à força que os atrai para o centro da Terra.
>Quando nos sentamos, nosso corpo empurra a cadeira para baixo, e
>a cadeira nos empurra para cima; quando estamos em pé,
>empurramos a Terra para baixo com os pés e ela os empurra para
>cima. Forças de contato aparecem sempre que seguramos e
>manipulamos objetos na Terra. Assim, embora a gravidade continue
>a agir no espaço, todos os objetos "caem" junto com o observador
>e não há qualquer interação que possa criar forças de contato.
>Um efeito semelhante é experimentado num elevador em queda livre
>ou num avião em mergulho. Para a pesquisa científica, e também
>para o treinamento de astronautas, a NASA utiliza o "Cometa do
>Vômito" - um KC-135A modificado para permitir longos mergulhos.
>Apesar do mau gosto do nome, a aeronave permite experimentar por
>até 25 segundos a sensação de ausência de peso.
>
>Já a força centrífuga mencionada por Capozzoli, essa não existe.
>Ou melhor, não existe em referenciais inerciais, necessários
>para a aplicação das leis de Newton que foram mencionadas no
>artigo. A discussão do assunto é um tanto técnica para ser
>tratada aqui, mas a sua demonstração é bem simples. Basta que
>o experimentador mencionado de um dos parágrafo acima, o que
>gira a pedra, deixe escapar o cordel que a prende. Livre da
>força centrípeta aplicada pelo cordel, a pedra sai em linha
>reta, em direção tangente ao movimento.
>
>Questão de cidadania
>
>A postulação da força centrífuga é um desses erros renitentes,
>que atravessam o tempo perpetuados por livros didáticos e
>divulgadores que copiam-se mutuamente. Alguns físicos a chamam
>de "pseudoforça" ou "força fictícia", pois não se origina de
>nenhuma interação. Seria mais apropriado chamá-la de "força
>virtual", já que ela pode aparecer quando tentamos analisar o
>sistema a partir de um referencial não-inercial. Ao invocá-la,
>Capozzoli não erra sozinho. O website da NASA menciona a força
>centrífuga em vários de seus artigos, sem explicitar o tipo de
>referencial considerado. Com certeza tal erro não foi cometido
>pelos cientistas encarregados dos cálculos de órbita, ou
>jamais teriam chegado à Lua.
>
>De qualquer forma, os assuntos ligados às diferentes condições
>no espaço são fascinantes se abordados em linguagem acessível,
>e pouco explorados pela imprensa. Um dos primeiros divulgadores
>da ciência a prever a ausência de peso no espaço foi Júlio
>Verne em seus romances Da Terra à Lua (1865) e Viagem ao redor
>da Lua (1869). O autor orgulhava-se da exatidão científica de
>seus livros, embora estes exibissem alguns erros mesmo à luz
>da ciência de seu tempo.
>
>Nos dois romances citados, Verne previu que os astronautas
>experimentariam a ausência de peso apenas em determinado ponto
>da viagem, no qual a gravidade da Lua cancelaria a da Terra.
>Apesar da ciência que contém estar desatualizada, a leitura das
>viagens extraordinárias do genial Verne deveria ser estimulada
>entre os jovens. Entre os seus leitores mais assíduos, Verne
>contava com o jovem Alberto Santos Dumont. Quem sabe não teria
>sido Verne quem levou o brasileiro a sonhar em conquistar a
>imensidão azul do céu?
>
>Os jornalistas científicos de hoje cumprem parte do papel que
>coube a Júlio Verne no passado, quando divulgam de forma
>acessível a ciência e a tecnologia. Num país em que escritores,
>intelectuais e humanistas parecem orgulhar-se de sua ignorância
>científica e tecnológica, a função é ainda mais importante.
>Entender a ciência e a tecnologia de nosso tempo é questão de
>cidadania. De que outra maneira se poderia opinar sobre a
>construção de usinas nucleares, alimentos transgênicos,
>investimento em tecnologia aeroespacial, biodiversidade, e
>outros temas contemporâneos tão relevantes? O que não se pode
>fazer é esquecer da ciência no jornalismo científico. [i]
>
>http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ofjor/ofc120220032.htm
>
>
>[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
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SUBJECT: Re: Lígia, Takata e o genoma.
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2003 10:45


> Uma pergunta, todos os óvulos são iguais em
> sua forma estrutural? Se colhermos um desses
> ovos no momento do nascimento de uma mulher
> eles serão idênticos, quando compararmos, por
> exemplo, com a mesma mulher com 25 anos?
>
> O que seria a maturação dos óvulos?
>
> Obrigado!!!
> gemaba


Esses ovulos presentes nos ovarios de recem-nascidas sao muito
semelhantes aos ovulos dos ovarios das mulheres adultas. Em ambos os
casos sao imaturos. No ciclo menstrual, sob efeito de hormonios
(hormonio estimulador de foliculo iniciando o processo), ocorre a
ovulacao de apenas um ovulo imaturo a cada me^s. So' o ovulo maduro
pode ser fertilizado.

Tem dois hormônios fundamentais p/ a ovulacao: o LH (Hormônio de
Leutenizacao) e FSH (Hormônio Estimulador de Foliculo).

Ambos os hormônios afetam o desenvolvimento e maturação de um
folículo no ovário, contudo eles o fazem de modo diferente. O FSH é o
hormônio responsável por estimular os ovários para começar o processo
de desenvolvimento dos folículos. Quando o FSH é liberado pela
glandula pituitária, ativa varios folículos no ovário p/ começar a
amadurecer ovulos. Um destes ovulos se desenvolve mais q os demais e
comeca a segregar estradiol (uma forma de estrogenio), o qual por sua
vez envia um sinal aos outros folículos p/ deixar de desenvolver os
seus ovulos. Qdo esse estradiol do novo ovulo maduro é liberado, a
quantidade total de estrogenio no corpo da mulher aumenta, e esse
aumento causa a desativacao da geracao de FHS pela glandula
pituitaria. Depois desta desativacao, nenhuma mensagem quimica é dada
para encorajar outro desenvolvimento de ovulo nos foliculos.

Depois da cessada a producao de FSH, o folículo com o ovulo em
amadurecimento continua crescendo, gerando mais estrogenio que é
enviado ao sistema sanguineo da mulher. Uma vez q o ovulo se
desenvolveu completamente dentro do folículo, o LH que foi liberado
anteriormente pela glandula pituitária se torna importante. O LH
causa o rompimento do folículo, libertando o ovulo do ovário e
permitindo q seja fertilizado: A ovulação aconteceu.

Nao e' inteiramente compreendido esse processo de amadurecimento do
ovulo nos foliculos. Nao e' possivel ate' agora reproduzi-lo fora do
corpo da mulher. As clinicas de fertilizacao artificial nao tem qq
problema em colher espermatozoides, q estao prontos p/ uso no esperma
dos doadores, mas nao se pode simplesmente colher ovulos imaturos
(existentes aas centenas de milhares nos ovarios em qq mulher) e
amadurece-los em laboratorio. Para serem usados em fertilizacao in
vitro tem q ser ovulos maduros. Para obte-los, submete-se a doadora a
um processo de super-ovulacao atraves de um coquetel de hormonios, de
modo a se obter varios ovulos maduros, q sao depois removidos
cirurgicamente.

Abs,
Eduardo Torres





SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2003 11:37


| >Colucci,
A história toda começou porque o Léo pediu uma experiência simples que
| >demonstrasse um fenômeno quântico. Ainda chegaremos lá.
| >
|
| |
|Guilherme: Como assim ainda chegaremos lá? As camisas vermelhas ao sol
| ainda carecem de explicação clássica.
|

Léo: O colorido das bolas e roupas decorrem do uso de terras raras na composição das tintas. Essas, como muitas outras substâncias expostas ao IV e ao oxigênio do ar, oxidam-se lentamente, camada por camada. Um resultado dessa reação química é o descoloramento, outro é o 'amarelamento', como ocorre lentamente com o papel das bordas dos livros. As bolas 'vermelhas' de sinalização postas nos 'fios elétricos' acabam por ficar brancas devido a essa lenta oxidação. Que há de quântico nisso?

[]'



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2003 12:18

----- Original Message -----
From: "TARCISIO BORGES"
Sent: Wednesday, February 12, 2003 9:10 AM
Subject: RE: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica

> Pois é. Voltando às origens, sugeriria ao Léo a experiência do corpo
> negro, visto que foi ele que deu estopim às primeiras idéias da
> quantização da energia.

Olá Tarcísio

A dificuldade não está em achar uma experiência, mas sim em satisfazer as
exigências apontadas pelo Léo, que já ficaram perdidas no tempo. Eu
particularmente acho que uma experiência desse tipo, a satisfazer uma que
seja dentre as exigências leoninas, não existe, mas isso é uma opinião
muito pessoal e minha, e ficaria muito satisfeito se alguém conseguisse
provar que estou errado. Mas independentemente desse meu posicionamento
radical, que pode ser considerado como uma "ranhetice do velho" ;-), lembro
que a condição leonina mais importante parece-me ser a possibilidade de a
experiência ser explicada e *entendida* por um jovem pré-universitário.

A radiação do corpo negro dista muito disso. A demonstração não é fácil (em
dúvida vide o capítulo introdutório do Eisberg, em seu tratado de física
quântica), exige o conhecimento de um cálculo não elementar, exige um
conhecimento de uma óptica sofisticada (lei de Wien e outros bichos) e que
na atualidade creio que não é mais ensinada nos cursos secundários. No meu
tempo estudava-se essa óptica no colegial, mas hoje os tempos são outros, e
o assunto começa a ser visto no segundo ano da faculdade. Além do mais não
está livre de críticas. Nem o Planck entendia fisicamente essa
"demonstração", que matematicamente parecia ser perfeita. Até mesmo os
quânticos criticam hoje a demonstração genuína de Planck, e preferem algo
bem mais complexo e a apoiar-se em estudos de Einstein (creio que utiliza-se
da estatística de Bose-Einstein, mas não estou bem certo pois estudei isso
há mais de 10 anos e esse não é um tema do meu dia-a-dia).

Como eu tenho pichado muito a física quântica, a turma da galera fica
querendo rebater com coisas que não atendem aos requisitos didáticos
exigidos pelo Léo. Sob esse aspecto, acho que apenas o Colucci está levando
a questão a sério. Apesar da dupla fenda não ser nada elementar para um
secundarista, pelo menos ela está sempre na mídia científica e portanto não
pega o secundarista desprevenido, além do que essa publicidade desperta um
interesse todo especial. O efeito fotoelétrico eu acho que já não é tão
fácil assim, e a experiência do descoramento eu acredito tratar-se de um
tema apenas de interesse folclórico.

É importante lembrar também que o Léo pede uma experiência que possa ser
facilmente demonstrada não ser, em definitivo, explicável pela física
clássica. Eu quero crer que aí reside a maior dificuldade, pois hoje em dia
existem pouquíssimos conhecedores e defensores da genuína física clássica em
condições de darem um veredicto imparcial. E os quânticos, a partir de
Dirac, têm demonstrado uma verdadeira ojeriza pela física clássica, não
sendo pois dignos de confiança para assumirem sozinhos a responsabilidade
por esse veredicto. Além do que não é fácil provar uma impossibilidade.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2003 12:32

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Wednesday, February 12, 2003 11:37 AM
Subject: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica

> Léo: O colorido das bolas e roupas decorrem do uso de terras raras na
> composição das tintas. Essas, como muitas outras substâncias expostas ao
> IV e ao oxigênio do ar, oxidam-se lentamente, camada por camada. Um
> resultado dessa reação química é o descoloramento, outro é o
> 'amarelamento', como ocorre lentamente com o papel das bordas dos livros.
> As bolas 'vermelhas' de sinalização postas nos 'fios elétricos' acabam por
> ficar brancas devido a essa lenta oxidação. Que há de quântico nisso?

Tudo! A linguagem é quântica por excelência. Afinal, o que são as letras
que você utilizou acima senão os quanta da língua portuguesa?

Percebe como há sempre uma hipóteses ad hoc para defender a quântica?
Quântica é como praga, e até hoje ninguém conseguiu ainda fabricar um
anti-quântico eficiente. Eles sempre vão insistir nas baboseiras que
aprenderam sem entender. ;-)

Brincadeiras a parte, parabéns pela supimpa explicação. São raros os físicos
da atualidade que tem uma cultura geral como a sua, a ponto de entender até
mesmo a física de lavanderia. Pelo visto, não se fazem mais físicos como
antigamente.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRIFUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2003 12:32

>ROBERTO BELISÁRIO: Não li o texto do Ulysses, mas, se o Ulysses está
tentando justificar a gravidade zero percebida pelos astronautas,
então ele não estaria considerando o referencial dos próprios
astronautas, ou seja, justamente um referencial não-inercial, onde a
força centrífuga existe?<


Oi Belisário,

Mesmo assim a explicação do Ulysses continua errada. Ele diz: "A
imponderabilidade (ausência de peso) em órbita é resultado da
interação de duas forças, a centrípeta e a centrífuga." Veja o que o
Léo diz:

Dinâmica
http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/05_RE_01.asp
Referenciais
http://www.feiradeciencias.com.br/sala18/index18.asp

A questão da força centrífuga foi objeto de uma troca de e-mails em
PVT entre o Léo e eu. O trabalho do Léo é minucioso, e eu ainda não
tive tempo de o ler na íntegra. Uma mensagem dele para o Ciencialist
acaba de chegar e adiantou uma porção de coisas que eu iria dizer.
Acredito que as minhas divergências com o Léo sejam mais uma questão
de nomenclatura do que de conceito. Um astronauta em órbita move-se
num grande círculo ao redor da Terra. Qualquer movimento de órbita
circular é acelerado, pois a inércia tende a fazer os corpos mover em
linha reta.

O Léo diz que a centrípeta é uma resultante no referencial inercial.
Não foi bem isso que o velho Isaac disse quando escreveu: "A
centripetal force is that by which bodies are drawn or impelled, or
any way tend, towards a point as to a center." (Isaac
Newton, "Principia", definition 5).

O Léo também implica com o meu uso do termo "virtual". Faço isso em
respeito, de novo, a Newton. Suas leis foram determinadas para
referenciais inerciais. Na órbita da Terra, a única força presente é
a gravidade. Forças que aparecem em referenciais não inerciais não
podem, por razões históricas, ser chamadas de newtonianas, embora as
leis de Newton possam se aplicar a elas.

Não há dúvida de que Newton seria capaz de extrapolar os seus
princípios para referenciais não inerciais. A matemática elementar
envolvida não seria problema para o inventor do cálculo. Não o fez,
acredito, por razões místicas, psicológicas ou culturais. Parece que
era obcecado pela tal do referencial universal, que ele chamada de
espaço absoluto (veja a sua explicação para a experiência do balde
com água que gira).

Como você sabe, o maior desafio na divulgação científica é encontrar
o nível adequado de informação. Com muitos detalhes técnicos, você
perde o leitor; com excessiva simplificação, você erra.

Um abraço,
Colucci


PS: A NASA tem uma página para crianças dedicada ao estudo da
microgravidade:

http://microgravity.grc.nasa.gov/new/school.htm






SUBJECT: Re: [ciencialist] Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRIFUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2003 12:51


=> Ulysses: "A imponderabilidade (ausência de peso) em órbita é resultado da
interação de duas forças, a centrípeta e a centrífuga...

==> Colucci: "Já a força centrífuga mencionada por Capozzoli, essa não existe.
Ou melhor, não existe em referenciais inerciais, necessários
para a aplicação das leis de Newton que foram mencionadas no
artigo...

===> Belisário: Não li o texto do Ulysses, mas, se o Ulysses está tentando
justificar a gravidade zero percebida pelos astronautas, então ele não
estaria considerando o referencial dos próprios astronautas, ou seja,
justamente um referencial não-inercial, onde a força centrífuga existe?

Léo: Oi todos.

Vejamos; Ulisses errou em vários pontos de seu discurso científico. Por enquanto vou apenas comentar esse ai postado:

(a) por interpretar a 'imponderabilidade' como ausência de peso do astronauta dentro da nave, ou da própria nave. A imponderabilidade, em qualquer sistema de referência não inercial (o de Foucault, por exemplo) é definida pela "nulidade do sistema de forças que agem no corpo" sendo que, desse sistema participam tanto forças de interação (aquelas da mecânica de Newton tal como ele propos) como as forças de inércia (como aquelas da mecânica de Coriolis, magistralmente complementando a mecânica de Newton, levando sua validade também para referenciais não inerciais).
O 'peso', como força de interação, continua à participar do sistema de forças que agem na nave (e tripulante) tanto no referencial inercial (estudar a nave no sistema absoluto ou mesmo o de Galileu) como no referencial relativo (ligado à nave).
Assim, com R = 0 (imponderabilidade na nave - referencial relativo) decorre F(inércia) + Peso = 0 ou m.v^2/r = m.g(local), donde v^2 = r.g' = (R^2/r).g'; logo v = +/- R. sqrt(g'/r). Essa é a relação entre v e r, na imponderabilidade (o duplo sinal indica que é indiferente o sentido da velocidade absoluta (referencial de Galileu).

(b) Ulisses não sabe que "centrípeta" não é uma força de interação ou mesmo inercial; 'centrípeta' é a denominação que se dá à "resultante do sistema de forças, no referencial inercial" que é conveniente ao 'movimento curvo' (mudança da direção da velocidade).
Ao estudar o giro uma pedra presa a um barbante, no referencial inercial, a RESULTANTE é centrípeta.
Desse modo, ao afirmar que "a imponderabilidade ... é resultado da ínteração entre duas forças centrípeta e centrífuga" cometeu erros conceituais imperdoáveis, misturou "resultante centrípeta" -- do referencial inercial -- com força centrípeta -- força de inércia decorrente do referencial relativo colocado na nave! Nada a ver uma ... e muito menos a outra!

(c) O texto de Ulisses tem mais erros conceituais, bem mais graves que o exposto acima. Como o texto integral dele não foi postado aqui, aguardo a oportunidade para indicar tais 'deslizes', assim que o 'tal' for postado.

Continuemos.
O comentário Colucciano tb apresenta problemas de conceito. Como já comentei algo com ele em pvt, deixo a seu critério 're-comentar' aqui no ciencialist. Um dos pequenos 'pecados' do Colucci foi tentar 'rebatizar' uma força de inércia (tão real no sistema relativo, como qqer outra no sistema inercial) de VIRTUAL. Já não chegava eu ter que combater os termos 'Irreal', 'Fictícia', 'Pseudoforça' etc., agora tem mais um "Virtual"! Bolas!!!! :-))))

Outra 'linha' que deus não gostou no texto colucciano foi o fato de contar apenas "metade da verdade" em: "Alguns físicos a chamam de "pseudoforça" ou "força fictícia", ==> pois não se origina de nenhuma interação. <==". Ela não se origina de nenhuma interação, isso é verdade, mas faltou contar que "pode fazer aparecer violentas forças de interação". O simples brecar brusco de um onibus pode comprimir o indivíduo contra as ferragens e acabar com suas costelas! Fez nascer força de interação.

Os detalhes do tratamento da Espaçonave, no Imperdível, está na Sala 18, Espaçonave 1 em
http://www.feiradeciencias.com.br/sala18/18_15.asp
e Espaçonave 2 em
http://www.feiradeciencias.com.br/sala18/18_16.asp
acrescida de Experimento de Eötvös e Imponderabilidade no equador.

[]'
Léo
======================================

>O desastre do Columbia e as forças fictícias
>José Colucci Jr. (*)
>Observatório da Imprensa
>
>Columbia explode e mata sete - com pequenas variações, essa foi
>a manchete dos principais jornais do país no domingo, 2/2.
>Excetuando-se uns poucos veículos, como o O Estado de S. Paulo,
>a imprensa brasileira seguiu o seu padrão habitual de servir ao
>leitor a notícia requentada da internet, do rádio e da TV. Diante
>da tragédia tecnológica e humana, a imprensa preferiu o folhetim
>à análise. Notadamente a análise científica.
>
>No artigo "O legado do Columbia", publicado na edição passada
>deste Observatório da Imprensa, o jornalista Ulisses Capozzoli
>lamenta que a imprensa perca-se em detalhes irrelevantes e deixe
>passar a oportunidade de trabalhar conceitos científicos
........................................


SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2003 13:47

On Wed, 12 Feb 2003, Alberto Mesquita Filho wrote:
> A dificuldade não está em achar uma experiência, mas sim em satisfazer
> as exigências apontadas pelo Léo, que já ficaram perdidas no tempo. Eu
> particularmente acho que uma experiência desse tipo, a satisfazer uma
> que seja dentre as exigências leoninas, não existe, mas isso é uma
> opinião muito pessoal e minha, e ficaria muito satisfeito se alguém
> conseguisse provar que estou errado. Mas independentemente desse meu
> posicionamento radical, que pode ser considerado como uma "ranhetice
> do velho" ;-), lembro que a condição leonina mais importante parece-me
> ser a possibilidade de a experiência ser explicada e *entendida* por
> um jovem pré-universitário.
>
> A radiação do corpo negro dista muito disso. A demonstração não é fácil
[...]

A proposição que faço a respeito do corpo negro não é quantitativa e sim
qualitativa. Explicar que o corpo negro é simplesmente um buraco num bloco
de metal e explicar porque ele não brilha branco em qualquer temperatura.

Nada mais que uns parcos conceitos de física e um ou dois desenhos
geométricos. E também, se quiser, um bloco de metal com um buraco e um
maçarico.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica - Off Topic
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2003 14:09


Alberto falou e disse:
|
| Brincadeiras a parte, parabéns pela supimpa explicação. São raros os físicos
| da atualidade que tem uma cultura geral como a sua, a ponto de entender até
| mesmo a física de lavanderia. Pelo visto, não se fazem mais físicos como
| antigamente.
|

Agradeço suas palavras.
Minha 'sorte divinal' (triuno lá tava meu confuso para onde eu deveria ir) foi ter descido até a Terra em 20/11/1938 quando então os grupos, ginásios e colégios estaduais eram algo digno da mais alta referência. Desde os 6 anos convivi nessa didática da Escola Européia (notadamente a francesa). No científico não havia apostilas (nem livros!) adotados, o professor 'ditava' a matéria (alguns escreviam na lousa). Meu prof. de Química, Lauro Kfouri, exigia para cada um dos três anos do científico, 2 brochuras de capa preta e bordas vermelhas de 100 folhas cada; o de Física, Júlio Briscese, 2 brochuras de capa azul. Lembro de ter sido o único aluno do científico (1o ano) a ter a primeira tradução do livro Física - Mecânica - Calor - Acústica - Francis Weston Sears (Ed. Gertrum Carneiro) - Janeiro - 1953 (ganhei como presente de natal!). O próximo livro recomendado foi 'Tratado de Física' de W. H. Westphal (Ed. Labor - 1946 é o meu exemplar com 900 páginas!) ... e por ai vai.
Depois ... bem depois ... veio a bostificação das 'cruzinhas' norte-americana e a adoção da Escola Alienígena ... e deu no que deu! ... hoje temos Bush.

Vamos ao que realmente interessa (:-), Marcia vai fazer exame para Ministério Público - Promotoria -em 9 de março (domingo - 14 h) no 5o andar - Bloco B - Sala 503 B no Inst. São Judas Tadeu, Mooca. Queria as coordenadas disso tudo, principalmente como achar essa Sala 503 B para transferir para ela. Se vc estiver por lá, acrescente coordenadas como acha-lo, pouco antes do horário da prova -- não esqueça de servir um chá prá ela, ou água com gás (não toma café nem refrigerantes) -- e ela irá visita-lo com minhas saudações divinas. Favor não providenciar 'tapete vermelho quântico' na entrada de sua sala (na qual espero não haver duas portas - fendas - lado a lado). Agradeço o atendimento.

[]'
Léo


SUBJECT: Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRIFUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2003 14:24

> >ROBERTO BELISÁRIO: Não li o texto do Ulysses, mas, se o Ulysses
está
> tentando justificar a gravidade zero percebida pelos astronautas,
> então ele não estaria considerando o referencial dos próprios
> astronautas, ou seja, justamente um referencial não-inercial, onde
> a força centrífuga existe?

Colucci
> Mesmo assim a explicação do Ulysses continua errada. Ele diz: "A
> imponderabilidade (ausência de peso) em órbita é resultado da
> interação de duas forças, a centrípeta e a centrífuga."

Não bastaria então dizer "ausência aparente de peso" para melhorar
bem? Creio que se ele substituísse "centrípeta" por "peso", eu
assinaria em baixo.

[]s

Daniel



SUBJECT: Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRIFUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2003 14:36

"Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...> escreveu

> Vejamos; Ulisses errou em vários pontos de seu discurso científico.
Por enquanto vou apenas comentar esse ai postado:
>

> (b) Ulisses não sabe que "centrípeta" não é uma força de interação
ou mesmo inercial; 'centrípeta' é a denominação que se dá
à "resultante do sistema de forças, no referencial inercial" que é
conveniente ao 'movimento curvo' (mudança da direção da velocidade).

Centrípeta não é necessariamente a resultante. Pode haver diversas
forças com componentes centrípetas, e essas componentes podem
perfeitamente ser chamadas de centrípetas. No caso clássico do
motociclista no alto do globo da morte, por exemplo, ou de qualquer
outro objeto girado num plano vertical, o peso é uma das forças
centrípetas naquele instante, e existe uma resultante centrípeta. Não
vejo motivo para reservar o nome somente à resultante se "centrípeta"
na verdade só define direção e sentido.


> Ao estudar o giro uma pedra presa a um barbante, no referencial
inercial, a RESULTANTE é centrípeta.

É verdade, mas isso não muda o que eu disse acima.


> Desse modo, ao afirmar que "a imponderabilidade ... é resultado da
ínteração entre duas forças centrípeta e centrífuga" cometeu erros
conceituais imperdoáveis, misturou "resultante centrípeta" -- do
referencial inercial -- com força centrípeta -- força de inércia
decorrente do referencial relativo colocado na nave! Nada a ver
uma ... e muito menos a outra!

Ops... a força de inércia que surge no referencial da nave é
centrífuga.


> Continuemos.
> O comentário Colucciano tb apresenta problemas de conceito. Como já
comentei algo com ele em pvt, deixo a seu critério 're-comentar' aqui
no ciencialist. Um dos pequenos 'pecados' do Colucci foi
tentar 'rebatizar' uma força de inércia (tão real no sistema
relativo, como qqer outra no sistema inercial) de VIRTUAL. Já não
chegava eu ter que combater os
termos 'Irreal', 'Fictícia', 'Pseudoforça' etc., agora tem mais
um "Virtual"! Bolas!!!! :-))))

De fato, "virtual" é um termo que já tem outros usos. Forças e
trabalhos virtuais são conceitos já definidos. Por outro
lado, "fictício" é um termo em uso na literatura e é o único que me
parece que poderia transmitir o que o Colucci quer dizer.


[]s

Daniel



SUBJECT: Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRIFUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2003 14:39

"josecolucci" <j.colucci@r...> escreveu

> O Léo diz que a centrípeta é uma resultante no referencial
inercial.
> Não foi bem isso que o velho Isaac disse quando escreveu: "A
> centripetal force is that by which bodies are drawn or impelled, or
> any way tend, towards a point as to a center." (Isaac
> Newton, "Principia", definition 5).

De fato, centrípeta não tem nenhuma obrigação de ser resultante. Nos
movimentos não uniformes, por exemplo, a resultante necessariamente
não aponta para o centro da trajetória.


> O Léo também implica com o meu uso do termo "virtual". Faço isso em
> respeito, de novo, a Newton. Suas leis foram determinadas para
> referenciais inerciais. Na órbita da Terra, a única força presente
é
> a gravidade. Forças que aparecem em referenciais não inerciais não
> podem, por razões históricas, ser chamadas de newtonianas, embora
as
> leis de Newton possam se aplicar a elas.

É verdade, mas o nome "virtual" é "reservado" porque já há conceitos
bem definidos que o utilizam. Basta fazer uma pesquisa com "Principle
of virtual work" e "Principle of virtual force", por exemplo, para
encontrar referências.


[]s

Daniel



SUBJECT: Re: [RN] FORCA CENTRIFUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2003 15:52

> O desastre do Columbia e as forças fictícias

> Já a força centrífuga mencionada por Capozzoli, essa não existe.
> Ou melhor, não existe em referenciais inerciais, necessários
> para a aplicação das leis de Newton que foram mencionadas no
> artigo. A discussão do assunto é um tanto técnica para ser
> tratada aqui, mas a sua demonstração é bem simples. Basta que
> o experimentador mencionado de um dos parágrafo acima, o que
> gira a pedra, deixe escapar o cordel que a prende. Livre da
> força centrípeta aplicada pelo cordel, a pedra sai em linha
> reta, em direção tangente ao movimento.
>
> Questão de cidadania
>
> A postulação da força centrífuga é um desses erros renitentes,
> que atravessam o tempo perpetuados por livros didáticos e
> divulgadores que copiam-se mutuamente. Alguns físicos a chamam
> de "pseudoforça" ou "força fictícia", pois não se origina de
> nenhuma interação. Seria mais apropriado chamá-la de "força
> virtual", já que ela pode aparecer quando tentamos analisar o
> sistema a partir de um referencial não-inercial. Ao invocá-la,
> Capozzoli não erra sozinho. O website da NASA menciona a força
> centrífuga em vários de seus artigos, sem explicitar o tipo de
> referencial considerado. Com certeza tal erro não foi cometido
> pelos cientistas encarregados dos cálculos de órbita, ou
> jamais teriam chegado à Lua.

Bão, eu nem ia perguntar isso, mas a coceira está grande demais. Vou
acabar esbarrando em relatividade, que conheço pouco, então espero
não falar nenhuma grande besteira.

Colucci, por que você chama cabalmente a força centrífuga de "erro"
se ela "existe" em referenciais não-inerciais? Afinal, até se poderia
dizer que os referenciais inerciais são um caso particular dos não-
inerciais, mas com aceleração nula, e portanto forças inerciais
nulas. Como você, imagino, também aprendi num bom curso médio
que "não existe força centrífuga". Mas há uma infinidade de bons
livros-texto de cursos superiores em dinâmica que os admitem,
inclusive os mais clássicos e respeitados. Esse tipo
de "reinterpretação" de forças é artifício comum em dinâmica -- vide
o princípio de D'Alembert, por exemplo.

Como na verdade não existe nenhum referencial privilegiado no
universo, hoje tenho dificuldade para riscar do mapa tão
taxativamente como você a força centrífuga. Referenciais inerciais
são uma ficção, baseada na idéia de que existe algum
referencial "realmente" parado (que depois veio a ser chamado de
éter). Na verdade, nenhum referencial é perfeitamente inercial, mas
como toda física newtoniana, a aproximação é suficientemente boa para
a maioria dos usos.



SUBJECT: Re: Mecânica clássica x quântica
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2003 15:59

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> Ficamos muito satisfeitos com seu retorno. Em nome do Léo e de
todos os
> Ciencialisteiros, a incluir nosso Excelso Grão-Mestre Brahma, digo,
Brudna,
> dou-lhe as re-boas-vindas.


Lígia: Ora, obrigada pela re-acolhida!


> O Léo escreve direito por linhas tortas, logo seus súditos, vez por
outra,
> são obrigados a navegar por linhas quânticas indiferentes ao
ectoplasma
> fétido que por lá pulula. Já dizia o nosso ilustre irmão em língua
Fernando
> Pessoa: "Navegar é preciso, Viver não é preciso". Com isso ele
pretendeu
> dizer: Navegar por linhas quânticas não é viver, é tão somente a
afronta
> pela qual temos que passar para chegar ao reino do Léo. "Tudo vale
a pena,
> se a alma não é pequena." (Essa é também do magnífico poeta
português).


Lígia: Não vou ficar fazendo contra-ponto e declamando Camões só
para agradar... :) Mas como já diziam: diplomacia e caldo de
galinha não fazem mal a ninguém portanto, nada contra. :) E que o
Léo é metido, ah isso é... ele não gosta de desperdiçar o latim
comigo...


> Como eu estou quebrando o pau com o Sérgio, e você vem de um
entrevero com a
> Natália, nada melhor para demonstrar nossa admiração pelo povo
português do
> que citar um de seus mais ilustres poetas.


Lígia: É... tudo bem. É uma forma de envolvê-los em uma "aura" de
familiaridade e coisa e tal... ajuda no processo de
socialização... :)


> A minha teoria interpreta a suposta dualidade das partículas
elementares de
> uma maneira sui-generis. Digamos que o corpúsculo de luz (ou
qualquer outro)
> emita, para todo o espaço a sua volta, informações de seus possíveis
> movimentos (rotação e translação). Esse campo de "informações de
movimento"
> propaga-se, para todas as direções, segundo esferas centradas no
corpúsculo,
> quando "visualizadas" num referencial fixo ao mesmo. Uma vez
emitidas, essas
> informações estarão totalmente liberadas da fonte, assim como um
jato de
> água pode ser pensado como livre da mangueira que o emitiu. Ou
seja, não
> existe uma dualidade corpúsculo-onda, mas uma duplicidade
corpúsculo-campo.
> Em outra palavra, não estamos frente a "um dual", mas sim a "dois
unos".
> Existe corpúsculo e existe campo de informações emitidas, e não
existe onda
> alguma a não ser em nossa imaginação e/ou em possíveis equações.


Lígia: Olha, visto do meu ponto de vista limitado de uma física-dona-
de-casa, esta explicação está mais convincente do que as outras que
já vi. Principalmente por não levar em consideração
nenhum "paradigma" passível de erros de interpretação. Mas tem uma
coisinha aqui "pinicando" meu entendimento... um fóton por
concepção "artística" é puntual, sem massa, sem carga e a energia que
ele "carrega" advém da inércia, ou do movimento que adquiriu quando
de sua emissão. O "campo" gerado por tal movimento é o que você está
considerando como "campo de informações emitidas" por ele?


De uma
> maneira que só a matemática consegue fazer, é possível interpretar
o que
> ocorre em uma situação física utilizando-se conceitos fisicamente
errados e
> inexistentes. Não é a-toa que dizem que a matemática é a linguagem
dos
> deuses, pois eles conseguem escrever certo por linhas erradas.
>
> O corpúsculo irá ou passar por uma fenda, ou pela outra, ou ainda,
poderá
> chocar-se com o anteparo. O campo que ele emitiu, e que emite
> constantemente, ou seja, este jato de informações a se propagar nos
360º à
> volta do corpúsculo, fatalmente atravessará as duas fendas.


Lígia: Hum... haverá uma "deformação" e é esta que será captada
como "emanação" passível de ser considerada quanto à ondulatória.
Ahá! Nada de "pontos de vista conflitantes" então! Nada
como "colapsos de função de onda" nem interpretações quanto a
considerar onda ou partícula. Há partículas e há campos.
Interessante e muito mais plausível do meu ponto de vista que
ressalvo ser limitado ao de uma aprendiz.


Mas o que
> acontece com as informações que não passam pelo orifício e/ou pelo
espaço
> intermolecular da estrutura do anteparo? Ora, elas irão exercer o
seu efeito
> junto às moléculas que a interceptam. E qual será esse efeito? Será
> semelhante ao de um campo elétrico ou magnético, se bem que em
nível bem
> elementar, e a relacionar-se ao tipo de movimento das partículas
emissoras
> relativo ao movimento das partículas receptoras. Digamos, por
simplicidade,
> que esse efeito seja o de "empurrar" a molécula que recebe a
informação.
> Essa molécula ao ser empurrada, e por ter o seu movimento relativo
> modificado, gerará uma informação desse movimento e de sentido
oposto ao
> original, e a se propagar também não numa única direção, mas nos
360º. Esta
> informação ao atingir o corpúsculo, promoverá um "empurrão" que só
não terá
> a direção exatamente oposta (ação e reação estática) porque o
corpúsculo se
> movimentou entre a ida da informação primeira e da informação
resposta. Esta
> é a ação e reação dinâmica, perfeitamente compatível com a física
> newtoniana, se bem que não com o modelo newtoniano de três leis.
Aliás, em
> eletromagnetismo essa ação-reação dinâmica foi descrita no final do
século
> XIX por Lienard e Wiechert, através do que hoje chamamos potenciais
> retardados. Isso não é exclusividade do eletromagnetismo, mas
existe com
> qualquer campo, até mesmo com este campo elementar de informações e
que é na
> realidade a essência de todos os demais campos.
>
> Perceba que a interação não é tão somente entre a luz e o que
poderíamos
> chamar bordas das fendas, mas entre a luz e todo o anteparo. O que
a fenda
> faz é, por um lado, permitir a passagem do fóton, que do contrário
se
> chocaria com o anteparo e, por outro, tornar a situação
assimétrica. É
> justamente em virtude dessa assimetria que costumo dizer que os
elétrons,
> antes de passarem pelo anteparo, não estão num mesmo estado físico,
> independentemente do que os quânticos possam pensar a respeito. E
eles podem
> pensar o que quiserem, mas não podem me proibir de utilizar
hipóteses
> diversas das deles, como também não podem me criticar pelo fato da
minha
> explicação não ser compatível com as hipóteses que eles acreditam
ser
> verdadeiras. O máximo que poderiam fazer seria contestarem as minhas
> hipóteses com argumentos sérios, coisa que se recusam a fazer.
Então que
> fiquem quietos.


Lígia: Não há como contestar. No meu ponto de vista que não leva em
conta o desejo de apenas admitir a quântica como uma "linguagem" de
interpretação de tal evento, esta explicação está "supimpa"! Veja
que não aceitar sua interpretação não é propriamente um "erro" por
parte dos que defendem a quântica. É antes uma falta de vontade em
admitir que tais princípios quânticos não são a última palavra, isso
porque é sempre mais fácil "engolir" a papa pronta do que prepará-la
e amassá-la convenientemente, mastigando... Uma explicação como a
sua é só para quem tem dentes. :))



> A Óptica de Newton está repleta de considerações a respeito desse
efeito.
> Newton não comenta isso uma ou duas vezes, mas centenas de vezes e
em
> condições diversas, pois como dei a entender acima, o efeito não é
um só e
> está na dependencia, a meu ver, do tipo de movimento do corpúsculo
que está
> sendo levado em consideração. Newton não chegou a falar em
movimento do
> corpúsculo, mas fala em lados dos raios de luz, que podem
perfeitamente ser
> hoje interpretados como algo a retratar um movimento de giro.
>
> Com respeito a esse efeito em particular, e que chamei, por
simplicidade,
> "empurrão" (e neste caso o giro é pouco importante), Newton diz o
seguinte:
> "Os raios que passam muito próximos das bordas de qualquer corpo são
> curvados um pouco pela ação do corpo; mas essa curvatura não é em
direção à
> sombra, mas a partir da sombra e realiza-se somente na passagem do
raio pelo
> corpo, e a uma distância muito pequena dele." O giro terá
importância quando
> formos pensar nos fenômenos que levaram Newton a suspeitar que os
raios de
> luz pudessem ser descritos por "lados". Ressalto aqui a refração e a
> polarização.


Lígia: Sem esse efeito de "fader" sugerido pela curvatura de tais
raios, as sombras teriam linhas limítrofes bem definidas diga-se de
passagem, coisa que não acontece na natrueza... há uma gradação sim
promovida pelo "encurvamento" dos raios tanto mais significativos
quanto mais próximos ao limite da sombra. E entender a experiência
da dupla-fenda levando-se em consideração esse princípio simples é
muito engenhoso. :)



Eu tão pouco
> > faço a mínima idéia de como tal "realidade do conceito da luz"
> > poderia ser "abarcada"... mas veja: um primeiro passo é tentar
> > compreender de que forma a luz de um modo geral interage com as
> > superfícies. E é nesse ponto que eu volto à vaca fria, digo, à
> > camiseta vermelha do Guilherme exposta ao sol.
>
> O que os quânticos estranham nesse processo? Não seria o fato das
coisas
> acontecerem gradativamente? Eles acreditam que as coisas deveriam
> classicamente ocorrer abruptamente, a ponto de a camiseta perder a
cor de
> uma vez só. Mas... Porque? Dizem eles que segundo a física clássica
isso
> seria de se esperar. Mas seria de se esperar segundo qual dentre as
milhares
> de teorias que a física clássica comporta? A de Newton? A de
Huyghens? A de
> Fresnell? A de Maxwell? Afinal... qual?


Lígia: Bem, isso soa a um exemplo típico de ouvir cantar o galo e
não saber onde. A idéia do "branqueamento instantâneo" e corrija-me
se eu estiver errada, parece advir da má interpretação do que se
sucedeu quando da interpretação do Eletromagnetismo de Maxwell para a
distribuição das emissões por comprimento de onda de um corpo em dada
temperatura. A pertir de tal interpretação e, levando-se em conta o
que é postulado pela Distribuição de Energia de Boltzman que toma tal
distribuição por contínua, previu-se que haveria uma distribuição
infinita de energia para a região ultravioleta, o que é em si um
absurdo e ficou conhecido como o "colapso do Ultravioleta".

Plank então, a fim de "corrigir" tal disparate, propôs que a
distribuição ao invés de contínua, aconteceria de forma "discreta" ou
que a emissão de energia dá-se na forma de quantidades mínimas
inquebrantáveis, o "quantum". Daí a imaginar que o "branqueamento"
dá-se da mesma forma é um pulinho...



E se uma não comporta explicação,
> por acaso eles se deram ao trabalho de estudar as outras, antes de
erigirem
> este absurdo castelo no ar? Não. Eles sequer sabem sobre a
existência de uma
> física clássica. Eles simplesmente aprenderam um modelo que Newton
criou
> para facilitar o estudo de determinados problemas e confundem esse
modelo
> com física clássica. Tudo bem que se construam castelos no ar. Eu
também sou
> favorável a essas construções, pois a ciência começa por aí. Jamais
> critiquei os contrutores desses castelos. O que não tolero é que
pretendam
> me vender um apartamento em um local onde estou cansado de saber
que é
> impossível morar.


Lígia: Ao admitir-se os postulados de Plank como a autêntica
interpretação da natureza do "branqueamento discreto", o que se está
fazendo é apenas levar em consideração uma "correção" matemática em
uma equação como "verdade verdadeira"... novamente é o caso de
engolir a papa sem se preocupar em mastigá-la nem digeri-la.



> Voltando ao questionamento. Se o fenômeno se dá pela interação luz
> matéria, porque seria de se esperar um comportamento instantâneo e
igual
> para todas as moléculas?


Lígia: Seria de se esperar pelo que Boltzman postula quando admite
que a distribuição de energia é contínua... isso levando-se em
consideração a energia contida em "emanações" luminosas sendo
espalhadas sobre uma superfície colorida.


As posições relativas dessas infinitas moléculas e
> dos infinitos conjuntos de corpúsculos de luz (fótons) são
idênticas? Se
> sim, em que se apoiaria essa hipótese? Na inexistência de estados
clássicos
> diferentes, tais como aqueles que citei acima e decorrentes de uma
quebra de
> simetria pela existência das fendas? Ou então num absurdo caráter
puntiforme
> das moléculas e corpúsculos? Mas em que teoria clássica está
escrito que
> moléculas e corpúsculos de luz são puntiformes?


Lígia: Moléculas são estruturas atômicas e apenas seus eletrons de
última valência estariam envolvidos nisso. Os fótons são admitidos
como puntiformes.


> Talvez no modelo newtoniano, não é verdade. Mas esse modelo diz o
que? Que
> conforme as dimensões do problema *podemos considerar* a massa da
Terra como
> se estivesse localizada em seu centro de massa. Mas... Será que a
massa do
> meu computador, que sem dúvida pertence a Terra, está no centro de
massa da
> Terra? Será que a Terra é um ponto? Afinal, o modelo newtoniano nos
permite,
> em certas condições pensar desta forma! Será que permite sempre?


Lígia: O equilíbrio entre as massas em movimento e as resultantes de
forças é o que permite que estejamos aqui, agora, não? Como a Terra
é maior do que tudo o que nela se "prende" tende-se a levar em
consideração o centro de massa da Terra em relação ao sistema solar
quando considerando-se apenas seu movimento, e leva-se em
consideração demais referenciais quando em movimento relativo a
ela... se você está "parado" diante de seu computador, não há o que
pensar em termos de centro de massa, oras pois... :)


> E será que
> tudo pode ser resolvido unicamente através desse modelo? Obviamente
não, e
> Newton chamou a atenção para que não caíssem em absurdos desse
tipo "aqueles
> que, em questões filosóficas, tivessem competente faculdade de
pensar". Ou
> seja, para as dimensões a serem consideradas na resolução
do "enigma" da
> camiseta vermelha, nem as moléculas nem os corpúsculos de luz podem
ser
> pensados como objetos puntiformes. Logo, essa história de que a
física
> clássica não explica nada está muitíssimo mal contada. Pois está
sendo
> contada por quem não entende nada do assunto.


Lígia: Ou por quem apenas interpretou de forma não elaborada algo
que ouviu dizer em algum lugar... Em todo caso, como você explicaria
a distribuição de energia? Seria ela sempre contínua? Então, como
explicar que não há um colapso do Ultravioleta quando levando-se em
conta as Equações de Maxwell para distribuição das emissões por
comprimento de onda?



> > Interessante notar que certas substâncias químicas tais como a
famosa
> > água sanitária, fazem o mesmo efeito do desbotamento induzido pela
> > ação direta de fotons diretamente (ao invés de discretamente como
no
> > caso de apenas luz incidir sobre um tecido tingido) interagindo
com
> > os átomos das moléculas que compõem a tinta com que o tecido foi
> > tingido previamente. E aí, como explicar a idéia do desbotamento
a
> > partir da perspectiva dos fótons incidindo sobre o
tecido "tratado"
> > quimicamente?
>
> Bem, eu entendo um pouquinho de física clássica, mas quase nada
sobre
> desbotamento de camisetas e muito menos sobre a química aí
envolvida.
> Consigo situar o absurdo de um argumento mal explorado fisicamente,
mas não
> sei fazer o contraponto, pois nesse caso precisaria conhecer
aspectos
> relacionados a lavanderia, a estrutura de camisetas e a química
envolvida no
> processo. Posso apenas especular.


Lígia: Parece que o Léo já respondeu... :) Nada como um físico
entendido/metido para explicar convenientemente o porquê das coisas,
sô! :))


> > A Física Quântica explica convenientemente a partir da idéia de
> > desvios de fótons para um ou outro extremo do espectro luminoso
> > permitindo que na reflexão dos mesmos haja a idéia de visualizar-
se
> > um azul ou um vermelho, por exemplo. É como o Colucci vem
explicando
> > ao Sérgio, pois não? Tenho tido algum tempo fugidio e não tenho
tido
> > oportunidade de acompanhar os debates "iluminados" na íntegra mas
tem
> > sido isso o que tem parecido. E essa explicação não é mais do
que um
> > desdobramento também conveniente do efeito foto-elétrico de
Einstein
> > com fótons incidindo sobre superfícies metálicas...
>
> É difícil dizer o que a "física" quântica explica. Eu diria que o
modelo
> quântico foi feito juntando-se uma série de conceitos aceitos em
teorias
> várias e colocando-se tudo num liquidificador. Ou seja, às vezes ela
> utiliza-se do modelo de reflexão ondulatório de Huyghens, sob certos
> aspectos incompatível com outro modelo apresentado de maneira
elegante pelo
> Colucci, a se utilizar dos fótons.


Lígia: Entendo. A quântica "apenas" admite a idéia de quantum de
energia e toda uma parafernalha matemática endossou tal idéia. Volto
então a perguntar: se a emissão de energia por um corpo é sempre
contínua, não levando-se em conta a quantização da mesma, como
explicar que não haja um colapso qualquer em determinada faixa do
espectro?



> Um pequeno parêntesis para dizer que aqui não vai nenhuma
jocosidade, pois
> tenho notado que o Colucci gosta muito de quântica, e apesar de
afirmar o
> contrário, entende bastante do assunto, mas não é nem um pouquinho
> dogmático. Se alguém aqui conseguir derrubar meus argumentos,
gostaria que
> fosse ou o Colucci ou o Belisário. Mas eu sei que não é fácil, e
nem por
> isso garanto que os argumentos sejam verdadeiros. Se fosse fácil,
eu mesmo
> já os teria derrubado. Mas, voltemos ao que interessa.


Lígia: Pois é... fica difícil também tentar explicar as coisas sem
uma base que valide as idéias... é por esta razão que muitos acabam
dando as mãos em defender a quântica. Simplesmente porque ela vem se
provando capaz de explicar eventos que antes de sua elaboração caíam
em situações absurdas...


> Sem dúvida, o parentesco a que você se refere, na minha opinião,
não só
> existe como deve traduzir todo o segredo a ser desvendado pelos que
se
> preocuparem com a compreensão do que seja essa interação luz-
matéria.


Lígia: A idéia de fótons interagirem com seus "anteparos" acaba
sendo interessante. Eu admito ser conveniente a idéia de existirem
corpúsculos envolvidos na natureza da Luz. Agora, não acho
interessante a idéia de "pular" de partícula para emanação de acordo
com a necessidade... isso cheira a "malandragem" e com certeza, a
resposta a essa "dualidade" é bem próxima, se não for a que você
explanou parágrafos acima. Em todo caso, vale salientar: para que a
quântica seja derrubada, há a imperiosa necessidade de explicar COMO
a distribuição de energia acontece, caso não seja em quanta...



> > Michelson e Morley provaram que não há o éter, ou um meio de
> > propagação para a luz meramente ondulatória... portanto, ou a luz
> > tem que ser encarada apenas como composta por partículas, ou a
idéia
> > de que é também sujeita aos desmandes da ondulatória não é
> > válida :)). Mas... parece que o buraco é mais embaixo já que até
> > mesmo Newton admitiu que para explicar os "anéis de interferência"
> > tem que se assumir que a luz apresenta características
> > ondulatórias... Portanto, só para finalizar: gostaria muito de
> > referências além das que estão no ECC para a idéia de "espírito da
> > matéria" de Newton. Você poderia citar?
>
> Rigorosamente falando, Newton não assumiu a existência de
características
> ondulatórias para a luz. O que ele admitiu é que os seus
corpúsculos emitiam
> alguma coisa para o espaço, e que essa alguma coisa iria
intermediar a
> interação luz-matéria. Além da obra de Newton, em especial a
Opticks,
> dificilmente você encontrará alguma coisa na literatura, a não ser
em livros
> de história da física (eu já li em vários, mas em bibliotecas -- em
casa
> tenho apenas um, e cheguei a me referir a ele recentemente numa
mensagem ao
> Lucio, mas não estou conseguindo localizar nem o livro nem a
mensagem -- meu
> escritório está uma zoeira, é livro pra todo lado).


Lígia: Obrigada pela indicação. E antevejo que você já fez uma
ótima explanação do que seria tal idéia de Newton acima.


> (...)Em alguns trechos ele descreve algo muito parecido com essas
> "vibrações", mas não está a se referir à luz e sim à propagação da
> gravitação. Curiosamente, cerca de 99% dos quânticos, ao comentarem
a
> respeito da gravitação, dizem que Newton assumia a propagarção
instantanea.
> Certamente você já leu e/ou ouviu isso centenas de vezes, nos meios
> universitários. E quando eu digo que eles são uma piada eles se
queimam, mas
> continuam afirmando asneiras desse tipo e a toda a hora.


Lígia: Isso é uma generalização. A idéia de que a gravitação
propaga-se instantaneamente deve também ser fruto de uma má
elaboração de cálculos, associada a uma má interpretação de
postulados. Vamos dizer que antes de Plank, a idéia era a de
continuidade relativa a emanações energéticas e a partir de Plank e
Einstein, no caso da gravitação, a idéia de "pequenas porções" disso
ou daquilo ou de referenciais relativos abriu brechas a intepretar
que antes deles tudo era "contínuo" e imediato, de referenciais fixos
e assim por diante... isso é o que se aprende, infelizmente.


> Então que me
> agüentem numa boa, pois em termos de piada existem alguns metidos a
> quânticos que também são uma piada: Sequer sabem distinguir quando
estou
> contando uma piada de quando estou falando sério. Felizmente esses
últimos
> são poucos.


Lígia: Estes a que você se refere estão apenas defendendo aquilo que
aprenderam como "verdade verdadeira", inquestionável... cheira a
religiosidade. Vai do tipo de conduta mental de cada um, não? Quem
tem a característica de associar idéias a partir de cânones, admite
suas verdades como inquestionáveis... :)

Beijos, Lígia




SUBJECT: Re: [RN] FORCA CENTRIFUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2003 17:37

>DANIEL SOTTOMAIOR: Colucci, por que você chama cabalmente a força
centrífuga de "erro" se ela "existe" em referenciais não-inerciais?
Afinal, até se poderia dizer que os referenciais inerciais são um
caso particular dos não- inerciais, mas com aceleração nula, e
portanto forças inerciais nulas. Como você, imagino, também aprendi
num bom curso médio que "não existe força centrífuga". Mas há uma
infinidade de bons livros-texto de cursos superiores em dinâmica que
os admitem, inclusive os mais clássicos e respeitados. Esse tipo
de "reinterpretação" de forças é artifício comum em dinâmica -- vide
o princípio de D'Alembert, por exemplo.<

A força centrífuga não é um "erro" por si. Erro é invocá-la sem
mencionar o referencial, pois a força centrífuga é um efeito
matemático produzido pelo uso de referenciais não-inerciais na
descrição do movimento. Se estamos falando da mecânica newtoniana, o
referencial é inercial -- todos os outros são exceção. Esse é o erro
de muitos livros didáticos. Encontramos por aí até esquemas que
mostram setas correspondentes à força centrípeta e centrífuga agindo
sobre o corpo. Se isso fosse verdade, o corpo estaria parado, não em
movimento circular uniforme, que requer uma aceleração constante.

A força centrífuga é chamada de "falsa", "fictícia" ou "virtual" por
muitos autores por ser um subproduto do sistema de coordenadas, em
vez de uma força real agindo sobre o corpo. A utilidade de usar
referenciais não inerciais no caso de uma espaçonave em órbita é
discutível. Pode ser útil para analisar o que ocorre dentro de um
sistema isolado, no entanto.


>DANIEL SOTTOMAIOR: Como na verdade não existe nenhum referencial
privilegiado no universo, hoje tenho dificuldade para riscar do mapa
tão taxativamente como você a força centrífuga. Referenciais
inerciais
são uma ficção, baseada na idéia de que existe algum
referencial "realmente" parado (que depois veio a ser chamado de
éter). Na verdade, nenhum referencial é perfeitamente inercial, mas
como toda física newtoniana, a aproximação é suficientemente boa para
a maioria dos usos.<

Acho que quando discutimos um fenômeno físico, especialmente uma
aproximação como a mecânica newtoniana, é útil tentar argumentar sob
o ponto de vista da época, ao menos como exercício mental. A idéia de
que todos os referenciais se equivalem é algo que ficou popular
depois da relatividade, mas não era óbvio no tempo de Newton. Há até
a lenda de que Einstein explicou isso a um repórter deixando a língua
no lugar e movendo o corpo para trás, daí a famosa foto.

Uma discussão interessante é a questão da inércia, coisa que não se
explica satisfatoriamente até hoje. O que é a inércia? Sugeriu-se
(alguém do tempo de Newton, não me lembro quem) que é a soma da
gravitação de todo o universo agindo sobre os corpos. Se for assim,
Newton teria tido razão ao postular o "espaço absoluto".

Não sei se respondi satisfatoriamente, nem sei se a questão tem
resposta fora da filosofia. Aliás, a questão toda das forças serem
fictícias ou virtuais é só linguística. Se mudarmos o referencial
para algo ainda mais complicado, digamos uma espiral de raio
decrescente, teremos o aparecimento de forças e acelerações ainda
mais estranhas.

Coisas piores ocorrem ocorrem na relatividade, onde os campos
gravitacionais são produto da distorção do espaço-tempo. A.R.
Prasanna e M. A. Abramowicz (Scientific American, 1993) chegaram à
conclusão de que nas imediações de um buraco negro as forças
centrífugas num referencial não-inercial apontam para o centro do
movimento. Isto é, um astronauta numa órbita baixa ao redor de um
buraco negro sofreria a ação de força centrífuga em direção ao centro
de rotação, somada à da gravidade. É preciso pensar um pouco para
entender como isso é contrário à intuição: por esse princípio, quanto
maior a velocidade da órbita, maior a força em direção ao centro.

Um abraço,
Colucci




SUBJECT:
FROM: "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br>
TO: "noosfera@yahoogrupos.com.br" <noosfera@yahoogrupos.com.br>
CC: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2003 18:53


Alô Eduardo !!!

Lembrando o velho Spock, é fascinante o organismo
humano, algo belo, não? Continuo como gemaba1, ok.

<<gemaba : Uma pergunta, todos os óvulos são iguais em
sua forma estrutural? Se colhermos um desses
ovos no momento do nascimento de uma mulher
eles serão idênticos, quando compararmos, por
exemplo, com a mesma mulher com 25 anos?
O que seria a maturação dos óvulos?>>

Eduardo : Esses ovulos presentes nos ovarios de recem-nascidas sao muito
semelhantes aos ovulos dos ovarios das mulheres adultas.

gemaba1 : Muitos semelhantes é diferente de iguais, pois não? Você poderia
precisar melhor as difeenças, por menores que sejam, e ponderar sua
funcionalidade?

<<Eduardo : Em ambos os casos sao imaturos.
No ciclo menstrual, sob efeito de hormonios
(hormonio estimulador de foliculo iniciando o processo), ocorre a
ovulacao de apenas um ovulo imaturo a cada me^s. So' o ovulo maduro
pode ser fertilizado.>>

gemaba1 : O processo de maturação do óvulo pode alterar a estrura
dos gens de alguma maneira. Poderia, por exemplo, haver acréscimo
de gen? Desculpe se a pergunta possa parecer absurda. Questiono
se os hormônios são apenas um estímulo para o ADN da mulher
procurar o ADN do homem? O ADN dos óvulos são produzidos
ainda quando a mulher está no útero e não sofrem absulutamente
nenhuma mudança durante sua existência essencial desde a sua
produção?

Haroldo : Tem dois hormônios fundamentais p/ a ovulacao: o LH (Hormônio de

Leutenizacao) e FSH (Hormônio Estimulador de Foliculo).

gemaba1 : Se não for pedir demais você poderia falar de como e
quando a hipófise, o hipotalo e a tireode entram na festa?

<<Haroldo : Ambos os hormônios afetam o desenvolvimento e maturação de um
folículo no ovário, contudo eles o fazem de modo diferente. O FSH é o
hormônio responsável por estimular os ovários para começar o processo
de desenvolvimento dos folículos. Quando o FSH é liberado pela
glandula pituitária, ativa varios folículos no ovário p/ começar a
amadurecer ovulos.>>

gemaba1 : Caro Haroldo, vai como sugestão, provavelmente a lista tenha
professores e um site animado mostrando seus comentários seria
perfeito, se souber de alguma indicação visual do processo agradeço.
O que acontece na maturação, não entendi mui biem?

<<Haroldo : Um destes ovulos se desenvolve mais q os demais e
comeca a segregar estradiol (uma forma de estrogenio), o qual por sua
vez envia um sinal aos outros folículos p/ deixar de desenvolver os
seus ovulos. Qdo esse estradiol do novo ovulo maduro é liberado, a
quantidade total de estrogenio no corpo da mulher aumenta, e esse
aumento causa a desativacao da geracao de FHS pela glandula
pituitaria. Depois desta desativacao, nenhuma mensagem quimica é dada
para encorajar outro desenvolvimento de ovulo nos foliculos.>>

gemaba1 : É interessante como partes do organismo se comunicam.
Esse desenvover mais que os demais é sugestivo, o que acontece
exatamente, insisto, existe alguma possibilidade de mudanças
no ADN, seja ela de que natureza for?

<<Haroldo : Depois da cessada a producao de FSH, o folículo com o ovulo em

amadurecimento continua crescendo, gerando mais estrogenio que é
enviado ao sistema sanguineo da mulher. Uma vez q o ovulo se
desenvolveu completamente dentro do folículo, o LH que foi liberado
anteriormente pela glandula pituitária se torna importante. O LH
causa o rompimento do folículo, libertando o ovulo do ovário e
permitindo q seja fertilizado: A ovulação aconteceu.>>

gemaba1 : Uma indicação visual seria ótimo.

<<Haroldo : Nao e' inteiramente compreendido esse processo de amadurecimento
do
ovulo nos foliculos. Nao e' possivel ate' agora reproduzi-lo fora do
corpo da mulher. As clinicas de fertilizacao artificial nao tem qq
problema em colher espermatozoides, q estao prontos p/ uso no esperma
dos doadores, mas nao se pode simplesmente colher ovulos imaturos
(existentes aas centenas de milhares nos ovarios em qq mulher) e
amadurece-los em laboratorio. Para serem usados em fertilizacao in
vitro tem q ser ovulos maduros. Para obte-los, submete-se a doadora a
um processo de super-ovulacao atraves de um coquetel de hormonios, de
modo a se obter varios ovulos maduros, q sao depois removidos
cirurgicamente.>>

Gemaba1 : Uma pena não Haroldo, um leitor de formas seria o máximo
pra se descobrir mais coisitas, quem sabe? Mas a pergunta persiste no
ar, pondero não ser uma dúvida mística. Você disse que os óvulos
são produzidos com o ser ainda no útero, pois quando nasce já
possui os óvulos. Esses óvulos sofrem pequenas mudanças como
você disse, mas parece que a mudança maior é o processo de
maturação. A pergunta seria, existe um ADN imaturo e um ADN
maturo, eles são idênticos? O ADN de todos os óvulos são
idênticos?

Abs,
Eduardo Torres

Saudações!!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br





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SUBJECT: Re: [ciencialist] Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRIFUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2003 18:55


Olá Daniel,
vou agrupar aqui elementos de várias mensagens suas, para comentar:


=> Léo: (b) Ulisses não sabe que "centrípeta" não é uma força de interação
ou mesmo inercial; 'centrípeta' é a denominação que se dá
à "resultante do sistema de forças, no referencial inercial" que é
conveniente ao 'movimento curvo' (mudança da direção da velocidade).

Daniel: Centrípeta não é necessariamente a resultante. Pode haver diversas
forças com componentes centrípetas, e essas componentes podem
perfeitamente ser chamadas de centrípetas. No caso clássico do
motociclista no alto do globo da morte, por exemplo, ou de qualquer
outro objeto girado num plano vertical, o peso é uma das forças
centrípetas naquele instante, e existe uma resultante centrípeta. Não
vejo motivo para reservar o nome somente à resultante se "centrípeta"
na verdade só define direção e sentido.

==> Léo: Entendo que possamos estar circulando ao redor de 'termos' (força centrípeta ou resultante centrípeta) mas, no fundo, é mesmo questão de conceito. Nas nomenclaturas mais modernas (Pieri Lucie é um dos que cita isso ) recomenda-se a denominação 'resultante centrípeta' quando o movimento final é o circular e uniforme. Não interessam quantas e quais são as forças que participam do sistema; a resultantes será centrípeta e igual à mv^2/R. No clássico problema da motocicleta, por exemplo, quando a moto está na parte inferior, o peso é vertical para baixo e a reação normal de apoio é vertical para cima, ambas são radiais (e nenhuma delas é 'força centrípeta') e a resultante delas é que é a 'centrípeta'. Em qqer outra posição do 'globo da morte' a resultante deve ser centrípeta (assumindo que v seja constante --- que é o que o motoqueiro tenta fazer). Repare no seu texto acima onde vc diz "o peso é uma das forças centrípetas naquele instante"; lá no alto, tanto o peso como a normal são radiais, ambas orientadas para o centro, em nenhum outro instante essa situação se repete, em nenhum outro instante o peso estará orientado para o centro do globo. Mas, em todos os instantes do MCU, a resultante (soma geométrica :normal + peso) é centrípeta.
Se o movimento final não é MCU a resultante não é centrípeta, mas a componente radial dela o é (ou seja, aquela responsável pela aceleração centrípeta); a outra componente é tangencial (responsável pela aceleração escalar).
Continuo a considerar 'lógica' a denominação 'resultante centrípeta' para o MCU (que é o caso da nave espacial em órbita circular).


=> Léo: Ao estudar o giro uma pedra presa a um barbante, no referencial inercial, a RESULTANTE é centrípeta.

Daniel: É verdade, mas isso não muda o que eu disse acima.

==>Léo: mostrei a inconsistência do que disse acima.


=> Léo: Desse modo, ao afirmar que "a imponderabilidade ... é resultado da
ínteração entre duas forças centrípeta e centrífuga" cometeu erros
conceituais imperdoáveis, misturou "resultante centrípeta" -- do
referencial inercial -- com força centrípeta -- força de inércia
decorrente do referencial relativo colocado na nave! Nada a ver
uma ... e muito menos a outra!

Daniel: Ops... a força de inércia que surge no referencial da nave é
centrífuga.

==>Léo: Concordo, erro datilográfico. -- força centrípeta --, no texto original, leia-se -- força centrífuga --.

Colucci: > O Léo diz que a centrípeta é uma resultante no referencial
inercial.
> Não foi bem isso que o velho Isaac disse quando escreveu: "A
> centripetal force is that by which bodies are drawn or impelled, or
> any way tend, towards a point as to a center." (Isaac
> Newton, "Principia", definition 5).

Daniel: De fato, centrípeta não tem nenhuma obrigação de ser resultante. Nos
movimentos não uniformes, por exemplo, a resultante necessariamente
não aponta para o centro da trajetória.

==> Léo: A nomenclatura e simbologia (sem falar da matemática) mudou bastante de Newton para cá. O contexto é o mesmo, mas houve aprimoramentos. Reservou a denominação 'resultante centrípeta' para o caso do MCU, como é o da nave em órbita circular de que tratamos. Se a órbita não for circular e fora do plano do equador podes ter certeza de que o papo seria bem outro; teríamos arrastamento, força complementar, forças centrais etc. Bem outro papo.

Daniel: Bão, eu nem ia perguntar isso, mas a coceira está grande demais. Vou
acabar esbarrando em relatividade, que conheço pouco, então espero
não falar nenhuma grande besteira.
Colucci, por que você chama cabalmente a força centrífuga de "erro"
se ela "existe" em referenciais não-inerciais? Afinal, até se poderia
dizer que os referenciais inerciais são um caso particular dos não-
inerciais, mas com aceleração nula, e portanto forças inerciais
nulas. Como você, imagino, também aprendi num bom curso médio
que "não existe força centrífuga". Mas há uma infinidade de bons
livros-texto de cursos superiores em dinâmica que os admitem,
inclusive os mais clássicos e respeitados. Esse tipo
de "reinterpretação" de forças é artifício comum em dinâmica -- vide
o princípio de D'Alembert, por exemplo.
Como na verdade não existe nenhum referencial privilegiado no
universo, hoje tenho dificuldade para riscar do mapa tão
taxativamente como você a força centrífuga. Referenciais inerciais
são uma ficção, baseada na idéia de que existe algum
referencial "realmente" parado (que depois veio a ser chamado de
éter). Na verdade, nenhum referencial é perfeitamente inercial, mas
como toda física newtoniana, a aproximação é suficientemente boa para
a maioria dos usos.

==>Léo: Ai está o que sempre digo. Todavia é difícil fazer o pessoal entender da "realidade" das forças (vestibulando então nem se diga!). Acostumaram-se com a "realidade" das forças de interação (mecânica de Newton, como ele a propos) e esquecem-se (como Newton) de examinar a "realidade" dos referenciais (mecânica de Coriolis). A Mecânica de Coriolis é geral e arquibancada, generalizando supimpamente o Princípio Fundamental da Dinâmica. Para os ventos e massas de ar em movimento que vivem no referencial de Foucault as forças de inércia são coisas do dia-a-dia e os fazem desviar para o Atlântico (quando vêm geladinhas da Argentina), formam os ciclone, tufões (lei de Buys-Ballot) etc. O experimento de Eötvös, o pêndulo de Foucaul, a lei de von Bauer, a teoria de A. Wegener (placas tectônicas), a 'centralização dos continentes' junto ao equador etc. são conclusões contundentes da "realidade" das forças de inércia. São reais PONTO.

==> Léo: deixa eu aproveitar o ensejo: "Oi Lígia PONTO."

[]'
Léo




SUBJECT: Fw: informaoes
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2003 19:03

No cair da noite, todos podem colaborar com a francês (nada como a internacionalidade do Imperdível).
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Utilisateur1
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: quarta-feira, 12 de fevereiro de 2003 16:49
Assunto: informaçoes


Boa noite seu Luis,
Atualmente preparo um doutorado na França. pretendo realisar uma pesquisa comparada entre a França e o Brasil , sobre os dispositivos paralelos que visam a formao o cidadao critico, autonomo e capaz de relacionar as atividades quotidianas com as cientificas. No meu ponto de vista as feira de ciencias é um dispositivo valioso no Brasil. gostaria de saber se o senhor pode me fornecer os endereços sobre as leis que regulam as feira nos ensino fundamental e médio, publicaçoes de trabalhos de alunos e experiencias dos professores orientadores e outras informaçoes que o senhor julgar necessario para me ajudar;
Agradeço antecipadmente qualquer informaçao.
aé breve.
Elci Piochon.

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRIFUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2003 19:19

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> ==> Léo: deixa eu aproveitar o ensejo: "Oi Lígia PONTO."


Oi Léo!

E também aproveitando o ensejo, já que só no dia de hoje eu vi você
citando tal nome duas vezes, pergunto: como se pronuncia Eötvös?

Bisous, Lígia



SUBJECT: Re: Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRI FUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2003 19:45

At 18:55 12/02/03 -0300, you wrote:

>=> Léo: (b) Ulisses não sabe que "centrípeta" não é uma força de interação
>ou mesmo inercial; 'centrípeta' é a denominação que se dá
>à "resultante do sistema de forças, no referencial inercial" que é
>conveniente ao 'movimento curvo' (mudança da direção da velocidade). Ao
>estudar o giro uma pedra presa a um barbante, no referencial inercial, a
>RESULTANTE é centrípeta.
Desse modo, ao afirmar que "a imponderabilidade ... é resultado da
ínteração entre duas forças centrípeta e centrífuga" cometeu erros
conceituais imperdoáveis, misturou "resultante centrípeta" -- do
referencial inercial -- com força centrífuga -- força de inércia decorrente
do referencial relativo colocado na nave! Nada a ver uma ... e muito menos
a outra!

>Daniel: Centrípeta não é necessariamente a resultante. Pode haver diversas
>forças com componentes centrípetas, e essas componentes podem
>perfeitamente ser chamadas de centrípetas.
>
>==> Léo: Entendo que possamos estar circulando ao redor de 'termos' (força
>centrípeta ou resultante centrípeta) mas, no fundo, é mesmo questão de
>conceito. Nas nomenclaturas mais modernas (Pieri Lucie é um dos que cita
>isso ) recomenda-se a denominação 'resultante centrípeta' quando o
>movimento final é o circular e uniforme. (...)
>Continuo a considerar 'lógica' a denominação 'resultante centrípeta' para
>o MCU (que é o caso da nave espacial em órbita circular).

Recomenda-se usar, eis, pois. Daí a dizer que trata-se de um "erro
conceitual imperdoável" vai uma distância, não?
Aliás, sobre a logicidade da definição, eu, por mim, acho muito
lógico usar o termo força centrípeta significando o que o Daniel disse. Mas
aí é questão de gosto.
Belisário



SUBJECT: Re: Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRI FUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2003 19:50


Vai aí o texto integral.
Belisário

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ofjor/ofc120220032.htm

TRAGÉDIA NO ESPAÇO
O desastre do Columbia e as forças fictícias

José Colucci Jr. (*)

Columbia explode e mata sete – com pequenas variações, essa foi a manchete
dos principais jornais do país no domingo, 2/2. Excetuando-se uns poucos
veículos, como o O Estado de S. Paulo, a imprensa brasileira seguiu o seu
padrão habitual de servir ao leitor a notícia requentada da internet, do
rádio e da TV. Diante da tragédia tecnológica e humana, a imprensa preferiu
o folhetim à análise. Notadamente a análise científica.

No artigo "O legado do Columbia", publicado na edição passada deste
Observatório da Imprensa, o jornalista Ulisses Capozzoli lamenta que a
imprensa perca-se em detalhes irrelevantes e deixe passar a oportunidade de
trabalhar conceitos científicos interessantes. Um deles, segundo o
jornalista, é a idéia de "gravidade zero". Conceito tão interessante quanto
traiçoeiro, pois a explicação que Capozolli oferece para o fenômeno é
incorreta.

Diz ele, lá pelo meio do texto:

"A imponderabilidade (ausência de peso) em órbita é resultado da interação
de duas forças, a centrípeta e a centrífuga. [...] A centrípeta é a própria
atração da gravidade, enquanto a centrífuga é a tendência da nave de
escapar como uma pedra presa à ponta de um cordel que um experimentador faz
girar em torno de sua mão. Se o cordel se parte, a força centrífuga lança a
pedra à distância, impulsionada pelo movimento da mão do experimentador."

A aparente ausência de peso dos astronautas, ou de qualquer corpo em
órbita, deve-se ao fato de a gravidade puxá-los para baixo enquanto a sua
inércia tenta mantê-los viajando em linha reta. É como se estivessem
constantemente "caindo" sem nunca chegar ao chão. E nunca chegam ao chão
porque, do ponto de vista da espaçonave, que tenta mover-se em linha reta,
a superfície da Terra também está constantemente caindo. A sensação de
ausência de peso advém da inexistência de forças de contato, já que a
gravidade não deixa de agir no espaço.

Na órbita do Columbia, de 250 km de altura, a gravidade é apenas 8% menor
do que na superfície da Terra. Em condições normais, experimentamos a
sensação de peso devido à reação que os objetos oferecem à força que os
atrai para o centro da Terra. Quando nos sentamos, nosso corpo empurra a
cadeira para baixo, e a cadeira nos empurra para cima; quando estamos em
pé, empurramos a Terra para baixo com os pés e ela os empurra para cima.
Forças de contato aparecem sempre que seguramos e manipulamos objetos na
Terra. Assim, embora a gravidade continue a agir no espaço, todos os
objetos "caem" junto com o observador e não há qualquer interação que possa
criar forças de contato. Um efeito semelhante é experimentado num elevador
em queda livre ou num avião em mergulho. Para a pesquisa científica, e
também para o treinamento de astronautas, a NASA utiliza o "Cometa do
Vômito" – um KC-135A modificado para permitir longos mergulhos. Apesar do
mau gosto do nome, a aeronave permite experimentar por até 25 segundos a
sensação de ausência de peso.

Já a força centrífuga mencionada por Capozzoli, essa não existe. Ou melhor,
não existe em referenciais inerciais, necessários para a aplicação das leis
de Newton que foram mencionadas no artigo. A discussão do assunto é um
tanto técnica para ser tratada aqui, mas a sua demonstração é bem simples.
Basta que o experimentador mencionado de um dos parágrafo acima, o que gira
a pedra, deixe escapar o cordel que a prende. Livre da força centrípeta
aplicada pelo cordel, a pedra sai em linha reta, em direção tangente ao
movimento.

Questão de cidadania

A postulação da força centrífuga é um desses erros renitentes, que
atravessam o tempo perpetuados por livros didáticos e divulgadores que
copiam-se mutuamente. Alguns físicos a chamam de "pseudoforça" ou "força
fictícia", pois não se origina de nenhuma interação. Seria mais apropriado
chamá-la de "força virtual", já que ela pode aparecer quando tentamos
analisar o sistema a partir de um referencial não-inercial. Ao invocá-la,
Capozzoli não erra sozinho. O website da NASA menciona a força centrífuga
em vários de seus artigos, sem explicitar o tipo de referencial
considerado. Com certeza tal erro não foi cometido pelos cientistas
encarregados dos cálculos de órbita, ou jamais teriam chegado à Lua.

De qualquer forma, os assuntos ligados às diferentes condições no espaço
são fascinantes se abordados em linguagem acessível, e pouco explorados
pela imprensa. Um dos primeiros divulgadores da ciência a prever a ausência
de peso no espaço foi Júlio Verne em seus romances Da Terra à Lua (1865) e
Viagem ao redor da Lua (1869). O autor orgulhava-se da exatidão científica
de seus livros, embora estes exibissem alguns erros mesmo à luz da ciência
de seu tempo.

Nos dois romances citados, Verne previu que os astronautas experimentariam
a ausência de peso apenas em determinado ponto da viagem, no qual a
gravidade da Lua cancelaria a da Terra. Apesar da ciência que contém estar
desatualizada, a leitura das viagens extraordinárias do genial Verne
deveria ser estimulada entre os jovens. Entre os seus leitores mais
assíduos, Verne contava com o jovem Alberto Santos Dumont. Quem sabe não
teria sido Verne quem levou o brasileiro a sonhar em conquistar a imensidão
azul do céu?

Os jornalistas científicos de hoje cumprem parte do papel que coube a Júlio
Verne no passado, quando divulgam de forma acessível a ciência e a
tecnologia. Num país em que escritores, intelectuais e humanistas parecem
orgulhar-se de sua ignorância científica e tecnológica, a função é ainda
mais importante. Entender a ciência e a tecnologia de nosso tempo é questão
de cidadania. De que outra maneira se poderia opinar sobre a construção de
usinas nucleares, alimentos transgênicos, investimento em tecnologia
aeroespacial, biodiversidade, e outros temas contemporâneos tão relevantes?
O que não se pode fazer é esquecer da ciência no jornalismo científico.



SUBJECT: Divulc@t: Ciencia y Tecnologia
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2003 19:53


Ois. Um site interessante de divulgação científica em espanhol:

http://www.divulcat.com/inicio/index.php

Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRIFUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2003 22:34

Lígia escreve:
E também aproveitando o ensejo, já que só no dia de hoje eu vi você
citando tal nome duas vezes, pergunto: como se pronuncia Eötvös?

Léo: Assim: "Eötvös" (ligue o som, clique sobre o nome e ouça-me).

[]'


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRI FUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2003 22:46

"Recomenda-se" foi a maneira mais 'suave' que encontrei para 'impor a devida notação' já empregada no Olimpio científico. Uma boa referência, além de Pierre Lucie, temos toda a UFRJ.
Interessante um fato, alguns livros didáticos do ensino médio citam 'resultante centrípeta', outros fazem aquele angu franciscano e até dizem que a centrífuga é a reação da centrípeta, nos livros universitários alguns se preocupam com tal detalhe outros não; em material didático de 'cursinhos' a quase totalidade citam como 'resultante centrípeta'!
Todavia, posso ter exagerado nos adjetivos; "erro conceitual imperdoável".

Belisário: "... usar o termo força centrípeta significando o que o Daniel disse. Mas
aí é questão de gosto."

Léo: Já que é questão de gosto, que tal usar 'a que proponho'; eu gosto :-))

[]'
Léo
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisário" <belistas2@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 12 de fevereiro de 2003 19:45
Assunto: [ciencialist] Re: Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRI FUGA E A IMPONDERABILIDADE


At 18:55 12/02/03 -0300, you wrote:

>=> Léo: (b) Ulisses não sabe que "centrípeta" não é uma força de interação
>ou mesmo inercial; 'centrípeta' é a denominação que se dá
>à "resultante do sistema de forças, no referencial inercial" que é
>conveniente ao 'movimento curvo' (mudança da direção da velocidade). Ao
>estudar o giro uma pedra presa a um barbante, no referencial inercial, a
>RESULTANTE é centrípeta.
Desse modo, ao afirmar que "a imponderabilidade ... é resultado da
ínteração entre duas forças centrípeta e centrífuga" cometeu erros
conceituais imperdoáveis, misturou "resultante centrípeta" -- do
referencial inercial -- com força centrífuga -- força de inércia decorrente
do referencial relativo colocado na nave! Nada a ver uma ... e muito menos
a outra!

>Daniel: Centrípeta não é necessariamente a resultante. Pode haver diversas
>forças com componentes centrípetas, e essas componentes podem
>perfeitamente ser chamadas de centrípetas.
>
>==> Léo: Entendo que possamos estar circulando ao redor de 'termos' (força
>centrípeta ou resultante centrípeta) mas, no fundo, é mesmo questão de
>conceito. Nas nomenclaturas mais modernas (Pieri Lucie é um dos que cita
>isso ) recomenda-se a denominação 'resultante centrípeta' quando o
>movimento final é o circular e uniforme. (...)
>Continuo a considerar 'lógica' a denominação 'resultante centrípeta' para
>o MCU (que é o caso da nave espacial em órbita circular).

Recomenda-se usar, eis, pois. Daí a dizer que trata-se de um "erro
conceitual imperdoável" vai uma distância, não?
Aliás, sobre a logicidade da definição, eu, por mim, acho muito
lógico usar o termo força centrípeta significando o que o Daniel disse. Mas
aí é questão de gosto.
Belisário


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SUBJECT: Ovulos
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: <noosfera@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/02/2003 22:57

Alô Eduardo !!!

Lembrando o velho Spock, é fascinante o organismo
humano, algo belo, não?


>>>O show da vida!

Continuo como gemaba1, ok.


>>>E eu como Eduardo, embora vc tenha me rebatizado como Haroldo adiante.

;-)


Eduardo : Esses ovulos presentes nos ovarios de recem-nascidas sao muito
semelhantes aos ovulos dos ovarios das mulheres adultas.

gemaba1 : Muitos semelhantes é diferente de iguais, pois não? Você poderia
precisar melhor as difeenças, por menores que sejam, e ponderar sua
funcionalidade?

>>>Nao tenho mais detalhes. Talvez os foliculos de uma recem nascida sejam
menores q os de uma mulher adulta. Mas funcionalmente os ovulos imaturos sao
iguais.


gemaba1 : O processo de maturação do óvulo pode alterar a estrura
dos gens de alguma maneira.


>>>>Nao.


Poderia, por exemplo, haver acréscimo
de gen?

>>>>Nao.


Desculpe se a pergunta possa parecer absurda. Questiono
se os hormônios são apenas um estímulo para o ADN da mulher
procurar o ADN do homem?


>>>>Nao. Os ADNs sao apenas moleculas. Quimicamente nao existe ADN feminino
ou masculino.



O ADN dos óvulos são produzidos
ainda quando a mulher está no útero e não sofrem absulutamente
nenhuma mudança durante sua existência essencial desde a sua
produção?

>>>>Nenhuma.


Haroldo : Tem dois hormônios fundamentais p/ a ovulacao: o LH (Hormônio de

Leutenizacao) e FSH (Hormônio Estimulador de Foliculo).



>>>>Sim, tem, mas meu nome e' Eduardo.

;-)



gemaba1 : Se não for pedir demais você poderia falar de como e
quando a hipófise, o hipotalo e a tireode entram na festa?

>>>>A hipofise e a tireoide nao estao diretamente envolvidas nos hormonios
ligados aa ovulacao (FSH e LH). Esses sao produzidos pela pituitaria, mas o
hipotalamo tb participa do processo, secretando substancias q atuam sobre a
pituitaria na geracao desses hormonios.



gemaba1 : Caro Haroldo [EDUARDO!!!], vai como sugestão, provavelmente a
lista tenha
professores e um site animado mostrando seus comentários seria
perfeito, se souber de alguma indicação visual do processo agradeço.
O que acontece na maturação, não entendi mui biem?


>>>O ovario dentro do foliculo se desenvolve e produz estrodiol. Depois sai
do foliculo qdo completamente maduro.


gemaba1 : É interessante como partes do organismo se comunicam.
Esse desenvover mais que os demais é sugestivo, o que acontece
exatamente, insisto, existe alguma possibilidade de mudanças
no ADN, seja ela de que natureza for?


>>>>Um ovulo apenas esta' na frente dos outros, por algum motivo (maior
sensibilidade ao FSH, ou maior exposicao). Nao existe qq possibilidade dessa
maturacao afetar o ADN existente no ovulo.


gemaba1 : Uma indicação visual seria ótimo.

>>>>Nao tenho.




Gemaba1 : Uma pena não Haroldo [EDUARDO!!!], um leitor de formas seria o
máximo
pra se descobrir mais coisitas, quem sabe? Mas a pergunta persiste no
ar, pondero não ser uma dúvida mística. Você disse que os óvulos
são produzidos com o ser ainda no útero, pois quando nasce já
possui os óvulos. Esses óvulos sofrem pequenas mudanças como
você disse, mas parece que a mudança maior é o processo de
maturação. A pergunta seria, existe um ADN imaturo e um ADN
maturo, eles são idênticos? O ADN de todos os óvulos são
idênticos?

Saudações!!!
gemaba


>>>>O ADN nao muda nos ovulos imaturos e maduros.

Cada ovulo tem uma sequencia de ADN unica, q nao muda na maturacao.

Abs,
Eduardo Torres





SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/02/2003 23:30


>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica
>Date: Wed, 12 Feb 2003 11:37:22 -0300
>
>Léo: O colorido das bolas e roupas decorrem do uso de terras raras na
>composição das tintas. Essas, como muitas outras substâncias expostas ao IV
>e ao oxigênio do ar, oxidam-se lentamente, camada por camada. Um resultado
>dessa reação química é o descoloramento, outro é o 'amarelamento', como
>ocorre lentamente com o papel das bordas dos livros. As bolas 'vermelhas'
>de sinalização postas nos 'fios >elétricos' acabam por ficar brancas devido
>a essa lenta oxidação. Que há de quântico nisso?

Como todas as moléculas de tinta estão sob a mesma situação
(expostas à mesma radiação solar), elas deveriam se quebrar
ao mesmo tempo.

Guilherme





_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: Re: Mecânica clássica x quântica
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2003 08:19

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> PS: Lígia, escutou a pronúncia de "Eötvös"? Se não, clique
novamente sobre a palavra.

Léo...

Cansei meus dedinhos apertanto o botão direito, ora o esquerdo
do "mause" sobre a palavra como você indicou e nada, nenhum som além
do próprio ruído de botões sendo apertados! Portanto, de duas uma:
ou o nome Eötvös é impronunciável ou tem exatamente o som dos botões
do mause sendo apertados!

Assim a dúvida continua... e o que é pior, a curiosidade aumenta a
cada instante numa proporção geométrica!

Beijos "fustrados",

Lígia



SUBJECT: Ovulos e espermas
FROM: "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br>
TO: "noosfera@yahoogrupos.com.br" <noosfera@yahoogrupos.com.br>
CC: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2003 08:33

Olá Eduardo !!!

Desculpe Eduardo, sou uma conhecida anta de Acropolis, troco
nomes, troco letras, as vezes uma lástima!!! Continuo como
gemaba2.

<< Eduardo : Esses ovulos presentes nos ovarios de recem-nascidas sao muito

semelhantes aos ovulos dos ovarios das mulheres adultas.>>

<<gemaba1 : Muitos semelhantes é diferente de iguais, pois não? Você poderia

precisar melhor as difeenças, por menores que sejam, e ponderar sua
funcionalidade?>>

<<Eduardo : Nao tenho mais detalhes. Talvez os foliculos de uma recem nascida
sejam
menores q os de uma mulher adulta. Mas funcionalmente os ovulos imaturos sao

iguais.>>

gemaba2 : Desculpe Eduardo, senti uma dúvida em você acá, mas não tenho o que

ponderar porque, provavelmente, seus conhecimentos na área sejam maiores que

os meus.

<<gemaba1 : O processo de maturação do óvulo pode alterar a estrura
dos gens de alguma maneira.>>
<<Eduardo : Nao.>>
<<gemaba1 : Poderia, por exemplo, haver acréscimo de gen?>>
<<Eduardo : Nao.>>
<<gemaba1 : Desculpe se a pergunta possa parecer absurda. Questiono
se os hormônios são apenas um estímulo para o ADN da mulher
procurar o ADN do homem?>>
<<Eduardo : Nao. Os ADNs sao apenas moleculas. Quimicamente nao existe ADN feminino

ou masculino.>>

gemaba2 : Desculpe novamente, talvez tenha formulado mal a pergunta. Mas pelo
que sinto
você já respondeu conclusivamente. Na mulher, não existe qualquer alteração
do ADN
desde o nasccimento da mulher, até, por exemplo a fecundação de um óvulo maduro,

é isso mesmo?

<<gemaba1 : O ADN dos óvulos são produzidos
ainda quando a mulher está no útero e não sofrem absulutamente
nenhuma mudança durante sua existência essencial desde a sua
produção?>>
<<Eduardo : Nenhuma.>>

gemaba2 : Conversando com o Takata sobre o assunto ele me disse
que possa haver, na produção do óvulo, na meiose pelo que entendi
da Lígia Amorese variações do código copiado. Essa informação
procede? Você diz nenhuma com uma certeza muito grande e
confesso que tenho dúvidas sobre sua certeza? Pondere!!!

<<Eduardo : Tem dois hormônios fundamentais p/ a ovulacao: o LH (Hormônio de

Leutenizacao) e FSH (Hormônio Estimulador de Foliculo).>>
<<gemaba1 : Se não for pedir demais você poderia falar de como e
quando a hipófise, o hipotalo e a tireode entram na festa?>>
<<Eduardo1 : A hipofise e a tireoide nao estao diretamente envolvidas nos hormonios

ligados aa ovulacao (FSH e LH). Esses sao produzidos pela pituitaria, mas o

hipotalamo tb participa do processo, secretando substancias q atuam sobre a

pituitaria na geracao desses hormonios.>>

gemaba2 : Pelo que entendi somente estimulam o óvulo, no caso da mulher, certo?

Todos os óvulos tem ADN idênticos e não sofrem qualquer alteração desde
o nascimento da mulher até a fecundação ou espelimento do óvulo pela
mestruação? Desculpe, mas pelo que conversei com o Takata fico com dúvidas
de serem os óvulos essencialmente idênticos? Já se sabe quais os gens
que caracterizam os óvulos? Poderia falar um pouco de como são produzidos?
Podem ocorrer alterações aleatórias?

gemaba1 : Caro Eduardo, vai como sugestão, provavelmente a
lista tenha professores e um site animado mostrando seus comentários seria
perfeito, se souber de alguma indicação visual do processo agradeço.
O que acontece na maturação, não entendi mui biem?>>
<<Eduardo1 : O ovario dentro do foliculo se desenvolve e produz estrodiol. Depois
sai
do foliculo qdo completamente maduro.>>
<<gemaba1 : É interessante como partes do organismo se comunicam.
Esse desenvover mais que os demais é sugestivo, o que acontece
exatamente, insisto, existe alguma possibilidade de mudanças
no ADN, seja ela de que natureza for?>>
<<Eduardo1 : Um ovulo apenas esta' na frente dos outros, por algum motivo (maior

sensibilidade ao FSH, ou maior exposicao). Nao existe qq possibilidade dessa

maturacao afetar o ADN existente no ovulo.>>

gemaba2 : Mas existe possibilidade dos óvulos não serem exatamente iguais,
seus ADN´s, quando produzidos? Ou todos são idênticos?

<< gemaba1 : Uma indicação visual seria ótimo.>>

<<Eduardo1 : Nao tenho.>>

gemaba2 : Uma pena, uma gif animada com o processo seria muito
interessante.

<<Gemaba1 : Uma pena não Eduardo, um leitor de formas seria o
> máximo
> pra se descobrir mais coisitas, quem sabe? Mas a pergunta persiste no
> ar, pondero não ser uma dúvida mística. Você disse que os óvulos
> são produzidos com o ser ainda no útero, pois quando nasce já
> possui os óvulos. Esses óvulos sofrem pequenas mudanças como
> você disse, mas parece que a mudança maior é o processo de
> maturação. A pergunta seria, existe um ADN imaturo e um ADN
> maturo, eles são idênticos? O ADN de todos os óvulos são
> idênticos?>>

<<Eduardo : O ADN nao muda nos ovulos imaturos e maduros.
Cada ovulo tem uma sequencia de ADN unica, q nao muda na maturacao.>>

gemaba2 : Continuo com a dúvida se todos os óvulos da mulher são
idênticos entre si? Se não, porque? Existem gens que determinam
o que serão os óvulos, pois não? Agradeceria outras ponderações.
Outra coisa, no caso do homem a coisa é diferente, pois não?
Os homens não nascem com o esperma já produzido, pois
não? A possibilidade de haver alteração no ADN é maior
no homem, desde o início de sua produção? Ou a resposta
é a mesma no caso do óvulo? Não existe qualquer
diferença dos ADN contidos nos espermas?

Obrigado Eduardo e mais uma vez desculpe a distração
desse seu acá colega pela troca dos nomes, sorry!!!

Sinceramente!!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br


Abs,
Eduardo Torres







http://www.ieg.com.br


SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2003 08:55

| >Léo: O colorido das bolas e roupas decorrem do uso de terras raras na
| >composição das tintas. Essas, como muitas outras substâncias expostas ao IV
| >e ao oxigênio do ar, oxidam-se lentamente, camada por camada. Um resultado
| >dessa reação química é o descoloramento, outro é o 'amarelamento', como
| >ocorre lentamente com o papel das bordas dos livros. As bolas 'vermelhas'
| >de sinalização postas nos 'fios >elétricos' acabam por ficar brancas devido
| >a essa lenta oxidação. Que há de quântico nisso?
|
Guilherme
| Como todas as moléculas de tinta estão sob a mesma situação
| (expostas à mesma radiação solar), elas deveriam se quebrar
| ao mesmo tempo.
|

As moléculas, nem de longe e nem de perto, estão todas na mesma situação, estão dispostas em camadas; 'bilhares' de camadas para dar a espessura que convém à tinta protetora das ferragens, à coloração das bolas e o tingimento das camisas vermelhas quânticas. A oxidação é lenta (pois a energia de ativação à reação é pequena, mergulhando de camada após camada). Se vc usar da proteção adequada, o tempo de oxidação aumenta mais ainda; é o que se faz, por exemplo na pintura de automóveis, revestindo-a com um verniz incolor protetor. Esse verniz é relativamente opaco ao IV e impede o contato direto da tinta com o oxigênio do ar (do mesmo modo, vc diminuirá o amarelamento das páginas do livro se plastificar todas as páginas!).
A pintura do carro oxida se vc intensificar a concentração de luz solar num dado ponto, é o que acontece com esse pessoal que lava carro e deixa gotas de água sobre a pintura, ao sol. Cada gota de água age como uma lente convergente (plano-convexa) cujo foco recai justamente sobre a camada de tinta, aquecendo-a, estufando-a, rompendo o verniz e oxidando com notória rapidez ... os lindos pontos de ferrugem que se instala 'na pintura'.

Off Topic: Eis uma das dezenas de motivos porque jamais lavo ou mando lavar carro. Sugestão: Nunca lave carro nacional! A proteção geral da ferragem foi planejada para clima seco e povo inculto; lavar carro é o primeiro passo para a compra de outro, novo!
Meu carro de rancho é uma caravan 78 que só vê água quando estacionado à margem do rio Pardo e quando chove ... tá imundo, porém inteiro e perfeitamente funcional.

Ah! Ia esquecendo: coloque a camisa vermelha quântica dentro de um saco plástico aberto, coloque tudo dentro do microondas e ligue para 2 minutos, após isso feche a quente o saco plástico (isso fará um "vácuo" caseiro dentro do saco) e guarde-o no fundo de uma gaveta. Com esse tipo de proteção a camisa vermelha quântica permanecerá vermelha até o dia em que ocorrer o apocalipse quântico previsto pelo Alberto ... nem um dia mais!

[]'
Léo

PS: Lígia, escutou a pronúncia de "Eötvös"? Se não, clique novamente sobre a palavra.



SUBJECT: Esboco para um texto
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2003 09:28

Mesmo sem a figura típica da radiação (que não posso inserir aqui) apreciaria comentários sobre esse esboço didático (e sem matemática) para a radiação do corpo negro (ensino médio). Sejam brutais!
[]'
Léo
=============================

Radiação de corpo negro
Apesar de que quanto mais 'quente' se encontrar um objeto mais radiação será emitida e maior será a freqüência média da sua radiação, o espectro de emissão de diferentes corpos à mesma temperatura poderá ser bastante diferente. Existe, no entanto, uma classe de objetos hipotéticos, denominados corpos negros, nos quais o espectro de emissão depende apenas da sua temperatura. Tal como o nome indica, um corpo negro absorve toda a radiação incidente, qualquer que seja a sua freqüência, direção de incidência ou estado de polarização. O termo corpo negro, entre vários outros da Física, conduz a uma confusão, especialmente quando acompanhado pela afirmação vaga de que 'um corpo com boa absorção é também um bom emissor'. O 'bom' depende do ponto de vista de cada um; para um projetista de coletores solares, um bom absorvedor é aquele que não emite nada! Além disso, quando se diz que um objeto negro - meu disquete Maxell - 1,44 Mb, por exemplo - é um bom emissor, as pessoas podem ficar intrigadas, visto que, aos seus olhos, ele não está emitindo coisa alguma. Finalmente, pergunto-me que pedagogia existe em introduzir a radiação do corpo negro através de qualquer coisa que não existe.

Um termo para a radiação do corpo negro que dá uma melhor idéia da sua origem é radiação de equilíbrio. Imagine uma cavidade feita em qualquer tipo de material, sendo as suas paredes opacas a todas as radiação, o que pode ser conseguido se forem grossas. Para bem exemplificar digamos que tal material onde se efetuou a cavidade é alumínio, que não é certamente um corpo negro: o alumínio, especialmente se for polido, é um bom espelho, não só para a radiação visível, mas também para a radiação que vai do ultravioleta às freqüências de rádio.

Uma radiação de todas as freqüências é continuamente emitida pelas paredes, assim como absorvida e refletida. Quando é atingido o equilíbrio (isto é, a temperatura das paredes da cavidade não se altera com o tempo), o espectro da radiação no interior da cavidade real é o mesmo que o emitido por um hipotético corpo negro. Para percebermos porque isto acontece, imagine-se um corpo negro colocado na cavidade; ele é banhado por toda a radiação emitida e refletida pelas paredes. Quando a temperatura do corpo cessa de se alterar, a velocidade (taxa) com a qual ele emite radiação deverá ser igual àquela a que absorve a radiação que incide sobre ele. Por definição, absorve toda a radiação incidente. À temperatura constante significa que o espectro de emissão do corpo negro é o mesmo que o da radiação que ele absorve, que não é mais que a radiação de equilíbrio que preenche a cavidade.

Apesar de um pedaço liso de alumínio não ser um corpo negro, uma cavidade de alumínio fica preenchida com radiação característica de um corpo negro devido à reflexão múltipla da radiação emitida pelas suas paredes. Os corpos negros, no verdadeiro sentido da palavra, não existem, mas a radiação de corpo negro existe - é a radiação em equilíbrio com a matéria. Devo frisar, apesar do conhecimento geral, que todos os corpos, negros ou não, que se encontrem a temperaturas acima do zero absoluto emitem radiação de todas as freqüências. Os corpos não emitem uniformemente; a freqüência de pico de emissão depende da temperatura. O pico do espectro de emissão de corpos às temperaturas terrestres situa-se no infravermelho. Considere, por exemplo, o espectro de emissão do corpo negro, abaixo ilustrado, para as temperaturas de 250 K (- 23oC) e 320 K (47oC).

ilustração:Espectro de emissão do corpo negro. A maior parte dos objetos terrestres são quase corpos negros. A temperaturas normais, o pico do seu espectro de emissão situa-se na região infravermelha,entre 8 mm e 12 mm.

Corpos negros a temperaturas compreendidas entre estes valores emitem radiação de todas as freqüências, mas o pico do seu espectro encontra-se na região de comprimentos de onda entre 8 mm e 12 mm (1 mm = 1 micrometro, que é uma milionésima parte do metro). A energia irradiante total emitida por qualquer objeto é proporcional à área compreendida pelo seu espectro de emissão (área no gráfico). Para o corpo negro, ela é proporcional à quarta potência da sua temperatura absoluta. Desta forma, um corpo negro a 320 K emite praticamente três vezes mais energia irradiante do que um corpo negro do mesmo tamanho a 250 K; ambos emitem sobretudo radiação infravermelha.

Por vezes trocamos, abruptamente, de freqüências para comprimentos de onda, por conveniência. É equivalente especificar uma radiação através do seu comprimento de onda, embora a freqüência seja uma quantidade mais fundamental.

A maior parte das coisas terrestres - areia, mar, florestas, solos e até a neve - são quase corpos negros. A neve é a mais negra de todos. E também a mais branca. Não, não é uma charada e, para ver isso, continuemos. Somos, se pensarmos em termos da totalidade do espectro, praticamente cegos e, como conseqüência, opticamente provincianos. Para nós, a neve é branca - quando iluminada por luz branca como a do Sol, por exemplo. A neve limpa e fina pode refletir mais de 94 % da radiação visível que incide sobre ela. Os nossos olhos não podem dizer-nos quanta radiação invisível ela reflete.Estaríamos a especular grandemente se disséssemos que, pelo fato de a neve ser branca (isto é, altamente refletora) para comprimentos de onda visíveis, será branca para todos os comprimentos de onda. A neve é negra, assim como o são a maior parte dos objetos naturais, para o tipo de radiação infravermelha emitida pelos objetos à temperatura normal. A afirmação posta acima de que a neve é a substância mais negra e simultaneamente mais branca do nosso planeta é, de fato, verdadeira, mas é necessário que seja 'clarificada' para que faça sentido, assim como todas as afirmações acerca do que é preto e do que é branco.

O meu disquete Maxell, aqui 'on the table' emite radiação que não vejo. Visto que não reflete muita radiação que possa ver, digo que ele é preto. Pelo mesmo critério - baixa reflexão -, ele também seria negro para comprimentos de onda na gama do infravermelho; mas também o seriam os disquetes mais modernos aos quais chamo de brancos. Tenho visto fotografias, tiradas com o uso de radiação infravermelha, de pessoas de diferentes raças. Entre cerca de 3 mm e 15 mm, a pele humana é aproximadamente um corpo negro. Todos nós somos negros no infravermelho, por mais resplandecentes e deslumbrantes que possamos ser à luz do Sol.Tenho usado o termo infravermelho de uma forma despreocupada. A radiação infravermelha a que me referia era a emitida por objetos às temperaturas terrestres normais.

No início do trabalho anterior "Radiações"- Sala 19 - fiz o esboço da descoberta da radiação infravermelha feita por William Hershell. No entanto, esta não era a radiação infravermelha terrestre. Hershell apenas aflorou superficialmente o vasto reino do infravermelho, que se estende desde cerca de 0,7 mm a 1000 mm. Ele descobriu aquilo que chamamos infravermelho próximo (note-se novamente o provincianismo: próximo significa «próximo do visível»). A radiação terrestre é denominada infravermelha intermediário por uns e infravermelha remota por outros. Por infravermelho próximo referimos-nos a comprimentos de onda menores que 1,5 mm; por infravermelho remoto a comprimentos de onda para lá de 5,6 mm.O Sol emite radiação infravermelha, que constitui cerca de metade da sua energia irradiante. A maior parte desta radiação situa-se entre 0,25 mm e 2,5 mm, enquanto a maior parte da que é emitida pelos objetos terrestres se encontra entre 4 mm e 24 mm. Visto que estas duas regiões de comprimentos de onda não se sobrepõem, podemos fazer uma distinção entre a radiação solar (ou radiação de ondas curta) e a radiação terrestre (radiação de onda longa ou térmica).

A radiação infravermelha, sem especificação, refere-se muitas vezes à radiação terrestre, mas, para evitar confusões, é melhor especificar quais os comprimentos de onda de que estamos a comentar. Por exemplo, um filme para infravermelho de fácil obtenção é sensível ao infravermelho próximo. Já as fotografias infravermelhas de satélite podem ser tiradas com radiação infravermelha do próximo ao remoto. A fotografia de infravermelhos próximos explora a radiação solar dispersa, enquanto a fotografia de infravermelhos remotos explora a radiação emitida. A distinção não é trivial: a fonte de infravermelhos próximos desaparece bastante com o pôr do Sol, enquanto os infravermelhos remotos são emitidos dia e noite.

Dado que a maior parte dos objetos terrestres são praticamente negros para o tipo de radiação que emitem, as suas temperaturas podem ser medidas sem ser necessário tocar-lhes. Se pudéssemos medir a reação da radiação emitida por um corpo negro a dois (ou mais) comprimentos de onda, digamos 6 mm e 8 mm (ver o espectro de emissão na ilustração acima), poderíamos inferir a sua temperatura. Os aparelhos capazes de fazer isto, denominados termômetros de infravermelhos, existem, apesar de não serem nada baratos!

===========================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica - Off Topic
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2003 09:54

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Wednesday, February 12, 2003 2:09 PM
Subject: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica - Off Topic

> Lembro de ter sido o único aluno do científico (1o
> ano) a ter a primeira tradução do livro Física - Mecânica - Calor -
> Acústica - Francis Weston Sears (Ed. Gertrum Carneiro) - Janeiro - 1953
> (ganhei como presente de natal!).

Putz, que saudade. Eu sou um pouquinho mais jovem (não muito, 1942) e também
de escorpião. Lembro-me muito da Coleção Sears. No curso universitário de
hoje acho que não se estuda metade da física que nós estudávamos no colegial
(sem muito cálculo, é verdade, mas assim mesmo num nível bem aprofundado).

> Vamos ao que realmente interessa (:-), Marcia vai fazer exame para
> Ministério Público - Promotoria -em 9 de março (domingo - 14 h) no 5o
> andar - Bloco B - Sala 503 B no Inst. São Judas Tadeu, Mooca...

Vou estudar esse assunto e oportunamente reponderei em pvt. Não há o que
temer, pois os índios da Mooca são pacíficos. Vou providenciar uns sinais de
fumaça para que ela localize a Universidade. ;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2003 10:32

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese"
Sent: Wednesday, February 12, 2003 3:59 PM
Subject: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica

> Mas tem uma coisinha aqui "pinicando" meu entendimento... um fóton por
> concepção "artística" é puntual, sem massa, sem carga e a energia que
> ele "carrega" advém da inércia, ou do movimento que adquiriu quando
> de sua emissão.

Essa concepção "artística", em especial as características pontual ou sem
massa, é invenção da física do século XX. Classicamente falando isso
parece-me não fazer sentido algum. Com respeito à pontualidade, não conheço
nenhum clássico, de Newton a Maxwell, que tivesse levado isso a sério, a não
ser como algo a satisfazer uma idealidade (resolução de problemas
específicos). Isso só faz sentido quando, e somente quando, pudermos
desprezar efeitos decorrentes do que os físicos modernos chamam
localidade/não-localidade. Rigorosamente falando a aproximação é válida, em
termos absolutos, apenas para a estática. Mas física não é estática! A
física é, acima de tudo, dinâmica. Na estática podemos sem medo considerar a
massa como ocupando o centro de massa de um corpo. Na dinâmica clássica isso
é uma aproximação que dará certo se, mas somente se, as velocidades
relativas em consideração forem bem inferiores às velocidades de interação
entre as próprias partículas de um mesmo objeto. Isso não tem nada a ver com
a relatividade de Einstein, isso é física 100% newtoniana. Simplesmente
Newton não sabia qual seria essa velocidade de seu "espírito da matéria",
que hoje sabemos ser da ordem da velocidade da luz (e muito provavelmente é
exatamente a mesma velocidade c da física moderna).

Exemplificando: Se eu desloco o meu computador de lugar, o centro de massa
da Terra, ou as moléculas que estão próximas a esse lugar geométrico,
somente saberão que houve o deslocamento após um intervalo de tempo igual
a R/c, onde R é o raio da Terra. Pode-se demonstrar que isso não irá alterar
em nada os cálculos relacionados ao movimento da Terra ao redor do Sol. Mas
nem sempre as coisas são assim. Existe pelo menos um fenômeno bem conhecido,
e que ocorre no sistema solar, a mostrar que essa aproximação, a desprezar
velocidades relativas, nem sempre pode ser feita sem que isso nos induza a
cometer erros. Estou falando daquele minúsculo desvio do perihélio de
Mercurio, alguns segundos de arco por século, e que dizem que a física
clássica é incapaz de explicar. Ora, ela não explica tão somente por estar
sendo aplicada de maneira indevida. É fácil demonstrar que movimentos
relativos, efetuados em velocidades não desprezíveis em relação à velocidade
desse espírito da matéria newtoniano (ou da propagação dos campos de
Faraday, se preferir), somente admitirão uma solução, a adequar-se à física
genuinamente newtoniana, se levarmos em consideração um aparente
deslocamento do centro de massa dos corpos em consideração. Ou seja, se
quisermos utilizar aquele artifício de aproximar uma solução da dinâmica de
baixas velocidades (quase-estática) para a dinãmica de altas velocidades,
isso fará sentido se, mas somente se, efetuarmos essas correções contidas
nas entrelinhas de toda a obra de Newton e totalmente previsíveis
utilizando-se a relatividade de Galileu.

Esse efeito não deve ser válido apenas para o macrocosmo. No microcosmo,
muitos dentre os movimentos relativos dão-se em grandes velocidades, da
ordem de c. Se considerarmos as partículas puntiformes, a ocuparem um espaço
absurdamente nulo, estaremos por definição desconsiderando qualquer possível
efeito relacionado a um aparente deslocamento de seu centro de massa. Essa
desconsideração pode nos levar a erros incríveis. Por menor que seja a
partícula, ela deve ter um centro de massa equivalente ao observado nos
corpos macroscópicos. E este sujeita-se a desvios "aparentes" do mesmo tipo
descrito acima. É um efeito ilusório, porém a ser levado em consideração nas
equações, *se pretendermos conservar o modelo clássico*. Se dissermos que a
partícula é puntiforme, estaremos cometendo um erro infinitesimal capaz de
se propagar numa integração, por exemplo, de maneira a se traduzir num
erro resultante brutal.

> O "campo" gerado por tal movimento é o que você está
> considerando como "campo de informações emitidas" por ele?

Sim. Esse seria, a meu ver, o campo mais elementar e, ao mesmo tempo, a
razão de ser de todos os demais campos relacionados a forças. Em sua
expressão mais simples, esse campo seria algo do tipo do "andar no vácuo"
dos automobilistas, se bem que no microcosmo as partículas já estão no
vácuo, e portanto a analogia não é perfeita. Ou seja, a partícula ao se
propagar pelo espaço emite um campo que informa esse seu movimento no
sentido de um "abre-alas que eu quero passar" (como se fosse um empurrar a
distância). Literalmente falando, ela empurra a distância tudo o que esta a
sua frente, e certamente receberá uma reação dinâmica conveniente (o que
pode até mesmo provocar uma reflexão total). Esse campo, visto por trás, tem
o efeito oposto, qual seja, o de aspirar ou puxar, e daí a analogia que fiz
com o andar no vácuo dos automobilistas. Se ao invés de uma translação, o
movimento da partícula for de rotação em torno de um eixo, o efeito será a
produção de informações em vórtice, como que tendendo a fazer com que as
demais partículas a sua volta passem a circular em torno da primeira. Isso
equivale ao que é observado num viscosímetro de Couette: um cilindro gira, e
o líquido a sua volta acabará acompanhando esse giro e, após um certo tempo,
cria o que chamamos um campo de velocidades (essa analogia macroscópica
também é do tipo andar no vácuo). Se duas partículas estiverem girando, o
campo de uma provocará uma atração ou uma repulsão na outra (a semelhança do
observado macroscopicamente com o barco de Flettner), conforme os giros se
dêem em sentidos antiparalelos ou paralelos.

Os princípios básicos que estão por trás de tudo isso seriam: 1) a ação e
reação de Newton (pensado sob o ponto de vista da dinâmica e, portanto, com
os correspondentes potenciais retardados); 2) o princípio de Arquimedes
(também pensado sob o ponto de vista da dinâmica -- a esse respeito, diria
relacionar-se ao que o Léo chama "empuxo de Newton --
http://www.feiradeciencias.com.br/sala07/07_T04.asp ); 3) o princípio de Le
Chatelier da físico-química; 4) a Lei de Lenz do eletromagnetismo; 5) o
andar no vácuo dos automobilistas; 6) o princípio a responder pela
viscosidade. Na realidade seria um princípio fundamental a englobar todos
esses ou, melhor dizendo, seria um princípio geral do microcosmo e que
macroscopicamente se traduziria nesses princípios específicos.

> Lígia: Sem esse efeito de "fader" sugerido pela curvatura de tais
> raios, as sombras teriam linhas limítrofes bem definidas diga-se de
> passagem, coisa que não acontece na natrueza... há uma gradação sim
> promovida pelo "encurvamento" dos raios tanto mais significativos
> quanto mais próximos ao limite da sombra. E entender a experiência
> da dupla-fenda levando-se em consideração esse princípio simples é
> muito engenhoso. :)

Sem dúvida. E é um erro muito grande assumir que Newton pensava de maneira
diferente, como dá a entender o Colucci no início do trabalho sobre a
dupla-fenda (msg 20799): "Os membros da Royal Society of London não podiam
pensar diferente. Afinal, o próprio Newton dissera, em 1704, que a luz viaja
em linha reta e, portanto, só pode ser formada por projéteis minúsculos,
jamais por ondas como propôs Huygens. Se fosse uma onda, dizia o grande
Newton, o contorno da sombra dos objetos colocados ao sol não seria nítido."
Eu nem comentei nada, pois o Colucci deu a entender que eu não deveria me
intrometer nesses assuntos, e que me limitasse a corrigir a minha
interpretação do fenômeno [o máximo que fiz a respeito foi uma correção de
datas e estou aguardando as diretrizes de como proceder a correção do meu
texto, como afirmei na msg 20803]. Se é verdade que Newton disse isso, e não
é impossível que o tenha feito, certamente o contexto deve ter sido outro,
pois eu creio não ser impossível citar pelo menos dez trechos da obra de
Newton onde ele dá a entender exatamente o contrário, é só questão de
procurar. Sem dúvida, está se repetindo aqui o que se diz por todos os
cantos do mundo, mas esse é um erro crasso e igual a infinitos outros que os
físicos modernos adoram propagar, sei lá com que vantagens. Quando eu digo
que eles são enganadores, ou então inocentes repetidores de enganações de
outros, eles ficam bravos. Mas parece-me que aí está uma prova. Enfim,
trata-se apenas de uma denúncia que pode ou não ser constatada.

> A idéia do "branqueamento instantâneo" e corrija-me
> se eu estiver errada, parece advir da má interpretação do que se
> sucedeu quando da interpretação do Eletromagnetismo de Maxwell para a
> distribuição das emissões por comprimento de onda de um corpo em dada
> temperatura. A pertir de tal interpretação e, levando-se em conta o
> que é postulado pela Distribuição de Energia de Boltzman que toma tal
> distribuição por contínua, previu-se que haveria uma distribuição
> infinita de energia para a região ultravioleta, o que é em si um
> absurdo e ficou conhecido como o "colapso do Ultravioleta".

É mais ou menos por aí. Eu diria que o erro fundamental reside na noção de
que a única explicação possível seria aquela dos elétrons oscilantes. Isso,
sob certos aspectos que nem os quânticos sabem explicar, ainda é repetido
profusamente até hoje. Planck tentou verificar qual a matemática se
encaixaria nessa idéia de elétrons oscilantes, e somente encontrou uma saída
se a luz fosse emitida em pacotes de dimensões fixas múltiplas de uma
constante. É importante perceber que Planck nunca se conformou com esse
algoritmo, e é importante perceber que ninguém melhor do que ele sabia o que
poderia representar fisicamente esse algoritmo que dava certo. Era uma
coincidência fantástica, nada mais do que isso. Cerca de onze ou doze anos
depois Rutherford fez uma experiência a mostrar que o átomo não era nada do
que se pensava quando Planck criou esse algoritmo, que caia como uma luva
apenas no modelo de átomo de Thompson (elétrons oscilando em meio a um
fluido positivo, ou modelo em pudim de passas). Ora, a partir da experiência
de Rutherford a idéia física de quantum de luz, que não era exatamente de
Planck, mas de seus seguidores, foi definitivamente falseada. Não existe
quantum de luz, mas tão somente uma estrutura atômica a impedir que a luz
fosse absorvida ou emitida pelos átomos de maneira diversa daquela prevista
na fórmula de Planck. Mas porque a fórmula deu certo? Muito simples, porque
a física que está por trás disso comporta essa matemática, mas não retrata
exatamente essa matemática. Da mesma forma que um movimento circular tem sua
projeção num eixo como um movimento oscilatório, um elétron ao passar de uma
órbita para outra terá uma variação da projeção de seu movimento como se a
sua oscilação tivesse sido amortecida por um fator proporcional à
intensidade da luz emitida. Se esse efeito (mudança de órbita) for
quantizado (quantização clássica), a luz sairá em pacotes, mas isso não
retrata a natureza quântica da luz em si.

> Plank então, a fim de "corrigir" tal disparate, propôs que a
> distribuição ao invés de contínua, aconteceria de forma "discreta" ou
> que a emissão de energia dá-se na forma de quantidades mínimas
> inquebrantáveis, o "quantum". Daí a imaginar que o "branqueamento"
> dá-se da mesma forma é um pulinho...

Você está certa ao suspeitar que essa história do branqueamento parece ter
alguma coisa a ver com esse fenômeno em si, independentemente da explicação
ser clássica ou quântica. Perceba que ao dizer que a luz não é quântica, eu
não estou me livrando de ter que assumir que o fenômeno dá-se
obrigatoriamente em frações a que estou chamando pacotes clássicos. As
implicações dessa diferença não tem nada a ver com a experiência em si
(corpo negro) mas com os princípios das possíveis físicas a se apoiarem ou
numa interpretação, ou na outra. É por isso que eu tenho dito que essa
experiência do branqueamento não comprova nada, a não ser aquela tentativa
infantil, demonstrada por alguns quânticos, de se protegerem de um furacão
que estão pressentindo vir de todos os lados. Eles não sabem mais onde se
segurar, então se agarram em qualquer argumento, por mais tolo que seja.
Essa história de que "as moléculas de tinta deveriam se quebrar ao mesmo
tempo" é totalmente sem fundamento, não refresca em nada a situação, não
explica nada, não se firma em nada sólido e nem favorece teoria nenhuma, nem
quântica nem clássica. É apenas uma bengala que está prestes a se quebrar.

> Lígia: Ao admitir-se os postulados de Plank como a autêntica
> interpretação da natureza do "branqueamento discreto", o que se está
> fazendo é apenas levar em consideração uma "correção" matemática em
> uma equação como "verdade verdadeira"... novamente é o caso de
> engolir a papa sem se preocupar em mastigá-la nem digeri-la.

É possível que você esteja certa no que diz, mas eu não consigo mais
visualizar esse erro, pois raramente consigo me enganar com uma explicação
na qual nem o próprio Planck acreditava como verdadeira. Eu diria que você
está tentando estudar a lógica de um erro que alguém cometeu, e eu não
consigo mais conviver com esse erro, a ponto de formular essa lógica. Não
sei se você entende o que estou pretendendo dizer. É como se eu quisesse
justificar uma loucura da qual já consegui me curar. Já senti isso no
passado, há cerca de 20 anos, quando eu gostava da física moderna, mas não é
fácil voltar a acreditar no que hoje parece-me uma loucura.

> > Voltando ao questionamento. Se o fenômeno se dá pela interação luz
> > matéria, porque seria de se esperar um comportamento instantâneo e
> > igual para todas as moléculas?

> Lígia: Seria de se esperar pelo que Boltzman postula quando admite
> que a distribuição de energia é contínua... isso levando-se em
> consideração a energia contida em "emanações" luminosas sendo
> espalhadas sobre uma superfície colorida.

Até aí eu concordo, mas quando essa distribuição contínua atinge a camiseta,
porque eu haveria de esperar uma resposta idêntica de todas as moléculas e
ao mesmo tempo? Estariam todas as moléculas recebendo essa energia de
maneira idêntica? Pense nos fótons como cápsulas espaciais entrando na
"atmosfera" de um átomo. Entrariam todos com o mesmo ângulo de incidência em
todos os átomos, como se os átomos fossem bolinhas? Atingiriam todos os
elétrons da mesma maneira? Isso a meu ver só iria acontecer se as moléculas
fossem realmente puntiformes. Mas não são. A distribuição da energia
luminosa pode ser pensada, sob certos aspectos, como contínua. Mas a
estrutura da matéria sobre a qual essa luz incide não é contínua, nem é tão
simples quanto parecem imaginar alguns principiantes em quântica.

Os quânticos mais matreiros sabem que isso eles não vão conseguir explicar
nunca, então ficam quietos, fecham-se em copas e deixam os jovens dizendo
asneiras sozinhos e totalmente desamparados. E são apenas esses que ousam me
enfrentar, quase sempre de maneira desrespeitosa. Acontece que eu sou
newtoniano, e sei perfeitamente trabalhar com o princípio da ação e reação.
;-) E eles nem isso conseguem fazer dignamente. Enfim, são jovens e, como eu
disse, estão totalmente desamparados. Não há como não perdoá-los, pois eles
não sabem o que falam.

> > Mas em que teoria clássica está escrito que
> > moléculas e corpúsculos de luz são puntiformes?

> Lígia: Moléculas são estruturas atômicas e apenas seus eletrons de
> última valência estariam envolvidos nisso. Os fótons são admitidos
> como puntiformes.

Dentro de certas aproximações sim, pode-se admití-los como tais. Mas será
que ao estudar a lei de Malus eu poderia continuar dizendo que os fótons são
sempre puntiformes? E se eu interpretar o efeito Malus como um giro dos
corpúsculos de luz? Um ponto gira? Com respeito aos elétrons da camada de
valência eu diria o mesmo. Se eles estão em órbitas, eles não ocupam uma
posição fixa, logo a molécula que os contém não pode ser pensada como
puntiforme. E por motivos outros, nem mesmo o elétron pode ser pensado como
tal.

> Em todo caso, como você explicaria
> a distribuição de energia? Seria ela sempre contínua?

Não. Explicaria da mesma maneira explicada por Planck, apenas sem apelar
para a existência dos elétrons oscilantes. Aliás, isso foi mais ou menos o
que Bohr fez, ao constatar que essa mesma constante h dos osciladores de
Planck era uma constante atômica e a aprisionar os elétrons em órbitas
permitidas. Ou seja, segundo a interpretação da experiência de Rutherford,
efetuada por Bohr em sua teoria quântica primitiva, os elétrons somente
poderiam emitir pacotes quantizados de luz, exatamente aquela fração de
energia a caracterizar a diferença de duas órbitas permitidas. O problema
estava em explicar o que seriam essas órbitas permitidas conservando-se a
lei de Coulomb e o restante da teoria de Maxwell. Bohr fracassou nessa
explicação, e desse fracasso redundou a teoria quântica atual. E é por isso
que eu repito, sempre junto a minha assinatura, que o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana, pois se fosse não haveria uma solução clássica a
explicar este problema levantado por Bohr. Mas esse é outro assunto.

> Então, como
> explicar que não há um colapso do Ultravioleta quando levando-se em
> conta as Equações de Maxwell para distribuição das emissões por
> comprimento de onda?

Da maneira como expus acima. Acrescento apenas que nos dias atuais as
equações de Maxwell não me incomodam mais, pois sei que elas não funcionam
no microcosmo, e portanto não há porque insistir nesse erro. O modelo de
Maxwell é excelente para as condições propostas por Maxwell, mas dá crepe
quando pensamos nas adaptações sugeridas por Lorentz.

> Lígia: Entendo. A quântica "apenas" admite a idéia de quantum de
> energia e toda uma parafernalha matemática endossou tal idéia. Volto
> então a perguntar: se a emissão de energia por um corpo é sempre
> contínua, não levando-se em conta a quantização da mesma, como
> explicar que não haja um colapso qualquer em determinada faixa do
> espectro?

Como expus acima, a emissão de energia não é sempre contínua, mas exatamente
como demonstrou Planck, em pacotes discretos. O erro não reside aí, mas sim
na interpretação provisória que Planck deu a seu modelo e com a qual jamais
se conformou. Hoje sabemos que não existem os elétrons dos átomos de Thomson
a oscilarem à moda de Lorentz, logo o que resta do trabalho de Planck é
apenas a matemática, e ele estava perfeitamente ciente disso.

Com respeito à quantização, posso dizer duas coisas: 1) Esses pacotes
discretos (também chamados fótons) não são exatamente quanta de luz, mas
retratam tão somente a natureza discreta do processo de emissão (pode-se
dizer que seria uma emissão quantizada, mas creio que o termo estaria sendo
aplicado indevidamente). 2) Nada impede que esses pacotes sejam em teoria
passíveis de serem subdivididos em corpúsculos menores (esses sim, seriam os
quanta clássicos), mas esse é um assunto a ser pensado em teorizações sobre
a natureza da luz, a se apoiarem em outros fenômenos e não apenas aqueles
que estamos discutindo no momento.

O que quero dizer é o seguinte: a quantização quântica (perdoe-me pela
redundância) é a meu ver uma ficção e não é impossível que exista uma
quantização clássica da luz (corpúsculos de Newton), supondo-se realmente
uma natureza corpuscular e não ondulatória e/ou eletromagnética. Mas esse é
um tema a ser estudado com muita cautela.

> Em todo caso, vale salientar: para que a
> quântica seja derrubada, há a imperiosa necessidade de explicar COMO
> a distribuição de energia acontece, caso não seja em quanta...

Sem dúvida. Essa é *uma* das minhas preocupações principais, muito embora
outros aqui da Ciencialist achem que eu deveria me preocupar com detalhes
outros, importantes, porém secundários. Fico feliz em perceber que você
demonstra um elevado grau de intuição, não apenas por esse questionamento
mas por muitos outros, desta e de outras mensagens.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2003 15:38

----- Original Message -----
From: "TARCISIO BORGES" <
Sent: Wednesday, February 12, 2003 1:47 PM
Subject: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica

> A proposição que faço a respeito do corpo negro não é quantitativa e sim
> qualitativa. Explicar que o corpo negro é simplesmente um buraco num bloco
> de metal e explicar porque ele não brilha branco em qualquer temperatura.
> Nada mais que uns parcos conceitos de física e um ou dois desenhos
> geométricos. E também, se quiser, um bloco de metal com um buraco e um
> maçarico.

Tanto a idéia é boa que o Léo parece ter atendido a sua sugestão. Mas volto
a dizer que isso não responde o questionamento inicial.

O Léo fez uma explanação perfeita a respeito da física do corpo negro e em
nenhum momento precisou sequer se utilizar do vocábulo "quântica". O mais
próximo que ele chegou disso foi quando disse "quanta radiação visível", e
que não deve ser confundido com "radiação quântica visível". Ou seja,
qualitativamente falando o corpo negro é uma estrutura perfeitamente
compatível com uma descrição clássica e o que o Léo escreveu é
adequa-se perfeitamente com a maneira de pensar de um bom físico clássico
do final do século XIX, a incluir Planck. A quântica surgiu graças à má
interpretação que se deu ao algoritmo descoberto por Planck para explicar
quantitativamente a lei de Wien, e não será fácil engambelar um jovem com as
idéias estratosféricas inventadas nesta ocasião e perpetuadas como dogmas a
partir de então. Em outras mensagens tenho mostrado como seria possível
interpretar classicamente o fenômeno com o pé nas costas e em msg anterior
você demonstrou concordar pelo menos em parte com essa minha interpretação
(aquela história da "quantização" do fenômeno emissão e não da luz em si).

Veja bem, não estou contra a sua idéia de ilustrar um fenômeno que faz parte
da história da mecânica quântica. A idéia é boa, e tanto é que o Léo acabou
incorporando-a ao Imperdível. O que estou pretendendo dizer é que esse
fenômeno não se justifica como quântico, nem qualitativamente e nem
quantitativamente falando.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Ovulos e Espermas
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2003 15:45

Olá Eduardo !!!

Desculpe Eduardo, sou uma conhecida anta de Acropolis, troco
nomes, troco letras, as vezes uma lástima!!! Continuo como
gemaba2.


>>>>Por mim tudo bem, mas parece q o Haroldo se ofendeu...

:-(


gemaba2 : Desculpe Eduardo, senti uma dúvida em você acá, mas não
tenho o
que

ponderar porque, provavelmente, seus conhecimentos na área sejam
maiores
que

os meus.


>>>>Eu confesso q nao sei exatamente o q acontece em termos celulares,
morfologicos e bioquimicos no processo de maturacao do ovulo nos
foliculos.
Parece q a Medicina nao tem total clareza desse processo. Mas uma
coisa e'
certa: Nao envolve nada a nivel genetico.


gemaba2 : Desculpe novamente, talvez tenha formulado mal a pergunta.
Mas
pelo
que sinto
você já respondeu conclusivamente. Na mulher, não existe qualquer
alteração
do ADN
desde o nasccimento da mulher, até, por exemplo a fecundação de um
óvulo
maduro,

é isso mesmo?


>>>>>E'. Na verdade as coisas sao um pouco mais complicadas. O
ADN 'util'
do ovulo nao muda, mas ha' mudancas cromossomicas durante a
fecundacao.
Explico: De fato os ovulos antes da fecundacao sao chamados oocitos,
e tem
*todo* o codigo genetico da mulher, e nao so' metade, como os
espermatozoides. Mas, como os espermatozoides, tem apenas um conjunto
haploide de cromossomas disponiveis p/ a fertilizacao. Esse conjunto
*nao*
e' igual ao conjunto existente nas celulas somaticas pois, na criacao
de
cada ovulo (como na criacao de cada espermatozoide) ha' um rearranjo
dos
genes nos cromossomas. So' q no espermatozoide ha' uma separacao dos
dois
cojuntos gerando dois espermatozoides haploides e nos ovulos
(oocitos) os
dois conjuntos permanecem juntos ate' o ovulo/oocito ser fecundado.
Ai' um
conjunto haploide de cromossomas do ovulo se junta com um conjunto
haploide
de cromossomas do espermatozoide e geram um ovo diploide, com um
codigo
genetico completo unico p/ aquele novo individuo. E o outro conjunto
haploide do ovulo nao usado? E' simplesmente expulso do ovo logo
depois da
fertilizacao como uma particula. Por q isso? Por q o ovulo tem um rico
citoplasma necessario p/ a nutricao do embriao. O organismo investiu
muito
nele (o ovulo e' a maior celula do corpo humano). No caso do
espermatozoide, a divisao nao custa nada, pois essa celula e'
praticamente
so' cromossomas recobertos com uma fina camada glicoproteica e com um
rabinho do mesmo material. Ja' a divisao do ovulo causaria a reducao
aa
metade dos nutrientes do futuro ovo. A selecao natural entao
beneficiou a
alternativa de manter todo o nutriente p/ os cromossomas uteis no
ovulo e
simplesmente expulsar depois os nao utilizados.



<<gemaba1 : O ADN dos óvulos são produzidos
ainda quando a mulher está no útero e não sofrem absulutamente
nenhuma mudança durante sua existência essencial desde a sua
produção?>>
<<Eduardo : Nenhuma.>>


>>>>Exceto as descritas no paragrafo acima, q nao introduzem mudancas
em
cada conjunto haploide originalmente gerado.



gemaba2 : Conversando com o Takata sobre o assunto ele me disse
que possa haver, na produção do óvulo, na meiose pelo que entendi
da Lígia Amorese variações do código copiado. Essa informação
procede? Você diz nenhuma com uma certeza muito grande e
confesso que tenho dúvidas sobre sua certeza? Pondere!!!


>>>>Cada ovulo e' geneticamente unico, embora formado pelo mesmo
conjunto
original de genes da mulher. Ha' um rearranjo dos genes e dos
cromossomas
da mulher qdo os cromossomas de seus ovulos sao gerados, ainda no
utero.
Cada celula somatica e' diploide (23 pares de cromossomas), mas cada
celula
reprodutiva e' haploide (23 cromossomas isolados *sem* seus pares
respectivos).




gemaba2 : Pelo que entendi somente estimulam o óvulo, no caso da
mulher,
certo?


>>>Nao entendi, aonde mais existem ovulos?

;-)



Todos os óvulos tem ADN idênticos e não sofrem qualquer alteração
desde
o nascimento da mulher até a fecundação ou espelimento do óvulo pela
mestruação? Desculpe, mas pelo que conversei com o Takata fico com
dúvidas
de serem os óvulos essencialmente idênticos? Já se sabe quais os gens
que caracterizam os óvulos? Poderia falar um pouco de como são
produzidos?
Podem ocorrer alterações aleatórias?


>>>Como disse, cada ovulo imaturo existente no momento do nascimento
da
mulher e' essencialmente igual ao longo de toda a sua vida. Mas cada
um e'
unico geneticamente. No momento da criacao de cada ovulo (na mulher
ainda
no utero de sua mae) ha' um rearranjo unico de genes e cromossomas p/
compor o nucleo de cada ovulo.



gemaba2 : Continuo com a dúvida se todos os óvulos da mulher são
idênticos entre si?


>>>Nao, como disse, sao diferentes entre si. Cada um e' unico. Unico
no
universo.




Se não, porque?


>>>>Porq cada um tem um arranjo unico de genes nos cromossomas. Cada
conjunto haploide de cromossomas nas celulas reprodutivas tem metade
dos
genes da mae (ou do pai), mas nao *a mesma* metade, pois o rearranjo
e'
aleatorio na criacao de cada celula reprodutiva (ovulo ou
espermatozoide).


Existem gens que determinam
o que serão os óvulos, pois não?


>>>>As estruturas biologicas q criam os ovulos e espermatozoides,
como tudo
no organismo, sao resultado ultimo de acao de genes, mas nao ha',
claro, um
gene 'criador de ovulos'.


Agradeceria outras ponderações.
Outra coisa, no caso do homem a coisa é diferente, pois não?
Os homens não nascem com o esperma já produzido, pois
não? A possibilidade de haver alteração no ADN é maior
no homem, desde o início de sua produção? Ou a resposta
é a mesma no caso do óvulo? Não existe qualquer
diferença dos ADN contidos nos espermas?


>>>>Diferente dos ovulos, os espermatozoides sao criados
continuamente e
vivem poucas semanas nos testiculos. Os q nao sao ejaculados morrem e
sao
reabsorvidos pelo organismo. Mas genetica e celularmente falando, os
processos de sua criacao sao semelhantes aos dos ovulos.



Obrigado Eduardo e mais uma vez desculpe a distração
desse seu acá colega pela troca dos nomes, sorry!!!

Sinceramente!!!
gemaba



>>>>Nao foi nada.

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRIFUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2003 18:59

"Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...> escreveu

> Daniel: Centrípeta não é necessariamente a resultante. Pode haver
diversas
> forças com componentes centrípetas, e essas componentes podem
> perfeitamente ser chamadas de centrípetas. No caso clássico do
> motociclista no alto do globo da morte, por exemplo, ou de qualquer
> outro objeto girado num plano vertical, o peso é uma das forças
> centrípetas naquele instante, e existe uma resultante centrípeta.
Não
> vejo motivo para reservar o nome somente à resultante
se "centrípeta"
> na verdade só define direção e sentido.
>
> ==> Léo: Entendo que possamos estar circulando ao redor de 'termos'
(força centrípeta ou resultante centrípeta) mas, no fundo, é mesmo
questão de conceito. Nas nomenclaturas mais modernas (Pieri Lucie é
um dos que cita isso ) recomenda-se a denominação 'resultante
centrípeta' quando o movimento final é o circular e uniforme.

Mas é resultante e é centrípeta, isso não está em discussão. O que
estou dizendo é que você parece querer reservar o nome "centrípeta"
para a resultante normal à velocidade, enquanto eu não vejo motivo
para isso e afirmo que qualquer força radial e que aponte para o
centro da trajetória possa ser chamada de centrípeta.




> ==>Léo: mostrei a inconsistência do que disse acima.

Continuo não vendo onde há inconsistência.

> Colucci: > O Léo diz que a centrípeta é uma resultante no
referencial
> inercial.
> > Não foi bem isso que o velho Isaac disse quando escreveu: "A
> > centripetal force is that by which bodies are drawn or impelled,
or
> > any way tend, towards a point as to a center." (Isaac
> > Newton, "Principia", definition 5).
>
> Daniel: De fato, centrípeta não tem nenhuma obrigação de ser
resultante. Nos
> movimentos não uniformes, por exemplo, a resultante necessariamente
> não aponta para o centro da trajetória.
>
> ==> Léo: A nomenclatura e simbologia (sem falar da matemática)
mudou bastante de Newton para cá. O contexto é o mesmo, mas houve
aprimoramentos. Reservou a denominação 'resultante centrípeta' para o
caso do MCU, como é o da nave em órbita circular de que tratamos.

Não é preciso reservar nenhuma denominação para isso, pois é
resultante e é centrípeta. Não há polêmica. O que está em discussão é
se outras forças de mesma e direção e sentido podem ou não ser
chamadas igualmente.


[]s

Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRIFUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/02/2003 21:33




Daniel: Mas é resultante e é centrípeta, isso não está em discussão. O que
estou dizendo é que você parece querer reservar o nome "centrípeta"
para a resultante normal à velocidade, enquanto eu não vejo motivo
para isso e afirmo que qualquer força radial e que aponte para o
centro da trajetória possa ser chamada de centrípeta.

Léo: Vou mostrar que, com isso, o corpo estará sujeito a, por exemplo, três 'forças centrípetas' ao mesmo tempo.
Considere novamente o globo da morte, com a moto no ponto mais alto, com velocidade tangencial v > v limite (depois vou discutir esse valor de v): na moto temos a força de contato N por parte do globo , radial, dirigida para o centro (vamos chama-la de centrípeta); na moto age a força peso P, radial e dirigido para o centro (vamos chama-la de centrípeta), ainda, a resultante R de P e N é radial e dirigida para o centro (vamos chama-la de centrípeta). Qual vc quer que seja a sua centrípeta? A minha é a resultante R de P e N.

Em particular R = P+N = mv^2/r; a velocidade limite (mínima para completar o giro) é aquela para a qual N = 0, logo, R = P = mv^2/r ou m.g = mv^2/r ou v^2 = g.r ou v = sqrt(g.r) [ essa é a v limite].

De acordo com a sua notação o parágrafo acima deveria ser escrito assim:

"Em particular R(a centrípeta número 3) = P (a centrípeta número 2) + N (a centrípeta número 1) = mv^2/r; a velocidade limite (mínima para completar o giro) é aquela para a qual N = 0 (a centrípeta número 1 se anula) , logo R = P (a centrípeta número 3 passa a ser a centrípeta número 2) = mv^2/r ou m.g = mv^2/r ou v^2 = g.r ou v = sqrt(g.r) [ essa é a v limite]."

Vou dar outro exemplo, na qual vc verá o tanto de 'centrípetas' que aparecerá:

"Um barbante isolante cuja extremidade A é fixada a um eixo vertical leva na extremidade B uma pequena esfera metálica eletrizada com carga Q. A esfera é posta a girar no plano horizontal de vidro com velocidade tangencial v e sobre o eixo de giro é colocado uma outra esfera eletrizada com carga -Q. Perpendicular à mesa de vidro há um campo de indução magnética B. Analisar as forças do sistema."

Solução Sottomaior: Sobre a esfera agem várias forças centrípetas, uma de natureza eletrostática (Coulomb), uma de natureza eletromagnética (Lorentz), uma de contato (por parte do barbante) [e, por sorte o Léo não colocou um pólo magnético no eixo de rotação, pois teríamos nesse caso uma força centrípeta puramente magnética]. Ah! a resultante é centrípeta. Ah! na ponta do barbante presa ao eixo há tb um tensão centrípeta!:-)) . Temos ai 5 forças centrípetas agindo na esferinha, qual delas iremos igualar com m.w^2.r ?

É melhor vc aceitar a 'solução Léo' (lembra da solução Giauque?).

[]'
Léo





SUBJECT: Re: Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRI FUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2003 21:38

At 21:33 13/02/03 -0300, you wrote:
>Léo:
>
> Temos ai 5 forças centrípetas agindo na esferinha, qual delas iremos
> igualar com m.w^2.r ?

Óia que agora estou topando ao solução do Léo. O pó é a equação
força centrípeta = m.w^2.r. Isso só vale para a força centrípeta como
resultante. Força centrípeta como componente não segue essa lei.

Belisário



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/02/2003 23:15


>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica
>Date: Thu, 13 Feb 2003 08:55:39 -0300
>
>As moléculas, nem de longe e nem de perto, estão todas na mesma situação,
>estão dispostas em camadas; 'bilhares' de camadas para dar a espessura que
>convém à tinta protetora das ferragens, à coloração das bolas e o
>tingimento das camisas vermelhas quânticas. A oxidação é lenta (pois a
>energia de ativação à reação é pequena, mergulhando de camada após camada).

Eu não sei se o processo de oxidação dominaria o processo
da reação devido à radiação. No caso da oxidação, você deve estar
certo. Mas tendo em vista a radiação solar, pouco importa se as
moléculas estão dispostas em camadas, pois o que interessa é que
as moléculas que estão igualmente na camada exterior são aquelas que
espalham a luz.

Porém, agora eu admito a possibilidade do Alberto estar certo.
É provável que a orientação espacial das moléculas seja um elemento
importante na absorção da luz. Assim sendo, existe uma possibilidade
de explicação clássica para o fenômeno, ainda que seja pouco
conhecida. Portanto, sua proposta de um experimento simples para
comprovar a física quântica ainda não foi atendida.

Agora, mudando de assunto, posso lhe fazer uma pergunta? Você
acredita na física quântica?

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Mecânica clássica x quântica: Pratos Limpos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2003 14:02

Oi todos,

só para iniciar:

|Guilherme
Agora, mudando de assunto, posso lhe fazer uma pergunta? Você
| acredita na física quântica?

Qualquer modelo é melhor que nenhum modelo. Novos modelos se discute, aprimora-se (isso é Ciência) ... e se aguarda a chegada de outro melhor ainda!

Vou tomar como exemplo a discussão do momento na thread "Força centrípeta" e, para tanto, vamos tomar como exemplo o MCUV (mov. circular unif. variado) onde a resultante F, de módulo constante, faz permanente ângulo '@' com o vetor posição da partícula cuja origem é o centro da circunferência.
Essa resultante F determinar a aceleração vetorial 'a', que tem direção e sentido de F.

Agora vem os 'modelos'.
Adotando referencial inercial, para o qual vale a descrição acima, valerá também a mecânica de Newton: "Não importa quem origina F (mas, com certeza são forças de interação), devemos ter F = m.a (eq. vetorial)". Nesse referencial F é a causa, 'a' é o efeito. E nada mais existe para descrever o fenômeno. Não EXISTE 'centrípeta', 'tangencial', 'radial', 'centrífuga', 'complementar', 'arrastamento' ou qqer outra bobageira para incrementar a explicação.

Todavia, lá vem Descartes e diz que bolou um referência muito legal, que o pessoal iria no futuro chamar de 'sistema cartesiano de coordenadas' e a Ciência viu que era bom. Nesse sistema, 'as coisas do plano ou do espaço' poderiam ser "decompostas" e seus componentes poderiam ser analisados cuidadosamente em 'forma de movimentos retilíneos'.

Alguém, então, teve a 'brilhante' idéia de "quebrar" a F em dois componentes retangulares (a novidade do ano!) e, com isso, nasceu: o componente radial ou centrípeta e o componente tangencial (nosso exemplo, mov. plano). Com isso, a aceleração 'a', que reinava absoluta, precisou ser "quebrada" em duas: a aceleração radial ou centrípeta e a aceleração tangencial. O inexistente começou a ganhar a graça do Olimpo Acadêmico. Qualquer movimento complicado na mecânica de Newton poderia ser "imaginado" quebrado segundo três eixos ortogonais: radial, tangencial e bi-normal. Coisas inexistentes começaram a se solidificar na mentalidade de nossos jovens.
Hoje, se discute quem será chamada de "força centrípeta" ... imagine!

Outros modelos de sistemas de referência foram apresentados e alguns 'cartesianos' até perderam a pomposa propriedade da ortogonalidade (agora os ângulos são quaisquer) e as componentes perderam sua 'virtualidade colucciana' de centrípeta, centrífuga e bi-normal. E os sistemas se amontoaram 'polar', 'cilíndrica', 'esférica', 'sela' ... mas o "inercial" ainda mantinha seu 'status quo'.

Para resumir esse angu, a solução Léo era simples: quem faz originar a aceleração centrípeta (existindo efetivamente como força de interação ou não) receberá a denominação "componente centrípeta" e em particular, no MCU, como decorrência, "resultante centrípeta"; quem originar a aceleração tangencial (mesmos comentários) será chamada de "componente tangencial" (que no MCU é nula).

Tudo lindo maravilhoso ... e lá vem Lambert, Poisson, Coriolis e outros propondo referenciais acelerados, e com muita propriedade, pois certos fenômenos corriqueiros (mas que atordoavam até mesmo Newton) tinham que ser explicados com maestria e roupagem de reis. E nasceram as forças 'reais' de arrastamento e complementar. Uma delas foi batizada de 'centrífuga'. Essa criou um 'forobodó' infernal e os livros didáticos do ensino médio transformaram isso em 'reação da centrípeta', 'reação fictícia da centrípeta', 'fictícia', 'irreal', 'pseudoforça' e, "mais recentemente" em 'virtual'.
O princípio fundamental da dinâmica, todavia, no novo modelo de Coriolis, abarca todas as possibilidades até então já 'inventadas pela criativa mente cética': F = m.a + m.a(arr.) + m.a(compl.).

E o Olimpo viu que era bom!

Será que iriam parar no Coriolis? Não! Muitos outros cientistas querem seu nome na história ... e fazem muito bem ... todos devem tentar levar a Ciência à plenitude (e, por que não o nosso Alberto?).

Hoje, felizmente, ainda, o velho Newton é perfeitamente coroado no ensino básico da Ciência. Pena que os professores de Física não sabem se apegar ao modelo por ele proposto e, sem saber, misturam com outros modelos e o resultado é aquele angu de caroço. Professores começam 'corretamente' a gravitação com as leis de Kepler e a seguir a lei de gravitação de Newton e, nem bem complementam seriamente o tema (potenciais gravitacionais, energia mecânica, gravidade ao longo do eixo da Terra etc.) e já começam a querer enfeitar com 'espaço deformado pela presença de massas', 'superfície de sela', geometria de Hilbert e outros ... e lá vem patacoada uma após a outra! Imagine a cabeça do 'coitado'. Velha e proveitosa maturidade!

E a quântica? Bem é mais um modelo em evolução. Fiz meus comentários sobre esse modelo no Imperdível mas, seriamente, não sinto Física no que escrevi. Também no Imperdível, Sala 19, coloquei o desenvolvimento da Ciência e em especial da Física sob o título "Primeiros Passos" ... senti-me um pouco mais a vontade nessa descrição. Chega lá.

Aquele abraço,
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRI FUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2003 14:06

>Léo:
>
> Temos ai 5 forças centrípetas agindo na esferinha, qual delas iremos
> igualar com m.w^2.r ?

Óia que agora estou topando ao solução do Léo. O pó é a equação
força centrípeta = m.w^2.r. Isso só vale para a força centrípeta como
resultante. Força centrípeta como componente não segue essa lei.

Belisário


""""" 'Bem dito' aquele que entende, porque dele será o reino do léo """"""
[]'
dEUs


SUBJECT: Fw: [fisicapontonet] DECLARAO DOS DIREITOS DO FSICO
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2003 14:22

Olha o que recebi agora pouco ... e que pode ser tomado como descrição da quântica. Não apreciei nada da mensagem como ensinamento, todavia, lembraram-se de mim e utilizaram um outro meu apelido: "criador"
Nota: retirei a fonte da mensagem!

==================================================
Enviada em: sexta-feira, 14 de fevereiro de 2003 12:21
Assunto: [fisicapontonet] DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO FÍSICO





DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DO FÍSICO

Consideramos esses postulados como intuitivamente óbvios, que todo físico(a) nasce igual, em primeira aproximação, e é dotado(a), pelo criador, de certos privilégios discretos, entre eles, uma vida média de repouso, n graus de liberdade e os seguintes direitos, que são
invariantes sob todas as transformações:

I. Aproximar todos os problemas a casos ideais.

II. Usar cálculos de ordem de grandeza sempre que necessários (isto é, sempre que se der bem com eles).

III. Usar o rigoroso método da "acochambração" para resolver problemas mais difíceis que a soma de inteiros reais positivos.

IV. Desprezar todas as funções que divergem considerando-as "detestáveis" e "não-físicas".

V. Invocar o princípio da incerteza sempre que confrontado com matemáticos, químicos, engenheiros psicólogos, dramaturgos e andere
schweinhund.

VI. Usar "notações bastardas" onde a matemática convencional não funcionar.

VII. Justificar um raciocício furado com o argumento de que dá a resposta certa.

VIII. Escolher espertamente condições iniciais convenientes, usando princípio geral da trivialidade.

IX. Usar argumentos plausíveis no lugar de provas e, a partir daí, referir-se a esses argumentos como provas.

X. Considerar ato de fé qualquer princípio que pareça correto mas não possa ser provado.



===========================

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: - Termodinamica da reabilitao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2003 14:24

Há algum especialista no pedaço?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================

-----Mensagem Original-----
De: Clarice Tapetti
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sexta-feira, 14 de fevereiro de 2003 10:24
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


Bom dia!

Estou cursando o primeiro ano da UNICID, fisioterapia o professor solicitou uma pesquisa referente "Relação do Calor com a Reabilitação", por gentileza como pesquisar

Grata




______________________________

Clarice Tapetti
ZeniSys Tecnologia da Informação
clarice@zenisys.com.br
Fone : 55 11 4437-2680
______________________________





---
Não foram encontrados vírus!
Checked by AVG anti-virus system (http://www.grisoft.com).
Version: 6.0.427 / Virus Database: 240 - Release Date: 06/12/2002



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: Radiaes - Comentrio do alem mar ...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2003 17:53

A prof. Natália e o astrônomo Guilherme brindam-nos com seus comentários:

www.feiradeciencias.com.br
======================================
-----Mensagem Original-----
De: Maria Botelho
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sexta-feira, 14 de fevereiro de 2003 16:48
Assunto: Radiações


Professor estive com o Guilherme Almeida a ler o tal sobre radiação e a única coisa que encontrámoas (ele encontrou) foi o que vem a seguir. Ele não quer entrar na lista pois como astrónomo e membro da equipa técnica da lista tem de adra apoio a 800 e tal astrónomos quando surgem dúvidas sobre ampliação amplificação etc. E ele é difícil de mudar de opinião

Pegando na frase "... quanto mais 'quente' se encontrar um objeto mais radiação será
emitida e maior será a freqüência média da sua radiação,...)

Bom, não será a "frequência média", como lá diz, mas sim a frequência para a qual a emissividade espectral é máxima. Esse é que é o pico da curva de emissividade espectral, o tal que se desloca no sentido das frequências mais altas quando a temperatura do corpo radiante aumenta...
Boas radiações
E por hoje é tudo profeassor
Maria Natália Botelho




--------------------------------------------------------------------------------
Busca Yahoo!
O serviço de busca mais completo da Internet. O que você pensar o Yahoo! encontra.

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRIFUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2003 18:22

> Daniel: Mas é resultante e é centrípeta, isso não está em
discussão. O que
> estou dizendo é que você parece querer reservar o nome "centrípeta"
> para a resultante normal à velocidade, enquanto eu não vejo motivo
> para isso e afirmo que qualquer força radial e que aponte para o
> centro da trajetória possa ser chamada de centrípeta.
>
> Léo: Vou mostrar que, com isso, o corpo estará sujeito a, por
exemplo, três 'forças centrípetas' ao mesmo tempo.

Sim, é exatamente isso que eu estou propondo! Qual o problema? Não
pode estar sujeito a três forças tangenciais ao mesmo tempo também?


> Considere novamente o globo da morte, com a moto no ponto mais
alto, com velocidade tangencial v > v limite (depois vou discutir
esse valor de v): na moto temos a força de contato N por parte do
globo , radial, dirigida para o centro (vamos chama-la de
centrípeta); na moto age a força peso P, radial e dirigido para o
centro (vamos chama-la de centrípeta), ainda, a resultante R de P e N
é radial e dirigida para o centro (vamos chama-la de centrípeta).
Qual vc quer que seja a sua centrípeta?

*Todas elas*. A resultante nessa direção também. Você ainda não disse
qual o problema com isso.

> Vou dar outro exemplo, na qual vc verá o tanto de 'centrípetas' que
aparecerá:

Pode haver cem delas, não há problema algum.


> "Um barbante isolante cuja extremidade A é fixada a um eixo
vertical leva na extremidade B uma pequena esfera metálica eletrizada
com carga Q. A esfera é posta a girar no plano horizontal de vidro
com velocidade tangencial v e sobre o eixo de giro é colocado uma
outra esfera eletrizada com carga -Q. Perpendicular à mesa de vidro
há um campo de indução magnética B. Analisar as forças do sistema."
>
> Solução Sottomaior: Sobre a esfera agem várias forças centrípetas,
uma de natureza eletrostática (Coulomb), uma de natureza
eletromagnética (Lorentz), uma de contato (por parte do barbante) [e,
por sorte o Léo não colocou um pólo magnético no eixo de rotação,
pois teríamos nesse caso uma força centrípeta puramente magnética].
Ah! a resultante é centrípeta. Ah! na ponta do barbante presa ao eixo
há tb um tensão centrípeta!:-)) . Temos ai 5 forças centrípetas
agindo na esferinha, qual delas iremos igualar com m.w^2.r ?

A resultante delas. O que se deduz é que *a componente centrípeta da
resultante de um corpo* vale mv²/r. Nunca ninguém disse (muito menos
eu) que "a força centrípeta" tem esse valor. Assumir essa última
afirmação como verdadeira equivaleria a aceitar a sua notação, e você
teria um argumento circular em favor dela.


> É melhor vc aceitar a 'solução Léo' (lembra da solução Giauque?).

Não vejo nenhum motivo para isso. Gostaria de saber se alguém vê.

[]s

Daniel



SUBJECT: Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRI FUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2003 18:28

Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu

> Óia que agora estou topando ao solução do Léo. O pó é a
equação
> força centrípeta = m.w^2.r. Isso só vale para a força centrípeta
como
> resultante. Força centrípeta como componente não segue essa lei.

E quem disse que deveria seguir?? A componente centrípeta da
aceleração também não pode ser o resultado da soma de diversas
acelerações radiais, centrígugas ou centrípetas?

Repito: mv²/r é a fórmula da *resultante* centrípeta, ou da
componente centrípeta da resultante, se quiserem. Creio que todos
concordam com isso. Dizer que ela é a fórmula da "força" centrípeta
significa que já se aderiu previamente à convenção de que "força
centrípeta" na verdade quer dizer "resultante centrípeta", e faz o
argumento circular.

Não vejo motivo algum para essa nomenclatura, que aliás confunde
força com resultante.

[]s

Daniel



SUBJECT: Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRI FUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: "Daniel Sottomaior" <cetico@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2003 19:24

Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
> Bom, na minha percepção, ninguém disse que (1) "força
centrípeta é
> a resultante centrípeta" é uma conseqüência necessária de
(2) "força
> centrípeta segue mv2/r" (acho que só nesse caso a argumentação
mereceria a
> advertência do argumento circular). A frase (1), como você mesmo
disse
> acima, é uma convenção, e não se demonstra convenção: apenas pode-
se
> mostrar sua praticidade, adequação, etc.

Eu só consigo entender que se tentou usar (2) para demonstrar (1),
deixando a equivalência implícita. Caso contrário, não sei por que
raios (2) entrou na discussão.



> Não vejo motivo algum para essa nomenclatura, que aliás confunde
> >força com resultante.
>
> Toda força resultante é uma força.

1) Na verdade, não. A resultante é uma abstração, apesar de a
chamarmos "força resultante". A menos de haver uma única força
aplicada ao corpo, não há nenhuma força específica trocada entre dois
corpos que possa ser chamada de "resultante". Essa suposta "força"
(na verdade, a resultante) pode ser o resultado de interações de
campo e de contato, e portanto ela não seria nem uma coisa nem outra.
Ela nem obedece à ação e reação! É claro que a soma vetorial das
reações das forças aplicadas a um corpo é análoga à "reação" da
resultante, mas é somente uma analogia. Essa soma é a resultante de
um sistema de corpos.

2) Nem toda força é resultante. Aliás, via de regra, não é. O único
caso em que elas se confundem é o caso da força única aplicada a um
corpo. São coisas diferentes com definições diferentes, não vejo como
justificar o intercâmbio de termos.


> O motivo para se usar uma nomenclatura é o seu uso.

Esse pode ser o motivo para *manter* uma nomenclatura.


> Não tenho
> idéia de qual nomenclatura é usada hoje, pois os livros que tenho
são todos
> antigos. Por isso perguntei ao Léo em outra mensagem.

Bem, eu sou da área e nunca vi essa "nomenclatura". Eu a chamo de
confusão.

[]s

Daniel



SUBJECT: Re: Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRIFUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2003 19:27

At 21:22 14/02/03 +0000, you wrote:

> > Léo: É melhor vc aceitar a 'solução Léo' (lembra da solução Giauque?).
>
>Daniel: Não vejo nenhum motivo para isso. Gostaria de saber se alguém vê.

Eu vejo: gosto pessoal. Afinal, convenção não se demonstra:
escolhe-se.
Belisário



SUBJECT: Re: Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRI FUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2003 19:49

At 21:38 13/02/03 -0300, you wrote:
>At 21:33 13/02/03 -0300, you wrote:
> >Léo:
> >
> > Temos ai 5 forças centrípetas agindo na esferinha, qual delas iremos
> > igualar com m.w^2.r ?
>
> Belisário: Óia que agora estou topando ao solução do Léo. O pó é
> a equação
>força centrípeta = m.w^2.r. Isso só vale para a força centrípeta como
>resultante. Força centrípeta como componente não segue essa lei.

Pois vejam que já hoje mudei de lua: estou mais para chamar de
centrípeta qualquer componente da força na direção do centro.

Para salvar-me, pergunto ao Léo: qual convenção se usa atualmente?
Afinal, creio que a única coisa que poderia me fazer aderir a uma delas é o
fato de ser usada.

Belisário




SUBJECT: Re: Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRI FUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2003 19:57

At 21:28 14/02/03 +0000, you wrote:
>Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
>
> > Óia que agora estou topando ao solução do Léo. O pó é a
>equação
> > força centrípeta = m.w^2.r. Isso só vale para a força centrípeta
>como
> > resultante. Força centrípeta como componente não segue essa lei.
>
>E quem disse que deveria seguir??

Juro que não fui eu.

>A componente centrípeta da
>aceleração também não pode ser o resultado da soma de diversas
>acelerações radiais, centrígugas ou centrípetas?

Eu não disse que não pode. Trata-se de convenção. Depende da
escolha. Tanto pode um como pode o outro. Penso eu, pelo menos.

>Repito: mv²/r é a fórmula da *resultante* centrípeta, ou da
>componente centrípeta da resultante, se quiserem. Creio que todos
>concordam com isso. Dizer que ela é a fórmula da "força" centrípeta
>significa que já se aderiu previamente à convenção de que "força
>centrípeta" na verdade quer dizer "resultante centrípeta", e faz o
>argumento circular.

Bom, na minha percepção, ninguém disse que (1) "força centrípeta é
a resultante centrípeta" é uma conseqüência necessária de (2) "força
centrípeta segue mv2/r" (acho que só nesse caso a argumentação mereceria a
advertência do argumento circular). A frase (1), como você mesmo disse
acima, é uma convenção, e não se demonstra convenção: apenas pode-se
mostrar sua praticidade, adequação, etc.

Não vejo motivo algum para essa nomenclatura, que aliás confunde
>força com resultante.

Toda força resultante é uma força.

O motivo para se usar uma nomenclatura é o seu uso. Não tenho
idéia de qual nomenclatura é usada hoje, pois os livros que tenho são todos
antigos. Por isso perguntei ao Léo em outra mensagem.

Belisário

P.S. - Esses dias estou a fim de brincar de e-mail.



SUBJECT: Fw: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica: Pratos Limpos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/02/2003 20:53

Creio que Belisário e Daniel deixaram escapar essa mensagem. Re-postando
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 14 de fevereiro de 2003 14:02
Assunto: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica: Pratos Limpos


Oi todos,

só para iniciar:

|Guilherme
Agora, mudando de assunto, posso lhe fazer uma pergunta? Você
| acredita na física quântica?

Qualquer modelo é melhor que nenhum modelo. Novos modelos se discute, aprimora-se (isso é Ciência) ... e se aguarda a chegada de outro melhor ainda!

Vou tomar como exemplo a discussão do momento na thread "Força centrípeta" e, para tanto, vamos tomar como exemplo o MCUV (mov. circular unif. variado) onde a resultante F, de módulo constante, faz permanente ângulo '@' com o vetor posição da partícula cuja origem é o centro da circunferência.
Essa resultante F determinar a aceleração vetorial 'a', que tem direção e sentido de F.

Agora vem os 'modelos'.
Adotando referencial inercial, para o qual vale a descrição acima, valerá também a mecânica de Newton: "Não importa quem origina F (mas, com certeza são forças de interação), devemos ter F = m.a (eq. vetorial)". Nesse referencial F é a causa, 'a' é o efeito. E nada mais existe para descrever o fenômeno. Não EXISTE 'centrípeta', 'tangencial', 'radial', 'centrífuga', 'complementar', 'arrastamento' ou qqer outra bobageira para incrementar a explicação.

Todavia, lá vem Descartes e diz que bolou um referência muito legal, que o pessoal iria no futuro chamar de 'sistema cartesiano de coordenadas' e a Ciência viu que era bom. Nesse sistema, 'as coisas do plano ou do espaço' poderiam ser "decompostas" e seus componentes poderiam ser analisados cuidadosamente em 'forma de movimentos retilíneos'.

Alguém, então, teve a 'brilhante' idéia de "quebrar" a F em dois componentes retangulares (a novidade do ano!) e, com isso, nasceu: o componente radial ou centrípeta e o componente tangencial (nosso exemplo, mov. plano). Com isso, a aceleração 'a', que reinava absoluta, precisou ser "quebrada" em duas: a aceleração radial ou centrípeta e a aceleração tangencial. O inexistente começou a ganhar a graça do Olimpo Acadêmico. Qualquer movimento complicado na mecânica de Newton poderia ser "imaginado" quebrado segundo três eixos ortogonais: radial, tangencial e bi-normal. Coisas inexistentes começaram a se solidificar na mentalidade de nossos jovens.
Hoje, se discute quem será chamada de "força centrípeta" ... imagine!

Outros modelos de sistemas de referência foram apresentados e alguns 'cartesianos' até perderam a pomposa propriedade da ortogonalidade (agora os ângulos são quaisquer) e as componentes perderam sua 'virtualidade colucciana' de centrípeta, centrífuga e bi-normal. E os sistemas se amontoaram 'polar', 'cilíndrica', 'esférica', 'sela' ... mas o "inercial" ainda mantinha seu 'status quo'.

Para resumir esse angu, a solução Léo era simples: quem faz originar a aceleração centrípeta (existindo efetivamente como força de interação ou não) receberá a denominação "componente centrípeta" e em particular, no MCU, como decorrência, "resultante centrípeta"; quem originar a aceleração tangencial (mesmos comentários) será chamada de "componente tangencial" (que no MCU é nula).
Assim, no MCUV ficou assim: Esquece-se a F (só serve para atrapalhar, pois está 'fora dos eixos'), substituíndo-a por Fcp e Ft (seus componentes ortogonais, sem existência 'real'); analisando-se empiricamente a Fcp resultou a expressão m.w^2.r para seu equacionamento, analisando-se empiricamente a Ft resultou a expressão m.at = m.(dv/dt). Fcp foi batizada de componente centrípeta e Ft de componente tangencial.
No MCU, como F é radial dirigida para o centro resultou Ft = 0 e Fcp = F = m.w^2.r e, como tal a Fcp, por identificar-se com F, foi batizada de resultante centrípeta.

Tudo lindo maravilhoso ... e lá vem Lambert, Poisson, Coriolis e outros propondo referenciais acelerados, e com muita propriedade, pois certos fenômenos corriqueiros (mas que atordoavam até mesmo Newton) tinham que ser explicados com maestria e roupagem de reis. E nasceram as forças 'reais' de arrastamento e complementar. Uma delas foi batizada de 'centrífuga'. Essa criou um 'forobodó' infernal e os livros didáticos do ensino médio transformaram isso em 'reação da centrípeta', 'reação fictícia da centrípeta', 'fictícia', 'irreal', 'pseudoforça' e, "mais recentemente" em 'virtual'.
O princípio fundamental da dinâmica, todavia, no novo modelo de Coriolis, abarca todas as possibilidades até então já 'inventadas pela criativa mente cética': F = m.a + m.a(arr.) + m.a(compl.).

E o Olimpo viu que era bom!

Será que iriam parar no Coriolis? Não! Muitos outros cientistas querem seu nome na história ... e fazem muito bem ... todos devem tentar levar a Ciência à plenitude (e, por que não o nosso Alberto?).

Hoje, felizmente, ainda, o velho Newton é perfeitamente coroado no ensino básico da Ciência. Pena que os professores de Física não sabem se apegar ao modelo por ele proposto e, sem saber, misturam com outros modelos e o resultado é aquele angu de caroço. Professores começam 'corretamente' a gravitação com as leis de Kepler e a seguir a lei de gravitação de Newton e, nem bem complementam seriamente o tema (potenciais gravitacionais, energia mecânica, gravidade ao longo do eixo da Terra etc.) e já começam a querer enfeitar com 'espaço deformado pela presença de massas', 'superfície de sela', geometria de Hilbert e outros ... e lá vem patacoada uma após a outra! Imagine a cabeça do 'coitado'. Velha e proveitosa maturidade!

E a quântica? Bem é mais um modelo em evolução. Fiz meus comentários sobre esse modelo no Imperdível mas, seriamente, não sinto Física no que escrevi. Também no Imperdível, Sala 19, coloquei o desenvolvimento da Ciência e em especial da Física sob o título "Primeiros Passos" ... senti-me um pouco mais a vontade nessa descrição. Chega lá.

Aquele abraço,
Léo


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica: Pratos Limpos
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/02/2003 23:19


>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica: Pratos Limpos
>Date: Fri, 14 Feb 2003 14:02:28 -0300
>
>Vou tomar como exemplo a discussão do momento na thread "Força centrípeta"
>e, para tanto, vamos tomar como exemplo o MCUV (mov. circular unif.
>variado) onde a resultante F, de módulo constante, faz permanente ângulo
>'@' com o vetor posição da partícula cuja origem é o centro da
>circunferência.

Desculpe por não estar acompanhando essa discussão. Parece-me que
esse movimento cuja força resultante faz um ângulo constante com
o vetor posição da partícula (origem no centro da circunferência)
é impossível. O módulo dessa força não pode ser constante, veja
por que: a componente tangencial é constante por definição, ok?
Portanto a velocidade tangencial aumenta, e com isso a componente
centrípeta requerida deve aumentar. Portanto o módulo da resultante
deve aumentar (e mudar de ângulo a fim de manter a componente
tangencial constante).

>Qualquer movimento complicado na mecânica de Newton poderia ser "imaginado"
>quebrado segundo três eixos ortogonais: radial, tangencial e bi-normal.
>Coisas inexistentes começaram a se solidificar na mentalidade de nossos
>jovens.

Bom, você está certo ao enfatizar a nomenclatura mais apropriada,
mas a natureza das componentes de uma força não está muito distante
dessa força. Eu diria que elas existem tanto quanto a força
resultante em si: todas são conceitos matemáticos. Aliás, o
próprio termo "força resultante" já subentende que ela é um resultado
de outras componentes. Esse termo já carrega dentro de si a semente
do mal que você ataca. Assim é como eu vejo.

Abraços,

Guilherme

_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica: Pratos Limpos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2003 01:28


|Guilherme escreve:
Desculpe por não estar acompanhando essa discussão. Parece-me que
| esse movimento cuja força resultante faz um ângulo constante com
| o vetor posição da partícula (origem no centro da circunferência)
| é impossível. O módulo dessa força não pode ser constante, veja
| por que: a componente tangencial é constante por definição, ok?
| Portanto a velocidade tangencial aumenta, e com isso a componente
| centrípeta requerida deve aumentar. Portanto o módulo da resultante
| deve aumentar (e mudar de ângulo a fim de manter a componente
| tangencial constante).

Léo: Não há motivo para se desculpar, toda discussão é livre. Lisonjeia-nos quando dela alguém participa.
Sua observação procede e foi uma acurada observação. Usar do ângulo @ foi uma maneira que enxerguei para falar que a resultante não era radial, mas errei ao adjetiva-lo como 'constante'. Sem dúvida esse ângulo vai se tornando cada vez mais agudo no decorrer do tempo. Bem observado.

aquele abraço

Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica: Pratos Limpos
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2003 02:04

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Saturday, February 15, 2003 1:28 AM
Subject: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica: Pratos Limpos

> Léo: Não há motivo para se desculpar, toda discussão é livre.
> Lisonjeia-nos quando dela alguém participa.
> Sua observação procede e foi uma acurada observação. Usar do ângulo @ foi
> uma maneira que enxerguei para falar que a resultante não era radial, mas
> errei ao adjetiva-lo como 'constante'. Sem dúvida esse ângulo vai se
> tornando cada vez mais agudo no decorrer do tempo. Bem observado.

E com essa, o Léo continua escrevendo certo por linhas tortas. ;-))

Eu ando meio sem tempo para me intrometer nessa história de forças
fictícias, virtuais, paranormais etc, mas já que estamos ao sabor das
idealidades virtuais, não seria o caso de conservar o seu exemplo e
introduzir uma força "ad hoc" e variável no decorrer do tempo, tal que fosse
anulando esse efeito? Porque você não apela para os seus "motores divinos
principais", já descritos por Aristóteles há mais de dois milênios? Ou seja,
a sua força seria a mesma e a resultante (real ou virtual, agora já nem sei)
seria igual àquela proposta pelo Guilherme. Quero crer que isso agradaria a
ambos os lados, além da manobra estar plenamente em acordo com a "Declaração
dos Direitos dos Físicos" aqui postada na vossa divinal mensagem
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/20862

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mecânica clássica x quântica: Pratos Limpos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2003 03:22

Alberto: E com essa, o Léo continua escrevendo certo por linhas tortas. ;-))
|
| Eu ando meio sem tempo para me intrometer nessa história de forças
| fictícias, virtuais, paranormais etc, mas já que estamos ao sabor das
| idealidades virtuais, não seria o caso de conservar o seu exemplo e
| introduzir uma força "ad hoc" e variável no decorrer do tempo, tal que fosse
| anulando esse efeito?

He he he ... essa é uma solução quântica.
Para ater-nos a uma boa física bastaria, na questão acima, deixar o raio variar na mesma proporção que v^2. Teríamos uma espiral (acho que de Arquimedes). Aliás, no MCUV a curva hodógrafa é realmente uma espiral.
Interessante ... poucos usam do conceito de hodógrafo do movimento primitivo! Tem aluno que nunca ouviu falar disso. Geometricamente é a maior baba para obtenção e cálculo de acelerações e 'sacudidas' (variação da aceleração).

Ah! Quase 'se' me esqueço! No desenvolvimento do tema sobre IV (do qual lhe enviei uma parte em pvt --- aquela prá vc fazer um gif animado do elétron se deslocando e analisando o comportamento do campo eletrostático que o acompanha) acabei de enxergar que tem algo (e muito) a ver com aquela 'informação eletromagnética' proveniente do elétron móvel que vc 'implantou' na dupla fenda.
Vou mandar o texto todo prá vc ver que (acho que) encontrei a causa dessa tal 'informação eletromagnética'.

[]'
Léo


SUBJECT: off topic ('farsa' da speedy e adsl?)
FROM: Jefferson Stafusa Elias Portela <stafusa@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2003 09:37

Se for verdade, é de interesse de muitos.


---------------------------------------------------------------------
--- Em Jipenet-OFF@y..., "Antonio Kleber de Araujo"
<antonio_kleber@u...> escreveu

-----Mensagem original-----

Assunto: [wbdesign] Mais uma sacanagem que fazem com o consumidor...


Você sabia que Speedy e ADSL são uma farsa ?
Você sabia que: você pode comprar um modem igual ao do SPEEDY, por um
preço
mais barato e ainda não precisaria pagar mensalidade? Que fora do
Brasil não
existe mais linha discada e que a AOL trouxe dos EUA seus equipamentos
obsoletos?

Pois é!!! Um acordo falso entre as grandes provedoras de Internet e as
Cia's de telecomunicações, como Telefônica em SP, Telecom no Sul,
Telemar no
RJ, entre outras, frauda totalmente os Direitos do Consumidor,
principalmente no que se trata de ACESSO DE ALTA VELOCIDADE, como ADSL
(Speedy), Mult Link, LP's, entre outros. Está provado que, através de uma
linha telefônica comum, podem ser feitas conexões de até 512 kpbs,
onde hoje
as provedoras permitem no máximo uma conexão de 56.6 kbps, quando chegam
neste ponto.

Fora do Brasil, não existe mais conexão discada. A América Online, por
exemplo, trouxe todos os seus equipamentos antigos, que já se encontravam
obsoletos no mercado americano, para cá e mais uma vez o brasileiro usa o
lixo do primeiro mundo, achando que é tecnologia de ponta.

A diferença é apenas que os modems que fazem esse tipo de conexão são
diferentes, externos como os das conexões ADSL, mas utilizam a linha
telefônica comum e se conectam à 512 kpbs (para transmissão e recepção de
dados, melhor que os atuais ADSL do mercado, que transmitem com a
metade da
velocidade que recepcionam).

Um modem desses, já fabricados para efeitos de testes por empresas como a
3Com, Lucent, Motorola e Genius, custariam algo em torno e 150 reais no
mercado. Ou seja, você precisaria apenas de adquirir o modem, gastando uma
só vez uma quantia razoável, e ter uma assinatura de acesso discado com
qualquer provedora de renome que deveria oferecer esses serviços.

Mas ao invés disso, o consumidor brasileiro é enganado e paga, só de
instalação, mais de 200 reais, não tem posse dos equipamentos, que são
alugados e você paga por mês, além da mensalidade ser altíssima.

E, na maioria das vezes, cobradas pelas empresas de telecomunicações e
provedoras simultâneamente, o que também é outra operação nitidamente
ilegal
perante o Código do Consumidor. O sistema já é ilegal por sí só, sendo que
eles oferecem tecnologia obsoleta como se fosse de ponta, lesando os
direitos, de quem adquire, várias vezes.

E dentro do próprio sistema, eles ainda colocam mais ilegalidades, como
estas, de obrigar a comprar um serviço para poder utilizar outro.

As provedoras de internet e empresas de telecomunicações não colocam esses
serviços, que são simples e eficientes, à disposição dos clientes só
porque
seus lucros seriam bem menores, uma vez que o equipamento poderia ser
comprado até na rua Santa Efigênia em São Paulo, como hoje em dia você
compra um modem qualquer ou uma placa de rede, além do fato que a
mensalidade seria acessível como uma conexão discada comum que existe hoje
em dia, por causa da concorrência.

Talvez até mesmo provedoras gratuitas poderiam fornecer tal acesso, de tão
simples, eficiente e funcional que é o sistema.

A ignorância do povo faz mais uma vez o regime capitalista vingar, onde os
poderosos ficam cada vez mais ricos e você fica cada vez mais lesado.

Mas essa situação pode facilmente ser revertida, basta você enviar esta
mensagem para o maior número de pessoas de sua lista, e também, para os
órgãos competentes, pois somente assim as provedoras e empresas de
telecomunicações vão perceber que não conseguirão mais enganar os
internautas com toda essa fraude e ladainha de conexão RÁPIDA.

Espalhe essa mensagem em nome dos seus Direitos e pela dignidade dos
Internautas.

Atenciosamente,

Reynaldo Andersen K. Pellegrini Engenheiro ITA

Novas tecnologias /Revista/ Consultor Jurídico




SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2003 10:12


> Existem ainda teorias modernas, soltas no tempo e no espaço e que também
dão
> certo. É o caso da teoria da relatividade de Einstein. Einstein procurou
> incansavelmente por uma física, a exemplo do que fez Newton ao alicerçar
> suas teorias e modelos, mas não conseguiu sequer caracterizar os
essenciais
> inerentes a essa física.

É este tipo de discurso que eu não entendo. A meu ver ninguem conseguiu
acessar qq tipo de explicação essencial do pq das coisas. Pq Eisntein devia
ser diferente ?
Eles podem procurar uma fisica, mas só obtém um modelo fisico. E não é
supresa nenhuma.

A teoria dele desembocou em visões que facilitaram o tratamento de algum
fenómeno e permitiram obter valores numericos e ou prever novas situações e
enfim ter algum tipo de utilidade. Para prever estes valores Eisntein teve
que juntar -teve que deixar alguem juntar -os seus principios a uma
matemática que era mais adquada ao tratamento do assunto.
Tal como outros fizeram em outros campos.
Maxwell por exemplo, passou a pente fino as ideias de Faraday - teoria - e
desenvolveu uma matemática que se adquava ao assunto.
Ha portanto, a meu ver e chamemos a cada um como quisermos, 3 passos.
1) Ter a ideia - aquilo se chama se insight mas não só. Explorar mentalmente
como essa ideia pode ser testada e refinada mediante experiencias, não
necessáriamente quantificáveis nesta fase.
2) Criar o modelo. O modelo inclui as ideias e a matemática que se adqua a
elas.
O modelo deve permitir obter resultados numéricos para casos simples,
testáveis na realidade. O modelo é testado, agora necessáriamente
quantitativamente em situações simples mas variadas de forma a se ter um
grau de certeza da sua coerencia e capacidade de previsão.
3) A teoria. A teoria engloba as ideias, o modelo e a explicação do porquê.

Vc tem razão, eu estava usando temo teoria como sinonimo de modelo, mas isso
é pq não existe nenhuma verdadeira teoria, ja que nenhuma explica o pq do
modelo fora dele.
Ou seja, os quanticos dizem que as coisas são assim pq as particulas se
podem intrepretar como ondas. Mas isso faz parte do modelo, e não é portanto
explicação.
Newton desenvolveu a sua f=GmM/r^2 ... isso faz parte do modelo e não
explica pq.
Maxwell desenvolveu as suas eq com base do trabalho de outros... mas isso é
o modelo, não explica o pq.
O tratamento relativistico dessas eq , é um aparato matemático de um modelo
que encaixa noutro. Não explica pq.
O tratamento quanticos das mesmas eq é um aparato matemático de um modelo
que encaixa noutro, mas não explica pq. O conceito de força , campo, etc..
advem de uma ideia à qual foi sobreposta
uma matemática adquada. É portanto parte de um modelo : o modelo
cinemático/dinâmico/mecânico.
E assim vai.

Quando vc diz que Newton, Eisntein, etc. procuraram por uma fisica para
explicar o seus modelos eles estavam procurando exactamente o q? Saberia vc
explica o que eles procuravam?
O facto é q a explicação do pq é tão subjectiva como atras referi, quanto se
quiser. Pode confundir-se com a ideia original, ou com o modelo, ou até com
uma metáfora ampliada dos dois. Mas não existe uma real explicação do pq.
Não existem reais explicações sobre o mundo mas construções do nosso
intelecto sobre o mundo.
Então sobram modelos amplamente testados e nunca falseados que parecem
explicar milhentas coisas. Com poucos principios básicos e uma matamática
adquada ele suplantam a necessidade de uma explicação, por um algoritmo que
funciona. Tlv isto seja escandaloso, mas é a isto que se resume.

Na minha visão, a fisica é realmente um conjunto de algoritmos que dão
certo.
Explicações não ha, pois se as houvesse de facto, ninguem precisaria
postular nada.
Existe uma realidade oculta de nós na qual não sabemos penetrar, onde
residem as explicações fundamentais. Essas nunca iremos ter.

Portanto, de facto eu uso o termo teoria como sinonimo de modelo comprovado
pela experiencia, pois não é possivel ir mais além disso.

Não é a teoria que se fundamenta em dados sólidos, é o modelo que a
sustenta que se baseia nesses dados. Dados experimentais.

> Você pensa nas minhas teorias como coisas soltas no tempo e no espaço,
pois
> você confunde o modelo newtoniano com a física newtoniana. Todas as minhas
> teorias estão alicerçadas na física newtoniana. Não estou pretendendo
criar
> uma nova física, mas tão somente mostrar que existe uma verdadeira física.

Em todo este tempo, e em todo o seu discurso , ainda não é claro para mim o
que seria fisica não-newtoniana, ou fisica newtoniana... qq que seja a mais
simples de explicar.
Ok que existem diversos modelos newtonianos baseados numa fisica newtoniana.
Mas isto dito assim é vago. Não concretiza nenhum significado especifico na
expressão "fisica newtoniana". Pelo que leio "fisica newtoniana" se opoe a
"fisica moderna" ou "fisica relativista" ou "fisica quaãntica" ... será que
se opoe a "fisica estatistica" ?

> Você não aceita a física de Newton como ela é, talvez por não ter lido
> Newton e/ou por não ter tido professores que leram Newton.

Que eu saiba não existe outra fisica que não seja a deixada por Newton.
Mesmo a relatividade e o e.m. e a quantica seguem as mesmas regras.
É como se as leis deixadas por newton fosse uma fonte tão fundamentar que
todas as outras vão beber dali. São os postulados de cada vertente que fazem
as eq tomar outra forma (veja-se o exemplo da fisica do materiais onde tudo
são tensores e eq diferenciais com tensores, mas a fisica é a de newton ...
"disfarçada" por uma matemática própria)

Agora, essas formas evoluiram. Primeiro foi a fisica estatistica de Bolztman
e cia que trouxe uma outra forma de lidar com as coisas. Ela foi de vital
importancia em termodinâmica, por exemplo, ou em fisica nuclear (Curie e
cia). A fisica dos materiais todinha é baseada nas leis de newton. É isso
que poe as casas de pé e as sustenta lá.
A fisica de Maxwell, ou melhor, a fisica de Faraday e a matemática de
Maxwell tb são acentes no mesmo roll de principios, com a expecifidade de
tratarem movimentos de cargas.
A relatividade vem dai, e não ha nada nos principios de Einstein que vá
contra o modelo de newton. Tlv vá contra os principios de Newton ele ppr -
aquela historia do espaço e tempo absolutos que não engoli até hoje. Alguem
poderá invocar que Eisntein estipulou que a vel da luz era máxima e
instransponivel. A verdade é que ele não fez isso. Ele
apenas estipulou que ela é independente da velocidade do observador, o que,
no campo das ideias, não é a mesma coisa.
A mecanica quantica, baseou-se em tudo isto adicinando um novo conceito: o
quanta.
Por isso que eu discordo de ti quanto dizes que a MQ é apenas um modelo que
dá certo.
Ela é mais que isso. Ela é a materialização de um novo conceito fisico que
se provou dar certo. Como antes tinham dado certo os conceitos de energia e
de campo.
Isto não é despresável. A MQ indica que existia uma lacuna na fisica- a
falta do conceito de quanta.
A MQ é um tipo de fisica estatistica, é portanto uma forma de fisica moderna
pós -Newton, mesmo até pós-Boltzman. Eu diria até que pós-Bohr. Mas
indissociável de Einstein e Plank.
Mas eles ja morreram, e aquilo que temos hoje não é a mesma MQ do inicio do
sec 20.
Esta MQ de hoje é muito mais intrepretada do que seguida. As experiencias e
os resultados são exagerados por vários factores, como sejam a industria dos
media, o facto de muitas pessoas trabalharem nesta area sem terem formação
nela (vide caso dos neutrinos) e principalmente pq se criou um aura ao longo
de um seculo da misteriosidade da MQ. A MQ virou um deus que joga com os
dados. Ou melhor - os quanticos viraram adptos religiosos que jogam com os
dados dos outros em nome de um deus chamado MQ.
Essa misteriosidade permite intrepretações fisicamente absurdas que são
encaradas como hipoteses seriamente alternativas num mundo de mutiplos
universos
paralelos mas concorrentes.
A MQ em si, é uma teoria (modelo comprovado) tão boa como qq outra, mas a
intrepretação q se faz dos seus resultados é perniciosa. Cheia de caprichos
e ignorância e desprovida de bom senso e isensão cientifica.
Uma coisa é um modelo de multiplos universos , outra coisa é uma realidade
com multiplos universos. Os fisicos de hoje perderam a capacidade de
destinguir aquilo que é o modelo, daquilo que a realidade possa ser. Aquilo
que a realidade possa ser, poderá sera ser a fisica que todos procuraram
alguma vez - o âmago das coisas , a essencia que a constroi - mas até hoje
ela não foi encontrada (excepto nas lendas da ciencia).

Se vc está contra a MQ por causa desta ineptitude q os seus utilizadores têm
em usá-la devidamente, tudo bem. Eu tb estou. Mas lembro que neste caso
estaremos contra quem haje desta forma inepta e não contra a teoria
cientifica em si mesma.
A meu ver vc afirma estar contra por não estar de acordo com as "bases da
MQ", seja-lá-o-q-isso-for. Isso é lá com vc.
A questão aqui é q mesmo assim não pode jogar no lixo o modelo quantico se
não
tem outro que o subtitua. É claro isto ? Pois bem. E das duas uma. Ou vc
tem/conhece/já ouvio falar, de um outro modelo que substitua o quantico, ou
a repetida chamada de atenção para os maleficios das MQ é futil. Ela pode
ser má, mas é o que temos por agora.
Eu ja ouvi falar em muitos modelos que pretendem anular a relatividade de
eisntein , explicando as mesmas coisas com outros principios- normalmente
sem dilatações e contracções do "tempo e do espaço". Mas nunca ouvi falar de
um modelo que pretenta suplantar a MQ.

E poderiam dizer que seu modelo tenta, em alguma extensão, suplantar a MQ ou
mesmo tempo que tenta alargar o modelo de Faraday-Maxwell-Lorentz para a
carga electrica.
Mas a mim não me parece que sejam teorias da mesma area.

> E pretende que eu
> justifique tudo aquilo que já está mais do que justificado, se bem que
pouco
> conhecido.

Não. Eu gostaria apenas de ler conecções logicas entre as coisas. do tipo:
fulano fez isto, que mostra que aquilo e portanto eu acho que
isto-assim-assim pode ser uma alternativa.
É pedir muito ?

>Assim fica difícil! Mesmo porque você não tem paciência de
> examinar os alicerces das minhas teorias.

Eu não tenho é tempo. Acredite que tenho até vontade.

> Sei que isso é próprio a sua juventude, essa história que querer colocar o
> carro à frente dos bois. Mas nesse caso o diálogo não rende, pois você
> insiste em que eu dê uma unidade para algo cujo verdadeiro significado
> físico você ainda não entendeu. Ou seja, você quer ir da unidade para o
> significado, como fazemos com teorias conhecidas.

Não. O que eu quero realmente é um forma de saber se a sua teoria tem alguma
validade.
Procurar algum indicio claro, experimental, de que essa explicação é
correcta.
Uma pista que possa levar da experiencia à sua teoria e de volta à
experiencia.
Se quer por desta forma - que eu não poria - uma razão para acreditar.
Sei lá, uma explicação da leis experimentais conhecidas com base nos seus
postulados.
Se a teoria que tens é correcta ela deve conseguir explicar a prática.
A lei de ampere, a lei de ohm, sei lá ... qq uma.

> > Plank inventou a quantica pq a fisica que ele tinha não conseguia
explicar
> > os RESULTADOS EXPERIMENTAIS dele. Se alguem conhece alguma teoria que
os
> > explique que fale! ... pois, bem me parecia ...
>
> Planck não inventou nada, simplesmente verificou um algoritmo que dava
> certo.

Mas toda a fisica é apenas isso!
Toda a ciência é apenas isso!
Que mais ele poderia fazer ?

> > Se bem entendo o que dizes- e isso torna-se cada vez mais complicado
> > partir daqui - estás a dizer que uma outra teoria existe que explica o
> > fenõmeno "cor dos objectos" e pq os elementos se destribuem na Tabela
> > Periodica (TP) como o fazem. é isso que estás a dizer ? Se é, e para
> > clarificar a conversa, que teoria é essa ?
>
> Não é nada disso. Já disse que você pegou a conversa pela metade. O
problema
> não está na cor do objeto, mas na "mudança gradual da cor da roupa com o
> brilho do Sol". Isso foi descrito na mensagem 20696 e o problema que
> estávamos discutindo relaciona-se a uma suposição que fizeram de que as
> moléculas de corante deveriam ser quebradas de uma só vez. Em que lugar da
> sua explicação você está considerando o fator tempo? Em nenhum! Logo você
> não sabe sobre o que estávamos discutindo. Já cansei de dizer: Essa é uma
> experiência furada! Se quiser discutir, tudo bem, mas procure antes saber
do
> que se trata.

Eu não estava discutindo essa "experiencia" mas apenas o teu exemplo e as
palavras que usaste.

> > Se não é, então o que é que estás a dizer ?
> > Negas que a MQ explique a organização da TP ? Se sim, pq ?
>
> Ela não explica, ela foi construída para concordar.

Não. Essa eu não engulo. Primeiro pq a origem da MQ - que é a expriencia de
Plank - nada teve a ver com atomos. Só mais tarde Bohr tentou propor uma
salada mista de eq que pareciam funcionar para um atomo. Mas mesmo assim a
proposta de bohr não explicava tudo. Apenas depois da matematização da MQ -
eq de Shrondinger - ela foi aplicada devidamente ao atomo.
Não ha como defender que a MQ foi criada para concordar com a TP, quando ela
só a explicou quando já era uma teoria madura.

Já disse que a MQ é um
> modelo, logo não explica nada. Como não existe uma física a alicerçar esse
> modelo, os quânticos sentem-se à vontade (não existem princípios a
limitarem
> a imaginação) para construir uma hipótese ad hoc para cada condição que
> contradiz esse modelo. No caso da TP nem foi necessário, pois a principal
> hipótese ad hoc já estava embutida no modelo quântico primitivo, aquele
que
> fala em órbitas permitidas, ou seja, fala sobre locais onde o elétron de
> Lorentz está autorizado por Bohr a desrespeitar o decreto de Lorentz que
> nivela seus elétrons às cargas elétricas da teoria de Maxwell.

A ideia de Bohr não é MQ. É uma tentativa de misturar resultados
experimentais/matematicos, mas essas eq não explicam tudo (so encontram
orbitais s)

Hoje essa
> hipótese já não incomoda tanto, pois foi sutilmente disfarçada por detrás
de
> uma inocente matemática elementar.

A matemática da MQ pós-Bohr não tem nada de elementar.
É simples, mas não elementar.
Elementar foi a matemática de Bohr, a qual já se provou não descrever o
fenomeno completamente.

>Já discutimos isso no passado. Essa
> matemática elementar não tem bases físicas outras que não aqueles absurdos
> da física primitiva de Bohr.

Ela não tem como base a fisica de Bohr! nem as ideias de Bohr! nem os
resultados de Bohr!
Ela tem por base os resultados de Plank e Einstein (Relatividade inclusive)
e de Broglie.
Bohr não tem nada a ver com a fisica da MQ actual!
Quantas vezes repetires que a "culpa" é de Bohr, quantas vezes vou ter que
dizer que não é.
Agora, Bohr tlv tenha sido um dos primeiros e a criar a onda Misticista da
MQ, isso eu concedo. E tlv ele seja o maior responsável pela
irresponsabilidade de alguns quanticos de hoje. Mas não as suas teorias não
são fundamento da MQ.

Nem vocês conseguem entender onde foram parar
> essas órbitas permitidas na versão atual, pois os orbitais quânticos de
hoje
> não passam de produtos de uma ficção justificável tão somente por uma
> matemática que dá certo para condições predeterminadas. Vocês estão
> reinventando a roda, só que trata-se de uma roda quadrada e que não se
> presta para quase nada, a não ser para elucubrações mentais e sem sentido.

Se a intrepretação do modelo do atomo - da TP por consequencia- e de toda a
quimica por extenção - do modelo do nucleo, o modelo de pq os corpos são
condutores, ou semi-condutores, de pq são metálicos, ou não etc, o modelo da
cor dos mesmos, a experiencia de Plank ela mesma... se tudo isso é "quase
nada" e so serve para "elucubrações mentais e sem sentido" então não sei o
que será algo que valha a pena.

> > > Vocês assumem que as coisas são
> > > como acham que são, e dizem que a física clássica não explica nada!
>
> > Ahummm... vc não assume que as coisas são como vc acha que são ?
> > Não? Então o que é a sua teoria senão algo que vc acha que é ?
>
> As minhas teorias têm cadastro, coisa que a MQ não tem.

As suas teoria foram retidas num presidio ?, numa delegacia tlv ? :-)
O que raios significa "terem cadastro" ?

>É quase impossível
> assumir uma hipótese ad hoc nas minhas teorias sem minar todos os seus
> alicerces. Já disse inúmeras vezes que estou propondo algumas teorias, não
> uma nova física. A física que está por trás de toda minha teorização é a
> genuína física newtoniana.
>
> > Vc não respondeu a uma questão que eu levantei.
> > Se a MQ é falsa pq ela não foi demosntrada falsa até hoje ?
>
> Já respondi inúmeras vezes e não só nesta mensagem. Você tem o costume de
> não aceitar as respostas que contrariam o que julga ser certo. Tudo bem,
não
> as aceite, você não é obrigado a concordar com o que eu digo. Mas não
cometa
> a imprudência de dizer que a questão não foi respondida. Isso sim denuncia
a
> atitude dogmática que se apossou de você. Isso é muito feio e não condiz
com
> a ética que convém ser observada por um cientista sério.

Tu não respondes sem ser por meio de metáforas , e isso é dificil de
entender , para mim.
Isso, para mim, não é responder, já que eu não fico elucidado.

> Com relação ao seu questionamento, completaria o que já respondi por
> inúmeras vezes dizendo que trata-se de um modelo sem cadastro, sem
pedigree.

Mais uma vez, o que é um modelo com cadastro ?

>A MQ
> jamais cairá por um falseamento --o que acontece com quase todas as
> teorias dignas e que se prezam como tais-- mas sim pelo cansaço, o que já
> está se observando acontecer. Só não enxerga quem não quer. Mas pelo menos
> que enxerguem mais essa minha resposta ao questionamento, aceitando-a ou
> não.

Limitaste a dizer que não cairá por falseamento. Portanto, ou admites que é
falseável, mas que esse evento nunca acotnecerá, ou admites que não é
falseável de raiz.
Dizes que cairá pelo cansaço. Que cansaço ? de quem ? e pq ?
Onde é que ela foi sequer beliscada neste tempo que correu até hoje ?
Dirás que nunca será beliscada pq inventaram outra hipotese ad doc para
justificar um suposto pseudo-beliscão. Mas se as hipoteses são ad doc, mais
cedo ou mais tarde elas ruiram por não terem bases.
A minha pergunta era: pq elas não ruiram ainda ?
Quiça pq não sejam tão ad doc assim... não?

A mim parece-me que as hipoteses não são ha doc. O que é ad doc são as
intrepretações.
As hipoteses são basicamente matemáticas, acompanhadas de uma justificação
pq o valor de x tem que ser um determinado. Isso não tem nenhum problema.
O problema advém da intrepretação do autor do que significa x ter esse
valor.
E convenhamos, intrepretações, não são parte da ciencia, mas da especulação

> > E, caso vc ache isso caricato, que experiencia realizável, e não de
> > pensamento, mosta que ela é falsa ?
>
> O aspecto caricato surgiu agora ;-). Pelo que disse acima, a resposta
seria
> "nenhuma", pois a MQ é, "caricaturisticamente" falando, infalseável. Mas
> para que você não diga que fugi ao questionamento, vou relacionar algumas
> experiências (você me pede uma, vou citar três, mas existem muito mais)
com
> as respectivas hipóteses ad hoc a superprotegerem-na.
>
> 1) Experiência de Rutherford: órbitas permitidas.
> 2) Experiência de Stern e Gerlach: "spin" que não é giro.
> 3) Experiência de Aspect: não localidade.

Agradecia que viesse acompanhado de um comentário de pq são hipoteses ad
doc.
É suposto eu adivinhar pq o são?

> Lembro ainda que faz muito pouco tempo os quânticos diziam (ouvi isso de
> várias autoridades brasileiras no assunto) que o teletransporte falsearia
a
> teoria quântica.

Isso advém de um errada intrepretação do principio de incerteza.
A mesma errada intrepretação de Eisntein e companhia e de Hawking e
companhia.
O PI diz que não podes saber simultaneamente a posição e o momento de uma
particula se os medires , a ambos, directamente.
Medir directamente, significa, que dás ao sistema uma certa quantidade de
energia que ele devolve informando-te do que pretendes saber.
A forma simples de entender isto é a seguinte: se um electrão viaja a uma
determinada velocidade e disparamos um fotão - ou um feixe de fotões- contra
ele para podermos saber onde ele está existirá um deles que não passará para
o detector, indicando assim a posição do electrão naquele instante. Contudo,
e fotão vai "chocar" - vai trasmitir energia - ao electrão. O que alterará o
seu momento.
De seguida fazemos passar o electrão num campo magnético. O electrão curvará
a sua trajectoria de forma que podemos saber qual a sua velocidade. Mas
esta medida não será simultânea à medição da sua posição. E portanto existe
uma incapacidade em medir ambas ao mesmo tempo , já que não conhecemos
nenhuma forma de medir que não implique em dar energia aos corpos. Em
quantica, diz-se que não ha forma de medir quantidades conjugadas sem
alterar o estado. Por isso que a quantica lança mão de quantidades não
conjugadas que permitem conhecer o estado do corpo/sistema - não a posição
e/ou a velocidade, mas algo mais "superior" que permitirá depois conhecer a
posição e a velocidade caso necessário seja (o que normalmente nem sequer é)

Nunca em lado nenhum é dito que é impossivel medir indirectamente as duas
quantidades simultaneamente.

O teletransporte lança mão de uma propriedade dos sistemas : as suas partes
constituintes não são individuais. Isto é conhecido desde a temrodinamica.
(Um gás fechado num lado da caixa passa para o outro lado por uma parede com
um furo. O que acontece de um dos lados da caixa depende do que acontece no
outro. E sabendo o que acontece num, sabemos o que acontece no outro. )
A esta coisa simples, os quanticos chama de Entrelaçamento. As duas partes
do sistema não são dijuntas elas estão ligadas, entrelaçadas de alguma
forma. Forma esta, que nos permite conhecer o estado de um parte conhecendo
o da outra.
é isto que o paradoxo EPR propõe - numa tentativa futil de violar o PI - e é
isso que o teletransporte aproveita.
Tudo o resto são tecnicidades ou intrepretações misteriosas dos jornais e
dos quanticos entrevistados.


> Pelo visto devem ter inventado uma hipótese ad hoc
> conveniente, pois hoje chamam o fenômeno por teletransporte quântico e não
> estamos longe do dia em que dirão tratar-se de mais uma das miraculosas
> previsões da teoria quântica (Com o spin aconteceu mais ou menos isso,
> quando transformaram o giro clássico no spin quântico).

Como eu disse antes: quando se gira uma particula, ela quantinua sendo a
mesma particula.
Mas quando se altera o spin, ela não é mais a mesma particula.
É por isso que são coisas diferentes. Por isso que eu perguntei o que
distinguia os electrões uns dos outros : se existem electrões diferentes, pq
se chamam todos electrões?
ao que respondestes: se existem tijolos diferentes, pq se chamam todos
tijolos ?

> > Mas episotmologicamente falando, que outra teoria pode fazer o mesmo que
a
> > MQ faz ?
>
> Agora você me pegou. Talvez a teoria do flogisto, ou a do calórico, ou
então
> a dos epiciclos... sei lá! ;-))

Muito didático, sem duvida...
Depreendo daqui que não conheças uma teoria/modelo que suplante a MQ.


> > Tu dizes que a MQ não explica nada. Então suponho que saibas de outra
> > teoria que explique. qual é ela então, e no quê ela se baseia ?
>
> A física de Newton. Baseia-se em espaço, matéria, movimento e informação.
> Como alternativa ao movimento poderia citar o tempo (Newton usa ora um,
> ora outro) e como alternativa à informação poderia citar o campo (Faraday)
> ou o "espírito da matéria" (Newton). Com apenas esses quatro essenciais da
> física newtoniana pode-se explicar o que reside por trás de centenas de
> gnomos quânticos e/ou relativistas, como "órbitas permitidas", "spin que
não
> é giro", dualidade corpúsculo-onda, incerteza de Heisenberg, salto
quântico,
> contração e/ou curvatura do espaço, dilatação do tempo etc.

Claro que quando dizes "explicar" estás acolocar de lado "obter previsões
compativeis com dados experimentais" . não é mesmo ? Pois, bem me parecia.

> Você
> fala em rigor experimental ao se referir a uma teoria que não faz outra
> coisa que não seja desafiar a experimentação, com hipóteses ad hoc
> fabricadas em série. A sua premissa foi essa, e não é nada confiável.

Onde a MQ desafia a experimentação ?

> > Eu so digo que: se vc não tem uma alternativa à MQ , nem experiencia que
> > mostre que ela é falsa, então não faz sentido negar a validade da MQ.
>
> Essa sua idéia não está livre de críticas. Mas mesmo que fosse correta, e
> digo que não é, diria que você está propondo o engessamento da ciência.
Ora,
> se não negarmos nada que esteja bem estabelecido, a ciência não progride.

Alto ai. Uma coisa é teres um modelo que funciona (mesmo que tenha sido
feito para funcionar). Outra coisa bem diferente é sabe pq o modelo
funciona.
Contudo nada impede que usemos o modelo, mesmo sem saber pq funciona.
Usamos o F=GMm/r^2 tantas vezes sem saber pq funciona, pq não podemos usar o
modelo quantico ?
A ciencia progride no sentido de explicar o modelo.
Durante essa proegressão pode até ser que encontre um modelo melhor.
Mas não ha aqui nenhum engessamento da ciência. Os teorizadores e
experiemtadores são livres de testar o modelo, alterá-lo ou propor outro,
enquanto de espera por uma explicação (a qual a meu ver nunca chegará para
nenhum modelo)
Se o modelo funciona não ha razão nenhuma para não o usar. Aliás, seria um
absurdo e contraprodutivo não o usar. Seria até anti-cientifico não o usar.

Os modelos são como ferramentas. Enquanto servem usam-se. Quando não servem
, substituem-se. Enquanto isso, podem.se limar, desmontar, limpar etc.
Pode até, em certos casos, usar uma ferramenta mais antiga para o mesmo fim
, se isso for mais simples.
Mas ter a ferramenta e não a usar seria uma burrice!



>A menos que a sociedade seguisse aquela utopia descrita por Thomas Kuhn a
> desengessar a ciência de tempos em tempos (períodos revolucionários). Eu

> gosto mais do estilo popperiano de revolução permanente, ou seja, devemos
> sempre questionar a validade do que está bem estabelecido. Em ciência não

> lugar para dogmas, a despeito de Kuhn defender o dogmatismo.

Para mim isso é tudo conversa fiada. Nem a ciencia está em permanente
revolução, nem ela tem revoluções de tempos em tempos.
O que acontece é que a ciencia está constantemente à prova e de tempos em
tempos novos dados surgem que poe à prova definitivamente determinada
teoria/modelo sobre certo assunto. Ai é preciso repensar onde a
teoria/modelo em uso falha. E ai surge uma novidade - não diria revolução -
no panorama cientifico.

E sob esse
> aspecto digo que nenhuma área das ciências é mais dogmática do que a
física
> da atualidade. O seu questionamento denota que você aceita esse dogmatismo
> como algo inevitável, e sob esse aspecto é bem possível que jamais
venhamos
> a entrar em acordo.

Dogma é algo que se aceita, sem vislumbre que possa um dia deixar de se
aceitar.
Dogma é algo que se aceita sem sabe pq.
Dogma é algo que se aceita sem se questionar.

Eu concebo a hipotese de um dia deixarem de ser aceites todas as teorias
hoje vigentes, eu sei pq as aceito hoje: pq estão de acordo com a
experiencia! Mas não por isso deixo de questionar as teorias e as
intrepretações dos seus utilizadores. (até ao limite onde ambas as coisas se
confundem numa so)
Portanto, não me venhas com essas de que sou dogmático.
É crime apenas mudar de teoria se existir uma experiencia a mostrar que deva
mudar de teoria?
Tu pedes que abandonemos a MQ sem nos dar nenhuma experiencia, nem
explicação, nem alternativa. dizes apenas "Ela está devotada ao fracasso"
Ora, mas isso todas estão. Não é nenhuma novidade.

tb usam signfiicados ppr , dirigidos ao seu trabahlo e pelo turabalho.

O importante não é o significado de medida em
si,
> mas a maneira como você está valorizando o termo. Se você diz que o
> importante em ciência é tão somente medir, então você ou está dizendo
> bobagem, ou então não está sendo coerente com o significado que assume à
> palavra. O que caracteriza a ciência é a reprodutibilidade.

A reprodutibilidade do q? Da MEDIDA!

>Se isso se
> relacionar ao seu conceito de medida, então o que você diz faz sentido;

Claro que relaciona.


> > > Vocês têm é muita garganta
> > > e ficam falando em teletransporte quântico, computador quântico,
> > > tunelamento quântico, bits quânticos, relógio quântico, microscópio
> > > quântico. Tudo isso é tão quântico quanto a noção de que a Terra gira
em
> > > torno do Sol.
>
> > Ahumm verifique mensagens anteirores da lista e me diga em quais eu já
> > defendi essas coisas que referes. Vocês ? Eles tlv, não eu.
>
> Ou eu muito me engano (o que não é impossível), ou já discutimos sobre
> tunelamento quântico aqui na Ciencialist. Você pode não ser tão enfático
> quanto os demais, mas ainda assim aceita que a física newtoniana é incapaz
> de explicar um fenômeno observado pela primeira vez por Newton, e
> perfeitamente *bem explicado* na ocasião (século XVII).

Bem explicado , para mim, é poder prever os dados experimentais.
Coisas como prever o tamanho das franjas de intereferência, por exemplo.
Prever onde está a zona clara e a zona escura, etc.
Não me interessa nada que gnomos possam estar a operar por detrás , desde
que saiba qual vai ser o resultado da sua operação.
Epistemologicamente falando, podemos discutir quais seriam esses gnomos, se
particulas puras, ou ondas, ou entidades outra ainda por inventar.
Parece-me, assim rezaa historia, que Newton não conseguiu prover-nos com
estas coisas simples de prever os dados experimentais. Então, a menos que
me contradigas, dizendo-me como ele previa os dados, ele não *bem explicou*
nada.

A hipotese q dirigiu Young pode ser ad doc, mas prevê os dados
experimentais.
Ela explica. Tb não *bem explica*, mas certamente explicaram melhor que
Newton dado que é capaz de prever.
Epsitemologicamente falando, ninguem até hoje explicou coisa alguma, muito
menos *bem explicou* coisa alguma.

> > Ter uma ideia não é o mesmo que ter uma explicação. Mantenho minha
frase.
>
> Assim como chegar a uma equação não é o mesmo que ter uma explicação. Mas
> tudo indica que sobre isso dificilmente iremos entrar em acordo.

Ter uma previsão é indicio de que os postulados se aproximam da realidade.
Assim, tomamos esses postulados como explicações provisórias.
O que eu estou a dizer, é que se ha previsão , ha uma explicação possivel -
mesmo que em potencial - que são os postulados.
Se não ha previsão, tudo o que se diga, não é explicação - nem mesmo
potencial - de nada.
A conversa pode até ser bonita, como chamas a de Dirac, ou provida de
sentido, ou mesmo obvia, mas se não resulta em previsões que estão de acordo
com a experiencia não valem nada, cientificamente falando.


> > É facil vc provar que ela é capaz. Explique - so ideias não servem- algo
> > classicamente que hoje seja explicado quanticamente.
>
> Já citei acima o tunelamento, mas vamos mudar o exemplo. Que tal o efeito
> Malus? Dizem que só os quânticos conseguem explicar. Se servir esse, eu
> explico com o pé nas costas. ;-) Posso até usar uma matematicazinha
> elementar, só prá te agradar. :-)

Sim, vá em frente. Explique.

> > Vc apresenta uma teoria que diz ser válida. Eu lhe perdi evidencia dessa
> > validade, cientificamente falando. E vc me respondeu que nem sabia que
> > unidades tinham as entidades que utilizava.
>
> Eu diria que você está sendo injusto, ou então já esqueceu nosso diálogo e
> ficou com uma impressão errônea. Comentamos muito a respeito disso, mas
vou
> repetir aqui apenas um pequeno trecho da mensagem de 22/01/2001 intitulada
> Resposta04.doc: "Eu não estou simplesmente cruzando variáveis. Estou
> definindo coisas novas. E estas novas idéias devem se adaptar não apenas
aos
> fenômenos eletromagnéticos mas a toda física.

Eu acrescentaria "e a dados experimentais!"
Se que se adquem a estes de nada vale que se adquem aos primeiros.

> Que você não conheça normas de teorização, tudo bem. Via de regra não se
> aprende isso na escola. Mas então, não diga bobagens e muito menos cometa
> injustiças. Veja bem, não confunda essas "brechas" com hipóteses ad hoc. O
> que eu fiz foi definir uma grandeza a menos de uma constante, que pode ser
> adimensional ou não, dependendo das conveniências.

Quando eu falo em definir unidades falo em definir dimensões.
O ser a menos de uma constante ou não é irrelevante aqui.
A normas da teorização acaso não dizem que a teoria deve ser compativel com
a experiência ?
Eu preferia que fosses quantativamente compativeis, pois é isso que
interessa.
Mas já nem falo disso. Falo de qualitativamente compativeis.
Afinal que facto a sua teoria explica que outras não expliquem ?
Ou apenas explica diferentemente tudo o que as outras já explicam ?
A sua teoria tem que ter alguma diferença das demais no que toca a previsão,
ou ela é inutil.
A teoria que apresentas tem um brecha muito grande. Ela não liga a
experiencia com a teoria.
Ninguem te obriga que preenchas essas brecha de forma completa. Afinal não
se trata de dar uma de super-homem. Mas sem isso, não ha como defender que a
teoria é válida.
Ela pode até ser fechada, auto suficiente, etc.. teoricamente falando. Mas
se não se mostra válida, nem que seja num caso muito simples: de quê ela
vale ?


>Isso se faz em física a
> toda a hora e não implica em sacrifício nenhum para a teoria. Se você acha
> que eu deveria fechar a questão, isso é opinião sua, mas você não tem
visão
> da teoria como um todo, logo acho muito imprudente ficar me cobrando
coisas
> desse tipo. Sugestões sim, serão sempre bem-vindas. Críticas também.
> Cobranças imprudentes não.

A "cobrança" (eu não sou cobrador de impostos) não é imprudente é
profiláctica.
Se ter uma base solida que permita dizer que a teoria é válida é excusado
mensioná-la a cada paragrafo que escreves.
Escusas de dizer "com a minha teoria eu consigo explicar isso" se "explicar"
não tem significado de "prever numéricamente os resultados experimentais" e
"teoria" não tem signifcado de "modelo de ideias válido"
É claro o meu ponto de vista ?
Não se trata de uma guerra, nem de desmerecer a tua pessoa ou as tuas
ideias, nem de cobrar nada. Não estou preocupado com o futuro da tua teoria.
Mas estou preocupado com a sua validade, pq se ela não tiver validade, pq
perder tempo a falar dela?
Ninguem perde tempo a falar do flogisto...

> > As teorias se avaliam pelos seus fundamentos ? ou pelos resultados que
> > produzem ? e pelas experiencias que falham em falseá-las?
>
> Eu avalio uma teoria com o mesmo rigor com que avalio um apartamento que
> pretenda comprar. Se os alicerces do prédio estiverem podres eu nem vou
> olhar o apartamento.

Eu avalio assim: se os alicerces não forem suceptiveis de prova de são
seguros, nem vou olhar o ap.
E a sua teoria não me dá provas que é segura, de que é válida, nem sequer
potencialmente válida. Então pq eu devo seguir para ler o resto ?
Vc me critica por não entender os fundamentos. De nada me vale entênde-los
sem um vislumbre de pq deva aceitá-los como hipotese de trabalho.
Em outras palavras: pq eu devo admitir como hipotese que o electrão pode ser
representado por um vector ?
Eu só peço uma razão para admitir isto. Ou na falta de uma, uma evidencia de
que pensando assim, é possivel explicar determinado fenomeno desconhecido,
ou determinado fenomeno conhecido de forma mais simples.
Entendes a minha prespectiva?

Quanto aos alicerces podres da MQ, o mesmo se aplica. Seria preciso uma
prova de que estão podres, e não uma opinião de que estão podres.

Que me importa a vista magnífica do apartamento, as
> suites maravilhosas! Se o prédio está prestes a cair! Que mais dizer? Com
> respeito às teorias eu nem sou tão inflexível assim, pois como teorizador
> que sou gosto de conhecer bem uma teoria condenada. Mas jamais vou
> investir algo, além de meu tempo de aprendizado, numa teoria que não nos
> levará a lugar algum e que só trouxe decepções para aqueles que a
estudaram,
> e até mesmo para os seus construtores.

Isso é conversa fiada. Ela pode não ter descrito ou permitido achar a
Essência do Mundo.
Mas elas nos trouxe muitas coisas. Entre elas o pc que está a usar agora.
Não podes dizer que ela não nos trouxe a lado nenhum.

> > >Quero explicações! Quero
> > > fatos, quero demonstrações a se reportarem aos fundamentos da teoria.
>
> > Essa é muito simples.
> > Estudo a eq de Srondinger (fundamento da teoria).
>
> Isso não é fundamento de nada.

Tu pediste fundamentos da teoria. E como já mostrei em outras ocasiões a eq
de Srondinger é um dos fundamentos da MQ.

>Isso é tão somente uma equação.

Uma que é postulada, pelo que se torna um fundamento.

Veja a
> opinião de Schrödinger sobre esse "fundamento": "Esperamos que a vacilação
> de conceitos e opiniões signifique apenas um intenso processo de
> transformação, que conduzirá finalmente a algo melhor do que as confusas
> séries de fórmulas que cercam o nosso tema"

E chegá-mos.
Não temos "formulas" mas postulados e matemática que haje com e sobre eles
para resolver os problemas especificos obtendo essa serie de formulas que
ele mensciona, nesse tempo ainda disconexas.

> Me perdoe dizer, mas você nem
> suspeita o que seja fundamento de uma teoria. Pudera, confunde modelo com
> teoria!

Fundamento: que funda, que está na fundação de. Que cria ou origina, ou é
responsável pela sustentação de algo.

> > Aplique-a ao atomo de hidrogenio.
> > Exenda essa aplicação para um atomo de N protoes e 1 electrão.
> > Estenda-a para um atomo de N protoes e M electrões.
> > Verifique que a ocupação dos niveis de energia se faz segundo o
Principio
> > de Pauling (fundamento da teoria)
> > Calcule os niveis de energia, e verifique se se adquam aos expectros de
> > emissão/absorsão do atomo em causa.
> > Verifique que a regra de cupação obriga a uma organização especial dos
> > atomos.
> > Verifique que essa organização é a TP conhecida antes do advento da MQ.
> > Ai tem a sua demonstração.
>
> "A ciência é construída de fatos, como uma casa é de pedras. Mas uma
coleção
> de fatos não é mais uma ciência do que um monte de pedras é uma casa."
> (Henri Poincaré). Você não demonstrou nada, simplesmente enumerou fatos
> inventados

"factos inventados" é uma antitese. Se são factos não são inventados. Se são
inventados não são factos.

>Mas... E a explicação?

E o que é "a explicação" ?


> > >Você falou no efeito fotoelétrico (msg 20691),
> > > mas isso é outra piada. Nem Einstein diria isso com tamanha convicção.
E
> > > o Planck, coitado, morreu sendo ridicularizado por ter tido a coragem
de
> > > dizer o que pensava a esse respeito. E o pior é que ele tinha razão.
>
> > Dizes tu... e mais qual experiencia ?
>
> Que tal a de Rutherford, sem a apelação para órbitas permitidas ou outros
> gnomos do gênero?

Qual experiencia de Rutherford ? A que eu conheço nada tem a ver com o
assunto (efeito fotoelectrico).

> > > Você não quer uma teoria nascente, quer uma teoria completa,
> > > comprovada experimentalmente e totalmente axiomatizada.
>
> > Vc apresensta as suas opiniões, ideias e conjecturas sobre sua teoria
como
> > se ela fosse completa. Eu não peço mais do que vc dá.
>
> Eu não disse que a minha teoria é incompleta. Eu simplesmente relacionei
as
> exigências que você faz. Uma das minhas teorias está completa e quase toda
> axiomatizada, como eu disse em mensagem anterior (texto reproduzido
acima).

Uma teoria só é completa quando se liga /explica a experiência, não o
fenómeno.

> O problema é que você por não ter experiência nesse campo da filosofia da
> ciência, exige mais do que essa completude.

Bem pelo contrário. Estou.me nas tintas se a teoria está axiomatizada ou se
é fechada ou auto-suficiente. Eu estou preocupado se ele tem alguma coisa a
ver com a experiencia ou não.

> Por outro lado, você mistura
> dados das minhas teorias com as bases onde elas foram firmadas. Como você
> ignora as bases, quer que eu explique tudo, até mesmo aquilo que já foi
> sedimentado por uma ciência secular e que estão a desprezar sem
> justificativa alguma.

Eu não quero que expliques nada. Quem sou eu para querer algo.
Eu peço apenas uma relação entre a teoria e a prática. Uma relação
experimental.

> > Eu peço apenas algo diferente do que vc dá.
>
> Pois então espere que alguém se digne a comprovar as previsões que faço.

Tudo bem. Eu espero. Mas até lá , não vamos dar essas previsões, nem a sua
teoria como válida. Concorda?

> > Não sou eu que quero uma teoria completa, é vc que fala como se ela
fosse
> > completa.
>
> A teoria do elétron está completa. Ela não admite o encaixe de nenhuma
> hipótese ad hoc, sob pena de deixar de se apoiar na física genuinamente
> newtoniana, seu pano de fundo. Obviamente, estar completa não significa
> estar estagnada. Ela pode evoluir, e certamente evoluirá, mas não admite
que
> se mexa nas hipóteses que constituem seu núcleo, sob pena de estarmos
> construindo outra teoria.

Não é disso que estou a falar.

> > E mais do que isso, comprovada.
>
> Não me cabe comprovar nada, mesmo porque sob a visão moderna eu sou
> considerado suspeito. Quando foi que Einstein ou Bohr comprovaram
> experimentalmente suas idéias? Seus discípulos diretos talvez, mas creio
que
> nem mesmo esses.

Eisntein nunca comprovou nenhuma das suas conjecturas, mas forneceu exemplos
claros e até numéricos de pq elas deveriam ser válidas. É disso que estou a
falar.

> > Pq vc pode dizer mal da MQ que ja deu mostras de si, mas não podemos
achar
> > que sua teoria incompleta é incompleta ? Pq é isso que ela é, vc mesmo
> > acha.
>
> Já que você não consegue se libertar do significado das palavras, seria
> interessante que conceituasse qual o significado está adotando agora para
> "teoria incompleta", pois do contrário vamos tornar a discussão
improdutiva.
> Num senso estrito (filosofia da ciência) já disse que a minha teoria é
> completa; num senso amplo (evolução) já disse que minha teoria, como
> qualquer outra, é incompleta. Defina-se! É importante uma teoria ser
> completa? Se sim, em quais dos sentidos apontados?

Um conjunto de ideias conexas e não mutuamente excludentes constitui uma
teoria.
Mas para que essa teoria seja cientifica ela tem que obedecer a mais coisas.
E a coisa principal é que essas ideias sejam coerentes com
fenoemnos/experiencias/dados experimentais pelo menos qualitativamente.
A pergunta que faço (que fiz desde sempre) é: A sua teoria é concordante, ao
menos qualititativamente , com esses dados/fenomenos/experiencias ?
Se sim, otimo. Se não, não tenho qq prova que seja seguro visitar o
apartamento da sua teoria, já que não tenho certeza sobre a segurança dos
seus alicerces práticos.

> Eu propriamente não estou interessado nesta sua resposta, mas já que você
se
> julga o dono do significado das palavras, defina a expressão para que
> possamos dialogar sem atritos outros que não nossas discordâncias em
física,
> que já não são poucas.

Teoria completa= aquela que é auto-suficiente, está de acordo com a
experiencia em todas as experiencia até hoje elaboradas e que não apresenta
problemas internos (singularidades, paradoxos , são por exemplo, problemas
internos).

> > Então , se é incompleta, que tal completá-la ?
>
> No senso estrito, já disse que a teoria do elétron está completa. No senso
> amplo, fique a vontade para completá-la, simplesmente não deturpe suas
> hipóteses pois, utilizando uma palavra de um ilustre ex-ministro
brasileiro,
> elas são "imexíveis".

Eu não estou preocupado com as hipoteses. Entenda isso!
Estou apenas preocupado com levar essas hipoteses à prática.
Por exemplo:
Suponhamos q o electrão provoca um campo de "arraste" que se identifica com
a possibilidade de difenir dois campos que traduzem as faces desse campo de
"arraste".
Ok, agora: como eu meço esses campos de "arraste" , como eu posso saber se
eles existem ou não ? Que fenomenos dependem deles de forma a poder
avaliá-los ?
Todos os electrões têm o mesmo campo de "arrastre" independentemente da sua
situação no sistema ? como avaliar experimentalmente se sim ou não ?

> > De quem vc acha que eu devo esperar melhores explicações ?
>
> Explicações, sim. Contra-críticas também. Mas não é só isso que você está
> exigindo. Como disse acima, você está fazendo cobranças imprudentes. Você
> parte do pressuposto que minhas hipóteses são incabíveis, pelo simples
fato
> de eu me recusar a atender uma exigência sua a retratar uma imprudência
> também sua.

Não. Nada disso. Eu nunca disse nada sobre suas hipoteses.
Eu não disse nada, exactamente pq nada posso dizer até que tenha um
parametro entre elas e a realidade experimental.

>Ora, se você se recusa a aceitar as hipóteses como elas são, e
> eu justifico o porquê disso, você não pode exigir explicação alguma.

Eu não me recuso a aceitar as hipoteses como elas são.

> Além do mais você está exigindo que eu explique tudo o que você não
consegue
> entender através de outras teorias.

Estou ? Onde ?
Vc que se propoe a isso.
O seu exemplo do campo de informação, é um exemplo disto.
Vc se propoe a explicar o fenomeno da dupla fenda com base num conceito
novo.
Nós só exploramos a sua explicação.

Eu estou pedindo, isso sim, que explique com a sua teoria algo que outra
teoria explique tb.


> > > Não é a-toa que você
> > > não lê os Principia nem o Opticks de Newton.
>
> > As palavras estão tão desactualizadas que corremos o risco das
> > intrepretarmos mal.
>
> Pois então deixe que outros leiam, mas não se surprenda ao ouvir dizer que
> Newton já explicou no século XVII aquilo que você nem sonhou que pudesse
ser
> explicável pela ciência dos dias atuais.

Defina "explicou" /"explicar" /"explica"

> > Não seu eu que sou dogmático. É vc.
> > Eu lhe pergunto e vc não me responde.
> > Limita-se a dizer que não tem obrigação de ter uma resposta.
> > O que para mim é a mesma coisa que a não ter.
>
> Lamentável que você pense assim. Duvido que exista na Ciencialist alguém
que
> tenha recebido mais respostas minhas do que você. Considero isso como
estar
> recebendo uma bofetada de alguém por quem sempre nutri uma certa
admiração.

Não sei pq. Mas desculpe-me se o ofendi. Não era essa minha intensão.
Minha intensão é sim entender coisas, que até hoje não obtiveram resposta
concreta.
Tais como, por exemplo, "o que é fisica newtoniana".
Aquela historia de que fisica newtoniana é que se baseia no espaço,no
tempo/movimento etc, não é uma explicação concreta.

> > > Os elétrons irão se chocar em pontos diversos do anteparo...
>
> > Eles são chocar ? Como vc sabe isso ?
> > Quem garante que vão chocar ?
> > Quem tem dados sobre esse choque ?
>
> Novo golpe sujo! Não sabes responder e mudas de assunto? Tudo bem, mudo as
> palavras: "os elétrons irão registrar sua marca em pontos diversos do
> anteparo...". Retorne agora à questão e responda dignamente e sem
evasivas.

Eu entendi que eles iam registar a sua marca. A pergunta era: que marca?
como identificá-la? Quem já a identificou ? Que dados ha sobre os pontos
onde os electrões marcam o anteparo ? É clara a pergunta agora? Podes
responder?
Que eu conheça, ninguem fez essa medições.

> > >Você pode perfeitamente assumir, sem ir contra os princípios
> > > clássicos, que todos os elétrons que batem exatamente no ponto A do
> > > anteparo passaram pelo mesmo ponto ao atravessarem a fenda.
>
> > Posso ? pq ?
> > Todos batem da mesma forma ? não ha dispessão nenhuma ?
> > isso é classico ??
>
> Então explique o efeito dessa dispersão, do contrário direi que você
> novamente está fugindo do debate.

A dispersão deveria permitir encontrar electrões cujo momento aponta do
anteparo para a fonte com um certo angulo. Aquilo que se conhece como
rutherford-backscattering e que é usado em algumas tecnicas nucleares.
Não exsitem dados que concluam que existe essas dispersão. Todo o feixe
atravessa o anteparo.

Se ela não existe, restam duas hipoteses
1) o electrão atravessa o materia sempre "para a frente" (?!)
2) o material absorve o electrão e o reemite depois do outro lado da fenda
numa direcção qq que é limitada por estar "do outro lado da fenda". (?!)
Em qq hipotese o electrão não volta para trás.
Nenhuma destas hipoteses faz muito sentido.

> > Vc já se deu ao trabalho de aprender quantica ?
>(...) De qualquer forma, e apenas para que você
não
> diga que não respondi à pergunta, direi que já li mais de 10 livros sobre
o
> assunto, de ponta a ponta, e uma infinidade de artigos escritos por
autores
> respeitáveis.

E de outros autores ? livros de escola mesmo.

> > > Tanto quanto você não quer (ou se recusa a) entender o significado de
> > > física clássica.
>
> > Ja pedia muitas vezes que o explicasses. Sempre driblaste o pedido.
> > Se eu não entento, a culpa tb é tua.
>
> Mentira deslavada. Já cansei de dizer o que penso a respeito. O que você
> quer que eu faça? Que lhe ensine pela Internet tudo aquilo que seus
> professores não souberam ensinar? Que absurdo! Saiba que com esta mensagem
> você conseguiu me ofender profundamente.

Lamento. Não era minha intenssão.
Tlv não tenha escolhido as palavras certas, ou tenha sido levado por meus
problemas pessoais no momento. Escusado será dizer que não quero criar
nenhuma animosidade ctg.
As minhas desculpas.

Sérgio.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/02/2003 10:17


Colucci,

Sua explicação é boa, mas no fim vc diz:

"No caso (2), durante essa entrada, a interação entre o campo elétrico do
fóton e o potencial de superfície do material desvia o fóton de sua
direção inicial."

O que isto tem de quântico ? Apenas com a teoria em de maxwell poderiamos
chegar às mesmas conclusões. (aliás a teoria e.m. de maxwell teve esse
mérito de explicar a optica)
Então o que isto tem a ver com quantica e absorção se no fim se resume ao
potencial de superficie que interage com o campo electrico?

Sérgio



SUBJECT: Re: off topic ('farsa' da speedy e adsl?)
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2003 11:20

--- Em ciencialist@y..., Jefferson Stafusa Elias Portela
<stafusa@f...> escreveu
> Se for verdade, é de interesse de muitos.
>


Não se preocupe. Não é verdade.

Revista Consultor Jurídico
Abobrinhas Virtuais
http://conjur.uol.com.br/view.cfm?id=9916&ad=c

Fraude em Conexões de Alta Velocidade
http://conjur.uol.com.br/view.cfm?id=9946&ad=c

[]s
Ronaldo


> --------------------------------------------------------------------
-
> --- Em Jipenet-OFF@y..., "Antonio Kleber de Araujo"
> <antonio_kleber@u...> escreveu
>
> -----Mensagem original-----
>
> Assunto: [wbdesign] Mais uma sacanagem que fazem com o consumidor...
>
>
> Você sabia que Speedy e ADSL são uma farsa ?
. . .
> Espalhe essa mensagem em nome dos seus Direitos e pela dignidade dos
> Internautas.
>
> Atenciosamente,
>
> Reynaldo Andersen K. Pellegrini Engenheiro ITA
>
> Novas tecnologias /Revista/ Consultor Jurídico



SUBJECT: SuperCordas
FROM: "Lidiane Pedersoli" <lidiane_fisica@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/02/2003 11:43


Olá, eu venho acompanhando os e-mails desta lista de discussão, apesar de
ainda não ter expressado alguma opinião sobre eles. Gostaria que vocês
exprimissem suas considerações sobre o assunto de discorro abaixo. Desde já
agradeço.

A teoria das cordas tenta resolver o problema da incompatibilidade da
mecânica quântica junto à relatividade geral, afirmando que as ondulações
quânticas inerentes ao tecido espaço-temporal - que Einstein formulou como
liso e perfeito - previstas pela mecânica quântica não podem ser levadas em
conta, visto que para serem observadas precisaríamos de energias maiores que
a energia de Planck, o que acarrretaria em um aumento no tamanho da corda em
questão, que por sua vez impediria o "experimento". Mas, apesar de não serem
observáveis essas flutuações quânticas revelam o frenesi no nível
microscópico. Os grupos de estudos dessa teoria afirmam abertamente
"ULTRAPASSAMOS GROSSEIRAMENTE AS FRONTEIRAS DA REALIDADE FÍSICA"; o que
vocês acham sobre isso, apesar das evidências teóricas e do sentido
proporcionado por elas, não seria um exagero generalizar dessa forma, passar
por cima de algo que apesar de não observável (as flutuações quânticas)possa
talvez estar dando contribuição ao comportamento do tecido espaço-temporal?
Por favor, não deixe de me dar a resposta.
Obrigada, Lidiane Cristina.





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SUBJECT: Re: [ciencialist] SuperCordas
FROM: "villem" <nevillex@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/02/2003 04:11

Oi Lidiane.

O que se segue não é exatamente uma resposta ao que você solicitou;
trata-se
apenas de um comentário nada ortodoxo que me sentí tentado a cometer.

[Lidiane] - "A teoria das cordas tenta resolver o problema da
incompatibilidade da
mecânica quântica junto à relatividade geral, afirmando que as ondulações
quânticas inerentes ao tecido espaço-temporal - que Einstein formulou como
liso e perfeito - previstas pela mecânica quântica não podem ser levadas
em
conta ..... (etc.)"

[Villem] -A meu ver a Teoria das Cordas está desenvolvendo um modelo
terrivelmente complexo cujo resultado efetivo é burlar o princípio da
conservação da energia no microcosmo. Isso me parece tão complicado como
desenvolver a teoria dos epiciclos em lugar de quebrar o dogma do
geocentrismo.

A teoria da relatividade, por se tratar praticamente de um modelo
matemático, me parece insofismável (a menos de alguns detalhes
interpretativos) dentro de seus limites. A compatibilização dos modelos da
TR e MQ talvez pudesse ser formalmente obtida reformulando o princípio da
conservação da energia assumindo que a energia, no microcosmo, se conserva
como *média* temporal (ou então como um potencial virtual não detetável
macroscópicamente em cada instante). Em complementação, talvez fosse
também necessário admitir a não homogeneidade ou descontinuidade
microscópica do "tecido espaço-temporal" (acredito em rotas
microscopicamente 'permitidas' para partículas materiais).
Essas alterações conceituais também não são tão simples como aparentam,
pois implicaria em definir os limites da microfísica além de uma
reinterpretação dos modelos atuais. Mesmo assim, acredito que ainda seria
mais simples do que o desenvolvimento e comprovação das várias vertentes
das teorias das cordas.

Enfim, essas possibilidades são apenas crenças para as quais não tenho
argumentos consistentes. (Se tivesse já estaria publicando ;- ) )

Abraços

Villem



SUBJECT: Re: [ciencialist] SuperCordas
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/02/2003 16:19


>From: "Lidiane Pedersoli" <lidiane_fisica@hotmail.com>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] SuperCordas
>Date: Sat, 15 Feb 2003 12:43:36 -0200
>
>A teoria das cordas tenta resolver o problema da incompatibilidade da
>mecânica quântica junto à relatividade geral,(...)

Oi Lidiane,

Atualmente a teoria das cordas é a única candidata a formulação
da gravitação quântica livre dos seus problemas habituais. Realmente
o fato da gravitação surgir naturalmente do espectro de vibração das
cordas é um triunfo impressionante. Existem diversas outras indicações
de que a teoria das cordas merece investigação progressiva.

Eu não sou especialista nesse ramo, mas acho que a declaração
"ULTRAPASSAMOS GROSSEIRAMENTE AS FRONTEIRAS DA REALIDADE FÍSICA"
talvez não tenha como intenção dar um sentido fantasmagórico à
teoria, mas sim de excepcional transcendência, quando comparada às
teorias convencionais (gravitação e teoria quântica de campos).
Na minha opinião, essa teoria é a física do futuro, e será objeto
de pesquisas intensas por muitas décadas ainda, talvez até séculos.
A teoria ainda não exibiu um milésimo das suas potencialidades.
Existe um livro muito bom, "O universo elegante", de Brian Greene,
que trata de todas essas questões.

Abraços,

Guilherme

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/02/2003 18:21

----- Original Message -----
From: "Sergio M M Taborda"
Sent: Saturday, February 15, 2003 10:12 AM
Subject: Re: [ciencialist] Física quântica: Faça você mesmo

Observação: Reduzi bastante o conteúdo da mensagem, para quase 1/3, e acho
possível chegarmos próximo a zero, pois quase tudo o que está sendo aqui
debatido implica em divergências de opiniões a se apoiarem em opções ou
crenças pessoais e/ou em discordâncias relacionadas a interpretações
pessoais dos significados das palavras. Se houver alguma resposta, espero
que você consiga reduzir bem mais o conteúdo.

> ...eu estava usando temo teoria como sinonimo de modelo, mas isso
> é pq não existe nenhuma verdadeira teoria, ja que nenhuma explica o pq do
> modelo fora dele.

Discordo, mas não vou discutir opiniões pessoais, pois isso não nos leva a
nada.

> Quando vc diz que Newton, Eisntein, etc. procuraram por uma fisica para
> explicar o seus modelos eles estavam procurando exactamente o q? Saberia
> vc explica o que eles procuravam?

Não foi isso o que eu disse, nem o que pretendi dizer, mas isso não importa,
pois não vamos concordar mesmo. Eles procuravam por uma física a responder
pela realidade inerente à natureza e utilizavam-se de modelos para resolver
problemas específicos. Hoje em dia postula-se que essa realidade é
inatingível e com isso confunde-se física com modelagem.

> Não existem reais explicações sobre o mundo mas construções do nosso
> intelecto sobre o mundo.

Discordo, mas não vou discutir opiniões pessoais, pois isso não nos leva a
nada.

> Na minha visão, a fisica é realmente um conjunto de algoritmos que dão
> certo.

Na minha opinião você não sabe o que é física. Mas não adianta perguntar o
que seria física no meu modo de ver, pois eu apenas iria repetir o que já
disse uma infinidade de vezes e de maneiras diversas, e nunca entramos em
acordo.

> Explicações não ha, pois se as houvesse de facto, ninguem precisaria
> postular nada.

Discordo, mas não vou discutir opiniões pessoais, pois isso não nos leva a
nada.

> Não é a teoria que se fundamenta em dados sólidos, é o modelo que a
> sustenta que se baseia nesses dados. Dados experimentais.

Discordo, mas não vou discutir opiniões pessoais, pois isso não nos leva a
nada.

> Em todo este tempo, e em todo o seu discurso , ainda não é claro para mim
> o que seria fisica não-newtoniana, ou fisica newtoniana...

Eu já cansei de dizer o que penso a respeito e acredito que falei no vazio.
Nem mesmo críticas coerentes recebi, apenas negações sem argumentação
convincente ou então manobras de fuga e/ou de mudança de assunto, com o que
o texto acaba ficando quilométrico e desinteressante. Negação não
fundamentada retrata opinião pessoal, e discutir opiniões pessoais não nos
leva a nada.

> Pelo que leio "fisica newtoniana" se opoe a
> "fisica moderna" ou "fisica relativista" ou "fisica quaãntica" ... será
> que se opoe a "fisica estatistica" ?

Creio que não, mas não sei como você interpreta a "física estatística", logo
prefiro não opinar.

> Se vc está contra a MQ por causa desta ineptitude q os seus utilizadores
> têm em usá-la devidamente, tudo bem.

Isso é um detalhe secundário e decorrente das falhas fundamentais do modelo.
Mas isso também é uma questão de opinião pessoal, e creio que não vale a
pena insistir nesse assunto, pois a experiência nos diz que dificilmente
entraremos em acordo. A esse respeito não há nada que possamos dizer hoje
que já não tenhamos dito inúmeras vezes nos últimos dois anos. Essa mera
repetição, sem novidades, é muito cansativa.

> A meu ver vc afirma estar contra por não estar de acordo com as "bases da
> MQ", seja-lá-o-q-isso-for. Isso é lá com vc.

Exatamente. Isso é um problema pessoal que devo resolver com os meus botões.

> ...Mas nunca ouvi falar de um modelo que pretenta suplantar a MQ.

Neste caso diria que você faz muito bem em continuar com a MQ.

> Não. Eu gostaria apenas de ler conecções logicas entre as coisas. do tipo:
> fulano fez isto, que mostra que aquilo e portanto eu acho que
> isto-assim-assim pode ser uma alternativa. É pedir muito ?

Dito dessa maneira, a reposta seria não. Mas não é isso o que tenho visto na
prática. Sequer suspeito qual seria o seu conceito de lógica, mas percebo
que difere bastante do meu, e creio que não vale a pena discutirmos esse
assunto.

> Se a teoria que tens é correcta ela deve conseguir explicar a prática.
> A lei de ampere, a lei de ohm, sei lá ... qq uma.

Já discutimos isso, e você demonstra não ter lido o que escrevi. Enfim, nada
disso importa, pois no momento em que você percebe que tenho condições de
explicar alguma coisa, você muda de assunto, logo fica o dito pelo não dito.
Isso acontece com muita freqüência, é muito desgastante e eu acabo optando
pelo desinteresse na continuação do debate. Trata-se de um recurso próprio
de quem realmente não quer dialogar, apenas demonstrar erudição. Fique então
com suas palavras.

> > Planck não inventou nada, simplesmente verificou um algoritmo que dava
> > certo.

> Mas toda a fisica é apenas isso!
> Toda a ciência é apenas isso!
> Que mais ele poderia fazer ?

Discordo, mas não vou discutir opiniões pessoais, pois isso não nos leva a
nada.

> > > Negas que a MQ explique a organização da TP ? Se sim, pq ?

> > Ela não explica, ela foi construída para concordar.

> Não. Essa eu não engulo.

Você não precisa engolir nada. Fique com a sua opinião e eu ficarei com a
minha. Sua explicação não me convence e não irei rebater o produto de uma
convicção pessoal a apoiar-se exclusivamente na fé ao lado de uma
interpretação pessoal e capenga da experimentação.

> O que raios significa "terem cadastro" ?

Eu tentei dar a entender e você diz que não entendeu. Mas isso é detalhe
secundário e não vou perder tempo explicando coisas desse tipo, mesmo porque
se você entender, não irá concordar. Logo, é melhor deixar o dito pelo
não dito.

> Tu não respondes sem ser por meio de metáforas , e isso é dificil de
> entender , para mim.

Não é verdade.

> Isso, para mim, não é responder, já que eu não fico elucidado.

Sinto muito. Você sempre se "deselucida" quando fica sem argumentação. Isso
não é ter dúvida, isso chama-se "fuga do diálogo" e/ou "vencer pelo
cansaço".

> >A MQ jamais cairá por um falseamento

> Limitaste a dizer que não cairá por falseamento. Portanto, ou admites que
> é falseável, mas que esse evento nunca acotnecerá, ou admites que não é
> falseável de raiz.

Sua lógica é sui-generis. Há quem diga que uma teoria não falseável não é
científica. Eu vou além: sequer é teoria. Mas isso não importa. Opiniões são
opiniões, nada mais que opiniões. Você tem as suas e eu tenho as minhas.

> Mas se as hipoteses são ad doc, mais
> cedo ou mais tarde elas ruiram por não terem bases.
> A minha pergunta era: pq elas não ruiram ainda ?
> Quiça pq não sejam tão ad doc assim... não?

Isso é capaz de dar uma tese de doutoramento em "filosofia da ciência dos
tempos modernos". Genial! Parabéns.

> > experiências com
> > as respectivas hipóteses ad hoc a superprotegerem-na.
> > 1) Experiência de Rutherford: órbitas permitidas.
> > 2) Experiência de Stern e Gerlach: "spin" que não é giro.
> > 3) Experiência de Aspect: não localidade.

> Agradecia que viesse acompanhado de um comentário de pq são hipoteses ad
> doc.

Essas denúncias são autoevidentes, só não enxerga quem não quer. Além do
mais, porque eu iria comentar alguma coisa se dentro em pouco você irá dizer
que eu não respondi ao questionamento? Nessa eu não caio mais. Entenda o que
quiser e da maneira que quiser.

> É suposto eu adivinhar pq o são?

Sinta-se totalmente a vontade para adivinhações. E guarde bem essa questão
para poder dizer que eu não a respondi a alguma coisa, sem precisar com isso
mentir.

> > Lembro ainda que faz muito pouco tempo os quânticos diziam (ouvi isso de
> > várias autoridades brasileiras no assunto) que o teletransporte
> > falsearia a teoria quântica.

> Isso advém de um errada intrepretação do principio de incerteza.

Eu já notei que pelo menos aqui na Ciencialist você é o único quântico que
sabe interpretar devidamente o princípio da incerteza. Tá parecendo aquela
piada do soldado que estava com o passo certo, enquanto todo o batalhão
estava com o passo errado. Enfim, esse é um problema que você deve resolver
com os quânticos, e não me diz respeito. Eu também gosto de andar com o
passo trocado, mas estou perfeitamente ciente dessa minha indisciplina
acadêmica.

> Como eu disse antes: quando se gira uma particula, ela quantinua sendo a
> mesma particula.
> Mas quando se altera o spin, ela não é mais a mesma particula.
> É por isso que são coisas diferentes. Por isso que eu perguntei o que
> distinguia os electrões uns dos outros : se existem electrões diferentes,
> pq se chamam todos electrões?
> ao que respondestes: se existem tijolos diferentes, pq se chamam todos
> tijolos ?

E mantenho o que disse. Na minha opinião, o que você diz não faz sentido,
pois spin é um *artefato* matemático inerente a um modelo sem pé nem cabeça,
logo essa alteração é obra de ficção. Você julga que o elétron é uma
partícula paranormal que não pode ser equiparada a nenhum outro objeto real.
Não vou discutir opiniões pessoais, pois isso não nos leva a nada.

> Depreendo daqui que não conheças uma teoria/modelo que suplante a MQ.

Sem dúvida, e já respondi na msg anterior, mas pelo visto você não aceitou e
está tentando repetir a pergunta para posteriormente dizer que eu não
respondi.

> Claro que quando dizes "explicar" estás acolocar de lado "obter previsões
> compativeis com dados experimentais" . não é mesmo ? Pois, bem me parecia.

Pense o que você quiser, mas não admito que altere meus textos com evasivas.

> Onde a MQ desafia a experimentação ?

Não vou discutir opiniões pessoais, pois isso não nos leva a nada.

> Para mim isso é tudo conversa fiada.

Pelo que tenho visto, para você tudo que vem de terceiros é conversa fiada.

> > Ou eu muito me engano (o que não é impossível), ou já discutimos sobre
> > tunelamento quântico aqui na Ciencialist. Você pode não ser tão enfático
> > quanto os demais, mas ainda assim aceita que a física newtoniana é
> > incapaz de explicar um fenômeno observado pela primeira vez por Newton,
> > e perfeitamente *bem explicado* na ocasião (século XVII).

> Bem explicado , para mim, é poder prever os dados experimentais.

Pois Newton fez exatamente isso. Mas... Não vou discutir opiniões pessoais,
pois isso não nos leva a nada.

> Parece-me, assim rezaa historia, que Newton não conseguiu prover-nos com
> estas coisas simples de prever os dados experimentais. Então, a menos que
> me contradigas, dizendo-me como ele previa os dados, ele não *bem
> explicou* nada.

Quem sou eu para contradizer o magnífico Sérgio? Afinal de contas, esse
Newton ocupou a cátedra que é hoje ocupada pelo Hawking, não é mesmo? É bem
possível que Newton tenha sido tão imbecil quanto você julga ser o Hawking,
mas esse também é um problema de opinião pessoal e que não vale a pena
discutirmos, pois não nos levará a nada.

> A hipotese q dirigiu Young pode ser ad doc, mas prevê os dados
> experimentais. [..]

Perdoe-me dizer, mas acho que você não tem a menor noção do que eu estou
falando. A dupla-fenda e Young não tem nada a ver com o assunto que estava
sendo discutido, pelo menos neste trecho da mensagem.

> O que eu estou a dizer, é que se ha previsão , ha uma explicação
> possivel - mesmo que em potencial - que são os postulados.

Você muda as palavras e/ou os conceitos das palavras ao seu bel-prazer (e
até mesmo as experiências, como relatei acima). Assim não dá para discutir.
Você não quer dialogar, e eu estou perdendo meu tempo à-toa.

> > > É facil vc provar que ela é capaz. Explique - so ideias não servem-
> > > algo classicamente que hoje seja explicado quanticamente.

> > Que tal o efeito Malus?

> Sim, vá em frente. Explique.

Se quiser, vide http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/polar07.htm#VII6
Se não quiser, considere o dito pelo não dito e não o acusarei por isso.
.
> > "Eu não estou simplesmente cruzando variáveis. Estou
> > definindo coisas novas. E estas novas idéias devem se adaptar não apenas
> > aos fenômenos eletromagnéticos mas a toda física.

> Eu acrescentaria "e a dados experimentais!"

Neste caso, você dá mostras experimentais do que eu disse acima: Você não
sabe o que é física, além de denotar um certo desprezo pelo intelecto das
demais pessoas.

> A normas da teorização acaso não dizem que a teoria deve ser compativel
> com a experiência ?

Você muda de assunto ao seu bel-prazer e foge descaradamente do que está
sendo discutido. A crítica que você fez, citada algumas mensagens atrás, não
tinha nada a ver com a experimentação.

> A teoria que apresentas tem um brecha muito grande. Ela não liga a
> experiencia com a teoria.

Putz, essa me deixou deveras preocupado. Como é que eu ligo uma teoria com a
experiência? Você dispõe de alguma cola especial, do tipo daquelas
partículas quânticas que colam tudo? Talvez seja por isso que os físicos
modernos não gostam das minhas teorias. Eu não estou conseguindo colar o
cadastro, não é mesmo? Vivendo e aprendendo.

> Escusas de dizer "com a minha teoria eu consigo explicar isso" se
> "explicar" não tem significado de "prever numéricamente os resultados
> experimentais" e "teoria" não tem signifcado de "modelo de ideias válido"
> É claro o meu ponto de vista ?

Recheado de muitas mentiras, por sinal. Mas isso é uma questão de opinião e
não vou discutir opiniões pessoais, pois isso não nos leva a nada.

> Em outras palavras: pq eu devo admitir como hipotese que o electrão pode
> ser representado por um vector ?
> Eu só peço uma razão para admitir isto. Ou na falta de uma, uma evidencia
> de que pensando assim, é possivel explicar determinado fenomeno
> desconhecido, ou determinado fenomeno conhecido de forma mais simples.
> Entendes a minha prespectiva?

Não, pois sinto mentiras e/ou segundas intenções nas entrelinhas do seu
texto, logo não há o que entender com relação a sua "perspectiva".

> >Isso é tão somente uma equação.

> Uma que é postulada, pelo que se torna um fundamento.

Não vou discutir opiniões pessoais, pois isso não nos leva a nada.

> "factos inventados" é uma antitese. Se são factos não são inventados. Se
> são inventados não são factos.

Enfim, conseguiste pegar um erro meu. Parabéns! Sua tática de cansar o
adversário às vezes funciona. Eu pretendi dizer que inventou-se uma
explicação estratosférica para fatos bem conhecidos. Mas não vamos insistir
nisso, porque não pretendo discutir opiniões pessoais, pois isso não nos
leva a nada.

> >Mas... E a explicação?

> E o que é "a explicação" ?

Não vou discutir opiniões pessoais, pois isso não nos leva a nada.

> > > >Você falou no efeito fotoelétrico (msg 20691),
> > > > mas isso é outra piada. Nem Einstein diria isso com tamanha
> > > > convicção. E o Planck, coitado, morreu sendo ridicularizado por ter
> > > > tido a coragem de dizer o que pensava a esse respeito. E o pior é
> > > > que ele tinha razão.

> > > Dizes tu... e mais qual experiencia ?

> > Que tal a de Rutherford, sem a apelação para órbitas permitidas ou
> > outros gnomos do gênero?

> Qual experiencia de Rutherford ? A que eu conheço nada tem a ver com o
> assunto (efeito fotoelectrico).

Pois eu diria que ou você não leu devidamente o que eu falei (vide > > > >)
ou então o seu universo é muito pequeno, e você conhece alguma coisa mas não
tem a visão do todo. Releia tudo acima e perceba que não estou
obrigatoriamente falando tão somente no que você entende por explicação do
efeito fotoelétrico, mas num dos aspectos da interpretação de Einstein e
contestada por Planck. Que mal pergunte e devolvendo uma de suas perguntas
descabidas: Você já leu algum livro realmente bom de física quântica?

> Uma teoria só é completa quando se liga /explica a experiência, não o
> fenómeno.

Não vou discutir opiniões pessoais, pois isso não nos leva a nada.
Simplesmente volto a dizer que você não sabe o que é física nem ciência.
Você está a se preocupar com o óbvio e ululante. Isso é o mínimo que se pode
exigir de uma teoria, e você fica aí ditando regras como se fosse a única
coisa importante. Não é à-toa que você está totalmente perdido no meio da
física.

> > > Eu peço apenas algo diferente do que vc dá.

> > Pois então espere que alguém se digne a comprovar as previsões que faço.

> Tudo bem. Eu espero. Mas até lá , não vamos dar essas previsões, nem a sua
> teoria como válida. Concorda?

Não interprete a sua maneira o que eu não disse. Isso é golpe sujo. Quem
disse que as minhas teorias não fazem previsões foi você, e você sabe
perfeitamente que está mentindo descaradamente e deturpando o significado
das minhas palavras. Já perdi tempo demais escrevendo mensagens que você nem
se deu ao luxo de ler e/ou de procurar entender.

> A pergunta que faço (que fiz desde sempre) é: A sua teoria é concordante,
> ao menos qualititativamente , com esses dados/fenomenos/experiencias ?

Preciso responder novamente? Quantas vezes?

> Teoria completa= aquela que é auto-suficiente, está de acordo com a
> experiencia em todas as experiencia até hoje elaboradas e que não
> apresenta problemas internos (singularidades, paradoxos , são por exemplo,
> problemas internos).

Folgo em saber. Não deixa de ser uma conceituação razoável, se bem que não
seja a mais aceita. Dá a impressão que você confunde completude com
coerência ou verossimilhança.

> Eu não estou preocupado com as hipoteses. Entenda isso!
> Estou apenas preocupado com levar essas hipoteses à prática.

Eu diria que você não está preocupado com a completude, mas com a
verossimilhança. Ora, se você utiliza os termos ao seu bel-prazer, e de
maneira imprópria, não espere que eu caia nesse erro. Eu respondo de acordo
com a pergunta. Se ela foi mal formulada, não queira me imputar o ônus de
seus erros.

> > Além do mais você está exigindo que eu explique tudo o que você não
> > consegue entender através de outras teorias.

> Estou ? Onde ?
> Vc que se propoe a isso.

Estou sentindo uma pitada de egocentrismo nessa sua reação. Freud explica.

> O seu exemplo do campo de informação, é um exemplo disto.
> Vc se propoe a explicar o fenomeno da dupla fenda com base num conceito
> novo. Nós só exploramos a sua explicação.

Mas isso não justifica que você me exija nada. O fato do pano de fundo ser
abrangente, e de uma das teorias estar completa, não implica em absoluto que
eu deva explicar tudo. Quantas pessoas explicaram os fenömenos da física
clássica? Quantas pessoas passaram a vida sem conseguir explicar de maneira
digna o que afirmam erradamente que a MQ explica? Milhares! Milhares!
Milhares! Não seja infantil nas suas argumentações!

> Defina "explicou" /"explicar" /"explica"

Não vou definir nada. Pare de fugir do diálogo e compre um dicionário. E
deixe de ser sonso, dogmático, mentiroso, infantil, fujão, confuso,
deturpador do significado das palavras, injusto...

> Mas desculpe-me se o ofendi. Não era essa minha intensão.

Não há porque se desculpar. Ninguém é juiz de ninguém, logo não há
julgamentos fora do campo de atuação do poder judiciário. A esse respeito,
nós simplesmente emitimos opiniões, sujeitas a erros. Ora, se não há porque
julgar, não há também porque perdoar e/ou se desculpar.

> Eu entendi que eles iam registar a sua marca. A pergunta era: que marca?
> como identificá-la? Quem já a identificou ? Que dados ha sobre os pontos
> onde os electrões marcam o anteparo ? É clara a pergunta agora? Podes
> responder? Que eu conheça, ninguem fez essa medições.

Eu diria que você está de maneira muito conveniente, novamente se passando
por sonso (não estou fazendo um julgamento da sua pessoa, apenas emitindo
uma opinião passível de verificação experimental). Realmente essa
experiência da dupla fenda com elétrons *parece-me* que ainda não foi feita
da maneira como se a descreve. Isso não significa que não possamos adaptar
nossa maneira de pensar a partir das experiências que de fato foram feitas,
associando-a com a interpretação da experiência de Taylor para fótons. E não
venha me dizer que é tão somente uma experiência de pensamento, pois é bem
mais do que isso. A dupla fenda simplesmente assume uma simplificação
didática para um fenômeno mais do que comprovado acontecer, ainda que não
explicado devidamente pela teoria quântica. Como você aparenta não ter lido
livro algum de quântica, é possível que não tenha ainda encontrado essas
experiências equivalentes. Sugiro que compre um desses livros, já que você
gosta tanto do assunto (Quando eu gostava comprei mais de 10, só dentre os
didáticos, e consultei inúmeros outros em bibliotecas).

> A dispersão deveria permitir encontrar electrões cujo momento aponta do
> anteparo para a fonte com um certo angulo. Aquilo que se conhece como
> rutherford-backscattering e que é usado em algumas tecnicas nucleares.
> Não exsitem dados que concluam que existe essas dispersão. Todo o feixe
> atravessa o anteparo.

Isso não tem nada a ver com o que estávamos discutindo. Realmente, você
falou em dispersão apenas para fugir ao que realmente estava sendo
discutido.

> > > Vc já se deu ao trabalho de aprender quantica ?

> >(...) já li mais de 10 livros sobre o assunto, de ponta a ponta, e uma
> > infinidade de artigos escritos por autores respeitáveis.

> E de outros autores ? livros de escola mesmo.

É quase certo que eu não tenha lido o livro do seu professor, mas parece-me
que você também não o leu.

> > Saiba que com esta mensagem
> > você conseguiu me ofender profundamente.

> Lamento. Não era minha intenssão.
> Tlv não tenha escolhido as palavras certas, ou tenha sido levado por meus
> problemas pessoais no momento. Escusado será dizer que não quero criar
> nenhuma animosidade ctg. As minhas desculpas.

Sem problemas. Independentemente disso, acho que restou muito pouco a ser
respondido, pois todos os questionamentos confluem para uma única realidade
e não creio que seja interessante ficarmos aqui defendendo com unhas e
dentes opiniões pessoais de pouca relevância e decorrentes de uma opção. A
chateação a que me referi já passou. Vamos em frente.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/02/2003 00:09

>SÉRGIO TABORDA: Sua explicação é boa, mas no fim vc diz:

"No caso (2), durante essa entrada, a interação entre o campo elétrico
do fóton e o potencial de superfície do material desvia o fóton de sua
direção inicial."

O que isto tem de quântico ? Apenas com a teoria em de maxwell
poderiamos chegar às mesmas conclusões. (aliás a teoria e.m. de maxwell
teve esse mérito de explicar a optica) Então o que isto tem a ver com
quantica e absorção se no fim se resume ao potencial de superficie que
interage com o campo electrico?<


Sérgio,

Ainda não entendi qual é a objeção. Onde foi que eu disse que todos os
fenômenos teriam que ser revistos à luz da mecânica quântica.
Historicamente, a mecânica quântica surgiu porque a teoria do
eletromagnetismo de Maxwell não explicava todos os fenômenos,
notadamente a radiação do corpo negro e o efeito fotoelétrico. Verifique
que eu disse anteriormente que os efeitos quânticos se verificam nas
interações ressonantes. As não ressonantes podem ser explicadas por
Maxwell. O que Maxwell não explica, por exemplo, é porque a energia
cinética dos elétrons ejetados de uma superfície metálica
correlacionam-se com a frequência da luz incidente, e não sua
intensidade (efeito fotoelétrico). A interação, neste caso, é
ressonante.

Agora que eu já disse que nem tudo tem que ser interpretado
quanticamente, permita-me voltar atrás um pouco. Segundo os entendidos,
a eletrodinâmica quântica de Richard Feyman apresenta uma descrição
consistente da radiação eletromagnética e de todos os fenômenos
não-gravitacionais sob uma interpretação quântica. É considerada a
teoria científica mais correta (do ponto de vista matemático) descoberta
até hoje, dada a precisão de suas previsões. Como eu nunca a estudei, e
nem teria a base necessária para isso, repito o que li em fontes
confiáveis.

Um abraço,
Colucci




SUBJECT: 'Supertasters' Want to Spit Out Bitter Food
FROM: "Aline Regina Walkoff" <lualine@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/02/2003 00:48

Take a look on it!




Aline




-----------------




'Supertasters' Want to Spit Out Bitter Food




Fri February 14, 2003 04:15 PM ET




By Judith Crosson




DENVER (Reuters) - So that's why George Bush Sr. doesn't like
broccoli?




The former president's famous aversion to the green vegetable might be
put down to the fact that he could be a "supertaster" -- a group
classified by a scientist on Friday as being so sensitive to bitter
tasting foods that they want to spit them out.




http://www.reuters.com/newsArticle.jhtml;jsessionid=LOVBNZS0S44MICRBAE
OCFEY?type=scienceNews&storyID=2232776




SUBJECT: Promoções de Carnaval
FROM: "Quinta da Veiga" <quinta-da-veiga@bragatel.pt>
TO: <Undisclosed-Recipient:;>
DATE: 17/02/2003 01:54

Promoções



Carnaval
De 28.2. a 4.3.2003

Preço/noite:135?=27.000$

Para 3 casais 6 pessoas

Estadia de 4 noites, oferta
de passeio de Barco
Turístico na Albufeira da Caniçada



http://quinta-da-veiga.bragatel.pt


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Promoções de Carnaval
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/02/2003 09:07

Oi Brudna!

Isso é propaganda... o que perfaz o quesito "spam" do que mesmo?
Turismo... ah, sim. Atividade "física" de quem tem dinheiro e está
de férias, ou desocupado. Ah, eu tenho uma cunhada dona de agência
de turismo, posso postar propagandas também? Ela tem um pacote para
Fernando de Noronha que sai pela metade do preço em reais!

Agora consideremos as forças envolvidas em um vôo transatlântico e um
vôo em nosso próprio território, concomitantemente ao tempo
dispendido, a possibilidade de desenvolver quadros clínicos de
trombose dos membros inferiores pelo tempo de viagem... além do
aspecto ecológico de uma viagem a Fernando de Noronha, etc e tal...
que tal a ciência por trás do turismo? Isso só para validar um email
como este abaixo e não permitir que tal postagem do colega d'além mar
seja considerada impertinente, vamos lá...

Beijos, Lígia

***************************************



--- Em ciencialist@y..., "Quinta da Veiga" <quinta-da-veiga@b...>
escreveu
> Promoções
>
>
>
> Carnaval
> De 28.2. a 4.3.2003
>
> Preço/noite:135?=27.000$
>
> Para 3 casais 6 pessoas
>
> Estadia de 4 noites, oferta
> de passeio de Barco
> Turístico na Albufeira da Caniçada
>
>
>
> http://quinta-da-veiga.bragatel.pt
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Spam
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/02/2003 10:06

Ok.

Já retirei o ´quinta da veiga' da lista.

Ateh
Luis Brudna - admin da Ciencialist


--- Em ciencialist@y..., "Quinta da Veiga" <quinta-da-veiga@b...>
escreveu
> Promoções
>
>
>
> Carnaval
> De 28.2. a 4.3.2003
>
> Preço/noite:135?=27.000$
>
> Para 3 casais 6 pessoas
>
> Estadia de 4 noites, oferta
> de passeio de Barco
> Turístico na Albufeira da Caniçada
>
>
>
> http://quinta-da-veiga.bragatel.pt
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: SuperCordas
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/02/2003 11:21


Olá, Lidiane. Do que você disse abaixo, eu entendi (diga-me se
entendi errado) que a teoria das cordas não leva em conta as flutuações
quânticas espaço-temporais porque elas são inobserváveis em princípio. E
que sua objeção é que, mesmo sendo inobserváveis, elas poderiam contribur
para fenômenos observáveis, e, portanto, não poderiam ser descartadas assim
só por isso.

Como você, eu também acho esquisita essa idéia... Você poderia
dizer de onde você a tirou?

Há casos na física em que, ao contrário, objetos inobserváveis
pela sua própria natureza são levados em conta, justamente porque
contribuem para os resultados físicos observáveis. Exemplos: partículas
virtuais, na física de partículas. Se partículas virtuais existem mesmo ou
não, é uma questão metafísica, porque elas não podem ser observadas. Por
mim, elas podem ser encaradas como apenas um aparato matemático para fazer
as contas, sem realidade física.

Abraços,
Belisário

At 12:43 15/02/03 -0200, you wrote:

>Olá, eu venho acompanhando os e-mails desta lista de discussão, apesar de
>ainda não ter expressado alguma opinião sobre eles. Gostaria que vocês
>exprimissem suas considerações sobre o assunto de discorro abaixo. Desde já
>agradeço.
>
>A teoria das cordas tenta resolver o problema da incompatibilidade da
>mecânica quântica junto à relatividade geral, afirmando que as ondulações
>quânticas inerentes ao tecido espaço-temporal - que Einstein formulou como
>liso e perfeito - previstas pela mecânica quântica não podem ser levadas em
>conta, visto que para serem observadas precisaríamos de energias maiores que
>a energia de Planck, o que acarrretaria em um aumento no tamanho da corda em
>questão, que por sua vez impediria o "experimento". Mas, apesar de não serem
>observáveis essas flutuações quânticas revelam o frenesi no nível
>microscópico. Os grupos de estudos dessa teoria afirmam abertamente
>"ULTRAPASSAMOS GROSSEIRAMENTE AS FRONTEIRAS DA REALIDADE FÍSICA"; o que
>vocês acham sobre isso, apesar das evidências teóricas e do sentido
>proporcionado por elas, não seria um exagero generalizar dessa forma, passar
>por cima de algo que apesar de não observável (as flutuações quânticas)possa
>talvez estar dando contribuição ao comportamento do tecido espaço-temporal?
>Por favor, não deixe de me dar a resposta.
>Obrigada, Lidiane Cristina.



SUBJECT: Re: Ao José Colucci - Re: FORCA CENTRI FUGA E A IMPONDERABILIDADE
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/02/2003 12:08

At 22:24 14/02/03 +0000, you wrote:
>Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
> > Bom, na minha percepção, ninguém disse que (1) "força
>centrípeta é
> > a resultante centrípeta" é uma conseqüência necessária de
>(2) "força
> > centrípeta segue mv2/r" (acho que só nesse caso a argumentação
>mereceria a
> > advertência do argumento circular). A frase (1), como você mesmo
>disse
> > acima, é uma convenção, e não se demonstra convenção: apenas pode-
>se
> > mostrar sua praticidade, adequação, etc.
>
>Eu só consigo entender que se tentou usar (2) para demonstrar (1),
>deixando a equivalência implícita. Caso contrário, não sei por que
>raios (2) entrou na discussão.

Eu também não sei ao certo. Parece que o Léo usou-o como argumento
para justificar uma convenção. Mas não creio que ele usou-o para demonstrar
(1).

> > Não vejo motivo algum para essa nomenclatura, que aliás confunde
> > >força com resultante.
> >
> > Toda força resultante é uma força.
>
>1) Na verdade, não. A resultante é uma abstração, apesar de a
>chamarmos "força resultante". A menos de haver uma única força
>aplicada ao corpo, não há nenhuma força específica trocada entre dois
>corpos que possa ser chamada de "resultante". Essa suposta "força"
>(na verdade, a resultante) pode ser o resultado de interações de
>campo e de contato, e portanto ela não seria nem uma coisa nem outra.
>Ela nem obedece à ação e reação!
>É claro que a soma vetorial das
>reações das forças aplicadas a um corpo é análoga à "reação" da
>resultante, mas é somente uma analogia. Essa soma é a resultante de
>um sistema de corpos.

Parece-me que isso também é uma questão de convenção. Pela
nomenclatura que você escolheu, porque a resultante é uma abstração, eu não
poderia dizer que ela é uma força. As componentes, essas sim, poderia dizer
que são forças. Mas, agora, Daniel, parece-me que é você quem está
redefinindo uma nomenclatura de forma confusa. Os meus livros de mecânica
são antigos, já disse, e eles identificam resultante com força. Mas posso
ter certeza quanto à convenção atual. Poderia me dizer qual é, você que é
da área?

Porém, mesmo que seja essa na mecânica, no resto da física não é,
por causa do seguinte: uma vez assumida a teoria atômica moderna, parece-me
que toda força macroscópica é uma resultante de forças microscópicas. Então
não poderíamos chamar mais nenhuma delas de força. Porém, os livros
continuam chamando uma força entre dois ímãs de força.

Parece-me que argumentos análogos aos que você enviou ao Léo
servem para esse seu parágrafo. Ao final das contas, trata-se de uma
convenção que você está tentando justificar com o argumento de que uma
resultante é uma soma de forças e portanto uma abstração. E, de fato, nós
sabemos, não há nenhuma ligação lógica entre (3) "resultante não é força" e
(4) "uma resultante é uma soma de forças".

>2) Nem toda força é resultante.

Nem eu disse isso. Disse o inverso.

> > O motivo para se usar uma nomenclatura é o seu uso.
>
>Esse pode ser o motivo para *manter* uma nomenclatura.

Creio que a minha frase é muito clara, mesmo que eu não tenha
escrito "O motivo para se *continuar* a usar...". Só não entende quem não quer.

> > Não tenho
> > idéia de qual nomenclatura é usada hoje, pois os livros que tenho
>são todos
> > antigos. Por isso perguntei ao Léo em outra mensagem.
>
>Bem, eu sou da área e nunca vi essa "nomenclatura". Eu a chamo de
>confusão.

Qual a sua área?

Belisário



SUBJECT: Ovulos e Espermas
FROM: "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
CC: "noosfera@yahoogrupos.com.br" <noosfera@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/02/2003 14:00

Olá Eduardo !!! gemaba3, ok.

gemaba2 : Desculpe Eduardo, senti uma dúvida em você acá, mas não
tenho o que ponderar porque, provavelmente, seus conhecimentos na área sejam

maiores que os meus.

Eduardo2 : Eu confesso q nao sei exatamente o q acontece em termos celulares,

morfologicos e bioquimicos no processo de maturacao do ovulo nos
foliculos. Parece q a Medicina nao tem total clareza desse processo. Mas uma

coisa e' certa: Nao envolve nada a nivel genetico.

gemaba3 : Ok, mas se a medicina não tem certeza do que acontece como
você pode ter certeza que nada ocorre a nível genético? O que lhe dá essa
certeza?

gemaba2 : Desculpe novamente, talvez tenha formulado mal a pergunta.
Mas pelo que sinto você já respondeu conclusivamente. Na mulher, não existe
qualquer
alteração do ADN desde o nasccimento da mulher, até, por exemplo a fecundação
de um
óvulo maduro, é isso mesmo?

Eduardo2 : E'. Na verdade as coisas sao um pouco mais complicadas. O
ADN 'util' do ovulo nao muda, mas ha' mudancas cromossomicas durante a
fecundacao. Explico: De fato os ovulos antes da fecundacao sao chamados oocitos,

e tem *todo* o codigo genetico da mulher, e nao so' metade, como os
espermatozoides. Mas, como os espermatozoides, tem apenas um conjunto
haploide de cromossomas disponiveis p/ a fertilizacao. Esse conjunto
*nao* e' igual ao conjunto existente nas celulas somaticas pois, na criacao

de cada ovulo (como na criacao de cada espermatozoide) ha' um rearranjo
dos genes nos cromossomas. So' q no espermatozoide ha' uma separacao dos
dois cojuntos gerando dois espermatozoides haploides e nos ovulos
(oocitos) os dois conjuntos permanecem juntos ate' o ovulo/oocito ser fecundado.

Ai' um conjunto haploide de cromossomas do ovulo se junta com um conjunto
haploide de cromossomas do espermatozoide e geram um ovo diploide, com um
codigo genetico completo unico p/ aquele novo individuo. E o outro conjunto

haploide do ovulo nao usado? E' simplesmente expulso do ovo logo
depois da fertilizacao como uma particula. Por q isso? Por q o ovulo tem um
rico
citoplasma necessario p/ a nutricao do embriao. O organismo investiu
muito nele (o ovulo e' a maior celula do corpo humano). No caso do
espermatozoide, a divisao nao custa nada, pois essa celula e'
praticamente so' cromossomas recobertos com uma fina camada glicoproteica e
com um
rabinho do mesmo material. Ja' a divisao do ovulo causaria a reducao
aa metade dos nutrientes do futuro ovo. A selecao natural entao
beneficiou a alternativa de manter todo o nutriente p/ os cromossomas uteis
no
ovulo e simplesmente expulsar depois os nao utilizados.

gemaba3 : Confesso que não entendi muito bem como relacionar gen a
cromossoma? Se você explicar melhor fico grato.

<<gemaba1 : O ADN dos óvulos são produzidos
ainda quando a mulher está no útero e não sofrem absulutamente
nenhuma mudança durante sua existência essencial desde a sua
produção?>>
<<Eduardo1 : Nenhuma.>>
<<Eduardo2 : Exceto as descritas no paragrafo acima, q nao introduzem mudancas

em cada conjunto haploide originalmente gerado.>>
<<gemaba2 : Conversando com o Takata sobre o assunto ele me disse
que possa haver, na produção do óvulo, na meiose pelo que entendi
da Lígia Amorese variações do código copiado. Essa informação
procede? Você diz nenhuma com uma certeza muito grande e
confesso que tenho dúvidas sobre sua certeza? Pondere!!!>>
<<Eduardo2 : Cada ovulo e' geneticamente unico, embora formado pelo mesmo
conjunto original de genes da mulher. Ha' um rearranjo dos genes e dos
cromossomas da mulher qdo os cromossomas de seus ovulos sao gerados, ainda no

utero. Cada celula somatica e' diploide (23 pares de cromossomas), mas cada

celula reprodutiva e' haploide (23 cromossomas isolados *sem* seus pares
respectivos).>>

gemaba3 : Veja se entendi, existe a fecundação no útero e o óvulo começa
a se desenvolver. Pelo que enetendi existem gen(s) que caracterizam tudo
que será o organismo, como a pálpebra, o olho, braço, etc. O óvulo é
uma característica do organismo feminino e é produzido com base nos
gen(s) que definiram sua essencia. Você diz que os óvulos são produzidos ainda

no útero e que cada óvulo, a dispeito de código genético, é único. Fiquei
curioso em como os óvulos possam ser únicos e ao mesmo tempo derivados
do mesmo gen essencial, o meio age aí pra formar essas diferenças, mesmo
que pequenas?

<<gemaba2 : Pelo que entendi somente estimulam o óvulo, no caso da
mulher, certo?>>

<<Eduardo2 : Nao entendi, aonde mais existem ovulos?>>

gemaba3 : Disse no caso dos hormônios, que os hormônios somente
estimulam, por exemplo, a ovulação, ok.

<<gemaba2 : Todos os óvulos tem ADN idênticos e não sofrem qualquer alteração

desde o nascimento da mulher até a fecundação ou espelimento do óvulo pela
mestruação? Desculpe, mas pelo que conversei com o Takata fico com
dúvidas de serem os óvulos essencialmente idênticos? Já se sabe quais os gens

que caracterizam os óvulos? Poderia falar um pouco de como são
produzidos? Podem ocorrer alterações aleatórias?>>

<<Eduardo2 : Como disse, cada ovulo imaturo existente no momento do nascimento

da mulher e' essencialmente igual ao longo de toda a sua vida. Mas cada
um e' unico geneticamente. No momento da criacao de cada ovulo (na mulher
ainda no utero de sua mae) ha' um rearranjo unico de genes e cromossomas p/

compor o nucleo de cada ovulo.>>

gemaba3 : Partindo do pressuposto que os óvulos são produzidos baseados
em gens, que são os mesmos fico acá a imaginar como os óvulos podem
ter essas pequenas diferenças entre si, sendo únicos no universo. Mas isso
é mais um indício da interação do meio com os gens que definem os óvulos,
ou não?

<<gemaba2 : Continuo com a dúvida se todos os óvulos da mulher são
idênticos entre si?>>
<<Eduardo2 : Nao, como disse, sao diferentes entre si. Cada um e' unico. Unico

no universo.>>
<<gemaba2 : Se não, porque?>>
<<Eduardo2 : Porq cada um tem um arranjo unico de genes nos cromossomas. Cada

conjunto haploide de cromossomas nas celulas reprodutivas tem metade
dos genes da mae (ou do pai), mas nao *a mesma* metade, pois o rearranjo
e' aleatorio na criacao de cada celula reprodutiva (ovulo ou
espermatozoide).>>

gemaba3 : Você saberia me dizer o porque da teoria fixista ter tanta força se

existem tantos indícios contrários, ou a favor do interativismo entre o ser

e o meio? A ciência tem medo dos fixistas?

<<gemaba2 : Existem gens que determinam
o que serão os óvulos, pois não?>>

<<Eduardo2 : As estruturas biologicas q criam os ovulos e espermatozoides,
como tudo no organismo, sao resultado ultimo de acao de genes, mas nao ha',

claro, um gene 'criador de ovulos'.>>

gemaba3 : Pelo que sei toda célula contem o código genético total do ser,
só que, dependendo da célula, se da pálpebra ou do óvulo, alguns gens
estão ativos e outros não, seria assim, pois não?

<<gemaba2 : Agradeceria outras ponderações.
Outra coisa, no caso do homem a coisa é diferente, pois não?
Os homens não nascem com o esperma já produzido, pois
não? A possibilidade de haver alteração no ADN é maior
no homem, desde o início de sua produção? Ou a resposta
é a mesma no caso do óvulo? Não existe qualquer
diferença dos ADN contidos nos espermas?>>

<<Eduardo2 : Diferente dos ovulos, os espermatozoides sao criados
continuamente e vivem poucas semanas nos testiculos. Os q nao sao ejaculados
morrem e
sao reabsorvidos pelo organismo. Mas genetica e celularmente falando, os
processos de sua criacao sao semelhantes aos dos ovulos.>>

gemaba3 : Se tomarmos um esperma de um homem aos 14 anos e aos 40 anos
provavelmente eles serão diferentes, pois não? Gostaria de entender melhor
o que determina essas diferenças e insisto na pergunta, se os factos que
nos levam a ponderar o interacionismo como forma de explicar a vida
são tão fortes porque o fixismo tem tanta força? Pondere!!!

Saudações !!!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br







http://www.ieg.com.br


SUBJECT: Re: SuperCordas
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/02/2003 14:44

Olá Lidiane!

Até que enfim mais uma representante do gênero feminino num mundo
masculino (a ciencialist tem sido maciçamente masculina... espero
que o quadro seja revertido :)! Seja benvinda e continue!

O que se quer dizer com a frase: "ULTRAPASSAMOS GROSSEIRAMENTE AS
FRONTEIRAS DA REALIDADE FÍSICA" é que como as supercordas não podem
ser aferidas nem experimentadas além de previstas por alguma
estruturação "matemágica", a teoria está fora do âmbito do meramente
físico, adentrando o terreno movediço dos "conceitos" e idéias que
podem ser verdadeiras mas que para tanto precisam urgentemente serem
provadas. Só para ter uma idéia: a matemática é capaz de encarar N
dimensões, tantas quantas forem necessárias em suas bases de
cálculo... já a física contenta-se com 3... até 4 se o tempo também
for tomado por dimensão.

Tal teoria pode ser descartada só por isso? Acredito que não, a
menos que alguma nova idéia mais "prática" advenha em socorro
daqueles que precisam de contato físico com os objetos de
estudo... :) E é assim que as coisas acontecem no mundo
científico. Diga-se de passagem que a matemática por trás da idéia
das supercordas é extremamente complexa. Há um ditado que
diz: "quando ficar muito complicado, descarte! Há sempre um meio
mais simples de se chegar a uma resposta".

Só um adendo: Einstein previu que o espaço era um tecido vulnerável
à ação das forças dos campos nele atuantes. Liso, só se nada
acontecesse para alterar-lhe a estrutura.

Beijos, Lígia

********************************************



--- Em ciencialist@y..., "Lidiane Pedersoli" <lidiane_fisica@h...>
escreveu
>
> Olá, eu venho acompanhando os e-mails desta lista de discussão,
apesar de
> ainda não ter expressado alguma opinião sobre eles. Gostaria que
vocês
> exprimissem suas considerações sobre o assunto de discorro abaixo.
Desde já
> agradeço.
>
> A teoria das cordas tenta resolver o problema da incompatibilidade
da
> mecânica quântica junto à relatividade geral, afirmando que as
ondulações
> quânticas inerentes ao tecido espaço-temporal - que Einstein
formulou como
> liso e perfeito - previstas pela mecânica quântica não podem ser
levadas em
> conta, visto que para serem observadas precisaríamos de energias
maiores que
> a energia de Planck, o que acarrretaria em um aumento no tamanho da
corda em
> questão, que por sua vez impediria o "experimento". Mas, apesar de
não serem
> observáveis essas flutuações quânticas revelam o frenesi no nível
> microscópico. Os grupos de estudos dessa teoria afirmam abertamente
> "ULTRAPASSAMOS GROSSEIRAMENTE AS FRONTEIRAS DA REALIDADE FÍSICA"; o
que
> vocês acham sobre isso, apesar das evidências teóricas e do sentido
> proporcionado por elas, não seria um exagero generalizar dessa
forma, passar
> por cima de algo que apesar de não observável (as flutuações
quânticas)possa
> talvez estar dando contribuição ao comportamento do tecido espaço-
temporal?
> Por favor, não deixe de me dar a resposta.
> Obrigada, Lidiane Cristina.
>
>
>
>
>
> _________________________________________________________________
> MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: Re: SuperCordas
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/02/2003 15:21


Lidiane, lembrei-me de outra coisa: há algum tempo, o físico
Nathan Berkovitz, especialista brasileiro em supercordas, foi convidado
para um debate por e-mail sobre o assunto aqui na Ciencialist. Uma súmula
desse debate, reestruturado na forma de uma entrevista, e acrescido de
algumas perguntas a mais, pode ser encontrado no link:
http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?newsid1029531763,68625,
(cuidado: tem uma vírgula no final que faz parte do link; há mailtools que
a ignoram)

Até,
Belisário

--- Em ciencialist@y..., "Lidiane Pedersoli" <lidiane_fisica@h...>
>escreveu
> >
> > Olá, eu venho acompanhando os e-mails desta lista de discussão,
>apesar de
> > ainda não ter expressado alguma opinião sobre eles. Gostaria que
>vocês
> > exprimissem suas considerações sobre o assunto de discorro abaixo.
>Desde já
> > agradeço.
> >
> > A teoria das cordas tenta resolver o problema da incompatibilidade
>da
> > mecânica quântica junto à relatividade geral, afirmando que as
>ondulações
> > quânticas inerentes ao tecido espaço-temporal - que Einstein
>formulou como
> > liso e perfeito - previstas pela mecânica quântica não podem ser
>levadas em
> > conta, visto que para serem observadas precisaríamos de energias
>maiores que
> > a energia de Planck, o que acarrretaria em um aumento no tamanho da
>corda em
> > questão, que por sua vez impediria o "experimento". Mas, apesar de
>não serem
> > observáveis essas flutuações quânticas revelam o frenesi no nível
> > microscópico. Os grupos de estudos dessa teoria afirmam abertamente
> > "ULTRAPASSAMOS GROSSEIRAMENTE AS FRONTEIRAS DA REALIDADE FÍSICA"; o
>que
> > vocês acham sobre isso, apesar das evidências teóricas e do sentido
> > proporcionado por elas, não seria um exagero generalizar dessa
>forma, passar
> > por cima de algo que apesar de não observável (as flutuações
>quânticas)possa
> > talvez estar dando contribuição ao comportamento do tecido espaço-
>temporal?
> > Por favor, não deixe de me dar a resposta.
> > Obrigada, Lidiane Cristina.



SUBJECT: Ovulos e Espermatozoides
FROM: "Eduardo Torres" <eftf@gbl.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/02/2003 15:59

gemaba3 : Ok, mas se a medicina não tem certeza do que acontece como
você pode ter certeza que nada ocorre a nível genético? O que lhe dá
essa
certeza?


>>>>A mim nao, aa medicina e aa biologia. Vc pode perfeitamente nao
saber
exatamente tudo sobre um processo e ainda assim saber com certeza q
uma
certa coisa nao tem nada a ver com esse processo. Nao ha' nenhuma
contradicao nisso. O conteudo genetico dos ovulos nao muda no
amadurecimento. Isso e' sabido. Como amadurece um ovulo tb e' sabido,
mas
exatamente o q acontece nesse processo parece q nao. As tentativas de
amadurecer ovulos in vitro, seguindo toda a sequencia hormonal, parece
afetar a capacidade reprodutiva do ovulo, por motivos ainda nao
esclarecidos.




gemaba3 : Confesso que não entendi muito bem como relacionar gen a
cromossoma? Se você explicar melhor fico grato.

>>>>Nosso ADN nao forma uma unica longa cadeia molecular. Esta'
dividido em
cadeias mais curtas, q por sua vez formam um conjunto de 23 pares de
cadeias moleculares. Cada par de cadeias tem um conjunto de genes com
a
mesma funcao, chamados alelos, q podem ser ativados apenas numa
cadeia ou
nas duas, de modo complicado. Genes sao trechos de ADN dessas cadeias
q
podem ser expressos em proteinas. E cada uma dessas cadeias
moleculares e'
chamada um cromossoma. Nem todo o nosso ADN forma genes expressaveis
em
proteinas. Tem pequenos trechos q atuam como controle e vastas
extensoes
aparentemente sem funcao. Estima-se q nossos cerca de 30 mil genes
ocupam
apenas algo em torno de 1,5% de nosso ADN.


gemaba3 : Veja se entendi, existe a fecundação no útero e o óvulo
começa
a se desenvolver. Pelo que enetendi existem gen(s) que caracterizam
tudo
que será o organismo, como a pálpebra, o olho, braço, etc. O óvulo é
uma característica do organismo feminino e é produzido com base nos
gen(s) que definiram sua essencia. Você diz que os óvulos são
produzidos
ainda
no útero e que cada óvulo, a dispeito de código genético, é único.
Fiquei
curioso em como os óvulos possam ser únicos e ao mesmo tempo derivados
do mesmo gen essencial, o meio age aí pra formar essas diferenças,
mesmo
que pequenas?


>>>>No's temos 30 mil genes espalhados em 23 pares de cromossomas.
Portanto, contando os alelos em cada par, temos um universo de 60 mil
genes
dispostos em pares alelos do mesmo gene. Cada ovulo so' tem metade
desses
60 mil genes, e apenas um alelo de cada gene, mas na geracao de cada
ovulo,
qq alelo pode ser usado. De quantas maneiras vc pode combinar esses
60 mil
genes em 23 cromossomas, 30 mil a 30 mil, apenas com a restricao de
nao
usar os dois alelos do mesmo gene em cada cromossoma e de nao repetir
genes
nos cromossomas? Zilhoes de zilhoes. O mesmo conjunto original de
genes
pode gerar infinitas combinacoes, por isso cada ovulo e' unico. Do
mesmo
modo q apenas 10 algarismos dispostos em grupos de 7 numeros podem
gerar
bilhoes de numeros de telefones diferentes.






gemaba3 : Disse no caso dos hormônios, que os hormônios somente
estimulam, por exemplo, a ovulação, ok.


>>>>Os dois hormonios q citei sao especificos p/ a ovulacao.




gemaba3 : Partindo do pressuposto que os óvulos são produzidos
baseados
em gens, que são os mesmos fico acá a imaginar como os óvulos podem
ter essas pequenas diferenças entre si, sendo únicos no universo. Mas
isso
é mais um indício da interação do meio com os gens que definem os
óvulos,
ou não?


>>>>Como expliquei acima, trata-se da combinacao de genes em cada
ovulo,
como um subconjunto do total de genes da mulher. Nao ha' alteracao
desses
genes com o meio durante a vida da mulher nem durante a ovulacao.



gemaba3 : Você saberia me dizer o porque da teoria fixista ter tanta
força
se
existem tantos indícios contrários, ou a favor do interativismo entre
o ser
e o meio? A ciência tem medo dos fixistas?


>>>>Nao entendi muito bem o q vc quer dizer.



gemaba3 : Pelo que sei toda célula contem o código genético total do
ser,
só que, dependendo da célula, se da pálpebra ou do óvulo, alguns gens
estão ativos e outros não, seria assim, pois não?


>>>>Sim, de maneira geral nas celulas somaticas. O caso do ovulo e'
especial, pois nao e' uma celula somatica. Nao faz a rigor parte do
organismo da mulher. Nao se reproduz como as outras celulas. Fica
apenas
'de prontidao', aguardando uma oportunidade de fecundacao. Em cada
ovulo
existe uma sequencia de ADN diferente do ADN das celulas somaticas da
mulher e diferente dos demais ovulos.



gemaba3 : Se tomarmos um esperma de um homem aos 14 anos e aos 40 anos
provavelmente eles serão diferentes, pois não? Gostaria de entender
melhor
o que determina essas diferenças e insisto na pergunta, se os factos
que
nos levam a ponderar o interacionismo como forma de explicar a vida
são tão fortes porque o fixismo tem tanta força? Pondere!!!

Saudações !!!!
gemaba


>>>>Cada espermatozoide e' unico e tem vida curta. Ao longo de toda a
sua
vida fertil o homem estara' gerando milhoes de espermatozoides o tempo
todo, enquanto milhoes estao continuamente morrendo em seus
testiculos. Nao
existem diferencas maiores entre os 14 ou os 15 anos ou entre os 40
ou os
60 anos em termos da constituicao genetica dos espermatozoides
gerados.
Cada um leva metade das informacoes geneticas do homem, mas nunca a
mesma
metade, pois, como na geracao de cada ovulo, combinam-se 60 mil genes
em 23
cromossomas.

Imagine o seguinte: Vc tem 60 mil continhas de colar, divididas em
dois
grandes grupos, de modo q tenha um conjunto de 30 mil pares de
continhas.
Vamos dizer q sao redondas, 30 mil lisas e 30 mil rugosas, pra
distinguir.
Cada continha e' um gene. Cada par liso/rugoso forma um par alelo de
genes.
Agora imagine q cada conjunto de continhas lisas e rugosas por sua vez
esta' dividido em 23 cores, uma para cada cromossoma. Assim temos
continhas
lisas azuis e rugosas azuis p/ o cromossoma numero 1 de cor azul,
continhas
lisas vermelhas e rugosas vermelhas p/ o cromossoma numero 2 de cor
vermelha, e assim por diante, ate' chegar ao cromossoma 23 de cor,
digamos,
magenta. Agora imagine q cada continha lisa ou rugosa de cada cor tem
um
numero, identificando o gene correspondente desse par de continhas em
cada
cromossoma. Agora vamos pegar 23 cordinhas coloridas, cada uma
representando um cromossoma q sera' 'montado' na geracao de um
conjunto
haploide (apenas 23 cromossomas isolados, sem seus pares) em cada
ovulo.
Pra simplificar, vamos dizer q cada cordinha sera' preenchida por um
numero
igual de continhas, formando 23 colares de cerca de 1300 continhas
cada um.
Vamos comecar a fazer o colar vermelho retirando ao acaso 1300
continhas da
sacola de continhas vermelhas, rugosas e lisas juntas, uma de cada
vez.
Facamos isso p/ cada cordinha, gerando 23 colares. Temos agora um
ovulo. Ao
fazer um segundo ovulo vou repetir o processo. Qual a probabilidade
das
1300 continhas do segundo colar vermelho sairem na mesma sequencia de
rugosas e lisas do primeiro colar? Entendeu agora como eu posso gerar
infinitas sequencias de ADN partindo do mesmo genoma?

Explique melhor o q vc define como interacionismo x fixismo.

Abs,
Eduardo Torres



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Promoções de Carnaval
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/02/2003 16:12

E PROPAGANDA DE SI MESMO, PODE?
L.E.





At 12:07 17/02/03 +0000, you wrote:
>Oi Brudna!
>
>Isso é propaganda... o que perfaz o quesito "spam" do que mesmo?
>Turismo... ah, sim. Atividade "física" de quem tem dinheiro e está
>de férias, ou desocupado. Ah, eu tenho uma cunhada dona de agência
>de turismo, posso postar propagandas também? Ela tem um pacote para
>Fernando de Noronha que sai pela metade do preço em reais!
>
>Agora consideremos as forças envolvidas em um vôo transatlântico e um
>vôo em nosso próprio território, concomitantemente ao tempo
>dispendido, a possibilidade de desenvolver quadros clínicos de
>trombose dos membros inferiores pelo tempo de viagem... além do
>aspecto ecológico de uma viagem a Fernando de Noronha, etc e tal...
>que tal a ciência por trás do turismo? Isso só para validar um email
>como este abaixo e não permitir que tal postagem do colega d'além mar
>seja considerada impertinente, vamos lá...
>
>Beijos, Lígia


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Mecânica clássica x quântica
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/02/2003 17:12

Olá Alberto!

Desculpe não ter respondido antes... tenho ído a São Paulo quase
todos os dias por causa da minha mãe internada e tem sobrado pouco
tempo... estou de volta hoje depois de mais um final de semana no
hospital, sem acesso à internet.

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> Essa concepção "artística", em especial as características pontual
ou sem
> massa, é invenção da física do século XX. Classicamente falando isso
> parece-me não fazer sentido algum. Com respeito à pontualidade, não
conheço
> nenhum clássico, de Newton a Maxwell, que tivesse levado isso a
sério, a não
> ser como algo a satisfazer uma idealidade (resolução de problemas
> específicos). Isso só faz sentido quando, e somente quando, pudermos
> desprezar efeitos decorrentes do que os físicos modernos chamam
> localidade/não-localidade. Rigorosamente falando a aproximação é
válida, em
> termos absolutos, apenas para a estática. Mas física não é
estática! A
> física é, acima de tudo, dinâmica. Na estática podemos sem medo
considerar a
> massa como ocupando o centro de massa de um corpo. Na dinâmica
clássica isso
> é uma aproximação que dará certo se, mas somente se, as velocidades
> relativas em consideração forem bem inferiores às velocidades de
interação
> entre as próprias partículas de um mesmo objeto. Isso não tem nada
a ver com
> a relatividade de Einstein, isso é física 100% newtoniana.


Lígia: O Fóton, como é descrito pela quântica, tem a aparência de um
fantasma que, da mesma forma que neutrinos, são "nada" dotados de
propriedades... não que isso vá contra o que outras partículas são,
já que aparentemente todas são "nada" também, só que "nada" agrupados
e dotados de propriedades mais "substanciais" como seja: carga,
massa... agora, voltando ao que um fóton possa "carregar" a fim de
provocar algum distúrbio digno de nota quando da interação com
anteparos de duplas fendas, você afirma que tal "carregamento" advém
do campo eletromagnético ou algo que o valha que o está veiculando,
certo? Perguntinha primaríssima: onde dentro da física clássica
pode-se construir um modelo para tais campos e representar
convenietnemente as partículas a ele associadas? O mesmo pode
ocorrer com o elétron?


Simplesmente
> Newton não sabia qual seria essa velocidade de seu "espírito da
matéria",
> que hoje sabemos ser da ordem da velocidade da luz (e muito
provavelmente é
> exatamente a mesma velocidade c da física moderna).
>
> Exemplificando: Se eu desloco o meu computador de lugar, o centro
de massa
> da Terra, ou as moléculas que estão próximas a esse lugar
geométrico,
> somente saberão que houve o deslocamento após um intervalo de tempo
igual
> a R/c, onde R é o raio da Terra. Pode-se demonstrar que isso não
irá alterar
> em nada os cálculos relacionados ao movimento da Terra ao redor do
Sol. Mas
> nem sempre as coisas são assim. Existe pelo menos um fenômeno bem
conhecido,
> e que ocorre no sistema solar, a mostrar que essa aproximação, a
desprezar
> velocidades relativas, nem sempre pode ser feita sem que isso nos
induza a
> cometer erros. Estou falando daquele minúsculo desvio do perihélio
de
> Mercurio, alguns segundos de arco por século, e que dizem que a
física
> clássica é incapaz de explicar. Ora, ela não explica tão somente
por estar
> sendo aplicada de maneira indevida. É fácil demonstrar que
movimentos
> relativos, efetuados em velocidades não desprezíveis em relação à
velocidade
> desse espírito da matéria newtoniano (ou da propagação dos campos de
> Faraday, se preferir), somente admitirão uma solução, a adequar-se
à física
> genuinamente newtoniana, se levarmos em consideração um aparente
> deslocamento do centro de massa dos corpos em consideração. Ou
seja, se
> quisermos utilizar aquele artifício de aproximar uma solução da
dinâmica de
> baixas velocidades (quase-estática) para a dinãmica de altas
velocidades,
> isso fará sentido se, mas somente se, efetuarmos essas correções
contidas
> nas entrelinhas de toda a obra de Newton e totalmente previsíveis
> utilizando-se a relatividade de Galileu.


Lígia: Segundo um professor meu de Estrutura da Matéria, Einstein
teria sido um grande oportunista e bastante popular apesar de (talvez
por ) suas esquisitices... agora, a partir dessa sua explicação
começo a descortinar o porquê... :) Aparentemente desde que a
física foi instituída como a conhecemos hoje, já continha os esboços
finais de tudo o que veio a ser postulado a partir do início do sec.
XX, fazendo com que as conquistas da física moderna sejam meramente
questões de ajuste matemático a partir de certas considerações que
ainda necessitavam de reajustes. Agora mais uma pergunta: é nisso
que você se baseia para a luta armada como defensor da Ordem
Newtoniana? Por falar em Newton: assisti um programa da
série "Experimentos que Mudaram o Mundo" da National Geographic em
que a história de Newton é contada em seus nuances menos
explorados... dizia que Newton como outros brilhantes matemáticos e
filósofos e astrônomos ( como Kepler ) acabava suas aulas nas salas
de Cambridge falando só: seus alunos não assimilavam suas idéias e
abandonavam-no antes mesmo do final das explicações. Fiquei pensando
na solidão experimentada pelos grandes cérebros...



>
> Esse efeito não deve ser válido apenas para o macrocosmo. No
microcosmo,
> muitos dentre os movimentos relativos dão-se em grandes
velocidades, da
> ordem de c. Se considerarmos as partículas puntiformes, a ocuparem
um espaço
> absurdamente nulo, estaremos por definição desconsiderando qualquer
possível
> efeito relacionado a um aparente deslocamento de seu centro de
massa. Essa
> desconsideração pode nos levar a erros incríveis. Por menor que
seja a
> partícula, ela deve ter um centro de massa equivalente ao observado
nos
> corpos macroscópicos. E este sujeita-se a desvios "aparentes" do
mesmo tipo
> descrito acima. É um efeito ilusório, porém a ser levado em
consideração nas
> equações, *se pretendermos conservar o modelo clássico*. Se
dissermos que a
> partícula é puntiforme, estaremos cometendo um erro infinitesimal
capaz de
> se propagar numa integração, por exemplo, de maneira a se traduzir
num
> erro resultante brutal.


Lígia: Entendo. Qualquer detalhe omitido ou acrescentável pode
resultar num absurdo ao final da calculeira... então seria o caso
de "achar-se" a massa de um foton, o que já foi possível, além de um
tamanho considerável em termos estruturais. Ao que tudo indica não
se está longe disso... Assim, a partir de possíveis dimensões de um
fóton, você considera que a Física Clássica possa vir a ser
utilizável para fenômenos somente explicáveis pela MQ?



> > O "campo" gerado por tal movimento é o que você está
> > considerando como "campo de informações emitidas" por ele?
>
> Sim. Esse seria, a meu ver, o campo mais elementar e, ao mesmo
tempo, a
> razão de ser de todos os demais campos relacionados a forças. Em sua
> expressão mais simples, esse campo seria algo do tipo do "andar no
vácuo"
> dos automobilistas, se bem que no microcosmo as partículas já estão
no
> vácuo, e portanto a analogia não é perfeita. Ou seja, a partícula
ao se
> propagar pelo espaço emite um campo que informa esse seu movimento
no
> sentido de um "abre-alas que eu quero passar" (como se fosse um
empurrar a
> distância). Literalmente falando, ela empurra a distância tudo o
que esta a
> sua frente, e certamente receberá uma reação dinâmica conveniente
(o que
> pode até mesmo provocar uma reflexão total). Esse campo, visto por
trás, tem
> o efeito oposto, qual seja, o de aspirar ou puxar, e daí a analogia
que fiz
> com o andar no vácuo dos automobilistas. Se ao invés de uma
translação, o
> movimento da partícula for de rotação em torno de um eixo, o efeito
será a
> produção de informações em vórtice, como que tendendo a fazer com
que as
> demais partículas a sua volta passem a circular em torno da
primeira. Isso
> equivale ao que é observado num viscosímetro de Couette: um
cilindro gira, e
> o líquido a sua volta acabará acompanhando esse giro e, após um
certo tempo,
> cria o que chamamos um campo de velocidades (essa analogia
macroscópica
> também é do tipo andar no vácuo). Se duas partículas estiverem
girando, o
> campo de uma provocará uma atração ou uma repulsão na outra (a
semelhança do
> observado macroscopicamente com o barco de Flettner), conforme os
giros se
> dêem em sentidos antiparalelos ou paralelos.


Lígia: Que interessante. E é engenhoso também. Agora, pergunto: o
que seria deformado/movimentado a partir da ação desse "empurrão à
distância"? No caso de um elétron, até admite-se que haja um campo
elétrico, ou mesmo magnético a ser deformado pela ação do movimento
de translado do elétron... e um fóton, como ficaria? A quais campos
ele "deformaria"? Ou você apenas considera a interação de tal
fóton/empurrão-à-distância-do-mesmo com as superfícies e possíveis
campos associados às moléculas que o componham?




> Os princípios básicos que estão por trás de tudo isso seriam: 1) a
ação e
> reação de Newton (pensado sob o ponto de vista da dinâmica e,
portanto, com
> os correspondentes potenciais retardados); 2) o princípio de
Arquimedes
> (também pensado sob o ponto de vista da dinâmica -- a esse
respeito, diria
> relacionar-se ao que o Léo chama "empuxo de Newton --
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala07/07_T04.asp ); 3) o
princípio de Le
> Chatelier da físico-química; 4) a Lei de Lenz do eletromagnetismo;
5) o
> andar no vácuo dos automobilistas; 6) o princípio a responder pela
> viscosidade. Na realidade seria um princípio fundamental a englobar
todos
> esses ou, melhor dizendo, seria um princípio geral do microcosmo e
que
> macroscopicamente se traduziria nesses princípios específicos.



Lígia: Sim, mas ainda eu me atenho à idéia de que para um fóton,
nada estaria diretamente associado a ele além de sua própria
velocidade da ordem de c e da energia que ele "carregue" no
movimento.


> (...) Sem dúvida, está se repetindo aqui o que se diz por todos os
> cantos do mundo, mas esse é um erro crasso e igual a infinitos
outros que os
> físicos modernos adoram propagar, sei lá com que vantagens. Quando
eu digo
> que eles são enganadores, ou então inocentes repetidores de
enganações de
> outros, eles ficam bravos. Mas parece-me que aí está uma prova.
Enfim,
> trata-se apenas de uma denúncia que pode ou não ser constatada.


Lígia: O problema todo é que o que é ensinado acaba não sendo
apreendido pelos estudantes na profundidade que seria necessária ao
questionamento do que é/está certo ou errado. Os conceitos acabam
fluindo numa ordem a ser seguida e não sobra muito espaço para a
compreensão do que está realmente sendo ensinado. É a tal da receita
de bolo... que pode ser comida fria ou quente. No quesito "bolo" eu
preferencialmente como quente e com manteiga! Já no que me é
ensinado... eu fico preocupada com os ingredientes antes que com a
receita em si.


> É mais ou menos por aí. Eu diria que o erro fundamental reside na
noção de
> que a única explicação possível seria aquela dos elétrons
oscilantes. Isso,
> sob certos aspectos que nem os quânticos sabem explicar, ainda é
repetido
> profusamente até hoje. Planck tentou verificar qual a matemática se
> encaixaria nessa idéia de elétrons oscilantes, e somente encontrou
uma saída
> se a luz fosse emitida em pacotes de dimensões fixas múltiplas de
uma
> constante. É importante perceber que Planck nunca se conformou com
esse
> algoritmo, e é importante perceber que ninguém melhor do que ele
sabia o que
> poderia representar fisicamente esse algoritmo que dava certo. Era
uma
> coincidência fantástica, nada mais do que isso.


Lígia: Nossa! A coincidência é tida por algo descartável... e como
foi que nos pilares quânticos tal possibilidade de encarar-se
uma "coincidência" com peso de "verossímil" pôde ser considerada?
Nós já discutimos sobre isso lá na lista Livres-Pensadores... e
ainda é uma incógnita para mim. Ainda mais porque sou sempre
rechaçada pelas minhas idéias "místicas"... :)


> > Plank então, a fim de "corrigir" tal disparate, propôs que a
> > distribuição ao invés de contínua, aconteceria de
forma "discreta" ou
> > que a emissão de energia dá-se na forma de quantidades mínimas
> > inquebrantáveis, o "quantum". Daí a imaginar que
o "branqueamento"
> > dá-se da mesma forma é um pulinho...
>
> Você está certa ao suspeitar que essa história do branqueamento
parece ter
> alguma coisa a ver com esse fenômeno em si, independentemente da
explicação
> ser clássica ou quântica. Perceba que ao dizer que a luz não é
quântica, eu
> não estou me livrando de ter que assumir que o fenômeno dá-se
> obrigatoriamente em frações a que estou chamando pacotes clássicos.
As
> implicações dessa diferença não tem nada a ver com a experiência em
si
> (corpo negro) mas com os princípios das possíveis físicas a se
apoiarem ou
> numa interpretação, ou na outra. É por isso que eu tenho dito que
essa
> experiência do branqueamento não comprova nada, a não ser aquela
tentativa
> infantil, demonstrada por alguns quânticos, de se protegerem de um
furacão
> que estão pressentindo vir de todos os lados. Eles não sabem mais
onde se
> segurar, então se agarram em qualquer argumento, por mais tolo que
seja.
> Essa história de que "as moléculas de tinta deveriam se quebrar ao
mesmo
> tempo" é totalmente sem fundamento, não refresca em nada a
situação, não
> explica nada, não se firma em nada sólido e nem favorece teoria
nenhuma, nem
> quântica nem clássica. É apenas uma bengala que está prestes a se
quebrar.


Lígia: A idéia nem é de "quebra" de tais moléculas, Alberto. Se eu
me recordo bem da explicação de meu saudoso Toshio, professor de
quântica, tal branqueamento dá-se pela emissão de fótons em
efeito "rebote"... sem comentários.




> > Lígia: Seria de se esperar pelo que Boltzman postula quando
admite
> > que a distribuição de energia é contínua... isso levando-se em
> > consideração a energia contida em "emanações" luminosas sendo
> > espalhadas sobre uma superfície colorida.
>
> Até aí eu concordo, mas quando essa distribuição contínua atinge a
camiseta,
> porque eu haveria de esperar uma resposta idêntica de todas as
moléculas e
> ao mesmo tempo? Estariam todas as moléculas recebendo essa energia
de
> maneira idêntica? Pense nos fótons como cápsulas espaciais entrando
na
> "atmosfera" de um átomo. Entrariam todos com o mesmo ângulo de
incidência em
> todos os átomos, como se os átomos fossem bolinhas? Atingiriam
todos os
> elétrons da mesma maneira? Isso a meu ver só iria acontecer se as
moléculas
> fossem realmente puntiformes. Mas não são.


Lígia: Bem... *SE* a energia fosse propagada continuamente, penso
que a superfície exposta/bombardeada por tal emissão contínua estaria
sujeita a uma desestruturação contínua nas camadas de última valência
de suas moléculas superficiais sem nem ser necessário levar-se em
conta que haja diferenças de ângulo/estrutura das mesmas. Parece que
isso seria de pouca importância e é nesse aspecto que os quânticos se
revezam dando a entender que o branqueamento seria "imediato"...



A distribuição da energia
> luminosa pode ser pensada, sob certos aspectos, como contínua. Mas a
> estrutura da matéria sobre a qual essa luz incide não é contínua,
nem é tão
> simples quanto parecem imaginar alguns principiantes em quântica.


Lígia: Bem novamente... a idéia das "bolinhas brancas girando em
torno de bolinhas azuis e vermelhas agrupadas num núcleo" passa
justamente essa necessidade de estipular-se sob quais condições de
ângulo/direção tais moléculas encontram-se a cada instante... mas
para a quântica, esse modelo de micro-sistema-solar não é o
utilizado, antes o modelo é o dos orbitais e seus diversos "desenhos"
e as probabilidades maiores ou menores de encontrarmos um elétron em
cada um desses orbitais. Encara-se uma molécula portanto como
um "grupamento" de orbitais cujas camadas de "valência" seriam nada
além de plugues estilizados, com elétrons orbitando em um orbital
envolvendo dois orbitais ao mesmo tempo dependendo do tipo
de "ligação", se de paridade, se dativa... :) É um angu, sim... mas
dá estrutura para o argumento do OMO e a camiseta do Guilherme
ficando branquinha num átimo!



> > Lígia: Moléculas são estruturas atômicas e apenas seus eletrons
de
> > última valência estariam envolvidos nisso. Os fótons são
admitidos
> > como puntiformes.
>
> Dentro de certas aproximações sim, pode-se admití-los como tais.
Mas será
> que ao estudar a lei de Malus eu poderia continuar dizendo que os
fótons são
> sempre puntiformes? E se eu interpretar o efeito Malus como um giro
dos
> corpúsculos de luz? Um ponto gira? Com respeito aos elétrons da
camada de
> valência eu diria o mesmo. Se eles estão em órbitas, eles não
ocupam uma
> posição fixa, logo a molécula que os contém não pode ser pensada
como
> puntiforme. E por motivos outros, nem mesmo o elétron pode ser
pensado como
> tal.


Lígia: Sim, moléculas deveriam ser pensadas como "bolhas" mais
precisamente... e as "paredes" de tais bolhas seriam delimitadas
pela presença de um ou mais elétrons em seus orbitais, ou como dizem,
nos locais em um átomo com maiores probabilidades de se encontrar
elétrons.


> > Em todo caso, como você explicaria
> > a distribuição de energia? Seria ela sempre contínua?
>
> Não. Explicaria da mesma maneira explicada por Planck, apenas sem
apelar
> para a existência dos elétrons oscilantes.


Lígia: Só um parêntesis: a idéia de tais elétrons oscilantes é a
que estipula a existência de orbitais?


Aliás, isso foi mais ou menos o
> que Bohr fez, ao constatar que essa mesma constante h dos
osciladores de
> Planck era uma constante atômica e a aprisionar os elétrons em
órbitas
> permitidas. Ou seja, segundo a interpretação da experiência de
Rutherford,
> efetuada por Bohr em sua teoria quântica primitiva, os elétrons
somente
> poderiam emitir pacotes quantizados de luz, exatamente aquela
fração de
> energia a caracterizar a diferença de duas órbitas permitidas. O
problema
> estava em explicar o que seriam essas órbitas permitidas
conservando-se a
> lei de Coulomb e o restante da teoria de Maxwell. Bohr fracassou
nessa
> explicação, e desse fracasso redundou a teoria quântica atual. E é
por isso
> que eu repito, sempre junto a minha assinatura, que o elétron não é
uma
> carga elétrica coulombiana, pois se fosse não haveria uma solução
clássica a
> explicar este problema levantado por Bohr. Mas esse é outro assunto.



Lígia: E de que tipo de carga elétrica estamos falando quando
falamos em elétrons?


>
> > Então, como
> > explicar que não há um colapso do Ultravioleta quando levando-se
em
> > conta as Equações de Maxwell para distribuição das emissões por
> > comprimento de onda?
>
> Da maneira como expus acima. Acrescento apenas que nos dias atuais
as
> equações de Maxwell não me incomodam mais, pois sei que elas não
funcionam
> no microcosmo, e portanto não há porque insistir nesse erro. O
modelo de
> Maxwell é excelente para as condições propostas por Maxwell, mas dá
crepe
> quando pensamos nas adaptações sugeridas por Lorentz.



Lígia: Então, mãos à obra! A GUT merece ser Newtoniana! :)



> O que quero dizer é o seguinte: a quantização quântica (perdoe-me
pela
> redundância) é a meu ver uma ficção e não é impossível que exista
uma
> quantização clássica da luz (corpúsculos de Newton), supondo-se
realmente
> uma natureza corpuscular e não ondulatória e/ou eletromagnética.
Mas esse é
> um tema a ser estudado com muita cautela.


Lígia: E se houver mesmo tal "espírito da matéria"? Eu fissurei
nessa idéia, desculpe... mas seria algo muito interessante criar uma
matemática com bases na lebre que Newton levanta como possibilidade
não apenas matemática.



> > Em todo caso, vale salientar: para que a
> > quântica seja derrubada, há a imperiosa necessidade de explicar
COMO
> > a distribuição de energia acontece, caso não seja em quanta...
>
> Sem dúvida. Essa é *uma* das minhas preocupações principais, muito
embora
> outros aqui da Ciencialist achem que eu deveria me preocupar com
detalhes
> outros, importantes, porém secundários. Fico feliz em perceber que
você
> demonstra um elevado grau de intuição, não apenas por esse
questionamento
> mas por muitos outros, desta e de outras mensagens.


Lígia: Alberto! Você é muito gentil. E eu sou intuitiva se não
posso ser culta, certo? Meus conhecimentos são parcos, só me
restando portanto uma mente aberta, uma vontade muito grande de
entender as traquinagens da vida... além de uma curiosidade
compulsiva. Nunca peguei você de jeito antes porque fiquei
penalizada de imaginar o quão cansativo seria ter que
me "aguentar"... além do fato de eu querer entender o porquê do
pessoal ficar jogando pedras antes mesmo de argumentar com você.
Agora, dado o tempo em que já nos vemos pelas órbitas da internet,
achei que já seria possível começar o bombardeio... :)

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: SuperCordas
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/02/2003 17:25

Lígia escreve:

"Olá Lidiane!

Até que enfim mais uma representante do gênero feminino num mundo
masculino (a ciencialist tem sido maciçamente masculina... espero
que o quadro seja revertido :)! Seja benvinda e continue!"

Por favor não façam isso. Não se revertam! Essas operações transexuais ainda não constituem quadro "cientificamente provado"!


"Tal teoria pode ser descartada só por isso? Acredito que não, a
menos que alguma nova idéia mais "prática" advenha em socorro
daqueles que precisam de contato físico com os objetos de
estudo... :)"

Isso não é uma teoria, é apenas uma hipótese (apenas um pouco mais que um insight), nem chega a ser um 'modelo'! Nenhuma 'prática' foi corroada de êxito com essa nova hipótese e nenhum fenômeno novo pode ser testado com ela. É uma hipótese.


"Beijos, Lígia"

Continuem assim. Beijos femininos é bem melhor que o secão [ ]' dosomes.

[]'
Léo

********************************************



--- Em ciencialist@y..., "Lidiane Pedersoli" <lidiane_fisica@h...>
escreveu
>
> Olá, eu venho acompanhando os e-mails desta lista de discussão,
apesar de



SUBJECT: Fw: focos laser
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/02/2003 17:26

Que recomendo? Canhões lazer de 1W cada um?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Francisco Palao
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: segunda-feira, 17 de fevereiro de 2003 14:22
Assunto: focos laser


Queridos Señores,

Les quedaría muy agradecido si me pudieran informar de que tipo de aparatos laser necesito para levantar la luz a un punto visual nitido de 40 metros de altura y visible a una distancia de 10 kms. aproximadamente.
Tengo una terraza rectangular de 7 x 10 mts. y quiero poner cuatro focos ( uno en cada esquina) convergiendo el haz de luz en un punto (todos juntos) a 40 mts. de altura.
Conocen el prosible suministrador.
Muchas gracias.

Francisco Palao


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: SuperCordas
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/02/2003 17:37

At 17:25 17/02/03 -0300, you wrote:

>Lígia: "Tal teoria pode ser descartada só por isso? Acredito que não, a
>menos que alguma nova idéia mais "prática" advenha em socorro
>daqueles que precisam de contato físico com os objetos de
>estudo... :)"
>
>Léo: Isso não é uma teoria, é apenas uma hipótese (apenas um pouco mais
>que um insight), nem chega a ser um 'modelo'! Nenhuma 'prática' foi
>corroada de êxito com essa nova hipótese e nenhum fenômeno novo pode ser
>testado com ela. É uma hipótese.

Olá, Léo. Creio que a teoria das supercordas é bem mais do que um
mero insight, e contém, sim, modelos sobre a realidade física (por exemplo,
partículas encaradas como entidades unidimensionais vibrantes, que seguem
certas leis). Trata-se de um corpo teórico que vem se desenvolvendo há
décadas e que já produziu resultados teóricos muito interessantes, como a
conseqüência necessária da existência de uma força com as características
descritas pela teoria da relatividade geral (a força gravitacional). Além
disso, fenômenos novos podem, sim, ser testados com ela. A teoria prevê,
por exemplo, a existência das partículas supersimétricas; porém, sua massa
é muito grande para serem produzidas pelos aceleradores atuais (ainda que
haja quem diga que os aceleradores já deveriam tê-las encontrado).

Belisário



SUBJECT: Re: SuperCordas - Modelos
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/02/2003 19:01

At 19:32 17/02/03 -0300, you wrote:
> >Léo: Isso não é uma teoria, é apenas uma hipótese (apenas um pouco mais
> >que um insight), nem chega a ser um 'modelo'! Nenhuma 'prática' foi
> >corroada de êxito com essa nova hipótese e nenhum fenômeno novo pode ser
> >testado com ela. É uma hipótese.
>
>Belisário: Olá, Léo. Creio que a teoria das supercordas é bem mais do que um
>mero insight, e contém, sim, modelos sobre a realidade física
>
>Léo: Oi Belisário, estou apenas seguindo a metodologia científica. (...)
>Em Ciência a metodologia compreende as seguintes fases:
>
>a) Delimitação do problema a ser investigado.
>h) Ensaios prévios para revelarem fatos essenciais.
>o) Criação de conceitos adequados.
>d) Estabelecimento de hipóteses, quando necessário.
>e) Estabelecimento de princípios, quando necessário.
>f) Dedução de leis racionais (teoremas).
>g) Verificação das conclusões mediante confronto com fatos experimentais,
>h) Previsão de fatos ate então ignorados, e verificação experimental dos
>mesmos.
>i) Revisão da teoria, adaptação e complementação da mesma - ou
>substituição por outra.
>
>Enquanto o item (g) não se verificar, não pode haver continuidade do método.

Então temos nomenclaturas diferentes. Você só chama de modelo o
que já foi confrontado com os dados experimentais. Eu distingo entre
modelos corroborados, refutados e ainda não confrontados com os dados
experimentais. Falo, por exemplo, que Thomson elaborou um "modelo" da
estrutura atômica que foi refutado por Rutherford. Parece-me que essa
nomenclatura é mais difundida entre os físicos.

Belisário



SUBJECT: RES: [ciencialist] SuperCordas
FROM: "Ronaldo Correia Junior" <ronaldocj@superig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/02/2003 19:05

> -----Mensagem original-----
> De: Guilherme Peixoto [mailto:gbpeixoto@hotmail.com]
> Enviada em: domingo, 16 de fevereiro de 2003 16:19
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: Re: [ciencialist] SuperCordas
> Oi Lidiane,
>
> Atualmente a teoria das cordas é a única candidata a formulação
> da gravitação quântica livre dos seus problemas habituais. Realmente
> o fato da gravitação surgir naturalmente do espectro de vibração das
> cordas é um triunfo impressionante. Existem diversas outras indicações
> de que a teoria das cordas merece investigação progressiva.

Não é a única, há também a teoria da gravidade quantica com laços e uma
outra, cujo nome esqueci, elaborada por Roger Penrose.

Abraços

________________________________
Ronaldo Correia Junior
www.dedesdospes.hpg.ig.com.br
www.truenet.com.br/ronaldo




SUBJECT: Re: SuperCordas
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/02/2003 19:18

Olá Professor Netto!

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Lígia escreve:
>
> "Olá Lidiane!
>
> Até que enfim mais uma representante do gênero feminino num mundo
> masculino (a ciencialist tem sido maciçamente masculina... espero
> que o quadro seja revertido :)! Seja benvinda e continue!"
>
> Por favor não façam isso. Não se revertam! Essas operações
transexuais ainda não constituem quadro "cientificamente provado"!


Eu: Não professor Netto! A reversão de tal quadro seria a adesão
consciente de mais mulheres ao debates científicos e desmistificar a
idéia de que mulher só fala de ciência quando quer saber sobre
implante de silicone, uso do botox, aplicação de raios laser para
suavização de rugas e eliminação de pelos do buço... Ou quando
dizem que estão a "dissecar-vos!"



> "Tal teoria pode ser descartada só por isso? Acredito que não, a
> menos que alguma nova idéia mais "prática" advenha em socorro
> daqueles que precisam de contato físico com os objetos de
> estudo... :)"
>
> Isso não é uma teoria, é apenas uma hipótese (apenas um pouco mais
que um insight), nem chega a ser um 'modelo'! Nenhuma 'prática' foi
corroada de êxito com essa nova hipótese e nenhum fenômeno novo pode
ser testado com ela. É uma hipótese.



Eu: Sim... Eu "sabe". Mas eles, os "homi" por trás da teoria não
sabem:
http://superstringtheory.com/
Detalhe: infelizmente tal sítio encontra-se em língua alienígena...

Beijos, Eu, Lígia


PS: Estou a treinar a escrever pelos costados só para ser bem
compreendida lá nas terras d'além Tejo!







SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: SuperCordas
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/02/2003 19:32

>Léo: Isso não é uma teoria, é apenas uma hipótese (apenas um pouco mais
>que um insight), nem chega a ser um 'modelo'! Nenhuma 'prática' foi
>corroada de êxito com essa nova hipótese e nenhum fenômeno novo pode ser
>testado com ela. É uma hipótese.


Belisário: Olá, Léo. Creio que a teoria das supercordas é bem mais do que um
mero insight, e contém, sim, modelos sobre a realidade física (por exemplo,
partículas encaradas como entidades unidimensionais vibrantes, que seguem
certas leis). Trata-se de um corpo teórico que vem se desenvolvendo há
décadas e que já produziu resultados teóricos muito interessantes, como a
conseqüência necessária da existência de uma força com as características
descritas pela teoria da relatividade geral (a força gravitacional). Além
disso, fenômenos novos podem, sim, ser testados com ela. A teoria prevê,
por exemplo, a existência das partículas supersimétricas; porém, sua massa
é muito grande para serem produzidas pelos aceleradores atuais (ainda que
haja quem diga que os aceleradores já deveriam tê-las encontrado).

Léo: Oi Belisário, estou apenas seguindo a metodologia científica. Vejamos:
Metodologia - conjunto dos métodos que cada ciência particular põe em ação. A colaboração entre demonstração lógica e experimentação, a inter-açao entre ciência pura e tecnologia, são caracteres do espírito científico contemporâneo. Em Ciência a metodologia compreende as seguintes fases:

a) Delimitação do problema a ser investigado.
h) Ensaios prévios para revelarem fatos essenciais.
o) Criação de conceitos adequados.
d) Estabelecimento de hipóteses, quando necessário.
e) Estabelecimento de princípios, quando necessário.
f) Dedução de leis racionais (teoremas).
g) Verificação das conclusões mediante confronto com fatos experimentais,
h) Previsão de fatos ate então ignorados, e verificação experimental dos mesmos.
i) Revisão da teoria, adaptação e complementação da mesma - ou substituição por outra.

Enquanto o item (g) não se verificar, não pode haver continuidade do método. Pode ser um brilhante conjunto de (a) até (f), mas não pode ser classificado como teoria ou mesmo como modelo. Veja que o item (f) pode se tornar prometedor e deslumbrante ... mas não passou ainda pelo (g). Logo, é uma hipótese em destaque, com um bom aprimoramento matemático a suporta-la ... tal qual uma boa e nova geometria ... que é matemática, não é física!

[]'
Léo
==================



SUBJECT: Re: SuperCordas
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/02/2003 20:51

Oi Belisário!


Muito bem lembrado! A Lidiane poderá inclusive tirar dúvidas naquele
FAQ! E eu achei mais uma dica itneressante: o livro O UNIVERSO
ELEGANTE por Brian Greene. Ótima dica de leitura.

Beijos, Lígia

PS: E a tal da música do Império Otomano? Você se esqueceu
dimim... :((

*******************************



--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
>
> Lidiane, lembrei-me de outra coisa: há algum tempo, o
físico
> Nathan Berkovitz, especialista brasileiro em supercordas, foi
convidado
> para um debate por e-mail sobre o assunto aqui na Ciencialist. Uma
súmula
> desse debate, reestruturado na forma de uma entrevista, e acrescido
de
> algumas perguntas a mais, pode ser encontrado no link:
> http://www.ifi.unicamp.br/~knobel/radar/newspro/fullnews.cgi?
newsid1029531763,68625,
> (cuidado: tem uma vírgula no final que faz parte do link; há
mailtools que
> a ignoram)
>
> Até,
> Belisário
>
> --- Em ciencialist@y..., "Lidiane Pedersoli" <lidiane_fisica@h...>
> >escreveu
> > >
> > > Olá, eu venho acompanhando os e-mails desta lista de discussão,
> >apesar de
> > > ainda não ter expressado alguma opinião sobre eles. Gostaria que
> >vocês
> > > exprimissem suas considerações sobre o assunto de discorro
abaixo.
> >Desde já
> > > agradeço.
> > >
> > > A teoria das cordas tenta resolver o problema da
incompatibilidade
> >da
> > > mecânica quântica junto à relatividade geral, afirmando que as
> >ondulações
> > > quânticas inerentes ao tecido espaço-temporal - que Einstein
> >formulou como
> > > liso e perfeito - previstas pela mecânica quântica não podem ser
> >levadas em
> > > conta, visto que para serem observadas precisaríamos de energias
> >maiores que
> > > a energia de Planck, o que acarrretaria em um aumento no
tamanho da
> >corda em
> > > questão, que por sua vez impediria o "experimento". Mas, apesar
de
> >não serem
> > > observáveis essas flutuações quânticas revelam o frenesi no
nível
> > > microscópico. Os grupos de estudos dessa teoria afirmam
abertamente
> > > "ULTRAPASSAMOS GROSSEIRAMENTE AS FRONTEIRAS DA REALIDADE
FÍSICA"; o
> >que
> > > vocês acham sobre isso, apesar das evidências teóricas e do
sentido
> > > proporcionado por elas, não seria um exagero generalizar dessa
> >forma, passar
> > > por cima de algo que apesar de não observável (as flutuações
> >quânticas)possa
> > > talvez estar dando contribuição ao comportamento do tecido
espaço-
> >temporal?
> > > Por favor, não deixe de me dar a resposta.
> > > Obrigada, Lidiane Cristina.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/02/2003 22:42


----- Original Message -----
From: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, February 17, 2003 12:09 AM
Subject: RE: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo
Quantico ... putz grila!)


>SÉRGIO TABORDA: Sua explicação é boa, mas no fim vc diz:

"No caso (2), durante essa entrada, a interação entre o campo elétrico
do fóton e o potencial de superfície do material desvia o fóton de sua
direção inicial."

O que isto tem de quântico ? Apenas com a teoria em de maxwell
poderiamos chegar às mesmas conclusões. (aliás a teoria e.m. de maxwell
teve esse mérito de explicar a optica) Então o que isto tem a ver com
quantica e absorção se no fim se resume ao potencial de superficie que
interage com o campo electrico?<


Sérgio,

Ainda não entendi qual é a objeção. Onde foi que eu disse que todos os
fenômenos teriam que ser revistos à luz da mecânica quântica.

Em lado nenhum.
Mas sobre o desvio d e um feixe por um meio diferente, em particular, vc
disse:
" Isso se deve às multiplas interações com as moléculas e
átomos que formam o meio. Fótons chocam-se com outras partículas e são
absorvidos e irradiados novamente. [...] Obviamente, nem todos os
fótons são absorvidos pelo material. Um fóton só é absorvido se
houver um nível de transição disponível para a transição do elétron.<<

Ao que respondi :
"Ora isto causa alguma estranheza. Se o fotão só pode
ser absorvido por electrões com energias particulares, ao enviar luz
branca teria de haver um tipo de electrões para cada frequencia...
ora isto não é possivel."

Porque eu fiquei curioso em saber como a absorsão-reemissão de fotões , que
é um fenomeno aleatório em direcção pode desviar o feixe sempre para o mesmo
lado.
No fim, respondeste que não tinha nada a ver com quantica ou com absorção
(não-ressonancia) mas apenas com o campo electrico , que pode ser explicada
de forma classica.
Assim sendo não entendi o teu comentário "Fótons chocam-se com outras
partículas e são
absorvidos e irradiados novamente." ... e continuo não entendendo.

Mas pronto , tb não é importante.

Sérgio


SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Física quântica: Faça você mesmo (era Sigilo Quantico ... putz grila!)
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/02/2003 23:28

>SÉRGIO TABORDA: No fim, respondeste que não tinha nada a ver com
quantica ou com absorção (não-ressonancia) mas apenas com o campo
electrico , que pode ser explicada de forma classica. Assim sendo não
entendi o teu comentário "Fótons chocam-se com outras partículas e são
absorvidos e irradiados novamente." ... e continuo não entendendo.<

Sérgio,

Você poderia ter simplificado muito a discussão se tivesse esclarecido
esse ponto desde o início. Eu aqui gastando o meu verbo explicando a
diferença entre fenômenos ressonantes e não-ressonantes, e o que você
queria mesmo era que eu dissesse que a minha frase estava errada. Não
importou toda a nossa discussão, o objetivo era provar que a minha
redação foi infeliz. Vou deixá-lo contente: a frase acima estava
incorreta.

Do lado positivo, a discussão serviu para eu aprender alguma coisa. E
não foi física.

Um abraço,
Colucci





SUBJECT:
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 00:03

Alberto,

Tenho acompanhado sua discussão com o Taborda como um amador interessado
acompanha o papo de profissinais, e com bastante lucro, devo dizer.

Entretanto, sua última msg, foi um tanto anticlimática, pois vc deixou de
responder a um interessante questionamento do Taborda, que penso ser o
seguinte: que tipo de proposição de sua teoria pode ser colocada em termos
operacionais, possibilitando a realização de uma experiência que a
falsifique?.

Pois não consigo imaginar uma teoria no campo da Física que não vise
explicar fatos do mundo físico. Isto é, no meu parco entendimento, uma
teoria pode trabalhar com conceitos os mais esotéricos possíveis, como a
teoria das supercordas, que trabalha com a idéia de que existem até 11
dimensões, mas deve usar isso para tentar entender e explicar fatos físicos
do mundo em que vivemos. Se eu estiver errado, por favor, mostre-me em que
erro, com isso prestando-me um grande favor. Caso vc já tenha respondido a
isso em alguma msg anterior, por favor indique-ma.

Gostaria imensamente que vc não tomasse minha msg como um desafio ou ataque,
pois não se trata, mesmo, disso. Como vc não pode ler minha mente, espero
que acredite em minha sinceridade.

Um abraço,

Vizzoni

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: SuperCordas
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 01:24


>From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Re: SuperCordas
>Date: Mon, 17 Feb 2003 17:44:09 -0000
>
>Só para ter uma idéia: a matemática é capaz de encarar N
>dimensões, tantas quantas forem necessárias em suas bases de
>cálculo... já a física contenta-se com 3...

Oi Ligia,

Aqui eu discordo: não só a matemática é capaz de encarar N
dimensões, mas também só a matemática pode fazê-lo, e isso
inclui N=1,2,3,4,5,... O espaço tridimensional é um exemplo.
Ele não é qualitativamente diferente de N = 2 ou 5. É comum
termos a ilusão de que a noção de espaço que apreendemos das
nossas percepções seja um retrato direto de uma realidade
física, "o espaço". Não é. O espaço intuitivo é uma coisa,
e o espaço em si (coisa matemática) é outra.

Abraços,

Guilherme

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http://messenger.msn.com.br



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] SuperCordas
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 01:40


>From: "Ronaldo Correia Junior" <ronaldocj@superig.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: RES: [ciencialist] SuperCordas
>Date: Mon, 17 Feb 2003 19:05:37 -0300
>
> > Atualmente a teoria das cordas é a única candidata a formulação
> > da gravitação quântica livre dos seus problemas habituais. Realmente
> > o fato da gravitação surgir naturalmente do espectro de vibração das
> > cordas é um triunfo impressionante. Existem diversas outras indicações
> > de que a teoria das cordas merece investigação progressiva.
>
>Não é a única, há também a teoria da gravidade quantica com laços e uma
>outra, cujo nome esqueci, elaborada por Roger Penrose.

Me parece que essa teoria da gravitação quântica que você se refere
não está livre de problemas sérios. Na presença de matéria, ela
não é renormalizável ainda no nível de 1-loop (um laço). Quanto à
teoria proposta por Penrose, eu desconheço.

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Re: SuperCordas
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 01:54

Oi Guilherme!

Aqui eu "boiei"... do que é que você está falando? A física toma
parte de 4 dimensões e isso se tomarmos o tempo por uma dessas
dimensões. No mais, apenas 3... e olhe lá! :))

Beijos, Lígia

************************************


--- Em ciencialist@y..., "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@h...> escreveu
>
> >From: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> >Reply-To: ciencialist@y...
> >To: ciencialist@y...
> >Subject: [ciencialist] Re: SuperCordas
> >Date: Mon, 17 Feb 2003 17:44:09 -0000
> >
> >Só para ter uma idéia: a matemática é capaz de encarar N
> >dimensões, tantas quantas forem necessárias em suas bases de
> >cálculo... já a física contenta-se com 3...
>
> Oi Ligia,
>
> Aqui eu discordo: não só a matemática é capaz de encarar N
> dimensões, mas também só a matemática pode fazê-lo, e isso
> inclui N=1,2,3,4,5,... O espaço tridimensional é um exemplo.
> Ele não é qualitativamente diferente de N = 2 ou 5. É comum
> termos a ilusão de que a noção de espaço que apreendemos das
> nossas percepções seja um retrato direto de uma realidade
> física, "o espaço". Não é. O espaço intuitivo é uma coisa,
> e o espaço em si (coisa matemática) é outra.
>
> Abraços,
>
> Guilherme
>
> _________________________________________________________________
> MSN Messenger: converse com os seus amigos online.
> http://messenger.msn.com.br



SUBJECT: Fw: dúvidas!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2003 02:14

Especialistas em supertúmulos, despertem e saiam de suas covas quânticas para elucidarem essa consulente.

[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: <anaclaudeth@clix.pt>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 17 de fevereiro de 2003 18:31
Assunto: dúvidas!


| Universo é o tema que estou a trabalhar com algumas crianças.
| gostaria de saber mais sobre os supertúmulos no universo.
| agradeço desde já a atenção dispensada
|
|
|
| -------------
| O Clix é o Portal Oficial da Operação Triunfo
| Saiba tudo em http://operacaotriunfo.clix.pt


SUBJECT: Re: Fw: dúvidas!
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 02:34

Peraí!!!

Não me diga, deixa ver se eu adivinho: é mais uma representante
feminina d'além mar? E ela quer saber sobre supertúmulos?!

Você tá me provocando... :))

Beijos, Lígia

******************************

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Especialistas em supertúmulos, despertem e saiam de suas covas
quânticas para elucidarem essa consulente.
>
> []'
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: <anaclaudeth@c...>
> Para: <leobarretos@u...>
> Enviada em: segunda-feira, 17 de fevereiro de 2003 18:31
> Assunto: dúvidas!
>
>
> | Universo é o tema que estou a trabalhar com algumas crianças.
> | gostaria de saber mais sobre os supertúmulos no universo.
> | agradeço desde já a atenção dispensada
> |
> |
> |
> | -------------
> | O Clix é o Portal Oficial da Operação Triunfo
> | Saiba tudo em http://operacaotriunfo.clix.pt



SUBJECT: Re: Fw: dúvidas! adendo
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 02:48

Léo...

Uma coisa é certa: deve estar cheio de worm-holes nesses tais
supertúmulos! Portanto, supertúmulos devem ser a chave para a
compreensão do porquê dos ETs virem nos visitar! Pode responder isso
à consulente lusitana, oi pá!

Beijos, Lígia
(que ora responde após respirar fundo inúmeras vezes antes de iniciar
outro incidente internacional...)

PS: Arremeta tal pergunta ao Grupo de Dna Natália... sem o vira,
digo, fado! :))

******************************************

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Especialistas em supertúmulos, despertem e saiam de suas covas
quânticas para elucidarem essa consulente.
>
> []'
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: <anaclaudeth@c...>
> Para: <leobarretos@u...>
> Enviada em: segunda-feira, 17 de fevereiro de 2003 18:31
> Assunto: dúvidas!
>
>
> | Universo é o tema que estou a trabalhar com algumas crianças.
> | gostaria de saber mais sobre os supertúmulos no universo.
> | agradeço desde já a atenção dispensada
> |
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: SuperCordas - Modelos
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2003 03:07

> >Léo: Isso não é uma teoria, é apenas uma hipótese (apenas um pouco mais
> >que um insight), nem chega a ser um 'modelo'! Nenhuma 'prática' foi
> >corroada de êxito com essa nova hipótese e nenhum fenômeno novo pode ser
> >testado com ela. É uma hipótese.
>
>Belisário: Olá, Léo. Creio que a teoria das supercordas é bem mais do que um
>mero insight, e contém, sim, modelos sobre a realidade física
>
>Léo: Oi Belisário, estou apenas seguindo a metodologia científica. (...)
>Enquanto o item (g) não se verificar, não pode haver continuidade do método.
=================

Belisário: Então temos nomenclaturas diferentes. Você só chama de modelo o
que já foi confrontado com os dados experimentais. Eu distingo entre
modelos corroborados, refutados e ainda não confrontados com os dados
experimentais. Falo, por exemplo, que Thomson elaborou um "modelo" da
estrutura atômica que foi refutado por Rutherford. Parece-me que essa
nomenclatura é mais difundida entre os físicos.

Léo: Seguindo na metodologia, como já disse, nem mesmo (as supercordas) é uma teoria. O que entendemos por teoria? Eis meu pensar:
Teoria
(a) Conjunto completo e logicamente estruturado das leis referentes a um setor de conhecimento.

[não sei dizer até que ponto a hipótese supercordas elaborou leis. Leis, como eu as entendo!]

(b) Tentativa de unificar conhecimentos esparsos; nasce vaga, e vai se consolidando gradativamente à medida que encontra apoio cada vez mais amplo em fatos científicos.

[favor citar quais são os fatos científicos --- fatos, como eu os entendo --- que consolidam essa hipótese]

(c) Em linguagem vulgar, teoria é algo duvidoso, conjetural, falho de fundamento sólido, Em ciência, teoria é algo muito sólido por ser alicerçada em fatos da natureza. Todavia, toda teoria é perecível; nenhuma teoria é definitiva.

[quais são os fatos da natureza a consubstanciar a hipótese supercordas?]

(d) O teste crucial da teoria é seu confronto com a realidade objetiva; ele pode confirmar a teoria, ou pode invalidar parte dela, ou toda ela.
Quando uma teoria falha no confronto com os fenômenos observados, é a teoria que cede; os fatos simples persistem, mas os fatos compostos precisam ser expurgados das falhas que a teoria moribunda lhes confere. Inicia-se a busca de nova teoria mais satisfatória. (Einstein: Cem fatos em acordo com a Teoria da Relatividade não a demonstram definitivamente; basta porém um só fato em desacordo com ela para invalidá-la).
Os critérios de valor de uma teoria são: a simplicidade, a utilidade, o alcance, a fecundidade.

[a hipótese supercordas mostram os critérios de valores típicos de uma teoria?]

A hipótese supercordas não alcança, portanto, o estágio de teoria e, como tal não pode constituir 'modelo' na Física. Nem chega a ser um 'protótipo'. Vc compraria um carro movido a ectoplasma que ainda não foi testado?
É uma estruturação matemática (que pode ser muito lógica dentro dessa estrutura algébrica n dimensional na qual foi desenvolvida) com ávido desejo de ser incorporada no contexto da Ciência (como o foi o limite, a derivada, a integral, a diferencial, a geometria de Riemann, Lobachevisky, o sistema cartesiano, as matrizes, os tensores etc. etc.). Como físico estou torcendo para que seja coroborada pela experimentação e possa prever largos horizontes na ciência, todavia vejo sobre ela não uma espada de Damocles e sim uma simples navalha de Ockan.

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: dúvidas! adendo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2003 03:43

Oi Lígia,

Ciencialist é lido e relido não só em Portugal como em várias outras plagas; é uma lista aberta ao público ... e com grande força de mérito.
Devo informa-la que a Prof. Natália (e não só ela, no Instituto onde leciona), d'alem-mar, é assídua leitora dessa lista e está acompanhando EM OFF toda a discussão sobre as miríades de centrípetas do Daniel, a "teoria" das supercordas e mesmo, em segundo plano, os óvulos das semi-virgens e semi-grávidas (cuja tecnologia foge de minha alçada). Essa última semana enviou-me 4 mensagens em pvt comentando seus trabalhos e sua labuta para com os jovens.

Ciencialist é considerada uma das melhores listas (senão já a melhor), no tema, da Net brasileira; posso citar, se interessar, as mensagens que recebo via Imperdível. Eis porque tenho lutado bastante (e já titulado de 'metido' e até algo bem mais pesado por outros ciencialisteiros adeptos das psicos) para manter o tema "Ciência" em primeiro plano. Para divagar em planos astrais devem existir outras listas.

Não sou contra tais divagações, apenas afirmo e reafirmo que aqui não é o lugar adequado. Vou exemplificar: Ontem lá pelas 5:00 da matina fomos para Rib. Preto pois minha muié (já quase Promotora) ia dar uma palestra para os alunos do terceiro ano de medicina da UNAERP. Lá estou eu sentado no fundão escutando atentamente a Marcia ministrando conhecimentos jurídicos para todos aqueles jovens que serão os médicos de amanhã. Foi abordado os mais variados temas de penalidades que podem afetar os médicos, dentistas, farmacêuticos etc., as decisões de transfusão de sangue para os crentes 'Testemunhas de Jeová', e mil e uma penas que variavam de 6 a 20 anos de reclusão. Foram 3 horas bem curtidas, com discussão ao final da palestra. Adorei estar presente e até descobri que meu 'bicho' (como nos tratamos no lar) sabe uma porrada de coisas que eu não tinha a mínima idéia de que ela sabia (além de química, na qual é formada pela USP).
Entendi um monte de pensamentos jurídicos e suas críticas e entendi tb porque meu bicho foi indicada como coordenadora geral da OAB, subseção São José do Rio Preto, Bioética e Biodireito. Estou usando isso, aqui, como exemplo, obviamente não é o lugar certo para desenvolver os 'imperdíveis' comentários.

Bei...... puxa quase escapou, voltemos ao []'
Léo
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 18 de fevereiro de 2003 02:48
Assunto: [ciencialist] Re: Fw: dúvidas! adendo


Léo...

Uma coisa é certa: deve estar cheio de worm-holes nesses tais
supertúmulos! Portanto, supertúmulos devem ser a chave para a
compreensão do porquê dos ETs virem nos visitar! Pode responder isso
à consulente lusitana, oi pá!

Beijos, Lígia
(que ora responde após respirar fundo inúmeras vezes antes de iniciar
outro incidente internacional...)

PS: Arremeta tal pergunta ao Grupo de Dna Natália... sem o vira,
digo, fado! :))

******************************************

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Especialistas em supertúmulos, despertem e saiam de suas covas
quânticas para elucidarem essa consulente.
>
> []'
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: <anaclaudeth@c...>
> Para: <leobarretos@u...>
> Enviada em: segunda-feira, 17 de fevereiro de 2003 18:31
> Assunto: dúvidas!
>
>
> | Universo é o tema que estou a trabalhar com algumas crianças.
> | gostaria de saber mais sobre os supertúmulos no universo.
> | agradeço desde já a atenção dispensada
> |
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SUBJECT: Re: [ciencialist] (unknown)
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2003 08:15

----- Original Message -----
From: "Edson Vizzoni"
Sent: Tuesday, February 18, 2003 12:03 AM
Subject: [ciencialist] (unknown)

Off topic: Existe um recado para a Lígia ao final desta mensagem.

> Tenho acompanhado sua discussão com o Taborda como um amador interessado
> acompanha o papo de profissinais, e com bastante lucro, devo dizer.
> Entretanto, sua última msg, foi um tanto anticlimática,...

Olá Vizzoni

As discussões com o Taborda são sempre muito interessantes. O único problema
é que quase sempre os assuntos vão crescendo num ritmo alucinante e as
coisas acabam se tornando cansativas. A penúltima msg minha estava com
46 Kb e apesar do estrilo que dei, a última msg dele estava com 52 Kb.

Discuto com ele há mais de dois anos e quase sempre evoluímos para esse
impasse. Ele valoriza em excesso qualquer tema colateral que surja em
paralelo, dando a impressão de estar fugindo da essência, e se eu não tomar
cuidado o assunto principal (ou primeiro) acaba sendo jogado para escanteio.
Na realidade, ele não percebeu ainda que estamos num local público onde um
debate entre dois é sempre acompanhado por outras pessoas, algumas que sabem
do que estamos falando, e outras que precisam de analogias. Muitas vezes não
há porque valorizar excessivamente a analogia, pois ela chega a ser
introduzida apenas para tornar o diálogo um pouco mais didático para os
demais. Mas ele não só valoriza excessivamente como me exige, de maneira
afrontosa, que justifique essa analogia como se eu tivesse dado a ela o peso
de uma identidade.

À medida em que ele se dispersa por esses temas secundários e
destoantes (a não ser por sua finalidade didática), se eu não "entro na
dele" ele diz que não respondi a questão; e se eu "entro", ele acaba
concluindo que o a analogia teria sido mal feita. No entanto a
supervalorização foi dele, e o debate apenas evoluiu nessa direção devido a
uma pressão indevida e exercida por ele, muitas vezes a retratar uma fuga do
que estava sendo efetivamente discutido até então (freqüentemente ele usa
essa tática quando fica pressionado e sem argumentos). E ele continua
insistindo no assunto, como que pretendendo provar para ele mesmo que a
analogia não era boa. Ora, analogia é analogia, ou existe ou não existe. Se
existir, por mais fraca que seja, poderemos aproveitar seu valor didático;
se não existir não é analogia, e é suficiente demonstrar a falácia do
raciocínio apresentado. Não devemos nunca confundir analogia com identidade,
mas ele sempre tenta passar essa imagem que seu oponente não deu, fixando-se
na idéia de uma possível confusão ou erro que de fato não foi cometido. Não
sei exatamente com que finalidade, mas isso acaba sendo uma constante
cansativa e a denegrir o diálogo. E pior, ele acaba generalizando as coisas,
a ponto de afirmar que seus oponentes só raciocinam por metáforas. A partir
de então só nos resta rebater de maneira agressiva, e com isso o debate vai
se encaminhando para o fim. Resta-me apenas reunir o que de bom ficou, e
sempre ficam coisas boas, pois ele tem uma cultura excelente em física.
Apesar de tudo, sempre saí de um debate com o Taborda com um saldo positivo,
e é por isso que passado um tempo eu acabo caindo em nova armadilha. ;-)
Sinceramente, até atingir esse ponto de cansaço, eu gosto de dialogar com o
Sérgio.

Eu citei uma das atitudes freqüentes do Taborda, dentre aquelas que chegam a
nos cansar e a fazer com que optemos pelo final do diálogo. Mas perceba que
nós sempre saímos com algumas reservas, pois alguma coisa nos diz que no
futuro voltaremos a dialogar numa boa. Já cheguei a quebrar o pau com outros
aqui na Ciencialist sem vontade nenhuma de voltar algum dia a debater. Isso
jamais chegou a acontecer comigo com relação ao Taborda, por mais que eu
tenha dito o que cheguei a pensar no momento, e não é impossível que em
determinados aspectos eu tenha até mesmo sido injusto. Fica sempre um certo
respeito mútuo no ar, por mais que possa parecer o contrário. Em pvt é bem
mais fácil dialogar com o Sérgio, mas apesar disso eu sempre prefiro
dialogar em listas, e eu creio que ele é da mesma opinião.

> pois vc deixou de responder a um interessante questionamento do Taborda,

Perceba então que sob esse aspecto ele venceu pelo cansaço. Forçou-me a
dizer algo que, interpretado por terceiros, dá a impressão de que eu estava
me recusando a responder algo que já respondi a ele inúmeras vezes.
Lembro-me que a esse respeito, disse o seguinte: "Já perdi tempo demais
escrevendo mensagens que você nem se deu ao luxo de ler e/ou de procurar
entender." Sem dúvida, eu estava falando em público, mas esse desabafo não é
dirigido a ninguém a não ser a ele. Coloco-me à disposição para responder o
que quer que queiram com respeito às minhas teorias, até mesmo para
reproduzir respostas já dadas e/ou para indicar links. Infelizmente, o que
noto aqui na Ciencialist é que poucos estão realmente interessados nas
minhas teorias, e muitos querem tão somente que eu manifeste e/ou justifique
minha aparente ojeriza pela física moderna. Isso também é desgastante, mas
se as regras do jogo são essas, só me cabe cumprí-las. É nessa hora que,
para me descontrair, costumo meter o pau nos quânticos, pois eles são como
mulher de malandro, gostam de apanhar ;-). Não custa nada então satisfazer
seus caprichos. ;-)

> que penso ser o seguinte: que tipo de proposição de sua teoria pode ser
> colocada em termos operacionais, possibilitando a realização de uma
> experiência que a falsifique?.

Por exemplo, o estudo do "campo de efeitos elétricos" a agir sobre um
elétron no interior de um condutor (gaiola de Faraday). Pela teoria de
Maxwell esse campo deveria ser nulo. Poderíamos também sofisticar o estudo
de determinados campos magnéticos nulos (da teoria de Maxwell) que afetam o
elétron (segundo a teoria quântica - efeito Aharonov-Bohm). Neste caso diria
que pela minha teoria existe um "campo de efeitos magnéticos" não nulo e a
sofisticação seria descobrir como determinar quantitatavamente esse efeito
(a fórmula para tal já existe na minha teoria, mas a geometria espacial é
dependente do equipamento a ser utilizado). A quântica dá apenas um
resultado estatístico, enquanto em teoria prevejo a possibilidade de
individualizarmos este fenômeno (e nesse caso a explicação não seria
quântica, mas 100% clássica).

> [...} Se eu estiver errado, por favor, mostre-me em que
> erro, com isso prestando-me um grande favor. Caso vc já tenha respondido a
> isso em alguma msg anterior, por favor indique-ma.

Vide abaixo algumas referências (são muitas, mas estão perdidas pelas listas
e grupos de discussão ou então em meu Outlook). Sinta-se à vontade para me
questionar sobre essas ou outras possíveis dúvidas. As previsões são
inerentes às teorias, e mesmo sem estarem agrupadas sob o título
"previsões", permeiam as descrições das teorias postadas no meu website.
Como a teoria é de grande espectro, existem muitas previsões que me passam
por desapercebidas (algumas eu cheguei a descrever sem perceber que se
tratava de uma previsão), mas cedo ou tarde acabam vindo à tona.

1) Forecast of a new electromagnetic theory (15/04/99):
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/fnet.htm

2) Msg 2456 (01/12/99):
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/2456 . Essa msg pode
ser lida, em meio a outras, em
http://ecientificocultural.com/Usenet/dialogos09.htm

3) Msg 5809 (07/09/2000):
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/5809

4) Apresentando uma nova teoria clássica (Ciencialist, novembro/2000):
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/dsfcvm2.htm

5) Msg 10541 (08/07/2001):
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/10541 . Essa msg pode
ser lida, em meio a outras, em
http://www.ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/qfq.htm

6) Msg 10559 (10/07/2001):
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/10559

> Gostaria imensamente que vc não tomasse minha msg como um desafio ou
> ataque, pois não se trata, mesmo, disso. Como vc não pode ler minha mente,
> espero que acredite em minha sinceridade.

Fique sossegado. Eu sou agressivo somente quando escrevo, mas assim mesmo
trata-se de uma agressividade popperiana e via de regra voltada para
provocar um debate vigoroso. Segundo Popper: "A arte da argumentação é uma
forma peculiar da arte de combater - com palavras em vez de espadas -, uma
arte inspirada pelo interesse em nos aproximarmos da verdade acerca do
Mundo." A despeito disso, no dia-a-dia "eu não sou de nada" e na
universidade em que trabalho o indivíduo que conseguir brigar comigo ganhará
um troféu, que já está empoeirado ;-). Tenho até uma música (marcha) que
escrevi na década de oitenta e diz o seguinte (infelizmente não dá para
enviar a música):


- JÁ FIZ DE TUDO

- I

- Confesso: já fiz de tudo
- Contudo não sou de nada
- Contesto qualquer estudo e
- Combato toda jogada;
- Conquanto a regra do jogo
- Consinta, e isto é segredo,
- Com que eu lance mão de engôdo e
- Consiga contar no dedo.

- II

- Confesso: eu já joguei,
- Conluios eu já tramei,
- Contudo me arrependi.
- Conselhos absorvi.
- Constato: não fui feliz
- Consoante eu esperei.
- Consolo: foi por um triz.
- Contagem: foi por um rei.
- Concordo: não tenho sorte.
- Confirmo: não sou de nada.
- Até quando o jogo é forte
- Só ganho na marmelada.

PS.: À Lígia: Vou demorar um pouco para responder a sua msg, pois o seu
"bombardeio" desta vez veio pesado ;-). São muitas coisas para responder e
se eu não tomar os devidos cuidados as coisas sairão por demais confusas.
Mas já estou trabalhando em cima da resposta e muito em breve ela será
postada. Grato pela deferência.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: dúvidas!
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2003 09:45

Super túmulos são as covas onde estão depositados os restos mortais dos
pais do SuperHomem. Como obviamente o SuperHomem é quase indestrutível,
seus pais também o são e portanto estes super túmulos só podem ser buracos
negros.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all

On Tue, 18 Feb 2003, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Especialistas em supertúmulos, despertem e saiam de suas covas
> quânticas para elucidarem essa consulente:
>
> | Universo é o tema que estou a trabalhar com algumas crianças.
> | gostaria de saber mais sobre os supertúmulos no universo.
> | agradeço desde já a atenção dispensada



SUBJECT: Re: Fw: dúvidas! adendo
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 09:46

Oi Léo,


Associando ETs aos supertúmulos, eu estava tentando brincar. Na
verdade, necessito de uma tradução para o termo "supertúmulos" para
compreender a abrangência de tal questão. Seriam "depressões" no
tecido espaço-temporal, buracos-negros supermassivos no centro das
galáxias, buracos de minhoca? Pior: o Google não dá retorno para
tal expressão... Bem como cosmologia ainda pode ser vista como
ciência ao envolver a física em suas expressões e conceitos, acredito
piamente que possa fazer parte dos assuntos a serem debatidos por
aqui, além de forças centrípetas/centrífugas e a virtualidade ou não
das mesmas em relação aos objetos...

E... ciência não é só física. Você vem batendo nessa mesma tecla,
tem gerado um grande espaço para o Imperdível somente dedicando suas
palavras à física e suas aplicações por aqui nesta lista e
ridicularizando ostensivamente outros temas. Criou-se um ambiente de
exclusividade somente para pessoas que entendam ainda que
superficialmente de física... tudo bem, eu até gosto! Mas e as
outras ciências? Está certo, basta ignorá-las que elas deixarão de
existir, pelo menos por estas plagas...

Sinto falta do Takata, dos debates sobre assuntos diversos. Só
física cansa, além de ter listas expecializadas sobre o assunto
também aqui na Internet, não havendo necessidade de esclusivamente
debater-se sobre os temas envolvendo MCU, MQ x MC por aqui na lista
que se chama Ciencialist... e, no meu entender, um cientista deveria
ser eclético por natureza, já que não é só do ganha-pão que se
vive... e a ciência é muito abrangente não havendo a necessidade de
limitações impostas ou auto-impostas com relação aos tópicos a serem
explorados, desde que explorados com elegância e conhecimento de
causa.

Outra coisa: cadê o espaço para dúvidas? Percebo o medo quase
infantil do ridículo a que possa ser submetido todo e qualquer
candidato a fazer questões pertinentes ou não. E isso é um absurdo!
Onde se fala sobre ciência deveria ser um espaço aberto para um
questionamento constante por parte de pessoas participantes da
lista. Nem só de professores de física o mundo científico é formado,
além de indivíduos com Q.I. superior a 150...

Infelizmente a minha capacidade de ser bitolada sobre um único tema é
restrita e como acredito que de nada adianta reclamar quanto à
necessidade de explorar outros assuntos que envolvam a física de
forma indireta como biologia, química, medicina e suas áreas de
estudo, deixo o palco para quem quiser APENAS falar sobre física e
suas miríades...

Quanto ao público português do Imperdível, apenas saliento: é um
público digno de respeito sim que infelizmente venho atacando
frontalmente dada a antipatia já gerada. Sou uma anta com
sentimentos... e estes nem sempre coadunam com o que tento explorar
racionalmente. De certa forma, tem sido você quem abriu espaço para
que eu ridicularize ostensivamente tudo o que venha de seu público.
E não se trata de milindres de uma mulher às portas da menopausa:
antes é uma forma de dar a "deus" o que é de "deus"... e
ridicularizar os outros, "deus" sabe, pelo menos vem dando mostras
disso muito bem... Quando o ridículo levado na brincadeira, ótimo!
Portanto, que se leve na brincadeira tudo o que for ridicularização
daqui para frente. Ou eu vou ter a certeza de que deus é
injusto... :)

Beijos, Lígia

**********************************************




--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Oi Lígia,
>
> Ciencialist é lido e relido não só em Portugal como em várias
outras plagas; é uma lista aberta ao público ... e com grande força
de mérito.
> Devo informa-la que a Prof. Natália (e não só ela, no Instituto
onde leciona), d'alem-mar, é assídua leitora dessa lista e está
acompanhando EM OFF toda a discussão sobre as miríades de centrípetas
do Daniel, a "teoria" das supercordas e mesmo, em segundo plano, os
óvulos das semi-virgens e semi-grávidas (cuja tecnologia foge de
minha alçada). Essa última semana enviou-me 4 mensagens em pvt
comentando seus trabalhos e sua labuta para com os jovens.
>
> Ciencialist é considerada uma das melhores listas (senão já a
melhor), no tema, da Net brasileira; posso citar, se interessar, as
mensagens que recebo via Imperdível. Eis porque tenho lutado bastante
(e já titulado de 'metido' e até algo bem mais pesado por outros
ciencialisteiros adeptos das psicos) para manter o tema "Ciência" em
primeiro plano. Para divagar em planos astrais devem existir outras
listas.
>
> Não sou contra tais divagações, apenas afirmo e reafirmo que aqui
não é o lugar adequado. Vou exemplificar: Ontem lá pelas 5:00 da
matina fomos para Rib. Preto pois minha muié (já quase Promotora) ia
dar uma palestra para os alunos do terceiro ano de medicina da
UNAERP. Lá estou eu sentado no fundão escutando atentamente a Marcia
ministrando conhecimentos jurídicos para todos aqueles jovens que
serão os médicos de amanhã. Foi abordado os mais variados temas de
penalidades que podem afetar os médicos, dentistas, farmacêuticos
etc., as decisões de transfusão de sangue para os
crentes 'Testemunhas de Jeová', e mil e uma penas que variavam de 6 a
20 anos de reclusão. Foram 3 horas bem curtidas, com discussão ao
final da palestra. Adorei estar presente e até descobri que
meu 'bicho' (como nos tratamos no lar) sabe uma porrada de coisas que
eu não tinha a mínima idéia de que ela sabia (além de química, na
qual é formada pela USP).
> Entendi um monte de pensamentos jurídicos e suas críticas e entendi
tb porque meu bicho foi indicada como coordenadora geral da OAB,
subseção São José do Rio Preto, Bioética e Biodireito. Estou usando
isso, aqui, como exemplo, obviamente não é o lugar certo para
desenvolver os 'imperdíveis' comentários.
>
> Bei...... puxa quase escapou, voltemos ao []'
> Léo
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> Para: <ciencialist@y...>
> Enviada em: terça-feira, 18 de fevereiro de 2003 02:48
> Assunto: [ciencialist] Re: Fw: dúvidas! adendo
>
>
> Léo...
>
> Uma coisa é certa: deve estar cheio de worm-holes nesses tais
> supertúmulos! Portanto, supertúmulos devem ser a chave para a
> compreensão do porquê dos ETs virem nos visitar! Pode responder
isso
> à consulente lusitana, oi pá!
>
> Beijos, Lígia
> (que ora responde após respirar fundo inúmeras vezes antes de
iniciar
> outro incidente internacional...)
>
> PS: Arremeta tal pergunta ao Grupo de Dna Natália... sem o vira,
> digo, fado! :))
>
> ******************************************
>
> --- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> escreveu
> > Especialistas em supertúmulos, despertem e saiam de suas covas
> quânticas para elucidarem essa consulente.
> >
> > []'
> > ======================
> > Luiz Ferraz Netto [Léo]
> > leobarretos@u...
> > www.feiradeciencias.com.br
> > ======================
> > -----Mensagem Original-----
> > De: <anaclaudeth@c...>
> > Para: <leobarretos@u...>
> > Enviada em: segunda-feira, 17 de fevereiro de 2003 18:31
> > Assunto: dúvidas!
> >
> >
> > | Universo é o tema que estou a trabalhar com algumas crianças.
> > | gostaria de saber mais sobre os supertúmulos no universo.
> > | agradeço desde já a atenção dispensada
> > |
> > |
> > |
> > | -------------
> > | O Clix é o Portal Oficial da Operação Triunfo
> > | Saiba tudo em http://operacaotriunfo.clix.pt
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http://br.yahoo.com/info/utos.html



SUBJECT: poesia para alegrar o dia
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 09:55

Encontrei dois versos no livro de Física de Jay Orear:

"Havia um rapaz de nome Corisco
Esgrimista extremamente arisco
Tão rápida era a sua ação
Que de Lorentz a contração
Reduzia seu florete a um disco"

"Havia uma moça, chamada Srta. Fulgor
Mais rápida que a luz, sem favor
Partiu um dia da semana
De maneira Einsteiniana
E voltou na noite anterior"

Alguém conhece a autoria destes divertidos versos?

PS. Não é garantido que sejam do mesmo autor.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: [ciencialist] poesia para alegrar o dia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2003 10:17

Alguém conhece a autoria destes divertidos versos?

"Havia um rapaz de nome Corisco
Esgrimista extremamente arisco <=====
Tão rápida era a sua ação
Que de Lorentz a contração
Reduzia seu florete a um disco"

O primeiro é de uma indústria de conservas, a Arisco (da xuxa). Uma mistura tão misteriosa como perigosa e até já aconselhei à firma mudar o nome para "Há risco".

"Havia uma moça, chamada Srta. Fulgor <====
Mais rápida que a luz, sem favor
Partiu um dia da semana
De maneira Einsteiniana
E voltou na noite anterior"

O segundo é de uma firma de tabaco, cuja marca de cigarros já não existe mais, o Fulgor. Era vendido numa embalagem de papelão azul. O Angelo Barone Neto era fã dessa marca.

Isso, segundo consta na minha segunda brochura de capa vermelha, página 23.

[]'
Léo




SUBJECT: RES: [ciencialist] Re: SuperCordas
FROM: "Ronaldo Correia Junior" <ronaldocj@superig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2003 10:21

>Além disso, fenômenos novos podem, sim, ser testados com ela. A
> teoria prevê,
> por exemplo, a existência das partículas supersimétricas;
> porém, sua massa
> é muito grande para serem produzidas pelos aceleradores
> atuais (ainda que
> haja quem diga que os aceleradores já deveriam tê-las encontrado).

A supersimetria já foi observada em laboratório em núcleos atômicos
pesados.

Abs

________________________________
Ronaldo Correia Junior
www.dedesdospes.hpg.ig.com.br
www.truenet.com.br/ronaldo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: dúvidas! adendo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2003 10:25

Não sei por que cargas d'água fui responder diretamente à Lígia e dar-me ao trabalho de explicar, justificar e exemplificar. Não valeu a pena! Volto ao tradicional.

Lígia. Olá, PONTO.
[]'
Léo


SUBJECT: Re: Fw: dúvidas! adendo
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 10:39

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Não sei por que cargas d'água fui responder diretamente à Lígia e
dar-me ao trabalho de explicar, justificar e exemplificar. Não valeu
a pena! Volto ao tradicional.
>
> Lígia. Olá, PONTO.
> []'
> Léo

Sem problemas... já tenho dito o que penso. O problema parece ser
quanto ao fato de "discordarmos". Isso por si só já seria algo
interessante a ser debatido. Mas já que nossos "debates" são na
realidade vias de mão única, aceito sua desistência e agradeço à
deferência no que concerne à sua tentativa de explicar o porquê dos
porquês da Ciencialist ser um veículo para a Física, nada além da
Física... e o resto a ser sistematicamente jogado para o escanteio
do risível.

Beijos, Lígia





SUBJECT: Re: SuperCordas
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 10:46


At 10:21 18/02/03 -0300, you wrote:
> >Além disso, fenômenos novos podem, sim, ser testados com ela. A
> > teoria prevê,
> > por exemplo, a existência das partículas supersimétricas;
> > porém, sua massa
> > é muito grande para serem produzidas pelos aceleradores
> > atuais (ainda que
> > haja quem diga que os aceleradores já deveriam tê-las encontrado).
>
>A supersimetria já foi observada em laboratório em núcleos atômicos
>pesados.

Oi, Ronaldo. Isso é extremamente interessante. Eu seria
imensamente grato se me desse alguma referência!
Abraços,
Belisário



SUBJECT: Re: SuperCordas
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 10:56

Oi Belisario!

Saiu na Scientific American Brasil:

"Na década de 1980, pesquisadores experimentais reuniram dados de
núcleos capazes de exibir simetrias dinâmicas e descobriram
evidências de supersimetria, mas não conseguiram confirmar em
definitivo a idéia de Iachello. A estrutura de um núcleo ímpar-par
não pôde ser completamente determinada a partir do núcleo par-par
associado."

O texto pode ser lido na íntegra, aqui:

http://www2.uol.com.br/sciam/ssim02.html

Beijos, Lígia

*********************************

--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
>
> At 10:21 18/02/03 -0300, you wrote:
> > >Além disso, fenômenos novos podem, sim, ser testados com ela. A
> > > teoria prevê,
> > > por exemplo, a existência das partículas supersimétricas;
> > > porém, sua massa
> > > é muito grande para serem produzidas pelos aceleradores
> > > atuais (ainda que
> > > haja quem diga que os aceleradores já deveriam tê-las
encontrado).
> >
> >A supersimetria já foi observada em laboratório em núcleos atômicos
> >pesados.
>
> Oi, Ronaldo. Isso é extremamente interessante. Eu seria
> imensamente grato se me desse alguma referência!
> Abraços,
> Belisário



SUBJECT: Re: (unknown)
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 11:20

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> ----- Original Message -----
> From: "Edson Vizzoni"
> Sent: Tuesday, February 18, 2003 12:03 AM
> Subject: [ciencialist] (unknown)
>
> Off topic: Existe um recado para a Lígia ao final desta mensagem.
> PS.: À Lígia: Vou demorar um pouco para responder a sua msg, pois o
seu
> "bombardeio" desta vez veio pesado ;-). São muitas coisas para
responder e
> se eu não tomar os devidos cuidados as coisas sairão por demais
confusas.
> Mas já estou trabalhando em cima da resposta e muito em breve ela
será
> postada. Grato pela deferência.


Oi Alberto!

Ando sem tempo mesmo e fico no aguardo de sua resposta. Obrigada a
você também por desejar conversar a respeito de alguma coisa comigo
apesar dos pesares... :)) E, me poupe: você nunca é confuso!
Gosto muito da forma como você conduz uma conversa e mesmo brincando
você nunca me parece agressivo... ao contrário de "outros deuses"
(menores) do Olimpo... :P :))

Beijos, Lígia





SUBJECT: Re: SuperCordas
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 11:40

>Léo (sobre a teoria das supercordas): Isso não é uma teoria, é
apenas uma hipótese (apenas um pouco mais que um insight), nem chega
a ser um 'modelo'! Nenhuma 'prática' foi corroada de êxito com essa
nova hipótese e nenhum fenômeno novo pode ser testado com ela. É uma
hipótese.<

Léo,

Para os autores de "Supersymmetry: Unveiling the Ultimate Laws of
Nature", Gordon Kane e Edward Witten, a supersimetria ou teoria das
cordas é uma RIP. Não, não é "Requiescat in pace", como irão querer
os espertinhos que sabem latim, é "Research in Progress". Os autores
explicam as hierarquias entre teoria, modelo e RIP (não tenho o livro
à mão agora, pois escrevo do escritório).

A teoria da supersimetria postula que cada partícula tem um par
simétrico. Por exemplo, o elétron tem um selétron, o quark tem um
squark, etc. Segundo os autores, a comprovação experimental da
supersimetria está sendo planejada nos aceleradores de partículas do
Fermilab e do CERN. Com as modificações em curso, esses instrumentos
atingirão o nível de energia necessário para o experimento. Os
trabalhos prosseguem em ritmo lento devido à dificuldade de arranjar
fundos para pesquisas dessa natureza.

Uma afirmação interessante, e talvez polêmica, dos autores é que as
variações sobre a teorias das cordas vêm sendo julgadas não apenas
por sua capacidade de previsão, o que ainda não foi feito, mas por
sua capacidade de "pós-visão". Como se trata de uma teoria matemática
que trabalha com os constituintes mais básicos do universo, é
possível julgar o acerto de uma RIP através de sua capacidade de
conduzir inevitavelmente aos fenômenos observáveis do
eletromagnetismo, gravitação e das interações fracas e fortes. Vários
modelos matemáticos para a teoria das cordas foram abandonados porque
conduziam a um universo diferente do nosso. Nesse sentido, a RIP da
supersimetria teria passado pelo estágio "g" (Verificação das
conclusões mediante confronto com fatos experimentais) da lista do
Léo, estando agora no estágio "h" (Previsão de fatos ate então
ignorados, e verificação experimental dos mesmos).

Os próprios autores, ambos físicos de renome, não dão garantia alguma
de que a teoria esteja correta. De qualquer forma, eu acho fascinante
acompanhar essas especulações teóricas, especialmente o imenso
desafio intelectual de desenvolver a teoria unificada. O que você
preferiria fazer se vivesse no começo do século passado: acompanhar
os trabalhos de Einstein e Heisenberg ou ficar defendendo uma física
clássica que começava a fazer água? E há quem a defenda no começo
deste século!

Um abraço,
Colucci

PS: Posso mandar mais detalhes à noite. Hoje estou quase sozinho no
escritório, pois nevou mais de meio metro durante a noite. Uma neve
fininha e seca, que parece um talco gelado.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: SuperCordas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2003 12:00

----- Original Message -----
From: "josecolucci"
Sent: Tuesday, February 18, 2003 11:40 AM
Subject: [ciencialist] Re: SuperCordas

> O que você preferiria fazer se vivesse no começo do século passado:
> acompanhar os trabalhos de Einstein e Heisenberg ou ficar defendendo uma
> física clássica que começava a fazer água? E há quem a defenda no começo
> deste século!

Presente!

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: RES: [ciencialist] Resumo 1246
FROM: "Leonardo Stern" <roxo@gmx.net>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2003 12:23

Essa questão da realidade e as dimensões foi abordada por Stephen Hawking em seu último livro "Universo numa casca de noz" do qual retiro o seguinte trecho :

"Mas vivemos realmente na brana? De acordo com o conceito sobre holografia descrito no capitulo 2, informações sobre o que acontece em uma região do espaço-tempo poder ser codificadas em seu limite. Assim, talvez pensemos que vivemos em um mundo quadridimensional por sermos sobras projetadas na brana pelo que esta acontecendo no interior da bola.

Entretanto, sob o ponto de vista positivista, não se pode perguntar qual é a realidade, brana ou bolha? Ambas são modelos matemáticos que descrevem as observações. Cada um é livre para usar o modelo mais conveniente"

O livro apenas apresenta uma ideia geral de cada tópico apresentado, voltado para leigos mas, por vezes chegando a ser incompleto para o perfeito entendimento de quem nunca ouviu falar no assunto.

Sobre a questão do universo holografico, sempre encontrei a teoria relacionada a sites de ufologia e outros delirios pseudocientificos e a descartei por completo. Agora pergunto : Alguém conhece alguma boa referência sobre o universo holográfico na qual o conteúdo seja de confiança ?

[]s
Leonardo Stern

> Oi Ligia,
>
> Aqui eu discordo: não só a matemática é capaz de encarar N
> dimensões, mas também só a matemática pode fazê-lo, e isso
> inclui N=1,2,3,4,5,... O espaço tridimensional é um exemplo.
> Ele não é qualitativamente diferente de N = 2 ou 5. É comum
> termos a ilusão de que a noção de espaço que apreendemos das
> nossas percepções seja um retrato direto de uma realidade
> física, "o espaço". Não é. O espaço intuitivo é uma coisa,
> e o espaço em si (coisa matemática) é outra.
>
> Abraços,
>
> Guilherme



SUBJECT: Re: SuperCordas
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 12:39

>COLUCCI: O que você preferiria fazer se vivesse no começo do século
passado: acompanhar os trabalhos de Einstein e Heisenberg ou ficar
defendendo uma física clássica que começava a fazer água? E há quem a
defenda no começo deste século! <

>ALBERTO MESQUITA: Presente!<


Oi Alberto,

É claro que o recado era para você, que, bem humorado, atendeu à
chamada. Mas console-se, você não está só. Dê uma olhada em:

The Theory of Positivist Mechanics
A Classical Solution to the Measurement Problem of Quantum Mechanics
http://www.geocities.com/straycat_md/TOPM.html

Onde o autor faz uma tentativa desesperada de explicar os fenômenos
quânticos torcendo a mecânica clássica para torná-la não-
determinística, se é que entendi alguma coisa da leitura em diagonal
que lhe dediquei.

Um abraço,
Colucci



SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Resumo 1246
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 12:56

Olá Leonardo!

Um site discorrendo sobre o tema sem estar afiliado a quaisquer
movimentos holísticos de natureza pseudo-científica está aqui:

http://www.geocities.com/toughloveonline/universo_holograma.htm

Agora, me parece que tudo o que David Bohn desenvolve cai naquilo que
a ciência ortodoxa descrimina... enfim, paciência.

Beijos, Lígia

**************************

--- Em ciencialist@y..., "Leonardo Stern" <roxo@g...> escreveu
> Essa questão da realidade e as dimensões foi abordada por Stephen
Hawking em seu último livro "Universo numa casca de noz" do qual
retiro o seguinte trecho :
>
> "Mas vivemos realmente na brana? De acordo com o conceito sobre
holografia descrito no capitulo 2, informações sobre o que acontece
em uma região do espaço-tempo poder ser codificadas em seu limite.
Assim, talvez pensemos que vivemos em um mundo quadridimensional por
sermos sobras projetadas na brana pelo que esta acontecendo no
interior da bola.
>
> Entretanto, sob o ponto de vista positivista, não se pode perguntar
qual é a realidade, brana ou bolha? Ambas são modelos matemáticos que
descrevem as observações. Cada um é livre para usar o modelo mais
conveniente"
>
> O livro apenas apresenta uma ideia geral de cada tópico
apresentado, voltado para leigos mas, por vezes chegando a ser
incompleto para o perfeito entendimento de quem nunca ouviu falar no
assunto.
>
> Sobre a questão do universo holografico, sempre encontrei a teoria
relacionada a sites de ufologia e outros delirios pseudocientificos e
a descartei por completo. Agora pergunto : Alguém conhece alguma boa
referência sobre o universo holográfico na qual o conteúdo seja de
confiança ?
>
> []s
> Leonardo Stern
>
> > Oi Ligia,
> >
> > Aqui eu discordo: não só a matemática é capaz de encarar N
> > dimensões, mas também só a matemática pode fazê-lo, e isso
> > inclui N=1,2,3,4,5,... O espaço tridimensional é um exemplo.
> > Ele não é qualitativamente diferente de N = 2 ou 5. É comum
> > termos a ilusão de que a noção de espaço que apreendemos das
> > nossas percepções seja um retrato direto de uma realidade
> > física, "o espaço". Não é. O espaço intuitivo é uma coisa,
> > e o espaço em si (coisa matemática) é outra.
> >
> > Abraços,
> >
> > Guilherme



SUBJECT: Livros online grátis sobre ciência
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 13:06


Esse site é muito bom. Tem livros técnicos e não-técnicos, teses,
softwares etc. sobre ciências exatas, parece que tudo online, grátis, para
download.
Belisário

>-----Mensagem original-----
>
>I want suggest you
>to add the website www.freescience.info to your web resources.
>This website if full of free books, notes, lectures, thesis, software
>about physics, mathematics, engeenering, computer programming.



SUBJECT: Determinismo vs Não-determinismo ( era Re: SuperCordas)
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 15:49

--- Em ciencialist@y..., "josecolucci" <j.colucci@r...> escreveu

> The Theory of Positivist Mechanics
> A Classical Solution to the Measurement Problem of Quantum
Mechanics
> http://www.geocities.com/straycat_md/TOPM.html
>
> Onde o autor faz uma tentativa desesperada de explicar os fenômenos
> quânticos torcendo a mecânica clássica para torná-la não-
> determinística, se é que entendi alguma coisa da leitura em
diagonal
> que lhe dediquei.


************************************

Olá Colucci,


Gostei do texto e da tentativa do autor do mesmo! Agora, enchendo
vosso saquinho como pensará o Léo, gostaria de saber qual o porquê de
haver uma alegria generalizada em dizer em alto e bom som que a
Natureza é Não-determinística? Em que isso modifica a forma de
estudá-la, ou de compreendê-la? Eu particularmente encaro tal
necessidade como uma forma de afirmar que Deus, ou um plano de ações
pré-determinadas para a criação e consequente desenvolvimento do
Universo não existe e PONTO. Mas qual a necessidade de tal
afirmativa? Em que isso muda o andar da caravana?


Só pensando: se a superssimetria conseguir chegar a ser uma Teoria
bem alicerçada, a idéia de não-determinismo acaba sendo ameaçada em
seu cerne, não? Imaginemos átomos em suas estruturas buscando uma
organização interna com bases na simetria... Se há uma forma a ser
seguida à risca por átomos massivos para a disposição de
seus "organelos" sub-atômicos, dá-se a entender que há uma
necessidade interna da matéria de buscar o equilíbrio e encontrá-lo
tão somente seguindo um padrão geométrico capaz de dar-lhe tal
estruturação e consequentemente, havendo tal necessidade, a idéia do
acaso na elaboração da própria essência da matéria fica à mercê de
uma ordem intenra... E aí, qual seria a necessidade de tentar provar
ou adaptar a Física de outrora à parafernalha desorganizada de uma
Física atual que prima por defender um universo de natureza Não-
determinística?

Bem... isto SE a superssimetria conseguir dar mostras de ser
comprovável... mas esperança é a última que morre. Não que com isso
eu pretenda ter a possibilidade de confirmar a idéia de um "plano
mestre" sendo seguido pelo Universo desde as primeiras frações de
segundo de sua existência... mas que tal idéia é muito mais viável
do que o caos elementar sendo estruturado a esmo por tentativa e
erro, lá isso é. Só de farra é interessante jogar com as
probabilidades de a matéria ter sido gerada a esmo vs. matéria sendo
gerada com uma ordem interna, bem como as probabilidades de átomos
simples iniciarem reações em cadeia formando átomos mais complexos
sem nenhum "esboço" pré-determinado vs. matéria seguindo um plano-
mestre desde seus alicerces mais básicos na papa elementar de
partículas elementares aptas a reações seguindo uma organização capaz
de gerar resultados estáveis... mesmo que para um único átomo de
hidrogênio... :)


Beijos, Lígia



SUBJECT: Determinismo vs. Não-Determinismo ( era Re: SuperCordas )
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 15:55

--- Em ciencialist@y..., "josecolucci" <j.colucci@r...> escreveu

> The Theory of Positivist Mechanics
> A Classical Solution to the Measurement Problem of Quantum
Mechanics
> http://www.geocities.com/straycat_md/TOPM.html
>
> Onde o autor faz uma tentativa desesperada de explicar os fenômenos
> quânticos torcendo a mecânica clássica para torná-la não-
> determinística, se é que entendi alguma coisa da leitura em
diagonal
> que lhe dediquei.


************************************

Olá Colucci,


Gostei do texto e da tentativa do autor do mesmo! Agora, enchendo
vosso saquinho como pensará o Léo, gostaria de saber qual o porquê de
haver uma alegria generalizada em dizer em alto e bom som que a
Natureza é Não-determinística? Em que isso modifica a forma de
estudá-la, ou de compreendê-la? Eu particularmente encaro tal
necessidade como uma forma de afirmar que Deus, ou um plano de ações
pré-determinadas para a criação e consequente desenvolvimento do
Universo não existe e PONTO. Mas qual a necessidade de tal
afirmativa? Em que isso muda o andar da caravana?


Só pensando: se a superssimetria conseguir chegar a ser uma Teoria
bem alicerçada, a idéia de não-determinismo acaba sendo ameaçada em
seu cerne, não? Imaginemos átomos em suas estruturas buscando uma
organização interna com bases na simetria... Se há uma forma a ser
seguida à risca por átomos massivos para a disposição de
seus "organelos" sub-atômicos, dá-se a entender que há uma
necessidade interna da matéria de buscar o equilíbrio e encontrá-lo
tão somente seguindo um padrão geométrico capaz de dar-lhe tal
estruturação e consequentemente, havendo tal necessidade, a idéia do
acaso na elaboração da própria essência da matéria fica à mercê de
uma ordem intenra... E aí, qual seria a necessidade de tentar provar
ou adaptar a Física de outrora à parafernalha desorganizada de uma
Física atual que prima por defender um universo de natureza Não-
determinística?

Bem... isto SE a superssimetria conseguir dar mostras de ser
comprovável... mas esperança é a última que morre. Não que com isso
eu pretenda ter a possibilidade de confirmar a idéia de um "plano
mestre" sendo seguido pelo Universo desde as primeiras frações de
segundo de sua existência... mas que tal idéia é muito mais viável
do que o caos elementar sendo estruturado a esmo por tentativa e
erro, lá isso é. Só de farra é interessante jogar com as
probabilidades de a matéria ter sido gerada a esmo vs. matéria sendo
gerada com uma ordem interna, bem como as probabilidades de átomos
simples iniciarem reações em cadeia formando átomos mais complexos
sem nenhum "esboço" pré-determinado vs. matéria seguindo um plano-
mestre desde seus alicerces mais básicos na papa elementar de
partículas elementares aptas a reações seguindo uma organização capaz
de gerar resultados estáveis... mesmo que para um único átomo de
hidrogênio... :)


Beijos, Lígia



SUBJECT: Determinismo vs Não-determinismo ( era Re: SuperCordas)
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 17:12

>LÍGIA AMORESE: ...gostaria de saber qual o porquê de haver uma
alegria generalizada em dizer em alto e bom som que a Natureza é Não-
determinística? Em que isso modifica a forma de estudá-la, ou de
compreendê-la?<

Lígia,

Não sei se concordo que há uma "alegria generalizada" em dizer que o
universo, ao menos no nível subatômico, parece ser não-
determinístico. O certo é que esse conhecimento modifica, e muito, a
forma de estudá-lo.

É bastante possível que o que consideramos não-determinístico hoje
mostre-se determinístico amanhã, em nível mais elementar. A
causalidade estaria oculta por um processo complexo que ainda não
entendemos. Mas isso é especulação. O fato é que tudo o que sabemos
hoje indica que o universo é não-determinístico.

Isso afeta o estudo em pelo menos dois níveis, o metodológico e o
filosófico. No primeiro, abandonamos qualquer pretenção de conhecer o
estado futuro de um sistema, preferindo descrevê-lo em termos de
probabilidade. No segundo, (a Ciencialist não é o espaço para
desenvolver esse tema) verificamos que estamos aqui devido a uma
situação única dentre as infinitas situações possíveis. Por acaso.

O não-determinismo e a incompletude são mais difíceis de aceitar.
Tome a relatividade como exemplo. Veja a popularidade de Einstein.
Qualquer garoto de curso secundário hoje é capaz de recitar as
implicações da relatividade. O tema foi explorado à exaustão por
filmes e histórias de ficção. Já Heisenberg, na física, e Gödel, na
matemática, permanecem desconhecidos do grande público. As
implicações de suas descobertas são desconcertantes e ferem o que
temos de mais caro.

Outra coisa que me perturba é essa fé inabalável na capacidade humana
de entender as coisas. Não é impossível que à medida em que nos
aproximamos da intimidade do universo ele se revele complexo demais
para o nosso entendimento.


>LÍGIA AMORESE: Só pensando: se a superssimetria conseguir chegar a
ser uma Teoria bem alicerçada, a idéia de não-determinismo acaba
sendo ameaçada em seu cerne, não?<

Não se deixe iludir pelo nome. A supersimetria não restaura o
determinismo, pelo menos não nesse sentido que você sugere. A
supersimetria expressa relações fundamentais entre espaço-tempo e os
campos bosônicos (exemplo: fótons) e fermiônicos (exemplo: prótons e
elétrons). A grande fascinação dos físicos pela supersimetria é que
ela tem como consequência inevitável a gravidade, que não é bem
explicada por nenhum outro modelo proposto. Uma de suas consequências
confirma a mecânica quântica: os eventos subatômicos são não-
determinísticos e só têm sentido como probabilidade, porém no nível
objetivo (o nosso) o determinismo é restaurado pelo colapso da função
de onda.


>LÍGIA AMORESE: E aí, qual seria a necessidade de tentar provar ou
adaptar a Física de outrora à parafernalha desorganizada de uma
Física atual que prima por defender um universo de natureza Não-
determinística?<

Não há necessidade alguma. A física clássica jamais daria conta da
complexidade observada no universo. Um satélite chega a Marte sem as
correções relativísticas de órbita, muitos circuitos eletrônicos
miniaturizados (especialmente os novos chips de memória) não
funcionariam sem os cálculos quânticos envolvidos em seu projeto.
As "novas físicas" (com pouco menos de 100 anos) já passaram da
ciência para a tecnologia. Na minha opinião de leigo, os motivos para
agarrar-se à ciência do passado são psicológicos e culturais, não
científicos.

Um beijo,
Colucci






SUBJECT: Determinismo vs Não-determinismo (correção)
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 18:12

Em minha mensagem à Lígia cometi, além dos erros ortográficos de
praxe, um erro mais sério. Faltou um "não" na frase "Um satélite NÃO
chega à Marte sem as correções relativísticas de órbita...".

O que eu quis dizer é que se os técnicos da NASA usassem somente
Newton teriam errado o alvo. Lembrei-me agora de um exemplo bem mais
dramático e mais próximo. Os satélites que enviam os sinais de GPS
(Global Positioning System) tem um relógio interno que atrasaria
cerca de 38 microsegundos por dia se não forem corrigidos os efeitos
relativísticos. Parece pouco, mas não é. Na precisão da tecnologia
atual, o GPS requer precisão na ordem de nanosegundos.

Desculpem nossa falha,
Colucci






SUBJECT: Re: SuperCordas - Supersimetria
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 20:26


Oi. De fato, os caras observaram a supersimetria em núcleos de
ouro e platina em 1999! Ou, pelo menos, uma "forte evidência", como eles
descreveram no artigo. Mas, pelo que pude entender, é uma evidência muito
forte. Mais sobre isso aqui:
http://physicsweb.org/article/news/3/8/9/1
http://physicsweb.org/article/world/12/10/3/1

Agora falta encontrar as partículas supersimétricas, que deveriam
existir caso a supersimetria realmente subsista como se imagina.

Vale dizer que uma evidência da supersimetria não é exatamente uma
confirmação experimental da teoria (ou hipótese, segundo o Léo) das
supercordas, pois a supersimetria é um conceito independente dessa teoria e
outras teorias também a usam. Mas, sem dúvida, isso afunila as possibilidades.

Inté,
Belisário

At 13:56 18/02/03 +0000, you wrote:
>Oi Belisario!
>
>Saiu na Scientific American Brasil:
>
>"Na década de 1980, pesquisadores experimentais reuniram dados de
>núcleos capazes de exibir simetrias dinâmicas e descobriram
>evidências de supersimetria, mas não conseguiram confirmar em
>definitivo a idéia de Iachello. A estrutura de um núcleo ímpar-par
>não pôde ser completamente determinada a partir do núcleo par-par
>associado."
>
>O texto pode ser lido na íntegra, aqui:
>
>http://www2.uol.com.br/sciam/ssim02.html
>
>Beijos, Lígia
>
>*********************************
>
>--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
> >
> > At 10:21 18/02/03 -0300, you wrote:
> > > >Além disso, fenômenos novos podem, sim, ser testados com ela. A
> > > > teoria prevê,
> > > > por exemplo, a existência das partículas supersimétricas;
> > > > porém, sua massa
> > > > é muito grande para serem produzidas pelos aceleradores
> > > > atuais (ainda que
> > > > haja quem diga que os aceleradores já deveriam tê-las
>encontrado).
> > >
> > >A supersimetria já foi observada em laboratório em núcleos atômicos
> > >pesados.
> >
> > Oi, Ronaldo. Isso é extremamente interessante. Eu seria
> > imensamente grato se me desse alguma referência!
> > Abraços,
> > Belisário
>
>
>##### ##### #####
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>##### ##### ##### ##### #####
>
>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
>http://br.yahoo.com/info/utos.html



SUBJECT: Re: SuperCordas e o método científico
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 21:02


A teoria das supercordas vem causando uma certa polarização na comunidade
científica. Em um extremo, há os físicos que se arrepiam só de ouvir falar
nela. Certa vez vi um físico falar, num seminário, diante da platéia, que
isso não é física, é poesia. No outro extremo, os defensores
incondicionais, os deslumbrados com a "beleza matemática" da teoria, não
importando se ela ainda não foi testada experimentalmente. Entre os dois
extremos, todo um espectro de caladinhos.

A razão parece ser que o modo como foi criada a teoria das supercordas
parece subverter o método científico tradicional da física, ou seja,
experimento => teoria => previsões teóricas => experimentos para testar as
previsões => teoria falseada ou corroborada. Pois as supercordas não
surgiram de evidência experimental alguma, o motivo é puramente
epistemológico: deve existir uma teoria única capaz de englobar fenômenos
quânticos e relativísticos - ainda que não haja nenhuma razão lógica para
isso. Além disso, seus princípios foram formulados principalmente a partir
de considerações de simetria, e não a partir de dados experimentais. Essas
considerações, surpreendentemente, parecem ser suficientemente restritivas
para desembocar em uma teoria única. Agora, a teoria, feita antes dos
experimenteos, clama pelos testes em laboratório.

Não é a primeira vez em que isso acontece: ocorreu com a relatividade
geral de Einstein em 1916. E, depois, mais algumas vezes com a física das
partículas, até dar no Modelo Padrão que temos hoje. O problema é que,
quando mais avança a física das partículas, mais energéticos são os novos
fenômenos abarcados por esses avanços teóricos. Para testar as novas
teorias ou testar os limites das velhas, são necessários aceleradores cada
vez maiores. Estaremos nos aproximando do limite do laboratório? Será que
estamos chegando no ponto em que um novo avanço teórico exigirá energias
tão grandes que serão inalcançáveis, e então teremos alcançado os limites
da física de altas energias?

Talvez, mas o fato é que a teoria vem andando mais rápido que o
laboratório já desde o início do século XX. A proximidade de tal limite
parece impor uma nova dinâmica do processo de descoberta científica,
diferente do método tradicional. E aí é que vêm as reações díspares da
comunidade científica. Há os que, mais ambientados no laboratório, se
aferram ao método tradicional e criticam ferozmente as supercordas. Há os
que, mais ambientados com a matemática pura, ficam deslumbrados com a
fertilidade inaudita que as elocubrações teóricas inesperadamente
proporcionaram, e abraçam as supercordas incondicionalmente. Talvez o grupo
dos críticos tenha se formado em função das manifestações um tanto
arrogantes de deslumbre dos amantes incondicionais e da conseqüente
repercussão na grande mídia. Por isso, talvez, o fenômeno não tenha
acontecido tanto com outras teorias, como as GUTs ou a Relatividade Geral
(os amantes incondicionais trombeteantes desta última eram muito poucos).

Mas tudo isso não significa que a teoria das supercordas prescindam do
suporte experimental: elas só poderão atingir o status de teoria ortodoxa
se passar por testes experimentais cruciais. A novidade é apenas o modo
como ela surgiu. Apesar de que há gente que relativize essa história de as
teorias surgirem de demandas experimentais. Pois, como dizia Popper, as
teorias que generalizam os resultados experimentais nunca podem ser
totalmente justificadas por eles. Mesmo que eu veja uma colossal quantidade
de cisnes brancos, não poderei nunca concluir com total certeza que todos
os cisnes são brancos: essa conclusão tem um elemento de independência dos
dados observacionais. O novo processo de gênese das teorias pode ser apenas
a radicalização desse aspecto, a elevação desse elemento de independência
de aspecto marginal a aspecto principal da gênese das teorias. O importante
mesmo é que a teoria seja testada pelos experimentos. O veredicto dado por
esses testes independerá do modo como a teoria tenha sido gestada, por mais
irracional que este tenha sido.

Belisário



SUBJECT: Lógica bivalente x lógica natural - a obsess ão continua!!!
FROM: "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br>
TO: "noosfera@yahoogrupos.com.br" <noosfera@yahoogrupos.com.br>
CC: "acropolis@yahoogrupos.com.br" <acropolis@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2003 21:21


Olá Gil !!!

Estranho GIL, não sou místico mas nos últimos
dias senti uma forte dor na mão direita. Você
joga no time do Manfredi e acredita que possamos
partilhar sentimentos meméticos?(risos!!!)
Aos interessados, continuamos no mesmo
tema que lembra muito os tais véus. Vou de
gemaba3, ok.

<<GIL2 : Olá, Gemaba! Descula a demora, mas meus dedos nao ajudam, ok? Ele
doem,
> reclama, fazem greves, por isso tenho de escrever pouco, por dia..:(>>

<<Gemaba - Temos uma nova proposta de discurso proposta pelo Edgard
> Pircino e deixo a seu cargo mudar para esse novo estilo,
> prefiro uma fusão dos dois estilos pois esse que usamos
> deixanos a vontade para racionar sendo que a elaboração
> de um texto requer um tempo maior de confecção.
> Aos interessados o GIL está me dando excelentes
> esclarecimentos de algo que já tinha ouvido falar mas
> com o GIL torna bem mais claro e que é conhecido
> como Zaratrusta, ou lógica bivalente, ou binária,
> ou ambivalente, ou opositiva. Estamos discutindo
> a origem disso e o porque da não ponderação da
> lógica natural, que chamamos de acional, ou consequencional,
> que relaciona linguagem, lógica matemática e lei causal da
> física. Discutimos um panoroma do mundo entre
> 600 a.c. até mais ou menos 500 d.c .
> Não é um debate nos termos levados por exemplo
> por Zé e Lúcio. Não pretendo guerrear com o GIL e
> me sinto um gafanhoto querendo galgar o posto de
> guerreiro GEDAI. (risos!!!)
> Em suma, a bivalência, entendida como
> forma lógico racional é uma forma um tanto obtuso opositiva de
> mapear a natureza, causando por exemplo o paradoxo do Sol
> poder nascer e morrer ao mesmo tempo para muitos humanos.>>

<< GiL - Pois é. Basicamente, o importante é vc saber o que "vc" pensa, e o
que
> as coisas São realmente. A dificuldade maior dos seres humanos é em
> diferenciar o Mundo em si, da sua propria visão, ou forma de vê-lo (a tal

> que é distorcida pelo "ego"). Algumas pessoas tentam, outras até conseguem

> diferenciar. mas a maioria, não consegue. Acham que noite é o "contrário"
de
> dia, e não algum efeito ilusório da rotação da terra e nossa incapacidade

> para percebê-la com "olhos nus".>>
>
<< gemaba2 : Ok, não existia a lógica bivalente para criar a verdade, logo
a noção de verdade deva ser obtida por outros moldes, pois não?>>
>
<<GiL2 - Na verdade, acho que eles a obtêm "automaticamente", á medida emq ue

> vão aprendendo à se virar em seu ambiente:) penso que a expressão "verdade"

> para eles tem um tom bem menos "sagrado" do que pra nós, já que seus
> conhecimentos eram mais "práticos".>>

gemaba3 : Huuuummmm, obtem automaticamente? Conhecimentos práticos?
Não poderiamos dizer conhecimento lógico causais, ou lógico naturais, ou
harmônico naturais? Podemos dizer que muitas culturas não entendiam muito
bem a força cortante da lógica bivalente, os tupis, os guaranis, os maias,
os xavantes, os aztecas. Se bem que já ponderamos outro problema,
pois não GIL? Vislumbramos uma natureza harmônico bivalente e
postulamos ser a noite e o dia, a base para essa racionalização
bivalente da natureza. E parece ser uma proposição interessante.
Muitas vezes perguntei em Acropolis do que chamo de sujeito,
ou sujeitos do conhecimento. O tronco único é apenas uma crença
e pode ser infundada, vários sujeitos do conhecimento possam
ter se desenvolvido em todo o Planeta, ou não? Mas pelo
que entendi a verdade extraída da lógica bivalente é cristalina,
ou seja, se parte do pressuposto da identidade, e do terceiro
excluido. Mas e a verdade da lógica natural? Ela é cristalina?
Ela é baseada em exatamente o que? Conhecimentos práticos?
Você queira dizer ações práticas?

<<GIL2 : Em nosso ambiente, há uma batalha
> milenar de "correntes de pensamento", um acúmulo de simbologias que vem
> povoando a mente das pessoas, sem elas saberem (os tais "demônios
> desconhecidos", como a bivalência, o "corruptor de línguas", a idéia da
> "Imortalidade", através de estátuas, escritas, prêmios", o símbolos de
> poder, como dinheiro, estátuas, escritas, prêmios, mesas maiores, etc....).

> Por isso somos muito mais apegados à palavras como "verdade", "definitivo",

> "verdadeira", "única", etc... esses "demônios desconhecidos" nos fazem tão

> confusos, e argumentativos....>>

gemaba3 : Tento entender isso através da metáfora do clube. Imagine um clube

onde existam várias piscinas, onde uma delas são aquelas que creêm que a lógica

bivalente seja o fim da natureza. Já demonstramos várias vezes em Acropolis

que isso é uma falácia e já ponderamos ser o paradoxo um relez erro de
interpretação da natureza, um véo, como queira. E que véo é esse? O véo
de Zaratrusta, começo a entender um pouco melhor o desprezo de Nietzche
pela ambivalência, se bem que ele não fugiu muito dela com seu super
homem e o forte e fraco, um tanto darwnista diria, a lei do mais forte. Parece

que esse véo nos fez cego de nossa lógica promeira, a lógico harmonia da
natureza devida a ações e substantivos. E nosso bom Deus cristão é
amissíssimo(?) da ambivalência, o alicerce de sua moral é o bem e o
mal, o certo e o errado.

<<gemaba2 : Ok GIL mas pondero que se você aceitar o termo de formas lógico

> racionais acima apresentado poderiamos pensar em comparar as formas
> lógico racionais linguagem natural, linguagem bivalente, música, dança,
> bla,bla,bla...
> Se você me pede pra comparar a música e a linguagem escrita e falada
> a música como forma de expressão por ser menos polarizante, tem um
> poder de comunicação mais abrangente porque é captada mais
> intensamente pelo ser que a percebe. A linguagem, por ser mais
> fragmentada em substantivos e ações requer uma percepção
> mais atenta as formas e suas relações. A música age de uma
> forma diferente.>>
>
<<GiL2 - Pois é, justamente por meio dessa forma de transmissão que (talvez
por
> ser mais assimilada pelo lado "direito" do cérebro, à qual é atribuida nossa

> capacidade "não-racionalizada") acredito poderem as pessoas que se ligam
> mais á música, terem um conhecimento maior e mais amplo de si-mesmas. A
> música engana o "véu" que nos encobre, qunto mais para quem a está fazendo:)

> Não digo que seria a iluminação" em si, mas que deixa nossos
> pensamentos muito mais claros, e diminui o "ruído incessante" que é mantido

> pelo ego, isso, sim:)>>

gemaba3 : Acá lembro-me de um personagem de Acropolis, um tal de
San Piciarelli e as oito inteligências do MIT, ou coisa do genêro. A música

é uma linguagem como é uma linguagem tipo o português, ou inglês, ou
qualquer outra. Uma linguagem nos ajuda a nos comunicar, mas comunicar
o que? O que sentimos em nossa constante interação com a natureza.
Uma linguagem ao estilo do Protugues fragmenta a natureza em formas,
se pensarmos uma lógica natural. Se tomarmos a lógica bivalente verás
que as formas foram conceituadas como identidades indivisíveis, o que
já sabemos ser uma falácia com as bombinhas atômicas. Aí podemos
entrar de novo no papo do não determinismo, bla,bla,bla,bla.....Voltando
ao tema, a música fragmenta a realidade de uma forma bem diferente e
mantêm a identidade com as formas. Um com músico sabe, mesmo
que de forma não senciente, que a identidade das formas é imcompatível
com sua natureza interativa e incessante.

<<GiL - Bem, mas como vc vê, "noite", e "dia" são uma ilusão criada pela
rotação da terra, não?>>
<<gemaba2 : Huuuummmmm, boa pergunta sabia!!! Uma ilusão bem real,
você nâo acha?>>

<< GiL2 - Bem, A rotação da terra é real! Nossa incapacidade de ver à noite,
e
> nossa capacidade de ver durante o dia são reais. Apenas a idéia de que noite

> e dia são "contrários" é que é uma ilusão, causada pela diminuição na nossa

> capacidade de enxergar, (sei que há mudanças nos "ciclos biológicos" dos
> outros animais, também:)
> Mas ausência de algo (do sol, por exemplo) não quer dizer que existe um
> "anti-sol" no céu. Apenas que ele não está ali no momento, e o medo de que

> ele se vá e nos deixe no escuro nos faz sentir ali uma criatura "contrária",

> uma incerteza, algo contrário à nossa segurança, que temos durante o dia,

> com olhos á pleno "vapor", enchergando tudo....>>

gemaba3 : Pois é GIL, mas reforça nossa tese da bivalência natural. As
trevas, a luz e toda a analogia que os crentes fazem com essa questão.
Esse é um véo, pois não? E é um puta véo!!! Defendido por uma instituição
poderosa sediada no Vaticano. Existe um véo que encobre a visão dos
crentes que imbecilmente polarizam a natureza em sua moral paradoxal
e hipócrita, desculpe o mal humor.(hehehe!!!). E desculpe caros, muitos
de vós acá ajoelham e rezam por essa moral ambivalente e a defendem
como urubus em nome da salvação.

<<GIL2 : É preciso compreender que esses processos/estados mentais devem ser

> "separados" da realidade em si, que essa realidade nada tem à ver com o que

> pensamos, ela existe "sem nós", e sem esses pensamentos que fazemos, sem
> essa fragmentação...:)>>

gemaba3 : Uma cartilha para o iluminado, pois não? Podemos dizer que as
linguagens são formas racionais, ou seja, formas que o sujeito do conhecimento

encontrou para fragmentar, memorizar, racionalizar a natureza através de
seus sentidos. OH Manfredi, não dá uma cartilha pra iluminar os cidadões?!?!?(risos!!!)

Que tal na aldeia Global o ILUMINADO, aquele que veio para desbinalrizar as

mentes dos padres e cidadões com muita crença na luz e nas trevas.(risos!!!)


<<GIL2 : E esse é justamente o problema, as pessoas dizem: "pois é, eu não falei?
a
> Noite e o Dia EXISTEM de qualquer forma, sem depender de nóssos
> pensamentos".... percebe o erro aí, Gemaba? Eles pensam assim, sem saber

> que essas formas de expressar, e principalmente de "sentir" (que elas
> confundem com "saber" absoluto, como se tudo que pensassem fosse a mais pura

> expressão da realidade, ou seja, Noite e Dia, preto e
> branco como opostos, quase "inimigos"), é que são a ilusão criada pelos
> sentidos. Esses fenômenos não
> existem da forma como os sentimos, contrários, opondo-se, "brigando".>>

gemaba3 : Ok GIL, ok.

<<GIL2 : Existem somente como fenômenos de "incidência", "rotação", e outras

> traquitanas naturais que nada têem ver com "contrários", "verdadeiros", ou

> "materiais x imateriais". Nossa dificuldade em perceber a diferença entre
o
> que "nós podemos perceber, e o que realmente acontece é que cria essa
> ilusão. As pessoas querem ter uma noção de realidade "polarizando-a", quando

> na verdade deveriam tentar deixar de usar esse "véu", ao máximo
> possível, para ter uma noção maior de realidade, e não somente ficar
> projetanto a própria "psique" em tudo que está à sua frente:)>>

gemaba3 : O caminho é ponderarmos a lógica natural e obter a verdade
obtida dela. Pensar que não somos frutos de Deuses nenhum e que nosso
útero e a Terra. Mas aí entra um lado místico, a Terra como um ser vivo.
Que achas?

<<gemaba2 : Pensado dessa forma fica meio sombrio, meio Blue, não?
> Lembro-me quando estava em um hospício aqui de BH, o André
> Luiz, eu abraçava as paredes para me certificar que o que estava
> acontecendo comigo era real, mas isso já passou, pelo menos
> espero. A realidade de que você faz parte não é uma espécie de
> óculos que eu possa retirá-lo, ou você acha que não?>>
>
<< GiL2 - Perceba, Gemaba, acho que não foi bem isso que eu quis dizer: A
> realidade "existe", mas não da forma que a vemos... A realidade existe,
> claro, mas ela existe "de outra forma", e só podemos percebê-la da "Nossa"

> forma, ou seja, tocando-a, vendo-a...Mas é claro que se pensarmos que ela

> existe "por causa" de nossos pensamentos, estaremos mesmo sendo sombrios.
Se
> pensarmos que ela "É" nossa forma de pensar (Assim pensa a maioria das
> pessoas - esse é o tal "véu" que as encobre), estaremos sendo iludidos.
> Percebe a diferença? Vamos ter uma noção maior de o que consideramos
> "realidade", através de nossos próprios preconceitos sendo dissecados aqui,

> por nós mesmos, ok??
> Uma pessoa ao ver uma pintura egípcia, emq ue os faraós eram representados

> como grandes, enormes, vê uma "superstição", um símbolo de "autoridade",
> importância". No entanto, quando vc vai á um escritório, reconhece logo o
ch
> efe como o cara que tem uma mesa grande, e uma cadeira com 2,5 metros de
> altura, que fica quase na horizontal quando ele se encosta:) Porque o DELES

> é superstição,e os nossos meios de "representação de autoridade" são
> "reais", "verdadeiros"? Simplesmente é assim que aprendemos, é nosso "véu",

> não podemos deixá-lo. Essa é a separação entre a realidade "que existe", e
a
> realidade "que não existe", que é essa que criamos através dos sentidos, do

> aprendizado, etc:)>>

gemaba3 : Me estriteço quando vejo que os dicionários não tratam a abstratividade

das formas como um fator preponderante, talvez pelo medo de discutir a abstratividade

gritante de Deus, muitos creem que seja uma forma concreta. Mas esse véo é
um véo imenso em GIL.

<<gemaba2 : Concordo GIL, a lógica bivalente é a mais obtusa, a mais cortante,

> a mais fragmentadora, pois não e pondero que o culpado disso seja a
> rotação da Terra que produziu uma ilusão bivalente na Terra que
> aliada a outras bivalências, dentro e fora, por exemplo, possibilitou
> o surgimento da vida e de formas racionais fragmentadoras como
> a linguagem e posteriormente por lógicas bivalentes como a de
> Zaratrusta, nem falo mais de Aristóteles, porque pelo que
> parece ele bebeu da fonte dos Persas e do primeiro testamento,
> talvez concluamos que tudo é farinha de um saco só, pois não?
> Mas aí vem a idéia do véo, não GIL? A lógica bivalente
> coloca uma espécie de véo nas mentes humanas, aí o discurso
> fica muito parecido com o da Lígia e do Manfredi seguindo
> parâmetros bem diferentes, pois não?>>

<< GiL2 - É sim! Isso q tentamos dizer. Cada qual à sua maneira, claro:) Mas

> tentar convencer uma pessoa que tem o véu bem preso, de que elas têem esse

> véu. Elas negam firmemente. É uma forma de defesa do Ego (o próprio
> "idealizador" do véu),>>

gemaba3 : Ok Gil, tenho 41 anos hoje, mais ou menos aos trinta e dois ou três

tive a uma noção maior desse véo que acá discutimos e confesso que questionar

algumas de nossas verdades, ou falsos paradgimas, ou fatos, ou premissas é
algo doloroso. Mas nem podia ser diferente, muitas de nossas verdades vêm
de nossas famílias, nossos amigos, nossas agremiações, nossas igrejas,
nossa ciência. Se pensarmos filosoficamente ponderaremos que todas
as intituições são dogmaticas em algum sentido, algumas mais conservadoras,

outras menos. A velha dificuldade de se olhar no espelho e admitir que
tudo que se acreditava ser não é bem assim sendo da maneira que achavamos
que era. É uma capacidade belíssima do ser humano e uma obra prima da
lógica bivalente o paradoxo das ações certas.

<<GIL2 : que os faz não poder vê-lo, e eles nem percebem
> disso! É um véu feito de couro, em vez de aqueles paninhos
> semi-transparentes das noivas:)>>

gemaba3 : Prefiro a analogia da piscina e do clube, alguns
viventes da piscina da ambivalência não admitem nenhuma
hipotese de ir comer um pasteu na lanchonete e na sua
piscina existe um hospício aonde eles te prendem se
você lhe fizer o convite e o chamam de demônio ou
coisa do genero.(risos!!!)

<<gemaba2 : A moda vencedora não GIL, porque na América Já haviam
> índios que nem conheceram Zaratrusta e pagaram pelo falso conceito
> de demônio e inimigo, não? Os Sofistas Gregos também que provavelmente
> tiveram muitos escritos queimados ou escondidos como hereges e toda
> a força da obtusa lógica Zoroástrica, pois não?>>

<< GiL2 - Sim, mas não guarde tantas mágoas dos "zaratrusticos", ok? Como diz

> Jesus, "Eles não sabem o que fazem". Mas os índios tinham guerras também!

> Sabia que as guerras dos índios eram diferentes das dos brancos?>>

gemaba3 : Eles não conheciam a bivalência amigo x inimigo por exemplo?

<<GIL2 - Talvez,
> justamente por causa da diferença na sua lógica não-polarizadora, eles se

> relacionavam com os inimigos, de uma forma que, pra nós, é estranha. Os
> admiravam, até. As guerras não eram "punitivas", não havia o ódio mortal ,
e
> a mágoa que existe, por exemplo, entre palestinos e Judeus, Americanos e
> Iraquianos.>>

gemaba3 : Mas esse ódio pelo que concluimos é um véo, poi não?

<<GIL2 : Era um tipo de "brincadeira de guerra", em que os prisioneiros
> eram oferecidos como "sacrifício", e chamados de "amado filho" pelos que os

> capturaram. Algumas tribos aqui mesmo no brasil tinham hábitos parecidos..

> Tribos inimigas convivem pacificamente por anos, dançam juntas, e talz. Um

> dia, podem aniquilar uma pequena tribo! Durante as "batallhas, eles se
> conportam de forma diferente, chamam o nome de seus "alvos", como se fosse

> um jogo entre crianças, e são capazes de matar pessoas com os quais
> conviveram por anos, e guardar o nome delas por toda a vida, como se fosse

> um amado amigo! É mais um tipo de "sacrifício", também, como se fosse uma

> "brincadeira infantil de adultos", diferente das guerras por "ódio puro"
> sustentatadas pelos Palestinos e Israelitas, por exemplo. Claro que já ouvi

> muita gente dizer "é a mesma coisa", mas isso é como dizer que um vendedor

> de carros vende "meios de transporte", quando qualquer um deles sabe muito

> bem que o carro é vendido como "símbolo de status", na maioria das vezes.
O
> Reducionismo usado pra ignora diferenças como essa só serve pra afastar as

> pessos da realidade. Isso incomoda até mesmo os cientistas, quando se diz

> que a seleção natural tem algum "própósito", por exemplo. Um Biólogo diz que

> isso não existe e que é completamente contra o Darwinismo, mas um
> anti-darwinista reducionista pode dizer "bah, é a mesma coisa":)>>

gemaba3 : Ou seja, não existe um bom senso que harmoniza o Planeta, não
existe nem uma lógica harmonica, que tal se a discutíssemos?

<<gemaba2 : Que tal se dividissemos esses 7 bilhoes entre as diversas
> correntes religiosas do planeta e comparassemos suas bases, seria
> ótimo para mim, que tal? Você saberia me dizer quantos per cento
> são cristãos, islamitas, budistas, induistas, maometanos, bla,bla,bla...>>

>
<< GiL2 - Ha, difícil dizer, Gemaba, isso exigiria realmente muita pesquisa,
e
> mesmo entre esses, há necessidade de diferencia-los, pois há Budistas que
se
> parecem bastante com Cristãos em suas "fomas de ver", enquanto o contrário

> também é verdadeiro. Existe O Candomblé, que é bastante mais parecido com

> sua origem africana, enquanto Umbanda já é mais misturado com tendências
> "polarizadas" ocidentais, e vai por aí...>>

gemaba3 : Uma esquizofrenia completa, pois não. Um planeta maluco aonde
os humanos se degladiam pelas suas verdades achando o outro ser o inimigo,
que cocozão hem.(risos!!!) E nós como filósofos, que podemos fazer?

<<GiL - Cristianismo, Islamismo, e Judaísmo já são "ramos", tipo,
> > ramificações, entende? No fundo, têm a mesma base!>>
<<gemaba2 : Como assim base? Se puder explicar melhor agradeço.>>

<<GIL2 - Ok! Começemos do Judaísmo, que é a mais "antiga". partimos da época
de
> Moisés, que recebeu muita influência dos Egípcios, por exemplo, que haviam

> recebido muita influência já dos Sumérios, e talz. Percebe?>>

gemaba3 : Não percebo como você, ok GIL. Se você puder dar datas agradeço.

<<GIL2 - Já no início, as
> religiões eram "mestiças". Mas é o estado mais "puro" que se pode chegar,

> nesse caldeirão psicológico ocidental. Bem antes de Moisés, já existiam
> conceitos como dilúvios, tábuas das leis (Lembra da Tábua ? Pois é, ja
> existiam muitas leis escritas em tábuas), Deuses "concorrentes" (repare que

> na Bíblia são citados Baal, Belzebu, Píton, e muitas outras entidades, que

> são "concorrentes" de Javé.>>

gemaba3 : Podemos chamar de primeiro testamento?


<<GIL2 : Com o tempo, a forma de ver dos Hebreus muda, e
> com ela, o Deus vai se tornando "Ùnico", e cada vez mais uma força
> unificada, em vez das representações de diversas forças naturais, e passa
à
> se tornar "toda" a força do universo. Estou meio que genealizando essas
> tradições Judaicas, ok? Tenho quase certeza de que deve ter havido
> "correntes" entre essas também.
> Bom, como essa se baseava em "Moisés", como profeta, que veio depois de
> "Abraão" (um dos primeiros "profetas"), com o tempo se constituiu uma
> religião. mas, havia profecias. E uma pessoa foi aceita por alguns como
> Messias: Jesus. Alguns concordaram, outros não. Daí, se dividiu a religião.

> Surgiu o CRistianismo de um lado, e Judaísmo de outro! Mais pra frente,
> surgiu o profeta do Islã, nem todos os cristão, nem todos os Judeus
> acreditavam que poderia haver ali o novo profeta! As pessoas se dividiram,

> novemente, e ficou Judaísmo, Cristianismo, e Islamismo! mas todas partindo

> de um princípio comum, que é o "caldeirão" de onde surgiu Moisés, Abraão,

> etc. Percebe?? é bem "orgãnico":)>>

gemaba3 : Ok Gil, Moises é aquele que foi deixado no rio. Fico grato se você

falar um pouco mais de Abrãao e Moises, dê-me datas. Pelo que entendi
Abraão e Moises eram Zoroatristas ou estou interpretando errado, ou foi
o contrário?

<<gemaba2 : Risos. Mas pondero GIL uma comparação com o que
> discutimos sobre os Xavantes, os tupis, Os apaches, dentre tantas
> outras populações que viviam na América, pois não? Um gancho
> comparativo aqui nos daria um diferencial interessante na questão
> da lógica natural da linguagem e da lógica bivalente Zoroastrica.
> Paralelamente existia também os místicos, pois não? Poderiámos
> nessa época ponderar três correntes, provavelmente existiam bem
> mais que três.>>

<< GiL2 - Acredito que sim, não dá pra dividir assim. Como dizia RamaKrishna

> (espero ter acertado o nome agora), "São tantas religiões quanto pessoas na

> terra". Isso é mais como uma teia de aranha. Vc pode procurar uns fios
> "principais", de onde parte maior quantidade de "vertentes".>>

Gemaba3 : Quais seriam esses fios principais, os zoroastristas, como
cristãos, islâmicos e Judeos, a corrente oriental budista? O que você
me diz da Rússia?

<<gemaba2 : Ok GIL e a ponderação sobre a bivalência natural noite
> e dia não ajudou nisso, note que exitiam outras bivalências naturais,
> o masculino e o feminino e talvez a bivalência dentro x fora. O que
> quero dizer é que a natureza sugeria ao homem naquela época
> uma irreal bivalência que levou o homem a ponderar a bivalência
> da natureza como se ela fosse um devir de opostos. Aristóteles
> sentetizou a coisa, o primeiro testamento parece que já falava
> disso e o segundo testamento entrou no vácuo. Pelo pouco
> que entendi de minha diva Sofista muitos textos Sofistas
> foram escondidos ou destruidos pela obtusidade Zoroastrica.
> Alguns dizem que a religião Zoroastrica, digamos assim,
> seria a raiz da árvore que se elegiu? Cristãos fazem
> parte de dessa árvore? Aristóteles faz parte dessa
> árvore? Jesus Cristo? Maomé? Alá? E o buda,
> era uma postura em relação ao entendimento do
> mundo diferente? Uma postura mais parecida
> com a dos Xavantes? Mais ligada a uma visão
> natural, menos obtusa? Baseando somente na
> lógica causal, ou natural como queira?>>
>
<<GiL2 - Acredito que vc acertou, é mais ou menos por aí. Como uma árvore, que

> parte de um tronco maior, mais vai se "dividindo". Acredito que o
> Zoroastrismo é um galho "forte" da árvore, e a base das religiões orientais

> (hinduismo, Budismo, jainismo), é outro desses grandes galhos. os Xavantes,

> Apaches, são outro galho, que nasceu mais próximo do "tronco principal" da

> árvore, mas que aparentement sofreu influências externas também, e talvez

> estivesse prestes à seguir um caminho parecido com o dos orientais, talvez,

> isso se não tivessem sido erradicados, claro.>>

gemaba3 : O que você me diz da Rússia? Que vertente há por lá? Ceticismo?

<<gemaba2 : Reforça a hipótese do meio como ilusionador da mente humana
> criando uma ilusão que a bivalência era o fim da natureza, mas ai veio o
> piradoxo e vimos que isso é uma bela falácia, ou seja, arrumamos um
> problemão para Deus e mesmo asim ele continua forte. Essa lógica
> bivalente é terrevivel, temos que fazer os senhores dos castelos
> entenderem que essa lógica não é o fim da natureza pelo bem do
> ambiente.>>
>
<< GiL2 - Difícil. Vc seria considerado um "místico", e a realidade voltaria
á
> se tornar um tabuleiro de Xadrez, e essas pessoas pensariam estar
> "dominando" o mundo através de uma razão Semi-divina:)>>

gemaba3 : Mas nada há de místico nesse E-mail, talvez a única
coisa meio mística seja considerar a Terra nosso útero, que
seja, um ser vivo.

<<gemaba2 : Acá fiquei meio confuso, não entendi mui biem. Gostaria de
> dizer-lhe que sou um tanto desinformado sobre história e fico-lhe mui
> grato pelas suas considerações apesar de não tomá-las como verdades
> absolutas, se puder esclarecer melhor agradeço!!! Mitra, cristianismos?
> Pondere datas!!! Estamos antes de Cristo, não?>>
<<GIL2 : > Assim, Duas religiões com uma base parecida, e até influenciadas
uma
pela outra, chegaram à se digladiar, movida por políticos que bem sabiam usar

da força das "filosofias culturais manipuladoras", para motivar seus homens.>>

<<gemaba2 : Dê nome aos bois e mais datas se possível!!!!!!!>>

<<GiL2 - Bom: o império dos Persas, queria tomar a "Armênia", mas tinha de
> vencer os Romanos. Sim, acho que é 300 a.c. O sacerdote persa, cujo nome não

> me lembro no momento, usou e abusou do sistema de motivação "bivalente",
> como o Bushinho faz com o que chama de "eixo do mal" x "eixo do bem". Aí,

> lutaram pela Armênia, que é um país que estava quase em poder dos Romanos,

> se já não estava. Como resultado, essa "motivação bivalente" se tornou tão

> popular entre os Persas, e consequentemente todas as pessoas influenciadas

> por eles, que se espalhou por todas suas áres de influências, e o mesmo se

> deu com os Romanos, que na certa se encantaram com a nova forma de "motivar"

> os homens, e vencer duelos de palavras, encantar platéias:) Daí, como os
> Romanos são a base de nossa religião, aíe está a polarização da lógica como

> uma de nossas principais "heranças" culturais, vindas do tempo de
> Zoroastro:)>>

gemaba3 : 300 a.c. foi a época de Aristóteles, pois não? Aristóteles era
Zoroatrista e bebeu da fonte de Moisés e Abraão? Explique melhor?

<<GIL2 : A mesma
> > que o Bushinho usa até hoje pra bombardear Sadam.>>

gemaba3 : O tempo passa e infelizmente novas formas lógicas de estímulo
não substituem a boa e velha ambivalência que estimula cortantemente.
O agravante é o poder de destruição do homem modero que pode
acabar danificando o ambiente de forma irrecuperável.

<<GIL2 - Zoroastro "professou" (profeta, hehe) em torno de 600 A.C., creio que

> > sendo ele mesmo, uma "confirmação" de uma tendência crescente.>>

gemaba3 : Zoroastro, o persa, foi anterior a Pitágoras, Eleatas, Sofistas e
a Cia
dos Gregos. Os gregos beberam de sua fonte, pois não? Só não percebi se existe

alguma ligação entre o Zoroastro, Moisés e Abrão? Dá pra esclarecer?

<<GIL - A popularização "exagerada" da polarização deu-se mais ou menos na guerra

pela posse da "Armênia", em 300 e uns quebradinhos 'D.C".>>

gemaba3 : Aonde a igreja cristã ganhou a força que hoje tem.

<<gemaba2 : Então o cidadão viveu mais ou menos na mesma época do
Sidartha? Havia um paralelismo aí? POsicione os Xavantes da
América? Pondere!!!>>

<<GIL2 - Sidartha foi em torno de 500 a.c., Zoroastro 600 a.c., na américa,
a coisa
> era mais "simples", e uma civilização que hoje é chamada de "Olmecas" estava

> florescendo. os Xavantes, Apaches, ainda eram bandos de caçadores. A cultura

> deles, como "estruturada" apareceu mais tardiamente, pois anteriormente,
> eram como nossos índios aqui, sabe?>>

gemaba3 : Fico-lhe grato pela possibilidade de imaginar tais acontecimentos!!!


<<GIL2 - Pequenos grupos. Bem, então temos Grupos
> pequenos de caçadores/coletores, com religiões animistas, baseadas em caça,

> pesca, e no estudo e observação das forças da natureza de que precisam pra

> sobreviver (ou mesmo pra se divertir, como os nativos de um paizinho aí que

> brincavam com um "bungee Jumping" feito de cipos bem antes de inventarem
> isso aqui no ocidente:), e temos grupos maiores, sociedades já
> "sedentárias", que tiveram contato com a agricultura. Ess é um grande marco

> da cultura, pois as pessoas podem então se fixar, e, acontece a
> especialização.>>

gemaba3 : Continuo ponderando para que possamos definir precisamente o que
é verdade pra essas populações, você me ajuda?

<<GIL2 - Uns plantam, outros ensinam, outros "reinam" e organizam, e
> se torna um tipo de "modelo Henry Ford", em que cada um faz uma coisa. Com
o
> tempo, as técnicas ficam tão precisas, que os reis e sacerdotes não têem
> muito o que fazer, já que as produções geram excedentes. Eles se voltam pra

> estrelas, ficam pesquisando, inventando, construindo templos enormes. Até

> que seus reis, que cada vez mais se iludem pensando estarem mesmo num mundo

> "imutável", começam à pensar em nada. Perdem o contato com o mundo
> "natural", e buscam coisas mais abstratas, seguros de que sempre haverá boas

> colheitas. mas um dia algo dá errado.>>

gemaba3 : O conceito, a abstração dos Gregos ajudou muito nisso, pois não?
Você queira lembrar a Astrologia, a mãe da Astronomia?

<<GIL2 - AS pessoas estão confusas, e a fome
> chega, elas se multiplicaram demais, há problemas ecológicos. Os sacerdotes,

> de tanto "viajarem na maionese", emv ez de observar a natureza do qual
> dependiam, começam á jogar a culpa em augúrios, eventos esquisitos.. já que

> olhavam a posição dos astros pra saber o momento de plantar, um cometa ou

> algo assim deveria ser uma indicação de que algo daria errado, pois eles
> tinham visto varias vezes no céu!>>

gemaba3 : Ops peraí GIL, a ciência também usa muito o empirismo, não?

<<GIL2 : Então, começou a complicação religiosa, e
> de simbologias, que toma a civilização, gerando o fenômeno que chamamos de

> REligião! Uma tenttiva de "religar-se" aos Deuses, à natureza. Zoroastro,

> jesus, Moisés, apareceram em uma época assim, em que os homens estavam cada

> vez mais confusos em suas cidades, propensos à apreensão, precisavam de
> aprender algo. Esses profetas trouxeram novas formas de ver o mundo, de
> acordo com o mundo e época em que viviam (Hoje em dia o papel de
> "orientação" é realizado por pessoas como "Carl Sagan", ou "Steven
> Spielberg":)>>

gemaba3 : Cruzes, estou me sentido meio profeta acá com você.(risos!!!)
Mas concordo que o Zoroastrismo, mostrado em filmes é imbecilizante
se admiramos, por exemplo, alô Ivan, as belas serras Fluminenenses.(risos!!!)

Mas você mesmo disse, perdoai-vos, eles não sabem o que fazem, traduzindo,
o homem tem a singela capacidade de tomar como fato uma proposição
falaciosa, traduzindo mais ainda, o homem tem a capacidade de mentir
pra si mesmo sem saber que o faz. Retirar o véo seria, por exemplo,
admitir essa capacidade que todos nós praticamos sem muita senciência.

<<gemaba2 : Mais ou menos, estou montando no meu site www.gemab.hpg.com.br
> uma forma de tentar entender isso, se puder me ajudar agradeço. Faço isso

> como estudo pessoal sem qualquer pretenção(?) de qualquer natureza. Quando

> eu coloco o símbolo (?) depois de uma palavra significa que tenho dúvidas

> em sua forma escrita, desculpe. A forma que encontrei é através de nomes
> e datas e um mapa para explicar como aconteceu. Você teria um mapa
> na internet que pudesse indicar para tornar a visualização das movimentações

> mais fáceis, inclusive englobando toda a Terra, os Xavantes, os Tupis,
> os esquimós?????? Acho que seria pedir demais mas, quem não arrisca
> não petisca. (risos!!!)>>
>
<< GiL2 - Ok, vou procurar aki depois. CAso dos índios acho que é mais
> complicado, pois a "durabilidade" dessas tribos é muito curta, e mesmo os

> "Proto-impérios" da América não duravam mais que 200 anos, até serem
> trocados por outros, embora basicamente só mudasse o nome, e alguns
> incrementos aqui e ali...>>

gemaba3 : Que pena, os maias, os aztecas, mas....

<<GIL2 : Depois disso, essa forma de ver o mundo se tornou cada vez mais
> forte,e mesmo em religiões antes tolerantes, como o pro´prio Zoroastrismo

> > Catolicismo (que incorporava e incorporam muitos elementos "pagãos", e
> > "semi-pagãos", como o "Natal", Páscoa, e todas as suas simbologias),>>

<<gemaba2 : Dá pra explicar um pouco melhor GIL, não tenho pressa.>>

<< GiL2 - Ok! Sabe aquela "argola" que fica na cabeça dos santos? Pois é! É

> associada à uma mitologia antiga, em que o Sol era o Deus. Os Reis, eram

> como que "receptáculos" do poder dos Deuses, e representavam uma pessoa que

> fosse um "receptáculo" como alguém com a "esfera" do sol sob a cabeça, como

> aconteceria com diversos reis "solares". Assim, o catolicismo adaptou essa

> tradição, e vc vê isso na cabeça dos santos Católicos:) Frequentemente, os

> centros de culto de outras religiões são reaproveitados pela igreja
> Católica.>>

gemaba3 : Huuummm, que interessante.

<<GIL2 - O próprio símbolo da cruz, é um símbolo pagão (tanto que é um tipo

> de "ritual/castigo" que foi usado pra CAstigar Jesus), e acabou sendo usado

> também com símbolo da Igreja. Já foi em grandes "Catedrais"? Vc vai ver
> estruturs esquisitas, "Gárgulas", "Rostos", "Triângulos", e vários outros

> símbolos que vêem de tradiçoes mais antigas.>>

gemaba3 : O batismo nasceu exatamente quando?

<<gemaba2 : Ok GIL a ciência é uma espécie de religião menos, diriamos,
> dogmática, ou seja a ciência erra e cria um conceito elegante de
> paradgmas por não gostar de admitir que acredita nas boas e
> velhas mentiras, ou falsas verdades, como queira. Mas a ciência
> é menos conservadora, pois não? As religiões são um tanto mais
> moralisantes, pois não? Seguindo o Zoroatrismo, pois não?
> Mas já sabemos que a bivalência não é o fim da natureza,
> pois não? Não seria esse o grande véo que deveriámos tirar
> da mentes que acham que a bivalência è o fim da Natureza?
> Pondere!!!>>
>
<< GiL2 - Pois é, mas se vc perceber, na própria ciência também há "correntes"

> mais conservadoras, e outras mais "abertas". Perceba que Einstein, Bohm, e

> mesmo Carl Sagan, se o filme "Contato" estiver de acordo com o livro,
> reconhecem os limites da ciência. Os dois primeiros admitem e acreditam na

> existência de um Deus, embora seja da sua propria maneira, mas já disse que

> "São tantas religiões quanto pessoas na TErra", não? Pois o problema é que

> justamente as pessoas que se dizem "seguidoras" dessas mentes é que tem
> maior aversão aos conceitos nos quais eles mesmos acreditavam. Isso por pura

> ignorância, dificuldade em encarar a profundidade do problema "de frente",

> como eles fizeram! Tenho um amigo que não acredita que o homem foi à lua,

> por medo, por ignorância (no sentido "falta de infomação), é o mesmo que
> essas pessoas fazem! Não se pode deixa de analizar, ou fugir de um problema

> porque ele vai contra o que achamos mais "fácil" de entender, porque está

> nossa cara"!>>

gemaba3 : Mas a filosofia existe para que a religião e a ciência sejam questionadas,

não é isso mesmo? Se você parar pra pensar somos um pouco assim, eu por
exemplo, fumo cigarro apesar de já ter feito um poema de nome fumar o vício.

Insisto, o ser humano é um ser singular.

<<GiL - Zoroastrismo consiste na filosia luta "bem" x "mal". Bem era "Ahura

> > Mazda", e o mal era "Ahriman". REpare que na bíblia, anteriormente, havia

> > vários deuses, sim?>>
<<gemaba2 : Por mim você pode falar o quanto quizer de tudo isso acá.>>
> gemaba2 : Pelo que entendi do RR a natureza caótica se encontra na
> esssencia subatomica e na incerteza de prever que, por exemplo,
> o Sol nascerá amanha e o ambiente em que a Ameba vive continuará
> perene. Ele descarta a presença de um Deus proptetor do determinismo,
> e as leis determinísticas da física, são dogmas de fé na verdade
> bivalente, algo assim, ok. Pondere!!!>>

<< GiL2 - O Caos do RR é mais "recente":) O Caos antigo é uma "força"
> criadora/destruidora. Um dos "Deuses" da Grécia (bem diferente do conceito

> de "Deuses" usado atualmente). Consistia mais em uma "força". O Vazio que

> ficava acima da terra, de onde emergiam todas as formas, toda a criação, e

> para onde toda ela voltava! Tudo que existe era criado, progredia, e
> terminava no caos. Talvez seja como a "Sopa primordial" dos Biólogos, só que

> numa forma mais "cósmica", e que também admitia a evolução, e o trajeto
> inverso (destruição). As pessoas passaram á se afastar dessas tradições, e
o
> Caos adquiriu , por causa da crescente aversão á essas características
> "esquisitas", em contraste com o mundo "civilizado e organizado" da grécia

> "moderna", uma conotação de "horror", "destuição", "desordem", "bagunça",
e
> talz. E ganhou mais uma centena de significados. No caso do Maturana, Caos
é
> simplesmente, e à grosso modo, "aquilo que vemos quando não entedemos como

> funciona algo".>>

gemaba3 : Você deu uma guinada e tanto mas tudo bem. Podemos continuar no tema,

pois não?

<<gemaba2 : Ops GIL, não se esqueça da nossa capacidade de acreditar
> em falsas verdades, ou mentiras. Precisamos tentar fazer esse véo
> cair, que tal uma novela Global? O Iluminado, uma viagem no tempo,
> uma salada de religiões, e um iluminado descortinando véos de
> uma forma natural, sendo amigo dos animais, defendendo a
> senciência dos animais, o ego dos animais, a possibilidade
> da Terra ser um ser vivo, da água, bla,bla,bla. Daria um
> hibopão!!!(risos!!!) Pondero que no mundo existe uma inversão de
> valores, o ambiente, a vida, são os valores naturais básicos.
> Mas o véo engana o observador que parece transformar
> isso em valores menos importantes. Precisamos fazer alguma
> coisa GIL!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!>>

<<GiL2 - Seria como tentar colocar 500 mls de vinho em uma garrafa fechada:)>>


gemaba3 : Se a garrafa estivesse na Enterprise seria fácil. (risos!!!) A garrafa
é
de 500 mls? (risos!!!) Houvi comentários sobre teletransporte de partículas,
pois não? (risos!!!)

<<GIL2 : Não sei. Criminoso em q sentido?>>
<<gemaba2 : Em Anticristo o bigodudo arrasa com o Paulo acusando-o de
> distorcer as palavras de Jesus Cristo. Pois é isso que o bigududo diz, o mestre,
no caso Jesus Cristo,
> foi deturbado pelos seus discípulos e até existem os apócrifos, pois não?>>


<< GiL2 - É possivel até que muitas das palavras que conhecemos como sendo de

> Jesus sejam interpretações posteriores. Difícil ter uma noção "absoluta"
> sobre essas coisas...>>

gemaba3 : Você já houviu falar dos apócrifos de Lázaro e Maria Madalena?

GiL

Sinceramente!!!
gemaba
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SUBJECT: Ovulos e Espermatozoides
FROM: "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br>
TO: "noosfera@yahoogrupos.com.br" <noosfera@yahoogrupos.com.br>
CC: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2003 22:18

Olá Eduardo !!! gemaba4, ok.

<<gemaba3 : Ok, mas se a medicina não tem certeza do que acontece como
você pode ter certeza que nada ocorre a nível genético? O que lhe dá essa
certeza?>>

<<Eduardo3 : A mim nao, a medicina e a biologia. Vc pode perfeitamente nao saber

exatamente tudo sobre um processo e ainda assim saber com certeza o q uma
certa coisa nao tem nada a ver com esse processo. Nao ha' nenhuma
contradicao nisso. O conteudo genetico dos ovulos nao muda no
amadurecimento. Isso e' sabido. Como amadurece um ovulo tb e' sabido, mas
exatamente o q acontece nesse processo parece q nao. As tentativas de
amadurecer ovulos in vitro, seguindo toda a sequencia hormonal, parece
afetar a capacidade reprodutiva do ovulo, por motivos ainda nao
esclarecidos.>>

gemaba4 : Minha dúvida persiste e temos alguns caminhos a seguir, por
exemplo, acreditar que Deus criou o ADN, uma ponderação fixista.
Podemos encarar de maneira interacionista, a planeta Terra é um
útero e gerou o homem, seu ADN é uma constante interação com
o meio. Pelo que entendo da teoria evolucionista os organismos foram
se estruturando, se organizando, nos primórdios da vida na terra parece
que as estruturas eram simples. Considerando que não foi nenhum Deus
especial de qualquer religião que tenha criado o homem podemos seguir
a visão interacionista do ADN com o meio. Em resumo, pergunta bem
objetiva, se não existe ligação do meio com o ADN como o gen, ou
gens, que determinam como serão as células da, digamos, pálpebra
foi parar no ADN? Dou-lhe uma, mágica? Dou-lhe duas, Deuses?
Dou-lhe três, gnomos? Dou-lhe quatro, fadas? Dou-lhe cinco, bruxos?
Dou-lhe seis, iluminados? Fica difícil responder essa pergunta só com
o darwnismo tradicional, ou você arrisca explicar? Talvez o Lamarkismo
ajude mais? Você dá mais????!????!?

gemaba3 : Confesso que não entendi muito bem como relacionar gen a
cromossoma? Se você explicar melhor fico grato.

<<Eduardo3 : Nosso ADN nao forma uma unica longa cadeia molecular. Esta' dividido
em
cadeias mais curtas, q por sua vez formam um conjunto de 23 pares de
cadeias moleculares. Cada par de cadeias tem um conjunto de genes com a
mesma funcao, chamados alelos, q podem ser ativados apenas numa cadeia ou
nas duas, de modo complicado. Genes sao trechos de ADN dessas cadeias q
podem ser expressos em proteinas. E cada uma dessas cadeias moleculares e'
chamada um cromossoma. Nem todo o nosso ADN forma genes expressaveis em
proteinas.>>

gemaba4 : Pelo que sei existem genes regulares, por exemplo, só as celulas da

pálpebra ativam determinados gens. De alguma maneira a célula sabe que está

na pálpebra e que deve ativar determinados gens. Os telômeros parecem que
também são reguladores. Em suma, o ADN parece ser uma espécie de algoritmo
executado pelo meio ambiente.

<<Eduardo3 : Tem pequenos trechos q atuam como controle e vastas extensoes

aparentemente sem funcao. Estima-se q nossos cerca de 30 mil genes ocupam
apenas algo em torno de 1,5% de nosso ADN.>>

gemaba4 : Podemos ponderar que a parte reguladora é a mais importante?

<<gemaba3 : Veja se entendi, existe a fecundação no útero e o óvulo começa
a se desenvolver. Pelo que enetendi existem gen(s) que caracterizam tudo
que será o organismo, como a pálpebra, o olho, braço, etc. O óvulo é
uma característica do organismo feminino e é produzido com base nos
gen(s) que definiram sua essencia. Você diz que os óvulos são produzidos
ainda no útero e que cada óvulo, a dispeito de código genético, é único. Fiquei

curioso em como os óvulos possam ser únicos e ao mesmo tempo derivados
do mesmo gen essencial, o meio age aí pra formar essas diferenças, mesmo
que pequenas?>>

<<Eduardo3 : No's temos 30 mil genes espalhados em 23 pares de cromossomas.

Portanto, contando os alelos em cada par, temos um universo de 60 mil genes

dispostos em pares alelos do mesmo gene. Cada ovulo so' tem metade desses
60 mil genes, e apenas um alelo de cada gene, mas na geracao de cada ovulo,

qq alelo pode ser usado. De quantas maneiras vc pode combinar esses 60 mil
genes em 23 cromossomas, 30 mil a 30 mil, apenas com a restricao de nao
usar os dois alelos do mesmo gene em cada cromossoma e de nao repetir genes

nos cromossomas? Zilhoes de zilhoes. O mesmo conjunto original de genes
pode gerar infinitas combinacoes, por isso cada ovulo e' unico. Do mesmo
modo q apenas 10 algarismos dispostos em grupos de 7 numeros podem gerar
bilhoes de numeros de telefones diferentes.>>

gemaba4 : Podemos simplificar a coisa se admitirmos o evolucionismo, não?
Que tal se discutíssemos organismos mais simples? Mas confesso que teria
que estudar melhor o tema pra discussão ficar mais interessante, você tem
alguma boa dica como a que deu o Prof. José Carlos com o site
http://www.ateus.net/artigos/ciencias/a_evolucao_biologica.html. Se tiver
alguma dica agradeço, inclusive com ilustrações seria ótimo, obrigado.

<<gemaba3 : Disse no caso dos hormônios, que os hormônios somente
estimulam, por exemplo, a ovulação, ok.>>
<<Eduardo3 : Os dois hormonios q citei sao especificos p/ a ovulacao.>>

gemaba4 : Só estimulando?

<<gemaba3 : Partindo do pressuposto que os óvulos são produzidos baseados
em gens, que são os mesmos fico acá a imaginar como os óvulos podem
ter essas pequenas diferenças entre si, sendo únicos no universo. Mas isso
é mais um indício da interação do meio com os gens que definem os óvulos,
ou não?>>

<<Eduardo3 : Como expliquei acima, trata-se da combinacao de genes em cada ovulo,

como um subconjunto do total de genes da mulher. Nao ha' alteracao desses
genes com o meio durante a vida da mulher nem durante a ovulacao.>>

gemaba4 : Aqui cheguei no limite do que conheço e só com sua ajuda me dando

indicações do que você explicou possam me ajudar a transformar o debate
em algo mais produtivo, fica a pergunta lá de cima.

<<gemaba3 : Você saberia me dizer o porque da teoria fixista ter tanta força

se existem tantos indícios contrários, ou a favor do interativismo entre o ser

e o meio? A ciência tem medo dos fixistas?>>

<<Eduardo3 : Nao entendi muito bem o q vc quer dizer.>>

gemaba4 : Leia o site que lhe indiquei acima para que possamos tentar progredir

e insisto em alguma boa indicação sua para elucidar todos os processos por
você explicados, gifs animadas seriam perfeitas.

<<gemaba3 : Pelo que sei toda célula contem o código genético total do ser,

só que, dependendo da célula, se da pálpebra ou do óvulo, alguns gens
estão ativos e outros não, seria assim, pois não?>>

<<Eduardo3 : Sim, de maneira geral nas celulas somaticas. O caso do ovulo e'

especial, pois nao e' uma celula somatica. Nao faz a rigor parte do
organismo da mulher. Nao se reproduz como as outras celulas. Fica apenas
'de prontidao', aguardando uma oportunidade de fecundacao. Em cada ovulo
existe uma sequencia de ADN diferente do ADN das celulas somaticas da
mulher e diferente dos demais ovulos.>>

gemaba4 : Ops peraí Eduardo assim cê me confunde. Quando o óvulo é
produzido ele segue a regrinha acima, não? Tudo bem que depois que
várias células se tornaram um óvulo ele possa ficar imutável ao meio
como você diz, mas quando é produzido ele segue o mesmo princípio de
células da pálpebra, pois não?

<<gemaba3 : Se tomarmos um esperma de um homem aos 14 anos e aos 40 anos
provavelmente eles serão diferentes, pois não? Gostaria de entender melhor
o que determina essas diferenças e insisto na pergunta, se os factos que
nos levam a ponderar o interacionismo como forma de explicar a vida
são tão fortes porque o fixismo tem tanta força? Pondere!!!>>

<<Eduardo3 : Cada espermatozoide e' unico e tem vida curta. Ao longo de toda
a sua
vida fertil o homem estara' gerando milhoes de espermatozoides o tempo
todo, enquanto milhoes estao continuamente morrendo em seus testiculos. Nao

existem diferencas maiores entre os 14 ou os 15 anos ou entre os 40 ou os
60 anos em termos da constituicao genetica dos espermatozoides gerados.
Cada um leva metade das informacoes geneticas do homem, mas nunca a mesma
metade, pois, como na geracao de cada ovulo, combinam-se 60 mil genes em 23

cromossomas.>>

gemaba4 : E essa produção é totalmente independente do meio externo? Ou seja,

o que será o ADN do esperma já está codificado no gen do produtor do ADN
do esperma produzido e as eventuais diferenças entre cada esperma são frutos

de possibilidades de combinação mui grandes. Espero suas pondrações em
como o gens foram parar no ADN?

<<Eduardo3 : Imagine o seguinte: Vc tem 60 mil continhas de colar, divididas
em dois
grandes grupos, de modo q tenha um conjunto de 30 mil pares de continhas.
Vamos dizer q sao redondas, 30 mil lisas e 30 mil rugosas, pra distinguir.
Cada continha e' um gene. Cada par liso/rugoso forma um par alelo de genes.

Agora imagine q cada conjunto de continhas lisas e rugosas por sua vez
esta' dividido em 23 cores, uma para cada cromossoma. Assim temos continhas

lisas azuis e rugosas azuis p/ o cromossoma numero 1 de cor azul, continhas

lisas vermelhas e rugosas vermelhas p/ o cromossoma numero 2 de cor
vermelha, e assim por diante, ate' chegar ao cromossoma 23 de cor, digamos,

magenta. Agora imagine q cada continha lisa ou rugosa de cada cor tem um
numero, identificando o gene correspondente desse par de continhas em cada
cromossoma. Agora vamos pegar 23 cordinhas coloridas, cada uma
representando um cromossoma q sera' 'montado' na geracao de um conjunto
haploide (apenas 23 cromossomas isolados, sem seus pares) em cada ovulo.
Pra simplificar, vamos dizer q cada cordinha sera' preenchida por um numero

igual de continhas, formando 23 colares de cerca de 1300 continhas cada um.

Vamos comecar a fazer o colar vermelho retirando ao acaso 1300 continhas da

sacola de continhas vermelhas, rugosas e lisas juntas, uma de cada vez.
Facamos isso p/ cada cordinha, gerando 23 colares. Temos agora um ovulo. Ao

fazer um segundo ovulo vou repetir o processo. Qual a probabilidade das
1300 continhas do segundo colar vermelho sairem na mesma sequencia de
rugosas e lisas do primeiro colar? Entendeu agora como eu posso gerar
infinitas sequencias de ADN partindo do mesmo genoma?>>

gemaba4 : Mais ou menos e insisto em indicações visuais que facilitem a
compreessão, se tiveres, agradeço.

<<Eduardo3 : Explique melhor o q vc define como interacionismo x fixismo.>>


gemaba4 : Me baseei no texto indicado pelo ilustríssimo mor e grão criador
desse acá guerreiro Gedai, o grande Zé, se puder ler podemos sintonizar
e discutir o Darnismo, o Lmarkismo e a pergunta de quem nasceu primeiro,
será o ovo, ou será a galinha? (risos!!!)

Abs,
Eduardo Torres

Idem!!!
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: SuperCordas
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 23:25


>From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Re: SuperCordas
>Date: Tue, 18 Feb 2003 04:54:57 -0000
>
>Oi Guilherme!
>
>Aqui eu "boiei"... do que é que você está falando? A física toma
>parte de 4 dimensões e isso se tomarmos o tempo por uma dessas
>dimensões. No mais, apenas 3... e olhe lá! :))

Oi Lígia,

Então desculpe a confusão! Você está certa ao dizer que a física
trata do espaço 4-dimensional (pelo menos a física convencional).
Eu só queria enfatizar que o espaço em si, seja ele de 3, 4, ou
11 dimensões, é uma entidade matemática, e não física.

Abraços,

Guilherme

_________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: RES: [ciencialist] Resumo 1246
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/02/2003 23:47


>From: "Leonardo Stern" <roxo@gmx.net>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: RES: [ciencialist] Resumo 1246
>Date: Tue, 18 Feb 2003 12:23:46 -0300
>
>Agora pergunto : Alguém conhece alguma boa referência sobre o universo
>holográfico na qual o conteúdo seja de confiança ?

Esse tema é incrivelmente amplo. Existe um princípio holográfico geral,
que não está necessariamente vinculado a nenhuma teoria específica
com dimensões extras. Não sou especialista, mas você pode procurar
no site http://xxx.lanl.gov , e clicar em "find" (dentro de qualquer
área). Este site abriga todos os trabalhos que estão sendo produzidos
pela comunidade científica internacional, bem como aqueles mais
antigos (até 1993).

Abraços,

Guilherme

_________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/02/2003 23:48

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese"
Sent: Monday, February 17, 2003 5:12 PM
Subject: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica

Olá Lígia

Dividi a mensagem em duas partes, pois a resposta ficou muito comprida. A
segunda parte seguirá amanhã ou depois.

1ª. Parte

> Lígia: [...] agora, voltando ao que um fóton possa "carregar" a fim de
> provocar algum distúrbio digno de nota quando da interação com
> anteparos de duplas fendas, você afirma que tal "carregamento" advém
> do campo eletromagnético ou algo que o valha que o está veiculando,
> certo?

Antes de responder a questão, deixemos um pouco o fóton de lado e vamos
raciocinar um pouco com o significado desse "carregar", no sentido em que a
expressão costuma ser utilizada. Não sei se o "carregar" seria hoje em dia
um termo adequado, se bem que seja bastante utilizado. A origem da expressão
deve-se aos primórdios do eletromagnetismo, quando pensava-se em "corpo
carregado de um fluido elétrico". Por razões históricas fala-se ainda em
"corpo carregado de eletricidade", mas isso hoje teria o significado de
corpo com excesso (ou carregado) de partículas negativas (elétrons) ou
positivas (prótons). Ora, se um corpo está "carregado" de elétrons, o
elétron estaria carregado de quê? De microelétrons? Existem microelétrons?
Essa é a grande dúvida que tenho levantado e nenhuma física, dessas que
estão por aí, responde de maneira satisfatória sem retratar uma tremenda
confusão entre o todo e suas partes. O "carregar" é então um resquício dos
tempos em que acreditava-se em fluidos elétricos, e os físicos modernos
ainda convivem com essa crença, se bem que poucos se dão conta disso, pois
encapuzaram seus fluidos com belíssimas equações despersonalizantes.

Eu costumo dizer que uma partícula constituinte da matéria,
independentemente da necessidade de estar ou não carregada, emite para o
espaço "alguma coisa" a relacionar-se com o seu movimento. A menos que se
pretenda dizer que ela esteja "carregada" de movimento, não vejo necessidade
dela estar carregada de mais nada. Mesmo porque, ela emite essa "alguma
coisa" continuamente e sem se descarregar. Sequer seu movimento chega a ser
alterado em virtude dessa emissão. Ela não perde matéria nem energia, pois
essa "alguma coisa" é imaterial, logo não transporta energia (pensada como
um conceito clássico).

Esse movimento da partícula, como um todo, poderia ser chamado movimento
externo (giro ou translação), a contrastar com o movimento relativo de suas
partes entre si, que poderia ser chamado movimento interno (de natureza
muitas vezes complexa). O movimento interno seria algo a se exteriorizar
através de um hipotético zoom (isto é uma analogia, bem entendido) e
retrataria o movimento (que agora já poderia ser pensado como externo) das
partículas que constituem o que chamamos partículas elementares. Essas
partículas menores seriam o "elementar do elementar", e esse zoom poderia
ser novamente aplicado até chegarmos no átomo de Demócrito, que acredito
existir fisicamente como tal.

Estou usando o significado consagrado à expressão elementar (partículas
sub-atômicas), mas essa idéia não é livre de críticas tratando-se de um nome
impróprio, da mesma forma que átomo (no sentido de sem partes, ou
indivisível) é hoje um termo impróprio, mas também consagrado como tal. Em
quântica essa impropriedade não se verifica com respeito à elementaridade,
mas é bom lembrar que estou me referindo à física clássica. A elementaridade
absoluta foi descrita por Newton com as seguintes palavras: "Parece provável
para mim que Deus no começo formou a matéria em partículas movíveis,
impenetráveis, duras, volumosas, sólidas, de tais formas e figuras, e com
tais outras propriedades e em tal proporção ao espaço, e mais conduzidas ao
fim para o qual Ele as formou; e que estas partículas primitivas, sendo
sólidas, são incomparavelmente mais duras do que quaisquer corpos porosos
compostos delas; mesmo tão duras que nunca se consomem ou se quebram em
pedaços; nenhum poder comum sendo capaz de dividir o que Deus Ele próprio,
fez na primeira criação."

A citação de Deus era costume entre os cientistas crentes da época de
Newton, mas antes que os céticos chiem, diria que a idéia em si não implica
na existência de Deus. Aliás, Newton não só era um crente como também chega
a ser citado como o último dos magos. Mas apesar disso sabia separar a sua
ciência do seu misticismo, uma característica em geral compartilhada pela
maioria dos grandes cientistas. Estes últimos não são (ou não foram), via de
regra, considerados magos mas são bastante intuitivos, e valorizam
sobremaneira essa intuição, por mais que ela esteja dotada de um sabor
sobrenatural ou místico. Aliás, fazer ciência sem um bom aparato intuitivo é
tão difícil quanto aprender a nadar sem se molhar. Nada é mais importante
para o progresso da ciência do que a intuição, e nada é mais fundamental
para o "cientista produtor de conhecimentos científicos" do que o
discernimento necessário para que consiga separar o joio do trigo.

Mas voltemos ao que interessa. Essa "alguma coisa" emitida para o espaço em
virtude do movimento, chamo por "informação do movimento da matéria".
Trata-se de uma entidade de natureza imaterial, não tem massa e portanto
não pode conter energia sob o ponto de vista da física clássica. Lembro que
energia é uma entidade definida pela física clássica e até Maxwell
significava algo transportado pela (ou contido na) matéria.

Será que essa "alguma coisa" existe? Eu diria que sim, pois acredito que o
campo é a maneira como essa "alguma coisa" se manifesta. Todo campo que se
manifesta através de forças é, em última análise, uma região do espaço por
onde trafegam "informações do movimento da matéria". Campos eletromagnético
e gravitacional são casos particularíssimos, e creio que não retratam um
décimo do que existe de fato na natureza. Costuma-se dizer, por exemplo, que
a matéria se mantém coesa graças unicamente ao campo eletromagnético de
Maxwell, mas isso é uma simplificação por demais excessiva. A realidade
parece-me ser de outro tipo. Os campos parecem ser mais complexos no
macrocosmo, e bem mais simples no microcosmo; e tanto mais simples quanto
maior for o zoom hipotético aplicado (acima referido). A unificação dos
campos de força deve levar em consideração todos esses campos, e não apenas
os quatro campos badalados. Por falar nisso, o campo de interações fortes,
para alguém que realmente aceita a física clássica, não passa de uma ficção
desnecessária, o que não significa que não existam outros campos de natureza
diversa a manter a estrutura nuclear.

Sob essa maneira de pensar, e raciocinando-se classicamente, nenhum campo
contém energia. Maxwell pensava de maneira diversa, mas considerava-se fiel
aos cânones clássicos graças à suposição de um éter material e como tal
capaz de transportar energia. Ou seja, se quisermos conservar a física
clássica sem deturpações ideológicas, de duas, uma: Ou (1) existe, conforme
aceito por Maxwell, uma quintessência capaz de transportar e/ou de conter
energia (o éter de Maxwell) e a se manifestar como um campo; ou (2) existe
uma quintessência imaterial (o espírito da matéria de Newton, a que estou
chamando por informação) que não transporta energia, mas que exerce um
efeito sobre a matéria, dando-nos uma testemunha de sua existência através
dos campos que constatamos existirem de fato através da experimentação.

Como a energia NÃO é um essencial da física newtoniana, mas uma entidade
secundária (constructo de alto nível, como dizem alguns filósofos da
ciência), não chega a ser nenhum sacrilégio afirmarmos que ela passa de uma
partícula para outra sem, em nenhum momento, ocupar posições intermediárias
entre uma e outra. Isso não é equivalente a um salto quântico, pois a
energia pode ser pensada como uma propriedade da matéria, mas não é um
essencial em si. A conservação da energia é um achado, é produto de uma
matemática (constructo energia) que dá certo, mas não retrata a conservação
de uma entidade em si, a exemplo da conservação da matéria. Perceba que a
conservação da matéria é bem mais intuitiva do que a conservação da energia.
Uma é lógica, a outra é produto da observação. Tanto assim é que no passado
muitos cientistas sérios chegaram a procurar pelo moto perpétuo de primeira
espécie, e não sei se algum desses chegou a procurar pela criação da matéria
a partir do nada (pelo menos até surgirem os quânticos com seu vácuo
miraculoso).

Importante [estou aqui me referindo aos demais, pois creio que essa mensagem
não será lida apenas pela Lígia]: Que ninguém diga que estou aqui propondo a
descaracterização do princípio da conservação da energia. O que estou
afirmando é que a energia não precisa viajar pelo espaço para passar de uma
partícula para outra. Se "uma" partícula está no campo de informações de
"outra", essa "outra" também estará no campo de informações da "uma", logo
elas podem alterar seus conteúdos energéticos a um só tempo, e a energia se
conserva sem necessidade para apelarmos para nenhum princípio da incerteza.
Sem dúvida o assunto é um pouco mais complexo, mas não há porque ir além no
momento. No passado já discuti algo a esse respeito aqui na Ciencialist, na
msg 13904, mas o Takata acabou partindo para a gozação em cima da idéia,
então não fui muito além e deixei o dito pelo não dito.

Continuando:
A carga elétrica, segundo Maxwell e muitos dentre os clássicos de sua época,
gera um campo que contém energia. Se a carga estiver em repouso em um
referencial inercial, este campo irá conter parte da energia desta carga.
Pense na "criação" de uma carga a partir do nada (experiência de
pensamento). À medida que seu campo vai crescendo, parte da energia da
"criação" vai se distribuindo pelo espaço. Se após a distribuição (campo
tendendo a extensão infinita) a carga sofrer uma aceleração por um intervalo
de tempo curto, o seu campo irá se alterar, novamente na direção da carga
para o infinito. Isso caracteriza um tipo de onda eletromagnética de
Maxwell. A onda seria representada por uma região do campo que está se
atualizando (está tomando ciência de que a carga foi acelerada). Na teoria
de Maxwell essa onda contém energia que se propaga pelo campo. Ou seja,
existe uma energia própria ao campo estacionário pré-existente e existe uma
energia própria à onda eletromagnética, e que está se propagando pelo espaço
e delimitando duas regiões de campos estacionários distintos.

Se pensarmos numa quintessência imaterial, tentando adaptar as idéias de
Newton ao eletromagnetismo, as coisas serão bem diferentes. A carga elétrica
em repouso emite informações (a quintessência) relacionadas ao giro dos
elétrons (giro clássico, mas não "spin" quântico). Se a carga for acelerada,
o campo também irá se atualizar no decorrer do tempo, porém graças tão
somente a esse processo não haverá energia se propagando. Suponha, no
entanto, que por algum motivo relacionado à natureza íntima do elétron, essa
aceleração faça com que o mesmo emita corpúsculos de Newton (corpúsculos de
luz). Esses corpúsculos são materiais e portanto transportam energia no
sentido clássico do termo. Ou seja, o campo do elétron em repouso contém
informações emitidas constantemente, e não dotadas de energia alguma. Quando
o elétron é acelerado, uma certa região desse campo irá conter informações
diferentes das anteriores e a testemunharem que num determinado momento de
seu passado esse elétron foi acelerado. Nessa mesma região podem existir
corpúsculos de Newton que foram emitidos em virtude da aceleração (a
velocidade das informações e dos corpúsculos é a mesma). Se existirem
corpúsculos, essa radiação será energética; caso contrário teremos uma
radiação de conteúdo nulo de energia. Essa possibilidade de energia nula já
está comprovada tanto na prática quanto em teoria, mas as explicações que
são dadas ao fenômeno via de regra são estratosféricas e quase sempre a se
apoiarem na pura ficção, pois firmam-se na idéia de que para ser clássica, a
explicação deveria se justificar através do argumento apresentado no
parágrafo anterior (teoria da luz de Maxwell).

É interessante notar que essa região do espaço a conter os corpúsculos de
luz, na realidade contém três entidades diversas e não apenas duas. Existem
os corpúsculos, existe o campo emitido pela mesma fonte que emitiu os
corpúsculos, e existe o campo emitido pelos corpúsculos (pois estes também
são materiais e informam o seu movimento à vizinhança). Os dois primeiros
viajam juntos, mas o terceiro espalha-se a partir de um corpúsculo que
esteja viajando a uma velocidade clássica igual a c. Ou seja, os corpúsculos
de luz emitem informações a uma velocidade igual a c em relação a eles
próprios, e a uma velocidade igual a 2c em relação à fonte de luz. Lembro
que este c é clássico, e não deve ser interpretado com as mesmas restrições
e/ou com o absolutismo inerentes à relatividade moderna.

Voltemos ao elétron: Se a aceleração for do tipo do salto do elétron de uma
órbita de um átomo para outra mais estável, o número de corpúsculos de
Newton emitidos será fixo e a caracterizar o que os físicos modernos chamam
fóton. Ou seja, um fóton seria um conjunto de corpúsculos de Newton emitidos
seqüencialmente, um atrás do outro, e com seu número fixado pelo estado
inicial e final do elétron no átomo considerado. E esse estado é regulado
pelos campos que mantém a estabilidade da dupla elétron-próton no átomo, e
de alguma maneira a relacionar-se com a constante de Planck. Lembro que esse
campo não é um campo de Coulomb, pois isso já foi demonstrado por Bohr, em
1913, incompatibilizar-se com a física clássica. Do contrário, teríamos que
inventar uma física a burlar alguns aspectos da teoria de Maxwell, e essa
física nada mais é senão a mecânica quântica.

Perceba então que o corpúsculo de Newton seria um pequenino pedaço do
elétron, ou seja, uma dentre as milhares de partículas idênticas que
constituem o elétron. Um elétron nada mais é senão uma infinidade de
corpúsculos de Newton dispostos caprichosamente no espaço. Posso até
descrever como imagino essa estrutura em detalhes íntimos, mas diria que a
imagem, ainda que dotada de lógica, tem forte teor especulativo. Descrevi
essa natureza íntima do elétron em um livro que escrevi em 1983 e publiquei
em 1985. De lá para cá mudei muito pouco essa imagem, mas ainda não tenho
certeza de que ela se justifique plenamente.

Ora, se o elétron é constituído por corpúsculos de Newton e o fóton é uma
coleção desses corpúsculos lançados pelo elétron e alinhados, não é absurdo
pensar na existência de uma propriedade comum a elétrons e fótons. O que o
elétron informa (informação do movimento da matéria) nada mais é senão a
somatória dos efeitos de seus inúmeros corpúsculos. Se o campo de um elétron
é diferente do campo de um fóton, isso se deve tão somente a caprichos
relacionados ao movimento relativo dos corpúsculos de Newton ser diferente
de um caso para outro. Mas a origem é uma só e o campo individualizado é o
mesmo, apenas a somatória dá um resultado diferente. Em nenhum dos dois
casos estaremos frente a um campo da teoria de Maxwell, pois este somente
surgirá quando agruparmos um grande número de elétrons na superfície de um
condutor. Somente aí surgirá a lei de Coulomb. Ou seja: 1) existe um campo
emitido por cada corpúsculo de Newton, em virtude de seu movimento; 2)
existe um campo emitido por agrupamentos desses corpúsculos, e diferente
conforme o agrupamento seja um fóton ou um elétron; e 3) existe um campo,
agora de Coulomb, emitido por agrupamentos de elétrons dispostos na
superfície de um condutor. Existirá coisa mais simples em teoria? Pois a
minha teoria trata exatamente desses campos e como explicar os fenômenos
físicos utilizando-se dessas informações do movimento da matéria. Fora disso
não existe mais novidade na "minha" física que já não tenha sido descrita
sobejamente por Newton. Ou seja, a "minha" física tem muito pouco de "meu"
que não seja a redescoberta de uma genuína física newtoniana. O maior
desafio, a meu ver, seria explicar a gravitação às custas desse mesmo campo
elementar (campo de informações), mas creio ser perfeitamente possível, e
acredito já ter chegado a esse requinte, restando-me algumas poucas dúvidas
a respeito. Mas esse é um assunto que pode ser deixado para uma outra vez.

Ufa! Espero ter respondido a pergunta, mas...
Qual era a pergunta mesmo? ;-)). Fique a vontade para rebater, pois apesar
de a resposta ter sido longa, procurei sintetizar ao máximo, e queimei
muitas etapas.

> Perguntinha primaríssima: onde dentro da física clássica
> pode-se construir um modelo para tais campos e representar
> convenietnemente as partículas a ele associadas? O mesmo pode
> ocorrer com o elétron?

Creio que respondi acima, mas certamente ficaram muitas coisas pendentes. Em
caso de dúvidas coloco-me a disposição até mesmo para fazer um update ou uma
versão atualizada dessa explicação. ;-)

> > se quisermos utilizar aquele artifício de aproximar uma solução da
> > dinâmica de baixas velocidades (quase-estática) para a dinãmica de altas
> > velocidades, isso fará sentido se, mas somente se, efetuarmos essas
> > correções contidas nas entrelinhas de toda a obra de Newton e totalmente
> > previsíveis utilizando-se a relatividade de Galileu.

> Lígia: Segundo um professor meu de Estrutura da Matéria, Einstein
> teria sido um grande oportunista e bastante popular apesar de (talvez
> por ) suas esquisitices... agora, a partir dessa sua explicação
> começo a descortinar o porquê... :) Aparentemente desde que a
> física foi instituída como a conhecemos hoje, já continha os esboços
> finais de tudo o que veio a ser postulado a partir do início do sec.
> XX, fazendo com que as conquistas da física moderna sejam meramente
> questões de ajuste matemático a partir de certas considerações que
> ainda necessitavam de reajustes. Agora mais uma pergunta: é nisso
> que você se baseia para a luta armada como defensor da Ordem
> Newtoniana?

Não sei se entendi, então vou responder sem ter muita certeza a respeito do
questionamento.

Quando percebi que a física moderna estava errada, cheguei a pensar que
estava frente a uma nova física. Com o tempo acabei concluindo que a física
que procurava já existia e estava perdida no tempo, pois o que se diz hoje
ser física newtoniana apóia-se na negação das principais idéias de Newton.
Pessoalmente falando, admiro muito mais Einstein do que Newton. Einstein,
*como cientista* simbolizou a humildade e deu um exemplo a ser seguido por
todos os jovens que pretendem se dedicar a ciência; já o Newton foi muito
arrogante e egocêntrico para o meu gosto. Noto, no entanto, que a física de
Newton é perfeita e a física de Einstein está errada. Aliás o próprio
Einstein sabia que sua física estava incompleta (coisa que poucos entenderam
na época, e creio que a maioria não entende até hoje), e se não conseguiu
completá-la foi, a meu ver, porque estava se apoiando em postulados falsos.

> Por falar em Newton: assisti um programa da
> série "Experimentos que Mudaram o Mundo" da National Geographic em
> que a história de Newton é contada em seus nuances menos
> explorados... dizia que Newton como outros brilhantes matemáticos e
> filósofos e astrônomos ( como Kepler ) acabava suas aulas nas salas
> de Cambridge falando só: seus alunos não assimilavam suas idéias e
> abandonavam-no antes mesmo do final das explicações. Fiquei pensando
> na solidão experimentada pelos grandes cérebros...

Apesar da arrogância e do egocentrismo, ele pagou um preço caro pela glória,
e não tenho dúvidas que essa glória foi merecida. Isso que você comenta
provavelmente ocorreu na fase em que ele ainda era desacreditado. Aliás,
dizem que a obra de Newton só foi publicada graças à insistência e ao
financiamento de seu amigo Halley (o mesmo que deu o nome ao cometa), e só
fez sucesso muito tempo após, e no continente europeu. Só depois disso foi
que a Inglaterra começou a acreditar no seu mais brilhante súdito de todos
os tempos. Creio que a glória subiu-lhe a cabeça, pois ele abandonou a
ciência para se dedicar à política. O Newton arrogante e egocêntrico
parece-me ter sido o Newton político. É bom lembrar que Einstein foi
convidado para ser o primeiro presidente (ou cargo equivalente) de Israel e
não aceitou. Certamente a recusa não se deu por não gostar de Israel, mas
por não se considerar a melhor pessoa para ocupar o cargo.

> > Se dissermos que a partícula é puntiforme, estaremos cometendo um erro
> > infinitesimal capaz de se propagar numa integração, por exemplo, de
> > maneira a se traduzir num erro resultante brutal.

> Lígia: Entendo. Qualquer detalhe omitido ou acrescentável pode
> resultar num absurdo ao final da calculeira... então seria o caso
> de "achar-se" a massa de um foton, o que já foi possível, além de um
> tamanho considerável em termos estruturais. Ao que tudo indica não
> se está longe disso... Assim, a partir de possíveis dimensões de um
> fóton, você considera que a Física Clássica possa vir a ser
> utilizável para fenômenos somente explicáveis pela MQ?

Esse é um requinte teórico que acredito somente a física clássica poderá
chegar. Mesmo porque a quântica já selou uma impossibilidade nesta direção.
Para ser coerente com ela mesma creio que ela não poderá chegar na dimensão
do fóton a menos de uma incerteza "bem determinada". Existem ainda as
implicações relativistas a complicarem bastante o processo.

> > > O "campo" gerado por tal movimento é o que você está
> > > considerando como "campo de informações emitidas" por ele?

> > Sim. Esse seria, a meu ver, o campo mais elementar e, ao mesmo
> > tempo, a razão de ser de todos os demais campos relacionados a forças.
> > [...]

> Lígia: Que interessante. E é engenhoso também. Agora, pergunto: o
> que seria deformado/movimentado a partir da ação desse "empurrão à
> distância"?

Se a partícula realmente for elementar (como acredito sejam os corpúsculos
de Newton) ela não se deforma, simplesmente se desloca sob o efeito da ação
a distância (como um corpo rígido reage a um campo do tipo gravitacional,
por exemplo - ele simplesmente cai se estiver em repouso, ou modifica sua
trajetória se estiver em movimento). Se a partícula não for tão elementar,
digamos um elétron ou mesmo um átomo, as deformações, via de regra, serão do
tipo elástica, e o efeito final será como se não houvesse deformação alguma.
Existe uma exceção importante a essa regra, mas não sei se seria o caso de
ser discutida aqui. Refiro-me a situações relacionadas ao que poderíamos
chamar termodinâmica de partículas elementares. O importante é perceber,
como disse ao responder à primeira pergunta, que a partícula pode reagir de
duas formas: ou simplesmente altera seu movimento, ou então emite também
partículas que entram na sua constituição. Se essas partículas saírem como
fótons, teremos uma situação perfeitamente elástica e reversível. Do
contrário entramos no terreno da termodinâmica dos processos irreversíveis.

> No caso de um elétron, até admite-se que haja um campo
> elétrico, ou mesmo magnético a ser deformado pela ação do movimento
> de translado do elétron... e um fóton, como ficaria? A quais campos ele
> "deformaria"?

Como dei a entender acima, campos elétrico e magnético são campos complexos,
somatória de campos mais simples. O que existe na realidade é esse campo
elementar a se manifestar muitas vezes por efeitos complexos (empurrões
complexos, como a repulsão entre duas cargas elétricas de mesmo sinal). Pela
minha teoria não é sempre que dois elétrons se repelem, há condições em que
eles chegam a se atrair. Com o fóton a situação também é complicada. Se eu
afirmo que o elétron é um agrupamento de corpúsculos de Newton, certamente
esses corpúsculos de alguma forma se atraem, pois do contrário o elétron se
esfacelaria em virtude de seu giro e da inércia. Não é impossível chegar a
equações a retratarem esse fenômeno, o difícil está na aceitação da hipótese
de trabalho, e que reside tão somente na aceitação do campo mais elementar e
o único que efetivamente existe no nosso universo, o "campo de informações
do movimento da matéria". Os demais campos nada mais são que somatórias
particulares desse único campo efetivamente existente. Assim como podemos
construir objetos extensos com uma única peça Lego, também é possível se
pensar em campos complexos gerados pela somatória de um único campo
elementar. Aliás, os físicos estão há séculos procurando por esse campo, e
ele está bem debaixo do nosso nariz.

> Ou você apenas considera a interação de tal
> fóton/empurrão-à-distância-do-mesmo com as superfícies e possíveis
> campos associados às moléculas que o componham?

Eu interpreto esse empurrão (ou puxão) a distância como equivalente àqueles
efeitos macroscópicos aos quais damos os nomes gravitação, efeito elétrico e
efeito magnético. Eles ocorrem a distância sem que vejamos nada. Solto meu
lápis e ele cai numa direção bem definida, como se soubesse que a Terra está
abaixo. Ou seja, o lápis sofre um puxão a distância do mesmo tipo de todos
esses outros puxões ou empurrões. De alguma maneira ele foi "informado" pela
Terra que a Terra estava abaixo dele. O mais é especulação. Eu tanto posso
dizer que trata-se de um efeito transportado por um éter (segundo Maxwell),
como por um vácuo quântico sofisticado e a fabricar partículas virtuais
(segundo os físicos modernos) ou por um nada (espaço absoluto) onde viajam
essas informações (segundo Newton).

Uma coisa é certa: Existe uma quintessência do universo, e nenhuma física
consegue sair do papel e ir para o laboratório se não assumir essa
existência. O problema é descobrir qual dessas quintessências é a mais
lógica. Escolhida uma, não há mais porque se pensar nas outras, a menos que
a teoria se mostre inconsistente e/ou a menos que se queira repensar a
lógica adotada. Talvez fosse o caso de os incrédulos utilizarem-se da
navalha de Occam. Seguindo-se a física newtoniana, podemos pensar tão
somente em uma única entidade imaterial. Nada nessa mão e nada na outra.
Segundo a física quântica existem incontáveis entidades estratosféricas
(partícula sem massa, partícula com massa, partícula sem massa mas com
energia, partículas virtuais, spin que não é giro, incerteza, salto
quântico, cordas vibrantes, anti-matéria, dualidade, colapso, descolapso,
táquions, não-localidade, universos paralelos, ...). Porque não pensar em
uma não-partícula sem massa nem energia a que Newton teve a infeliz idéia de
chamar por "espírito da matéria"? Garanto que não será preciso pensar em
mais nada, e a comunidade dos físicos, trabalhando em conjunto em cima dessa
idéia, que não é minha mas de Newton, conseguirá fazer a física evoluir 200
anos em menos de cinco. Quanto ao tempo perdido no século XX... Digamos que
o XX passará para a história como o século da mentira. Mas ciência é isso
mesmo. Alguém tinha que explorar esse labirinto que hoje sabemos não dar em
lugar algum.

Continua na 2ª. Parte (breve).

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Determinismo vs Não-determinismo ( era Re: SuperCordas)
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/02/2003 00:07


>From: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Determinismo vs Não-determinismo ( era Re:
>SuperCordas)
>Date: Tue, 18 Feb 2003 20:12:38 -0000

Oi Colucci,

De maneira geral eu concordo com sua análise sobre a mensagem da
Lígia, mas gostaria de fazer algumas observações.

>Isso afeta o estudo em pelo menos dois níveis, o metodológico e o
>filosófico. No primeiro, abandonamos qualquer pretenção de conhecer o
>estado futuro de um sistema, preferindo descrevê-lo em termos de
>probabilidade. No segundo, (a Ciencialist não é o espaço para
>desenvolver esse tema) verificamos que estamos aqui devido a uma
>situação única dentre as infinitas situações possíveis.

Esse livre arbítrio da mecânica quântica não é tão absoluto.
A própria distribuição de probabilidades está sujeita à leis
completamente determinísticas. E numa interpretação particular
minha, a física quântica é completamente determinista (mas esse
assunto já é outro departamento).

>A grande fascinação dos físicos pela supersimetria é que
>ela tem como consequência inevitável a gravidade, que não é bem
>explicada por nenhum outro modelo proposto.

Ainda não existe uma teoria consistente da supergravidade, até
onde eu sei.

>Na minha opinião de leigo, os motivos para
>agarrar-se à ciência do passado são psicológicos e culturais, não
>científicos.

Você não está sozinho.

Abraços,

Guilherme



_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/02/2003 00:40

>ALBERTO MESQUITA: Ou seja, o campo do elétron em repouso contém
informações emitidas constantemente, e não dotadas de energia alguma.<

Alberto,

Sem tempo e energia para um e-mail caudaloso, eu apreciaria se você
esclarecesse o ponto acima de sua teoria. Parece que as suas partículas
violam a primeira lei da termodinâmica. Segundo o chamado "Princípio
Totalitário", qualquer partícula de massa finita deve ser instável pois
seu decaimento na forma de partículas menores resultaria em aumento de
entropia.

A física quântica resolve bem esse problema, explicitando quais
partículas devem decair e como, em perfeita concordância com os fatos
observados.

Um abraço,
Colucci





SUBJECT: Determinismo vs Não-determinismo
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/02/2003 01:42

Oi Colucci!

--- Em ciencialist@y..., "josecolucci" <j.colucci@r...> escreveu
> É bastante possível que o que consideramos não-determinístico hoje
> mostre-se determinístico amanhã, em nível mais elementar. A
> causalidade estaria oculta por um processo complexo que ainda não
> entendemos. Mas isso é especulação. O fato é que tudo o que sabemos
> hoje indica que o universo é não-determinístico.
>
> Isso afeta o estudo em pelo menos dois níveis, o metodológico e o
> filosófico. No primeiro, abandonamos qualquer pretenção de conhecer
o
> estado futuro de um sistema, preferindo descrevê-lo em termos de
> probabilidade. No segundo, (a Ciencialist não é o espaço para
> desenvolver esse tema) verificamos que estamos aqui devido a uma
> situação única dentre as infinitas situações possíveis. Por acaso.


Deixa ver se eu entendi: Em termos filosóficos, o não-determinismo
apenas dá asas à idéia de que não há uma direção pré-estabelecida e a
ciencialist não é o espaço para este tipo de debate, concordo. Já em
termos metodológicos, apenas o que é possível ser previsto com base
nos dados obtidos é projetado em termos futuros, tendo abertura ao
imprevisto. Mas é interessante notar que há uma certa necessidade de
que as experiências obtenham mesmos resultados quando repetidas para
que as idéias assumam o status de Teoria, ou em casos extremos de
Lei, o que por si dá a idéia de um grau de determinismo...


> O não-determinismo e a incompletude são mais difíceis de aceitar.
> Tome a relatividade como exemplo. Veja a popularidade de Einstein.
> Qualquer garoto de curso secundário hoje é capaz de recitar as
> implicações da relatividade. O tema foi explorado à exaustão por
> filmes e histórias de ficção. Já Heisenberg, na física, e Gödel, na
> matemática, permanecem desconhecidos do grande público. As
> implicações de suas descobertas são desconcertantes e ferem o que
> temos de mais caro.



Incerteza e incompletude... ou a idéia de que nada pode ser descrito
com a precisão que se deseja sem incorrer no erro ou sem se levar em
consideração uma margem de erro induzido pelo próprio acerto. Mas de
um modo geral a vida se mostra assim mesmo. Não entendi o "terror"
atribuível aos argumentos de tais vultos científicos e a popularidade
de Einstein devido a outro motivo mais "aceitável", por assim dizer.
Está bem que a relatividade de Einstein abriu janelas para novos
horizontes e impulsionou a imaginação das pessoas melhor do que a
incerteza de Heisenberg ao deslocar o referencial para o campo do
relativismo e dependência do observador... Mas teria sido esta falta
de empatia com o imaginário do público o motivo de Heisenberg, por
exemplo, ter permanecido obscuro? Penso que antes seja pela falta de
compreensão do que ele diz, ou pela natureza restritiva de suas
afirmações, já que tudo se passa num âmbito microcósmico por assim
dizer enquanto a teoria de Einstein, no que se refira à dilatação do
tempo, pode ser até mesmo "visível" e mensurável com instrumentos
simples como cronômetros.



> Outra coisa que me perturba é essa fé inabalável na capacidade
humana
> de entender as coisas. Não é impossível que à medida em que nos
> aproximamos da intimidade do universo ele se revele complexo demais
> para o nosso entendimento.


Nisso eu concordo com você. É pretensão demais... mas por outro
lado eu penso cá com meus botões que a explicação para o Universo só
parece complicada demais porque estamos olhando do lado errado. É
como olhar para o horizonte observando-o pelo lado errado do
binóculo: a imagem parece distanciar-se... bastaria mudar de lado
para que a imagem parecesse mais clara e o horizonte mais
próximo... :)



> >LÍGIA AMORESE: Só pensando: se a superssimetria conseguir chegar
a
> ser uma Teoria bem alicerçada, a idéia de não-determinismo acaba
> sendo ameaçada em seu cerne, não?<
>
> Não se deixe iludir pelo nome. A supersimetria não restaura o
> determinismo, pelo menos não nesse sentido que você sugere. A
> supersimetria expressa relações fundamentais entre espaço-tempo e
os
> campos bosônicos (exemplo: fótons) e fermiônicos (exemplo: prótons
e
> elétrons). A grande fascinação dos físicos pela supersimetria é que
> ela tem como consequência inevitável a gravidade, que não é bem
> explicada por nenhum outro modelo proposto. Uma de suas
consequências
> confirma a mecânica quântica: os eventos subatômicos são não-
> determinísticos e só têm sentido como probabilidade, porém no nível
> objetivo (o nosso) o determinismo é restaurado pelo colapso da
função
> de onda.


Obrigada pela explicação digerível! Até hoje eu vinha apenas
mastigando sem ser capaz de engolir tal idéia... :) De toda forma
eu fico pensando na possibilidade de uma simetria "latente" à
formação da matéria. A idéia de "pluguinhos" de armar dos quarks
fica muito mais interessante quando apreciada pela ótica da
supersimetria... e quanto ao determinismo latente a esta idéia de
tudo obedecer a uma simetria intrínseca que você descarta, vou tentar
elaborar melhor e envio assim que puder.


> >LÍGIA AMORESE: E aí, qual seria a necessidade de tentar provar ou
> adaptar a Física de outrora à parafernalha desorganizada de uma
> Física atual que prima por defender um universo de natureza Não-
> determinística?<
>
> Não há necessidade alguma. A física clássica jamais daria conta da
> complexidade observada no universo. Um satélite não chega a Marte
sem as
> correções relativísticas de órbita, muitos circuitos eletrônicos
> miniaturizados (especialmente os novos chips de memória) não
> funcionariam sem os cálculos quânticos envolvidos em seu projeto.
> As "novas físicas" (com pouco menos de 100 anos) já passaram da
> ciência para a tecnologia. Na minha opinião de leigo, os motivos
para
> agarrar-se à ciência do passado são psicológicos e culturais, não
> científicos.


É certo que a MQ possibilitou o boom tecnológico. Mas a idéia de
quem busca "resgatar a Física de outrora" é justamente entender os
meandros, não só da calculeira envolvida na MQ mas da natureza do que
ela, a calculeira, está representando. Vamos dizer que a MQ queima
muitas etapas importantes em termos da assimilação conceitual "do que
está acontecendo de verdade, oras bolas". Fica difícil filosofar
sobre a MQ com bases científicas. E é chato ouvir respostas do
tipo "é assim porque é e ponto" quando uma pergunta sobre a equação
Psi é lançada. Eu por exemplo, gosto de explicações que satisfaçam a
necessidade de entender os mecanismos da coisa. Detesto "pf", prato-
feito. Quero saber o que estou ingerindo e assim complica muito não
ter idéia do que se trata "mas mesmo assim ter que engolir"... e
isso acontece muito quando se tenta entender a MQ em seus
detalhes "impublicáveis".

Engraçado que justamente pelo mesmo motivo de ser difícil filosofar e
esmiuçar muito em matéria de questionamentos sobre a MQ é que há a
margem para que muitas pessoas associem idéias disparatadas a esses
conceitos criando "seitas científicas" do tipo "Filhos de Plank" :)
Ou ainda que vários cientistas emprestem uma visão mágica para tudo o
que envolva os quanta...

Quanto ao emprego pela tecnologia, eu penso que quanto mais técnica
uma idéia for, menos inteligível ela se torna, sendo apenas redimível
pelo uso... assim a "prática" salva a Quântica. Daí o fato dela ser
amplamente utilizada no mundo em que vivemos, sem contudo ser
compreendida em sua natureza intrínseca... Oras, e quem liga para
tais detalhes? Eu ligo e acredito que quem defenda a física do
passado ligue também (Alberto que o diga ;).


Beijos, Lígia





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/02/2003 06:44

----- Original Message -----
From: "Jose Colucci Jr."
Sent: Wednesday, February 19, 2003 12:40 AM
Subject: RE: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte

> > ALBERTO MESQUITA: Ou seja, o campo do elétron em repouso contém
> > informações emitidas constantemente, e não dotadas de energia alguma.<

> Sem tempo e energia para um e-mail caudaloso, eu apreciaria se você
> esclarecesse o ponto acima de sua teoria. Parece que as suas partículas
> violam a primeira lei da termodinâmica.

Olá Colucci

Sua intuição parece-me estar funcionando a todo o vapor. Parabéns.
Felizmente não precisarei ser caudaloso, pois a resposta poderá ser obtida
com a leitura de um pequeno artigo intitulado "Variáveis escondidas e a
termodinâmica", contido em apenas uma página web. Pode ser lido tanto em
português quanto em língua alienígena a partir de
http://ecientificocultural.com/Eletron2/termodinamica.htm . No formato doc
pode-se fazer o download do artigo em ftp://ftp.usjt.br/pub/revint/179_3.ZIP
(em português) ou em ftp://ftp.usjt.br/pub/revint/68_24.ZIP (em inglês).
Qualquer dúvida e/ou crítica a respeito estarei à disposição para o que der
e vier, mas nesse caso muito provavelmente terei que ser caudaloso. ;-)

> Segundo o chamado "Princípio Totalitário", qualquer partícula de massa
> finita deve ser instável pois seu decaimento na forma de partículas
> menores resultaria em aumento de entropia.

Se não me falha a memória, esse princípio é do tempo dos filósofos
pré-socráticos e em sua versão atual, devida a GellMann, diria o seguinte:
"tudo o que não está proibido é obrigatório". Seria esse? Uma versão um
pouco mais light do mesmo princípio diz o seguinte: "tudo o que existe deve
ser encontrado, e o que não existe deve ser demonstrado". As duas versões
são, a meu ver, altamente contestáveis, e não tenho dúvidas que poderiam
alimentar uma discussão filosófica de meses a fio. Aqui na Ciencialist o
único cético assumido, dentre os que dialoguei, a defender algo do gênero
foi o Jocax, que anda sumido por sinal. O Jocax é um dos poucos mortais
dotado da rara habilidade de conseguir "demonstrar" inexistências.

Filosofias a parte, não me parece que isso tenha nada a ver com a
termodinâmica tradicional, mas como existem dezenas de termodinâmicas menos
rigorosas, uma para cada gosto, é bem possível que esse princípio venha a
ser importante para alguma dessas. De qualquer forma, independentemente da
validade ou não desse "princípio totalitário", pretender aplicar as leis
macroscópicas da termodinâmica (em especial a segunda) tanto para o
macrocosmo quanto para o microcosmo, parece-me uma tarefa sob certos
aspectos imprudente, a menos que acompanhada de imensos cuidados e com a
certeza de estarmos entrando num terreno minado e repleto de surpresas nem
sempre agradáveis.

> A física quântica resolve bem esse problema,

Isso nunca ouvi ser citado por físicos sérios, do porte de Mário Schenberg.
Se você se der ao trabalho de ler o artigo acima referido, encontrará uma de
suas citações a respeito, e vou reproduzi-la aqui: "Há uma coisa sobre a
qual a mecânica quântica não lançou luz alguma: o segundo princípio da
termodinâmica. Este continua tão misterioso quanto antes. A lei de
crescimento da entropia não pode ser até agora deduzida nem pela mecânica
estatística clássica, nem pela mecânica estatística quântica. Há, aí, alguma
coisa de fundamental que ainda não compreendemos. Quando uma coisa começa a
se complicar muito, é sinal de que é preciso simplificá-la." Isso foi dito
em 1984, mas ou muito me engano, ou ainda faria sentido nos dias atuais
(quero crer que de lá para cá não foi criada nenhuma hipótese ad hoc a
contestar esse pensamento de Schenberg).

> ...explicitando quais partículas devem decair e como, em perfeita
> concordância com os fatos observados.

Entendo agora o porque desse princípio ser tão importante para os quânticos:
"tudo o que não está proibido é obrigatório". O princípio em si justifica
todas as hipóteses ad hoc que os quânticos sabem fabricar como ninguém. E
justifica também o fato de professores de uma universidade pública terem
sido PROIBIDOS, por seus "patrões", de assistirem a uma palestra que
ministrei *em um de seus territórios*, a convite de um Secretário da Cultura
que, no início da década de 90, julgou estar promovendo a sua cidade
organizando ciclos de palestras na universidade local (isso parece piada,
mas retrata a realidade brasileira). O mais incrível é que proibiram os
professores, mas *para agradar o político* obrigaram seus alunos de
graduação e de pós-graduação a assistirem a palestra (tudo o que não é
proibido é obrigatório). Vá entender a covardia aliada à incoerência do
Olimpo Acadêmico Brasileiro. Parece-me que estavam com medo de enfrentar um
médico metido a físico na presença de seus alunos. Covardes!, é o mínimo que
posso dizer.

[ ]´s
Alberto
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Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Mecânica clássica x quântica 2ª.Parte
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/02/2003 11:01

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese"
Sent: Monday, February 17, 2003 5:12 PM
Subject: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica

2ª. Parte
A primeira parte desta mensagem pode ser lida em
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/20943

> Lígia: Sim, mas ainda eu me atenho à idéia de que para um fóton,
> nada estaria diretamente associado a ele além de sua própria
> velocidade da ordem de c e da energia que ele "carregue" no
> movimento.

Realmente não é fácil abandonar essa idéia. Eu estou propondo uma teoria há
20 anos e ainda hoje, e com freqüência, me flagro "visualizando" coisas que
só existem adotando-se os modelos da física moderna. Se alguém for analisar
tudo o que escrevi desde então irá notar uma alternância incrível na imagem
que durante esses anos fui fazendo até chegar na visão atual que tenho sobre
a natureza da luz. E no entanto, trata-se de algo por demais elementar, tão
elementar que custo a crer que a verdade seja tão somente esta, e que tudo
no universo possa ser descrito tão somente com quatro essenciais. Veja que
até mesmo o termo quintessência é inapropriado, pois a rigor a "informação"
seria a quartessência da física newtoniana. As outras três são espaço,
matéria e movimento. Quintessência é coisa do tempo dos gregos antigos,
quando as outras quatro eram terra, ar, fogo e água.

> > É importante perceber que Planck nunca se conformou com
> > esse algoritmo, e é importante perceber que ninguém melhor do que ele
> > sabia o que poderia representar fisicamente esse algoritmo que dava
> > certo. Era uma coincidência fantástica, nada mais do que isso.

> Lígia: Nossa! A coincidência é tida por algo descartável... e como
> foi que nos pilares quânticos tal possibilidade de encarar-se
> uma "coincidência" com peso de "verossímil" pôde ser considerada?

Eu diria que naquela época não seria possível se pensar em nada diferente.
Afinal, o modelo matemático de Planck caia como uma luva na teoria da luz de
Maxwell e na experiência de Hertz com osciladores. E mais ainda: havia o
modelo atômico de Thomson e os supostos elétrons oscilantes de Lorentz. Ora,
que outras grandes autoridades nesta área da física teórica, além de Thomson
e Lorentz, existiam na época de Planck (além também do próprio) após a
morte de Maxwell, de Clausius e do descrédito em que caiu Boltzmann? Talvez
Poincaré, mas parece-me que este seria uma autoridade para nós, que
admiramos o seu trabalho.

Planck simplesmente construiu uma matemática em cima dessas idéias, mas
jamais se conformou com o resultado que dava certo. Mas ele estava sozinho
nesta empreitada, pois ninguém, além de Planck, teria coragem para
enfrentar, sem bases experimentais outras, os leões (Thomson e Lorentz) do
final do século XIX e início do século XX. Em cima disso as coisas foram se
acumulando, ou seja, erros em cima de erros. Qualquer idéia diferente
somente poderia vir a ser pensada, com base na experimentação que estava por
vir, através da experiência Geiger e Marsden realizada em 1909 e que deu
origem ao modelo de Rutherford. Assim mesmo, somente após a interpretação de
Bohr (1913). É muito curioso que ninguém tenha se preocupado em deixar de
lado os elétrons oscilantes em troca por elétrons em órbita. Como já
comentei em outra mensagem, a projeçao de um movimento circular é um
movimento oscilatório, portanto a matemática é muito semelhante.

Bohr chegou a receber, imediatamente após a publicação de seu trabalho, uma
carta de Oseen (1913), onde este diz o seguinte: "Como muito bem sabe, a sua
teoria levanta várias questões de diferentes espécies. Uma é evidentemente a
questão dos espectros. Outra é a de saber como deverá ser modificada a
teoria de Maxwell-Lorentz para que um átomo do tipo que propõe possa
existir". É principalmente com esta última questão que tenho estado ocupado.
Até aqui só posso dizer que cada vez vejo melhor quão profunda deverá ser
essa modificação. Mas creio que é necessária." Isso foi escrito em 1913 e
até hoje ao que parece ninguém teve a coragem de continuar os trabalhos de
Oseen. E a teoria de Maxwell está aí imutável, funcionando no macrocosmo mas
totalmente incapaz de justificar a existência do átomo. E sem que se promova
uma adaptação *decente* a ponto de que possa vir a funcionar no microcosmo.
Alguns que leem essa carta, a luz do que aprendem nos livros de física
moderna, acreditam que Oseen estava propondo essa balburdia que está por aí
sob o nome de mecânica quântica e que ninguém entende o que seja.

Pelo visto, a autoridade de Lorentz, não só com a idéia de elétrons
oscilantes, mas principalmente com sua teoria dos elétrons livres (também
chamada teoria dos *fluidos elétricos* incompressíveis, aceita até hoje como
tal) deve ter inibido o jovialíssimo Bohr de pensar em algo mais lúcido do
que as famigeradas órbitas permitidas. Como um garoto de 28 anos de idade
poderia pensar em fazer carreira universitária desafiando ao mesmo tempo os
dois veteraníssimos Lorentz e Thomsom? Afinal, Rutherford já havia abalado o
modelo de Thomson, logo convinha não mexer com o outro leão da física da
época. É incrível, mas a história da ciência tem muito disso. E o mais
incrível é que se eu estiver certo em minhas críticas, esses absurdos
continuaram se propagando por mais de 100 anos, indiferentes a todos os
gnomos quânticos que foram criados em série e com a maior naturalidade nesse
tempo. Mesmo porque o cordeiro (Bohr) um dia acabou transformando-se em
leão, como não poderia deixar de ser. Sem dúvida, após terem levado a sério
essa idéia de órbitas permitidas, a conviver com os elétrons oscilantes
compatíveis somente com um modelo que já havia saído de moda (Thomson) e a
ignorar a existência de órbitas, não restava mais nada a fazer senão
despersonalizar toda a física dos séculos anteriores.

> Nós já discutimos sobre isso lá na lista Livres-Pensadores... e
> ainda é uma incógnita para mim. Ainda mais porque sou sempre
> rechaçada pelas minhas idéias "místicas"... :)

Não vejo mal nenhum nesse misticismo, desde que saiba se delimitar a linha
divisória entre o que é ciência e o que é misticismo. O misticismo de hoje
pode vir a ser a ciência do amanhã, mas não podemos pensar nisso como algo
inevitável e sim como uma remota possibilidade. Por outro lado, não sei
porque os místicos se encantaram tanto com a mecãnica quântica. Ela é ficção
pura, e aqueles que realmente entendem de misticismo sabem que misticismo
não é tão somente ficção pura. A maior crítica que fiz ao livro de Capra (O
Tao da Física) foi que ele cometeu uma verdadeira heresia com a filosofia
oriental. A meu ver filosofia oriental é coisa séria, e física quântica é
brincadeira, é piada que já perdeu a graça. Não há como traçar um
paralelismo entre as duas.

> Lígia: A idéia nem é de "quebra" de tais moléculas, Alberto. Se eu
> me recordo bem da explicação de meu saudoso Toshio, professor de
> quântica, tal branqueamento dá-se pela emissão de fótons em
> efeito "rebote"... sem comentários.

Deixemos a quântica para os quânticos. Eu me contento em admitir a
existência de uma explicação clássica.

> Lígia: Bem... *SE* a energia fosse propagada continuamente, penso
> que a superfície exposta/bombardeada por tal emissão contínua estaria
> sujeita a uma desestruturação contínua nas camadas de última valência
> de suas moléculas superficiais sem nem ser necessário levar-se em
> conta que haja diferenças de ângulo/estrutura das mesmas. Parece que
> isso seria de pouca importância e é nesse aspecto que os quânticos se
> revezam dando a entender que o branqueamento seria "imediato"...

Gostei do *SE*. Pelo visto, os quânticos desconhecem esse vocábulo quando se
referem à física clássica. Meu avô costumava dizer que SE a avó dele tivesse
rodas seria uma carroça. Os quânticos não estão muito longe disso: SE a
física clássica fosse o que eles admitem, a única alternativa que nos
restaria seria irmos trabalhar no teatro de comédia que eles criaram.

> Lígia: [...} É um angu, sim... mas dá estrutura para o argumento do OMO
> e a camiseta do Guilherme ficando branquinha num átimo!

Sem dúvida. Eu diria que isso relaciona-se àquele algo mais (ou ad hoc) que
só a quântica consegue nos proporcionar. :-)

> Lígia: Só um parêntesis: a idéia de tais elétrons oscilantes é a
> que estipula a existência de orbitais?

Pelo contrário. Eu diria que a idéia de órbitas (sem i) [da teoria quântica
primitiva de Bohr a apoiar-se no modelo atômico de Rutherford] contrapõe-se
ou deveria ter substituído a idéia de elétrons oscilantes (de Lorentz e
compatível com o modelo atômico em pudim de passas de Thomson). Não
obstante, manteve-se as duas idéias, e em meio à confusão reinante alguém
fez uma salada mista criando os orbitais matemáticos. Esses seriam órbitas
que não são órbitas e onde os elétrons poderiam oscilar e/ou orbitar e/ou
saltar daqui para lá conforme a necessidade do freguês. Se nada disso der
certo, existe ainda a possibilidade de se pensar nos elétrons *livres*
oscilantes de Lorentz, também a gosto do freguês. Em quântica tem sempre um
jeitinho pra tudo, até mesmo para se criar novos ad hoc's sempre que
necessário for.

> Lígia: E de que tipo de carga elétrica estamos falando quando
> falamos em elétrons?

Eu prefiro dizer que o elétron, ao emitir informações de seu movimento, gera
concomitantemente um campo de efeitos elétricos (bem diferente do campo de
Coulomb) e um campo de efeitos magnéticos (bem semelhante ao campo da lei de
Biot Savart). Não vejo necessidade nenhuma de dotar o eletron de um nome a
retratar esses efeitos. Carga elétrica é apenas um nome a retratar um efeito
comum a determinados objetos macroscópicos. Ela serve apenas para
caracterizar o que há de comum a esses objetos. O elétron já tem um nome,
logo não há porque criar outro, e não há porque considerar esse efeito como
a caracterizar uma carga. Afinal, ele estaria carregado de quê?

O importante é perceber que o elétron ao se dispor na superfície de um
condutor dá origem a um campo de Coulomb, é suficiente efetuar a integração
do seu campo de efeitos elétricos. E se um grande número desses elétrons
trafegarem por um fio condutor, a integração de seus campos dará como
resultante a lei de Ampère. Toda essa matemática eu já cheguei a checar e a
demonstração está em meu website, mas não é fácil expor em linguagem txt. Se
houver interesse, poderei reproduzir a demonstração aqui, mas precisarei
recorrer a inúmeras figuras gif.

> Lígia: Então, mãos à obra! A GUT merece ser Newtoniana! :)

Sem dúvida, se existir será.

> Lígia: E se houver mesmo tal "espírito da matéria"? Eu fissurei
> nessa idéia, desculpe... mas seria algo muito interessante criar uma
> matemática com bases na lebre que Newton levanta como possibilidade
> não apenas matemática.

Eu diria que qualquer teoria de campos de interações cedo ou tarde esbarrará
nessa obrigatoriedade de levar em consideração o "espírito da matéria"
newtoniano, seja com o nome que quiserem dar. Conseqüentemente, toda
matemática de campos de interações acabará se traduzindo no que poderíamos
chamar "Princípios Matemáticos da Filosofia Natural", vulgarmente conhecido
por Principia. Ou seja, o que estou propondo seria um update, ou uma versão
atualizada e adaptada ao nosso tempo da genuína física newtoniana.

> Lígia: Alberto! Você é muito gentil. E eu sou intuitiva se não
> posso ser culta, certo? Meus conhecimentos são parcos, só me
> restando portanto uma mente aberta, uma vontade muito grande de
> entender as traquinagens da vida... além de uma curiosidade
> compulsiva.

Eu acho que o ser intuitivo não precisa se preocupar em ser mais nada, é
suficiente deixar o barco correr e saber separar o joio do trigo.

> Nunca peguei você de jeito antes porque fiquei
> penalizada de imaginar o quão cansativo seria ter que
> me "aguentar"...

Então estamos empatados. Se é pra cansar é comigo mesmo. :-) O Colucci, por
exemplo, não me güenta. Toda vez que ele responde alguma mensagem minha ele
solicita que eu não seja "caudaloso" ou outros bichos. :-) Já pensou se eu
respondo para ele em duas mensagens quilométricas? Cruiz, credo! Ele se
naturaliza americano rapidinho. ;-)

> além do fato de eu querer entender o porquê do
> pessoal ficar jogando pedras antes mesmo de argumentar com você.

Eu já nem sei como começou essa história, mas é anterior à internet. A
internet contribuiu apenas para transformar o efeito em bola de neve. Mas eu
estou aí para isso mesmo, quem sai na chuva é para se molhar.

> Agora, dado o tempo em que já nos vemos pelas órbitas da internet,
> achei que já seria possível começar o bombardeio... :)

Após esse primeiro bombardeio eu diria que entre mortos e feridos escaparam
todos. ;-) Quiçá a guerra do Bush fosse assim.

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Alberto
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carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Determinismo vs Não-dete rminismo - MQ determinista?
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/02/2003 12:15

At 00:07 19/02/03 -0300, Guilherme Peixoto wrote:

>Esse livre arbítrio da mecânica quântica não é tão absoluto.
>A própria distribuição de probabilidades está sujeita à leis
>completamente determinísticas. E numa interpretação particular
>minha, a física quântica é completamente determinista (mas esse
>assunto já é outro departamento).

Olá, Guilherme. Gostaria que você se alongasse nessa sua
interpretação de que a física quântica é completamente determinista. Porque
eu já ouvi isso de alguns físicos, mas nunca compreendi por que essa
interpretação. OK, a equação de Schrödinger, a equação fundamental da MQ, é
determinista. Porém, o formalismo da MQ não é só essa equação. É necessário
introduzir o colapso da função de onda quando se quer descrever o resultado
de um experimento. E o colapso parece-me um passo essencialmente
não-determinístico (probabilístico).

Abraços,
Belisário



SUBJECT: Re: Bissexualidade e outros temas - epílogo
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/02/2003 15:01

--- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> Bio-psíquica? O q. e' isso? Isso se come?

Não, não se come. 'Psicossocial' também não é comestível,
nem 'neuropsicológico', e muito menos 'sóciobiológico'.

Há uma disciplina que estuda as relações do psiquismo humano com a
sociedade. Tem por objeto os fenômenos 'psicossociais'. Mas, quando
se estuda as relações do psiquismo humano não com a sociologia, mas
com a 'biologia', então faz sentido falar em fenômenos 'bio-
psicológicos'. Claro que a psicologia é parte da biologia, de modo
que a expressão 'bio-psíquica' pode parecer uma redundância. Mas a
biologia é parte da física; entretanto, nem acha redundante
expressões como 'bio-física' ou bio-química, né?

> Discordo de q. haja muitos indícios a favor da neotenia como
processo
> predominante na evolução da linhagem humana.

Você é minoria.

> Discordo q. haja potencialidades evolutivas na criança ou em qq
> outros estágio de qq indivíduo de qq espécie. Evolução é um
fenômeno
> populacional e não individual, evolução é um fenômeno genético e de
> estágios de desenvolvimento.

Realmente, me atrapalhei com as palavras. Quis dizer 'potencialidade
de desenvolvimento', que é maior nos indivíduos jovens. Na idade
adulta -- que, em tese, representa o termo do desenvolvimento --, a
capacidade do indivíduo de se adaptar a situações novas e da
transformação do corpo e do comportamento pela ação dos hormônios
diminuem sensivelmente. Ademais, além das características próprias da
espécie (ainda imaturas, em fase de esboço), as crias também
apresentam características da infância das espécies ascendentes mais
próximas, muitas das quais irão desaparecer na fase adulta. Significa
dizer que o número de caracteres possíveis, entre os quais os
comportamentais, é maior na juventude. Ora, a variedade é uma
vantagem adaptativa.

> > a) Nos mamíferos, a castração do feto `in utero' (a retirada dos
> > testículos ou do ovário) "é sempre seguida do desenvolvimento de
um
> > aparelho genital, de glândulas mamárias e de um sistema nervoso
> > central com caracteres do sexo feminino"
>
> Isso não demonstra q. haja um default para a bissexualidade. Nem
> mesmo entre os meninos. (Muito menos nas meninas.)

Claro que essa sentença, considerada isoladamente, isto é, depois de
ter sido separada do contexto, não demonstra a minha tese. O que quis
dizer é que a testosterona é o hormônio responsável
pela 'desfeminização' do indivíduo; e que, nos casos em que o
desenvolvimento ontogenético se detém prematuramente,
a 'desfeminização' não se completa, restando, por conseguinte, no
macho adulto, um resquício de feminilidade.

> > b) Em grande parte das espécies, a pulsão erótica e a corolária
> > sensação de satisfação (orgasmo) só se verifica entre os machos.
O
> > prazer sexual feminino é resultado da ação estimulante dos
> > hormônios masculinos, sobretudo a testosterona. Sendo assim, na
> > orientação sexual feminina está presente um elemento masculino,
> > elemento este que é a sua condição de possibilidade.
>
> O fato de chamarmos um hormônio de hormônio sexual masculino não
quer
> dizer q. esse hormônio seja um elemento masculino: exclusivamente
ou
> intrinsecamente masculino. Chamamos a testosterona de hormônio
sexual
> masculino simplesmente porq. ele é o hormônio desencadeador do
> desenvolvimento das características sexuais secundárias masculinas.
> Se formos nos atermos a nomes, rigorosamente não deveria haver
> testosterona nas mulheres, já q. elas não possuem testículos.
> Aparentemente o cérebro humano é masculinizado não pela ação direta
> da testosterona ou da diidrotestorona, mas por um hormônio
> sexual 'feminino' produzido localmente a partir da desaromatização
da
> diidrotestosterona.

A testosterona é hormônio esteróide masculino. Sua ação determina não
só a anatomia como também o comportamento tipicamente masculino. Na
mulher, durante a ontogênese, a ação da testosterona é bloqueada. No
hipotálamo, a testosterona só age depois de ter sido convertida
localmente em estradiol. Mas, na mulher, a ação do estradiol é por
sua vez bloqueada pela progesterona.

A testosterona é produzida pelos testículos e, também, pelas
glândulas supra-renais.

A testosterona é responsável pela sensação de orgasmo, sendo que o
orgasmo masculino é, do ponto de vista evolutivo, anterior ao orgasmo
feminino.

Mulheres cujas glândulas supra-renais não secretam testosterona são
incapazes de sentir orgasmo. No entanto, são mais femininas e mais
belas que a média.

> > Freud constatou há um século, a existência de um `resíduo' de
> > feminilidade no homem e de masculinidade na mulher.
>
> Constatou? Ou atribuiu?

Vá lá, Freud 'atribuiu'. Assim como Darwin atribuiu ao homem alguns
caracteres de macaco, o que o fez pensar que o homem evoluiu do
macaco.

> > > Manuel: Seria assim se não existisse uma tendência oposta e
> > dominante. Como há, não é assim.
>
> Ou seja não há tendências homicidas.

Sua conclusão é equivocada.

> Novamente não é um indicador da tendência homicida dentro de uma
> sociedade. E' de um grupo contra o outro. A lei e' aplicada
> internamente ao grupo.

Sim, de um grupo contra outro, grupos com estreito laço de
parentesco, recém-surgidos de um grupo comum.

E repito: se não existisse uma disposição nos indivíduos para
resolver suas diferenças intra-grupais através da eliminação física
do outro, do assassinato, não haveria a necessidade de uma norma
do 'dever ser', de imperativos morais reforçados por leis jurídicas,
cuja violação pressupõe punição, seja o remorso, o enclausuramento, a
tortura, a forca, a cadeira elétrica e outras penas. Bem, normas
desta natureza existem em qualquer grupo, em todas as culturas.

> Eu ao contrário não acho q. os resultados dos estudos aos quais me
> referi contradigam os resultados antropológicos. Mas acho q.
> contradizem a hipótese bissexual sob o qual vc interpreta os dados
da
> Antropologia. Os mesmos dados podem ser interpretados sob um outros
> prisma,...

Quanto a mim, acho que os dados da genética comportamental que você
nos forneceu são interessantes e que talvez elucidem o
hermafroditismo e alguns aspectos importantes do homossexualismo
exclusivo. Mas não diz absolutamente nada acerca de muitos outros
aspectos do homossexualismo, e muito menos do bissexualismo. Não
esclarece o homossexualismo masculino exclusivamente ativo (o caso
dos bofes) nem o lesbianismo exclusivamente passivo (caso
das 'fadas'). Também não esclarece o comportamento sexual ambíguo dos
bissexuais praticantes (eróticos): homens insuspeitadamente
masculinos e mulheres absolutamente femininas (como a Madonna, como a
Greta Garbo) que sentem tesão tanto por homens quanto por mulheres,
dependendo apenas das circunstâncias. E não lança nenhuma luz no
bissexualismo dos indivíduos da cultura kraô e de muitos outros povos.

Por outro lado, os Bonobos, machos e fêmeas, demonstram que o
bissexualidade de muitos primatas pode ser explicada não como uma
patologia e sem se apelar para hipóteses fisicistas tais como 'má
formação congênita do sistema nervoso central', 'descargas hormonais
intra-uterinas', etc.

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: SuperCordas
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/02/2003 15:33

----- Original Message -----
From: "josecolucci"
Sent: Tuesday, February 18, 2003 12:39 PM
Subject: [ciencialist] Re: SuperCordas

> > >COLUCCI: O que você preferiria fazer se vivesse no começo do século
> > >passado: acompanhar os trabalhos de Einstein e Heisenberg ou ficar
> > >defendendo uma física clássica que começava a fazer água? E há quem a
> > >defenda no começo deste século! <

> >ALBERTO MESQUITA: Presente!<

> COLUCCI: É claro que o recado era para você, que, bem humorado, atendeu à
> chamada. Mas console-se, você não está só. Dê uma olhada em:
> The Theory of Positivist Mechanics
> A Classical Solution to the Measurement Problem of Quantum Mechanics
> http://www.geocities.com/straycat_md/TOPM.html
> Onde o autor faz uma tentativa desesperada de explicar os fenômenos
> quânticos torcendo a mecânica clássica para torná-la não-
> determinística, se é que entendi alguma coisa da leitura em diagonal
> que lhe dediquei.

Olá Colucci

Grato pela indicação. Fiz uma leitura também em diagonal. Achei o artigo
interessante, e assim que tiver um tempinho disponível é possível que o leia
com mais atenção. Pareceu-me no entanto que o autor não está enquadrado
no seu questionamento inicial. O autor é daqueles modernos que acha que
relatividade de Einstein é física clássica, logo tudo indica que ele
"acompanha os trabalhos de Einstein" (vide > > > acima) e a minha heresia é
bem maior do que a dele (meu rompimento acontece a partir da interpretação
que Lorentz deu ao eletromagnetismo de Maxwell). O argumento pareceu-me ser
muito positivista para o meu gosto. À exceção de Mach, quero crer que ele
conseguiria desagradar quase todos os bons físicos clássicos do século XIX e
anteriores. Sei que não estou só, pois tenho dialogado e/ou lido artigos de
alguns poucos físicos que têm idéias alternativas razoáveis, mas com
respeito ao Strayhorn eu fiquei em dúvida se não seria melhor estar só do
que mal acompanhado. Enfim, trata-se apenas de uma impressão inicial.
Parece-me que trata-se de um relativista metido a clássico e querendo
provocar os quânticos. É o roto falando mal do esfarrapado.

Por outro lado, não acho de bom alvitre a tentativa de forçar a barra para
que uma teoria possa ser interpretada como determinista ou não-determinista.
Isso não compete ao teorizador. A natureza é o que é, e canso-me em criticar
os modernos pela vã tentativa de *inventarem* uma realidade. Esse termo
inventar também era muito utilizado por Einstein, mas não sei se ele
realmente pensava assim ou seria um erro de tradução. Em português existe um
parentesco muito grande entre descobrir e inventar, e não sei como seriam as
coisas em alemão. Em resumo: Não nos cabe forçar a natureza a nada, mas tão
somente *descobrir* como a natureza pode ser representada. Essa
representação deve se situar cada vez mais próxima à identidade
(idealidade --> realidade), mesmo que isso represente um limite inatingível.
Essa procura pelo conhecimento da realidade, mesmo supondo-se o limite
inatingível, traduz como eu interpreto o que seria o realismo científico. Se
o limite for atingível, só teremos a lucrar quando chegarmos ao fim da
linha; do contrário só nos resta prosseguir nessa direção per omnia saeccula
saecculorum (por todos os séculos dos séculos). Na minha opinião os físicos
saíram dessa rota há cerca de100 anos e estão caminhando em direção a um
precipício. Muito em breve eles se darão conta disso e o retorno será um
deus-nos-acuda. Perceberão então que alguns de seus pares voltaram 100 anos
atrás e em virtude disso estarão nesse dia 200 anos a sua frente.

[ ]´s
Alberto
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Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/02/2003 16:29

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> Olá Lígia
>
> Dividi a mensagem em duas partes, pois a resposta ficou muito
comprida. A
> segunda parte seguirá amanhã ou depois.

Lígia: Certo, vou lendo e respondendo esta parte por enquanto... :)



> 1ª. Parte
>
> > Lígia: [...] agora, voltando ao que um fóton possa "carregar" a
fim de
> > provocar algum distúrbio digno de nota quando da interação com
> > anteparos de duplas fendas, você afirma que tal "carregamento"
advém
> > do campo eletromagnético ou algo que o valha que o está
veiculando,
> > certo?
>
> Antes de responder a questão, deixemos um pouco o fóton de lado e
vamos
> raciocinar um pouco com o significado desse "carregar", no sentido
em que a
> expressão costuma ser utilizada. Não sei se o "carregar" seria hoje
em dia
> um termo adequado, se bem que seja bastante utilizado. A origem da
expressão
> deve-se aos primórdios do eletromagnetismo, quando pensava-se
em "corpo
> carregado de um fluido elétrico". Por razões históricas fala-se
ainda em
> "corpo carregado de eletricidade", mas isso hoje teria o
significado de
> corpo com excesso (ou carregado) de partículas negativas (elétrons)
ou
> positivas (prótons). Ora, se um corpo está "carregado" de elétrons,
o
> elétron estaria carregado de quê? De microelétrons? Existem
microelétrons?


Lígia: O que eu entendo por "carregar" nesse sentido é o mesmo
que "estar provido de", ou em outras palavras, o que o fóton em
questão "traria/teria consigo" que seria capaz de interagir com a
superfície em questão. No caso de um fóton, como eu já disse antes,
imagino-o "provido" da velocidade com a qual ele se "locomova", esta
sim determinante da energia que ele consiga liberar.


> Essa é a grande dúvida que tenho levantado e nenhuma física, dessas
que
> estão por aí, responde de maneira satisfatória sem retratar uma
tremenda
> confusão entre o todo e suas partes. O "carregar" é então um
resquício dos
> tempos em que acreditava-se em fluidos elétricos, e os físicos
modernos
> ainda convivem com essa crença, se bem que poucos se dão conta
disso, pois
> encapuzaram seus fluidos com belíssimas equações despersonalizantes.

Lígia: Bem, no campo das equações eu não entrei ainda... mas a
idéia de partículas estarem portanto alguma coisa que as permitam
interagir com o meio de forma efetiva não me parece de todo absurda.
Todo "corpo estranho" a um ambiente quando arremessado a este
ambiente, modifica-o.


> Eu costumo dizer que uma partícula constituinte da matéria,
> independentemente da necessidade de estar ou não carregada, emite
para o
> espaço "alguma coisa" a relacionar-se com o seu movimento. A menos
que se
> pretenda dizer que ela esteja "carregada" de movimento, não vejo
necessidade
> dela estar carregada de mais nada. Mesmo porque, ela emite
essa "alguma
> coisa" continuamente e sem se descarregar. Sequer seu movimento
chega a ser
> alterado em virtude dessa emissão. Ela não perde matéria nem
energia, pois
> essa "alguma coisa" é imaterial, logo não transporta energia
(pensada como
> um conceito clássico).


Lígia: Mas não é justamente a energia potencial de uma partícula que
determina o "estrago" que ela possa provocar em um ambiente, tanto
maior quanto maior for sua massa e as devidas proporções? O que um
meteorito "carrega/porta" consigo senão a energia potencial
transformada em cinética que permite o choque? Penso nisso quando
penso em partículas colidindo, por exemplo. Daí a
grande "felicidade" em ler que já foi detectada a massa de fótons.
Uma lacuna na minha concepcção de Universo foi preenchida.



> Esse movimento da partícula, como um todo, poderia ser chamado
movimento
> externo (giro ou translação), a contrastar com o movimento relativo
de suas
> partes entre si, que poderia ser chamado movimento interno (de
natureza
> muitas vezes complexa). O movimento interno seria algo a se
exteriorizar
> através de um hipotético zoom (isto é uma analogia, bem entendido) e
> retrataria o movimento (que agora já poderia ser pensado como
externo) das
> partículas que constituem o que chamamos partículas elementares.


Lígia: Isso levando-se em conta que tudo deva estar em movimento.


Essas
> partículas menores seriam o "elementar do elementar", e esse zoom
poderia
> ser novamente aplicado até chegarmos no átomo de Demócrito, que
acredito
> existir fisicamente como tal.

Lígia: O "Indivisível"? Você está se reportando a um
hipotético "tijolo" da matéria? O que Demócrito acreditava é que
havia uma entidade indivisível quando tudo o que pudesse ser dividido
já o tivesse sido. A isso ele chamou de átomo... mas o que se
concebe por átomo atualmente está longe de ser indivisível... Na sua
opinião, o que seria tal "tijolo"?


> (...)Em
> quântica essa impropriedade não se verifica com respeito à
elementaridade,
> mas é bom lembrar que estou me referindo à física clássica. A
elementaridade
> absoluta foi descrita por Newton com as seguintes palavras: "Parece
provável
> para mim que Deus no começo formou a matéria em partículas movíveis,
> impenetráveis, duras, volumosas, sólidas, de tais formas e figuras,
e com
> tais outras propriedades e em tal proporção ao espaço, e mais
conduzidas ao
> fim para o qual Ele as formou; e que estas partículas primitivas,
sendo
> sólidas, são incomparavelmente mais duras do que quaisquer corpos
porosos
> compostos delas; mesmo tão duras que nunca se consomem ou se
quebram em
> pedaços; nenhum poder comum sendo capaz de dividir o que Deus Ele
próprio,
> fez na primeira criação."

Lígia: Esse trecho dá uma idéia do que é o determinismo. Gostei da
sua citação. Mas isso também dá a idéia de imutabilidade... o que
não coaduna com a idéia de "matéria" uma vez que tudo está em
movimento e em constante processo de mudança e reaproveitamento.
Disso Newton ainda não sabia, ou demonstra não ter conhecimento no
trecho que você cita... Uma idéia bonita para a matéria e tudo o que
seja formado dela é a de "babuska", uma coisa dentro de outra, dentro
de outra... e as vezes eu me pergunto quais seriam as implicações de
tal processo extendendo-se ad infinitum... sem nenhuma pedra
fundamental suportando o resto.


> A citação de Deus era costume entre os cientistas crentes da época
de
> Newton, mas antes que os céticos chiem, diria que a idéia em si não
implica
> na existência de Deus. Aliás, Newton não só era um crente como
também chega
> a ser citado como o último dos magos. Mas apesar disso sabia
separar a sua
> ciência do seu misticismo, uma característica em geral
compartilhada pela
> maioria dos grandes cientistas. Estes últimos não são (ou não
foram), via de
> regra, considerados magos mas são bastante intuitivos, e valorizam
> sobremaneira essa intuição, por mais que ela esteja dotada de um
sabor
> sobrenatural ou místico. Aliás, fazer ciência sem um bom aparato
intuitivo é
> tão difícil quanto aprender a nadar sem se molhar. Nada é mais
importante
> para o progresso da ciência do que a intuição, e nada é mais
fundamental
> para o "cientista produtor de conhecimentos científicos" do que o
> discernimento necessário para que consiga separar o joio do trigo.


Lígia: Deus não é descartável, nem precisamos dele para a
compreensão das coisas... portanto tanto faz. Os céticos ateus que
me perdoem mas penso que pelo fato de estarmos "imersos/contidos" em
Deus, mesmo a não crença nele não representa risco :))

>
> Mas voltemos ao que interessa. Essa "alguma coisa" emitida para o
espaço em
> virtude do movimento, chamo por "informação do movimento da
matéria".
> Trata-se de uma entidade de natureza imaterial, não tem massa e
portanto
> não pode conter energia sob o ponto de vista da física clássica.


Lígia: Mas a partícula que comporte tal "alguma coisa" tem energia,
ou não? Veja que deslocando o foco do "continente" ao "contido" o
quadro não muda muito de figura: tudo o que importa é a energia que
permite que as reações aconteçam. Sem tal "energia", nada estaria
acontecendo. Algumas vezes, em alguns devaneios, eu vejo a origem do
Universo como a origem do movimento e do constante aproveitamento
energético desencadeado pelo "empurrão" inicial. Nada de misterioso,
só algo que não para porque ainda tem energia... E aí, como ficamos?


Lembro que
> energia é uma entidade definida pela física clássica e até Maxwell
> significava algo transportado pela (ou contido na) matéria.
>
> Será que essa "alguma coisa" existe? Eu diria que sim, pois
acredito que o
> campo é a maneira como essa "alguma coisa" se manifesta. Todo campo
que se
> manifesta através de forças é, em última análise, uma região do
espaço por
> onde trafegam "informações do movimento da matéria". Campos
eletromagnético
> e gravitacional são casos particularíssimos, e creio que não
retratam um
> décimo do que existe de fato na natureza. Costuma-se dizer, por
exemplo, que
> a matéria se mantém coesa graças unicamente ao campo
eletromagnético de
> Maxwell, mas isso é uma simplificação por demais excessiva. A
realidade
> parece-me ser de outro tipo. Os campos parecem ser mais complexos no
> macrocosmo, e bem mais simples no microcosmo; e tanto mais simples
quanto
> maior for o zoom hipotético aplicado (acima referido). A unificação
dos
> campos de força deve levar em consideração todos esses campos, e
não apenas
> os quatro campos badalados. Por falar nisso, o campo de interações
fortes,
> para alguém que realmente aceita a física clássica, não passa de
uma ficção
> desnecessária, o que não significa que não existam outros campos de
natureza
> diversa a manter a estrutura nuclear.

Lígia: A grande dificuldade em achar uma "pedra" de apoio para a
compreensão do Universo é a diversidade. Dá-se logo de cara
com "infinitas" partes contidas/contendo tantas outras infinitas
porções e seus campos de atuação. Mas há um jeito de simplificar tal
quadro e é justamente projetar para as demais partes o que uma só
parte, ou grupo de partes, represente. É mais ou menos nisso que se
apoiam os físicos que defendem o Universo Holográfico. Você acha que
tal idéia é baboseira?




>
> Sob essa maneira de pensar, e raciocinando-se classicamente, nenhum
campo
> contém energia. Maxwell pensava de maneira diversa, mas considerava-
se fiel
> aos cânones clássicos graças à suposição de um éter material e como
tal
> capaz de transportar energia. Ou seja, se quisermos conservar a
física
> clássica sem deturpações ideológicas, de duas, uma: Ou (1) existe,
conforme
> aceito por Maxwell, uma quintessência capaz de transportar e/ou de
conter
> energia (o éter de Maxwell) e a se manifestar como um campo; ou
(2) existe
> uma quintessência imaterial (o espírito da matéria de Newton, a que
estou
> chamando por informação) que não transporta energia, mas que exerce
um
> efeito sobre a matéria, dando-nos uma testemunha de sua existência
através
> dos campos que constatamos existirem de fato através da
experimentação.


Lígia: E se for ainda mais simples que isso? E se cada entidade-
partícula "carregar" consigo o que permita que haja propagação de
energia? Veja que para que haja um éter, há a necessidade de
confirmar que tal éter exista... coisa que aparentemente já foi
provada como inexistente por Michelson e Morley. Portanto, pontos
para Newton e seu "espírito da matéria"... eu disse que havia
gostado dessa idéia já há um bom tempo. :)


> Como a energia NÃO é um essencial da física newtoniana, mas uma
entidade
> secundária (constructo de alto nível, como dizem alguns filósofos da
> ciência), não chega a ser nenhum sacrilégio afirmarmos que ela
passa de uma
> partícula para outra sem, em nenhum momento, ocupar posições
intermediárias
> entre uma e outra. Isso não é equivalente a um salto quântico, pois
a
> energia pode ser pensada como uma propriedade da matéria, mas não é
um
> essencial em si.

Lígia: Isso! É bem mais coerente! E é bem mais coerente ainda com
a idéia de "imersão" em algo como Deus, por exemplo, ou Consciência,
como diria um Goswami da vida.


A conservação da energia é um achado, é produto de uma
> matemática (constructo energia) que dá certo, mas não retrata a
conservação
> de uma entidade em si, a exemplo da conservação da matéria. Perceba
que a
> conservação da matéria é bem mais intuitiva do que a conservação da
energia.
> Uma é lógica, a outra é produto da observação. Tanto assim é que no
passado
> muitos cientistas sérios chegaram a procurar pelo moto perpétuo de
primeira
> espécie, e não sei se algum desses chegou a procurar pela criação
da matéria
> a partir do nada (pelo menos até surgirem os quânticos com seu vácuo
> miraculoso).


Lígia: O vácuo quântico me dá calafrios... e não parece MESMO ser
alguma resposta digna de ser encarada até mesmo como possibilidade.
Apenas algo inerente à matéria pode geral algo material e vice-
versa... bem, de acordo com meu "devaneios". E se há a conservação
da matéria e da energia, há a necessidade de que ambas tenham tido
participação atuante desde o princípio. A linearidade da idéia de
matéria ser gerada do "nada" parece uma simplificação, antes que uma
resposta a alguma coisa. Como não se sabe ao certo de que maneira o
Universo originou-se, pode-se chutar. Veja que quem admite a idéia
desse vácuo gerador de pares de partículas está na realidade negando
veementemente uma intervenção externa ao processo criativo do
Universo. Existe um algo mais que está sendo terminantemente negado
com tais idéias de "auto-suficiência" da matéria.



> (...) Se pensarmos numa quintessência imaterial, tentando adaptar
as idéias de
> Newton ao eletromagnetismo, as coisas serão bem diferentes. A carga
elétrica
> em repouso emite informações (a quintessência) relacionadas ao giro
dos
> elétrons (giro clássico, mas não "spin" quântico). Se a carga for
acelerada,
> o campo também irá se atualizar no decorrer do tempo, porém graças
tão
> somente a esse processo não haverá energia se propagando. Suponha,
no
> entanto, que por algum motivo relacionado à natureza íntima do
elétron, essa
> aceleração faça com que o mesmo emita corpúsculos de Newton
(corpúsculos de
> luz). Esses corpúsculos são materiais e portanto transportam
energia no
> sentido clássico do termo. Ou seja, o campo do elétron em repouso
contém
> informações emitidas constantemente, e não dotadas de energia
alguma. Quando
> o elétron é acelerado, uma certa região desse campo irá conter
informações
> diferentes das anteriores e a testemunharem que num determinado
momento de
> seu passado esse elétron foi acelerado. Nessa mesma região podem
existir
> corpúsculos de Newton que foram emitidos em virtude da aceleração (a
> velocidade das informações e dos corpúsculos é a mesma). Se
existirem
> corpúsculos, essa radiação será energética; caso contrário teremos
uma
> radiação de conteúdo nulo de energia.


Lígia: Interessante... mas qual a natureza de tais corpúsculos? Um
fóton é um fóton... :) E um corpúsculo de Newton seria o que? Qual
analogia seria aplicável aqui? Seriam o mesmo que fótons? Ou
estariam intimamente relacionados ao "espírito da matéria" sendo
portanto emanações físicas da mesma?


Essa possibilidade de energia nula já
> está comprovada tanto na prática quanto em teoria, mas as
explicações que
> são dadas ao fenômeno via de regra são estratosféricas e quase
sempre a se
> apoiarem na pura ficção, pois firmam-se na idéia de que para ser
clássica, a
> explicação deveria se justificar através do argumento apresentado no
> parágrafo anterior (teoria da luz de Maxwell).


Lígia: Entendo. O problema todo parece residir no conceito de campo
envolvido no quesito luz/propagação da luz.


> É interessante notar que essa região do espaço a conter os
corpúsculos de
> luz, na realidade contém três entidades diversas e não apenas duas.
Existem
> os corpúsculos, existe o campo emitido pela mesma fonte que emitiu
os
> corpúsculos, e existe o campo emitido pelos corpúsculos (pois estes
também
> são materiais e informam o seu movimento à vizinhança). Os dois
primeiros
> viajam juntos, mas o terceiro espalha-se a partir de um corpúsculo
que
> esteja viajando a uma velocidade clássica igual a c. Ou seja, os
corpúsculos
> de luz emitem informações a uma velocidade igual a c em relação a
eles
> próprios, e a uma velocidade igual a 2c em relação à fonte de luz.
Lembro
> que este c é clássico, e não deve ser interpretado com as mesmas
restrições
> e/ou com o absolutismo inerentes à relatividade moderna.


Lígia: Sim, c tomado apenas como uma velocidade de valor conhecido.



> Voltemos ao elétron: Se a aceleração for do tipo do salto do
elétron de uma
> órbita de um átomo para outra mais estável, o número de corpúsculos
de
> Newton emitidos será fixo e a caracterizar o que os físicos
modernos chamam
> fóton. Ou seja, um fóton seria um conjunto de corpúsculos de Newton
emitidos
> seqüencialmente, um atrás do outro, e com seu número fixado pelo
estado
> inicial e final do elétron no átomo considerado. E esse estado é
regulado
> pelos campos que mantém a estabilidade da dupla elétron-próton no
átomo, e
> de alguma maneira a relacionar-se com a constante de Planck. Lembro
que esse
> campo não é um campo de Coulomb, pois isso já foi demonstrado por
Bohr, em
> 1913, incompatibilizar-se com a física clássica. Do contrário,
teríamos que
> inventar uma física a burlar alguns aspectos da teoria de Maxwell,
e essa
> física nada mais é senão a mecânica quântica.


Lígia: Deixa ver se eu entendi... se tudo pode (e deve) ser
simples para ser possível, a explicação deveria ser simples, o que
não me parece o caso: tanto na sua visão clássica quanto na visão
quântica, a natureza da Luz, a formação da matéria, são conceitos
bastante complexos e que envolvem um sem número de outros
conceitos... o que seria mais simples dentre esses dois conceitos,
qual deles? A idéia de corpúsculos de Newton é interessante sob o
prisma de aceitar-se o espírito da matéria. Mas peca pelo fato de já
ter sido possível detectar-se fótons e atribuir-se massa a eles.
Bem... a idéia de um único fóton ser uma sequência de corpúsculos de
Newton em número fixo
de acordo com os estados iniciais e finais de um elétron não soa
tão "distoante" assim... mas abre brechas para a expeculação de como
tais corpúsculos estariam dispostos... em qual sequência e assim por
diante. Ao invés de simplificar acaba complicando mais.


> Perceba então que o corpúsculo de Newton seria um pequenino pedaço
do
> elétron, ou seja, uma dentre as milhares de partículas idênticas que
> constituem o elétron. Um elétron nada mais é senão uma infinidade de
> corpúsculos de Newton dispostos caprichosamente no espaço. Posso até
> descrever como imagino essa estrutura em detalhes íntimos, mas
diria que a
> imagem, ainda que dotada de lógica, tem forte teor especulativo.
Descrevi
> essa natureza íntima do elétron em um livro que escrevi em 1983 e
publiquei
> em 1985. De lá para cá mudei muito pouco essa imagem, mas ainda não
tenho
> certeza de que ela se justifique plenamente.


Lígia: E o que daria a "consistência" corpuscular a um único elétron
tomando-se este modelo composto, por assim dizer? Que tipo de forças
estariam envolvidas? Qual a natureza dessas mesmas forças?


> Ora, se o elétron é constituído por corpúsculos de Newton e o fóton
é uma
> coleção desses corpúsculos lançados pelo elétron e alinhados, não é
absurdo
> pensar na existência de uma propriedade comum a elétrons e fótons.
O que o
> elétron informa (informação do movimento da matéria) nada mais é
senão a
> somatória dos efeitos de seus inúmeros corpúsculos. Se o campo de
um elétron
> é diferente do campo de um fóton, isso se deve tão somente a
caprichos
> relacionados ao movimento relativo dos corpúsculos de Newton ser
diferente
> de um caso para outro. Mas a origem é uma só e o campo
individualizado é o
> mesmo, apenas a somatória dá um resultado diferente. Em nenhum dos
dois
> casos estaremos frente a um campo da teoria de Maxwell, pois este
somente
> surgirá quando agruparmos um grande número de elétrons na
superfície de um
> condutor. Somente aí surgirá a lei de Coulomb. Ou seja: 1) existe
um campo
> emitido por cada corpúsculo de Newton, em virtude de seu movimento;
2)
> existe um campo emitido por agrupamentos desses corpúsculos, e
diferente
> conforme o agrupamento seja um fóton ou um elétron; e 3) existe um
campo,
> agora de Coulomb, emitido por agrupamentos de elétrons dispostos na
> superfície de um condutor. Existirá coisa mais simples em teoria?


Lígia: Não, ao que parece... mas mesmo assim a minha dúvida
permanece: de qual ordem seria a força a unir tais corpúsculos de
forma tal a obter-se um fóton, ou um elétron, ou prótons e nêutrons?


Pois a
> minha teoria trata exatamente desses campos e como explicar os
fenômenos
> físicos utilizando-se dessas informações do movimento da matéria.
Fora disso
> não existe mais novidade na "minha" física que já não tenha sido
descrita
> sobejamente por Newton. Ou seja, a "minha" física tem muito pouco
de "meu"
> que não seja a redescoberta de uma genuína física newtoniana. O
maior
> desafio, a meu ver, seria explicar a gravitação às custas desse
mesmo campo
> elementar (campo de informações), mas creio ser perfeitamente
possível, e
> acredito já ter chegado a esse requinte, restando-me algumas poucas
dúvidas
> a respeito. Mas esse é um assunto que pode ser deixado para uma
outra vez.

Lígia: É interessante colocar tudo como consequência e/ou resultado
da interação de campos e informações "carregadas" por partículas.
Mas veja que a natureza de tais partículas ou corpúsculos de Newton
deve estar bem estruturada a fim de dar sustentação a seus
argumentos. Gostei muito de "viajar" nessas suas idéias, Alberto,
sério.


> Ufa! Espero ter respondido a pergunta, mas...
> Qual era a pergunta mesmo? ;-)). Fique a vontade para rebater, pois
apesar
> de a resposta ter sido longa, procurei sintetizar ao máximo, e
queimei
> muitas etapas.

Lígia: Eu vim repetindo a mesma pergunta praticamente em todos os
meus "rebatimentos". :) Viu só como não me intimido com tamanho e
volume de informação? :)) O que eu queria saber era a natureza de
um campo associado a um único fóton... Bem, agora que eu já fui
informada que um único fóton é na realidade uma estrutura composta
por inúmeros corpúsculos e que é a informação de movimento de tais
corpuúsculos associados o que ele "carrega" e consequentemente o que
gera seu campo, ficou mais simples antever a pergunta realmente
essencial que já foi lançada em uma das minhas intromissões acima:
qual a natureza de tais corpúsculos e o que os mantém unidos? :))





> > Lígia: (...)Agora mais uma pergunta: é nisso
> > que você se baseia para a luta armada como defensor da Ordem
> > Newtoniana?
>
> Não sei se entendi, então vou responder sem ter muita certeza a
respeito do
> questionamento.
>
> Quando percebi que a física moderna estava errada, cheguei a pensar
que
> estava frente a uma nova física. Com o tempo acabei concluindo que
a física
> que procurava já existia e estava perdida no tempo, pois o que se
diz hoje
> ser física newtoniana apóia-se na negação das principais idéias de
Newton.
> Pessoalmente falando, admiro muito mais Einstein do que Newton.
Einstein,
> *como cientista* simbolizou a humildade e deu um exemplo a ser
seguido por
> todos os jovens que pretendem se dedicar a ciência; já o Newton foi
muito
> arrogante e egocêntrico para o meu gosto. Noto, no entanto, que a
física de
> Newton é perfeita e a física de Einstein está errada. Aliás o
próprio
> Einstein sabia que sua física estava incompleta (coisa que poucos
entenderam
> na época, e creio que a maioria não entende até hoje), e se não
conseguiu
> completá-la foi, a meu ver, porque estava se apoiando em postulados
falsos.

Lígia: Os grandes gênios acabam sendo mesmo arrogantes e
insuportáveis... :) Einstein foi célebre por sua humildade e acima
de tudo por saber compartilhar seus conhecimentos sem afetação e seus
erros passam até mesmo despercebidos diante do volume de sua
capacidade de elucidar situações bizarras e traduzi-las para a
física. Einstein valeu-se do que dispunha na época e fez bonito com
isso. E entendo que você, para ter notado a perfeição do que Newton
postulou, deve ter adentrado os conceitos que o apoiam. Afinal, como
uma idéia transforma-se em teoria e daí para Lei? Sei, sei, tem
muita coisa escrita aa esse respeito, mas gostaria da sua opinião.


> > Lígia: Entendo. Qualquer detalhe omitido ou acrescentável pode
> > resultar num absurdo ao final da calculeira... então seria o caso
> > de "achar-se" a massa de um foton, o que já foi possível, além de
um
> > tamanho considerável em termos estruturais. Ao que tudo indica
não
> > se está longe disso... Assim, a partir de possíveis dimensões de
um
> > fóton, você considera que a Física Clássica possa vir a ser
> > utilizável para fenômenos somente explicáveis pela MQ?
>
> Esse é um requinte teórico que acredito somente a física clássica
poderá
> chegar. Mesmo porque a quântica já selou uma impossibilidade nesta
direção.
> Para ser coerente com ela mesma creio que ela não poderá chegar na
dimensão
> do fóton a menos de uma incerteza "bem determinada".

Lígia: Nossa! Lendo isso dá até a impressão de que Heisenberg só
formulou seu princípio da incerteza para salvaguardar a natureza
íntima da matéria de expeculações... :))




> > No caso de um elétron, até admite-se que haja um campo
> > elétrico, ou mesmo magnético a ser deformado pela ação do
movimento
> > de translado do elétron... e um fóton, como ficaria? A quais
campos ele
> > "deformaria"?
>
> Como dei a entender acima, campos elétrico e magnético são campos
complexos,
> somatória de campos mais simples. O que existe na realidade é esse
campo
> elementar a se manifestar muitas vezes por efeitos complexos
(empurrões
> complexos, como a repulsão entre duas cargas elétricas de mesmo
sinal). Pela
> minha teoria não é sempre que dois elétrons se repelem, há
condições em que
> eles chegam a se atrair.

Lígia: E quais seriam tais condições? Acho interessante a forma
como sua teoria casa com certos princípios que fazem parte de outro
ramo de conhecimento ancestral que diz que "semelhante atrai
semelhante"...


Com o fóton a situação também é complicada. Se eu
> afirmo que o elétron é um agrupamento de corpúsculos de Newton,
certamente
> esses corpúsculos de alguma forma se atraem, pois do contrário o
elétron se
> esfacelaria em virtude de seu giro e da inércia. Não é impossível
chegar a
> equações a retratarem esse fenômeno, o difícil está na aceitação da
hipótese
> de trabalho, e que reside tão somente na aceitação do campo mais
elementar e
> o único que efetivamente existe no nosso universo, o "campo de
informações
> do movimento da matéria".

Lígia: Fico imaginando a "papa" primordial logo no início do
Universo, se é que ele teve algum. Baseando-se nisso que você diz,
como você imagina tal início?



Os demais campos nada mais são que somatórias
> particulares desse único campo efetivamente existente. Assim como
podemos
> construir objetos extensos com uma única peça Lego, também é
possível se
> pensar em campos complexos gerados pela somatória de um único campo
> elementar. Aliás, os físicos estão há séculos procurando por esse
campo, e
> ele está bem debaixo do nosso nariz.


Lígia: Puxa vida Alberto, bonito isso! Eu estou encantada com tudo
o que você vem expondo até agora. A idéia de algo único a ser
desdobrado é fascinante, principalmente porque engloba parte do
conhecimento ancestral, anterior ao surgimento de qualquer ciência.


> > Ou você apenas considera a interação de tal
> > fóton/empurrão-à-distância-do-mesmo com as superfícies e possíveis
> > campos associados às moléculas que o componham?
>
> Eu interpreto esse empurrão (ou puxão) a distância como equivalente
àqueles
> efeitos macroscópicos aos quais damos os nomes gravitação, efeito
elétrico e
> efeito magnético. Eles ocorrem a distância sem que vejamos nada.
Solto meu
> lápis e ele cai numa direção bem definida, como se soubesse que a
Terra está
> abaixo. Ou seja, o lápis sofre um puxão a distância do mesmo tipo
de todos
> esses outros puxões ou empurrões. De alguma maneira ele
foi "informado" pela
> Terra que a Terra estava abaixo dele. O mais é especulação.


Lígia: Como se houvesse um meio unindo "ambas as extremidades" de um
mesmo ato?



Eu tanto posso
> dizer que trata-se de um efeito transportado por um éter (segundo
Maxwell),
> como por um vácuo quântico sofisticado e a fabricar partículas
virtuais
> (segundo os físicos modernos) ou por um nada (espaço absoluto) onde
viajam
> essas informações (segundo Newton).


Lígia: Fico com a terceira opção. Um vácuo dotado de propriedades
sem que estas sejam complexas além de simplesmente veicular
informações...


> Uma coisa é certa: Existe uma quintessência do universo, e nenhuma
física
> consegue sair do papel e ir para o laboratório se não assumir essa
> existência. O problema é descobrir qual dessas quintessências é a
mais
> lógica. Escolhida uma, não há mais porque se pensar nas outras, a
menos que
> a teoria se mostre inconsistente e/ou a menos que se queira
repensar a
> lógica adotada. Talvez fosse o caso de os incrédulos utilizarem-se
da
> navalha de Occam. Seguindo-se a física newtoniana, podemos pensar
tão
> somente em uma única entidade imaterial. Nada nessa mão e nada na
outra.
> Segundo a física quântica existem incontáveis entidades
estratosféricas
> (partícula sem massa, partícula com massa, partícula sem massa mas
com
> energia, partículas virtuais, spin que não é giro, incerteza, salto
> quântico, cordas vibrantes, anti-matéria, dualidade, colapso,
descolapso,
> táquions, não-localidade, universos paralelos, ...). Porque não
pensar em
> uma não-partícula sem massa nem energia a que Newton teve a infeliz
idéia de
> chamar por "espírito da matéria"? Garanto que não será preciso
pensar em
> mais nada, e a comunidade dos físicos, trabalhando em conjunto em
cima dessa
> idéia, que não é minha mas de Newton, conseguirá fazer a física
evoluir 200
> anos em menos de cinco. Quanto ao tempo perdido no século XX...
Digamos que
> o XX passará para a história como o século da mentira. Mas ciência
é isso
> mesmo. Alguém tinha que explorar esse labirinto que hoje sabemos
não dar em
> lugar algum.


Lígia: Sinceramente, Newton quando visto dessa perspectiva foi
brilhante mesmo e podia ser arrogante, juro! É espantoso como tal
conceito adapta-se como uma luva àquilo que eu vinha "intuindo" com o
passar dos anos. A MQ sempre me pareceu meio "mandraque", algo como
a arrumar muitos personagens para uma mesma história, sem
praticidade... criando conceitos vagos e sem possibilidade de serem
verificáveis a não ser pela não intenção de verificá-los, o que já
por si só é um disparate... e a idéia da "babuska" envolvendo e
sendo envolvida... tudo a mesma coisa apenas sendo "transformada"
pelos eventos que se desenrolem a partir de suas partes componentes
dentro de cada nível dela, a babuska.

Vou para a segunda parte agora... :)

Beijos, Lígia




SUBJECT: Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/02/2003 16:45

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> Olá Lígia
>
> Dividi a mensagem em duas partes, pois a resposta ficou muito
comprida. A
> segunda parte seguirá amanhã ou depois.

Lígia: Certo, vou lendo e respondendo esta parte por enquanto... :)



> 1ª. Parte
>
> > Lígia: [...] agora, voltando ao que um fóton possa "carregar" a
fim de
> > provocar algum distúrbio digno de nota quando da interação com
> > anteparos de duplas fendas, você afirma que tal "carregamento"
advém
> > do campo eletromagnético ou algo que o valha que o está
veiculando,
> > certo?
>
> Antes de responder a questão, deixemos um pouco o fóton de lado e
vamos
> raciocinar um pouco com o significado desse "carregar", no sentido
em que a
> expressão costuma ser utilizada. Não sei se o "carregar" seria hoje
em dia
> um termo adequado, se bem que seja bastante utilizado. A origem da
expressão
> deve-se aos primórdios do eletromagnetismo, quando pensava-se
em "corpo
> carregado de um fluido elétrico". Por razões históricas fala-se
ainda em
> "corpo carregado de eletricidade", mas isso hoje teria o
significado de
> corpo com excesso (ou carregado) de partículas negativas (elétrons)
ou
> positivas (prótons). Ora, se um corpo está "carregado" de elétrons,
o
> elétron estaria carregado de quê? De microelétrons? Existem
microelétrons?


Lígia: O que eu entendo por "carregar" nesse sentido é o mesmo
que "estar provido de", ou em outras palavras, o que o fóton em
questão "traria/teria consigo" que seria capaz de interagir com a
superfície em questão. No caso de um fóton, como eu já disse antes,
imagino-o "provido" da velocidade com a qual ele se "locomova", esta
sim determinante da energia que ele consiga liberar.


> Essa é a grande dúvida que tenho levantado e nenhuma física, dessas
que
> estão por aí, responde de maneira satisfatória sem retratar uma
tremenda
> confusão entre o todo e suas partes. O "carregar" é então um
resquício dos
> tempos em que acreditava-se em fluidos elétricos, e os físicos
modernos
> ainda convivem com essa crença, se bem que poucos se dão conta
disso, pois
> encapuzaram seus fluidos com belíssimas equações despersonalizantes.

Lígia: Bem, no campo das equações eu não entrei ainda... mas a
idéia de partículas estarem portanto alguma coisa que as permitam
interagir com o meio de forma efetiva não me parece de todo absurda.
Todo "corpo estranho" a um ambiente quando arremessado a este
ambiente, modifica-o.


> Eu costumo dizer que uma partícula constituinte da matéria,
> independentemente da necessidade de estar ou não carregada, emite
para o
> espaço "alguma coisa" a relacionar-se com o seu movimento. A menos
que se
> pretenda dizer que ela esteja "carregada" de movimento, não vejo
necessidade
> dela estar carregada de mais nada. Mesmo porque, ela emite
essa "alguma
> coisa" continuamente e sem se descarregar. Sequer seu movimento
chega a ser
> alterado em virtude dessa emissão. Ela não perde matéria nem
energia, pois
> essa "alguma coisa" é imaterial, logo não transporta energia
(pensada como
> um conceito clássico).


Lígia: Mas não é justamente a energia potencial de uma partícula que
determina o "estrago" que ela possa provocar em um ambiente, tanto
maior quanto maior for sua massa e as devidas proporções? O que um
meteorito "carrega/porta" consigo senão a energia potencial
transformada em cinética que permite o choque? Penso nisso quando
penso em partículas colidindo, por exemplo. Daí a
grande "felicidade" em ler que já foi detectada a massa de fótons.
Uma lacuna na minha concepcção de Universo foi preenchida.



> Esse movimento da partícula, como um todo, poderia ser chamado
movimento
> externo (giro ou translação), a contrastar com o movimento relativo
de suas
> partes entre si, que poderia ser chamado movimento interno (de
natureza
> muitas vezes complexa). O movimento interno seria algo a se
exteriorizar
> através de um hipotético zoom (isto é uma analogia, bem entendido) e
> retrataria o movimento (que agora já poderia ser pensado como
externo) das
> partículas que constituem o que chamamos partículas elementares.


Lígia: Isso levando-se em conta que tudo deva estar em movimento.


Essas
> partículas menores seriam o "elementar do elementar", e esse zoom
poderia
> ser novamente aplicado até chegarmos no átomo de Demócrito, que
acredito
> existir fisicamente como tal.

Lígia: O "Indivisível"? Você está se reportando a um
hipotético "tijolo" da matéria? O que Demócrito acreditava é que
havia uma entidade indivisível quando tudo o que pudesse ser dividido
já o tivesse sido. A isso ele chamou de átomo... mas o que se
concebe por átomo atualmente está longe de ser indivisível... Na sua
opinião, o que seria tal "tijolo"?


> (...)Em
> quântica essa impropriedade não se verifica com respeito à
elementaridade,
> mas é bom lembrar que estou me referindo à física clássica. A
elementaridade
> absoluta foi descrita por Newton com as seguintes palavras: "Parece
provável
> para mim que Deus no começo formou a matéria em partículas movíveis,
> impenetráveis, duras, volumosas, sólidas, de tais formas e figuras,
e com
> tais outras propriedades e em tal proporção ao espaço, e mais
conduzidas ao
> fim para o qual Ele as formou; e que estas partículas primitivas,
sendo
> sólidas, são incomparavelmente mais duras do que quaisquer corpos
porosos
> compostos delas; mesmo tão duras que nunca se consomem ou se
quebram em
> pedaços; nenhum poder comum sendo capaz de dividir o que Deus Ele
próprio,
> fez na primeira criação."

Lígia: Esse trecho dá uma idéia do que é o determinismo. Gostei da
sua citação. Mas isso também dá a idéia de imutabilidade... o que
não coaduna com a idéia de "matéria" uma vez que tudo está em
movimento e em constante processo de mudança e reaproveitamento.
Disso Newton ainda não sabia, ou demonstra não ter conhecimento no
trecho que você cita... Uma idéia bonita para a matéria e tudo o que
seja formado dela é a de "babuska", uma coisa dentro de outra, dentro
de outra... e as vezes eu me pergunto quais seriam as implicações de
tal processo extendendo-se ad infinitum... sem nenhuma pedra
fundamental suportando o resto.


> A citação de Deus era costume entre os cientistas crentes da época
de
> Newton, mas antes que os céticos chiem, diria que a idéia em si não
implica
> na existência de Deus. Aliás, Newton não só era um crente como
também chega
> a ser citado como o último dos magos. Mas apesar disso sabia
separar a sua
> ciência do seu misticismo, uma característica em geral
compartilhada pela
> maioria dos grandes cientistas. Estes últimos não são (ou não
foram), via de
> regra, considerados magos mas são bastante intuitivos, e valorizam
> sobremaneira essa intuição, por mais que ela esteja dotada de um
sabor
> sobrenatural ou místico. Aliás, fazer ciência sem um bom aparato
intuitivo é
> tão difícil quanto aprender a nadar sem se molhar. Nada é mais
importante
> para o progresso da ciência do que a intuição, e nada é mais
fundamental
> para o "cientista produtor de conhecimentos científicos" do que o
> discernimento necessário para que consiga separar o joio do trigo.


Lígia: Deus não é descartável, nem precisamos dele para a
compreensão das coisas... portanto tanto faz. Os céticos ateus que
me perdoem mas penso que pelo fato de estarmos "imersos/contidos" em
Deus, mesmo a não crença nele não representa risco :))

>
> Mas voltemos ao que interessa. Essa "alguma coisa" emitida para o
espaço em
> virtude do movimento, chamo por "informação do movimento da
matéria".
> Trata-se de uma entidade de natureza imaterial, não tem massa e
portanto
> não pode conter energia sob o ponto de vista da física clássica.


Lígia: Mas a partícula que comporte tal "alguma coisa" tem energia,
ou não? Veja que deslocando o foco do "continente" ao "contido" o
quadro não muda muito de figura: tudo o que importa é a energia que
permite que as reações aconteçam. Sem tal "energia", nada estaria
acontecendo. Algumas vezes, em alguns devaneios, eu vejo a origem do
Universo como a origem do movimento e do constante aproveitamento
energético desencadeado pelo "empurrão" inicial. Nada de misterioso,
só algo que não para porque ainda tem energia... E aí, como ficamos?


Lembro que
> energia é uma entidade definida pela física clássica e até Maxwell
> significava algo transportado pela (ou contido na) matéria.
>
> Será que essa "alguma coisa" existe? Eu diria que sim, pois
acredito que o
> campo é a maneira como essa "alguma coisa" se manifesta. Todo campo
que se
> manifesta através de forças é, em última análise, uma região do
espaço por
> onde trafegam "informações do movimento da matéria". Campos
eletromagnético
> e gravitacional são casos particularíssimos, e creio que não
retratam um
> décimo do que existe de fato na natureza. Costuma-se dizer, por
exemplo, que
> a matéria se mantém coesa graças unicamente ao campo
eletromagnético de
> Maxwell, mas isso é uma simplificação por demais excessiva. A
realidade
> parece-me ser de outro tipo. Os campos parecem ser mais complexos no
> macrocosmo, e bem mais simples no microcosmo; e tanto mais simples
quanto
> maior for o zoom hipotético aplicado (acima referido). A unificação
dos
> campos de força deve levar em consideração todos esses campos, e
não apenas
> os quatro campos badalados. Por falar nisso, o campo de interações
fortes,
> para alguém que realmente aceita a física clássica, não passa de
uma ficção
> desnecessária, o que não significa que não existam outros campos de
natureza
> diversa a manter a estrutura nuclear.

Lígia: A grande dificuldade em achar uma "pedra" de apoio para a
compreensão do Universo é a diversidade. Dá-se logo de cara
com "infinitas" partes contidas/contendo tantas outras infinitas
porções e seus campos de atuação. Mas há um jeito de simplificar tal
quadro e é justamente projetar para as demais partes o que uma só
parte, ou grupo de partes, represente. É mais ou menos nisso que se
apoiam os físicos que defendem o Universo Holográfico. Você acha que
tal idéia é baboseira?




>
> Sob essa maneira de pensar, e raciocinando-se classicamente, nenhum
campo
> contém energia. Maxwell pensava de maneira diversa, mas considerava-
se fiel
> aos cânones clássicos graças à suposição de um éter material e como
tal
> capaz de transportar energia. Ou seja, se quisermos conservar a
física
> clássica sem deturpações ideológicas, de duas, uma: Ou (1) existe,
conforme
> aceito por Maxwell, uma quintessência capaz de transportar e/ou de
conter
> energia (o éter de Maxwell) e a se manifestar como um campo; ou
(2) existe
> uma quintessência imaterial (o espírito da matéria de Newton, a que
estou
> chamando por informação) que não transporta energia, mas que exerce
um
> efeito sobre a matéria, dando-nos uma testemunha de sua existência
através
> dos campos que constatamos existirem de fato através da
experimentação.


Lígia: E se for ainda mais simples que isso? E se cada entidade-
partícula "carregar" consigo o que permita que haja propagação de
energia? Veja que para que haja um éter, há a necessidade de
confirmar que tal éter exista... coisa que aparentemente já foi
provada como inexistente por Michelson e Morley. Portanto, pontos
para Newton e seu "espírito da matéria"... eu disse que havia
gostado dessa idéia já há um bom tempo. :)


> Como a energia NÃO é um essencial da física newtoniana, mas uma
entidade
> secundária (constructo de alto nível, como dizem alguns filósofos da
> ciência), não chega a ser nenhum sacrilégio afirmarmos que ela
passa de uma
> partícula para outra sem, em nenhum momento, ocupar posições
intermediárias
> entre uma e outra. Isso não é equivalente a um salto quântico, pois
a
> energia pode ser pensada como uma propriedade da matéria, mas não é
um
> essencial em si.

Lígia: Isso! É bem mais coerente! E é bem mais coerente ainda com
a idéia de "imersão" em algo como Deus, por exemplo, ou Consciência,
como diria um Goswami da vida.


A conservação da energia é um achado, é produto de uma
> matemática (constructo energia) que dá certo, mas não retrata a
conservação
> de uma entidade em si, a exemplo da conservação da matéria. Perceba
que a
> conservação da matéria é bem mais intuitiva do que a conservação da
energia.
> Uma é lógica, a outra é produto da observação. Tanto assim é que no
passado
> muitos cientistas sérios chegaram a procurar pelo moto perpétuo de
primeira
> espécie, e não sei se algum desses chegou a procurar pela criação
da matéria
> a partir do nada (pelo menos até surgirem os quânticos com seu vácuo
> miraculoso).


Lígia: O vácuo quântico me dá calafrios... e não parece MESMO ser
alguma resposta digna de ser encarada até mesmo como possibilidade.
Apenas algo inerente à matéria pode geral algo material e vice-
versa... bem, de acordo com meu "devaneios". E se há a conservação
da matéria e da energia, há a necessidade de que ambas tenham tido
participação atuante desde o princípio. A linearidade da idéia de
matéria ser gerada do "nada" parece uma simplificação, antes que uma
resposta a alguma coisa. Como não se sabe ao certo de que maneira o
Universo originou-se, pode-se chutar. Veja que quem admite a idéia
desse vácuo gerador de pares de partículas está na realidade negando
veementemente uma intervenção externa ao processo criativo do
Universo. Existe um algo mais que está sendo terminantemente negado
com tais idéias de "auto-suficiência" da matéria.



> (...) Se pensarmos numa quintessência imaterial, tentando adaptar
as idéias de
> Newton ao eletromagnetismo, as coisas serão bem diferentes. A carga
elétrica
> em repouso emite informações (a quintessência) relacionadas ao giro
dos
> elétrons (giro clássico, mas não "spin" quântico). Se a carga for
acelerada,
> o campo também irá se atualizar no decorrer do tempo, porém graças
tão
> somente a esse processo não haverá energia se propagando. Suponha,
no
> entanto, que por algum motivo relacionado à natureza íntima do
elétron, essa
> aceleração faça com que o mesmo emita corpúsculos de Newton
(corpúsculos de
> luz). Esses corpúsculos são materiais e portanto transportam
energia no
> sentido clássico do termo. Ou seja, o campo do elétron em repouso
contém
> informações emitidas constantemente, e não dotadas de energia
alguma. Quando
> o elétron é acelerado, uma certa região desse campo irá conter
informações
> diferentes das anteriores e a testemunharem que num determinado
momento de
> seu passado esse elétron foi acelerado. Nessa mesma região podem
existir
> corpúsculos de Newton que foram emitidos em virtude da aceleração (a
> velocidade das informações e dos corpúsculos é a mesma). Se
existirem
> corpúsculos, essa radiação será energética; caso contrário teremos
uma
> radiação de conteúdo nulo de energia.


Lígia: Interessante... mas qual a natureza de tais corpúsculos? Um
fóton é um fóton... :) E um corpúsculo de Newton seria o que? Qual
analogia seria aplicável aqui? Seriam o mesmo que fótons? Ou
estariam intimamente relacionados ao "espírito da matéria" sendo
portanto emanações físicas da mesma?


Essa possibilidade de energia nula já
> está comprovada tanto na prática quanto em teoria, mas as
explicações que
> são dadas ao fenômeno via de regra são estratosféricas e quase
sempre a se
> apoiarem na pura ficção, pois firmam-se na idéia de que para ser
clássica, a
> explicação deveria se justificar através do argumento apresentado no
> parágrafo anterior (teoria da luz de Maxwell).


Lígia: Entendo. O problema todo parece residir no conceito de campo
envolvido no quesito luz/propagação da luz.


> É interessante notar que essa região do espaço a conter os
corpúsculos de
> luz, na realidade contém três entidades diversas e não apenas duas.
Existem
> os corpúsculos, existe o campo emitido pela mesma fonte que emitiu
os
> corpúsculos, e existe o campo emitido pelos corpúsculos (pois estes
também
> são materiais e informam o seu movimento à vizinhança). Os dois
primeiros
> viajam juntos, mas o terceiro espalha-se a partir de um corpúsculo
que
> esteja viajando a uma velocidade clássica igual a c. Ou seja, os
corpúsculos
> de luz emitem informações a uma velocidade igual a c em relação a
eles
> próprios, e a uma velocidade igual a 2c em relação à fonte de luz.
Lembro
> que este c é clássico, e não deve ser interpretado com as mesmas
restrições
> e/ou com o absolutismo inerentes à relatividade moderna.


Lígia: Sim, c tomado apenas como uma velocidade de valor conhecido.



> Voltemos ao elétron: Se a aceleração for do tipo do salto do
elétron de uma
> órbita de um átomo para outra mais estável, o número de corpúsculos
de
> Newton emitidos será fixo e a caracterizar o que os físicos
modernos chamam
> fóton. Ou seja, um fóton seria um conjunto de corpúsculos de Newton
emitidos
> seqüencialmente, um atrás do outro, e com seu número fixado pelo
estado
> inicial e final do elétron no átomo considerado. E esse estado é
regulado
> pelos campos que mantém a estabilidade da dupla elétron-próton no
átomo, e
> de alguma maneira a relacionar-se com a constante de Planck. Lembro
que esse
> campo não é um campo de Coulomb, pois isso já foi demonstrado por
Bohr, em
> 1913, incompatibilizar-se com a física clássica. Do contrário,
teríamos que
> inventar uma física a burlar alguns aspectos da teoria de Maxwell,
e essa
> física nada mais é senão a mecânica quântica.


Lígia: Deixa ver se eu entendi... se tudo pode (e deve) ser
simples para ser possível, a explicação deveria ser simples, o que
não me parece o caso: tanto na sua visão clássica quanto na visão
quântica, a natureza da Luz, a formação da matéria, são conceitos
bastante complexos e que envolvem um sem número de outros
conceitos... o que seria mais simples dentre esses dois conceitos,
qual deles? A idéia de corpúsculos de Newton é interessante sob o
prisma de aceitar-se o espírito da matéria. Mas peca pelo fato de já
ter sido possível detectar-se fótons e atribuir-se massa a eles.
Bem... a idéia de um único fóton ser uma sequência de corpúsculos de
Newton em número fixo
de acordo com os estados iniciais e finais de um elétron não soa
tão "distoante" assim... mas abre brechas para a expeculação de como
tais corpúsculos estariam dispostos... em qual sequência e assim por
diante. Ao invés de simplificar acaba complicando mais.


> Perceba então que o corpúsculo de Newton seria um pequenino pedaço
do
> elétron, ou seja, uma dentre as milhares de partículas idênticas que
> constituem o elétron. Um elétron nada mais é senão uma infinidade de
> corpúsculos de Newton dispostos caprichosamente no espaço. Posso até
> descrever como imagino essa estrutura em detalhes íntimos, mas
diria que a
> imagem, ainda que dotada de lógica, tem forte teor especulativo.
Descrevi
> essa natureza íntima do elétron em um livro que escrevi em 1983 e
publiquei
> em 1985. De lá para cá mudei muito pouco essa imagem, mas ainda não
tenho
> certeza de que ela se justifique plenamente.


Lígia: E o que daria a "consistência" corpuscular a um único elétron
tomando-se este modelo composto, por assim dizer? Que tipo de forças
estariam envolvidas? Qual a natureza dessas mesmas forças?


> Ora, se o elétron é constituído por corpúsculos de Newton e o fóton
é uma
> coleção desses corpúsculos lançados pelo elétron e alinhados, não é
absurdo
> pensar na existência de uma propriedade comum a elétrons e fótons.
O que o
> elétron informa (informação do movimento da matéria) nada mais é
senão a
> somatória dos efeitos de seus inúmeros corpúsculos. Se o campo de
um elétron
> é diferente do campo de um fóton, isso se deve tão somente a
caprichos
> relacionados ao movimento relativo dos corpúsculos de Newton ser
diferente
> de um caso para outro. Mas a origem é uma só e o campo
individualizado é o
> mesmo, apenas a somatória dá um resultado diferente. Em nenhum dos
dois
> casos estaremos frente a um campo da teoria de Maxwell, pois este
somente
> surgirá quando agruparmos um grande número de elétrons na
superfície de um
> condutor. Somente aí surgirá a lei de Coulomb. Ou seja: 1) existe
um campo
> emitido por cada corpúsculo de Newton, em virtude de seu movimento;
2)
> existe um campo emitido por agrupamentos desses corpúsculos, e
diferente
> conforme o agrupamento seja um fóton ou um elétron; e 3) existe um
campo,
> agora de Coulomb, emitido por agrupamentos de elétrons dispostos na
> superfície de um condutor. Existirá coisa mais simples em teoria?


Lígia: Não, ao que parece... mas mesmo assim a minha dúvida
permanece: de qual ordem seria a força a unir tais corpúsculos de
forma tal a obter-se um fóton, ou um elétron, ou prótons e nêutrons?


Pois a
> minha teoria trata exatamente desses campos e como explicar os
fenômenos
> físicos utilizando-se dessas informações do movimento da matéria.
Fora disso
> não existe mais novidade na "minha" física que já não tenha sido
descrita
> sobejamente por Newton. Ou seja, a "minha" física tem muito pouco
de "meu"
> que não seja a redescoberta de uma genuína física newtoniana. O
maior
> desafio, a meu ver, seria explicar a gravitação às custas desse
mesmo campo
> elementar (campo de informações), mas creio ser perfeitamente
possível, e
> acredito já ter chegado a esse requinte, restando-me algumas poucas
dúvidas
> a respeito. Mas esse é um assunto que pode ser deixado para uma
outra vez.

Lígia: É interessante colocar tudo como consequência e/ou resultado
da interação de campos e informações "carregadas" por partículas.
Mas veja que a natureza de tais partículas ou corpúsculos de Newton
deve estar bem estruturada a fim de dar sustentação a seus
argumentos. Gostei muito de "viajar" nessas suas idéias, Alberto,
sério.


> Ufa! Espero ter respondido a pergunta, mas...
> Qual era a pergunta mesmo? ;-)). Fique a vontade para rebater, pois
apesar
> de a resposta ter sido longa, procurei sintetizar ao máximo, e
queimei
> muitas etapas.

Lígia: Eu vim repetindo a mesma pergunta praticamente em todos os
meus "rebatimentos". :) Viu só como não me intimido com tamanho e
volume de informação? :)) O que eu queria saber era a natureza de
um campo associado a um único fóton... Bem, agora que eu já fui
informada que um único fóton é na realidade uma estrutura composta
por inúmeros corpúsculos e que é a informação de movimento de tais
corpuúsculos associados o que ele "carrega" e consequentemente o que
gera seu campo, ficou mais simples antever a pergunta realmente
essencial que já foi lançada em uma das minhas intromissões acima:
qual a natureza de tais corpúsculos e o que os mantém unidos? :))





> > Lígia: (...)Agora mais uma pergunta: é nisso
> > que você se baseia para a luta armada como defensor da Ordem
> > Newtoniana?
>
> Não sei se entendi, então vou responder sem ter muita certeza a
respeito do
> questionamento.
>
> Quando percebi que a física moderna estava errada, cheguei a pensar
que
> estava frente a uma nova física. Com o tempo acabei concluindo que
a física
> que procurava já existia e estava perdida no tempo, pois o que se
diz hoje
> ser física newtoniana apóia-se na negação das principais idéias de
Newton.
> Pessoalmente falando, admiro muito mais Einstein do que Newton.
Einstein,
> *como cientista* simbolizou a humildade e deu um exemplo a ser
seguido por
> todos os jovens que pretendem se dedicar a ciência; já o Newton foi
muito
> arrogante e egocêntrico para o meu gosto. Noto, no entanto, que a
física de
> Newton é perfeita e a física de Einstein está errada. Aliás o
próprio
> Einstein sabia que sua física estava incompleta (coisa que poucos
entenderam
> na época, e creio que a maioria não entende até hoje), e se não
conseguiu
> completá-la foi, a meu ver, porque estava se apoiando em postulados
falsos.

Lígia: Os grandes gênios acabam sendo mesmo arrogantes e
insuportáveis... :) Einstein foi célebre por sua humildade e acima
de tudo por saber compartilhar seus conhecimentos sem afetação e seus
erros passam até mesmo despercebidos diante do volume de sua
capacidade de elucidar situações bizarras e traduzi-las para a
física. Einstein valeu-se do que dispunha na época e fez bonito com
isso. E entendo que você, para ter notado a perfeição do que Newton
postulou, deve ter adentrado os conceitos que o apoiam. Afinal, como
uma idéia transforma-se em teoria e daí para Lei? Sei, sei, tem
muita coisa escrita aa esse respeito, mas gostaria da sua opinião.


> > Lígia: Entendo. Qualquer detalhe omitido ou acrescentável pode
> > resultar num absurdo ao final da calculeira... então seria o caso
> > de "achar-se" a massa de um foton, o que já foi possível, além de
um
> > tamanho considerável em termos estruturais. Ao que tudo indica
não
> > se está longe disso... Assim, a partir de possíveis dimensões de
um
> > fóton, você considera que a Física Clássica possa vir a ser
> > utilizável para fenômenos somente explicáveis pela MQ?
>
> Esse é um requinte teórico que acredito somente a física clássica
poderá
> chegar. Mesmo porque a quântica já selou uma impossibilidade nesta
direção.
> Para ser coerente com ela mesma creio que ela não poderá chegar na
dimensão
> do fóton a menos de uma incerteza "bem determinada".

Lígia: Nossa! Lendo isso dá até a impressão de que Heisenberg só
formulou seu princípio da incerteza para salvaguardar a natureza
íntima da matéria de expeculações... :))




> > No caso de um elétron, até admite-se que haja um campo
> > elétrico, ou mesmo magnético a ser deformado pela ação do
movimento
> > de translado do elétron... e um fóton, como ficaria? A quais
campos ele
> > "deformaria"?
>
> Como dei a entender acima, campos elétrico e magnético são campos
complexos,
> somatória de campos mais simples. O que existe na realidade é esse
campo
> elementar a se manifestar muitas vezes por efeitos complexos
(empurrões
> complexos, como a repulsão entre duas cargas elétricas de mesmo
sinal). Pela
> minha teoria não é sempre que dois elétrons se repelem, há
condições em que
> eles chegam a se atrair.

Lígia: E quais seriam tais condições? Acho interessante a forma
como sua teoria casa com certos princípios que fazem parte de outro
ramo de conhecimento ancestral que diz que "semelhante atrai
semelhante"...


Com o fóton a situação também é complicada. Se eu
> afirmo que o elétron é um agrupamento de corpúsculos de Newton,
certamente
> esses corpúsculos de alguma forma se atraem, pois do contrário o
elétron se
> esfacelaria em virtude de seu giro e da inércia. Não é impossível
chegar a
> equações a retratarem esse fenômeno, o difícil está na aceitação da
hipótese
> de trabalho, e que reside tão somente na aceitação do campo mais
elementar e
> o único que efetivamente existe no nosso universo, o "campo de
informações
> do movimento da matéria".

Lígia: Fico imaginando a "papa" primordial logo no início do
Universo, se é que ele teve algum. Baseando-se nisso que você diz,
como você imagina tal início?



Os demais campos nada mais são que somatórias
> particulares desse único campo efetivamente existente. Assim como
podemos
> construir objetos extensos com uma única peça Lego, também é
possível se
> pensar em campos complexos gerados pela somatória de um único campo
> elementar. Aliás, os físicos estão há séculos procurando por esse
campo, e
> ele está bem debaixo do nosso nariz.


Lígia: Puxa vida Alberto, bonito isso! Eu estou encantada com tudo
o que você vem expondo até agora. A idéia de algo único a ser
desdobrado é fascinante, principalmente porque engloba parte do
conhecimento ancestral, anterior ao surgimento de qualquer ciência.


> > Ou você apenas considera a interação de tal
> > fóton/empurrão-à-distância-do-mesmo com as superfícies e possíveis
> > campos associados às moléculas que o componham?
>
> Eu interpreto esse empurrão (ou puxão) a distância como equivalente
àqueles
> efeitos macroscópicos aos quais damos os nomes gravitação, efeito
elétrico e
> efeito magnético. Eles ocorrem a distância sem que vejamos nada.
Solto meu
> lápis e ele cai numa direção bem definida, como se soubesse que a
Terra está
> abaixo. Ou seja, o lápis sofre um puxão a distância do mesmo tipo
de todos
> esses outros puxões ou empurrões. De alguma maneira ele
foi "informado" pela
> Terra que a Terra estava abaixo dele. O mais é especulação.


Lígia: Como se houvesse um meio unindo "ambas as extremidades" de um
mesmo ato?



Eu tanto posso
> dizer que trata-se de um efeito transportado por um éter (segundo
Maxwell),
> como por um vácuo quântico sofisticado e a fabricar partículas
virtuais
> (segundo os físicos modernos) ou por um nada (espaço absoluto) onde
viajam
> essas informações (segundo Newton).


Lígia: Fico com a terceira opção. Um vácuo dotado de propriedades
sem que estas sejam complexas além de simplesmente veicular
informações...


> Uma coisa é certa: Existe uma quintessência do universo, e nenhuma
física
> consegue sair do papel e ir para o laboratório se não assumir essa
> existência. O problema é descobrir qual dessas quintessências é a
mais
> lógica. Escolhida uma, não há mais porque se pensar nas outras, a
menos que
> a teoria se mostre inconsistente e/ou a menos que se queira
repensar a
> lógica adotada. Talvez fosse o caso de os incrédulos utilizarem-se
da
> navalha de Occam. Seguindo-se a física newtoniana, podemos pensar
tão
> somente em uma única entidade imaterial. Nada nessa mão e nada na
outra.
> Segundo a física quântica existem incontáveis entidades
estratosféricas
> (partícula sem massa, partícula com massa, partícula sem massa mas
com
> energia, partículas virtuais, spin que não é giro, incerteza, salto
> quântico, cordas vibrantes, anti-matéria, dualidade, colapso,
descolapso,
> táquions, não-localidade, universos paralelos, ...). Porque não
pensar em
> uma não-partícula sem massa nem energia a que Newton teve a infeliz
idéia de
> chamar por "espírito da matéria"? Garanto que não será preciso
pensar em
> mais nada, e a comunidade dos físicos, trabalhando em conjunto em
cima dessa
> idéia, que não é minha mas de Newton, conseguirá fazer a física
evoluir 200
> anos em menos de cinco. Quanto ao tempo perdido no século XX...
Digamos que
> o XX passará para a história como o século da mentira. Mas ciência
é isso
> mesmo. Alguém tinha que explorar esse labirinto que hoje sabemos
não dar em
> lugar algum.


Lígia: Sinceramente, Newton quando visto dessa perspectiva foi
brilhante mesmo e podia ser arrogante, juro! É espantoso como tal
conceito adapta-se como uma luva àquilo que eu vinha "intuindo" com o
passar dos anos. A MQ sempre me pareceu meio "mandraque", algo como
a arrumar muitos personagens para uma mesma história, sem
praticidade... criando conceitos vagos e sem possibilidade de serem
verificáveis a não ser pela não intenção de verificá-los, o que já
por si só é um disparate... e a idéia da "babuska" envolvendo e
sendo envolvida... tudo a mesma coisa apenas sendo "transformada"
pelos eventos que se desenrolem a partir de suas partes componentes
dentro de cada nível dela, a babuska.

Vou para a segunda parte agora... :)

Beijos, Lígia




SUBJECT: ¡Águas con el água!
FROM: "Aline Regina Walkoff" <lualine@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/02/2003 20:43

Olá gente,

A mensagem abaixo está sendo muito divulgada e eu gostaria de pedir a
opinião de alguém que entende realmente do assunto. Pq eu não entendo
sobre microondas, só sei usá-lo.

[]´s

Aline

--------------------------------------------

Assunto: ¡Águas con el água!


Tengan cuidado...


Comparto con ustedes este correo que me enviaron.

Tengan mucho cuidado y compártanlo.

Saludos.

Agua en el Microondas

Uso del Microondas. Hace 5 días mi hijo de 26 años decidió tomarse
una taza de café instantáneo. Puso a calentar en el horno de
microondas algo que había hecho antes en varias ocasiones) una taza
con agua sola.

No sé exactamente por cuánto tiempo lo programó, pero me dijo que
quería que el agua hirviera. Cuando el tiempo se acabó, el horno se
apagó y
mi hijo procedió a sacar la taza de microondas. Mientras miraba la
taza se
dio cuenta que el agua no estaba hirviendo...

EN ESE MOMENTO, EL AGUA BROTO DIRECTAMENTE A SU ROSTRO!!!.

Lógicamente, él soltó el recipiente, pero YA ERA DEMASIADO TARDE. La
energía acumulada le OCASIONO QUEMADURAS DE PRIMERO Y SEGUNDO GRADOS
y es muy probable que su CARA LE QUEDE MARCADA PARA TODA SU VIDA,
ADEMAS DE
HABER PERDIDO LA VISTA PARCIAL DEL OJO IZQUIERDO.

Mientras estábamos en el hospital, el doctor que lo atendía comentó
que este tipo de accidentes eran muy frecuentes y que nunca debe
ponerse agua sola a calentar en el microondas. Si se calienta agua
de
esa forma, siempre se debe poner algo en el agua, (un palito de
madera o una bolsita de té), pero si se va calentar solamente agua,
es
mejor usar la estufa.

Por favor envíen este mensaje a todos sus familiares y amigos, para
evitar accidentes similares.

Esto es lo que un maestro de física dijo al respecto: "Gracias
por enviarme este mensaje advirtiéndome acerca del agua en el
microondas. He sabido de varios casos. Esto es causado por un
fenómeno conocido como "super calentamiento". Puede suceder en
cualquier
momento que el agua se esté calentado, especialmente si el utensilio
que
se está usando es nuevo.

Lo que sucede es que el agua se calienta mucho más rápido de lo que
las burbujas se comiencen a formar. Si la taza es nueva, no tiene
ningún raspón o ranura por donde las burbujas se puedan ir formando
y
pueda empezar a burbujear el agua que ya está hirviendo, de tal
manera, que el agua se va calentando sobrepasando el tiempo de hervir
(como
quien dice hierve...y hierve...y hierve...).

Lo que sucede entonces es que el agua se atora, queda estancada y al
contacto con el aire, el agua brota con fuerza por la energía
contenida.

Es lo mismo que sucede con todas las bebidas carbonatadas. Cuando se
agita la botella estando cerrada, al momento de abrirla el líquido
brota
por la energía acumulada y contenida.

Por favor envíen este mensaje a todos sus amigos, podrían evitarles
un gran dolor y sufrimiento.






SUBJECT: Re: ¡Águas con el água!
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/02/2003 22:03

Oi Aline,

O perigo existe mesmo e não acontece só com a água mas com líquidos
de qualquer tipo, de sopas a leite. O caso é que as microndas
aquecem o líquido a partir do centro do volume total do mesmo.
Assim, as bolhinhas que indicam ebulição nem sempre aparecem, isso
porque a camada de líquido envolvendo o centro em ebulição permanece
razoavelmetne fria, bastando que o líquido seja movimentado para que
o calor acumulado abaixo da superfície seja liberado muitas vezes
num "jato". Já li recomendações para que mamadeiras nunca sejam
aquecidas no microndas para que não aconteçam queimaduras de esôfago
ou coisa pior... isso porque apesar de parecer que ainda não foi
aquecido a partir de uma prova de toque ( até o recipiente permanece
frio às vezes ), o líquido contido no centro do volume total já está
fervendo... e será o primeiro a ser engolido em caso de ingestão
porque o que está aquecido sempre tende a subir.

Uma forma interessante de ver como o aquecimento acontece é colocando
um pão francês dentro do micro e deixando ele se aquecer até começar
a cheirar queimado: você vai notar que o pão vai parecer ainda
branco... mas quando você o abrir vai notar que a massa em seu
centro estará queimada... :)


Beijos, Lígia

***************************************

--- Em ciencialist@y..., "Aline Regina Walkoff" <lualine@y...>
escreveu
> Olá gente,
>
> A mensagem abaixo está sendo muito divulgada e eu gostaria de pedir
a
> opinião de alguém que entende realmente do assunto. Pq eu não
entendo
> sobre microondas, só sei usá-lo.
>
> []´s
>
> Aline
>
> --------------------------------------------
>
> Assunto: ¡Águas con el água!
>
>
> Tengan cuidado...
>
>
> Comparto con ustedes este correo que me enviaron.
>
> Tengan mucho cuidado y compártanlo.
>
> Saludos.
>
> Agua en el Microondas
>
> Uso del Microondas. Hace 5 días mi hijo de 26 años decidió tomarse
> una taza de café instantáneo. Puso a calentar en el horno de
> microondas algo que había hecho antes en varias ocasiones) una
taza
> con agua sola.
>
> No sé exactamente por cuánto tiempo lo programó, pero me dijo que
> quería que el agua hirviera. Cuando el tiempo se acabó, el horno se
> apagó y
> mi hijo procedió a sacar la taza de microondas. Mientras miraba la
> taza se
> dio cuenta que el agua no estaba hirviendo...
>
> EN ESE MOMENTO, EL AGUA BROTO DIRECTAMENTE A SU ROSTRO!!!.
>
> Lógicamente, él soltó el recipiente, pero YA ERA DEMASIADO TARDE.
La
> energía acumulada le OCASIONO QUEMADURAS DE PRIMERO Y SEGUNDO
GRADOS
> y es muy probable que su CARA LE QUEDE MARCADA PARA TODA SU VIDA,
> ADEMAS DE
> HABER PERDIDO LA VISTA PARCIAL DEL OJO IZQUIERDO.
>
> Mientras estábamos en el hospital, el doctor que lo atendía comentó
> que este tipo de accidentes eran muy frecuentes y que nunca debe
> ponerse agua sola a calentar en el microondas. Si se calienta agua
> de
> esa forma, siempre se debe poner algo en el agua, (un palito de
> madera o una bolsita de té), pero si se va calentar solamente agua,
> es
> mejor usar la estufa.
>
> Por favor envíen este mensaje a todos sus familiares y amigos, para
> evitar accidentes similares.
>
> Esto es lo que un maestro de física dijo al respecto: "Gracias
> por enviarme este mensaje advirtiéndome acerca del agua en el
> microondas. He sabido de varios casos. Esto es causado por un
> fenómeno conocido como "super calentamiento". Puede suceder en
> cualquier
> momento que el agua se esté calentado, especialmente si el
utensilio
> que
> se está usando es nuevo.
>
> Lo que sucede es que el agua se calienta mucho más rápido de lo que
> las burbujas se comiencen a formar. Si la taza es nueva, no tiene
> ningún raspón o ranura por donde las burbujas se puedan ir
formando
> y
> pueda empezar a burbujear el agua que ya está hirviendo, de tal
> manera, que el agua se va calentando sobrepasando el tiempo de
hervir
> (como
> quien dice hierve...y hierve...y hierve...).
>
> Lo que sucede entonces es que el agua se atora, queda estancada y
al
> contacto con el aire, el agua brota con fuerza por la energía
> contenida.
>
> Es lo mismo que sucede con todas las bebidas carbonatadas. Cuando
se
> agita la botella estando cerrada, al momento de abrirla el líquido
> brota
> por la energía acumulada y contenida.
>
> Por favor envíen este mensaje a todos sus amigos, podrían
evitarles
> un gran dolor y sufrimiento.



SUBJECT: Re: Mecânica clássica x quântica 2ª.Parte
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/02/2003 23:04

Olá de novo, Alberto!


--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> > Lígia: Sim, mas ainda eu me atenho à idéia de que para um fóton,
> > nada estaria diretamente associado a ele além de sua própria
> > velocidade da ordem de c e da energia que ele "carregue" no
> > movimento.
>
> Realmente não é fácil abandonar essa idéia. Eu estou propondo uma
teoria há
> 20 anos e ainda hoje, e com freqüência, me flagro "visualizando"
coisas que
> só existem adotando-se os modelos da física moderna. Se alguém for
analisar
> tudo o que escrevi desde então irá notar uma alternância incrível
na imagem
> que durante esses anos fui fazendo até chegar na visão atual que
tenho sobre
> a natureza da luz. E no entanto, trata-se de algo por demais
elementar, tão
> elementar que custo a crer que a verdade seja tão somente esta, e
que tudo
> no universo possa ser descrito tão somente com quatro essenciais.


Lígia: Já disseram que a verdade liberta, não? E que quando esta
fosse realmente percebida, a simplicidade da mesma seria "gritante".
Se não me engano foi Kalil Gibran quem disse algo parecido :))


> Bohr chegou a receber, imediatamente após a publicação de seu
trabalho, uma
> carta de Oseen (1913), onde este diz o seguinte: "Como muito bem
sabe, a sua
> teoria levanta várias questões de diferentes espécies. Uma é
evidentemente a
> questão dos espectros. Outra é a de saber como deverá ser
modificada a
> teoria de Maxwell-Lorentz para que um átomo do tipo que propõe possa
> existir". É principalmente com esta última questão que tenho estado
ocupado.
> Até aqui só posso dizer que cada vez vejo melhor quão profunda
deverá ser
> essa modificação. Mas creio que é necessária." Isso foi escrito em
1913 e
> até hoje ao que parece ninguém teve a coragem de continuar os
trabalhos de
> Oseen. E a teoria de Maxwell está aí imutável, funcionando no
macrocosmo mas
> totalmente incapaz de justificar a existência do átomo. E sem que
se promova
> uma adaptação *decente* a ponto de que possa vir a funcionar no
microcosmo.


Lígia: Mas modificando-se teorias não se está incorrendo no mesmo
que Plank fez? E veja que o mingau começa da água... e está dando
no que deu...


> Alguns que leem essa carta, a luz do que aprendem nos livros de
física
> moderna, acreditam que Oseen estava propondo essa balburdia que
está por aí
> sob o nome de mecânica quântica e que ninguém entende o que seja.


Lígia: A balbúrdia é mais resultado de uma espécie de "faça você
mesmo" do tipo: já que não tem alguma coisa séria para dar bases às
idéias, vamos contruir algo...


> > Nós já discutimos sobre isso lá na lista Livres-Pensadores... e
> > ainda é uma incógnita para mim. Ainda mais porque sou sempre
> > rechaçada pelas minhas idéias "místicas"... :)
>
> Não vejo mal nenhum nesse misticismo, desde que saiba se delimitar
a linha
> divisória entre o que é ciência e o que é misticismo. O misticismo
de hoje
> pode vir a ser a ciência do amanhã, mas não podemos pensar nisso
como algo
> inevitável e sim como uma remota possibilidade. Por outro lado, não
sei
> porque os místicos se encantaram tanto com a mecãnica quântica. Ela
é ficção
> pura, e aqueles que realmente entendem de misticismo sabem que
misticismo
> não é tão somente ficção pura.


Lígia: Misticismo, no meu entender, é algo que permite ao ser humano
contemplar o "algo" que nos une, não só à natureza como ao próprio
Universo. As práticas místicas são uma forma de treinar a mente para
perceber que não somos partes isoladas de algo exterior mas partes de
um todo que pode ser percebido nas partes que o compõem, inclusive em
nós mesmos. O que fascina os místicos quando lendo sobre a quântica
é que ela dá margem para interpretação de que há uma "intervenção
direta" do observador com relação aos fenômenos, como é o caso do
colapso da função de onda... no mais, é só isso associado a outras
vertentes dentro da própria quântica que defendem o holismo, ou a
aplicação dos fractais para a compreensão do que ocorre a nível sub-
atômico e no nosso nível de existência sendo interpretados como
Universo Holográfico... Isso, sem os aparatos científicos, já
é "conhecido" dos místicos desde que os primeiros shamans decidiram
contar aos demais o que eles viam em seus sonhos. E eles viam que
tudo está unido em um nível subjacente, obedecendo a uma espécie de
comando "interior" que se estende aos confins de tudo...


A maior crítica que fiz ao livro de Capra (O
> Tao da Física) foi que ele cometeu uma verdadeira heresia com a
filosofia
> oriental. A meu ver filosofia oriental é coisa séria, e física
quântica é
> brincadeira, é piada que já perdeu a graça. Não há como traçar um
> paralelismo entre as duas.


Lígia: Bem, Kapra desejava dar a entender que sempre houve tal idéia
de unicidade e da intervenção direta do observador no que se refira
aos fenômenos da existência. A física quântica, como já disse, dá
margem para a expeculação nesse sentido uma vez que à maneira da
teoria da relatividade, mexe com o imaginário do ser humano e abre
horizontes novos a serem explorados, dando a idéia de que nada é fixo
e rigidamente obedecendo leis, antes que tais leis dependem de quem
as aplique... ou alguma coisa nesse sentido :))


> > Lígia: Bem... *SE* a energia fosse propagada continuamente,
penso
> > que a superfície exposta/bombardeada por tal emissão contínua
estaria
> > sujeita a uma desestruturação contínua nas camadas de última
valência
> > de suas moléculas superficiais sem nem ser necessário levar-se em
> > conta que haja diferenças de ângulo/estrutura das mesmas. Parece
que
> > isso seria de pouca importância e é nesse aspecto que os
quânticos se
> > revezam dando a entender que o branqueamento seria "imediato"...
>
> Gostei do *SE*. Pelo visto, os quânticos desconhecem esse vocábulo
quando se
> referem à física clássica. Meu avô costumava dizer que SE a avó
dele tivesse
> rodas seria uma carroça. Os quânticos não estão muito longe disso:
SE a
> física clássica fosse o que eles admitem, a única alternativa que
nos
> restaria seria irmos trabalhar no teatro de comédia que eles
criaram.


Lígia: Estão representando o papel deles... uma idéia atraente e
que dá certo quando submetida a testes acaba sendo sedutora, não?
Parece aquela história da mulher fatal que envolve seus amantes e
estes, quando se dão conta, percebem que perderam tudo, nada mais
restando do que permanecerem à mercê da vontade de sua "dona"...


> > Lígia: E de que tipo de carga elétrica estamos falando quando
> > falamos em elétrons?
>
> Eu prefiro dizer que o elétron, ao emitir informações de seu
movimento, gera
> concomitantemente um campo de efeitos elétricos (bem diferente do
campo de
> Coulomb) e um campo de efeitos magnéticos (bem semelhante ao campo
da lei de
> Biot Savart). Não vejo necessidade nenhuma de dotar o eletron de um
nome a
> retratar esses efeitos. Carga elétrica é apenas um nome a retratar
um efeito
> comum a determinados objetos macroscópicos. Ela serve apenas para
> caracterizar o que há de comum a esses objetos. O elétron já tem um
nome,
> logo não há porque criar outro, e não há porque considerar esse
efeito como
> a caracterizar uma carga. Afinal, ele estaria carregado de quê?


Lígia: É... um elétron sozinho não faz verão... :))


> O importante é perceber que o elétron ao se dispor na superfície de
um
> condutor dá origem a um campo de Coulomb, é suficiente efetuar a
integração
> do seu campo de efeitos elétricos. E se um grande número desses
elétrons
> trafegarem por um fio condutor, a integração de seus campos dará
como
> resultante a lei de Ampère. Toda essa matemática eu já cheguei a
checar e a
> demonstração está em meu website, mas não é fácil expor em
linguagem txt. Se
> houver interesse, poderei reproduzir a demonstração aqui, mas
precisarei
> recorrer a inúmeras figuras gif.

Lígia: Gostaria muito de ver. Está lá no seu site sob qual título?



> > Nunca peguei você de jeito antes porque fiquei
> > penalizada de imaginar o quão cansativo seria ter que
> > me "aguentar"...
>
> Então estamos empatados. Se é pra cansar é comigo mesmo. :-) O
Colucci, por
> exemplo, não me güenta. Toda vez que ele responde alguma mensagem
minha ele
> solicita que eu não seja "caudaloso" ou outros bichos. :-) Já
pensou se eu
> respondo para ele em duas mensagens quilométricas? Cruiz, credo!
Ele se
> naturaliza americano rapidinho. ;-)


Lígia: Eheheheh... mas eu não ligo prá tamanho não. Se eu tiver
tempo eu leio tudo e gosto de trocar idéias num nível assim: eu
aprendo muito. Não tenho muita coisa para ensinar mas amo aprender.
E você tem me ensinado muito. Obrigada.



> > Agora, dado o tempo em que já nos vemos pelas órbitas da internet,
> > achei que já seria possível começar o bombardeio... :)
>
> Após esse primeiro bombardeio eu diria que entre mortos e feridos
escaparam
> todos. ;-) Quiçá a guerra do Bush fosse assim.


Lígia: Verdade, você se saiu muito bem! Gostei muito!


Obrigada mais uma vez, beijos,

Lígia


PS: Não querendo desfazer de sua boa vontade em explicar tudo de
forma tão eloquente, eu me vi quase que na obrigação de responder a
esta mensagem "amputando-a" em alguns trechos já vistos na primeira
parte, bem como alguns trechos em que você explica o que ocorreu
durante os primeiros respiros da quântica pelo fato de eu ter lido e
compreendido não havendo portanto necessidade de maiores
elucidações. Senão iríam sugerir minha expulsão da lista... :)) É
que fica tão difícil ter que cortar trechos... só amputando mesmo.
Por mim eu manteria todos os parágrafos... mas ficaria muito longa a
nossa conversa.




SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/02/2003 23:19

>ALBERTO MESQUITA: Isso nunca ouvi ser citado por físicos sérios, do
porte de Mário Schenberg. Se você se der ao trabalho de ler o artigo
acima referido, encontrará uma de suas citações a respeito, e vou
reproduzi-la aqui: "Há uma coisa sobre a qual a mecânica quântica não
lançou luz alguma: o segundo princípio da termodinâmica. Este continua
tão misterioso quanto antes. A lei de crescimento da entropia não pode
ser até agora deduzida nem pela mecânica estatística clássica, nem pela
mecânica estatística quântica. Há, aí, alguma coisa de fundamental que
ainda não compreendemos. Quando uma coisa começa a se complicar muito, é
sinal de que é preciso simplificá-la."<

A posição dos físicos quânticos -- escrevo sem pesquisar muito, faça as
ressalvas cabíveis -- com relação à segunda lei da termodinâmica (por
que raios escrevi "primeira" no e-mail?) me parece ser a de que a
segunda lei não é um princípio tão fundamental, pois verifica-se apenas
macroscópicamente. A entropia é a medida dos modos de distribuição da
energia de um sistema, e a energia das partículas tende a ocupar o
máximo número de níveis quânticos disponíveis. Em termos vulgares, tende
a "espalhar-se".

O problema citado por Mário Schenberg (com quem convivi e de quem fui
amigo) é que não se pode deduzir uma direção preferencial para o tempo
nem das equações clássicas como das quânticas. Mas, na minha opinião, a
física quântica é mais promissora quanto a essa possibilidade. A segunda
lei dita a tendência de uma coleção macroscópica de partículas, isto é,
após a descoerência. Assim, seria possível afirmar que a
irreversibilidade do tempo está ligada ao fenômeno quântico da
descoerência.


>ALBERTO MESQUITA: Se não me falha a memória, esse princípio [Princípio
Totalitário] é do tempo dos filósofos pré-socráticos e em sua versão
atual, devida a GellMann, diria o seguinte: "tudo o que não está
proibido é obrigatório". Seria esse? Uma versão um pouco mais light do
mesmo princípio diz o seguinte: "tudo o que existe deve ser encontrado,
e o que não existe deve ser demonstrado". As duas versões são, a meu
ver, altamente contestáveis, e não tenho dúvidas que poderiam alimentar
uma discussão filosófica de meses a fio.

A primeira versão do princípio totalitário que você menciona ("tudo o
que não está proibido é obrigatório") é, na verdade, do romancista T.H.
White, e aplicava-se a uma colonia de formigas. Deixo de lado as
implicações sociais e filosóficas, e concentro-me em Gell-Mann. Esse
princípio está implícito em muitas descobertas da física contemporânea.
As estrelas de neutrons, por exemplo, foram previstas primeiro pela
teoria e depois buscadas -- e encontradas. Quando se estuda partículas
subatômicas não há outra maneira: ou as encontramos ou começamos a
suspeitar da teoria. Um exemplo claro é o bóson de Higgs. Se não for
encontrado, o modelo padrão precisará de uma revisão.


>ALBERTO MESQUITA: Entendo agora o porque desse princípio ser tão
importante para os quânticos:
"tudo o que não está proibido é obrigatório". O princípio em si
justifica todas as hipóteses ad hoc que os quânticos sabem fabricar como
ninguém. E justifica também o fato de professores de uma universidade
pública terem sido PROIBIDOS, por seus "patrões", de assistirem a uma
palestra que ministrei *em um de seus territórios*, a convite de um
Secretário da Cultura que, no início da década de 90, julgou estar
promovendo a sua cidade organizando ciclos de palestras na universidade
local (isso parece piada, mas retrata a realidade brasileira). O mais
incrível é que proibiram os professores, mas *para agradar o político*
obrigaram seus alunos de graduação e de pós-graduação a assistirem a
palestra (tudo o que não é proibido é obrigatório). Vá entender a
covardia aliada à incoerência do Olimpo Acadêmico Brasileiro. Parece-me
que estavam com medo de enfrentar um médico metido a físico na presença
de seus alunos. Covardes!, é o mínimo que posso dizer.<

Me solidarizo com você. Nos doze anos em que dei aula na USP vi muita
coisa que me envergonhou, mas nenhuma desse nível. Aliás, os professores
da USP, uma vez concursados, não tem mais patrão. Não prestam contas a
ninguém, incluindo a sociedade que lhes paga o salário.

Um abraço,
Colucci

PS: Já "downloadei" mas ainda não li o seu artigo, por isso não pude
comentá-lo.







SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Determinismo vs Não-dete rminismo - MQ determinista?
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2003 01:05

>From: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Re: Determinismo vs Não-dete rminismo - MQ
>determinista?
>Date: Wed, 19 Feb 2003 12:15:49 -0300
>
> Olá, Guilherme. Gostaria que você se alongasse nessa sua
>interpretação de que a física quântica é completamente determinista. Porque
>eu já ouvi isso de alguns físicos, mas nunca compreendi por que essa
>interpretação. OK, a equação de Schrödinger, a equação fundamental da MQ, é
>determinista. Porém, o formalismo da MQ não é só essa equação. É necessário
>introduzir o colapso da função de onda quando se quer descrever o resultado
>de um experimento. E o colapso parece-me um passo essencialmente
>não-determinístico (probabilístico).

Olá Belisário,

Ok, mas vou logo avisando: não sou especialista em interpretação
da mecânica quântica.

Realmente, o colapso constitui o elemento-chave que carregaria
o livre arbítrio. Suponha que o spin de um elétron possa ser descrito
pelo vetor de estado |psi> = 1/sqrt(2)*[ |up> + |down> ].
Assim, quando medirmos seu spin, ele estará para cima ou para baixo,
com chances iguais a 50 por cento. Seu estado real, segundo a
interpretação de Copenhagen, é um híbrido de up e down, que aliás é
uma coisa que não pode ser concebida por mentes imersas num mundo
macroscópico (provavelmente, se nós vivêssemos num mundo microscópico,
dizer que uma partícula têm uma velocidade e posição bem definidas
soaria bizarro, e haveriam os céticos que duvidariam dessa nova e
revolucionária física - a física clássica).

Pois bem, então queremos medir o spin desse elétron. O livre arbítrio
está exatamente na indeterminação do resultado da medida: o que poderia
decidir se encontraremos o spin up ou down? Claro está que se fizermos
uma série de medidas, e tomarmos a média, em aproximadamente 50
por cento das medidas o spin estará down, mas em uma medida individual
o spin poderá estar tanto up quanto down. É importante enfatizar que
o estado do elétron segue leis determinísticas, e que o acaso só se
manifesta na hora de medí-lo, devido à contingência do resultado
da medida: nada decide se acharemos o spin up ou down.

No meu ponto de vista, devem existir outras variáveis que determinam
esse processo. O ato de medir é um processo de complexidade
impressionante, pois trata-se de uma interação entre um sistema
macroscópico e um sistema microscópico. A minha crença é que deve haver
uma razão para medirmos o spin up ou down, que é desconhecida devido
ao grau de complexidade para explicar o fenômeno.

Abraços,

Guilherme





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MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: cocrete
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2003 11:57

Fui deperado estes dias com um probleminha de matemática muito
interessante:

===============================================================
Dado o sistema

x² + y² = 881
x^(1/2) - y^(1/2) = 1 (*)

Demonstre que

x = 25
y = 16
===============================================================

É um bom exercício de álgebra.


* x^(1/2) => raiz quadrada de x

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2003 12:02

>ALBERTO MESQUITA: Ou seja, o campo do elétron em repouso contém
informações emitidas constantemente, e não dotadas de energia alguma.
[...] Nessa mesma região podem existir corpúsculos de Newton que
foram emitidos em virtude da aceleração (a velocidade das informações
e dos corpúsculos é a mesma). Se existirem corpúsculos, essa radiação
será energética; caso contrário teremos uma radiação de conteúdo nulo
de energia. [...] Perceba então que o corpúsculo de Newton seria um
pequenino pedaço do elétron, ou seja, uma dentre as milhares de
partículas idênticas que constituem o elétron. Um elétron nada mais é
senão uma infinidade de corpúsculos de Newton dispostos
caprichosamente no espaço. [...] Ora, se o elétron é constituído por
corpúsculos de Newton e o fóton é uma coleção desses corpúsculos
lançados pelo elétron e alinhados, não é absurdo pensar na existência
de uma propriedade comum a elétrons e fótons.<

Alberto,

Li o artigo recomendado, mas infelizmente minhas dúvidas continuam.
Acredito que, a despeito da explicação, as suas partículas continuam
violando a Segunda Lei. Você propõe um elétron dotado de estrutura --
"um elétron nada mais é senão uma infinidade de corpúsculos de
Newton dispostos caprichosamente no espaço". Ora, há amplas
evidências experimentais de que o elétron não tem estrutura. É uma
das partículas fundamentais.

Abraço,
Colucci




SUBJECT: Re: [ciencialist] cocrete
FROM: <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2003 12:48

Basta usar Newton-Raphson...

[ ]s

Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: Quinta-feira, 20 de Fevereiro de 2003 11:57
Assunto: [ciencialist] cocrete


Fui deperado estes dias com um probleminha de matemática muito
interessante:

===============================================================
Dado o sistema

x² + y² = 881
x^(1/2) - y^(1/2) = 1 (*)

Demonstre que

x = 25
y = 16
===============================================================

É um bom exercício de álgebra.


* x^(1/2) => raiz quadrada de x

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2003 14:11

----- Original Message -----
From: "josecolucci"
Sent: Thursday, February 20, 2003 12:02 PM
Subject: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte

> Acredito que, a despeito da explicação, as suas partículas continuam
> violando a Segunda Lei. Você propõe um elétron dotado de estrutura --
> "um elétron nada mais é senão uma infinidade de corpúsculos de
> Newton dispostos caprichosamente no espaço". Ora, há amplas
> evidências experimentais de que o elétron não tem estrutura. É uma
> das partículas fundamentais.

Não entendo a dúvida. Em primeiro lugar você afirma que a partícula viola a
segunda lei? Se isso fosse verdade você não precisaria dizer mais nada, a
menos que pretendessemos questionar a segunda lei. Lembro que a segunda lei
foi constatada em 1820, e o elétron foi descoberto no final do século XIX.
Trata-se de uma lei comprovadamente válida para o macrocosmo. Qualquer
tentativa em expandi-la para o microcosmo ainda é obra puramente
especulativa. Mas ainda que aceitemos essa idéia, continuo sem entender de
que forma a estrutura do elétron implicaria na violação da termodinâmica
(Obviamente, não estou me referindo a nenhuma termodinâmica quântica nem a
outras paranormalidades científicas, como a existência de fantasmas, discos
voadores, etc).

Posteriormente você afirma que há evidências experimentais que o elétron não
tem estrutura. Essa crença apoia-se em que dogma de fé? Em que templo foi
realizada essa experimentação? Quais foram os sacerdotes que interpretaram
essa experiência? Em que Concílio Ecumênico postulou-se que o elétron é uma
das partículas fundamentais?

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Fw: Ponto de Sela
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2003 15:37

"ponto de sela" ... não é comigo! Com quem é?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: prhsl
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: quinta-feira, 20 de fevereiro de 2003 02:44
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


Rose
prhsl@bol.com.br
Cursando Administração de Empresas

Gostaria de saber qual o significado do ponto de sela para administração e economia.
Sabe onde posso encontrar?
Obrigada.

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2003 17:33

>ALBERTO MESQUITA: Mas ainda que aceitemos essa idéia [de que o
elétron mesquitiano viola a segunda lei], continuo sem entender de
que forma a estrutura do elétron implicaria na violação da
termodinâmica (Obviamente, não estou me referindo a nenhuma
termodinâmica quântica nem a outras paranormalidades científicas,
como a existência de fantasmas, discos voadores, etc).<

Simples. Não há necessidade de recorrer a paranormalidades. Um
elétron constituído de "corpúsculos de Newton dispostos
caprichosamente no espaço" viola a segunda lei se for estável. Ao que
se sabe o elétron é estável. Até se arrisca a dar uns passeios por
aí, longe do núcleo. O que é que mantém os seus corpúsculos
caprichosamente dispostos no espaço? Se você não quiser copiar o que
critica na física quântica, isto é, inventar outras partículas
menores do que os corpúsculos para grudá-los, terá que arranjar uma
explicação clássica.


>ALBERTO MESQUITA: Posteriormente você afirma que há evidências
experimentais que o elétron não tem estrutura. Essa crença apoia-se
em que dogma de fé? Em que templo foi realizada essa experimentação?
Quais foram os sacerdotes que interpretaram essa experiência? Em que
Concílio Ecumênico postulou-se que o elétron é uma das partículas
fundamentais?<

Calma, Alberto. Desse jeito o pessoal vai pensar que o seu caso com a
quântica é pessoal. Como tudo o mais em ciência de boa qualidade, a
afirmação não se apoia em dogmas de fé ou em palavras sagradas de
grandes cientistas do passado.

A afirmação de que o elétron não tem estrutura apoia-se, entre outras
coisas, em evidências dos sacerdotes do templo místico chamado CERN.
Mesmo com aquele martelo enorme que eles têm lá não
conseguiram "arrebentar" o elétron para ver o que tem dentro dele. O
que não quer dizer que não haja nada. Pode ser que seja apenas uma
questão da energia envolvida.

O experimento crítico consiste na colisão de um elétron e um
pósitron. Nessa colisão, os resíduos consistem apenas de dois raios
gama de alta energia a 180 graus. Os raios gama obtidos representam a
massa equivalente do par elétron-pósitron, em concordância com a MQ.
A conclusão é de que o elétron contém um fóton de alta energia
(quanta) e mais nada. O que acontece depois com os raios gama é
interessante, mas fora do objetivo da discussão.

Há hereges, mas hereges quânticos. Prof. Humphrey Maris, da Brown
University, disse (Journal of Low Temperature Physics, Aug 1, 2000)
que elétrons podem ser fissionados. A conclusão de seu experimento
não agradaria muito o Alberto. Experimentos anteriores ao de Maris
mostraram que um único elétron, ou melhor, sua função de onda, pode
ser aprisionada numa bolha de hélio líquido. O que Maris fez foi
partir essa bolha em duas usando infravermelho. Cada uma das meia-
bolhas, diz ele, contém parte da função de onda do elétron.

Em dimensões muito menores do que as de que estamos falando, a
esperança é que o elétron e todas as outras partículas tenham
estrutura. Vide teoria das supercordas. Mas não é disso que estamos
falando agora.

Minha vez de perguntar: qual a evidência experimental para os
corpúsculos de Newton? Qual é o experimento que comprova a sua
existência? Se não foi feito ainda, qual seria ele?

Um abraço,
Colucci






SUBJECT: Re: Determinismo vs Não- dete rminismo - MQ determinista?
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2003 17:42


Oi, Guilherme.

> No meu ponto de vista, devem existir outras variáveis que determinam
> esse processo.

Outras pessoas já pensaram assim, e isso gerou uma classe de
teorias chamadas Teorias das Variáveis Ocultas. Segundo essas teorias, o
indeterminismo quântico deriva do fato de desconhecermos variáveis
diferentes das conhecidas, que não são levadas em conta nos cálculos.
Reconhecidas essas variáveis, o determinismo seria restituído.

Porém, o mero fato de haver novas variáveis possibilita a previsão
de resultados que podem ser testados em laboratório. Isso porque, sendo a
mecânica quântica probabilística, os resultados experimentais dependem do
grau de correlação entre as variáveis. Por exemplo, qual a probabilidade de
eu ir para a Unicamp amanhã? Assim posta desse jeito, a resposta seria 50%.
Mas sabemos que não é 50%, pois isso tem correlação com muitas outras
variáveis - amanhã não é fim de semana; eu trabalho na Unicamp; etc.; tudo
isso faz com que a probabilidade seja muito maior do que 50%. É possível
calcular a influência que o fato de existirem variáveis ocultas causa nos
resultados experimentais. Esse cálculo levou ao famoso teorema de Bell:
esse teorema estabelece um conjunto de medidas simples que podem
discriminar se as variáveis ocultas existem ou não.

As experiências foram realizadas em 1981 por Alain Aspect.
Veredicto: uma das duas classes de teorias de variáveis ocultas foi para o
vinagre. As probabilidades comportam-se como se as correlações esperadas
não existissem.

Eu disse uma das duas classes: de fato, isso não vale para todas
as teorias de variáveis ocultas. Há duas classes dessas teorias: as locais
(que não supõem transmissão instantânea de informação causal) e as
não-locais (que aceitam a possibilidade de transmissão instantânea). As
teorias locais foram descartadas pelo experimento de Aspect. As não-locais,
não. A teoria não-local mais famosa é a teoria de David Bohm.

Na verdade, em última análise, o que o teorema de Bell estabelece
é que qualquer teoria de variáveis ocultas que reproduza os resultados da
mecânica quântica tem que ser necessariamente não-local.

Então, ao que parece, existe pelo menos uma teoria alternativa à
mecânica quântica capaz de restituir o determinismo: a teoria das variáveis
ocultas de David Bohm, que é não-local. Só que essa teoria é muito pouco
investigada pelos físicos. Talvez por tradição, talvez por desconhecimento,
talvez porque a quântica já mostrou que dá conta dos resultados
experimentais muito bem, talvez por tudo isso junto.

Até,
Belisário

At 01:05 20/02/03 -0300, you wrote:
> >From: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
> >Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> >To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> >Subject: [ciencialist] Re: Determinismo vs Não-dete rminismo - MQ
> >determinista?
> >Date: Wed, 19 Feb 2003 12:15:49 -0300
> >
> > Olá, Guilherme. Gostaria que você se alongasse nessa sua
> >interpretação de que a física quântica é completamente determinista. Porque
> >eu já ouvi isso de alguns físicos, mas nunca compreendi por que essa
> >interpretação. OK, a equação de Schrödinger, a equação fundamental da MQ, é
> >determinista. Porém, o formalismo da MQ não é só essa equação. É necessário
> >introduzir o colapso da função de onda quando se quer descrever o resultado
> >de um experimento. E o colapso parece-me um passo essencialmente
> >não-determinístico (probabilístico).
>
>Olá Belisário,
>
>Ok, mas vou logo avisando: não sou especialista em interpretação
>da mecânica quântica.
>
>Realmente, o colapso constitui o elemento-chave que carregaria
>o livre arbítrio. Suponha que o spin de um elétron possa ser descrito
>pelo vetor de estado |psi> = 1/sqrt(2)*[ |up> + |down> ].
>Assim, quando medirmos seu spin, ele estará para cima ou para baixo,
>com chances iguais a 50 por cento. Seu estado real, segundo a
>interpretação de Copenhagen, é um híbrido de up e down, que aliás é
>uma coisa que não pode ser concebida por mentes imersas num mundo
>macroscópico (provavelmente, se nós vivêssemos num mundo microscópico,
>dizer que uma partícula têm uma velocidade e posição bem definidas
>soaria bizarro, e haveriam os céticos que duvidariam dessa nova e
>revolucionária física - a física clássica).
>
>Pois bem, então queremos medir o spin desse elétron. O livre arbítrio
>está exatamente na indeterminação do resultado da medida: o que poderia
>decidir se encontraremos o spin up ou down? Claro está que se fizermos
>uma série de medidas, e tomarmos a média, em aproximadamente 50
>por cento das medidas o spin estará down, mas em uma medida individual
>o spin poderá estar tanto up quanto down. É importante enfatizar que
>o estado do elétron segue leis determinísticas, e que o acaso só se
>manifesta na hora de medí-lo, devido à contingência do resultado
>da medida: nada decide se acharemos o spin up ou down.
>
>No meu ponto de vista, devem existir outras variáveis que determinam
>esse processo. O ato de medir é um processo de complexidade
>impressionante, pois trata-se de uma interação entre um sistema
>macroscópico e um sistema microscópico. A minha crença é que deve haver
>uma razão para medirmos o spin up ou down, que é desconhecida devido
>ao grau de complexidade para explicar o fenômeno.
>
>Abraços,
>
>Guilherme



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Determinismo vs Não- dete rminismo - MQ determinista?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2003 19:16


Belisário: Então, ao que parece, existe pelo menos uma teoria alternativa à
mecânica quântica capaz de restituir o determinismo: a teoria das variáveis
ocultas de David Bohm, que é não-local. Só que essa teoria é muito pouco
investigada pelos físicos. Talvez por tradição, talvez por desconhecimento,
talvez porque a quântica já mostrou que dá conta dos resultados
experimentais muito bem, talvez por tudo isso junto.

Léo: Isso é o que mais temo. Frases 'deterministas' como essas sendo lida por jovens, e assumidas como verdadeiras: "porque a quântica já mostrou que dá conta dos resultados experimentais muito bem". Essas frases 'jogadas' no meio de outras (que podem até ter alguma pertinência) parecem só ter como finalidade fazer os jovens acreditarem que a MQ já está em franca fase experimental!

A MQ (matemática quântica) está realmente bem evoluída e, o dia que encontrarem algum paralelo com a natureza, poderá ser muito útil como uma teoria física de época.

[]'



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2003 19:49

----- Original Message -----
From: "josecolucci"
Sent: Thursday, February 20, 2003 5:33 PM
Subject: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte

> Simples. Não há necessidade de recorrer a paranormalidades. Um
> elétron constituído de "corpúsculos de Newton dispostos
> caprichosamente no espaço" viola a segunda lei se for estável.

Continuo discordando. Seu raciocínio parece-me violar as regras do bom
senso.

> Ao que se sabe o elétron é estável. Até se arrisca a dar uns passeios por
> aí, longe do núcleo. O que é que mantém os seus corpúsculos
> caprichosamente dispostos no espaço?

Isso não tem nada a ver com a termodinâmica.

> Se você não quiser copiar o que
> critica na física quântica, isto é, inventar outras partículas
> menores do que os corpúsculos para grudá-los, terá que arranjar uma
> explicação clássica.

E desde quando as partículas são exclusividade da quântica? Ou a partícula
existe ou não existe. Partícula não se inventa, se descobre. Se existir, ou
ela é explicável por uma teoria ou não é. Você está parecendo a turma da
galera quântica que fica por aí falando em computador quântico,
teletransporte quântico, tunelamento quântico... Agora está querendo
patentear partículas inventadas? Isso é piada. Só espero que você não conte
essa piada para o Bush, do contrário vamos ter que pagar royalties para
acelerar partículas elementares.

> > ALBERTO MESQUITA: Posteriormente você afirma que há evidências
> > experimentais que o elétron não tem estrutura. Essa crença apoia-se
> > em que dogma de fé? Em que templo foi realizada essa experimentação?
> > Quais foram os sacerdotes que interpretaram essa experiência? Em que
> > Concílio Ecumênico postulou-se que o elétron é uma das partículas
> > fundamentais?<

> Calma, Alberto. Desse jeito o pessoal vai pensar que o seu caso com a
> quântica é pessoal. Como tudo o mais em ciência de boa qualidade, a
> afirmação não se apoia em dogmas de fé ou em palavras sagradas de
> grandes cientistas do passado.

Bem, até agora só ouvi afirmações a meu ver falsas. Aquela da termodinâmica
é ridícula. A das partículas quânticas é lastimável. Meus questionamentos
pelo menos são *propositalmente* cômicos. Você sabe que não sou adepto da
dualidade quântica. Ou o assunto é sério ou é piada, não pode ser um ou
outro na dependência exclusiva do equipamento laboratorial utilizado para a
medida.

> A afirmação de que o elétron não tem estrutura apoia-se, entre outras
> coisas, em evidências dos sacerdotes do templo místico chamado CERN.
> Mesmo com aquele martelo enorme que eles têm lá não
> conseguiram "arrebentar" o elétron para ver o que tem dentro dele. O
> que não quer dizer que não haja nada. Pode ser que seja apenas uma
> questão da energia envolvida.

Isso não é evidência de nada. Daqui a pouco você vai dizer que a massa da
Terra é infinita, pois o guindaste do CERN não consegue deslocá-la de sua
órbita ao redor do Sol. Pô, isso é brincadeira. E que história é essa de
"não quer dizer que não haja nada". Afinal, não foi o contrário disso que
você afirmou anteriormente? E não foi com base nesse argumento que você
criticou uma das minhas frases?

> O experimento crítico consiste na colisão de um elétron e um
> pósitron. Nessa colisão, os resíduos consistem apenas de dois raios
> gama de alta energia a 180 graus.

Pois é você está sendo incoerente consigo mesmo. Uma hora afirma uma coisa e
logo a seguir afirma exatamente o oposto. Isso está parecendo gozação,
brincadeira de mau gosto. Além de mais uma vez dar mostras de que está
criticando uma das frases minhas retirada de um contexto que você
provavelmente não leu, ou se leu não entendeu. Perceba que você está dando
um argumento a comprovar que o que eu afirmei não é absurdo, embora você não
tenha entendido. Ou seja, eu disse, e você repetiu, o seguinte: "Um elétron
nada mais é senão uma infinidade de corpúsculos de Newton dispostos
caprichosamente no espaço." E você está citando uma experiência onde um
elétron e um pósitron se quebram em uma infinidade de corpúsculos de Newton,
agora dispostos no espaço sob outra maneira caprichosa, aquela própria aos
raios gama. Desculpe-me dizer, mas a sua crítica não tem lógica e está
totalmente furada, além de bastante confusa e/ou sem pé nem cabeça.

> Os raios gama obtidos representam a
> massa equivalente do par elétron-pósitron, em concordância com a MQ.

Só faltava não concordar. Quantas hipóteses ad hoc foram necessárias para
isso?

> A conclusão é de que o elétron contém um fóton de alta energia
> (quanta) e mais nada. O que acontece depois com os raios gama é
> interessante, mas fora do objetivo da discussão.

Pois você leu a minha mensagem e não entendeu nada. Ou melhor, está patente
que nem leu! Pinçou uma frase que não gostou e veio se meter a bacana pra
dizer que entende do assunto.

> Há hereges, mas hereges quânticos. Prof. Humphrey Maris, da Brown
> University, disse (Journal of Low Temperature Physics, Aug 1, 2000)
> que elétrons podem ser fissionados. A conclusão de seu experimento
> não agradaria muito o Alberto. Experimentos anteriores ao de Maris
> mostraram que um único elétron, ou melhor, sua função de onda, pode
> ser aprisionada numa bolha de hélio líquido. O que Maris fez foi
> partir essa bolha em duas usando infravermelho. Cada uma das meia-
> bolhas, diz ele, contém parte da função de onda do elétron.

Putz, essa me deixou deveras preocupado. Nem vou conseguir tomar minha Skol.
Como é que eu vou fazer para a meia bolha descer redondo?

> Em dimensões muito menores do que as de que estamos falando, a
> esperança é que o elétron e todas as outras partículas tenham
> estrutura. Vide teoria das supercordas. Mas não é disso que estamos
> falando agora.

Mudou de opinião de novo? Pô, vamos entrar em acordo? Afinal, o elétron tem
ou não tem estrutura? O "meu" não pode ter estrutura sob pena de violar a
termodinâmica, mas o da teoria das supercordas pode ter estrutura porque
"não é disso que estamos falando agora"? Muito interessante a sua lógica
supersimétrica.

> Minha vez de perguntar: qual a evidência experimental para os
> corpúsculos de Newton? Qual é o experimento que comprova a sua
> existência? Se não foi feito ainda, qual seria ele?

Leia a Opticks de Newton, pô. Eu respondo pelos meus corpúsculos, os de
Newton eu apenas utilizo. Por sinal, no Opticks tem experiência a dar com
pau, nem preciso me preocupar em citar as experiências feitas a partir de
Michelson-Morley.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Criacionismo, fixismo e o evolucionismo.
FROM: "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br>
TO: "noosfera@yahoogrupos.com.br" <noosfera@yahoogrupos.com.br>
CC: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2003 19:55

Olá Eduardo Torres!!! Vou de gemaba5, ok.

<<gemaba4 : Minha dúvida persiste e temos alguns caminhos a seguir, por
exemplo, acreditar que Deus criou o ADN, uma ponderação fixista.
Podemos encarar de maneira interacionista, a planeta Terra é um
útero e gerou o homem, seu ADN é uma constante interação com
o meio. Pelo que entendo da teoria evolucionista os organismos foram
se estruturando, se organizando, nos primórdios da vida na terra parece
que as estruturas eram simples. Considerando que não foi nenhum Deus
especial de qualquer religião que tenha criado o homem podemos seguir
a visão interacionista do ADN com o meio. Em resumo, pergunta bem
objetiva, se não existe ligação do meio com o ADN como o gen, ou
gens, que determinam como serão as células da, digamos, pálpebra
foi parar no ADN? Dou-lhe uma, mágica? Dou-lhe duas, Deuses?
Dou-lhe três, gnomos? Dou-lhe quatro, fadas? Dou-lhe cinco, bruxos?
Dou-lhe seis, iluminados? Fica difícil responder essa pergunta só com
o darwnismo tradicional, ou você arrisca explicar? Talvez o Lamarkismo
ajude mais? Você dá mais????!????!?>>

<<Eduardo4 : O ADN e' o produto final de um processo evolutivo de bilhoes de
anos.
A palpebra tb. A evolucao trabalha com pequenas modificacoes, q sao
agregadas ao q ja' existe. Obviamente nao surgiu um belo dia um 'gen da
palpebra'. Alias, a complexidade da palpebra sugere ser o resultado da acao

coordenada de muitos gens. O proprio ADN nao existia no inicio da evolucao
na Terra. As condicoes ambientais nao permitiriam a existencia de ADN
livre, pois e' uma molecula fragil. A evolucao deve ter comecado com
moleculas auto-replicantes de outra natureza quimica, q de algum modo
evoluiram p/ o ADN. Sempre com pequenas e cumulativas mudancas em cada
etapa.>>

gemaba5 : Ok Eduardo, ok em relação aos bilhões de anos e a mudanças
que aconteceram, provavelmente, vagarosamente. Mas partindo de um
pressuposto evolucionista, seja Darwnista ou Lamarkista, partindo de
que a vida surgiu na Terra representadas mais simples que se desenvolveram,

elas se desenvolveram. O ADN nasceu junto com o que chamamos de
reprodução, a capacidade de um ser orgânico se replicar, se copiar,
no ambiente em que está inserido. Se pensarmos através de um
prisma Darwnista poderemos ponderar que proteínas elementares
começaram a se reproduzir através de ADN simples e com o
passar da interação desses organismos com o meio esse ADN
foi se complicando e o ser que representa. Partindo desse
pressuposto, não temos como fugir da interação com o meio
seja de uma forma, ou de outra. Senão nos resta crer
que Deus criou o ADN, por exemplo, do homem, como
ele é. Você me pergunta se sou fixista, que seja, o ADN
é algo que não depende do meio. Muitos fatos nos
levam a pensar que não. O ADN muda sob influência
direta ou indireta do meio. Taí nossos instintos como
exemplo. Continuo insistindo que pelo menos sob
o aspecto da interação o meio interage, no sentido
de ambiente, com o ADN, permitindo mutações
aumentativas, digamos assim.

<<gemaba4 : Pelo que sei existem genes regulares, por exemplo, só as celulas

da pálpebra ativam determinados gens. De alguma maneira a célula sabe que está

na pálpebra e que deve ativar determinados gens. Os telômeros parecem que
também são reguladores. Em suma, o ADN parece ser uma espécie de algoritmo
executado pelo meio ambiente.>>


<<Eduardo4 : O ADN inclui genes q geram proteinas q atuam em outros genes,>>


gemaba5 : Ops peraí, insisto que o que você diz corrobora na hipótese do ADN

ser uma espécie de algoritimo executado pela natureza. Como se a natureza
fosse uma orquestra e o ADN uma música. Um gene pode produzir uma proteína
que ative outro gen? Pergunto isso porquê por exemplo, o ADN das células da
pálpebra
produzem substancias determinas. No momento da fecundação os gens que produzem

essas substancias específicas estão inativos. Seria possível uma ligação dessas?

Por exemplo, quando o telômero sinalizar que determinado gen se reproduzirá
pela
última vez ele produziria uma proteína que ativaria outro gen? Se sim, percebo

claramente a linguagem adeênica funcionando, mais ou menos como Kepler
fez com a teoria de interação dos astros.

<<Eduardo4 : ou
diretamente ou por alguma acao enzimatica q geram substancias quimicas q
atuam em outros genes. Eventualmente alguns sinais ambientais podem
intervir no processo, como temperatura, por exemplo (ovos de jacare's podem

resultar em machos ou femeas dependendo da temperatura de incubacao),>>

gemaba5 : Tem o exemplo da radiação por bombas atômicas, isso
altera o ADN, ou estou enganado? Continuo insistindo se o meio
não muda o ADN de alguma forma?

<<Eduardo4 : mas
essa interacao com o meio ambiente nao afeta a informacao genetica em si,
so', em poucos aspectos, pode influenciar em parte sua expressao.>>

gemaba5 : Talvez elas sejam minúsculas e ainda não as percebemos, não sei.
Mas pondero que entender o ADN como uma espécie de linguagem que
deva ter sintaxe e semântica e algo de novo no ar e muitas descobertas
viram, talvez possamos deixar em aberto algumas questões e ponderarmos
formas de determinar se essas hipóteses têm respaldo essencial.

<<gemaba4 : Podemos ponderar que a parte reguladora é a mais importante?>>

<<Eduardo4 : Tanto como podemos ponderar q o volante e' parte mais importante
de um
carro. Trata-se de uma questao subjetiva.>>

gemaba5 : Desculpe Eduardo, me expressei mal, quiz dizer no sentido de quantidade.

Pelo que percebo parece que estão descobrindo que gens que pareciam não
ter função, são na verdade reguladores do funcionamento da linguagem adeênica.

Pelo que li parece que uma grande quantiodade do ADN, que seja, muitos gens,

têm uma função reguladora e como disses tu não sintetizador de qualquer
substância.

<<gemaba4 : Podemos simplificar a coisa se admitirmos o evolucionismo, não?

Que tal se discutíssemos organismos mais simples? Mas confesso que teria
que estudar melhor o tema pra discussão ficar mais interessante, você tem
alguma boa dica como a que deu o Prof. José Carlos com o site
http://www.ateus.net/artigos/ciencias/a_evolucao_biologica.html. Se tiver
alguma dica agradeço, inclusive com ilustrações seria ótimo, obrigado.>>

<<Eduardo4 : Li o site. Trata-se de um artigo didatico sobre evolucao neodarwinista.

E' disso q estamos falando? Vc nao acredita na evolucao atraves da selecao
natural no sentido neodarwinista?>>

gemaba5 : Não é bem isso, as idéias de Darwin são interessantes, mas fatos
novos, em meu ponto de vista reforção a questão Lamarkista. É difícil
não considerar ação do meio sendo que o ADN é executado pela natureza, pois
não?

<<gemaba4 : Só estimulando?>>

<<Eduardo4 : Pode-se dizer q sim. Nada em nivel genetico, se e' ao q se refere.>>


gemaba5 : Radiações atômicas alteram o ADN?

<<gemaba4 : Aqui cheguei no limite do que conheço e só com sua ajuda me dando

indicações do que você explicou possam me ajudar a transformar o debate
em algo mais produtivo, fica a pergunta lá de cima.>>

<<Eduardo4 : Creio q expliquei o essencial. Pode ser mais especifico?>>

gemaba5 : Pelo que entendi essa lista acá a Noosfera foi fundada pelo
Manuel Bulcão Para desafogar a CienciaList de debates mais, diríamos,
místicos. Deva existir Professores por acá, pois não? Teoricamente
os Professores deveriam se preocupar em como ensinar aos alunos
as teorias acerca da natureza, pois não? Insisto, Gifs animadas
mostrando o processo de reprodução, desde células mais simples,
até organismos mais complexos são interessantes, de preferência
gratuítos. Basta incentivar aos alunos para construirem tais sites
e você poderia indicar boas leituras como sempre o faz nosso
ilustríssimo grão mor criador o Zé.

<<gemaba4 : Leia o site que lhe indiquei acima para que possamos tentar
progredir e insisto em alguma boa indicação sua para elucidar todos os processos
por
você explicados, gifs animadas seriam perfeitas.>>

<<Eduardo4 : Bom, antes de prosseguirmos seria interessante vc esclarecer sua

propria posicao. Vc e' criacionista ou evolucionista?>>

gemaba5 : Muitos fatos corroboram para o evolucionismo, pois não? Inclusive

o papo paralelo com o GIL sobre lógica bivalente, se você não percebe
corrobora também, se você está lendo os E-mais deva estar percebendo.

<<gemaba4 : Ops peraí Eduardo assim cê me confunde. Quando o óvulo é
produzido ele segue a regrinha acima, não?>>

<<Eduardo4 : Nao, nao segue. O ovulo nao e' uma celula somatica. Nao faz parte
de um
tecido celular como os demais componentes do corpo da mulher, continuamente

se reproduzindo em celulas especiadas, ativando apenas parte das
informacoes geneticas da celula.>>

gemaba5 : Ok, nesse sentido sim, mas quero dizer no sentido do ovário, pois
não?
Nesse ambiente eles seguem a regrinha da pálpebra, tudo bem que depois de
produzidos possa até não ser, mas quando estão sendo produzidos sim, não?

gemaba4 : Tudo bem que depois que
várias células se tornaram um óvulo ele possa ficar imutável ao meio
como você diz, mas quando é produzido ele segue o mesmo princípio de
células da pálpebra, pois não?

<<Eduardo4 : Nao. Nada a ver. As celulas dos diversos tecidos da palpebra tem
todas
a mesma sequencia de ADN. Cada ovulo tem sua sequencia unica de ADN.>>

gemaba5 : Você não está entendendo o que quero dizer. Não estou discutindo as

diferenças, pois não? Os óvulos são produzidos no ovário, pois não? O ambiente

que forma o ovário é formado por células que contêm o mesmo ADN que formam
diferentes óvulos cada um, com um ADN diferente do ADN do ovário. Quero dizer

que o ambiente da pálpebra e do ovário são os mesmos.

<<gemaba4 : E essa produção é totalmente independente do meio externo?>>

<<Eduardo4 : Em termos geneticos sim, exceto, claro, acao de certos produtos

quimicos ou radiacao, q podem degradar o ADN.>>

gemaba5 : Primeiro você afirma que o ADN não sofre qualquer alteração do meio
e
agora você mesmo afirma que radiações podem alterar sua estrutura? Assim
você me deixa confuso.

<<gemaba4 : Ou seja,o que será o ADN do esperma já está codificado no gen do
produtor do ADN
do esperma produzido e as eventuais diferenças entre cada esperma são
frutos de possibilidades de combinação mui grandes. Espero suas ponderações
em
como o gens foram parar no ADN?>>

<<Eduardo4 : Vc esta' voltando aa mesma pergunta. Os genes sao o resultado de
um
longo processo cumulativo. Nao surgiu um 'gene gerador de espermatozoides'
um belo dia no ADN.>>

gemaba5 : Ok foi gradual e lento mas o meio interfere aí e insisto que deveriamos

discutir mais profundamente o tema.

<<gemaba4 : Me baseei no texto indicado pelo ilustríssimo mor e grão criador

desse acá guerreiro Gedai, o grande Zé, se puder ler podemos sintonizar
e discutir o Darnismo, o Lmarkismo e a pergunta de quem nasceu primeiro,
será o ovo, ou será a galinha? (risos!!!)>>

<<Eduardo4 : A galinha foi surgindo sempre junto com o ovo. Nao houve um 'momento'

de nascimento de um e de outro. Evoluiram juntos. Ambas sao parte de um
continuo processo evolutivo. Do ponto de vista neodarwinista, podemos ate'
dizer q uma galinha nada mais e' q um engenhoso mecanismo criado por um ovo

p/ gerar outro ovo...>>

gemaba5 : Estamos progredindo, pois não!!!!!

Abs,
Eduardo Torres

Idem !!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br








http://www.ieg.com.br


SUBJECT: Re: Fw: Ponto de Sela
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2003 20:48

Oi Léo,


Sem "tamancadas" hoje, prometo... nem cobranças quanto à indenização
em ectoplasma... ;)

Bem, "ponto de sela" ( nó ) é um ponto que no conceito matemático
representa o ponto de encontro ou de origem dos eixos x, y, e/ou z de
funções normalmente compostas em duas ou três dimensões. Ou
ainda: 'ponto de sela' é um ponto minimo entre dois cumes na
direcção do seu alinhamento e, simultaneamente, o ponto máximo na
direcção que lhe é perpendicular...

Quando aplicado à Economia ou à Administração, o "ponto de sela"
acaba sendo tomado como um ponto "crítico" onde funções estatísticas
se "cruzam".

Acabei fazendo uma pesquisa básica no impagável Google-salvador-de-
pátria, o atual "pai dos burros". Achei este site em que o "ponto de
sela" é aplicado à economia, com ilustrações de gráficos e tudo. Tem
ainda uma lista de referências quilométrica:

http://www.econofinance.com/papers/barbosa1.htm

Beijos, Lígia

******************************************





--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> "ponto de sela" ... não é comigo! Com quem é?
> []'
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: prhsl
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: quinta-feira, 20 de fevereiro de 2003 02:44
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -
>
>
> Rose
> prhsl@b...
> Cursando Administração de Empresas
>
> Gostaria de saber qual o significado do ponto de sela para
administração e economia.
> Sabe onde posso encontrar?
> Obrigada.
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: ¡Águas con el água!
FROM: "Aline Regina Walkoff" <lualine@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/02/2003 22:33

Ihhhh

O meu microondas é anormal então!

Se coloco um copo de leite ou água ele esquenta em cima e faz bolhas,
a parte debaixo do copo é que fica fria, então eu mexo e ponho de
volta no microondas. Realmente, em 30 seundos começa a borbulhar o
leite em cima do copo, mexo, coloco mais trinta segundo e o leite
gelado fica morno/quente.

Prato de comida esquenta primeiro nas bordas, sempre acontece assim.

Meu microondas é assim.

Lígia vc não me responde no ICQ...


Abraços

Aline




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/02/2003 23:06

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese"
Sent: Wednesday, February 19, 2003 4:29 PM
Subject: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte

> Lígia: O que eu entendo por "carregar" nesse sentido é o mesmo
> que "estar provido de", ou em outras palavras, o que o fóton em
> questão "traria/teria consigo" que seria capaz de interagir com a
> superfície em questão. No caso de um fóton, como eu já disse antes,
> imagino-o "provido" da velocidade com a qual ele se "locomova", esta
> sim determinante da energia que ele consiga liberar.

Perfeito. Foi mais ou menos nesse sentido que disse em algum lugar da msg
anterior que poderíamos pensar que a partícula estivesse carregada de
movimento, pois "ela está provida de movimento". A proposição básica seria
então relacionada àquela idéia de que "tudo é decorrente do movimento da
matéria". Einstein simplificou, a meu ver de maneira indevida, para "tudo é
movimento", dando a entender que até mesmo a matéria microcósmica seria
conseqüência desse único essencial einsteiniano. A matéria seria o movimento
de um "não sei o que". A idéia é bonita, mas está faltando aí algum
ingrediente que Einstein não conseguiu "inventar", tanto é que a hipótese
não saiu do papel.

Na física newtoniana: 1) existe um espaço imutável e absoluto; 2) existe a
matéria que em sua expressão mais simples seria composta por tijolos
elementares (átomos de Demócrito); e 3) existe o movimento absoluto. Existe
também o movimento relativo, mas estaria relacionado a como nós sentimos o
deslocamento de um objeto em um espaço a nossa volta e que estaria (esse
hipotético espaço relativo) em repouso em relação a nós.

Pense no seguinte questionamento: Porque o movimento absoluto era tão
importante para Newton? Apenas para contentar seu ego? Apenas para que ele
pudesse esbanjar erudição, criando experiências de pensamento (balde e
globos giratórios)? Não! Qualquer um que se dê ao trabalho de ler os
Principia ou a Óptica perceberá que não há nada defendido com mais ênfase
do que essa idéia do absolutismo do espaço. Porque? Em que isso interfere
com suas quatro leis (mecânica + gravitação)? Em quase nada! Tanto assim é
que seus sucessores deixaram esse absolutismo de lado e usaram e abusaram
das quatro leis, e sob certos aspectos os físicos modernos continuam fazendo
o mesmo, se bem que em condições limites. Mas esses seus seguidores acabaram
criando uma física que não deu certo. Ou como disse o Colucci, "começou a
fazer água" no final do século XIX e começo do século XX.

Do ponto de vista epistemológico (teoria do conhecimento) o espaço absoluto
representava, para Newton, uma das essências de seu trabalho, e as quatro
leis algo de valor tautológico (redundante) ou meramente decorrente de um
melhor entendimento desta essência. Tanto é que ao final de sua Óptica
(Questão 31 da Óptica III), ao comentar sobre sua mecância chega a dizer: "E
portanto, não tenho escrúpulos em propor os princípios de movimento, sendo
eles de uma extensão muito geral, e deixar suas causas serem descobertas."
Ora, porque haveria ele de ter escrúpulos em propor as três leis de
movimento? E porque ele não teve escrúpulos --muito pelo contrário, defendeu
com unhas e dentes-- quando propôs a idéia de espaço absoluto? Algo à
primeira vista muito mais esquisito do que as leis que davam certo!
Sinceramente, essa história está muito mal contada. O que vingou, e que
acabou "fazendo água", não foi em absoluto a física de Newton, mas o menos
importante de sua monumental obra. Supervalorizou-se aquilo que era
decorrente de uma essência e desprezou-se a essência.

Perceba que as coisas estão se entrelaçando. Que causas seriam essas a que
Newton se refere como a "serem descobertas" e a justificarem as três leis do
movimento? Pois as leis ele já havia descoberto e até mesmo percebido que
seus campos de atuação não seriam irrestritos, como de maneira errada hoje
insistem em afirmar. Mas para efetuar essa depuração, para entender
devidamente qual seria de fato o campo de aplicação das leis de seu modelo
que dava certo, ele insistia que se perseguisse suas causas. Que físico,
após Newton, seguiu essa sugestão? Pelo visto, suas palavras foram jogadas
no vazio por mais de três séculos, e se alguém se dispôs a valorizá-las, a
voz desse alguém foi esmagada. E eu sei com que intensidade, pois estou
passando por esse esmagamento há cerca de 20 anos.

Acrescente agora, aos três essenciais acima citados, mais um: 4) existe a
"informação do movimento da matéria", algo que Newton deixou no bolso do
colete sob o nome de "espírito da matéria". Só nos resta agora completar o
quebra-cabeças para concluirmos que as causas a responderem pelas três leis
foram enfim descobertas, podendo-se até mesmo intuir em que condições essas
leis não irão funcionar, *da maneira como foram propostas*. Obviamente,
"informação" implica em "ação", ou seja, um campo de informações nada mais é
senão um local onde os elementos materiais trocam movimentos entre si em um
ritmo alucinante.

Mas... Se a matéria informa que está em movimento, e essa informação é um
essencial de uma física coerente... Que raios de movimento ela está
informando? Não seria um movimento absoluto? Pois do contrário a informação
não poderia ser nunca um essencial! Para cada referencial ela seria
diferente, pois o movimento relativo seria diferente! Dá para perceber a
genialidade newtoniana? Suspeitar, no século XVII, aquilo que quase ninguém
suspeitou nos dois milênios anteriores, bem como nos três séculos seguintes!
E neste último caso, ninguém suspeitou por não terem entendido o que Newton
não só deixou escrito, mas também defendeu com um vigor ímpar. Percebe
porque é que eu digo que a física moderna é brincadeira? Quem dirigiu uma
Ferrari jamais se conformará em ter que voltar para o seu fusquinha, por
mais que ele funcione e nos leve a qualquer lugar. Pois a física moderna
nada mais é senão esse fusquinha com pneus recauchutados (ad hoc) de tempos
em tempos. ;-) E a física newtoniana é uma só, a apoiar-se em quatro
essenciais perenes e absolutos, e quase nada mais; e coloco aí um "quase"
porque o que há a mais pode sempre ser relativizado, a exemplo da energia.

> > os físicos modernos ainda convivem com essa crença, se bem que poucos se
> > dão conta disso, pois encapuzaram seus fluidos com belíssimas equações
> > despersonalizantes.

> Lígia: Bem, no campo das equações eu não entrei ainda... mas a
> idéia de partículas estarem portanto alguma coisa que as permitam
> interagir com o meio de forma efetiva não me parece de todo absurda.
> Todo "corpo estranho" a um ambiente quando arremessado a este
> ambiente, modifica-o.

É verdade. O único cuidado que devemos tomar, ao levar essa analogia para o
microcosmo, é que no dia-a-dia trabalhamos com campos bem conhecidos, pois
os demais interferem pouco com o resultado. Já no microcosmo não podemos
desprezar as interações entre as partículas. Por exemplo, quando estudamos o
choque entre duas bolas de bilhar podemos sossegadamente desprezar a atração
gravitacional que há entre elas. No microcosmo nem sempre isso pode ser
feito sem nos levar a erros, a menos que venhamos a pensar em algo do tipo
da incerteza ad hoc de Heisenberg. A idéia de Heisenberg não deixa de ser
genial, mas acaba se esfacelando à medida em que introduzimos na física o
conceito de informação.

> Lígia: Mas não é justamente a energia potencial de uma partícula que
> determina o "estrago" que ela possa provocar em um ambiente, tanto
> maior quanto maior for sua massa e as devidas proporções? O que um
> meteorito "carrega/porta" consigo senão a energia potencial
> transformada em cinética que permite o choque? Penso nisso quando
> penso em partículas colidindo, por exemplo.

Tudo isso é verdade. Mas o que seria essa energia potencial?
Macroscopicamente poderíamos utilizar a analogia de um sistema dotado de
molas. Mas e no microcosmo? Se duas partículas estão presas, uma em órbita
da outra, e não enxergamos esse movimento orbital, podemos pensar que se
conseguirmos soltá-las, as suas energias (até então ocultas) se mostrarão
para nós como energia cinética. Mas o que é que estava prendendo essas
partículas? Não seria um campo de informações? Pois esse campo não precisa
ser energético, simplesmente ele deve colaborar para que a energia cinética,
que cada partícula já possuia, fique oculta ou mascarada, como se o conjunto
de duas partículas em órbita fosse uma partícula só em repouso (pois o
centro de massa do conjunto está em repouso). Existem situações bem mais
complicadas (a energia potencial de um campo, por exemplo), mas quero crer
que a solução apóie-se sempre em idéias simples e do tipo apontado.

> Daí a grande "felicidade" em ler que já foi detectada a massa de fótons.
> Uma lacuna na minha concepcção de Universo foi preenchida.

Essa massa tem um sabor de massa da física moderna, a se confundir com
energia. Tanto é que os físicos modernos afirmam que o fóton, como tal,
teria massa, mas a sua massa de repouso (obviamente no vácuo) *deveria* ser
nula. Isso soa até esquisito, pois como é que uma coisa que em teoria está
proibida de permanecer em repouso *no vácuo* (decreto de Einstein) poderia
ter alguma propriedade estimável nesta condição proibida? Isso seria
impossível até mesmo pensando-se como um limite, pois o decreto não permite
que essa velocidade c seja reduzida de fator nenhum, logo não há o que ser
extrapolado. Enfim, é o que procuram nos fazer engolir, mas isso não me
desce redondo nem mesmo acompanhado pela Skol. ;-) Sem dúvida, em física
clássica podemos perfeitamente pensar em massa de fótons, mas precisaríamos
primeiro caracterizar bem o significado de massa em nível microcósmico e, a
seguir, conceituar bem o que seriam esses fótons (creio que já cheguei a
situar de leve esse problema).

> > Esse movimento da partícula, como um todo, poderia ser chamado
> > movimento externo (giro ou translação), a contrastar com o movimento
> > relativo de suas partes entre si, que poderia ser chamado movimento
> > interno (de natureza muitas vezes complexa). O movimento interno seria
> > algo a se exteriorizar através de um hipotético zoom (isto é uma
> > analogia, bem entendido) e retrataria o movimento (que agora já poderia
> > ser pensado como externo) das partículas que constituem o que chamamos
> > partículas elementares.

> Lígia: Isso levando-se em conta que tudo deva estar em movimento.

Perfeito. E vou além: movimento em relação a um referencial absoluto, único
e imutável. Por exemplo, o referencial de um *hipotético* big-bang clássico.

> > Essas partículas menores seriam o "elementar do elementar", e esse zoom
> > poderia ser novamente aplicado até chegarmos no átomo de Demócrito, que
> > acredito existir fisicamente como tal.

> Lígia: O "Indivisível"? Você está se reportando a um
> hipotético "tijolo" da matéria? O que Demócrito acreditava é que
> havia uma entidade indivisível quando tudo o que pudesse ser dividido
> já o tivesse sido. A isso ele chamou de átomo... mas o que se
> concebe por átomo atualmente está longe de ser indivisível... Na sua
> opinião, o que seria tal "tijolo"?

Algo do tipo expresso por Newton (vide abaixo). Realmente seria o
indivisível, em acordo com a concepção de Demócrito. A matéria em sua
expressão mais simples.

> > A elementaridade absoluta foi descrita por Newton com as seguintes
> > palavras: "Parece provável para mim que Deus no começo formou a matéria
> > em partículas movíveis, impenetráveis, duras, volumosas, sólidas, de
> > tais formas e figuras, e com tais outras propriedades e em tal proporção
> > ao espaço, e mais conduzidas ao fim para o qual Ele as formou; e que
> > estas partículas primitivas, sendo sólidas, são incomparavelmente mais
> > duras do que quaisquer corpos porosos compostos delas; mesmo tão duras
> > que nunca se consomem ou se quebram em pedaços; nenhum poder comum sendo
> > capaz de dividir o que Deus Ele próprio, fez na primeira criação."

> Lígia: Esse trecho dá uma idéia do que é o determinismo. Gostei da
> sua citação. Mas isso também dá a idéia de imutabilidade... o que
> não coaduna com a idéia de "matéria" uma vez que tudo está em
> movimento e em constante processo de mudança e reaproveitamento.
> Disso Newton ainda não sabia, ou demonstra não ter conhecimento no
> trecho que você cita...

Mas a idéia de matéria para Newton não era muito diferente, em essência, do
conceito macroscópico associado a corpos rígidos. Essa comparação, à
primeira vista, é bastante pobre. Mas enriquece-se profusamente quando
percebemos a necessidade de uma "cimento" a manter esses tijolos unidos.
Esse cimento seria a "ïnformação", e isso tudo (tijolos + cimento) faz parte
da matéria macroscópica. A dissociação tijolo/cimento só faz sentido no
microcosmo. Ou seja, a matéria no microcosmo não é exatamente idêntica à
noção intuitiva que temos de matéria macroscópica, mesmo porque são poucos
os campos de informação (cimento) bem conhecidos e que concebemos em nossa
imaginação (por exemplo, as ligações atômicas através de pares de elétrons -
ligações covalentes).

Por outro lado, nessa história de que tudo é movimento, está faltando alguma
coisa. Movimento de quê? Relativo a quê? Segundo a física newtoniana
existiriam os tijolos que estariam em movimento e em virtude desse
movimento gerariam o cimento (informação) a agruparem esses tijolos numa
complexidade crescente até chegarmos na matéria macroscópica. Seria "o yang
gerando o yin e o yin gerando o yang, em sua mutação sem fim".

Sem dúvida, tudo isso retrata um determinismo teórico microcósmico, mas não
sei se nessa evolução do simples para o complexo não haveria um ponto de
quebra desse determinismo. Talvez quando a termodinâmica começar a entrar em
ação. Até um certo nível de elementaridade (creio que até o surgimento dos
elétrons) os processos parecem ser reversíveis. Aliás, acho que tanto no
microcosmo (em sua expressão mais simples) quanto no macrocosmo (em sua
expressão mais ampla) os processos são totalmente reversíveis. É aí que
"aposto" em uma outra de minhas teorias a concluir que o universo é eterno,
sem princípio nem fim.

> Uma idéia bonita para a matéria e tudo o que
> seja formado dela é a de "babuska", uma coisa dentro de outra, dentro
> de outra... e as vezes eu me pergunto quais seriam as implicações de
> tal processo extendendo-se ad infinitum... sem nenhuma pedra
> fundamental suportando o resto.

A idéia realmente é bonita, mas acho que inevitavelmente acabaremos por
chegar num átomo de Demócrito. O que não se pode é deixar de lado a
necessidade do cimento, pois como diria Poincaré, "um conjunto de tijolos
não é uma casa".

> Lígia: Deus não é descartável, nem precisamos dele para a
> compreensão das coisas... portanto tanto faz. Os céticos ateus que
> me perdoem mas penso que pelo fato de estarmos "imersos/contidos" em
> Deus, mesmo a não crença nele não representa risco :))

Concordo e acho mesmo que o cientista, enquanto tal, deve deixar todas as
suas crenças de lado, até mesmo a crença no ateísmo. Nas horas vagas o
cientista poderá crer no que quiser, pois não existe uma conduta que seja
mais científica do que a outra. Sinceramente, a ciência não está com toda
essa bola, como pretendem os cientificistas, sejam eles crédulos, sejam
ateus.

> > ..."informação do movimento da matéria".
> > Trata-se de uma entidade de natureza imaterial, não tem massa e
> > portanto não pode conter energia sob o ponto de vista da física
> > clássica.

> Lígia: Mas a partícula que comporte tal "alguma coisa" tem energia,
> ou não? Veja que deslocando o foco do "continente" ao "contido" o
> quadro não muda muito de figura: tudo o que importa é a energia que
> permite que as reações aconteçam.

Eu penso na energia como uma expressão do movimento da matéria. A energia
não deixa de ser um artefato útil, mas é um artefato. O que existe é
movimento, e esse é a meu ver absoluto. Um objeto, mesmo macroscópico,
somente estará em repouso absoluto se estiver no referencial de um
hipotético big-bang clássico. Ora, a nossa Galáxia move-se no Universo
numa velocidade muito próxima (se não igual) à velocidade da luz em relação
a um possível referencial fixo nesse hipotético ponto singular. Não
obstante, qual é a energia cinética de um objeto em repouso na Galáxia?
Depende do referencial! No referencial fixo à Galáxia essa energia é nula.
Ou seja, a energia é um artefato útil na resolução de problemas do
dia-a-dia, mas em teorização ela passa por totalmente desnecessária ou
redundante, pois os essenciais espaço, matéria, movimento e informação
(todos absolutos) já nos definem todas as demais propriedades físicas do
universo em consideração.

> Sem tal "energia", nada estaria acontecendo.

Concordo, mas poderia dizer a mesma coisa de outra forma: "sem movimento da
matéria nada estaria acontecendo". A diferença está somente na fixação dos
essenciais a serem aceitos como tais.

> Algumas vezes, em alguns devaneios, eu vejo a origem do
> Universo como a origem do movimento e do constante aproveitamento
> energético desencadeado pelo "empurrão" inicial. Nada de misterioso,
> só algo que não para porque ainda tem energia... E aí, como ficamos?

Cientificamente falando eu não consigo ver nem início nem fim para o
Universo. Extra-cientificamente falando, diria que ou ele sempre existiu
como tal, ou então ele foi criado por um ser superior. Com respeito a seu
destino: ou ele sempre existirá como tal, ou ele será destruído por um ser
superior. Em resumo: Não acredito nem em um efetivo big-bang e nem em um
efetivo big-crunch. Obviamente eu tenho que resolver esse problema sob o
ponto de vista da termodinâmica, mas não me parece ser nada impossível.
Acredito mesmo já ter chegado à solução e não me parece ser uma hipótese ad
hoc, mas uma hipótese necessária: a da existência dos entropinos, que
acredito serem os próprios neutrinos [Espero que os quânticos não venham me
cobrar royalties por isso. :-)]. Seriam corpúsculos de Newton atípicos e em
essência idênticos àqueles que entram na constituição dos fótons, mas
propagando-se de maneira atípica e, em virtude disso, incapazes de entrarem
num elétron, proeza essa que os fótons realizam com a maior facilidade.

> Lígia: A grande dificuldade em achar uma "pedra" de apoio para a
> compreensão do Universo é a diversidade. Dá-se logo de cara
> com "infinitas" partes contidas/contendo tantas outras infinitas
> porções e seus campos de atuação. Mas há um jeito de simplificar tal
> quadro e é justamente projetar para as demais partes o que uma só
> parte, ou grupo de partes, represente. É mais ou menos nisso que se
> apoiam os físicos que defendem o Universo Holográfico. Você acha que
> tal idéia é baboseira?

Nada contra uma idéia nascente, muito pelo contrário. Acho que uma das
falhas da nossa escola é inibir o potencial criativo dos jovens. Por outro
lado, como eu critico adoidado a física quântica, muitos me confundem com um
cético ingênuo, a combater o que não entende. O problema é que a teoria
quântica está por aí há mais de 100 anos e ainda não justificou um por cento
da fortuna que já se investiu nessa idéia, além do que os próprios quânticos
de respeito vivem repetindo que não a entendem, enquanto outros ficam
enganando a mídia e a população com milagres que efetivamente não
aconteceram. Ora, creio não existir nada de natureza tecnológica produzido
no século XX que não seja passível de uma explicação através de uma física
clássica genuinamente newtoniana. Logo não devemos confundir progresso
tecnológico com progresso de uma disciplina que ainda não conseguiu se
justificar com tal.

Essa história da holografia eu entendo pouco, e o pouco que li foi de um
livro e de alguns artigos do David Bohm. A idéia não me parece má, mas não
chegou a me convencer. É como aquela história do "tudo é movimento" de
Einstein (aliás, a idéia de Bohm tem muito a ver com seus diálogos com
Einstein na década de 50). Está faltando aí alguma coisa de muito essencial,
e o trabalho do Bohm deu-me a mesma impressão. Ele parece ter visualizado
alguma coisa que ele próprio não conseguiu entender. Isso é muito comum
ocorrer apos um "insight", mas o tempo passa e as coisas tendem a clarear,
ou surgem pistas novas. Não sei se surgiu algo desse tipo em cima dessa
idéia, mas parece-me que não, pois do contrário teriam botado a boca no
trombone e muito provavelmente isso teria me chamado a atenção. O que eu li
depois disso não me pareceu esclarecer nada.

> > Como a energia NÃO é um essencial da física newtoniana, mas uma
> > entidade secundária (constructo de alto nível, como dizem alguns
> > filósofos da ciência), não chega a ser nenhum sacrilégio afirmarmos que
> > ela passa de uma partícula para outra sem, em nenhum momento, ocupar
> > posições intermediárias entre uma e outra. Isso não é equivalente a um
> > salto quântico, pois a energia pode ser pensada como uma propriedade da
> > matéria, mas não é um essencial em si.

> Lígia: Isso! É bem mais coerente! E é bem mais coerente ainda com
> a idéia de "imersão" em algo como Deus, por exemplo, ou Consciência,
> como diria um Goswami da vida.

A esse respeito eu diria que a ciência é neutra. A boa teoria não implica em
sua potencialidade em nos aproximar de Deus. A esse respeito já citei aqui
na Ciencialist que um professor chegou a criticar com veemência a minha
teoria pois ele já havia concluído que a teoria quântica seria a única capaz
de justificar a sua crença na existência de Deus, dando a entender que ao
desafiar a teoria quântica eu estava me postando como um herege no sentido
religioso do termo. Pobre coitado! Sua fé é tão grande quanto seus
conhecimentos em mecânica quântica, e quero crer que pela primeira vez os
quânticos irão concordar comigo ;-). Por outro lado, e como já afirmei, todo
teorizador deve ser intuitivo, e isso implica em conseguir, de alguma
maneira, se comunicar com o cosmo. Mas não vou além disso, pois não sei o
que seria essa comunicação, e pode bem ser um fenômeno ilusório. "Deus, oh
Deus, onde estás que não respondes!" (Castro Alves). Seria essa comunicação
uma resposta? Sinceramente não sei e não vejo como saber, a não ser através
da fé e de mais nada.

> Veja que quem admite a idéia desse vácuo gerador de pares de partículas
> está na realidade negando veementemente uma intervenção externa ao
> processo criativo do Universo. Existe um algo mais que está sendo
> terminantemente negado com tais idéias de "auto-suficiência" da matéria.

Mas não deixa de ser uma negação boba. Eu não afirmo que Deus existe nem
que não existe, mas se existir espero pelo menos que seja mais inteligente
do que eu. Ora, esses indivíduos, se assim são, estão se iludindo com a
inexistência de um Deus que, caso existisse, seria mais imbecil do que eles.
Pobres coitados! Que falta de imaginação para criar um Deus inteligente! ;-)

> Lígia: Interessante... mas qual a natureza de tais corpúsculos? Um
> fóton é um fóton... :) E um corpúsculo de Newton seria o que? Qual
> analogia seria aplicável aqui? Seriam o mesmo que fótons? Ou
> estariam intimamente relacionados ao "espírito da matéria" sendo
> portanto emanações físicas da mesma?

Quero crer que as respostas estão implícitas no restante da msg e pela
primeira leitura rápida que fiz parece-me que você foi entendendo à medida
em que ia lendo o texto. Se eu notar que persistiu alguma dúvida retornarei
ao tema.

> Lígia: [...] A idéia de corpúsculos de Newton é interessante sob o
> prisma de aceitar-se o espírito da matéria. Mas peca pelo fato de já
> ter sido possível detectar-se fótons e atribuir-se massa a eles.
> Bem... a idéia de um único fóton ser uma sequência de corpúsculos de
> Newton em número fixo de acordo com os estados iniciais e finais de um
> elétron não soa tão "distoante" assim... mas abre brechas para a
> expeculação de como tais corpúsculos estariam dispostos... em qual
> sequência e assim por diante. Ao invés de simplificar acaba complicando
> mais.

A figura http://ecientificocultural.com/ECC2/figuras/polar06.gif talvez
possa ajudar. A figura não é de Newton e o giro dos corpúsculos também não,
mas ela foi imaginada tomando-se os argumentos de Newton e
contemporizando-os à nossa época. Temos aí quatro corpúsculos de Newton
propagando-se pelo espaço. Seus giros estão alternadamente em oposição.
Pense, por exemplo, no comprimento de onda dessa "luz" como sendo a
distância entre o primeiro corpúsculo representado e o terceiro (aquele que
gira no mesmo sentido). A freqüência dessa "luz" decorre também desse
argumento. O que seria então um fóton? Seria um conjunto semelhante a esse
com 4 corpúsculos, porém com um número "x" (creio que bem maior do que 4)
que seria ditado pela quantidade de corpúsculos que saíram de um elétron
quando este saltou de uma órbita para outra mais estável. Se esse mesmo
elétron receber a mesma quantidade "x" de corpúsculos de luz alinhados (ou
seja, algo idêntico ao fóton que emitiu), ele saltará de volta para a órbita
de menor estabilidade.

Vou agora tentar avançar um pouco rumo à especulação. O que irei citar agora
não é para ser levado muito a sério, mas também não é para ser desprezado
como idéia. Veja a figura
http://ecientificocultural.com/ECC2/figuras/corporb.gif . Num exame rápido
tem-se a impressão que seria a mesma figura anterior (polar06.gif) apenas
com os corpúsculos viajando segundo uma circunferência. Mas perceba que não
é exatamente isso. Agora os corpúsculos estão viajando segundo uma
circunferência, mas numa direção perpendicular à anterior. Ou seja, na
figura polar06.gif os corpúsculos propagam-se numa direção perpendicular ao
eixo de giro e na figura corporb.gif os corpúsculos propagam-se segundo o
eixo de giro. Só para provocar os quânticos (e em particular o Colucci que
me acusou de copiar coisas quânticas), vou dizer que no primeiro caso os
corpúsculos propagam-se na forma bosônica (obviamente, seriam bósons
clássicos), enquanto na figura seguinte eles são apresentados como se
propagando na forma fermiônica (ou de férmions clássicos). As duas figuras
são portanto coisas totalmente diferentes, embora constituídas por
agrupamentos de uma mesma partícula.

A segunda figura apresentada, a corporb.gif (corporb => corpúsculos em
órbita), pode ser pensada como sendo uma aliança de dedo. Nesta figura estão
representados oito corpúsculos. Imagine agora essa aliança com milhares de
corpúsculos idênticos a esses (obviamente também milhares de vezes menor em
tamanho, para uma circunferência de tamanho igual). Isso seria, a meu ver,
um *quase*-elétron. Pegue agora uma aliança, imagine-a como sendo dotada
desses corpúsculos em órbita, segure-a com o polegar e o indicador, e gire-a
em cima de uma mesa. Se a rotação for razoável, a aliança irá se assemelhar
visualmente a uma bolinha girante. Se adicionarmos a essa bolinha girante
toda aquela complexidade já descrita [corpúsculos girando sobre si mesmos +
corpúsculos em órbita segundo mostrado na figura + órbita (aliança) girando
sobre si mesma] o resultado será aquilo que eu concebo como sendo um
elétron, aquela partícula que segundo o Colucci seria proibida pela
termodinâmica colluciano-quântica (termodinâmica esta a apoiar-se
provavelmente no modelo e/ou equação de Lorentz-Dirac, com suas mil e uma
hipóteses ad hoc associadas).

Vamos continuar especulando. Se você conseguir imaginar esse conjunto,
perceberá que esse hipotético elétron [ou essa "bolinha" girante - giro
clássico], está dotado algumas particularidades geométricas interessantes.
Por exemplo, se por um motivo qualquer o conjunto todo for impelido a girar
mais rápido, e de maneira tal que isso possibilite a liberação de alguns de
seus corpúsculos, pergunto: Qual seria o corpúsculo mais propenso a escapar
desse elétron? Não seria aquele situado no equador do elétron? E qual seria
o segundo? Não seria aquele que está do outro lado da aliança, também no
equador e em oposição ao primeiro? Isso está representado na figura
http://ecientificocultural.com/ECC2/figuras/lan.gif (a figura não está muito
boa, trata-se apenas de um rascunho, mas acho que dá para perceber o que
estou propondo). Compare agora o conjunto de corpúsculos que é lançado pelo
elétron com aquele mostrado na figura polar06.gif. Ou seja, é assim que vejo
um elétron emitir um conjunto de corpúsculos de Newton, que poderá ser um
fóton se a emissão ocorrer num salto do elétron de uma órbita atômica para
outra (estou falando em orbita clássica, não em orbital quântico). Bem,
geometricamente falando é isso, mas fisicamente não é fácil comprovar a
estabilidade dessa partícula. Mas também não deve ser nada impossível.
Infelizmente fui obrigado a deixar essa comprovação de lado, pois coisas
mais importantes estão a espera de solução e estou sozinho nesta empreitada
(lembro ainda que a conservação de momento deve ser observada no lançamento
do fóton, mas como não fixei a causa, não há como se pensar no efeito).

> > Descrevi essa natureza íntima do elétron em um livro que escrevi em 1983
> > e publiquei em 1985. De lá para cá mudei muito pouco essa imagem, mas
> > ainda não tenho certeza de que ela se justifique plenamente.

> Lígia: E o que daria a "consistência" corpuscular a um único elétron
> tomando-se este modelo composto, por assim dizer? Que tipo de forças
> estariam envolvidas? Qual a natureza dessas mesmas forças?

Seriam forças do tipo que escrevi mensagem 20853 -
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/20853 -, quando fiz a
analogia com o "andar no vácuo". Do ponto de vista matemático isso é uma
verdadeira loucura, mas não tenho dúvidas de que mais cedo ou mais tarde
chegaremos a um equacionamento a constatar se essa partícula imaginária
pode ou não ser estável, a despeito do que afirma a termodinâmica
quântico-colucciana.

> Lígia: ...mas mesmo assim a minha dúvida permanece: de qual ordem seria a
> força a unir tais corpúsculos de forma tal a obter-se um fóton, ou um
> elétron, ou prótons e nêutrons?

Bem, não respondi de maneira satisfatória, apenas forneci um caminho a ser
seguido por cima de uma especulação a meu ver bem fundamentada. Quanto a
prótons e nêutrons as coisas se complicam bastante. Perceba que estamos
falando na estrutura íntima da matéria e até agora não apareceu nada a
sugerir a existência de um campo gravitacional. Não é estranho isso? Onde
está a gravitação afinal? Não é uma propriedade da matéria? Mas a partir de
que nível da estrutura da matéria? Eu diria que a gravitação está
relacionada à complexidade estrutural do nêutron. Este, por outro lado,
guarda um parentesco íntimo com o próton que, por sinal, em sua estrutura
grosseira (num primeiro zoom após a "visualização do átomo) assemelha-se
muito com o elétron (principalmente pelo fato de ser uma partícula também
girante). Mas eu acho que para seguir esse caminho teríamos que discutir
muitas outras coisas.

Queria apenas chamar a atenção para um fato citado por Newton: A gravitação
"não é uma propriedade inata, inerente e essencial à matéria". Se isso for
verdade, e não tenho dúvidas que é, nem todas as partículas ditas
elementares geram campos gravitacionais, o que *não é o mesmo que dizer que
não tenham massa inercial*. Putz! Você está afim de destrinchar todos os
detalhes íntimos da minha teoria? ;-)) Para mim seria ótimo, mas quero crer
que se eu continuar expondo minhas heresias mais extravagantes, muito em
breve acabaremos sendo expulsos da Ciencialist. :-) ou seria :-( ?

> Lígia: [...] Mas veja que a natureza de tais partículas ou corpúsculos de
> Newton deve estar bem estruturada a fim de dar sustentação a seus
> argumentos.

Sem dúvida. Esse é o caminho que devo seguir e deveria ser o ponto
fundamental a orientar meus críticos. Não obstante eles preferem me criticar
porque as "minhas" partículas contrariam os postulados da física moderna.
Ora, e eu com isso! Quem tem que dar conta desses postulados absurdos são
eles, não eu. Minhas hipóteses são outras. Sem querer bajular, esta é a
primeira vez que estou recebendo uma crítica aprofundada e ao mesmo tempo
decente.

> Afinal, como uma idéia transforma-se em teoria e daí para Lei? Sei, sei,
> tem muita coisa escrita aa esse respeito, mas gostaria da sua opinião.

Essa resposta realmente é longa, e comento alguma coisa a respeito no artigo
"A práxis científica", em especial no item 3.2 - A espiral da práxis, que
está em http://ecientificocultural.com/ECC2/FilCien/cap03.htm . *Muito*
resumidamente diria que "teoria é um conjunto de hipóteses coerentemente
interligadas, tendo por finalidade explicar, elucidar, interpretar ou
unificar um dado domínio do conhecimento". Uma hipótese "comprovada" através
de uma observação controlada (teste e/ou experiência) nos permite suspeitar,
através de um raciocínio indutivo (do singular para o geral), sua condição
de lei. Um outro artigo no qual comento alguma coisa a esse respeito é
"Teoria sobre o método científico", que está em
http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/metcien1.htm

> Lígia: Nossa! Lendo isso dá até a impressão de que Heisenberg só
> formulou seu princípio da incerteza para salvaguardar a natureza
> íntima da matéria de expeculações... :))

Por incrível que pareça, gosto muito do Heisenberg. Ele não tem culpa
nenhuma de ter tido tão mal seguidores, como esses que andam por aí. ;-).
Ele simplesmente procurou por uma saída, e acabou se perdendo num labirinto.
Mas fazer ciência é isso mesmo. O que não podemos é ficar parados nesse
labirinto. Creio que Bohr incentivou bastante o Heisenberg a prosseguir
por esse caminho que não iria dar em lugar algum.

> > Pela minha teoria não é sempre que dois elétrons se repelem, há
> > condições em que eles chegam a se atrair.

> Lígia: E quais seriam tais condições? Acho interessante a forma
> como sua teoria casa com certos princípios que fazem parte de outro
> ramo de conhecimento ancestral que diz que "semelhante atrai
> semelhante"...

Neste caso vou responder mostrando como seria o casamento da minha teoria
com a lei de Ampère. Vou apelar para uma figura do meu website, a figura
http://ecientificocultural.com/ECC2/figuras/correntes4.gif e vou reproduzir
aqui o texto que a acompanha: "A força magnética que surge entre duas
correntes elétricas é conseqüência da somatória dos torques orientacionais.
A figura 4 mostra como dois elétrons de uma corrente elétrica agem sobre um
elétron de outra corrente. Graças à simetria do sistema, o efeito resultante
é uma atração dos fios condutores. A essa força resultante dá-se o nome de
força magnética." Neste caso, a atração entre os semelhantes dá-se pelo que
eles têm de diferente, como mostro na figura
http://ecientificocultural.com/ECC2/figuras/correntes2.gif . Ou seja, essa
idéia casa-se com o conhecimento ancestral que você afirma sem ir contra o
também ancestral princípio oriental a dizer que "yin repele yin e yang
repele yang".

> Lígia: Fico imaginando a "papa" primordial logo no início do
> Universo, se é que ele teve algum. Baseando-se nisso que você diz,
> como você imagina tal início?

No passado eu já cheguei a me preocupar com isso, e cheguei a bolar alguns
modelos. Mas desisti a partir do momento que conclui que o Universo é
eterno, sem princípio nem fim. O big-bang não existiu, ele existe ainda
hoje, e tem a função de realizar a negüentropia do Universo. É por isso que
digo que a entropia do Universo não aumenta. A entropia aumenta no Universo
que enxergamos, mas esse aumento se desfaz com a reestruturação da matéria
em seu estado primordial. A nossa Galáxia vai se consumindo em entropinos à
medida em que viaja para os confins do Universo, mas outras galáxias são
reconstruídas a partir desses entropinos que realimentam eternamente o
big-bang.

> > Solto meu lápis e ele cai numa direção bem definida, como se soubesse
> > que a Terra está abaixo. Ou seja, o lápis sofre um puxão a distância do
> > mesmo tipo de todos esses outros puxões ou empurrões. De alguma maneira
> > ele foi "informado" pela Terra que a Terra estava abaixo dele.

> Lígia: Como se houvesse um meio unindo "ambas as extremidades" de um
> mesmo ato?

Se entendi a analogia, acho que é isso mesmo. A informação é emitida
continuamente pelas duas partes, logo é como se algo estivesse unindo os
corpos.

Bem, espero ter respondido o principal. É possível que eu demore um pouco
para responder a outra parte, pois amanhã estarei em um simpósio que
provavelmente me tomará o dia todo.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Determinismo vs Não- dete rminismo - MQ determinista?
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2003 00:41


>From: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Re: Determinismo vs Não- dete rminismo - MQ
>determinista?
>Date: Thu, 20 Feb 2003 17:42:43 -0300
>
>grau de correlação entre as variáveis. Por exemplo, qual a probabilidade de
>eu ir para a Unicamp amanhã? Assim posta desse jeito, a resposta seria 50%.
>Mas sabemos que não é 50%, pois isso tem correlação com muitas outras
>variáveis - amanhã não é fim de semana; eu trabalho na Unicamp; etc.; tudo
>isso faz com que a probabilidade seja muito maior do que 50%. É possível
>calcular a influência que o fato de existirem variáveis ocultas causa nos
>resultados experimentais.

Oi Belisário,

Realmente o conhecimento de novas variáveis pode mudar o julgamento
da probabilidade de você ir à Unicamp amanhã; mas até onde eu sei,
nenhuma teoria de variáveis ocultas investiga o processo da medição.
Neste caso, as variáveis ocultas não estariam presentes apenas no
sistema microscópico, mas englobaria também toda a complexidade
global "observador versus sistema observado". Pelo que eu entendi
da sua exposição (e me corrija se estiver entendendo mal), as teorias
das variáveis ocultas interferem apenas na construção dos estados
quânticos de um dado sistema microscópico, e não no que um observador
pode detectar de fato.

Abraços,

Guilherme

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Determinismo vs Não- dete rminismo - MQ determinista?
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2003 00:46


>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Re: Determinismo vs Não- dete rminismo - MQ
>determinista?
>Date: Thu, 20 Feb 2003 19:16:24 -0300
>
>Essas frases 'jogadas' no meio de outras (que podem até ter alguma
>pertinência) parecem só ter como finalidade fazer os jovens acreditarem que
>a MQ já está em franca fase experimental!

Não está mais na fase experimental.

[]s

Guilherme


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SUBJECT: Soiobiologia do hímen
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2003 02:08

O hímen, especulo, pode ser uma forma da esposa anunciar o seu recato
de modo a aumentar seu valor no mercado matrimonial. Embora alguns
digam que a provável função do hímen seja biológica, sua ausência em
outros primatas sugere que isto não seja verdade. Esta membrana
encontra-se estrategicamente colocada de forma a anunciar a
virgindade - ou não - de uma mulher. Dada a importância do recato
feminino nas negociações matrimoniais, é difícil pensar que esta
membrana tenha ficado imune a pressões sociais.




SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2003 02:52

Alberto,

As mensagens do Ciencialist não têm o mesmo rigor de um paper do,
digamos, "Physical Review Letters". Se você procura interlocutores de
maior gabarito, sugiro que encontre um veículo mais adequado para suas
idéias. A maioria de nós está aqui para aprender o que não sabe. Digo
isso porque achei a sua última mensagem bastante agressiva. Vejo aqui a
repetição de um padrão que já observei em outras ocasiões, mas evito
tirar conclusões por enquanto. Continuando:


>> COLUCCI: Simples. Não há necessidade de recorrer a paranormalidades.
Um elétron constituído de "corpúsculos de Newton dispostos
caprichosamente no espaço" viola a segunda lei se for estável.<<

>ALBERTO MESQUITA: Continuo discordando. Seu raciocínio parece-me violar
as regras do bom senso.<

Minha afirmação de que um agrupamento de corpúsculos dispostos no espaço
viola a segunda lei se for estável se mantém. A tendência seria no
sentido de uma maior desorganização, a não ser que haja outras forças
intervindo no processo. Apesar da segunda lei ter sido formulada para
processos macroscópicos, sua aplicação é útil também em fenômenos
subatômicos. Aplica-se igualmente de corpos estelares a partículas, com
a ressalva de que, nestas últimas, segundo a MQ, ocorre durante a
descoerência. É por isso que eu disse anteriormente que a MQ é mais
promissora do que a física clássica no sentido de validar
microscopicamente a segunda lei, pois a descoerência indica a direção da
seta do tempo.


>>>ALBERTO MESQUITA: Posteriormente você afirma que há evidências
experimentais que o elétron não tem estrutura. Essa crença apoia-se em
que dogma de fé? Em que templo foi realizada essa experimentação? Quais
foram os sacerdotes que interpretaram essa experiência? Em que Concílio
Ecumênico postulou-se que o elétron é uma das partículas
fundamentais?<<<

> >COLUCCI: A afirmação de que o elétron não tem estrutura apoia-se,
entre outras coisas, em evidências dos sacerdotes do templo místico
chamado CERN. Mesmo com aquele martelo enorme que eles têm lá não
conseguiram "arrebentar" o elétron para ver o que tem dentro dele. O que
não quer dizer que não haja nada. Pode ser que seja apenas uma questão
da energia envolvida.

> ALBERTO MESQUITA: Isso não é evidência de nada. Daqui a pouco você vai
dizer que a massa da Terra é infinita, pois o guindaste do CERN não
consegue deslocá-la de sua órbita ao redor do Sol. Pô, isso é
brincadeira. E que história é essa de "não quer dizer que não haja
nada". Afinal, não foi o contrário disso que você afirmou anteriormente?
E não foi com base nesse argumento que você criticou uma das minhas
frases?<

Deixe-me entender, você pergunta qual a evidência experimental. Eu
respondo. Você diz que não é evidência de nada. Eu é que não entendo. O
que eu quis dizer com "não quer dizer que não haja nada" é que não há
base experimental para dizer-se, hoje, que o elétron tem estrutura.
Sempre tomo o cuidado de dizer que a posição, como todas em ciência, é
provisória. Se você se der ao trabalho, pode conferir no website de
divulgação do CERN: "The electron seems to have no internal structure.
Protons and neutrons are composite particles, each containing three
quarks. Like the electron, the quarks appear to have no structure. Only
two types of quark, called "up" and "down", are needed to build the
proton and neutron." E eu, que achava que o pessoal do CERN entendia uma
coisinha ou outra de física!

Quem apenas lê a descrição do modelo padrão não pode apreciar o esforço
que a sua formulação envolveu. As comprovações e previsões foram
inúmeras: o desvio lambda do espectro de emissão do hidrogênio, o
espalhamento inelástico de elétrons e neutrinos, violação da paridade,
decaimento dos pions, produção de bósons W e Z, etc. (tirei esses
exemplos de um livro de Gordon Kane -- Supersymmetry).


>>> COLUCCI: O experimento crítico consiste na colisão de um elétron e
um pósitron. Nessa colisão, os resíduos consistem apenas de dois raios
gama de alta energia a 180 graus.<<<

>> ALBERTO MESQUITA: Pois é você está sendo incoerente consigo mesmo.
Uma hora afirma uma coisa e logo a seguir afirma exatamente o oposto.
Isso está parecendo gozação, brincadeira de mau gosto. Além de mais uma
vez dar mostras de que está criticando uma das frases minhas retirada de
um contexto que você provavelmente não leu, ou se leu não entendeu.
Perceba que você está dando um argumento a comprovar que o que eu
afirmei não é absurdo, embora você não tenha entendido. Ou seja, eu
disse, e você repetiu, o seguinte: "Um elétron nada mais é senão uma
infinidade de corpúsculos de Newton dispostos caprichosamente no
espaço." E você está citando uma experiência onde um elétron e um
pósitron se quebram em uma infinidade de corpúsculos de Newton, agora
dispostos no espaço sob outra maneira caprichosa, aquela própria aos
raios gama. Desculpe-me dizer, mas a sua crítica não tem lógica e está
totalmente furada, além de bastante confusa e/ou sem pé nem cabeça.<<

Repetindo as palavras de Sam Treiman (The Odd Quantum, Princeton Press,
1999), a natureza se revela não pelo que as partículas são, mas pelas
coisas que fazem. Uma boa maneira de observar as coisas que fazem é
fazendo-as colidir com outras partículas. O número de possibilidades é
imenso (para N partículas é N(N+1)/2), e o efeito é relacionado à
energia do choque. A colisão próton-próton, por exemplo, resulta em
espalhamento elástico até que um determinado nível de energia seja
atingido. Depois desse nível, até centenas de canais (conjuntos de
partículas) podem ser abertos, dependendo das energias envolvidas.

No caso descrito, o comportamento da colisão elétron-pósitron resulta
exatamente no que deveria resultar: energia, na forma de raios gama. Mas
não é só isso. Na colisão frontal de duas partículas de massa "m" e
momentos iguais e opostos, o momento resultante é zero e a energia
resultante é a soma das energias individuais das partículas. Para
colisões não-frontais, por exemplo, entre um feixe acelerado e um alvo
fixo, a energia é menor e o momento resultante é diferente de zero.
Quando um pósitron acelerado choca-se com um alvo fixo, o ângulo de
emissão dos raios gama é menor do que 180 graus, podendo ser calculada
teoricamente. Esse efeito me parece incompatível com o choque de duas
coleções de corpúsculos dispostos no espaço.


>>COLUCCI: Em dimensões muito menores do que as de que estamos falando,
a esperança é que o elétron e todas as outras partículas tenham
estrutura. Vide teoria das supercordas. Mas não é disso que estamos
falando agora."<<

>ALBERTO: Mudou de opinião de novo? Pô, vamos entrar em acordo? Afinal,
o elétron tem ou não tem estrutura? O "meu" não pode ter estrutura sob
pena de violar a termodinâmica, mas o da teoria das supercordas pode ter
estrutura porque "não é disso que estamos falando agora"? Muito
interessante a sua lógica supersimétrica.<

Eu não estou defendendo a teoria das supercordas, sobre a qual não
conheço coisa alguma. Sei que ela opera com geometrias complexas no
comprimento de Planck (10^-33 m) e, portanto, bastante distante dos
domínios que estamos discutindo. Se algum dia pudermos examinar a
estrutura da matéria nessas dimensões talvez tenhamos a resposta. Pelo
conhecimento atual o elétron não tem estrutura.

É claro que pode ser que os seus corpúsculos operam também nessas
dimensões, mas não foi isso o que ouvi.


> ALBERTO: Eu respondo pelos meus corpúsculos, os de Newton eu apenas
utilizo. Por sinal, no Opticks tem experiência a dar com
pau, nem preciso me preocupar em citar as experiências feitas a partir
de Michelson-Morley.<

Ainda não respondeu como os seus corpúsculos fazem quando chegam perto
das fendas duplas de Young ao mesmo tempo. A explicação que está no seu
website, você mesmo admitiu, é incompleta.

Um abraço,
Colucci




SUBJECT: Criacionismo, fixismo e o evolucionismo.
FROM: "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br>
TO: "noosfera@yahoogrupos.com.br" <noosfera@yahoogrupos.com.br>
CC: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2003 09:34

Olá Haroldo !!!

Estão muito vivos e nos principais postos de comando
do Planeta, que irônico não. Nosso planeta é governado
por cidadões que mapeam a realidade de forma
muitas vezes paradoxal, ajoelham e rezam pensando
estar sendo verdadeiros, sendo certos. Que seja,
quando nascemos a merda já estava posta, o que
fazer senhor? Será que como filósofos ou cientistas
podemos fazer alguma coisa? Nosso Planeta
continuará sendo regido pela força cortante e
pulsante e porque não dizer expoente da fragmentação
dual da natureza?

Saudações!!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br



----- Original Message -----
From: "Haroldo Val de Lobo" <cimarroneagle@yahoo.com.br>
To: <noosfera@yahoogrupos.com.br>
Cc: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, February 20, 2003 11:30 PM
Subject: Re: [noosfera] Criacionismo, fixismo e o evolucionismo.



Os criacionistas são legais, pena que ainda estão vivos.
"Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br> wrote:Olá Eduardo Torres!!! Vou
de gemaba5, ok.

<<gemaba4 : Minha dúvida persiste e temos alguns caminhos a seguir, por
exemplo, acreditar que Deus criou o ADN, uma ponderação fixista.
Podemos encarar de maneira interacionista, a planeta Terra é um
útero e gerou o homem, seu ADN é uma constante interação com
o meio. Pelo que entendo da teoria evolucionista os organismos foram
se estruturando, se organizando, nos primórdios da vida na terra parece
que as estruturas eram simples. Considerando que não foi nenhum Deus
especial de qualquer religião que tenha criado o homem podemos seguir
a visão interacionista do ADN com o meio. Em resumo, pergunta bem
objetiva, se não existe ligação do meio com o ADN como o gen, ou
gens, que determinam como serão as células da, digamos, pálpebra
foi parar no ADN? Dou-lhe uma, mágica? Dou-lhe duas, Deuses?
Dou-lhe três, gnomos? Dou-lhe quatro, fadas? Dou-lhe cinco, bruxos?
Dou-lhe seis, iluminados? Fica difícil responder essa pergunta só com
o darwnismo tradicional, ou você arrisca explicar? Talvez o Lamarkismo
ajude mais? Você dá mais????!????!?>>

<<Eduardo4 : O ADN e' o produto final de um processo evolutivo de bilhoes de

anos.
A palpebra tb. A evolucao trabalha com pequenas modificacoes, q sao
agregadas ao q ja' existe. Obviamente nao surgiu um belo dia um 'gen da
palpebra'. Alias, a complexidade da palpebra sugere ser o resultado da acao


coordenada de muitos gens. O proprio ADN nao existia no inicio da evolucao
na Terra. As condicoes ambientais nao permitiriam a existencia de ADN
livre, pois e' uma molecula fragil. A evolucao deve ter comecado com
moleculas auto-replicantes de outra natureza quimica, q de algum modo
evoluiram p/ o ADN. Sempre com pequenas e cumulativas mudancas em cada
etapa.>>

gemaba5 : Ok Eduardo, ok em relação aos bilhões de anos e a mudanças
que aconteceram, provavelmente, vagarosamente. Mas partindo de um
pressuposto evolucionista, seja Darwnista ou Lamarkista, partindo de
que a vida surgiu na Terra representadas mais simples que se desenvolveram,


elas se desenvolveram. O ADN nasceu junto com o que chamamos de
reprodução, a capacidade de um ser orgânico se replicar, se copiar,
no ambiente em que está inserido. Se pensarmos através de um
prisma Darwnista poderemos ponderar que proteínas elementares
começaram a se reproduzir através de ADN simples e com o
passar da interação desses organismos com o meio esse ADN
foi se complicando e o ser que representa. Partindo desse
pressuposto, não temos como fugir da interação com o meio
seja de uma forma, ou de outra. Senão nos resta crer
que Deus criou o ADN, por exemplo, do homem, como
ele é. Você me pergunta se sou fixista, que seja, o ADN
é algo que não depende do meio. Muitos fatos nos
levam a pensar que não. O ADN muda sob influência
direta ou indireta do meio. Taí nossos instintos como
exemplo. Continuo insistindo que pelo menos sob
o aspecto da interação o meio interage, no sentido
de ambiente, com o ADN, permitindo mutações
aumentativas, digamos assim.

<<gemaba4 : Pelo que sei existem genes regulares, por exemplo, só as celulas


da pálpebra ativam determinados gens. De alguma maneira a célula sabe que
está

na pálpebra e que deve ativar determinados gens. Os telômeros parecem que
também são reguladores. Em suma, o ADN parece ser uma espécie de algoritmo
executado pelo meio ambiente.>>


<<Eduardo4 : O ADN inclui genes q geram proteinas q atuam em outros genes,>>



gemaba5 : Ops peraí, insisto que o que você diz corrobora na hipótese do ADN


ser uma espécie de algoritimo executado pela natureza. Como se a natureza
fosse uma orquestra e o ADN uma música. Um gene pode produzir uma proteína
que ative outro gen? Pergunto isso porquê por exemplo, o ADN das células da

pálpebra
produzem substancias determinas. No momento da fecundação os gens que
produzem

essas substancias específicas estão inativos. Seria possível uma ligação
dessas?

Por exemplo, quando o telômero sinalizar que determinado gen se reproduzirá

pela
última vez ele produziria uma proteína que ativaria outro gen? Se sim,
percebo

claramente a linguagem adeênica funcionando, mais ou menos como Kepler
fez com a teoria de interação dos astros.

<<Eduardo4 : ou
diretamente ou por alguma acao enzimatica q geram substancias quimicas q
atuam em outros genes. Eventualmente alguns sinais ambientais podem
intervir no processo, como temperatura, por exemplo (ovos de jacare's podem


resultar em machos ou femeas dependendo da temperatura de incubacao),>>

gemaba5 : Tem o exemplo da radiação por bombas atômicas, isso
altera o ADN, ou estou enganado? Continuo insistindo se o meio
não muda o ADN de alguma forma?

<<Eduardo4 : mas
essa interacao com o meio ambiente nao afeta a informacao genetica em si,
so', em poucos aspectos, pode influenciar em parte sua expressao.>>

gemaba5 : Talvez elas sejam minúsculas e ainda não as percebemos, não sei.
Mas pondero que entender o ADN como uma espécie de linguagem que
deva ter sintaxe e semântica e algo de novo no ar e muitas descobertas
viram, talvez possamos deixar em aberto algumas questões e ponderarmos
formas de determinar se essas hipóteses têm respaldo essencial.

<<gemaba4 : Podemos ponderar que a parte reguladora é a mais importante?>>

<<Eduardo4 : Tanto como podemos ponderar q o volante e' parte mais
importante
de um
carro. Trata-se de uma questao subjetiva.>>

gemaba5 : Desculpe Eduardo, me expressei mal, quiz dizer no sentido de
quantidade.

Pelo que percebo parece que estão descobrindo que gens que pareciam não
ter função, são na verdade reguladores do funcionamento da linguagem
adeênica.

Pelo que li parece que uma grande quantiodade do ADN, que seja, muitos gens,


têm uma função reguladora e como disses tu não sintetizador de qualquer
substância.

<<gemaba4 : Podemos simplificar a coisa se admitirmos o evolucionismo, não?


Que tal se discutíssemos organismos mais simples? Mas confesso que teria
que estudar melhor o tema pra discussão ficar mais interessante, você tem
alguma boa dica como a que deu o Prof. José Carlos com o site
http://www.ateus.net/artigos/ciencias/a_evolucao_biologica.html. Se tiver
alguma dica agradeço, inclusive com ilustrações seria ótimo, obrigado.>>

<<Eduardo4 : Li o site. Trata-se de um artigo didatico sobre evolucao
neodarwinista.

E' disso q estamos falando? Vc nao acredita na evolucao atraves da selecao
natural no sentido neodarwinista?>>

gemaba5 : Não é bem isso, as idéias de Darwin são interessantes, mas fatos
novos, em meu ponto de vista reforção a questão Lamarkista. É difícil
não considerar ação do meio sendo que o ADN é executado pela natureza, pois

não?

<<gemaba4 : Só estimulando?>>

<<Eduardo4 : Pode-se dizer q sim. Nada em nivel genetico, se e' ao q se
refere.>>


gemaba5 : Radiações atômicas alteram o ADN?

<<gemaba4 : Aqui cheguei no limite do que conheço e só com sua ajuda me
dando

indicações do que você explicou possam me ajudar a transformar o debate
em algo mais produtivo, fica a pergunta lá de cima.>>

<<Eduardo4 : Creio q expliquei o essencial. Pode ser mais especifico?>>

gemaba5 : Pelo que entendi essa lista acá a Noosfera foi fundada pelo
Manuel Bulcão Para desafogar a CienciaList de debates mais, diríamos,
místicos. Deva existir Professores por acá, pois não? Teoricamente
os Professores deveriam se preocupar em como ensinar aos alunos
as teorias acerca da natureza, pois não? Insisto, Gifs animadas
mostrando o processo de reprodução, desde células mais simples,
até organismos mais complexos são interessantes, de preferência
gratuítos. Basta incentivar aos alunos para construirem tais sites
e você poderia indicar boas leituras como sempre o faz nosso
ilustríssimo grão mor criador o Zé.

<<gemaba4 : Leia o site que lhe indiquei acima para que possamos tentar
progredir e insisto em alguma boa indicação sua para elucidar todos os
processos
por
você explicados, gifs animadas seriam perfeitas.>>

<<Eduardo4 : Bom, antes de prosseguirmos seria interessante vc esclarecer
sua

propria posicao. Vc e' criacionista ou evolucionista?>>

gemaba5 : Muitos fatos corroboram para o evolucionismo, pois não? Inclusive


o papo paralelo com o GIL sobre lógica bivalente, se você não percebe
corrobora também, se você está lendo os E-mais deva estar percebendo.

<<gemaba4 : Ops peraí Eduardo assim cê me confunde. Quando o óvulo é
produzido ele segue a regrinha acima, não?>>

<<Eduardo4 : Nao, nao segue. O ovulo nao e' uma celula somatica. Nao faz
parte
de um
tecido celular como os demais componentes do corpo da mulher, continuamente


se reproduzindo em celulas especiadas, ativando apenas parte das
informacoes geneticas da celula.>>

gemaba5 : Ok, nesse sentido sim, mas quero dizer no sentido do ovário, pois

não?
Nesse ambiente eles seguem a regrinha da pálpebra, tudo bem que depois de
produzidos possa até não ser, mas quando estão sendo produzidos sim, não?

gemaba4 : Tudo bem que depois que
várias células se tornaram um óvulo ele possa ficar imutável ao meio
como você diz, mas quando é produzido ele segue o mesmo princípio de
células da pálpebra, pois não?

<<Eduardo4 : Nao. Nada a ver. As celulas dos diversos tecidos da palpebra
tem
todas
a mesma sequencia de ADN. Cada ovulo tem sua sequencia unica de ADN.>>

gemaba5 : Você não está entendendo o que quero dizer. Não estou discutindo
as

diferenças, pois não? Os óvulos são produzidos no ovário, pois não? O
ambiente

que forma o ovário é formado por células que contêm o mesmo ADN que formam
diferentes óvulos cada um, com um ADN diferente do ADN do ovário. Quero
dizer

que o ambiente da pálpebra e do ovário são os mesmos.

<<gemaba4 : E essa produção é totalmente independente do meio externo?>>

<<Eduardo4 : Em termos geneticos sim, exceto, claro, acao de certos produtos


quimicos ou radiacao, q podem degradar o ADN.>>

gemaba5 : Primeiro você afirma que o ADN não sofre qualquer alteração do
meio
e
agora você mesmo afirma que radiações podem alterar sua estrutura? Assim
você me deixa confuso.

<<gemaba4 : Ou seja,o que será o ADN do esperma já está codificado no gen do

produtor do ADN
do esperma produzido e as eventuais diferenças entre cada esperma são
frutos de possibilidades de combinação mui grandes. Espero suas ponderações

em
como o gens foram parar no ADN?>>

<<Eduardo4 : Vc esta' voltando aa mesma pergunta. Os genes sao o resultado
de
um
longo processo cumulativo. Nao surgiu um 'gene gerador de espermatozoides'
um belo dia no ADN.>>

gemaba5 : Ok foi gradual e lento mas o meio interfere aí e insisto que
deveriamos

discutir mais profundamente o tema.

<<gemaba4 : Me baseei no texto indicado pelo ilustríssimo mor e grão criador


desse acá guerreiro Gedai, o grande Zé, se puder ler podemos sintonizar
e discutir o Darnismo, o Lmarkismo e a pergunta de quem nasceu primeiro,
será o ovo, ou será a galinha? (risos!!!)>>

<<Eduardo4 : A galinha foi surgindo sempre junto com o ovo. Nao houve um
'momento'

de nascimento de um e de outro. Evoluiram juntos. Ambas sao parte de um
continuo processo evolutivo. Do ponto de vista neodarwinista, podemos ate'
dizer q uma galinha nada mais e' q um engenhoso mecanismo criado por um ovo


p/ gerar outro ovo...>>

gemaba5 : Estamos progredindo, pois não!!!!!

Abs,
Eduardo Torres

Idem !!!
gemaba
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SUBJECT: Criacionismo, fixismo e o evolucionismo.
FROM: "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br>
TO: "noosfera@yahoogrupos.com.br" <noosfera@yahoogrupos.com.br>
CC: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2003 09:36

Olá Haroldo !!!

Um pássaro me contou que nessa lista existem muitos iluminados e mentes
expoentes,
mentes pulsantes, pessoas que exploram da forma mais contundente possível
suas
capacidades memoriais e de relacionar essas memórias. Já tenho uma certa
intimidade
com alguns deles. Essa forma de expressão que usei se baseia em comparar a
forma essencial do Sol e da Lua como substatinvos no seu devir na imensidão

do nada. Por exemplo, o Sol é bem maior que a Luae é uma estrela, enquanto a

Lua é um mero satélite da Terra. O Sol é expoente, é pulsante, em dias de
verão podemos sentí-lo apesar da distância que de nós o separa. A Lua é
mais amena, poderiámos pensar que o Sol é um rock paulera e a lua uma
bossa nova bem levinha. (risos!!!) Quanto as reais influências da Lua talvez

interesse mais a nossa cara Acropolense Luciane, de onde a pergunta veio.
Quanto a caixa da Pandora espero maiores comentários e procurarei ler
os links fornecidos por nosso grão mor e vizir e quaze doutor Zé.

Peço-lhe desculpas novamente mas quem sabe você seja um iluminado
e eu também e de alguma forma sua forma expressional chegou até
mim como um meme fazendo com que eu trocasse seu nome pelo
do Eduardo em outro E-mail. Sinto um ton arrogante em suas
mensagens e quissá seja vós um expoente debatedor.

Saudações!!!
gemaba
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----- Original Message -----
From: "Haroldo Val de Lobo" <cimarroneagle@yahoo.com.br>
To: <noosfera@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, February 20, 2003 11:49 PM
Subject: Re: [noosfera] Influências da lua




Favor definir, "a lua é menos expoente que o Sol...". Cara, deve ser o
calor, tá me fazendo mal também seu gemaba.
Haroldo Val de Lobo <cimarroneagle@yahoo.com.br> wrote:
"Supõe-se que a lua influencia "nas" marés" ? Fala sério. Supõe-se?!
Haroldo Val de Lobo <cimarroneagle@yahoo.com.br> wrote:
Caqui quem foi que disse que a influência da lua nos seres vivos não é
"científica"? Leegeea, abra a caixinha de Pandora...
"Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br> wrote:Alô Luciane !!!

Tlavez você tenha entendido de forma errada a obsessão(?) que coloquei. Não

quiz
induzir a pensar em obsessão pelo científico. Não se esqueça, estamos em uma


cidade virtual Filosófica, a grande Acropolis. Filosofia não é ciência,
filosofia

é antes de tudo a crítica. A ciência muitas vezes postula fatos que na
verdade

são falsos paradgimas. Qunato a influência da lua, por não ser científica,
não

queria dizer que não exista, a ciência não sabe tudo. Se você tiver um belo


jardim em casa, olhe para as plantas e sinta a influência do Sol, ela é
determinística. A ciência gosta de determinismos, como a lua é bem
menos expoente que o Sol suas inflências são menos visíveis e ainda
não foram decodifcadas senão pelos místicos empíricos Astrólogos.
Supoe-se que influenciam nas marés mas não se sabe como, nem
porque muito bem. Quanto a textos prefiro que os ilustres colegas
mais instrumentalizados de Acropolis dêm sugestões.

Abraços!!!
gemaba
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----- Original Message -----
From: "Luciane" <lucianef@educacao.es.gov.br>
To: <acropolis@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, February 20, 2003 8:02 PM
Subject: Re: [Acrópolis] Lógica bivalente x lógica natural - a obsess ão
continua!!!



Participo de um grupo onde exercitamos a pedagogia de projetos e um dos
temas
do momento é sobre a influência que a Lua exerce (exerce?) sobre as pessoas

e a agricultura. O grupo parece concluir que não há comprovações científicas

quanto às reais influências da Lua. Ao ler o e-mail Lógica bivalente x
lógica
natural - a obsessão continua! Fiquei a pensar se é mesmo importante essa
obsessão
pelo científico, ou se o científico é sempre sinônimo de verdadeiro.
Gostaria
de receber contribuições e/ou sugestões de leitura para nossas curiosidades

e para minhas reflexões após a leitura do referido texto.

[ ]s,

Luciane Stefanato Negrini



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2003 10:14


> Do ponto de vista epistemológico (teoria do conhecimento) o espaço
absoluto
> representava, para Newton, uma das essências de seu trabalho, e as quatro
> leis algo de valor tautológico (redundante) ou meramente decorrente de um
> melhor entendimento desta essência. Tanto é que ao final de sua Óptica
> (Questão 31 da Óptica III), ao comentar sobre sua mecância chega a dizer:
"E
> portanto, não tenho escrúpulos em propor os princípios de movimento, sendo
> eles de uma extensão muito geral, e deixar suas causas serem descobertas."
> Ora, porque haveria ele de ter escrúpulos em propor as três leis de
> movimento?

Nas linhas acima dessa frase ele escreve:
"Esses príncipios [ele refere-se a tipos de forças actractivas como a
gravidade] eu os considero, não qualidades ocultas, supostas resultarem das
formas específicas das coisas, mas leis gerais da Natureza, pelas quais as
próprias coisas são formadas; sua verdade, aparecendo-nos através de
fenómenos, apesar de suas causas não estarem ainda descobertas. Pois estas
são qualidades manifestas, e somente suas causas estão ocultas. E os
aristotélicos davam o nome de qualidades ocultas, não às qualidades
manifestas, mas somente a tais qualidades como as qeu supunham estar
escondidas nos corpos e serem causas da gravidade, das atracções electricas
e magnéticas, e das fermentações, se supuséssemos que estas forças ou acções
se originassem de qualidades desconhecidas para nós, e incapazes de serem
descobertas e tornadas manifestas. Tais qualidades ocultas param o
desenvolvimento da filosofia natural, e, portanto, nos ultimos anos foram
rejeitadas. Dizer-nos que todas as espécies de coisas estão dotadas de uma
qualidade especifica oculta pela qual ela age e produz efeitos manifestos,
não é dizer nada; mas derivar dois ou três principios gerais de movimento a
partir dos fenômenos, e depois disso nos dizer como as propriedades e acções
de todas as coisas corpóreas se seguem desses principios manifestos, seria
um grande passo em filosofia, apesar de que as causas desses principios não
foram ainda descobertas. E, portanto, não tenho escrupulos em propor os
príncipios do movimento acima mencionados, sendo eles de uma extensão muito
geral, e deixar suas causas serem descobertas."

Ele não se refere a escrupulos no sentido de ousadia, mas no sentido que não
vai contra nenhuma regra do pensamento derivar principios de fenómenos reais
mesmo que não se conheçam duas causas. E dai , ele não vê problema nenhum em
fazer isto.Aliás classifica a sua proposta de principios
filosóficos/matemáticos como "um grande passo em filosofia"

Não é uma questão de medo, nem ousadia. É a justificativa de pq ele propõe
principios sem saber as causas ou sequer tentar saber delas.

> Perceba que as coisas estão se entrelaçando. Que causas seriam essas a que
> Newton se refere como a "serem descobertas" e a justificarem as três leis
do
> movimento?

Como eram desconhecidas então, são desconhecidas hoje.
O que é importante salvaguardar é que mesmo que não as conheçamos, podemos
derivar principios válidos de fenômenos reais, que embora não nos digam que
causas são essas, nos dizem como as coisas funcionarão em certas
circunstâncias.

Pois as leis ele já havia descoberto e até mesmo percebido que
> seus campos de atuação não seriam irrestritos, como de maneira errada hoje
> insistem em afirmar. Mas para efetuar essa depuração, para entender
> devidamente qual seria de fato o campo de aplicação das leis de seu modelo
> que dava certo, ele insistia que se perseguisse suas causas.

Insistiu ? Onde ?

> Mas... Se a matéria informa que está em movimento, e essa informação é um
> essencial de uma física coerente... Que raios de movimento ela está
> informando? Não seria um movimento absoluto?


Não. Newton escreve (depois de explicar muito bem e simplesmente, a meu ver
o que seria o movimento absoluto e o que é o movimento relativo.):
"Eis, portanto, os lugares absolutos, e só as translações desses lugares são
movimentos absolutos. Contudo, como essas partes do espaço não podem ser
vistas e distinguidas umas das outras por nossos sentidos, usamos em lugar
delas medidas sensíveis. Com efeito, definimos todos os lugares pelas
posições e distâncias das coisas em relação a um determinado corpo, que
consideramos imóvel; a seguir também calculamos todos os movimentos
relativamente a esses lugares, enquanto concebemos os corpos como
transferidos destes. É assim que empregamos em vez de lugares e movimentos
absolutos os relativos, sem nenhum inconveniente na vida comum: na
filosofia, entretanto, devemos fazer abstracções dos sentidos. Pode, na
realidade, acontecer que nenhum corpo, ao qual os lugares e movimentos se
refiram, esteja de fato parado"

Ora isto que ele diz é obvio. Ele não prega, ao contrário que possa ser lido
por ai, um movimento absoluto e um espaço absoluto e um tempo absoluto, ja
agora. Ele trabalha com conceitos abstractos que ele mesmo sabe podem não
corresponder com a realidade. Mas servem apenas para pensar e deduzir
conclusões. Conclusões essas que ele sabe não traduzirem a causa de nada,
mas que traduzem regras simples que a natureza segue.
A fisica de hoje não vai muito além daquilo que Newton escreveu sobre
movimento relativo.
A única diferença, é que a fisica de hoje abandonou o conceito abstracto de
absoluto e passou a considerar como certo, aquilo que Newton conciderava
como provável: e a frase "Pode, na realidade, acontecer que nenhum corpo,
ao qual os lugares e movimentos se refiram, esteja de fato parado" passou a
ser dita "Acontece que nenhum corpo, ao qual os lugares e movimentos se
refiram, está de fato parado"
Esta frase em nada altera os conceitos de espaço e tempo absolutos, mas
torna-os secundários e enfim, inuteis para a descrição fisica.
Contudo, para o pensamento fisico, sempre estabelecemos um destes espaços
absolutos "sem nenhuma relação com algo externo". E é dentro deles que
elaboramos nossos pensamentos. Quando imaginamos o sistema solar, não
necessitamos de imaginar a galaxia ou outros sistemas solares. Imaginamos o
sistema solar contido em um espaço "sem nenhuma relação com algo externo" .
A mesma coisas quando imaginamos um atomo, ou uma caixa com gás dividida em
duas partes por uma parede movel que se move pela expanção de um gás. Ou
quando imaginamos um panela de agua em ebulição. Imaginamos a panela e água.
E nada mais. E se imaginarmos o fogo que aquece, paramos ai. E se algo mais
imaginarmos, sempre paramos em algum ponto. E esse ponto corresponde com um
espaço que não tem relação com nada exterior a ele. É o que hoje chamamos de
sistema isolado. E o que Newton definiu como espaço absoluto nada mais do
que o volume que contém aquilo q chamamos hoje de sistema isolado, que por
definição, é exactamente algo "sem nenhuma relação com algo exterior".

>Pois do contrário a informação
> não poderia ser nunca um essencial! Para cada referencial ela seria
> diferente, pois o movimento relativo seria diferente! Dá para perceber a
> genialidade newtoniana?

Não.

Outras coisas haveria para dizer. Mas fico por aqui.

Sérgio


SUBJECT: Re: Determinismo vs Não- dete rminismo - MQ determinista?
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2003 10:18


At 00:41 21/02/03 -0300, you wrote:

> >From: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
> >Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> >To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> >Subject: [ciencialist] Re: Determinismo vs Não- dete rminismo - MQ
> >determinista?
> >Date: Thu, 20 Feb 2003 17:42:43 -0300
> >
> >grau de correlação entre as variáveis. Por exemplo, qual a probabilidade de
> >eu ir para a Unicamp amanhã? Assim posta desse jeito, a resposta seria 50%.
> >Mas sabemos que não é 50%, pois isso tem correlação com muitas outras
> >variáveis - amanhã não é fim de semana; eu trabalho na Unicamp; etc.; tudo
> >isso faz com que a probabilidade seja muito maior do que 50%. É possível
> >calcular a influência que o fato de existirem variáveis ocultas causa nos
> >resultados experimentais.
>
>Oi Belisário,
>
>Realmente o conhecimento de novas variáveis pode mudar o julgamento
>da probabilidade de você ir à Unicamp amanhã; mas até onde eu sei,
>nenhuma teoria de variáveis ocultas investiga o processo da medição.
>Neste caso, as variáveis ocultas não estariam presentes apenas no
>sistema microscópico, mas englobaria também toda a complexidade
>global "observador versus sistema observado". Pelo que eu entendi
>da sua exposição (e me corrija se estiver entendendo mal), as teorias
>das variáveis ocultas interferem apenas na construção dos estados
>quânticos de um dado sistema microscópico, e não no que um observador
>pode detectar de fato.
>
>Abraços,
>
>Guilherme

Oi, Guilherme. O que eu quis fazer com essa história de correlação
foi dar alguns argumentos de plausibilidade para o teorema de Bell, que é
muito matemático. Creio que o resultado independa se podemos ou não
detectar as varáveis ocultas (mas não tenho certeza disso).

Acho que outra maneira de ver por que o teorema de Bell existe é
essa: ainda que possam existir variáveis ocultas, observáveis ou não, eu me
pergunto como é que uma teoria que não as leve em conta pode reproduzir os
dados experimentais, ainda que em nível probabilístico. A presença de
variáveis novas deveria introduzir correlações - e, conseqüentemente,
desvios estatísticos - que uma teoria que as ignore não deveria poder
reproduzir.

No entanto, o teorema de Bell e a experiência de Aspect não
descartam teorias de variáveis ocultas não-locais, ou seja, que
possibilitam interações instantâneas (contrariando a teoria da relatividade).

Talvez esses dois últimos parágrafos sejam os argumentos mais
sólidos a favor do "indeterminismo ontológico" da mecânica quântica.

Mas, claro, tudo isso não demonstra nada, só torna mais difícil de
sustentar a existência de variáveis ocultas, mas não a descartam
completamente. Entretanto, se formos estritamente positivistas
(experiências acima de tudo), acho que os resultados experimentais
disponíveis apontam para o indeterminismo quântico.

Inté,
Belisário



SUBJECT: Re: Criacionismo, fixismo e o evolucionismo.
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2003 11:32

Geraldo!

Só para não bagunçar o coreto: esta discussão com o Haroldo está em
andamento lá na Noosfera... aqui é a Ciencialist e o Haroldo não
participa da Ciencialist. Nem essa mensagem que ele respondeu a você
pertence à Noosfera, já que você postou por lá uma mensagem
endereçada à Acrópolis... enfim, eu estou literalmente
boiando... :)) O que se passa?

Vamos à Noosfera... Lá assuntos "psicos" tem espaço. Deixemos o
Olimpo da Ciência aos deuses científicos... :)

Beijos, Lígia

*******************************************



--- Em ciencialist@y..., "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@i...> escreveu
> Olá Haroldo !!!
>
> Um pássaro me contou que nessa lista existem muitos iluminados e
mentes
> expoentes,
> mentes pulsantes, pessoas que exploram da forma mais contundente
possível
> suas
> capacidades memoriais e de relacionar essas memórias. Já tenho uma
certa
> intimidade
> com alguns deles. Essa forma de expressão que usei se baseia em
comparar a
> forma essencial do Sol e da Lua como substatinvos no seu devir na
imensidão
>
> do nada. Por exemplo, o Sol é bem maior que a Luae é uma estrela,
enquanto a
>
> Lua é um mero satélite da Terra. O Sol é expoente, é pulsante, em
dias de
> verão podemos sentí-lo apesar da distância que de nós o separa. A
Lua é
> mais amena, poderiámos pensar que o Sol é um rock paulera e a lua
uma
> bossa nova bem levinha. (risos!!!) Quanto as reais influências da
Lua talvez
>
> interesse mais a nossa cara Acropolense Luciane, de onde a pergunta
veio.
> Quanto a caixa da Pandora espero maiores comentários e procurarei
ler
> os links fornecidos por nosso grão mor e vizir e quaze doutor Zé.
>
> Peço-lhe desculpas novamente mas quem sabe você seja um iluminado
> e eu também e de alguma forma sua forma expressional chegou até
> mim como um meme fazendo com que eu trocasse seu nome pelo
> do Eduardo em outro E-mail. Sinto um ton arrogante em suas
> mensagens e quissá seja vós um expoente debatedor.
>
> Saudações!!!
> gemaba
> www.gemaba.hpg.com.br
>
>
> ----- Original Message -----
> From: "Haroldo Val de Lobo" <cimarroneagle@y...>
> To: <noosfera@y...>
> Sent: Thursday, February 20, 2003 11:49 PM
> Subject: Re: [noosfera] Influências da lua
>
>
>
>
> Favor definir, "a lua é menos expoente que o Sol...". Cara, deve
ser o
> calor, tá me fazendo mal também seu gemaba.
> Haroldo Val de Lobo <cimarroneagle@y...> wrote:
> "Supõe-se que a lua influencia "nas" marés" ? Fala sério. Supõe-se?!
> Haroldo Val de Lobo <cimarroneagle@y...> wrote:
> Caqui quem foi que disse que a influência da lua nos seres vivos
não é
> "científica"? Leegeea, abra a caixinha de Pandora...
> "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@i...> wrote:Alô Luciane !!!
>
> Tlavez você tenha entendido de forma errada a obsessão(?) que
coloquei. Não
>
> quiz
> induzir a pensar em obsessão pelo científico. Não se esqueça,
estamos em uma
>
>
> cidade virtual Filosófica, a grande Acropolis. Filosofia não é
ciência,
> filosofia
>
> é antes de tudo a crítica. A ciência muitas vezes postula fatos que
na
> verdade
>
> são falsos paradgimas. Qunato a influência da lua, por não ser
científica,
> não
>
> queria dizer que não exista, a ciência não sabe tudo. Se você tiver
um belo
>
>
> jardim em casa, olhe para as plantas e sinta a influência do Sol,
ela é
> determinística. A ciência gosta de determinismos, como a lua é bem
> menos expoente que o Sol suas inflências são menos visíveis e ainda
> não foram decodifcadas senão pelos místicos empíricos Astrólogos.
> Supoe-se que influenciam nas marés mas não se sabe como, nem
> porque muito bem. Quanto a textos prefiro que os ilustres colegas
> mais instrumentalizados de Acropolis dêm sugestões.
>
> Abraços!!!
> gemaba
> www.gemaba.hpg.com.br
>
>
> ----- Original Message -----
> From: "Luciane" <lucianef@e...>
> To: <acropolis@y...>
> Sent: Thursday, February 20, 2003 8:02 PM
> Subject: Re: [Acrópolis] Lógica bivalente x lógica natural - a
obsess ão
> continua!!!
>
>
>
> Participo de um grupo onde exercitamos a pedagogia de projetos e
um dos
> temas
> do momento é sobre a influência que a Lua exerce (exerce?) sobre as
pessoas
>
> e a agricultura. O grupo parece concluir que não há comprovações
científicas
>
> quanto às reais influências da Lua. Ao ler o e-mail Lógica
bivalente x
> lógica
> natural - a obsessão continua! Fiquei a pensar se é mesmo
importante essa
> obsessão
> pelo científico, ou se o científico é sempre sinônimo de verdadeiro.
> Gostaria
> de receber contribuições e/ou sugestões de leitura para nossas
curiosidades
>
> e para minhas reflexões após a leitura do referido texto.
>
> [ ]s,
>
> Luciane Stefanato Negrini
>
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
> Home Page: http://br.groups.yahoo.com/group/acropolis
>
> Enviar e-mail totalmente em branco para:
>
> acropolis-subscribe@y... (assinar a lista)
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>
> E-mail do moderador: acropolis-owner@y...
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estado
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> Array();lrec_URL[1]
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>
>
brclubs/S=2137114251:HM/A=1431627/R=0/id=flashurl/*http://br.acesso.ya
hoo.co
>
> m/";var
>
lrec_flashfile="http://br.i1.yimg.com/br.yimg.com/i/br/ads2/touro_reta
ngulo.
>
> swf";var
>
lrec_altURL="http://rd.yahoo.com/M=218762.2810952.4170332.2276639/D=br
clubs/
>
>
S=2137114251:HM/A=1431627/R=1/id=altimgurl/*http://br.acesso.yahoo.com
/";var
>
>
lrec_altimg="http://br.i1.yimg.com/br.yimg.com/i/br/ads2/touro_retangu
lo.gif
>
> ";var lrec_width=300;var lrec_height=250;
> Para cancelar sua assinatura deste grupo, envie um e-mail para:
> noosfera-unsubscribe@y...
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] cocrete
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2003 11:54

tsc tsc tsc...

A força bruta só me dá a resposta aproximada, que eu já tenho e é exata. O
que eu quero é a demonstração da resposta. Que aliás, proponho a vcs pois
eu mesmo já a fiz.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all

On Thu, 20 Feb 2003 alvaug@netbank.com.br wrote:

> Basta usar Newton-Raphson...
>
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
> Fui deperado estes dias com um probleminha de matemática muito
> interessante:
>
> ===============================================================
> Dado o sistema
>
> x² + y² = 881
> x^(1/2) - y^(1/2) = 1 (*)
>
> Demonstre que
>
> x = 25
> y = 16
> ===============================================================



SUBJECT: Re: cocrete
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2003 12:50


Fiz o seguinte:

(1) x² + y² = 881
(2) x^(1/2) - y^(1/2) = 1

Hipótese: x e y são quadrados perfeitos. Então o que eu quero são dois
números consecutivos cuja quarta potência somada dá 881.
Bom, x e y têm que ser menores do que 29, pois 29^2 = 841
Suponhamos que x = 29
Então pego o Excel e coloco na célula A1: 29 (ou seja, x)
Na célula B1, coloco A1^2, que dá 841 (x^2)
Na célula C1, coloco 881 - B1, que dá = 881 - 841 = 40 (881 - x^2 = y^2)
Então isso deu y^2 = 40, ou seja, y não é quadrado perfeito, então não serve.

Vou agora testar x = 28. Na linha de baixo do Excel, coloco 28, e repito as
operações.
Ainda não deu certo. Estou cansado de ficar testando. Então seleciono essas
linhas e puxo para baixo, o que faz o Excel fazer todas as contas
automaticamente desde x = 29 até x = 1.
Procuro se há algum quadrado perfeito na coluna C (coluna dos y^2).
Existe! É 256.
Então suponho que y^2 = 256.
Isso dá y = 16, que é quadrado perfeito!
E quem é x? Na coluna A, tem x = 25
Então suponho que x = 25 e y = 16. Será que dá certo?
Vejamos: x^2 + y^2 = 625 + 256 = 881
E: x^(1/2) - y^(1/2) = 5 - 4 = 1
Então achei: a resposta é x = 25 e y = 16

Belisário

At 11:54 21/02/03 -0300, you wrote:
>tsc tsc tsc...
>
>A força bruta só me dá a resposta aproximada, que eu já tenho e é exata. O
>que eu quero é a demonstração da resposta. Que aliás, proponho a vcs pois
>eu mesmo já a fiz.
>
>[]s
>TARCISIO BORGES
>tbs97@fisica.ufpr.br
>One Ring to rule them all
>
>On Thu, 20 Feb 2003 alvaug@netbank.com.br wrote:
>
> > Basta usar Newton-Raphson...
> >
> >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
> > Fui deperado estes dias com um probleminha de matemática muito
> > interessante:
> >
> > ===============================================================
> > Dado o sistema
> >
> > x² + y² = 881
> > x^(1/2) - y^(1/2) = 1 (*)
> >
> > Demonstre que
> >
> > x = 25
> > y = 16
> > ===============================================================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Soiobiologia do hímen
FROM: Eduardo Guéron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2003 13:08

Joao de Carvalho wrote:

>O hímen, especulo, pode ser uma forma da esposa anunciar o seu recato
>de modo a aumentar seu valor no mercado matrimonial. Embora alguns
>digam que a provável função do hímen seja biológica, sua ausência em
>outros primatas sugere que isto não seja verdade. Esta membrana
>encontra-se estrategicamente colocada de forma a anunciar a
>virgindade - ou não - de uma mulher. Dada a importância do recato
>feminino nas negociações matrimoniais, é difícil pensar que esta
>membrana tenha ficado imune a pressões sociais.
>
>

Caro Joao de Carvalho,

Creio que vc está caindo no famigerado equívoco dos sociobiológicos...
Do ponto de vista de seleção natural, a última evolução da espécie
humana foi bem antes da civilização. Falar, portanto, que o hímen é
fruto de evolução pressionada pela valorização dada a virgindade é, me
desculpe, uma bobagem.

Não sou biólogo e por isso não tenho me metido muito no assunto, mas o
que já houve de mensagens do gênero na ciencialist é uma grandeza.
Já houve de tudo mas a maioria está relacionada com características das
mulheres geralmente com um ranso machista....

Sociobiologia 'a parte, é importante ressaltar que há muitas coisas que
ficaram na espécie humana (ou em qualquer outra) porque simplesmente não
foram embora, podem ter tido uma função em espécies anteriores mas não
houve um processo que fizesse tal órgão, manchinha ou característica
desaparecer, o exemplo óbvio: apêndice.

um abraço, Eduardo.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: cocrete
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2003 13:12

On Fri, 21 Feb 2003, Roberto Belisário wrote:
> Vou agora testar x = 28. Na linha de baixo do Excel, coloco 28, e repito as
> operações.
> Ainda não deu certo. Estou cansado de ficar testando. Então seleciono essas
> linhas e puxo para baixo, o que faz o Excel fazer todas as contas
> automaticamente desde x = 29 até x = 1.
> Procuro se há algum quadrado perfeito na coluna C (coluna dos y^2).
> Existe! É 256.
> Então suponho que y^2 = 256.
> Isso dá y = 16, que é quadrado perfeito!
> E quem é x? Na coluna A, tem x = 25
> Então suponho que x = 25 e y = 16. Será que dá certo?
> Vejamos: x^2 + y^2 = 625 + 256 = 881
> E: x^(1/2) - y^(1/2) = 5 - 4 = 1
> Então achei: a resposta é x = 25 e y = 16
>
> Belisário


Tsc tsc tsc....

Continua sendo força bruta :-)

É como usar uma espada para desatar um nó górdio.

Onde está a elegância de se usar um pouquinho de álgebra???

Se eu pedisse prove que x e y é tal e tal sua resposta estaria correta,
mas eu quero a demonstração de que a partir das equações eu chego àquela
solução.

Prometo que este final de semana eu faço a demontração em um PDF e mando
para quem pedir.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: cocrete
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2003 13:24


Oi. Então vai aí uma demonstração de uma linha, sem nenhuma força bruta:
Substitua x = 25 e y = 16 nas equações e pronto. :)

Tô brincando, você quer uma demonstração "elegante". Eu também. Vou dar uma
pensada.

Inté.
Belisário

At 13:12 21/02/03 -0300, you wrote:
>On Fri, 21 Feb 2003, Roberto Belisário wrote:
> > Vou agora testar x = 28. Na linha de baixo do Excel, coloco 28, e
> repito as
> > operações.
> > Ainda não deu certo. Estou cansado de ficar testando. Então seleciono
> essas
> > linhas e puxo para baixo, o que faz o Excel fazer todas as contas
> > automaticamente desde x = 29 até x = 1.
> > Procuro se há algum quadrado perfeito na coluna C (coluna dos y^2).
> > Existe! É 256.
> > Então suponho que y^2 = 256.
> > Isso dá y = 16, que é quadrado perfeito!
> > E quem é x? Na coluna A, tem x = 25
> > Então suponho que x = 25 e y = 16. Será que dá certo?
> > Vejamos: x^2 + y^2 = 625 + 256 = 881
> > E: x^(1/2) - y^(1/2) = 5 - 4 = 1
> > Então achei: a resposta é x = 25 e y = 16
> >
> > Belisário
>
>
>Tsc tsc tsc....
>
>Continua sendo força bruta :-)
>
>É como usar uma espada para desatar um nó górdio.
>
>Onde está a elegância de se usar um pouquinho de álgebra???
>
>Se eu pedisse prove que x e y é tal e tal sua resposta estaria correta,
>mas eu quero a demonstração de que a partir das equações eu chego àquela
>solução.
>
>Prometo que este final de semana eu faço a demontração em um PDF e mando
>para quem pedir.
>
>[]s
>TARCISIO BORGES
>tbs97@fisica.ufpr.br
>One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: cocrete
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2003 13:32


Ou, sem usar Excel: as equações podem ser reescritas como:

p^4 + q^4 = 881
p - q = 1

com p = x^(1/2) e q = y^(1/2)

Então queremos dois números consecutivos cuja quarta potência somada dá 881.
Esses números têm que estar entre 1 e 5, porque 6 à quarta já dá maior que 881.
As quartas potências candidatas a somadas darem 881 são:
1
16
81
256
625
Ora, só somando 256 com 625 conseguimos 881.
Então p = 625^(1/4) = 5 e q = 256^(1/4) = 4
Ou seja, x = p^2 = 25 e y = q^2 = 16.

Bom, provavelmente a sua demonstração é mais elegante.
Belisário

At 13:24 21/02/03 -0300, you wrote:

>Oi. Então vai aí uma demonstração de uma linha, sem nenhuma força bruta:
>Substitua x = 25 e y = 16 nas equações e pronto. :)
>
>Tô brincando, você quer uma demonstração "elegante". Eu também. Vou dar uma
>pensada.
>
>Inté.
>Belisário
>
>At 13:12 21/02/03 -0300, you wrote:
> >On Fri, 21 Feb 2003, Roberto Belisário wrote:
> > > Vou agora testar x = 28. Na linha de baixo do Excel, coloco 28, e
> > repito as
> > > operações.
> > > Ainda não deu certo. Estou cansado de ficar testando. Então seleciono
> > essas
> > > linhas e puxo para baixo, o que faz o Excel fazer todas as contas
> > > automaticamente desde x = 29 até x = 1.
> > > Procuro se há algum quadrado perfeito na coluna C (coluna dos y^2).
> > > Existe! É 256.
> > > Então suponho que y^2 = 256.
> > > Isso dá y = 16, que é quadrado perfeito!
> > > E quem é x? Na coluna A, tem x = 25
> > > Então suponho que x = 25 e y = 16. Será que dá certo?
> > > Vejamos: x^2 + y^2 = 625 + 256 = 881
> > > E: x^(1/2) - y^(1/2) = 5 - 4 = 1
> > > Então achei: a resposta é x = 25 e y = 16
> > >
> > > Belisário
> >
> >
> >Tsc tsc tsc....
> >
> >Continua sendo força bruta :-)
> >
> >É como usar uma espada para desatar um nó górdio.
> >
> >Onde está a elegância de se usar um pouquinho de álgebra???
> >
> >Se eu pedisse prove que x e y é tal e tal sua resposta estaria correta,
> >mas eu quero a demonstração de que a partir das equações eu chego àquela
> >solução.
> >
> >Prometo que este final de semana eu faço a demontração em um PDF e mando
> >para quem pedir.
> >
> >[]s
> >TARCISIO BORGES
> >tbs97@fisica.ufpr.br
> >One Ring to rule them all
>
>
>##### ##### #####
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>##### ##### ##### ##### #####
>
>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
>http://br.yahoo.com/info/utos.html



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: cocrete
FROM: Rodrigo Galvão <galvao@iconet.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2003 14:15

Bem...pensei em fazer o seguinte:

Sabemos que: (x-y)=(sqrtx-sqrty)(sqrtx+sqrty), mas sqrtx-sqrty=1
portanto x-y=sqrtx+sqrty,
elevando os dois lados ao quadrado temos: x^2+y^2-2xy=x+y+2sqrtxy, mas
pelo enunciado x^2+y^2=881. Logo, chegamos 881 - 2xy = x + y +2sqrtxy (I)
Deixando a eq (I) de lado um pouco, elevamos os dois lados de
sqrtx-sqrty = 1 ao quadrado e obtemos x+y=1+2sqrtxy(II)
Substituindo (II) em (I), obtemos 440 + xy = 2sqrtxy, onde chamamos
sqrtxy de "a" e obtemos no final que xy=400
Na seguinte eq. x^2+y^2=881 utilizamos o seguinte artificio: (x+y)^2
-2xy=881 e obtemos x+y=41, substituindo y por 41 - x em x^2+y^2=881,
obtemos x=25 e por consequencia y=16.

Não foi uma solução muito elegante, mas foi a melhor que eu achei...

Até...
Rodrigo Galvão



Roberto Belisário wrote:

> Ou, sem usar Excel: as equações podem ser reescritas como:
>
>p^4 + q^4 = 881
>p - q = 1
>
>com p = x^(1/2) e q = y^(1/2)
>
>Então queremos dois números consecutivos cuja quarta potência somada dá 881.
>Esses números têm que estar entre 1 e 5, porque 6 à quarta já dá maior que 881.
>As quartas potências candidatas a somadas darem 881 são:
>1
>16
>81
>256
>625
>Ora, só somando 256 com 625 conseguimos 881.
>Então p = 625^(1/4) = 5 e q = 256^(1/4) = 4
>Ou seja, x = p^2 = 25 e y = q^2 = 16.
>
>Bom, provavelmente a sua demonstração é mais elegante.
>Belisário
>
>At 13:24 21/02/03 -0300, you wrote:
>
>
>
>>Oi. Então vai aí uma demonstração de uma linha, sem nenhuma força bruta:
>>Substitua x = 25 e y = 16 nas equações e pronto. :)
>>
>>Tô brincando, você quer uma demonstração "elegante". Eu também. Vou dar uma
>>pensada.
>>
>>Inté.
>>Belisário
>>
>>At 13:12 21/02/03 -0300, you wrote:
>>
>>
>>>On Fri, 21 Feb 2003, Roberto Belisário wrote:
>>>
>>>
>>>>Vou agora testar x = 28. Na linha de baixo do Excel, coloco 28, e
>>>>
>>>>
>>>repito as
>>>
>>>
>>>>operações.
>>>>Ainda não deu certo. Estou cansado de ficar testando. Então seleciono
>>>>
>>>>
>>>essas
>>>
>>>
>>>>linhas e puxo para baixo, o que faz o Excel fazer todas as contas
>>>>automaticamente desde x = 29 até x = 1.
>>>>Procuro se há algum quadrado perfeito na coluna C (coluna dos y^2).
>>>>Existe! É 256.
>>>>Então suponho que y^2 = 256.
>>>>Isso dá y = 16, que é quadrado perfeito!
>>>>E quem é x? Na coluna A, tem x = 25
>>>>Então suponho que x = 25 e y = 16. Será que dá certo?
>>>>Vejamos: x^2 + y^2 = 625 + 256 = 881
>>>>E: x^(1/2) - y^(1/2) = 5 - 4 = 1
>>>>Então achei: a resposta é x = 25 e y = 16
>>>>
>>>>Belisário
>>>>
>>>>
>>>Tsc tsc tsc....
>>>
>>>Continua sendo força bruta :-)
>>>
>>>É como usar uma espada para desatar um nó górdio.
>>>
>>>Onde está a elegância de se usar um pouquinho de álgebra???
>>>
>>>Se eu pedisse prove que x e y é tal e tal sua resposta estaria correta,
>>>mas eu quero a demonstração de que a partir das equações eu chego àquela
>>>solução.
>>>
>>>Prometo que este final de semana eu faço a demontração em um PDF e mando
>>>para quem pedir.
>>>
>>>[]s
>>>TARCISIO BORGES
>>>tbs97@fisica.ufpr.br
>>>One Ring to rule them all
>>>
>>>
>>##### ##### #####
>>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>>Para sair da lista envie um mail para
>>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>>##### ##### ##### ##### #####
>>
>>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
>>http://br.yahoo.com/info/utos.html
>>
>>
>
>
>##### ##### #####
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
>##### ##### ##### ##### #####
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>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
>
>
>



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] cocrete
FROM: <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2003 15:37

Caro Tarcisio,

Queira desculpar. É mania de engenheiro, de se preocupar mais com a resposta do que com o método. De qualquer forma, Newton-Raphson pode dar a resposta "quase exata". Digamos, um erro de E-50 é suficiente, não é? Acho que dá para resolver também por Gauss-Seidel, mas não tentei.

[ ]s

Alvaro

-----Mensagem Original-----
De: TARCISIO BORGES
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviada em: Sexta-feira, 21 de Fevereiro de 2003 11:54
Assunto: Re: [ciencialist] cocrete


tsc tsc tsc...

A força bruta só me dá a resposta aproximada, que eu já tenho e é exata. O
que eu quero é a demonstração da resposta. Que aliás, proponho a vcs pois
eu mesmo já a fiz.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all

On Thu, 20 Feb 2003 alvaug@netbank.com.br wrote:

> Basta usar Newton-Raphson...
>
>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>
> Fui deperado estes dias com um probleminha de matemática muito
> interessante:
>
> ===============================================================
> Dado o sistema
>
> x² + y² = 881
> x^(1/2) - y^(1/2) = 1 (*)
>
> Demonstre que
>
> x = 25
> y = 16
> ===============================================================


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Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Soiobiologia do hímen
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2003 16:58



Joao de Carvalho wrote:
>
> > Creio que vc está caindo no famigerado equívoco dos
> sociobiológicos... Do ponto de vista de seleção natural, a última
> evolução da espécie humana foi bem antes da civilização. Falar,
> portanto, que o hímen é fruto de evolução pressionada pela
> valorização dada a virgindade é, me desculpe, uma bobagem.
>
> Não entendi seu ponto. Você está sugerindo que o recato feminino não
> é uma preocupação nas sociedades nômades?
>
> > Sociobiologia 'a parte, é importante ressaltar que há muitas coisas
> que ficaram na espécie humana (ou em qualquer outra) porque
> simplesmente não foram embora, podem ter tido uma função em espécies
> anteriores mas não houve um processo que fizesse tal órgão, manchinha
> ou característica desaparecer, o exemplo óbvio: apêndice.
>
> Acontece que o hímen é ausente em todos os outros primatas. Assim,
> faz mas sentido pensar que ele tenha se desenvolvido na linhagem
> humana, do que pensar que todos os outros primatas tenham, de forma
> independente uns dos outros, perdido o hímen (e ainda assim teríamos
> que explicar por que eles teriam feito isso). O mais lógico é pensar
> que o hímen se desenvolveu na espécie humana, portanto, deve existir
> um motivo para isso.
>

Bem, primeiro não conheço tal estudo de que o hímen seja ausente em
todos os primatas e se for deve se tentar comparar com os ancestrais do
homem, pode ser que os primatas anteriores ao chimpanzé ou ao gorila
tenham perdido o hímen ao longo evolução. Imagino que vc concorde que o
homem de Neanderthal não valorizasse a virgindade, muito menos o
Australopitecus e portanto não tem porque surgir, do nada, um hímen e
consequentemente a valorização da virgindade de tal maneira que as
fêmeas da espécie que não o possuíssem teriam maiores dificuldades de
reprodução, não há sentido lógico nisso.


> Você diz que existe um ranso machista nessas idéias. Mas acredito
> serem elas a dedução mais lógica, e que sua objeção se deva a um
> ranso feminista, e não a uma análise racional da questão.
>

Bem, creio que seja racional a minha análise sobre o machismo da questão
afinal ao sugerir que o hímen seja oriundo de um processo evolutivo
associado à valorização da virgindade, vc está aceitando que tal
comportamento masculino é uma característica inerente a pelo menos
alguns ancestrais do homem atual. Está, portanto, a desconsiderar a
história da civilização humana dominada por sociedades altamente
machistas.

Obs: Essa história de que só a espécie humana tem hímen eu vi em um
desse sites anti-Darwinismo que há por aí. Os caras usam esse suposto
conhecimento como furos na teoria evolutiva especificamente para o homem
e sugerem que viemos dos ETs....

[]'s Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2003 17:30

----- Original Message -----
From: "Jose Colucci Jr."
Sent: Friday, February 21, 2003 2:52 AM
Subject: RE: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte

> As mensagens do Ciencialist não têm o mesmo rigor de um paper do,
> digamos, "Physical Review Letters". Se você procura interlocutores de
> maior gabarito, sugiro que encontre um veículo mais adequado para suas
> idéias.

Falou e disse! Por sinal, é bom lembrar que eu estava discutindo numa boa,
com a Lígia, e sem pretensões outras a não aprender pelo diálogo, quando
um interlocutor, quero crer de maior "gambarito", acusou-me, sem mais
nem menos, de estar violando a primeira lei (que na realidade é a segunda,
como você confessou posteriormente) da termodinâmica e/ou o princípio
totalitário, este último provavelmente utilizado em alguma versão fascista
da termodinâmica quântica. O rigor que se seguiu apoiou-se unicamente na
estranheza pelo fato desse interlocutor não ter apresentado, como de fato
até agora não apresentou, nenhum argumento consistente a apoiar suas
acusações.

Sem pretender entrar no mérito dos porquês, diria que não é difícil perceber
que a intenção do interlocutor poderia se enquadrar numa das seguintes
facções: 1) brincadeira de mau gosto; 2) ignorância aliada à vontade de
aparecer; 3) desprezo pelas idéias do acusado; 4) artimanha provocada com
segundas intenções; 5) todas as anteriores. Para deixar barato, optei pela
primeira das opções, mas hoje tenho motivos mais do que suficientes para
acreditar seriamente que os motivos poderiam ter sido outros. Enfim, esse é
um problema meu e nem é dos mais complicados, dentre os milhares que tenho
enfrentado desde que optei por transformar em palavras as minhas idéias.

> A maioria de nós está aqui para aprender o que não sabe.

A sua atitude não condiz com essa afirmação.

> Digo isso porque achei a sua última mensagem bastante agressiva.

Não! Como disse acima, interpretei o seu aparte como uma brincadeira de mau
gosto. Agressivo eu teria sido se o tivesse interpretado da maneira que me
pareceu a mais correta.

> Vejo aqui a repetição de um padrão que já observei em outras ocasiões, mas
> evito tirar conclusões por enquanto.

Não se faça de sonso. Eu também PODERIA dizer que "vejo aqui a repetição de
um padrão que já observei em outras ocasiões" e estou perfeitamente ciente
do que isso possa significar. Eu não disse, mas poderia ter dito. Pois não
costumo ter receio de dizer o que penso, mesmo porque o que digo via de
regra acompanha-se não só de argumentação mas também da chance que, ao
argumentar, estou dando ao oponente para que expresse a sua contestação. Não
retenho cartas nas mangas e não me utilizo de jogo sujo. Acusar nas
entrelinhas é a maneira mais vil que alguém possa adotar. Quem não tem
coragem para dizer o que pensa, que fique calado, não diga nada.

> Continuando:

Vamos lá.

> Minha afirmação de que um agrupamento de corpúsculos dispostos no espaço
> viola a segunda lei se for estável se mantém.

Enquanto você não justificar o que diz, nada se mantém, a não ser o seu
argumento de autoridade. Você utilizou-se dessa afirmação para me acusar,
logo cabe-lhe o ônus de justificá-la condignamente. Não será necessário
publicar sua justificativa no Physical Review Letters, contento-me tão
somente em conhecê-la, para verificar se há aí algum fundamento.

> A tendência seria no sentido de uma maior desorganização, a não ser que
> haja outras forças intervindo no processo.

Pois esse "a não ser" demonstra que o seu argumento "não se mantém", a
despeito dele poder estar certo ou errado. Afinal, você tem noção do que eu
estava comentando, quando interferiu no bate-papo? Admitindo-se que sim,
coisa que duvido, você interpretou o meu bate-papo como algo que deveria ter
a profundidade explicativa exigida pelo Physical Review Letters? Por acaso
você está me acusando agora de cometer um erro que você comete às pencas? Se
você se der ao luxo de estudar um pouquinho de psicologia, perceberá que
está manifestando um comportamento chamado "projeção". Freud explica isso!
Se cuida, isso não é nada bom. Um dia você poderá encontrar alguém realmente
agressivo pela frente e... Se cuida, meu!

> Apesar da segunda lei ter sido formulada para
> processos macroscópicos, sua aplicação é útil também em fenômenos
> subatômicos. Aplica-se igualmente de corpos estelares a partículas, com
> a ressalva de que,...

Quer dizer que existem ressalvas! É bom saber, pois de início você não
deixou isso bem claro. Mas, vejamos qual seria a ressalva atual:

> ...a ressalva de que, nestas últimas, segundo a MQ, ocorre durante a
> descoerência.

Ótimo! Isso *seria* válido "segundo a MQ e durante a descoerência". Vou até
repetir, e em letras maiúsculas, para ficar bem claro que agora você está
dando a entender que na mensagem anterior deve ter cometido alguma
imprudência: Seria válido SEGUNDO A MQ E DURANTE A
DESCOERÊNCIA. É isso?

> É por isso que eu disse anteriormente que a MQ é mais
> promissora do que a física clássica no sentido de validar
> microscopicamente a segunda lei, pois a descoerência indica a direção da
> seta do tempo.

Agora você está mudando de assunto para tentar confundir os demais com
erudições fora do contexto e para evitar dar a entender que cometeu um erro.
Se você gosta da MQ fique com ela, é toda sua. Mas essa história de seta do
tempo não tem nada a ver com o assunto que estava sendo discutido.

> > > COLUCCI: A afirmação de que o elétron não tem estrutura apoia-se,
> > > entre outras coisas, em evidências dos sacerdotes do templo místico
> > > chamado CERN. Mesmo com aquele martelo enorme que eles têm lá não
> > > conseguiram "arrebentar" o elétron para ver o que tem dentro dele. O
> > > que não quer dizer que não haja nada. Pode ser que seja apenas uma
> > > questão da energia envolvida.

> > ALBERTO MESQUITA: Isso não é evidência de nada. Daqui a pouco você vai
> > dizer que a massa da Terra é infinita, pois o guindaste do CERN não
> > consegue deslocá-la de sua órbita ao redor do Sol. Pô, isso é
> > brincadeira. E que história é essa de "não quer dizer que não haja
> > nada". Afinal, não foi o contrário disso que você afirmou anteriormente?
> > E não foi com base nesse argumento que você criticou uma das minhas
> > frases?<

> Deixe-me entender, você pergunta qual a evidência experimental. Eu
> respondo.

Você não respondeu nada! Você utilizou-se do critério da autoridade e sequer
apresentou uma experiência que sustentasse a acusação que me fez nas
mensagens anteriores. Assuma de vez que você disse bobagem ou então pegue a
primeira de suas mensagens e refaça a argumentação.

> Você diz que não é evidência de nada.

E não é! Não é no contexto em que foi apresentado. Não queira confundir os
demais. Você me acusou e agora está fugindo do tema. Isso não é digno de
quem diz que foi professor por 12 anos na universidade em que me formei e
onde dei os primeiros passos (total = 17 anos). Não envergonhe a minha
escola. É bom que saiba que foi lá que me ensinaram a ser "agressivo" no
estilo popperiano. Se você realmente passou por lá não deveria estranhar
essa minha "agressividade".

> Eu é que não entendo.

Digamos que você não quer entender.

> O que eu quis dizer com "não quer dizer que não haja nada" é que não há
> base experimental para dizer-se, hoje, que o elétron tem estrutura.

Exatamente! Com essa frase você está assumindo que estamos discutindo por
nada, pois a discussão começou tão somente porque você me contestou
afirmando exatamente o contrário. Entendeu agora? Ou vai continuar
contracenando com argumentos outros apenas para demonstrar erudição?

> Sempre tomo o cuidado de dizer que a posição, como todas em ciência, é
> provisória. Se você se der ao trabalho, pode conferir no website de
> divulgação do CERN: "The electron seems to have no internal structure.
> Protons and neutrons are composite particles, each containing three
> quarks. Like the electron, the quarks appear to have no structure. Only
> two types of quark, called "up" and "down", are needed to build the
> proton and neutron." E eu, que achava que o pessoal do CERN entendia uma
> coisinha ou outra de física!

Ache o que quiser, mas não venha com o argumento da autoridade. E não queira
ser mais realista do que o rei, pois o autor dessa citação não comunga dessa
sua atitude dogmática.

> Quem apenas lê a descrição do modelo padrão não pode apreciar o esforço
> que a sua formulação envolveu. As comprovações e previsões foram
> inúmeras: o desvio lambda do espectro de emissão do hidrogênio, o
> espalhamento inelástico de elétrons e neutrinos, violação da paridade,
> decaimento dos pions, produção de bósons W e Z, etc. (tirei esses
> exemplos de um livro de Gordon Kane -- Supersymmetry).

Você está fugindo do assunto. Muito bom o livro, mas... E daí?

> Repetindo as palavras de Sam Treiman (The Odd Quantum, Princeton Press,
> 1999), a natureza se revela não pelo que as partículas são, mas pelas
> coisas que fazem. Uma boa maneira de observar as coisas que fazem é
> fazendo-as colidir com outras partículas. O número de possibilidades é
> imenso (para N partículas é N(N+1)/2), e o efeito é relacionado à
> energia do choque. A colisão próton-próton, por exemplo, resulta em
> espalhamento elástico até que um determinado nível de energia seja
> atingido. Depois desse nível, até centenas de canais (conjuntos de
> partículas) podem ser abertos, dependendo das energias envolvidas.

Bonito o texto, mas preferiria que você citasse algum outro a referendar a
acusação que fez. Parece-me que você está querendo se esconder no meio de
citações, mas pelo visto está depreciando o discernimento dos demais
ciencialisteiros. Ou eu muito me engano, ou eles não vão entrar na sua,
apesar de, via de regra, eles não gostarem das minhas teorias.

> No caso descrito, o comportamento da colisão elétron-pósitron resulta
> exatamente no que deveria resultar: energia, na forma de raios gama. Mas
> não é só isso. Na colisão frontal de duas partículas de massa "m" e
> momentos iguais e opostos, o momento resultante é zero e a energia
> resultante é a soma das energias individuais das partículas. Para
> colisões não-frontais, por exemplo, entre um feixe acelerado e um alvo
> fixo, a energia é menor e o momento resultante é diferente de zero.
> Quando um pósitron acelerado choca-se com um alvo fixo, o ângulo de
> emissão dos raios gama é menor do que 180 graus, podendo ser calculada
> teoricamente. Esse efeito me parece incompatível com o choque de duas
> coleções de corpúsculos dispostos no espaço.

Sempre surge um "parece" ou algo do gênero. Bonita a explicação, com a
ressalva de que desde o início ela implica em interpretações experimentais a
se apoiarem nas hipóteses quânticas. Ou seja, você não está concluindo nada,
mas simplesmente mostrando que a minha teoria não se apóia nas mesmas
hipóteses. Isso é ótimo. O absurdo seria concluirmos que a minha teoria
concorda com as hipóteses da MQ. Seria como afirmarmos que se A é diferente
de B, pode-se concluir que A é igual a B. Parece piada, mas a versão
original dessa piada foi você quem contou.

> > > COLUCCI: Em dimensões muito menores do que as de que estamos falando,
> > > a esperança é que o elétron e todas as outras partículas tenham
> > > estrutura. Vide teoria das supercordas. Mas não é disso que estamos
> > > falando agora."<<

> > ALBERTO: Mudou de opinião de novo? Pô, vamos entrar em acordo? Afinal,
> > o elétron tem ou não tem estrutura? O "meu" não pode ter estrutura sob
> > pena de violar a termodinâmica, mas o da teoria das supercordas pode ter
> > estrutura porque "não é disso que estamos falando agora"? Muito
> > interessante a sua lógica supersimétrica.<

> Eu não estou defendendo a teoria das supercordas, sobre a qual não
> conheço coisa alguma.

Eu não disse isso! Eu simplesmente flagrei a incoerência de seu raciocinio.
Você não quer admitir que a minha teoria possa ter uma virtude (partículas
com estrutura) a qual, para o caso da teoria das supercordas você aceitaria
com a maior naturalidade. O fato de você não conhecer essa teoria não faz a
menor diferença, mesmo porque você tem demonstrado conhecer menos ainda a
minha teoria. A falaciosidade e/ou incoerência do seu raciocínio independe
desses conhecimentos.

> É claro que pode ser que os seus corpúsculos operam também nessas
> dimensões, mas não foi isso o que ouvi.

Eu diria que você ouviu o galo cantar mas não sabe onde.

> Ainda não respondeu como os seus corpúsculos fazem quando chegam perto
> das fendas duplas de Young ao mesmo tempo. A explicação que está no seu
> website, você mesmo admitiu, é incompleta.

Outra afirmação indevida e feita com segundas intenções. O que você chama
explicação eu chamaria legenda de uma figura utilizada para acompanhar um
bate-papo que surgiu aqui na Ciencialist. A única coisa que eu poderia
admitir por mais essa desfaçatez eu prefiro guardar comigo, mas você
certamente pode imaginar o que seja.

Quanto a não ter respondido, isso é mentira deslavada e todos aqui são
testemunhas disso. Você é quem está devendo uma resposta, mas do jeito que
as coisas evoluiram, até prefiro que não a dê. Se ainda assim quiser citar a
minha teoria, diga o que quiser a respeito. Se eu não gostar, escreverei uma
réplica e encaminharei ao Léo para que decida o que fazer a respeito. Se não
quiser, ignore-a.

Para seu controle: Na mensagem 20803 me propus a descrever a experiência, e
fiquei aguardando as diretrizes, pois na mensagem anterior (20799) você deu
a entender que minha participação teria que ser restrita, mas não fixou
devidamente as restrições. Na mensagem 20818 eu confirmei minha intenção em
colaborar, pois você ignorou a mensagem anterior e me acusou indevidamente,
na msg 20816, de não querer colaborar. Como você se recusou a responder as
duas mensagens, em meio a uma mensagem dirigida à Lígia, msg 20853, comentei
a respeito, como que a chamar a atenção para esse seu descaso. E agora você
ainda tem a cara de pau de vir com novas acusações indevidas. E ainda
estranha a minha "agressividade"! Você é muito ingênuo e não sabe o que é
agressividade. Se cuida, pois do contrário um dia você poderá encontrar
alguém que saiba ser agressivo com espadas, e não com palavras.
Sinceramente, espero que não encontre, mas não custa nada prevenir.

Links para as mensagens citadas:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/20799
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/20803
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/20816
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/20818
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/20853

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Soiobiologia do hímen
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2003 18:37

> Creio que vc está caindo no famigerado equívoco dos
sociobiológicos... Do ponto de vista de seleção natural, a última
evolução da espécie humana foi bem antes da civilização. Falar,
portanto, que o hímen é fruto de evolução pressionada pela
valorização dada a virgindade é, me desculpe, uma bobagem.

Não entendi seu ponto. Você está sugerindo que o recato feminino não
é uma preocupação nas sociedades nômades?

> Sociobiologia 'a parte, é importante ressaltar que há muitas coisas
que ficaram na espécie humana (ou em qualquer outra) porque
simplesmente não foram embora, podem ter tido uma função em espécies
anteriores mas não houve um processo que fizesse tal órgão, manchinha
ou característica desaparecer, o exemplo óbvio: apêndice.

Acontece que o hímen é ausente em todos os outros primatas. Assim,
faz mas sentido pensar que ele tenha se desenvolvido na linhagem
humana, do que pensar que todos os outros primatas tenham, de forma
independente uns dos outros, perdido o hímen (e ainda assim teríamos
que explicar por que eles teriam feito isso). O mais lógico é pensar
que o hímen se desenvolveu na espécie humana, portanto, deve existir
um motivo para isso.

Você diz que existe um ranso machista nessas idéias. Mas acredito
serem elas a dedução mais lógica, e que sua objeção se deva a um
ranso feminista, e não a uma análise racional da questão.





SUBJECT: TKS a lot
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2003 19:12

Alberto,

Muito obrigado pela sua resposta. Vou ler o material indicado neste final de
semana.

Um abraço,

Vizzoni

_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: Re: SuperCordas
FROM: lidiane_fisica@hotmail.com
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2003 21:33

----- Original Message -----
Wrom: QBGJSNBOHMKHJYFMYXOEAI
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, February 17, 2003 11:21 AM
Subject: [ciencialist] Re: SuperCordas



Olá, Lidiane. Do que você disse abaixo, eu entendi (diga-me se
entendi errado) que a teoria das cordas não leva em conta as flutuações
quânticas espaço-temporais porque elas são inobserváveis em princípio. E
que sua objeção é que, mesmo sendo inobserváveis, elas poderiam contribuir
para fenômenos observáveis, e, portanto, não poderiam ser descartadas assim
só por isso.

Como você, eu também acho esquisita essa idéia... Você poderia
dizer de onde você a tirou?


------------------------------------------------------------------------------

Olá Roberto,

Agradeço pelo sua atenção e confirmo que você teve a compreensão exata daquilo que eu coloquei em discussão.
Em relação a fonte pela qual retirei as afirmações que me levaram a traze-la até vocês, citarei-a abaixo:
GREENE, Brian - O universo elegante - Ed. Cia das Letras
Neste livro, as páginas 177, 178 e 179 possuem o conteúdo que me levou a certa discordância.
Reproduzirei alguns dos trechos mais importantes destas páginas.
1. (...)"Se o componente elementar do universo não pode sondar um espaço inferior à distância de Planck, então, nem ele nem nada composto por ele pode ser afetado pelas ondulações quânticas supostamente desastrosas daquelas distâncias mínimas"(...)
2. (...)"Na teoria das Cordas não há nenhuma maneira de expor as "imperfeições" inferiores à escala de Planck no tecido do espaço. Em um universo comandado pelas leis da teoria das cordas, a noção convencional de que é sempre possível dissecar a natureza em escalas cada vez menores sem limites, não corresponde a realidade"(...)
3.(...)"A Teoria das cordas nos diz que encontramos esses problemas apenas porque não podemos entender as verdadeiras regras do jogo, essas regras nos informam que existe um limite para a possibilidade de examinar o universo em distâncias curtas - um limite real à possibilidade de aplicação de nossa noção convencional de distância à estrutura microscópica dos comos"(...)

Peço desculpas a todos pela demora em responder e aproveito esta mensagem para expressar a minha gratidão por aqueles que me enviaram suas considerações e dicas para aprimoramento do conhecimento.

Creio que esqueci de fazer uma apresentação da minha pessoa:
Sou de São Paulo - Capital, terminei o Ensino Médio no ano de 2002 e caracterizo-me, no período em que se passa, como uma mera vestibulanda em dúvida na carreira a seguir: Engenharia Elétrica, Engenharia Física, Engenharia Aeronáutica (Astronáutica) ou Física. Se alguém quiser me dar alguma sugestão que possa me levar a uma decisão, tenham a certeza que todas serão bem recebidas. Por este motivo, gostaria de enfatizar ainda, que as considerações que efetuarei sobre os assuntos discorridos nesta lista são apenas de uma armadora, pedindo a correção de todos para os erros que eventualmente cometer.

Para Lígia:
Obrigada pela recepção e esteja certa de que sempre estarei atenta aos assuntos que aqui são postos em pauta.

Para Professor Netto:
Faço minhas as palavras de Lígia.


Lidiane Pedersoli.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Desculpe Lígia
FROM: "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br>
TO: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/02/2003 21:54

Olá Lígia !!!

Você tem razão e peço-lhe desculpas, foi um erro
de minha parte, essa mensagem não era para ter
vindo parar acá. A discussão começou com uma
pergunta da Marilene em Acropolis e como tinha
haver com um diálogo que estou tendo com o
GIL postei a mensagem em Noosfera.

Prestarei mais atenção.
Beijos!!!
gemaba
www.gemaba>hpg.com.br



----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, February 21, 2003 11:32 AM
Subject: [ciencialist] Re: Criacionismo, fixismo e o evolucionismo.


Geraldo!

Só para não bagunçar o coreto: esta discussão com o Haroldo está em
andamento lá na Noosfera... aqui é a Ciencialist e o Haroldo não
participa da Ciencialist. Nem essa mensagem que ele respondeu a você
pertence à Noosfera, já que você postou por lá uma mensagem
endereçada à Acrópolis... enfim, eu estou literalmente
boiando... :)) O que se passa?

Vamos à Noosfera... Lá assuntos "psicos" tem espaço. Deixemos o
Olimpo da Ciência aos deuses científicos... :)

Beijos, Lígia

*******************************************



--- Em ciencialist@y..., "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@i...> escreveu
> Olá Haroldo !!!
>
> Um pássaro me contou que nessa lista existem muitos iluminados e
mentes
> expoentes,
> mentes pulsantes, pessoas que exploram da forma mais contundente
possível
> suas
> capacidades memoriais e de relacionar essas memórias. Já tenho uma
certa
> intimidade
> com alguns deles. Essa forma de expressão que usei se baseia em
comparar a
> forma essencial do Sol e da Lua como substatinvos no seu devir na
imensidão
>
> do nada. Por exemplo, o Sol é bem maior que a Luae é uma estrela,
enquanto a
>
> Lua é um mero satélite da Terra. O Sol é expoente, é pulsante, em
dias de
> verão podemos sentí-lo apesar da distância que de nós o separa. A
Lua é
> mais amena, poderiámos pensar que o Sol é um rock paulera e a lua
uma
> bossa nova bem levinha. (risos!!!) Quanto as reais influências da
Lua talvez
>
> interesse mais a nossa cara Acropolense Luciane, de onde a pergunta
veio.
> Quanto a caixa da Pandora espero maiores comentários e procurarei
ler
> os links fornecidos por nosso grão mor e vizir e quaze doutor Zé.
>
> Peço-lhe desculpas novamente mas quem sabe você seja um iluminado
> e eu também e de alguma forma sua forma expressional chegou até
> mim como um meme fazendo com que eu trocasse seu nome pelo
> do Eduardo em outro E-mail. Sinto um ton arrogante em suas
> mensagens e quissá seja vós um expoente debatedor.
>
> Saudações!!!
> gemaba
> www.gemaba.hpg.com.br
>
>
> ----- Original Message -----
> From: "Haroldo Val de Lobo" <cimarroneagle@y...>
> To: <noosfera@y...>
> Sent: Thursday, February 20, 2003 11:49 PM
> Subject: Re: [noosfera] Influências da lua
>
>
>
>
> Favor definir, "a lua é menos expoente que o Sol...". Cara, deve
ser o
> calor, tá me fazendo mal também seu gemaba.
> Haroldo Val de Lobo <cimarroneagle@y...> wrote:
> "Supõe-se que a lua influencia "nas" marés" ? Fala sério. Supõe-se?!
> Haroldo Val de Lobo <cimarroneagle@y...> wrote:
> Caqui quem foi que disse que a influência da lua nos seres vivos
não é
> "científica"? Leegeea, abra a caixinha de Pandora...
> "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@i...> wrote:Alô Luciane !!!
>
> Tlavez você tenha entendido de forma errada a obsessão(?) que
coloquei. Não
>
> quiz
> induzir a pensar em obsessão pelo científico. Não se esqueça,
estamos em uma
>
>
> cidade virtual Filosófica, a grande Acropolis. Filosofia não é
ciência,
> filosofia
>
> é antes de tudo a crítica. A ciência muitas vezes postula fatos que
na
> verdade
>
> são falsos paradgimas. Qunato a influência da lua, por não ser
científica,
> não
>
> queria dizer que não exista, a ciência não sabe tudo. Se você tiver
um belo
>
>
> jardim em casa, olhe para as plantas e sinta a influência do Sol,
ela é
> determinística. A ciência gosta de determinismos, como a lua é bem
> menos expoente que o Sol suas inflências são menos visíveis e ainda
> não foram decodifcadas senão pelos místicos empíricos Astrólogos.
> Supoe-se que influenciam nas marés mas não se sabe como, nem
> porque muito bem. Quanto a textos prefiro que os ilustres colegas
> mais instrumentalizados de Acropolis dêm sugestões.
>
> Abraços!!!
> gemaba
> www.gemaba.hpg.com.br
>
>
> ----- Original Message -----
> From: "Luciane" <lucianef@e...>
> To: <acropolis@y...>
> Sent: Thursday, February 20, 2003 8:02 PM
> Subject: Re: [Acrópolis] Lógica bivalente x lógica natural - a
obsess ão
> continua!!!
>
>
>
> Participo de um grupo onde exercitamos a pedagogia de projetos e
um dos
> temas
> do momento é sobre a influência que a Lua exerce (exerce?) sobre as
pessoas
>
> e a agricultura. O grupo parece concluir que não há comprovações
científicas
>
> quanto às reais influências da Lua. Ao ler o e-mail Lógica
bivalente x
> lógica
> natural - a obsessão continua! Fiquei a pensar se é mesmo
importante essa
> obsessão
> pelo científico, ou se o científico é sempre sinônimo de verdadeiro.
> Gostaria
> de receber contribuições e/ou sugestões de leitura para nossas
curiosidades
>
> e para minhas reflexões após a leitura do referido texto.
>
> [ ]s,
>
> Luciane Stefanato Negrini







http://www.ieg.com.br


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: SuperCordas
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2003 22:38


Olá, Lidiane. Eu tenho esse livro, e localizei as partes que você
mencionou. Isso me causou uma certa confusão. Pois ele menciona a
possibilidade de flutuações no espaço-tempo menores do que o comprimento de
Planck, ou seja, menores do que o comprimento de uma supercorda. Porém,
distorções no espaço-tempo podem (teoricamente) ser descritas em termos de
grávitons, partículas do campo gravitacional, análogas ao fóton (do campo
eletromagnético). Presumo que o próprio gráviton poderia ser descrito como
uma supercorda. Se é assim, como poderiam existir flutuações no
espaço-tempo menores do que o comprimento de um gráviton?

Se você souber ou conseguir encontrar alguma resposta nesse livro,
avise-nos...

Sobre seu vestibular. Bom, eu fiz vestibular primeiro para
engenharia elétrica, desisti do curso no terceiro ano e fiz novo vestibular
para física. Uma coisa que eu concluí é que não vale a pena cursar o que
não se gosta. Decididamente. O cara que faz isso perde alguns anos na vida,
até inevitavelmente mudar d

Segundo, para fazer as coisas que você mencionou, é absolutamente
imprescindível gostar de matemática.

Cuidado para não confundir astronáutica com astrofísica ou
astronomia. São coisas totalmente diferentes. Mesmo que haja alguma coisa
de astrofísica na astronáutica, o que conta é a mão-na-massa, aquilo com o
que você vai trabalhar diretamente, e não os fundamentos da coisa. Eu
percebi isso quando fui fazer engenharia elétrica. Era muito bonito ver os
princípios físicos das coisas, mas o que me preencheria a vida e a mente
era usar o transístor para construir circuitos, e não pesquisar como ele
funciona. Engenharia é para mentes mais práticas do que a minha. É
engraçado como muitas pessoas pensam que elétrica e física são parecidas.
Não são. Por causa desse negócio de o trabalho em si, nas duas áreas, ser
totalmente diferente. Então mudei e fui fazer física. Foi uma excelente
mudança.

Agora, minha cabeça é uma, a sua é outrar. Só estou te contando
minha experiência, para a eventualidade de não sermos tão diferentes assim.

Uma coisa que acontece muito é as pessoas tenderem para profissões
mais "tradicionais", como engenharia, medicina, direito, e encarem a
física, sociologia, música, como coisas que não dão dinheiro, sem muita
perspectiva, ou então como caminhos meio desconhecidos, enquanto
engenharia-medicina-direito são caminhos bem conhecidos. O desconhecido dá
medo e o conhecido dá segurança. Aí, por causa disso, vão cursar as
profissões mais práticas, tendo uma falsa sensação de mais segurança.
Depois algumas desistem e vão fazer física, sociologia ou música... O
melhor é ser o mais honesta possível consigo mesma desde o início.

E como ser honesta consigo mesmo? Se você está confusa, um jeito
de decidir o que fazer é ver o que você *já faz*. Você costuma brincar com
circuitozinhos elétricos, gosta de fuçar aparelhos? Então engenharia
elétrica pode ser uma boa. Você não faz nada disso, mas gosta de ler sobre
física moderna, sente uma fome incontrolável por conhecimentos sobre
cosmologia e relatividade, sonha em unificar com seus próprios neurônios a
quântica e a relatividade geral? Então é provável que física seja seu
elemento. Você passa horas olhando o céu com telescópios ou binóculo, ou
mesmo a olho nu, sabe o nome das constelações, gosta das aventuras dos
astronautas, encanta-se com a perspectiva da Terra vista da Lua, e
eventualmente goste muito de meteorologia ou qualquere coisa relacionada
com o céu, mas, gosta mais dessas coisas do que da astrofísica dos astros?
Então você pode gostar de astronáutica.

É isso. Espero que ajude em alguma coisa.

Ah, a propósito, apresento-me também: eu sou físico, doutorei-me
em 2000, mas logo a seguir larguei a pesquisa direta com física e agora
trabalho com divulgação científica e jornalismo sobre ciência. Trabalho no
Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor), da Unicamp, cuja
espinha dorsal é o jornalismo científico. Aliás, acabo de terminar uma
matéria sobre teleporte quântico, está aqui (a figura está um horror, eu
escorreguei na resolução)...
http://www.comciencia.br/noticias/21fev03/teleporte.htm

Abraços,
Belisário


At 21:33 21/02/03 -0300, you wrote:
>----- Original Message -----
> Wrom: QBGJSNBOHMKHJYFMYXOEAI
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Monday, February 17, 2003 11:21 AM
> Subject: [ciencialist] Re: SuperCordas
>
>
>
> Olá, Lidiane. Do que você disse abaixo, eu entendi (diga-me se
> entendi errado) que a teoria das cordas não leva em conta as flutuações
> quânticas espaço-temporais porque elas são inobserváveis em princípio. E
> que sua objeção é que, mesmo sendo inobserváveis, elas poderiam contribuir
> para fenômenos observáveis, e, portanto, não poderiam ser descartadas
> assim
> só por isso.
>
> Como você, eu também acho esquisita essa idéia... Você poderia
> dizer de onde você a tirou?
>
>
>------------------------------------------------------------------------------
>
>Olá Roberto,
>
>Agradeço pelo sua atenção e confirmo que você teve a compreensão exata
>daquilo que eu coloquei em discussão.
>Em relação a fonte pela qual retirei as afirmações que me levaram a
>traze-la até vocês, citarei-a abaixo:
>GREENE, Brian - O universo elegante - Ed. Cia das Letras
>Neste livro, as páginas 177, 178 e 179 possuem o conteúdo que me levou a
>certa discordância.
>Reproduzirei alguns dos trechos mais importantes destas páginas.
>1. (...)"Se o componente elementar do universo não pode sondar um espaço
>inferior à distância de Planck, então, nem ele nem nada composto por ele
>pode ser afetado pelas ondulações quânticas supostamente desastrosas
>daquelas distâncias mínimas"(...)
>2. (...)"Na teoria das Cordas não há nenhuma maneira de expor as
>"imperfeições" inferiores à escala de Planck no tecido do espaço. Em um
>universo comandado pelas leis da teoria das cordas, a noção convencional
>de que é sempre possível dissecar a natureza em escalas cada vez menores
>sem limites, não corresponde a realidade"(...)
>3.(...)"A Teoria das cordas nos diz que encontramos esses problemas apenas
>porque não podemos entender as verdadeiras regras do jogo, essas regras
>nos informam que existe um limite para a possibilidade de examinar o
>universo em distâncias curtas - um limite real à possibilidade de
>aplicação de nossa noção convencional de distância à estrutura
>microscópica dos comos"(...)
>
>Peço desculpas a todos pela demora em responder e aproveito esta mensagem
>para expressar a minha gratidão por aqueles que me enviaram suas
>considerações e dicas para aprimoramento do conhecimento.
>
>Creio que esqueci de fazer uma apresentação da minha pessoa:
>Sou de São Paulo - Capital, terminei o Ensino Médio no ano de 2002 e
>caracterizo-me, no período em que se passa, como uma mera vestibulanda em
>dúvida na carreira a seguir: Engenharia Elétrica, Engenharia Física,
>Engenharia Aeronáutica (Astronáutica) ou Física. Se alguém quiser me dar
>alguma sugestão que possa me levar a uma decisão, tenham a certeza que
>todas serão bem recebidas. Por este motivo, gostaria de enfatizar ainda,
>que as considerações que efetuarei sobre os assuntos discorridos nesta
>lista são apenas de uma armadora, pedindo a correção de todos para os
>erros que eventualmente cometer.
>
>Para Lígia:
>Obrigada pela recepção e esteja certa de que sempre estarei atenta aos
>assuntos que aqui são postos em pauta.
>
>Para Professor Netto:
>Faço minhas as palavras de Lígia.
>
>
>Lidiane Pedersoli.



SUBJECT: Re: SuperCordas - %#$@%$#@!!!
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/02/2003 22:42


Bilhões, sextilhões, insanilhões de raios, todos múltiplos!!!! Por
que esses caras não retiram essa tecla maldita que faz enviar o e-mail no
meio da digitação???? Sem comentários!!!!

Mas eu já estava no fim, então deixa assim, mesmo.
Inté,
Belisário

At 22:38 21/02/03 -0300, you wrote:

> Olá, Lidiane. Eu tenho esse livro, e localizei as partes que você
> mencionou. Isso me causou uma certa confusão. Pois ele menciona a
> possibilidade de flutuações no espaço-tempo menores do que o comprimento
> de Planck, ou seja, menores do que o comprimento de uma supercorda.
> Porém, distorções no espaço-tempo podem (teoricamente) ser descritas em
> termos de grávitons, partículas do campo gravitacional, análogas ao fóton
> (do campo eletromagnético). Presumo que o próprio gráviton poderia ser
> descrito como uma supercorda. Se é assim, como poderiam existir
> flutuações no espaço-tempo menores do que o comprimento de um gráviton?
>
> Se você souber ou conseguir encontrar alguma resposta nesse
> livro, avise-nos...
>
> Sobre seu vestibular. Bom, eu fiz vestibular primeiro para
> engenharia elétrica, desisti do curso no terceiro ano e fiz novo
> vestibular para física. Uma coisa que eu concluí é que não vale a pena
> cursar o que não se gosta. Decididamente. O cara que faz isso perde
> alguns anos na vida, até inevitavelmente mudar d
>
> Segundo, para fazer as coisas que você mencionou, é absolutamente
> imprescindível gostar de matemática.
>
> Cuidado para não confundir astronáutica com astrofísica ou
> astronomia. São coisas totalmente diferentes. Mesmo que haja alguma coisa
> de astrofísica na astronáutica, o que conta é a mão-na-massa, aquilo com
> o que você vai trabalhar diretamente, e não os fundamentos da coisa. Eu
> percebi isso quando fui fazer engenharia elétrica. Era muito bonito ver
> os princípios físicos das coisas, mas o que me preencheria a vida e a
> mente era usar o transístor para construir circuitos, e não pesquisar
> como ele funciona. Engenharia é para mentes mais práticas do que a minha.
> É engraçado como muitas pessoas pensam que elétrica e física são
> parecidas. Não são. Por causa desse negócio de o trabalho em si, nas duas
> áreas, ser totalmente diferente. Então mudei e fui fazer física. Foi uma
> excelente mudança.
>
> Agora, minha cabeça é uma, a sua é outrar. Só estou te contando
> minha experiência, para a eventualidade de não sermos tão diferentes assim.
>
> Uma coisa que acontece muito é as pessoas tenderem para
> profissões mais "tradicionais", como engenharia, medicina, direito, e
> encarem a física, sociologia, música, como coisas que não dão dinheiro,
> sem muita perspectiva, ou então como caminhos meio desconhecidos,
> enquanto engenharia-medicina-direito são caminhos bem conhecidos. O
> desconhecido dá medo e o conhecido dá segurança. Aí, por causa disso, vão
> cursar as profissões mais práticas, tendo uma falsa sensação de mais
> segurança. Depois algumas desistem e vão fazer física, sociologia ou
> música... O melhor é ser o mais honesta possível consigo mesma desde o início.
>
> E como ser honesta consigo mesmo? Se você está confusa, um jeito
> de decidir o que fazer é ver o que você *já faz*. Você costuma brincar
> com circuitozinhos elétricos, gosta de fuçar aparelhos? Então engenharia
> elétrica pode ser uma boa. Você não faz nada disso, mas gosta de ler
> sobre física moderna, sente uma fome incontrolável por conhecimentos
> sobre cosmologia e relatividade, sonha em unificar com seus próprios
> neurônios a quântica e a relatividade geral? Então é provável que física
> seja seu elemento. Você passa horas olhando o céu com telescópios ou
> binóculo, ou mesmo a olho nu, sabe o nome das constelações, gosta das
> aventuras dos astronautas, encanta-se com a perspectiva da Terra vista da
> Lua, e eventualmente goste muito de meteorologia ou qualquere coisa
> relacionada com o céu, mas, gosta mais dessas coisas do que da
> astrofísica dos astros? Então você pode gostar de astronáutica.
>
> É isso. Espero que ajude em alguma coisa.
>
> Ah, a propósito, apresento-me também: eu sou físico, doutorei-me
> em 2000, mas logo a seguir larguei a pesquisa direta com física e agora
> trabalho com divulgação científica e jornalismo sobre ciência. Trabalho
> no Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor), da Unicamp,
> cuja espinha dorsal é o jornalismo científico. Aliás, acabo de terminar
> uma matéria sobre teleporte quântico, está aqui (a figura está um horror,
> eu escorreguei na resolução)...
>http://www.comciencia.br/noticias/21fev03/teleporte.htm
>
> Abraços,
> Belisário
>
>
>At 21:33 21/02/03 -0300, you wrote:
>>----- Original Message -----
>> Wrom: QBGJSNBOHMKHJYFMYXOEAI
>> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>> Sent: Monday, February 17, 2003 11:21 AM
>> Subject: [ciencialist] Re: SuperCordas
>>
>>
>>
>> Olá, Lidiane. Do que você disse abaixo, eu entendi (diga-me se
>> entendi errado) que a teoria das cordas não leva em conta as flutuações
>> quânticas espaço-temporais porque elas são inobserváveis em princípio. E
>> que sua objeção é que, mesmo sendo inobserváveis, elas poderiam
>> contribuir
>> para fenômenos observáveis, e, portanto, não poderiam ser descartadas
>> assim
>> só por isso.
>>
>> Como você, eu também acho esquisita essa idéia... Você poderia
>> dizer de onde você a tirou?
>>
>>
>>------------------------------------------------------------------------------
>>
>>Olá Roberto,
>>
>>Agradeço pelo sua atenção e confirmo que você teve a compreensão exata
>>daquilo que eu coloquei em discussão.
>>Em relação a fonte pela qual retirei as afirmações que me levaram a
>>traze-la até vocês, citarei-a abaixo:
>>GREENE, Brian - O universo elegante - Ed. Cia das Letras
>>Neste livro, as páginas 177, 178 e 179 possuem o conteúdo que me levou a
>>certa discordância.
>>Reproduzirei alguns dos trechos mais importantes destas páginas.
>>1. (...)"Se o componente elementar do universo não pode sondar um espaço
>>inferior à distância de Planck, então, nem ele nem nada composto por ele
>>pode ser afetado pelas ondulações quânticas supostamente desastrosas
>>daquelas distâncias mínimas"(...)
>>2. (...)"Na teoria das Cordas não há nenhuma maneira de expor as
>>"imperfeições" inferiores à escala de Planck no tecido do espaço. Em um
>>universo comandado pelas leis da teoria das cordas, a noção convencional
>>de que é sempre possível dissecar a natureza em escalas cada vez menores
>>sem limites, não corresponde a realidade"(...)
>>3.(...)"A Teoria das cordas nos diz que encontramos esses problemas
>>apenas porque não podemos entender as verdadeiras regras do jogo, essas
>>regras nos informam que existe um limite para a possibilidade de examinar
>>o universo em distâncias curtas - um limite real à possibilidade de
>>aplicação de nossa noção convencional de distância à estrutura
>>microscópica dos comos"(...)
>>
>>Peço desculpas a todos pela demora em responder e aproveito esta mensagem
>>para expressar a minha gratidão por aqueles que me enviaram suas
>>considerações e dicas para aprimoramento do conhecimento.
>>
>>Creio que esqueci de fazer uma apresentação da minha pessoa:
>>Sou de São Paulo - Capital, terminei o Ensino Médio no ano de 2002 e
>>caracterizo-me, no período em que se passa, como uma mera vestibulanda em
>>dúvida na carreira a seguir: Engenharia Elétrica, Engenharia Física,
>>Engenharia Aeronáutica (Astronáutica) ou Física. Se alguém quiser me dar
>>alguma sugestão que possa me levar a uma decisão, tenham a certeza que
>>todas serão bem recebidas. Por este motivo, gostaria de enfatizar ainda,
>>que as considerações que efetuarei sobre os assuntos discorridos nesta
>>lista são apenas de uma armadora, pedindo a correção de todos para os
>>erros que eventualmente cometer.
>>
>>Para Lígia:
>>Obrigada pela recepção e esteja certa de que sempre estarei atenta aos
>>assuntos que aqui são postos em pauta.
>>
>>Para Professor Netto:
>>Faço minhas as palavras de Lígia.
>>
>>
>>Lidiane Pedersoli.



SUBJECT: Re: SuperCordas
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2003 00:29

Vou me metendo... pode?

--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
> [...]Cuidado para não confundir astronáutica com astrofísica ou
> astronomia. São coisas totalmente diferentes. [...]Você passa horas
olhando o céu com telescópios ou binóculo, ou
> mesmo a olho nu, sabe o nome das constelações, gosta das aventuras
dos
> astronautas, encanta-se com a perspectiva da Terra vista da Lua, e
> eventualmente goste muito de meteorologia ou qualquere coisa
relacionada
> com o céu, mas, gosta mais dessas coisas do que da astrofísica dos
astros?
> Então você pode gostar de astronáutica.

Astronautica é a parte mais dura dentro dos estudos relacionados aos
astros, simplesmente porque requer condicionamento físico :)).
Agora vou falar um tiquim sobre minha experiência. Ledo engano
pensar que quem estuda Astrofísica está isento de conhecer
eletrônica... Lembro ainda do espanto que foi conhecer o
Departamento de Astrofísica do INPE quando eu ainda pleiteava uma
vaga por lá como bolsista: quilos e quilos de aparelhos eletrônicos
de espectrômetros a contadores geiger! E o mesmo espanto foi
conhecer o Observatório Astrofísico lá em Brasópolis: também muito
equipamento, muita eletrônica e, apesar de eu amar conhecer os astros
na intimidade ( não sendo tiete... :), senti engulhos em pensar de
ter que me relacionar intimamente com todo aquele arsenal de
fiozinhos e pluguinhos, botõezinhos... argh! Sabe o que eu fiz?
Fui estudar Física, formei-me bacharel em física e... casei com um
Engenheiro Eletro-Eletrônico! Pronto, tudo resolvido! Comprei um
telescópio para fazer parceria com meus livros de astronomia em
espanhol que eu tenho desde os 11 anos, segui olhando o céu e
conhecendo cada detalhe do que é visível por lá, de nuvens a vaga-
lumes e me acabo em noitadas na Internet lendo sobre as pesquisas
mais recentes, ou simplesmente babando observando o céu com
meu "poderoso".

O caminho nem sempre é aquele que se deseja seguir, mas aquele que se
mostra mais interessante com o passar do tempo... e tudo o que eu
queria era ser Astrofísica mas de acordo com uma visão romântica que
nada tem a ver com a realidade nua e crua dos que olham para as
estrelas através de instrumentos e tabelas de cálculos... eu queria
só entender o que era tudo aquilo. E veja: hoje em dia nada me
impede de travar contato SÓ com o que sempre me interessou: ler
sobre o que eu gosto e entender do que se trata. Graças ao fato de
eu ter cursado física eu posso fazer isso. Nem sempre trabalhando na
área a gente tem acesso só àquilo que gosta... :)

Aproveitando o ensejo, já que você e o Belisario já se apresentaram:
sou formada em Física, já dei aulas em escolas de bairro como
professora de matemática e física, gosto de música. Aliás, se tudo
der certo, já que minha pós graduação em física de partículas anda
meio complicada pela vida de mãe e dona de casa, vou fazer faculdade
de música e desenho! Andei sendo chamada de "anta no cio" e "não
cientista" por estas bandas... mas não ligo: faço o que gosto de
fazer e, de mais a mais, mais vale ser um lobo magro e livre do que
um cachorro castrado e gordo ;) Se você não entendeu a analogia:
mais vale eu ser livre para fazer o que gosto mesmo não ganhando nada
por isso além do meu prazer, do que ser alguém atrelado a um sistema
qualquer a que se tenha que responder com uma lealdade que sempre
corrompe a liberdade de ser o que se quer ser...

Beijos, Lígia






SUBJECT: Re: [ciencialist] cocrete - RESOLUÇÃO
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2003 00:55


>From: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: Re: [ciencialist] cocrete
>Date: Fri, 21 Feb 2003 11:54:24 -0300 (BRT)
>
>tsc tsc tsc...
>
>A força bruta só me dá a resposta aproximada, que eu já tenho e é exata. O
>que eu quero é a demonstração da resposta. Que aliás, proponho a vcs pois
>eu mesmo já a fiz.

Basta substituir os valores 16 e 25 no sistema, e a demonstração
está completa e suficiente. Mas se o que se quer é a resolução
do sistema, então basta resolver uma das equações, digamos,
x^1/2 - y^1/2 = 1 ==> x = (1+y^1/2)^2 ;
em seguida substituir na segunda equação. Ter-se-á como
produto final uma equação polinomial do quarto grau,
com coeficientes inteiros. Existe um algoritmo sistemático para
a resolução de polinômios até no máximo o quarto grau (isso
qualquer livro de álgebra para adultos explica e demonstra),
assim como há aquela fórmula famosa de Baskara. Então, está
resolvido o problema. Este problema não é próprio para o nível
médio.

Abraços,

Guilherme







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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: SuperCordas
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2003 01:31


>From: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: Re: [ciencialist] Re: SuperCordas
>Date: Fri, 21 Feb 2003 22:38:25 -0300
>
>
> Olá, Lidiane. Eu tenho esse livro, e localizei as partes que você
>mencionou. Isso me causou uma certa confusão. Pois ele menciona a
>possibilidade de flutuações no espaço-tempo menores do que o comprimento de
>Planck, ou seja, menores do que o comprimento de uma supercorda. Porém,
>distorções no espaço-tempo podem (teoricamente) ser descritas em termos de
>grávitons, partículas do campo gravitacional, análogas ao fóton (do campo
>eletromagnético). Presumo que o próprio gráviton poderia ser descrito como
>uma supercorda. Se é assim, como poderiam existir flutuações no
>espaço-tempo menores do que o comprimento de um gráviton?

Cara Lidiane e Belisário,

Essas flutuações se referem aos problemas dos infinitos que aparecem
quando consideramos escalas muito pequenas na física convencional
(teoria quântica de campos e gravitação quântica). O gráviton, como
partícula fundamental, não tem estrutura interna (na perspectiva
da teoria de campo), portanto ele em si é infinitamente menor do que
as dimensões da corda correspondente. O ponto é que o gráviton,
enquanto produto das cordas, já tem estrutura interna, e ele, nesse
cenário da teoria das cordas, está livre dos problemas associados
à dimensão zero do gráviton convencional. Na teoria das cordas, o
tamanho de um décimo do comprimento de Planck é fisicamente
indistinguível do tamanho de 10 vezes o comprimento de Planck.
Essa é uma dualidade bizarra presente na teoria. Como consequência,
ela está livre dos problemas decorrentes de se imaginar objetos
pontuais e singulares.

Desculpe se expliquei mal: afinal não sou especialista em cordas.
De qualquer modo, gostaria de elogiá-la, Lidiane. Esse trecho
que você destacou do livro é altamente complexo e não-trivial.
Essa parte do livro é a mais difícil e abstrata.
São poucos os físicos profissionais que dominam esse assunto.

Abraços,

Guilherme





> Sobre seu vestibular. Bom, eu fiz vestibular primeiro para
>engenharia elétrica, desisti do curso no terceiro ano e fiz novo vestibular
>para física. Uma coisa que eu concluí é que não vale a pena cursar o que
>não se gosta. Decididamente. O cara que faz isso perde alguns anos na vida,
>até inevitavelmente mudar d
>
> Segundo, para fazer as coisas que você mencionou, é absolutamente
>imprescindível gostar de matemática.
>
> Cuidado para não confundir astronáutica com astrofísica ou
>astronomia. São coisas totalmente diferentes. Mesmo que haja alguma coisa
>de astrofísica na astronáutica, o que conta é a mão-na-massa, aquilo com o
>que você vai trabalhar diretamente, e não os fundamentos da coisa. Eu
>percebi isso quando fui fazer engenharia elétrica. Era muito bonito ver os
>princípios físicos das coisas, mas o que me preencheria a vida e a mente
>era usar o transístor para construir circuitos, e não pesquisar como ele
>funciona. Engenharia é para mentes mais práticas do que a minha. É
>engraçado como muitas pessoas pensam que elétrica e física são parecidas.
>Não são. Por causa desse negócio de o trabalho em si, nas duas áreas, ser
>totalmente diferente. Então mudei e fui fazer física. Foi uma excelente
>mudança.
>
> Agora, minha cabeça é uma, a sua é outrar. Só estou te contando
>minha experiência, para a eventualidade de não sermos tão diferentes assim.
>
> Uma coisa que acontece muito é as pessoas tenderem para
>profissões
>mais "tradicionais", como engenharia, medicina, direito, e encarem a
>física, sociologia, música, como coisas que não dão dinheiro, sem muita
>perspectiva, ou então como caminhos meio desconhecidos, enquanto
>engenharia-medicina-direito são caminhos bem conhecidos. O desconhecido dá
>medo e o conhecido dá segurança. Aí, por causa disso, vão cursar as
>profissões mais práticas, tendo uma falsa sensação de mais segurança.
>Depois algumas desistem e vão fazer física, sociologia ou música... O
>melhor é ser o mais honesta possível consigo mesma desde o início.
>
> E como ser honesta consigo mesmo? Se você está confusa, um jeito
>de decidir o que fazer é ver o que você *já faz*. Você costuma brincar com
>circuitozinhos elétricos, gosta de fuçar aparelhos? Então engenharia
>elétrica pode ser uma boa. Você não faz nada disso, mas gosta de ler sobre
>física moderna, sente uma fome incontrolável por conhecimentos sobre
>cosmologia e relatividade, sonha em unificar com seus próprios neurônios a
>quântica e a relatividade geral? Então é provável que física seja seu
>elemento. Você passa horas olhando o céu com telescópios ou binóculo, ou
>mesmo a olho nu, sabe o nome das constelações, gosta das aventuras dos
>astronautas, encanta-se com a perspectiva da Terra vista da Lua, e
>eventualmente goste muito de meteorologia ou qualquere coisa relacionada
>com o céu, mas, gosta mais dessas coisas do que da astrofísica dos astros?
>Então você pode gostar de astronáutica.
>
> É isso. Espero que ajude em alguma coisa.
>
> Ah, a propósito, apresento-me também: eu sou físico, doutorei-me
>em 2000, mas logo a seguir larguei a pesquisa direta com física e agora
>trabalho com divulgação científica e jornalismo sobre ciência. Trabalho no
>Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor), da Unicamp, cuja
>espinha dorsal é o jornalismo científico. Aliás, acabo de terminar uma
>matéria sobre teleporte quântico, está aqui (a figura está um horror, eu
>escorreguei na resolução)...
>http://www.comciencia.br/noticias/21fev03/teleporte.htm
>
> Abraços,
> Belisário
>
>
>At 21:33 21/02/03 -0300, you wrote:
> >----- Original Message -----
> > Wrom: QBGJSNBOHMKHJYFMYXOEAI
> > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Sent: Monday, February 17, 2003 11:21 AM
> > Subject: [ciencialist] Re: SuperCordas
> >
> >
> >
> > Olá, Lidiane. Do que você disse abaixo, eu entendi (diga-me
>se
> > entendi errado) que a teoria das cordas não leva em conta as
>flutuações
> > quânticas espaço-temporais porque elas são inobserváveis em princípio.
>E
> > que sua objeção é que, mesmo sendo inobserváveis, elas poderiam
>contribuir
> > para fenômenos observáveis, e, portanto, não poderiam ser descartadas
> > assim
> > só por isso.
> >
> > Como você, eu também acho esquisita essa idéia... Você
>poderia
> > dizer de onde você a tirou?
> >
> >
> >------------------------------------------------------------------------------
> >
> >Olá Roberto,
> >
> >Agradeço pelo sua atenção e confirmo que você teve a compreensão exata
> >daquilo que eu coloquei em discussão.
> >Em relação a fonte pela qual retirei as afirmações que me levaram a
> >traze-la até vocês, citarei-a abaixo:
> >GREENE, Brian - O universo elegante - Ed. Cia das Letras
> >Neste livro, as páginas 177, 178 e 179 possuem o conteúdo que me levou a
> >certa discordância.
> >Reproduzirei alguns dos trechos mais importantes destas páginas.
> >1. (...)"Se o componente elementar do universo não pode sondar um espaço
> >inferior à distância de Planck, então, nem ele nem nada composto por ele
> >pode ser afetado pelas ondulações quânticas supostamente desastrosas
> >daquelas distâncias mínimas"(...)
> >2. (...)"Na teoria das Cordas não há nenhuma maneira de expor as
> >"imperfeições" inferiores à escala de Planck no tecido do espaço. Em um
> >universo comandado pelas leis da teoria das cordas, a noção convencional
> >de que é sempre possível dissecar a natureza em escalas cada vez menores
> >sem limites, não corresponde a realidade"(...)
> >3.(...)"A Teoria das cordas nos diz que encontramos esses problemas
>apenas
> >porque não podemos entender as verdadeiras regras do jogo, essas regras
> >nos informam que existe um limite para a possibilidade de examinar o
> >universo em distâncias curtas - um limite real à possibilidade de
> >aplicação de nossa noção convencional de distância à estrutura
> >microscópica dos comos"(...)
> >
> >Peço desculpas a todos pela demora em responder e aproveito esta mensagem
> >para expressar a minha gratidão por aqueles que me enviaram suas
> >considerações e dicas para aprimoramento do conhecimento.
> >
> >Creio que esqueci de fazer uma apresentação da minha pessoa:
> >Sou de São Paulo - Capital, terminei o Ensino Médio no ano de 2002 e
> >caracterizo-me, no período em que se passa, como uma mera vestibulanda em
> >dúvida na carreira a seguir: Engenharia Elétrica, Engenharia Física,
> >Engenharia Aeronáutica (Astronáutica) ou Física. Se alguém quiser me dar
> >alguma sugestão que possa me levar a uma decisão, tenham a certeza que
> >todas serão bem recebidas. Por este motivo, gostaria de enfatizar ainda,
> >que as considerações que efetuarei sobre os assuntos discorridos nesta
> >lista são apenas de uma armadora, pedindo a correção de todos para os
> >erros que eventualmente cometer.
> >
> >Para Lígia:
> >Obrigada pela recepção e esteja certa de que sempre estarei atenta aos
> >assuntos que aqui são postos em pauta.
> >
> >Para Professor Netto:
> >Faço minhas as palavras de Lígia.
> >
> >
> >Lidiane Pedersoli.
>


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SUBJECT:
FROM: "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br>
TO: "noosfera@yahoogrupos.com.br" <noosfera@yahoogrupos.com.br>
CC: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/02/2003 01:44

Olá Eduardo !!! gemaba6, ok.

<<gemaba5 : Ok Eduardo, ok em relação aos bilhões de anos e a mudanças
que aconteceram, provavelmente, vagarosamente. Mas partindo de um
pressuposto evolucionista, seja Darwnista ou Lamarkista,>>

<<Eduardo5 : Apenas darwinista, ou, a rigor, neodarwinista. Nao ha' nada de
verdade
nos pressupostos lamarckistas.>>

gemaba6 : Huuuuuuuummmmmmmm? Será !!! O primeiro é a lei do uso e desuso,
o segundo é de herança adquirida que é repassada aos descendentes, é isso?
Você queira dizer que nossos instintos não foram apreendidos por nossos
antepassados e nos são repassados através do ADN? Ou nossa composição
essencial? Como assim, não há nada de verdade? Se você se basear nos argumentos

apresentadors no texto que o Prof. José Carlos passou poderei traqueá-lo com

algumas observações. Aquela distinção que você fez é interessante, você disse

que alterações nas células somáticas em hipótese alguma possam ser transferidas

para as células reprodutivas, huuummmmmm, confesso que não estou totalmente

convencido, ainda me restam pontadas de dúvidas em aceitar somente as
mutações, falhas de copiamento. No caso da cauda do macaco, ela passou
a existir devido a alterações genéticas aleatórias que foram selecionadas
e aceitas pelo meio, sem qualquer pseudo determinismo harmônico?

<<gemaba 5: partindo de
que a vida surgiu na Terra representada por organismos mais simples que se desenvolveram.

O ADN nasceu junto com o que chamamos de
reprodução, a capacidade de um ser orgânico se replicar, se copiar,
no ambiente em que está inserido.>>

<<Eduardo5 : Nao. O ADN ja' e' uma coisa muuuuito complexa, q pra se expressar
como
> proteinas exige uma 'estrutura de apoio' celular muuuuito complexa.
> Provavelmente o tempo de evolucao ate' chegar ao ADN e' da ordem de grandeza

> do tempo q o ADN esta' entre no's. Deve ter havido um intervalo de tempo de

> pelo menos 1 bilhao de anos onde houve replicacao de moleculas organicas de

> crescente complexidade, num processo de evolucao atraves de selecao natural,

> sem a participacao do ADN.>>

gemaba6 : Mais interessante ainda, você queira dizer que organismos unicelulares

não possuem ADN, a exemplo da Ameba? Podemos dizer que a Ameba é
o ser mais simples da Terra? Posso ponderar que nos primordios da vida,
pressupondo que a Terra formou um ambiente propício para tais moléculas
orgânicas existirem, não existia ADN e somente moléculas orgânicas replicantes?

Uma ameba é uma molécula replicante, ou ela possui ADN?

<<Gemaba5 : Se pensarmos através de um
> prisma Darwnista poderemos ponderar que proteínas elementares
> começaram a se reproduzir através de ADN simples e com o
> passar da interação desses organismos com o meio esse ADN
> foi se complicando e o ser que representa.>>

<<Eduardo5 : Nao podemos pensar assim. O ADN ja' e' extraordinariamente complexo.
E o
> nivel de complexidade do ADN nao e' muito 'variado' nas especies. Uma mosca

> tem cerca de 15 mil genes e no's temos 30 mil, mais ou menos o mesmo numero

> de genes de um camundongo.>>

gemaba6 : Ok Eduardo, vamos retirar o ADN fora então, concetremos apenas
em organismos orgânicos que não possuam ADN, dê exemplos, é possível?
Podemos pensar assim sim, não? Pelo que li no texto os fósseis sugerem
que em épocas remotas da Terra os organismos eram mais simples, quem
sabe nem possuiam ADN e fossem apenas moléculas replicadoras. Se assim
for continuo ponderando como essas moléculas replicadoras foram se
estruturando com a ajuda do ambiente, formando um ambiente e esse
ambiente se organizando em partes funcionais. Que tal partirmos de um
ponto linguístico para entendermos o problema, uma mistura de Darwin
e Lamark?

<<gemaba5 : Partindo desse
> pressuposto, não temos como fugir da interação com o meio
> seja de uma forma, ou de outra.>>
>
<<Eduardo5 : Eu nao disse q nao ha' interacao com o meio. Mas isso se da' de
modo
> raro e fortuito. A maior parte das mutacoes e' por simples falha de
> copiamento, em vez de uma acao direta do meio ambiente,>>

gemaba6 : Pode não haver ação direta determinada mas o meio é o ambiente
aonde o ADN se copia e com certeza se a cópia não é perfeita o ambiente
do meio influi, pois não?

<<Eduardo5 : como radiacao ou
> outras. Creio q ja' expliquei isso. Vc esta' voltando ao mesmo ponto ja'
> discutido.>>

gemaba6 : Qual ponto? Discutir os pontos pra mim é bom para sedimentar as
idéias. Ainda não estou acá satisfeito com a sua afirmação de que as características

determinadas pelas mutações genéticas e recombinações gênicas não são repassadas

para os descendentes, se forem bem aceitas pelo meio, serão, não?

<<gemaba5 : Senão nos resta crer
> que Deus criou o ADN, por exemplo, do homem, como
> ele é.>>
>
<<Eduardo5 : Nao, nos resta crer q o ADN e' resultado de um longo processo de

> evolucao atraves de selecao natural.>>

gemaba6 : Ok Eduardo, mutações genéticas e recombinações gênicas que são,
ou não bem recebidas pelo meio. Mas insisto, se houve uma cópia de um gen
que produziu um outro gen que foi transmitido a um descendente e esse gen
foi bem recebido pela natureza ele se perpetuará, pois não? Não consegui
entender como as características mutantes dos gens possam não ser transmitidas

para os descendentes? Pondere!!!

<<Gemaba5 : Você me pergunta se sou fixista, que seja, o ADN
> é algo que não depende do meio.>>
>
<<Eduardo5 : A questao esta' mal posta. Nao e' q nao haja influencia do meio
no ADN,
> mas as coisas nao tem o significado q vc aparentemente atribui.>>

gemaba6 : Seja mais explícito e me diga como e porque? Pondere!!!

<<gemaba5 : Muitos fatos nos levam a pensar que não.>>

<<Eduardo5 : Sim, mas nao do modo q vc expoe.>>

gemaba6 : Qual é a maneira correta de expor? Pondere!!!

<<gemaba5 : O ADN muda sob influência
> direta ou indireta do meio. Taí nossos instintos como
> exemplo.>>
>
<<Eduardo5 : > >>>>O q tem a ver nossos instintos com isso? Os instintos, ou
os
> comportamentos com algum componente genetico, sao selecionados, como todas

> as demais caracteristicas fenotipicas.>>

gemaba6 : Huuuuuummmmmmmmm, mutações genéticas e recombinações
gênicas produziram os instinstos? Huuummmmm, não sei? Instintos são
memórias? Como os instintos são mapeados no cérebro?

<<gemaba5 : Continuo insistindo que pelo menos sob
> o aspecto da interação o meio interage, no sentido
> de ambiente, com o ADN, permitindo mutações
> aumentativas, digamos assim.>>
>
<<Eduardo5 : Sim, mas tb. Ha' mutacoes q ocorrem, como disse, por simples falha
do
> mecanismo replicador, sem influencia direta do meio. Tem genes q surgem do

> embaralhamento cromossomico, tb.>>

gemaba6 : Desculpe, não consigo visualizar o que você queira dizer com
embaralhamento cromossômico, mas do jeito que você fala ele parece
um fazedor de melodias, um músico. O tal embaralhamento cromossômico
è uma espécie de fábrica de gens que podem, ou não, ser bem recebidos
pelo meio. Gostaria que você me explicasse como surgiu o ADN
através de móleculas replciadoras, é possível?

<<gemaba5 : Ops peraí, insisto que o que você diz corrobora na hipótese do ADN

> ser uma espécie de algoritimo executado pela natureza. Como se a natureza

> fosse uma orquestra e o ADN uma música.>>
>
<<Eduardo5 : Uma visao romantica, mas pouco realista. O ADN e' apenas uma molecula

> autoreplicante. A natureza e' apenas o resultado macroscopico de estruturas

> proteicas ativas quimicamente. Estruturas essas codificadas pelo ADN.>>

gemaba6 : Huuuuummm, bonitas palavras. A natureza é muito mais que resultados

de estruturas proteícas, pois não? Porque a visão é pouco realista?

<<gemaba5 : Um gene pode produzir uma proteína que ative outro gen?>>
<<Eduardo5 : Sim.>>
<<gemaba5 : Pergunto isso porquê por exemplo, o ADN das células da
> pálpebra produzem substancias determinas. No momento da fecundação os gens

> que produzem essas substancias específicas estão inativos. Seria possível
uma ligação
> dessas?>>
>
>
<<Eduardo5 : Existe uma serie de comunicacoes quimicas no metabolismo.
Existe uma serie de genes q atuam no desenvolvimento embrionario e q depois
nunca mais
> sao usados. Ao longo da vida varios genes vao sendo ativados por certas
> substancias quimicas geradas por enzimas q por sua vez sao codificadas por

> genes. E dai'? Nao ha' nada de novo nisso. Onde vc quer chegar?>>

gemaba6 : Quero chegar na natureza linguística do ADN e gosto de romances.

<<gemaba5 : Por exemplo, quando o telômero sinalizar que determinado gen se
reproduzirá
> pela última vez ele produziria uma proteína que ativaria outro gen? Se sim,

> percebo claramente a linguagem adeênica funcionando, mais ou menos como Kepler
fez
> com a teoria de interação dos astros.>>
>
<<Eduardo5 : Sinto muito decepciona-lo, mas os telomeros apenas protegem as

> extremidades dos cromossomas e ajudam a manter sua forma e funcao. A cada

> ciclo reprodutivo celular, nao se sabe exatamente por que, ficam mais
> curtos. Depois de um certo ponto, comecam a ter dificuldade de manter sua

> funcao e o cromossoma passa a 'falhar' no auto-copiamento. Pensa-se q esse

> fenomeno esta' associado ao envelhecimento das celulas.>>

gemaba6 : Insisto na pergunta Eduardo, quando, por exemplo, existe a fecundação

de um óvulo uma célula se forma e através dela um novo organismo existirá, certo?

Essa célula somática contem o ADN que é composto por 23 cromossomas, onde
cada cromossoma possui um certo némero de gens que sintetizam as mais
variadas substâncias. Provavelmente alguns desses gens só se manifestam
mais tarde no desenvolvimento desse óvulo fecundado. O que mantem esses
genes inativos e o que os ativa e como? Você não vê uma ligação e provavelmente

gens reguladores do processo?

<<gemaba5 : Talvez elas sejam minúsculas e ainda não as percebemos, não sei.

> Mas pondero que entender o ADN como uma espécie de linguagem que
> deva ter sintaxe e semântica é algo de novo no ar e muitas descobertas
> viram, talvez possamos deixar em aberto algumas questões e ponderarmos
> formas de determinar se essas hipóteses têm respaldo essencial.>>
>
<<Eduardo5 : As unicas mudancas do ADN sao... mudancas no ADN, q podem ser
> detectadas. Em geral qq alteracao no ADN, por menor q seja, se for numa
> parte com genes, causara' problemas serios ao organismo. Uma coisa e' numa

> dada celula haver uma mudanca do ADN causada pelo meio ambiente. Isso ocorre

> frequentemente e e' trivial. Outra coisa e' uma mudanca no genoma de uma
> dada especie. O unico processo relevante para esse tipo de alteracao e' a

> evolucao atraves de selecao natural. *Nesse* sentido o meio ambiente e',
> claro, parte fundamental do processo.>>

gemaba6 : O meio ambiente é que possibilita a interação do ADN. Entendi
as postulações Neodarwinistas em relação a mutações genéticas. Você
conhece a libguagem musical, caro Eduardo, tens a noção de melodia,
de forma expressional? O que é uma forma expressional? Um gen
é uma forma expressional? Representa algo essencialmente representado
e bem definido na natureza? Uma proteína? Uma enzima? Não posso
dizer que você Eduardo, enquanto pessoa, é uma forma expressional
em constante interação com o meio em que está inserido. Você
é uma espécie de algorítimo musical que começou a se expressar
na natureza no momento em que o esperma de seu pai encontrou
o óvulo de sua mãe? Romântico, não!!!

<<gemaba5 : Desculpe Eduardo, me expressei mal, quiz dizer no sentido de
> quantidade.
> Pelo que percebo parece que estão descobrindo que gens que pareciam não
> ter função, são na verdade reguladores do funcionamento da linguagem
> adeênica.
> Pelo que li parece que uma grande quantiodade do ADN, que seja, muitos gens,

> têm uma função reguladora e como disses tu não sintetizador de qualquer
> substância.>>
>
<<Eduardo5 : Da parte 'util' do ADN, ha' muito mais extensao de genes expressaveis

> em proteinas q genes simplesmente reguladores.>>

gemaba6 : Os gens reguladores controlam quando os gens sintetizadores deveram

se ativar? Parte inútil são gens reguladores que não regulam mais os gens que

permanecem inativos durante a interação do organismo que representam com
a natureza? Pondere!!!


<<gemaba5 : Não é bem isso, as idéias de Darwin são interessantes, mas fatos

> novos, em meu ponto de vista reforção a questão Lamarkista. É difícil
> não considerar ação do meio sendo que o ADN é executado pela natureza, pois

> não?>>
>
>
<<Eduardo5 : Estamos voltando de novo a esse ponto. Ja' expliquei isso. E isso
nao
> tem nada a ver com Lamarck. Lamarck nem sabia q havia algo como genes. Ele

> propos q caracteristicas adquiridas podiam ser herdadas. Isso nao e'
> verdade. Do mesmo modo alteracoes de ADN somatico morrem com o individuo.

> Alteracoes do ADN reprodutivo, claro, passam aa prole. Mas isso e' trivial.>>


gemaba6 : É trivial? Os Deuses não acham !!! Os Deuses não gostam muito de
tentarmos explicar como moléculas replicantes simples possam se tornar
móleculas adeências complexas subdivididas em cromossomas, porque
23 e não 24? Porque não 20? Existe alguma teoria que esboce comentário,
ou é mero acaso? Ou será mais um véo determinístico e essa divisão seja
menos precisa? Você disse que quando, por exemplo o óvulo da mulher
é formado, existe uma combinação única de gens que forma o óvulo da
mulher. Você disse que no esperma acontece a mesma coisa. Existe
uma combinação única que forma cada esperma. Você disse que as
células somáticas possam ter seus ADN´s modificados mas que é
impossível que essas mudanças sejam repassadas para ADN´s
reprodutivos mas abriu uma pequena brecha dizendo que a
radiação possa alterar ADN´s reprodutivos. O Sol produz
radiação? A Lua produz radiação? Saturno produz radiação?
Plutão produz radiação? Urano produz radiação? Esses
substantivos que pergunto se produzem radiação não possam
de alguma maneira influir na formação dos gens? A combinação
é feita por um mecanismo orgânico somente? O Sol que tem
um poder expressional mais forte não pode afetar de alguma forma
gens reprodutivos? Gens somáticos é lógico que podem, pois não?
Porque será que a hipófise é no centro do cérebro que recebe
todas as informações sensitivos do organismo aonde o Sol
produz, por exemplo, na pele, mudanças adeênico somáticas.

<<gemaba5 : Radiações atômicas alteram o ADN?>>

<<Edduardo5 : Sim, podem alterar tanto o somatico como o reprodutivo.>>

gemaba6 : Ops, peraí chefe, abristes uma brecha aí, não? Você mesmo
admitiu mutações em ADN´s reprodutivos, usando seus próprios
argumentos, de que o ADN possa ser alterado pelo meio. Continuo
meio confuso, ok.

<< gemaba5 : Muitos fatos corroboram para o evolucionismo, pois não? Inclusive

o papo paralelo com o GIL sobre lógica bivalente, se você não percebe
> corrobora também, se você está lendo os E-mais deva estar percebendo.>>
>
<<Eduardo5 : Confesso q nao estou lendo todos.>>

gemaba6 : Uma pena, poderiámos fazer ganchos interesantes e traquear com
memes as mentes dos Noosferenses e Ciencialisteiros. (risos!!!)

<< gemaba5 : Ok, nesse sentido sim, mas quero dizer no sentido do ovário, pois

> não? Nesse ambiente eles seguem a regrinha da pálpebra, tudo bem que depois
de
> produzidos possa até não ser, mas quando estão sendo produzidos sim, não?>>

>
<<Eduardo : Nao. Ha' meiose, divisao dos cromossomas diploides em dois grupos

> haploides. Isso so' ocorre na criacao dos ovulos.>>

gemaba6 : Desculpe Eduardo, acá não sintonizamos ainda. O óvulo é produzido

no ovário. O que é o ovário? O ovário é um conjunto de células do organismo

que se originaram de uma única célula fecundada. Uma grande quantidade de
células somáticas são transformadas em células reprodutivas? Explique
melhor a formação de óvulos no útero? Essa formação parte de células
somáticas? Pondere!!!

<<gemaba5 : Você não está entendendo o que quero dizer. Não estou discutindo

as diferenças, pois não? Os óvulos são produzidos no ovário, pois não? O
ambiente que forma o ovário é formado por células que contêm o mesmo ADN que
formam
diferentes óvulos cada um, com um ADN diferente do ADN do ovário. Quero
dizer que o ambiente da pálpebra e do ovário são os mesmos.>>
>
<<Eduardo5 : Nao entendo onde vc quer chegar.>>

gemaba6 : Responda a pergunta da formação do óvulo, se é através de células

somáticas que se dividem em células reprodutivas através de uma combinação
única e singular como se feito por um maestro que produz várias formas
expressionais diferentes, esas formas expressionais quando aceitas pela
natureza são transmitidas aos descendentes e passam a constituir o ser
que representará.

<<gemaba5 : Primeiro você afirma que o ADN não sofre qualquer alteração do
> meio e agora você mesmo afirma que radiações podem alterar sua estrutura?
Assim
> você me deixa confuso.>>
>
<<Eduardo5 : Eu nao disse isso. Eu disse q nao ha', em principio, alteracao
das
> informacoes geneticas dos ovulos ao longo da vida da mulher. Pode ocorrer

> num ovulo ou outro, como em qq celula, mas nao e' significativo num
> indviduo. Claro q em ultima analise, o ambiente e' parte das causas das
> mudancas do ADN em termos de evolucao de uma especie, nao so' causando
> mutacoes, como selecionando os individuos.>>

gemaba6 : Desculpe, você abriu a brecha e não fui eu. Você deva estar
falando das bombas de hiroshima e Nagazaqui aonde se observou
problemas nos decendentes dos japoneses expostos 'a radiação.
Pondere que uma radiação expoente, pulsante. Uma forma expressional
poderosa capaz de modificar ADN´s reprodutivos e somáticos. Mas
e radiações menos expressantes, como no caso do Sol. Será
impossível modificações em ADN´s reprodutivos pela ação
da radiação do Sol? É totalmente impossível que as modificações
nos ADN´s das células somáticas da pele sejam incorporadas
de alguma forma aos ADN´s reprodutivos?

<<gemaba5 : Ok foi gradual e lento mas o meio interfere aí e insisto que
deveriamos discutir mais profundamente o tema.>>

<<Eduardo5 : Discutir o q? E' claro q o meio ambiente faz parte do processo.
Dentro
> de um contexto de mutacoes de genes gerando novos individuos q sofrem
> selecao natural, promovendo a evolucao das especies. Apenas nesse sentido.

> Nada novo e tudo dentro do mais ortodoxo neodarwinismo. De novo, nao entendo

> onde vc quer chegar.>>

gemaba6 : Talvez em alguma cova em algum semintério aqui de BH, tomara que
demore muito, risos!!!

<<gemaba5 : Estamos progredindo, pois não!!!!!>>

<<Edduardo5 : Evoluindo!>>

gemaba6 : Interagindo incessantemente com a natureza que dela tu fazes parte.


> Abs,
> Eduardo Torres

Idem!!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br







http://www.ieg.com.br


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: Eduardo Gueron <dgueron@mailbr.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2003 07:29



Alberto Mesquita Filho wrote:


> Bonito o texto, mas preferiria que você citasse algum outro a referendar a
> acusação que fez. Parece-me que você está querendo se esconder no meio de
> citações, mas pelo visto está depreciando o discernimento dos demais
> ciencialisteiros. Ou eu muito me engano, ou eles não vão entrar na sua,
> apesar de, via de regra, eles não gostarem das minhas teorias.
>

Caro Alberto,

Não iria me meter na briga entre você e o Colucci porque estou
acompanhando meio à distância sem me aprofundar muito na argumentação de
cada um . Você, entretanto, chamou, indiretamente, os membros desta
lista a darem sua opinião ou concordarem calados quando falou o que
está citado no trecho acima. Depois daquela série de agressões entre
nós há algum tempo me prometi nunca mais aceitar provocações entretanto,
como não sou de ficar em cima do muro, resolvi dar a minha opinião. Acho
que está na hora de você fazer uma auto-crítica, sei que soa bastante
pretensiosa essa frase vindo de alguém que tem no mínimo a metade da sua
idade, mas é o que penso e achei que deveria me manifestar. Creio que
você confunde a bitolação comum à grande parte dos físicos atuais com
desconhecimento total da física se colocando acima de milhares de
pessoas sérias que questionam a cada dia o status quo da ciência em
questão. Lembro-me que fiquei irritado com você naquela nossa briga
quando, após uma série de argumentos que usei contra parte de sua teoria
(na realidade era um contra argumento ao seu ataque à constância da
velocidade da luz com aquela experiência do trem) vc disse que ninguém
jamais havia dito algo consistente que manchasse suas idéias colocando
no ralo todo o esforço que fizera para, respeitosamente, o convencer.
Vejo, agora, que vc está usando a mesma tática para desmoralizar o
Colucci que, a meu ver, foi bastante feliz e, principalmente, educado
(bem mais educado do que eu fui) e sério porque respeitou o seu
conhecimento e tentou, mantendo o nível, colocar o seu ponto de vista.

> Para seu controle: Na mensagem 20803 me propus a descrever a experiência, e
> fiquei aguardando as diretrizes, pois na mensagem anterior (20799) você deu
> a entender que minha participação teria que ser restrita, mas não fixou
> devidamente as restrições. Na mensagem 20818 eu confirmei minha intenção em
> colaborar, pois você ignorou a mensagem anterior e me acusou indevidamente,
> na msg 20816, de não querer colaborar. Como você se recusou a responder as
> duas mensagens, em meio a uma mensagem dirigida à Lígia, msg 20853, comentei
> a respeito, como que a chamar a atenção para esse seu descaso. E agora você
> ainda tem a cara de pau de vir com novas acusações indevidas. E ainda
> estranha a minha "agressividade"! Você é muito ingênuo e não sabe o que é
> agressividade. Se cuida, pois do contrário um dia você poderá encontrar
> alguém que saiba ser agressivo com espadas, e não com palavras.
> Sinceramente, espero que não encontre, mas não custa nada prevenir.
>

Concordo plenamente com ele quando diz que vc começou a ser agressivo
(ele falou apenas "um pouco agressivo") e acrescentaria ainda que vc foi
extremamente deselegante querendo desfazer toda a argumentação do
Colucci ridicularizando-o. Finalizando, diria que este último trecho
meio ameaçador é lamentável, principalmente o "Se cuida, pois do
contrário um dia você poderá encontrar alguém que saiba ser agressivo
com espadas". Bem, é isso que tinha a dizer, não há nenhuma física nessa
minha intervenção nem tentativa de desfazer de sua imaculada teoria, não
tenho procuração do Colucci para defendê-lo, não o conheço, não sei onde
mora e acho que jamais respondi uma mensagem dele mas, como membro desta
lista, me senti no direito de dar a minha opinião.

um abraço, Eduardo.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica 2ª.Parte
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/02/2003 09:36

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese"
Sent: Wednesday, February 19, 2003 11:04 PM
Subject: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica 2ª.Parte

> Olá de novo, Alberto!

Olá, Lígia. Ói eu aqui trá veiz!

> > ... trata-se de algo por demais elementar, tão elementar que custo a
> > crer que a verdade seja tão somente esta, e que tudo no universo possa
> > ser descrito tão somente com quatro essenciais.

> Lígia: Já disseram que a verdade liberta, não? E que quando esta
> fosse realmente percebida, a simplicidade da mesma seria "gritante".
> Se não me engano foi Kalil Gibran quem disse algo parecido :))

Pois é. Alguém também já disse que a natureza é simples e o homem a
complica.

> > até hoje ao que parece ninguém teve a coragem de continuar os trabalhos
> > de Oseen. E a teoria de Maxwell está aí imutável, funcionando no
> > macrocosmo mas totalmente incapaz de justificar a existência do átomo. E
> > sem que se promova uma adaptação *decente* a ponto de que possa vir a
> > funcionar no microcosmo.

> Lígia: Mas modificando-se teorias não se está incorrendo no mesmo
> que Plank fez? E veja que o mingau começa da água... e está dando
> no que deu...

Sem dúvida a analogia é boa, mas não consigo responsabilizar Planck por
isso. É verdade, ele pensou na existência de minúsculos osciladores de Hertz
como sendo fontes de radiações pensadas como ondas de Maxwell. Concluiu
então que a energia desses osciladores deveria ser quantizada para que
conseguisse chegar na lei de Wien. Não havia como se pensar na época em
outro tipo de fonte de radiações. Coincidentalmente Planck estava
ratificando a idéia de elétrons oscilantes da teoria de Lorentz, mas ele
chega a afirmar que não partiu dessa hipótese. Na realidade a preocupação de
Planck era a de chegar na demonstração da natureza não-estatística da
segunda lei da termodinâmica, dedução esta a apoiar-se no eletromagnetismo
de Maxwell.

Até então a teoria de Maxwell não estava em xeque. O panorama começou a se
modificar em 1905, com a interpretação de Einstein do efeito fotoelétrico.
Foi essa interpretação, amplamente refutada por Planck, que empacotou as
ondas eletromagnéticas em fótons (o termo fóton parece-me que não é de
Einstein). Qualquer semelhança entre os quanta de Planck e os fótons (ou
pacotes de luz) de Einstein é mera coincidência.

O passo seguinte veio com a interpretação que Bohr deu ao modelo atômico de
Rutherford. Essa interpretação mexeu com todas as bases do eletromagnetismo,
até então não comprometido (a não ser no seu capítulo acessório relacionado
à natureza da luz). A denüncia de Oseen refere-se à constatação desse
rebuliço acontecido na teoria. Por outro lado, ao mesmo tempo em que não se
modificou de maneira decente a teoria de Maxwell, passou-se a
despersonalizá-la totalmente. O que era uma teoria física de fato, regrediu!
Transformou-se em um modelo a dar certo em condições macroscópicas! Um mero
conjunto de algoritmos a darem certo. Ou seja, com isso a física involuiu,
caindo naquele atoleiro que já citei e onde permanece até hoje.

> > Alguns que leem essa carta, a luz do que aprendem nos livros de
> > física moderna, acreditam que Oseen estava propondo essa balburdia que
> > está por aí sob o nome de mecânica quântica e que ninguém entende o que
> > seja.

> Lígia: A balbúrdia é mais resultado de uma espécie de "faça você
> mesmo" do tipo: já que não tem alguma coisa séria para dar bases às
> idéias, vamos contruir algo...

De fato. A física saiu da era das grandes "descobertas" e entrou para a era
das "invenções" (e infelizmente não posso dizer que sejam grandes, pelo
menos no sentido nobre do termo).

> Lígia: Misticismo, no meu entender, é algo que permite ao ser humano
> contemplar o "algo" que nos une, não só à natureza como ao próprio
> Universo. As práticas místicas são uma forma de treinar a mente para
> perceber que não somos partes isoladas de algo exterior mas partes de
> um todo que pode ser percebido nas partes que o compõem, inclusive em
> nós mesmos.

É uma pena que tão poucos consigam entender isso que você diz. Via de
regra, confunde-se misticismo com charlatanismo, e esses que confundem não
percebem que ingenuamente estão favorecendo o charlatanismo. Seriam os
inocentes úteis a, paradoxalmente, facilitarem a proliferação daquilo que
supostamente estariam atacando.

> O que fascina os místicos quando lendo sobre a quântica
> é que ela dá margem para interpretação de que há uma "intervenção
> direta" do observador com relação aos fenômenos, como é o caso do
> colapso da função de onda... no mais, é só isso associado a outras
> vertentes dentro da própria quântica que defendem o holismo, ou a
> aplicação dos fractais para a compreensão do que ocorre a nível sub-
> atômico e no nosso nível de existência sendo interpretados como
> Universo Holográfico... Isso, sem os aparatos científicos, já
> é "conhecido" dos místicos desde que os primeiros shamans decidiram
> contar aos demais o que eles viam em seus sonhos. E eles viam que
> tudo está unido em um nível subjacente, obedecendo a uma espécie de
> comando "interior" que se estende aos confins de tudo...

Pois eu acho que estão se iludindo com as invenções dos quânticos. A física
de Newton tem tudo isso e muito mais, e Newton, como místico que era, soube
separar o joio do trigo, criando uma verdadeira ciência. Como eu disse, o
misticismo de hoje pode vir a ser a ciência de amanhã, e acho que essa é uma
condição necessária, mas não suficiente. Será que os místicos da atualidade
não estão tentando inverter o processo? Estariam pretendendo partir da
quântica, uma "ciência" inventada na obscuridade, para construir um novo
misticismo? Eles que me perdoem, mas parecem estar caindo no mesmo atoleiro.
Esse misticismo não dará bons frutos, pois é estéril.

> > Meu avô costumava dizer que SE a avó dele tivesse rodas seria uma
> > carroça. Os quânticos não estão muito longe disso: SE a física clássica
> > fosse o que eles admitem, a única alternativa que nos restaria seria
> > irmos trabalhar no teatro de comédia que eles criaram.

> Lígia: Estão representando o papel deles... uma idéia atraente e
> que dá certo quando submetida a testes acaba sendo sedutora, não?
> Parece aquela história da mulher fatal que envolve seus amantes e
> estes, quando se dão conta, percebem que perderam tudo, nada mais
> restando do que permanecerem à mercê da vontade de sua "dona"...

Vou guardar essa idéia para provocar meus amigos quânticos. ;-)) Eles
merecem. Por incrível que pareça eu tenho amigos quânticos ;-).

> > O importante é perceber que o elétron ao se dispor na superfície de um
> > condutor dá origem a um campo de Coulomb, é suficiente efetuar a
> > integração do seu campo de efeitos elétricos. E se um grande número
> > desses elétrons trafegarem por um fio condutor, a integração de seus
> > campos dará como resultante a lei de Ampère. Toda essa matemática eu já
> > cheguei a checar e a demonstração está em meu website, mas não é fácil
> > expor em linguagem txt. Se houver interesse, poderei reproduzir a
> > demonstração aqui, mas precisarei recorrer a inúmeras figuras gif.

Lígia: Gostaria muito de ver. Está lá no seu site sob qual título?

A teoria está publicada sobre o título "A equação do elétron e o
eletromagnetismo" e pode ser lida a partir de
http://ecientificocultural.com/Eletron/eletron0.htm (nesta página está o
índice do artigo, com links para cada capítulo ou subdivisões). A
demonstração da compatibilidade com a lei de Coulomb está no capítulo 4, em
http://ecientificocultural.com/Eletron/eletron41.htm#4 . A demonstração
propriamente dita começa no item 4.2.1 e termina no 4.3.1 (inclusive). A lei
de Ampère eu nem precisei me dar ao luxo de demonstrar, pois ela sai quase
que diretamente do que chamo "equação do elétron", que é apresentada no
capítulo 6 (lembro que a lei de Ampère pode ser obtida a partir da
integração da lei de Biot Savart). Um resumo do trabalho pode ser lido em
"Sobre a natureza físico-matemática do elétron", em
http://ecientificocultural.com/Eletron2/eletronfismat1.htm . Um outro artigo
bastante relacionado ao que estamos discutindo é "O elétron emissor de
informações eletromagnéticas", que está em
http://ecientificocultural.com/Eletron2/emissor01.htm

> PS: Não querendo desfazer de sua boa vontade em explicar tudo de
> forma tão eloquente, eu me vi quase que na obrigação de responder a
> esta mensagem "amputando-a" em alguns trechos já vistos na primeira
> parte, bem como alguns trechos em que você explica o que ocorreu
> durante os primeiros respiros da quântica pelo fato de eu ter lido e
> compreendido não havendo portanto necessidade de maiores
> elucidações. Senão iríam sugerir minha expulsão da lista... :)) É
> que fica tão difícil ter que cortar trechos... só amputando mesmo.
> Por mim eu manteria todos os parágrafos... mas ficaria muito longa a
> nossa conversa.

Por mim, sem problemas. Eu também tenho feito isso. No verdadeiro diálogo
não há porque se preocupar com trechos cortados, pois o interesse na
captação da verdade é sempre recíproco. Se um deixar de lado algum detalhe,
supostamente importante, o outro poderá lembrar e isso não será
interpretado como uma cobrança ofensiva. Como a turma aqui mais briga comigo
do que dialoga, eu acabo me enfezando quando propositalmente cortam um
detalhe importante para depois afirmarem que eu não disse o que disse.
Entende como é? Isso creio que seria quase impossível acontecer entre nós.
Pode me cobrar a vontade pois eu tenho a certeza que isso somente servirá
para enriquecer o diálogo. Quanto aos seus cortes e/ou amputações, creio que
foram bem aplicados.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/02/2003 12:40

----- Original Message -----
From: "Sergio M M Taborda"
Sent: Friday, February 21, 2003 10:14 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte

> > Do ponto de vista epistemológico (teoria do conhecimento) o espaço
> > absoluto representava, para Newton, uma das essências de seu trabalho, e
> > as quatro leis algo de valor tautológico (redundante) ou meramente
> > decorrente de um melhor entendimento desta essência. Tanto é que ao
> > final de sua Óptica (Questão 31 da Óptica III), ao comentar sobre sua
> > mecância chega a dizer: "E portanto, não tenho escrúpulos em propor os
> > princípios de movimento, sendo eles de uma extensão muito geral, e
> > deixar suas causas serem descobertas." Ora, porque haveria ele de ter
> > escrúpulos em propor as três leis de movimento?

> Nas linhas acima dessa frase ele escreve:
> "Esses príncipios [ele refere-se a tipos de forças actractivas como a
> gravidade]

É verdade. Mas note que posteriormente, no trecho que citei, ele fala em
"princípios de movimento". Ou seja, o texto todo dá uma conotação ampla ao
conceito princípio, mas isso não impede uma particularização, como de fato
aconteceu no trecho citado, que por sinal é a conclusão.

> eu os considero, não qualidades ocultas, supostas resultarem
> das formas específicas das coisas, mas leis gerais da Natureza, pelas
> quais as próprias coisas são formadas; sua verdade, aparecendo-nos através
> de fenómenos, apesar de suas causas não estarem ainda descobertas. Pois
> estas são qualidades manifestas, e somente suas causas estão ocultas. E os
> aristotélicos davam o nome de qualidades ocultas, não às qualidades
> manifestas, mas somente a tais qualidades como as qeu supunham estar
> escondidas nos corpos e serem causas da gravidade, das atracções
> electricas e magnéticas, e das fermentações, se supuséssemos que estas
> forças ou acções se originassem de qualidades desconhecidas para nós, e
> incapazes de serem descobertas e tornadas manifestas. Tais qualidades
> ocultas param o desenvolvimento da filosofia natural, e, portanto, nos
> ultimos anos foram rejeitadas. Dizer-nos que todas as espécies de coisas
> estão dotadas de uma qualidade especifica oculta pela qual ela age e
> produz efeitos manifestos, não é dizer nada; mas derivar dois ou três
> principios gerais de movimento a partir dos fenômenos, e depois disso nos
> dizer como as propriedades e acções de todas as coisas corpóreas se seguem
> desses principios manifestos, seria um grande passo em filosofia, apesar
> de que as causas desses principios não foram ainda descobertas. E,
> portanto, não tenho escrupulos em propor os príncipios do movimento acima
> mencionados, sendo eles de uma extensão muito geral, e deixar suas causas
> serem descobertas." Ele não se refere a escrupulos no sentido de ousadia,
> mas no sentido que não vai contra nenhuma regra do pensamento derivar
> principios de fenómenos reais mesmo que não se conheçam duas causas. E dai
> , ele não vê problema nenhum em fazer isto.Aliás classifica a sua proposta
> de principios filosóficos/matemáticos como "um grande passo em filosofia"

Não sei se você percebeu que sutilmente ele está se referindo a uma
duplicidade no conceito de causa. Isto, para a época em que o trabalho foi
escrito, faz sentido. Para que se entenda Newton é importante saber se
situar em sua época. Existiria uma causa oculta que, segundo Newton, os
aristotélicos de seu tempo interpretavam como "incapazes de serem
descobertas e tornadas manifestas". Ou seja, os aristotélicos da época de
Newton pensavam de maneira idêntica aos físicos quânticos da atualidade, e
essa maneira de pensar foi abominada por Newton. Existe nesse texto um
trecho que interpretado à luz da física do século XX *eu* traduziria por: "A
física quântica pára o desenvolvimento da filosofia natural e, portanto,
deveria ser rejeitada".

Por outro lado, existiria outro tipo de causas ocultas, e Newton admitia a
possibilidade de virem a ser descobertas. Sob certos aspectos analógicos,
mas não representando exatamente a mesma coisa, assemelha-se ao que foi
assumido por alguns (Einstein, Bohm, Schrödinger etc) como "variáveis
ocultas" da física moderna. É com relação a essas causas ocultas
determináveis que Newton está situando seus escrúpulos. Ou seja, ele sentiu
poder avançar em direção ao conhecimento, ainda que não tivesse visualizado
a sua totalidade, ou a totalidade do fenômeno em consideração. Está como que
solicitando vênia à comunidade acadêmica de sua época (que por sinal
inicialmente o rejeitou) para que aceitem uma verdade incontestável, se bem
que vista pela metade. E tem o bom senso de explicitar uma esperança de que
essas causas viessem a ser descobertas (coisa que a física moderna proibe
por princípio).

Antes que os filósofos caiam em cima da minha interpretação, diria que
existem causas desconhecidas e que se tornarão conhecidas com o
desenvolvimento da ciência, e causas últimas, ou metafísicas, que fogem à
seara da ciência. Quando a ciência chegar aí, se é que existe esse aí,
suponho que não nos restará nada mais a fazer a não ser observar. A falácia
dos aristotélicos, citados por Newton, seria terem confundido uma coisa com
outra, a ponto de julgarem que não havia mais nada a ser descoberto na
ciência de sua época. Ou seja, embora fossem chamados por aristotélicos,
eram tão seguidores de Aristóteles quanto os quânticos da atualidade são
seguidores de Planck, Einstein, Schrödinger, De Broglie etc.

> Não é uma questão de medo, nem ousadia. É a justificativa de pq ele propõe
> principios sem saber as causas ou sequer tentar saber delas.

Sua visão está muito em acordo com os aristotélicos contemporâneos de
Newton. Esse "sequer tentar saber delas" diz tudo. Isso é próprio da maneira
de pensar dos físicos quânticos e vai em oposição frontal com a maneira de
pensar newtoniana. Uma coisa é não conseguir, é não dispor de meios
adequados, mas pretender avançar apesar dos impedimentos inerentes ou
próprios a uma era parca em recursos experimentais. Outra coisa é não querer
enxergar a verdade, e é isso o que caracteriza o emperramento com relação ao
desenvolvimento da filosofia natural e, portanto, qualquer atitude nesse
sentido deve ser rejeitada.

> > Perceba que as coisas estão se entrelaçando. Que causas seriam essas a
> > que Newton se refere como a "serem descobertas" e a justificarem as três
> > leis do movimento?

> Como eram desconhecidas então, são desconhecidas hoje.

Perfeito! Isso graças à vitória parcial dos aristotélicos contemporâneos de
Newton. Quando digo que a física clássica pós-newtoniana amputou o principal
legado de Newton, estou pretendendo justificar o porquê não termos evoluido
na direção apontada por Newton. Perceba então que havia uma possibilidade
remota de que a física pudesse vir um dia a cair no atoleiro em que hoje se
encontra. Mas se caiu não foi por falta de advertências.

> O que é importante salvaguardar é que mesmo que não as conheçamos, podemos
> derivar principios válidos de fenômenos reais, que embora não nos digam
> que causas são essas, nos dizem como as coisas funcionarão em certas
> circunstâncias.

Com efeito. Newton fez exatamente isso, mas não deixou de assinalar a
importância, para a evolução de sua física, e com o advanço da tecnologia,
da procura pelas causas, evitando-se assim o atoleiro.

> Pois as leis ele já havia descoberto e até mesmo percebido que
> > seus campos de atuação não seriam irrestritos, como de maneira errada
> > hoje insistem em afirmar. Mas para efetuar essa depuração, para entender
> > devidamente qual seria de fato o campo de aplicação das leis de seu
> > modelo que dava certo, ele insistia que se perseguisse suas causas.

> Insistiu ? Onde ?

Em toda a sua obra, além de cartas que escreveu a seus amigos. Eu não estou
aqui para me submeter a um teste de conhecimentos, pois não estou pleiteando
nenhuma vaga de Mestre em Newtonianismo da Ciencialist. Eu indico as fontes.
Se na ocasião eu dispuser das citações, e supondo serem de fácil reprodução,
não custa nada satisfazer meus leitores e/ou debatedores. Do contrário, se
alguém quiser checar a veracidade do que afirmo, que o faça por conta
própria. A obra de Newton é toda ela um convite para que se persiga as
causas de seus princípios. Não são meros livros didáticos, mas são livros de
convite a ação. E pelo visto, a grande maioria dos físicos entrou nessa
física newtoniana sem convite nenhum, como penetras. E deu no que deu.
Estragaram a festa com essa "física" alucinante dos tempos atuais, que
ninguém sabe o que é, se é que seria, parafraseando Newton, algo digno de
permanecer em meio a "homens que tenham em questões filosóficas competente
faculdade de pensar".

> > Mas... Se a matéria informa que está em movimento, e essa informação é
> > um essencial de uma física coerente... Que raios de movimento ela está
> > informando? Não seria um movimento absoluto?

> Não. Newton escreve (depois de explicar muito bem e simplesmente, a meu
> ver o que seria o movimento absoluto e o que é o movimento relativo.):
> "Eis, portanto, os lugares absolutos, e só as translações desses lugares
> são movimentos absolutos. Contudo, como essas partes do espaço não podem
> ser vistas e distinguidas umas das outras por nossos sentidos, usamos em
> lugar delas medidas sensíveis. Com efeito, definimos todos os lugares
> pelas posições e distâncias das coisas em relação a um determinado corpo,
> que consideramos imóvel; a seguir também calculamos todos os movimentos
> relativamente a esses lugares, enquanto concebemos os corpos como
> transferidos destes. É assim que empregamos em vez de lugares e movimentos
> absolutos os relativos, sem nenhum inconveniente na vida comum: na
> filosofia, entretanto, devemos fazer abstracções dos sentidos. Pode, na
> realidade, acontecer que nenhum corpo, ao qual os lugares e movimentos se
> refiram, esteja de fato parado" Ora isto que ele diz é obvio.

Pode ser óbvio numa primeira leitura, mas não será tão óbvio assim
interpretado na totalidade de sua obra. Newton sequer sabia localizar esse
lugar absoluto, simplesmente denotou que era fundamental para a sua física.
Nada mais era senão mais uma das suas variáveis ocultas e a ser descoberta
pelo avanço da tecnologia. Newton está propondo um problema, não está dando
nenhuma solução. O máximo de solução que ele forneceu foi através de
experiências de pensamento (globos giratórios e balde), mas isso é apenas um
argumento favorável à existência do absolutismo do espaço, jamais algo
destinado a localizá-lo. Hoje sabemos que a Galáxia viaja no Universo em uma
velocidade incrívelmente elevada, da ordem da velocidade da luz. Mas isso é
uma velocidade relativa a outra galáxia que está se afastando. O que
significaria isso raciocinando-se em cima dos textos de Newton, e não de uma
física newtoniana deturpada? É muito simples, e isso sim é óbvio. Significa
que muito provavelmente estamos viajando no Universo em uma velocidade da
ordem da velocidade da luz em relação a um referencial absoluto newtoniano.
Newton não disse isso, e nem poderia dizer. Essa conclusão é minha, mas
apoia-se 100% nos pressupostos newtonianos. A sua obviedade é outra. Você
provavelmente está confundindo espaço absoluto com algo do tipo a satisfazer
um referencial inercial. Mas o referencial inercial é decorrente da lei da
inércia, e estou falando em essenciais da física newtoniana, aqueles que
estão aquém de suas leis ou princípios de seu modelo.

> Ele não prega, ao contrário que possa ser
> lido por ai, um movimento absoluto e um espaço absoluto e um tempo
> absoluto, ja agora. Ele trabalha com conceitos abstractos que ele mesmo
> sabe podem não corresponder com a realidade.

Não é verdade. Ele desenvolveu toda a sua física em função desses
essenciais. O que ele não conseguia era localizá-los, mas conseguiu
construir argumentos por cima disso e sem os quais nada de sua física faria
sentido. Como você acha que em ciência só tem valor aquilo que se apóia em
medidas (e sob esse aspecto, pelo menos literalmente você está certo), não é
fácil contentá-lo sem antes ter que generalizar um pouco o seu conceito do
que seja medida. Por outro lado, não venha me pedir para reproduzir esses
argumentos newtonianos, pois não posso copiar e colar aqui os Principia e/ou
a Óptica. Mas já que você está de posse do livro, e parece estar disposto a
lê-lo (Parabéns!), é possível que você consiga perceber que ao contrário do
que Einstein e Infeld afirmaram, a mecânica newtoniana não flutua no ar. É
bem verdade que eles se referem à física clássica, então não é impossível
que tenham razão, pois existem físicas clássicas e "físicas clássicas", e
apenas uma, dentre as primeiras, é newtoniana.

> Mas servem apenas para pensar e deduzir
> conclusões. Conclusões essas que ele sabe não traduzirem a causa de nada,
> mas que traduzem regras simples que a natureza segue.
> A fisica de hoje não vai muito além daquilo que Newton escreveu sobre
> movimento relativo.

De fato. 350 anos após temos uma física que está aquém da física newtoniana.
Isso é lamentável.

> A única diferença, é que a fisica de hoje abandonou o conceito abstracto
> de absoluto e passou a considerar como certo, aquilo que Newton
> conciderava como provável: e a frase "Pode, na realidade, acontecer que
> nenhum corpo, ao qual os lugares e movimentos se refiram, esteja de fato
> parado" passou a ser dita "Acontece que nenhum corpo, ao qual os lugares e
> movimentos se refiram, está de fato parado"

Você novamente está confundindo conteúdo com continente. Esse foi o grande
erro cometido e disseminado durante todo transcorrer do século XX e em todas
as áreas, não apenas na física. Esse *pode* refere-se a *corpo*, leia bem a
frase. O conceito absoluto de Newton refere-se a um espaço independente da
existência dos corpos. Entenda que trata-se de um essencial e portanto não
está sujeito a referenciais. Você somente conseguirá conceituar o que seja
um referencial na sua física após definir quais são os essenciais da sua
física.

> Esta frase em nada altera os conceitos de espaço e tempo absolutos, mas
> torna-os secundários e enfim, inuteis para a descrição fisica.

Eu diria de outra forma: sua maneira de pensar concorda com a transformação
da física que impulsionou a tecnologia do século XX numa "física" inútil e
que não produzirá fruto algum a não ser deturpações ideológicas destinadas a
engambelar a mídia sob o rótulo de milagres quânticos. E que de quântico não
têm nada, a não ser a intenção de seus divulgadores em permanecerem nesse
atoleiro em que se encontram. Não haveria problema algum se eles
sustentassem essa idiossincrasia a partir de seus próprios bolsos, mas não é
isso o que acontece. Eles estão brincando de ficção e estão sendo
sustentados por uma fração imensa da população mundial que está à beira da
morte por desnutrição e inanição.

> Outras coisas haveria para dizer. Mas fico por aqui.

Também vou parar por aqui. Cortei trechos que julguei redundantes.

[ ]´s
Alberto
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Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: SuperCordas
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/02/2003 14:08

From: "Roberto Belisário"

> Olá, Lidiane. Eu tenho esse livro, e localizei as partes que você
>mencionou. Isso me causou uma certa confusão. Pois ele menciona a
>possibilidade de flutuações no espaço-tempo menores do que o comprimento de
>Planck, ou seja, menores do que o comprimento de uma supercorda. Porém,
>distorções no espaço-tempo podem (teoricamente) ser descritas em termos de
>grávitons, partículas do campo gravitacional, análogas ao fóton (do campo
>eletromagnético). Presumo que o próprio gráviton poderia ser descrito como
>uma supercorda. Se é assim, como poderiam existir flutuações no
>espaço-tempo menores do que o comprimento de um gráviton?

Eu não li o livro, mas de vossas palavras e citações o que se entende é que
ele apresenta o comprimento de Plank como o menor que é possivel existir.
Não apenas é o menor possivel de conceber, mas o menor que existe.
Se esse é o menor comprimento que existe, por definição de menor: não existe
outro comprimento que sejam menor que esse.
Entao, dado isto, é facil entender que ele concebe que não possam haver
perturbações menores que esse comprimento, dado que ele se coloca na posição
que essas perturbações simplesmente não podem existir dado que o comprimento
de Plank é o menor possivel.
Em outras palavras, ele estabelece o comprimento de Plank como o menor
quanta de "comprimento" de uma corda. Assim sendo, nenhuma corda pode ser
menor que esse comprimento. Nenhuma perturbação pode existir menor que essa,
dado que se existisse, ela seria menor q o comprimento de Plank, o que por
hipotese não é possivel.

Daqui se entendem as seguintes citações:

2. (...)"Na teoria das Cordas não há nenhuma maneira de expor as
"imperfeições" inferiores à escala de Planck no tecido do espaço. Em um
universo comandado pelas leis da teoria das cordas, a noção convencional de
que é sempre possível dissecar a natureza em escalas cada vez menores sem
limites, não corresponde a realidade"(...)
3.(...)"A Teoria das cordas nos diz que encontramos esses problemas apenas
porque não podemos entender as verdadeiras regras do jogo, essas regras nos
informam que existe um limite para a possibilidade de examinar o universo em
distâncias curtas - um limite real à possibilidade de aplicação de nossa
noção convencional de distância à estrutura microscópica dos comos"(...)

Não corresponde, pq segundo ele, não existirá nada menor que a escala de
Plank.
( Embora eu não concorde quando ele diz que é o "limite real" e com a
especulação "apenas porque não podemos entender as verdadeiras regras do
jogo"; dá para entender o que ele quer dizer. )

A citação:
1. (...)"Se o componente elementar do universo não pode sondar um espaço
inferior à distância de Planck, então, nem ele nem nada composto por ele
pode ser afetado pelas ondulações quânticas supostamente desastrosas
daquelas distâncias mínimas"(...)

É aqui que está o problema. Ele parece supor que uma corda de comprimento
igual ao comprimento de Plank não pode sofrer uma perturbação menor que esse
comprimento.
Isto é aparentemente contra o senso comum , mas é preciso compreender que
todo o seu discurso está incluso na teoria das supercordas.
Assim, ele entende "perturbação" não do jeito comum usado em outras áreas da
fisica, mas no sentido de "corda". Na teoria das cordas tudo são cordas.
Todas as perturbações têm de ser traduzidas em cordas (sob pena da teoria
ser furada).
Assim o que ele diz com esta frase é q uma corda com comprimento de Plank
não pode ser actuada por uma corda menor, dado que essas não existem (por
hipotese).
Isto faz sentido dentro da teoria das supercordas, onde as flutuações
quanticas teriam, elas mesmas de ser cordas. E ele conclui que a menor
perturbação (corda) imaginável (dentro da teoria) é aquela que tiver
comprimento de Plank. E por conseguinte, a menor flutuação quantica
detectável é a que corresponde com a menor corda existente.

Acho que é nisto que se traduz a questão.
Analizando a questão, ele não está a dizer nada que não seja obvio. O passo
a mais é que ele usa isso como um postulado para o resto da conversa. E é
isso que pode ser discutido.

A Lidiane parece supor que essas outras flutuações quanticas menores que a
menor corda, poderiam tb inferferir de alguma forma nos processos de modo a
falsear os resultados.
Ora, o que se diz, é que mesmo que essas outras fluações menores existam,
não são capazes de se traduzir em cordas por estarem abaixo do limite da
menor corda. Assim, dado que não se traduzem em cordas, não podem interferir
com as cordas em geral, donde: não podem causar nenhum efeito observável.

As unicas que podem causar alguma coisa são aquelas que tiverem o
comprimento da menor corda , ou superior.


Sérgio


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/02/2003 22:07

----- Original Message -----
From: "Eduardo Gueron"
Sent: Saturday, February 22, 2003 7:29 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte

Olá Eduardo

Eu posso até aceitar a sua crítica a minha postura, a minha maneira de ser.
Não sou contra que você diga o que pensa a meu respeito, mas não foi
exatamente isso o que pedi, se é que pedi alguma coisa. Eu simplesmente
achei que os demais não iriam aceitar aquelas citações, colocadas fora do
contexto, e a justificarem uma acusação infundada e/ou precipitada.

> > Bonito o texto, mas preferiria que você citasse algum outro a referendar
> > a acusação que fez. Parece-me que você está querendo se esconder no meio
> > de citações, mas pelo visto está depreciando o discernimento dos demais
> > ciencialisteiros. Ou eu muito me engano, ou eles não vão entrar na sua,
> > apesar de, via de regra, eles não gostarem das minhas teorias.

> Não iria me meter na briga entre você e o Colucci porque estou
> acompanhando meio à distância sem me aprofundar muito na argumentação de
> cada um. Você, entretanto, chamou, indiretamente, os membros desta
> lista a darem sua opinião ou concordarem calados quando falou o que
> está citado no trecho acima.

Isso pode realmente estar implícito, mas rigorosamente falando eu não pedi
nada. Simplesmente dei a entender que na minha opinião os demais, dentre
aqueles estivessem acompanhando a discussão, provavelmente não seriam
enganados, ou seja, não comprariam gato por lebre.

> Depois daquela série de agressões entre
> nós há algum tempo me prometi nunca mais aceitar provocações entretanto,
> como não sou de ficar em cima do muro, resolvi dar a minha opinião.

Sua opinião sempre será bem-vinda. Mas não espere que eu concorde com tudo,
nem interprete uma discordância como provocação.

> Acho que está na hora de você fazer uma auto-crítica, sei que soa bastante
> pretensiosa essa frase vindo de alguém que tem no mínimo a metade da sua
> idade, mas é o que penso e achei que deveria me manifestar.

Pois esse é um direito que não preciso lhe dar, pois já é garantido pela
nossa Constituição. Não vejo acusação nenhuma, apenas uma sugestão. Eu não
sou dono da verdade, e se perceber que a sugestão procede... Porque não
adotá-la?

> Creio que você confunde a bitolação comum à grande parte dos físicos
> atuais com desconhecimento total da física se colocando acima de milhares
> de pessoas sérias que questionam a cada dia o status quo da ciência em
> questão.

Esse é um estilo que tenho adotado e que tem funcionado as mil maravilhas.
Antes (até 1997) esses físicos, sem exceção em número significativo, me
julgavam um idiota. Hoje, graças à Internet, eles já estão percebendo que
esse idiota consegue convencer muitos jovens ainda não bitolados. E percebem
também que não estão mais conseguindo convencer esses jovens de que eles são
os únicos donos da verdade. Eu pouco estou me lixando com o que os físicos
atuais possam pensar sobre o que eu penso a respeito deles. Eles é que têm
que se impor e com argumentos, não através do critério da autoridade. Eu
estou mais preocupado em fazer com que eles aprendam a justificar para seus
alunos aquilo que normalmente eles apresentam como uma receita de bolo a ser
seguida sem maiores discussões. No mais, se a minha teoria é melhor ou pior
do que a deles, isso é algo que poderá, ou não, tão somente satisfazer o meu
ego, mas não vai alterar em nada a minha maneira de ser.

> Lembro-me que fiquei irritado com você naquela nossa briga
> quando, após uma série de argumentos que usei contra parte de sua teoria
> (na realidade era um contra argumento ao seu ataque à constância da
> velocidade da luz com aquela experiência do trem) vc disse que ninguém
> jamais havia dito algo consistente que manchasse suas idéias colocando
> no ralo todo o esforço que fizera para, respeitosamente, o convencer.

Grato pelo esforço, mas lembro-me que na ocasião você realmente não
conseguiu me convencer, e estou sendo sincero. Obviamente, passado tanto
tempo, não me lembro mais da argumentação, posso até tentar rememorar
através de leituras, mas creio que não valerá a pena ressuscitarmos um
episódio desagradável das nossas existências, concorda? Nada contra que
voltemos a dialogar, mas você já deve ter percebido que eu me apego às
idéias que defendo (até mesmo quando por hipótese e sem muita convicção de
sua veracidade) e não aceito afirmações gratuitas e não fundamentadas. É em
decorrência dessa minha maneira rígida de enfrentar um diálogo que surgem os
quebra-paus, e quase sempre porque o meu adversário acaba vindo com
acusações tão sem fundamentos quanto as afirmações gratuitas acima citadas.
Quanto a isso eu já afirmei aqui recentemente: combato idéias com idéias,
argumentos com argumentos e acusações com desavenças. Se firmarmos nossos
debates exclusivamente na defesa de idéias, quanto mais encarniçado for o
debate mais teremos para aprender. Nem precisam ser idéias próprias, poderá
até mesmo ser um exercício dialético, em que as idéias a serem defendidas
são sorteadas de início. É assim que vejo um debate, e pouquíssimos dentre
aqueles que aqui me enfrentam aceitam essa maneira de dialogar.

> Vejo, agora, que vc está usando a mesma tática para desmoralizar o
> Colucci que, a meu ver, foi bastante feliz e, principalmente, educado
> (bem mais educado do que eu fui) e sério porque respeitou o seu
> conhecimento e tentou, mantendo o nível, colocar o seu ponto de vista.

O que eu tinha a dizer para o Colucci eu já disse e não me arrependo de nem
uma palavra. Quanto a você, diria que pelo menos me enfrentou de igual para
igual. Não me lembro de você ter me atacado nas entrelinhas nem de ter
chegado a fazer nenhuma acusação sem me dar a chance de defesa. Eu acho que
você cometeu alguns erros, mas eu também os cometi. Mas entre um entrevero e
outro nós chegamos, por vezes, a reconhecer pelo menos parte de nossos
erros. Alguns debates eu posso ter vencido pela retórica, pois você era bem
mais jovem, e a experiência em diálogo às vezes nos dá um handicap
favorável. Mas mesmo assim eu lembro-me que nessas poucas vezes você caiu de
pé. Na sua idade, poucos anos fazem uma diferença incrível, e você há de
notar que está hoje bem mais amadurecido para o debate do que estava naquela
época. Sem dúvida, nossos diálogos não foram dos mais felizes, mas apesar de
tudo ainda acho que se pautaram pela hombridade, de lado a lado. A meu ver
não há como comparar aquela situação com essa atual.

> > Para seu controle: Na mensagem 20803 me propus a descrever a
> > experiência, e fiquei aguardando as diretrizes, pois na mensagem
> > anterior (20799) você deu a entender que minha participação teria que
> > ser restrita, mas não fixou devidamente as restrições. Na mensagem 20818
> > eu confirmei minha intenção em colaborar, pois você ignorou a mensagem
> > anterior e me acusou indevidamente, na msg 20816, de não querer
> > colaborar. Como você se recusou a responder as duas mensagens, em meio a
> > uma mensagem dirigida à Lígia, msg 20853, comentei a respeito, como que
> > a chamar a atenção para esse seu descaso. E agora você ainda tem a cara
> > de pau de vir com novas acusações indevidas. E ainda estranha a minha
> > "agressividade"! Você é muito ingênuo e não sabe o que é agressividade.
> > Se cuida, pois do contrário um dia você poderá encontrar alguém que
> > saiba ser agressivo com espadas, e não com palavras. Sinceramente,
> > espero que não encontre, mas não custa nada prevenir.

> Concordo plenamente com ele quando diz que vc começou a ser agressivo
> (ele falou apenas "um pouco agressivo") e acrescentaria ainda que vc foi
> extremamente deselegante querendo desfazer toda a argumentação do
> Colucci ridicularizando-o.

Questão de opinião. Você diz que ele apresentou uma argumentação e eu senti
que desde o início (e não somente na última de suas mensagens), ele vinha me
provocando com acusações explícitas e infundadas. Essas acusações vieram
antes mesmo desse confronto ter começado, e acredito que poucos se deram
conta disso. Houve também as acusações implícitas nas entrelinhas, e como eu
disse não há maneira mais vil de se provocar um oponente, pois sequer nos
fornece um parâmetro para que possamos nos defender, a não ser denunciando a
artimanha, o que nem sempre é fácil. Enfim, são águas passadas, e não
pretendo retornar ao assunto a menos que convocado para tal.

> Finalizando, diria que este último trecho
> meio ameaçador é lamentável, principalmente o "Se cuida, pois do
> contrário um dia você poderá encontrar alguém que saiba ser agressivo
> com espadas".

Ameaçador porquê? Eu não uso espadas e num mano-a-mano qualquer um da
Ciencialist leva uma vantagem de no mínimo 10:1. Talvez se aceitarmos (por
hipótese) a sua argumentação de que eu pretendi ridicular o adversário,
nessas condições eu aceitaria o lamentável, mas jamais o ameaçador. Neste
caso, eu já rebati o argumento: Não houve tentativa de ridicularizar
ninguém, tão somente de exigir dele que esclarecesse de uma vez por todas as
acusações, e não foram poucas, que neste curto diálogo ele me fez. Se ele
não tem como esclarecer, então, supondo-se que você tenha razão ao
utilizar-se do vocábulo ridicularizar, diria que ele se ridicularizou
sozinho, pois eu simplesmente procurei me defender. Quanto ao mais, apenas
estou mostrando o risco que ele corre ao sair por aí acusando pessoas sem
mais nem porquê.

>Bem, é isso que tinha a dizer, não há nenhuma física nessa
> minha intervenção nem tentativa de desfazer de sua imaculada teoria, não
> tenho procuração do Colucci para defendê-lo, não o conheço, não sei onde
> mora e acho que jamais respondi uma mensagem dele mas, como membro desta
> lista, me senti no direito de dar a minha opinião.

De minha parte só me resta agradecer pela sua participação.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Soiobiologia do hímen
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/02/2003 22:30

> Bem, primeiro não conheço tal estudo de que o hímen seja ausente
em todos os primatas e se for ...

Pode crer que é.

> se for, deve se tentar comparar com os ancestrais do homem, pode
ser que os primatas anteriores ao chimpanzé ou ao gorila tenham
perdido o hímen ao longo evolução.

Aqui está a filogenia dos primatas:

www.geocities.com/Athens/Styx/2374/pessoal/graficos/cladoprimata.gif

Como você pode ver, o ancestral dos chimps e gorilas também é o
ancestral dos humanos. Se esse ancestral tivesse perdido o hímen, os
humanos também não teriam hímen. Se a presença de hímen for o padrão
ancestral dos primatas, ele teria que ter sido perdido de forma
independente quatro fezes, pelo menos. No galho dos gibões, dos
orangos, dos gorilas, e do chimp + bonobo. É mais fácil supor que o
padrão ancestral não tinha hímen, e que o hímen foi desenvolvido
apenas uma vez, no galho dos humanos, após eles terem se separado dos
chimps e bonobos.

> Imagino que vc concorde que o homem de Neanderthal não valorizasse
a virgindade, muito menos o Australopitecus

Por que você acha isso? Não há nenhum indício de que o neanderthal
não valorizasse a virgindade. Nós não temos a menor idéia do tipo de
mulher ideal para o neanderthal. Não sabemos nem se eles se casavam .

> e portanto não tem porque surgir, do nada, um hímen e
consequentemente a valorização da virgindade

Mas o que tudo indica é que o hímen realmente surgiu na linhagem dos
humanos, e deve existir uma razão evolutiva para isso. E a jugar pelo
fato dessa membrana se colocar na frente da coisa mais desejada em
todo o universo, e dos homens de todas as partes do mundo valorizarem
o recato feminino, é difícil acreditar que o hímen tenha ficado imune
a pressões sociais.

> de tal maneira que as fêmeas da espécie que não o possuíssem teriam
maiores dificuldades de reprodução, não há sentido lógico nisso.

As com hímen poderiam conseguir melhores maridos. Como casamento é
algo que, em alguns casos pelo menos, só se faz uma única fez, pode
fazer sentido concervar um trunfo como este na hora das negociações.

> Bem, creio que seja racional a minha análise sobre o machismo da
questão afinal ao sugerir que o hímen seja oriundo de um processo
evolutivo associado à valorização da virgindade, vc está aceitando
que tal comportamento masculino é uma característica inerente a pelo
menos alguns ancestrais do homem atual. Está, portanto, a
desconsiderar a história da civilização humana dominada por
sociedades altamente machistas.

Você acha que os caçadores nômades não valorizam o recato? Você está
enganado. Praticamente todas as culturas conhecidas fazem distinção
entre mulheres recatadas e assanhadas. Isso não é característico
apenas das civilizações agrícolas (embora com elas esta questão possa
ter se intensificado).

> Obs: Essa história de que só a espécie humana tem hímen eu vi em um
desse sites anti-Darwinismo que há por aí. Os caras usam esse suposto
conhecimento como furos na teoria evolutiva especificamente para o
homem e sugerem que viemos dos ETs....

Não vejo como a presença de hímen pode sugerir isto. Eu ouvi dizer
que cetáceos têm hímen, mas a julgar pela grande distância entre eles
e os humanos, e pelos ambientes radicalmente diferentes que eles se
encontram, é difícil imaginar que o hímen cetáceo tenha função
semelhante ao hímen humano.




SUBJECT: Re: Soiobiologia do hímen
FROM: "Aline Regina Walkoff" <lualine@yahoo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/02/2003 00:39

Já ouvi comentários a respeito de o hímen ter função de proteção
contra infecções e doenças. Uma pena para a mulher perdê-lo depois.
Quem sabe não tiveram vantagem as fêmeas de espécies antes do homo
sapiens em terem o hímen pelo menos por parte da sua vida.






Aline




SUBJECT: Re: Soiobiologia do hímen
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/02/2003 03:06

> Já ouvi comentários a respeito de o hímen ter função de proteção
contra infecções e doenças. Uma pena para a mulher perdê-lo depois.
Quem sabe não tiveram vantagem as fêmeas de espécies antes do homo
sapiens em terem o hímen pelo menos por parte da sua vida.

É a explicação não social mais plausível, mas não sei se existem
bases factuais para sustentá-la; isto é, não sei se é comprovada
alguma vantagem na prevenção de infecções. Além do que, nenhum outro
primata tem hímen. É difícil pensar que tenha havido problemas de
infecção apenas nos humanos. Também seria mais vantajoso ter uma
membrana mais elástica que perdurasse por toda a vida. O que parece é
que o hímen foi feito para ser rompido. Se ele fosse elástico, ele
não poderia ser usado pelas mulheres como indicador de recato.




SUBJECT: Fw: astronomia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/02/2003 08:01

Algum expert em jóias no pedaço?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: <bitblazer@zipmail.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: sábado, 22 de fevereiro de 2003 16:06
Assunto: astronomia


queria saber porque chove diamantes em plutão?

george barbosa 3° ano



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SUBJECT: Semelhança? , analogia?, simetria?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/02/2003 10:32

Tais palavras aparecem com sintomática freqüência nas threads do momento (e outras). Na série Primeiros Passos esbocei algo sobre isso. Que tal comentar?

http://www.feiradeciencias.com.br/sala19/texto66.asp

[]'
Léo



SUBJECT: Re: Fw: astronomia
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/02/2003 10:51

Olá,

De acordo com a explicação que eu tenho aqui, chove diamantes em
Netuno por causa da pressão esmagadora a que está submetido o metano
em sua atmosfera de 21.000 Km e pelo menos 400.000 atm!:

"Em Netuno existe um oceano de água fervendo sob uma atmosfera rica
em gás metano. Simulações da atmosfera desse mundo, feitas na
Universidade de Berkeley, na Califórnia, mostram que a alta pressão
cria gotículas de metano que se cristalizam, formando diamantes que
caem em chuva dos céus do planeta".

Nota aos exploradores: "Colher essa chuva milionária seria uma
empresa difícil, mesmo que pudesse viajar até lá. A pressão que forma
os diamantes esmagaria qualquer veículo espacial vindo da Terra.
Seria preciso construir um balão com uma gôndola blindada, resistente
ao calor e aos ventos violentos de Netuno (que atingem velocidades de
mil quilômetros horários) para mergulhar na atmosfera turbulenta e
tentar colher os cristais".

Já Plutão tratar-se de um objeto provavelmente capturado da nuvem de
Oort que é composto por algo em torno de bilhões de cometas, ou em
outras palavras, pedaços de matéria primordial de nosso sistema que
não estiveram suficientemente próximas do Sol para gerar plantetas.
As características de Plutão ainda são muito semelhantes às de uma
lua do sistema solar, a lua Tritão de Netuno O tamanho de Plutão,
por exemplo, é ainda menor que o de 7 luas do sistema solar a saber:
Lua, Io, Europa, Ganymede, Callisto, Titan e Tritão! Ele só tem
1.160 Km de raio, o que significa uma ausência de atmosfera ativa.
Seu par sideral, a lua Caronte é muito parecido com ele...

Tem mais sobre diamantes de Netuno:

http://www2.estado.com.br/edicao/pano/99/10/01/ger532.html
http://www.joycebel.hpg.ig.com.br/curiosidades/pedra.htm

Beijos, Lígia

*********************************





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SUBJECT: Fw: [CdA] MAGUEIJO X EINSTEIN
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/02/2003 11:45

----- Original Message -----
From: "Paulo Julio O. S. Pedrosa"
To: <ClubedAstronomia@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, February 23, 2003 8:37 AM
Subject: [CdA] MAGUEIJO X EINSTEIN

_____

O físico João Magueijo assume o papel de jovem revoltado da física e
questiona pilares da Teoria da Relatividade de Einstein
_____

MAGUEIJO X EINSTEIN

Divulgação/Perseus Books - Arquivo/Associated Press-1955
<http://www1.folha.uol.com.br/fsp/images/m2302200308.jpg> O físico
português João Magueijo, pesquisador do Imperial College, do Reino Unido
- O físico Albert Einstein, autor da Teoria da Relatividade

Michael Brooks
da "New Scientist"

Quando o físico João Magueijo sugeriu que se acabasse com o postulado
básico da relatividade -o de que a velocidade da luz é constante e
insuperável-, colocou sua carreira em risco. Magueijo sobreviveu, mas,
em seu livro, vai ainda mais longe. Além disso, revela o pouco caso com
que vê as bases da ciência moderna. Ele acha, por exemplo, que a revisão
por pares é em grande medida inútil.

João Magueijo faz parte do Grupo de Física Teórica do Imperial College,
em Londres. Ele encontra inspiração para suas idéias incomuns em lugares
incomuns: na praia, no encrave hippie de Goa, com dançarinos em êxtase
saudando o Sol, caminhando debaixo de chuva em Cambridge ou conversando
a noite inteira num bar em Notting Hill. Sua meta principal: levar suas
idéias ao tribunal da experimentação no menor prazo possível.

O que fez você virar rebelde?
Talvez tenha sido o fato de eu ter crescido em Portugal no período
pós-revolucionário. O que aconteceu depois da revolução de 1974 em
Portugal foi a anarquia. Sei que foi rotulado de comunismo, mas foi
anarquia total.

E isso moldou a maneira como você aborda a ciência?
Acho que sim. Fui expulso do colégio e do catecismo, tive problemas no
exército, me meti em confusão em todo lugar. Depois fiz parte de um
grupo trotskista.

... e decidiu derrubar Einstein?
Sinto enorme respeito por Einstein. Ele é meu herói. Quando eu tinha 11
anos, meu pai me deu um livro fascinante escrito por Albert Einstein e
Leopold Infeld. Infeld era um cientista polonês que trabalhou com
Einstein em vários problemas importantes nos anos 1930. Einstein começou
a atuar como seu mentor. Quando ficou claro que os alemães iam invadir a
Polônia, naturalmente Einstein tomou a si a responsabilidade de tentar
salvar seu amigo. Mas, no final dos anos 1930, ele já tinha ajudado
tantas famílias judias a imigrar que suas garantias pessoais acerca
dessas pessoas tinham perdido o valor perante as autoridades americanas,
que ignoraram seus pedidos por Infeld. Einstein tentou encontrar para
Infeld uma cadeira de professor numa universidade americana, mas também
essa tentativa fracassou. As perspectivas de Infeld eram muito sombrias.
Desesperado, Einstein teve a idéia de escrever um livro de ciência
popular a quatro mãos com Infeld. Foi "The Evolution of Physics" (A
Evolução da Física) -o livro que, muitos anos depois, por sua beleza
singular, me levaria a querer estudar física-, escrito às pressas, em
apenas dois ou três meses. O livro virou sensação enorme e levou Infeld
a tornar-se repentinamente desejável aos olhos das autoridades
americanas. Não fosse o sucesso alcançado por esse livro, é muito
provável que Infeld tivesse se esvaído em fumaça em algum inferno
nazista.

Quer dizer então que você sente respeito imenso pelos trabalhos de
início de carreira de Einstein, mas nem tanto por seu trabalho
posterior?
É isso mesmo. A visão dele de que a beleza matemática é importante é
responsável por toda a baboseira sobre teorias "elegantes" na teoria de
cordas. Einstein não era assim quando era jovem. De qualquer maneira, a
teoria de cordas é uma das coisas menos elegantes do mundo. Esses
teóricos simplesmente apostam num enorme complexo de inferioridade,
dizendo que foi abençoado por Deus ou algo assim. Não dou a mínima para
a elegância. Você começa com uma motivação experimental, faz alguma
coisa interessante e então traça uma previsão que pode ser testada. Isso
é ótimo. Essa coisa de elegância é auto-indulgência, nada mais.

Para fazer algo de significativo em ciência é preciso seguir seus
instintos básicos. É nisso que você acredita?
Pegar o bonde andando é quando alguém importante diz que você deve fazer
alguma coisa, e todo o mundo, velho ou jovem, pula em cima do bonde.
Mas, sim, se você quiser fazer algo de novo, precisa ter a coragem de
dar um salto.

Pular para fora do bonde é arriscado. Se você sugerir algo tão radical
quanto uma velocidade de luz variável, não poderia ser o suicídio de sua
carreira?
É verdade. Talvez eu não tivesse agido com tanta tranquilidade se não
contasse com esta bolsa de estudos da Royal Society, que me proporciona
uma rede de segurança por dez anos. Durante esse prazo, posso ir a
qualquer lugar e fazer o que eu quiser, desde que seja produtivo.

Quer dizer que você tem liberdade para ser o "jovem revoltado" da
física?
Talvez a impressão que se tenha é que sou amargo e ressentido, mas, se
você está lendo um livro, a linguagem corporal se perde. Você está
falando comigo cara a cara e pode ver que, na realidade, estou brincando
com tudo isso. Não sou um jovem revoltado, estou apenas sendo franco.
Não há ressentimentos. Posso dizer coisas ofensivas, mas faço tudo sem a
intenção de ofender.

Então por que a velocidade da luz deve variar?
A questão real é: "Por que a velocidade da luz deve ser constante?" A
constância da velocidade da luz é a premissa básica da relatividade, mas
temos muitos problemas na física teórica, e esses provavelmente resultam
da premissa de que a relatividade funcione o tempo todo.
A relatividade deve entrar colapso em algum momento -no princípio do
Universo, por exemplo.

Como você chegou a essa idéia?
Quando eu atravessava os gramados do St. John's College em Cambridge,
numa manhã chuvosa, me veio à cabeça a idéia de que, se estamos confusos
por causa da relatividade, uma velocidade da luz que fosse variável
talvez seja a resposta. Valia a pena tentar.

Isso foi três anos atrás. Sua teoria já chegou ao ponto de ser aceita?
Depende de o que você quer dizer com "aceita". Um periódico me
encomendou um grande artigo sobre o assunto. E já nos tornamos
respeitáveis, pelo menos na medida em que um grande número de pessoas já
está trabalhando sobre a teoria.

Deve ser levada a sério a idéia de que a velocidade da luz é variável?
Ainda não sabemos. Ainda não é certo. A velocidade da luz variável [VLV]
começou com apenas uma idéia, e ela não tinha alcance especialmente
longo. Era a solução de um problema cosmológico -grande coisa! Mas é
fascinante o fato de que a teoria vem se desdobrando em direção à
gravidade quântica. Estou muito entusiasmado, mas a teoria pode acabar
se mostrando certa ou pode mostrar que está errada. Em última análise,
está nas mãos da natureza.

Então você não ficará arrasado se for constatado que a teoria da VLV
está errada?
A idéia inicial nunca é a forma final da idéia -ainda é uma obra em
andamento. Havia um grande furo na teoria: a VLV não funcionava como
teoria capaz de descrever as variações na radiação cósmica de fundo em
microondas. Nos últimos meses, porém, superamos esse problema. Mas não
tenho problema algum em ir trabalhar com outra coisa. A VLV não é uma
religião, não é um partido político.

Como a teoria das cordas, você quer dizer? Em seu livro, você tratou os
teóricos das cordas com grosseria.
Não tratei, não!

Mas você se refere às cordas no universo deles como o "púbis cósmico".
Você sugere que haveria ali algo representativo de "masturbação".
Acho que se atribui importância demais à teoria das cordas. É possível
que a resposta final tenha algo a ver com ela, mas, a julgar pelo que
seus proponentes realizaram até agora, não é essa a impressão que se
tem. Ela é tão distante de qualquer coisa que possa ser testada que não
pode ser descrita como uma teoria científica. Algumas idéias muito boas
saíram dela, mas, na realidade, elas são aviõezinhos de aeromodelismo
-são idéias bonitas, não teorias físicas. Eu não teria dito nada se eles
só ficassem brincando com seu joguinho. Mas eles enfeitam a idéia toda,
como se ela fosse a resposta final para tudo.

Já que estamos falando em grosseria, por que você é tão mordaz quando
fala de periódicos acadêmicos?
Acho que eles não têm futuro. São uma perda de tempo. Não leio um
periódico desses há anos. O futuro está na internet. Os arquivos da
internet não fazem uma filtragem para excluir as coisas boas, e as
coisas que não prestam também estão lá, assim como estão nos periódicos.
No futuro, as pessoas publicarão seus artigos apenas em arquivos da
internet.

Isso certamente mudaria a maneira como avaliamos a ciência. Como ficaria
a revisão feita por pares?
A revisão de pares não quer dizer nada. O sistema vem se desintegrando
há anos. Ele equivale a relatórios de árbitros ["referees]". Ou eles
conhecem você e gostam de você, ou o conhecem e não gostam de você. Se
não o conhecem, então depende da instituição onde você está. O sistema
se tornou corrupto nesse aspecto. Hoje em dia, eu frequentemente me
recuso a ser árbitro. Às vezes me mandam três ou quatro artigos por
semana para julgar. Não há como fazer um trabalho decente. Eu não
deveria dizê-lo, mas, já que os trabalhos deveriam estar nos arquivos de
qualquer maneira, às vezes eu simplesmente aceito tudo. Não vejo por que
rejeitar um artigo, a não ser que ele seja cientificamente muito ruim.

Como podemos saber o que é cientificamente bom e o que não é?
Para o cientista, é óbvio. Você lê um resumo e sabe imediatamente o que
está acontecendo, se o trabalho vale a pena ser lido ou não. Não é
preciso nenhum árbitro para lhe dizer isso. Na maioria dos casos, os
árbitros são pessoas realmente conservadoras, que rejeitam tudo.
Entretanto, em alguns relatórios positivos que vi, fica claro que o
árbitro não leu o artigo. Na realidade, prefiro as rejeições. Pelo menos
assim eu sei que leram meu artigo.

Mas como outros setores -por exemplo as agências que buscam verbas para
a ciência- podem discernir o que é ciência válida?
É mais complicado. Elas poderiam perguntar para alguém bem-informado.
Mas acho que, se o dinheiro fosse enviado diretamente aos cientistas,
sem passar pelas agências de financiamento, haveria menos desperdício,
de qualquer maneira. A gente poderia decidir na cara ou coroa, em lugar
de ter comitês intermináveis decidindo quem recebe o quê.

Sim, seu livro deixa claro que você não é fã da burocracia da ciência.
Você diz que os administradores do Imperial College exploram seus
cientistas. Será que você ainda terá emprego depois que o livro for
publicado?
De acordo com os advogados da editora britânica do livro, sim. Mas eu
disse o que precisava ser dito. Há multidões de problemas, não apenas no
Imperial College, mas com o mundo acadêmico britânico de modo geral. As
consultorias administrativas mandam na ciência. No Imperial College, com
certeza, houve um aumento muito grande nos níveis administrativos. Não
precisaria ser assim: o novo Instituto Perimeter, em Ontário, onde Lee
Smolin trabalha, está tentando algo diferente, com o mínimo possível de
administradores. Não sei se vai funcionar, mas fico feliz por alguém
estar tentando.

O que você pretende fazer agora?
Uma das coisas que eu observo no livro "Faster Than the Speed of Light"
é que, após uma certa idade, você pára de fazer ciência de boa
qualidade. Não sei o que vai acontecer quando eu ficar velho e parar de
fazer ciência de qualidade. Eu não acharia ruim a idéia de virar
escritor. Não quero dizer escritor de ciência popular -eu gostaria de
escrever romances, ficção. É uma maluquice, uma aposta no escuro, mas
uma coisa é certa: não vou virar burocrata da ciência.

_____

Tradução de Clara Allain

_____



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/02/2003 12:11


> > > Do ponto de vista epistemológico (teoria do conhecimento) o espaço
> > > absoluto representava, para Newton, uma das essências de seu trabalho,
e
> > > as quatro leis algo de valor tautológico (redundante) ou meramente
> > > decorrente de um melhor entendimento desta essência. Tanto é que ao
> > > final de sua Óptica (Questão 31 da Óptica III), ao comentar sobre sua
> > > mecância chega a dizer: "E portanto, não tenho escrúpulos em propor os
> > > princípios de movimento, sendo eles de uma extensão muito geral, e
> > > deixar suas causas serem descobertas." Ora, porque haveria ele de ter
> > > escrúpulos em propor as três leis de movimento?
>
> > Nas linhas acima dessa frase ele escreve:
> > "Esses príncipios [ele refere-se a tipos de forças actractivas como a
> > gravidade]
>
> É verdade. Mas note que posteriormente, no trecho que citei, ele fala em
> "princípios de movimento". Ou seja, o texto todo dá uma conotação ampla ao
> conceito princípio, mas isso não impede uma particularização, como de fato
> aconteceu no trecho citado, que por sinal é a conclusão.

Quando eu comparei o texto do newton à bilbia eu não estava a brincar. Ambos
se dão a várias intrepretações conforme quem lê devido às palavras fora de
uso ou de uso diferente.
Eu não noto uma conotação ampla, mas sim uma falta de rigor na utilização
das palavras. "Principio" era usado como é usado hoje em farmácia.
"Principio activo" = aquilo que produz causa. Em farmácia a causa é a cura
do sintoma, para Newton (leia-se: no tempo de Newton) era o movimento ou
aquilo que causa a força / acção que causa o movimento
Depois ha a palavra principio como sinónimo de postulado e de lei e como
sinónimo de algo metafisico que comanda o fisico.
Newton não está a fazer fisica, mas a fazer filosofia natural. Isto implica
em que os raciocinios dele não são puramente fisicos, mas entram tb por
outros campos. Ele define Deus, por exemplo, no meio do texto. Coisa que um
fisico nunca faria.
Contudo , eu não o censuro. Era assim que as coisas funcionavam no tempo
dele. Mas é preciso separar o trigo do joio.

>> Ele não se refere a escrupulos no sentido de ousadia,
> > mas no sentido que não vai contra nenhuma regra do pensamento derivar
> > principios de fenómenos reais mesmo que não se conheçam duas causas. E
dai
> > , ele não vê problema nenhum em fazer isto.Aliás classifica a sua
proposta
> > de principios filosóficos/matemáticos como "um grande passo em
filosofia"
>
> Não sei se você percebeu que sutilmente ele está se referindo a uma
> duplicidade no conceito de causa. Isto, para a época em que o trabalho foi
> escrito, faz sentido. Para que se entenda Newton é importante saber se
> situar em sua época. Existiria uma causa oculta que, segundo Newton, os
> aristotélicos de seu tempo interpretavam como "incapazes de serem
> descobertas e tornadas manifestas".

Mas que ele negou usar.
"Dizer-nos que todas as espécies de coisas estão dotadas de uma qualidade
especifica oculta pela qual ela age e produz efeitos manifestos, não é dizer
nada; "

>Ou seja, os aristotélicos da época de
> Newton pensavam de maneira idêntica aos físicos quânticos da atualidade, e
> essa maneira de pensar foi abominada por Newton.

Sim foi. Mas isso, note-se, é uma postura epistemógica/filosofica e não
física.
Newton faz fisica quando diz que experimentou certos experimentos. Ou que
estudou os exprimentos de outros (Maryotte por exemplo). No resto do tempo
ele faz filosofia e/ou matemática.
Ou seja, ele desconsidera as sandices dos aristotélicos e trabalha voltado
para a experiencia e o pensamento que desenboque na experiencia. É essa a
sua "arma" como foi a de Galileu e de Coppernico e de outros. A matemática é
importante (Kepler) como um orientador, mas é a experiencia que dita a
ultima palavra.
Newton tinha uma matemática muito geométrica que nada tem a ver com a
matemática da MQ, de hoje. Por isso acho que nem vale a pena comparar as
duas.
Mas a postura da MQ e dele são a mesma. O que não é o mesmo é a postura de
pessoas como eisntein, que não estavam satisfeitas como o que a MQ e viam
fantasmas nela.
Aquilo que Eisntein e outros, introduziram na MQ como principios filosoficos
nada mais são do que esses ocultos aristotélicos. A manipulação do malfadado
Principio de Incerteza para fazer nascer umas "flutuações quanticas" que
nunca ninguem viu, e uma variáveis ocultas de quem nunca ninguem precisou é
que vai contra o pensamento do tipo de Newton. A MQ , em si, não vai contra
essa forma de fazer fisica.


> Por outro lado, existiria outro tipo de causas ocultas, e Newton admitia a
> possibilidade de virem a ser descobertas.

Como todos nós aqui. Nisso ele não era diferente de um físico. Tal como
outras pessoas que sempre souberam que o que diziam não era toda a verdade
(Einstein, Schrondinger, etc) e ao contrário de outras que actualmente
inventaram muito.

> Antes que os filósofos caiam em cima da minha interpretação, diria que
> existem causas desconhecidas e que se tornarão conhecidas com o
> desenvolvimento da ciência, e causas últimas, ou metafísicas, que fogem à
> seara da ciência. Quando a ciência chegar aí, se é que existe esse aí,
> suponho que não nos restará nada mais a fazer a não ser observar.

Mas é isso mesmo.
Então, afinal existem as duas. As que podemos vir a conhecer (fisicas) e as
que nunca poderemos conhecer (metafisicas). Newton consciente da existencia
destas ultima as sonegou para 3º plano dado importancia às primeiras. Ele
não negou que elas existiam, ele negou que servissem para alguma coisa.
E é isso que fazem os fisicos até hoje. O grau com que o fazem é que varia
de pessoa para pessoa.
Com o advento da mal compreendidas ferramentas da MQ, essa separação
torunou-se fina.
E o universo metafisico esta cada vez mais perto do universo fisico nas
palavras de muitos fisicos que não entenderam até hoje que a Quantica é uma
teoria fisica, e não uma teoria exotérica. É com ela que se fazem as contas
que põem os semicondutores a funcionar como queremos, por exemplo.Mas não é
com ela que resolvemos o problema de Deus, ou das causas ocultas dos
aristotélicos.

> > Não é uma questão de medo, nem ousadia. É a justificativa de pq ele
propõe
> > principios sem saber as causas ou sequer tentar saber delas.
>
> Sua visão está muito em acordo com os aristotélicos contemporâneos de
> Newton. Esse "sequer tentar saber delas" diz tudo. Isso é próprio da
maneira
> de pensar dos físicos quânticos e vai em oposição frontal com a maneira de
> pensar newtoniana.

Alto ai! Está escrito pela mão dele que essas causas metafisica, ocultas,
não são nada.
Ou seja, não justificam nada, não decidem , nem elucidam nada.
"Dizer-nos que todas as espécies de coisas estão dotadas de uma qualidade
especifica oculta pela qual ela age e produz efeitos manifestos, não é dizer
nada; "

E eu não vou além daquilo que ele refere, com clareza eu acho quando
continua:
"mas derivar dois ou três principios gerais de movimento a partir dos
fenômenos, e depois disso nos dizer como as propriedades e acções de todas
as coisas corpóreas se seguem desses principios manifestos, seria um grande
passo em filosofia, apesar de que as causas desses principios não foram
ainda descobertas."

O "apesar de que as causas desses principios não foram ainda descobertas"
indica aquilo que eu disse. Que ele continua independentemente do
conhecimento das causas.

> > > Perceba que as coisas estão se entrelaçando. Que causas seriam essas a
> > > que Newton se refere como a "serem descobertas" e a justificarem as
três
> > > leis do movimento?
>
> > Como eram desconhecidas então, são desconhecidas hoje.
>
> Perfeito! Isso graças à vitória parcial dos aristotélicos contemporâneos
>de Newton.

Não. Nem Newton, nem Galileu, nem Kepler, nem Copérnico, nem Ampere, nem
Faraday, nem Maxwell, nem Eisntein, nem Shrondinger, nem Bohr , nem Bohm,
nem Penrose, nem Hawking ,nem ninguem conseguio até hoje descobrir a causa
de nada.
Não foi descoberta nenhuma causa, mas sim, inventados modelos que permitem à
moda de newton "derivar dois ou três principios gerais de movimento a partir
dos
fenômenos, e depois disso nos dizer como as propriedades e acções de todas
as coisas corpóreas se seguem desses principios manifestos"
Ninguem chegou ao âmago das coisas. Ninguem sondou a mente de Deus. ninguem
sabe pq os modelos funcionam. Apenas que funcionam.

> > O que é importante salvaguardar é que mesmo que não as conheçamos,
podemos
> > derivar principios válidos de fenômenos reais, que embora não nos digam
> > que causas são essas, nos dizem como as coisas funcionarão em certas
> > circunstâncias.
>
> Com efeito. Newton fez exatamente isso, mas não deixou de assinalar a
> importância, para a evolução de sua física, e com o advanço da tecnologia,
> da procura pelas causas, evitando-se assim o atoleiro.

Procurar é uma coisa, encontrar é outra.
E o que nos atiram para a cara hoje é que encontraram o "porquê" , quando na
realidade inventaram um "como".

> > Não. Newton escreve (depois de explicar muito bem e simplesmente, a meu
> > ver o que seria o movimento absoluto e o que é o movimento relativo.):
> > "Eis, portanto, os lugares absolutos, e só as translações desses lugares
> > são movimentos absolutos. Contudo, como essas partes do espaço não podem
> > ser vistas e distinguidas umas das outras por nossos sentidos, usamos em
> > lugar delas medidas sensíveis. Com efeito, definimos todos os lugares
> > pelas posições e distâncias das coisas em relação a um determinado
corpo,
> > que consideramos imóvel; a seguir também calculamos todos os movimentos
> > relativamente a esses lugares, enquanto concebemos os corpos como
> > transferidos destes. É assim que empregamos em vez de lugares e
movimentos
> > absolutos os relativos, sem nenhum inconveniente na vida comum: na
> > filosofia, entretanto, devemos fazer abstracções dos sentidos. Pode, na
> > realidade, acontecer que nenhum corpo, ao qual os lugares e movimentos
se
> > refiram, esteja de fato parado" Ora isto que ele diz é obvio.
>
> Pode ser óbvio numa primeira leitura, mas não será tão óbvio assim
> interpretado na totalidade de sua obra. Newton sequer sabia localizar esse
> lugar absoluto, simplesmente denotou que era fundamental para a sua
física.

Não me parece que fosse. No trecho que citei ele mostra que é conciente que
todos os movimentos observáveis (sensiveis como ele diz) são movimentos
relativos, pois não ha como descrever o movimento sem um ponto de
referencia.
E ele é consciente que é muito provável que nenhum ponto de referencia
esteja realmente parado.
Não é importante localizar o lugar absoluto, mas sim relacioná-lo com outros
lugares.
E como se vê no trecho, ele fazia isso usado movimento relativo.

> Hoje sabemos que a Galáxia viaja no Universo em uma
> velocidade incrívelmente elevada, da ordem da velocidade da luz. Mas isso
é
> uma velocidade relativa a outra galáxia que está se afastando. O que
> significaria isso raciocinando-se em cima dos textos de Newton, e não de
uma
> física newtoniana deturpada? É muito simples, e isso sim é óbvio.
Significa
> que muito provavelmente estamos viajando no Universo em uma velocidade da
> ordem da velocidade da luz em relação a um referencial absoluto
newtoniano.

Isso não faz sentido quando dizes acima que " Mas isso é
uma velocidade relativa a outra galáxia que está se afastando. "
Se é uma vel relativa, não pode ser absoluta.

> Newton não disse isso, e nem poderia dizer. Essa conclusão é minha, mas
> apoia-se 100% nos pressupostos newtonianos.

Não me parece.


> Mas já que você está de posse do livro,

Eu não estou na posse do livro, mas de uma compilação das partes mais
importantes dos livros dele.

> > A única diferença, é que a fisica de hoje abandonou o conceito abstracto
> > de absoluto e passou a considerar como certo, aquilo que Newton
> > conciderava como provável: e a frase "Pode, na realidade, acontecer que
> > nenhum corpo, ao qual os lugares e movimentos se refiram, esteja de fato
> > parado" passou a ser dita "Acontece que nenhum corpo, ao qual os lugares
e
> > movimentos se refiram, está de fato parado"
>
> Você novamente está confundindo conteúdo com continente. Esse foi o grande
> erro cometido e disseminado durante todo transcorrer do século XX e em
todas
> as áreas, não apenas na física. Esse *pode* refere-se a *corpo*, leia bem
a
> frase. O conceito absoluto de Newton refere-se a um espaço independente da
> existência dos corpos.

E por isso mesmo é desprovido de utilidade. A fisica é o estudo do movimento
de corpos, então é sobre os corpos que temos que falar. E é o movimento dos
corpos que temos que qualificar. Dizer que exite um espaço parado não faz
sentido, pois se ele estivesse em movimento, estaria em movimento em relação
a quê ?
Movimento implica ponto de referencia. E ponto de referencia implica corpo.
E esse corpo pode ou não estar parado.
Newton achava que era possivel que ele estivesse parado em relação a todos
os corpos existentes, o que faria dele absolutamente parado. Mas mesmo ele
duvida que isso fosse possivel, e mostra que na prática todos so corpos são
dados como em movimento relativo a outros corpos.
Hoje em dia, concientizamo-nos que de facto é impossivel (salvaguardando
prova em contrário) que um corpo esteja absolutamente parado. Donde todos os
movimentos são relativos. Isto , ao contrário do que muitos pensam, não foi
uma ideia introduzida por Eisntein, mas decorre da tomada de posição em
relação à preposição de Newton.


>Entenda que trata-se de um essencial e portanto não está sujeito a
referenciais.

E portanto é irrelevante.

> > Esta frase em nada altera os conceitos de espaço e tempo absolutos, mas
> > torna-os secundários e enfim, inuteis para a descrição fisica.
>
> Eu diria de outra forma: sua maneira de pensar concorda com a
transformação
> da física que impulsionou a tecnologia do século XX numa "física" inútil e
> que não produzirá fruto algum a não ser deturpações ideológicas destinadas
a
> engambelar a mídia sob o rótulo de milagres quânticos. E que de quântico
não
> têm nada, a não ser a intenção de seus divulgadores em permanecerem nesse
> atoleiro em que se encontram. Não haveria problema algum se eles
> sustentassem essa idiossincrasia a partir de seus próprios bolsos, mas não
é
> isso o que acontece. Eles estão brincando de ficção e estão sendo
> sustentados por uma fração imensa da população mundial que está à beira da
> morte por desnutrição e inanição.

Mas isso não é um problema da ciencia, nem da fisica. é um problema da
educação podre que temos em todo o mundo, que permite que esses
chicos-espertos façam fortuna com coisas obvias e ideias idiotas, divulgadas
no meio de um texto new age transvestido de texto cientifico. Isso é um
problema da sociedade como um todo, da educação que damos aos nossos
descendentes, da idiotice dos nossos politicos e enfim, do dinheiro que move
tudo isto. Esse fenómeno - a abarcação das coisas por idiotas- ocorre em
todos os sectores- tb na ciencia, mas tb na religião e na politica, por
exemplo.
Se a fisica está de rastros no plano das ideias é pq hoje é preciso ter
dinheiro para pagar pelas ideias que temos.
Então, culpem-se as pessoas , os ineptos que não entendem , nem querem
entender, a fisica, seja a classica ou a moderna. Culpem-se as pessoas e não
as teorias.
As teorias deram provas de si, e é por isso que ai estão. E depois,
desculpem-se as pessoas pq elas não tem culpa de terem sido mal ensinadas. E
voltemos ao trabalho.


Sérgio


SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: [CdA] MAGUEIJO X EINSTEIN
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/02/2003 13:58

He he he ...

Já tinha até preparado para enviar esse mesmo texto .... vc me passou à frente :-)))
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 23 de fevereiro de 2003 11:45
Assunto: [ciencialist] Fw: [CdA] MAGUEIJO X EINSTEIN


| ----- Original Message -----
| From: "Paulo Julio O. S. Pedrosa"
| To: <ClubedAstronomia@yahoogrupos.com.br>
| Sent: Sunday, February 23, 2003 8:37 AM
| Subject: [CdA] MAGUEIJO X EINSTEIN
|
| _____
|
| O físico João Magueijo assume o papel de jovem revoltado da física e
| questiona pilares da Teoria da Relatividade de Einstein
| _____



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: astronomia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/02/2003 14:02

Léo e G. Barbosa agradecem. Muito bom!
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 23 de fevereiro de 2003 10:51
Assunto: [ciencialist] Re: Fw: astronomia


Olá,

De acordo com a explicação que eu tenho aqui, chove diamantes em
Netuno por causa da pressão esmagadora a que está submetido o metano
em sua atmosfera de 21.000 Km e pelo menos 400.000 atm!:
..........................................


SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: [CdA] MAGUEIJO X EINSTEIN
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/02/2003 14:05

Da mesma fonte do Alberto (texto do Assunto) vem:

Micro/Macro

A primeira luz
Marcelo Gleiser
especial para a Folha

No dia 11 de fevereiro, a agência espacial Nasa anunciou os resultados de sua sonda WMAP (Wilkinson Microwave Anisotropy Probe, ou Sonda Wilkinson de Medida da Anisotropia em Microondas), que se tornaram um marco na história da cosmologia moderna.
Seu nome estranho vem do seguinte fato: o Universo se encontra banhado em radiação de microondas proveniente de sua infância. Essa radiação, chamada de radiação de fundo cósmico, prevista pelo russo George Gamow no final da década de 1940 e observada pela primeira vez em meados de 1960, representa um retrato do cosmo apenas algumas centenas de milhares de anos após o Big Bang. Se uma quantidade qualquer medida em direções (ângulos) diversas apresentar variações em seu valor, dizemos que ela é anisotrópica. Por exemplo, um céu com nuvens esparsas é anisotrópico em relação à presença de nuvens: em algumas direções estão presentes, em outras, não.
A sonda WMAP mediu diversas propriedades da radiação de microondas que banha o Universo. Dentre elas, a mais importante é a sua temperatura. É possível associarmos uma temperatura a uma radiação qualquer, seja ela em infravermelho, no visível, em ultravioleta etc. (A da superfície do Sol, amarela, é de 6.000C; a do cosmo, -270C.) Um dos resultados mais importantes da WMAP foi medir as variações de temperatura da radiação de fundo, ou seja, a sua anisotropia: diferentes regiões do cosmo têm diferentes temperaturas, que variam em apenas um milionésimo de grau. Imagine a sofisticação de um instrumento automatizado, a mais de 1 milhão de quilômetros, capaz de mapear variações de um milionésimo de grau nessa radiação.
O primeiro mapa da anisotropia da radiação de fundo foi obtido pela sonda Cobe, em 1992. Mas a WMAP amplia muito sua precisão, fornecendo uma série de detalhes sobre a história do Universo primordial. Para começar, a sua idade: 13,7 bilhões de anos desde o Big Bang. A margem de erro nessa medida é de apenas 200 milhões de anos, ou menos de 2%. Sabemos também quando as primeiras estrelas apareceram, apenas 200 milhões de anos após o "bang". E que a radiação medida surgiu quando o Universo tinha 380 mil anos.
Foi nessa época que elétrons e prótons se juntaram para formar os primeiros átomos de hidrogênio, substância mais abundante no cosmo. Portanto, a radiação é uma fotografia do cosmo quando os primeiros átomos surgiram. As variações na temperatura se dão devido a diferenças na distribuição de matéria: quanto mais matéria numa região, mais energia a radiação tem de gastar para escapar de sua atração gravitacional e sua cor muda (mais vermelha). O resultado é um mapa de manchas variando do vermelho ao violeta. Podemos usá-lo para saber quanta matéria há no Universo.
Segundo a Teoria da Relatividade, não só a matéria, mas a energia também pode atuar gravitacionalmente. Isso é consequência da equivalência entre matéria e energia, bastante famosa. Portanto, ao falarmos da quantidade de matéria no Universo, devemos também incluir contribuições para a sua energia, como por exemplo, a própria radiação de microondas, que não é matéria (não tem massa), mas tem energia.
Eis o balanço total do cosmo: 4% de matéria comum, feita de átomos, como nós; 23% de matéria escura, um tipo de matéria de natureza ainda desconhecida; e 73% de energia escura, uma forma estranha de energia que atua como um tipo de antigravidade. (Não se preocupe, esse efeito só ocorre em escalas cosmológicas, de centenas de milhões de anos-luz.)
Como disse o astrofísico John Bahcal, do Instituto de Estudo Avançado em Princeton, ao comentar os resultados do WMAP: "Nós temos de aprender a entender esse Universo pouco atrativo, meio louco e implausível, pois não temos alternativa". Da matéria que existe, 85% são de um tipo que não conhecemos, e a maior parte da energia do Universo é de uma forma ainda mais bizarra. Medimos quantidades importantes, respondemos certas perguntas, e outras ainda mais desafiadoras surgiram em seu lugar. E tudo isso, ao olharmos para a primeira luz.



--------------------------------------------------------------------------------
Marcelo Gleiser é professor de física teórica do Dartmouth College, em Hanover (EUA) e autor do livro "O Fim da Terra e do Céu"

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================


SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/02/2003 14:06

Há algum expert em termometria dos animais abaixo? Léo e Elton agradecem.
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Elton Carvalho" <elton_carvalho@uol.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: domingo, 23 de fevereiro de 2003 12:50
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


| Bom dia, minha filha de 6 anos, Caroline, necessita levar para escola nesta
| segunda-feira 24/02, informação sobre a temperatura de cão, gato, cavalo e
| boi. Gostaria, se possível de receber esta informação em tempo no meu email,
| elton_carvalho@uol.com.br. Desde já agradeço a atenção e fico no aguardo da
| resposta.
|
| Sds
|
| Elton
|
|


SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/02/2003 14:49

Recebi essa dúvida do consulente.

"Meu nome é Adriano e gostaria de saber porque a água do chuveiro não da choque, já que a água passa pela resistência e essa esta ligada diretamente nas fases da rede elétrica, pois se colocarmos duas fases num recipiente de água entrará em curto. Talvez a resistência do chuveiro seja isolada, mas e quando a resistência abre???Nesse caso, o risco parece ser pior.
Obrigado "

Critiquem minha resposta:

"Olá Adriano,

boa observação a sua. Todavia, a água do chuveiro realmente não 'dá choque'.

1- Parte da resposta está 'embutida' dentro da resposta à seguinte pergunta "por que o passarinho não toca choque se está pousado sobre um fio de alta tensão?
Comentemos.
Primeiro passarinho não pousa em 'fio de alta tensão'; ('alta tensão é propriedade associada a dois elementos') e sim em fio de 'alto potencial elétrico'; a diferença de dois potenciais é que é uma "tensão". Ao longo de um grosso fio de cobre ou alumínio (onde pousam os pássaros), sob alto potencial elétrico, o potencial elétrico diminuiu muito pouco com a distância. Para a pequena distância que existe entre as duas patinhas do pássaro pousado, a diferença de potencial no fio é irrisória, desprezível, insuficiente para fazer passar uma sensível corrente elétrica pelo corpo do pássaro. Em outras palavras, aquela região do fio e o pássaro, são equipotenciais.
O resistor do chuveiro (vulgarmente chamado de 'resistência'), na história do pássaro acima, faz o papel do fio de cobre (resistência muito pequena) e a água do chuveiro faz o papel de pássaro (resistência muito grande).
Pense agora numa pequena porção de água (alta resistência elétrica) tocando uma pequena região desse resistor pequeníssima resistência elétrica); a corrente elétrica irá passar pelo resistor em sua quase brutal totalidade; não passa pela água. Todavia, se passar um 'tiquinho de corrente', passará de 'onde' para 'aonde'? Grosso modo, numa linguagem simplória, do fio, para a água e retorna ao fio!

2- Aquela pequena porção de água encostada naquela pequena região do resistor (resistência), recebe dele uma certa quantidade de calor (desenvolvido no resistor por efeito Joule) e se aquece. Atenção! Recebe dele só 'calor' e absolutamente "nenhuma carga elétrica", a água cai 'quente' e não eletrizada!
A água não é um bom condutor de carga elétrica (na verdade, água pura é isolante elétrico!). A água proveniente do chuveiro apresenta alguma salinidade (sais em dissociação iônica) e como tal alguma condutividade elétrica. Todavia a intensidade de corrente elétrica que poderia passar pela água não depende apenas da condutibilidade dela, depende também, entre outros fatores, da diferença de potencial. Pense na pior das hipóteses: um fiozinho de água (contínuo ... o que não é nada comum em chuveiros!) que vai desde um terminal do resistor (potencial de 220 V) até o pé do cidadão que toma banho que está ao potencial de 0 V. Uma mísera diferença de potencial de 220V entre os extremos de um fiozinho de água praticamente isolante de 2 m de comprimento!"

Parei aqui. Ta muito rebuscado para um garoto do ensino médio? (deduzo que seja do 3o ano, pelo teor do assunto). O que podariam?
Ah! faltou responder que enfiando os dois fios dentro d'água não haverá "curto" algum! É maçante aquela história de detetive (Calombo) que vai resolver o caso da mulher que morreu eletrocutada na banheira porque o marido deixou cair lá dentro o secador de cabelo (ou rádio, ou liquidificador ou sei lá o que.)

[]'


======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Alatocheski@aol.com
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: domingo, 23 de fevereiro de 2003 12:55
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


Meu nome é Adriano e gostaria de saber porque a água do chuveiro não da choque, já que a água passa pela resistencia e essa esta ligada diretamente nas fases da rede elétrica, pois se colocarmos duas fases num recepiente de agua entrará em curto. Talvez a resistencia do chuveiro seja isolada, mas e quando a resistencia abre???Nesse caso, o risco parece ser pior.
Obrigado

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: O interacionismo e as velhas verdades fixistas
FROM: "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br>
TO: "noosfera@yahoogrupos.com.br" <noosfera@yahoogrupos.com.br>
CC: "ciencialist@yahoogrupos.com.br" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/02/2003 15:03

Olá Eduardo Torres !!! gemaba2, ok.

<< gemaba1 : E você disse que não e se corrigiu dizendo que eventuais radiações

possam modificá-lo, que seja, a interação do meio com o ADN pode alterá-lo>>


<<Eduardo1 : Eu disse q nao e mantenho q nao. A vastissima maioria dos ovulos
nao vai
> mudar seu ADN durante a vida da mulher. E a vastissima maioria das
> rarissimas alteracoes desse ADN durante a vida da mulher causadas por
> eventual exposicao a radiacao vao inviabilizar o futuro desenvolvimento
> desse ovulo.>>

gemaba2 : Caríssimo Eduardo, lembra que perguntei-lhe se estava lendo o diálogo

que estou tendo com o GIL? Lembra que sugerí-lhe um gancho com o que
estamos discutindo acá? Desculpe, mas as vezes sinto você um tanto preso
ao sim e o não. O meio não afeta o ADN. O meio afeta o ADN. E parece
que você possa pensar que quero vencê-lo no debate e provar que você
estava errado. Se é isso que pensas, desculpe. Você sabe muito mais
desse tema do que eu, muito, muito mais. Eu somente percebo o tema e
estou curioso em aprender mais sobre ele e seus comentários estão sendo
para mim muito valiosos. Não estou preso a verdade nenhuma, nem a
verdade dos criacionistas, nem a verdade dos interacionaistas. Poderia
perguntar-lhe o que é a verdade para você. Você vive de verdades,
pois não? Talvez você tenha um imenso ego a zelar, um ego formado
por verdades que lhe sustenatam. Não tenho esse tipo de problema,
não tenho nada para zelar senão meus dois filhos. Quanto ao que você
disse estou ponderando logicamente e continuo insistindo, foi você
que abriu a brecha e não eu. Você disse da completa indiferença do
meio em relação ao ADN, você foi enfático ao dizer que o ADN não
muda, falácia. Você mesmo abriu a brecha, radiações pulsantes ou
expoentes, como queria, afetam a estrutura do ADN. Ou seja, o
ADN não é imune ao meio, o ADN não é a imagem e semelhança
de coisa alguma. O ADN interage com o meio, as mutações ou
cópias inexatas se sucedem no meio. Não existe como conceber
ADN sem o meio aonde ele executa. Pelo menos você poderia dizer
que ADN pode sofrer eventuais mudanças, sendo uma delas a
radiação pulsante de bombas atômicas. Se isso ocorre de uma forma
perceptiva, porque não outras radiações não possam causar
mudanças, ou influenciar mudanças, no ADN.

<<gemaba : e achei interessante a distinção que você fez do ADN dos óvulos e
o ADN
> das células do corpo da mulher. Quer dizer que o ADN de todas as células
> da mulher são idênticos e imutáveis, se bem que não, porque já existe o
> telômero que muda devido a interação do ADN com o meio.>>
>
<<Eduardo : Essas mudancas do comprimento dos telomeros nao sao consequencia
de
> alteracoes do ADN.>>

gemaba1 : Desculpe Eduardo, continuo confuso, ok. Insisto, não vendo verdades,

não vivo de verdades filosóficas, ou científicas, ou religiosas. Hoje diria
a você
que tendo entender a verdade natural, a essencia da existência, essa é, hoje,

a grande verdade que busco. Não quero vencê-lo em debates, não quero
mostrar-lhe nada, apenas estou seguindo a lógica, argumentando com o seu
conhecimento e insisto que você conhece muito desse tema que eu e continuo
pedindo-lhe ajuda para dimuir minha gafanhotisse e poder traquer memes(risos!!!)

que possam ser lançados causando insights em nossos ilustríssimos colegas
virtuais. Insisto, debates ambivalentes com um vencedor não me interessa,
não acredito ser a Noosfera, a Acropolis, a CienciaList, um espaço virtual
de vencedores e vencidos, mas sim de um espaço virtual que possamos
aprender, quem sabe aprender um pouco mais sobre a verdade e a
depência que nosso ego tem dessa merda que muitas vezes fede.
Não vendo verdades a nenhuma escola seja pública ou privada. Não
uso saias e vendo verdades esquizofrênicas nos templos. Critico a forma
como você obtem sua verdade e peço-lhe um sentimento crítico em
relação a sua postura. Você queira dar um ton de debate como uma
disputa aonde queira vencê-lo e insisto que você sabe muito mais do
tema que eu e peço-lhe sua ajuda para aprender um pouco mais.
Não tenho medo de errar, de dizer uma coisa e voltar atrás, não
tenho nome nenhum a zelar em relação a qualquer postura, seja
religiosa, seja científica. Entrei em Acropolis porque pensei que
fosse um espaço filosófico, composto por pessoas de grande senso
crítico e pondero que a Noosfera deveria também o ser, aonde pudese
ser livre para colocar minhas dúvidas acerca de tudo. Insisto, replico,
treplico, nplico, você sabe muito mais do tema que eu e insisto que
se você puder me ajudar gratuitamente com seus conhecimentos
agradeço-lhe antecipadamente.

<<gemaba : O ADN dos óvulos é único para cada óvulo? Pondere!!!>>

<<Eduardo : Sim, e' unico. Expliquei claramente por que^. Pondere sobre minhas

> explicacoes.>>

gemaba2 : Insisto Eduardo, não sou instrumentalizado, pergunte a outros
ilustres Noorenses, como o Prof. José Carlos e o Ivan de Almeida, ou
mesmo o RR que já me conhecem melhor. Lí o que você escreveu sobre
a produção dos óvulos, pelo que entendi você diz que, no caso da melher,
isso ocorre quando o útero da mulher se forma, provavelmente, aos
seis ou sete meses de vida. Pelo que me lembro você não explicou bem
como isso ocorre, perguntei se você tinha alguma indicação de uma gif
animada que pudesse exemplificar a essencialidade de uma mulher, desde
que fecunda até o nascimento, você disse que não. Digo isso porque
achei seu texto um tanto rebuscado para mim. Pesquisei o que você
disse e vou tentar imaginar o que acontece, ok. Você citou o crossing over,

poi não? Estou imaginando ok, suponho que aos seis ou sete meses de
idade o ovário se forma, poderiámos discutir essa formação e
compará-la com a formação da pálpebra, é isso que lhe disse
que seria um processo similar porem diferente. Voltando ao
assunto, o ovário se forma e muitas células somáticas são
transformadas em células reprodutivas, os tais gametas, que são,
diriámos, partidos. Reforce para mim, em média, quantos
óvulos são produzidos na mulher em seu ovário? Isso se
passa, mais ou menos, aos seis, sete meses de fecundação?
Os óvulos produzidos só podem ter vindo das células
somáticas, pois não? Pelo que entendi até agora as
células somáricas que se transformam em células reprodutivas
o fazem obedecendo um crossing over, é isso? Você disse
mais, você falou do acaso do crossing over, huuuummmm,
acaso? Você disse que o número de combinações
possíveis quando uma célula sómatica se transforma em
óvulo é de uma boa ordem de grandeza fazendo o
cálculo estatístico que você mencionou.

Você me deu muitas pérolas Eduardo, você disse que nosso ADN nao forma
uma unica longa cadeia molecular. Esta' dividido em cadeias mais curtas, que

por sua vez formam um conjunto de 23 pares de cadeias moleculares. Senti
até vontade de perguntá-lo se essa pariedade tem alguma relação com o
fato de Termos dois pés, duas mãos. Será que a forma estrural do ADN tem
algo a ver com uma certa ambivalência de nossa composição essencial? Você
disse também que as cadeias tem um conjunto de genes com a
mesma funcao, chamados alelos, q podem ser ativados apenas numa cadeia ou
nas duas, de modo complicado. Fiquei um pouco a boar e insisto que uma
imagem diria por mil palavras, se fosse uma gif animada seria melhor ainda,
mas
como você disse que não sabes links interessantes acerca do tema ficamos
a esperar algum projeto que nos possa presentiar, gratuitamente de preferência,

migalhas do conhecimento. Você disse também que genes sao trechos de ADN
dessas cadeias que podem ser expressos em proteinas. E cada uma dessas cadeias
moleculares e'
chamada um cromossoma. Comecei a pensar se os cromossomas tem haver com
nossa essencia formal, nossos pés, nossas mãos, nossos tornozelos, nossas coxas,

antebraços,bla,bla,bla. Porque 23 cromossomas? Esses 23 têm alguma relação com

as sub formas essenciais que nos compõem? Você disse também que nem todo nosso

ADN forma genes expressaveis em proteinas.

E você disse muito mais, disse que temos 30 mil genes espalhados em 23 pares
de cromossomas.
Conclui dizendo que contando os alelos em cada par, temos um universo de 60
mil genes
dispostos em pares alelos do mesmo gene. Que cada óvulo so' tem metade desses

60 mil genes, e apenas um alelo de cada gene, mas na geracao de cada ovulo,

qq alelo pode ser usado.

Você me perguntou se conhecia o tal crossing over e jura de pé junto que o crossing

over não interage com o meio, não recebe qualquer estímulo do meio para criar

gametas únicos devido ao grande número de combinações que possa ocorrer quando

o crossing over acontece. Você é o que se rotulou um darwnista que acredita
que o
crossing over é fruto de prura aleatoriedade e esse seu acá colega virtual está
tentando
fazê-lo ponderar que não é tanto assim. Inclusive hormônios são produzidos e
seduzem os
óvulos, pelo que você disse, no caso dos homens você ainda não explicou muito
bem e
agradeço se fazê-lo. Você me perguntou e respondeu, de quantas maneiras vc

pode combinar esses 60 mil genes em 23 cromossomas, 30 mil a 30 mil, apenas
com a restricao de nao
usar os dois alelos do mesmo gene em cada cromossoma e de nao repetir genes

nos cromossomas? E você próprio respondeu que de Zilhoes e zilhoes de formas
possíveis.
Mas pondere que essas formas são geradas obdecendo uma certa estrutura
padrão formal, pois não? E você afirma que essa combinação não recebe influências

do meio, bem, você até admitiu uma interferência de radiações como aconteceram

em Hiroshima e Nagasaki. Perguntei-lhe se radiações menos pulsantes, menos
expoentes como as do Sol poderiam de alguma forma interferir nessa combinação

e você disse que absolutamente não, confesso que não estou satisfeito com suas

respostas e continuo traqueando, não querendo vencê-lo ou qualquer coisa do
gênero,
quero aprender com você, ok.

Você foi mais preciso com a metáfora das continhas lisas e rusas. Você me pediu

para imaginar 60 mil continhas de colar, divididas em dois grandes grupos,

de modo q tenha um conjunto de 30 mil pares de continhas.
Você pediu pra imaginar que sao redondas, 30 mil lisas e 30 mil rugosas, pra
distinguir.
Você pediu pra imaginar que cada continha e' um gene. Fiquei a pensar se não
seria
imaginar as continhas como bases, não? Adenina, guanina, citosina, timina, uracil?

Você disse que ada par liso/rugoso forma um par alelo de genes, poderiámos dizer

um par alelo de bases, não? Você pediu que imaginenasse q cada conjunto de continhas

lisas e rugosas por sua vez esta' dividido em 23 cores, uma para cada cromossoma.

Continuo a perguntar se os cromossomas tem algo haver com nossa formação essencial,

tipo assim, o cromossoma número 1 se relaciona a formação essencial de nossos,

diríamos, pés? Você disse que temos continhas lisas azuis e rugosas azuis p/
o
cromossoma numero 1 de cor azul, continhas lisas vermelhas e rugosas vermelhas
p/ o cromossoma numero 2 de cor
vermelha, e assim por diante, ate' chegar ao cromossoma 23 de cor, digamos,

magenta. Achei lindo sua metáfora, que memes instigadores!!!( risos!!!)
E você me pediu pra mim o mais difícil de imaginar sem uma boa animação
pra dar uma força, você pediu que imaginesse q cada continha lisa ou rugosa
de cada cor tem um
numero, identificando o gene correspondente desse par de continhas em cada
cromossoma. Fiquei pensando se era gen ou base nitrogenada que já me causou

dúvida. E você me presenteou com a pérola mais importante de seu discurso,
você me pediu que imaginasse pegando as 23 cordinhas coloridas, cada uma
representando um cromossoma q sera' 'montado' na geracao de um conjunto
haploide (apenas 23 cromossomas isolados, sem seus pares) em cada ovulo.
E você pediu que simplificasse e disse que cada cordinha seria preenchida por
um numero
igual de continhas, formando 23 colares de cerca de 1300 continhas cada um.

Imaginei que quando isso acontece a cordinha possa escolher entre o base
da direita ou da esquerda, ou no máximo, não copiar nenhuma, ou tem outra
opção? Aí fiquei imaginando aquele troço complicado que você disse lá em cima

em relação aos alelos, cada cromossoma possui um alelo, é isso mesmo? Se
for isso e os cromossomas puderem se relacionar com a nossa natureza
essencial, nossos pés, máos, cérebro, orgãos, bla,bla,bla, reforça minha
desconfiança da interação com o meio e começo a perceber como isso
ocorre, mas como você disse certa vez, posso estar completamente
enganado, pois não?

E finalmente você fez o colar, que seja, você produziu de uma célula
somática uma célula reprodutora, seria isso? Você pediu para começar
a fazer o colar vermelho retirando ao acaso 1300 continhas da
sacola de continhas vermelhas, rugosas e lisas juntas, uma de cada vez.
E imaginei e foi lindo minha imaginação, obrigado de coração. Mas aí
é que continuo insistindo e replicando e treplicando e nplicando, esse
momento tão belo na natureza, que mostra seu poder de se
complixar, é algo puramente casual, aleatório? Isso não acontece
no meio? Existe aí apenas esse raciocínio frio matemática e
calculista? O alelo não sente? Ele escolhe de alguma forma,
pois não? Pelo que entendi quando o ambiente não está
proprício, como ocorreu no japão após a segunda guerra,
eles podem até não escolher nada, ou seja, quererem cometer
um certo tipo de suicídio, pois não? Bem ok, entendi muito
bem a estatística matemática produzindo ADN reprodutivos
únicos, uma explicação que discarta outras ponderações, será?
Peguemos como exemplo o cromossoma de cor vermelha
e ponderemos mesmo que sem certeza que esse cromossoma
irá determinar a essencialidade formal de nossos pés. Quando
uma célula somática produz uma célula reprodutiva o alelo
escolhe sob influência direta do meio, radiações e o sentir
do ser, as bases que comporam o cromossoma vermelho.
Essa escolha já dá uma bela variedade de cromossomas
vermelhos que são, por isso, únicos em sua essencialidade.
Mas pondero que essa escolha não é tão aleatória assim,
o alelo tem que escolher entre a base do par da direita ou
do da esquerda. Como essas bases estão ali para serem
escolhidas, como elas chegaram até ali senão através da
interação do ser com a natureza? Tem que haver uma ligação
acá. Pra mim a brecha do Japão kamikase já está aberta.
Os alelos têm que escolher, ou não escolher e quissá eles
possam receber informações dos hormônios sintetizados
pelas glândulas hormonais para fazer com que o alelo
aumente ou diminua a cópia do ADN somático que dará
origem ao ADN reprodutivo. Pondere!!!

<<gemaba1 : Insisto, percebo o ADN como uma linguagem. Quatas linguagens
> você conhece, não pergunto no sentido da linguagem falada e escrita, como

> por exemplo o português, o inglês, espanhol, bla,bla,bla. Pergunto no
> sentido de forma estrutural e possibilidades expressivas. Existe as linguagens

> faladas e escritas, existe a música, existem as linguagens dos computadores.
O ADN
> tem índícios muito fortes de poder ser classificado como uma linguagem de

> expressão das formas orgânicas enquanto existentes na natureza. Levando
> em consideração essa hipótese estou tentando entender com sua valiosa
> ajuda nuances da sintaxe e semântica dessa fascinante linguagem e espero
> continuar sendo iluminado por memes disparados por ti, como já o fui
> várias vezes pelo grão mor e vizir Prof.,o RR, o Ivan de Almeida, o
> José Renato, o Sílvio, o Desidério Murcho, o Takata, o GIL, o Marcelo
> Ferrari, o Lúcio Manfredi, a Lígia Amorese, a Eliana sumida, dentre outras

> ilustres internautas e rogo-lhe que me ajude a diminuir minha gafanhotisse
na
> busca da pedra filosofal que nada mais é que descobrir que a verdade
> ambivalente é um véo, uma máscara, um falso paradgima, uma falsa
> verdade, uma mentira e a verdadeira verdade é a busca incessante
> por tornarmos nosso ambiente perene pra que possamos ficar eternamente
> procurando a magia do nada e seus segredos.>>
>
>
<<Eduardo A analogia do ADN como linguagem de expressao de formas organicas
e'
> enganosa.>>

gemaba2 : Ok, possa ser, não nego. Quer dizer que imaginar o cromossoma vermelho

de seu exemplo como o responsável, diaríamos, pela formação essencial de nossos

pés é algo enganoso, ok, pode ser. Me convença que estou errado e me mostre
onde
estou errado que agradeço e insisto, não estou acá a vender ou defender verdades,

estou apenas curioso sobre como posso estar acá agora escrevendo-lhe um E-mail.

Responda-me então, supondo que o cromossoma vermelha representará a essenciliade

de nossos pés, como os gens que, por exemplo, sintetizam a substância de nossas
unhas
está desativada no momento da fecundação e só posteriormente esses gens serão

ativados. Se você não imaginar a parte reguladora do ADN fazendo isso de uma
forma
algortimica não vejo outra boa saída pra responder a pergunta. Espero sua resposta

a pergunta, se você não tiver uma resposta já lhe dei. ADN é um código linguístico
que
expressará a essencialidade do ser que representa quando estiver executando
na natureza.
Se você imaginar o ADN uma música algoritimica poderá ponderar que quando o

ADN é fesundado ele começa a executar na natureza de uma forma deterministica

intrinseca e seus gens têm uns relação com os outros. Por exemplo, quando o
ADN
é fecundado os gens que sintetizaram as substâncias que formaram a unha do cidadão

que ele representa está inativo. Esses gens se tornam ativos devido a alguma
comunuicação
que recebem e isso acontece de uma forma pseudo deterministica aonde o meio

ambiente é peça importante do processo.

<<Eduardo : As formas organicas nao sao um sujeito q fala uma lingua. Que expressa>>


gemaba2 : Ops peraí seu moço. O que tem haver o sujeito que fala a linguagem

com a linguagem, você queira dizer que o umbigo do cosmos criou a linguagem?

O umbigo do cosmos formulou a linguagem, nomeou como gosta RR. A linguagem
é algo inirente há natureza, os pássaros possuem sua linguagem, os golfinhos,

essa estória de você se basear no homem como só ele como detentor da linguagem

é falácia. O ADN é um código pseudo determinista aonde o meio é importante
em sua execução. ADN reage ao meio, provavelmente os alelos recebam
estímulos hormônais para copiarem digamos, de forma aumentativa, o
ADN somático.

<<Eduardo : Ao contrario, o ADN e' q se expressa sob a forma de moleculas,

> cuja atividade bioquimica integrada chamamos vida.>>

gemaba2 : Acá você me deixou confuso de novo, moléculas, você disse substancias,

não? Proteínas, não? Explique melhor como a ´molécula entra nessa história?
Não
entendi, explique melhor por favor?

<<Eduardo : As formas organicas sao
> meros subprodutos, dispositivos bioquimicos cuja unica funcao objetiva e'

> permitir a replicacao dos genes. As formas organicas sao transitorias e
> efemeras. So' os genes sao eternos. No's somos a rigor apenas maquinas de

> replicar genes. Nao nos expressamos, do ponto biologico, em qq linguagem.

> No's somos, ao contrario, a expressao visivel dessa linguagem bioquimica.>>


gemaba2 : Continuo não entendendo muito bem o que você está dizendo e
continuo achando meio contraditório quando você diz que somos a expresão
visível dessa linguagem bioquímica e ao mesmo tempo diz que o ADN não
é uma linguagem bioquimica, uma espécie de algoritmo musical que trabalha
com os gens que são uma espécie de melodia, uma forma expressional que
sintetizará ou controlará a sintetização de proteínas. Moléculas também?
Explique um pouco melhor, é possível?

> Abs,
> Eduardo Torres

Idem ibidem!!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br







http://www.ieg.com.br


SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/02/2003 16:24

Léo,

Vou ter que discordar, ou pedir por uma explicação. Acontece que eu
sempre tenho algumas feridas na pele, caso sério de alergia a
sabonetes & água clorada... enfim é algo com que convivo. Pois
então veja: dependendo da extensão e/ou profundidade da ferida,
quando tomo banho descalça, costumo sentir a ferida arder
intensamente quando sob o jato d'água do chuveiro. Ardência esta que
se finda rapidamente quando o chuveiro é desligado ou apenas a
resistência é desligada. O mesmo acontece quando lavando louça com a
torneira elétrica e algum corte por faca (sou exímia em cortes com
faca!) entra em contato com a água quente... sinto a corrente
elétrica justamente no corte. É uma sensação de ardor e leve
formigamento... tanto mais intensa quanto mais profundo o corte ou
ferida.

Pergunta: O fato de não ocorrer "choque" não se daria pela isolação
que a pele ilesa proporciona? Ao que tudo indica, ou pelo menos
minhas feridas e cortes indicam, existe uma corrente
elétrica "escoando" juntamente com a água do chuveiro ou da torneira
elétrica... ou seria outra coisa?

Beijos, Lígia

PS: Sua explicação ao garoto está boa. O problema é a extensão da
mesma. Será que ele vai ter paciência de ler?

***********************************
--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Recebi essa dúvida do consulente.
>
> "Meu nome é Adriano e gostaria de saber porque a água do chuveiro
não da choque, já que a água passa pela resistência e essa esta
ligada diretamente nas fases da rede elétrica, pois se colocarmos
duas fases num recipiente de água entrará em curto. Talvez a
resistência do chuveiro seja isolada, mas e quando a resistência
abre???Nesse caso, o risco parece ser pior.
> Obrigado "
>
> Critiquem minha resposta:
>
> "Olá Adriano,
>
> boa observação a sua. Todavia, a água do chuveiro realmente não 'dá
choque'.
>
> 1- Parte da resposta está 'embutida' dentro da resposta à seguinte
pergunta "por que o passarinho não toca choque se está pousado sobre
um fio de alta tensão?
> Comentemos.
> Primeiro passarinho não pousa em 'fio de alta tensão'; ('alta
tensão é propriedade associada a dois elementos') e sim em fio
de 'alto potencial elétrico'; a diferença de dois potenciais é que é
uma "tensão". Ao longo de um grosso fio de cobre ou alumínio (onde
pousam os pássaros), sob alto potencial elétrico, o potencial
elétrico diminuiu muito pouco com a distância. Para a pequena
distância que existe entre as duas patinhas do pássaro pousado, a
diferença de potencial no fio é irrisória, desprezível, insuficiente
para fazer passar uma sensível corrente elétrica pelo corpo do
pássaro. Em outras palavras, aquela região do fio e o pássaro, são
equipotenciais.
> O resistor do chuveiro (vulgarmente chamado de 'resistência'),
na história do pássaro acima, faz o papel do fio de cobre
(resistência muito pequena) e a água do chuveiro faz o papel de
pássaro (resistência muito grande).
> Pense agora numa pequena porção de água (alta resistência elétrica)
tocando uma pequena região desse resistor pequeníssima resistência
elétrica); a corrente elétrica irá passar pelo resistor em sua quase
brutal totalidade; não passa pela água. Todavia, se passar
um 'tiquinho de corrente', passará de 'onde' para 'aonde'? Grosso
modo, numa linguagem simplória, do fio, para a água e retorna ao fio!
>
> 2- Aquela pequena porção de água encostada naquela pequena região
do resistor (resistência), recebe dele uma certa quantidade de calor
(desenvolvido no resistor por efeito Joule) e se aquece. Atenção!
Recebe dele só 'calor' e absolutamente "nenhuma carga elétrica", a
água cai 'quente' e não eletrizada!
> A água não é um bom condutor de carga elétrica (na verdade,
água pura é isolante elétrico!). A água proveniente do chuveiro
apresenta alguma salinidade (sais em dissociação iônica) e como tal
alguma condutividade elétrica. Todavia a intensidade de corrente
elétrica que poderia passar pela água não depende apenas da
condutibilidade dela, depende também, entre outros fatores, da
diferença de potencial. Pense na pior das hipóteses: um fiozinho de
água (contínuo ... o que não é nada comum em chuveiros!) que vai
desde um terminal do resistor (potencial de 220 V) até o pé do
cidadão que toma banho que está ao potencial de 0 V. Uma mísera
diferença de potencial de 220V entre os extremos de um fiozinho de
água praticamente isolante de 2 m de comprimento!"
>
> Parei aqui. Ta muito rebuscado para um garoto do ensino médio?
(deduzo que seja do 3o ano, pelo teor do assunto). O que podariam?
> Ah! faltou responder que enfiando os dois fios dentro d'água não
haverá "curto" algum! É maçante aquela história de detetive (Calombo)
que vai resolver o caso da mulher que morreu eletrocutada na banheira
porque o marido deixou cair lá dentro o secador de cabelo (ou rádio,
ou liquidificador ou sei lá o que.)
>
> []'
>
>
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: Alatocheski@a...
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: domingo, 23 de fevereiro de 2003 12:55
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -
>
>
> Meu nome é Adriano e gostaria de saber porque a água do chuveiro
não da choque, já que a água passa pela resistencia e essa esta
ligada diretamente nas fases da rede elétrica, pois se colocarmos
duas fases num recepiente de agua entrará em curto. Talvez a
resistencia do chuveiro seja isolada, mas e quando a resistencia
abre???Nesse caso, o risco parece ser pior.
> Obrigado
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/02/2003 18:13

Caro Leo,

Não vejo razão para tanto rigor. Os engenheiros elétricos se referem a "tensão elétrica" sem o menor pudor. Por outro lado, eles se arrepiam quando alguém fala em "voltagem" (embora os engenheiros norte-americanos façam isso o tempo todo). Assim mesmo, o sistema elétrico funciona e é isso que importa.

Concorda comigo, Alberto?

[ ]s

Alvaro Augusto



-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto
Para: ciencialist
Enviada em: Domingo, 23 de Fevereiro de 2003 14:49
Assunto: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro


Recebi essa dúvida do consulente.

"Meu nome é Adriano e gostaria de saber porque a água do chuveiro não da choque, já que a água passa pela resistência e essa esta ligada diretamente nas fases da rede elétrica, pois se colocarmos duas fases num recipiente de água entrará em curto. Talvez a resistência do chuveiro seja isolada, mas e quando a resistência abre???Nesse caso, o risco parece ser pior.
Obrigado "

Critiquem minha resposta:

"Olá Adriano,

boa observação a sua. Todavia, a água do chuveiro realmente não 'dá choque'.

1- Parte da resposta está 'embutida' dentro da resposta à seguinte pergunta "por que o passarinho não toca choque se está pousado sobre um fio de alta tensão?
Comentemos.
Primeiro passarinho não pousa em 'fio de alta tensão'; ('alta tensão é propriedade associada a dois elementos') e sim em fio de 'alto potencial elétrico'; a diferença de dois potenciais é que é uma "tensão". Ao longo de um grosso fio de cobre ou alumínio (onde pousam os pássaros), sob alto potencial elétrico, o potencial elétrico diminuiu muito pouco com a distância. Para a pequena distância que existe entre as duas patinhas do pássaro pousado, a diferença de potencial no fio é irrisória, desprezível, insuficiente para fazer passar uma sensível corrente elétrica pelo corpo do pássaro. Em outras palavras, aquela região do fio e o pássaro, são equipotenciais.
O resistor do chuveiro (vulgarmente chamado de 'resistência'), na história do pássaro acima, faz o papel do fio de cobre (resistência muito pequena) e a água do chuveiro faz o papel de pássaro (resistência muito grande).
Pense agora numa pequena porção de água (alta resistência elétrica) tocando uma pequena região desse resistor pequeníssima resistência elétrica); a corrente elétrica irá passar pelo resistor em sua quase brutal totalidade; não passa pela água. Todavia, se passar um 'tiquinho de corrente', passará de 'onde' para 'aonde'? Grosso modo, numa linguagem simplória, do fio, para a água e retorna ao fio!

2- Aquela pequena porção de água encostada naquela pequena região do resistor (resistência), recebe dele uma certa quantidade de calor (desenvolvido no resistor por efeito Joule) e se aquece. Atenção! Recebe dele só 'calor' e absolutamente "nenhuma carga elétrica", a água cai 'quente' e não eletrizada!
A água não é um bom condutor de carga elétrica (na verdade, água pura é isolante elétrico!). A água proveniente do chuveiro apresenta alguma salinidade (sais em dissociação iônica) e como tal alguma condutividade elétrica. Todavia a intensidade de corrente elétrica que poderia passar pela água não depende apenas da condutibilidade dela, depende também, entre outros fatores, da diferença de potencial. Pense na pior das hipóteses: um fiozinho de água (contínuo ... o que não é nada comum em chuveiros!) que vai desde um terminal do resistor (potencial de 220 V) até o pé do cidadão que toma banho que está ao potencial de 0 V. Uma mísera diferença de potencial de 220V entre os extremos de um fiozinho de água praticamente isolante de 2 m de comprimento!"

Parei aqui. Ta muito rebuscado para um garoto do ensino médio? (deduzo que seja do 3o ano, pelo teor do assunto). O que podariam?
Ah! faltou responder que enfiando os dois fios dentro d'água não haverá "curto" algum! É maçante aquela história de detetive (Calombo) que vai resolver o caso da mulher que morreu eletrocutada na banheira porque o marido deixou cair lá dentro o secador de cabelo (ou rádio, ou liquidificador ou sei lá o que.)



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/02/2003 18:47

Olá Alberto!!


*OBS: Note que o número de pontos de exclamação está
aumentando... :))


--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> > Lígia: O que eu entendo por "carregar" nesse sentido é o mesmo
> > que "estar provido de", ou em outras palavras, o que o fóton em
> > questão "traria/teria consigo" que seria capaz de interagir com a
> > superfície em questão. No caso de um fóton, como eu já disse
antes,
> > imagino-o "provido" da velocidade com a qual ele se "locomova",
esta
> > sim determinante da energia que ele consiga liberar.
>
> Perfeito. Foi mais ou menos nesse sentido que disse em algum lugar
da msg
> anterior que poderíamos pensar que a partícula estivesse carregada
de
> movimento, pois "ela está provida de movimento". A proposição
básica seria
> então relacionada àquela idéia de que "tudo é decorrente do
movimento da
> matéria". Einstein simplificou, a meu ver de maneira indevida,
para "tudo é
> movimento", dando a entender que até mesmo a matéria microcósmica
seria
> conseqüência desse único essencial einsteiniano. A matéria seria o
movimento
> de um "não sei o que". A idéia é bonita, mas está faltando aí algum
> ingrediente que Einstein não conseguiu "inventar", tanto é que a
hipótese
> não saiu do papel.


Lígia: Não sei se estou redondamente enganada, mas penso que
Einstein provavelmente leu e não compreendeu o significado
de "espiritus", ou "Atman", ou "Ruash" hebráico que numa tradução
grosseira seria o mesmo que "sopro", ou "aquilo que põe em
movimento". Da mesma forma que o Chi chinês, o tal "vapor", sopro é
referente ao Espírito que é o que faz tudo se mover... Dizer que
tudo é movimento, nesse caso está errado também, já que para haver
movimento precisa haver "o que há a ser movido". Questão
transcendente esta... daqui a pouco me defenestram :))


> Na física newtoniana: 1) existe um espaço imutável e absoluto; 2)
existe a
> matéria que em sua expressão mais simples seria composta por tijolos
> elementares (átomos de Demócrito); e 3) existe o movimento
absoluto. Existe
> também o movimento relativo, mas estaria relacionado a como nós
sentimos o
> deslocamento de um objeto em um espaço a nossa volta e que estaria
(esse
> hipotético espaço relativo) em repouso em relação a nós.


Lígia: É de uma simplicidade estonteante... :) Ele procurava por
pilares. A "essência" do Universo em toda sua pureza...


> Pense no seguinte questionamento: Porque o movimento absoluto era
tão
> importante para Newton? Apenas para contentar seu ego? Apenas para
que ele
> pudesse esbanjar erudição, criando experiências de pensamento
(balde e
> globos giratórios)? Não! Qualquer um que se dê ao trabalho de ler os
> Principia ou a Óptica perceberá que não há nada defendido com mais
ênfase
> do que essa idéia do absolutismo do espaço. Porque? Em que isso
interfere
> com suas quatro leis (mecânica + gravitação)? Em quase nada! Tanto
assim é
> que seus sucessores deixaram esse absolutismo de lado e usaram e
abusaram
> das quatro leis, e sob certos aspectos os físicos modernos
continuam fazendo
> o mesmo, se bem que em condições limites. Mas esses seus seguidores
acabaram
> criando uma física que não deu certo. Ou como disse o
Colucci, "começou a
> fazer água" no final do século XIX e começo do século XX.


Lígia: Bem... ou muito me engano ou ele, Newton, estava a procura
do "Espiritus", ou "do que move". Seria isto um movimento
absoluto? Olhando assim, sem muito compromisso, parece mesmo que
Newton estava interessado no que move o Universo. Não apenas no
movimento em si, mas A origem do movimento, a causa primeva... e
fechar os olhos para isso parece que teve consequências um tanto
nefastas, não? Não há mal nenhum em haver um "movimento absoluto" e
um "espaço absoluto", mesmo num universo dinâmico. Isso porque, uma
vez "movimentado" tal Universo segue sua trajetória e não é o fato de
existir um "agente" causador de tal movimento que o irá impedir de
ser dinâmico por si mesmo...



> Do ponto de vista epistemológico (teoria do conhecimento) o espaço
absoluto
> representava, para Newton, uma das essências de seu trabalho, e as
quatro
> leis algo de valor tautológico (redundante) ou meramente decorrente
de um
> melhor entendimento desta essência. Tanto é que ao final de sua
Óptica
> (Questão 31 da Óptica III), ao comentar sobre sua mecância chega a
dizer: "E
> portanto, não tenho escrúpulos em propor os princípios de
movimento, sendo
> eles de uma extensão muito geral, e deixar suas causas serem
descobertas."
> Ora, porque haveria ele de ter escrúpulos em propor as três leis de
> movimento? E porque ele não teve escrúpulos --muito pelo contrário,
defendeu
> com unhas e dentes-- quando propôs a idéia de espaço absoluto? Algo
à
> primeira vista muito mais esquisito do que as leis que davam certo!
> Sinceramente, essa história está muito mal contada. O que vingou, e
que
> acabou "fazendo água", não foi em absoluto a física de Newton, mas
o menos
> importante de sua monumental obra. Supervalorizou-se aquilo que era
> decorrente de uma essência e desprezou-se a essência.



Lígia: Acho que não consegui alcançar o ponto nevrálgico: como
Newton definia tal "espaço absoluto"? Algo imutável, estanque e que
necessitaria do "movimento" para estar sujeito às Leis que ele
elaborou?


> Perceba que as coisas estão se entrelaçando. Que causas seriam
essas a que
> Newton se refere como a "serem descobertas" e a justificarem as
três leis do
> movimento? Pois as leis ele já havia descoberto e até mesmo
percebido que
> seus campos de atuação não seriam irrestritos, como de maneira
errada hoje
> insistem em afirmar. Mas para efetuar essa depuração, para entender
> devidamente qual seria de fato o campo de aplicação das leis de seu
modelo
> que dava certo, ele insistia que se perseguisse suas causas. Que
físico,
> após Newton, seguiu essa sugestão? Pelo visto, suas palavras foram
jogadas
> no vazio por mais de três séculos, e se alguém se dispôs a valorizá-
las, a
> voz desse alguém foi esmagada. E eu sei com que intensidade, pois
estou
> passando por esse esmagamento há cerca de 20 anos.


Lígia: Esse lado oculto, ou a que não se tem acesso normalmente
quando estudando sobre cinemática é muito interessante. Sinceramente
tem sido muito bom aprender mais sobre o que Newton pensava e as
aplicações de tais pensamentos. E sinceramente eu não entendo:
tendo em mãos uma forma de alcançar respostas simples a questões
simples, qual o porquê da insistência em continuar buscando respostas
cada vez mais complexas para as mesmas questões "simples"? Imagino
que seja o mesmo que faz com que em um escritório onde apenas 2
trabalham confortavelmente dando conta do recado, algum "padrinho"
desejasse colocar mais 10 sobrinhos... :)) Acaba que todos irão
bolar o que fazer para merecer o ganha pão no fim do mês...
inclusive colocar chifre em cabeça de cavalo!


> Acrescente agora, aos três essenciais acima citados, mais um: 4)
existe a
> "informação do movimento da matéria", algo que Newton deixou no
bolso do
> colete sob o nome de "espírito da matéria".

Lígia: Enfim ELE, o espírito da matéria! O representante direto do
absoluto para o movimento! Que não me "escutem" agora...


Só nos resta agora completar o
> quebra-cabeças para concluirmos que as causas a responderem pelas
três leis
> foram enfim descobertas, podendo-se até mesmo intuir em que
condições essas
> leis não irão funcionar, *da maneira como foram propostas*.
Obviamente,
> "informação" implica em "ação", ou seja, um campo de informações
nada mais é
> senão um local onde os elementos materiais trocam movimentos entre
si em um
> ritmo alucinante.

Lígia: Sim! A todo tempo, mesmo quando estão "parados".


> Mas... Se a matéria informa que está em movimento, e essa
informação é um
> essencial de uma física coerente... Que raios de movimento ela está
> informando? Não seria um movimento absoluto? Pois do contrário a
informação
> não poderia ser nunca um essencial! Para cada referencial ela seria
> diferente, pois o movimento relativo seria diferente! Dá para
perceber a
> genialidade newtoniana? Suspeitar, no século XVII, aquilo que quase
ninguém
> suspeitou nos dois milênios anteriores, bem como nos três séculos
seguintes!


Lígia: Acabo de ler uma mensagem que o Sérgio Taborda postou nessa
thread. Bem, ele não concorda com a genialidade de Newton, ou não a
percebe... de fato, a idéia de trabalhar com "absolutos" em meios
relativos acaba fazendo com que não se abranja a ordem de grandeza de
um raciocínio como o que você percebe no que Newton postula. O que
eu percebo é algo que pode-se estender para muito além do que os
movimentos corriqueiros de anda e pára, mexe, não mexe a que estamos
sujeitos. Ao assumir-se que há tal movimento absoluto, assume-se
que tal movimento é absoluto de acordo com o referencial?


> E neste último caso, ninguém suspeitou por não terem entendido o
que Newton
> não só deixou escrito, mas também defendeu com um vigor ímpar.
Percebe
> porque é que eu digo que a física moderna é brincadeira? Quem
dirigiu uma
> Ferrari jamais se conformará em ter que voltar para o seu
fusquinha, por
> mais que ele funcione e nos leve a qualquer lugar. Pois a física
moderna
> nada mais é senão esse fusquinha com pneus recauchutados (ad hoc)
de tempos
> em tempos. ;-) E a física newtoniana é uma só, a apoiar-se em quatro
> essenciais perenes e absolutos, e quase nada mais; e coloco aí
um "quase"
> porque o que há a mais pode sempre ser relativizado, a exemplo da
energia.

Lígia: No meu entender, a analogia melhor seria entre uma Ferrari e
um carro popular desses descartáveis... comprei um Celta 0 Km que
acredito, pode quebrar se eu for mais "enfática" ao dirigi-lo... :)



> > Lígia: Mas não é justamente a energia potencial de uma partícula
que
> > determina o "estrago" que ela possa provocar em um ambiente, tanto
> > maior quanto maior for sua massa e as devidas proporções? O que
um
> > meteorito "carrega/porta" consigo senão a energia potencial
> > transformada em cinética que permite o choque? Penso nisso quando
> > penso em partículas colidindo, por exemplo.
>
> Tudo isso é verdade. Mas o que seria essa energia potencial?
> Macroscopicamente poderíamos utilizar a analogia de um sistema
dotado de
> molas. Mas e no microcosmo? Se duas partículas estão presas, uma em
órbita
> da outra, e não enxergamos esse movimento orbital, podemos pensar
que se
> conseguirmos soltá-las, as suas energias (até então ocultas) se
mostrarão
> para nós como energia cinética. Mas o que é que estava prendendo
essas
> partículas? Não seria um campo de informações? Pois esse campo não
precisa
> ser energético, simplesmente ele deve colaborar para que a energia
cinética,
> que cada partícula já possuia, fique oculta ou mascarada, como se o
conjunto
> de duas partículas em órbita fosse uma partícula só em repouso
(pois o
> centro de massa do conjunto está em repouso).

Lígia: Eu tenho alguns problemas em pensar sobre isso. Veja: se há
apenas o campo de informação e há a energia decorrente do mesmo
"inserida" no conjunto e ou nas partículas unitárias envolvidas em
movimento "recíproco", como é que a energia cinética pode
ser "mascarada" se há movimento? A energia cinética não é a que
determina o movimento a que partículas em um sistema chegam a
desenvolver? Tudo bem, isso é macroscópicamente falando... mas se a
física Newtoniana pode ser aplicável a partículas a nível atômico,
ela deve manter suas características mesmo quando em circunstâncias
tais como as referentes ao mundo muito pequeno... ou não?


> > Daí a grande "felicidade" em ler que já foi detectada a massa de
fótons.
> > Uma lacuna na minha concepcção de Universo foi preenchida.
>
> Essa massa tem um sabor de massa da física moderna, a se confundir
com
> energia. Tanto é que os físicos modernos afirmam que o fóton, como
tal,
> teria massa, mas a sua massa de repouso (obviamente no vácuo)
*deveria* ser
> nula. Isso soa até esquisito, pois como é que uma coisa que em
teoria está
> proibida de permanecer em repouso *no vácuo* (decreto de Einstein)
poderia
> ter alguma propriedade estimável nesta condição proibida? Isso seria
> impossível até mesmo pensando-se como um limite, pois o decreto não
permite
> que essa velocidade c seja reduzida de fator nenhum, logo não há o
que ser
> extrapolado. Enfim, é o que procuram nos fazer engolir, mas isso
não me
> desce redondo nem mesmo acompanhado pela Skol. ;-) Sem dúvida, em
física
> clássica podemos perfeitamente pensar em massa de fótons, mas
precisaríamos
> primeiro caracterizar bem o significado de massa em nível
microcósmico e, a
> seguir, conceituar bem o que seriam esses fótons (creio que já
cheguei a
> situar de leve esse problema).

Lígia: Já sim... :)) Bem, se por fótons entende-se um conjunto de
corpúsculos de Newton, a primeira coisa a ser feita seria: encontrar
tais corpúsculos e achar-lhes a massa... caso contrário não poderiam
ser classificados por corpúsculos, já que um corpo por definição
apresenta massa e volume. O que fazer então?


> > Lígia: Isso levando-se em conta que tudo deva estar em movimento.
>
> Perfeito. E vou além: movimento em relação a um referencial
absoluto, único
> e imutável. Por exemplo, o referencial de um *hipotético* big-bang
clássico.

Lígia: É... lá vamos nós ao *absoluto*... pelo jeito intuí
certo! :))


> > Lígia: Esse trecho dá uma idéia do que é o determinismo. Gostei
da
> > sua citação. Mas isso também dá a idéia de imutabilidade... o
que
> > não coaduna com a idéia de "matéria" uma vez que tudo está em
> > movimento e em constante processo de mudança e reaproveitamento.
> > Disso Newton ainda não sabia, ou demonstra não ter conhecimento no
> > trecho que você cita...
>
> Mas a idéia de matéria para Newton não era muito diferente, em
essência, do
> conceito macroscópico associado a corpos rígidos. [...]Ou seja, a
matéria no microcosmo não é exatamente idêntica à
> noção intuitiva que temos de matéria macroscópica, mesmo porque são
poucos
> os campos de informação (cimento) bem conhecidos e que concebemos
em nossa
> imaginação (por exemplo, as ligações atômicas através de pares de
elétrons -
> ligações covalentes).
>
> Por outro lado, nessa história de que tudo é movimento, está
faltando alguma
> coisa. Movimento de quê? Relativo a quê? Segundo a física newtoniana
> existiriam os tijolos que estariam em movimento e em virtude desse
> movimento gerariam o cimento (informação) a agruparem esses tijolos
numa
> complexidade crescente até chegarmos na matéria macroscópica.
Seria "o yang
> gerando o yin e o yin gerando o yang, em sua mutação sem fim".

Lígia: Ou o movimento gerando a ausência de movimento, a ação
gerando a não ação (passividade). Mais uma vez a dualidade...


> Sem dúvida, tudo isso retrata um determinismo teórico microcósmico,
mas não
> sei se nessa evolução do simples para o complexo não haveria um
ponto de
> quebra desse determinismo. Talvez quando a termodinâmica começar a
entrar em
> ação. Até um certo nível de elementaridade (creio que até o
surgimento dos
> elétrons) os processos parecem ser reversíveis. Aliás, acho que
tanto no
> microcosmo (em sua expressão mais simples) quanto no macrocosmo (em
sua
> expressão mais ampla) os processos são totalmente reversíveis. É aí
que
> "aposto" em uma outra de minhas teorias a concluir que o universo é
eterno,
> sem princípio nem fim.

Lígia: Bem, vamos então tentar entender as consequências de um
Universo sem início nem fim. Ou a matéria em seu aspecto mais
elementar está em constante "criação" a fim de fundamentar tal
alegação, ou alguma coisa está errada quando levamos em conta o que é
observado a partir desse nosso pontinho de vista terreno, isto porque
ao que tudo indica e ao que a observação mais e mais acuradas do que
ocorre em galáxia dá mostras, é que há um processo de nascimento e
morte envolvendo e envolvido em qualquer ocorrência cósmica. Tudo o
que se vê surgiu de alguma outra coisa a partir de alguma força
externa ou não atuante. Para que um Universo fosse "incriado", ou
sem um princípio, as galáxias bem como todo o conjunto "deveria"
estar estático ou para onde iriam todas as galáxias visíveis quando
da criação de mais outras galáxias num processo sem fim? E, dado que
galáxias morrem, como um sistema dessa natureza seria auto-
sustentável se a partir da matéria transmutada pelos bilhões de anos
de reações constantes o que resta é algo que não pode ser
reaproveitado devido à incapacidade de reação? O que acontecerá
quando todo hidrogênio disponível no Universo for consumido pela
fusão e a geração de elementos mais pesados que demandam muito mais
energia para serem "manipulados" pelas forças em questão? Assim, de
onde seria advinda a matéria a fim de dar conta da geração de mais e
mais elementos no sistema quando a capacidade "reativa" fosse
esgotada? Das cinzas não se pode recriar madeira... o raciocínio é
mais ou menos este, Alberto... :/



> > Algumas vezes, em alguns devaneios, eu vejo a origem do
> > Universo como a origem do movimento e do constante aproveitamento
> > energético desencadeado pelo "empurrão" inicial. Nada de
misterioso,
> > só algo que não para porque ainda tem energia... E aí, como
ficamos?
>
> Cientificamente falando eu não consigo ver nem início nem fim para o
> Universo. Extra-cientificamente falando, diria que ou ele sempre
existiu
> como tal, ou então ele foi criado por um ser superior. Com respeito
a seu
> destino: ou ele sempre existirá como tal, ou ele será destruído por
um ser
> superior. Em resumo: Não acredito nem em um efetivo big-bang e nem
em um
> efetivo big-crunch. Obviamente eu tenho que resolver esse problema
sob o
> ponto de vista da termodinâmica, mas não me parece ser nada
impossível.


Lígia: Mas não se pode fechar os olhos para o que as pesquisas na
base da observação demonstram:

1. estrelas nascem, "crescem" e morrem... o crescem representado
pela capacidade de emitirem fótons, e o morrem pelo consumo da
totalidade de seu combustível e a consequente reação de colapso,
tanto maior quanto maior for a massa da estrela em questão...

2. conjuntos estelares existem pela força gravitacional atuando sobre
as estrelas, fazendo com que estas mantenham-se em órbita umas das
outras ou em órbita de um centro de massa, como é o caso dos núcleos
galáticos;

3. Existe um polo atrativo extremamente potente no interior de tais
núcleos galáticos, observável pelo movimento muito rápido de estrelas
que orbitem a periferia de tal centro... e todas as estrelas de uma
galáxia tendem a serem atraídas para tal polo atrator com o passar do
éons...;

4. É matemática e cientificamente provável (observável mais pelos
efeitos imediatos sobre a matéria sendo "tragada" para tais polos)
que tais polos atratores sejam buracos-negros. A reação de colapso
que determina o fim de ciclo "vital" de uma estrela massiva não
chega a ser um dogma para mim mas é compreensível, mesmo sem que se
envolva qualquer componente quântico à questão. É ação e reação pura
e simples. O "dobramento" do espaço pelo efeito da gravidade não é
impossível de ser descrito pela própria física newtoniana embora eu
desconheça a natureza de tal espaço dentro dos conceitos
newtonianos...;

5. Portanto, caso a matéria não seja reciclável, ou seja gerada
constantemente em locais ainda não observados, todas as galáxias
visíveis têm seu fim já traçado: suas estrelas serão tragadas pelo
seu núcleo, como num ralo... e o que restará será apenas e tão
somente um buraco-negro ultra hiper massivo deformando o espaço ao
redor de si para todo sempre... e possivelmente brilhando quando de
sua "anulação" pela emissão contínua a intervalos de tempo de um
átomo... de acordo com Hawking. :)) Esta é a "morte"g alática em
sua mais crua acepção... e estamos todos fadados a isso, sem
exceção.

6. Pode até ser que não haja buracos negros no centro galático (o
que implica em se apoiar na invalidação do que vem sendo observado
sistematicamente pelos telescópios como o Hubble, por exemplo) mas
mesmo assim, quando não houver mais hidrogênio disponível em nuvens
de matéria interestelar dentro das galáxias, não haverá mais
nascimentos de estrelas e consequentemente quando a última esgotar
seu combustível, a galáxia "apagar-se-a"...

7. Se há um fim previsível... porque não haveria um início?




> Acredito mesmo já ter chegado à solução e não me parece ser uma
hipótese ad
> hoc, mas uma hipótese necessária: a da existência dos entropinos,
que
> acredito serem os próprios neutrinos [Espero que os quânticos não
venham me
> cobrar royalties por isso. :-)]. Seriam corpúsculos de Newton
atípicos e em
> essência idênticos àqueles que entram na constituição dos fótons,
mas
> propagando-se de maneira atípica e, em virtude disso, incapazes de
entrarem
> num elétron, proeza essa que os fótons realizam com a maior
facilidade.

Lígia: Os entropinos ou neutrinos teriam a capacidade de criar
uma "teia" de sustentação gravitacional para o Universo... impedindo-
o de se expandir ad infinitum... até aí tudo bem. Mas e a questão
da "matéria prima auto sustentável"? De onde surgiriam mais átomos
de hidrogênio suficiente para a criação de mais estelas e galáxias, e
para onde iriam as galáxias moribundas? Onde está o berçario de
novas galáxias se estas que contemplamos estão com seus bilhões de
anos contados? :))


> > Lígia: Isso! É bem mais coerente! E é bem mais coerente ainda
com
> > a idéia de "imersão" em algo como Deus, por exemplo, ou
Consciência,
> > como diria um Goswami da vida.
>
> A esse respeito eu diria que a ciência é neutra. A boa teoria não
implica em
> sua potencialidade em nos aproximar de Deus. A esse respeito já
citei aqui
> na Ciencialist que um professor chegou a criticar com veemência a
minha
> teoria pois ele já havia concluído que a teoria quântica seria a
única capaz
> de justificar a sua crença na existência de Deus, dando a entender
que ao
> desafiar a teoria quântica eu estava me postando como um herege no
sentido
> religioso do termo. Pobre coitado! Sua fé é tão grande quanto seus
> conhecimentos em mecânica quântica, e quero crer que pela primeira
vez os
> quânticos irão concordar comigo ;-). Por outro lado, e como já
afirmei, todo
> teorizador deve ser intuitivo, e isso implica em conseguir, de
alguma
> maneira, se comunicar com o cosmo. Mas não vou além disso, pois não
sei o
> que seria essa comunicação, e pode bem ser um fenômeno
ilusório. "Deus, oh
> Deus, onde estás que não respondes!" (Castro Alves). Seria essa
comunicação
> uma resposta? Sinceramente não sei e não vejo como saber, a não ser
através
> da fé e de mais nada.

Lígia: Veja só: se há um movimento absoluto, se há um espaço
absoluto, se há um "campo de informação de tal movimento
absoluto"... vamos somando, há um ponto de onde tais "absolutos"
partem e de certa forma, dada a "regionalidade" do universo, dividido
em setores do absolutamente "macro" ao infinitezimalmente
absoluto "micro", entende-se que tal "absoluto" envolva
tais "regionalismos" ou estamos simplesmente "fora" do salão de baile
especulando que música está tocando lá dentro... :))



> > Lígia: Interessante... mas qual a natureza de tais
corpúsculos? Um
> > fóton é um fóton... :) E um corpúsculo de Newton seria o que?
Qual
> > analogia seria aplicável aqui? Seriam o mesmo que fótons? Ou
> > estariam intimamente relacionados ao "espírito da matéria" sendo
> > portanto emanações físicas da mesma?
>
> Quero crer que as respostas estão implícitas no restante da msg e
pela
> primeira leitura rápida que fiz parece-me que você foi entendendo à
medida
> em que ia lendo o texto. Se eu notar que persistiu alguma dúvida
retornarei
> ao tema.

Lígia: Eu entendi. O problema como foi levantado pelo Colucci é que
o elétron e o fóton, não apresentam estrutura interna. Certo, deve
haver algum meio de se provar isto ou de provas em contrário e então
sim, há uma estrutura interna para léptons... até lá, fica mais
fácil estipular-se que um elétron e um fóton são "estruturas" de nada
com energia de emissão e que assumem características gregárias que só
então dão a entender que eles existem de fato. Fico imaginando o
tamanho de um acelerador de partículas apto a "quebrar"
elétrons... :) Mas tudo bem, eu sou paciente... :)

> Vou agora tentar avançar um pouco rumo à especulação.

Lígia: Bem cortei a explicação toda porque era extensa... mas ela
me parece viável sim. Impressionante a forma como você descreve a
natureza íntima de tais partículas... e os corpúsculos "cabem" aí
sim!



> > Lígia: E o que daria a "consistência" corpuscular a um único
elétron
> > tomando-se este modelo composto, por assim dizer? Que tipo de
forças
> > estariam envolvidas? Qual a natureza dessas mesmas forças?
>
> Seriam forças do tipo que escrevi mensagem 20853 -
> http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/20853 -,
quando fiz a
> analogia com o "andar no vácuo". Do ponto de vista matemático isso
é uma
> verdadeira loucura, mas não tenho dúvidas de que mais cedo ou mais
tarde
> chegaremos a um equacionamento a constatar se essa partícula
imaginária
> pode ou não ser estável, a despeito do que afirma a termodinâmica
> quântico-colucciana.

Lígia: Eu entendi! É apenas o movimento ou a informação do
movimento dos corpúsculos que dá a "consïstência" ao que quer que
eles formem. Retire-se o movimento e tudo volta ao "princípio"...
corpúsculos isolados não dotados de capacidade de "criar" formas...
lindo! Assim tudo deve-se à existência de um movimento absoluto
anterior até mesmo às causas... esse pensamento dá vertigem... mas
é lindo de ser "contemplado"! Antes que eu me anime muito... estou
certa nessa interpretação?


> > Lígia: ...mas mesmo assim a minha dúvida permanece: de qual
ordem seria a
> > força a unir tais corpúsculos de forma tal a obter-se um fóton,
ou um
> > elétron, ou prótons e nêutrons?
>
> Bem, não respondi de maneira satisfatória, apenas forneci um
caminho a ser
> seguido por cima de uma especulação a meu ver bem fundamentada.
Quanto a
> prótons e nêutrons as coisas se complicam bastante. Perceba que
estamos
> falando na estrutura íntima da matéria e até agora não apareceu
nada a
> sugerir a existência de um campo gravitacional. Não é estranho
isso? Onde
> está a gravitação afinal? Não é uma propriedade da matéria? Mas a
partir de
> que nível da estrutura da matéria? Eu diria que a gravitação está
> relacionada à complexidade estrutural do nêutron. Este, por outro
lado,
> guarda um parentesco íntimo com o próton que, por sinal, em sua
estrutura
> grosseira (num primeiro zoom após a "visualização do átomo)
assemelha-se
> muito com o elétron (principalmente pelo fato de ser uma partícula
também
> girante). Mas eu acho que para seguir esse caminho teríamos que
discutir
> muitas outras coisas.

Lígia: Nossa, eu posso ter tido um insight lendo o que você escreveu
como explicação para a ägregação" dos corpúsculos a criarem um único
elétron. A impressão que eu tenho é a de um movimento cosntante
gerando informações tais que assumam a aparência"d e partículas e
seus respectivos campos associados, quer de natureza elétrica, quer
magnética, quer gravitacional... a gravitação estaria inserida no
próprio conceito de movimento ou "daquilo que permite que os
corpúsculos permaneçam constituintes de alguma outra coisa",
o "movimento constante" é a chave para a gravitação!


> Queria apenas chamar a atenção para um fato citado por Newton: A
gravitação
> "não é uma propriedade inata, inerente e essencial à matéria". Se
isso for
> verdade, e não tenho dúvidas que é, nem todas as partículas ditas
> elementares geram campos gravitacionais, o que *não é o mesmo que
dizer que
> não tenham massa inercial*. Putz! Você está afim de destrinchar
todos os
> detalhes íntimos da minha teoria? ;-)) Para mim seria ótimo, mas
quero crer
> que se eu continuar expondo minhas heresias mais extravagantes,
muito em
> breve acabaremos sendo expulsos da Ciencialist. :-) ou seria :-( ?

Lígia: Mas não tem nada de herético! É simplesmente brilhante!
Vamos em frente. Aposto como nunca ninguém se atreveu a "forçá-lo" a
dizer tudo assim abertamente. Nào que eu esteja "forçando"... mas é
que eu estou realmente empolgada com as repercuções de tais idéias
para a comrpeensão de algo que sempre me pareceu sem respostas...
Podemos, hum? :)


> > Lígia: [...] Mas veja que a natureza de tais partículas ou
corpúsculos de
> > Newton deve estar bem estruturada a fim de dar sustentação a seus
> > argumentos.
>
> Sem dúvida. Esse é o caminho que devo seguir e deveria ser o ponto
> fundamental a orientar meus críticos. Não obstante eles preferem me
criticar
> porque as "minhas" partículas contrariam os postulados da física
moderna.
> Ora, e eu com isso! Quem tem que dar conta desses postulados
absurdos são
> eles, não eu. Minhas hipóteses são outras. Sem querer bajular, esta
é a
> primeira vez que estou recebendo uma crítica aprofundada e ao mesmo
tempo
> decente.


Lígia: Ah... mas é porque eles acham que já sabem. Eu só sei que
nada sei... :)) Daí a vontade de saber das suas respostas às minhas
perguntas, nada mais.



> [...]*Muito*
> resumidamente diria que "teoria é um conjunto de hipóteses
coerentemente
> interligadas, tendo por finalidade explicar, elucidar, interpretar
ou
> unificar um dado domínio do conhecimento". Uma
hipótese "comprovada" através
> de uma observação controlada (teste e/ou experiência) nos permite
suspeitar,
> através de um raciocínio indutivo (do singular para o geral), sua
condição
> de lei. Um outro artigo no qual comento alguma coisa a esse
respeito é
> "Teoria sobre o método científico", que está em
> http://ecientificocultural.com/ECC2/artigos/metcien1.htm

Lígia: Certo, lerei!



> > > Pela minha teoria não é sempre que dois elétrons se repelem, há
> > > condições em que eles chegam a se atrair.
>
> > Lígia: E quais seriam tais condições? Acho interessante a forma
> > como sua teoria casa com certos princípios que fazem parte de
outro
> > ramo de conhecimento ancestral que diz que "semelhante atrai
> > semelhante"...
>
> Neste caso vou responder mostrando como seria o casamento da minha
teoria
> com a lei de Ampère. Vou apelar para uma figura do meu website, a
figura
> http://ecientificocultural.com/ECC2/figuras/correntes4.gif e vou
reproduzir
> aqui o texto que a acompanha: "A força magnética que surge entre
duas
> correntes elétricas é conseqüência da somatória dos torques
orientacionais.
[...] . Ou seja, essa
> idéia casa-se com o conhecimento ancestral que você afirma sem ir
contra o
> também ancestral princípio oriental a dizer que "yin repele yin e
yang
> repele yang".

Lígia: Obrigada pelas explicações!



> > Lígia: Fico imaginando a "papa" primordial logo no início do
> > Universo, se é que ele teve algum. Baseando-se nisso que você
diz,
> > como você imagina tal início?
>
> No passado eu já cheguei a me preocupar com isso, e cheguei a bolar
alguns
> modelos. Mas desisti a partir do momento que conclui que o Universo
é
> eterno, sem princípio nem fim. O big-bang não existiu, ele existe
ainda
> hoje, e tem a função de realizar a negüentropia do Universo. É por
isso que
> digo que a entropia do Universo não aumenta. A entropia aumenta no
Universo
> que enxergamos, mas esse aumento se desfaz com a reestruturação da
matéria
> em seu estado primordial. A nossa Galáxia vai se consumindo em
entropinos à
> medida em que viaja para os confins do Universo, mas outras
galáxias são
> reconstruídas a partir desses entropinos que realimentam
eternamente o
> big-bang.

Lígia: Aqui está a resposta àquilo que comecei especulando lá no
meio da mensagem... quer dizer então que tudo tem origem e fim
sempre? De toda forma esta idéia é muito bizarra quando confrontada
com a realidade do que é visível... mas vai daí que o que é visível
não corresponda à realidade... enfim, é mais uma idéia interessante
e que pretendo entender em detalhes. Obrigada!


> > > Solto meu lápis e ele cai numa direção bem definida, como se
soubesse
> > > que a Terra está abaixo. Ou seja, o lápis sofre um puxão a
distância do
> > > mesmo tipo de todos esses outros puxões ou empurrões. De alguma
maneira
> > > ele foi "informado" pela Terra que a Terra estava abaixo dele.
>
> > Lígia: Como se houvesse um meio unindo "ambas as extremidades"
de um
> > mesmo ato?
>
> Se entendi a analogia, acho que é isso mesmo. A informação é emitida
> continuamente pelas duas partes, logo é como se algo estivesse
unindo os
> corpos.

Lígia: Isso é realmente muito interessante, principalmente porque
não descarta outros aspectos do plano que comumente eu
considero "extra-dimensional". Na realidade, segundo o que você
afirma, o tempo e o espaço estariam "interligados" unicamente pelo
movimento desenvolvido pelo que compõe a matéria e as informações só
se transformam em ações quando há uma continuidade entre o evento
desencadeador e o evento resultante. Veja que tal idéia não
inviabiliza nem joga para o plano puramente subjetivo o que se
relacione à percepção extra-sensorial. Volto a falar nisso.


Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: Erich Weick <erich_weick@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/02/2003 20:32

Como acadêmico de engenharia elétrica me sinto na liberdade de fazer
algumas considerações:

1 - Ao invés de falar em substâncias isolantaes ou condutoras, deveria-se
falar em rigidez dielétrica das substâncias, que em termos simples é a
capacidade das mesmas se oporem a passagem de corrente elétrica. Os
materias ditos "isolantes" (ou materiais dielétricos) na verdade possuem
alta rigidez dielétrica o que não quer dizer que a corrente elétrica não
possa circular por elas. Nesta classe podemos incluir a água e o ar.
Quanto maior a rigidez dielétrica de uma substância ou meio e maior for a
distância dos pontos cujo os quais deseja-se estabelecer uma ligação
elétrica(eletrodos por exemplo), maior será a dificuldade de fazer
circular a corrente elétrica. Complicado?

2 - A explicação de Luiz Ferraz Netto está corretíssima, utilizando
adequadamente os conceitos de potencial elétrico.

3 - Só haverá choque elétrico se a corrente elétrica circular pelo corpo,
para isso deverá haver uma diferença de potencial forte o suficiente entre
duas partes do corpo para estabelecer a passagem de corrente elétrica.
A explicação do pássaro sobre a rede de alta tensão é bastante adequada
para exemplificar. Como o condutor está potencializado com um único
determinado potencial elétrico não haverá diferença de potencial entre os
pés do pássaro, consequentemente não circulará corrente por ele.

4 - Água pura é um excelente dielétrico. Água com sais inorgânicos
misturados nela torna-se um eletrólito. É fácil verificar que se
misturarmos outras substâncias na água estaremos alterando suas
características dielétricas. Quer uma experiência simples? Utilize uma
luminária qualquer, aquelas que o fio da tomada são dois condutores
paralelos(vulgo fio paralelo). Corte cuidadosamente apenas um desses fios,
descasque 1 cm de cada ponta e use dois tubos plásticos de caneta
esferográfica para introduzir as pontas e formar dois eletrodos para
segurar com as mãos. Depois em uma bacia plástica coloque água, ligue a
luminária na tomada e introduza os eletrodos na água. Vai ver que a
luminária não acende. Mas se misturar sal de cozinha na água o resultado
será outro.

5 - "Ah! faltou responder que enfiando os dois fios dentro d'água não
haverá "curto" algum! É maçante aquela história de detetive (Calombo)

que vai resolver o caso da mulher que morreu eletrocutada na banheira

porque o marido deixou cair lá dentro o secador de cabelo (ou rádio,
ou liquidificador ou sei lá o que.)"

Realmente você não vai produzir um curto-circuito atirando um
eletrodeméstico na água... mas se você intruduzir um pedaço de fio
elétrico com as pontas descascadas nois dois orifícios da tomada
simultaneamente, aí sim você terá um curto-circuito. A idéia de curto
circuito é o contato elétrico acidental e geralmente danoso entre dois
pontos distintos de um circuito elétrico com diferentes potenciais
elétricos, por isso utilizei o exemplo de colocar um fio na tomada.

6 - Finalmente, montando o quebra-cabeças:

A história da eletrocussão na banheira vem de algumas décadas atrás
quando as banheiras era de metal, parafusadas no chão e os encanamentos na
sua maioria eram de metal. Também do hábito de se usar os sais de banho,
dos quais muitos possuíam carbonatos na composição(sais inorgânicos), os
quais dissolvidos na água a tornavam um eletrólito...
O fato de a banheira estar parafusada no chão e utilizava encanamentos
metálicos a ligava eletricamente com toda a estrutura metálica hidráulica
da casa ou prédio, uma espécie de ligação terra. Se acidentalmente um
eletrodoméstico qualquer caísse na água imediatamente estabeleceria o
contato elétrico com a nossa "ligação terra" através da água que agora era
um eletrólito. O pior caso poderia ser de uma pessoa deitada na banheira
com as costa em cima do ralo e o eletrodoméstico caindo sobre seus pés. A
corrente elétrica estabelecida nestas condições era muitas vezes fatal,
por isso a historinha do detetive não é assim tão ridícula como pode
parecer.
Felizmente hoje em dia com os modernos chuveiros elétricos isso não
contece. O chuveiro, o ralo, o encanamento e tudo mais são de plástico o
que impossibilita uma "ligação terra" acidental. No entanto nem sempre a
qualidade da água que nos é fornecida é das melhores. Se houverem muitas
impurezas salinas misturadas na água a sua rigidez dielétrica diminuirá
sensivelmente. Dessa forma, uma distância irrisória de 10 cm já poderia
ser perigosa.
Existem alguns casos já estudados por Walfredo Schmidt, professor de
engenharia elétrica da Universidade Makenzie, em quais pessoas realmente
morreram eletrocutadas nos seus chuveiros nessas condições. Provavelmente
ao levantar o braço para lavar a parte inferior e as axilas, eles devem
ter aproximados demais as pontas dos dedos do chuveiro o que, junto com as
condições acima descritas, resultaram em acidentes fatais algumas vezes.
Pelo simples fato da pessoa não estar "aterrada" não garante que o contato
com um potencial elétrico diferente de zero não seja prejudicial, o
simples transitório elétrico neste momento pode ser fatal também.
Quanto ao que Ligia falou sobre as sensações desconfortáveis em
ferimentos durante o uso de uma torneira elétrica, basta retomar algumas
lições de biologia do ensino médio. As terminações nervosas de nossa pele
responsáveis pelo tato estão espalhadas por toda a pele como todos bem
sabem. Quando tocamos algo, pressionamos a pele de modo a sensibilizar
estas terminações o que nos dá a sensação do tato.
Ao nos cortarmos ou nos ferirmos de alguma forma, deixamos expostas
muitas dessas terminações nervosas que são extremamente sensíveis. Sem a
proteção da pele íntegra elas podem ser sensibilizadas exageradamente por
estímulos pequenos. Como a água de torneira é clorada, podemos ter uma
mínima condução de corrente elétrica até as mãos, o que normalmente não é
sentida devido a baixíssima intensidade, mas que pode sensibilizar
fortemente as terminações nervosas expostas em ferimentos.

Acho que devo ter escrito bastante... é claro que eu também sou
passível de errar, portanto se alguém detectou algum erro ou quiser
discutir mais o assunto é só entrar em contato.
Um abraço a todos.

Erich

============================================================================


--- Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br> escreveu: > Léo,
>
> Vou ter que discordar, ou pedir por uma explicação. Acontece que eu
> sempre tenho algumas feridas na pele, caso sério de alergia a
> sabonetes & água clorada... enfim é algo com que convivo. Pois
> então veja: dependendo da extensão e/ou profundidade da ferida,
> quando tomo banho descalça, costumo sentir a ferida arder
> intensamente quando sob o jato d'água do chuveiro. Ardência esta que
> se finda rapidamente quando o chuveiro é desligado ou apenas a
> resistência é desligada. O mesmo acontece quando lavando louça com a
> torneira elétrica e algum corte por faca (sou exímia em cortes com
> faca!) entra em contato com a água quente... sinto a corrente
> elétrica justamente no corte. É uma sensação de ardor e leve
> formigamento... tanto mais intensa quanto mais profundo o corte ou
> ferida.
>
> Pergunta: O fato de não ocorrer "choque" não se daria pela isolação
> que a pele ilesa proporciona? Ao que tudo indica, ou pelo menos
> minhas feridas e cortes indicam, existe uma corrente
> elétrica "escoando" juntamente com a água do chuveiro ou da torneira
> elétrica... ou seria outra coisa?
>
> Beijos, Lígia
>
> PS: Sua explicação ao garoto está boa. O problema é a extensão da
> mesma. Será que ele vai ter paciência de ler?
>
> ***********************************
> --- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> escreveu
> > Recebi essa dúvida do consulente.
> >
> > "Meu nome é Adriano e gostaria de saber porque a água do chuveiro
> não da choque, já que a água passa pela resistência e essa esta
> ligada diretamente nas fases da rede elétrica, pois se colocarmos
> duas fases num recipiente de água entrará em curto. Talvez a
> resistência do chuveiro seja isolada, mas e quando a resistência
> abre???Nesse caso, o risco parece ser pior.
> > Obrigado "
> >
> > Critiquem minha resposta:
> >
> > "Olá Adriano,
> >
> > boa observação a sua. Todavia, a água do chuveiro realmente não 'dá
> choque'.
> >
> > 1- Parte da resposta está 'embutida' dentro da resposta à seguinte
> pergunta "por que o passarinho não toca choque se está pousado sobre
> um fio de alta tensão?
> > Comentemos.
> > Primeiro passarinho não pousa em 'fio de alta tensão'; ('alta
> tensão é propriedade associada a dois elementos') e sim em fio
> de 'alto potencial elétrico'; a diferença de dois potenciais é que é
> uma "tensão". Ao longo de um grosso fio de cobre ou alumínio (onde
> pousam os pássaros), sob alto potencial elétrico, o potencial
> elétrico diminuiu muito pouco com a distância. Para a pequena
> distância que existe entre as duas patinhas do pássaro pousado, a
> diferença de potencial no fio é irrisória, desprezível, insuficiente
> para fazer passar uma sensível corrente elétrica pelo corpo do
> pássaro. Em outras palavras, aquela região do fio e o pássaro, são
> equipotenciais.
> > O resistor do chuveiro (vulgarmente chamado de 'resistência'),
> na história do pássaro acima, faz o papel do fio de cobre
> (resistência muito pequena) e a água do chuveiro faz o papel de
> pássaro (resistência muito grande).
> > Pense agora numa pequena porção de água (alta resistência elétrica)
> tocando uma pequena região desse resistor pequeníssima resistência
> elétrica); a corrente elétrica irá passar pelo resistor em sua quase
> brutal totalidade; não passa pela água. Todavia, se passar
> um 'tiquinho de corrente', passará de 'onde' para 'aonde'? Grosso
> modo, numa linguagem simplória, do fio, para a água e retorna ao fio!
> >
> > 2- Aquela pequena porção de água encostada naquela pequena região
> do resistor (resistência), recebe dele uma certa quantidade de calor
> (desenvolvido no resistor por efeito Joule) e se aquece. Atenção!
> Recebe dele só 'calor' e absolutamente "nenhuma carga elétrica", a
> água cai 'quente' e não eletrizada!
> > A água não é um bom condutor de carga elétrica (na verdade,
> água pura é isolante elétrico!). A água proveniente do chuveiro
> apresenta alguma salinidade (sais em dissociação iônica) e como tal
> alguma condutividade elétrica. Todavia a intensidade de corrente
> elétrica que poderia passar pela água não depende apenas da
> condutibilidade dela, depende também, entre outros fatores, da
> diferença de potencial. Pense na pior das hipóteses: um fiozinho de
> água (contínuo ... o que não é nada comum em chuveiros!) que vai
> desde um terminal do resistor (potencial de 220 V) até o pé do
> cidadão que toma banho que está ao potencial de 0 V. Uma mísera
> diferença de potencial de 220V entre os extremos de um fiozinho de
> água praticamente isolante de 2 m de comprimento!"
> >
> > Parei aqui. Ta muito rebuscado para um garoto do ensino médio?
> (deduzo que seja do 3o ano, pelo teor do assunto). O que podariam?
> > Ah! faltou responder que enfiando os dois fios dentro d'água não
> haverá "curto" algum! É maçante aquela história de detetive (Calombo)
> que vai resolver o caso da mulher que morreu eletrocutada na banheira
> porque o marido deixou cair lá dentro o secador de cabelo (ou rádio,
> ou liquidificador ou sei lá o que.)
> >
> > []'
> >
> >
> > ======================
> > Luiz Ferraz Netto [Léo]
> > leobarretos@u...
> > www.feiradeciencias.com.br
> > ======================
> > -----Mensagem Original-----
> > De: Alatocheski@a...
> > Para: leobarretos@u...
> > Enviada em: domingo, 23 de fevereiro de 2003 12:55
> > Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -
> >
> >
> > Meu nome é Adriano e gostaria de saber porque a água do chuveiro
> não da choque, já que a água passa pela resistencia e essa esta
> ligada diretamente nas fases da rede elétrica, pois se colocarmos
> duas fases num recepiente de agua entrará em curto. Talvez a
> resistencia do chuveiro seja isolada, mas e quando a resistencia
> abre???Nesse caso, o risco parece ser pior.
> > Obrigado
> >
> > [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
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SUBJECT: Ciclo de vida de um parasita
FROM: "Joao de Carvalho" <joaobncarvalho@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/02/2003 20:42

Ciclo de vida de um parasita

Um protozoário é ingerido por mamíferos herbívoros. Ele se aloja no
fígado e consegue mandar seus ovos para o intestino, onde são
eliminados com as fezes. Um caramujo come as fezes e adquire os ovos,
que se transformam em larvas e vão para os pulmões do bicho. Lá eles
irritam os pulmões levando-os a produzir um muco que é expelido junto
com a larva. Este muco é muito apreciado por formigas, que o comem
ficando infectadas. Estas formigas, no fim do dia, devem retornar ao
formigueiro, mas o parasita vai para o cérebro delas e o altera de
modo que a formiga, ao invés de retornar ao formigueiro, sobe nas
plantas e morde as folhas, ficando com a mandíbula contraída não
podendo se soltar. Este é o momento que os mamíferos herbívoros saem
para comer as plantas, que estão com as formigas presas, e acabam as
ingerindo. O protozoário retorna ao fígado dos mamíferos completando
o ciclo.




SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/02/2003 21:20

Olá Erich,

--- Em ciencialist@y..., Erich Weick <erich_weick@y...> escreveu
> Como acadêmico de engenharia elétrica me sinto na liberdade de fazer
> algumas considerações:
>
> 1 - Ao invés de falar em substâncias isolantaes ou condutoras,
deveria-se
> falar em rigidez dielétrica das substâncias, que em termos simples
é a
> capacidade das mesmas se oporem a passagem de corrente elétrica. Os
> materias ditos "isolantes" (ou materiais dielétricos) na verdade
possuem
> alta rigidez dielétrica o que não quer dizer que a corrente
elétrica não
> possa circular por elas. Nesta classe podemos incluir a água e o ar.
> Quanto maior a rigidez dielétrica de uma substância ou meio e maior
for a
> distância dos pontos cujo os quais deseja-se estabelecer uma ligação
> elétrica(eletrodos por exemplo), maior será a dificuldade de fazer
> circular a corrente elétrica. Complicado?



Não... sou física e meu marido é engenheiro elétrico-eletrônico.
Assim tal explicação é coisa simples, corriqueira aqui em casa...
Conversamos de transístores e dielétricos para cima :)) Mas to
brincando. Gostei da sua explicação. Entendi quanto ao fato de
haver a possibilidade de alguma "corrente elétrica" chegar à pele
através da própria água. Pelo menos o que você explica dá a
entender. O caso é que não se sente tal corrente mínima quando a
pele está ilesa, isenta de feridas/escoriações... ok.




> 2 - A explicação de Luiz Ferraz Netto está corretíssima, utilizando
> adequadamente os conceitos de potencial elétrico.


Sim também achei isso! Só pensei que um aluno de 3o. ano colegial
acharia a explicação um tanto quanto extensa e profunda... poderia
ser deixada de lado pelo referido aluno, ou desanimá-lo a compreender
(haja visto que se ele compreendesse não formularia tal pergunta).
Uma explicação simples seria: a corrente elétrica circulante na
resistência do chuveiro ( resistor... :) não "passa" para água
simplesmente porque a água não é boa "condutora" de corrente
elétrica. Ou algo que o valha... E porque ela não é uma boa
condutora? Porque a corrente elétrica encontraria dificuldade em
estabelecer-se por entre as moléculas que a compõe.



> 3 - Só haverá choque elétrico se a corrente elétrica circular pelo
corpo,
> para isso deverá haver uma diferença de potencial forte o
suficiente entre
> duas partes do corpo para estabelecer a passagem de corrente
elétrica.
> A explicação do pássaro sobre a rede de alta tensão é bastante
adequada
> para exemplificar. Como o condutor está potencializado com um único
> determinado potencial elétrico não haverá diferença de potencial
entre os
> pés do pássaro, consequentemente não circulará corrente por ele.

Eu que sempre pensei que o pássaro não levava choques porque não
estava em contato direto com os fios e o solo ao mesmo tempo...
tsc... :))



> A história da eletrocussão na banheira vem de algumas décadas
atrás
> quando as banheiras era de metal, parafusadas no chão e os
encanamentos na
> sua maioria eram de metal. Também do hábito de se usar os sais de
banho,
> dos quais muitos possuíam carbonatos na composição(sais
inorgânicos), os
> quais dissolvidos na água a tornavam um eletrólito...
> O fato de a banheira estar parafusada no chão e utilizava
encanamentos
> metálicos a ligava eletricamente com toda a estrutura metálica
hidráulica
> da casa ou prédio, uma espécie de ligação terra. Se acidentalmente
um
> eletrodoméstico qualquer caísse na água imediatamente estabeleceria
o
> contato elétrico com a nossa "ligação terra" através da água que
agora era
> um eletrólito. O pior caso poderia ser de uma pessoa deitada na
banheira
> com as costa em cima do ralo e o eletrodoméstico caindo sobre seus
pés. A
> corrente elétrica estabelecida nestas condições era muitas vezes
fatal,
> por isso a historinha do detetive não é assim tão ridícula como pode
> parecer.


É isso mesmo! Tomara que o Léo leia isso! Gostei, está de
parabéns!


> Felizmente hoje em dia com os modernos chuveiros elétricos isso
não
> contece. O chuveiro, o ralo, o encanamento e tudo mais são de
plástico o
> que impossibilita uma "ligação terra" acidental. No entanto nem
sempre a
> qualidade da água que nos é fornecida é das melhores. Se houverem
muitas
> impurezas salinas misturadas na água a sua rigidez dielétrica
diminuirá
> sensivelmente. Dessa forma, uma distância irrisória de 10 cm já
poderia
> ser perigosa.


Coisa que já me aconteceu: ao trocar a "quentura" da água de verão
para inverno, certa vez eu fui jogada no chão do banheiro... estava
embaixo d'água com os pés descalços e o chuveiro ainda tinha a "capa"
de metal... ainda bem que agora tudo é de plástico. Mas mesmo
assim, por via das dúvidas, eu sempre desligo o dito cujo antes de
mudar de inverno para verão, ou de fria para quente... :)


> Existem alguns casos já estudados por Walfredo Schmidt,
professor de
> engenharia elétrica da Universidade Makenzie, em quais pessoas
realmente
> morreram eletrocutadas nos seus chuveiros nessas condições.
Provavelmente
> ao levantar o braço para lavar a parte inferior e as axilas, eles
devem
> ter aproximados demais as pontas dos dedos do chuveiro o que, junto
com as
> condições acima descritas, resultaram em acidentes fatais algumas
vezes.
> Pelo simples fato da pessoa não estar "aterrada" não garante que o
contato
> com um potencial elétrico diferente de zero não seja prejudicial, o
> simples transitório elétrico neste momento pode ser fatal também.


Pois é... vide meu parágrafo acima...


> Quanto ao que Ligia falou sobre as sensações desconfortáveis em
> ferimentos durante o uso de uma torneira elétrica, basta retomar
algumas
> lições de biologia do ensino médio. As terminações nervosas de
nossa pele
> responsáveis pelo tato estão espalhadas por toda a pele como todos
bem
> sabem. Quando tocamos algo, pressionamos a pele de modo a
sensibilizar
> estas terminações o que nos dá a sensação do tato.
> Ao nos cortarmos ou nos ferirmos de alguma forma, deixamos
expostas
> muitas dessas terminações nervosas que são extremamente sensíveis.
Sem a
> proteção da pele íntegra elas podem ser sensibilizadas
exageradamente por
> estímulos pequenos. Como a água de torneira é clorada, podemos ter
uma
> mínima condução de corrente elétrica até as mãos, o que normalmente
não é
> sentida devido a baixíssima intensidade, mas que pode sensibilizar
> fortemente as terminações nervosas expostas em ferimentos.


Aham... a Lígia entendeu! Obrigada!


> Acho que devo ter escrito bastante... é claro que eu também sou
> passível de errar, portanto se alguém detectou algum erro ou quiser
> discutir mais o assunto é só entrar em contato.
> Um abraço a todos.
>
> Erich


O Professor Léo vai adorar! Não que com isso eu esteja induzindo o
professor a acatar incondicionalmente o que você diz...

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/02/2003 22:03

----- Original Message -----
From: Alvaro Augusto
Sent: Sunday, February 23, 2003 6:13 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro

> Assim mesmo, o sistema elétrico funciona e é isso que importa.
> Concorda comigo, Alberto?

Não há como não concordar. Esse problema chegou a ser focalizado
recentemente pelo Belisário, se bem que sob um outro ponto de vista (quando
ele comparou a física, a astrofísica e a astronomia). Eu pulei da medicina
para a física e notei uma diferença brutal, bem maior do que aquela que
acredito existir entre a engenharia e a física. Essa diferença não reside
tanto no objeto de estudo e/ou nos aspectos fenomenológicos, mas na maneira
de valorizar os conceitos que estão por trás desta fenomenologia. Mesmo
porque esta valorização relaciona-se a finalidades distintas.

Eu não gosto muito de dividir as ciências em puras e aplicadas, mas na
prática percebe-se que alguns cientistas preocupam-se tão somente em
produzir conhecimentos científicos (por exemplo, o físico, o químico e o
biólogo), enquanto outros estão mais preocupados em traduzir esses
conhecimentos em artefatos ou procedimentos úteis para a comunidade (por
exemplo, o médico e o engenheiro). Alguns gostam de distinguir ciência de
tecnologia, mas os limites não são muito nítidos. Conheço engenheiros ou
médicos que são mais cientistas do que tecnólogos, e conheço físicos e
biólogos que são mais tecnólogos do que cientistas. Acho que ser cientista
ou tecnólogo é muito mais uma questão de postura momentânea do que algo a
justificar um rótulo absoluto. Por exemplo, o Léo hoje está colaborando com
a ciência ao estudar e/ou produzir ectoplasmas em seu laboratório. Mas se
amanhã ele reunir uma quantidade suficiente de ectoplasma a ponto de
conseguir sair voando com a sua vassoura de Barretos até o seu sítio, quero
crer que ele estará produzindo tecnologia.

Em síntese: Acho que tanto você quanto o Léo estão certos nas suas
conclusões, se bem que estejam examinando o mesmo objeto por prismas
diversos.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: O tempo não é quantizado (discreto)?!
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/02/2003 22:38

Não sei se isso é notícia velha, mas em todo caso:

- Breaking Down Time
Struggling scientists try to apply quantum theory to time, but time
refuses to be quantized.
http://www.astronomy.com/Content/Dynamic/Articles/000/000/001/219fcvov
.asp

Agora, perdoem também minha ignorância, mas alguém pode explicar
melhor o experimento descrito na nota no link acima? Não entendi,
pensei que se os fótons estão em fase mesmo depois de longas
distâncias isso quer dizer que eventuais diferenças são pequenas
demais para ter alguma influência, abaixo do limite de Planck, o que
apoiaria um tempo discreto, mas na nota diz-se que isso implica em um
tempo contínuo. Alguém explica?

[]s

MK



SUBJECT: Re: O tempo não é quantizado (discreto)?!
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/02/2003 00:19

--- Em ciencialist@y..., "Marcelo Kunimoto" <airdown@i...> escreveu
> Não sei se isso é notícia velha, mas em todo caso:
>
> - Breaking Down Time
> Struggling scientists try to apply quantum theory to time, but time
> refuses to be quantized.
>
http://www.astronomy.com/Content/Dynamic/Articles/000/000/001/219fcvov
> .asp
>
> Agora, perdoem também minha ignorância, mas alguém pode explicar
> melhor o experimento descrito na nota no link acima? Não entendi,
> pensei que se os fótons estão em fase mesmo depois de longas
> distâncias isso quer dizer que eventuais diferenças são pequenas
> demais para ter alguma influência, abaixo do limite de Planck, o
que
> apoiaria um tempo discreto, mas na nota diz-se que isso implica em
um
> tempo contínuo. Alguém explica?

Eu explico! Bem... pelo menos pretendo.

A idéia é a seguinte: fótons são emitidos a todo instante por
estrelas e são estes os responsáveis pela luz que percebemos das
mesmas. Fótons, a percorrerem distâncias no universo, têm o tempo
associado ao seu movimento como em tudo o mais que se movimente, uma
vez que a velocidade ainda é estimada através da fórmula: V = S/t,
certo? :)

OK, vamos ao experimento. Supondo-se que o tempo fosse discreto a
fim de auxiliar na prevenção de certas incongruências teóricas
associadas à singularidades como o evento Big Bang, os fótons que se
locomovessem por bilhões de anos apresentariam pequenos desvios
detectáveis em observações de longa exposição como as efetuadas pelo
Hubble, através da perda de fase, o que implicaria na não formação do
halo luminoso detectável quando da observação de objetos distantes
por lentes circulares. Isso tem a ver com a ótica e com o foco:
lentes circulares concentram a imagem no foco. Tal concentraçào é
tanto mais visível quanto mais próxima a um ponto luminoso tal imagem
se apresentar. E assim, parte da luz recebida pelo foco da lente
tende a ser distribuída de forma descontínua a originar o halo... o
inverso acontece quando há perda de fase: a luz deixa de ser pontual
e difunde-se não propiciando portanto a formação de halo.

Um tempo descontínuo ou discreto determinaria que "feixes" de fótons
fossem emitidos em intervalos regulares de tempo de Planck e isso
implicaria em perda de fase simplesmente porque fótons seriam
emitidos em intervalos regulares de pelo menos uma unidade de tempo
de Planck e consequentemente alguns seriam emitidos antes que outros
atingindo o "alvo" em tempos diferentes. Desta feita, ao invés
de "parelhas" tais ondas luminosas associadas à luz apresentar-se-
íam "fora de fase"... sendo mais detectáveis tais "desvios" quanto
maiores as distâncias entre o objeto a ser observado e o observador.
O exemplo dos carros viajando a 90 e 92 Km/h sendo comparados depois
de terem viajado 1000 Km é bem ilustrativo disso.

O que acontece entretanto é que não há perda de fase em tais emissões
luminosas de longas distâncias uma vez que tais objetos muito
distantes observados também apresentam halo. Ora, se não há perda de
fase, isso implica dizer que os fótons estão sendo emitidos
continuamente e não há intervalos significativos a serem detectados...
logo o tempo é contínuo.



Beijos, Lígia




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 07:02

----- Original Message -----
From: "Sergio M M Taborda"
Sent: Sunday, February 23, 2003 12:11 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte

Caro Sergio

Parabéns. Você venceu.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Meire Cristina" <meiroca2001@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/02/2003 07:18

Oi Pessoal


Meu nome é Meire e sou nova no grupo. Fiquei com a mesma dúvda da Ligia,
afinal tbm tenho problemas com alergias e tenho a impressão de "choque" na
ferida, qdo o chuveiro ta ligado. Alguém sabe me explicar isso????





"A Matemática é como o amor, uma idéia simples que pode se tornar
complicada."





>From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
>Date: Sun, 23 Feb 2003 19:24:27 -0000
>
>Léo,
>
>Vou ter que discordar, ou pedir por uma explicação. Acontece que eu
>sempre tenho algumas feridas na pele, caso sério de alergia a
>sabonetes & água clorada... enfim é algo com que convivo. Pois
>então veja: dependendo da extensão e/ou profundidade da ferida,
>quando tomo banho descalça, costumo sentir a ferida arder
>intensamente quando sob o jato d'água do chuveiro. Ardência esta que
>se finda rapidamente quando o chuveiro é desligado ou apenas a
>resistência é desligada. O mesmo acontece quando lavando louça com a
>torneira elétrica e algum corte por faca (sou exímia em cortes com
>faca!) entra em contato com a água quente... sinto a corrente
>elétrica justamente no corte. É uma sensação de ardor e leve
>formigamento... tanto mais intensa quanto mais profundo o corte ou
>ferida.
>
>Pergunta: O fato de não ocorrer "choque" não se daria pela isolação
>que a pele ilesa proporciona? Ao que tudo indica, ou pelo menos
>minhas feridas e cortes indicam, existe uma corrente
>elétrica "escoando" juntamente com a água do chuveiro ou da torneira
>elétrica... ou seria outra coisa?
>
>Beijos, Lígia
>
>PS: Sua explicação ao garoto está boa. O problema é a extensão da
>mesma. Será que ele vai ter paciência de ler?
>
>***********************************
>--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
>escreveu
> > Recebi essa dúvida do consulente.
> >
> > "Meu nome é Adriano e gostaria de saber porque a água do chuveiro
>não da choque, já que a água passa pela resistência e essa esta
>ligada diretamente nas fases da rede elétrica, pois se colocarmos
>duas fases num recipiente de água entrará em curto. Talvez a
>resistência do chuveiro seja isolada, mas e quando a resistência
>abre???Nesse caso, o risco parece ser pior.
> > Obrigado "
> >
> > Critiquem minha resposta:
> >
> > "Olá Adriano,
> >
> > boa observação a sua. Todavia, a água do chuveiro realmente não 'dá
>choque'.
> >
> > 1- Parte da resposta está 'embutida' dentro da resposta à seguinte
>pergunta "por que o passarinho não toca choque se está pousado sobre
>um fio de alta tensão?
> > Comentemos.
> > Primeiro passarinho não pousa em 'fio de alta tensão'; ('alta
>tensão é propriedade associada a dois elementos') e sim em fio
>de 'alto potencial elétrico'; a diferença de dois potenciais é que é
>uma "tensão". Ao longo de um grosso fio de cobre ou alumínio (onde
>pousam os pássaros), sob alto potencial elétrico, o potencial
>elétrico diminuiu muito pouco com a distância. Para a pequena
>distância que existe entre as duas patinhas do pássaro pousado, a
>diferença de potencial no fio é irrisória, desprezível, insuficiente
>para fazer passar uma sensível corrente elétrica pelo corpo do
>pássaro. Em outras palavras, aquela região do fio e o pássaro, são
>equipotenciais.
> > O resistor do chuveiro (vulgarmente chamado de 'resistência'),
>na história do pássaro acima, faz o papel do fio de cobre
>(resistência muito pequena) e a água do chuveiro faz o papel de
>pássaro (resistência muito grande).
> > Pense agora numa pequena porção de água (alta resistência elétrica)
>tocando uma pequena região desse resistor pequeníssima resistência
>elétrica); a corrente elétrica irá passar pelo resistor em sua quase
>brutal totalidade; não passa pela água. Todavia, se passar
>um 'tiquinho de corrente', passará de 'onde' para 'aonde'? Grosso
>modo, numa linguagem simplória, do fio, para a água e retorna ao fio!
> >
> > 2- Aquela pequena porção de água encostada naquela pequena região
>do resistor (resistência), recebe dele uma certa quantidade de calor
>(desenvolvido no resistor por efeito Joule) e se aquece. Atenção!
>Recebe dele só 'calor' e absolutamente "nenhuma carga elétrica", a
>água cai 'quente' e não eletrizada!
> > A água não é um bom condutor de carga elétrica (na verdade,
>água pura é isolante elétrico!). A água proveniente do chuveiro
>apresenta alguma salinidade (sais em dissociação iônica) e como tal
>alguma condutividade elétrica. Todavia a intensidade de corrente
>elétrica que poderia passar pela água não depende apenas da
>condutibilidade dela, depende também, entre outros fatores, da
>diferença de potencial. Pense na pior das hipóteses: um fiozinho de
>água (contínuo ... o que não é nada comum em chuveiros!) que vai
>desde um terminal do resistor (potencial de 220 V) até o pé do
>cidadão que toma banho que está ao potencial de 0 V. Uma mísera
>diferença de potencial de 220V entre os extremos de um fiozinho de
>água praticamente isolante de 2 m de comprimento!"
> >
> > Parei aqui. Ta muito rebuscado para um garoto do ensino médio?
>(deduzo que seja do 3o ano, pelo teor do assunto). O que podariam?
> > Ah! faltou responder que enfiando os dois fios dentro d'água não
>haverá "curto" algum! É maçante aquela história de detetive (Calombo)
>que vai resolver o caso da mulher que morreu eletrocutada na banheira
>porque o marido deixou cair lá dentro o secador de cabelo (ou rádio,
>ou liquidificador ou sei lá o que.)
> >
> > []'
> >
> >
> > ======================
> > Luiz Ferraz Netto [Léo]
> > leobarretos@u...
> > www.feiradeciencias.com.br
> > ======================
> > -----Mensagem Original-----
> > De: Alatocheski@a...
> > Para: leobarretos@u...
> > Enviada em: domingo, 23 de fevereiro de 2003 12:55
> > Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -
> >
> >
> > Meu nome é Adriano e gostaria de saber porque a água do chuveiro
>não da choque, já que a água passa pela resistencia e essa esta
>ligada diretamente nas fases da rede elétrica, pois se colocarmos
>duas fases num recepiente de agua entrará em curto. Talvez a
>resistencia do chuveiro seja isolada, mas e quando a resistencia
>abre???Nesse caso, o risco parece ser pior.
> > Obrigado
> >
> > [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: SuperCordas - %#$@%$#@!!!
FROM: "Meire Cristina" <meiroca2001@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/02/2003 08:18

Belisário, queria fazer um adendo no seu texto, um outro cursos dos
apaixonados porém sem dinheiro é matemática, acho q vc poderia ter inserido
no texto...


"Uma coisa que acontece muito é as pessoas tenderem para profissões mais
"tradicionais", como engenharia, medicina, direito, e encarem a física,
sociologia, música, MATEMÁTICA, como coisas que não dão dinheiro, sem muita
perspectiva, ou então como caminhos dinheiro, sem muita perspectiva, ou
então como caminhos meio desconhecidos,..."


Meire


"A Matemática é como o amor, uma idéia simples que pode se tornar
complicada."





>From: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Re: SuperCordas - %#$@%$#@!!!
>Date: Fri, 21 Feb 2003 22:42:35 -0300
>
>
> Bilhões, sextilhões, insanilhões de raios, todos múltiplos!!!!
>Por
>que esses caras não retiram essa tecla maldita que faz enviar o e-mail no
>meio da digitação???? Sem comentários!!!!
>
> Mas eu já estava no fim, então deixa assim, mesmo.
> Inté,
> Belisário
>
>At 22:38 21/02/03 -0300, you wrote:
>
> > Olá, Lidiane. Eu tenho esse livro, e localizei as partes que
>você
> > mencionou. Isso me causou uma certa confusão. Pois ele menciona a
> > possibilidade de flutuações no espaço-tempo menores do que o comprimento
> > de Planck, ou seja, menores do que o comprimento de uma supercorda.
> > Porém, distorções no espaço-tempo podem (teoricamente) ser descritas em
> > termos de grávitons, partículas do campo gravitacional, análogas ao
>fóton
> > (do campo eletromagnético). Presumo que o próprio gráviton poderia ser
> > descrito como uma supercorda. Se é assim, como poderiam existir
> > flutuações no espaço-tempo menores do que o comprimento de um gráviton?
> >
> > Se você souber ou conseguir encontrar alguma resposta nesse
> > livro, avise-nos...
> >
> > Sobre seu vestibular. Bom, eu fiz vestibular primeiro para
> > engenharia elétrica, desisti do curso no terceiro ano e fiz novo
> > vestibular para física. Uma coisa que eu concluí é que não vale a pena
> > cursar o que não se gosta. Decididamente. O cara que faz isso perde
> > alguns anos na vida, até inevitavelmente mudar d
> >
> > Segundo, para fazer as coisas que você mencionou, é
>absolutamente
> > imprescindível gostar de matemática.
> >
> > Cuidado para não confundir astronáutica com astrofísica ou
> > astronomia. São coisas totalmente diferentes. Mesmo que haja alguma
>coisa
> > de astrofísica na astronáutica, o que conta é a mão-na-massa, aquilo com
> > o que você vai trabalhar diretamente, e não os fundamentos da coisa. Eu
> > percebi isso quando fui fazer engenharia elétrica. Era muito bonito ver
> > os princípios físicos das coisas, mas o que me preencheria a vida e a
> > mente era usar o transístor para construir circuitos, e não pesquisar
> > como ele funciona. Engenharia é para mentes mais práticas do que a
>minha.
> > É engraçado como muitas pessoas pensam que elétrica e física são
> > parecidas. Não são. Por causa desse negócio de o trabalho em si, nas
>duas
> > áreas, ser totalmente diferente. Então mudei e fui fazer física. Foi uma
> > excelente mudança.
> >
> > Agora, minha cabeça é uma, a sua é outrar. Só estou te contando
> > minha experiência, para a eventualidade de não sermos tão diferentes
>assim.
> >
> > Uma coisa que acontece muito é as pessoas tenderem para
> > profissões mais "tradicionais", como engenharia, medicina, direito, e
> > encarem a física, sociologia, música, como coisas que não dão dinheiro,
> > sem muita perspectiva, ou então como caminhos meio desconhecidos,
> > enquanto engenharia-medicina-direito são caminhos bem conhecidos. O
> > desconhecido dá medo e o conhecido dá segurança. Aí, por causa disso,
>vão
> > cursar as profissões mais práticas, tendo uma falsa sensação de mais
> > segurança. Depois algumas desistem e vão fazer física, sociologia ou
> > música... O melhor é ser o mais honesta possível consigo mesma desde o
>início.
> >
> > E como ser honesta consigo mesmo? Se você está confusa, um jeito
> > de decidir o que fazer é ver o que você *já faz*. Você costuma brincar
> > com circuitozinhos elétricos, gosta de fuçar aparelhos? Então engenharia
> > elétrica pode ser uma boa. Você não faz nada disso, mas gosta de ler
> > sobre física moderna, sente uma fome incontrolável por conhecimentos
> > sobre cosmologia e relatividade, sonha em unificar com seus próprios
> > neurônios a quântica e a relatividade geral? Então é provável que física
> > seja seu elemento. Você passa horas olhando o céu com telescópios ou
> > binóculo, ou mesmo a olho nu, sabe o nome das constelações, gosta das
> > aventuras dos astronautas, encanta-se com a perspectiva da Terra vista
>da
> > Lua, e eventualmente goste muito de meteorologia ou qualquere coisa
> > relacionada com o céu, mas, gosta mais dessas coisas do que da
> > astrofísica dos astros? Então você pode gostar de astronáutica.
> >
> > É isso. Espero que ajude em alguma coisa.
> >
> > Ah, a propósito, apresento-me também: eu sou físico, doutorei-me
> > em 2000, mas logo a seguir larguei a pesquisa direta com física e agora
> > trabalho com divulgação científica e jornalismo sobre ciência. Trabalho
> > no Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor), da Unicamp,
> > cuja espinha dorsal é o jornalismo científico. Aliás, acabo de terminar
> > uma matéria sobre teleporte quântico, está aqui (a figura está um
>horror,
> > eu escorreguei na resolução)...
> >http://www.comciencia.br/noticias/21fev03/teleporte.htm
> >
> > Abraços,
> > Belisário
> >
> >
> >At 21:33 21/02/03 -0300, you wrote:
> >>----- Original Message -----
> >> Wrom: QBGJSNBOHMKHJYFMYXOEAI
> >> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> >> Sent: Monday, February 17, 2003 11:21 AM
> >> Subject: [ciencialist] Re: SuperCordas
> >>
> >>
> >>
> >> Olá, Lidiane. Do que você disse abaixo, eu entendi (diga-me
>se
> >> entendi errado) que a teoria das cordas não leva em conta as
>flutuações
> >> quânticas espaço-temporais porque elas são inobserváveis em
>princípio. E
> >> que sua objeção é que, mesmo sendo inobserváveis, elas poderiam
> >> contribuir
> >> para fenômenos observáveis, e, portanto, não poderiam ser descartadas
> >> assim
> >> só por isso.
> >>
> >> Como você, eu também acho esquisita essa idéia... Você
>poderia
> >> dizer de onde você a tirou?
> >>
> >>
> >>------------------------------------------------------------------------------
> >>
> >>Olá Roberto,
> >>
> >>Agradeço pelo sua atenção e confirmo que você teve a compreensão exata
> >>daquilo que eu coloquei em discussão.
> >>Em relação a fonte pela qual retirei as afirmações que me levaram a
> >>traze-la até vocês, citarei-a abaixo:
> >>GREENE, Brian - O universo elegante - Ed. Cia das Letras
> >>Neste livro, as páginas 177, 178 e 179 possuem o conteúdo que me levou a
> >>certa discordância.
> >>Reproduzirei alguns dos trechos mais importantes destas páginas.
> >>1. (...)"Se o componente elementar do universo não pode sondar um espaço
> >>inferior à distância de Planck, então, nem ele nem nada composto por ele
> >>pode ser afetado pelas ondulações quânticas supostamente desastrosas
> >>daquelas distâncias mínimas"(...)
> >>2. (...)"Na teoria das Cordas não há nenhuma maneira de expor as
> >>"imperfeições" inferiores à escala de Planck no tecido do espaço. Em um
> >>universo comandado pelas leis da teoria das cordas, a noção convencional
> >>de que é sempre possível dissecar a natureza em escalas cada vez menores
> >>sem limites, não corresponde a realidade"(...)
> >>3.(...)"A Teoria das cordas nos diz que encontramos esses problemas
> >>apenas porque não podemos entender as verdadeiras regras do jogo, essas
> >>regras nos informam que existe um limite para a possibilidade de
>examinar
> >>o universo em distâncias curtas - um limite real à possibilidade de
> >>aplicação de nossa noção convencional de distância à estrutura
> >>microscópica dos comos"(...)
> >>
> >>Peço desculpas a todos pela demora em responder e aproveito esta
>mensagem
> >>para expressar a minha gratidão por aqueles que me enviaram suas
> >>considerações e dicas para aprimoramento do conhecimento.
> >>
> >>Creio que esqueci de fazer uma apresentação da minha pessoa:
> >>Sou de São Paulo - Capital, terminei o Ensino Médio no ano de 2002 e
> >>caracterizo-me, no período em que se passa, como uma mera vestibulanda
>em
> >>dúvida na carreira a seguir: Engenharia Elétrica, Engenharia Física,
> >>Engenharia Aeronáutica (Astronáutica) ou Física. Se alguém quiser me dar
> >>alguma sugestão que possa me levar a uma decisão, tenham a certeza que
> >>todas serão bem recebidas. Por este motivo, gostaria de enfatizar ainda,
> >>que as considerações que efetuarei sobre os assuntos discorridos nesta
> >>lista são apenas de uma armadora, pedindo a correção de todos para os
> >>erros que eventualmente cometer.
> >>
> >>Para Lígia:
> >>Obrigada pela recepção e esteja certa de que sempre estarei atenta aos
> >>assuntos que aqui são postos em pauta.
> >>
> >>Para Professor Netto:
> >>Faço minhas as palavras de Lígia.
> >>
> >>
> >>Lidiane Pedersoli.
>


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SUBJECT: Lígia e a certeza verdadeira
FROM: "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br, "noosfera@yahoogrupos.com.br" <noosfera@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 09:25

Olá Lígia !!!

Cara Lígia, sinto um ton professoral em suas
mensagens, gosto de muitas delas e admiro sua
certeza e como você se preocupa em transmití-la.
Pondero não estarmos em uma sala de aula aonde
normalmente se vendem certezas e o Prof. é
o grande conhecedor das verdades. Admiro os
nomes elegantes que a ciencia dá a fatos
que observa, as leis, bla,bla,bla... Admiro,
mas não concordo, insisto, replico, treplico,
nplico, você Lígia tem uma capaciade singular
como eu também tenho, você pode acreditar em
mentirar e jurar, se ajoelhar e dizer que são verdades.

Talvez você viva de vender verdades aos seus
alunosem salas de aula, talvez você tenha
um nome a zelar e essa áurea de certeza deva
acompanhá-la, não vivo de cetezas e critico essa
postura dos professores, dos cientistas e de tudo mais.

Essas práticas levam o ser humano a ter certezas demais
e espírito crítico de menos, você tem certeza de tudo?
O que é certeza? O que é verdade? Pondere!!!

Saudações!!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br


----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <noosfera@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, February 24, 2003 2:25 AM
Subject: [noosfera] Re: Cadê o caos para RR... digo, Gemaba


Olá Gemaba!

Segundo as próprias palavras de RR: RR está de férias com seu
biquini azul a iluminar-lhe a vida enquanto cobre as vergonhas de sua
loira... :) Portanto tomo a liberdade de comentar sobre o caos com
você, apesar de eu não ser loira, não estar usando biquini azul nem
pretender iluminar a vida de quem quer que seja... ;)


--- Em noosfera@y..., "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@i...> escreveu
> O Gleiser fala do Big Bang mas o que o tal aparelho mediu é que
> achei mais interessante. Esse big Bang ainda tá meio intalado. O
sujeito
> a meu ver está falando do leitor de formas, esse aparelho poderiamos
> dizer é um leitor de formas, a exemplo daquele que discubriu água
> em Marte?

Lígia: O tal aparelho é um satélite que mede a emissão de microondas
no espaço. E este novo é tão sensível que permite a proeza de
detectar algo que está muito abaixo de qualquer som ou ruído que
daqui da Terra teríamos condições de detectar.


> O balanço do cosmos achei interessnate : 4% de matéria comum, feita
de átomos,
> como nós; 23% de matéria escura, um tipo de matéria de natureza
ainda desconhecida;
> e 73% de energia escura, uma forma estranha de energia que atua
como um tipo
> de antigravidade.
>
> Pergunta, o caos se manifesta nos 4%, certo? Como o caos de
manisfesta na matéria
> escura e na energia escura?
> Cadê o caos aí?


Lígia: O caos... Se é o caos que deu lugar à ordem, bem, ele ainda
está atuante apesar da ordem aparente do cosmos... e com certeza,
ele envolve tudo, desde energia escura à matéria como compreendemos.
Pense que se tudo estivesse mesmo em equilíbrio, jamais haveria
colisões galáticas no espaço, coisa que corriqueiramente ainda é
avistada. Mesmo nossa galáxia irmã, a M31 jamais viria em nossa
direção em rota de colisão para daqui uns bilhões de anos no futuro,
lançar nosso sistema solar para fora do braço da espiral da Via
Láctea que o aninha... ou lança-lo diretamente para o centro a ser
criado unindo os núcleos de ambas galáxias como as medições
prevêem... o fato é que as distâncias no Universo são imensas para
que notemos o quão dinâmico ele ainda é... apesar da aparente
quietude de nossos dias de "espionagem" de como o Universo funciona.

Beijos, Lígia




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SUBJECT: Lígia, a dona da verdade
FROM: "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br>
TO: "noosfera@yahoogrupos.com.br" <noosfera@yahoogrupos.com.br>
CC: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/02/2003 09:34


Olá Lígia!!!!

Você escreveu :

Quanto à matéria negra, como o Haroldo disse em outra mensagem, não
há mistério: matéria negra é só a matéria que é impossível de ser
detectada diretamente por nossos instrumentos óticos. Há indícios de
que tal matéria seja basicamente estrelas já mortas. Já a energia
escura é o mesmo que uma energia não radiante na forma de emissões de
partículas que não estão associadas à emissão/veiculação direta de
luz e consequente irradiação detectável das mesmas no espectro, não
só na parte visível do mesmo como também na parte invisível, de
infravermelho a ultravioleta... é energia que não é perceptível mas
que não implica dizer que não exista. Os neutrinos poderiam estar
associados diretamente a tal energia escura...

Retirei o parágrafo abaixo do texto do Gleises :

Como disse o astrofísico John Bahcal, do Instituto de Estudo Avançado em
Princeton, ao comentar os resultados do WMAP: "Nós temos de aprender a
entender esse Universo pouco atrativo, meio louco e implausível, pois não
temos alternativa". Da matéria que existe, 85% são de um tipo que não
conhecemos, e a maior parte da energia do Universo é de uma forma ainda mais

bizarra. Medimos quantidades importantes, respondemos certas perguntas, e
outras ainda mais desafiadoras surgiram em seu lugar. E tudo isso, ao
olharmos para a primeira luz.

Poderiámos convidar o Gleiser e o John Bahcal para virem pra Noosfera
e o Eduardo dar umas aulinhas pra eles, quem sabe? Insisto caríssima,
você passa uma áurea de sabedoria que não faz muito sentido e espero
seus E-mais para você explicar melhor porque a certeza e a verdade
são para ti tão importantes. Arrisco responder, você é Professora
de alguma intituição Paulista e se sente envolvida pela áurea da
certeza e verdade científicas? Podere!!!

PS.: Insisto, não somos alunos de graduação, ok!!!

Saudações!!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br



Beijos, Lígia

--- Em noosfera@y..., "Ivan de Almeida" <jq2@i...> escreveu
> Ótima sacada, José Carlos.
>
> Outro dia vi um programa sobre o Sistema Solar no Discovery, e o
> impressionante é que toda a narrativa é assim "tal coisa formou-se
> desta ou daquela maneira...", como se fosse sabido realmente, com
um
> razoável grau de certeza, como se deu a gênese do Sistema Solar. A
> coisa é dita como se soubéssemos como se formou Netuno, por
exemplo,
> quando mal sabemos alguma coisa sobre a Lua.
>
> Há certos campos da ciência nos quais as hipóteses devem ser
> acompanhadas de advertências, como os cigarros são, e advertências
> para não serem tomadas como coisas verificadas, o que muitas vezes
> acontece.
>
> Abraços,
> Ivan
>
>
> Prof. José Carlos <profjc@t...> escreveu
> > Fala Geraldo,
> >
> > A "matéria escura" e a "energia escura" são formas de dizer "tá
> faltando
> > algo para as contas baterem mas eu não sei o que é e nem como isso
> > funciona". Não dá para falar em caos nesse caso.
> >
> > Abraços,
> >
> > ____________________
> > Prof. José Carlos (JC)
> > profjc@t...
> > ICQ 11734153
> > ____________________
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@i...>
> > To: <acropolis@y...>
> > Cc: <noosfera@y...>
> > Sent: Sunday, February 23, 2003 6:12 PM
> > Subject: [noosfera] Cadê o caos para RR
> >
> >
> > Olá Prof. José Carlos e RR!!!
> >
> > Professor, esse texto me lembrou muito aquelas discussões minha,
> > sua, do RR e do Ivan de Almeida em Acropolis e agora me sinto
> > mais a vontade para perguntar para o RR acerca do falado caos.
> >
> > O Gleiser fala do Big Bang mas o que o tal aparelho mediu é que
> > achei mais interessante. Esse big Bang ainda tá meio intalado. O
> sujeito
> > a meu ver está falando do leitor de formas, esse aparelho
poderiamos
> > dizer é um leitor de formas, a exemplo daquele que discubriu água
> > em Marte?
> >
> > O balanço do cosmos achei interessnate : 4% de matéria comum,
feita
> de
> > átomos,
> > como nós; 23% de matéria escura, um tipo de matéria de natureza
> ainda
> > desconhecida;
> > e 73% de energia escura, uma forma estranha de energia que atua
> como um tipo
> > de antigravidade.
> >
> > Pergunta, o caos se manifesta nos 4%, certo? Como o caos de
> manisfesta na
> > matéria
> > escura e na energia escura?
> > Cadê o caos aí?
> >
> > Saudações !!!
> > gemaba
> > www.gemaba.hpg.com.br


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 09:35

| "A Matemática é como o amor, uma idéia simples que pode se tornar
| complicada."

Eu diria que é mais como geometria, especificamente, pois a complicação só aparece com o 'triângulo' amoroso.
[]'
anônimo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Lígia e a certeza verdadeira
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <noosfera@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 09:39

"Talvez você viva de vender verdades aos seus
alunosem salas de aula, talvez você tenha
um nome a zelar e essa áurea de certeza deva
acompanhá-la, não vivo de cetezas e critico essa
postura dos professores, dos cientistas e de tudo mais."


Tá vendo Lígia, no que dá confundir ciencialist com noosfera?
[]'
Léo
www.feiradeciencias.com.br
======================
PS: Estou preparando a 'contra-crítica' chuveiral.

-----Mensagem Original-----
De: "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>; <noosfera@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003 09:25
Assunto: [ciencialist] Lígia e a certeza verdadeira


Olá Lígia !!!

Cara Lígia, sinto um ton professoral em suas
mensagens, gosto de muitas delas e admiro sua
certeza e como você se preocupa em transmití-la.
Pondero não estarmos em uma sala de aula aonde
normalmente se vendem certezas e o Prof. é
o grande conhecedor das verdades. Admiro os
nomes elegantes que a ciencia dá a fatos
que observa, as leis, bla,bla,bla... Admiro,
mas não concordo, insisto, replico, treplico,
nplico, você Lígia tem uma capaciade singular
como eu também tenho, você pode acreditar em
mentirar e jurar, se ajoelhar e dizer que são verdades.

Talvez você viva de vender verdades aos seus
alunosem salas de aula, talvez você tenha
um nome a zelar e essa áurea de certeza deva
acompanhá-la, não vivo de cetezas e critico essa
postura dos professores, dos cientistas e de tudo mais.

Essas práticas levam o ser humano a ter certezas demais
e espírito crítico de menos, você tem certeza de tudo?
O que é certeza? O que é verdade? Pondere!!!

Saudações!!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br





SUBJECT: Re: [ciencialist] Lígia, a dona da verdade
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <noosfera@yahoogrupos.com.br>
CC: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 09:49

Oi Lígia,

Sr. Gemaba: "Poderiámos convidar o Gleiser e o John Bahcal para virem pra Noosfera
e o Eduardo dar umas aulinhas pra eles, quem sabe? Insisto caríssima,
você passa uma áurea de sabedoria que não faz muito sentido e espero
seus E-mais para você explicar melhor porque a certeza e a verdade
são para ti tão importantes. Arrisco responder, você é Professora
de alguma intituição Paulista e se sente envolvida pela áurea da
certeza e verdade científicas? Podere!!!"


imagine, então, se eu participar da noosfera!

[]'
Léo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: cocrete
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/02/2003 09:59

É por aí mesmo.

Eu fiz a demonstração em pdf mas deixei em casa :-(

Trago amanhã.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all

On Fri, 21 Feb 2003, Rodrigo Galvão wrote:
> Sabemos que: (x-y)=(sqrtx-sqrty)(sqrtx+sqrty), mas sqrtx-sqrty=1
> portanto x-y=sqrtx+sqrty,
> elevando os dois lados ao quadrado temos: x^2+y^2-2xy=x+y+2sqrtxy, mas
> pelo enunciado x^2+y^2=881. Logo, chegamos 881 - 2xy = x + y +2sqrtxy (I)
> Deixando a eq (I) de lado um pouco, elevamos os dois lados de
> sqrtx-sqrty = 1 ao quadrado e obtemos x+y=1+2sqrtxy(II)
> Substituindo (II) em (I), obtemos 440 + xy = 2sqrtxy, onde chamamos
> sqrtxy de "a" e obtemos no final que xy=400
> Na seguinte eq. x^2+y^2=881 utilizamos o seguinte artificio: (x+y)^2
> -2xy=881 e obtemos x+y=41, substituindo y por 41 - x em x^2+y^2=881,
> obtemos x=25 e por consequencia y=16.
>
> Não foi uma solução muito elegante, mas foi a melhor que eu achei...
>
> Até...
> Rodrigo Galvão



SUBJECT: Re: Mecânica clássica x quântica -- Parei
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/02/2003 10:19

>ALBERTO MESQUITA: Por acaso você está me acusando agora de cometer
um erro que você comete às pencas? Se você se der ao luxo de estudar
um pouquinho de psicologia, perceberá que está manifestando um
comportamento chamado "projeção". Freud explica isso! Se cuida, isso
não é nada bom. Um dia você poderá encontrar alguém realmente
agressivo pela frente e... Se cuida, meu!<


Segunda-feira. Primeira manhã de sol depois de uma semana escura e
chuvosa. Abro a minha caixa postal e o que encontro? A pérola acima.
Olho o dia lá fora e me pergunto: Por que é que estou fazendo isso
comigo mesmo?

Parei.



Colucci




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 10:21

Olás Lígia, Álvaro, Erich e Alberto

que comentaram algo sobre o choque chuveiral e, com isso, destacaram pontos interessantes que já foram incorporados nas minhas brochuras de capa vermelha.

Todavia (... não poderia faltar!) há alguns outros pontos a serem lapidados. Não na ordem com que foram postos temos:

"tensão elétrica é usada sem qqer pudor pelos engenheiros", disse alguém, e eu concordo plenamente que digam assim, pois são essas 'pequenas marcas de falta de conceito' que permitem diferenciar o físico do 'soldador de fio', digo, do engenheiro eletro-eletrônico.

O engenheiro escreve V = R.i e o físico escreve U = R.i. Para o engenheiro V é tensão ou voltagem, e se mede em V, para ele potencial elétrico também é V, que também se mede em V, para ele tanto faz escrever V = R.i imdependente de se tratar de tensão, voltagem ou potencial elétrico ou diferença de potencial elétrico ou ainda de f.e.m ou f.c.e.m. ... que interessa, tudo se mede em V! E então, prá que tanto rigor, tudo é V ... R 'é a oposição à passagem da corrente' e i é a corrente elétrica. Isso é o engenheiro.

O físico escreve U = R.i, com o significado de Va - Vb = R.i, totalmente diferente de V = R.i ou de E = R.i, sabe diferenciar potencial elétrico, diferença de potencial, eletromoção ou f.e.m., f.c.e.m e não diz que R é aquilo que dizem os engenheiros e sim que é 'o número de choques de portadores por unidade de volume' e i não é 'corrente elétrica' e muito menos 'amperagem' e sim é "intensidade de corrente elétrica". O cimento para o físico é uma coisa, para o pedreiro é outra.

Nota: Frequentei na politécnica (não recordo se no cenozóico ou no paleolítico) praticamente todas as aulas voltadas para elétrica e eletrônica (Orsini que diga os arranca-rabos que tivemos) até o 3o ano (não tive mais tempo disponível depois disso, a vida e a Física não o permitiram -- exceto algumas aulas de vetores com a filha de Marcolongo). Sou um nato soldador de fios e quando tirei meu prefixo de radioamador (quase na época do coesor de Branly) sabia montar de cor e salteado um transmissor valvulado com 807 ou 813 e posteriormente, com o 'grilo falante' com a 6L6 ou com a 6QD6. Aqui em meu laboratório faço as montagens com todos os requintes de uma boa solda! E não, por isso, deixei de lado os 'bons e velhos conceitos'.

Essa frase pinçada do Erich, por exemplo:"Ao invés de falar em substâncias isolantaes ou condutoras, deveria-se falar em rigidez dielétrica das substâncias, que em termos simples é a
capacidade das mesmas se oporem a passagem de corrente elétrica." é um perigo para o jovem estudante, não gostaria que meus filhos tivessem um professor que lhes ensinassem algo assim. Falar em 'capacidade ... de se oporem..' ou em 'influência ... da Lua sobre ...' levam ao mesmo abismo. Sou, na prática, um soldador de fios, um torneiro, um pedreiro, um encanador e até mesmo um bom enfermeiro, mas na teoria procuro diferenciar o estudo do objeto de estudo, o modelo do corpo.

Do Álvaro pincei:"Assim mesmo, o sistema elétrico funciona e é isso que importa." Vcs concordam com isso? Então prá que estudar os modelos?

"Os cortes na pele" expõem mais área para condutores iônicos que com a pele íntegra (com miríades de células mortas na superfície). Uma corrente alternada não 'passa' por ai, apenas os íons recebendo forças advindas da ação de campos elétricos passam a se movimentar 'prá lá e prá cá' desenvolvendo efeito Joule e estimulando extremidades sensoras antes não expostas. O estímulo nervoso é o mesmo.

Ainda do Erich: "O pior caso poderia ser de uma pessoa deitada na banheira com as costa em cima do ralo e o eletrodoméstico caindo sobre seus pés. A corrente elétrica estabelecida nestas condições era muitas vezes fatal, por isso a historinha do detetive não é assim tão ridícula como pode parecer."
Arrume uma banheira metálica, com encanamento metálico e me convide a deitar pelado dentro dessa banheira, com as costas em cima do ralo e com água torneiral. Aceitarei na hora e vc poderá, com minha autorização, por escrito, jogar um rádio ou um liquidificador funcionando (sem as hélices ... isso é perigoso para meus dedos!) dentro dessa banheira, onde quiser. Depois que eu sair ileso dessa experiência lhe explicarei, timtim por timtim porque não morri.

Concordo plenamente com as possibilidades de morte de alguém que tocou no chuveiro metálico (possivelmente com aquelas gambiarras já conhecidas feitas por amadores ou verdadeiros soldadores de fios e com uma fase encostada na carcaça -- ou parte do resistor que saiu do suporte e tocou na carcaça). Vc conhece a estatística sobre esse tipo de eletrocução? Chuveiros que dão choque existiam aos milhares, principalmente na fase dos canos metálicos. Para não tomarem choques já cansei de ver (toda vez que entro na casa de alguém e vou ao banheiro procuro notar 'detalhes' técnicos) as torneiras de chuveiros recobertas com tiras de borrachas, plásticos e muitas das vezes calcinhas (molhadas) de mulheres enroladas nessas torneiras! Mal percebem que estão apenas 'aumenta a área' do choque provável.

Essa foi só para agradar à Lígia, segundo a pinçada: "> por isso a historinha do detetive não é assim tão ridícula como pode parecer.
É isso mesmo! Tomara que o Léo leia isso! Gostei, está de parabéns!"

O Léo, chato, metido etc. leu isso! :-)))

Apreciei os comentários de todos e, como viram, foi útil e produtivo ... isso é a ciencialist!
Aquele abraço,

Léo-Luiz Ferraz Netto-deus-anônimo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: cocrete
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 10:26

Que tal essa:

Dado o sistema
x² + y² = 881
x^(1/2) - y^(1/2) = 1 (*)

x^2 + y^2 = 881 {Eq.I}
sqrt(x) - sqrt(y) = 1 {Eq.II}

** De II:

sqrt(x) - sqrt(y) = 1
x - 2sqrt(xy) + y = 1
x + y = 1 + 2sqrt(xy)
x^2 + 2xy + y^2 = 1 + 4sqrt(xy) + 4xy
(x^2 + y^2) = 2xy + 4sqrt(xy) + 1, seja xy = a^2
881 = 2a^2 + 4a + 1
a^2 + 2a - 440 = 0
a = 20 ou a = -22

* Para a = 20

a = 20
a^2 = 400
xy = 400
x = 400/y , substituindo em I

(400/y)^2 + y^2 = 881
160000/y^2 + y^2 = 881
y^4 - 881y^2 + 160000 = 0 , seja y^2 = m
m^2 - 881m + 160000 = 0
m = 625 ou m = 256
.:. y = 25 ou y = 16
.:. x = 16 ou x = 25

S = (25,16) confere II, pois (16,25) não verifica II

* Para a = -22

a = -22
a^2 = 484
xy = 484
x = 484/y , substituindo em I

(484/y)^2 + y^2 = 881
y^4 - 881y^2 + 484^2 = 0, seja y^2 = n
n^2 - 881n + 484^2 = 0
Raízes complexas, não convêm, pois não verificaria II, visto que raiz de
complexo é complexo

Logo, (x,y) = (25,16), cqd :-)

[]'
======================
-----Mensagem Original-----
De: "TARCISIO BORGES" <tbs97@fisica.ufpr.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003 09:59
Assunto: Re: [ciencialist] Re: cocrete


É por aí mesmo.

Eu fiz a demonstração em pdf mas deixei em casa :-(

Trago amanhã.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
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On Fri, 21 Feb 2003, Rodrigo Galvão wrote:
> Sabemos que: (x-y)=(sqrtx-sqrty)(sqrtx+sqrty), mas sqrtx-sqrty=1
> portanto x-y=sqrtx+sqrty,
> elevando os dois lados ao quadrado temos: x^2+y^2-2xy=x+y+2sqrtxy, mas
> pelo enunciado x^2+y^2=881. Logo, chegamos 881 - 2xy = x + y +2sqrtxy (I)
> Deixando a eq (I) de lado um pouco, elevamos os dois lados de
> sqrtx-sqrty = 1 ao quadrado e obtemos x+y=1+2sqrtxy(II)
> Substituindo (II) em (I), obtemos 440 + xy = 2sqrtxy, onde chamamos
> sqrtxy de "a" e obtemos no final que xy=400
> Na seguinte eq. x^2+y^2=881 utilizamos o seguinte artificio: (x+y)^2
> -2xy=881 e obtemos x+y=41, substituindo y por 41 - x em x^2+y^2=881,
> obtemos x=25 e por consequencia y=16.
>
> Não foi uma solução muito elegante, mas foi a melhor que eu achei...
>
> Até...
> Rodrigo Galvão


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: astronomia
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 10:34

Mal conseguimos enxergá-lo, quanto mais saber se chove lá ou não.

Nenhuma sonda chegou lá ainda e tudo o que sabemos dele é por medidas
indiretas e imprecisas.

Se esta idéia, aparentemente absurda, for verdadeira, vou agora mesmo ao
banco pedir um empréstimo para contruir a minha própria sonda.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
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On Sun, 23 Feb 2003, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Algum expert em jóias no pedaço?
>
> queria saber porque chove diamantes em plutão?
>
> george barbosa 3° ano



SUBJECT: Re: Lígia, a dona da verdade
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/02/2003 10:48

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Oi Lígia,
>
> Sr. Gemaba: "Poderiámos convidar o Gleiser e o John Bahcal para
virem pra Noosfera
> e o Eduardo dar umas aulinhas pra eles, quem sabe? Insisto
caríssima,
> você passa uma áurea de sabedoria que não faz muito sentido e espero
> seus E-mais para você explicar melhor porque a certeza e a verdade
> são para ti tão importantes. Arrisco responder, você é Professora
> de alguma intituição Paulista e se sente envolvida pela áurea da
> certeza e verdade científicas? Podere!!!"
>
>
> imagine, então, se eu participar da noosfera!

Léo,

Seja benvindo por aquelas plagas! A Noosfera não morde...
E de pensar que a Astronomia ainda é algo que eu defenda com unhas e
dentes de especulações... ainda mais quando as respostas são com
bases em uma física tão nossa conhecida... veja o exemplo da Matéria
Escura: ela absorve calor, emite "luz" em infravermelho"... como
dizer que não se sabe a natureza do que ela é feita? Lógico que é de
átomos e moléculas. Quais átomos e quais moléculas já são outros
quinhentos e é aí, juntamente com a origem da mesma que o Gleiser
afirma ainda não conhecermos a natureza de tal matéria... mas há
fortes evidências.

> Tá vendo Lígia, no que dá confundir ciencialist com noosfera?
> []'
> Léo


O pior é que eu não confundi... essa discussão está ocorrendo mesmo
lá na Noosfera... Tomara que o Gemaba "pondere"... e consiga postar
as mensagens da Noosfera "LÁ" na Noosfera... não na Ciencialist!

Problemas... nada mais que problemas... fazer o que? E ainda tenho
que me defender das tamancadas por aqui... oh cruiz... e hoje é só
segunda!

Beijos, Lígia




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 12:02


> O engenheiro escreve V = R.i e o físico escreve U = R.i. Para o
engenheiro V é tensão ou voltagem, e se
> mede em V, para ele potencial elétrico também é V, que também se mede em
V, para ele tanto faz
> escrever V = R.i imdependente de se tratar de tensão, voltagem ou
potencial elétrico ou diferença de
> potencial elétrico ou ainda de f.e.m ou f.c.e.m. ... que interessa, tudo
se mede em V! E então, prá que tanto
> rigor, tudo é V ... R 'é a oposição à passagem da corrente' e i é a
corrente elétrica. Isso é o engenheiro.

Nas aulas de eletromagnetismo para engenharia as diferenças entre f.e.m. e
d.d.p. são apresentadas com todos os requintes. Depois disso, contudo, o
que interessa é que tudo é medido com o voltímetro!

> O físico escreve U = R.i, com o significado de Va - Vb = R.i, totalmente
diferente de V = R.i ou de E = R.i,
> sabe diferenciar potencial elétrico, diferença de potencial, eletromoção
ou f.e.m., f.c.e.m e não diz que R é
> aquilo que dizem os engenheiros e sim que é 'o número de choques de
portadores por unidade de volume'
> e i não é 'corrente elétrica' e muito menos 'amperagem' e sim é
"intensidade de corrente elétrica". O
> cimento para o físico é uma coisa, para o pedreiro é outra.

Pois é! É esse rigor conceitual que tira o tesão de aprender. Parece coisa
de psicanalista, sô! Uma vez eu assisti uma aula sobre circuitos elétricos
dada por um físico. Ele estava analisando um circuitinho de três ou quatro
malhas, mas usou uma técnica "conceitual" complicada, envolvendo percursos
de corrente e outras coisas. Demorou umas duas horas para resolver aquilo
que qualquer estudante de engenharia resolve em quinze minutos, usando
análise de malhas ou análise nodal (que são abstrações, mas e daí?).

Essa briga entre professores de física e de engenharia é bastante velha, ao
menos no CEFET-PR. No momento, estamos tentando fazer com que as
disciplinas de Física III e IV sejam ministradas por engenheiros, e não por
físicos. Vai ser uma briga boa! :o))


> Nota: Frequentei na politécnica (não recordo se no cenozóico ou no
paleolítico) praticamente todas as
> aulas voltadas para elétrica e eletrônica (Orsini que diga os
arranca-rabos que tivemos) até o 3o ano (não
> tive mais tempo disponível depois disso, a vida e a Física não o
permitiram -- exceto algumas aulas de
> vetores com a filha de Marcolongo). Sou um nato soldador de fios e quando
tirei meu prefixo de
> radioamador (quase na época do coesor de Branly) sabia montar de cor e
salteado um transmissor
> valvulado com 807 ou 813 e posteriormente, com o 'grilo falante' com a
6L6 ou com a 6QD6. Aqui em meu
> laboratório faço as montagens com todos os requintes de uma boa solda! E
não, por isso, deixei de lado
> os 'bons e velhos conceitos'.

Argumento de autoridade, Léo? Nós estudamos modelos o tempo todo. De vez em
quando, são modelos bem complicados, como o de uma máquina síncrona
saturada em regime subtransitório. Na prática, ou seja, no mundo da
engenharia, qualquer circuito é resolvido a partir de análise nodal ou de
malhas, usando tensão, corrente e impedância. O fato de que o sistema
elétrico funciona é prova de que o rigor é desnecessário. É claro que,
atualmente o presidente da Eletrossauro é o Pingueli, um físico, mas isso é
outra história...

[ ]s

Alvaro Augusto



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Lígia, a dona da verdade
FROM: <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 12:10

O que é uma "áurea"? Uma aura dourada?, hehe

[ ]s

Alvaro

-----Mensagem Original-----
De: Ligia Amorese
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviada em: Segunda-feira, 24 de Fevereiro de 2003 10:48
Assunto: [ciencialist] Re: Lígia, a dona da verdade


> você passa uma áurea de sabedoria que não faz muito sentido e espero
> seus E-mais para você explicar melhor porque a certeza e a verdade




SUBJECT: Re: [ciencialist] Lgia e a certeza verdadeira
FROM: <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 12:22

Da minha parte, eu só gostaria de saber porque as discussões da ozonosfera estão sendo trazidas para cá! Esse grupo de discidentes não foi criado justamente para aliviar as coisas na ciencialist?

[ ]s

Alvaro Augusto
-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br ; noosfera@yahoogrupos.com.br
Enviada em: Segunda-feira, 24 de Fevereiro de 2003 09:39
Assunto: Re: [ciencialist] Lígia e a certeza verdadeira


"Talvez você viva de vender verdades aos seus
alunosem salas de aula, talvez você tenha
um nome a zelar e essa áurea de certeza deva
acompanhá-la, não vivo de cetezas e critico essa
postura dos professores, dos cientistas e de tudo mais."


Tá vendo Lígia, no que dá confundir ciencialist com noosfera?
[]'
Léo
www.feiradeciencias.com.br
======================
PS: Estou preparando a 'contra-crítica' chuveiral.

-----Mensagem Original-----
De: "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>; <noosfera@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003 09:25
Assunto: [ciencialist] Lígia e a certeza verdadeira


Olá Lígia !!!

Cara Lígia, sinto um ton professoral em suas
mensagens, gosto de muitas delas e admiro sua
certeza e como você se preocupa em transmití-la.
Pondero não estarmos em uma sala de aula aonde
normalmente se vendem certezas e o Prof. é
o grande conhecedor das verdades. Admiro os
nomes elegantes que a ciencia dá a fatos
que observa, as leis, bla,bla,bla... Admiro,
mas não concordo, insisto, replico, treplico,
nplico, você Lígia tem uma capaciade singular
como eu também tenho, você pode acreditar em
mentirar e jurar, se ajoelhar e dizer que são verdades.

Talvez você viva de vender verdades aos seus
alunosem salas de aula, talvez você tenha
um nome a zelar e essa áurea de certeza deva
acompanhá-la, não vivo de cetezas e critico essa
postura dos professores, dos cientistas e de tudo mais.

Essas práticas levam o ser humano a ter certezas demais
e espírito crítico de menos, você tem certeza de tudo?
O que é certeza? O que é verdade? Pondere!!!

Saudações!!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Lígia, a dona da verdade
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 12:42



|Alvaro: O que é uma "áurea"? Uma aura dourada?, hehe
|

Pô, comé que vcs descobriram o nome da minha loríssima vizinha? Áurea da Silva Cunha. Vcs também já viram a aura dourada dela?

[]'
anônimo 1
|
|
| > você passa uma áurea de sabedoria que não faz muito sentido e espero
| > seus E-mais para você explicar melhor porque a certeza e a verdade

Isso deve ser coisa da não-esfera; não é o 'cúbulo'!?

[]'
anônimo 2


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 12:47

ERRATA:
Lina Castelfranchi é filha de Castelfranchi e não de Marcolongo (apesar de ambos serem os papas dos vetores como diferença de pontos, classes de eqüipolência e pares ordenados).
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================


SUBJECT: [RN] DARWIN DE NOVO
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <Alexandre.Medeiros@Consultmail.net>
TO: "Ciencialist (E-mail)" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 14:12

Takata?? Cadê você???

[]

Alexandre Medeiros

***

JC e-mail 2226, de 21 de fevereiro de 2003.

>18 - O controle de danos da Nomenklatura científica alerta: o navio
>'Darwinic' está afundando, mas tudo vai bem!, artigo de Enézio E. de
>Almeida Filho
>
>Comentários a propósito do texto de Ricardo Ferreira (UFPE)
>
>Enézio E. de Almeida Filho é ex-mestrando em História da Ciência da
>PUC-SP. Artigo escrito para o 'JC-email':
>
>No artigo do 'JC e-mail' 2221 pode não ter ficado claro, e agora
>esclareço, a proposição de a seleção natural não ser 'o mecanismo
>exclusivo ou mesmo o mais importante para a modificação evolutiva dos
>seres vivos', não é insistência minha, mas dos teóricos do paradigma
>neodarwinista.
>
>Há mais de 100 'scholars' americanos, inclusive biólogos de importantes
>Universidades como Yale, Princeton, MIT e até no Smithsonian Institution,
>criticando a evolução darwinista e duvidando da capacidade da seleção
>natural e das mutações serem responsáveis pela imensa complexidade e
>diversidade da vida.
>
>Eles sugerem um exame criterioso da evidência a favor e contra a teoria
>darwinista deve ser encorajado. O articulista 'conhece' e troca e-mails
>com alguns desses especialistas.
>
>Tem sido uma experiência mais do que gratificante. É nos 'ombros desses
>gigantes' que o presente artigo foi elaborado.
>
>As críticas foram sobre o 'modus operandi' da Nomenklatura científica que
>distorce, falsifica e suprime as sólidas evidências contra os pilares da
>teoria geral da evolução, mantendo-os nos livros-texto e no ensino da
>Biologia como 'fatos da evolução'.
>
>Atitude obscurantista contrariando o espírito científico de corrigir e
>descartar teorias que não se sustentam pelas evidências. Ferreira,
>parcialmente, reconhece e deplora essa atitude.
>
>A experiência de Miller-Urey tentou substanciar o cenário da origem e
>evolução química da vida proposto pela hipótese de Oparin-Haldane: a
>abiogênese [eufemismo para geração espontânea] teria acontecido apenas uma
>vez nos 4.5 bilhões de anos de história biológica.
>
>Os seres vivos [e até uma 'simples' célula] são extrema e irredutivelmente
>complexos e a seleção natural pré-biológica [???] não poderia agir sobre
>os compostos químicos 'mais aptos que sobreviveram' da [inexistente] 'sopa
>protéica', porque compostos químicos, simplesmente, não deixam
descendência.
>
>A extrema dificuldade das teorias de origens é que elas não podem ser
>falsificadas - o evento original não pode ser repetido para podermos
>falsear ou não nossas teorias. Situação epistemológica Catch-22: as
>teorias das origens da vida são apenas plausíveis ou implausíveis.
>
>Nestes últimos 50 anos, os pesquisadores da evolução pré-biológica têm
>encontrado 'em dezenas de laboratórios' [???] segundo Klaus Dose, apenas
>'impasse e frustração'. Por quê?
>
>1. A origem da vida foi rápida demais - há uns 3.86 bilhões de anos.
>MOJZSIS, Stephen J. et al. "Evidence for Life on Earth Before 3,800
>Million Years Ago", Nature 384 (1996):55-59. Dados sugerem que a vida se
>originou não somente uma, mas várias vezes entre 3.86 e 3.5 bilhões de
>anos. Pelo menos uma delas ocorreu em 10 milhões de anos ou menos - tempo
>muito abreviado para o surgimento da vida por quaisquer modelos tipo
>Urey-Miller.
>
>2. Nunca houve uma 'sopa prebiótica'. Em todas as formas de sedimentos
>carboníferos, de todas as eras geológicas, pesquisadores concluíram:
>nenhuma 'sopa' ou substrato existiu. LAZCANO, Antonio. "Chemical Evolution
>and the Prebiotic Soup: Did Oparin Get it Right?", Journal of Theoretical
>Biology 184 (1997):219-23.
>
>3. O paradoxo oxigênio-raios ultravioletas. A presença de oxigênio
>molecular impede as reações químicas das quais os modelos Urey-Miller
>dependem. A ausência de oxigênio permitiria a penetração da radiação
>ultravioleta na atmosfera da Terra, frustrando novamente as reações
>químicas necessárias.
>
>4. O sinergismo biomolecular. Sob condições naturais, as proteínas podem
>agrupar-se somente com a presença de moléculas de DNA e RNA. As moléculas
>de DNA, por sua vez, podem agrupar-se somente com a presença de moléculas
>de proteínas e de RNA.
>
>Já as moléculas de RNA podem agrupar-se somente com a presença de
>moléculas de proteínas e de DNA. Como se não bastasse ser bastante
>complicada esta interdependência, as moléculas de RNA e muitas moléculas
>de proteínas e de DNA são estáveis somente se estiverem contidas numa
>membrana biológica. IRION, Robert. "Ocean Scientists Find Life, Warmth in
>the Seas", Science 279 (1998):1302-3.
>
>As membranas biológicas podem agrupar-se somente se as moléculas de DNA,
>RNA, de proteínas, e de complexos de proteínas de RNA estiverem presentes.
>WALTER, Peter et al. "SRP - Where the RNA and Membrane Worlds Meet",
>Science 287(2000):1212-13.; BATEY, R. T. et al. "Crystal Structure of the
>Ribonucleoprotein Core of the Signal Recognition Particle", Science 287
>(2000) p.1232-39.
>
>5. A organização de biomoléculas. A função celular exige: a) os números e
>os tipos exatos de moléculas de proteínas, de RNA e de DNA; b) o
>posicionamento exato destas moléculas em locais específicos dentro da
>célula; e c) uma específica proporção de nucleotídeos funcionais e
>não-funcionais ou sequências de aminoácidos nas moléculas da célula.
>BEATON, Margaret J. e CAVALIER-SMITH, T. "Eukaryotic Non-Coding DNA is
>Functional: Evidence from the Differential Scale of Cryptomonad Genomes",
>Proceedings of the Royal Society of London, Series B, 266(1999):2053-59;
>CAVALIER-SMITH, T. "Nuclear Volume Control by Nucleoskeletal DNA,
>Selection for Cell Volume and Cell Growth Rate, and the Solution of the
>DNA C-Value Paradox", Journal of Cell Science 34 (1978):247-78.
>
>6. Minimização de erro sequencial. O sequenciamento de aminoácidos nas
>proteínas e nucleotídeos das moléculas de DNA e RNA está estrategicamente
>fixado para minimizar o dano causado pelas mutações [???].
>
>Esta capacidade incorporada para a minimização de erros é igual ou
>ultrapassa os melhores esforços humanos em minimizar erros em coisas como
>programas de computador. FREELAND, Stephen J. e HURST, Lawrence D., "The
>Genetic Code is One in a Million", Journal of Molecular Evolution 47
>(1998):238-48; LUDWIG, Mark A., "Computer Viruses, Artificial Life, and
>Evolution. Tucson, AZ: American Eagle Publication, 1993.
>
>7. A complexidade da vida mais simples. Os geneticistas têm determinado
>que a forma de vida mais simples exige um mínimo de 1.400 genes para
>sobreviver em independência.
>
>Mesmo sob condições químicas ideais, com todas as moléculas pré-bióticas
>necessárias e a ausência total de moléculas contaminadoras, esta forma
>'mais simples' de vida não teria condições de se agrupar sozinha, nem
>mesmo dentro do tempo da existência do universo! PATTERSON, Collin.
>Evolution, 2a. ed., Ithaca, NY: Cornell University Press, 1999, p. 22-23.
>
>Ferreira afirmou - 'a teoria da evolução por seleção natural não está
>completa em todos os detalhes, mas vai muito bem'. Contudo, sérias
>críticas científicas ao neodarwinismo tornaram-se mais evidentes a partir
>da década de 70, do século passado.
>
>M. Earthy e D. Collingridge, historiadores da ciência, descrevem o
>neodarwinismo como um paradigma que perdeu a sua capacidade de resolver
>problemas científicos importantes ['Science Under Stress: Crisis in
>Neo-Darwinism', in History and Philosophy of the Life Sciences 12:3-26,
1990].
>
>Mais recentemente, David L. Hull, professor de história e filosofia
>biológica [um 'evolucionista competente'] da Northwest University, diante
>destas e outras sérias dificuldades, declarou: 'Atualmente, quase todo o
>aspecto do paradigma neodarwinista está sendo questionado' [verbete
>Darwinism, in Cambridge Dictionary of Philosophy, Robert Audi, editor,
>Nova York: Cambridge University Press, 1995, p.179].
>
>O desenho dos embriões de Haeckel permanece nos livros como sendo um 'fato
>da evolução' de ancestralidade comum, e não para provar sua lei
>biogenética. Se fraudar é 'o mais grave pecado que um cientista pode
>cometer', por que ainda aparece nos livros-texto de biologia?
>
>A incompletude do registro fóssil, a 'explosão cambriana' e os
>antecessores do Homo sapiens são questões muito sérias e precisam também
>ser abordadas nos livros-texto de biologia como sérias dificuldades à
>teoria geral da evolução.
>
>Há 530 milhões de anos atrás, numa janela de tempo menor do que 2-3
>milhões de anos, mais de 70 filos apareceram 'subitamente' sem nenhuma
>história evolutiva [Dawkins]. Hoje, somente 30 filos permanecem, e todos
>estavam presentes no evento cambriano. 'Natura non facit saltum' [Huxley]
>ou faz? Se não faz, como explicamos este abrupto e perene surgimento de
vida?
>
>O melanismo nas mariposas Biston betularia, não é 'exemplo claro' da
>seleção natural em ação, e 'os fatos válidos' permanecem como hipótese.
>
>Jerry Coyne, ao saber da fraude de Kettlewell, disse: "De vez em quando os
>evolucionistas reexaminam um estudo clássico de experiência e descobrem,
>para o seu horror, que está defeituoso ou totalmente errado...o cavalo
>vencedor em nosso estábulo de exemplos [das evidências da evolução] está
>em más condições, e, embora não esteja pronto para ir para a fábrica de
>cola, precisa de séria atenção ["Not Black and White", uma resenha do
>livro "Melanism: evolution in Action", de Michael Majerus, Nature 396
>(1998);35-36].
>
>O problema da homologia não é somente questão de que a 'semelhança
>fenótipa não garante relação filogenética', nem tampouco em diferenciá-la
>da analogia.
>
>Primeiro, os órgãos homólogos são definidos nos livros-texto de biologia
>como semelhança devido a um ancestral comum e são apresentados como
>evidência para descendência comum. Tautologia.
>
>Em segundo lugar, os biólogos sabem que os órgãos homólogos não surgem
>devidos a genes semelhantes. O mecanismo que os produz permanece
desconhecido.
>
>Finalizando, a teoria da evolução das espécies por seleção natural, além
>de incompleta, não caminha muito bem. Se ainda não sabemos como ocorreu a
>origem e a evolução da vida aqui na Terra, colocar essa possibilidade fora
>da Biota da Terra [Marte já está descartado] é emitir uma nota promissória
>epistemológica que nunca poderá ser empiricamente resgatada...
>
>O controle de danos da Nomenklatura científica alerta: o navio 'Darwinic'
>está afundando, mas tudo vai bem!


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 14:21

|
|Álvaro: Nas aulas de eletromagnetismo para engenharia as diferenças entre f.e.m. e
| d.d.p. são apresentadas com todos os requintes. Depois disso, contudo, o
| que interessa é que tudo é medido com o voltímetro!

Vou dar uma pilha de 1/2 célula de hidrogênio prá esses engenheiros medir com voltômetro a f.e.m. desenvolvida. Nada de Nerst!
|
|
|Álvaro: Pois é! É esse rigor conceitual que tira o tesão de aprender. Parece coisa
| de psicanalista, sô! Uma vez eu assisti uma aula sobre circuitos elétricos
| dada por um físico. Ele estava analisando um circuitinho de três ou quatro
| malhas, mas usou uma técnica "conceitual" complicada, envolvendo percursos
| de corrente e outras coisas. Demorou umas duas horas para resolver aquilo
| que qualquer estudante de engenharia resolve em quinze minutos, usando
| análise de malhas ou análise nodal (que são abstrações, mas e daí?).

Pois é! Acabei de ficar sabendo que o tesão do engenheiro é diferente do tesão do Físico e que o psicanalista não tem nenhum dos dois. Acho que eu já sabia disso, sem nunca ter pensado na existência de um psicanalista, óbvio! Boa Álvaro. A Mimosa não daria uma boa cadeira de psicanalista? Como ela gira a pessoa ficaria tão tonta como o psicanalista! Já estou até lendo as manchetes:"Psicanalista usa cadeira giratória para colocar os pacientes nas alturas". :-))))) Eu e o ectoplasma ... que trinca!
Ah! Conheço essa técnica das 'correntes fictícias' para resolver circuitos. Muito boa e economiza cálculos algébricos. Muito recomendada para vestibular onde o tempo é escasso.
|
|Álvaro: Essa briga entre professores de física e de engenharia é bastante velha, ao
| menos no CEFET-PR. No momento, estamos tentando fazer com que as
| disciplinas de Física III e IV sejam ministradas por engenheiros, e não por
| físicos. Vai ser uma briga boa! :o))

Pois é! E os alunos sairão perdendo!
|
|
|
|Álvaro: Argumento de autoridade, Léo? Nós estudamos modelos o tempo todo. De vez em
| quando, são modelos bem complicados, como o de uma máquina síncrona
| saturada em regime subtransitório. Na prática, ou seja, no mundo da
| engenharia, qualquer circuito é resolvido a partir de análise nodal ou de
| malhas, usando tensão, corrente e impedância. O fato de que o sistema
| elétrico funciona é prova de que o rigor é desnecessário. É claro que,
| atualmente o presidente da Eletrossauro é o Pingueli, um físico, mas isso é
| outra história...
|

Pois é! Digo que sou essencialmente um 'soldador de fios' e sou acusado de 'argumento de autoridade'. O fato de que um sistema elétrico funciona significa apenas que ele está dentro da tolerância dos componentes e suas montagens. Todavia ele poderá estar trabalhando em um dos extremos dessa tolerância e possivelmente vidas podem ser ceifadas com essa negligência. Seria interessante que os engenheiros estabelecessem uma faixa de tolerância mínima dentro da larga faixa de tolerância existente! A máquina síncrona, em regime subtransitório, adquiriu estator saturado por erros nas tolerâncias dos gaps? dos enrolamentos? da falta de corretos filtros de linha?
Pinguella é um bom começo, creio que toda boa ponte passa pelo estágio de pinguela!

He he he ... preciso aprender a escrever para adultos. Sempre exteriorizo o ar de metralhadora atirando para todos os lados; poucos percebem que são balas de caramelos e passam a me intitular como 'metido', ou coisa bem pior ... como já aconteceu na thread dos psicos/divogados.

Recentemente recebi uma mensagem de um ilustre desconhecido que atacou tudo e todos ... e eu nem sei que texto meu ele usou para tal ataque; eis a cópia:

==============
"Muita arrogância do caro "homem de ciências" que é vc meu amigo!
Achar que a física se presta pura e simplesmente para os cientistas, círculos acadêmicos, letrados pseudo sábios, elitistas da pior espécie, apegados aos pequenos mundos onde so enchergam o próprio umbigo,pois acham erroneamente superior ao resto dos pobres mortais!
A física(que não é mãe de todas as ciências, e sim a filosofia) é uma ciência que estuda a natureza, e como tal é patrimônio universal da Humanidade!
Não pode ficar restrita aos círculos mediucres do egoismo Humano!
Seus postulados não pertencem a nínguem em especial, e sim a todos, a toda sociedade em geral.
Agora só porque não sou um pesquisador no sentido estrito da palavra(um físico),não tenho artigo em revistas ditas oficiais, não posso emitir um pensamento filosófico ou religioso (ou outro de qualquer natureza) usando como analogia uma lei física, a gravidade por exemplo.
Só porque não sou um catedrático rico em diplomas(mas muitas vezes de uma pobreza de espírito que da dó), não posso por exemplo dissertar sobre as dificuldades da vida, raciocinar que sem dificuldades não progredimos e caminhamos pra frente e traçar como paralelo as leis que dissertam sobre o atrito em física que afirmam que sem o atrito em uma superfície, impossível seria para uma pessoa se deslocar sobre essa superfície.
Não! Com certeza não posso usar nada que pertença à ciência como analogia para o desenvolvimento de nenhuma idéia que não fosse científica! Isso só para os físicos, químicos, biólogos, etc. Os previlegiados da natureza! Há eles toda a glória...
Que nada seus bamdos de imbecís, arrogantes , orgulhosos, mediocres dotores! "Grandes" homens de ciências, Pequenos homens de sabedoria!
Alias o amigo sabe a diferença entre conhecimento e sabedoria?
A via do conhecimento é de fora pra dentro e o caminho da sabedoria é de dentro pra fora, o amigo é um doutor entupido de conhecimento, mas não é um sábio.
Esta é de dentro pra fora, ou seja, é o que ofertamos do âmago da nossa alma, por isso um Patativa do Assaré, por exemplo, analfabeto das letras foi muito mais útil ao mundo com suas sábias poesias do que o sectário doutorzinhos de ciência que é vc!
Pra finalizar deixo pro amigo, já que no currículo se diz membro de uma academia de letras (muita vontade de ser "imortal"), o pensamento de grande literato(embora na visão do amigo um mediucre homem de ciências) HÁ MAIS COISAS ENTRE O CÉU E A TERRA DO QUE A NOSSA VÃ FILOSOFIA!
Palavras de um certo Willian Sheckspear!
=========================

Conhecem um tal de 'Evandro'?

[]'
Léo


SUBJECT: Re: [ciencialist] [RN] DARWIN DE NOVO
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 14:53

Tô falando que a solução é o ectoplasma! E vcs ficam teimando com evoluções, quânticas, cordas etc. Um dia vcs chegam lá ........

[]'
deus
-----Mensagem Original-----
De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <Alexandre.Medeiros@Consultmail.net>
Para: "Ciencialist (E-mail)" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003 14:12
Assunto: [ciencialist] [RN] DARWIN DE NOVO


Takata?? Cadê você???

[]

Alexandre Medeiros

***

JC e-mail 2226, de 21 de fevereiro de 2003.

>18 - O controle de danos da Nomenklatura científica alerta: o navio
>'Darwinic' está afundando, mas tudo vai bem!, artigo de Enézio E. de
>Almeida Filho
..................................................


SUBJECT: Re: [ciencialist] [RN] DARWIN DE NOVO
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/02/2003 15:12

Boa tarde a todos .

Bem Luiz, eu discordo. O termo ectoplasma é uma metáfora literária .
E eu pergunto ao Sr. Enézio E. de Almeida Filho qual a sua proposta para
substituir a teoria da evolução de Darwin ?


Lisandro de Souza Gomes Pereira.
Técnico em Eletrônica.
----- Repassado por Cegelec -. Telefonia/SMS-Brasil em 24/02/2003 15:04
-----

"Luiz Ferraz
Netto" Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
<leobarretos@uol. cc:
com.br> Assunto: Re: [ciencialist] [RN] DARWIN DE NOVO

24/02/2003 14:53
Favor responder a
ciencialist







Tô falando que a solução é o ectoplasma! E vcs ficam teimando com
evoluções, quânticas, cordas etc. Um dia vcs chegam lá ........

[]'
deus
-----Mensagem Original-----
De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<Alexandre.Medeiros@Consultmail.net>
Para: "Ciencialist (E-mail)" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003 14:12
Assunto: [ciencialist] [RN] DARWIN DE NOVO


Takata?? Cadê você???

[]

Alexandre Medeiros

***

JC e-mail 2226, de 21 de fevereiro de 2003.

>18 - O controle de danos da Nomenklatura científica alerta: o navio
>'Darwinic' está afundando, mas tudo vai bem!, artigo de Enézio E. de
>Almeida Filho
..................................................

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SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/02/2003 15:57

>LÉO: Arrume uma banheira metálica, com encanamento metálico e me
convide a deitar pelado dentro dessa banheira, com as costas em cima
do ralo e com água torneiral. Aceitarei na hora e vc poderá, com
minha autorização, por escrito, jogar um rádio ou um liquidificador
funcionando (sem as hélices ... isso é perigoso para meus dedos!)
dentro dessa banheira, onde quiser. Depois que eu sair ileso dessa
experiência lhe explicarei, timtim por timtim porque não morri.<

Léo,

Aconselho-o a não tentar a experiência. Esse é um caso onde um
simples engenheiro, mais afeito a detalhes práticos de implementação,
pode salvar a vida preciosa de um físico.

As banheiras metálicas são esmaltadas e, assim, isoladas
eletricamente. O único caminho para a corrente seria, portanto, o
encanamento metálico. Imagine agora o nosso físico pelado - por mais
repulsa que essa imagem possa nos causar - deitado sobre o ralo da
banheira. As partes macias do físico fazem contato justamente com o
ralo metálico da banheira, conectado eletricamente ao encanamento.

Dependendo do local onde o eletrodoméstico -- digamos, uma
torradeira -- atingir a água, e do formato da banheira, o nosso
físico, lamentavelmente, deixará este vale de lágrimas. Não é
difícil imaginar a situação em que o experimentador joga um
torradeira exatamente sobre o peito do físico. Um engenheiro
debochado seria bem capaz de fazer isso. Assim que o contato elétrico
com a água for estabelecido, o único caminho possível para a corrente
é através do peito varonil do físico imprudente. As partes metálicas
das torradeiras não são aterradas propositalmente para evitar
acidentes quando alguém tenta desenroscar um pedaço de pão com uma
faca.

Nessas condições, é possível imaginar que uma corrente capaz de matar
atravesse o coração do físico, apesar da condutividade baixa da água.
A condutividade elétrica da água de torneira é de cerca de 250 a 1000
micromhos. A impedância do corpo humano -- uma vez vencida a
resistência da pele, que neste caso estará molhada -- é bastante
baixa em comparação. Para que haja fibrilação ou parada cardíaca, na
frequência de 60Hz, são precisos apenas 80 microamperes através do
tórax.

Faça as contas, já que, como engenheiro, sou capaz de errar alguma
unidade.

[]s
Colucci

PS: Se acertei alguma coisa aí em cima, credite isso aos três anos em
que cursei física na Unicamp, antes de mudar para engenharia. :)




SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "evzaloti" <evzaloti@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/02/2003 16:09

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> He he he ... preciso aprender a escrever para adultos. Sempre
exteriorizo o ar de metralhadora atirando para todos os lados; poucos
percebem que são balas de caramelos e passam a me intitular
como 'metido', ou coisa bem pior ... como já aconteceu na thread dos
psicos/divogados.
>
> Recentemente recebi uma mensagem de um ilustre desconhecido que
atacou tudo e todos ... e eu nem sei que texto meu ele usou para tal
ataque; eis a cópia:
>

> Pra finalizar deixo pro amigo, já que no currículo se diz membro de
uma academia de letras (muita vontade de ser "imortal"), o pensamento
de grande literato(embora na visão do amigo um mediucre homem de
ciências) HÁ MAIS COISAS ENTRE O CÉU E A TERRA DO QUE A NOSSA VÃ
FILOSOFIA!
> Palavras de um certo Willian Sheckspear!
> =========================
>
> Conhecem um tal de 'Evandro'?
>
> []'
> Léo

Ola, Léo

Conheço, mas juro que n fui eu...
Acaso esse Willian Sheckspear é algum parente da Britney?

[]s

Evander (cujo nome verdadeiro é Evandro)



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 17:01

Takata, socorro!!!!!!! Ofenderam a memória do bardo de novo!

[ ]s

Alvaro Augusto

> Pra finalizar deixo pro amigo, já que no currículo se diz membro de
uma academia de letras (muita vontade de ser "imortal"), o pensamento
de grande literato(embora na visão do amigo um mediucre homem de
ciências) HÁ MAIS COISAS ENTRE O CÉU E A TERRA DO QUE A NOSSA VÃ
FILOSOFIA!
> Palavras de um certo Willian Sheckspear!
> =========================




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: Erich Weick <erich_weick@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/02/2003 17:45


Ainda do Erich: "O pior caso poderia ser de uma pessoa deitada na banheira com as costa em cima do ralo e o eletrodoméstico caindo sobre seus pés. A corrente elétrica estabelecida nestas condições era muitas vezes fatal, por isso a historinha do detetive não é assim tão ridícula como pode parecer."
Arrume uma banheira metálica, com encanamento metálico e me convide a deitar pelado dentro dessa banheira, com as costas em cima do ralo e com água torneiral. Aceitarei na hora e vc poderá, com minha autorização, por escrito, jogar um rádio ou um liquidificador funcionando (sem as hélices ... isso é perigoso para meus dedos!) dentro dessa banheira, onde quiser. Depois que eu sair ileso dessa experiência lhe explicarei, timtim por timtim porque não morri.

Já leu o que o Jose Colucci escreveu? Não me deixe tentado... eu bem que gostaria mesmo de realizar este experimento... :-)

Abraços




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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Ainda xiitas
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 17:56

Olá Tanaka..:-)

Bem, deve ser uma boa tradução. Mas, aparentemente, tem tanto valor quanto ao resto da constituição em relação a editos (fatwas) religiosos, ou seja, quase nenhum..:-) E são as fatwas que determinam a inaplicabilidade de punições a ataques ou danos a cristãos, em que pese a constituição. Alias, esse é um dos pontos chaves no processo de abertura iraniano do Presidente Khatami, a aplicação da constituição frente a força do partido religioso (e veja que nào disse fanatico..:-).

Mas concordo com você quanto a dificuldade de decidir se existem valores universais ou nào. É uma questão filosofica e nào cientifica. Mas talvez discordemos nesse ponto, eu acho que deve ser possivel definir parametros universais através da razão, mesmo que de forma pragmatica ou mesmo biologica (animais gregarios se beneficiam da ajuda mutua, portanto a solidariedade, que se desenvolveu nesses gruos, é "valiosa" e um valor universal, pelo menos no sentido de universo humano, animal gregario).

E a autorização para avaliar comportamentos islamicos por atitudes e fatwas é da própria religiào, mesmo que sempre se possa compreender que o decreto de morte de Rushidae nào é o islã. Mas o simbolisa com certa precisão, mesmo que nos libertemos de preconceitos e julgamentos de valor.

Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: rmtakata <rmtakata@altavista.net>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, April 24, 2003 4:07 PM
Subject: [ciencialist] Re:Ainda xiitas


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
> Se um cristão for agredido, roubado ou morto no Irã, não tem nada a
> fazer. Não há proteção legal para quem professa essa crença. E
> matar um muçulmano que mudou de fé e se tornou cristão nào é crime
> previsto em lei e nem haverá processo legal.

Nao sei qual a confiabilidade do site e da traducao da constituicao
iraniana:

Article 13: Zoroastrian, Jewish, and Christian Iranians are the only
recognized religious minorities, who, within the limits of the law,
are free to perform their religious rites and ceremonies, and to act
according to their own canon in matters of personal affairs and
religious education.

Article 14: In accordance with the sacred verse; ("God does not
forbid you to deal kindly and justly with those who have not fought
against you because of your religion and who have not expelled you
from your homes" [60:8]), the government of the Islamic Republic of
Iran and all Mu slims are duty-bound to treat non-Muslims in
conformity with ethical norms and the principles of Islamic justice
and equity, and to respect their human rights. This principle applies
to all who refrain from engaging in conspiracy or activity against
Islam and the Islamic Republic of Iran.

http://www.netiran.com/Htdocs/Laws/000000LAGG01.html

[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 17:58

Tô ocupadíssimo na fase de síntese do ectoplasma quântico normalizado. Alguém quer preparar a resposta para o Prof. Jefferson? Se quiser pode até entrar em detalhes sobre o 'goma' dos tecidos frente ao UV.
[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Gefferson Roberto Celestrino
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003 17:22
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


De Gefferson - Professor de Física Ensino Médio
Professor, gostaria de saber por que aquela luz usada em discotecas parece tornar o branco mais intenso, destacado em relação às outras cores? Esta é uma pergunta frequente de meus alunos quando falo de cores.
Aceito sugestão de pesquisa.

Obrigado.
gefcelestrino@hotmail.com

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: P/ Ligia
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 18:00

Olá Ligia..:-)

Não se sinta única nesta situação, minha irmã fez engenharia mecanica na FEI e era a unica mulher em "varias" salas de mais de 30 homens..:-) Era a "menina esquisita" que faz mecanica da turma, no inicio dos 80..:-)

Mas isso tem mudado e espero que atinjamos o equilibrio necessário, metade de cada sexo..:-)


Um abraço.

Homero
----- Original Message -----
From: Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, April 24, 2003 5:30 PM
Subject: [ciencialist] Re: P/ Ligia


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Leonardo Stern <roxo@g...>
escreveu
> Pronto! Já estou saindo do silencio e passarei a dar os meus
palpites
> aleatorios nas discussões.

Êba!

> PS Complementando o comentario da Ligia ... e a desigualdade
homens/mulheres
> ativas na lista é proporcional ao número de homens/mulheres nas
carreiras
> cientificas em geral ?

Sei não... mas se quiser encontrar miríades de mulheres em listas,
basta procurar por listas que envolvam:

magia,
misticismo,
espiritualidade,


> Pelo que observei no curso de engenharia, a proporção H/M era 4/1 ,
pelo que
> me disseram dos cursos de biologia e medicina, a relação parece ser
estar
> perto do equilibrio.

No curso de Física que eu fiz, eu era a única mulher no meio de 40
homens no primeiro ano... e em minha turma graduaram-se 5 membros:
só eu de mulher. Isso lá pelos ídos de 1987. Mas pelo que sei, pelo
menos por aqui no interior de SP, continua praticamente a mesma coisa.


> Por fim, uma pergunta pra Ligia : Já recebeu muitas cantadas de
participantes
> da lista, publicamente ou em PVT ?


Dessa lista? Não...:) O pessoal é respeitador. E, como eu já vou
logo dizendo que sou casada, tenho dois filhos, os mais afoitos
perdem logo, logo o interesse... ;)

Beijos, Lígia


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 18:04

Olá 'soldadores de fios' :-)

Já li o relato técnico colucciano. Apresenta a falha típica dos engenheiros (por isso fiz a proposta só para essa turma, jamais a faria para um físico!). E ainda topo a experiência. Só não toparei a experiência quando vcs descobrirem a diferença entre "potencial elétrico e diferença de potencial elétrico". Ai não vale mais!
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Erich Weick" <erich_weick@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003 17:45
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro



Ainda do Erich: "O pior caso poderia ser de uma pessoa deitada na banheira com as costa em cima do ralo e o eletrodoméstico caindo sobre seus pés. A corrente elétrica estabelecida nestas condições era muitas vezes fatal, por isso a historinha do detetive não é assim tão ridícula como pode parecer."
Arrume uma banheira metálica, com encanamento metálico e me convide a deitar pelado dentro dessa banheira, com as costas em cima do ralo e com água torneiral. Aceitarei na hora e vc poderá, com minha autorização, por escrito, jogar um rádio ou um liquidificador funcionando (sem as hélices ... isso é perigoso para meus dedos!) dentro dessa banheira, onde quiser. Depois que eu sair ileso dessa experiência lhe explicarei, timtim por timtim porque não morri.

Já leu o que o Jose Colucci escreveu? Não me deixe tentado... eu bem que gostaria mesmo de realizar este experimento... :-)

Abraços




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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 18:17

>De: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>

>As banheiras metálicas são esmaltadas e, assim, isoladas
eletricamente. O único caminho para a corrente seria, portanto, o
encanamento metálico. Imagine agora o nosso físico pelado - por mais
repulsa que essa imagem possa nos causar - deitado sobre o ralo da
banheira. As partes macias do físico fazem contato justamente com o
ralo metálico da banheira, conectado eletricamente ao encanamento.<

Como hoje estou bonzinho, menos puto com a água do rio que molhou meu rancho (a geladeira todavia, apesar de flutuar na água durante 1 semana, FUNCIONANDO, continua funcionando perfeitamente ... e com a tomada da parede submersa!), só destaquei esse trecho acima. Leiam e releiam ... vcs têm grande chance de descobrirem o que está furado!

[]'
Léo


SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - email da China
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 18:25

Para que todos fiquem sabendo que na China tb há falta de material de pesquisa ... dai apelarem para o Imperdível! he he he .......
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
PS: Já enviei a resposta para a Maria Cláudia.
========================================
-----Mensagem Original-----
De: "M. van der Wal" <mvdw_99@yahoo.com>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 19 de fevereiro de 2003 08:05
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS - email da China


| Prezado leo,
|
| moro na China (o mundo esta pequeno!!!) e estou ajudando meu filho a fazer
| um projeto de ciencia para escola (por isso eu estou escrevendo, ele soh
| escreve alemao!!). Ele se encantou com o projeto "Centro de Gravidade, o
| centro de gravidade dos corpos tende a colocar-se o mais baixo possivel" e
| quer apresentar esse projeto na aula. Mas ele nao consegue entender (e eu
| nao consigo explicar!!!) qual a diferenca entre as figuaras B e C. Porque
| colocar areia faz o "peh" da lampada subir? O que o peso da area tem a ver
| com isso? Desculpe a "cara-de-pau" mas estou um pouco desesperada. Apesar
| de adorar morar na China, as vezes o negocio complica... nao temos muito
| material de pesquisa... Muito obrigado pela ajuda, Maria Claudia
|


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Ainda xiitas
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 18:30

Olá Takata..:-)

Este link leva a página da Anistia Internacional e sua preocupaçào com a violação de direitos de minorias religiosas no Irã:

http://web.amnesty.org/library/index/ENGMDE130181997

Deve contrabalançar a constituiçào do Irã que me mandou..:-)

Um abraço.

Homero

----- Original Message -----
From: rmtakata <rmtakata@altavista.net>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, April 24, 2003 4:07 PM
Subject: [ciencialist] Re:Ainda xiitas


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
> Se um cristão for agredido, roubado ou morto no Irã, não tem nada a
> fazer. Não há proteção legal para quem professa essa crença. E
> matar um muçulmano que mudou de fé e se tornou cristão nào é crime
> previsto em lei e nem haverá processo legal.

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iraniana:

Article 13: Zoroastrian, Jewish, and Christian Iranians are the only
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are free to perform their religious rites and ceremonies, and to act
according to their own canon in matters of personal affairs and
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Article 14: In accordance with the sacred verse; ("God does not
forbid you to deal kindly and justly with those who have not fought
against you because of your religion and who have not expelled you
from your homes" [60:8]), the government of the Islamic Republic of
Iran and all Mu slims are duty-bound to treat non-Muslims in
conformity with ethical norms and the principles of Islamic justice
and equity, and to respect their human rights. This principle applies
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Islam and the Islamic Republic of Iran.

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Ainda xiitas
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 18:41

Olá

Este artigo é sobre a condenação à morte de um iraniano de voltou a sua religião original. O motivo da condenação foi esse mesmo, mudar de religião. A Anistia Internacional tem uma campanha a favor dele:

http://web.amnesty.org/appeals/index/irn-010497-wwa-eng

Eu sei, é claro, que isto não torna todo muçulmano um monstro. E nem acho que seja possível julgar todo um grupo étnico a partir de ações de governos, mesmo governos religiosos. O que sempre ponderei é que há mais do que preconceito em determinadas avaliações e julgamentos e que o Islã, pelo menos nos últimos séculos, tem se tornado cada vez mais bárbaro e fechado, o que até mesmo conflita com os tempos da grande expansão quando o saber muçulmano era tolerante e civilizado.

Um abraço.

Homero

----- Original Message -----
From: rmtakata <rmtakata@altavista.net>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, April 24, 2003 4:07 PM
Subject: [ciencialist] Re:Ainda xiitas


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
> Se um cristão for agredido, roubado ou morto no Irã, não tem nada a
> fazer. Não há proteção legal para quem professa essa crença. E
> matar um muçulmano que mudou de fé e se tornou cristão nào é crime
> previsto em lei e nem haverá processo legal.

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iraniana:

Article 13: Zoroastrian, Jewish, and Christian Iranians are the only
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Article 14: In accordance with the sacred verse; ("God does not
forbid you to deal kindly and justly with those who have not fought
against you because of your religion and who have not expelled you
from your homes" [60:8]), the government of the Islamic Republic of
Iran and all Mu slims are duty-bound to treat non-Muslims in
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and equity, and to respect their human rights. This principle applies
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SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/02/2003 18:44

>LÉO: Como hoje estou bonzinho, menos puto com a água do rio que
molhou meu rancho (a geladeira todavia, apesar de flutuar na água
durante 1 semana, FUNCIONANDO, continua funcionando perfeitamente ...
e com a tomada da parede submersa!), só destaquei esse trecho acima.
Leiam e releiam ... vcs têm grande chance de descobrirem o que está
furado!<

Se o nosso físico estiver encostado no ralo, ele estará "aterrado".
Era até costume antigamente, antes do PVC, usar os encanamentos como
barra de terra. Se o experimentador lançar a torradeira (desligada)
sobre a água, e o primeiro polo a entrar em contato com esta for
o "fase", a corrente fluirá pelo corpo do físico imprudente,
ensinando-o a não desafiar a argúcia dos engenheiros :)

O único erro está em estragar uma torradeira no experimento.

[]s
Colucci




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: P/ Ligia
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 18:48

Olá Ligia..:-)

Se é dificil para quem, digamos (de forma bem politicamente correta, para não usar a palavra "feia"), menos privilegiada no design, pelo menos pode-se tentar passar desapercebida e levar o estudo com tranquilidade. Minha irmã é bonita e muito (mesmo) inteligente e acho que isso dificulta mais. A "sindrome da loira burra" é quase uma referencia e, mesmo para quem é livre de preconceito, dificil de abandonar. Professores não a ouviam, trabalhos não eram lidos, colegas não levavam a sério propostas e sugestões, um inferno. Ela realmente detestou a época e tendia a usar roupas e acessórios cada vez mais estranhos como chapeus de penas e vestidos hindus para esculachar de vez. Mas foi bem dificil para ela.

E a manifestação sempre depende de sua auto-estima e de quanto você foi valorizada no periodo de formação. Em geral, mesmo pais carinhosos tendem a substimar e a superproteger meninas, resultando em menor confiança em sua propria capacidade (erro que espero não estar cometendo com minha propria filha, faço muita força para trata-la com a confiança que merece..:-)

Mas ainda assim é bem mais confortável hoje para uma mulher do que já foi em qualquer periodo do passado.

Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, April 24, 2003 6:31 PM
Subject: [ciencialist] Re: P/ Ligia


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
escreveu
> Olá Ligia..:-)
>
> Não se sinta única nesta situação, minha irmã fez engenharia
mecanica na FEI e era a unica mulher em "varias" salas de mais de 30
homens..:-) Era a "menina esquisita" que faz mecanica da turma, no
inicio dos 80..:-)

Coitada. Os próprios colegas tinham preconceito, principalmente com
as meninas da engenharia e principalmente se fossem feias. Na minha
época, só estudavam 3 mulheres no prédio todo da mecânica e elétrica.



> Mas isso tem mudado e espero que atinjamos o equilibrio necessário,
metade de cada sexo..:-)


Bem, prá isso, as mulheres precisam se sentir confortáveis no meio de
um bando de homens ;) A maioria fica constrangida, "some" no meio de
todos. É só conferir em listas científicas e céticas de um modo
geral por exemplo, já que também esses dados obtidos dessa forma,
servem como um ponto de referência. Bastando que se observe o
comportamento das mulheres em tais listas: a maioria delas logo, logo
fica sem jeito, sem saber como responder sem se sentir exposta e
normalmente evita falar muito para não sere ridicularizada. Dá dó,
mas é um problema cultural. O medo do "carão" é grande... ou o medo
de parecer "vulgar", ou ainda o medo de não parecer frágil, indefesa,
gatinha... :)) Até que eu andei incentivando algumas gatas pingadas
por aqui, mas elas sumiram!


Beijos, Lígia
Eu já perdi esse medo de fazer feio faz tempo... ;)



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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/02/2003 19:01

--- Em ciencialist@y..., "josecolucci" <j.colucci@r...> escreveu
. . .
>
> As banheiras metálicas são esmaltadas e, assim, isoladas
> eletricamente. O único caminho para a corrente seria, portanto, o
> encanamento metálico. Imagine agora o nosso físico pelado - por
mais
> repulsa que essa imagem possa nos causar - deitado sobre o ralo da
> banheira. As partes macias do físico fazem contato justamente com o
> ralo metálico da banheira, conectado eletricamente ao encanamento.
>


Isso sem esquecer o detalhe de que a corrente da rede elétrica é
ALTERNADA. A fina camada de esmalte da banheira poderá atuar não
como um isolante, mas como o dielétrico de um capacitor, permitindo
que a corrente passe através do corpo do físico, mesmo que ele não
encoste no ralo. E o choque pode ser tão maior quanto a área da
superfície das nádegas do físico em contato com a banheira.

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: Erich Weick <erich_weick@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/02/2003 19:20


Olá 'soldadores de fios' :-)

Já li o relato técnico colucciano. Apresenta a falha típica dos engenheiros (por isso fiz a proposta só para essa turma, jamais a faria para um físico!). E ainda topo a experiência. Só não toparei a experiência quando vcs descobrirem a diferença entre "potencial elétrico e diferença de potencial elétrico". Ai não vale mais!

=================================================
Aula de Física Geral III de um dia qualquer no primeiro semestre de 1997 na Universidade Regional de Blumenau, ministrada por um físico doutor:
" - Vocês sabem me dizer a diferença entre DDP e Potencial Elétrico? E nesta tomada logo ali na parede, vocês sabem qual dos dois vocês tem nela?"
Alguns alunos defenderam havia na tomada uma DDP de 220Volts enquanto outro disseram que ela estava potencializada em 220Volts...
" - Na tomada vocês podem verificar OS DOIS simultaneamente!" - falou energicamente o professor.
" - No pino "fase" você tem o condutor potencializado em 220Volts enquanto que o neutro está potencializado em zero Volt, logo entre os dois pinos temos uma Diferença de Potencial de 220Volts. Mas se você potencializar um dos pinos em 1000Volts e outro em 1220Volts você ainda terá uma DDP de 220Volts."
Palavras de um físico...





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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/02/2003 20:03


Olá, Meire! Seja bem-vinda à lista. Esteja à vontade; espero que
se divirta como nós...!

E, de fato, sobre seu outro e-mail, a matemática entra no rol das
atividades apaixonantes, porém sem muita perspectiva de dinheiro e com um
timbre de "caminho desconhecido"... Como várias outras: antropologia,
filosofia, as artes em geral...

Parece que você gosta bastante de matemática; você faz alguma
coisa relacionada a ela?

Abraços,
Belisário
Físico e jornalista
www.uniemp.br/labjor/
Campinas - SP

Tem várias:

At 10:18 24/02/03 +0000, you wrote:
>Oi Pessoal
>
>Meu nome é Meire e sou nova no grupo. Fiquei com a mesma dúvda da Ligia,
>afinal tbm tenho problemas com alergias e tenho a impressão de "choque" na
>ferida, qdo o chuveiro ta ligado. Alguém sabe me explicar isso????
>
>"A Matemática é como o amor, uma idéia simples que pode se tornar
>complicada."



SUBJECT: Fwd: Uso da Internet no Ensino
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/02/2003 20:09


>From: "Eliane Angela Veit"
>Date: Mon, 24 Feb 2003 11:30:46 -0300
>Subject: Uso de informatica no ensino medio
>
>Prezados colegas:
> esta mensagem se destina aos professores de Física
>em exercício no nível médio.
> Estamos fazendo um levantamento sobre o uso de
>informática no ensino de Física de nível médio. Esperamos contar com a
>colaboração dos professores em exercício, através do preenchimento do
>formulário constante no endereço:
>
>http://www.if.ufrgs.br/mpef/enquete.html
>
> Agradecemos antecipadamente a sua colaboração
>
>
>Eliane A. Veit
>
>_________________________
>Profa. Eliane Angela Veit
>Instituto de Física - UFRGS



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 20:09

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese"
Sent: Sunday, February 23, 2003 6:47 PM
Subject: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte

Olá, Lígia

> *OBS: Note que o número de pontos de exclamação está
> aumentando... :))

Fico satisfeito com isso, mas ao mesmo tempo bastante preocupado, pois
quando chegar em !!! vão nos convidar para dialogar em outra lista. ;-))

> > Einstein simplificou, a meu ver de maneira indevida, para "tudo é
> > movimento"...

> Lígia: Não sei se estou redondamente enganada, mas penso que
> Einstein provavelmente leu e não compreendeu o significado
> de "espiritus", ou "Atman", ou "Ruash" hebráico que numa tradução
> grosseira seria o mesmo que "sopro", ou "aquilo que põe em
> movimento". Da mesma forma que o Chi chinês, o tal "vapor", sopro é
> referente ao Espírito que é o que faz tudo se mover... Dizer que
> tudo é movimento, nesse caso está errado também, já que para haver
> movimento precisa haver "o que há a ser movido". Questão
> transcendente esta... daqui a pouco me defenestram :))

Não conheço a fonte inspiradora de Einstein, mas é bem possível que tenha
sido algum desses textos considerados apócrifos no Olimpo Acadêmico.

> Lígia: Bem... ou muito me engano ou ele, Newton, estava a procura
> do "Espiritus", ou "do que move". Seria isto um movimento
> absoluto? Olhando assim, sem muito compromisso, parece mesmo que
> Newton estava interessado no que move o Universo. Não apenas no
> movimento em si, mas A origem do movimento, a causa primeva... e
> fechar os olhos para isso parece que teve consequências um tanto
> nefastas, não?

É interessante notar que o Universo conhecido no século XVII era bem diverso
do atual. Havia naquela época a idéia de um território de estrelas fixas,
como que a representar um *possível* repouso absoluto. Newton freqüentemente
refere-se a esse território como a sede de um repouso absoluto, mas esse
*possível* não é invenção minha, é o que se lê nos Principia. Hoje sabemos
que esse território das estrelas fixas é aparente, pois as galáxias estão se
afastando, logo nada está fixo no Universo. Mas isso não muda em nada a
física newtoniana, pois ele não se comprometeu com essa região de repouso
absoluto. Simplesmente ele assumiu a existência de um espaço absoluto, em
relação ao qual poderia em teoria imaginar esse repouso absoluto. Esse
repouso absoluto poderia estar lá, no território das estrelas fixas, mas
poderia também não estar (daí o *possível*). O importante não era a
localização, mas o testemunho de sua existência. E esse testemunho é
descrito através de forças de interação: "The causes which distinguish true
motions from relative motions are the forces impressed upon bodies to
generate motion." O exemplo típico encontrado por Newton relaciona-se à
rotação através de duas experiências de pensamento: os globos girantes
presos a uma corda e a experiência do balde. Fixando-se tão somente na
rotação, construiu um argumento de maneira a poder utilizar o território das
estrelas fixas como algo a representar um provisório repouso absoluto. Hoje
poderíamos pensar nesse repouso absoluto como algo fixo em um big-bang
clássico, um verdadeiro centro do Universo numa conturbação de violência
tal que corpo algum estaria efetivamente em repouso. Ao contrário daquele
marasmo próprio ao imaginário território das estrelas fixas, o repouso seria
agora tão somente de natureza teórica, onde um hipotético observador, alheio
às forças aí existentes, constataria a fuga das galáxias de uma região
ultra-privilegiada, e que poderia ser chamada o zero absoluto do Universo.

> > Do ponto de vista epistemológico (teoria do conhecimento) o espaço
> > absoluto representava, para Newton, uma das essências de seu trabalho

> Lígia: Acho que não consegui alcançar o ponto nevrálgico: como
> Newton definia tal "espaço absoluto"? Algo imutável, estanque e que
> necessitaria do "movimento" para estar sujeito às Leis que ele
> elaborou?

O espaço absoluto era um essencial necessário a sua física, assim como
ponto, reta e plano são essenciais necessários à geometria euclidiana. O
ponto nevrálgico a meu ver não reside na definição, mas no porque ele seria
necessário, pois se é essencial não há como definí-lo. Antes de chegar as
suas leis, no "scholium" de sua obra, Newton chega quase que a enunciar um
princípio da conservação do movimento absoluto, e a negar a conservação do
movimento relativo (isso deve ser interpretado com muito cuidado, pois a
noção de conservação de movimento é diferente daquela que utilizamos na
atualidade - abaixo mostrarei a diferença). Vou reproduzir aqui esse trecho
de sua obra, lembrando que para Newton os termos "absoluto", "verdadeiro"
(true) e "matemático" são utilizados quase como sinônimos, quando referidos
a seus essenciais. O texto é o seguinte (em inglês): True motion is neither
generated nor changed except by forces impressed upon the moving body
itself, but relative motion can be generated and changed without the
impression of forces upon this body."

Vamos pensar, por exemplo, em um corpo em movimento em relação às estrelas
fixas (suposto referencial em repouso absoluto). O movimento absoluto (em
relação às estrelas fixas) somente será alterado se alguma força agir sobre
o corpo. É interessante notar que Newton está assumindo isso antes mesmo de
enunciar a lei da inércia, se bem que já tivesse feito menção no item
"definições". Aqui ele está simplesmente querendo conceituar o espaço
absoluto e o movimento absoluto, mas já está antevendo que existe alguma
coisa que poderia pensar como sendo uma conservação desse movimento
absoluto. Deixemos agora de lado as estrelas fixas (não vamos mais olhar
para elas, mas apenas para o corpo). Suponha então que de repente percebemos
que o corpo está se movendo de maneira estranha, seguindo uma trajetória não
mais retilínea. O que será que aconteceu? De duas, uma: 1) Esse corpo está
agora sob a ação de uma força; 2) Nós estamos numa nave espacial, o corpo
está fora da nave, e esta nave começou a se mover. No primeiro caso, uma
força modificou o movimento absoluto do corpo. No segundo caso o movimento
absoluto é o mesmo, mas o movimento relativo se modificou (o nosso
referencial agora é outro). Foi através de alguma idéia desse tipo que
Newton enunciou o principio da conservação do movimento, independentemente
de seu modelo de três leis (obviamente ele usou a noção de inércia e o
conceito de força).

Porque eu disse que deveríamos ter cuidado com essa interpretação? Porque da
maneira como utilizamos a conservação do movimento na atualidade, fixamos
antes um referencial. Ganhamos em um lado (o lado matemático, na resolução
de problemas) mas perdemos de outro (deixamos de perceber uma importante
diferença, a caracterizar o quanto é importante o movimento absoluto para a
física newtoniana). E porque ele é importante? Muito simples: as forças de
interação modificam tão somente o movimento absoluto. E o que são essas
forças de interação? Lembro que até chegar nesse princípio, Newton ainda não
fez a apresentação oficial de suas leis. Essas forças representariam nada
mais, nada menos, do que a maneira como a matéria se comunica, ou como a
matéria se interage. Nada numa mão, nada na outra. :-) Estou falando do
espírito da matéria newtoniano, o outro de seus essenciais a que chamo por
"informação do movimento da matéria". Newton não previu que seu espírito da
matéria fosse decorrente única e exclusivamente do movimento da matéria, mas
previu a sua existência. E se ele teve escrúpulos em não declarar de maneira
acintosa a existência desse espírito da matéria (pelo menos em seus textos
científicos), certamente isso se deve a ele não ter conseguido reunir na
época razões suficientes a relacionarem causa (movimento) com efeito (também
movimento).

Um pouco abaixo da citação relatada, Newton conclui explorando o princípio
sob um outro enunciado, ligeiramente diferente, mas não em conflito com o
que enunciou anteriormente: "Again, true motion is always changed by forces
impressed upon a moving body, but relative motion is not necessarily changed
by such forces." Isto complementa sua maneira não usual de enunciar o
princípio da conservação do movimento (como disse, válido na sua maior
generalidade, a levar em conta mudanças de referencial).

Lembro-me que recentemente discutiu-se muito aqui na Ciencialist o problema
das forças fictícias ou virtuais. Visto pelo prisma atual, eu diria que
qualquer força que NÃO possa ser pensada como decorrente do "espírito da
matéria" newtoniano seria uma força fictícia ou virtual. Seria uma força
incapaz de promover uma modificação do movimento absoluto de um corpo,
modificando tão somente o movimento relativo. Se o nome fictícia ou virtual
está certo ou errado, eu não sei dizer. Sinceramente, acho esquisito dizer
que fulano foi hospitalizado após ter recebido uma pancada virtual ou
fictícia. ;-) Não obstante, rigorosamente falando essa força não existe,
pois "relative motion can be generated and changed without the impression of
forces upon this body". Na realidade o indivíduo foi hospitalizado não pela
ação da força virtual, mas pelo choque, ou pancada real, com o outro corpo
(por exemplo, o parabrisas de um automóvel) que teve seu movimento absoluto
alterado pela ação de uma força real.

> Lígia: [...] sinceramente eu não entendo: tendo em mãos uma forma de
> alcançar respostas simples a questões simples, qual o porquê da
> insistência em continuar buscando respostas cada vez mais complexas para
> as mesmas questões "simples"?

Talvez um pensamento de Einstein caia bem aqui: "A história das descobertas
científicas e técnicas revela-nos quanto o espírito humano carece de idéias
originais e de imaginação criadora. E mesmo quando as condições exteriores e
científicas para o aparecimento de uma idéia já existem há muito, será
preciso, na maioria dos casos, uma outra causa exterior a fim de que se
chegue a se concretizar. O homem tem, no sentido literal da palavra, que se
chocar contra o fato para que a solução lhe apareça. Verdade bem comum e
pouco exaltante para nosso orgulho."

> Lígia: Enfim ELE, o espírito da matéria! O representante direto do
> absoluto para o movimento! Que não me "escutem" agora...

Sem dúvida, não poderia ter dito melhor: "o representante direto do absoluto
para o movimento."

> Lígia: O que eu percebo é algo que pode-se estender para muito além do
> que os movimentos corriqueiros de anda e pára, mexe, não mexe a que
> estamos sujeitos. Ao assumir-se que há tal movimento absoluto, assume-se
> que tal movimento é absoluto de acordo com o referencial?

Eu acho que isso está aquém da conceituação de referencial. O movimento
absoluto seria aquele relativo ao espaço absoluto. Newton concebeu
logicamente esse movimento absoluto, mas não conseguiu localizá-lo. Para sua
época, o mais próximo disso seriam as estrelas fixas. Mas ele conseguiu
chegar a um absolutismo "light", através do que chamamos referencial
inercial da física clássica. Com o princípio da equivalência de Einstein,
esse parentesco entre o referencial absoluto newtoniano e o referencial
inercial ficou um pouco obnubilado. Podemos hoje, segundo Einstein, pensar
em um referencial inercial mesmo estando dentro de uma nave acelerada, basta
considerar a aceleração como sendo um campo gravitacional. Ou seja, Einstein
também descaracterizou o parentesco entre o referencial inercial e o
referencial absoluto. Para Einstein, o único absoluto é Sua Majestade a Luz,
a Rainha do espaço e do tempo da sua física.

Na minha teoria sobre o elétron (item 7.2) eu consigo prever a possibilidade
da constatação experimental da existência desse referencial absoluto
newtoniano. Não creio que seja uma experiência muito fácil de ser feita, mas
sem dúvida trata-se de uma experiência crucial. O conceito que está por trás
da idéia é muito simples: um corpo em repouso absoluto não emite
informações. Se for um elétron, seu campo de efeitos elétricos deverá ser
nulo; se for um corpo dotado de massa gravitacional, seu campo gravitacional
também deverá ser nulo (e essa nulidade é absoluta e válida para qualquer
referencial, pois o corpo não emite nada, logo, *enquanto assim permanecer*,
não exercerá efeito algum sobre o restante do Universo). Obviamente não
precisamos chegar nesse referencial de campos nulos, e creio mesmo que isso
seria impossível. Será suficiente mostrar que as "constantes" do campo
(qualquer que seja o campo) variam regularmente com a velocidade (ou seja,
não são constantes universais). Por extrapolação podemos até mesmo localizar
esse referencial do repouso absoluto, pela observação da tendência a zero da
"constante" considerada.

> Lígia: Eu tenho alguns problemas em pensar sobre isso. Veja: se há
> apenas o campo de informação e há a energia decorrente do mesmo
> "inserida" no conjunto e ou nas partículas unitárias envolvidas em
> movimento "recíproco", como é que a energia cinética pode
> ser "mascarada" se há movimento? A energia cinética não é a que
> determina o movimento a que partículas em um sistema chegam a
> desenvolver? Tudo bem, isso é macroscópicamente falando... mas se a
> física Newtoniana pode ser aplicável a partículas a nível atômico,
> ela deve manter suas características mesmo quando em circunstâncias
> tais como as referentes ao mundo muito pequeno... ou não?

Você está absolutamente certa. O problema não está em poder ou não aplicar a
física newtoniana. O problema está em visualizar ou não a estrutura interna
das partículas. Se soubermos que existem duas partículas em órbita, o
problema está resolvido, é só considerar as energias cinéticas individuais.
Mas e se isso não for possível com a tecnologia atual? Vemos apenas uma
partícula, cuja estrutura externa é desconhecida, aparentemente em repouso.
Por um motivo qualquer, notamos que a partícula se desfaz e transforma-se,
por exemplo, em duas partículas em movimento (portanto, com energia cinética
diferente de zero). Como a energia cinética inicial foi pensada como igual a
zero, dizemos que a partícula estava dotada de uma energia potencial, quando
na realidade era uma energia cinética interna. Rigorosamente falando não
existe neste caso transformação de energia potencial em cinética.

> > Sem dúvida, em física clássica podemos perfeitamente pensar em massa de
> > fótons, mas precisaríamos primeiro caracterizar bem o significado de
> > massa em nível microcósmico e, a seguir, conceituar bem o que seriam
> > esses fótons.

> Lígia: Bem, se por fótons entende-se um conjunto de
> corpúsculos de Newton, a primeira coisa a ser feita seria: encontrar
> tais corpúsculos e achar-lhes a massa... caso contrário não poderiam
> ser classificados por corpúsculos, já que um corpo por definição
> apresenta massa e volume. O que fazer então?

Em primeiro lugar precisaríamos caracterizar muito bem os campos que agem
sobre esses corpúsculos. Que eles existem eu não tenho a menor dúvida. A
difração, a refração, o efeito Malus... são todos efeitos originados por
algum(ns) campo(s) de força agindo sobre esses corpúsculos. Mas isso não é
tudo, pois se conseguirmos caracterizar um desses campos, ficaremos com uma
relação do mesmo tipo da e/m da experiência de Thomson. Não é nada fácil,
mas não creio que seja impossível. O quase impossível, a meu ver, seria
fazer com que uma fração significativa de físicos, tanto teorizadores quanto
experimentais, acreditasse nessa idéia, pois isso é um trabalho para ser
feito por muita gente e sem nenhuma garantia de sucesso. No caso do elétron,
esse trabalho começou com Faraday (meados do século XIX) e terminou com
Millikan (século XX). No caso do corpúsculo de Newton, o trabalho ainda nem
começou, e creio que as dificuldades serão bem maiores.

> > > Lígia: Isso levando-se em conta que tudo deva estar em movimento.

> > Perfeito. E vou além: movimento em relação a um referencial
> > absoluto, único e imutável. Por exemplo, o referencial de um
> > *hipotético* big-bang clássico.

> Lígia: É... lá vamos nós ao *absoluto*... pelo jeito intuí
> certo! :))

Perfeito. Eu diria apenas que sob esse aspecto o big-bang está para nós
assim como as estrelas fixas estavam para Newton. Não é impossível que daqui
a 300 anos descubram que o Universo contém milhares de big-bangs, e que o
nosso é apenas um big-banguezinho de um big-sistema-solar e que se move em
direção a uma big-estrela fixa. ;-))

> Lígia: Ou o movimento gerando a ausência de movimento, a ação
> gerando a não ação (passividade). Mais uma vez a dualidade...

Dualidade me lembra a... Não, nem vou falar. ;-)

> > É aí que "aposto" em uma outra de minhas teorias a concluir que o
> > universo é eterno, sem princípio nem fim.

> Lígia: Bem, vamos então tentar entender as consequências de um
> Universo sem início nem fim. [...] Assim, de onde seria advinda a matéria
> a fim de dar conta da geração de mais e mais elementos no sistema quando a
> capacidade "reativa" fosse esgotada? Das cinzas não se pode recriar
> madeira... o raciocínio é mais ou menos este, Alberto... :/

Cortei um bom trecho pois o assunto retorna posteriormente sob um outro
prisma. Conservei a história das "cinzas" para concordar que apenas das
cinzas não se pode recriar a madeira, mas se dispusermos de tudo o que saiu
da madeira, apenas o segundo princípio da termodinâmica (irreversibilidade
do processo) poderá nos impedir de recriarmos a madeira a partir de cinza +
fumaça.

> > Cientificamente falando eu não consigo ver nem início nem fim para o
> > Universo.

> Lígia: Mas não se pode fechar os olhos para o que as pesquisas na
> base da observação demonstram: [...]
> 5. Portanto, caso a matéria não seja reciclável, ou seja gerada
> constantemente em locais ainda não observados,...

É isso aí! Cruzinha na opção (5). :-)

> ... todas as galáxias visíveis têm seu fim já traçado: suas estrelas
> serão tragadas pelo seu núcleo, como num ralo... e o que restará será
> apenas e tão somente um buraco-negro ultra hiper massivo deformando o
> espaço ao redor de si para todo sempre... e possivelmente brilhando
> quando de sua "anulação" pela emissão contínua a intervalos de tempo de um
> átomo... de acordo com Hawking. :)) Esta é a "morte"g alática em
> sua mais crua acepção... e estamos todos fadados a isso, sem
> exceção.

E o que restará após este buraco-negro (se é que eles existem de fato) se
consumir através de um processo violentamente irreversível, dada sua
dimensão irrisória em relação ao restante do Universo? Eu diria que em
pouquíssimo tempo cósmico esse buraco negro será totalmente transformado em
entropinos, que nada mais são senão corpúsculos de Newton atípicos. E estes,
ou acabarão, mais cedo ou mais tarde, retornando ao centro do Universo, ou
então serão trocados com entropinos provenientes de outros big-bangs (caso o
Universo seja constituído por múltiplos big-bangs, como ultimamente alguns
já chegaram a suspeitar). É bom deixar claro para os leitores que estão
pegando o bonde andando, que boa parte do que estou falando reside no campo
das especulações. Algumas bem fundamentadas, mas não deixam de ser
especulações.

> Lígia: Os entropinos ou neutrinos teriam a capacidade de criar
> uma "teia" de sustentação gravitacional para o Universo... impedindo-
> o de se expandir ad infinitum... até aí tudo bem. Mas e a questão
> da "matéria prima auto sustentável"? De onde surgiriam mais átomos
> de hidrogênio suficiente para a criação de mais estelas e galáxias, e
> para onde iriam as galáxias moribundas? Onde está o berçario de
> novas galáxias se estas que contemplamos estão com seus bilhões de
> anos contados? :))

Os entropinos são corpúsculos de Newton, a base da luz e de tudo o mais.
Onde há luz, tudo o mais pode ser recriado, é suficiente que seus
corpúsculos consigam novamente se entrelaçar. Como disse anteriormente,
eles são atípicos no sentido de viajarem de maneira a não conseguirem
penetrar em elétrons. Mas no centro do Universo eles estariam chegando numa
quantidade fabulosa e num meio energético tal a possibilitar que se
reagrupem em novos elétrons, prótons, nêutrons e tudo o mais. O Um dá origem
ao Dois, e o Dois produz o Três e tudo o mais (Lao-Tse). O big-bang clássico
é, ao meu ver, uma fogueira eterna, e o Universo é reciclável e
auto-sustentável.

> > Seria essa comunicação uma resposta? Sinceramente não sei e não vejo
> > como saber, a não ser através da fé e de mais nada.

> Lígia: Veja só: se há um movimento absoluto, se há um espaço
> absoluto, se há um "campo de informação de tal movimento
> absoluto"... vamos somando, há um ponto de onde tais "absolutos"
> partem e de certa forma, dada a "regionalidade" do universo, dividido
> em setores do absolutamente "macro" ao infinitezimalmente
> absoluto "micro", entende-se que tal "absoluto" envolva
> tais "regionalismos" ou estamos simplesmente "fora" do salão de baile
> especulando que música está tocando lá dentro... :))

Bem, digamos então que existe uma certa lógica além da fé pura e simples [Já
que eu resolvi encarar numa boa a expulsão da Ciencialist, não vejo mal
nenhum em acrescentar mais alguns ingredientes como este :-)] Neste caso
chegamos naquela idéia de um Universo interligado. Mas eu ainda acho que
isso ainda é muito pouco. Eu consigo até mesmo entender essa interligação
sob um ponto de vista da física newtoniana, mas não consigo evoluir a partir
daí a não ser deixando de lado o método científico. Ou seja, sob esse
aspecto eu fico naquele mesmo impasse que Newton ficou, a ponto de ter
escondido no bolso do colete o seu "espírito da matéria".

> Lígia: [...] Fico imaginando o tamanho de um acelerador de partículas
> apto a "quebrar" elétrons... :) Mas tudo bem, eu sou paciente... :)

Sob certos aspectos eu diria que isso já aconteceu. Afinal, um elétron e um
pósitron não se transformam em raios gama? E em condições especiais não é
possível efetuar a transformação de um raio gama em um elétron mais um
pósitron? O que mais seria necessário? Tão somente aceitar que um fóton é
formado por corpúsculos de Newton. Mas isso não é decorrente de uma única
experiência, mas sim uma série de experiências a justificarem uma teoria. E
um esboço do que poderia vir a ser essa teoria eu já apresentei no artigo "A
Natureza da Luz" ou então em alguns outros artigos perdidos pelo meu site.

> Lígia: Eu entendi! É apenas o movimento ou a informação do
> movimento dos corpúsculos que dá a "consïstência" ao que quer que
> eles formem. Retire-se o movimento e tudo volta ao "princípio"...
> corpúsculos isolados não dotados de capacidade de "criar" formas...
> lindo! Assim tudo deve-se à existência de um movimento absoluto
> anterior até mesmo às causas... esse pensamento dá vertigem... mas
> é lindo de ser "contemplado"! Antes que eu me anime muito... estou
> certa nessa interpretação?

Parece-me que sim, mas para complementar vou construir aqui uma experiência
de pensamento. Imagine que fosse possível um objeto qualquer ser colocado
instantaneamente e "delicadamente" nessa posição de repouso absoluto e mais:
isolado de possíveis interações com o restante do Universo. Nesse caso,
todas as forças de interação provenientes de suas partículas elementares
desapareceriam, mas o objeto permaneceria com a sua forma graças a inércia.
Todas as suas partículas permaneceriam imóveis. Qualquer esbarrão que
déssemos nesse corpo ele se esfacelaria totalmente, e restariam tão somente
corpúsculos de Newton (ou átomos de Demócrito, se assim o preferir). É assim
que eu vejo a matéria no repouso absoluto. Certamente ela estaria numa
temperatura bem abaixo do que chamamos de zero absoluto, pois o zero
absoluto da termodinâmica relaciona-se a um repouso não no referencial
absoluto, mas num laboratório situado na nossa Galáxia, que viaja numa
velocidade incrível, da ordem da velocidade da luz, em relação a um
verdadeiro referencial absoluto newtoniano. No zero absoluto termodinâmico a
estrutura cristalina se mantém (terceira lei da termodinâmica, ou lei de
Nerst) independentemente da inércia.

> > Onde está a gravitação afinal? Não é uma propriedade da matéria? Mas a
> > partir de que nível da estrutura da matéria? Eu diria que a gravitação
> > está relacionada à complexidade estrutural do nêutron. Este, por outro
> > lado, guarda um parentesco íntimo com o próton que, por sinal, em sua
> > estrutura grosseira (num primeiro zoom após a "visualização do átomo)
> > assemelha-se muito com o elétron (principalmente pelo fato de ser uma
> > partícula também girante).

> Lígia: Nossa, eu posso ter tido um insight lendo o que você escreveu
> como explicação para a ägregação" dos corpúsculos a criarem um único
> elétron. A impressão que eu tenho é a de um movimento cosntante
> gerando informações tais que assumam a aparência"d e partículas e
> seus respectivos campos associados, quer de natureza elétrica, quer
> magnética, quer gravitacional... a gravitação estaria inserida no
> próprio conceito de movimento ou "daquilo que permite que os
> corpúsculos permaneçam constituintes de alguma outra coisa",
> o "movimento constante" é a chave para a gravitação!

Sim. É bem possivel que você já tenha visto uma figura que está na página
inicial do meu site. Aquilo é o que eu chamo uma dupla de "quarks" clássicos
(espero que os cromodinâmicos quânticos não venham me cobrar royalties pela
nomenclatura utilizada). Os quarks, a meu ver, seriam os responsáveis pela
gravitação. Um quark clássico isolado pode ser visto em
http://ecientificocultural.com/ECC2/figuras/quarklat1.gif . Cada uma dessas
bolinhas é um elétron. Como pela minha teoria o elétron não é uma carga
elétrica em miniatura, não estranhe que três quarks compostos somente por
elétrons (quiçá pósitrons também --> seria uma antimatéria oculta -- não
digo que seja assim, digo que não é impossível que assim seja) possam se
apresentar ora como um próton, ora como um nêutron. Pela observação destas
figuras ainda não dá para perceber como surge a gravitação, mas perceba que
o que você falou faz sentido. Trata-se de um movimento constante, onde
elétrons estão oscilando pareados dois a dois e dão, como resultante, um
aparente giro. Esse giro é ilusório: com uma régua na tela pode-se perceber
isso facilmente. Ou então fixe o olhar em duas bolinhas em oposição, e note
que elas simplesmente oscilam em direção ao ponto central. Em resumo:
prótons e nêutrons seriam formados por quarks clássicos; quarks clássicos
seriam formados por elétrons e elétrons seriam formados por corpúsculos de
Newton. Ou seja, o Universo é constituído tão somente por uma única
partícula fundamental que se associa com suas pares através de um único
campo de informações. A teoria unifica não somente os campos, mas também a
matéria. E acredite quem quiser. Nada numa mão, nada na outra. ;-)

> Lígia: Aposto como nunca ninguém se atreveu a "forçá-lo" a
> dizer tudo assim abertamente.

Pelo contrário. Pretendem me forçar a ficar calado. Como não conseguem,
ficam me forçando a falar o que eu penso sobre a quântica. Aí eu digo o que
eles querem que eu diga e eles ficam ofendidos. Outros me acham exótico por
ter lido os Principia. Mas quando fui ler os Principia eu já tinha boa parte
da minha teoria montada. Meu insight surgiu quando estava estudando a
relatividade de Einstein e a teoria do big-bang, e o que eu sabia de Newton
é o que se ensinava num bom colegial do final dos anos cinquenta. Agora
estão querendo me checar para ver se eu li mesmo os Principia e a Óptica.
Muito em breve vão descobrir que eu não li tudo ;-), apenas a parte que me
interessou (e que por sinal é bastante extensa). Ou dia completarei essa
minha falha.

> > A nossa Galáxia vai se consumindo em entropinos à medida em que viaja
> > para os confins do Universo, mas outras galáxias são reconstruídas a
> > partir desses entropinos que realimentam eternamente o big-bang.

> Lígia: Aqui está a resposta àquilo que comecei especulando lá no
> meio da mensagem...

Sim, eu percebi e foi por isso que cortei boa parte da sua exposição, mas
ela é perfeita ao demonstrar que o Universo não poderia ser estático e/ou
não reciclável, se quisermos pensar em sua eternidade. Por outro lado, se
Deus existir, certamente ele é mais inteligente do que nós e não creio que
iria criar algo que não fosse perene. Parafraseando Newton, "nenhum poder
comum seria capaz de consumir o que Deus Ele próprio, fez na primeira
criação." Perceba então que as minhas teorias atendem a gregos e a troianos,
a céticos e a anti-sépticos. ;-)

> quer dizer então que tudo tem origem e fim sempre?

Eu diria que o Universo é reciclável. Ele vai se consumindo e se renovando
continuamente. Os buracos negros (se existirem) seriam lixeiras cósmicas a
triturarem a matéria em sua expressão mais simples, produzindo entropinos, e
estes acabariam retornando para o centro do Universo, completando assim um
ciclo de existência.

> De toda forma esta idéia é muito bizarra quando confrontada
> com a realidade do que é visível... mas vai daí que o que é visível
> não corresponda à realidade...

Pelo visto, bem ou mal a física moderna está caminhando a ponto de
concluir que o Universo tem muito mais coisas invisíveis (matéria escura) do
que visíveis, logo a minha maneira de pensar não está tão distante dessa
possível realidade.

> Lígia: Isso é realmente muito interessante, principalmente porque
> não descarta outros aspectos do plano que comumente eu
> considero "extra-dimensional". Na realidade, segundo o que você
> afirma, o tempo e o espaço estariam "interligados" unicamente pelo
> movimento desenvolvido pelo que compõe a matéria e as informações só
> se transformam em ações quando há uma continuidade entre o evento
> desencadeador e o evento resultante.

Sim. O tempo chega a ser considerado um não-essencial importante, ou um
essencial de reserva. Pois se existe movimento, seja ele da matéria, seja da
informação, o que seria o tempo? Aliás, como é que medimos o tempo? Não é
através do movimento? Logo, o essencial é o movimento e não o tempo. Por
outro lado, essa continuidade, que sob certos aspectos aparenta ser virtual,
está dotada de certas particularidades sutis incríveis, quando pensada em
termos de ação-reação. Pois embora ação e reação não sejam fenômenos
instantâneos (a não ser para objetos em contato íntimo), o processo ocorre
como se o corpo que reage "soubesse" o que está acontecendo naquele exato
momento com a outra partícula, pois ele ao mesmo tempo que está recebendo
uma informação, "sabe" que no passado enviou a informação que agora está
agindo sobre o outro corpo. Sob certos aspectos, isso é fantástico, e se
traduz na idéia de um Universo como se estivesse instantaneamente
interligado (e tanto mais se esse Universo for eterno, pois todos os
corpúsculos de Newton já estabeleceram contato uns com todos os demais).

> Veja que tal idéia não inviabiliza nem joga para o plano puramente
> subjetivo o que se relacione à percepção extra-sensorial. Volto a falar
> nisso.

Certamente as nossas células estão em contato com todo o Universo, e
trocando informações ininterruptamente. Resta saber se nós estamos ou não
aparelhados a proceder uma análise dessas informações.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/02/2003 21:53

--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
>
> Olá, Meire! Seja bem-vinda à lista. Esteja à vontade;
espero que
> se divirta como nós...!

Belisário?

Você quer que ela se divirta como nós? Isso prá mim é tortura! Sou
masoquista assumidérrima e costumo colocar as lascas de bambu que
enfio debaixo das unhas bem pertinho do teclado só para não perder
tempo... é uma resposta que eu leio e mais uma lasca... esse e-mail
por exemplo eu teclei inteiro usando somente um dedo!

Beijos, Lígia

PS: Deu tempo de você tomar as referências quanto à música do
Império Otomano? :)

PS2: Meire! Seja bem vinda e pelamordedeus: continue postando
mensagens! A Lidiane costuma acessar a net somente nos finais de
semana pelo visto. Assim, durante a semana fica só um monte de
machos-engenheiros e machos-físicos discutindo sobre fios, banheiras,
canos, ddp, diodos, capacitores... argh! E o pior: eles ignoram
sistematicametne todas as minhas mensagens só porque eu tenho
uma "áurea"!




SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/02/2003 22:00

--- Em ciencialist@y..., Erich Weick <erich_weick@y...> escreveu
. . .
> " - No pino "fase" você tem o condutor potencializado em 220Volts
enquanto que o neutro está potencializado em zero Volt, logo entre os
dois pinos temos uma Diferença de Potencial de 220Volts. Mas se você
potencializar um dos pinos em 1000Volts e outro em 1220Volts você
ainda terá uma DDP de 220Volts."
> Palavras de um físico...


Na prática, quando falamos de tensões alternadas, como as das
tomadas, temos que levar em conta também a FASE. O que está descrito
no exemplo pode ser verdade se a instalação for de 220v com fase e
neutro. Mas as instalações elétricas costumam ser bifásicas, ou seja,
ambos os fios são fase, e apresentam uma onda senoidal cuja tensão
média quadrada é 127V (a tensão pico a pico é maior, mas não vamos
entrar nos detalhes). Mas como podemos ter uma DDP de 220v se ambas
as fases são de 127v? É porque as senóides são defasadas em 120
graus. A DDP resultante é uma outra senóide com 220v de tensão média
quadrada. Complicado? Ficaria mais fácil mostrando num gráfico, mas é
assim que a tensão alternada funciona. É por isso que nos postes
elétricos costumam ser visíveis 4 fios (não os do topo do poste, mas
os mais baixos). São 3 fases e um neutro. Para a instalação de uma
casa que vai ter tensão de 220v, escolhem-se duas fases. Se a casa
for ter 127v, usa-se uma fase e o neutro.

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/02/2003 22:16


Oi, Lígia. Ó, o que eu faço é ignorar essas figurinhas que parecem
ter problemas pessoais quando são contestados. Que parecem encarar uma
conversa como uma competição para ver quem dá as melhores aparências de ter
razão, e não como uma maneira de aprender coisas, de amadurecer e de
compartilhar conhecimentos e experiências. Por isso não me meto, por
exemplo, nessa discussão que está rolando atualmente sobre quântica. Que
coisa mais tacanha. Antes eu me metia nessas coisas, mas me dava raiva, e
então achei que simplesmente não valia a pena. Quando eu começo a ficar
irritado com a falta de postura crítica de alguém com relação aos seus
próprios argumentos, eu simplesmente abandono a discussão sem dar a menor
satisfação, como quem desliga um telefone (o que não quer dizer que toda
vez que eu abandone uma eu tenha ficado irritado com isso - tenho
freqüentes surtos de falta de tempo; além disso, quando não tenho algo
suficientemente importante para escrever, não escrevo (em geral...), o que
por vezes faz com que alguns assuntos morram).

Mas parece que lista de discussão movimentada é assim, mesmo. Por
algum motivo, o meio virtual parece levar ao aparecimento de tais
opinioso-obcecados em proporção muito maior do que o normal.

Até,
Belisário

At 00:53 25/02/03 +0000, you wrote:
>--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
> >
> > Olá, Meire! Seja bem-vinda à lista. Esteja à vontade;
>espero que
> > se divirta como nós...!
>
>Belisário?
>
>Você quer que ela se divirta como nós? Isso prá mim é tortura! Sou
>masoquista assumidérrima e costumo colocar as lascas de bambu que
>enfio debaixo das unhas bem pertinho do teclado só para não perder
>tempo... é uma resposta que eu leio e mais uma lasca... esse e-mail
>por exemplo eu teclei inteiro usando somente um dedo!
>
>Beijos, Lígia
>
>PS: Deu tempo de você tomar as referências quanto à música do
>Império Otomano? :)
>
>PS2: Meire! Seja bem vinda e pelamordedeus: continue postando
>mensagens! A Lidiane costuma acessar a net somente nos finais de
>semana pelo visto. Assim, durante a semana fica só um monte de
>machos-engenheiros e machos-físicos discutindo sobre fios, banheiras,
>canos, ddp, diodos, capacitores... argh! E o pior: eles ignoram
>sistematicametne todas as minhas mensagens só porque eu tenho
>uma "áurea"!



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/02/2003 22:43

Oi Belisário!

Eu estava brincando quando falei em tortura... eu "gostcho" da
ciencialist! :)) Gosto até mesmo quando o assunto degringola e vira
uma briga acalorada. Ultimamente acho que vem é faltando isso:
testosterona rolando solta, bate-boca, digo, dedos.

O papo da quântica eu venho seguindo e participando também como
ouvinte apesar de estar "escrivinhando um tico" também... Como eu
parto do princípio que não sei nada, gosto de entender os diversos
pontos de vista e ver até onde a capacidade de montar as idéias de
cada um vai. Há casos interessantes.

Hoje até eu fui chamada de "dona da verdade", pode? Justo
eu... :)) Vai do gosto...


Beijos, Lígia

******************************************




--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
>
> Oi, Lígia. Ó, o que eu faço é ignorar essas figurinhas que
parecem
> ter problemas pessoais quando são contestados. Que parecem encarar
uma
> conversa como uma competição para ver quem dá as melhores
aparências de ter
> razão, e não como uma maneira de aprender coisas, de amadurecer e
de
> compartilhar conhecimentos e experiências. Por isso não me meto,
por
> exemplo, nessa discussão que está rolando atualmente sobre
quântica. Que
> coisa mais tacanha. Antes eu me metia nessas coisas, mas me dava
raiva, e
> então achei que simplesmente não valia a pena. Quando eu começo a
ficar
> irritado com a falta de postura crítica de alguém com relação aos
seus
> próprios argumentos, eu simplesmente abandono a discussão sem dar a
menor
> satisfação, como quem desliga um telefone (o que não quer dizer que
toda
> vez que eu abandone uma eu tenha ficado irritado com isso - tenho
> freqüentes surtos de falta de tempo; além disso, quando não tenho
algo
> suficientemente importante para escrever, não escrevo (em
geral...), o que
> por vezes faz com que alguns assuntos morram).
>
> Mas parece que lista de discussão movimentada é assim,
mesmo. Por
> algum motivo, o meio virtual parece levar ao aparecimento de tais
> opinioso-obcecados em proporção muito maior do que o normal.
>
> Até,
> Belisário
>
> At 00:53 25/02/03 +0000, you wrote:
> >--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <belistas2@t...>
escreveu
> > >
> > > Olá, Meire! Seja bem-vinda à lista. Esteja à vontade;
> >espero que
> > > se divirta como nós...!
> >
> >Belisário?
> >
> >Você quer que ela se divirta como nós? Isso prá mim é tortura!
Sou
> >masoquista assumidérrima e costumo colocar as lascas de bambu que
> >enfio debaixo das unhas bem pertinho do teclado só para não perder
> >tempo... é uma resposta que eu leio e mais uma lasca... esse e-
mail
> >por exemplo eu teclei inteiro usando somente um dedo!
> >
> >Beijos, Lígia
> >
> >PS: Deu tempo de você tomar as referências quanto à música do
> >Império Otomano? :)
> >
> >PS2: Meire! Seja bem vinda e pelamordedeus: continue postando
> >mensagens! A Lidiane costuma acessar a net somente nos finais de
> >semana pelo visto. Assim, durante a semana fica só um monte de
> >machos-engenheiros e machos-físicos discutindo sobre fios,
banheiras,
> >canos, ddp, diodos, capacitores... argh! E o pior: eles ignoram
> >sistematicametne todas as minhas mensagens só porque eu tenho
> >uma "áurea"!



SUBJECT: Re: [ciencialist] [RN] DARWIN DE NOVO
FROM: "Silvio Cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/02/2003 22:47

Ô Pereira!!

Ectoplasma é uma metáfora metafísica e não literária.

E essa mania de contestar a deus.... sei não.....

E existe uma ótima teoria que substitui os princípios darwinianos: veja
Gênesis, 2, 7.

sds,

msg. psicografada por silvio.


----- Original Message -----
From: <lpereira@smsdemag.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, February 24, 2003 3:12 PM
Subject: Re: [ciencialist] [RN] DARWIN DE NOVO


Boa tarde a todos .

Bem Luiz, eu discordo. O termo ectoplasma é uma metáfora literária .
E eu pergunto ao Sr. Enézio E. de Almeida Filho qual a sua proposta para
substituir a teoria da evolução de Darwin ?


Lisandro de Souza Gomes Pereira.
Técnico em Eletrônica.
----- Repassado por Cegelec -. Telefonia/SMS-Brasil em 24/02/2003 15:04
-----

"Luiz Ferraz
Netto" Para:
<ciencialist@yahoogrupos.com.br>
<leobarretos@uol. cc:
com.br> Assunto: Re: [ciencialist]
[RN] DARWIN DE NOVO

24/02/2003 14:53
Favor responder a
ciencialist


Tô falando que a solução é o ectoplasma! E vcs ficam teimando com
evoluções, quânticas, cordas etc. Um dia vcs chegam lá ........

[]'
deus
-----Mensagem Original-----
De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
<Alexandre.Medeiros@Consultmail.net>
Para: "Ciencialist (E-mail)" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003 14:12
Assunto: [ciencialist] [RN] DARWIN DE NOVO


Takata?? Cadê você???

[]

Alexandre Medeiros

***

JC e-mail 2226, de 21 de fevereiro de 2003.

>18 - O controle de danos da Nomenklatura científica alerta: o navio
>'Darwinic' está afundando, mas tudo vai bem!, artigo de Enézio E. de
>Almeida Filho
..................................................

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SUBJECT: Re: Curso de Fisica deve ser bom...
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2003 00:52

--- Em ciencialist@y..., Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@i...>
escreveu
> Voces, Físicos, então, se estiverem certos... devem ter melhorado
muito,
> desde o vestibular, né?

Falou em físicos? E as físicas?

Eu me lembro que durante o curso de física eu tinha aulas lá no
instituto de engenharia quando a aula era de laboratório. Físicos
sempre deram show, melhor que os engenheiros... sabe aquela coisa de
levar o estudo a sério? Engenheiros que eu conheci por lá ficavam
batendo bumbo e jogando truco lá na cantina, enquanto nós físicos
aplicávamos a teoria na prática. E as aulas eram aos sábados
normalmente com lua(sol)... Meu marido por exemplo, sempre se sentiu
vítima de uma conspiração dos professores contra ele: ele nunca
conseguia tirar as notas de que precisava enquanto eu fechava as
notas já no terceiro bimestre. Hoje como engenheiro ele canta de
galo aqui em casa. É... o mundo é dos práticos mesmo.


> Pois se soubessem tanto, naquele tempo, teriam entrado pra
engenharia.
> (risos)


Ah não! E o prazer de conhecer os detalhes de tudo que os
engenheiros aprendem a fazer aplicando o Teorema de L'Acochambrant?
Esse prazer só um físico tem!

Bisous, Lígia




SUBJECT: Curso de Fisica deve ser bom...
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2003 01:06

Voces, Físicos, então, se estiverem certos... devem ter melhorado muito,
desde o vestibular, né?

Pois se soubessem tanto, naquele tempo, teriam entrado pra engenharia.
(risos)

L.E.




At 21:44 24/02/03 +0000, you wrote:
> >LÉO: Como hoje estou bonzinho, menos puto com a água do rio que
>molhou meu rancho (a geladeira todavia, apesar de flutuar na água
>durante 1 semana, FUNCIONANDO, continua funcionando perfeitamente ...
>e com a tomada da parede submersa!), só destaquei esse trecho acima.
>Leiam e releiam ... vcs têm grande chance de descobrirem o que está
>furado!<
>
>Se o nosso físico estiver encostado no ralo, ele estará "aterrado".
>Era até costume antigamente, antes do PVC, usar os encanamentos como
>barra de terra. Se o experimentador lançar a torradeira (desligada)
>sobre a água, e o primeiro polo a entrar em contato com esta for
>o "fase", a corrente fluirá pelo corpo do físico imprudente,
>ensinando-o a não desafiar a argúcia dos engenheiros :)
>
>O único erro está em estragar uma torradeira no experimento.
>
>[]s
>Colucci


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2003 04:07

Resposta 1 - Vou começar por aqui, da série de e-mail postadas.

Erich (et all), seu professor de física geral III necessita urgentemente de amparo conceituais. Como o nível de erros cometidos é primário vou recomendar a leitura de um texto que escrevi para a garotada (e eletricistas domingueiros) do colegial onde, além de alguns conceitos básicos (nada profundos!), apresento os 'erros grosseiros' cometidos na 'eletricidade'.

http://www.feiradeciencias.com.br/sala14/14_03.asp


Apenas pincei desse texto um trechinho de nada:

"Temos de usar dois fios, entre os quais a tensão elétrica ou diferença de potencial muda alternadamente de polaridade.

Um desses fios, por motivo de segurança, a própria Companhia Elétrica coloca em contato mais íntimo possível com o solo (chão, terra). Dos dois fios da rede elétrica, aquele que não apresenta nenhuma diferença de potencial com o solo (porque está intimamente ligado com ele) é denominado subjetivamente de retorno, neutro ou terra. O outro, para diferenciação, é denominado de fase ou vivo.

--- Para um aparelho elétrico esses nomes são supérfluos, uma vez que os dois fios trabalham exatamente do mesmo modo, alternadamente. ---

Para o instalador e para os moradores da residência 'que fio está ligando aonde', é importante por motivos de segurança e não por motivos de funcionamento do aparelho. Isso fica patente quando ligamos um liquidificador na tomada --- de qualquer lado que se espete o plugue, ele funcionará! "

...

Mais uma 'palhinha':

"Erros comuns ...
Um erro comum dos instaladores, por falta de sólidos conceitos, deriva desses nomes diferenciadores.

Quando se trata do fio vivo ou fio fase, eles lhe conferem certas importâncias elétricas (em relação ao circuito todo), que simplesmente não existem!

Atribuem o conceito de pressão ou de tensão elétrica apenas para o fio fase e um papel secundário de retorno para o fio terra.

Para eles é o fio fase que provoca a corrente. A falha está no conceito de tensão elétrica ou d.d.p. --- conceito aplicado a pelo menos dois condutores elétricos (rigorosamente, entre dois pontos distintos de um campo elétrico, em superfícies não eqüipotenciais). Não existe um condutor com tensão elétrica --- pode existir um par de condutores (dos quais um deles pode ser o fio terra) entre os quais estabelece-se uma tensão elétrica ou diferença de potencial. Um fio de alto potencial elétrico é comumente citado como 'um fio de alta tensão' --- é um erro!

Outro erro comum dos instaladores é imaginar que, pelo fato da Companhia Elétrica aterrar um dos fios, a terra seja efetivamente utilizada como um dos fios de transporte de energia elétrica. Se isso fosse verdade, não seriam necessários 3 fios entrando em nossas residências; bastariam 2, o terceiro seria ligado a uma longa haste cobreada enfiada no chão."

Será interessante uma leitura geral do trabalho apresentado; afinal de contas até o pessoal da China está consultando o Imperdível!!!! :-))))

[]'
Léo

======================
-----Mensagem Original-----
De: "Erich Weick" <erich_weick@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003 19:20
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro



Olá 'soldadores de fios' :-)

Já li o relato técnico colucciano. Apresenta a falha típica dos engenheiros (por isso fiz a proposta só para essa turma, jamais a faria para um físico!). E ainda topo a experiência. Só não toparei a experiência quando vcs descobrirem a diferença entre "potencial elétrico e diferença de potencial elétrico". Ai não vale mais!

=================================================
Aula de Física Geral III de um dia qualquer no primeiro semestre de 1997 na Universidade Regional de Blumenau, ministrada por um físico doutor:
" - Vocês sabem me dizer a diferença entre DDP e Potencial Elétrico? E nesta tomada logo ali na parede, vocês sabem qual dos dois vocês tem nela?"
Alguns alunos defenderam havia na tomada uma DDP de 220Volts enquanto outro disseram que ela estava potencializada em 220Volts...
" - Na tomada vocês podem verificar OS DOIS simultaneamente!" - falou energicamente o professor.
" - No pino "fase" você tem o condutor potencializado em 220Volts enquanto que o neutro está potencializado em zero Volt, logo entre os dois pinos temos uma Diferença de Potencial de 220Volts. Mas se você potencializar um dos pinos em 1000Volts e outro em 1220Volts você ainda terá uma DDP de 220Volts."
Palavras de um físico...





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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2003 04:23

Resposta 2:


>LÉO: Como hoje estou bonzinho, menos puto com a água do rio que
molhou meu rancho (a geladeira todavia, apesar de flutuar na água
durante 1 semana, FUNCIONANDO, continua funcionando perfeitamente ...
e com a tomada da parede submersa!), só destaquei esse trecho acima.
Leiam e releiam ... vcs têm grande chance de descobrirem o que está
furado!<

"josecolucci": Se o nosso físico estiver encostado no ralo, ele estará "aterrado".
Era até costume antigamente, antes do PVC, usar os encanamentos como
barra de terra. Se o experimentador lançar a torradeira (desligada)
sobre a água, e o primeiro polo a entrar em contato com esta for
o "fase", a corrente fluirá pelo corpo do físico imprudente,
ensinando-o a não desafiar a argúcia dos engenheiros :)

Léo: Mais que brincadeira é essa que vcs estão fazendo com a física? Colucci vou passar uma informaçãozinha discreta para vc (mas não conta prá ninguém ... deixa aqui entre nós): entra no aparelho um 'par de fios paralelos' cuja distância entre eles é cerca de 3 mm (psiuuu, não conta prá ninguém). (falando bem baixinho) Um deles está aterrado (e bem melhor!) que o ralo da banheira que está a cerca de 500 mm dos dois! Faça um mapeamento de campo e verifique a distribuição de potenciais no espaço que contém esses três pontos (as pontinhas dos dois fios que chegam no rádio de cabeceira jogado dentro da banheira e o ralo). Depois continuamos ...
Guarde essa torradeira no mesmo armário onde está depositado o conceito de fio 'fase' :-)

[]'
Léo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2003 04:33

Resposta 3:
"Ronaldo Cordeiro" e "Colucci" atacam um físico pelado. . .
>
Colucci: > As banheiras metálicas são esmaltadas e, assim, isoladas
> eletricamente. O único caminho para a corrente seria, portanto, o
> encanamento metálico. Imagine agora o nosso físico pelado - por
mais
> repulsa que essa imagem possa nos causar - deitado sobre o ralo da
> banheira. As partes macias do físico fazem contato justamente com o
> ralo metálico da banheira, conectado eletricamente ao encanamento.
>


Ronaldo: Isso sem esquecer o detalhe de que a corrente da rede elétrica é
ALTERNADA. A fina camada de esmalte da banheira poderá atuar não
como um isolante, mas como o dielétrico de um capacitor, permitindo
que a corrente passe através do corpo do físico, mesmo que ele não
encoste no ralo. E o choque pode ser tão maior quanto a área da
superfície das nádegas do físico em contato com a banheira.

Léo: Eta meninada! O potencial elétrico da Terra aumenta cerca de 200 V a cada metro que nos afastamos da superfície da Terra (valor absoluto, esqueça o sinal). Tenho mais de metro de altura, logo há uma d.d.p. entre minha cabeça e os pés de mais de 200 V; e não tomo choque algum. Deveria tomar ... se eu fosse engenheiro!
Vc acha que alguma placa de um capacitor 'toma choque'? Ou ela é toda equipotencial?

[]'
Léo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2003 04:50

Resposta 4:

Agora Ronaldo e Erich se engalfinham nos conceitos ... e o Sistema Edson de três fios foi pro vinagre!
E minha rua acabou de ganhar rede trifásica + fio neutro! O interessante é que cada fio 'fase' está defasado de 120 graus um do outro ... e o fio neutro acabou ganhando uma fase flutuante e ficou em cima do muro. E qual será a defasagem entre um fio 'fase' e o 'fio neutro'? Tchan tchan tchan ...
Imaginem ... acabaram achando meu simplório texto/resposta para a consulente longo e complicado!

[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003 22:00
Assunto: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro


--- Em ciencialist@y..., Erich Weick <erich_weick@y...> escreveu
. . .
> " - No pino "fase" você tem o condutor potencializado em 220Volts
enquanto que o neutro está potencializado em zero Volt, logo entre os
dois pinos temos uma Diferença de Potencial de 220Volts. Mas se você
potencializar um dos pinos em 1000Volts e outro em 1220Volts você
ainda terá uma DDP de 220Volts."
> Palavras de um físico...


Na prática, quando falamos de tensões alternadas, como as das
tomadas, temos que levar em conta também a FASE. O que está descrito
no exemplo pode ser verdade se a instalação for de 220v com fase e
neutro. Mas as instalações elétricas costumam ser bifásicas, ou seja,
ambos os fios são fase, e apresentam uma onda senoidal cuja tensão
média quadrada é 127V (a tensão pico a pico é maior, mas não vamos
entrar nos detalhes). Mas como podemos ter uma DDP de 220v se ambas
as fases são de 127v? É porque as senóides são defasadas em 120
graus. A DDP resultante é uma outra senóide com 220v de tensão média
quadrada. Complicado? Ficaria mais fácil mostrando num gráfico, mas é
assim que a tensão alternada funciona. É por isso que nos postes
elétricos costumam ser visíveis 4 fios (não os do topo do poste, mas
os mais baixos). São 3 fases e um neutro. Para a instalação de uma
casa que vai ter tensão de 220v, escolhem-se duas fases. Se a casa
for ter 127v, usa-se uma fase e o neutro.

[]s
Ronaldo


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SUBJECT: Re: [ciencialist] [RN] DARWIN DE NOVO
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2003 04:59

Resposta n:

Please, alguém conte para o Pereira e para o Sílvio o que é meu ectoplasma. Pô ... estão transformando minha tese de novo doutoramento em 'metáfora'! Um produto revolucionário sintetizado (plasmático) em frasco de Florence sob mais de 143 000 V virou metáfora metafísica e/ou literária! HELP!

[]'
dEUs
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Silvio Cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003 22:47
Assunto: Re: [ciencialist] [RN] DARWIN DE NOVO


| Ô Pereira!!
|
| Ectoplasma é uma metáfora metafísica e não literária.
|
| E essa mania de contestar a deus.... sei não.....
|
| E existe uma ótima teoria que substitui os princípios darwinianos: veja
| Gênesis, 2, 7.
|
| sds,
|
| msg. psicografada por silvio.
|
|
| ----- Original Message -----
| From: <lpereira@smsdemag.com.br>
| To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
| Sent: Monday, February 24, 2003 3:12 PM
| Subject: Re: [ciencialist] [RN] DARWIN DE NOVO
|
|
| Boa tarde a todos .
|
| Bem Luiz, eu discordo. O termo ectoplasma é uma metáfora literária .
| E eu pergunto ao Sr. Enézio E. de Almeida Filho qual a sua proposta para
| substituir a teoria da evolução de Darwin ?
|
|
| Lisandro de Souza Gomes Pereira.
| Técnico em Eletrônica.
| ----- Repassado por Cegelec -. Telefonia/SMS-Brasil em 24/02/2003 15:04
| -----
|
| "Luiz Ferraz
| Netto" Para:
| <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
| <leobarretos@uol. cc:
| com.br> Assunto: Re: [ciencialist]
| [RN] DARWIN DE NOVO
|
| 24/02/2003 14:53
| Favor responder a
| ciencialist
|
|
| Tô falando que a solução é o ectoplasma! E vcs ficam teimando com
| evoluções, quânticas, cordas etc. Um dia vcs chegam lá ........
|
| []'
| deus
| -----Mensagem Original-----
| De: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de"
| <Alexandre.Medeiros@Consultmail.net>
| Para: "Ciencialist (E-mail)" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
| Enviada em: segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003 14:12
| Assunto: [ciencialist] [RN] DARWIN DE NOVO
|
|
| Takata?? Cadê você???
|
| []
|
| Alexandre Medeiros
|
| ***
|
| JC e-mail 2226, de 21 de fevereiro de 2003.
|
| >18 - O controle de danos da Nomenklatura científica alerta: o navio
| >'Darwinic' está afundando, mas tudo vai bem!, artigo de Enézio E. de
| >Almeida Filho
| ..................................................
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Curso de Fisica deve ser bom...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2003 05:10

Resposta n+1:

Boa Lígia! (refiro-me à sua resposta ao L.E.C.).

"Hoje como engenheiro ele canta de galo aqui em casa. É... o mundo é dos práticos mesmo."
Lembra da história dos três porquinhos ... e um deles era Prático!:-)

Sabe, traz seu marido aqui pro ciencialist ... assim ele não poderá mais reclamar do aroma de testosterona de que vc fica impregnada aqui no meio dessa 'cambada'! Diz prele ... convite meu.

[]'
Léo

PS: Para o L.E.
Enfermeiro está para o médico assim como um engenheiro está para um físico. Todavia, não há dúvida, os físicos preferem as enfermeiras!

======================
-----Mensagem Original-----
De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 25 de fevereiro de 2003 00:52
Assunto: [ciencialist] Re: Curso de Fisica deve ser bom...


--- Em ciencialist@y..., Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@i...>
escreveu
> Voces, Físicos, então, se estiverem certos... devem ter melhorado
muito,
> desde o vestibular, né?

Falou em físicos? E as físicas?

Eu me lembro que durante o curso de física eu tinha aulas lá no
instituto de engenharia quando a aula era de laboratório. Físicos
sempre deram show, melhor que os engenheiros... sabe aquela coisa de
levar o estudo a sério? Engenheiros que eu conheci por lá ficavam
batendo bumbo e jogando truco lá na cantina, enquanto nós físicos
aplicávamos a teoria na prática. E as aulas eram aos sábados
normalmente com lua(sol)... Meu marido por exemplo, sempre se sentiu
vítima de uma conspiração dos professores contra ele: ele nunca
conseguia tirar as notas de que precisava enquanto eu fechava as
notas já no terceiro bimestre. Hoje como engenheiro ele canta de
galo aqui em casa. É... o mundo é dos práticos mesmo.


> Pois se soubessem tanto, naquele tempo, teriam entrado pra
engenharia.
> (risos)


Ah não! E o prazer de conhecer os detalhes de tudo que os
engenheiros aprendem a fazer aplicando o Teorema de L'Acochambrant?
Esse prazer só um físico tem!

Bisous, Lígia



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SUBJECT: Balão-foguete-solar para entrar em órbita?
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2003 05:13

Encontrei este projeto bem independente para o X-Prize:

- BalRoc: Solar-Thermal Rocket Design
http://www.silcom.com/~tomjolly/balroc.htm

The Balroc is a very long tube-shaped balloon that flies along the
long axis of the balloon. The initial model I toyed with numerically
was 10 meters long by 3 meters wide. The top half of the balloon is
clear, the bottom half is a parabolic Mylar reflector that runs the
length of the balloon, focusing the light from the sun (assuming you
are pointing the right direction) onto a metal tube that runs the
length of the balloon, down the center of it. A ram scoop exists at
one end of the tube, about the same area as the nose of the balloon.
A small nozzle is situated at the other end of the tube. Simply, you
move through the air, scoop in air which goes into the tube, gets
heated up by the solar heating tube, and exhausts out your nozzle,
producing thrust. The faster you go, the more air you scoop in. At
some point your drag will equal your thrust, and you will stop
accelerating. That, very roughly, is how it will work.


Alguém opina sobre se funciona mesmo ou não?

[]s

MK



SUBJECT: Re: [ciencialist] Balão-foguete-solar para entrar em órbita?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2003 05:32

Só não entendi porque o ar quente deverá sair pelo cotovelo inferior e não pela boca (nariz) aberta para a atmosfera. No meu entender dessa língua alienígena esse balão deverá acelerar ... para baixo!
[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 25 de fevereiro de 2003 05:13
Assunto: [ciencialist] Balão-foguete-solar para entrar em órbita?


Encontrei este projeto bem independente para o X-Prize:

- BalRoc: Solar-Thermal Rocket Design
http://www.silcom.com/~tomjolly/balroc.htm

The Balroc is a very long tube-shaped balloon that flies along the
long axis of the balloon. The initial model I toyed with numerically
was 10 meters long by 3 meters wide. The top half of the balloon is
clear, the bottom half is a parabolic Mylar reflector that runs the
length of the balloon, focusing the light from the sun (assuming you
are pointing the right direction) onto a metal tube that runs the
length of the balloon, down the center of it. A ram scoop exists at
one end of the tube, about the same area as the nose of the balloon.
A small nozzle is situated at the other end of the tube. Simply, you
move through the air, scoop in air which goes into the tube, gets
heated up by the solar heating tube, and exhausts out your nozzle,
producing thrust. The faster you go, the more air you scoop in. At
some point your drag will equal your thrust, and you will stop
accelerating. That, very roughly, is how it will work.


Alguém opina sobre se funciona mesmo ou não?

[]s

MK


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Meire Cristina" <meiroca2001@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2003 07:56

Na verdade eu sou uma apaixonada por Matemática, sou licenciada em Matemáica
e estou cursando o ultimo ano do bacharelado, trabalho na editora Moderna na
área de editoração de Livros autorais de Matemática!!!

Conclusão estou cercada (ainda bem) pela Matemática!!!



Meire :)





"A Matemática é como o amor, uma idéia simples que pode se tornar
complicada."





>From: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
>Date: Mon, 24 Feb 2003 20:03:13 -0300
>
>
> Olá, Meire! Seja bem-vinda à lista. Esteja à vontade; espero que
>se divirta como nós...!
>
> E, de fato, sobre seu outro e-mail, a matemática entra no rol das
>atividades apaixonantes, porém sem muita perspectiva de dinheiro e com um
>timbre de "caminho desconhecido"... Como várias outras: antropologia,
>filosofia, as artes em geral...
>
> Parece que você gosta bastante de matemática; você faz alguma
>coisa relacionada a ela?
>
> Abraços,
> Belisário
> Físico e jornalista
> www.uniemp.br/labjor/
> Campinas - SP
>
>Tem várias:
>
>At 10:18 24/02/03 +0000, you wrote:
> >Oi Pessoal
> >
> >Meu nome é Meire e sou nova no grupo. Fiquei com a mesma dúvda da Ligia,
> >afinal tbm tenho problemas com alergias e tenho a impressão de "choque"
>na
> >ferida, qdo o chuveiro ta ligado. Alguém sabe me explicar isso????
> >
> >"A Matemática é como o amor, uma idéia simples que pode se tornar
> >complicada."
>


_________________________________________________________________
MSN Messenger: converse com os seus amigos online.
http://messenger.msn.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2003 09:17

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Tuesday, February 25, 2003 4:07 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro

> Como o nível de erros cometidos é primário vou recomendar a leitura de um
> texto que escrevi para a garotada

Léo, perdoai-os, eles não sabem o que falam.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Balão-foguete-solar para entrar em órbita?
FROM: "Ronaldo Cordeiro" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2003 09:27

Não sei se perdi algum detalhe porque li rapidamente mas, se o balão
se move ejetando ar aquecido, como é que vai funcionar quando sair da
atmosfera? O projetista também parece não levar em conta que a
eficiência deve cair à medida que o ar for ficando rarefeito. E para
ganhar o X-Prize, o veículo tem que chegar a 100 km de altitude.

[]s
Ronaldo


--- Em ciencialist@y..., "Marcelo Kunimoto" <airdown@i...> escreveu
> Encontrei este projeto bem independente para o X-Prize:
>
> - BalRoc: Solar-Thermal Rocket Design
> http://www.silcom.com/~tomjolly/balroc.htm
>
> The Balroc is a very long tube-shaped balloon that flies along the
> long axis of the balloon. The initial model I toyed with
numerically
> was 10 meters long by 3 meters wide. The top half of the balloon is
> clear, the bottom half is a parabolic Mylar reflector that runs the
> length of the balloon, focusing the light from the sun (assuming
you
> are pointing the right direction) onto a metal tube that runs the
> length of the balloon, down the center of it. A ram scoop exists at
> one end of the tube, about the same area as the nose of the
balloon.
> A small nozzle is situated at the other end of the tube. Simply,
you
> move through the air, scoop in air which goes into the tube, gets
> heated up by the solar heating tube, and exhausts out your nozzle,
> producing thrust. The faster you go, the more air you scoop in. At
> some point your drag will equal your thrust, and you will stop
> accelerating. That, very roughly, is how it will work.
>
>
> Alguém opina sobre se funciona mesmo ou não?
>
> []s
>
> MK



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Curso de Fisica deve ser bom...
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2003 10:09

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese"
Sent: Tuesday, February 25, 2003 12:52 AM
Subject: [ciencialist] Re: Curso de Fisica deve ser bom...

> > Voces, Físicos, então, se estiverem certos... devem ter melhorado
> > muito, desde o vestibular, né?

> Falou em físicos? E as físicas?

Eu diria que Freud explica, mas... Deixa pra lá. ;-)

> Eu me lembro que durante o curso de física eu tinha aulas lá no
> instituto de engenharia quando a aula era de laboratório. Físicos
> sempre deram show, melhor que os engenheiros...

Fez me lembrar o contato que tive com engenheiros, quando cursei a
pós-graduação. Naquela época, tempo dos militares (anos 70), existia uma
disciplina obrigatória, EPB, e podia ser cursada em vários locais. Apesar da
minha pós ser em medicina, fui cursar EPB junto com os engenheiros de
produção, lá na Poli. Com eles aprendi que os físicos (e também as físicas)
preocupam-se em verificar o que é necessário para que uma lâmpada acenda; e
o engenheiro de produção preocupa-se em estabelecer as condições necessárias
e suficientes para que a lâmpada deixe de acender após o vencimento da
garantia. Essa piada foi contada por eles, e não era encarada como piada.
:-))

Bem depois disso (início dos anos 90) fui cursar física. Passei por um
vestibular onde não havia postulantes à engenharia. Pelo menos nessa época,
ou o fulano entrava em física ou não entrava em curso algum. Essa história
de dizer que físico é aquele que não conseguiu entrar na engenharia, tema
que iniciou esta thread, está muito mal contada, pelo menos não é o que
ocorria nos anos 90 na USP e creio que assim também era em toda a FUVEST. A
imensa maioria de meus colegas dessa época jamais pensou em fazer
engenharia, e sem dúvida alguma os menos bem dotados [aqueles que fatalmente
se encaminhavam para a quântica :-)] seriam capazes de dar show na Poli e
para engenheiro nenhum botar defeito.

Não tenho procuração nenhuma para defender os físicos e, em termos de
diploma e de reconhecimento pela mídia, estou bastante satisfeito com o meu
diploma de médico. Não obstante, louvo a dedicação desses abnegados,
maravilhosamente bem descritos por Carlo Rubbia (prêmio Nobel de Física) nos
seguintes termos: "Nós somos a primeira etapa do sistema. Uma etapa
absolutamente essencial, mas que é baseada, sobretudo, na falta de um fim
específico. Outras pessoas retomarão o que fizemos, e serão elas que
tornarão as coisas práticas. Sem nós, essas pessoas não existiriam, e nós,
por outro lado, sem elas, não teríamos nenhuma razão de ser."

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Curso de Fisica deve ser bom...
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2003 10:59

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu

> Sabe, traz seu marido aqui pro ciencialist ... assim ele não poderá
mais reclamar do aroma de testosterona de que vc fica impregnada aqui
no meio dessa 'cambada'! Diz prele ... convite meu.

Eu já falei "prele"... essa lista é mais apropriada para ele que
para mim. O problema é que ele nem paciência de ler tem... :))
Sabe aquele que só lê livros técnicos, que só pensa em cálculos e só
desenha circuitos? Ele é bão mesmo naquilo que faz! Inventor... do
tipo que construía câmara de eco só olhando fotografias... que fazia
caixa de som com guarda-roupa! Agora cria fornos de indução só de
ter ouvido falar... e todos funcionam! Quem usa cilindros da
Cilbrás para GLP está usando cilindros moldados em fornos que ele
criou... e quem se utiliza do GLP depende do gasoduto Brasil-Bolívia
de cujo revestimento ele foi o responsável direto com o "Wilstol",
nome carinhoso que puseram no forno dele que substituiu o Combustol.
É... E eu dou nome a algumas invenções dele que nunca saíram do
quintal, como o M.A.R.-D2 ( lê-se "mar" mesmo e o D2 em inglês...
como o R2-D2 do Guerra nas Estrelas... fica "marditu"). Tem o Hal do
2001, um forno com um baita botão vermelho... e acho que é por isso
que ele me ama... :) Para mim, por exemplo, "Gaiola de Faraday" é
onde o Faraday colocava seu canário... para ele, meu digníssimo
consorte, tal gaiola tem outro significado.


> PS: Para o L.E.
> Enfermeiro está para o médico assim como um engenheiro está para um
físico. Todavia, não há dúvida, os físicos preferem as enfermeiras!

E as físicas preferem os médicos! No meu caso, só a vida de médico
meu marido tem... médico de máquinas :)) Mas tá valendo... ele
ainda tem sex-appeal... :))

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2003 11:19

>Léo: Mais que brincadeira é essa que vcs estão fazendo com a física?
Colucci vou passar uma informaçãozinha discreta para vc (mas não
conta prá ninguém ... deixa aqui entre nós): entra no aparelho
um 'par de fios paralelos' cuja distância entre eles é cerca de 3 mm
(psiuuu, não conta prá ninguém). (falando bem baixinho) Um deles está
aterrado (e bem melhor!) que o ralo da banheira que está a cerca de
500 mm dos dois! Faça um mapeamento de campo e verifique a
distribuição de potenciais no espaço que contém esses três pontos (as
pontinhas dos dois fios que chegam no rádio de cabeceira jogado
dentro da banheira e o ralo). Depois continuamos ... Guarde essa
torradeira no mesmo armário onde está depositado o conceito de
fio 'fase' :-)<

Léo,

Convenientemente, você ignorou o resto da explicação, que dizia:

>COLUCCI: Se o nosso físico estiver encostado no ralo, ele
estará "aterrado". Era até costume antigamente, antes do PVC, usar os
encanamentos como barra de terra. Se o experimentador lançar a
torradeira (desligada) sobre a água, e o primeiro polo a entrar em
contato com esta for o "fase", a corrente fluirá pelo corpo do físico
imprudente, ensinando-o a não desafiar a argúcia dos engenheiros :)<

Agora, só aqui entre nós, baixinho, um pequeno detalhe de
implementação: os fios são encapados. A distância entre a parte
exposta deles - provavelmente entre os terminais da resistência -- é
bem maior do que 3 milimetros. A chance de um deles tocar a água
antes do outro é bem grande. A chance deste fio que toca a água antes
do outro ser o "fase" (note as aspas), isto é, o fio não aterrado da
rede, é 50%.

Léo, estou aqui desesperadamente tentando salvar a sua vida. Me ouça.
Não faça a experiência. Um vida humana é uma vida humana, mesmo que
seja a de um físico. E economizaremos uma torradeira :)

Um abraço,
Colucci


PS: Pessoalmente, acho uma palhaçada essa coisa de físicos x
engenheiros, médicos x biólogos, etc. Espero que os participantes da
discussão tenham entendido a brincadeira. Fiz física até o terceiro
ano e engenharia até o fim. Encontrei genios e imbecis nas duas
áreas. Ainda mais ridículo é quando as pessoas aplicam esses
conceitos a profissionais com anos de trabalho. A profissão de uma
pessoa é definida pelo que ela faz, não pelo que ela passou 4 ou 5
anos estudando. Aqui nos EUA as coisas são melhores a esse respeito.
Tenho dois colegas de trabalho que têm o título de engenheiro e não
são formados em engenharia. Um é físico, o outro arquiteto. São ambos
excelentes no que fazem.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2003 12:00

_____________capa
================ fio=== sem capa
_____________capa | 3 mm
================ fio=== sem capa
_____________

Para todas as argumentações as pontinhas desencapadas do fio paralelo (ou torcidos) que chegam no rádio têm sua menor distância ao redor dos 3 mm e mergulham simultaneamente na água (se não aceitar isso como verdade aceite que isso ocorrerá algumas frações de nanosegundos depois que a primeira pontinha mergulhar na água ... a distância mínima entre elas é de 3 mm!). Existe um "terra" a 3 mm do inusitado 'fase' e entre eles e ao seu redor uma água bem má condutora mas que, todavia poderá sofrer ionização e passar a conduzir (o que diminuirá mais ainda a distância entre 'fase' e terra).
Por que vcs acham que a carga elétrica, com um terra 'verdadeiro' a alguns milímetros de distância, irá procurar um ralo com terra secundário através da água pouco condutora e posteriormente do corpo pelado de um físico?
Eu já fiz o experimento numa bacia plástica para o mapeamento do campo a partir de um fio paralelo (com alguns milímetros da pontas desencapadas) mergulhado em água salgada (propositalmente). Devo admitir que para facilidade de certos controles usei de tensão contínua (ajustável) e não alternada; usei tb vários 'terras falsos' (como os dos ralos) em vários pontos da bacia. Cheguei à conclusão de que não haveria perigo de morte para uma pessoa dentro d'agua.

Agora vou explicar exatamente porque isso foi feito.

O Presidente do Clube a que pertenço veio me procurar para uma dúvida sobre a iluminação interna da piscina. Há inúmeras piscinas com os pequenos holofotes sob a água e em muitos casos foram constatados que o vidro de proteção (e a guarnição de borracha) estavam soltos e a água entrava dentro do sistema. Mesmo que algumas lâmpadas estourassem (por tensões térmicas nascidas de aquecimento e posterior resfriamento brusco) os terminais de platinite que sustentam os filamentos continuavam sob d.d.p. ... mas ninguém tomava 'choque'!

Dai eu partir para a experimentação para corroborar a explicação que dei a ele: mapeamento do campo elétrico e d.d.p. entre a parte da frente e a parte de trás de uma pessoa de pé dentro da água dessa piscina.

A piscina do clube até hoje não tem iluminação interna ... mas, o problema $$$$ deve ser outro. Tb nunca entrei numa dessas piscinas com lâmpadas internas (umas apagadas, outras acesas) prá ver se tomaria algum choque no rabo!

Todavia agradeço o esforço para salvar a vida de um físico pelado com a bunda no ralo! Mas que deu margem a um bom papo deu! Só faltou o comSORTE da Lígia (nossa como há termos despropositais nessa nossa língua!) ter participado da discussão.

[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 25 de fevereiro de 2003 11:19
Assunto: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro


>Léo: Mais que brincadeira é essa que vcs estão fazendo com a física?
Colucci vou passar uma informaçãozinha discreta para vc (mas não
conta prá ninguém ... deixa aqui entre nós): entra no aparelho
um 'par de fios paralelos' cuja distância entre eles é cerca de 3 mm
(psiuuu, não conta prá ninguém). (falando bem baixinho) Um deles está
aterrado (e bem melhor!) que o ralo da banheira que está a cerca de
500 mm dos dois! Faça um mapeamento de campo e verifique a
distribuição de potenciais no espaço que contém esses três pontos (as
pontinhas dos dois fios que chegam no rádio de cabeceira jogado
dentro da banheira e o ralo). Depois continuamos ... Guarde essa
torradeira no mesmo armário onde está depositado o conceito de
fio 'fase' :-)<

Léo,

Convenientemente, você ignorou o resto da explicação, que dizia:

>COLUCCI: Se o nosso físico estiver encostado no ralo, ele
estará "aterrado". Era até costume antigamente, antes do PVC, usar os
encanamentos como barra de terra. Se o experimentador lançar a
torradeira (desligada) sobre a água, e o primeiro polo a entrar em
contato com esta for o "fase", a corrente fluirá pelo corpo do físico
imprudente, ensinando-o a não desafiar a argúcia dos engenheiros :)<

Agora, só aqui entre nós, baixinho, um pequeno detalhe de
implementação: os fios são encapados. A distância entre a parte
exposta deles - provavelmente entre os terminais da resistência -- é
bem maior do que 3 milimetros. A chance de um deles tocar a água
antes do outro é bem grande. A chance deste fio que toca a água antes
do outro ser o "fase" (note as aspas), isto é, o fio não aterrado da
rede, é 50%.

Léo, estou aqui desesperadamente tentando salvar a sua vida. Me ouça.
Não faça a experiência. Um vida humana é uma vida humana, mesmo que
seja a de um físico. E economizaremos uma torradeira :)

Um abraço,
Colucci


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SUBJECT: Leandro, o iconoclasta
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2003 12:09

Léo (deus) escreveu: "Conhecem um tal de 'Evandro'?"

Bem, Léo, eu não conheço o Evandro, mas parece que ele conhece você muito
bem. :-)

[ ]s

Vizzoni

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SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2003 12:26

Léo,

Acho que chegamos ao consenso na questão do choque no chuveiro, o que
é raríssimo aqui na Ciencialist. Toda a discussão centra-se num
ponto: qual o caminho de menor resistência para a corrente? Na
maioria das situações, o caminho de menor resistência é entre os dois
fios. Mas sempre existirá, como eu descrevi, uma chance de isso não
acontecer, e o caminho mais curto passar pelo corpo da pessoa.

Um engenheiro deve sempre pensar nas situações mais improváveis de
acidente com equipamentos elétricos. Aqui nos EUA, onde os
equipamentos tem que ser aprovados pela UL, faz parte do protocolo
desenvolver uma "risk analysis" dos aparelhos. A maioria dos
engenheiros brasileiros se divertiria com as situações criadas, mas,
aqui, a discussão é levada a sério. "O que aconteceria se alguém
levasse a guitarra elétrica para tocar dentro da banheira de
hidromassagem?" e coisas do gênero. No caso de instrumentação médica,
a coisa é ainda mais rigorosa.

Quando eu era criança, presenciei um caso curioso de choque elétrico.
Estávamos brincando numa casa em construção. Um amigo meu urinou
sobre os fios desencapados que saiam da parede, numa tomada ainda por
instalar. O fluxo de urina estabeleceu contato entre o seu bililim e
a rede. Ele foi jogado para trás, o que provavelmente salvou-lhe a
vida, e começou a apresentar contorções violentas no corpo todo. Seu
pai, que estava por perto, levou-o imediatemente ao hospital. Ele se
recuperou antes de chegar lá.

Com esse último parágrafo evitei que a mensagem fosse totalmente
inútil. Fica o conselho: não mijem em fios desencapados.

Um abraço,
Colucci




SUBJECT: cocrete a solucao
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2003 13:31

http://www.tarcisioborges.hpg.ig.com.br/demo.pdf

A demonstração algébrica está acima.

Eu preferi gerar um pdf pois a visualização de equações em ASCII não é
muito confiável. Embora só tenha dado uma lida em diagonal na divina
demonstração do Leo a apresentada acima é muito semelhante, senão igual à
de nossa deidade.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: Darwin e a Evolução
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2003 14:51

Boa tarde a todos .

Retirei este artigo do Jornal da Ciência de 25 de fevereiro de 2003.
Sem desagradar a alguns, acredito que a Biologia estava ausente no
grupo.

Atenciosamente:
Lisandro


Jornal da Ciência (JC E-Mail)
====================================================
Edição 2228 - Notícias de C&T - Serviço da SBPC
====================================================

A teoria neo-darwinista está longe de ser completa e talvez nunca o seja,
mas que outra se pode propor?, texto de Ricardo Ferreira

'Penso que já ocupamos muito espaço do nosso 'JC e-mail' com esta polêmica,
e não pretendo voltar a ela. Que cada um dos nossos leitores faça o seu
julgamento'

Ricardo Ferreira é professor do Depto. de Química Fundamental da
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Eis a sua mensagem:

Muitas pessoas têm dificuldades em aceitar a Teoria da Evolução por Seleção
Natural, mesmo na sua forma moderna, o Neo-darwinismo (uma fusão apropriada
da Seleção Natural de Darwin e Wallace com a Genética de Mendel), porque
ela não pode ser testada pelo 'Princípio do Falseamento' de Karl Popper.

A razão para isto reside no fato de que os seres vivos são sistemas que
seguem as leis da Física, mas são também objetos históricos. Como disse Max
Delbruck, 'Qualquer célula viva carrega com ela a experiência de bilhões de
anos de experimentações por parte dos seus ancestrais'.

Para darmos um exemplo, a Teoria da Relatividade Restrita, de Albert
Einstein, foi testada inúmeras vezes pelo Princípio do Falseamento de
Popper, e provada ser correta.

Por exemplo, de acordo com a Teoria da Relatividade, um electron acelerado
aumenta sua massa em função da velocidade. É possível acelerar electrons em
tubos evacuados e medir suas massas, e invariavelmente encontra-se que a
massa cresce de acordo com as equações de Einstein.

Se a massa não aumentasse, isto também teria sido verificado, em cujo caso
poderíamos com certeza dizer que a Teoria da Relatividade era falsa. Mas
não podemos controlar, ou mesmo conhecer, todas as fases por onde passou um
objeto com história biológica, isto é, que se originou, com modificações
maiores ou menores , de ancestrais sobre os quais muitas vezes nada
sabemos.

Outra dificuldade para a aceitação da Teoria Neo-darwinista refere-se ao
'Paradoxo de Levinthal'.

Vamos dar um exemplo desse paradoxo. As proteínas são constituídas por 20
tipos diferentes de aminoácidos ligados em uma cadeia que pode contar,
digamos, 200 aminoácidos. O número de sequências possíveis para esta
proteína seria de 20 elevado à potência 200, um número enorme!

Mesmo que conseguíssemos sintetizar 1000 sequências por segundo, para
chegar a sequência exata da proteína (e cada proteína se caracteriza por
uma única sequência de aminoácidos) levaríamos mais tempo do que os 14
bilhões de anos agora atribuídos à idade do nosso Universo. Como resolver o
paradoxo?

Acontece que a evolução dos seres vivos é ADAPTATIVA, ao contrário da
evolução de outros sistemas, como sejam as estrelas, as galáxias, ou os
próprios elementos radioativos. No caso das proteínas, por exemplo, logo
seja formado um pequeno trecho da sua sequência, se isto conferir uma
vantagem para a sobrevivência do organismo do qual faz parte aquela
proteína, o trecho é transmitido à progenie, e ,portanto, conservado.

Desta maneira, a sequência correta da proteína é alcançada em um tempo
muito mais curto do que seria o caso na evolução não-adaptativa.

Mas vejamos alguns pontos levantados por Almeida Filho: 1) Segundo o que
ele chama de Teoria da Evolução a biogênese teria ocorrido apenas uma vez
nos 4.5 bilhões de anos da história biológica.

1') Isto não é verdade. Pensamos em muitas possibilidades: talvez as
primeiras formas de vida tenham aparecido em ambientes diferentes da Terra
primitiva, diferentes geograficamente, ou diferentes no tempo.

Gostamos de pensar até que em algum ambiente (uma lagoa, um mar) apareceram
poliribotídeos com D-ribose (como os de hoje), e proteínas com aminoácidos
L (como as de hoje), e que talvez em outro lugar, ou mais adiante no tempo,
apareceram ribotídeos com L-ribose, e proteínas com D-aminoácidos. Como
esses diferentes seres não poderiam co-existir, uma dessas populações
desapareceu, sobrevivendo a outra

Teria sido um exemplo primitivo da sobrevivência do mais apto.

2) Seleção natural prebiológica não faz sentido, porque moléculas não
deixam descendência, diz Almeida Filho (talvez pensando na frase de Darwin,
que definia evolução como 'descendência com modificação').

2') Já foi verificado (Joyce et. al., Nature, 310, 602-604 (1984)) que
oligômeros com 20 a 30 monômeros podem formar moldes a partir de seus
monômeros, e os moldes desses moldes são réplicas perfeitas do oligômero
inicial. Onde havia uma molécula, agora tenho duas. Isto não é deixar
descendência?

3) Há dados que sugerem que a vida se originou várias vezes entre 3.86 e
3.5 milhões de anos.

3') Nada de mais nesta notícia. Almeida Filho dá uma informação tirada de
Mojzsis (Nature, 384, 55-59 (1996)). Que eu saiba, sinais de vida acima de
3.7 bilhões de anos foram encontrados apenas em certos carvões na
Groenlândia, e caracterizados em função de uma distribuição de isótopos
C12/C13 típica de seres vivos. Mas eu posso estar enganado.

4 e 4') Almeida Filho dá grande importância a uma aparente especulação de
A. Lazcano, conhecido pre-biólogo, de que a 'sopa de Oparin-Haldane' nunca
teria existido. Ora, a composição da 'sopa' sempre foi controvertida,
poderia ter sido de aminoácidos, de ribotídeos, de oligosacarídeos, de
maneira que seria impossível identificar restos da sopa em sedimentos.

Almeida Filho, aliás, parece bem informado, mantendo uma verdadeira coleção
de situações ainda não totalmente esclarecidas pelos especialistas.

5) Almeida Filho cita o paradoxo 'oxigênio molecular-radiação
ultra-violeta'.

5') As fontes de excitação nas experiências tipo Miller-Urey, podem ser
descargas elétricas, radiação ultra-violeta, radio-isótopos, etc.

Portanto, raios UV podem ajudar a síntese de certas moléculas a partir de
moléculas mais simples como H2,NH3,H2O e CH4. Admite-se, com base em fortes
evidências sobre a composição da atmosfera terrestre ao longo das eras
geológicas, que o oxigênio molecular livre hoje presente com 20% em volume
na nossa atmosfera, é quase todo de origem biótica (fotosíntese).

Formado o oxigênio molecular, seria convertido parcialmente em ozônio nas
camadas mais altas da atmosfera. Funcionaria então, como ainda hoje nos
lugares da superfície terrestre livre dos chamados 'buracos de ozônio' como
protetor para a foto-decomposição de moléculas importantes para os seres
vivos.

Verdade que os raios UV também podem conduzir à fotodecomposição de certos
compostos, mas as radiações UV também são cortadas sensivelmente por
camadas de água, que protegeriam os compostos recém-formados. Não há
paradoxo algum aqui.

Não nos prolonguemos. A Teoria Neo-darwinista permanece longe de estar
completa, e é possível que nunca o seja, repito, dado o caracter histórico
dos seres vivos.

Mas qual a teoria que Almeida Filho proporia? Seria o Creacionismo bíblico?
Penso que já ocupamos muito espaço do nosso JC e-mail com esta polêmica, e
não pretendo voltar a ela.

Que cada um dos nossos leitores faça o seu julgamento.'





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2003 15:27

Oi Colucci,

OK, vc resumiu bem a conclusão da thread.
A respeito da experiência (malfadada) do garoto soube algo semelhante de um garoto que fez xixi sobre o trilho de um metrô. As conseqüências foram as mesmas ... contração, momentânea interrupção do xixi, descontração que o atirou longe ... e o salvou!

Sei os cuidados que devem ser tomados e não se deve brincar com os pontos de potenciais elétricos (aliás, jamais tirarei da cabeça que aquela história do papagaio de Franklin está mal contada ... ele de modo algum poderia ter escapado vivo daquela experimento!).

O físico pelado aqui iria tomar algumas precauções (ocultas) ao entrar na banheira com água torneiral ... untaria meu corpo com boa camada de óleo! :-))

Aquele abraço,

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 25 de fevereiro de 2003 12:26
Assunto: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro


Léo,

Acho que chegamos ao consenso na questão do choque no chuveiro, o que
é raríssimo aqui na Ciencialist. Toda a discussão centra-se num
ponto: qual o caminho de menor resistência para a corrente? Na
maioria das situações, o caminho de menor resistência é entre os dois
fios. Mas sempre existirá, como eu descrevi, uma chance de isso não
acontecer, e o caminho mais curto passar pelo corpo da pessoa.

Um engenheiro deve sempre pensar nas situações mais improváveis de
acidente com equipamentos elétricos. Aqui nos EUA, onde os
equipamentos tem que ser aprovados pela UL, faz parte do protocolo
desenvolver uma "risk analysis" dos aparelhos. A maioria dos
engenheiros brasileiros se divertiria com as situações criadas, mas,
aqui, a discussão é levada a sério. "O que aconteceria se alguém
levasse a guitarra elétrica para tocar dentro da banheira de
hidromassagem?" e coisas do gênero. No caso de instrumentação médica,
a coisa é ainda mais rigorosa.

Quando eu era criança, presenciei um caso curioso de choque elétrico.
Estávamos brincando numa casa em construção. Um amigo meu urinou
sobre os fios desencapados que saiam da parede, numa tomada ainda por
instalar. O fluxo de urina estabeleceu contato entre o seu bililim e
a rede. Ele foi jogado para trás, o que provavelmente salvou-lhe a
vida, e começou a apresentar contorções violentas no corpo todo. Seu
pai, que estava por perto, levou-o imediatemente ao hospital. Ele se
recuperou antes de chegar lá.

Com esse último parágrafo evitei que a mensagem fosse totalmente
inútil. Fica o conselho: não mijem em fios desencapados.

Um abraço,
Colucci



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2003 16:15

Caro Léo.

A companhia elétrica não aterra ninguém, a não ser as carcaças dos equipamentos de subestações, para-ráios, etc. O condutor neutro (e não "fio", viu Léo), continua neutro com ou sem terra. Em um sistema polifásico totalmente equilibrado, a tensão do neutro em relação ao terra é zero, mesmo que não haja ligação elétrica entre os dois.

Mas você está certo ao dizer que está errado dizer um "fio de alta tensão". O correto é um "condutor de alta tensão"...Fio é o que eu usava para empinar pipa...

Agora, um probleminha para os nossos físicos e físicas. Seja um transformador com o secundário de 13,8kV, 10kVA, em delta, alimentando uma carga também em delta, de 200 ohms. Tanto o transformador quanto a carga são totalmente equilibrados (considere as tensões e impedâncias da fase "a" referidas a zero graus e a sequência de fases como positiva). A reatância interna do transformador é 0,12 pu, referida à base do próprio transformador. Repentinamente, há um curto-circuito fase-terra franco, entre a fase "b" e o terra. Calcule a corrente de curto (ou a "intensidade de corrente de curto", ou sejá lá o que for...)

Não vale pedir ajuda para os maridos engenheiros... :))


[ ]s

Alvaro Augusto

-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviada em: Terça-feira, 25 de Fevereiro de 2003 04:07
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro


Resposta 1 - Vou começar por aqui, da série de e-mail postadas.

Erich (et all), seu professor de física geral III necessita urgentemente de amparo conceituais. Como o nível de erros cometidos é primário vou recomendar a leitura de um texto que escrevi para a garotada (e eletricistas domingueiros) do colegial onde, além de alguns conceitos básicos (nada profundos!), apresento os 'erros grosseiros' cometidos na 'eletricidade'.

http://www.feiradeciencias.com.br/sala14/14_03.asp


Apenas pincei desse texto um trechinho de nada:

"Temos de usar dois fios, entre os quais a tensão elétrica ou diferença de potencial muda alternadamente de polaridade.

Um desses fios, por motivo de segurança, a própria Companhia Elétrica coloca em contato mais íntimo possível com o solo (chão, terra). Dos dois fios da rede elétrica, aquele que não apresenta nenhuma diferença de potencial com o solo (porque está intimamente ligado com ele) é denominado subjetivamente de retorno, neutro ou terra. O outro, para diferenciação, é denominado de fase ou vivo.

--- Para um aparelho elétrico esses nomes são supérfluos, uma vez que os dois fios trabalham exatamente do mesmo modo, alternadamente. ---

Para o instalador e para os moradores da residência 'que fio está ligando aonde', é importante por motivos de segurança e não por motivos de funcionamento do aparelho. Isso fica patente quando ligamos um liquidificador na tomada --- de qualquer lado que se espete o plugue, ele funcionará! "

...

Mais uma 'palhinha':

"Erros comuns ...
Um erro comum dos instaladores, por falta de sólidos conceitos, deriva desses nomes diferenciadores.

Quando se trata do fio vivo ou fio fase, eles lhe conferem certas importâncias elétricas (em relação ao circuito todo), que simplesmente não existem!

Atribuem o conceito de pressão ou de tensão elétrica apenas para o fio fase e um papel secundário de retorno para o fio terra.

Para eles é o fio fase que provoca a corrente. A falha está no conceito de tensão elétrica ou d.d.p. --- conceito aplicado a pelo menos dois condutores elétricos (rigorosamente, entre dois pontos distintos de um campo elétrico, em superfícies não eqüipotenciais). Não existe um condutor com tensão elétrica --- pode existir um par de condutores (dos quais um deles pode ser o fio terra) entre os quais estabelece-se uma tensão elétrica ou diferença de potencial. Um fio de alto potencial elétrico é comumente citado como 'um fio de alta tensão' --- é um erro!

Outro erro comum dos instaladores é imaginar que, pelo fato da Companhia Elétrica aterrar um dos fios, a terra seja efetivamente utilizada como um dos fios de transporte de energia elétrica. Se isso fosse verdade, não seriam necessários 3 fios entrando em nossas residências; bastariam 2, o terceiro seria ligado a uma longa haste cobreada enfiada no chão."

Será interessante uma leitura geral do trabalho apresentado; afinal de contas até o pessoal da China está consultando o Imperdível!!!! :-))))

[]'
Léo

======================
-----Mensagem Original-----
De: "Erich Weick" <erich_weick@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003 19:20
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro



Olá 'soldadores de fios' :-)

Já li o relato técnico colucciano. Apresenta a falha típica dos engenheiros (por isso fiz a proposta só para essa turma, jamais a faria para um físico!). E ainda topo a experiência. Só não toparei a experiência quando vcs descobrirem a diferença entre "potencial elétrico e diferença de potencial elétrico". Ai não vale mais!

=================================================
Aula de Física Geral III de um dia qualquer no primeiro semestre de 1997 na Universidade Regional de Blumenau, ministrada por um físico doutor:
" - Vocês sabem me dizer a diferença entre DDP e Potencial Elétrico? E nesta tomada logo ali na parede, vocês sabem qual dos dois vocês tem nela?"
Alguns alunos defenderam havia na tomada uma DDP de 220Volts enquanto outro disseram que ela estava potencializada em 220Volts...
" - Na tomada vocês podem verificar OS DOIS simultaneamente!" - falou energicamente o professor.
" - No pino "fase" você tem o condutor potencializado em 220Volts enquanto que o neutro está potencializado em zero Volt, logo entre os dois pinos temos uma Diferença de Potencial de 220Volts. Mas se você potencializar um dos pinos em 1000Volts e outro em 1220Volts você ainda terá uma DDP de 220Volts."
Palavras de um físico...





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SUBJECT: Chuveiro --- fase final
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2003 19:10

Alvaro:

"Caro Léo.

A companhia elétrica não aterra ninguém, ..."

Léo: Exceto o local onde foi construída a represa, os parentes mortos, .....

"a não ser as carcaças dos equipamentos de subestações, para-ráios, etc."

Alvaro:
"O condutor neutro (e não "fio", viu Léo), continua neutro com ou sem terra. Em um sistema polifásico totalmente equilibrado, a tensão do neutro em relação ao terra é zero, mesmo que não haja ligação elétrica entre os dois. Mas você está certo ao dizer que está errado dizer um "fio de alta tensão". O correto é um "condutor de alta tensão"...Fio é o que eu usava para empinar pipa...

Léo: Condutor era aquele abnegado que dirigia o bonde ... acabou! Aliás, nesse mundo tudo é passageiro ... exceto o motorista e o cobrador!


Alvaro:
"Não vale pedir ajuda para os maridos engenheiros... :))"

Léo: Coitada da Lígia .... E a procriação, como fica? :-)

[ ]s




SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/02/2003 22:08

--- Em ciencialist@y..., <alvaug@n...> escreveu
> Agora, um probleminha para os nossos físicos e físicas. Seja um
transformador com o secundário de 13,8kV, 10kVA, em delta,
alimentando uma carga também em delta, de 200 ohms. Tanto o
transformador quanto a carga são totalmente equilibrados (considere
as tensões e impedâncias da fase "a" referidas a zero graus e a
sequência de fases como positiva). A reatância interna do
transformador é 0,12 pu, referida à base do próprio transformador.
Repentinamente, há um curto-circuito fase-terra franco, entre a
fase "b" e o terra. Calcule a corrente de curto (ou a "intensidade de
corrente de curto", ou sejá lá o que for...)<


Caro Álvaro!

Provavelmente se você alimentar esta carga resistiva de 200 ohms com
um potencial de 13.800 V, além de você causar algum acidente,
simplesmente pela Lei de Ohm você vai ver que é impossível 10.000 VA
fazer esse serviço de alimentar tal carga... Caso você tenha alguma
dúvida, poderá pesquisar diretamente num livro de bolso da Siemens -
CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO EM REDES TRIFÁSICAS... :) Tenho um
exemplar bem aqui... estava numa prateleira empoeirada lá
da "ficina" do digníssimo consorte desta que vos fala... :)) Caso
você queira baixar o potencial, poderei perder algum tempo
pesquisando e calculando prá você, que tal?

Não precisa agradecer: envio número de agência e conta
bancária... :)


> Não vale pedir ajuda para os maridos engenheiros... :))

Ah... mas ele nem tá aqui hoje... :))

Beijos, Lígia





SUBJECT: Re: [ciencialist] Chuveiro --- fase final
FROM: "Silvio Cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2003 23:14

"Luiz Ferraz Netto" wrote:
Léo: Condutor era aquele abnegado que dirigia o bonde ... acabou! Aliás,
nesse mundo tudo é passageiro ... exceto o motorista e o cobrador!

quem se lembra?
veja, ilustre passageiro,
que belo tipo faceiro
o senhor tem a seu lado.
E, no entanto, acredite,
quase morreu de bronquite:
Salvou-a o Rhum Creosotado.

Sou do tempo em que colocava uma mistura de clorato de potássio e enxofre
bem embrulhadinhos na linha dos bondes...

Chovia passageiros.....

silvio.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
FROM: <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/02/2003 23:37

Faglia nostra! Era para ser 200 kohms. O resto continua como está.

[ ]s

Alvaro
-----Mensagem Original-----
De: Ligia Amorese
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviada em: Terça-feira, 25 de Fevereiro de 2003 22:08
Assunto: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro


--- Em ciencialist@y..., <alvaug@n...> escreveu
> Agora, um probleminha para os nossos físicos e físicas. Seja um
transformador com o secundário de 13,8kV, 10kVA, em delta,
alimentando uma carga também em delta, de 200 ohms. Tanto o
transformador quanto a carga são totalmente equilibrados (considere
as tensões e impedâncias da fase "a" referidas a zero graus e a
sequência de fases como positiva). A reatância interna do
transformador é 0,12 pu, referida à base do próprio transformador.
Repentinamente, há um curto-circuito fase-terra franco, entre a
fase "b" e o terra. Calcule a corrente de curto (ou a "intensidade de
corrente de curto", ou sejá lá o que for...)<


Caro Álvaro!

Provavelmente se você alimentar esta carga resistiva de 200 ohms com
um potencial de 13.800 V, além de você causar algum acidente,
simplesmente pela Lei de Ohm você vai ver que é impossível 10.000 VA
fazer esse serviço de alimentar tal carga... Caso você tenha alguma
dúvida, poderá pesquisar diretamente num livro de bolso da Siemens -
CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO EM REDES TRIFÁSICAS... :) Tenho um
exemplar bem aqui... estava numa prateleira empoeirada lá
da "ficina" do digníssimo consorte desta que vos fala... :)) Caso
você queira baixar o potencial, poderei perder algum tempo
pesquisando e calculando prá você, que tal?

Não precisa agradecer: envio número de agência e conta
bancária... :)


> Não vale pedir ajuda para os maridos engenheiros... :))

Ah... mas ele nem tá aqui hoje... :))

Beijos, Lígia




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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Colaboracao d'alem-mar
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2003 02:45

Nossa ilustre professora das plagas de Camões nos brinda com uma colaboração (recebida em pvt):
"Como andais numa de quântica envio esta do physics web. Votos de boas
discussões. Gostei imenso da banheira e da falta de Popper da L........."

Lorentz symmetry stays intact
25 February 2003

Lorentz invariance is fundamental to the special theory of relativity
and the Standard Model of particle physics. The principle of Lorentz
invariance states that the result of an experiment is independent of
the velocity at which it is performed. However, many extensions of
the Standard Model involve violations of Lorentz invariance. Now,
Dimitri Avaloff and colleagues at Stanford University in the US have
set new limits on these violations (J A Lipa et al. 2003 Phys. Rev.
Lett. 90 060403)

In 1998, Don Colladay and Alan Kostelecky of Indiana University
identified over a hundred co-efficients related to possible
violations of Lorentz invariance in a "general" extension to the
Standard Model. Astrophysical measurements and experiments with
accelerators can set a limit on many of these parameters, but nine
parameters that involve electromagnetic effects have yet to be
constrained.
Arrangement of cavities. Imagem no fim da mensagem

Avaloff and co-workers have devised a new experiment that is
sensitive to these parameters. Their method involves monitoring
microwaves inside a pair of cylindrical cavity resonators. One cavity
is oriented in a horizontal direction, while the other points
vertically. The researchers believe that any violations of Lorentz
invariance will effect the cavities in different ways as the Earth
orbits the Sun.

The Stanford team found no difference - or anisotropy - to one part
in 1013 for four of the parameters and no anisotropy to one part in
109 for three other parameters. These bounds now constrain seven of
the nine coefficients that were previously unknown in the general
standard model extension.

The scientists hope to improve their limit by at least a factor of a
100. "We are also working on an experiment to be flown on the
International Space Station around 2008, of which Lorentz invariance
testing is a part," Joel Nissen, one of the members of the research
group, told PhysicsWeb. "Operation in space should give us greater
sensitivity to certain of the coefficients because of the higher
velocity of the cavities relative to the centre of the earth and the
shorter measurement period - 90 minutes instead of 24 hours."

Author
Belle Dumé is Science Writer at PhysicsWeb

Arrangement of cavities
Aqui é lugar de desenho mas não consigo enviar. Vai site.
http://physicsweb.org/box/news/7/2/12/lorentz

Ideal arrangement of two microwave cavities relative to the Earth's
rotational axis, which maximises sensitivity to the velocity of light
in radial directions. Actual tilt angle is the latitude of the
laboratory (credit: J A Lipa et al.)
Até breve. antes de ir na 6ª feira ainda irei à vossa Clist.
=====================
Léo: Clist ... gostei disso! Aliás foi tudo que entendi dos textos acima! :-)







SUBJECT: Re: [ciencialist] Chuveiro --- fase final
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2003 02:51

-----Mensagem Original-----
De: "Silvio Cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 25 de fevereiro de 2003 23:14
Assunto: Re: [ciencialist] Chuveiro --- fase final


| "Luiz Ferraz Netto" wrote:
| Léo: Condutor era aquele abnegado que dirigia o bonde ... acabou! Aliás,
| nesse mundo tudo é passageiro ... exceto o motorista e o cobrador!
|
| quem se lembra?
| veja, ilustre passageiro,
| que belo tipo faceiro
| o senhor tem a seu lado.
| E, no entanto, acredite,
| quase morreu de bronquite:
| Salvou-a o Rhum Creosotado.
|
| Sou do tempo em que colocava uma mistura de clorato de potássio e enxofre
| bem embrulhadinhos na linha dos bondes...
|
| Chovia passageiros.....

Da mesma época:

Ai seu Juvenal ...a muié caiu do bonde
e virou de perna pro ar...

Ai seu Juvenal ...a muié caiu do bonde
e virou de perna pro ar...

Entrou um rato pela saia da cumadre,
veio o filho do cumpadre pra ver o que sucedeu.
Tiraram a saia da cumadre e sacudiram e
até hoje não descobriram onde o rato se escondeu!

Ai seu Juvenal ...a muié caiu do bonde
e virou de perna pro ar...

Respeitosamente,
dEUs




SUBJECT: Re: Colaboracao d'alem-mar
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2003 03:18

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Nossa ilustre professora das plagas de Camões nos brinda com uma
colaboração (recebida em pvt):
> "Como andais numa de quântica envio esta do physics web. Votos de
boas
> discussões. Gostei imenso da banheira e da falta de Popper da
L........."

[...]
> Até breve. antes de ir na 6ª feira ainda irei à vossa Clist.
> =====================
> Léo: Clist ... gostei disso! Aliás foi tudo que entendi dos textos
acima! :-)


Ufa! E eu aqui pensando com a respiração presa que até "ingreis" - a
tal da língua-lienígena - você estava topando agora por causa de
fazer bonito prá ilustre e douta representante feminina d'além
mar... :))

Baijos, Lígia

PS: Tens passado até perfume para ler os imeiols dela, pois não? ;)




SUBJECT: Re: [ciencialist] Chuveiro --- fase final
FROM: "Meire Cristina" <meiroca2001@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2003 07:32

Nossa Ligia vc sofre no meio de tanto "soldadores de fios" hehehehe.

Fiquei um pouco curiosa sobre os integrantes dessa lista, só tem engenheiros
e físicos???? Vou ter q





"A Matemática é como o amor, uma idéia simples que pode se tornar
complicada."





>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: [ciencialist] Chuveiro --- fase final
>Date: Tue, 25 Feb 2003 19:10:40 -0300
>
>Alvaro:
>
>"Caro Léo.
>
>A companhia elétrica não aterra ninguém, ..."
>
>Léo: Exceto o local onde foi construída a represa, os parentes mortos,
>.....
>
>"a não ser as carcaças dos equipamentos de subestações, para-ráios, etc."
>
> Alvaro:
>"O condutor neutro (e não "fio", viu Léo), continua neutro com ou sem
>terra. Em um sistema polifásico totalmente equilibrado, a tensão do neutro
>em relação ao terra é zero, mesmo que não haja ligação elétrica entre os
>dois. Mas você está certo ao dizer que está errado dizer um "fio de alta
>tensão". O correto é um "condutor de alta tensão"...Fio é o que eu usava
>para empinar pipa...
>
>Léo: Condutor era aquele abnegado que dirigia o bonde ... acabou! Aliás,
>nesse mundo tudo é passageiro ... exceto o motorista e o cobrador!
>
>
>Alvaro:
>"Não vale pedir ajuda para os maridos engenheiros... :))"
>
>Léo: Coitada da Lígia .... E a procriação, como fica? :-)
>
>[ ]s
>
>


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Chuveiro --- fase final
FROM: "Meire Cristina" <meiroca2001@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2003 07:33

Nossa Ligia vc sofre no meio de tanto "soldadores de fios" hehehehe.

Fiquei um pouco curiosa sobre os integrantes dessa lista, só tem engenheiros
e físicos???? Vou ter q começar a inserir textos matemáticos, aki!!!


Meire :)





"A Matemática é como o amor, uma idéia simples que pode se tornar
complicada."





>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: [ciencialist] Chuveiro --- fase final
>Date: Tue, 25 Feb 2003 19:10:40 -0300
>
>Alvaro:
>
>"Caro Léo.
>
>A companhia elétrica não aterra ninguém, ..."
>
>Léo: Exceto o local onde foi construída a represa, os parentes mortos,
>.....
>
>"a não ser as carcaças dos equipamentos de subestações, para-ráios, etc."
>
> Alvaro:
>"O condutor neutro (e não "fio", viu Léo), continua neutro com ou sem
>terra. Em um sistema polifásico totalmente equilibrado, a tensão do neutro
>em relação ao terra é zero, mesmo que não haja ligação elétrica entre os
>dois. Mas você está certo ao dizer que está errado dizer um "fio de alta
>tensão". O correto é um "condutor de alta tensão"...Fio é o que eu usava
>para empinar pipa...
>
>Léo: Condutor era aquele abnegado que dirigia o bonde ... acabou! Aliás,
>nesse mundo tudo é passageiro ... exceto o motorista e o cobrador!
>
>
>Alvaro:
>"Não vale pedir ajuda para os maridos engenheiros... :))"
>
>Léo: Coitada da Lígia .... E a procriação, como fica? :-)
>
>[ ]s
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SUBJECT: Re: Chuveiro --- fase final
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2003 08:19

--- Em ciencialist@y..., "Meire Cristina" <meiroca2001@h...> escreveu
> Nossa Ligia vc sofre no meio de tanto "soldadores de fios" hehehehe.
>
> Fiquei um pouco curiosa sobre os integrantes dessa lista, só tem
engenheiros
> e físicos???? Vou ter q começar a inserir textos matemáticos, aki!!!
>
>
> Meire :)


Cara Meire,

Em tempos que já lá se vão, havia vários representantes d'outras
ciências por estas plagas... todos viviam felizes e risonhos,
discutindo de um tudo, desde concepções artísticas do átomo
primordial da metafísica, o não-ser do Tao, até a psicORALise,
teoria "oral da psicANALise" de um de nossos mais queridos
debatedores. Mas então "deus", valendo-se da fúria que lhe é
atribuível, lançou raios e pragas sobre nós outros e, em meio a dor e
ranger de dentes, tivemos que buscar novos sítios a fim de darmos azo
às nossas necessidades básicas de boas discussões sobre o que "deus",
em toda sua glória, alcunhou "pseudices" e pretendeu erradicar da
face da Ciencialist.

É pelo fato de ter sobrevivido que posso informá-la do que se
sucedeu. Naqueles dias de duras penas, munida apenas de forças que
me enchiam a alma, guiei meu povo a novos horizontes, à Noosfera
prometida e, à maneira de Moisés a seu tempo, permaneci ausente da
bemaventurança a fim de mitigar meu karma, retornando ao seio do que
a fúria divina dizimava. Sim, eu sobrevivi a todo caos que a fúria
divina lançou sobre meus pares e vejo esta nova ordem nascente como
uma fase transitória. Somente minha fé por dias melhores é o que me
me ilumina os dias e faz resistir a todas as penas impostas
por "deus" e seu séquito...

Assim o momento atual por aqui é o que pode ver: Momento de
afirmação divina sobre os que resistiram às pragas todas. Tempos
difíceis em que afirmando "deus" em sua glória, seus
seguidores "soldadores de fios" se fazem valer dos princípios básicos
da Scientia a fim de purificar e impregnar o ambiente com mirra e
incenso que somente a boa e velha física é capaz de exalar...

Por sorte, de tempos em tempos vejo que brisas suaves tocam minha
face dorida na forma de doces palavras como a sua a apiedar-se de
minha sina... Obrigada! Por obséquio, se for possível, lance para
minhas vistas cansadas algum tratado matemático


> "A Matemática é como o amor, uma idéia simples que pode se tornar
> complicada."

Já amei... amar é ainda mais complicado. Bem, se possível, lance às
minhas vistas cansadas alguma coisa nova... Crusching Numbers, algo
envolvendo números primos à enésima potência... :))

Beijos, Lígia




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Colaboracao d'alem-mar
FROM: "Silvio Cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2003 08:28

Realmente surrealistas os recursos utilizados nos grupos para fins
inconfessáveis....
A ofegante prof. Lígia, ciumenta por ter a cachopa gostado da banheira com o
Leo enquanto aplicam um Clist no Popper...
Acho que dou deixer de contemplar o Nada e me dedicar à física.
Meudeus, que maravilha, receber fragrante email da Lígia, ungido por suave
água de Gió, um Armani.....

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, February 26, 2003 3:18 AM
Subject: [ciencialist] Re: Colaboracao d'alem-mar


--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Nossa ilustre professora das plagas de Camões nos brinda com uma
colaboração (recebida em pvt):
> "Como andais numa de quântica envio esta do physics web. Votos de
boas
> discussões. Gostei imenso da banheira e da falta de Popper da
L........."

[...]
> Até breve. antes de ir na 6ª feira ainda irei à vossa Clist.
> =====================
> Léo: Clist ... gostei disso! Aliás foi tudo que entendi dos textos
acima! :-)


Ufa! E eu aqui pensando com a respiração presa que até "ingreis" - a
tal da língua-lienígena - você estava topando agora por causa de
fazer bonito prá ilustre e douta representante feminina d'além
mar... :))

Baijos, Lígia

PS: Tens passado até perfume para ler os imeiols dela, pois não? ;)




SUBJECT: Re: [ciencialist] Chuveiro --- fase final
FROM: "Silvio Cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2003 08:34

Cris:
Eu sou normal.
silvio.

----- Original Message -----
From: "Meire Cristina" <meiroca2001@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, February 26, 2003 7:32 AM
Subject: Re: [ciencialist] Chuveiro --- fase final


> Nossa Ligia vc sofre no meio de tanto "soldadores de fios" hehehehe.
>
> Fiquei um pouco curiosa sobre os integrantes dessa lista, só tem
engenheiros
> e físicos???? Vou ter q
>
>
>
>
>
> "A Matemática é como o amor, uma idéia simples que pode se tornar
> complicada."
>
>
>
>
>
> >From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
> >Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> >To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> >Subject: [ciencialist] Chuveiro --- fase final
> >Date: Tue, 25 Feb 2003 19:10:40 -0300
> >
> >Alvaro:
> >
> >"Caro Léo.
> >
> >A companhia elétrica não aterra ninguém, ..."
> >
> >Léo: Exceto o local onde foi construída a represa, os parentes mortos,
> >.....
> >
> >"a não ser as carcaças dos equipamentos de subestações, para-ráios, etc."
> >
> > Alvaro:
> >"O condutor neutro (e não "fio", viu Léo), continua neutro com ou sem
> >terra. Em um sistema polifásico totalmente equilibrado, a tensão do
neutro
> >em relação ao terra é zero, mesmo que não haja ligação elétrica entre os
> >dois. Mas você está certo ao dizer que está errado dizer um "fio de alta
> >tensão". O correto é um "condutor de alta tensão"...Fio é o que eu usava
> >para empinar pipa...
> >
> >Léo: Condutor era aquele abnegado que dirigia o bonde ... acabou!
Aliás,
> >nesse mundo tudo é passageiro ... exceto o motorista e o cobrador!
> >
> >
> >Alvaro:
> >"Não vale pedir ajuda para os maridos engenheiros... :))"
> >
> >Léo: Coitada da Lígia .... E a procriação, como fica? :-)
> >
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> Proteja o seu e-mail Terra: http://www.emailprotegido.terra.com.br/
>



SUBJECT: Na onda do gráviton
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2003 16:15

Na onda do Gráviton

Fonte: http://www.fapesp.br/ciencia6117.htm e
http://br.groups.yahoo.com/group/ClubedAstronomia/message/1132

Brasil entra na corrida para captar ondas gravitacionais do Cosmos

Com o projeto Gráviton, coordenado por Odylio Aguiar, do Instituto Nacional
de Pesquisas Espaciais (Inpe), um grupo de pesquisadores pretende, pela
primeira vez na história, detectar ondas gravitacionais no espaço. Iniciado
em maio do ano passado com financiamento de cerca de US$ 1 milhão da FAPESP,
o projeto reúne um conjunto de instituições e começa com a construção de um
poderoso detector de ondas com antena esferoidal que leva o nome do físico
brasileiro Mario Schenberg (1914-1990).
Vide figura em http://www.fapesp.br/images/pag42_61.jpg

Além dos resultados a que chegar, é um projeto importante por desenvolver,
no país, uma instrumentação que poderá ser útil também em outras áreas.

Ondas gravitacionais são deformações na estrutura do espaço-tempo produzidas
por massas aceleradas - por exemplo, nas explosões de estrelas supernovas ou
na órbita de um sistema binário formado por duas estrelas de nêutrons - e
que, segundo a Teoria da Relatividade, se propagam com a velocidade da luz.
Sugeridas, entre o final do século 19 e início do 20 por cientistas como
Heaviside, Lorentz e Poincaré, elas foram previstas em 1916 pelas equações
da Relatividade Geral de Albert Einstein.

Desde a década de 1960, quando os avanços tecnológicos permitiram que se
pensasse em detectar essas ondas, os físicos imaginam dispositivos para isso
e já há vários detectores envolvidos na tentativa. A proposta brasileira é a
de pesadas antenas esferoidais de cobre-alumínio que operem a temperaturas
entre 15 e 20 mK (milikelvins) - poucos centésimos de grau acima do zero
absoluto (-273,16°C), situação em que cessa toda a agitação atômica e,
portanto, há uma ausência total de calor.

O projeto Gráviton abrange vários equipamentos do gênero. O primeiro é o
detector Schenberg, que operará entre 3 e 3,4 kHz (quilohertz). Nessa faixa
de freqüências, "terá a sensibilidade dos grandes interferômetros de laser",
revela Aguiar, "com a vantagem de ser mais barato". Os interferômetros de
laser são detectores que custam em torno de US$ 100 milhões, enquanto o
Schenberg, do tipo ressonante, deve custar US$ 1 milhão.

Revolução - Quem detectar as ondas gravitacionais deflagrará uma revolução
de conseqüências imprevisíveis na Física, prevêem Aguiar, do Inpe, e seus
coordenadores adjuntos Nei Oliveira Jr., do Laboratório de Estado Sólido e
Baixas Temperaturas (LESBT) do Instituto de Física da Universidade de São
Paulo (USP), e Giorgio Frossati, da Universidade de Leiden (Holanda).

Participam também pesquisadores da Universidade Bandeirantes, do Centro
Federal de Ensino Tecnológico de São Paulo e do Instituto Tecnológico da
Aeronáutica.

Colaboram ainda seis outras instituições do exterior e outras tantas do
Brasil.

Continuação do artigo em http://www.fapesp.br/ciencia6118.htm

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Fw: FC - qdo eng. nao sabe ... pra quem pergunta!?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2003 16:15

O Departamento de 'Soldaduras de Condutores' (não se deve falar 'soldadores de fios', é feio!) é uma fatia expressiva entre os consulentes do Imperdível.
Apesar de já ter colocado no Imperdível 'efeito Joule', 'curvas de histerese' e 'correntes de Foucault' (que os alienígenas tentam impingir como 'correntes de Eddy'), ainda não coloquei o assunto completo sobre transformadores. Se alguém quiser enviar a mim (ou diretamente ao acadêmico de engenharia) algo """""sério""""" sobre transformadores, agradecemos.

Isso parece-me um bom trabalho para a devotada Lígia; "Tudo sobre transformadores", em 5 partes. Mas, antes, preciso testá-la sobre tal componente: Lígia, por que os transformadores 'roncam'? Esse 'ronco' é de 60 ou 120 Hz?

Para minha divina alegria nunca recebi nenhuma dúvida proveniente do Departamento de 'ponto e vírgula' (estudantes e professores de português) ... prá falar a verdade só uma vez e não era realmente do contexto : por que um verbo transitivo 'atrai' objeto direto. Lembro de ter perguntado ao consulente qqer coisa sobre as propriedades eletromagnéticas do verbo transitivo e do objeto direto.

[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
PS: O Imperdível! ... vencendo barreiras internacionais aproxima-se à(?) passos largos dos 3 Mc!
(?) refere-se ao meu Departamento de Crase ou seja, R. Takata. Takata já me passou umas tantas aulas sobre o 'uso da crase' e eu, que só vejo dois sentidos reais para o uso da língua, não consigo entender nada!
=====================================

-----Mensagem Original-----
De: "tiago" <tishima@pop.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 26 de fevereiro de 2003 10:54
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


| Oi professor!
| Meu nome é Tiago, e sou acadêmico do curso de Engenharia Industrial
| Mecânica do CEFET-PR(Unidade Curitiba)!!
| Eu preciso fazer um Seminário, e como estive consultando sua página, e vi
| um link sobre dúvidas,tomei a liberdade de consulta-lo!!
| Se possível, gostaria desaber se o senhor não possui algum material sobre
| "Transformadores", bem como alguns conceitos físicos a eles ligados,
| comö:"Efeito Joule","Curvas de Hesterese"e "correntes de Foucault". Não sei
| se isso faz parte da sua área, mas se o senhor souber de alguma aplicação de
| Transformadores na minhaárea, seri de grande utilidde também!
| Me despeço agora, e agradeço desde já por sua ajuda,ou simlesmente pela
| leitur desse e-mail!!
| Obrigado novamente!
| Tiago
|
|
|
| --
| POP. Nem parece internet grátis.
|
| Seja POP você também!
| Acesse: http://www.pop.com.br/pop_discador.php e baixe o POPdiscador.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FC - qdo eng. nao sabe ... pra quem pergunta!?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2003 16:56

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Wednesday, February 26, 2003 4:15 PM
Subject: [ciencialist] Fw: FC - qdo eng. nao sabe ... pra quem pergunta!?

> Para minha divina alegria nunca recebi nenhuma dúvida proveniente do
> Departamento de 'ponto e vírgula' (estudantes e professores de português)
> ... prá falar a verdade só uma vez e não era realmente do contexto : por
> que um verbo transitivo 'atrai' objeto direto.

A esse respeito eu já fui bem mais feliz. De certa feita me perguntaram o
que fazer para a partícula "se" se descolabar, transformando-se de
corpúsculo em onda. Fiz um esforço tremendo para conseguir produzir algo
somente explicável pela natureza quântica da linguagem e creio que consegui
atingir meu intento com esse soneto:

Soneto em Se Maior

Se o tema é se, que seja! Seguirei
Serrada senda. Que me lembra o se?
Semblante? Sensação? Serpe?... Senhora!
"Abra-te sésamo!" Seja esta a hora.

Seqüestre-me, seduza-me, sequioso
Anseio em seios seus sentir sensuais carinhos.
Se me permite, dest'arte ainda espero
Que a doce sentença nos leve ao sexo.

Então, senil parece meu sensório:
Quando uma hora tem sabor de um século,
Temporalmente passa-se um segundo.

Sim! Senescente se me comportei:
Tomei da sege que se me surgiu
E ao invés do se, meu tema foi você.

> aproxima-se à(?) passos...

Essa está errada e é fácil: antes de palavra masculina (passos) não há como
crasear o "a". Do contrário não seria "à" mas "ao", além do que está no
plural, logo não seria "às" e sim "aos". Veja como ficaria esquisito:
"aproxima-se aos passos..."

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Fw: FC - qdo eng. nao sabe ... pra quem pergunta!?
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2003 18:50

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> Soneto em Se Maior
>
> Se o tema é se, que seja! Seguirei
> Serrada senda. Que me lembra o se?
> Semblante? Sensação? Serpe?... Senhora!
> "Abra-te sésamo!" Seja esta a hora.
>
> Seqüestre-me, seduza-me, sequioso
> Anseio em seios seus sentir sensuais carinhos.
> Se me permite, dest'arte ainda espero
> Que a doce sentença nos leve ao sexo.
>
> Então, senil parece meu sensório:
> Quando uma hora tem sabor de um século,
> Temporalmente passa-se um segundo.
>
> Sim! Senescente se me comportei:
> Tomei da sege que se me surgiu
> E ao invés do se, meu tema foi você.


Alberto!

Ainda estou preparando a resposta à Mecânica Clássica x Quântica,
desculpe... mas aquele tema exige mais capricho, certo? Então
enquanto esperamos, seu soneto me inspira a postar aqui, em primeira
mão( ou seria em "segunda"? Não lembro... :) , algo que escrevi já
há algum tempo no intuito de ser Dada.

Nota: Essa sua faceta de poeta é muito bonita! Gosto do que você
vez ou outra lança por aqui!

Nota ao Léo: Note que o "a", em "há algum tempo" quando refere-se a
um tempo vem com "h" e acento agudo. Segue:



Idílico...

Qual nenúfar de um trâmite, vilipendeando e coibindo ao palor da
brida, hei-lo que postergava célere em descabido arrimo, exudante à
mácula de insofismável prímula.

Derrocado aos cúspedes de escabroso ápice, prelava cônico entrelaçado
púlpito... e, quiçá na súmula, quiçá na símula, soerguia sânscrito em
exorbitante tálamo, tartamurdeante às escaramuças, o coergir cônjuge
de um colimar colérico:

- Oh dorida Cármina, oh excogitada pândega! Deveras álgida e
empapuçada cítara! Não sorverás em jabôs da cálida vertente em
pórticos...

E, ao rompante de um átimo, excogitou:

- Obtusa a ti, oh algarávia, que qual cisterna cínica ao descalabro
de defenestrante júbilo, houve de esmiuçar-te em conclamante rubrica,
extrapolando-te em empaladora cripta...
Por que, oh, por que? Queria-te contígua, ó cemitarra, a espargir-te
a mim!

Então, exângue em meio ao burburinho de um tilintar letárgico,
solevou da códea subliminar e, ao expurgar dolente de um selim,
conspurcaria à tara da derradeira nódoa... enfim.

***


> > aproxima-se à(?) passos...
>
> Essa está errada e é fácil: antes de palavra masculina (passos) não
há como
> crasear o "a". Do contrário não seria "à" mas "ao", além do que
está no
> plural, logo não seria "às" e sim "aos". Veja como ficaria
esquisito:
> "aproxima-se aos passos..."


Lígia: O certo é "aproxima-se a passos"... :)) Depois vão dizer
que eu é que escrevo complicado, né? Nossa Língua Portuguesa é um
abuso! ;)

Beijos, Lígia



PS ao Léo: Informo-o qque quem "ronca" muito aqui em casa é o meu
digníssimo comSORTE, principalmente quando deitado de barriga para
cima depois de ter enchido a cara de comida na janta... Uma vez ele
roncou tão alto que quase enfartou com o susto devido ao ruído que
até ele escutou.

Será tal ronco o "transformador" dele funcionando? (Fico imaginando
então a natureza ensurdecedora de 200 ohmis fazendo o mesmo... !! )
Informo ainda que o ruído em nada se assemelha a Hzzzzzz... Parece:
Rrrrrrrrrooooooooaaaaaaaccch!! Portanto eu normalmente nem sei se
alcançam 60 ou 120 já que depois do terceiro ou quarto ronco eu,
delicada e suavemente, chuto a canela dele e ele vira de lado ... :)




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FC - qdo eng. nao sabe ... pra quem pergunta!?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2003 21:15

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese"
Sent: Wednesday, February 26, 2003 6:50 PM
Subject: [ciencialist] Re: Fw: FC - qdo eng. nao sabe ... pra quem
pergunta!?

> Nota: Essa sua faceta de poeta é muito bonita! Gosto do que você
> vez ou outra lança por aqui!

Também gostei do "Idílico". É sério, apesar da brincadeira abaixo.

> > Veja como ficaria esquisito: "aproxima-se aos passos..."

> Lígia: O certo é "aproxima-se a passos"... :))

Bem lembrado. Quis mostrar uma esquisitice e esqueci de dizer que além de
esquisito estaria errado.

> Depois vão dizer que eu é que escrevo complicado, né?

Depois do "Idílico" acho que vão mudar de idéia. :-))

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Colaboracao d'alem-mar
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/02/2003 22:12

--- Em ciencialist@y..., "Silvio Cordeiro" <scordeiro@t...> escreveu
> Meudeus, que maravilha, receber fragrante email da Lígia, ungido
por suave
> água de Gió, um Armani.....


Serve Shalimar, ou Gardenia Passion? São os únicos que eu uso... :)

Bisous, Lígia





SUBJECT: Fw: Termologia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2003 22:28

Se alguém quiser responder diretamente ao consulente, fique à vontade.
[]'
Léo
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Pedro Ivo Gomes de Faria
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sábado, 22 de fevereiro de 2003 11:46
Assunto: Termologia


Nome:Pedro Ivo Gomes de Faria
E-mail: pedroivogomesdefaria@ig.com.br
Escolaridade: 2º ano do Ensino Médio

Em uma experiência, utilizando o bico de busen para aquecer um béquer contendo gelo, é possível observar uma fumaça na tela de amianto que protege o béquer. Por que isso acontece?
Também gostaria de saber por que é possível encontrar montnhas que têm o cume coberto de gelo, quando estão rodeadas por planícies.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RE: [ciencialist] Off Topic: FC - qdo eng. nao sabe ... pra quem pergunta!?
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2003 22:39

>LÍGIA AMORESE: PS ao Léo: Informo-o qque quem "ronca" muito aqui em
casa é o meu digníssimo comSORTE, principalmente quando deitado de
barriga para cima depois de ter enchido a cara de comida na janta...
Uma vez ele roncou tão alto que quase enfartou com o susto devido ao
ruído que até ele escutou.<

Lígia,

Minha solidariedade vai para o seu marido. Como você fez com o seu
marido, minha mulher inventou que eu ronco. É pura mentira, e tenho um
atestado para provar. Quando morávamos no Canadá, ela confabulou com a
minha médica e me mandaram para uma clínica de estudos do sono. Na
verdade, eu participaria como voluntário de uma pesquisa médica. Para
isso teria que passar uma noite inteira em observação.

Cheguei às nove da noite. Me vestiram uma daquelas túnicas ridículas,
abertas do lado. Coisa de tirar a dignidade até da Rainha da Inglaterra.
Me botaram numa maca estreita, daquelas de três palmos de largura, e me
ligaram fios por toda a parte. Eletrodos no peito, na testa, nos pés e
nas mãos. No nariz, ligaram um tubo para medir o fluxo de ar. É lógico
que não consegui dormir, já que não dava para virar e eu não consigo
dormir de barriga para cima. Nos raríssimos momentos em que eu fechava
os olhos vinha o enfermeiro e me dizia que algum fio (desculpe,
"condutor elétrico") estava com mau contato. Desconfio até que me deram
choques elétricos para ver a minha reação. Na verdade desconfio até que
o objetivo da pesquisa era mostrar os efeitos da privação de sono.

No começo da manhã eu estava um bagaço, com o olho lá no fundo, a boca
seca, o corpo dolorido e pesado. Desligaram os eletrodos e me deram os
resultados do exame: eu não ronco.

É tudo intriga da oposição.

Colucci




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FC - qdo eng. nao sabe ... pra quem pergunta!?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2003 23:07

Alguém pode me passar a tradução disso? Pode ser até a versão em norte-americano! Gostaria imensamente de saber o que está escrito ai.

Será algum ad hoc quântico não normalizado e psicografado? Será uma transformada no espaço tensorial SO2 ou SO3? Será o super-homem?
Será a fórmula de massa de Gell-Mann (posteriormente generalizada por S. Okubo) e válida para qqer isomultipleto? Será uma nova versão do "via óctupla" com destaque a Buda pelos 'oito caminhos', atribuído a Gell-Mann?

aquele abraço,

dEUs ... na dúvida.

PS: ... à passos largos não seria menção do 'á moda de passos largos' onde existe silépse de 'moda'? Ou um simples apócope de 'moda'?
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Idílico...

Qual nenúfar de um trâmite, vilipendeando e coibindo ao palor da
brida, hei-lo que postergava célere em descabido arrimo, exudante à
mácula de insofismável prímula.

Derrocado aos cúspedes de escabroso ápice, prelava cônico entrelaçado
púlpito... e, quiçá na súmula, quiçá na símula, soerguia sânscrito em
exorbitante tálamo, tartamurdeante às escaramuças, o coergir cônjuge
de um colimar colérico:

- Oh dorida Cármina, oh excogitada pândega! Deveras álgida e
empapuçada cítara! Não sorverás em jabôs da cálida vertente em
pórticos...

E, ao rompante de um átimo, excogitou:

- Obtusa a ti, oh algarávia, que qual cisterna cínica ao descalabro
de defenestrante júbilo, houve de esmiuçar-te em conclamante rubrica,
extrapolando-te em empaladora cripta...
Por que, oh, por que? Queria-te contígua, ó cemitarra, a espargir-te
a mim!

Então, exângue em meio ao burburinho de um tilintar letárgico,
solevou da códea subliminar e, ao expurgar dolente de um selim,
conspurcaria à tara da derradeira nódoa... enfim.

***


> > aproxima-se à(?) passos...
>
> Essa está errada e é fácil: antes de palavra masculina (passos) não
há como
> crasear o "a". Do contrário não seria "à" mas "ao", além do que
está no
> plural, logo não seria "às" e sim "aos". Veja como ficaria
esquisito:
> "aproxima-se aos passos..."


Lígia: O certo é "aproxima-se a passos"... :)) Depois vão dizer
que eu é que escrevo complicado, né? Nossa Língua Portuguesa é um
abuso! ;)

Beijos, Lígia



PS ao Léo: Informo-o qque quem "ronca" muito aqui em casa é o meu
digníssimo comSORTE, principalmente quando deitado de barriga para
cima depois de ter enchido a cara de comida na janta... Uma vez ele
roncou tão alto que quase enfartou com o susto devido ao ruído que
até ele escutou.

Será tal ronco o "transformador" dele funcionando? (Fico imaginando
então a natureza ensurdecedora de 200 ohmis fazendo o mesmo... !! )
Informo ainda que o ruído em nada se assemelha a Hzzzzzz... Parece:
Rrrrrrrrrooooooooaaaaaaaccch!! Portanto eu normalmente nem sei se
alcançam 60 ou 120 já que depois do terceiro ou quarto ronco eu,
delicada e suavemente, chuto a canela dele e ele vira de lado ... :)



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SUBJECT: Fw: pesquisa
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2003 23:09

Médicos, enfermeiros e ondeiros ... alguma sugestão para a Natália?
[]'
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Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "NatÃ?lia" <natalia.calegari@bol.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 26 de fevereiro de 2003 22:23
Assunto: pesquisa



Oi professor

Meu nome é Natália, sou de Santo André-SP e estou
cursando o 3º colegial.
Meu professor de Física, pediu um tarbalho, onde se
mostrasse as aplicações das ondas na medicina e na
estética. Eu visitei o seu site e achei muito bom o modo
como as matérias estão divididas.
E eu queria te pedir, por favor, que me ajudasse a
encontrar um experimento para que eu possa atingir o
objetivo do trabalho.
Desde já muito obrigada!!!!

Natália


__________________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FC - qdo eng. nao sabe ... pra quem pergunta!?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/02/2003 23:53

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Wednesday, February 26, 2003 11:07 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Fw: FC - qdo eng. nao sabe ... pra quem
pergunta!?

> Alguém pode me passar a tradução disso? Pode ser até a versão em
> norte-americano! Gostaria imensamente de saber o que está escrito ai.

> > Idílico...

> > Qual nenúfar de um trâmite, vilipendeando e coibindo ao palor da
> > brida, hei-lo que postergava célere em descabido arrimo, exudante à
> > mácula de insofismável prímula.

> > Derrocado aos cúspedes de escabroso ápice, prelava cônico entrelaçado
> > púlpito... e, quiçá na súmula, quiçá na símula, soerguia sânscrito em
> > exorbitante tálamo, tartamurdeante às escaramuças, o coergir cônjuge
> > de um colimar colérico:

> > - Oh dorida Cármina, oh excogitada pândega! Deveras álgida e
> > empapuçada cítara! Não sorverás em jabôs da cálida vertente em
> > pórticos...

> > E, ao rompante de um átimo, excogitou:

> > - Obtusa a ti, oh algarávia, que qual cisterna cínica ao descalabro
> > de defenestrante júbilo, houve de esmiuçar-te em conclamante rubrica,
> > extrapolando-te em empaladora cripta...
> > Por que, oh, por que? Queria-te contígua, ó cemitarra, a espargir-te
> > a mim!

> > Então, exângue em meio ao burburinho de um tilintar letárgico,
> > solevou da códea subliminar e, ao expurgar dolente de um selim,
> > conspurcaria à tara da derradeira nódoa... enfim.

Elementar, meu caro Léo. Eu diria que essa foi uma maneira elegante e
poética que a Lígia encontrou para dizer que o marido ronca. ;-) Não vou
traduzir porque poesia traduzida perde a graça, principalmente se for poesia
moderna. Aliás, ela deu essa dica no "PS ao Léo":

> > PS ao Léo: Informo-o qque quem "ronca" muito aqui em casa é o meu
> > digníssimo comSORTE, principalmente quando deitado de barriga para
> > cima depois de ter enchido a cara de comida na janta... Uma vez ele
> > roncou tão alto que quase enfartou com o susto devido ao ruído que
> > até ele escutou.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Novo Millikan - Carga fracionária do eletron
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2003 09:06

Oi 'et all' e Belisário,

Gostaria de 'ficar mais por dentro' da série de experimentos realizados pelo Grupo de Stanford que, lá pelas bandas de 80 (creio), repetiu (numa versão mais moderna) a experiência de Millikan; desta vez usando oito esferas de nióbio (material que se torna supercondutor lá pelas proximidades dos -273 graus Célsius), ao invés de usar de gotas de óleo.

Parece-me que nessa série e outras posteriores todas concordaram com cargas fracionárias para o elétron.

Alguéns tens mais detalhes sobres istos? (observem a perfeita concordância de plural ... estou cada vez mais esmerando-me no departamento de ponto e vírgula de nossa língua.)

[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Termologia
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2003 10:39

On Wed, 26 Feb 2003, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Também gostaria de saber por que é possível encontrar montnhas que têm
> o cume coberto de gelo, quando estão rodeadas por planícies.

Porque as nuvens são compostas principalmente por gotículas de água e
pequenos cristais de gelo. Quando a nuvem, em sua viagem sobre a planície,
esbarra na montanha deixa na montanha parte dos cristais e gotículas, que
simplesmente vão se acumulando com os anos uma vez que é frio demais para
derreterem outra vez.

O vento que carrega a umidade da planície e chega até o topo da montanha
também tem o seu papel.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: A Lígia está com ciumes?
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2003 11:24

Lígia escreveu: "Ufa!  E eu aqui pensando com a respiração presa que até
"ingreis" - a tal da língua-lienígena - você estava topando agora por causa
de fazer bonito prá ilustre e douta representante feminina d'além
mar...  :)) 
PS:  Tens passado até perfume para ler os imeiols dela, pois não?  ;)"

Lígia,

Eu compreendo vc, é mesmo difícil ver outrAAAA "rezando" para nosso deus com
tanto sucesso sem sentir uma pontinha de ciúmes. :-)

Abraços,

Vizzoni

_________________________________________________________________
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SUBJECT: Re: Off Topic: FC - qdo eng. nao sabe ... pra quem pergunta!?
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2003 11:42

Pois é Colucci...

E pensar que a única tecnologia válida a fim de pôr um fim em tal
problema é ainda a boa e velha bola de meia presa pelo lado de dentro
nas costas da blusa do pijama com um alfinete de fraldas... Com
sorte o alfinete abre e espeta, daí seu efeito terapêutico: age como
uma agulha de acupuntura. Mais sorte ainda se a agulha espeta o
ponto certo no meridiano certo! Aí é como ganhar na loteria: roncos
nunca mais! O problema com esse tipo de tecnologia é que às vezes a
agulha pega num ponto que ao invés de impedir o ensejo de roncar,
provoca uma fúria descontrolada que faz o paciente acordar e a tal
bola ser arrancada entre impropérios à pessoa encarregada da
administração da terapia... O mais interessante é ouvir o: "mas eu
não ronco!!" Note que o resultado é o mesmo que você relata em seu
testemunho envolvendo milhões de dólares em equipamentos
sofisticados...

Viu só no que é que dá ir morar nos States? Que vantagem Maria leva?

Beijos, Lígia

**************************************



--- Em ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr." <j.colucci@r...> escreveu
> >LÍGIA AMORESE: PS ao Léo: Informo-o qque quem "ronca" muito aqui
em
> casa é o meu digníssimo comSORTE, principalmente quando deitado de
> barriga para cima depois de ter enchido a cara de comida na janta...
> Uma vez ele roncou tão alto que quase enfartou com o susto devido ao
> ruído que até ele escutou.<
>
> Lígia,
>
> Minha solidariedade vai para o seu marido. Como você fez com o seu
> marido, minha mulher inventou que eu ronco. É pura mentira, e tenho
um
> atestado para provar. Quando morávamos no Canadá, ela confabulou
com a
> minha médica e me mandaram para uma clínica de estudos do sono. Na
> verdade, eu participaria como voluntário de uma pesquisa médica.
Para
> isso teria que passar uma noite inteira em observação.
>
> Cheguei às nove da noite. Me vestiram uma daquelas túnicas
ridículas,
> abertas do lado. Coisa de tirar a dignidade até da Rainha da
Inglaterra.
> Me botaram numa maca estreita, daquelas de três palmos de largura,
e me
> ligaram fios por toda a parte. Eletrodos no peito, na testa, nos
pés e
> nas mãos. No nariz, ligaram um tubo para medir o fluxo de ar. É
lógico
> que não consegui dormir, já que não dava para virar e eu não consigo
> dormir de barriga para cima. Nos raríssimos momentos em que eu
fechava
> os olhos vinha o enfermeiro e me dizia que algum fio (desculpe,
> "condutor elétrico") estava com mau contato. Desconfio até que me
deram
> choques elétricos para ver a minha reação. Na verdade desconfio até
que
> o objetivo da pesquisa era mostrar os efeitos da privação de sono.
>
> No começo da manhã eu estava um bagaço, com o olho lá no fundo, a
boca
> seca, o corpo dolorido e pesado. Desligaram os eletrodos e me deram
os
> resultados do exame: eu não ronco.
>
> É tudo intriga da oposição.
>
> Colucci



SUBJECT: conversao kg/h m3/h
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2003 11:50

Amigos,

Repasso uma pergunta que um engo. fez num site sobre manutenção industrial.
Parece-me uma questão ideal para nossos físicos e físicas.
Mantive o texto em maiúsculas, pois foi assim que o autor escreveu e eu
estou com preguiça de mudar.

Um abraço,

Vizzoni

********************
NECESSITO DA AJUDA DE VOCÊS PARA TRANSFORMAR O CONSUMO DE VAPOR
DE UM COZINHADOR DE 1800 kg/h EM m3/h, ALGUÉM SABE COMO FAZER?
EU PENSEI NO CÁLCULO DA DENSIDADE, MAS NÃO CONHEÇO A DENSIDADE
DO VAPOR, ACHO QUE ELA NÃO É CONSTANTE. ALGUM DE VOCÊS CONSEGUE
CALCULAR?
**********************






>From: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Resumo 1257
>Date: 26 Feb 2003 16:48:21 -0000
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>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
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>Existem 13 mensagens sobre este tópico.
>
>Tópicos contidos neste resumo:
>
> 1. Darwin e a Evolução
> De: lpereira@smsdemag.com.br
> 2. Re: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
> De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
> 3. Re: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
> De: <alvaug@netbank.com.br>
> 4. Chuveiro --- fase final
> De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
> 5. Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
> De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
> 6. Re: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
> De: <alvaug@netbank.com.br>
> 7. Re: Chuveiro --- fase final
> De: "Silvio Cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
> 8. Colaboracao d'alem-mar
> De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
> 9. Re: Chuveiro --- fase final
> De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
> 10. Re: Colaboracao d'alem-mar
> De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
> 11. Re: Chuveiro --- fase final
> De: "Meire Cristina" <meiroca2001@hotmail.com>
> 12. Re: Chuveiro --- fase final
> De: "Meire Cristina" <meiroca2001@hotmail.com>
> 13. Re: Chuveiro --- fase final
> De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
>
>
>________________________________________________________________________
>________________________________________________________________________
>
>Mensagem: 1
> Data: Tue, 25 Feb 2003 14:51:50 -0300
> De: lpereira@smsdemag.com.br
> Assunto: Darwin e a Evolução
>
> Boa tarde a todos .
>
> Retirei este artigo do Jornal da Ciência de 25 de fevereiro de 2003.
> Sem desagradar a alguns, acredito que a Biologia estava ausente no
>grupo.
>
>Atenciosamente:
> Lisandro
>
>
>Jornal da Ciência (JC E-Mail)
>====================================================
>Edição 2228 - Notícias de C&T - Serviço da SBPC
>====================================================
>
> A teoria neo-darwinista está longe de ser completa e talvez nunca o seja,
>mas que outra se pode propor?, texto de Ricardo Ferreira
>
>'Penso que já ocupamos muito espaço do nosso 'JC e-mail' com esta polêmica,
>e não pretendo voltar a ela. Que cada um dos nossos leitores faça o seu
>julgamento'
>
>Ricardo Ferreira é professor do Depto. de Química Fundamental da
>Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Eis a sua mensagem:
>
>Muitas pessoas têm dificuldades em aceitar a Teoria da Evolução por Seleção
>Natural, mesmo na sua forma moderna, o Neo-darwinismo (uma fusão apropriada
>da Seleção Natural de Darwin e Wallace com a Genética de Mendel), porque
>ela não pode ser testada pelo 'Princípio do Falseamento' de Karl Popper.
>
>A razão para isto reside no fato de que os seres vivos são sistemas que
>seguem as leis da Física, mas são também objetos históricos. Como disse Max
>Delbruck, 'Qualquer célula viva carrega com ela a experiência de bilhões de
>anos de experimentações por parte dos seus ancestrais'.
>
>Para darmos um exemplo, a Teoria da Relatividade Restrita, de Albert
>Einstein, foi testada inúmeras vezes pelo Princípio do Falseamento de
>Popper, e provada ser correta.
>
>Por exemplo, de acordo com a Teoria da Relatividade, um electron acelerado
>aumenta sua massa em função da velocidade. É possível acelerar electrons em
>tubos evacuados e medir suas massas, e invariavelmente encontra-se que a
>massa cresce de acordo com as equações de Einstein.
>
>Se a massa não aumentasse, isto também teria sido verificado, em cujo caso
>poderíamos com certeza dizer que a Teoria da Relatividade era falsa. Mas
>não podemos controlar, ou mesmo conhecer, todas as fases por onde passou um
>objeto com história biológica, isto é, que se originou, com modificações
>maiores ou menores , de ancestrais sobre os quais muitas vezes nada
>sabemos.
>
>Outra dificuldade para a aceitação da Teoria Neo-darwinista refere-se ao
>'Paradoxo de Levinthal'.
>
>Vamos dar um exemplo desse paradoxo. As proteínas são constituídas por 20
>tipos diferentes de aminoácidos ligados em uma cadeia que pode contar,
>digamos, 200 aminoácidos. O número de sequências possíveis para esta
>proteína seria de 20 elevado à potência 200, um número enorme!
>
>Mesmo que conseguíssemos sintetizar 1000 sequências por segundo, para
>chegar a sequência exata da proteína (e cada proteína se caracteriza por
>uma única sequência de aminoácidos) levaríamos mais tempo do que os 14
>bilhões de anos agora atribuídos à idade do nosso Universo. Como resolver o
>paradoxo?
>
>Acontece que a evolução dos seres vivos é ADAPTATIVA, ao contrário da
>evolução de outros sistemas, como sejam as estrelas, as galáxias, ou os
>próprios elementos radioativos. No caso das proteínas, por exemplo, logo
>seja formado um pequeno trecho da sua sequência, se isto conferir uma
>vantagem para a sobrevivência do organismo do qual faz parte aquela
>proteína, o trecho é transmitido à progenie, e ,portanto, conservado.
>
>Desta maneira, a sequência correta da proteína é alcançada em um tempo
>muito mais curto do que seria o caso na evolução não-adaptativa.
>
>Mas vejamos alguns pontos levantados por Almeida Filho: 1) Segundo o que
>ele chama de Teoria da Evolução a biogênese teria ocorrido apenas uma vez
>nos 4.5 bilhões de anos da história biológica.
>
>1') Isto não é verdade. Pensamos em muitas possibilidades: talvez as
>primeiras formas de vida tenham aparecido em ambientes diferentes da Terra
>primitiva, diferentes geograficamente, ou diferentes no tempo.
>
>Gostamos de pensar até que em algum ambiente (uma lagoa, um mar) apareceram
>poliribotídeos com D-ribose (como os de hoje), e proteínas com aminoácidos
>L (como as de hoje), e que talvez em outro lugar, ou mais adiante no tempo,
>apareceram ribotídeos com L-ribose, e proteínas com D-aminoácidos. Como
>esses diferentes seres não poderiam co-existir, uma dessas populações
>desapareceu, sobrevivendo a outra
>
>Teria sido um exemplo primitivo da sobrevivência do mais apto.
>
>2) Seleção natural prebiológica não faz sentido, porque moléculas não
>deixam descendência, diz Almeida Filho (talvez pensando na frase de Darwin,
>que definia evolução como 'descendência com modificação').
>
>2') Já foi verificado (Joyce et. al., Nature, 310, 602-604 (1984)) que
>oligômeros com 20 a 30 monômeros podem formar moldes a partir de seus
>monômeros, e os moldes desses moldes são réplicas perfeitas do oligômero
>inicial. Onde havia uma molécula, agora tenho duas. Isto não é deixar
>descendência?
>
>3) Há dados que sugerem que a vida se originou várias vezes entre 3.86 e
>3.5 milhões de anos.
>
>3') Nada de mais nesta notícia. Almeida Filho dá uma informação tirada de
>Mojzsis (Nature, 384, 55-59 (1996)). Que eu saiba, sinais de vida acima de
>3.7 bilhões de anos foram encontrados apenas em certos carvões na
>Groenlândia, e caracterizados em função de uma distribuição de isótopos
>C12/C13 típica de seres vivos. Mas eu posso estar enganado.
>
>4 e 4') Almeida Filho dá grande importância a uma aparente especulação de
>A. Lazcano, conhecido pre-biólogo, de que a 'sopa de Oparin-Haldane' nunca
>teria existido. Ora, a composição da 'sopa' sempre foi controvertida,
>poderia ter sido de aminoácidos, de ribotídeos, de oligosacarídeos, de
>maneira que seria impossível identificar restos da sopa em sedimentos.
>
>Almeida Filho, aliás, parece bem informado, mantendo uma verdadeira coleção
>de situações ainda não totalmente esclarecidas pelos especialistas.
>
>5) Almeida Filho cita o paradoxo 'oxigênio molecular-radiação
>ultra-violeta'.
>
>5') As fontes de excitação nas experiências tipo Miller-Urey, podem ser
>descargas elétricas, radiação ultra-violeta, radio-isótopos, etc.
>
>Portanto, raios UV podem ajudar a síntese de certas moléculas a partir de
>moléculas mais simples como H2,NH3,H2O e CH4. Admite-se, com base em fortes
>evidências sobre a composição da atmosfera terrestre ao longo das eras
>geológicas, que o oxigênio molecular livre hoje presente com 20% em volume
>na nossa atmosfera, é quase todo de origem biótica (fotosíntese).
>
>Formado o oxigênio molecular, seria convertido parcialmente em ozônio nas
>camadas mais altas da atmosfera. Funcionaria então, como ainda hoje nos
>lugares da superfície terrestre livre dos chamados 'buracos de ozônio' como
>protetor para a foto-decomposição de moléculas importantes para os seres
>vivos.
>
>Verdade que os raios UV também podem conduzir à fotodecomposição de certos
>compostos, mas as radiações UV também são cortadas sensivelmente por
>camadas de água, que protegeriam os compostos recém-formados. Não há
>paradoxo algum aqui.
>
>Não nos prolonguemos. A Teoria Neo-darwinista permanece longe de estar
>completa, e é possível que nunca o seja, repito, dado o caracter histórico
>dos seres vivos.
>
>Mas qual a teoria que Almeida Filho proporia? Seria o Creacionismo bíblico?
>Penso que já ocupamos muito espaço do nosso JC e-mail com esta polêmica, e
>não pretendo voltar a ela.
>
>Que cada um dos nossos leitores faça o seu julgamento.'
>
>
>
>
>
>________________________________________________________________________
>________________________________________________________________________
>
>Mensagem: 2
> Data: Tue, 25 Feb 2003 15:27:32 -0300
> De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
> Assunto: Re: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
>
>Oi Colucci,
>
>OK, vc resumiu bem a conclusão da thread.
>A respeito da experiência (malfadada) do garoto soube algo semelhante de um
>garoto que fez xixi sobre o trilho de um metrô. As conseqüências foram as
>mesmas ... contração, momentânea interrupção do xixi, descontração que o
>atirou longe ... e o salvou!
>
>Sei os cuidados que devem ser tomados e não se deve brincar com os pontos
>de potenciais elétricos (aliás, jamais tirarei da cabeça que aquela
>história do papagaio de Franklin está mal contada ... ele de modo algum
>poderia ter escapado vivo daquela experimento!).
>
>O físico pelado aqui iria tomar algumas precauções (ocultas) ao entrar na
>banheira com água torneiral ... untaria meu corpo com boa camada de óleo!
>:-))
>
>Aquele abraço,
>
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@uol.com.br
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
>-----Mensagem Original-----
>De: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
>Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Enviada em: terça-feira, 25 de fevereiro de 2003 12:26
>Assunto: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
>
>
>Léo,
>
>Acho que chegamos ao consenso na questão do choque no chuveiro, o que
>é raríssimo aqui na Ciencialist. Toda a discussão centra-se num
>ponto: qual o caminho de menor resistência para a corrente? Na
>maioria das situações, o caminho de menor resistência é entre os dois
>fios. Mas sempre existirá, como eu descrevi, uma chance de isso não
>acontecer, e o caminho mais curto passar pelo corpo da pessoa.
>
>Um engenheiro deve sempre pensar nas situações mais improváveis de
>acidente com equipamentos elétricos. Aqui nos EUA, onde os
>equipamentos tem que ser aprovados pela UL, faz parte do protocolo
>desenvolver uma "risk analysis" dos aparelhos. A maioria dos
>engenheiros brasileiros se divertiria com as situações criadas, mas,
>aqui, a discussão é levada a sério. "O que aconteceria se alguém
>levasse a guitarra elétrica para tocar dentro da banheira de
>hidromassagem?" e coisas do gênero. No caso de instrumentação médica,
>a coisa é ainda mais rigorosa.
>
>Quando eu era criança, presenciei um caso curioso de choque elétrico.
>Estávamos brincando numa casa em construção. Um amigo meu urinou
>sobre os fios desencapados que saiam da parede, numa tomada ainda por
>instalar. O fluxo de urina estabeleceu contato entre o seu bililim e
>a rede. Ele foi jogado para trás, o que provavelmente salvou-lhe a
>vida, e começou a apresentar contorções violentas no corpo todo. Seu
>pai, que estava por perto, levou-o imediatemente ao hospital. Ele se
>recuperou antes de chegar lá.
>
>Com esse último parágrafo evitei que a mensagem fosse totalmente
>inútil. Fica o conselho: não mijem em fios desencapados.
>
>Um abraço,
>Colucci
>
>
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>
>
>
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>
>Mensagem: 3
> Data: Tue, 25 Feb 2003 16:15:24 -0300
> De: <alvaug@netbank.com.br>
> Assunto: Re: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
>
>Caro Léo.
>
>A companhia elétrica não aterra ninguém, a não ser as carcaças dos
>equipamentos de subestações, para-ráios, etc. O condutor neutro (e não
>"fio", viu Léo), continua neutro com ou sem terra. Em um sistema polifásico
>totalmente equilibrado, a tensão do neutro em relação ao terra é zero,
>mesmo que não haja ligação elétrica entre os dois.
>
>Mas você está certo ao dizer que está errado dizer um "fio de alta tensão".
>O correto é um "condutor de alta tensão"...Fio é o que eu usava para
>empinar pipa...
>
>Agora, um probleminha para os nossos físicos e físicas. Seja um
>transformador com o secundário de 13,8kV, 10kVA, em delta, alimentando uma
>carga também em delta, de 200 ohms. Tanto o transformador quanto a carga
>são totalmente equilibrados (considere as tensões e impedâncias da fase "a"
>referidas a zero graus e a sequência de fases como positiva). A reatância
>interna do transformador é 0,12 pu, referida à base do próprio
>transformador. Repentinamente, há um curto-circuito fase-terra franco,
>entre a fase "b" e o terra. Calcule a corrente de curto (ou a "intensidade
>de corrente de curto", ou sejá lá o que for...)
>
>Não vale pedir ajuda para os maridos engenheiros... :))
>
>
>[ ]s
>
>Alvaro Augusto
>
> -----Mensagem Original-----
> De: Luiz Ferraz Netto
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviada em: Terça-feira, 25 de Fevereiro de 2003 04:07
> Assunto: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no
>chuveiro
>
>
> Resposta 1 - Vou começar por aqui, da série de e-mail postadas.
>
> Erich (et all), seu professor de física geral III necessita urgentemente
>de amparo conceituais. Como o nível de erros cometidos é primário vou
>recomendar a leitura de um texto que escrevi para a garotada (e
>eletricistas domingueiros) do colegial onde, além de alguns conceitos
>básicos (nada profundos!), apresento os 'erros grosseiros' cometidos na
>'eletricidade'.
>
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala14/14_03.asp
>
>
> Apenas pincei desse texto um trechinho de nada:
>
> "Temos de usar dois fios, entre os quais a tensão elétrica ou diferença
>de potencial muda alternadamente de polaridade.
>
> Um desses fios, por motivo de segurança, a própria Companhia Elétrica
>coloca em contato mais íntimo possível com o solo (chão, terra). Dos dois
>fios da rede elétrica, aquele que não apresenta nenhuma diferença de
>potencial com o solo (porque está intimamente ligado com ele) é denominado
>subjetivamente de retorno, neutro ou terra. O outro, para diferenciação, é
>denominado de fase ou vivo.
>
> --- Para um aparelho elétrico esses nomes são supérfluos, uma vez que os
>dois fios trabalham exatamente do mesmo modo, alternadamente. ---
>
> Para o instalador e para os moradores da residência 'que fio está
>ligando aonde', é importante por motivos de segurança e não por motivos de
>funcionamento do aparelho. Isso fica patente quando ligamos um
>liquidificador na tomada --- de qualquer lado que se espete o plugue, ele
>funcionará! "
>
> ...
>
> Mais uma 'palhinha':
>
> "Erros comuns ...
> Um erro comum dos instaladores, por falta de sólidos conceitos, deriva
>desses nomes diferenciadores.
>
> Quando se trata do fio vivo ou fio fase, eles lhe conferem certas
>importâncias elétricas (em relação ao circuito todo), que simplesmente não
>existem!
>
> Atribuem o conceito de pressão ou de tensão elétrica apenas para o fio
>fase e um papel secundário de retorno para o fio terra.
>
> Para eles é o fio fase que provoca a corrente. A falha está no conceito
>de tensão elétrica ou d.d.p. --- conceito aplicado a pelo menos dois
>condutores elétricos (rigorosamente, entre dois pontos distintos de um
>campo elétrico, em superfícies não eqüipotenciais). Não existe um condutor
>com tensão elétrica --- pode existir um par de condutores (dos quais um
>deles pode ser o fio terra) entre os quais estabelece-se uma tensão
>elétrica ou diferença de potencial. Um fio de alto potencial elétrico é
>comumente citado como 'um fio de alta tensão' --- é um erro!
>
> Outro erro comum dos instaladores é imaginar que, pelo fato da Companhia
>Elétrica aterrar um dos fios, a terra seja efetivamente utilizada como um
>dos fios de transporte de energia elétrica. Se isso fosse verdade, não
>seriam necessários 3 fios entrando em nossas residências; bastariam 2, o
>terceiro seria ligado a uma longa haste cobreada enfiada no chão."
>
> Será interessante uma leitura geral do trabalho apresentado; afinal de
>contas até o pessoal da China está consultando o Imperdível!!!! :-))))
>
> []'
> Léo
>
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: "Erich Weick" <erich_weick@yahoo.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: segunda-feira, 24 de fevereiro de 2003 19:20
> Assunto: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no
>chuveiro
>
>
>
> Olá 'soldadores de fios' :-)
>
> Já li o relato técnico colucciano. Apresenta a falha típica dos
>engenheiros (por isso fiz a proposta só para essa turma, jamais a faria
>para um físico!). E ainda topo a experiência. Só não toparei a experiência
>quando vcs descobrirem a diferença entre "potencial elétrico e diferença de
>potencial elétrico". Ai não vale mais!
>
> =================================================
> Aula de Física Geral III de um dia qualquer no primeiro semestre de 1997
>na Universidade Regional de Blumenau, ministrada por um físico doutor:
> " - Vocês sabem me dizer a diferença entre DDP e Potencial Elétrico? E
>nesta tomada logo ali na parede, vocês sabem qual dos dois vocês tem nela?"
> Alguns alunos defenderam havia na tomada uma DDP de 220Volts enquanto
>outro disseram que ela estava potencializada em 220Volts...
> " - Na tomada vocês podem verificar OS DOIS simultaneamente!" - falou
>energicamente o professor.
> " - No pino "fase" você tem o condutor potencializado em 220Volts
>enquanto que o neutro está potencializado em zero Volt, logo entre os dois
>pinos temos uma Diferença de Potencial de 220Volts. Mas se você
>potencializar um dos pinos em 1000Volts e outro em 1220Volts você ainda
>terá uma DDP de 220Volts."
> Palavras de um físico...
>
>
>
>
>
> ---------------------------------
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>encontra.
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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>[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
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>
>Mensagem: 4
> Data: Tue, 25 Feb 2003 19:10:40 -0300
> De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
> Assunto: Chuveiro --- fase final
>
>Alvaro:
>
>"Caro Léo.
>
>A companhia elétrica não aterra ninguém, ..."
>
>Léo: Exceto o local onde foi construída a represa, os parentes mortos,
>.....
>
>"a não ser as carcaças dos equipamentos de subestações, para-ráios, etc."
>
> Alvaro:
>"O condutor neutro (e não "fio", viu Léo), continua neutro com ou sem
>terra. Em um sistema polifásico totalmente equilibrado, a tensão do neutro
>em relação ao terra é zero, mesmo que não haja ligação elétrica entre os
>dois. Mas você está certo ao dizer que está errado dizer um "fio de alta
>tensão". O correto é um "condutor de alta tensão"...Fio é o que eu usava
>para empinar pipa...
>
>Léo: Condutor era aquele abnegado que dirigia o bonde ... acabou! Aliás,
>nesse mundo tudo é passageiro ... exceto o motorista e o cobrador!
>
>
>Alvaro:
>"Não vale pedir ajuda para os maridos engenheiros... :))"
>
>Léo: Coitada da Lígia .... E a procriação, como fica? :-)
>
>[ ]s
>
>
>
>
>________________________________________________________________________
>________________________________________________________________________
>
>Mensagem: 5
> Data: Wed, 26 Feb 2003 01:08:39 -0000
> De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
> Assunto: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
>
>--- Em ciencialist@y..., <alvaug@n...> escreveu
> > Agora, um probleminha para os nossos físicos e físicas. Seja um
>transformador com o secundário de 13,8kV, 10kVA, em delta,
>alimentando uma carga também em delta, de 200 ohms. Tanto o
>transformador quanto a carga são totalmente equilibrados (considere
>as tensões e impedâncias da fase "a" referidas a zero graus e a
>sequência de fases como positiva). A reatância interna do
>transformador é 0,12 pu, referida à base do próprio transformador.
>Repentinamente, há um curto-circuito fase-terra franco, entre a
>fase "b" e o terra. Calcule a corrente de curto (ou a "intensidade de
>corrente de curto", ou sejá lá o que for...)<
>
>
>Caro Álvaro!
>
>Provavelmente se você alimentar esta carga resistiva de 200 ohms com
>um potencial de 13.800 V, além de você causar algum acidente,
>simplesmente pela Lei de Ohm você vai ver que é impossível 10.000 VA
>fazer esse serviço de alimentar tal carga... Caso você tenha alguma
>dúvida, poderá pesquisar diretamente num livro de bolso da Siemens -
>CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO EM REDES TRIFÁSICAS... :) Tenho um
>exemplar bem aqui... estava numa prateleira empoeirada lá
>da "ficina" do digníssimo consorte desta que vos fala... :)) Caso
>você queira baixar o potencial, poderei perder algum tempo
>pesquisando e calculando prá você, que tal?
>
>Não precisa agradecer: envio número de agência e conta
>bancária... :)
>
>
> > Não vale pedir ajuda para os maridos engenheiros... :))
>
>Ah... mas ele nem tá aqui hoje... :))
>
>Beijos, Lígia
>
>
>
>
>
>________________________________________________________________________
>________________________________________________________________________
>
>Mensagem: 6
> Data: Tue, 25 Feb 2003 23:37:42 -0300
> De: <alvaug@netbank.com.br>
> Assunto: Re: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
>
>Faglia nostra! Era para ser 200 kohms. O resto continua como está.
>
>[ ]s
>
>Alvaro
> -----Mensagem Original-----
> De: Ligia Amorese
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Enviada em: Terça-feira, 25 de Fevereiro de 2003 22:08
> Assunto: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Choque no chuveiro
>
>
> --- Em ciencialist@y..., <alvaug@n...> escreveu
> > Agora, um probleminha para os nossos físicos e físicas. Seja um
> transformador com o secundário de 13,8kV, 10kVA, em delta,
> alimentando uma carga também em delta, de 200 ohms. Tanto o
> transformador quanto a carga são totalmente equilibrados (considere
> as tensões e impedâncias da fase "a" referidas a zero graus e a
> sequência de fases como positiva). A reatância interna do
> transformador é 0,12 pu, referida à base do próprio transformador.
> Repentinamente, há um curto-circuito fase-terra franco, entre a
> fase "b" e o terra. Calcule a corrente de curto (ou a "intensidade de
> corrente de curto", ou sejá lá o que for...)<
>
>
> Caro Álvaro!
>
> Provavelmente se você alimentar esta carga resistiva de 200 ohms com
> um potencial de 13.800 V, além de você causar algum acidente,
> simplesmente pela Lei de Ohm você vai ver que é impossível 10.000 VA
> fazer esse serviço de alimentar tal carga... Caso você tenha alguma
> dúvida, poderá pesquisar diretamente num livro de bolso da Siemens -
> CORRENTES DE CURTO-CIRCUITO EM REDES TRIFÁSICAS... :) Tenho um
> exemplar bem aqui... estava numa prateleira empoeirada lá
> da "ficina" do digníssimo consorte desta que vos fala... :)) Caso
> você queira baixar o potencial, poderei perder algum tempo
> pesquisando e calculando prá você, que tal?
>
> Não precisa agradecer: envio número de agência e conta
> bancária... :)
>
>
> > Não vale pedir ajuda para os maridos engenheiros... :))
>
> Ah... mas ele nem tá aqui hoje... :))
>
> Beijos, Lígia
>
>
>
>
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> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
>http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
>[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>
>
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>________________________________________________________________________
>
>Mensagem: 7
> Data: Tue, 25 Feb 2003 23:14:21 -0300
> De: "Silvio Cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
> Assunto: Re: Chuveiro --- fase final
>
>"Luiz Ferraz Netto" wrote:
>Léo: Condutor era aquele abnegado que dirigia o bonde ... acabou! Aliás,
>nesse mundo tudo é passageiro ... exceto o motorista e o cobrador!
>
>quem se lembra?
>veja, ilustre passageiro,
>que belo tipo faceiro
>o senhor tem a seu lado.
>E, no entanto, acredite,
>quase morreu de bronquite:
>Salvou-a o Rhum Creosotado.
>
>Sou do tempo em que colocava uma mistura de clorato de potássio e enxofre
>bem embrulhadinhos na linha dos bondes...
>
>Chovia passageiros.....
>
>silvio.
>
>
>
>________________________________________________________________________
>________________________________________________________________________
>
>Mensagem: 8
> Data: Wed, 26 Feb 2003 02:45:11 -0300
> De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
> Assunto: Colaboracao d'alem-mar
>
>Nossa ilustre professora das plagas de Camões nos brinda com uma
>colaboração (recebida em pvt):
>"Como andais numa de quântica envio esta do physics web. Votos de boas
>discussões. Gostei imenso da banheira e da falta de Popper da L........."
>
>Lorentz symmetry stays intact
>25 February 2003
>
>Lorentz invariance is fundamental to the special theory of relativity
>and the Standard Model of particle physics. The principle of Lorentz
>invariance states that the result of an experiment is independent of
>the velocity at which it is performed. However, many extensions of
>the Standard Model involve violations of Lorentz invariance. Now,
>Dimitri Avaloff and colleagues at Stanford University in the US have
>set new limits on these violations (J A Lipa et al. 2003 Phys. Rev.
>Lett. 90 060403)
>
>In 1998, Don Colladay and Alan Kostelecky of Indiana University
>identified over a hundred co-efficients related to possible
>violations of Lorentz invariance in a "general" extension to the
>Standard Model. Astrophysical measurements and experiments with
>accelerators can set a limit on many of these parameters, but nine
>parameters that involve electromagnetic effects have yet to be
>constrained.
>Arrangement of cavities. Imagem no fim da mensagem
>
>Avaloff and co-workers have devised a new experiment that is
>sensitive to these parameters. Their method involves monitoring
>microwaves inside a pair of cylindrical cavity resonators. One cavity
>is oriented in a horizontal direction, while the other points
>vertically. The researchers believe that any violations of Lorentz
>invariance will effect the cavities in different ways as the Earth
>orbits the Sun.
>
>The Stanford team found no difference - or anisotropy - to one part
>in 1013 for four of the parameters and no anisotropy to one part in
>109 for three other parameters. These bounds now constrain seven of
>the nine coefficients that were previously unknown in the general
>standard model extension.
>
>The scientists hope to improve their limit by at least a factor of a
>100. "We are also working on an experiment to be flown on the
>International Space Station around 2008, of which Lorentz invariance
>testing is a part," Joel Nissen, one of the members of the research
>group, told PhysicsWeb. "Operation in space should give us greater
>sensitivity to certain of the coefficients because of the higher
>velocity of the cavities relative to the centre of the earth and the
>shorter measurement period - 90 minutes instead of 24 hours."
>
>Author
>Belle Dumé is Science Writer at PhysicsWeb
>
>Arrangement of cavities
> Aqui é lugar de desenho mas não consigo enviar. Vai site.
> http://physicsweb.org/box/news/7/2/12/lorentz
>
> Ideal arrangement of two microwave cavities relative to the Earth's
>rotational axis, which maximises sensitivity to the velocity of light
>in radial directions. Actual tilt angle is the latitude of the
>laboratory (credit: J A Lipa et al.)
> Até breve. antes de ir na 6ª feira ainda irei à vossa Clist.
>=====================
>Léo: Clist ... gostei disso! Aliás foi tudo que entendi dos textos acima!
>:-)
>
>
>
>
>
>
>
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>________________________________________________________________________
>
>Mensagem: 9
> Data: Wed, 26 Feb 2003 02:51:09 -0300
> De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
> Assunto: Re: Chuveiro --- fase final
>
>-----Mensagem Original-----
>De: "Silvio Cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
>Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Enviada em: terça-feira, 25 de fevereiro de 2003 23:14
>Assunto: Re: [ciencialist] Chuveiro --- fase final
>
>
>| "Luiz Ferraz Netto" wrote:
>| Léo: Condutor era aquele abnegado que dirigia o bonde ... acabou!
>Aliás,
>| nesse mundo tudo é passageiro ... exceto o motorista e o cobrador!
>|
>| quem se lembra?
>| veja, ilustre passageiro,
>| que belo tipo faceiro
>| o senhor tem a seu lado.
>| E, no entanto, acredite,
>| quase morreu de bronquite:
>| Salvou-a o Rhum Creosotado.
>|
>| Sou do tempo em que colocava uma mistura de clorato de potássio e enxofre
>| bem embrulhadinhos na linha dos bondes...
>|
>| Chovia passageiros.....
>
>Da mesma época:
>
>Ai seu Juvenal ...a muié caiu do bonde
>e virou de perna pro ar...
>
>Ai seu Juvenal ...a muié caiu do bonde
>e virou de perna pro ar...
>
>Entrou um rato pela saia da cumadre,
>veio o filho do cumpadre pra ver o que sucedeu.
>Tiraram a saia da cumadre e sacudiram e
> até hoje não descobriram onde o rato se escondeu!
>
>Ai seu Juvenal ...a muié caiu do bonde
>e virou de perna pro ar...
>
>Respeitosamente,
>dEUs
>
>
>
>
>________________________________________________________________________
>________________________________________________________________________
>
>Mensagem: 10
> Data: Wed, 26 Feb 2003 06:18:33 -0000
> De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
> Assunto: Re: Colaboracao d'alem-mar
>
>--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
>escreveu
> > Nossa ilustre professora das plagas de Camões nos brinda com uma
>colaboração (recebida em pvt):
> > "Como andais numa de quântica envio esta do physics web. Votos de
>boas
> > discussões. Gostei imenso da banheira e da falta de Popper da
>L........."
>
>[...]
> > Até breve. antes de ir na 6ª feira ainda irei à vossa Clist.
> > =====================
> > Léo: Clist ... gostei disso! Aliás foi tudo que entendi dos textos
>acima! :-)
>
>
>Ufa! E eu aqui pensando com a respiração presa que até "ingreis" - a
>tal da língua-lienígena - você estava topando agora por causa de
>fazer bonito prá ilustre e douta representante feminina d'além
>mar... :))
>
>Baijos, Lígia
>
>PS: Tens passado até perfume para ler os imeiols dela, pois não? ;)
>
>
>
>
>________________________________________________________________________
>________________________________________________________________________
>
>Mensagem: 11
> Data: Wed, 26 Feb 2003 10:32:03 +0000
> De: "Meire Cristina" <meiroca2001@hotmail.com>
> Assunto: Re: Chuveiro --- fase final
>
>Nossa Ligia vc sofre no meio de tanto "soldadores de fios" hehehehe.
>
>Fiquei um pouco curiosa sobre os integrantes dessa lista, só tem
>engenheiros
>e físicos???? Vou ter q
>
>
>
>
>
>"A Matemática é como o amor, uma idéia simples que pode se tornar
>complicada."
>
>
>
>
>
> >From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
> >Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> >To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> >Subject: [ciencialist] Chuveiro --- fase final
> >Date: Tue, 25 Feb 2003 19:10:40 -0300
> >
> >Alvaro:
> >
> >"Caro Léo.
> >
> >A companhia elétrica não aterra ninguém, ..."
> >
> >Léo: Exceto o local onde foi construída a represa, os parentes mortos,
> >.....
> >
> >"a não ser as carcaças dos equipamentos de subestações, para-ráios, etc."
> >
> > Alvaro:
> >"O condutor neutro (e não "fio", viu Léo), continua neutro com ou sem
> >terra. Em um sistema polifásico totalmente equilibrado, a tensão do
>neutro
> >em relação ao terra é zero, mesmo que não haja ligação elétrica entre os
> >dois. Mas você está certo ao dizer que está errado dizer um "fio de alta
> >tensão". O correto é um "condutor de alta tensão"...Fio é o que eu usava
> >para empinar pipa...
> >
> >Léo: Condutor era aquele abnegado que dirigia o bonde ... acabou!
>Aliás,
> >nesse mundo tudo é passageiro ... exceto o motorista e o cobrador!
> >
> >
> >Alvaro:
> >"Não vale pedir ajuda para os maridos engenheiros... :))"
> >
> >Léo: Coitada da Lígia .... E a procriação, como fica? :-)
> >
> >[ ]s
> >
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>MSN Messenger: converse com os seus amigos online.
>http://messenger.msn.com.br
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>
>Mensagem: 12
> Data: Wed, 26 Feb 2003 10:33:53 +0000
> De: "Meire Cristina" <meiroca2001@hotmail.com>
> Assunto: Re: Chuveiro --- fase final
>
>Nossa Ligia vc sofre no meio de tanto "soldadores de fios" hehehehe.
>
>Fiquei um pouco curiosa sobre os integrantes dessa lista, só tem
>engenheiros
>e físicos???? Vou ter q começar a inserir textos matemáticos, aki!!!
>
>
>Meire :)
>
>
>
>
>
>"A Matemática é como o amor, uma idéia simples que pode se tornar
>complicada."
>
>
>
>
>
> >From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
> >Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> >To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> >Subject: [ciencialist] Chuveiro --- fase final
> >Date: Tue, 25 Feb 2003 19:10:40 -0300
> >
> >Alvaro:
> >
> >"Caro Léo.
> >
> >A companhia elétrica não aterra ninguém, ..."
> >
> >Léo: Exceto o local onde foi construída a represa, os parentes mortos,
> >.....
> >
> >"a não ser as carcaças dos equipamentos de subestações, para-ráios, etc."
> >
> > Alvaro:
> >"O condutor neutro (e não "fio", viu Léo), continua neutro com ou sem
> >terra. Em um sistema polifásico totalmente equilibrado, a tensão do
>neutro
> >em relação ao terra é zero, mesmo que não haja ligação elétrica entre os
> >dois. Mas você está certo ao dizer que está errado dizer um "fio de alta
> >tensão". O correto é um "condutor de alta tensão"...Fio é o que eu usava
> >para empinar pipa...
> >
> >Léo: Condutor era aquele abnegado que dirigia o bonde ... acabou!
>Aliás,
> >nesse mundo tudo é passageiro ... exceto o motorista e o cobrador!
> >
> >
> >Alvaro:
> >"Não vale pedir ajuda para os maridos engenheiros... :))"
> >
> >Léo: Coitada da Lígia .... E a procriação, como fica? :-)
> >
> >[ ]s
> >
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>Mensagem: 13
> Data: Wed, 26 Feb 2003 11:19:41 -0000
> De: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
> Assunto: Re: Chuveiro --- fase final
>
>--- Em ciencialist@y..., "Meire Cristina" <meiroca2001@h...> escreveu
> > Nossa Ligia vc sofre no meio de tanto "soldadores de fios" hehehehe.
> >
> > Fiquei um pouco curiosa sobre os integrantes dessa lista, só tem
>engenheiros
> > e físicos???? Vou ter q começar a inserir textos matemáticos, aki!!!
> >
> >
> > Meire :)
>
>
>Cara Meire,
>
>Em tempos que já lá se vão, havia vários representantes d'outras
>ciências por estas plagas... todos viviam felizes e risonhos,
>discutindo de um tudo, desde concepções artísticas do átomo
>primordial da metafísica, o não-ser do Tao, até a psicORALise,
>teoria "oral da psicANALise" de um de nossos mais queridos
>debatedores. Mas então "deus", valendo-se da fúria que lhe é
>atribuível, lançou raios e pragas sobre nós outros e, em meio a dor e
>ranger de dentes, tivemos que buscar novos sítios a fim de darmos azo
>às nossas necessidades básicas de boas discussões sobre o que "deus",
>em toda sua glória, alcunhou "pseudices" e pretendeu erradicar da
>face da Ciencialist.
>
>É pelo fato de ter sobrevivido que posso informá-la do que se
>sucedeu. Naqueles dias de duras penas, munida apenas de forças que
>me enchiam a alma, guiei meu povo a novos horizontes, à Noosfera
>prometida e, à maneira de Moisés a seu tempo, permaneci ausente da
>bemaventurança a fim de mitigar meu karma, retornando ao seio do que
>a fúria divina dizimava. Sim, eu sobrevivi a todo caos que a fúria
>divina lançou sobre meus pares e vejo esta nova ordem nascente como
>uma fase transitória. Somente minha fé por dias melhores é o que me
>me ilumina os dias e faz resistir a todas as penas impostas
>por "deus" e seu séquito...
>
>Assim o momento atual por aqui é o que pode ver: Momento de
>afirmação divina sobre os que resistiram às pragas todas. Tempos
>difíceis em que afirmando "deus" em sua glória, seus
>seguidores "soldadores de fios" se fazem valer dos princípios básicos
>da Scientia a fim de purificar e impregnar o ambiente com mirra e
>incenso que somente a boa e velha física é capaz de exalar...
>
>Por sorte, de tempos em tempos vejo que brisas suaves tocam minha
>face dorida na forma de doces palavras como a sua a apiedar-se de
>minha sina... Obrigada! Por obséquio, se for possível, lance para
>minhas vistas cansadas algum tratado matemático
>
>
> > "A Matemática é como o amor, uma idéia simples que pode se tornar
> > complicada."
>
>Já amei... amar é ainda mais complicado. Bem, se possível, lance às
>minhas vistas cansadas alguma coisa nova... Crusching Numbers, algo
>envolvendo números primos à enésima potência... :))
>
>Beijos, Lígia
>
>
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SUBJECT: Re: A Lígia está com ciumes?
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2003 12:02

Caro Vizzoni,

Obrigada pela solidariedade manifesta. Tem sido difícil pensar que
nosso Léo tem se oferecido à degustação sem sequer reclamar. É
revoltante que alguém diga que o esta a "devorar" ( como em uma
firmação de tal representante feminina d'além-mar em "ESTOU A
DEVORAR-VOS!!") sem que ele denote pelo menos a intenção de se
esquivar de tal intento. A minha dor é pela futura perda a que
estamos todos fadados. Com o tempo muito pouco ou quase nada de
nosso estimado Léo há de restar... apenas lembranças... se
restarem...

Perceba que em seu texto ela até nota minha falta de Popper. Mas,
pergunto eu o que restou de Popper para mim depois das investidas
devoradoras dela?

Temos que tomar medidas drásticas enquanto há tempo! Idéias?

Beijos, Lígia

*********************************


--- Em ciencialist@y..., "Edson Vizzoni" <evizzoni@h...> escreveu
> Lígia escreveu: "Ufa!  E eu aqui pensando com a respiração presa
que até
> "ingreis" - a tal da língua-lienígena - você estava topando agora
por causa
> de fazer bonito prá ilustre e douta representante feminina d'além
> mar...  :)) 
> PS:  Tens passado até perfume para ler os imeiols dela, pois
não?  ;)"
>
> Lígia,
>
> Eu compreendo vc, é mesmo difícil ver outrAAAA "rezando" para nosso
deus com
> tanto sucesso sem sentir uma pontinha de ciúmes. :-)
>
> Abraços,
>
> Vizzoni
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Off Topic: FC - qdo eng. nao sabe ... pra quem pergunta!?
FROM: <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2003 12:06

Colucci,

O seu drama pessoal me lembra aquela história da caneta da Nasa (apócrifa, naturalmente). Não teria sido mais fácil usar um gravador daqueles acionados pelo som? :o)

[ ]s

Alvaro Augusto

-----Mensagem Original-----
De: Jose Colucci Jr.
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviada em: Quarta-feira, 26 de Fevereiro de 2003 22:39
Assunto: RE: [ciencialist] Off Topic: FC - qdo eng. nao sabe ... pra quem pergunta!?


>LÍGIA AMORESE: PS ao Léo: Informo-o qque quem "ronca" muito aqui em
casa é o meu digníssimo comSORTE, principalmente quando deitado de
barriga para cima depois de ter enchido a cara de comida na janta...
Uma vez ele roncou tão alto que quase enfartou com o susto devido ao
ruído que até ele escutou.<

Lígia,

Minha solidariedade vai para o seu marido. Como você fez com o seu
marido, minha mulher inventou que eu ronco. É pura mentira, e tenho um
atestado para provar. Quando morávamos no Canadá, ela confabulou com a
minha médica e me mandaram para uma clínica de estudos do sono. Na
verdade, eu participaria como voluntário de uma pesquisa médica. Para
isso teria que passar uma noite inteira em observação.

Cheguei às nove da noite. Me vestiram uma daquelas túnicas ridículas,
abertas do lado. Coisa de tirar a dignidade até da Rainha da Inglaterra.
Me botaram numa maca estreita, daquelas de três palmos de largura, e me
ligaram fios por toda a parte. Eletrodos no peito, na testa, nos pés e
nas mãos. No nariz, ligaram um tubo para medir o fluxo de ar. É lógico
que não consegui dormir, já que não dava para virar e eu não consigo
dormir de barriga para cima. Nos raríssimos momentos em que eu fechava
os olhos vinha o enfermeiro e me dizia que algum fio (desculpe,
"condutor elétrico") estava com mau contato. Desconfio até que me deram
choques elétricos para ver a minha reação. Na verdade desconfio até que
o objetivo da pesquisa era mostrar os efeitos da privação de sono.

No começo da manhã eu estava um bagaço, com o olho lá no fundo, a boca
seca, o corpo dolorido e pesado. Desligaram os eletrodos e me deram os
resultados do exame: eu não ronco.

É tudo intriga da oposição.

Colucci



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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Transformador em delta
FROM: <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2003 12:10

Ninguém vai responder isso? Ninguém mesmo?

Reapresentando o problema:

Agora, um probleminha para os nossos físicos e físicas. Seja um
transformador com o secundário de 13,8kV, 10kVA, em delta,
alimentando uma carga também em delta, de 200 kohms. Tanto o
transformador quanto a carga são totalmente equilibrados (considere
as tensões e impedâncias da fase "a" referidas a zero graus e a
sequência de fases como positiva). A reatância interna do
transformador é 0,12 pu, referida à base do próprio transformador.
Repentinamente, há um curto-circuito fase-terra franco, entre a
fase "b" e o terra. Calcule a corrente de curto (ou a "intensidade de
corrente de curto", ou sejá lá o que for...)

Adendo: considere que a resistência da linha entre o transformador e a
carga é desprezível (engenheiros adoram desprezar coisas...)

Bem, á claro que é uma pegadinha...

[ ]s

Alvaro Augusto






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Curso de Fisica deve ser bom...
FROM: <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2003 12:17

No fim, eu estava certo: engenharia SERVE para impressionar as mulheres!!

Mas GLP é gás liquefeito de petróleo (propano e butano). O que circula no
gasoduto é gás natural, que é metano e mais alguns hidrocarbonetos leves (a
não ser que os bolivianos estejam nos enganando).

[ ]s

Alvaro Augusto

-----Mensagem Original-----
De: Ligia Amorese
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviada em: Terça-feira, 25 de Fevereiro de 2003 10:59
Assunto: [ciencialist] Re: Curso de Fisica deve ser bom...

> ter ouvido falar... e todos funcionam! Quem usa cilindros da
> Cilbrás para GLP está usando cilindros moldados em fornos que ele
> criou... e quem se utiliza do GLP depende do gasoduto Brasil-Bolívia
> de cujo revestimento ele foi o responsável direto com o "Wilstol",
> nome carinhoso que puseram no forno dele que substituiu o Combustol.




SUBJECT: Re: Curso de Fisica deve ser bom...
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2003 14:18

--- Em ciencialist@y..., <alvaug@n...> escreveu
> No fim, eu estava certo: engenharia SERVE para impressionar as
mulheres!!
>
> Mas GLP é gás liquefeito de petróleo (propano e butano). O que
circula no
> gasoduto é gás natural, que é metano e mais alguns hidrocarbonetos
leves (a
> não ser que os bolivianos estejam nos enganando).


É para gás mesmo... o termo o GLP que eu usei para o gás no gasotudo
da Bolívia está errado... :). Pior foi uma vez que eu fui comentar
e não sei por que caixas d'água eu falei em GLS ao invés de
GLP... :)) Me disseram que GLS era fácil de encontrar em qualquer
esquina, não precisava importar as ditas cujas...

Em todo caso, durante a confecção dos tubos prá Brasil Bolívia eu me
lembro que fiquei anos sem finais de semana em companhia do
digníssimo... até chegarem na mistura certa para o pó do
revestimento que impedisse a corrosão eletrostática ou algo
parecido. Você sabe alguma coisa aa respeito disso?

Beijos, Lígia

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Transformador em delta
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2003 14:27

Se ele está equilibrado a corrente total no instante não é nula?
[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: <alvaug@netbank.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 27 de fevereiro de 2003 12:10
Assunto: [ciencialist] Transformador em delta


| Ninguém vai responder isso? Ninguém mesmo?
|
| Reapresentando o problema:
|
| Agora, um probleminha para os nossos físicos e físicas. Seja um
| transformador com o secundário de 13,8kV, 10kVA, em delta,
| alimentando uma carga também em delta, de 200 kohms. Tanto o
| transformador quanto a carga são totalmente equilibrados (considere
| as tensões e impedâncias da fase "a" referidas a zero graus e a
| sequência de fases como positiva). A reatância interna do
| transformador é 0,12 pu, referida à base do próprio transformador.
| Repentinamente, há um curto-circuito fase-terra franco, entre a
| fase "b" e o terra. Calcule a corrente de curto (ou a "intensidade de
| corrente de curto", ou sejá lá o que for...)
|
| Adendo: considere que a resistência da linha entre o transformador e a
| carga é desprezível (engenheiros adoram desprezar coisas...)
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| Bem, á claro que é uma pegadinha...
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| [ ]s
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| Alvaro Augusto
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SUBJECT: Física de Newton passa por mais um teste crucial
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2003 14:29

Sob o título "Teoria das supercordas tropeça em teste", a FolhaCiência de
hoje, em documentário para o leigo no assunto, dá a entender que os teóricos
das ocrdas foram levados para o canto do ringue, faltando pouco para se que
se enforquem com seu próprio objeto de estudo. De toda a notícia, o mais
importante não chegou a sair em destaque no título do artigo. Porque será?
Reproduzo abaixo os trechos que julgo realmente importantes.

"Medindo a força da gravidade entre dois corpos a uma distância
suficientemente pequena um do outro --caso as dimensões enroladas estivessem
mesmo lá--, seria possível observar um aumento da força gravitacional com
relação ao que seria previsto pela fórmula tradicional, elaborada por Isaac
Newton no século 17. [...] O esultado, publicado hoje na revista científica
britânica "Nature" (www.nature.com), mais uma vez vingou um matemático e
físico tricentenário: Até agora, Newton está mantendo seu terreno", escreveu
Charles David Hoyle, físico da Universidade de Trento (Itália) convidado
pela publicação para comentar o estudo. Com isso ele quis dizer que as
forças observadas foram exatamente as mesmas que Newton teria previsto se
usasse sua célebre fórmula, que multiplica as massas dos objetos por uma
constante gravitacional e divide o resultado pelo quadrado da distância
entre eles, para analisar o experimento."

O artigo todo pode ser lido em
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe2702200301.htm ou então em
http://br.groups.yahoo.com/group/ClubedAstronomia/message/1151

Em tempo: Eu acho que realmente, em pequeníssimas distâncias, a gravidade
não funciona segundo a fórmula de Newton, mas isso é algo que pode ser
perfeitamente previsto seguindo-se rigorosamente os ensinamentos
newtonianos. Afinal, como o próprio Newton chegou a afirmar, a gravitação
NÃO é "inata, inerente e essencial à matéria, [...] e isto seria um absurdo
tão grande que acredito que homem algum que tenha em questões filosóficas
competente faculdade de pensar, possa cair nele." Se ela não é inata, nem
inerente e nem essencial, deve haver um ponto de ruptura da fórmula, e isso
não deve ser encarado como nada absurdo, nem como prova de que as partículas
elementares brinquem de pular cordas. ;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana, a gravitação newtoniana mantém-se de pé e a
Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Transformador em delta
FROM: <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2003 14:46

No instante do curto, o sistema é altamente desequilibrado, pois há uma ligação direta entre uma das fases e o terra. O sistema é equilibrado só antes do curto (e depois também, se sobrar alguma coisa).

[ ]s

Alvaro Augusto

-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviada em: Quinta-feira, 27 de Fevereiro de 2003 14:27
Assunto: Re: [ciencialist] Transformador em delta


Se ele está equilibrado a corrente total no instante não é nula?
[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: <alvaug@netbank.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 27 de fevereiro de 2003 12:10
Assunto: [ciencialist] Transformador em delta


| Ninguém vai responder isso? Ninguém mesmo?
|
| Reapresentando o problema:
|
| Agora, um probleminha para os nossos físicos e físicas. Seja um
| transformador com o secundário de 13,8kV, 10kVA, em delta,
| alimentando uma carga também em delta, de 200 kohms. Tanto o
| transformador quanto a carga são totalmente equilibrados (considere
| as tensões e impedâncias da fase "a" referidas a zero graus e a
| sequência de fases como positiva). A reatância interna do
| transformador é 0,12 pu, referida à base do próprio transformador.
| Repentinamente, há um curto-circuito fase-terra franco, entre a
| fase "b" e o terra. Calcule a corrente de curto (ou a "intensidade de
| corrente de curto", ou sejá lá o que for...)
|
| Adendo: considere que a resistência da linha entre o transformador e a
| carga é desprezível (engenheiros adoram desprezar coisas...)
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| Bem, á claro que é uma pegadinha...
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| Alvaro Augusto
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: A ciência perseguida
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2003 16:46

JC e-mail 2230, de 27 de Fevereiro de 2003.

A ciência perseguida
artigo de Marcelo Medeiros

Cientistas são pessoas que questionam constantemente a maneira
como vemos o mundo. Sem a liberdade para esse questionamento, a ciência não
faz sentido

Marcelo Medeiros é pesquisador do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea). Artigo enviado pelo autor ao 'JC e-mail';

A seção de Direitos Humanos da Associação Americana para o Progresso da
Ciência, uma das maiores sociedades científicas do mundo, acaba de lançar
seu relatório 2003 sobre os Cientistas, Engenheiros e Profissionais de Saúde
perseguidos ao redor do mundo.

O objetivo do relatório é proteger a liberdade de produção científica por
meio do monitoramento de violações dos direitos humanos de cientistas em
função do exercício de suas atividades. Todos as denúncias recebidas são
apuradas por uma comissão independente.

É impressionante o grau de cerceamento da liberdade científica ao redor do
mundo. Cientistas são demitidos, presos, exilados e torturados simplesmente
porque seu trabalho científico vai de encontro a interesses econômicos,
políticos e religiosos.

Mais impressionante ainda é o Brasil ocupar parte de destaque entre os
países que não respeitam a liberdade científica.

Nossos cientistas perseguidos estão na capa do relatório e constituem cerca
de um quinto de todas as violações de direitos humanos de cientistas
constatadas no continente americano.

Das 55 denúncias comprovadas no mundo, onze ocorreram nas Américas. Destes,
dois são brasileiros. Como muitos casos sequer são denunciados, é possível
que estes números sejam ainda maiores.

A ciência ocupa um papel central na organização das sociedades modernas.

Ela produz não somente novas tecnologias, mas conhecimentos que ajudam a
lidar com conflitos de interesses, formular políticas econômicas,
compreender diferenças culturais, tornar a mente, o corpo e nosso
meio-ambiente mais saudáveis, educar os jovens e uma infinidade de outras
coisas que podem contribuir para que tornemos o mundo melhor.

Mais do que isso, a ciência, ao colocar em xeque preconceitos e ideologias,
torna-se um dos pilares sobre os quais se constrói uma sociedade democrática
e pluralista.

Mas, para ser um dos motores do desenvolvimento de um povo, a ciência
precisa ser livre.

Cientistas são pessoas que questionam constantemente a maneira como vemos o
mundo. Sem a liberdade para esse questionamento, a ciência não faz sentido.

Fora de um ambiente livre é impossível saber se os resultados apresentados
pelos cientistas correspondem a um trabalho que é o mais rigoroso e
imparcial possível ou são simplesmente uma justificativa para interesses
específicos disfarçada sob a autoridade do discurso científico.

Um Brasil que quer ser melhor e mais justo não pode tolerar a perseguição de
seus cientistas.

Por isso devemos apoiar tanto o Estado quanto a Sociedade Civil no
monitoramento constante do respeito à liberdade científica no país.

O respeito às liberdades de pesquisa e de cátedra devem continuar sendo
algumas das prerrogativas da política científica nacional e os casos de
violação dos direitos humanos dos cientistas devem ser tratados como
problemas que extrapolam os direitos de um indivíduo e afetam uma
instituição importante de nossa sociedade.

Fonte: http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=8176

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Bias: má pesquisa, má conclusão
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2003 16:57

At 12:17 27/02/03 -0300, you wrote:
>No fim, eu estava certo: engenharia SERVE para impressionar as mulheres!!
>[ ]s
>Alvaro Augusto



NÃO É A ENGENHARIA.
É O DINHEIRO.
L.E.

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: OT: Teste de Turing Canino
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2003 19:15

Cachorros conseguem diferenciar o AIBO (aquele cão robô da Sony) de
um cachorro verdadeiro?
http://www.csl.sony.fr/Research/Experiments/DogAIBO/index.php

(link via No Sense of Place http://www.nosenseofplace.com/ )

MK



SUBJECT: Re: OT: Teste de Turing Canino
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2003 19:48

MK,

Eu tive uma pastora-alemã que se chamava Tosca... e ela atacava um
chinelo azul que eu tinha se ele fosse colocado próximo ao prato de
comida dela... mesmo quando meu pé não estava dentro :). Era como
se o chinelo fosse quem tentasse "comer" a comida, não meu pé...

Ah e o condicionamento ao chinelo foi mesmo interessante: a gente
podia colocar todo tipo de calçado por perto e ela nem ligava...
continuava rangando feliz da vida. Mas o tal chinelo era o bicho!
Era só ver o tal que ela já ficava desesperada, ganindo e
arreganhando os dentes. Imagino que qualquer coisa que se mexa nas
proximidades do cão enquanto estiver comendo acaba sendo uma ameaça
em potencial. Na experiência estragaram um AIBO à toa... :)

Beijos, Lígia

***********************************




--- Em ciencialist@y..., "Marcelo Kunimoto" <airdown@i...> escreveu
> Cachorros conseguem diferenciar o AIBO (aquele cão robô da Sony) de
> um cachorro verdadeiro?
> http://www.csl.sony.fr/Research/Experiments/DogAIBO/index.php
>
> (link via No Sense of Place http://www.nosenseofplace.com/ )
>
> MK



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bias: má pesquisa, má conclusão
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2003 21:01


>From: "m@lu" <dedoverde@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Bias: má pesquisa, má conclusão
>Date: Fri, 28 Feb 2003 16:40:29 -0300
>
>Como assim impressionar as mulheres?
>Ass: Marta

Impressioná-las com carro do ano, apartamento próprio, status
social, etc etc etc...

Guilherme

_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: Re: Bias: má pesquisa, má conclusão
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2003 21:22

--- Em ciencialist@y..., "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@h...> escreveu
> >Como assim impressionar as mulheres?
> >Ass: Marta
>
> Impressioná-las com carro do ano, apartamento próprio, status
> social, etc etc etc...

Com salário de engo? Vai sonhando... :))

Beijos, Lígia



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Off Topic: FC - qdo eng. nao sabe ... pra quem pergunta!?
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2003 22:07

>LÍGIA AMORESE: E pensar que a única tecnologia válida a fim de pôr um
fim em tal problema é ainda a boa e velha bola de meia presa pelo lado
de dentro nas costas da blusa do pijama com um alfinete de fraldas...
[...] Note que o resultado é o mesmo que você relata em seu testemunho
envolvendo milhões de dólares em equipamentos sofisticados...<

>ALVARO AUGUSTO: O seu drama pessoal me lembra aquela história da caneta
da Nasa (apócrifa, naturalmente). Não teria sido mais fácil usar um
gravador daqueles acionados pelo som? :o)<


Para os americanos, todo o problema é um problema de hardware. A fé dos
americanos na tecnologia chega a extremos ridículos, daí o choque quando
alguma coisa dá errado, como na explosão do Columbia. Sem contar as
engenhocas usadas no dia a dia. Que outro povo acharia falta, por
exemplo, da centrífuga de saladas (chamada "salada spinner"). É um
acessório comum nas casas americanas. Consiste de um compartimento com
furos onde são colocadas as folhas de alface e demais legumes após
lavados. Uma manivela acoplada ao compartimento furado por meio de
engrenagens faz a rebimboca girar em alta velocidade. As gotas de água
são ejetadas por centrifugação, como acontece nas máquinas de lavar
roupa. Com isso evita-se que a salada vá para a mesa com gotículas de
água.

Um abraço,
Colucci




SUBJECT: Re: conversao kg/h m3/h
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2003 22:57

Bem, já que os demais não se manifestam,

Parece que nem é tão complicado assim: temos o valor a ser calculado
em m3/h que é de 1800 kg/h. Se não há alteração do estado e o que
está sendo medido ainda é vapor só que em m3, basta a conversão de Kg
para m3 para o vapor d'água.

Tomando-se para a densidade da água que 1 L = 1 Kg, que 1 m3 = 1000 L
e que a densidade do vapor d'água nas CNTP é de ~ 22 g/m3 então:

Em 1 Kg teremos 2,2*10^-5 L de vapor d'água, assim em 1800 Kg teremos
0,0396 L. Para a conversão teremos 3,96*10^-5 para 1 m3. Se estamos
falando em m3/h, o valor é de 3,96*10^-5 m3/h.

Beijos, Lígia



**************************************


--- Em ciencialist@y..., "Edson Vizzoni" <evizzoni@h...> escreveu
> Amigos,
>
> Repasso uma pergunta que um engo. fez num site sobre manutenção
industrial.
> Parece-me uma questão ideal para nossos físicos e físicas.
> Mantive o texto em maiúsculas, pois foi assim que o autor escreveu
e eu
> estou com preguiça de mudar.
>
> Um abraço,
>
> Vizzoni
>
> ********************
> NECESSITO DA AJUDA DE VOCÊS PARA TRANSFORMAR O CONSUMO DE VAPOR
> DE UM COZINHADOR DE 1800 kg/h EM m3/h, ALGUÉM SABE COMO FAZER?
> EU PENSEI NO CÁLCULO DA DENSIDADE, MAS NÃO CONHEÇO A DENSIDADE
> DO VAPOR, ACHO QUE ELA NÃO É CONSTANTE. ALGUM DE VOCÊS CONSEGUE
> CALCULAR?
> **********************




SUBJECT: O interacionismo e as velhas verdades fixistas
FROM: "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br>
TO: "noosfera@yahoogrupos.com.br" <noosfera@yahoogrupos.com.br>
CC: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2003 23:11

Olá Eduardo!!! Em primeiro lugar desculpe por citar seu nome
com a Lígia. As vezes fico meio irritado com a certeza da certeza
das pessoas, nada pessoal, desculpe. Acho que devo desculpas
a ela também, por vezes não sabemos dominar nossos problemas
pessoais que refletem em nosso discurso e tornano-mos agressivos
demais sendo que formas mais ponderadas poderiam dizer
a mesma coisa, deculpe cara Lígia. Vou de gemaba3, ok.

<<gemaba2 : Desculpe, mas as vezes sinto você um tanto preso
ao sim e o não. O meio não afeta o ADN. O meio afeta o ADN.>>

<<Eduardo2 : Sim, porque em certo sentido as duas afirmativas estao
corretas, cada uma em seu contexto.
Os genes sao formados por ADN. Cada celula tem seu ADN. Somaticas e
reprodutivas. O meio pode afetar o ADN de algumas dessas celulas. Na
verdade de varias ao longo da vida do individuo. E afeta muito. Cada celula

esta' se reproduzindo continuamente. Em cada ciclo reprodutivo podem
ocorrer falhas de copiamento desse ADN. E muitas dessas falhas sao causadas

pelo meio. Mas qdo isso acontece, em geral a celula somatica morre. E em
geral mudancas de ADN em celulas reprodutivas inviabilizam o
desenvolvimento do futuro embriao. Nesse sentido, embora o ADN individual
de diversas celulas possa ser - e seja - afetado pelo meio, para todos os
efeitos praticos o ADN 'global' do individuo permanece quase q imutavel,
pois so' funciona o ADN 'original'.>>

gemaba3 : Vou ser sincero a você e talvez seja preguiça minha ou mesmo
que a prioridade não é grande. Sou um preguiçoso Eduardo e como você
não tem nenhum link pra exemplicar graficamente o que você diz não consigo
entender da forma clara que preciso. Uma pena que pedir ajuda aos ilstres
seja considerado como preguiça mas pondero que a Internet nasceu para
diminuir a distância da informação a quem dela precisa. Estou tentando
entender, quando perguntei ao Takata algumas dúvidas sobre o assunto
ele me disse que o ADN era formado por pares de base que eram fixas,
adenina, guanina, bla,bla,bla... Ele me disse que o ADN, levando em
consideração sua estrutura essencial, se forma através de pares de bases
que forma uma molécula, que seja, um organismo capaz de, aí entra você
Eduardo, se replicar. Pelo que entendi isso se dá através dos alelos que
quando a célula somática for estimulada de alguma forma(isso acontece?),
produz uma célula reprodutica, que seja, os alelos pelo que entendi de você

escolhem as bases de uma forma aleatória. Pondero que talvez essa
aleatoriedade não seja assim tão aleatória, porque afinal, os alelos não
são tão cegos assim e enxergam apenas tipos definidos de base e a
combinação que fazem deva seguir alguma regrinha pra que possam produzir
gens, que são sequências de bases, para conterem o código da sintese de
substancias específicas como, por exemplo, nossa pálpebra, ou unha. Pelo
que entendo a célula somática da unha, da pálpebra, ou de um fio de cabelo

são parecidas, ou idênticas, em seu ADN somáttico original, procede a
informação? Uma das formas que encontro para explicar isso é que através
dos gens com sua capacidade de ficarem inativos,bla,bla,bla... Pelo que
entendi as bases se agrupam em gens que se agrupam em cromossomas e
é tola, totalmente tola a tentativa de
associar um cromossoma com alguma estrutura essencial de nosso organismo.
Insisto Eduardo, pra progredir teria que estudar um pouco mais o tema,
o problema é que não sou da área e existe a velha descurpa da falta de
tempo pra ir há uma bliblioteca e conseguir um livro pra tornar o debate
mais técnico e interessante, insisto, uma pena que a Internet não possa
ajudar, talvez até possa, mas sempre falta o bom tempo. Talvez o melhor
seria deixar o embate em aberto até que novas informação apareçam ou
eu deixe de ser preguiçoso e não fique perguntando dúvidas básicas.

<<Eduardo2 : Mudancas 'permanentes' do ADN num pool de genes (o conjunto de

genes de uma especie espalhado pelo conjunto de individuos dessa especie) sao
fenomenos
raros e fortuitos.>>

gemaba3 : Fiquei com a dúvida, você disse que pode haver falha de copaimento

mas continuo ponderando que o ADN possa ser aumentado. Insisto que isso não
é combinação
aleatória, ou é. Como o alelo pode fazer uma cópia do ADN aumentando seus gens
para
produzir um tipo de substancia? Não vejo como falhas de copiamento possam fazer
isso,
ou podem? Não existe possibilidade alguma de uma informação externa chegar ao
meio e
fazer o alelo fazer uma cópia aumentada do ADN somático gerando um novo ADN
reprodutivo
com um gen incorporado, um gen que o meio ambiente adcionou nos ADN
somáticos. Insisto que percebo a evolução com isso acontecendo e não vejo como
a
combinação aleatória e puramente cega que você falou possa agregar a um ADN
reprodutivo
a informação de sintetizar, atyravés de algum gen, uma proteína qualquer.
Insisto, não sou da área, não estudo muito essa área. Estudo linguagens e minha
visão
acerca do ADN é puramente linguística e lógica, sem muito instrumental teórico.


<<Eduardo2 : Uma mutacao de um gene no ADN de um ou mais individuos
pode em rarissimos casos ser benefica p/ o individuo e melhorar suas
chances de sobrevivencia e reproducao, gerando portanto novos individuos
com a mesma mutacao benefica.>>

gemaba3 : Insisto Eduardo, minha falta de conhecimento impede de avançarmos

e o problema está comigo, é o que você disse, se não procurar ilustrações do

que você diz não tenho como tornar o debate mais interessante do que chegou,

cheguei num limite e continuo pedindo-lhe indicações na Internet, de preferência

gratuíta,como o fez o José Carlos, para diminuir a distância do que você sabe
sobre o
tema e eu. Insisto minhas ponderações são puros conceitos linguísticos, lógicos.

Estou aplicando esses conceitos e falando de ADN de uma forma completamente
cega,
senão atráves de debates com você com o Takata e o texto do Zé. Insisto a
culpa é minha e no máximo posso pedir-lhe paciência para que possa aprender
mais
sobre o tema e quissá pudermos, no futuro, voltar ao debate que pra mim foi

proveitoso e pode ser tornar mais. Dizem Eduardo, que uma das formas de
libertação das pessoas é a Educação e por isso insisto que informações
abundantes e de qualidade sobre qiasquer temas é importante para termos uma
melhor
dimensão da merda em que nela estamos inseridos. A Internet é poderosa nesse
sentido,
poderia procurar um livro eu sei, poderia e deveria e vou mne convencer que

o tema merece e prometo que estudarei para não continuar passando essa noçção

de infantilidade porque é a pura verdade. Insisto estou aplicando conceitos

de lógica e linguagem para falar do ADN e somente isso, de uma forma totalmente

informal e sem base teórica, desculpe.

<<Eduardo2 : Depois de longuissimos intervalos de tempo
essa mutacao vai tender a ficar cada vez mais frequente nos individuos
dessa especie ate' substituir inteiramente a versao original do gene. Ao
longo da vida media de um individuo o tempo e' curto demais p/ percebermos
qq mudanca efetiva do ADN. Sera' q agora vc entendeu o q quis dizer?>>

gemaba3 : Pra te dizer a verdade não de um ponto de visto lógico linguístico.

Você gosta de música Eduardo? Estudo música a uns sete ou anos, talvez
uns nove. Estudo música considerando um enfoque linguístico. Esclareço
que minha formação principal é em computação e trabalho nesse ramo
acá em BH. Conheço razoavelmente bem as linguagens compuacionais
com a nossão de algoritimo. Formamos um grupo de amigos acá em
BH que se encontrava semanalmente para estudar música e uma das
perguntas que fazia a esses colegas era porque que quando escutávamos,
por exemplo, uma determinada música sabiámos que aquela música era
a música que tinhámos escutado. Mais tarde consegui a resposta através da
palavra melodia, nosso cérebro grava aquela sequencia de intervalos de
notas. Um certo dia cheguei em casa e liguei a TV e começou a passar
um programa sobre o ADN e enquanto houvia o locutor falar não tive
como não associar as linguagens musicais e computacionais ao assunto
apresentado no programa. Formulei até uma teoria, a teoria da natureza
comum que é essa que você está achando absurda de ponderar que
o ADN é uma linguagem, um código que ao fecundado, ao iniciar sua
execução em um meio proprício, irá gerar o ser que codifica. Esse
ADN é um algoritimo com vies determinista que segue os padrões do
tal funil do Darwin. Por isso lembrei kepler, meu debate com você é
sobre conceitos lógico e linguísticos. Se você não pondera a possibilidade
do ADN ser um código linguístico que exprime a variedade dos seres
orgânicos do Planeta Terra aí, realmente, não há porque continuarmos
discutindo. Se você diz que a produção de um ADN reprodutivo é
fruto de uma combinação puramente cega e que o meio nada tenha
haver com isso, ou seja, nenhum vies Lamarkista é possível, não há,
em meu estágio de conhecimento ponderar muito. O máximo que
posso ser é lógico, tentar visualisar logicamente o que você diz.
Você diz que existe falha de cópia mas pondero que como uma
falha de cópia possa aumentar de forma cega o ADN, logicamente
acho essas informações um tanto, diaríamos, incongruentes. Você
queira me fazer crer que uma falha na cópia possa produzir uma
cópia aumanetada do ADN que por sorte irá produzir um ADN
que sintetizará uma substantia que passará pelo funil por dar ganhos
adaptativos ao ser que representa, ok. Mas repare no discurso, o
meio pressiona as células somáticas auterando a estrutura de seu
ADN, até incorparando novos gens, ou mudando gens. O organismo
toma senciência disso e de alguma forma passa essa informação ao
alelo que se produz baseado no ADN somático. Podemos ponderar
como o alelo é tão cego e produz um ADN com gens que sabem
o que sintetizar? Não vejo como o alelo possa ser tão cego assim?
Pra finalizar uma associação que faço é entre melodias e gens.
Porque você sabe quando escuta uma música que a música
é aquela música que você já havia escutado? Uma música
é uma sequência definida de tons diferentes. Seu nariz é
como uma melodia, como um trecho de música. As células
que compõem o seu nariz sabem, de alguma forma, que lá
se encontram. Elas são células iguais a de qualquer parte do
corpo, aí entra a visão algorítimica. De alguma forma, as células
que estão no nariz saber que são dali e acionam gens espécicos
que compõem a natureza essencial do nariz. Esses gens são
pra mim como uma melodia expressada em uma partitura.
Percebo o ADN como uma partitura singular, onde cada
gens expressa uma forma espécifica da natureza. Insisto, se
a visão linguística é totalmente errada nossa discussão perdeu
o efeito e podemos parar por acá.

<<Gemaba2 : E parece
que você possa pensar que quero vencê-lo no debate e provar que você
estava errado. Se é isso que pensas, desculpe. Você sabe muito mais
desse tema do que eu, muito, muito mais. Eu somente percebo o tema e
estou curioso em aprender mais sobre ele e seus comentários estão sendo
para mim muito valiosos. Não estou preso a verdade nenhuma, nem a
verdade dos criacionistas, nem a verdade dos interacionaistas. Poderia
perguntar-lhe o que é a verdade para você. Você vive de verdades,
pois não? Talvez você tenha um imenso ego a zelar, um ego formado
por verdades que lhe sustentam. Não tenho esse tipo de problema,
não tenho nada para zelar senão meus dois filhos. Quanto ao que você
disse estou ponderando logicamente e continuo insistindo, foi você
que abriu a brecha e não eu. Você disse da completa indiferença do
meio em relação ao ADN, você foi enfático ao dizer que o ADN não
muda, falácia. Você mesmo abriu a brecha, radiações pulsantes ou
expoentes, como queira, afetam a estrutura do ADN. Ou seja, o
ADN não é imune ao meio, o ADN não é a imagem e semelhança
de coisa alguma. O ADN interage com o meio, as mutações ou
cópias inexatas se sucedem no meio. Não existe como conceber
ADN sem o meio aonde ele executa. Pelo menos você poderia dizer
que ADN pode sofrer eventuais mudanças, sendo uma delas a
radiação pulsante de bombas atômicas. Se isso ocorre de uma forma
perceptiva, porque não outras radiações não possam causar
mudanças, ou influenciar mudanças, no ADN?>>

<<Eduardo : Nao tenho ego a zelar. Estou apenas tentando explicar alguns
conceitos de biologia basica. Qto as suas recorrentes perguntas sobre brechas
em
minha argumentacao, tentei deixar mais uma vez as coisas claras no
paragrafo anterior. Como vc sempre diz: -Pondere sobre ele!>>

gemaba3 : Já ponderei, mas insisto, de uma forma puramente lógica,
linguística, fazendo associações que, como você mesmo diz, possam apenas ser
fruto de
uma mente delirante, ou esquizofrênica, como queira. Aviso a você que já
estive internado em três hospícios PÚBLICOS de BH aonde tomava severas doses

de Aldol para acalmar as palavras cortantes e não é brincadeira não, ok.

<<gemaba1 : Desculpe Eduardo, continuo confuso, ok.>>

<<Eduardo2 : Estou vendo! Estou vendo!>>

gemaba3 : Me dê um pouco de tempo porque sem desenhos esquemáticos
fico por acá.

<<gemaba1 : Insisto, não vendo verdades,não vivo de verdades filosóficas,
ou científicas, ou religiosas. Hoje diria a você que tendo entender a
verdade natural, a essencia da existência, essa é,hoje,a grande verdade que
busco.>>

<<Edurdo2 : Uma nobre busca.>>

gemaba3 : Fundamos uma seita para tal e conto com a ajuda de já conhecidos
Prof. José Carlos, Ivan de Almeida, RR(Renato Roschel), Eliana Sofista,
Desidério Murcho, Marcelo Ferrari, José Renato, Sílvio Cordeiro, Manuel Bulcão,
GIL,
Takata, afinal querer aprender deveria ser melhor valorado, ou não?

<<gemaba2 : Insisto Eduardo, não sou instrumentalizado, pergunte a outros
ilustres Noorenses, como o Prof. José Carlos e o Ivan de Almeida, ou
mesmo o RR que já me conhecem melhor. Lí o que você escreveu sobre
a produção dos óvulos, pelo que entendi você diz que, no caso da melher,
isso ocorre quando o útero da mulher se forma, provavelmente, aos
seis ou sete meses de vida. Pelo que me lembro você não explicou bem
como isso ocorre, perguntei se você tinha alguma indicação de uma gif
animada que pudesse exemplificar a essencialidade de uma mulher, desde
que fecunda até o nascimento, você disse que não. Digo isso porque
achei seu texto um tanto rebuscado para mim. Pesquizei o que você
disse e vou tentar imaginar o que acontece, ok. Você citou o crossing over,

poi não?>>

<<Eduardo2 : Na verdade nao, pra nao complicar mais a explicacao. Quem falou

do crossing over foi outro colega da lista. Citei apenas a distribuicao
aleatoria dos genes alelos entre os dois conjuntos haploides de cromossomas

formados a partir de um conjunto diploide. Cada conjunto haploide vai ser a

parte genetica 'util' do ovulo ou do espermatozoide. E cada conjunto
haploide, so' devido a essa distribuicao aleatoria, ja' seria unico,
independente do crossing over. O crossing over pega pedacos inteiros de
cromossomas (com varios genes) do conjunto diploide e os rearranja nos
novos conjuntos haploides. Seria um processo adicional de embaralhamento de

genes nos cromossomas dos ovulos e espermatozoides.>>

gemaba3 : Desculpe a expressão, xxiiiiiiii, fudeu meio mundo!!! Você me pede

pra ir procurar um livro na biblioteca, ok Eduardo. Oh Fessor, oh José
Renato, dá uma forcinha pra melhorar a instrumentalização!!!(risos!!!) O outro

colega deva ser da Acropolis, o Adriano acho? Peraí então Eduardo, os Alelos
devam
receber algum estímulo e se lançam na escolha das bases de forma cega e
depois acontece o crossing over, depois de todo o alelo preenchido com as
respectivas bases? Se puder explicar melhor?

<<Gemaba1 : Estou imaginando ok, suponho que aos seis ou sete meses de
idade o ovário se forma, poderiámos discutir essa formação e
compará-la com a formação da pálpebra, é isso que lhe disse
que seria um processo similar porem diferente. Voltando ao
assunto, o ovário se forma e muitas células somáticas são
transformadas em células reprodutivas, os tais gametas, que são,
diriámos, partidos. Reforce para mim, em média, quantos
óvulos são produzidos na mulher em seu ovário?>>
<<Eduardo2 : Nao lembro ao certo, mas creio q da ordem de algumas centenas
de milhares.>>
<<gemaba1 : Isso se passa, mais ou menos, aos seis, sete meses de
fecundação?>>
<<Eduardo2 : Nao lembro ao certo, creio q durante a segunda metade da
gestacao. Mas a epoca exata nao e' importante p/ essa discussao.>>
<<gemaba2 : Os óvulos produzidos só podem ter vindo das células somáticas,
pois não?>>
<<Eduardo2 : Sim, cada celula reprodutiva e' formada a partir de uma celula

somatica especializada.>>

gemaba3 : Mas é aí que vejo a similaridade das células da pálpebra, só que
as células da pálpebra não estimulam os alelos. Existe uma regrinha que deva
sintonizar
cada célula do corpo, em relação a sua função em ativar gens específicos. Deva
existir um
maestro que regula e talvez as glândulas hormonais sejam alguma pista da explicação.

Como a céula somática que produzirá uma célula reprodutiva sabe que está no
útero e que
deva ativar os alelos para que bailem na escolha não muito cega entre bases
bem
definidas? Pondere!!!

<<gemaba1 : Pelo que entendi até agora as
células somáticas se transformam em células reprodutivas
o fazem obedecendo um crossing over, é isso?>>

<<Eduardo2 : Também, mas nao so'. Como expliquei, os genes alelos tb sao
distribuidos aleatoriamente.>>

gemaba3 : Desculpe Eduardo não estou entendendo quando você diz gens
alelos? Pelo que entendo através de propriocepção é que uma célula
somática qualquer que esteja, por exemplo, no útero, sabe de alguma
forma que alí está e que deva acionar o alelo, pois não? Células
da pálpebra já acionam outros gens responsáveis pela sintese de outras
substancias, pois não?

<<gemaba1 : Você disse mais, você falou do acaso do crossing over, huuuummmm,

acaso? Você disse que o número de combinações possíveis quando uma célula sómatica
se transforma em
óvulo é de uma boa ordem de grandeza fazendo o cálculo estatístico que você
mencionou.>>

<<Eduardo2 : Sim, sao tantas as possibilidades de combinacao q, para todos
os efeitos práticos, nao existem dois ovulos ou dois espermatozoides iguais

geneticamente.>>

gemaba3 : Ops peraí seu moço, existem diferenças finas, mas existe uma regra

na produção e essa regra é pressionada pelo meio para acontecer. Aqui entra

a comparação com a música pra você entender o que quero dizer. Pense que
uma música possa ser tocada de várias maneiras, pois não? Em vários
instrumentos, pois não? O Alelo inicia a formação do ADN reprodutivo não de
uma forma
cega, ele produz sequências de bases que formam os gens que têm funcções
espécificas de sintese de substâncias e isso não me parece ser uma acção ou
acontecimento
cego e desprovido de qualquer determinismo. Pondere!!!

<<gemaba1 : Você me deu muitas pérolas Eduardo, você disse que nosso ADN nao

forma uma unica longa cadeia molecular. Esta' dividido em cadeias mais curtas,

que por sua vez formam um conjunto de 23 pares de cadeias moleculares. Senti

até vontade de perguntá-lo se essa pariedade tem alguma relação com o
fato de termos dois pés, duas mãos.>>

<<Eduardo2 : Nao, nenhuma relação. A divisao do ADN em pedacos ocorre tb em

plantas e vermes. Provavelmente foi selecionada devido a estabilidade fisico-quimica

da molecula.>>

gemaba3 : Huuuuuuummmmm, estabilidade físico química da molécula? Quer dizer

que os gens que estão ativos nas células de sua pálpebra e não estão, por exemplo,

nas células do útero, podem ser vários e estar salteados por vários cromossomas,
que
pena que não haja nenhuma organização, algoritimo complicado em Eduardo!!!?

Se bem que você acha absurdo considerar o ADN um código linguístico né?

<<Gemaba1 : Será que a forma estrural do ADN tem
algo a ver com uma certa ambivalência de nossa composição essencial?>>

<<Eduardo2 : Nao entendi.>>

gemaba3 : Uma pena você não estar acompanhando a discussão com o GIL,
poderiámos fazer um gancho interessante acá. Existe uma bivalência natural,
pois não? A
ilusão real da noite e dia seria um exemplo, pois não? Podemos criar formas
com a
binariedade, está aí na sua frente o computador como exemplo. Se você fizer
um corte no
ser humano passando entre os olhos, nariz, pelo meio da boca, meio queixo, meio

contela, dividindo as duas pernas e pés, podemos ponderar uma natureza dual,
pois
não? Temos duas mãos, dois pés, duas pernas, dois joelhos, dois olhos, dois

ouvidos. O ADN é formado por uma dupla hélice helicoidal, pé isso? Essa duplicidade

da forma essencial do ADN tem alguma coisa haver com nossa natureza dual, e

mais, essa dualidade foi apreendida da falsa realidade noite e dia causada pela

interação Terra e Sol? Só pra alegrar os místicos.(risos!!!)

<<Gemaba1 : Você disse também que as cadeias tem um conjunto de genes com a

mesma funcao, chamados alelos, q podem ser ativados apenas numa cadeia ou
nas duas, de modo complicado. Fiquei um pouco a boiar e insisto que uma
imagem diria por mil palavras, se fosse uma gif animada seria melhor ainda,

mas como você disse que não sabes links interessantes acerca do tema ficamos

a esperar algum projeto que nos possa presentiar, gratuitamente de
preferência, com migalhas do conhecimento.>>

<<Eduardo2 : Eu tentei ilustrar com a imagem dos colares de continhas, mas
vejo q nao foi suficiente. Talvez minha didática nao seja boa.>>

gemaba3 : O Ivan de Almeida disse outrora que aprendo rápido, se você puder

me ajudar agradeço antecipadamente e novamente desculpe meu mau humou de
outrora e talvez Não seja problema da sua didática mas de minha preguiça em

procurar livros que tirem dúvidas que são básicas pra você.

<<Gemaba1 : Você disse também que genes sao trechos de ADN
dessas cadeias que podem ser expressos em proteinas. E cada uma dessas
cadeias moleculares e' chamada um cromossoma. Comecei a pensar se os
cromossomas tem haver com nossa essencia formal, nossos pés, nossas
mãos, nossos tornozelos, nossas coxas, antebraços,bla,bla,bla. Porque
23 cromossomas? Esses 23 têm alguma relação com as sub formas essenciais
que nos compõem? Você disse também que nem todo nosso
ADN forma genes expressaveis em proteinas.>>

<<Eduardo2 : Geraldo, desculpe, nao se ofenda, mas suas perguntas revelam um

certo desconhecimento dos mais básicos conceitos biologicos.>>

gemaba3 : Você achou que eu era algum catedrático do tema? (risos!!!) Sou
desinstrumentalizado ok Eduardo, insisto, conto com suas sugestões e dos ilustres
colegas com
textos, links possam me ajudar a aprender mais acerca do tema, tudo bem, sou
preguiçoso, poderia
ir a uma biblioteca e procurar um livro pra estudar, ok Eduardo.

<<Eduardo1 : Qq livro de biologia
de 2o grau tem desenhos e figuras q podem ilustrar esses fenomenos melhor
do q eu posso explica-los aqui. Nao se sabe ao certo porque temos
exatamente 23 pares de cromossomas.>>

gemaba3 : Ninguém nunca levantou a hipótese de um cromosoma estar relacionado

a alguma de nossas, diriámos, partes essenciais. É uma hipótese tão absurda
assim,
ou é absurda porque você nunca leu em nenhum livro e por isso é absurda?

<<Eduardo1 : Os chimpanze's tem numero diferente (48
em 24 pares).>>

gemaba3 : não entendi? Você não se enganou?

<<Eduardo1 : Como no's e os chimpanze's temos um antepassado comum ha'
cerca de 7 milhoes de anos, em algum momento nossa informacao genetica
passou a se distribuir em um numero diferente de cromossomas. No entanto,
os genes desses dois conjuntos de cromossomas sao praticamente identicos.>>


gemaba3 : Só pra sedimentar e ver se entendi, um gen é uma sequência
espécifica de bases? É isso mesmo? Não me xingue se já tiver respondido, ok.


<<Eduardo1 : Partilhamos cerca de 98% de nossa informacao genetica com os chimpanze's.
A
morfologia dos cromossomas nao tem nenhuma relacao com nossa morfologia
fenotipica (nossa aparencia externa).>>

gemaba3 : Não disse aparência, disse essência, ok.

<<gemaba1 : E você disse muito mais, disse que temos 30 mil genes espalhados
em 23
pares de cromossomas. Conclui dizendo que contando os alelos em cada par, temos
um universo de 60
mil genes dispostos em pares alelos do mesmo gene. Que cada óvulo so' tem metade

desses 60 mil genes, e apenas um alelo de cada gene, mas na geracao de cada
ovulo,
qq alelo pode ser usado. Você me perguntou se conhecia o tal crossing over e
jura de pé junto que o
crossing over não interage com o meio, não recebe qualquer estímulo do meio
para
criar gametas únicos devido ao grande número de combinações que possa ocorrer

quando o crossing over acontece. Você é o que se rotulou um darwnista que
acredita que o crossing over é fruto de prura aleatoriedade e esse seu acá colega
virtual
está tentando fazê-lo ponderar que não é tanto assim. Inclusive hormônios são
produzidos
e seduzem os óvulos, pelo que você disse, no caso dos homens você ainda não
explicou
muito bem e agradeço se fazê-lo. Você me perguntou e respondeu, de quantas maneiras
vc
pode combinar esses 60 mil genes em 23 cromossomas, 30 mil a 30 mil, apenas

com a restricao de nao usar os dois alelos do mesmo gene em cada cromossoma
e de nao repetir genes
nos cromossomas? E você próprio respondeu que de Zilhoes e zilhoes de
formas possíveis. Mas pondere que essas formas são geradas obdecendo uma certa
estrutura
padrão formal, pois não? E você afirma que essa combinação não recebe
influências do meio, bem, você até admitiu uma interferência de radiações como

aconteceram em Hiroshima e Nagasaki. Perguntei-lhe se radiações menos pulsantes,
menos
expoentes como as do Sol poderiam de alguma forma interferir nessa
combinação e você disse que absolutamente não, confesso que não estou satisfeito
com
suas respostas e continuo traqueando, não querendo vencê-lo ou qualquer coisa
do
gênero, quero aprender com você, ok.>>

<<Eduardo1 : As combinacoes aleatorias dos genes nos cromossomas sao parte
intrinseca do processo de criacao de ovulos e espermatozoides e nao
dependem de agentes mutagenicos externos. Alias, a vasta, vastissima, quase

a totalidade de qq mudanca mutagenica no processo vai inviabilizar o
desenvolvimento do futuro embriao e, portanto, nao desempenhara' qq funcao
nesse processo. Percebeu como vc volta e volta e volta aas mesmas
perguntas?>>

gemaba3 : Pois é Eduardo, talvez não esteja aceitando, de um ponto de
vista lógico linguístico suas respostas, você diz que nada corrobora em
prol de ponderar a ação do meio. Você diz que as mutações são meramente
aleatórias e fico a pensar logicamente o que é exatamente um gen? Pelo
que entendi, me corrija se estiver errado, um gen è uma sequencia
específica de bases, tento entender fazendo um paralelo com melodias
musicais, em suma, um gen sintetiza uma substância. Argumento que
a cópia de um ADN somático na produção de um ADN reprodutivo
possa não ser assim tão cega e aleatória como você queira transparecer
por uma razão simples. Tomando como fato que um ADN somático
sintetiza uma determinada, digamos proteína, quando acontece o bailar
dos alelos e o crossing over, o ADN reprodutivo formado conterá
o código para se fabricar a mesma proteína, isso acontece de forma
cega e puramente aleatória????????? Desculpe Eduardo, não
consegui engolir sua explicação baseando-me em lógica e linguística, ok.
Pondere!!! Como uma coisa cega e aleatória transmite uma informação
específica, no caso, sintetizar uma proteína????!???

<<gemaba1 : Você foi mais preciso com a metáfora das continhas lisas e rugosas.
Você me
pediu para imaginar 60 mil continhas de colar, divididas em dois grandes grupos,

de modo q tenha um conjunto de 30 mil pares de continhas.
Você pediu pra imaginar que sao redondas, 30 mil lisas e 30 mil rugosas,
pra distinguir. Você pediu pra imaginar que cada continha e' um gene. Fiquei
a pensar se
não seria imaginar as continhas como bases, não? Adenina, guanina, citosina,
timina,
uracil?>>

<<Eduardo1 : Nao. Ai' nossa imagem estaria numa escala ainda menor.>>

gemaba3 : Hummmmm Eduardo, que bom. Uma pena a falta de imagens.

<<Eduardo1 : Cada gene e'
formado por longas fileiras dessas bases, ligadas duas a duas, como degraus

de uma escada, sendo os 'corrimaos' uma estrutura formada por acucares e
fosfatos.>>

gemaba3 : O gen que sintetiza uma proteína em uma célula é transmitido a
célula reprodutiva, pois não? O que determina especificamente um gen?
Uma sequencia espécifica de cadeias? Dando um exemplo, suponhamos
que uma determinada substância seja produzida em seu corpo e no meu,
o gen que produz essa substância em meu corpo tem a mesma sequência
de bases do gen que fabrica a mesma substâmncia em seu corpo? Desculpe
a inocência das dúvidas?

<<Eduardo1 : Isso e' o ADN. Em nossa analogia, seria como imaginar cada
continha como formada por sua vez por uma linha enovelada, e cada linha
enovelada formada por uma longa cadeia de As, Gs, Ts e Cs. (A uracila so'
existe no ARN).>>

gemaba3 : Você usa as metáforas dos colares, prefiro comparar o ADN
com a linguagem musical. Cada par de base é uma nota, os pares de
bases se enfileiram formando os gens, que no caso da música seriam
as melodias. Só que o ADN è uma música misturada com linguagem
algoritimica de computadores, um fusor de linguagens. Esse ADN
visto como linguagem é muitíssimo interessante e insisto que meu interesse
pelo assunto é recente denotado pela infantilidade visível de meus
conhecimentos específicos e insisto que faço apenas um exercício
lógico linguístico propondo hipóteses, como você disse, totalmente
absurdas, pelo menos até você ler de uma fonte mais confiável, tudo
bem.

<<gemaba1 : Você disse que cada par liso/rugoso forma um par alelo de genes,
poderiámos
dizer um par alelo de bases, não?>>

<<Eduardo 2 : Nao. Cada gene e' formado por uma longa sequencia de bases, como

expliquei acima.>>

gemaba3 : Mas no fundo os alelos escolhem bases, ou não? Eles não montam
uma estrutura similar ao que vão copiar? Insisto Eduardo, a culpa não é sua,

é minha, preciso estudar um pouco o tema para tornar nosso debate mais
consistente e pondero links interessantes acerca do tema que pra mim serão
mui biem viendos.

<<gemaba1 : Você pediu que imaginenasse q cada conjunto de continhas
lisas e rugosas por sua vez esta' dividido em 23 cores, uma para cada
cromossoma.Continuo a perguntar se os cromossomas tem algo haver com nossa formação

essencial,tipo assim, o cromossoma número 1 se relaciona a formação essencial
de
nossos,diríamos, pés?>>

<<Eduardo2 : Nao. Os genes se espalham mais ou menos aleatoriamente entre os

cromossomas, com trechos com muitos genes cercados por longas extensoes
rarefeitas geneticamente, so' com ADN 'junk' (lixo), sem funcao conhecida.>>


gemaba3 : Tipo assim, o ADN é uma zorra total? Huuuummmmmm, sei não?
Essa não função conhecida possa ser a parte reguladora do controle da
inatividade ou atividade dos gens produtores de substâncias em relação
a posição que se encontram no organismo que representam. Por exemplo,
as células somáticas da pálpebra de alguma forma desconhecida por
pouco tempo sabem que compõem a essencialidade da pálpebra e
ativam gens espécificos que produzem substâncias espécificas relacionadas
a pálpebra. Você não vê claramente um algorítimo aí??? Talvez você
nunca tenha feito um programa? Você tem a noção de algorítimo? De
lógica de programação?

<<gemaba1 : Você disse que temos continhas lisas azuis e rugosas azuis p/
o cromossoma numero 1 de cor azul, continhas lisas vermelhas e rugosas
vermelhas p/ o cromossoma numero 2 de cor vermelha, e assim por diante,
ate' chegar ao cromossoma 23 de cor, digamos, magenta. Achei lindo sua metáfora,

que memes instigadores!!!( risos!!!)
E você me pediu pra mim o mais difícil de imaginar sem uma boa animação
pra dar uma força, você pediu que imaginesse q cada continha lisa ou rugosa

de cada cor tem um número, identificando o gene correspondente desse par de
continhas em cada
cromossoma. Fiquei pensando se era gen ou base nitrogenada que já me causou

dúvida.>>

<<Eduardo2 : Espero agora q isso esteja esclarecido.>>

gemaba3 : Posso ser sincero, agora é que fiquei confuso de vez e insisto em
minha
culpa, preciso, pelo menos, ver fotos dos cromossomas, das bases, de preferência

animadas e continuo achando uma pena ninguém dar sugestões de bons links,
de preferência gratuicos, acerca do tema.

<<gemaba1 : E você me presenteou com a pérola mais importante de seu discurso,

você me pediu que imaginasse pegando as 23 cordinhas coloridas, cada uma
representando um cromossoma q sera' 'montado' na geracao de um conjunto
haploide (apenas 23 cromossomas isolados, sem seus pares) em cada ovulo.
E você pediu que simplificasse e disse que cada cordinha seria preenchida
por um numero igual de continhas, formando 23 colares de cerca de 1300 continhas
cada um.
Imaginei que quando isso acontece a cordinha possa escolher entre o base
da direita ou da esquerda, ou no máximo, não copiar nenhuma, ou tem outra
opção? Aí fiquei imaginando aquele troço complicado que você disse lá em
cima em relação aos alelos, cada cromossoma possui um alelo, é isso mesmo?>>


<<Eduardo2 : Nao, nas celulas somaticas cada cromossoma tem um alelo de cada
gene
desse cromossoma. O outro alelo fica no outro cromossoma igual do par. Nas
celulas reprodutivas ha' apenas um cromossoma de cada tipo, sem seu par.>>

gemaba3 : Xiiiii Eduardo, desculpe, fiquei mais confuso ainda. Huuuummmm,
cada gen tem um alelo, cada gen é constituído por uma sequência específica
de bases, existem gens que sintetizam substâncias, existem gens que não se
sabe a função. Na produção de uma célula reprodutiva os alelos de cada
gen são de alguma forma estimulados e começam a bailar. Fiquei confuso
Eduardo e insisto que preciso de uma referência visual pra melhorar o
discurso.

<<gemaba1 : Se for isso e os cromossomas puderem se relacionar com a nossa natureza

essencial, nossos pés, mãos, cérebro, orgãos, bla,bla,bla, reforça minha
desconfiança da interação com o meio e começo a perceber como isso
ocorre, mas como você disse certa vez, posso estar completamente
enganado, pois não?>>

<<Eduardo : Pode. E de fato esta'.>>

gemaba3 : Que perda de tempo esse nosso debate em amigo, já trocamos
uns cinco ou seis E-mais até extensos discutindo um monte de merdas
absurdas de uma mente esquizofrênica, minha esposa tem razão, deveria
voltar mesmo prum hospício.(risos!!!)

<<gemaba1 : E finalmente você fez o colar, que seja, você produziu de uma célula

somática uma célula reprodutora, seria isso? Você pediu para começar
a fazer o colar vermelho retirando ao acaso 1300 continhas da
sacola de continhas vermelhas, rugosas e lisas juntas, uma de cada vez.
E imaginei e foi lindo minha imaginação, obrigado de coração. Mas aí
é que continuo insistindo e replicando e treplicando e nplicando, esse
momento tão belo na natureza, que mostra seu poder de se
complixar, é algo puramente casual, aleatório?

<<Eduardo2 : Sim. Chocante, mas verdadeiro.>>

gemaba3 : Chocante mais verdadeiro? Como asssimmmm???!??!? Você
disse que cada gen tem um alelo e que cada cromossoma é formado por
um par de gens. Quando a célula somática produz outra reprodutiva
cada alelo de cada par de gen baila e copia o gen da célula somática?
O crossing over é que escolhe entre um alelo de um lado ou do outro?
Desculpe, tô confuso acá e insisto que é minha decantada desinstrumentalização,

desculpe. Pode começar a dizer que você não tem tempo pra falar com
um imbecil completa como essa égua belorizontina. (risos!!!)

<<Eduardo2 : Isso não acontece
no meio? Existe aí apenas esse raciocínio frio matemática e
calculista? O alelo não sente?>>

gemaba3 : Ops peraí, falta você responder a pergunta de como
o ADN reprodutivo poderá sintetizar uma mesma substância
que o ADN somâtico sintetizava, fiquei em dúvida, aliás,
várias e várias e várias dúvidas de uma anta que não pode
procurar uma biblioteca.

<<Eduardo2 : Nao, genes sao apenas moleculas. Alias, nem isso. Genes sao pedacos
de
moleculas.>>

gemaba3 : O gen é uma forma expressional, um código que sintetiza substâncias
e que,
de alguma forma regulam a função algoritima do código ADN que quando é
executado em um ambiente propício compôem a essência formal do ser
que representam.

<<gemaba1 : Ele escolhe de alguma forma,
pois não? Pelo que entendi quando o ambiente não está
proprício, como ocorreu no japão após a segunda guerra,
eles podem até não escolher nada, ou seja, quererem cometer
um certo tipo de suicídio, pois não?>>

<<Eduardo2 : Nao. Inclusive os efeitos ocorreram apenas em fetos, onde havia
uma
grande taxa de divisao celular e onde qq mutacao seria rapidamente
transmitida a um grande numero de celulas do individuo. Nao houve mais
nascimentos deformados no Japao. Inclusive uma comparacao de 250 mil
pessoas q sofreram os efeitos diretos da bomba com outras 250 mil pessoas
nao afetadas foi feita no Japao por quarenta anos. Os dois grupos nao
mostraram diferenca significativa em termos de problemas geneticos e
malformacoes fetais.>>

gemaba3 : Ponto pra você. Insisto Eduardo, cheguei no limite pra que
nosso debate não fique rídiculo por minha culpa, terei que estudar um
pouco o tema e quissá no fututo possamos navamente dissecá-lo
com mais propriedade, pode esperar que o faremos em breve.

<<Gemaba1 : Bem ok, entendi muito
bem a estatística matemática produzindo ADN reprodutivos
únicos, uma explicação que discarta outras ponderações, será?
Peguemos como exemplo o cromossoma de cor vermelha
e ponderemos mesmo que sem certeza que esse cromossoma
irá determinar a essencialidade formal de nossos pés. Quando
uma célula somática produz uma célula reprodutiva o alelo
escolhe sob influência direta do meio, radiações e o sentir
do ser, as bases que comporam o cromossoma vermelho.
Essa escolha já dá uma bela variedade de cromossomas
vermelhos que são, por isso, únicos em sua essencialidade.
Mas pondero que essa escolha não é tão aleatória assim,
o alelo tem que escolher entre a base do par da direita ou
do da esquerda. Como essas bases estão ali para serem
escolhidas, como elas chegaram até ali senão através da
interação do ser com a natureza? Tem que haver uma ligação
acá. Pra mim a brecha do Japão kamikase já está aberta.
Os alelos têm que escolher, ou não escolher e quissá eles
possam receber informações dos hormônios sintetizados
pelas glândulas hormonais para fazer com que o alelo
aumente ou diminua a cópia do ADN somático que dará
origem ao ADN reprodutivo. Pondere!!!>>

<<Eduardo2 : Ja' foi ponderado por biologos q entendem disso bem mais do q eu.

Trata-se de mero efeito estatistico. Pura probabilidade. Cada um de no's e'

geneticamente o resultado de uma volta de roleta a cada ovulo ou
espermatozoide criado.>>

gemaba3 : Huuuummm, sei não heim oh Eduardo, não acreditas você em
fatos que possam ser falsas verdades? Será que Lamark está assim tão
errado? Desculpe, responda a pergunta lá de cima, ok.

<<gemaba2 : Ok, possa ser, não nego. Quer dizer que imaginar o cromossoma
vermelho de seu exemplo como o responsável, diaríamos, pela formação essencial
de
nossos pés é algo enganoso, ok, pode ser. Me convença que estou errado e me
mostre
onde estou errado que agradeço e insisto, não estou acá a vender ou defender

verdades, estou apenas curioso sobre como posso estar acá agora escrevendo-lhe
um
E-mail.>>

<<Eduardo2 : Ja' se conhece o genoma humano. Um numero grande de genes ja' foi

estudado e sabe-se nao so' sua sequencia de bases como sua funcao
bioquimica. Genes de diferentes funcoes estao espalhados por todos os
cromossomas. Nao existe um cromossoma com a funcao de fazer um determinado
componente do corpo. Isso e' biologia basica. Espero q vc se convenca disso

com minhas ponderacoes. Se nao, e' so' consultar um bom livro-texto de
biologia. Nao sou dono da verdade.>>

gemaba3 : Os livros de biologis são uma espécie de bíblia pra você? Será que

todos os fatos apresentados nos livros de biologia são realmente fatos?

<<Gemaba1 : Responda-me então, supondo que o cromossoma vermelha representará
a
essenciliade de nossos pés, como os gens que, por exemplo, sintetizam a substância
de
nossas unhas está desativada no momento da fecundação e só posteriormente esses
gens
serão ativados. Se você não imaginar a parte reguladora do ADN fazendo isso
de
uma forma algortimica não vejo outra boa saída pra responder a pergunta. Espero
sua
resposta a pergunta, se você não tiver uma resposta já lhe dei. ADN é um código

linguístico que expressará a essencialidade do ser que representa quando estiver
executando
na natureza.Se você imaginar o ADN uma música algoritimica poderá ponderar que
quando o
ADN é fecundado ele começa a executar na natureza de uma forma
deterministica intrinseca e seus gens têm uns relação com os outros. Por exemplo,
quando o
ADN é fecundado os gens que sintetizaram as substâncias que formaram a unha
do
cidadão que ele representa está inativo. Esses gens se tornam ativos devido
a
alguma comunuicação que recebem e isso acontece de uma forma pseudo deterministica
aonde o meio
ambiente é peça importante do processo.>>

<<Eduardo2 : Os genes formam uma intrincada maquina, com um agindo junto com
os
outros e sendo acionados ao longo do tempo por substancias quimicas geradas

direta ou indiretamente pela acao de genes. Se vc quer chamar isso de
linguagem em q se expressa a natureza, e' com vc, mas mostrei q e' uma
imagem enganosa.>>

gemaba3 : Desculpe você não me convenceu e insisto que se misturarmos a
linguagem musical e a linguagem algoritimica e estudarmos o ADN dá samba
de criolo doido. (risos!!!)

<<gemaba2 : Ops peraí seu moço. O que tem haver o sujeito que fala a
linguagem com a linguagem, você queira dizer que o umbigo do cosmos criou a

linguagem? O umbigo do cosmos formulou a linguagem, nomeou como gosta RR. A
linguagem
é algo inirente há natureza, os pássaros possuem sua linguagem, os
golfinhos, essa estória de você se basear no homem como só ele como detentor
da
linguagem é falácia. O ADN é um código pseudo determinista aonde o meio é importante

em sua execução. ADN reage ao meio, provavelmente os alelos recebam
estímulos hormônais para copiarem digamos, de forma aumentativa, o
ADN somático.>>

<<Eduardo2 : Quem usou a metafora da linguagem foi vc.>>

gemaba3 : Não postulo ser uma metáfora o ADN ser um código
linguístico natural, uma linguagem com viés algoritimico e musical.

<<Eduardo2 : E linguagem e' uma coisa q
se usa p/ se expressar. Um objeto a servico de um sujeito, mesmo q nao
necessariamente humano. Por isso disse q a imagem e' enganosa. A natureza
nao se expressa pelo ADN, ao contrario, a natureza e' a expressao do ADN.>>


gemaba3 : A natureza executa o ADN quando ele é fecundado que segue
um algoritimo determinado em sua essencialidade com regras bem definidas
e pre-estabelecidas herdados das células somáticas. Continuo confuso!!!

<<gemaba2 : Acá você me deixou confuso de novo, moléculas, você disse
substancias, não? Proteínas, não? Explique melhor como a ´molécula entra nessa
história?
Não entendi, explique melhor por favor?>>

<<Eduardo2 : Todos os seres vivos nao sao em ultima analise o resultado da acao
de
enzimas? E enzimas nao sao proteinas codificadas pelo ADN? E tanto o ADN
como as enzimas nao sao moleculas? E as proteinas nao enzimaticas q formam
a estrutura de nossos corpos tb nao sao moleculas? Proteinas sao
substancias quimicas. Apenas outra forma de expressao. Substancia e' mais
generica, pois podemos ter substancias quimicas nao moleculares, mas nao
vamos complicar a guerra.>>

gemaba3 : Insisto que preciso estudar mais o tema, ok.

<<gemaba2 : Continuo não entendendo muito bem o que você está dizendo e
continuo achando meio contraditório quando você diz que somos a expresão
visível dessa linguagem bioquímica e ao mesmo tempo diz que o ADN não
é uma linguagem bioquimica, uma espécie de algoritmo musical que trabalha
com os gens que são uma espécie de melodia, uma forma expressional que
sintetizará ou controlará a sintetização de proteínas. Moléculas também?
Explique um pouco melhor, é possível?>>

<<Eduardo2 : O ADN usa uma 'linguagem', de fato, um 'codigo'. Cada grupo sequencial

de três bases nitrogenadas (tiradas do conjunto de quatro G, A, T, C) no
ADN codifica a incorporacao de um determinado radical aminoacido na cadeia
proteica codificada por esse trecho de ADN (por esse gene, portanto). E' o
chamado 'codigo genetico'. Todos os seres vivos usam esse mesmo codigo (o q

e' uma prova de nossa origem comum, pois todo codigo e' arbitrario). Creio
q essa e' a unica metafora razoavel com linguagem na genetica. Mas respeito

sua opinao sobre o assunto.>>

gemaba3 : Não estou dando opinião, estou avaliando o tema de uma forma
lógico linguística que contei a você lá em cima como foi, a história da música

e do program de TV sobre ADN e insisto que uma sintetise das linguagens musical

e algoritima e um bom estudo do ADN possa elucidar muitas facetas da
possibilidade de estarmos acá trocando algumas vezes farpas mas muitas
vezes memes insigthianos.

Abs,
Eduardo Torres

Idem ibidem!!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br






http://www.ieg.com.br


SUBJECT: Re: conversao kg/h m3/h
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2003 23:12


Pois é, Lígia, mas o problema são as CNTP... Geralmente quem mexe
com vapor mexe a alta pressão e temperatura. Além disso, o vapor d'água
nessas condições afasta-se abissalmente de um gás ideal. Na verdade, não se
aproxima jamais de um, a não ser que esteja extremamente rarefeito. Então,
tem que arrumar uma equação ou tabela que relacione pressão, temperatura e
volume para o vapor d'água. O melhor, creio, é consultar uma tabela de
vapor. É uma tabela que relaciona a propriedades do vapor em diversas
temperaturas e pressões. Acho que isso pode ser encontrado em livros de
engenharia - talvez de engenharia química - ou em publicações
especializadas. Os engenheiros da lista podem ajudar...

Logo, para o nosso amigo resolver seu problema, ele tem que saber
a temperatura e a pressão típicas de um "cozinhador" (o que é isso?).

Belisário

At 01:57 28/02/03 +0000, you wrote:
>Bem, já que os demais não se manifestam,
>
>Parece que nem é tão complicado assim: temos o valor a ser calculado
>em m3/h que é de 1800 kg/h. Se não há alteração do estado e o que
>está sendo medido ainda é vapor só que em m3, basta a conversão de Kg
>para m3 para o vapor d'água.
>
>Tomando-se para a densidade da água que 1 L = 1 Kg, que 1 m3 = 1000 L
>e que a densidade do vapor d'água nas CNTP é de ~ 22 g/m3 então:
>
>Em 1 Kg teremos 2,2*10^-5 L de vapor d'água, assim em 1800 Kg teremos
>0,0396 L. Para a conversão teremos 3,96*10^-5 para 1 m3. Se estamos
>falando em m3/h, o valor é de 3,96*10^-5 m3/h.
>
>Beijos, Lígia
>
>
>
>**************************************
>
>
>--- Em ciencialist@y..., "Edson Vizzoni" <evizzoni@h...> escreveu
> > Amigos,
> >
> > Repasso uma pergunta que um engo. fez num site sobre manutenção
>industrial.
> > Parece-me uma questão ideal para nossos físicos e físicas.
> > Mantive o texto em maiúsculas, pois foi assim que o autor escreveu
>e eu
> > estou com preguiça de mudar.
> >
> > Um abraço,
> >
> > Vizzoni
> >
> > ********************
> > NECESSITO DA AJUDA DE VOCÊS PARA TRANSFORMAR O CONSUMO DE VAPOR
> > DE UM COZINHADOR DE 1800 kg/h EM m3/h, ALGUÉM SABE COMO FAZER?
> > EU PENSEI NO CÁLCULO DA DENSIDADE, MAS NÃO CONHEÇO A DENSIDADE
> > DO VAPOR, ACHO QUE ELA NÃO É CONSTANTE. ALGUM DE VOCÊS CONSEGUE
> > CALCULAR?
> > **********************



SUBJECT: Re: conversao kg/h m3/h
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/02/2003 23:26

Oi Belisário,

Eu estava pensando justamente nisso e já ía postar uma ERRATA.
Paciência... o problema continua sem resposta... :)

Beijos, Lígia

*******************************

--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
>
> Pois é, Lígia, mas o problema são as CNTP... Geralmente
quem mexe
> com vapor mexe a alta pressão e temperatura. Além disso, o vapor
d'água
> nessas condições afasta-se abissalmente de um gás ideal. Na
verdade, não se
> aproxima jamais de um, a não ser que esteja extremamente rarefeito.
Então,
> tem que arrumar uma equação ou tabela que relacione pressão,
temperatura e
> volume para o vapor d'água. O melhor, creio, é consultar uma tabela
de
> vapor. É uma tabela que relaciona a propriedades do vapor em
diversas
> temperaturas e pressões. Acho que isso pode ser encontrado em
livros de
> engenharia - talvez de engenharia química - ou em publicações
> especializadas. Os engenheiros da lista podem ajudar...
>
> Logo, para o nosso amigo resolver seu problema, ele tem
que saber
> a temperatura e a pressão típicas de um "cozinhador" (o que é
isso?).
>
> Belisário
>
> At 01:57 28/02/03 +0000, you wrote:
> >Bem, já que os demais não se manifestam,
> >
> >Parece que nem é tão complicado assim: temos o valor a ser
calculado
> >em m3/h que é de 1800 kg/h. Se não há alteração do estado e o que
> >está sendo medido ainda é vapor só que em m3, basta a conversão de
Kg
> >para m3 para o vapor d'água.
> >
> >Tomando-se para a densidade da água que 1 L = 1 Kg, que 1 m3 =
1000 L
> >e que a densidade do vapor d'água nas CNTP é de ~ 22 g/m3 então:
> >
> >Em 1 Kg teremos 2,2*10^-5 L de vapor d'água, assim em 1800 Kg
teremos
> >0,0396 L. Para a conversão teremos 3,96*10^-5 para 1 m3. Se
estamos
> >falando em m3/h, o valor é de 3,96*10^-5 m3/h.
> >
> >Beijos, Lígia
> >
> >
> >
> >**************************************
> >
> >
> >--- Em ciencialist@y..., "Edson Vizzoni" <evizzoni@h...> escreveu
> > > Amigos,
> > >
> > > Repasso uma pergunta que um engo. fez num site sobre manutenção
> >industrial.
> > > Parece-me uma questão ideal para nossos físicos e físicas.
> > > Mantive o texto em maiúsculas, pois foi assim que o autor
escreveu
> >e eu
> > > estou com preguiça de mudar.
> > >
> > > Um abraço,
> > >
> > > Vizzoni
> > >
> > > ********************
> > > NECESSITO DA AJUDA DE VOCÊS PARA TRANSFORMAR O CONSUMO DE VAPOR
> > > DE UM COZINHADOR DE 1800 kg/h EM m3/h, ALGUÉM SABE COMO FAZER?
> > > EU PENSEI NO CÁLCULO DA DENSIDADE, MAS NÃO CONHEÇO A DENSIDADE
> > > DO VAPOR, ACHO QUE ELA NÃO É CONSTANTE. ALGUM DE VOCÊS CONSEGUE
> > > CALCULAR?
> > > **********************



SUBJECT: Re: [ciencialist] Novo Millikan - Carga fracionária do eletron
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/02/2003 23:33

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Thursday, February 27, 2003 9:06 AM
Subject: [ciencialist] Novo Millikan - Carga fracionária do eletron

> Oi 'et all' e Belisário,
> Gostaria de 'ficar mais por dentro' da série de experimentos realizados
> pelo Grupo de Stanford que, lá pelas bandas de 80 (creio), repetiu (numa
> versão mais moderna) a experiência de Millikan; desta vez usando oito
> esferas de nióbio (material que se torna supercondutor lá pelas
> proximidades dos -273 graus Célsius), ao invés de usar de gotas de óleo.
> Parece-me que nessa série e outras posteriores todas concordaram com
> cargas fracionárias para o elétron.

Eu não ia dizer nada, pois os meus elétrons sequer têm carga coulombiana,
quanto mais frações dessa entidade que não existe. Mas como até agora
ninguém deu bola para o seu apelo, vou expor o que penso a respeito.

Pelo visto, graças a um descuido sem precedentes na história das revistas
sérias de física, saiu publicada alguma coisa a esse respeito em "G. S.
LaRue, J. D. Phillips, and W. M. Fairbank, Phys. Rev. Lett. 46, 967 (1981)",
mas os responsáveis pela heresia já foram mandados para a fogueira da
Inquisição dos Tempos Modernos juntamente com o "referee" que dormiu no
ponto. A revista responsável pela publicação dessa apocrifia já se penalisou
contratando um tal de Dr. Smith para desmentir essa doideira [vide "P. F.
Smith et al, Phys. Lett. B 153, 188 (1985)" e "P. F. Smith, Annu. Rev. Nucl.
Part. Sci 39, 73 (1989)."]

Apesar disso, e para que esses crackpots não venham a atormentar a vida dos
pacatos quânticos com mais bobagens desse tipo, o "Comitê Internacional de
Criação de Hipóteses Ad Hoc" já proclamou um decreto *permitindo*
(aprenderam essa com o Bohr) a existência de partículas outras, dotadas de
cargas fracionárias, além dos quarks. De acordo com o parágrafo único do
artigo segundo deste Decreto-Lei, nada obsta que uma partícula possa ter
carga fracionária, desde que ela esteja proibida, assim como os quarks, de
existir na forma livre. Isso pode ser lido numa excelente revisão sobre o
assunto publicado em http://arxiv.org/ftp/hep-ex/papers/0001/0001025.pdf . O
artigo terceiro do decreto quântico ainda prevê que tais partículas possam
existir na forma livre se, mas somente se, elas tiverem sido produzidas
naquela sopa primitiva do universo nascente (na época em que Deus jogava
dados com Lúcifer para saber se ia ou não dar uma companheira para Adão). E
o artigo quarto do mesmo decreto garante que se ainda assim algum crackpot
idiota conseguir encontrar outro resquício de cargas fracionárias,
provavelmente as partículas em consideração ou fazem parte de um universo
interligado, e portanto não estão efetivamente livres, ou então
complementam-se com suas pares existentes no universo paralelo, aquele mesmo
onde o gato de Schrödinger vive para o todo o sempre.

> Alguéns tens mais detalhes sobres istos? (observem a perfeita concordância
> de plural ... estou cada vez mais esmerando-me no departamento de ponto e
> vírgula de nossa língua.)

Eus nãos tenhos mais nadas as dizeres, aléns dos ques jás disses.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bias: má pesquisa, má conclusão
FROM: "dedoverde" <dedoverde@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/02/2003 00:33

> Ah e? Bem..meu ex namorado era engenheiro nao tinha nada
disso...rs
Essa mulher q se impressiona so com bens materiais nao e mais
o perfil da mulher moderna..muitas vezes nos q temos status e
por isso muitos sangues sugas vem atras da gente
Ass: Marta

> >From: "m@lu" <dedoverde@uol.com.br>
> >Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> >To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> >Subject: Re: [ciencialist] Bias: má pesquisa, má conclusão
> >Date: Fri, 28 Feb 2003 16:40:29 -0300
> >
> >Como assim impressionar as mulheres?
> >Ass: Marta
>
> Impressioná-
las com carro do ano, apartamento próprio, status
> social, etc etc etc...
>
> Guilherme
>
> ____________________________________________________________
_____
> MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.
com
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: h
ttp://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>


---
UOL, o melhor da Internet
http://www.uol.com.br/



SUBJECT: Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/02/2003 02:55

Olá Alberto!!!


--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> > *OBS: Note que o número de pontos de exclamação está
> > aumentando... :))
>
> Fico satisfeito com isso, mas ao mesmo tempo bastante preocupado,
pois
> quando chegar em !!! vão nos convidar para dialogar em outra
lista. ;-))


Lígia: Eheheh... vamos à Noosfera que, aliás, está às moscas
ultimamente. O Bulcão sumiu de lá... O Lúcio ídem... O Geraldo
vive postando as respostas dele às refregas de lá nesta lista.
Enfim, zoneiou de vez!:))



> > Lígia: Não sei se estou redondamente enganada, mas penso que
> > Einstein provavelmente leu e não compreendeu o significado
> > de "espiritus", ou "Atman", ou "Ruash" hebráico que numa tradução
> > grosseira seria o mesmo que "sopro", ou "aquilo que põe em
> > movimento". Da mesma forma que o Chi chinês, o tal "vapor",
sopro é
> > referente ao Espírito que é o que faz tudo se mover... Dizer que
> > tudo é movimento, nesse caso está errado também, já que para haver
> > movimento precisa haver "o que há a ser movido". Questão
> > transcendente esta... daqui a pouco me defenestram :))
>
> Não conheço a fonte inspiradora de Einstein, mas é bem possível que
tenha
> sido algum desses textos considerados apócrifos no Olimpo Acadêmico.


Lígia: Pois então... Ah, eu tenho uma dúvida e que "ninguém"(o
próprio :) nos ouça: em que eu posso estar faltando com a memória de
Popper de maneira notável inclusive para uma *douta-e-ilustre-
professora-d'além-mar*? Tendo visto que o Taborda "venceu" (o que,
qual o prêmio? Também quero!) e eu estou na berlinda agora faltando
com Popper depois de já ter meu nome afixado num *mural-da-vergonha-
de-trás-dos-montes-do-além-Tejo*, penso que estamos, eu e você, numa
mesma nau a naufragar pela "imprecisão do viver" à la Pessoa... daí
o apelo semi-desesperado para que você me elucide. O caso é que
careço de compreender minha falta antes que chovam tamancadas e
que "ninguém" as arremesse pela digníssima :))



> > Lígia: Bem... ou muito me engano ou ele, Newton, estava a
procura
> > do "Espiritus", ou "do que move". Seria isto um movimento
> > absoluto? Olhando assim, sem muito compromisso, parece mesmo que
> > Newton estava interessado no que move o Universo. Não apenas no
> > movimento em si, mas A origem do movimento, a causa primeva... e
> > fechar os olhos para isso parece que teve consequências um tanto
> > nefastas, não?
>
> É interessante notar que o Universo conhecido no século XVII era
bem diverso
> do atual. Havia naquela época a idéia de um território de estrelas
fixas,
> como que a representar um *possível* repouso absoluto. Newton
freqüentemente
> refere-se a esse território como a sede de um repouso absoluto, mas
esse
> *possível* não é invenção minha, é o que se lê nos Principia. Hoje
sabemos
> que esse território das estrelas fixas é aparente, pois as galáxias
estão se
> afastando, logo nada está fixo no Universo. Mas isso não muda em
nada a
> física newtoniana, pois ele não se comprometeu com essa região de
repouso
> absoluto. Simplesmente ele assumiu a existência de um espaço
absoluto, em
> relação ao qual poderia em teoria imaginar esse repouso absoluto.


Lígia: Bem, o conceito do Eliseum era bastante enraizado na época.
Interessante é que Giordano Bruno não parece ter tido dificuldades em
imaginar um espaço dinâmico e contentor de vida ao ler as obras de
Epicuro...


(...) Hoje
> poderíamos pensar nesse repouso absoluto como algo fixo em um big-
bang
> clássico, um verdadeiro centro do Universo numa conturbação de
violência
> tal que corpo algum estaria efetivamente em repouso. Ao contrário
daquele
> marasmo próprio ao imaginário território das estrelas fixas, o
repouso seria
> agora tão somente de natureza teórica, onde um hipotético
observador, alheio
> às forças aí existentes, constataria a fuga das galáxias de uma
região
> ultra-privilegiada, e que poderia ser chamada o zero absoluto do
Universo.

Lígia: Certo. Bem, casando-se a idéia de um possível Big-Bang com o
conceito de repouso absoluto, que apresenta-se impraticável já que
tudo está em movimento, temos a singularidade como representação de
tal zona? Nossa! Muitos já notaram que levando-se em conta o fato
de o tempo escoar-se lentamente tendendo ao infinito nessas
condições, tal situação seria a mais propícia para explicar o
conceito de Eternidade pela ausência do tempo e consequentemente
perfaz uma idéia de "repouso absoluto". Mas duvido que Newton possa
ter "previsto" tal conceito já naquele tempo... é você quem está
pressupondo, não? Ou terei sido eu? A singularidade é quântica... :/



(...)
> Porque eu disse que deveríamos ter cuidado com essa interpretação?
Porque da
> maneira como utilizamos a conservação do movimento na atualidade,
fixamos
> antes um referencial. Ganhamos em um lado (o lado matemático, na
resolução
> de problemas) mas perdemos de outro (deixamos de perceber uma
importante
> diferença, a caracterizar o quanto é importante o movimento
absoluto para a
> física newtoniana). E porque ele é importante? Muito simples: as
forças de
> interação modificam tão somente o movimento absoluto. E o que são
essas
> forças de interação? Lembro que até chegar nesse princípio, Newton
ainda não
> fez a apresentação oficial de suas leis.


Lígia: Mas é engraçado pretender que a interpretação de um conceito
de absoluto/relativo possa ter dado entender que a Física Newtoniana
apenas levava em consideração referenciais absolutos... eu entendo
que nessas nossas conversas você tem defendido esse seu ponto de
vista que toma por relativo o que normalmente é interpretado por
absoluto quando se fala em Newton... mas se é da forma como você
apresenta, como então mais ninguém chegou a essas conclusões antes?
O que há de errado na forma de perceber a Física de Newton que
permita tal erro e consequentemente a inviabilidade de tais conceitos
para maiores escalas como as do espaço cósmico por exemplo enquanto a
RG parece cair como uma luva?


Essas forças representariam nada
> mais, nada menos, do que a maneira como a matéria se comunica, ou
como a
> matéria se interage. Nada numa mão, nada na outra. :-) Estou
falando do
> espírito da matéria newtoniano, o outro de seus essenciais a que
chamo por
> "informação do movimento da matéria". Newton não previu que seu
espírito da
> matéria fosse decorrente única e exclusivamente do movimento da
matéria, mas
> previu a sua existência. E se ele teve escrúpulos em não declarar
de maneira
> acintosa a existência desse espírito da matéria (pelo menos em seus
textos
> científicos), certamente isso se deve a ele não ter conseguido
reunir na
> época razões suficientes a relacionarem causa (movimento) com
efeito (também
> movimento).


Lígia: Então vejamos: se há movimento, há o espírito da matéria e a
consequente intercomunicabilidade entre objetos em movimento. E mais
interessante ainda é notar que o conceito desse tal de "espírito da
matéria" é difundido também em certas doutrinas filosóficas que são
encaradas como "ciências ocultas". O conceito de Karma ( que em
sânscrito significa movimento) é basicamente levar em conta que onde
há ação (movimento) há existência e que é pelo fato de
existirem/estarem em movimento em relação a um referencial absoluto
que tais corpos podem ser notados como reais... Newton estava
fazendo uso de conceitos bastante interessantes para compreender a
essência da matéria. Talvez seja por isso que ele tenha chegado a
respostas tão absolutamente corretas quando da elaboração de suas
fórmulas para movimentos de corpos em sistemas.




> Lembro-me que recentemente discutiu-se muito aqui na Ciencialist o
problema
> das forças fictícias ou virtuais. Visto pelo prisma atual, eu diria
que
> qualquer força que NÃO possa ser pensada como decorrente
do "espírito da
> matéria" newtoniano seria uma força fictícia ou virtual. Seria uma
força
> incapaz de promover uma modificação do movimento absoluto de um
corpo,
> modificando tão somente o movimento relativo. Se o nome fictícia ou
virtual
> está certo ou errado, eu não sei dizer. Sinceramente, acho
esquisito dizer
> que fulano foi hospitalizado após ter recebido uma pancada virtual
ou
> fictícia. ;-) Não obstante, rigorosamente falando essa força não
existe,
> pois "relative motion can be generated and changed without the
impression of
> forces upon this body". Na realidade o indivíduo foi hospitalizado
não pela
> ação da força virtual, mas pelo choque, ou pancada real, com o
outro corpo
> (por exemplo, o parabrisas de um automóvel) que teve seu movimento
absoluto
> alterado pela ação de uma força real.


Lígia: A Inércia, nesse caso da pancada desse indivíduo, é que foi
responsável pela colisão da cabeça dele contra o para-brisas. O
motorista estava estático em relação ao automóvel em movimento que o
continha :) Assim sendo, uma "força virtual" seria a resultante da
inércia antes que de algo que realmente tenha impuslionado nosso
infeliz morotista contra o para-brisas. Existiria Força real nesse
caso se o banco do carro tivesse molas que ejetassem o motorista
carro a fora mesmo com o carro parado, que não existem. Mas existe
uma força real que freiou o carro e consequentemente fez o corpo ser
ejetado pela inércia que induziu a uma resposta ao freio como a de
molas ejetoras... Penso que o movimento gerado por tais molas
ejetoras que não existem é que possa ser considerado como uma força
virtual, ou fictícia. Na realidade só existe nesse caso é o
movimento do carro/interrupção do movimento do carro.





> > Lígia: Bem, se por fótons entende-se um conjunto de
> > corpúsculos de Newton, a primeira coisa a ser feita seria:
encontrar
> > tais corpúsculos e achar-lhes a massa... caso contrário não
poderiam
> > ser classificados por corpúsculos, já que um corpo por definição
> > apresenta massa e volume. O que fazer então?
>
> Em primeiro lugar precisaríamos caracterizar muito bem os campos
que agem
> sobre esses corpúsculos. Que eles existem eu não tenho a menor
dúvida. A
> difração, a refração, o efeito Malus... são todos efeitos
originados por
> algum(ns) campo(s) de força agindo sobre esses corpúsculos. (...)O
quase impossível, a meu ver, seria
> fazer com que uma fração significativa de físicos, tanto
teorizadores quanto
> experimentais, acreditasse nessa idéia, pois isso é um trabalho
para ser
> feito por muita gente e sem nenhuma garantia de sucesso.


Lígia: Principalmente porque as pesquisas estão totalmente voltadas
à confirmação da MQ em todas as suas implicações diretas ou
indiretas... sinceramente eu não vejo muita chance dessas idéias
serem questionadas.


> > Lígia: É... lá vamos nós ao *absoluto*... pelo jeito intuí
> > certo! :))
>
> Perfeito. Eu diria apenas que sob esse aspecto o big-bang está para
nós
> assim como as estrelas fixas estavam para Newton. Não é impossível
que daqui
> a 300 anos descubram que o Universo contém milhares de big-bangs, e
que o
> nosso é apenas um big-banguezinho de um big-sistema-solar e que se
move em
> direção a uma big-estrela fixa. ;-))


Lígia: Não vamos exagerar... :)) Decididamente eu não concordo com a
idéia de micro-buracos-negros, brancos e muito menos com sequências
de BBs...




> > 5. Portanto, caso a matéria não seja reciclável, ou seja gerada
> > constantemente em locais ainda não observados,...
>
> É isso aí! Cruzinha na opção (5). :-)

Lígia: Vai que é justamente aí nesses lugares não observados que
encontra-se a "energia escura"... ?



> > ... todas as galáxias visíveis têm seu fim já traçado: suas
estrelas
> > serão tragadas pelo seu núcleo, como num ralo... e o que restará
será
> > apenas e tão somente um buraco-negro ultra hiper massivo
deformando o
> > espaço ao redor de si para todo sempre... e possivelmente
brilhando
> > quando de sua "anulação" pela emissão contínua a intervalos de
tempo de um
> > átomo... de acordo com Hawking. :)) Esta é a "morte"g alática
em
> > sua mais crua acepção... e estamos todos fadados a isso, sem
> > exceção.
>
> E o que restará após este buraco-negro (se é que eles existem de
fato) se
> consumir através de um processo violentamente irreversível, dada sua
> dimensão irrisória em relação ao restante do Universo?


Lígia: Bem... buracos negros não são visíveis mas a capacidade de
certos polos de atração gravitacional são incrivelmente violentos...
e há astrônomos verificando estrelas sendo "acionadas" em alta
velocidade para "alguma coisa" lá dentro do núcleo da Via-Láctea.




Eu diria que em
> pouquíssimo tempo cósmico esse buraco negro será totalmente
transformado em
> entropinos, que nada mais são senão corpúsculos de Newton atípicos.
E estes,
> ou acabarão, mais cedo ou mais tarde, retornando ao centro do
Universo, ou
> então serão trocados com entropinos provenientes de outros big-
bangs (caso o
> Universo seja constituído por múltiplos big-bangs, como ultimamente
alguns
> já chegaram a suspeitar). É bom deixar claro para os leitores que
estão
> pegando o bonde andando, que boa parte do que estou falando reside
no campo
> das especulações. Algumas bem fundamentadas, mas não deixam de ser
> especulações.


Lígia: Essa história de múltiplos big-bangs é interessante. O que
Linde propõe é que haja vários universos divididos por linhas
divisórias que seriam seus limites imediatos, sendo que em cada um
desses universos toda uma ordem implicando até mesmo em leis
diferentes das dos outros são estabelecidas desde o princípio... é
uma idéia, nada mais que uma idéia... não boto fé nisso não... :))


> > Lígia: Os entropinos ou neutrinos teriam a capacidade de criar
> > uma "teia" de sustentação gravitacional para o Universo...
impedindo-
> > o de se expandir ad infinitum... até aí tudo bem. Mas e a
questão
> > da "matéria prima auto sustentável"? De onde surgiriam mais
átomos
> > de hidrogênio suficiente para a criação de mais estelas e
galáxias, e
> > para onde iriam as galáxias moribundas? Onde está o berçario de
> > novas galáxias se estas que contemplamos estão com seus bilhões de
> > anos contados? :))
>
> Os entropinos são corpúsculos de Newton, a base da luz e de tudo o
mais.
> Onde há luz, tudo o mais pode ser recriado, é suficiente que seus
> corpúsculos consigam novamente se entrelaçar. Como disse
anteriormente,
> eles são atípicos no sentido de viajarem de maneira a não
conseguirem
> penetrar em elétrons. Mas no centro do Universo eles estariam
chegando numa
> quantidade fabulosa e num meio energético tal a possibilitar que se
> reagrupem em novos elétrons, prótons, nêutrons e tudo o mais. O Um
dá origem
> ao Dois, e o Dois produz o Três e tudo o mais (Lao-Tse). O big-bang
clássico
> é, ao meu ver, uma fogueira eterna, e o Universo é reciclável e
> auto-sustentável.


Lígia: Bonita idéia essa... sinceramente. O problema seria
encontrar os entropinos... :))



> > > Seria essa comunicação uma resposta? Sinceramente não sei e não
vejo
> > > como saber, a não ser através da fé e de mais nada.
>
> > Lígia: Veja só: se há um movimento absoluto, se há um espaço
> > absoluto, se há um "campo de informação de tal movimento
> > absoluto"... vamos somando, há um ponto de onde tais "absolutos"
> > partem e de certa forma, dada a "regionalidade" do universo,
dividido
> > em setores do absolutamente "macro" ao infinitezimalmente
> > absoluto "micro", entende-se que tal "absoluto" envolva
> > tais "regionalismos" ou estamos simplesmente "fora" do salão de
baile
> > especulando que música está tocando lá dentro... :))
>
> Bem, digamos então que existe uma certa lógica além da fé pura e
simples [Já
> que eu resolvi encarar numa boa a expulsão da Ciencialist, não vejo
mal
> nenhum em acrescentar mais alguns ingredientes como este :-)] Neste
caso
> chegamos naquela idéia de um Universo interligado. Mas eu ainda
acho que
> isso ainda é muito pouco. Eu consigo até mesmo entender essa
interligação
> sob um ponto de vista da física newtoniana, mas não consigo evoluir
a partir
> daí a não ser deixando de lado o método científico. Ou seja, sob
esse
> aspecto eu fico naquele mesmo impasse que Newton ficou, a ponto de
ter
> escondido no bolso do colete o seu "espírito da matéria".




Lígia: Mas é justamente essa falta de "interligação" entre o que é
intuído e o que é experimentado que gera todo o conflito armado entre
o que está acontecendo e o que a gente entende pelo que está
acontecendo... Parte da minha busca pessoal é justamente entender o
que motiva um místico a apenas agir sem se preocupar com os detalhes
científicos e o que leva um cientista a não se aperceber do que
está "por trás" de tudo e continuar agindo. Sem que haja essa
comunicação entre razão e intuição só o que há são membros dissecados
que nada podem alcançar por si mesmos...



> > Lígia: [...] Fico imaginando o tamanho de um acelerador de
partículas
> > apto a "quebrar" elétrons... :) Mas tudo bem, eu sou
paciente... :)
>
> Sob certos aspectos eu diria que isso já aconteceu. Afinal, um
elétron e um
> pósitron não se transformam em raios gama? E em condições especiais
não é
> possível efetuar a transformação de um raio gama em um elétron mais
um
> pósitron? O que mais seria necessário? Tão somente aceitar que um
fóton é
> formado por corpúsculos de Newton. Mas isso não é decorrente de uma
única
> experiência, mas sim uma série de experiências a justificarem uma
teoria. E
> um esboço do que poderia vir a ser essa teoria eu já apresentei no
artigo "A
> Natureza da Luz" ou então em alguns outros artigos perdidos pelo
meu site.



Lígia: OK, um elétron decai em raios gama, tudo bem... mas para que
os corpúsculos fossem encontrados e pudessem sair da teoria para
a "realidade" dos fatos, seria necessário que fosse detectada uma
estrutura interna nos elétrons, certo? Veja só: como estariam
dispostos tais corpúsculos? Tudo bem, você tem toda uma teoria
montada e se vale de argumentos à toda prova, tem conhecimento de
causa... mas mesmo assim eu adoraria que não fosse só uma idéia
não. O "espírito da matéria" é algo muito interessante como já venho
dizendo desde sempre para você. Isso porque dá conta inclusive de
casos insolúveis da ciência como o experimento EPR... que só serviu
para aumentar a polêmica envolvendo partículas sub-atômicas. Se de
fato há tal "espírito" ele permearia tudo contido no universo bem
como o todo universal em si numa espécie de estrutura basal, dando
consistência a tudo ao mesmo tempo que dependendo do contínuo
movimento de tudo para continuar existindo. É siomplesmente uma
idéia linda...


> > Lígia: Eu entendi! É apenas o movimento ou a informação do
> > movimento dos corpúsculos que dá a "consïstência" ao que quer que
> > eles formem. Retire-se o movimento e tudo volta ao "princípio"...
> > corpúsculos isolados não dotados de capacidade de "criar"
formas...
> > lindo! Assim tudo deve-se à existência de um movimento absoluto
> > anterior até mesmo às causas... esse pensamento dá vertigem...
mas
> > é lindo de ser "contemplado"! Antes que eu me anime muito...
estou
> > certa nessa interpretação?
>
> Parece-me que sim, mas para complementar vou construir aqui uma
experiência
> de pensamento. Imagine que fosse possível um objeto qualquer ser
colocado
> instantaneamente e "delicadamente" nessa posição de repouso
absoluto e mais:
> isolado de possíveis interações com o restante do Universo. Nesse
caso,
> todas as forças de interação provenientes de suas partículas
elementares
> desapareceriam, mas o objeto permaneceria com a sua forma graças a
inércia.
> Todas as suas partículas permaneceriam imóveis. Qualquer esbarrão
que
> déssemos nesse corpo ele se esfacelaria totalmente, e restariam tão
somente
> corpúsculos de Newton (ou átomos de Demócrito, se assim o
preferir). É assim
> que eu vejo a matéria no repouso absoluto.


Lígia: O fim do que permite à matéria ser matéria quando o movimento
interno cessa... ou quando o sopro deixa de soprar. Sabe que eu nem
consigo ver "pó" algum aí? Acabei pensando numa coisa meio boba...
mas veja: para que tais corpúsculos precisariam ser "arranjados"
para se tornarem componentes da matéria? Por que não estarem
simplesmente evidentes? É certo que para que se chegasse a estrutura
interna de um átomo alguns séculos se passaram...


> (...)Em resumo:
> prótons e nêutrons seriam formados por quarks clássicos; quarks
clássicos
> seriam formados por elétrons e elétrons seriam formados por
corpúsculos de
> Newton. Ou seja, o Universo é constituído tão somente por uma única
> partícula fundamental que se associa com suas pares através de um
único
> campo de informações. A teoria unifica não somente os campos, mas
também a
> matéria. E acredite quem quiser. Nada numa mão, nada na outra. ;-)


Lígia: É... e depois eu que sou "mística"... :)) Mas de fato,
mesmo num conteito que você "abomina", o da "energia condensada" na
forma de matéria não há nada de palpável... além da luz. Em todo
caso, gosto da forma que você "dá nome aos burros". A coisa toda
acaba sendo mais coerente simplesmente pelo fato de ser explicável
até o fim. Isto é, *SE* os corpúsculos de Newton não tiverem uma
estrutura interna... :))



> > Lígia: Aposto como nunca ninguém se atreveu a "forçá-lo" a
> > dizer tudo assim abertamente.
>
> Pelo contrário. Pretendem me forçar a ficar calado. Como não
conseguem,
> ficam me forçando a falar o que eu penso sobre a quântica. Aí eu
digo o que
> eles querem que eu diga e eles ficam ofendidos. Outros me acham
exótico por
> ter lido os Principia. Mas quando fui ler os Principia eu já tinha
boa parte
> da minha teoria montada. Meu insight surgiu quando estava estudando
a
> relatividade de Einstein e a teoria do big-bang, e o que eu sabia
de Newton
> é o que se ensinava num bom colegial do final dos anos cinquenta.
Agora
> estão querendo me checar para ver se eu li mesmo os Principia e a
Óptica.
> Muito em breve vão descobrir que eu não li tudo ;-), apenas a parte
que me
> interessou (e que por sinal é bastante extensa). Ou dia completarei
essa
> minha falha.


Lígia: É... pelo jeito o Taborda levou a sério a proposta de ler
Newton na fonte. É necessário sim, principalmente pelo fato de você
pretender dar andamento a uma parte dos estudos dele que ficaram
desguarnecidos.


> > Lígia: Aqui está a resposta àquilo que comecei especulando lá no
> > meio da mensagem...
>
> Sim, eu percebi e foi por isso que cortei boa parte da sua
exposição, mas
> ela é perfeita ao demonstrar que o Universo não poderia ser
estático e/ou
> não reciclável, se quisermos pensar em sua eternidade. Por outro
lado, se
> Deus existir, certamente ele é mais inteligente do que nós e não
creio que
> iria criar algo que não fosse perene. Parafraseando Newton, "nenhum
poder
> comum seria capaz de consumir o que Deus Ele próprio, fez na
primeira
> criação." Perceba então que as minhas teorias atendem a gregos e a
troianos,
> a céticos e a anti-sépticos. ;-)


Lígia: Well, esta é uma postura conciliatória muito peculiar. A
cisão realmente não leva a muita coisa além da discórdia. E fico
feliz por constatar que você está realmente fazendo um bom trabalho.
Tem sido mais com o propósito de sondar você que eu venho
questionando ininterruptamente tudo o que eu percebo que dá
sustentação aos seus argumentos. E eu até entendo quem discorde de
você.


>
> > quer dizer então que tudo tem origem e fim sempre?
>
> Eu diria que o Universo é reciclável. Ele vai se consumindo e se
renovando
> continuamente. Os buracos negros (se existirem) seriam lixeiras
cósmicas a
> triturarem a matéria em sua expressão mais simples, produzindo
entropinos, e
> estes acabariam retornando para o centro do Universo, completando
assim um
> ciclo de existência.


Lígia: BNs como liquidificadores-gigantes... :) Mas acabam sendo
isso mesmo.


> > Lígia: Isso é realmente muito interessante, principalmente porque
> > não descarta outros aspectos do plano que comumente eu
> > considero "extra-dimensional". Na realidade, segundo o que você
> > afirma, o tempo e o espaço estariam "interligados" unicamente pelo
> > movimento desenvolvido pelo que compõe a matéria e as informações

> > se transformam em ações quando há uma continuidade entre o evento
> > desencadeador e o evento resultante.
>
> Sim. O tempo chega a ser considerado um não-essencial importante,
ou um
> essencial de reserva. Pois se existe movimento, seja ele da
matéria, seja da
> informação, o que seria o tempo? Aliás, como é que medimos o tempo?
Não é
> através do movimento? Logo, o essencial é o movimento e não o
tempo. Por
> outro lado, essa continuidade, que sob certos aspectos aparenta ser
virtual,
> está dotada de certas particularidades sutis incríveis, quando
pensada em
> termos de ação-reação. Pois embora ação e reação não sejam fenômenos
> instantâneos (a não ser para objetos em contato íntimo), o processo
ocorre
> como se o corpo que reage "soubesse" o que está acontecendo naquele
exato
> momento com a outra partícula, pois ele ao mesmo tempo que está
recebendo
> uma informação, "sabe" que no passado enviou a informação que agora
está
> agindo sobre o outro corpo. Sob certos aspectos, isso é fantástico,
e se
> traduz na idéia de um Universo como se estivesse instantaneamente
> interligado (e tanto mais se esse Universo for eterno, pois todos os
> corpúsculos de Newton já estabeleceram contato uns com todos os
demais).


Lígia: Como eu já disse em algum aparte acima... essa idéia é muito
bonita MESMO e explica algo que a ciência de um modo geral não
explica: a interrelação entre as pessoas em um âmbito extra-físico,
ou seja, independente da presença. Pode-se sentir as pessoas,
perceber o que se passa com elas e isso não é explicável, então
céticos abrem mão de explicações idiotas para contestar enquanto
místicos estrapolam os conceitos... na verdade é tudo muito
simples: estamos conectados em essência e isso é tudo... ;))


> > Veja que tal idéia não inviabiliza nem joga para o plano
puramente
> > subjetivo o que se relacione à percepção extra-sensorial. Volto
a falar
> > nisso.
>
> Certamente as nossas células estão em contato com todo o Universo, e
> trocando informações ininterruptamente. Resta saber se nós estamos
ou não
> aparelhados a proceder uma análise dessas informações.


Lígia: Talvez não a nível objetivo mas com toda certeza a nível
subjetivo tal coisa acontece sempre... Só quem rpetenda permanecer
fechado a isso, não percebe :)

Beijos e obrigada!

Lígia




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Bias: má pesquisa, má conclusão
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/02/2003 04:39


>Com salário de engo? Vai sonhando... :))
>
>Beijos, Lígia



SEMPRE MELHOR QUE ESTE DE PROFESSOR, NÉ?

OUTRA COISA...
TU TA GUSPINDO NO PRATO EM QUE COME, HEIN?

MULÉ É TUDO IGUAL.
SÓ MUDA DE ANALISTA.

L.E.

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Bias: má pesquisa, má co nclusão
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/02/2003 04:41

At 00:33 28/02/03 -0300, you wrote:
> > Ah e? Bem..meu ex namorado era engenheiro nao tinha nada
>disso...rs
>Essa mulher q se impressiona so com bens materiais nao e mais
>o perfil da mulher moderna..muitas vezes nos q temos status e
>por isso muitos sangues sugas vem atras da gente
>Ass: Marta



IMAGINA QUANTOS MAIS NAO VIRIAM, SE TU FOSSE ENGENHEIRA.
LE..

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Quem não sabe... pergunta pra engenheiro...
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/02/2003 06:20

At 23:12 27/02/03 -0300, you wrote:

> Pois é, Lígia, mas o problema são as CNTP... Geralmente quem mexe
>com vapor mexe a alta pressão e temperatura. Além disso, o vapor d'água
>nessas condições afasta-se abissalmente de um gás ideal. Na verdade, não se
>aproxima jamais de um, a não ser que esteja extremamente rarefeito. Então,
>tem que arrumar uma equação ou tabela que relacione pressão, temperatura e
>volume para o vapor d'água. O melhor, creio, é consultar uma tabela de
>vapor. É uma tabela que relaciona a propriedades do vapor em diversas
>temperaturas e pressões. Acho que isso pode ser encontrado em livros de
>engenharia - talvez de engenharia química - ou em publicações
>especializadas. Os engenheiros da lista podem ajudar...
>
> Logo, para o nosso amigo resolver seu problema, ele tem que saber
>a temperatura e a pressão típicas de um "cozinhador" (o que é isso?).
>
> Belisário


SE VOCES CHAMAREM UM ENGENHEIRO...
E NAO APARECER NENHUM...
EU ATÉ LEVANTO E VOU ALI NA PRATELEIRA, OLHAR O HANDBOOK DE TERMODINAMICA
NA INDUSTRIA DE ALIMENTOS... E DOU A RESPOSTA.

MAS TEM QUE PEDIR COM JEITO.

L.E.

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Física de Newton passa por mais um teste crucial
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2003 11:02

Alberto:
| O artigo todo pode ser lido em
| http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ciencia/fe2702200301.htm ou então em
| http://br.groups.yahoo.com/group/ClubedAstronomia/message/1151
|
| Em tempo: Eu acho que realmente, em pequeníssimas distâncias, a gravidade
| não funciona segundo a fórmula de Newton, mas isso é algo que pode ser
| perfeitamente previsto seguindo-se rigorosamente os ensinamentos
| newtonianos. Afinal, como o próprio Newton chegou a afirmar, a gravitação
| NÃO é "inata, inerente e essencial à matéria, [...] e isto seria um absurdo
| tão grande que acredito que homem algum que tenha em questões filosóficas
| competente faculdade de pensar, possa cair nele." Se ela não é inata, nem
| inerente e nem essencial, deve haver um ponto de ruptura da fórmula, e isso
| não deve ser encarado como nada absurdo, nem como prova de que as partículas
| elementares brinquem de pular cordas. ;-)
|

Oi Alberto,

Para pequeníssimas distâncias não é nada novidade que a formuleta de Newton não funciona. O motivo é que a formuleta vale para 'pontos materiais' e, conforme a distância entre 'os pontos' vai diminuindo a condição 'de ponto' vai, na realidade dos objetos, desaparecendo.
Se alguém quiser calcular realmente, na batatulina, a força de atração gravitacional entre Terra e Lua vai ter uma trabalheira infernal na decomposição dos dois corpos materiais em porções discretas e minúsculas e suas respectivas distâncias. O que se faz, no geral, é associar a esses corpos o conceito de centro de massa e operar 'na média', com eles. Mesmo o cálculo real da força gravitacional entre duas bolas de bilhar já é um tanto complicado.

[]'
Léo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Transformador em delta
FROM: rhalah_rikota@ig.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/02/2003 14:14

> -----Mensagem Original-----
> De: <alvaug@netbank.com.br>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: quinta-feira, 27 de fevereiro de 2003 12:10
> Assunto: [ciencialist] Transformador em delta
>
>
> | Ninguém vai responder isso? Ninguém mesmo?
> |
> | Reapresentando o problema:
> |
> | Agora, um probleminha para os nossos físicos e físicas. Seja um
> | transformador com o secundário de 13,8kV, 10kVA, em delta,
> | alimentando uma carga também em delta, de 200 kohms. Tanto o
> | transformador quanto a carga são totalmente equilibrados (considere
> | as tensões e impedâncias da fase "a" referidas a zero graus e a
> | sequência de fases como positiva). A reatância interna do
> | transformador é 0,12 pu, referida à base do próprio transformador.
> | Repentinamente, há um curto-circuito fase-terra franco, entre a
> | fase "b" e o terra. Calcule a corrente de curto (ou a "intensidade de
> | corrente de curto", ou sejá lá o que for...)
> |
> | Adendo: considere que a resistência da linha entre o transformador e a
> | carga é desprezível (engenheiros adoram desprezar coisas...)
> |
> | Bem, á claro que é uma pegadinha...
> |
> | [ ]s
> |
> | Alvaro Augusto
> |

No sistema em delta mensionado, a tensão não está referenciada à
terra, portanto só há diferença de potencial entre os terminais de
cada bobina.
A implicação é que não há corrente fluindo para a terra. É isso
mesmo?
<:-)

[]'s...and justice for all.

Ricardo Gentil de Araújo Pereira
e-mail 1: rhalah_rikota@ig.com.br
e-mail 2: rhalah@yahoo.com
ICQ: 13306676





SUBJECT: Re: [ciencialist] Bias: má pesquisa, má conclusão
FROM: "m@lu" <dedoverde@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2003 16:40

Como assim impressionar as mulheres?
Ass: Marta
----- Original Message -----
From: "Luiz Eduardo Carvalho" <luizeduardo2@infolink.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, February 27, 2003 4:57 PM
Subject: [ciencialist] Bias: má pesquisa, má conclusão


At 12:17 27/02/03 -0300, you wrote:
>No fim, eu estava certo: engenharia SERVE para impressionar as mulheres!!
>[ ]s
>Alvaro Augusto



NÃO É A ENGENHARIA.
É O DINHEIRO.
L.E.

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Física de Newton passa por mais um teste crucial
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/02/2003 17:19

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Friday, February 28, 2003 11:02 AM
Subject: Re: [ciencialist] Física de Newton passa por mais um teste crucial

> | Afinal, como o próprio Newton chegou a afirmar, a gravitação
> | NÃO é "inata, inerente e essencial à matéria, [...] e isto seria um
> | absurdo tão grande que acredito que homem algum que tenha em questões
> | filosóficas competente faculdade de pensar, possa cair nele." Se ela não
> | é inata, nem inerente e nem essencial, deve haver um ponto de ruptura da
> | fórmula, e isso não deve ser encarado como nada absurdo, nem como prova
> | de que as partículas elementares brinquem de pular cordas. ;-)

> Para pequeníssimas distâncias não é nada novidade que a formuleta de
> Newton não funciona. O motivo é que a formuleta vale para 'pontos
> materiais' e, conforme a distância entre 'os pontos' vai diminuindo a
> condição 'de ponto' vai, na realidade dos objetos, desaparecendo.

Bem lembrado. Eu diria apenas que esse efeito é de natureza matemática e
inerente ao modelo newtoniano, a apoiar-se no método d'Acochambrandt. O
efeito a que me referi seria outro. Ou seja, SE a gravitação não for
inerente à matéria, como afirmou Newton, não é impossível que os tijolos
clássicos elementares de matéria NÃO gerem campo gravitacional, da mesma
forma como tenho afirmado incansavelmente que o elétron não gera um campo
elétrico coulombiano. Ora, para chegarmos na primeira partícula elementar a
gerar uma gravitação, semelhante àquela observada nos corpos macroscópicos,
de nada adiantaria utilizar a fórmula de Newton, pois o campo a ser
integrado seria outro. Ou seja, matematicamente, como você demonstrou, está
se supondo uma idealidade, a se apoiar no *modelo* newtoniano. Mas
fisicamente, segundo Newton, nem mesmo essa idealidade poderia ser levada em
consideração. Infelizmente nota-se que os físicos modernos querem ser mais
realistas do que o rei, e ficam por aí afirmando que a física newtoniana não
explica aquilo que Newton já deu a entender que seria inexplicável por
esse seu modelo restrito, mas não por sua física.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: conversao kg/h m3/h - ERRATA
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/02/2003 19:26

E como se já não bastasse o erro de "interpretação", apesar de todos
os cáculos envolvendo vapor d'água estarem sempre condicionados às
CNTP ( que parece não ser mesmo o caso desse tal de "cozinhador a
vapor"), eu ainda por cima errei todo o cálculo por ter assumido a
unidade de densidade em g/m3 e não g/L... enfim um exemplo clássico
do que nem deveria ter sido postado na lista... desculpem a falha.

Beijos, Lígia

*****************************

--- Em ciencialist@y..., "Ligia Amorese" <ligia5555@y...> escreveu
> Oi Belisário,
>
> Eu estava pensando justamente nisso e já ía postar uma ERRATA.
> Paciência... o problema continua sem resposta... :)
>
> Beijos, Lígia
>
> *******************************
>
> --- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
> >
> > Pois é, Lígia, mas o problema são as CNTP... Geralmente
> quem mexe
> > com vapor mexe a alta pressão e temperatura. Além disso, o vapor
> d'água
> > nessas condições afasta-se abissalmente de um gás ideal. Na
> verdade, não se
> > aproxima jamais de um, a não ser que esteja extremamente
rarefeito.
> Então,
> > tem que arrumar uma equação ou tabela que relacione pressão,
> temperatura e
> > volume para o vapor d'água. O melhor, creio, é consultar uma
tabela
> de
> > vapor. É uma tabela que relaciona a propriedades do vapor em
> diversas
> > temperaturas e pressões. Acho que isso pode ser encontrado em
> livros de
> > engenharia - talvez de engenharia química - ou em publicações
> > especializadas. Os engenheiros da lista podem ajudar...
> >
> > Logo, para o nosso amigo resolver seu problema, ele tem
> que saber
> > a temperatura e a pressão típicas de um "cozinhador" (o que é
> isso?).
> >
> > Belisário
> >
> > At 01:57 28/02/03 +0000, you wrote:
> > >Bem, já que os demais não se manifestam,
> > >
> > >Parece que nem é tão complicado assim: temos o valor a ser
> calculado
> > >em m3/h que é de 1800 kg/h. Se não há alteração do estado e o
que
> > >está sendo medido ainda é vapor só que em m3, basta a conversão
de
> Kg
> > >para m3 para o vapor d'água.
> > >
> > >Tomando-se para a densidade da água que 1 L = 1 Kg, que 1 m3 =
> 1000 L
> > >e que a densidade do vapor d'água nas CNTP é de ~ 22 g/m3 então:
> > >
> > >Em 1 Kg teremos 2,2*10^-5 L de vapor d'água, assim em 1800 Kg
> teremos
> > >0,0396 L. Para a conversão teremos 3,96*10^-5 para 1 m3. Se
> estamos
> > >falando em m3/h, o valor é de 3,96*10^-5 m3/h.
> > >
> > >Beijos, Lígia
> > >
> > >
> > >
> > >**************************************
> > >
> > >
> > >--- Em ciencialist@y..., "Edson Vizzoni" <evizzoni@h...> escreveu
> > > > Amigos,
> > > >
> > > > Repasso uma pergunta que um engo. fez num site sobre
manutenção
> > >industrial.
> > > > Parece-me uma questão ideal para nossos físicos e físicas.
> > > > Mantive o texto em maiúsculas, pois foi assim que o autor
> escreveu
> > >e eu
> > > > estou com preguiça de mudar.
> > > >
> > > > Um abraço,
> > > >
> > > > Vizzoni
> > > >
> > > > ********************
> > > > NECESSITO DA AJUDA DE VOCÊS PARA TRANSFORMAR O CONSUMO DE
VAPOR
> > > > DE UM COZINHADOR DE 1800 kg/h EM m3/h, ALGUÉM SABE COMO FAZER?
> > > > EU PENSEI NO CÁLCULO DA DENSIDADE, MAS NÃO CONHEÇO A DENSIDADE
> > > > DO VAPOR, ACHO QUE ELA NÃO É CONSTANTE. ALGUM DE VOCÊS
CONSEGUE
> > > > CALCULAR?
> > > > **********************



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Bias: má pesquisa, má conclusão
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/02/2003 21:10


>From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Re: Bias: má pesquisa, má conclusão
>Date: Fri, 28 Feb 2003 00:22:51 -0000
>
> > Impressioná-las com carro do ano, apartamento próprio, status
> > social, etc etc etc...
>
>Com salário de engo? Vai sonhando... :))

"Vai sonhando?" Eu sou físico, não sou engenheiro e nem serei.
Você diz que o salário de engenheiro não é grande coisa.
E o nosso????

[]s

Guilherme


_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: Re: Bias: má pesquisa, má conclusão
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/02/2003 22:17

--- Em ciencialist@y..., "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@h...> escreveu
>
> >From: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> >Reply-To: ciencialist@y...
> >To: ciencialist@y...
> >Subject: [ciencialist] Re: Bias: má pesquisa, má conclusão
> >Date: Fri, 28 Feb 2003 00:22:51 -0000
> >
> > > Impressioná-las com carro do ano, apartamento próprio, status
> > > social, etc etc etc...
> >
> >Com salário de engo? Vai sonhando... :))
>
> "Vai sonhando?" Eu sou físico, não sou engenheiro e nem serei.
> Você diz que o salário de engenheiro não é grande coisa.
> E o nosso????


Oi Guilherme,

"Vai sonhando" foi só para dizer que salário de engo não é grande
coisa assim não. Do jeito que a economia está, as coisas tendem a um
achatamento vertiginoso! E quem trabalha em fábricas está sujeito a
isso. O interessante como engo é abrir uma empresa de prestação de
serviços como manutenção, por exemplo, ou construção de maquinário,
isso sim dá uma boa grana... mas depende muito do mercado. Tempo de
vacas-gordas é quando o dolar dispara: todo mundo procura produto
nacional de qualidade... já quando há baixa da cotação, aí as
empresas continuam comprando de fora.

Tem que lutar bastante. E dessa parte eu sei muito bem. Tem épocas
em que o quintal de casa vira oficina, isso além dos dois quartos da
edícula, todos os meus potes e bombonieres lotados de capacitores,
diodos, resistores, fios de solda... Tem que fazer visitas
constantes à R. Santa Efigênia lá em SP, escolher peças e componentes
no "saldão", depois separá-los e comprar mais potes... :)) É
complicado.

Essa coisa de "status de engo" é pura "bobice"...

Beijos, Lígia



SUBJECT: OT: Desafie o computador
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/03/2003 00:33

Em inglês, você pensa em algo e o computador faz 20 perguntas sobre
esse algo. Ao fim, ele tenta adivinhar no que você estava pensando.
Eu estava pensando em um ornitorrinco, ele adivinhou. Computer wins.
http://y.20q.net:8095/btest

[]s

MK



SUBJECT: RE: [ciencialist] OT: Desafie o computador
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/03/2003 01:05

>Marcelo Kunimoto: Em inglês, você pensa em algo e o computador faz 20
perguntas sobre esse algo. Ao fim, ele tenta adivinhar no que você
estava pensando. Eu estava pensando em um ornitorrinco, ele adivinhou.
Computer wins. http://y.20q.net:8095/btest<


Jogo muito interessante. O algoritmo é simples (descrição em
http://www.20q.net/avm.article.html), mas dá uma idéia do funcionamento
dos programas de AI usados em diagnóstico médico. Nesses últimos, que
utilizam um banco de dados bem mais complexo, o computador faz o
diagnóstico do paciente através de perguntas e pedidos de exames
clínicos e laboratoriais. Com base nas respostas e nos resultados dos
exames, o computador faz o diagnóstico da doença. Segundo um médico
especialista em AI com quem conversei há mais de dez anos, esses
programas são melhores do que a maioria dos médicos. Não são melhores,
ainda, do que um bom médico. Ou melhor, não eram há dez anos. Hoje, não
sei.

Obrigado pelo link.

Colucci




SUBJECT: Re: [ciencialist] OT: Desafie o computador
FROM: <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/03/2003 13:09


-----Mensagem Original-----
De: Jose Colucci Jr.
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviada em: Sábado, 1 de Março de 2003 01:05
Assunto: RE: [ciencialist] OT: Desafie o computador


> exames, o computador faz o diagnóstico da doença. Segundo um médico
> especialista em AI com quem conversei há mais de dez anos, esses
> programas são melhores do que a maioria dos médicos. Não são melhores,
> ainda, do que um bom médico. Ou melhor, não eram há dez anos. Hoje, não
> sei.

Caro Colucci,

Aqui no Brasil a maioria dos médicos não faz mais do que cinco perguntas.
Se eles fizerem muitas perguntas, correm o risco de descobrir a doença sem
exames adicionais, sem faturamento para os planos de saúde, sem lucros,
etc. Um mero problema de criação de demanda...

Imagino que nos EUA não seja muito diferente.

[ ]s

Alvaro Augusto de Almeida
Website: http://www.lunabay.com.br
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Pinhais - PR - Brasil







SUBJECT: ADN reprodutivo não é obra s ó do acaso estatístico
FROM: "Geraldo M. Barcelos" <gemaba@ieg.com.br>
TO: noosfera@yahoogrupos.com.br, ciencialist@yahoogrupos.com.br, "acropolis@yahoogrupos.com.br" <acropolis@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/03/2003 21:24

Olá Adriano Malta !!! gemaba1, ok.

<<Adriano : Caro Geraldo.
Antes de podermos continuar eu gostaria de alguns esclarecimentos:>>

<<gemaba : Eu e o Eduardo estamos discutindo a função dos alelos, que
parecem ser responsáveis por produzir células reprodutivas. Pelo que
entendi do Eduardo da Noosfera, os alômeros têm que DECIDIR (grifo
meu)qual base escolher quando for copiar do ADN somático. Essas
combinações dão uma característica única a cada ADN reprodutivo
formado.>>

<<Adriano : O que vc chama de "decidir"? Que existe aí uma consciência envolvida

escolhendo um objetivo para a combinação dos cromossomos?>>

gemaba1 : Você não gostou da palavra decidir, ok. Quero dizer no sentido
de que quando um ADN reprodutivo é produzido através dos alelos e
do crossing over, como entendi, o ADN reprodutivo formado é extraído,
de forma aleatória, do ADN somático. Por exemplo o alelo ao copiar
um gen não o faz de forma assim tão cega porque o ADN reprodutivo
será composto pelas bases do ADN somático. Confesso que não sou
estudioso do processo e gostaria de entendê-lo melhor, darias alguma
dica de link na internet que fosse útil para entender o que acontece.
Uma outra pergunta que fiz ao Eduardo de Noosfera e não fiquei
contente com a resposta é que o ADN somático sintetiza proteínas,
enzimas, através de seus gens, que são sequências específicas de
bases. Quando o ADN reprodutivo é formado uma sequencia de nases
que produza uma determinada proteína é copiado do ADN somático,
ou não? Essa aleatoriedade na produção do ADN reprodutivo é tão
cega assim? Esclareça!!!

<<gemaba : "Mas não podemos dizer que o meio não participa da escolha dos
telômeros e as bombas de Hiroshima e Nagazaki parecem nos ter
mostrado que radiações expoentes, ou pulsantes, ou formas
expressionais pulsantes, ou expressivas, podem atuar no alômero
fazendo-o não escolher base nenhuma quando copia um ADN somático.">>

<<Adriano : Não disse que o meio não altera a formação de gametas. Eu até citei
a
radiação como uma possível causa externa, mas o meio não é o único a
causar mutações genéticas (a não ser que vc queira basear qualquer
interação com o meio podendo alterar o funcionamento mínimo de
qualquer extrutura que pode alterar um funcinamento de um órgão que
pode alterar a produção de um composto, etc, etc, ad infinitum até
chegar no funcionamento dos telomeros).>>

gemaba1 : Que bom que você disse que o meio não afeta o ADN,
o papo inicial com o Eduardo de Noosfera começou com a afirmação
dele, do Eduardo, de que o meio não interfere no ADN e ponderei de
uma forma lógico linguística minha estranheza quanto a sua afirmação, se
bem que ele mudou um pouco de postura o que me deixou mais confuso
ainda. Outra coisa que ele afirmou é que a herança que o ADN reprodutivo
recebe, pelo que entendi, seguindo a teoria Lamarkista é fruto de um
mecanismo cego e aleatório, hhuuummmm, é isso mesmo?

<<gemaba : "A diferença é que você postula que essas, diaríamos, cópias
aumentadas do ADN se dão de forma aleatória e eu postulo que essas
cópias devam receber influência do meio e vindas dos hormônios que
são fabricados pelas glândulas hormonais. Pondere!!!">>

<<Adriano : Os hormônios não são transmissores de informação genética. Eles
podem
até alterar o funcionamento normal das gônodas e alterar o processo
de formação dos gametas, mas não levam informações do tipo "o meio
está dessa forma e é necessário uma mutação nessa direção">>

gemaba1 : Huuummmm, o que você chama de mutação? Mutação é apenas
uma cópia mal feita do ADN somático que possa, digamos, passar pelo
funil da natureza, da seleção natural?Alterar funcionamento das gônodas?
Se explicar melhor agradeço de antemão.

<<Gemaba : Pra que então as glândulas hormanais fabricam hormônios que
maturam e devam ter alguma ligação com a fabricação de espermas? Será
que não existe nenhuma ligação dos alelos com os hormônios? Os
hormônios não passam nenhuma informação aos alelos? Desculpe Adriano,
não estou tão convencido assim, ok.>>

<<Adriano : Não. Os hormônios não são portadores de informações. Eles não são

extruturas de codificação. Os hormônios que maturam as células
reprodutoras não estão envolvidos em acontecimentos internos da
meiose, nem mesmo o tipo de hormônio muda de acordo com
acontecimentos externos. O hormônio responsável é sempre o mesmo.>>

gemaba : Quer dizer que a produção de ADN reprodutivo é algo totalmente
cego e aleatório? Os hormônios são meros excitadores do processo? Os gens
que estão no ADN reprodutivo obtidos de uma cópia cega e aleatória do gen
somático e que produzem proteínas ou enzimas, estão ali por um mero
acaso? É como disse o Eduardo, preciso estudar melhor o tema e pondero
que vizualizar o processo, no meu caso, seria ótimo. Insisto, tens alguma
boa indicação de gif animada que poderia mostrar os processos reprodutivos
em detalhes em diferentes animais, a exemplo o homem?

<<gemaba : Ops peraí seu moço!!! Ceeeeggggaaaassss?Como assim, cegas?
Você diz só porque os ADN reprodutivos formados através do ADN
somático sejam em uma boa ordem de grandeza e que o ADN reprodutivo
fabricado pelos alelos o faz de forma cega? Huuuummmmm, sei não
Hem!!!! Os alelos não tem infinitas escolhas, eles fabricam
diferentes ADN´s reprodutivos mas seguindo um determinismo, ok. Senão
não haveria a parceria do ADN masculino e feminino. Existe um
sincronismo determinístico aí senhor e que nada tem de cego senão não
estariámos acá debatendo. Truco ladrão!!!">>

<<Adriano : Novamente vc está falando em sentido de "escolhas", "intenção",

"finalidade". O fato da meiose (que divide os cromossomos em duas
partes iguais em células com metado dos cromossomos originais) seguir
regras bioquímicas pré determinadas (que por vezes são alteradas de
forma aleatória, caso contrário teriamos o organismo produzindo uma
quantidade inimaginável de espermatozoides com exatamente o mesmo
código genético para ter certeza que a alteração "escolhida" iria
chegar ao óvulo) não autoriza fazer um paralelo desse "determinismo"
biológico com um "finalismo" quase criacionista.>>

gemaba1 : Não me entenda mal caríssimo, não defendo criacionismo
nenhum, mas você negar que exista um determinismo caótico ou
aleatório também é querer demais, não achas? Não estou falando
de decisão consciente, ou toda decisão é consciente? Pondero que
não, nem toda a decisão é consciente, ainda mais se você entender
decisão consciente com juízo de valor baseado na lógica bivalente.
Não estou querendo que você compreenda a decisão dos alelos,
ou do crossing over como uma coisa determinada por um criador,
seja ele de qual seita ou facção for. Estou querendo dizer que
os alelos e o crossing over, que parecem ser coisas distintas,
mas correlatas, não trabalham da forma cega como tem sido
dito. Parece que a estrutura composicional do ADN de cega
nada têm, são formadas, pelo que entendi, por cinco bases
nitrogenadas, é isso, celto? Ou seja, a escolha é aleatória
mas não é totalmente cega, escolhe-se entre cinco. Parece
haver outro restringedor, que seja, as bases se parelham em
cada molécula do ADN que tem sua estrutura representada
por duas moléculas que se emparelham ligadas por tais bases,
é isso mesmo? Não entendi muito bem ainda, mas um gen,
um gen, que por exemplo, fabrique uma determinada proteína
ou enzima, tem um padrão definido, ou não? É uma sequencia
definida de tais bases, é isso? O ADN somático possui um
determinado gen que fabrica uma determinada proteína e
quando um ADN reprodutivo é gerado a partir do ADN
somático esse tal gen é copiado para o ADN reprodutivo,
celto? De uma forma totalmente aleatória? De uma forma
totalmente cega? Não entendi ainda? Esclareça!!!

<<gemaba : Tenho muitas dúvidas caríssimo, tire-as para mim, ok.
O ADN é um código linguístico natural que é executado
pelo meio e com ele têm relações não catalogadas que o afetam.
Pondere!!!>>

<< Adriano : Código linguístico natural? Não sei se seria a melhor definição,
está
mais para uma analogia. Como ele é executado pelo meio? E quais
seriam as relações não catalogadas que o afetam??>>

gemaba1 : Ok, precisamos de uma hipótese inicial, qual? O ADN é um
código, um conjunto de dados, formalmente estruturado. Esse conjunto
de dados segue um determinismo aleatório que capacita a composição
do ser que representa. O ADN é uma espécie de partitura musical
algoritimica. Cada gen pode ser encarado com uma melodia que ao
executada no meio, fabrica substâncias específicas, proteínas, enzimas.
A hip´´otese inicial é ponderar ser o ADN um codígo linguístico, uma
forma dos organismos orgânicos se expressarem na natureza praticando
a ação, ou acontecimento de interagir com o meio em que esses
códigos estão inseridos. Resta-nos procurar indícios disso, o Takata de
CienciaList disse que era uma hipótese absurda, o Eduardo de Noosfera
admite uma certa algotimidade do ADN, e você? Dá mais? Pondere!!!
Aviso-lhe que sou despreparado no tema, não é minha principal área de
interesse, apesar de que, se o ADN for um código linguístico me interessaria

em conhecê-lo por ser estudante de linguagens, que seja, um estudante de
formas, formas de expressão, acredito que um guerreiro social preparado
deva conhecer um maior número possível de formas com que podemos nos
exprimir e procurar exprimir formas mais harmônicas que possam desbinarizar

as mentes dialéticas transformando nosso Planeta em um lugar aonde o
ambiente seja mais agradável e não tão cheio de imundices como muitas
vezes se apresenta nas mídias em geral.

Abraços
Adriano.

Idem Ibidem !!!
gemaba
www.gemaba.hpg.com.br







http://www.ieg.com.br


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/03/2003 02:06

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese"
Sent: Friday, February 28, 2003 2:55 AM
Subject: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte

> Olá Alberto!!!

Ops! Era o que o Brudna estava esperando para nos expulsar. ;-) Ainda bem
que é carnaval e a essa altura ele deve estar se preparando para sair no
bloco dos cientistas aloprados de Porto Alegre. ;-)

> Lígia: Eheheh... vamos à Noosfera que, aliás, está às moscas
> ultimamente. O Bulcão sumiu de lá... O Lúcio ídem... O Geraldo
> vive postando as respostas dele às refregas de lá nesta lista.
> Enfim, zoneiou de vez!:))

A Noosfera é muito nova, e apesar do ainda pequeno número de frequentadores
(68) ela vem se mantendo. Se ela durar um ano, certamente deslanchará. O
importante é não desanimar, o que parece ter acometido o Júnior na
Livres-pensadores. A L-P era muito semelhante à Noosfera, em finalidade.
Aqui na Ciencialist (287 participantes, hoje), se cinco dentre os mais
ativos entrarem em férias, a lista continua como se nada tivesse acontecido.
Na Noosfera, se um parar de escrever por um mês, a lista terá uma quebra
violenta no número de mensagens. Espero que o Lúcio e o Bulcão retornem em
breve, e que o GiL se recupere definitivamente da LER que vem apresentando.

Noto ainda, tanto aqui quanto lá, um preconceito injustificável, ora com
relação ao misticismo, ora com relação à ciência, ora com relação à
filosofia, e isto acaba gerando aquelas briguinhas bobas. Ora, se a
Noosfera, ao contrário da Ciencialist, optou pelo livre-pensar, isso não faz
sentido. Do contrário ela deixará de ser uma lista eclética, e creio que
esse é o seu ponto alto. Lá eu posso falar em "espírito da matéria" sem
deixar de ser cientista. Aqui, para dizer o mesmo, eu preciso pedir licença
e assim mesmo apelar para a autoridade de Newton. Lá eu posso pensar em um
Deus hipotético, aqui eu preciso lançar mão do Deus de Einstein (novamente a
autoridade), aquele que não joga dados. Ora, se Newton e Einstein podiam
tergiversar, porque nós não podemos? Em que eles eram melhores do que nós?
;-)) Aos leitores dessa thread: Não precisam responder, eu só queria
perguntar. ;-)

Não estou me rebelando contra as regras da Ciencialist, simplesmente
tentando mostrar diferenças entre as finalidades estabelecidas para uma
lista e para a outra. Eu posso ser considerado briguento, mas procuro ser
disciplinado. Do contrário já teriam me expulsado a muito tempo, pois eu
digo o que penso e não aquilo que os demais gostariam de ouvir. Diálogo, a
meu ver, tem que se pautar pela discórdia uma vez ou outra, do contrário as
idéias não evoluem. Mas discordar não significa brigar. O importante no
diálogo é aceitar que o outro possa pensar de maneira diferente, e temos que
entender bem essa linha de raciocínio do outro, para podermos transmutá-la,
ou não, para a nossa maneira de pensar. É assim que evoluimos através do
diálogo. Se as idéias convergirem, ótimo! Os dois aprendem com isso. Se
divergirem, melhor ainda! Pois sabemos que um dos dois está errado, apenas
não sabemos qual dos dois. Se existem duas opções, não será melhor conviver
com as duas, ao invés de uma? Mesmo que seja para optar por uma delas? Pelo
visto a turma gosta mesmo é do partido único.

> Lígia: Pois então... Ah, eu tenho uma dúvida e que "ninguém"(o
> próprio :) nos ouça: em que eu posso estar faltando com a memória de
> Popper de maneira notável inclusive para uma *douta-e-ilustre-
> professora-d'além-mar*?

Sinceramente eu não sei. Tenho a impressão que Popper foi um dos poucos
acadêmicos que abominava essa postura de "douto-e-ilustre". Ele adorava
andar fora dos trilhos, e certamente já teria sido expulso da Ciencialist
e/ou dos doutos principados acadêmicos, tanto de Portugal quando do Brasil.
Certa vez li um artigo de alguém que fez pós-doutoramento na escola onde
Popper foi professor, na Inglaterra, e o autor desse artigo dizia que a
primeira coisa que um aluno aprendia com Popper era criticar o próprio
Popper. Esse era quase que um pre-requisito para o indivíduo poder se dizer
popperiano.

> Tendo visto que o Taborda "venceu" (o que, qual o prêmio? Também quero!)

O Taborda tentou simular um jogo onde ele era o técnico, o juiz, o dono da
bola, o vendedor de ingressos e quase todos os jogadores ao mesmo tempo. Eu
acabei desistindo desse jogo assim que percebi que ele era também o
fabricante e o dono do troféu, e já havia inscrito no mesmo que ele seria o
vencedor. ;-))

> e eu estou na berlinda agora faltando
> com Popper depois de já ter meu nome afixado num *mural-da-vergonha-
> de-trás-dos-montes-do-além-Tejo*, penso que estamos, eu e você, numa
> mesma nau a naufragar pela "imprecisão do viver" à la Pessoa... daí
> o apelo semi-desesperado para que você me elucide. O caso é que
> careço de compreender minha falta antes que chovam tamancadas e
> que "ninguém" as arremesse pela digníssima :))

Bem, eu não quero entrar nessa briga, mas ouso palpitar que o Taborda deve
ter sido aluno da dona do tamanco. ;-) Ainda bem que ele não usa tamancos
virtuais, mas se usar não faz diferença pois o meu "MacAfee Secury Center"
lê até maus pensamentos anexados às mensagens.

> > Mas isso não muda em nada a
> > física newtoniana, pois ele não se comprometeu com essa região de
> > repouso absoluto. Simplesmente ele assumiu a existência de um espaço
> > absoluto, em relação ao qual poderia em teoria imaginar esse repouso
> > absoluto.

> Lígia: Bem, o conceito do Eliseum era bastante enraizado na época.
> Interessante é que Giordano Bruno não parece ter tido dificuldades em
> imaginar um espaço dinâmico e contentor de vida ao ler as obras de
> Epicuro...

Newton certamente leu Epicuro e acho que também não o estranhou. Mas ele
optou por situar essa agitação (ou dinâmica) como algo contido num ambiente
em repouso absoluto. Ele soube muito bem distinguir continente de conteúdo.
O espaço é o continente, ou seja, representa o nada. A matéria e a
informação seriam o conteúdo a habitarem esse continente, ou esse nada
existencial. E o movimento absoluto seria algo a testemunhar a existência
desse espaço, manifestando-se através da informação também contida nesse
espaço. De todos esses essenciais o único que efetivamente enxergamos é a
matéria, e esta, apesar de tudo, move-se e recusa-se terminantemente a parar
em relação a esse nada. A conservação do movimento absoluto é a base de toda
a física newtoniana, não somente de suas três leis.

> Lígia: Certo. Bem, casando-se a idéia de um possível Big-Bang com o
> conceito de repouso absoluto, que apresenta-se impraticável já que
> tudo está em movimento, temos a singularidade como representação de
> tal zona? Nossa! Muitos já notaram que levando-se em conta o fato
> de o tempo escoar-se lentamente tendendo ao infinito nessas
> condições, tal situação seria a mais propícia para explicar o
> conceito de Eternidade pela ausência do tempo e consequentemente
> perfaz uma idéia de "repouso absoluto". Mas duvido que Newton possa
> ter "previsto" tal conceito já naquele tempo... é você quem está
> pressupondo, não? Ou terei sido eu? A singularidade é quântica... :/

A idéia de big-bang é bem recente, e não há indícios de que pudesse ter sido
suspeitada na época de Newton. É bem verdade que a idéia de estrelas fixas
foi derrubada por Haley, amigo de Newton, mas isso aconteceu em 1718. A
terceira edição dos Principia foi publicada em 1725 (Newton morreu em 1727),
mas creio que Newton não chegou a comentar em nenhum de seus escólios essa
descoberta do seu amigo, mesmo porque, e como eu já disse, isso em nada
modificaria a sua física. Mas daí a se pensar em universo em expansão,
alguns séculos nos contemplam.

Com respeito ao seu parágrafo, alguma coisa realmente é minha e não de
Newton, mas noto que tem muito também de seu, e não sei se teria sido algum
insight atual que você teve ou algo já bem sedimentado. Com respeito ao
tempo, eu diria que ele é uma invenção útil (na física newtoniana ele pode
ser encarado como um essencial de reserva, quando quisermos deixar o
movimento em segundo plano). Não posso dizer que não existe, pois
conseguimos medi-lo, logo pela nossa convenção do que seja existência, o
tempo existe e não só no sentido filosófico (duração), mas também no sentido
científico (reprodutibilidade). O problema da eternidade já é algo bem mais
complicado, mas parece-me ser bem mais simples do que uma involução
histórica em direção a uma possível singularidade inicial, a menos que essa
singularidade seja Deus ou obra de Deus. Com respeito à eternidade, e com
relação ao futuro, o único impecilho seria a segunda-lei da termodinâmica,
mas esse problema já não me incomoda mais, pois considero-o definitivamente
resolvido. Aliás, a esse respeito existe um francês que bolou uma idéia
muitíssimo parecida com a minha mas, veja só, a apoiar-se na relatividade de
Einstein. :-)

> Lígia: Mas é engraçado pretender que a interpretação de um conceito
> de absoluto/relativo possa ter dado entender que a Física Newtoniana
> apenas levava em consideração referenciais absolutos... eu entendo
> que nessas nossas conversas você tem defendido esse seu ponto de
> vista que toma por relativo o que normalmente é interpretado por
> absoluto quando se fala em Newton... mas se é da forma como você
> apresenta, como então mais ninguém chegou a essas conclusões antes?

As razões são inúmeras. Em primeiro lugar, valorizou-se em demasia o dogma
de Côtes, qual seja, a ação instantânea a distância não mediada por nada.
Esse Côtes foi o editor e prefaciador da segunda edição dos Principia e,
segundo Maxwell, ele andou dizendo no prefácio algumas asneiras que passaram
para a história da física como tendo sido proferidas por Newton. Isso era
muito conveniente, pois havia um preconceito muito grande com relação a
aceitação do "espírito da matéria" newtoniano. Os seguidores de Newton, com
medo de passarem a imagem de místicos, aceitaram a interpretação de Côtes e
destruiram a genuína física newtoniana, ficando apenas com um modelo de
quatro leis que dava certo em condições restritas e satisfatórias para a
época. Isso hoje soa engraçado, pois existe um "espírito quântico" a
justificar cada experiência realizada no século XX e que falseou a física
quântica, mas já houve tempo em que os preconceitos eram de outro tipo.
Lembre-se que por muito menos alguns foram, nessa época, condenados à prisão
e outros a arder nas chamas. Hoje as coisas apenas mudaram de lado: os
candidatos às chamas são aqueles que duvídam dos inúmeros "espíritos
quânticos". Ora, a bem da simplicidade não seria muito melhor aceitarmos tão
somente o "espírito da matéria".

Em segundo lugar, poucos perceberam que a Óptica de Newton é um complemento
importantíssimo à física de Newton. Deixada a física de lado, aqueles que se
contentaram com o modelo mecânico passaram a julgar a Óptica de Newton como
um acessório de pouca importância. A partir de Young (início do século XIX)
a Óptica de Newton por pouco deixou de ser um livro apócrifo nos meios
acadêmicos, e somente no século XX, com a redescoberta da luz corpuscular
(ainda que dual) pensou-se em reeditar essa obra magnífica, para que
enfeitasse as bibliotecas dos físicos modernos.

O século XIX foi o século da luz ondulatória. Começou com Young e terminou
com as ondas eletromagnéticas de Maxwell. É interessante notar o quanto
Maxwell relutou em deixar de ser newtoniano, mas ele não quis em hipótese
nenhuma aceitar a idéia dos "espíritos da matéria" e optou por um éter
material para explicar a propagação dos distúrbios eletromagnéticos. Hoje o
éter foi comprovadamente declarado inexistente (experiência de
Michelson-Morley), mas as ondas eletromagnéticas de Maxwell conservaram o
seu status de vibrações de um meio inexistente. Ora, se é para trabalhar com
hipóteses inexistentes, porque não retornar à lógica newtoniana? Pelo menos
Newton conseguiu dar testemunhos experimentais a comprovarem a existência
desse "espírito". Ou não?

Lembro que a experiência de Michelson-Morley surgiu graças ao apelo de
Maxwell para que se detectasse esse éter, pois isso falsearia sua teoria
relativa à natureza da luz. Infelizmente Maxwell morreu muito cedo (48 anos)
e não pôde consertar a sua teoria sobre a luz que, de maneira inesperada,
acabou sendo definitivamente falseada. O que se seguiu foram os remendos de
Lorentz: absurdos, inconseqüentes e a levarem os físicos para o atoleiro
onde se encontram até hoje.

> O que há de errado na forma de perceber a Física de Newton que
> permita tal erro e consequentemente a inviabilidade de tais conceitos
> para maiores escalas como as do espaço cósmico por exemplo enquanto a
> RG parece cair como uma luva?

É suficiente tão somente a introdução do "espírito da matéria" newtoniano.
Em altas velocidades o problema se resume em levar em consideração os
potenciais retardados, não apenas para o eletromagnetismo mas também para a
gravitação. A dilatação do tempo na realidade retrata uma modificação do
ritmo dos relógios. E digo relógio no sentido mais amplo possível. O nosso
metabolismo não deixa de ser um relógio, e ele funcionará em ritmo diferente
em velocidades absolutas diferentes (a velocidade do espírito da matéria,
que regula tudo, depende da velocidade da fonte). Ou seja, os dois gêmeos do
paradoxo dos relógios, quando colocados em velocidades diversas, realmente
envelhecerão diferentemente, e isso é perfeitamente compatível com uma
física 100% newtoniana. E na física newtoniana não há paradoxo algum, pois
em relação a um referencial absoluto saberemos, pelo menos em teoria, qual
dos dois está em maior velocidade (por sinal, esse seria um outro método de
localizar, por extrapolação, o referencial absoluto, obviamente não com
gêmeos). Não preciso dizer que aquela história dos mésons também admite uma
explicação 100% classica. A história de aumento de massa com a velocidade
também é ficção. Um corpúsculo acelerado usa parte da energia recebida para
incrementar seus movimentos internos. Não existe nem aumento de massa nem
criação de matéria, isso é ilusão relativística. Quando o corpúsculo atinge
um calorímetro ele devolve tanto a energia cinética de translação quanto
aquela que incorporou em seus movimentos internos (por exemplo, rotação).
Isso é perfeitamente compatível com a física newtoniana, e matematicamente
já foi demonstrado que isso funciona, pelo menos para os elétrons.

> Lígia: Então vejamos: se há movimento, há o espírito da matéria e a
> consequente intercomunicabilidade entre objetos em movimento. E mais
> interessante ainda é notar que o conceito desse tal de "espírito da
> matéria" é difundido também em certas doutrinas filosóficas que são
> encaradas como "ciências ocultas". O conceito de Karma ( que em
> sânscrito significa movimento) é basicamente levar em conta que onde
> há ação (movimento) há existência e que é pelo fato de
> existirem/estarem em movimento em relação a um referencial absoluto
> que tais corpos podem ser notados como reais... Newton estava
> fazendo uso de conceitos bastante interessantes para compreender a
> essência da matéria. Talvez seja por isso que ele tenha chegado a
> respostas tão absolutamente corretas quando da elaboração de suas
> fórmulas para movimentos de corpos em sistemas.

Se eu concordar contigo estarei selando a minha expulsão da Ciencialist,
:-)) então vou dizer apenas que ele mereceu o título "post mortem" de o
último dos grandes magos.

Concordo com a sua observação das forças virtuais e não tenho a acrescentar
mais nada a respeito.

> > O quase impossível, a meu ver, seria
> > fazer com que uma fração significativa de físicos, tanto
> > teorizadores quanto experimentais, acreditasse nessa idéia, pois isso é
> > um trabalho para ser feito por muita gente e sem nenhuma garantia de
> > sucesso.

> Lígia: Principalmente porque as pesquisas estão totalmente voltadas
> à confirmação da MQ em todas as suas implicações diretas ou
> indiretas... sinceramente eu não vejo muita chance dessas idéias
> serem questionadas.

Nesse caso não há mais o que dizer, pois você entendeu perfeitamente o
que eu pretendi dizer.

> > Eu diria apenas que sob esse aspecto o big-bang está para
> > nós assim como as estrelas fixas estavam para Newton. Não é impossível
> > que daqui a 300 anos descubram que o Universo contém milhares de
> > big-bangs, e que o nosso é apenas um big-banguezinho de um
> > big-sistema-solar e que se move em direção a uma big-estrela fixa. ;-))

> Lígia: Não vamos exagerar... :)) Decididamente eu não concordo com a
> idéia de micro-buracos-negros, brancos e muito menos com sequências
> de BBs...

Bem, o exagero foi proposital. :-) Mas veja que eu não falei de
"micro-buraco-negro" mas sim de múltiplos big-bangs. Essa idéia é bastante
recente e não é minha, e foi proposta como alternativa a explicar aquela
história de que o Universo estaria em expansão acelerada. Enfim, eu conheço
muito pouco sobre o assunto para poder ir além.

> > É bom deixar claro para os leitores que estão
> > pegando o bonde andando, que boa parte do que estou falando reside
> > no campo das especulações. Algumas bem fundamentadas, mas não deixam de
> > ser especulações.

> Lígia: Essa história de múltiplos big-bangs é interessante. O que
> Linde propõe é que haja vários universos divididos por linhas
> divisórias que seriam seus limites imediatos, sendo que em cada um
> desses universos toda uma ordem implicando até mesmo em leis
> diferentes das dos outros são estabelecidas desde o princípio... é
> uma idéia, nada mais que uma idéia... não boto fé nisso não... :))

Para ser sincero, eu também não, mas não acho impossível.

> > Os entropinos são corpúsculos de Newton, a base da luz e de tudo o
> > mais.

> Lígia: Bonita idéia essa... sinceramente. O problema seria
> encontrar os entropinos... :))

Eu penso que a constatação de sua existência não será muito difícil, pois já
dispomos de argumentos teóricos a meu ver mais do que suficientes para
caminharmos nessa direção. O difícil será o que virá depois, a determinação
de suas propriedades físicas. Isso deve ser trabalho para mais de 50 anos,
supondo-se um sucesso total.

> > Neste caso chegamos naquela idéia de um Universo interligado. Mas eu
> > ainda acho que isso ainda é muito pouco. Eu consigo até mesmo entender
> > essa interligação sob um ponto de vista da física newtoniana, mas não
> > consigo evoluir a partir daí a não ser deixando de lado o método
> > científico. Ou seja, sob esse aspecto eu fico naquele mesmo impasse que
> > Newton ficou, a ponto de ter escondido no bolso do colete o seu
> > "espírito da matéria".

> Lígia: Mas é justamente essa falta de "interligação" entre o que é
> intuído e o que é experimentado que gera todo o conflito armado entre
> o que está acontecendo e o que a gente entende pelo que está
> acontecendo... Parte da minha busca pessoal é justamente entender o
> que motiva um místico a apenas agir sem se preocupar com os detalhes
> científicos e o que leva um cientista a não se aperceber do que
> está "por trás" de tudo e continuar agindo. Sem que haja essa
> comunicação entre razão e intuição só o que há são membros dissecados
> que nada podem alcançar por si mesmos...

A modernidade separou a ciência do misticismo e sem entrar no mérito da
questão digo apenas que o cientista tem que tomar muito cuidado com seus
escritos, pois do contrário será definitivamente condenado ao ostracismo. A
verdade é que a comunidade científica gosta de ser enganada, sem perceber
que *todo* cientista que produziu de fato algo revolucionário para a ciência
começou por valorizar aquele lado místico que todos nós possuímos. Não
existem exceções. O cientista produtor de conhecimentos científicos tem que
saber lançar mão de sua criatividade, logo tem que ser intuitivo e, acima de
tudo, tem que saber separar o joio do trigo. A escola moderna bloqueia essa
criatividade, logo colabora para a manutenção do "status quo". Tanto a
direita quanto a esquerda, de Hitler a Stalin ou de Bush a Fidel Castro,
nada mais fizeram senão sufocar essa rebeldia, sem a qual a ciência fica
aprisionada nas mãos do Estado. Os rebeldes sempre foram mal vistos pelos
governantes e a Inquisição sempre existirá enquanto o homem não for livre
para pensar, enquanto não iluminarmos a face oculta da ciência.

> Lígia: É... e depois eu que sou "mística"... :)) Mas de fato,
> mesmo num conteito que você "abomina", o da "energia condensada" na
> forma de matéria não há nada de palpável... além da luz. Em todo
> caso, gosto da forma que você "dá nome aos burros". A coisa toda
> acaba sendo mais coerente simplesmente pelo fato de ser explicável
> até o fim. Isto é, *SE* os corpúsculos de Newton não tiverem uma
> estrutura interna... :))

Rigorosamente falando eu não abomino essa energia condensada, apenas dou
outro nome. Eu aprendi o conceito de energia estudando a física clássica, e
em física clássica energia é um construto, não é uma essência. A energia
retrata a maneira como o movimento se manifesta. Mas assim é porque os
clássicos a definiram para que fosse assim. Os místicos dão outra
interpretação à energia. Isso não tem nada de física clássica, mas sim algo
que eles herdaram dos antigos. Não posso dizer que estejam errados, pois
eles adotam a interpretação milenar da palavra, mas também não posso
confundir coisas diversas, apenas porque receberam o mesmo nome. Os místicos
de hoje gostam da física moderna porque acreditam existir aí uma aproximação
com o conceito milenar, mas isso é uma ilusão que a meu ver jamais sairá do
papel.

> > Perceba então que as minhas teorias atendem a gregos e a
> > troianos, a céticos e a anti-sépticos. ;-)

> Lígia: Well, esta é uma postura conciliatória muito peculiar. A
> cisão realmente não leva a muita coisa além da discórdia. E fico
> feliz por constatar que você está realmente fazendo um bom trabalho.
> Tem sido mais com o propósito de sondar você que eu venho
> questionando ininterruptamente tudo o que eu percebo que dá
> sustentação aos seus argumentos. E eu até entendo quem discorde de
> você.

Eu também entendo e acho muito natural, pois em condições similares eu
também discordaria. Apenas não aprovo a atitude dogmática e a pobreza de
espírito de muitos daqueles com quem tenho digladiado, na verdadeira acepção
da palavra. Como já disse, eles não querem dialogar, eles querem que eu
concorde com aquilo que eles acham que já sabem. Outros querem me derrubar,
mas como não têm argumento para tal ficam alternando bajulações com
pedradas. Terceiros, como o Taborda, querem me cansar utilizando-se do
método da repetição exaustiva. Felizmente, entre um dissabor e outro surgem
pessoas como você que respeitam e advogam a causa do livre-pensar. Eu só
posso agradecer pelas suas "sondagens", pois sob certos aspectos, você
efetivamente está conseguindo me colocar em xeque, coisa que os demais não
conseguem fazer. E não conseguem porque querem dar o xeque-mate em um único
lance, e mal se dão conta que não sabem jogar xadrez.

> Lígia: Talvez não a nível objetivo mas com toda certeza a nível
> subjetivo tal coisa acontece sempre... Só quem rpetenda permanecer
> fechado a isso, não percebe :)

Alguém já disse que o pior cego é aquele que não quer ver.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/03/2003 23:05

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> > Olá Alberto!!!
>
> Ops! Era o que o Brudna estava esperando para nos expulsar. ;-)
Ainda bem
> que é carnaval e a essa altura ele deve estar se preparando para
sair no
> bloco dos cientistas aloprados de Porto Alegre. ;-)


Lígia: Veja só que silêncio... pelo jeito todos os participantes da
lista saíram em respectivos blocos e a lista é só nossa!!! Vamos
ao "motor" de uma possível expulsão: meu entusiasmo crescente!!!
Aliás, deve ser algo de muito prejudicial a você trocar idéias assim,
com uma reles pilota de fogão que pretende entender de física só para
não pensar no que vai fazer prá janta... :)) Isso além do fato de
eu ser "mística"...


> Noto ainda, tanto aqui quanto lá, um preconceito injustificável,
ora com
> relação ao misticismo, ora com relação à ciência, ora com relação à
> filosofia, e isto acaba gerando aquelas briguinhas bobas. Ora, se a
> Noosfera, ao contrário da Ciencialist, optou pelo livre-pensar,
isso não faz
> sentido. Do contrário ela deixará de ser uma lista eclética, e
creio que
> esse é o seu ponto alto. Lá eu posso falar em "espírito da matéria"
sem
> deixar de ser cientista. Aqui, para dizer o mesmo, eu preciso pedir
licença
> e assim mesmo apelar para a autoridade de Newton. Lá eu posso
pensar em um
> Deus hipotético, aqui eu preciso lançar mão do Deus de Einstein
(novamente a
> autoridade), aquele que não joga dados.


Lígia: As "rusgas" todas com o Gemaba e o Ivan começaram pela
minha "falta de Popper" ao afirmar que o conhecimento astronômico é
um fato. Só entre nós: continua sendo um fato, pero não vou dizer
que tal fato já seja "consumado"... há ainda muito a ser
acrescentado. E reconheço que não reconhecer tal falta
de "consumação" foi o estopim.




> Ora, se Newton e Einstein podiam
> tergiversar, porque nós não podemos? Em que eles eram melhores do
que nós?
> ;-)) Aos leitores dessa thread: Não precisam responder, eu só queria
> perguntar. ;-)


Lígia: Eu acredito que em nada um desses dois poderia ser destacado
como "melhor" do que nós... eles apenas tinham a mente
brilhantemente aberta e sabiam utilizá-la de forma útil, dando o
máximo de si mesmos naquilo que faziam. Um grave problema é
a "poupança" de empenho que normalmente acontece. Daí a predileção
por aspectos isolados de uma só questão. Uns se arvoram de ciência,
outros de misticismo mal sabendo que ambas têm uma raiz em comum...
ou se sabem, ignoram por motivos de praticidade.


> [...]É assim que evoluimos através do
> diálogo. Se as idéias convergirem, ótimo! Os dois aprendem com
isso. Se
> divergirem, melhor ainda! Pois sabemos que um dos dois está errado,
apenas
> não sabemos qual dos dois. Se existem duas opções, não será melhor
conviver
> com as duas, ao invés de uma? Mesmo que seja para optar por uma
delas? Pelo
> visto a turma gosta mesmo é do partido único.


Lígia: Eu vejo esse problema relacionado à auto-afirmação através
do "monólogo expresso", algo que é dito de si para si mesmo, sem
levar em conta o que o outro tenha a acrescentar. A sorte é que isso
passa, assim que alguma experiência é adquirida... ou então
permanece por insegurança, talvez.


> > Lígia: Pois então... Ah, eu tenho uma dúvida e que "ninguém"(o
> > próprio :) nos ouça: em que eu posso estar faltando com a
memória de
> > Popper de maneira notável inclusive para uma *douta-e-ilustre-
> > professora-d'além-mar*?
>
> Sinceramente eu não sei. Tenho a impressão que Popper foi um dos
poucos
> acadêmicos que abominava essa postura de "douto-e-ilustre". Ele
adorava
> andar fora dos trilhos, e certamente já teria sido expulso da
Ciencialist
> e/ou dos doutos principados acadêmicos, tanto de Portugal quando do
Brasil.
> Certa vez li um artigo de alguém que fez pós-doutoramento na escola
onde
> Popper foi professor, na Inglaterra, e o autor desse artigo dizia
que a
> primeira coisa que um aluno aprendia com Popper era criticar o
próprio
> Popper. Esse era quase que um pre-requisito para o indivíduo poder
se dizer
> popperiano.


Lígia: Hum... pois é, depois dessa sua explicação eu entedi o que
eu fiz de errado a ponto de ser notório: assumi "certezas" sem levar
em conta possíveis dúvidas envolvidas com os estudos astronômicos.
Mais uma vez, mea culpa... :)


> > Lígia: Bem, o conceito do Eliseum era bastante enraizado na
época.
> > Interessante é que Giordano Bruno não parece ter tido
dificuldades em
> > imaginar um espaço dinâmico e contentor de vida ao ler as obras de
> > Epicuro...
>
> Newton certamente leu Epicuro e acho que também não o estranhou.
Mas ele
> optou por situar essa agitação (ou dinâmica) como algo contido num
ambiente
> em repouso absoluto. Ele soube muito bem distinguir continente de
conteúdo.
> O espaço é o continente, ou seja, representa o nada. A matéria e a
> informação seriam o conteúdo a habitarem esse continente, ou esse
nada
> existencial. E o movimento absoluto seria algo a testemunhar a
existência
> desse espaço, manifestando-se através da informação também contida
nesse
> espaço. De todos esses essenciais o único que efetivamente
enxergamos é a
> matéria, e esta, apesar de tudo, move-se e recusa-se
terminantemente a parar
> em relação a esse nada. A conservação do movimento absoluto é a
base de toda
> a física newtoniana, não somente de suas três leis.


Lígia: Então o Eliseum estaria/seria o espaço contentor da matéria
em movimento... gostei disso! E vejo agora que a resposta à minha
questão seguinte a esta é irrelevante já que esta resposta sua
responde à minha dúvida: onde estaria o "Eliseum" na mente de
Newton? Bem pensado, caro Alberto!


[...]O problema da eternidade já é algo bem mais
> complicado, mas parece-me ser bem mais simples do que uma involução
> histórica em direção a uma possível singularidade inicial, a menos
que essa
> singularidade seja Deus ou obra de Deus. Com respeito à eternidade,
e com
> relação ao futuro, o único impecilho seria a segunda-lei da
termodinâmica,
> mas esse problema já não me incomoda mais, pois considero-o
definitivamente
> resolvido. Aliás, a esse respeito existe um francês que bolou uma
idéia
> muitíssimo parecida com a minha mas, veja só, a apoiar-se na
relatividade de
> Einstein. :-)

Lígia: Uma idéia de Eternidade que me diz muito é a de Joseph
Campbel em seu livro O Poder do Mito. Diz ele que "A Eternidade
exclui o tempo". Desde que li essa frase, qualquer citação
envolvendo o termo "eterno" é logo identificado como algo para o que
o tempo não é levado em conta. Assim vejo o "início" do Universo
como o início do tempo e o consequente desdobramento do espaço de
forma bastante natural, sem esforço. Algo sem tempo é algo em
suspenso, sem movimento, estático. A Eternidade portanto me dá idéia
de estagnação... assim desde que algo exista pode acumular zilhões
de anos de existência mas jamais ser eterno (novamente). Pelo menos
da forma como compreendo a idéia do tempo e da interdependência do
espaço em relação a ele. Então voltando a um espaço absoluto: o
tempo é levado em conta em relação a tal espaço? Se sim não há como
tal espaço ser estático: alguma coisa sempre muda com o passar do
tempo.


> > Lígia: Mas é engraçado pretender que a interpretação de um
conceito
> > de absoluto/relativo possa ter dado entender que a Física
Newtoniana
> > apenas levava em consideração referenciais absolutos... eu
entendo
> > que nessas nossas conversas você tem defendido esse seu ponto de
> > vista que toma por relativo o que normalmente é interpretado por
> > absoluto quando se fala em Newton... mas se é da forma como você
> > apresenta, como então mais ninguém chegou a essas conclusões
antes?
>
> As razões são inúmeras. Em primeiro lugar, valorizou-se em demasia
o dogma
> de Côtes, qual seja, a ação instantânea a distância não mediada por
nada.
> Esse Côtes foi o editor e prefaciador da segunda edição dos
Principia e,
> segundo Maxwell, ele andou dizendo no prefácio algumas asneiras que
passaram
> para a história da física como tendo sido proferidas por Newton.
Isso era
> muito conveniente, pois havia um preconceito muito grande com
relação a
> aceitação do "espírito da matéria" newtoniano. Os seguidores de
Newton, com
> medo de passarem a imagem de místicos, aceitaram a interpretação de
Côtes e
> destruiram a genuína física newtoniana, ficando apenas com um
modelo de
> quatro leis que dava certo em condições restritas e satisfatórias
para a
> época. Isso hoje soa engraçado, pois existe um "espírito quântico" a
> justificar cada experiência realizada no século XX e que falseou a
física
> quântica, mas já houve tempo em que os preconceitos eram de outro
tipo.
> Lembre-se que por muito menos alguns foram, nessa época, condenados
à prisão
> e outros a arder nas chamas. Hoje as coisas apenas mudaram de lado:
os
> candidatos às chamas são aqueles que duvídam dos inúmeros "espíritos
> quânticos". Ora, a bem da simplicidade não seria muito melhor
aceitarmos tão
> somente o "espírito da matéria".


Lígia: Sim, concordo em gênero, número e grau. O preconceito ao que
quer que seja sempre é um empecilho à compreensão. Penso sempre que
tudo deve ser muito mais simples do que se supõe... mas mesmo assim,
as idéias tendem a complicar cada vez mais. Então, Alberto, o ideal
seria criar experimentos que possibilitassem a compreensão de
tal "espírito" antes que seja tarde e que físicos do mundo todo
recriem a roda na forma quântica...:)


> Em segundo lugar, poucos perceberam que a Óptica de Newton é um
complemento
> importantíssimo à física de Newton. Deixada a física de lado,
aqueles que se
> contentaram com o modelo mecânico passaram a julgar a Óptica de
Newton como
> um acessório de pouca importância. A partir de Young (início do
século XIX)
> a Óptica de Newton por pouco deixou de ser um livro apócrifo nos
meios
> acadêmicos, e somente no século XX, com a redescoberta da luz
corpuscular
> (ainda que dual) pensou-se em reeditar essa obra magnífica, para que
> enfeitasse as bibliotecas dos físicos modernos.
>
> O século XIX foi o século da luz ondulatória. Começou com Young e
terminou
> com as ondas eletromagnéticas de Maxwell. É interessante notar o
quanto
> Maxwell relutou em deixar de ser newtoniano, mas ele não quis em
hipótese
> nenhuma aceitar a idéia dos "espíritos da matéria" e optou por um
éter
> material para explicar a propagação dos distúrbios
eletromagnéticos. Hoje o
> éter foi comprovadamente declarado inexistente (experiência de
> Michelson-Morley), mas as ondas eletromagnéticas de Maxwell
conservaram o
> seu status de vibrações de um meio inexistente. Ora, se é para
trabalhar com
> hipóteses inexistentes, porque não retornar à lógica newtoniana?
Pelo menos
> Newton conseguiu dar testemunhos experimentais a comprovarem a
existência
> desse "espírito". Ou não?


Lígia: E teria ele conseguido tais testemunhos apenas através dos
estudos que desenvolveu em sua Ótica?


> > O que há de errado na forma de perceber a Física de Newton que
> > permita tal erro e consequentemente a inviabilidade de tais
conceitos
> > para maiores escalas como as do espaço cósmico por exemplo
enquanto a
> > RG parece cair como uma luva?
>
> É suficiente tão somente a introdução do "espírito da matéria"
newtoniano.
> Em altas velocidades o problema se resume em levar em consideração
os
> potenciais retardados, não apenas para o eletromagnetismo mas
também para a
> gravitação. A dilatação do tempo na realidade retrata uma
modificação do
> ritmo dos relógios. E digo relógio no sentido mais amplo possível.
O nosso
> metabolismo não deixa de ser um relógio, e ele funcionará em ritmo
diferente
> em velocidades absolutas diferentes (a velocidade do espírito da
matéria,
> que regula tudo, depende da velocidade da fonte). Ou seja, os dois
gêmeos do
> paradoxo dos relógios, quando colocados em velocidades diversas,
realmente
> envelhecerão diferentemente, e isso é perfeitamente compatível com
uma
> física 100% newtoniana. E na física newtoniana não há paradoxo
algum, pois
> em relação a um referencial absoluto saberemos, pelo menos em
teoria, qual
> dos dois está em maior velocidade (por sinal, esse seria um outro
método de
> localizar, por extrapolação, o referencial absoluto, obviamente não
com
> gêmeos). Não preciso dizer que aquela história dos mésons também
admite uma
> explicação 100% classica.


Lígia: E já se tentou equacionar tal "espírito"? Veja Alberto, eu
admiro muito essa idéia toda mas deve haver algum empecilho prático,
ou outros já a teriam (re)descoberto, por assim dizer. Ainda que a
existência de um "espírito" por trás de toda a dinâmica universal
soe "mística" para ouvidos despreparados, ela é muito viável e de
certa forma simplificaria tudo sim. Mas o problema recai sobre a
matemática por trás da existência de tal "entidade"... e se ela
nunca for "achável", como ficamos? Você tem idéia a partir de
qual/quais equações poderia-se chegar a um equacionamento que
resultasse numa base sólida para tais argumentos?




A história de aumento de massa com a velocidade
> também é ficção. Um corpúsculo acelerado usa parte da energia
recebida para
> incrementar seus movimentos internos. Não existe nem aumento de
massa nem
> criação de matéria, isso é ilusão relativística. Quando o
corpúsculo atinge
> um calorímetro ele devolve tanto a energia cinética de translação
quanto
> aquela que incorporou em seus movimentos internos (por exemplo,
rotação).
> Isso é perfeitamente compatível com a física newtoniana, e
matematicamente
> já foi demonstrado que isso funciona, pelo menos para os elétrons.


Lígia: Sim... quando se considera todos as partículas subatômicas
como "corpúsculos" os conceitos da física newtoniana são muito
viáveis... mas insisto que deva haver um modo/modelo matemático a
ilustrar tais idéias. A MQ tem vencido a guerra simplesmente porque
é matematicamente consistente a apoiar-se em argumentos que
solidificam ainda mais o que se desenvolve através da matemática
aplicada a ela e o que é "pior": as experiências vem comprovando a
veracidade do que se argumenta utilizando-se de tal "ferramenta".
Isso pode até soar estranho mas veja que talvez sempre tenha sido uma
questão de um bom equacionamento e as respostas casariam com as
idéias... de certa forma confirmando uma idéia ancestral de que tudo
é da forma como a maioria crêr... e tendo em vista o emaranhado de
conceitos e idéias que amálgamam a MQ, qualquer outra idéia que
viesse de forma a "desenroscá-la" seria bem vinda...:)



> > Lígia: Essa história de múltiplos big-bangs é interessante. O
que
> > Linde propõe é que haja vários universos divididos por linhas
> > divisórias que seriam seus limites imediatos, sendo que em cada um
> > desses universos toda uma ordem implicando até mesmo em leis
> > diferentes das dos outros são estabelecidas desde o princípio...
é
> > uma idéia, nada mais que uma idéia... não boto fé nisso
não... :))
>
> Para ser sincero, eu também não, mas não acho impossível.


Lígia: Impossível seria algo que não fosse sequer cogitado... :))


> > > Os entropinos são corpúsculos de Newton, a base da luz e de
tudo o
> > > mais.
>
> > Lígia: Bonita idéia essa... sinceramente. O problema seria
> > encontrar os entropinos... :))
>
> Eu penso que a constatação de sua existência não será muito
difícil, pois já
> dispomos de argumentos teóricos a meu ver mais do que suficientes
para
> caminharmos nessa direção. O difícil será o que virá depois, a
determinação
> de suas propriedades físicas. Isso deve ser trabalho para mais de
50 anos,
> supondo-se um sucesso total.


Lígia: Interessante que quando a teoria vai à prática, as coisas
andam numa velocidade vertiginosa, haja visto que pouco mais de 15
anos nos separam dos PCs 8088 então de novíssima geração já que se
utilizavam de microprocessadores... meu marido, que foi professor
universitário da cadeira onde ensinava sobre microprocessadores
sempre reclama da impossibilidade de atualização nessa área dando
lugar a uma total "ignorância"... tudo correu num movimento
muitíssimo acelerado.



> A modernidade separou a ciência do misticismo e sem entrar no
mérito da
> questão digo apenas que o cientista tem que tomar muito cuidado com
seus
> escritos, pois do contrário será definitivamente condenado ao
ostracismo. A
> verdade é que a comunidade científica gosta de ser enganada, sem
perceber
> que *todo* cientista que produziu de fato algo revolucionário para
a ciência
> começou por valorizar aquele lado místico que todos nós possuímos.
Não
> existem exceções. O cientista produtor de conhecimentos científicos
tem que
> saber lançar mão de sua criatividade, logo tem que ser intuitivo e,
acima de
> tudo, tem que saber separar o joio do trigo. A escola moderna
bloqueia essa
> criatividade, logo colabora para a manutenção do "status quo".
Tanto a
> direita quanto a esquerda, de Hitler a Stalin ou de Bush a Fidel
Castro,
> nada mais fizeram senão sufocar essa rebeldia, sem a qual a ciência
fica
> aprisionada nas mãos do Estado. Os rebeldes sempre foram mal vistos
pelos
> governantes e a Inquisição sempre existirá enquanto o homem não for
livre
> para pensar, enquanto não iluminarmos a face oculta da ciência.


Lígia: Profundo isso... e não deixa de ser totalmente verdadeiro.
Quando se quer inutilizar o potencial humano, "leis" são lançadas
justamente contra a tendência de alguns humanos de abstrair e ir
além... então dispondo apenas do que é "bom", "correto" e "aceito"
pela maioria através de "imposições", ainda que subliminares, tal
humano capaz de ir além embota-se e dança conforme o ritmo dos
demais... ou é simplesmente lançado para fora do salão. Um desenho
que ilustra bem essa questão do "conceito que se tem do diferente" é
o "Willie, a Baleia Cantora" do Disney. Já citei isso algumas outras
vezes e volto a citar aqui: é mais fácil acreditar que uma beleia
engoliu três cantores de ópera do que conceber a idéia de que uma
baleia seja capaz de cantar em três tons ao mesmo tempo... :))


> > Lígia: É... e depois eu que sou "mística"... :)) Mas de fato,
> > mesmo num conteito que você "abomina", o da "energia condensada"
na
> > forma de matéria não há nada de palpável... além da luz. Em todo
> > caso, gosto da forma que você "dá nome aos burros". A coisa toda
> > acaba sendo mais coerente simplesmente pelo fato de ser explicável
> > até o fim. Isto é, *SE* os corpúsculos de Newton não tiverem uma
> > estrutura interna... :))
>
> Rigorosamente falando eu não abomino essa energia condensada,
apenas dou
> outro nome. Eu aprendi o conceito de energia estudando a física
clássica, e
> em física clássica energia é um construto, não é uma essência. A
energia
> retrata a maneira como o movimento se manifesta. Mas assim é porque
os
> clássicos a definiram para que fosse assim. Os místicos dão outra
> interpretação à energia. Isso não tem nada de física clássica, mas
sim algo
> que eles herdaram dos antigos. Não posso dizer que estejam errados,
pois
> eles adotam a interpretação milenar da palavra, mas também não posso
> confundir coisas diversas, apenas porque receberam o mesmo nome. Os
místicos
> de hoje gostam da física moderna porque acreditam existir aí uma
aproximação
> com o conceito milenar, mas isso é uma ilusão que a meu ver jamais
sairá do
> papel.


Lígia: O conceito de energia para um místico é tudo o que pode "vir
a ser". Algo como uma latência que pode ser desdobrada de acordo com
a forma como se pensar nela. O interessante é notar que o conceito
de "espírito da matéria" casa muito melhor com o misticismo
simplesmente porque dá um nome a essa "energia" imanente às ações
desenvolvidas no Universo como um todo, intercomunicando as partes do
todo. Mesmo os místicos que apelam para a quântica estão errados
quando da interpretação da energia, simplesmente por estarem
focalizando apenas aquilo que é percebido. Ora, se já é percebido
não é mais latente pelo fato de já estar concretizado no plano
físico. Portanto místicos apelando para a MQ sofrem de um "pobrema"
que acabam sendo dois... :))


> > > Perceba então que as minhas teorias atendem a gregos e a
> > > troianos, a céticos e a anti-sépticos. ;-)
>
> > Lígia: Well, esta é uma postura conciliatória muito peculiar. A
> > cisão realmente não leva a muita coisa além da discórdia. E fico
> > feliz por constatar que você está realmente fazendo um bom
trabalho.
> > Tem sido mais com o propósito de sondar você que eu venho
> > questionando ininterruptamente tudo o que eu percebo que dá
> > sustentação aos seus argumentos. E eu até entendo quem discorde
de
> > você.
>
> Eu também entendo e acho muito natural, pois em condições similares
eu
> também discordaria. Apenas não aprovo a atitude dogmática e a
pobreza de
> espírito de muitos daqueles com quem tenho digladiado, na
verdadeira acepção
> da palavra. Como já disse, eles não querem dialogar, eles querem
que eu
> concorde com aquilo que eles acham que já sabem. Outros querem me
derrubar,
> mas como não têm argumento para tal ficam alternando bajulações com
> pedradas. Terceiros, como o Taborda, querem me cansar utilizando-se
do
> método da repetição exaustiva. Felizmente, entre um dissabor e
outro surgem
> pessoas como você que respeitam e advogam a causa do livre-pensar.
Eu só
> posso agradecer pelas suas "sondagens", pois sob certos aspectos,
você
> efetivamente está conseguindo me colocar em xeque, coisa que os
demais não
> conseguem fazer. E não conseguem porque querem dar o xeque-mate em
um único
> lance, e mal se dão conta que não sabem jogar xadrez.

Lígia: Oras, Alberto! Quanta honra... e eu sou só uma "coisinha
desajeitada" ou como já me disseram em outras listas, "completamente
sem jeito"... :)) Então eu atribuo essa incapacidade dos demais de
dialogar com você a uma falta de tolerância associada à falta de
paciência. Não que eu considere essas nossas investidas como uma
partida de xadrez onde um sairá vencedor enquanto outro amarga a
derrota, mas penso que tal associação não é de todo descabida,
simplesmente porque estamos jogando conforme o ritmo dos próprios
argumentos. Você tem uma mente brilhante Alberto e é capaz de fazer
associações onde outros vêem apenas um vão intransponível. E é pelo
respeito que você merece pelo seu empenho que eu venho me dispondo a
aprendendo com você a enxergar com outros olhos questões antes
completamente desconhecidas para mim. Sinceramente eu fico triste
pelos demais que não tiveram a chance de chegar onde estamos chegando
agora. E espero que com o tempo e com a sua insistência, mais gente
se disponha a argumentar com você com o espírito aberto e sem
preconceitos.


Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/03/2003 22:49

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese"
Sent: Monday, March 03, 2003 11:05 PM
Subject: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte

> Lígia: Veja só que silêncio... pelo jeito todos os participantes da
> lista saíram em respectivos blocos e a lista é só nossa!!! Vamos
> ao "motor" de uma possível expulsão: meu entusiasmo crescente!!!

Pois então, antes que termine o carnaval vamos aproveitar para apocrifar de
vez a Ciencialist. ;-)

> Aliás, deve ser algo de muito prejudicial a você trocar idéias assim,
> com uma reles pilota de fogão que pretende entender de física só para
> não pensar no que vai fazer prá janta... :))

Discordo. Já disse que você é bastante intuitiva e que sabe distinguir o
essencial do supérfluo. Esta sua mensagem é uma prova disso, como mostro
abaixo.

> Uns se arvoram de ciência, outros de misticismo mal sabendo que ambas têm
> uma raiz em comum... ou se sabem, ignoram por motivos de praticidade.

Eu diria que é uma praticidade burra e que só vem a favorecer os
aproveitadores da ingenuidade popular, vulgo charlatães.

> Lígia: Hum... pois é, depois dessa sua explicação eu entendi o que
> eu fiz de errado a ponto de ser notório: assumi "certezas" sem levar
> em conta possíveis dúvidas envolvidas com os estudos astronômicos.
> Mais uma vez, mea culpa... :)

Você está se culpando por nada, pois não vi nada de errado, nem aqui e nem
na Noosfera. É verdade que não tive tempo de acompanhar todas as mensagens,
mas creio que li boa parte delas.

> Lígia: Uma idéia de Eternidade que me diz muito é a de Joseph
> Campbel em seu livro O Poder do Mito. Diz ele que "A Eternidade
> exclui o tempo". Desde que li essa frase, qualquer citação
> envolvendo o termo "eterno" é logo identificado como algo para o que
> o tempo não é levado em conta. Assim vejo o "início" do Universo
> como o início do tempo e o consequente desdobramento do espaço de
> forma bastante natural, sem esforço. Algo sem tempo é algo em
> suspenso, sem movimento, estático. A Eternidade portanto me dá idéia
> de estagnação... assim desde que algo exista pode acumular zilhões
> de anos de existência mas jamais ser eterno (novamente). Pelo menos
> da forma como compreendo a idéia do tempo e da interdependência do
> espaço em relação a ele. Então voltando a um espaço absoluto: o
> tempo é levado em conta em relação a tal espaço? Se sim não há como
> tal espaço ser estático: alguma coisa sempre muda com o passar do
> tempo.

O tempo é sempre um grande enigma. Eu diria que existe um tempo físico e um
tempo filosófico, e ambos são complexos e com mais de um significado.
Fisicamente conseguimos medir o tempo, assim como medimos o comprimento de
um objeto com uma régua. Mas a rigor não estamos medindo o tempo e sim a
duração. Quando comparo duas medidas de tempo para um mesmo fenômeno, na
realidade estou comparando a duração, pois nem mesmo o intervalo de tempo é
o mesmo, ainda que a duração seja exatamente igual. Eu posso dizer que T4 -
T3 = T2 - T1, mas não posso dizer que T4 = T2 nem que T3 = T1. Ou seja, o
que chamamos tempo em física nada mais é que duração temporal de um
fenômeno.

Com respeito ao espaço absoluto, ele é suposto em repouso. Aliás, nem é
necessária essa suposição, pois esse espaço representa o nada, logo não se
altera. Esse é um postulado inicial, obviamente a justificar uma certa
lógica. O outro postulado, o da existência da matéria, já é mais fácil de se
aceitar, pois que satisfaz a nossa visão. Mas um objeto só, contido nesse
espaço, não nos garante nada. Eu preciso de pelo menos dois. Com dois já
posso verificar se estão se aproximando ou se afastando. Esse é um movimento
de um em relação ao outro, mas da simples observação não podemos garantir
que seja relativo ou absoluto. Automaticamente, ao observarmos o movimento
vem a nossa mente o tempo. O tempo é criação da nossa mente e manifesta-se
pelo movimento. Se ele já existia ou não antes do movimento ter sido
observado, isso é um problema da seara da filosofia, jamais da física. O
tempo entra na física como medida da duração de um processo (por exemplo,
duração de um afastamento x ou de uma aproximação y). Perceba então que para
caracterizar o movimento e/ou o tempo eu não preciso do conceito de espaço
absoluto, o espaço relativo é totalmente suficiente. E, com efeito, o espaço
absoluto existe por hipótese, pois como observadores nós vivemos num mundo
de espaço e movimento relativos. Sequer sabemos qual é a nossa velocidade em
relação ao espaço absoluto newtoniano. O espaço absoluto acaba sendo
importante somente quando vamos estudar os campos sob o ponto de vista da
física de Newton, e é aí que entra o "espírito da matéria". Como você
concluiu em uma das mensagens anteriores, "o espírito da matéria é o
representante direto do absoluto para o movimento". E acaba sendo o
testemunho da existência de um espaço absoluto.

> Lígia: Então, Alberto, o ideal seria criar experimentos que
> possibilitassem a compreensão de tal "espírito" antes que seja tarde e que
> físicos do mundo todo recriem a roda na forma quântica...:)

Sem dúvida, e eles já estão tentando fazer isso mesmo sem perceberem, como
mostrarei abaixo. Dentre os clássicos, o único físico que tentou fazer isso
de maneira consciente foi Newton, através das experiência do balde e dos
globos giratórios, além de experiências relacionadas à óptica. O difícil não
é levar o "espírito da matéria" para o terreno da experimentação, pois em
qualquer experiência onde haja interação entre objetos, isso já ocorre
naturalmente. O difícil seria bolar uma experiência cujo resultado somente
se justifique através dessa idéia. Como já disse Popper, podemos falsear uma
expectativa, mas não podemos garantir um sucesso através de uma única
interpretação. Uma experiência pode, quando muito, corroborar uma idéia, mas
nunca nos dá uma certeza absoluta. As teorias se mantém pela resistência a
falseamentos, e é por isso que os físicos modernos não fazem outra coisa que
não seja a criação de hipóteses "ad hoc". A hipótese "ad hoc" é o
equivalente à extrema unção. Os físicos deveriam aprender com os médicos a
diferença fundamental que existe entre prolongar a vida e prolongar a morte.
A física moderna dos dias atuais tem apenas vida vegetativa, e já está a
merecer um enterro digno.

> Lígia: E teria ele conseguido tais testemunhos apenas através dos
> estudos que desenvolveu em sua Ótica?

Como disse acima, Newton propôs duas experiências que têm deixado os físicos
de cabelo em pé desde então. Até hoje ninguém conseguiu dar uma contestação
razoável à interpretação newtoniana. Os físicos modernos contentam-se em
repetir os argumentos estratosféricos de Mach, uma verdadeira loucura
somente comparável às doideiras da física moderna. Aliás, Mach e Lorentz são
os principais baluartes da despersonalização que se verificou na física do
século XX.

> Lígia: E já se tentou equacionar tal "espírito"?

Agora você tocou na ferida! Entende porque é que eu digo que você consegue
me colocar em xeque? Mas por incrível que pareça, essa é a parte mais fácil
de todo o processo. A matemática já está quase que todinha montada e a
espera de ser utilizada da maneira correta. Eu colaborei muito pouco para
essa matemática, pois a maior parte eu encontrei nos livros de cálculo e de
física, até mesmo de física moderna. Basta visualizar um pouquinho da física
que reside por trás de algumas equações que dão certo. Às vezes a turma chia
quando digo que o elétron não é uma carga elétrica coulombiana, mas uma das
maneira de encontrarmos a saída começa por aí.

O que eu chamo equação do elétron é a coisa mais simples que se possa
imaginar. A equação é A = w/r, em que "A" e "w" são vetores [É possível
também se começar o estudo através do escalar Ø = K/r, mas eu prefiro já
começar com vetores, pois de uma maneira ou de outra eles acabarão
aparecendo]. Essa única equação contém todo o eletromagnetismo,
contém todas as quatro equações de Maxwell.

Essa equação não é de um campo de interações, mas sim de um campo de
informações eletromagnéticas. O que seria esse campo de informações
eletromagnéticas de um elétron? É o campo que contém tudo relacionado aos
efeitos eletromagnéticos de um elétron. É interessante notar que ele varia
inversamente com r, e não com o inverso do quadrado de r. Isso é o que via
de regra acontece com os potenciais, tanto gravitacionais quanto
eletromagnéticos, tanto os escalares (elétrico e gravitacional) quanto o
vetorial (magnético).

Pois bem. Se eu aplicar o rotacional ao campo A, eu chego no campo magnético
de um elétron. Se eu aplicar o translacional ao mesmo campo A eu obtenho o
campo elétrico de um elétron. Esse dois sim, variam segundo o inverso do
quadrado de r. O translacional é um operador diferencial *vetorial* que
defino na minha teoria, mas está intimamente relacionado com o operador
escalar divergência. A vantagem em usar o translacional é mais de estética
do que de matemática propriamente dita. No eletromagnetismo clássico existem
dois potenciais, mas na minha teoria existe apenas um. Eu posso utilizar "A"
ou "Ø", mas eles são dependentes entre si, dado um o outro estará
determinado. Na solução das equações de Maxwell, pode-se calibrar os
potenciais (esse efeito de calibrar é mais conhecido como operação "gauge"),
assim como também na gravitação. Na minha teoria não, o A é um só, não
existe calibração alguma. Por ser um só, ele pode ser pensado como um vetor
conservativo, e de fato seu campo é conservativo. E o que se conserva nesse
campo? Nada mais, nada menos, do que as informações eletromagnéticas. É
perfeitamente possível conhecer o fluxo de informações eletromagnéticas
emitidas por um elétron e que atravessam uma superfície qualquer (o
gradiente de Ø com sinal trocado). E a partir desse fluxo conceituar de
maneira absoluta as informações eletromagnéticas, a ponto de podermos até
mesmo medí-las (obviamente de maneira indireta, como acontece com a grande
maioria das mensurações).

> Veja Alberto, eu admiro muito essa idéia toda mas deve haver algum
> empecilho prático, ou outros já a teriam (re)descoberto, por assim dizer.

O impecilho prático resolve-se ao deixarmos de assumir que o elétron é uma
carga elétrica coulombiana. Você tem razão. Muitos, mas muitos mesmo, já
pensaram nisso. Maxwell chegou próximo a isso, Heaviside também. Mas todos,
de uma forma ou de outra, acabaram fugindo de medo do "espírito da matéria".
Mas medo de quê? Medo porquê? Medo de pensar no potencial como uma
*divindade* espiritual. Ou seja, eles leram Newton e não entenderam que seu
espírito não tinha nada de divino. Naquela época falava-se muito em espírito
do vapor, espírito da umidade etc, e Newton achou por bem em falar em
espírito da matéria, para se referir ao agente responsável por vários
efeitos, muitos dos quais Faraday chegou a incorporar no que veio a ser
chamado campo de interação.

Quando se pensa em fluxo de um campo, pensa-se em alguma coisa que flui
pelas linhas de campo. Pode-se pensar em alguma coisa viajando por um campo
gravitacional sem problemas. O mesmo se diga com respeito ao campo elétrico.
Essa alguma coisa origina-se numa fonte (massa ou carga elétrica) e morre
num sorvedouro (outra massa ou outra carga elétrica). Mas ninguém até hoje
conseguiu conceber alguma coisa real ou de natureza sabidamente física e
viajando por uma linha de campo magnético. Feynmann, por exemplo, chega a
dizer que "qualquer teoria de emissão que pretenda se utilizar das linhas de
campo como trajetória de entes imaginários responsáveis pelo campo, está
fadada ao fracasso". Ou seja, os físicos já pensaram e muito nessa
possibilidade, mas não conseguiram caracterizar fisicamente o que acabaram
acreditando ser uma divindade, e como tal a deixaram de lado. Afinal, como
uma coisa que não nasce numa fonte e nem morre num sorvedouro poderia ficar
viajando pelas linhas do campo magnético, sem mais nem menos? Pois as linhas
do campo magnético fecham-se sobre si mesmas! O fluxo do campo magnético é
algo de natureza imaginária e 100% matemático. Não há como visualizar nada
de físico nesse campo, nada que possa ser pensado como criado em um ponto e
destruído em outro. Não há nada de conservativo nesse campo e que não seja
única e exclusivamente de natureza matemática.

Quando pensamos em potencial as coisas complicam-se terrivelmente, pois o
que se define é diferença de potencial, algo totalmente relativo. Mas o que
eu estou afirmando é que dentre esses milhares de possíveis potenciais
relativos (diferença de potencial em relação a um ponto escolhido
arbitrariamente), existe uma maneira de caracterizar algo que seria como que
um potencial absoluto, e que para o caso do elétron seria A = w/r. É esta
grandeza, e não os campos elétrico nem magnético, quem responde pelos
efeitos eletromagnéticos gerados pelo espírito da matéria newtoniano. A
equação fundamental é por demais elementar, se bem que no desenvolvimento do
assunto a matemática acaba se complicando bastante, mas não mais do que a
complicação que já existe no estudo do eletromagnetismo de Maxwell.

O fluxo de "informações eletromagnéticas" nada mais é senão o gradiente de
uma função Ø definida a partir de "A". Ou seja, pode-se até mesmo fixar uma
unidade para o "espírito eletromagnético da matéria", mas eu procurei não
fechar essa questão pois esse espírito ainda não é o primário, ou seja,
aquele gerado por um corpúsculo de Newton, mas sim gerado por um elétron,
uma partícula ainda de estrutura relativamente complexa. Aliás, uma das
críticas mais ferrenhas que o Taborda fez a minha teoria, que na opinião
dele seria uma falha grave, foi o fato de eu ter optado por deixar essa
questão em aberto. Para variar, ele está tentando passar com a carroça na
frente dos bois, sem se dar conta de que quando ele nasceu eu já fazia
teorias. ;-) Minhas teorias podem não ser boas, podem não corresponderem à
realidade, mas se há uma coisa em que eu faço questão de caprichar é na
lógica utilizada. E é porisso que eu leio Popper, dentre outros filósofos da
ciência. E é porisso também que eu leio os bons teorizadores, como Newton,
Maxwell, Einstein, Bohr, Heisenberg etc.

Em tempo: Ao contrário do que alguns chegam a pensar, o "A" da equação A =
w/r não deriva do meu nome, da mesma maneira que o "E" da equação E = mc²
não deriva do nome de Einstein. Eu simplesmente utilizei o mesmo símbolo "A"
do vetor potencial magnético, pois o meu "A" guarda um parentesco muito
grande com esse vetor.

> Ainda que a existência de um "espírito" por trás de toda a dinâmica
> universal soe "mística" para ouvidos despreparados, ela é muito viável e
> de certa forma simplificaria tudo sim. Mas o problema recai sobre a
> matemática por trás da existência de tal "entidade"... e se ela
> nunca for "achável", como ficamos? Você tem idéia a partir de
> qual/quais equações poderia-se chegar a um equacionamento que
> resultasse numa base sólida para tais argumentos?

Bem, como você pode perceber eu já percorri mais da metade desse caminho e
volto a dizer que isso foi o mais fácil de tudo o que fiz. A turma acha que
eu não gosto de matemática, mas a verdade é que a dificuldade da física não
reside na matemática. Quando o que falta para uma teoria é tão somente a
matemática, na realidade não falta quase nada. A matemática pode assustar um
principiante, jamais um teorizador. O difícil não é resolver um problema, o
difícil é formular um problema, é encontrar o problema. Pois quem formula
*quase* sempre resolve, não importa que isso dure 10 minutos ou 10 anos.
Infelizmente a nossa escola está vocacionada para ensinar os jovens tão
somente a resolverem problemas formulados pelos outros e a conseqüência é
que não formamos cientistas teorizadores em número suficiente para as nossas
necessidades. Aqueles que vão em frente, vão em frente *apesar* da escola e
quase sempre sendo obrigados a se indispor com essa mesma escola. Os outros
ficam por aí defendendo a matemática, depreciando a física e, quando falam
em física, apóiam-se tão somente no método do copiar e colar. Você já pensou
no que seria a ciência se todos fossem assim?

> Lígia: Sim... quando se considera todos as partículas subatômicas
> como "corpúsculos" os conceitos da física newtoniana são muito
> viáveis... mas insisto que deva haver um modo/modelo matemático a
> ilustrar tais idéias. A MQ tem vencido a guerra simplesmente porque
> é matematicamente consistente a apoiar-se em argumentos que
> solidificam ainda mais o que se desenvolve através da matemática
> aplicada a ela e o que é "pior": as experiências vem comprovando a
> veracidade do que se argumenta utilizando-se de tal "ferramenta".
> Isso pode até soar estranho mas veja que talvez sempre tenha sido uma
> questão de um bom equacionamento e as respostas casariam com as
> idéias... de certa forma confirmando uma idéia ancestral de que tudo
> é da forma como a maioria crêr... e tendo em vista o emaranhado de
> conceitos e idéias que amálgamam a MQ, qualquer outra idéia que
> viesse de forma a "desenroscá-la" seria bem vinda...:)

Eu não estou tão certo deste ser bem-vindo. Eu tenho a impressão que Planck
tinha razão quando disse: "Uma verdade científica nova não é geralmente
apresentada de maneira a convencer os que se opõem a ela... simplesmente a
pouco e pouco eles morrem, e nova geração que se forma familiariza-se com a
verdade desde o princípio". É por isso que atualmente eu tenho procurado
transmitir minhas idéias apenas aos jovens, pois os da minha geração não
querem nem pensar que a verdade possa ser outra bem diferente daquela que
eles defenderam com unhas e dentes por anos a fio. Com os jovens eu pelo
menos ainda consigo brigar. Os mais velhos fazem questão de me ignorar e/ou
de acintosamente me virar a cara. Tenho muita pena deles, pois eles não têm
forças para enfrentar a realidade, não lhes restando outras perspectivas que
não sejam a de apelar para o saudosismo ou a de ficarem ministrando à
extrema-unção a um cadáver.

> > Os místicos dão outra interpretação à energia. Isso não tem nada de
> > física clássica, mas sim algo que eles herdaram dos antigos. Não posso
> > dizer que estejam errados, pois eles adotam a interpretação milenar da
> > palavra, mas também não posso confundir coisas diversas, apenas porque
> > receberam o mesmo nome. Os místicos de hoje gostam da física moderna
> > porque acreditam existir aí uma aproximação com o conceito milenar, mas
> > isso é uma ilusão que a meu ver jamais sairá do papel.

> Lígia: O conceito de energia para um místico é tudo o que pode "vir
> a ser". Algo como uma latência que pode ser desdobrada de acordo com
> a forma como se pensar nela. O interessante é notar que o conceito
> de "espírito da matéria" casa muito melhor com o misticismo
> simplesmente porque dá um nome a essa "energia" imanente às ações
> desenvolvidas no Universo como um todo, intercomunicando as partes do
> todo.

Perfeito. Mas veja que como estou teorizando em física, tenho que usar as
expressões adequadas à física. Como eu tentei mostrar acima, posso falar em
um fluxo de informações elementares, logo posso pensar em medir essas
informações segundo uma certa unidade. Mas essa unidade certamente não será
o joule. Existe um parentesco muito grande entre a energia física e as
grandezas acima definidas (veja que eu comparei a potenciais), mas são
coisas distintas, e o fluxo dessa entidade Ø não retrata um transporte de
energia pelo espaço, mas tão somente o transporte de uma informação capaz de
alterar o conteúdo energético (ou o movimento) dos dois corpos assim
acoplados. Perceba também que se não houver troca energética (partícula
única em teoria) ainda assim haverá o transporte de alguma coisa não
energética (em teoria, para que haja o transporte de informação não é
necessário que haja uma ação, é suficiente a emissão). De qualquer forma não
há como criticar essa sua idéia de "energia imanente às ações".

> > Eu só posso agradecer pelas suas "sondagens", pois sob certos aspectos,
> > você efetivamente está conseguindo me colocar em xeque, coisa que os
> > demais não conseguem fazer.

> Lígia: Oras, Alberto! Quanta honra... e eu sou só uma "coisinha
> desajeitada" ou como já me disseram em outras listas, "completamente
> sem jeito"... :))

Espero por mais uma vez ter demonstrado que isso não é verdade.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Como fazer fogo com gelo?
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/03/2003 02:30

hehe, vale como desafio imaginar modos de fazer fogo com gelo (não
precisa ser aqueles cubos de geladeira, pode ser gelo grande mesmo).
Se não conseguir pensar em nada, tcharam! aqui há um jeito:
http://www.primitiveways.com/ice-fire.html

[]s

MK



SUBJECT: Plug-in...
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/03/2003 21:33

Só repassando... é muito boa essa.

http://tharbad.kaotik.org/fun/mov/iosII.swf

Beijos, Lígia



SUBJECT: Feira de Ciencias - Parque do Peao
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/03/2003 11:21

Finalmente!!!!!

O Parque do Peão em Barretos iniciará a partir de Abril sua Feira de Ciências (permanente) coordenada por um tal de Prof. Léo (não quiseram colocar nas propagandas Prof. deus ... não sei por que?).
Os Independentes (que administram o Parque) ao receberem meu projeto ficaram tão animados que querem agora um parque temático de ciências dos maiores no Brasil ... e já estamos agendando visita à Estação Ciência e Lab. de Demonstração do IFUSP para eles verem o que aprontei por lá.

Já tem notícias em: http://www.independentes.com.br/coluna8segundos.htm e reproduzo pinçada aqui:

"ESTAÇÃO CIÊNCIAS
Tudo acertado com o Prof. Léo, para que a partir do mês de abril, mais precisamente dentro da programação da Paixão de Cristo, para que o Parque do Peão conte com uma Feira Permanente de Ciências. O local será inicialmente nas instalações do Rancho do Peãozinho. A expectativa é que o turismo estudantil da região seja cada vez mais incrementado, já que o local permite também várias aulas de botânica. Se começo de angu é água, o professor terá a incumbência de inaugurar o poço...Quem quiser saber detalhes do projeto é só acessar o site www.feiradeciencias.com.br. Vale a pena conferir, afinal mais de dois milhões e setecentos mil internautas já fizeram isso. Em tempo: a partir da próxima semana, a página Ciências do Jornal O Diário, contará com experimentos do nosso mestre."

E eu pensando que ia ficar quieto aqui em Barretos ... coçando, coçando .....

Notícias Científicas (prá alegrar ao Brudna et all.) são sempre bem vindas.

Quem quiser mandar congratulações à diretoria do Parque do Peão por esse projeto educativo o endereço é:
independentes@independentes.com.br

e a página do Parque é:
http://www.independentes.com.br/index.php


[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================


SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Teoria da Relatividade
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/03/2003 16:33

Sugestões (adequadas) ao Turíbio?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Turibio Tanus Salis" <ttanus@acominas.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 6 de março de 2003 16:25
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS - Teoria da Relatividade


Nome : Turíbio Tanus Salis
e-mail : ttanus@acominas.com.br
Escola:Curso superior incompleto.

Mestre, creio que você pode me auxiliar com algumas dúvidas que
ficaram pendentes no segundo grau...

Já foi comprovado que a velocidade e a gravidade influenciam no
tempo ?
Pode mesmo haver uma dilatação temporal ?
Um relógio localizado próximo a um buraco negro bate mais devagar
que na superfície da lua ?

Tenho muito mais dúvidas sobre este e outros assuntos, porém um de
cada vez, certo ?

Muito obrigado pela paciência e pela iniciativa.

T+

Turíbio


SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/03/2003 16:39

Tb querem opinar para com esse?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Emiliano Chemello
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: quinta-feira, 6 de março de 2003 16:04
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


Olá Professor Luiz Ferraz Netto,

Ouvi esses dia a expressão de uma amigo físico "provar por absurdo". Gostaria de saber do se o Sr. sabe o que quer dizer isso e se tem exemplos da utilização desta técnica.

desde já agradeço a atenção,

---
Emiliano Chemello
chemello.e@bol.com.br
www.chemello.kit.net


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo
FROM: "Meire Cristina" <meiroca2001@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/03/2003 07:51

Pessoas


Desculpem minha ignorância!!

Mas o que seria FEIRA DE CIENCIAS? Algum tipo de tira dúvidas de alunos??
Qual a faixa etária desses alunos???

Até
Meire



"A Matemática é como o amor, uma idéia simples que pode se tornar
complicada."





>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo
>Date: Thu, 6 Mar 2003 16:39:41 -0300
>
>Tb querem opinar para com esse?
>[]'
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@uol.com.br
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
>-----Mensagem Original-----
>De: Emiliano Chemello
>Para: leobarretos@uol.com.br
>Enviada em: quinta-feira, 6 de março de 2003 16:04
>Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -
>
>
>Olá Professor Luiz Ferraz Netto,
>
> Ouvi esses dia a expressão de uma amigo físico "provar por absurdo".
>Gostaria de saber do se o Sr. sabe o que quer dizer isso e se tem exemplos
>da utilização desta técnica.
>
>desde já agradeço a atenção,
>
>---
>Emiliano Chemello
>chemello.e@bol.com.br
>www.chemello.kit.net
>
>
>[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
>


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/03/2003 08:46

De: "Meire Cristina"

| Pessoas
|
|
| Desculpem minha ignorância!!

Da parte que me toca (pessoas), está desculpada. Todavia, esse gene (o da ignorância) pode ser extirpado mediante uma operação cerebral inusitada ... visitar diariamente a morada dos deuses em: www.feiradeciencias.com.br .
Em casos mais graves essa operação deve ser repetida duas ou três vezes ao dia e, se após dois meses, não se notar melhora acentuada, um médico deve ser consultado em:
http://ecientificocultural.com/indice.htm .
Para os adeptos da homeopatia, doses singelas são recomendadas e devem ser solicitadas diariamente em:
ciencialist@yahoogrupos.com.br .

[]'
dEUs



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/03/2003 10:10

deus,

Sei que nem sou merecedora de vossa consideração... mas acaso
tal "provar por absurdo" não seria jogar com a hipótese de menor
possibilidade relativa a uma questão a fim de evidenciar a
impossibilidade de que tal hipótese seja a aplicável na resolução de
tal questão?

Ou por outra: quanto mais absurda a questão, tanto maior o número de
respostas absurdas... provar por absurdo nesse caso seria apenas
salientar tal absurdo com a hipótese de menor plausibilidade?

Ou ainda: não seria chegar a uma demonstração da plausibilidade de
uma hipótese partindo-se da questão relativa a ela que mais se
evidencie por absurdo?

Ah, antes que eu me esqueça: não nos deixeis cair nas tentações do
absurdo e livrai-nos do mal da ignorância, amén.

Beijos hipotéticos...

Lígia

PS: Agora vou procurar o médico. Tenho uma consulta com o Dr.
Alberto sobre uns corpúsculos que teimam em se fazer evidentes quando
o "espírito da matéria" incorpora em mim... será que é grave?

*************************************





--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Tb querem opinar para com esse?
> []'
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: Emiliano Chemello
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: quinta-feira, 6 de março de 2003 16:04
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -
>
>
> Olá Professor Luiz Ferraz Netto,
>
> Ouvi esses dia a expressão de uma amigo físico "provar por
absurdo". Gostaria de saber do se o Sr. sabe o que quer dizer isso e
se tem exemplos da utilização desta técnica.
>
> desde já agradeço a atenção,
>
> ---
> Emiliano Chemello
> chemello.e@b...
> www.chemello.kit.net
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Olá !
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/03/2003 10:24

Saudações a todos !

Sou Daniel Bezerra, mais novo membro da Ciencialist. Conheço o Alberto e a
Lígia de outras listas e espero contribuir em breve com as discussões daqui.

Um abraço,
Daniel Bezerra, "Dbohr"



SUBJECT: Re: Olá !
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/03/2003 10:32

Bem vindo Daniel!

E... prepare-se para uma experiência que irá mudar sua vida!


Beijos, Lígia

**************************************

--- Em ciencialist@y..., "Daniel Bezerra" <nielsbohr@u...> escreveu
> Saudações a todos !
>
> Sou Daniel Bezerra, mais novo membro da Ciencialist. Conheço o
Alberto e a
> Lígia de outras listas e espero contribuir em breve com as
discussões daqui.
>
> Um abraço,
> Daniel Bezerra, "Dbohr"



SUBJECT: Re: [ciencialist] Olá !
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/03/2003 10:56

Daniel B.:

| Saudações a todos !

'Todos' ... é comigo mesmo! Retribuo saudações.

|
| Sou Daniel Bezerra, mais novo membro da Ciencialist.

'Sêde' bem vindo, quanto mais 'membros' melhor a articulação, aqui já somos praticamente uma 'miltopéia'.

|Conheço o Alberto e a Lígia de outras listas ...

Não são boas recomendações ........... e refiro-me às 'outras listas' :-)), sem qqer cunho científico e locais para 'dar asas' à fértil imaginação, coisas como 'não-esfera', 'psicos' (da PUC, principalmente) e outras tantas 'trias' e 'logias'. Coisas do DEMO.

| ... e espero contribuir em breve com as discussões daqui.

Excelente! As contribuições aqui são as mesmas adotadas pelo Edir Mac., 10%, e devem ser depositadas mensalmente em minha conta (envio as coordenadas em pvt).

|
| Um abraço,

[]'

dEUs
PS: Realmente, seja bem vindo!


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/03/2003 11:19

Lígia não-esférica escreve:


>deus,

>Sei que nem sou merecedora de vossa consideração...

Não escreva isso não! Outros que nos leem (alheios à Clist <== proposta d'além mar) podem até pensar que isso é verdade em todos os contextos. Nossa divergência é localizada ... nos pontos de convergência.

>mas acaso tal "provar por absurdo" não seria

"Prova por absurdo" não é uma estratégia 'por acaso', Euclides que o diga!:-)

> jogar com a hipótese de menor possibilidade relativa a uma questão a fim de evidenciar a
impossibilidade de que tal hipótese seja a aplicável na resolução de tal questão?

> Ou por outra: quanto mais absurda a questão, tanto maior o número de
respostas absurdas... provar por absurdo nesse caso seria apenas
salientar tal absurdo com a hipótese de menor plausibilidade?

> Ou ainda: não seria chegar a uma demonstração da plausibilidade de
uma hipótese partindo-se da questão relativa a ela que mais se
evidencie por absurdo?

Como uma mesma estratégia pode ser conceituada 'de três modos'? Isso significa apenas que ela não está bem conceituada! Os termos postos numa nova conceituação devem todos já terem sido previamente definidos e postos de modo lógico e sintético.
Todavia saúdo-a pela tentativa de tentar 'cercar' o bode diminuindo o espaçamento entre os arames da cerca. Não deixa de ser um bom caminho!

>Ah, antes que eu me esqueça: não nos deixeis cair nas tentações do
absurdo e livrai-nos do mal da ignorância, amén.

>Beijos hipotéticos...

Uma boa e agradável hipótese ... pode até converter-se em teoria ... e daí resultar bons modelos!

[]'
dEUs

>Lígia

>PS: Agora vou procurar o médico. Tenho uma consulta com o Dr.
Alberto sobre uns corpúsculos que teimam em se fazer evidentes quando
o "espírito da matéria" incorpora em mim... será que é grave?

A frequencia inerente a tais corpúsculos é 'altíssima', daí posso afirmar que não é grave, é agudo!

deus (o altíssimo)

*************************************





--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Tb querem opinar para com esse?
> []'
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: Emiliano Chemello
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: quinta-feira, 6 de março de 2003 16:04
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -
>
>
> Olá Professor Luiz Ferraz Netto,
>
> Ouvi esses dia a expressão de uma amigo físico "provar por
absurdo". Gostaria de saber do se o Sr. sabe o que quer dizer isso e
se tem exemplos da utilização desta técnica.
>
> desde já agradeço a atenção,
>
> ---
> Emiliano Chemello
> chemello.e@b...
> www.chemello.kit.net
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/03/2003 11:45

Bem, já deu para perceber que há todo um código lingüístico particular por
aqui :)

Nada mau. Começarei tentando desvendá-lo....

Abraços,
Dbohr



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo
FROM: "Meire Cristina" <meiroca2001@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/03/2003 15:44

Hi Deus

Valeu!!


A definição mais facil de provar por absurdo é essa, quando se demonstra que
a negação da tese tem como consequencia a negação da hipótese.

Meire



"A Matemática é como o amor, uma idéia simples que pode se tornar
complicada."





>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo
>Date: Fri, 7 Mar 2003 08:46:17 -0300
>
>De: "Meire Cristina"
>
>| Pessoas
>|
>|
>| Desculpem minha ignorância!!
>
>Da parte que me toca (pessoas), está desculpada. Todavia, esse gene (o da
>ignorância) pode ser extirpado mediante uma operação cerebral inusitada ...
>visitar diariamente a morada dos deuses em: www.feiradeciencias.com.br .
>Em casos mais graves essa operação deve ser repetida duas ou três vezes ao
>dia e, se após dois meses, não se notar melhora acentuada, um médico deve
>ser consultado em:
>http://ecientificocultural.com/indice.htm .
>Para os adeptos da homeopatia, doses singelas são recomendadas e devem ser
>solicitadas diariamente em:
>ciencialist@yahoogrupos.com.br .
>
>[]'
>dEUs
>


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SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -Chuveiro ... o retorno!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/03/2003 18:18

Alexandre fez uma experiência baseado em minha resposta para o 'choque no chuveiro'.
[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Palmira T.R.Rizzo" <prizzo@furb.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 7 de março de 2003 16:22
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


| Alexandre Becker
| beckerxandi@yahoo.com.br
| graduando.
|
| Olá Prof.
|
| Acabo de realizar a experiencia do chuveiro,,, coloquei num becker agua
| de torneira, medi a resistencia altissima, variava muito, para 800 ml.
| não baixava de 140K ohm, ate 170K ohm.
| tensão 220 V. coloquei uma lampada , para fechar o circuito, ...
| adivinha?
| a agua torneiral ainda é um ótimo dieletrico.... imagina ai, com 110V
| então.
| imagina num chuveiro... onde a distancia da resistencia ate nosso corpo
| comparada com a minha experiencia é imensa....
| após coloquei sal de cozinha e beng, a lampada acendeu.... legal né...
|
| gostaria de saber se o prof. alguma vez fez alguma experiencia com
| foguetes??????
| se o prof. sabe de algum livro sobre construção de foguetes...
|
| Prof. aguardo sobre aquela resposta do livro do Tipler que mandei para
| voce.
|
|
| Desde já obrigado. Becker.
|
|
|


SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Unidade de medida
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/03/2003 18:20

Alguém conhece a grandeza expressa em N.m³ ?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: angelo
Para: Luiz Ferraz Netto
Enviada em: sexta-feira, 7 de março de 2003 16:20
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


qual o significado quantitativo da unidade
Nm^3?

Obrigado
Angelo Vasselai Neto

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -Chuveiro ... o retorno!
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/03/2003 18:57

Por falar em foguetes...


Meu irmão,quando era criança, costumava fazer foguetes. Ele ía até
uma loja de produtos para "despacho"... macumba mesmo e comprava a
pólvora por lá. Comprava também salitre de um açougueiro que fazia
linguiças. Depois procurava guardar frascos de remédio de vitamina C
que antigamente eram de metal e com uma boa dose de paciência,
cortava os fundos das embalagens, que normalmente eram 3, sendo que a
que ficava por cima é que era preenchida com a pólvora e separada das
demais por um pedaço de papel com um furo no meio para passar o pavio.

Bons tempos aqueles. Uma vez, uma senhora com um baita coque na
cabeça estava cortando caminho calmamente no terreno baldio que era o
campo de provas dele, bem na hora em que o pavio ( que naquela
ocasião era de cadarço de sapato embebido em querosene...) foi
aceso. O foguete voou baixo porque "a guia" ( um espetinho de bambu
para churrasco ) estava muito curta e tinha vento. E não é que a
mulher achou que o foguete estava indo exatametne na direção dela?
Isso a fez sacar a bolsa e correr ao encontro do foguete enquanto
dizia: "Eu te exconjuro filho do Demo!!!".

Bateu tanto com a bolsa no foguete pintado de vermelho carmesim, a
cor do esmalte preferido da minha mãe, que os destroços tiveram que
ser removidos do terreno com uma pá... Agora eu pergunto: ela bateu
e chamou de filho do demo só porque o foguete estava pintado de
vermelho?

Beijos, Lígia

**********************************


--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Alexandre fez uma experiência baseado em minha resposta para
o 'choque no chuveiro'.
> []'
>
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: "Palmira T.R.Rizzo" <prizzo@f...>
> Para: <leobarretos@u...>
> Enviada em: sexta-feira, 7 de março de 2003 16:22
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -
>
>
> | Alexandre Becker
> | beckerxandi@y...
> | graduando.
> |
> | Olá Prof.
> |
> | Acabo de realizar a experiencia do chuveiro,,, coloquei num
becker agua
> | de torneira, medi a resistencia altissima, variava muito, para
800 ml.
> | não baixava de 140K ohm, ate 170K ohm.
> | tensão 220 V. coloquei uma lampada , para fechar o circuito, ...
> | adivinha?
> | a agua torneiral ainda é um ótimo dieletrico.... imagina ai,
com 110V
> | então.
> | imagina num chuveiro... onde a distancia da resistencia ate nosso
corpo
> | comparada com a minha experiencia é imensa....
> | após coloquei sal de cozinha e beng, a lampada acendeu.... legal
né...
> |
> | gostaria de saber se o prof. alguma vez fez alguma experiencia com
> | foguetes??????
> | se o prof. sabe de algum livro sobre construção de foguetes...
> |
> | Prof. aguardo sobre aquela resposta do livro do Tipler que mandei
para
> | voce.
> |
> |
> | Desde já obrigado. Becker.
> |
> |
> |



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/03/2003 18:59

----- Original Message -----
From: "Daniel Bezerra"
Sent: Friday, March 07, 2003 11:45 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo

Olá, Daniel. Bem-vindo à Ciencialist, o reino do Léo.

> Bem, já deu para perceber que há todo um código lingüístico particular por
> aqui :)

Sem dúvida, a turma aqui é muito chegada nessa tal de lingüística. :)

> Nada mau. Começarei tentando desvendá-lo....

Nem tente. Aqui é cada um por si e o Léo por todos. :-) As outras regras são
totalmente ininteligíveis, assim como a mecânica quântica.

> Dbohr

Cuidado com seu nike, pois o último Bohr que andou por aqui nós enviamos
para o universo paralelo e hoje ele toma conta do que sobrou do gato
morto-vivo do Schrödinger. :-)

[ ]´s
Alberto
Nobre e Excelso Cavaleiro do Apocalipse Quântico
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Olá !
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/03/2003 19:16

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Friday, March 07, 2003 10:56 AM
Subject: Re: [ciencialist] Olá !

> | Sou Daniel Bezerra, mais novo membro da Ciencialist.
> |Conheço o Alberto e a Lígia de outras listas ...

> Não são boas recomendações ........... e refiro-me às 'outras listas'
> :-)), sem qqer cunho científico e locais para 'dar asas' à fértil
> imaginação, coisas como 'não-esfera', 'psicos' (da PUC, principalmente) e
> outras tantas 'trias' e 'logias'. Coisas do DEMO.

Realmente eu e a Lígia temos o mau hábito de freqüentar listas apócrifas,
mas acho que não é o caso do Daniel. A última vez que nossos caminhos se
cruzaram foi na lista "ClubedAstronomia", também da Yahoo.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/03/2003 19:37

Alberto,

Dbohr escaldado não entra em fria :-))))))))))

Abraços,
Dbohr, infame



SUBJECT: Re: Olá !
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/03/2003 19:56

Olá Alberto!

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> ----- Original Message -----
> From: "Luiz Ferraz Netto"
> Sent: Friday, March 07, 2003 10:56 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Olá !
>
> > | Sou Daniel Bezerra, mais novo membro da Ciencialist.
> > |Conheço o Alberto e a Lígia de outras listas ...
>
> > Não são boas recomendações ........... e refiro-me às 'outras
listas'
> > :-)), sem qqer cunho científico e locais para 'dar asas' à fértil
> > imaginação, coisas como 'não-esfera', 'psicos' (da PUC,
principalmente) e
> > outras tantas 'trias' e 'logias'. Coisas do DEMO.
>
> Realmente eu e a Lígia temos o mau hábito de freqüentar listas
apócrifas,
> mas acho que não é o caso do Daniel. A última vez que nossos
caminhos se
> cruzaram foi na lista "ClubedAstronomia", também da Yahoo.


Eu também estou na "ClubedAstronomia"! Só em lurking... é que eu
pretendo que ela continue bem :)) Quanto a você, sempre abrilhanta
qualquer lista! Agora, adivinhe de onde o DBohr me conhece? Vamos
ver se você está na Ceticismoaberto...

Beijos, Lígia

PS: Devo continuar nosso "tricot" sobre FC x MQ mais tarde... ainda
estou procurando de onde foi que você tirou a tal da equação do
eletron... :))



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/03/2003 23:24


>From: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo
>Date: Fri, 7 Mar 2003 11:45:57 -0300
>
>Bem, já deu para perceber que há todo um código lingüístico particular por
>aqui :)
>
>Nada mau. Começarei tentando desvendá-lo....

Não perca seu tempo tentando desvendar algum código linguístico.
Trata-se de um humor forçado, cujo tom de brincadeira constante
vela um egocentrismo despropositado. Mas é claro que vão aparecer
gozações e comentários ultra-sofisticados e serenos sobre minha
crítica, os quais, é lógico, a evidenciarão como uma manifestação
patética de um ser limitado que é incapaz de conviver com
o bom humor.

Só digo o seguinte (depois desse carnaval, como sempre detestável, grotesco
e de mau-gosto, bem coisa de gentalha): Conheci um senhor
que costumava brincar que era Deus, e seu fim dá pena. Nunca é
uma boa idéia brincar que é Deus. Este senhor, um homem de sucesso,
engenheiro, PhD em física nuclear, de família importante, duas gerações
mais velho que eu, se sentia todo-poderoso. Há 15 anos, a única coisa
toda-poderosa dele tem sido sua tosse. Tem vivido um inferno de vida,
de dar dó a qualquer demônio, preso numa cama todo paralisado.

Abraços,

Guilherme



_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Olá !
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/03/2003 23:39

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese"
Sent: Friday, March 07, 2003 7:56 PM
Subject: [ciencialist] Re: Olá !

Olá Lígia!

> Agora, adivinhe de onde o DBohr me conhece? Vamos
> ver se você está na Ceticismoaberto...

Não. Eu leio as mensagens esporadicamente, ± uma vez por mês. Eu participo
de muitas listas através de páginas Web, como a Acrópolis, por ex., mas a
Ceticismoaberto nem exigiu essa participação, pois ela é realmente aberta e
permite a leitura de todas as suas mensagens.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/03/2003 00:54

Af! Guilherme!


Tadinho do Léo! Ele nem é tão mala assim, só gosta de ser
brincalhão. Brinque também. Garanto que se a gente fosse conhecer o
Professor Luiz Ferraz Netto, veria que ele não tem nada dessa figura
arrogante e pretensiosa que ele "faz de conta que é" por aqui...
essa figuraça que ele criou é só prá intimidar. :)) E poxa, não é
que você caíu direitinho?

Depois dessa, fico só imaginando o que você pensa de MIM... oh
dor... Não vou nem dormir :/ E... toma um chazinho de boldo prá
cortar essa amargura... isso provoca rugas precoces.

Beijos, Lígia

PS: Bem... eu espero estar certa. Seria horrível ter sabido que
meu problema com corpúsculos de Newton é agudo através de alguém que
estivesse falando sério... :))

*************************************

--- Em ciencialist@y..., "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@h...> escreveu
>
> >From: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@u...>
> >Reply-To: ciencialist@y...
> >To: <ciencialist@y...>
> >Subject: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo
> >Date: Fri, 7 Mar 2003 11:45:57 -0300
> >
> >Bem, já deu para perceber que há todo um código lingüístico
particular por
> >aqui :)
> >
> >Nada mau. Começarei tentando desvendá-lo....
>
> Não perca seu tempo tentando desvendar algum código linguístico.
> Trata-se de um humor forçado, cujo tom de brincadeira constante
> vela um egocentrismo despropositado. Mas é claro que vão aparecer
> gozações e comentários ultra-sofisticados e serenos sobre minha
> crítica, os quais, é lógico, a evidenciarão como uma manifestação
> patética de um ser limitado que é incapaz de conviver com
> o bom humor.
>
> Só digo o seguinte (depois desse carnaval, como sempre detestável,
grotesco
> e de mau-gosto, bem coisa de gentalha): Conheci um senhor
> que costumava brincar que era Deus, e seu fim dá pena. Nunca é
> uma boa idéia brincar que é Deus. Este senhor, um homem de sucesso,
> engenheiro, PhD em física nuclear, de família importante, duas
gerações
> mais velho que eu, se sentia todo-poderoso. Há 15 anos, a única
coisa
> toda-poderosa dele tem sido sua tosse. Tem vivido um inferno de
vida,
> de dar dó a qualquer demônio, preso numa cama todo paralisado.
>
> Abraços,
>
> Guilherme
>
>
>
> _________________________________________________________________
> MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/03/2003 02:21


> Ouvi esses dia a expressão de uma amigo físico "provar por absurdo".
Gostaria de saber >do se o Sr. sabe o que quer dizer isso e se tem exemplos
da utilização desta técnica.

"provar por absurdo" é uma tecnica matemática para provar preposições
matemáticas.
Este tecnica tem várias vertentes mas reduz-se a tentar chegar a uma
conclusão aburda como 2=3 ou 0 < -1 ou que A pertence a B quando no
enuciando se diz que não pertence.
Geralmente pega-se na preposição do teorema e prova-se que se tomarmos o seu
inverso como verdadeiro chegamos a um absurdo. Assim, se o inverso de P é um
absurdo, P é correcto.

Sérgio


SUBJECT: Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/03/2003 03:05

Olá Alberto!

Demorei... mas agora vamos :)

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> Pois então, antes que termine o carnaval vamos aproveitar para
apocrifar de
> vez a Ciencialist. ;-)

Lígia: O carnaval terminou... nem sei qual foi a escola campeã
deste ano... e a lista não foi apocrifada :) Será que vai ser
agora?:))



> Alberto: O tempo é sempre um grande enigma. Eu diria que existe um
tempo físico e um
> tempo filosófico, e ambos são complexos e com mais de um
significado.
> Fisicamente conseguimos medir o tempo, assim como medimos o
comprimento de
> um objeto com uma régua. Mas a rigor não estamos medindo o tempo e
sim a
> duração. Quando comparo duas medidas de tempo para um mesmo
fenômeno, na
> realidade estou comparando a duração, pois nem mesmo o intervalo de
tempo é
> o mesmo, ainda que a duração seja exatamente igual. Eu posso dizer
que T4 -
> T3 = T2 - T1, mas não posso dizer que T4 = T2 nem que T3 = T1. Ou
seja, o
> que chamamos tempo em física nada mais é que duração temporal de um
> fenômeno.

Lígia: E isso recai no conceito que se tenha do tempo também, assim
como na forma como é percebido. Mas veja, em todo caso, a existência
de tempo, apesar do conceito ser variável conforme você descreve,
implica em dizer que algo é passível de estar sofrendo algum tipo de
alteração, ainda que seja imperceptível aos nossos sentidos de seres
microscópicos na escala Universal. Veja o caso do Universo como se
apresenta: devido a suas imensas proporções, o tempo avoluma-se em
nossa escala "protozoária" aos bilhões de anos e tal montante não
representa grande coisa a nível de Universo como um todo. Eu imagino
toda dinâmica do Universo como fagulhas de fogos de artifício... só
não sei se na escala das fagulhas como nós as conhecemos haveria
condiçòes de civilizações nascerem e morrerem quando elas se apagam...



> Com respeito ao espaço absoluto, ele é suposto em repouso. Aliás,
nem é
> necessária essa suposição, pois esse espaço representa o nada, logo
não se
> altera. Esse é um postulado inicial, obviamente a justificar uma
certa
> lógica.


Lígia: Mas não é temerário colocar o espaço absoluto como
o "nada"? "Nada" para mim tem um peso imenso, significa algo fora do
conceito de tudo o que se possa sequer conceber porque uma vez
concebido já existe e deixa de ser nada.




> (...) O tempo é criação da nossa mente e manifesta-se
> pelo movimento. Se ele já existia ou não antes do movimento ter sido
> observado, isso é um problema da seara da filosofia, jamais da
física. O
> tempo entra na física como medida da duração de um processo (por
exemplo,
> duração de um afastamento x ou de uma aproximação y). Perceba então
que para
> caracterizar o movimento e/ou o tempo eu não preciso do conceito de
espaço
> absoluto, o espaço relativo é totalmente suficiente. E, com efeito,
o espaço
> absoluto existe por hipótese, pois como observadores nós vivemos
num mundo
> de espaço e movimento relativos.


Lígia: Este trecho dá a entender o que se passa afinal. O conceito
de tempo não é levado em conta além do efeito de tal
tempo "passando". Quer dizer que a eternidade não pode ser descrita
como um "lugar" onde o fluir do tempo não ocorre?



> (...)Sequer sabemos qual é a nossa velocidade em
> relação ao espaço absoluto newtoniano. O espaço absoluto acaba sendo
> importante somente quando vamos estudar os campos sob o ponto de
vista da
> física de Newton, e é aí que entra o "espírito da matéria". Como
você
> concluiu em uma das mensagens anteriores, "o espírito da matéria é o
> representante direto do absoluto para o movimento". E acaba sendo o
> testemunho da existência de um espaço absoluto.


Lígia: Absoluto sim... mas não "nada". Estava demorando: já vou
tropeçar numa pedrinha conceitual e ficar "esparrapachada" no
chão :))



> > Lígia: Então, Alberto, o ideal seria criar experimentos que
> > possibilitassem a compreensão de tal "espírito" antes que seja
tarde e que
> > físicos do mundo todo recriem a roda na forma quântica...:)
>
> Sem dúvida, e eles já estão tentando fazer isso mesmo sem
perceberem, como
> mostrarei abaixo. Dentre os clássicos, o único físico que tentou
fazer isso
> de maneira consciente foi Newton, através das experiência do balde
e dos
> globos giratórios, além de experiências relacionadas à óptica. O
difícil não
> é levar o "espírito da matéria" para o terreno da experimentação,
pois em
> qualquer experiência onde haja interação entre objetos, isso já
ocorre
> naturalmente. O difícil seria bolar uma experiência cujo resultado
somente
> se justifique através dessa idéia.


Lígia: Eu já andei procurando pela descrição de tais experiências de
Newton mas não encontrei muita coisa além da simples menção. Você
poderia me fornecer alguma indicaçào de onde ler a respeito da
concepção e "funcionamento" das mesmas?


> > Lígia: E já se tentou equacionar tal "espírito"?
>
> Agora você tocou na ferida! Entende porque é que eu digo que você
consegue
> me colocar em xeque?


Lígia: Não brinca comigo, vai... :))


> (...)Mas por incrível que pareça, essa é a parte mais fácil
> de todo o processo. A matemática já está quase que todinha montada
e a
> espera de ser utilizada da maneira correta. (...) O que eu chamo
equação do elétron é a coisa mais simples que se possa
> imaginar. A equação é A = w/r, em que "A" e "w" são vetores [É
possível
> também se começar o estudo através do escalar Ø = K/r, mas eu
prefiro já
> começar com vetores, pois de uma maneira ou de outra eles acabarão
> aparecendo]. Essa única equação contém todo o eletromagnetismo,
> contém todas as quatro equações de Maxwell.

Lígia: Alberto... PELAMORDEDEUS! :)) De onde você tirou isso? :))
Eu andei procurando nos meus livros de estante sobre física e as
equações de Maxwell mas não houve nada relacionado a "A", que você
diz manter pelo fato de fazer parte da tal equação de onde você tirou
a sua. Se for segredo de estado, tudo bem, vou respeitar... mas
você sabe que negar uma explicação a uma curiosa compulsiva É um
pecado e mais isso será acrescentado à sua lista de pecados
mortais... :)) Depois nem vai adiantar reclamar que foi para o
inferno injustamente...


> Essa equação não é de um campo de interações, mas sim de um campo de
> informações eletromagnéticas. O que seria esse campo de informações
> eletromagnéticas de um elétron? É o campo que contém tudo
relacionado aos
> efeitos eletromagnéticos de um elétron. É interessante notar que
ele varia
> inversamente com r, e não com o inverso do quadrado de r. Isso é o
que via
> de regra acontece com os potenciais, tanto gravitacionais quanto
> eletromagnéticos, tanto os escalares (elétrico e gravitacional)
quanto o
> vetorial (magnético).
>
> Pois bem. Se eu aplicar o rotacional ao campo A, eu chego no campo
magnético
> de um elétron. Se eu aplicar o translacional ao mesmo campo A eu
obtenho o
> campo elétrico de um elétron. Esse dois sim, variam segundo o
inverso do
> quadrado de r. O translacional é um operador diferencial *vetorial*
que
> defino na minha teoria, mas está intimamente relacionado com o
operador
> escalar divergência. A vantagem em usar o translacional é mais de
estética
> do que de matemática propriamente dita. No eletromagnetismo
clássico existem
> dois potenciais, mas na minha teoria existe apenas um. Eu posso
utilizar "A"
> ou "Ø", mas eles são dependentes entre si, dado um o outro estará
> determinado. Na solução das equações de Maxwell, pode-se calibrar os
> potenciais (esse efeito de calibrar é mais conhecido como
operação "gauge"),
> assim como também na gravitação. Na minha teoria não, o A é um só,
não
> existe calibração alguma. Por ser um só, ele pode ser pensado como
um vetor
> conservativo, e de fato seu campo é conservativo. E o que se
conserva nesse
> campo? Nada mais, nada menos, do que as informações
eletromagnéticas.


Lígia: Bem: e o que determina a existência de um campo? Não é a
diferença de potenciais (2 normalmente ) a fim de que se "forme" um
fluxo? E como o eletromagnetismo pode ser postulado sem que se leve
em consideração os campos elétrico e magnético? Deu tilt... :))
Desculpe mas eu não entendi o que você quis dizer por:

"No eletromagnetismo clássico existem dois potenciais, mas na minha
teoria existe apenas um. Eu posso utilizar "A" ou "Ø", mas eles são
dependentes entre si, dado um o outro estará determinado." ?


>(...) Quando se pensa em fluxo de um campo, pensa-se em alguma coisa
que flui
> pelas linhas de campo. Pode-se pensar em alguma coisa viajando por
um campo
> gravitacional sem problemas. O mesmo se diga com respeito ao campo
elétrico.
> Essa alguma coisa origina-se numa fonte (massa ou carga elétrica) e
morre
> num sorvedouro (outra massa ou outra carga elétrica). Mas ninguém
até hoje
> conseguiu conceber alguma coisa real ou de natureza sabidamente
física e
> viajando por uma linha de campo magnético. Feynmann, por exemplo,
chega a
> dizer que "qualquer teoria de emissão que pretenda se utilizar das
linhas de
> campo como trajetória de entes imaginários responsáveis pelo campo,
está
> fadada ao fracasso". Ou seja, os físicos já pensaram e muito nessa
> possibilidade, mas não conseguiram caracterizar fisicamente o que
acabaram
> acreditando ser uma divindade, e como tal a deixaram de lado.
Afinal, como
> uma coisa que não nasce numa fonte e nem morre num sorvedouro
poderia ficar
> viajando pelas linhas do campo magnético, sem mais nem menos? Pois
as linhas
> do campo magnético fecham-se sobre si mesmas! O fluxo do campo
magnético é
> algo de natureza imaginária e 100% matemático. Não há como
visualizar nada
> de físico nesse campo, nada que possa ser pensado como criado em um
ponto e
> destruído em outro. Não há nada de conservativo nesse campo e que
não seja
> única e exclusivamente de natureza matemática.
>
> Quando pensamos em potencial as coisas complicam-se terrivelmente,
pois o
> que se define é diferença de potencial, algo totalmente relativo.
Mas o que
> eu estou afirmando é que dentre esses milhares de possíveis
potenciais
> relativos (diferença de potencial em relação a um ponto escolhido
> arbitrariamente), existe uma maneira de caracterizar algo que seria
como que
> um potencial absoluto, e que para o caso do elétron seria A = w/r.
É esta
> grandeza, e não os campos elétrico nem magnético, quem responde
pelos
> efeitos eletromagnéticos gerados pelo espírito da matéria
newtoniano. A
> equação fundamental é por demais elementar, se bem que no
desenvolvimento do
> assunto a matemática acaba se complicando bastante, mas não mais do
que a
> complicação que já existe no estudo do eletromagnetismo de Maxwell.


Lígia: Então, recaptulando: para que tudo seja aceitável: deve-se
considerar o elétron como "não possuidor" de carga coulumbiana e os
campos como sendo conservativos e que os corpúsculos de Newton o
atravessam não sendo "veiculados" por ele mas criando-o devido à
informação do movimento? Nossa! Mas isso requer muita mão de obra.


> O fluxo de "informações eletromagnéticas" nada mais é senão o
gradiente de
> uma função Ø definida a partir de "A". Ou seja, pode-se até mesmo
fixar uma
> unidade para o "espírito eletromagnético da matéria", mas eu
procurei não
> fechar essa questão pois esse espírito ainda não é o primário, ou
seja,
> aquele gerado por um corpúsculo de Newton, mas sim gerado por um
elétron,
> uma partícula ainda de estrutura relativamente complexa. Aliás, uma
das
> críticas mais ferrenhas que o Taborda fez a minha teoria, que na
opinião
> dele seria uma falha grave, foi o fato de eu ter optado por deixar
essa
> questão em aberto. Para variar, ele está tentando passar com a
carroça na
> frente dos bois, sem se dar conta de que quando ele nasceu eu já
fazia
> teorias. ;-) Minhas teorias podem não ser boas, podem não
corresponderem à
> realidade, mas se há uma coisa em que eu faço questão de caprichar
é na
> lógica utilizada. E é porisso que eu leio Popper, dentre outros
filósofos da
> ciência. E é porisso também que eu leio os bons teorizadores, como
Newton,
> Maxwell, Einstein, Bohr, Heisenberg etc.


Lígia: Pois eu concordo que nem há necessidade de haver unidades
estabelecidas por enquanto. Mas de todo jeito, o que você apresentou
agora é bastante distante de tudo o que eu aprendi até hoje. Faço
uma idéia da reação visceral de quem esteja fazendo uso da
física "concencional" e depare-se com o que você expõe. Penso que
seja justamente pelo fato de eu não estar lidando com a estrutura da
física atualmente, eu posso ler o que você escreve e tentar idealizar
sem pensar muito, só deixando "ser" como você concebe. Suas idéias
são bastante revolucionárias e ao mesmo tempo voltam-se a conceitos
há muito formulados/visualizados, sem contudo fazerem parte de
ciência alguma...



> Em tempo: Ao contrário do que alguns chegam a pensar, o "A" da
equação A =
> w/r não deriva do meu nome, da mesma maneira que o "E" da equação E
= mc²
> não deriva do nome de Einstein. Eu simplesmente utilizei o mesmo
símbolo "A"
> do vetor potencial magnético, pois o meu "A" guarda um parentesco
muito
> grande com esse vetor.

Lígia: Sem problemas com relação a isso. :))


> > Lígia: O conceito de energia para um místico é tudo o que
pode "vir
> > a ser". Algo como uma latência que pode ser desdobrada de acordo
com
> > a forma como se pensar nela. O interessante é notar que o
conceito
> > de "espírito da matéria" casa muito melhor com o misticismo
> > simplesmente porque dá um nome a essa "energia" imanente às ações
> > desenvolvidas no Universo como um todo, intercomunicando as
partes do
> > todo.
>
> Perfeito. Mas veja que como estou teorizando em física, tenho que
usar as
> expressões adequadas à física. Como eu tentei mostrar acima, posso
falar em
> um fluxo de informações elementares, logo posso pensar em medir
essas
> informações segundo uma certa unidade. Mas essa unidade certamente
não será
> o joule. Existe um parentesco muito grande entre a energia física e
as
> grandezas acima definidas (veja que eu comparei a potenciais), mas
são
> coisas distintas, e o fluxo dessa entidade Ø não retrata um
transporte de
> energia pelo espaço, mas tão somente o transporte de uma informação
capaz de
> alterar o conteúdo energético (ou o movimento) dos dois corpos assim
> acoplados. Perceba também que se não houver troca energética
(partícula
> única em teoria) ainda assim haverá o transporte de alguma coisa não
> energética (em teoria, para que haja o transporte de informação não
é
> necessário que haja uma ação, é suficiente a emissão). De qualquer
forma não
> há como criticar essa sua idéia de "energia imanente às ações".


Lígia: Pois então, o Universo seria de certa forma interligado pelas
emissões constantes de informações. Isso perfaz o conceito
de "grande rede" celta, por exemplo. Sinceramente? Eu estou amando
essa idéia!


> > > Eu só posso agradecer pelas suas "sondagens", pois sob certos
aspectos,
> > > você efetivamente está conseguindo me colocar em xeque, coisa
que os
> > > demais não conseguem fazer.
>
> > Lígia: Oras, Alberto! Quanta honra... e eu sou só uma "coisinha
> > desajeitada" ou como já me disseram em outras
listas, "completamente
> > sem jeito"... :))
>
> Espero por mais uma vez ter demonstrado que isso não é verdade.


Lígia: Eu tenho gostado muito de aprender a ver o Universo a partir
dessas idéias que você tem elaborado de forma tão impecável. Tem
sido um prazer. :) Mas nada do que eu diga ou venha a dizer tem um
peso científico, nem filosófico... tudo bem, você é quem deve
escolher com quem conversar. Obrigada.



Beijos, Lígia



SUBJECT: Monstrum Humanum Rarissimum
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/03/2003 06:02

Monstrum Humanum Rarissimum
Cliff Pickover comenta em seu blog o nascimento em 1735 de um feto
extremamente mal-formado com "características aliens".
http://sprott.physics.wisc.edu/pickover/pc/monstrum.html
As imagens podem ser desagradáveis, já avisei. O interessante neste
caso, além das malformações, é que o feto estaria preservado em
formol até hoje.
>>>

via blog CA
http://www.ceticismoaberto.kit.net/blog.htm

MK
PS.: Alguém comenta as mal-formações?



SUBJECT: The MegaPenny Project
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/03/2003 06:04

- The MegaPenny Project
http://www.kokogiak.com/megapenny/

Pena que esteja em inglês, mas o projeto procura transmitir o
conceito de números grandes (e comumente inconcebíveis) utilizando
pennies americanos. Pena também que as imagens não sejam muito foto-
realísticas, mas passa a idéia.

MK



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/03/2003 08:04

Guilherme, o sábio e burguês escreve:

| Não perca seu tempo tentando desvendar algum código linguístico.
| Trata-se de um humor forçado, cujo tom de brincadeira constante
| vela um egocentrismo despropositado. Mas é claro que vão aparecer
| gozações e comentários ultra-sofisticados e serenos sobre minha
| crítica, os quais, é lógico, a evidenciarão como uma manifestação
| patética de um ser limitado que é incapaz de conviver com
| o bom humor.

deus, serenamente, sorri. No fundo, lamenta o livre arbítrio.

|
| Só digo o seguinte (depois desse carnaval, como sempre detestável, grotesco
| e de mau-gosto, bem coisa de gentalha): Conheci um senhor
| que costumava brincar que era Deus, e seu fim dá pena. Nunca é
| uma boa idéia brincar que é Deus. Este senhor, um homem de sucesso,
| engenheiro, PhD em física nuclear, de família importante, duas gerações
| mais velho que eu, se sentia todo-poderoso. Há 15 anos, a única coisa
| toda-poderosa dele tem sido sua tosse. Tem vivido um inferno de vida,
| de dar dó a qualquer demônio, preso numa cama todo paralisado.

deus, serenamente, sorri. No fundo lamenta aqueles que classificam os outros como 'gentalha' e, no raso, lamenta que poucos se dão ao direito de brincar de deus; não percebem nossas igualdades.

|
| Abraços,

deus, serenamente, sorri. No fundo, lembra, ele nos abraça a todos; mesmo tendo apenas dois braços ... que faria se eu o transformasse num polvo!
|
| Guilherme

[]'
deus, serenamente, sorri. Sorry!
|



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/03/2003 08:12

Lígia, acordando com o que se lê nas entrelinhas, serenamente, escreve:

>Tadinho do Léo! Ele nem é tão mala assim, só gosta de ser
brincalhão. Brinque também. Garanto que se a gente fosse conhecer o
Professor Luiz Ferraz Netto, veria que ele não tem nada dessa figura
arrogante e pretensiosa que ele "faz de conta que é" por aqui...
essa figuraça que ele criou é só prá intimidar. :)) E poxa, não é
que você caíu direitinho? <

Lígia, não queira conhecer pessoalmente o Prof. Luiz Ferraz Netto, é sério e sizudo demais pro meu gosto.

[]'
deus


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/03/2003 10:37


>From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo
>Date: Sat, 08 Mar 2003 03:54:01 -0000
>
>Af! Guilherme!
>
>
>Tadinho do Léo! Ele nem é tão mala assim, só gosta de ser
>brincalhão. Brinque também. Garanto que se a gente fosse conhecer o
>Professor Luiz Ferraz Netto, veria que ele não tem nada dessa figura
>arrogante e pretensiosa que ele "faz de conta que é" por aqui...
>essa figuraça que ele criou é só prá intimidar. :)) E poxa, não é
>que você caíu direitinho?

Não liga não Lígia, eu estava nervoso ontem por causa da overdose
de carnaval e samba que nos colocam goela abaixo. Provavelmente o
Luiz Ferraz seja irreconhecível pessoalmente, assim como eu:
embora eu pareça mais sério escrevendo, pessoalmente sou
excessivamente brincalhão, até demais, a ponto de por em risco
minha credibilidade!

>PS: Bem... eu espero estar certa. Seria horrível ter sabido que
>meu problema com corpúsculos de Newton é agudo através de alguém que
>estivesse falando sério... :))

Não tenho a menor idéia se você está certa ou não, pois não
me lembro de ter acompanhado alguma discussão sua sobre
corpúsculos de Newton.

Beijos,

Guilherme





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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo
FROM: "Silvio Cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/03/2003 14:38

Ô Daniel:

Em Belzonte, Mercado Municipal, vs. pode ver com todas as letras "VENDE-SE
LINGÜIÇA DE FORMIGA".
acredito que a fórmula tenha sido desenvolvida por nosso venerando e
inefável Deus, com tecnologia tamanduá.
Esse comentário é feito em decorrência de sua observação sobre a linguística
que deve ser o nome erudito da tal
lingüiça tão do agrado de nós, mineiros.

sds.,

silvio;
----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, March 07, 2003 6:59 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo


> ----- Original Message -----
> From: "Daniel Bezerra"
> Sent: Friday, March 07, 2003 11:45 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Absurdo
>
> Olá, Daniel. Bem-vindo à Ciencialist, o reino do Léo.
>
> > Bem, já deu para perceber que há todo um código lingüístico particular
por
> > aqui :)
>
> Sem dúvida, a turma aqui é muito chegada nessa tal de lingüística. :)
>
> > Nada mau. Começarei tentando desvendá-lo....
>
> Nem tente. Aqui é cada um por si e o Léo por todos. :-) As outras regras
são
> totalmente ininteligíveis, assim como a mecânica quântica.
>
> > Dbohr
>
> Cuidado com seu nike, pois o último Bohr que andou por aqui nós enviamos
> para o universo paralelo e hoje ele toma conta do que sobrou do gato
> morto-vivo do Schrödinger. :-)
>
> [ ]´s
> Alberto
> Nobre e Excelso Cavaleiro do Apocalipse Quântico
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
> Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é
uma
> carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] sal + acucar
FROM: "Alvaro Augusto de Almeida" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/03/2003 00:10

Mas, ao se decantar o acar, no se decanta tambm o sal?

Talvez eletrlise funcione melhor. Pelo que me lembro, h uma maneira de se decompor o cloreto de sdio por meio de eletrlise. O acar ficaria inafetado.

[ ]s

Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: Sergio M M Taborda
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviada em: Domingo, 9 de Maro de 2003 23:55
Assunto: Re: [ciencialist] sal + acucar




>Como fazer para separar sal de cozinha e acar refinado?

Uma peneira de dimenses suficientes para. :-))

se no poder ser eu diria: misturar gua. decantar o aucar.
evaporar a agua, obter o sal.
no sei se funcionaria, mas assim rpidamente, o que me lembro

srgio



[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] sal + acucar
FROM: "Alvaro Augusto de Almeida" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/03/2003 00:44


-----Mensagem Original-----
De: Sergio M M Taborda
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviada em: Segunda-feira, 10 de Março de 2003 00:39
Assunto: Re: [ciencialist] sal + acucar



>>Mas, ao se decantar o açúcar, não se decanta também o sal?

>eu não expliquei tudo.
>decantar é separar os solidos dos liquidos onde "flutuam"
>Se bem me lembro o sal é uma susbtancia ionica o que em agua provoca que
os
>ioes se separem.
>Mas o açucar não.
>Se esperares o suficiente o açucar (solido) vai ficar no fundo do copo e o
>sal nunca fará isso a menos que tires a água.
>Por isso podes separar o açucar da água salgada.
>E obter o sal por evaporação da água.

Ops. Esqueci-me desse pequeno detalhe...:)

>>Talvez eletrólise funcione melhor. Pelo que me lembro, há uma maneira de
se
>decompor o >cloreto de sódio por meio de eletrólise. O açúcar ficaria
>inafetado.

>Lembrei-me disso. O problema é que é um metodo destrutivo. No fim não
terias
>açucar e sal, mas sim açucar, sodio(solido) e cloro(gas).
>E acho que não é essa a ideia.

É verdade! Mas depois você pode tentar recompor o sal a partir do cloro e
do sódio! Brincadeira. O seu método é realmente melhor...

[ ]s

Alvaro




SUBJECT: Re: [ciencialist] sal + acucar
FROM: "Alvaro Augusto de Almeida" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/03/2003 01:22

Solução de engenheiro: água, sal e açúcar são coisas baratas. Assim, exceto no caso de querermos separar várias toneladas da mistura, é melhor jogar a coisa fora e pegar novas porções de sal e açúcar já separadas...

O método da cristalização deve funcionar, mas acho que nenhum método vá resultar em 100% de separação da primeira vez. Teríamos que ir separando a mistura por aproximações sucessivas, usando testes para avaliar a pureza do sal e do açúcar a cada aproximação.

[ ]s

Alvaro Augusto

-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviada em: Segunda-feira, 10 de Março de 2003 01:06
Assunto: Re: [ciencialist] sal + acucar


Sei não, ... a técnica Taborda atiça lá no fundo da cuca algo de errado. O açúcar dissolve-se na água enquanto que o sal (como a água entra entre a ligação iônica Na/Cl e aumenta 80 a permeabilidade) ioniza-se. Todavia, na solução existe NaCl (o que justifica o sabor 'salgado' da solução salina). Não estou enxergando a possibilidade do açúcar decantar ... se assim o fosse todos os refrigerantes teriam uma certa porção de açúcar decantado no fundo da garrafa! Imagine então o xarope de groselha!

Uma idéia que me surgiu é a seguinte:
(a) prepara-se a solução aquosa contendo sal e açúcar; (b) coloca-se um barbantinho dentro da solução que leva na extremidade mergulhada um cristal de açúcar (gérmen) e (c) coloca-se outro barbantinho que sustenta um cristal de NaCl (gérmen).
Acredito que, no decorrer do tempo vai se formar um cristalzão de açúcar num barbante e um cristalzão de sal no outro.
Será que funciona?

[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Alvaro Augusto de Almeida" <alvaug@netbank.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 9 de março de 2003 00:44
Assunto: Re: [ciencialist] sal + acucar


|
| -----Mensagem Original-----
| De: Sergio M M Taborda
| Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
| Enviada em: Segunda-feira, 10 de Março de 2003 00:39
| Assunto: Re: [ciencialist] sal + acucar
|
|
|
| >>Mas, ao se decantar o açúcar, não se decanta também o sal?
|
| >eu não expliquei tudo.
| >decantar é separar os solidos dos liquidos onde "flutuam"
| >Se bem me lembro o sal é uma susbtancia ionica o que em agua provoca que
| os
| >ioes se separem.
| >Mas o açucar não.
| >Se esperares o suficiente o açucar (solido) vai ficar no fundo do copo e o
| >sal nunca fará isso a menos que tires a água.
| >Por isso podes separar o açucar da água salgada.
| >E obter o sal por evaporação da água.
|
| Ops. Esqueci-me desse pequeno detalhe...:)
|
| >>Talvez eletrólise funcione melhor. Pelo que me lembro, há uma maneira de
| se
| >decompor o >cloreto de sódio por meio de eletrólise. O açúcar ficaria
| >inafetado.
|
| >Lembrei-me disso. O problema é que é um metodo destrutivo. No fim não
| terias
| >açucar e sal, mas sim açucar, sodio(solido) e cloro(gas).
| >E acho que não é essa a ideia.
|
| É verdade! Mas depois você pode tentar recompor o sal a partir do cloro e
| do sódio! Brincadeira. O seu método é realmente melhor...
|
| [ ]s
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| Alvaro
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: sal + acucar
FROM: "Alvaro Augusto de Almeida" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/03/2003 02:15

Cara Ligia,

Parece-me que seu comentário é um "non sequitur"...

Há duas falhas no seu raciocínio:

a) formigas não estão acostumadas a comer açúcar. Elas devem ser treinadas
a comer açúcar, coisa que eu fiz quando era adolescente...

b) a maior parte do bacalhau à venda por aí não passa de cação salgado,
embora o preço seja de bacalhau...

[ ]s

Alvaro Augusto


-----Mensagem Original-----
De: Ligia Amorese
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br


--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> (...)Uma idéia que me surgiu é a seguinte:
> (a) prepara-se a solução aquosa contendo sal e açúcar; (b) coloca-
se um barbantinho dentro da solução que leva na extremidade
mergulhada um cristal de açúcar (gérmen) e (c) coloca-se outro
barbantinho que sustenta um cristal de NaCl (gérmen).
> Acredito que, no decorrer do tempo vai se formar um cristalzão de
açúcar num barbante e um cristalzão de sal no outro.
> Será que funciona?


Bem... seguindo esse raciocínio, você poderia amarrar uma formiga
numa das extremidades do barbante enquanto que na outra você
amarraria um pedaço de bacalhau. A formiga "comeria" todo
açucar "boiando" na água e o bacalhau dessalgaria reagindo com os
íons já em suspensão permitindo que haja sedimentação em
um "precipitado"... o problema aí seria a consciência pesada pelo
assassinato de uma formiga e pelo desperdício de um pedaço de
bacalhau que é vendido a peso de ouro... não?

Beijos, Lígia





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: sal + acucar
FROM: "Alvaro Augusto de Almeida" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/03/2003 02:45


> deus [tb protetor do bacalhau do Porto e da formiga]
> PS: Um deus, quantas deusas pode ter? X?

Quantas quiser, desde que elas não se encontrem... :o)

[ ]s

Alvaro Augusto



SUBJECT: Saudacoes..:-)
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/03/2003 02:48

Olá pessoal..:-)

Também entrei na lista recentemente, por indicação de amigos de outras listas (Ceticismo Aberto). Conheço já a Ligia (de muitas e interessantes brigas céticas..:-), o Marcelo Kunimoto e o Dbohr. E gostaria de cumprimentar os outros participantes da lista.

Como contribuição inicial à lista, um link de uma excelente resenha sobre o livro "As Leis do Caos" de Ilya Prigogine. Sua principal virtude é mostrar que se deve ter cuidado ao tentar trazer conceitos cientificos e matematicos para outras áreas, o que pode gerar confusões e mau uso desses conceitos (ou mesmo o uso de má fé dos mesmos).

Um pequeno trecho da resenha:

"O perigo reside na possibilidade de compreensão equivocada dos conteúdos, favorecendo-se generalizações impertinentes, mas também erros conceituais
graves, particularmente quando essas idéias são aplicadas em outras áreas do conhecimento, particularmente nas ciências do homem e em certas generalizações apressadas no âmbito das ciências biológicas e da evolução."

Um bom artigo e um bom livro para ajudar a compreender melhor o universo fisico em que vivemos (o universo filosofico do ser humano fica para outros estudos..:-).

O link é da Folha de SP On Line e pode exigir senha do UOL ou da Folha para entrar:

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/resenha/rs0803200302.htm

Um abraço.

Homero

PS: Outro trecho interessante discorre sobre a confusão entre hipoteses e equações matematicas que, ao serem corretas matematicamente, não significam
necessáriamente que existam no universo fisico. O exemplo discorre exatamente sobre a possibilidade da matematica do tempo poder funcionar
corretamente mesmo com a linha de tempo invertido (ir para tras no tempo) o que nào significa que o tempo possa realmente andar com a seta do tempo
invertida. Mas pode ser aplicado, o raciocinio, a outras questões, como as dimensões extras, que, apesar de matematicamente corretas, não implicam na
existencia real de outras dimensões..:-)



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: O paradoxo do tempo (As leis do Caos)
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/03/2003 07:17


O paradoxo do tempo
NELSON FIEDLER-FERRARA

Ilya Prigogine sempre surpreende. Mesmo seus opositores intelectuais nele
reconhecem um faro excepcional para descobrir novas direções na ciência.
Não menos surpreendentes e polêmicas são as idéias que esse cientista nos
propõe no livro "As Leis do Caos", publicado com correta tradução a partir
da edição original italiana de 1993.
Prigogine nasceu em Moscou em 1917. É diretor dos Institutos Solvay de
Física e Química, em Bruxelas, e do Centro Ilya Prigogine de Mecânica
Estatística, Termodinâmica e Sistemas Complexos, em Austin (EUA). Em 1977
recebeu o Prêmio Nobel de Química por suas contribuições à termodinâmica de
não-equilíbrio e pela descrição das estruturas dissipativas, cernes das
reflexões da chamada Escola de Bruxelas, que tem em Prigogine seu principal
cientista.
Estruturas dissipativas são fenômenos de criação de ordem longe do
equilíbrio termodinâmico. Prigogine observou que longe do equilíbrio
termodinâmico, na presença de fluxos de energia e de matéria mantidos a
partir do exterior do sistema, não existe um princípio termodinâmico único
que possa determinar a evolução do sistema. Essa evolução deve ser estudada
introduzindo a dinâmica, utilizando, em particular, os métodos e conceitos
do movimento caótico.
"As Leis do Caos" é um livro difícil para leigos. Faz uso de procedimentos
matemáticos e conteúdos conceituais bastante sofisticados, mais apropriados
a pós-graduandos ou cientistas. Para leitores com conhecimento de
matemática avançada, o livro fornece um longo apêndice sobre teoria
espectral e caos. Contudo Prigogine é um mago da escrita. Isso o torna
surpreendentemente -e perigosamente- legível.
O perigo reside na possibilidade de compreensão equivocada dos conteúdos,
favorecendo-se generalizações impertinentes, mas também erros conceituais
graves, particularmente quando essas idéias são aplicadas em outras áreas
do conhecimento, particularmente nas ciências do homem e em certas
generalizações apressadas no âmbito das ciências biológicas e da evolução.

Caos e irreversibilidade
A teoria do caos determinístico não é uma teoria da desordem ou do caos
primordial. Nela, determinismo e imprevisibilidade coexistem. O
determinismo está presente porque a dinâmica do sistema é fornecida por
equações. A imprevisibilidade ocorre porque há "dependência sensível às
condições iniciais", isto é, devido à presença de não-linearidades no
sistema, pequenas diferenças nas condições iniciais são amplificadas
exponencialmente e, para um tempo suficientemente longo, trajetórias do
sistema, partindo de condições iniciais ligeiramente diversas, se
distanciarão. Sistemas que apresentam essa sensibilidade às condições
iniciais são chamados "caóticos".
Assim, leis de evolução deterministas podem levar a comportamentos
caóticos, inclusive na ausência de ruído ou de flutuações externas. Um
outro aspecto relevante é o fato de que a transição da ordem ao caos dá-se
através de sequências de bifurcações, isto é, de instabilidades.
A irreversibilidade diz respeito ao famoso problema da seta do tempo. As
equações da física básica (mecânica, eletromagnetismo e mecânica quântica)
são reversíveis. Por exemplo, consideremos um sistema isolado de partículas
e o deixemos evoluir durante um intervalo de tempo "t", então, se as
velocidades de todas as partículas forem invertidas exatamente e deixarmos
o sistema evoluir o mesmo tempo "t", obteremos a situação do sistema
original no instante inicial. Entretanto a nossa experiência diária não
corrobora essa reversibilidade: um nadador não retorna da piscina para o
trampolim, o calor passa sempre do corpo mais quente para o corpo mais
frio, e não o contrário.
A segunda lei da termodinâmica formaliza a experiência cotidiana, afirmando
que toda transformação espontânea leva o sistema de um estado de entropia
mais baixa para um estado final de equilíbrio com entropia mais elevada.
Contudo a segunda lei da termodinâmica é incompatível com a reversibilidade
da mecânica newtoniana. Isso se denomina o paradoxo do tempo.
Uma solução, baseada no cálculo de probabilidades, foi proposta por
Boltzmann no século 19. A idéia básica de Boltzmann foi introduzir uma
distinção entre as condições iniciais que levam a uma evolução na direção
do estado de equilíbrio e aquelas que conduzem ao afastamento. As
primeiras, para Boltzmann, são muito mais numerosas do que as últimas, de
tal maneira que a lei do crescimento espontâneo da entropia exprime uma
propriedade estatística evidente: um estado menos provável deve evoluir
espontaneamente em direção a um estado mais provável. Então, para
Boltzmann, a entropia de um estado passa a ser uma medida de sua
probabilidade. Como consequência, a irreversibilidade macroscópica da
segunda lei se conciliaria com a reversibilidade microscópica da lei de Newton.
Prigogine discorda de que Boltzmann tenha fornecido uma solução para o
paradoxo do tempo. Para o autor, as estruturas dissipativas evidenciam "o
papel criador fundamental dos fenômenos irreversíveis, portanto também da
seta do tempo". Probabilidade e leis deterministas, afirma Prigogine,
complementam-se em nível macroscópico: uma solução oscilante longe do
equilíbrio aparece a partir de um ponto de bifurcação e, outras
instabilidades, a partir desta.
O autor nos propõe que "a seta do tempo tem o papel de criar estruturas".
Dessa maneira, Prigogine contesta a visão usual de que fenômenos
irreversíveis "se reduzem a um aumento de "desordem", como se pensava
tempos atrás, mas, ao contrário, têm um papel construtivo".
O restante do livro é extremamente técnico. Em linhas gerais, o autor
sustenta que, diversamente do usual, a formulação da dinâmica para sistemas
caóticos deva ser feita por meio de uma abordagem estatística de base
probabilística e que se deva eliminar a noção de trajetória da descrição
microscópica. Assim procedendo, "para os sistemas instáveis, as leis
fundamentais da dinâmica clássica (ou quântica) são formuladas em termos de
evolução de "probabilidade". E é nesse nível que podemos esclarecer as leis
do caos e descrever as mudanças que a instabilidade e o caos introduzem em
nossa visão de mundo".
Os conteúdos apresentados neste livro tratam de aspectos fundamentais da
ciência, com importantes consequências para a epistemologia. Os resultados
incluídos resumem tópicos tratados em pesquisas em curso, sendo publicados
em revistas internacionais arbitradas e de excelente nível. Mas o leitor
deverá estar atento para o fato de que esses resultados não são
definitivos. Aliás, há que enfatizar que as idéias apresentadas neste livro
têm defensores bem como opositores, igualmente competentes, na comunidade
científica, em um debate salutar para a construção da ciência.

Nelson Fiedler-Ferrara é professor do Instituto de Física da USP e co-autor
de "Caos -Uma Introdução" (Edgard Blücher).


As Leis do Caos
Ilya Prigogine
Tradução: Roberto Leal Ferreira
Ed. Unesp (Tel. 0/xx/11/3242-7171)
110 págs., R$ 17,00


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: raios?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/03/2003 18:53

Quem opina?
[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "SERGIO SOARES DA SILVA" <sessilva@unimep.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: sábado, 8 de março de 2003 09:39
Assunto: raios?


|
| Caro Professor,
|
| Primeiramente quero parabenizá-lo belo belíssimo site.
| Conversando com um amigo meu que esteve em viagem para o México, e também ja ouvi
| reportagem sobre isso, ele me disse que numa cidade mexicana a céu aberto, ou seja,
| sem nuvens, acontecem raios. Pergunto : Qual é, se é que tem, explicação para esse
| fenômeno?
| Pediria por gentileza, se possível, responder-me nesse endereço de e-mail.
|
| Grato pela ajuda.
|
|


SUBJECT: sal + acucar
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/03/2003 19:22

Como fazer para separar sal de cozinha e açúcar refinado?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
PS: Pinça e lupa? Não, isso eu faria se fosse apenas um ou dois cristais de cada espécie!


SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - RADIOLOGIA
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/03/2003 19:57

Ajudemos a discente.
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: gilvangava
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sábado, 8 de março de 2003 14:50
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS - RADIOLOGIA


Prezado professor,



Sou discente do curso de tecnologia em radiologia em Santa Catarina na

Universidade do Contestado (UnC), e gostaria de duas respostas:

1) É possível um nêutron decair num próton?

2) Quando um próton decai num nêutron, qual a partícula emitida?



Aproveito a oportunidade para parabenizá-lo pelos trabalhos expostos na WEB.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fisica Moderna para iniciados, interessados e aficionados
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/03/2003 20:13





Pessoal,

Deu na ComCiência, http://www.comciencia.br/noticias

Ivan Oliveira disponibiliza livro sobre física moderna

Física Moderna para iniciados, interessados e aficionados
Física Moderna para iniciados, interessados e aficionados é um texto de
divulgação que visa principalmente professores do Segundo Grau e alunos dos
cursos de graduação em Física, Matemática, Química e Engenharias. Escrito de
forma leve e bem humorada, tem como objetivo divulgar as principais idéias
da Física do Século XX. Ao contrário dos textos de divulgação usuais, o
presente texto enfatiza a Matemática como ferramenta de trabalho do físico,
e reafirma a importância da verificação experimental dos modelos que criamos
para descrever os fenômenos da Natureza.
O autor, Ivan S. Oliveira, é pesquisador do Grupo de Magnetismo do Centro
Brasileiro de Pesquisas Físicas. Suas áreas de pesquisa são o Magnetismo na
Matéria e a Computação Quântica por Ressonância Magnética Nuclear.
Comentários e sugestões podem ser enviados para ivan@cbpf.br .
Faça download dos capítulos:
Capítulo - 1_Uma Casa de Gigantes (582 k)
Capítulo - 2_ A Teoria da Relatividade (390 k)
Capítulo - 3_ A Mecânica Quântica (454 k)
Capítulo - 4_ Como Construir um Átomo (337 k)
Capítulo - 5_ Dos Átomos aos Computadores (467 k)
Capítulo - 6_ Magnetismo (700 k)
Capítulo - 7_ Energia Nuclear (321 k)
Capítulo - 8_ Relatividade Geral (257 k)
Capítulo - 9_ O Sonho da Unificação (322 k)

Peguem o livro em http://www.comciencia.br/noticias/07mar03/fisica.htm


Um abraço,

Vizzoni


_________________________________________________________________
MSN Messenger: converse com os seus amigos online.
http://messenger.msn.com.br



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - RADIOLOGIA
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/03/2003 23:52


1) É possível um nêutron decair num próton?

Se bem me lembro, sim:

n -> ( p+ , e-, antineutrino )

[lê-se um neutron decai num proton, um electron e um antineutrino
(subentende-se antineutrino electrónico) ]

Mas esta reacção acontece se o neutron estiver livre. O que significa que so
acontece se ele estiver fora do nucleo.

2) Quando um próton decai num nêutron, qual a partícula emitida?

não sei se é possivel um proton decair num neutron

o que pode acontecer é a "reacção" inversa da anteriormente descrita.


SUBJECT: Re: [ciencialist] sal + acucar
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/03/2003 23:55



>Como fazer para separar sal de cozinha e açúcar refinado?

Uma peneira de dimensões suficientes para. :-))

se não poder ser eu diria: misturar água. decantar o açucar.
evaporar a agua, obter o sal.
não sei se funcionaria, mas assim rápidamente, é o que me lembro

sérgio


SUBJECT: Re: [ciencialist] sal + acucar
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2003 00:39



>Mas, ao se decantar o açúcar, não se decanta também o sal?

eu não expliquei tudo.
decantar é separar os solidos dos liquidos onde "flutuam"
Se bem me lembro o sal é uma susbtancia ionica o que em agua provoca que os
ioes se separem.
Mas o açucar não.
Se esperares o suficiente o açucar (solido) vai ficar no fundo do copo e o
sal nunca fará isso a menos que tires a água.
Por isso podes separar o açucar da água salgada.
E obter o sal por evaporação da água.

>Talvez eletrólise funcione melhor. Pelo que me lembro, há uma maneira de se
decompor o >cloreto de sódio por meio de eletrólise. O açúcar ficaria
inafetado.

Lembrei-me disso. O problema é que é um metodo destrutivo. No fim não terias
açucar e sal, mas sim açucar, sodio(solido) e cloro(gas).
E acho que não é essa a ideia.

Sérgio





SUBJECT: RE: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - RADIOLOGIA
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2003 00:54

>CONSULENTE DO LÉO: 1) É possível um nêutron decair num próton? 2)
Quando um próton decai num nêutron, qual a partícula emitida?<

1. Sim. Um neutron é estável no núcleo de um átomo de um elemento
não-radioativo mas instável quando livre, isto é, decairá após um certo
tempo - o chamado decaimento beta. Um neutron livre tem uma meia vida de
cerca de 10 minutos e meio. O neutron do núcleo de um elemento
radioativo decairá se o elemento resultante for mais estável. A
meia-vida variará dependendo do elemento. O decaimento de um neutron em
um próton se dá através da emissão de um elétron e de um antineutrino.

2. A tranformação de um próton em um neutron se dá pela absorção de um
elétron e liberação de um neutrino e um pósitron. Ocorre em núcleos com
excesso de prótons. O elétron é normalmente capturado da órbita mais
interna do átomo (órbita K). Devido a isso o processo é chamado de
captura K ou captura do elétron.

Os nuclídeos (todas as formas isotópicas de todos os elementos)
importantes para a medicina são os que mantém-se em estado excitado após
a captura do elétron, emitindo raios gama. Exemplos são Gálio-67,
Índio-123 e Iodo-125.


Colucci




SUBJECT: Re: [ciencialist] sal + acucar
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2003 01:06

Sei não, ... a técnica Taborda atiça lá no fundo da cuca algo de errado. O açúcar dissolve-se na água enquanto que o sal (como a água entra entre a ligação iônica Na/Cl e aumenta 80 a permeabilidade) ioniza-se. Todavia, na solução existe NaCl (o que justifica o sabor 'salgado' da solução salina). Não estou enxergando a possibilidade do açúcar decantar ... se assim o fosse todos os refrigerantes teriam uma certa porção de açúcar decantado no fundo da garrafa! Imagine então o xarope de groselha!

Uma idéia que me surgiu é a seguinte:
(a) prepara-se a solução aquosa contendo sal e açúcar; (b) coloca-se um barbantinho dentro da solução que leva na extremidade mergulhada um cristal de açúcar (gérmen) e (c) coloca-se outro barbantinho que sustenta um cristal de NaCl (gérmen).
Acredito que, no decorrer do tempo vai se formar um cristalzão de açúcar num barbante e um cristalzão de sal no outro.
Será que funciona?

[]'
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Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Alvaro Augusto de Almeida" <alvaug@netbank.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 9 de março de 2003 00:44
Assunto: Re: [ciencialist] sal + acucar


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| -----Mensagem Original-----
| De: Sergio M M Taborda
| Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
| Enviada em: Segunda-feira, 10 de Março de 2003 00:39
| Assunto: Re: [ciencialist] sal + acucar
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| >>Mas, ao se decantar o açúcar, não se decanta também o sal?
|
| >eu não expliquei tudo.
| >decantar é separar os solidos dos liquidos onde "flutuam"
| >Se bem me lembro o sal é uma susbtancia ionica o que em agua provoca que
| os
| >ioes se separem.
| >Mas o açucar não.
| >Se esperares o suficiente o açucar (solido) vai ficar no fundo do copo e o
| >sal nunca fará isso a menos que tires a água.
| >Por isso podes separar o açucar da água salgada.
| >E obter o sal por evaporação da água.
|
| Ops. Esqueci-me desse pequeno detalhe...:)
|
| >>Talvez eletrólise funcione melhor. Pelo que me lembro, há uma maneira de
| se
| >decompor o >cloreto de sódio por meio de eletrólise. O açúcar ficaria
| >inafetado.
|
| >Lembrei-me disso. O problema é que é um metodo destrutivo. No fim não
| terias
| >açucar e sal, mas sim açucar, sodio(solido) e cloro(gas).
| >E acho que não é essa a ideia.
|
| É verdade! Mas depois você pode tentar recompor o sal a partir do cloro e
| do sódio! Brincadeira. O seu método é realmente melhor...
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SUBJECT: RE: [ciencialist] sal + acucar
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2003 01:07

>CONSULENTE DO LÉO: Como fazer para separar sal de cozinha e açúcar
refinado?<

Não tenho à mão um bom livro de química, com uma tabela de propriedades
físico-químicas da sacarose (C12H22O11), mas acredito que a sacarose
seja solúvel em algum composto volátil orgânico, talvez um álcool. É
quase certeza que o cloreto de sódio (NaCl) não será solúvel nele. Se
for assim, é só despejar o solvente orgânico na mistura, deixar
decantar o sal, separar o líquido, evaporá-lo e obter açúcar.

Colucci




SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - RADIOLOGIA
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/03/2003 01:37

Olá Colucci!

--- Em ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr." <j.colucci@r...> escreveu
>(...)O decaimento de um neutron em
> um próton se dá através da emissão de um elétron e de um
antineutrino.
>
> 2. A tranformação de um próton em um neutron se dá pela absorção de
um
> elétron e liberação de um neutrino e um pósitron. Ocorre em núcleos
com
> excesso de prótons. O elétron é normalmente capturado da órbita mais
> interna do átomo (órbita K). Devido a isso o processo é chamado de
> captura K ou captura do elétron.


Mas e a Lei da Conservação, onde fica? Veja que por essa lei, o
Nêutron deve decair nas partículas que o componham. Se no decaimento
beta ocorre a liberação de um próton, um elétron e um anti-neutrino
(referente ao elétron) então para obter-se um nêutron teria que haver
a "soma" de um próton, um elétron e um neutrino do pósitron... ou um
anti-neutrino do elétron... não?

Beijos, Lígia




SUBJECT: Re: sal + acucar
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/03/2003 01:44

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> (...)Uma idéia que me surgiu é a seguinte:
> (a) prepara-se a solução aquosa contendo sal e açúcar; (b) coloca-
se um barbantinho dentro da solução que leva na extremidade
mergulhada um cristal de açúcar (gérmen) e (c) coloca-se outro
barbantinho que sustenta um cristal de NaCl (gérmen).
> Acredito que, no decorrer do tempo vai se formar um cristalzão de
açúcar num barbante e um cristalzão de sal no outro.
> Será que funciona?


Bem... seguindo esse raciocínio, você poderia amarrar uma formiga
numa das extremidades do barbante enquanto que na outra você
amarraria um pedaço de bacalhau. A formiga "comeria" todo
açucar "boiando" na água e o bacalhau dessalgaria reagindo com os
íons já em suspensão permitindo que haja sedimentação em
um "precipitado"... o problema aí seria a consciência pesada pelo
assassinato de uma formiga e pelo desperdício de um pedaço de
bacalhau que é vendido a peso de ouro... não?

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: sal + acucar
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2003 02:01



--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> (...)Uma idéia que me surgiu é a seguinte:
> (a) prepara-se a solução aquosa contendo sal e açúcar; (b) coloca-
se um barbantinho dentro da solução que leva na extremidade
mergulhada um cristal de açúcar (gérmen) e (c) coloca-se outro
barbantinho que sustenta um cristal de NaCl (gérmen).
> Acredito que, no decorrer do tempo vai se formar um cristalzão de
açúcar num barbante e um cristalzão de sal no outro.
> Será que funciona?


Lígia opina e sugere:
>>Bem... seguindo esse raciocínio, você poderia amarrar uma formiga
numa das extremidades do barbante enquanto que na outra você
amarraria um pedaço de bacalhau. A formiga "comeria" todo
açucar "boiando" na água e o bacalhau dessalgaria reagindo com os
íons já em suspensão permitindo que haja sedimentação em
um "precipitado"... o problema aí seria a consciência pesada pelo
assassinato de uma formiga e pelo desperdício de um pedaço de
bacalhau que é vendido a peso de ouro... não?<<

Lígia, eu tb comecei assim. Proponha para os amigos da Clist que, antes que a doença piore e se alastre até o além-mar, passemos a chama-la de "deusa"!

[]'
deus [tb protetor do bacalhau do Porto e da formiga]
PS: Um deus, quantas deusas pode ter? X?




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: sal + acucar + bacalhau
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2003 02:08

Correção:
onde se lê 'Proponha' leia-se 'Proponho'

.... Proponha para os amigos da Clist que ....
[]'
idem


SUBJECT: Re: [ciencialist] sal + acucar
FROM: "Elenice" <elemell@vant.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2003 02:34


Léo, diga ao seu atrapalhado cozinheiro para tentar o método da dissolução fracionada : a mistura é
colocada num líquido que dissolve um só componente (no caso podemos usar álcool anidro para
dissolver o açúcar), o componente insolúvel (sal) é separado da solução por filtração; por
evaporação separa-se o componente dissolvido do respectivo líquido. Aqui a evaporação deve acontecer
ao natural, se colocar a solução para aquecer vai terminar invertendo a sacarose e produzindo
calda.
Abraços,
Elenice Mello



----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, March 09, 2003 7:22 PM
Subject: [ciencialist] sal + acucar


Como fazer para separar sal de cozinha e açúcar refinado?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
PS: Pinça e lupa? Não, isso eu faria se fosse apenas um ou dois cristais de cada espécie!

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SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - RADIOLOGIA
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2003 03:21

>LÍGIA: Mas e a Lei da Conservação, onde fica? Veja que por essa lei, o
Nêutron deve decair nas partículas que o componham. Se no decaimento
beta ocorre a liberação de um próton, um elétron e um anti-neutrino
(referente ao elétron) então para obter-se um nêutron teria que haver a
"soma" de um próton, um elétron e um neutrino do pósitron... ou um
anti-neutrino do elétron... não?<

Bem observado, Lígia. Aliás, foi graças à Lei da Conservação que o
neutrino foi descoberto. O decaimento do nêutron não se enquadrava no
padrão esperado para a energia do elétron, e uma outra partícula - o
antineutrino - teve que ser introduzida (e mais tarde detectada). Mas as
regras das interações entre partículas especificam que devem
conservar-se o número bariônico e o número leptônico. O antineutrino tem
o número leptônico -1, para balancear o +1 do elétron. O caso que você
descreve (p --> n + e+ +v) é o decaimento do pósitron ou beta mais.
Nele, um neutrino (referente ao pósitron) é emitido. O caso da captura
do elétron não requer a introdução do neutrino para conservação do
número leptônico.

Repare que é incorreto dizer que o nêutron deve decair nas "partículas
que o componham", já que há criação de partículas no processo. Os três
processos envolvidos na transformação próton-nêutron -- decaimento Beta
menos, Beta mais e captura do elétron -- obviamente obedecem ao
princípio da conservação.

Para me alongar eu teria que fazer lição de casa. Estou com preguiça a
essa hora da madrugada. O assunto está bem explicado em:

http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/particles/proton.html


Colucci





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2003 06:28

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese"
Sent: Saturday, March 08, 2003 3:05 AM
Subject: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte

> Lígia: Mas não é temerário colocar o espaço absoluto como
> o "nada"? "Nada" para mim tem um peso imenso, significa algo fora do
> conceito de tudo o que se possa sequer conceber porque uma vez
> concebido já existe e deixa de ser nada.

O nada a que me refiro corresponde ao vazio de Lao-Tse: "Da sua não
existência vem a utilidade." Esse nada é o que sobra após termos retirado o
tudo. É o continente a conter o todo, e esse todo é o Universo constituído
por matéria e informação do movimento da matéria.

> > (...) O tempo é criação da nossa mente e manifesta-se
> > pelo movimento. Se ele já existia ou não antes do movimento ter sido
> > observado, isso é um problema da seara da filosofia, jamais da
> > física. O tempo entra na física como medida da duração de um processo

> Lígia: Este trecho dá a entender o que se passa afinal. O conceito
> de tempo não é levado em conta além do efeito de tal
> tempo "passando". Quer dizer que a eternidade não pode ser descrita
> como um "lugar" onde o fluir do tempo não ocorre?

Eu vejo a eternidade como um limite duplo para a duração, centrada, por
exemplo, no presente. A maior dificuldade está no entendimento do que seria
essa condição limite, com a duração tendendo a infinito a partir de ambos os
lados, o antes e o depois, um de natureza histórica e o outro de natureza
incerta. É muita filosofia para os meus cansados neurônios. :-)

> > Como você concluiu em uma das mensagens anteriores, "o espírito da
> > matéria é o representante direto do absoluto para o movimento". E acaba
> > sendo o testemunho da existência de um espaço absoluto.

> Lígia: Absoluto sim... mas não "nada". Estava demorando: já vou
> tropeçar numa pedrinha conceitual e ficar "esparrapachada" no
> chão :))

Digamos então que é tão somente o continente, ou o que resta após retirarmos
*mentalmente* o conteúdo. É a estrada sem os automóveis, o Universo sem a
matéria (e, conseqüentemente, sem a informação da matéria), o Tao sem o Um.
Esse nada seria o Caminho a ser percorrido pelo tudo.

> Lígia: Eu já andei procurando pela descrição de tais experiências de
> Newton mas não encontrei muita coisa além da simples menção. Você
> poderia me fornecer alguma indicaçào de onde ler a respeito da
> concepção e "funcionamento" das mesmas?

A melhor discussão que já encontrei para a experiência do balde de Newton
foi no livro "A linguagem do espaço e do tempo" de Hugh M. Lacey, que foi
publicado em português pela Editora Perspectiva (1972) na sua Coleção
Debates - Filosofia. Na Internet você poderá encontrar muita coisa, tanto a
favor da interpretação de Newton quanto a de Mach. Vou dar alguns exemplos,
sem significar isso uma aprovação:

http://home.dfis.uevora.pt/~afitas/Principia.pdf
http://fisica.udea.edu.co/~mpaez/moderna/cap2/node9.html
http://sbf.if.usp.br/rbef/Vol21/Num4/v21_558.pdf
http://www.fsc.ufsc.br/ccef/port/15-2/a8.html

Os dois últimos referem-se à Mecânica Relacional, do André Assis da
Unicamp, a valorizar a interpretação de Mach.

Eu estou copiando o capítulo V do livro do Lacey para um seminário. Neste
capítulo ele trata sobre o espaço absoluto, comentando a experiência do
balde. Se houver interesse, poderei enviá-lo provavelmente daqui a uns três
ou quatro dias, em pvt, zipado (zip-doc). [Esta oferta vale também para os
demais interessados, creio que todos sabem localizar o meu e-mail.]

> > > Lígia: E já se tentou equacionar tal "espírito"?

> > (...) por incrível que pareça, essa é a parte mais fácil
> > de todo o processo. (...) O que eu chamo
> > equação do elétron é a coisa mais simples que se possa
> > imaginar. A equação é A = w/r, em que "A" e "w" são vetores (...) Essa
> > única equação contém todo o eletromagnetismo, contém todas as quatro
> > equações de Maxwell.

> Lígia: Alberto... PELAMORDEDEUS! :)) De onde você tirou isso? :))

Eu apenas reuni as peças de um quebra-cabeças. Achei alguma coisa aqui,
outra ali... e fui juntando as peças.

> Eu andei procurando nos meus livros de estante sobre física e as
> equações de Maxwell mas não houve nada relacionado a "A", que você
> diz manter pelo fato de fazer parte da tal equação de onde você tirou
> a sua.

O vetor potencial magnético "A" surge apenas em eletromagnetismo avançado,
quando se procura resolver analiticamente as equações de Maxwell [Em
mecânica quântica ele também é bastante utilizado]. Na minha teoria as
coisas começam de maneira diferente. Eu começo definindo fisicamente a
informação eletromagnética através de um vetor "A".

As hipóteses básicas da minha teoria traduzem-se nas seguintes afirmações:
1) a existência do elétron; 2) a existência de uma propriedade vetorial w,
relacionada a um possível giro clássico; 3) a existência da emissão de
alguma coisa a gerar todos os efeitos eletromagnéticos causados por um
elétron, e relacionada a esse giro; 4) a unicidade dessa alguma coisa
emitida, bem como o seu caráter conservativo, a ponto de podermos
caracterizá-la espacialmente como um campo vetorial único; 5) a existência
de outros elétrons sensíveis a essa alguma coisa. Nada mais, nada menos.

Essa "alguma coisa" de natureza vetorial eu represento por "A".
Coincidentemente esse "A" vai ser muito similar ao vetor potencial
magnético, apesar de ser conceitualmente diferente. Curiosamente o modulo
desse vetor é um escalar "Ø" que também vai desempenhar um papel muito
similar ao do potencial elétrico. Volto a dizer: qualquer semelhança é mera
coincidência, pois tanto o meu "A" quanto o meu "Ø" referem-se a elétrons e
não a correntes nem cargas elétricas.

Por hipótese, "A" é função de duas variáveis físicas (w e r), mas a
expressão dessa função é algo a ser determinado. A montagem do
quebra-cabeças começa por aí, e as únicas peças que vão entrar, além das
hipóteses mencionadas, relacionam-se à experimentação, aquilo que é
observado no laboratório.

As variáveis físicas a entrarem na expressão de "A" são um vetor "w",
relacionado provavelmente ao giro do elétron (não é a velocidade angular,
mas é algo relacionado a essa velocidade angular), e a distância "r" entre o
elétron e o ponto onde se pretenda conhecer o campo. Perceba que "w" não é
"ainda" uma propriedade mecânica (velocidade angular), mas algo que
matematicamente deverá se relacionar com as propriedades medidas em
laboratório e que se traduzem pelos campos elétrico e magnético. Eu digo
"ainda" pois não tenho dúvidas de que "w" se relacione com essa velocidade
angular a menos de uma constante com dimensões de origem eletromagnética.
Veja bem, eu estou assumindo que o elétron tem um giro *clássico* e esse
giro seria o responsável por todos os seus efeitos eletromagnéticos. Na
minha teoria tudo é conseqüência do movimento da *matéria*.

Pois bem. Esse campo, como supus acima, é do tipo A = f(w,r). A expressão a
ser determinada é essa. Como resolver esse problema? Simplesmente
interpretando a experimentação de maneira a satisfazer essas hipóteses. Mas
o que a experimentação nos mostra? Simplesmente o campo elétrico "E" de uma
carga elétrica (lei de Coulomb) e o campo magnético "B" de uma corrente
elétrica (lei de Ampère). Aí estão todas as peças de um quebra cabeças, as
hipóteses e a experimentação.

Resta saber como, afim de satisfazer as hipóteses e a experimentação, o
elétron deveria se dispor na superfície de uma carga elétrica ou como ele
deveria viajar no interior de um fio condutor de corrente elétrica. Eu
montei esse quebra-cabeças e cheguei na solução mais provável para esse
campo "A", qual seja, A = w/r. Esse campo é valido para um único elétron. O
campo elétrico de um elétron em repouso é E = transA, e o campo magnético de
um elétron *em repouso* é B = rotA.

Por estranho que pareça, na minha teoria o campo magnético de um elétron não
é função do movimento do elétron, ele existe mesmo com o elétron em repouso.
Mas o efeito desse campo provocado em outro elétron é função da velocidade
relativa entre os dois elétrons. Se integramos esse campo "E" de um elétron
para toda a superfície de uma carga elétrica, chegamos na lei de Coulomb.
Por outro lado, se integrarmos o campo "B" de um elétron para um fio
condutor retilíneo chegamos na lei de Ampère. Isso realmente você não
encontrará em livro nenhum, a não ser no meu livro ou no meu website (o
livro já está necessitando uma atualização).

Ora, se eu consigo estabelecer um único campo a gerar tanto "E" quanto "B",
o resto acaba derivando da correspondente eletrodinâmica do elétron,
associado a uma relatividade 100% clássica. Em teoria, e aceitando-se essas
hipóteses, não há mais porque se pensar em quatro equações ou quatro leis,
pois a lei maior é uma só: A = w/r. O resto é físico-matemática.

> Se for segredo de estado, tudo bem, vou respeitar... mas
> você sabe que negar uma explicação a uma curiosa compulsiva É um
> pecado e mais isso será acrescentado à sua lista de pecados
> mortais... :)) Depois nem vai adiantar reclamar que foi para o
> inferno injustamente...

Segredo nenhum! Todas as etapas matemáticas seguidas estão no meu website, e
já foram apresentadas em livro em 1993. A matemática já foi checada por
matemáticos desde 1993 e de lá até agora não encontraram nenhuma falha. Com
relação a física, diria que físico algum jamais chegou a criticar de fato a
minha teoria, pois eles sequer conseguem conviver com as hipóteses acima
citadas. Eles simplesmente não querem que eu esteja certo, pois temem que
com isso eles possam estar errados. Sinceramente, isso retrata uma
ignorância sem limites, pois não há como se criticar uma teoria sem se
entender e aceitar suas hipóteses, mesmo que seja provisoriamente. Do
contrário, que apontem inconsistências nas hipóteses, mas que não signifique
apenas um "não gostei". Sou obrigado a pensar que eles se mostram impotentes
para derrubar minhas hipóteses, e não querem dar o braço a torcer. Então
ignoram minhas hipóteses e ficam me cobrando conhecimentos em física
moderna, como se eu fosse obrigado a entender aquilo que eles defendem sem
entender.

> > Na minha teoria não, o A é um só, não
> > existe calibração alguma. Por ser um só, ele pode ser pensado como
> > um vetor conservativo, e de fato seu campo é conservativo. E o que se
> > conserva nesse campo? Nada mais, nada menos, do que as informações
> > eletromagnéticas.

> Lígia: Bem: e o que determina a existência de um campo? Não é a
> diferença de potenciais (2 normalmente ) a fim de que se "forme" um
> fluxo?

Eu diria que o campo descreve matematicamente o que deve acontecer
fisicamente com um objeto sensível aí colocado. O que de fato acontece
traduz-se na expressão física do campo (por exemplo, através da relação
campo-força, para campos de interação cujo efeito sensível é uma força). Os
campos conservativos podem ser pensados em termos de um potencial escalar, e
esse potencial relaciona-se a um ponto escolhido arbitrariamente.

Característicamente, a diferença entre os potenciais de dois pontos A e B
independe tanto da origem O escolhida, como também do valor estipulado
arbitrariamente para o potencial do ponto "O". Quando pensamos tão somente
nos princípios clássicos de conservação (energia e momento), é indiferente a
escolha do ponto O, pois essas entidades que se conservam não têm aquele
valor absoluto defendido por Newton. A energia dessa física newtoniana
"light" (modelo newtoniano) é sempre relativa, assim como o momento. Não
obstante, onde estaria o referencial absoluto newtoniano nessa física de
campos? E supondo que exista esse referencial absoluto, onde estariam os
supostos referenciais inerciais em relação a esse referencial absoluto?

É aí que eu digo que para o campo de um elétron existe um ponto "O" melhor
do que os outros. É melhor porque permite a caracterização da causa íntima
dos campos, no caso o espírito da matéria newtoniano. Mas digo que somente
isso não é suficiente, é necessário também dotar o elétron de uma estrutura
diversa de uma carga elétrica, e como tal a gerar um campo diverso daquele
campo de uma carga elétrica. Somente assim será possível unificarmos de uma
vez por todas o vetor potencial magnético "A" com o escalar potencial
elétrico "Ø". O ponto "O", sede desse campo de informações eletromagnéticas
a se traduzir por "A" ou "Ø" está situado exatamente no centro geométrico
desse elétron. E não existe singularidade nenhuma (A = w/0 --> divisão por
zero), pois o campo somente existe a partir da periferia do elétron, e seria
sem sentido pensarmos nesse mesmo campo no interior do elétron.

> E como o eletromagnetismo pode ser postulado sem que se leve
> em consideração os campos elétrico e magnético? Deu tilt... :))
> Desculpe mas eu não entendi o que você quis dizer por:
> "No eletromagnetismo clássico existem dois potenciais, mas na minha
> teoria existe apenas um. Eu posso utilizar "A" ou "Ø", mas eles são
> dependentes entre si, dado um o outro estará determinado." ?

Eu quis dizer que consigo caracterizar os dois efeitos, elétrico e
magnético, através de um único campo de informações (ou potencial entre
aspas). Eu prefiro não chamá-lo de potencial, pois esse campo retrata a
existência de uma entidade absoluta, enquanto o potencial é sempre relativo.
Fisicamente falando, a informação eletromagnética se expressa por efeitos
elétricos e magnéticos, logo trata-se de um potencial no sentido físico (as
informações têm a potencialidade de gerar efeitos mensuráveis como elétricos
e magnéticos), mas não no sentido matemático que costuma se dar à expressão.
Existe uma origem absoluta para este campo "A" e ele não pode ser pensado em
termos relativos, sob pena de perdermos a sua característica elétrica (E =
transA), se bem que conserve a característica magnética (B = rotA). Em
termos matemáticos isso seria equivalente a dizer que o translacional
(operador trans) é um operador diferencial que não obedece à propriedade
distributiva, ou seja, o translacional da soma não é igual a soma dos
translacionais.

Por outro lado, à medida que deixamos o microcosmo com os efeitos já
integrados para uma carga elétrica ou para uma corrente elétrica, podemos
raciocinar em termos do eletromagnetismo de Maxwell. Ele continua dando
certo, se bem que não corresponda à realidade microcósmica. E é justamente
pelo fato de não corresponder à realidade microcósmica que ele deu origem
aos dois modelos da física moderna, a relatividade e a mecânica quântica.
Seria como se a partir de uma mecânica dos fluidos quiséssemos construir um
modelo microcósmico, com as moléculas pensadas como entidades fluidas. Pois
o eletromagnetismo de Maxwell nada mais é senão uma eletrodinamica dos
fluidos elétricos, e a física moderna nada mais fez senão levar esse modelo
fluido para o terreno da ficção.

> Lígia: Então, recaptulando: para que tudo seja aceitável: deve-se
> considerar o elétron como "não possuidor" de carga coulumbiana e os
> campos como sendo conservativos e que os corpúsculos de Newton o
> atravessam não sendo "veiculados" por ele mas criando-o devido à
> informação do movimento?

Creio que aqui está havendo uma ligeira confusão. Os corpúsculos de Newton
são os tijolos elementares, a representarem a matéria em sua expressão mais
simples. Sob esse aspecto, diria que os elétrons são formados por um número
enorme de corpúsculos de Newton e nada mais. Esses elétrons --ou melhor
dizendo, esse conjunto de corpúsculos de Newton em movimento-- emitem para o
espaço a informação de seu movimento (o espírito da matéria de Newton). Esse
espírito da matéria é que viaja pelo espaço e, por onde passa, constitue o
campo de informações eletromagnéticas "A". Esse campo de informações
eletromagnéticas "A" traduz-se por efeitos eletromagnéticos (forças devidas
aos campos E = transA ou B = rotA), ao agirem sobre outros elétrons ou
elementos mais complexos (carga ou corrente elétrica).

> Nossa! Mas isso requer muita mão de obra.

Bem, a outra opção seria aceitar a física moderna como ela é. :-)

> Lígia: (...) Mas de todo jeito, o que você apresentou
> agora é bastante distante de tudo o que eu aprendi até hoje. Faço
> uma idéia da reação visceral de quem esteja fazendo uso da
> física "concencional" e depare-se com o que você expõe. Penso que
> seja justamente pelo fato de eu não estar lidando com a estrutura da
> física atualmente, eu posso ler o que você escreve e tentar idealizar
> sem pensar muito, só deixando "ser" como você concebe. Suas idéias
> são bastante revolucionárias e ao mesmo tempo voltam-se a conceitos
> há muito formulados/visualizados, sem contudo fazerem parte de
> ciência alguma...

De fato, mas existe uma frase que é bastante cultuada entre os físicos, e
não sei qual é o seu autor, se bem que desconfie que seja Einstein ou Bohr:
"Nenhuma teoria é boa se não for suficientemente revolucionária e à primeira
vista maluca". A maioria das teorias alternativas que tenho visto por aí
estão tentando salvar um ou outro aspecto da física moderna, logo são apenas
parcialmente revolucionárias. A minha teoria não. Eu simplesmente promovo
algumas pequenas revoluções no ambiente clássico da física do final do
século XIX e a seguir convido os físicos para um retorno aos tempos em que a
física era uma ciência inteligível.

> Lígia: Eu tenho gostado muito de aprender a ver o Universo a partir
> dessas idéias que você tem elaborado de forma tão impecável. Tem
> sido um prazer. :) Mas nada do que eu diga ou venha a dizer tem um
> peso científico, nem filosófico...

Ainda bem. A história das ciências tem mostrado que muitos teorizadores
foram esmagados por esse peso científico. ;-) Muitos podem não acreditar,
mas a ciência deve muito mais ao que foi feito nos bastidores do que nas
academias. Newton, Einstein e Darwin estão aí a comprovarem essa tese.
Newton produziu enquanto a universidade fechou devido à peste negra.
Einstein produziu enquanto trabalhando num departamento de patentes. E
Darwin enquanto viajava pelo mundo. Os três estavam completamente livres
desse peso científico.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: sal + acucar
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/03/2003 11:03

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> (...)o problema aí seria a consciência pesada pelo
> assassinato de uma formiga e pelo desperdício de um pedaço de
> bacalhau que é vendido a peso de ouro... não?<<
>
> Lígia, eu tb comecei assim. Proponho (... já devidametne corrigido
segundo sua notação) para os amigos da Clist que, antes que a doença
piore e se alastre até o além-mar, passemos a chama-la de "deusa"!

Oh, quanta honra! Mas tenho certas ressalvas quanto a isso: entre
ser "deusa" e "pitonisa", prefiro ser "pitonisa". Assim eu
posso "ter" quantos "deuses" eu quiser! :))


> []'
> deus [tb protetor do bacalhau do Porto e da formiga]
> PS: Um deus, quantas deusas pode ter? X?


O que acha de iniciarmos uma "enquete divinal"? Perguntamos ao grupo
se eu devo aceitar o "cargo de deusa" ou se apenas o de pitonisa...
a propósito, como o caro Alvaro Augusto disse, você pode ter quantas
deusas queira... desde que elas não se encontrem. Por certo há mais
aspirantes a "deusas" por estas plagas que AINDA não se manifestaram
e elas podem vir a perder o ensejo, restando-lhe apenas uma opção:
MOI, euzinha aqui... :) Vai encarar?

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - RADIOLOGIA
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/03/2003 11:09

Olá Colucci!

--- Em ciencialist@y..., "Jose Colucci Jr." <j.colucci@r...> escreveu
> (...)Repare que é incorreto dizer que o nêutron deve decair
nas "partículas
> que o componham", já que há criação de partículas no processo. Os
três
> processos envolvidos na transformação próton-nêutron -- decaimento
Beta
> menos, Beta mais e captura do elétron -- obviamente obedecem ao
> princípio da conservação.


Está bem. É que dentro daquilo que eu ainda lembro dessa parte eu
não considerei o equilíbrio bariônico e leptônico... sorry. E
acabei de me lembrar que uma pergunta sobre "neutrons serem formados
pela adição de prótons e elétrons" já ter sido lançada por aqui
antes. A minha resposta foi errada na época porque não considerei
esse detalhe, atendo-me apenas à conservação...


> Para me alongar eu teria que fazer lição de casa. Estou com
preguiça a
> essa hora da madrugada. O assunto está bem explicado em:
>
> http://hyperphysics.phy-astr.gsu.edu/hbase/particles/proton.html


Obrigada pela dica!

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/03/2003 11:25

Olá Alberto!

Parece que você está triste comigo... fica não! Desculpe se eu
tenho feito você reexplicar sua teoria por aqui, talvez pela vontade
de que mais gente tome conhecimento dela se ainda não foi visitar seu
site. É que eu gostaria que mais gente tomasse conhecimento do que
você tem feito, sem a chance de simplesmente achar que está errado
sem nem ver o que você tem para explicar... em todo caso, desculpe.

Beijos, Lígia

***********************************


--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> > Lígia: Mas não é temerário colocar o espaço absoluto como
> > o "nada"? "Nada" para mim tem um peso imenso, significa algo
fora do
> > conceito de tudo o que se possa sequer conceber porque uma vez
> > concebido já existe e deixa de ser nada.
>
> O nada a que me refiro corresponde ao vazio de Lao-Tse: "Da sua não
> existência vem a utilidade." Esse nada é o que sobra após termos
retirado o
> tudo. É o continente a conter o todo, e esse todo é o Universo
constituído
> por matéria e informação do movimento da matéria.
>
> > > (...) O tempo é criação da nossa mente e manifesta-se
> > > pelo movimento. Se ele já existia ou não antes do movimento ter
sido
> > > observado, isso é um problema da seara da filosofia, jamais da
> > > física. O tempo entra na física como medida da duração de um
processo
>
> > Lígia: Este trecho dá a entender o que se passa afinal. O
conceito
> > de tempo não é levado em conta além do efeito de tal
> > tempo "passando". Quer dizer que a eternidade não pode ser
descrita
> > como um "lugar" onde o fluir do tempo não ocorre?
>
> Eu vejo a eternidade como um limite duplo para a duração, centrada,
por
> exemplo, no presente. A maior dificuldade está no entendimento do
que seria
> essa condição limite, com a duração tendendo a infinito a partir de
ambos os
> lados, o antes e o depois, um de natureza histórica e o outro de
natureza
> incerta. É muita filosofia para os meus cansados neurônios. :-)
>
> > > Como você concluiu em uma das mensagens anteriores, "o espírito
da
> > > matéria é o representante direto do absoluto para o movimento".
E acaba
> > > sendo o testemunho da existência de um espaço absoluto.
>
> > Lígia: Absoluto sim... mas não "nada". Estava demorando: já
vou
> > tropeçar numa pedrinha conceitual e ficar "esparrapachada" no
> > chão :))
>
> Digamos então que é tão somente o continente, ou o que resta após
retirarmos
> *mentalmente* o conteúdo. É a estrada sem os automóveis, o Universo
sem a
> matéria (e, conseqüentemente, sem a informação da matéria), o Tao
sem o Um.
> Esse nada seria o Caminho a ser percorrido pelo tudo.
>
> > Lígia: Eu já andei procurando pela descrição de tais
experiências de
> > Newton mas não encontrei muita coisa além da simples menção. Você
> > poderia me fornecer alguma indicaçào de onde ler a respeito da
> > concepção e "funcionamento" das mesmas?
>
> A melhor discussão que já encontrei para a experiência do balde de
Newton
> foi no livro "A linguagem do espaço e do tempo" de Hugh M. Lacey,
que foi
> publicado em português pela Editora Perspectiva (1972) na sua
Coleção
> Debates - Filosofia. Na Internet você poderá encontrar muita coisa,
tanto a
> favor da interpretação de Newton quanto a de Mach. Vou dar alguns
exemplos,
> sem significar isso uma aprovação:
>
> http://home.dfis.uevora.pt/~afitas/Principia.pdf
> http://fisica.udea.edu.co/~mpaez/moderna/cap2/node9.html
> http://sbf.if.usp.br/rbef/Vol21/Num4/v21_558.pdf
> http://www.fsc.ufsc.br/ccef/port/15-2/a8.html
>
> Os dois últimos referem-se à Mecânica Relacional, do André Assis da
> Unicamp, a valorizar a interpretação de Mach.
>
> Eu estou copiando o capítulo V do livro do Lacey para um seminário.
Neste
> capítulo ele trata sobre o espaço absoluto, comentando a
experiência do
> balde. Se houver interesse, poderei enviá-lo provavelmente daqui a
uns três
> ou quatro dias, em pvt, zipado (zip-doc). [Esta oferta vale também
para os
> demais interessados, creio que todos sabem localizar o meu e-mail.]
>
> > > > Lígia: E já se tentou equacionar tal "espírito"?
>
> > > (...) por incrível que pareça, essa é a parte mais fácil
> > > de todo o processo. (...) O que eu chamo
> > > equação do elétron é a coisa mais simples que se possa
> > > imaginar. A equação é A = w/r, em que "A" e "w" são vetores
(...) Essa
> > > única equação contém todo o eletromagnetismo, contém todas as
quatro
> > > equações de Maxwell.
>
> > Lígia: Alberto... PELAMORDEDEUS! :)) De onde você tirou
isso? :))
>
> Eu apenas reuni as peças de um quebra-cabeças. Achei alguma coisa
aqui,
> outra ali... e fui juntando as peças.
>
> > Eu andei procurando nos meus livros de estante sobre física e as
> > equações de Maxwell mas não houve nada relacionado a "A", que você
> > diz manter pelo fato de fazer parte da tal equação de onde você
tirou
> > a sua.
>
> O vetor potencial magnético "A" surge apenas em eletromagnetismo
avançado,
> quando se procura resolver analiticamente as equações de Maxwell [Em
> mecânica quântica ele também é bastante utilizado]. Na minha teoria
as
> coisas começam de maneira diferente. Eu começo definindo
fisicamente a
> informação eletromagnética através de um vetor "A".
>
> As hipóteses básicas da minha teoria traduzem-se nas seguintes
afirmações:
> 1) a existência do elétron; 2) a existência de uma propriedade
vetorial w,
> relacionada a um possível giro clássico; 3) a existência da emissão
de
> alguma coisa a gerar todos os efeitos eletromagnéticos causados por
um
> elétron, e relacionada a esse giro; 4) a unicidade dessa alguma
coisa
> emitida, bem como o seu caráter conservativo, a ponto de podermos
> caracterizá-la espacialmente como um campo vetorial único; 5) a
existência
> de outros elétrons sensíveis a essa alguma coisa. Nada mais, nada
menos.
>
> Essa "alguma coisa" de natureza vetorial eu represento por "A".
> Coincidentemente esse "A" vai ser muito similar ao vetor potencial
> magnético, apesar de ser conceitualmente diferente. Curiosamente o
modulo
> desse vetor é um escalar "Ø" que também vai desempenhar um papel
muito
> similar ao do potencial elétrico. Volto a dizer: qualquer
semelhança é mera
> coincidência, pois tanto o meu "A" quanto o meu "Ø" referem-se a
elétrons e
> não a correntes nem cargas elétricas.
>
> Por hipótese, "A" é função de duas variáveis físicas (w e r), mas a
> expressão dessa função é algo a ser determinado. A montagem do
> quebra-cabeças começa por aí, e as únicas peças que vão entrar,
além das
> hipóteses mencionadas, relacionam-se à experimentação, aquilo que é
> observado no laboratório.
>
> As variáveis físicas a entrarem na expressão de "A" são um
vetor "w",
> relacionado provavelmente ao giro do elétron (não é a velocidade
angular,
> mas é algo relacionado a essa velocidade angular), e a
distância "r" entre o
> elétron e o ponto onde se pretenda conhecer o campo. Perceba
que "w" não é
> "ainda" uma propriedade mecânica (velocidade angular), mas algo que
> matematicamente deverá se relacionar com as propriedades medidas em
> laboratório e que se traduzem pelos campos elétrico e magnético. Eu
digo
> "ainda" pois não tenho dúvidas de que "w" se relacione com essa
velocidade
> angular a menos de uma constante com dimensões de origem
eletromagnética.
> Veja bem, eu estou assumindo que o elétron tem um giro *clássico* e
esse
> giro seria o responsável por todos os seus efeitos
eletromagnéticos. Na
> minha teoria tudo é conseqüência do movimento da *matéria*.
>
> Pois bem. Esse campo, como supus acima, é do tipo A = f(w,r). A
expressão a
> ser determinada é essa. Como resolver esse problema? Simplesmente
> interpretando a experimentação de maneira a satisfazer essas
hipóteses. Mas
> o que a experimentação nos mostra? Simplesmente o campo
elétrico "E" de uma
> carga elétrica (lei de Coulomb) e o campo magnético "B" de uma
corrente
> elétrica (lei de Ampère). Aí estão todas as peças de um quebra
cabeças, as
> hipóteses e a experimentação.
>
> Resta saber como, afim de satisfazer as hipóteses e a
experimentação, o
> elétron deveria se dispor na superfície de uma carga elétrica ou
como ele
> deveria viajar no interior de um fio condutor de corrente elétrica.
Eu
> montei esse quebra-cabeças e cheguei na solução mais provável para
esse
> campo "A", qual seja, A = w/r. Esse campo é valido para um único
elétron. O
> campo elétrico de um elétron em repouso é E = transA, e o campo
magnético de
> um elétron *em repouso* é B = rotA.
>
> Por estranho que pareça, na minha teoria o campo magnético de um
elétron não
> é função do movimento do elétron, ele existe mesmo com o elétron em
repouso.
> Mas o efeito desse campo provocado em outro elétron é função da
velocidade
> relativa entre os dois elétrons. Se integramos esse campo "E" de um
elétron
> para toda a superfície de uma carga elétrica, chegamos na lei de
Coulomb.
> Por outro lado, se integrarmos o campo "B" de um elétron para um fio
> condutor retilíneo chegamos na lei de Ampère. Isso realmente você
não
> encontrará em livro nenhum, a não ser no meu livro ou no meu
website (o
> livro já está necessitando uma atualização).
>
> Ora, se eu consigo estabelecer um único campo a gerar tanto "E"
quanto "B",
> o resto acaba derivando da correspondente eletrodinâmica do elétron,
> associado a uma relatividade 100% clássica. Em teoria, e aceitando-
se essas
> hipóteses, não há mais porque se pensar em quatro equações ou
quatro leis,
> pois a lei maior é uma só: A = w/r. O resto é físico-matemática.
>
> > Se for segredo de estado, tudo bem, vou respeitar... mas
> > você sabe que negar uma explicação a uma curiosa compulsiva É um
> > pecado e mais isso será acrescentado à sua lista de pecados
> > mortais... :)) Depois nem vai adiantar reclamar que foi para o
> > inferno injustamente...
>
> Segredo nenhum! Todas as etapas matemáticas seguidas estão no meu
website, e
> já foram apresentadas em livro em 1993. A matemática já foi checada
por
> matemáticos desde 1993 e de lá até agora não encontraram nenhuma
falha. Com
> relação a física, diria que físico algum jamais chegou a criticar
de fato a
> minha teoria, pois eles sequer conseguem conviver com as hipóteses
acima
> citadas. Eles simplesmente não querem que eu esteja certo, pois
temem que
> com isso eles possam estar errados. Sinceramente, isso retrata uma
> ignorância sem limites, pois não há como se criticar uma teoria sem
se
> entender e aceitar suas hipóteses, mesmo que seja provisoriamente.
Do
> contrário, que apontem inconsistências nas hipóteses, mas que não
signifique
> apenas um "não gostei". Sou obrigado a pensar que eles se mostram
impotentes
> para derrubar minhas hipóteses, e não querem dar o braço a torcer.
Então
> ignoram minhas hipóteses e ficam me cobrando conhecimentos em física
> moderna, como se eu fosse obrigado a entender aquilo que eles
defendem sem
> entender.
>
> > > Na minha teoria não, o A é um só, não
> > > existe calibração alguma. Por ser um só, ele pode ser pensado
como
> > > um vetor conservativo, e de fato seu campo é conservativo. E o
que se
> > > conserva nesse campo? Nada mais, nada menos, do que as
informações
> > > eletromagnéticas.
>
> > Lígia: Bem: e o que determina a existência de um campo? Não é a
> > diferença de potenciais (2 normalmente ) a fim de que se "forme"
um
> > fluxo?
>
> Eu diria que o campo descreve matematicamente o que deve acontecer
> fisicamente com um objeto sensível aí colocado. O que de fato
acontece
> traduz-se na expressão física do campo (por exemplo, através da
relação
> campo-força, para campos de interação cujo efeito sensível é uma
força). Os
> campos conservativos podem ser pensados em termos de um potencial
escalar, e
> esse potencial relaciona-se a um ponto escolhido arbitrariamente.
>
> Característicamente, a diferença entre os potenciais de dois pontos
A e B
> independe tanto da origem O escolhida, como também do valor
estipulado
> arbitrariamente para o potencial do ponto "O". Quando pensamos tão
somente
> nos princípios clássicos de conservação (energia e momento), é
indiferente a
> escolha do ponto O, pois essas entidades que se conservam não têm
aquele
> valor absoluto defendido por Newton. A energia dessa física
newtoniana
> "light" (modelo newtoniano) é sempre relativa, assim como o
momento. Não
> obstante, onde estaria o referencial absoluto newtoniano nessa
física de
> campos? E supondo que exista esse referencial absoluto, onde
estariam os
> supostos referenciais inerciais em relação a esse referencial
absoluto?
>
> É aí que eu digo que para o campo de um elétron existe um ponto "O"
melhor
> do que os outros. É melhor porque permite a caracterização da causa
íntima
> dos campos, no caso o espírito da matéria newtoniano. Mas digo que
somente
> isso não é suficiente, é necessário também dotar o elétron de uma
estrutura
> diversa de uma carga elétrica, e como tal a gerar um campo diverso
daquele
> campo de uma carga elétrica. Somente assim será possível
unificarmos de uma
> vez por todas o vetor potencial magnético "A" com o escalar
potencial
> elétrico "Ø". O ponto "O", sede desse campo de informações
eletromagnéticas
> a se traduzir por "A" ou "Ø" está situado exatamente no centro
geométrico
> desse elétron. E não existe singularidade nenhuma (A = w/0 -->
divisão por
> zero), pois o campo somente existe a partir da periferia do
elétron, e seria
> sem sentido pensarmos nesse mesmo campo no interior do elétron.
>
> > E como o eletromagnetismo pode ser postulado sem que se leve
> > em consideração os campos elétrico e magnético? Deu tilt... :))
> > Desculpe mas eu não entendi o que você quis dizer por:
> > "No eletromagnetismo clássico existem dois potenciais, mas na
minha
> > teoria existe apenas um. Eu posso utilizar "A" ou "Ø", mas eles
são
> > dependentes entre si, dado um o outro estará determinado." ?
>
> Eu quis dizer que consigo caracterizar os dois efeitos, elétrico e
> magnético, através de um único campo de informações (ou potencial
entre
> aspas). Eu prefiro não chamá-lo de potencial, pois esse campo
retrata a
> existência de uma entidade absoluta, enquanto o potencial é sempre
relativo.
> Fisicamente falando, a informação eletromagnética se expressa por
efeitos
> elétricos e magnéticos, logo trata-se de um potencial no sentido
físico (as
> informações têm a potencialidade de gerar efeitos mensuráveis como
elétricos
> e magnéticos), mas não no sentido matemático que costuma se dar à
expressão.
> Existe uma origem absoluta para este campo "A" e ele não pode ser
pensado em
> termos relativos, sob pena de perdermos a sua característica
elétrica (E =
> transA), se bem que conserve a característica magnética (B = rotA).
Em
> termos matemáticos isso seria equivalente a dizer que o
translacional
> (operador trans) é um operador diferencial que não obedece à
propriedade
> distributiva, ou seja, o translacional da soma não é igual a soma
dos
> translacionais.
>
> Por outro lado, à medida que deixamos o microcosmo com os efeitos já
> integrados para uma carga elétrica ou para uma corrente elétrica,
podemos
> raciocinar em termos do eletromagnetismo de Maxwell. Ele continua
dando
> certo, se bem que não corresponda à realidade microcósmica. E é
justamente
> pelo fato de não corresponder à realidade microcósmica que ele deu
origem
> aos dois modelos da física moderna, a relatividade e a mecânica
quântica.
> Seria como se a partir de uma mecânica dos fluidos quiséssemos
construir um
> modelo microcósmico, com as moléculas pensadas como entidades
fluidas. Pois
> o eletromagnetismo de Maxwell nada mais é senão uma eletrodinamica
dos
> fluidos elétricos, e a física moderna nada mais fez senão levar
esse modelo
> fluido para o terreno da ficção.
>
> > Lígia: Então, recaptulando: para que tudo seja aceitável: deve-
se
> > considerar o elétron como "não possuidor" de carga coulumbiana e
os
> > campos como sendo conservativos e que os corpúsculos de Newton o
> > atravessam não sendo "veiculados" por ele mas criando-o devido à
> > informação do movimento?
>
> Creio que aqui está havendo uma ligeira confusão. Os corpúsculos de
Newton
> são os tijolos elementares, a representarem a matéria em sua
expressão mais
> simples. Sob esse aspecto, diria que os elétrons são formados por
um número
> enorme de corpúsculos de Newton e nada mais. Esses elétrons --ou
melhor
> dizendo, esse conjunto de corpúsculos de Newton em movimento--
emitem para o
> espaço a informação de seu movimento (o espírito da matéria de
Newton). Esse
> espírito da matéria é que viaja pelo espaço e, por onde passa,
constitue o
> campo de informações eletromagnéticas "A". Esse campo de informações
> eletromagnéticas "A" traduz-se por efeitos eletromagnéticos (forças
devidas
> aos campos E = transA ou B = rotA), ao agirem sobre outros elétrons
ou
> elementos mais complexos (carga ou corrente elétrica).
>
> > Nossa! Mas isso requer muita mão de obra.
>
> Bem, a outra opção seria aceitar a física moderna como ela é. :-)
>
> > Lígia: (...) Mas de todo jeito, o que você apresentou
> > agora é bastante distante de tudo o que eu aprendi até hoje. Faço
> > uma idéia da reação visceral de quem esteja fazendo uso da
> > física "concencional" e depare-se com o que você expõe. Penso que
> > seja justamente pelo fato de eu não estar lidando com a estrutura
da
> > física atualmente, eu posso ler o que você escreve e tentar
idealizar
> > sem pensar muito, só deixando "ser" como você concebe. Suas
idéias
> > são bastante revolucionárias e ao mesmo tempo voltam-se a
conceitos
> > há muito formulados/visualizados, sem contudo fazerem parte de
> > ciência alguma...
>
> De fato, mas existe uma frase que é bastante cultuada entre os
físicos, e
> não sei qual é o seu autor, se bem que desconfie que seja Einstein
ou Bohr:
> "Nenhuma teoria é boa se não for suficientemente revolucionária e à
primeira
> vista maluca". A maioria das teorias alternativas que tenho visto
por aí
> estão tentando salvar um ou outro aspecto da física moderna, logo
são apenas
> parcialmente revolucionárias. A minha teoria não. Eu simplesmente
promovo
> algumas pequenas revoluções no ambiente clássico da física do final
do
> século XIX e a seguir convido os físicos para um retorno aos tempos
em que a
> física era uma ciência inteligível.
>
> > Lígia: Eu tenho gostado muito de aprender a ver o Universo a
partir
> > dessas idéias que você tem elaborado de forma tão impecável. Tem
> > sido um prazer. :) Mas nada do que eu diga ou venha a dizer tem
um
> > peso científico, nem filosófico...
>
> Ainda bem. A história das ciências tem mostrado que muitos
teorizadores
> foram esmagados por esse peso científico. ;-) Muitos podem não
acreditar,
> mas a ciência deve muito mais ao que foi feito nos bastidores do
que nas
> academias. Newton, Einstein e Darwin estão aí a comprovarem essa
tese.
> Newton produziu enquanto a universidade fechou devido à peste negra.
> Einstein produziu enquanto trabalhando num departamento de
patentes. E
> Darwin enquanto viajava pelo mundo. Os três estavam completamente
livres
> desse peso científico.
>
> [ ]´s
> Alberto
> http://ecientificocultural.com/indice.htm
> Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron
não é uma
> carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se
repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2003 17:13

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese"
Sent: Monday, March 10, 2003 11:25 AM
Subject: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte

Olá Lígia.

> Parece que você está triste comigo... fica não!

Andei relendo a mensagem, à procura de algum indício dessa tristeza
apontada, mas não consegui encontrá-la. De qualquer forma, não haveria
porque estar triste contigo. Muito pelo contrário, eu só posso agradecer a
chance que você me deu para expor aqui de maneira clara e livre de paixões
os fundamentos das minhas teorias.

> Desculpe se eu tenho feito você reexplicar sua teoria por aqui, talvez
> pela vontade de que mais gente tome conhecimento dela se ainda não foi
> visitar seu site.

Não há do que se desculpar. Talvez por esta frase dê para entender o seu
estranhamento. Realmente na última mensagem eu fui por demais técnico e/ou
sucinto em alguns trechos, provavelmente aqueles relacionados à explicação
do campo "A" e do como ele se transforma em "E" ou "B". Não interprete isso
como uma preguiça. Na realidade eu me vi frente a inúmeros possíveis
questionamentos, e não quis me adiantar sob pena de deixar a mensagem por
demais extensa. No meu site, à exceção das páginas de diálogos, as teorias
são expostas com a sequidão que caracteriza os artigos científicos. O lugar
de debate realmente é aqui, e não lá. Obviamente no site eu posso expor mais
facilmente as fórmulas matemáticas, mas como costumo afirmar, física não é
matemática.

Dentre esses questionamentos que me deixaram no impasse, e relacionados a
nossos diálogos anteriores, eu relataria:

1) Como justificar o vetor "A" como o representante matemático das
informações eletromagnéticas, um tipo importante do chamado "espírito da
matéria" newtoniano? Esse questionamento é crucial, e tem muito de física e
de matemática, mas muito também de filosofia. Muitos desses detalhes
filosóficos nós já discutimos, mas isso não significa que não possamos
rediscutir, mesmo porque o enfoque agora é outro. Antes estávamos
especulando sobre o "espírito da matéria" e agora estamos tentando
estabelecer uma ponte entre a sua natureza metafísica e a realidade
experimental. Em que momento a filosofia do "espírito da matéria" dá lugar à
ciência das "informações do movimento da matéria"?

2) De que maneira essas informações eletromagnéticas, uma vez matematizadas,
se relacionariam com o "espaço absoluto" newtoniano? O que de fato seria
esse espaço absoluto, senão uma entidade puramente metafísica, como muitos
físicos modernos fazem questão de afirmar? Esse assunto também situa-se nas
fronteiras da física, da matemática e da filosofia. Até o momento
especulamos muito sobre esse "espaço absoluto", até mesmo sob o ponto de
vista físico, quando o relacionamos com a existência dos campos, mas
realmente ficamos apenas na superficialidade do tema.

3) Como chegar do campo "A" de um elétron aos campos "E" e "B" *de um
elétron*? Lembro que esses dois campos não são maxwellianos. Neste caso:
Como chegar desses campos "E" e "B" *de um elétron* ao campo "E" de uma
*carga elétrica* e ao campo "B" de uma *corrente elétrica*? Esses dois
últimos campos agora sim, são os campos da teoria de Maxwell (leis de
Coulomb e Ampère). Esse assunto realmente está no meu site, porém sob aquela
linguagem matemática até certo ponto seca e sem muitas discussões
físico-filosóficas.

4) Quais as vantagens desse formalismo matemático para o estudo do
microcosmo? Ou seja, nós temos discutido muito sobre a importância das
informações elementares para o estudo do microcosmo. Creio mesmo que esse
debate teve origem quando comentei alguma coisa sobre essas informações e o
padrão de difração observado na experiência da dupla fenda. Mas o assunto é
extremamente amplo, pois ele aborda todo o universo da física. Não há um
fenömeno físico onde essas informações não desempenhem um aspecto de
importância crucial. Ou seja, o "espírito da matéria" newtoniano páira por
sobre toda a física, e representa, a meu ver, a única saída para que
possamos um dia voltar aos tempos em que a física era uma ciência
inteligível. Mas para isso precisaríamos entender muito bem o significado
desse "espírito da matéria" e, como já disse, *eu acredito* ter decifrado,
em toda a extensão, apenas um lado dessa verdade, aquela a relacionar-se ao
eletromagnetismo.

Bem, isso não é tudo, mas cada um, dentre esses temas que por ora me
ocorreram, se subdivide em múltiplos temas secundários, e não é fácil
escolher por onde começar, se pretendermos realmente tentar esgotar alguns
dentre esses assuntos. É possível que em meio a toda essa problemática eu
tivesse respondido à mensagem anterior de maneira muito seca, quiçá movido
pela impossibilidade de abordar todos esses assuntos ao mesmo tempo, coisa
essa que, caso fosse possível, seria realmente o que eu gostaria de ter
feito. Em momento algum passou-me pela cabeça dizer que a resposta a alguns
de seus questionamentos estivesse em meu website. Nada contra que as teorias
sejam lidas no original, mas o problema é que lá elas mais convidam à
reflexão do que propriamente dão uma resposta imediata. Ora, que mal há em
refletirmos aqui? Conseqüentemente, não há porque eu ficar chateado em "ter
que (re)explicar" o que de fato não está lá.

> É que eu gostaria que mais gente tomasse conhecimento do que
> você tem feito, sem a chance de simplesmente achar que está errado
> sem nem ver o que você tem para explicar... em todo caso, desculpe.

Sinceramente, volto a dizer: Não há porque se desculpar. Eu é que tenho a
agradecer por esta chance que você me proporcionou. Realmente, relendo a
minha mensagem anterior e colocando-me na posição de crítico, senti a
possibilidade de o autor estar parecendo, sob certos aspectos, querer fechar
os questionamentos. Quando escrevi a mensagem não tive essa intenção, mas
tão somente a de não encompridar demais um tema sem saber de fato quais
seriam as dúvidas seguintes e mais fundamentais. Com isso promovi uma
síntese excessiva e a dar a impressão de estar querendo encerrar o diálogo.
Realmente, há muito pouco a ser respondido por cima dessa minha aparente
grosseria. Tenha certeza de que não foi intencional. Esse diálogo em
hipótese alguma me deixou triste, muito pelo contrário, passei por momentos
de felicidade ímpar. E quando respondi à sua última mensagem o meu estado
não era outro.

PS.: Em determinado ponto da última mensagem cheguei a dizer: "Com relação a
física, diria que físico algum jamais chegou a criticar de fato a minha
teoria, pois eles sequer conseguem conviver com as hipóteses acima citadas."
Essa frase é realmente injusta com muitos físicos que de uma maneira ou de
outra chegaram a emitir alguma opinião sobre as minhas teorias. A minha
revolta não é contra os físicos, mas contra o academicismo a que estão
obrigados a se submeter. Mas de uma forma ou de outra já recebi críticas dos
seguintes físicos: Lígia Amorese, Wilson Lopes, Fábio Chalub, Luiz Ferraz
Netto (Léo, ou deus para os íntimos), Belisário, Taborda, Bruno (do news
uol), Renato Vicente (news uol), Daniel Bezerra [atualmente na Ciencialist,
com o passe emprestado ;-) do CdA] e muitos outros (estou deixando de lado
os teorizadores com quem mantenho contato, pois como alternativos eles
chegam a ser encarados como suspeitos nos meios acadêmicos). Via de regra
esses físicos não estão atrelados ao academicismo, mas não deixam de ser
físicos e todos de peso (acho que, em meio a esses, o único peso leve sou
eu).

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2003 17:47


----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, March 10, 2003 5:13 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte


> Via de regra
> esses físicos não estão atrelados ao academicismo, mas não deixam de ser
> físicos e todos de peso (acho que, em meio a esses, o único peso leve sou
> eu).
>
> [ ]´s
> Alberto
>

Nunca diga isso, meu caro. Talvez possamos divergir quanto à interpretação
de alguns resultados experimentais, mas nunca duvidei da força dos seus
argumentos, principalmente os que questionam a MQ.

Abraços,
Dbohr, que adoraria estar só um pouquinho mais atrelado ao academicismo ;-)



SUBJECT: Fsico italiano prope reviso da teoria da relatividade
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/03/2003 22:32

Mensagem[]'
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Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
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-----Mensagem Original-----
De: Josimeire
Para: fisica-mg@grupos.com.br
Enviada em: segunda-feira, 10 de março de 2003 08:06
Assunto: [Física - MG] Fw: [CdA] Físico italiano propõe revisão da teoria da relatividade





Físico italiano propõe revisão da teoria da relatividade


David Harris
New Scientist*

Em maio de 2001, Giovanni Amelino-Camelia iniciou discretamente uma revolução. Não parecia muito: apenas um trabalho de oito páginas publicado na "Physics Letters B". Mas era uma dinamite científica. A teoria especial da relatividade de Einstein, que descreve o comportamento do espaço, do tempo, e os une como um "espaço-tempo", tem sido passada de geração em geração como um fato imutável. Ela é apoiada por uma grande quantidade de evidências experimentais. Mas, segundo Amelino-Camelia, Einstein pode ter apresentado apenas metade da história. Nem precisa ser dito que esta é uma afirmação muito controversa. Mas desde a publicação de seu estudo, Amelino-Camelia tem se tornado mais confiante em relação a ela.

Teoria e experiência oferecem indícios tentadores de que a teoria de Einsten pode estar necessitando de uma revisão, diz ele. E ele não é o único. Outros físicos estão se unindo atrás de sua bandeira e se juntando à cruzada contra a aceitação reverente da relatividade especial. "A religião da relatividade especial está morta", ele declara. Baseado na Universidade La Sapienza em Roma, Amelino-Camelia estuda a gravidade quântica -uma tentativa de mesclar a relatividade com a teoria quântica e assim produzir uma descrição consistente do Universo.

Os pesquisadores neste campo começaram a sentir um certo desconforto com a relatividade em sua forma presente há muito tempo: está se mostrando extremamente difícil uni-la à mecânica quântica. A evidência experimental ofensora surgiu na forma de raios cósmicos detectados no Japão, com energias tão altas que a relatividade especial diz que não deveriam existir. Foi o que faltava para Amelino-Camelia. "Eu acho que os dados de raios cósmicos me colocam na posição de questionar o dogma da relatividade especial", diz ele.

Divulgação

Detector de raios cósmicos no Japão: faltam explicações
Este foi um caminho arriscado de se tomar, mas isto o levou a uma nova forma de relatividade. Não apenas isto fornece uma nova rota para união das leis da física, como também é consistente com todas as observações disponíveis e poderá ser testada diretamente no futuro próximo. Ela começa com apenas uma idéia: que deve haver alguma escala na qual espaço e tempo não podem mais ser descritos de acordo com as regras clássicas familiares, começando a se comportar de forma quântica.

Esta transição marca uma fronteira onde as regras do jogo começam a mudar, e podem se manifestar como uma quantidade particular de energia ou um comprimento particular. Para os físicos, comprimento e energia estão vinculados: a energia de um fóton, por exemplo, dita o comprimento de onda de sua luz. Isto não soa como grande coisa. Mas esta idéia aparentemente inócua está em conflito direto com a relatividade especial. Pegue a idéia de um limiar de comprimento, por exemplo.

Segundo a teoria de Einstein, o comprimento de algo depende de quem o está medindo. Se você ficar parado e medir o comprimento de uma partícula passando por você perto da velocidade da luz, você acharia seu comprimento bem menor do que se ela estivesse simplesmente passando vagarosamente. Isto se chama contração de Lorentz, e depende de como o observador está se movendo em relação ao objeto: outra pessoa passando por você enquanto a partícula passa mediria um comprimento diferente.

O conflito se torna claro quando você imagina que a partícula sob observação seja ligeiramente mais longa do que o limiar de comprimento. Segundo Einstein, observadores se movendo em uma direção a veriam se contraindo abaixo do limiar de comprimento, enquanto para outros, se movendo em direção diferente, seu comprimento permaneceria acima do limiar. Quando os observadores formularem o comportamento da partícula, eles chegarão a respostas diferentes porque alguns a teriam visto se movendo no espaço-tempo clássico, e outros a veriam se movendo na versão quântica. Em outras palavras, as leis da física parecerão diferentes para pessoas diferentes. E, se desejamos ter uma descrição apropriada da forma como o Universo se comporta, isto simplesmente não é possível.

Há outro problema: em qual estrutura de referência você define o limiar de comprimento em primeiro lugar? Se uma pessoa diz, "é deste comprimento" e aponta para um determinado comprimento, a relatividade especial diz que o comprimento parecerá diferente para observadores em estruturas móveis de referência. A solução de Amelino-Camelia para tudo isto é tornar o limiar de comprimento ou energia "constante" -ela parece a mesma para todos os observadores. Desta forma, todos os observadores concordarão se uma partícula tem ou não energia e comprimento acima ou abaixo do limiar.

Combinando constantes

E onde poderia estar este limiar? Para os físicos, a escala mais óbvia para investigar é a determinada pela combinação das constantes fundamentais da teoria da relatividade e quântica: a constante de Planck h, a constante gravitacional G e a velocidade da luz c. Combinando-as de certa forma, você obtém um comprimento: o comprimento de Planck. Combinando-as de outro jeito, elas produzem a energia de Planck. Estas escalas são o lugar natural onde esperar que a teoria da relatividade e quântica se misturem. O trabalho de Amelino-Camelia na "Physics Letters B" mostrou que esta abordagem poderia ser desenvolvida em uma nova teoria consistente com todos os requisitos da gravidade quântica.

Ele chamou esta revolução [de "relatividade especial dupla"] (doubly special relativity, DSR). Onde a teoria de Einstein tinha um limiar intransponível -nenhuma partícula com massa poderia acelerar além da velocidade da luz- a de Amelino-Camelia tem duas: a velocidade da luz e o novo limiar intransponível de comprimento ou energia. Logo após o aparecimento do trabalho, dois outros pesquisadores perceberam que Amelino-Camelia pode ter inadvertidamente iniciado a solucionar seus problemas.

Joo Magueijo, um teórico que trabalha na Imperial College, em Londres, estava formulando uma explicação da evolução do Universo. Ela oferecia uma alternativa à "inflação", a idéia de que o Universo passou por um período de expansão muito rápido logo após o big bang. Mas havia um alto preço a pagar: a idéia de Magueijo dependia da velocidade da luz ser variável -uma contradição direta à teoria de Einstein. Ele sugeria que a velocidade da luz estava se desacelerando desde o big bang. Magueijo admite que, apesar disto de lá para cá ter se mostrado de acordo com alguns outros dados astronômicos inexplicáveis de outra forma, esta velocidade da luz variável foi conjurada do nada.

Felizmente, a relatividade especial dupla de Amelino-Camelia forneceu uma explicação. A introdução de um limiar de energia à relatividade produz uma mudança estranha: na DSR a velocidade da luz depende da energia dos fótons envolvidos. No enorme calor do início do Universo, as partículas tinham energias muito elevadas e assim, segundo a DSR, a velocidade da luz era um tanto mais elevada do que a que observamos em nossas experiências presentes. Era exatamente o que Magueijo estava procurando. E, por coincidência, um colega trabalhando no mesmo prédio também ficou empolgado com as idéias de Amelino-Camelia. Lee Smolin, atualmente no Instituto Perimeter de Física Teórica, em Waterloo, Canadá, passou 10 anos desenvolvendo uma teoria [de "loop de gravidade quântica"], onde o próprio tecido do espaco-tempo é composto de minúsculos pacotes, ou quanta, unidos em uma espécie de espuma.

A teoria estava progredindo bem, mas Smolin ainda enfrentava alguns problemas: os resultados de alguns poucos cálculos entravam em conflito direto com as exigências da relatividade especial. "Por cerca de 10 anos eu fiquei confuso", diz ele.

Mudando a visão

Ocorreu a Smolin que a resposta poderia ser supor que o comprimento de Planck parecesse o mesmo para todos os observadores, mas ele admitiu que não sabia como desenvolver uma teoria da relatividade que pudesse lidar com isso. Foi Magueijo que o persuadiu que podia -e devia- ser feito. "Eu não tinha a idéia, ou a coragem, para tentar formular isto concretamente antes de trabalhar com Joo", diz Smolin. Smolin e Magueijo logo desenvolveram sua própria DSR -de fato, eles mostraram que vários tipos diferentes de teorias DSR podiam ser construídas.

Agora há uma série de variações DSR, cada uma emendando o trabalho de Einstein, e até mesmo oferecendo sua própria versão da famosa relação E=mc2. Magueijo, Smolin e Amelino-Camelia estão agora trabalhando juntos neste abordagem revolucionária. E o que esta teoria recém-nascida diz sobre o nosso Universo? O princípio básico de Einstein -de que mantemos uma velocidade invariável- permanece. Mas todas as experiências disponíveis para Einstein consideravam a luz com comprimento de onda longo e baixa energia. E assim a velocidade constante que ele interpretou genericamente como "velocidade da luz" é descrita na DSR como velocidade de partículas de luz de baixa energia.

É permitido que as partículas de luz de alta energia viagem ligeiramente mais rápido. E assim como os objetos possuem velocidades diferentes para observadores diferentes na relatividade especial, na DSR qualquer coisa que viaja a menos do que a velocidade constante pode parecer mudar de velocidade. Além disso, onde a relatividade especial permite que fótons se que movam à velocidade da luz pareçam ser de cores diferentes para diferentes observadores, a DSR vai um pouco além. Cores diferentes viajam em velocidades diferentes. Isto porque diferentes comprimentos de onda correspondem a energias diferentes -e na DSR, isto afeta a velocidade da luz. Estas características sozinhas podem mudar a face da cosmologia padrão.

Por mais de 20 anos, os cosmólogos têm construído o modelo de inflação da história do Universo. Ele foi apresentado para explicar o motivo do Universo ser tão uniforme em temperatura e densidade. Com uma velocidade da luz finita, há um limite para a taxa na qual as partículas e a radiação podem se espalhar por algo do tamanho do Universo, assim como poderia ter atingido o equilíbrio relativo que observamos? Se tudo estivesse compactado (e portanto em contato físico) antes da repentina expansão, a uniformidade não seria um problema. Mas apesar da inflação explicar algumas das características e história do Universo, ela apresenta limitações.

A DSR, por outro lado, explica tudo que a inflação explica, e mais. Na DSR, as altas energias dos primórdios do Universo faziam com que a luz viajasse mais rápido do que agora. Partes do Universo que atualmente estão sem contato umas com as outras antes podiam ter como se comunicar porque a luz viajava mais rápido naquela época. A DSR também dá razão à expansão em aceleração do nosso Universo, o que a inflação não consegue explicar. Os físicos às vezes atribuem esta expansão à "energia negra", mas ninguém sabe exatamente o que é isto ou como funciona.

Uma série de mecanismos foi proposta. Uma forma de pensar sobre a energia negra é dizer que ela eqüivale ao espaço ser ligeiramente curvado ao invés de plano: isto gera uma espécie de tensão elástica que o força a se expandir para fora. Laura Mersini, Mar Bastero-Gil e Panagiota Kanti da Scuola Normale Superiore, em Pisa, e do Instituto Nacional de Física Nuclear da Itália, em Roma, mostraram recentemente que modificações na relação Emc2 de Einstein levam exatamente a tal curvatura do espaço. Em outras palavras, as modificações na DSR fazem a relatividade também explicar a "energia negra". Talvez mais importante, a DSR explica o de outra forma inexplicável: os dados de raios cósmicos do Japão.

Por mais de uma década, físicos trabalhando no Akeno Giant Air Shower Array da Universidade de Tóquio têm visto raios cósmicos que a relatividade especial diz que não deviam existir. Os raios cósmicos são partículas produzidas em eventos violentos como explosões supernova, que então viajam em velocidades enormes pelo espaço. Se forem de energia elevada o bastante, a relatividade dita que qualquer colisão com os abundantes fótons de baixa energia no Universo os destruiria. No momento em que chegam aos nossos detectores na Terra, não deveria restar quaisquer partículas de raios cósmicos com energias superiores a 5 x 1019 eletronvolts. Isto é conhecido como limite Greisen-Zatsepin-Kuzmin.

Mas ao longo da última década, o Akeno tem detectado vários raios cósmicos acima do limite GZK, aparentemente violando a relatividade especial.

Elevando o limite

Mas na DSR, não há problema: a teoria modifica as energias nas quais as partículas são criadas e destruídas. Ao adotar a relatividade especial sem questionamento, nós podemos ter subestimado o limite GZK, diz Amelino-Camelia. Ele tem mostrado que há uma classe de teorias DSR que podem resolver o quebra-cabeça dos raios cósmicos, mas ainda não se sabe qual teoria DSR nesta categoria é a melhor. E aí se encontra o calcanhar de Aquiles da DSR -ainda não há qualquer prova positiva. Tudo o que a DSR apresentou até o momento é que não contradiz a evidência que está começando a surgir com as observações de raios cósmicos.

Para algumas pessoas, isto não basta. John Ellis, o físico teórico baseado no Cern em Genebra, não acha que os dados de raios cósmicos sejam um bom motivo para modificar a equação de Einstein. O cosmólogo de Harvard, Sheldon Glashow, premiado com o Nobel, concorda: ele não vê nenhuma evidência experimental ou teórica que o faça pensar que a relatividade especial precise ser modificada. Os defensores da DSR são rápidos em admitir que a evidência dos raios cósmicos pode ser falha. O número de eventos de raios cósmicos que contradizem o limite GZK é pequeno e alguns físicos, inclusive Amelino-Camelia, sugerem que uma má interpretação dos dados possa explicar as anomalias. Assim, isto é apenas uma moda passageira? "Nem um pouco", diz Glashow.

Por mais descrentes que sejam os críticos, Magueijo acredita que há uma revelação se aproximando. Já que a estrutura da DSR pode responder qualquer pergunta feita pela relatividade especial -e em alguns casos fornecer respostas sutilmente diferentes- ele sente que chegará um ponto em que as pessoas terão que encarar a possibilidade de que Einstein necessita de uma revisão. "O fato de que as respostas geralmente são ligeiramente diferentes significa que você tem uma forma de colocar a relatividade no tribunal da experiência", diz ele. Mas muitas das implicações experimentais da DSR parecem estar limitadas a escalas que nossas experiências ainda não podem sondar.

A diferença entre a velocidade máxima no universo e a velocidade da luz, por exemplo, deveria ser extremamente pequena, e está além da precisão de qualquer instrumento que temos. É apenas quando partículas apresentam energias extremamente altas, aquelas que se aproximam da energia constante da DSR, é que as diferenças se tornam apreciáveis. E apesar da DSR também mudar a forma como os comprimentos mudam com o movimento do observador, assim como faz a relatividade especial, a diferença entre a DSR e a relatividade especial apenas aparece por volta do comprimento de Planck: 10-35 metros. Isto é 10-20 vezes o tamanho de um próton. Este comprimento, e sua escala correspondente de energia, não são nem de perto acessíveis nos aceleradores de partículas mais poderosos do mundo.

Mais evidências experimentais podem surgir com o lançamento em 2006 do Gamma Ray Large Area Telescope (Glast, telescópio de raios gama de grande área), um satélite da Nasa projetado para detectar explosões de raios gama de energia ultra elevada de galáxias distantes. Experiências que serão realizadas neste telescópio medirão a forma como as partículas se movem, com uma sensibilidade que poderá discernir entre as previsões da DSR e da relatividade especial. Até lá, dados mais extensos de raios cósmicos também estarão disponíveis pelo Observatório Pierre Auger, que está em construção na Argentina.

Mas como a DSR tem apenas dois anos de idade, muito mais implicações provavelmente surgirão. Segundo Amelino-Camelia, físicos poderão encontrar testes acessíveis e definitivos para a nova teoria a qualquer momento. "Apenas um número relativamente pequeno de contextos foi analisado com os detalhes necessários", diz ele. Magueijo está confiante que a DSR eventualmente se disseminará: toda a física pode se enquadrar na estrutura da DSR "e será mais fácil do que pensamos", diz ele.

Isto poderá se mostrar extremamente desconfortável. "A relatividade especial dupla certamente exigirá que abandonemos algum outro conceito que atualmente consideramos absolutamente correto", alerta Amelino-Camelia. Se estes físicos estiverem certos, então o reino de Einstein está chegando ao fim. Quando o edifício dos físicos do século 20 começar a desabar ao seu redor, não diga que não foi avisado.

* David Harris é o chefe de relações de mídia da Sociedade Americana de Física

Outras leituras: "Faster than the speed of light" (mais rápido que a velocidade da luz) por Joo Magueijo, Perseus (2003)


Tradução: George El Khouri Andolfato





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Guerra injusta
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/03/2003 11:55

Retirado do JC em 10 de março de 2003.

Jornal da Ciência (JC E-Mail)
Edição 2234 - Notícias de C&T - Serviço da SBPC

- Por que esta guerra é injusta, artigo de Jimmy Carter

A guerra só pode ser travada como um último recurso, depois que todas as
opções sem uso da violência tiverem sido esgotadas. No caso do Iraque, é
óbvio que existem alternativas nítidas à guerra

Jimmy Carter, 39º presidente dos EUA e presidente do conselho do Carter
Center em Atlanta,recebeu o Prêmio Nobel da Paz de 2002. Artigo publicado
em 'The New York Times':

Mudanças profundas vêm acontecendo na política externa americana, alterando
radicalmente compromissos consistentes que, durante mais de dois séculos,
fizeram com que nossa nação merecesse sua grandeza.

Esses comprometimentos foram baseados em princípios religiosos básicos,
respeito pelo direito internacional e em alianças que resultaram em
decisões sábias e contenção mútua. Nossa óbvia determinação de empreender
uma guerra contra o Iraque sem apoio internacional é uma violação dessas
premissas.

Na qualidade de cristão e de um presidente que foi gravemente perturbado
por crises internacionais, tornei-me totalmente familiarizado com os
princípios de uma guerra justa, e está claro que um ataque substancialmente
unilateral ao Iraque não se encaixa nesses padrões.

Esta é uma convicção quase universal de líderes religiosos, com a mais
notável exceção de uns poucos porta-vozes da Convenção Batista do Sul, que
é intensamente influenciada pelo seu comprometimento com Israel, baseada na
teologia escatológica, ou dos últimos dias.

Para uma guerra ser justa, ela precisa atender a vários critérios
claramente definidos. A guerra só pode ser travada como um último recurso,
depois que todas as opções sem uso da violência tiverem sido esgotadas.

No caso do Iraque, é óbvio que existem alternativas nítidas à guerra. Essas
opções - anteriormente propostas por nossos próprios líderes e aprovadas
pela ONU - foram delineadas mais uma vez pelo Conselho de Segurança da ONU
na sexta-feira.

Mas agora, sem que nossa segurança nacional esteja sendo diretamente
ameaçada, e apesar da avassaladora oposição da maioria dos povos e dos
governos do mundo, os EUA parecem determinados a levarem a cabo uma ação
militar e diplomática quase sem precedentes na história das nações
civilizadas.

A primeira etapa do nosso amplamente divulgado plano é lançar 3 mil bombas
e mísseis sobre uma população iraquiana relativamente indefesa logo nas
primeiras horas da invasão, com o propósito de prejudicar e desmoralizar
tanto a população que eles decidam trocar seu detestável líder, o qual,
muito provavelmente, estará escondido em lugar seguro durante o bombardeio.

As armas de guerra devem diferenciar combatentes e não-combatentes. Um
bombardeio aéreo de grandes proporções, mesmo executado com grande
precisão, inevitavelmente resulta em 'efeitos colaterais'.

O general Tommy R. Franks, comandante das forças americanas no Golfo
Pérsico, manifestou sua preocupação com o fato de muitos alvos militares
estarem próximos a hospitais, escolas, mesquitas e moradias particulares.

A violência tem de ser proporcional ao malefício que nós sofremos.

Apesar de outros graves crimes de Saddam Hussein, as tentativas dos EUA
para ligar o Iraque aos ataques terroristas de 11 de setembro não
convenceram.

Os atacantes têm de ter autorização legítima sancionada pela sociedade que
eles professam representar.

A aprovação pela votação unânime no Conselho de Segurança para sejam
eliminadas as armas de destruição em massa do Iraque ainda pode ser
cumprida, mas nossas metas anunciadas agora são promover a mudança de
regime e estabelecer uma Pax Americana na região, talvez ocupando um país
etnicamente dividido por uma década. Para esses objetivos, não temos
autorização internacional.

Outros membros do Conselho de Segurança até agora têm resistido à enorme
pressão econômica e à influência política exercida por Washington, e
estamos diante da possibilidade de não conseguir o número de votos
necessários ou, então, sofrermos o veto da Rússia, França e China.

Embora a Turquia ainda esteja induzida a nos ajudar em troca de uma enorme
recompensa financeira e o futuro controle parcial dos curdos e do petróleo
no norte do Iraque, seu Parlamento democrático ao menos somou sua voz às
expressões de preocupação do mundo inteiro.

A paz estabelecida pela guerra tem de representar uma melhoria nítida em
relação ao que existe.

Embora existam perspectivas de paz e democracia no Iraque, é bem possível
que o resultado de uma invasão militar seja a desestabilização da região e
que uma invasão incite os terroristas a pôr ainda mais em risco nossa
segurança doméstica.

E também, por desafiar a esmagadora oposição mundial, os EUA abalarão a
condição da ONU como uma instituição viável para a paz mundial.

O que dizer do prestígio dos EUA no mundo se não empreendermos uma guerra
depois de tal grande distribuição de forças militares na região?

A solidariedade e a amizade sinceras oferecidas aos EUA após os atentados
de 11 de setembro, mesmo vindo de regimes antes antagônicos, em grande
parte se dissiparam, políticas cada vez mais unilaterais e dominadoras
levaram a confiança internacional no nosso país para o nível mais baixo de
que se tem notícia.

A estatura americana certamente diminuirá se nos lançarmos numa guerra em
flagrante desafio à ONU.

Mas usar a presença e a ameaça de nosso poderio militar para obrigar o
Iraque a cumprir as resoluções da ONU - tendo a guerra como uma última
opção - isso melhorará nosso status como defensores da paz e da justiça.
(O Estado de SP, 10/3)




SUBJECT: OT: Flash - Os Economistas
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/03/2003 13:05

É bem feito:
http://www.foulds2000.freeserve.co.uk/economists.htm

[]s

MK



SUBJECT: OFF-TOPIC, mas ... ISSO UMA VERGONHA!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2003 13:24

Transcrevo,
[]'
Léo
==========================

LEIAM E NÃO RIAM
ESTÁ EM VOTAÇÃO PROJETO DE LEI QUE IMPEDE O MINISTÉRIO PÚBLICO DE INVESTIGAR ATOS DE CORRUPÇÃO NO EXECUTIVO E LEGISLATIVO. LEIAM E REAJAM!!!!!!!

O deputado chamado Jutahy Magalhães, do PFL da Bahia, é o autor de um projeto de lei que legaliza a corrupção em nosso país (que parece não ser muita!). O dito projeto, conforme matéria da Rede Globo (FONTE NÃO QUESTIONÁVEL), proíbe o Ministério Público de investigar atos de corrupção de Presidente da República, Governadores de Estado, Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais e Prefeitos.

De acordo com a nova lei, que já foi aprovada em primeiro turno no Congresso, esse pessoal aí vai deitar e rolar com o dinheiro público sem serem importunados. Então caros internautas, vamos espalhar esse assunto para toda a rede.

Vamos pressionar de todas as formas possíveis para que essa lei absurda e imoral lei (eu disse LEI ???) não seja aprovada.

Vamos nos utilizar de todos os meios disponíveis: televisão, rádios, jornais etc. etc. O Brasil e o Povo Brasileiro não podem, de forma alguma, aceitar e pactuar com essa aberração: que meia dúzia de parlamentares mal intencionados (o que parece ser o caso do tal Jutahy) legalizem (APESAR DE NÃO SER LEGALIZADA ELA É, DE FATO, UM ESCÂNDALO !!!) a corrupção e a bandalheira em nosso País.

Nós, internautas, já fomos responsáveis por soluções e divulgação de vários casos lamentáveis que envergonham todo e qualquer cidadão de bem. Acreditamos ser esta causa justa e que precisa ser levada ao conhecimento de toda a população.

Não vamos, de forma alguma, deixar passar em branco este ato vergonhoso, arquitetado por este elemento, digno representante do PFL.

Fiquem atentos, e vamos salvar o Brasil de mais esta maracutaia horrorosa. Divulguem este manifesto para todo o seu catálogo de endereços.

Obrigado,

Franklin Martins (Rádio CBN)


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: [ciencialist] OFF-TOPIC, mas ... ISSO É UMA VERGONHA!
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/03/2003 13:41

Boa tarde a todos .

Bem Luiz, só vou comentar o fato depois que ele for publicado na
revista Veja de 16 de março de 2003.

Atenciosamente:
Lisandro de Souza Gomes Pereira.
Técnico em Eletrônica.
----- Repassado por Cegelec -. Telefonia/SMS-Brasil em 11/03/2003 13:38
-----

"Luiz Ferraz
Netto" Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
<leobarretos@uol. cc:
com.br> Assunto: [ciencialist] OFF-TOPIC, mas ... ISSO É UMA
VERGONHA!
11/03/2003 13:24
Favor responder a
ciencialist







Transcrevo,
[]'
Léo
==========================

LEIAM E NÃO RIAM
ESTÁ EM VOTAÇÃO PROJETO DE LEI QUE IMPEDE O MINISTÉRIO PÚBLICO DE
INVESTIGAR ATOS DE CORRUPÇÃO NO EXECUTIVO E LEGISLATIVO. LEIAM E
REAJAM!!!!!!!

O deputado chamado Jutahy Magalhães, do PFL da Bahia, é o autor de um
projeto de lei que legaliza a corrupção em nosso país (que parece não ser
muita!). O dito projeto, conforme matéria da Rede Globo (FONTE NÃO
QUESTIONÁVEL), proíbe o Ministério Público de investigar atos de corrupção
de Presidente da República, Governadores de Estado, Senadores, Deputados
Federais, Deputados Estaduais e Prefeitos.

De acordo com a nova lei, que já foi aprovada em primeiro turno no
Congresso, esse pessoal aí vai deitar e rolar com o dinheiro público sem
serem importunados. Então caros internautas, vamos espalhar esse assunto
para toda a rede.

Vamos pressionar de todas as formas possíveis para que essa lei absurda e
imoral lei (eu disse LEI ???) não seja aprovada.

Vamos nos utilizar de todos os meios disponíveis: televisão, rádios,
jornais etc. etc. O Brasil e o Povo Brasileiro não podem, de forma alguma,
aceitar e pactuar com essa aberração: que meia dúzia de parlamentares mal
intencionados (o que parece ser o caso do tal Jutahy) legalizem (APESAR DE
NÃO SER LEGALIZADA ELA É, DE FATO, UM ESCÂNDALO !!!) a corrupção e a
bandalheira em nosso País.

Nós, internautas, já fomos responsáveis por soluções e divulgação de vários
casos lamentáveis que envergonham todo e qualquer cidadão de bem.
Acreditamos ser esta causa justa e que precisa ser levada ao conhecimento
de toda a população.

Não vamos, de forma alguma, deixar passar em branco este ato vergonhoso,
arquitetado por este elemento, digno representante do PFL.

Fiquem atentos, e vamos salvar o Brasil de mais esta maracutaia horrorosa.
Divulguem este manifesto para todo o seu catálogo de endereços.

Obrigado,

Franklin Martins (Rádio CBN)


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Fw: exercicio
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2003 19:10

Cadê os experts em relatividade restrita?
[]'

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Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
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-----Mensagem Original-----
De: <sofiak@aeiou.pt>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: terça-feira, 11 de março de 2003 14:56
Assunto: exercicio


| Como poderei resolver, tendo em conta a teoria relativista:
|
| Dois cacadores separados por 4m. cada um dispara a sua espingarda uns 20ns apos outro. um individuo diz que ouviu os tiros em simultaneo. qual a velocidade desse individuo???
|
| Obrigado. todas as dicas que me possam dar seram importantes.
| sofia
|
| _________________________________________________________
|
| Bolsa de Emprego AEIOU: simples, rápido, resultados imediatos.
| http://emprego.aeiou.pt
|


SUBJECT: Re: [ciencialist] OFF-TOPIC, mas ... ISSO É UMA VERGONHA!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/03/2003 19:30

Lisandro escreve:


"Bem Luiz, só vou comentar o fato depois que ele for publicado na revista Veja de 16 de março de 2003."

Léo- Não entendi bem a frase mas, de todo modo, deixa patente que não sou um assíduo leitor da Veja. Como recebi a mensagem, que julguei notória, re-enviei. Agradeço sua observação.

Todavia, como é tema de nossos políticos, só poderia ser mesmo uma vergonha! Nada estranho que a proposta original tenha vindo da Bahia, reduto do senador que tem por amante uma garota menor de idade e ... pelas putas barbas do califa ... com autorização e benção dos pais!

[]'


SUBJECT: Re: OFF-TOPIC, mas ... ISSO É UMA VE RGONHA!
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/03/2003 20:27

At 19:30 11/03/03 -0300, you wrote:
>Lisandro escreve:
>
>
> "Bem Luiz, só vou comentar o fato depois que ele for publicado na
> revista Veja de 16 de março de 2003."
>
>Léo- Não entendi bem a frase mas, de todo modo, deixa patente que não sou
>um assíduo leitor da Veja. Como recebi a mensagem, que julguei notória,
>re-enviei. Agradeço sua observação.

Acho que ele quis dizer o seguinte: esperemos para ver se, após
toda essa divulgação pela Internet partindo de alguém dos quadros da grande
mídia (rádio CBN), a grande imprensa dá respaldo a essa notícia após a
devida investigação jornalística; caso contrário, podemos concluir que
provavelmente se trata de mais um boato de Internet de autoria falsa.
Esperemos especialmente, eu diria, que nos seja informado - tal qual um bom
jornalista dos quadros da grande mídia faria - o número do projeto de lei,
para que se possa devidamente verificar no site do Congresso se ele está
mesmo tramitando.

Belisário



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: OFF-TOPIC, mas ... ISSO É UMA VE RGONHA!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2003 10:46



At 19:30 11/03/03 -0300, you wrote:
>Lisandro escreve:
>
>
> "Bem Luiz, só vou comentar o fato depois que ele for publicado na
> revista Veja de 16 de março de 2003."
>
>Léo- Não entendi bem a frase mas, de todo modo, deixa patente que não sou
>um assíduo leitor da Veja. Como recebi a mensagem, que julguei notória,
>re-enviei. Agradeço sua observação.

Acho que ele quis dizer o seguinte: esperemos para ver se, após
toda essa divulgação pela Internet partindo de alguém dos quadros da grande
mídia (rádio CBN), a grande imprensa dá respaldo a essa notícia após a
devida investigação jornalística; caso contrário, podemos concluir que
provavelmente se trata de mais um boato de Internet de autoria falsa.
Esperemos especialmente, eu diria, que nos seja informado - tal qual um bom
jornalista dos quadros da grande mídia faria - o número do projeto de lei,
para que se possa devidamente verificar no site do Congresso se ele está
mesmo tramitando.

Belisário

OK, Belisário, tudo clarificado. A bem da verdade devo justificar-me do dito "Léo- Não entendi bem a frase mas,...". Ao escrever essa minha mensagem sei lá porque cargas d'água eu julguei que estávamos no mês de ABRIL e, portanto a data por ele citada deu-me a impressão de artigo já 'saído na Veja'. Quando estava comentando o fato cá com a esposa ela disse-me "Bicho! Acorda ... estamos em MARÇO!". Coisas produto da senilidade! Não uso relógio, não consulto 'folhinhas' ou calendários ... conto apenas com meu relógio biológico que me avisa /// Léo ... fim de semana chegando ... cai fora para o rancho///. Sugestão: preparem-se para suas aposentadorias ... deixe tudo preparado para fazer só aquilo que vc gosta ... esqueça o tempo! Podes ter certeza que vc não terá tempo para fazer tudo o que deixou preparado! Trabalho mais agora que nos meus 45 anos de magistério!

Aliás, no contexto, vou colar aqui uma mensagem que enviei recentemente para o STR:
=================
[...] Agora deixa eu contar uma novidade séria prá vcs.

Começou hoje no Jornal o Diário de Barretos, 1/2 página dedicada à FEIRA DE CIÊNCIAS e o primeiro trabalho publicado foi "Motor elétrico mínimo". Sairá, por enquanto semanalmente e progressivamente (até alunos e professores se acostumarem à colecionar), bi-semanalmente ... até diariamente.

Isso faz parte de um projeto que apresentei aos Independentes que administram o Parque dos Peões de Barretos (creio que o maior do Brasil) e nesse parque já inauguraremos em abril a "primeira mostra" de projetos educacionais (parte de meu laboratório irá prá lá).

Teremos aqui uma Feira de Ciências PERMANENTE à moda como ajudei na montagem da Estação Ciência em S.P. - Lapa e no Laboratório de Demonstrações do IFUSP. Em breve os Independentes construirão prédio próprio para essa Feira (primeiros desenhos já apresentados) e, a besta anti-roqui que vos fala, é o coordenador disso tudo.
Acabei arrumando mão-de-obra prá mim mesmo ... mas, que fazer, é o que gosto!
==================

[]'

Léo


SUBJECT: Fw: perguntas sobre
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/03/2003 12:01

Quem freqüenta essa praia?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: viviane
Para: leobarretos@uol.com.br
Cc: leticia_watanabe@hotmail.com
Enviada em: quarta-feira, 5 de março de 2003 21:34
Assunto: perguntas sobre


Ola professor sou Leticia e gostaria de saber o que significa o que e quais artes alexander Calder ja produziu

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Fw: perguntas sobre
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/03/2003 14:37

Olá,

Diga à Letícia que Alexander Calder, graduado em engenharia mecânica,
foi um artista que definiu "volume sem massa" em sua arte. Através
de princípios simples de mecânica como achar pontos de equilíbrio das
formas e linhas bem como centros de massa, ele conseguiu criar
estruturas que dependiam do vento ou do ponto de vista do observador
para serem apreciadas. A importância dele para a arte é ter criado
um novo conceito na forma de expressão artística, com bases na
física, em termos de escultura: ao invés de figuras estáticas,
criava formas em movimento, que se definiam pelo modo de serem
vistas, revelando-se "vivas" e em constante transformação.

Um site para Letícia:

http://www.calder.org/SETS/home.html

É da Calder's Foundation...

Beijos, Lígia

**********************************



--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Quem freqüenta essa praia?
> []'
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: viviane
> Para: leobarretos@u...
> Cc: leticia_watanabe@h...
> Enviada em: quarta-feira, 5 de março de 2003 21:34
> Assunto: perguntas sobre
>
>
> Ola professor sou Leticia e gostaria de saber o que significa o que
e quais artes alexander Calder ja produziu
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/03/2003 01:56

Olá Alberto!

--- Em ciencialist@y..., "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@u...>
escreveu
> Andei relendo a mensagem, à procura de algum indício dessa tristeza
> apontada, mas não consegui encontrá-la. De qualquer forma, não
haveria
> porque estar triste contigo. Muito pelo contrário, eu só posso
agradecer a
> chance que você me deu para expor aqui de maneira clara e livre de
paixões
> os fundamentos das minhas teorias.


Lígia: Maravilha então! Estar livre para se falar o que pensa é um
primeiro passo para ser bem entendido... :)


> > Desculpe se eu tenho feito você reexplicar sua teoria por aqui,
talvez
> > pela vontade de que mais gente tome conhecimento dela se ainda
não foi
> > visitar seu site.
>
> Não há do que se desculpar. Talvez por esta frase dê para entender
o seu
> estranhamento. Realmente na última mensagem eu fui por demais
técnico e/ou
> sucinto em alguns trechos, provavelmente aqueles relacionados à
explicação
> do campo "A" e do como ele se transforma em "E" ou "B". Não
interprete isso
> como uma preguiça.


Lígia: Não preguiça... pensei que você estivesse cansado de repetir
a mesma coisa.

Na realidade eu me vi frente a inúmeros possíveis
> questionamentos, e não quis me adiantar sob pena de deixar a
mensagem por
> demais extensa. No meu site, à exceção das páginas de diálogos, as
teorias
> são expostas com a sequidão que caracteriza os artigos científicos.
O lugar
> de debate realmente é aqui, e não lá. Obviamente no site eu posso
expor mais
> facilmente as fórmulas matemáticas, mas como costumo afirmar,
física não é
> matemática.

Lígia: Mas matemática ajuda... principalmente quando se quer "ver"
o que está acontecendo. Já fui melhor nisso antes... agora eu só
fico boiando... :))



> Dentre esses questionamentos que me deixaram no impasse, e
relacionados a
> nossos diálogos anteriores, eu relataria:
>
> 1) Como justificar o vetor "A" como o representante matemático das
> informações eletromagnéticas, um tipo importante do
chamado "espírito da
> matéria" newtoniano? Esse questionamento é crucial, e tem muito de
física e
> de matemática, mas muito também de filosofia. Muitos desses detalhes
> filosóficos nós já discutimos, mas isso não significa que não
possamos
> rediscutir, mesmo porque o enfoque agora é outro. Antes estávamos
> especulando sobre o "espírito da matéria" e agora estamos tentando
> estabelecer uma ponte entre a sua natureza metafísica e a realidade
> experimental. Em que momento a filosofia do "espírito da matéria"
dá lugar à
> ciência das "informações do movimento da matéria"?



Lígia: Pois então, mãos à obra porque você se adiantou em fazer as
perguntas que eu faria! :)


> 2) De que maneira essas informações eletromagnéticas, uma vez
matematizadas,
> se relacionariam com o "espaço absoluto" newtoniano? O que de fato
seria
> esse espaço absoluto, senão uma entidade puramente metafísica, como
muitos
> físicos modernos fazem questão de afirmar? Esse assunto também
situa-se nas
> fronteiras da física, da matemática e da filosofia. Até o momento
> especulamos muito sobre esse "espaço absoluto", até mesmo sob o
ponto de
> vista físico, quando o relacionamos com a existência dos campos, mas
> realmente ficamos apenas na superficialidade do tema.



Lígia: É, o conceito de espaço absoluto, aliado ào espírito da
matéria, ou muito me engano ou permeiam a totalidade do Universo! É
necessário que tais conceitos sejam compreendidos de forma clara e
sem margem à dúvida. Ah e principalmente: que nenhum dos dois
conceitos caia na graça de ser alcunhado de "acepção metafísica" da
natureza de x ou de y... é caminho andado na direção certa da
exclusão do meio científico. Infellizmente...



> 3) Como chegar do campo "A" de um elétron aos campos "E" e "B" *de
um
> elétron*? Lembro que esses dois campos não são maxwellianos. Neste
caso:
> Como chegar desses campos "E" e "B" *de um elétron* ao campo "E" de
uma
> *carga elétrica* e ao campo "B" de uma *corrente elétrica*? Esses
dois
> últimos campos agora sim, são os campos da teoria de Maxwell (leis
de
> Coulomb e Ampère). Esse assunto realmente está no meu site, porém
sob aquela
> linguagem matemática até certo ponto seca e sem muitas discussões
> físico-filosóficas.



Lígia: Melhor que fique desse jeito então... o público interessado
compreende melhor uma liguagem assim, desprovida de poesia. Ainda
hoje vi numa resposta de um co-listeiro que eu uso uma linguagem
poética e pelo jeito é isso o que "trava" certos entendimentos da
parte de quem lê o que escrevo.


> 4) Quais as vantagens desse formalismo matemático para o estudo do
> microcosmo? Ou seja, nós temos discutido muito sobre a importância
das
> informações elementares para o estudo do microcosmo. Creio mesmo
que esse
> debate teve origem quando comentei alguma coisa sobre essas
informações e o
> padrão de difração observado na experiência da dupla fenda. Mas o
assunto é
> extremamente amplo, pois ele aborda todo o universo da física. Não
há um
> fenömeno físico onde essas informações não desempenhem um aspecto de
> importância crucial. Ou seja, o "espírito da matéria" newtoniano
páira por
> sobre toda a física, e representa, a meu ver, a única saída para que
> possamos um dia voltar aos tempos em que a física era uma ciência
> inteligível. Mas para isso precisaríamos entender muito bem o
significado
> desse "espírito da matéria" e, como já disse, *eu acredito* ter
decifrado,
> em toda a extensão, apenas um lado dessa verdade, aquela a
relacionar-se ao
> eletromagnetismo.




Lígia: A necessidade matemática é mais de "aferição". É um meio de
conferir se está tudo bem, sem ter que entrar no meio da
bagunça... :)) O fato é que se não há um meio de equacionar algo,
esse algo não pode ser compreendido "universalmente" nem estar
sujeito a testes. Que pena... mas necessidade não se discute.



> Bem, isso não é tudo, mas cada um, dentre esses temas que por ora me
> ocorreram, se subdivide em múltiplos temas secundários, e não é
fácil
> escolher por onde começar, se pretendermos realmente tentar esgotar
alguns
> dentre esses assuntos. É possível que em meio a toda essa
problemática eu
> tivesse respondido à mensagem anterior de maneira muito seca, quiçá
movido
> pela impossibilidade de abordar todos esses assuntos ao mesmo
tempo, coisa
> essa que, caso fosse possível, seria realmente o que eu gostaria de
ter
> feito. Em momento algum passou-me pela cabeça dizer que a resposta
a alguns
> de seus questionamentos estivesse em meu website. Nada contra que
as teorias
> sejam lidas no original, mas o problema é que lá elas mais convidam
à
> reflexão do que propriamente dão uma resposta imediata. Ora, que
mal há em
> refletirmos aqui? Conseqüentemente, não há porque eu ficar chateado
em "ter
> que (re)explicar" o que de fato não está lá.



Lígia: Bem, nesse caso, comecemos por explorar a idéia de
compreender a maneira como o espírito da matéria permite que o
universo exista. Já conversamos que nem tudo é movimento e que há o
que é "movimentado". De onde se originaria a idéia de que existe
esse algo que movimenta, ou que permite que as informações sejam
transmitidas a fim de permitir que a matéria exista, bem como a forma
com que Newton abordou o tema. O que eu penso que ainda esteja
faltando para a minha compreensão é entender os mecanismos de
tal "operador". Engraçado é que eu estou traduzindo um texto sobre
os "memes" do Dawkins e me ocorreu uma idéia estranha: a de que tais
corpúsculos de Newton pudessem estar sujeitos ao mesmo algoritmo de
multiplicação que os genes e os memes... idéia estúpida, mas bem que
pode ser verdade... :))




> > É que eu gostaria que mais gente tomasse conhecimento do que
> > você tem feito, sem a chance de simplesmente achar que está errado
> > sem nem ver o que você tem para explicar... em todo caso,
desculpe.
>
> Sinceramente, volto a dizer: Não há porque se desculpar. Eu é que
tenho a
> agradecer por esta chance que você me proporcionou. Realmente,
relendo a
> minha mensagem anterior e colocando-me na posição de crítico, senti
a
> possibilidade de o autor estar parecendo, sob certos aspectos,
querer fechar
> os questionamentos. Quando escrevi a mensagem não tive essa
intenção, mas
> tão somente a de não encompridar demais um tema sem saber de fato
quais
> seriam as dúvidas seguintes e mais fundamentais. Com isso promovi
uma
> síntese excessiva e a dar a impressão de estar querendo encerrar o
diálogo.
> Realmente, há muito pouco a ser respondido por cima dessa minha
aparente
> grosseria. Tenha certeza de que não foi intencional. Esse diálogo em
> hipótese alguma me deixou triste, muito pelo contrário, passei por
momentos
> de felicidade ímpar. E quando respondi à sua última mensagem o meu
estado
> não era outro.


Lígia: Eu entendi isso agora. Mas quando li o que voc6e escreveu,
ficou no "ar" a idéia de fechamento... talvez eu seja "poética"
demais para entender a linguagem científica. Portanto nem é culpa
sua o fato de eu ter interpretado mal a sua mensagem.



> PS.: Em determinado ponto da última mensagem cheguei a dizer: "Com
relação a
> física, diria que físico algum jamais chegou a criticar de fato a
minha
> teoria, pois eles sequer conseguem conviver com as hipóteses acima
citadas."
> Essa frase é realmente injusta com muitos físicos que de uma
maneira ou de
> outra chegaram a emitir alguma opinião sobre as minhas teorias. A
minha
> revolta não é contra os físicos, mas contra o academicismo a que
estão
> obrigados a se submeter. Mas de uma forma ou de outra já recebi
críticas dos
> seguintes físicos: Lígia Amorese, Wilson Lopes, Fábio Chalub, Luiz
Ferraz
> Netto (Léo, ou deus para os íntimos), Belisário, Taborda, Bruno (do
news
> uol), Renato Vicente (news uol), Daniel Bezerra [atualmente na
Ciencialist,
> com o passe emprestado ;-) do CdA] e muitos outros (estou deixando
de lado
> os teorizadores com quem mantenho contato, pois como alternativos
eles
> chegam a ser encarados como suspeitos nos meios acadêmicos). Via de
regra
> esses físicos não estão atrelados ao academicismo, mas não deixam
de ser
> físicos e todos de peso (acho que, em meio a esses, o único peso
leve sou
> eu).


Lígia: Todos os citados acima, menos eu. Já faz anos que não estudo
mais nada relacionado à física na sua forma elementar: matemática.
Nem lembro de cabeça quase nenhuma fórmula ou unidade do SI.

Beijos, Lígia



SUBJECT: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/03/2003 10:55

Uma bonita questão! Em duas dimensões seria a teoria cinética dos gases onde, apenas uma molécula tem Vo conhecido. Alguma sugestão?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Andrea" <andrea.flaks@bol.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 13 de março de 2003 10:16
Assunto: Poderia me ajudar em uma dúvida?


É o seguinte: tenho uma mesa de bilhar
sem caçapa e várias bolas se batendo em
movimento contínuo tanto entre si qto nas
laterais da mesa. De uma rampa eu solto
uma outra bola, igual as outras. Se eu
voltar daqui uma ou duas horas, eu sei
qual é a bola que eu soltei da rampa
(mesmo sem ter feito marcas nela). Como a
bola vai estar prá eu saber que é ela?

Obrigada

Andrea


__________________________________________________________________________
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SUBJECT: Cadeia de proteínas "criam vida"...
FROM: "Mr. Vain" <vain@uai.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/03/2003 15:54

Há algum tempo li uma reportagem, não sei se na inet ou em revista,
que um grupo de cientistas tinham conseguido "juntar" algumas
proteínas e que essa cadeia de proteínas "criou vida"...

Alguém tb leu ou tem referências????

[ ]'s

Marcelo Garcia



SUBJECT: Mais um moto perpétuo
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/03/2003 17:28

Quem entender inglês e física, pode descobrir a falha:
http://www2.jondavis.net/files/misc/magneticflywheel.jpg

[]s

MK



SUBJECT: Re: [ciencialist] Mais um moto perpétuo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/03/2003 17:46

Se alguém passar essa 'roda' mágica para uma figura que eu entenda e traduzir o 'funcionamento' 'posto nessa língua estranha (é javanês?), gostaria de ver onde está a falácia no funcionamento.
[]
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 13 de março de 2003 17:28
Assunto: [ciencialist] Mais um moto perpétuo


Quem entender inglês e física, pode descobrir a falha:
http://www2.jondavis.net/files/misc/magneticflywheel.jpg

[]s

MK


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SUBJECT: Re: Mais um moto perpétuo
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/03/2003 21:11


Isso é inglês, que todo cidadão de qualquer país deveria ter
condições de saber, mas, apesar de eu saber ler inglês razoavelmente, não
entendi xondas do funcionamento dessa geringonça... Não há um texto
explicativo em algum lugar?
Belisário

At 17:46 13/03/03 -0300, you wrote:
>Se alguém passar essa 'roda' mágica para uma figura que eu entenda e
>traduzir o 'funcionamento' 'posto nessa língua estranha (é javanês?),
>gostaria de ver onde está a falácia no funcionamento.
>[]
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@uol.com.br
> www.feiradeciencias.com.br
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>-----Mensagem Original-----
>De: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
>Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Enviada em: quinta-feira, 13 de março de 2003 17:28
>Assunto: [ciencialist] Mais um moto perpétuo
>
>
>Quem entender inglês e física, pode descobrir a falha:
>http://www2.jondavis.net/files/misc/magneticflywheel.jpg
>
>[]s



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mais um moto perpétuo
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/03/2003 22:34

Olá pessoal..:-)

Toda a imagem está confusa mas aqui vai uma má tradução:

1 - A roda da pressão traciona o ímã em um lado, até o lado raso da tampa (lado com uma depressão?), girando o volante

2 - A tração magnética é perdida no outro lado do volante (onde não há material magnético), a roda da pressão para de fazer efeito de tração, assim nenhuma resistência impede a rotação por inercia do volante e a roda da pressão volta ao lado profundo (saliente?) do volante.

Aparentemente, o disco volante tem dois lados distintos, tanto em relação ao material, magnetico e não magnético, quanto a forma, um dos lados toca a chamada roda de pressão e outro não.

Apesar de confuso, o sistema parece fazer uso de um erro comum a motos-continuos baseados no magnetismo, que é desprezar o alcance da força magnética. Um sistema de motor elétrico é baseado no magnetismo, mas, por fazer uso do magnetismo criado eletricamente, pode desligar a tração magnética tempo o suficiente para fazer o motor funcionar, mas tem de usar força externa, eletricidade, para manter o fluxo de energia. Neste caso, o autor parece tentar desligar o sistema magnetico apenas mudando a geometria dos volantes, o que, evidentemente, não vai funcionar..;-)

Um abraço.

Homero
----- Original Message -----
From: Roberto Belisário
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, March 13, 2003 9:11 PM
Subject: [ciencialist] Re: Mais um moto perpétuo



Isso é inglês, que todo cidadão de qualquer país deveria ter
condições de saber, mas, apesar de eu saber ler inglês razoavelmente, não
entendi xondas do funcionamento dessa geringonça... Não há um texto
explicativo em algum lugar?
Belisário

At 17:46 13/03/03 -0300, you wrote:
>Se alguém passar essa 'roda' mágica para uma figura que eu entenda e
>traduzir o 'funcionamento' 'posto nessa língua estranha (é javanês?),
>gostaria de ver onde está a falácia no funcionamento.
>[]
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@uol.com.br
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
>-----Mensagem Original-----
>De: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
>Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Enviada em: quinta-feira, 13 de março de 2003 17:28
>Assunto: [ciencialist] Mais um moto perpétuo
>
>
>Quem entender inglês e física, pode descobrir a falha:
>http://www2.jondavis.net/files/misc/magneticflywheel.jpg
>
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mais um moto perptuo
FROM: "Alvaro Augusto de Almeida" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/03/2003 00:30

Há mais um problema com o motor, que geralmente também é deprezado por esse pessoal: o acoplamento. Não existe maneira de retirar energia de sistema algum com 100% de eficiência. Qualquer acoplamento consome energia e mesmo que esse consumo seja mínimo, inviabilizará o moto contínuo. Outra coisa que esse pessoal não percebe é que a eficiência teria que ser 100% cravados. Se fosse "apenas" 99,999999999999%, essa pequena diferença seria rapidamente amplificada pelo sistema e o movimento cessaria.

[ ]s

Alvaro Augusto de Almeida
http://www.lunabay.com.br/alvaro.php
E-mail: alvaro@lunabay.com.br
Pinhais - PR - Brasil



-----Mensagem Original-----
De: Oraculo
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Enviada em: Quinta-feira, 13 de Março de 2003 22:34
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Mais um moto perpétuo


Olá pessoal..:-)

Toda a imagem está confusa mas aqui vai uma má tradução:

1 - A roda da pressão traciona o ímã em um lado, até o lado raso da tampa (lado com uma depressão?), girando o volante

2 - A tração magnética é perdida no outro lado do volante (onde não há material magnético), a roda da pressão para de fazer efeito de tração, assim nenhuma resistência impede a rotação por inercia do volante e a roda da pressão volta ao lado profundo (saliente?) do volante.

Aparentemente, o disco volante tem dois lados distintos, tanto em relação ao material, magnetico e não magnético, quanto a forma, um dos lados toca a chamada roda de pressão e outro não.

Apesar de confuso, o sistema parece fazer uso de um erro comum a motos-continuos baseados no magnetismo, que é desprezar o alcance da força magnética. Um sistema de motor elétrico é baseado no magnetismo, mas, por fazer uso do magnetismo criado eletricamente, pode desligar a tração magnética tempo o suficiente para fazer o motor funcionar, mas tem de usar força externa, eletricidade, para manter o fluxo de energia. Neste caso, o autor parece tentar desligar o sistema magnetico apenas mudando a geometria dos volantes, o que, evidentemente, não vai funcionar..;-)

Um abraço.

Homero
----- Original Message -----
From: Roberto Belisário
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, March 13, 2003 9:11 PM
Subject: [ciencialist] Re: Mais um moto perpétuo



Isso é inglês, que todo cidadão de qualquer país deveria ter
condições de saber, mas, apesar de eu saber ler inglês razoavelmente, não
entendi xondas do funcionamento dessa geringonça... Não há um texto
explicativo em algum lugar?
Belisário

At 17:46 13/03/03 -0300, you wrote:
>Se alguém passar essa 'roda' mágica para uma figura que eu entenda e
>traduzir o 'funcionamento' 'posto nessa língua estranha (é javanês?),
>gostaria de ver onde está a falácia no funcionamento.
>[]
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@uol.com.br
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
>-----Mensagem Original-----
>De: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
>Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Enviada em: quinta-feira, 13 de março de 2003 17:28
>Assunto: [ciencialist] Mais um moto perpétuo
>
>
>Quem entender inglês e física, pode descobrir a falha:
>http://www2.jondavis.net/files/misc/magneticflywheel.jpg
>
>[]s


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SUBJECT: Wikipdia - uma oportunidade interessante
FROM: "villem" <nevillex@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/03/2003 02:03

Olá pessoal !

Quase todos nós temos algum texto na gaveta que gostaríamos de divulgar ou
publicar. Mesmo se assim não for, é sempre possível que tenhamos uma
informação mais clara ou mais expressiva sobre algum tópico - qualquer
tópico - que seja interessante registrar.

A Wikipédia oferece uma boa oportunidade para isso ! Trata-se de uma
enciclopédia, em várias línguas, livre, gratuita e em permanentemente
construção e modificação pelos próprios usuários.

Não há necessidade de aprovação para a participação e nem aprovação do
texto. Apresenta espaço virtual praticamente ilimitado para incluir ou
modificar qualquer tópico que se deseje. A única restrição é que os textos
não envolvam copyright de terceiros a fim de evitar encrencas.

Este mês, a versão em língua portuguesa ( http://pt.wikipedia.com/ )
completa 1.000 tópicos, enquanto a versão inglesa (
http://www.wikipedia.org/ ) já esta na casa dos 135.000.

Toda colaboração é bem-vinda, principalmente se você quiser traduzir
textos de Wikipédias de outras línguas.

O uso é extremamente simples. Para introduzir um tópico ainda inexistente,
basta acessar uma página de assunto mais geral, incluir o nome do novo
tópico entre colchetes e salvar. Automaticamente ficará disponível uma
pagina para editar ou colar o texto.

( Caso você prefira ou tenha alguma dificuldade em publicar, mande-me seu
texto por e-mail que eu providencio a inclusão na Wiki).

Segue abaixo uma orientação resumida da Wiki americana

Abraços

Villem
=========================================
Para colaborar :

- Escolha um tópico de seu interesse. Verifique se já foi escrito algo
sobre esse tópico. Melhore os artigos já escritos ou acrescente
informações. Desenvolva novos artigos sobre aspectos relacionados ao
assunto de seu interesse.

- Visite uma página aleatória. Encontre um link para um artigo nesta
página ainda vazio. Estes são os links que tem interrogações azuis depois
das palavras. Clique na interrogação, e adicione algo sobre esse tópico.

- Escreva sobre algo que você não conhece. Use isso como uma desculpa para
pesquisar um novo tópico. Enquanto você aprende sobre isso, transfira o
que você está escrevendo aqui para a Wikipédia. Isto é realmente uma boa
ajuda aos estudos porque isso força você a tomar notas, a organizar
informação e a descrever o que você aprendeu em suas próprias palavras.

- Faça um projeto ! Tome um livro e escreva um sumário capítulo por
capítulo. Faça páginas para todas as personagens. Ou faça isso com o seu
universo de ficção favorito ( Star Wars, Middle Earth ). Escolha seu ator
favorito e faça resenhas de todos os seus filmes. Escolha sua cidade
favorita e construa páginas para todas as suas atrações favoritas.

- Encontre um grande tópico como Segunda Guerra Mundial ou História
Chinesa e crie uma página principal, e todas as páginas de subcategorias.
Liste todos os tópicos que devam ser cobertos para um tratamento completo.
Você não precisa escrever artigos para todos esses tópicos. Mas se você
construir um índice para tudo o que precisa ser escrito, algumas pessoas
vão se lembrar de escrever sobre eles !

- Você não tem que escrever para contribuir. Edite páginas corrigindo
gramática e ortografia. Remova o que não fizer sentido quanto você
encontrar. Corrija textos falsos ou incorretos. Transforme palavras em
links Wiki. Encontre páginas redundantes como "São Bernardo do Campo" e
"São Bernardo do Campo - SP" e os combine.

- Diga a seus amigos, seus inimigos, estranhos na rua. Contrate aviadores
para escrever 'pt.wikipedia.com' no céu. Espalhe a palavra. Divulgue em
seu blog ou site pessoal. Inclua o link para pt.wikipedia.com na sua
assinatura de e-mail.

- Para informações mais básicas sobre como contribuir com a Wikipédia,
veja "como começar" ou "instruções para editar".

Para maiores conselhos sobre a Wikipédia, veja [Wikipedia policy] e
[Wikipedia FAQ], [most common Wikipedia faux pass ] e [what Wikipedia is
not], onde há links para todas as páginas importantes
===============



SUBJECT: Mochila-foguete Tabajara
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/03/2003 06:04

Mochila-foguete Tabajara
http://www.johnnyjetpack.com/
Talvez você já tenha ouvido falar ou mesmo brincado com foguetes a
àgua.
http://www.gecm.org.br/aafaa/
Talvez você já tenha ouvido falar e visto a mochila-foguete.
http://www.nasm.edu/nasm/dsh/artifacts/RM-RocketBelt.htm
Mas dificilmente foi suficientemente louco, digo, aventureiro para
tentar combinar os dois. Bem, eles tentaram. Como não são totalmente
loucos, o que você vê testando é um boneco, mas ainda assim o vídeo
do teste é o maior barato.
http://www.johnnyjetpack.com/johnny.rm

MK



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/03/2003 11:36

Andei pensando ... sem gozação!

Realmente achei muito boa essa questão enviada pelo consulente. Numa primeira passada d'olhos tentei achar uma saída para a resposta e só consegui algo ao incluir hipóteses ad hoc.

Pensei assim: suponha que as bolas que já estão na mesa sejam perfeitamente lisas, assim como as 'tabelas'; desse modo todas as bolas do sistema apenas deslizam, não rolam.
Se o plano inclinado mediante o qual a bola extra é posta 'na festa' é áspero, a bola irá "rolar" plano abaixo e entrar no sistema: é a única bola que, pela conservação da quantidade de movimento angular, apresentará e manterá rotação ... fácil de identifica-la!

É um bom argumento? Tem sentido?
aquele abraço,

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Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
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-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 13 de março de 2003 10:55
Assunto: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?


Uma bonita questão! Em duas dimensões seria a teoria cinética dos gases onde, apenas uma molécula tem Vo conhecido. Alguma sugestão?
[]'
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Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
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-----Mensagem Original-----
De: "Andrea" <andrea.flaks@bol.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 13 de março de 2003 10:16
Assunto: Poderia me ajudar em uma dúvida?


É o seguinte: tenho uma mesa de bilhar
sem caçapa e várias bolas se batendo em
movimento contínuo tanto entre si qto nas
laterais da mesa. De uma rampa eu solto
uma outra bola, igual as outras. Se eu
voltar daqui uma ou duas horas, eu sei
qual é a bola que eu soltei da rampa
(mesmo sem ter feito marcas nela). Como a
bola vai estar prá eu saber que é ela?

Obrigada

Andrea


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SUBJECT: Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/03/2003 13:51

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Andei pensando ... sem gozação!

... você está passando bem? :))


> Pensei assim: suponha que as bolas que já estão na mesa sejam
perfeitamente lisas, assim como as 'tabelas'; desse modo todas as
bolas do sistema apenas deslizam, não rolam.
> Se o plano inclinado mediante o qual a bola extra é posta 'na
festa' é áspero, a bola irá "rolar" plano abaixo e entrar no sistema:
é a única bola que, pela conservação da quantidade de movimento
angular, apresentará e manterá rotação ... fácil de identifica-la!



Mas tal rotação seria mantida mesmo depois de 1 ou 2 horas? É isso o
que a consulente pergunta:
> ... Se eu
> voltar daqui uma ou duas horas, eu sei
> qual é a bola que eu soltei da rampa
> (mesmo sem ter feito marcas nela). Como a
> bola vai estar prá eu saber que é ela?

E tem ainda o detalhe de que o movimento das outras bolas não é
interrompido. Elas pelo jeito continuarão se movimentando
aleatoriamente até que o atrito dê conta de pará-las, bem como à
bola "intrusa que veio da rampa" que é a que ela quer identificar.


A questão é mais "cabulosa" do que parece... :O

Beijos, Lígia

*******************************************



>
> É um bom argumento? Tem sentido?
> aquele abraço,
>
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> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
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> -----Mensagem Original-----
> De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> Para: "ciencialist" <ciencialist@y...>
> Enviada em: quinta-feira, 13 de março de 2003 10:55
> Assunto: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
>
>
> Uma bonita questão! Em duas dimensões seria a teoria cinética dos
gases onde, apenas uma molécula tem Vo conhecido. Alguma sugestão?
> []'
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> De: "Andrea" <andrea.flaks@b...>
> Para: <leobarretos@u...>
> Enviada em: quinta-feira, 13 de março de 2003 10:16
> Assunto: Poderia me ajudar em uma dúvida?
>
>
> É o seguinte: tenho uma mesa de bilhar
> sem caçapa e várias bolas se batendo em
> movimento contínuo tanto entre si qto nas
> laterais da mesa. De uma rampa eu solto
> uma outra bola, igual as outras. Se eu
> voltar daqui uma ou duas horas, eu sei
> qual é a bola que eu soltei da rampa
> (mesmo sem ter feito marcas nela). Como a
> bola vai estar prá eu saber que é ela?
>
> Obrigada
>
> Andrea
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Meire Cristina" <meiroca2001@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/03/2003 14:32

Me parece q esse problema ta desconsiderando o atrito??? Vcs não entenderam
assim???

Meire





"A Matemática é como o amor, uma idéia simples que pode se tornar
complicada."





>From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
>Date: Fri, 14 Mar 2003 16:51:31 -0000
>
>--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
>escreveu
> > Andei pensando ... sem gozação!
>
>... você está passando bem? :))
>
>
> > Pensei assim: suponha que as bolas que já estão na mesa sejam
>perfeitamente lisas, assim como as 'tabelas'; desse modo todas as
>bolas do sistema apenas deslizam, não rolam.
> > Se o plano inclinado mediante o qual a bola extra é posta 'na
>festa' é áspero, a bola irá "rolar" plano abaixo e entrar no sistema:
>é a única bola que, pela conservação da quantidade de movimento
>angular, apresentará e manterá rotação ... fácil de identifica-la!
>
>
>
>Mas tal rotação seria mantida mesmo depois de 1 ou 2 horas? É isso o
>que a consulente pergunta:
> > ... Se eu
> > voltar daqui uma ou duas horas, eu sei
> > qual é a bola que eu soltei da rampa
> > (mesmo sem ter feito marcas nela). Como a
> > bola vai estar prá eu saber que é ela?
>
>E tem ainda o detalhe de que o movimento das outras bolas não é
>interrompido. Elas pelo jeito continuarão se movimentando
>aleatoriamente até que o atrito dê conta de pará-las, bem como à
>bola "intrusa que veio da rampa" que é a que ela quer identificar.
>
>
>A questão é mais "cabulosa" do que parece... :O
>
>Beijos, Lígia
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> > Assunto: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
> >
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> > Enviada em: quinta-feira, 13 de março de 2003 10:16
> > Assunto: Poderia me ajudar em uma dúvida?
> >
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/03/2003 14:33

De: "Ligia Amorese"

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Andei pensando ... sem gozação!

... você está passando bem? :))

Léo: Estou, agradeço os cuidados! :-)


> Pensei assim: suponha que as bolas que já estão na mesa sejam
perfeitamente lisas, assim como as 'tabelas'; desse modo todas as
bolas do sistema apenas deslizam, não rolam.
> Se o plano inclinado mediante o qual a bola extra é posta 'na
festa' é áspero, a bola irá "rolar" plano abaixo e entrar no sistema:
é a única bola que, pela conservação da quantidade de movimento
angular, apresentará e manterá rotação ... fácil de identifica-la!



Mas tal rotação seria mantida mesmo depois de 1 ou 2 horas? É isso o
que a consulente pergunta:
> ... Se eu
> voltar daqui uma ou duas horas, eu sei
> qual é a bola que eu soltei da rampa
> (mesmo sem ter feito marcas nela). Como a
> bola vai estar prá eu saber que é ela?

Léo: Vc fugiu de minhas hipóteses ad hoc: não há atrito no sistema (bola com bola, bola com mesa, bola com tabela, bola com ar) e desse modo as bolas continuarão permanente se batendo uma com as outras, sempre deslizando. A bola extra tem atrito com a rampa (na qual ela rola) mas não tem atrito com mesa, tabela, ar. Assim, a questão fica independente do tempo!

E tem ainda o detalhe de que o movimento das outras bolas não é
interrompido. Elas pelo jeito continuarão se movimentando
aleatoriamente até que o atrito dê conta de pará-las, bem como à
bola "intrusa que veio da rampa" que é a que ela quer identificar.

Léo: não há atrito para para-las! Hipótese ad hoc!


A questão é mais "cabulosa" do que parece... :O

Léo: 'Toda questão é 'cabulosa'. Meu filho de 4 anos ainda não sabe a regra da mão esquerda para o eletromagnetismo; percebi isso quando perguntei a ele "para que lado a haste de cobre vai correr quando eu ligar o interruptor" ... e ele não soube responder! A 'cabulosidade' é relativa. :-)

BEIJOS,
Léo
:-)

Beijos, Lígia

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> Enviada em: quinta-feira, 13 de março de 2003 10:55
> Assunto: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
>
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> Para: <leobarretos@u...>
> Enviada em: quinta-feira, 13 de março de 2003 10:16
> Assunto: Poderia me ajudar em uma dúvida?
>
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> É o seguinte: tenho uma mesa de bilhar
> sem caçapa e várias bolas se batendo em
> movimento contínuo tanto entre si qto nas
> laterais da mesa. De uma rampa eu solto
> uma outra bola, igual as outras. Se eu
> voltar daqui uma ou duas horas, eu sei
> qual é a bola que eu soltei da rampa
> (mesmo sem ter feito marcas nela). Como a
> bola vai estar prá eu saber que é ela?
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> Obrigada
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> Andrea
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/03/2003 15:02

Olá pessoal..

A questão apresenta o movimento das bolas como continuo, isso pode indicar a ausencia de atrito já que as bolas não vão parar depois de algum tempo. Entretanto, isso também deve implicar que a bola que desce a rampa não tem atrito e não vai parar depois de algum tempo (ou seria fácil, bastaria esperar pela única bola parada). A questão da interação entre as bolas e a bola lançada também complica a questão, não seria possível estudar a trajetoria da mesma, já que vai depender das colisões com as outras.

Mas a questão realmente poderia ser mais precisa nas variaveis e constantes propostas..:-)

Um abraço.

Homero

----- Original Message -----
From: Meire Cristina
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, March 14, 2003 2:32 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?


Me parece q esse problema ta desconsiderando o atrito??? Vcs não entenderam
assim???

Meire





"A Matemática é como o amor, uma idéia simples que pode se tornar
complicada."





>From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
>Date: Fri, 14 Mar 2003 16:51:31 -0000
>
>--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
>escreveu
> > Andei pensando ... sem gozação!
>
>... você está passando bem? :))
>
>
> > Pensei assim: suponha que as bolas que já estão na mesa sejam
>perfeitamente lisas, assim como as 'tabelas'; desse modo todas as
>bolas do sistema apenas deslizam, não rolam.
> > Se o plano inclinado mediante o qual a bola extra é posta 'na
>festa' é áspero, a bola irá "rolar" plano abaixo e entrar no sistema:
>é a única bola que, pela conservação da quantidade de movimento
>angular, apresentará e manterá rotação ... fácil de identifica-la!
>
>
>
>Mas tal rotação seria mantida mesmo depois de 1 ou 2 horas? É isso o
>que a consulente pergunta:
> > ... Se eu
> > voltar daqui uma ou duas horas, eu sei
> > qual é a bola que eu soltei da rampa
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> > bola vai estar prá eu saber que é ela?
>
>E tem ainda o detalhe de que o movimento das outras bolas não é
>interrompido. Elas pelo jeito continuarão se movimentando
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>bola "intrusa que veio da rampa" que é a que ela quer identificar.
>
>
>A questão é mais "cabulosa" do que parece... :O
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> > Enviada em: quinta-feira, 13 de março de 2003 10:55
> > Assunto: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Elenice" <elemell@vant.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/03/2003 16:01

Mas aí se considera que somente o atrito é responsável pela rotação.
Isso implica que todos os choques das outras bolas sejam alinhados pelo diâmetro das mesmas, pois se
uma bater na outra de "raspão" irá gerar um torque que fará com que a bola gire. Depois de
incontáveis batidas, todas as bolas estarão girando. E provavelmente, na mesma velocidade. Inclusive
a bola intrusa. Se não houver uma identificação prévia, não teremos como diferenciá-la das outras.
[]s,
Elenice Mello.

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, March 14, 2003 11:36 AM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?


Andei pensando ... sem gozação!

Realmente achei muito boa essa questão enviada pelo consulente. Numa primeira passada d'olhos tentei
achar uma saída para a resposta e só consegui algo ao incluir hipóteses ad hoc.

Pensei assim: suponha que as bolas que já estão na mesa sejam perfeitamente lisas, assim como as
'tabelas'; desse modo todas as bolas do sistema apenas deslizam, não rolam.
Se o plano inclinado mediante o qual a bola extra é posta 'na festa' é áspero, a bola irá "rolar"
plano abaixo e entrar no sistema: é a única bola que, pela conservação da quantidade de movimento
angular, apresentará e manterá rotação ... fácil de identifica-la!

É um bom argumento? Tem sentido?
aquele abraço,

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 13 de março de 2003 10:55
Assunto: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?


Uma bonita questão! Em duas dimensões seria a teoria cinética dos gases onde, apenas uma molécula
tem Vo conhecido. Alguma sugestão?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Andrea" <andrea.flaks@bol.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 13 de março de 2003 10:16
Assunto: Poderia me ajudar em uma dúvida?


É o seguinte: tenho uma mesa de bilhar
sem caçapa e várias bolas se batendo em
movimento contínuo tanto entre si qto nas
laterais da mesa. De uma rampa eu solto
uma outra bola, igual as outras. Se eu
voltar daqui uma ou duas horas, eu sei
qual é a bola que eu soltei da rampa
(mesmo sem ter feito marcas nela). Como a
bola vai estar prá eu saber que é ela?

Obrigada

Andrea


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SUBJECT: Re: Bissexualidade e outros temas - epílogo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/03/2003 17:52

--- Em ciencialist@y..., Manuel Bulcão <manuelbulcao@u...> escreveu
> --- Em ciencialist@y..., "rmtakata" <rmtakata@a...> escreveu
> > Bio-psíquica? O q. e' isso? Isso se come?
>
> Não, não se come. 'Psicossocial' também não é comestível,
> nem 'neuropsicológico', e muito menos 'sóciobiológico'.
>
> Há uma disciplina que estuda as relações do psiquismo humano com a
> sociedade. Tem por objeto os fenômenos 'psicossociais'. Mas, quando
> se estuda as relações do psiquismo humano não com a sociologia, mas
> com a 'biologia', então faz sentido falar em fenômenos 'bio-
> psicológicos'. Claro que a psicologia é parte da biologia, de modo
> que a expressão 'bio-psíquica' pode parecer uma redundância. Mas a
> biologia é parte da física; entretanto, nem acha redundante
> expressões como 'bio-física' ou bio-química, né?

Eu acho redundante bioecologia, biogenética e assim por diante.
Existe registro de biopsicologia, mas como sinônimo de psicobiologia.
No sentido q. vc aplica para biopsicologia -- e assim biopsiquismo e
biopsíquico -- não parece haver distinção em relação a psicologia,
psiquismo e psíquico.

Se as expressões biofísica e bioquímica fossem empregadas no sentido
de dizer q. as funções orgânicas são de natureza física e química
seria reduntante, mas não é o propósito dessas palavras.

> > Discordo de q. haja muitos indícios a favor da neotenia como
> processo
> > predominante na evolução da linhagem humana.
>
> Você é minoria.

Feliz ou infelizmente a ciência não se estabelece por votações
democráticas. De todo modo não sou minoria, a maioria acha q.
provavelmente houve processos neotênicos (ou pedomórficos de modo
mais geral) em algumas características e peramórficos em outros.

=================
Penin X, Berge C, Baylac M 2002 -- Ontogenetic study of the skull in
modern humans and the common chimpanzees: neotenic hypothesis
reconsidered with a tridimensional Procrustes analysis.
Am J Phys Anthropol 118(1):50-62

Abstract
Heterochronic studies compare ontogenetic trajectories of an organ in
different species: here, the skulls of common chimpanzees and modern
humans. A growth trajectory requires three parameters: size, shape,
and ontogenetic age. One of the great advantages of the Procrustes
method is the precise definition of size and shape for whole organs
such as the skull. The estimated ontogenetic age (dental stages) is
added to the plot to give a graphical representation to compare
growth trajectories. We used the skulls of 41 Homo sapiens and 50 Pan
troglodytes at various stages of growth. The Procrustes
superimposition of all specimens was completed by statistical
procedures (principal component analysis, multivariate regression,
and discriminant function) to calculate separately size-related shape
changes (allometry common to chimpanzees and humans), and
interspecific shape differences (discriminant function). The results
confirm the neotenic theory of the human skull (sensu Gould [1977]
Ontogeny and Phylogeny, Cambridge: Harvard University Press; Alberch
et al. [1979] Paleobiology 5:296-317), but modify it slightly. Human
growth is clearly retarded in terms of both the magnitude of changes
(size-shape covariation) and shape alone (size-shape dissociation)
with respect to the chimpanzees. At the end of growth, the adult
skull in humans reaches an allometric shape (size-related shape)
which is equivalent to that of juvenile chimpanzees with no permanent
teeth, and a size which is equivalent to that of adult chimpanzees.
Our results show that human neoteny involves not only shape
retardation (paedomorphosis), but also changes in relative growth
velocity. Before the eruption of the first molar, human growth is
accelerated, and then strongly decelerated, relative to the growth of
the chimpanzee as a reference. This entails a complex process, which
explains why these species reach the same overall (i.e., brain +
face) size in adult stage. The neotenic traits seem to concern
primarily the function of encephalization, but less so other parts of
the skull. Our results, based on the discriminant function, reveal
that additional structural traits (corresponding to the nonallometric
part of the shape which is specific to humans) are rather situated in
the other part of the skull. They mainly concern the equilibrium of
the head related to bipedalism, and the respiratory and masticatory
functions. Thus, the reduced prognathism, the flexed cranial base
(forward position of the foramen magnum which is brought closer to
the palate), the reduced anterior portion of the face, the reduced
glabella, and the prominent nose mainly correspond to functional
innovations which have nothing to do with a neotenic process in human
evolution. The statistical analysis used here gives us the
possibility to point out that some traits, which have been
classically described as paedomorphic because they superficially
resemble juvenile traits, are in reality independent of growth.

-------------------

Godfrey LR, Sutherland MR 1996 -- Paradox of peramorphic
paedomorphosis: heterochrony and human evolution.
Am J Phys Anthropol 99(1):17-42

Abstract
This paper reviews Gould's clock model for heterochronic processes
and uses that model to develop simple matrix representations of
growth and shape change. Matrix representations of growth and
development provide a common formulation for all heterochronic
processes. In particular, we show how neoteny can be diagnosed using
such a matrix approach. The literature is rife with contradictory
representations of how neoteny affects growth allometries and the
timing of developmental events, and therefore of the role of neoteny
in human evolution. Through the use of multivariate models, we
explore these relationships and the internal consistency of opposing
views. Gould's neoteny hypothesis for human evolution has been
criticized for a number of reasons. Humans do not grow slowly. The
slopes of our growth allometries show no common pattern of change vis-
à-vis those of our closest relatives. Humans prolong rather than
reduce rates of growth and development of body parts; the brain, for
example, ceases growing later in humans than in apes, but during this
prolonged period of early ontogeny, it grows at a rapid pace. This
paper evaluates Gould's hypothesis and its critiques by focusing on
particular questions. Does neoteny imply slow growth? Does it imply a
unidirectional change in the rates of growth of traits? Under
neoteny, should the brain cease growing in ancestor and descendant at
the same age? Does prolongation of phases of growth and development
confute neoteny? On the other hand, is paedomorphosis an inevitable
consequence of prolonged growth and development? We show that, for
all of these questions, the answer is no.

==============

> Realmente, me atrapalhei com as palavras. Quis
> dizer 'potencialidade de desenvolvimento', que é maior nos
> indivíduos jovens.

Na verdade não. Muitas espécies trocam de sexo depois de passar por
longos períodos como indivíduos do sexo oposto, por exemplo.

> dizer é que a testosterona é o hormônio responsável
> pela 'desfeminização' do indivíduo; e que, nos casos em que o
> desenvolvimento ontogenético se detém prematuramente,
> a 'desfeminização' não se completa, restando, por conseguinte, no
> macho adulto, um resquício de feminilidade.

Digamos q. seja assim. Isso continua a nao demonstrar q. haja um
default para a bissexualidade. (Tomando apenas esse esquema, com o
qual concordo parcialmente -- embora a minha opiniao nao tenha nenhum
peso nisso -- teriamos dificuldade em explicar o homossexualismo
feminino, por exemplo.)

> A testosterona é hormônio esteróide masculino. Sua ação determina
> não só a anatomia como também o comportamento tipicamente
> masculino.

Ela não determina, mas condiciona.

Na
> mulher, durante a ontogênese, a ação da testosterona é bloqueada.
No
> hipotálamo, a testosterona só age depois de ter sido convertida
> localmente em estradiol. Mas, na mulher, a ação do estradiol é por
> sua vez bloqueada pela progesterona.
>
> A testosterona é produzida pelos testículos e, também, pelas
> glândulas supra-renais.

No caso da mulher, cerca de metade da testosterona é produzida nos
ovários. Assim como não devemos ser literais no nome do hormônio
(testes -> testículo), não devemos ser literais na denominação
hormônio sexual masculino. Sim, a testosterona tem um papel
importante na sexualidade masculina. Mas não significa q. sua
presença na mulher (em níveis normais) implique em uma masculinização
da função sexual feminina.

> > Constatou? Ou atribuiu?
>
> Vá lá, Freud 'atribuiu'. Assim como Darwin atribuiu ao homem alguns
> caracteres de macaco, o que o fez pensar que o homem evoluiu do
> macaco.

(Darwin não disse q. o homem evolui do macaco.) No caso Darwin não
atribuiu caracteres de macaco, apenas notou q. havia semelhanças na
estrutura humana e dos macacos contemporâneos. Com base nessas
semelhanças é que ele atribuiu a ambos um ancestral em comum.

> > > > Manuel: Seria assim se não existisse uma tendência oposta e
> > > dominante. Como há, não é assim.
> >
> > Ou seja não há tendências homicidas.
>
> Sua conclusão é equivocada.

Não me parece. A menos q. vc esteja dando uma outra definição de
tendência -- q. é o q. me parece, já q. vc iguala tendência com
possibilidade. Novamente eu dou o exemplo de um jogo de loteria -- a
tendência é q. eu não acerte, mas há uma possibilidade de q. eu
ganhe. Possibilidade é a probabilidade maior do q. zero (por menor q.
seja), tendência é a probabilidade bem maior do q. zero: de tal sorte
q. o resultado ocorra na maioria dos casos.

No caso psicológico podemos admitir q. eventualmente houvesse uma
tendência inata para se praticar o homicídio, mas uma força externa
(leis, possibilidade de retaliação, etc) contrabalançar essa
tendência: a tendência de um lápis solto na posição vertical sobre
sua ponta é cair, mas se tiver um apoio, ela pode permanecer em sua
posição. E pra verificar essa tendência bastaria eliminar tais
forças. Seria impudente (e imprudente) fazer isso propositadamente no
caso humano, mas há experimentos naturais e registros históricos. Não
parece q. haja tal tendência de se matar a torto e a direito.

Mas suponhamos q. haja, q. o ser humano seja inatamente assassino
selvagem. Há diversos outros contra-exemplos mostrando q. a
existência de leis de proibição não implica na tendência de
ocorrência do ato a ser proibido. Basta ver como se move o nosso
legislativo em muitos casos, as leis não se baseiam em estudos
estatísticos de levantamento de ocorrências anuais por cem mil
habitantes em uma dada região -- mas na ocorrência de um ou outro
caso notório, de grande vulto e/ou comoção ou mesmo na percepção
equivocada das coisas.

> > Novamente não é um indicador da tendência homicida dentro de uma
> > sociedade. E' de um grupo contra o outro. A lei e' aplicada
> > internamente ao grupo.
>
> Sim, de um grupo contra outro, grupos com estreito laço de
> parentesco, recém-surgidos de um grupo comum.

Laços de parentescos não reconhecidos.

> E repito: se não existisse uma disposição nos indivíduos para
> resolver suas diferenças intra-grupais através da eliminação física
> do outro, do assassinato, não haveria a necessidade de uma norma
> do 'dever ser', de imperativos morais reforçados por leis

Imperativos morais não seguem tais necessidades. Aos talibãs as
mulheres tinham q usar burca e ponto final, Alá proibia e era isso.
Não havia levantamentos estatísticos de q. os homens atacam mais as
mulheres sem cobertura total do q. com o corpo totalmente oculto. Há
em certos locais a proibição de macacos em coletivos, não há uma
tendência de macacos andarem em ônibus. É proibido andar nu pelas
rua, mas as pessoas não andam vestidas porq. são obrigadas por lei.

> Quanto a mim, acho que os dados da genética comportamental que você
> nos forneceu são interessantes e que talvez elucidem o
> hermafroditismo e alguns aspectos importantes do homossexualismo
> exclusivo. Mas não diz absolutamente nada acerca de muitos outros
> aspectos do homossexualismo, e muito menos do bissexualismo.

Eles dizem q. talvez assumir o bissexualismo como default
ontogenético nÃo seja uma boa idéia. Esses estudos mapeiam uma área
relativamente ampla da sexualidade humana -- defeitos genéticos de
vários tipos, exposiçÃo a agentes externos no ambiente intra e extra-
uterino, a correlação genética e comportamental entre gêmeos, o peso
do fator ambiente de criação e por aí vai.

> Não esclarece o homossexualismo masculino exclusivamente ativo (o
> caso dos bofes) nem o lesbianismo exclusivamente passivo (caso
> das 'fadas').

Tampouco ou menos ainda um default para a bissexualidade. No caso de
um default para a heterossexualidade (ou até para a androfilia ou
ginecofilia -- serial ou nÃo), entraria no rol das modificações
ambientais e/ou genéticas -- bem, no caso do default para a
bissexualidade tbm teria q. apelar para algo assim.

> Por outro lado, os Bonobos, machos e fêmeas, demonstram que o
> bissexualidade de muitos primatas pode ser explicada não como uma
> patologia e sem se apelar para hipóteses fisicistas tais como 'má
> formação congênita do sistema nervoso central', 'descargas
> hormonais intra-uterinas', etc.

Para se explicar o comportamento sexual dos bonobos tbm é
interessante analisar as hipóteses fisicistas.
Qto ao caráter patológico q. vc pretende atribuir à hipótese
heterossexual, há vários aspectos a se considerar. Se isso for
verdade (e não é), tbm a hipótese bissexual atribuiria um caráter
patológico à sexualidade dos indivíduos: no caso aos heterossexuais.
Mas não é verdade q. a hipótese heterossexual atribua um caráter
patológico aos bissexuais. Por exemplo, variação na pigmentação da
pele é reconhecidamente uma característica com influências genéticas
e ambientais, não quer dizer de forma alguma q. tais variantes sejam
patológicas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/03/2003 18:00

De: "Elenice" <elemell@vant.com.br>


| Mas aí se considera que somente o atrito é responsável pela rotação.

Léo: Sim, porém 'só' para a esfera que desce a rampa e na fase de descida. Daí prá frente cancelei todos os possíveis atritos.

| Isso implica que todos os choques das outras bolas sejam alinhados pelo diâmetro das mesmas, pois se
| uma bater na outra de "raspão" irá gerar um torque que fará com que a bola gire. Depois de
| incontáveis batidas, todas as bolas estarão girando.

Léo: Aqui há um raciocínio falho. Se não há atrito, qqer que seja a direção do choque (não é preciso ser choque central = 'alinhados pelo diâmetro') só haverá, no choque, 'forças normais' e essas, por passarem pelo centro das esferas, não determinam torques ... as esferas não giram por efeito dos choques sem atrito! Não ausência de atrito "não há raspão".

E provavelmente, na mesma velocidade. Inclusive
| a bola intrusa. Se não houver uma identificação prévia, não teremos como diferenciá-la das outras.

Léo: Com as hipótese ad hoc 'parece-me' que não há falhas no meu raciocínio. Com a presença de atritos ainda não temos a resposta final!

| []s,
Léo
=========================
|
| ----- Original Message -----
| From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
| To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
| Sent: Friday, March 14, 2003 11:36 AM
| Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
|
|
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| Luiz Ferraz Netto [Léo]
| leobarretos@uol.com.br
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| -----Mensagem Original-----
| De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
| Para: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
| Enviada em: quinta-feira, 13 de março de 2003 10:55
| Assunto: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
|
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| Uma bonita questão! Em duas dimensões seria a teoria cinética dos gases onde, apenas uma molécula
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| -----Mensagem Original-----
| De: "Andrea" <andrea.flaks@bol.com.br>
| Para: <leobarretos@uol.com.br>
| Enviada em: quinta-feira, 13 de março de 2003 10:16
| Assunto: Poderia me ajudar em uma dúvida?
|
|
| É o seguinte: tenho uma mesa de bilhar
| sem caçapa e várias bolas se batendo em
| movimento contínuo tanto entre si qto nas
| laterais da mesa. De uma rampa eu solto
| uma outra bola, igual as outras. Se eu
| voltar daqui uma ou duas horas, eu sei
| qual é a bola que eu soltei da rampa
| (mesmo sem ter feito marcas nela). Como a
| bola vai estar prá eu saber que é ela?
|
| Obrigada
|
| Andrea
|
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Bissexualidade e outros temas - epílogo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/03/2003 18:03

Takata nos visita ... e só fala sobre macacos! Bolas! Deixe meus avós sossegados! :-))
Re-re-re- Bem vindo Roberto!
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 14 de março de 2003 17:52
Assunto: [ciencialist] Re: Bissexualidade e outros temas - epílogo




SUBJECT: Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "josecolucci" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/03/2003 18:40

>CONSULENTE DO LÉO: É o seguinte: tenho uma mesa de bilhar sem caçapa
e várias bolas se batendo em movimento contínuo tanto entre si qto
nas laterais da mesa. De uma rampa eu solto uma outra bola, igual as
outras. Se eu voltar daqui uma ou duas horas, eu sei qual é a bola
que eu soltei da rampa (mesmo sem ter feito marcas nela). Como a bola
vai estar prá eu saber que é ela?<

Léo,

Acho que estamos perdendo tempo com uma premissa falsa: a de que é
possível saber qual a bola que desceu pela rampa, assumindo que seja
idêntica às outras. Meu raciocínio:

1. Não existe atrito, senão as bolas não continuariam se
movimentando.

2. Não existindo atrito, as bolas não giram. Apresentam apenas
translação. Uma comparação intuitiva seriam discos de massa m
deslizando sobre uma pista de gelo.

3. Não havendo perdas por atrito e a energia do sistema se conserva,
embora a energia de cada bola varie após cada choque elástico (que
obedece as leis conhecidas da conservação da quantidade de movimento).

4. A bola que desce pela rampa introduz energia no sistema. Vamos
assumir que sua velocidade seja bem maior do que a da bola mais
rápida. (Essa parte é importante pois a velocidade é o único
parâmetro que nos permitiria distinguir a bola nova das outras, já
que o enunciado não nos dá informações sobre o número de bolas e a
geometria do sistema.)

5. Através de choques elásticos essa energia é distribuida às bolas
já presentes.

6. Ao fim de um determinado tempo, não é mais possível saber qual é a
bola que entrou no sistema com base em sua velocidade, pois choques
aleatórios distribuiram a sua energia pelas outras bolas, embora a
energia total do sistema seja a mesma.

Em resumo: sem fazer hipóteses ad hoc (p.ex: há atrito entre o par
rampa-bola, não há atrito entre mesa-bola e bola-bola, portanto a
última bola gira) não é possível distinguir entre as bolas após o
primeiro choque.

Colucci




SUBJECT: Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/03/2003 18:45

To entendendo agora... sem atrito tudo bem! Agora, qual o porquê da
pergunta em relação ao tempo?

Numa superfície (hipoteticamente) completamente lisa e bolas da mesma
forma, a explicação do Léo é consistente. Porém, fico cá pensando no
que acontece com a "rotação" da bola "intrusa" lançada da rampa
depois de sucessivos choques, como é estimado que aconteça depois de
1 a 2 horas...

Lígia

*************************************

--- Em ciencialist@y..., "Meire Cristina" <meiroca2001@h...> escreveu
> Me parece q esse problema ta desconsiderando o atrito??? Vcs não
entenderam
> assim???
>
> Meire
>
>
>
>
>
> "A Matemática é como o amor, uma idéia simples que pode se tornar
> complicada."
>
>
>
>
>
> >From: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> >Reply-To: ciencialist@y...
> >To: ciencialist@y...
> >Subject: [ciencialist] Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
> >Date: Fri, 14 Mar 2003 16:51:31 -0000
> >
> >--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> >escreveu
> > > Andei pensando ... sem gozação!
> >
> >... você está passando bem? :))
> >
> >
> > > Pensei assim: suponha que as bolas que já estão na mesa sejam
> >perfeitamente lisas, assim como as 'tabelas'; desse modo todas as
> >bolas do sistema apenas deslizam, não rolam.
> > > Se o plano inclinado mediante o qual a bola extra é posta 'na
> >festa' é áspero, a bola irá "rolar" plano abaixo e entrar no
sistema:
> >é a única bola que, pela conservação da quantidade de movimento
> >angular, apresentará e manterá rotação ... fácil de identifica-la!
> >
> >
> >
> >Mas tal rotação seria mantida mesmo depois de 1 ou 2 horas? É
isso o
> >que a consulente pergunta:
> > > ... Se eu
> > > voltar daqui uma ou duas horas, eu sei
> > > qual é a bola que eu soltei da rampa
> > > (mesmo sem ter feito marcas nela). Como a
> > > bola vai estar prá eu saber que é ela?
> >
> >E tem ainda o detalhe de que o movimento das outras bolas não é
> >interrompido. Elas pelo jeito continuarão se movimentando
> >aleatoriamente até que o atrito dê conta de pará-las, bem como à
> >bola "intrusa que veio da rampa" que é a que ela quer identificar.
> >
> >
> >A questão é mais "cabulosa" do que parece... :O
> >
> >Beijos, Lígia
> >
> >*******************************************
> >
> >
> >
> > >
> > > É um bom argumento? Tem sentido?
> > > aquele abraço,
> > >
> > > ======================
> > > Luiz Ferraz Netto [Léo]
> > > leobarretos@u...
> > > www.feiradeciencias.com.br
> > > ======================
> > > -----Mensagem Original-----
> > > De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> > > Para: "ciencialist" <ciencialist@y...>
> > > Enviada em: quinta-feira, 13 de março de 2003 10:55
> > > Assunto: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
> > >
> > >
> > > Uma bonita questão! Em duas dimensões seria a teoria cinética
dos
> >gases onde, apenas uma molécula tem Vo conhecido. Alguma sugestão?
> > > []'
> > > ======================
> > > Luiz Ferraz Netto [Léo]
> > > leobarretos@u...
> > > www.feiradeciencias.com.br
> > > ======================
> > > -----Mensagem Original-----
> > > De: "Andrea" <andrea.flaks@b...>
> > > Para: <leobarretos@u...>
> > > Enviada em: quinta-feira, 13 de março de 2003 10:16
> > > Assunto: Poderia me ajudar em uma dúvida?
> > >
> > >
> > > É o seguinte: tenho uma mesa de bilhar
> > > sem caçapa e várias bolas se batendo em
> > > movimento contínuo tanto entre si qto nas
> > > laterais da mesa. De uma rampa eu solto
> > > uma outra bola, igual as outras. Se eu
> > > voltar daqui uma ou duas horas, eu sei
> > > qual é a bola que eu soltei da rampa
> > > (mesmo sem ter feito marcas nela). Como a
> > > bola vai estar prá eu saber que é ela?
> > >
> > > Obrigada
> > >
> > > Andrea
> > >
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/03/2003 19:44

De: "Ligia Amorese"

>>To entendendo agora... sem atrito tudo bem! Agora, qual o porquê da
pergunta em relação ao tempo?

Numa superfície (hipoteticamente) completamente lisa e bolas da mesma
forma, a explicação do Léo é consistente. Porém, fico cá pensando no
que acontece com a "rotação" da bola "intrusa" lançada da rampa
depois de sucessivos choques, como é estimado que aconteça depois de
1 a 2 horas...<<

Oi Lígia,

Se houvesse a hipótese de que só há atrito entre rampa e bola minha sugestão seria boa. Todavia essa foi uma hipótese ad hoc. A descrição do Colucci completa o quadro. Houve uma 'hipótese' louvável de que não há atritos (ele baseou-se no enunciado, recorrendo ao longo tempo de observação permitido) e isso, sem dúvida, fecha a questão.
Com isso concluímos que: na teoria cinética dos gases ... uma só andorinha não faz verão, ou seja, no rol das coisas vcs não 'verão' essa andorinha.
Bom pelo menos acabei entendendo esse 'verão' desse 'ditado'! :-)

Se aplicarmos isso ao "nosso" universo fica patente que alguém de um universo alienígena, após algum tempo, jamais será notado ... o que justifica e explica a presença 'oculta' de alienígenas na Terra :-)

[]'
Léo




SUBJECT: Re: Bissexualidade e outros temas - epílogo
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/03/2003 21:47

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Takata nos visita ... e só fala sobre macacos! Bolas! Deixe meus
avós sossegados! :-))
> Re-re-re- Bem vindo Roberto!


O que? Takata "taqui"?

Onde tá tu Takata? Volta........ Vou fazer até um poeminha para
você voltar com a corda toda:

Takatinha quando nasce
se esparrama pelo chão,
menininho quando dorme,
ronca e fala de montão!

Beijos, Lígia

PS: Como diria Fagner... "longe de ti são ermos os caminhos"...
Mesmo seus macacos fazem falta... :((
Por falar nisso, cadê Mikomo?



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/03/2003 11:05


----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, March 14, 2003 6:00 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?


| Isso implica que todos os choques das outras bolas sejam alinhados pelo
diâmetro das mesmas, pois se
| uma bater na outra de "raspão" irá gerar um torque que fará com que a bola
gire. Depois de
| incontáveis batidas, todas as bolas estarão girando.

>Léo: Aqui há um raciocínio falho. Se não há atrito, qqer que seja a direção
do choque (não é preciso ser choque >central = 'alinhados pelo diâmetro') só
haverá, no choque, 'forças normais' e essas, por passarem pelo centro das
>esferas, não determinam torques ... as esferas não giram por efeito dos
choques sem atrito! Não ausência de atrito >"não há raspão".

DBOHR: Vão girar, sim, não obstante as bolas serem perfeitamente lisas.
Considere o choque entre duas bolas que apenas transladam cujos momentos
lineares difiram em direção por um ds. No momento do choque produz-se uma
força de contato que terá um componente tangencial se o choque não for
central. Esse componente tangencial induzirá um torque, que por sua vez
introduzirá uma variação de momento angular nas bolas.

Na verdade a ausência de atrito entre as bolas e o pano da mesa fará o giro
ser mais pronunciado que a experiência diárias com mesas de sinuca pode nos
fazer pensar !

Abraços,
Daniel

PS: Ao longo de muito tempo, acho que as bolas teriam uma distribuição
Boltzmanniana de velocidades :)



SUBJECT: Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/03/2003 12:00

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> De: "Ligia Amorese"
>
> >>To entendendo agora... sem atrito tudo bem! Agora, qual o
porquê da
> pergunta em relação ao tempo?
>
> Numa superfície (hipoteticamente) completamente lisa e bolas da
mesma
> forma, a explicação do Léo é consistente. Porém, fico cá pensando
no
> que acontece com a "rotação" da bola "intrusa" lançada da rampa
> depois de sucessivos choques, como é estimado que aconteça depois
de
> 1 a 2 horas...<<
>
> Oi Lígia,
>
> Se houvesse a hipótese de que só há atrito entre rampa e bola minha
sugestão seria boa. Todavia essa foi uma hipótese ad hoc. A descrição
do Colucci completa o quadro. Houve uma 'hipótese' louvável de que
não há atritos (ele baseou-se no enunciado, recorrendo ao longo tempo
de observação permitido) e isso, sem dúvida, fecha a questão.
> Com isso concluímos que: na teoria cinética dos gases ... uma só
andorinha não faz verão, ou seja, no rol das coisas vcs não 'verão'
essa andorinha.
> Bom pelo menos acabei entendendo esse 'verão' desse 'ditado'! :-)
>
> Se aplicarmos isso ao "nosso" universo fica patente que alguém de
um universo alienígena, após algum tempo, jamais será notado ... o
que justifica e explica a presença 'oculta' de alienígenas na Terra :-
)
>
> []'
> Léo

Parece brincadeira... mas de fato, não é. Uma vez inserido dentro
de um sistema em equilíbrio dinâmico, um objeto "alienígena" após
alguns sucessivos choques, tende a não ser notável já que tudo tende
a ser "normalizado" com as resultantes tendendo novamente a zero...
talvez apenas uma órbita mais excêntrica que o normal, ou o giro ao
contrário denuncie a natureza "externa" do objeto alienígena...

Agora nesse exemplo de bolas chocando-se em movimento uniforme sem
atritos, se um objeto igual for acrescentado por outra via de acesso,
como no caso uma rampa, o sistema tende a absorver a "diferença" de
alguma forma... ainda mais se o tempo é levado em conta. De todo
jeito é um exemplo bonito se tudo for idealizado completamente liso e
sem atrito de espécie alguma... com choques elásticos perfeitos, sem
giros. Como o Colucci exemplifica, já a partir do primeiro choque
não seria possível identificar a bola intrusa, a não ser talvez pelo
acréscimo de velocidade nas "batidas", sim porque a bola "intrusa"
teria maior velocidade quanto mais íngreme fosse a rampa. Pero,
depois de 1 ou 2 horas, todas as bolas já teriam absorvido a
diferença de velocidade e esta teria sido incorporada ao sistema de
forma a fazer com que todas tivessem a mesma velocidade ao se
chocarem umas com as outras...

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/03/2003 12:42


Daniel,

O Luiz Ferraz está correto. Qualquer componente da força tangencial
à superfície das bolas é por definição uma força de atrito! Sem atrito,
as forças de interação entre as bolas são somente radiais!

Abraços,

Guilherme


>From: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
>Date: Sat, 15 Mar 2003 11:05:06 -0300
>
>
>----- Original Message -----
>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Sent: Friday, March 14, 2003 6:00 PM
>Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
>
>
>| Isso implica que todos os choques das outras bolas sejam alinhados pelo
>diâmetro das mesmas, pois se
>| uma bater na outra de "raspão" irá gerar um torque que fará com que a
>bola
>gire. Depois de
>| incontáveis batidas, todas as bolas estarão girando.
>
> >Léo: Aqui há um raciocínio falho. Se não há atrito, qqer que seja a
>direção
>do choque (não é preciso ser choque >central = 'alinhados pelo diâmetro')
>só
>haverá, no choque, 'forças normais' e essas, por passarem pelo centro das
> >esferas, não determinam torques ... as esferas não giram por efeito dos
>choques sem atrito! Não ausência de atrito >"não há raspão".
>
>DBOHR: Vão girar, sim, não obstante as bolas serem perfeitamente lisas.
>Considere o choque entre duas bolas que apenas transladam cujos momentos
>lineares difiram em direção por um ds. No momento do choque produz-se uma
>força de contato que terá um componente tangencial se o choque não for
>central. Esse componente tangencial induzirá um torque, que por sua vez
>introduzirá uma variação de momento angular nas bolas.
>
>Na verdade a ausência de atrito entre as bolas e o pano da mesa fará o giro
>ser mais pronunciado que a experiência diárias com mesas de sinuca pode nos
>fazer pensar !
>
>Abraços,
>Daniel
>
>PS: Ao longo de muito tempo, acho que as bolas teriam uma distribuição
>Boltzmanniana de velocidades :)
>


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/03/2003 15:00


----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, March 15, 2003 12:42 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?


>
> Daniel,
>
> O Luiz Ferraz está correto. Qualquer componente da força tangencial
> à superfície das bolas é por definição uma força de atrito! Sem atrito,
> as forças de interação entre as bolas são somente radiais!
>
> Abraços,
>
> Guilherme


Qualquer componente ?

Muito bem... então imaginem a mesma situação, mas em vez de várias bolas na
mesa, pensemos numa única bola, de material isolante, transladando sem
atrito na mesa ideal.

Seja agora uma carga elética pontual encrustada na superfície da bola. Em
seguida, ligamos um campo elétrico paralelo à mesa, mas com orientação
diferente daquela do momento linear da bola. Um campo muito intenso, mas de
curta duração. A carga elétrica sente o puxão do campo e não tem escolha
senão tentar se mover de acordo com a força elétrica, gerando assim um
torque, que porá a bola em giro.

Cadê o atrito ?

Se lembrarmos que as forças de contato são em última instância forças
coulombianas em ação, mesmo que imaginemos as bolas do problema original
perfeitamente lisas e perfeitamente rígidas e os choques, completamente
inelástico (isto é, sem que as bolas se deformem durante a colisão), ainda
assim teremos uma situação análoga a que acabei de descrever. Portanto, há
giro.

Abraços,
Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/03/2003 16:10

Olá, estou chegando nesta lista também...

Discordo, Daniel. É claro que as forças de atrito são, em última análise,
devidas à interação eletromagnética, mas se, por hipótese, não há atrito,
não há forças tangenciais, que são a definição de atrito - forças
tangenciais de contato que se opõem ao movimento relativo entre duas
superfícies.
É claro que é impossível realizar este experimento, mas, como um problema
idealizado, é consistente.

E, pelo que posso ver, a única solução compatível com o enunciado é a dada
pelo Luiz Ferraz.
Se as bolas vão estar em movimento duas horas depois, não há atrito
mesa-bolas. E se é possível identificar a nova bola, uma solução (a única
pensada aqui até agora) é que a nova bola tem um momento angular inicial, e
não há atrito entre as bolas, de forma que este momento angular é conservado
pelas colisões centrais.

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, March 15, 2003 3:00 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?



----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, March 15, 2003 12:42 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?


>
> Daniel,
>
> O Luiz Ferraz está correto. Qualquer componente da força tangencial
> à superfície das bolas é por definição uma força de atrito! Sem atrito,
> as forças de interação entre as bolas são somente radiais!
>
> Abraços,
>
> Guilherme


Qualquer componente ?

Muito bem... então imaginem a mesma situação, mas em vez de várias bolas na
mesa, pensemos numa única bola, de material isolante, transladando sem
atrito na mesa ideal.

Seja agora uma carga elética pontual encrustada na superfície da bola. Em
seguida, ligamos um campo elétrico paralelo à mesa, mas com orientação
diferente daquela do momento linear da bola. Um campo muito intenso, mas de
curta duração. A carga elétrica sente o puxão do campo e não tem escolha
senão tentar se mover de acordo com a força elétrica, gerando assim um
torque, que porá a bola em giro.

Cadê o atrito ?

Se lembrarmos que as forças de contato são em última instância forças
coulombianas em ação, mesmo que imaginemos as bolas do problema original
perfeitamente lisas e perfeitamente rígidas e os choques, completamente
inelástico (isto é, sem que as bolas se deformem durante a colisão), ainda
assim teremos uma situação análoga a que acabei de descrever. Portanto, há
giro.

Abraços,
Daniel


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/03/2003 18:14


----- Original Message -----
From: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, March 15, 2003 4:10 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?


> Olá, estou chegando nesta lista também...
>
> Discordo, Daniel. É claro que as forças de atrito são, em última análise,
> devidas à interação eletromagnética, mas se, por hipótese, não há atrito,
> não há forças tangenciais, que são a definição de atrito - forças
> tangenciais de contato que se opõem ao movimento relativo entre duas
> superfícies.
> É claro que é impossível realizar este experimento, mas, como um problema
> idealizado, é consistente.


Eu entendo esse raciocínio. Talvez o que esteja me confundindo (e na
verdade, fez com que eu evitasse comentar o mail original até agora) é essa
definição de forças de atrito = forças tangenciais. Esta identidade não está
clara para mim. Posso ter uma força atuando apenas sobre um diferencial de
massa dm na superfície da bola e isso produziria um torque.

Deixe ver se eu entendi: o argumento de vocês é que devido à forma
perfeitamente esférica e indeformável das bolas, todo contato entre elas se
dá em um único ponto e o impulso do choque é transferido para o centro delas
independentemente do parâmetro de impacto.

Ahh, bom. Assim está certo. O problema é que, segundo entendo, os únicos
corpos que não sofrem forças tangenciais são os fluidos... e estávamos
tratando aqui de corpos rígidos, daí minha confusão.

Abraços,
Daniel

PS: na minha última mensagem, onde se lê "inelástico", leia-se "elástico",
por favor :-P



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/03/2003 18:26

Aliás... o enunciado dizia alguma coisa sobre as bolas serem perfeitamente
rígidas e *indeformáveis* ? Se elas não forem indeformáveis, posso ter
forças de contato que não serão de atrito e também não serão radiais.

Abraços,
Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/03/2003 18:58

Não, o enunciado nem mesmo dizia que não havia atrito. Isso é apenas uma
hipótese necessária (até prova em contrário) para que o problema tenha
solução. De certa forma a hipótese está embutida no enunciado quando ele
afirma saber qual é a bola extra uma hora depois. Assim, se há apenas uma
maneira de isto ser possível, esta é a resposta.

Claro, que, a rigor, o experimento é inviável. O máximo que poderíamos é ter
um atrito reduzido e distinguir a bola extra até talvez algumas dezenas de
segundos depois, quando ela começaria a perder velocidade e momento angular
pelo atrito com a mesa e pelas colisões.

Mas a questão é que não temos que argumentar as razões por que o experimento
é inviável, mas buscar uma hipótese que seja consistente com a sua solução,
que no caso é uma idealização.

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, March 15, 2003 6:26 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?


Aliás... o enunciado dizia alguma coisa sobre as bolas serem perfeitamente
rígidas e *indeformáveis* ? Se elas não forem indeformáveis, posso ter
forças de contato que não serão de atrito e também não serão radiais.

Abraços,
Daniel


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/03/2003 21:19

Seja como for, a história toda de atrito ser igualado com força tangencial
está me aborrecendo. Nunca vi isso declarado ou provado de forma definitiva.

Acho que passarei o domingo me aprofundando na questão.

Abraços,
Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/03/2003 21:59


>From: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
>Date: Sat, 15 Mar 2003 15:00:18 -0300
>
>Muito bem... então imaginem a mesma situação, mas em vez de várias bolas na
>mesa, pensemos numa única bola, de material isolante, transladando sem
>atrito na mesa ideal.
>
>Seja agora uma carga elética pontual encrustada na superfície da bola. Em
>seguida, ligamos um campo elétrico paralelo à mesa, mas com orientação
>diferente daquela do momento linear da bola. Um campo muito intenso, mas de
>curta duração. A carga elétrica sente o puxão do campo e não tem escolha
>senão tentar se mover de acordo com a força elétrica, gerando assim um
>torque, que porá a bola em giro.
>
>Cadê o atrito ?

Está bem aí: essa interação elétrica que você colocou a mão é uma
força de atrito. Isso contradiz sua hipótese inicial, da bola estar
sem atrito.

>Se lembrarmos que as forças de contato são em última instância forças
>coulombianas em ação, mesmo que imaginemos as bolas do problema original
>perfeitamente lisas e perfeitamente rígidas e os choques, completamente
>inelástico (isto é, sem que as bolas se deformem durante a colisão), ainda
>assim teremos uma situação análoga a que acabei de descrever.

A situação não é análoga, e sim bem diferente. Num caso existe um
elétron sobrando, e no outro as bolas têm carga total neutra (apesar
de um elétron sozinho ser muito pouco). Além da incomum presença de
um campo elétrico paralelo à mesa, conferindo uma anisotropia nada
natural para uma mesa de bilhar.

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/03/2003 02:54

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese"
Sent: Thursday, March 13, 2003 1:56 AM
Subject: [ciencialist] Re: Mecânica clássica x quântica - 1ª Parte

Olá Lígia

Desculpe a demora, pois estou retornando de um ligeiro período de
iNETividade. :-) Pelo visto perdi uma discussão proposta pelo Léo sobre o
meu tema predileto, o da física de bolinhas elementares (se bem que não
sejam tão elementares assim). Mas parece que, momentos angulares à parte, a
discussão está se processando satisfatoriamente e portanto não vou pegar
esse bonde andando, pois parece que ele já está chegando ao fim da linha.

> > 1) Como justificar o vetor "A" como o representante matemático das
> > informações eletromagnéticas, um tipo importante do chamado "espírito da
> > matéria" newtoniano? Esse questionamento é crucial, e tem muito de
> > física e de matemática, mas muito também de filosofia. Muitos desses
> > detalhes filosóficos nós já discutimos, mas isso não significa que não
> > possamos rediscutir, mesmo porque o enfoque agora é outro. Antes
> > estávamos especulando sobre o "espírito da matéria" e agora estamos
> > tentando estabelecer uma ponte entre a sua natureza metafísica e a
> > realidade experimental. Em que momento a filosofia do "espírito da
> > matéria" dá lugar à ciência das "informações do movimento da matéria"?

> Lígia: Pois então, mãos à obra porque você se adiantou em fazer as
> perguntas que eu faria! :)

:-) Na realidade, eu não fiz apenas uma pergunta, mas sintetizei toda a
realidade da nossa ignorância sobre o assunto. E quando digo "nossa" não
estou me referindo a nós dois, mas a toda a comunidade científica da qual
fazemos parte.

A classificação de físicos em relativistas e absolutistas, faria sentido até
Mach, inclusive, e a relatividade em questão seria a clássica. A matemática
era tão somente um instrumental útil aos físicos. Hoje não é tão fácil falar
em espaço newtoniano frente a essas matrizes desvirtuadas de espaço e tempo
que andam por aí. Hoje todos se dizem relativistas. Não obstante, são quase
todos absolutistas disfarçados, e o absoluto agora é outro.

Pois bem, deixando de lado esses absurdos eu diria que a coisa começa pela
recaracterização do que representaria para nós o espaço físico. Ora o que é
física? Não seria o estudo da natureza, ou de como se nos mostra a natureza?
Esse estudo não deveria se pautar pelos objetos a ocuparem um espaço a
satisfazer uma geometria euclidiana? Pois essa é a base da física
newtoniana, o resto são experiências que deveriam ser interpretadas frente a
essa realidade. A meu ver toda a física teria que se encaixar na realidade
dos quatro e únicos essenciais newtonianos, e só a partir daí poder-se-ia
pensar em encontrar a matemática a dar certo. O mais é ficção.

Ao retornarmos a um espaço clássico e euclidiano, ficamos frente a duas
realidades: a absolutista newtoniana e a relativista leibniziana. E tanto
uma quanto outra se desdobraram em inúmeras facções. Até mesmo as facções
absolutistas abandonaram a coerência newtoniana ao ignorarem a importância
do campo (espírito da matéria) e a valorizarem aspectos relativistas: ação
instantânea à distância, algo que entrou na física newtoniana pela porta dos
fundos, através de um prefácio escrito por um editor imprudente dos
Principia.

Para retornarmos ao genuíno absolutismo newtoniano precisaríamos
primeiramente entender o que seria o espaço relativo, pois é neste espaço
que vivemos. Uma vez concebido esse espaço relativo podemos pensar na
inércia e nos possíveis referenciais inerciais. Até aí não existe cisma
algum entre relativistas (clássicos) e absolutistas. Não obstante ficamos
frente àquela citação de Einstein e Infeld: "A física clássica flutua no
ar". Por mais que esse modelo de referenciais dê certo, fica-nos a idéia de
um referencial privilegiado. Em alguns referenciais o modelo newtoniano dá
certo, enquanto que em outros precisamos efetuar determinadas correções
relativísticas.

Quando Newton propõe a experiência do balde e, como acessório, expõe a
experiência de pensamento dos globos giratórios, ele está simplesmente
tentando demonstrar a existência de um movimento absoluto. Não obstante,
esse movimento absoluto ainda está fixo a um referencial relativo. Ou seja,
está fixo a um referencial onde o seu modelo funciona (referencial
inercial), e que seria um referencial em repouso em relação às "estrelas
fixas". Neste referencial ele consegue demonstrar a lógica de um movimento
absoluto sob o aspecto da rotação. Essa idéia é perfeita e até hoje não há
como contestá-la.

Mach não resolveu esse problema, apenas abriu uma porta onde Einstein entrou
e ficou durante toda a sua vida tentando encontrar outra saída, sem no
entanto visualizar nada além da porta de entrada. É importante perceber no
entanto que com essas experiências Newton simplesmente apontou outra porta,
onde ele entrou e se defrontou com inúmeros mistérios passíveis de solução
experimental, porém não com os recursos que dispunha na época. Todos esses
mistérios relacionam-se com o "espírito da matéria", como Newton chega a
comentar "de leve" no derradeiro escólio dos Principia.

Somente após Faraday seria possível se pensar em evoluir experimentalmente
em direção à resolução desses mistérios, algo tentado por Maxwell (que
morreu em meio a seus estudos a respeito -- Maxwell morreu aos 48 anos de
idade). É interessante ressaltar que as "ondas eletromagnéticas" parecem ter
se constituído num impecilho enorme nessa direção, e chamo a atenção para
o fato de que a Óptica de Newton não é, em hipótese alguma, produto de
perfumaria, ou algo escrito com a única finalidade de enfeitar a biblioteca
dos físicos modernos.

A Óptica de Newton está toda entrelaçada com a sua mecânica e, muito em
particular, com o "espírito da matéria". Newton não se agarrou à idéia de
luz corpuscular apenas para ser contrário a Huyghens, pois sentiu a
necessidade de compatibilizar sua Óptica com sua mecânica, e sabia que uma
luz ondulatória iria contra os essenciais de sua física. Mesmo porque, até
mesmo a onda mecânica, como por exemplo o som, necessita de alguma coisa de
natureza não ondulatória a se propagar e a transmitir a vibração de um
corpúsculo do meio a outro. Para o caso das ondas mecânicas essa alguma
coisa nada mais é senão o próprio espírito da matéria. Mas assumir uma luz
ondulatória seria equivalente à criação de um novo essencial (o éter) em uma
física que já se bastava com seus quatro essenciais: espaço, matéria,
movimento e informação.

Suponhamos então que a solução seja aquela proposta por Newton. Existe,
neste caso, um movimento rotacional absoluto. Mas... O que dizer quanto à
translação? Existiria um movimento translacional absoluto? Ou seriam todos
os referenciais inerciais equivalentes entre si, como propõem os
relativistas clássicos? (E os modernos também, se bem que sob argumentos
outros). Essa resposta Newton não deu, simplesmente deixou a entender que no
futuro, com o desenvolvimento da tecnologia, estaríamos capacitados a
efetuar experiências relacionadas a seu "espírito da matéria", responsável
pelo que hoje chamamos, a partir de Faraday, campos de interação.

Ora, como se comportam esses campos no nosso referencial (o mesmo suposto
por Newton em repouso em relação às "estrelas fixas")? A resposta é simples.
No nosso referencial o campo gravitacional é aquele mesmo definido por
Newton, assim como o campo elétrico é semelhante a esse, como mostrado por
Coulomb (1784). O magnético é um pouco mais complicado, mas eu tenho
mostrado que pode-se perfeitamente pensar em uma unificação entre
eletricidade e magnetismo por uma maneira 100% clássica e a satisfazer
totalmente a experimentação dos séculos anteriores, a incluir aquela do
século XX. Perceba então que a expressão matemática de qualquer desses
campos (gravitacional, coulombiano, amperiano e, até mesmo, o meu campo de
um elétron) dá-se através de uma constante.

Será que essa constante é mesmo uma constante absoluta e universal? Sim,
estou me referindo àquela constante G, da lei de Newton, ou a constante K da
lei de Coulomb, ou a constante K da minha teoria sobre o elétron. Seriam
essas constantes realmente universais? Será que a lei gravitacional de
Newton, medida na nossa Galáxia, assumiria um mesmo valor para G, se a
medida fosse efetuada pelos habitantes de quaisquer outras galáxias do
Universo? Será que todas as galáxias viajam em uma mesma velocidade em
relação a um possível referencial absoluto newtoniano (agora sim, absoluto
em relação à translação, e não apenas à rotação, como ele mostra na
experiência do balde)?

A esse respeito eu chego a afirmar em minha teoria sobre o elétron (item
7.2.1): "Como já afirmei em artigo anterior [40, op cit.], o escalar K, da
hipótese 1 (e, portanto, o valor absoluto do vetor w), parece conter
segredos relacionados aos referenciais inerciais, que somente a física
experimental pode decifrar. Seria extremamente interessante verificar se o
seu valor absoluto, uma vez definido, permanece ou não idêntico, qualquer
que seja o referencial inercial considerado. A variabilidade de K seria um
indício fortemente sugestivo a corroborar a intuição de Newton quanto à
existência de um referencial absoluto. É de se esperar, no entanto, a
observação de K aproximadamente constante para v << c."

Quando eu falo em "v << c" alguns gaiatos acham que estou apoiando-me na
relatividade moderna. Como se eu pudesse negar essa evidência experimental,
a de que há algum mistério a relacionar-se grandes velocidades. Ou seja,
esse mistério existe sim, mas pode ser explicado sem a necessidade da
despersonalização de uma física genuinamente newtoniana.

Em outras palavras: Não se deve confundir uma lei com as suas constantes.
Uma lei universal não implica que suas "constantes" sejam constantes
universais. Nada impede que G seja função da velocidade absoluta da fonte,
G = f(v), e a lei continuaria sendo a mesma, apenas assumindo-se a
variabilidade de sua "constante".

Ora, se os campos de interação forem conseqüentes a um *essencial* da física
newtoniana, a que chamo "informação" (o espírito da matéria de Newton), e se
essa informação for emitida por um elemento *em virtude* de seu movimento em
relação a um único referencial absoluto, é de se supor que se esse elemento
estiver em repouso ele não emitirá informação alguma, logo não gerará campo
algum. Se esse elemento estiver em movimento absoluto, essas informações
serão tão mais efetivas quanto maior for a velocidade (seja de translação ou
de rotação). Se é essa informação quem gera os campos, nada mais lógico do
que conceber que as leis de campo devem conter em suas fórmulas essa
dependência. E nada mais simples do que satisfazer essa dependência através
da variabilidade das "constantes" dessas leis. Isso é o que eu digo em
teoria, pois na prática isso precisa de algum tipo de comprovação
experimental. Mas... Quem irá se dignar a pensar nisso, que não é fácil de
ser posto em prática, numa era em que os físicos experimentais estão mais
preocupados em firmar 100 anos de ficção criada pelos físicos teorizadores?

> Lígia: É, o conceito de espaço absoluto, aliado ào espírito da
> matéria, ou muito me engano ou permeiam a totalidade do Universo! É
> necessário que tais conceitos sejam compreendidos de forma clara e
> sem margem à dúvida. Ah e principalmente: que nenhum dos dois
> conceitos caia na graça de ser alcunhado de "acepção metafísica" da
> natureza de x ou de y... é caminho andado na direção certa da
> exclusão do meio científico. Infellizmente...

Nada contra a metafísica deste que ela represente tão somente uma muralha
inexpugnável. Pois nesse caso ela não faz parte de nosso estudo, e deve ser
deixada a cargo dos que gostam de estudá-la. Eu diria que a física
newtoniana apóia-se em quatro essenciais. Ora, se ela começa a partir desses
postulados de existência, a natureza íntima desses essenciais não pode ser
decifrada pela teoria que se alicerça nos mesmos. Mas isso não significa uma
impossibilidade de decifrarmos a estrutura desses essenciais até chegarmos
no limite da indeterminação. Acima mostrei que é possível em teoria
mensurar o absolutismo do movimento através de uma variabilidade nas
expressões que nos dão os campos de informações. Com isso vamos nos
aproximando desses essenciais, até chegarmos na sua realidade última, e essa
sim será indecifrável.

Por exemplo, suponhamos a hipótese da existência de um tijolo de matéria
único (digamos, um átomo de Demócrito). Se chegarmos experimentalmente na
comprovação dessa idéia, não poderemos dizer mais nada a respeito. Jamais
poderemos dizer do que seria constituído esse tijolo, pois esta seria a
realidade última da matéria. Ou seja, existe uma indeterminação que está
muito além daquela proposta por Heisenberg, e essa indeterminação não é
física, mas metafísica, e inerente aos quatro essenciais newtonianos.

> Ainda hoje vi numa resposta de um co-listeiro que eu uso uma linguagem
> poética e pelo jeito é isso o que "trava" certos entendimentos da
> parte de quem lê o que escrevo.

O ser intuitivo dificilmente é compreendido por um indivíduo normal. ;-)

> Lígia: A necessidade matemática é mais de "aferição". É um meio de
> conferir se está tudo bem, sem ter que entrar no meio da
> bagunça... :)) O fato é que se não há um meio de equacionar algo,
> esse algo não pode ser compreendido "universalmente" nem estar
> sujeito a testes. Que pena... mas necessidade não se discute.

Eu ainda acho que o equacionamento é uma necessidade secundária. Importante,
porém secundária.

> Lígia: (...) Já conversamos que nem tudo é movimento e que há o
> que é "movimentado". De onde se originaria a idéia de que existe
> esse algo que movimenta, ou que permite que as informações sejam
> transmitidas a fim de permitir que a matéria exista, bem como a forma
> com que Newton abordou o tema.

Não sei se entendi a dúvida, mas eu acho que as idéias surgem para explicar
o que existe. Sob esse aspecto eu sou adepto do realismo: a natureza existe
independentemente de a observarmos. O que não significa dizer que ao
observarmos não possamos modificar a realidade, mas nesse caso fazemos
parte dessa realidade, e ela é como é, e não como gostaríamos que fosse. A
meu ver não há como "inventar" uma realidade, mas deve-se sim "descobrir" a
realidade existente. A nossa função não difere muito daquela da criança ao
reunir as peças de um quebra-cabeças. Se ela "inventar" uma nova peça, esta
peça dificilmente se encaixará no quebra-cabeças.

No caso em apreço, eu diria que o segredo é partir para a explicação causal
da existência dos campos de interação, sem acrescentar nenhuma outra peça
que não as quatro imaginadas por Newton: espaço, matéria, movimento e
informação. Se a "matéria" se interage através do "espaço", isso se deve a
ela emitir alguma coisa, "informação", que se propaga por esse "espaço", e a
relacionar-se a alguma causa primária, e dentre os quatro só sobrou o
"movimento". Perceba que o que a informação promove nada mais é senão uma
troca de movimentos, pois este tem se mostrado ser conservativo. Ou seja, a
matéria informa ao espaço o seu movimento absoluto, e esta informação, ao
agir sobre outra matéria, modifica o movimento absoluto da segunda.
Concomitantemente, se esta segunda está sob a ação da primeira, a primeira
também estará sob a ação da segunda, e é desta forma que a matéria troca
movimentos.

Ou a física se explica através tão somente desses quatro essenciais, ou
deveremos partir para outra física tão elementar quanto essa, o que
obviamente não é o caso da física moderna (existe pelo menos 20 conceitos
estratosféricos criados no século XX dentre os mais fundamentais da física
moderna, deixando-se de lado os secundários, caso em que chegaríamos a
centenas de gnomos quantum-relativistas).

> O que eu penso que ainda esteja faltando para a minha compreensão é
> entender os mecanismos de tal "operador".

Eu diria que esse operador traduz-se *fisicamente* por algo muito semelhante
ao andar no vácuo dos automobilistas. Uma saída louvável seria a utilização
do princípio de Le Chatelier da físico-química: "Modificando-se uma das
condições que definem o estado de um sistema em equilíbrio, o mesmo responde
opondo-se a esta alteração." A partir desse princípio não é difícil
chegar-se em uma lei da ação e reação a levar em consideração a comunicação
a distância intermediada por um agente a se propagar em velocidade finita.
Em eletromagnetismo existe a correspondente lei de Lenz, via de regra
estudada logo após a lei de Faraday.

*Matematicamente* isso traduz-se por operadores diferenciais, mas é aí que a
coisa começa a se complicar.

> Engraçado é que eu estou traduzindo um texto sobre
> os "memes" do Dawkins e me ocorreu uma idéia estranha: a de que tais
> corpúsculos de Newton pudessem estar sujeitos ao mesmo algoritmo de
> multiplicação que os genes e os memes... idéia estúpida, mas bem que
> pode ser verdade... :))

Quanto a isso eu não posso ajudá-la em nada, pois desconheço a teoria dos
"memes". :-)

> > PS.: (...) Mas de uma forma ou de outra já recebi críticas dos
> > seguintes físicos: (...) e muitos outros (...).

Neste trecho da mensagem anterior, aqui bastante cortada, eu não pretendi
relacionar todos, mas apenas os que mais me questionaram, pois os "muitos
outros" são realmente muitos. Mas já que eu citei alguns, eu não poderia
nunca deixar de citar também o Eduardo Gueron, o Tarcísio Borges e o Leandro
Hollanda. Com todos esses briguei bastante no passado (deve estar faltando
gente pacas, mas a minha memória não é lá das melhores). O Hollanda,
inclusive, tornou-se grande amigo meu. De toda a galera que conheci na
Internet, o Hollanda foi o único que acabei conhecendo ao vivo, e pudemos
discutir bastante sobre física. Dessas discussões ao vivo, nós dois saímos
vivos ;-) e hoje nos respeitamos bastante. No momento ele está preparando a
tese de doutoramento, mas creio que no futuro ele não resistirá ficar
afastado de nós e certamente voltará para a Ciencialist.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/03/2003 09:01


----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, March 15, 2003 9:59 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?


>
> >
> >Cadê o atrito ?
>
> Está bem aí: essa interação elétrica que você colocou a mão é uma
> força de atrito. Isso contradiz sua hipótese inicial, da bola estar
> sem atrito.

Não senhor. A força elétrica é conservativa. Atrito, por definição, não é. A
"interação que coloquei à mão" é uma maneira de simular o choque com outra
bola.

Claro que você pode dizer que a carga elétrica irradia enquanto a bola faz a
curva (pois está acelerada) e com isso perde energia. Resta saber se essa
perda seria igual ou comparável à perda por atrito com a colisão com outra
bola. caracterizando assim o atrito. Mas isso eu deixo como exercício :-)

>
> A situação não é análoga, e sim bem diferente. Num caso existe um
> elétron sobrando, e no outro as bolas têm carga total neutra (apesar
> de um elétron sozinho ser muito pouco). Além da incomum presença de
> um campo elétrico paralelo à mesa, conferindo uma anisotropia nada
> natural para uma mesa de bilhar.

É claro que um campo elétrico numa mesa é incomum (mais incomum que a
ausência de atrito?). Mas em última instância é o que acontece quando duas
bolas de bilhar colidem: os campos elétricos superficiais das bolas impedem
que uma passe por dentro da outra.

Vou repetir mais uma vez: a única coisa que não me convenceu nessa história
toda foi a identificação das forças de atrito com as forças tangenciais. Vou
fazer umas contas daqui a pouco e volto para dizer o que achei :-)

Abraços,
Daniel



SUBJECT: Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/03/2003 10:25

--- Em ciencialist@y..., "Daniel Bezerra" <nielsbohr@u...> escreveu
> É claro que um campo elétrico numa mesa é incomum (mais incomum que
a
> ausência de atrito?). Mas em última instância é o que acontece
quando duas
> bolas de bilhar colidem: os campos elétricos superficiais das bolas
impedem
> que uma passe por dentro da outra.

Olá Daniel,

E eu pensando que já estavam eletrocutando as pobres bolas... :))
Bela observação... mas convenhamos, tal campo não deve ser levado em
conta. Afinal, dependemos dele inclusive para existir... sem ele
nem moléculas teriam a chance de serem formadas.


> Vou repetir mais uma vez: a única coisa que não me convenceu nessa
história
> toda foi a identificação das forças de atrito com as forças
tangenciais. Vou
> fazer umas contas daqui a pouco e volto para dizer o que achei :-)


O caso é o seguinte: O Léo concebeu a idéia de emprestar uma
configuração totalmente hipotética à mesa, às bolas e por conseguinte
aos resultados observáveis na experiência. Assim ele postulou que
uma das coisas que acontecem com objetos isentos da ação direta do
atrito é o choque elástico em que não há perda de energia de espécie
alguma. Se não há perda, então vejamos: as bolas em movimento
uniforme estarão todas "deslizando" suvemente pela superfície
completamente polida da mesa de bilhar hipotética durante todo tempo
da experiência, sem giros, torques, nem momentum angular algum...
ora, no caso de choques entre elas, se não há giro nem atrito de
espécie alguma entre as superfícies, não haverá giro algum decorrente
do choque entre as bolas simplesmente poque o "toque" ocorrá só na
tangente da curvatura a nível radial/horizontal em relação à
superfície. Por conseguinte elas mantém o movimento contínuo sem
giro... como se fossem "discos".

O "erro" na idéia dele foi considerar que a rampa produziria atrito
suficiente para promover o "giro" da bola a ser inserida no sistema.
Numa situação hipotética completamente isenta de atrito mesmo na
rampa, a bola a ser lançada também deslizaria rampa abaixo e seguiria
deslizando para a mesa e os choques com as demais bolas. No caso de
haver algum coeficiente de atrito só na superfície da rampa, a bola a
ser inserida giraria e então tal giro permaneceria também inalterado
dada a falta de pontos de atrito entre as bolas... e foi nisso que
ele se baseou para argumentar que a bola "intrusa" seria visualisável
horas depois de ser inserida ao conjunto: ela seria a única girando
em meio a outras apenas "patinando"...

Beijos, Lígia

PS: Ele viajou na maionese... mas convenhamos, que é uma concepção
artística bonita, lá isso é... :))



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/03/2003 10:41

Lígia,

Sua explicação foi bastante concisa, obrigado :-))

De fato, como o Eric apontou, é inútil discutir o por quê do experimento ser
inviável - sabemos que ele é. A solução do Leo é de fato elegante e resolve
a questão.

Mas o que estou levantando é que nunca vi essa identificação de forças
tangenciais com forças de atrito... e que talvez haja uma forma de fazer uma
força tangencial aparecer nas bolas da mesa sem que esta tenha origem no
atrito, o que então nos deixaria sem solução de novo.

Abraços,
Daniel

PS: Eu poderia apelar para uma interação *gravitacional* entre as bolas que
comunicaria forças diferentes em diferentes partes de uma mesma bola, o que
a faria girar... mas nem eu sou cínico o bastante para isso... efeitos de
maré em bolas de bilhar, hahahahahaha !
:-D



SUBJECT: Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/03/2003 11:03

--- Em ciencialist@y..., "Daniel Bezerra" <nielsbohr@u...> escreveu
> Mas o que estou levantando é que nunca vi essa identificação de
forças
> tangenciais com forças de atrito... e que talvez haja uma forma de
fazer uma
> força tangencial aparecer nas bolas da mesa sem que esta tenha
origem no
> atrito, o que então nos deixaria sem solução de novo.

Mas não há forças tangenciais nessa condição hipotética. Apenas o
fato do toque que se dá no ponto de tangente de curvatura das bolas
nesse caso em que é desprezado qualquer coeficiente de atrito
(imagine "discos" quando eu falar nas "hipotéticas-bolas-polidas-
patinadoras-do-Léo", ops, "deus"). E mesmo se houvesse algum campo
elétrico a ser acrescentado, isso seria por conta e risco do
experimentador... :))


> PS: Eu poderia apelar para uma interação *gravitacional* entre as
bolas que
> comunicaria forças diferentes em diferentes partes de uma mesma
bola, o que
> a faria girar... mas nem eu sou cínico o bastante para isso...
efeitos de
> maré em bolas de bilhar, hahahahahaha !
> :-D

Se as bolas fossem tomadas por átomos de um gás hipotético no disco
de acréscimo de um buraco-negro até que tal idéia não seria de todo
descartável...

To brincando. :))) Senão daqui já-já vai ter nego se descabelando
para achar o coeficiente de atrito do espaço-tempo servindo de "mesa
de bilhar atômico" e o tipo de interação eletromagnética entre os
átomos influenciados pelas ondas gravitacionais intensas do BN sobre
a porção de espaço-tempo em que se desenrola o drama das colisões
anelásticas indutoras de rotação nas colisões dos átomos do gás
hipotético... afe!

Beijos, Lígia



SUBJECT: O ceticismo do cientista
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/03/2003 11:28


Marcelo Gleiser
especial para a Folha

Volta e meia, leitores me questionam sobre o que lhes parece ser o
exagerado -ou pouco razoável- ceticismo do cientista. As abordagens
variam. Algumas vezes, acham inconsistente um cientista se dizer ateu
quando não pode responder a certas questões básicas, como, por
exemplo, a origem do Universo ou da vida. Dizem eles: "Vocês falam do
Big Bang, o evento que iniciou tudo. Mas de onde veio a energia que
provocou esse evento? Como falar de algo material surgindo do nada,
sem a ação de um ser imaterial, isto é, divino?" Outras críticas
dizem respeito à descrença em fenômenos paranormais, sobrenaturais,
OVNIs e seres extraterrestres, espiritismo etc.
Segundo estatísticas recentes feitas pela fundação Gallup nos Estados
Unidos, em torno de 50% dos americanos acreditam em percepção extra-
sensorial. Mais de 40% acreditam em possessões demoníacas e casas mal-
assombradas, e em torno de 30% crêem em clarividência, fantasmas e
astrologia. Não conheço estatísticas semelhantes para o Brasil, mas
imagino que os números devam ser no mínimo comparáveis.
Sem a menor dúvida, a luta do cético é ingrata; ele estará sempre em
minoria. Existem muito mais colunas sobre astrologia do que sobre
astronomia ou ciência nos jornais e revistas do Brasil e do mundo.
Mas, sem ceticismo, a sociedade estaria fadada a ser controlada por
indivíduos oportunistas que se alimentam dessa necessidade muito
humana de acreditar. Ela existe para todos não há dúvidas. Mesmo o
cético deve acreditar no poder da razão para desvendar os muitos
mistérios que existem. A paixão que o alimenta é a mesma do crente,
mas direcionada em sentido oposto.
Devido a esse ceticismo, muitas vezes os cientistas (incluindo este
que lhes escreve) são acusados de insensibilidade. De jeito nenhum.
Eu tenho grande respeito pelos que acreditam. O que me é difícil
aceitar é a exploração que existe em torno dessa necessidade, a
exploração da fé. Na Índia, por exemplo, recentemente apareceram
milhares de "homens-deuses", que se dizem meio deuses, meio gente. No
México, funcionários do governo frequentam seminários sobre como usar
o poder dos anjos. O Peru está cheio de psíquicos, enquanto na França
são aromaterapeutas. Testes em laboratório visando verificar poderes
extra-sensoriais invariavelmente falham.
O famoso paranormal israelense Uri Geller, que dobrou garfos na
frente de milhões nos anos 70, foi desmascarado como fraudulento. O
meu orientador de doutorado na Inglaterra, impressionado com Geller e
outros médiuns, montou um laboratório para testar seus poderes. Ele o
fez com ótimas intenções, para explorar a origem desses poderes de
modo a divulgá-las para o resto da humanidade. Mas falharam todos.
Voltando à questão do Big Bang. A religião não deve existir para
tapar os buracos da nossa ignorância. Isso a desmoraliza. É verdade,
não podemos ainda explicar de forma satisfatória a origem do
Universo. Existem inúmeras hipóteses, mas nenhuma muito convincente.
Mesmo se tivéssemos uma explicação científica, sobraria uma outra
questão: o que determinou o conjunto das leis físicas que regem este
Universo? Por que não um outro? Existe aqui uma confusão sobre qual é
a missão da ciência. Ela não se propõe a responder a todas as
questões que afligem o ser humano.
A ciência, ou melhor, a descrição científica da natureza, é uma
linguagem criada pelos homens (e mulheres) para interpretar o cosmo
em que vivemos. Ela não é absoluta, mas está sempre em transição,
gradativamente aprimorada pela validação empírica obtida através de
observações. A ciência é um processo de descoberta, cuja língua é
universal e, ao menos em princípio, profundamente democrática:
qualquer pessoa, com qualquer crença religiosa ou afiliação política,
de diferentes classes sociais e culturas pode participar desse
debate. (Claro, na prática a situação é mais complexa.)
Ela não terá jamais todas as respostas, pois nem sabemos todas as
perguntas. O cético prefere viver com a dúvida do que aceitar
respostas que não podem ser comprovadas, que são aceitas apenas pela
fé. Para ele, o não saber não gera insegurança, mas sim mais apetite
pelo saber. Essa talvez seja a lição mais importante da ciência, nos
ensinar a viver com a dúvida, a idolatrá-la. Pois, sem ela, o
conhecimento não avança.



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Marcelo Gleiser é professor de física teórica do Dartmouth College,
em Hanover (EUA) e autor do livro "O Fim da Terra e do Céu"






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/03/2003 11:32


----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, March 16, 2003 11:03 AM
Subject: [ciencialist] Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?


>Mas não há forças tangenciais nessa condição hipotética. Apenas o
fato do toque que se dá no ponto de tangente de curvatura das bolas
nesse caso em que é desprezado qualquer coeficiente de atrito

É isto mesmo que quero verificar :-)

Abraços,
Daniel

PS: A hipótese de atração gravitacional é deboche, claro. Mas numa situação
com apenas duas bolas não seria de todo maluco tentar calcular...





SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/03/2003 12:30


>From: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
>Date: Sun, 16 Mar 2003 09:01:31 -0300
>
> > Está bem aí: essa interação elétrica que você colocou a mão é uma
> > força de atrito. Isso contradiz sua hipótese inicial, da bola estar
> > sem atrito.
>
>Não senhor. A força elétrica é conservativa. Atrito, por definição, não é.

A força elétrica é conservativa pra ela própria: o que interessa é
que ela faz com que a energia da bola seja perdida, dissipada. Tudo
certo que essa energia geralmente é dissipada em calor sob a ação
das forças de atrito convencionais, mas nesse caso ela é também
dissipada, transformada em outro tipo de energia.

Essa questão específica é bem interessante: ao imaginar um elétron,
a gente acaba se esquecendo da física estatística; ao reagir com o campo
elétrico, ele ganharia energia cinética, imaginando esse processo
com milhões de elétrons, essa energia cinética não seria outra coisa
senão o calor! É por isso que eu gosto de chamar a tal força de
força de atrito. Você citou o choque elástico. Vejamos: um carro a 80
km/h sofre a ação de atrito com o ar, provocado pelo choque das
moléculas com o carro. Porém, em última análise, esse choque, no
nível microscópico, é perfeitamente elástico, só envolvendo
interações eletromagnéticas. E sabemos que apesar disso, a força
resultante que vem desses choques elásticos é uma força de atrito,
dissipativa.

Ora, existe então um paradoxo? A resposta é não. Existe um elemento
do nível macroscópico ausente no nível microscópico, responsável pela
termodinâmica. Tanto é assim que a temperatura de um átomo é um conceito
completamente nonsense.

Num esquema microscópico, não existe dissipação em energia degradada!
É esse o ponto. Mas existe força de atrito? Se definirmos o atrito
como uma força dissipativa, não. Se definirmos o atrito como apenas
a força que se opõe ao movimento, sim.

>Vou repetir mais uma vez: a única coisa que não me convenceu nessa história
>toda foi a identificação das forças de atrito com as forças tangenciais.
>Vou
>fazer umas contas daqui a pouco e volto para dizer o que achei :-)

Tenho certeza que vai encontrar a resposta correta. Toda força
de atrito é tangencial, pode crer.

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Re: [ciencialist] O ceticismo do cientista
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/03/2003 12:32


>From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] O ceticismo do cientista
>Date: Sun, 16 Mar 2003 14:28:28 -0000
>
>
>Marcelo Gleiser
>especial para a Folha

O texto dele está muito bom. O único erro grave é escrever
"mediuns" ao invés de media!

Abraços,

Guilherme


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/03/2003 12:46

Excelentes pontos, Guilherme :)

Um dos desafios da mecânica quântica (Alberto, cadê você ?) hoje em dia é
estabelecer onde fica a fronteira entre fenômenos microscópicos o suficiente
para serem tratados por ela e fenômenos macroscópicos o bastante para serem
tratados com a física clássica.

Eu andei relendo meus livros do Feynman nesta manhã e vi uma discussão muito
interessante sobre atrito. Conforme for, eu comento aqui.

Abraços,
Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/03/2003 14:43

Olá pessoal..:-)

Parece que realmente faltam parametros na descricao inicial do problema, o que exige muitas hipoteses "ad hoc". Mas, mesmo sendo um problema não passivel de ser recriado fisicamente, pode-se simular a questão em um computador. Poderia criar um codigo que simulasse as condicoes do experimento. Mas ainda assim seriam necessárias mais definicoes de parametros como a indeformabilidade ou existencia/inexistencia de atrito.

A pessoa que postou o problema inicalmente não poderia ajudar a esclarecer esses pontos para a lista?

Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: Eric Cavalcanti
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, March 15, 2003 6:58 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?


Não, o enunciado nem mesmo dizia que não havia atrito. Isso é apenas uma
hipótese necessária (até prova em contrário) para que o problema tenha
solução. De certa forma a hipótese está embutida no enunciado quando ele
afirma saber qual é a bola extra uma hora depois. Assim, se há apenas uma
maneira de isto ser possível, esta é a resposta.

Claro, que, a rigor, o experimento é inviável. O máximo que poderíamos é ter
um atrito reduzido e distinguir a bola extra até talvez algumas dezenas de
segundos depois, quando ela começaria a perder velocidade e momento angular
pelo atrito com a mesa e pelas colisões.

Mas a questão é que não temos que argumentar as razões por que o experimento
é inviável, mas buscar uma hipótese que seja consistente com a sua solução,
que no caso é uma idealização.

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, March 15, 2003 6:26 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?


Aliás... o enunciado dizia alguma coisa sobre as bolas serem perfeitamente
rígidas e *indeformáveis* ? Se elas não forem indeformáveis, posso ter
forças de contato que não serão de atrito e também não serão radiais.

Abraços,
Daniel


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/03/2003 15:42

----- Original Message -----
From: "Daniel Bezerra"
Sent: Sunday, March 16, 2003 12:46 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?

> Um dos desafios da mecânica quântica (Alberto, cadê você?)...

Estou saindo de um ligeiro período de iNETividade, quando por motivos de
força maior fui obrigado a deixar as net-discussões para segundo plano. No
momento estou assistindo de camarote essa interessante polêmica entre as
bolinhas pseudo-elementares, melhor dizendo, idealmente elementares. Só não
entendi porque meu nome aparece após "mecânica quântica". Só se for pelo
fato de nos últimos anos eu ter sido um dos maiores divulgadores desta
panacéia através da Internet. ;-)

> ...hoje em dia é estabelecer onde fica a fronteira entre fenômenos
> microscópicos o suficiente para serem tratados por ela e fenômenos
> macroscópicos o bastante para serem tratados com a física clássica.

Eu diria que essa fronteira já está muito bem determinada. Para corpúsculos
de dimensão zero ou inferiores (de zero a menos infinito), bem como para
corpúsculos com dimensão positiva, porém a viajarem para trás no tempo, a
única física capaz de prever alguma coisa é a teoria quântica. Por exemplo,
os ectoplasmas do Léo são 100% quânticos. A maior dificuldade, a meu ver,
reside na construção de máquinas do tempo e/ou de nove dimensões espaciais,
pois somente assim poderíamos checar as previsões desta magnífica concepção
dos físicos do século XX, maldosamente chamado o século da mentira.

> Eu andei relendo meus livros do Feynman nesta manhã e vi uma discussão
> muito interessante sobre atrito.

Eu diria que o melhor lugar para estudar atritos é aqui na Ciencialist. Eu
já entrei em atrito com quase todos, graças a minha admiração pela mecânica
quântica e/ou por ter constatado que os "céticos de carteirinha", ou
pseudo-céticos, fizeram com a religião o que o Marx fez com a filosofia de
Hegel (virou de cabeça para baixo), transformando-se assim nos sacerdotes do
cientificismo.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Fw: eco
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/03/2003 16:54

Alo ... especialistas em pato!!! HELP!!!
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Carol Cordeiro
Para: leobarretos@uol.com.br
Cc: Carol Cordeiro
Enviada em: sábado, 15 de março de 2003 14:43
Assunto: eco


Por que pato não tem eco?
Se tiver alguma explicação por favor me responda

Grata
Carolina Cordeiro

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/03/2003 19:06

Léo, chegando do rancho, vê que 'as bolas continuam deslizando ... e apenas uma rolando', ad hocamente.

Pinçarei alguma linhas da continuidade da discussão:

"[...], a explicação do Léo é consistente."
"E, pelo que posso ver, a única solução compatível com o enunciado é a dada pelo Luiz Ferraz."
"O Luiz Ferraz está correto."
"A solução do Leo é de fato elegante e resolve a questão."

Por enquanto só pincei o óbvio [:-)], mas, continuemos:

"Daniel: Qualquer componente da força tangencial à superfície das bolas é por definição uma força de atrito!"

Essa é uma frase vazia. Componente da força tangencial sobre que eixo? Componente da força tangencial sobre a superfície da bola? É, por definição, uma força de atrito? Que diabo de frase é essa? :-)
Puxa! como vcs gostam de dar 'nomes bonitos' às componentes. Daqui a pouco vão dizer que esse bonito nome dado "força de atrito" é uma força real!

"Seja agora uma carga elética pontual encrustada na superfície da bola. Em seguida, ligamos um campo elétrico paralelo à mesa, mas com orientação diferente daquela do momento linear da bola. Um campo muito intenso, mas de curta duração. A carga elétrica sente o puxão do campo e não tem escolha senão tentar se mover de acordo com a força elétrica, gerando assim um torque, que porá a bola em giro."

E o que é que isso tem a ver com a força de interação entre superfícies secas e as leis empíricas de Coulomb-Morin?
Pq vc não colocou uma cabeça de prego incrustada na bola e aplicou um campo magnético adequado para fazê-la girar? Poderíamos até fazer um motor síncrono com esse projeto!

"O problema é que, segundo entendo, os únicos corpos que não sofrem forças tangenciais são os fluidos... e estávamos tratando aqui de corpos rígidos, daí minha confusão."

Coitada da definição de viscosidade!

"Seja como for, a história toda de atrito ser igualado com força tangencial está me aborrecendo."

Finalmente! Não recordo de que mensagem pincei essa frase ... mas, tem seu fundo de verdade.

Na interação entre superfícies ásperas a força de contato 'não é normal à superfície'. Um dia alguém imaginou que "decompondo essa força de contato" segundo as direções normal e tangencial poderia exprimir empiricamente os efeitos dessas componentes e eis que surgiram as denominações arbitrárias de "força de atrito" e "força normal" (no lugar, do que seria correto: componente tangencial e componente normal, da reação total). E daí prá frente muita gente pensa que existe essa tal de 'força de atrito' segundo a tangente e uma 'força normal' perpendicular à superfície no ponto (ou pequena área plana) de contato.
Se esse 'alguém' tivesse tido a idéia inicial de decompor a reação total de apoio (ou contato) em coordenadas polares hoje teríamos uma "força central de atrito" e um "ângulo de atrito". E talvez Coulomb e Morin jamais tivesse obtido a lei experimental Fat = u.N !

[]'
Léo






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Luiz Ferraz Netto [Léo]
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: eco
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/03/2003 19:13

???????
Como assim? Ela quer dizer que quando alguém fala "pato" em um local em que
esperaria um eco, esse não se produz? É isso?

Se for, acho que depende da intensidade do eco, e do "tempo de resposta" (na
falta de termo melhor). O eco da primeira sílaba ("pa") poderia ser ouvido
enquanto se pronuncia a segunda ("to"). Isso dificulta a audição dessa parte
do eco. E como a segunda sílaba é muito mais fraca (não sei o nome que os
linguistas dão pra isso, nem tenho vontade de pesquisar, mas se alguém
souber, pode falar) ela não produz um eco considerável.

Depende do tempo de resposta, pois se este for longo o suficiente (e a
intensidade tb for grande), ouviríamos a primeira sílaba depois de terminar
de pronunciar a palavra. Mas a segunda deve ser sempre muito fraca, então no
máximo o eco de "pato" seria "pá".

Será que viajei muito?

Um abraço,
Eric.


----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, March 16, 2003 4:54 PM
Subject: [ciencialist] Fw: eco


Alo ... especialistas em pato!!! HELP!!!
[]'
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Luiz Ferraz Netto [Léo]
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www.feiradeciencias.com.br
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-----Mensagem Original-----
De: Carol Cordeiro
Para: leobarretos@uol.com.br


Por que pato não tem eco?
Se tiver alguma explicação por favor me responda

Grata
Carolina Cordeiro





SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/03/2003 19:32

Povo, que discussão sem sentido!

Atrito não é nenhuma força fundamental da natureza. É só um termo "saco de
gatos" pra definir qualquer efeito que produza uma força tangencial entre
superfícies em contato, em oposição ao movimento relativo. Todas essas
forças são, em última análise, eletromagnéticas. A força elétrica é
conservativa, sim, mas só quando vc leva em conta todo o sistema, ou seja,
quando não há "forças externas". No caso em que o Daniel mencionou, por
exemplo, ignora-se o que gera o campo elétrico, e o efeito que essa fonte
sofre. É uma força externa. No caso do atrito, ignora-se o movimento
microscópio dos átomos do material, e diz-se que houve dissipação. Claro
que, se pudéssemos acompanhar todos os átomos, todas as interações seriam
conservativas.

Enfim, não há muito o que questionar. É claro que sempre haverá atrito entre
superfícies em contato, e a origem exata é bem difícil de se traçar, depende
muito dos materiais em questão, pode ser devido a diversos tipos de
interação entre os átomos dos materiais.
Ignorar o atrito é apenas idealizar um sistema em que não há forças
tangenciais, sejam quais origens forem. Procurar maneiras de colocar forças
tangenciais equivale a inserir de volta o atrito, que foi a hipótese
(irrealizável) necessária para a solução do problema.

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, March 16, 2003 2:43 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?


Olá pessoal..:-)

Parece que realmente faltam parametros na descricao inicial do problema, o
que exige muitas hipoteses "ad hoc". Mas, mesmo sendo um problema não
passivel de ser recriado fisicamente, pode-se simular a questão em um
computador. Poderia criar um codigo que simulasse as condicoes do
experimento. Mas ainda assim seriam necessárias mais definicoes de
parametros como a indeformabilidade ou existencia/inexistencia de atrito.

A pessoa que postou o problema inicalmente não poderia ajudar a esclarecer
esses pontos para a lista?

Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: Eric Cavalcanti
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, March 15, 2003 6:58 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?


Não, o enunciado nem mesmo dizia que não havia atrito. Isso é apenas uma
hipótese necessária (até prova em contrário) para que o problema tenha
solução. De certa forma a hipótese está embutida no enunciado quando ele
afirma saber qual é a bola extra uma hora depois. Assim, se há apenas uma
maneira de isto ser possível, esta é a resposta.

Claro, que, a rigor, o experimento é inviável. O máximo que poderíamos é
ter
um atrito reduzido e distinguir a bola extra até talvez algumas dezenas de
segundos depois, quando ela começaria a perder velocidade e momento
angular
pelo atrito com a mesa e pelas colisões.

Mas a questão é que não temos que argumentar as razões por que o
experimento
é inviável, mas buscar uma hipótese que seja consistente com a sua
solução,
que no caso é uma idealização.

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Saturday, March 15, 2003 6:26 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?


Aliás... o enunciado dizia alguma coisa sobre as bolas serem perfeitamente
rígidas e *indeformáveis* ? Se elas não forem indeformáveis, posso ter
forças de contato que não serão de atrito e também não serão radiais.

Abraços,
Daniel


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: eco
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/03/2003 20:42

Retornei um e-mail para a Carolina, que nos enviou a pergunta; eis a cópia:
"Carolina, por obséquio, especifique essa sua dúvida. Quem "não tem eco"? Gritar a palavra 'pato' ou o grasnar dos patos?
agradeço,"

[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
PS: Para o Eric, resposta ao final da mensagem abaixo. ;-)))

-----Mensagem Original-----
De: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 16 de março de 2003 19:13
Assunto: Re: [ciencialist] Fw: eco


| ???????
| Como assim? Ela quer dizer que quando alguém fala "pato" em um local em que
| esperaria um eco, esse não se produz? É isso?
|
| Se for, acho que depende da intensidade do eco, e do "tempo de resposta" (na
| falta de termo melhor). O eco da primeira sílaba ("pa") poderia ser ouvido
| enquanto se pronuncia a segunda ("to"). Isso dificulta a audição dessa parte
| do eco. E como a segunda sílaba é muito mais fraca (não sei o nome que os
| linguistas dão pra isso, nem tenho vontade de pesquisar, mas se alguém
| souber, pode falar) ela não produz um eco considerável.
|
| Depende do tempo de resposta, pois se este for longo o suficiente (e a
| intensidade tb for grande), ouviríamos a primeira sílaba depois de terminar
| de pronunciar a palavra. Mas a segunda deve ser sempre muito fraca, então no
| máximo o eco de "pato" seria "pá".
|
| Será que viajei muito?

Léo: Depende da distância até onde está a superfície refletora para que exista eco, reverberação ou reforço.

|
| Um abraço,
| Eric.
|



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/03/2003 20:46

Oi Eric et all,

Sugestão divina:
ler http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/05_RE_13.asp

[]'
dEUs
=============================
-----Mensagem Original-----
De: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 16 de março de 2003 19:32
Assunto: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?


| Povo, que discussão sem sentido!
|
| Atrito não é nenhuma força fundamental da natureza. É só um termo "saco de
| gatos" pra definir qualquer efeito que produza uma força tangencial entre
| superfícies em contato, em oposição ao movimento relativo. Todas essas
| forças são, em última análise, eletromagnéticas. A força elétrica é
| conservativa, sim, mas só quando vc leva em conta todo o sistema, ou seja,
| quando não há "forças externas". No caso em que o Daniel mencionou, por
| exemplo, ignora-se o que gera o campo elétrico, e o efeito que essa fonte
| sofre. É uma força externa. No caso do atrito, ignora-se o movimento
| microscópio dos átomos do material, e diz-se que houve dissipação. Claro
| que, se pudéssemos acompanhar todos os átomos, todas as interações seriam
| conservativas.
|
| Enfim, não há muito o que questionar. É claro que sempre haverá atrito entre
| superfícies em contato, e a origem exata é bem difícil de se traçar, depende
| muito dos materiais em questão, pode ser devido a diversos tipos de
| interação entre os átomos dos materiais.
| Ignorar o atrito é apenas idealizar um sistema em que não há forças
| tangenciais, sejam quais origens forem. Procurar maneiras de colocar forças
| tangenciais equivale a inserir de volta o atrito, que foi a hipótese
| (irrealizável) necessária para a solução do problema.
|
| Um abraço,
| Eric.
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| Sent: Sunday, March 16, 2003 2:43 PM
| Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
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| From: Eric Cavalcanti
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| Sent: Saturday, March 15, 2003 6:58 PM
| Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
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| Mas a questão é que não temos que argumentar as razões por que o
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| Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
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SUBJECT: RE: [ciencialist] Fw: eco
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/03/2003 20:59

>CONSULENTE DO LÉO: Por que pato não tem eco? Se tiver alguma explicação
por favor me responda<
>LÉO: Alo ... especialistas em pato!!! HELP!!!<

Pois não.

A consulente obviamente refere-se ao fato do grasnado do pato doméstico
- Anas platyrhyncha - não produzir eco. Sabemos que o ouvido humano
percebe como eco o som refletido que chega com um intervalo maior do que
1/10 de segundo após o som original. Os patos, por terem um limiar de
audição superior aos seres humanos, percebem o eco antes que os seres
humanos o façam, e imediatamente emitem outro som. Assim, o reflexo do
primeiro "quack" emitido é acompanhado de um segundo "quack" que mascara
o eco e origina o famoso "quack-quack" dos patos. Esse fato pode ser
verificado colocando-se um pato a distâncias variadas (superiores a 17
metros) de uma superfície relativamente grande em relação ao comprimento
de onda quáckico (fundamental de cerca de 680Hz na espécie doméstica).
Quanto mais longe estiver o pato da superfície refletora, maior o
intervalo quáckico.

O maior intervalo quáckico da literatura recente (Am. J. Duckology,
28:102-108) foi registrado pelo Prof. Donald Eiderdown na Patagônia.
Segundo o Prof. Eiderdown, um exemplar macho de Netta peposaca - o pato
de bico rosado - produziu um intervalo quáckico de 12 horas. O que
significa que o pato estaria captando ecos distantes dos icebergs da
Antártica. Críticos do famoso patólogo (assim se chamam os estudiosos
para distingui-los dos patologistas), como o Dr. Wildfowl, aludem
maldosamente ao gosto do Prof. Eiderdown pelas bebidas alcoólicas.

Dr. Wildfowl é um dos partidários da teoria pato-relativistica, para os
quais há um limite absoluto para o intervalo quáckico. A teoria
pato-relativistica vem perdendo popularidade para quáckica-quântica, que
afirma que o "quack-quack" só existe quando os patos são observados.
Antes que um observador registre o fenômeno, o "quack-quack" está em
estado indeterminado até que ocorra o chamado colapso quáckico pela
presença do ouvido humano.

Mais recentemente o patólogo João Bicudo, de Patos de Minas, desafiou os
pato-relativistas dizendo que o intervalo quáckico não é uma constante
absoluta e variou ao longo da evolução anserina. A hipótese não pode ser
falseada, rebate Wildfowl.

De qualquer forma, é assim que evoluem as teorias: através de hipóteses
que podem ser confirmadas ou rejeitadas pelos experimentos. Mais
recursos são necessários para lançar as luzes da ciência sobre o
fascinante tópico da eco quáckico.

Colucci




SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: eco
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/03/2003 21:09

"quack-quack"; "quack-quack"; "quack-quack" ... como é a risada na linguagem dos patos?

Sua narrativa até que ia científicamente bem ... até que ....bem, .... vejamos se alguém advinha onde está o 'bug' básico!
Dica para não se aprofundarem muito na leitura: primeiro parágrafo.

[]'
Léo
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 16 de março de 2003 20:59
Assunto: RE: [ciencialist] Fw: eco


>CONSULENTE DO LÉO: Por que pato não tem eco? Se tiver alguma explicação
por favor me responda<
>LÉO: Alo ... especialistas em pato!!! HELP!!!<

Pois não.

A consulente obviamente refere-se ao fato do grasnado do pato doméstico
- Anas platyrhyncha - não produzir eco. Sabemos que o ouvido humano
percebe como eco o som refletido que chega com um intervalo maior do que
1/10 de segundo após o som original. Os patos, por terem um limiar de
audição superior aos seres humanos, percebem o eco antes que os seres
humanos o façam, e imediatamente emitem outro som. Assim, o reflexo do
primeiro "quack" emitido é acompanhado de um segundo "quack" que mascara
o eco e origina o famoso "quack-quack" dos patos. Esse fato pode ser
verificado colocando-se um pato a distâncias variadas (superiores a 17
metros) de uma superfície relativamente grande em relação ao comprimento
de onda quáckico (fundamental de cerca de 680Hz na espécie doméstica).
Quanto mais longe estiver o pato da superfície refletora, maior o
intervalo quáckico.

O maior intervalo quáckico da literatura recente (Am. J. Duckology,
28:102-108) foi registrado pelo Prof. Donald Eiderdown na Patagônia.
Segundo o Prof. Eiderdown, um exemplar macho de Netta peposaca - o pato
de bico rosado - produziu um intervalo quáckico de 12 horas. O que
significa que o pato estaria captando ecos distantes dos icebergs da
Antártica. Críticos do famoso patólogo (assim se chamam os estudiosos
para distingui-los dos patologistas), como o Dr. Wildfowl, aludem
maldosamente ao gosto do Prof. Eiderdown pelas bebidas alcoólicas.

Dr. Wildfowl é um dos partidários da teoria pato-relativistica, para os
quais há um limite absoluto para o intervalo quáckico. A teoria
pato-relativistica vem perdendo popularidade para quáckica-quântica, que
afirma que o "quack-quack" só existe quando os patos são observados.
Antes que um observador registre o fenômeno, o "quack-quack" está em
estado indeterminado até que ocorra o chamado colapso quáckico pela
presença do ouvido humano.

Mais recentemente o patólogo João Bicudo, de Patos de Minas, desafiou os
pato-relativistas dizendo que o intervalo quáckico não é uma constante
absoluta e variou ao longo da evolução anserina. A hipótese não pode ser
falseada, rebate Wildfowl.

De qualquer forma, é assim que evoluem as teorias: através de hipóteses
que podem ser confirmadas ou rejeitadas pelos experimentos. Mais
recursos são necessários para lançar as luzes da ciência sobre o
fascinante tópico da eco quáckico.

Colucci



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SUBJECT: RE: [ciencialist] Fw: eco
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/03/2003 21:12

>LÉO: quack-quack"; "quack-quack"; "quack-quack" ... como é a risada na
linguagem dos patos? Sua narrativa até que ia científicamente bem ...
até que ....bem, .... vejamos se alguém advinha onde está o 'bug'
básico! Dica para não se aprofundarem muito na leitura: primeiro
parágrafo.<

Léo,

Eu sabia disso enquanto escrevia, mas vou deixar como exercício para os
outros. A teoria quáckica depende dessa hipótese, como você pode notar.
Colucci






SUBJECT: Re: [ciencialist] O ceticismo do cientista
FROM: "Arcange" <arcange@accvia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/03/2003 22:43


----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, March 16, 2003 11:28 AM
Subject: [ciencialist] O ceticismo do cientista



Marcelo Gleiser
especial para a Folha

Segundo estatísticas recentes feitas pela fundação Gallup nos Estados
Unidos, em torno de 50% dos americanos acreditam em percepção extra-
sensorial. Mais de 40% acreditam em possessões demoníacas e casas mal-
assombradas, e em torno de 30% crêem em clarividência, fantasmas e
astrologia. Não conheço estatísticas semelhantes para o Brasil, mas
imagino que os números devam ser no mínimo comparáveis.
Sem a menor dúvida, a luta do cético é ingrata; ele estará sempre em
minoria.

--------

Não quero ser chato. Também acho que os céticos são minoria nas sociedades.
O que eu acho interessante é o fato do Gleiser sustentar essa assertativa
apresentando números que sugerem exatamente o contrário: as estatísticas que
ele exibiu demonstram que geralmente os não-crentes formam a maioria da
população.

Essa falha não é, de modo algum, algo grave. Mas eu não posso deixar de
desconfiar da capacidade argumentativa de uma pessoa que faz esse tipo de
coisa. Também não posso deixar de depreciar a autoridade do discurso.

Por Deus... se isso fosse uma redaçãozinha de vestibular... ele "papocaria"
por incoerência.. .. ..


Arc.




SUBJECT: Re: [ciencialist] O ceticismo do cientista
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/03/2003 22:54

Olá pessoal...

Na verdade as estatisticas são de crenças específicas, não sobre a crença de modo geral. Essa atinge, na população leiga, mas de 90 %. Ele não errou, mas apenas apresentou estudos específicos. Em geral, crenças são excludentes, se é um teísta catolico, evidentemente não acredita no islã ou no budismo. Se acredita que manifestações estranhas são demonstração de paranormalidade, não acredita que essas mesmas manifestações são fantasmas, demonios ou duendes.

Mas, se somar todas essas crenças mutuamente excludentes (se bem que tem gente que acredita em praticamente tudo..:-), o resultado será de maioria para crentes e minoria para céticos (pensar costuma ser a última opção..:-)

No último censo no Brasil, a porcentagem de não religiosos (o que pode não incluir apenas ateus, mas agnósticos) foi de 7%, uma minoria significativa. Claro que em determinadas categorias as porcentagens mudam. Apenas 48% dos cientistas se declaram teistas (e acerdito que algusn por temerem represalias de suas comunidades, como na India e nos EUA), e ainda diminui mais se considerarmos apenas os fisicos e matematicos.

Em todo caso, o resto da coluna é claro e coerente, eu gostaria de ter escrito isso..:-)

Um abraço.

Homero
----- Original Message -----
From: Arcange
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, March 16, 2003 10:43 PM
Subject: Re: [ciencialist] O ceticismo do cientista



----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, March 16, 2003 11:28 AM
Subject: [ciencialist] O ceticismo do cientista



Marcelo Gleiser
especial para a Folha

Segundo estatísticas recentes feitas pela fundação Gallup nos Estados
Unidos, em torno de 50% dos americanos acreditam em percepção extra-
sensorial. Mais de 40% acreditam em possessões demoníacas e casas mal-
assombradas, e em torno de 30% crêem em clarividência, fantasmas e
astrologia. Não conheço estatísticas semelhantes para o Brasil, mas
imagino que os números devam ser no mínimo comparáveis.
Sem a menor dúvida, a luta do cético é ingrata; ele estará sempre em
minoria.

--------

Não quero ser chato. Também acho que os céticos são minoria nas sociedades.
O que eu acho interessante é o fato do Gleiser sustentar essa assertativa
apresentando números que sugerem exatamente o contrário: as estatísticas que
ele exibiu demonstram que geralmente os não-crentes formam a maioria da
população.

Essa falha não é, de modo algum, algo grave. Mas eu não posso deixar de
desconfiar da capacidade argumentativa de uma pessoa que faz esse tipo de
coisa. Também não posso deixar de depreciar a autoridade do discurso.

Por Deus... se isso fosse uma redaçãozinha de vestibular... ele "papocaria"
por incoerência.. .. ..


Arc.



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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/03/2003 00:05


>From: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
>Date: Sun, 16 Mar 2003 12:46:15 -0300
>
>Excelentes pontos, Guilherme :)
>
>Um dos desafios da mecânica quântica (Alberto, cadê você ?) hoje em dia é
>estabelecer onde fica a fronteira entre fenômenos microscópicos o
>suficiente
>para serem tratados por ela e fenômenos macroscópicos o bastante para serem
>tratados com a física clássica.
>
>Eu andei relendo meus livros do Feynman nesta manhã e vi uma discussão
>muito
>interessante sobre atrito. Conforme for, eu comento aqui.

Fico feliz que tenha gostado da mensagem anterior, e obrigado
pela oportunidade! Até então eu nem tinha pensado especificamente
sobre esses pontos.

[]'s

Guilherme

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SUBJECT: Re: [ciencialist] O ceticismo do cientista
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/03/2003 00:29


>From: "Arcange" <arcange@accvia.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] O ceticismo do cientista
>Date: Sun, 16 Mar 2003 22:43:32 -0300
>
>Marcelo Gleiser
>especial para a Folha
>
>Segundo estatísticas recentes feitas pela fundação Gallup nos Estados
>Unidos, em torno de 50% dos americanos acreditam em percepção extra-
>sensorial. Mais de 40% acreditam em possessões demoníacas e casas mal-
>assombradas, e em torno de 30% crêem em clarividência, fantasmas e
>astrologia. Não conheço estatísticas semelhantes para o Brasil, mas
>imagino que os números devam ser no mínimo comparáveis.
>Sem a menor dúvida, a luta do cético é ingrata; ele estará sempre em
>minoria.
>
>--------
>
>Não quero ser chato. Também acho que os céticos são minoria nas sociedades.
>O que eu acho interessante é o fato do Gleiser sustentar essa assertativa
>apresentando números que sugerem exatamente o contrário: as estatísticas
>que
>ele exibiu demonstram que geralmente os não-crentes formam a maioria da
>população.

A coisa não é tão simples, Arcange: 50% acreditam em A, 40% acreditam
em B e 30% acreditam em C. Como devem existir aqueles que só acreditam
em duas coisas simultaneamente, ou em apenas uma delas, então o número
desses místicos pode ser maior do que 50%.

>Essa falha não é, de modo algum, algo grave. Mas eu não posso deixar de
>desconfiar da capacidade argumentativa de uma pessoa que faz esse tipo de
>coisa.

Está contraditório. Se a falta não fosse grave, você não seria levado
a desconfiar da capacidade argumentativa do Marcelo Gleiser.

Abraços,

Guilherme
PS: Devido a uma conferência, ficarei ausente até sexta-feira,
infelizmente.




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SUBJECT: Re: [ciencialist] O ceticismo do cientista
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/03/2003 00:34


Arcange,

Se eu tivesse olhado o email do Oráculo, nem teria lhe respondido.
Ele explicou muito melhor do que eu, acho que agora o assunto
foi finalizado... eu tenho a mesma opinião que a dele sobre
o texto do Gleiser.

Abraços,

Guilherme

>From: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] O ceticismo do cientista
>Date: Sun, 16 Mar 2003 22:54:56 -0300
>
>Olá pessoal...
>
>Na verdade as estatisticas são de crenças específicas, não sobre a crença
>de modo geral. Essa atinge, na população leiga, mas de 90 %. Ele não errou,
>mas apenas apresentou estudos específicos. Em geral, crenças são
>excludentes, se é um teísta catolico, evidentemente não acredita no islã ou
>no budismo. Se acredita que manifestações estranhas são demonstração de
>paranormalidade, não acredita que essas mesmas manifestações são fantasmas,
>demonios ou duendes.
>
>Mas, se somar todas essas crenças mutuamente excludentes (se bem que tem
>gente que acredita em praticamente tudo..:-), o resultado será de maioria
>para crentes e minoria para céticos (pensar costuma ser a última opção..:-)
>
>No último censo no Brasil, a porcentagem de não religiosos (o que pode não
>incluir apenas ateus, mas agnósticos) foi de 7%, uma minoria significativa.
>Claro que em determinadas categorias as porcentagens mudam. Apenas 48% dos
>cientistas se declaram teistas (e acerdito que algusn por temerem
>represalias de suas comunidades, como na India e nos EUA), e ainda diminui
>mais se considerarmos apenas os fisicos e matematicos.
>
>Em todo caso, o resto da coluna é claro e coerente, eu gostaria de ter
>escrito isso..:-)
>
>Um abraço.
>
>Homero


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SUBJECT: Re: [ciencialist] eco
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 10:58

Hahahah!

Eu estava acreditando até a segunda frase, mas começou a não fazer
sentido...
Primeiro, o pato não teria como ouvir antes e ter tempo de reação para
emitir outro som. O problema não é de limiar de audição, pois nós também
ouvimos o grasnado. O som viaja na sua velocidade constante, e atinge o
ouvido de quem estiver mais perto da superfície refletora primeiro... Ainda
que uma possível "frente de onda supersônica" antecedesse o som do grasnado,
não teria tempo para o som do segundo quack chegar aos nossos ouvidos junto
do primeiro.

E além disso, o segundo quack tem que ter seu eco, tb!
A não ser que o pato, ao perceber o segundo quack, emitisse um terceiro, e
daí em diante ad infinitum... Ou até o observador sair de perto, quando
então ele estaria de novo num estado indeterminado... :)

Uma alternativa para os patos que realmente desejem mascarar seus quacks é
(partindo do princípio que não há a limitação exposta no meu primeiro
parágrafo) emitir um segundo quack da mesma intensidade do eco, e um
terceiro da intensidade do eco do segundo... Daí em diante, até o eco estar
suficientemente fraco pra não ser percebido por nenhum observador, quando
enfim ele poderia descansar o bico... :)

Um abraço,
Eric.


----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, March 16, 2003 9:09 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: eco


"quack-quack"; "quack-quack"; "quack-quack" ... como é a risada na linguagem
dos patos?

Sua narrativa até que ia científicamente bem ... até que ....bem, ....
vejamos se alguém advinha onde está o 'bug' básico!
Dica para não se aprofundarem muito na leitura: primeiro parágrafo.

[]'
Léo
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Luiz Ferraz Netto [Léo]
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 11:10

Olá de novo, pessoal !

Bem, rabisquei algumas contas ontem e hoje e cheguei a alguns resultados
interessantes.

Antes de mais nada, devo concordar com o Oráculo numa coisa: o enunciado
carece de certos dados iniciais, sem os quais somos forçados a fazer muitas
hipóteses Ad Hoc se quisermos resolver o problema. A primeira de todas, sem
a qual não saímos do lugar, é que o atrito deve ser considerado inexistente.
Por atrito deve-se entender uma força cujo trabalho reduza a energia total
do sistema irreversivelmente (através de calor, som, etc.). Reparem que, sob
esta definição, uma rotação (gerada por um torque, gerado por uma componente
tangencial) não pode ser considerada como resultante de um atrito, pois a
energia do sistema não seria dissipada e sim transformada, podendo ser
recuperada mais tarde.

Não encontrei num único livro-texto qualquer definição de atrito como sendo
igual a uma força tangencial resistiva. Procurei em Feynman Lectures; no
Classical Dynamics of Particle Systems de Thornton e Marion e no
Fundamentals of Physics, de Halliday, Resnick e Walker. Todos apontavam o
atrito como força dissipativa, nunca como força de resistência ao movimento,
ou como força tangencial. Se alguém tem uma definição em contrário que achou
em algum outro texto, por favor me dê uma direção.

Cumpre notar que embora o experimento seja inteiramente teórico, podemos
aproximá-lo da realidade se colocarmos a mesa de bilhar no vácuo, com bolas
muito lisas (reparem que eu não disse "polidas" e sim "lisas") feitas de um
material com calor específico muito, muito alto.

Muito bem, feita esta primeira hipótese Ad Hoc (daqui para frente chamada de
H1), vamos nos deter nos particulares do problema. Queremos saber como se
comportam as bolas iniciais na mesa. Sabemos que o momento linear deve ser
conservado a todo instante. Sabemos que a energia total, por H1, deve ser
mantida constante. Ora, num primeiro momento poderíamos supor que isso
implica conservação da energia cinética, pela qual todas as colisões têm que
ser elásticas.

ENTRETANTO, dizer que todas as colisões são elásticas é também uma hipótese
Ad Hoc ! Colisões são fenômenos muito rápidos e imprevisíveis sob um ponto
de vista analítico. Se partimos do enunciado que as bolas têm massa igual e
conhecida (corrijam-me se eu estiver errado), em uma dada colisão entre duas
bolas teremos um mínimo de seis incógnitas (pode haver mais dependendo do
referencial que se adote): as velocidades inicial e final da primeira bola,
as velocidades inicial e final da segunda bola e os dois ângulos de
espalhamento após o choque. Ora, podemos arbitrar as velocidades iniciais
sem perda de generalidade para o problema, mas não temos como dizer *a
priori* quais serão os ângulos de espalhamento e muito menos quais serão as
velocidades finais após o choque.

Lançar mão desta "H2" (todos os choques são elásticos) aumentaria o número
de hipóteses Ad Hoc, o que todo físico que queira resolver um problema novo
tenta evitar !

Se, então, não queremos propor uma H2, devemos estar abertos à possibilidade
de um *choque inelástico*. Mas por H1 não podemos diminuir a energia
cinética total do sistema -- logo, precisamos ao menos estar abertos à
possibilidade de que a energia cinética *translacional* possa ser reduzida
durante um choque inelástico transformando-se assim em energia cinética
*rotacional*.

Ainda em dúvida sobre como uma rotação possa aparecer ? Ótimo. Continuem
comigo.

Foi dito que não obstante o choque ser frontal ou oblíquo, a força é sempre
aplicada radialmente, pois "numa situação sem atrito, as bolas têm que
deslizar umas sobre as outras e portanto, todos os choques devem ser
considerados frontais". Ora, mas isso são DUAS uma hipóteses Ad Hoc ! H3,
que há um *único* ponto de contato entre as bolas -- o que conduz à condição
que as bolas são indeformáveise e H4, que a força de contato é sempre
radial.

A elasticidade dos corpos é regida pela Lei de Hooke. Por H1, toda e
qualquer deformação que aconteça não pode dissipar energia de forma
irreversível. Logo, toda e qualquer deformação não pode ser "amortecida"
(uso aqui uma analogia com molas); não podem ser produzidas mossas
permanentes nas bolas. Ora, mas se as deformações não podem ser amortecidas,
as bolas precisam vibrar. A energia dessa vibração precisa necessariamente
vir do choque; portanto abre-se a possibilidade para que os choques sejam
inelásticos.

Sem H3 abre-se ainda o leque de probabilidades para forças de contato
não-dissipativas e não-radiais durante o choque, o que pode em princípio
levar a um torque e portanto a um giro.

Se H3 fosse levada em conta, precisaríamos supor uma de duas coisas: (a) que
o choque é instantâneo e portanto, as bolas são infinitamente rígidas e
portanto, as forças impulsivas são infinitas; ou (b) que o choque tem
duração maior que zero, durante o qual as bolas deslizam suavemente umas
sobre as outras até que não haja mais ponto de contato entre elas. Nada
impede que esta colisão seja considerada perfeitamente elástica.

Sabemos que H3(a) é fisicamente impossível, a menos que se faça uma hipótese
H5 à maneira de H1 que permita mudar as leis físicas que governam a mesa.
Podemos então ficar com H3(b), bem mais palatável.

Será então que H3(b) -- choque com duração maior que zero, dentro da
hipótese de indeformabilidade -- implica em H4 (a direção da força de
contato é sempre radial) ?

Senhoras e senhores, eu tenho mais a dizer sobre esta questão, mas agora uma
tempestade elétrica se aproxima da minha casa e meu monitor já começa a
ficar esquisito. Mando o resto mais tarde.

Um grande abraço,
Daniel



SUBJECT: Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/03/2003 12:07

Daniel,


Bonita tentativa. Sério mesmo, parabéns. O problema é que nada
disso explica se no final a bola "intrusa" vai ser reconhecível após
umas duas horas. Se o enunciado não determina nada além do que está
enunciado a resposta deveria ser a mais simples possível... e é só
uma: não, não seria possível distinguir qual das bolas foi lançada
pela rampa após duas horas...

O problema fica mais e mais "cabuloso" quando observamos as nuances
mínimas. Se há ou não choques completamente elásticos, se há ou não
condições tais em que não haja forças tangenciais que permitam
o "giro" das bolas mesmo em superfícies completamente lisas...

Vamos jogar a idéia para uma superfície simplesmente lisa, pronto,
que é a idéia embutida no enunciado do problema. Sem coeficientes de
atrito iguais a zero, sempre vai haver perda gradual de energia...
então uma outra bola adicionada ao sistema de bolas se chocando em
movimento uniforme irá acrescentar "vida nova" ao movimento já
desgastado ao introduzir mais "energia" pela sua velocidade inicial.
Após quantos choques ainda poderíamos "ver" qual dessas bolas iguais
umas às outras foi a última a ser adicionada pelo lançamento da
rampa? Nota: todas as bolas estão "girando" sobre a superfície lisa
porque há força tangencial que impele ao "torque", por mínimo que
seja.


Beijos, Lígia

************************************
--- Em ciencialist@y..., "Daniel Bezerra" <nielsbohr@u...> escreveu
> Olá de novo, pessoal !
>
> Bem, rabisquei algumas contas ontem e hoje e cheguei a alguns
resultados
> interessantes.
>
> Antes de mais nada, devo concordar com o Oráculo numa coisa: o
enunciado
> carece de certos dados iniciais, sem os quais somos forçados a
fazer muitas
> hipóteses Ad Hoc se quisermos resolver o problema. A primeira de
todas, sem
> a qual não saímos do lugar, é que o atrito deve ser considerado
inexistente.
> Por atrito deve-se entender uma força cujo trabalho reduza a
energia total
> do sistema irreversivelmente (através de calor, som, etc.). Reparem
que, sob
> esta definição, uma rotação (gerada por um torque, gerado por uma
componente
> tangencial) não pode ser considerada como resultante de um atrito,
pois a
> energia do sistema não seria dissipada e sim transformada, podendo
ser
> recuperada mais tarde.
>
> Não encontrei num único livro-texto qualquer definição de atrito
como sendo
> igual a uma força tangencial resistiva. Procurei em Feynman
Lectures; no
> Classical Dynamics of Particle Systems de Thornton e Marion e no
> Fundamentals of Physics, de Halliday, Resnick e Walker. Todos
apontavam o
> atrito como força dissipativa, nunca como força de resistência ao
movimento,
> ou como força tangencial. Se alguém tem uma definição em contrário
que achou
> em algum outro texto, por favor me dê uma direção.
>
> Cumpre notar que embora o experimento seja inteiramente teórico,
podemos
> aproximá-lo da realidade se colocarmos a mesa de bilhar no vácuo,
com bolas
> muito lisas (reparem que eu não disse "polidas" e sim "lisas")
feitas de um
> material com calor específico muito, muito alto.
>
> Muito bem, feita esta primeira hipótese Ad Hoc (daqui para frente
chamada de
> H1), vamos nos deter nos particulares do problema. Queremos saber
como se
> comportam as bolas iniciais na mesa. Sabemos que o momento linear
deve ser
> conservado a todo instante. Sabemos que a energia total, por H1,
deve ser
> mantida constante. Ora, num primeiro momento poderíamos supor que
isso
> implica conservação da energia cinética, pela qual todas as
colisões têm que
> ser elásticas.
>
> ENTRETANTO, dizer que todas as colisões são elásticas é também uma
hipótese
> Ad Hoc ! Colisões são fenômenos muito rápidos e imprevisíveis sob
um ponto
> de vista analítico. Se partimos do enunciado que as bolas têm massa
igual e
> conhecida (corrijam-me se eu estiver errado), em uma dada colisão
entre duas
> bolas teremos um mínimo de seis incógnitas (pode haver mais
dependendo do
> referencial que se adote): as velocidades inicial e final da
primeira bola,
> as velocidades inicial e final da segunda bola e os dois ângulos de
> espalhamento após o choque. Ora, podemos arbitrar as velocidades
iniciais
> sem perda de generalidade para o problema, mas não temos como dizer
*a
> priori* quais serão os ângulos de espalhamento e muito menos quais
serão as
> velocidades finais após o choque.
>
> Lançar mão desta "H2" (todos os choques são elásticos) aumentaria o
número
> de hipóteses Ad Hoc, o que todo físico que queira resolver um
problema novo
> tenta evitar !
>
> Se, então, não queremos propor uma H2, devemos estar abertos à
possibilidade
> de um *choque inelástico*. Mas por H1 não podemos diminuir a energia
> cinética total do sistema -- logo, precisamos ao menos estar
abertos à
> possibilidade de que a energia cinética *translacional* possa ser
reduzida
> durante um choque inelástico transformando-se assim em energia
cinética
> *rotacional*.
>
> Ainda em dúvida sobre como uma rotação possa aparecer ? Ótimo.
Continuem
> comigo.
>
> Foi dito que não obstante o choque ser frontal ou oblíquo, a força
é sempre
> aplicada radialmente, pois "numa situação sem atrito, as bolas têm
que
> deslizar umas sobre as outras e portanto, todos os choques devem ser
> considerados frontais". Ora, mas isso são DUAS uma hipóteses Ad
Hoc ! H3,
> que há um *único* ponto de contato entre as bolas -- o que conduz à
condição
> que as bolas são indeformáveise e H4, que a força de contato é
sempre
> radial.
>
> A elasticidade dos corpos é regida pela Lei de Hooke. Por H1, toda e
> qualquer deformação que aconteça não pode dissipar energia de forma
> irreversível. Logo, toda e qualquer deformação não pode
ser "amortecida"
> (uso aqui uma analogia com molas); não podem ser produzidas mossas
> permanentes nas bolas. Ora, mas se as deformações não podem ser
amortecidas,
> as bolas precisam vibrar. A energia dessa vibração precisa
necessariamente
> vir do choque; portanto abre-se a possibilidade para que os choques
sejam
> inelásticos.
>
> Sem H3 abre-se ainda o leque de probabilidades para forças de
contato
> não-dissipativas e não-radiais durante o choque, o que pode em
princípio
> levar a um torque e portanto a um giro.
>
> Se H3 fosse levada em conta, precisaríamos supor uma de duas
coisas: (a) que
> o choque é instantâneo e portanto, as bolas são infinitamente
rígidas e
> portanto, as forças impulsivas são infinitas; ou (b) que o choque
tem
> duração maior que zero, durante o qual as bolas deslizam suavemente
umas
> sobre as outras até que não haja mais ponto de contato entre elas.
Nada
> impede que esta colisão seja considerada perfeitamente elástica.
>
> Sabemos que H3(a) é fisicamente impossível, a menos que se faça uma
hipótese
> H5 à maneira de H1 que permita mudar as leis físicas que governam a
mesa.
> Podemos então ficar com H3(b), bem mais palatável.
>
> Será então que H3(b) -- choque com duração maior que zero, dentro da
> hipótese de indeformabilidade -- implica em H4 (a direção da força
de
> contato é sempre radial) ?
>
> Senhoras e senhores, eu tenho mais a dizer sobre esta questão, mas
agora uma
> tempestade elétrica se aproxima da minha casa e meu monitor já
começa a
> ficar esquisito. Mando o resto mais tarde.
>
> Um grande abraço,
> Daniel



SUBJECT: Velocidade da luz
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/03/2003 13:54


Caros, um leitor fez-nos a seguinte pergunta:

"Existe alguma pesquisa no Brasil ou no Mundo sobre Teorias de viagens de
corpos de tamanhos macroscópicos em velocidades próximas ou iguais a da luz?"

Alguma idéia...?
Abraços e abraças,
Belisário




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 15:05

(continuação do raciocínio anterior e breve comentário pra Lígia)

Lígia,

Puxa vida, eu nem cheguei a terminar de expor meu raciocínio e você já me
adivinhou a conclusão ? Gente mais apressada... :-)))))))))) Eu devia ter
seguido a sugestão que me deram mais cedo e segurado para mandar tudo de uma
vez.


De fato, cheguei a conclusão que não é possível diferenciar a bola intrusa
após algum tempo. As razões para isso seguem abaixo, do ponto onde parei.

"Será então que H3(b) -- choque com duração maior que zero, dentro da
hipótese de indeformabilidade -- implica em H4 (a direção da força de
contato é sempre radial) ?"

Normalmente não se pode afirmar muito sobre a aparência das forças internas
durante um choque. O melhor que consegui fazer foi derivar uma equação em
que, tendo H3(b) em vista, mostro que pode haver um pequeno torque que não
tem origem no atrito e sim nas forças do choque. Entretanto, tal
demonstração não me convenceu muito, pois tive que escolher uma direção para
a força inicial do impacto. Isso me cheira a uma H6 (!), mas a verdade é que
a minha física pára nessa análise de forças internas de choque. Não sei
afirmar nada sobre isso.

Concluindo: partindo de H1 e apenas de H1, não posso negar que haja giro a
não ser que eu inclua H3(b) e H4. Se não posso negar que haja giro, então
não posso diferenciar a bola intrusa segundo a sugestão do Léo.

Se um pouco de atrito for incluído no sistema (um H1 fraco, digamos), como a
Lígia sugeriu, os giros ficam ainda mais pronunciados e aí eu
definitivamente não posso diferenciar a bola intrusa segundo a solução do
Léo.

Pensemos mais, pois...

Abraços,
Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade da luz
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 15:22

Sim, como não?

É a própria teoria da relatividade, que se aplica a corpos macroscópicos tb,
não só a partículas elementares.
Em particular, pode-se mostrar por ela que não é possível acelerar um objeto
com massa até a velocidade da luz, pois requereria uma quantidade infinita
de energia.

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: "Roberto Belisário" <belistas2@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, March 17, 2003 1:54 PM
Subject: [ciencialist] Velocidade da luz



Caros, um leitor fez-nos a seguinte pergunta:

"Existe alguma pesquisa no Brasil ou no Mundo sobre Teorias de viagens de
corpos de tamanhos macroscópicos em velocidades próximas ou iguais a da
luz?"

Alguma idéia...?
Abraços e abraças,
Belisário





SUBJECT: Re: Velocidade da luz
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/03/2003 15:35


Oi, Eric. Obrigado pela resposta, mas o que ele quis dizer foi se
existem pesquisas sobre a implementação prática da aceleração de objetos
macroscópicos a velocidades próximas à da luz. Imagino que ele esteja de
olho em naves com velocidades próximas à da luz, como as possibilidades que
o Carl Sagan descreve em alguns de seus livros. No caso do Sagan, é apenas
especulação teórica, mas será que existem grupos que vão além da
especulação...?

Inté,
Belisário

At 15:22 17/03/03 -0300, you wrote:
>Sim, como não?
>
>É a própria teoria da relatividade, que se aplica a corpos macroscópicos tb,
>não só a partículas elementares.
>Em particular, pode-se mostrar por ela que não é possível acelerar um objeto
>com massa até a velocidade da luz, pois requereria uma quantidade infinita
>de energia.
>
>Um abraço,
>Eric.
>
>----- Original Message -----
>From: "Roberto Belisário" <belistas2@terra.com.br>
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Sent: Monday, March 17, 2003 1:54 PM
>Subject: [ciencialist] Velocidade da luz
>
>
>
> Caros, um leitor fez-nos a seguinte pergunta:
>
>"Existe alguma pesquisa no Brasil ou no Mundo sobre Teorias de viagens de
>corpos de tamanhos macroscópicos em velocidades próximas ou iguais a da
>luz?"
>
> Alguma idéia...?
> Abraços e abraças,
> Belisário



SUBJECT: Re: [ciencialist] O ceticismo do cientista
FROM: "Arcange" <arcange@accvia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 16:03


----- Original Message -----
From: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, March 16, 2003 10:54 PM
Subject: Re: [ciencialist] O ceticismo do cientista


---------

Olá, Homero.

Eu acho que você não entendeu bem o que eu quis dizer e sua resposta não diz
respeito à minha ponderação. De qualquer modo, seu argumento, mesmo não
sendo relevante à minha observação, parece equivocado.

1-) De modo algum, de modo algum, de modo algum são mutuamente excludentes.
Alias, isso é absurdo. Não há exclusividade automática em crendices. Há
exclusividade *sim* em religiões, mas religiões não são crendices e os
exemplos de Gleiser tratam de crendices e não de religiões.

É bom que se fique claro: as religiões, por definição, são mutuamente
excludentes porque são sistemas teológicos que pretendem explicar o
universo. Dessa forma, como o universo não tem duas explicações corretas,
não haveria duas religiões corretas.

As crendices são outro departamento. Tendem a tratar de crenças em
determinados fenômenos particulares e pontuais desse universo. De modo
algum, de modo algum são mutuamente excludentes.

(Bem, você pode querer chamar as religiões de crendices e isso é um direito
seu. Entretanto, isso não colabora em nada para o debate, caracterizando
apenas um jogo semântico. É evidente que religiões são diferentes de crenças
como a telepatia, da mesma forma que é evidente que a crença em telepatia é
diferente da crença na ciência.)

Alias, diga-se de passagem, o senso comum sugere até o diametralmente
oposto. As pessoas que tendem a acreditar numa crendice normalmente
acreditam em muitas. Essas pessoas são genericamente chamadas de "místicas"
e "esotéricas" por uns e "crédulas" e "cretinas" por outros. Converse 5
minutos com gente como a cantora Elba Ramalho e você talvez entenda do que
estou dizendo. É extremamente comum ouvir histórias de místicos como "Os
extraterrestres(!) vindos de planos espirituais(!) de alta vibração vêm à
terra para se comunicar com os homens através de telepatia(!) e dar-lhes
poder de telecinese(!) para que possam ensinar aos seus irmãos a evoluir
positivamente no decorrer das reencarnações(!) até que alcancem Deus(!), mas
os espíritos inferiores(!) os quais chamanos de demônios(!) tentam evitar
esse processo.".

Acho estranho que algo que normalmente é concebido de modo vinculado seja
considerado por você mutuamente excludente.

2-) Mesmo que a hipótese da exclusão mútua seja correta - e não é -, isso
não tem muita importancia. A observação anteriormente feita diz respeito à
validade do argumento e não necessariamente à verdade dele. (Bem, verdade é
uma característica das proposições. No caso, quero aludir às verdades
ligadas às proposições conclusivas advindas do argumento.)

Sendo claro: o argumento exposto do jeito que está - sem pretensas ressalvas
à exclusão mútua ou qualquer outra informação adicional - é inválido e
incoerente sim, apesar de chegar a uma conclusão cuja proposição talvez seja
verdadeira.



Por fim, é um argumento que não se sustenta nas suas proposições explícitas.
É um argumento inválido.


Por favor... não sejamos crentes com os céticos só porque são céticos...
sejamos céticos até com os céticos.. ... .. ..

Arc.


-------------------------------

Olá pessoal...

Na verdade as estatisticas são de crenças específicas, não sobre a crença de
modo geral. Essa atinge, na população leiga, mas de 90 %. Ele não errou, mas
apenas apresentou estudos específicos. Em geral, crenças são excludentes, se
é um teísta catolico, evidentemente não acredita no islã ou no budismo. Se
acredita que manifestações estranhas são demonstração de paranormalidade,
não acredita que essas mesmas manifestações são fantasmas, demonios ou
duendes.

Mas, se somar todas essas crenças mutuamente excludentes (se bem que tem
gente que acredita em praticamente tudo..:-), o resultado será de maioria
para crentes e minoria para céticos (pensar costuma ser a última opção..:-)

No último censo no Brasil, a porcentagem de não religiosos (o que pode não
incluir apenas ateus, mas agnósticos) foi de 7%, uma minoria significativa.
Claro que em determinadas categorias as porcentagens mudam. Apenas 48% dos
cientistas se declaram teistas (e acerdito que algusn por temerem
represalias de suas comunidades, como na India e nos EUA), e ainda diminui
mais se considerarmos apenas os fisicos e matematicos.

Em todo caso, o resto da coluna é claro e coerente, eu gostaria de ter
escrito isso..:-)

Um abraço.

Homero



----- Original Message -----
From: Arcange
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, March 16, 2003 10:43 PM
Subject: Re: [ciencialist] O ceticismo do cientista



----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, March 16, 2003 11:28 AM
Subject: [ciencialist] O ceticismo do cientista



Marcelo Gleiser
especial para a Folha

Segundo estatísticas recentes feitas pela fundação Gallup nos Estados
Unidos, em torno de 50% dos americanos acreditam em percepção extra-
sensorial. Mais de 40% acreditam em possessões demoníacas e casas mal-
assombradas, e em torno de 30% crêem em clarividência, fantasmas e
astrologia. Não conheço estatísticas semelhantes para o Brasil, mas
imagino que os números devam ser no mínimo comparáveis.
Sem a menor dúvida, a luta do cético é ingrata; ele estará sempre em
minoria.

--------

Não quero ser chato. Também acho que os céticos são minoria nas
sociedades.
O que eu acho interessante é o fato do Gleiser sustentar essa assertativa
apresentando números que sugerem exatamente o contrário: as estatísticas
que
ele exibiu demonstram que geralmente os não-crentes formam a maioria da
população.

Essa falha não é, de modo algum, algo grave. Mas eu não posso deixar de
desconfiar da capacidade argumentativa de uma pessoa que faz esse tipo de
coisa. Também não posso deixar de depreciar a autoridade do discurso.

Por Deus... se isso fosse uma redaçãozinha de vestibular... ele
"papocaria"
por incoerência.. .. ..


Arc.



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SUBJECT: Re: Velocidade da luz
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/03/2003 16:05

Oi Belisário,

Ao que parece não tem gente envolvida diretamente na criação de
recursos para que corpos macroscópicos cheguem à velocidade da
luz... pelo menos por enquanto. As pesquisas estagnaram quando
ficou patente a impossibilidade prática da execução de tais projetos.

Mas há pesquisas para que se chegue a frações dela:

"Foi justamente perseguindo esse sonho que a Nasa criou dois grupos
para pesquisar novas formas de propulsão que sejam mais baratas e
eficientes, e principalmente muito, mas muito mais rápidas. A agência
espacial americana quer disparar uma missão interestelar no máximo em
25 anos. Para tanto, uma equipe do Centro de Vôo Espacial Marshall,
em Huntsville no Alabama, estuda motores baseados no uso das energias
solar, iônica, e da fusão e fissão nuclear, cujos modelos - que em
tese voariam a frações da velocidade da luz - estão expostos nestas
páginas. Já no Centro de Pesquisas Glenn, em Cleveland, Ohio, o
físico Marc Millis sonha mais alto. Quer tornar realidade a
hipotética aniquilação de matéria com anti-matéria, sistema
que "acelera" a nave do capitão James T. (de Tiberius) Kirk a
velocidades centenas de vezes maiores que a da luz.Existe muita gente
entra a comunidade científica americana que acha uma bobagem gastar
recursos com tecnologias tão inúteis. Se em 1961 John Kennedy
pensasse assim, Neal Armstrong jamais teria pisado na Lua oito anos
depois. Abaixo você verá uma galeria com algumas das propostas
imaginosas, factíveis ou alucinadas, que podem um dia levar-nos a
outras estrelas"....


Mais aqui:

http://istoedigital.terra.com.br/noticia2.asp?CodigoNoticia=426

Beijos, Lígia

*************************************

--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
>
> Oi, Eric. Obrigado pela resposta, mas o que ele quis dizer
foi se
> existem pesquisas sobre a implementação prática da aceleração de
objetos
> macroscópicos a velocidades próximas à da luz. Imagino que ele
esteja de
> olho em naves com velocidades próximas à da luz, como as
possibilidades que
> o Carl Sagan descreve em alguns de seus livros. No caso do Sagan, é
apenas
> especulação teórica, mas será que existem grupos que vão além da
> especulação...?
>
> Inté,
> Belisário
>
> At 15:22 17/03/03 -0300, you wrote:
> >Sim, como não?
> >
> >É a própria teoria da relatividade, que se aplica a corpos
macroscópicos tb,
> >não só a partículas elementares.
> >Em particular, pode-se mostrar por ela que não é possível acelerar
um objeto
> >com massa até a velocidade da luz, pois requereria uma quantidade
infinita
> >de energia.
> >
> >Um abraço,
> >Eric.
> >
> >----- Original Message -----
> >From: "Roberto Belisário" <belistas2@t...>
> >To: <ciencialist@y...>
> >Sent: Monday, March 17, 2003 1:54 PM
> >Subject: [ciencialist] Velocidade da luz
> >
> >
> >
> > Caros, um leitor fez-nos a seguinte pergunta:
> >
> >"Existe alguma pesquisa no Brasil ou no Mundo sobre Teorias de
viagens de
> >corpos de tamanhos macroscópicos em velocidades próximas ou iguais
a da
> >luz?"
> >
> > Alguma idéia...?
> > Abraços e abraças,
> > Belisário



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 16:20

Daniel,

Acho que vc está dando uma volta desnecessária. Está querendo matar mosca
com bala de canhão.

O problema é muito simples e requer apenas uma abstração muito utilizada que
é desprezar o atrito, exceto aquele da rampa com a bola. Começar a analisar
microscopicamente a superfície das bolas a ponto de enxergar uma força
não-central é complicar desnecessariamente o problema.

Qualquer força que produza torque, não importa a origem, terá
necessariamente que ter uma componente tangencial, já que será uma força que
não passa pelo centro da esfera. A única solução encontrada pro problema é
desprezar então as forças tangenciais. Se vc quiser, não precisamos sumir
com elas, apenas fazê-las pequenas o suficiente para que a bola extra não
perca sua rotação dentro de duas horas. E vamos chamar essas forças
tangenciais de atrito. Se vc quiser dar outro nome, dê, mas não vejo a
utilidade em discutir isso, se o conceito já está bem entendido.

De qualquer maneira, achei no Fundamentals of Physics do Halliday, quarta
edição em inglês, cap. 5, seção 6, a definição dele de atrito, se quisermos
mesmo nos ater a essa discussão de definições (traduzindo do inglês): "Se
tentarmos deslizar um corpo sobre uma superfície, o movimento encontra
resistência por uma ligação entre o corpo e a superfície. A resistência é
considerada como uma única força f, chamada força de atrito, ou simplesmente
atrito. ESSA FORÇA É PARALELA À SUPERFÍCIE, OPOSTA À TENDÊNCIA DE MOVIMENTO
(grifo meu). Às vezes, PARA SIMPLIFICAR A SITUAÇÃO, essa força é considerada
desprezível..."

Vc se engana ao falar que o atrito é sempre dissipativo. Uma bola que rola
sobre uma rampa só consegue rolar mediante a força de atrito entre a bola e
a rampa, caso contrário ela deslizaria. E como não há deslizamento entre a
bola e a rampa, não há dissipação de energia. É apenas atrito estático.
Realmente, o trabalho do atrito é dissipativo (quando ele produz trabalho)
mas para ele produzir trabalho tem que haver deslizamento entre as
superfícies, já que trabalho é força vezes deslocamento. Nas condições em
que há rolamento, por exemplo, o atrito é importante para impôr um vínculo
entre a translação e a rotação da roda, mas quem realiza o trabalho (no caso
da bola descendo a ladeira, por exemplo) é o peso. Sem o atrito não haveria
rolamento.

Posso dar um exemplo em que mesmo o atrito cinético (em que há deslizamento
entre as superfícies) consegue realizar trabalho sem dissipação total.
Jogamos um objeto com velocidade inicial quase horizontal sobre um carrinho,
inicialmente em repouso. A força de atrito entre o objeto e o carrinho vai
frear o objeto em relação ao carrinho, mas vai transferir um pouco da
energia cinética dele para o carrinho, e no final, quando o atrito acabou de
atuar, vc fica ainda com alguma energia livre no sistema.

Finalmente, com toda essa discussão vc está apenas mostrando que o problema
não tem solução, e não apresentando nenhuma nova. Se quisermos ficar com
esses purismos, podemos provar que nenhum problema real do mundo tem solução
a partir de qualquer teoria, pois sempre há idealizações e aproximações.

E isso não é nem matar mosca com bala de canhão, é atirar com o canhão e
ainda ser picado quando a poeira abaixa.

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>


Olá de novo, pessoal !

Bem, rabisquei algumas contas ontem e hoje e cheguei a alguns resultados
interessantes.

Antes de mais nada, devo concordar com o Oráculo numa coisa: o enunciado
carece de certos dados iniciais, sem os quais somos forçados a fazer muitas
hipóteses Ad Hoc se quisermos resolver o problema. A primeira de todas, sem
a qual não saímos do lugar, é que o atrito deve ser considerado inexistente.
Por atrito deve-se entender uma força cujo trabalho reduza a energia total
do sistema irreversivelmente (através de calor, som, etc.). Reparem que, sob
esta definição, uma rotação (gerada por um torque, gerado por uma componente
tangencial) não pode ser considerada como resultante de um atrito, pois a
energia do sistema não seria dissipada e sim transformada, podendo ser
recuperada mais tarde.

Não encontrei num único livro-texto qualquer definição de atrito como sendo
igual a uma força tangencial resistiva. Procurei em Feynman Lectures; no
Classical Dynamics of Particle Systems de Thornton e Marion e no
Fundamentals of Physics, de Halliday, Resnick e Walker. Todos apontavam o
atrito como força dissipativa, nunca como força de resistência ao movimento,
ou como força tangencial. Se alguém tem uma definição em contrário que achou
em algum outro texto, por favor me dê uma direção.

Cumpre notar que embora o experimento seja inteiramente teórico, podemos
aproximá-lo da realidade se colocarmos a mesa de bilhar no vácuo, com bolas
muito lisas (reparem que eu não disse "polidas" e sim "lisas") feitas de um
material com calor específico muito, muito alto.

Muito bem, feita esta primeira hipótese Ad Hoc (daqui para frente chamada de
H1), vamos nos deter nos particulares do problema. Queremos saber como se
comportam as bolas iniciais na mesa. Sabemos que o momento linear deve ser
conservado a todo instante. Sabemos que a energia total, por H1, deve ser
mantida constante. Ora, num primeiro momento poderíamos supor que isso
implica conservação da energia cinética, pela qual todas as colisões têm que
ser elásticas.

ENTRETANTO, dizer que todas as colisões são elásticas é também uma hipótese
Ad Hoc ! Colisões são fenômenos muito rápidos e imprevisíveis sob um ponto
de vista analítico. Se partimos do enunciado que as bolas têm massa igual e
conhecida (corrijam-me se eu estiver errado), em uma dada colisão entre duas
bolas teremos um mínimo de seis incógnitas (pode haver mais dependendo do
referencial que se adote): as velocidades inicial e final da primeira bola,
as velocidades inicial e final da segunda bola e os dois ângulos de
espalhamento após o choque. Ora, podemos arbitrar as velocidades iniciais
sem perda de generalidade para o problema, mas não temos como dizer *a
priori* quais serão os ângulos de espalhamento e muito menos quais serão as
velocidades finais após o choque.

Lançar mão desta "H2" (todos os choques são elásticos) aumentaria o número
de hipóteses Ad Hoc, o que todo físico que queira resolver um problema novo
tenta evitar !

Se, então, não queremos propor uma H2, devemos estar abertos à possibilidade
de um *choque inelástico*. Mas por H1 não podemos diminuir a energia
cinética total do sistema -- logo, precisamos ao menos estar abertos à
possibilidade de que a energia cinética *translacional* possa ser reduzida
durante um choque inelástico transformando-se assim em energia cinética
*rotacional*.

Ainda em dúvida sobre como uma rotação possa aparecer ? Ótimo. Continuem
comigo.

Foi dito que não obstante o choque ser frontal ou oblíquo, a força é sempre
aplicada radialmente, pois "numa situação sem atrito, as bolas têm que
deslizar umas sobre as outras e portanto, todos os choques devem ser
considerados frontais". Ora, mas isso são DUAS uma hipóteses Ad Hoc ! H3,
que há um *único* ponto de contato entre as bolas -- o que conduz à condição
que as bolas são indeformáveise e H4, que a força de contato é sempre
radial.

A elasticidade dos corpos é regida pela Lei de Hooke. Por H1, toda e
qualquer deformação que aconteça não pode dissipar energia de forma
irreversível. Logo, toda e qualquer deformação não pode ser "amortecida"
(uso aqui uma analogia com molas); não podem ser produzidas mossas
permanentes nas bolas. Ora, mas se as deformações não podem ser amortecidas,
as bolas precisam vibrar. A energia dessa vibração precisa necessariamente
vir do choque; portanto abre-se a possibilidade para que os choques sejam
inelásticos.

Sem H3 abre-se ainda o leque de probabilidades para forças de contato
não-dissipativas e não-radiais durante o choque, o que pode em princípio
levar a um torque e portanto a um giro.

Se H3 fosse levada em conta, precisaríamos supor uma de duas coisas: (a) que
o choque é instantâneo e portanto, as bolas são infinitamente rígidas e
portanto, as forças impulsivas são infinitas; ou (b) que o choque tem
duração maior que zero, durante o qual as bolas deslizam suavemente umas
sobre as outras até que não haja mais ponto de contato entre elas. Nada
impede que esta colisão seja considerada perfeitamente elástica.

Sabemos que H3(a) é fisicamente impossível, a menos que se faça uma hipótese
H5 à maneira de H1 que permita mudar as leis físicas que governam a mesa.
Podemos então ficar com H3(b), bem mais palatável.

Será então que H3(b) -- choque com duração maior que zero, dentro da
hipótese de indeformabilidade -- implica em H4 (a direção da força de
contato é sempre radial) ?

Senhoras e senhores, eu tenho mais a dizer sobre esta questão, mas agora uma
tempestade elétrica se aproxima da minha casa e meu monitor já começa a
ficar esquisito. Mando o resto mais tarde.

Um grande abraço,
Daniel


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SUBJECT: O Efeito McGurk (ilusão audio-visual) -- com vídeo em Flash 6
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/03/2003 16:24

- O Efeito McGurk (ilusão audio-visual) -- com vídeo em Flash 6
Uma das mais notáveis ilusões foi descoberta por acaso nos anos 70, e
se tornou notável no estudo da percepção sensorial. É o 'efeito
McGurk', que demonstra a integração que nosso cérebro faz,
inconscientemente, de estímulos diversos.
http://www.ceticismoaberto.kit.net/ilusaomcgurk.htm
http://www.ceticismoaberto.hpg.ig.com.br/ilusaomcgurk.htm

MK



SUBJECT: Re: [ciencialist] Velocidade da luz
FROM: Erich Weick <erich_weick@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/03/2003 16:29


Existe uma pesquisa da NASA sobre a possibilidade de se utilizarem velas solares para acelerar corpos macroscópicos a até 50% da velocidade da luz se não me falha a memória. Li uma nota no Jornal Ciência do SBPC falando sobre isso.
A tal vela solar teria uma área equivalente ao estado americano do Texas e inicialmente seria impelida pela luz solar combinada com raios laser baseados em terra. A viagem duraria várias décadas, alguns dizem que em torno de até 250 anos para atingir alguma estrela nas redondezas de nosso sistema solar. Mas aí vem a velha questão da longa permanência humana em ambientes sem gravidade que hoje ainda não é uma questão resolvida.
Abraços
Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br> wrote:
Caros, um leitor fez-nos a seguinte pergunta:

"Existe alguma pesquisa no Brasil ou no Mundo sobre Teorias de viagens de
corpos de tamanhos macroscópicos em velocidades próximas ou iguais a da luz?"

Alguma idéia...?
Abraços e abraças,
Belisário



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SUBJECT: RES: [ciencialist] O ceticismo do cientista
FROM: "Ronaldo Correia Junior" <ronaldocj@superig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 16:44

> -----Mensagem original-----
> De: Oraculo [mailto:oraculo@atibaia.com.br]
>
> Em todo caso, o resto da coluna é claro e coerente, eu
> gostaria de ter escrito isso..:-)

Eu também;-)
Abraços

______________________________
Ronaldo Correia Júnior
www.dedosdospes.hpg.ig.com.br
www.truenet.com.br/ronaldo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velocidade da luz
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 16:45

Olá,

Bom, ele pergunta se existem pesquisas sobre TEORIAS de viagens blablabla.
Talvez a pergunta seja essa mais simples. Mas se é sobre pesquisas
experimentais, a resposta é: com certeza, não. Para acelerar um corpo de 1
Kg até 1/10 da velocidade da luz (com ainda fracos efeitos relativísticos),
é necessária uma energia de mais de 100.000 MW-h , ou toda a energia
produzida por Itaipú em 10h de funcionamento. Sem falar na dificuldade
técnica de aplicar essa energia monumental no corpo em deslocamento... Tudo
o que podemos acelerar até velocidades relativísticas atualmente são
partículas fundamentais ou íons atômicos ou moleculares.

Enfim, viagens relativísticas de corpos macroscópicos ainda são,
infelizmente, apenas ficção científica...

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: "Roberto Belisário" <belistas2@terra.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, March 17, 2003 3:35 PM
Subject: [ciencialist] Re: Velocidade da luz



Oi, Eric. Obrigado pela resposta, mas o que ele quis dizer foi se
existem pesquisas sobre a implementação prática da aceleração de objetos
macroscópicos a velocidades próximas à da luz. Imagino que ele esteja de
olho em naves com velocidades próximas à da luz, como as possibilidades que
o Carl Sagan descreve em alguns de seus livros. No caso do Sagan, é apenas
especulação teórica, mas será que existem grupos que vão além da
especulação...?

Inté,
Belisário

At 15:22 17/03/03 -0300, you wrote:
>Sim, como não?
>
>É a própria teoria da relatividade, que se aplica a corpos macroscópicos
tb,
>não só a partículas elementares.
>Em particular, pode-se mostrar por ela que não é possível acelerar um
objeto
>com massa até a velocidade da luz, pois requereria uma quantidade infinita
>de energia.
>
>Um abraço,
>Eric.
>
>----- Original Message -----
>From: "Roberto Belisário" <belistas2@terra.com.br>
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Sent: Monday, March 17, 2003 1:54 PM
>Subject: [ciencialist] Velocidade da luz
>
>
>
> Caros, um leitor fez-nos a seguinte pergunta:
>
>"Existe alguma pesquisa no Brasil ou no Mundo sobre Teorias de viagens de
>corpos de tamanhos macroscópicos em velocidades próximas ou iguais a da
>luz?"
>
> Alguma idéia...?
> Abraços e abraças,
> Belisário


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SUBJECT: Re: [ciencialist] O ceticismo do cientista
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 16:45

Olá Arc..:-)

Concordo com suas ponderações, mas não com a conclusão..:-) Claro que determinadas crendices (e vou, para efeito de pura argumentação, retirar as religiões da categoria crendices, apesar de todas elas se embasarem na fé ou seja, a crença sem motivo para tanto) podem se sobrepor e muitos crentes em astrologia também acreditam em taro, cartomancia, iridomancia, etc, (sem notar as discrepancias e conflitos entre os resultads diversos).

Mas o argumento foi em relação a sua critica a colocação do Marcelo Gleiser. E ele não estava mostrando estatisticas que contradiziam o resto do artigo, muito pelo contrário. A soma dos que creem em algo, qualquer dos "algo" citados por ele, mostravam uma maioria crente e, logicamente, uma minoria cética, o que era a base do artigo.

E apesar de muitas crenças se sobreporem, o estudo mais aprofundado de uma determinada crença acaba por afastar outras. Por exemplo, um crente em alienigenas caminhando entre nós e naves espaciais em nosso céus, vai, com o tempo, acabar eliminando outras explicações posssiveis. O avistamento de seres flutuando no teto do quarto será sempre um aliem e não um duende, uma fada, um demonio, um espectro, uma alma tentando contato, uma projeção astral, um conhecido em OBE (Out Body Experience) ou um efeito colateral de processos neurologicos. E isso vai acabar se aplicando a todo fenomeno misterioso, assim como um espirita acabará explicando todos os fenomenos como manifestações espirituais (que um crente em duendes não levaria em conta).

Enfim, claro que concordo com o que diz a respeito de crenças poderem ser cumulativas, mas isso não interfere na base do argumento nem meu, nem do Marcelo Gleiser, que era a intenção de sua crítica inicial e de minha contra-argumentação. Céticos são minoria, qualquer que seja o modo de encarar a definição de crença (incluindo ou não as religiões).

Um abraço.

Homero
----- Original Message -----
From: Arcange
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, March 17, 2003 4:03 PM
Subject: Re: [ciencialist] O ceticismo do cientista



----- Original Message -----
From: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, March 16, 2003 10:54 PM
Subject: Re: [ciencialist] O ceticismo do cientista


---------

Olá, Homero.

Eu acho que você não entendeu bem o que eu quis dizer e sua resposta não diz
respeito à minha ponderação. De qualquer modo, seu argumento, mesmo não
sendo relevante à minha observação, parece equivocado.

1-) De modo algum, de modo algum, de modo algum são mutuamente excludentes.
Alias, isso é absurdo. Não há exclusividade automática em crendices. Há
exclusividade *sim* em religiões, mas religiões não são crendices e os
exemplos de Gleiser tratam de crendices e não de religiões.

É bom que se fique claro: as religiões, por definição, são mutuamente
excludentes porque são sistemas teológicos que pretendem explicar o
universo. Dessa forma, como o universo não tem duas explicações corretas,
não haveria duas religiões corretas.

As crendices são outro departamento. Tendem a tratar de crenças em
determinados fenômenos particulares e pontuais desse universo. De modo
algum, de modo algum são mutuamente excludentes.

(Bem, você pode querer chamar as religiões de crendices e isso é um direito
seu. Entretanto, isso não colabora em nada para o debate, caracterizando
apenas um jogo semântico. É evidente que religiões são diferentes de crenças
como a telepatia, da mesma forma que é evidente que a crença em telepatia é
diferente da crença na ciência.)

Alias, diga-se de passagem, o senso comum sugere até o diametralmente
oposto. As pessoas que tendem a acreditar numa crendice normalmente
acreditam em muitas. Essas pessoas são genericamente chamadas de "místicas"
e "esotéricas" por uns e "crédulas" e "cretinas" por outros. Converse 5
minutos com gente como a cantora Elba Ramalho e você talvez entenda do que
estou dizendo. É extremamente comum ouvir histórias de místicos como "Os
extraterrestres(!) vindos de planos espirituais(!) de alta vibração vêm à
terra para se comunicar com os homens através de telepatia(!) e dar-lhes
poder de telecinese(!) para que possam ensinar aos seus irmãos a evoluir
positivamente no decorrer das reencarnações(!) até que alcancem Deus(!), mas
os espíritos inferiores(!) os quais chamanos de demônios(!) tentam evitar
esse processo.".

Acho estranho que algo que normalmente é concebido de modo vinculado seja
considerado por você mutuamente excludente.

2-) Mesmo que a hipótese da exclusão mútua seja correta - e não é -, isso
não tem muita importancia. A observação anteriormente feita diz respeito à
validade do argumento e não necessariamente à verdade dele. (Bem, verdade é
uma característica das proposições. No caso, quero aludir às verdades
ligadas às proposições conclusivas advindas do argumento.)

Sendo claro: o argumento exposto do jeito que está - sem pretensas ressalvas
à exclusão mútua ou qualquer outra informação adicional - é inválido e
incoerente sim, apesar de chegar a uma conclusão cuja proposição talvez seja
verdadeira.



Por fim, é um argumento que não se sustenta nas suas proposições explícitas.
É um argumento inválido.


Por favor... não sejamos crentes com os céticos só porque são céticos...
sejamos céticos até com os céticos.. ... .. ..

Arc.


-------------------------------

Olá pessoal...

Na verdade as estatisticas são de crenças específicas, não sobre a crença de
modo geral. Essa atinge, na população leiga, mas de 90 %. Ele não errou, mas
apenas apresentou estudos específicos. Em geral, crenças são excludentes, se
é um teísta catolico, evidentemente não acredita no islã ou no budismo. Se
acredita que manifestações estranhas são demonstração de paranormalidade,
não acredita que essas mesmas manifestações são fantasmas, demonios ou
duendes.

Mas, se somar todas essas crenças mutuamente excludentes (se bem que tem
gente que acredita em praticamente tudo..:-), o resultado será de maioria
para crentes e minoria para céticos (pensar costuma ser a última opção..:-)

No último censo no Brasil, a porcentagem de não religiosos (o que pode não
incluir apenas ateus, mas agnósticos) foi de 7%, uma minoria significativa.
Claro que em determinadas categorias as porcentagens mudam. Apenas 48% dos
cientistas se declaram teistas (e acerdito que algusn por temerem
represalias de suas comunidades, como na India e nos EUA), e ainda diminui
mais se considerarmos apenas os fisicos e matematicos.

Em todo caso, o resto da coluna é claro e coerente, eu gostaria de ter
escrito isso..:-)

Um abraço.

Homero



----- Original Message -----
From: Arcange
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Sunday, March 16, 2003 10:43 PM
Subject: Re: [ciencialist] O ceticismo do cientista



----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, March 16, 2003 11:28 AM
Subject: [ciencialist] O ceticismo do cientista



Marcelo Gleiser
especial para a Folha

Segundo estatísticas recentes feitas pela fundação Gallup nos Estados
Unidos, em torno de 50% dos americanos acreditam em percepção extra-
sensorial. Mais de 40% acreditam em possessões demoníacas e casas mal-
assombradas, e em torno de 30% crêem em clarividência, fantasmas e
astrologia. Não conheço estatísticas semelhantes para o Brasil, mas
imagino que os números devam ser no mínimo comparáveis.
Sem a menor dúvida, a luta do cético é ingrata; ele estará sempre em
minoria.

--------

Não quero ser chato. Também acho que os céticos são minoria nas
sociedades.
O que eu acho interessante é o fato do Gleiser sustentar essa assertativa
apresentando números que sugerem exatamente o contrário: as estatísticas
que
ele exibiu demonstram que geralmente os não-crentes formam a maioria da
população.

Essa falha não é, de modo algum, algo grave. Mas eu não posso deixar de
desconfiar da capacidade argumentativa de uma pessoa que faz esse tipo de
coisa. Também não posso deixar de depreciar a autoridade do discurso.

Por Deus... se isso fosse uma redaçãozinha de vestibular... ele
"papocaria"
por incoerência.. .. ..


Arc.



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 17:09

Eric,

Você está confundindo as coisas. Repare que o que o texto do Resnick diz é
que atrito é uma força tangencial -- mas nem toda força tangencial é um
atrito !

Se você quiser dizer que toda força tangencial é atrito, paciência. Para mim
isto nunca esteve claro. Toda aquela ladainha imensa que você chamou de
matar mosca com tiro de canhão são apenas as minhas razões para mostrar que
a rotação não depende do atrito, que era tudo o que me interessava para
começar.

O que nos tem dividido é que sua definição de atrito é mais ampla do que a
minha, ao que parece.E outra, repare que o tempo todo eu estava falando em
giro e em rotação -- nunca em rolamento. Rolamento *pressupõe* atrito e eu
tive o cuidado de evitar essa palavra.

Sobre ser picado e etc... rapaz, eu nem sequer tinha me interessado pelo
problema até que alguém disse que atrito era igual a força tangencial. Se
vocês não perceberam até agora, e vou repetir pela segunda vez no mesmo
e-mail, o que eu queria demonstrar era que uma coisa não é igual a outra !!
E desprovar uma hipótese proposta para resolver um problema não é
desconstrutivo. Pergunte ao Newton...

Se o problema em questão tem solução ou não, é algo a que vou me dedicar a
partir de agora ;-)

Abraços cordiais,
Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velocidade da luz
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 17:24

Tem razão, Lígia,

Já tinha ouvido falar em idéias sobre propulsão nuclear, mas não acho que
eles consigam colocar em prática tão cedo. Fazer um modelo é "fácil". O
difícil é conseguir a verba pra construí-lo mesmo... Fora as questões sobre
a segurança de termos uma nave com propulsão nuclear subindo aos céus. E se
ela explode ainda perto da Terra? Com o recente acidente, vai ser difícil
pra NASA conseguir apoio do congresso pra colocar isso em prática tão
cedo...

A aniquilação de matéria com antimatéria não é nada hipotética, o difícil é
ter uma quantidade suficiente de anti-matéria armazenada para depois
utilizar na reação. Pode-se aprisionar uma quantidade pequena de
anti-partículas com campos magnéticos, mas para propelir uma nave teríamos
que ter uma quantidade bem maior. Para fazer um bloquinho de 1 Kg chegar a
10% da velocidade da luz (o exemplo que usei antes) precisaríamos de
aniquilar cerca de 5 g de matéria (e anti-matéria), ou o equivalente a cerca
de 3x10^24 átomos de hidrogênio, o que ainda está longe de conseguir ser
armazenado satisfatoriamente, muito menos manuseado. (Recentemente, um grupo
conseguiu produzir anti-hidrogênio, e um físico brasileiro, da UFRJ, estava
envolvido no projeto. O resultado saiu na Nature, se não me engano).

Agora, a gente só tem que tomar cuidado com a parte da mensagem que fala
sobre acelerar a nave a centenas de vezes a velocidade da luz. Isso só
acontece no seriado, claro... Na realidade, o máximo que conseguiríamos
seria chegar perto.

Obrigado pelas informações.

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, March 17, 2003 4:05 PM
Subject: [ciencialist] Re: Velocidade da luz


Oi Belisário,

Ao que parece não tem gente envolvida diretamente na criação de
recursos para que corpos macroscópicos cheguem à velocidade da
luz... pelo menos por enquanto. As pesquisas estagnaram quando
ficou patente a impossibilidade prática da execução de tais projetos.

Mas há pesquisas para que se chegue a frações dela:

"Foi justamente perseguindo esse sonho que a Nasa criou dois grupos
para pesquisar novas formas de propulsão que sejam mais baratas e
eficientes, e principalmente muito, mas muito mais rápidas. A agência
espacial americana quer disparar uma missão interestelar no máximo em
25 anos. Para tanto, uma equipe do Centro de Vôo Espacial Marshall,
em Huntsville no Alabama, estuda motores baseados no uso das energias
solar, iônica, e da fusão e fissão nuclear, cujos modelos - que em
tese voariam a frações da velocidade da luz - estão expostos nestas
páginas. Já no Centro de Pesquisas Glenn, em Cleveland, Ohio, o
físico Marc Millis sonha mais alto. Quer tornar realidade a
hipotética aniquilação de matéria com anti-matéria, sistema
que "acelera" a nave do capitão James T. (de Tiberius) Kirk a
velocidades centenas de vezes maiores que a da luz.Existe muita gente
entra a comunidade científica americana que acha uma bobagem gastar
recursos com tecnologias tão inúteis. Se em 1961 John Kennedy
pensasse assim, Neal Armstrong jamais teria pisado na Lua oito anos
depois. Abaixo você verá uma galeria com algumas das propostas
imaginosas, factíveis ou alucinadas, que podem um dia levar-nos a
outras estrelas"....


Mais aqui:

http://istoedigital.terra.com.br/noticia2.asp?CodigoNoticia=426

Beijos, Lígia

*************************************

--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
>
> Oi, Eric. Obrigado pela resposta, mas o que ele quis dizer
foi se
> existem pesquisas sobre a implementação prática da aceleração de
objetos
> macroscópicos a velocidades próximas à da luz. Imagino que ele
esteja de
> olho em naves com velocidades próximas à da luz, como as
possibilidades que
> o Carl Sagan descreve em alguns de seus livros. No caso do Sagan, é
apenas
> especulação teórica, mas será que existem grupos que vão além da
> especulação...?
>
> Inté,
> Belisário
>
> At 15:22 17/03/03 -0300, you wrote:
> >Sim, como não?
> >
> >É a própria teoria da relatividade, que se aplica a corpos
macroscópicos tb,
> >não só a partículas elementares.
> >Em particular, pode-se mostrar por ela que não é possível acelerar
um objeto
> >com massa até a velocidade da luz, pois requereria uma quantidade
infinita
> >de energia.
> >
> >Um abraço,
> >Eric.
> >
> >----- Original Message -----
> >From: "Roberto Belisário" <belistas2@t...>
> >To: <ciencialist@y...>
> >Sent: Monday, March 17, 2003 1:54 PM
> >Subject: [ciencialist] Velocidade da luz
> >
> >
> >
> > Caros, um leitor fez-nos a seguinte pergunta:
> >
> >"Existe alguma pesquisa no Brasil ou no Mundo sobre Teorias de
viagens de
> >corpos de tamanhos macroscópicos em velocidades próximas ou iguais
a da
> >luz?"
> >
> > Alguma idéia...?
> > Abraços e abraças,
> > Belisário



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velocidade da luz
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 17:37

Olá pessoal.

Este é um relato do que seria possível com a teoria da "Velocidade de Dobra"
, do fisico Miguel Alcubierre, que trabalha com o desenvolvimento das
equações da relatividade geral. Isso poderia nos levar a velocidades maiores
do que a da luz, mesmo que localmente nos movessemos em menor velocidade. É
a base cientifica das naves de Joranada nas Estrelas..:-) Um resumo da
teoria pode ser lido abaixo, mas não compreendo a fisica/matematica do
processo real... Se alguem da lista se dispuzer a colocar o exemplo abaixo
em numeros eu agradeceria..:-)

Um abraço.

Homero

.......
Alcubierre propôs um modo de superar o limite da velocidade da luz, parecido
com a expansão do universo, mas em uma escala local. Ele desenvolveu uma "
métrica " para relatividade geral, uma representação matemática da curvatura
de espaço, que descreve uma região plana do espaço próximo de uma " dobra "
que pode ser impulsionada adiante com
qualquer velocidade arbitrária, inclusive velocidades maiores que a da luz,
a velocidade de dobra de Alcubierre e construída por funções tangentes
hiperbólicas as quais criam um distorção muito peculiar do espaço nas
extremidades do volume de espaço considerado.
A idéia e inovadora. Se o espaço-tempo pode ser dobrado localmente de modo
que se expanda atrás de uma nave e se contraia adiante dela, então a nave
será impulsionada junto com o espaço que a contem. Localmente, a nave nunca
viajara mais rápido do que a luz, porque a luz também será impulsionada
junto com a onda de espaço em expansão. Mas, globalmente percorrera
distâncias incrivelmente grandes em pequenos intervalos de tempo.
Uma maneira de visualizar o que acontece e imaginar-se a bordo de uma nave.
Se o espaço subitamente se expandir por detrás da nave em uma escala
suficientemente grande, você percebera que a base estelar que deixou há
poucos minutos agora esta a muitos anos luz de distância. Da mesma forma, se
o espaço se contrair adiante de você, será possível perceber que a base em
direção a qual você viaja, que estava a alguns anos luz de distância, agora
esta tão próxima que poderia ser alcançada em minutos a velocidade de
propulsão normal.
Portanto, a própria curvatura do espaço, proposta pela Teoria da
Relatividade Geral e já comprovada experimentalmente, produz uma abertura
para viagens acima da velocidade da luz.
....

----- Original Message -----
From: Eric Cavalcanti
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, March 17, 2003 5:24 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Velocidade da luz


Tem razão, Lígia,

Já tinha ouvido falar em idéias sobre propulsão nuclear, mas não acho que
eles consigam colocar em prática tão cedo. Fazer um modelo é "fácil". O
difícil é conseguir a verba pra construí-lo mesmo... Fora as questões sobre
a segurança de termos uma nave com propulsão nuclear subindo aos céus. E se
ela explode ainda perto da Terra? Com o recente acidente, vai ser difícil
pra NASA conseguir apoio do congresso pra colocar isso em prática tão
cedo...

A aniquilação de matéria com antimatéria não é nada hipotética, o difícil é
ter uma quantidade suficiente de anti-matéria armazenada para depois
utilizar na reação. Pode-se aprisionar uma quantidade pequena de
anti-partículas com campos magnéticos, mas para propelir uma nave teríamos
que ter uma quantidade bem maior. Para fazer um bloquinho de 1 Kg chegar a
10% da velocidade da luz (o exemplo que usei antes) precisaríamos de
aniquilar cerca de 5 g de matéria (e anti-matéria), ou o equivalente a cerca
de 3x10^24 átomos de hidrogênio, o que ainda está longe de conseguir ser
armazenado satisfatoriamente, muito menos manuseado. (Recentemente, um grupo
conseguiu produzir anti-hidrogênio, e um físico brasileiro, da UFRJ, estava
envolvido no projeto. O resultado saiu na Nature, se não me engano).

Agora, a gente só tem que tomar cuidado com a parte da mensagem que fala
sobre acelerar a nave a centenas de vezes a velocidade da luz. Isso só
acontece no seriado, claro... Na realidade, o máximo que conseguiríamos
seria chegar perto.

Obrigado pelas informações.

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, March 17, 2003 4:05 PM
Subject: [ciencialist] Re: Velocidade da luz


Oi Belisário,

Ao que parece não tem gente envolvida diretamente na criação de
recursos para que corpos macroscópicos cheguem à velocidade da
luz... pelo menos por enquanto. As pesquisas estagnaram quando
ficou patente a impossibilidade prática da execução de tais projetos.

Mas há pesquisas para que se chegue a frações dela:

"Foi justamente perseguindo esse sonho que a Nasa criou dois grupos
para pesquisar novas formas de propulsão que sejam mais baratas e
eficientes, e principalmente muito, mas muito mais rápidas. A agência
espacial americana quer disparar uma missão interestelar no máximo em
25 anos. Para tanto, uma equipe do Centro de Vôo Espacial Marshall,
em Huntsville no Alabama, estuda motores baseados no uso das energias
solar, iônica, e da fusão e fissão nuclear, cujos modelos - que em
tese voariam a frações da velocidade da luz - estão expostos nestas
páginas. Já no Centro de Pesquisas Glenn, em Cleveland, Ohio, o
físico Marc Millis sonha mais alto. Quer tornar realidade a
hipotética aniquilação de matéria com anti-matéria, sistema
que "acelera" a nave do capitão James T. (de Tiberius) Kirk a
velocidades centenas de vezes maiores que a da luz.Existe muita gente
entra a comunidade científica americana que acha uma bobagem gastar
recursos com tecnologias tão inúteis. Se em 1961 John Kennedy
pensasse assim, Neal Armstrong jamais teria pisado na Lua oito anos
depois. Abaixo você verá uma galeria com algumas das propostas
imaginosas, factíveis ou alucinadas, que podem um dia levar-nos a
outras estrelas"....


Mais aqui:

http://istoedigital.terra.com.br/noticia2.asp?CodigoNoticia=426

Beijos, Lígia

*************************************

--- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
>
> Oi, Eric. Obrigado pela resposta, mas o que ele quis dizer
foi se
> existem pesquisas sobre a implementação prática da aceleração de
objetos
> macroscópicos a velocidades próximas à da luz. Imagino que ele
esteja de
> olho em naves com velocidades próximas à da luz, como as
possibilidades que
> o Carl Sagan descreve em alguns de seus livros. No caso do Sagan, é
apenas
> especulação teórica, mas será que existem grupos que vão além da
> especulação...?
>
> Inté,
> Belisário
>
> At 15:22 17/03/03 -0300, you wrote:
> >Sim, como não?
> >
> >É a própria teoria da relatividade, que se aplica a corpos
macroscópicos tb,
> >não só a partículas elementares.
> >Em particular, pode-se mostrar por ela que não é possível acelerar
um objeto
> >com massa até a velocidade da luz, pois requereria uma quantidade
infinita
> >de energia.
> >
> >Um abraço,
> >Eric.
> >
> >----- Original Message -----
> >From: "Roberto Belisário" <belistas2@t...>
> >To: <ciencialist@y...>
> >Sent: Monday, March 17, 2003 1:54 PM
> >Subject: [ciencialist] Velocidade da luz
> >
> >
> >
> > Caros, um leitor fez-nos a seguinte pergunta:
> >
> >"Existe alguma pesquisa no Brasil ou no Mundo sobre Teorias de
viagens de
> >corpos de tamanhos macroscópicos em velocidades próximas ou iguais
a da
> >luz?"
> >
> > Alguma idéia...?
> > Abraços e abraças,
> > Belisário


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SUBJECT: Atrito
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 17:54

Oi, Daniel,

Bom, pra mim ficou claro pelo texto do Halliday que atrito é o nome que se
dá à componente tangencial da força de contato entre duas superfícies. E no
problema só temos forças de contato.

Mas tudo bem, não vamos entrar em atrito por causa disso, que esse
certamente não produziria trabalho útil. :)

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>


Eric,

Você está confundindo as coisas. Repare que o que o texto do Resnick diz é
que atrito é uma força tangencial -- mas nem toda força tangencial é um
atrito !

Se você quiser dizer que toda força tangencial é atrito, paciência. Para mim
isto nunca esteve claro. Toda aquela ladainha imensa que você chamou de
matar mosca com tiro de canhão são apenas as minhas razões para mostrar que
a rotação não depende do atrito, que era tudo o que me interessava para
começar.

O que nos tem dividido é que sua definição de atrito é mais ampla do que a
minha, ao que parece.E outra, repare que o tempo todo eu estava falando em
giro e em rotação -- nunca em rolamento. Rolamento *pressupõe* atrito e eu
tive o cuidado de evitar essa palavra.

Sobre ser picado e etc... rapaz, eu nem sequer tinha me interessado pelo
problema até que alguém disse que atrito era igual a força tangencial. Se
vocês não perceberam até agora, e vou repetir pela segunda vez no mesmo
e-mail, o que eu queria demonstrar era que uma coisa não é igual a outra !!
E desprovar uma hipótese proposta para resolver um problema não é
desconstrutivo. Pergunte ao Newton...

Se o problema em questão tem solução ou não, é algo a que vou me dedicar a
partir de agora ;-)

Abraços cordiais,
Daniel


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Atrito
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 18:11


----- Original Message -----
From: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, March 17, 2003 5:54 PM
Subject: [ciencialist] Atrito


> Oi, Daniel,
>
> Bom, pra mim ficou claro pelo texto do Halliday que atrito é o nome que se
> dá à componente tangencial da força de contato entre duas superfícies. E
no
> problema só temos forças de contato.

Oba !

Aí já é uma questão de interpretação mesmo. Eu posso pensar em algumas
forças tangenciais que não lembram atrito nem de longe. Mas sabe de uma ?
Fazia tempo que eu não tinha uma discussão tão saudável e produtiva em
física ! E isso só faz me interessar em me aprofundar mais na questão do que
é atrito e o que não é... veja o Feynman volume 1 (esqueci o capítulo,
amanhã te passo), para uma discussão interessante.


> Mas tudo bem, não vamos entrar em atrito por causa disso, que esse
> certamente não produziria trabalho útil. :)
>

Definitivamente não é preciso entrar em atrito, mas que produziu trabalho
útil, produziu :-))

Grande abraço,
Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] Atrito
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 18:34

-----Mensagem Original-----
De: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 17 de março de 2003 17:54
Assunto: [ciencialist] Atrito


| Oi, Daniel,
|
| Bom, pra mim ficou claro pelo texto do Halliday que atrito é o nome que se
| dá à componente tangencial da força de contato entre duas superfícies. E no
| problema só temos forças de contato.
|
| Mas tudo bem, não vamos entrar em atrito por causa disso, que esse
| certamente não produziria trabalho útil. :)
|
| Um abraço,
| Eric.

Atrito produz trabalho útil. Sem isso o disco de 'frição' do carro não funcionaria e o carro não iria adiante; faltaria o trabalho das forças de atrito.
sugestão divina: http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/05_RE_13.asp

[]'
Léo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Atrito
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 18:35

Oi, Daniel,

Posso pensar em forças tangenciais que não são devidas ao contato entre duas
superfícies, mas não entre duas bolas que se chocam, ou entre uma bola e uma
parede. Qual o exemplo que vc daria (e que poderia se aplicar ao problema
inicial, claro)?

Já li esse cap. do Feynman Lectures. Não lembro dos detalhes agora, mas é
muito bom mesmo, vou dar uma relida. O Feynman é "o cara"! :)

Um abraço,
Eric.

--------
> Bom, pra mim ficou claro pelo texto do Halliday que atrito é o nome que se
> dá à componente tangencial da força de contato entre duas superfícies. E
no
> problema só temos forças de contato.

Oba !

Aí já é uma questão de interpretação mesmo. Eu posso pensar em algumas
forças tangenciais que não lembram atrito nem de longe. Mas sabe de uma ?
Fazia tempo que eu não tinha uma discussão tão saudável e produtiva em
física ! E isso só faz me interessar em me aprofundar mais na questão do que
é atrito e o que não é... veja o Feynman volume 1 (esqueci o capítulo,
amanhã te passo), para uma discussão interessante.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Atrito
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 18:45

Hehehe...

Eu sei, Léo, inclusive falei disso em mensagem anterior. Estava me referindo
agora ao atrito entre eu e o Daniel... :)

Colchetes pra vc também,
Eric.

| Oi, Daniel,
|
| Bom, pra mim ficou claro pelo texto do Halliday que atrito é o nome que se
| dá à componente tangencial da força de contato entre duas superfícies. E
no
| problema só temos forças de contato.
|
| Mas tudo bem, não vamos entrar em atrito por causa disso, que esse
| certamente não produziria trabalho útil. :)
|
| Um abraço,
| Eric.

Atrito produz trabalho útil. Sem isso o disco de 'frição' do carro não
funcionaria e o carro não iria adiante; faltaria o trabalho das forças de
atrito.
sugestão divina: http://www.feiradeciencias.com.br/sala05/05_RE_13.asp

[]'
Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Atrito
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 18:48

|Eric: Já li esse cap. do Feynman Lectures. Não lembro dos detalhes agora, mas é
| muito bom mesmo, vou dar uma relida.

|O Feynman é "o cara"! :)
|

Realmente, ele é o segundo melhor 'cara' que posso apontar como divulgador da Física.
A modéstia ............. :-)))

[]'
dEUs


SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 18:48

----- Original Message -----
From: "Daniel Bezerra"
Sent: Monday, March 17, 2003 11:10 AM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?

> Antes de mais nada, devo concordar com o Oráculo numa coisa:
> o enunciado carece de certos dados iniciais, sem os quais somos forçados a
> fazer muitas hipóteses Ad Hoc se quisermos resolver o problema.

Antes de mais nada, lembro que estamos na Ciencialist, o Reino do Léo. Ipso
facto, oráculo significa "a verdadeira revelação divina; a palavra do Léo e
de seus profetas" (vide Dicionário Eletrônico Houaiss). Sugiro que pare de
dar ouvidos a mensagens profanas e ponha na cabeça de uma vez por todas que
o Léo não joga dados, por mais que o seu guru Niels Bohr tenha afirmado o
contrário.

> A primeira de todas, sem a qual não saímos do lugar, é que o atrito deve
> ser considerado inexistente. Por atrito deve-se entender uma força cujo
> trabalho reduza a energia total do sistema irreversivelmente (através de
> calor, som, etc.). Reparem que, sob esta definição, uma rotação (gerada
> por um torque, gerado por uma componente tangencial) não pode ser
> considerada como resultante de um atrito, pois a energia do sistema não
> seria dissipada e sim transformada, podendo ser recuperada mais tarde.

Eu tendo a concordar contigo, mas perceba então a possibilidade teórica da
existência de uma força tangencial que não seja de atrito. Esta força,
suposta existir, produziria um rolamento na bola ao deslizar sobre a mesa ou
sobre a rampa, e seria difícil dizer o que resultaria deste efeito quando do
choque entre duas bolas. É interessante notar que o atrito de rolamento
seria nulo, e as bolas se moveriam sobre a mesa como num sistema de
engrenagens ideais. É muita idealidade para o meu gosto, mas não deixa de
fazer sentido. É importante perceber que se este efeito ocorrer na rampa
(descida da bola) não há porque se imaginar que não ocorra sobre a mesa
(translação horizontal das bolas). Neste caso idealíssimo todas as bolas
estariam sempre rolando, logo acredito não haver como distinguir uma das
outras. Hipótese ad hoc, a meu ver, seria assumir que a rampa pudesse
produzir um rolamento, mas a mesa não. No momento de um choque entre duas
bolas haveria também um choque entre os dentes das engrenagens bola-mesa, e
este deveria também ser totalmente elástico, o que complicaria bastante a
teorização do problema.

> Não encontrei num único livro-texto qualquer definição de atrito como
> sendo igual a uma força tangencial resistiva. Procurei em Feynman
> Lectures; no Classical Dynamics of Particle Systems de Thornton e Marion e
> no Fundamentals of Physics, de Halliday, Resnick e Walker. Todos apontavam
> o atrito como força dissipativa, nunca como força de resistência ao
> movimento, ou como força tangencial. Se alguém tem uma definição em
> contrário que achou em algum outro texto, por favor me dê uma direção.

Quero crer que você não encontrou porque atrito não é igual a força
tangencial resistiva, pelo menos no sentido de uma resistência à translação.
Perceba que qualquer mudança na velocidade de translação das bolas,
provocada por um choque com outra, haverá, em condições ideais, uma força
tangencial resistiva mesa-bola a modificar concomitantemente a velocidade
angular, e essa força é conservativa, e portanto não de atrito. Ora, para
que haja conservação de momento, quero crer que isso iria bagunçar bastante
o sistema, e as engrenagens da mesa iriam ficar oscilando, a menos que
houvesse um acoplamento ideal e compensador, tal que o efeito se traduzisse
numa troca entre os momentos angulares das duas bolas (choque triplo, com
participação de duas bolas mais a mesa). A coisa não é nada simples, mas se
quisermos assumir que a energia permanece exclusivamente com as bolas,
parece-me que esta seria a solução (a mesa teria apenas uma participação
efêmera na troca de momentos e energia).

A coisa se complica muito quando passamos para o estudo do microcosmo, pois
aí a física moderna despreza uma rotação clássica das partículas elementares
(spin é outra coisa, e não tem nada a ver com a idéia de giro clássico). Já
comentei muito a esse respeito na mensagem 11819 e seguintes (vide Calor
específico e física clássica, em
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/cefc.htm ). É interessante
reproduzir aqui a opinião de Boltzmann a respeito: "If each molecule is
constructed absolutely symmetrically with respect to its center of
gravity --or, still more generally, if it has the form of a sphere whose
center of gravity coincides with its midpoint¾ then indeed each molecule can
make arbitrary rotations around an arbitrary axis passing through its
midpoints; but the velocity of this rotation cannot be altered in any way by
collisions between molecules. If all molecules were initially not rotating,
then they would remain so for all time. On the other hand, if they were
initially rotating, then each molecule would retain its rotation
independently of all the others, although this rotation would exert no
observable action."

É interessante também notar o que pode ocorrer com elementos (mesmo
macroscópicos) diatômicos. A gif-animado
http://ecientificocultural.com/Eletron2/anihalter.gif da uma idéia a
respeito. Nota-se aí um choque com trocas de momentos angulares. Se
pensarmos nos elementos como puntiformes (sem dimensões), como fazem os
físicos modernos, concluiremos que a energia cinética não se conserva. E se
por cima deste erro crasso quisermos conservar a energia, seremos obrigados
a apelar para fórmulas gnomo-relativísticas do tipo E = mc².

> Cumpre notar que embora o experimento seja inteiramente teórico, podemos
> aproximá-lo da realidade se colocarmos a mesa de bilhar no vácuo, com
> bolas muito lisas (reparem que eu não disse "polidas" e sim "lisas")
> feitas de um material com calor específico muito, muito alto.

Quero crer que o caráter "lisa" não seria necessário, como mostrei acima. O
resto a meu ver é redundante, pois estamos frente a uma idealização, e o
departamento de engenharia ainda não se manifestou oficialmente, pois os
engenheiros que se manifestaram até o momento aceitaram trabalhar com
situações ideais.

> Muito bem, feita esta primeira hipótese Ad Hoc (daqui para frente chamada
> de H1), vamos nos deter nos particulares do problema. Queremos saber como
> se comportam as bolas iniciais na mesa. Sabemos que o momento linear deve
> ser conservado a todo instante. Sabemos que a energia total, por H1, deve
> ser mantida constante. Ora, num primeiro momento poderíamos supor que isso
> implica conservação da energia cinética, pela qual todas as colisões têm
> que ser elásticas.

> ENTRETANTO, dizer que todas as colisões são elásticas é também uma
> hipótese Ad Hoc ! Colisões são fenômenos muito rápidos e imprevisíveis sob
> um ponto de vista analítico.

Quero crer que está havendo aí uma ligeira confusão entre restrições a nos
levarem à idealidade e hipóteses ad hoc. Uma hipótese ad hoc é feita para
remendar uma teoria que se mostrou incongruente com suas hipóteses básicas,
e/ou que se revelou incompleta em seu núcleo e tentou-se completá-lo com
algo ainda não assimilado pela experimentação. Idealidade é uma
simplificação de um modelo mais complexo. Sob certos aspectos assemelha-se a
uma experiência de pensamento. Via de regra, na idealização não se adiciona
hipóteses, pelo contrário, retira-se restrições. Ainda que você diga que
estamos fazendo a "hipótese" (seria melhor dizermos conjectura) de que as
restrições podem ser retiradas, eu diria que o valor esperado para essa
idealidade é quase que exclusivamente didático e/ou de natureza inspirativa
(simplifica-se na tentativa de nos permitir que enxerguemos outras coisas
que passariam desapercebidas sem essa simplificação). Em hipótese alguma
seria isso uma hipótese ad hoc no sentido forte do termo. Não digo que você
está errado, pois os dicionários aceitam essa idéia como sendo ad hoc,
apenas não é esse o sentido mais empregado pelos cientistas, e em especial
quando se referem a hipóteses a sustentarem uma teoria..

> Se partimos do enunciado que as bolas têm massa igual
> e conhecida (corrijam-me se eu estiver errado), em uma dada colisão entre
> duas bolas teremos um mínimo de seis incógnitas (pode haver mais
> dependendo do referencial que se adote): as velocidades inicial e final da
> primeira bola, as velocidades inicial e final da segunda bola e os dois
> ângulos de espalhamento após o choque. Ora, podemos arbitrar as
> velocidades iniciais sem perda de generalidade para o problema, mas não
> temos como dizer *a priori* quais serão os ângulos de espalhamento e muito
> menos quais serão as velocidades finais após o choque.
> Lançar mão desta "H2" (todos os choques são elásticos) aumentaria o número
> de hipóteses Ad Hoc, o que todo físico que queira resolver um problema
> novo tenta evitar !

Tenta evitar na explicação de um dado observacional, mas nem sempre na
montagem de uma experiência de pensamento, em especial se a finalidade for
didática. Perceba que estamos adicionando restrições de maneira tal a
reduzirmos as variáveis, o que é perfeitamente lícito. Hipótese ad hoc é
criada no sentido de acochambrar, e um físico clássico sério opõe-se
totalmente a utilização de tal método espúrio. Quando muito, ele faz
conjecturas, o que é bem diferente de adicionar uma hipótese numa teoria de
núcleo fechado com a única finalidade de satisfazer a uma discordância
experimental.

> Se, então, não queremos propor uma H2, devemos estar abertos à
> possibilidade de um *choque inelástico*. Mas por H1 não podemos diminuir a
> energia cinética total do sistema -- logo, precisamos ao menos estar
> abertos à possibilidade de que a energia cinética *translacional* possa
> ser reduzida durante um choque inelástico transformando-se assim em
> energia cinética *rotacional*.

Como dei a entender acima, não é necessário que o choque seja inelástico
para que ocorra essa redução da energia cinética translacional. Concordo,
não obstante, que o problema iria se complicar em muito, pois essa energia
deveria ficar com a mesa, sob a forma de oscilação de seus dentes de
engrenagem. Do contrário, haveria um transporte de momento angular de uma
bola para a outra (choque triplo entre as duas bolas e a mesa, como citei
acima). Mas ainda acho que seria complicar demais o problema, e com isso
essa idealidade perderia totalmente o sentido didático, servindo apenas para
que fiquemos aqui estudando o sexo dos anjos (o que não deixa de ser bom).

> Ainda em dúvida sobre como uma rotação possa aparecer ? Ótimo. Continuem
> comigo. Foi dito que não obstante o choque ser frontal ou oblíquo, a força
> é sempre aplicada radialmente, pois "numa situação sem atrito, as bolas
> têm que deslizar umas sobre as outras e portanto, todos os choques devem
> ser considerados frontais". Ora, mas isso são DUAS uma hipóteses Ad Hoc !
> H3, que há um *único* ponto de contato entre as bolas -- o que conduz à
> condição que as bolas são indeformáveise e H4, que a força de contato é
> sempre radial.

Bem, essa é uma idealidade do *modelo* clássico e a retratar um limite do
que é observado (todas as leis clássicas são leis limites e com campo de
aplicação restrito). Ou seja, estamos idealizando uma situação que por si só
já é ideal. Nada contra, desde que se saiba o que se está fazendo. Lembro
que Boltzmann levou essa condição até para suas partículas elementares
clássicas: "If each molecule is constructed absolutely symmetrically with
respect to its center of gravity..." Assim como podemos considerar um
"choque a distância" entre a Terra e o Sol como algo a se traduzir por
forças radiais, também podemos pensar nisso para interações onde há um
*aparente* contato. Volto a dizer, isso é uma idealização, e não estamos
inferindo nenhuma conseqüência disso, a não ser ilustrar o caso
didaticamente.

> A elasticidade dos corpos é regida pela Lei de Hooke. Por H1, toda e
> qualquer deformação que aconteça não pode dissipar energia de forma
> irreversível. Logo, toda e qualquer deformação não pode ser "amortecida"
> (uso aqui uma analogia com molas); não podem ser produzidas massas
> permanentes nas bolas.

Perfeito! Do ponto de vista da relatividade moderna (E = mc²) essa energia
incorporada iria ser chamada criação de massa, caso a partícula fosse
elementar. Mas estamos no âmbito da física clássica, logo podemos deixar
esses efeitos gnomológicos de lado. Diria apenas que você está acrescentando
uma complexidade, a vibração do ponto de contato das bolas. Se for para
pensar dessa maneira, é melhor desprezar toda a situação ideal e pensar
nessa vibração como algo dissipativo, e daí o problema se resolve: O autor
do problema retornaria duas horas depois e encontraria todas as bolas
paradas, e é isso o que efetivamente irá ocorrer na prática. De qualquer
forma, assim como citei as hipotéticas engrenagens acima, poderíamos também
pensar em membranas vibrantes na superfície da bola e tais que ainda assim o
processo todo fosse totalmente elástico (no sentido de que essa energia
vibratória pudesse ser recuperada de alguma maneira, até mesmo como nova
troca entre as bolas em novos choques). O choque seria *aparentemente*
inelástico, pois parte da energia cinética seria transformada de maneira
reversível em energia de vibração. Aliás, no microcosmo "vejo" os choques
entre moléculas em equilíbrio térmico sob um prisma conservativo (choques
elásticos perfeitos), o que a meu ver pode ser totalmente explicável por uma
física 100% newtoniana e livre dos gnomos quantum-relativistas.

> Ora, mas se as deformações não podem ser
> amortecidas, as bolas precisam vibrar. A energia dessa vibração precisa
> necessariamente vir do choque; portanto abre-se a possibilidade para que
> os choques sejam inelásticos.

Mas quem disse que a energia de vibração é uma energia de nível inferior, a
exemplo do calor? As molas *ideais* por acaso dissipam energia? Não é
possível converter a energia de uma mola vibrante *ideal* no levantamento de
um peso, com rendimento = a 100%?

> Sem H3 abre-se ainda o leque de probabilidades para forças de contato
> não-dissipativas e não-radiais durante o choque, o que pode em princípio
> levar a um torque e portanto a um giro.

Aqui retornamos ao caso das engrenagens acima citadas. Isso não
descaracteriza a elasticidade, e/ou reversibilidade, do processo como um
todo.

> Se H3 fosse levada em conta, precisaríamos supor uma de duas coisas: (a)
> que o choque é instantâneo e portanto, as bolas são infinitamente rígidas
> e portanto, as forças impulsivas são infinitas; ou (b) que o choque tem
> duração maior que zero, durante o qual as bolas deslizam suavemente umas
> sobre as outras até que não haja mais ponto de contato entre elas. Nada
> impede que esta colisão seja considerada perfeitamente elástica.

Eu iria além. Nem mesmo esse contato existe. Partículas elementares não se
chocam no sentido forte do termo (não dão trombadas, apenas interagem à
distância, por menor que seja essa distância). Ora, sob esse aspecto o
contato entre corpos macroscópicos é uma ilusão. Mas isso não impede que
venhamos a pensar numa esfericidade perfeita e numa rigidez absoluta, mesmo
porque isso é um exercício didático e especulativo, e que funciona dentro de
certos limites, quando vamos a um joguinho de sinuca. Será especulativo
quando tentarmos expandir a idéia para as moléculas, como Boltzmann fez, mas
essa é uma especulação a originar hipóteses a consubstanciarem uma nova
teoria. Ou seja, não estamos criando hipóteses a protegerem uma teoria, mas
sim criando uma nova teoria, como Boltzmann fez. Essa nova teoria deverá
fazer previsões, e passar pelos testes sem que se adicionem novas hipóteses,
agora sim ad hoc.

> Sabemos que H3(a) é fisicamente impossível, a menos que se faça uma
> hipótese H5 à maneira de H1 que permita mudar as leis físicas que governam
> a mesa. Podemos então ficar com H3(b), bem mais palatável.
> Será então que H3(b) -- choque com duração maior que zero, dentro da
> hipótese de indeformabilidade -- implica em H4 (a direção da força de
> contato é sempre radial) ?

Eu diria que rigidamente sequer podemos falar em força única de contato.
Existe uma resultante de contato, e na *prática* podemos considerá-la como
força única e radial (no exemplo das bolas, dos planetas e das moléculas).

----- Original Message -----
From: "Daniel Bezerra"
Sent: Monday, March 17, 2003 3:05 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?

(Continuação)

> "Será então que H3(b) -- choque com duração maior que zero, dentro da
> hipótese de indeformabilidade -- implica em H4 (a direção da força de
> contato é sempre radial) ?"

Como disse acima, não existe uma única força, e você está complicando o
processo a mostrar que sequer a resultante é uma só, mas seria função do
tempo. Tudo isso é muito bonito, mas na prática creio que isso, por si só,
não inviabiliza o *modelo* idealizado. Eu acho que ainda daria para
complicar mais a situação, mas é bom pararmos por aqui. :-)

> Normalmente não se pode afirmar muito sobre a aparência das forças
> internas durante um choque. O melhor que consegui fazer foi derivar uma
> equação em que, tendo H3(b) em vista, mostro que pode haver um pequeno
> torque que não tem origem no atrito e sim nas forças do choque.
> Entretanto, tal demonstração não me convenceu muito, pois tive que
> escolher uma direção para a força inicial do impacto. Isso me cheira a uma
> H6 (!), mas a verdade é que a minha física pára nessa análise de forças
> internas de choque. Não sei afirmar nada sobre isso.

É até possível que surja esse pequeno torque, mas creio que seria um
artefato de má idealização (a menos que você tenha outras idéias para a
aplicabilidade do modelo didático). Não sei se no território das partículas
elementares, que efetivamente não se tocam, esse torque ainda existiria. E
não tenha dúvidas de que esse modelo somente tem aplicação teórica (além da
aplicação didática) quando levado para o terreno do entendimento de como
seriam as coisas no microcosmo, interpretadas por uma via clássica (como
aquele feito por Boltzmann).

> Concluindo: partindo de H1 e apenas de H1, não posso negar que haja giro a
> não ser que eu inclua H3(b) e H4. Se não posso negar que haja giro, então
> não posso diferenciar a bola intrusa segundo a sugestão do Léo.

Perceba então que após todo esse exercício dialético você acabou por
concluir que o Léo não joga dados. ;-)

> Se um pouco de atrito for incluído no sistema (um H1 fraco, digamos), como
> a Lígia sugeriu, os giros ficam ainda mais pronunciados e aí eu
> definitivamente não posso diferenciar a bola intrusa segundo a solução do
> Léo.

> Pensemos mais, pois...

Bem, eu não entrei nesse bonde andando para pensar e muito menos para
esclarecer, mas tão somente para confundir. ;-) É possível que eu tenha dito
algumas asneiras, mas a mensagem vai assim mesmo, sem uma segunda leitura,
pois estou sem tempo para corrigí-la, e ainda tenho que ir para o meu
ganha-pão.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Velocidade da luz
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/03/2003 18:55

Gostei do artigo, Homero!



Grande Homero, hein? Está gostando da lista? Seja bem vindo por
estas plagas... :))

Só que faltou algumas coisinhas... por exemplo, o tipo de
dispositivo utilizável para que tal façanhha de aproveitar da
possibilidade de encurvar o espaço aconteça. Isso está me cheirando
a algo que vai demorar muito para ser desenvolvido, apesar de ser
bastante tentador.

Imagino que um dos princípios básicos da idéia seria criar um campo
gravitacional tão intenso que faria o espaço dobrar-se sobre si
mesmo, acertei? Daí então "inflá-lo"...

Já existem os esboços de tecnologia para criar "buracos negros" em
laboratório, entre duas placas. Se a idéia desse tal Alcubierre
for "criar dobras de espaço" um bom começo seria contatando o cara
que prediz a possibilidade de criar campos gravitacionais entre
placas. Estaria tudo resolvido!

É lógico que a coisa não funciona assim: há primmas-donnas nesse
mundo científico e elas mal se falam. Por isso vamos ainda ter que
esperar uns looongos anos. O problema é que eu mal posso
esperar... :/

Beijos, Lígia

********************************************


--- Em ciencialist@y..., "Oraculo" <oraculo@a...> escreveu
> Olá pessoal.
>
> Este é um relato do que seria possível com a teoria da "Velocidade
de Dobra"
> , do fisico Miguel Alcubierre, que trabalha com o desenvolvimento
das
> equações da relatividade geral. Isso poderia nos levar a
velocidades maiores
> do que a da luz, mesmo que localmente nos movessemos em menor
velocidade. É
> a base cientifica das naves de Joranada nas Estrelas..:-) Um resumo
da
> teoria pode ser lido abaixo, mas não compreendo a fisica/matematica
do
> processo real... Se alguem da lista se dispuzer a colocar o exemplo
abaixo
> em numeros eu agradeceria..:-)
>
> Um abraço.
>
> Homero
>
> .......
> Alcubierre propôs um modo de superar o limite da velocidade da luz,
parecido
> com a expansão do universo, mas em uma escala local. Ele
desenvolveu uma "
> métrica " para relatividade geral, uma representação matemática da
curvatura
> de espaço, que descreve uma região plana do espaço próximo de uma "
dobra "
> que pode ser impulsionada adiante com
> qualquer velocidade arbitrária, inclusive velocidades maiores que a
da luz,
> a velocidade de dobra de Alcubierre e construída por funções
tangentes
> hiperbólicas as quais criam um distorção muito peculiar do espaço
nas
> extremidades do volume de espaço considerado.
> A idéia e inovadora. Se o espaço-tempo pode ser dobrado localmente
de modo
> que se expanda atrás de uma nave e se contraia adiante dela, então
a nave
> será impulsionada junto com o espaço que a contem. Localmente, a
nave nunca
> viajara mais rápido do que a luz, porque a luz também será
impulsionada
> junto com a onda de espaço em expansão. Mas, globalmente percorrera
> distâncias incrivelmente grandes em pequenos intervalos de tempo.
> Uma maneira de visualizar o que acontece e imaginar-se a bordo de
uma nave.
> Se o espaço subitamente se expandir por detrás da nave em uma escala
> suficientemente grande, você percebera que a base estelar que
deixou há
> poucos minutos agora esta a muitos anos luz de distância. Da mesma
forma, se
> o espaço se contrair adiante de você, será possível perceber que a
base em
> direção a qual você viaja, que estava a alguns anos luz de
distância, agora
> esta tão próxima que poderia ser alcançada em minutos a velocidade
de
> propulsão normal.
> Portanto, a própria curvatura do espaço, proposta pela Teoria da
> Relatividade Geral e já comprovada experimentalmente, produz uma
abertura
> para viagens acima da velocidade da luz.
> ....
>
> ----- Original Message -----
> From: Eric Cavalcanti
> To: ciencialist@y...
> Sent: Monday, March 17, 2003 5:24 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Velocidade da luz
>
>
> Tem razão, Lígia,
>
> Já tinha ouvido falar em idéias sobre propulsão nuclear, mas não
acho que
> eles consigam colocar em prática tão cedo. Fazer um modelo
é "fácil". O
> difícil é conseguir a verba pra construí-lo mesmo... Fora as
questões sobre
> a segurança de termos uma nave com propulsão nuclear subindo aos
céus. E se
> ela explode ainda perto da Terra? Com o recente acidente, vai ser
difícil
> pra NASA conseguir apoio do congresso pra colocar isso em prática
tão
> cedo...
>
> A aniquilação de matéria com antimatéria não é nada hipotética, o
difícil é
> ter uma quantidade suficiente de anti-matéria armazenada para depois
> utilizar na reação. Pode-se aprisionar uma quantidade pequena de
> anti-partículas com campos magnéticos, mas para propelir uma nave
teríamos
> que ter uma quantidade bem maior. Para fazer um bloquinho de 1 Kg
chegar a
> 10% da velocidade da luz (o exemplo que usei antes) precisaríamos de
> aniquilar cerca de 5 g de matéria (e anti-matéria), ou o
equivalente a cerca
> de 3x10^24 átomos de hidrogênio, o que ainda está longe de
conseguir ser
> armazenado satisfatoriamente, muito menos manuseado. (Recentemente,
um grupo
> conseguiu produzir anti-hidrogênio, e um físico brasileiro, da
UFRJ, estava
> envolvido no projeto. O resultado saiu na Nature, se não me engano).
>
> Agora, a gente só tem que tomar cuidado com a parte da mensagem que
fala
> sobre acelerar a nave a centenas de vezes a velocidade da luz. Isso

> acontece no seriado, claro... Na realidade, o máximo que
conseguiríamos
> seria chegar perto.
>
> Obrigado pelas informações.
>
> Um abraço,
> Eric.
>
> ----- Original Message -----
> From: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> To: <ciencialist@y...>
> Sent: Monday, March 17, 2003 4:05 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Velocidade da luz
>
>
> Oi Belisário,
>
> Ao que parece não tem gente envolvida diretamente na criação de
> recursos para que corpos macroscópicos cheguem à velocidade da
> luz... pelo menos por enquanto. As pesquisas estagnaram quando
> ficou patente a impossibilidade prática da execução de tais
projetos.
>
> Mas há pesquisas para que se chegue a frações dela:
>
> "Foi justamente perseguindo esse sonho que a Nasa criou dois grupos
> para pesquisar novas formas de propulsão que sejam mais baratas e
> eficientes, e principalmente muito, mas muito mais rápidas. A
agência
> espacial americana quer disparar uma missão interestelar no máximo
em
> 25 anos. Para tanto, uma equipe do Centro de Vôo Espacial Marshall,
> em Huntsville no Alabama, estuda motores baseados no uso das
energias
> solar, iônica, e da fusão e fissão nuclear, cujos modelos - que em
> tese voariam a frações da velocidade da luz - estão expostos nestas
> páginas. Já no Centro de Pesquisas Glenn, em Cleveland, Ohio, o
> físico Marc Millis sonha mais alto. Quer tornar realidade a
> hipotética aniquilação de matéria com anti-matéria, sistema
> que "acelera" a nave do capitão James T. (de Tiberius) Kirk a
> velocidades centenas de vezes maiores que a da luz.Existe muita
gente
> entra a comunidade científica americana que acha uma bobagem gastar
> recursos com tecnologias tão inúteis. Se em 1961 John Kennedy
> pensasse assim, Neal Armstrong jamais teria pisado na Lua oito anos
> depois. Abaixo você verá uma galeria com algumas das propostas
> imaginosas, factíveis ou alucinadas, que podem um dia levar-nos a
> outras estrelas"....
>
>
> Mais aqui:
>
> http://istoedigital.terra.com.br/noticia2.asp?CodigoNoticia=426
>
> Beijos, Lígia
>
> *************************************
>
> --- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
> >
> > Oi, Eric. Obrigado pela resposta, mas o que ele quis
dizer
> foi se
> > existem pesquisas sobre a implementação prática da aceleração de
> objetos
> > macroscópicos a velocidades próximas à da luz. Imagino que ele
> esteja de
> > olho em naves com velocidades próximas à da luz, como as
> possibilidades que
> > o Carl Sagan descreve em alguns de seus livros. No caso do Sagan,
é
> apenas
> > especulação teórica, mas será que existem grupos que vão além da
> > especulação...?
> >
> > Inté,
> > Belisário
> >
> > At 15:22 17/03/03 -0300, you wrote:
> > >Sim, como não?
> > >
> > >É a própria teoria da relatividade, que se aplica a corpos
> macroscópicos tb,
> > >não só a partículas elementares.
> > >Em particular, pode-se mostrar por ela que não é possível
acelerar
> um objeto
> > >com massa até a velocidade da luz, pois requereria uma quantidade
> infinita
> > >de energia.
> > >
> > >Um abraço,
> > >Eric.
> > >
> > >----- Original Message -----
> > >From: "Roberto Belisário" <belistas2@t...>
> > >To: <ciencialist@y...>
> > >Sent: Monday, March 17, 2003 1:54 PM
> > >Subject: [ciencialist] Velocidade da luz
> > >
> > >
> > >
> > > Caros, um leitor fez-nos a seguinte pergunta:
> > >
> > >"Existe alguma pesquisa no Brasil ou no Mundo sobre Teorias de
> viagens de
> > >corpos de tamanhos macroscópicos em velocidades próximas ou
iguais
> a da
> > >luz?"
> > >
> > > Alguma idéia...?
> > > Abraços e abraças,
> > > Belisário
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 19:09

Pois é, Alberto

Apesar de eu ser um Gnomo quantum-relativista ;-), penso que você tocou num
ponto central da questão. Não há a menor necessidade de complicar
desnecessariamente um exercício didático.

A minha verborragia anterior se deu pq (*suspiro*, mais uma vez) eu não
acredito em forças tangenciais exclusivamente de atrito e não acredito que
giros não possam acontecer fora do atrito.

Com toda honestidade, os giros não-atritivos devem ser mais suaves que os
atritivos. Ao menos foi o que meus cálculos demonstraram.

Abraços,
Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] Atrito
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 19:23

Oba !

Se eu puxar uma caixa por uma corda, a corda ficará tensionada, transmitindo
a minha força para a caixa. Aliás, se o ponto de apoio da corda não estiver
bem centrado, ela vai girar... ;-)

Outro: posso largar uma caneta no ar e durante a queda dar-lhe um piparote
oblíquo (oblíquo com relação ao eixo da caneta). A componente tangencial do
piparote vai imprimir um movimento de translação à caneta e a componente
normal do piparote vai lhe imprimir um torque.

E por aí vai...

Abraço,
Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velocidade da luz
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 19:38

Oráculo,

Quero te apresentar o Alberto. Alberto é um cara que manja de Newton e de
física clássica como poucos.

Alberto,

Dê um alô ao meu caro amigo Oráculo. O conheço de outras listas --
apócrifas, dirão alguns por certo! ;-) e é um dos maiores defensores do
ceticismo e do método científico. Diga-lhe agora o que pensa do Sr.
Alcubierre !

Muito bem, garotos, vocês conhecem as regras: nada de golpes abaixo da linha
da cintura e tentem não causar muito atrito :-)))))))))

Abraços cordiais,
Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] Atrito
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 20:32

Olá, Daniel.

É claro que se vc aplicar, em um corpo qualquer, uma força cuja direção não
passe pelo centro de massa do mesmo, haverá um torque em relação ao centro
de massa, mesmo que essa força seja normal à superfície. Outro exemplo
simples seria uma bola de sinuca batendo num cubo perto de uma aresta deste.
O cubo certamente giraria.

Mas isso não vai acontecer em bolas (e por bolas, quero dizer bolas
esféricas ideais) colidindo. Para haver torque, a força, nesse caso, deve
necessariamente ter uma componente tangente à superfície, já que a direção
normal passa pelo centro da bola (e portanto não produz torque).

Se as bolas não forem perfeitamente esféricas, a superfície de contato pode
ser localmente plana o suficiente para permitir uma força normal a ela que
não passe pelo centro de massa. Mas aí não seriam bolas, no sentido ideal
pretendido. E aliás, se admitirmos imperfeições, o centro de massa pode não
coincidir com o centro da bola e por aí vai... Tudo pode acontecer...

Mas voltando à questão do atrito, ainda continuo achando que vc não defendeu
a questão crucial: toda componente tangencial de forças de contato entre
duas superfícies é conhecida como força de atrito.

No primeiro exemplo que vc deu, a corda até pode produzir uma força
tangencial (se vc a puxar obliquamente), mas nesse caso a corda e a caixa
não são duas superfícies em contato, são dois objetos colados. (Até prefiro
pensar que são, para todos os efeitos, um objeto só).

E no segundo, a componente tangencial do piparote só aparece se houver
atrito entre seu dedo e a caneta.

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, March 17, 2003 7:23 PM
Subject: Re: [ciencialist] Atrito


Oba !

Se eu puxar uma caixa por uma corda, a corda ficará tensionada, transmitindo
a minha força para a caixa. Aliás, se o ponto de apoio da corda não estiver
bem centrado, ela vai girar... ;-)

Outro: posso largar uma caneta no ar e durante a queda dar-lhe um piparote
oblíquo (oblíquo com relação ao eixo da caneta). A componente tangencial do
piparote vai imprimir um movimento de translação à caneta e a componente
normal do piparote vai lhe imprimir um torque.

E por aí vai...

Abraço,
Daniel


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Atrito
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 20:52

Fala, Eric

Bem, o problema original não falava nada sobre todas as colisões serem
elásticas, só sugeria que o atrito deveria ser desconsiderado. Ao considerar
colisões inelásticas, devo ao menos em princípio estar aberto à
possibilidade de uma rotação aparecer, rotação essa que só pode advir de uma
deformação das bolas.

Se eu empilhar hipóteses o bastante, chegarei a uma situação em que todas as
colisões são elásticas -- apenas eu achei que isso era simplificação demais
para pouco enunciado, entendeu ?

Ainda sobre o atrito: compreendi bem o seu raciocínio agora, obrigado. Estou
pensando numa resposta, mas no momento estou no meio de uma reunião e não tô
conseguindo pensar direito :-))

Até amanhã eu respondo...

Abraços,
Daniel



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 20:53

Olá, Alberto,

Vc até pode querer visualizar de certa forma as superfícies em contato como
essas engrenagens ideais, o mecanismo microscópico exato das forças de
contato são extremamente complexos de qq forma.

Mas veja que esse modelo em nada muda a situação. Ainda que
microscopicamente as forças se originassem de algo assim, a componente
tangencial seria o que chamamos de força de atrito.
Essa força entre as engrenagens nada mais é que uma visualização do atrito
estático, em que não há deslizamento entre as superfícies, portanto não há
excitação de graus de liberdade internos dos sistemas, e não há dissipação
de energia.

Introduzir a vibração das engrenagens equivale a introduzir o atrito
cinético, e a perda de energia para formas degradadas. O calor nada mais é
que vibração dos átomos dos materiais. E não, nesse caso não é possível
recuperar essa energia. Quer dizer, possível é, se todos os átomos
resolvessem num dado momento vibrar em fase e na mesma direção o corpo
voltaria a andar, mas o número absurdamente alto deles faz com que essa
probabilidade seja praticamente nula (2a. lei da termodinâmica). É bem
diferente do caso de um único oscilador, como uma mola. A irreversibilidade
está ligada aos grandes números envolvidos e à aleatoriedade, e não a uma
irreversibilidade do processo microscópico.

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>

> A primeira de todas, sem a qual não saímos do lugar, é que o atrito deve
> ser considerado inexistente. Por atrito deve-se entender uma força cujo
> trabalho reduza a energia total do sistema irreversivelmente (através de
> calor, som, etc.). Reparem que, sob esta definição, uma rotação (gerada
> por um torque, gerado por uma componente tangencial) não pode ser
> considerada como resultante de um atrito, pois a energia do sistema não
> seria dissipada e sim transformada, podendo ser recuperada mais tarde.

Eu tendo a concordar contigo, mas perceba então a possibilidade teórica da
existência de uma força tangencial que não seja de atrito. Esta força,
suposta existir, produziria um rolamento na bola ao deslizar sobre a mesa ou
sobre a rampa, e seria difícil dizer o que resultaria deste efeito quando do
choque entre duas bolas. É interessante notar que o atrito de rolamento
seria nulo, e as bolas se moveriam sobre a mesa como num sistema de
engrenagens ideais. É muita idealidade para o meu gosto, mas não deixa de
fazer sentido. É importante perceber que se este efeito ocorrer na rampa
(descida da bola) não há porque se imaginar que não ocorra sobre a mesa
(translação horizontal das bolas). Neste caso idealíssimo todas as bolas
estariam sempre rolando, logo acredito não haver como distinguir uma das
outras. Hipótese ad hoc, a meu ver, seria assumir que a rampa pudesse
produzir um rolamento, mas a mesa não. No momento de um choque entre duas
bolas haveria também um choque entre os dentes das engrenagens bola-mesa, e
este deveria também ser totalmente elástico, o que complicaria bastante a
teorização do problema.

> Não encontrei num único livro-texto qualquer definição de atrito como
> sendo igual a uma força tangencial resistiva. Procurei em Feynman
> Lectures; no Classical Dynamics of Particle Systems de Thornton e Marion e
> no Fundamentals of Physics, de Halliday, Resnick e Walker. Todos apontavam
> o atrito como força dissipativa, nunca como força de resistência ao
> movimento, ou como força tangencial. Se alguém tem uma definição em
> contrário que achou em algum outro texto, por favor me dê uma direção.

Quero crer que você não encontrou porque atrito não é igual a força
tangencial resistiva, pelo menos no sentido de uma resistência à translação.
Perceba que qualquer mudança na velocidade de translação das bolas,
provocada por um choque com outra, haverá, em condições ideais, uma força
tangencial resistiva mesa-bola a modificar concomitantemente a velocidade
angular, e essa força é conservativa, e portanto não de atrito. Ora, para
que haja conservação de momento, quero crer que isso iria bagunçar bastante
o sistema, e as engrenagens da mesa iriam ficar oscilando, a menos que
houvesse um acoplamento ideal e compensador, tal que o efeito se traduzisse
numa troca entre os momentos angulares das duas bolas (choque triplo, com
participação de duas bolas mais a mesa). A coisa não é nada simples, mas se
quisermos assumir que a energia permanece exclusivamente com as bolas,
parece-me que esta seria a solução (a mesa teria apenas uma participação
efêmera na troca de momentos e energia).

A coisa se complica muito quando passamos para o estudo do microcosmo, pois
aí a física moderna despreza uma rotação clássica das partículas elementares
(spin é outra coisa, e não tem nada a ver com a idéia de giro clássico). Já
comentei muito a esse respeito na mensagem 11819 e seguintes (vide Calor
específico e física clássica, em
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/cefc.htm ). É interessante
reproduzir aqui a opinião de Boltzmann a respeito: "If each molecule is
constructed absolutely symmetrically with respect to its center of
gravity --or, still more generally, if it has the form of a sphere whose
center of gravity coincides with its midpoint¾ then indeed each molecule can
make arbitrary rotations around an arbitrary axis passing through its
midpoints; but the velocity of this rotation cannot be altered in any way by
collisions between molecules. If all molecules were initially not rotating,
then they would remain so for all time. On the other hand, if they were
initially rotating, then each molecule would retain its rotation
independently of all the others, although this rotation would exert no
observable action."

É interessante também notar o que pode ocorrer com elementos (mesmo
macroscópicos) diatômicos. A gif-animado
http://ecientificocultural.com/Eletron2/anihalter.gif da uma idéia a
respeito. Nota-se aí um choque com trocas de momentos angulares. Se
pensarmos nos elementos como puntiformes (sem dimensões), como fazem os
físicos modernos, concluiremos que a energia cinética não se conserva. E se
por cima deste erro crasso quisermos conservar a energia, seremos obrigados
a apelar para fórmulas gnomo-relativísticas do tipo E = mc².

> Cumpre notar que embora o experimento seja inteiramente teórico, podemos
> aproximá-lo da realidade se colocarmos a mesa de bilhar no vácuo, com
> bolas muito lisas (reparem que eu não disse "polidas" e sim "lisas")
> feitas de um material com calor específico muito, muito alto.

Quero crer que o caráter "lisa" não seria necessário, como mostrei acima. O
resto a meu ver é redundante, pois estamos frente a uma idealização, e o
departamento de engenharia ainda não se manifestou oficialmente, pois os
engenheiros que se manifestaram até o momento aceitaram trabalhar com
situações ideais.

> Muito bem, feita esta primeira hipótese Ad Hoc (daqui para frente chamada
> de H1), vamos nos deter nos particulares do problema. Queremos saber como
> se comportam as bolas iniciais na mesa. Sabemos que o momento linear deve
> ser conservado a todo instante. Sabemos que a energia total, por H1, deve
> ser mantida constante. Ora, num primeiro momento poderíamos supor que isso
> implica conservação da energia cinética, pela qual todas as colisões têm
> que ser elásticas.

> ENTRETANTO, dizer que todas as colisões são elásticas é também uma
> hipótese Ad Hoc ! Colisões são fenômenos muito rápidos e imprevisíveis sob
> um ponto de vista analítico.

Quero crer que está havendo aí uma ligeira confusão entre restrições a nos
levarem à idealidade e hipóteses ad hoc. Uma hipótese ad hoc é feita para
remendar uma teoria que se mostrou incongruente com suas hipóteses básicas,
e/ou que se revelou incompleta em seu núcleo e tentou-se completá-lo com
algo ainda não assimilado pela experimentação. Idealidade é uma
simplificação de um modelo mais complexo. Sob certos aspectos assemelha-se a
uma experiência de pensamento. Via de regra, na idealização não se adiciona
hipóteses, pelo contrário, retira-se restrições. Ainda que você diga que
estamos fazendo a "hipótese" (seria melhor dizermos conjectura) de que as
restrições podem ser retiradas, eu diria que o valor esperado para essa
idealidade é quase que exclusivamente didático e/ou de natureza inspirativa
(simplifica-se na tentativa de nos permitir que enxerguemos outras coisas
que passariam desapercebidas sem essa simplificação). Em hipótese alguma
seria isso uma hipótese ad hoc no sentido forte do termo. Não digo que você
está errado, pois os dicionários aceitam essa idéia como sendo ad hoc,
apenas não é esse o sentido mais empregado pelos cientistas, e em especial
quando se referem a hipóteses a sustentarem uma teoria..

> Se partimos do enunciado que as bolas têm massa igual
> e conhecida (corrijam-me se eu estiver errado), em uma dada colisão entre
> duas bolas teremos um mínimo de seis incógnitas (pode haver mais
> dependendo do referencial que se adote): as velocidades inicial e final da
> primeira bola, as velocidades inicial e final da segunda bola e os dois
> ângulos de espalhamento após o choque. Ora, podemos arbitrar as
> velocidades iniciais sem perda de generalidade para o problema, mas não
> temos como dizer *a priori* quais serão os ângulos de espalhamento e muito
> menos quais serão as velocidades finais após o choque.
> Lançar mão desta "H2" (todos os choques são elásticos) aumentaria o número
> de hipóteses Ad Hoc, o que todo físico que queira resolver um problema
> novo tenta evitar !

Tenta evitar na explicação de um dado observacional, mas nem sempre na
montagem de uma experiência de pensamento, em especial se a finalidade for
didática. Perceba que estamos adicionando restrições de maneira tal a
reduzirmos as variáveis, o que é perfeitamente lícito. Hipótese ad hoc é
criada no sentido de acochambrar, e um físico clássico sério opõe-se
totalmente a utilização de tal método espúrio. Quando muito, ele faz
conjecturas, o que é bem diferente de adicionar uma hipótese numa teoria de
núcleo fechado com a única finalidade de satisfazer a uma discordância
experimental.

> Se, então, não queremos propor uma H2, devemos estar abertos à
> possibilidade de um *choque inelástico*. Mas por H1 não podemos diminuir a
> energia cinética total do sistema -- logo, precisamos ao menos estar
> abertos à possibilidade de que a energia cinética *translacional* possa
> ser reduzida durante um choque inelástico transformando-se assim em
> energia cinética *rotacional*.

Como dei a entender acima, não é necessário que o choque seja inelástico
para que ocorra essa redução da energia cinética translacional. Concordo,
não obstante, que o problema iria se complicar em muito, pois essa energia
deveria ficar com a mesa, sob a forma de oscilação de seus dentes de
engrenagem. Do contrário, haveria um transporte de momento angular de uma
bola para a outra (choque triplo entre as duas bolas e a mesa, como citei
acima). Mas ainda acho que seria complicar demais o problema, e com isso
essa idealidade perderia totalmente o sentido didático, servindo apenas para
que fiquemos aqui estudando o sexo dos anjos (o que não deixa de ser bom).

> Ainda em dúvida sobre como uma rotação possa aparecer ? Ótimo. Continuem
> comigo. Foi dito que não obstante o choque ser frontal ou oblíquo, a força
> é sempre aplicada radialmente, pois "numa situação sem atrito, as bolas
> têm que deslizar umas sobre as outras e portanto, todos os choques devem
> ser considerados frontais". Ora, mas isso são DUAS uma hipóteses Ad Hoc !
> H3, que há um *único* ponto de contato entre as bolas -- o que conduz à
> condição que as bolas são indeformáveise e H4, que a força de contato é
> sempre radial.

Bem, essa é uma idealidade do *modelo* clássico e a retratar um limite do
que é observado (todas as leis clássicas são leis limites e com campo de
aplicação restrito). Ou seja, estamos idealizando uma situação que por si só
já é ideal. Nada contra, desde que se saiba o que se está fazendo. Lembro
que Boltzmann levou essa condição até para suas partículas elementares
clássicas: "If each molecule is constructed absolutely symmetrically with
respect to its center of gravity..." Assim como podemos considerar um
"choque a distância" entre a Terra e o Sol como algo a se traduzir por
forças radiais, também podemos pensar nisso para interações onde há um
*aparente* contato. Volto a dizer, isso é uma idealização, e não estamos
inferindo nenhuma conseqüência disso, a não ser ilustrar o caso
didaticamente.

> A elasticidade dos corpos é regida pela Lei de Hooke. Por H1, toda e
> qualquer deformação que aconteça não pode dissipar energia de forma
> irreversível. Logo, toda e qualquer deformação não pode ser "amortecida"
> (uso aqui uma analogia com molas); não podem ser produzidas massas
> permanentes nas bolas.

Perfeito! Do ponto de vista da relatividade moderna (E = mc²) essa energia
incorporada iria ser chamada criação de massa, caso a partícula fosse
elementar. Mas estamos no âmbito da física clássica, logo podemos deixar
esses efeitos gnomológicos de lado. Diria apenas que você está acrescentando
uma complexidade, a vibração do ponto de contato das bolas. Se for para
pensar dessa maneira, é melhor desprezar toda a situação ideal e pensar
nessa vibração como algo dissipativo, e daí o problema se resolve: O autor
do problema retornaria duas horas depois e encontraria todas as bolas
paradas, e é isso o que efetivamente irá ocorrer na prática. De qualquer
forma, assim como citei as hipotéticas engrenagens acima, poderíamos também
pensar em membranas vibrantes na superfície da bola e tais que ainda assim o
processo todo fosse totalmente elástico (no sentido de que essa energia
vibratória pudesse ser recuperada de alguma maneira, até mesmo como nova
troca entre as bolas em novos choques). O choque seria *aparentemente*
inelástico, pois parte da energia cinética seria transformada de maneira
reversível em energia de vibração. Aliás, no microcosmo "vejo" os choques
entre moléculas em equilíbrio térmico sob um prisma conservativo (choques
elásticos perfeitos), o que a meu ver pode ser totalmente explicável por uma
física 100% newtoniana e livre dos gnomos quantum-relativistas.

> Ora, mas se as deformações não podem ser
> amortecidas, as bolas precisam vibrar. A energia dessa vibração precisa
> necessariamente vir do choque; portanto abre-se a possibilidade para que
> os choques sejam inelásticos.

Mas quem disse que a energia de vibração é uma energia de nível inferior, a
exemplo do calor? As molas *ideais* por acaso dissipam energia? Não é
possível converter a energia de uma mola vibrante *ideal* no levantamento de
um peso, com rendimento = a 100%?

> Sem H3 abre-se ainda o leque de probabilidades para forças de contato
> não-dissipativas e não-radiais durante o choque, o que pode em princípio
> levar a um torque e portanto a um giro.

Aqui retornamos ao caso das engrenagens acima citadas. Isso não
descaracteriza a elasticidade, e/ou reversibilidade, do processo como um
todo.

> Se H3 fosse levada em conta, precisaríamos supor uma de duas coisas: (a)
> que o choque é instantâneo e portanto, as bolas são infinitamente rígidas
> e portanto, as forças impulsivas são infinitas; ou (b) que o choque tem
> duração maior que zero, durante o qual as bolas deslizam suavemente umas
> sobre as outras até que não haja mais ponto de contato entre elas. Nada
> impede que esta colisão seja considerada perfeitamente elástica.

Eu iria além. Nem mesmo esse contato existe. Partículas elementares não se
chocam no sentido forte do termo (não dão trombadas, apenas interagem à
distância, por menor que seja essa distância). Ora, sob esse aspecto o
contato entre corpos macroscópicos é uma ilusão. Mas isso não impede que
venhamos a pensar numa esfericidade perfeita e numa rigidez absoluta, mesmo
porque isso é um exercício didático e especulativo, e que funciona dentro de
certos limites, quando vamos a um joguinho de sinuca. Será especulativo
quando tentarmos expandir a idéia para as moléculas, como Boltzmann fez, mas
essa é uma especulação a originar hipóteses a consubstanciarem uma nova
teoria. Ou seja, não estamos criando hipóteses a protegerem uma teoria, mas
sim criando uma nova teoria, como Boltzmann fez. Essa nova teoria deverá
fazer previsões, e passar pelos testes sem que se adicionem novas hipóteses,
agora sim ad hoc.

> Sabemos que H3(a) é fisicamente impossível, a menos que se faça uma
> hipótese H5 à maneira de H1 que permita mudar as leis físicas que governam
> a mesa. Podemos então ficar com H3(b), bem mais palatável.
> Será então que H3(b) -- choque com duração maior que zero, dentro da
> hipótese de indeformabilidade -- implica em H4 (a direção da força de
> contato é sempre radial) ?

Eu diria que rigidamente sequer podemos falar em força única de contato.
Existe uma resultante de contato, e na *prática* podemos considerá-la como
força única e radial (no exemplo das bolas, dos planetas e das moléculas).

----- Original Message -----
From: "Daniel Bezerra"
Sent: Monday, March 17, 2003 3:05 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?

(Continuação)

> "Será então que H3(b) -- choque com duração maior que zero, dentro da
> hipótese de indeformabilidade -- implica em H4 (a direção da força de
> contato é sempre radial) ?"

Como disse acima, não existe uma única força, e você está complicando o
processo a mostrar que sequer a resultante é uma só, mas seria função do
tempo. Tudo isso é muito bonito, mas na prática creio que isso, por si só,
não inviabiliza o *modelo* idealizado. Eu acho que ainda daria para
complicar mais a situação, mas é bom pararmos por aqui. :-)

> Normalmente não se pode afirmar muito sobre a aparência das forças
> internas durante um choque. O melhor que consegui fazer foi derivar uma
> equação em que, tendo H3(b) em vista, mostro que pode haver um pequeno
> torque que não tem origem no atrito e sim nas forças do choque.
> Entretanto, tal demonstração não me convenceu muito, pois tive que
> escolher uma direção para a força inicial do impacto. Isso me cheira a uma
> H6 (!), mas a verdade é que a minha física pára nessa análise de forças
> internas de choque. Não sei afirmar nada sobre isso.

É até possível que surja esse pequeno torque, mas creio que seria um
artefato de má idealização (a menos que você tenha outras idéias para a
aplicabilidade do modelo didático). Não sei se no território das partículas
elementares, que efetivamente não se tocam, esse torque ainda existiria. E
não tenha dúvidas de que esse modelo somente tem aplicação teórica (além da
aplicação didática) quando levado para o terreno do entendimento de como
seriam as coisas no microcosmo, interpretadas por uma via clássica (como
aquele feito por Boltzmann).

> Concluindo: partindo de H1 e apenas de H1, não posso negar que haja giro a
> não ser que eu inclua H3(b) e H4. Se não posso negar que haja giro, então
> não posso diferenciar a bola intrusa segundo a sugestão do Léo.

Perceba então que após todo esse exercício dialético você acabou por
concluir que o Léo não joga dados. ;-)

> Se um pouco de atrito for incluído no sistema (um H1 fraco, digamos), como
> a Lígia sugeriu, os giros ficam ainda mais pronunciados e aí eu
> definitivamente não posso diferenciar a bola intrusa segundo a solução do
> Léo.

> Pensemos mais, pois...

Bem, eu não entrei nesse bonde andando para pensar e muito menos para
esclarecer, mas tão somente para confundir. ;-) É possível que eu tenha dito
algumas asneiras, mas a mensagem vai assim mesmo, sem uma segunda leitura,
pois estou sem tempo para corrigí-la, e ainda tenho que ir para o meu
ganha-pão.

[ ]´s
Alberto
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Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Atrito
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 21:04

Oi Daniel,

O problema não falava nada sobre atrito nem sobre as colisões serem
elásticas. Mas a única possibilidade de solução é que não haja atrito e que
as colisões sejam elásticas, portanto não são apenas hipóteses, são
condições necessárias.

Outra condição necessária é que esses torques devido à deformação local das
bolas seja desprezível. Embora nem acho que seja muito pedir isso, porque
mesmo em bolas de sinuca normais eles devem ser desprezíveis mesmo! Acho que
ainda que a superfície se deforme, a resultante da força de contato,
desprezando as componentes tangenciais, que são atrito(hehe) será normal e
aplicada suficientemente no centro da deformação, portanto passará no centro
da bola.

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>


Fala, Eric

Bem, o problema original não falava nada sobre todas as colisões serem
elásticas, só sugeria que o atrito deveria ser desconsiderado. Ao considerar
colisões inelásticas, devo ao menos em princípio estar aberto à
possibilidade de uma rotação aparecer, rotação essa que só pode advir de uma
deformação das bolas.

Se eu empilhar hipóteses o bastante, chegarei a uma situação em que todas as
colisões são elásticas -- apenas eu achei que isso era simplificação demais
para pouco enunciado, entendeu ?

Ainda sobre o atrito: compreendi bem o seu raciocínio agora, obrigado. Estou
pensando numa resposta, mas no momento estou no meio de uma reunião e não tô
conseguindo pensar direito :-))

Até amanhã eu respondo...

Abraços,
Daniel


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SUBJECT: Re: Velocidade da luz p/ Eric
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/03/2003 21:32

Oi Eric!!

Não tinha ligado o nome à pessoa... você é do CA também!


--- Em ciencialist@y..., "Eric Cavalcanti" <eric@f...> escreveu
> Tem razão, Lígia,
>
> Já tinha ouvido falar em idéias sobre propulsão nuclear, mas não
acho que
> eles consigam colocar em prática tão cedo. Fazer um modelo
é "fácil". O
> difícil é conseguir a verba pra construí-lo mesmo... Fora as
questões sobre
> a segurança de termos uma nave com propulsão nuclear subindo aos
céus. E se
> ela explode ainda perto da Terra? Com o recente acidente, vai ser
difícil
> pra NASA conseguir apoio do congresso pra colocar isso em prática
tão
> cedo...


Pois é Eric, a pesquisa espacial tem sido deixada para trás por
inúmeros impedimentos de ordem "social", principalmente, com a não
emissão de verbas para a NASA e a consequente diminuição de
projetos. Infelizmente há necessidades mais "imperiosas" como
invadir países do golfo pérsico para salvaguardar o dolar...


> A aniquilação de matéria com antimatéria não é nada hipotética, o
difícil é
> ter uma quantidade suficiente de anti-matéria armazenada para depois
> utilizar na reação. Pode-se aprisionar uma quantidade pequena de
> anti-partículas com campos magnéticos, mas para propelir uma nave
teríamos
> que ter uma quantidade bem maior. Para fazer um bloquinho de 1 Kg
chegar a
> 10% da velocidade da luz (o exemplo que usei antes) precisaríamos de
> aniquilar cerca de 5 g de matéria (e anti-matéria), ou o
equivalente a cerca
> de 3x10^24 átomos de hidrogênio, o que ainda está longe de
conseguir ser
> armazenado satisfatoriamente, muito menos manuseado. (Recentemente,
um grupo
> conseguiu produzir anti-hidrogênio, e um físico brasileiro, da
UFRJ, estava
> envolvido no projeto. O resultado saiu na Nature, se não me engano).


Qualquer coisa que envolva anti-matéria é complicado demais para ser
efetivamente utilizável. Há um sem número de impedimentos físicos da
instabilidade da natureza da mesma ao processo de obtê-la. Um
projeto mais viável é ainda o que se aproveite de explosões
nucleares... mas tem os riscos que você mensiona acima. Enfim, não
veremos nada parecido com uma nave que viage sequer a 5% da
velocidade da luz tão cedo...



> Agora, a gente só tem que tomar cuidado com a parte da mensagem que
fala
> sobre acelerar a nave a centenas de vezes a velocidade da luz. Isso

> acontece no seriado, claro... Na realidade, o máximo que
conseguiríamos
> seria chegar perto.

Eheheheheh... a idéia que o Oráculo lançou por aqui é "cabulosa"...
estou com ela atrás da orelha até agora. Não me lembro onde foi que
eu li sobre um físico francês se não me engano que tem um projeto de
recriar o big-bang a partir de placas de metal onde seria produzido
um campo gravitacional muito intenso... preciso lembrar ou corro o
risco de parecer "poética"... :))

Beijos, Lígia


> Obrigado pelas informações.


Nào por isso. Prazer tê-lo por aqui também.


> Um abraço,
> Eric.

*************************************************

> ----- Original Message -----
> From: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> To: <ciencialist@y...>
> Sent: Monday, March 17, 2003 4:05 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Velocidade da luz
>
>
> Oi Belisário,
>
> Ao que parece não tem gente envolvida diretamente na criação de
> recursos para que corpos macroscópicos cheguem à velocidade da
> luz... pelo menos por enquanto. As pesquisas estagnaram quando
> ficou patente a impossibilidade prática da execução de tais
projetos.
>
> Mas há pesquisas para que se chegue a frações dela:
>
> "Foi justamente perseguindo esse sonho que a Nasa criou dois grupos
> para pesquisar novas formas de propulsão que sejam mais baratas e
> eficientes, e principalmente muito, mas muito mais rápidas. A
agência
> espacial americana quer disparar uma missão interestelar no máximo
em
> 25 anos. Para tanto, uma equipe do Centro de Vôo Espacial Marshall,
> em Huntsville no Alabama, estuda motores baseados no uso das
energias
> solar, iônica, e da fusão e fissão nuclear, cujos modelos - que em
> tese voariam a frações da velocidade da luz - estão expostos nestas
> páginas. Já no Centro de Pesquisas Glenn, em Cleveland, Ohio, o
> físico Marc Millis sonha mais alto. Quer tornar realidade a
> hipotética aniquilação de matéria com anti-matéria, sistema
> que "acelera" a nave do capitão James T. (de Tiberius) Kirk a
> velocidades centenas de vezes maiores que a da luz.Existe muita
gente
> entra a comunidade científica americana que acha uma bobagem gastar
> recursos com tecnologias tão inúteis. Se em 1961 John Kennedy
> pensasse assim, Neal Armstrong jamais teria pisado na Lua oito anos
> depois. Abaixo você verá uma galeria com algumas das propostas
> imaginosas, factíveis ou alucinadas, que podem um dia levar-nos a
> outras estrelas"....
>
>
> Mais aqui:
>
> http://istoedigital.terra.com.br/noticia2.asp?CodigoNoticia=426
>
> Beijos, Lígia
>
> *************************************
>
> --- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
> >
> > Oi, Eric. Obrigado pela resposta, mas o que ele quis
dizer
> foi se
> > existem pesquisas sobre a implementação prática da aceleração de
> objetos
> > macroscópicos a velocidades próximas à da luz. Imagino que ele
> esteja de
> > olho em naves com velocidades próximas à da luz, como as
> possibilidades que
> > o Carl Sagan descreve em alguns de seus livros. No caso do Sagan,
é
> apenas
> > especulação teórica, mas será que existem grupos que vão além da
> > especulação...?
> >
> > Inté,
> > Belisário
> >
> > At 15:22 17/03/03 -0300, you wrote:
> > >Sim, como não?
> > >
> > >É a própria teoria da relatividade, que se aplica a corpos
> macroscópicos tb,
> > >não só a partículas elementares.
> > >Em particular, pode-se mostrar por ela que não é possível
acelerar
> um objeto
> > >com massa até a velocidade da luz, pois requereria uma quantidade
> infinita
> > >de energia.
> > >
> > >Um abraço,
> > >Eric.
> > >
> > >----- Original Message -----
> > >From: "Roberto Belisário" <belistas2@t...>
> > >To: <ciencialist@y...>
> > >Sent: Monday, March 17, 2003 1:54 PM
> > >Subject: [ciencialist] Velocidade da luz
> > >
> > >
> > >
> > > Caros, um leitor fez-nos a seguinte pergunta:
> > >
> > >"Existe alguma pesquisa no Brasil ou no Mundo sobre Teorias de
> viagens de
> > >corpos de tamanhos macroscópicos em velocidades próximas ou
iguais
> a da
> > >luz?"
> > >
> > > Alguma idéia...?
> > > Abraços e abraças,
> > > Belisário



SUBJECT: Re: Velocidade da luz p/ Eric
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/03/2003 23:39

Oi, Lígia!

----------------
Oi Eric!!

Não tinha ligado o nome à pessoa... você é do CA também!
---------------

Sim, vim pra cá no último fluxo migratório, junto com os patos quáckicos
atritivos...
Por enquanto, tudo legal!

----------------

Pois é Eric, a pesquisa espacial tem sido deixada para trás por
inúmeros impedimentos de ordem "social", principalmente, com a não
emissão de verbas para a NASA e a consequente diminuição de
projetos. Infelizmente há necessidades mais "imperiosas" como
invadir países do golfo pérsico para salvaguardar o dolar...

------------------

É verdade, infelizmente...

---------------

Qualquer coisa que envolva anti-matéria é complicado demais para ser
efetivamente utilizável. Há um sem número de impedimentos físicos da
instabilidade da natureza da mesma ao processo de obtê-la. Um
projeto mais viável é ainda o que se aproveite de explosões
nucleares... mas tem os riscos que você mensiona acima. Enfim, não
veremos nada parecido com uma nave que viage sequer a 5% da
velocidade da luz tão cedo...

--------------

Com certeza... Mesmo com reatores nucleares, não é tão fácil obter a energia
suficiente pra impulsionar uma nave de toneladas a até mesmo 5% da
velocidade da luz...

-------------

> Agora, a gente só tem que tomar cuidado com a parte da mensagem que fala
> sobre acelerar a nave a centenas de vezes a velocidade da luz. Isso só
> acontece no seriado, claro... Na realidade, o máximo que conseguiríamos
> seria chegar perto.

Eheheheheh... a idéia que o Oráculo lançou por aqui é "cabulosa"...
estou com ela atrás da orelha até agora. Não me lembro onde foi que
eu li sobre um físico francês se não me engano que tem um projeto de
recriar o big-bang a partir de placas de metal onde seria produzido
um campo gravitacional muito intenso... preciso lembrar ou corro o
risco de parecer "poética"... :))

Beijos, Lígia

--------------

Já li alguma coisa sobre isso tb... Será que é possível?
Agora, eu não entendo muito de relatividade geral, não, mas essa idéia da
nave propelida pela curvatura do espãço me parece meio bizarra demais...
Primeiro, como produzir isso? Sabe-se que o espaço é curvado por campos
gravitacionais, mas é conhecido (pelo que eu sei) que ele é bastante "plano"
no nosso universo, se estivermos longe de grandes campos gravitacionais.
Para gerar uma curvatura suficientemente grande, só "manipulando" um buraco
negro, o que é impossível, ora bolas... Ou não?
E para gerar essa onda, então?? Chacoalhando um buraco negro como se
chacoalha a ponta de uma corda??? :))))))

Agora, uma idéia interessante que me ocorre seria gerar pequenas ondas que
poderiam resultar em pequenos efeitos que pudessem ser medidos em
laboratório. Sei lá, se esse cara gerar mesmo o buraquinho negro dele e der
uma chacoalhadinha nas placas, será que não produz uma ondinha gravitacional
que seja detectável? :)))

Bom, eu devo estar falando um monte de besteiras, não gosto de falar muito
sobre o que não entendo...

Mas eu bem que gostaria de ser um surfista gravitacional, brother! Pô, aí...

Um abraço,
Eric.





SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 00:02

----- Original Message -----
From: "Eric Cavalcanti"
Sent: Monday, March 17, 2003 8:53 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?

> Vc até pode querer visualizar de certa forma as superfícies em contato
> como essas engrenagens ideais, o mecanismo microscópico exato das forças
> de contato são extremamente complexos de qq forma.
> Mas veja que esse modelo em nada muda a situação. Ainda que
> microscopicamente as forças se originassem de algo assim, a componente
> tangencial seria o que chamamos de força de atrito.

Olá Eric

Sem dúvida, esse modelo em nada muda a situação, mesmo porque se mudasse ele
não seria funcional. Assim mesmo, e como espero ter deixado claro,
trata-se apenas de uma argumentação sem pretensões. Mesmo porque, o
exercício proposto inicialmente nessa thread é bonito, como o Léo falou
inicialmente, mas é extremamente simples e, acima de tudo, ideal e
descompromissado com qualquer realidade que não seja a didática.

> Essa força entre as engrenagens nada mais é que uma visualização do atrito
> estático, em que não há deslizamento entre as superfícies, portanto não há
> excitação de graus de liberdade internos dos sistemas, e não há dissipação
> de energia.

Bem, se formos partir para o microcosmo diria que esse deslizamento é algo
muito mal definido. Quero crer que rigorosamente falando as superfícies não
entram em contato a não ser através de campos de interação. Qualquer imagem
que se queira fazer a esse nível situa-se no terreno das especulações,
algumas até muito bem fundamentadas, mas nada além disso.

> Introduzir a vibração das engrenagens equivale a introduzir o atrito
> cinético, e a perda de energia para formas degradadas. O calor nada mais é
> que vibração dos átomos dos materiais. E não, nesse caso não é possível
> recuperar essa energia. Quer dizer, possível é, se todos os átomos
> resolvessem num dado momento vibrar em fase e na mesma direção o corpo
> voltaria a andar, mas o número absurdamente alto deles faz com que essa
> probabilidade seja praticamente nula (2a. lei da termodinâmica). É bem
> diferente do caso de um único oscilador, como uma mola. A
> irreversibilidade está ligada aos grandes números envolvidos e à
> aleatoriedade, e não a uma irreversibilidade do processo microscópico.

Tudo isso baseia-se num modelo clássico que ainda fica a nos dever
explicações. Como disse Mário Schenberg (1984): "A lei de crescimento da
entropia não pode ser até agora deduzida nem pela mecânica estatística
clássica, nem pela mecânica estatística quântica. Há, aí, alguma coisa de
fundamental que ainda não compreendemos. Quando uma coisa começa a se
complicar muito, é sinal de que é preciso simplificá-la." [SCHENBERG, M.
(1984), Pensando a Física, Ed. Brasiliense, São Paulo]

Em resumo: Esse problema ainda não foi solucionado. Conheço apenas duas
teorias que *se aproximam* de dar uma resposta a esse questionamento: uma
100% clássica e de minha autoria, e outra 100% relativística e da autoria de
um geólogo francês. Segundo essas duas teorias o calor é bem mais complexo
do que algo a resultar simplesmente da "vibração dos átomos dos materiais".
Mesmo porque, um material em repouso tem suas moléculas em vibração
permanente e não emite calor algum, pois em condições de equilíbrio térmico
as colisões são 100% elásticas. O que diferencia o equilíbrio do
desequilíbrio térmico não me parece ser tão somente algo de natureza
estatística. Existem muitas outras teorias sobre a entropia, mas nenhuma,
além dessas duas, chega a dar a menor pista sobre o porquê do aumento da
entropia, no sentido apontado por Schenberg.

Em nível microscópico, segundo essas duas teorias, um único oscilador
poderia sim trabalhar de maneira irreversível, ou seja, o problema em
hipótese alguma seria eminentemente estatístico. Isso não significaria uma
descaracterização da mecânica estatística, mas serviria tão somente para
mostrar que é possível, sem o recurso da estatística, explicar um fenômeno
frente ao qual tanto a mecânica estatística clássica, quanto mecãnica
quãntica falharam fragorosamente. E até o momento, até prova em contrário,
somente admite explicação ou 100% clássica ou 100% relativística. Durma-se
com um barulho destes. ;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 00:33

Olá pessoal..:-)

Por favor, não vamos brigar por causa do meu nick..:-) É um nick muito antigo, do tempo das BBs (Mandic), que eu já me acostumei, por isso fica no email. Mas pode usar o nome real, Homero, sem problema. E de qualquer modo, este Oraculo não tem nada de divinatorio, é ateu, agnóstico, cético e adepto do método científico na compreensão do mundo..:-)

Um abraço.

Homero



----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, March 17, 2003 6:48 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?


----- Original Message -----
From: "Daniel Bezerra"
Sent: Monday, March 17, 2003 11:10 AM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?

> Antes de mais nada, devo concordar com o Oráculo numa coisa:
> o enunciado carece de certos dados iniciais, sem os quais somos forçados a
> fazer muitas hipóteses Ad Hoc se quisermos resolver o problema.

Antes de mais nada, lembro que estamos na Ciencialist, o Reino do Léo. Ipso
facto, oráculo significa "a verdadeira revelação divina; a palavra do Léo e
de seus profetas" (vide Dicionário Eletrônico Houaiss). Sugiro que pare de
dar ouvidos a mensagens profanas e ponha na cabeça de uma vez por todas que
o Léo não joga dados, por mais que o seu guru Niels Bohr tenha afirmado o
contrário.

> A primeira de todas, sem a qual não saímos do lugar, é que o atrito deve
> ser considerado inexistente. Por atrito deve-se entender uma força cujo
> trabalho reduza a energia total do sistema irreversivelmente (através de
> calor, som, etc.). Reparem que, sob esta definição, uma rotação (gerada
> por um torque, gerado por uma componente tangencial) não pode ser
> considerada como resultante de um atrito, pois a energia do sistema não
> seria dissipada e sim transformada, podendo ser recuperada mais tarde.

Eu tendo a concordar contigo, mas perceba então a possibilidade teórica da
existência de uma força tangencial que não seja de atrito. Esta força,
suposta existir, produziria um rolamento na bola ao deslizar sobre a mesa ou
sobre a rampa, e seria difícil dizer o que resultaria deste efeito quando do
choque entre duas bolas. É interessante notar que o atrito de rolamento
seria nulo, e as bolas se moveriam sobre a mesa como num sistema de
engrenagens ideais. É muita idealidade para o meu gosto, mas não deixa de
fazer sentido. É importante perceber que se este efeito ocorrer na rampa
(descida da bola) não há porque se imaginar que não ocorra sobre a mesa
(translação horizontal das bolas). Neste caso idealíssimo todas as bolas
estariam sempre rolando, logo acredito não haver como distinguir uma das
outras. Hipótese ad hoc, a meu ver, seria assumir que a rampa pudesse
produzir um rolamento, mas a mesa não. No momento de um choque entre duas
bolas haveria também um choque entre os dentes das engrenagens bola-mesa, e
este deveria também ser totalmente elástico, o que complicaria bastante a
teorização do problema.

> Não encontrei num único livro-texto qualquer definição de atrito como
> sendo igual a uma força tangencial resistiva. Procurei em Feynman
> Lectures; no Classical Dynamics of Particle Systems de Thornton e Marion e
> no Fundamentals of Physics, de Halliday, Resnick e Walker. Todos apontavam
> o atrito como força dissipativa, nunca como força de resistência ao
> movimento, ou como força tangencial. Se alguém tem uma definição em
> contrário que achou em algum outro texto, por favor me dê uma direção.

Quero crer que você não encontrou porque atrito não é igual a força
tangencial resistiva, pelo menos no sentido de uma resistência à translação.
Perceba que qualquer mudança na velocidade de translação das bolas,
provocada por um choque com outra, haverá, em condições ideais, uma força
tangencial resistiva mesa-bola a modificar concomitantemente a velocidade
angular, e essa força é conservativa, e portanto não de atrito. Ora, para
que haja conservação de momento, quero crer que isso iria bagunçar bastante
o sistema, e as engrenagens da mesa iriam ficar oscilando, a menos que
houvesse um acoplamento ideal e compensador, tal que o efeito se traduzisse
numa troca entre os momentos angulares das duas bolas (choque triplo, com
participação de duas bolas mais a mesa). A coisa não é nada simples, mas se
quisermos assumir que a energia permanece exclusivamente com as bolas,
parece-me que esta seria a solução (a mesa teria apenas uma participação
efêmera na troca de momentos e energia).

A coisa se complica muito quando passamos para o estudo do microcosmo, pois
aí a física moderna despreza uma rotação clássica das partículas elementares
(spin é outra coisa, e não tem nada a ver com a idéia de giro clássico). Já
comentei muito a esse respeito na mensagem 11819 e seguintes (vide Calor
específico e física clássica, em
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/cefc.htm ). É interessante
reproduzir aqui a opinião de Boltzmann a respeito: "If each molecule is
constructed absolutely symmetrically with respect to its center of
gravity --or, still more generally, if it has the form of a sphere whose
center of gravity coincides with its midpoint¾ then indeed each molecule can
make arbitrary rotations around an arbitrary axis passing through its
midpoints; but the velocity of this rotation cannot be altered in any way by
collisions between molecules. If all molecules were initially not rotating,
then they would remain so for all time. On the other hand, if they were
initially rotating, then each molecule would retain its rotation
independently of all the others, although this rotation would exert no
observable action."

É interessante também notar o que pode ocorrer com elementos (mesmo
macroscópicos) diatômicos. A gif-animado
http://ecientificocultural.com/Eletron2/anihalter.gif da uma idéia a
respeito. Nota-se aí um choque com trocas de momentos angulares. Se
pensarmos nos elementos como puntiformes (sem dimensões), como fazem os
físicos modernos, concluiremos que a energia cinética não se conserva. E se
por cima deste erro crasso quisermos conservar a energia, seremos obrigados
a apelar para fórmulas gnomo-relativísticas do tipo E = mc².

> Cumpre notar que embora o experimento seja inteiramente teórico, podemos
> aproximá-lo da realidade se colocarmos a mesa de bilhar no vácuo, com
> bolas muito lisas (reparem que eu não disse "polidas" e sim "lisas")
> feitas de um material com calor específico muito, muito alto.

Quero crer que o caráter "lisa" não seria necessário, como mostrei acima. O
resto a meu ver é redundante, pois estamos frente a uma idealização, e o
departamento de engenharia ainda não se manifestou oficialmente, pois os
engenheiros que se manifestaram até o momento aceitaram trabalhar com
situações ideais.

> Muito bem, feita esta primeira hipótese Ad Hoc (daqui para frente chamada
> de H1), vamos nos deter nos particulares do problema. Queremos saber como
> se comportam as bolas iniciais na mesa. Sabemos que o momento linear deve
> ser conservado a todo instante. Sabemos que a energia total, por H1, deve
> ser mantida constante. Ora, num primeiro momento poderíamos supor que isso
> implica conservação da energia cinética, pela qual todas as colisões têm
> que ser elásticas.

> ENTRETANTO, dizer que todas as colisões são elásticas é também uma
> hipótese Ad Hoc ! Colisões são fenômenos muito rápidos e imprevisíveis sob
> um ponto de vista analítico.

Quero crer que está havendo aí uma ligeira confusão entre restrições a nos
levarem à idealidade e hipóteses ad hoc. Uma hipótese ad hoc é feita para
remendar uma teoria que se mostrou incongruente com suas hipóteses básicas,
e/ou que se revelou incompleta em seu núcleo e tentou-se completá-lo com
algo ainda não assimilado pela experimentação. Idealidade é uma
simplificação de um modelo mais complexo. Sob certos aspectos assemelha-se a
uma experiência de pensamento. Via de regra, na idealização não se adiciona
hipóteses, pelo contrário, retira-se restrições. Ainda que você diga que
estamos fazendo a "hipótese" (seria melhor dizermos conjectura) de que as
restrições podem ser retiradas, eu diria que o valor esperado para essa
idealidade é quase que exclusivamente didático e/ou de natureza inspirativa
(simplifica-se na tentativa de nos permitir que enxerguemos outras coisas
que passariam desapercebidas sem essa simplificação). Em hipótese alguma
seria isso uma hipótese ad hoc no sentido forte do termo. Não digo que você
está errado, pois os dicionários aceitam essa idéia como sendo ad hoc,
apenas não é esse o sentido mais empregado pelos cientistas, e em especial
quando se referem a hipóteses a sustentarem uma teoria..

> Se partimos do enunciado que as bolas têm massa igual
> e conhecida (corrijam-me se eu estiver errado), em uma dada colisão entre
> duas bolas teremos um mínimo de seis incógnitas (pode haver mais
> dependendo do referencial que se adote): as velocidades inicial e final da
> primeira bola, as velocidades inicial e final da segunda bola e os dois
> ângulos de espalhamento após o choque. Ora, podemos arbitrar as
> velocidades iniciais sem perda de generalidade para o problema, mas não
> temos como dizer *a priori* quais serão os ângulos de espalhamento e muito
> menos quais serão as velocidades finais após o choque.
> Lançar mão desta "H2" (todos os choques são elásticos) aumentaria o número
> de hipóteses Ad Hoc, o que todo físico que queira resolver um problema
> novo tenta evitar !

Tenta evitar na explicação de um dado observacional, mas nem sempre na
montagem de uma experiência de pensamento, em especial se a finalidade for
didática. Perceba que estamos adicionando restrições de maneira tal a
reduzirmos as variáveis, o que é perfeitamente lícito. Hipótese ad hoc é
criada no sentido de acochambrar, e um físico clássico sério opõe-se
totalmente a utilização de tal método espúrio. Quando muito, ele faz
conjecturas, o que é bem diferente de adicionar uma hipótese numa teoria de
núcleo fechado com a única finalidade de satisfazer a uma discordância
experimental.

> Se, então, não queremos propor uma H2, devemos estar abertos à
> possibilidade de um *choque inelástico*. Mas por H1 não podemos diminuir a
> energia cinética total do sistema -- logo, precisamos ao menos estar
> abertos à possibilidade de que a energia cinética *translacional* possa
> ser reduzida durante um choque inelástico transformando-se assim em
> energia cinética *rotacional*.

Como dei a entender acima, não é necessário que o choque seja inelástico
para que ocorra essa redução da energia cinética translacional. Concordo,
não obstante, que o problema iria se complicar em muito, pois essa energia
deveria ficar com a mesa, sob a forma de oscilação de seus dentes de
engrenagem. Do contrário, haveria um transporte de momento angular de uma
bola para a outra (choque triplo entre as duas bolas e a mesa, como citei
acima). Mas ainda acho que seria complicar demais o problema, e com isso
essa idealidade perderia totalmente o sentido didático, servindo apenas para
que fiquemos aqui estudando o sexo dos anjos (o que não deixa de ser bom).

> Ainda em dúvida sobre como uma rotação possa aparecer ? Ótimo. Continuem
> comigo. Foi dito que não obstante o choque ser frontal ou oblíquo, a força
> é sempre aplicada radialmente, pois "numa situação sem atrito, as bolas
> têm que deslizar umas sobre as outras e portanto, todos os choques devem
> ser considerados frontais". Ora, mas isso são DUAS uma hipóteses Ad Hoc !
> H3, que há um *único* ponto de contato entre as bolas -- o que conduz à
> condição que as bolas são indeformáveise e H4, que a força de contato é
> sempre radial.

Bem, essa é uma idealidade do *modelo* clássico e a retratar um limite do
que é observado (todas as leis clássicas são leis limites e com campo de
aplicação restrito). Ou seja, estamos idealizando uma situação que por si só
já é ideal. Nada contra, desde que se saiba o que se está fazendo. Lembro
que Boltzmann levou essa condição até para suas partículas elementares
clássicas: "If each molecule is constructed absolutely symmetrically with
respect to its center of gravity..." Assim como podemos considerar um
"choque a distância" entre a Terra e o Sol como algo a se traduzir por
forças radiais, também podemos pensar nisso para interações onde há um
*aparente* contato. Volto a dizer, isso é uma idealização, e não estamos
inferindo nenhuma conseqüência disso, a não ser ilustrar o caso
didaticamente.

> A elasticidade dos corpos é regida pela Lei de Hooke. Por H1, toda e
> qualquer deformação que aconteça não pode dissipar energia de forma
> irreversível. Logo, toda e qualquer deformação não pode ser "amortecida"
> (uso aqui uma analogia com molas); não podem ser produzidas massas
> permanentes nas bolas.

Perfeito! Do ponto de vista da relatividade moderna (E = mc²) essa energia
incorporada iria ser chamada criação de massa, caso a partícula fosse
elementar. Mas estamos no âmbito da física clássica, logo podemos deixar
esses efeitos gnomológicos de lado. Diria apenas que você está acrescentando
uma complexidade, a vibração do ponto de contato das bolas. Se for para
pensar dessa maneira, é melhor desprezar toda a situação ideal e pensar
nessa vibração como algo dissipativo, e daí o problema se resolve: O autor
do problema retornaria duas horas depois e encontraria todas as bolas
paradas, e é isso o que efetivamente irá ocorrer na prática. De qualquer
forma, assim como citei as hipotéticas engrenagens acima, poderíamos também
pensar em membranas vibrantes na superfície da bola e tais que ainda assim o
processo todo fosse totalmente elástico (no sentido de que essa energia
vibratória pudesse ser recuperada de alguma maneira, até mesmo como nova
troca entre as bolas em novos choques). O choque seria *aparentemente*
inelástico, pois parte da energia cinética seria transformada de maneira
reversível em energia de vibração. Aliás, no microcosmo "vejo" os choques
entre moléculas em equilíbrio térmico sob um prisma conservativo (choques
elásticos perfeitos), o que a meu ver pode ser totalmente explicável por uma
física 100% newtoniana e livre dos gnomos quantum-relativistas.

> Ora, mas se as deformações não podem ser
> amortecidas, as bolas precisam vibrar. A energia dessa vibração precisa
> necessariamente vir do choque; portanto abre-se a possibilidade para que
> os choques sejam inelásticos.

Mas quem disse que a energia de vibração é uma energia de nível inferior, a
exemplo do calor? As molas *ideais* por acaso dissipam energia? Não é
possível converter a energia de uma mola vibrante *ideal* no levantamento de
um peso, com rendimento = a 100%?

> Sem H3 abre-se ainda o leque de probabilidades para forças de contato
> não-dissipativas e não-radiais durante o choque, o que pode em princípio
> levar a um torque e portanto a um giro.

Aqui retornamos ao caso das engrenagens acima citadas. Isso não
descaracteriza a elasticidade, e/ou reversibilidade, do processo como um
todo.

> Se H3 fosse levada em conta, precisaríamos supor uma de duas coisas: (a)
> que o choque é instantâneo e portanto, as bolas são infinitamente rígidas
> e portanto, as forças impulsivas são infinitas; ou (b) que o choque tem
> duração maior que zero, durante o qual as bolas deslizam suavemente umas
> sobre as outras até que não haja mais ponto de contato entre elas. Nada
> impede que esta colisão seja considerada perfeitamente elástica.

Eu iria além. Nem mesmo esse contato existe. Partículas elementares não se
chocam no sentido forte do termo (não dão trombadas, apenas interagem à
distância, por menor que seja essa distância). Ora, sob esse aspecto o
contato entre corpos macroscópicos é uma ilusão. Mas isso não impede que
venhamos a pensar numa esfericidade perfeita e numa rigidez absoluta, mesmo
porque isso é um exercício didático e especulativo, e que funciona dentro de
certos limites, quando vamos a um joguinho de sinuca. Será especulativo
quando tentarmos expandir a idéia para as moléculas, como Boltzmann fez, mas
essa é uma especulação a originar hipóteses a consubstanciarem uma nova
teoria. Ou seja, não estamos criando hipóteses a protegerem uma teoria, mas
sim criando uma nova teoria, como Boltzmann fez. Essa nova teoria deverá
fazer previsões, e passar pelos testes sem que se adicionem novas hipóteses,
agora sim ad hoc.

> Sabemos que H3(a) é fisicamente impossível, a menos que se faça uma
> hipótese H5 à maneira de H1 que permita mudar as leis físicas que governam
> a mesa. Podemos então ficar com H3(b), bem mais palatável.
> Será então que H3(b) -- choque com duração maior que zero, dentro da
> hipótese de indeformabilidade -- implica em H4 (a direção da força de
> contato é sempre radial) ?

Eu diria que rigidamente sequer podemos falar em força única de contato.
Existe uma resultante de contato, e na *prática* podemos considerá-la como
força única e radial (no exemplo das bolas, dos planetas e das moléculas).

----- Original Message -----
From: "Daniel Bezerra"
Sent: Monday, March 17, 2003 3:05 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?

(Continuação)

> "Será então que H3(b) -- choque com duração maior que zero, dentro da
> hipótese de indeformabilidade -- implica em H4 (a direção da força de
> contato é sempre radial) ?"

Como disse acima, não existe uma única força, e você está complicando o
processo a mostrar que sequer a resultante é uma só, mas seria função do
tempo. Tudo isso é muito bonito, mas na prática creio que isso, por si só,
não inviabiliza o *modelo* idealizado. Eu acho que ainda daria para
complicar mais a situação, mas é bom pararmos por aqui. :-)

> Normalmente não se pode afirmar muito sobre a aparência das forças
> internas durante um choque. O melhor que consegui fazer foi derivar uma
> equação em que, tendo H3(b) em vista, mostro que pode haver um pequeno
> torque que não tem origem no atrito e sim nas forças do choque.
> Entretanto, tal demonstração não me convenceu muito, pois tive que
> escolher uma direção para a força inicial do impacto. Isso me cheira a uma
> H6 (!), mas a verdade é que a minha física pára nessa análise de forças
> internas de choque. Não sei afirmar nada sobre isso.

É até possível que surja esse pequeno torque, mas creio que seria um
artefato de má idealização (a menos que você tenha outras idéias para a
aplicabilidade do modelo didático). Não sei se no território das partículas
elementares, que efetivamente não se tocam, esse torque ainda existiria. E
não tenha dúvidas de que esse modelo somente tem aplicação teórica (além da
aplicação didática) quando levado para o terreno do entendimento de como
seriam as coisas no microcosmo, interpretadas por uma via clássica (como
aquele feito por Boltzmann).

> Concluindo: partindo de H1 e apenas de H1, não posso negar que haja giro a
> não ser que eu inclua H3(b) e H4. Se não posso negar que haja giro, então
> não posso diferenciar a bola intrusa segundo a sugestão do Léo.

Perceba então que após todo esse exercício dialético você acabou por
concluir que o Léo não joga dados. ;-)

> Se um pouco de atrito for incluído no sistema (um H1 fraco, digamos), como
> a Lígia sugeriu, os giros ficam ainda mais pronunciados e aí eu
> definitivamente não posso diferenciar a bola intrusa segundo a solução do
> Léo.

> Pensemos mais, pois...

Bem, eu não entrei nesse bonde andando para pensar e muito menos para
esclarecer, mas tão somente para confundir. ;-) É possível que eu tenha dito
algumas asneiras, mas a mensagem vai assim mesmo, sem uma segunda leitura,
pois estou sem tempo para corrigí-la, e ainda tenho que ir para o meu
ganha-pão.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velocidade da luz
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 00:39

Olá Ligia..:-)


Sim, é uma ótima lista, apesar do esforço que é acompanhar a matemática de algumas mensagens..:-) Minha área é mais biologia e lógica de programação, os aspectos fisico/matemáticos sempre me dão trabalho..:-) O Universo em Uma Casca de Nóz do Hawkin quase me deixa doido (mais de 3 leituras e ainda não absorvi tudo..:-)

Também não vejo a hora, bem que algum genio poderia montar um dispositivo de curvatura de espaço logo. Não sei se você viu um filme chamado Horizonte de Eventos, uma ficção centifica bem interessante. A astronave usava um buraco negro ou algo parecido para viajar a distancias estelares, mas foi longe demais e trouxe "algo" com ela quando voltou..:-) Bem assustador..:-)

Acho que a proposta de "buracos de minhoca" pode ser uma resposta mais simples e mais viável, poderia ser usada a própria força gravitacional de estrelas como o Sol. Mas, mesmo assim, acho que só meus netos ou tataranetos poderão se divertir com isso..:-)

Um abraço.

Homero

----- Original Message -----
From: Ligia Amorese
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, March 17, 2003 6:55 PM
Subject: [ciencialist] Re: Velocidade da luz


Gostei do artigo, Homero!



Grande Homero, hein? Está gostando da lista? Seja bem vindo por
estas plagas... :))

Só que faltou algumas coisinhas... por exemplo, o tipo de
dispositivo utilizável para que tal façanhha de aproveitar da
possibilidade de encurvar o espaço aconteça. Isso está me cheirando
a algo que vai demorar muito para ser desenvolvido, apesar de ser
bastante tentador.

Imagino que um dos princípios básicos da idéia seria criar um campo
gravitacional tão intenso que faria o espaço dobrar-se sobre si
mesmo, acertei? Daí então "inflá-lo"...

Já existem os esboços de tecnologia para criar "buracos negros" em
laboratório, entre duas placas. Se a idéia desse tal Alcubierre
for "criar dobras de espaço" um bom começo seria contatando o cara
que prediz a possibilidade de criar campos gravitacionais entre
placas. Estaria tudo resolvido!

É lógico que a coisa não funciona assim: há primmas-donnas nesse
mundo científico e elas mal se falam. Por isso vamos ainda ter que
esperar uns looongos anos. O problema é que eu mal posso
esperar... :/

Beijos, Lígia

********************************************


--- Em ciencialist@y..., "Oraculo" <oraculo@a...> escreveu
> Olá pessoal.
>
> Este é um relato do que seria possível com a teoria da "Velocidade
de Dobra"
> , do fisico Miguel Alcubierre, que trabalha com o desenvolvimento
das
> equações da relatividade geral. Isso poderia nos levar a
velocidades maiores
> do que a da luz, mesmo que localmente nos movessemos em menor
velocidade. É
> a base cientifica das naves de Joranada nas Estrelas..:-) Um resumo
da
> teoria pode ser lido abaixo, mas não compreendo a fisica/matematica
do
> processo real... Se alguem da lista se dispuzer a colocar o exemplo
abaixo
> em numeros eu agradeceria..:-)
>
> Um abraço.
>
> Homero
>
> .......
> Alcubierre propôs um modo de superar o limite da velocidade da luz,
parecido
> com a expansão do universo, mas em uma escala local. Ele
desenvolveu uma "
> métrica " para relatividade geral, uma representação matemática da
curvatura
> de espaço, que descreve uma região plana do espaço próximo de uma "
dobra "
> que pode ser impulsionada adiante com
> qualquer velocidade arbitrária, inclusive velocidades maiores que a
da luz,
> a velocidade de dobra de Alcubierre e construída por funções
tangentes
> hiperbólicas as quais criam um distorção muito peculiar do espaço
nas
> extremidades do volume de espaço considerado.
> A idéia e inovadora. Se o espaço-tempo pode ser dobrado localmente
de modo
> que se expanda atrás de uma nave e se contraia adiante dela, então
a nave
> será impulsionada junto com o espaço que a contem. Localmente, a
nave nunca
> viajara mais rápido do que a luz, porque a luz também será
impulsionada
> junto com a onda de espaço em expansão. Mas, globalmente percorrera
> distâncias incrivelmente grandes em pequenos intervalos de tempo.
> Uma maneira de visualizar o que acontece e imaginar-se a bordo de
uma nave.
> Se o espaço subitamente se expandir por detrás da nave em uma escala
> suficientemente grande, você percebera que a base estelar que
deixou há
> poucos minutos agora esta a muitos anos luz de distância. Da mesma
forma, se
> o espaço se contrair adiante de você, será possível perceber que a
base em
> direção a qual você viaja, que estava a alguns anos luz de
distância, agora
> esta tão próxima que poderia ser alcançada em minutos a velocidade
de
> propulsão normal.
> Portanto, a própria curvatura do espaço, proposta pela Teoria da
> Relatividade Geral e já comprovada experimentalmente, produz uma
abertura
> para viagens acima da velocidade da luz.
> ....
>
> ----- Original Message -----
> From: Eric Cavalcanti
> To: ciencialist@y...
> Sent: Monday, March 17, 2003 5:24 PM
> Subject: Re: [ciencialist] Re: Velocidade da luz
>
>
> Tem razão, Lígia,
>
> Já tinha ouvido falar em idéias sobre propulsão nuclear, mas não
acho que
> eles consigam colocar em prática tão cedo. Fazer um modelo
é "fácil". O
> difícil é conseguir a verba pra construí-lo mesmo... Fora as
questões sobre
> a segurança de termos uma nave com propulsão nuclear subindo aos
céus. E se
> ela explode ainda perto da Terra? Com o recente acidente, vai ser
difícil
> pra NASA conseguir apoio do congresso pra colocar isso em prática
tão
> cedo...
>
> A aniquilação de matéria com antimatéria não é nada hipotética, o
difícil é
> ter uma quantidade suficiente de anti-matéria armazenada para depois
> utilizar na reação. Pode-se aprisionar uma quantidade pequena de
> anti-partículas com campos magnéticos, mas para propelir uma nave
teríamos
> que ter uma quantidade bem maior. Para fazer um bloquinho de 1 Kg
chegar a
> 10% da velocidade da luz (o exemplo que usei antes) precisaríamos de
> aniquilar cerca de 5 g de matéria (e anti-matéria), ou o
equivalente a cerca
> de 3x10^24 átomos de hidrogênio, o que ainda está longe de
conseguir ser
> armazenado satisfatoriamente, muito menos manuseado. (Recentemente,
um grupo
> conseguiu produzir anti-hidrogênio, e um físico brasileiro, da
UFRJ, estava
> envolvido no projeto. O resultado saiu na Nature, se não me engano).
>
> Agora, a gente só tem que tomar cuidado com a parte da mensagem que
fala
> sobre acelerar a nave a centenas de vezes a velocidade da luz. Isso

> acontece no seriado, claro... Na realidade, o máximo que
conseguiríamos
> seria chegar perto.
>
> Obrigado pelas informações.
>
> Um abraço,
> Eric.
>
> ----- Original Message -----
> From: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> To: <ciencialist@y...>
> Sent: Monday, March 17, 2003 4:05 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Velocidade da luz
>
>
> Oi Belisário,
>
> Ao que parece não tem gente envolvida diretamente na criação de
> recursos para que corpos macroscópicos cheguem à velocidade da
> luz... pelo menos por enquanto. As pesquisas estagnaram quando
> ficou patente a impossibilidade prática da execução de tais
projetos.
>
> Mas há pesquisas para que se chegue a frações dela:
>
> "Foi justamente perseguindo esse sonho que a Nasa criou dois grupos
> para pesquisar novas formas de propulsão que sejam mais baratas e
> eficientes, e principalmente muito, mas muito mais rápidas. A
agência
> espacial americana quer disparar uma missão interestelar no máximo
em
> 25 anos. Para tanto, uma equipe do Centro de Vôo Espacial Marshall,
> em Huntsville no Alabama, estuda motores baseados no uso das
energias
> solar, iônica, e da fusão e fissão nuclear, cujos modelos - que em
> tese voariam a frações da velocidade da luz - estão expostos nestas
> páginas. Já no Centro de Pesquisas Glenn, em Cleveland, Ohio, o
> físico Marc Millis sonha mais alto. Quer tornar realidade a
> hipotética aniquilação de matéria com anti-matéria, sistema
> que "acelera" a nave do capitão James T. (de Tiberius) Kirk a
> velocidades centenas de vezes maiores que a da luz.Existe muita
gente
> entra a comunidade científica americana que acha uma bobagem gastar
> recursos com tecnologias tão inúteis. Se em 1961 John Kennedy
> pensasse assim, Neal Armstrong jamais teria pisado na Lua oito anos
> depois. Abaixo você verá uma galeria com algumas das propostas
> imaginosas, factíveis ou alucinadas, que podem um dia levar-nos a
> outras estrelas"....
>
>
> Mais aqui:
>
> http://istoedigital.terra.com.br/noticia2.asp?CodigoNoticia=426
>
> Beijos, Lígia
>
> *************************************
>
> --- Em ciencialist@y..., Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
> >
> > Oi, Eric. Obrigado pela resposta, mas o que ele quis
dizer
> foi se
> > existem pesquisas sobre a implementação prática da aceleração de
> objetos
> > macroscópicos a velocidades próximas à da luz. Imagino que ele
> esteja de
> > olho em naves com velocidades próximas à da luz, como as
> possibilidades que
> > o Carl Sagan descreve em alguns de seus livros. No caso do Sagan,
é
> apenas
> > especulação teórica, mas será que existem grupos que vão além da
> > especulação...?
> >
> > Inté,
> > Belisário
> >
> > At 15:22 17/03/03 -0300, you wrote:
> > >Sim, como não?
> > >
> > >É a própria teoria da relatividade, que se aplica a corpos
> macroscópicos tb,
> > >não só a partículas elementares.
> > >Em particular, pode-se mostrar por ela que não é possível
acelerar
> um objeto
> > >com massa até a velocidade da luz, pois requereria uma quantidade
> infinita
> > >de energia.
> > >
> > >Um abraço,
> > >Eric.
> > >
> > >----- Original Message -----
> > >From: "Roberto Belisário" <belistas2@t...>
> > >To: <ciencialist@y...>
> > >Sent: Monday, March 17, 2003 1:54 PM
> > >Subject: [ciencialist] Velocidade da luz
> > >
> > >
> > >
> > > Caros, um leitor fez-nos a seguinte pergunta:
> > >
> > >"Existe alguma pesquisa no Brasil ou no Mundo sobre Teorias de
> viagens de
> > >corpos de tamanhos macroscópicos em velocidades próximas ou
iguais
> a da
> > >luz?"
> > >
> > > Alguma idéia...?
> > > Abraços e abraças,
> > > Belisário
>
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Velocidade da luz
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/03/2003 01:07

--- Em ciencialist@y..., "Oraculo" <oraculo@a...> escreveu
> Olá Ligia..:-)
>
>
> Sim, é uma ótima lista, apesar do esforço que é acompanhar a
matemática de algumas mensagens..:-) Minha área é mais biologia e
lógica de programação, os aspectos fisico/matemáticos sempre me dão
trabalho..:-) O Universo em Uma Casca de Nóz do Hawkin quase me deixa
doido (mais de 3 leituras e ainda não absorvi tudo..:-)


Hawking é chato... leia o Tio Sagan! Pálido Ponto Azul é
um "must". E é bom você começar a ler o livro prá sua filhinha antes
dela ir dormir. Os meus adoram. Por falar em Hawking: eu tenho o
livro "Uma Breve História do Tempo" dele... acredita que em 14 anos
eu nunca consegui ler de um tiro só? Sempre vai no salteado... não
suporto o jeito como ele conta as histórias do Universo... dá sono.
Por isso é o meu livro de cabeceira há 14 anos. Bastou eu ter
insônia... já vou direto nele. O efeito narcotizante é incrível...


> Acho que a proposta de "buracos de minhoca" pode ser uma resposta
mais simples e mais viável, poderia ser usada a própria força
gravitacional de estrelas como o Sol. Mas, mesmo assim, acho que só
meus netos ou tataranetos poderão se divertir com isso..:-)


É, o futuro promete ser bom, pelo menos melhor do que isso em que a
gente vive agora... mas não vamos discutir sobre isso, certo? :))
Por aqui eu sou Sra. Dra. Lígia, viu? Brincadeira... só a física
rebelde que preferia namorar durante as aulas de MQ...

Beijos, Lígia





SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 01:28

----- Original Message -----
From: "Oraculo"
Sent: Tuesday, March 18, 2003 12:33 AM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?

> Por favor, não vamos brigar por causa do meu nick..:-)

Prezado Oráculo ou Homero

Sem problemas, eu estava só brincando com o Léo e com o Niels Bohr, quero
dizer, o Daniel Bohr. ;-)

> É um nick muito antigo, do tempo das BBs (Mandic),

Putz, isso provavelmente foi antes de 1997! Nessa época eu também estava na
mandic, mas escrevia muito pouco.

> que eu já me acostumei, por isso fica no
> email. Mas pode usar o nome real, Homero, sem problema. E de qualquer
> modo, este Oraculo não tem nada de divinatorio, é ateu, agnóstico, cético
> e adepto do método científico na compreensão do mundo..:-)

Não sendo "cético de carteirinha", tudo bem. Agora, se você pertencer àquela
turminha "chata de galocha" com os seus "ad hominens" e outras tranqueiras
latinas, nós iremos brigar "per omnia saecula saeculorum". ;-)) Contra um
pseudo-cético nada melhor que um bom anti-séptico. ;-) Pseudo-ceticismos à
parte, eu me reuno quinzenalmente com um grupo cético da pesada, onde eu sou
o único não filósofo. Esses sim, sabem de fato o que é um ceticismo não
deturpado por cientificistas ingênuos.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velocidade da luz
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 01:29

----- Original Message -----
From: "Daniel Bezerra"
Sent: Monday, March 17, 2003 7:38 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Velocidade da luz

> Alberto,
> Dê um alô ao meu caro amigo Oráculo.

Alö, Oráculo.

> O conheço de outras listas -- apócrifas, dirão alguns por certo! ;-) e é
> um dos maiores defensores do ceticismo e do método científico.

Já comentei alguma coisa a respeito em outra mensagem.

> Diga-lhe agora o que pensa do Sr. Alcubierre!

Eu diria que o Alcubierre está para a relatividade assim como o Everett está
para a quântica. Ambos vivem na face oculta do mundo da Lua, ao contrário
dos demais físicos modernos que vivem na face visível.

> Muito bem, garotos, vocês conhecem as regras: nada de golpes abaixo da
> linha da cintura e tentem não causar muito atrito :-)))))))))

É assim que eu gosto. "Ad hominens" somente da cintura pra cima, pois desta
maneira não provocará "Ad nauseans". ;-) Quanto ao atrito não há porque se
preocupar pois os meus golpes são sempre frontais. ;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Velocidade da luz
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 01:36

Olá Ligia..:-)

Gosto muito de Sagan, em especial o Mundo Assombrado pelos Demonios, mas minha filha gosta mais quando leio Dawkins Na verdade, ela já lê sozinha, mas eu ainda gosto do ritual de leitura noturna..:-) Acabei de comprar (de novo, emprestar livro é dureza, eles nunca, nunca, voltam..:-) O Relojoeiro Cego, do Dawkins, que é muito legal (mas o melhor ainda acho Desvendando o Arco-Iris).

Mas o texto curto mais interessante, acho que um dos primeiros que li para minha filha (quando achei que poderia entender, claro..:-) é o Boas e más razões para crer. Ele escreve como se conversasse com sua própria filha, o que facilita bastante as coisas..:-).

Quanto ao Hawkin é mesmo duro de ler, mas acho que é mais pela dificuldade do assunto que por falha do autor. Traduzir a fisica (que em geral, se choca com nosso senso comum humano) é realmente dificil e acaba sendo chato. Mas eu gosto de coisas dificeis, vale o esforço..:-)

Dra. Ligia (fica bem impressionante mesmo..:-), se tivermos oportunidade, faremos uma viagem interestelar juntos, com uma espaçonave com velocidade de dobra..:-)

Um abraço.

Homero

PS: Este link tem o texto do Dawkins, Boas e más razões para crer, completo, vale ler ou reler..:-)

http://www.str.com.br/Str/razoes.htm



----- Original Message -----
From: Ligia Amorese
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, March 18, 2003 1:07 AM
Subject: [ciencialist] Re: Velocidade da luz


--- Em ciencialist@y..., "Oraculo" <oraculo@a...> escreveu
> Olá Ligia..:-)
>
>
> Sim, é uma ótima lista, apesar do esforço que é acompanhar a
matemática de algumas mensagens..:-) Minha área é mais biologia e
lógica de programação, os aspectos fisico/matemáticos sempre me dão
trabalho..:-) O Universo em Uma Casca de Nóz do Hawkin quase me deixa
doido (mais de 3 leituras e ainda não absorvi tudo..:-)


Hawking é chato... leia o Tio Sagan! Pálido Ponto Azul é
um "must". E é bom você começar a ler o livro prá sua filhinha antes
dela ir dormir. Os meus adoram. Por falar em Hawking: eu tenho o
livro "Uma Breve História do Tempo" dele... acredita que em 14 anos
eu nunca consegui ler de um tiro só? Sempre vai no salteado... não
suporto o jeito como ele conta as histórias do Universo... dá sono.
Por isso é o meu livro de cabeceira há 14 anos. Bastou eu ter
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> Acho que a proposta de "buracos de minhoca" pode ser uma resposta
mais simples e mais viável, poderia ser usada a própria força
gravitacional de estrelas como o Sol. Mas, mesmo assim, acho que só
meus netos ou tataranetos poderão se divertir com isso..:-)


É, o futuro promete ser bom, pelo menos melhor do que isso em que a
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 02:28

Olá, Alberto,

Um material em repouso tem, sim, suas moléculas em vibração permanente, com
energia cinética média dada por 1/2 kT vezes o número de graus de liberdade
por molécula. Se essa energia é transferida para outro corpo ou para o
ambiente depende da temperatura desses últimos. Se o ambiente está mais frio
(suas moléculas se agitam com menor energia, em média), elas receberão
energia das colisões com as moléculas do corpo - e essa energia em trânsito
é o que se chama calor - até estarem em equilíbrio térmico, ou seja, todas à
mesma temperatura, com a mesma energia cinética média. E essas colisões são
perfeitamente elásticas.

Claro que há outras formas de perder essa energia, como radiação, que serão
a forma mais relevante se estivermos em altas temperaturas ou se o corpo
estiver em vácuo (e portanto, não tiver um número suficiente de moléculas do
meio para esfriá-lo). E há outras formas de armazenar energia no corpo que
não a energia cinética das moléculas (por exemplo, o nível de energia
quântico dos elétrons ligados a cada molécula), mas são desprezíveis frente
à vibração, a meu ver.

E eu não disse que um oscilador não pode ter um processo irreversível. O meu
argumento foi que 10^23 osciladores interagentes e aleatórios não podem
realizar um processo reversível, ao menos não em nenhuma condição normal. Se
encontrarem um jeito de fazer isso, não viola a meu ver nenhuma lei física,
pois pra mim a 2a lei da termodinâmica não é uma lei física a rigor, mas
estatística.

O que sua teoria fala sobre o calor e a entropia?

Um abraço,
Eric.

> Introduzir a vibração das engrenagens equivale a introduzir o atrito
> cinético, e a perda de energia para formas degradadas. O calor nada mais é
> que vibração dos átomos dos materiais. E não, nesse caso não é possível
> recuperar essa energia. Quer dizer, possível é, se todos os átomos
> resolvessem num dado momento vibrar em fase e na mesma direção o corpo
> voltaria a andar, mas o número absurdamente alto deles faz com que essa
> probabilidade seja praticamente nula (2a. lei da termodinâmica). É bem
> diferente do caso de um único oscilador, como uma mola. A
> irreversibilidade está ligada aos grandes números envolvidos e à
> aleatoriedade, e não a uma irreversibilidade do processo microscópico.

Tudo isso baseia-se num modelo clássico que ainda fica a nos dever
explicações. Como disse Mário Schenberg (1984): "A lei de crescimento da
entropia não pode ser até agora deduzida nem pela mecânica estatística
clássica, nem pela mecânica estatística quântica. Há, aí, alguma coisa de
fundamental que ainda não compreendemos. Quando uma coisa começa a se
complicar muito, é sinal de que é preciso simplificá-la." [SCHENBERG, M.
(1984), Pensando a Física, Ed. Brasiliense, São Paulo]

Em resumo: Esse problema ainda não foi solucionado. Conheço apenas duas
teorias que *se aproximam* de dar uma resposta a esse questionamento: uma
100% clássica e de minha autoria, e outra 100% relativística e da autoria de
um geólogo francês. Segundo essas duas teorias o calor é bem mais complexo
do que algo a resultar simplesmente da "vibração dos átomos dos materiais".
Mesmo porque, um material em repouso tem suas moléculas em vibração
permanente e não emite calor algum, pois em condições de equilíbrio térmico
as colisões são 100% elásticas. O que diferencia o equilíbrio do
desequilíbrio térmico não me parece ser tão somente algo de natureza
estatística. Existem muitas outras teorias sobre a entropia, mas nenhuma,
além dessas duas, chega a dar a menor pista sobre o porquê do aumento da
entropia, no sentido apontado por Schenberg.

Em nível microscópico, segundo essas duas teorias, um único oscilador
poderia sim trabalhar de maneira irreversível, ou seja, o problema em
hipótese alguma seria eminentemente estatístico. Isso não significaria uma
descaracterização da mecânica estatística, mas serviria tão somente para
mostrar que é possível, sem o recurso da estatística, explicar um fenômeno
frente ao qual tanto a mecânica estatística clássica, quanto mecãnica
quãntica falharam fragorosamente. E até o momento, até prova em contrário,
somente admite explicação ou 100% clássica ou 100% relativística. Durma-se
com um barulho destes. ;-)

[ ]´s
Alberto
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 04:31

----- Original Message -----
From: "Eric Cavalcanti"
Sent: Tuesday, March 18, 2003 2:28 AM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?

Olá Eric

> Claro que há outras formas de perder essa energia, como radiação, que
> serão a forma mais relevante se estivermos em altas temperaturas ou se o
> corpo estiver em vácuo (e portanto, não tiver um número suficiente de
> moléculas do meio para esfriá-lo).

Eu diria que mesmo após a radiação ter sido emitida o segundo princípio
ainda não entrou totalmente em ação, e é possível imaginar situações em que
nem mesmo a entropia do Universo sofra alteração alguma graças a essa
irradiação. É o caso por exemplo de dois sistemas em equilíbrio térmico,
isolados adiabaticamente do restante do Universo e em contato através de uma
superfície permeável a radiações térmicas. Eles trocam energia numa boa, e
isso não difere em nada de uma simples troca reversível de energia luminosa
(luz num sentido amplo). Aliás, a experiência de pensamento relacionada ao
chamado "quase equilíbrio" utiliza-se de trocas de calor que ocorrem em
situações similares (desvios infinitesimais de temperatura entre um meio e o
outro), e prestam-se para a idealização do ciclo reversível de Carnot.

Eu acredito que a irreversibilidade começa a se manifestar pelo
desequilíbrio que se instaura em um meio quando a distribuição de energia
cinética média foge de seu padrão normal, e os choques começam a não ser
exatamente elásticos. E isso acontecerá até que um novo padrão seja
estabelecido, com uma nova distribuição da energia cinética média em outra
temperatura. Perceba que estou tentando evoluir para uma teoria
representacional e sem seguir os argumentos expostos em livros didáticos.
Aceite isso como uma especulação, até que eu consiga justificar porque penso
dessa maneira. De qualquer maneira, o que estou afirmando é que essa
irreversibilidade pode se processar tão somente com um único choque entre
duas moléculas. Ou seja, por essa maneira de pensar a irreversibilidade do
processo (medida pela variação da entropia) seria conseqüente ao efeito
somatório de infinitos processos irreversíveis. O processo não seria
inerentemente estatístico, mas tão somente passível de ser expresso
estatisticamente, assim como podemos falar em média e desvio padrão quando
estudamos processos outros a ocorrerem em uma população.

Foi nesse sentido que eu apresentei o comentário de Schenberg, a respeito da
falácia das teorias vigentes. Todos nós sabemos que é possível expressar a
entropia através de argumentos estatísticos, mas a ciência que desenvolveu
esse processo matemático de estudo não conseguiu deduzir porque essa
estatística funciona, logo trata-se tão somente de mais um algoritmo que dá
certo sem que se saiba "como" e nem "porquê". Sabe-se apenas o "onde" e o
"quando" esse algoritmo irá funcionar. A mecânica quântica tentou evoluir em
direção a esse representacionismo, mas até hoje está a nos dever essa
explicação.

> E há outras formas de armazenar energia no corpo que
> não a energia cinética das moléculas (por exemplo, o nível de energia
> quântico dos elétrons ligados a cada molécula), mas são desprezíveis
> frente à vibração, a meu ver.

Certamente devem ser. Eu apenas fico com um pé atrás em relação a essa
"vibração". Não digo que ela não exista, mas sim que retrate um
confinamento, pois eu não acredito que as moléculas de um gás apresentem
outra energia que não a de translação e de rotação (moléculas complexas,
i.é, diatômicas etc). No caso de um sólido a molécula deve também estar
dotada dessa mesma energia, mas por estar aprisionada no retículo isso acaba
se traduzindo em vibração. Eu não estou querendo ser chato mas apenas chamar
a atenção para essa possibilidade da vibração ser um artefato secundário e a
relacionar-se à estrutura do sólido, e para deixar claro que o fenômeno não
difere *em essência* daquele observado com os gases. Também tenho os meus
motivos para achar que não é essa vibração quem responde pelo espectro do
corpo negro decifrado por Planck, mas esse é um outro assunto que fica para
outra vez, mesmo porque não estou ainda com todas as peças desse
quebra-cabeças (até o momento eu evolui muito pouco as minhas teorias nessa
direção).

> E eu não disse que um oscilador não pode ter um processo irreversível. O
> meu argumento foi que 10^23 osciladores interagentes e aleatórios não
> podem realizar um processo reversível, ao menos não em nenhuma condição
> normal. Se encontrarem um jeito de fazer isso, não viola a meu ver nenhuma
> lei física, pois pra mim a 2a lei da termodinâmica não é uma lei física a
> rigor, mas estatística.

Mas perceba que se a irreversibilidade puder ser justificada em um único
choque, a estatística entra apenas como um dado complementar. Assim como
podemos medir a altura média de uma população e efetuar uma análise
estatística. Ou seja, se a altura média dos brasileiros estiver aumentando
no decorrer dos anos, poderemos descrever isso estatisticamente, mas a
estatística não é em si a causa do aumento da altura. Foi nesse sentido que
afirmei acima que o aumento de entropia não seria inerentemente um processo
estatístico, se bem que isso retrate um valor médio observado em uma
população de moléculas, logo é uma propriedade estatística. Deu para
perceber a diferença do que eu estou pretendendo estabelecer? Eu digo isso
pois os físicos do tempo de Boltzmann e Planck acreditavam que o fenômeno
era de natureza puramente estatística, e ainda hoje aceita-se isso como uma
verdade incontestável. Isso é aprendido no be-a-bá de qualquer livro de
física moderna. Mas... Será que as coisas são realmente assim? Eu creio que
não, e o tempo fala a meu favor. A entropia é coisa da primeira metade do
século XIX e até hoje sequer se suspeita qual seja a sua causa, e as teorias
que estão por aí fracassaram por completo nessa direção. "Quando uma coisa
começa a se complicar muito, é sinal de que é preciso simplificá-la."
(Schenberg)

> O que sua teoria fala sobre o calor e a entropia?

Eu tenho um artigo relativamente curto e que praticamente aborda todos esses
aspectos. Chama-se "Variáveis escondidas e a termodinâmica" e pode ser lido
em http://ecientificocultural.com/Eletron2/termodinamica.htm . Acompanha
também um debate que travei aqui na Ciencialist com o Taborda [Não preciso
dizer que não entramos em acordo :-)].

A outra teoria a que me referi (a relativística) é do francês Jean-Louis
Tane, e um resumo de sua teoria pode ser lido em
http://www.journaloftheoretics.com/Comments/c4-1.pdf . Caso haja interesse
eu poderei localizar os artigos originais, mas eu acho que nesse resumo ele
remete o leitor para os mesmos.

Em novembro de 2002 o Tane me procurou para que eu comentasse a respeito de
um paradoxo que apresentei em junho de 1999 no news sci.physics e
relacionado à primeira lei da termodinâmica. Ele se interessou pelo paradoxo
pois encaixava-se como uma luva na teoria que ele estava desenvolvendo,
então ele me remeteu a seus artigos. Lendo-os percebi alguns pontos em
comum, se bem que as hipóteses básicas fossem totalmente diferentes e até
mesmo divergentes. Relatei isso a ele e convidei a que lesse o meu artigo e
ele concordou plenamente nos seguintes termos: "There is certainly a close
link between the question you have dealt with in your article 'Hidden
variables and Thermodynamics' and that evoked in my articles." (Tane,
08/nov/2002, mensagem em pvt)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
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SUBJECT: Noam Chomsky - Argumentos contra uma guerra no Iraque.
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/03/2003 06:37




Jornal da Ciência (JC E-Mail)
====================================================
Edição 2239 - Notícias de C&T - Serviço da SBPC
====================================================


- Argumentos contra uma guerra no Iraque, artigo de Noam Chomsky

O número de mortes pode chegar a centenas de milhares

Noam Chomsky é escritor e lingüista do Instituto de Tecnologia de
Massachusetts, EUA. Artigo publicado em 'O Globo':

O mais poderoso Estado na História proclamou que pretende controlar o mundo
pela força, dimensão em que reina supremo.

O presidente Bush e seu bando evidentemente acreditam que os meios da
violência em suas mãos são tão extraordinários que eles podem dispensar com
desprezo qualquer um que esteja em seu caminho.

As conseqüências podem ser catastróficas no Iraque e no mundo. Os EUA podem
colher um redemoinho de retaliação terrorista - e aproximar-se da
possibilidade do armagedon nuclear.

Bush, Cheney, Rumsfeld e companhia estão comprometidos com uma 'ambição
imperial', como escreveu John Ikenberry - 'um mundo unipolar no qual os EUA
não têm qualquer adversário à altura' e no qual 'nenhum Estado ou coalizão
possa desafiá-los como líder global, protetor e que age pela força'.

A ambição com certeza inclui uma grande expansão do controle sobre os
recursos do Golfo Pérsico e bases militares para impor uma forma preferida
de ordem na região.

Mesmo antes de o governo começar a bater os tambores de guerra, havia
muitas advertências de que a aventura dos EUA levaria a uma proliferação
das armas de destruição em massa, assim como do terror, por contenção ou
vingança.

Neste momento, Washington está ensinando ao mundo uma lição muito feia e
perigosa: se você quer se defender de nós, é melhor imitar a Coréia do
Norte e apresentar uma ameaça militar crível. Do contrário, vamos
destruí-lo.

Há uma boa razão para crer que a guerra com o Iraque tem a intenção, em
parte, de demonstrar o que vem pela frente quando o império decide dar um
golpe - embora 'guerra' dificilmente seja um termo adequado,
considerando-se o desequilíbrio de forças.

Um fluxo de propaganda adverte que se não pararmos Saddam hoje ele nos
destruirá amanhã.

Em outubro, quando o Congresso deu ao presidente autoridade para ir à
guerra, era para 'defender a segurança nacional dos EUA da contínua ameaça
do Iraque'.

Mas nenhum país na vizinhança do Iraque parece preocupado demais com
Saddam, por mais que o odeiem.

Isso talvez porque os vizinhos sabem que o povo do Iraque vive no limite da
sobrevivência. O Iraque tornou-se um dos Estados mais fracos da região.

Como diz um relatório da Academia Americana de Artes e Ciências, as
despesas de sua economia e suas forças são uma fração das de seus vizinhos,
inclusive o Kuwait, com 10% da população do Iraque.

Saddam se beneficiou do apoio dos EUA na guerra com o Irã e, depois, até o
dia da invasão do Kuwait. Os responsáveis estão de volta ao leme de
Washington hoje.

Reagan e o governo Bush anterior deram ajuda a Saddam, e meios para
desenvolver armas de destruição em massa, quando ele era bem mais perigoso
que agora e já havia cometido seus piores crimes, como matar milhares de
curdos com gás venenoso.

Um fim do regime de Saddam tiraria um fardo terrível do povo iraquiano.

Há bons motivos para acreditar que ele sofreria o destino de Ceausescu e
outros tiranos se a sociedade iraquiana não fosse devastada por sanções que
forçam a população a depender de Saddam para sobreviver enquanto fortalecem
a ele e a sua facção.

Saddam continua sendo uma terrível ameaça para aqueles a seu alcance.

Hoje, seu alcance não se estende além de seus domínios, embora seja
provável que uma agressão dos EUA inspire nova geração de terroristas
inclinados à vingança, e induza o Iraque a ações terroristas que já se
suspeita haver.

No ano passado, uma força-tarefa comandada por Gary Hart e Warren Rudman
preparou um relatório para o Conselho de Relações Exteriores, 'EUA - ainda
despreparados, ainda em perigo'.

Adverte para ataques terroristas que poderiam ser bem piores que o 11 de
Setembro, inclusive com uso de armas de destruição em massa no país,
perigos que se tornam 'mais urgentes com a possibilidade de os EUA irem à
guerra contra o Iraque'.

Neste momento, Saddam tem todos os motivos para manter sob rígido controle
quaisquer armas químicas e biológicas que possa ter.

Ele não as entregaria para os Osamas bin Ladens do mundo, que representam
terrível ameaça para o próprio Saddam, sem falar na reação diante de
qualquer indício de que tal transação poderia ocorrer.

E os falcões do governo entendem que, exceto como último recurso se for
atacado, é altamente improvável que o Iraque use qualquer dessas armar - e
que se arrisque a uma incineração imediata.

Sob ataque, porém, a sociedade iraquiana sofreria um colapso, inclusive do
controle sobre armas de destruição em massa. Estas poderiam ser
privatizadas, e oferecidas ao enorme mercado de armas não convencionais,
onde seriam vendidas com facilidade.

Quanto ao destino do povo do Iraque em guerra, ninguém pode prever com
confiança: nem a CIA, nem Rumsfeld, nem aqueles que dizem ser especialistas
em Iraque, ninguém.

Mas as agências de ajuda internacionais se preparam para o pior. Estudos de
organizações médicas estimam que o número de mortes pode chegar a centenas
de milhares.

Documentos confidenciais da ONU advertem que uma guerra poderia desencadear
'uma emergência humanitária de escala excepcional' - incluindo a
possibilidade de 30% das crianças iraquianas morrerem de subnutrição.

Hoje o governo não parece prestar atenção nas advertências das agências
para as horrendas conseqüências de um ataque.

Os desastres em potencial estão entre os muitos motivos pelos quais seres
humanos decentes não consideram a ameaça do uso de violência, seja em sua
vida pessoal ou em questões internacionais, a não ser que haja motivos com
força decisiva.

E certamente nada remotamente parecido com essa justificativa surgiu.
(O Globo, 16/3)





SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 10:30

Abençoado seja, Eric !!

Taí, esta é uma definição de atrito com que posso concordar ! Só diga antes
que o atrito é a *reação* ao componente tangencial de uma força de contato.
Sem atrito, os corpos deslizam suavemente até que as forças fiquem
perpendiculares à superfície de contato -- o que, no caso de bolas
idealmente rígidas, implica em forças radiais sem componentes que causem
torque.

Na verdade, bastava dar uma olhada na minha enferrujadíssima termodinâmica
(pegando carona na sua discussão com o Alberto) para lembrar que os gases
monoatômicos *não têm* graus de liberdade rotacional na equipartição de
energia. Isso significa que até podem acontecer colisões inelásticas entre
eles, mas a energia rotacional é tão pequena que é desprezível.

Admito a derrota :-))))))))))))

Se bem que qualquer debate de onde se saia sabendo mais física do que quando
se entra não pode ser considerado derrota ;-)

Abraço,
Daniel

PS: Deveríamos tomar um café no Planetário da Gávea para comemorar !



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 11:38

Oi, Daniel,

Só não diria que é reação pois qual é a ação e qual a reação depende do
referencial. No exemplo do bloco indo de encontro ao carrinho que dei noutra
mensagem, no referencial do bloco, o carrinho colidiu com ele, então a força
que ele sente poderia ser chamada de "ação" e a força que ele faz no
carrinho "reação". Mas o carrinho certamente sente da mesma forma... :)

A colisão inelástica é aquela que excita graus de liberdade internos dos
sistemas. Quando estamos falando de colisões atômicas inelásticas, isso
significa ionização, excitação de níveis de energia quânticos, rotação (em
caso de moléculas), etc. Mas colisões atômicas puramente elásticas (que só
mudam os momenta das partículas)podem resultar em colisões macroscópicas
inelásticas, porque não "vemos" a excitação dos graus internos de liberdade.
No fundo, chamar a colisão de elástica ou não depende do grau de acesso às
variáveis internas, e prefiro usar inelástica pra aquelas colisões em que
não medimos todos os graus de liberdade envolvidos, e que podem portanto
"esconder" energia da gente... :)

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>


Abençoado seja, Eric !!

Taí, esta é uma definição de atrito com que posso concordar ! Só diga antes
que o atrito é a *reação* ao componente tangencial de uma força de contato.
Sem atrito, os corpos deslizam suavemente até que as forças fiquem
perpendiculares à superfície de contato -- o que, no caso de bolas
idealmente rígidas, implica em forças radiais sem componentes que causem
torque.

Na verdade, bastava dar uma olhada na minha enferrujadíssima termodinâmica
(pegando carona na sua discussão com o Alberto) para lembrar que os gases
monoatômicos *não têm* graus de liberdade rotacional na equipartição de
energia. Isso significa que até podem acontecer colisões inelásticas entre
eles, mas a energia rotacional é tão pequena que é desprezível.

Admito a derrota :-))))))))))))

Se bem que qualquer debate de onde se saia sabendo mais física do que quando
se entra não pode ser considerado derrota ;-)

Abraço,
Daniel

PS: Deveríamos tomar um café no Planetário da Gávea para comemorar !


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SUBJECT: Fw: [ciencialist] Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 12:53

Acredito que essa mensagem de 16-03-03 passou 'batida' ... eis o motivo do re-envio.
[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 16 de março de 2003 19:06
Assunto: Re: [ciencialist] Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?


Léo, chegando do rancho, vê que 'as bolas continuam deslizando ... e apenas uma rolando', ad hocamente.

Pinçarei alguma linhas da continuidade da discussão:

"[...], a explicação do Léo é consistente."
"E, pelo que posso ver, a única solução compatível com o enunciado é a dada pelo Luiz Ferraz."
"O Luiz Ferraz está correto."
"A solução do Leo é de fato elegante e resolve a questão."

Por enquanto só pincei o óbvio [:-)], mas, continuemos:

"Daniel: Qualquer componente da força tangencial à superfície das bolas é por definição uma força de atrito!"

Essa é uma frase vazia. Componente da força tangencial sobre que eixo? Componente da força tangencial sobre a superfície da bola? É, por definição, uma força de atrito? Que diabo de frase é essa? :-)
Puxa! como vcs gostam de dar 'nomes bonitos' às componentes. Daqui a pouco vão dizer que esse bonito nome dado "força de atrito" é uma força real!

"Seja agora uma carga elética pontual encrustada na superfície da bola. Em seguida, ligamos um campo elétrico paralelo à mesa, mas com orientação diferente daquela do momento linear da bola. Um campo muito intenso, mas de curta duração. A carga elétrica sente o puxão do campo e não tem escolha senão tentar se mover de acordo com a força elétrica, gerando assim um torque, que porá a bola em giro."

E o que é que isso tem a ver com a força de interação entre superfícies secas e as leis empíricas de Coulomb-Morin?
Pq vc não colocou uma cabeça de prego incrustada na bola e aplicou um campo magnético adequado para fazê-la girar? Poderíamos até fazer um motor síncrono com esse projeto!

"O problema é que, segundo entendo, os únicos corpos que não sofrem forças tangenciais são os fluidos... e estávamos tratando aqui de corpos rígidos, daí minha confusão."

Coitada da definição de viscosidade!

"Seja como for, a história toda de atrito ser igualado com força tangencial está me aborrecendo."

Finalmente! Não recordo de que mensagem pincei essa frase ... mas, tem seu fundo de verdade.

Na interação entre superfícies ásperas a força de contato 'não é normal à superfície'. Um dia alguém imaginou que "decompondo essa força de contato" segundo as direções normal e tangencial poderia exprimir empiricamente os efeitos dessas componentes e eis que surgiram as denominações arbitrárias de "força de atrito" e "força normal" (no lugar, do que seria correto: componente tangencial e componente normal, da reação total). E daí prá frente muita gente pensa que existe essa tal de 'força de atrito' segundo a tangente e uma 'força normal' perpendicular à superfície no ponto (ou pequena área plana) de contato.
Se esse 'alguém' tivesse tido a idéia inicial de decompor a reação total de apoio (ou contato) em coordenadas polares hoje teríamos uma "força central de atrito" e um "ângulo de atrito". E talvez Coulomb e Morin jamais tivesse obtido a lei experimental Fat = u.N !

[]'
Léo






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Luiz Ferraz Netto [Léo]
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SUBJECT: Chamemos Força de Atrito
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 13:37

Ois,

A propo das forças de atrito e coeficientes de atrito tenho um trabalho, nivel médio, na página:

www.feiradeciencias.com.br/sala06/06_RE06.asp

Apreciaria uma leitura.

Como escrevi na mensagem re-enviada a tal 'força de atrito' como componente tangencial da reação total de apoio é 'uma boa invenção' ... e funciona. E, dessa boa invenção, surgiram as leis do atrito entre superfícies secas, de Coulomb e Morin.
Todavia, conceitualmente, não é uma força 'real' e sim uma das componentes da reação total de interação, sobre um eixo arbitrariamente escolhido (eixo tangente à superfície de contato). Do mesmo modo, a força 'normal' não é uma força 'real', é apenas a outra componente dessa decomposição que funciona (e, macroscopicamente, bem!).

Sobre as bolas ainda tenho um comentário a fazer:

Toc-Toc-Toc ... é o som produzidos pelos choques das bolas de bilhar; aspecto que foi negligenciado quando considerei a ausência de atritos (e nesse atrito inclui atritos sólidos e fluidos). Deixemos o ar (com seu atrito viscoso) no sistema. Então as bolas farão mesmo Toc-Toc-Toc ... há dissipação de energia mecânica (assim como parcela de conversão em energia térmica).
Trocando as bolas por outras algo maior o som será Tuc-Tuc-Tuc , algo mais graves e trocando por bolas algo menor teremos Tic-Tic-Tic, um som mais agudo. Tais sons, dependentes da massa e geometria são produzidos durante a colisão ... necessariamente há uma deformação/vibração na região do choque. Essas vibrações propagam-se pelo ar e pelo interior da própria bola, onde sofrem refrações e reflexões ao atingirem as fronteiras (interface bola-ar). Tais deformações não são negligenciáveis.

[]'
Léo



SUBJECT: Fw: Ciencia e Ciencias
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 14:02

He he he .... querem participar?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Dep. Anilceia
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: terça-feira, 18 de março de 2003 12:07
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


Qual a diferença entre Ciência e Ciências?


wqcwelber@ibest.com.br

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Ainda o atrito
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 14:17

Olá, Léo,

Respondendo a parte que me toca a mensagem, que achava que já tinha sido
respondida em outras, vou tentar definir mais cuidadosamente o que entendo
por atrito, e vcs vejam se concordam...

Atrito é um nome comum que se dá à componente tangencial à superfície da
força de interação entre superfícies em contato.

Duas superfícies em contato interagem com forças nada triviais, decorrentes
da interação local das moléculas que compõem essas superfícies. Interações
essas que são em última análise de natureza eletromagnética, mas que são
catalogadas, pelas particularidades que permitem distinguir categorias
diferentes de interações, sob diversas denominações, como interações de Van
der Walls, hidrofóbicas, hirofílicas, adesão, etc, que não vem ao caso
entrar em detalhes. (Um livro avançado sobre o assunto é "Intermolecular and
Surface Forces", de Jacob Israelachvili) No fundo, no fundo, toda interação
produz uma força no sentido contrário ao gradiente de energia potencial do
sistema; como são formados esses potenciais é que é a questão complicada.

Muito bem, dada uma força entre duas superfícies, podemos sempre decompô-la
em três direções distintas, e um sistema de coordenadas útil é aquele
formado pela direção normal à superfície e o plano perpendicular a esta.

Se temos um corpo parado sobre uma mesa, por exemplo, teremos uma componente
normal que se iguala ao seu peso, e a componente tangencial é zero. Se
começarmos a tentar deslizar esse corpo, a princípio teremos uma resistência
a esse movimento, de forma que a interação entre as superfícies terá agora
uma componente de mesmo módulo, direção e de sentido oposto à força aplicada
para tentar deslizar o corpo. Para simplificar o argumento daqui em diante,
podemos considerar o problema como bidimensional, as duas dimensões sendo a
normal e a direção de aplicação dessa força tangente à superfície.

Há uma força máxima tangencial que as superfícies podem aguentar sem
deslizamento, que depende de forma não-trivial dos materiais envolvidos, do
"relevo" da superfície, da presença ou não de água ou outros materiais entre
as superfícies, etc. Após atingirmos esse limiar, há o deslizamento e a
força de atrito reduz-se a um valor mais baixo.

Com as superfícies deslizando, microscopicamente haverá uma grande perda de
energia, pois as moléculas vêem esse deslizamento como um verdadeiro
terremoto, que é capaz de causar vibração, rotação (quando possível), enfim,
excitação de estados internos de energia, que são vistos macroscopicamente
como calor, ou seja, como dissipação de energia "organizada" (cinética, no
caso) para formas de energia "desorganizada".

Como já foi dito, a interação entre as superfícies não é nada trivial, mas
para simplificar o argumento, e sem perda de generalidade, vamos imaginar
que por transformações quaisquer, como polimento das superfícies, as
interações entre as moléculas dos materiais fique cada vez mais fraca, de
forma que esse terremoto causado pelo deslizamento produza efeitos
sucessivamente menores. Podemos imaginar, embora seja impraticável, que
chegaremos a um estado em que essa perda de energia pode ser desprezada (não
precisamos ser radicais e reduzir a zero) frente às energias envolvidas no
problema. Nesse caso, chegaremos a uma situação em que não há atrito entre
as superfícies.

O que acontece nesse caso com a força resultante de interação? A componente
normal não será alterada, pois ela se ajusta à necessidade de equilíbrio do
sistema, já que a rigidez dos materiais não permite que eles passem um por
dentro do outro. No exemplo, a força normal continuará sendo igual ao peso,
já que o corpo não tem aceleração vertical.

Mas a força tangencial terá sido reduzida a zero,ou de qualquer forma, será
desprezível, para todos os efeitos macroscópicos.

Portanto, a componente tangencial da força de interação entre duas
superfícies em contato é desprezível quando o atrito entre elas o é. Força
de atrito nada mais é do que a componente tangencial da forças de contato
entre duas superfícies.

Alguém discorda?

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>

"Daniel: Qualquer componente da força tangencial à superfície das bolas é
por definição uma força de atrito!"

Essa é uma frase vazia. Componente da força tangencial sobre que eixo?
Componente da força tangencial sobre a superfície da bola? É, por definição,
uma força de atrito? Que diabo de frase é essa? :-)
Puxa! como vcs gostam de dar 'nomes bonitos' às componentes. Daqui a pouco
vão dizer que esse bonito nome dado "força de atrito" é uma força real!



SUBJECT: Novamente Iraque - Os números e os fatos.
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/03/2003 14:52

Boa tarde a todos.

Estou repassando este e-mail que recebi de outro grupo.
Na iminência desta guerra insana e irracional acredito que estas
informações possam ser úteis para todos.

Atenciosamente:
Lisandro de Souza.


----- Repassado por Cegelec -. Telefonia/SMS-Brasil em 18/03/2003 14:46
-----

"Miguel Cunha
Duarte" Para: humanismosecularpt@yahoogrupos.com.br
<mcduarte2000@yah cc:
oo.co.uk> Assunto: [humanismosecularpt] Novamente Iraque

18/03/2003 14:00
Favor responder a
humanismosecularp
t







Desculpem "massacrar-vos" com este tipo de assunto, mas um Humanista
será sempre anti-guerra (pelo menos quando esta é injustificada) e
por vezes existem informações na Internet que são muito interessantes.

Além disso, um bom Humanista Secular sempre questionará tudo! ;)

PERGUNTAS IMPORTANTES

1. Qual a porcentagem da população dos EUA na população mundial?
Resposta: 6%.

2. Qual a porcentagem do poder economico dos EUA na riqueza mundial?
Resposta: 50%.

3. Qual país tem as maiores reservas de petróleo do mundo?
Resposta: A Arábia Saudita.

4. Qual país tem as segundas maiores reservas de petróleo do mundo?
Resposta: O Iraque.

5. Quanto somam os gastos militares por ano, em todo mundo ?
Resposta: Aproximadamente US$ 900 bilhões.

6. Quanto gastam oS USA , dentro desse total?
Resposta: 43,33% todo mundo OU 390 bilhões de dolares, aprovados pelo
Congresso Nacional.

7. Quantas pessoas foram mortas nas guerras realizadas desde a 2ª
Guerra
Mundial até agora?
Resposta: 86 milhões de pessoas.

8. Na década de 80 apareceram armas quimicas no Iraque, na guerra
contra o Iran e também em 1991, Quem desenvolveu essas armas ?, foram
os iraquianos?
Resposta: Não; as fábricas e a tecnologia foram montadas e fornecidos
pelo governo dos EUA, em associação com a Grã-Bretanha e empresas
particulares daqueles países.

9. O governo dos EUA ou da Grã-Bretanha, condenou o uso de gás pelo
Iraque na guerra contra o Irã, em 1988? Resposta: Não.

10. Quantas pessoas o Governo Saddam Hussein matou usando gás contra
a cidade curda de Halabja em 1988, localizada no norte do Iraque?
Resposta: 5 mil pessoas, todos civis.

11. Quantos governos de países do Ocidente condenaram essa ação ?
Resposta: Nenhum!!

12. Existem provas de ligação entre o Iraque e o ataque de 11de
setembro?
Resposta: Nenhuma.

13. Qual foi o número estimado de mortes de pessoas civis na 1ª
Guerra do
Golfo em 1991?
Resposta: 35 mil.

14. Quantas baixas o exército iraquiano infligiu às tropas ocidentais
durante a 1ª Guerra do Golfo?
Resposta: Insignificantes.

15. Quantos soldados iraquianos em retirada foram enterrados vivos
pelos tanques dos EUA equipados com lâminas de terraplenagem?
Resposta: 6 mil soldados.

16. Quantas toneladas de urânio enriquecido foram utilizados na
munição na 1ª Guerra do Golfo, em 1991?
Resposta: 40 toneladas.

17. Qual foi, segundo a ONU, o aumento dos casos de câncer no Iraque
entre 1991 e 1994?
Resposta: 700 %.

18. O Exército dos EUA destruiu que porcentagem da capacidade militar
do Iraque, na guerra de 1991?
Resposta: 80% das forças armadas iraquianas.

19. O Iraque representou uma ameaça à paz mundial nos últimos dez
anos ou a soberania de algum país?
Resposta: Só ao Kuwait .

20. Quantas mortes de civis o Pentágono prevê no caso de um ataque em
2003?
Resposta: 10 mil. Mas o responsavel pela comissão de direitos humanos
da ONU entregou recente relatorio ao Governo Bush, prevendo 350 mil
civis mortos, um milhão de desalojados, e dois milhões tenderiam a
migrar para outros países.

21. Quantas dessas mortes serão de crianças?
Resposta: Em torno de 50 %.

22. Há quantos anos os EUA realizam ataques aéreos e bombardeios
contra o Iraque?
Resposta: 11 anos. Inclusive usando armas quimicas e biológicas, como
denunciou no Fórum Social Mundial 2003, a Irmã Sherine, da
congregação dos Dominicanos. Relatorios da ONU indicam que foram
utilizados nesse periodo em torno de 9 mil toneladas de explosivos
nos ataques ao Iraque.

23. Qual era a mortalidade infantil no Iraque em 1989?
Resposta: 38 para cada mil nascidos vivos.

24. Qual era a mortalidade infantil estimada em 1999?
Resposta: 131 por mil nascidos vivos, um aumento de 345%.

25. Qual a estimativa de iraquianos mortos entre 1991 até outubro de
1999 devido às sanções da ONU?
Resposta: 1,5 milhão e cerca de 50% eram crianças.

26. Quantas resoluções da ONU contra Israel os EUA vetaram desde
1992?
Resposta: 30.

27. Qual valor da ajuda anual do governo dos EUA para o governo de
Israel ?
Resposta: US$ 5 bilhões, como credito para compra de armas nos
Estados Unidos.

28. Quantos países do mundo possuem armas atômicas?
Resposta: Apenas 8: Estados Unidos, França, Russia, China,
Inglaterra, India, Paquistão e Israel

29. Quantas ogivas nucleares o Iraque possui?
Resposta: Nenhuma.

30. Quantas ogivas nucleares os EUA possuem?
Resposta: Mais de 10 mil.

31. Quantas ogivas nucleares Israel possui?
Resposta: Mais de 400. ( O fisico nuclear Israelense Modechai Vanunu,
que trabalhou nas plantas nucleares e denunciou pela primeira vez ao
mundo na década de 80, foi sequestrado pela policia Israelense na
Italia, conduzido aos tribunais e condenado a 30 anos de prisao,
aonde se encontra até hoje.
Por essa razão recebeu o Premio Nobel alternativo de 1992).

32. Alguma vez Israel permitiu inspeções de armas pela ONU?
Resposta: Não.

33. Qual porcentagem dos territórios palestinos está sob controle de
colônias de judeus implantadas depois de 1991 pelos governos
direitistas de Israel?
Resposta: 42% do territorio Palestino da Cisjordania.

34. A invasão desse territorio por colonos trazidos pelo governo de
Israel está respaladada em alguma convenção internacional?
Resposta: Não. São completamente ilegais, há inclusive resoluções da
ONU para sua devolução. E há forte oposição dos partidos
progressistas de Israel.

----------------------------------------------------------------------

Diante das informações e dados que você acaba de ler...

Qual país, na sua opinião, constitui a maior ameaça à paz mundial?


Um abraço,

Miguel Duarte








SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 15:57

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Tuesday, March 18, 2003 12:53 PM
Subject: Fw: [ciencialist] Re: Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?

> Acredito que essa mensagem de 16-03-03 passou 'batida' ... eis o motivo do
> re-envio.

Olá Léo

Eu achei essa mensagem interessante, mas como peguei o bonde andando (em
17-03-03) e o assunto já corria avançado, eu não quis me intrometer, mesmo
porque nada havia a obstar com respeito a suas considerações. A rigor, o que
me fez por optar pela entrada na discussão foi uma frase do Daniel: "Por
atrito deve-se entender uma força cujo trabalho reduza a energia total do
sistema irreversivelmente (através de calor, som, etc.)." Essa frase soa de
maneira esquisita e sob vários aspectos. Um deles a misturar o fenômeno
atrito com a idealização "força de atrito", e quero crer que você já deu a
entender que "força de atrito" nada mais é senão um artefato útil. Por outro
lado, atrito, segundo os dicionários do leigo, seria a "fricção entre dois
corpos duros ou ásperos, roçando um no outro" (Dicionário Eletrônico
Houaiss). Sob esse aspecto vulgar, o atrito parece corresponder à componente
tangencial do que é estudado em física como força de contato. O outro
aspecto que me chamou a atenção seria aquele a misturar a "força de atrito"
com a irreversibilidade do processo onde podemos caracterizar essa "força",
e essa foi a causa fundamental a me fazer "tomar o bonde andando". Seria
isso sempre verdadeiro? Em outras palavras, poderíamos dizer que a
irreversibilidade observada em fenômenos mecânicos seria sempre acompanhada
de atrito?

Lendo outra das suas mensagens de hoje, captei, dentre outras coisas, o
seguinte: "Toc-Toc-Toc ... é o som produzidos pelos choques das bolas de
bilhar; aspecto que foi negligenciado quando considerei a ausência de
atritos (e nesse atrito inclui atritos sólidos e fluidos)." Com efeito, isso
fecha a questão e completa o quebra-cabeças. Quero crer que esse "toc" é
conseqüente principalmente à componente perpendicular à superfície no ponto
de contato. Ou seja, ele existirá até mesmo em choques frontais, e inclusive
nesses casos o "toc" será de maior intensidade, para uma mesmo módulo nas
velocidades das bolas. E independentemente desse "toc" representar um som ou
uma vibração não propagada (i.é, no vácuo) da superfície das bolas, isso irá
dissipar energia, traduzindo-se na irreversibilidade do processo. Ou seja, a
componente normal da força de contato também responde pela irreversibilidade
do processo. Seria isso um atrito? E se sim, haveria alguma fração dessa
componente normal a ser denominada "força de atrito"? Obviamente, não.
Qualquer outra tentativa a justificar a irreversibilidade sob esse argumento
necessariamente nos obrigaria a aplicação de um zoom imaginário, ou seja,
deveríamos dissecar o processo com lente de aumento, especulando sobre a
natureza microcósmica do choque.

Mas, se não podemos falar neste caso (choque frontal) em componente
tangencial relacionada à irreversibilidade, haveria sentido falarmos em
atrito? Quero crer que sim. O próprio dicionário Houaiss, sob o sub-título
"Rúbrica: física" assim conceitua o atrito: "resistência que se opõe ao
movimento relativo de dois corpos sólidos em contato." Não é essa uma
conceituação livre de críticas, mesmo porque o dicionário é dirigido aos
leigos. Mas perceba que mesmo sob o ponto de vista lingüístico vulgar o
atrito, em física, não é sinônimo de algo a ser gerado pela componente
tangencial das forças.

Quero crer que podemos sempre relacionar o atrito à irreversibilidade de
processos mecânicos, mas sob essa ressalva: a de que atrito não representa
necessariamente algo a ser descrito macroscopicamente através de componentes
tangenciais de forças de contato. E, sem dúvida, é importante que não se
confunda atrito com "força de atrito", e espero ter contribuído para avançar
nessa temática que você, com muita propriedade, abordou.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Fw: Ciencia e Ciencias
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/03/2003 16:47

Ah...

E o que você não pede sorrindo que eu não faço chorando, hum?

Ciência... nome que se dá às tentativas, bem sucedidas ou não de se
conhecer a natureza dos eventos da vida.

Ciências... nome da disciplina do ensino fundamental que estuda a
aplicabilidade da Ciência na vida.

Acho que é só... :))

Beijos, Lígia

*****************************************

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> He he he .... querem participar?
> []'
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: Dep. Anilceia
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: terça-feira, 18 de março de 2003 12:07
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -
>
>
> Qual a diferença entre Ciência e Ciências?
>
>
> wqcwelber@i...
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RES: [ciencialist] Novamente Iraque - Os números e os fatos.
FROM: "Ronaldo Correia Junior" <ronaldocj@superig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 17:07

Corrigindo...

> 2. Qual a porcentagem do poder economico dos EUA na riqueza mundial?
> Resposta: 50%.

25%

> 6. Quanto gastam oS USA , dentro desse total?
> Resposta: 43,33%

Essa porcentagem depende do orçamento militar chinês, que ninguém
conhece.

> 8. Na década de 80 apareceram armas quimicas no Iraque, na
> guerra contra o Iran e também em 1991, Quem desenvolveu essas
> armas ?, foram os iraquianos?
> Resposta: Não; as fábricas e a tecnologia foram montadas e
> fornecidos pelo governo dos EUA, em associação com a
> Grã-Bretanha e empresas particulares daqueles países.

Junto com Alemanha, França e Rússia.

> 10. Quantas pessoas o Governo Saddam Hussein matou usando gás
> contra a cidade curda de Halabja em 1988, localizada no norte
> do Iraque?
> Resposta: 5 mil pessoas, todos civis.

Halabja foi uma batalha entre Iraque e Irã em que ambos usaram armas
químicas e o gás que matou os curdos foi o usado pelos iranianos.


______________________________
Ronaldo Correia Júnior
www.dedosdospes.hpg.ig.com.br
www.truenet.com.br/ronaldo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Novamente Iraque - Os números e os fatos.
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 17:36

Olá pessoal

Já que a guerra é iminente (graças ao "brilhante" e profundamente religioso George Bush) e parece ser uma preocupação de todos, inclusive da lista, este é um link para um artigo de análise da situação publicado no Der Speigel e reproduzido no NYTimes. Vale a pena (em inglês):

The Unfettered Gulliver
http://www.nytimes.com/2003/03/17/international/europe/17SPIEGEL.html

Um abraço.

Homero
----- Original Message -----
From: Ronaldo Correia Junior
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, March 18, 2003 5:07 PM
Subject: RES: [ciencialist] Novamente Iraque - Os números e os fatos.


Corrigindo...

> 2. Qual a porcentagem do poder economico dos EUA na riqueza mundial?
> Resposta: 50%.

25%

> 6. Quanto gastam oS USA , dentro desse total?
> Resposta: 43,33%

Essa porcentagem depende do orçamento militar chinês, que ninguém
conhece.

> 8. Na década de 80 apareceram armas quimicas no Iraque, na
> guerra contra o Iran e também em 1991, Quem desenvolveu essas
> armas ?, foram os iraquianos?
> Resposta: Não; as fábricas e a tecnologia foram montadas e
> fornecidos pelo governo dos EUA, em associação com a
> Grã-Bretanha e empresas particulares daqueles países.

Junto com Alemanha, França e Rússia.

> 10. Quantas pessoas o Governo Saddam Hussein matou usando gás
> contra a cidade curda de Halabja em 1988, localizada no norte
> do Iraque?
> Resposta: 5 mil pessoas, todos civis.

Halabja foi uma batalha entre Iraque e Irã em que ambos usaram armas
químicas e o gás que matou os curdos foi o usado pelos iranianos.


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Ronaldo Correia Júnior
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Transgenicos - Provas dos riscos
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/03/2003 18:42

Caso isso já tenha sido discutido por aqui, me desculpem. Mas
gostaria de saber se as informações abaixo procedem. São provas dos
riscos dos trangênicos que estão circulando pela net.

abraços, Carlos Zardini.



Transgênicos: A Mutação do Consumidor

Mas afinal o que são os transgênicos e quais são estes riscos tão
comentados, mas pouco divulgados. Muito estranhamente, corre a falsa
informação que não existe nada comprovado cientificamente. Muito pelo
contrário, países altamente favoráveis aos transgênicos como
Inglaterra, França e Alemanha, diante das comprovações científicas,
colocaram sérias restrições ao cultivo experimental e comercialização
destes organismos.

As pesquisas com transgenia iniciaram na década de 70 com estudos
sobre a forma como uma bactéria causava tumor em plantas. A bactéria
injeta uma parte de seu código genético que liga-se ao DNA da planta
criando células mutantes. Estas células formam um tumor. As células
mutantes da planta passam a roubar nutrientes e enviar para a
bactéria.

O gene é responsável por uma função particular de um organismo, como
cor do olho, tamanho, resistência ao frio; cada característica de um
organismo é codificada por um gene, portanto podemos tratar o código
genético como a receita de um ser vivo.

Este mecanismo foi copiado, o trecho de DNA de bactéria chamado Ti
(tumor inducing) é usado em biotecnologia para levar os genes de
interesse comercial para o organismo alvo.

O termo transgênico foi utilizado pela primeira vez em 1982, por
Gordon e Ruddle, designando um animal ou planta cujo código genético
sofreu mutação pela adição de um ou mais genes, não importando a
proveniência destes.

O novo ser criado em laboratório tem a composição química alterada,
pois novas proteínas são produzidas devido a modificação genética.
Apesar do organismo modificado ser substancialmente equivalente e ter
a mesma aparência externa, muitas novas substâncias são geradas em
seu interior.

A produção de uma proteína no interior da célula é uma sequência de
reações químicas, envolvendo a decodificação do código genético, a
agregação dos componentes das proteínas e finalmente a criação da
molécula protéica. Nestes passos intermediários é possível surgir
novos produtos químicos, pelas reações entre os componentes
secundários do complexo processo de criação de uma molécula protéica.

Isto explica graves acidentes ocorridos com organismos transgênicos.

Em 1980 a indústria japonesa Showa Denko K.K. usou bactéria
transgênica para produzir triptofano, um amino-ácido usado como
suplemento alimentar. Uma toxina mortal foi produzida devido a
alteração no metabolismo interno do microorganismo. A aceleração do
processo de criação da molécula de triptofano gerou reações entre
substâncias intermediárias criando a toxina mortal. Isto levou a
morte nos EUA, onde o produto foi vendido, de 35 pessoas e mais de
1500 ficaram com problemas físicos permanentes.

Outro grave acidente ocorreu quando a empresa Aventis introduziu, em
1998, um milho modificado para produzir a toxina de uma bactéria.
Usou uma tecnologia conhecida pela sigla "Bt". O milho, chamado
StarLink, foi comercializado mesmo com restrições. Devido a
polinização cruzada e mistura nos armazéns, contaminou em torno de
40% da produção de milho norte-americano. Causou graves reações
alérgicas em seres humanos devido a presença de uma proteína
designada Cry9C. Esta proteína não esta presente em outros milhos com
a tecnologia Bt.

Este milho foi liberado com a restrição de ser usado apenas na
alimentação animal, mas devido a polinização (cruzamento sexual
através do ar) contaminou outras lavouras de milho e na
comercialização era misturado ao milho comum. O milho comum misturado
com o transgênico perdeu o seu valor de mercado, levando os
produtores a grandes prejuízos e vários consumidores a ter reações
alérgicas graves. A rede norte-americana Taco Bell e uma associação
de produtores de milho processou judicialmente a Aventis por este
episódio.

O milho pode fazer o cruzamento sexual através do ar (polinização)
com outra planta de milho a uma distância de até 10 quilômetros,
dependendo do vento. Ou seja, uma lavoura transgênica contamina todas
as plantas naturais em um amplo raio ao seu redor.

"Não existe alternativa científica para um teste toxicológico
rigoroso que garanta segurança alimentar para alimentos geneticamente
modificados", afirmam os cientistas do Institute of Science in
Society.

Um dos grandes impedimentos das mutações induzidas é o silenciamento
genético. Os genes inseridos são impedidos de manifestarem-se através
de um mecanismo de proteção chamado barreira entre espécies. Este
mecanismo existe para impedir que o código genético do alimento ou de
microorganismos possa alterar a composição genética de um ser vivo.
Imaginem algumas de nossas células cruzando com o DNA da alface de
nosso lanche ou com o fungo de uma micose. Este cruzamento não ocorre
devido a esta barreira criada ao longo de milhões de anos.

Para romper a barreira entre espécies um conjunto de genes é inserido
na planta transgênica junto com o gene de interesse comercial.
Especialmente do código genético de um organismo que ataca as nossas
células injetando o código genético dele, o vírus. Os alimentos
transgênicos não possuem "um gene inserido", o correto é
dizer "vários genes de diferentes organismos inserido".

Um dos trechos amplamente usado é o CaMV35S, de um vírus que tem
semelhança genética com o vírus do HIV, Leucemia Humana e Hepatite B.
Atua como promotor de expressão genética, obrigando o gene de
interesse comercial a trabalhar intensamente. Este trecho, por estar
presente em praticamente todos os transgênicos, é usado como marcador
em analise de transgenia em alimentos.

Em 1997, a equipe do cientista alemão Doerfler demonstrou que este
trecho de DNA de vírus, o CaMV35S, passa pela barreira intestinal,
entra na corrente sanguínea e liga-se ao código genético de algumas
células do consumidor.

Este comportamento foi observado apenas em alimentos transgênicos
devido a presença de trechos especiais de DNA geneticamente instável,
não encontrado em alimentos naturais. Alguns cientistas têm apontado
que o gene promotor derivado do vírus CaMV pode constituir-se em
perigo para a saúde, possivelmente perigo de câncer.

Cientistas ligados os PSRAST (Médicos e Cientistas para o uso
Responsável da Ciência e Tecnologia) - www.psrast.org -
afirmam: "como este DNA viral pode terminar em nossas células, não
podemos considerar sensato aprovar tal comida sem descobrir se é
seguro ingerir uma quantidade tão grande deste gene de vírus, como
ocorre quando comemos alimentos transgênicos."

O Institute of Science in Society - www.i-sis.org.uk - criou um
manifesto em repudio à liberação dos transgênicos e pela defesa da
agricultura orgânica sustentável que conta com a assinatura de 567
cientistas de 69 diferentes países.

Podemos entender agora, com estas informações, a razão pelo repudio
tão grande aos alimentos modificados geneticamente e a sua proibição
ou fortes restrições aplicados em inúmeros países como China, Rússia,
Japão e União Européia.

Podemos entender também a razão da rotulagem, exigido na Europa, da
carne do animal que comeu transgênico. O código genético do alimento
transgênico é encontrado nos músculos e órgãos internos do animal
alimentado com ração geneticamente modificada.

Afinal, com tanta oposição qual a razão de investir tanto na
tentativa de liberação destes alimentos, mesmo sem testes de
segurança alimentar?

A planta transgênica é considerada um organismo artificial. Por ser
criada por um empresa pode ser patenteada. Para plantar um organismo
patenteado o agricultor deve pagar o preço da semente e mais uma taxa
pelo uso da tecnologia. Devido a contaminação das espécies naturais
com os genes dos transgênicos, através da polinização, as plantas
naturais contaminadas tornam-se organismos cobertos por uma patente e
o agricultor sujeito a ser processado pelo uso da tecnologia.

Mentira enorme essa de aumento de produção, mais nutritivos ou
redução do uso de venenos. O objetivo é dominar todos os agricultores
do mundo através da patente das plantas cultivadas como o arroz,
feijão, trigo, batata. Iniciaram pelas quatro plantas mais cultivadas
em todo o mundo: milho, soja, batata e algodão.

A introdução dos transgênicos no Brasil significaria um lucro
estimado em bilhões para estas empresas multinacionais. Enquanto esta
liberação não acontece, a produção de soja e milho não transgênico
coloca o Brasil em grande vantagem no mercado internacional,
conseguindo até mesmo incentivos e preços maiores para o nosso
produto. O lucro, por enquanto, está ficando com os agricultores
brasileiros.




SUBJECT: Re: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 19:59

Olá, Alberto,

Esta discussão, que me parecia boba, está levando a lugares interessantes...
:) Vamos lá...

Realmente, a produção de som nas bolas é uma forma de dissipação de energia
nas colisões. Em última análise, é a vibração das moléculas da bola, que se
propaga pelo ar. O som só existe com ar, mas a vibração e a consequente
perda de energia pode acontecer mesmo no vácuo. Porém, não podemos descrever
essa dissipação como atrito.

Lembrando do exemplo que dei numa mensagem anterior, se formos de alguma
forma gradativamente reduzindo o atrito entre as superfícies, até este ser
desprezível, nada acontecerá com essa forma de dissipação. Esse argumento
por si só descorrelaciona essa dissipação com o atrito.

Além disso, essa dissipação não acontece devido a uma tendência de movimento
relativo entre as superfícies, que é a definição de atrito. Ela acontece
mesmo apenas com a componente normal da interação.

Mas de fato, é uma forma de dissipação que foi negligenciada anteriormente
na resolução do problema das bolas. De qualquer maneira, essa dissipação
apenas reduzirá o momento linear das bolas, mas em nada alterará o momento
angular, (já que, sob a hipótese da falta de atrito, não há torque) de forma
que, nessa situação ideal terminaremos com as bolas todas paradas, ou quase
paradas, e apenas uma rodando no mesmo lugar, e ainda mais facilmente
identificável... :) Curioso aonde essas coisas podem nos levar, hem?

Sobre a questão da irreversibilidade, este é um exemplo em que temos
irreversibilidade sem atrito, mas enfim, não há nada que diga que só pode
haver irreversibilidade com atrito. Como já defendi antes, a
irreversibilidade se dá quando é muito pouco provável que o sistema volte ao
seu estado inicial, o que pode acontecer de várias formas... Para sustentar
essa afirmação com um exemplo, a expansão livre de um gás é irreversível,
mas não envolve nenhum tipo de atrito.

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>

O outro aspecto que me chamou a atenção seria aquele a misturar a "força de
atrito"
com a irreversibilidade do processo onde podemos caracterizar essa "força",
e essa foi a causa fundamental a me fazer "tomar o bonde andando". Seria
isso sempre verdadeiro? Em outras palavras, poderíamos dizer que a
irreversibilidade observada em fenômenos mecânicos seria sempre acompanhada
de atrito?

Lendo outra das suas mensagens de hoje, captei, dentre outras coisas, o
seguinte: "Toc-Toc-Toc ... é o som produzidos pelos choques das bolas de
bilhar; aspecto que foi negligenciado quando considerei a ausência de
atritos (e nesse atrito inclui atritos sólidos e fluidos)." Com efeito, isso
fecha a questão e completa o quebra-cabeças. Quero crer que esse "toc" é
conseqüente principalmente à componente perpendicular à superfície no ponto
de contato. Ou seja, ele existirá até mesmo em choques frontais, e inclusive
nesses casos o "toc" será de maior intensidade, para uma mesmo módulo nas
velocidades das bolas. E independentemente desse "toc" representar um som ou
uma vibração não propagada (i.é, no vácuo) da superfície das bolas, isso irá
dissipar energia, traduzindo-se na irreversibilidade do processo. Ou seja, a
componente normal da força de contato também responde pela irreversibilidade
do processo. Seria isso um atrito? E se sim, haveria alguma fração dessa
componente normal a ser denominada "força de atrito"? Obviamente, não.
Qualquer outra tentativa a justificar a irreversibilidade sob esse argumento
necessariamente nos obrigaria a aplicação de um zoom imaginário, ou seja,
deveríamos dissecar o processo com lente de aumento, especulando sobre a
natureza microcósmica do choque.

Mas, se não podemos falar neste caso (choque frontal) em componente
tangencial relacionada à irreversibilidade, haveria sentido falarmos em
atrito? Quero crer que sim. O próprio dicionário Houaiss, sob o sub-título
"Rúbrica: física" assim conceitua o atrito: "resistência que se opõe ao
movimento relativo de dois corpos sólidos em contato." Não é essa uma
conceituação livre de críticas, mesmo porque o dicionário é dirigido aos
leigos. Mas perceba que mesmo sob o ponto de vista lingüístico vulgar o
atrito, em física, não é sinônimo de algo a ser gerado pela componente
tangencial das forças.

Quero crer que podemos sempre relacionar o atrito à irreversibilidade de
processos mecânicos, mas sob essa ressalva: a de que atrito não representa
necessariamente algo a ser descrito macroscopicamente através de componentes
tangenciais de forças de contato. E, sem dúvida, é importante que não se
confunda atrito com "força de atrito", e espero ter contribuído para avançar
nessa temática que você, com muita propriedade, abordou.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 20:07

Hmmm.... Acho que falei uma besteira... Deixa eu me corrigir a tempo... Acho
que, a rigor, a expansão livre é reversível, pois basta vc ter um êmbolo e
empurrar de volta... Ai, minha termodinâmica! :)

Bom, pra não ficar sem exemplo, a transferência de calor de um corpo mais
quente pra um mais frio, até atingirem o equilíbrio térmico é, com certeza,
irreversível, e não envolve, sem dúvida alguma, qualquer forma de atrito.
Pronto!

Um abraço,
Eric.


----- Original Message -----
From: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, March 18, 2003 7:59 PM
Subject: [ciencialist] Re: Poderia me ajudar em uma dúvida?


Olá, Alberto,

Esta discussão, que me parecia boba, está levando a lugares interessantes...
:) Vamos lá...

Realmente, a produção de som nas bolas é uma forma de dissipação de energia
nas colisões. Em última análise, é a vibração das moléculas da bola, que se
propaga pelo ar. O som só existe com ar, mas a vibração e a consequente
perda de energia pode acontecer mesmo no vácuo. Porém, não podemos descrever
essa dissipação como atrito.

Lembrando do exemplo que dei numa mensagem anterior, se formos de alguma
forma gradativamente reduzindo o atrito entre as superfícies, até este ser
desprezível, nada acontecerá com essa forma de dissipação. Esse argumento
por si só descorrelaciona essa dissipação com o atrito.

Além disso, essa dissipação não acontece devido a uma tendência de movimento
relativo entre as superfícies, que é a definição de atrito. Ela acontece
mesmo apenas com a componente normal da interação.

Mas de fato, é uma forma de dissipação que foi negligenciada anteriormente
na resolução do problema das bolas. De qualquer maneira, essa dissipação
apenas reduzirá o momento linear das bolas, mas em nada alterará o momento
angular, (já que, sob a hipótese da falta de atrito, não há torque) de forma
que, nessa situação ideal terminaremos com as bolas todas paradas, ou quase
paradas, e apenas uma rodando no mesmo lugar, e ainda mais facilmente
identificável... :) Curioso aonde essas coisas podem nos levar, hem?

Sobre a questão da irreversibilidade, este é um exemplo em que temos
irreversibilidade sem atrito, mas enfim, não há nada que diga que só pode
haver irreversibilidade com atrito. Como já defendi antes, a
irreversibilidade se dá quando é muito pouco provável que o sistema volte ao
seu estado inicial, o que pode acontecer de várias formas... Para sustentar
essa afirmação com um exemplo, a expansão livre de um gás é irreversível,
mas não envolve nenhum tipo de atrito.

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>

O outro aspecto que me chamou a atenção seria aquele a misturar a "força de
atrito"
com a irreversibilidade do processo onde podemos caracterizar essa "força",
e essa foi a causa fundamental a me fazer "tomar o bonde andando". Seria
isso sempre verdadeiro? Em outras palavras, poderíamos dizer que a
irreversibilidade observada em fenômenos mecânicos seria sempre acompanhada
de atrito?

Lendo outra das suas mensagens de hoje, captei, dentre outras coisas, o
seguinte: "Toc-Toc-Toc ... é o som produzidos pelos choques das bolas de
bilhar; aspecto que foi negligenciado quando considerei a ausência de
atritos (e nesse atrito inclui atritos sólidos e fluidos)." Com efeito, isso
fecha a questão e completa o quebra-cabeças. Quero crer que esse "toc" é
conseqüente principalmente à componente perpendicular à superfície no ponto
de contato. Ou seja, ele existirá até mesmo em choques frontais, e inclusive
nesses casos o "toc" será de maior intensidade, para uma mesmo módulo nas
velocidades das bolas. E independentemente desse "toc" representar um som ou
uma vibração não propagada (i.é, no vácuo) da superfície das bolas, isso irá
dissipar energia, traduzindo-se na irreversibilidade do processo. Ou seja, a
componente normal da força de contato também responde pela irreversibilidade
do processo. Seria isso um atrito? E se sim, haveria alguma fração dessa
componente normal a ser denominada "força de atrito"? Obviamente, não.
Qualquer outra tentativa a justificar a irreversibilidade sob esse argumento
necessariamente nos obrigaria a aplicação de um zoom imaginário, ou seja,
deveríamos dissecar o processo com lente de aumento, especulando sobre a
natureza microcósmica do choque.

Mas, se não podemos falar neste caso (choque frontal) em componente
tangencial relacionada à irreversibilidade, haveria sentido falarmos em
atrito? Quero crer que sim. O próprio dicionário Houaiss, sob o sub-título
"Rúbrica: física" assim conceitua o atrito: "resistência que se opõe ao
movimento relativo de dois corpos sólidos em contato." Não é essa uma
conceituação livre de críticas, mesmo porque o dicionário é dirigido aos
leigos. Mas perceba que mesmo sob o ponto de vista lingüístico vulgar o
atrito, em física, não é sinônimo de algo a ser gerado pela componente
tangencial das forças.

Quero crer que podemos sempre relacionar o atrito à irreversibilidade de
processos mecânicos, mas sob essa ressalva: a de que atrito não representa
necessariamente algo a ser descrito macroscopicamente através de componentes
tangenciais de forças de contato. E, sem dúvida, é importante que não se
confunda atrito com "força de atrito", e espero ter contribuído para avançar
nessa temática que você, com muita propriedade, abordou.

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SUBJECT: Fw: Quantidade de movimento - Ligia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 20:14

Oi Lígia, quer cuidar da resposta para esse consulente, para mim? Estou entupido de perguntas!
agradeço,
Léo

======================
-----Mensagem Original-----
De: Carlos Roberto Castro
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: terça-feira, 18 de março de 2003 18:11
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -quantidade de movimento


Carlos Roberto De Oliveira Castro
e-mail: carlos.castro@tesis.com.br e carlos_castro@terra.com.br e carloscastro75@hotmail.com
escolaridade:universitário


Imagine um equipamento que possua um braço metálico (como uma régua) e o mesmo (o braço) gire descrevendo um círculo - movimento circular (como um catavento ou ventilador) , tendo velocidade constante, rotacionado por um motor elétrico. No círculo que o mesmo descreve, se colocarmos um objeto para se chocar com o braço ocorrerá a conservação da quantidade de movimento ?

Sei que se um corpo ganha quantidade de movimento, o outro no choque deve perder, se no caso o mesmo continua com a mesma quantidade (devido a uma força externa - motor elétrico), podemos dizer que ocorreu a conservação?como ficaria a expressão matemática para esse caso (antes do choque e depois do choque)?

Se aumentarmos a massa do braço - por exemplo 10 vezes mais - o mesmo objeto que se chocar com o novo braço irá ganhar um acréscimo na quantidade de movimento? pois um amigo meu me disse que provaria por se tratar de um motor elétrico que o importante nesse caso seria apenas a velocidade, mas eu falei que a velocidade do braço não se alterou devido a aplicação da força externa do motor e disse também que a mesma deveria ser maior devido a massa do braço, logo, ocorreu sim troca de quantidade de movimento, porém a mesma não foi verificada devido ao motor, estou certo?



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Caatingas
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 20:17

Minha praia tem coqueiros, onde canta o sabiá ... mas não tem caatingas! Cadê O R. Takata? Cadê os caatingueiros?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Guilherme Pontes
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: terça-feira, 18 de março de 2003 19:54
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


Ola,
estou com uma quetão aki e não consigo resolver, por favor gostaria q me respondesse ateh segunda feira, a questão eh a seguinte:

*- Compare as temperaturas medias da Amazonia com as da caatinga e tente explicar por que a vegetação da caatinga nãp é tão exuberante quanto a da Amazonia.*

Professor, por favor aguardo uma resposta sua!
Antecipadamente agradecimentos,

GUILHERME PONTES

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Ciência da guerra
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 20:32

O mundo assiste impotente a declaração guerra dos EUA e Inglaterra ao Iraque. O Conselho de Segurança da ONU aceita as ameaças e o ultimato desses seus dois integrantes e retira "prudentemente" os inspetores de Bagdá, deixando incompleta a missão para a qual foi designada pela cúpula das nações, através da Resolução n°1441. A farsa diplomática não atende mais aos donos do poder. A ONU não está mais "fazendo o seu trabalho", conforme declaração de Bush. Traduzindo: não está mais fazendo o que os EUA desejam. Ao perceber que não teriam maioria "moral" no CS desistiram de levar a votação uma nova resolução que permitisse o ataque ao Iraque sob a justificativa de desarmá-lo, evitando assim um possível ataque por parte do "eixo do mal". Criou-se o espaçoso conceito de "guerra preventiva". Os representantes na ONU lavam as mãos e quedam-se em um imobilismo covarde e conivente. Ninguém, nenhum dos mais de 'trocentos' países, apresenta uma resolução para impedir que os EUA ataquem o Iraque, ou qualquer outra nação, sem a aprovação da cúpula das nações. Afinal, foi para isso que as Nações Unidas foi criada: mediar os conflitos internacionais de comum acordo.


Enquanto isso, a mídia global prepara-se, excitada, para transmitir os 'melhores lances' da guerra anunciada. Nessa preparação, observamos nas principais notícias um contorcionismo especial no uso das palavras por parte dos formadores de opinião. Lemos nos principais meios de comunicação, que: o encontro de cúpula não é mais realizada com a participação das nações da ONU e sim, entre apenas três delas: EUA, Inglaterra e Espanha; que 'aliados' são os isolados países que apóiam a guerra e não a maioria dos países que se une em oposição à essa perigosa aventura do presidente Bush, seus sócios e seu fiel escudeiro Blair; que a pacifista americana foi atropelada e não assassinada pelo operador da escavadeira, conforme "garantiu Exército de Israel", apesar de ter - segundo diversos depoimentos - perfeita visão da jovem em sua trajetória e ter passado novamente sobre o corpo da manifestante ao manobrar em marcha-à-ré; que os "aliados" Bush e Blair estão preocupados, agora, em resolver o conflito entre israelenses e palestinos; que os israelenses invadem com tanques e helicópteros bairros em território palestino - os quais já deveriam ter sido devolvidos, conforme inúmeras e repetitivas resoluções da ONU, todas ignoradas pelo governo de Israel - destroem casas de 'inimigos terroristas' e os 'matam' junto com mulheres e crianças, que 'infelizmente' não atenderam a orientação de sair, dada pelo porta-voz dos atacantes - enquanto os solitários palestinos suicidas, usando armas manuais ou bombas 'assassinam' os israelenses...

Com nossa imobilidade estamos alimentando as bestas visualizadas no livro do Apocalipse.



José Renato M. de Almeida
Salvador - Bahia



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 20:36

Olá Alberto..:-)

Eu comecei a escrever uma resposta curta, de brincadeira, para dizer que não sou um "cético de carteirinha", apesar de ser acusado disso as vezes, pela Vera e pela Ligia..:-) Mas, devido a minha prolixidade, acabou ficando enorme e quase uma cronica sobre o ceticismo...
Em todo caso, se quiser ler e criticar, será bem recebido (sempre acho interessante trocar idéias..:-)

Um abraço.

Homero

_________________________________________________________________

Ceticismo básico.

Não, não sou "cético-de-carteirinha"..:-) Os de "carteirinha", qualquer que ela seja, trazem sempre o aspecto fanático e um componente pejorativo para quem está de fora. Ser corintiano "de carteirinha" ou palmeirense, ou catolico, ou budista, ou mesmo democrata, comunista ou liberal de carteirinha sempre é perigoso, presume que se escolhe uma opção, uma conclusão ou uma afirmação, não pela razão e raciocínio, mas por afinidade ou teimosia. Não preciso pensar sobre isso, tenho minha carteirinha para me guiar..:-)

Mas, o problema com o ceticismo é que, uma vez aprendido e usado para analisar afirmações e o universo físico que nos cerca, fica difícil abandona-lo.. Sua alta eficiência (mesmo que não chege à 100% de certeza como as crenças em geral..:-) é viciante e a partir desse hábito, toda vez que se escuta uma afirmação, algo no fundo da mente diz "se...então..." e não dá para parar de pensar..:-)

Cientificismo ingenuo pode, claro, ser catalogado como "de carteirinha", mas não me enquadro nele também..:-) O que costuma acontecer é eu ser acusado de ter a "mente fechada" por não aceitar afirmações sem usar o "se... então.." padrão do ceticismo, principalmente em afirmações sem evidencias claras..:-)

Penso que o problema está na avaliação de afirmações sem evidencias claras. Parecem ser de 3 tipos:

1 - Uma afirmação sem possibilidade de teste ou comprovação como "uma singularidade aleatória causou o desequilibrio inicializador do Big Bang" ou sua contrapartido filosofica "Deus, entediado com a eterniadade sem nada pra fazer, causou uma singularidade que iniciou o Big Bang". Nenhuma das duas é testável e podem ser deixadas de lado sem muito problema, para futuras (se for possível..:-) analises.

2 - Afirmações bem construidas mas tão recentes ou inovadoras que ainda não se levantou evidencias suficientes para serem aceitas ou não se tem o desenvolvimento da técnica necessário para valida-las. O exemplo mais comum (e mais usado nos ataques..:-) é "mas Galileu também foi ignorado e..." mas eu gosto mais da Teoria das Deriva dos Continentes. Quando foi proposta, a Teoria da Deriva era muito radical, muito inovadora e muito estranha para a época, e não tinha mais que alguns pontos para embasa-la (o encaixe quase perfeito das costas africanas e brasileiras, fosseis de animais identicos nas duas margens). Ela não foi aceita de imediato e alguns "céticos-de-carteirinha" e religiosos em geral até disseram que era bobagem, loucura pura (imagine, continentes viajando de um lado para o outro, absurdo..:-) Mas, com o tempo e novos desenvolvimentos tecnologicos as evidencias se avolumaram e as previsões que ela fazia se cumpriram (ela previa que uma falha poderia ser encontrada nas bordas das placas, em especial no fundo do oceano atlantico e isso foi descoberto com o desenvolvimento do sonar).

3 - Afirmações que, apesar de muito tempo em teste, diversos estudos, decadas de trabalhos, milhares de defensores e de testemunhos, ainda assim não apresentam evidencias claras ou relevantes. Isso inclui homeopatia, telepatia, ETs abduzindo gente, demonios possuindo pessoas, fadas e duendes, OBE (Out of Body Experience) e muitas outras.

O que acontece é que, usando as duas primeiras, se tenta validar a terceira..:-) Não pode explicar o Big Bang? Então, como pode dizer que duendes/mediuns/demonios/ets não existem? Não é verdade que a Teoria da Deriva ficou decadas sem ser aceita? Então, minha nova teoria sobre ETs também, vai se arrepender de não ter acreditado nela.

Mas isso não é relevante (apesar de seu aviso nào resito, esta é uma falacia "non sequitur"..:-). Junto à Teoria da Deriva, dezenas de outras teorias foram propostas e foram descartadas. Na mesma época, a Teoria da Terra Oca era muito popular, mas se mostrou completamente erronea. Assim, ser cuidadoso com novas e impactantes teorias é bom ceticismo, não ceticismo de carteirinha..:-) Assim como não explicar o Big Bang ou qualquer outro misterio ainda vigente nos dias de hoje, não justifica a crença em uma afirmação que, depois de décadas de estudo continuo, ainda não apresentam mais que os depoimentos dos que a defendem. Esse é, alias, um engano comum, achar que a refutação de um argumento torna, automaticamente, o argumento antagonico verdadeiro. Dois argumentos antagonicos não podem ser corretos ao mesmo tempo, mas podem ser ambos incorretos (a afirmação "A Terra é um disco chato e flutua em um oceano infinito (grego)" e seu antagonico "A Terra é uma semi-esfera que se apoia sobre elefantes que por sua vez se apoiam no casco de uma gigantesca tartaruga (indu)" estão os dois incorretos..:-)

Claro que não tenho conhecimento suficiente para analisar e refutar (ou aceitar) todas as teorias que surgem. Ninguem tem. Assim tenho de levar em conta a manifestação de especialistas (não autoridades..:-) em determinada matéria. Uma nova teoria sobre a fisica de particulas? Não sei, não compreendo bem nem a atual. Mas sei que as previsões da atual, suas evidencias e seus resultados são bons e relevantes. Então, devo esperar que outros especialistas em fisica de particulas analisem a nova teoria. Se for eficiente (mais que a atual), se suas previsões se confirmarem, ela será aceita e será não só publicada em revistas cientificas como se tornará a fisica oficial e não mais a teoria alternativa. É o "se... então..." aplicado com método..:-)

SE as leis da termodinamica são verdadeiras, ENTÃO um motor que queime combustivel fóssil ou organico pode mover um veiculo automotor, o processador de meu computador terá de usar um cooler para resfria-lo e as correntes de convecção marinhas e atmosféricas interferem no clima e poderemos preve-lo com mais precisão. SE a lei da gravitação universal de Newton está correta ENTÃO a órbita de Saturno deve ser esta exatamente, e se não é exatamente assim, ENTÃO deve haver um outro planeta além da órbita de Saturno, com uma óbita assim determinada, etc. Se desenvolvermos um telescopio mais potente e apontarmos para este ponto preciso no espaço em uma data e hora precisa, poderemos ver o novo planeta. E a cada medida mais precisa, novos planetas podem ser previstos sem que precisemos realmente "ve-los".

SE a telepatia funciona ENTÃO... O problema é que para essa terceira categoria de afirmações as evidencias se recusam a aparecer e os ENTÃO não se concretizam. A Astrologia tem 3000 anos e nunca conseguiu produzir previsões que saissem da categoria de probabilidade natural. Se tomarmos as previsões de ano novo de cada astrologo veremos que são tão boas quanto as minhas, acertando e errando de acordo com o que seria de se esperar se fosse apenas chute (ou uma nalise de possibilidade, baseada em informações acumuladas diariamente). Além disso as previsões de cada astrologo são conflitantes entre sí..:-)

Não posso parar de pensar, nem porque a afirmação me é agradável ou porque eu gostaria que fosse verdade, nem porque gosto da pessoa que a faz ou a respeito ou a admiro. Não tenho escolha, sou viciado em pensar..:-)

Um abraço.

Homero






----- Original Message -----
From: Alberto Mesquita Filho
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, March 18, 2003 1:28 AM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?


----- Original Message -----
From: "Oraculo"
Sent: Tuesday, March 18, 2003 12:33 AM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?

> Por favor, não vamos brigar por causa do meu nick..:-)

Prezado Oráculo ou Homero

Sem problemas, eu estava só brincando com o Léo e com o Niels Bohr, quero
dizer, o Daniel Bohr. ;-)

> É um nick muito antigo, do tempo das BBs (Mandic),

Putz, isso provavelmente foi antes de 1997! Nessa época eu também estava na
mandic, mas escrevia muito pouco.

> que eu já me acostumei, por isso fica no
> email. Mas pode usar o nome real, Homero, sem problema. E de qualquer
> modo, este Oraculo não tem nada de divinatorio, é ateu, agnóstico, cético
> e adepto do método científico na compreensão do mundo..:-)

Não sendo "cético de carteirinha", tudo bem. Agora, se você pertencer àquela
turminha "chata de galocha" com os seus "ad hominens" e outras tranqueiras
latinas, nós iremos brigar "per omnia saecula saeculorum". ;-)) Contra um
pseudo-cético nada melhor que um bom anti-séptico. ;-) Pseudo-ceticismos à
parte, eu me reuno quinzenalmente com um grupo cético da pesada, onde eu sou
o único não filósofo. Esses sim, sabem de fato o que é um ceticismo não
deturpado por cientificistas ingênuos.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Transgenicos - Provas dos riscos
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 20:49

Caro Carlos Zardini, o texto apresentado foi veiculado no boletim do Relatório Alfa, aquele que divulga o que não querem que vc saiba, com a seguinte introdução e apresentação do autor do texto, Engo. Ventura Barbeiro:

"O governo brasileiro deve decidir sobre a liberação da soja transgênica cultivada no Rio Grande do Sul ilegalmente, através de contrabando das sementes da Monsanto. Ou proíbe punindo alguns poucos agricultores, ou libera colocando toda a população brasileira sob o risco dos transgênicos."

por Ventura Barbeiro < venturasbarbeiro@ig.com.br >
O autor é engenheiro agrônomo, formado pela ESALQ-USP em 1990, já publicou vários artigos sobre o tema Transgênicos e esteve no Monsanto Life Science Center, em S. Lois (EUA), em 1991, onde conheceu a soja Roundup Ready em laboratório, 3 anos antes de ser liberada no meio ambiente, primeiro em Porto Rico, depois dos Estados Unidos.


Esses dados tornam dão ao texto cara, autoria e qualificação, além de fazer parte integrante do mesmo.

Abraços.

José Renato

* As idéias não têm dono, mas têm autoria.
________________________________

----- Original Message -----
From: Carlos Zardini
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, March 18, 2003 6:42 PM
Subject: [ciencialist] Transgenicos - Provas dos riscos


Caso isso já tenha sido discutido por aqui, me desculpem. Mas
gostaria de saber se as informações abaixo procedem. São provas dos
riscos dos trangênicos que estão circulando pela net.

abraços, Carlos Zardini.



Transgênicos: A Mutação do Consumidor

Mas afinal o que são os transgênicos e quais são estes riscos tão
comentados, mas pouco divulgados. Muito estranhamente, corre a falsa
informação que não existe nada comprovado cientificamente. Muito pelo
contrário, países altamente favoráveis aos transgênicos como
Inglaterra, França e Alemanha, diante das comprovações científicas,
colocaram sérias restrições ao cultivo experimental e comercialização
destes organismos.

As pesquisas com transgenia iniciaram na década de 70 com estudos
sobre a forma como uma bactéria causava tumor em plantas. A bactéria
injeta uma parte de seu código genético que liga-se ao DNA da planta
criando células mutantes. Estas células formam um tumor. As células
mutantes da planta passam a roubar nutrientes e enviar para a
bactéria.

O gene é responsável por uma função particular de um organismo, como
cor do olho, tamanho, resistência ao frio; cada característica de um
organismo é codificada por um gene, portanto podemos tratar o código
genético como a receita de um ser vivo.

Este mecanismo foi copiado, o trecho de DNA de bactéria chamado Ti
(tumor inducing) é usado em biotecnologia para levar os genes de
interesse comercial para o organismo alvo.

O termo transgênico foi utilizado pela primeira vez em 1982, por
Gordon e Ruddle, designando um animal ou planta cujo código genético
sofreu mutação pela adição de um ou mais genes, não importando a
proveniência destes.

O novo ser criado em laboratório tem a composição química alterada,
pois novas proteínas são produzidas devido a modificação genética.
Apesar do organismo modificado ser substancialmente equivalente e ter
a mesma aparência externa, muitas novas substâncias são geradas em
seu interior.

A produção de uma proteína no interior da célula é uma sequência de
reações químicas, envolvendo a decodificação do código genético, a
agregação dos componentes das proteínas e finalmente a criação da
molécula protéica. Nestes passos intermediários é possível surgir
novos produtos químicos, pelas reações entre os componentes
secundários do complexo processo de criação de uma molécula protéica.

Isto explica graves acidentes ocorridos com organismos transgênicos.

Em 1980 a indústria japonesa Showa Denko K.K. usou bactéria
transgênica para produzir triptofano, um amino-ácido usado como
suplemento alimentar. Uma toxina mortal foi produzida devido a
alteração no metabolismo interno do microorganismo. A aceleração do
processo de criação da molécula de triptofano gerou reações entre
substâncias intermediárias criando a toxina mortal. Isto levou a
morte nos EUA, onde o produto foi vendido, de 35 pessoas e mais de
1500 ficaram com problemas físicos permanentes.

Outro grave acidente ocorreu quando a empresa Aventis introduziu, em
1998, um milho modificado para produzir a toxina de uma bactéria.
Usou uma tecnologia conhecida pela sigla "Bt". O milho, chamado
StarLink, foi comercializado mesmo com restrições. Devido a
polinização cruzada e mistura nos armazéns, contaminou em torno de
40% da produção de milho norte-americano. Causou graves reações
alérgicas em seres humanos devido a presença de uma proteína
designada Cry9C. Esta proteína não esta presente em outros milhos com
a tecnologia Bt.

Este milho foi liberado com a restrição de ser usado apenas na
alimentação animal, mas devido a polinização (cruzamento sexual
através do ar) contaminou outras lavouras de milho e na
comercialização era misturado ao milho comum. O milho comum misturado
com o transgênico perdeu o seu valor de mercado, levando os
produtores a grandes prejuízos e vários consumidores a ter reações
alérgicas graves. A rede norte-americana Taco Bell e uma associação
de produtores de milho processou judicialmente a Aventis por este
episódio.

O milho pode fazer o cruzamento sexual através do ar (polinização)
com outra planta de milho a uma distância de até 10 quilômetros,
dependendo do vento. Ou seja, uma lavoura transgênica contamina todas
as plantas naturais em um amplo raio ao seu redor.

"Não existe alternativa científica para um teste toxicológico
rigoroso que garanta segurança alimentar para alimentos geneticamente
modificados", afirmam os cientistas do Institute of Science in
Society.

Um dos grandes impedimentos das mutações induzidas é o silenciamento
genético. Os genes inseridos são impedidos de manifestarem-se através
de um mecanismo de proteção chamado barreira entre espécies. Este
mecanismo existe para impedir que o código genético do alimento ou de
microorganismos possa alterar a composição genética de um ser vivo.
Imaginem algumas de nossas células cruzando com o DNA da alface de
nosso lanche ou com o fungo de uma micose. Este cruzamento não ocorre
devido a esta barreira criada ao longo de milhões de anos.

Para romper a barreira entre espécies um conjunto de genes é inserido
na planta transgênica junto com o gene de interesse comercial.
Especialmente do código genético de um organismo que ataca as nossas
células injetando o código genético dele, o vírus. Os alimentos
transgênicos não possuem "um gene inserido", o correto é
dizer "vários genes de diferentes organismos inserido".

Um dos trechos amplamente usado é o CaMV35S, de um vírus que tem
semelhança genética com o vírus do HIV, Leucemia Humana e Hepatite B.
Atua como promotor de expressão genética, obrigando o gene de
interesse comercial a trabalhar intensamente. Este trecho, por estar
presente em praticamente todos os transgênicos, é usado como marcador
em analise de transgenia em alimentos.

Em 1997, a equipe do cientista alemão Doerfler demonstrou que este
trecho de DNA de vírus, o CaMV35S, passa pela barreira intestinal,
entra na corrente sanguínea e liga-se ao código genético de algumas
células do consumidor.

Este comportamento foi observado apenas em alimentos transgênicos
devido a presença de trechos especiais de DNA geneticamente instável,
não encontrado em alimentos naturais. Alguns cientistas têm apontado
que o gene promotor derivado do vírus CaMV pode constituir-se em
perigo para a saúde, possivelmente perigo de câncer.

Cientistas ligados os PSRAST (Médicos e Cientistas para o uso
Responsável da Ciência e Tecnologia) - www.psrast.org -
afirmam: "como este DNA viral pode terminar em nossas células, não
podemos considerar sensato aprovar tal comida sem descobrir se é
seguro ingerir uma quantidade tão grande deste gene de vírus, como
ocorre quando comemos alimentos transgênicos."

O Institute of Science in Society - www.i-sis.org.uk - criou um
manifesto em repudio à liberação dos transgênicos e pela defesa da
agricultura orgânica sustentável que conta com a assinatura de 567
cientistas de 69 diferentes países.

Podemos entender agora, com estas informações, a razão pelo repudio
tão grande aos alimentos modificados geneticamente e a sua proibição
ou fortes restrições aplicados em inúmeros países como China, Rússia,
Japão e União Européia.

Podemos entender também a razão da rotulagem, exigido na Europa, da
carne do animal que comeu transgênico. O código genético do alimento
transgênico é encontrado nos músculos e órgãos internos do animal
alimentado com ração geneticamente modificada.

Afinal, com tanta oposição qual a razão de investir tanto na
tentativa de liberação destes alimentos, mesmo sem testes de
segurança alimentar?

A planta transgênica é considerada um organismo artificial. Por ser
criada por um empresa pode ser patenteada. Para plantar um organismo
patenteado o agricultor deve pagar o preço da semente e mais uma taxa
pelo uso da tecnologia. Devido a contaminação das espécies naturais
com os genes dos transgênicos, através da polinização, as plantas
naturais contaminadas tornam-se organismos cobertos por uma patente e
o agricultor sujeito a ser processado pelo uso da tecnologia.

Mentira enorme essa de aumento de produção, mais nutritivos ou
redução do uso de venenos. O objetivo é dominar todos os agricultores
do mundo através da patente das plantas cultivadas como o arroz,
feijão, trigo, batata. Iniciaram pelas quatro plantas mais cultivadas
em todo o mundo: milho, soja, batata e algodão.

A introdução dos transgênicos no Brasil significaria um lucro
estimado em bilhões para estas empresas multinacionais. Enquanto esta
liberação não acontece, a produção de soja e milho não transgênico
coloca o Brasil em grande vantagem no mercado internacional,
conseguindo até mesmo incentivos e preços maiores para o nosso
produto. O lucro, por enquanto, está ficando com os agricultores
brasileiros.



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SUBJECT: A Velha Nova Bomba dos Americanos
FROM: "Marcelo Kunimoto" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/03/2003 21:31

A Velha Nova Bomba dos Americanos
http://www.strategypage.com/gallery/default.asp?target=moab.htm
Há pouco mais de uma semana os EUA anunciaram uma nova bomba a ser
usada no infelizmente próximo conflito com o Iraque: batizada de MOAB
(Massive Ordnance Air Burst), é apenas uma evolução da Daisy Cutter,
que por sua vez foi desenvolvida no Vietnã. Essas bombas de ar-
combustível
http://www.fas.org/man/dod-101/sys/dumb/fae.htm
são de forma geral as mais destruidoras bombas que se pode conseguir
deixando de fora bombas nucleares. Seu princípio de funcionamente é
simples: uma primeira explosão espalha uma nuvem de combustível pelo
ar, e no ponto certo uma segunda explosão dá ignição a esta nuvem. O
resultado é uma onda de calor e choque avassaladora. Você pode dar
uma olhada em um interessante GIF animado da idéia.
http://www.fas.org/man/dod-101/sys/dumb/faeanim.gif
Na verdade, estas bombas de ar-combustível, por seus grandes efeitos,
acabam sendo muito mais efetivas que as tão famosas "bombas
inteligentes". De fato, foram estas bombas nada inteligentes, que
matam de forma horrível, que juntos com outras também pouco
inteligentes dominaram a primeira Guerra no Golfo.
http://www.bullatomsci.org/issues/1991/may91/may91walker.html
Recentemente, na guerra no Afeganistão, elas receberam o nome
de "bombas termobáricas".
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2001/12/22/int014.html
Mas de tudo isso, o que mais acho interessante é a informação, um
tanto incerta mas um tanto plausível, de que os primeiros a
experimentarem estas bombas de ar-combustível, ainda que de forma
primitiva, foram os nazistas na Segunda Guerra Mundial.
http://www.terravista.pt/Ancora/1212/PoCarvao.htm
Embora, como as lendas de UFOs nazistas bem tenham demonstrado,
http://www.ceticismoaberto.hpg.ig.com.br/ufosnazistas00.htm
haja muito mito e invenção sobre supostos projetos e armas nã-
convencionais dos nazistas, as pesquisas com bombas de ar
combustível, relacionadas inclusive a um certo Dr. Zippermeyer
parecem embasadas mesmo por especialistas em armas conhecidos, como
Ian Hogg.
http://www.greenhillbooks.com/booksheets/german_secret_weapons.htm
>>>

MK



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Caatingas
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/03/2003 21:52

But,

Considerando-se que em ambas as regiões o solo é considerado ácido e
pobre, o fato tem a ver com índices pluviométricos... é pela falta
de chuvas que a caatinga apresenta vegetação de regiões semi-áridas
enquanto a amazônia, pelos índices pluviométricos altos, tem uma
vegetação luxuriante...

Pode-se dizer que uma região é seca quando a precipitação média(P)
anual é inferior a duas vezes a temperatura média (T) em graus
centigrados P < 2T ºC. Já uma região considerada úmida tem a
precipitação média em mm duas vezes o valor da temperatura média no
mesmo período P > 2TºC.

É só o consulente aplicar os valores encontrados em qualquer tabela
de índices pluviométricos e temperatura por região nas "equações" e
vai ver o porquê da amazônia ser mais verde que a caatinga...

Beijos, Lígia

*************************************



--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Minha praia tem coqueiros, onde canta o sabiá ... mas não tem
caatingas! Cadê O R. Takata? Cadê os caatingueiros?
> []'
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: Guilherme Pontes
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: terça-feira, 18 de março de 2003 19:54
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -
>
>
> Ola,
> estou com uma quetão aki e não consigo resolver, por favor gostaria
q me respondesse ateh segunda feira, a questão eh a seguinte:
>
> *- Compare as temperaturas medias da Amazonia com as da caatinga e
tente explicar por que a vegetação da caatinga nãp é tão exuberante
quanto a da Amazonia.*
>
> Professor, por favor aguardo uma resposta sua!
> Antecipadamente agradecimentos,
>
> GUILHERME PONTES
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Fw: Quantidade de movimento - Ligia
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/03/2003 23:35

Olá Léo,

--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Oi Lígia, quer cuidar da resposta para esse consulente, para mim?
Estou entupido de perguntas!
> agradeço,
> Léo


---> Pepino? Espero não dar furo... sabe que fazem éons que eu não
leio nada sobre física? :O Meus pobres livros embolorados...


> Carlos Roberto De Oliveira Castro
> e-mail: carlos.castro@t... e carlos_castro@t... e
carloscastro75@h...
> escolaridade:universitário
>
>
> Imagine um equipamento que possua um braço metálico (como uma
régua) e o mesmo (o braço) gire descrevendo um círculo - movimento
circular (como um catavento ou ventilador) , tendo velocidade
constante, rotacionado por um motor elétrico. No círculo que o mesmo
descreve, se colocarmos um objeto para se chocar com o braço ocorrerá
a conservação da quantidade de movimento ?<


---> Bem... leia-se o Princípio da Conservação da Quantidade de
Movimento: "É constante a quantidade de movimento de um sistema
quando a resultante das forças externas for nula".

O que isso quer dizer? Quer dizer que a quantidade inicial de
movimento = Qinicial tem que ser igual a Qfinal para que quando uma
for subtraída da outra o resultado seja zero, o que vai implicar que
não houve perda. Levando-se em conta que Q = m*V, sendo tal grandeza
vetorial (dependente do sentido), para que haja conservação, a objeto
que se choque contra o braço em movimento terá que ter massa e
velocidade tais que quando multiplicadas e somadas à massa
multiplicada pela velocidade final do braço resulte num valor igual
ao da quantidade de movimento inicial que no caso é apenas do braço.
Note que pelo fato do braço estar apresentando um movimento circular
uniforme, não levei em conta a velocidade angular.

Em outras palavras, veja a expressão no parágrafo seguinte...


> Sei que se um corpo ganha quantidade de movimento, o outro no
choque deve perder, se no caso o mesmo continua com a mesma
quantidade (devido a uma força externa - motor elétrico), podemos
dizer que ocorreu a conservação?como ficaria a expressão matemática
para esse caso (antes do choque e depois do choque)?<


---> Consideremos "*" como sinal de multiplicação, "b" referente ao
braço e "o" referente ao objeto, "i" para inicial e "f" para final:

Qi = Qf

Qi = mb*Vb
Qf = mb*Vb1 + mo*Vo

Para que haja conservação do movimento, basta igualar uma expressão à
outra. Se forem iguais, haverá conservação. Se diferentes, não.

Nota: não estou considerando diferenças de direção de sentido da
trajetória dos objetos em questão após o choque, uma vez que o braço
permanece no lugar, pelo menos em tese ( se não quebrar :)... já em
relação ao movimento final do objeto contundente, tudo vai depender
da natureza do mesmo, se uma bola, se outro braço...


> Se aumentarmos a massa do braço - por exemplo 10 vezes mais - o
mesmo objeto que se chocar com o novo braço irá ganhar um acréscimo
na quantidade de movimento? pois um amigo meu me disse que provaria
por se tratar de um motor elétrico que o importante nesse caso seria
apenas a velocidade, mas eu falei que a velocidade do braço não se
alterou devido a aplicação da força externa do motor e disse também
que a mesma deveria ser maior devido a massa do braço, logo, ocorreu
sim troca de quantidade de movimento, porém a mesma não foi
verificada devido ao motor, estou certo?<


---> Se a velocidade do braço permanecer constante, só tendo sido
alterada a massa, a quantidade de movimento transmitida ao objeto
aumenta porque a quantidade de movimento do braço aumentou.

Nota: É só pensar que a quantidade de movimento do braço aumenta na
relação direta do incremento da massa, portanto terá aumentado 10
vezes em relação à anteriormente considerada -> Q = 10m*V ! No
entanto, se você disser que o braço com 10mb exercerá maior força
sobre o objeto, estará errado simplesmente porque "as forças são
iguais em módulo e atuam em corpos diferentes" (3a Lei de Newton).



Beijos, Lígia





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Caatingas
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/03/2003 23:45

Olá pessoal...

Mais alguns dados para a questão do clima da AmazonioXCaatinga. O clima do nordeste é considerado semi-arido o que significa que seu índice pluviométrico anual é de menos de 750mm/ano e o da Amazonia é equatorial, ou seja mais de 2.500 mm/ano.

Mapa pluviometrico da região Norte
http://www.climabrasileiro.hpg.ig.com.br/norte.htm

Mapa pluviometrico da regiao Nordeste
http://www.climabrasileiro.hpg.ig.com.br/nordeste.htm

Mas isso não responde completamente a questão e podemos continuar - mas por que chove mais na amazonia que no nordeste?

A amazonia se beneficia de um complexo sistma climático que ao mesmo tempo prejudica o nordeste. Metade da água da chuva na amazonia vem do atlantico, através do regime de ventos e metade da propria floresta, pela evaporação do chamado suor da floresta ou evapotranspiração. O regime climatico é influenciado até pelo famoso El Nino, que aumenta a precipitação na região Norte e diminui no Nordeste.
Os ventos secos do Nordeste também dificultam a formação de nuvens a a entrada do vapor d'agua vindo do Atlantico. Mas, a destruição da floresta amazonica pode facilmente criar um deserto e a recuperação de grandes áreas do Nordeste pode aumentar a precipitação pluviomátrica da região.

Espero que isso ajude..:-)

Um abraço.

Oraculo

----- Original Message -----
From: Ligia Amorese
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, March 18, 2003 9:52 PM
Subject: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Caatingas


But,

Considerando-se que em ambas as regiões o solo é considerado ácido e
pobre, o fato tem a ver com índices pluviométricos... é pela falta
de chuvas que a caatinga apresenta vegetação de regiões semi-áridas
enquanto a amazônia, pelos índices pluviométricos altos, tem uma
vegetação luxuriante...

Pode-se dizer que uma região é seca quando a precipitação média(P)
anual é inferior a duas vezes a temperatura média (T) em graus
centigrados P < 2T ºC. Já uma região considerada úmida tem a
precipitação média em mm duas vezes o valor da temperatura média no
mesmo período P > 2TºC.

É só o consulente aplicar os valores encontrados em qualquer tabela
de índices pluviométricos e temperatura por região nas "equações" e
vai ver o porquê da amazônia ser mais verde que a caatinga...

Beijos, Lígia

*************************************



--- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
escreveu
> Minha praia tem coqueiros, onde canta o sabiá ... mas não tem
caatingas! Cadê O R. Takata? Cadê os caatingueiros?
> []'
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
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> -----Mensagem Original-----
> De: Guilherme Pontes
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: terça-feira, 18 de março de 2003 19:54
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -
>
>
> Ola,
> estou com uma quetão aki e não consigo resolver, por favor gostaria
q me respondesse ateh segunda feira, a questão eh a seguinte:
>
> *- Compare as temperaturas medias da Amazonia com as da caatinga e
tente explicar por que a vegetação da caatinga nãp é tão exuberante
quanto a da Amazonia.*
>
> Professor, por favor aguardo uma resposta sua!
> Antecipadamente agradecimentos,
>
> GUILHERME PONTES
>
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/03/2003 00:58

----- Original Message -----
From: "Eric Cavalcanti"
Sent: Tuesday, March 18, 2003 7:59 PM
Subject: [ciencialist] Re: Poderia me ajudar em uma dúvida?

> Realmente, a produção de som nas bolas é uma forma de dissipação de
> energia nas colisões. Em última análise, é a vibração das moléculas da
> bola, que se propaga pelo ar. O som só existe com ar, mas a vibração e a
> consequente perda de energia pode acontecer mesmo no vácuo. Porém, não
> podemos descrever essa dissipação como atrito.

Se assim for, ficamos com um problema apenas de natureza lingüística e a
implicar no significado do termo atrito. Neste caso o que vale é o consenso,
e creio que sob esse ponto de vista a sua interpretação seja a correta, pelo
menos do ponto de vista macroscópico. Atrito implica na existência de dois
corpos. Uma membrana vibrante no vácuo seria um corpo único. Se pensarmos no
microcosmo, as regras são outras, mas lembro que eu sou um dos poucos
remanescentes de uma "espécie" em extinção, a dos teorizadores clássicos
:-). Raciocinando classicamente parece-me não ser absurdo supor a
existência, no processo citado, de algo semelhante ao que consideramos como
atrito (ao interpretarmos fenômenos macroscópicos).

> Lembrando do exemplo que dei numa mensagem anterior, se formos de alguma
> forma gradativamente reduzindo o atrito entre as superfícies, até este ser
> desprezível, nada acontecerá com essa forma de dissipação. Esse argumento
> por si só descorrelaciona essa dissipação com o atrito.

Sim, mas você estaria reduzindo apenas aquele atrito que realiza um trabalho
macroscópico, dado pela fórmula Fat = µN (por exemplo, através de uma
lubrificação, quando um objeto sólido desliza sobre uma superfície). Isso a
que você está chamando "essa forma de dissipação" alguém poderia dizer que
seria um atrito microscópico. Veja bem, estou apenas tentando fazer o
contraponto, longe de mim querer passar por chato. ;-) Em condições normais
eu não chamo isso de atrito, estou apenas tentando mostrar que classicamente
seria algo do mesmo tipo.

> Além disso, essa dissipação não acontece devido a uma tendência de
> movimento relativo entre as superfícies, que é a definição de atrito. Ela
> acontece mesmo apenas com a componente normal da interação.

Sim, mas poderíamos imaginariamente dividir uma superfície vibrante em duas
partes, e dizer que o amortecimento ocorre graças ao atrito entre as duas
partes. A seguir, tentando melhorar o processo, poderíamos dividir cada uma
dessas partes em mais duas, e assim por diante. Provavelmente iríamos
reinventar o Cálculo Infinitesimal e Integral :-) e concluiríamos pela
existência de um atrito microscópico clássico. Provavelmente chegaríamos a
algo do tipo da viscosidade, que não deixa de ser um tipo muito especial de
atrito. Veja que eu nem preciso lançar mão da existência de partículas, é
suficiente adotar um modelo análogo àquele utilizado em mecânica dos
fluidos, uma disciplina que ainda segue os cânones clássicos.

> Mas de fato, é uma forma de dissipação que foi negligenciada anteriormente
> na resolução do problema das bolas. De qualquer maneira, essa dissipação
> apenas reduzirá o momento linear das bolas, mas em nada alterará o momento
> angular, (já que, sob a hipótese da falta de atrito, não há torque)...

Neste caso específico (bolas de bilhar) sim. Mas numa situação mais geral,
como aquela que mostrei no gif animado
http://ecientificocultural.com/Eletron2/anihalter.gif as coisas podem se
complicar um pouco. Temos aí o que poderíamos chamar um halter feito com
duas bolas de bilhar, a simular uma molécula diatômica. Neste caso, quanto
maior for a vibração devida ao choque, menor será o momento angular trocado.

> ... de forma que, nessa situação ideal terminaremos com as bolas todas
> paradas, ou quase paradas, e apenas uma rodando no mesmo lugar, e ainda
> mais facilmente identificável... :) Curioso aonde essas coisas podem nos
> levar, hem?

Quero crer que você está considerando a rotação como devida à descida da
rampa. Sim, se isso acontecesse o problema admitiria essa solução, e quero
crer que seria bem diferente daquela esperada pelo autor da idéia (o
correspondente do Léo).

> Sobre a questão da irreversibilidade, este é um exemplo em que temos
> irreversibilidade sem atrito, mas enfim, não há nada que diga que só pode
> haver irreversibilidade com atrito. Como já defendi antes, a
> irreversibilidade se dá quando é muito pouco provável que o sistema volte
> ao seu estado inicial, o que pode acontecer de várias formas... Para
> sustentar essa afirmação com um exemplo, a expansão livre de um gás é
> irreversível, mas não envolve nenhum tipo de atrito.

Neste caso concordo plenamente contigo, e discordo de sua outra mensagem
onde você corrige este acerto [meu avô diria que ficou pior a emenda do que
o soneto ;-)]. A expansão de um gás é sempre um processo 100% irreversível
(irreversibilidade máxima possível, para um mesmo estado inicial e final).
Para você desfazer essa expansão você deverá colocar um peso sobre o êmbolo,
e o Universo jamais retornará ao que era, pois esse peso não retornará
expontaneamente a sua altura primitiva. O outro processo que você citou
(transferência de calor) também é irreversível e sem atrito. Aliás, eu já
havia pensado nisso, tanto que disse na mensagem anterior: "Quero crer que
podemos sempre relacionar o atrito à irreversibilidade de processos
mecânicos". Ora, a transferência de calor não é um processo mecânico. Já a
expansão de um gás é um processo mecânico, logo esse seu exemplo destrói sim
o meu argumento ;-) e lamento não ter pensado nisso na ocasião. A menos que
entremos no âmbito da física clássica molecular, mas esse é um outro assunto
que pode ficar para uma outra vez.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/03/2003 01:42

----- Original Message -----
From: "Oraculo"
Sent: Tuesday, March 18, 2003 8:36 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: Poderia me ajudar em uma dúvida?

> Eu comecei a escrever uma resposta curta, de brincadeira, para dizer que
> não sou um "cético de carteirinha", apesar de ser acusado disso as vezes,
> pela Vera e pela Ligia..:-) Mas, devido a minha prolixidade, acabou
> ficando enorme e quase uma cronica sobre o ceticismo...
> Em todo caso, se quiser ler e criticar, será bem recebido (sempre acho
> interessante trocar idéias..:-)

Caro Oráculo

Lí a sua crônica e fiquei com a impressão de que você pratica um ceticismo
sadio. Conseqüentemente, quero crer que vamos ter que adiar nossa batalha
;-). Aliás, desde que estou na Internet, e também sou do tempo da Mandic,
poucos foram os céticos assumidos que conseguiram justificar o seu
ceticismo. Um deles é o Manoel Bulcão, que anda desaparecido da Ciencialist.
O Brudna, moderador da Ciencialist, também parece-me ser um cético de
respeito, mas aqui na Ciencialist ele prefere não se expor, no que eu acho
que faz muito bem, pois como moderador ele deve manter a neutralidade. Não
obstante, nem é necessário que ele emita opinião alguma, pois o simples fato
de a Ciencialist ser o que é demonstra o valor do Brudna. Existem outros,
mas como disse, são poucos.

A grande maioria não justifica nada, estão tão somente entrando na onda sem
conhecimento de causa. Alguns estão afim de aparecer e não sabem como.
Quando questionados são extremamente apelativos. Quando nos questionam são
fujões, pois abandonam a luta tão logo recebem o primeiro golpe no fígado.
Ou então adotam o estilo sarcástico, pois não tem argumentos outros e sequer
sabem os fundamentos básicos do ceticismo e nem daquilo que está sendo
discutido. Eu não costumo dizer que sou cético, pois acredito muito mais
numa postura cética do que numa doutrina cética. Ceticismo, a meu ver, não
combina com doutrina, logo eu nunca digo que "sou", mas ou que "estou" ou
que "não estou". O cientista, *enquanto cientista*, deve sempre adotar uma
postura cética. Mas isso não significa que ele deva ficar por aí pregando o
ceticismo. Pregar é quase sinônimo de evangelizar, e é por isso que digo que
os céticos de carteirinha na realidade são falsos céticos, e sob esse
aspecto não diferem em nada dos evangelizadores que criticam.

Bem, o assunto é bastante longo e vou parar por aqui, mas se quiser saber
mais sobre o que penso a respeito de ciência e ceticismo, convido a que leia
"Ciência, materialismo e espiritualismo", em
http://ecientificocultural.com/ECC2/Dialogos/cmee.htm .

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: Re: Fw: Ciencia e Ciencias
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2003 02:05

CIENCIA É UM MÉTODO.
FORA DO MÉTODO... É AQUILO QUE SE DISCUTE NA OUTRA LISTA.
L.E.




At 19:47 18/03/03 +0000, you wrote:
>Ah...
>
>E o que você não pede sorrindo que eu não faço chorando, hum?
>
>Ciência... nome que se dá às tentativas, bem sucedidas ou não de se
>conhecer a natureza dos eventos da vida.
>
>Ciências... nome da disciplina do ensino fundamental que estuda a
>aplicabilidade da Ciência na vida.
>
>Acho que é só... :))
>
>Beijos, Lígia


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: curso de astrofisica gratis
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO:
CC: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2003 08:49

Vai aí de novo porque da primeira vez eu tinha picado a mula e ela acabou
ficando magoada. :-)

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all

On Wed, 12 Mar 2003, TARCISIO BORGES wrote:

> http://www.on.br/revista/noticias/curso/introducao.html
>
> O Observatório Nacional estará ministrando um curso on-line de astrofísica
> aberto a qualquer pessoa interessada no assunto.
>
> ======================================================================
> O certificado do curso
>
> O certificado do curso só será dado àqueles que se inscreverem e cumprirem
> algumas exigências básicas:
>
> * serão enviados testes para aqueles que estiverem inscritos no curso.
> * o desempenho nos testes é que determinará a emissão do certificado.
> * a nota mínima para aprovação é sete (7,0).
> ======================================================================
>
> Caso não haja interesse no certificado não é preciso se inscrever.
>
> Mais detalhes no site acima.



SUBJECT: Re: Velocidade da luz
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2003 10:22


Caros,

Valeram as respostas! Especialmente a coisa sobre as velas solares que a
Lígia enviou. Lembro-me também que o Carl Sagan andou imaginando alguns
métodos para fazer naves aproximarem-se da velocidade da luz (um deles é a
tal vela solar). Todos eles baseiam-se no seguinte método: grandes
velocidades podem ser obtidas com acelerações módicas desde que estas se
mantenham por um grande tempo. Portanto, há que se usar fontes
inesgotáveis, como a energia solar. O Sagan expõe esses métodos em alguns
livros seus, como o Cosmos e o "A vida inteligente no Universo", que
escreveu junto com I. S. Chklovskii, Publicações Europa América, Lisboa.

Abraços,
Belisário




SUBJECT: Mago Digital - 2001
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/03/2003 12:53

Recebi de outra lista:

http://www.kubrick2001.com/2001.html
E S P E T A C U L A R

[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================


SUBJECT: Re: Transgenicos - Provas dos riscos
FROM: "Carlos Zardini" <zardini@globo.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2003 14:16

Olá José Renato, obrigado pela resposta.

Realmente o autor é qualificado. Mas o conteúdo me surpreendeu. Não é
fácil acreditar que um alimento transgênico que você come possa
modificar o material genético de algumas de suas células. Reconheço
que sou leigo no assunto.

Abraços, Carlos Zardini


--- Em ciencialist@y..., José Renato <jrma@t...> escreveu
> Caro Carlos Zardini, o texto apresentado foi veiculado no boletim
> do Relatório Alfa, aquele que divulga o que não querem que vc
> saiba, com a seguinte introdução e apresentação do autor do texto,
> Engo. Ventura Barbeiro:




SUBJECT: Re: Bissexualidade e outros temas - epílogo
FROM: "rmtakata" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2003 16:04

Pough FH, Heiser JB, McFarland WN 1989 - Vertebrate life - 3rd ed. -
Macmillan Pub. Co., N. York - p. 147.

Sex hormones can influence an individual´s secondary sex
characteristics. The development of so-called freemartins in cattle
provides a natural example of this phenomenon. Twinning sometimes
results in the mixing of fetal blood supplies. If one twin is male
(XY) and the other female (XX), the female embryo is influenced by
the testosterone secretions of the developing male. At birth the
female calf (a freemartin) shows mixed male-female trraits and is
infertile. The genetic male calf if normal.
[...]
In the shelled (cleidoic) egg equivalent of freemartinis - double-
yolked eggs where the embryonic blood supplies mix - ZW females are
normal and ZZ males are sterile intersexes. The conclusion is that
estrogen effects are dominant over effects of testosterone in these
vertebrates.

Seeveral questions about vertebrate sex-determing mechanisms are
pertinent to a consideration of vertebrate evolution and characters.
Why has sex determination been fixed rigidly in birds and mammals by
heterogametic sex chromosomes? Why is the heterogametic sex female in
birds and male in mammals?

In birds and mammals many species form large groups in which
indivivual behaviors often involve distinct male and female roles. In
mammals, fixed sex determination may have been essential for the
exploitation of the behavioral complexity that was made possible by
increased integrative capacities associated with larger brain size.
Certainly, it would be disruptive to reproduction if the activities
and morphologies associated with maleness and femaleness in birds and
mammals were labile. If, for example, male baboons wavered in fending
off predators while females hesitated to herd the young to safety,
the result could reduce reproductive success. Thus, although it is
unlikely that any single factor explains fixation of sex
determination, we suspect that the behavioral complexity of
birds and mammals is a significant component.

The opposite sexual expression of heterogametic individuals in
mammals on one hand and birds in the other is intriguing. In
gonochorristic vertebrates, the heterogametic sex is physiologically
dominant. Carrying young in utero as placental mammals do,, however,
places strictures on the determinantion of sex. Ursula Mittwoch
(1973) pointed out that during pregnancy maternal estrogens can cross
the maternal-fetal barrier. For a female fetus (XX) this present no
problem, but a mele (XY) would be swamped by estrognic effects
(femaleness) unless a strong masculinizing agent existed. Mittwoch
has suggested that this crossing of placental barrier by maternal
hormones explains the dominance of XY masculinizing effect on
directing the primary sex determination of mammals. Monotremes,
mammals that lay eggs, we believeed to lack a Y chromossome: female
are XX and male are X. In birds the egg isolates the embryo, whether
male or female, from direct maternal influence. Genetic sex,
expressed in the relative safety of the egg, could equally well be
determined by female heteromorphy (WZ) or by male heteromorphy ( XY).
Why female heteromorphy occurs in birds is not clear from this
reasoning - quite possibly it was a matter of evolutionary chance.

Mittwoch, U. 1973 - Genetics of sex determination. Academic Press, N.
York.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Poderia me ajudar em uma dúvida?
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/03/2003 18:02

Oi, Alberto,


> > Lembrando do exemplo que dei numa mensagem anterior, se formos de alguma
> > forma gradativamente reduzindo o atrito entre as superfícies, até este
ser
> > desprezível, nada acontecerá com essa forma de dissipação. Esse
argumento
> > por si só descorrelaciona essa dissipação com o atrito.
>
> Sim, mas você estaria reduzindo apenas aquele atrito que realiza um
trabalho
> macroscópico, dado pela fórmula Fat = µN (por exemplo, através de uma
> lubrificação, quando um objeto sólido desliza sobre uma superfície). Isso
a
> que você está chamando "essa forma de dissipação" alguém poderia dizer que
> seria um atrito microscópico. Veja bem, estou apenas tentando fazer o
> contraponto, longe de mim querer passar por chato. ;-) Em condições
normais
> eu não chamo isso de atrito, estou apenas tentando mostrar que
classicamente
> seria algo do mesmo tipo.

O meu argumento mostra que essa dissipação pela vibração das bolas, causada
pela componente normal do impacto, está totalmente descorrelacionado do que
se entende comumente como atrito, que é a fricção entre as superfícies. O
único aspecto comum é ambos os processos dissipam energia mecânica
macroscópica. Agora, querer chamar de atrito tal ou atrito qual, aí sim, é
apenas um problema linguístico.

> > Além disso, essa dissipação não acontece devido a uma tendência de
> > movimento relativo entre as superfícies, que é a definição de atrito.
Ela
> > acontece mesmo apenas com a componente normal da interação.
>
> Sim, mas poderíamos imaginariamente dividir uma superfície vibrante em
duas
> partes, e dizer que o amortecimento ocorre graças ao atrito entre as duas
> partes. A seguir, tentando melhorar o processo, poderíamos dividir cada
uma
> dessas partes em mais duas, e assim por diante. Provavelmente iríamos
> reinventar o Cálculo Infinitesimal e Integral :-) e concluiríamos pela
> existência de um atrito microscópico clássico. Provavelmente chegaríamos a
> algo do tipo da viscosidade, que não deixa de ser um tipo muito especial
de
> atrito. Veja que eu nem preciso lançar mão da existência de partículas, é
> suficiente adotar um modelo análogo àquele utilizado em mecânica dos
> fluidos, uma disciplina que ainda segue os cânones clássicos.

Essa vibração global das bolas vai se enfraquecendo à medida que a energia é
dissipada em forma de som, pelo ar, ou os átomos passam a vibrar
descorrelacionadamente - o que acontece rapidamente - quando a energia é
então apenas agitação térmica - um aumento de temperatura - até a
bola perder essa energia interna por radiação ou condução pelo ar ou pela
mesa.

O processo não precisa do nome atrito, que é muito bem utilizado para a
fricção entre duas superfícies.

> > Mas de fato, é uma forma de dissipação que foi negligenciada
anteriormente
> > na resolução do problema das bolas. De qualquer maneira, essa dissipação
> > apenas reduzirá o momento linear das bolas, mas em nada alterará o
momento
> > angular, (já que, sob a hipótese da falta de atrito, não há torque)...
>
> Neste caso específico (bolas de bilhar) sim. Mas numa situação mais geral,
> como aquela que mostrei no gif animado
> http://ecientificocultural.com/Eletron2/anihalter.gif as coisas podem se
> complicar um pouco. Temos aí o que poderíamos chamar um halter feito com
> duas bolas de bilhar, a simular uma molécula diatômica. Neste caso, quanto
> maior for a vibração devida ao choque, menor será o momento angular
trocado.

Sim, claro. Falei apenas do problema das bolas.

> > ... de forma que, nessa situação ideal terminaremos com as bolas todas
> > paradas, ou quase paradas, e apenas uma rodando no mesmo lugar, e ainda
> > mais facilmente identificável... :) Curioso aonde essas coisas podem
nos
> > levar, hem?
>
> Quero crer que você está considerando a rotação como devida à descida da
> rampa. Sim, se isso acontecesse o problema admitiria essa solução, e quero
> crer que seria bem diferente daquela esperada pelo autor da idéia (o
> correspondente do Léo).

Sim, considero que a rotação aconteceu na descida da rampa. Essa é a solução
do Léo. Ele só não tinha considerado essa dissipação, mas que não
impossibilita a solução.

> > Sobre a questão da irreversibilidade, este é um exemplo em que temos
> > irreversibilidade sem atrito, mas enfim, não há nada que diga que só
pode
> > haver irreversibilidade com atrito. Como já defendi antes, a
> > irreversibilidade se dá quando é muito pouco provável que o sistema
volte
> > ao seu estado inicial, o que pode acontecer de várias formas... Para
> > sustentar essa afirmação com um exemplo, a expansão livre de um gás é
> > irreversível, mas não envolve nenhum tipo de atrito.
>
> Neste caso concordo plenamente contigo, e discordo de sua outra mensagem
> onde você corrige este acerto [meu avô diria que ficou pior a emenda do
que
> o soneto ;-)].

Realmente, depois vi que já estava certo. A emenda foi bem pior que o
soneto. :)

> A expansão de um gás é sempre um processo 100% irreversível
> (irreversibilidade máxima possível, para um mesmo estado inicial e final).
> Para você desfazer essa expansão você deverá colocar um peso sobre o
êmbolo,
> e o Universo jamais retornará ao que era, pois esse peso não retornará
> expontaneamente a sua altura primitiva. O outro processo que você citou
> (transferência de calor) também é irreversível e sem atrito. Aliás, eu já
> havia pensado nisso, tanto que disse na mensagem anterior: "Quero crer que
> podemos sempre relacionar o atrito à irreversibilidade de processos
> mecânicos". Ora, a transferência de calor não é um processo mecânico. Já a
> expansão de um gás é um processo mecânico, logo esse seu exemplo destrói
sim
> o meu argumento ;-) e lamento não ter pensado nisso na ocasião. A menos
que
> entremos no âmbito da física clássica molecular, mas esse é um outro
assunto
> que pode ficar para uma outra vez.

Outro exemplo de processo irreversível: já que sinuca está na moda, podemos
pensar na tacada inicial do jogo. Antes, temos todas as bolas paradas e
juntas, e apenas uma se movimentando. Depois (até que o atrito absorva as
energias cinéticas), temos todas com velocidades e posições basicamente
aleatórias. Nunca iremos ver o processo inverso, isso é, todas as bolas se
reunindo num mesmo local, com uma delas emergindo com todas a energia
cinética do grupo. E apenas porque isso é muito, muito pouco provável. Não
há nenhuma lei física que impeça o processo reverso, e cada colisão
individual (desprezando o atrito) é reversível. Nesse caso, a
irreversibilidade é algo que aparece simplemente porque temos um número
grande de corpos envolvidos (e nem precisa ser 10^23. Meia dúzia já basta
nesse caso).

Na verdade, em cada instante, é muito pouco provável que o sistema volte
para aquele exato estado global (dado pelas posições e momenta das
partículas) num tempo posterior. O processo é sempre microscopicamente
irreversível, mesmo quando não nos damos conta disso. Só que nós apenas
identificamos visualmente a irreversibilidade quando o estado inicial tem
propriedades macroscópicas distintas do final. No exemplo, todas as bolas
(exceto uma) paradas, em contraste com o movimento caótico. No caso do
atrito, inicialmente todas as moléculas do corpo têm uma velocidade comum (a
menos é claro, da agitação térmica individual), em contraste com as
velocidades aleatórias depois que o corpo pára (a energia cinética é
transformada em agitação térmica). E por aí vai...

Um abraço,
Eric.



SUBJECT: Re: Fw: Quantidade de movimento - Ligia - Eric dando pitaco
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/03/2003 18:40

Olá, Lígia e Léo,

Se vcs me permitem dar minha opinião nessa questão...

A quantidade de movimento do braço não muda após a colisão, pois a
velocidade dele é mantida pelo motor. Isso é um vínculo do enunciado do
sistema. Podemos olhar a colisão como unidimensional, apesar do braço estar
girando, pois ela ocorre num intervalo de tempo pequeno o suficiente para
que a mudança de direção na sua velocidade seja desprezível.

Portanto, numa colisão com outro corpo, a quantidade de movimento não se
conserva, já que há uma força externa (a do motor).

Para determinar a velocidade do corpo, basta olhar do referencial do braço.
Como a velocidade dele não é alterada (no intervalo de tempo em que a
colisão ocorre), esse é um referencial inercial. Portanto, podemos ver desse
referencial a colisão do corpo com o braço como a colisão do corpo com uma
parede. Ou seja, o resultado será uma mudança no sentido da velocidade
relativa entre o corpo e o braço, resultado familiar a qualquer um que já
jogou uma bola contra uma parede. Qualquer trabalho necessário para isso
será fornecido pelo motor.

Colocando em equações:
(V=velocidade inicial = vel. final do braço;vi,f=velocidades inicial, final
do corpo)

V-vf = -(V-vi) => vf= -vi + 2V

Ou seja, o corpo muda seu sentido e ganha mais duas vezes a velocidade do
braço.

Finalmente, a velocidade final do corpo não depende, portanto, da massa do
braço, pois para todos os efeitos o braço é infinitamente massivo em
comparação com o corpo, já que sua velocidade é mantida pelo motor.

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, March 18, 2003 11:35 PM
Subject: [ciencialist] Re: Fw: Quantidade de movimento - Ligia


> Olá Léo,
>
> --- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> escreveu
> > Oi Lígia, quer cuidar da resposta para esse consulente, para mim?
> Estou entupido de perguntas!
> > agradeço,
> > Léo
>
>
> ---> Pepino? Espero não dar furo... sabe que fazem éons que eu não
> leio nada sobre física? :O Meus pobres livros embolorados...
>
>
> > Carlos Roberto De Oliveira Castro
> > e-mail: carlos.castro@t... e carlos_castro@t... e
> carloscastro75@h...
> > escolaridade:universitário
> >
> >
> > Imagine um equipamento que possua um braço metálico (como uma
> régua) e o mesmo (o braço) gire descrevendo um círculo - movimento
> circular (como um catavento ou ventilador) , tendo velocidade
> constante, rotacionado por um motor elétrico. No círculo que o mesmo
> descreve, se colocarmos um objeto para se chocar com o braço ocorrerá
> a conservação da quantidade de movimento ?<
>
>
> ---> Bem... leia-se o Princípio da Conservação da Quantidade de
> Movimento: "É constante a quantidade de movimento de um sistema
> quando a resultante das forças externas for nula".
>
> O que isso quer dizer? Quer dizer que a quantidade inicial de
> movimento = Qinicial tem que ser igual a Qfinal para que quando uma
> for subtraída da outra o resultado seja zero, o que vai implicar que
> não houve perda. Levando-se em conta que Q = m*V, sendo tal grandeza
> vetorial (dependente do sentido), para que haja conservação, a objeto
> que se choque contra o braço em movimento terá que ter massa e
> velocidade tais que quando multiplicadas e somadas à massa
> multiplicada pela velocidade final do braço resulte num valor igual
> ao da quantidade de movimento inicial que no caso é apenas do braço.
> Note que pelo fato do braço estar apresentando um movimento circular
> uniforme, não levei em conta a velocidade angular.
>
> Em outras palavras, veja a expressão no parágrafo seguinte...
>
>
> > Sei que se um corpo ganha quantidade de movimento, o outro no
> choque deve perder, se no caso o mesmo continua com a mesma
> quantidade (devido a uma força externa - motor elétrico), podemos
> dizer que ocorreu a conservação?como ficaria a expressão matemática
> para esse caso (antes do choque e depois do choque)?<
>
>
> ---> Consideremos "*" como sinal de multiplicação, "b" referente ao
> braço e "o" referente ao objeto, "i" para inicial e "f" para final:
>
> Qi = Qf
>
> Qi = mb*Vb
> Qf = mb*Vb1 + mo*Vo
>
> Para que haja conservação do movimento, basta igualar uma expressão à
> outra. Se forem iguais, haverá conservação. Se diferentes, não.
>
> Nota: não estou considerando diferenças de direção de sentido da
> trajetória dos objetos em questão após o choque, uma vez que o braço
> permanece no lugar, pelo menos em tese ( se não quebrar :)... já em
> relação ao movimento final do objeto contundente, tudo vai depender
> da natureza do mesmo, se uma bola, se outro braço...
>
>
> > Se aumentarmos a massa do braço - por exemplo 10 vezes mais - o
> mesmo objeto que se chocar com o novo braço irá ganhar um acréscimo
> na quantidade de movimento? pois um amigo meu me disse que provaria
> por se tratar de um motor elétrico que o importante nesse caso seria
> apenas a velocidade, mas eu falei que a velocidade do braço não se
> alterou devido a aplicação da força externa do motor e disse também
> que a mesma deveria ser maior devido a massa do braço, logo, ocorreu
> sim troca de quantidade de movimento, porém a mesma não foi
> verificada devido ao motor, estou certo?<
>
>
> ---> Se a velocidade do braço permanecer constante, só tendo sido
> alterada a massa, a quantidade de movimento transmitida ao objeto
> aumenta porque a quantidade de movimento do braço aumentou.
>
> Nota: É só pensar que a quantidade de movimento do braço aumenta na
> relação direta do incremento da massa, portanto terá aumentado 10
> vezes em relação à anteriormente considerada -> Q = 10m*V ! No
> entanto, se você disser que o braço com 10mb exercerá maior força
> sobre o objeto, estará errado simplesmente porque "as forças são
> iguais em módulo e atuam em corpos diferentes" (3a Lei de Newton).
>
>
>
> Beijos, Lígia
>
>
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: Fw: Quantidade de movimento - Ligia - Eric dando pitaco
FROM: "Ligia Amorese" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/03/2003 19:28

Maravilha Eric!

Obrigada por me salvar... "deus" estava precisando de ajuda...
passo o cetro a você. Matou a questão!

Beijos, Lígia

*************************************

--- Em ciencialist@y..., "Eric Cavalcanti" <eric@f...> escreveu
> Olá, Lígia e Léo,
>
> Se vcs me permitem dar minha opinião nessa questão...
>
> A quantidade de movimento do braço não muda após a colisão, pois a
> velocidade dele é mantida pelo motor. Isso é um vínculo do
enunciado do
> sistema. Podemos olhar a colisão como unidimensional, apesar do
braço estar
> girando, pois ela ocorre num intervalo de tempo pequeno o
suficiente para
> que a mudança de direção na sua velocidade seja desprezível.
>
> Portanto, numa colisão com outro corpo, a quantidade de movimento
não se
> conserva, já que há uma força externa (a do motor).
>
> Para determinar a velocidade do corpo, basta olhar do referencial
do braço.
> Como a velocidade dele não é alterada (no intervalo de tempo em que
a
> colisão ocorre), esse é um referencial inercial. Portanto, podemos
ver desse
> referencial a colisão do corpo com o braço como a colisão do corpo
com uma
> parede. Ou seja, o resultado será uma mudança no sentido da
velocidade
> relativa entre o corpo e o braço, resultado familiar a qualquer um
que já
> jogou uma bola contra uma parede. Qualquer trabalho necessário para
isso
> será fornecido pelo motor.
>
> Colocando em equações:
> (V=velocidade inicial = vel. final do braço;vi,f=velocidades
inicial, final
> do corpo)
>
> V-vf = -(V-vi) => vf= -vi + 2V
>
> Ou seja, o corpo muda seu sentido e ganha mais duas vezes a
velocidade do
> braço.
>
> Finalmente, a velocidade final do corpo não depende, portanto, da
massa do
> braço, pois para todos os efeitos o braço é infinitamente massivo em
> comparação com o corpo, já que sua velocidade é mantida pelo motor.
>
> Um abraço,
> Eric.
>
> ----- Original Message -----
> From: "Ligia Amorese" <ligia5555@y...>
> To: <ciencialist@y...>
> Sent: Tuesday, March 18, 2003 11:35 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Fw: Quantidade de movimento - Ligia
>
>
> > Olá Léo,
> >
> > --- Em ciencialist@y..., "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@u...>
> > escreveu
> > > Oi Lígia, quer cuidar da resposta para esse consulente, para
mim?
> > Estou entupido de perguntas!
> > > agradeço,
> > > Léo
> >
> >
> > ---> Pepino? Espero não dar furo... sabe que fazem éons que eu
não
> > leio nada sobre física? :O Meus pobres livros embolorados...
> >
> >
> > > Carlos Roberto De Oliveira Castro
> > > e-mail: carlos.castro@t... e carlos_castro@t... e
> > carloscastro75@h...
> > > escolaridade:universitário
> > >
> > >
> > > Imagine um equipamento que possua um braço metálico (como uma
> > régua) e o mesmo (o braço) gire descrevendo um círculo - movimento
> > circular (como um catavento ou ventilador) , tendo velocidade
> > constante, rotacionado por um motor elétrico. No círculo que o
mesmo
> > descreve, se colocarmos um objeto para se chocar com o braço
ocorrerá
> > a conservação da quantidade de movimento ?<
> >
> >
> > ---> Bem... leia-se o Princípio da Conservação da Quantidade de
> > Movimento: "É constante a quantidade de movimento de um sistema
> > quando a resultante das forças externas for nula".
> >
> > O que isso quer dizer? Quer dizer que a quantidade inicial de
> > movimento = Qinicial tem que ser igual a Qfinal para que quando
uma
> > for subtraída da outra o resultado seja zero, o que vai implicar
que
> > não houve perda. Levando-se em conta que Q = m*V, sendo tal
grandeza
> > vetorial (dependente do sentido), para que haja conservação, a
objeto
> > que se choque contra o braço em movimento terá que ter massa e
> > velocidade tais que quando multiplicadas e somadas à massa
> > multiplicada pela velocidade final do braço resulte num valor
igual
> > ao da quantidade de movimento inicial que no caso é apenas do
braço.
> > Note que pelo fato do braço estar apresentando um movimento
circular
> > uniforme, não levei em conta a velocidade angular.
> >
> > Em outras palavras, veja a expressão no parágrafo seguinte...
> >
> >
> > > Sei que se um corpo ganha quantidade de movimento, o outro no
> > choque deve perder, se no caso o mesmo continua com a mesma
> > quantidade (devido a uma força externa - motor elétrico), podemos
> > dizer que ocorreu a conservação?como ficaria a expressão
matemática
> > para esse caso (antes do choque e depois do choque)?<
> >
> >
> > ---> Consideremos "*" como sinal de multiplicação, "b" referente
ao
> > braço e "o" referente ao objeto, "i" para inicial e "f" para
final:
> >
> > Qi = Qf
> >
> > Qi = mb*Vb
> > Qf = mb*Vb1 + mo*Vo
> >
> > Para que haja conservação do movimento, basta igualar uma
expressão à
> > outra. Se forem iguais, haverá conservação. Se diferentes, não.
> >
> > Nota: não estou considerando diferenças de direção de sentido da
> > trajetória dos objetos em questão após o choque, uma vez que o
braço
> > permanece no lugar, pelo menos em tese ( se não quebrar :)... já
em
> > relação ao movimento final do objeto contundente, tudo vai
depender
> > da natureza do mesmo, se uma bola, se outro braço...
> >
> >
> > > Se aumentarmos a massa do braço - por exemplo 10 vezes mais - o
> > mesmo objeto que se chocar com o novo braço irá ganhar um
acréscimo
> > na quantidade de movimento? pois um amigo meu me disse que
provaria
> > por se tratar de um motor elétrico que o importante nesse caso
seria
> > apenas a velocidade, mas eu falei que a velocidade do braço não se
> > alterou devido a aplicação da força externa do motor e disse
também
> > que a mesma deveria ser maior devido a massa do braço, logo,
ocorreu
> > sim troca de quantidade de movimento, porém a mesma não foi
> > verificada devido ao motor, estou certo?<
> >
> >
> > ---> Se a velocidade do braço permanecer constante, só tendo sido
> > alterada a massa, a quantidade de movimento transmitida ao objeto
> > aumenta porque a quantidade de movimento do braço aumentou.
> >
> > Nota: É só pensar que a quantidade de movimento do braço aumenta
na
> > relação direta do incremento da massa, portanto terá aumentado 10
> > vezes em relação à anteriormente considerada -> Q = 10m*V ! No
> > entanto, se você disser que o braço com 10mb exercerá maior força
> > sobre o objeto, estará errado simplesmente porque "as forças são
> > iguais em módulo e atuam em corpos diferentes" (3a Lei de Newton).
> >
> >
> >
> > Beijos, Lígia
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SUBJECT: OFF TOPIC - Matematica ... que nao eh ciencia!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/03/2003 22:30

Ooops! pessoal, cometi um erro ... que teve feliz resultado final!

Ao preparar uma nova mensagem para o ciencialist, em 'Para", digitei 'c' e o Outlook Express automaticamente completou para Cláudio Abreu ... e esqueci de completar 'i' para completar 'ciencialist'. E a mensagem foi para nosso bom conhecido Cláudio, que me brindou com uma mensagem-resposta. Fiquei feliz com esse contato após longo e tenebroso inverno!

Segue:
----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: Claudio Abreu
Sent: Wednesday, March 19, 2003 10:58 AM
Subject: OFF TOPIC - Matematica ... que nao eh ciencia!


:-) Deixemos a discussão do 'Assunto' prá depois.

Esse consulente enviou um 'truque' matemático que já vi em algum lugar. O erro é qqer coisa relacionada com a 'hipotenusa' do triângulo obtido ... que não é exatamente uma reta. Encaixando esses dois triângulos ficaria uma ligeira fresta entre as hipotenusas.
Alguém se recorda disso!
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Romualdo Carrasco
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: quarta-feira, 19 de março de 2003 10:47
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


recebi uma mensagem onde um quadrado dividido em 64 partes ( 8x8)) é recortado de ttal forma que o transforma em um um retângulo de ( 5x13) com encaixe perfeito ,perfazendo 65 partes . pode explicar como ? grato
================================
Aqui reproduzo a mensagem-resposta do amigo Claudio (mesmo sem autorização dele; creio que não haveria impossições):
Caro Luiz,

Realmente eu me lembro, mas como formatei o meu HD perdi as mensagens. Contudo acho que foi o Alberto Mesquita Filho que introduziu esse assunto na Ciencialist.

Conheca o meu novo site, ainda em construção:

www.cbas.hpg.com.br

Lá você vai poder escutar os meus dois CD´s, o primeiro de1996 e o segundo que vou lançar agora em 2003, além dos meus trabalhos sobr a TGBD e so o Plano Real.

Abraços,

Claudio
====================================


SUBJECT: Re: [ciencialist] OFF TOPIC - Matematica ... que nao eh ciencia!
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/03/2003 04:37

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Wednesday, March 19, 2003 10:30 PM
Subject: [ciencialist] OFF TOPIC - Matematica ... que nao eh ciencia!

> Esse consulente enviou um 'truque' matemático que já vi em algum lugar. O
> erro é qqer coisa relacionada com a 'hipotenusa' do triângulo obtido ...
> que não é exatamente uma reta. Encaixando esses dois triângulos ficaria
> uma ligeira fresta entre as hipotenusas.
> Alguém se recorda disso!

> recebi uma mensagem onde um quadrado dividido em 64 partes ( 8x8)) é
> recortado de ttal forma que o transforma em um um retângulo de ( 5x13)
> com encaixe perfeito ,perfazendo 65 partes . pode explicar como ? grato

Esse desafio foi apresentado na Lista "Matemática e Física" por Humberto
Caputo, mensagem 196 de setembro de 2000 - vide
http://groups.yahoo.com/group/matematica-fisica/message/196 (para visualizar
a figura clique em Download no final da página).

O meu comentário da época está na mensagem 197 - vide
http://groups.yahoo.com/group/matematica-fisica/message/197 . Para
acompanhar a solução do aparente paradoxo deve-se também fazer o download
das 3 figuras.

> Aqui reproduzo a mensagem-resposta do amigo Claudio (mesmo sem autorização
> dele; creio que não haveria impossições):

Sem Problemas, o Claudio não é divogado. ;-))

> > Caro Luiz,
> > Realmente eu me lembro, mas como formatei o meu HD perdi as mensagens.
> > Contudo acho que foi o Alberto Mesquita Filho que introduziu esse
> > assunto na Ciencialist.

Eu tenho a impressão que discutimos o assunto aqui na Ciencialist, mas não
consegui localizar as mensagens. Provavelmente o título foi outro, pois a
Google deu como resposta apenas a lista "Física e Matemática".

> > Conheca o meu novo site, ainda em construção:
> > www.cbas.hpg.com.br
> > Lá você vai poder escutar os meus dois CD´s, o primeiro de1996 e o
> > segundo que vou lançar agora em 2003, além dos meus trabalhos sobr a
> > TGBD e so o Plano Real.
> > Abraços,
> > Claudio

Pois é, estou escrevendo esta mensagem ouvindo o CD do Claudio Abreu "Por
que não ousar?", muito bom por sinal. Enquanto o mundo está prestes a entrar
em guerra, ainda existe alguém que se preocupa em musicar a paz. Esse é o
meu net-amigo Claudio Abreu.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Mas indiferentemente a tudo isso, o neutrino tem massa, o elétron não é uma
carga elétrica coulombiana e a Terra se move. E a história se repetirá.



SUBJECT: O "Migalhas" informa:
FROM: "Silvio Cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: Acrópolis <acropolis@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/03/2003 08:28

Monitorando e-mails



O TRT da 10ª Região reconheceu justa causa na demissão de um funcionário do HSBC Seguros Brasil, pelo fato de seu computador ter enviado mensagens pornográficas. O tribunal considerou ainda legitima a ação da empresa em monitorar o terminal do empregado, sem que isso caracterize invasão da privacidade.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] OFF TOPIC - Matematica ... que nao eh ciencia!
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/03/2003 11:10

Essa ilusão é muito interesante, mas não me parece ser o que foi descrito
pelo consulente do Léo. Ele fala de um quadrado que se transforma em um
retângulo aparentemente de área maior. Esta ilusão eu nunca vi, e não
consigo pensar em como ela se produz. De alguma forma, as 65 partes não são
obviamente de mesma área que as 64 partes originais, mas qual o truque?

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>


> Esse consulente enviou um 'truque' matemático que já vi em algum lugar. O
> erro é qqer coisa relacionada com a 'hipotenusa' do triângulo obtido ...
> que não é exatamente uma reta. Encaixando esses dois triângulos ficaria
> uma ligeira fresta entre as hipotenusas.
> Alguém se recorda disso!

> recebi uma mensagem onde um quadrado dividido em 64 partes ( 8x8)) é
> recortado de ttal forma que o transforma em um um retângulo de ( 5x13)
> com encaixe perfeito, perfazendo 65 partes . pode explicar como ? grato

Esse desafio foi apresentado na Lista "Matemática e Física" por Humberto
Caputo, mensagem 196 de setembro de 2000 - vide
http://groups.yahoo.com/group/matematica-fisica/message/196 (para visualizar
a figura clique em Download no final da página).

O meu comentário da época está na mensagem 197 - vide
http://groups.yahoo.com/group/matematica-fisica/message/197 . Para
acompanhar a solução do aparente paradoxo deve-se também fazer o download
das 3 figuras.






SUBJECT: Humor na ciência(atualizado 19/03/2003)
FROM: "brudna" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/03/2003 15:22

As novidades no site ´Humor na ciência´

Homens que não se barbeiam têm menos orgasmos
http://www.humornaciencia.hpg.ig.com.br/noticias/barba.htm

Engenharia não é uma ciência exata
http://www.humornaciencia.hpg.ig.com.br/miscelanea/engenharia.htm

Tenha mais cuidado com seu sabre de luz! (vídeo)
http://www.humornaciencia.hpg.ig.com.br/fc/sabre.htm

Evolução da matemática
http://www.humornaciencia.hpg.ig.com.br/matematica/evol.htm

Avaliação matemática
http://www.humornaciencia.hpg.ig.com.br/matematica/avaliando.htm

Motivação matemática
http://www.humornaciencia.hpg.ig.com.br/matematica/motivo.htm

Visite também o BLOG do site em
http://www.humornaciencia.hpg.ig.com.br/blog/


Obrigado pela atenção
Luis Brudna




SUBJECT: Re: atrito
FROM: "Watson Fernando" <watson@lmn.con.ufrj.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/03/2003 15:01

Para quem se interessar em calcular a força de atrito em termos de princípios
fundamentais:

Friction at the atomic scale
J. Krim
Scientific American 275(4) 48 (1996)

[]s

Watson


SUBJECT: Ceticismo
FROM: "brudna <lrb@iq.ufrgs.br>" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/03/2003 16:03

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Alberto Mesquita Filho"
Um deles é o Manoel Bulcão, que anda desaparecido da Ciencialist.
> O Brudna, moderador da Ciencialist, também parece-me ser um cético
de
> respeito, mas aqui na Ciencialist ele prefere não se expor, no que
eu acho
> que faz muito bem, pois como moderador ele deve manter a
neutralidade. Não
> obstante, nem é necessário que ele emita opinião alguma, pois o
simples fato
> de a Ciencialist ser o que é demonstra o valor do Brudna. Existem
outros,
> mas como disse, são poucos.


Digamos que o meu ceticismo nasce de uma curiosidade chata. :-)

Em tempo, temos 20 novos membros na lista.


Ateh
Luis Brudna









SUBJECT: Vídeos de reações químicas
FROM: "Marcelo Kunimoto <airdown@ig.com.br>" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/03/2003 18:28

Boom:
http://jchemed.chem.wisc.edu/jcesoft/cca/cca0/sampmovs.htm

MK



SUBJECT: Fw: eco
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/03/2003 19:34

Carolina explica a dúvida sobre o eco da palavra 'pato' ou do grasnar do pato.
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Carol Cordeiro
Para: Luiz Ferraz Netto
Enviada em: sábado, 22 de março de 2003 16:16
Assunto: Re: eco


Quando o pato Faz "qüem qüem", não tem eco, ele é o único animal q ñ tem eco

Obrigada

Carolina Cordeiro

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: Carol Cordeiro
Sent: Sunday, March 16, 2003 8:36 PM
Subject: Re: eco


Carolina, por obséquio, especifique essa sua dúvida. Quem "não tem eco"? Gritar a palavra 'pato' ou o grasnar dos patos?
agradeço,
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Carol Cordeiro
Para: leobarretos@uol.com.br
Cc: Carol Cordeiro
Enviada em: sábado, 15 de março de 2003 14:43
Assunto: eco


Por que pato não tem eco?
Se tiver alguma explicação por favor me responda

Grata
Carolina Cordeiro

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: Equilibrio
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/03/2003 19:53

Acabei de sair de um bom soninho; agora estou esperto. Todavia nada experto quanto ao tema da consulta abaixo, em trabalhos de surdos-mudo. Aceito sugestões.
[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Isa Matos" <Zipa@mail.pt>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: sábado, 22 de março de 2003 19:04
Assunto: Equilibrio


| Boa Tarde!
| Sou aluna do 2º ano de Design, na Escola Superios de Tecnologias Gestão
| Arte e Design das Caldas de Rainha, e venho por este meio sulicitar a sua
| ajuda para um trabalho sobre o desenvolvimento do equilibrio dos
| surdos-mudos. Queria assim que, se possivel, me fornece-se alguns dados
| sobre o equilibrio e também exemplos de alguns equipamentos utilizados para
| o desenvolvimento deste.
|
| Obrigado pela atenção,
| Cumprimentos
| Isa Matos
| --
| Adira já ao Net Dialup Light. Acesso profissional gratuito.
| NovisNet, a Internet de quem trabalha. http://www.novisnet.pt
|


SUBJECT: RE: [ciencialist] Fw: eco
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/03/2003 21:19

>CONSULENTE DO LÉO: Quando o pato Faz "qüem qüem", não tem eco, ele é o
único animal q ñ tem eco<

Léo,

Vou responder a sério, para compensar a última mensagem. Juro que pensei
que a pergunta fosse gozação da consulente. O assunto é discutido em
vários websites e é mais um desses mitos que parecem propagar-se mais
eficientemente do que a informação científica (alguém ainda vai fazer
uma tese sobre isso). Teria ele origem local, ou teria sido importado
dos EUA, como tantas outras bobagens?

O "qüem qüem" dos patos produz eco como qualquer outro som. O grasnado
dos patos não tem propriedades acústicas especiais. Cecil Adams,
jornalista do "Chicago Reader", e extraordinária demolidora de mitos
(veja o link para o coluna em questão abaixo), discutiu o assunto em
1998. Um dos leitores de Cecil realizou a experiência, levando um pato
para um local famoso por produzir ecos e, como prevê o bom senso, o
grasnado do pato produziu tanto eco quanto qualquer outro som.

Um abraço,
Colucci

http://www.straightdope.com/classics/a5_071.html









SUBJECT: Re: Fw: eco
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/03/2003 00:52

Oi!

Só para afirmar mais ainda a coisa: minha avó tinha patos em casa e
eu me lembro que quando a gente entrava num corredor que dava acesso
ao quintal, se algum pato começasse com os qüem-qüens dando alarme
pro resto, a gente ficava atordoada com o barulho deles ecoando nas
paredes altas...

Beijos, Lígia

************************************
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Jose Colucci Jr."
<j.colucci@r...> escreveu
> >CONSULENTE DO LÉO: Quando o pato Faz "qüem qüem", não tem eco, ele
é o
> único animal q ñ tem eco<
>
> Léo,
>
> Vou responder a sério, para compensar a última mensagem. Juro que
pensei
> que a pergunta fosse gozação da consulente. O assunto é discutido em
> vários websites e é mais um desses mitos que parecem propagar-se
mais
> eficientemente do que a informação científica (alguém ainda vai
fazer
> uma tese sobre isso). Teria ele origem local, ou teria sido
importado
> dos EUA, como tantas outras bobagens?
>
> O "qüem qüem" dos patos produz eco como qualquer outro som. O
grasnado
> dos patos não tem propriedades acústicas especiais. Cecil Adams,
> jornalista do "Chicago Reader", e extraordinária demolidora de mitos
> (veja o link para o coluna em questão abaixo), discutiu o assunto em
> 1998. Um dos leitores de Cecil realizou a experiência, levando um
pato
> para um local famoso por produzir ecos e, como prevê o bom senso, o
> grasnado do pato produziu tanto eco quanto qualquer outro som.
>
> Um abraço,
> Colucci
>
> http://www.straightdope.com/classics/a5_071.html



SUBJECT: Re: eco
FROM: "villem" <nevillex@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/03/2003 10:20

> >CONSULENTE DO LÉO: Quando o pato Faz "qüem qüem", não tem eco, ele
é o único animal q ñ tem eco<

Olá patistas !

Essa pequena lenda, de que o grasnar do pato não produza eco, talvez se
origine de uma "pegadinha" infantil do folclore medieval europeu, onde se
pergunta: Qual o bicho que também canta ao contrário? - um corte na
seqüência repetida de qüemqüemqüem..., pode ser emqüeuenqüemq,
som oposto ou invertido do original. A idéia de que esse cantar não
produza eco pode estar ligada a um arquétipo de pensamento mágico,
indutor da crença em que a materialização de um efeito ocorra devido a
verbalização (pronúncia do nome) e a sua anulação, ou retorno à origem,
ocorra através da pronuncia do nome ao contrário. Assim se torna
"lógico" (plausível) aceitar que um cantar seja anulado pelo cantar
contrário (o eco), dando assim fundamento à lenda..Fisicamente, a
anulação de sons pode até acontecer, porém, em condições muito
específicas.

Abraços

Villem



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: eco
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/03/2003 12:58

Um dos patistas protesta contra duas das idéias apresentadas:
1)
"[...] Assim se torna "lógico" (plausível) aceitar que um cantar seja anulado pelo cantar
contrário (o eco), dando assim fundamento à lenda."
Essa possibilidade está definitivamente afastada, pois um 'som contrário' (meuq-meuq) não poderia mesmo anular um 'som original'.
2)
"Fisicamente, a anulação de sons pode até acontecer, porém, em condições muito
específicas."
Também não, pois como a reflexão ocorre em "parede fixa" o som-eco apresentará inversão de fase (180 graus) em relação ao som direto e, como tal, não há chance de anulamento. Além do que, ambos, direto e refletido, chegam ao ouvido, digo orelha, segundo direções distintas.

[]'
Patista divino

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "villem" <nevillex@ig.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 23 de março de 2003 10:20
Assunto: [ciencialist] Re: eco


| > >CONSULENTE DO LÉO: Quando o pato Faz "qüem qüem", não tem eco, ele
| é o único animal q ñ tem eco<
|
| Olá patistas !
|
| Essa pequena lenda, de que o grasnar do pato não produza eco, talvez se
| origine de uma "pegadinha" infantil do folclore medieval europeu, onde se
| pergunta: Qual o bicho que também canta ao contrário? - um corte na
| seqüência repetida de qüemqüemqüem..., pode ser emqüeuenqüemq,
| som oposto ou invertido do original. A idéia de que esse cantar não
| produza eco pode estar ligada a um arquétipo de pensamento mágico,
| indutor da crença em que a materialização de um efeito ocorra devido a
| verbalização (pronúncia do nome) e a sua anulação, ou retorno à origem,
| ocorra através da pronuncia do nome ao contrário. Assim se torna
| "lógico" (plausível) aceitar que um cantar seja anulado pelo cantar
| contrário (o eco), dando assim fundamento à lenda..Fisicamente, a
| anulação de sons pode até acontecer, porém, em condições muito
| específicas.
|
| Abraços
|
| Villem
|
|
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SUBJECT: Fw: Usuario agradecido
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/03/2003 13:29

RV: Usuario agradecidoA todos nós .........
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Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
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-----Mensagem Original-----
De: Ivan Pardo
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: domingo, 23 de março de 2003 12:44
Assunto: RV: Usuario agradecido


Don Luis:
El presente tiene por objeto, felicitarlo y agradecer vuestro trabajo en la pagina web feiradeciencias.com, la que me parece es una de las bien diseñadas y los contenidos tratados en forma didáctica y amena, la he recomendado a colegas eléctricos y electrónicos como forma de recordar lo estudiado y ahondar en cosas que han sido aprendidas en forma teórica y que gracias a vuestros esfuerzos se pueden llevar a la practica en forma de laboratorio o para ahondar los conocimientos y tener experiencia practica de los eventos que muestra en los recorridos por la pagina web.

Gracias, quedo a vuestra disposición



Iván G. Pardo Escobar
Técnico en Electrónica
ipardo@saiport.cl
Chile


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: eco
FROM: "villem" <nevillex@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/03/2003 13:53

Patista divino:
1) a frase sobre a plausibilidade está no âmbito do "pensamento mágico" e
não da física.
2) reflexão de sons estacionários (não se trata de eco do
grasnar de patos) produzem nós, as vezes voz, mas nunca eles.

Abraços
Villem



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: eco
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/03/2003 20:21

Villem, experto em patos, engasga na física:

| Patista divino:
| 1) a frase sobre a plausibilidade está no âmbito do "pensamento mágico" e
| não da física.

divindade patológica: OK. Plausível!

| 2) reflexão de sons estacionários (não se trata de eco do
| grasnar de patos) produzem nós, as vezes voz, mas nunca eles.

divindade patológica: Ondas sonoras estacionárias, com nós e ventres, só para frequências fixas! Nenhuma 'vós', mesmo declamando Camões, produzirá estacionária. :-)

[]'
patista divino



SUBJECT: Re: Bissexualidade e outros temas - epílogo
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/03/2003 17:45

Roberto Takata
> > > Discordo de q. haja muitos indícios a favor da neotenia como
> > > processo predominante na evolução da linhagem humana.

Manuel Bulcão
> > Você é minoria.

-------------
Lieberman, Daniel E 2002 - Whither the evolution of human growth and
development? (book review). Evolutionary Anthropology 11: 246-8.

[Livros resenhados:
*Development, Growth and Evolution: Implications for the Study of the
Hominid Skeleton. P O´Higgins and M Cohn (eds)2000 - Academic Press,
271 pp.
*Human Evolution through Developmental Change. N Minugh-Purvis & KJ
McNamara (eds) 2002 - The Johns Hopkins University Press, 508 pp.
*Beyond Heterochrony - The Evolution of Development. Miriam Leah
Zelditch (Editor) 2001 - Wiley-Liss, 392 pp.]

[...] Let us start with heterochrony, first formulated explicitly by
Haeckel in 1866, and revived almost single-handedly by the late
Steven [sic] Jay Gould´s landmark book, Ontogeny and Phylogeny.
Heterochrony analyses are based on the simple idea that changes in
the rate and/or timing of specific developmental processes can cause
many phenotipic changes. Heterochrony has been both a boon and a
curse ever since it was revived because it is so easily
operationalized and because it potentially explains how simple
mechanisms can account for large evolutionary shifts. According to
this framework, descendants can differ from their ancestors by
altering the rate at which specific features grow, the lenght of time
that they grow, or both. For example, many differences cranial shape
between humans and chimpanzees arise during ontogeny because the
human brain grows more rapidily and for longer than does the
chimpanzee brain. Such cases of more development of a particular
feature during ontogeny in a descendant than in a ancestor are
termed /peramorphosis (or hypermorphosis)/. The opposite pattern,
less development during ontogeny in a descendant than in a ancestor,
is termed /pedomorphosis (or hypomorphosis)/. Peramorphosis and
pedomorphosis are divided into further subcategories, the most famous
of which is /neoteny/, a type of pedomorphosis in which the juvenile
form of an ancestor is retained in the adult stage of the descendant.
[...]
/Human Evolution through Developmental Change/ contains excellent
reviews of the assumptions and mathematical bases that underlie
heterochrony analyses [...] There are also a few good case studies
[...] Perhaps the most interesting is McKinney´s work on the
evolution of the brain. McKinney argues that the human brain, as
compared to that of apes, evolved through two major peramorphic
changes. First, more cells are alloted to the human brain early in
development. Second, human growth is characterized by a series of
sequential delays (called sequential hypermorphosis) in general
somatic and neural mitosis. These delays generate longer duration of
all developmental stages, a larger brain, and a larger body mass. In
other words, a few ontogenetically early shifts that alter many
aspects of phenotype and life history can explain in one fell swoop
many of the differences between humans (big-brained, big-bodied, and
slow-growing) and both chimpanzees and australopithecines (small-
brained, small-bodied, and fast growing).
[...]
Heterochrony studies also require the assumption that the
morphological features one measures are homologous, independent
units. This assumption has bedeviled many studies, which have failed
to dissociate heterochronies between integrated regions. As Shea
points out in /Human Evolution through Developmental Change/, studies
of whether the human skull is globally neotenous are pointless
because the human skull comprises several regions that probably have
quite different heterochronies. Our brain are obviously peramorphic,
but our faces may well be pedomorphic. A consequence of this
phenomenon is that analyses of integrated morphologies can
unwittingly conflate dissociated heterochronies as, for example,
Lieberman shows for the brow ridge in /Development, Growth and
Evolution/.
------------

Manuel, se quiser ´brigar´ com o cara: danlieb@fas.harvard.edu

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Fw: Acidos. - Alo Brudna
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/03/2003 18:35

Oi Brudna,

quebra essa!
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Mauricio Pavan
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: segunda-feira, 24 de março de 2003 18:20
Assunto: Acidos.


Caro professor.

Vi no site http://www.feiradeciencias.com.br/sala21/21_07.asp#topo um link para seu e-mail e resolvi escrever para lhe pedir maiores informações sobre como fazer acido sulfurico..... estou estudando muito mas ainda nao consegui obter um bom resultado. Sei que preciso reagir o enxofre com o chumbo, mas nao consegui fazer direto.
O senhor poderia me mandar detalhadamente, paso a paso os procedimentos para que eu possa fazer acido sulfurico.
Não quero comprar acido de bateria de carro, quero fazer em casa!!!

Muito obrigado!!!


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Estabelecimentos boicotam produtos dos EUA na Alemanha
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2003 10:23


Na Alemanha não só os consumidores, mas os próprios estabelecimentos tomam
a iniciativa nos protestos contra produtos estado-unidenses.

http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2003/03/26/int015.html

(...)
Alemanha - Já é comum em restaurantes de Berlim, Munique, Bonn e outras
cidades importantes avisos como este: "Sentimos, mas não há Coca-Cola
disponível por causa da situação política corrente." Esses estabelecimentos
evitam vender também cerveja Budweiser, cigarros Marlboro, uísque americano
e não aceitam pagamentos com o cartão American Express. "Se as pessoas ao
redor do mundo deixarem de consumir produtos americanos, eles, certamente,
mudarão de política", disse Jean-Yves Mabileau, dono do L'Auberge
Française, em Hamburgo. Outros dez estabelecimentos da cidade participam do
protesto.

No restaurante Osteria, em Berlim, há um cartaz com a frase: "As coisas vão
muito melhor sem Coca-Cola." Esses boicotes parecem fazer parte de um
crescente movimento mundial. Um site na internet
(www.consumers-against-war) apresenta uma lista de 27 grandes empresas
americanas, que vão da Microsoft à Kodak.
(...)

Texto integral em:
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2003/03/26/int015.html

Belisário






SUBJECT: Re: Estabelecimentos boicotam produtos dos EUA na Alemanha
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2003 10:23


Oi. Perdão, isso deveria ir para outra lista!
Até,
Belisário

At 10:23 26/03/03 -0300, you wrote:

>Na Alemanha não só os consumidores, mas os próprios estabelecimentos tomam
>a iniciativa nos protestos contra produtos estado-unidenses.
>
>http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2003/03/26/int015.html
>
>(...)
>Alemanha - Já é comum em restaurantes de Berlim, Munique, Bonn e outras
>cidades importantes avisos como este: "Sentimos, mas não há Coca-Cola
>disponível por causa da situação política corrente." Esses estabelecimentos
>evitam vender também cerveja Budweiser, cigarros Marlboro, uísque americano
>e não aceitam pagamentos com o cartão American Express. "Se as pessoas ao
>redor do mundo deixarem de consumir produtos americanos, eles, certamente,
>mudarão de política", disse Jean-Yves Mabileau, dono do L'Auberge
>Française, em Hamburgo. Outros dez estabelecimentos da cidade participam do
>protesto.
>
>No restaurante Osteria, em Berlim, há um cartaz com a frase: "As coisas vão
>muito melhor sem Coca-Cola." Esses boicotes parecem fazer parte de um
>crescente movimento mundial. Um site na internet
>(www.consumers-against-war) apresenta uma lista de 27 grandes empresas
>americanas, que vão da Microsoft à Kodak.
>(...)
>
>Texto integral em:
>http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2003/03/26/int015.html
>
>Belisário
>
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SUBJECT: Re: Velocidade da luz
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2003 10:29


Caros,

Obrigado (atrasado, este e-mail estava tendo problemas no Yahoogroups)
pelas informações sobre coisas macroscópicas indo a velocidades próximas à
da luz. O Carl Sagan também imaginou alguns métodos (um deles, a tal "vela
solar" do texto enviado pela Lígia) em alguns livros seus, como "Cosmos" ou
"A vida inteligente no Universo" (este último de Carl Sagan e I. S.
Chklovskii, publicações Europa-América, Lisboa).

Abaixo, vai uma cópia da resposta que enviamos para a leitora da
ComCiência, baseada nas informações de vocês.

Abraços e abraças,
Belisário

-----------------------------------------------

Primeiro, há que se lembrar que o que a relatividade proíbe é a
velocidade maior do que 300.000 km/s, que corresponde à velocidade da luz
no vácuo e na ausência de campo gravitacional (c). A velocidade da luz em
qualquer outro meio é menor do que c e pode haver objetos que viajam mais
rápido do que ela. Partículas que viajam mais rápido do que a velocidade da
luz em determinado meio - num líquido, por exemplo - emitem um tipo de
radiação chamada radiação Cerenkov. Essa radiação é observada, por exemplo,
em detectores de partículas em aceleradores de partículas ou em detectores
de raios cósmicos.

Outra coisa: na presença de campo gravitacional, a velocidade da
luz no vácuo varia, dependendo da intensidade do campo, e pode ser maior do
que 300.000 km/s. Mas continua sendo impossível um objeto ultrapassar a
velocidade da luz no vácuo.

Agora, sobre objetos com velocidades maiores do que c:

Sobre pesquisas sérias sobre objetos com velocidades iguais à da
luz no vácuo, acho totalmente improvável. Mas, para frações substanciais
dela, como 15% de c, existem. Essas pesquisas usam o seguinte princípio
básico: pode-se obter velocidades muito grandes com acelerações módicas,
desde que a aceleração se mantenha durante um tempo muito longo. As atuais
naves aceleram-se por um determinado tempo, pois o combustível é finito.
Mas, se se usar uma fonte de energia inesgotável, como a energia solar,
pode-se manter a aceleração durante tempo suficiente para atingir frações
apreciáveis da velocidade da luz.

Uma dessas pesquisas é sobre a vela solar ("solar sail"). É uma
nave que usa a energia solar (a "vela" é um enorme painel solar) para
acelerar por tempo muito longo. A primeira nave de vela solar foi lançada
em julho de 2002. Avalia-se que essa tecnologia tem condições, se
suficientemente explorada, de chegar a 15% de c. Há muitas informações
sobre essa tecnologia no site do projeto da Vela Solar:
http://www.planetary.org/solarsail/

Há também essas matérias da IstoÉ digital:
http://istoedigital.terra.com.br/noticia2.asp?CodigoNoticia=426
http://istoedigital.terra.com.br/noticia1.asp?CodigoNoticia=341
http://istoedigital.terra.com.br/noticia2.asp?CodigoNoticia=458

O físico Carl Sagan descreveu algumas especulações sobre métodos
de se alcançar velocidades próximas à da luz com naves espaciais, todas
baseando-se no princípio de aceleração constante durante um tempo muito
grande. Um desses métodos é a dita vela solar. Esses métodos estão
descritos em alguns livros seus, como "Cosmos" ou "A vida inteligente no
Universo" (este último de Carl Sagan e I. S. Chklovskii, publicações
Europa-América, Lisboa).

Sobre mandar energia com velocidade maior do que c, com as teorias
físicas conhecidas e corroboradas por experimentos (Relatividade), não é
possível. Entretanto, há diversas situações onde isso é aparentemente
violado - mas só aparentemente. Um caso desses é a teleportação quântica.
Às vezes aparece a alegação de que a teleportação quântica permite enviar
sinais com velocidade infinita. Essa informação não é verdadeira. Na
teleportação quântica, uma parte da informação é enviada instantaneamente
(conexão não-local), e uma parte de forma clássica, a velocidade abaixo de
c (conexão local). A informação transmitida por conexão não-local só pode
ser acessada com o auxílio da informação transmitida localmente. E isso é
uma característica intrínseca do princípio do teleporte quântico, ou seja,
toda tecnologia que usa esse princípio possui essa limitação. Na verdade, o
princípio físico fundamental de que se vale o teleporte quântico, chamado
paradoxo EPR (Einstein-Podolski-Rosen), não permite a transmissão de
informação causal a velocidade maior do que c (novamente, ao contrário de
várias alegações de que isso é possível). No que depender do paradoxo EPR,
qualquer apetrecho que o use não poderá ultrapassar a velocidade da luz.
Mais sobre o teleporte quântico aqui:
http://www.comciencia.br/noticias/21fev03/teleporte.htm

Há diversas outras situações que aparentemente permitem
ultrapassar a velocidade da luz, mas sem passar da aparência. Uma coleção
dessas situações aparece neste site:
http://math.ucr.edu/home/baez/physics/Relativity/SpeedOfLight/FTL.html



SUBJECT: Música do Império Otomano
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2003 10:33


Oi, Lígia! Adivinha o que tenho aqui, depois de duas ou três eras
geológicas! Aquele CD de música do Império Otomano tem as seguintes
referências:

FASL - Musique de l'Empire Ottoman
Ensemble de Kudsi Erguner
Código B6737
(Gravadora?) Ethnic (França)

Mil desculpas pela demora colossal. Sou meio passado.
Abraços,
Belisário



SUBJECT: Re: Música do Império Otomano
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2003 10:35


Caramba, hoje estou passadíssimo. Acabo de enviar uma mensagem
particular para a lista! Desculpas à Lígia e a todos.
Belisário

> Oi, Lígia! Adivinha o que tenho aqui, depois de duas ou três eras
> geológicas! Aquele CD de música do Império Otomano tem as seguintes
> referências:
>
> FASL - Musique de l'Empire Ottoman
> Ensemble de Kudsi Erguner
> Código B6737
> (Gravadora?) Ethnic (França)
>
> Mil desculpas pela demora colossal. Sou meio passado.
> Abraços,
> Belisário



SUBJECT: Re: Música do Império Otomano
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2003 10:57

Oi Belisário!

To rindo aqui, eheheh... sem problemas!

Aliás, você acabou dando uns ares novos à lista. Tem estado
paraaaada... Parece que o Léo não tem tido muitos consulentes
ansiosos por respostas.

Obrigada pela indicação! Vou procurar o tal CD na França mesmo.
Tenho primos que são de lá e não há de ser tão difícil assim.

Beijos, Lígia

*************************************

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Roberto Belisário
<belistas2@t...> escreveu
>
> Caramba, hoje estou passadíssimo. Acabo de enviar uma
mensagem
> particular para a lista! Desculpas à Lígia e a todos.
> Belisário
>
> > Oi, Lígia! Adivinha o que tenho aqui, depois de duas ou
três eras
> > geológicas! Aquele CD de música do Império Otomano tem as
seguintes
> > referências:
> >
> > FASL - Musique de l'Empire Ottoman
> > Ensemble de Kudsi Erguner
> > Código B6737
> > (Gravadora?) Ethnic (França)
> >
> > Mil desculpas pela demora colossal. Sou meio passado.
> > Abraços,
> > Belisário



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Música do Império Otomano
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/03/2003 14:20

----- Original Message -----
From: "Roberto Belisário"
Sent: Wednesday, March 26, 2003 10:35 AM
Subject: [ciencialist] Re: Música do Império Otomano

> Caramba, hoje estou passadíssimo. Acabo de enviar uma mensagem
> particular para a lista! Desculpas à Lígia e a todos.
> Belisário

Sem problemas. Erros desse tipo são perfeitamente toleráveis no mundo
moderno. É como o "fogo amigo" do Bush. "Fogo amigo" é como a Skoll, é o
único que mata redondo.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Enfim, descobri alguma coisa para odiar mais do que a física quântica:
George Bush Jr.
Boycott -Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott -
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Boycott -Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott -
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Boycott -Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott -
Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott -
Boycott -Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott -
Boycott -Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott -
Boycott -Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott -
Boycott -Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott -
Boycott -Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott -
Boycott -Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott -
Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott -
Boycott -Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott -
Boycott -Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott -



SUBJECT: Off-Topic - triste noticia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, "STR_Brasil" <strbrasil@yahoogrupos.com.br>, "SBCR" <sbcr@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/03/2003 15:17

Faleceu meu guru.

Ontem fui a SP acompanhado do Presidente dos Independentes e Coordenador do Parque do Peãozinho para uma reunião com Dr. Ernest W. Hamburger na Estação-Ciência.
Em meio nosso papo técnico da instalação da Feira de Ciências em Barretos citei minha troca de correspondência sobre Termodinâmica com meu guru Tore Nils Olof Folmer-Johnson ... e de imediato o Prof. Hamburger informou-me do falecimento do Prof. Johnson a já cerca de 1 mês!
Agora, conferindo, sua última mensagem prá mim, dista de 1 mês e 20 dias!

Perdi meu guru!

Pesaroso deixo aqui essa mensagem de uma triste perda não só a familiares e amigos como para a Educação de nossos jovens.

Mestre, vc foi um vencedor!

aquele meu particular abraço,

Léo-Luiz Ferraz Netto



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Música do Império Otomano
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/03/2003 15:25

Alberto, aí está uma coisa em que concordamos perfeitamente, sem gnomos nem
nada !

(quer dizer, os Gnomos de Zurique podem estar por trás de tudo isto. Mas aí
é outra história)

Abraços,
Dbohr



SUBJECT: Guerra no Iraque.
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2003 15:35




Leia a carta de Paulo Coelho "Obrigado, presidente Bush"




Fonte: Revista Época on-line.




Obrigado, presidente Bush


Obrigado, grande líder George W. Bush. Obrigado por mostrar a todos o perigo que Saddam
Hussein representa. Talvez muito de nós tivéssemos esquecido que ele utilizou armas
químicas contra seu povo, contra os curdos, contra os iranianos. Hussein é um ditador
sanguinário, uma das mais claras expressões do mal no dia de hoje.

Entretanto, esta não é a única razão pela qual estou lhe agradecendo. Nos dois primeiros
meses deste ano, o senhor foi capaz de mostrar muitas coisas importantes ao mundo e, por
isso, merece minha gratidão.

Assim, recordando um poema que aprendi na infância, quero lhe dizer obrigado.

Obrigado por mostrar a todos que o povo turco e seu parlamento não estão a venda, nem
por US$ 26 bilhões.

Obrigado por revelar ao mundo o gigantesco abismo que existe entre a decisão dos
governantes e os desejos do povo. Por deixar claro que tanto Jose Maria Aznar como Tony
Blair não dão a mínima importância e não têm nenhum respeito pelos votos que receberam.
Aznar é capaz de ignorar que 90% dos espanhóis estão contra a guerra e Blair não se
importa com a maior manifestação pública na Inglaterra nestes 30 anos mais recentes.

Obrigado porque sua perseverança forçou Tony Blair a ir ao parlamento inglês com um
dossiê escrito por um estudante há dez anos, e apresentar isso como "provas contundentes
recolhidas pelo serviço secreto britânico".

Obrigado por enviar Colin Powell ao Conselho de Segurança da ONU com provas e fotos,
permitindo que, uma semana mais tarde, as mesmas fossem publicamente contestadas por
Hans Blix, o inspetor responsável pelo desarmamento do Iraque.

Obrigado porque sua posição fez com que o ministro de Relações Exteriores da França, sr.
Dominique de Villepin, em seu discurso contra a guerra, tivesse a honra de ser aplaudido
no plenário ? honra esta que, pelo que eu saiba, só tinha acontecido uma vez na história
da ONU, por ocasião de um discurso de Nelson Mandela.

Obrigado porque, graças aos seus esforços pela guerra, pela primeira vez as nações
árabes ? geralmente divididas ? foram unânimes em condenar uma invasão, durante o
encontro no Cairo, na última semana de fevereiro.

Obrigado porque, graças à sua retórica afirmando que "a ONU tem uma chance de mostrar
sua relevância", mesmo os países mais relutantes terminaram tomando uma posição contra
um ataque ao Iraque.

Obrigado por sua política exterior ter feito o ministro de Relações Exteriores da
Inglaterra, Jack Straw, declarar em pleno século XXI que "uma guerra pode ter
justificativas morais" ? e ao declarar isto, perder toda a sua credibilidade.

Obrigado por tentar dividir uma Europa que luta pela sua unificação; isso foi um alerta
que não será ignorado.

Obrigado por ter conseguido o que poucos conseguiram neste século: unir milhões de
pessoas, em todos os continentes, lutando pela mesma idéia ? embora esta idéia seja
oposta à sua.

Obrigado por nos fazer de novo sentir que, mesmo que nossas palavras não sejam ouvidas,
elas pelo menos são pronunciadas ? e isso nos dará mais força no futuro.

Obrigado por nos ignorar, por marginalizar todos aqueles que tomaram uma atitude contra
sua decisão, pois é dos excluídos o futuro da Terra.

Obrigado porque, sem o senhor, não teríamos conhecido nossa capacidade de mobilização.
Talvez ela não sirva para nada no presente, mas seguramente será útil mais adiante.

Agora que os tambores da guerra parecem soar de maneira irreversível, quero fazer minhas
as palavras de um antigo rei europeu para um invasor: "Que sua manhã seja linda, que o
sol brilhe nas armaduras de seus soldados ? porque durante a tarde eu o derrotarei."

Obrigado por permitir que todos nós, um exército de anônimos que passeiam pelas ruas
tentando parar um processo já em marcha, tomemos conhecimento do que é a sensação de
impotência, aprendamos a lidar com ela e transformá-la. Portanto, aproveite sua manhã e
o que ela ainda pode trazer de glória.

Obrigado porque não nos escutastes, e não nos levaste a sério. Pois saiba que nós o
escutamos, e não esqueceremos suas palavras.

Obrigado, grande líder George W. Bush.

Muito obrigado.










SUBJECT: Re: Off-Topic - triste noticia
FROM: "josecolucci <j.colucci@rcn.com>" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 26/03/2003 15:37

>Luiz Ferraz Netto: Faleceu meu guru. ... e de imediato o Prof.
Hamburger informou-me do falecimento do Prof. Johnson a já cerca de 1
mês!<

Léo,

Saiu no Boletim do Instituto de Física da USP, artigo de Henrique
Fleming:


------------------------------------------
bIFUSP
ANO XXII - No.01 - 14/02/2003


Tore Nils Olof Folmer Johnson - um Mestre

Quando cheguei a São Paulo, em 1957, minha única preocupação era o
Vestibular, e, obstáculo a ele, o problema de como estudar
Eletricidade e Magnetismo. Em Florianópolis, de onde vinha, só tinha
conseguido aprender alguma coisa num manual prático para
eletricistas, que achei na biblioteca de meu pai. Os livros didáticos
eram inúteis, para dizer o mínimo.

Em São Paulo tudo era diferente. Cheguei tarde demais no ano para
conseguir vaga no então Anglo-Latino, cursinho fundado pelo grande
engenheiro Eduardo Celestino Rodrigues, e inscreví-me no Cursinho do
Grêmio Politécnico. Logo descobri as apostilas de Roberto Salmeron,
Eletricidade e Magnetismo, que se afastavam das apostilas
tradicionais por conterem vida (inserções históricas em tipo
diferenciado, alusões a temas mais avançados, e o estilo de escrita
que eu saberia, mais tarde, associar a um físico ativo em pesquisa).
Só tinham um senão, para aquele fim específico a que se destinavam:
utilizavam o sistema CGS de unidades, que não era mais o que se
costumava usar nos exames.

Nessa época surgiram as apostilas de Eletricidade e Magnetismo do
professor Tore Nils Olof Folmer Johnson, com virtudes semelhantes às
de Salmeron, mas com algumas vantagens: exercícios mais realistas,
para estudantes de vestibular, a introdução da notação vetorial,
ousadia pedagógica que deu certo, e o sistema SI de unidades.

Johnson, engenheiro de formação, era professor de física na Escola
Politécnica e no Curso Anglo-Latino, e desta sua última função
derivava seu enorme prestígio entre os estudantes, que o consideravam
a grande autoridade naquelas áreas da física que ensinava no
cursinho. Estou seguro de que, durante várias décadas, nossos
engenheiros, e muitos físicos, aprenderam sua eletricidade básica
direta ou indiretamente com o professor Johnson.

Era um professor admirável, como poucos que encontrei, entre os quais
quero lembrar outro engenheiro, Deoclides Augusto Gomes Júnior,
professor inigualável de Química, cujas aulas eram teatro da mais
alta qualidade, tanto científica quanto cênica.

Graças à minha amizade com Eduardo Celestino Rodrigues pude ter
muitas conversas com o professor Johnson, naquele ano decisivo para
mim. E foi graças a essas conversas, que me decidi pela física,
malgrado a pressão do professor Eduardo Celestino Rodrigues para que
eu fosse para a "Poli".

Com a reforma universitária, Johnson tornou-se professor do Instituto
de Física, já próximo ao fim de sua carreira.

Parafraseando o General Douglas MacArthur, parece-me que velhos
professores nunca morrem: retiram-se lentamente de cena, deixando
discípulos, lembranças, saudades.


Henrique Fleming




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Off-Topic - triste noticia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/03/2003 18:23

Oi Colucci,

agradeço a citação do artigo. Acentuou-me mais a lembrança de meu estimado guru e citou outro amigo particular caríssimo Deoclides Augusto Júnior. Tenho mil passagens para contar sobre nossas semanais 'friusadas': Deoclides, Johnson, Mauro de Oliveira Cesar, Ângelo Barone Neto, Paulo Bolus, Pompeo Di Tullio e eu (as 'friusadas' eram em meu apartamento na 'baixada do Glicério'!).

Há uma ressalva para o artigo: o tempo de permanência do Prof. Johnson no Anglo-Latino foi exíguo. Seu maior tempo de atuação em cursinho deu-se no Curso Di Tullio (onde ele era sócio com Di Tullio, Mauro, Plácido Loriggio e um médico cujo nome escapa-me ... Kassab? Teixeira? ... senilidade chegando..). Ele tb, durante bom tempo foi Prof. da FEI e, antes de 'pendurar a chuteira' pertenceu ao corpo docente da UNIP na qualidade de orientador.

Em 1973 (quando o Objetivo estava se instalando na Cons. Furtado - Di Gênio, Tadasi Ito e Dr. ... fugiu o nome - outro grande amigão) eu já estava lecionando Estática e Laboratório no Di Tullio por mais de 6 anos, com essa turma boa. Deoclides era nosso Químico. Johnson era nosso Elétrico. Barone o Geômetra. Mauro o Dinâmico. Di Tullio o Funções. Plácido o Desenhista. Carvalhão, da Poli, deu Matemática vários anos.

Bons tempos... bons amigos... boas recordações!

aquele abraço,
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 26 de março de 2003 15:37
Assunto: [ciencialist] Re: Off-Topic - triste noticia


>Luiz Ferraz Netto: Faleceu meu guru. ... e de imediato o Prof.
Hamburger informou-me do falecimento do Prof. Johnson a já cerca de 1
mês!<

Léo,

Saiu no Boletim do Instituto de Física da USP, artigo de Henrique
Fleming:


------------------------------------------
bIFUSP
ANO XXII - No.01 - 14/02/2003


Tore Nils Olof Folmer Johnson - um Mestre

Quando cheguei a São Paulo, em 1957, minha única preocupação era o
=============================================================


SUBJECT: Re: Off-Topic - triste noticia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
CC: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 26/03/2003 18:29

Oi Sérgio,

agradeço suas palavras.

Estive ontem com o Hamburger na Est.-Ciência e no IFUSP, nos laboratórios. Ele está firmão, vai se aposentar nos próximos 2 anos (segundo me informou). Foi meu 'chefe' durante os anos que lá trabalhei e fui seu assessor desde a abertura da Est.-Ciência ... e lá se vão 8 anos!

aquele abraço

Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Sergio Navega" <snavega@attglobal.net>
Para: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 26 de março de 2003 16:27
Assunto: Re: Off-Topic - triste noticia


| Léo,
|
| Por um momento, vi-me compartilhando de seu infortúnio. Ao ler
| rapidamente sua mensagem, pensei que se tratasse do Prof. Hamburger.
| Tive aulas com ele durante minha graduação na Física da USP (há
| mais de 20 anos!). Ainda bem que não se tratava dele.
|
| Não conheci o Prof. Tore, mas faço idéia de que ele deve ter sido
| um grande incentivador para você. Pena eu não ter tido a oportunidade
| de conhecê-lo também.
|
| Abraços,
| Sergio Navega.
|
|



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Off-Topic - triste noticia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/03/2003 05:41

"Em 1973 (quando o Objetivo estava se instalando na Cons. Furtado - Di Gênio, Tadasi Ito e Dr. ... fugiu o nome - outro grande amigão) ..."

Dr. Roger Patti .... I remember!


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Off-Topic - triste noticia
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/03/2003 09:45

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Thursday, March 27, 2003 5:41 AM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Off-Topic - triste noticia


> "Em 1973 (quando o Objetivo estava se instalando na Cons. Furtado -
> Di Gênio, Tadasi Ito e Dr. ... fugiu o nome - outro grande amigão) ..."
> Dr. Roger Patti .... I remember!

Grande Patti!

Lembro ainda do estrelíssimo Drauzio Varella, meu ex-colega de turma (FMUSP)
e grande amigo. Mas vou parar por aqui, do contrário irão pensar que estou
ficando velho.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott
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SUBJECT: Alumínio opaco a Raios-X
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/03/2003 16:59


Caros,

Aqui vou eu de novo rumo à consultoria-curinga da Internet. Alguém
sabe alguma coisa a respeito de um tipo de alumínio opaco a raios-X?

Estamos escrevendo uma reportagem que, em certo momento, conta a
prisão de dois alemães em Manaus. Estes caras tentaram passar pelo
aeroporto com seis
>caixas de isopor com os peixes dentro. O fato é que eles enganaram a
>máquina de raio-x utilizando um tipo de aluminio inexistente no Brasil.
>
>a parte da reportagem é essa:
>"Com um tipo de alumínio inexistente no Brasil os alemães revestiram seis
>caixas de isopor com várias espécies de peixes dentro, isso frustou a
>capacidade da máquina de raio x do aeroporto detectar o material".


Alguém sabe alguma coisa a respeito de tal alumínio?

Belisário



SUBJECT: Re: Alumínio opaco a Raios-X
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/03/2003 19:38

Belisário,


Mas o alumínio não é usado em filtragem de raios-x? Será que uma
camada mais espessa de tal material já não faria um bom estrago na
sondagem das malas? Não penso que exista a necessidade de um
alumínio ser diferente para fazer o efeito de atrapalhar a visão do
que a caixa contivesse... será?


Beijos, Lígia

******************************


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Roberto Belisário
<belistas2@t...> escreveu
>
> Caros,
>
> Aqui vou eu de novo rumo à consultoria-curinga da
Internet. Alguém
> sabe alguma coisa a respeito de um tipo de alumínio opaco a raios-X?
>
> Estamos escrevendo uma reportagem que, em certo momento,
conta a
> prisão de dois alemães em Manaus. Estes caras tentaram passar pelo
> aeroporto com seis
> >caixas de isopor com os peixes dentro. O fato é que eles enganaram
a
> >máquina de raio-x utilizando um tipo de aluminio inexistente no
Brasil.
> >
> >a parte da reportagem é essa:
> >"Com um tipo de alumínio inexistente no Brasil os alemães
revestiram seis
> >caixas de isopor com várias espécies de peixes dentro, isso
frustou a
> >capacidade da máquina de raio x do aeroporto detectar o material".
>
>
> Alguém sabe alguma coisa a respeito de tal alumínio?
>
> Belisário



SUBJECT: Re: Alumínio opaco a Raios-X
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/03/2003 20:08


Pelo que pude perceber fuçando na Internet, existem ligas de
alumínio como proteção a raios-X, com outros componentes junto. A coisa
gozada é a citação "tipo de alumínio inexistente no Brasil". Talvez seja
uma liga de alumínio. Enfim, sei lá. Acho que a informação está muito
imprecisa. Vou ver se preciso-a melhor.

Belisário

At 22:38 27/03/03 +0000, you wrote:
>Belisário,
>
>
>Mas o alumínio não é usado em filtragem de raios-x? Será que uma
>camada mais espessa de tal material já não faria um bom estrago na
>sondagem das malas? Não penso que exista a necessidade de um
>alumínio ser diferente para fazer o efeito de atrapalhar a visão do
>que a caixa contivesse... será?
>
>
>Beijos, Lígia
>
>******************************
>
>
>--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Roberto Belisário
><belistas2@t...> escreveu
> >
> > Caros,
> >
> > Aqui vou eu de novo rumo à consultoria-curinga da
>Internet. Alguém
> > sabe alguma coisa a respeito de um tipo de alumínio opaco a raios-X?
> >
> > Estamos escrevendo uma reportagem que, em certo momento,
>conta a
> > prisão de dois alemães em Manaus. Estes caras tentaram passar pelo
> > aeroporto com seis
> > >caixas de isopor com os peixes dentro. O fato é que eles enganaram
>a
> > >máquina de raio-x utilizando um tipo de aluminio inexistente no
>Brasil.
> > >
> > >a parte da reportagem é essa:
> > >"Com um tipo de alumínio inexistente no Brasil os alemães
>revestiram seis
> > >caixas de isopor com várias espécies de peixes dentro, isso
>frustou a
> > >capacidade da máquina de raio x do aeroporto detectar o material".
> >
> >
> > Alguém sabe alguma coisa a respeito de tal alumínio?
> >
> > Belisário
>
>
>##### ##### #####
>VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
>http://www.ciencialist.hpg.com.br
>Para sair da lista envie um mail para
>ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
>http://br.yahoo.com/info/utos.html



SUBJECT: Re: Alumínio opaco a Raios-X
FROM: "josecolucci <j.colucci@rcn.com>" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/03/2003 20:12

>Roberto Belisário: Aqui vou eu de novo rumo à consultoria-curinga da
Internet. Alguém sabe alguma coisa a respeito de um tipo de alumínio
opaco a raios-X?<

Oi Belisário,

Nunca ouvi falar de alumínio opaco a raios-X e me arrisco a dizer que
ele não existe. A absorção de raios-X não tem relação com a estrutura
cristalina do material, mas sim com o número de elétrons que os
fótons encontram em seu caminho. Para um dado comprimento de onda (e,
portanto, nível de energia) a absorção de uma placa é proporcional à
massa por área, excetuando-se o comportamento anômalo de uns poucos
materials (o alumínio não é um deles). Assim, para absorver mais é
preciso aumentar a densidade ou a espessura da placa. Como regra
geral, a absorção de raios-X dos materiais cresce com o aumento de
seu número atômico.

Colucci




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Alumínio opaco a Raios-X
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/03/2003 20:43

Olá Ligia.

O aluminio é transparente ao raio X e é usado para fechar dispositivos de aplicação em hospitais (no lugar do titanio) sem atrapalhar a radiação (e em telescopicos para barrar a luz sem barra as emissões de raio X de estrelas). E as rodas de aluminio ou de liga de automoveis são testadas contra rachaduras internas com radiografias internas nas fábricas.

Para o uso que os traficantes de peixes pretendiam tem de ser algum tipo diferente, liga ou dopado com alguma substancia para barrar os raios X. Ou usar chumbo, mas as malas ficariam pesadas demais..:-)

Um abraço.

Homero




----- Original Message -----
From: Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, March 27, 2003 7:38 PM
Subject: [ciencialist] Re: Alumínio opaco a Raios-X


Belisário,


Mas o alumínio não é usado em filtragem de raios-x? Será que uma
camada mais espessa de tal material já não faria um bom estrago na
sondagem das malas? Não penso que exista a necessidade de um
alumínio ser diferente para fazer o efeito de atrapalhar a visão do
que a caixa contivesse... será?


Beijos, Lígia

******************************


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Roberto Belisário
<belistas2@t...> escreveu
>
> Caros,
>
> Aqui vou eu de novo rumo à consultoria-curinga da
Internet. Alguém
> sabe alguma coisa a respeito de um tipo de alumínio opaco a raios-X?
>
> Estamos escrevendo uma reportagem que, em certo momento,
conta a
> prisão de dois alemães em Manaus. Estes caras tentaram passar pelo
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Brasil.
> >
> >a parte da reportagem é essa:
> >"Com um tipo de alumínio inexistente no Brasil os alemães
revestiram seis
> >caixas de isopor com várias espécies de peixes dentro, isso
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> >capacidade da máquina de raio x do aeroporto detectar o material".
>
>
> Alguém sabe alguma coisa a respeito de tal alumínio?
>
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Perguntas - Duvidas ...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/03/2003 21:32

Bem ... como a Lígia está reclamando que não há mais perguntas de consulentes ... ledo engano! Estou é entupido delas, mexendo com a Feira no Parque do Peão e visitas a outras Feiras e Parques temáticos ... aquela 14 horas de trabalho diário não está dando mais!

Eis algumas, para quem quiser (puder, interessar etc.) participar (em prol de nossos jovens):

1-
| Olá,
| Meu nome é Karla Ponzo, sou estudante de engenharia civil da UFES e faço
| pesquina na área de saneamento básico.
| Estava pesquisando na iternet sobre a contração da água e do xileno quando
| entrei em sua página.
| Bom, estou precisando saber o coeficiente de contração do xileno
| (C6H4(CH3)2) quando levado de 30ºC a -25ºC e qual é o comportamento da água
| nesta mesma variação de temperatura.
| Será que o Senhor poderia me ajudar?
| Fico aguardando uma resposta, ok!
|
| Desde já agradecida.
|
| Karla Ponzo

2.
Sr, Prof.
O meu nome é Nuno Costa.
Sou português, trabalho na Inspeção Nacional de Bombeiros, nomeadamente na equipa de Investigação de Causas de Incêndio.
Ao ver o seu artigo ,sobre arco voltaico, gostaria de saber se me poderia explicar como é possivel produzir um arco voltaico nuna instalação electrica de um armazem e se acha possivel que esse mesmo arco seja a causa de incêndio.
A instalação elecrtica é trifasica de e está subdivida em varios sectores sendo que os de iluminação são de 220V.
Esta mesma instalação está protegida por um dijuntor diferencial de Ano 0,3 A.
Grato pela sua atenção
Nuno de Sousa Costa

3.
como vai Professor Leo, lembra de mim? Eu pedi a sua autorização para poder usar a suas ideias da sua pagina em um projeto. Gostaria de saber se o senhor poderia me ajudar um pouco mais? Gostaria de montar um projeto envolvendo varias escolas numa especie de "competição" de feira de ciencias, e tentar transformar as aulas de ciencias, biologia,fisica,etc,mais divertidas,sera que o senhor poderia me ajudar? Grato desde já Cristian Madalosso. Caxias do Sul - Rs

4.
>>>>>>>Caro professor,
>>>>>>>Li o seu artigo sobre Mongadarwing - ensinano o truque da mulher gorila.
Sou editor de um jornal na Região dos Lagos com circulação às terças quintas e
sábados e pensei na possibilidade de uma coluna senamal sobre ciências,
ensinando aos jovens "truques"cinetíficos.

Abraços.

5.
Professor, tudo bem?
Sou aluno do Curso de Tecnologia da Construção Civil da
Universidade Estadual Vale do Acaraú - UEVA/Ce., e
queria pedir-lhe, oportunamente, respondesse algumas
dúvidas q/tenho, pois faço a diciplina de Instalações
Elétricas Prediais.
1. Determine a expressão de permeabilidade? 2. Comparar
a relutância c/Resistividade em suas exp. matemáticas?
3.O q/acontece c/um condutor dentro de um campo
magnético?4.Qual a vantagem do ferromagnetismo sobre o
eletromagnetismo?
Muito obrigado por sua atenção.

6.
Professor, sugiro a inclusão do circuito para elevar a
tensão tipo cascata (usando diodos e capacitores), esse
tipo de circuito era antigamente usado na saída dos
flybacks de tv's antigas (creio que vc conhece).
Aproveito a oportunidade para perguntar se eu posso
substituir o MCR 106 por um TIC 106D na montagem do
oscilador de alta frequência e também se há valores
ótimos para o capacitor e para o valor do potenciômetro
10M nessa montagem.
Um grande abraço,
Leonardo

7.
Ola, saudações pelo exelente site.
Gostaria de estudar sobre MOTORES STIRLING.
O senhor conhece algum livro ou site sobre o assunto?
Se puder me ajudar fico muito grato.
Obrigado.
Wilson Júnior.

8.
Lílian Michelle
sou estudante do nível superior, não tenho muito tempo para pesquisas, mas acessando o seu site pude encontrar conteúdos de 1ª linha. Mas gostaria mesmo de tirar uma dúvidas e gostaria ocê pudesse respondê-las .

1ª - Comentar sobre as linhas de força de uma carga pontual, tornam -se menos densa à medida que se afastam da carga, e entre dois eletrodos paralelos possuem densidade constante.

9.
Prezado professor,

O senhor tem alguma informação a respeito de uma usina
americana que se utiliza da técnica de obter energi
eletroestática ?
É possível a construção desta no Brasil hoje ?
Grato pela sua atenção.

10.
gostaria de informações sobre defasagem da corrente alternada o porque de 120 graus uma fase da outra como chegar neste calculo [ katia_agita@ig.com.br ]

11.
Boa Tarde!
Sou aluna do 2º ano de Design, na Escola Superios de Tecnologias Gestão
Arte e Design das Caldas de Rainha, e venho por este meio sulicitar a sua
ajuda para um trabalho sobre o desenvolvimento do equilibrio dos
surdos-mudos. Queria assim que, se possivel, me fornece-se alguns dados
sobre o equilibrio e também exemplos de alguns equipamentos utilizados para
o desenvolvimento deste.

Obrigado pela atenção,
Cumprimentos
Isa Matos

12.
condutibilidade, meu nome é Guilherme sou da 8 série
eu queria saber porque não estou achando em nenhum site o que é condutibilidade elétrica, sonora,témica,etc
por favor responda rápido
obrigado
Guilherme da Silva Correia

13.
estou numa duvida muito intrigante e gostaria que me ajudassem a entender a coisa:
Se a coloração verde é parte "detestáveis" das plantas á que elas jogam fora, como, alimentamos dos verde imaginando serem eles repleto de saúde.
Afinal a clorofila é verde e ela neste caso não tem nada de extraordinário á nossa saúde?

E assim vai......

[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================


SUBJECT: Re: [ciencialist] Alumínio opaco a Raios-X
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 27/03/2003 21:51

Olá Belisário,

sei lá onde li algo a respeito da dispersão causada no raio-X por minúsculos triângulos de folha de alumínio. Se bem recordo falava (e confrontava) da espessura da camada para ocorrer dispersão sob ângulo de 90 graus e sob ângulo de 30 graus.
A figura que veio à cuca é algo assim:

| | | |
| | | |
| | | |
-------- \ /
90 \ /
----------
30

Que porcaria de figura! Na primeira o raio do feixe de raio-X gira duas vezes de 90 graus e retorna (não sensibilizando o detetor); na segunda volta mas através de desvios sucessivos de 30 graus. Na região dos desvios há triangulozinhos de alumínio (a camada de alumínio era qqer coisa de 1/2 cm numa e 1 e 1/2 cm na outra).
Lembro que o assunto comparava, também, a dispersão da luz em camadas de mesma espessura, uma de areia grossa e outra de areia fina. Isso resultou de uma procura que fiz em minhas duas brochuras de consulta (meus únicos 2 cadernos aqui ao lado do PC) para responder por que a areia molhada se diferencia opticamente da areia seca.

Bem, não ajudou em nada ... mas palpitei!
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisário" <belistas2@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 27 de março de 2003 16:59
Assunto: [ciencialist] Alumínio opaco a Raios-X



Caros,

Aqui vou eu de novo rumo à consultoria-curinga da Internet. Alguém
sabe alguma coisa a respeito de um tipo de alumínio opaco a raios-X?

Estamos escrevendo uma reportagem que, em certo momento, conta a
prisão de dois alemães em Manaus. Estes caras tentaram passar pelo
aeroporto com seis
>caixas de isopor com os peixes dentro. O fato é que eles enganaram a
>máquina de raio-x utilizando um tipo de aluminio inexistente no Brasil.
>
>a parte da reportagem é essa:
>"Com um tipo de alumínio inexistente no Brasil os alemães revestiram seis
>caixas de isopor com várias espécies de peixes dentro, isso frustou a
>capacidade da máquina de raio x do aeroporto detectar o material".


Alguém sabe alguma coisa a respeito de tal alumínio?

Belisário


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SUBJECT: Re: Fw: Acidos. - Alo Brudna
FROM: "brudna <lrb@iq.ufrgs.br>" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/03/2003 22:02

Eh um tanto dificil fazer ac. sulfurico fora de um laboratorio ou
industria.

Nao sei de memoria e a biblioteca da quimica estah fechada para
organizacao do acervo (ateh dia 7)... entao nao tenho como ajudar.

:-(

Ateh
Luis Brudna


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> Oi Brudna,
>
> quebra essa!
> []'
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: Mauricio Pavan
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: segunda-feira, 24 de março de 2003 18:20
> Assunto: Acidos.
>
>
> Caro professor.
>
> Vi no site http://www.feiradeciencias.com.br/sala21/21_07.asp#topo
um link para seu e-mail e resolvi escrever para lhe pedir maiores
informações sobre como fazer acido sulfurico..... estou estudando
muito mas ainda nao consegui obter um bom resultado. Sei que preciso
reagir o enxofre com o chumbo, mas nao consegui fazer direto.
> O senhor poderia me mandar detalhadamente, paso a paso os
procedimentos para que eu possa fazer acido sulfurico.
> Não quero comprar acido de bateria de carro, quero fazer em casa!!!
>
> Muito obrigado!!!
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Perguntas - Duvidas ...
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 27/03/2003 23:00

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu

[...]
>>>>>>>Caro professor,
>>>>>>>Li o seu artigo sobre Mongadarwing - ensinano o truque da
mulher gorila.
Sou editor de um jornal na Região dos Lagos com circulação às terças
quintas e
sábados e pensei na possibilidade de uma coluna senamal sobre
ciências,
ensinando aos jovens "truques"cinetíficos.



Mongadarwin!? Que nome sugestivo... :))

Antes que eu morra de curiosidade aguda, por favor, em poucas
palavras, do que se trata tal "truque da mulher gorila"? Onde está
tal artigo a que o consulente se reporta?

Beijos, Lígia





SUBJECT: RE: [ciencialist] Alumínio opaco a Raios-X
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/03/2003 01:55

>Luiz Ferraz Netto: sei lá onde li algo a respeito da dispersão causada
no raio-X por minúsculos triângulos de folha de alumínio. Se bem recordo
falava (e confrontava) da espessura da camada para ocorrer dispersão sob
ângulo de 90 graus e sob ângulo de 30 graus.<

Léo,

Como a luz, os raios-X podem se refratar ou refletir, dependendo do meio
e do arranjo geométrico. Tanto que lentes de alumínio (em alguns casos,
de lítio em atmosfera de nitrogênio) são usadas para focalizar raios-X
em microlitografia. Não acho possível, no entanto, bloquear a passagem
dos raios-X usando alumínio por qualquer desses meios. Seria o mesmo que
tentar bloquear a luz visível usando vidro. Além do quê, as lentes de
raios-X são bastante grossas (cerca de 50 a 100 mm de espessura). Não
seria uma folha de alumínio que mudaria a direção dos raios-X.

Só para se ter uma idéia da diferença de absorção entre o alumínio e o
chumbo, considere a fórmula para a absorção de raios-X:


It = Ii(e^^(-ca.d.t))

where

It = Intensidade da radiação transmitida

Ii = Intensidade da radiação incidente

ca = coeficiente de absorção-massa

d = densidade do material

t = espessura do material


A função é exponencial. Use os dados:

Chumbo d=11.37 g/cm3, ca=1.30E2 cm2/g (para energias de 1E-2MeV)
Alumínio d=2.64 g/cm3, ca=2.62E1 cm2/g (para energias de 1E-2MeV)

E você verificará que, na frequência considerada, um painel de chumbo
bloqueia 1500 vezes mais raios-X do que outro da mesma espessura feito
de alumínio.

Colucci

PS: Nem tente passar por raios-X de aeroporto com um invólucro de
chumbo. Comprei um desses para guardar filmes e eles me fizeram tirar os
filmes de dentro e passá-los desprotegidos pela máquina.




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Perguntas - Duvidas ...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/03/2003 07:33

MongaDarwin (a evolução em um minuto):
http://www.feiradeciencias.com.br/sala09/09_16.asp

é um projeto tão detalhado que até donos de circo e de expositores em SP já me enviaram mensagem agradecendo.
Tem dado emprego a jovens garotas gostosas e incentivado a venda de fantasias de gorilas no mercado. Na verdade meu projeto original era para transformar um chipanzé num homem de neandertal mas, o que o pessoal queria ver mesmo, era uma garota pelada ... logo.

Estou enviando mensagem ao redator do Jornal interessado em artigos comentando que aqui em Barretos - SP meus artigos são publicados em meia-página nas terças-feiras, no jornal O DIÁRIO. Acredito que as publicações passarão a ser 'diárias' no início do segundo semestre.

[]'

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Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
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-----Mensagem Original-----
De: <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 27 de março de 2003 23:00
Assunto: [ciencialist] Re: Perguntas - Duvidas ...


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu

[...]
>>>>>>>Caro professor,
>>>>>>>Li o seu artigo sobre Mongadarwing - ensinano o truque da
mulher gorila.
Sou editor de um jornal na Região dos Lagos com circulação às terças
quintas e
sábados e pensei na possibilidade de uma coluna senamal sobre
ciências,
ensinando aos jovens "truques"cinetíficos.



Mongadarwin!? Que nome sugestivo... :))

Antes que eu morra de curiosidade aguda, por favor, em poucas
palavras, do que se trata tal "truque da mulher gorila"? Onde está
tal artigo a que o consulente se reporta?

Beijos, Lígia




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SUBJECT: Re: Alumínio opaco a Raios-X
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/03/2003 11:52

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
escreveu
> Olá Ligia.
>
> O aluminio é transparente ao raio X e é usado para fechar
dispositivos de aplicação em hospitais (no lugar do titanio) sem
atrapalhar a radiação (e em telescopicos para barrar a luz sem barra
as emissões de raio X de estrelas). E as rodas de aluminio ou de liga
de automoveis são testadas contra rachaduras internas com
radiografias internas nas fábricas.
>
> Para o uso que os traficantes de peixes pretendiam tem de ser algum
tipo diferente, liga ou dopado com alguma substancia para barrar os
raios X. Ou usar chumbo, mas as malas ficariam pesadas demais..:-)
>
> Um abraço.
>
> Homero


Pois é Homero,

Fui conferir: o alumínio serve como filtro porque barra os raios
mais "moles"... e eu confundi com "barragem" mesmo, completa.
Obrigada pela explicação.

Quanto ao tipo de alumínio usado pelos traficantes, talvez seja uma
liga, como o Belisario especula. Só não faço idéia se o alumínio
pode ser misturado a outras substâncias que não o manganês.
Chumbo?? Será que uma mistura dessas dá certo?

Beijos, Lígia



SUBJECT: Perguntas - Duvidas ...
FROM: "Watson Fernando" <watson@lmn.con.ufrj.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/03/2003 15:31

Luiz Ferraz Netto, 27 Mar 22003:

> como a Lígia está reclamando que não há mais perguntas de consulentes ...
>
> Eis algumas, para quem quiser (puder, interessar etc.) participar (em prol de nossos jovens):
>
> O meu nome é Nuno Costa.
> Sou português, trabalho na Inspeção Nacional de Bombeiros, nomeadamente na equipa de Investigação de Causas de Incêndio.
> Ao ver o seu artigo ,sobre arco voltaico, gostaria de saber se me poderia explicar como é possivel produzir um arco voltaico nuna instalação electrica de um armazem e se acha possivel que esse mesmo arco seja a causa de incêndio.
> A instalação elecrtica é trifasica de e está subdivida em varios sectores sendo que os de iluminação são de 220V.
> Esta mesma instalação está protegida por um dijuntor diferencial de Ano 0,3 A.
> Grato pela sua atenção
> Nuno de Sousa Costa
>
Watson:

Quando garoto, construia um arco voltaico utilizando dois eletrodos de pilhas de 1,5
volts velhas (de lanterna), com uma das extremidades afiladas, como um lápis. Ligava-
os diretamente na linha de 110 volts, com um resistor em série (desses usados em
ferro de passar roupa). O arco se formava após colocar em contato os dois eletrodos e
afastá-los alguns milímetros.

[]s

Watson


SUBJECT: Fw: Brewster
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 28/03/2003 19:48

Ai Lígia, +1 pro 6,
[]'
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Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
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-----Mensagem Original-----
De: jljaf
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sexta-feira, 28 de março de 2003 17:55
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


Meu nome é Flôres Junqueira e fiz os cursos de Ciências , Física e Matemática.


Gostaria de saber a definição de ângulo de incidência brewsteriana e as aplicações usando a 2ª lei da refração ( Snell).




Obrigada.








[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Equilibrio
FROM: "Fernando Resque" <fernandoresque@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 28/03/2003 22:31








>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: [ciencialist] Fw: Equilibrio
>Date: Sat, 22 Mar 2003 19:53:10 -0300
>
>Acabei de sair de um bom soninho; agora estou esperto. Todavia nada experto
>quanto ao tema da consulta abaixo, em trabalhos de surdos-mudo. Aceito
>sugestões.
>[]'
>
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@uol.com.br
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
>-----Mensagem Original-----
>De: "Isa Matos" <Zipa@mail.pt>
>Para: <leobarretos@uol.com.br>
>Enviada em: sábado, 22 de março de 2003 19:04
>Assunto: Equilibrio
>
>
>| Boa Tarde!
>| Sou aluna do 2º ano de Design, na Escola Superios de Tecnologias Gestão
>| Arte e Design das Caldas de Rainha, e venho por este meio sulicitar a sua
>| ajuda para um trabalho sobre o desenvolvimento do equilibrio dos
>| surdos-mudos. Queria assim que, se possivel, me fornece-se alguns dados
>| sobre o equilibrio e também exemplos de alguns equipamentos utilizados
>para
>| o desenvolvimento deste.
>|
>| Obrigado pela atenção,
>| Cumprimentos
>| Isa Matos
>| --
>| Adira já ao Net Dialup Light. Acesso profissional gratuito.
>| NovisNet, a Internet de quem trabalha. http://www.novisnet.pt
>|
Voce quer saber algo que estou aprendendo a pouco tempo,sao ideias que
servem para explicar uma experiencia que tive que fiquei muito estarresido,é
algo haver com física pesada substituiçao de pagadigmas que levaram a
discutir sobre ciencia e religiao pois ambas sao uma só verdade,DEUS na
minha concepçao existe e está nos ajudando a qualquer instante a pensar de
forma equilibrada para que encontremos a paz necessaria a vida saudável.

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SUBJECT: A Radical Formula for Teaching Science
FROM: "Marcelo Kunimoto <airdown@ig.com.br>" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/03/2003 00:32

- A Radical Formula for Teaching Science
"Textbooks often are collections of facts and vocabulary words --
one, for example, has long lists of such esoteric words
as "saprophyte" and "commensalism" -- but hers is a narrative about
scientists and their effect on the world.
With stories that build on each other to explain the progression of
scientific thought, Hakim is offering a new kind of science book,
using a model she first employed with an award-winning series of
American history texts. Tentatively titled "The Science Story," the
first three books focus on key scientists from the early Greeks to
today's contemporaries, explaining how scientific thought has
changed."
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A36468-2003Mar17.html

MK



SUBJECT: Dilatação anômala do ferro (???)
FROM: "francodof <mutante-alfa@ig.com.br>" <mutante-alfa@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 29/03/2003 02:49

Tudo bem, pessoal? Eu "juro" que li esse termo (dilatação anômala do
ferro) em algum lugar, não me lembro onde. Existe algo assim? Nas
pesquisas que fiz em livros e internet nada encontrei. Agora estou em
dúvida.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Dilatação anômala do ferro (???)
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 29/03/2003 09:37

Não há nada de tão inusitado nisso; o ferro sólido flutua em ferro fundido, assim como água sólida (gelo) flutua em água líquida. Ambas são situações anômalas e ligadas ao empacotamento de átomos, num, e de moléculas, no outro.
Na Sala 08 do Imperdível, item 34 tem os 'explicamentos' para a água.
[]'
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Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
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-----Mensagem Original-----
De: <mutante-alfa@ig.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sábado, 29 de março de 2003 02:49
Assunto: [ciencialist] Dilatação anômala do ferro (???)


Tudo bem, pessoal? Eu "juro" que li esse termo (dilatação anômala do
ferro) em algum lugar, não me lembro onde. Existe algo assim? Nas
pesquisas que fiz em livros e internet nada encontrei. Agora estou em
dúvida.


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SUBJECT: Deixar de morrer a cada dia?
FROM: "Marcelo Kunimoto <airdown@ig.com.br>" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/03/2003 02:04

Deixar de morrer a cada dia?
De 1860 a 1969, a idade da pessoa mais velha na SUécia foi de 101
para 108 anos, aproximadamente meio ano por década. De 1969 a 1999,
foi de 108 para 111, em torno de um ano por década. E a taxa continua
crescendo. E se chegarmos ao ponto onde para cada ano que passe,
consiga-se estender a vida por mais um ano? Extrapolando a tendência,
isso poderia ser alançado em 2020. A revista California Wild tem um
artigo interessante sobre o tema (em inglês).
http://www.calacademy.org/calwild/winter2003/stories/counterpoints2.ht
ml
>>>

Nota lá do blog:
http://www.ceticismoaberto.kit.net/blog.htm

MK



SUBJECT: RE: [ciencialist] Deixar de morrer a cada dia?
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/03/2003 02:31

>Marcelo Kunimoto: E se chegarmos ao ponto onde para cada ano que passe,
consiga-se estender a vida por mais um ano? Extrapolando a tendência,
isso poderia ser alançado em 2020. A revista California Wild tem um
artigo interessante sobre o tema (em inglês).<

Marcelo,

Não sei onde você os arranja, mas não deixo de ler os links que você
manda. Aquele das reações químicas
(http://jchemed.chem.wisc.edu/jcesoft/cca/cca0/sampmovs.htm) é
sensacional. Continue navegando a Net para o bem geral. Obrigado.
Colucci





SUBJECT: OFF EU! fotos! fotos! jah estou perdendo o brilho!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/03/2003 12:23

Já não agüento mais essa fila de repórteres e jornalistas na porta, todo dia é foto em jornal! :-)
Eis a de ontem:
http://www.feiradeciencias.com.br/css/leosons.htm

Essa semana vai ter reportagem em TV pela rede local e globo-rib.preto aqui no meu Lab. Essa história de Feira de Ciências no Parque do Peão e 1/2 página disponível para meus experimentos no Jornal local tá rendendo frutos para a meninada estudantil.
Daqui a uma semana ou duas sairá no Jornal o projeto MongaDarwin (da minha sala 09) com uma sugestiva nota de rodapé: "Se sua escola não inclui a Teoria da Evolução em sua grade curricular normal, denuncie o fato para a Secretaria de Educação. Não estamos mais na Idade Média!"
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================


SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/03/2003 18:20

A que será que ele se refere?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Homemcarinhoso15@aol.com
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: domingo, 30 de março de 2003 17:39
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


e-mail:homemcarinhoso15@aol.com
nome:Marcel
escolaridade:faculdade
pergunta:
o que é uma bomba eletro magnetica?

resposta:

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RE: [ciencialist] OFF EU! fotos! fotos! jah estou perdendo o brilho!
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 30/03/2003 19:23

>LÉO: Já não agüento mais essa fila de repórteres e jornalistas na
porta, todo dia é foto em jornal!<

Léo,

É isso mesmo. Ciência também precisa de relações públicas.

Ao ver sua foto ao lado do refletor parabólico acústico lembrei-me do
Science Center de Toronto. Uma das salas, imensa, tem um par refletores
acústicos de uns dois metros de diâmetro alinhados no sentido do
comprimento da sala (uns 80 ou 90 metros). Como estão no alto, para que
a linha de "visão" não seja prejudicada pelos outros experimentos,
dispõem de uma pequena escada para que os os ouvidos e a boca do usuário
sejam colocados no foco da parábola. A demonstração é sensacional. No
meio daquela bagunça toda, com faíscas, motores, toda a sorte de ruídos,
consegue-se ouvir um sussurro do outro lado da sala.

Há vários outros experimentos muito bons no Science Center. Entre eles
um Pêndulo de Foucault enorme, pendurado por um cabo de aço do teto do
salão. A massa, uma bola de concreto, deve ter uns 500 kg. Uma cerquinha
impede que o público chegue perto. A única interação entre os
observadores e o pêndulo é através de elásticos fraquíssimos e bem
frouxos, desses de cueca velha. Se dois observadores colocados lado a
lado conseguirem sincronizar os movimentos de puxar e afrouxar os
elásticos com a frequência natural do pêndulo, a amplitude vai
aumentando e chega a alguns metros.

Fazer mexer objetos gigantescos é coisa que as crianças gostam muito e
eles sabem disso. Há várias demonstrações desse tipo, desde mover a
hélice propulsora de um navio com a força manual até uma corrida de
bicicletas em que os competidores pedalam para ver quem consegue fazer
ferver um copo com água primeiro. Um gerador acoplado às rodas das
bicicletas é ligado a resistências elétricas que aquecem a água.

O website deles é flagrantemente comercial e não faz justiça à qualidade
das demonstrações e da seriedade científica que demonstram.

http://www.ontariosciencecentre.ca/





SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS -
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 30/03/2003 19:27


>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS -
>Date: Sun, 30 Mar 2003 18:20:23 -0300
>
-----Mensagem Original-----
>De: Homemcarinhoso15@aol.com
>Para: leobarretos@uol.com.br
>Enviada em: domingo, 30 de março de 2003 17:39
>Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -
>
>
>e-mail:homemcarinhoso15@aol.com
>nome:Marcel
>escolaridade:faculdade
>pergunta:
>o que é uma bomba eletro magnetica?

Provavelmente ele deve estar perguntando sobre a nova
bomba dos EUA, que emite microondas, destinada a
queimar todos os artefatos eletrônicos que estejam
dentro do seu raio de ação...

[]

Guilherme




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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS -
FROM: "Alvaro Augusto de Almeida" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/03/2003 00:06

Eu acho que ele se refere a essa bomba que os americanos usam para "fritar" equipamentos eletrônicos sem destruir nada fisicamente. Eu não tenho certeza, mas acho que o pulso eletromagnético é emitido por algum material radioativo.

[ ]s

Alvaro Augusto

-----Mensagem Original-----
De: Luiz Ferraz Netto
Para: ciencialist
Enviada em: Domingo, 30 de Março de 2003 18:20
Assunto: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS -


A que será que ele se refere?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Homemcarinhoso15@aol.com
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: domingo, 30 de março de 2003 17:39
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


e-mail:homemcarinhoso15@aol.com
nome:Marcel
escolaridade:faculdade
pergunta:
o que é uma bomba eletro magnetica?

resposta:

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -
FROM: "Marcelo Kunimoto <airdown@ig.com.br>" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/03/2003 01:16

A Veja comentou brevemente sobre a e-bomb:
http://veja.abril.com.br/290103/p_062.html

Links básicos em inglês:
http://popularmechanics.com/science/military/2001/9/e-bomb/print.phtml
http://science.howstuffworks.com/e-bomb3.htm

Um paper mais longo e informativo sobre a e-bomb:
http://www.globalsecurity.org/military/library/report/1996/apjemp.htm
Mais papers de Carlo Kopp:
http://www.csse.monash.edu.au/~carlo/mpubs.html

[]

MK
PS.: Ao Colucci, obrigado pelas palavras, tem gente visitando os
links q eu indico! Bom! :)

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> A que será que ele se refere?
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> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: Homemcarinhoso15@a...
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: domingo, 30 de março de 2003 17:39
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -
>
>
> e-mail:homemcarinhoso15@a...
> nome:Marcel
> escolaridade:faculdade
> pergunta:
> o que é uma bomba eletro magnetica?
>
> resposta:
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] OFF EU! fotos! fotos! jah estou perdendo o brilho!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/03/2003 06:42

Oi Colucci,
entendo isso, public relation é mais que importante para a divulgação científica. É realmente o que estou fazendo via Jornal e próxima abertura da Feira permanente no Parque do Peão.

O GRANDE PROBLEMA é a aquisição daquele material que pelo menos no FUNBEC havia. Hoje não consigo nem um mísero núcleo em U para fazer os experimentos de eletromagnetismo (forno de indução, anel de Thompson, solda elétrica, escada de Jacob etc.).

Ai nas suas plagas tem coisa excelente que não há como chegar aqui (ou há?). Existe ai um experimento que acho notável e não coloquei no Imperdível por falta do 'continente' adequado: trata-se de uma peça em plástico, tronco-cônica (ou equivalente) de cerca de 1 m de altura e 0,6m de 'boca' superior e 0,1 m de fundo. Na borda desse 'tunel' há uma canaleta onde se abandonado uma moeda 'de pé'. A moeda rola por esse plano inclinado na borda e entra girando dentro do túnel. Como o tunel vai se afunilando a moeda gira cada vez mais rapidamente e baixa muito pouco de nível à cada volta. Vai um tempão até chegar ao fundo. Buraco negro até que seria um nome sugestivo para o brinquedo de quantidade de movimento angular.
A caneta que flutua sobre um berço de ímãs (apoiada pela ponta na plaquinha de vidro) e fica girando um tempão ... tb não consigo comprar por aqui.

Quer abrir um negócio? Vc compra essas maravilhas ai, envia prá mim, eu vendo via Imperdível e deposito sua parte. Vichi! que beleza. Só de cúpula de Van de Graaff já tenho uns 100 pedidos!
Há até um artista plástico no Rio de Janeiro que me envio mensagem pedindo que eu construa um VDG prá ele ... não importa o custo!

Agora, abrindo o Feira no Parque do Peão o leque de venda de kits abre-se prá valer!
Em S.P. há uma firma que vende VDG de 40cm de altura e cúpula de 20cm de diâmetro ... pasme ... pela bagatela de R$ 3.800,00!

Gostei desse fervedor de água (bicicleta + gerador); esse projeto eu preparei para a Estação Ciência ... mas com lâmpadas incandescentes de 15, 20, 40, 60 e 100W ... prá ver os meninos suarem! Outro que a meninada fica 'desesperada' é levantar uma mísera lata de óleo com o metro de balcão ... isso está em ... deixa eu ver ... http://www.feiradeciencias.com.br/sala06/06_18.asp

Aquele abraço,
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 30 de março de 2003 19:23
Assunto: RE: [ciencialist] OFF EU! fotos! fotos! jah estou perdendo o brilho!


>LÉO: Já não agüento mais essa fila de repórteres e jornalistas na
porta, todo dia é foto em jornal!<

Léo,

É isso mesmo. Ciência também precisa de relações públicas.

Ao ver sua foto ao lado do refletor parabólico acústico lembrei-me do
Science Center de Toronto. Uma das salas, imensa, tem um par refletores
acústicos de uns dois metros de diâmetro alinhados no sentido do
comprimento da sala (uns 80 ou 90 metros). Como estão no alto, para que
a linha de "visão" não seja prejudicada pelos outros experimentos,
dispõem de uma pequena escada para que os os ouvidos e a boca do usuário
sejam colocados no foco da parábola. A demonstração é sensacional. No
meio daquela bagunça toda, com faíscas, motores, toda a sorte de ruídos,
consegue-se ouvir um sussurro do outro lado da sala.

Há vários outros experimentos muito bons no Science Center. Entre eles
um Pêndulo de Foucault enorme, pendurado por um cabo de aço do teto do
salão. A massa, uma bola de concreto, deve ter uns 500 kg. Uma cerquinha
impede que o público chegue perto. A única interação entre os
observadores e o pêndulo é através de elásticos fraquíssimos e bem
frouxos, desses de cueca velha. Se dois observadores colocados lado a
lado conseguirem sincronizar os movimentos de puxar e afrouxar os
elásticos com a frequência natural do pêndulo, a amplitude vai
aumentando e chega a alguns metros.

Fazer mexer objetos gigantescos é coisa que as crianças gostam muito e
eles sabem disso. Há várias demonstrações desse tipo, desde mover a
hélice propulsora de um navio com a força manual até uma corrida de
bicicletas em que os competidores pedalam para ver quem consegue fazer
ferver um copo com água primeiro. Um gerador acoplado às rodas das
bicicletas é ligado a resistências elétricas que aquecem a água.

O website deles é flagrantemente comercial e não faz justiça à qualidade
das demonstrações e da seriedade científica que demonstram.

http://www.ontariosciencecentre.ca/




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VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
http://www.ciencialist.hpg.com.br
Para sair da lista envie um mail para
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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SUBJECT: Fw: [OFF Leo/Colucci]
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/03/2003 09:00

Acabo de escrever para Colucci ... e lá vem outro pedido!
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Neide
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: segunda-feira, 31 de março de 2003 08:45


preciso de alguns equipamentos de laboratório. pode providenciar?
Senai - Bauru
neide cristina

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Fw: [OFF Leo/Colucci]
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/03/2003 09:45

(Esta notícia não irá mudar a cotação do dólar nem abalar as bolsas
de valores, mas eis me aqui meio q. de volta.)

Bem, depende de em q. tipo de laboratório se está pensando... Senai
Bauru tem cursos de Operador de Telemarketing, Mecânica de
Automóveis, Eletricista de Manutenção, Mecânica de Usinagem e de
Segurança em Operação de Empilhadeira...

Se for de Química (vidraria, reagentes, analisadores, etc):

www.sigma-aldrich.com.br

Se for de equipamentos ópticos (microscópios ópticos e eletrônicos,
lupas estereoscópicas):

www.zeiss.de/br

Biotecnologia e ciências ambientais:

www.licor.com

Mas no caso dela, talvez empresas como a Siemens sejam de mais
utilidade.

www.siemens.com.br

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"

> De: Neide
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: segunda-feira, 31 de março de 2003 08:45
>
>
> preciso de alguns equipamentos de laboratório. pode providenciar?
> Senai - Bauru
> neide cristina




SUBJECT: Re: OFF TOPIC - Matematica ... que nao eh ciencia!
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/03/2003 10:55

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Eric Cavalcanti" <eric@f...>
escreveu
> Essa ilusão é muito interesante, mas não me parece ser o que foi
descrito
> pelo consulente do Léo. Ele fala de um quadrado que se transforma
em um
> retângulo aparentemente de área maior. Esta ilusão eu nunca vi, e
não
> consigo pensar em como ela se produz.

a) Pegue um pedaço de papel cartão ou cartolina (tbm é possível se
fazer com papel de menor gramatura como papel sulfite ou folha de
caderno). Desenhe um quadriculado de 8 colunas por 8 fileiras.

b) Recorte esse quadriculado em dois retangulos: um de 5 colunas por
8 fileiras e outro de 3 colunas por 8 fileiras (claro q. se pode
fazer o equivalente: 8 colunas por 5 fileiras e 8 colunas por 3
fileiras... fica à vontade do freguês).

c) Recorte o retângulo maior em dois trapézios retângulos iguais com
a base menor de 3 quadrículas e a base maior de 5 quadrículas. Isso é
feito fazendo-se um corte reto unindo o canto inferior esquerdo da
quadrícula c1f5 (coluna 1, fileira 5) ao canto inferior direito da
quadrícula c5f3.

d) Recorte o retângulo menor em dois triângulos retângulos, com um
corte reto pela diagonal unido o canto superior esquerdo ao canto
inferior direito do retângulo.

e) Construa dois triângulos retângulos - cada um constituído de um
trapézio e outros triângulo menor. Cada triângulo construído terá um
cateto de tamanho 5 e outro de tamanho 13 (5 + 8).

f) Una os dois triângulos em um retângulo de 5 por 13.

http://br.photos.groups.yahoo.com/group/ciencialist/vwp?.dir=/&.src=gr
&.dnm=64para65.jpg

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Fw: Um Kg
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 31/03/2003 12:16

======================
-----Mensagem Original-----
De: Joao Carlos Holland de Barcellos
Para: Luiz Ferraz Netto ; Luiz Ferraz Netto
Enviada em: segunda-feira, 31 de março de 2003 09:06
Assunto: Um Kg


São Paulo, domingo, 30 de março de 2003


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Birô Internacional de Pesos e Medidas luta para encontrar solução para a questão do padrão universal do quilograma, um cilindro de platina e irídio cuja massa paradoxalmente parece variar

UM QUILO DE PROBLEMAS
Robert Matthews
da "New Scientist"

Num cofre sob um pátio perto de Paris repousa um pequeno e brilhante cilindro de metal precioso -e um grande embaraço científico. Uma vez por ano, três pessoas se juntam do lado de fora do cofre, giram suas três chaves simultaneamente e abrem a porta. Eles vêm para verificar se o pequeno e brilhante cilindro ainda está lá. Uma vez que constatam o fato, fecham a porta, se despedem e partem -imaginando por quanto tempo a ciência terá de passar por esse ritual risível.
Podem ser apenas 40 milímetros de altura, mas o cilindro mantido trancafiado no Birô Internacional de Pesos e Medidas (BIPM, na sigla em francês) em Sèvres, França, tem valor incalculável. Isso porque ele é absolutamente singular: o único objeto em todo o Universo que tem a massa de exatamente um quilograma.
É por isso que equipes de cientistas no mundo todo estão trabalhando duro para se livrar dele. É uma garantia, mas também é inconveniente. Qualquer um que queira realmente saber quanto um quilograma pesa não tem escolha a não ser viajar a Sèvres e checar com o cilindro no cofre. Há cópias em vários laboratórios do mundo todo, mas não são exatamente a mesma coisa.
O que mais irrita os cientistas sobre o brilhante e pequeno cilindro é que ele é uma complicação a mais. Afinal, eles estão chegando à natureza fundamental do Universo, usando instrumentos de elegância transcendente. Para fazer isso, coletam dados de precisão estonteante, expressada em termos de um conjunto de unidades belamente consistentes -elas mesmas definidas em termos de constantes fundamentais. O segundo, por exemplo, é definido como 9.192.631.770 períodos de um certo tipo de radiação emitido por átomos de césio-133. Nada mais, nada menos. As outras unidades básicas, como o metro e o ampère, são baseadas em física similarmente elegante e fundamental.
Ainda há, no entanto, uma exceção fundamental: o quilograma. Apesar de anos de esforço para encontrar uma alternativa, a definição precisa da unidade de massa -a mais básica e familiar propriedade da matéria- é nada mais fundamental do que a massa daquele pedaço de metal mantido num cofre em Sèvres. Criado em 1889 por uma liga de 90% de platina e 10% de irídio, poderia parecer bonito. Mas, para os aficionados da ciência elegante, o protótipo internacional do quilograma é como um javali africano num desfile de moda.
Ainda neste ano os especialistas em metrologia, a ciência das medidas, vão se reunir no BIPM para comparar notas em seus esforços de se livrar do cilindro metálico brilhante. "De certo modo, é embaraçoso", admite Stuart Davidson, do Laboratório Nacional de Física do Reino Unido (NPL), que tem três das cerca de 80 cópias existentes do original do BIPM. "Ficaria muito melhor se fosse uma caixa brilhante com uma porção de raios laser voando por ela."
Davidson está ansioso para substituir sua duplicata do quilograma com algo mais genuíno e confiável. Quando foram feitas, as duplicatas do quilograma eram tão perfeitas quanto humanamente possível. Elas diferiam da massa do original em Sèvres por cerca de 10 partes por bilhão, no máximo. O problema é que elas não ficam assim. A cada poucas décadas, as cópias são devolvidas ao BIPM para comparação com o quilograma real. Apesar de serem feitas com material anticorrosivo e mantidas em recipientes sem ar, a massa das cópias muda -embora a razão ainda seja desconhecida. A última pesagem ocorreu nos anos 1980. Mesmo depois da limpeza para evitar contaminação da superfície, algumas das cópias ganharam misteriosamente 20 microgramas, ou 20 partes por bilhão, comparadas ao original, desde a medição anterior, feita nos anos 1940. Essas mudanças de massa levantam uma questão ainda mais profunda sobre o protótipo internacional. Como ele é feito da mesma liga que as cópias mantidas em condições iguais, sua massa também pode mudar ao longo do tempo. Ainda assim, como ela é, por definição, exatamente um quilograma, sua massa precisa ser sempre a mesma. É um paradoxo. É tudo muito insatisfatório, diz Davidson, mas encontrar uma alternativa está se mostrando extremamente difícil. Sonhar com novos modos de definir o quilograma é a parte fácil. O desafio verdadeiro é encontrar modos de obter a precisão de partes por bilhão exigida -em qualquer lugar e a qualquer hora. O primeiro estratagema, conhecido como Projeto Avogadro, já está em desenvolvimento há três décadas, embora a idéia por trás dele seja simplicidade pura: definir um quilograma como um número fixo dos blocos de construção mais familiares, os átomos. Químicos rotineiramente medem substâncias pelo mol, que contém um número fixo de átomos. Esse número é uma constante fundamental da natureza conhecida como a constante de Avogadro, que é aproximadamente 600 mil bilhões de bilhões. Em teoria, definir o quilograma é só questão de juntar uma certa quantidade de uma substância estável cujos átomos totalizem um quilograma. Mas, segundo Davidson, o diabo se esconde nos detalhes. Se o Projeto Avogadro pode produzir um substituto adequado para o cilindro de metal, o número de átomos num mol precisa ser definido mais acuradamente do que uns poucos décimos de partes por bilhão. E, após mais de 20 anos de esforço dos laboratórios líderes em metrologia, a meta está longe de ser atingida.


--------------------------------------------------------------------
Parecia simples demais; silício era o material favorito, com a indústria gastando muito dinheiro na produção dos cristais mais puros e perfeitos
--------------------------------------------------------------------



Primeira escolha
Parecia simples demais no começo. A escolha do material estava clara. Silício era o favorito, com a indústria de microchips gastando enormes volumes de dinheiro na produção dos cristais mais puros e perfeitos do material. Conhecendo a distância entre os átomos, os pesquisadores podem descobrir o volume exato de silício necessário. Quanto à forma a ser escolhida, uma esfera parecia ideal. Ela pode ser polida à lisura de escala atômica, dando um raio e um volume precisos, e não teria pontas que possam ser lascadas. Amostras das esferas de silício que eram necessárias para um quilograma-padrão foram feitas nos laboratórios alemães de padrões de qualidade (PTB) em Braunschweig e então transformadas nos objetos mais redondos do mundo por Michael Kenny e seus colaboradores australianos da Organização de Pesquisa Científica e Industrial em Lindfield, Nova Gales do Sul. O polimento foi até o ponto de conseguir que a maior irregularidade na superfície das esferas tivesse cerca de 500 átomos de altura, o equivalente a aplainar a Terra até que a montanha mais alta tenha dez metros. A partir daí, a coisa toda ficou mais difícil. Apesar de ter talvez a estrutura cristalina mais estudada entre todos os elementos, o silício ainda conseguiu causar uma surpresa desagradável. No meio dos anos 90, equipes da Alemanha, Itália e Japão se encontraram para comparar suas estimativas do número de átomos nas amostras de silício e, para seu horror, descobriram que a amostra japonesa tinha trilhões de átomos a menos. Investigando o interior do silício usando raios X, Richard Deslattes, do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia em Gaithesburg, Maryland (EUA), descobriu onde eles tinham errado: os cristais "perfeitos" de silício estavam cheios de cavidades da ordem de micrômetros (milionésimos de milímetro), provavelmente criadas por bolhas de hidrogênio aprisionadas lá durante a fabricação. A superfície imaculada das esferas também se mostrou capaz de atrair uma camada atômica de óxidos e vários contaminantes, afetando a massa e dimensão da amostra. Ninguém normalmente iria se preocupar com tais efeitos sutis, mas, se as esferas de silício substituírem o quilograma de Sèvres, suas propriedades terão de ser replicadas com máxima precisão. Os metrologistas se orgulham de medir tudo que está acima do infinitesimal, mas o Projeto Avogadro está levando sua criatividade ao limite. Técnicas tradicionais de medição, como interferometria óptica, são precisas até alguns milhares de diâmetros atômicos, mas as exigências do projeto são de que a esfera de silício seja determinada com precisão mil vezes maior. Fazer isso exige lasers ultra-estáveis e muito cuidado. Até mudanças nas condições meteorológicas afetam as medidas: a pressão atmosférica afeta o índice de refração do ar pelo qual a luz do laser passa, de modo que as medições exigem sua execução no vácuo. É um pesadelo metrológico, mas progressos estão sendo feitos. "No presente a incerteza relativa é de cerca de 150 partes por bilhão", diz Kenny. A meta agora é reduzir a incerteza para cerca de 20 partes por bilhão. "Isso é exequível, mas de modo algum fácil", diz. "Levará anos de esforço -e milhões de dólares." Tudo isso faz até os defensores do Projeto Avogadro acreditarem que deve haver um meio mais simples. Terry Quinn, diretor do BIPM e responsável pelo quilograma de Sèvres, compartilha a crescente convicção dos metrologistas de que o melhor candidato para substituir aquele pequeno cilindro brilhante em seu cofre está numa estratégia diferente: a balança de Watt. A idéia básica, desenvolvida cerca de 20 anos atrás por Bryan Kibble no NPL, é definir o quilograma em termos de duas coisas que os metrologistas já podem medir muito precisamente: voltagem e resistência. Em essência, a balança de Watt é um sistema incrivelmente sensível de escalas, com o quilograma num prato e um campo eletromagnético influenciando o outro. Definir o quilograma, então, se torna uma questão de medir a força eletromagnética necessária para compensar o peso do quilograma, dividindo o resultado pela aceleração gerada pela gravidade.

Processo traiçoeiro
Até parece que é simples. Na prática, medir a força do campo é um processo traiçoeiro que exige aparelhos quânticos de última geração para atingir a precisão necessária. O resultado seria uma definição do quilograma em termos da constante de Planck, que liga as propriedades elétricas da balança aos processos quânticos usados para medi-las.
Como no Projeto Avogadro, transformar essa idéia simples num padrão realizável está se revelando um pesadelo. A balança é assombrada por uma coleção de demônios metrológicos que vai de campos eletromagnéticos descontrolados ao efeito de marés causado pela Lua. Todas as medições precisam ser feitas num vácuo completo, isolado de perturbações externas. Depois de uma década de esforço por laboratórios de metrologia na Europa e nos EUA, a precisão da balança de Watt está agora a um fator de dez do nível necessário para substituir o quilograma de Sèvres.
Embora a balança de Watt permaneça como candidata à redefinição do quilograma, poucos a descreveriam como o paradigma da elegância. Como Quinn aponta, seria muito mais fácil se os átomos não fossem tão pequenos, a ponto de alguém precisar de uma quantidade tão grande para fazer um quilo. Isso parece descartar a idéia de simplesmente contar o número de átomos exigidos para fazer um quilograma. Ou será que não?
No início dos anos 1990, Michael Glaeser no PTB teve uma idéia brilhantemente simples: criar uma corrente de átomos, coletá-los num recipiente equilibrado sobre uma balança e ver quanto tempo levaria para fazer um quilograma. Na prática é muito mais complicado que isso, mas não tanto. A idéia original de Glaeser envolvia o disparo de íons de um elemento como ouro por uma série de magnetos, para formar um raio de partículas carregadas -em outras palavras, corrente elétrica.
Glaeser e seus colegas estão agora tentando fazer sua idéia funcionar. Até agora, o maior problema tem sido criar uma corrente grande o bastante: "Começamos com íons de ouro, mas a corrente é só [da ordem" de microamps", diz Glaeser. Ele agora planeja substituir ouro por bismuto, que evapora mais facilmente quando aquecido, para fornecer correntes maiores. Também precisa encontrar meios de reduzir a velocidade dos íons conforme eles se aproximam do coletor, para que não sejam perdidos.
Haveria algum modo ainda mais inteligente de definir o quilograma? Davidson, do NPL, certamente acha que sim. "Idealmente a definição seria tão elegante quanto as do metro e do segundo", diz. "Talvez tenhamos procurado uma resposta muito "high-tech". Talvez haja algo realmente óbvio que não percebemos." É uma suspeita refletida na última linha do site oficial do NPL sobre esse que é o mais irritante dos desafios metrológicos: "Qualquer idéia melhor num cartão postal, por favor".




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Encontros com a SciAm Brasil
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/03/2003 14:35

"Na próxima terça-feira, 1 de abril, a série Encontros com a
Scientific American recebe a astrofísica francesa Sylvie Vauclair,
autora de Sinfonia das Estrelas - A Humanidade dentro do cosmos. O
evento será na Livraria Cultura do Shopping Villa Lobos, em São
Paulo, às 19h30. Mais informações pelo telefone (11) 3024-3599."

www.sciam.com.br

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Meu site de divulgação científica
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 31/03/2003 16:33


Caros,

Eis o endereço de minha homepage sobre jornalismo e divulgação
científica. Ainda está pequenininha, mas vai crescendo aos pouquinhos...

http://planeta.terra.com.br/arte/robertobelisario/ciencia/index.htm

Até,
Belisário




SUBJECT: |RE: [ciencialist] OFF EU! fotos! fotos! jah estou perdendo o brilho!
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/04/2003 02:15

>LÉO: O GRANDE PROBLEMA é a aquisição daquele material que pelo menos no
FUNBEC havia. Hoje não consigo nem um mísero núcleo em U para fazer os
experimentos de eletromagnetismo (forno de indução, anel de Thompson,
solda elétrica, escada de Jacob etc.).<

O Toninho da FUNBEC montou sua própria loja de material para
experimentos, quando saiu de lá. Que fim terá levado? Essas coisas,
infelizmente, estão acabando no Brasil. Da última vez em que estive em
São Paulo eu passei na Casa Aerobrás para comprar um modelo do 14-bis,
que queria trazer só para irritar os americanos. Descobri que a Casa
Aerobrás fechou todas as filiais. Só tem aquela lojinha na Major
Sertório, e ainda assim bem inferior ao que era há uns anos.


>LÉO: Ai nas suas plagas tem coisa excelente que não há como chegar aqui
(ou há?). Existe ai um experimento que acho notável e não coloquei no
Imperdível por falta do 'continente' adequado: trata-se de uma peça em
plástico, tronco-cônica (ou equivalente) de cerca de 1 m de altura e
0,6m de 'boca' superior e 0,1 m de fundo. Na borda desse 'tunel' há uma
canaleta onde se abandonado uma moeda 'de pé'. A moeda rola por esse
plano inclinado na borda e entra girando dentro do túnel. Como o tunel
vai se afunilando a moeda gira cada vez mais rapidamente e baixa muito
pouco de nível à cada volta. Vai um tempão até chegar ao fundo.<

Nunca vi esse experimento. Tem em algum lugar na web? Mande-me o link.
Nos pedágios americanos costumava ter (hoje é diferente) um cone enorme
de plástico para recolher as moedas atiradas pelo motorista. Muita gente
se divertia produzindo o efeito que você descreve jogando a moeda do
jeito certo.

Se for um objeto grande demais sai caro demais para enviar. O melhor
seria copiar o desenho e fabricá-lo aí no Brasil, talvez em fibra de
vidro.


> LÉO: A caneta que flutua sobre um berço de ímãs (apoiada pela ponta na
plaquinha de vidro) e fica girando um tempão ... tb não consigo comprar
por aqui<

Essa eu acho que é fácil. Quando esbarrar em uma vou comprar. Espero que
não cause o mesmo transtorno que o Levitron. Você se lembra que a minha
mala não chegou? Ficou detida em Nova York. Desconfiaram daquele imã
enorme. Acharam que era bomba.


> LÉO: Quer abrir um negócio? Vc compra essas maravilhas ai, envia prá
mim, eu vendo via Imperdível e deposito sua parte. Vichi! que beleza.<

Você sabe que eu sou louco mesmo para abrir um negócio que junte ciência
e educação. No momento estou muito contrariado aqui nos EUA em razão da
guerra. Me sinto como um gaulês que trabalha para os romanos. Não sou o
único. Parece que a doença afeta quase todos os estrangeiros que moram
aqui. Na minha empresa somos seis em meio a 30 e tantos americanos. Os
outros são quatro alemães e uma australiana. A conversa mais frequente e
hipócrita: "estou com vergonha de morar aqui". Não tanto, porém, a ponto
de ir embora. Deve ser algum alucinógeno que eles esfregam nas cédulas
do dólar. E olha que o único terceiro-mundista sou eu.

Portanto, para o projeto educativo-científico você vai ter que esperar a
minha aposentadoria. É coisa para perder dinheiro. Sei do que estou
falando, trabalhei 15 anos na FUNBEC.


>LÉO: Só de cúpula de Van de Graaff já tenho uns 100 pedidos!<

O gerador de Van de Graaff mais impressionante que eu já vi está no
Museum of Science, em Boston. Produz relâmpagos de alguns metros e
trovões que rivalizam com os naturais. Nunca respirei tanto ozônio na
vida. Dê uma olhada nele em:

Theather of Electricity (clique em history)
http://www.mos.org/sln/toe/


> LÉO: Gostei desse fervedor de água (bicicleta + gerador); esse projeto
eu preparei para a Estação Ciência ... mas com lâmpadas incandescentes
de 15, 20, 40, 60 e 100W ... prá ver os meninos suarem!<

Eu poderia ter feito, e não fiz porque sou burro, um levantamento de
todos os experimentos interessantes do vários museus de ciência e
tecnologia no Canadá e EUA. Há muitos. Vou começar a documentá-los para
referência futura.

No Museum of Science de Boston tem um playground em que *todos* os
brinquedos envolvem algum princípio científico: conservação do momento
angular, hidráulica, matemática, etc. Uma das coisas mais criativas em
matéria de demonstrações está justamente na área de matemática e
estatística. Conseguiram transformar um assunto que é considerado chato
pela maioria das pessoas em algo muito interessante. Um exemplo: numa
das demonstrações de estatística há uma espécie de mostruário com uma
das paredes de vidro montado verticalmente na parede. Na parte de cima
há um compartimento com milhares de bolinhas de vidro que caem uma a uma
sobre caixinhas de vidro na parte inferior. Mais ou menos assim:

_____________________________________
ººººººººººººººººººººººººººººººººººººº
ººººººººººººººººººººººººººººººººººººº
ººººººººººººººººººººººººººººººººººººº Bolinhas
ººººººººººººººººººººººººººººººººººººº
________________ º _________________

º
- -
--- º --- Anteparos
--- º ---
º

| | | | | | | | | |
| | | | | | | | | |
| | | | | | | | | |Recipientes
| | | | | | | | | |
_____________________________________

Antes de cair nas caixinhas, as bolinhas colidem com anteparos que
desviam as bolinhas para os lados, com a posição variando grandemente
com o local exato do choque. Embora as bolinhas tendam a cair no centro,
podem também cair em qualquer uma das outras caixinhas. Observar o que
acontece é hipnotizante. No princípio não há aparentemente padrão algum.
Quando metade das bolinhas já caiu, percebe-se uma tendência à
acumulação no centro. Quanto todas as bolinhas caíram, o resultado é uma
curva que coincide perfeitamente com a curva de Gauss desenhada no
vidro. Embora cansado de saber que o resultado seria esse, eu observei
uns dois ou três ciclos para ver como diferiam no princípio - um teste
para ver se a posição individual das bolinhas é mesmo arbitrária (quase
digo aleatória. Os estatísticos me matariam). É mesmo. Um fato
estatístico que poucos de nós já teve a oportunidade de presenciar de
maneira tão viva.

Um abraço,
Colucci




SUBJECT: Re: |RE: [ciencialist] OFF EU! fotos! fotos! jah estou perdendo o brilho!
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2003 07:55

Metendo o bedelho onde nao foi chamado...

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Jose Colucci Jr."
> No Museum of Science de Boston tem um playground em que *todos* os
> brinquedos envolvem algum princípio científico: conservação do

Dificil e' imaginar um brinquedo q. *nao* envolva algum principio
cientifico... (ou nao possa ser usado para sua demonstracao). Ate'
simples bonecas de pano têm sua contribuição a dar (e não estou
falando de nenhuma emília).

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: [RN] ENTREVISTA COM JAMES WATSON
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2003 09:04

SCIENTIFIC AMERICAN BRASIL, 04-2003

Esta estrutura tem características originais que são de considerável
interesse biológico." Esta é uma das sínteses mais famosas da
história da ciência. James D. Watson e Francis H.C. Crick redigiram
esta idéia num artigo publicado em 2 de abril de 1953 pela revista
Nature, onde propuseram o modelo da dupla hélice para a estrutura do
DNA, um avanço que abriu as portas para a compreensão da biologia
molecular e da genética.

Uma conversa com James D. Watson
http://www.sciam.locaweb.com.br/explore.php

A Conversation with James D. Watson
http://www.sciam.com/article.cfm?colID=1&articleID=00062AB0-2F4F-1E64-
A98A809EC5880105

[Guardem a data: 25 de abril marcará o 50o. aniversário da publicação
da estrutura do ADN.]

Quiet debut for the double helix
http://www.nature.com/cgi-taf/DynaPage.taf?
file=/nature/journal/v421/n6921/full/nature01397_fs.html

Cold Spring Harbor Laboratory
http://www.cshl.org/

Watson and DNA: Making a Scientific Revolution [Resenha do livro]
http://www.nature.com/cgi-taf/DynaPage.taf?
file=/nm/journal/v9/n4/full/nm0403-387.html

Life after the helix [Resenha de Watson and DNA]
http://www.nature.com/cgi-taf/DynaPage.taf?
file=/nature/journal/v421/n6921/full/421315a_fs.html

The first lady of DNA [Resenha do livro Rosalind Franklin: The dark
lady of DNA]
http://www.nature.com/cgi-taf/DynaPage.taf?
file=/embor/journal/v4/n1/full/embor723.html

The double helix and the 'wronged heroine'
http://www.nature.com/cgi-taf/DynaPage.taf?
file=/nature/journal/v421/n6921/full/nature01399_fs.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: [RN] Seti@Home
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <Alexandre.Medeiros@Consultmail.net>
TO: "Ciencialist (E-mail)" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/04/2003 10:20

Plantão INFO - SÃO PAULO - 28-03-2003

Seti@Home: ETs não quiseram saber de nós

Renata Mesquita

Mesmo com toda a ajuda de internautas de mais de 200 países, os cientistas
do projeto Seti@Home não encontraram sinal nenhum dos nossos amigos de
outros planetas.

Esta foi a conclusão das últimas análises feitas com os sinais de rádio
coletados do espaço pelo gigantesco telescópio de Arecibo, em Porto Rico,
desde 1999 - no primeiro grande projeto de computação distribuída via
internet que se tem notícia.

Segundo a BBC, os cientistas não encontraram neste últimos sinais - uma leva
de uns 150, considerados mais prováveis - nenhuma evidência de vida fora da
Terra. No entanto, a Sociedade Planetário de Pasadena, que financia o
projeto, disse que não espera resultados rápidos e que os estudos
continuarão. "Temos a esperança de que um dia encontraremos evidências de
civilizações aliegíneas", disse a diretora do Planetário, Susan Lendroth.
[i]

http://info.abril.com.br/aberto/infonews/032003/28032003-6.shl


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: |RE: [ciencialist] OFF EU! fotos! fotos! jah estou perdendo o brilho!
FROM: "josecolucci <j.colucci@rcn.com>" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2003 11:06

> COLUCCI: No Museum of Science de Boston tem um playground em que
*todos* os brinquedos envolvem algum princípio científico<

>ROBERTO TAKATA: Dificil e' imaginar um brinquedo q. *nao* envolva
algum principio cientifico... (ou nao possa ser usado para sua
demonstracao). Ate' simples bonecas de pano têm sua contribuição a
dar (e não estou falando de nenhuma emília).<

Descobri a identidade secreta do Takata. Ele é português e seu nome
original deve ser algo como Roberto Tavares ou qualquer outro que
lembre o atual. Como cheguei a essa conclusão? Ele se traiu na
precisão vocabular e interpretação literal do texto.

Um exemplo. Quando estive em Lisboa perguntei a um sujeito na rua: "O
senhor sabe que horas são". Ao que ele respondeu: "Sei." E calou-se.
Uma resposta perfeitamente adequada à minha pergunta, mas não à minha
intenção.

Colucci




SUBJECT: Re: |RE: [ciencialist] OFF EU! fotos! fotos! jah estou perdendo o brilho!
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2003 12:00

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "josecolucci <j.colucci@r...>"
> Descobri a identidade secreta do Takata. Ele é português e seu nome
> original deve ser algo como Roberto Tavares ou qualquer outro que
> lembre o atual. Como cheguei a essa conclusão? Ele se traiu na
> precisão vocabular e interpretação literal do texto.

Ora pois, luso e' outro gajo que costumava frequentar estas paragens,
o' pa'.

> Um exemplo. Quando estive em Lisboa perguntei a um sujeito na
> rua: "O senhor sabe que horas são". Ao que ele respondeu: "Sei." E
> calou-se. Uma resposta perfeitamente adequada à minha pergunta, mas
> não à minha intenção.

O q. me lembra daquela piada. Um engenheiro 'a deriva em seu balao em
meio a espessas nuvens e sem qualquer ideia de onde estava. Ele vê
uma casa no meio do campo q. sobrevoava. Solta um pouco do ar do
balao e desce suavemente. Pairando por sobre o quintal grita ao dono
da casa:
- Senhor, por favor, estou ha' horas perdido sem saber me localizar.
O senhor poderia me dizer onde estou?
A resposta vem após longos dez minutos de um silencio meditabundo:
- Claro, o senhor esta' em um balao.
Ao q. o engenheiro-balonista replica:
- Ora, vejo q. o senhor e' um matematico!
O dono da casa se surpreende:
- Mas como e' q. o senhor sabe disso?
- Simples, o senhor ficou pensando longa e profundamente sobre o que
dizer. E quando finalmente fala, diz algo rigorosamente correto.
Porém de total inutilidade para mim.

[Há uma complementação -- O matemático responde:
- E vejo que o senhor e' um engenheiro.
- Sim. Mas como soube disso?
- Bem, o senhor pra variar nao tem a minima ideia do que esta'
fazendo e poe a culpa no matematico.]

nota: ha' variantes da piada.
nota2: qual a interpretacao figurada da frase "No Museum of Science
de Boston tem um playground em que *todos* os brinquedos envolvem
algum princípio científico"?
nota3: a expressao destacada 'todos' esta' presente no original.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: |RE: [ciencialist] OFF EU! fotos! fotos! jah estou perdendo o brilho!
FROM: "josecolucci <j.colucci@rcn.com>" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2003 13:07

>TAKATA: Ora pois, luso e' outro gajo que costumava frequentar estas
>paragens,<

Antes que eu seja mal compreendido, tenho que explicar. Não há na
minha comparação nenhuma intenção de ofender os portuguêses. Não
gosto de piadas que atingem uma determinada nacionalidade ou etnia. O
que eu relato é uma diferença cultural entre o Brasil e Portugal na
questão da interpretação de textos. É fácil ver isso pelos comerciais
em Portugal. São geralmente descritivos, em contraste com os
brasileiros, que são, digamos, "impressionistas". Não tenho certeza
de que ainda é assim, mas vi, há uns dez anos, um outdoor do creme
dental Colgate em Lisboa cujo texto era algo como "usando o creme
dental Colgate V.S. terá os dentes mais brancos e brilhantes e
evitará as cáries". Verborrágico e textual.


>TAKATA: qual a interpretacao figurada da frase "No Museum of Science
de Boston tem um playground em que *todos* os brinquedos envolvem
algum princípio científico"?<

Não há interpretação figurada. Um leitor de boa vontade entenderia
que um email não é um artigo da Nature e acrescentaria mentalmente a
palavra "demonstração", que faltou na frase. Ficaria, "em que *todos*
os brinquedos envolvem a demonstração de algum princípio científico"

Segundo o Aurélio: DEMONSTRAÇÃO 4. Lição prática e experimental.

Obviamente, há princípios científicos em tudo. No entanto, acho que
até mesmo o Takata deverá concordar que uma boa maneira de aprender
ciência é fazer experimentos que evidenciem certos efeitos de maneira
didática. Por exemplo, quem faz o experimento da Batateria - a pilha
elétrica de batatas, descrita em:

http://www.feiradeciencias.com.br/sala12/12_21.asp


aprende mais eletroquímica do que quem passa uma vida consumindo os
produtos da Duracell.

Um abraço,
Colucci




SUBJECT: Re: |RE: [ciencialist] OFF EU! fotos! fotos! jah estou perdendo o brilho!
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2003 13:45

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "josecolucci <j.colucci@r...>"
> Não há interpretação figurada. Um leitor de boa vontade entenderia
> que um email não é um artigo da Nature e acrescentaria mentalmente
> a palavra "demonstração", que faltou na frase.

Vejo q. ficou realmente bravo com a brincadeira, Colucci. (Embora e',
claro, mesmo com a nova redação: "em que *todos* os brinquedos
envolvem a demonstração de algum princípio científico", ainda seja
estranho o destaque da expressao 'todos'. Ja' q. se trata de um museu
de ciências, não se espera q. brinquedos e outras quinquilharias
sejam empregados a troco de nada. Surpreendente seria se uma
exposição como a "Volta ao mundo em 80 jogos" no Sesc Belenzinho em
Sampa tivesse tal espírito em todos os itens -- apesar do nome,
apenas 55 jogos estão em exposição:
http://www.sescsp.com.br/sesc/revistas/sesc/frame_artigo.cfm?
&artigo_id=2095 )

> No entanto, acho que até mesmo o Takata deverá concordar que uma
> boa maneira de aprender ciência é fazer experimentos que evidenciem
> certos efeitos de maneira didática.

Bem, há quem defenda a tese de q. pra se ensinar ciência com
eficiência lúdica deve fazê-lo sem dizer q. se está ensinando
ciência... Seria a diferença entre fazer a criança anêmica comer
fígado misturado ao brigadeiro com ela tendo ou não consciência da
trama. (Não sei se essa tese se mantém de pé diante de um escrutínio
maior.)

De todo modo, peço desculpas sinceras por irritá-lo com as minhas
observações pretensamente jocosas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: |RE: [ciencialist] OFF EU! fotos! fotos! jah estou perdendo o brilho!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/04/2003 15:03

Colucci:
>Obviamente, há princípios científicos em tudo. No entanto, acho que
até mesmo o Takata deverá concordar que uma boa maneira de aprender
ciência é fazer experimentos que evidenciem certos efeitos de maneira
didática. Por exemplo, quem faz o experimento da Batateria - a pilha
elétrica de batatas, descrita em:

http://www.feiradeciencias.com.br/sala12/12_21.asp


aprende mais eletroquímica do que quem passa uma vida consumindo os
produtos da Duracell.<

Agradeço a citação. Até eu gostei da didática com que escrevi isso!:-) Todavia, no contexto, eu indicaria o item seguinte da Sala 12:

http://www.feiradeciencias.com.br/sala12/12_22.asp

Tal artigo deu-me o prazer de uns 20 e-mails de consulentes do Imperdível que no geral diziam: "Finalmente acabei sabendo o que é uma pilha!" e vários complementaram: "Sou prof. de física a 'x' anos e nunca fiquei sabendo que a coisa era assim!".

PS: Colucci, estou procurando onde fiquei sabendo daquele experimento da moeda que rola dentro do plástico tronco-cônico (na verdade não sei se é tronco-cônico, um parabolóide de revolução ou outra superfície). Não creio que tenha sido pela NET, pois tenho isso na cabeça até antes da 'explosão da www'. Se a 'memória não falha foi num folheto com texto em gaulês! E não lí no Asterix!

Quanto ao experimento das esferas de aço no plano inclinado com pregos para ver a distribuição gaussiana, eu já tenho isso escrito desde quando usei para experimento no Curso di Tullio, resta achar onde está! Já procurei nas minhas duas brochuras ... nada feito.

Quanto falta para vc se aposentar? Eu já estou fazendo o quarto aniversário dessa 'coçação de saco'. (primeiro de abril! --- trabalho mais agora que em muitos de meus anos de magistério!).

[]'
Léo
Pssiu! Continuem com essa 'briga' besta de um por "todos" e todos por "um" ... tá desopilando-me!
Aliás, já assisti a uma porrada de filmes, "todos" dos três mosqueteiros ... e, em nenhum deles vi um 'mosquete' siquer!




SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Evaporador Industrial
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/04/2003 15:10

Putz! Acho que meus consulentes descobriram que sou deus e, portanto, devo saber sobre tudo. O que eles precisam saber é que há uma porrada de outros deuses, duendes, santos, espíritos etc., para com os quais eles podem consultar. Será que nenhum espírito que baixa por essas sessões por ai sabe alguma coisa de física? Só eu? Só eu? Pôo!
Quem é especialista em evaporador industrial por aqui? Não precisa ser um deus no assunto!
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Fabio
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: terça-feira, 1 de abril de 2003 13:50
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


GOSTARIA DE SABER COMO POSSO DAR "O GOLPE DE ARIETE EM UM EVAPORADOR INDUSTRIAL"SE VC PODE ME AJUDAR
AGUARDO UMA RESPOSTA

FABIO

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: [ciencialist] Ensino de Ciências (ERA: OFF EU! fotos! fotos! )
FROM: "josecolucci <j.colucci@rcn.com>" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2003 15:23

>TAKATA: De todo modo, peço desculpas sinceras por irritá-lo com as
minhas observações pretensamente jocosas.<

Não há do que se desculpar. Eu só estava seguindo a recomendação de
Maquiavel, que disse: "contra a ironia, use a seriedade; contra a
seriedade, use a ironia".


>TAKATA: Bem, há quem defenda a tese de q. pra se ensinar ciência com
eficiência lúdica deve fazê-lo sem dizer q. se está ensinando
ciência... Seria a diferença entre fazer a criança anêmica comer
fígado misturado ao brigadeiro com ela tendo ou não consciência da
trama. (Não sei se essa tese se mantém de pé diante de um escrutínio
maior.)<

Você concorda com isso? Gostaria também de ouvir a opinião do Léo e
de outros da lista.

Há hoje essa noção de que tudo o que se ensina deve ser "divertido".
Em inglês a expressão me irrita ainda mais, tudo tem que ser "fun".
Às favas com isso. Há coisas que não são "fun" e devem ser
aprendidas. Quando se faz o esforço necessário, e é mesmo um esforço,
aos poucos o difícil passa a ser prazeroso. É preciso despertar na
criança o prazer do desafio intelectual, do contrário tudo vira
programa da Xuxa (desculpem, ando meio desatualizado com as
referências brasileiras. Tenho certeza de que existe alguma outra
garota, igualmente medíocre, fazendo programa infantil no Brasil).

No Canadá tinha um programa chamado "Crazy Science", que era péssimo.
Era uma organização privada que promovia cursos para crianças e fazia
demonstrações em festinhas infantis. Levavam um monte de
equipamentos, faziam as crianças ficar dentro de bolhas de sabão,
arrepiavam-lhes os cabelos com um Van de Graaff, faziam reações
químicas explosivas, etc. Só que de ciência mesmo, nada. Ficavam só
na farra. Uma espécie de "scientific fast-food", se bem que a
comparação é injusta. Até mesmo um Big Mac contém nutrientes.

É claro que a didática é importante. Minha filha, que por minha culpa
foi vítima do Kumon (Escola Japonesa de Matemática) e o odiava, hoje
adora o Clube de Matemática que frequenta. O professor é um amigo
meu, professor do MIT, que o organiza voluntariamente. São problemas
dificílimos para a idade das crianças, mas sempre envolvendo uma
solução criativa. Elas os discutem em grupo e, ao final, sempre
chegam à solução.

Falta algo assim em ciências.

Um abraço,
Colucci





SUBJECT: OFF em fisica, ON em geometria
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/04/2003 15:27

Tambor cilíndrico deitado no chão horizontal. Desprezar a espessura do material do tambor. Pretendo saber (usando dos esforços geométricos dos amigos) como calcular o volume de água dentro desse cilindro em função de sua altura H contada a partir do chão (e, claro, considerando conhecido os parâmetros: D=diâmetro do cilindro e L=comprimento do mesmo):
L
-------------------------------- -----------
|| || |
||------------------------------|| ---- D
|| || | |
|| || | H |
-------------------------------- ---- ------

É o tambor de meu estaleiro que furou e está com 8 cm de água dentro dele ... e, além disso, esqueci a formuleta de setor circular!

[] '
Léo


SUBJECT: Re: OFF em fisica, ON em geometria
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2003 15:41

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
> Tambor cilíndrico deitado no chão horizontal. Desprezar a espessura
do material do tambor. Pretendo saber (usando dos esforços
geométricos dos amigos) como calcular o volume de água dentro desse
cilindro em função de sua altura H contada a partir do chão (e,
claro, considerando conhecido os parâmetros: D=diâmetro do cilindro e
L=comprimento do mesmo):

Volume de cilindro nao e' a area da base vezes a altura?
V = pi*r^2*h

> É o tambor de meu estaleiro que furou e está com 8 cm de água
dentro dele ... e, além disso, esqueci a formuleta de setor circular!

Setor circular e' so' fazer regra de três:

360o está para pi*r^2 assim como o ângulo do setor esta' para a área
do setor.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: OFF EU! fotos! fotos! jah estou perdendo o brilho!
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2003 15:51

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Jose Colucci Jr."
<j.colucci@r...> escreveu

> O website deles é flagrantemente comercial e não faz justiça à
qualidade
> das demonstrações e da seriedade científica que demonstram.
>
> http://www.ontariosciencecentre.ca/


O que a gente precisaria para ter um (ou vários) centros desses no
Brasil?

Aliás, alguém sabe como vão indo os "museus de ciência" privados
daqui?

Conheci o "Heureca" no Guarajá faz um ano e achei bastante razoável.
Existe também um parque chamado "Tecnorama", de Aguas de Lindoia, que
tinha se transferido para perto do Hopi-Hari, mas por algum motivo
não deu certo ali.
Parece que existe um muito bom no Rio Grande do Sul, alguém conhece?
alguém conhece mais algum aqui em São Paulo, ou no Brasil?

A Estação Ciência, da USP, também está bem razoável, fora os
problemas de praxe (sem estacionamento - a lanchonete é nojenta e a
livraria uma piada). Também faltam placas explicando as exibições.
Certamente o público alvo são as escolas, embora abra aos fins de
semana. O fato é que ninguém conhece esse lugar, fora do círculo
pedagógico. Parece que existe uma vergonha de se anunciar a estação
Ciência como uma atração, e não apenas um local didático. Aliás
existe esse conceito aqui no Brasil de que museu bom é museu de arte,
que museu de ciência é coisa de criança ou escola. Vejam só o que
fizeram com a Pinacoteca do Estado, está bem legal, reformada,
iluminada, com lojinha e lanchonete boa, estacionamento. É grátis, e
aliás não devia ser, porque em geral quem vai lá é rico (pelo menos
quando eu fui só tinha carrão no estacionamento).

Se o governo investisse em divulgação científica metade do que
investe em arte seria excelente.

sds

André







SUBJECT: Re: [ciencialist] Ensino de Ciências (ERA: OFF EU! fotos! fotos! )
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/04/2003 15:54

Olá pessoal..:-)

Mesmo entrando na discussão no meio, também tenho essa "irritação" do Colucci para com o "fun", o divertido e sem esforço de nossa cultura atual. Parece que tudo deve ser assim, sem esforço: emagreça comendo, sem esforço, aprenda ingles dormindo, sem esforço (ou no "fun camp", com nossos divertidos instrutores..:-), fique em forma com nosso revolucionario aparelho de eletro-estimulação sem esforço (não é magia nem tecnologia, é picaretagem mesmo..:-), enfim, tudo fácil e divertido.

Parece que qualquer coisa que envolva esforço é ultrapassada e profundamente inutil, arcaica. Se tem de se esforçar é porque não está fazendo direito...

Mas, grande parte da diversão é o proprio esforço. Ao vender a ideia de que "facil" é bom e "esforço" é ruim, estamos criando novas gerações sem o menor preparo para o mundo real, onde o esforço é a regra.

Seria muito mais proveitoso mostrar que o esforço, a dificuldade é parte integrante da satisfação. Um alpinista não escala uma montanha porque é "fácil"mas sim pelo motivo oposto: é dificil, exige esforço. Mas ele sabe que o grau de satisfação final é diretamente proporcianal a dificuldade encontrada no caminho.

Se um ser humano é criado para compreender essa premissa básica, estudar, passar no vestibular, trabalhar, se divertir, viver, será sempre mais fácil (no bom sentido dessa vez). O esforço de compreender a termodinamica ou as normas do portugues ou o mecanismo do DNA parecerá compensador. A compreensão, quando chegar, dará a este ser humano a mesma satisfação do alpinista ao chegar ao cume da montanha, do skatista ao conseguir realizar uma nova e dificil manobra, do cientista ao chegar ao resultado da experiencia procurado por anos de esforço e dedicação. Ler um livro, não será um "esforço" inutil, mas algo que valerá a pena o esforço feito, a satisfação de chegar ao fim do livro, de compreender e saber mais do que quando começou, de ter um novo mundo na memória e novas informações para a vida.

Mas, ao contrário, se o esforço é "out" e fazer as coisas do modo mais fácil é "in", nada convencerá um estudante de continuar seu estudo quando topar com a primeira dificuldade. Se ele não compreende logo a questão, então é culpa do professor, do método, da escola, que não conseguiu tornar "fácil" esse entendimento. Ele passará para outra e deixará para tras o esforço necessário à maioria das coisas que realmente valem a pena saber.

Acredito que despertar a curiosidade de alunos é ótimo, mas tornar todo aprendizado uma festa sem dificuldades não só não ajuda, como atrapalha a formação da personalidade dos mesmos.

Um abraço.

Homero





----- Original Message -----
From: josecolucci <j.colucci@rcn.com>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, April 01, 2003 3:23 PM
Subject: [ciencialist] Ensino de Ciências (ERA: OFF EU! fotos! fotos! )


>TAKATA: De todo modo, peço desculpas sinceras por irritá-lo com as
minhas observações pretensamente jocosas.<

Não há do que se desculpar. Eu só estava seguindo a recomendação de
Maquiavel, que disse: "contra a ironia, use a seriedade; contra a
seriedade, use a ironia".


>TAKATA: Bem, há quem defenda a tese de q. pra se ensinar ciência com
eficiência lúdica deve fazê-lo sem dizer q. se está ensinando
ciência... Seria a diferença entre fazer a criança anêmica comer
fígado misturado ao brigadeiro com ela tendo ou não consciência da
trama. (Não sei se essa tese se mantém de pé diante de um escrutínio
maior.)<

Você concorda com isso? Gostaria também de ouvir a opinião do Léo e
de outros da lista.

Há hoje essa noção de que tudo o que se ensina deve ser "divertido".
Em inglês a expressão me irrita ainda mais, tudo tem que ser "fun".
Às favas com isso. Há coisas que não são "fun" e devem ser
aprendidas. Quando se faz o esforço necessário, e é mesmo um esforço,
aos poucos o difícil passa a ser prazeroso. É preciso despertar na
criança o prazer do desafio intelectual, do contrário tudo vira
programa da Xuxa (desculpem, ando meio desatualizado com as
referências brasileiras. Tenho certeza de que existe alguma outra
garota, igualmente medíocre, fazendo programa infantil no Brasil).

No Canadá tinha um programa chamado "Crazy Science", que era péssimo.
Era uma organização privada que promovia cursos para crianças e fazia
demonstrações em festinhas infantis. Levavam um monte de
equipamentos, faziam as crianças ficar dentro de bolhas de sabão,
arrepiavam-lhes os cabelos com um Van de Graaff, faziam reações
químicas explosivas, etc. Só que de ciência mesmo, nada. Ficavam só
na farra. Uma espécie de "scientific fast-food", se bem que a
comparação é injusta. Até mesmo um Big Mac contém nutrientes.

É claro que a didática é importante. Minha filha, que por minha culpa
foi vítima do Kumon (Escola Japonesa de Matemática) e o odiava, hoje
adora o Clube de Matemática que frequenta. O professor é um amigo
meu, professor do MIT, que o organiza voluntariamente. São problemas
dificílimos para a idade das crianças, mas sempre envolvendo uma
solução criativa. Elas os discutem em grupo e, ao final, sempre
chegam à solução.

Falta algo assim em ciências.

Um abraço,
Colucci




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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: OFF EU! fotos! fotos! jah estou perdendo o brilho!
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TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2003 15:55

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
> Parece que existe um muito bom no Rio Grande do Sul, alguém conhece?
> alguém conhece mais algum aqui em São Paulo, ou no Brasil?

Não se esqueça o de Barretos. Sob a tutela do nosso Léo.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: |RE: [ciencialist] OFF EU! fotos! fotos! jah estou perdendo o brilho!
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2003 16:09

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "josecolucci <j.colucci@r...>"
> TAKATA: Bem, há quem defenda a tese de q. pra se ensinar ciência
> com eficiência lúdica deve fazê-lo sem dizer q. se está ensinando
> ciência... Seria a diferença entre fazer a criança anêmica comer
> fígado misturado ao brigadeiro com ela tendo ou não consciência da
> trama. (Não sei se essa tese se mantém de pé diante de um
> escrutínio maior.)<
>
> Você concorda com isso?

Vamos por partes. Pelo q. entendi de seus comentários vc interpretou
essa proposta mais como uma questão de se a ciência deve ou não ser
ensinada de modo prentensamente lúdico -- correndo-se o risco de
descambar para a palhaçada pura e simples.

O ponto se referia originalmente de se deveria ou não falar algo
assim: "olha isto aqui q. estamos demonstrando é um princípio
científico, *científico*, ouviram?". Nesse aspecto acho q. *talvez*
em *alguns casos* a tese acima possa ou até mesmo deva ser aplicada:
ensinar aspectos da realidade natural sem precisar rotular a visão
como científica -- p.e. qdo se corre o risco ou de se bater com um
espírito anti-científico ou se deparar com a idéia de q. o científico
é absolutamente verdadeiro e imutável.

No q. se refere ao 'edutainment' e algumas variacoes no tema... Acho
q. depende de se obter a liga certa entre a educacao e a diversao. Eu
acho a educacao divertida -- sem q. os professores precisem ficar
pulando feito macacos no palco (embora não ache q. macacos no palco
necessariamente resulte em mau ensino), mas enfim, não sou capaz de
tecer comentários menos genéricos e mais substanciosos do q. isso.

> criança o prazer do desafio intelectual, do contrário tudo vira
> programa da Xuxa (desculpem, ando meio desatualizado com as
> referências brasileiras. Tenho certeza de que existe alguma outra
> garota, igualmente medíocre, fazendo programa infantil no Brasil).

Há outras, mas acho q. programas infantis assim estão meio em baixa.
Já não ocupam toda a manhã em todos os canais -- creio q. só tenha
agora a Jaqueline no SBT comandando um infantil matinal diário (mas é
praticamente só desenho -- não tem platéia, não tem brincadeiras) e a
veterana Xuxa na Globo (em horário apertado, competindo com a Ana
Maria Braga, Sítio do Pica-Pau Amarelo e a TV Globinho), a Eliana na
Record acho q. é vespertino. Ídolo infantil (de todas as idades) alvo
de olhares esnobes e desdenhosos do intelectuais e afins agora é a
Kelly Key.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: OFF em fisica, ON em geometria
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/04/2003 16:10

Takata:
"Volume de cilindro nao e' a area da base vezes a altura?
V = pi*r^2*h"

esse primeiro de abril está demorando muito para terminar; ve-se isso pela sua resposta.
Pô, acha que eu iria perguntar como se calcula o volume de um cilindro!
[]'
Léo
PS: quer que eu fique tão irritado como o Colucci? :-)




SUBJECT: Re: OFF EU! fotos! fotos! jah estou perdendo o brilho!
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2003 16:20

O Leo dirige um museu de ciências em Barretos? Cadê a divulgação...
Na página de links do imperdível não tem link para nenhum museu de
Barretos:
http://www.feiradeciencias.com.br/Links/links.asp

[]´s

André


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias
Baptista
> > Parece que existe um muito bom no Rio Grande do Sul, alguém
conhece?
> > alguém conhece mais algum aqui em São Paulo, ou no Brasil?
>
> Não se esqueça o de Barretos. Sob a tutela do nosso Léo.
>
> []s,
>
> Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Ensino de Ciências (ERA: OFF EU! fotos! fotos! )
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/04/2003 16:22

>TAKATA: Bem, há quem defenda a tese de q. pra se ensinar ciência com
eficiência lúdica deve fazê-lo sem dizer q. se está ensinando
ciência... Seria a diferença entre fazer a criança anêmica comer
fígado misturado ao brigadeiro com ela tendo ou não consciência da
trama. (Não sei se essa tese se mantém de pé diante de um escrutínio
maior.)<

Colucci: Você concorda com isso? Gostaria também de ouvir a opinião do Léo e
de outros da lista.

Há hoje essa noção de que tudo o que se ensina deve ser "divertido".
Em inglês a expressão me irrita ainda mais, tudo tem que ser "fun".
Às favas com isso. Há coisas que não são "fun" e devem ser
aprendidas. Quando se faz o esforço necessário, e é mesmo um esforço,
aos poucos o difícil passa a ser prazeroso. É preciso despertar na
criança o prazer do desafio intelectual, do contrário tudo vira
programa da Xuxa (desculpem, ando meio desatualizado com as
referências brasileiras. Tenho certeza de que existe alguma outra
garota, igualmente medíocre, fazendo programa infantil no Brasil).

Léo: Nem é preciso perguntar minha opinião. Dá prá perceber que sou radicalmente contra essa linha de levar a ciência 'na gozação' para ser ensinada. Fico puto da vida só de saber que tem CD-rom de músicas para aprender física e biologia... físicos-cantores. Quem acompanha o Imperdível percebe bem que não há a menor intenção de propor uma "brincadeira" para bem entender o tema ... tem que pastar mesmo! O 'pastar' é que é o emocionante da coisa!
Tem jeito de aprender Matemática ... tem --- livro e bunda na cadeira --- depois, pode até brincar com 'cubos mágicos' e outras 'maravilhas da matemática'.
O lúdico eu assimilo apenas com "o bom e bonito visual" , e mesmo esse bonito é muito relativo -- prefiro um rádio montado numa placa de acrílico de (60 x 60) cm, tudo ligado com fios #16 ou $14, capa plástica colorida (e com legenda do sinal), tudo exposto claramente, do que um radinho do Paraguai de (4 x 6)cm e tudo escondido dentro do plástico.

Mas, esse assunto é empolgante e longo ... mas vou almoçar! Minha secretária está insistindo muito!
[]'
Léo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: OFF EU! fotos! fotos! jah estou perdendo o brilho!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/04/2003 16:27

Leiam o 'banner' no rodapé de qqer página do Imperdível. Calma gente! Chego lá!

[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: <andrebaptista@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 1 de abril de 2003 16:20
Assunto: [ciencialist] Re: OFF EU! fotos! fotos! jah estou perdendo o brilho!


O Leo dirige um museu de ciências em Barretos? Cadê a divulgação...
Na página de links do imperdível não tem link para nenhum museu de
Barretos:
http://www.feiradeciencias.com.br/Links/links.asp

[]´s

André




SUBJECT: Re: OFF em fisica, ON em geometria
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2003 16:37

O máximo que eu posso fazer é te dar a equação:

V (volume) = 2.L.[integral com x variando de 0 a h de ((d*2/4 - x*2))*
(1/2)]

Algum matemático por aí?

[]´s

André



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> Tambor cilíndrico deitado no chão horizontal. Desprezar a espessura
do material do tambor. Pretendo saber (usando dos esforços
geométricos dos amigos) como calcular o volume de água dentro desse
cilindro em função de sua altura H contada a partir do chão (e,
claro, considerando conhecido os parâmetros: D=diâmetro do cilindro e
L=comprimento do mesmo):
> L
> -------------------------------- -----------
> || || |
> ||------------------------------|| ---- D
> || || | |
> || || | H |
> -------------------------------- ---- ------
>
> É o tambor de meu estaleiro que furou e está com 8 cm de água
dentro dele ... e, além disso, esqueci a formuleta de setor circular!
>
> [] '
> Léo



SUBJECT: Re: OFF EU! fotos! fotos! jah estou perdendo o brilho!
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2003 16:58

Banner tem que ser em cima Leo... e com letras maiores! De todo modo
é bom saber que há algo para se ver em barretos além de Rodeios...
Nada contra quem gosta, mas eu só vejo esse negócio para ficar
torcendo para o boi pisar no saco do sujeito.

Boa sorte com sua feira de ciências - parque temático. Eu aliás
sempre estranhei que você não tivesse feito nada do tipo.

quanto ao ensino de ciências, concordo com você e o Colucci, que não
dá pra fazer disso um "xou da xuxa" sob pena de distorcer demais o
que é ciência ou transformar em algo banal. É como futebol: algo
muito divertido, mas tem que estar com bom preparo físico e correr
atrás da bola.

Os fenomênos exibidos devem ser interessantes por si só, mas também
deve ficar claro que a compreensão real dos fenomênos exige esforço e
atenção.

[]´s

André






--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> Leiam o 'banner' no rodapé de qqer página do Imperdível. Calma
gente! Chego lá!
>
> []'
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: <andrebaptista@u...>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: terça-feira, 1 de abril de 2003 16:20
> Assunto: [ciencialist] Re: OFF EU! fotos! fotos! jah estou perdendo
o brilho!
>
>
> O Leo dirige um museu de ciências em Barretos? Cadê a divulgação...
> Na página de links do imperdível não tem link para nenhum museu de
> Barretos:
> http://www.feiradeciencias.com.br/Links/links.asp
>
> []´s
>
> André



SUBJECT: Re: OFF em fisica, ON em geometria
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2003 17:02

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
> PS: quer que eu fique tão irritado como o Colucci? :-)

E' o Léo do VT (Velho Testamento e não Video Tape)?

http://www.ime.usp.br/~colli/madmap/kits/kit-CilindroDeitado.html
http://www.drmath.com/library/drmath/view/54834.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: OFF EU! fotos! fotos! jah estou perdendo o brilho!
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2003 18:01

Ainda bedelhando.

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
> Os fenomênos exibidos devem ser interessantes por si só, mas também
> deve ficar claro que a compreensão real dos fenomênos exige esforço
> e atenção.

Acho q. mais do q. dizer q. a compreensao exige esforco e atencao
deve-se isso sim instigar a curiosidade dos espectadores. Faze-los
perguntar: mas como? como isso aconteceu? o q. esta' por tras disso?
como saber se a conclusao a q. chegamos e' boa ou nao? Nao
simplesmente deixá-los com a pulga atras da orelha, mas torna'-los
realmente intrigados com o fenomeno: "caramba, nao vou dormir se eu
nao descobrir o q. aconteceu". O q. pode ser de ajuda ocasional e'
mostrar q. o fenomeno tem ligacao com o dia-a-dia das pessoas: ai'
lancar mao de objetos prosaicos pode ser uma boa pedida em muitas
situacoes. E tbm nao se deve dar a explicacao de mao beijada, mas
guiar as pessoas com pistas para se chegar ao caminho. (Parece ser
mais ou menos isso q. encanta o Colucci naquele grupo de matematica
para criancas.)

Acho q. assim, a pessoa por si mesma vai despender o esforco
necessario para se buscar a resposta. A atencao vem do interesse. Qdo
o professor diz ao aluno: "preste atencao!" - tbm deveria se
perguntar: "por q. a minha aula nao desperta interesse nele" (claro,
nao precisa ficar se culpando por todos os problemas, mas tbm deve
pensar em si mesmo como parte da solucao).

(Novamente, apenas ideias vagas, nada muito substancial e concreto.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: O retorno (Re: Bissexualidade...)
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2003 21:34

Olá Takata!

É bom ver você de volta zuando com a turma toda,
eheheh.

Afinal, por onde andou todo esse tempo? Férias não
costumam ser tão longas... ;) Ahh e durante todo esse tempo, só
mesmo o Léo vinha mantendo a lista "aquecida" nas CNTP... :) E ele
só agora, depois de muita insistência resolve de vez em quando me dar
um "oi"... isso se não forem tamancadas com quantidade de
movimento...


Beijos, Lígia

PS: Eu bem que tentei enviar esta mensagem em pvt mas o Yahoo não
reconhece seu endereço... dá você por "unknown". Cruzes! Até
parece que o Colucci tem razão e você não é Takata mesmo! :)

******************************

--- "rmtakata <rmtakata@altavista.net>"
<rmtakata@altavista.net> escreveu: > Olá, Lígia,
>
> Bem, acho q. agora estou de volta. Mas muito
> obrigado pelas boas-
> vindas.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia
> Amorese"
> <ligia5555@y...> escreveu
> >
> >
> > O que? Takata "taqui"?
> >
> > Onde tá tu Takata? Volta........ Vou fazer até
> um poeminha para
> > você voltar com a corda toda:
> >
> > Takatinha quando nasce
> > se esparrama pelo chão,
> > menininho quando dorme,
> > ronca e fala de montão!
> >
> > Beijos, Lígia
> >
> > PS: Como diria Fagner... "longe de ti são ermos
> os caminhos"...
> > Mesmo seus macacos fazem falta... :((
> > Por falar nisso, cadê Mikomo?
>




SUBJECT: a civilização pós-industrial e o analfabetismo científico
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 01/04/2003 22:37

Que título pomposo hem? hehe

De um modo geral sou relativamente pessimista em relação ao futuro da
alfabetização científica. O conhecimento cientifico teve um papel
essencial na revolução industrial, que exigia um grande número de
trabalhadores com formação técnica. A medida que as sociedades vão
evoluindo de sociedades industrias para sociedades pós-industriais,
onde a maior parte dos empregos está no setor de serviços e não na
produção, a pressão por uma formação técnica cai. Muito se fala sobre
o melhor desempenho em matemática e ciências entre os estudantes na
Coreia e no Japão, por exemplo, em comparação com os EUA. Mas a
Coreia, principalmente, ainda é um país tipicamente industrial,
enquanto o Japão parece enfrentar dificuldades para fazer a
transição. Tipicamente, nas escolas de elite do mundo ocidental -
incluindo o Brasil - se dá uma ênfase cada vez maior as artes e
humanidades. Os empregos na área industrial diminuem. No futuro
talvez seja mais fácil encontrar um emprego como artista do que como
engenheiro, já que as necessidades físicas são finitas, mas o consumo
de entretenimento não têm limites. Percebemos que aumenta
exponencialmente os serviços exotéricos: meditação, feng-shui, etc.

Certamente a demanda por profissionais com competência científica
continuará a crescer, mas não na mesma proporção dos outros empregos.
Serão ilhas de conhecimento num mar de analfabetismo científico. Se
uma pessoa pode ficar rica como artista, místico ou símbolo sexual
para que irá se dar o trabalho de aprender ciência? O problema é
ainda pior aqui na periferia. Nos EUA para cada Britney Spears temos
um Bill Gates, para cada Michael Jordan temos um Steve Jobs, pessoas
que ficaram ricas com o conhecimento técnico. Aqui no Brasil, porém,
a situação é triste. Os heróis nacionais são os participantes do Big
Brother Brasil ou a Kelly Key e as Sheilas. As alternativas são o
Fernandinho Beira-mar e o Juiz Lalau. Aprenda a rebolar ou roubar,
essa é a mensagem.

O conhecimento científico é em parte um bem difuso. Beneficia a
sociedade como um todo, mas não necessariamente o detentor do
conhecimento (em termos financeiros). Só uma mudança na mentalidade
individualista brasileira pode mudar isso. Quem são os heróis
cultuados pela mídia? Quantas instituições de ensino e pesquisa foram
criadas com as doações de nossos ricos? Ou com o suor e o trabalho
voluntário da nossa classe média? Até quando vamos ficar esperando um
presidente que resolva tudo por nós?

abraços,

André



SUBJECT: e-bomb
FROM: "Terence Reis" <reistc@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 01/04/2003 22:54

Parece-me que houve uma questão sobre a e-bomb outro dia desses, aqui...
espero que seja útil, apesar de ser em inglês.

Aliás, deveríamos boicotar o idioma, tb? ;-)

TODAY'S WORD: e-bomb

See our complete definition with hyperlinks at
http://whatis.techtarget.com/definition/0,,sid9_gci891424,00.html

An e-bomb (electromagnetic bomb) is a weapon that uses an intense
electromagnetic field to create a brief pulse of energy that affects
electronic circuitry without harming humans or buildings. At low
levels, the pulse temporarily disables electronics systems; mid-range
levels corrupt computer data. Very high levels completely destroy
electronic circuitry, thus disabling any type of machine that uses
electricity, including computers, radios, and ignition systems in
vehicles.

Although not directly lethal, an e-bomb would devastate any target
that relies upon electricity: a category encompassing any potential
military target and most civilian areas of the world as well.
According to a CBS News report, the United States deployed an
experimental e-bomb on March 24, 2003 to knock out Iraqi satellite
television and disrupt the broadcast of propaganda.

In the United States, most e-bomb research has been carried out at
the Air Force Research Laboratory at Kirtland Air Force Base in New
Mexico, where researchers have been exploring the use of high power
microwaves (HPM). Although the devices themselves may be relatively
uncomplicated to manufacture (Popular Mechanics illustrated a simple
design in September 2001), their usage poses a number of problems. To
create an effective e-bomb, developers must not only generate an
extremely high-powered pulse of energy, but must also find a way to
control both the energy - which can behave in unpredictable ways -
and the heat generated as its byproduct. Furthermore, for non-nuclear
e-bombs, the range is limited. According to most defense analysts'
speculations, devices in development are likely to affect an area of
only a few hundred yards.

The concept behind the e-bomb arose from nuclear weaponry research in
the 1950s. When the U.S. military tested hydrogen bombs over the
Pacific Ocean, streetlights were blown out hundreds of miles away and
radio equipment was affected as far as away as Australia. Although at
the time these effects were considered incidental, since that time
researchers have sought a means of focusing that energy.

RELATED TERMS:

electromagnetic field
http://whatis.techtarget.com/definition/0,,sid9_gci212055,00.html

energy
http://whatis.techtarget.com/definition/0,,sid9_gci213564,00.html

______________
SELECTED LINKS:

Howstuffworks provides an illustrated explanation.
http://science.howstuffworks.com/e-bomb.htm

Information Week provided a report, "E-bomb ready for its big test."
http://www.informationweek.com/story/IWK20030319S0012

CBS News reported that "U.S. Drops 'E-Bomb' on Iraqi TV."
http://www.cbsnews.com/stories/2003/03/25/iraq/main546081.shtml

GlobalSecurity.org provides an illustrated report, "The
Electromagnetic Bomb - a Weapon of Electrical Mass Destruction."
http://198.65.138.161/military/library/report/1996/apjemp.htm

______________




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: OFF em fisica, ON em geometria
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/04/2003 00:20



>From: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
><andrebaptista@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Re: OFF em fisica, ON em geometria
>Date: Tue, 01 Apr 2003 19:37:05 -0000
>
>O máximo que eu posso fazer é te dar a equação:
>
>V (volume) = 2.L.[integral com x variando de 0 a h de ((d*2/4 - x*2))*
>(1/2)]
>
>Algum matemático por aí?

Pessoal, não precisa calcular nenhuma integral e nem de
matemático, dá pra fazer na boa. O problema se reduz a calcular
a área formada por um círculo e um segmento de reta AB passando
a uma distância H da borda (H é a altura da coluna d'água).

Essa área é dada pelo setor angular compreendido entre os segmentos
radiais que tocam as extremidades de AB menos a área do triângulo
que sobra. Dessa forma, o problema se resume em calcular o ângulo
desse setor (como função de H).

[]'s
Guilherme



_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: Idéias curiosas
FROM: "Marcelo Kunimoto <airdown@ig.com.br>" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/04/2003 02:22

O site de Eric Brasseur
http://www.4p8.com/eric.brasseur/
tem algumas idéias e explicações curiosas. Como:

Usar o monitor do computador como transmissor de ondas curtas
http://www.4p8.com/eric.brasseur/swemit.html

Informações curiosas sobre ondas de choque supersônicas
http://www.4p8.com/eric.brasseur/swlb.html

Objeto supersônico sem ondas de choque
http://www.4p8.com/eric.brasseur/swlbi.html

Válvula integrada (essa eu achei genial)
http://www.4p8.com/eric.brasseur/intvac.html

A Pipa livre (tb achei essa ótima)
http://www.4p8.com/eric.brasseur/kite.html

Foguete auto-consumível
http://www.4p8.com/eric.brasseur/penroc.html

Na verdade, desconfio q essas idéias não são realmente invenções,
podem ser reinvenções dele no caso. Mas não deixam de ser curiosas.

[]s

MK



SUBJECT: Re: OFF em fisica, ON em geometria
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/04/2003 07:59

Realmente assim é bem mais fácil...

(r-h)/r = cos(a/2)
a= 2.arccos((r-h)/r)
a é o angulo
r é o raio

Não precisa mesmo de cálculo integral... :)

[]'s

André


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Guilherme Peixoto"
<gbpeixoto@h...> escreveu
>
>
> >From: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@u...>
> ><andrebaptista@u...>
> >Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> >To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> >Subject: [ciencialist] Re: OFF em fisica, ON em geometria
> >Date: Tue, 01 Apr 2003 19:37:05 -0000
> >
> >O máximo que eu posso fazer é te dar a equação:
> >
> >V (volume) = 2.L.[integral com x variando de 0 a h de ((d*2/4 -
x*2))*
> >(1/2)]
> >
> >Algum matemático por aí?
>
> Pessoal, não precisa calcular nenhuma integral e nem de
> matemático, dá pra fazer na boa. O problema se reduz a calcular
> a área formada por um círculo e um segmento de reta AB passando
> a uma distância H da borda (H é a altura da coluna d'água).
>
> Essa área é dada pelo setor angular compreendido entre os segmentos
> radiais que tocam as extremidades de AB menos a área do triângulo
> que sobra. Dessa forma, o problema se resume em calcular o ângulo
> desse setor (como função de H).
>
> []'s
> Guilherme
>
>
>
> _________________________________________________________________
> MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: Re: Idéias curiosas
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/04/2003 08:11

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Marcelo Kunimoto
<airdown@i...>" <airdown@i...> escreveu
>
> Informações curiosas sobre ondas de choque supersônicas
> http://www.4p8.com/eric.brasseur/swlb.html
>

Olá Marcelo. Dei uma olhada nesse link sobre ondas de choque
supersônica e algumas explicações não me parecem corretas. Por
exemplo, só para exemplificar, nessa passagem ele parece
confundir "velocidade do som" com "velocidade do ar":

"When a body is moving at subsonic speed, the air in front of it has
plenty of time to travel along the body and go directly to the back
of the body. This way no shock wave is originated. The air further
aside from the object is not disturbed."

Ele parece confundir onda de choque com turbulência. Para ele,a
velocidades subsonicas, "The air is not compressed." (O ar não é
comprimido) o que é falso. Qualquer corpo em movimentoexerce alguma
pressão e comprime o ar.

[]'s

André





SUBJECT: Re: a civilização pós-industrial e o analfabetismo científico
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/04/2003 08:55

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
> De um modo geral sou relativamente pessimista em relação ao futuro
> da alfabetização científica.

Eu ja' nao sou tao pessimista. Ainda mantenho aquela minha visao de
q. a cultura (e a alfabetizacao) cientifica, em media, esta'
aumentando na populacao ao longo do tempo (com flutuacoes ocasionais).

O q. talvez seja preocupante e' q. o ritmo de aumento da cultura
cientifica (e tecnologica) seja mais lento do q. o ritmo de aumento
da aplicacao de tecnologia derivada do conhecimento cientifico em
nossas vidas -- o q. criaria uma defasagem entre a dependencia da
sociedade para com as ciencias e o entendimento das ciencias.

Se essa minha visao for correta, ela pode explicar em parte o porq.
de ao mesmo tempo os cientistas e os ceticos reclamarem de um aumento
do misticismo, anticientificismo, analfabetismo cientifico e os
religiosos reclamarem de um excesso de racionalismo, culto 'a
ciencia, diminuicao da religiosidade e espiritualismo: os, digamos,
racionalistas olham para o aumento da defasagem conhecimento de
ciencia/dependencia da ciencia, e os, digamos, espiritualistas veem
os indicadores da queda geral da religiosidade.

Na Scientific American de marco (e na edicao de abril da SciAm
Brasil), saiu uma nota sobre uma pesquisa do Gallup sobre o
fundamentalismo cristao americano.

Sizing Up Evangelicals - Fundamentalism persists but shows signs of
moderation
http://www.sciam.com/article.cfm?articleID=00058E55-1E7A-1E40-
89E0809EC588EEDF&pageNumber=1&catID=2
[somente para assinantes]

Basicamente o tamanho proporcional de evangelicos ativistas se mantem
na populacao, mas indicadores como crenca na infalibilidade da biblia
e desejo do ensino religioso nas escolas estao em queda na populacao
americana -- o q. na interpretacao de Rodger Doyle, autor da nota na
SciAm, indicaria q. os fundamentalistas estariam se tornando mais
moderados, aproximando-se da media geral da populacao.

Em outros locais como no Brasil, os dados parecem indicar um aumento
dos evangelicos, mas 'as expensas do numero de catolicos -- o tamanho
da populacao q. se declara sem religiao ou ateia tbm tem aumentado.

Talvez o maior acesso aos meios de comunicacao tenham aumentado o
tempo de exposicao de um e outro lado, aumentando as ocasioes de
embate entre pontos de vistas diferentes -- o q. poderia fazer com q.
se desse a ideia para cada lado q. o lado oposto teria aumentado de
tamanho: qdo na verdade ambos os lados, mais ou menos sempre
estiveram la', e lado a lado, apenas ainda nao haviam sido
apresentados.

Mas, claro, isso e' apenas uma especulacao minha. Nao tenho indicios
maiores de q. tal quadro esteja realmente ocorrendo.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: a civilização pós-industrial e o analfabetismo científico
FROM: evieira@infolink.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/04/2003 09:46

Ola,

É a primeira vez que participo de alguma discussão nessa
lista. Portanto, vou
me apresentar: meu nome é Eduardo, sou analista de
sistemas e mestrando em
Admnistração pelo IBMEC do Rio de Janeiro.

Duvido muito que em alguma época da história humana a
maioria das pessoas
fosse "alfabetizada" em ciencia, como voces disseram. O
conhecimento cientifico
mais formal exige na maior parte das vezes um treinamento
razoavel em álgebra e
lógica. Coisa que a maioria das pessoas nunca teve.

Mesmo no ápice da sociedade industrial, acho que é um
equivoco achar que o
profissional médio tivesse grande consciencia dos
principios cientificos que
norteiam o que ele faz. Sua ação sempre se baseou mais
em rotinas e "receitas
de bolo" do que em conhecimentos adquiridos através da
educação formal.

Acredito que a nossa sensação de ignorancia aumente
devido ao nivel de
especialização que a ciencia atual exige. Há 500 anos
atras um genio como
Leonardo da Vinci podia ser um poço de conhecimento e
versar sobre o "estado da
arte" de qualquer assunto. No inicio do seculo XX, Einstein
ainda podia falar
sobre qualquer ramo da fisica, mas duvido muito de sua
capacidade para discutir
problemas economicos, por exemplo.

Ao contrário de voces, não vejo problemas no fato de as
pessoas cada vez mais
buscarem explicações espirituais e não-cientificas
para as coisas. O ser humano
não é 100% racional. Se o fosse, o socialismo seria um
sucesso e não o fracasso
retumbante que é ou foi em qualquer lugar aonde foi
aplicado, mesmo com as
melhores intençoes.

Uma das consequencias de não sermos 100% racionais é o
fato de nos apegarmos a
superstiçoes, crendices, necessitarmos da aprovação
dos outros, etc... Isso vai
continuar acontecendo, não importa o quanto a ciencia
cresca. O homem fez Deus
a sua imagem e semelhança.

A diferença é que, com a melhora dos meios de
comunicação, o acesso a
informação se tornou mais facil e como mais pessoas tem
necessidade ou desejo
(como sempre tiveram) de conforto espiritual do que de
conforto intelectual, é
natural que esse tipo de informação seja mais difundida
do que a cientifica.

Ciencia, como o proprio nome diz, é saber. E as pessoas
não querem "saber".
Elas querem "sentir". E sentir é algo que a ciencia não
explica.

Um abraço,

Eduardo
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta
> > Dias Baptista De um modo geral sou relativamente
> > pessimista em relação ao futuro da
alfabetização
> científica.
>
> Eu ja' nao sou tao pessimista. Ainda mantenho aquela minha
> visao de q. a cultura (e a alfabetizacao) cientifica, em
> media, esta' aumentando na populacao ao longo do tempo
> (com flutuacoes ocasionais).
>
> O q. talvez seja preocupante e' q. o ritmo de aumento da
> cultura cientifica (e tecnologica) seja mais lento do q.
> o ritmo de aumento da aplicacao de tecnologia derivada do
> conhecimento cientifico em nossas vidas -- o q. criaria
> uma defasagem entre a dependencia da sociedade para com
> as ciencias e o entendimento das ciencias.
>
> Se essa minha visao for correta, ela pode explicar em
> parte o porq. de ao mesmo tempo os cientistas e os
> ceticos reclamarem de um aumento do misticismo,
> anticientificismo, analfabetismo cientifico e os
> religiosos reclamarem de um excesso de racionalismo, culto
> 'a ciencia, diminuicao da religiosidade e espiritualismo:
> os, digamos, racionalistas olham para o aumento da
> defasagem conhecimento de ciencia/dependencia da ciencia,
> e os, digamos, espiritualistas veem os indicadores da
> queda geral da religiosidade.
>
> Na Scientific American de marco (e na edicao de abril da
> SciAm Brasil), saiu uma nota sobre uma pesquisa do Gallup
> sobre o fundamentalismo cristao americano.
>
> Sizing Up Evangelicals - Fundamentalism persists but shows
> signs of moderation
>
http://www.sciam.com/article.cfm?articleID=00058E55-1E7A-1E40-
> 89E0809EC588EEDF&pageNumber=1&catID=2
> [somente para assinantes]
>
> Basicamente o tamanho proporcional de evangelicos
> ativistas se mantem na populacao, mas indicadores como
> crenca na infalibilidade da biblia e desejo do ensino
> religioso nas escolas estao em queda na populacao
> americana -- o q. na interpretacao de Rodger Doyle, autor
> da nota na SciAm, indicaria q. os fundamentalistas
> estariam se tornando mais moderados, aproximando-se da
> media geral da populacao.
>
> Em outros locais como no Brasil, os dados parecem indicar
> um aumento dos evangelicos, mas 'as expensas do numero de
> catolicos -- o tamanho da populacao q. se declara sem
> religiao ou ateia tbm tem aumentado.
>
> Talvez o maior acesso aos meios de comunicacao tenham
> aumentado o tempo de exposicao de um e outro lado,
> aumentando as ocasioes de embate entre pontos de vistas
> diferentes -- o q. poderia fazer com q. se desse a ideia
> para cada lado q. o lado oposto teria aumentado de
> tamanho: qdo na verdade ambos os lados, mais ou menos
> sempre estiveram la', e lado a lado, apenas ainda nao
> haviam sido apresentados.
>
> Mas, claro, isso e' apenas uma especulacao minha. Nao
> tenho indicios maiores de q. tal quadro esteja realmente
> ocorrendo.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
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SUBJECT: Re: a civilização pós-industrial e o analfabetismo científico
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/04/2003 10:23

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu

>
> Eu ja' nao sou tao pessimista. Ainda mantenho aquela minha visao de
> q. a cultura (e a alfabetizacao) cientifica, em media, esta'
> aumentando na populacao ao longo do tempo (com flutuacoes
ocasionais).

Precisamos isolar algumas variáveis. A medida que consigamos melhorar
a condição econômica das pessoas é natural que ocorra um aumento do
nível médio de escolaridade e um aumento médio do conhecimento
científico. Se isolarmos o fator econômico - isto é compararmos
apenas pessoas de mesma escolaridade talvez não fique tão claro que o
conhecimento científico tem aumentado.

É claro que um homem culto do século XIX nunca ouvira falar de
relatividade ou genética, mas isso não pode obviamente ser
considerado analfabetismo científico. Em consequência não podemos
dizer que o conhecimento científico aumentou só porque as pessoas
agora falam de quarks ou genes. Mas muitas pessoas que falam de
quarks ou genes não entendem o que é inércia ou energia.

Infelizmente, ou felizmente, sei lá, quando ligamos nosso carro de
manhã não precisamos entender picas de física para que ele funcione.
Por outro lado, as máquinas são cada vez mais herméticas, e seu
funcionamento cada vez mais distante do entendimento do homem comum.
Compare o LP com o CD, por exemplo. Num LP pode-se quase "ver" o som
na ranhuras do disco, pode-se tocar com um palito de dentes e uma
caixa de fósforo. Já o CD é hermético, o registro parece invisível. A
vinte anos atrás eu mexia no carburador do meu carro, regulava a
entrada de ar e gasolina apertando parafusos. as máquinas eram mais
didáticas. Hoje os carburadores são eletrônicos, viraram caixinhas
pretas para o homem comum, assim como o cd.

As máquinas antigas são vistosas, didáticas. Nada mais agradável do
que ver um grande moinho de trigo, ou um relógio de pendulo, ou um
tear, com suas engrenagens se movendo em sincronia. Nos admira
engenhosidade dessas máquinas. São complexas o suficiente para
despertar nossa admiração, mas simples o suficiente para
visualizarmos seu funcionamento.

Já as máquinas modernas são monstros digitais habitados por duendes.
O funcionamento é inacessível para o homem comum, mesmo para um
estudante secundarista, ou para o homem de humanas.

Olhando para o futuro, a universalização do conhecimento científico
não parece factível. Aumentam continuamente as oportunidades para
serviços desvinculados de qualquer conhecimento científico -
basicamanente na indústria do entretenimento e dos "serviços"
exotéricos (não deixam de ser basicamente a mesma coisa - venda de
ilusão e escapismo - e isso não é necessariamente ruim). É certo que
aumentará muito o trabalho para os divulgadores científicos. Tantas
pessoas estarão dependendo de empregos ligados a àrea de serviços
exotéricos que o poder político dessa gente também aumentará - isso
já não está acontecendo?.




>
> O q. talvez seja preocupante e' q. o ritmo de aumento da cultura
> cientifica (e tecnologica) seja mais lento do q. o ritmo de aumento
> da aplicacao de tecnologia derivada do conhecimento cientifico em
> nossas vidas -- o q. criaria uma defasagem entre a dependencia da
> sociedade para com as ciencias e o entendimento das ciencias.

certamente.


>
> Se essa minha visao for correta, ela pode explicar em parte o porq.
> de ao mesmo tempo os cientistas e os ceticos reclamarem de um
aumento
> do misticismo, anticientificismo, analfabetismo cientifico e os
> religiosos reclamarem de um excesso de racionalismo, culto 'a
> ciencia, diminuicao da religiosidade e espiritualismo: os, digamos,
> racionalistas olham para o aumento da defasagem conhecimento de
> ciencia/dependencia da ciencia, e os, digamos, espiritualistas veem
> os indicadores da queda geral da religiosidade.


Não vejo necessariamente uma oposição entre ciência e religião
(descontada uma minoria fundamentalista, como os criacionistas). A
ciência prosperou dentro das sociedades cristãs ocidentais. O debate
é mais filosófico. Não vejo nas grandes religiões ocidentais uma
campanha contra o conhecimento científico. Muitas boas instituições
de ensino aqui no Brasil são católicas. Aprendi a gostar de ciência
numa escola católica.

[]´s

André

>
> Na Scientific American de marco (e na edicao de abril da SciAm
> Brasil), saiu uma nota sobre uma pesquisa do Gallup sobre o
> fundamentalismo cristao americano.
>
> Sizing Up Evangelicals - Fundamentalism persists but shows signs of
> moderation
> http://www.sciam.com/article.cfm?articleID=00058E55-1E7A-1E40-
> 89E0809EC588EEDF&pageNumber=1&catID=2
> [somente para assinantes]
>
> Basicamente o tamanho proporcional de evangelicos ativistas se
mantem
> na populacao, mas indicadores como crenca na infalibilidade da
biblia
> e desejo do ensino religioso nas escolas estao em queda na
populacao
> americana -- o q. na interpretacao de Rodger Doyle, autor da nota
na
> SciAm, indicaria q. os fundamentalistas estariam se tornando mais
> moderados, aproximando-se da media geral da populacao.
>
> Em outros locais como no Brasil, os dados parecem indicar um
aumento
> dos evangelicos, mas 'as expensas do numero de catolicos -- o
tamanho
> da populacao q. se declara sem religiao ou ateia tbm tem aumentado.
>
> Talvez o maior acesso aos meios de comunicacao tenham aumentado o
> tempo de exposicao de um e outro lado, aumentando as ocasioes de
> embate entre pontos de vistas diferentes -- o q. poderia fazer com
q.
> se desse a ideia para cada lado q. o lado oposto teria aumentado de
> tamanho: qdo na verdade ambos os lados, mais ou menos sempre
> estiveram la', e lado a lado, apenas ainda nao haviam sido
> apresentados.
>
> Mas, claro, isso e' apenas uma especulacao minha. Nao tenho
indicios
> maiores de q. tal quadro esteja realmente ocorrendo.
>




SUBJECT: Re: a civilização pós-industrial e o analfabetismo científico
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/04/2003 10:31

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, evieira@i... escreveu
>
> Ciencia, como o proprio nome diz, é saber. E as pessoas
> não querem "saber".
> Elas querem "sentir". E sentir é algo que a ciencia não
> explica.
>

Concordo com você Eduardo. Só uma pequena correção: A ciência pode
explicar sim, mas como você mesmo ressaltou, não é isso o que a
maioria está buscando. Eles querem sentir o frio na barriga, e não
saber o funcionamento da montanha-russa.

[]´s

André



SUBJECT: Re: a civilização pós-industrial e o analfabetismo científico
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/04/2003 11:26

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
> Precisamos isolar algumas variáveis. A medida que consigamos
> melhorar a condição econômica das pessoas é natural que ocorra um
> aumento do nível médio de escolaridade e um aumento médio do
> conhecimento científico. Se isolarmos o fator econômico - isto é
> compararmos apenas pessoas de mesma escolaridade talvez não fique
> tão claro que o conhecimento científico tem aumentado.

Nao sei por q. devemos abstrair o fator economico. Estamos analisando
o conhecimento medio da populacao -- se isso vem de arrasto de uma
melhoria das condicoes economicas, isso nao teria importancia. Qto 'a
escolaridade, a escolaridade tem aumentado (nao tto qto seria bom q.
fosse): talvez nao seja uma boa comparar a pessoa q. tinha quatros
anos de escolaridade antes com uma q. tem quatro anos de escolaridade
hoje -- seria como comparar quem tinha tres milhoes de dolares
nominais em 1930 com quem tem tres milhoes de dolares nominais em
2003.

> É claro que um homem culto do século XIX nunca ouvira falar de
> relatividade ou genética, mas isso não pode obviamente ser
> considerado analfabetismo científico.

Aqui ja' nao vejo de modo tao obvio assim q. nao possa ser
considerado analfabetismo cientifico.

> Em consequência não podemos
> dizer que o conhecimento científico aumentou só porque as pessoas
> agora falam de quarks ou genes. Mas muitas pessoas que falam de
> quarks ou genes não entendem o que é inércia ou energia.

Bem se compararmos q. antes as pessoas nao falavam em quarks e genes
e tbm nao entendiam o q. e' inercia e energia, ha' uma melhora em
termos absolutos.

De todo modo parece q. vc esta' analisando a questao em termos
relativos: o q. a populacao sabe sobre ciencia versus o q. existe de
conhecimento cientifico. Eu tendo a concordar q. essa proporcao
esteja diminuindo, mas por outro lado, a mim me parece mais q. isso
se da' pelo grande aumento do segundo termo (conhecimento cientifico
total), do q. pela diminuicao do primeiro (o q. a populacao sabe
sobre ciencia e assuntos correlatos).

> Num LP pode-se quase "ver" o som
> na ranhuras do disco, pode-se tocar com um palito de dentes e uma
> caixa de fósforo. Já o CD é hermético, o registro parece invisível.

Duvido q. alguem entendesse de ondulatoria apenas olhando para o
vinil... Do mesmo modo como ninguem entende de eletronica apenas
olhando para o CD.

> A vinte anos atrás eu mexia no carburador do meu carro, regulava a
> entrada de ar e gasolina apertando parafusos. as máquinas eram mais
> didáticas. Hoje os carburadores são eletrônicos, viraram caixinhas
> pretas para o homem comum, assim como o cd.

Aqui fica claro q. a sua ênfase é no analfabetismo relativo (se e' q.
podemos falar assim). Mas de todo modo aqui e' mais uma relacao de
entendimento da tecnologia utilizada do q. entendimento dos
principios fisicos envolvidos. Porem, concordo q. em muitos casos, a
complexidade teorica tbm tem aumentado -- mas aqui, novamente, parece
ser mais o caso de q. o nivel de detalhamento aumentou.

Uma analise relativa assim e' valida? Eu acho q. seja. Acho apenas q.
precisamos ter em mente entao q. tal analise e' em termos relativos e
nao absolutos. Um cidadao medio de hoje sabe mais do q. um cidadao
medio de antigamente. Mas o q. um cidadao medio de hoje precisa saber
e' mais do q. um cidadao medio de antigamente precisava saber. E a
diferenca entre o q. um cidadao de hoje sabe e o q. o cidadao de
antigamente sabia e' menor do q. a diferenca entre o cidadao de hoje
precisa saber e o q. o cidadao de antigamente precisava saber.
(Talvez maior ainda seja a diferenca entre o q. um cidadao de hoje
tem 'a disposicao para saber e o q. o cidadao de antigamente tinha.)

> Nada mais agradável do que ver um grande moinho de trigo, ou um
> relógio de pendulo, ou um tear, com suas engrenagens se movendo em
> sincronia.

Considero q. ver Halle Berry seja mais agradavel.

> Já as máquinas modernas são monstros digitais habitados por
> duendes. O funcionamento é inacessível para o homem comum, mesmo
> para um estudante secundarista, ou para o homem de humanas.

A visualizacao direta e' inacessivel para qq um. Mas o entendimento
dos principios de funcionamento nao.

> Olhando para o futuro, a universalização do conhecimento científico
> não parece factível.

Mesmo hoje, para uma so' pessoa seria impossivel -- mesmo lhe dando
um tempo infinito -- absorver todo o conhecimento cientifico
acumulado. Mas, em tese, nao parece ser impossivel a universalizacao
do conhecimento dos principios cientificos. Ainda mais se olharmos
para o futuro e admitirmos q. a curva de crescimento do conhecimento
cientifico nao devera' manter a taxa atual -- devera' atingir algum
plato (ou algum limite do conhecimento ou a obtencao da teoria final).

> Aumentam continuamente as oportunidades para
> serviços desvinculados de qualquer conhecimento científico -
> basicamanente na indústria do entretenimento e dos "serviços"
> exotéricos

Servicos esotericos, artistas de cinema, etc... Mas tbm pesquisadores
farmaceuticos, cientistas da computacao, administradores de empresas,
analistas internacionais, gestores ambientais, geneticistas,
biblioteconomistas, psicologos, historiadores, etc etc etc...

> Tantas pessoas estarão dependendo de empregos ligados a àrea de
> serviços exotéricos que o poder político dessa gente também
> aumentará - isso já não está acontecendo?.

Em perspectivas historicas? Esta' diminuindo. (Nao q. essa tendencia
se mantenha para sempre.) O q. era o farao'? O poder superior
encarnado. Astrologos e interpretadores de oragos detinham grande
poder na antiguidade.

> Não vejo necessariamente uma oposição entre ciência e religião
> (descontada uma minoria fundamentalista, como os criacionistas).

Estava falando justamente dos fundamentalistas.

Mas em perspectivas historicas, houve diversos defrontamentos entre o
conhecimento cientifico e o religioso, a perseguicao do clero aos
hereticos -- entre os quais, alguns cientistas -- perseguicao q. nao
foi puramente filosofica. Suponho q. a moderacao posterior, por
exemplo, da Igreja Catolica, em parte, foi resultado desses embates.
Mesmo entre os fundamentalistas atuais, parece q. pode ocorrer algo
semelhante, ao menos nos EUA.

> Não vejo nas grandes religiões ocidentais uma
> campanha contra o conhecimento científico.

Grande so' tem uma: o cristianismo.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: OFF em fisica, ON em geometria
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 02/04/2003 22:09


É isso aí, agora o problema está resolvido.

Guilherme

>From: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
><andrebaptista@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>Subject: [ciencialist] Re: OFF em fisica, ON em geometria
>Date: Wed, 02 Apr 2003 10:59:25 -0000
>
>Realmente assim é bem mais fácil...
>
>(r-h)/r = cos(a/2)
>a= 2.arccos((r-h)/r)
>a é o angulo
>r é o raio
>
>Não precisa mesmo de cálculo integral... :)
>
>[]'s
>
>André
>
>
>--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Guilherme Peixoto"
><gbpeixoto@h...> escreveu
> >
> >
> > >From: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@u...>
> > ><andrebaptista@u...>
> > >Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > >To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > >Subject: [ciencialist] Re: OFF em fisica, ON em geometria
> > >Date: Tue, 01 Apr 2003 19:37:05 -0000
> > >
> > >O máximo que eu posso fazer é te dar a equação:
> > >
> > >V (volume) = 2.L.[integral com x variando de 0 a h de ((d*2/4 -
>x*2))*
> > >(1/2)]
> > >
> > >Algum matemático por aí?
> >
> > Pessoal, não precisa calcular nenhuma integral e nem de
> > matemático, dá pra fazer na boa. O problema se reduz a calcular
> > a área formada por um círculo e um segmento de reta AB passando
> > a uma distância H da borda (H é a altura da coluna d'água).
> >
> > Essa área é dada pelo setor angular compreendido entre os segmentos
> > radiais que tocam as extremidades de AB menos a área do triângulo
> > que sobra. Dessa forma, o problema se resume em calcular o ângulo
> > desse setor (como função de H).
> >
> > []'s
> > Guilherme
> >
> >
> >
> > _________________________________________________________________
> > MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com
>


_________________________________________________________________
MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com



SUBJECT: A guerra da água
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/04/2003 23:14


Aqueles eram tempos de mudanças. O presidente da União Shalam Árabe, desprezando o Conselho Mundial das Nações, decidiu atacar o país possuidor da segunda maior reserva de água do mundo, situado na turbulenta, mas estratégica, região da América Média do Norte: os Estados Unidos.

Os preparativos para a guerra foram feitos logo após o ataque terrorista suicida que implodiram as mesquitas gêmeas, símbolo do orgulho patrioreligioso do povo islamita, erguidas na mais cosmopolita região do mundo, a megacite de Bagdá, à margem do belo lago formado pelo represamento do rio Tigres.

Aproveitando a indignação e o medo provocado na auto-estima dos unishalarabes, o governo deu andamento efetivo na implantação da ideologia da diplomacia da força. Elegeu o inimigo número um do povo o milionário Hosama Bean Lábbia e os países que formam o circuito do mal: EUAMN, Reyno Hunidho e Korheia do Sud. Sobre esses argumentos mobilizou em terra, mar, ar e espaço sideral a mais poderosa de força bélica da história, implantando o terror na maior parte do mundo hipercivilizado.

Com a voluntariosa invasão começou a ficar claro, a todas as nações do mundo, as intenções do presidente árabe em dominar as reservas e o comércio do ouro-líquido e evitar a derrocada da pródiga economia da USA. Ninguém mais tem dúvida também de que a guerra trará muitos lucros ao grupo de apoio do presidente Bhuchid, formado por antigos dirigentes de empresas de água e fabricantes de armamentos altamente sofisticados e poderosos, além de recuperar o índice de emprego e a confiança do povo árabe em seu desastrado presidente, eleito sob suspeita de fraude em uma das nações árabes governada por um dos seus inúmeros irmãos.

Apesar disso, sob a pressão política e econômica promovida pela USA, os governantes de algumas nações - dependentes da intimidadora diplomacia da força - apoiaram o ataque ilegal, mesmo contra a opinião pública de seus países mobilizada nas ruas em protestos contra essa atitude subserviente. Entre esses, o primeiro ministro da Phransa, Tonhijerryl - também chamado de poodle de Bhuchid, por seu alinhamento incondicional ao presidente da USA - é o mais dedicado defensor das políticas de agressão, junto aos seus pares da Organização dos Estados Unidos do Ramadã, mais conhecida como EURO.
Não contavam com a diplomática mas vigorosa oposição por parte do Reyno Hunidhow, históricos aliados em disputas anteriores, que ameaçou usar seu poder de veto na votação de uma Rhe-Solução que pretendia dar respaldo legal à invasão para "libertar aquele povo das garras do satânico ditador".

A USA mantinha na área bases militares em constante operação de vigilância e destruição das defesas radiomagnetrônica, desde a primeira guerra do Gholpho, liderando uma aliança autorizada pelo Conselho Mundial das Nações, com o objetivo de expulsar as força dos Estados Unidos do islamado de Kubha. Os analistas consideram que a decisão de invadir Kubha - com a justificativa de retomar antigo território pertencente aos Estados Unidos da Média América do Norte, foi a estratégia que o Conselho de Inteligência Árabe - CIA, usou para firmar definitivamente suas bases militares, não só naquela bem localizada ilha, como em vários outros países próximos como o Mechicow e Kannadah, ao Sul e ao Norte, respectivamente. Esse último país, após bilionária negociação de "compensações" para o desgaste que essa permissão provocaria, não permitiu o uso de seu território para abrir importante frente de combate e efetuar ataques pela região norte dos EUAMN, sitiando com mais facilidade a cupcyti do país, Uaxhingtoum, base do líder mezoamericanortista Xhadã Whocem. Porém, receoso de retaliações por parte da União Shalam Árabe, liberou seu espaço aéreo, num jogo de calculada dubiedade.

Em todo do mundo há fortes protestos frente as lanchonetes Habbib's, com campanha de boicote aos seus inúmeros tipos de quibes e ao refrigerante mais conhecido e vendido no mundo, a Meca-Cola, preferidos pelas crianças e jovens devido a intensa propaganda intracortex. Por outro lado, a principal rede mundial multimídia Al-Jazeera veiculou reportagem com um gerente de bar de uma cidade da USA, derramando no esgoto diversas garrafas de whisky, em protesto ao apoio dado pelo Reyno Hunidows ao governo nortemezoamericano.

Acordando da letargia inicial, o presidente da Hispania, pediu ao secretário general do Conselho Mundial de Nações - CMN, Coffee Anão - também chamado de Kafézinho - uma reunião para a suspensão imediata das hostilidades e a retomada das negociações para concluir as inspeções interrompidas. Enquanto isso, a guerra de informações internanoética continua a mostrar quem está mentindo mais, na mesma medida em que aumenta da oposição, por parte da opinião pública mundial, ao massacre que o governo neofacinazista de Buchid faz ao berço da civilização techinfonológica, que de acordo com os mais antigo livros, tidos como sagrados, já foi um paraíso para os seus primeiros habitantes.


José Renato M. de Almeida
Salvador - Bahia


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: OFF em fisica, ON em geometria
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 02/04/2003 23:51

Quase resolvido.
Suponha que o tambor está enterrado (nas condições dadas - deitado, eixo horizontal) e o único acesso ao líquido é um furo na parte mais alta pelo qual pode-se enfiar uma vareta verticalmente. A vareta sai molhada indicando profundidade H de água (algo como a vareta de óleo dos carros).

Qual o volume de água dentro do tanque cilíndrico (cujos dados se conhece) em função desse H?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 2 de abril de 2003 22:09
Assunto: Re: [ciencialist] Re: OFF em fisica, ON em geometria


|
| É isso aí, agora o problema está resolvido.
|
| Guilherme
|
| >From: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br>
| ><andrebaptista@uol.com.br>
| >Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
| >To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
| >Subject: [ciencialist] Re: OFF em fisica, ON em geometria
| >Date: Wed, 02 Apr 2003 10:59:25 -0000
| >
| >Realmente assim é bem mais fácil...
| >
| >(r-h)/r = cos(a/2)
| >a= 2.arccos((r-h)/r)
| >a é o angulo
| >r é o raio
| >
| >Não precisa mesmo de cálculo integral... :)
| >
| >[]'s
| >
| >André
| >
| >
| >--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Guilherme Peixoto"
| ><gbpeixoto@h...> escreveu
| > >
| > >
| > > >From: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@u...>
| > > ><andrebaptista@u...>
| > > >Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
| > > >To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
| > > >Subject: [ciencialist] Re: OFF em fisica, ON em geometria
| > > >Date: Tue, 01 Apr 2003 19:37:05 -0000
| > > >
| > > >O máximo que eu posso fazer é te dar a equação:
| > > >
| > > >V (volume) = 2.L.[integral com x variando de 0 a h de ((d*2/4 -
| >x*2))*
| > > >(1/2)]
| > > >
| > > >Algum matemático por aí?
| > >
| > > Pessoal, não precisa calcular nenhuma integral e nem de
| > > matemático, dá pra fazer na boa. O problema se reduz a calcular
| > > a área formada por um círculo e um segmento de reta AB passando
| > > a uma distância H da borda (H é a altura da coluna d'água).
| > >
| > > Essa área é dada pelo setor angular compreendido entre os segmentos
| > > radiais que tocam as extremidades de AB menos a área do triângulo
| > > que sobra. Dessa forma, o problema se resume em calcular o ângulo
| > > desse setor (como função de H).
| > >
| > > []'s
| > > Guilherme
| > >
| > >
| > >
| > > _________________________________________________________________
| > > MSN Hotmail, o maior webmail do Brasil. http://www.hotmail.com
| >
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SUBJECT: Motores Stirling...
FROM: "annjiinho <annjiinho@yahoo.com.br>" <annjiinho@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/04/2003 01:17

Alguém sabe onde posso encontrar material sobre motores Stirling?

Obrigado.
Wilson Júnior.



SUBJECT: Re: Motores Stirling...
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/04/2003 07:53

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "annjiinho <annjiinho@y...>"
<annjiinho@y...> escreveu
> Alguém sabe onde posso encontrar material sobre motores Stirling?

Stirling Engine and Steam Engine
http://jenny.mes.titech.ac.jp/jshinozu/Engine/engine.html

The Idaho Stirling Engine Homepage
http://www.uidaho.edu/engr/ME/sr_des/hev/stir/

Welcome to the Stirling Engine and Hot Air Engine Home Page
http://www.stirlingengines.org.uk/

Vc pode encontrar mais usando os sítios de busca e digitando:
Stirling engine.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: OFF em fisica, ON em geometria
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/04/2003 08:35

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
> Qual o volume de água dentro do tanque cilíndrico (cujos dados se
> conhece) em função desse H?

Não é só aplicar a fórmula? Área da base (da superfície da
extremidade em contato com o líquido) vezes o comprimento (a altura
do cilindro em pé). Só calcular a área da base em função do nível do
líquido.

Dá pra calcular automaticamente...

Virtual Cylinder Volume
http://www.idcomm.com/personal/kc/cylinder.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Fw: FEIRA DE CINCIAS- isso eh Brasil!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/04/2003 12:53

[]'
Léo
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Márcio
Para: leobarretos@uol.com.br
Cc: Marcio Leandro Teixeira
Enviada em: quinta-feira, 3 de abril de 2003 10:11
Assunto: FEIRA DE CIÊNCIAS


Olá.

Primeiramente gostaria de parabenizar a todos os responsáveis por esta conceituada página, que é de grande utilidade para alunos e professores. Meu nome é Márcio, sou professor de matemática e física, sendo que comecei a lecionar no ano passado como eventual. No momento estou trabalhando como eventual em uma escola onde tenho chances de pegar uma licença. O problema é o seguinte, como já disse não tenho experiência como professor. Leciono em Nova Castilho, uma cidade com aproximadamente 2000 habitantes, onde o ensino médio é somente no período noturno e todos os alunos trabalham durante o dia. Na escola foi implantada uma sala de informática e a diretora quer que de aula na referida sala, sendo que não há material para isso. Gostaria encarecidamente de saber onde encontrar material nesse sentido gratuitamente, pois tenho apenas 6 aulas semanais e ainda onde leciono dista 40km de onde resido e financeiramente fica difícil adquirir material para isso. Gostaria muito de receber as informaçãoes solicitadas pois tenho muita vontade de fazer um excelente trabalho e conquistar meu espaço como professor. Esperando ser atendido, desde já agradeço pela atenção.

Márcio Leandro Teixeira - Magda-SP

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - acumulo!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/04/2003 13:06

Material já ficando acumulado:

-----Mensagem Original-----
De: leonel costa


qual a profissão de mariotte?
em que data nasceu?
em que data morreu?
qual a sua invenção?

-----Mensagem Original-----
De: Ines Santos


oi! Gostaria que me tirassem uma duvida acerca de química:
A matéria é contínua? (e textos que expliquem isto)
Gostaria que me dessem textos acerca da decomposição de substâncias por acção do calor e transformação por acção da luz.
Por favor ajudem-me com isto!!!!
Agradeço antecipadamente,
Inês Santos

-----Mensagem Original-----
De: anja

Experiência de Física
Vulcão
Ingredientes:
barro;
garrafa de plástico;
Placa de madeira ;
bicarbonato de sódio;
vinagre;
corante alimentar rosa .

Modo de fazer:
Fazer um monte de barro e fazer um buraco no meio. Pôr uma garrafa de
plástico cortada ao meio no buraco e pronto, o vulcão já está feito. Mas
atenção, o vulcão tem de ser feito em cima da placa.
Pôr vinagre dentro de um recipiente e misturar corante alimentar. Depois pôr
bicarbonato de sódio dentro da garrafa que está no vulcão. Deitar a mistura
do recipiente dentro da garrafa. Espera um bocadinho e o vulcão entrará em
erupção.

Qual seria a reação que ocore entre o bicarbonato é o vinagre e porque isso
ocoreu?

Me responda por favor!
Obrigada!

-----Mensagem Original-----
De: Eduardo
Eduardo Zaboti
1ºcolegial
e-mail: zaboti@ppnet.com.br


Na escola onde eu estudo, vai ter uma feira de ciências, criada pelos alunos, onde vamos fazer esperiências e explicar o que aconeceu, mas não tenho nenhum livro sobre isso. Então gostaria que vocês me dessem algumas diacas e algumas esperiências fáceis para nós fazermos. Qualquer esperiência fácil.

Conto com vocês........

Eduardo Zaboti

-----Mensagem Original-----
De: Sheila
Qual a utilidade no dia-a-dia do gerador de Van de Graaf?

-----Mensagem Original-----
De: cpaas
Quel enventou o Termómetro?

[]'
Léo


SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - acumulo!
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/04/2003 13:59

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> Material já ficando acumulado:
> -----Mensagem Original-----
> De: Sheila
> Qual a utilidade no dia-a-dia do gerador de Van de Graaf?


Ah, essa é fácil: utilizar geradores de Van der Graff nos salões de
cabeleireiros. Este seria um bom uso diário para o tal gerador. A
cliente chega no salão, e na hora do corte, coloca as mãos sobre a
cúpula. O efeito de eriçar os cabelos irá poupar o uso dos
famigerados clipes para separar as mechas! Aí é só meter a tesoura...

Deve ser bom também para desalojar possíveis lêndeas e
piolhos... :)

Beijos, Lígia





SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - acumulo!
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/04/2003 14:00

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> Material já ficando acumulado:
>
> -----Mensagem Original-----
> De: leonel costa
> qual a profissão de mariotte?
> em que data nasceu?
> em que data morreu?
> qual a sua invenção?

Edme Mariotte?

http://es.rice.edu/ES/humsoc/Galileo/Catalog/Files/mariotte.html
http://www.sobiografias.hpg.ig.com.br/EdmeMari.htm

> -----Mensagem Original-----
> De: Ines Santos
> oi! Gostaria que me tirassem uma duvida acerca de química:
> A matéria é contínua? (e textos que expliquem isto)

Qq livro de química do ensino médio responde a esta questão. A
maioria dos livros de ciências da quinta série tbm.

> Gostaria que me dessem textos acerca da decomposição de substâncias
> por acção do calor e transformação por acção da luz.

Decomposição térmica
http://www.laserflash.com/advanced/glucose.htm
http://www.packereng.com/ThermalDecompositionPaperFinal.pdf

Fotoquímica
http://www.bartleby.com/65/ph/photoche.html

Pode-se fazer uma procura com esses termos nos sítios de busca.

> -----Mensagem Original-----
> De: anja
> Qual seria a reação que ocore entre o bicarbonato é o vinagre e
porque isso
> ocoreu?

Nos livros de química do ensino médio isso é explicado
detalhadamente. Ver nos capítulos de reação ácido-base. E óxidos
básicos.

> -----Mensagem Original-----
> De: Eduardo
> Na escola onde eu estudo, vai ter uma feira de ciências, criada
pelos alunos, onde vamos fazer esperiências e explicar o que
aconeceu, mas não tenho nenhum livro sobre isso. Então gostaria que
vocês me dessem algumas diacas e algumas esperiências fáceis para nós
fazermos. Qualquer esperiência fácil.

Uai, só ler os zilhões de experimentos disponíveis no Feira de
Ciências.

> -----Mensagem Original-----
> De: Sheila
> Qual a utilidade no dia-a-dia do gerador de Van de Graaf?

Fazer shows, demonstrações e dar nome a uma banda de roque
progressivo (o Léo pode perguntar q. progresso há no roquenrol).

> -----Mensagem Original-----
> De: cpaas
> Quel enventou o Termómetro?

Depende do modelo.

http://inventors.about.com/library/inventors/blthermometer.htm

O de mercúrio parece q. foi por Farenheit.

Galileu desenvolveu um tipo de termoscópio - não produzia um valor
numérico.
http://www.howstuffworks.com/question663.htm

[]s,

Roberto Takata
O termômetro médico parece q. foi desenvolvido por um certo Thomas
Allbutt.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - acumulo!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/04/2003 14:32



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> Material já ficando acumulado:
> -----Mensagem Original-----
> De: Sheila
> Qual a utilidade no dia-a-dia do gerador de Van de Graaf?

Lígia:
>Ah, essa é fácil: utilizar geradores de Van der Graff nos salões de
cabeleireiros. Este seria um bom uso diário para o tal gerador. A
cliente chega no salão, e na hora do corte, coloca as mãos sobre a
cúpula. O efeito de eriçar os cabelos irá poupar o uso dos
famigerados clipes para separar as mechas! Aí é só meter a tesoura...<

Que pecado! Que falta de conceito! A cliente coloca a mão sobre o gerador ... o cabelo eriça, tudo bem. O potencial elétrico está alto e o campo eletrostático espalha-se a boa distância da cabeça. Mas, tudo isso irá pro quiabo quando "aproximar a tesoura"! O potencial diminui o cabelo baixa e não há chance de cortá-lo com a tesoura 'aterrada' pela mão da cabelereira! Nem precisa aproximar a tesoura ponteaguda (poder das pontas) ... basta a mão da cabelereira!
Tsi! Tsi! Tsi! :-))))

Deve ser bom também para desalojar possíveis lêndeas e
piolhos... :)

É possível! Teríamos um belo circo eletrostático com lêndeas e piolhos pulando prá todo lado ... inclusive para o lado da cabelereira!

Beijos, Lígia
Re-beijos, Léo




SUBJECT: Fw: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - acumulo!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/04/2003 14:41

-----Mensagem Original-----
De: <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 3 de abril de 2003 14:00
Assunto: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - acumulo!

Já 'Takateei' as respostas para os consulentes. Grato. []' Léo


SUBJECT: Fw: Pergunta - Litargirio
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/04/2003 14:47

Sobre o litargirio o que tenho está na tabela abaixo,

http://www.feiradeciencias.com.br/sala21/21_13.asp

A consulente está confundindo litargirio com elemento químico. Alguém tem um texto 'litargírico'?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: <patrikk@ig.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 3 de abril de 2003 14:22
Assunto: Pergunta


| Queria saber mais sobre o litargio
|
|
| ele e composto so de chumbo?
|
| e a mesma coisa que po de chumbo?
|
| na sua formula contem quanto de chumbo?
|
|
| gostaria de obter informaçoes de litargio seu peso atomico tudo
|
|
|
| grato,
|
| _________________________________________________________
| Voce quer um iGMail protegido contra vírus e spams?
| Clique aqui: http://www.igmailseguro.ig.com.br
|


SUBJECT: OFF Leo
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/04/2003 15:06

Como faço para colocar numa página do Front Page uma miniatura de uma figura? Ou, em outras palavras, tendo a figura normal como se usa do FrontPage para fazer dela uma miniatura?
[]'
Léo


SUBJECT: Re: Fw: Pergunta - Litargirio
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/04/2003 15:20

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
> A consulente está confundindo litargirio com elemento químico.
Alguém tem um texto 'litargírico'?

http://www.canadametals.com/msds/litharge.pdf
http://www.wkonline.com/d/litharge.html
http://www.webmineral.com/data/Litharge.shtml

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Superformula
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/04/2003 15:30

Biológo inventa fórmula para criar todas as formas
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,6752,OI98194-
EI238,00.html

Uma simples equação matemática pode gerar uma grande diversidade de
formas naturais, segundo a descoberta de um biólogo holandês. A
Superfórmula, com foi chamada pelo seu criador, Johan Gielis, recria
de tudo, como triângulos pentágonos, estrelas, espirais e até pétalas
de flores.

Maths gets into shape
http://www.nature.com/nsu/nsu_pf/030331/030331-3.html

Gielis, J. A generic geometric transformation that unifies a wide
range of natural and abstract shapes. American Journal of Botany, 90,
333 - 338, (2003).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] OFF Leo
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/04/2003 16:19


----- Original Message -----
To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, April 03, 2003 3:06 PM
Subject: [ciencialist] OFF Leo


> Como faço para colocar numa página do Front Page uma miniatura de uma
figura? Ou, em outras palavras, tendo a figura normal como se usa do
FrontPage para fazer dela uma miniatura?

Coloque a figura na página em seu tamanho natural. Clique na figura para
selecioná-la. Clique novamente na figura, agora com o botão direito do
mouse. A seguir clique em "Propriedades da Figura" e, na janela que se abre,
clique em "Aparência" e no quadradinho em branco ao lado de "especificar o
tamanho". Escolha o valor em pixel ou da altura ou da largura (um ou outro).
Se você escolher a altura, a largura se adaptará espontaneamente, pois o
computador estudou química e conhece o princípio de Estapara.

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott
Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott
Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott
Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott
Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott



SUBJECT: Re: Superformula
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/04/2003 16:33

É possível se patentear uma equação? Será uma equação mesmo ou um
algoritmo?

[]´s

André

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> Biológo inventa fórmula para criar todas as formas
> http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,6752,OI98194-
> EI238,00.html
>
> Uma simples equação matemática pode gerar uma grande diversidade de
> formas naturais, segundo a descoberta de um biólogo holandês. A
> Superfórmula, com foi chamada pelo seu criador, Johan Gielis,
recria
> de tudo, como triângulos pentágonos, estrelas, espirais e até
pétalas
> de flores.
>
> Maths gets into shape
> http://www.nature.com/nsu/nsu_pf/030331/030331-3.html
>
> Gielis, J. A generic geometric transformation that unifies a wide
> range of natural and abstract shapes. American Journal of Botany,
90,
> 333 - 338, (2003).
>
> []s,
>
> Roberto Takata



SUBJECT: Re: Superformula
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/04/2003 17:48

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
<andrebaptista@u...> <andrebaptista@u...> escreveu
> É possível se patentear uma equação?

Nos EUA, sim (sob algumas condicoes):
"If the steps of gathering and substituting values were alone
sufficient, every mathematical equation, formula, or algorithm having
any practical use would be per se subject to patenting as a "process"
under 101."

http://www.uspto.gov/web/offices/pac/mpep/21.txt

No Brasil, não:
"Art. 10. Não se considera invenção nem modelo de utilidade:
I - descobertas, teorias científicas e métodos matemáticos"

http://wwwt.senado.gov.br/servlets/NJUR.Filtro?
tipo=LEI&secao=NJUILEGBRAS&numLei=009279&data=19960514&pathServer=www1
/netacgi/nph-brs.exe&seq=000

> Será uma equação mesmo ou um algoritmo?

Apesar da Nature comer bola de qdo em qdo e de eu nao haver lido o
artigo original, confio q. seja sim uma formula matematica.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Carneiro hidraulico
FROM: "Sandro <anhangah@hotmail.com>" <anhangah@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/04/2003 18:11

Léo,

Não era você que estava pesquisando (ano passado) sobre carneiro
hidráulico?


Mensagem do Léo:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/15479

Eu 'topei' com isso hoje:

Modelagem, otimização, construção e avaliação de um protótipo de
carneiro hidráulico. Autor: Rojas, Ricardo Nicolas Zarate

www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11143/tde-12022003-161510


... espero que ajude em algo...



SUBJECT: Re: FEIRA DE CIENCIAS - acumulo!
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/04/2003 19:21

Um método pro cabeleireiro conseguir cortar o diabo do cabelo: Usando luvas
de borracha, encosta a tesoura no gerador ao mesmo tempo que a cliente.
Nisso, a tesoura ficará no mesmo potencial da cliente, e poderá ser usada
numa boa... :)

Agora, eu vejo usos muito mais nobres pro Van de Graaff...
Eu pelo menos, tenho muita utilidade pra ele, já que trabalho com um! :)
Os geradores Van de Graaff (dos grandes e caros, não esses portáteis :) )
são usados como aceleradores de partículas, trabalham em geral na faixa de 1
a dezenas de MV (1 MV=1.000.000 V, pra quem não sabe; o da PUC, onde faço
doutorado, vai até 4MV) e podem ser utilizados em diversas aplicações, desde
análise de materiais até pesquisa em física atômica.

Um abraço,
Eric.

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu

> De: Sheila
> Qual a utilidade no dia-a-dia do gerador de Van de Graaf?

Lígia:
>Ah, essa é fácil: utilizar geradores de Van der Graff nos salões de
cabeleireiros. Este seria um bom uso diário para o tal gerador. A
cliente chega no salão, e na hora do corte, coloca as mãos sobre a
cúpula. O efeito de eriçar os cabelos irá poupar o uso dos
famigerados clipes para separar as mechas! Aí é só meter a tesoura...<

Que pecado! Que falta de conceito! A cliente coloca a mão sobre o gerador
... o cabelo eriça, tudo bem. O potencial elétrico está alto e o campo
eletrostático espalha-se a boa distância da cabeça. Mas, tudo isso irá pro
quiabo quando "aproximar a tesoura"! O potencial diminui o cabelo baixa e
não há chance de cortá-lo com a tesoura 'aterrada' pela mão da cabelereira!
Nem precisa aproximar a tesoura ponteaguda (poder das pontas) ... basta a
mão da cabelereira!
Tsi! Tsi! Tsi! :-))))

Deve ser bom também para desalojar possíveis lêndeas e
piolhos... :)

É possível! Teríamos um belo circo eletrostático com lêndeas e piolhos
pulando prá todo lado ... inclusive para o lado da cabelereira!

Beijos, Lígia
Re-beijos, Léo



SUBJECT: Re: FEIRA DE CIENCIAS - acumulo!
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/04/2003 19:28

O melhor texto introdutório que já li sobre isso é o primeiro capítulo do 1o
volume do livro do Feynman: The Feynman Lectures on Physics. Ele começa
falando que se no caso de uma catástrofe nuclear, uma única frase de todo o
conhecimento científico humano pudesse ser passada pra posteridade, a frase
que, sozinha, representaria a maior quantidade de informação - e a mais
relevante - sobre o que sabemos sobre a natureza seria algo como: "o mundo é
feito de átomos".
Pra quem gosta de física é uma leitura imperdível.

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>

oi! Gostaria que me tirassem uma duvida acerca de química:
A matéria é contínua? (e textos que expliquem isto)



SUBJECT: Re: [ciencialist] OFF Leo - miniatura
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/04/2003 20:29

Falow Alberto!
grato
[]'
Léo

|
| Coloque a figura na página em seu tamanho natural. Clique na figura para
| selecioná-la. Clique novamente na figura, agora com o botão direito do
| mouse. A seguir clique em "Propriedades da Figura" e, na janela que se abre,
| clique em "Aparência" e no quadradinho em branco ao lado de "especificar o
| tamanho". Escolha o valor em pixel ou da altura ou da largura (um ou outro).
| Se você escolher a altura, a largura se adaptará espontaneamente, pois o
| computador estudou química e conhece o princípio de Estapara.

PS: Estapara - simples e direta ... senão não é química, já é quântica!



SUBJECT: Re: [ciencialist] Carneiro hidraulico
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/04/2003 20:54

BLZ! 82 páginas de bela tese de doutorado. Entrarei em contato com o Dr. Rojas para viabilizarmos em 'sub-texto' adaptável ao público geral do Imperdível -- divulgação/aplicação --. Agradeço,
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: <anhangah@hotmail.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 3 de abril de 2003 18:11
Assunto: [ciencialist] Carneiro hidraulico


Léo,

Não era você que estava pesquisando (ano passado) sobre carneiro
hidráulico?


Mensagem do Léo:
http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/15479

Eu 'topei' com isso hoje:

Modelagem, otimização, construção e avaliação de um protótipo de
carneiro hidráulico. Autor: Rojas, Ricardo Nicolas Zarate

www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11143/tde-12022003-161510


... espero que ajude em algo...


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: FEIRA DE CIENCIAS - acumulo!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/04/2003 21:37

Eric:

| O melhor texto introdutório que já li sobre isso é o primeiro capítulo do 1o
| volume do livro do Feynman: The Feynman Lectures on Physics. Ele começa
| falando que se no caso de uma catástrofe nuclear, uma única frase de todo o
| conhecimento científico humano pudesse ser passada pra posteridade, a frase
| que, sozinha, representaria a maior quantidade de informação - e a mais
| relevante - sobre o que sabemos sobre a natureza seria algo como: "o mundo é
| feito de átomos".
| Pra quem gosta de física é uma leitura imperdível.

Como já coloquei em outras 'sérias' mensagens que postei, o Feynman é o segundo melhor divulgador de física que conheço. A modéstia impede-me de dizer quem é o primeiro.

O texto abaixo merece um comentário: não é uma dúvida desse senhor "Luiz Ferraz Netto" e sim de um(a) consulente do Imperdível. Esse senhor sabe perfeitamente que a matéria é 'contínua' e quem é descontínua é a organização da matéria ao fazer átomos e moléculas. Matéria não é bolinha?

| ----- Original Message -----
| From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
|
| oi! Gostaria que me tirassem uma duvida acerca de química:
| A matéria é contínua? (e textos que expliquem isto)
|
|



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: FEIRA DE CIENCIAS - acumulo!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 03/04/2003 21:43

Eric:

| Um método pro cabeleireiro conseguir cortar o diabo do cabelo: Usando luvas
| de borracha, encosta a tesoura no gerador ao mesmo tempo que a cliente.
| Nisso, a tesoura ficará no mesmo potencial da cliente, e poderá ser usada
| numa boa... :)

Ledo engano. Não é a luva de borracha que irá alterar o potencial do local da mão (com ou sem tesoura).
Dê uma chegadinha lá no lab. de demonstração do IFUSP (entrada principal, sub-solo) e peça para o Cidimar ou o Paulo Flores para ligar o GDVG. Antes, cole com durex uma serpentina de carnaval na cúpula do GVDG e, afastado dela, observe a elevação da tira. Depois chegue perto ... repita isso com uma tesoura na mão! Tente cortar a serpentina!

|
| Agora, eu vejo usos muito mais nobres pro Van de Graaff...
| Eu pelo menos, tenho muita utilidade pra ele, já que trabalho com um! :)
| Os geradores Van de Graaff (dos grandes e caros, não esses portáteis :) )
| são usados como aceleradores de partículas, trabalham em geral na faixa de 1
| a dezenas de MV (1 MV=1.000.000 V, pra quem não sabe; o da PUC, onde faço
| doutorado, vai até 4MV) e podem ser utilizados em diversas aplicações, desde
| análise de materiais até pesquisa em física atômica.
|

OK. Esse sem dúvida é o dia-a-dia de quem trabalha lá no acelerador de partícula da PUC.

[]'
Léo


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: OFF em fisica, ON em geometria
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 03/04/2003 23:53


>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Re: OFF em fisica, ON em geometria
>Date: Wed, 2 Apr 2003 23:51:35 -0300
>
>Quase resolvido.
>Suponha que o tambor está enterrado (nas condições dadas - deitado, eixo
>horizontal) e o único acesso ao líquido é um furo na parte mais alta pelo
>qual pode-se enfiar uma vareta verticalmente. A vareta sai molhada
>indicando profundidade H de água (algo como a vareta de óleo dos carros).
>
>Qual o volume de água dentro do tanque cilíndrico (cujos dados se conhece)
>em função desse H?

Acho que não entendi sua pergunta (me parece que ela é idêntica
ao seu questionamento inicial). O André já calculou a ângulo do
setor OAB (onde A e B são as extremidades do segmento de reta
que coincide com a superfície d'água). Devemos calcular a área
do triângulo que tem como base AB e lados OA e OB:
A = 1/2*(R-H)*x, onde x=2*R*sin(a/2).
O volume será [ (área do setor)- A ]*L.

[]'s
Guilherme

>| >(r-h)/r = cos(a/2)
>| >a= 2.arccos((r-h)/r)
>| >a é o angulo
>| >r é o raio
>| >


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SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - acumulo!
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2003 02:02

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu


> > De: Sheila
> > Qual a utilidade no dia-a-dia do gerador de Van de Graaf?


Lígia:
> >Ah, essa é fácil: utilizar geradores de Van der Graff nos salões
de
> cabeleireiros. Este seria um bom uso diário para o tal gerador. A
> cliente chega no salão, e na hora do corte, coloca as mãos sobre a
> cúpula. O efeito de eriçar os cabelos irá poupar o uso dos
> famigerados clipes para separar as mechas! Aí é só meter a
tesoura...<

Léo:
> Que pecado! Que falta de conceito! A cliente coloca a mão sobre o
gerador ... o cabelo eriça, tudo bem. O potencial elétrico está alto
e o campo eletrostático espalha-se a boa distância da cabeça. Mas,
tudo isso irá pro quiabo quando "aproximar a tesoura"! O potencial
diminui o cabelo baixa e não há chance de cortá-lo com a
tesoura 'aterrada' pela mão da cabelereira! Nem precisa aproximar a
tesoura ponteaguda (poder das pontas) ... basta a mão da cabelereira!
> Tsi! Tsi! Tsi! :-))))

Eric:
| Um método pro cabeleireiro conseguir cortar o diabo do cabelo:
Usando luvas
| de borracha, encosta a tesoura no gerador ao mesmo tempo que a
cliente.
| Nisso, a tesoura ficará no mesmo potencial da cliente, e poderá ser
usada
| numa boa... :)

Léo, novamente:
Ledo engano. Não é a luva de borracha que irá alterar o potencial do
local da
mão (com ou sem tesoura).
Dê uma chegadinha lá no lab. de demonstração do IFUSP (entrada
principal,
sub-solo) e peça para o Cidimar ou o Paulo Flores para ligar o GDVG.
Antes,
cole com durex uma serpentina de carnaval na cúpula do GVDG e,
afastado dela,
observe a elevação da tira. Depois chegue perto ... repita isso com
uma tesoura
na mão! Tente cortar a serpentina!

---------------

Lígia, insistente:
Mas, deixa eu pensar numa outra possibilidade: a cabeleireira
ficando "colada", quer dizer, com o corpo enconstado ao corpo da
freguesa durante todo processo como se ambas formassem "um só corpo"
também não daria certo? Imagino que aí o cabelo da cabeleireira
também eriçaria... mas isso tem conserto: a cabeleireira seria um
cabeleireiro careca a lá Kojak, pronto! ;)) O problema seria o
marmanjo ficar encostando muito na cliente... mas mesmo assim, tudo
resolvido: o cabeleireiro careca é gay!! Tudo bem?

Sério, eu não estou brincando (muito), tem uma real curiosidade por
trás disso... então eu pergunto: mais alguma objeção com relação à
tesoura? Qual o problema das pontas? E que pena que a idéia das
luvas de borracha do Eric não dê certo... seria interessante vender
o KIT COMPLETO VAN DER GRAFF PARA CORTE DE CABELOS incluindo
galochas, luvas de borracha, tudo combinando, juntamente com o
gerador de cúpula brilhante que, além de útil, serviria como objeto
de decoração para o salão! ;))

Beijos, Lígia



SUBJECT: Curso de Astrofisica: Alguem desta lista esta' inscrito ?
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@globo.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/04/2003 07:28

Pessoal:

- Alguem deste lista esta' inscrito no curso de Astrofísica do site
abaixo ?

http://www.on.br/revista/noticias/curso/introducao.html


- Nas instrucoes, e' dito que haveria um link para o conteudo
do curso, mas nao estou encontrando.

- Ja' enviei e-mail para o pessoal do site (Observatorio Nacional),
mas nao obtive resposta. Se alguem sabe onde esta' o conteudo
do curso, por gentileza, avise-me.

- Grato pela atencao de todos.

--
Paulo



SUBJECT: Re: ADN reprodutivo não é obra s ó do acaso estatístico
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2003 09:14

Geraldo,

DNA AND MOLECULAR GENETICS
http://www.emc.maricopa.edu/faculty/farabee/BIOBK/BioBookDNAMOLGEN.htm
l

Acho q. o texto acima e os demais referidos la' seriam uma otima
leitura pra vc ter uma ideia introdutoria sobre o ADN.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - acumulo!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/04/2003 09:41

Oi Lígia,
suas ligiaeiras dúvidas podem ser (facilmente) sanadas lendo trecho da bíblia nos seguintes endereços:

Investigando o campo eletrostático:
http://www.feiradeciencias.com.br/sala11/11_14.asp

Investigando o potencial elétrico
http://www.feiradeciencias.com.br/sala11/11_19.asp

Ponta metálica - poder das pontas (com teoria)
http://www.feiradeciencias.com.br/sala11/11_25.asp

Pluma eletrostática - Eriçando os fios do cabelo
http://www.feiradeciencias.com.br/sala11/11_27.asp

[]'
dEUs

-----Mensagem Original-----
De: <ligia5555@yahoo.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 4 de abril de 2003 02:02
Assunto: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - acumulo!


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu


> > De: Sheila
> > Qual a utilidade no dia-a-dia do gerador de Van de Graaf?


Lígia:
> >Ah, essa é fácil: utilizar geradores de Van der Graff nos salões
de
> cabeleireiros. Este seria um bom uso diário para o tal gerador. A
> cliente chega no salão, e na hora do corte, coloca as mãos sobre a
> cúpula. O efeito de eriçar os cabelos irá poupar o uso dos
> famigerados clipes para separar as mechas! Aí é só meter a
tesoura...<

Léo:
> Que pecado! Que falta de conceito! A cliente coloca a mão sobre o
gerador ... o cabelo eriça, tudo bem. O potencial elétrico está alto
e o campo eletrostático espalha-se a boa distância da cabeça. Mas,
tudo isso irá pro quiabo quando "aproximar a tesoura"! O potencial
diminui o cabelo baixa e não há chance de cortá-lo com a
tesoura 'aterrada' pela mão da cabelereira! Nem precisa aproximar a
tesoura ponteaguda (poder das pontas) ... basta a mão da cabelereira!
> Tsi! Tsi! Tsi! :-))))

Eric:
| Um método pro cabeleireiro conseguir cortar o diabo do cabelo:
Usando luvas
| de borracha, encosta a tesoura no gerador ao mesmo tempo que a
cliente.
| Nisso, a tesoura ficará no mesmo potencial da cliente, e poderá ser
usada
| numa boa... :)

Léo, novamente:
Ledo engano. Não é a luva de borracha que irá alterar o potencial do
local da
mão (com ou sem tesoura).
Dê uma chegadinha lá no lab. de demonstração do IFUSP (entrada
principal,
sub-solo) e peça para o Cidimar ou o Paulo Flores para ligar o GDVG.
Antes,
cole com durex uma serpentina de carnaval na cúpula do GVDG e,
afastado dela,
observe a elevação da tira. Depois chegue perto ... repita isso com
uma tesoura
na mão! Tente cortar a serpentina!

---------------

Lígia, insistente:
Mas, deixa eu pensar numa outra possibilidade: a cabeleireira
ficando "colada", quer dizer, com o corpo enconstado ao corpo da
freguesa durante todo processo como se ambas formassem "um só corpo"
também não daria certo? Imagino que aí o cabelo da cabeleireira
também eriçaria... mas isso tem conserto: a cabeleireira seria um
cabeleireiro careca a lá Kojak, pronto! ;)) O problema seria o
marmanjo ficar encostando muito na cliente... mas mesmo assim, tudo
resolvido: o cabeleireiro careca é gay!! Tudo bem?

Sério, eu não estou brincando (muito), tem uma real curiosidade por
trás disso... então eu pergunto: mais alguma objeção com relação à
tesoura? Qual o problema das pontas? E que pena que a idéia das
luvas de borracha do Eric não dê certo... seria interessante vender
o KIT COMPLETO VAN DER GRAFF PARA CORTE DE CABELOS incluindo
galochas, luvas de borracha, tudo combinando, juntamente com o
gerador de cúpula brilhante que, além de útil, serviria como objeto
de decoração para o salão! ;))

Beijos, Lígia


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SUBJECT: Re: Curso de Astrofisica: Alguem desta lista esta' inscrito ?
FROM: "Alexandre Pimentel Cabral de Medeiros <Alexandre.Medeiros@Consultmail.net>" <Alexandre.Medeiros@Consultmail.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2003 09:50

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Paulo Sérgio Dias
<psdias@g...> escreveu
> Pessoal:
>
> - Alguem deste lista esta' inscrito no curso de Astrofísica do site
> abaixo ?
>
> http://www.on.br/revista/noticias/curso/introducao.html
>
>
> - Nas instrucoes, e' dito que haveria um link para o conteudo
> do curso, mas nao estou encontrando.

Oi, Paulo

Eu estou inscrito e acessando normalmente.
Tente:
http://www.on.br/site_edu_distancia/curso_astrofisica.html

[]

Alexandre Medeiros



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: OFF em fisica, ON em geometria
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/04/2003 09:55

Oi Guilherme,

essa questão do cilindro deitado servirá para mim (tambor que furou no estaleiro) e mais dois consulentes. Eles querem uma resposta direta, concisa, explícita: V = f(H,D,L).
Especificamente do tipo: V = K. H , onde K é uma constante do cilindro calculada previamente com o conhecimento de D e L.
Eu diria que ficaria mais claro ainda duas formuletas do tipo: V =K.H e V = K'.H , uma para H < R (constante K) e outra para H > R (constante K').

agradecemos,
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 3 de abril de 2003 23:53
Assunto: Re: [ciencialist] Re: OFF em fisica, ON em geometria


|
| >From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
| >Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
| >To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
| >Subject: Re: [ciencialist] Re: OFF em fisica, ON em geometria
| >Date: Wed, 2 Apr 2003 23:51:35 -0300
| >
| >Quase resolvido.
| >Suponha que o tambor está enterrado (nas condições dadas - deitado, eixo
| >horizontal) e o único acesso ao líquido é um furo na parte mais alta pelo
| >qual pode-se enfiar uma vareta verticalmente. A vareta sai molhada
| >indicando profundidade H de água (algo como a vareta de óleo dos carros).
| >
| >Qual o volume de água dentro do tanque cilíndrico (cujos dados se conhece)
| >em função desse H?
|
| Acho que não entendi sua pergunta (me parece que ela é idêntica
| ao seu questionamento inicial). O André já calculou a ângulo do
| setor OAB (onde A e B são as extremidades do segmento de reta
| que coincide com a superfície d'água). Devemos calcular a área
| do triângulo que tem como base AB e lados OA e OB:
| A = 1/2*(R-H)*x, onde x=2*R*sin(a/2).
| O volume será [ (área do setor)- A ]*L.
|
| []'s
| Guilherme
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| >| >(r-h)/r = cos(a/2)
| >| >a= 2.arccos((r-h)/r)
| >| >a é o angulo
| >| >r é o raio
| >| >
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SUBJECT: Re:[ciencialist] Curso de Astrofisica: Alguem desta lista esta' inscrito ?
FROM: "Teco" <reistc@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2003 10:09

Estou na mesma situação.

Sei lá. Não foi algo recomendável a posição do Observatório
Nacional. Já enviei e-mails em quantidades dignas de finais
de Big Brother, e nenhuma resposta sequer.

> ---------- Início da mensagem original -----------
> De: Paulo Sérgio Dias <psdias@globo.com>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Cc:
> Data: Fri, 4 Apr 2003 07:28:08 -0300
> Assunto: [ciencialist] Curso de Astrofisica: Alguem desta l
ista esta' inscrito ?
> Pessoal:
>
> -
Alguem deste lista esta' inscrito no curso de Astrofísica do
site
> abaixo ?
>
> http://www.on.br/revista/noticias/curso/introducao.html
>
>
> -
Nas instrucoes, e' dito que haveria um link para o conteudo
> do curso, mas nao estou encontrando.
>
> - Ja' enviei e-
mail para o pessoal do site (Observatorio Nacional),
> mas nao obtive resposta. Se alguem sabe onde esta' o conte
udo
> do curso, por gentileza, avise-me.
>
> - Grato pela atencao de todos.
>
> --
> Paulo
>
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>
>
>

Teco

http://tecoland.blig.ig.com.br


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http://www.uol.com.br/



SUBJECT: Re:[ciencialist] Curso de Astrofisica: Alguem desta lista esta' inscrito ?
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2003 10:44

Ah,

Então estamos no mesmo barco... eles também não me enviaram nada
sugerindo que tenham recebido a minha inscrição. Fico imaginando se
alguém recebeu... O interessante é que as inscrições já estão
fechadas e qualquer email enviado para lá, a partir de 31/03 retorna.

Nem tudo está perdido: o enviado em data anterior a 31/03 não
retornou... :)

Beijos, Lígia

**************************************************



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Teco" <reistc@u...> escreveu
> Estou na mesma situação.
>
> Sei lá. Não foi algo recomendável a posição do Observatório
> Nacional. Já enviei e-mails em quantidades dignas de finais
> de Big Brother, e nenhuma resposta sequer.
>
> > ---------- Início da mensagem original -----------
> > De: Paulo Sérgio Dias <psdias@g...>
> > Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Cc:
> > Data: Fri, 4 Apr 2003 07:28:08 -0300
> > Assunto: [ciencialist] Curso de Astrofisica: Alguem desta l
> ista esta' inscrito ?
> > Pessoal:
> >
> > -
> Alguem deste lista esta' inscrito no curso de Astrofísica do
> site
> > abaixo ?
> >
> > http://www.on.br/revista/noticias/curso/introducao.html
> >
> >
> > -
> Nas instrucoes, e' dito que haveria um link para o conteudo
> > do curso, mas nao estou encontrando.
> >
> > - Ja' enviei e-
> mail para o pessoal do site (Observatorio Nacional),
> > mas nao obtive resposta. Se alguem sabe onde esta' o conte
> udo
> > do curso, por gentileza, avise-me.
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> > - Grato pela atencao de todos.
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> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> > Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: h
> ttp://br.yahoo.com/info/utos.html
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>
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> ---
> UOL, o melhor da Internet
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SUBJECT: Re: OFF em fisica, ON em geometria
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2003 12:03

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
> essa questão do cilindro deitado servirá para mim (tambor que furou
no estaleiro) e mais dois consulentes. Eles querem uma resposta
direta, concisa, explícita: V = f(H,D,L).

V = <(pi/2)*(D/2)^2 - (D/2)^2 * arcsen{[(D/2)-H]/(D/2)} + [H-(D/2)]
*sqrt{(D/2)^2 - [H-(D/2)^2]}> * L

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Bolinhas
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/04/2003 15:45

Olá,

Não tenho dúvida de que a pergunta não partiu de vc. E até se eu respondo às
vezes de forma meio "didática" demais, não é porque eu ache que vc não vá
entender, mas para que outras pessoas que estejam lendo possam entender. É
mais fácil vc me ensinar alguma coisa do que vice-versa.

Mas eu não diria que matéria é bolinha. Embora essa seja uma questão quase
filosófica, eu prefiro ver as partículas como ondas que em determinadas
situações se comportam como se fossem bolinhas. Que é meio bizarro é, mas
essa é a Mecânica Quântica (grosso modo, claro...).

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, April 03, 2003 9:37 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: FEIRA DE CIENCIAS - acumulo!


Eric:

| O melhor texto introdutório que já li sobre isso é o primeiro capítulo do
1o
| volume do livro do Feynman: The Feynman Lectures on Physics. Ele começa
| falando que se no caso de uma catástrofe nuclear, uma única frase de todo
o
| conhecimento científico humano pudesse ser passada pra posteridade, a
frase
| que, sozinha, representaria a maior quantidade de informação - e a mais
| relevante - sobre o que sabemos sobre a natureza seria algo como: "o mundo
é
| feito de átomos".
| Pra quem gosta de física é uma leitura imperdível.

Como já coloquei em outras 'sérias' mensagens que postei, o Feynman é o
segundo melhor divulgador de física que conheço. A modéstia impede-me de
dizer quem é o primeiro.

O texto abaixo merece um comentário: não é uma dúvida desse senhor "Luiz
Ferraz Netto" e sim de um(a) consulente do Imperdível. Esse senhor sabe
perfeitamente que a matéria é 'contínua' e quem é descontínua é a
organização da matéria ao fazer átomos e moléculas. Matéria não é bolinha?



SUBJECT: Fw: Pergutas
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 04/04/2003 16:36

Acredite se quiser!
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: <popdx@ig.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 4 de abril de 2003 15:30
Assunto: Pergutas


|
|
| 1-Há alguma semelhança entre energia solar e a fotossíntese?
| - Andei pesquisando por ai,e acabei descobrindo que os painéis solares são
| feitos de duas placas
| de silício,uma grossa outra fina, junto com uma dosagem química gerando
| eletrostática.Quando a luz
| bate nas placas,os elétrons são empurrados(ganham energia dos fótons)
| gerando a corrente,na fotossíntese ocorre algo semelhante
| pois a luz verde fornece energia para os elétrons da clorofila.
|
| 2-Já foram feitas experiencias para ver se os painéis solares funcionam com
| qualquer tipo de luz?
| -ou seja,se os painéis funcionam sob a luz verde(assim como na
| fotossíntese),ou sob a luz vermelha,azul,etc...
| 3-Que dosagem química se coloca nas placas?
| - gostaria saber como montar um painél solar,como obter as placas de
| silício,como fazer a dosagem química,e como montar.
| -gostaria de saber também se eu posso sustituir as placas de silício por
| placas de pvc.
| 4-Os paineis solares funcioam melhor com luz e calor intensos?
| se colocassemos um mini-painel solar sob a luz de uma vela acesa(um pouco
| acima da vela) teríamos
| um bom resultado no que se refere a geração de eletrecidade?
|
| 5-Existe algo mais rápido do que a luz?
| 6-se darmos energia suficiente a um átomo qualquer para que ele adquire
| velocidade igual a da luz,esse átomo se desintregaria?
| por exemplo se batessemos em uma bola com um bastão de beisebol para que ela
| viaja a uma velocidade igual a da luz -a bola e o bastão de beiseol se
| desintregariam,gerando inclusive luz?
| Qual a energia necessária para se aplicar a um objeto de maneira que ele
| viaja com velocidade igual ou superior a da luz?
| será que isso tem a ver com e = mc?
| 7-Quais foram os primeiros átomos que apareceram no universo?
| será que os átomos apareceram de acordo com as sua massas e com a
| temperatura do universo,assim sendo o hidrogênio foi o primeiro,o hélio
| o segundo numa época em que a temperatura do universo era intensa e os
| átomos pesados surgiram com a estabilização da temperatura do universo.
|
| origado pela atenção!!!
|
| _________________________________________________________
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|


SUBJECT: Re: Fw: Pergutas
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2003 17:38

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> Acredite se quiser!

Nao quero, mas acredito assim mesmo...

> -----Mensagem Original-----
> De: <popdx@i...>
> | 1-Há alguma semelhança entre energia solar e a fotossíntese?

A fotossíntese envolve a utilização da energia solar. É um processo
que transforma a energia luminosa em energia das ligações químicas.

> | 2-Já foram feitas experiencias para ver se os painéis solares
> | funcionam com qualquer tipo de luz?
> | -ou seja,se os painéis funcionam sob a luz verde(assim como na
> | fotossíntese),ou sob a luz vermelha,azul,etc...

Na verdade a fotossínte da maioria das plantas verdes ocorre com
*menor* eficiência sob a incidência exclusiva de luz verde do q. sob
a iluminação de luz branca -- já q. a clorofila *reflete* a luz verde.

Para informações a respeito dos painéis fotovoltáicos (não confundir
com as placas solares utilizadas no aquecimento domético de água --
elas simplesmente são painéis pintados de negro q. absorvem a luz,
aquecendo-se e transmitindo o calor para a água q. circula pelo
painel) e do aproveitamento da energia solar:

http://cresesb.cepel.br/faq-solar.htm

http://www.labsolar.ufsc.br/Ruther/fotovolt.pdf

> | 5-Existe algo mais rápido do que a luz?

Há partículas teóricas chamadas táquions.

http://www.sciam.com/askexpert_question.cfm?articleID=000657D8-67D9-
1C71-9EB7809EC588F2D7&catID=3&topicID=13

> | 6-se darmos energia suficiente a um átomo qualquer para que ele
adquire
> | velocidade igual a da luz,esse átomo se desintregaria?

Em tese não seria possível acelerar um átomo ou qq outro objeto com
massa diferente de zero a partir do repouso para a velocidade da luz -
- isso exigiria uma quantidade infinita de energia.

> | Qual a energia necessária para se aplicar a um objeto de maneira
que ele
> | viaja com velocidade igual ou superior a da luz?
> | será que isso tem a ver com e = mc?

Tem. Mas o problema e' q. o m não é constante. Ele varia com a
velocidade. Qto maior a velocidade, maior o m. Por menor q. seja, qdo
a velocidade v do objeto se aproxima da velocidade c da luz, o m
tende a ficar maior e maior ate' o infinito.

> | 7-Quais foram os primeiros átomos que apareceram no universo?
> | será que os átomos apareceram de acordo com as sua massas e com a
> | temperatura do universo,assim sendo o hidrogênio foi o
> | primeiro,o hélio o segundo numa época em que a temperatura do
> | universo era intensa e os átomos pesados surgiram com a
> | estabilização da temperatura do universo.

Basicamente parece q. e' isso.

http://astro.if.ufrgs.br/univ/univ.htm#quimica



SUBJECT: Caramba... coincidência no Gênesis versão do Rei Jaime
FROM: "Marcelo Kunimoto <airdown@ig.com.br>" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 04/04/2003 22:55

Aqui:
http://sprott.physics.wisc.edu/pickover/realitygame.html

Estou certo que muitos aqui vão tentar calcular quão provável
realmente é a coisa.

MK



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: OFF em fisica, ON em geometria
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/04/2003 00:07


Ok Luiz, mas o problema é que a dependência do resultado
de H é mais complicada. Recolhendo os resultados parciais dos
emails anteriores, temos:
Volume = [pi*R^2*arccos((R-H)/R)/(2*pi) -
- (R-H)*R*sin(arccos((R-H)/R))]*L

[]'s
Guilherme



>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: Re: [ciencialist] Re: OFF em fisica, ON em geometria
>Date: Fri, 4 Apr 2003 09:55:18 -0300
>
>Oi Guilherme,
>
>essa questão do cilindro deitado servirá para mim (tambor que furou no
>estaleiro) e mais dois consulentes. Eles querem uma resposta direta,
>concisa, explícita: V = f(H,D,L).
>Especificamente do tipo: V = K. H , onde K é uma constante do cilindro
>calculada previamente com o conhecimento de D e L.
>Eu diria que ficaria mais claro ainda duas formuletas do tipo: V =K.H e V
>= K'.H , uma para H < R (constante K) e outra para H > R (constante K').
>
>agradecemos,
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@uol.com.br
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
>-----Mensagem Original-----
>De: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
>Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Enviada em: quinta-feira, 3 de abril de 2003 23:53
>Assunto: Re: [ciencialist] Re: OFF em fisica, ON em geometria
>
>
>|
>| >From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>| >Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>| >To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>| >Subject: Re: [ciencialist] Re: OFF em fisica, ON em geometria
>| >Date: Wed, 2 Apr 2003 23:51:35 -0300
>| >
>| >Quase resolvido.
>| >Suponha que o tambor está enterrado (nas condições dadas - deitado, eixo
>| >horizontal) e o único acesso ao líquido é um furo na parte mais alta
>pelo
>| >qual pode-se enfiar uma vareta verticalmente. A vareta sai molhada
>| >indicando profundidade H de água (algo como a vareta de óleo dos
>carros).
>| >
>| >Qual o volume de água dentro do tanque cilíndrico (cujos dados se
>conhece)
>| >em função desse H?
>|
>| Acho que não entendi sua pergunta (me parece que ela é idêntica
>| ao seu questionamento inicial). O André já calculou a ângulo do
>| setor OAB (onde A e B são as extremidades do segmento de reta
>| que coincide com a superfície d'água). Devemos calcular a área
>| do triângulo que tem como base AB e lados OA e OB:
>| A = 1/2*(R-H)*x, onde x=2*R*sin(a/2).
>| O volume será [ (área do setor)- A ]*L.
>|
>| []'s
>| Guilherme

[pi*R^2*arccos((R-H)/R)/(2*pi) -
(R-H)*R*sin(arccos((R-H)/R))]*L

>| >| >(r-h)/r = cos(a/2)
>| >| >a= 2.arccos((r-h)/r)
>| >| >a é o angulo
>| >| >r é o raio
>| >| >
>|
>|
>| _________________________________________________________________
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>|
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SUBJECT: Fw: Dvida - raios-X
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/04/2003 08:06

Preparei uma resposta para o questionamento do Rafael (final da mensagem). Vale a pena acrescentar algo mais? Que disciplina será a que ele se refere?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Conceição Mansini
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sexta-feira, 4 de abril de 2003 19:30
Assunto: Dúvida


Olá professor Luiz, meu nome é Rafael, sou aluno da Universidade de Campinas (Unicamp) e estou cursando uma disciplina que se baseia e experimentos de eletromagnetismo. Pois bem, estou com uma dúvida e gostaria de saber se o senhor poderia saná-la. Em meu relatório devo apresentar a resposta de uma pergunta:
Pode uma lâmpada incandescente irradiar raios X?
O experimento consistiu em pegar uma lâmpada de bulbo, desconhecida, e submentê-la a diversas ddps, medindo assim a corrente e a tensão que passavam por ela. A tensão variava de 0 a 8 V e a corrente de 0 a 0,6A, sua constante de temperatura é 0,03124. Outros quesitos foram pedidos, mas essa pergunta sobre o raio X não me deixa prosseguir... já consultei vários livros e até mesmo outros sites...
Gostaria um norteamento de como conseguir esse resposta. No relatório mencionava algo sobre comparar a lâmpada com um corpo negro.

Grato pela atenção.
Rafael
========================
Olá Rafael,

A produção de raios-X deriva do impacto de elétrons acelerados contra uma placa ou parede. Esse processo requer uma alta tensão -- como ocorre nos tubos de televisão ou na ampola de Crookes --, coisa que não se verifica em seus experimentos conforme vc os descreve.
Nas lâmpadas incandescentes há emissão de elétrons pelo filamento aquecido (cerca de 2 500 K) -- efeito Edson -- todavia, para cada elétron emitido, o filamento torna-se cada vez mais 'positivo' e passa a atrair o 'elétron fujão'.

Ao redor do filamento incandescente, nas lâmpadas, fica apenas uma nuvem eletrônica (se quiser detalhes sobre isso veja "nível de Fermi").
Nota: as válvulas termoiônicas aproveitam-se dos elétrons dessa nuvem, mas, para isso o sistema requer um eletrodo alvo (placa positiva da válvula) e uma relativa alta tensão entre filamento/catodo e anodo.

aquele abraço,
Léo
========================================

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: Aprender...OFF Leo -- ON Ligia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/04/2003 08:44

Oi Lígia,

... para não comentar que não falei das flores ...

recebi essa mensagem de um desses grupos 'de fala mansa'. Esse texto é realmente de Shakespeare?
============================
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sexta-feira, 4 de abril de 2003 15:59
Assunto: Aprender...

Boa tarde!

Leia, por favor, é um texto de Shakespeare


Depois de algum tempo você aprende a diferença,
a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma .
E você aprende que amar não significa
apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a
cabeça erguida e olhos adiante, com a
graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas
no hoje, porque o terreno amanhã é
incerto demais para os planos, e o
futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima por muito tempo E aprende que não importa o quanto
você se importe, algumas pessoas
simplesmente não se importam...
E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-lá por isso.
Aprende que falar pode aliviar
dores emocionais.Descobre que
se leva tempo para construir confiança
e apenas segundos para destruí-la e que
você pode fazer coisas em um instante,
das quais se arrependerá pelo
resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades
continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você
tem na vida, mas quem você tem na vida.
E que bons amigos são a família que
nos permitiram escolher.Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendermos que
os amigos mudam, percebe que
seu melhor amigo e você podem
fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que devemos deixar as
pessoas que amamos com palavras
amorosas, pode ser a ultima vez que
a vejamos.Aprende que as circunstâncias
e os ambientes têm influencia sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se
deve comparar com os outros,
mas com o melhor que pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde
já chegou, mas onde está indo
mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão e que ser flexível não significa
ser fraco ou não ter personalidade,
pois não importa quão delicada e
frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que
era necessário fazer, enfrentando as
conseqüências.Aprende que paciência
requer muita prática.Descobre que
algumas vezes as pessoas que você espera que o chute quando você cai, é uma das poucas que o
ajudam a levantar-se.Aprende que
maturidade tem mais a ver com tipos
de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas, do que quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais
em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer
a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se
ela acreditasse nisso.Aprende que
quando está com raiva tem o direito
de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém
não sabe amar, contudo, o ama como
pode, pois existem pessoas que nos
amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém,algumas vezes você tem que
aprender a perdoa-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade
com que julga, você será em algum
momento condenado.Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido,
o mundo não pára pra que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar...
Que realmente é forte, e que pode ir
muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante a vida!
E nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar
SE NÃO FOSSE O MEDO DE TENTAR!
(William Shakespeare)




SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Alberto e o Pincel
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/04/2003 08:48

He he he ... deveria re-enviar essa diretamente para o Alberto ... talvez ele sugerisse à garota trocar o nome de pincel atômico para pincel quântico :-)))

Vamos lá gente, sejam delicados com a garota!
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: TATI ALMEIDA
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sexta-feira, 4 de abril de 2003 17:32
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


Boa tarde, meu nome é Tatiane, tenho 19 ano, de Curitiba,no momento nao estou matriculada em nenhuma entidade de ensino, mas estudando sempre estou...
Minha dúvida pode parecer ridicula, mas ja pesquisei e nada encontrei e a duvida nao cala.
Por que " pincel atômico" , tem algo a ver com o átomo... na sua composiçao há alcool, corantes e resina sintética...
Entao a perguta boba é essa: Porque o pincel se chama ATÔMICO???
Desde ja agradeço a atençao e estou ansiosa por uma resposta!!!



____________________________________________________
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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Alberto e o Pincel
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/04/2003 09:20


----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" >
Sent: Saturday, April 05, 2003 8:48 AM
Subject: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Alberto e o Pincel

> He he he ... deveria re-enviar essa diretamente para o Alberto ... talvez
> ele sugerisse à garota trocar o nome de pincel atômico para pincel
> quântico :-)))

No momento estou dando uma trégua aos quânticos. Aliás, estou até propondo a
construção de uma "bomba quântica" para soltar na Casa Branca, assim talvez
consiga mandar o facínora e infanticida Bush para um universo paralelo.
Antes disso eu havia pensado numa guilhotina quântica, tal que ele ficasse
num estado meio com cabeça e meio decepado. Mas aí eu me dei conta que entre
um Bush com cabeça e um Bush decepado a única diferença seria o cheiro, e o
mundo não iria resistir a essa praga fedorenta, então deixei o projeto de
lado.

Mas não está sendo nada fácil, pois até mesmo em terrorismo noto que os
quânticos são muito primários. O dia que eles conseguirem levar o Bush para
uma superforca dotada de uma supercorda, aí sim eu passarei a defender a
teoria quântica. Por ora eles só têm conseguido fabricar "cordas amigas",
onde eles vivem se enforcando.

Quanto ao pincel atômico, isso está me parecendo coisa da mídia
norte-americana, algo do tipo "bomba inteligente", ou "bombardeio cirúrgico"
etc, essas coisas que eles fabricam em série apenas para inglês ver, através
do "fogo amigo".

[ ]´s
Alberto,
ora revoltado com os EUA e engajado na missão de desmoralizar o "Império
Satânico" do tio Sam através da página web
http://ecientificocultural.com/guerra.htm e seguintes.
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott
Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott
Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott
Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott
Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott



SUBJECT: Re: Fw: Aprender...OFF Leo -- ON Ligia
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/04/2003 11:07

Olá Léo,

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> Oi Lígia,
>
> ... para não comentar que não falei das flores ...
>
> recebi essa mensagem de um desses grupos 'de fala mansa'. Esse
texto é realmente de Shakespeare?
> ============================
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: sexta-feira, 4 de abril de 2003 15:59
> Assunto: Aprender...
>
> Boa tarde!
>
> Leia, por favor, é um texto de Shakespeare
>
>
> Depois de algum tempo você aprende a diferença,
> a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma .
> E você aprende que amar não significa
> apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança...




Que maravilha, Léo, quando alguém torna-se tão famoso que TUDO que se
relacione a TUDO DE BOM naqulio que já fez em vida, passa a ser de
sua autoria... Shakespeare deve se sentir orgulhoso ao ser apontado
como autor desse texto. Mas não é. Olhe o original em Inglês com o
desabafo da autora. Eheheheh... e pensar que isto algum dia poderá
acontecer com você, "deus". Tudo o que for relativo à física passará
a ser mais um capítulo de sua monumental obra... :))

=====================


"After a While"


(Author's note: This poem has been plagiarized, bastardized, renamed,
reworded, redesigned, expanded and reduced. But it is my work, which
I wrote at the age of 19 and had published in my college yearbook.
Why anyone would want to claim it is beyond me, but for what it's
worth, I wrote it, and if I'd known it was going to be this popular,
I'd have done a better job of it. - V.S.)



After a while you learn

the subtle difference between

holding a hand and chaining a soul

and you learn

that love doesn't mean leaning

and company doesn't always mean security.

And you begin to learn

that kisses aren't contracts

and presents aren't promises

and you begin to accept your defeats

with your head up and your eyes ahead

with the grace of woman, not the grief of a child

and you learn

to build all your roads on today

because tomorrow's ground is

too uncertain for plans

and futures have a way of falling down

in mid-flight.

After a while you learn

that even sunshine burns

if you get too much

so you plant your own garden

and decorate your own soul

instead of waiting for someone

to bring you flowers.

And you learn that you really can endure

you really are strong

you really do have worth

and you learn

and you learn

with every goodbye, you learn...

© 1971 Veronica A. Shoffstall

=======================

Beijos, Lígia





SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Alberto e o Pincel
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/04/2003 11:21

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> He he he ... deveria re-enviar essa diretamente para o Alberto ...
talvez ele sugerisse à garota trocar o nome de pincel atômico para
pincel quântico :-)))
>
> Vamos lá gente, sejam delicados com a garota!
> []'
> -----Mensagem Original-----
> De: TATI ALMEIDA

> Boa tarde, meu nome é Tatiane, tenho 19 ano, de Curitiba,no
momento nao estou matriculada em nenhuma entidade de ensino, mas
estudando sempre estou...
> Minha dúvida pode parecer ridicula, mas ja pesquisei e nada
encontrei e a duvida nao cala.
> Por que " pincel atômico" , tem algo a ver com o átomo... na
sua composiçao há alcool, corantes e resina sintética...
> Entao a perguta boba é essa: Porque o pincel se chama
ATÔMICO???
> Desde ja agradeço a atençao e estou ansiosa por uma
resposta!!!

========================


Delicadíssima... ;)

Ah, uma pergunta inteligente... "pincel ATÔMICO" é um nome.
Andei "vascuiando" a net em busca de uma possível origem pro nome mas
deve ser só mesmo, como o Alberto aponta, uma referência ao "boom" da
caneta. Tipo: uma caneta/pincel que é um estouro! Ou que de tão
eficiente parece uma "bomba atômica"... ou, permite uma escrita tão
duradoura quanto os "efeitos de uma bomba atômica". Vai por aí...

Fico aqui me roendo por saber da douta e lusa professora d'alem mar
qual seria o nome dessa caneta em Portugal... :))

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: Curso de Astrofisica: Alguem desta lista esta' inscrito ?
FROM: Maria Natália <gogul@megamail.pt> <gogul@megamail.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 05/04/2003 16:08

Obrigada

SUBJECT: macaco simão dixit:
FROM: "Silvio Cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <noosfera@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, Acrópolis <acropolis@yahoogrupos.com.br>
DATE: 05/04/2003 16:34

BRASIL ENTROU NA GUERRA! É que corre na internet uma foto da Força Expedicionária Brasileira CV em ação no Iraque: general Fernando Beira-Mar, tenente-coronel Elias Maluco, major Celsinho da Vila Vintém e capitão Marcinho VP. Esses tomariam Bagdá em 24 horas! Bagdá virava pó! Rarará! Tráfico ataca e Bagdá vira pó!


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: Ainda a luz!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/04/2003 10:56

[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: <popdx@ig.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: sábado, 5 de abril de 2003 16:33


| Professor obrigado pelas respostas da semana passada - deu pra clarear
| um pouco as minhas idéias.Mas ainda tenho muitas perguntas,espero que
| o senhor tenha paciência para responde-las.
|
| 1- A luz é uma onda ou uma partícula?
| O pensamento que eu tenho,por suposição minha,é que quando a luz(do sol por
| exemplo)
| viaja até encontrar um objeto ela se propaga como uma partícula,mas quando
| essa mesma luz
| bate no objeto,ela volta encontrando pela frente um ambiente todo
| iluminado,então ela se
| choca com esse ambiente iluminado provocando vibrações como uma onda
| mecanica,e essas vibrações
| são responsáveis pelas cores.
| 2- Porque a luz tem velocidade constante?
| A luz que sai do sol,a luz que sai da combustão,a luz que sai da lâmpada tem
| a mesma velocidade.Por que?
| 3-Já que a velocidade da luz é constante não deveria existir uma fórmula
| para calcular a energia
| necessária para que a luz se propage com tal velocidade?
| -ou seja,qual a energia necessária para provocar a luz?
| 3-A luz não faz parte do átomo,mas por que só é através dele que podemos
| consegui-la?
| 4-A luz é provocada por fusão e choque?
| fusão de átomos(comustão),fusão de núcleos(sol),choque entre
| átomos(Lâmpada-provocado pela passagem de elétrons?)
| 5-Sobre relatividade.O universo que imaginamos pode ser uma gota d'agua no
| oceano diante da grandeza do que ainda não sabemos?
| ou seja,se compararmos nosso universo com o universo dos átomos veremos que
| universo atômico é infinitamente menor,mas se o nosso universo fosse
| menor que o universo dos átomos(do tamanho de um elétron por
| exemplo),veríamos que o universo atômico seria muito maior do que nosso
| universo.
| Então diante disso,toda a matéria que compõe o universo que sabemos pode
| ser(em matéria de tamanho) como um elétron diante da grandeza do universo
| que pode existir e que ainda não foi descoberto.
|
| mandei estas perguntas alguns semanas atrás e não recebi respostas e por
| isso estou enviando-a de novo.
| obrigado pela atenção!!!
|
| _________________________________________________________
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|


SUBJECT: Fw: Recuperao de prata
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/04/2003 11:00

Cuimicos.... tá faltando cuimicos nessa lista!
[]'
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Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Heliton
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sábado, 5 de abril de 2003 18:46
Assunto: Recuperação de prata


Diante das diversas experiências, saberiam informar como se faz para retirar a Prata de líquidos fixadores e reveladores de raio-x e de gráficas, assim como de empresas fotográficas ??? E ainda das chapas de raio-x e de negativos de fotos ????

Quais os métodos mais viáveis economicamente ???

Já ouvi dizer que existe o método eletrolítico e através da adição de pó de zinco ??? como funciona principalmente este último ???

Muito obrigado.

Heliton

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Recuperação de prata
FROM: "Silvio Cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/04/2003 12:07

:As pessoas que cuidam dos arquivos de radiografias de hospitais conhecem
quem sabe o processo. Eles compram as radiografias, retiram o Ag e vendem a
película pra artesanato (caixas p/ flores, p. ex. ....)

Cuimicos.... tá faltando cuimicos nessa lista!
[]'
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Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Heliton
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sábado, 5 de abril de 2003 18:46
Assunto: Recuperação de prata


Diante das diversas experiências, saberiam informar como se faz para retirar
a Prata de líquidos fixadores e reveladores de raio-x e de gráficas, assim
como de empresas fotográficas ??? E ainda das chapas de raio-x e de
negativos de fotos ????

Quais os métodos mais viáveis economicamente ???

Já ouvi dizer que existe o método eletrolítico e através da adição de pó de
zinco ??? como funciona principalmente este último ???

Muito obrigado.

Heliton

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Resposta à prata da casa
FROM: Maria Natália <gogul@megamail.pt> <gogul@megamail.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 06/04/2003 15:50

Resposta à prata em casa.

Vejo esta lista como local para se tirar dúvidas em química, física e
astronomia (pela minha parte). Não se trata de se dar um curso ou
ministrar aprendizagens de feiticeiros ou cozinheiros. Para o apoiar
no estudo destas ciências tem páginas estruturadas com honestidade. É
um local de consulta intermediária ou de quem é autodidacta. Logo o
amigo vai ter de se deslocar à sua universidade onde procurará nos "
chemical abstracts" algo actual sobre o que deseja.
Se quer montar uma indústria terá de arranjar vária documentação e é
obrigatório a presença de um engenheiro nesses projectos. Aí como cá.
Não se podem fazer fabriquetas clandestinas. Eu pela minha parte não
alinho. Nem em ácido sulfúrico caseiro. Estamos entendidos. Isto não
invalida que alguém da lista lhe responda à questão colocada. Não
terá estes preconceitos que ora digo.
Mas tenha em conta os riscos e a segurança, isto é, os MSDS dos
reagentes que utilizar. Preze a saúde dos seus semelhantes e
sobretudo a saúde da sua cápsula no tempo e que é a Terra.
Não será melhor entregar as películas de R.X na sua farmácia ( se
está em Portugal) para serem reciclados? Nós cá temos uma norma: Os
resultados, $, da reciclagem vão para a AMI, médicos sem fronteira, e
que bem precisam para acudir aos nosso cidadãos que vivem em favelas
e ilhas sem direito a um mínimo para viver. Olhe a conferência do Rio
e que sucedeu à sua porta.
Se é aluno e se se trata de uma pergunta estilo TPC, trabalho
para casa, colocada por um professor...lamento que esse tal professor
só lhe "esteja a ensinar química". Nesta altura já deveria saber onde
procurar a informação que nos pede. Mal vai o seu ensino...A
universidade não ensina Ciência. Prepara o aluno para pensar ciência,
o que é bem diferente. Depois de terminar o seu curso e passados 5
anos é que verá se sabe química ou física ou o que lhe andaram
a "impingir" desde os 18 anos aos 23 anos na melhor das hipóteses.
Quando tem de se resolver um problema é que se vê o que se
aprendeu...A cultura é aquilo que fica após termos abandonado os
bancos da escola. E como deve saber a Ciência não pára, evolui. E
temos a obrigação da nossa permanente actualização ou não
seremos Homens de Ciência.
Até dia 10 de Abril
Maria Natália







SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta à prata da casa
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 06/04/2003 18:35

A resposta apresentada pela nossa listeira 'hiden' M. Natália foi apresentada tb em pvt, com autorização para exibir 4 itens:

"Sou química...

E não engenheira química. O que quer dizer que o meu trabalho é
ensinar química e não andar à procura de um processo para
uma "excelência" estar em casa a montar um negócio sobre extracção de
prata de radiografias.
Os motivos do meu não, são estes:

1º Isso é trabalho de um químico. E se essa pessoa pergunta é porque
não o é. Além de estarmos fartos de pseudo químicos...

2º Prezo muito a segurança dos meus semelhantes. Vizinhos, peixes do
rio, aves dos ares e aparelho respiratório etc e tal da Terra (os
ditos ecossistemas). Que segurança me dá um tipo que me aparece via
net? De onde o conheço? A minha responsabilidade tem um limite.

3º O meu trabalho é ensinar química, fazer despertar para a química e
ensinar CIÊNCIA, não cozinha ou sou tecnologa. Os tempos de
a "ciência é útil porque dá progresso" está acabado na Europa. Antes
pelo contrário "deixa o pópó em casa e vai a pé" (para ser assaltado
e correres os 1200 m). Estamos em busca de novo paradigma.

4º O site feira das ciências não é uma escola de feiticeiros ou a
mercearia da esquina. Este site destina-se à consulta intermédia. A
consulta avançada é para ser feita por cada um na sua universidade e
na sua biblioteca da região ou em sites de várias universidades do
Universo (net)

[]'
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Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: <gogul@megamail.pt>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 6 de abril de 2003 15:50
Assunto: [ciencialist] Resposta à prata da casa


Resposta à prata em casa.

Vejo esta lista como local para se tirar dúvidas em química, física e
astronomia (pela minha parte). Não se trata de se dar um curso ou
ministrar aprendizagens de feiticeiros ou cozinheiros. Para o apoiar
no estudo destas ciências tem páginas estruturadas com honestidade. É
um local de consulta intermediária ou de quem é autodidacta. Logo o
amigo vai ter de se deslocar à sua universidade onde procurará nos "
chemical abstracts" algo actual sobre o que deseja.
Se quer montar uma indústria terá de arranjar vária documentação e é
obrigatório a presença de um engenheiro nesses projectos. Aí como cá.
Não se podem fazer fabriquetas clandestinas. Eu pela minha parte não
alinho. Nem em ácido sulfúrico caseiro. Estamos entendidos. Isto não
invalida que alguém da lista lhe responda à questão colocada. Não
terá estes preconceitos que ora digo.
Mas tenha em conta os riscos e a segurança, isto é, os MSDS dos
reagentes que utilizar. Preze a saúde dos seus semelhantes e
sobretudo a saúde da sua cápsula no tempo e que é a Terra.
Não será melhor entregar as películas de R.X na sua farmácia ( se
está em Portugal) para serem reciclados? Nós cá temos uma norma: Os
resultados, $, da reciclagem vão para a AMI, médicos sem fronteira, e
que bem precisam para acudir aos nosso cidadãos que vivem em favelas
e ilhas sem direito a um mínimo para viver. Olhe a conferência do Rio
e que sucedeu à sua porta.
Se é aluno e se se trata de uma pergunta estilo TPC, trabalho
para casa, colocada por um professor...lamento que esse tal professor
só lhe "esteja a ensinar química". Nesta altura já deveria saber onde
procurar a informação que nos pede. Mal vai o seu ensino...A
universidade não ensina Ciência. Prepara o aluno para pensar ciência,
o que é bem diferente. Depois de terminar o seu curso e passados 5
anos é que verá se sabe química ou física ou o que lhe andaram
a "impingir" desde os 18 anos aos 23 anos na melhor das hipóteses.
Quando tem de se resolver um problema é que se vê o que se
aprendeu...A cultura é aquilo que fica após termos abandonado os
bancos da escola. E como deve saber a Ciência não pára, evolui. E
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Até dia 10 de Abril
Maria Natália






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SUBJECT: Re: Resposta à prata da casa
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/04/2003 00:58

Léo,

Tenho que dar a mão à palmatória. Dna Maria Natália está
corretíssima. Muitas das dúvidas que você vem lançando aqui na lista
são uma mostra da total falta de referências dos seus consulentes,
associadas a uma preguiça de dar dó... :/

Siga o que ela propõe: quaisquer dúvidas de seus consulentes não
precisam ser respondidas por você, ou por outros através de sua
pessoa. Basta que se indique ao consulente onde ele pode ir buscar
por respostas às próprias dúvidas. Essa sua postura paternalista e
engajada em suprir as necessidades básicas do povo que acorre a você
só induzem a mais "embotamento"...

Antes de interpretar a "bíblia", quem deseje entender a palavra
de "deus" deve saber ler... E que tal instalar um link direto ao
buscador Google no seu site, com dicas de como utilizá-lo, como por
exemplo, escrever sinal de adição (+) entre as palavras-chave e
colocar tudo entre "aspas"? Se o cara quer saber como "extrair"
prata, basta que coloque "extração+de+prata", e após obter os
resultados aprender a ir adicionando mais palavras chave na caixa
de "pesquisar nos resultados", sem esquecer das "" e do +... :)


Beijos, Lígia

**********************************




--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Maria Natália <gogul@m...>
<gogul@m...> escreveu
> Resposta à prata em casa.
>
> Vejo esta lista como local para se tirar dúvidas em química, física
e
> astronomia (pela minha parte). Não se trata de se dar um curso ou
> ministrar aprendizagens de feiticeiros ou cozinheiros. Para o
apoiar
> no estudo destas ciências tem páginas estruturadas com honestidade.
É
> um local de consulta intermediária ou de quem é autodidacta. Logo o
> amigo vai ter de se deslocar à sua universidade onde procurará
nos "
> chemical abstracts" algo actual sobre o que deseja.
> Se quer montar uma indústria terá de arranjar vária documentação e
é
> obrigatório a presença de um engenheiro nesses projectos. Aí como
cá.
> Não se podem fazer fabriquetas clandestinas. Eu pela minha parte
não
> alinho. Nem em ácido sulfúrico caseiro. Estamos entendidos. Isto
não
> invalida que alguém da lista lhe responda à questão colocada. Não
> terá estes preconceitos que ora digo.
> Mas tenha em conta os riscos e a segurança, isto é, os MSDS dos
> reagentes que utilizar. Preze a saúde dos seus semelhantes e
> sobretudo a saúde da sua cápsula no tempo e que é a Terra.
> Não será melhor entregar as películas de R.X na sua farmácia ( se
> está em Portugal) para serem reciclados? Nós cá temos uma norma: Os
> resultados, $, da reciclagem vão para a AMI, médicos sem fronteira,
e
> que bem precisam para acudir aos nosso cidadãos que vivem em
favelas
> e ilhas sem direito a um mínimo para viver. Olhe a conferência do
Rio
> e que sucedeu à sua porta.
> Se é aluno e se se trata de uma pergunta estilo TPC, trabalho
> para casa, colocada por um professor...lamento que esse tal
professor
> só lhe "esteja a ensinar química". Nesta altura já deveria saber
onde
> procurar a informação que nos pede. Mal vai o seu ensino...A
> universidade não ensina Ciência. Prepara o aluno para pensar
ciência,
> o que é bem diferente. Depois de terminar o seu curso e passados 5
> anos é que verá se sabe química ou física ou o que lhe andaram
> a "impingir" desde os 18 anos aos 23 anos na melhor das hipóteses.
> Quando tem de se resolver um problema é que se vê o que se
> aprendeu...A cultura é aquilo que fica após termos abandonado os
> bancos da escola. E como deve saber a Ciência não pára, evolui. E
> temos a obrigação da nossa permanente actualização ou não
> seremos Homens de Ciência.
> Até dia 10 de Abril
> Maria Natália



SUBJECT: Motos Perpétuos - - O Museu das Máquinas Impraticáveis
FROM: "Marcelo Kunimoto <airdown@ig.com.br>" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/04/2003 02:09

- O Museu das Máquinas Impraticáveis
Faça uma visita e descubra a história e as explicações esclarecendo
por que cada máquina de movimento perpétuo simplesmente não irá se
mover perpetuamente. E sem recorrer às leis da termodinâmica!
http://www.ceticismoaberto.kit.net/motoperpetuo.htm
http://www.ceticismoaberto.hpg.ig.com.br/motoperpetuo.htm

- Salão de Maquinaria
Veja essas máquinas funcionarem eternamente.
http://www.ceticismoaberto.kit.net/maquinaria.htm
http://www.ceticismoaberto.hpg.ig.com.br/maquinaria.htm

---

MK
http://ceticismoaberto.cjb.net



SUBJECT: Re: [ciencialist] Motos Perpétuos - - O Museu das Máquinas Impraticáveis
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/04/2003 06:31

IH! Marcelo (remember Airsmithers?), tenho a Sala 25 de Moto Perpétuo no Imperdível e estava laboriosamente preparando-a para entrar on-line com vários 'projetos' até meados de julho. Essa sua publicação balançou o meio-de-campo.

Apesar de eu estar incluindo aspectos mecânicos, termodinâmicos etc.(além de classificação dos tipos de MP) a justificarem a impossibilidade de várias maquinetas, meus desenhos e ilustrações são cópias estáticas colhidas na minha biblioteca (minhas duas brochuras!) e algumas móveis cujas autorizações estava pouco a pouco adquirindo via NET. Sua coletânea (versão), entretanto, supera em vários aspectos parte do que pretendia publicar (parte do histórico, colheita de dados e figuras animadas) ... e perde em outras (descrições, detalhes, teoria e outros quesitos).

Para que nossos jovens saiam ganhando nesse 'campo' de consultas de temas científicos, ampliando o leque da divulgação, só vejo uma saída 'honrosa': somar os conteúdos!
Para tanto, que tal vc obter do autor (do qual derivou sua versão) uma autorização para exibir essa sua versão na minha Sala 25 (obviamente com os créditos da origem e da versão em português), MAS, com permissão para complementar (adaptar) o texto, quando necessário? Por outro lado, fica implícito que tb estou pedindo autorização a vc para usar de sua versão para o português [coisa que eu jamais gostaria ou saberia fazer --- como vc sabe meu "boycott" (a la Alberto) à língua alienígena é de longa data!]. Aliás, todos os ciencialisteiros que tanto já colaboraram com o Imperdível, fica o pedido de sugerirem novos 'arranjos e re-ajustes' para a apresentação final na Sala 25 dos "Perpetuum Móbile" após minha publicação lá para julho. (por enquanto a sala 25 tem apenas alguns trabalhos de consulentes e postos para 'brigas' com os que ainda acreditam nos MPs).

aquele abraço, ... e continuo aberto a outras sugestões sobre a sala 25.
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: <airdown@ig.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 7 de abril de 2003 02:09
Assunto: [ciencialist] Motos Perpétuos - - O Museu das Máquinas Impraticáveis


- O Museu das Máquinas Impraticáveis
Faça uma visita e descubra a história e as explicações esclarecendo
por que cada máquina de movimento perpétuo simplesmente não irá se
mover perpetuamente. E sem recorrer às leis da termodinâmica!
http://www.ceticismoaberto.kit.net/motoperpetuo.htm
http://www.ceticismoaberto.hpg.ig.com.br/motoperpetuo.htm

- Salão de Maquinaria
Veja essas máquinas funcionarem eternamente.
http://www.ceticismoaberto.kit.net/maquinaria.htm
http://www.ceticismoaberto.hpg.ig.com.br/maquinaria.htm

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SUBJECT: Re: Armaduras
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/04/2003 07:58

Nao gosto de deixar assuntos inacabados, entao, embora sempre se
possa chiar e dizer q. nao e' uma prova definitiva: com enfase em
prova ou definitiva ao gosto do fregues. Mas eis uma imagem de
apoio 'a tese de q. armaduras passaram a ser superadas pelas armas de
fogo:

http://br.photos.groups.yahoo.com/group/ciencialist/vwp?.dir=/&.src=gr
&.dnm=armadurafurada.jpg.jpg

Byam, Michele 1990 - Armas & Armaduras: a historia das armas de mao e
dos equipamentos de protecao, da Idade da Pedra ao Velho Oeste
americano. Colecao Aventura Visual. 64 pp. Sao Paulo, Ed. Globo.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Alberto e o Pincel
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/04/2003 09:03

Pincel Atômico é marca registrada da Pilot Pen do Brasil. Eles
fizeram o pedido em 1958.

http://www.inpi.gov.br/servlet/det_mrc?cod_processo=21659&marca=pincel

O nome genérico do produto parece ser Marcador [de Texto] ou Caneta
Marcadora -- ha' quem o chame de Canetão. E' obviamente um tipo de
Caneta Hidrográfica.

A inspiração do nome comercial, o próprio pessoal da Pilot certamente
estão mais capacitados para responder:

comercial@pilotpen.com.br <comercial@pilotpen.com.br>

[Embora eu chute que tenha a ver com o propósito de transmitir a
idéia de potência, energia -- tal qual em uma explosão de uma bomba
atômica -- em parte devido ao tamanho relativamente grande da caneta.
Deve ter a ver com os ventos da moda: Atom Ant [Formiga Atômica] da
Hanna-Barbera (1965), Captain Atom da Charlton Comics (1960), The
Atom [Átomo] da DC Comics (1962) e toda a gama de heróis radiativos
como o Homem-Aranha (1962), X-Men (1963), depois veio a era quântica
da publicidade -- Santana Quantum foi nesse embalo, atualmente e'
DNA, Bio e Genética pra lá e pra cá: xampu, combustível, cosmético,
hambúrgueres...]

The Atom
http://www.toonopedia.com/atom1.htm
http://www.toonopedia.com/atom2.htm

Captain Atom
http://www.toonopedia.com/capatom1.htm
http://www.toonopedia.com/capatom2.htm

Atom Ant
http://www.toonopedia.com/atomant.htm

Spider-Man
http://www.toonopedia.com/spidey.htm

X-Men
http://www.toonopedia.com/xmen.htm

Apropo:

http://www.imaginationatwork.com/Imagine?_nolivecache

http://www.alemdaart.hpg.ig.com.br/dicas4.htm

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> He he he ... deveria re-enviar essa diretamente para o Alberto ...
talvez ele sugerisse à garota trocar o nome de pincel atômico para
pincel quântico :-)))

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> De: TATI ALMEIDA




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Alberto e o Pincel
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/04/2003 09:26

Como sempre ... as respostas Takatianas primam pela excelência! Assim que eu tiver ganhando acima de R$ 25.000,00/mês no Parque do Peão vou contratar o Takata para ser meu assessor direto, com tempo integral!
[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 7 de abril de 2003 09:03
Assunto: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Alberto e o Pincel


Pincel Atômico é marca registrada da Pilot Pen do Brasil. Eles
fizeram o pedido em 1958.

http://www.inpi.gov.br/servlet/det_mrc?cod_processo=21659&marca=pincel

O nome genérico do produto parece ser Marcador [de Texto] ou Caneta
Marcadora -- ha' quem o chame de Canetão. E' obviamente um tipo de
Caneta Hidrográfica.

A inspiração do nome comercial, o próprio pessoal da Pilot certamente
estão mais capacitados para responder:

comercial@pilotpen.com.br <comercial@pilotpen.com.br>

[Embora eu chute que tenha a ver com o propósito de transmitir a
idéia de potência, energia -- tal qual em uma explosão de uma bomba
atômica -- em parte devido ao tamanho relativamente grande da caneta.
Deve ter a ver com os ventos da moda: Atom Ant [Formiga Atômica] da
Hanna-Barbera (1965), Captain Atom da Charlton Comics (1960), The
Atom [Átomo] da DC Comics (1962) e toda a gama de heróis radiativos
como o Homem-Aranha (1962), X-Men (1963), depois veio a era quântica
da publicidade -- Santana Quantum foi nesse embalo, atualmente e'
DNA, Bio e Genética pra lá e pra cá: xampu, combustível, cosmético,
hambúrgueres...]

The Atom
http://www.toonopedia.com/atom1.htm
http://www.toonopedia.com/atom2.htm

Captain Atom
http://www.toonopedia.com/capatom1.htm
http://www.toonopedia.com/capatom2.htm

Atom Ant
http://www.toonopedia.com/atomant.htm

Spider-Man
http://www.toonopedia.com/spidey.htm

X-Men
http://www.toonopedia.com/xmen.htm

Apropo:

http://www.imaginationatwork.com/Imagine?_nolivecache

http://www.alemdaart.hpg.ig.com.br/dicas4.htm

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> He he he ... deveria re-enviar essa diretamente para o Alberto ...
talvez ele sugerisse à garota trocar o nome de pincel atômico para
pincel quântico :-)))

> -----Mensagem Original-----
> De: TATI ALMEIDA



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Ainda a luz!
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/04/2003 09:39

Ok aqui vai!

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all

On Sun, 6 Apr 2003, Luiz Ferraz Netto wrote:
> | Professor obrigado pelas respostas da semana passada - deu pra clarear
> | um pouco as minhas idéias.Mas ainda tenho muitas perguntas,espero que
> | o senhor tenha paciência para responde-las.
> |
> | 1- A luz é uma onda ou uma partícula?
> | O pensamento que eu tenho,por suposição minha,é que quando a luz(do sol por
> | exemplo)
> | viaja até encontrar um objeto ela se propaga como uma partícula,mas quando
> | essa mesma luz
> | bate no objeto,ela volta encontrando pela frente um ambiente todo
> | iluminado,então ela se
> | choca com esse ambiente iluminado provocando vibrações como uma onda
> | mecanica,e essas vibrações
> | são responsáveis pelas cores.

A luz é uma onda eletromagnética que se manifesta das duas formas, ora
ela se comporta como onda, ora se comporta como partícula. Mas o
comportamento é o contrário de sua hipótese. A luz se propaga como se
fosse uma onda e interage com a matéria como se fosse corpúsculo. As cores
têm a ver com a freqüência de oscilação da onda.


> | 2- Porque a luz tem velocidade constante?
> | A luz que sai do sol,a luz que sai da combustão,a luz que sai da lâmpada tem
> | a mesma velocidade.Por que?

Uma onda na água se propaga com uma determinada velocidade que depende
apenas da água e não da onda. A luz se comporta de maneira semelhante, ela
é uma onda eletromagnética, uma perturbação eletromagnética no espaço, a
velocidade de propagação desta perturbação depende apenas do meio e não da
onda.


> | 3-Já que a velocidade da luz é constante não deveria existir uma fórmula
> | para calcular a energia
> | necessária para que a luz se propage com tal velocidade?
> | -ou seja,qual a energia necessária para provocar a luz?

A energia da luz depende apenas de sua freqüência. A luz visível pode ser
obtida com uma única pilha de rádio, usando uma lanterna ou um LED.


> | 3-A luz não faz parte do átomo,mas por que só é através dele que podemos
> | consegui-la?

A luz é energia e energia está intimamente ligada à matéria. A matéria
possui estados de energia que dependem das características de ligação dela
com outros corpos, no átomo de hidrogênio por exemplo, depende da ligação
do elétron com o próton.

Quando a matéria passa de um estado de energia maior para um menor, ela
libera esta energia em forma de ondas eletromagnéticas e esta energia
liberada pode ser o suficiente para vibrar na freqüência da luz visível.


> | 4-A luz é provocada por fusão e choque?
> | fusão de átomos(comustão),fusão de núcleos(sol),choque entre
> | átomos(Lâmpada-provocado pela passagem de elétrons?)

A luz é gerada pela variação de estados energéticos da matéria.


> | 5-Sobre relatividade.O universo que imaginamos pode ser uma gota d'agua no
> | oceano diante da grandeza do que ainda não sabemos?

Sim. Estima-se que o universo visível seja 1% do univero total, mas isto é
apenas uma estimativa. Este assunto é mais filosófico, não sabemos nem
como calcular um tamanho aproximado do universo. Ele pode ser muito maior,
ou não.



==================



SUBJECT: Re: [ciencialist] Caramba... coincidência no Gênesis versão do Rei Jaime
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 07/04/2003 11:36

É fácil acertar essa: a probabilidade é 100%.
Basta ir olhando de trás pra frente as últimas palavras do segundo verso e
ir vendo onde elas podem te levar.

1 In the beginning God created the heaven and the Earth.
2 And the earth was without form, and void; and darkness was upon the face
of the deep. And the Spirit of God moved upon the face of the waters.
3 And God said, Let there be light: and there was light.

A única que te faz cair em "God" é o último "the" do 2o verso. Até aqui
parece que chegar em Deus foi coincidência, mas vamos voltando no 2o
verso...

Se cairmos em qualquer das três palavras "moved upon the" elas nos levam
diretamente ao último "the" e a "God". No ramo imediatamente superior, a
única palavra que não leva a uma destas três é "Spirit". Olhando mais um
pouco pra cima vemos que nenhuma das próximas 10 palavras levaria a Spirit,
e portanto, de onde quer que comecemos, vamos sempre cair em uma das três
palavras "moved upon the", que vão levar ao último "the", que levará a
"God".

Se isso é espantodo o suficiente pra ser visto como um sinal divino, ainda
mais em se tratando de uma tradução em inglês da Bíblia, então Deus anda
muito fraquinho depois de ter aberto as águas do Mar Vermelho...

Um abraço,
Eric.

----- Original Message -----
From: <airdown@ig.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, April 04, 2003 10:55 PM
Subject: [ciencialist] Caramba... coincidência no Gênesis versão do Rei
Jaime


Aqui:
http://sprott.physics.wisc.edu/pickover/realitygame.html

Estou certo que muitos aqui vão tentar calcular quão provável
realmente é a coisa.

MK





SUBJECT: Re: Ensino de Ciências
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/04/2003 14:59

Dando contuinuidade 'a linha:


-------------
`Brincar' de tecnologia, uma ferramenta de ensino
Pesquisador do MIT monta grupo que mostra às crianças como aliar
criatividade e aprendizado
DAVID MOISÉS

Se as crianças da pré-escola têm espaço para construir brinquedos e
ferramentas criativas que lhes permitem pensar, testar e aprender,
por que os estudantes mais velhos deveriam virar ouvintes inanimados
numa sala de aula onde o professor os enche de dados e teorias? O
norte-americano Mitchel Resnick aprofundou-se nessa questão e suas
conclusões estão evidentes já no nome do grupo que ele coordena, o
Lifelong Kindergarten (algo como "jardim da infância para toda a
vida"), que realiza pesquisas sobre aprendizagem, no Media Lab do
Massachusets Institute of Technology (MIT). Para Resnick, um físico
com PhD em ciências da computação, é necessário desenvolver novos
materiais para que as crianças possam crescer construindo soluções
criativas que envolvam as várias áreas do conhecimento.

Estes novos materiais podem ser "brinquedos" mais complexos, como
pequenos robôs e engenhocas a serem montados e programados pelas
crianças. "E o computador pode ser uma nova ferramenta para este
aprendizado", disse ele em São Paulo, onde se reuniu com professores
da Fundação Bradesco. Resnick cita o caso de um adolescente indiano
que, ao participar de atividades do Computer Clubhouse – programa do
Media Lab – em sua cidade, brincava com um microscópio acoplado a um
computador, que permitia observar imagens das amostras na tela do
monitor.

Computador e água – "Por curiosidade, o garoto trouxe uma gota de
água de sua casa para ver no microscópio, e ficou horrorizado", conta
Resnick. Começou a fazer uma pesquisa sobre a origem da água em seu
bairro, as péssimas condições de higiene na fonte, a forma como as
famílias a usavam, a incidência de doenças. O estudante fez uso de
conteúdos de várias disciplinas da escola para compreender um
problema de sua comunidade e, ao fim do processo, liderar uma
campanha para que as famílias começassem a ferver a água antes de
beber. "Assim, integram-se atividades estanques, com maior impacto na
compreensão."

Da mesma forma, Resnick lembra crianças que desenvolveram soluções
para questões menos "vitais", como a garota norte-americana que criou
um sistema para impedir o irmãozinho de xeretar seu diário, com uma
câmera fotográfica acoplada à capa para flagrar o bisbilhoteiro toda
vez que ele a abrisse. "A tecnologia tem de ser dada às crianças e
jovens de modo que faça sentido para eles", diz o pesquisador. "E o
mais importante é que eles podem mudar os sistemas que criam."

Criatividade – O trabalho de Resnick leva em conta que a sociedade
humana atual é muito mais do que uma "sociedade da informação", pois
é preciso saber dar uso à informação. "O conceito evoluiu para o
de `sociedade do conhecimento', e estamos agora buscando uma evolução
para a `sociedade criativa'", afirma o pesquisador. "As pessoas
precisam continuar aprendendo por toda a vida, e dando soluções
criativas para seus problemas e necessidades."

A tecnologia ajuda nesse sentido, porque permite simulações e
construções simples no processo de aprendizado. Para Resnick, o
sistema educacional predominante resiste a mudanças e, como tal, põe
barreiras às novas dinâmicas propostas para o espaço
escolar. "Estamos falando em difundir novas idéias sobre o
aprendizado, e isso é difícil, mas é importante reparar que a
tecnologia ajuda na difusão destas idéias", avalia. Ele prevê que as
mudanças serão lentas, mas que ocorrerão com maior facilidade ao
longo das próximas gerações. "As crianças de hoje é que estarão
melhor preparadas para as mudanças sistêmicas."

http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2003/04/07/ger016.html

"Muitas experiências estão ligadas à invenção de coisas"
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2003/04/07/ger011.html

Programa tem 80 portas pelo mundo
http://www.estado.estadao.com.br/editorias/2003/04/07/ger006.html

-----------------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Motos Perpétuos - - O Museu das Máquinas Impraticáveis
FROM: "Marcelo Kunimoto <airdown@ig.com.br>" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 07/04/2003 18:07

Estimada Divindade (ou Deidade),

Sem problema, vou entrar em contato com o Donald Simanek para ver se
ele autoriza, ele é muito gentil com a questão de reproduções. Mas,
é claro, é preciso ver bem essa questão dos complementos, talvez se
forem links adicionados ao fim de cada texto acho que possa ser
feito -- modificar o texto dele já é mais complicado.
Se ele autorizar, é claro, esteja livre para usar minhas traduções.
Elas ainda estão cheias de erros, mas no geral dá para entender.
Ah, e enqto estava traduzindo o museu de MPs dele, fiquei disposto a
fazer algumas animações em retribuição. Se vc precisar de ajuda para
animar alguma imagem, é só mandar um e-mail em pvt que posso tentar
fazer por aqui, e aí doaria tanto para o Imperdível quanto para
o "museu" de MPs de Simanek.
Curiosamente, há muito poucas páginas sobre MPs em português :(, foi
o q me motivou a traduzir essas páginas tb.

[]

MK

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> IH! Marcelo (remember Airsmithers?), tenho a Sala 25 de Moto
Perpétuo no Imperdível e estava laboriosamente preparando-a para
entrar on-line com vários 'projetos' até meados de julho. Essa sua
publicação balançou o meio-de-campo.
>
> Apesar de eu estar incluindo aspectos mecânicos, termodinâmicos
etc.(além de classificação dos tipos de MP) a justificarem a
impossibilidade de várias maquinetas, meus desenhos e ilustrações
são cópias estáticas colhidas na minha biblioteca (minhas duas
brochuras!) e algumas móveis cujas autorizações estava pouco a pouco
adquirindo via NET. Sua coletânea (versão), entretanto, supera em
vários aspectos parte do que pretendia publicar (parte do histórico,
colheita de dados e figuras animadas) ... e perde em outras
(descrições, detalhes, teoria e outros quesitos).
>
> Para que nossos jovens saiam ganhando nesse 'campo' de consultas
de temas científicos, ampliando o leque da divulgação, só vejo uma
saída 'honrosa': somar os conteúdos!
> Para tanto, que tal vc obter do autor (do qual derivou sua versão)
uma autorização para exibir essa sua versão na minha Sala 25
(obviamente com os créditos da origem e da versão em português),
MAS, com permissão para complementar (adaptar) o texto, quando
necessário? Por outro lado, fica implícito que tb estou pedindo
autorização a vc para usar de sua versão para o português [coisa que
eu jamais gostaria ou saberia fazer --- como vc sabe meu "boycott"
(a la Alberto) à língua alienígena é de longa data!]. Aliás, todos
os ciencialisteiros que tanto já colaboraram com o Imperdível, fica
o pedido de sugerirem novos 'arranjos e re-ajustes' para a
apresentação final na Sala 25 dos "Perpetuum Móbile" após minha
publicação lá para julho. (por enquanto a sala 25 tem apenas alguns
trabalhos de consulentes e postos para 'brigas' com os que ainda
acreditam nos MPs).
>
> aquele abraço, ... e continuo aberto a outras sugestões sobre a
sala 25.
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: <airdown@i...>
> Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Enviada em: segunda-feira, 7 de abril de 2003 02:09
> Assunto: [ciencialist] Motos Perpétuos - - O Museu das Máquinas
Impraticáveis
>
>
> - O Museu das Máquinas Impraticáveis
> Faça uma visita e descubra a história e as explicações
esclarecendo
> por que cada máquina de movimento perpétuo simplesmente não irá se
> mover perpetuamente. E sem recorrer às leis da termodinâmica!
> http://www.ceticismoaberto.kit.net/motoperpetuo.htm
> http://www.ceticismoaberto.hpg.ig.com.br/motoperpetuo.htm
>
> - Salão de Maquinaria
> Veja essas máquinas funcionarem eternamente.
> http://www.ceticismoaberto.kit.net/maquinaria.htm
> http://www.ceticismoaberto.hpg.ig.com.br/maquinaria.htm



SUBJECT: Re: Caramba... coincidência no Gênesis versão do Rei Jaime
FROM: "Marcelo Kunimoto <airdown@ig.com.br>" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 08/04/2003 03:37

Eric, gostei de sua análise, foi a mais simples que li para
desmistificar a questão.
Vendo bem, a chave do negócio é mesmo o "moved upon the", palavras
compostas de 5, 4 e 3 letras, que levam todas ao último 'the' que
leva a God.
Aí, como vc notou, nem é preciso se ater ao primeiro verso. Todas as
palavras até antes de Spirit levam a God...

[]s

MK

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Eric Cavalcanti" <eric@f...>
escreveu
> É fácil acertar essa: a probabilidade é 100%.
> Basta ir olhando de trás pra frente as últimas palavras do segundo
verso e
> ir vendo onde elas podem te levar.
>
> 1 In the beginning God created the heaven and the Earth.
> 2 And the earth was without form, and void; and darkness was upon
the face
> of the deep. And the Spirit of God moved upon the face of the
waters.
> 3 And God said, Let there be light: and there was light.
>
> A única que te faz cair em "God" é o último "the" do 2o verso. Até
aqui
> parece que chegar em Deus foi coincidência, mas vamos voltando no
2o
> verso...
>
> Se cairmos em qualquer das três palavras "moved upon the" elas nos
levam
> diretamente ao último "the" e a "God". No ramo imediatamente
superior, a
> única palavra que não leva a uma destas três é "Spirit". Olhando
mais um
> pouco pra cima vemos que nenhuma das próximas 10 palavras levaria
a Spirit,
> e portanto, de onde quer que comecemos, vamos sempre cair em uma
das três
> palavras "moved upon the", que vão levar ao último "the", que
levará a
> "God".
>
> Se isso é espantodo o suficiente pra ser visto como um sinal
divino, ainda
> mais em se tratando de uma tradução em inglês da Bíblia, então
Deus anda
> muito fraquinho depois de ter aberto as águas do Mar Vermelho...
>
> Um abraço,
> Eric.
>
> ----- Original Message -----
> From: <airdown@i...>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Friday, April 04, 2003 10:55 PM
> Subject: [ciencialist] Caramba... coincidência no Gênesis versão
do Rei
> Jaime
>
>
> Aqui:
> http://sprott.physics.wisc.edu/pickover/realitygame.html
>
> Estou certo que muitos aqui vão tentar calcular quão provável
> realmente é a coisa.
>
> MK



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Caramba... coincidência no Gênesis versão do Rei Jaime
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/04/2003 13:23

Olá Pessoal

E também não devemos esquecer que criar truques matematicos em textos e relatos era uma moda na época, inclusive com grande interesse por quadrados mágicos (que tinham propriedades como a soma de todos os numeros em qualquer coluna ou linha resultar no mesmo valor). Isso deve ter influenciado o tradutor, como um estimulo extra, um desafio a mais para a tradução do original.

Um exemplo de quadrado mágico simples:

16 02 03 13
05 11 10 08
09 07 06 12
04 14 15 01

A soma de qualquer coluna ou linha resulta em 34. Mas é sempre bom testar pra ter certeza..;-)

O pintor Albrecht Durer no quadro Melancolia, de 1514, colocou um quadrado mágico na tela. Veja o quadro neste link (clique sobre a imagem para ampliar e ver o quadrado com clareza, no canto superior direito da pintura):

http://www.hammer.ucla.edu/collections/durer/

Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: Marcelo Kunimoto <airdown@ig.com.br>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, April 08, 2003 3:37 AM
Subject: [ciencialist] Re: Caramba... coincidência no Gênesis versão do Rei Jaime


Eric, gostei de sua análise, foi a mais simples que li para
desmistificar a questão.
Vendo bem, a chave do negócio é mesmo o "moved upon the", palavras
compostas de 5, 4 e 3 letras, que levam todas ao último 'the' que
leva a God.
Aí, como vc notou, nem é preciso se ater ao primeiro verso. Todas as
palavras até antes de Spirit levam a God...

[]s

MK

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Eric Cavalcanti" <eric@f...>
escreveu
> É fácil acertar essa: a probabilidade é 100%.
> Basta ir olhando de trás pra frente as últimas palavras do segundo
verso e
> ir vendo onde elas podem te levar.
>
> 1 In the beginning God created the heaven and the Earth.
> 2 And the earth was without form, and void; and darkness was upon
the face
> of the deep. And the Spirit of God moved upon the face of the
waters.
> 3 And God said, Let there be light: and there was light.
>
> A única que te faz cair em "God" é o último "the" do 2o verso. Até
aqui
> parece que chegar em Deus foi coincidência, mas vamos voltando no
2o
> verso...
>
> Se cairmos em qualquer das três palavras "moved upon the" elas nos
levam
> diretamente ao último "the" e a "God". No ramo imediatamente
superior, a
> única palavra que não leva a uma destas três é "Spirit". Olhando
mais um
> pouco pra cima vemos que nenhuma das próximas 10 palavras levaria
a Spirit,
> e portanto, de onde quer que comecemos, vamos sempre cair em uma
das três
> palavras "moved upon the", que vão levar ao último "the", que
levará a
> "God".
>
> Se isso é espantodo o suficiente pra ser visto como um sinal
divino, ainda
> mais em se tratando de uma tradução em inglês da Bíblia, então
Deus anda
> muito fraquinho depois de ter aberto as águas do Mar Vermelho...
>
> Um abraço,
> Eric.
>
> ----- Original Message -----
> From: <airdown@i...>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Friday, April 04, 2003 10:55 PM
> Subject: [ciencialist] Caramba... coincidência no Gênesis versão
do Rei
> Jaime
>
>
> Aqui:
> http://sprott.physics.wisc.edu/pickover/realitygame.html
>
> Estou certo que muitos aqui vão tentar calcular quão provável
> realmente é a coisa.
>
> MK


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: No limiar de um novo paradigma - Octavio Ianni
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/04/2003 17:35

[ - Qual o papel da ciência e da tecnologia nesse universo?

- A ciência e a técnica estão, por enquanto, sendo administradas e monopolizadas pelas estruturas de poder, pertencentes às elites e às classes dominantes em escala nacional e mundial. Você sabe que a reforma do sistema de ensino do primeiro, segundo e terceiro graus que está sendo feita no mundo é uma reforma preconizada e imposta pelo Banco Mundial, que é uma organização sistêmica? A realidade é a seguinte: a ciência e a técnica que, em abstrato, por hipótese, são inocentes, têm sido usadas em escala crescente, como técnicas de poder.

- No caso da guerra, isso fica patente. Como o sr. vê o uso indiscriminado de equipamentos militares de última geração sob o pretexto de se poupar vidas de civis?

- A guerra que estão fazendo contra o Iraque é uma guerra na qual se mobilizam os conhecimentos científicos e tecnológicos os mais sofisticados para esmagar e destruir uma nação. Destruir aparentemente um governo, mas na verdade dilapidar os recursos naturais e materiais, destruir e provocar uma mortandade em grande escala naquele país. A solução é humanizar o uso da ciência e da técnica. Acontece que a sociedade burguesa faz parte de uma estrutura poderosa de poder das classes dominantes.

- Qual seria a saída?

- A única solução possível é a socialização dos meios de produção, é a transformação radical das estruturas da sociedade, para que, então, a ciência, a técnica, a cultura e as artes estejam à disposição da maioria da população e que os usos que se possam fazer desses recursos científicos e tecnológicos, artísticos etc, sejam os mais democráticos possíveis. Sem transformar a sociedade, não há ciência e técnica a serviço do humanismo.

- Como democratizar o acesso à tecnologia?

- Em alguns setores é claro que há uma certa difusão, mas você nota que no mundo contemporâneo o desemprego é avassalador, as doenças são sérias, a fome grassa. E, no entanto, o mundo hoje é muito rico, mas a distribuição dessa riqueza é muito desigual. Então, no limite, de fato na sociedade burguesa e democrática é possível alcançar alguns objetivos limitados de democratização da ciência. Mas a real e plena democratização da ciência e da técnica só será possível numa sociedade socialista. Imagine os EUA sendo uma sociedade socialista, bastante desenvolvida, com recursos científicos e técnicos que poderiam colocar tudo isso a serviço da população. É claro que isso resultaria numa democratização ampla não só dos recursos científicos e tecnológicos, mas numa real democratização política e social.

- O senhor acredita na reversão de modelos secularmente arraigados?

- É isso que vai acontecer futuramente. Seria ilusório imaginarmos que o mundo vai ser sempre capitalista, injusto é bárbaro. Eu acho que é perfeitamente factível que, na sucessão dos acontecimentos, das tensões, das lutas sociais, nós vamos ter um processo de socialização. Pode ser uma socialização lenta, pacífica, paulatina, atingindo diferentes setores. Dependendo do país e do continente, pode ser uma socialização resultante de conflitos mais drásticos. Mas não há nenhum argumento sustentável que consiga defender a tese de que o capitalismo é o único e definitivo modo de produção que se instalou no mundo. O feudalismo decaiu, o escravismo decaiu e o capitalismo está vivendo uma crise muito séria. Na minha utopia, se houver - como provavelmente haverá - um processo de socialização culminará na democratização social e política. Por que não imaginar que isso é possível? Trata-se de sonho de toda a história do mundo moderno. Desde o Renascimento isso é um grande sonho. ]

Vejam entrevista completa a seguir.
Abraços.
José Renato
______________________________

JC e-mail 2255, de 08 de Abril de 2003.
< http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=8986 >

Octavio Ianni: No limiar de um novo paradigma

Octavio Ianni não tem dúvida: está em curso não só uma ruptura histórica, na qual a noção de tempo e espaço foi substancialmente abalada, mas também uma revolução cultural de grandes conseqüências, cujo resultado mais imediato seria o florescimento de um novo paradigma científico

Álvaro Kassab escreve para o 'Jornal da Unicamp':

Sociólogo, professor emérito da Unicamp e um dos mais renomados intelectuais do país, Ianni participou em 28/3 do 'Seminários Unicamp'.

No evento, cujo tema central foi a produção do conhecimento, Ianni fez uma releitura do livro 'Duas Culturas', do físico e romancista inglês C.P. Snow.

Na entrevista que segue, Ianni explica por que considera fundamental o diálogo entre as diferentes áreas do conhecimento e aborda temas nos quais se debruça ultimamente com especial atenção, entre eles a globalização, a guerra no Iraque, a atuação da mídia, os rumos da ciência e a importância das linguagens derivadas das manifestações artísticas.

Retoma também a discussão sobre o papel da Universidade num mundo, segundo ele, dominado pela visão sistêmica. 'É um péssimo sinal que o exercício do pensamento crítico esteja sendo considerado como irreverente ou desnecessário'.

- O que levou o senhor a fazer uma releitura do livro 'Duas Culturas', de C. P. Snow?

- O livro do Snow, publicado em 1959, tornou-se notável. Alguns dizem que se trata de um clássico. Na verdade, é uma obra importante que coloca o problema do diálogo entre as ciências em geral, em especial entre literatura e ciências sociais de um lado - que ele classificaria de humanidades -, e ciências, simplesmente, de outro, que seriam as ciências físico-naturais. Só que ele não aprofundou a análise. Ele levanta o problema, até com coragem, porque fala na importância do uso das ciências, das artes e das humanidades para diminuir as diferenças entre os pobres e os ricos etc, mas faltou uma abordagem no nível, digamos, propriamente lógico.

- E a que conclusões o senhor chegou?

- Relendo o livro e lendo outras coisas, acho perfeitamente válido dizer que não são duas culturas, mas, a rigor, três. Uma é a cultura das ciências naturais, apesar das diferenças entre elas - física, química, astronomia etc. Não há dúvida de que são ciências que têm um modo de narrar muito específico, inclusive uma preocupação com formalização, com previsões e com a possibilidade de testar as hipóteses. Neste sentido, as ciências naturais têm uma narrativa muito articulada e com um certo conjunto de procedimentos lógicos - indução, dedução, hipótese, teste etc.

- Muito diferente da narrativa das ciências sociais...

- Nas ciências sociais, das quais ele trata muito pouco, só de passagem, a narrativa é outra. Elas estão preocupadas principalmente em compreender as ações, as relações, os comportamentos, as instituições. Dá para dizer que a narrativa nas ciências sociais lida muito mais com a compreensão, ao passo que a narrativa nas ciências naturais empenha-se em explicar, principalmente, em termos de causa e efeito. Nas ciências sociais, a compreensão é a do sentido das ações das pessoas. É a análise do comportamento de um indivíduo, seja um anônimo ou de uma figura conhecida. Ela sempre revela vários significados nas ações dos indivíduos.

- O senhor poderia dar um exemplo de como essa narrativa dá-se em outros níveis?

- O caso de George W. Bush é emblemático. Alguns dizem que ele está querendo completar a obra iniciada pelo pai. Do ponto de vista da psicanálise, dá para dizer que ele está querendo consumar o assassinato do pai, porque superar o pai é um desafio que a psicanálise sempre levanta. Um desafio que ocorre nas relações filhos-pais e pais-filhos. Caso vença a guerra, ele vai sentir-se como quem conseguiu superar o pai, ou, metaforicamente, conseguiu matá-lo. Só que, em outro nível, podemos dizer que os significados das ações do presidente norte-americano e de sua equipe têm a ver com o petróleo, têm a ver com a afirmação da supremacia. Os fatos sociais são sempre carregados de vários significados. Nesse sentido, a narrativa nas ciências sociais está empenhada em captar o sentido ou os sentidos das ações, das relações, das tensões, dos conflitos sociais.

- Em que contexto as artes desempenham um papel relevante no campo dos significados e da compreensão dos fenômenos sociais?

- Dá para dizer que compreensão é uma forma de conhecimento. É uma forma de discernimento do que é a realidade. Mas dá para distinguir o que seria uma terceira forma, que poderíamos classificar de uma terceira cultura. A rigor, uso a expressão terceiro estilo de pensamento, que é aquele que por exemplo aparece nas artes - na literatura, na dramaturgia, na música, assim como na pintura e em várias outras linguagens artísticas. Descobrimos que o artista às vezes está metaforicamente trabalhando um dilema que todos os outros estão sentindo em outros termos, em outra linguagem.

- O senhor acha que o artista tem a capacidade de antever ou de retratar com mais fidelidade os momentos de convulsão e de ruptura?

- Sim. O caso mais ou menos evidente é Guernica, de Picasso. Quando a república espanhola o convidou para fazer um mural, para uma grande exposição, ele estava tateando, não sabia o que fazer. Estava começando a guerra do fascista Franco contra a república espanhola. Como os alemães, já aliados de Franco, estavam exercitando bombardeio aéreo, Picasso de repente teve um estalo. Produziu um painel de grande impacto ao revelar a brutalidade que é a guerra. Guernica passou para a história como se fosse uma ilustração de todas as guerras.

- No 'Seminários Unicamp', o sr. citou exemplos de contemporaneidade entre linguagens e áreas diferentes. O senhor poderia dar um exemplo?

- Isso é interessante. Na passagem do século 18 para o século 19, Goethe, Beethoven e Hegel estavam de certo modo inquietos com uma realidade mundial que desafiava todo o mundo. Eles responderam a esses desafios e inquietações cada qual por meio de sua linguagem. É curioso notar que em todos eles havia uma preocupação de desvendar o que estava acontecendo. Hegel, especialmente na Fenomenologia do Espírito, queria desvendar qual é o momento mais avançado do desenvolvimento do pensamento da razão humana. Em Fausto, Goethe, que está no mesmo contexto, coloca algumas interrogações nas falas de Mefistófeles sobre as possibilidades de a razão conseguir um pleno discernimento. Já Beethoven, especialmente na 9ª Sinfonia, aproveitando o poema do Schiller, que corresponde à última parte da obra, canta um hino de glória ao novo mundo, a um novo período, à nova época da história. A despeito de ele usar a linguagem musical, estava também entusiasmado com o fato de haver, naquele momento, naquela época, uma ruptura, uma transição, uma transformação que estava abrindo horizontes excepcionais.

- O senhor refere-se à participação popular em diferentes instâncias?

- Além do que acontece com a razão, com a ciência, com a filosofia e com as próprias artes, estava acontecendo uma coisa que inaugurava o mundo contemporâneo, o mundo no qual estamos até hoje: o povo passou a fazer parte da história de uma maneira nova. Há uma frase de Napoleão, numa conversa com Goethe, em que ele teria dito que o papel que o destino desempenhava na tragédia grega no mundo moderno passaria a ser desempenhado pela política. Isso evidentemente está em Hegel e em Goethe. De certo modo a Ode à Alegria, que Beethoven aproveita de Schiller, é um hino ao novo período em que o povo entrou na história de uma maneira surpreendente.

- O senhor acha então que as revoluções filosóficas, científicas e estéticas ocorrem em períodos de crise ou de grandes transformações?

- Sem dúvida. Nessa mesma época, para falar do período da Revolução Francesa, do Iluminismo etc, há um conjunto de inquietações que fertilizam a criatividade de filósofos - Diderot, Kant, Hegel -, de cientistas - Lavoiser etc - e de artistas. Aqui se coloca um problema também fascinante, que é o de como as chamadas revoluções científicas podem ser vistas como acontecimentos que são contemporâneos de revoluções culturais, filosóficas e políticas. Daí por que estou convencido de que nessa época da história, no fim do século 20 e no começo do século 21, nós estamos metidos numa grande ruptura histórica.

- Daria para especular sobre a dimensão dessa ruptura?

- O declínio do mundo socialista, a transformação das nações socialistas em fronteiras de expansão do mundo capitalista e a tentativa dos EUA em se transformarem na única potência mundial e de instituírem uma espécie de administração mundial das várias nacionalidades e nações, isso está sendo uma transformação muito séria, muito profunda, que está abalando muitas convicções, muitas noções. Isso implicará um novo florescimento da filosofia, das ciências e das artes. Aliás, já há produções nas ciências sociais e algumas produções nas artes que demonstram que os seus autores estão interessados em compreender os novos horizontes.

- Quais seriam?

- Há uma parte grande da obra de autores como Samir Amin já traduzida na área das ciências sociais. São escritos que desembocam em novos conceitos, novas noções. Seus livros expressam isso. No cinema, temos filmes em que você não sabe qual é o país em que se passa a história. Isso significa que já há uma arte transnacional, cujos temas são de significação mundial e cujos personagens não precisam ser identificados como sendo deste ou daquele país. No passado, inclusive, houve produções que já prenunciavam uma arte cosmopolita. Os escritos de Borges, por exemplo, são de um tremendo cosmopolitismo. Ele estava dialogando com várias culturas, vários pensamentos.

- Qual é hoje, em sua opinião, o papel da mídia?

- A mídia hoje não é mais nacional. Se você procurar nos jornais que você lê, se procurar qual agência noticiosa que está informando sobre os acontecimentos, você não encontra. Às vezes, o jornal, com muita parcimônia, registra a fonte lá no cantinho de uma página. E eles nunca tornam transparente a forma como eles 'cozinham' as matérias na redação. E as matérias, às vezes, vêm totalmente preparadas por agências de alcance mundial. Todo jornal hoje tem um quê de CNN.

- Quais são os efeitos dessa manipulação?

- Muitas notícias importantes são registradas de uma única forma, porque há uma agência que está, por assim dizer, monopolizando. As fotografias da guerra, por exemplo, são as mesmas em vários jornais. Nós não temos acesso às fotos e aos noticiários dos árabes; estamos condenados a ver e nos informarmos de uma maneira única e extremamente limitada. A globalização da mídia e das mensagens, a multiplicação de técnicas eletrônicas na área da mídia são também uma expressão desse quadro de mundialização.

- Como combater esse estado de coisas?

- Há muita gente na filosofia, na arte, na ciência e no próprio jornalismo que não está contente com esse quadro. Essas pessoas estão pensando criticamente os acontecimentos. Então se abrem outros horizontes.

- Mas até que ponto o mercado já não canibalizou essas tentativas de resistência?

- Não há dúvida que existe uma mercantilização da cultura. Mas o jornalista, o cientista social e o romancista não se ajustam sempre e exclusivamente a essas injunções.

- O senhor acha que as reações à guerra no Iraque se enquadram nesse contexto?

- Vamos voltar. Hoje o mundo é mais sistêmico do que nunca. A própria guerra é uma operação sistêmica. Ela foi planejada em detalhes, só que não está dando certo. É aquilo que aconteceu com o Garrincha na copa de 58...Os americanos esqueceram de explicar aos iraquianos que eles tinham que se comportar do jeito que o Pentágono queria. A visão sistêmica é burra, porque supõe que o outro vai se ajustar aos comportamentos que são previstos por aqueles que estão tomando decisões. Na verdade, não aconteceu isso, assim como na Guerra do Vietnã. Apesar de predominante, a visão sistêmica está sendo questionada porque as pessoas - apesar da força e da agressividade dessas estruturas - estão ligadas à vida, ao trabalho, estão trocando informações. Acontece que o movimento pacificista em escala mundial é um movimento contra a guerra, é um movimento antiamericano, é um movimento que prega outras formas de ver o mundo. E isso está fertilizando o pensamento de cientistas, de jornalistas, de pesquisadores e de artistas. Nós teremos seguramente um florescimento. Nos EUA, artistas de música popular estão protestando contra a guerra, afora outras categorias.

- O senhor acredita que a resistência e o poder de organização crescem na mesma medida da mundialização?

- Sem dúvida. Temos sempre as exceções. Alguns jornalistas, por exemplo, são muito vivos. Começaram a entrevistar os velhos generais da ativa e reformados dos EUA, colocando a nu as velhas divergências militares sobre a guerra do Iraque. Acho isso uma operação fascinante. Quer dizer, o jornalismo agindo com objetividade, mas indo a fontes de informações que ponham em causa a doutrina da guerra preventiva que Bush levou às últimas conseqüências. Nesse sentido, é que o mundo sistêmico, que está presente na Universidade, na mídia, nas corporações, que predomina e domina o mundo de uma maneira avassaladora, não consegue monopolizar integralmente essa realidade. As inquietações de diferentes categorias sociais, de diferentes partes do mundo, estão rompendo com essas estruturas rígidas, apesar de os americanos agirem de acordo com o esquema ultranacional. O Pentágono pensou que a guerra ia durar uma semana, que tudo ia dar certo. Na verdade, as pessoas no Iraque, no mundo árabe, e as pessoas na sociedade americana, na sociedade inglesa, nas várias sociedades, estão protestando. O que nós temos é uma revolta da realidade social, do mundo social, contra modelos que são asfixiantes e inspirados numa visão sistêmica.

- Qual o papel da ciência e da tecnologia nesse universo?

- A ciência e a técnica estão, por enquanto, sendo administradas e monopolizadas pelas estruturas de poder, pertencentes às elites e às classes dominantes em escala nacional e mundial. Você sabe que a reforma do sistema de ensino do primeiro, segundo e terceiro graus que está sendo feita no mundo é uma reforma preconizada e imposta pelo Banco Mundial, que é uma organização sistêmica? A realidade é a seguinte: a ciência e a técnica que, em abstrato, por hipótese, são inocentes, têm sido usadas em escala crescente, como técnicas de poder.

- No caso da guerra, isso fica patente. Como o sr. vê o uso indiscriminado de equipamentos militares de última geração sob o pretexto de se poupar vidas de civis?

- A guerra que estão fazendo contra o Iraque é uma guerra na qual se mobilizam os conhecimentos científicos e tecnológicos os mais sofisticados para esmagar e destruir uma nação. Destruir aparentemente um governo, mas na verdade dilapidar os recursos naturais e materiais, destruir e provocar uma mortandade em grande escala naquele país. A solução é humanizar o uso da ciência e da técnica. Acontece que a sociedade burguesa faz parte de uma estrutura poderosa de poder das classes dominantes.

- Qual seria a saída?

- A única solução possível é a socialização dos meios de produção, é a transformação radical das estruturas da sociedade, para que, então, a ciência, a técnica, a cultura e as artes estejam à disposição da maioria da população e que os usos que se possam fazer desses recursos científicos e tecnológicos, artísticos etc, sejam os mais democráticos possíveis. Sem transformar a sociedade, não há ciência e técnica a serviço do humanismo.

- Como democratizar o acesso à tecnologia?

- Em alguns setores é claro que há uma certa difusão, mas você nota que no mundo contemporâneo o desemprego é avassalador, as doenças são sérias, a fome grassa. E, no entanto, o mundo hoje é muito rico, mas a distribuição dessa riqueza é muito desigual. Então, no limite, de fato na sociedade burguesa e democrática é possível alcançar alguns objetivos limitados de democratização da ciência. Mas a real e plena democratização da ciência e da técnica só será possível numa sociedade socialista. Imagine os EUA sendo uma sociedade socialista, bastante desenvolvida, com recursos científicos e técnicos que poderiam colocar tudo isso a serviço da população. É claro que isso resultaria numa democratização ampla não só dos recursos científicos e tecnológicos, mas numa real democratização política e social.

- O senhor acredita na reversão de modelos secularmente arraigados?

- É isso que vai acontecer futuramente. Seria ilusório imaginarmos que o mundo vai ser sempre capitalista, injusto é bárbaro. Eu acho que é perfeitamente factível que, na sucessão dos acontecimentos, das tensões, das lutas sociais, nós vamos ter um processo de socialização. Pode ser uma socialização lenta, pacífica, paulatina, atingindo diferentes setores. Dependendo do país e do continente, pode ser uma socialização resultante de conflitos mais drásticos. Mas não há nenhum argumento sustentável que consiga defender a tese de que o capitalismo é o único e definitivo modo de produção que se instalou no mundo. O feudalismo decaiu, o escravismo decaiu e o capitalismo está vivendo uma crise muito séria. Na minha utopia, se houver - como provavelmente haverá - um processo de socialização culminará na democratização social e política. Por que não imaginar que isso é possível? Trata-se de sonho de toda a história do mundo moderno. Desde o Renascimento isso é um grande sonho.

- O senhor consegue enxergar, nesse cenário, sinais de que as coisas estejam tomando outro rumo?

- Pode ser que isso se transforme em realidade. Uma condição importante para que isso aconteça é o declínio da supremacia norte-americana. Ele já começou e virá acompanhado de muitas convulsões em escala mundial. E essas convulsões, que serão penosas, danosas, vão fertilizar o mundo para novas perspectivas.

- Como, a seu ver, a Universidade tem se comportado nesse cenário convulsionado?

- O uso crescente da tecnologia e sua respectiva industrialização produzem uma adoção crescente da razão técnica-instrumental no âmbito da Universidade, o que em si não é nem ruim nem bom. É uma realidade, tudo bem. Só que está havendo um predomínio exclusivo do pensamento tecnocrático. Estão reduzindo, senão marginalizando, continuamente, o pensamento crítico. O pensamento instrumental está invadindo crescentemente a Universidade. O argumento é bonito: nós temos que fazer pesquisa para resolver problemas sociais. Eu pergunto: problemas sociais de quem? Na verdade, muitas das conquistas técnicas que a Universidade tem produzido são usadas pela empresa privada. E o desemprego é crescente. Na verdade, o uso das conquistas científicas e tecnológicas para a maioria da população ainda está muito restrito. E o problema, grave, é que a Universidade está sendo invadida por interesses tecnocráticos não só alheios a ela. Setores internos acreditam que fazer pesquisas de acordo com certos projetos de corporações é um trabalho válido para a sociedade.

- O senhor acha essa visão equivocada?

- Depende. Se o resultado vai ser distribuído para toda a sociedade é muito bom. Mas, se os resultados vão servir para certas corporações aperfeiçoarem as inovações, não entendo, porque quem se beneficia dos lucros e das vantagens que se obtêm são essas empresas e corporações. Então, está havendo esse fenônemo que eu chamo de uma reversão. A Universidade nasce comprometida com a ciência, que é uma forma de praticar o pensamento crítico, mas o pensamento tecnológico está aumentando sua presença no meio universitário e isto é muito evidente. Há setores, inclusive - e falo das ciências sociais - , em que o exercício do pensamento crítico é malvisto. É provável que haja algo semelhante nas ciências físico-naturais, mas é um péssimo sinal que o exercício do pensamento crítico, independente, como uma forma de levantar novas hipóteses, novas perpectivas, esteja sendo considerado como irreverente ou como desnecessário.
(Jornal da Unicamp, 7/4)


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Água - palestra
FROM: "Silvio Cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 08/04/2003 22:22

Repasso, recebido de :Maria Geny Brino Mattus <geny@prt15.gov.br>


Subject: Água - palestra


Pessoal, estou repassando a vcs oconvite sobre as possibilidades
(fisicamente demonstráveis, através de fotografias obtidas a partir da
análise microscópica de cristais de água congelada) da atuação energética
do amor e do perdão.
Esse pesquisador japonês demonstrou que a INTENÇÃO focada na depuração,
purificação, perdão, e orações dirigidas podem transmutar as moléculas
de água poluída em água novamente cristalina. (Creio que vcs já conheçam
o trabalho do palestrante citado abaixo. Há alguns meses, resultado de
seu trabalho com cristais de água foram amplamente divulgados na rede.)

Se puderem, compareçam! Será, no mínimo, superinteressante ouvir (e >
ver), in loco, as fotos obtidas pelo dr. Masaru, antes e depois de >
submeter amostras de água a práticas de imantação. (Olhaí, paulistanos,
se vcs forem até a Assembléia pra ver o Dr. Masaru, dêm uma
dica, depois, sobre o que foi comentado lá, OK?)

"O seminário do Dr.Masaru Emoto se realizará no dia 11 de abril de 2003
às 19:00hrs na Assembléia Legislativa de SP. Não é necessário se inscrever
e o seminário é gratuito, mas aconselho chegar cedo para pegar
lugar!(...)"




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Água - palestra
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/04/2003 02:10

Olá Pessoal

A ideia de que a cristalização da água pudesse informar algo sobre sua
composição e o posterior trabalho do Sr. Masaru começaram de uma premissa
interessante e possivelmente válida - a água cristaliza de forma diferente,
de acordo com sua pureza ou com as substancias nela dissolvidas - e desandou
em um livro pseudo-cientifico onde, depois de gritar com a água diferentes
palavras ou frases, esta se cristalizava em "belas formas" ou formas
degeneradas, de acordo com a intenção das mesmas.

Por exemplo, se disser "Adolf Hiltler" os cristais são pobres, feios e
degenerados, mas se disser "Amor e perdão" os cristais são maravilhosos,
sublimes, etc... Uma tolice atróz mas muito apreciada nestes tempos de
redescoberta do "misticismo e segredos ancestrais"..:-) É de se notar que,
não importa em que lingua você fala com a água nem a distancia em que está
dela (como no caso do Green Morton, que gritava RÁ a distancia..:-), a água
aparentemente compreende qualquer lingua a qualquer distancia. Se rezar
também produzirá cristais belos e até melhorará a qualidade da água (mesmo
que poluida). De acordo com o Sr. Masaru, estudando cristais ele pode
determinar até mesmo se a pessoa está doente, deprimida ou debilitada.

tocar Bethoven é melhor para a água que heavy metal (bem, o Sr. Masaru tem
suas preferencias musicais, acredito que se o estudo fosse de um jovem
apreciador do Sepultura o resultado seria um pouco diferente..:-) Imagens
colocadas em volta do copo com água também influencia a formação dos
cristais, sendo que a água prefere belas imagens e pintores
impressionistas..:-)

O livro é de 2001 e desde então, apesar de constantemente criticado pela
metodologia (e por ninguém mais conseguir reproduzir os resultados do Sr.
Masaru), as fotos, e as explicações de cada uma, correm o mundo em palestras
para os que acreditam..:-) Em 2001 ele foi nomeado (mas não ganhou, quem
ganhou foi um gerador de energia que produzia 10 vezes mais energia que
consumia, um tipo de moto-perpetuo melhorado..:-) para o Bent Spoon Award
(Premio Colher Torta) da Australian Skeptics, que é um premio dado a mais
ultrajante pesquisa pseudo-cientifica ou paranormal do ano. O nome do
premio, colher torta (curvada) é uma homenagem a mais inutil das habilidades
paranormais, entortar peças do faqueiro da casa..:-)

Como costuma acontecer, um efeito real, moléculas de água sofrem influencia
de poluentes ou elementos dissolvidos, na cristalização, é usado para
embasar maluquices da Nova Era. Uma pena... Manter a mente aberta é
importante, mas não tão aberta que entre qualquer bobagem por ela..;-)

Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: Silvio Cordeiro
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, April 08, 2003 10:22 PM
Subject: [ciencialist] Água - palestra


Repasso, recebido de :Maria Geny Brino Mattus <geny@prt15.gov.br>


Subject: Água - palestra


Pessoal, estou repassando a vcs oconvite sobre as possibilidades
(fisicamente demonstráveis, através de fotografias obtidas a partir da
análise microscópica de cristais de água congelada) da atuação energética
do amor e do perdão.
Esse pesquisador japonês demonstrou que a INTENÇÃO focada na depuração,
purificação, perdão, e orações dirigidas podem transmutar as moléculas
de água poluída em água novamente cristalina. (Creio que vcs já conheçam
o trabalho do palestrante citado abaixo. Há alguns meses, resultado de
seu trabalho com cristais de água foram amplamente divulgados na rede.)

Se puderem, compareçam! Será, no mínimo, superinteressante ouvir (e >
ver), in loco, as fotos obtidas pelo dr. Masaru, antes e depois de >
submeter amostras de água a práticas de imantação. (Olhaí, paulistanos,
se vcs forem até a Assembléia pra ver o Dr. Masaru, dêm uma
dica, depois, sobre o que foi comentado lá, OK?)

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SUBJECT: Re: Água - palestra
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2003 09:15

Homero,


Só uma coisinha: música clássica prima pelas harmômicas e Heavy
Metal, é "paulera". Experimenta ficar ouvindo as músicas com os
ouvidos fechados, com as caixas de som sobre uma mesa e perceba o que
acontece colocando as mãos sobre a mesa... você vai sentir o som
como uma gota d'água sente e vai perceber que enquanto um tipo de
música segue uma cadência construtiva, outra é detonação
pura... "vibração" é isso.

Também com os nomes, a coisa é fácil: fale um nome com ódio e fale
outro que desperta amor em você, colocando um anteparo na frente, uma
folha de papel serve: em qualquer língua, você irá notar que seus
pulmões esvaziam-se mais rápido à simples menção de uma palavra com
ódio, enquanto que com amor, o ar que sai de dentro de você parecendo
com uma brisa suave... mais uma vez, "vibração" é isso, só que
nesse caso, depende do movimento do ar próximo à sua boca associado
ao som das palavras. E se levar em consideração apenas a vibração
que o som das palavras pronunciadas com amor e ódio respectivamente
produzem, vai notar que enquanto uma entonação aprensenta
uma "cadência construtiva" a outra é "detonação pura"... e o mesmo
princípio aplicado à música acontece e uma gota d'água irá "perceber"
tais entonações, mesmo dentro de um freezer... Assim, esse fenômeno
da cristalização é interessante... o som "carrega" muito mais do que
se imagina. Basta percebê-lo de outras formas que não apenas
audíveis.

Quanto ao sentimento de ódio e amor, são notáveis muito mais pelo seu
efeito que propriamente pelo que se pronuncie. Coloque um cachorro
perto de alguém que esteja feliz e não tenha medo dele e coloque o
mesmo cão perto de alguém com ódio e que dirija tal ódio ao cão. O
cachorro não entende a língua de ninguém... mas com certeza
entenderá a forma como é observado. Crianças estão aptas para tal
teste também. Pergunte depois de qual "tio" elas gostam mais: de um
que emite uma sensação de repulsa ou de outro que as olha com
carinho... Tape os olhos deles, cães e crianças e note a forma como
se comportam com quem os repudie ou abrace... a "vibração" estará
por conta do que eles "realizem" diante de ambos os sentimentos:
enquanto risos e latidos felizes aprensentam uma "cadência
construtiva", choro ou ganidos de medo ou raiva são "detonação
pura"... e vai por aí. Fácil assim.

Textos de amor e de ódio também valem: enquanto um texto evocando
amor faz a gente ficar "leve", calmo e em paz, o de ódio é
inquietante. Movimentos imperceptíveis em nós mesmos são notáveis,
desde a "cadência" das ondas cerebrais caso medidas por um
eletroencefalógrafo, até reações involuntárias...

E o que a cristalização da água tem a ver com isso? Bem: coloque
duas velas para queimar: uma em um local sem corrente de vento
alguma e outra em um corredor de ar. A que estiver no ambiente
isolado irá queimar "simetricamente" e consumir toda a parafina...
já a outra... :)) Percebe?

Beijos, Lígia

**************************************





--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
escreveu
> Olá Pessoal
>
> A ideia de que a cristalização da água pudesse informar algo sobre
sua
> composição e o posterior trabalho do Sr. Masaru começaram de uma
premissa
> interessante e possivelmente válida - a água cristaliza de forma
diferente,
> de acordo com sua pureza ou com as substancias nela dissolvidas - e
desandou
> em um livro pseudo-cientifico onde, depois de gritar com a água
diferentes
> palavras ou frases, esta se cristalizava em "belas formas" ou formas
> degeneradas, de acordo com a intenção das mesmas.
>
> Por exemplo, se disser "Adolf Hiltler" os cristais são pobres,
feios e
> degenerados, mas se disser "Amor e perdão" os cristais são
maravilhosos,
> sublimes, etc... Uma tolice atróz mas muito apreciada nestes tempos
de
> redescoberta do "misticismo e segredos ancestrais"..:-) É de se
notar que,
> não importa em que lingua você fala com a água nem a distancia em
que está
> dela (como no caso do Green Morton, que gritava RÁ a distancia..:-
), a água
> aparentemente compreende qualquer lingua a qualquer distancia. Se
rezar
> também produzirá cristais belos e até melhorará a qualidade da água
(mesmo
> que poluida). De acordo com o Sr. Masaru, estudando cristais ele
pode
> determinar até mesmo se a pessoa está doente, deprimida ou
debilitada.
>
> tocar Bethoven é melhor para a água que heavy metal (bem, o Sr.
Masaru tem
> suas preferencias musicais, acredito que se o estudo fosse de um
jovem
> apreciador do Sepultura o resultado seria um pouco diferente..:-)
Imagens
> colocadas em volta do copo com água também influencia a formação dos
> cristais, sendo que a água prefere belas imagens e pintores
> impressionistas..:-)
>
> O livro é de 2001 e desde então, apesar de constantemente criticado
pela
> metodologia (e por ninguém mais conseguir reproduzir os resultados
do Sr.
> Masaru), as fotos, e as explicações de cada uma, correm o mundo em
palestras
> para os que acreditam..:-) Em 2001 ele foi nomeado (mas não ganhou,
quem
> ganhou foi um gerador de energia que produzia 10 vezes mais energia
que
> consumia, um tipo de moto-perpetuo melhorado..:-) para o Bent Spoon
Award
> (Premio Colher Torta) da Australian Skeptics, que é um premio dado
a mais
> ultrajante pesquisa pseudo-cientifica ou paranormal do ano. O nome
do
> premio, colher torta (curvada) é uma homenagem a mais inutil das
habilidades
> paranormais, entortar peças do faqueiro da casa..:-)
>
> Como costuma acontecer, um efeito real, moléculas de água sofrem
influencia
> de poluentes ou elementos dissolvidos, na cristalização, é usado
para
> embasar maluquices da Nova Era. Uma pena... Manter a mente aberta é
> importante, mas não tão aberta que entre qualquer bobagem por
ela..;-)
>
> Um abraço.
>
> Homero
>
>
> ----- Original Message -----
> From: Silvio Cordeiro
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, April 08, 2003 10:22 PM
> Subject: [ciencialist] Água - palestra
>
>
> Repasso, recebido de :Maria Geny Brino Mattus <geny@p...>
>
>
> Subject: Água - palestra
>
>
> Pessoal, estou repassando a vcs oconvite sobre as possibilidades
> (fisicamente demonstráveis, através de fotografias obtidas a partir
da
> análise microscópica de cristais de água congelada) da atuação
energética
> do amor e do perdão.
> Esse pesquisador japonês demonstrou que a INTENÇÃO focada na
depuração,
> purificação, perdão, e orações dirigidas podem transmutar as
moléculas
> de água poluída em água novamente cristalina. (Creio que vcs já
conheçam
> o trabalho do palestrante citado abaixo. Há alguns meses, resultado
de
> seu trabalho com cristais de água foram amplamente divulgados na
rede.)
>
> Se puderem, compareçam! Será, no mínimo, superinteressante ouvir (e
>
> ver), in loco, as fotos obtidas pelo dr. Masaru, antes e depois de >
> submeter amostras de água a práticas de imantação. (Olhaí,
paulistanos,
> se vcs forem até a Assembléia pra ver o Dr. Masaru, dêm uma
> dica, depois, sobre o que foi comentado lá, OK?)
>
> "O seminário do Dr.Masaru Emoto se realizará no dia 11 de abril de
2003
> às 19:00hrs na Assembléia Legislativa de SP. Não é necessário se
inscrever
> e o seminário é gratuito, mas aconselho chegar cedo para pegar
> lugar!(...)"
>
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> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Água - palestra
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/04/2003 09:46


Oráculo comenta:
|
| tocar Bethoven é melhor para a água que heavy metal (bem, o Sr. Masaru tem
| suas preferencias musicais, acredito que se o estudo fosse de um jovem
| apreciador do Sepultura o resultado seria um pouco diferente..:-)

Entre um ser pensante que diz que Bethoven é melhor que heavy metal e um jovem incurável (não classificado como 'ser pensante', observem isso) apreciador do Sepultura (seja lá isso o que for, mas relacionado com heavymetal) deixo patente que o Sr. Prof. Dr. Exmo. Masaru não pode ser de todo mal. Pode não entender nada de água ... mas, os apreciadores do Sepultura, com certeza, entendem menos ainda!

Aproveitando o gancho de tema tão importante para a ciência (cristalização da água frente à modulação do som), tenho observado em livros textos de física, nível médio, a citação "prisma de porro", ou, até mais comumente 'prisma porro' (usado, por exemplo, em certos tipos de binóculos). 'porro', com minúscula, refere-se a "alho-porro" e "Porro", com maiúscula, refere-se a nome de gente como, por exemplo, prisma de Porro.
Alguém tem alguma bibliografia do Sr. Porro?

Sobre o modo de cristalização da água, frente a certas palavras pronunciadas, apreciaria saber como a água faz para distinguir entre as várias conotações de uma mesma palavra. Além disso, pela pronúncia, a água distingue a grafia? Se eu gritar, por exemplo, 'esperto' ou 'experto' (mesma pronúncia) ela diferenciará entre "acordado" e "especialista"?

[]'
Léo


SUBJECT: Re: Água - palestra
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2003 11:04

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
> Alguém tem alguma bibliografia do Sr. Porro?

Paolo Ignazio Pietro Porro (25/11/1801-8/10/1875), físico italiano
inventor do prisma q. leva seu nome (lá pelo ano de 1853) e o
primeiro a utilizar esse prisma em um binóculo: patenteou o sistema
em 1854. Foi tbm engenheiro e geólogo geodésico.

http://www.carlzeiss.com/C12567A100537AB9/InhaltWWWIntern/209B97EFA797
4715C12569CF00486F72

> Além disso, pela pronúncia, a água distingue a grafia? Se eu
> gritar, por exemplo, 'esperto' ou 'experto' (mesma pronúncia) ela
> diferenciará entre "acordado" e "especialista"?

Creio q. se ensinar a agua, ela sabera'. Os homeopatas dizem q. ela
tem boa memória.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Água - palestra
FROM: "josecolucci <j.colucci@rcn.com>" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2003 11:08

>Silvio Cordeiro: Repasso,...Esse pesquisador japonês demonstrou que
a INTENÇÃO focada na depuração, purificação, perdão, e orações
dirigidas podem transmutar as moléculas de água poluída em água
novamente cristalina.<

Pesquisas como essa deveriam fazer a delícia dos céticos. Basta levar
ao cidadão um copo com água do esgoto em céu aberto do Jardim Ângela
e pedir que ele a purifique pela oração e beba. Isso no começo da
palestra. O desafio consiste em aguentar até o fim da mesma sem
borrar a cueca.

Colucci




SUBJECT: Re: Água - palestra
FROM: "josecolucci <j.colucci@rcn.com>" <j.colucci@rcn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2003 11:15

>TAKATA: Creio q. se ensinar a agua, ela sabera'. Os homeopatas dizem
q. ela tem boa memória.<

Takata,

A água tem memória seletiva. Lembra-se muito bem daquela molécula de
enxofre que nadava nela 18 diluições atrás, mas tem dificuldade de
lembrar-se de todas as bexigas por que passou desde as primeiras eras
geológicas até agora, já que a água não é criada constantemente.

Sem contar o bafo dos preparadores.

Colucci





SUBJECT: Re: Água - palestra
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2003 11:49

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "josecolucci <j.colucci@r...>"
<j.colucci@r...> escreveu
> >Silvio Cordeiro: Repasso,...Esse pesquisador japonês demonstrou
que
> a INTENÇÃO focada na depuração, purificação, perdão, e orações
> dirigidas podem transmutar as moléculas de água poluída em água
> novamente cristalina.<
>
> Pesquisas como essa deveriam fazer a delícia dos céticos. Basta
levar
> ao cidadão um copo com água do esgoto em céu aberto do Jardim
Ângela
> e pedir que ele a purifique pela oração e beba. Isso no começo da
> palestra. O desafio consiste em aguentar até o fim da mesma sem
> borrar a cueca.
>
> Colucci

Ah Colucci,

Bem, antes que minhas habilidades "espiritualísticas" entrem na
jogada, só um adendo: as alegadas habilidades depurativas baseiam-se
na decantação... ou no efeito da mesma depois de algum tempo em que
as partículas em suspensão sedimentam-se no fundo do copo. Se
uma "vibração" entrar na jogada e for "fina" o suficiente, faz com
que as moléculas de água vibrem de tal forma que faça com que
se "desprendam" da mesma todos os sedimentos e protozoários em
suspensão... pelo menos em teoria a coisa funciona... :))

As benzeduras com copo d'água baseiam-se no mesmo princípio... ;)

Beijos, Lígia



SUBJECT: RE: Água - palestra
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <Alexandre.Medeiros@Consultmail.net>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/04/2003 13:40

> From: Colucci
>
> Pesquisas como essa deveriam fazer a delícia dos céticos. Basta levar
> ao cidadão um copo com água do esgoto em céu aberto do Jardim Ângela
> e pedir que ele a purifique pela oração e beba. Isso no começo da
> palestra. O desafio consiste em aguentar até o fim da mesma sem
> borrar a cueca.

Ou um copo d'água que passou pelo sistema de refrigeração de um reator
nuclear? Esta sim, a verdadeira água energizada! :-))

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Água - palestra
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/04/2003 14:22

Olá Ligia..:-)


Claro que percebo..:-) E comecei a mensagem assim mesmo, concordando que a premissa era (é) interessante. Mas o Sr. Masaru não pensa assim. Suas conclusões são mistico/misteriosas, não tem a ver com a fisica de particulas ou ondas (como sua mensagem coloca muito bem por sinal). A oração em silencio e a distância também afetaria a formação dos cristais. E a interpretação de cada cristal é totalmente subjetiva.

Sua colocação é perfeita e pertinente, mas totalmente pertencente ao mundo fisico (eu diria "real"..:-). A do Sr. Masaru não. Claro que cães podem perceber diversos estados e com certeza, xingar seu próprio cão de forma amigável vai fazer com que ele abane o rabo e brinque feliz. O sentido é mais importante que a palavra ou a lingua em que é pronunciada. Mas, se afastar o cão, digamos, 200 quilometros e tentar a mesma experiencia, segundo o principio do Sr. Masaru, deve funcionar assim mesmo.

E isso, como toda afirmação extraordinária, precisa de evidencias extraordinárias, que o Sr. Masaru não produziu (devemos confiar na palavra dele e em suas avaliações subjetivas dos cristais?).


Um abraço cristalino..:-)

Homero
----- Original Message -----
From: Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, April 09, 2003 9:15 AM
Subject: [ciencialist] Re: Água - palestra


Homero,


Só uma coisinha: música clássica prima pelas harmômicas e Heavy
Metal, é "paulera". Experimenta ficar ouvindo as músicas com os
ouvidos fechados, com as caixas de som sobre uma mesa e perceba o que
acontece colocando as mãos sobre a mesa... você vai sentir o som
como uma gota d'água sente e vai perceber que enquanto um tipo de
música segue uma cadência construtiva, outra é detonação
pura... "vibração" é isso.

Também com os nomes, a coisa é fácil: fale um nome com ódio e fale
outro que desperta amor em você, colocando um anteparo na frente, uma
folha de papel serve: em qualquer língua, você irá notar que seus
pulmões esvaziam-se mais rápido à simples menção de uma palavra com
ódio, enquanto que com amor, o ar que sai de dentro de você parecendo
com uma brisa suave... mais uma vez, "vibração" é isso, só que
nesse caso, depende do movimento do ar próximo à sua boca associado
ao som das palavras. E se levar em consideração apenas a vibração
que o som das palavras pronunciadas com amor e ódio respectivamente
produzem, vai notar que enquanto uma entonação aprensenta
uma "cadência construtiva" a outra é "detonação pura"... e o mesmo
princípio aplicado à música acontece e uma gota d'água irá "perceber"
tais entonações, mesmo dentro de um freezer... Assim, esse fenômeno
da cristalização é interessante... o som "carrega" muito mais do que
se imagina. Basta percebê-lo de outras formas que não apenas
audíveis.

Quanto ao sentimento de ódio e amor, são notáveis muito mais pelo seu
efeito que propriamente pelo que se pronuncie. Coloque um cachorro
perto de alguém que esteja feliz e não tenha medo dele e coloque o
mesmo cão perto de alguém com ódio e que dirija tal ódio ao cão. O
cachorro não entende a língua de ninguém... mas com certeza
entenderá a forma como é observado. Crianças estão aptas para tal
teste também. Pergunte depois de qual "tio" elas gostam mais: de um
que emite uma sensação de repulsa ou de outro que as olha com
carinho... Tape os olhos deles, cães e crianças e note a forma como
se comportam com quem os repudie ou abrace... a "vibração" estará
por conta do que eles "realizem" diante de ambos os sentimentos:
enquanto risos e latidos felizes aprensentam uma "cadência
construtiva", choro ou ganidos de medo ou raiva são "detonação
pura"... e vai por aí. Fácil assim.

Textos de amor e de ódio também valem: enquanto um texto evocando
amor faz a gente ficar "leve", calmo e em paz, o de ódio é
inquietante. Movimentos imperceptíveis em nós mesmos são notáveis,
desde a "cadência" das ondas cerebrais caso medidas por um
eletroencefalógrafo, até reações involuntárias...

E o que a cristalização da água tem a ver com isso? Bem: coloque
duas velas para queimar: uma em um local sem corrente de vento
alguma e outra em um corredor de ar. A que estiver no ambiente
isolado irá queimar "simetricamente" e consumir toda a parafina...
já a outra... :)) Percebe?

Beijos, Lígia

**************************************





--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
escreveu
> Olá Pessoal
>
> A ideia de que a cristalização da água pudesse informar algo sobre
sua
> composição e o posterior trabalho do Sr. Masaru começaram de uma
premissa
> interessante e possivelmente válida - a água cristaliza de forma
diferente,
> de acordo com sua pureza ou com as substancias nela dissolvidas - e
desandou
> em um livro pseudo-cientifico onde, depois de gritar com a água
diferentes
> palavras ou frases, esta se cristalizava em "belas formas" ou formas
> degeneradas, de acordo com a intenção das mesmas.
>
> Por exemplo, se disser "Adolf Hiltler" os cristais são pobres,
feios e
> degenerados, mas se disser "Amor e perdão" os cristais são
maravilhosos,
> sublimes, etc... Uma tolice atróz mas muito apreciada nestes tempos
de
> redescoberta do "misticismo e segredos ancestrais"..:-) É de se
notar que,
> não importa em que lingua você fala com a água nem a distancia em
que está
> dela (como no caso do Green Morton, que gritava RÁ a distancia..:-
), a água
> aparentemente compreende qualquer lingua a qualquer distancia. Se
rezar
> também produzirá cristais belos e até melhorará a qualidade da água
(mesmo
> que poluida). De acordo com o Sr. Masaru, estudando cristais ele
pode
> determinar até mesmo se a pessoa está doente, deprimida ou
debilitada.
>
> tocar Bethoven é melhor para a água que heavy metal (bem, o Sr.
Masaru tem
> suas preferencias musicais, acredito que se o estudo fosse de um
jovem
> apreciador do Sepultura o resultado seria um pouco diferente..:-)
Imagens
> colocadas em volta do copo com água também influencia a formação dos
> cristais, sendo que a água prefere belas imagens e pintores
> impressionistas..:-)
>
> O livro é de 2001 e desde então, apesar de constantemente criticado
pela
> metodologia (e por ninguém mais conseguir reproduzir os resultados
do Sr.
> Masaru), as fotos, e as explicações de cada uma, correm o mundo em
palestras
> para os que acreditam..:-) Em 2001 ele foi nomeado (mas não ganhou,
quem
> ganhou foi um gerador de energia que produzia 10 vezes mais energia
que
> consumia, um tipo de moto-perpetuo melhorado..:-) para o Bent Spoon
Award
> (Premio Colher Torta) da Australian Skeptics, que é um premio dado
a mais
> ultrajante pesquisa pseudo-cientifica ou paranormal do ano. O nome
do
> premio, colher torta (curvada) é uma homenagem a mais inutil das
habilidades
> paranormais, entortar peças do faqueiro da casa..:-)
>
> Como costuma acontecer, um efeito real, moléculas de água sofrem
influencia
> de poluentes ou elementos dissolvidos, na cristalização, é usado
para
> embasar maluquices da Nova Era. Uma pena... Manter a mente aberta é
> importante, mas não tão aberta que entre qualquer bobagem por
ela..;-)
>
> Um abraço.
>
> Homero
>
>
> ----- Original Message -----
> From: Silvio Cordeiro
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, April 08, 2003 10:22 PM
> Subject: [ciencialist] Água - palestra
>
>
> Repasso, recebido de :Maria Geny Brino Mattus <geny@p...>
>
>
> Subject: Água - palestra
>
>
> Pessoal, estou repassando a vcs oconvite sobre as possibilidades
> (fisicamente demonstráveis, através de fotografias obtidas a partir
da
> análise microscópica de cristais de água congelada) da atuação
energética
> do amor e do perdão.
> Esse pesquisador japonês demonstrou que a INTENÇÃO focada na
depuração,
> purificação, perdão, e orações dirigidas podem transmutar as
moléculas
> de água poluída em água novamente cristalina. (Creio que vcs já
conheçam
> o trabalho do palestrante citado abaixo. Há alguns meses, resultado
de
> seu trabalho com cristais de água foram amplamente divulgados na
rede.)
>
> Se puderem, compareçam! Será, no mínimo, superinteressante ouvir (e
>
> ver), in loco, as fotos obtidas pelo dr. Masaru, antes e depois de >
> submeter amostras de água a práticas de imantação. (Olhaí,
paulistanos,
> se vcs forem até a Assembléia pra ver o Dr. Masaru, dêm uma
> dica, depois, sobre o que foi comentado lá, OK?)
>
> "O seminário do Dr.Masaru Emoto se realizará no dia 11 de abril de
2003
> às 19:00hrs na Assembléia Legislativa de SP. Não é necessário se
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Água - palestra
FROM: "Eric Cavalcanti" <eric@fis.puc-rio.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/04/2003 14:27

Lígia,

A sua explicação aparentemente faria algum sentido, mas se olharmos com
cuidado não explica o efeito que o sr. Masaru diz ver. Ele não alega que as
modulações do som modificam a estrutura cristalina da água, ele afirma que a
INTENÇÃO do indivíduo é que o faz. E se eu falar "Adolf Hitler" suavemente,
a água se cristaliza de forma bonita? E a oração, como entra nessa
explicação?

O exemplo dos cachorros e crianças nada tem a ver com a água, são seres
dotados de percepção e sentimento, claro que vão ter o comportamento afetado
pelo ambiente. Como a água percebe os sentimentos?

Essa explicação não só não tem nenhum fundamento como não explica o que o
sr. Masaru alega.

Um abraço,
Eric.


----- Original Message -----
From: <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, April 09, 2003 9:15 AM
Subject: [ciencialist] Re: Água - palestra


Homero,


Só uma coisinha: música clássica prima pelas harmômicas e Heavy
Metal, é "paulera". Experimenta ficar ouvindo as músicas com os
ouvidos fechados, com as caixas de som sobre uma mesa e perceba o que
acontece colocando as mãos sobre a mesa... você vai sentir o som
como uma gota d'água sente e vai perceber que enquanto um tipo de
música segue uma cadência construtiva, outra é detonação
pura... "vibração" é isso.

Também com os nomes, a coisa é fácil: fale um nome com ódio e fale
outro que desperta amor em você, colocando um anteparo na frente, uma
folha de papel serve: em qualquer língua, você irá notar que seus
pulmões esvaziam-se mais rápido à simples menção de uma palavra com
ódio, enquanto que com amor, o ar que sai de dentro de você parecendo
com uma brisa suave... mais uma vez, "vibração" é isso, só que
nesse caso, depende do movimento do ar próximo à sua boca associado
ao som das palavras. E se levar em consideração apenas a vibração
que o som das palavras pronunciadas com amor e ódio respectivamente
produzem, vai notar que enquanto uma entonação aprensenta
uma "cadência construtiva" a outra é "detonação pura"... e o mesmo
princípio aplicado à música acontece e uma gota d'água irá "perceber"
tais entonações, mesmo dentro de um freezer... Assim, esse fenômeno
da cristalização é interessante... o som "carrega" muito mais do que
se imagina. Basta percebê-lo de outras formas que não apenas
audíveis.

Quanto ao sentimento de ódio e amor, são notáveis muito mais pelo seu
efeito que propriamente pelo que se pronuncie. Coloque um cachorro
perto de alguém que esteja feliz e não tenha medo dele e coloque o
mesmo cão perto de alguém com ódio e que dirija tal ódio ao cão. O
cachorro não entende a língua de ninguém... mas com certeza
entenderá a forma como é observado. Crianças estão aptas para tal
teste também. Pergunte depois de qual "tio" elas gostam mais: de um
que emite uma sensação de repulsa ou de outro que as olha com
carinho... Tape os olhos deles, cães e crianças e note a forma como
se comportam com quem os repudie ou abrace... a "vibração" estará
por conta do que eles "realizem" diante de ambos os sentimentos:
enquanto risos e latidos felizes aprensentam uma "cadência
construtiva", choro ou ganidos de medo ou raiva são "detonação
pura"... e vai por aí. Fácil assim.

Textos de amor e de ódio também valem: enquanto um texto evocando
amor faz a gente ficar "leve", calmo e em paz, o de ódio é
inquietante. Movimentos imperceptíveis em nós mesmos são notáveis,
desde a "cadência" das ondas cerebrais caso medidas por um
eletroencefalógrafo, até reações involuntárias...

E o que a cristalização da água tem a ver com isso? Bem: coloque
duas velas para queimar: uma em um local sem corrente de vento
alguma e outra em um corredor de ar. A que estiver no ambiente
isolado irá queimar "simetricamente" e consumir toda a parafina...
já a outra... :)) Percebe?

Beijos, Lígia

**************************************





--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
escreveu
> Olá Pessoal
>
> A ideia de que a cristalização da água pudesse informar algo sobre
sua
> composição e o posterior trabalho do Sr. Masaru começaram de uma
premissa
> interessante e possivelmente válida - a água cristaliza de forma
diferente,
> de acordo com sua pureza ou com as substancias nela dissolvidas - e
desandou
> em um livro pseudo-cientifico onde, depois de gritar com a água
diferentes
> palavras ou frases, esta se cristalizava em "belas formas" ou formas
> degeneradas, de acordo com a intenção das mesmas.
>
> Por exemplo, se disser "Adolf Hiltler" os cristais são pobres,
feios e
> degenerados, mas se disser "Amor e perdão" os cristais são
maravilhosos,
> sublimes, etc... Uma tolice atróz mas muito apreciada nestes tempos
de
> redescoberta do "misticismo e segredos ancestrais"..:-) É de se
notar que,
> não importa em que lingua você fala com a água nem a distancia em
que está
> dela (como no caso do Green Morton, que gritava RÁ a distancia..:-
), a água
> aparentemente compreende qualquer lingua a qualquer distancia. Se
rezar
> também produzirá cristais belos e até melhorará a qualidade da água
(mesmo
> que poluida). De acordo com o Sr. Masaru, estudando cristais ele
pode
> determinar até mesmo se a pessoa está doente, deprimida ou
debilitada.
>
> tocar Bethoven é melhor para a água que heavy metal (bem, o Sr.
Masaru tem
> suas preferencias musicais, acredito que se o estudo fosse de um
jovem
> apreciador do Sepultura o resultado seria um pouco diferente..:-)
Imagens
> colocadas em volta do copo com água também influencia a formação dos
> cristais, sendo que a água prefere belas imagens e pintores
> impressionistas..:-)
>
> O livro é de 2001 e desde então, apesar de constantemente criticado
pela
> metodologia (e por ninguém mais conseguir reproduzir os resultados
do Sr.
> Masaru), as fotos, e as explicações de cada uma, correm o mundo em
palestras
> para os que acreditam..:-) Em 2001 ele foi nomeado (mas não ganhou,
quem
> ganhou foi um gerador de energia que produzia 10 vezes mais energia
que
> consumia, um tipo de moto-perpetuo melhorado..:-) para o Bent Spoon
Award
> (Premio Colher Torta) da Australian Skeptics, que é um premio dado
a mais
> ultrajante pesquisa pseudo-cientifica ou paranormal do ano. O nome
do
> premio, colher torta (curvada) é uma homenagem a mais inutil das
habilidades
> paranormais, entortar peças do faqueiro da casa..:-)
>
> Como costuma acontecer, um efeito real, moléculas de água sofrem
influencia
> de poluentes ou elementos dissolvidos, na cristalização, é usado
para
> embasar maluquices da Nova Era. Uma pena... Manter a mente aberta é
> importante, mas não tão aberta que entre qualquer bobagem por
ela..;-)
>
> Um abraço.
>
> Homero
>
>
> ----- Original Message -----
> From: Silvio Cordeiro
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, April 08, 2003 10:22 PM
> Subject: [ciencialist] Água - palestra
>
>
> Repasso, recebido de :Maria Geny Brino Mattus <geny@p...>
>
>
> Subject: Água - palestra
>
>
> Pessoal, estou repassando a vcs oconvite sobre as possibilidades
> (fisicamente demonstráveis, através de fotografias obtidas a partir
da
> análise microscópica de cristais de água congelada) da atuação
energética
> do amor e do perdão.
> Esse pesquisador japonês demonstrou que a INTENÇÃO focada na
depuração,
> purificação, perdão, e orações dirigidas podem transmutar as
moléculas
> de água poluída em água novamente cristalina. (Creio que vcs já
conheçam
> o trabalho do palestrante citado abaixo. Há alguns meses, resultado
de
> seu trabalho com cristais de água foram amplamente divulgados na
rede.)
>
> Se puderem, compareçam! Será, no mínimo, superinteressante ouvir (e
>
> ver), in loco, as fotos obtidas pelo dr. Masaru, antes e depois de >
> submeter amostras de água a práticas de imantação. (Olhaí,
paulistanos,
> se vcs forem até a Assembléia pra ver o Dr. Masaru, dêm uma
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> às 19:00hrs na Assembléia Legislativa de SP. Não é necessário se
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SUBJECT: Re: Água - palestra
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2003 15:07

Homero e Eric, ois...

Eu sei disso, que as minhas explicações não têm nada a ver com o que
o Masaru diz. Mas é uma forma de conceber alguma explicação a nível
físico para o que ele alega.

A idéia dele é a seguinte: vivemos num universo "moldável" feito de
energias "moldáveis" pelas intenções. E ele alega ter achado uma
prova física para esta idéia na cristalização da água mediante certa
exposição ao som de palavras, músicas, ruídos (heavy metal) e até
mesmo textos. Bem... como a água é um meio físico que propaga sons,
talvez o fenômeno não passe mesmo apenas de algo que acontece a nível
físico.

Existem duas posturas que um pesquisador pode assumir: a da total
descrença no fenômeno, sendo este portanto descartável e a da
tentativa de encontrar alguma resposta. Se o que Masaru alega
realmente acontece, alguma coisa está acontecendo, certo? E se está
acontecendo melhor tentar entender o que é...

Quanto aos cães e crianças: não falei do que eles observam apenas
mas dos efeitos de tais observações... Os sons e movimentos sob a
influência direta de "amor" ou "ódio" produzidos como "cadências
construtivas" ou "detonadoras" e tais cadências podendo interferir na
cristalização da água, da mesma forma que a música e o ruído... É
isso.

No meu entender tudo não passa de simples observação de água sendo
cristalizada sob diferentes "atmosferas" alteradas pela vibração
decorrente da exposição a sons e a forma como estes se propagam em
diferentes meios... nada de sobrenatural. O caso da água poluída,
por exemplo: enquanto há sedimentos misturados com as moléculas de
água, a capacidade de formar redes cristalinas é precária e não se dá
de maneira "harmoniosa" devido a tais "entulhos"... depois que se
faça qualquer oração mais ou menos longa, o tempo que demora tal
oração pode já ser suficiente para que haja decantação dos sedimentos
e consequentemente a água poderá formar cristais de gelo mais
facilmente... não terá sido portanto a "oração" em si que irá
alterar o "produto", ou a qualidade do gelo formado mas o tempo de
decantação...

*SE* a capacidade de interpretar de forma científica os fenômenos
tidos por paranormais sempre fosse aplicada e divulgada, não haveria
mais tanta gente acreditando em bobagens. O maior problema das
crenças é a má vontade dos céticos... de certa forma tem sido o
ceticismo, este que fecha os olhos para os fenômenos, que vem
alimentando a crença indiscriminada pela omissão a dar respostas
convincentes e com bases científicas a tais bobagens... :)) Mas
pelo jeito é melhor sempre dizer que os místicos são um bando de
otários, enquanto na realidade são só mal informados.

Beijos, Lígia

**********************************

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Eric Cavalcanti" <eric@f...>
escreveu
> Lígia,
>
> A sua explicação aparentemente faria algum sentido, mas se olharmos
com
> cuidado não explica o efeito que o sr. Masaru diz ver. Ele não
alega que as
> modulações do som modificam a estrutura cristalina da água, ele
afirma que a
> INTENÇÃO do indivíduo é que o faz. E se eu falar "Adolf Hitler"
suavemente,
> a água se cristaliza de forma bonita? E a oração, como entra nessa
> explicação?
>
> O exemplo dos cachorros e crianças nada tem a ver com a água, são
seres
> dotados de percepção e sentimento, claro que vão ter o
comportamento afetado
> pelo ambiente. Como a água percebe os sentimentos?
>
> Essa explicação não só não tem nenhum fundamento como não explica o
que o
> sr. Masaru alega.
>
> Um abraço,
> Eric.
>
>
> ----- Original Message -----
> From: <ligia5555@y...>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Wednesday, April 09, 2003 9:15 AM
> Subject: [ciencialist] Re: Água - palestra
>
>
> Homero,
>
>
> Só uma coisinha: música clássica prima pelas harmômicas e Heavy
> Metal, é "paulera". Experimenta ficar ouvindo as músicas com os
> ouvidos fechados, com as caixas de som sobre uma mesa e perceba o
que
> acontece colocando as mãos sobre a mesa... você vai sentir o som
> como uma gota d'água sente e vai perceber que enquanto um tipo de
> música segue uma cadência construtiva, outra é detonação
> pura... "vibração" é isso.
>
> Também com os nomes, a coisa é fácil: fale um nome com ódio e fale
> outro que desperta amor em você, colocando um anteparo na frente,
uma
> folha de papel serve: em qualquer língua, você irá notar que seus
> pulmões esvaziam-se mais rápido à simples menção de uma palavra com
> ódio, enquanto que com amor, o ar que sai de dentro de você
parecendo
> com uma brisa suave... mais uma vez, "vibração" é isso, só que
> nesse caso, depende do movimento do ar próximo à sua boca associado
> ao som das palavras. E se levar em consideração apenas a vibração
> que o som das palavras pronunciadas com amor e ódio respectivamente
> produzem, vai notar que enquanto uma entonação aprensenta
> uma "cadência construtiva" a outra é "detonação pura"... e o mesmo
> princípio aplicado à música acontece e uma gota d'água
irá "perceber"
> tais entonações, mesmo dentro de um freezer... Assim, esse fenômeno
> da cristalização é interessante... o som "carrega" muito mais do
que
> se imagina. Basta percebê-lo de outras formas que não apenas
> audíveis.
>
> Quanto ao sentimento de ódio e amor, são notáveis muito mais pelo
seu
> efeito que propriamente pelo que se pronuncie. Coloque um cachorro
> perto de alguém que esteja feliz e não tenha medo dele e coloque o
> mesmo cão perto de alguém com ódio e que dirija tal ódio ao cão. O
> cachorro não entende a língua de ninguém... mas com certeza
> entenderá a forma como é observado. Crianças estão aptas para tal
> teste também. Pergunte depois de qual "tio" elas gostam mais: de
um
> que emite uma sensação de repulsa ou de outro que as olha com
> carinho... Tape os olhos deles, cães e crianças e note a forma como
> se comportam com quem os repudie ou abrace... a "vibração" estará
> por conta do que eles "realizem" diante de ambos os sentimentos:
> enquanto risos e latidos felizes aprensentam uma "cadência
> construtiva", choro ou ganidos de medo ou raiva são "detonação
> pura"... e vai por aí. Fácil assim.
>
> Textos de amor e de ódio também valem: enquanto um texto evocando
> amor faz a gente ficar "leve", calmo e em paz, o de ódio é
> inquietante. Movimentos imperceptíveis em nós mesmos são notáveis,
> desde a "cadência" das ondas cerebrais caso medidas por um
> eletroencefalógrafo, até reações involuntárias...
>
> E o que a cristalização da água tem a ver com isso? Bem: coloque
> duas velas para queimar: uma em um local sem corrente de vento
> alguma e outra em um corredor de ar. A que estiver no ambiente
> isolado irá queimar "simetricamente" e consumir toda a parafina...
> já a outra... :)) Percebe?
>
> Beijos, Lígia
>
> **************************************
>
>
>
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
> escreveu
> > Olá Pessoal
> >
> > A ideia de que a cristalização da água pudesse informar algo sobre
> sua
> > composição e o posterior trabalho do Sr. Masaru começaram de uma
> premissa
> > interessante e possivelmente válida - a água cristaliza de forma
> diferente,
> > de acordo com sua pureza ou com as substancias nela dissolvidas -
e
> desandou
> > em um livro pseudo-cientifico onde, depois de gritar com a água
> diferentes
> > palavras ou frases, esta se cristalizava em "belas formas" ou
formas
> > degeneradas, de acordo com a intenção das mesmas.
> >
> > Por exemplo, se disser "Adolf Hiltler" os cristais são pobres,
> feios e
> > degenerados, mas se disser "Amor e perdão" os cristais são
> maravilhosos,
> > sublimes, etc... Uma tolice atróz mas muito apreciada nestes
tempos
> de
> > redescoberta do "misticismo e segredos ancestrais"..:-) É de se
> notar que,
> > não importa em que lingua você fala com a água nem a distancia em
> que está
> > dela (como no caso do Green Morton, que gritava RÁ a distancia..:-
> ), a água
> > aparentemente compreende qualquer lingua a qualquer distancia. Se
> rezar
> > também produzirá cristais belos e até melhorará a qualidade da
água
> (mesmo
> > que poluida). De acordo com o Sr. Masaru, estudando cristais ele
> pode
> > determinar até mesmo se a pessoa está doente, deprimida ou
> debilitada.
> >
> > tocar Bethoven é melhor para a água que heavy metal (bem, o Sr.
> Masaru tem
> > suas preferencias musicais, acredito que se o estudo fosse de um
> jovem
> > apreciador do Sepultura o resultado seria um pouco diferente..:-)
> Imagens
> > colocadas em volta do copo com água também influencia a formação
dos
> > cristais, sendo que a água prefere belas imagens e pintores
> > impressionistas..:-)
> >
> > O livro é de 2001 e desde então, apesar de constantemente
criticado
> pela
> > metodologia (e por ninguém mais conseguir reproduzir os resultados
> do Sr.
> > Masaru), as fotos, e as explicações de cada uma, correm o mundo em
> palestras
> > para os que acreditam..:-) Em 2001 ele foi nomeado (mas não
ganhou,
> quem
> > ganhou foi um gerador de energia que produzia 10 vezes mais
energia
> que
> > consumia, um tipo de moto-perpetuo melhorado..:-) para o Bent
Spoon
> Award
> > (Premio Colher Torta) da Australian Skeptics, que é um premio dado
> a mais
> > ultrajante pesquisa pseudo-cientifica ou paranormal do ano. O nome
> do
> > premio, colher torta (curvada) é uma homenagem a mais inutil das
> habilidades
> > paranormais, entortar peças do faqueiro da casa..:-)
> >
> > Como costuma acontecer, um efeito real, moléculas de água sofrem
> influencia
> > de poluentes ou elementos dissolvidos, na cristalização, é usado
> para
> > embasar maluquices da Nova Era. Uma pena... Manter a mente aberta
é
> > importante, mas não tão aberta que entre qualquer bobagem por
> ela..;-)
> >
> > Um abraço.
> >
> > Homero
> >
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: Silvio Cordeiro
> > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Sent: Tuesday, April 08, 2003 10:22 PM
> > Subject: [ciencialist] Água - palestra
> >
> >
> > Repasso, recebido de :Maria Geny Brino Mattus <geny@p...>
> >
> >
> > Subject: Água - palestra
> >
> >
> > Pessoal, estou repassando a vcs oconvite sobre as possibilidades
> > (fisicamente demonstráveis, através de fotografias obtidas a
partir
> da
> > análise microscópica de cristais de água congelada) da atuação
> energética
> > do amor e do perdão.
> > Esse pesquisador japonês demonstrou que a INTENÇÃO focada na
> depuração,
> > purificação, perdão, e orações dirigidas podem transmutar as
> moléculas
> > de água poluída em água novamente cristalina. (Creio que vcs já
> conheçam
> > o trabalho do palestrante citado abaixo. Há alguns meses,
resultado
> de
> > seu trabalho com cristais de água foram amplamente divulgados na
> rede.)
> >
> > Se puderem, compareçam! Será, no mínimo, superinteressante ouvir
(e
> >
> > ver), in loco, as fotos obtidas pelo dr. Masaru, antes e depois
de >
> > submeter amostras de água a práticas de imantação. (Olhaí,
> paulistanos,
> > se vcs forem até a Assembléia pra ver o Dr. Masaru, dêm uma
> > dica, depois, sobre o que foi comentado lá, OK?)
> >
> > "O seminário do Dr.Masaru Emoto se realizará no dia 11 de abril de
> 2003
> > às 19:00hrs na Assembléia Legislativa de SP. Não é necessário se
> inscrever
> > e o seminário é gratuito, mas aconselho chegar cedo para pegar
> > lugar!(...)"




SUBJECT: Re: ADN reprodutivo não é obra s ó do acaso estatístico
FROM: "Watson Fernando" <watson@lmn.con.ufrj.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2003 15:18

Takata:
>
> DNA AND MOLECULAR GENETICS
> http://www.emc.maricopa.edu/faculty/farabee/BIOBK/BioBookDNAMOLGEN.htm
> l
>
> Acho q. o texto acima e os demais referidos la' seriam uma otima
> leitura pra vc ter uma ideia introdutoria sobre o ADN.
>
Watson:

Mensagem da web: "The page you were searching for no longer exists".

[]s

Watson



SUBJECT: Re: ADN reprodutivo não é obra s ó do acaso estatístico
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2003 15:25

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Watson Fernando"
<watson@l...> escreveu
> Takata:
> >
> > DNA AND MOLECULAR GENETICS
> >
http://www.emc.maricopa.edu/faculty/farabee/BIOBK/BioBookDNAMOLGEN.htm
> > l
> >
> > Acho q. o texto acima e os demais referidos la' seriam uma otima
> > leitura pra vc ter uma ideia introdutoria sobre o ADN.
> >
> Watson:
>
> Mensagem da web: "The page you were searching for no longer exists".
>
> []s
>
> Watson

Ops, Watson,

Depois de clicar sobre o link e abrir aquela página de "erro 404", é
só colocar o "l" no final do endereço que vai estar na caixa de
endereços do seu browser. O texto é muito bom e está acessível sim.
É longo e cheio de ilustrações senão já teria colado aqui mesmo... :)

Bjus, Lígia



SUBJECT: Re: Armaduras
FROM: "Watson Fernando" <watson@lmn.con.ufrj.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2003 15:34

Takata:

> Nao gosto de deixar assuntos inacabados,(...) Mas eis uma imagem de
> apoio 'a tese de q. armaduras passaram a ser superadas pelas armas de
> fogo: (...).

Watson:

Já em 1209, os crusados das campanhas de Bézier e Carcassonne passavam maus
bocados nas mãos dos "dardasiers", mercenários que atiravam lanças curtas que
penetravam mesmo nas cotas de malha com revestimento interno de couro grosso,
usadas pelos cavaleiros.

God's Heretics - The Albigensian Crusade
A. Burl
Sutton Pub. Ltd. 2002

[]s

Watson


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Água - palestra
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/04/2003 17:26

Olá Ligia..:-)


Concordo com tudo o que considerou, menos com uma pequena parte no final do texto. Claro que é sempre razoável estudar ou pensar sobre um evento antes de descarta-lo. E tentar entender algo é o pressuposto da ciência. Mas, existem milhões de eventos e fatos chmando nossa atenção e um tempo limitado. Para prestar atenção as afirmações do Sr. Masaru, seria necessário mais evidencias e elementos que indicassem que algo relamente acontece como relata. Ainda mais, que, como foi ele que descobriu o efeito, o onus da prova é dele. Entretanto, passados 3 anos de suas pesquisas iniciais, estamos no msmo ponto: apenas o Sr. Masaru viu os efeitos relatados e nenhum pesquisador independente conseguiu reproduzir os resultados.

Não se trata de considerar todos os misticos como idiotas ou tolos. Mas, com todo tempo já dispendido em pesquisas do para-normal e sobrenatural, e com os pifios resultados até agora (entortar colheres e acertar cartas com figuras simples em porcentagens minimamente melhores que o chute, de vez em quando) podemos deixar para prestar atenção nisso quando uma evidencia relamente significante surgir. Por enquanto, podemos contar como quase certo que afirmações misticas são enganos (sinceros ou nào) ou fraudes.

Um mistico religioso que afirme que o Sol vai explodir ainda nesta semana, pode ser que tenha razão. Sobre tudo que sabemos hoje sobre o SOL e sobre a vida média das estrelas, ainda restam 5 bilhões de anos ao Sol, mas ele provavelmente vai explodir algum dia. Pode ser que, por nos enganarmos nos dados a respeito de nosso sol, por algum fator não considerado, por um erro de calculo, o Sol exploda antes da hora, nesta semana? Claro que pode ser. Mas qual o fator de certeza dessa probabilidade? É alto o suficiente para pararmos o que estivermos fazendo e passarmos a estudar essa possibilidade, relatada pelo mistico/profeta/advinho/medium? Eu vou dormir relativamente sossegado esta semana, esperando confiante ver o Sol no dia seguinte ao acordar..:-)

Apesar de parecer absurdo, meu argumento não é um "reductio ad absurdum". Centenas de interessantes afirmações são propostas todos os dias, tanto por misticos quanto por cientistas. Assim como algumas das afirmações e estudos de cientistas são levadas adiante, com muitos laboratorios testando as afirmações e consequencias do estudo, outras são deixadas de lado, ou por ainda não ser possível testa-las (aspectos da matematica do Big Bang, por exemplo), outras devido a falta de evidencais suficientes para justificar a atenção.

E isso deve acontecer com afirmações para-normais e sobrenaturais, sem que isso seja tratar misticos, em geral, como tolos ou otários. Concordo que, o ensino e a informação poderiam preparar as pessoas, mesmo leigas, a se defender de afirmações sem sentido ou com eveidencias contrárias já bem estabelecidas. No último BigBrother (arrrghh..), que tive o prazer de não ver nem um único epsódio, me contaram que o ganhador aconselhava uma das participantes que "não bebesse água gelada ao fazer exercício". Isso, segundo o brilhante rapaz, diminuia a temperatura do corpo e impedia que a gordura "derretesse" enquanto o exercício era feito, impedidno o emagrecimento...:-) Um mínimo de conecimento da biologia e do metabolismo de corpo, poderia defender a participante desse "fantastico" conselho..:-)

Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, April 09, 2003 3:07 PM
Subject: [ciencialist] Re: Água - palestra


Homero e Eric, ois...

Eu sei disso, que as minhas explicações não têm nada a ver com o que
o Masaru diz. Mas é uma forma de conceber alguma explicação a nível
físico para o que ele alega.

A idéia dele é a seguinte: vivemos num universo "moldável" feito de
energias "moldáveis" pelas intenções. E ele alega ter achado uma
prova física para esta idéia na cristalização da água mediante certa
exposição ao som de palavras, músicas, ruídos (heavy metal) e até
mesmo textos. Bem... como a água é um meio físico que propaga sons,
talvez o fenômeno não passe mesmo apenas de algo que acontece a nível
físico.

Existem duas posturas que um pesquisador pode assumir: a da total
descrença no fenômeno, sendo este portanto descartável e a da
tentativa de encontrar alguma resposta. Se o que Masaru alega
realmente acontece, alguma coisa está acontecendo, certo? E se está
acontecendo melhor tentar entender o que é...

Quanto aos cães e crianças: não falei do que eles observam apenas
mas dos efeitos de tais observações... Os sons e movimentos sob a
influência direta de "amor" ou "ódio" produzidos como "cadências
construtivas" ou "detonadoras" e tais cadências podendo interferir na
cristalização da água, da mesma forma que a música e o ruído... É
isso.

No meu entender tudo não passa de simples observação de água sendo
cristalizada sob diferentes "atmosferas" alteradas pela vibração
decorrente da exposição a sons e a forma como estes se propagam em
diferentes meios... nada de sobrenatural. O caso da água poluída,
por exemplo: enquanto há sedimentos misturados com as moléculas de
água, a capacidade de formar redes cristalinas é precária e não se dá
de maneira "harmoniosa" devido a tais "entulhos"... depois que se
faça qualquer oração mais ou menos longa, o tempo que demora tal
oração pode já ser suficiente para que haja decantação dos sedimentos
e consequentemente a água poderá formar cristais de gelo mais
facilmente... não terá sido portanto a "oração" em si que irá
alterar o "produto", ou a qualidade do gelo formado mas o tempo de
decantação...

*SE* a capacidade de interpretar de forma científica os fenômenos
tidos por paranormais sempre fosse aplicada e divulgada, não haveria
mais tanta gente acreditando em bobagens. O maior problema das
crenças é a má vontade dos céticos... de certa forma tem sido o
ceticismo, este que fecha os olhos para os fenômenos, que vem
alimentando a crença indiscriminada pela omissão a dar respostas
convincentes e com bases científicas a tais bobagens... :)) Mas
pelo jeito é melhor sempre dizer que os místicos são um bando de
otários, enquanto na realidade são só mal informados.

Beijos, Lígia

**********************************

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Eric Cavalcanti" <eric@f...>
escreveu
> Lígia,
>
> A sua explicação aparentemente faria algum sentido, mas se olharmos
com
> cuidado não explica o efeito que o sr. Masaru diz ver. Ele não
alega que as
> modulações do som modificam a estrutura cristalina da água, ele
afirma que a
> INTENÇÃO do indivíduo é que o faz. E se eu falar "Adolf Hitler"
suavemente,
> a água se cristaliza de forma bonita? E a oração, como entra nessa
> explicação?
>
> O exemplo dos cachorros e crianças nada tem a ver com a água, são
seres
> dotados de percepção e sentimento, claro que vão ter o
comportamento afetado
> pelo ambiente. Como a água percebe os sentimentos?
>
> Essa explicação não só não tem nenhum fundamento como não explica o
que o
> sr. Masaru alega.
>
> Um abraço,
> Eric.
>
>
> ----- Original Message -----
> From: <ligia5555@y...>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Wednesday, April 09, 2003 9:15 AM
> Subject: [ciencialist] Re: Água - palestra
>
>
> Homero,
>
>
> Só uma coisinha: música clássica prima pelas harmômicas e Heavy
> Metal, é "paulera". Experimenta ficar ouvindo as músicas com os
> ouvidos fechados, com as caixas de som sobre uma mesa e perceba o
que
> acontece colocando as mãos sobre a mesa... você vai sentir o som
> como uma gota d'água sente e vai perceber que enquanto um tipo de
> música segue uma cadência construtiva, outra é detonação
> pura... "vibração" é isso.
>
> Também com os nomes, a coisa é fácil: fale um nome com ódio e fale
> outro que desperta amor em você, colocando um anteparo na frente,
uma
> folha de papel serve: em qualquer língua, você irá notar que seus
> pulmões esvaziam-se mais rápido à simples menção de uma palavra com
> ódio, enquanto que com amor, o ar que sai de dentro de você
parecendo
> com uma brisa suave... mais uma vez, "vibração" é isso, só que
> nesse caso, depende do movimento do ar próximo à sua boca associado
> ao som das palavras. E se levar em consideração apenas a vibração
> que o som das palavras pronunciadas com amor e ódio respectivamente
> produzem, vai notar que enquanto uma entonação aprensenta
> uma "cadência construtiva" a outra é "detonação pura"... e o mesmo
> princípio aplicado à música acontece e uma gota d'água
irá "perceber"
> tais entonações, mesmo dentro de um freezer... Assim, esse fenômeno
> da cristalização é interessante... o som "carrega" muito mais do
que
> se imagina. Basta percebê-lo de outras formas que não apenas
> audíveis.
>
> Quanto ao sentimento de ódio e amor, são notáveis muito mais pelo
seu
> efeito que propriamente pelo que se pronuncie. Coloque um cachorro
> perto de alguém que esteja feliz e não tenha medo dele e coloque o
> mesmo cão perto de alguém com ódio e que dirija tal ódio ao cão. O
> cachorro não entende a língua de ninguém... mas com certeza
> entenderá a forma como é observado. Crianças estão aptas para tal
> teste também. Pergunte depois de qual "tio" elas gostam mais: de
um
> que emite uma sensação de repulsa ou de outro que as olha com
> carinho... Tape os olhos deles, cães e crianças e note a forma como
> se comportam com quem os repudie ou abrace... a "vibração" estará
> por conta do que eles "realizem" diante de ambos os sentimentos:
> enquanto risos e latidos felizes aprensentam uma "cadência
> construtiva", choro ou ganidos de medo ou raiva são "detonação
> pura"... e vai por aí. Fácil assim.
>
> Textos de amor e de ódio também valem: enquanto um texto evocando
> amor faz a gente ficar "leve", calmo e em paz, o de ódio é
> inquietante. Movimentos imperceptíveis em nós mesmos são notáveis,
> desde a "cadência" das ondas cerebrais caso medidas por um
> eletroencefalógrafo, até reações involuntárias...
>
> E o que a cristalização da água tem a ver com isso? Bem: coloque
> duas velas para queimar: uma em um local sem corrente de vento
> alguma e outra em um corredor de ar. A que estiver no ambiente
> isolado irá queimar "simetricamente" e consumir toda a parafina...
> já a outra... :)) Percebe?
>
> Beijos, Lígia
>
> **************************************
>
>
>
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
> escreveu
> > Olá Pessoal
> >
> > A ideia de que a cristalização da água pudesse informar algo sobre
> sua
> > composição e o posterior trabalho do Sr. Masaru começaram de uma
> premissa
> > interessante e possivelmente válida - a água cristaliza de forma
> diferente,
> > de acordo com sua pureza ou com as substancias nela dissolvidas -
e
> desandou
> > em um livro pseudo-cientifico onde, depois de gritar com a água
> diferentes
> > palavras ou frases, esta se cristalizava em "belas formas" ou
formas
> > degeneradas, de acordo com a intenção das mesmas.
> >
> > Por exemplo, se disser "Adolf Hiltler" os cristais são pobres,
> feios e
> > degenerados, mas se disser "Amor e perdão" os cristais são
> maravilhosos,
> > sublimes, etc... Uma tolice atróz mas muito apreciada nestes
tempos
> de
> > redescoberta do "misticismo e segredos ancestrais"..:-) É de se
> notar que,
> > não importa em que lingua você fala com a água nem a distancia em
> que está
> > dela (como no caso do Green Morton, que gritava RÁ a distancia..:-
> ), a água
> > aparentemente compreende qualquer lingua a qualquer distancia. Se
> rezar
> > também produzirá cristais belos e até melhorará a qualidade da
água
> (mesmo
> > que poluida). De acordo com o Sr. Masaru, estudando cristais ele
> pode
> > determinar até mesmo se a pessoa está doente, deprimida ou
> debilitada.
> >
> > tocar Bethoven é melhor para a água que heavy metal (bem, o Sr.
> Masaru tem
> > suas preferencias musicais, acredito que se o estudo fosse de um
> jovem
> > apreciador do Sepultura o resultado seria um pouco diferente..:-)
> Imagens
> > colocadas em volta do copo com água também influencia a formação
dos
> > cristais, sendo que a água prefere belas imagens e pintores
> > impressionistas..:-)
> >
> > O livro é de 2001 e desde então, apesar de constantemente
criticado
> pela
> > metodologia (e por ninguém mais conseguir reproduzir os resultados
> do Sr.
> > Masaru), as fotos, e as explicações de cada uma, correm o mundo em
> palestras
> > para os que acreditam..:-) Em 2001 ele foi nomeado (mas não
ganhou,
> quem
> > ganhou foi um gerador de energia que produzia 10 vezes mais
energia
> que
> > consumia, um tipo de moto-perpetuo melhorado..:-) para o Bent
Spoon
> Award
> > (Premio Colher Torta) da Australian Skeptics, que é um premio dado
> a mais
> > ultrajante pesquisa pseudo-cientifica ou paranormal do ano. O nome
> do
> > premio, colher torta (curvada) é uma homenagem a mais inutil das
> habilidades
> > paranormais, entortar peças do faqueiro da casa..:-)
> >
> > Como costuma acontecer, um efeito real, moléculas de água sofrem
> influencia
> > de poluentes ou elementos dissolvidos, na cristalização, é usado
> para
> > embasar maluquices da Nova Era. Uma pena... Manter a mente aberta
é
> > importante, mas não tão aberta que entre qualquer bobagem por
> ela..;-)
> >
> > Um abraço.
> >
> > Homero
> >
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: Silvio Cordeiro
> > To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> > Sent: Tuesday, April 08, 2003 10:22 PM
> > Subject: [ciencialist] Água - palestra
> >
> >
> > Repasso, recebido de :Maria Geny Brino Mattus <geny@p...>
> >
> >
> > Subject: Água - palestra
> >
> >
> > Pessoal, estou repassando a vcs oconvite sobre as possibilidades
> > (fisicamente demonstráveis, através de fotografias obtidas a
partir
> da
> > análise microscópica de cristais de água congelada) da atuação
> energética
> > do amor e do perdão.
> > Esse pesquisador japonês demonstrou que a INTENÇÃO focada na
> depuração,
> > purificação, perdão, e orações dirigidas podem transmutar as
> moléculas
> > de água poluída em água novamente cristalina. (Creio que vcs já
> conheçam
> > o trabalho do palestrante citado abaixo. Há alguns meses,
resultado
> de
> > seu trabalho com cristais de água foram amplamente divulgados na
> rede.)
> >
> > Se puderem, compareçam! Será, no mínimo, superinteressante ouvir
(e
> >
> > ver), in loco, as fotos obtidas pelo dr. Masaru, antes e depois
de >
> > submeter amostras de água a práticas de imantação. (Olhaí,
> paulistanos,
> > se vcs forem até a Assembléia pra ver o Dr. Masaru, dêm uma
> > dica, depois, sobre o que foi comentado lá, OK?)
> >
> > "O seminário do Dr.Masaru Emoto se realizará no dia 11 de abril de
> 2003
> > às 19:00hrs na Assembléia Legislativa de SP. Não é necessário se
> inscrever
> > e o seminário é gratuito, mas aconselho chegar cedo para pegar
> > lugar!(...)"



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SUBJECT: Re: ADN reprodutivo não é obra s ó do acaso estatístico
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2003 17:34

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Watson Fernando"

>>
http://www.emc.maricopa.edu/faculty/farabee/BIOBK/BioBookDNAMOLGEN.htm
l

> Watson:
>
> Mensagem da web: "The page you were searching for no longer exists".

Eu acesso normalmente. Veja se no final esta' escrito 'html'. Pode
ser q. o Yahoo tenha quebrado o 'l' final do link.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Água - palestra
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2003 20:56

Olá Homero!!

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
escreveu
> Olá Ligia..:-)
>
>
> Concordo com tudo o que considerou, menos com uma pequena parte no
final do texto. Claro que é sempre razoável estudar ou pensar sobre
um evento antes de descarta-lo. E tentar entender algo é o
pressuposto da ciência. Mas, existem milhões de eventos e fatos
chmando nossa atenção e um tempo limitado. Para prestar atenção as
afirmações do Sr. Masaru, seria necessário mais evidencias e
elementos que indicassem que algo relamente acontece como relata.
Ainda mais, que, como foi ele que descobriu o efeito, o onus da prova
é dele. Entretanto, passados 3 anos de suas pesquisas iniciais,
estamos no msmo ponto: apenas o Sr. Masaru viu os efeitos relatados e
nenhum pesquisador independente conseguiu reproduzir os resultados.<


Lígia: O problema é dele, certo? Mas pelo menos tentar entender o
que ele tem feito, é interessante, apesar das torcidas de narizes que
eu já li por aqui, não suas, obviamente.



> Não se trata de considerar todos os misticos como idiotas ou tolos.
Mas, com todo tempo já dispendido em pesquisas do para-normal e
sobrenatural, e com os pifios resultados até agora (entortar colheres
e acertar cartas com figuras simples em porcentagens minimamente
melhores que o chute, de vez em quando) podemos deixar para prestar
atenção nisso quando uma evidencia relamente significante surgir. Por
enquanto, podemos contar como quase certo que afirmações misticas são
enganos (sinceros ou nào) ou fraudes.<


Lígia: Falta de tempo é limitante mesmo. Mas o problema maior desta
abstinência voluntária é permitir que pessoas como este Sr. Masaru
corram o mundo propalando uma verdade que não bate com nada do que se
tem por científico... ser conivente por omissão com isto é, a meu
ver, o maior erro.


> Um mistico religioso que afirme que o Sol vai explodir ainda nesta
semana, pode ser que tenha razão. Sobre tudo que sabemos hoje sobre o
SOL e sobre a vida média das estrelas, ainda restam 5 bilhões de anos
ao Sol, mas ele provavelmente vai explodir algum dia. Pode ser que,
por nos enganarmos nos dados a respeito de nosso sol, por algum fator
não considerado, por um erro de calculo, o Sol exploda antes da hora,
nesta semana? Claro que pode ser. Mas qual o fator de certeza dessa
probabilidade? É alto o suficiente para pararmos o que estivermos
fazendo e passarmos a estudar essa possibilidade, relatada pelo
mistico/profeta/advinho/medium? Eu vou dormir relativamente sossegado
esta semana, esperando confiante ver o Sol no dia seguinte ao
acordar..:-)<


Lígia: Afinal, tem sido assim pelos últimos 5 bilhões de anos, por
que mudaria agora, né?


> Apesar de parecer absurdo, meu argumento não é um "reductio ad
absurdum". Centenas de interessantes afirmações são propostas todos
os dias, tanto por misticos quanto por cientistas. Assim como algumas
das afirmações e estudos de cientistas são levadas adiante, com
muitos laboratorios testando as afirmações e consequencias do estudo,
outras são deixadas de lado, ou por ainda não ser possível testa-las
(aspectos da matematica do Big Bang, por exemplo), outras devido a
falta de evidencais suficientes para justificar a atenção.
>
> E isso deve acontecer com afirmações para-normais e sobrenaturais,
sem que isso seja tratar misticos, em geral, como tolos ou otários.<


Lígia: Nãã... o problema é outro, caro Homero. Descartando alguma
coisa que se tome por absurda, e deixando que gente ganhe dinheiro
levando adiante tais absurdos descartáveis, a gente faz com que o
comércio das seitas floresça. Mas isto não vem ao caso...


> Concordo que, o ensino e a informação poderiam preparar as pessoas,
mesmo leigas, a se defender de afirmações sem sentido ou com
eveidencias contrárias já bem estabelecidas. No último BigBrother
(arrrghh..), que tive o prazer de não ver nem um único epsódio, me
contaram que o ganhador aconselhava uma das participantes que "não
bebesse água gelada ao fazer exercício". Isso, segundo o brilhante
rapaz, diminuia a temperatura do corpo e impedia que a
gordura "derretesse" enquanto o exercício era feito, impedidno o
emagrecimento...:-) Um mínimo de conecimento da biologia e do
metabolismo de corpo, poderia defender a participante
desse "fantastico" conselho..:-)<


Lígia: Hum... terrível não? E assim surgem as crendices
alimentares, do tipo: leite com manga mata, apesar de que é
indigesto pacas! Eu já considero leite com manga algo bom para a
memória: quando eu tomo de manhã, durante o resto do dia eu me
lembro que tomei... às vezes lembro até no dia seguinte. :))

Beijos, Lígia



SUBJECT: E, para não dizer que não falei em ciência....
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 09/04/2003 21:21

Saíu na Folha Online:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u8819.shtml

OBS: Notem um erro: é de dar dó... mas essa é a forma de se
comentar ciência por aqui em meios de comunicação abrangente como é a
Folha, onde não sabem nem quanto "mede" um ano-luz ao se meterem a
comentar sobre astronomia... Fazer o que?

=.=.=.=.=.=.=.=.=.=.=.=.=.=.=.=.=.=.

08/04/2003 - 18h42
Planeta a 40 anos-luz da Terra pode ter vida, dizem cientistas
da Agência Lusa

Um planeta situado num sistema com dois sóis, a cerca de 380 bilhões
de quilômetros da Terra, reúne condições de abrigar vida, segundo uma
equipe de astrônomos austríacos.

"Se tomarmos como modelo as condições do nosso sistema solar, o mais
provável é que o planeta tenha também luas", explicou um dos
cientistas, Rudolf Dvorak. Para ele, esses satélites devem conter
vida.

Para os peritos do Instituto de Astronomia da Universidade de Viena e
da cidade austríaca de Graz, o planeta --que ainda não foi batizado--
é quase um vizinho, nas dimensões astronômicas, claro.

O sistema de duas estrelas onde se encontra o planeta chama-se Gamma-
Cefei, na constelação de Cefeus.

Métodos indiretos

Segundo Dvorak, os astrônomos recorreram a métodos indiretos --como
as variações regulares ou periódicas nos espectros de luz-- para
detectar o corpo celeste.

Quando um planeta gira em torno de uma estrela, a sua força de
gravidade origina um desvio ou inclinação do astro. Devido a esse
efeito, a luz tende para o espectro avermelhado quando a estrela se
afasta de nós, e para o azulado quando o seu movimento é de
aproximação à Terra.

Dessa forma, se os cientistas conhecem o tamanho da estrela, a sua
inclinação e os seus períodos, podem, através dessas observações,
deduzir o tamanho do planeta que causa as variações, assim como a
distância que o separa do nosso sistema solar.

Os cientistas austríacos que se dedicaram à observação do caso de
Gamma-Cefei, ainda mais complicado porque se trata de um sistema de
estrela dupla, deduziram dos espectros estudados que, além desses
dois astros, existe outro corpo celeste: um planeta.

Eles calculam que o tamanho do planeta é aproximadamente duas vezes
superior ao de Júpiter --o maior planeta do nosso sistema solar-- e
que a sua órbita equivale a cerca de 1,3 anos terrestres.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Caramba... coincidência no Gênesis versão do Rei Jaime
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 09/04/2003 22:43

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Eric Cavalcanti" <eric@f...>
escreveu
> É fácil acertar essa: a probabilidade é 100%.
> Basta ir olhando de trás pra frente as últimas palavras do segundo
verso e
> ir vendo onde elas podem te levar.


antes de qq amalise é preciso dizer que a tradução do rei jaime embora seja
a mais referenciada é tb uma das piores traduções da biblia.
Portanto, "ver" alguma coisa numa "tradução" só pode ser brincadeira.

O original em aramaico nem refere "Deus" , nem "Jeova" mas sim o deus dos
ventos Eloi(? nunca me lembro se é eloi ou eloim, um é o plural do outro) .

> of the deep. And the Spirit of God moved upon the face of the
waters.

Esta é a frase que se refere ao deus do Vento : ele se movia por cima das
aguas ; e que foi mal traduzida pelo rei jaime e pelas versões seguintes.

Simples. Poetico, mas não muito misterioso.

Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Água - palestra
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/04/2003 07:38


Lígia chuta para Homero:
>O problema é dele, certo? Mas pelo menos tentar entender o
que ele tem feito, é interessante, apesar das torcidas de narizes que
eu já li por aqui, não suas, obviamente.<

Léo intercepta a bola a meio arco-de-parábola:

Lígia, essas torcidas de narizes não advém de partículas mal cheirosas despreendidas pela água da thread sujeita a "tratamento de intenções" para alterarem seus estados de cristalização, decantação ou purificação. Vem de alguns conhecimentos assentados na Física Térmica.

Reproduzo algo:

"Para explicar essa particularidade da água, um paradoxo apenas aparente, teremos que fazer um estudo de sua estrutura atômica. As moléculas de água interagem entre si de uma forma ordenada, ou seja, cada uma delas pode atrair somente a quatro outras moléculas vizinhas, cujos centros, como resultado dessa união, formam um tetraedro. Ilustremos isso: (segue ilustração, no original)."

A seguir:

"Como conseqüência disso se forma uma estrutura granulosa e organizada, que dá testemunho ao caráter quasecristalino (pseudocristalino) da água. Fica subentendido que ao falarmos da estrutura da água, como de qualquer outro líquido, nos referimos unicamente á ordenação limitada (*).
À medida que cresce a distância com respeito á molécula considerada (centro do tetraédro), se apreciará gradualmente a alteração dessa ordenação devido á flexão e rompimento das ligações intermoleculares (rompimento de pacotes d'água)." "[ ... ]"

E conclue:

"(*) Um líquido se assemelha mais a um cristal do que aos gases, e isso é indicado pela similitude dos valores das densidades, dos calores específicos e dos coeficientes de dilatação volumétrica dos líquidos e cristais. Também se sabe que o calor de fusão é consideravelmente menor que o calor de vaporização. Todos esses fatores testemunham a notável analogia das forças de coesão das partículas nos cristais e nos líquidos. Uma conseqüência dessa analogia é também a presença nos líquidos de certa ordenação na distribuição de seus átomos comprovada nos experimentos da dispersão dos raios-X, e que recebe o nome de "ordenação limitada".
Ordenação limitada quer dizer que existe uma distribuição ordenada ao redor de um átomo (molécula) arbitrariamente escolhido com certo número de outros átomos (moléculas) em sua proximidade. Ao contrário do que ocorre nos cristais, esta distribuição ordenada com relação a um dado átomo escolhido não se conserva a medida que nos afastamos dele e não conduz a uma formação do retículo cristalino. Todavia, para distâncias pequenas é bastante semelhante à disposição dos átomos da substância considerada no estado sólido.

Abaixo se representa, em (a) uma ordenação ilimitada para uma cadeia de átomos, a qual se compara com a ordenação limitada, em (b).(segue ilustração, no original)."

Esse texto acima é parte de um "excelente" trabalho de divulgação científica, "magistralmente" apresentado no "imperdível" site em :
http://www.feiradeciencias.com.br/sala08/08_34.asp

A Química Fina estuda sobejamente esse comportamento e quando alguém (como o eminente joãoponês que entende que heavymetal é uma porcaria) apresenta alguma bobagem (que ninguém conseguiu reproduzir) eles não vão parar tudo e verificar se isso é possível ou mesmo sugerir à comunidade científica que o façam!

aquele abraço ( ou re-beijos ),
Léo




SUBJECT: Re: Armaduras
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/04/2003 07:55

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Watson Fernando"
> Já em 1209, os crusados das campanhas de Bézier e Carcassonne
> passavam maus bocados nas mãos dos "dardasiers", mercenários que
> atiravam lanças curtas que penetravam mesmo nas cotas de malha com
> revestimento interno de couro grosso, usadas pelos cavaleiros.

Vero, mas a linha de mensagens tinha outra discussao em mente.

As armaduras a q. se referiam eram, nao as cotas de malhas ou as
lorigas de couro, mas 'as armaduras de placas e similares.

(Na verdade, mesmo virotes de bestas e flechas lancas por arco
composto ocasionalmente varavam as armaduras, mas o desenvolvimento
das tecnicas dos artifices conseguiram superar satisfatoriamente o
problema -- mesmo as armas de fogo iniciais nao causavam grande
estrago: faziam mais barulho e fumaca do q. danos. Mas os armeiros ao
aperfeicoarem as armas de fogo, ficaram em grande vantagem em
relacao 'as armaduras.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: E, para não dizer que não falei em ciência....
FROM: Leonardo Stern <roxo@gmx.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/04/2003 14:23

"Planeta a 40 anos-luz da Terra pode ter vida, dizem cientistas"
"Um planeta situado num sistema com dois sóis, a cerca de 380 bilhões
de quilômetros da Terra"

Talvez o erro seja pior do que se imagina, ao efetuarmos o calculo aproximado
temos :
c = 300 x 10^3 km/s
t = 365 x 24 x 60 x 60 s = 3.2 x 10^7

Ano luz = c x t => 9,6 x 10^12
40 a.l. = 3,8 x 10^14

se a pessoa considerar que o numero 1.000 tem 4 digitos e for contar os
milhoes e os bilhoes (erro que já observei em diversas ocasiões no meu
segundo grau) o resultado será 10^4 = mil, 10^8 = milhão, 10^12 = bilhão ..
3,8 x 10^14 = 380 x 10^12 ... 380 bilhões :-)



SUBJECT: Matematica do Fisico
FROM: Leonardo Stern <roxo@gmx.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 10/04/2003 19:37

Preciso escrever um texto que explique para pessoas que nunca estudaram fisica
ou matematica porque um Físico Classico não aceita os conceitos
probabilisticos da Física Quântica e gosta de um universo determinista.

Acredito que o melhor caminho seja começar falando sobre como o fisico observa
a natureza e como as equações fisicas se relacionam e se ajustam aos
fenomenos observados.

Recorro a lista em busca de textos introdutorios para estas questões para
te-los como referencia e, para conhecer um pouco da visão dos integrantes da
lista a respeito da fisica quantica.

Heisenberg discursa um pouco sobre o tema em seu livro "Fisica e Filosofia"
mas, acredito necessitar de ideias mias introdutorias antes de inserir as
ponderações de Heisenberg :-)

um abraço a todos
Leonardo


SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/04/2003 19:57

Podem colaborar com as respostas.
Mas, digam-me o que escrevo sobre a tag da assinatura dela?

"Jesus te Ama!"

Agradeço a referência, mas prefiro ser amado na terceira pessoa do singular.
ou
Ei, chega prá lá! Sou heterossexual!

"Deus é Fiel!"

O Gavião também é da Fiel ... e também está sempre entrando bem!
ou
Quem é a esposa dele? Talvez, se eu tivesse uma igual ...
ou
Ele é um ponteiro de balança? Ou de algum medidor analógico?




======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: stela
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: quinta-feira, 10 de abril de 2003 17:31
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


Boa tarde,

Gostaria de saber sobre estas questões?

As plantas produzem o oxigênio que utilizamos para respirar?

Toda a radioatividade é produzida pelo homem?

Os antibióticos matam tanto os vírus quanto as bactérias!

Os continentes têm mudado sua posição no decorrer dos milênios!

Se vocês poderem me ajudar,

Agradeço desde já.

Stela Próspero
stela@maasociados.com.br
(19) 3255.80.99
Jesus te Ama!
Deus é Fiel!






[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Matematica do Fisico
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/04/2003 20:13

Olá Leonardo,

Como sempre a solução para seus problemas está no Imperdível! :-))
Eis na Sala 19:

55- Primeiros Passos da Ciência (Geral)
56- Primeiros Passos da Física (Parte 1)
57- Primeiros Passos da Física (Parte 2)
58- Primeiros Passos da Física (Parte 3)
59- Primeiros Passos da Física (Parte 4)
60- Primeiros Passos da Física Clássica (Parte 1)
61- Primeiros Passos da Física Clássica (Parte 2)
62- Primeiros Passos da Física Moderna
63- Primeiros Passos da Mecânica Quântica (Parte 1)
64- Primeiros Passos da Mecânica Quântica (Parte 2)
65- Primeiros Passos da Mecânica Quântica (Parte 3)
66- Métodos dos Passos da Física (Parte 1)
67- Métodos dos Passos da Física (Parte 2)
68- Métodos da Teoria da Relatividade (Parte 1)

... em preparo ...

69- Métodos da Teoria da Relatividade (Parte 2)
70- Métodos da Teoria da Relatividade (Parte 3)

Coisa simples, mas pode ajudar!

[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Leonardo Stern" <roxo@gmx.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 10 de abril de 2003 19:37
Assunto: [ciencialist] Matematica do Fisico


Preciso escrever um texto que explique para pessoas que nunca estudaram fisica
ou matematica porque um Físico Classico não aceita os conceitos
probabilisticos da Física Quântica e gosta de um universo determinista.

Acredito que o melhor caminho seja começar falando sobre como o fisico observa
a natureza e como as equações fisicas se relacionam e se ajustam aos
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Recorro a lista em busca de textos introdutorios para estas questões para
te-los como referencia e, para conhecer um pouco da visão dos integrantes da
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Heisenberg discursa um pouco sobre o tema em seu livro "Fisica e Filosofia"
mas, acredito necessitar de ideias mias introdutorias antes de inserir as
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um abraço a todos
Leonardo

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Matematica do Fisico
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/04/2003 20:22

Essa questão do 'bilhão', por coincidência ou não, rolou essa semana em outra lista. Em linhas gerais:

um listeiro pergunta:

Surge-me uma dúvida: qual o valor numérico de 1 bilhão?

outro listeiro respponde:

Este termo em Português de Portugal não existe, havendo ainda uma confusão entre Europpa e América do Norte em relação ao termo mais próximo que encontro que será bilião:
Assim:
Europa:
10^3 = mil
10^6 = milhão
10^9 = mil milhões
10^12 = bilião
EUA:
10^3 = mil
10^6 = milhão
10^9 = bilião
10^12 = trilião
E no Brasil?

outra resposta:
Elísio, realmente vocês d´além mar fazem essa distinção. O "mil milhões" de vocês é o nosso "bilhão" e o nosso "trilhão" é o "bilião" de vocês.

Assim:

10^6 = milhão
10^9 = mil milhões = bilhão (BRA)
10^12 = bilião = trilhão (BRA)

Repare que a nossa grafia mantém o "lh" do milhão em todas as unidades mais elevadas. Talvez o melhor fosse usar os sufixos gregos (Mega, Giga, Tera, Peta...) e assim evitar qq dúvida :)

Fiz até dois comentário:

Realmente, aqui no Br a notação é a que vc indicou acima. Tais notações não pertencem ao sistema internacional de unidades e sim os prefixos que vc menciona (M,G,T,P,...). Tais notações só são usadas na linguagem 'vulgar e corrente', típicas de divulgação científica ... não comparecem em textos científicos!

Algo interessante ocorre com a unidade monetária (R$, aqui no Br). Pelo sistema internacional, TODAS as unidades devem ser colocadas após o número de medida (em notação científica); desse modo é correto escrever: 2,0x10^3 R$ (e essa é a notação recomendada, cientificamente) ou, até, 2 000,00 R$ .
Todavia, para as unidades monetárias (por questão de adulteração do valor) aceita-se a colocação da unidade ANTES do valor numérico, e escrevemos, R$ 2,0x10^3 ou R$2.000,00 (aqui, até o ponto separador das ordens de milhares não deveria ser posto!).
Nas questões de vestibular (onde não se cogita da adulteração do valor monetário por parte do aluno) deveria aparecer, em certas questões, 2,00 R$ e não R$ 2,00 , por exemplo.

aquele abraço,
Léo


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De: "Leonardo Stern" <roxo@gmx.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 10 de abril de 2003 19:37
Assunto: [ciencialist] Matematica do Fisico


Preciso escrever um texto que explique para pessoas que nunca estudaram fisica
ou matematica porque um Físico Classico não aceita os conceitos
probabilisticos da Física Quântica e gosta de um universo determinista.

Acredito que o melhor caminho seja começar falando sobre como o fisico observa
a natureza e como as equações fisicas se relacionam e se ajustam aos
fenomenos observados.

Recorro a lista em busca de textos introdutorios para estas questões para
te-los como referencia e, para conhecer um pouco da visão dos integrantes da
lista a respeito da fisica quantica.

Heisenberg discursa um pouco sobre o tema em seu livro "Fisica e Filosofia"
mas, acredito necessitar de ideias mias introdutorias antes de inserir as
ponderações de Heisenberg :-)

um abraço a todos
Leonardo

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS -
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/04/2003 20:33

Olá..:-)

Bem você pode responder que Darwin a ama..:-) Quanto as questões, de modo
simplificado:

1 - As plantas produzem oxigenio de dia e o consomem à noite. É aceito
atualmente que grande parte do oxigenio do planeta vem do fito-plancton
marinho e não necessariamente das florestas tropicais (já chamadas de pulmão
do mundo..:-)
http://www.cdcc.sc.usp.br/bio/curio.html
http://www.cnpt.embrapa.br/agromet/climito.html

2 - A radioatividade é derivada do decaimento de elementos quimicos. Urânio,
plutonio, etc, podem ser encontrados na natureza e emitem radiação sem
interferencia humana. Mas o ser humano pode potencializar a emissão de
radiação, fazendo elementos que levariam séculos para decair atinjam massa
critica e produzam uma reação em cadeia nuclear. E há também radiação
cósmica. Procurar por "decaimento de elementos quimicos".
http://www.if.ufrgs.br/tex/fis142/radioatividade/nuclearconc.html

3 - De modo algum. Basta comparar a espectativa de vida de nossos
antepassados com a nossa. Sem antibióticos, viviamos em média 25 a 30 anos.
Depois da descoberta de antibioticos, passamos a mais de 55 rapidamente.
Mesmo com o uso exagerado e incorreto dos antibioticos nas primeiras decadas
após a descoberta, ainda é muito mais vantajoso te-los a disposição que não
te-los. E temos de levar em conta que, em um mundo com as infecções
controladas por antibiotico, é bem menor a chance de ser infectado e
portanto, menor a necessidade de usar os antibioticos (é como viver sem se
vacinar em um mundo de pessoas vacinadas, seguro, mas muito egoista..;-)
Procurar por "espectativa de vida" na Web.
http://veja.abril.com.br/especiais/seculo20/saude.html
http://sites.uol.com.br/mrhunter/aprendiz/expec.htm

4 - A Teoria da Deriva dos Continentes é hoje bem estudada e embasada. É
possível até, com instrumentos de precisão, medir o afastamento das placas,
por exemplo, a costa do Brasil da costa africana. Se fizermos o caminho
inverso e andarmos para traz no tempo, encontraremos um ponto onde um único
grande continente existia, Pangea. E as placas sobre as quais os continentes
atuais se posicionam também são facilmente detectáveis, com uma maior
ocorrência de terremotos e vulcões sobre as linhas divisórias das mesmas.
Recomendo procurar por Alfred L. Wegener na Web e por Deriva dos
Continentes.
http://intermega.com.br/rgregio/deriva%20dos%20continentes.htm

Acho que as perguntas são relativas a discussões com criacionistas
(discussões é eufemismo, tentativa de lavagem cerebral deve ser mais
preciso..;-). As respostas podem ajudar a esclarecer uma mente aberta, mas
podem ser inúteis contra uma fé rígida..:-)

Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist
Sent: Thursday, April 10, 2003 7:57 PM
Subject: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS -


Podem colaborar com as respostas.
Mas, digam-me o que escrevo sobre a tag da assinatura dela?

"Jesus te Ama!"

Agradeço a referência, mas prefiro ser amado na terceira pessoa do singular.
ou
Ei, chega prá lá! Sou heterossexual!

"Deus é Fiel!"

O Gavião também é da Fiel ... e também está sempre entrando bem!
ou
Quem é a esposa dele? Talvez, se eu tivesse uma igual ...
ou
Ele é um ponteiro de balança? Ou de algum medidor analógico?




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Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: stela
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: quinta-feira, 10 de abril de 2003 17:31
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


Boa tarde,

Gostaria de saber sobre estas questões?

As plantas produzem o oxigênio que utilizamos para respirar?

Toda a radioatividade é produzida pelo homem?

Os antibióticos matam tanto os vírus quanto as bactérias!

Os continentes têm mudado sua posição no decorrer dos milênios!

Se vocês poderem me ajudar,

Agradeço desde já.

Stela Próspero
stela@maasociados.com.br
(19) 3255.80.99
Jesus te Ama!
Deus é Fiel!






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SUBJECT: Re: [ciencialist] Matematica do Fisico
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/04/2003 20:41

Olá.


Podiamos propor a mudança para os prefixos gregos, usados para numerar bytes e outras formas de medida. Kilo (como em Kilometro e Kilograma e Kilobyte) para mil, Mega (como em Megabyte e Megawatt) para bilhão, Tera (de terato, monstro/monstruoso) para trilhão e assim por diante. Teriamos então:

Peta 1.000.000.000.000.000

Exa 1.000.000.000.000.000.000

Zetta 1.000.000.000.000.000.000.000

Yotta 1.000.000.000.000.000.000.000.000

Evitaria muita confusão..:-)

Homero

----- Original Message -----
From: Luiz Ferraz Netto
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, April 10, 2003 8:22 PM
Subject: Re: [ciencialist] Matematica do Fisico


Essa questão do 'bilhão', por coincidência ou não, rolou essa semana em outra lista. Em linhas gerais:

um listeiro pergunta:

Surge-me uma dúvida: qual o valor numérico de 1 bilhão?

outro listeiro respponde:

Este termo em Português de Portugal não existe, havendo ainda uma confusão entre Europpa e América do Norte em relação ao termo mais próximo que encontro que será bilião:
Assim:
Europa:
10^3 = mil
10^6 = milhão
10^9 = mil milhões
10^12 = bilião
EUA:
10^3 = mil
10^6 = milhão
10^9 = bilião
10^12 = trilião
E no Brasil?

outra resposta:
Elísio, realmente vocês d´além mar fazem essa distinção. O "mil milhões" de vocês é o nosso "bilhão" e o nosso "trilhão" é o "bilião" de vocês.

Assim:

10^6 = milhão
10^9 = mil milhões = bilhão (BRA)
10^12 = bilião = trilhão (BRA)

Repare que a nossa grafia mantém o "lh" do milhão em todas as unidades mais elevadas. Talvez o melhor fosse usar os sufixos gregos (Mega, Giga, Tera, Peta...) e assim evitar qq dúvida :)

Fiz até dois comentário:

Realmente, aqui no Br a notação é a que vc indicou acima. Tais notações não pertencem ao sistema internacional de unidades e sim os prefixos que vc menciona (M,G,T,P,...). Tais notações só são usadas na linguagem 'vulgar e corrente', típicas de divulgação científica ... não comparecem em textos científicos!

Algo interessante ocorre com a unidade monetária (R$, aqui no Br). Pelo sistema internacional, TODAS as unidades devem ser colocadas após o número de medida (em notação científica); desse modo é correto escrever: 2,0x10^3 R$ (e essa é a notação recomendada, cientificamente) ou, até, 2 000,00 R$ .
Todavia, para as unidades monetárias (por questão de adulteração do valor) aceita-se a colocação da unidade ANTES do valor numérico, e escrevemos, R$ 2,0x10^3 ou R$2.000,00 (aqui, até o ponto separador das ordens de milhares não deveria ser posto!).
Nas questões de vestibular (onde não se cogita da adulteração do valor monetário por parte do aluno) deveria aparecer, em certas questões, 2,00 R$ e não R$ 2,00 , por exemplo.

aquele abraço,
Léo


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Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
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-----Mensagem Original-----
De: "Leonardo Stern" <roxo@gmx.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 10 de abril de 2003 19:37
Assunto: [ciencialist] Matematica do Fisico


Preciso escrever um texto que explique para pessoas que nunca estudaram fisica
ou matematica porque um Físico Classico não aceita os conceitos
probabilisticos da Física Quântica e gosta de um universo determinista.

Acredito que o melhor caminho seja começar falando sobre como o fisico observa
a natureza e como as equações fisicas se relacionam e se ajustam aos
fenomenos observados.

Recorro a lista em busca de textos introdutorios para estas questões para
te-los como referencia e, para conhecer um pouco da visão dos integrantes da
lista a respeito da fisica quantica.

Heisenberg discursa um pouco sobre o tema em seu livro "Fisica e Filosofia"
mas, acredito necessitar de ideias mias introdutorias antes de inserir as
ponderações de Heisenberg :-)

um abraço a todos
Leonardo

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Matematica do Fisico
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/04/2003 22:18


>Surge-me uma dúvida: qual o valor numérico de 1 bilhão?

>outro listeiro respponde:

>Este termo em Português de Portugal não existe,

- Que conversa é essa de não existir no portugues de Portugual ???????
Um bilhão é 10^12 como se exemplifica abaixo.
A convenção é que existe sempre uma categoria "milhares" entre as outras.

Unidade
Milhares [de Unidades] = Mil
Milhões
Milhares de Milhões
Trilhões
Milhares de Trilhões
...

Não se diz Milhares de Unidades por simplificação da linguagem. Mas como se
vê existe uma regra por detrás da numenclatura.
Essa regra não existe nos paises anglo-saxonicos. Tal como nos Estados
Unidos.

> havendo ainda uma confusão entre Europpa e América do Norte em relação ao
termo >mais próximo que encontro que será bilião:
>Assim:
>Europa:
10^3 = mil
10^6 = milhão
10^9 = mil milhões
10^12 = bilião
EUA:
10^3 = mil
10^6 = milhão
"bilhão" e o nosso "trilhão" é o "bilião" de vocês.


>Realmente, aqui no Br a notação é a que vc indicou acima.

Aqui no Brasil usa-se tudo o que é usado nos EUA. Dai a degenerescência
entre o portugues do Brasil e o de Portugal.

Sérgio Taborda


SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - To Takata
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/04/2003 22:41

Oi Takata,
please, envie-me uma série de links para o futuro eng. cuimíco. To cada vez mais atolado de 'serviço' ... e dia 18 é a inauguração da futura maior Feira de Ciências do Brasil, no Parque do Peão de Barretos. [3a feira fiz uma palestra para diretores e professores da área da ciências de toda Barretos ... sucesso! - agora querem que eu dê cursos de 'capacitação', e sei lá o que é isso! Acho que vão me pagar em farads. Artigos continuam firmes no Jornal. Flashes pipocam por todos os lados ... tou ficando moreno!:-)]

aquele abraço,
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Ricardo Vilarinho Franco
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: quinta-feira, 10 de abril de 2003 21:04
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


Olá;

Sou estudante do curso de Engenharia Química na UFU- Universidade Federal de Uberlândia, e estou fazendo uma pesquisa sobre origem do elétron: por quê, como, quando e onde, e tanbém sobre o motivo de a carga do elétron ter sido convencionada negativa. Sei que é um pouco abstrato, mas se trata de um trabalho da matéria de Fundamentos Eletrônicos Gerais, do terceiro ano, e estou tendo dificuldades de encontrar algo substancial. Pesquisei desde de atomística até quântica, e não foi suficiente.
Caso tenha alguma bibliografia relacionada, se puder, envie para tatianavilarinho@yahoo.com.br.

Agradeço a atenção

Tatiana Vilarinho Franco

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Matematica do Fisico
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 10/04/2003 23:11

| Sérgio Taborda
| >Realmente, aqui no Br a notação é a que vc indicou acima.
|
| Aqui no Brasil usa-se tudo o que é usado nos EUA. Dai a degenerescência
| entre o portugues do Brasil e o de Portugal.
|
|
| Essa degenerescência entre os 'português' daqui e dai é boa ou ruim? No meu ponto de vista ambos, o de Camões (Pt) e o do José da Silva (Br) são péssimos, horríveis. Atualmente não sei se 'decoro' as malditas regras ou as exceções.... mas adoro aquela regra do 'não-sei-quem "atrai" objeto direto' :-)
[]'
Léo



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - To Takata
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/04/2003 08:49

Origem dos elétrons? Parece q. surgiu na Era dos Quarks ou um pouco
antes, qdo o universo tinha entre 10^-35 a 10^-6 segundo. Mas eles
tornaram-se abundantes mesmo por volta de 10^-4 segundo, qdo os
elétrons e pósitrons trombavam com prótons e nêutrons transformando
um próton em um nêutron e vice-versa, liberando energia q. produziria
novos elétrons (Era dos Léptons).

Origin of Matter; the First Minute of the Universe
http://www.hwr.arizona.edu/nats101/CDs/trst/Cosmology/cosmo1.html

A Layman's Look at the First Three Minutes (adapting Ferris to
Weinberg's account)
http://courses.smsu.edu/edc113f/FirstThreeMinutes.html

Mas sobre a origem histórica do conceito do elétron:

The discovery of the electron
http://www.aip.org/history/electron/

Electron Discovey
http://gaia.fc.peachnet.edu/tutor/Disc-of-Electron-Intro.html

Electron
http://encarta.msn.com/encnet/refpages/RefArticle.aspx?refid=761558264
http://encarta.msn.com/encnet/refpages/RefArticle.aspx?
refid=761558264&pn=1#s7

Qto 'a origem do nome: elétron foi um conceito teórico inventado por
G. Johnstone Stoney para designar a unidade de carga q. era obtida
nos experimentos eletrolíticos -- seria a unidade de carga elétrica.
Eletricidade por sua vez deriva de elektron, âmbar, q. era um dos
materiais utilizados nos experimentos de triboeletricidade: os
gregos, notadamente, Tales de Mileto, observou ha' mais de 2500 anos
q. o âmbar esfregado adquiria a propriedade de atrair pequenos
objetos. Se o fenômeno da eletricidade estática fosse descoberto
hoje, talvez o elétron se chamasse: tampinha da caneta Bic.

Qto 'a convecao de se atribuir ao elétron carga negativa, isso se
deve ao titio Benjamin Franklin. Ele observou q. as cargas elétricas
eram de dois tipos, um como a carga adquirida por um bastão de vidro
esfregado e outro por um bastão de resina endurecida friccionada.
Como tinham propriedades opostas, chamou um de positivo e outro de
negativo. Calhou de chamar a carga 'resinosa' de negativa.

E o elétron tem a propriedade correspondente a essa carga 'resinosa'.

http://encarta.msn.com/encnet/refpages/RefArticle.aspx?
refid=761566543&pn=5#s40

(Vai tudo em inglês, q. pelo menos terá o trabalho de traduzir pro
português. A história do elétron pode ser encontrada em qq livro de
Química ou Física na biblioteca da UFU -- as federais vão mal, mas
ainda possuem biblioteca.)

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
> -----Mensagem Original-----
> De: Ricardo Vilarinho Franco
> Sou estudante do curso de Engenharia Química na UFU- Universidade
Federal de Uberlândia, e estou fazendo uma pesquisa sobre origem do
elétron: por quê, como, quando e onde, e tanbém sobre o motivo de a
carga do elétron ter sido convencionada negativa. Sei que é um pouco
abstrato, mas se trata de um trabalho da matéria de Fundamentos
Eletrônicos Gerais, do terceiro ano, e estou tendo dificuldades de
encontrar algo substancial. Pesquisei desde de atomística até
quântica, e não foi suficiente.
> Caso tenha alguma bibliografia relacionada, se puder, envie para
tatianavilarinho@y...




SUBJECT: Bate-papo cabeca
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/04/2003 11:23

A próxima sessão de bate-papo (em inglês) com cientistas do Fermilab
será dia 6 de maio, a partir das 22h00 (horário de Brasília). Anotem
na agenda os q. gostam de Física de Partículas e temas correlatos.

http://www.fnal.gov/pub/inquiring/virtual/

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Bate-papo cabeca
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/04/2003 12:23

Pra quem não quer esperar tto tempo tem palestra *hoje* com cientista
do Instituto de Fisica Teorica da Unesp:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u8842.shtml
-----------------------
11/04/2003 - 11h40
Físico da Unesp fala hoje sobre as partículas
da Folha de S.Paulo

O Instituto de Física Teórica da Unesp e a Folha promovem hoje a
palestra "A Aventura das Partículas Elementares", com Adriano Natale,
professor titular do IFT-Unesp.

O evento, gratuito, será no auditório do IFT (r. Pamplona, 145, São
Paulo), às 18h30.

As reservas podem ser feitas pelo telefone 0/xx/11/3177-9029, das 9h
às 17h. Mais informações no site www.ift.unesp.br.
---------------------------

[]s,

Roberto Takata


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> A próxima sessão de bate-papo (em inglês) com cientistas do
Fermilab
> será dia 6 de maio, a partir das 22h00 (horário de Brasília).
Anotem
> na agenda os q. gostam de Física de Partículas e temas correlatos.
>
> http://www.fnal.gov/pub/inquiring/virtual/
>
> []s,
>
> Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Bate-papo cabeca
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/04/2003 13:01

-----Mensagem Original-----
De: <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 11 de abril de 2003 12:23
Assunto: [ciencialist] Re: Bate-papo cabeca


>Pra quem não quer esperar tto tempo tem palestra *hoje* com cientista
do Instituto de Fisica Teorica da Unesp:<

>Físico da Unesp fala hoje sobre as partículas da Folha de S.Paulo<

Ora, as partículas da Folha de S.Paulo são de papel, celulose. O tema é sobre 'reciclagem'?

[]'
Léo
PS: grato pelas respostas 'eletrons e Cia'.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Matematica do Fisico
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/04/2003 13:12



| Sérgio Taborda
| >Realmente, aqui no Br a notação é a que vc indicou acima.
|
| Aqui no Brasil usa-se tudo o que é usado nos EUA. Dai a degenerescência
| entre o portugues do Brasil e o de Portugal.
|
|
| Essa degenerescência entre os 'português' daqui e dai é boa ou ruim?

Não sei se é boa ou ruim, mas é no minimo incómoda.
Enquanto se tenta convencer os estados unidos e inglaterra a asssinar o
convenio do SI, vcs por aqui andam a usar imensos padrões diferentes. Isso é
primeiramente chato , e depois anti-economico. Por exemplo, tem umas tomadas
telefonicas que não são formato RJ11, mas todos os telefones modernos e
modens de pc têm esse formato. Então tem que usar um maldito de um adptador,
quando seria muito mais eficaz obrigar a um padrão economicamente util ,
neste caso o RJ11. Assim como a rede electrica de 110V .. é preciso adptar
todos os electrodomesticos e demais aparatos para que funcionem
correctamente,ou ter transformadores ambivalentes... pois nunca se sabe.
O cumulo é ter na mesma casa uma instalação 110V e outra 220V ... mais uma
vez não é eficaz.
O caso dos biliões é um bocado identico. Quando um norte americano fala em
biliões a gente ja sabe que deve entender "unidade a seguir ao milhão" mas
quando um brasileiro fala biliões o que a gente deve entender ? Esta
miscelânia de padrões não trás nada senão problemas que seriam muito
simplificados com o uso de 1 so padrao.
Por outro lado, eu tenho visto muitas empressas que se dizem certificadas
pela ISO 9001 , supondo que elas não estão mentindo, acho isso muito bom, pq
mostra que existe uma vontade de ter qualidade (mesmo que essa vontade seja
motivada pelo dinheiro ou pela concorrencia)
E isso é bom!
Mas fica dificil entender algumas coisas quando se fala portugues e se usa o
padrão americano. (no limite chegam a chamar plug em vês de tomada ou
terminal, ou qq outro termo português equivalente...ai acho que já é
demais.)


Sérgio Taborda


SUBJECT: Re: Matematica do Fisico
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/04/2003 13:50

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Sergio M M Taborda"
> O caso dos biliões é um bocado identico. Quando um norte americano
> fala em biliões a gente ja sabe que deve entender "unidade a seguir
> ao milhão" mas quando um brasileiro fala biliões o que a gente deve
> entender ?

Oras, simples. No Brasil, bilhão equivale a 1.000.000.000 unidades ou
10^9. Isso não varia por aqui. Se está a reclamar q. em Portugal
bilião equivale a 1.000.000.000.000 ou 10^12 unidades. Bem, a culpa
não é então brasileira. Se se aceita q. no EUA million equivalha a
10^9, eqto q. no RU seja 10^12, p q. amaldiçoar o Brasil (ou
Portugal) pela diferença entre bilhão e bilião?

Sycophant em inglês é bajulador, sicofanta em português e'
caluniador. Embora sykophántes no original em grego fosse o delator
de exportação ilegal de figos.

Bizarre em inglês e' estranho, bizarro em português é elegante. Eqto
q. bizarro no original em espanhol seja valente, generoso.

Banheiro por cá é o quarto de banho em Portugal, banheiro em Portugal
e' o salva-vidas nas praias brazucas.

A língua evolui e se adapta às necessidades locais.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Matematica do Fisico
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/04/2003 13:58

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
> Se se aceita q. no EUA million equivalha a 10^9
^billion

> Banheiro por cá é o quarto de banho em Portugal, banheiro em
> Portugal e' o salva-vidas nas praias brazucas.

E bathroom nos Esteites e bathroom nas bandas da rainha têm
conotações ligeiramente diferentes (embora não tto qto no caso do
banheiro) -- com os ingleses sendo mais literais.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: ADN reprodutivo não é obra s ó do acaso estatístico
FROM: "Watson Fernando" <watson@lmn.con.ufrj.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/04/2003 15:07

Lígia, Takata,

Voces acertaram na mosca, era só colocar o "l" no final do endereço.
Em compensação, nos dois links que procurei acessar do dito artigo, apareceu a
mensagem "page not found".

Obrigado pela ajuda

[]s


Watson



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Matematica do Fisico
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/04/2003 15:09

OK, o recado está dado !

Daqui para frente, utilizarei prefixos gregos e notação científica sempre
que possível ! :-D

Abraços,
Daniel



SUBJECT: Re: Matematica do Fisico
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/04/2003 15:12

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Daniel Bezerra"
> Daqui para frente, utilizarei prefixos gregos e notação científica
> sempre que possível ! :-D

O que significará q. a MegaSena passara' a exigir um acerto de 6x10^6
números. E um meganha será 1.000.000 de 'nhas'.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Matematica do Fisico
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/04/2003 15:33

Por isso disse sempre que possível.

Abraços,
Daniel


----- Original Message -----
From: <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, April 11, 2003 3:12 PM
Subject: [ciencialist] Re: Matematica do Fisico


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Daniel Bezerra"
> Daqui para frente, utilizarei prefixos gregos e notação científica
> sempre que possível ! :-D

O que significará q. a MegaSena passara' a exigir um acerto de 6x10^6
números. E um meganha será 1.000.000 de 'nhas'.

[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Matematica do Fisico
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/04/2003 17:14

Faltou um sorriso ";)" na mensagem anterior, pessoal... antes que alguém
pense que não levei na esportiva! ;-)

Abraços,
Daniel


----- Original Message -----
From: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, April 11, 2003 3:33 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Matematica do Fisico


> Por isso disse sempre que possível.
>
> Abraços,
> Daniel
>
>
> ----- Original Message -----
> From: <rmtakata@altavista.net>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Friday, April 11, 2003 3:12 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Matematica do Fisico
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Daniel Bezerra"
> > Daqui para frente, utilizarei prefixos gregos e notação científica
> > sempre que possível ! :-D
>
> O que significará q. a MegaSena passara' a exigir um acerto de 6x10^6
> números. E um meganha será 1.000.000 de 'nhas'.
>
> []s,
>
> Roberto Takata
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>
>
> ##### ##### #####
> VISITE a pagina de apoio a Ciencialist
> http://www.ciencialist.hpg.com.br
> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
> ##### ##### ##### ##### #####
>
> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
http://br.yahoo.com/info/utos.html
>
>



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Matematica do Fisico
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/04/2003 21:41


----- Original Message -----
From: <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, April 11, 2003 1:50 PM
Subject: [ciencialist] Re: Matematica do Fisico


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Sergio M M Taborda"
>> O caso dos biliões é um bocado identico. Quando um norte americano
>> fala em biliões a gente ja sabe que deve entender "unidade a seguir
>> ao milhão" mas quando um brasileiro fala biliões o que a gente deve
>> entender ?

>Oras, simples. No Brasil, bilhão equivale a 1.000.000.000 unidades ou
>10^9. Isso não varia por aqui.
>Se está a reclamar q. em Portugal
>bilião equivale a 1.000.000.000.000 ou 10^12 unidades. Bem, a culpa
>não é então brasileira. Se se aceita q. no EUA million equivalha a
>10^9, eqto q. no RU seja 10^12, p q. amaldiçoar o Brasil (ou
>Portugal) pela diferença entre bilhão e bilião?

Ninguem amaldiçoou nada.
Mas que é enificiente usar nomenclaturas diferentes, é.
E pela mesma razão que os amaericanos são diferentes do ingleses (ex-colonia
etc e tal) vai que é por isso que os brasileiros são diferentes dos
portugueses... e se juntam aos americanos, fazendo da mesma forma que eles
fazem ( como se alguem lhes agradecesse por isso)


>A língua evolui e se adapta às necessidades locais.

E qual seria então a necessidade de usar um nome que equivale a um numero
menor mas que tem o mesmo som de "grandeza" ?


Sérgio Taborda


SUBJECT: Encontro do 4º Aniversário da STR
FROM: "Leo Vines <str@str.com.br>" <str@str.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 11/04/2003 22:36

Prezados,

Em maio estaremos comemorando os 4 anos de existência da ONG
Sociedade da Terra Redonda. Convidamos todos os membros e visitantes
a participarem do encontro de celebração, que será realizado no
próximo dia 10 de maio (sábado) no Planetário Mundo Estelar em São
Paulo, que fica à Rua Huet Bacelar, 407 - Ipiranga.

Às 18h se inicia o encontro, com a palestra "ceticismo vs.
misticismo", ministrada pelo presidente da STR, Leo Vines. Seguindo,
às 20h, teremos uma apresentação sobre "astronomia e física" do
próprio planetário. Após teremos, entre os presentes, um debate
sobre "ateísmo e religião", na pizzaria do planetário. A entrada
custará R$ 10,00. Descontos especiais para Membros Associados (
http://str.com.br/Membros ) com carteirinha, de acordo com a
categoria de associação.

Mais informações com Leo Vines ( Vines@str.com.br ) pelo telefone
(21) 9116-8427 ou com Daniel Sottomaior ( Sottomaior@str.com.br )
pelo telefone (11) 9388-4746. Outras atrações serão divulgadas em
breve, visite nossa página na Internet (
http://str.com.br/principal.php#Aniversario ) para saber mais.
Compareça e traga seus amigos! Agradecemos a participação e
colaboração de todos que contribuiram para esses quatro anos de
sucesso.

Atenciosamente,
Leo Vines, Presidente
Vines@str.com.br
Sociedade da Terra Redonda
"Porque concluir é melhor que acreditar."

---

Esta mensagem foi enviada pois você registrou-se como Membro (
http://str.com.br/Membros ) da Sociedade da Terra Redonda ou faz
parte das principais listas de ateísmo, ceticismo e ciência na língua
portuguesa. Caso não queira mais receber nossos informes diretamente
por e-mail, envie mensagem para Str@str.com.br com o
título "Remover". Pedimos desculpas aos cadastrados em mais de uma
lista pelas mensagens repetidas.



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Matematica do Fisico
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 11/04/2003 22:40

>SÉRGIO TABORDA: E pela mesma razão que os amaericanos são diferentes do
ingleses (ex-colonia etc e tal) vai que é por isso que os brasileiros
são diferentes dos portugueses... e se juntam aos americanos, fazendo da
mesma forma que eles fazem (como se alguem lhes agradecesse por isso)<

Sérgio,

Você tem razão. Os brasileiros são diferentes dos portugueses. Mas não
muito. Antes de conhecer Portugal eu ainda acreditava na história que me
contavam na escola, de que o Brasil inicialmente sofreu a influência de
três raças. Mais tarde, chegaram no sul do país os imigrantes italianos
e alemães. E depois os japoneses, etc, etc. Tudo besteira. O Brasil é um
imenso Portugal.

Visitar Portugal foi, para mim, descobrir as raízes do nosso atraso.
Conheço muito bem a terrinha. Tudo igualzinho a uma cidade do interior
do Brasil. As mesmas casinhas mal cuidadas, as mesmas plantas no jardim,
o mesmo mato no quintal, o mesmo ritmo mole. Também a mesma mania de
grandeza, a coisa do "você sabe com quem está falando?", a busca
desesperada do status social sem o correspondente esforço, a corrupção,
a falta de ambição intelectual. Morei um tempo no Canadá. O país é um
imenso laboratório cultural. Italianos, chineses, europeus do leste,
etc, que chegaram recentemente ao país - alguns em situação bem
desfavorável - já tinham filhos na universidade, já atuavam na política,
já eram empresários de tecnologia. Os portugueses, que chegaram muito
antes, servem mesa nos restaurantes até a quinta geração. Uma amiga
minha - candidata ao doutorado na Universidade de Toronto - escondia que
era de família portuguesa, tal o preconceito contra a etnia. Há
pouquíssimos portugueses na universidade, embora sejam a quarta colonia
em tamanho na cidade de Toronto.

Em 1990, em Lisboa, eu vi as senhoras da classe média portuguesa indo à
feira com a empregada uniformizada a carregar a sacola de compras. Não
fica bem para a patroa carregar sacola. A mesma coisa acontecia no sul
do Brasil, só que nos anos 50. Talvez aconteça ainda no Nordeste
brasileiro, onde a influência portuguesa foi mais intensa e não foi
temperada por outras culturas européias. A mentalidade tradicional
portuguesa não é progressista.

Quanto à língua, as diferenças são poucas. Vocês têm Eça de Queiroz, nós
temos Machado de Assis. Não é nossa culpa que Machado foi o único
romancista de língua portuguêsa a ser incluido na "Genius" do crítico
Harold Bloom. Os brasileiros preferem usar o verbo no gerúndio e os
portugueses no infinitivo. A grafia de algumas palavras é diferente e
também o uso dos pronomes de tratamento. É só. A importância de um
dialeto é proporcional ao número de falantes e à influência cultural do
país, e não tem relação com a antiguidade deste. Nesse aspecto, o
português brasileiro é muitíssimo mais conhecido do que o de Portugal.
As novelas da Globo não me deixam mentir.

O português de Portugal tem tantos estrangeirismos como o do Brasil, só
que são diferentes. Vocês dizem "ecrã" em vez de tela, "morgue" em vez
de necrotério, "tablier" em vez de painel, "biberão" em vez de
mamadeira, "betão" em vez de concreto. Algumas pessoas chegam a dizer
"aparcar" em vez de estacionar.

Por sorte, ninguém no Brasil vai com o puto ao médico para levar uma
pica no cu.(*)

Um abraço,
Colucci

(*) Antes de me acusar de escrever baixarias nesta lista tão séria, você
brasileiro que me lê, peça ajuda a um português para traduzir essa
frase.





SUBJECT: Re: Matematica do Fisico
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/04/2003 00:39

Colucci,

Obrigada por traduzir tão bem o que existe de mais português na
cultura brasileira. E de pensar que se eu estivesse em alguma lista
portuguesa, conforme a Dra. Natália d'além mar, eu "já teria levado
um pontapé ao fundo das costas que sairia da lista a pedais"... :))

Beijos, Lígia

***********************************

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Jose Colucci Jr."
<j.colucci@r...> escreveu
> >SÉRGIO TABORDA: E pela mesma razão que os amaericanos são
diferentes do
> ingleses (ex-colonia etc e tal) vai que é por isso que os
brasileiros
> são diferentes dos portugueses... e se juntam aos americanos,
fazendo da
> mesma forma que eles fazem (como se alguem lhes agradecesse por
isso)<
>
> Sérgio,
>
> Você tem razão. Os brasileiros são diferentes dos portugueses. Mas
não
> muito. Antes de conhecer Portugal eu ainda acreditava na história
que me
> contavam na escola, de que o Brasil inicialmente sofreu a
influência de
> três raças. Mais tarde, chegaram no sul do país os imigrantes
italianos
> e alemães. E depois os japoneses, etc, etc. Tudo besteira. O Brasil
é um
> imenso Portugal.
>
> Visitar Portugal foi, para mim, descobrir as raízes do nosso atraso.
> Conheço muito bem a terrinha. Tudo igualzinho a uma cidade do
interior
> do Brasil. As mesmas casinhas mal cuidadas, as mesmas plantas no
jardim,
> o mesmo mato no quintal, o mesmo ritmo mole. Também a mesma mania de
> grandeza, a coisa do "você sabe com quem está falando?", a busca
> desesperada do status social sem o correspondente esforço, a
corrupção,
> a falta de ambição intelectual. Morei um tempo no Canadá. O país é
um
> imenso laboratório cultural. Italianos, chineses, europeus do leste,
> etc, que chegaram recentemente ao país - alguns em situação bem
> desfavorável - já tinham filhos na universidade, já atuavam na
política,
> já eram empresários de tecnologia. Os portugueses, que chegaram
muito
> antes, servem mesa nos restaurantes até a quinta geração. Uma amiga
> minha - candidata ao doutorado na Universidade de Toronto -
escondia que
> era de família portuguesa, tal o preconceito contra a etnia. Há
> pouquíssimos portugueses na universidade, embora sejam a quarta
colonia
> em tamanho na cidade de Toronto.
>
> Em 1990, em Lisboa, eu vi as senhoras da classe média portuguesa
indo à
> feira com a empregada uniformizada a carregar a sacola de compras.
Não
> fica bem para a patroa carregar sacola. A mesma coisa acontecia no
sul
> do Brasil, só que nos anos 50. Talvez aconteça ainda no Nordeste
> brasileiro, onde a influência portuguesa foi mais intensa e não foi
> temperada por outras culturas européias. A mentalidade tradicional
> portuguesa não é progressista.
>
> Quanto à língua, as diferenças são poucas. Vocês têm Eça de
Queiroz, nós
> temos Machado de Assis. Não é nossa culpa que Machado foi o único
> romancista de língua portuguêsa a ser incluido na "Genius" do
crítico
> Harold Bloom. Os brasileiros preferem usar o verbo no gerúndio e os
> portugueses no infinitivo. A grafia de algumas palavras é diferente
e
> também o uso dos pronomes de tratamento. É só. A importância de um
> dialeto é proporcional ao número de falantes e à influência
cultural do
> país, e não tem relação com a antiguidade deste. Nesse aspecto, o
> português brasileiro é muitíssimo mais conhecido do que o de
Portugal.
> As novelas da Globo não me deixam mentir.
>
> O português de Portugal tem tantos estrangeirismos como o do
Brasil, só
> que são diferentes. Vocês dizem "ecrã" em vez de tela, "morgue" em
vez
> de necrotério, "tablier" em vez de painel, "biberão" em vez de
> mamadeira, "betão" em vez de concreto. Algumas pessoas chegam a
dizer
> "aparcar" em vez de estacionar.
>
> Por sorte, ninguém no Brasil vai com o puto ao médico para levar uma
> pica no cu.(*)
>
> Um abraço,
> Colucci
>
> (*) Antes de me acusar de escrever baixarias nesta lista tão séria,
você
> brasileiro que me lê, peça ajuda a um português para traduzir essa
> frase.



SUBJECT: teste... deletem.
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/04/2003 01:48





SUBJECT: Re: Matematica do Fisico
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br> <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/04/2003 06:56

Salve, Colucci!

Colucci: Visitar Portugal foi, para mim, descobrir as raízes do nosso
atraso. Conheço muito bem a terrinha. Tudo igualzinho a uma cidade do
interior do Brasil. As mesmas casinhas mal cuidadas, as mesmas
plantas no jardim, o mesmo mato no quintal, o mesmo ritmo mole.

Manuel: Pô, Colucci, até parece que você está escrevendo um poema.
Tanto que, ao lê-lo, lembrei-me de um clássico da MPB. É mais ou
menos assim: A mesma praça/o mesmo banco/as mesmas flores/o mesmo
jardim/tudo é igual/mas estou triste/porque não tenho/você perto de
mim.

Não sou um reacionário. Até me considero um progressista. Mas nesta
briga do Progresso contra a Tradição, a minha posição é a de um
conciliador que tenta preservar não o passado pelo passado, mas
a 'continuidade' histórica, a unidade dialética da eternidade com a
modernidade sem a qual perde-se algo que julgo vital: o senso de
identidade. Por isso, sigo a filosofia da Fiat: em vez de fazer a
apologia das avenidas largas, prefiro pensar em automóveis
cujos 'desenhos' se adaptam perfeitamente às ruas e vielas estreitas
das cidades eternas: Roma, Nápoles, etc.

Algo me diz que você compartilha comigo um pouco deste sentimento. :-)

Colucci: Também a mesma mania de grandeza, a coisa do "você sabe com
quem está falando?", a busca desesperada do status social sem o
correspondente esforço, a corrupção, a falta de ambição intelectual.

Manuel: Portugal reproduziu em suas colônias a estrutura feudal que
lhe era peculiar: sociedade estamental em que as pessoas são
valorizadas não por si mesmas, mas segundo a posição que ocupam
dentro da comunidade e na pirâmide social. Nesta comunidade, não há o
Manuel, o Antônio e o Joaquim, mas o "abade" Manuel, o "alferes"
Antônio e o "artífice" Joaquim. Eu sou o cargo que ocupo ou a função
que desempenho. À margem do meu papel ou posição social, não sou
nada. É o que explica essas expressões correntes: "você sabe com quem
está falando?", "quem você pensa que é?" - o pior são
as "carteiradas". Semana passada, aqui em Fortaleza, um juiz do
trabalho foi a uma loja reclamar de um cartuxo de impressora que
havia comprado. Como a vendedora não foi suficientemente humilde,
isto é, por não ter ela se curvado diante da "vaca sagrada", o
ilibado juiz segurou-a pelo pescoço e esfregou no rosto da moça a sua
carteira de magistrado. Como o Brasil não é mais uma república de
bananas, o Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Federal apareceu, no dia
seguinte, na página policial de todos os jornais locais. Na condição
de vilão e de meliante, é claro, re re!

A colonização dos Estados Unidos foi diferente. Os primeiros colonos
eram fugitivos da Inglaterra por razões religiosas. Eram protestantes
e estes, ao contrário dos católicos, estão sós diante de Deus, isto
é, não há, entre um puritano e Deus, nenhuma autoridade (o pastor é
apenas um "primus inter paris"). Significa dizer que, de acordo com
as seitas protestantes, não há uma razão divina a justificar uma
hierarquia eclesiástica, de modo que, perante Deus, todos os homens
são, a princípio, iguais.

Alexis de Tocqueville escreveu que a democracia americana é o
resultado de uma crença muito disseminada entre os americanos: a
crença segundo a qual "todas as profissões são igualmente dignas".
Talvez porque todos os homens são, de acordo com esta crença, iguais
diante deste conceito de absoluto conhecido pelo cognome de "Deus".

Colucci: Em 1990, em Lisboa, eu vi as senhoras da classe média
portuguesa indo à feira com a empregada uniformizada a carregar a
sacola de compras. Não fica bem para a patroa carregar sacola. A
mesma coisa acontecia no sul do Brasil, só que nos anos 50. Talvez
aconteça ainda no Nordeste brasileiro, onde a influência portuguesa
foi mais intensa e não foi temperada por outras culturas européias. A
mentalidade tradicional portuguesa não é progressista.

Manuel: Eu, como cearense, pertenço a este Brasil profundo que quase
não foi afetado pelas levas de emigrantes da Itália, da Espanha, da
Alemanha, da Polônia e do Japão. A esta mistura arcaica de português,
índio e negro, Rachel de Queiroz deu o nome de "brasileiro
autóctone". Bem, acho que sou isso.:-)

Um abraço,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Matematica do Fisico
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br> <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/04/2003 08:29

Olá,

> Colucci: Em 1990, em Lisboa, eu vi as senhoras da classe média
> portuguesa indo à feira com a empregada uniformizada a carregar a
> sacola de compras. Não fica bem para a patroa carregar sacola. A
> mesma coisa acontecia no sul do Brasil, só que nos anos 50. Talvez
> aconteça ainda no Nordeste brasileiro, onde a influência portuguesa
> foi mais intensa e não foi temperada por outras culturas européias.

Manuel: Aqui em Fortaleza eu não vejo, em verdade "nunca vi", esse
tipo de relação entre senhoras de classe média e suas empregadas. Por
estas plagas, o que é normal é marido e mulher fazendo compras: a
mulher coletando os alimentos e o homem empurrando o carrinho e
reclamando, é claro.

[]s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: Bate-papo cabeca
FROM: Maria Natália <gogul@megamail.pt> <gogul@megamail.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/04/2003 09:46

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> A próxima sessão de bate-papo (em inglês) com cientistas do
Fermilab
> será dia 6 de maio, a partir das 22h00 (horário de Brasília).
Anotem
> na agenda os q. gostam de Física de Partículas e temas correlatos.
>
> http://www.fnal.gov/pub/inquiring/virtual/
>
> []s,
>
> Roberto Takata



SUBJECT: Re: Bate-papo cabeca
FROM: Maria Natália <gogul@megamail.pt> <gogul@megamail.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/04/2003 09:46

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> A próxima sessão de bate-papo (em inglês) com cientistas do
Fermilab
> será dia 6 de maio, a partir das 22h00 (horário de Brasília).
Anotem
> na agenda os q. gostam de Física de Partículas e temas correlatos.
>
> http://www.fnal.gov/pub/inquiring/virtual/
>
> []s,
>
> Roberto Takata



SUBJECT: Re: Bate-papo cabeca
FROM: Maria Natália <gogul@megamail.pt> <gogul@megamail.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/04/2003 09:49

Obrigada pela dica.
Serve para Homens de CIÊNCIA
Agora vão os nossos associados de 12 e 13 anos fazer a conversão das
horas.
Maria Natália


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> A próxima sessão de bate-papo (em inglês) com cientistas do
Fermilab
> será dia 6 de maio, a partir das 22h00 (horário de Brasília).
Anotem
> na agenda os q. gostam de Física de Partículas e temas correlatos.
>
> http://www.fnal.gov/pub/inquiring/virtual/
>
> []s,
>
> Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Matematica do Fisico
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/04/2003 11:15




>SÉRGIO TABORDA: E pela mesma razão que os amaericanos são diferentes do
ingleses (ex-colonia etc e tal) vai que é por isso que os brasileiros
são diferentes dos portugueses... e se juntam aos americanos, fazendo da
mesma forma que eles fazem (como se alguem lhes agradecesse por isso)<

Sérgio,

>Você tem razão. Os brasileiros são diferentes dos portugueses. Mas não
>muito. Antes de conhecer Portugal eu ainda acreditava na história que me
>contavam na escola, de que o Brasil inicialmente sofreu a influência de
>três raças. Mais tarde, chegaram no sul do país os imigrantes italianos
>e alemães. E depois os japoneses, etc, etc. Tudo besteira. O Brasil é um
>imenso Portugal.

Eu estava falando de padrões e uniformização internacional dos mesmos.
Mas parece que vc está falando de algo diferente....
Eu que estou no Brasil tb acho que o Brasil é um imenso Portugual.


>Visitar Portugal foi, para mim, descobrir as raízes do nosso atraso.
>Conheço muito bem a terrinha. Tudo igualzinho a uma cidade do interior
>do Brasil. As mesmas casinhas mal cuidadas, as mesmas plantas no jardim,
>o mesmo mato no quintal, o mesmo ritmo mole. Também a mesma mania de
>grandeza, a coisa do "você sabe com quem está falando?", a busca
>desesperada do status social sem o correspondente esforço, a corrupção,
>a falta de ambição intelectual.

Eu gostaria de saber que terrinha vc visitou...

Morei um tempo no Canadá. O país é um
imenso laboratório cultural. Italianos, chineses, europeus do leste,
etc, que chegaram recentemente ao país - alguns em situação bem
desfavorável - já tinham filhos na universidade, já atuavam na política,
já eram empresários de tecnologia. Os portugueses, que chegaram muito
antes, servem mesa nos restaurantes até a quinta geração. Uma amiga
minha - candidata ao doutorado na Universidade de Toronto - escondia que
era de família portuguesa, tal o preconceito contra a etnia. Há
pouquíssimos portugueses na universidade, embora sejam a quarta colonia
em tamanho na cidade de Toronto.

E vc acha que isso é culpa de Portugual ?
Existem emigrantes Portugueses em quase todos os paises do mundo. A
população de origem portuguesa no luxamburgo é maior que a população nativa
do pais. E daí ?
Não é por serem mais que são mais importantes.


>Em 1990, em Lisboa, eu vi as senhoras da classe média portuguesa indo à
>feira com a empregada uniformizada a carregar a sacola de compras.

Isso é interessante, pois eu vivi muitos anos em Lisboa e nunca vi sequer
uma empregada uniformizada, muito menos carregando algo.

> Não fica bem para a patroa carregar sacola. A mesma coisa acontecia no sul
do Brasil, só que nos anos 50.

Bom, eu já vi aconrecer por aqui.
Afinal, não é assim tão difierente. E não percebo onde queres chegar com
esta conversa.

>Talvez aconteça ainda no Nordeste
>brasileiro, onde a influência portuguesa foi mais intensa e não foi
>temperada por outras culturas européias. A mentalidade tradicional
>portuguesa não é progressista.

Ah! é dor de cotovelo. Bem, ai não posso fazer nada.

Quanto à língua, as diferenças são poucas. Vocês têm Eça de Queiroz, nós
temos Machado de Assis. Não é nossa culpa que Machado foi o único
romancista de língua portuguêsa a ser incluido na "Genius" do crítico
Harold Bloom. Os brasileiros preferem usar o verbo no gerúndio e os
portugueses no infinitivo. A grafia de algumas palavras é diferente e
também o uso dos pronomes de tratamento. É só. A importância de um
dialeto é proporcional ao número de falantes e à influência cultural do
país, e não tem relação com a antiguidade deste. Nesse aspecto, o
português brasileiro é muitíssimo mais conhecido do que o de Portugal.
As novelas da Globo não me deixam mentir.

O português de Portugal tem tantos estrangeirismos como o do Brasil, só
que são diferentes. Vocês dizem "ecrã" em vez de tela, "morgue" em vez
de necrotério, "tablier" em vez de painel, "biberão" em vez de
mamadeira, "betão" em vez de concreto. Algumas pessoas chegam a dizer
"aparcar" em vez de estacionar.

Não estavam em causa os estrangeirismos, mas as convenções.
A palavra "bilhão" é a mesma. E tem uma origem igual tanto no brasil como em
portugual, como em angola, ou moçambique ou timor, ou são tomé e principe ou
qq outro pais que fale português. Mas é o significado que é diferente.
Não estou preocupado , nem esse era o assunto, o diferente significados das
palavras, mas o diferente significado de um palavra em concreto, que como é
usada no mesmo contexto , cria disparidades.
Tb não estou a falar das diferenças das traduções brasileiras e portuguesas.
Eletron (que é igualzinho ao ingles) proton, ... que eu saiba , em portugues
as palavras não acabam em "n"
Ou outras como hormonio, comosssomo.... essas diferenças não são
importantes. As pessoas entendem a mesma coisa, lendo a versão brasileira ou
a portuguesa (electrão, protão, hormona e cromossoma) ... mas bilhão... ai a
coisa é bem diferente.
Um bilião de reais é muito dinheiro. Mas em portugual seria ainda mais.
Um bilião de euros é muito dinherio, mas no brasil seria menos.

É só isso de que se falava, e não da recalcada descendencia portuguesa do
brasil.

>Por sorte, ninguém no Brasil vai com o puto ao médico para levar uma
>pica no cu.(*)

Já que aparece tantas vezes essa palavra como simbolo de diferença, deixa-me
dizer que em protugual "cu" significa o mesmo que aqui. A diferença não está
ai. A diferença está no facto de significar AINDA "nadga". E é com este
sentido que se diz que se levou uma pica -termo que significa injecção e é
usado em linguagem de criança- no cu (na nadga).
Não é por acaso que o portugues de portugual é tão pouco conhecido e
utilizado. É por que nele as palavras têm normalmente mais do que um
significado, enquanto que no brasil se elas têm mais do que um significado
normalmente é um significado ligado com os orgãos genitais.
Outra coisa que leva o protugues do brasil a ser mais conhecido é a sua mais
facil pernuncia.
Enquanto que um portugues pode falar como os brasileiros lendo todas as
vogais textualmente, é muito mais dificil um brasileiro ler como os
portugueses.
Paras os estrageiros é muito mais facil falar brasileiro pq é muito mais
natural ler um "a" e dizer um "a" do que ter que dar uma tonalidade
diferente ao som do "a".

Sérgio Taborda




SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -PTICA
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/04/2003 11:29

Alguma inventividade nova para essa determinação?
[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: ROBERTO
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sábado, 12 de abril de 2003 13:26
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -ÓPTICA


SOU ALUNO UNIVERSITARIO DO 1 CICLO DE MATEMÁTICA E PRECISO DEMONSTRAR EM AULA COMO MEDIR A VELOCIDADE DA LUZ.
GOSTARIA DE CONTAR COM SUA AJUDA PARA ESSE PROJETO.
ATENCIOSAMENTE:

ROBERTO

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Dos USA with love
FROM: Maria Natália <gogul@megamail.pt> <gogul@megamail.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/04/2003 12:03

Galileu: Great Mind
Einstein: Genius Mind
Newton: Extraordinary Mind
Bill Gates: Brilliant Mind
Bush: never mind.

no dia em que foram roubadas peças preciosas do Museu de Bagdad.
Maria Natália
Recordando a queima da biblioteca de Alexandria



SUBJECT: MCT
FROM: "Silvio Cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <noosfera@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 12/04/2003 15:03

transcrevo:

O sucateamento da ciência brasileira, artigo de Rogério Cezar de Cerqueira Leite

O MCT, desde sua criação, nunca fora objeto de troca no tabuleiro da política partidária

Rogério Cezar de Cerqueira Leite, físico, é professor emérito da Unicamp e membro do Conselho Editorial da 'Folha de SP'. Artigo publicado na 'Folha de SP':

'Solicito que toda vez que algum servidor receber convite para emitir opiniões, julgamentos ou comentários acerca dos nossos programas e metas de trabalho, seja antecipadamente consultado o secretário da respectiva área (...) Havendo necessidade de realizar reuniões com a presença de outros órgãos do governo, deverá ser dado conhecimento prévio ao secretário da área visando obter sua anuência.'

Não vem essa ordem 'cala-a-boca' do SNI do general Médici nem de algum chefete da Gestapo. Vem essa mordaça de um secretário-executivo da atual administração federal. E justamente de uma área em que a busca da verdade e a transparência deveriam ser os valores dominantes, a saber, do MCT.

Também é neste governo ético, democrático e transparente que, pela primeira vez, membros de alto escalão do MCT, inclusive o acima referido secretário-executivo, têm feito com que sejam mantidas suas bolsas de pesquisas após empossados.

O ministério oferece complementações salariais, denominadas bolsas, para pesquisadores em atividade. Quem julga e concede as bolsas são comissões de pares.

A manutenção dessas bolsas pelos executivos do ministério fere pelo menos dois princípios morais básicos:

Em primeiro lugar, há um óbvio constrangimento para uma comissão que tem de julgar superiores hierárquicos;

Em segundo lugar, quebra-se um princípio fundamental, o de que as bolsas são concedidas exclusivamente a atividades de pesquisa -o que, obviamente, não estão realizando os executivos do MCT.

Esse abuso foi ampliado com a exigência de que bolsas fossem dadas, sem o respeito às avaliações de mérito tradicionais, à esposa de um e à filha de outro desses 'altos' administradores.

Tudo isso só serve para demonstrar a atitude oportunista e a percepção apoucada da atual administração do MCT. Vamos aos fatos realmente relevantes:

1. Foram jogadas no lixo as avaliações dos institutos de pesquisa do MCT, o chamado Relatório Tundisi. Não porque esse relatório tenha falhas, mas simplesmente por princípio. Avaliações são desconfortáveis para os medíocres e os parasitas. E, se houve um incontestável progresso em algum setor de atuação do MCT da segunda administração FHC, foi a adoção de procedimentos de avaliação e de comitês de busca independentes do ministro e da corporação interna para a escolha dos dirigentes de suas unidades de pesquisa;

2. Outro retrocesso institucional é o abandono de uma progressiva adoção da fórmula gerencial denominada organização social, que se mostrou extremamente eficaz para o setor de ciência e tecnologia. É compreensível que alguns pesquisadores prefiram a condição de servidor público. Mas, quando o administrador favorece a opção pelo pesquisador-funcionário público, temos o direito de desconfiar de populismo;

3. Foi suprimida a Secretaria de Política de Informática, área de produção industrial à qual foram concedidos expressivos subsídios e que necessita permanentemente de regulamentação e controle, pois é um campo em que a evolução tecnológica produz novas aplicações a cada dia. É claro que o empresário do setor prefere agir sem restrição e deve estar exultante;

4. Outra secretaria extinta foi a que se ocupava das unidades de pesquisa, ou seja, da Comissão Nacional de Energia Nuclear, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, das organizações sociais e dos institutos; ao todo quase 20 instituições. Essa hipercentralização só pode servir ao caos e ao casuísmo;

5. Não tiveram coragem de extinguir completamente o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, mas reduziram, ilegalmente, seu orçamento a 7% do que fora orçado e aprovado no Congresso Nacional. Esse órgão tinha como missão a realização de estudos que permitissem ao MCT elaborar suas políticas e se informar para tomadas de decisão, o que se tornara imprescindível com a criação dos fundos setoriais, que constituem o principal apoio financeiro à pesquisa aplicada no Brasil. Com a eliminação em futuro próximo do centro, as decisões virão a ser tomadas sem apoio técnico, o que, desconfiamos, será bastante conveniente para atuação política;

6. Enquanto em países desenvolvidos a pesquisa em nanotecnologia já absorve cerca de US$ 5 bilhões por ano, o Brasil dá o seu primeiro e hesitante passo reservando R$ 8 milhões para iniciar um instituto especializado nesse campo. A expectativa é que a revolução nanotecnológica vá gerar um mercado de US$ 1 trilhão por ano já na próxima década. Pois bem, o projeto de elaboração de um Programa Nacional de Nanotecnologia, que levou dois anos para ser elaborado, teve seu orçamento zerado, apesar de aprovado no Congresso Nacional e sancionado pela Presidência.

O objetivo principal desse programa era possibilitar ao país conquistar para suas empresas uma fatia significativa do mercado mundial que se projeta para a nanotecnologia, em linha com uma política de aumento do conteúdo tecnológico e do valor da pauta de exportações dos produtos brasileiros.

A decisão de zerar esse projeto baseou-se na desculpa de que será criada uma 'rede' de nanotecnologia. Ora, qualquer iniciado sabe que sem um centro de coordenação, uma concentração mínima, uma massa crítica, não há possibilidade de sucesso em atividades de pesquisa e desenvolvimento em áreas sujeitas à intensa competição internacional.

Redes de organismos independentes de pequeno porte, espalhadas democraticamente pelo Brasil, só conseguiriam uma atuação eficiente se ancoradas em uma instituição com massa crítica.

É preciso primeiro criá-la e, então, atrelar a ela as redes. A solução proposta serve, porém, aos propósitos populistas do MCT, pois o dinheiro assim distribuído fará muita gente modesta satisfeita.

Pois bem, o MCT, desde sua criação, nunca fora objeto de troca no tabuleiro da política partidária. É lastimável que justamente na ascensão do PT, que tanto alardeia sua convicção de que o conhecimento é a base do desenvolvimento econômico, torne-se o MCT palco de populismo desagregador e do mais retrógrado jogo politiqueiro.
(Folha de SP, 4/4)



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Água - palestra
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 12/04/2003 15:21

Léo!!!

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
>
> Lígia chuta para Homero:
> >O problema é dele, certo? Mas pelo menos tentar entender o
> que ele tem feito, é interessante, apesar das torcidas de narizes
que
> eu já li por aqui, não suas, obviamente.<
>
> Léo intercepta a bola a meio arco-de-parábola:
>
> Lígia, essas torcidas de narizes não advém de partículas mal
cheirosas despreendidas pela água da thread sujeita a "tratamento de
intenções" para alterarem seus estados de cristalização, decantação
ou purificação. Vem de alguns conhecimentos assentados na Física
Térmica.
> Reproduzo algo:
> "Para explicar essa particularidade da água [...]Esse texto acima é
parte de um "excelente" trabalho de divulgação
científica, "magistralmente" apresentado no "imperdível" site em :
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala08/08_34.asp


Lígia: A propaganda é a aRma do negócio, né? To vendo... :)))


> A Química Fina estuda sobejamente esse comportamento e quando
alguém (como o eminente joãoponês que entende que heavymetal é uma
porcaria) apresenta alguma bobagem (que ninguém conseguiu reproduzir)
eles não vão parar tudo e verificar se isso é possível ou mesmo
sugerir à comunidade científica que o façam!


Lígia: Quem mandou dizerem que o Dr. Joãoponeis acha que Heavymetal
é o antônimo de música... agora você fica todo de amores com ele! E
até assina embaixo do não-teste do que ele, o João, afirma! Tudo por
causa do "a quem pertence o ônus da prova"... :/

Bom, criei uma radinho lá na Usina do Som só para uma só musiqueta:

http://www.usinadosom.com.br/divulgar_url.asp?indice=7826419

É só clicar em cima de onde falam que é prá clicar numa caixa de
diálogo laranja com letras pretas...

Explicando: Essa música é um estilo de Heavy Metal mais erudito ( em
cellos...) mas não deixa de ter ingredientes de Heavymetal no
arranjo. *SE* eu não prestasse atenção em músicas e não quisesse
conhecê-las, eu jamais teria conecido esta. Sim, porque esta está
incluída naquele grupo de músicas contemporâneas filhas de
compositores que gostam de mesclar gêneros e temperar suas criações
com um pouco de tudo, inclusive o estilo do que se conhece por
Heavymetal... Bobagem? Não... ;)


> aquele abraço ( ou re-beijos ),

Mais beijos... ;)


Lígia



SUBJECT: Teoria de Ramsey (ordem na aleatoriedade)
FROM: "Marcelo Kunimoto <airdown@ig.com.br>" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 13/04/2003 05:44

Teoria de Ramsey (ordem na aleatoriedade)
Esta interessantíssima revista on-line da univ de cambridge
http://plus.maths.org/feature.html
tem um artigo sobre a teoria de Ramsey, lidando com a ordem mínima
que pode ser encontrada na mais livre aleatoriedade
http://plus.maths.org/issue16/features/ramsey/index.html
(tudo em inglês). Confiram as dezenas de outros artigos on-line,
como o problema de quantas bolas de bilhar podem tocar uma ao mesmo
tempo no espaço tridimensional (um q Newton não resolveu)
http://plus.maths.org/issue23/features/kissing/index.html
ou este se perguntando por que o computador, em versão a vapor, não
se disseminou em peso na era vitoriana com Babbage.
http://plus.maths.org/issue20/features/korner/index.html
>>>

MK



SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - HELP
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 13/04/2003 07:44

Barbaridade, a cada 10 mensagens 3 são 'esquisitas'. Vamos lá:
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]

----- Original Message -----
From: Yolanda
To: leobarretos@uol.com.br
Sent: Saturday, January 01, 2000 1:52 AM
Subject: FEIRA DE CIENCIAS -


Tenho um trabalho de Estática a ser entregue, e um dos tópicos é teoria e seus criadores, e outro é principio de transmíssibilidade das forças.
Desde já agradeço pelo esclarecimento é estou cursndo 1ano do Ensino Médio
===========================
-----Mensagem Original-----
De: CASSIO
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sábado, 12 de abril de 2003 13:41
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


eu queria saber o que é massa volume na materia de fisica
============================
-----Mensagem Original-----
De: "diegofefeltrin" <diegofefeltrin@bol.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: sábado, 12 de abril de 2003 16:18
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS


Oi tudo bom? Sou de Campo Grande Ms estudo no 2ª ano do
ensino medio e queria saber se vc poderia me
ajudar...para q eu tire minhas duvidas para faze um
trabalho que esta muito perto de entregar...se for
possivel..me responda o mais rapido....Queria saber a
Teoria...e a definição de todas as formas de
concentração????Obrigado!!!!

Diego Fernandes FelTrin
===================================

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Matematica do Fisico
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2003 01:05

>Manuel: Não sou um reacionário. Até me considero um progressista. Mas
nesta briga do Progresso contra a Tradição, a minha posição é a de um
conciliador que tenta preservar não o passado pelo passado, mas a
'continuidade' histórica, a unidade dialética da eternidade com a
modernidade sem a qual perde-se algo que julgo vital: o senso de
identidade. Por isso, sigo a filosofia da Fiat: em vez de fazer a
apologia das avenidas largas, prefiro pensar em automóveis cujos
'desenhos' se adaptam perfeitamente às ruas e vielas estreitas das
cidades eternas: Roma, Nápoles, etc. Algo me diz que você compartilha
comigo um pouco deste sentimento. :-)<

Manuel,

Acertou em cheio. Tenho idade suficiente para ter vivido um Brasil
diferente, e vejo o quanto as novas gerações perderam em qualidade nas
relações entre as pessoas. Tenho a nostalgia do marasmo - aquela vidinha
mansa onde jogávamos conversa fora, aquelas tardes chatas onde nada
acontecia. O marasmo é essencial para desfrutar os bons momentos da
vida. Você, como conhecedor de Freud, sabe o que o mestre disse sobre a
felicidade - é algo que só experimentamos por contraste. Não existe o
estado permanente de felicidade. A felicidade é, por definição,
transitória. Sem o marasmo - que os mais sofisticados chamam de ócio
criativo, e os italianos chamam de "dolce far niente" - viramos uns
hamsters na roda de exercício, buscando o que nunca atingiremos. Não sei
se este papo irá ressoar no Brasil, vocês ainda se dedicam ao nobre
ofíco de ficar à toa, mas aqui nos EUA a vida é trabalho, trabalho e
mais trabalho. A ética puritana é f...

Falando nisso, a empresa em que trabalho (www.ideo.com) desenvolve
produtos baseados em tecnologias que só serão lançadas daqui a três ou
quatro anos, por isso não posso entrar em detalhes. Várias delas são o
que os americanos chamam de "disruptive technologies", coisas que
mudarão dramaticamente a maneira de executar uma certa função. Exemplos
passados: telefone celular, fotografia digital, etc. Segundo McLuhan,
que parece ter sido reabilitado depois da crítica feroz que sofreu nos
anos 80 e 90, tecnologia alguma é "neutra". Toda a tecnologia embute um
poder de transformação social pelo qual, como sempre acontece, ganha-se
e perde-se algo. Eu estou entre os que choram pelo que se perde, embora
reconheça que a resistência é inútil.


>Manuel: Portugal reproduziu em suas colônias a estrutura feudal que lhe
era peculiar: sociedade estamental em que as pessoas são valorizadas não
por si mesmas, mas segundo a posição que ocupam
dentro da comunidade e na pirâmide social. Nesta comunidade, não há o
Manuel, o Antônio e o Joaquim, mas o "abade" Manuel, o "alferes" Antônio
e o "artífice" Joaquim. Eu sou o cargo que ocupo ou a função
que desempenho. À margem do meu papel ou posição social, não sou nada. É
o que explica essas expressões correntes: "você sabe com quem está
falando?", "quem você pensa que é?" - o pior são as "carteiradas".<

A conversa começou por causa de Portugal e deve acabar por ali mesmo. A
análise que você fez da mentalidade do "você sabe com quem está falando"
está correta, e foi trazida ao Brasil por nossos irmãos d'além mar.
Conheci Portugal do Douro ao Algarve, viajando de automóvel com um
professor da Universidade de Évora. Não resta dúvida: o nosso
subdesenvolvimento já veio embutido na cultura original. As coisas que
mais me irritam no Brasil estão presentes em Portugal em grau maior. Sou
isento para falar: a família de minha mãe é Martins de Araújo. Inglesa
não é.

Um abraço,
Colucci




SUBJECT: Re: Matematica do Fisico
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 08:25

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Sergio M M Taborda"
> Eletron (que é igualzinho ao ingles) proton, ... que eu saiba , em
> portugues as palavras não acabam em "n"

Na verdade não é igualzinho ao inglês. Em inglês é electron, em
português do Brasil é elétron (mais raramente eléctron).

Palavras em português podem sim terminar em 'n'. Haja
vista 'hífen', 'pólen' e 'abdômen', por exemplos. (Apesar das
variantes 'hífene', 'pólem' e 'abdôme'.)

> Um bilião de reais é muito dinheiro. Mas em portugual seria ainda
> mais.

Acho q. aqui entender a etimologia e a história do vocábulo possa ser
de alguma ajuda. Segundo a Grande Enciclopédia Delta Larousse de
1970, da ed. carioca Delta:

"bilião ou bilhão [...]
-> encicl. Do ponto de vista vocabular, bilhão ou bilião é em
português palavra relativamente recente, devendo ter sido introduzida
na língua pelo séc. 18; o lexicógrafo Antônio Morais Silva já o
registra em 1813 como 'série aritmética, segue-se à centena de
milhão', equivalendo pois, ao conceito convencional de mil milhões
(=1.000.000.000). O vocábulo, segundo os etimólogos, teria sido
forjado no séc. 16, na França, sobre million, mudada a primeira
sílaba pelo prefixo numeral bi-, para exatamente equivaler à 'série
superior à centena de milhões', isto é, mil milhões, na nomenclatura
convencional. Nos séc. seguintes, 17 e 18, foram, por analogia
prefixal, criados trilião, quatrilião (ou quadrilião), quintilião,
sextilião, septilião, octilião, nonilião, potencializada a seqüência
vocabular, na base dos numerais latinos, para decelião, undecilião,
duodecilião, tredecilião, quatuordecilião, qüindecilião, sedecilião,
septendecilião, octodecilião, novendecilião, vigintilião, etc. Na
Inglaterra, a introdução de billion (como 'mil milhões') e trillion,
quadrillion, etc, se faz por via, também, do francês, já a partir do
séc. 17. As demais línguas de cultura seguiram a mesma via de
empréstimo, já direta, já intermediariamente. Entretanto, no correr
do séc. 19, precisamente porque esses vocábulos e as grandezas que a
eles correspondiam eram de uso raro, e exatamente a partir do momento
em que o conhecimento humano, no chamado infinitamente grande e
infinitamente pequeno, começou a lidar com números enormes para
designá-los, principiou a lavrar confuão quanto ao significado de
bilião e, correlativamente, da seqüência vocabular conexa. Numa série
de países (Brasil, Portugal, França, Inglaterra - mas não Grã-
Bretanha [sic], países das Américas), continuou-se com a noção de
bilião como 'mil milhões', enquanto noutros (Grã-Bretanha, Alemanha)
se consolidava a inovação de bilião como 'milhão de milhões'. Disso
derivou um estado de coisas que tendia a criar confusões graves,
razão por que a IX Conferência Internacional de Pesos e Medidas
(Paris, 1949), de que o Brasil é membro, tratou de regulamentar a
matéria, adotando por unanimidade a chamada regra dos 6N. Segundo
essa regra, a potência 6N de 10(N inteiro, maior que a unidade) é
designada N-lião, o que na prática faz que, segundo essa convenção,
se passe de milhão para bilião, multiplicando por 10^6N [sic], isto
é, pelo acréscimo à direita de seis zeros; de bilião para trilião por
novo acréscimo de seis zeros, e assim sucessivamente. Em
conseqüência, há uma enorme divergência entre a nomenclatura
consuetudinária e a tradicional desses grandes números, e a nova
nomenclatura convencional - preconizando-se, para evitar confusões
quanto ao significado desses vocábulos que nas obras que usem da
nomenclatura convencional ou da consuetudinária se faça uma
explicitação do critério seguido. Nas publicações técnicas em que
essas ordens de grandeza tem de ser freqüentemente referidas, evita-
se, a rigor, tanto a designação verbal, quanto a algarísmica por
extenso, adotando-se, ao contrário, o número 10 exponenciado - por
exemplo, em lugar de 'milhão', empregado verbalmente ou 1.000.000
empregado algarismicamente por extenso, usa-se 10^6, em lugar
de 'bilião' empregado verbalmente, ou 1.000.000.000 (consuetudinário)
ou 1.000.000.000.000 (convencional) empregados algarismicamente por
extenso, usa-se de 10^9 (consuetudinário) ou 10^12 (convencional) -
com o que se obtém comodidade de escrita e cessam as ambigüidades.
[...]"

Dito isso, voltemos à sua pergunta: 'qual a necessidade de usar um
nome que equivale a um numero menor mas que tem o mesmo som
de 'grandeza'?" Verdade que aqui só posso especular por falta de
maior documentação, mas uma vantagem possível para o Brasil é o fato
dos EUA serem os principais parceiros comerciais do país, além de,
financeiramente dependermos do tesouro americano ou de sua extensão o
FMI. Mas não necessariamente se mantém única e exclusivamente por
essa questão. É bem possível q. o sistema antigo tenha permanecido
por tradição, não tenha se popularizado ou, como se diz, simplesmente
não pegou.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Matematica do Fisico
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 08:38

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Jose Colucci Jr." >
> Não resta dúvida: o nosso subdesenvolvimento já veio embutido na
> cultura original.

Uma coisa q. há muito me intriga. Portugal foi o primeiro país
europeu a se organizar em um Estado Nacional, foi o primeiro a se
lançar ao mar em grandes navegações, constituindo um império
respeitável. Em algum momento, ele perdeu o bonde da história e
deixou q. a Espanha primeiro, depois os q. viriam a se tornar os
Países Baixos e ainda a Inglaterra, passassem à dianteira. Não
consigo imaginar a causa dessa inflexão.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -ÓPTICA
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 09:01

Nova? Não, só as velhas: os discos dentados em velocidades angulares
diferentes, espelhos refletindo um feixe de laser, observações
astronômicas, chocolate no microondas, viajando na fibra óptica.

http://www.colorado.edu/physics/2000/waves_particles/lightspeed_eviden
ce.html

http://physics.about.com/library/weekly/aa012703a.htm

http://faculty.millikin.edu/~jaskill.nsm.faculty.mu/c.html

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> Alguma inventividade nova para essa determinação?
> []'
>
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: ROBERTO
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: sábado, 12 de abril de 2003 13:26
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -ÓPTICA
>
>
> SOU ALUNO UNIVERSITARIO DO 1 CICLO DE MATEMÁTICA E PRECISO
DEMONSTRAR EM AULA COMO MEDIR A VELOCIDADE DA LUZ.
> GOSTARIA DE CONTAR COM SUA AJUDA PARA ESSE PROJETO.
> ATENCIOSAMENTE:
>
> ROBERTO
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Matematica do Fisico
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 09:38

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>" >

10^9. Isso não varia por aqui. Se está a reclamar q. em Portugal
> bilião equivale a 1.000.000.000.000 ou 10^12 unidades. Bem, a culpa
> não é então brasileira. Se se aceita q. no EUA million equivalha a
> 10^9, eqto q. no RU seja 10^12,

Onde você viu isso?

[]´s

André




SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - HELP
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 09:45

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> Barbaridade, a cada 10 mensagens 3 são 'esquisitas'. Vamos lá:

São ainda mais esquisitas porq. são escritas em uma variante
desconhecida de Português (e o Taborda reclamando da diferença entre
bilhão brasileiro e bilião luso).

> ----- Original Message -----
> From: Yolanda
> To: leobarretos@u...
> Sent: Saturday, January 01, 2000 1:52 AM
> Subject: FEIRA DE CIENCIAS -
>
>
> Tenho um trabalho de Estática a ser entregue, e um dos tópicos é
teoria e seus criadores, e outro é principio de transmíssibilidade
das forças.
> Desde já agradeço pelo esclarecimento é estou cursndo 1ano do
Ensino Médio

Se vc consultar seu livro-texto de física encontrará pelo menos
algumas informações. Peça ajuda à bibliotecária de sua escola.

> ===========================
> -----Mensagem Original-----
> De: CASSIO
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: sábado, 12 de abril de 2003 13:41
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -
>
>
> eu queria saber o que é massa volume na materia de fisica

Massa é uma medida da resitência de um corpo à mudança de velocidade
quando submetido a uma força de uma dada intensidade. Se vc aplicar
um peteleco em uma bolinha de papel, ela sairá voando, se fizer isso
em uma bola de basquete o efeito não será tão espetacular -- isso
porque a massa de uma bolinha de papel é muito menor do q. a massa de
uma bola de basquete. (Claro q. na vida real há alguns complicadores
como o atrito.)

> ============================
> -----Mensagem Original-----
> De: "diegofefeltrin" <diegofefeltrin@b...>
> Para: <leobarretos@u...>
> Enviada em: sábado, 12 de abril de 2003 16:18
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS
>
>
> Oi tudo bom? Sou de Campo Grande Ms estudo no 2ª ano do
> ensino medio e queria saber se vc poderia me
> ajudar...para q eu tire minhas duvidas para faze um
> trabalho que esta muito perto de entregar...se for
> possivel..me responda o mais rapido....Queria saber a
> Teoria...e a definição de todas as formas de
> concentração????Obrigado!!!!
>
> Diego Fernandes FelTrin
> ===================================

Concentração?

- Concentração futebolística. Os técnicos e dirigentes de futebol
imaginam q. a retenção dos jogadores e membros da comissão técnica em
um hotel ou outro estabelecimento isolados do assédio e contato dos
torcedores, repórteres, namoradas e que mais, permitem o melhor
rendimento da equipe no jogo. Mas há sérias contestações quanto a
eficiência do método, por exemplo, durante a chamada democracia
corintiana, os jogadores conseguiram abolir a prática da concentração
antes dos jogos e foram bicampeões paulistas em 1982 e 1983.

- Concentração, Campo de. Teóricos militares imaginam q. o
apinhamento de prisioneiros de guerra e pessoas potencialmente
danosas ao regime (e.g. pessoas de origem do país com o qual se trava
a guerra) em uma região delimitada facilita o controle sobre essa
população. Apesar de deplorável, sobretudo pelas condições subumanas
a q. são submetidos as vítimas, com toda a sorte de violações de
direitos humanos, é ainda uma prática muito comum em tempos de
conflitos.

- Concentração meditativa. Normalmente consiste em fixar todo o
pensamento consciente sobre o objeto de meditação. Iogues, budistas e
outros imaginam q. isso aumenta a capacidade reflexiva sobre o tema
considerado.

Já em química vc encontrará detalhes sobre o tema na parte sobre
soluções de seu livro-texto.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Matematica do Fisico
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 09:56

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista

> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>" >
>
> 10^9. Isso não varia por aqui. Se está a reclamar q. em Portugal
> > bilião equivale a 1.000.000.000.000 ou 10^12 unidades. Bem, a
> > culpa não é então brasileira. Se se aceita q. no EUA million
> > equivalha a 10^9, eqto q. no RU seja 10^12,

> Onde você viu isso?

Eu retifiquei isso em:

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/21580

Onde se lê million, leia-se billion. Nos EUA billion equivale a 10^9,
eqto q. no Reino Unido vale 10^12. Em diversos dicionários e outras
fontes podemos conferir essa diferença de uso, por exemplo, no
Merrian-Webster:

http://www.m-w.com/mw/table/number.htm

E no Cambridge:

http://dictionary.cambridge.org/define.asp?key=7472&dict=CALD

Q. aliás registra q. o sistema americano (francês original) começa a
predominar mesmo nas terras da rainha.

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: Matematica do Fisico
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 10:00

Colucci:

Em 1990, em Lisboa, eu vi as senhoras da classe média
> > portuguesa indo à feira com a empregada uniformizada a carregar a
> > sacola de compras. Não fica bem para a patroa carregar sacola. A
> > mesma coisa acontecia no sul do Brasil, só que nos anos 50.
Talvez aconteça ainda no Nordeste brasileiro, onde a influência
portuguesa foi mais intensa e não foi temperada por outras culturas
européias.
>
> Manuel:

Aqui em Fortaleza eu não vejo, em verdade "nunca vi", esse
> tipo de relação entre senhoras de classe média e suas empregadas.
Por
> estas plagas, o que é normal é marido e mulher fazendo compras: a
> mulher coletando os alimentos e o homem empurrando o carrinho e
> reclamando, é claro.
>

André:

O Colucci falou de feira, não supermercado. É a feira de rua, onde
não se usa carrinho como no supermercado, ou se usa apenas um
carrinho de duas rodas. Morei 2 anos e meio em Maceió e não lembro de
ter visto feira de rua. Também não tenho viso feiras aqui no interior
de São Paulo. Será um costume que só permanece em São Paulo- capital?

[]´s

André



SUBJECT: Feira - era: Re: Matematica do Fisico
FROM: "evzaloti <evzaloti@yahoo.com.br>" <evzaloti@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 10:14

Olá, André.

Em Vinhedo realmente n existe feira (morei ai até meados do ano
passado). Mas, Vinhedo é praticamente exceção, pois a maioria das
cidades do interior paulista ainda tem feira livre (inclusive aqui,
em Presidente Prudente).

[]s

Evander

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
<andrebaptista@u...> <andrebaptista@u...> escreveu
> Colucci:
>
> Em 1990, em Lisboa, eu vi as senhoras da classe média
> > > portuguesa indo à feira com a empregada uniformizada a carregar
a
> > > sacola de compras. Não fica bem para a patroa carregar sacola.
A
> > > mesma coisa acontecia no sul do Brasil, só que nos anos 50.
> Talvez aconteça ainda no Nordeste brasileiro, onde a influência
> portuguesa foi mais intensa e não foi temperada por outras culturas
> européias.
> >
> > Manuel:
>
> Aqui em Fortaleza eu não vejo, em verdade "nunca vi", esse
> > tipo de relação entre senhoras de classe média e suas empregadas.
> Por
> > estas plagas, o que é normal é marido e mulher fazendo compras: a
> > mulher coletando os alimentos e o homem empurrando o carrinho e
> > reclamando, é claro.
> >
>
> André:
>
> O Colucci falou de feira, não supermercado. É a feira de rua, onde
> não se usa carrinho como no supermercado, ou se usa apenas um
> carrinho de duas rodas. Morei 2 anos e meio em Maceió e não lembro
de
> ter visto feira de rua. Também não tenho viso feiras aqui no
interior
> de São Paulo. Será um costume que só permanece em São Paulo-
capital?
>
> []´s
>
> André



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Matematica do Fisico
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2003 11:06


>Uma coisa q. há muito me intriga. Portugal foi o primeiro país
>europeu a se organizar em um Estado Nacional, foi o primeiro a se
>lançar ao mar em grandes navegações, constituindo um império
>respeitável. Em algum momento, ele perdeu o bonde da história e
>deixou q. a Espanha primeiro, depois os q. viriam a se tornar os
>Países Baixos e ainda a Inglaterra, passassem à dianteira. Não
>consigo imaginar a causa dessa inflexão.

A causa dessa inflexão é muito simples: Dinheiro.
Um dos nosso reis gastou todo o dinheiro do reino recebido pelo comercio da
india e do brasil em mecenatos artisticos. Mais valia que o tivesse perdido
no jogo...
Esse otário, levou o pais à ruina. E a partir dai, ele não foi mais o mesmo.
Os reis anteriores tinham enviado navegadores para a américa. Chegaram ao
canadá/gronelandia. Mas não voltaram. Os reis portugueses dedicados à
navegação sabiam que o mundo não era aquilo que os europeus pensavem.
Os ingleses, franceses e holandeses nada mais fizeram que pirataria. Porque
achas que os barcos afundados carregados de tesouros ou são espanhois ou são
portugueses ?
A questão é que os espanhois eram guiados por uma vontade religiosa , e os
outros paises queriam ficar ricos à conta dos outros. Ou seja, não andavam
por ai a gastar o dinheiro a torto e a direito como se fosse agua.
A tudo isso junta as intrigas palacianas, os problemas de descência, a
politiquice e obténs facilmente a conclusão de porquê portugual perdeu todas
as suas riqueses e importância internacional.

Sérgio Taborda


SUBJECT: Re: Matematica do Fisico
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 11:47

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
> Segundo a Grande Enciclopédia Delta Larousse de
> 1970, da ed. carioca Delta:
>
> "bilião ou bilhão [...]
> O vocábulo, segundo os etimólogos, teria sido
> forjado no séc. 16, na França, sobre million, mudada a primeira
> sílaba pelo prefixo numeral bi-, para exatamente equivaler à 'série
> superior à centena de milhões', isto é, mil milhões, na
> nomenclatura convencional.
[...]
> Inglaterra, a introdução de billion (como 'mil milhões') e

Mas para um visão diferente:

http://www.alt-usage-english.org/excerpts/fxbill00.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - HELP
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2003 11:56

He he he ... uma vez Takata, sempre Takata!

Grato pela ajuda, vou enviar aos consulentes. Tô com serviço apertadíssimo. Estou refazendo 30 experimentos (novo verniz, apertos, novas etiquetas, troca de pilhas, lixar contatos, trocar água do vórtice etc.) para dia 18/04 proceder à inauguração da Feira de Ciências do Parque do Peão (será que vai virar FCPP?). Estou fundando tb um Clube de Ciências e já solicitei ao Prof. Dr. Marcelo Saba o modelo do estatuto e regimento interno (ele orienta o Quark Clube em SJC-ITA).
Aliás, quem tiver alguma coisa sobre Clube de Ciência e quiser ajudar pode colocar os vocábulos prá fora! Finalidade, reuniões, estatuto, plano de ação etc. (quando o Takata for contratado pelo Parque do Peão esses miseráveis problemas acabarão).

aquele abraço,
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: <rmtakata@altavista.net>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 14 de abril de 2003 09:45
Assunto: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - HELP


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> Barbaridade, a cada 10 mensagens 3 são 'esquisitas'. Vamos lá:

São ainda mais esquisitas porq. são escritas em uma variante
desconhecida de Português (e o Taborda reclamando da diferença entre
bilhão brasileiro e bilião luso).

> ----- Original Message -----
> From: Yolanda
> To: leobarretos@u...
> Sent: Saturday, January 01, 2000 1:52 AM
> Subject: FEIRA DE CIENCIAS -
>
>
> Tenho um trabalho de Estática a ser entregue, e um dos tópicos é
teoria e seus criadores, e outro é principio de transmíssibilidade
das forças.
> Desde já agradeço pelo esclarecimento é estou cursndo 1ano do
Ensino Médio

Se vc consultar seu livro-texto de física encontrará pelo menos
algumas informações. Peça ajuda à bibliotecária de sua escola.

> ===========================
> -----Mensagem Original-----
> De: CASSIO
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: sábado, 12 de abril de 2003 13:41
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -
>
>
> eu queria saber o que é massa volume na materia de fisica

Massa é uma medida da resitência de um corpo à mudança de velocidade
quando submetido a uma força de uma dada intensidade. Se vc aplicar
um peteleco em uma bolinha de papel, ela sairá voando, se fizer isso
em uma bola de basquete o efeito não será tão espetacular -- isso
porque a massa de uma bolinha de papel é muito menor do q. a massa de
uma bola de basquete. (Claro q. na vida real há alguns complicadores
como o atrito.)

> ============================
> -----Mensagem Original-----
> De: "diegofefeltrin" <diegofefeltrin@b...>
> Para: <leobarretos@u...>
> Enviada em: sábado, 12 de abril de 2003 16:18
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS
>
>
> Oi tudo bom? Sou de Campo Grande Ms estudo no 2ª ano do
> ensino medio e queria saber se vc poderia me
> ajudar...para q eu tire minhas duvidas para faze um
> trabalho que esta muito perto de entregar...se for
> possivel..me responda o mais rapido....Queria saber a
> Teoria...e a definição de todas as formas de
> concentração????Obrigado!!!!
>
> Diego Fernandes FelTrin
> ===================================

Concentração?

- Concentração futebolística. Os técnicos e dirigentes de futebol
imaginam q. a retenção dos jogadores e membros da comissão técnica em
um hotel ou outro estabelecimento isolados do assédio e contato dos
torcedores, repórteres, namoradas e que mais, permitem o melhor
rendimento da equipe no jogo. Mas há sérias contestações quanto a
eficiência do método, por exemplo, durante a chamada democracia
corintiana, os jogadores conseguiram abolir a prática da concentração
antes dos jogos e foram bicampeões paulistas em 1982 e 1983.

- Concentração, Campo de. Teóricos militares imaginam q. o
apinhamento de prisioneiros de guerra e pessoas potencialmente
danosas ao regime (e.g. pessoas de origem do país com o qual se trava
a guerra) em uma região delimitada facilita o controle sobre essa
população. Apesar de deplorável, sobretudo pelas condições subumanas
a q. são submetidos as vítimas, com toda a sorte de violações de
direitos humanos, é ainda uma prática muito comum em tempos de
conflitos.

- Concentração meditativa. Normalmente consiste em fixar todo o
pensamento consciente sobre o objeto de meditação. Iogues, budistas e
outros imaginam q. isso aumenta a capacidade reflexiva sobre o tema
considerado.

Já em química vc encontrará detalhes sobre o tema na parte sobre
soluções de seu livro-texto.

[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br> <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 12:13

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu

> Uma coisa q. há muito me intriga. Portugal foi o primeiro país
> europeu a se organizar em um Estado Nacional, foi o primeiro a se
> lançar ao mar em grandes navegações, constituindo um império
> respeitável. Em algum momento, ele perdeu o bonde da história e
> deixou q. a Espanha primeiro, depois os q. viriam a se tornar os
> Países Baixos e ainda a Inglaterra, passassem à dianteira. Não
> consigo imaginar a causa dessa inflexão.

Manuel: Quanto à Espanha, não sei. Quanto à posterior supremacia
inglesa, creio que as diferenças entre as concepções do mundo
católica e a protestante foram um fator determinante. Concepção do
mundo significa concepção da riqueza, concepção da relação entre
homem e Deus e entre o indivíduo e a sociedade, etc. Um livro
interessante sobre esse tema (a determinação da estrutura econômica
da sociedade pela superestrutura jurídico-política e sobretudo
ideológica, para usar o jargão marxista) é o de Max Weber: A Ética
Protestante e o Futuro do Capitalismo.

Também temos que diferenciar o capital mercantil, isto é, o capital
que opera apenas no âmbito da circulação de mercadorias, do capital
industrial, que não apenas se apropria de mercadorias mas
também "produz" mercadorias. Este último se desenvolveu plenamente na
Inglaterra, foi o primeiro que se apropriou da máquina do Estado e
reduziu os grandes mercadores a meros coadjuvantes do capitalismo
industrial. Em Portugal, o capital mercantil permaneceu autônomo e
dominando, juntamente com a aristocracia feudal e o alto clero, o
Estado Absolutista.

O capital mercantil é um tanto conservador, ou seja, não é muito dado
a questionar as relações de produção vigentes. Ele prefere "explorá-
las" Aliás, em quase todas as revoluções democrático-burguesas, os
grandes mercadores penderam mais para o lado da reação feudal. Se por
um lado o capital mercantil cataliza a produção de riquezas, por
outro lado, como ele nada produz (ao contrário, se apropria da maior
fatia do bolo por meio de trocas desiguais), ele terminava
transferindo parte significativa da riqueza dos produtores para as
classes ociosas, constituindo, neste sentido, um entrave ao
desenvolvimento econômico.

[]s,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Errata - Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br> <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 12:18

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Manuel Bulcão Um livro
> interessante sobre esse tema (a determinação da estrutura econômica
> da sociedade pela superestrutura jurídico-política e sobretudo
> ideológica, para usar o jargão marxista) é o de Max Weber: A Ética
> Protestante e o Futuro do Capitalismo.

Na verdade, "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo".

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 12:45

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Manuel Bulcão
> Manuel: Quanto à Espanha, não sei. Quanto à posterior supremacia
> inglesa, creio que as diferenças entre as concepções do mundo
> católica e a protestante foram um fator determinante. Concepção do
> mundo significa concepção da riqueza, concepção da relação entre
> homem e Deus e entre o indivíduo e a sociedade, etc. Um livro
> interessante sobre esse tema (a determinação da estrutura econômica
> da sociedade pela superestrutura jurídico-política e sobretudo
> ideológica, para usar o jargão marxista) é o de Max Weber: A Ética
> Protestante e o Futuro do Capitalismo.

Mas será q. isso é o suficiente? Na lista da SBCR, antes de eu sair,
discutia-se isso tbm no contexto de se haveria mesmo relação entre
desenvolvimento e subdesenvolvimento e a temperatura do país (com o
q. me bati:

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/IDHxLatd.xls ).

Por q. Portugal foi então o primeiro a se organizar e aventurar-se no
além mar? Se a concepção católica abominava o lucro, por q. Portugal
foi o primeiro a tentar estabelecer rotas comerciais com o oriente
furando o bloqueio do Mediterrâneo (bem, na verdade não sei se foi o
primeiro a tentar, mas foi o primeiro a conseguir)?

Se a ética protestante é tão positivista, o que aconteceu com a
colonização inglesa da Índia, Serra Leoa, Quênia, Nigéria, Mianmar,
África do Sul, Sudão, Ilhas Fiji, Jamaica?

O Canadá, por exemplo, tem uma grande proporção de católicos.

Entre Portugal, Espanha, Países Baixos e Inglaterra q. lideraram as
grandes navegações, apenas a Inglaterra é predominantemente
protestante. Na segunda leva, q. conduziria 'a primeira guerra
mundial e, por tabela, 'a segunda, com Alemanha, Bélgica, Itália e
França: apenas a Alemanha é predominantemente protestante.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Água - palestra
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 13:13

On Wed, 9 Apr 2003, Oraculo wrote:
> Manter a mente aberta é importante, mas não tão aberta que entre
> qualquer bobagem por ela..;-)
> Homero

Ou que o cérebro caia para fora.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - HELP
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 13:35

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
> vórtice etc.) para dia 18/04 proceder à inauguração da Feira de
> Ciências do Parque do Peão (será que vai virar FCPP?).

E qdo é q. a lista será formalmente convidada à participar da
inauguração?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS -
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2003 13:37

On Thu, 10 Apr 2003, Luiz Ferraz Netto wrote:
> "Deus é Fiel!"
>
> O Gavião também é da Fiel ... e também está sempre entrando bem! ou
> Quem é a esposa dele? Talvez, se eu tivesse uma igual ... ou Ele é um
> ponteiro de balança? Ou de algum medidor analógico?

Na verdade está faltando uma letra. O correto seria:

Deus é Fidel!

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 14:15

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>" <
>
> Mas será q. isso é o suficiente? Na lista da SBCR, antes de eu
sair,
> discutia-se isso tbm no contexto de se haveria mesmo relação entre
> desenvolvimento e subdesenvolvimento e a temperatura do país (com o
> q. me bati:
>
> http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/files/IDHxLatd.xls ).

Você saiu da SBCR?

>
> Por q. Portugal foi então o primeiro a se organizar e aventurar-se
no
> além mar?

A resposta tradicional é que foi o primeiro estado europeu moderno a
se unificar. Sua posição estratégica a colocova na porta do atlântico
e afastada das guerras européias.

É preciso não superestimar a importância das colônias americanas. No
auge, a extração de ouro e prata na américa espanhola representavam
menos de 5 % do PIB espanhol. Portugal foi ainda menos favorecida.
sua maior colônia, o Brasil, era ruim para a agricultura e pobre em
ouro.

Portugal não tinha população suficiente para colonizar o império
ultramarino, por isso se limitou a estabelecer entrepostos pequenos
no oriente, com o goa e macau.

Se a concepção católica abominava o lucro, por q. Portugal
> foi o primeiro a tentar estabelecer rotas comerciais com o oriente
> furando o bloqueio do Mediterrâneo (bem, na verdade não sei se foi
o
> primeiro a tentar, mas foi o primeiro a conseguir)?
>
> Se a ética protestante é tão positivista, o que aconteceu com a
> colonização inglesa da Índia, Serra Leoa, Quênia, Nigéria, Mianmar,
> África do Sul, Sudão, Ilhas Fiji, Jamaica?


Esses países não chegaram a ser povoados por ingleses (com exceção da
África do Sul, que é o país rico e desenvolvido da áfrica
subsaariana, mesmo assim com apenas 5% de pop. descendente de
europeus). Não se implantou uma civilização anglo-saxã nesses países,
a contrário da Austrália, Canadá e EUA.


[]´s

André




SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 14:42

Podemos encontrar algumas respostas para as diferenças examinando
algumas situações.

Filho engravida a empregada.
Pai anglo-saxão: Irresponsável.
Pai latino: Êta cabra-macho!

Filho toma um porre, briga no bar e termina na delegacia.
Pai anglo-saxão: Irresponsável.
Pai latino: Que farra hem! Na minha idade eu era igual.

Pai rico anglo-saxão: você tem que começar de baixo, como eu comecei.
Pai rico latino: aproveite tudo que eu não aproveitei. Pode se
divertir que papai cuida de tudo.

Filho sai de casa.
Pai anglo-saxão: meu filho amadureceu.
Pai latino: buaaaá. Meu filinho.

Filho é preso por estupro.
Pai anglo-saxão: que vergonha.
Pai latino: mostrou que é macho.

Querido, arranjei um emprego.
anglo-saxão: que bom, querida.
latino: de puta?

Papai, fui aprovado para estudar no actor´s studio em NY.
anglo-saxão: que bom, meu filho.
latino: Virou bicha?

e por aí vai...

[]´s

André




SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 14:56

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
> Você saiu da SBCR?

Saí. Antes q. eu causasse transtornos, já q. não consigo conviver,
ainda q. apenas 'virtualmente', com alguém q. prega uma violência
maior para combater a violência. Qdo o tema esfriar acho q. eu volto.

> > Por q. Portugal foi então o primeiro a se organizar e aventurar-
> > se no além mar?
>
> A resposta tradicional é que foi o primeiro estado europeu moderno
> a se unificar. Sua posição estratégica a colocova na porta do
> atlântico e afastada das guerras européias.

Sim. Mas a pergunta não se referia exatamente a isso, isso era
exatamente um dos pressupostos para a minha encucação:

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/21605

Em tendo ocorrido isso, em q. momento e por q. motivos Portugal
perdeu a dianteira? Vc se refere ao tamanho da população: teria a
Inglaterra uma população muito maior do q. Portugal à época?

> Esses países não chegaram a ser povoados por ingleses (com exceção
> da África do Sul, que é o país rico e desenvolvido da áfrica
> subsaariana, mesmo assim com apenas 5% de pop. descendente de
> europeus).

África do Sul país rico? Em PIB per capita fica atrás de Chile e
Argentina (antes da última crise), nove posições à frente do Brasil:
51o contra 60o. De 173 países. Não é o pior dos mundos, mas não passa
de uma posição intermediária. Na África estão à frente: Guiné
Equatorial (ex-possessão espanhola), Seychelles (disputado por França
e Inglaterra) e Ilhas Maurícios (Portugal, Países Baixos, França,
Inglaterra).

> Não se implantou uma civilização anglo-saxã nesses países,
> a contrário da Austrália, Canadá e EUA.

No Canadá de todo modo a maioria é católica. Tirando Austrália,
Canadá e EUA qual outro grande país ex-colônia q. deu certo? Será
correto fazer ilações a partir de três exemplos?

Peguemos os 10 maiores PIB per capita:

http://hdr.undp.org/reports/global/2002/en/indicator/indicator.cfm?
File=indic_279_2_1.html

Luxembourg 50.061
United States 34.142
Norway 29.918
Ireland 29.866
Iceland 29.581
Switzerland 28.769
Canada 27.840
Denmark 27.627
Belgium 27.178
Austria 26.765

Luxemburgo, Irlanda, Suíça, Canadá, Bélgica e Áustria possuem maioria
católica. Claro q. com isso não estou afirmando q. a mentalidade
católica seja superior à protestante ou q. ela leve ao maior
desenvolvimento econômico. Mas não sei se Weber revela tudo sobre o
desenvolvimento do país.


[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 14:59

Isso é baseado em alguma pesquisa relevante, se baseia em um
preconceito pessoal, se baseia em uma observação anedótica?

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
> Podemos encontrar algumas respostas para as diferenças examinando
> algumas situações.




SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 15:50

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> Isso é baseado em alguma pesquisa relevante, se baseia em um
> preconceito pessoal, se baseia em uma observação anedótica?
>

Observação anedótica, na maior parte. É só uma ilustração das
diferenças que existem nas atitudes em relação à família, sexo e
trabalho. Não sei se existem muitas pesquisas formais sobre o
assunto, mas muito já foi escrito por antropólogos e sociológos,
sempre na mesma linha.

[]´s

Andr~e



SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 16:27

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista

> Observação anedótica, na maior parte. É só uma ilustração das
> diferenças que existem nas atitudes em relação à família, sexo e
> trabalho. Não sei se existem muitas pesquisas formais sobre o
> assunto, mas muito já foi escrito por antropólogos e sociológos,
> sempre na mesma linha.
>

Complementando, não leve isso muito a sério. Do modo que eu escrevi
parece preconceito com relação aos latinos. Nem todos os latinos são
de um determinado jeito. Nem os anglo-saxões correspondem a imagem
idealizada que (principalmente os americanos)fazem e vendem de si
mesmos. Os americanos podem não estar a altura da imagem idealizada
que fazem de si mesmos, mas pelo menos essa imagem idealizada existe,
o que já é sintomático. E nós? Qual é a idéia que temos de nós mesmos?

[]´s

André




SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "Ronaldo Cordeiro <rcordeiro@writeme.com>" <rcordeiro@writeme.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 16:55

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias
Baptista
> > Você saiu da SBCR?
>
> Saí. Antes q. eu causasse transtornos, já q. não consigo conviver,
> ainda q. apenas 'virtualmente', com alguém q. prega uma violência
> maior para combater a violência. Qdo o tema esfriar acho q. eu
volto.
>


Isso realmente aconteceu por lá, mas desconfio que o motivo da saída
seja outro. Nas últimas mensagens andaram revelando que algumas
pessoas postam na lista com mais de uma identidade. Com certeza ficou
com medo que descobrissem que ele não é o verdadeiro Takata. Como
sabemos, o verdadeiro Takata não usa acentos nem cedilhas nas
mensagens.

Resta agora descobrirmos o que aconteceu com o Takata. Dizem que
ganhou na mega-sena e está no Taiti, acompanhado de uma modelo famosa.

[]s
Ronaldo



SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 16:59

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu

> Saí. Antes q. eu causasse transtornos, já q. não consigo conviver,
> ainda q. apenas 'virtualmente', com alguém q. prega uma violência
> maior para combater a violência. Qdo o tema esfriar acho q. eu
volto.

O assunto não prosperou, Roberto.

>
> Em tendo ocorrido isso, em q. momento e por q. motivos Portugal
> perdeu a dianteira? Vc se refere ao tamanho da população: teria a
> Inglaterra uma população muito maior do q. Portugal à época?

No livro "Ascensão e Queda das Grandes Potências", Paul Kennedy
atribui a derrocada do Império dos Habsburgos (Espanha, Austria,
Flandres, partes da itália e as colônias ultramarinas) aos excessivos
gastos militares, que não eram cobertos pela receita das colônias.
Portugal não é enfocada especificamente no livro, por nunca ter sido
exatamente uma potência. A Inglaterra se beneficiou por ser uma ilha.
No final do século XVIII a França gastava 90% do orçamento militar
com o exército e 10% com a marinha, enquanto na inglaterra a
proporção podia ser inversa, já que a ela não tinha fronteiras
terrestres a defender.

Um fator que deve ter contribuido muito para a decadência da
península ibérica foi a contra-reforma e a perseguição aos judeus -
intolerância nunca combinou muito com criatividade e desenvolvimento.

>
> África do Sul país rico? Em PIB per capita fica atrás de Chile e
> Argentina (antes da última crise), nove posições à frente do
Brasil:
> 51o contra 60o. De 173 países. Não é o pior dos mundos, mas não
passa
> de uma posição intermediária. Na África estão à frente: Guiné
> Equatorial (ex-possessão espanhola), Seychelles (disputado por
França
> e Inglaterra) e Ilhas Maurícios (Portugal, Países Baixos, França,
> Inglaterra).

Descontadas Seychelles e Maurícios, duas ilhotas turísticas, sobra
apenas a Guiné (surpresa para mim, admito). Mas a renda per capita
dos anglo-saxões sul-africanos certamente é bem mais alta.


>
> > Não se implantou uma civilização anglo-saxã nesses países,
> > a contrário da Austrália, Canadá e EUA.
>
> No Canadá de todo modo a maioria é católica. Tirando Austrália,
> Canadá e EUA qual outro grande país ex-colônia q. deu certo? Será
> correto fazer ilações a partir de três exemplos?


as colônias mais ricas são aquelas em que os colonizadores
representam uma proporção maior da população, e onde a maior parte da
população nativa morreu ou foi exterminada por doenças. Se 99% dos
habitantes do Congo tivessem morrido de varíola, e a população
tivesse sido substituida por europeus, certamente seria um país mais
rico. Resumindo, a "sorte" dos Estados Unidos e da Australia foi a
vasta maioria dos nativos morreu.

[]´s

André






SUBJECT: Re: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2003 17:40

Olá pessoal.

A questão "porque Portugal deixou de ser uma potencia como nação?" é melhor colocada como "porque grandes potencias perdem seu lugar e perdem a dianteira?". Parece que toda grande nação em nossa história acaba caindo e outra a ultrapassa. Mas não acredito que a resposta possa ser um único fator ou que podemos descobrir o que exatamente causou a queda em nenhum dos casos históricos, o "conditio sine qua non" da queda dos impérios.

Se isso fosse possível, será que, no caso específico de Portugal, um governante na época ou mesmo a população, poderia ter percebido o fator chave, que, uma vez eliminado, Portugal ainda seria uma potencia mundial? Por exemplo, se Portugal tivesse percebido que a exploração pura e simples das colonias iria acabar em queda, seria possível evita-la?

Acho que todos os motivos já citados nas mensagens e mais alguns são concorrentes e contribuem para uma praticamente inevitável queda de imperios, seja Portugal das navegações, Roma imperial, Assirios, gregos, Inglaterra onde o Sol nunca se põe e até mesmo os Imperiais USA, com toda arrogancia atual deste pais.

Então, além das questões como catolicismo versus protestantismo, extrativismo versus colonização, há ainda a questão do conforto do primeiro lugar. É bem conhecido o mecanismo psicologico que torna o primeiro lugar menos competitivo que os em posições posteriores. Corredores treinam com "coelhos", vários corredores assistentes que correm, por distancias curtas, bem mais rápido e a frente do corredor em treino. Isso provoca um esforço maior que, sem o "coelho" não seria tão eficiente.

Mesmo para mecanismos complexos como nações, estar em posição de vantagem pode tornar bem mais dificil uma correção de curso ou ajustes de comportamento, mesmo diante da queda iminente. Portugal perdeu seu lugar para a Inglaterra como lider mundial, mas, com toda riqueza vinda da exploração das colonias, se fosse apresentado ao governo portugues um plano de industrialização do sistema de produção que a longo prazo competiria com o sistema ingles em desenvolvimento, será que ele seria adotado? Acho que seria, como em muitos exemplos praticos conhecidos, solenemente desprezado e a exploração das colonias continuaria até se esgotar todos os recursos ou até a independencia das mesmas.

A Inglaterra seguiu o mesmo caminho, uma vez se tornou potencia e lider mundial. No conforto de sua posição, até mesmo as invasões alemãs e as recorrentes quebras de acordos internacionais de Hitler foram ignorados, com o primeiro ministro ingles, antecessor de Churchil, visitando o Furer e voltando com discursos do tipo "Conversei com o chanceler Hitler e sei que ele só deseja a paz"..:-)

Então, com o desenvolvimento de novas tecnologias e novos conhecimentos, a capacidade de adaptação de lideres sempre é comprometida. Portugal, por ser o primeiro a se unificar e por se apossar primeiro da tecnologia disponivel da época, o "estado da arte" em navegação e mapeamento (os famosos "portulanos", disputados a peso de ouro por navagantoes de todas as nacionalidades), se tornou lider mundial, mas...

Mas a continua evolução do mundo deixou Portugal para traz e armou novos lideres mundiais, que por sua vez foram arrogantes o suficientes para se acomodar no conforto da liderança e apeados por novas nações.

Nós vemos os USA como a potencia mundial da hora e parece que somos diferentes em algo muito profundo, que desde a colonização sofremos dessa diferença e que era previsivel que eles se tornassem o que são hoje e nós patinássemos seculos sem fim. Mas os USA, até o século passado (ou melhor, retrasado..:-) não era os USA potencia mundial que conhecemos. Era um pais grande mas vazio, com caipiras armados, sem cultura ou poder, desprezados na Europa, dona do mundo e do dinheiro. A inglaterra e os paises europeus eram os lideres e os USA um interessante caso de pais distante e esquisito, como o Brasil, a Argentina e o Canadá.

Foram as duas guerras mundiais, a cegueira europeia e a absorção do conhecimento de imigrantes que fez os USA de hoje. Me parece que, se o esforço de guerra americano nestas duas guerras tivesse sido feito pelo Brasil também, teriamos mais influencia hoje. O que pode ter sido nossa "encruzilhada" foi a dependencia colonial a produtos e dinheiro ingles e ao fato da proximidade de lingua ter feito os USA os aliados naturais da Inglaterra e, consequentemente, da Europa.

Não gosto também do fatalismo da explicação "somos 3º mundo porque fomos colonizados por Portugal". Não parece justo, e, se Mauricio de Nassau tivesse vencido, seriamos explorados (e não colonizados) por outro pais europeu, muito menos preocupado com nosso bem estar, como comprovam as colonias holandesas. Gosto de Portugal como alguém deveria gostar de seus antepassados, e se hoje compararmos dados e numeros dos dois paises, Portugal está bem melhor que nós, mesmo sendo menor e depois de anos de ditadura violenta e destruidora. Credito mais a esta ditadura a atual penuria de Portugal que a um atavismo do povo portugues (e consequentemente, do brasileiro).

Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: rmtakata <rmtakata@altavista.net>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, April 14, 2003 2:56 PM
Subject: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
> Você saiu da SBCR?

Saí. Antes q. eu causasse transtornos, já q. não consigo conviver,
ainda q. apenas 'virtualmente', com alguém q. prega uma violência
maior para combater a violência. Qdo o tema esfriar acho q. eu volto.

> > Por q. Portugal foi então o primeiro a se organizar e aventurar-
> > se no além mar?
>
> A resposta tradicional é que foi o primeiro estado europeu moderno
> a se unificar. Sua posição estratégica a colocova na porta do
> atlântico e afastada das guerras européias.

Sim. Mas a pergunta não se referia exatamente a isso, isso era
exatamente um dos pressupostos para a minha encucação:

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/21605

Em tendo ocorrido isso, em q. momento e por q. motivos Portugal
perdeu a dianteira? Vc se refere ao tamanho da população: teria a
Inglaterra uma população muito maior do q. Portugal à época?

> Esses países não chegaram a ser povoados por ingleses (com exceção
> da África do Sul, que é o país rico e desenvolvido da áfrica
> subsaariana, mesmo assim com apenas 5% de pop. descendente de
> europeus).

África do Sul país rico? Em PIB per capita fica atrás de Chile e
Argentina (antes da última crise), nove posições à frente do Brasil:
51o contra 60o. De 173 países. Não é o pior dos mundos, mas não passa
de uma posição intermediária. Na África estão à frente: Guiné
Equatorial (ex-possessão espanhola), Seychelles (disputado por França
e Inglaterra) e Ilhas Maurícios (Portugal, Países Baixos, França,
Inglaterra).

> Não se implantou uma civilização anglo-saxã nesses países,
> a contrário da Austrália, Canadá e EUA.

No Canadá de todo modo a maioria é católica. Tirando Austrália,
Canadá e EUA qual outro grande país ex-colônia q. deu certo? Será
correto fazer ilações a partir de três exemplos?

Peguemos os 10 maiores PIB per capita:

http://hdr.undp.org/reports/global/2002/en/indicator/indicator.cfm?
File=indic_279_2_1.html

Luxembourg 50.061
United States 34.142
Norway 29.918
Ireland 29.866
Iceland 29.581
Switzerland 28.769
Canada 27.840
Denmark 27.627
Belgium 27.178
Austria 26.765

Luxemburgo, Irlanda, Suíça, Canadá, Bélgica e Áustria possuem maioria
católica. Claro q. com isso não estou afirmando q. a mentalidade
católica seja superior à protestante ou q. ela leve ao maior
desenvolvimento econômico. Mas não sei se Weber revela tudo sobre o
desenvolvimento do país.


[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Matematica do Fisico
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <Alexandre.Medeiros@Consultmail.net>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2003 18:18

> From: Jose Colucci Jr

> Você, como conhecedor de Freud, sabe o que o mestre
> disse sobre a felicidade - é algo que só experimentamos por contraste.

(É o que eu digo para quem se ilude com a vida eterna após a morte,
uma vez que a eternidade destrói quaisquer referências.)

> Não existe o
> estado permanente de felicidade. A felicidade é, por definição,
> transitória. Sem o marasmo - que os mais sofisticados chamam de ócio
> criativo, e os italianos chamam de "dolce far niente" - viramos uns
> hamsters na roda de exercício, buscando o que nunca
> atingiremos. Não sei
> se este papo irá ressoar no Brasil, vocês ainda se dedicam ao nobre
> ofíco de ficar à toa, mas aqui nos EUA a vida é trabalho, trabalho e
> mais trabalho. A ética puritana é f...

O quê???? Cadê o fdp que tá de férias (à toa) no meu lugar. Há sete
anos não tiro férias. Ou oito? Faz tanto tempo que nem lembro mais.

Aliás, o que vc está falando só se aplica a uma certa camada da
população. Afinal, desemprego não é marasmo por opção. E quem
trabalha, trabalha por dois desempregados, digo, à toas. :-))

A maioria dos brasileiros se mata de trabalhar apenas para
subsistir e sustentar um bando de funcionários públicos
que se aposentam aos 35, 40 anos, entre outras minorias
privilegiadas. E dessas minorias que vc está falando, né?
Só pra deixar claro!

Tanto é verdade que o maior problema da previdência no
Brasil é o funcionalismo público inativo. Esse é o grande
vespeiro que o Lula NÃO vai conseguir meter a mão. Esqueçam!
Nenhum Dr. Excelência vai mudar isso!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Os demais beneficiários (sic!) da previdência vão morrer antes
de se aposentar (meu caso). É por esse motivo que eu não
pago porra alguma para a previdência estatal (aqueles malditos
carnezinhos!)

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 18:19

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
> A Inglaterra se beneficiou por ser uma ilha.

No caso da Espanha, particularmente, acho q. ponto de inflexão foi a
derrocada da 'Invencível Armada' - ainda q. as perdas materiais
espanholas tenham sido relativamente pequenas, o moral dos ingleses
certamente ficou mais elevado.

(Não q. eu queira com isso criar um padrão de 'ventos divinos'
determinando a história -- já q., na SBCR, defendi q. um ponto de
inflexão da supremacia européia tenha sido a derrota dos persas para
o gregos: mais uma vez com um 'vento divino'. E achar q. um ponto
crítico da história japonesa tbm tenha sido um camicase contra o
império mongol -- q. aliás, andava assustando os europeus.)

> Um fator que deve ter contribuido muito para a decadência da
> península ibérica foi a contra-reforma e a perseguição aos judeus -
> intolerância nunca combinou muito com criatividade e
> desenvolvimento.

Embora pela sua outra postagem sobre o comportamento anglo-saxão
contra o latino dê a entender q. o problema dos latinos seja o
excesso de tolerância.

> Descontadas Seychelles e Maurícios, duas ilhotas turísticas, sobra
> apenas a Guiné (surpresa para mim, admito). Mas a renda per capita
> dos anglo-saxões sul-africanos certamente é bem mais alta.

Por q. temos q. descontar as Seychelles e Maurícios? Cuba tbm é uma
ilhota turística, Jamaica e outras minúsculas ilhotas autônomas do
caribe e da polinésia, como Tuvalu.

Se for falar de renda per capita dos anglo-saxões sul-africanos, até
aí, a renda per capita da capital paulista é comparável a diversos
países europeus. Os q. moram em Moema e adjacências com certeza nunca
passaram fome.

> as colônias mais ricas são aquelas em que os colonizadores
> representam uma proporção maior da população, e onde a maior parte
> da população nativa morreu ou foi exterminada por doenças. Se 99%
> dos habitantes do Congo tivessem morrido de varíola, e a população
> tivesse sido substituida por europeus, certamente seria um país
> mais rico. Resumindo, a "sorte" dos Estados Unidos e da Australia
> foi a vasta maioria dos nativos morreu.

Em Hong Kong a maioria é chinesa. Nas Bahamas a maioria é negra -
tudo bem q. a maioria nativa deve ter morrido, mas não é a
descendência da população colonizadora. Na Guiné Equatorial os
europeus são menos de 1.000 em uma população de 500.000.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Curso de Astrofísica Geral.
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 18:28

Aos interessados:

Recebi só hoje a confirmação da minha inscrição ao Curso de
Astrofísica Geral do Observatório Nacional. Acredito que os demais
que tenham feito tal inscrição estejam recebendo por agora também sua
confirmação, ou venham a recebê-la por esses dias.

O sistema público tarda mas não falha... :))

Beijos, Lígia



SUBJECT: Fw: Boa tarde professor!!
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2003 18:44

Eis uma escala que não conheço: Brine
Alguém é especialista em escala brine?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: <davidvp@fea.unicamp.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Cc: <dvivancopezantes@yahoo.com>
Enviada em: segunda-feira, 14 de abril de 2003 12:53
Assunto: Boa tarde professor!!


| Boa tarde!!
| Estou precisando de um areômetro em escala "Brine" para salmoura com
| escalas de 0 a 100 °Brine; Aquele salinometro ou hidrometro é feito
| especialmente para ser usado com soluções de sal ou salmoura.E Eu preciso
| fazer leituras em graus brine.
| No mercado encontro dificultades para consegui-lo; Existe alguma
| compativilidade se a gente usa-se um areômetro de baume
| (°Be), qual é a relação entre eles ou o sistema de conversão??Estou
| confundido.não encontrei muita informação sobre isso.
| Vi que o senhor tem publicações no site da feira de ciencias e tal vez
| pensei que o senhor me poderia ajudar.
|
| Muito obrigado pela sua atenção.
| david
|


SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -Agua Super Ionizada : como posso ionizar a gua?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, "STR_Brasil" <strbrasil@yahoogrupos.com.br>, "SBCR" <sbcr@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2003 18:53

Este site cada dia me surpreende.Querem participar das respostas?
[]'

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: brow
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: segunda-feira, 14 de abril de 2003 16:13
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -Agua Super Ionizada : como posso ionizar a água?


Nome: Daniel B. Machado e-mail: browmachado@yahoo.com.br



3º Grau em andamento



Oi professor Luiz , eu tenho visto em vários sites pela internet sobre uma água superionizada e a comercialização desta "água milagrosa " dita capaz de despoluir rios em poucos dias e de outras façanhas. O senhor com sua formação acadêmica poderia opinar sobre isso?

Os sites onde provem essa informação são :



http://www.buyamag.com/cgi-bin/html/wionizer.htm



http://evelynlevy.com/byme/agua_piscina.html



http://www.holocura.hpg.ig.com.br/superion.htm - agua sagrada --



http://www.cienciaperfeita.com.br/store.htm - agua super ionizada



Eu queria saber também sobre como podemos ionizar a água , seria possível utilizar um circuito semelhante ao ionizador de ar presente na seção de eletrostática do seu site feira de ciências ? Eu queria utilizar um centelhador a partir de uma bobina de ignição de automóvel ou um fly-back de TV para gerar um pouco de ozônio na água e eliminar as bactérias e microorganismos , como posso fazer isso ?



Desde já agradeço pela informação



Um abraço ,

Daniel





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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - A menina do jesus te ama
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2003 18:59

Ela já é consulente conhecida. É aquela da tag 'jesus te ama' etc.
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
PS: já enviei 32 respostas hoje! Can sei! (isso é brincadeira com meu filhote, cujo professor de Judô é San sei)
-----Mensagem Original-----
De: stela
Para: Luiz Ferraz Netto
Enviada em: segunda-feira, 14 de abril de 2003 17:43
Assunto: Re: FEIRA DE CIENCIAS -


Sei que o sr. já me ajudou, mas se tiver como o sr. me ajudar mais uma vez
eu já agradeço.

Os cultivos transgênicos são os que têm genes e os outros não!

Os elétrons são menores que os átomos!

O homem atual originou-se a partir de uma espécie animal anterior!

No aguardo,



Stela Próspero
Jesus te ama!!!!!!!!
Você já falou com Ele hoje?




[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - A menina do jesus te ama
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 19:22

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> Ela já é consulente conhecida. É aquela da tag 'jesus te ama' etc.
> []'

Ãh... tá... ;)


> -----Mensagem Original-----
> De: stela

> Os cultivos transgênicos são os que têm genes e os outros não!


Bem... por onde começamos? O que são genes? Quem tem genes e quem
não os têm? Dúvidas... Takata nela!! ;))



> Os elétrons são menores que os átomos!

Sim...


> O homem atual originou-se a partir de uma espécie animal anterior!


Originou-se de uma espécie de primata não mais existente que sofreu
mutações genéticas aleatórias no correr de milhões de anos,
resultando... nisto que vos fala! ;)


> Stela Próspero
> Jesus te ama!!!!!!!!
> Você já falou com Ele hoje?


Confesse: ela envia e-mails formatados né? Com fundo cor-de-rosa,
nuvenzinhas brancas, florzinhas, GIFs animados de passarinho
cantando... com musiquinha midi e tudo, hum?

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - A menina do jesus te ama
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2003 21:20

Olá pessoal..:-)

Florzinhas, musiquinha mid, fundo cor-de-rosinha e frasezinhas religiosinhas de dar enjoo..:-) Uma graça mesmo..:-)

A questão dos genes é mais simples, acho que ela confundiu um pouco as coisas. Todo ser vivo (neste planeta, claro) tem genes, unidades de informação codificada em cadeis de bases nitrogenadas. Trangenicos e nào trangenicos tem genes, mas os trangenicos são dotados, artificilamente ou naturalmente, de sequencias de proteinas de outra espécie. Muitos organismos simples trocam sequencias genicas assim como algumas plantas. Mas os trangenicos em questão devem ser os produzios em laboratorio, com ajuda humana e para fins específicos como aumentar a resistencai de uma especie contra pragas ou levar determinados codigos para outra espécie.

A origem do homem é mais interessante e pode dar nó ca becinha dela. Recomendo uma dose cavalar de Dawkins, Dennet e Gold na veia..:-)

Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, April 14, 2003 7:22 PM
Subject: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - A menina do jesus te ama


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> Ela já é consulente conhecida. É aquela da tag 'jesus te ama' etc.
> []'

Ãh... tá... ;)


> -----Mensagem Original-----
> De: stela

> Os cultivos transgênicos são os que têm genes e os outros não!


Bem... por onde começamos? O que são genes? Quem tem genes e quem
não os têm? Dúvidas... Takata nela!! ;))



> Os elétrons são menores que os átomos!

Sim...


> O homem atual originou-se a partir de uma espécie animal anterior!


Originou-se de uma espécie de primata não mais existente que sofreu
mutações genéticas aleatórias no correr de milhões de anos,
resultando... nisto que vos fala! ;)


> Stela Próspero
> Jesus te ama!!!!!!!!
> Você já falou com Ele hoje?


Confesse: ela envia e-mails formatados né? Com fundo cor-de-rosa,
nuvenzinhas brancas, florzinhas, GIFs animados de passarinho
cantando... com musiquinha midi e tudo, hum?

Beijos, Lígia


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "Netbank - Alvaro Augusto" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2003 22:11


>> Mas será q. isso é o suficiente? Na lista da SBCR, antes de eu
>> Por q. Portugal foi então o primeiro a se organizar e aventurar-se
>>no além mar?

>A resposta tradicional é que foi o primeiro estado europeu moderno a
>se unificar. Sua posição estratégica a colocova na porta do atlântico
>e afastada das guerras européias.

A explicação correta é: Para buscar bacalhau, ora pois!

>É preciso não superestimar a importância das colônias americanas. No
>auge, a extração de ouro e prata na américa espanhola representavam
>menos de 5 % do PIB espanhol. Portugal foi ainda menos favorecida.
>sua maior colônia, o Brasil, era ruim para a agricultura e pobre em
>ouro.

>Portugal não tinha população suficiente para colonizar o império
>ultramarino, por isso se limitou a estabelecer entrepostos pequenos
>no oriente, com o goa e macau.

O problema é que Portugal largou na frente na corrida do mercantilismo, mas
se esqueceu de embarcar em um movimento muito maior: a revolução industrial.
Por exemplo, havia um contrato entre Portugal e Inglaterra segundo o qual o
vinho português seria trocado por produtos texteis ingleses. Isso quase
acabou com a vinicultura porguguesa e certamente acabou com a indústria
têxtil daquele país. O contarto foi assinado com base na teoria das
"vantagens comparativas", de Adam Smith e não tinha prazo para acabar. Mas
antes que Portugal acabasse, eles acharam melhor acabar com o contrato...

>>Se a concepção católica abominava o lucro, por q. Portugal
>> foi o primeiro a tentar estabelecer rotas comerciais com o oriente
>> furando o bloqueio do Mediterrâneo (bem, na verdade não sei se foi
>>o primeiro a tentar, mas foi o primeiro a conseguir)?

Simples: os católicos não tiveram nada a ver com a história, mas sim os
judeus...

>> Se a ética protestante é tão positivista, o que aconteceu com a
>> colonização inglesa da Índia, Serra Leoa, Quênia, Nigéria, Mianmar,
>> África do Sul, Sudão, Ilhas Fiji, Jamaica?

Naturalmente, a ética protestante só vale em países protestantes...

>> Esses países não chegaram a ser povoados por ingleses (com exceção da
>> África do Sul, que é o país rico e desenvolvido da áfrica
>> subsaariana, mesmo assim com apenas 5% de pop. descendente de
>> europeus). Não se implantou uma civilização anglo-saxã nesses países,
>> a contrário da Austrália, Canadá e EUA.

Ao contrário dos nativos australianos, canadenses e norte-americanos, os
bantus e outras tribos sul-africanas se recusaram a serem dizimadas, o que
atrasou o progresso...

[ ]s

Alvaro Augusto



SUBJECT: Re: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2003 22:12



>Por q. Portugal foi então o primeiro a se organizar e aventurar-se no
>além mar? Se a concepção católica abominava o lucro, por q. Portugal
>foi o primeiro a tentar estabelecer rotas comerciais com o oriente
>furando o bloqueio do Mediterrâneo (bem, na verdade não sei se foi o
>primeiro a tentar, mas foi o primeiro a conseguir)?

Não é nada por ai.
Quem iniciou a expanção maritima foi um rei , o primeiro de uma nova
dinastia.
Ora, isso diz muito. Tinha-se atravessado uaqm crise de sucessão. E o
parente mais proximo foi eleito rei. So que esse senhor era mestre da ordem
de Avis, ou seja, era templário.
Foram os Templarios, e não portugual quem deu começo à expanção.
É claro que quem pagava era o rei portugues, quem ia nos barcos eram os
portugueses, mas quem operava as coisas eram os templarios. Basta dizer que
a cruz nos barcos era a cruz templaria. Foram elesque financiaram a escola
de marinha em Sagres. (de onde saiam os barcos e os marinheiros)
Não tem nada a ver com ser cristão ou protestante, mas com ser ou não
templario.

Por outro lado, a 1ª dinastia tinha sido conquistadora. Ela tinha formado
portugual ganhando territorio aos mulcumanos. E agora portugual tinha duas
hipoteses. Ou ficava parado no fim da europa, ou se expandia . Espanha não
era um opção. O norte de Africa era muito dificil. O mar era uma melhor
hipotese. O comércio era mais rendável que a guerra.
Ai entra espanha. Eles tb tinham interesse em se expandir , pela mesma razão
que portugual.
Tentaram africa, ainda conseguiram alguma coisa. Depois o mar. Depois
Colombo.O resto é historia. Mas eles queriam vingança. Eles queriam matar os
mouros que tinha matado espanha anteriormente.
A questão é que foram os templarios quem deu inico à expanção e não os
portugues de per se.
O 1º Rei da 2º dinastia era templario. E isso não tem nada a ver com
catolicismo. Nada.

Sérgio Taborda


SUBJECT: Re: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "Netbank - Alvaro Augusto" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2003 22:14



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
> Você saiu da SBCR?

> Saí. Antes q. eu causasse transtornos, já q. não consigo conviver,
> ainda q. apenas 'virtualmente', com alguém q. prega uma violência
> maior para combater a violência. Qdo o tema esfriar acho q. eu volto.

Que é isso, Takata? Sair da SBCR por causa do CB? Volte, Arlindo Orlando,
volte! Se você quiser, eu posso falar com um hacker amigo meu e expulsar
esse meliante daquela nobre casa. Sem violência, naturalmente...

[ ]s

Alvaro Augusto



SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 22:56

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Netbank - Alvaro Augusto"
<alvaug@n...> escreveu
> Que é isso, Takata? Sair da SBCR por causa do CB? Volte, Arlindo
Orlando,
> volte! Se você quiser, eu posso falar com um hacker amigo meu e
expulsar
> esse meliante daquela nobre casa. Sem violência, naturalmente...


Hum... só aqui entre nós, que ninguém mais nos ouça: andei
visitando a lista, gosto de ficar só no muro da SBCR olhando o
movimento por lá e digo que não é só esse tal de CB quem vem falando
asnice... tem um tal de Júnior que eu acho que deveria voltar para
as listas de misticismo aplicado. Ele detonou a própria lista Livres-
Pensadores... :((

Convoque o hacker... >:)

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - A menina do jesus te ama
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 14/04/2003 23:11

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
escreveu
> A origem do homem é mais interessante e pode dar nó ca becinha
dela. Recomendo uma dose cavalar de Dawkins, Dennet e Gold na veia

Homero,

Fico pensando o que pode acontecer com alguém nessas condições.
Melhor ir falando aos poucos, em doses homeopáticas. Ir logo de cara
sugerindo Dawkins pode ser até certo ponto "letal"... ela, com
certeza não está preparada. Mas que seria uma missão magnânima,
seria... já imaginou? Ir mostrando aos poucos que o universo segue
Leis físicas que não têm nada a ver com a vontade de um ser
supremo... e ela dizendo: não! Não!! NÃÃÃÃO!!!

Aliás, uma sugestão ao Léo: sugira que ela se filie à lista de
discussão da STR:

http://br.groups.yahoo.com/group/strbrasil

Pode ser que ela dê mais sorte do que eu que durei pouco mais que 24
h por lá... :))

Beijos, Lígia





SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: Matematica do Fisico
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 14/04/2003 23:42

>ALEXANDRE MEDEIROS: Aliás, o que vc está falando só se aplica a uma
certa camada da população. Afinal, desemprego não é marasmo por opção. E
quem trabalha, trabalha por dois desempregados, digo, à toas. :-)) A
maioria dos brasileiros se mata de trabalhar apenas para subsistir e
sustentar um bando de funcionários públicos que se aposentam aos 35, 40
anos, entre outras minorias privilegiadas. E dessas minorias que vc está
falando, né? Só pra deixar claro!<

Alexandre,

Você tem toda a razão quando diz que brasileiro trabalha duro. Os
americanos que conhecem o Brasil se espantam com os nossos horários.
Conheci um empresário de São Paulo que gostava de levar potenciais
clientes americanos às sete horas da noite no Vale do Anhangabaú e
convidá-los a olhar para os prédios comerciais. Ainda estavam cheios de
gente trabalhando. Isso, nos EUA, só acontece na região do Vale do
Silício, onde os funcionários recebem ações das empresas e, assim,
dividem o risco com o patrão. Ou em empresas de consultoria como a em
que eu trabalho. Na maioria do país o horário é o comercial.

Mas a ética de trabalho puritana tem menos a ver com a quantidade real
de horas trabalhadas e mais com uma certa atitude com relação ao
trabalho e lazer. Muito mais do que os brasileiros, os americanos se
definem pelo trabalho. Conversa na hora do almoço: só sobre trabalho.
Faça uma viagem de trabalho com um americano e a conversa será só
trabalho. Têm vergonha de estar falando de outro assunto no tempo da
empresa. Isso transparece na linguagem. Pergunte a um americano se ele
já terminou de comer, ou já conquistou aquela garota, ou já entrou em
forma. A resposta é sempre "I am working on it". As conversas são sempre
cortadas pela metade - "I've got work to do". Não sei se trabalham mais
do que os outros povos, mas certamente querem acreditar que sim. Todo
mundo tem que estar "busy", sem tempo. É quase feio dizer que teve
lazer. O próprio lazer transforma-se em trabalho, com planejamento e
horário bem definidos. O conceito de lazer desestruturado, tão ao gosto
dos brasileiros, é desconhecido por aqui.

Vou parar. I've got work to do :)

Um abraço,
Colucci




SUBJECT: RES: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "Ronaldo Correia Junior" <ronaldocj@superig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2003 01:16

Homero

> Então, com o desenvolvimento de novas tecnologias e novos
> conhecimentos, a capacidade de adaptação de lideres sempre é
> comprometida. Portugal, por ser o primeiro a se unificar e
> por se apossar primeiro da tecnologia disponivel da época, o
> "estado da arte" em navegação e mapeamento (os famosos
> "portulanos", disputados a peso de ouro por navagantoes de
> todas as nacionalidades), se tornou lider mundial, mas...

Na verdade, Portugal nunca teve a hegemônia nem foi o mais rico da
Europa - no Século XVI, este lugar coube à Espanha Imperial em aliança
com os financistas genoveses e, em seguida, passou às Provincias Unidas
(atual Holanda).

> Foram as duas guerras mundiais, a cegueira europeia e a
> absorção do conhecimento de imigrantes que fez os USA de
> hoje.

Os EUA já eram a maior potência industrial e a maior economia do mundo
antes mesmo da I Guerra Mundsial.
Abraços

______________________________
Ronaldo Correia Júnior
www.dedosdospes.hpg.ig.com.br
www.truenet.com.br/ronaldo




SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br> <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2003 03:12

Oi,

Manuel: Quanto à Espanha, não sei. Quanto à posterior supremacia
inglesa, creio que as diferenças entre as concepções do mundo
católica e a protestante foram um fator determinante. Concepção do
mundo significa concepção da riqueza, concepção da relação entre
homem e Deus e entre o indivíduo e a sociedade, etc. Um livro
interessante sobre esse tema (a determinação da estrutura econômica
da sociedade pela superestrutura jurídico-política e sobretudo
ideológica, para usar o jargão marxista) é o de Max Weber: A Ética
Protestante e o Espírito do Capitalismo.

Takata: Mas será q. isso é o suficiente?

Manuel: Não creio que a cosmovisão ideológica tenha sido o único
fator determinante, mas penso que foi um fator de peso. O próprio
Weber, que defendeu esse ponto-de-vista, condena uma visão monocausal
quando escreve: "não se pode pensar em substituir uma interpretação
materialista unilateral por uma igualmente bitolada interpretação
causal da cultura e da história. Ambos são igualmente viáveis, mas,
qualquer uma delas, se não servir de introdução, mas sim de
conclusão, de muito pouco serve no interesse da verdade histórica."
(M. Weber; A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo).

Takata: Se a concepção católica abominava o lucro, por q. Portugal
foi o primeiro a tentar estabelecer rotas comerciais com o oriente
furando o bloqueio do Mediterrâneo (bem, na verdade não sei se foi o
primeiro a tentar, mas foi o primeiro a conseguir)?

Manuel: Se, segundo o catolicismo, Deus condena a usura, por outro
lado o Papa tinha o poder de, em nome de Deus, perdoar o usurário. E
esse perdão era dado em troca de generosas doações à Igreja. A Igreja
Católica enriqueceu graças à sua complacência para com
os "pecadores". Afinal, "Deus, sendo a Infinita Bondade, é também
Perdão". No sensual catolicismo de antes da Contra-Reforma (o
catolicismo dos Bórgia), a condenação da usura era apenas um meio de
extorquir o usurário, de se apropriar de uma parcela dos lucros dos
financistas e comerciantes.

No protestantismo, não existe uma instituição entre o indivíduo e
Deus com o poder delegado para salvar ou condenar almas. A salvação é
um arbítrio de Deus e nenhum homem, por mais íntegro que julgue ser,
jamais terá a certeza da sua salvação. Se peca, está condenado; não
pecar, porém, não é garantia da salvação. Sendo assim, ao crente só
resta obedecer aos mandamentos de Deus como se estes fossem o "bem em
si". E se Deus nos manda renunciar ao mundo, renegar as paixões
mundanas, apenas uma pequena parte do produto do nosso trabalho
devemos destinar ao nosso consumo imediato, sendo o lucro, portanto o
produto poupado, a medida não só da eficiência do trabalho como da
renúncia do homem ao mundo. O sobreproduto convertido em dinheiro
(i.e., o lucro) não deve ter outro destino a não ser o investimento
com vistas a aumentar o lucro, agora tido como um valor absoluto, um
bem em si.

Ademais, se para o catolicismo (sobretudo o anterior à contra-
reforma) Deus é perdão, se, através dos seus representantes na Terra,
ele perdoa o usurário, o assassino, o adúltero, o ladrão, certamente
ele perdoará também aquele que não cumpre seus acordos comerciais,
aqueles que quebram os contratos de compra e venda. Para tanto, basta
que o "pecador" demonstre seu arrependimento toda vez que for ao
confessionário (quando lhe ordenarão as devidas penitências) ou mesmo
no momento final da vida, ao receber a extrema-unção. Já de acordo
com o puritanismo, o calvinismo, etc., a vontade de Deus, inclusive a
de perdoar, é imperscrutável, isto é, não depende tão-só do
arrependimento. Neste contexto, o imperativo ético "não roubar"
e "respeitar o contrato comercial" é muito mais firme, mais difícil
de ser transgredido. A ética protestante, pois (e estou me referindo
ao protestantismo daquela época), é um fator de estabilidade das
relações contratuais inclusive das mercantis.

É importante que se diga que Max Weber limitou-se a demonstrar a
influência positiva da ética protestante sobre uma determinada fase
do desenvolvimento do capitalismo (o momento em que o capital, antes
circunscrito à esfera da circulação de mercadorias, começou a entrar
na esfera da produção, gerando assim o capitalismo industrial). Ele
jamais defendeu que "o Capitalismo, como sistema econômico, seria um
produto da Reforma. Já o fato de algumas formas importantes do
sistema comercial capitalista serem notoriamente anteriores à
Reforma, seria o bastante para sustar essa argumentação." Também não
sustentou que o capitalismo moderno não pode prescindir desta ética
religiosa que lhe deu origem. Numa fase posterior, ele deixa de
necessitar dos suportes das idéias religiosas e passa a se reproduzir
com relativa autonomia, isto é, seguindo o automatismo das leis
econômicas. Em alguns países, como na França, o capitalismo moderno
só veio a deslanchar quando revoluções mais ou menos violentas
separaram de vez a Igreja do Estado, momento em que o Estado passou a
orientar sua conduta -- sobretudo a condução estatal da economia --
segundo os critérios de ideologias laicas: racionalistas,
positivistas, cientificistas, socialistas, etc.

Takata: Se a ética protestante é tão positivista, o que aconteceu com
a colonização inglesa da Índia, Serra Leoa, Quênia, Nigéria, Mianmar,
África do Sul, Sudão, Ilhas Fiji, Jamaica?

Manuel: Na Índia, o imperialismo britânico deparou-se com uma
civilização milenar e sua ideologia religiosa igualmente milenar
profundamente arraigada na mente dos hindus. Muito difícil que a
ideologia do Império viesse a penetrar naquela couraça.

A colonização britânica deu-se de uma forma diferente nos Estados
Unidos, Canadá e Austrália, que eram vastidões de terra subpovoadas,
ou melhor, povoadas por tribos dispersas de povos neolíticos ou mesmo
paleolíticos. Em pouco tempo, os colonizadores formavam uma população
muito maior que a dos autóctones. Não era intenção desses colonos
dominar e explorar aqueles povos nativos, mas conquistar o seu espaço
e reproduzir, no espaço conquistado, a sua inglaterra natal.

Takata: O Canadá, por exemplo, tem uma grande proporção de católicos.

Manuel: Segundo o censo de 1991, a percentagem de católicos no Canadá
é de 45,7%. Um pouco menos da metade da população. Nos Países Baixos
é de 33 %. Você encontra esses dados no seguinte site:

http://catholics.tripod.com/percent.htm

[]s
Manuel Bulcão



SUBJECT: RES: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2003 06:05

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ronaldo Correia Junior"

> Os EUA já eram a maior potência industrial e a maior economia do
mundo
> antes mesmo da I Guerra Mundsial.
> Abraços
>

Só complementando, os EUA ultrapassaram a Inglaterra em PIB na decada
de 1890. Nesta mesma decada eles deram uma surra na Espanha e se
firmaram como grande potência. Antes da primeira guerra a Inglaterra
ainda seria ultrapassada pela Alemanha. No entanto, formalmente pelo
menos, a Inglaterra ainda era a grande potencia, e a moeda de
referencia era a Libra.

[]'s

André



SUBJECT: off topic (era Portugal e Inglaterra )
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2003 07:40

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese >
> Hum... só aqui entre nós, que ninguém mais nos ouça: andei
> visitando a lista, gosto de ficar só no muro da SBCR olhando o
> movimento por lá e digo que não é só esse tal de CB quem vem
falando
> asnice... tem um tal de Júnior que eu acho que deveria voltar para
> as listas de misticismo aplicado. Ele detonou a própria lista
Livres-
> Pensadores... :((


A ciencialist tambem ja teve o seu genismo, o bi-dualismo, etc... nem
por isso todos abandonaram a lista!

[]'s

André



SUBJECT: Re: Matematica do Fisico
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2003 09:53

"Jose Colucci Jr." <j.colucci@r...> escreveu

> Você tem toda a razão quando diz que brasileiro trabalha duro.

Nem tanto ao mar... Quando entrei na receita federal, no aeroporto de
cumbica, haviam vários colegas que eram cariocas. Como não haviam
vagas no Rio, optaram por cumbica. Eles achavam um absurdo esse
hábito paulista de trabalhar todos os dias, até sexxxta-feira!

Em Maceió, terra de minha esposa e onde morei algum tempo, não existe
o conceito de "meio-período". Grande parte dos funcionários do estado
(ou seja quase toda a classe média) trabalha "um período", ou seja de
manhã ou de tarde. Eu trabalhava "dois períodos".


Os
> americanos que conhecem o Brasil se espantam com os nossos horários.
> Conheci um empresário de São Paulo que gostava de levar potenciais
> clientes americanos às sete horas da noite no Vale do Anhangabaú e
> convidá-los a olhar para os prédios comerciais.

Os prédios em Nova Yorque também ficam acesos até tarde, não? pelo
menos os cartões postais, como o Chrisler, o Empire State, e outros
arranha-céus ficam sempre iluminados, mas imagino que por razões
estéticas e mesmo de propaganda do imóvel (alguém lembra de alguma
foto do wtc apagado à noite?).

abraço,

André



SUBJECT: RE: Matematica do Fisico
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <Alexandre.Medeiros@Consultmail.net>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2003 10:21

> From: Jose Colucci Jr.
>
> Mas a ética de trabalho puritana tem menos a ver com a quantidade real
> de horas trabalhadas e mais com uma certa atitude com relação ao
> trabalho e lazer. Muito mais do que os brasileiros, os americanos se
> definem pelo trabalho. Conversa na hora do almoço: só sobre trabalho.
> Faça uma viagem de trabalho com um americano e a conversa será só
> trabalho. Têm vergonha de estar falando de outro assunto no tempo da
> empresa. Isso transparece na linguagem. Pergunte a um americano se ele
> já terminou de comer, ou já conquistou aquela garota, ou já entrou em
> forma. A resposta é sempre "I am working on it". As conversas
> são sempre
> cortadas pela metade - "I've got work to do". Não sei se
> trabalham mais
> do que os outros povos, mas certamente querem acreditar que sim. Todo
> mundo tem que estar "busy", sem tempo. É quase feio dizer que teve
> lazer. O próprio lazer transforma-se em trabalho, com planejamento e
> horário bem definidos. O conceito de lazer desestruturado,
> tão ao gosto
> dos brasileiros, é desconhecido por aqui.

Mas será que este perfil não é típico do "urbanóide"?
Não consigo imaginar um cara de uma cidadezinha do Alabama ou do Colorado
que tenha este ritmo, assim como não consigo imaginar um paulistano
andando devagarinho na Av. Paulista (nem no Domingo).

(Minha mulher vive me enchendo o saco porque eu nunca paro. Neste domingo
último acordei 7:30 da manhã para consertar minha cama a fim de eliminar
os rangidos, depois aproveitei para reforçar a estrutura das gavetas dos
criados-mudos. Depois resolvi que eu tinha que reformar um arquivo de
aço (lixar, aplicar o Ferrox, o Primer e depois a tinta spray):
pareceu que foi comprado ontem. Não posso passar em frente de lojas
de ferramentas (ou livrarias) que começo a ter tique nervoso. Se fico
quieto começo a roer as unhas.)

> Vou parar. I've got work to do :)

Mi tchu!

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: off topic (era: Portugal e Inglaterra)
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2003 10:28

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ronaldo Correia Junior"

> Os EUA já eram a maior potência industrial e a maior economia do
mundo
> antes mesmo da I Guerra Mundsial.

>

Olá Ronaldo,

Já conhecia seu site a muito tempo, mas não sabia que você fazia
parte dessa lista. Como encontrei poucas (e boas) mensagens suas,
presumo que seja membro a pouco tempo. Seja bem vindo!

um abraço

André







SUBJECT: RE: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <Alexandre.Medeiros@Consultmail.net>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2003 10:36

> From: Oraculo
>
> A Inglaterra seguiu o mesmo caminho, uma vez se tornou
> potencia e lider mundial. No conforto de sua posição, até
> mesmo as invasões alemãs e as recorrentes quebras de acordos
> internacionais de Hitler foram ignorados, com o primeiro
> ministro ingles, antecessor de Churchil, visitando o Furer e
> voltando com discursos do tipo "Conversei com o chanceler
> Hitler e sei que ele só deseja a paz"..:-)

Esse aí é o canalha do Chamberlain. a História oficial
afirma apenas que ele foi vítima e ingênuo. O catso!
Nada me tira da cabeça que ele flertava com o nazismo.

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: off topic (era Portugal e Inglaterra )
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2003 10:38

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
<andrebaptista@u...> <andrebaptista@u...> escreveu
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese >
> A ciencialist tambem ja teve o seu genismo, o bi-dualismo, etc...
nem
> por isso todos abandonaram a lista!


O problema, caro André, é quando certas pessoas se infiltram em
listas com o fim único de "detoná-la"... arrasar, quebrar sequências
de diálogo proveitoso dentro do tema proposto à lista, desestruturar
demais debatedores com nonsense... e rir-se dos efeitos
deletérios... Já vi muito disto por aí.

Um pouco de nonsennse é até engraçado, falar uma bobagem ou outra
deixando patente que é bobagem é até bom para o desenvolvimento de
discussões paralelas que enriquecem o tema central, agora, apelar ao
nonsense como método de discussão, desenvolvendo tais temas sem
sentido às últimas consequências já é obra de gente que gosta de
bagunça e de literalmente "quebrar a cara" dos que se aventurem a
trocar idéias com eles. Agindo desta forma, irritam profundamente os
mais sérios e depois... bem depois só sobram os temas interessantes
restando às moscas e as bobagens proliferando. É exatamente isso o
que eles querem.

"Diagnóstico precoce" é um bom meio de livrar o ambiente de sujeitos
assim. Antes que seja tarde. Recuperar o nível depois é
complicado...

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: off topic (era Portugal e Inglaterra )
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2003 10:40

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
<andrebaptista@u...> <andrebaptista@u...> escreveu
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese >
> A ciencialist tambem ja teve o seu genismo, o bi-dualismo, etc...
nem
> por isso todos abandonaram a lista!

O problema, caro André, é quando certas pessoas se infiltram em
listas com o fim único de "detoná-la"... arrasar, quebrar sequências
de diálogo proveitoso dentro do tema proposto à lista, desestruturar
demais debatedores com nonsense... e rir-se dos efeitos
deletérios... Já vi muito disto por aí.

Um pouco de nonsennse é até engraçado, falar uma bobagem ou outra
deixando patente que é bobagem é até bom para o desenvolvimento de
discussões paralelas que enriquecem o tema central, agora, apelar ao
nonsense como método de discussão, desenvolvendo tais temas sem
sentido às últimas consequências já é obra de gente que gosta de
bagunça e de literalmente "quebrar a cara" dos que se aventurem a
trocar idéias com eles. Agindo desta forma, irritam profundamente os
mais sérios e depois... bem depois só sobram os temas interessantes
restando às moscas e as bobagens proliferando. É exatamente isso o
que eles querem.

"Diagnóstico precoce" é um bom meio de livrar o ambiente de sujeitos
assim. Antes que seja tarde. Recuperar o nível depois é
complicado...

Beijos, Lígia



SUBJECT: RE: Matematica do Fisico
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <Alexandre.Medeiros@Consultmail.net>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2003 10:47

> From: Jose Colucci Jr.
>
> Você tem toda a razão quando diz que brasileiro trabalha duro.

Faltou completar com mais uma coisinha. A maior motivação de
uma pessoa é, de longe, GRANA (um monte de $$$$$$$$$$$$$$$$$).
Se eu ganhasse o que ganha um executivo americano que trabalha
aqui na empresa eu levaria o notebook comigo até para usar o
banheiro.

Agora, qual a diferença de e$tímulo entre um gringo e um
brasileiro?

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Matematica do Fisico
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2003 10:58

Olhe, não quero transformar esse debate em (mais) expressões de bairrismo,
mas não consta que todos os cariocas sejam malandros, ou que todos os
paulistas só pensem em trabalho... será que podemos prosseguir na discussão
sem estereotipar, por favor ?

Abraços,
Daniel Bezerra


----- Original Message -----
From: <andrebaptista@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, April 15, 2003 9:53 AM
Subject: [ciencialist] Re: Matematica do Fisico


"Nem tanto ao mar... Quando entrei na receita federal, no aeroporto de
cumbica, haviam vários colegas que eram cariocas. Como não haviam
vagas no Rio, optaram por cumbica. Eles achavam um absurdo esse
hábito paulista de trabalhar todos os dias, até sexxxta-feira!




SUBJECT: RES: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "Ronaldo Correia Junior" <ronaldocj@superig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2003 11:22

> -----Mensagem original-----
> De: Netbank - Alvaro Augusto [mailto:alvaug@netbank.com.br]
> Enviada em: segunda-feira, 14 de abril de 2003 22:12
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: Re: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re:
> Matematica do Fisico)
>
> O problema é que Portugal largou na frente na corrida do
> mercantilismo, mas se esqueceu de embarcar em um movimento
> muito maior: a revolução industrial. Por exemplo, havia um
> contrato entre Portugal e Inglaterra segundo o qual o vinho
> português seria trocado por produtos texteis ingleses. Isso
> quase acabou com a vinicultura porguguesa e certamente acabou
> com a indústria têxtil daquele país. O contarto foi assinado
> com base na teoria das "vantagens comparativas", de Adam
> Smith e não tinha prazo para acabar.

Ao contrário, a teoria de Smith foi formulada com base em exemplos como
o desse contrato - na visão inglesa, é claro;-)
Abraços

______________________________
Ronaldo Correia Júnior
www.dedosdospes.hpg.ig.com.br
www.truenet.com.br/ronaldo




SUBJECT: Re: Matematica do Fisico
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2003 11:26

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Daniel Bezerra"
<nielsbohr@u...> escreveu
> Olhe, não quero transformar esse debate em (mais) expressões de
bairrismo,
> mas não consta que todos os cariocas sejam malandros, ou que todos
os
> paulistas só pensem em trabalho... será que podemos prosseguir na
discussão
> sem estereotipar, por favor ?
>

Desculpe, Daniel. Não quis generalizar. Estava me referindo a alguns
colegas da receita federal. O que soube através deles é que nas
repartições da alfândega do rio existem funcionários em excesso, por
isso se trabalha dia sim, dia não. por outro lado tenho amigos
cariocas que são verdadeiros workholics, daqueles que nunca tomam sol.

Mas convenhamos, o próprio carioca alimenta de si uma imagem que não
é exatamente algo parecido com a "ética protestante". Isso permeia a
cultura popular carioca, e em consequência a brasileira. Porque os
cariocas são os heróis do Brasil (pelo menos do Rio de Janeiro para
cima). O Rio é o modelo de civilização para o nordestino comum,
enquanto São Paulo é um lugar tenebroso.

Existe também um grande esforço dos setores progressistas para
desconstruir essa imagem, e existem avanços nesse sentido, temos que
reconhecer. Já não é de legal um sujeito ser conhecido
como "playboy", por exemplo. Os playboys de hoje em dia podem levar a
mesma vida que o Jorginho Guinle levava, mas agora posam de
empresários, porque agora isso é bacana. Isso reflete uma mudança e
tanto na mentalidade - já não pega bem posar de malandro. Vinicius de
Morais é outro ícone da carioquice, e não é exatamente o exemplo de
uma vida disciplinada (embora a seu modo tenha sido muito produtiva).

Existe uma luta no Brasil, entre o atraso e a modernidade. Nos EUA
essa luta foi simbolizada pela guerra entre o sul e o norte, e pelo
triunfo final do que hoje é conhecido como "americanismo".
Infelizmente ainda existem muitas pessoas que associam
o "americanismo" a tudo que existe de ruim. Melhorar as instituições
quase sempre representa copiar alguma coisa que já foi feita lá, mas
setores reacionários taxam isso de "americanização".


Com os avanços da civilização sempre existem perdas, coisas como o
marasmo de que falou o Colucci. Quem melhor definiu isso foi o Tom
Jobim, quando pediram para ele comparar o Rio de Janeiro como Nova
Iorque, cidades em que ele morava.

"Aqui (NY) é bom, mas é uma merda. Já o Rio é uma merda, mas é bom".
:-)))

abraços

André




>
> "Nem tanto ao mar... Quando entrei na receita federal, no aeroporto
de
> cumbica, haviam vários colegas que eram cariocas. Como não haviam
> vagas no Rio, optaram por cumbica. Eles achavam um absurdo esse
> hábito paulista de trabalhar todos os dias, até sexxxta-feira!



SUBJECT: CONVITE CIENTIFICO
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, "STR_Brasil" <strbrasil@yahoogrupos.com.br>, "SBCR" <sbcr@yahoogrupos.com.br>, <ClubedAstronomia@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2003 12:05

"Nessa 6a feira próxima, lá pelas 20 horas (tipicamente brasileiro, nada inglês!), será inaugurado no Parque do Peãozinho de Barretos a "Feira de Ciências do Parque do Peão", sob o comando do Prof. Léo - Luiz Ferraz Netto. [ ... ]". E segue longa coluna jornalística.

Formalmente convido os amigos(as) do Ciencialist, STR, SBCR, CdA, EletronicaBr e news para que, comigo, marquem presença nessa 'data histórica' para a comunidade barretense e região. Tais amigos, que deram 'aquela força' para o nascimento e desenvolvimento do site "Feira de Ciências - O Imperdível!" (agora beirando os 3 milhões de consultas! -- para que não paire dúvidas: 3x10^6) muito me honrariam com suas presenças.
Com muito bla-bla-bá, faremos nessa inauguração: a apresentação de uns 30 aparelhos (made in home), a fundação do Clube de Ciências de Barretos, lançamento da pedra fundamental do prédio e oficinas da Feira (talvez possamos apreciar o lindo arco de parábola nesse lançamento) etc. (no etc. estão incluídos 'queima do alho' e outras gostosuras --- refiro-me às garotas que no horário das 19h vão apresentar ao vivo uma tal de paixão de cristo num palco montado no meio do Parque).

aquele abraço,

======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================


SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2003 13:09

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Manuel Bulcão
> Manuel: Segundo o censo de 1991, a percentagem de católicos no
> Canadá é de 45,7%. Um pouco menos da metade da população.

Bem, ser um pouco menos da metade da populacao nao quer dizer nao ser
maioria, ja' q. os protestantes sao 36% -- outras religioes
correspondem a 18%.

http://www.odci.gov/cia/publications/factbook/geos/ca.html#People

> Nos Países Baixos é de 33 %.

E os protestantes sao 21%. 40% nao seguem nenhuma religiao.

http://www.odci.gov/cia/publications/factbook/geos/nl.html#People

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2003 14:04

Manuel: Segundo o censo de 1991, a percentagem de católicos no
> > Canadá é de 45,7%. Um pouco menos da metade da população.
>

Takata:Bem, ser um pouco menos da metade da populacao nao quer dizer
nao ser maioria, ja' q. os protestantes sao 36% -- outras religioes
> correspondem a 18%.


André: A tese de Weber é sobre a relação entre a ética protestante de
certas correntes, como os quackers e metodistas, e triunfo
do "espírito do capitalismo" principalmente nos Estados Unidos. Uma
vez que o "espírito do capitalismo" tenha se institucionalizado, ele
não depende mais dos preceitos religiosos que lhe forneceram suporte.
O próprio Weber, no início do século, se referia à uma época
anterior. Na época em que escreveu o livro o capitalismo já estava
institucionalizado. Ninguém mais precisa ser religioso para ser bem
sucedido dentro do capitalismo. Aliás o Weber mostra que os
capitalismo teve a delicada tarefa de se livrar de outros preceitos
religiosos que limitavam sua expansão, como a aversão ao acumulo
excessivo de bens materiais, o exibicionismo, etc. Existem
comunidades que ainda hoje vivem como os fundamentalistas de Weber,
como os Amish, e dificilmente essas comunidades podem ser
consideradas um paradigma de sucesso capitalista.

Pouco importa também que 40% dos holandeses ou outro tantos por cento
dos canadenses se declarem atualmente sem religião, pois os preceitos
éticos da religião protestante ganharam vida própria nesses países. A
ética dos agnósticos e ateus é descendente da ética religiosa,
despida apenas do misticismo e tabus irracionais.

[]´s

André



SUBJECT: [OT] Violencia
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <Alexandre.Medeiros@Consultmail.net>
TO: "Ciencialist (E-mail)" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2003 14:11

Acabei de receber um telefonema do meu irmão. Ele
estava de moto hoje cedo, indo pro trabalho, e foi
perseguido por dois vagabundos noutra moto. Desconfiado,
ele aumentou a velocidade para aumentar a distância
e logo em seguida os filhos de uma rampeira atiraram
nele. Uma das balas atravessou a jaqueta de couro
debaixo da axila esquerda.

(Aposto que se o aborto fosse legalizado esses
merdas não teriam nascido!)

Desculpem, eu precisava desabafar.

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [OT] Violencia
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2003 14:29

Olá Alexandre. Como está seu irmão?

um abraço

André

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Medeiros, Alexandre Pimentel
Cabral de" <Alexandre.Medeiros@C...> escreveu
> Acabei de receber um telefonema do meu irmão. Ele
> estava de moto hoje cedo, indo pro trabalho, e foi
> perseguido por dois vagabundos noutra moto. Desconfiado,
> ele aumentou a velocidade para aumentar a distância
> e logo em seguida os filhos de uma rampeira atiraram
> nele. Uma das balas atravessou a jaqueta de couro
> debaixo da axila esquerda.
>
> (Aposto que se o aborto fosse legalizado esses
> merdas não teriam nascido!)
>
> Desculpem, eu precisava desabafar.
>
> []
>
> Alexandre Medeiros
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - A menina do jesus te ama
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2003 14:35

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"

> -----Mensagem Original-----
> De: stela

> Os cultivos transgênicos são os que têm genes e os outros não!

Outros aqui ja' comentaram o ponto. Os chamados organismos
transgenicos sao os q. receberam uma parte do material genetico de
uma outra especie. Genes, todos os seres vivos conhecidos possuem.
Atualmente ha' uma grande discussao sobre se o cultivo de tais
organismos nao podem trazer algum risco 'a saude humana ou ao
ambiente.

> Os elétrons são menores que os átomos!

Sim. Assim como um tijolo e' menor do q. uma casa. Eletrons sao um
dos componentes dos atomos -- os outros dois sao o proton e o
neutron: vc deve te-los conhecidos em sua aula de ciencias ou ira'
conhece-los. Em um modelo ja' bastante antigo, imaginava-se q. os
eletrons seriam um pouco como os planetas orbitando em torno do Sol:
ja' q. os eletrons parecem girar ao redor do nucleo (o nucleo do
atomo sendo composto la' pelos protons e pelos neutrons). Atualmente
nao se imagina q. os eletrons tenham orbitas tao certinhas como os
planetas ao redor das estrelas. Como os protons possuem carga
eletrica oposta ao dos eletrons, os eletrons se mantem ao redor do
nucleo pela atracao eletrica do nucleo - se possuissem a mesma carga,
os protons e os eletrons iriam se repelir e nao teriamos os atomos
como os q. temos.

> O homem atual originou-se a partir de uma espécie animal anterior!

Tto qto se sabe, sim. Alias, tto qto se sabe, todas as especies q.
existem hoje de seres vivos sao descendentes de alguma especie
ancestral -- do mesmo modo como vc e' descendente de sua mae, q. veio
de sua avo', q. veio de sua bisavo' e assim por diante.

Claro q. se poderia pensar q., como sua bisavo' e mesmo a bisavo'
dela eram seres humanos e nao de outra especie, fica dificil imaginar
como um ser de uma especie acaba por gerar outra.

Mas as alteracoes de geracao para geracao muitas vezes sao bem sutis.
Uma alteracao q. nao tem a ver diretamente com os genes, mas q.
podemos notar qdo comparamos os registros, porem q. nao percebemos no
dia-a-dia, e' q., em media, as pessoas de hoje sao mais altas do q.
as pessoas de antigamente -- no caso essa alteracao provavelmente se
deve mais ao ambiente: melhor alimentacao, melhor condicoes de saude
e assim por diante. Mas isso nos mostra como as mudancas podem
acontecer bem devegarinho sem q. a gente perceba. Vc ja' percebeu
como e' quase imperceptivel o movimento dos ponteiros das horas do
relogio? Mas com pequenas mudancas, uma atras da outra, no final
podemos perceber um bom movimento do ponteiro das horas -- a cada 12
horas o ponteiro estara' apontando na direcao oposta. Pois bem, se
ja' e' dificil notar mudancas q. ocorrem em um unico dia, pode ser
realmente dificil perceber mudancas q. acontecem ao longo de muito,
muito tempo.

No caso dos organismos, existe uma mudanca q. acontece mais ou menos
por acaso (ao contrario dos ponteiros do relogio q. possuem todo um
mecanismo q. os movimenta), isso faz com q. os descendentes sejam
ligeiramente diferentes dos pais (ou dos avos ou dos bisavos) -- uma
diferença q. em muitos casos não dá nem pra perceber. E os
descendentes dos descendentes tbm serão ligeiramente diferentes. E os
descendentes dos descendentes dos descendentes tbm serao. E assim por
diante. Pode acontecer q. passadas muitas geracoes, as diferencas
comecem a se tornar notaveis. E se as diferencas forem se acumulando,
elas poderao tornar os descendentes tao diferentes dos ancestrais
remotos q. um especialista ira' classifica'-los como pertencendo a
especies diferentes: um pouco como 'a medida em q. os ponteiros das
horas mudam, passamos a identificar horas diferentes.

Tto qto se sabe, essas mudancas ao longo das geracoes podem ser bem
mais rapidas em alguns casos do q. em outros. Nao necessariamente
essas mudancas tEm q. ser taaaao lentas assim: embora mudancas
rapidas nesses casos, em geral, signifiquem algumas centenas de anos
pelo menos de todo modo.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: [OT] Violencia
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2003 14:57

-----Mensagem Original-----
De: <andrebaptista@uol.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: terça-feira, 15 de abril de 2003 14:29
Assunto: [ciencialist] Re: [OT] Violencia


Olá Alexandre. Como está seu irmão?

um abraço

André

Léo: Oi Alexandre, repito a pergunta do André.
Vejam como andam essas 'grandes cidades'!
Creio que agora vcs podem entender porque larguei USP, UNIP, Objetivo, Lab. de Demonstrações, Est. Ciência e mudei-me para Barretos (já estou aqui a 9 anos!). Nossa página policial de hoje reporta 2 roubos de utensílios domésticos, 4 cadeiras de varanda, um caso de cheque sem fundo e dois acidentes (sem mortes) nas 2 rodovias. Ah! uma 'maldito' foi multado em 7.500,00 pois matou uma capivara na ponte velha do Rio Pardo (foi pego com a dita no freezer, junto com dois dourados fora da medida)!
S.P. ... nunca mais!

[]'



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: [OT] Violencia
FROM: "Medeiros, Alexandre Pimentel Cabral de" <Alexandre.Medeiros@Consultmail.net>
TO: "'ciencialist@yahoogrupos.com.br'" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2003 15:01

> From: André Roviralta Dias Baptista
>
> Olá Alexandre. Como está seu irmão?

Tá bem! Só chamuscou o sovaco! :-)

[]

Alexandre Medeiros


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [OT] Violencia
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2003 15:09

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Medeiros, Alexandre Pimentel
Cabral de" <Alexandre.Medeiros@C...> escreveu

> >
> > Olá Alexandre. Como está seu irmão?
>
> Tá bem! Só chamuscou o sovaco! :-)
>

Valeu Alexandre, se ele telefonou não podia estar muito mal mesmo! É
que estou meio devagar hoje. Recebi sua revista, hoje a noite vou ler
o artigo.

um abraço,

André



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - A menina do jesus te ama
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2003 15:26

Roberto, canibalizei sua primeira resposta. Veja se cometi algum 'adultério':

> Os cultivos transgênicos são os que têm genes e os outros não!

Existem muitas e conflitantes definições para Alimentos Transgênicos.
O que pode ser definido é o que são Organismos Geneticamente Modificados. Por exemplo, o Milho é um organismo. E ele é transgênico quando contém um gene de uma outra espécie. O Milho Bt, que o Brasil andou importando contém o gene de uma bactéria chamada 'Bacillus thurigiensis'.

Ao conter tal gene de bactéria, esse milho passa a produzir a mesma toxina que a bactéria produz e, assim, passa a matar os insetos que atacam a plantação. Como o milho passa a conter 'veneno' produzido automaticamente, então ele não precisaria ser pulverizado com agrotóxicos. Isso não significa que ele não contenha venenos contra os insetos: apenas se substituiu uma forma de veneno pela outra. E esse milho, conforme foi dito acima, é um milho geneticamente modificado, ou seja, um organismo transgênico.

Como se percebe, os chamados organismos transgênicos são os q. receberam uma parte do material genético de uma outra espécie. Genes, todos os seres vivos conhecidos possuem.
Atualmente ha' uma grande discussão sobre se o cultivo de tais organismos não podem trazer algum risco à saúde humana ou ao ambiente.

A balança pende um pouco para o lado da liberação dos transgênicos. Toda novidade causa certo alarde e sempre tem gente de índole não científica (místicos, crentes, esotéricos etc.) que 'inventam' histórias mil contra a novidade em questão.
Exemplifico: Feita a primeira estrada de ferro foi um alvoroço conseguir os primeiros passageiros; os mais aventureiros tinham que assinar um documento atestando que estavam 'viajando' de livre e espontânea vontade --- pois diziam que naquela tremenda velocidade de 60 km/h o ar iria comprimir as pessoas impedindo-as de respirar (60 ou 70 km/h à época era realmente uma tremenda velocidade!). Isso não impediu o progresso dos transportes. As novidades são como as 'verdades' ... mudam com o tempo.

[]'
Léo
PS: as outras duas respostas estão excelentes e primam pela didática.


SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -Agua Super Ionizada : como posso ionizar a gua?
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2003 15:34

Querem essa tb?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: brow
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: segunda-feira, 14 de abril de 2003 16:13
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -Agua Super Ionizada : como posso ionizar a água?


Nome: Daniel B. Machado e-mail: browmachado@yahoo.com.br



3º Grau em andamento



Oi professor Luiz , eu tenho visto em vários sites pela internet sobre uma água superionizada e a comercialização desta "água milagrosa " dita capaz de despoluir rios em poucos dias e de outras façanhas. O senhor com sua formação acadêmica poderia opinar sobre isso?

Os sites onde provem essa informação são :



http://www.buyamag.com/cgi-bin/html/wionizer.htm



http://evelynlevy.com/byme/agua_piscina.html



http://www.holocura.hpg.ig.com.br/superion.htm - agua sagrada --



http://www.cienciaperfeita.com.br/store.htm - agua super ionizada



Eu queria saber também sobre como podemos ionizar a água , seria possível utilizar um circuito semelhante ao ionizador de ar presente na seção de eletrostática do seu site feira de ciências ? Eu queria utilizar um centelhador a partir de uma bobina de ignição de automóvel ou um fly-back de TV para gerar um pouco de ozônio na água e eliminar as bactérias e microorganismos , como posso fazer isso ?



Desde já agradeço pela informação



Um abraço ,

Daniel





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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2003 16:45

Olá pessoal.

Exatamente. Claro que existem diversas forma de avaliar um periodo, as forças e as nações do mesmo, mas o século 19 teve 100 anos (espantoso, não?..:-) e os USA começaram a ser significativos apenas no seu final. E mesmo assim, o enorme volume economico não é tudo, já que, mesmo o Brasil, com todo seu subdesenvolvimento, por ser enorme, continental, com milhões de habitantes, tem um peso economico muito maior que seu real significado no meio internacional (toda empresa sonha em vender em um mercado tão grande..:-)

Como foi bem lembrado, a moeda padrão foi a Libra esterlina por longo tempo, só superada pelo dolar após as guerras mundiais. O esforço de guerra, como no tempo do "doe seu ouro para São Paulo" no Brasil, produz uma velocidade de progresso importante, não podendo ser desprezada. A quebra da bolsa em 29 só foi completamente superada com o esforço de guerra a partir de 41.

Quanto a Portugal, de novo, há mais de uma forma de analisar periodos historicos, concordo. Mas com certeza Portugal representou uma liderança e uma posição de vanguarda por longos periodos e toda navegação dos séculos 14 e 15 foi resultado direto de esforços portugueses, em que pese a atuação da Espanha. Dobrar o cabo da Boa Esperança, conquistar a costa africana (onde a mar deveria ferver e cozinhar os marujos, sendo impossível viver acima do equador - acima porque naquela época os mapas colocavam o Sul acima do Norte..:-), toda colonizaçào e comercio com o oriente via marítima, comercio e contato com o Japão, China, India, etc, era feito por e com o conhecimento de Portugal.

O exemplo mais evidente dessa força foi o Tratado de Tordesilhas, que, validado pela papado (a maior força na época, depois de deus), dividiu o mundo em dois, metade para a Espanha, metade para Portugal, a revelia dos protestos e reclamos de outras naçòes como a Inglaterra e Holanda. E Portugal ainda empurrou a linha do tratado bem para diante, tornando o Brasil bem mais "largo" que deveria ser.

Dificuldades com a Espanha foram mais consequencias da natureza das rtelações de poder da época que de diferenças de força entre nações. Quando o Rei da Espanha se tornou também Rei de Portugal (por força de questões de nascimento e herança), isso provocou uma ferida tão grande nos portugueses, um dano economico e de poder (o Rei de Espanha era, evidentemente, mais espanhol que portugues), que até hoje os portugueses que conheço nào suportam espanhois e vice versa.

Se Portugal como império parece diferente da Inglaterra e dos USA hoje é mais por causa da época em que isso ocorreu. Não havia moeda padrão para definir a economia mundial (apesar de dobroes em ouro portugueses term valor mais sólido que a prata holandesa, por exemplo), não havia regulamentaçào comercial entre paises e quem podia mais fazia o que bem entendia. Mas para negociar com a China ou com o Japão havia que tomar a autorização de Portugal, como forma de evitar retaliações. E isso com certeza indica uma potencia como nação.

Mais uma vez, não é uma oplemica, concordo plenamente que existem vários fatores e modos de analizar períodos históricos. E foi essa a intenção da mensagem primeira, acho dificil encontrar um único fator que explique a ascenção ou a queda de um imperio ou nação. Mesmo hoje, com todas as analises possiveis e com a pouca distância no tempo, não há muitos analistas que concordem com o que realmente levou a Argentina a bancarrota. Mas a maioria concorca que forma muitos esess fatores.

Um abraço.

Homero





----- Original Message -----
From: André Roviralta Dias Baptista
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, April 15, 2003 6:05 AM
Subject: RES: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ronaldo Correia Junior"

> Os EUA já eram a maior potência industrial e a maior economia do
mundo
> antes mesmo da I Guerra Mundsial.
> Abraços
>

Só complementando, os EUA ultrapassaram a Inglaterra em PIB na decada
de 1890. Nesta mesma decada eles deram uma surra na Espanha e se
firmaram como grande potência. Antes da primeira guerra a Inglaterra
ainda seria ultrapassada pela Alemanha. No entanto, formalmente pelo
menos, a Inglaterra ainda era a grande potencia, e a moeda de
referencia era a Libra.

[]'s

André


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2003 16:54

Uma correçao de minha digitação errada (que torna dificil entender o sentido..:-)

Onde se lê:
Mas a maioria concorca que forma muitos esess fatores.

Leia-se:
Mas a maioria concorda que foram muitos esses fatores.

Um abraço.

Homero
----- Original Message -----
From: Oraculo
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, April 15, 2003 4:45 PM
Subject: Re: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)


Olá pessoal.

Exatamente. Claro que existem diversas forma de avaliar um periodo, as forças e as nações do mesmo, mas o século 19 teve 100 anos (espantoso, não?..:-) e os USA começaram a ser significativos apenas no seu final. E mesmo assim, o enorme volume economico não é tudo, já que, mesmo o Brasil, com todo seu subdesenvolvimento, por ser enorme, continental, com milhões de habitantes, tem um peso economico muito maior que seu real significado no meio internacional (toda empresa sonha em vender em um mercado tão grande..:-)

Como foi bem lembrado, a moeda padrão foi a Libra esterlina por longo tempo, só superada pelo dolar após as guerras mundiais. O esforço de guerra, como no tempo do "doe seu ouro para São Paulo" no Brasil, produz uma velocidade de progresso importante, não podendo ser desprezada. A quebra da bolsa em 29 só foi completamente superada com o esforço de guerra a partir de 41.

Quanto a Portugal, de novo, há mais de uma forma de analisar periodos historicos, concordo. Mas com certeza Portugal representou uma liderança e uma posição de vanguarda por longos periodos e toda navegação dos séculos 14 e 15 foi resultado direto de esforços portugueses, em que pese a atuação da Espanha. Dobrar o cabo da Boa Esperança, conquistar a costa africana (onde a mar deveria ferver e cozinhar os marujos, sendo impossível viver acima do equador - acima porque naquela época os mapas colocavam o Sul acima do Norte..:-), toda colonizaçào e comercio com o oriente via marítima, comercio e contato com o Japão, China, India, etc, era feito por e com o conhecimento de Portugal.

O exemplo mais evidente dessa força foi o Tratado de Tordesilhas, que, validado pela papado (a maior força na época, depois de deus), dividiu o mundo em dois, metade para a Espanha, metade para Portugal, a revelia dos protestos e reclamos de outras naçòes como a Inglaterra e Holanda. E Portugal ainda empurrou a linha do tratado bem para diante, tornando o Brasil bem mais "largo" que deveria ser.

Dificuldades com a Espanha foram mais consequencias da natureza das rtelações de poder da época que de diferenças de força entre nações. Quando o Rei da Espanha se tornou também Rei de Portugal (por força de questões de nascimento e herança), isso provocou uma ferida tão grande nos portugueses, um dano economico e de poder (o Rei de Espanha era, evidentemente, mais espanhol que portugues), que até hoje os portugueses que conheço nào suportam espanhois e vice versa.

Se Portugal como império parece diferente da Inglaterra e dos USA hoje é mais por causa da época em que isso ocorreu. Não havia moeda padrão para definir a economia mundial (apesar de dobroes em ouro portugueses term valor mais sólido que a prata holandesa, por exemplo), não havia regulamentaçào comercial entre paises e quem podia mais fazia o que bem entendia. Mas para negociar com a China ou com o Japão havia que tomar a autorização de Portugal, como forma de evitar retaliações. E isso com certeza indica uma potencia como nação.

Mais uma vez, não é uma oplemica, concordo plenamente que existem vários fatores e modos de analizar períodos históricos. E foi essa a intenção da mensagem primeira, acho dificil encontrar um único fator que explique a ascenção ou a queda de um imperio ou nação. Mesmo hoje, com todas as analises possiveis e com a pouca distância no tempo, não há muitos analistas que concordem com o que realmente levou a Argentina a bancarrota. Mas a maioria concorca que forma muitos esess fatores.

Um abraço.

Homero





----- Original Message -----
From: André Roviralta Dias Baptista
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, April 15, 2003 6:05 AM
Subject: RES: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ronaldo Correia Junior"

> Os EUA já eram a maior potência industrial e a maior economia do
mundo
> antes mesmo da I Guerra Mundsial.
> Abraços
>

Só complementando, os EUA ultrapassaram a Inglaterra em PIB na decada
de 1890. Nesta mesma decada eles deram uma surra na Espanha e se
firmaram como grande potência. Antes da primeira guerra a Inglaterra
ainda seria ultrapassada pela Alemanha. No entanto, formalmente pelo
menos, a Inglaterra ainda era a grande potencia, e a moeda de
referencia era a Libra.

[]'s

André


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SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2003 16:57

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
> André: A tese de Weber é sobre a relação entre a ética protestante
> de certas correntes, como os quackers e metodistas, e triunfo
> do "espírito do capitalismo" principalmente nos Estados Unidos.

Hmmmm... mas como podemos testar a hipotese?

Nao sei, mas pra mim deu a impressao q. comecou a pipocar muitas
hipoteses ad hoc (bem, nao sei se sao realmente ad hoc ou se foram
comprovadas independentemente). Parece q. so' temos 3 grandes
exemplos q. parecem concordar com a tese de Weber. Mas com apenas 3
exemplos positivos da' pra afirmar uma conexao causal dessa natureza?

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2003 17:09

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
>
> Nao sei, mas pra mim deu a impressao q. comecou a pipocar muitas
> hipoteses ad hoc (bem, nao sei se sao realmente ad hoc ou se foram
> comprovadas independentemente). Parece q. so' temos 3 grandes
> exemplos q. parecem concordar com a tese de Weber. Mas com apenas 3
> exemplos positivos da' pra afirmar uma conexao causal dessa
natureza?
>

mas a tese de Weber é apenas sobre o capitalismo americano!

[]´s

André



SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2003 17:18

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
> mas a tese de Weber é apenas sobre o capitalismo americano!

Hmmm... mas ela foi chamada pra explicar as disparidades economicas
entre os países -- especialmente na SBCR -- e aqui pra explicar a
derrocada do império marítimo luso...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - A menina do jesus te ama
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2003 17:21

On Mon, 14 Apr 2003, Luiz Ferraz Netto wrote:
> Os cultivos transgênicos são os que têm genes e os outros não!

São os que usam plantas com parte dos genes transplantados de outras
espécies.


> Os elétrons são menores que os átomos!

Sim. São muito menores, mas não se sabe o quanto. É claro, assumindo que
sejam partículas :-)


> O homem atual originou-se a partir de uma espécie animal anterior!

A maior parte dos cientistas assume que o homem atual e o de Cro-Magnom
sejam indistingüíveis, sendo este da mesma época que os Neandertais. A
evolução humana é uma corrente bem comprida e os estudos arquológicos nos
têm revelado vários elos de nossa ancestralidade.


> Jesus te ama!!!!!!!!
> Você já falou com Ele hoje?

Instalei recentemente uns programas na casa dele. Mas se ele me amasse
tanto assim teria me dado uma gorjeta maior. Tem um sotaque engraçado.


[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: RES: [ciencialist] off topic (era: Portugal e Inglaterra)
FROM: "Ronaldo Correia Junior" <ronaldocj@superig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 15/04/2003 19:00

André

> Olá Ronaldo,
>
> Já conhecia seu site a muito tempo, mas não sabia que você fazia
> parte dessa lista. Como encontrei poucas (e boas) mensagens suas,
> presumo que seja membro a pouco tempo. Seja bem vindo!
>
> um abraço

Estou aqui há uns 6 meses, mas praticamente como lucker.
Abraços

______________________________
Ronaldo Correia Júnior
www.dedosdospes.hpg.ig.com.br
www.truenet.com.br/ronaldo




SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br> <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2003 19:03

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu

> Hmmm... mas ela foi chamada pra explicar as disparidades economicas
> entre os países -- especialmente na SBCR -- e aqui pra explicar a
> derrocada do império marítimo luso...

Manuel: Contestanto Marx, Weber quis demonstrar que fatores extra-
econômicos, culturais (a ética protestante) foram determinantes
no "aparecimento" do capitalismo industrial na Inglaterra -- o país
em que se deu a Revolução Industrial -- e em sua principal colônia,
os EUA.

Depois de ter surgido na Inglaterra, o novo capitalismo industrial
aos poucos foi sendo incorporado (copiado) pelos países do continente
europeu. Mas isso Max Weber não pretendeu explicar.

Os países que mais sofreram as conseqüências da Contra-Reforma
(Espanha e Portugal) permaneceram atrasados e subdesenvolvidos até
por volta de década de 70 do século XX.

[]s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br> <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 15/04/2003 21:57

Oi André,

André: Uma vez que o "espírito do capitalismo" tenha se
institucionalizado, ele não depende mais dos preceitos religiosos que
lhe forneceram suporte.

Manuel: Sobre este assunto, veja o que pincei do livro de Edward
Luttwak, "Turbocapitalismo": <<A segunda grande força que persuade os
norte-americanos a aceitar as desigualdades agudas do
turbocapitalismo é a influência penetrante dos valores calvinistas.
Apesar de ter sido importante para a fé dos primeiros colonos e para
seus dogmas continuarem embutidos em mais de uma forma de cristandade
protestante, poucos norte-americanos acreditam conscientemente em
doutrinas calvinistas num sentido religioso. Contudo, muitos, de
todas as religiões ou de nenhuma, que podem não conhecer nada do
calvinismo, ainda assim agem de acordo com os princípios da doutrina.
Como aconteceu de uma religião quase esquecida ter deixado um resíduo
não religioso tão poderoso é questão muito interessante e bastante
estudada e debatida. O que está além de debate é a autoridade
duradoura dos valores calvinistas. Por mais que sejam revestidos de
humores passageiros, por mais que sejam proclamados mortos e
enterrados, eles permanecem fortes logo abaixo da superfície da vida
norte-americana, modelando invisivelmente tanto as escolhas
cotidianas quanto as atitudes fundamentais. (...) A doutrina
calvinista implícita (...) segundo a qual a riqueza ganha não é
impedimento para a virtude, como disse, segundo consta, Jesus, mas um
sinal de benefício divino para os predestinados, foi há muito
esquecida. Contudo, seu efeito penetrante induz os norte-americanos a
ver o desejo de tornar-se rico como bastante louvável, e o sucesso em
fazer isso como uma realização 'moral', já que é visto tanto como o
resultado de um esforço sacrificial ao ganhar dinheiro quanto como o
de uma contenção auto-anuladora ao gastá-lo. Longe de ser vistos como
materialistas autocentrados, aqueles que acumulam riqueza são
respeitados em proporção direta à quantia que possuem, contanto que
seja fruto de seu esforço.>>

Uma observação: se não me engano, o calvinismo era uma seita
protestante suíça que depois se espalhou por várias outras nações:
foram os 'huguenotes' na França, os 'puritanos' na Inglaterra,
os 'plesbiterianos' na Escócia, os 'reformados' na Holanda, etc.

Se a ética calvinista esteve na origem do capitalismo industrial, é
natural que resquícios dessa religião 'morta' estejam presentes nas
fases posteriores do desenvolvimento deste capitalismo.

André: a ética dos agnósticos e ateus é descendente da ética
religiosa, despida apenas do misticismo e tabus irracionais.

Manuel: Concordo. O Iluminismo francês foi um equivalente de seita
protestante que contestava a unidade da Igreja (católica) com o
Estado, mas que encerrava em si muitos elementos da cosmovisão e da
ética judaico-cristã. Tanto que, durante a Revolução Francesa, os
revolucionários jacobinos chegaram a transformar a catedral de Notre
Dame de Paris no templo da "deusa Razão". Isso sem falar na Igreja
Positivista fundada por Comte. Aliás, aqui no Brasil existe um templo
da Igreja Positivista, não sei se no Rio ou em São Paulo.

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "Netbank - Alvaro Augusto" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2003 00:07

Por mais que eu leia sobre as idéias de Max Weber (não li o original e nem
pretendo ler em um futuro próximo), acho que ele está muito longe de
explicar tudo. Primeiro, porque ele deixa de fora a França e o norte da
Itália. Segundo, porque não me parece que o fundo religioso-político
explique corretamente porque os EUA deram "certo" e nós demos "errado". Sou
muito mais a favor das idéias de Schumpeter, que afirmava que a força motora
do capitalismo é o espírito empreendedor. E quando os empreendedores entram
em cena, entra também em cena o risco de fracasso. Os colonizadores dos EUA
romperam os laços com a terra natal e assumiram abertamente a tarefa de
construir uma nova nação. Eles não precisavam prestar contas a ninguém na
Inglaterra, na Holanda ou na Alemanha. Já os portugueses que aqui chegaram
continuaram presos à terrinha. Para eles, fracassar significava carregar o
peso da gozação eterna e, assim, arriscavam menos do que os pioneiros das 12
colônias.

Os EUA continuam sendo até hoje a nação mais tolerante ao fracasso que
existe. Na Alemanha, por exemplo, é comum os habitantes carregarem nas
costas o fracasso dos bisavôs, enquanto nos EUA ninguém liga muito de quem
você descende. É claro que ser WASP sempre ajuda, mas não é essencial.
Quanto maior a tolerância ao fracasso, mas livre se torna o espírito
empreendedor. No Brasil isso está mudando lentamente, mas as palavras
"fracasso" e "falência" ainda são muito pesadas.

E isso não tem nada a ver com religião, mas, por algum motivo, Max Weber
está na moda. Acho que deve ser por causa de uma lista publicada na Folha de
São Paulo em 1999 ou 2000, que colocava o livro dele como o mais influente
do século XX, ou coisa parecida. Exagero.

Abraços,

Alvaro Augusto



----- Original Message -----
From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.brmanuelbulcao@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, April 15, 2003 9:57 PM
Subject: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)


Oi André,

André: Uma vez que o "espírito do capitalismo" tenha se
institucionalizado, ele não depende mais dos preceitos religiosos que
lhe forneceram suporte.

Manuel: Sobre este assunto, veja o que pincei do livro de Edward
Luttwak, "Turbocapitalismo": <<A segunda grande força que persuade os
norte-americanos a aceitar as desigualdades agudas do
turbocapitalismo é a influência penetrante dos valores calvinistas.
Apesar de ter sido importante para a fé dos primeiros colonos e para
seus dogmas continuarem embutidos em mais de uma forma de cristandade
protestante, poucos norte-americanos acreditam conscientemente em
doutrinas calvinistas num sentido religioso. Contudo, muitos, de
todas as religiões ou de nenhuma, que podem não conhecer nada do
calvinismo, ainda assim agem de acordo com os princípios da doutrina.
Como aconteceu de uma religião quase esquecida ter deixado um resíduo
não religioso tão poderoso é questão muito interessante e bastante
estudada e debatida. O que está além de debate é a autoridade
duradoura dos valores calvinistas. Por mais que sejam revestidos de
humores passageiros, por mais que sejam proclamados mortos e
enterrados, eles permanecem fortes logo abaixo da superfície da vida
norte-americana, modelando invisivelmente tanto as escolhas
cotidianas quanto as atitudes fundamentais. (...) A doutrina
calvinista implícita (...) segundo a qual a riqueza ganha não é
impedimento para a virtude, como disse, segundo consta, Jesus, mas um
sinal de benefício divino para os predestinados, foi há muito
esquecida. Contudo, seu efeito penetrante induz os norte-americanos a
ver o desejo de tornar-se rico como bastante louvável, e o sucesso em
fazer isso como uma realização 'moral', já que é visto tanto como o
resultado de um esforço sacrificial ao ganhar dinheiro quanto como o
de uma contenção auto-anuladora ao gastá-lo. Longe de ser vistos como
materialistas autocentrados, aqueles que acumulam riqueza são
respeitados em proporção direta à quantia que possuem, contanto que
seja fruto de seu esforço.>>

Uma observação: se não me engano, o calvinismo era uma seita
protestante suíça que depois se espalhou por várias outras nações:
foram os 'huguenotes' na França, os 'puritanos' na Inglaterra,
os 'plesbiterianos' na Escócia, os 'reformados' na Holanda, etc.

Se a ética calvinista esteve na origem do capitalismo industrial, é
natural que resquícios dessa religião 'morta' estejam presentes nas
fases posteriores do desenvolvimento deste capitalismo.

André: a ética dos agnósticos e ateus é descendente da ética
religiosa, despida apenas do misticismo e tabus irracionais.

Manuel: Concordo. O Iluminismo francês foi um equivalente de seita
protestante que contestava a unidade da Igreja (católica) com o
Estado, mas que encerrava em si muitos elementos da cosmovisão e da
ética judaico-cristã. Tanto que, durante a Revolução Francesa, os
revolucionários jacobinos chegaram a transformar a catedral de Notre
Dame de Paris no templo da "deusa Razão". Isso sem falar na Igreja
Positivista fundada por Comte. Aliás, aqui no Brasil existe um templo
da Igreja Positivista, não sei se no Rio ou em São Paulo.

Abraços,
Manuel Bulcão


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SUBJECT: Pipoca com ciência
FROM: "Marcelo Kunimoto <airdown@ig.com.br>" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2003 00:43

O pessoal do Projeto Ockham ( http://www.projetoockham.org ) acaba
de lançar um novo e excelente site. O nome já diz tudo:

- Pipoca com ciência
http://www.700km.com.br/ciencia

Abordando ciência falando do Senhor dos Anéis, O Cavaleiro sem
Cabeça e o Casamento Grego. Confiram!

MK



SUBJECT: Re: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "Terence Reis" <reistc@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2003 00:44

Olá.

Weber não está na "moda". Sempre foi relevante nos estudos sociológicos,
influenciando a praticamente todos, mais ostensivamente à Escola de
Frankfurt, Existencialistas, Habermas, teóricos da sociologia da ação, bem
como da ciência, motivando estudos diversos nas mais diversas áreas. Oras,
os estudos de Weber são, sem exagero, fundadores da sociologia, junto com
Durkheim, Comte, Marx e algum outro à escolha, como Simmel ou Pareto. Mas
como sói acontecer à acadêmia brasileira, vivemos de inventar modas.

Do início, eu diria que vale a pena ler Weber. A "Ética Protestante" é um
trabalho menor de Weber, um artigo, praticamente, que tomou volume pela
quantidade de notas de rodapé. As idéias subjacentes são uma formulação
fugaz de teorias mais amplas e tomaram relevo por se oporem (de certa forma)
à interpretação materialista, que então tomava conta de modo eficaz da
academia.

De todo modo, me parece estar havendo uma simplificação - usual - das idéias
de Weber. Estou algo "enferrujado", mas tentarei elaborar melhor.

Idéia corrente: segundo Weber, o sucesso dos EUA (capitalismo) se deveu à
religião protestante e sua concepção de mundo.

O fato é que Weber tentou demonstrar, por meio do exemplo dos EUA, que a
existência de determinados valores é fundamental para o desenvolvimento de
determinadas formas de ação.

Para Weber, os processos de mudança social seriam resultado da agregação dos
comportamentos individuais, os quais são basicamente a interação entre os
agentes atomizados e as estruturas que os cercam, decorrendo disto a
influência e mudança mútuas. Ou seja, nem a estrutura determina a super
estrutura, nem vice versa. Há uma reciprocidade na ação. Os valores que
resultam da imagem de mundo promovida pelo protestantismo permitem a
proliferação de atividades e ações condizentes com o desenvolvimento do
capitalismo, o espírito empreendedor, por exemplo. O desenvolvimento de uma
estrutura fundada nesses valores os reforça e permite seu descolamento do
fundo religioso. Neste caso deve-se atentar para a tese weberiana, ainda de
amplo uso, de desenvolvimento da racionalidade da ação. Do misticismo à
racionalidade formal - base da ação econômica.

Como exemplo, estudos posteriores baseados nas teses de Weber mostram o
deslocamento de financistas judeus da Veneza católica (acho que é Veneza
mesmo) para a Amsterdã tolerante. Estes teriam sido auxiliares no
financiamento do desenvolvimento dos Países Baixos. As teses de Weber se
aplicam a tal exemplo sem porém ter que afirmar que seguiam restritamente
uma religião qualquer.

Por fim, não acho que seja exagero dizer que seu livro (é provável que seja
Economia e Sociedade) seja o mais influente do século XX. Textos mais
relevantes no âmbito das ciências sociais, imagino apenas os de Keynes. Mas
estes, há muito se usa de modo quase marginal. Já Weber deixou há muito de
ser citação para na verdade ser o fundo sobre o qual se desenvolvem idéias
as mais diversas.


----- Original Message -----
From: Netbank - Alvaro Augusto <alvaug@netbank.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, April 16, 2003 12:07 AM
Subject: Re: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do
Fisico)


> Por mais que eu leia sobre as idéias de Max Weber (não li o original e nem
> pretendo ler em um futuro próximo), acho que ele está muito longe de
> explicar tudo. Primeiro, porque ele deixa de fora a França e o norte da
> Itália. Segundo, porque não me parece que o fundo religioso-político
> explique corretamente porque os EUA deram "certo" e nós demos "errado".
Sou
> muito mais a favor das idéias de Schumpeter, que afirmava que a força
motora
> do capitalismo é o espírito empreendedor. E quando os empreendedores
entram
> em cena, entra também em cena o risco de fracasso. Os colonizadores dos
EUA
> romperam os laços com a terra natal e assumiram abertamente a tarefa de
> construir uma nova nação. Eles não precisavam prestar contas a ninguém na
> Inglaterra, na Holanda ou na Alemanha. Já os portugueses que aqui chegaram
> continuaram presos à terrinha. Para eles, fracassar significava carregar o
> peso da gozação eterna e, assim, arriscavam menos do que os pioneiros das
12
> colônias.
>
> Os EUA continuam sendo até hoje a nação mais tolerante ao fracasso que
> existe. Na Alemanha, por exemplo, é comum os habitantes carregarem nas
> costas o fracasso dos bisavôs, enquanto nos EUA ninguém liga muito de quem
> você descende. É claro que ser WASP sempre ajuda, mas não é essencial.
> Quanto maior a tolerância ao fracasso, mas livre se torna o espírito
> empreendedor. No Brasil isso está mudando lentamente, mas as palavras
> "fracasso" e "falência" ainda são muito pesadas.
>
> E isso não tem nada a ver com religião, mas, por algum motivo, Max Weber
> está na moda. Acho que deve ser por causa de uma lista publicada na Folha
de
> São Paulo em 1999 ou 2000, que colocava o livro dele como o mais influente
> do século XX, ou coisa parecida. Exagero.
>
> Abraços,
>
> Alvaro Augusto
>
>
>
> ----- Original Message -----
> From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@uol.com.brmanuelbulcao@uol.com.br>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Tuesday, April 15, 2003 9:57 PM
> Subject: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do
Fisico)
>
>
> Oi André,
>
> André: Uma vez que o "espírito do capitalismo" tenha se
> institucionalizado, ele não depende mais dos preceitos religiosos que
> lhe forneceram suporte.
>
> Manuel: Sobre este assunto, veja o que pincei do livro de Edward
> Luttwak, "Turbocapitalismo": <<A segunda grande força que persuade os
> norte-americanos a aceitar as desigualdades agudas do
> turbocapitalismo é a influência penetrante dos valores calvinistas.
> Apesar de ter sido importante para a fé dos primeiros colonos e para
> seus dogmas continuarem embutidos em mais de uma forma de cristandade
> protestante, poucos norte-americanos acreditam conscientemente em
> doutrinas calvinistas num sentido religioso. Contudo, muitos, de
> todas as religiões ou de nenhuma, que podem não conhecer nada do
> calvinismo, ainda assim agem de acordo com os princípios da doutrina.
> Como aconteceu de uma religião quase esquecida ter deixado um resíduo
> não religioso tão poderoso é questão muito interessante e bastante
> estudada e debatida. O que está além de debate é a autoridade
> duradoura dos valores calvinistas. Por mais que sejam revestidos de
> humores passageiros, por mais que sejam proclamados mortos e
> enterrados, eles permanecem fortes logo abaixo da superfície da vida
> norte-americana, modelando invisivelmente tanto as escolhas
> cotidianas quanto as atitudes fundamentais. (...) A doutrina
> calvinista implícita (...) segundo a qual a riqueza ganha não é
> impedimento para a virtude, como disse, segundo consta, Jesus, mas um
> sinal de benefício divino para os predestinados, foi há muito
> esquecida. Contudo, seu efeito penetrante induz os norte-americanos a
> ver o desejo de tornar-se rico como bastante louvável, e o sucesso em
> fazer isso como uma realização 'moral', já que é visto tanto como o
> resultado de um esforço sacrificial ao ganhar dinheiro quanto como o
> de uma contenção auto-anuladora ao gastá-lo. Longe de ser vistos como
> materialistas autocentrados, aqueles que acumulam riqueza são
> respeitados em proporção direta à quantia que possuem, contanto que
> seja fruto de seu esforço.>>
>
> Uma observação: se não me engano, o calvinismo era uma seita
> protestante suíça que depois se espalhou por várias outras nações:
> foram os 'huguenotes' na França, os 'puritanos' na Inglaterra,
> os 'plesbiterianos' na Escócia, os 'reformados' na Holanda, etc.
>
> Se a ética calvinista esteve na origem do capitalismo industrial, é
> natural que resquícios dessa religião 'morta' estejam presentes nas
> fases posteriores do desenvolvimento deste capitalismo.
>
> André: a ética dos agnósticos e ateus é descendente da ética
> religiosa, despida apenas do misticismo e tabus irracionais.
>
> Manuel: Concordo. O Iluminismo francês foi um equivalente de seita
> protestante que contestava a unidade da Igreja (católica) com o
> Estado, mas que encerrava em si muitos elementos da cosmovisão e da
> ética judaico-cristã. Tanto que, durante a Revolução Francesa, os
> revolucionários jacobinos chegaram a transformar a catedral de Notre
> Dame de Paris no templo da "deusa Razão". Isso sem falar na Igreja
> Positivista fundada por Comte. Aliás, aqui no Brasil existe um templo
> da Igreja Positivista, não sei se no Rio ou em São Paulo.
>
> Abraços,
> Manuel Bulcão
>
>
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SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2003 08:55

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Terence Reis" <reistc@u...>
> Já Weber deixou há muito de ser citação para na verdade ser o fundo
> sobre o qual se desenvolvem idéias as mais diversas.

Mas existem bons dados econometricos q. apoiem ou contestem Weber?
(Ou apenas se aceita ou rejeita Weber porq. parece ou nao parece q.
faz sentido ou algum criterio do genero?)

Disseram em uma das mensagens q. a etica protestante so' faz sentido
entre os protestantes: Jamaica tem uma populacao protestante de
61,3%, no Quênia são 45%, nas ilhas Fiji são 43% (dos quais 86% são
metodistas). Mas aí aventaram q. teriam q. ser os próprios anglo-
saxões a maioria da população.

Tenho então outra pergunta, a ética era protestante ou anglo-saxônica
ou anglo-teutônica? A Reforma mudou realmente a mentalidade das
pessoas ou a Reforma só ocorreu porq. a mentalidade das pessoas era
diferente da moral preconizada por Roma? O capitalismo nasceu em
virtude da Reforma ou antes nasceu da mesma mentalidade q. levou 'a
Reforma? (Se e' q. nao possa ter vindo de outra fonte.)

Talvez uma parte de falarem tto em Weber por aqui, fora dos círculos
intelectuais, seja o fato de FH ter se declarado um leitor de Weber.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - A menina do jesus te ama
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2003 09:17

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
> > Os elétrons são menores que os átomos!
>
> Sim. Assim como um tijolo e' menor do q. uma casa.

Eu deveria ter parado por aí. Relendo a resposta, pareci aqueles
alunos q. tentam enrolar o professor na prova qdo não sabem muito bem
a solução de uma questão: dão uma tocadinha na pergunta e o resto é
preenchido com coisas sobre as quais não foi perguntado nada.

E' uma estratégia bastante difundida: entrevistados, políticos,
depoentes e quetais costumam aplicá-las qdo não querem dizer
simplesmente: não sei. Uma pequena variação ocorre qdo a pergunta é
antes reformulada pelo inquirido - muitas vezes na forma afirmativa -
e daí passa a discorrer sobre lhufas, bolhufas e patavinas.

Tbm e' aplicada pelos monomaníacos a fim de introduzir o tema de sua
obsessão.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - A menina do jesus te ama
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2003 09:45

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
> > > Os elétrons são menores que os átomos!
> >
> > Sim. Assim como um tijolo e' menor do q. uma casa.
>
> Eu deveria ter parado por aí. Relendo a resposta, pareci aqueles
> alunos q. tentam enrolar o professor na prova qdo não sabem muito
bem
> a solução de uma questão: dão uma tocadinha na pergunta e o resto é
> preenchido com coisas sobre as quais não foi perguntado nada.


Hum... não seja tão cruel consigo mesmo Takata. Afinal muito pouco
se sabe a respeito da realidade atômica, além dos efeitos... e desse
pouco que se sabe é justamente isso: há alguma coisa aparentemente
menor que a estrutura atômica que pode ser tomada por elétrons e que
em determinadas circunstâncias é capaz de ser sentida, quer em
aparelhos, quer em superfícies...


> E' uma estratégia bastante difundida: entrevistados, políticos,
> depoentes e quetais costumam aplicá-las qdo não querem dizer
> simplesmente: não sei. Uma pequena variação ocorre qdo a pergunta é
> antes reformulada pelo inquirido - muitas vezes na forma
afirmativa -
> e daí passa a discorrer sobre lhufas, bolhufas e patavinas.


Esse é o maior risco de quem se aventura a falar em átomos:
pretender ouvir estrelas... e o pior, sem um rádio-telescópio.


> Tbm e' aplicada pelos monomaníacos a fim de introduzir o tema de
sua
> obsessão.


Não me parece que você seja obsecado pela idéia de átomos. O
diagnóstico deve ser outro... ;)

Beijos, Lígia



SUBJECT: T na lista
FROM: Carlos Carlos <karlos_asj@yahoo.com>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2003 12:50


Sou estudante de Graduao em Engenharia Qumica na Universidade

Federal de Uberlndia ( UFU ) e venho por meio desta parabenizar os

responsveis pela criao desta lista, venho acompanhando os e-mails

alguns dias e digo que so de grande utilidade

para todos que se interessam pela rea cientfica.Infelizmente at agora

no tive oportunidade de enviar qualquer tipo de mensagem, mas espero

contribuir para a lista com artigos de bom contedo.Espero tambm que

se faa um bom trabalho de divulgao desta lista, para que cada vez

mais pessoas se interessem pela cincia.

Atenciosamente.

Carlos Alberto - Uberlndia-MG



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[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]



SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2003 13:54

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
>
> Mas existem bons dados econometricos q. apoiem ou contestem Weber?
> (Ou apenas se aceita ou rejeita Weber porq. parece ou nao parece q.
> faz sentido ou algum criterio do genero?)
>
> Disseram em uma das mensagens q. a etica protestante so' faz
sentido
> entre os protestantes: Jamaica tem uma populacao protestante de
> 61,3%, no Quênia são 45%, nas ilhas Fiji são 43% (dos quais 86% são
> metodistas). Mas aí aventaram q. teriam q. ser os próprios anglo-
> saxões a maioria da população.

Você sempre atrapalhando nossa argumentação com dados concretos... :)
Vai ver que os Jamaicanos e outros não leram Max Weber... :)))) Você
tem que ver que sociologia, assim como história, não são ciências
exatas, mas sim uma coleção de fatos mais ou menos independentes, e
todas as tentativas de generalização estão fadadas há um fracasso
relativo (principalmente se compararmos com as ciências "duras").

>
> Tenho então outra pergunta, a ética era protestante ou anglo-
saxônica
> ou anglo-teutônica? A Reforma mudou realmente a mentalidade das
> pessoas ou a Reforma só ocorreu porq. a mentalidade das pessoas era
> diferente da moral preconizada por Roma? O capitalismo nasceu em
> virtude da Reforma ou antes nasceu da mesma mentalidade q. levou 'a
> Reforma? (Se e' q. nao possa ter vindo de outra fonte.)
>
> Talvez uma parte de falarem tto em Weber por aqui, fora dos
círculos
> intelectuais, seja o fato de FH ter se declarado um leitor de Weber.
>

Eu pensei que formassemos um grupo razoavelmente intelectual (embora
nem todos aqui preencham os requisitos necessários: barba, fumante,
de óculos, uma expressão séria e/ou transtornada e idéias
suficientemente confusas para que não possam ser refutadas com
facilidade).

[]´s

André





SUBJECT: Metrologia histórica
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2003 14:32

RASTREABILIDADE HISTÓRICA, UMA CURIOSIDADE DA METROLOGIA ou
O que o tamanho dos quartos dos cavalos romanos tem a ver com as dimensões dos tanques de combustíveis do Onibus Espacial da NASA?

A bitola das ferrovias (espaçamento entre dois trilhos), nos Estados
Unidos, é de 4' e 8,5". Isso mesmo, 4 pés e 8,5 polegadas! Por que razão
esse número foi utilizado? Pelo simples fato de ser a bitola das ferrovias
inglesas e, como as americanas, foram construídas pelos ingleses,
prontamente justificou um metrologista consultado sobre a escolha desse
estranho número. Segundo ele, pelo que se tem conhecimento, essa é a única
razão pela adoção da referência utilizada. Mas avançando o raciocínio, foi
então indagado a um historiador sobre os motivos que teriam levado os
ingleses a utilizarem essa medida, tendo sido apurado após pesquisa
conduzida que as empresas inglesas que construíam os vagões eram as mesmas
que também construíam as carroças antes das ferrovias existirem,
utilizando as mesmas ferramentas utilizadas na construção das carroças.

Mas por que razão foram consideradas as medidas de 4 pés e 8,5 polegadas
para as carroças? Porque a bitola entre as rodas das carroças deveria
servir para as estradas antigas da Europa, que tinham esta medida,
novamente justificou. Insistindo, novamente foi indagado: Muito bem, mas
por que tinham esta medida?

Porque essas estradas foram abertas pelo antigo império romano na época de
suas conquistas, e esses caminhos também tinham as medidas baseadas nas
antigas bigas romanas. Já quase sem paciência, mas perseguindo as razões
metrológicas pela adoção de número tão esdrúxulo, alguém ainda questionou:
E por que as medidas das bigas foram assim definidas? E finalmente surgiu
a resposta: "porque foram feitas para acomodar com conforto dois traseiros
de fortes cavalos"!

Seguindo o preceito filosófico da rastreabilidade histórica dos fatos, o
ônibus espacial americano, acreditem!, o Space Shuttle, passou a utilizar
dois tanques de combustível sólido do tipo SRB (Solid Rocket Booster), que
são fabricados pela Thiokol, em Utah. Os competentes engenheiros
aeronáuticos que os projetaram pretendiam construí-lo mais largo, porém
tinham a limitação dos túneis das ferrovias por onde eles seriam
transportados, os quais tinham suas medidas baseadas na bitola da linha,
tendo, então, sido também fabricados com 4 pés e 8,5 polegadas.
Conclusão: o exemplo mais avançado da engenharia mundial em metrologia, design e
tecnologia acaba sendo afetado pelo tamanho do traseiro do cavalo da Roma
antiga, assim caracterizando o que se denominou rastreabilidade histórica.


Fonte: Revista Metrologia & Instrumentação, ano II - nº 11, abril 2002.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2003 14:37

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
> Você sempre atrapalhando nossa argumentação com dados
> concretos... :)

numeros sao otimos instrumentos para engrupir as pessoas. a gente
saca um numero xis e poucas vezes as pessoas se dao ao trabalho de
perguntar de onde veio esse valor.

> tem que ver que sociologia, assim como história, não são ciências
> exatas, mas sim uma coleção de fatos mais ou menos independentes, e
> todas as tentativas de generalização estão fadadas há um fracasso
> relativo (principalmente se compararmos com as ciências "duras").

tudo bem, ninguem esta' cobrando a precisao da massa do eletron. no
caso de weber, o sucesso relativo e' relativamente grande?

(senao fica parecendo a teoria do rugbi -- os paises em q. tal
pratica e' considerado esporte: inglaterra, eua, canada e australia -
sao considerados desenvolvidos.)

> Eu pensei que formassemos um grupo razoavelmente intelectual

jamais seria tao maldoso com gente tao boa assim pra chamar alguem
aqui de intelectual.

> (embora nem todos aqui preencham os requisitos
> necessários: barba,

incluindo as mulheres...

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Metrologia histórica
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2003 15:13

Olá pessoal..:-)

Na questão da metrologia historica, faltou o corolário da conclusão:

Conclusão:
O exemplo mais avançado da engenharia mundial em design e tecnologia
acaba sendo afetado pelo tamanho da bunda do cavalo da Roma antiga.

Corolário:
Existem várias empresas de liderança tecnológica que também tem um monte
de coisas definidas por bundões...


Um abraço.

Homero





----- Original Message -----
From: José Renato
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, April 16, 2003 2:32 PM
Subject: [ciencialist] Metrologia histórica


RASTREABILIDADE HISTÓRICA, UMA CURIOSIDADE DA METROLOGIA ou
O que o tamanho dos quartos dos cavalos romanos tem a ver com as dimensões dos tanques de combustíveis do Onibus Espacial da NASA?

A bitola das ferrovias (espaçamento entre dois trilhos), nos Estados
Unidos, é de 4' e 8,5". Isso mesmo, 4 pés e 8,5 polegadas! Por que razão
esse número foi utilizado? Pelo simples fato de ser a bitola das ferrovias
inglesas e, como as americanas, foram construídas pelos ingleses,
prontamente justificou um metrologista consultado sobre a escolha desse
estranho número. Segundo ele, pelo que se tem conhecimento, essa é a única
razão pela adoção da referência utilizada. Mas avançando o raciocínio, foi
então indagado a um historiador sobre os motivos que teriam levado os
ingleses a utilizarem essa medida, tendo sido apurado após pesquisa
conduzida que as empresas inglesas que construíam os vagões eram as mesmas
que também construíam as carroças antes das ferrovias existirem,
utilizando as mesmas ferramentas utilizadas na construção das carroças.

Mas por que razão foram consideradas as medidas de 4 pés e 8,5 polegadas
para as carroças? Porque a bitola entre as rodas das carroças deveria
servir para as estradas antigas da Europa, que tinham esta medida,
novamente justificou. Insistindo, novamente foi indagado: Muito bem, mas
por que tinham esta medida?

Porque essas estradas foram abertas pelo antigo império romano na época de
suas conquistas, e esses caminhos também tinham as medidas baseadas nas
antigas bigas romanas. Já quase sem paciência, mas perseguindo as razões
metrológicas pela adoção de número tão esdrúxulo, alguém ainda questionou:
E por que as medidas das bigas foram assim definidas? E finalmente surgiu
a resposta: "porque foram feitas para acomodar com conforto dois traseiros
de fortes cavalos"!

Seguindo o preceito filosófico da rastreabilidade histórica dos fatos, o
ônibus espacial americano, acreditem!, o Space Shuttle, passou a utilizar
dois tanques de combustível sólido do tipo SRB (Solid Rocket Booster), que
são fabricados pela Thiokol, em Utah. Os competentes engenheiros
aeronáuticos que os projetaram pretendiam construí-lo mais largo, porém
tinham a limitação dos túneis das ferrovias por onde eles seriam
transportados, os quais tinham suas medidas baseadas na bitola da linha,
tendo, então, sido também fabricados com 4 pés e 8,5 polegadas.
Conclusão: o exemplo mais avançado da engenharia mundial em metrologia, design e
tecnologia acaba sendo afetado pelo tamanho do traseiro do cavalo da Roma
antiga, assim caracterizando o que se denominou rastreabilidade histórica.


Fonte: Revista Metrologia & Instrumentação, ano II - nº 11, abril 2002.


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Metrologia histórica
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2003 15:36

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
escreveu
> Olá pessoal..:-)
>
> Na questão da metrologia historica, faltou o corolário da conclusão:
>
> Conclusão:
> O exemplo mais avançado da engenharia mundial em design e
tecnologia
> acaba sendo afetado pelo tamanho da bunda do cavalo da Roma antiga.
>
> Corolário:
> Existem várias empresas de liderança tecnológica que também tem um
monte
> de coisas definidas por bundões...


Maravilha, Homero!

E essa sua face eu ainda não conhecia... :)) O "corolário" está
excelente!

Beijos, Lígia





SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2003 15:42

Retificando:

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias
> > Eu pensei que formassemos um grupo razoavelmente intelectual
>
> jamais seria tao maldoso com gente tao boa assim pra chamar alguem
> aqui de intelectual.

Onde na mensagem original escrevi: 'Talvez uma parte de falarem tto
em Weber por aqui[...]', leia-se 'talvez uma parte de falarem tto em
Weber por aí'. Mas mantenho q. jamais xingaria a boa gente q.
frequenta esta lista digna de intelectual.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2003 16:15

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> [...] Mas mantenho q. jamais xingaria a boa gente q.
> frequenta esta lista digna de intelectual.


Takata,

Agora não adianta remendar... :) Já ficou implícito que há
intelectuais por aqui, ou propensões ao "intelectualismo" na forma de
seguidores de linhas de raciocínio alheio.

Do meu ponto de vista, penso que o maior problema de um intelectual é
achar que sabe muita coisa... enquanto só "remeda", faz tipo. Um
cientista teria que ser muito mais que um intelectual, algo como um
livre-pensador... ou viver de cifras e estatísticas para todo o
sempre, amén.

Enquanto não houver uma disposição real nesse sentido, haja citações
e versículos... ;)


Beijos, Lígia



SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2003 16:29

"Ligia Amorese <ligia5555@y...>" <ligia5555@y...> escreveu

> Do meu ponto de vista, penso que o maior problema de um intelectual
é
> achar que sabe muita coisa... enquanto só "remeda", faz tipo. Um
> cientista teria que ser muito mais que um intelectual, algo como um
> livre-pensador... ou viver de cifras e estatísticas para todo o
> sempre, amén.
>
> Enquanto não houver uma disposição real nesse sentido, haja
citações
> e versículos... ;)
>

No meu entender citações são válidas como parte da argumentação
(jamais como apelo à autoridade). Não dá para discutir ciências
humanas só com cifras e estatísticas.

[]´s

André



SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2003 16:45

"rmtakata <rmtakata@a...>" <rmtakata@a...> escreveu
>
> tudo bem, ninguem esta' cobrando a precisao da massa do eletron. no
> caso de weber, o sucesso relativo e' relativamente grande?
>

Melhor que comparar países seria comparar o progresso material entre
protestantes e católicos (ou outras religões) dentro de cada país,
IMHO.

[]´s

André



SUBJECT: Fisica Moderna
FROM: "André W.Hirano" <awhirano@pqi-usp.zzn.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2003 17:00

Deixando a História de lado, me digam:
O que é espalhamento elástico da Mecanica Quantica?????

Get Your Free E-mail at http://pqi-usp.zzn.com
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SUBJECT: Re: Fisica Moderna
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2003 17:57

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "André W.Hirano"
<awhirano@p...> escreveu
> Deixando a História de lado, me digam:
> O que é espalhamento elástico da Mecanica Quantica?????

http://www-sci.lib.uci.edu/HSG/GradChemistry.html#TABLES-S-EL

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Fisica Moderna
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2003 20:18


Olá. Complementando: "espalhamento" é a palavra que normalmente se
usa em mecânica quântica para se referir a "choque" ou "colisão". Isso
porque em geral as experiências são feitas com muitas partículas - ex.:
muitas partículas alfa sendo jogadas contra uma placa fina de ouro, como
fez Rutherford. As partículas não chegam exatamente a se chocar, elas são
desviadas pelos seus campos elétricos (ou nucleares ou etc.), mudando de
trajetória (ex.: na experiência de Rutherford, as partículas alfa são
repelidas pelos núcleos dos átomos da folha fina de ouro). Então as várias
partículas lançadas diretamente contra um alvo se "espalham" para todas as
direções depois que passam pelo alvo. Por isso, "espalhamento".

Inté,
Belisário

At 23:18 16/04/03 +0000, you wrote:
>--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "André W.Hirano"
><awhirano@p...> escreveu
> > Deixando a História de lado, me digam:
> > O que é espalhamento elástico da Mecanica Quantica?????
> >
>
>Olá André
>
>Um choque entre dois corpos é dito elástico quando não ocorre perda
>de energia cinética (a soma da energia cinética dos dois corpos
>permanece constante).
>
>Os choques entre átomos ou partículas atômicas são em geral
>elásticos. Os primeiros modelos da estrutura da matéria foram obtidos
>no início do século XX, quando Rutherford bombardeou uma fina placa
>de ouro com partículas alfa. Ao colidir com a placa, as partículas se
>espalham. Algumas atravessam em linha reta, a maioria sofre deflexão
>em angulos variáveis e poucas são refletidas, ou seja voltam na mesma
>direção. Assumindo-se que as partículas sofreram choques elásticos,
>foram construídos os primeiros modelos da estrutura da matéria, com
>um núcleo pequeno e positivo cercado por uma área
>aparentemente "vazia" e negativa.
>
>O mesmo tipo de procedimento foi usado para se estudar a estrutura
>dos cristais, porém com fotons no lugar de particulas alfa.
>
>[]'s
>
>André
>
>
>
>
>
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>Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
>http://br.yahoo.com/info/utos.html



SUBJECT: Re: Fisica Moderna
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2003 20:18

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "André W.Hirano"
<awhirano@p...> escreveu
> Deixando a História de lado, me digam:
> O que é espalhamento elástico da Mecanica Quantica?????
>

Olá André

Um choque entre dois corpos é dito elástico quando não ocorre perda
de energia cinética (a soma da energia cinética dos dois corpos
permanece constante).

Os choques entre átomos ou partículas atômicas são em geral
elásticos. Os primeiros modelos da estrutura da matéria foram obtidos
no início do século XX, quando Rutherford bombardeou uma fina placa
de ouro com partículas alfa. Ao colidir com a placa, as partículas se
espalham. Algumas atravessam em linha reta, a maioria sofre deflexão
em angulos variáveis e poucas são refletidas, ou seja voltam na mesma
direção. Assumindo-se que as partículas sofreram choques elásticos,
foram construídos os primeiros modelos da estrutura da matéria, com
um núcleo pequeno e positivo cercado por uma área
aparentemente "vazia" e negativa.

O mesmo tipo de procedimento foi usado para se estudar a estrutura
dos cristais, porém com fotons no lugar de particulas alfa.

[]'s

André






SUBJECT: Re: [ciencialist] Tô na lista
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2003 22:11

Oba!!!!!

Mais um cuímico na lista! BLZ. Bem vindo e, quando quiser pode começar a potencializar nossas energias de ativação.
[]'
Léo

======================
-----Mensagem Original-----
De: "Carlos Carlos" <karlos_asj@yahoo.com>
Para: "Ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 16 de abril de 2003 12:50
Assunto: [ciencialist] Tô na lista



Sou estudante de Graduação em Engenharia Química na Universidade

Federal de Uberlândia ( UFU ) e venho por meio desta parabenizar os

responsáveis pela criação desta lista, venho acompanhando os e-mails à

alguns dias e digo que são de grande utilidade

para todos que se interessam pela área científica.Infelizmente até agora

não tive oportunidade de enviar qualquer tipo de mensagem, mas espero

contribuir para a lista com artigos de bom conteúdo.Espero também que

se faça um bom trabalho de divulgação desta lista, para que cada vez

mais pessoas se interessem pela ciência.

Atenciosamente.

Carlos Alberto - Uberlândia-MG



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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Metrologia histórica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2003 22:22

>
> Corolário:
> Existem várias empresas de liderança tecnológica que também tem um
monte
> de coisas definidas por bundões...


Maravilha, Homero!

E essa sua face eu ainda não conhecia... :)) O "corolário" está
excelente!

Beijos, Lígia

======
Boa Homero, tb gostei.
Falar em 'face não conhecida' ainda não consegui ver a 'face da Lígia' --- cada vez que entro no Yahoo com esse propósito ele me pede uma porrada de coisa e até o número do registro de meu diploma de primeira comunhão!

Aproveitando a sacada do Homero acabei percebendo pq o s'chefes'têm poltronas mais largas.
[]'
Léo
==========


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fisica Moderna
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 16/04/2003 22:35

O que há de 'quântico' nesse 'scattering' postos nas explicações?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisário" <belistas2@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 16 de abril de 2003 20:18
Assunto: [ciencialist] Re: Fisica Moderna



Olá. Complementando: "espalhamento" é a palavra que normalmente se
usa em mecânica quântica para se referir a "choque" ou "colisão". Isso
porque em geral as experiências são feitas com muitas partículas - ex.:
muitas partículas alfa sendo jogadas contra uma placa fina de ouro, como
fez Rutherford. As partículas não chegam exatamente a se chocar, elas são
desviadas pelos seus campos elétricos (ou nucleares ou etc.), mudando de
trajetória (ex.: na experiência de Rutherford, as partículas alfa são
repelidas pelos núcleos dos átomos da folha fina de ouro). Então as várias
partículas lançadas diretamente contra um alvo se "espalham" para todas as
direções depois que passam pelo alvo. Por isso, "espalhamento".

Inté,
Belisário

At 23:18 16/04/03 +0000, you wrote:
>--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "André W.Hirano"
><awhirano@p...> escreveu
> > Deixando a História de lado, me digam:
> > O que é espalhamento elástico da Mecanica Quantica?????
> >
>
>Olá André
>
>Um choque entre dois corpos é dito elástico quando não ocorre perda
>de energia cinética (a soma da energia cinética dos dois corpos
>permanece constante).
>
>Os choques entre átomos ou partículas atômicas são em geral
>elásticos. Os primeiros modelos da estrutura da matéria foram obtidos
>no início do século XX, quando Rutherford bombardeou uma fina placa
>de ouro com partículas alfa. Ao colidir com a placa, as partículas se
>espalham. Algumas atravessam em linha reta, a maioria sofre deflexão
>em angulos variáveis e poucas são refletidas, ou seja voltam na mesma
>direção. Assumindo-se que as partículas sofreram choques elásticos,
>foram construídos os primeiros modelos da estrutura da matéria, com
>um núcleo pequeno e positivo cercado por uma área
>aparentemente "vazia" e negativa.
>
>O mesmo tipo de procedimento foi usado para se estudar a estrutura
>dos cristais, porém com fotons no lugar de particulas alfa.
>
>[]'s
>
>André
>
>
>
>
>
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>Para sair da lista envie um mail para
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SUBJECT: Re: Fisica Moderna
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 16/04/2003 23:31


A referência a átomos e partículas elementares... entidades que
são descritas com a mecânica quântica. A versão da teoria das colisões (ou
do "espalhamento") usada no contexto das mensagens abaixo é a quântica.

Belisário

At 22:35 16/04/03 -0300, you wrote:
>O que há de 'quântico' nesse 'scattering' postos nas explicações?
>[]'
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@uol.com.br
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
>-----Mensagem Original-----
>De: "Roberto Belisário" <belistas2@terra.com.br>
>Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Enviada em: quarta-feira, 16 de abril de 2003 20:18
>Assunto: [ciencialist] Re: Fisica Moderna
>
>
>
> Olá. Complementando: "espalhamento" é a palavra que normalmente se
>usa em mecânica quântica para se referir a "choque" ou "colisão". Isso
>porque em geral as experiências são feitas com muitas partículas - ex.:
>muitas partículas alfa sendo jogadas contra uma placa fina de ouro, como
>fez Rutherford. As partículas não chegam exatamente a se chocar, elas são
>desviadas pelos seus campos elétricos (ou nucleares ou etc.), mudando de
>trajetória (ex.: na experiência de Rutherford, as partículas alfa são
>repelidas pelos núcleos dos átomos da folha fina de ouro). Então as várias
>partículas lançadas diretamente contra um alvo se "espalham" para todas as
>direções depois que passam pelo alvo. Por isso, "espalhamento".
>
> Inté,
> Belisário
>
>At 23:18 16/04/03 +0000, you wrote:
> >--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "André W.Hirano"
> ><awhirano@p...> escreveu
> > > Deixando a História de lado, me digam:
> > > O que é espalhamento elástico da Mecanica Quantica?????
> > >
> >
> >Olá André
> >
> >Um choque entre dois corpos é dito elástico quando não ocorre perda
> >de energia cinética (a soma da energia cinética dos dois corpos
> >permanece constante).
> >
> >Os choques entre átomos ou partículas atômicas são em geral
> >elásticos. Os primeiros modelos da estrutura da matéria foram obtidos
> >no início do século XX, quando Rutherford bombardeou uma fina placa
> >de ouro com partículas alfa. Ao colidir com a placa, as partículas se
> >espalham. Algumas atravessam em linha reta, a maioria sofre deflexão
> >em angulos variáveis e poucas são refletidas, ou seja voltam na mesma
> >direção. Assumindo-se que as partículas sofreram choques elásticos,
> >foram construídos os primeiros modelos da estrutura da matéria, com
> >um núcleo pequeno e positivo cercado por uma área
> >aparentemente "vazia" e negativa.
> >
> >O mesmo tipo de procedimento foi usado para se estudar a estrutura
> >dos cristais, porém com fotons no lugar de particulas alfa.
> >
> >[]'s
> >
> >André



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fisica Moderna
FROM: "Alberto Mesquita Filho" <albmesq@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2003 00:18


----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto"
Sent: Wednesday, April 16, 2003 10:35 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Fisica Moderna

> O que há de 'quântico' nesse 'scattering' postos nas explicações?

Eu diria que no "ou nucleares" e principalmente no "ou etc." (mantive a msg
abaixo). Sinto não poder colaborar mais pois no momento estou em trégua com
meus amigos quânticos que prometeram construir uma bomba quântica destinada
a enviar o gangster Bush para um universo paralelo, onde ele poderá se
divertir com seus virtuais sparrings, o Osama e o Saddam.

Intervalo para comerciais: Não deixem de acompanhar o mais completo
"Noticiário sobre a Guerra da Mentira", hoje (17/abril/2003) com Links para
1135 notícias + 36 sites contra a guerra + 5 editoriais + 15 mensagens. Tudo
isso em http://ecientificocultural.com/guerra.htm

Por motivo de força maior estou em recesso quântico, mas continuo de olho
na Ciencialist. Se a bomba fracassar, eu voltarei com meus elétrons não
coulombianos, pois esses não dão chabu.

O Bush e o Rumsfeld estão valorizando demais a química. Quero ver o boiola
do Texas procurando as verdadeiras armas físicas de quinta geração, entre um
salto quântico e outro. Você acende o pavio em Bagdá, a bomba explode em
Dalas e o Bush aparece enforcado em uma supercorda em Washington. ;-)

[ ]´s
Alberto
http://ecientificocultural.com/indice.htm
Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott - Boycott



-----Mensagem Original-----
De: "Roberto Belisário" <belistas2@terra.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 16 de abril de 2003 20:18
Assunto: [ciencialist] Re: Fisica Moderna

Olá. Complementando: "espalhamento" é a palavra que normalmente se
usa em mecânica quântica para se referir a "choque" ou "colisão". Isso
porque em geral as experiências são feitas com muitas partículas - ex.:
muitas partículas alfa sendo jogadas contra uma placa fina de ouro, como
fez Rutherford. As partículas não chegam exatamente a se chocar, elas são
desviadas pelos seus campos elétricos (ou nucleares ou etc.), mudando de
trajetória (ex.: na experiência de Rutherford, as partículas alfa são
repelidas pelos núcleos dos átomos da folha fina de ouro). Então as várias
partículas lançadas diretamente contra um alvo se "espalham" para todas as
direções depois que passam pelo alvo. Por isso, "espalhamento".




SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br> <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2003 03:20

Oi,

Takata: Tenho então outra pergunta, a ética era protestante ou anglo-
saxônica ou anglo-teutônica? A Reforma mudou realmente a mentalidade
das pessoas ou a Reforma só ocorreu porq. a mentalidade das pessoas
era diferente da moral preconizada por Roma? O capitalismo nasceu em
virtude da Reforma ou antes nasceu da mesma mentalidade q. levou 'a
Reforma? (Se e' q. nao possa ter vindo de outra fonte.)

Manuel: O cristianismo não era o mesmo na Península Ibérica, na
Itália, na Germânia ou na Inglaterra. Quando um povo passa a
professar uma religião que teve origem em outro lugar (como
os "bárbaros" em relação ao cristianismo de Roma), é natural que a
ela se agregue particularidades nacionais: alguns valores, mitos e
rituais autóctones. Acresce ainda que cada estamento ou camada social
tende a interpretar esta nova religião (já modificada pela influência
da antiga religião que ela veio a substituir) pela ótica do seu
ofício e dos seus interesses de classe, sobretudo os econômicos,
interpretação esta que pode, inclusive, conflitar com a
visão `oficial' da Igreja. Logo, mesmo no interior de cada nação
cristã, o cristianismo não é homogêneo.

Os grandes reformadores (Martinho Lutero, João Calvino, etc.)
eram "intelectuais orgânicos" -- expressão de Gramsci -- de camadas
sociais oprimidas ou não muito favorecidas pelo `status quo'
econômico-social. Sua concepção da cosmovisão cristã era a mesma da
classe social ao qual pertenciam ou que representavam. Só que esses
homens não foram apenas porta-vozes dessas classes, eles não se
limitaram a repetir feito papagaio as idéias correntes. Ao contrário,
desempenharam eles um papel decisivo na medida em que, como
intelectuais, trabalharam no sentido de dar à interpretação do
cristianismo que professavam uma forma mais elaborada, mais coerente,
livrando-a das contradições, extraindo dela o "bom senso",
enriquecendo-a com suas próprias e originais idéias.

E pela pregação, essa versão diferente da original (mais
sistematizada, mais racionalizada, mais coerente e livre de
contradições, enriquecida com novos dados, etc.) veio a se
popularizar e a substituir a versão original, "modificando a
mentalidade das pessoas" -- sim, os reformadores, isto é, a Reforma
alterou a mentalidade das pessoas -- e, por conseguinte, seus hábitos
e formas de ação, formas de ação estas que determinaram o
desenvolvimento de uma nova forma de capitalismo (o capitalismo
industrial) no norte da Europa e nos Estados Unidos da América.

A ética calvinista é um corpo coerente (produto) elaborado a partir
das idéias correntes sobre ética cristã entre os pequenos produtores
e comerciantes suíços (matéria-prima). A ética calvinista (que também
foi a dos puritanos, dos plesbiterianos, dos huguenotes e dos
reformados) propugnava a renúncia dos prazeres mundanos, concebia o
trabalho menos como um meio de sustento e mais como uma `vocação' e
fez do lucro um dever (o lucro, que equivale à parte não consumida
dos produtos do trabalho, é tanto o critério de eficiência do
trabalho como a medida da renúncia dos prazeres do consumo imediato).
Segundo o Prof. Alderi Souza de Matos, "isso gerou o individualismo
e um novo tipo de ascetismo `no mundo' caracterizado por uma vida
disciplinada, apego ao trabalho e valorização da poupança.
Finalmente, a secularização do espírito protestante gerou a
mentalidade burguesa e as realidades cruéis do mundo dos negócios."

Se Max Weber defendeu que a superestrutura ideológica (a ética
protestante, por exemplo), longe de ser mero reflexo e justificação
das condições econômicas, é capaz de determinar mudanças
revolucionárias na economia de uma sociedade, por outro lado, no
último parágrafo do seu ensaio "Ética Protestante e o Espírito do
Capitalismo" , o autor considera "necessário investigar mais adiante
a maneira pela qual a ascese protestante foi por sua vez influenciada
em seu desenvolvimento e caráter pela totalidade das condições
sociais, especialmente pelas econômicas. Isto porque (...) não se
pode pensar em substituir uma interpretação materialística unilateral
por uma igualmente bitolada interpretação causal da cultura e da
história. Ambos são igualmente viáveis, mas, qualquer uma delas, se
não servir de introdução, mas sim de conclusão, de muito pouco serve
no interesse da verdade histórica."

[]s,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fisica Moderna
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2003 06:00

>O que há de 'quântico' nesse 'scattering' postos nas explicações? [Léo]


>>A referência a átomos e partículas elementares... entidades que
são descritas com a mecânica quântica. A versão da teoria das colisões (ou
do "espalhamento") usada no contexto das mensagens abaixo é a quântica.[Belisário]

Abaixo segue complementação dos 'explicamentos'.

O experimento do espalhamento pela folha de ouro foi feito por Rutherford em 1911 ... e daí surgiu 'seu' modelo atômico. O espalhamento era explicado pela teoria eletromagnética clássica. Esse espalhamento dava-se, tb, 'para trás', sem passar pelo alvo (contrariando seu texto:"para todas as direções depois que passam pelo alvo" --- só para ser chato!).
Nesse modelo surgiram problemas (eletron acelerado sem emissão de oem) e foi confrontado pelo espectro de emissão do gás hidrogênio.
Em 1913 Bohr lançou suas correções ao modelo de Rutherford, principalmente limitando as órbitas (impondo momento angular múltiplo de h/2pi). Mas, o espalhamento continuou sendo explicado pela teoria eletromagnética clássica.
Só em 1926 é que Schoröedinger, usando De Broglie, lançou sua 'função de onda'.

Onde vc localiza nesse hiper-resumo histórico o 'nascimento da quântica' (data) para justificar que o 'espalhamento' da pergunta original (explicado em 1911) está na mecânica quântica?

[]'
Léo
>
> Olá. Complementando: "espalhamento" é a palavra que normalmente se
>usa em mecânica quântica para se referir a "choque" ou "colisão". Isso
>porque em geral as experiências são feitas com muitas partículas - ex.:
>muitas partículas alfa sendo jogadas contra uma placa fina de ouro, como
>fez Rutherford. As partículas não chegam exatamente a se chocar, elas são
>desviadas pelos seus campos elétricos (ou nucleares ou etc.), mudando de
>trajetória (ex.: na experiência de Rutherford, as partículas alfa são
>repelidas pelos núcleos dos átomos da folha fina de ouro). Então as várias
>partículas lançadas diretamente contra um alvo se "espalham" para todas as
>direções depois que passam pelo alvo. Por isso, "espalhamento".
>
> Inté,
> Belisário
>
>At 23:18 16/04/03 +0000, you wrote:
> >--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "André W.Hirano"
> ><awhirano@p...> escreveu
> > > Deixando a História de lado, me digam:
> > > O que é espalhamento elástico da Mecanica Quantica?????
> > >
> >
> >Olá André
> >
> >Um choque entre dois corpos é dito elástico quando não ocorre perda
> >de energia cinética (a soma da energia cinética dos dois corpos
> >permanece constante).
> >
> >Os choques entre átomos ou partículas atômicas são em geral
> >elásticos. Os primeiros modelos da estrutura da matéria foram obtidos
> >no início do século XX, quando Rutherford bombardeou uma fina placa
> >de ouro com partículas alfa. Ao colidir com a placa, as partículas se
> >espalham. Algumas atravessam em linha reta, a maioria sofre deflexão
> >em angulos variáveis e poucas são refletidas, ou seja voltam na mesma
> >direção. Assumindo-se que as partículas sofreram choques elásticos,
> >foram construídos os primeiros modelos da estrutura da matéria, com
> >um núcleo pequeno e positivo cercado por uma área
> >aparentemente "vazia" e negativa.
> >
> >O mesmo tipo de procedimento foi usado para se estudar a estrutura
> >dos cristais, porém com fotons no lugar de particulas alfa.
> >
> >[]'s
> >
> >André


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Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em: http://br.yahoo.com/info/utos.html




SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - A menina do jesus te ama
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2003 08:42

Mais uma retificação:

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
> a cada 12 horas o ponteiro estara' apontando na direcao oposta.

Parece coisa de quem so' lê as horas no relógio digital. A cada 12
horas, os ponteiros voltam para a mesma posicao --- leia-se: a cada 6
horas.

Quanto ao espalhamento quantico, o Mesquita diria q. e' qdo a teoria
quantica atravessa as pás de um ventilador.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2003 09:16

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Manuel Bulcão
> popularizar e a substituir a versão original, "modificando a
> mentalidade das pessoas" -- sim, os reformadores, isto é, a Reforma
> alterou a mentalidade das pessoas -- e, por conseguinte, seus

mas isso e' suposto ou deduzido?

[]s,

roberto takata



SUBJECT: lá vem chumbo....
FROM: "Silvio Cordeiro" <scordeiro@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2003 09:56

EEUU bloquea su TLC con Chile El Congreso de EEUU ha aplazado la aprobación del Tratado de Libre Comercio (TLC) con Chile, firmado a finales de 2002 y cuya ratificación por parte de los legisladores estadounidenses estaba prevista en estos días. Washington expresa así su molestia por la postura que Chile adoptó en el Consejo de Seguridad de la Organización de las Naciones Unidas (ONU) en contra de la guerra contra Irak. por América Económica


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - A menina do jesus te ama
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2003 10:07

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> Mais uma retificação:
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
> > a cada 12 horas o ponteiro estara' apontando na direcao oposta.
>
> Parece coisa de quem so' lê as horas no relógio digital. A cada 12
> horas, os ponteiros voltam para a mesma posicao --- leia-se: a cada
6
> horas.


Cruzes, Takata,

Quanta retificação, eu nem tinha percebido essa na leitura do seu
email em resposta à moça. Acho engraçado como a mente dá um jeito de
consertar essas coisas quando se está lendo um mailmute: eu li
exatamente que o ponteiro apontava na direção oposta em termos de
dia/noite... :)

Você anda me boicotando... só vou escrever mais um poeminha:

Takatinha quando nasce
se esparrama pelo chão,
E quando me ignora
não tem perdão, não! :))

Beijos, Lígia




SUBJECT: Re: Fisica Moderna
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2003 10:34


Léo:

"Espalhamento" não se refere somente à experiência de Rutherford
que, de fato, foi feita antes do modelo quântico do átomo. A palavra
espalhamento refere-se a colisões envolvendo átomos, moléculas ou
partículas subatômicas. A experiência de Rutherford, de fato, como você bem
observou, não precisa ser analisada com a mecânica quântica, no nível de
detalhe que ele precisava. Se quisermos detalhe maior, o cálculo clássico
apresentará pequenas discrepâncias com os experimentos. Nesse caso,
precisamos usar a quântica. Hoje, faz-se experiências de espalhamento com
átomos, moléculas e partículas elementares. Essas experiências não chegam
nem perto de poderem ser descritas pelo eletromagnetismo clássico, precisam
de quântica. Por isso, o termo "espalhamento quântico".

Um exemplo narcisista: Minha pesquisa em física, no tempo que eu
era físico, era justamente sobre espalhamento de elétrons por moléculas. Eu
fazia cálculos teóricos. No caso de um experimento, analisando a
distribuição das direções para as quais as partículas foram espalhadas,
pode-se inferir características dos alvos. Aliás, foi assim que Rutherford
(ressalvando que no seu caso ele não precisou usar quântica) inferiu que o
átomo tem um núcleo central que concentra quase toda a sua matéria a partir
da observação de para onde as partículas de hélio depois de chegar na folha
de ouro. Rutherford não precisou usar a quântica porque as partículas alfa
(formadas por dois prótons e dois nêutrons) são "muito" pesadas e sabemos
que quanto maior a massa, mais próxima a descrição quântica fica da
clássica; no nível de detalhe que ele precisava, não havia diferença
apreciável. Já no caso de colisão entre elétrons e moléculas, os elétrons
incidentes interagem com os elétrons da molécula, e os elétrons são leves o
suficiente para a descrição quântica ficar bem afastada da clássica. O
resultado experimental afasta-se muito da previsão clássica e aproxima-se
das previsões teóricas da quântica.

Em aceleradores de partículas, também se faz espalhamento, com o
mesmo princípio de inferir as características delas a partir dos resultados
das "colisões". O embasamento empírico da física das partículas vem quase
todo desse tipo de experimento.

(Em tempo: as partículas de Rutherford espalharam-se para todas as
direções, sim. A distribuição dos ângulos é que era desigual: a maior parte
passou direto e algumas voltaram. Pouquíssimas foram para direções
intermediárias. É só ver a fórmula de espalhamento de Rutherford em algum
livro básico de mecânica quântica (!), como o do Eisberg/Resnick.)

Abraços,
Belisário

At 06:00 17/04/03 -0300, you wrote:
> >O que há de 'quântico' nesse 'scattering' postos nas explicações? [Léo]
>
>
> >>A referência a átomos e partículas elementares... entidades que
>são descritas com a mecânica quântica. A versão da teoria das colisões (ou
>do "espalhamento") usada no contexto das mensagens abaixo é a
>quântica.[Belisário]
>
>Abaixo segue complementação dos 'explicamentos'.
>
>O experimento do espalhamento pela folha de ouro foi feito por Rutherford
>em 1911 ... e daí surgiu 'seu' modelo atômico. O espalhamento era
>explicado pela teoria eletromagnética clássica. Esse espalhamento dava-se,
>tb, 'para trás', sem passar pelo alvo (contrariando seu texto:"para todas
>as direções depois que passam pelo alvo" --- só para ser chato!).
>Nesse modelo surgiram problemas (eletron acelerado sem emissão de oem) e
>foi confrontado pelo espectro de emissão do gás hidrogênio.
>Em 1913 Bohr lançou suas correções ao modelo de Rutherford, principalmente
>limitando as órbitas (impondo momento angular múltiplo de h/2pi). Mas, o
>espalhamento continuou sendo explicado pela teoria eletromagnética clássica.
>Só em 1926 é que Schoröedinger, usando De Broglie, lançou sua 'função de
>onda'.
>
>Onde vc localiza nesse hiper-resumo histórico o 'nascimento da quântica'
>(data) para justificar que o 'espalhamento' da pergunta original
>(explicado em 1911) está na mecânica quântica?
>
>[]'
>Léo
> >
> > Olá. Complementando: "espalhamento" é a palavra que normalmente se
> >usa em mecânica quântica para se referir a "choque" ou "colisão". Isso
> >porque em geral as experiências são feitas com muitas partículas - ex.:
> >muitas partículas alfa sendo jogadas contra uma placa fina de ouro, como
> >fez Rutherford. As partículas não chegam exatamente a se chocar, elas são
> >desviadas pelos seus campos elétricos (ou nucleares ou etc.), mudando de
> >trajetória (ex.: na experiência de Rutherford, as partículas alfa são
> >repelidas pelos núcleos dos átomos da folha fina de ouro). Então as várias
> >partículas lançadas diretamente contra um alvo se "espalham" para todas as
> >direções depois que passam pelo alvo. Por isso, "espalhamento".
> >
> > Inté,
> > Belisário
> >
> >At 23:18 16/04/03 +0000, you wrote:
> > >--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "André W.Hirano"
> > ><awhirano@p...> escreveu
> > > > Deixando a História de lado, me digam:
> > > > O que é espalhamento elástico da Mecanica Quantica?????
> > > >
> > >
> > >Olá André
> > >
> > >Um choque entre dois corpos é dito elástico quando não ocorre perda
> > >de energia cinética (a soma da energia cinética dos dois corpos
> > >permanece constante).
> > >
> > >Os choques entre átomos ou partículas atômicas são em geral
> > >elásticos. Os primeiros modelos da estrutura da matéria foram obtidos
> > >no início do século XX, quando Rutherford bombardeou uma fina placa
> > >de ouro com partículas alfa. Ao colidir com a placa, as partículas se
> > >espalham. Algumas atravessam em linha reta, a maioria sofre deflexão
> > >em angulos variáveis e poucas são refletidas, ou seja voltam na mesma
> > >direção. Assumindo-se que as partículas sofreram choques elásticos,
> > >foram construídos os primeiros modelos da estrutura da matéria, com
> > >um núcleo pequeno e positivo cercado por uma área
> > >aparentemente "vazia" e negativa.
> > >
> > >O mesmo tipo de procedimento foi usado para se estudar a estrutura
> > >dos cristais, porém com fotons no lugar de particulas alfa.
> > >
> > >[]'s
> > >



SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "Alvaro Augusto de Almeida <alvaug@netbank.com.br>" <alvaug@netbank.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2003 10:48

Bom, tudo isso que você escreveu resume-se na frase: "Max Weber tem
autoridade!" Mas, e depois disso?

E você não comentou minhas observações sobre empreendedorismo...

[ ]s

Alvaro Augusto


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Terence Reis" <reistc@u...>
escreveu
> Olá.
>
> Weber não está na "moda". Sempre foi relevante nos estudos
sociológicos,
> influenciando a praticamente todos, mais ostensivamente à Escola de
> Frankfurt, Existencialistas, Habermas, teóricos da sociologia da
ação, bem
> como da ciência, motivando estudos diversos nas mais diversas
áreas. Oras,
> os estudos de Weber são, sem exagero, fundadores da sociologia,
junto com
> Durkheim, Comte, Marx e algum outro à escolha, como Simmel ou
Pareto. Mas
> como sói acontecer à acadêmia brasileira, vivemos de inventar modas.
>
> Do início, eu diria que vale a pena ler Weber. A "Ética
Protestante" é um
> trabalho menor de Weber, um artigo, praticamente, que tomou volume
pela
> quantidade de notas de rodapé. As idéias subjacentes são uma
formulação
> fugaz de teorias mais amplas e tomaram relevo por se oporem (de
certa forma)
> à interpretação materialista, que então tomava conta de modo eficaz
da
> academia.
>
> De todo modo, me parece estar havendo uma simplificação - usual -
das idéias
> de Weber. Estou algo "enferrujado", mas tentarei elaborar melhor.
>
> Idéia corrente: segundo Weber, o sucesso dos EUA (capitalismo) se
deveu à
> religião protestante e sua concepção de mundo.
>
> O fato é que Weber tentou demonstrar, por meio do exemplo dos EUA,
que a
> existência de determinados valores é fundamental para o
desenvolvimento de
> determinadas formas de ação.
>
> Para Weber, os processos de mudança social seriam resultado da
agregação dos
> comportamentos individuais, os quais são basicamente a interação
entre os
> agentes atomizados e as estruturas que os cercam, decorrendo disto a
> influência e mudança mútuas. Ou seja, nem a estrutura determina a
super
> estrutura, nem vice versa. Há uma reciprocidade na ação. Os valores
que
> resultam da imagem de mundo promovida pelo protestantismo permitem a
> proliferação de atividades e ações condizentes com o
desenvolvimento do
> capitalismo, o espírito empreendedor, por exemplo. O
desenvolvimento de uma
> estrutura fundada nesses valores os reforça e permite seu
descolamento do
> fundo religioso. Neste caso deve-se atentar para a tese weberiana,
ainda de
> amplo uso, de desenvolvimento da racionalidade da ação. Do
misticismo à
> racionalidade formal - base da ação econômica.
>
> Como exemplo, estudos posteriores baseados nas teses de Weber
mostram o
> deslocamento de financistas judeus da Veneza católica (acho que é
Veneza
> mesmo) para a Amsterdã tolerante. Estes teriam sido auxiliares no
> financiamento do desenvolvimento dos Países Baixos. As teses de
Weber se
> aplicam a tal exemplo sem porém ter que afirmar que seguiam
restritamente
> uma religião qualquer.
>
> Por fim, não acho que seja exagero dizer que seu livro (é provável
que seja
> Economia e Sociedade) seja o mais influente do século XX. Textos
mais
> relevantes no âmbito das ciências sociais, imagino apenas os de
Keynes. Mas
> estes, há muito se usa de modo quase marginal. Já Weber deixou há
muito de
> ser citação para na verdade ser o fundo sobre o qual se desenvolvem
idéias
> as mais diversas.
>
>
> ----- Original Message -----
> From: Netbank - Alvaro Augusto <alvaug@n...>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Wednesday, April 16, 2003 12:07 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re:
Matematica do
> Fisico)
>
>
> > Por mais que eu leia sobre as idéias de Max Weber (não li o
original e nem
> > pretendo ler em um futuro próximo), acho que ele está muito longe
de
> > explicar tudo. Primeiro, porque ele deixa de fora a França e o
norte da
> > Itália. Segundo, porque não me parece que o fundo religioso-
político
> > explique corretamente porque os EUA deram "certo" e nós
demos "errado".
> Sou
> > muito mais a favor das idéias de Schumpeter, que afirmava que a
força
> motora
> > do capitalismo é o espírito empreendedor. E quando os
empreendedores
> entram
> > em cena, entra também em cena o risco de fracasso. Os
colonizadores dos
> EUA
> > romperam os laços com a terra natal e assumiram abertamente a
tarefa de
> > construir uma nova nação. Eles não precisavam prestar contas a
ninguém na
> > Inglaterra, na Holanda ou na Alemanha. Já os portugueses que aqui
chegaram
> > continuaram presos à terrinha. Para eles, fracassar significava
carregar o
> > peso da gozação eterna e, assim, arriscavam menos do que os
pioneiros das
> 12
> > colônias.
> >
> > Os EUA continuam sendo até hoje a nação mais tolerante ao
fracasso que
> > existe. Na Alemanha, por exemplo, é comum os habitantes
carregarem nas
> > costas o fracasso dos bisavôs, enquanto nos EUA ninguém liga
muito de quem
> > você descende. É claro que ser WASP sempre ajuda, mas não é
essencial.
> > Quanto maior a tolerância ao fracasso, mas livre se torna o
espírito
> > empreendedor. No Brasil isso está mudando lentamente, mas as
palavras
> > "fracasso" e "falência" ainda são muito pesadas.
> >
> > E isso não tem nada a ver com religião, mas, por algum motivo,
Max Weber
> > está na moda. Acho que deve ser por causa de uma lista publicada
na Folha
> de
> > São Paulo em 1999 ou 2000, que colocava o livro dele como o mais
influente
> > do século XX, ou coisa parecida. Exagero.
> >
> > Abraços,
> >
> > Alvaro Augusto
> >
> >
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@u...@uol.com.br>
> > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Sent: Tuesday, April 15, 2003 9:57 PM
> > Subject: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica
do
> Fisico)
> >
> >
> > Oi André,
> >
> > André: Uma vez que o "espírito do capitalismo" tenha se
> > institucionalizado, ele não depende mais dos preceitos religiosos
que
> > lhe forneceram suporte.
> >
> > Manuel: Sobre este assunto, veja o que pincei do livro de Edward
> > Luttwak, "Turbocapitalismo": <<A segunda grande força que
persuade os
> > norte-americanos a aceitar as desigualdades agudas do
> > turbocapitalismo é a influência penetrante dos valores
calvinistas.
> > Apesar de ter sido importante para a fé dos primeiros colonos e
para
> > seus dogmas continuarem embutidos em mais de uma forma de
cristandade
> > protestante, poucos norte-americanos acreditam conscientemente em
> > doutrinas calvinistas num sentido religioso. Contudo, muitos, de
> > todas as religiões ou de nenhuma, que podem não conhecer nada do
> > calvinismo, ainda assim agem de acordo com os princípios da
doutrina.
> > Como aconteceu de uma religião quase esquecida ter deixado um
resíduo
> > não religioso tão poderoso é questão muito interessante e bastante
> > estudada e debatida. O que está além de debate é a autoridade
> > duradoura dos valores calvinistas. Por mais que sejam revestidos
de
> > humores passageiros, por mais que sejam proclamados mortos e
> > enterrados, eles permanecem fortes logo abaixo da superfície da
vida
> > norte-americana, modelando invisivelmente tanto as escolhas
> > cotidianas quanto as atitudes fundamentais. (...) A doutrina
> > calvinista implícita (...) segundo a qual a riqueza ganha não é
> > impedimento para a virtude, como disse, segundo consta, Jesus,
mas um
> > sinal de benefício divino para os predestinados, foi há muito
> > esquecida. Contudo, seu efeito penetrante induz os norte-
americanos a
> > ver o desejo de tornar-se rico como bastante louvável, e o
sucesso em
> > fazer isso como uma realização 'moral', já que é visto tanto como
o
> > resultado de um esforço sacrificial ao ganhar dinheiro quanto
como o
> > de uma contenção auto-anuladora ao gastá-lo. Longe de ser vistos
como
> > materialistas autocentrados, aqueles que acumulam riqueza são
> > respeitados em proporção direta à quantia que possuem, contanto
que
> > seja fruto de seu esforço.>>
> >
> > Uma observação: se não me engano, o calvinismo era uma seita
> > protestante suíça que depois se espalhou por várias outras nações:
> > foram os 'huguenotes' na França, os 'puritanos' na Inglaterra,
> > os 'plesbiterianos' na Escócia, os 'reformados' na Holanda, etc.
> >
> > Se a ética calvinista esteve na origem do capitalismo industrial,
é
> > natural que resquícios dessa religião 'morta' estejam presentes
nas
> > fases posteriores do desenvolvimento deste capitalismo.
> >
> > André: a ética dos agnósticos e ateus é descendente da ética
> > religiosa, despida apenas do misticismo e tabus irracionais.
> >
> > Manuel: Concordo. O Iluminismo francês foi um equivalente de seita
> > protestante que contestava a unidade da Igreja (católica) com o
> > Estado, mas que encerrava em si muitos elementos da cosmovisão e
da
> > ética judaico-cristã. Tanto que, durante a Revolução Francesa, os
> > revolucionários jacobinos chegaram a transformar a catedral de
Notre
> > Dame de Paris no templo da "deusa Razão". Isso sem falar na Igreja
> > Positivista fundada por Comte. Aliás, aqui no Brasil existe um
templo
> > da Igreja Positivista, não sei se no Rio ou em São Paulo.
> >
> > Abraços,
> > Manuel Bulcão
> >
> >
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> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "Terence Reis" <reistc@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2003 12:36

Depois disso nada. Me referia a justamente à afirmação de que Weber estava
na moda. Contrapunha o fato de que, na verdade, Weber é usado como argumento
de autoridade. Daqueles bem úteis, em que se escolhe entre concordar e ficar
bem com seus pares, utilizando a teoria de modo mais amplo ou restrito, ou
então proferir alguma heresia e ficar bem com seus ímpares, ganhando espaço
como herege, portanto. Desnecessário dizer que, a partir de contraposições
como essa, os departamentos de sociologia vivem muito bem, obrigado, ali
entre eles mesmo.

Agora, quanto ao empreendedorismo.

Álvaro: >>Segundo, porque não me parece que o fundo religioso- político
explique corretamente porque os EUA deram >>"certo" e nós demos "errado".
Sou muito mais a favor das idéias de Schumpeter, que afirmava que a força
motora do >>capitalismo é o espírito empreendedor.


Concordo com vc. Schumpeter, inclusive, é responsável por tirar o
empreendedor da obscuridade na literatura econômica. Mas o fato é que, mesmo
concordando com as idéias de Schumpeter, não se discorda do insight
weberiano. A perspectiva teria que ser mais ampla. O que cria as condições
para a existência do empreendedor? O que motiva o empreendedorismo?

Para responder a estas perguntas, há, na literatura sobre o
empreendedorismo, duas visões: a comportamental e a social.

Comportamental: seu principal autor, David McClelland, afirma que o
empreendedorismo é resultado de traços de personalidade. Reproduzo: "uma
pessoa com alta necessidade de realização é mais autoconfiante, gosta de
assumir riscos calculados, pesquisa o ambiente ativamente e é muito mais
interessada em medidas concretas de quão bem está indo".

McClelland realizou pesquisas que identificavam correlação entre a
prosperidade de uma sociedade e seus heróis no folclore, nas estórias
infantis, na literatura em geral. Observou ainda relação entre maior consumo
de energia elétrica e leituras com indicações de
empreendedorismo/necessidade de realização recomendadas aos alunos do 1°
grau.

Se pensamos no "american hero" tradicional em oposição a nossos "heróis sem
caráter", fica a tentação de se concordar. De todo modo, tal perspectiva
sempre me pareceu falha, seja por desprezar totalmente a estrutura em que
está envolta, seja por não poder afirmar concretamente relações de causa e
efeito.

Percebe-se que, de tal visão, surgem os milhares de livros de auto-ajuda e
cursos muito difundidos até hj. O próprio Sebrae tem um curso nestes moldes,
onde até mesmo há gravações de sua voz e filmagens de seu comportamento para
que vc se adapte a um suposto modelo empreendedor de comportamento.

Estou me alongando...

Social: aí é Weber mesmo, e autores que desenvolveram suas teses a partir do
insight weberiano. Em resumo, acredita-se que há um conjunto de valores
existentes na sociedade que contribuem para o comportamento empreendedor. No
caso, não somente os valores se refletem em determinadas atitudes, como as
expectativas sociais e sanções decorrentes do seu não cumprimento acabam por
modelar o comportamento. Outro autor, Frank Young, estende isto para os
grupos de referência - qualquer comportamento reflete valores, crenças e
atitudes compartilhadas por grupos de referência. O empreendedor seria o
membro mais visível de um agrupamento - cluster de famílias cuja atividade é
mutuamente reforçada e coordenada por uma coerente visão de mundo.

Tocqueville, em 1835, já havia identificado no associacionismo
característico da sociedade estadunidense ("Americans of all ages, all
stations of life, and all types of disposition are forever forming
associations...In democratic countries knowledge of how to combine is the
mother of all other forms of knowledge; on its progress depends that of all
the others.") a base que levaria os EUA a se tornar a maior potência
mundial. Introduzo Tocqueville aqui para reforçar que não é uma visão
culturalista de mundo em oposição ao materialismo unilateralista. A um
reforço mútuo entre estruturas. Os valores culturais e religiosos obtêm
livre ação em uma estrutura política e social favorável, que por sua vez
determina e é determinada pela estrutura econômica.

O empreendedorismo encontrou campo favorável de ação em uma sociedade que
privilegiava determinados valores, comportamentos, como a busca da
realização terrena, o ascetismo. Tal sociedade possuía uma estrutura
política e social que favorecia o desenvolvimento e o sucesso dos
empreendimentos.

Começo a me perder...

Bom, de todo modo, de vez em quando me fica a impressão de que a análise de
Weber pode ser alvo das mesmas acusações de Popper à psicanálise. Há sempre
uma saída para seu falseamento.

IMHO, para entender o desenvolvimento de uma sociedade em oposição a outra é
necessário levar em conta todos os aspectos que permeiam a atividade
econômica. Comportamental, social, cultural, religioso, político, legal.

Como conclusão e exemplo, Weber procurou estudar outras sociedades e a
influência de suas religiões, como a China e a Índia. Se não me engano,
identificou na China, no confucionismo, os mesmos valores favoráveis ao
desenvolvimento econômico capitalista. Porém, a estrutura política e social
não conduzia ao caminho do desenvolvimento, mas à passividade.

Algo assim.

Abs,

Terence

----- Original Message -----
From: <alvaug@netbank.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, April 17, 2003 10:48 AM
Subject: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)


Bom, tudo isso que você escreveu resume-se na frase: "Max Weber tem
autoridade!" Mas, e depois disso?

E você não comentou minhas observações sobre empreendedorismo...

[ ]s

Alvaro Augusto


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Terence Reis" <reistc@u...>
escreveu
> Olá.
>
> Weber não está na "moda". Sempre foi relevante nos estudos
sociológicos,
> influenciando a praticamente todos, mais ostensivamente à Escola de
> Frankfurt, Existencialistas, Habermas, teóricos da sociologia da
ação, bem
> como da ciência, motivando estudos diversos nas mais diversas
áreas. Oras,
> os estudos de Weber são, sem exagero, fundadores da sociologia,
junto com
> Durkheim, Comte, Marx e algum outro à escolha, como Simmel ou
Pareto. Mas
> como sói acontecer à acadêmia brasileira, vivemos de inventar modas.
>
> Do início, eu diria que vale a pena ler Weber. A "Ética
Protestante" é um
> trabalho menor de Weber, um artigo, praticamente, que tomou volume
pela
> quantidade de notas de rodapé. As idéias subjacentes são uma
formulação
> fugaz de teorias mais amplas e tomaram relevo por se oporem (de
certa forma)
> à interpretação materialista, que então tomava conta de modo eficaz
da
> academia.
>
> De todo modo, me parece estar havendo uma simplificação - usual -
das idéias
> de Weber. Estou algo "enferrujado", mas tentarei elaborar melhor.
>
> Idéia corrente: segundo Weber, o sucesso dos EUA (capitalismo) se
deveu à
> religião protestante e sua concepção de mundo.
>
> O fato é que Weber tentou demonstrar, por meio do exemplo dos EUA,
que a
> existência de determinados valores é fundamental para o
desenvolvimento de
> determinadas formas de ação.
>
> Para Weber, os processos de mudança social seriam resultado da
agregação dos
> comportamentos individuais, os quais são basicamente a interação
entre os
> agentes atomizados e as estruturas que os cercam, decorrendo disto a
> influência e mudança mútuas. Ou seja, nem a estrutura determina a
super
> estrutura, nem vice versa. Há uma reciprocidade na ação. Os valores
que
> resultam da imagem de mundo promovida pelo protestantismo permitem a
> proliferação de atividades e ações condizentes com o
desenvolvimento do
> capitalismo, o espírito empreendedor, por exemplo. O
desenvolvimento de uma
> estrutura fundada nesses valores os reforça e permite seu
descolamento do
> fundo religioso. Neste caso deve-se atentar para a tese weberiana,
ainda de
> amplo uso, de desenvolvimento da racionalidade da ação. Do
misticismo à
> racionalidade formal - base da ação econômica.
>
> Como exemplo, estudos posteriores baseados nas teses de Weber
mostram o
> deslocamento de financistas judeus da Veneza católica (acho que é
Veneza
> mesmo) para a Amsterdã tolerante. Estes teriam sido auxiliares no
> financiamento do desenvolvimento dos Países Baixos. As teses de
Weber se
> aplicam a tal exemplo sem porém ter que afirmar que seguiam
restritamente
> uma religião qualquer.
>
> Por fim, não acho que seja exagero dizer que seu livro (é provável
que seja
> Economia e Sociedade) seja o mais influente do século XX. Textos
mais
> relevantes no âmbito das ciências sociais, imagino apenas os de
Keynes. Mas
> estes, há muito se usa de modo quase marginal. Já Weber deixou há
muito de
> ser citação para na verdade ser o fundo sobre o qual se desenvolvem
idéias
> as mais diversas.
>
>
> ----- Original Message -----
> From: Netbank - Alvaro Augusto <alvaug@n...>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Wednesday, April 16, 2003 12:07 AM
> Subject: Re: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re:
Matematica do
> Fisico)
>
>
> > Por mais que eu leia sobre as idéias de Max Weber (não li o
original e nem
> > pretendo ler em um futuro próximo), acho que ele está muito longe
de
> > explicar tudo. Primeiro, porque ele deixa de fora a França e o
norte da
> > Itália. Segundo, porque não me parece que o fundo religioso-
político
> > explique corretamente porque os EUA deram "certo" e nós
demos "errado".
> Sou
> > muito mais a favor das idéias de Schumpeter, que afirmava que a
força
> motora
> > do capitalismo é o espírito empreendedor. E quando os
empreendedores
> entram
> > em cena, entra também em cena o risco de fracasso. Os
colonizadores dos
> EUA
> > romperam os laços com a terra natal e assumiram abertamente a
tarefa de
> > construir uma nova nação. Eles não precisavam prestar contas a
ninguém na
> > Inglaterra, na Holanda ou na Alemanha. Já os portugueses que aqui
chegaram
> > continuaram presos à terrinha. Para eles, fracassar significava
carregar o
> > peso da gozação eterna e, assim, arriscavam menos do que os
pioneiros das
> 12
> > colônias.
> >
> > Os EUA continuam sendo até hoje a nação mais tolerante ao
fracasso que
> > existe. Na Alemanha, por exemplo, é comum os habitantes
carregarem nas
> > costas o fracasso dos bisavôs, enquanto nos EUA ninguém liga
muito de quem
> > você descende. É claro que ser WASP sempre ajuda, mas não é
essencial.
> > Quanto maior a tolerância ao fracasso, mas livre se torna o
espírito
> > empreendedor. No Brasil isso está mudando lentamente, mas as
palavras
> > "fracasso" e "falência" ainda são muito pesadas.
> >
> > E isso não tem nada a ver com religião, mas, por algum motivo,
Max Weber
> > está na moda. Acho que deve ser por causa de uma lista publicada
na Folha
> de
> > São Paulo em 1999 ou 2000, que colocava o livro dele como o mais
influente
> > do século XX, ou coisa parecida. Exagero.
> >
> > Abraços,
> >
> > Alvaro Augusto
> >
> >
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: "Manuel Bulcão" <manuelbulcao@u...@uol.com.br>
> > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Sent: Tuesday, April 15, 2003 9:57 PM
> > Subject: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica
do
> Fisico)
> >
> >
> > Oi André,
> >
> > André: Uma vez que o "espírito do capitalismo" tenha se
> > institucionalizado, ele não depende mais dos preceitos religiosos
que
> > lhe forneceram suporte.
> >
> > Manuel: Sobre este assunto, veja o que pincei do livro de Edward
> > Luttwak, "Turbocapitalismo": <<A segunda grande força que
persuade os
> > norte-americanos a aceitar as desigualdades agudas do
> > turbocapitalismo é a influência penetrante dos valores
calvinistas.
> > Apesar de ter sido importante para a fé dos primeiros colonos e
para
> > seus dogmas continuarem embutidos em mais de uma forma de
cristandade
> > protestante, poucos norte-americanos acreditam conscientemente em
> > doutrinas calvinistas num sentido religioso. Contudo, muitos, de
> > todas as religiões ou de nenhuma, que podem não conhecer nada do
> > calvinismo, ainda assim agem de acordo com os princípios da
doutrina.
> > Como aconteceu de uma religião quase esquecida ter deixado um
resíduo
> > não religioso tão poderoso é questão muito interessante e bastante
> > estudada e debatida. O que está além de debate é a autoridade
> > duradoura dos valores calvinistas. Por mais que sejam revestidos
de
> > humores passageiros, por mais que sejam proclamados mortos e
> > enterrados, eles permanecem fortes logo abaixo da superfície da
vida
> > norte-americana, modelando invisivelmente tanto as escolhas
> > cotidianas quanto as atitudes fundamentais. (...) A doutrina
> > calvinista implícita (...) segundo a qual a riqueza ganha não é
> > impedimento para a virtude, como disse, segundo consta, Jesus,
mas um
> > sinal de benefício divino para os predestinados, foi há muito
> > esquecida. Contudo, seu efeito penetrante induz os norte-
americanos a
> > ver o desejo de tornar-se rico como bastante louvável, e o
sucesso em
> > fazer isso como uma realização 'moral', já que é visto tanto como
o
> > resultado de um esforço sacrificial ao ganhar dinheiro quanto
como o
> > de uma contenção auto-anuladora ao gastá-lo. Longe de ser vistos
como
> > materialistas autocentrados, aqueles que acumulam riqueza são
> > respeitados em proporção direta à quantia que possuem, contanto
que
> > seja fruto de seu esforço.>>
> >
> > Uma observação: se não me engano, o calvinismo era uma seita
> > protestante suíça que depois se espalhou por várias outras nações:
> > foram os 'huguenotes' na França, os 'puritanos' na Inglaterra,
> > os 'plesbiterianos' na Escócia, os 'reformados' na Holanda, etc.
> >
> > Se a ética calvinista esteve na origem do capitalismo industrial,
é
> > natural que resquícios dessa religião 'morta' estejam presentes
nas
> > fases posteriores do desenvolvimento deste capitalismo.
> >
> > André: a ética dos agnósticos e ateus é descendente da ética
> > religiosa, despida apenas do misticismo e tabus irracionais.
> >
> > Manuel: Concordo. O Iluminismo francês foi um equivalente de seita
> > protestante que contestava a unidade da Igreja (católica) com o
> > Estado, mas que encerrava em si muitos elementos da cosmovisão e
da
> > ética judaico-cristã. Tanto que, durante a Revolução Francesa, os
> > revolucionários jacobinos chegaram a transformar a catedral de
Notre
> > Dame de Paris no templo da "deusa Razão". Isso sem falar na Igreja
> > Positivista fundada por Comte. Aliás, aqui no Brasil existe um
templo
> > da Igreja Positivista, não sei se no Rio ou em São Paulo.
> >
> > Abraços,
> > Manuel Bulcão
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> > http://www.ciencialist.hpg.com.br
> > Para sair da lista envie um mail para
> > ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2003 12:57

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Terence Reis" <reistc@u...>
> Concordo com vc. Schumpeter, inclusive, é responsável por tirar o
> empreendedor da obscuridade na literatura econômica.

So' q. aqui tbm sei nao...

Na base do um a um, o brasileiro e' (ou era) mais empreendedor do q.
o americano se tomarmos alguns indicadores, como o numero de negocios
proprios abertos em uma unidade de tempo.

Tudo bem, dizem q. por volta da metade das pequenas empresas fecham
em menos de tres anos de existencia.

Mas o empreendorismo, por si so', tbm nao parece ser uma explicacao
de todo convincente. Bem, pode-se dizer q. o empreendedorismo brazuca
seja uma coisa recente, alem de mal-planejado, mal-assistido e se dar
em desespero de causa (desemprego).

http://www.jt.estadao.com.br/editorias/2003/03/21/eco009.html
http://www.entreworld.org/Bookstore/PDFs/GEM2001/GEM2001_ExpandedResea
rchReport.pdf

[A tendencia apontada era de queda: 1o lugar no Global
Entrepreneurship Monitor de 2000, 5o em 2001 e 7o em 2002 - 1 a cada
5 brasileiros estiveram envolvidos em negocios proprios em 2000 e 1 a
7 em 2002.]

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Ligia sent you a Yahoo! Greeting
FROM: ligia5555@yahoo.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2003 13:05

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SUBJECT: [ciencialist] Ligia sent you a Yahoo! Greeting
FROM: lpereira@smsdemag.com.br
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2003 13:39

Legal, feliz páscoa para vocês também.

Atenciosamente:
Lisandro de Souza Gomes Pereira.
Técnico em Eletrônica.
----- Repassado por Cegelec -. Telefonia/SMS-Brasil em 17/04/2003 13:35
-----

ligia5555@yahoo.c
om.br Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
cc:
17/04/2003 13:05 Assunto: [ciencialist] Ligia sent you a Yahoo! Greeting
Favor responder a
ciencialist







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SUBJECT: Re: OT p/ Takata
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2003 13:46

--- "rmtakata" escreveu: >
--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia
> Amorese
> > Você anda me boicotando... só vou escrever mais
> um poeminha:
>
> Eu boicotando vc? Como assim?
>
> []s,
>
> Roberto Takata


Você não responde nada do que eu posto na lista... mas tá certo, eu
ando muito boba mesmo, só falando bobagem.

Agora vamos ver se essa mensagem chega até você em pvt pelo seu
endereço. Se não chegar, vai para a lista.

Beijos, Lígia

PS: Seu endereço continua devolvendo as mensagens em pvt...
desculpe o OFF



SUBJECT: Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2003 13:54

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Terence Reis" <reistc@u...>

> Como conclusão e exemplo, Weber procurou estudar outras sociedades
e a
> influência de suas religiões, como a China e a Índia. Se não me
engano,
> identificou na China, no confucionismo, os mesmos valores
favoráveis ao
> desenvolvimento econômico capitalista. Porém, a estrutura política
e social
> não conduzia ao caminho do desenvolvimento, mas à passividade.
>
> Algo assim.
>

Isso ajuda a explicar o sucesso de Hong-Kong, Taiwan e Cingapura (85%
de pop. descendente de chineses). Segundo alguns historiadores, a
grande potência mundial sempre foi a China - e os últimos representam
apenas uma fase de hibernação do gigante, que agora está despertando
novamente.

abraços,

André



SUBJECT: errata - Portugal e Inglaterra
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2003 14:00

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
<andrebaptista@u...> <andrebaptista@u...> escreveu
>
> Isso ajuda a explicar o sucesso de Hong-Kong, Taiwan e Cingapura
(85% de pop. descendente de chineses). Segundo alguns historiadores,
a grande potência mundial sempre foi a China - e os últimos
representam apenas uma fase de hibernação do gigante, que agora está
despertando novamente.

onde está "últimos representam" leia-se
"últimos 500 anos representam" :-)

[]´s

André







SUBJECT: Re: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "Terence Reis" <reistc@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2003 14:06

----- Original Message -----
From: <rmtakata@altavista.net>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, April 17, 2003 12:57 PM
Subject: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Terence Reis" <reistc@u...>
> Concordo com vc. Schumpeter, inclusive, é responsável por tirar o
> empreendedor da obscuridade na literatura econômica.

>So' q. aqui tbm sei nao...

>Na base do um a um, o brasileiro e' (ou era) mais empreendedor do q.
>o americano se tomarmos alguns indicadores, como o numero de negocios
>proprios abertos em uma unidade de tempo.

>Tudo bem, dizem q. por volta da metade das pequenas empresas fecham
>em menos de tres anos de existencia.

>Mas o empreendorismo, por si so', tbm nao parece ser uma explicacao
>de todo convincente. Bem, pode-se dizer q. o empreendedorismo brazuca
>seja uma coisa recente, alem de mal-planejado, mal-assistido e se dar
>em desespero de causa (desemprego).

Et voilá.

Não sei a respeito dos dados comparativos entre Brasil e EUA, mas alguns
dados são mais drásticos:

Na verdade, 80% (!!!) das pequenas empresas já eram depois de dois anos, no
Brasil. Não conheço os dados americanos, mas de todo modo há um padrão
mundial de alta mortalidade dos pequenos negócios.

A diferença entre EUA e Brasil imagino esteja no apoio ao empreendimento,
sob a forma de suporte técnico, crédito decente e estrutura legal adequada.
Sem contar nossa estrutura tributária que é uma "beleza" de incentivo ao
empreendedor.

Ainda assim, não afirmo que o empreendedorismo seja a causa, mas reflexo de
condições mais amplas. Os EUA podem ter incentivado o empreendedorismo no
início de seu desenvolvimento, mas despois, com todo mundo estabelecido
bonitinho, sei não.

Vide o caso Tucker. De acordo com a história, o sujeito queria produzir um
carro revolucionário para a década de 50 (freios a disco, para-brisas
ejetável, cintos de segurança, injeção de combustível, etc). Ford, GM,
Chrysler + governo sabotaram-no e acabaram com seus ímpetos empreendedores.
O filme, do Coppola, é uma miscelânea de clichês sobre o perfil do
empreendedor e do herói americano. A diferença é que o inimigo aqui é o
próprio establishment.

No filme há uma interessante afirmação de que, ou os EUA voltavam a
incentivar o empreendedorismo, ou seriam ultrapassados pelos inimigos
(Alemanha e Japão) e teriam que comprar produtos destes dentro de 20 anos.
Referência óbvia à invasão dos EUA pela indústria japonesa na década de 80.


http://www.jt.estadao.com.br/editorias/2003/03/21/eco009.html
http://www.entreworld.org/Bookstore/PDFs/GEM2001/GEM2001_ExpandedResea
rchReport.pdf

[A tendencia apontada era de queda: 1o lugar no Global
Entrepreneurship Monitor de 2000, 5o em 2001 e 7o em 2002 - 1 a cada
5 brasileiros estiveram envolvidos em negocios proprios em 2000 e 1 a
7 em 2002.]

[]s,

Roberto Takata





SUBJECT: Re: errata - Portugal e Inglaterra
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2003 14:28

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista <
> a grande potência mundial sempre foi a China - e os últimos
> representam apenas uma fase de hibernação do gigante, que agora
> está despertando novamente.
>
> onde está "últimos representam" leia-se
> "últimos 500 anos representam" :-)

"os últimos 500 anos representam apenas uma fase de hibernação do
gigante"... bem poderia se referir ao do q. em berços esplêndidos se
encontra deitado eternamente.

[]s,

roberto takata



SUBJECT: Re: OT p/ Takata
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2003 14:29

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> Você não responde nada do que eu posto na lista...

Uai, e era pra responder?

E uma otima Pascoa pra vc e sua familia tb.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: errata - Portugal e Inglaterra
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2003 14:46

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"

>
> "os últimos 500 anos representam apenas uma fase de hibernação do
> gigante"... bem poderia se referir ao do q. em berços esplêndidos
se
> encontra deitado eternamente.
>

Mas a civilização chinesa tem milhares de anos. Sua população sempre
foi maior que a européia. Era mais populosa que o Império Romano. Em
meados do século XV, pouco tempo antes da China se fechar em si
mesma, eles realizavam navegações até a costa da África em navios de
10.000 toneladas. Alguns anos depois espanhois e portugueses
começaram a explorar o oceano em barcos de 100 toneladas. Escapamos
por pouco de estarmos agora comendo cachorros e macarrão de arroz...

[]´s

André



SUBJECT: Re: errata - Portugal e Inglaterra
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2003 15:11

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
> começaram a explorar o oceano em barcos de 100 toneladas. Escapamos
> por pouco de estarmos agora comendo cachorros e macarrão de arroz...

Macarrão de arroz eu como -- com caldo de atum, gergelim, queijo de
soja, kamaboko e laminas de kombu. Qto ao cachorro, tirando o
rotedogue nunca comi, pero si la perra fue bien preparada...

Mas os miojos da vida qq um ja' comeu. E quem nunca provou um
espetinho de gato?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Fisica Moderna
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2003 15:13



>O que há de 'quântico' nesse 'scattering' postos nas explicações? [Léo]

O RBS (Rutherford Back Scattering) não tem nada de quântico. Nunca teve.
Aliás quase nenhuma tecnica nuclear precisa da quantica para ser exposta.
Embora as particulas sejas descritas quantifcamente, essas descrições não se
referem a scattering , nem a "choques" , mas apenas a "reacções" do tipo,
esta particula origina aquela na condições A, B e C.
Essas condições são laboratoriais e experimentais. O RBS é isso mesmo ,
portanto nem sequer sei por onde começar, para ver quantico no scaterring.

Sérgio Taborda


SUBJECT: Re: errata - Portugal e Inglaterra
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2003 16:09

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"

> Macarrão de arroz eu como -- com caldo de atum, gergelim, queijo de
> soja, kamaboko e laminas de kombu. Qto ao cachorro, tirando o
> rotedogue nunca comi, pero si la perra fue bien preparada...
>
> Mas os miojos da vida qq um ja' comeu. E quem nunca provou um
> espetinho de gato?
>

Tentei apenas ser ilustrativo, mas pareceu preconceituoso. Mas conste
aqui que também su apreciador da culinária oriental. Já espetinho de
gato, na época em que ainda dava para ir em jogo de futebol, era
obrigatório.

[]´s

André




SUBJECT: riqueza e pobreza (era: Portugal e Inglaterra)
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2003 17:02

Até aqui discutimos quais as circustâncias, valores e crenças que
criaram condições para o desenvolvimento econômico. Mas me parecem
haver crenças e valores que, ao contrário, criaram e ainda criam
sérios obstáculos ao desenvolvimento. Como exemplo, a condenação
religiosa do lucro e da acumulação, e ideologias como o marxismo e
anarquismo, com suas máximas como "Toda propriedade é um roubo",
ou "trabalho assalariado é exploração".

[]´s

André



SUBJECT: Fw: Física Quântica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2003 17:09

Eis o que dá a física quântica!
[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Flavio Cunha" <flavioscunha@hotmail.com>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 17 de abril de 2003 14:33
Assunto: Física Quântica


| Olá! Primeiro quero dizer que, como professor de Física para o Ensino Médio,
| aprecio muito o seu site, e já o utilizei algumas vezes para elaborar minhas
| aulas. O trabalho público que o sr. desenvolve lá é de vital importância
| para a divulgação da física entre alunos e professores da área.
| No entanto, o objetivo deste e-mail é fazer uma pequena e singela observação
| sobre um artigo que existe em seu site referente à Física Quântica. Fiz
| Licenciatura em Física pela Unicamp de 1995 a 2000 e tive que estudar essa
| "suada" disciplina durante um semestre, mais outras que têm elementos dessa
| ma´teria, tais como Estrutura da Matéria e Física Nuclear... Toda aquela
| "estranha" matemática, as equações e tudo o mais já foram objeto de grande
| preocupação em minha mente. Mas tudo para mim eram apenas especulações da
| física à guisa de aplicações tecnológicas, tal como vêem fazendo alguns
| especialistas da computação, com o "computador quântico".
| No entanto, minha visão da física quântica mudou muito quando vi uma
| entrevista do Físico americano Amit Goswani, no programa Roda Viva. Ele é o
| autor do livro "Universo Auto-consciente", que trata de aplicações daquela
| ciência pára outros tópicos em nossas vidas, inclusive a religião. Não
| participo de todas as suas idéias, e nem sequer li o seu livro (embora
| pretenda fazê-lo em breve), mas compreendi, pela entrevista a relação entre
| física quântica e Deus, por exemplo.
| Talvez um dia eu escreva algo sobre isso no humilde site que mantenho para
| contatar meus alunos (www.fisicareal.hpg.com.br), mas preciso estudar a
| maneira mais didática de fazê-lo para leigos.
| Por enquanto recomendo que leia o livro do Dr. Amit Gosani, cuja versão já
| existe em português. Talvez o sr. tenha que alterar algo na firme defesa do
| método científico tal como está no artigo referido, e na crítica ao Sr.
| Capra.
| Meus sinceros agradecimentos,
|
|
| Flávio C.
|
|
|
|
|
| _________________________________________________________________
| MSN Messenger: converse com os seus amigos online.
| http://messenger.msn.com.br
|


SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: Física Quântica
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2003 17:48

Léo,

Numa coisa eu tenho que concordar com o Alberto: a FQ, tal como é ensinada
nas maior parte das salas de aula universitárias é um bicho de sete cabeças
tão grande que dá vontade de fugir, de negar tudo aquilo como absurdo -- ou,
em casos extremos, de comprar livros de Deepak Chopra :-P

Abraços,
Daniel



SUBJECT: RES: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "Ronaldo Correia Junior" <ronaldocj@superig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2003 18:38

> -----Mensagem original-----
> De: Terence Reis [mailto:reistc@uol.com.br]
> Enviada em: quinta-feira, 17 de abril de 2003 12:37
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: Re: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re:
> Matematica do Fisico)
>
> Como conclusão e exemplo, Weber procurou estudar outras
> sociedades e a influência de suas religiões, como a China e a
> Índia. Se não me engano, identificou na China, no
> confucionismo, os mesmos valores favoráveis ao
> desenvolvimento econômico capitalista. Porém, a estrutura
> política e social não conduzia ao caminho do desenvolvimento,
> mas à passividade.

Pelo pouco que sei, parece que Weber vinculou essa suposta (duvidosa)
passividade chinesa ao confuncionismo e, portanto, identificou este como
obstáculo ao capitalismo - se for assim, ele cometeu um erro. De
qualquer forma, o último grande historiador do capitalismo, Fernand
Braudel, negou que a ética protestante haja tido qualquer influência
significativa no seu desenvolvimento.
Abraços

______________________________
Ronaldo Correia Júnior
www.dedosdospes.hpg.ig.com.br
www.truenet.com.br/ronaldo




SUBJECT: Inteligencia & Semiotica
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@globo.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2003 19:17

Pessoal:

- Alguem desta lista ja' estudou Inteligencia Artificial ?
Poderiam enviar alguma referencia de livros ou de
sites (de preferencia) sobre o assunto:
"Inteligencia & Semiotica" (o "inteligencia, aqui,
e' em geral, e nao apenas artificial)

- Quem me perguntou foi uma amiga que faz a disciplina de IA
na UNICAMP, e precisa fazer um trabalho

Obrigado

Paulo



SUBJECT: Re: [ciencialist] Inteligencia & Semiotica
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 17/04/2003 19:58


>- Quem me perguntou foi uma amiga que faz a disciplina de IA
>na UNICAMP, e precisa fazer um trabalho
>
>Obrigado
>
>Paulo



dÁ O MEU EMAIL PRA ELA PERGUNTAR PRA MIM.
L.E.

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do Fisico)
FROM: "Terence Reis" <reistc@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2003 20:10

Preciso urgente do meu "Ensaios de Sociologia"...

De todo modo, me parece que o problema de Weber era com o mandarinato.


----- Original Message -----
From: Ronaldo Correia Junior <ronaldocj@superig.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Thursday, April 17, 2003 6:38 PM
Subject: RES: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re: Matematica do
Fisico)


> -----Mensagem original-----
> De: Terence Reis [mailto:reistc@uol.com.br]
> Enviada em: quinta-feira, 17 de abril de 2003 12:37
> Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Assunto: Re: [ciencialist] Portugal e Inglaterra (Era Re:
> Matematica do Fisico)
>
> Como conclusão e exemplo, Weber procurou estudar outras
> sociedades e a influência de suas religiões, como a China e a
> Índia. Se não me engano, identificou na China, no
> confucionismo, os mesmos valores favoráveis ao
> desenvolvimento econômico capitalista. Porém, a estrutura
> política e social não conduzia ao caminho do desenvolvimento,
> mas à passividade.

Pelo pouco que sei, parece que Weber vinculou essa suposta (duvidosa)
passividade chinesa ao confuncionismo e, portanto, identificou este como
obstáculo ao capitalismo - se for assim, ele cometeu um erro. De
qualquer forma, o último grande historiador do capitalismo, Fernand
Braudel, negou que a ética protestante haja tido qualquer influência
significativa no seu desenvolvimento.
Abraços

______________________________
Ronaldo Correia Júnior
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SUBJECT: Re: Física Quântica
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2003 20:29

Olá pessoal.


Eu li o livro do Goswani, e, com o perdão da expressão, é uma tolice só..:-) Mau uso de metaforas fisicas para se ajustar a fenomenos fisicos, má aplicação de teorias ainda não comprovadas para embasar palpites e desejos do autor, enfim, todo discurso bem ao gosto da Nova Era. Mas com a dano maior por ser produzido por um fisico conhecido.

O mundo é feito de consciencia. Ou seja, já que a observador influencia o fenomeno observado então "tudo é consciencia" e o universo existe e é criado por nossas mentes (mesmo durante o tempo em que não existiam seres humanso ou vida nele, o que não parece provoccar nenhum espanto no autor..:-)

Metaforas simplistas como o monge que desconstroi uma carruagem e pergunta ao Rei a cada momento "e estas rodas, meu Rei, são a carruagem?" e recebe a resposta (claro..:-) "Claro que não" de um rei cada vez mais irritado permeiam todo o livro e me fez sentir como se eu fosse retardado e estupido por não ter percebido que o autor tem razão antes..:-)

Poderia dizer que é um livro de filosofia, ou seja, tem função enquanto estudo e explicação de mundo do ponto de vista humano, subjetivo e que poderia ser comparado a Kant, Descartes, Aristoteles ou Sartre. Mas, não é isso que o livro propõe. Ele afirma que pode explicar e prever o mundo fisico, de leis mecanicistas e matematicas a partir de aspectos espirituais derivados da mecanica quantica.

Mas usa a mecanica quantica e sua inerente dificuldade para os não fisicos ou matematicos (a mecanica quantica parece violar muito do senso comum humano) para forçar conclusões que não se sustentam em nada além da fé de quem deseja acreditar nelas.

É como a natural confusão que o gato de Shoreder provoca, como se, ao se colocar um gato real na caixa com o elemento de radioatividade, ele realmente estivesse meio-vivo e meio-morto (ele usa o gato no livro também). Uma tolice atróz. Trazer eventos do mundo do muito pequeno para eventos cotidianos é como usar a teoria da relatividade em velocidades muito abaixo da da luz, não faz sentido.

As experiencias fisicas e teoricas relatadas até são interessantes, mesmo as mais complexas, mas as conclusões que ele tira delas, do ponto de vista espiritual e divino são de matar..:-)

Um trecho:

"Vale a pena repetir a conclusão do capitulo precedente, porquanto ela fornece base para compreendermos nossa posição no universo: embora o "self" de nossa auto-referencia seja consequencia de uma hierarquia entrelaçada, a consciencia que possuimos é a do Ser que está além da divisão sujeito-objeto. Não há no universo outra fonte de consciencia. O "self" da auto-referencia e a consciencia original, juntos, constituem o que denominamos auto-consciencia."

Ah, então tá..:-) Se você não aceita essa conclusão, não deve ter entendido a brilhante explanação sobre hierarquias. Bem, eu entendi a explanação, mas, apesar de interessante, não autorizam a conclusão acima, que se parece mais com uma homilia religiosa que um argumento racional. Na verdade, a frase acima não parece significar nada para mim, a não ser a arrogante afirmação de que ele sabe exatamente o que é a consciencia humana e de onde ela se origina.. Muito cientifico..;-)

Em resumo, não compreendemos, nós seres humanos, a fisica quantica o suficiente para explica-la com clareza e ela parece misteriosa tanto para cientistas e mais ainda para leigos. Então vamos usar esses conceitos dificeis para produzir frases dificeis que ninguém terá coragem de refutar e diremos que descobrimos os segredos do universo. Dai publicamos um livro hermetico e ficamos ricos..:-) Não seria a primeira vez e não será a última..:-)

Usar o fato de que os que estudaram as particulas elementares tinham dificuldade para criar classificações para elas e usaram a palavra "sabor" para tipos de quarks, não autoriza a criação de uma teoria do tipo "a grande ligação mistica da cozinha dos alquimistas com a mecanica quantica" assim como não autoriza fisicos como Goswani a criarem suas próprias metaforas explicativas do universo tendo como base argumentativa apenas a fé em suas proposições...;-)

Como livro de filosofia, muito fraco e forçado, como livro de fisica, inútil.

Um abraço.

Homero





________________________________________________________________________________________


Eis o que dá a física quântica!
[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Flavio Cunha" <flavioscunha@hotmail.com>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 17 de abril de 2003 14:33
Assunto: Física Quântica


| Olá! Primeiro quero dizer que, como professor de Física para o Ensino Médio,
| aprecio muito o seu site, e já o utilizei algumas vezes para elaborar minhas
| aulas. O trabalho público que o sr. desenvolve lá é de vital importância
| para a divulgação da física entre alunos e professores da área.
| No entanto, o objetivo deste e-mail é fazer uma pequena e singela observação
| sobre um artigo que existe em seu site referente à Física Quântica. Fiz
| Licenciatura em Física pela Unicamp de 1995 a 2000 e tive que estudar essa
| "suada" disciplina durante um semestre, mais outras que têm elementos dessa
| ma´teria, tais como Estrutura da Matéria e Física Nuclear... Toda aquela
| "estranha" matemática, as equações e tudo o mais já foram objeto de grande
| preocupação em minha mente. Mas tudo para mim eram apenas especulações da
| física à guisa de aplicações tecnológicas, tal como vêem fazendo alguns
| especialistas da computação, com o "computador quântico".
| No entanto, minha visão da física quântica mudou muito quando vi uma
| entrevista do Físico americano Amit Goswani, no programa Roda Viva. Ele é o
| autor do livro "Universo Auto-consciente", que trata de aplicações daquela
| ciência pára outros tópicos em nossas vidas, inclusive a religião. Não
| participo de todas as suas idéias, e nem sequer li o seu livro (embora
| pretenda fazê-lo em breve), mas compreendi, pela entrevista a relação entre
| física quântica e Deus, por exemplo.
| Talvez um dia eu escreva algo sobre isso no humilde site que mantenho para
| contatar meus alunos (www.fisicareal.hpg.com.br), mas preciso estudar a
| maneira mais didática de fazê-lo para leigos.
| Por enquanto recomendo que leia o livro do Dr. Amit Gosani, cuja versão já
| existe em português. Talvez o sr. tenha que alterar algo na firme defesa do
| método científico tal como está no artigo referido, e na crítica ao Sr.
| Capra.
| Meus sinceros agradecimentos,
|
|
| Flávio C.
|


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Inteligencia & Semiotica
FROM: Paulo Sérgio Dias <psdias@globo.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 17/04/2003 23:40

(perdao se ja' viram esta mensagem na lista;
eu nao a vi chegar)

- Alguem desta lista ja' estudou Inteligencia Artificial ?
Poderiam enviar alguma referencia de livros ou de
sites (de preferencia) sobre o assunto:
"Inteligencia & Semiotica" (o "inteligencia, aqui,
e' em geral, e nao apenas artificial)

- Quem me perguntou foi uma amiga que faz a disciplina de IA
na UNICAMP, e precisa fazer um trabalho

Obrigado

Paulo



SUBJECT: RE: [ciencialist] Fw: Física Quântica
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2003 00:29

>LÉO: Eis o que dá a física quântica!<

Léo,

A física quântica é inocente. Teorias pseudociêntíficas sempre se
valeram da ciência para legitimar as suas besteiras. Foi assim que a
eletricidade, as ondas hertzianas, a radioatividade, a teoria da
relatividade e, mais recentemente, a física quântica foram invocadas
para explicar teorias absurdas.

Embora a vontade de chutar o balde seja grande, é preciso respirar fundo
e pensar um pouco antes de enviar uma resposta malcriada. Muita gente
boa acredita nas mesmas bobagens que o consulente. Além do que, o Prof.
Flávio não é agressivo nem arrogante. Como educadores temos que dar uma
resposta que o faça pensar. Mudar de opinião, com certeza que ele não
vai. Minha sugestão, reciclando coisas que escrevi em outras situações:

Uma das características da pseudociência é pegar carona na evolução da
tecnologia e da ciência e, dessa forma, ganhar prestígio por associação.
Cada nova descoberta científica ou conquista técnica é tomada de
empréstimo para legitimar teorias que não se sustentariam pelas próprias
pernas. Quando a eletricidade foi descoberta, seus princípios foram
usados para explicar um sem-número de fenômenos paranormais e justificar
um número ainda maior de terapias estapafúrdias.

A física quântica é para os charlatões contemporâneos o que foi a
eletricidade para os charlatões do século passado: uma descoberta
relativamente recente e mal compreendida. Ideal, portanto, para
mistificar a audiência. Uma das causas seja talvez a sua natureza
estatística. Comparada à matemática, a estatística é menos "natural" e
intuitiva, e mesmo indivíduos treinados cometem erros conceituais
básicos ao interpretá-la. A mecânica quântica quebrou a correspondência
entre os modelos intuitivos e os modelos matemáticos. Mesmo a
relatividade pode ser entendida intutitivamente com alguma dificuldade.
O mesmo não se aplica à mecânica quântica.

A dificuldade da mecânica quântica leva muitos a declará-la falsa ou sem
comprovação. É o clássico argumento pela própria ignorância - "não é
verdadeira porque eu não a entendo". Ora, algumas mentes mais brilhantes
dos últimos 80 anos dedicaram-se à quântica e proclamaram-na difícil.
Isso não é prova de que a teoria está correta, apenas coloca um desafio
enorme a quem se dispuser a questioná-la com seriedade. O desafiante
teria que mostrar onde é que erraram Einstein, Dirac, Schöendiger, Bohr,
Pauling e Feynmann, entre outros.

Nesse contexto, onde é que se colocam autores como Amit Goswami, Deepak
Chopra, Fritjof Capra? São as versões contemporâneas dos charlatões do
passado, que curavam doenças com choques elétricos. Amit Goswami e sua
teoria de que tudo é consciência, que você cita na mensagem, não chega a
estar errado. Como dizia Linus Pauling, para estar errado é preciso um
mínimo de coerência e ele ainda não chegou nesse estágio. Daí ser
impossível ou infrutífero analisá-lo, isto é, criticá-lo com argumentos
científicos.

Você parece preocupado com a questão da relação entre ciência e
religião, daí a atração por Goswami. A opinião de um religioso você pode
colher no próximo sábado ou domingo. Se quiser ouvir a opinião de um
cientista, sugiro a leitura de Richard Feynmann. Para Feynmann a
religião tem três aspectos: metafísico, moral e motivador. Os religiosos
geralmente não aceitam o questionamento de nenhum desses aspectos, sob a
alegação de que eles são interdependentes. A ciência conflita seriamente
com o aspecto metafísico, e há pouquíssima chance de reconciliação.
Basta lembrar que a igreja tinha por dogma que a Terra era o centro do
universo. O espírito de dúvida e incerteza requerido na ciência não se
compatibiliza com a fé e a certeza exigidas pela religião. A ciência é
neutra quanto ao segundo aspecto, o aspecto moral, já que nada ensina
sobre ele. Por outro lado, diz Feynmann a moralidade não é atributo
exclusivo da religião. Há homens que praticam a ética cristã sem
acreditar na divindade de Cristo. Como disse Arthur Clarke, "talvez a
maior tragédia de toda a história da humanidade seja o sequestro da
moralidade pela religião". Feynmann reconhece utilidade no terceiro
aspecto da religião, o motivador. O problema, para Feynmann, é que o
aspector motivador da religião, o consolo e força nos momentos difíceis,
é inseparavelmente ligado ao metafísico. Só podemos derivar consolo e
força da religião se acreditarmos em um Deus que está em conflito direto
com a ciência.

Não só Feynmann como muitos outros cientistas contemporâneos que
escreveram sobre ciência e religião alertam para o perigo que é querer
justificar uma através da outra.

Abraços,
Colucci

REFERÊNCIA:
Feynmann, Richard. "The Pleasure of Finding Things Out", Perseus,
Cambridge, 1999.



-----Original Message-----
From: Luiz Ferraz Netto [mailto:leobarretos@uol.com.br]
Sent: Thursday, April 17, 2003 4:09 PM
To: ciencialist
Subject: [ciencialist] Fw: Física Quântica


Eis o que dá a física quântica!
[]'
Léo
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Flavio Cunha" <flavioscunha@hotmail.com>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: quinta-feira, 17 de abril de 2003 14:33
Assunto: Física Quântica


| Olá! Primeiro quero dizer que, como professor de Física para o Ensino
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| No entanto, o objetivo deste e-mail é fazer uma pequena e singela
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| sobre um artigo que existe em seu site referente à Física Quântica.
Fiz
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SUBJECT: Re: riqueza e pobreza (era: Portugal e Inglaterra)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br> <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/04/2003 01:50

Oi,

> Até aqui discutimos quais as circustâncias, valores e crenças que
> criaram condições para o desenvolvimento econômico. Mas me parecem
> haver crenças e valores que, ao contrário, criaram e ainda criam
> sérios obstáculos ao desenvolvimento. Como exemplo, a condenação
> religiosa do lucro e da acumulação, e ideologias como o marxismo e
> anarquismo, com suas máximas como "Toda propriedade é um roubo",
> ou "trabalho assalariado é exploração".

Manuel: Mas Marx jamais teve a atitude de condenar o desenvolvimento,
ao contrário, ele era um apologista do progresso econômico e
científico-tecnológico. Tanto que, segundo a sua visão da História,
esta segue um movimento ascensional, progressivo (que conduzirá o
homem do reino da escassez e da necessidade para o reino da
abundância e da liberdade) e cujo motor é o desenvolvimento das
forças produtivas.

Marx julgava um modo de produção (o capitalismo, por exemplo) pela
sua capacidade de promover o desenvolvimento econômico. No prefácio
da Contribuição à Crítica da Economia Política, ele escreve: "Em
certo estágio do desenvolvimento das forças produtivas materiais da
sociedade, estas entram em contradição com as relações de produção
existentes ou, o que é a sua expressão jurídica, com as relações de
propriedade no seio das quais se tinham movido até então. De formas
de desenvolvimento das forças produtivas, estas relações transformam-
se no seu entrave. Surge então uma época de revolução social."

Essa sua apologia do progresso material e do desenvolvimento
econômico é a razão pela qual, no Manifesto do Partido Comunista,
Marx canta loas ao capitalismo e faz uma defesa exaltada de todas as
suas realizações.

Em outro livro (não me lembro qual) Chegou mesmo a tecer críticas
ferozes a alguns socialistas que ele considerava reacionários, como
Sismondi. Criticando o capitalismo, Sismondi afirmou algo que,
convenhamos, é uma verdade. Disse ele que, no capitalismo, o homem
está a serviço da produção e não o contrário, o que significa dizer
que, neste sistema, o desenvolvimento econômico é considerado como um
fim em si mesmo, um valor absoluto, ao passo que o valor do indivíduo
humano é de natureza apenas instrumental. Marx, então, contra-
argumentou que, se no capitalismo o desenvolvimento econômico é um
fim em si mesmo, trata-se, no entanto, do desenvolvimento das forças
produtivas "humanas", do poder "do homem" sobre a Natureza. Ademais --
acrescentou -- em nenhuma outra fase da História o indivíduo esteve
na condição de um fim em si mesmo. Ao contrário, sempre foi um
instrumento seja de Deus ou do Estado, vivendo em comunidades em que
não lhe era permitido ter vida privada, em que lhe era negado
qualquer autonomia. Se, por um lado, no capitalismo as coisas não são
muito diferentes (pois o indivíduo, seja o capitalista ou o
proletário, é um servo dos produtos do trabalho social, escravos das
leis objetivas que regem o movimento das mercadorias e que operam à
margem de qualquer princípio ético), por outro lado esse sistema, ao
promover o desenvolvimento exponencial dos meios de produção,
inaugura as condições materiais para o advento de uma sociedade em
que o Estado e a economia sejam doravante meios a serviço da
liberdade dos indivíduos; uma sociedade em que os elementos das
forças produtivas -- os instrumentos do trabalho, os objetos do
trabalho e a força do trabalho (e este último elemento nada mais é
que o próprio indivíduo humano) -- possam se desenvolver de uma forma
menos desigual, mais equilibrada e integrada, mais harmônica.

Quando as condições de uma região são de miséria (caso do Nordeste
brasileiro, onde vivo), defendo que o desenvolvimento econômico deva
ser priorizado, mesmo que isso venha a custar alguns sacrifícios aos
indivíduos. Jamais defenderia que, em tais condições, o lucro deva
ser o único critério a reger a economia, mas que ele deve ser elevado
à condição de "principal" critério (entre outros "secundários" a
serem levados em conta), isso eu propugno. Mas depois que se alcança
uma situação de relativa abundância material, situação em que a
existência de pobreza só pode ser explicada por uma distribuição
extremamente desigual da riqueza e não pela ausência de riqueza,
então o critério da lucratividade deve ser transferido para um
segundo plano. Pois, se o lucro é a medida da eficiência da produção,
não vejo por que devemos sacrificar tudo no altar da Eficiência
Econômica. Afinal, é a Eficiência Econômica mais importante que uma
atmosfera respirável, a justiça social ou a integridade física e
mental das pessoas?

Sobre esta questão, o "geoeconomista" Edward Luttwak, um defensor do
capitalismo, Escreveu: "Uma força econômica tão forte quanto o
capitalismo só é controlada, se é que pode sê-lo, pela contraforça do
poder público. Mas não acredito que o capitalismo emergente russo ou
maia ou qualquer outro deva ser controlado. Pelo contrário, eles
devem ser encorajados de todas as formas. Os russos relativamente
pobres, os maias miseravelmente pobres e todos aqueles em situação
intermediária que o capitalismo poderia elevar a uma existência
decente não têm nenhum outro remédio possível. Isso não é verdade,
entretanto, para o preponderantemente impessoal capitalismo
corporativo e financeiro dos países mais abastados, onde todos os
outros objetivos sociais, políticos ou mesmo culturais não precisam
ser sacrificados por um pouco mais de eficiência e riqueza,
especialmente por uma riqueza distribuída de maneira desigual."
(Turbocapitalismo; Ed. Nova Alexandria; pág. 12).

Ao contrário de Edward Luttwak, é como socialista que me oponho a
este modelo sócio-econômico em que a sociedade está a serviço da
economia e em que os homens são apenas mercadorias entre mercadorias.
E, para mim, há socialismo quando a economia (uma economia moderna,
pós-industrial) está a serviço da sociedade. Não qualquer sociedade --
não uma sociedade militarista ou teocrática --, mas uma sociedade
organizada segundo os cânones da liberal-democracia ("liberal" no
sentido norte-americano do termo).

Tenho mais coisas para dizer. Mas direi depois :-)

Abraços,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Imagens puramente científicas....
FROM: "Marcelo Kunimoto <airdown@ig.com.br>" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/04/2003 06:05

=P

- Magnetic resonance imaging of male and female genitals during
coitus and female sexual arousal
http://bmj.com/cgi/content/full/319/7225/1596

É interessante, eles mostram desenhos do Da Vinci e depois mostram
os finalmentes, imagens de ressonância magnética de penetração.
Falando sério, é bem interessante, e se alguém ficar excitado com
aquelas imagens, na boa, deve ter alguma coisa mal resolvida na
cabeça...

As imagens de MRI em maior resolução estão aqui:
http://bmj.com/cgi/content/full/319/7225/1596/F3

MK



SUBJECT: Re: Inteligencia & Semiotica
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 18/04/2003 10:14

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Paulo Sérgio Dias
<psdias@g...> escreveu
> (perdao se ja' viram esta mensagem na lista;
> eu nao a vi chegar)
>
> - Alguem desta lista ja' estudou Inteligencia Artificial ?
> Poderiam enviar alguma referencia de livros ou de
> sites (de preferencia) sobre o assunto:
> "Inteligencia & Semiotica" (o "inteligencia, aqui,
> e' em geral, e nao apenas artificial)
>
> - Quem me perguntou foi uma amiga que faz a disciplina de IA
> na UNICAMP, e precisa fazer um trabalho


Alguma coisa relativa a Semiótica, com bibliografia:
http://www.pucsp.br/pos/cos/abs/historic.htm#publicacoes
http://www.geocities.com/Eureka/8979/semiotic.htm

Aqui também, com tema específico -- Inteligência + Semiótica:

www.dca.fee.unicamp.br/~gudwin/ftp/ia005/Aula1.ppt

"Bibliografia Básica


Winfried Nöth - &#8220;Handbook of Semiotics&#8221; - Indiana University Pr=
ess,
1995

Umberto Eco - &#8220;Tratado Geral de Semiótica&#8221; - Editora Perspectiv=
a -
Coleção Estudos, 1976

Charles S. Peirce - &#8220;Collected Papers of Charles S. Peirce&#8221;,

Alex Meystel - &#8220;Semiotic Modeling and Situation Analysis - An
Introduction&#8221; AdRem Inc., 1995

Dmitri Pospelov - &#8220;Situational Control: Theory and Practice&#8221; - =
Nauka
Publishers, 1986"

Artigos:

www.fflch.usp.br/dl/download/pietroforte.doc
www.cbcomp.univali.br/pdf/2002/agd003.pdf
www.fae.unicamp.br/br2000/trabs/1910.doc
www.inf.ufrgs.br/~jjung/IHC2001_jjung.PDF
www.lsi.usp.br/~lourenci/albertina_homepage/ SEMIOTICA.pdf


Este é interessante:

www.marilia.unesp.br/atividades/ extensao/revista/v1/ardoc3.html

Tem mais coisas. Fala prá sua colega procurar no Google por
inteligência+semiótica -- somente práginas em português.

Beijos, Lígia







SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Inteligencia & Semiotica
FROM: "Netbank - Alvaro Augusto" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2003 13:18

"The Computational Brain", de Patricia Churchland, é ótimo. Veja também "A
Sociedade da Mente", de Marvin Minski.

[ ]s

Alvaro


----- Original Message -----
From: <ligia5555@yahoo.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, April 18, 2003 10:14 AM
Subject: [ciencialist] Re: Inteligencia & Semiotica


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Paulo Sérgio Dias
<psdias@g...> escreveu
> (perdao se ja' viram esta mensagem na lista;
> eu nao a vi chegar)
>
> - Alguem desta lista ja' estudou Inteligencia Artificial ?
> Poderiam enviar alguma referencia de livros ou de
> sites (de preferencia) sobre o assunto:
> "Inteligencia & Semiotica" (o "inteligencia, aqui,
> e' em geral, e nao apenas artificial)
>
> - Quem me perguntou foi uma amiga que faz a disciplina de IA
> na UNICAMP, e precisa fazer um trabalho


Alguma coisa relativa a Semiótica, com bibliografia:
http://www.pucsp.br/pos/cos/abs/historic.htm#publicacoes
http://www.geocities.com/Eureka/8979/semiotic.htm

Aqui também, com tema específico -- Inteligência + Semiótica:

www.dca.fee.unicamp.br/~gudwin/ftp/ia005/Aula1.ppt

"Bibliografia Básica


Winfried Nöth - &#8220;Handbook of Semiotics&#8221; - Indiana University Pr=
ess,
1995

Umberto Eco - &#8220;Tratado Geral de Semiótica&#8221; - Editora Perspectiv=
a -
Coleção Estudos, 1976

Charles S. Peirce - &#8220;Collected Papers of Charles S. Peirce&#8221;,

Alex Meystel - &#8220;Semiotic Modeling and Situation Analysis - An
Introduction&#8221; AdRem Inc., 1995

Dmitri Pospelov - &#8220;Situational Control: Theory and Practice&#8221; - =
Nauka
Publishers, 1986"

Artigos:

www.fflch.usp.br/dl/download/pietroforte.doc
www.cbcomp.univali.br/pdf/2002/agd003.pdf
www.fae.unicamp.br/br2000/trabs/1910.doc
www.inf.ufrgs.br/~jjung/IHC2001_jjung.PDF
www.lsi.usp.br/~lourenci/albertina_homepage/ SEMIOTICA.pdf


Este é interessante:

www.marilia.unesp.br/atividades/ extensao/revista/v1/ardoc3.html

Tem mais coisas. Fala prá sua colega procurar no Google por
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Beijos, Lígia






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SUBJECT: RE: Fsica Quntica
FROM: "villem" <nevillex@ig.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 18/04/2003 13:49

Olá pessoal !

[Flávio Cunha (via Leo)]] >> No entanto, minha visão da física quântica
mudou muito quando vi uma entrevista do Físico americano Amit Goswani, no
programa Roda Viva. Ele é o autor do livro "Universo Auto-consciente", que
trata de aplicações daquela ciência pára outros tópicos em nossas vidas,
inclusive a religião.
-----

Essa famigerada entrevista me deixou perplexo há quase 2 anos atras (hoje,
não mais !); na ocasião, até pretendi comentar na lista ... mas o tempo
foi passando.

Amit Goswani é um físico hindu (não sei se naturalizado
norte-americano) já velhinho e é considerado um dos pais da bomba atômica
da Índia.
Não atinava como um cientista com tal curriculum e tão ampla visão se
propusesse justificar a origem divina do universo através da mecânica
quântica. Sem ironia, hoje, isso já me parece natural.

Olhando o entorno, parece que Freud explica: freqüentemente, ao vislumbrar
a aproximação do fim, as pessoas se apegam a idéias religiosas. Isto deve
ocorrer mais devido ao instinto de auto-preservação do que ao "medo da
morte". [Acho que o " medo da morte" é uma criação social e artificial
decorrente do instinto de preservação; em geral as pessoas enfrentam a
morte com naturalidade - tanto os que vão como os que ficam. O que elas
querem é continuar existindo, mesmo após a morte.]

No caso de Goswani, parece que ele procura, desesperadamente, uma
conciliação racional da ciência com a religiosidade hinduista da sua
formação emocional.

Abraços

Villem



SUBJECT: Re: Física Quântica
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/04/2003 02:25

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "villem" <nevillex@i...>
escreveu
> No caso de Goswani, parece que ele procura, desesperadamente, uma
> conciliação racional da ciência com a religiosidade hinduista da sua
> formação emocional.


Oi Villem

Tentando não fugir do que você comenta, só gostaria de dizer que
Goswami de certa forma dá seguimento a uma idéia que li Sagan
lançando no livro Cosmos: a de que nós seres humanos somos a forma
que o Universo encontrou para ser observado... NOTA: Não estou
supondo intenção alguma por trás da criação da vida e da nossa
existência em decorrência disso, mas que, devido justamente à nossa
existência é que o universo ganha algum significado e tem algum
sentido, mesmo que ele, o universo, possa existir muito bem sem
significado algum... certo? ;)

Vamos dizer então que Goswami agarra-se à idéia de que se há
necessidade de haver um observador para que haja o
famigerado "colapso da função de onda" (é, ele se baseia nisso, não
tenho culpa). Bem, se não havia tal observador antes da criação de
vida inteligente e auto-consciente para que a energia que tudo
permeia se tornasse corpuscular/material, há a necessidade do
Universo ser auto-consciente para que o colapso se dê constantemente,
independentemente de haver um observador físico/material ou
não... :)) A idéia toda do livro é essa: justificar o porquê do
universo existir independentemente de estar sendo observado ou não.

O problema dele foi ter levado por demais a sério essa idéia do
colapso... não sei se tem a ver com a idade. Prá mim ele só
desenvolveu ao limite extremo a idéia de Jung e Pauling entre
sincronicidades... e arquétipos.

Beijos, Lígia

PS: Só espero não ser lapidada...





SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2003 05:52

Oi, Lígia, pessoal

Sobre esse tema, recomendo "The Anthropic Cosmological Principle", de Paul
Tipler, Barrow et. al. Viajante em alguns pontos, mas muito instigante em
outros. Quanto mais não seja, uma ótima fonte para quem gosta de ficção
científica.

Abraços,
Daniel



SUBJECT: Paridade violada em átomos de Cs
FROM: Maria Natália <gogul@megamail.pt> <gogul@megamail.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/04/2003 08:29

Para os amigos quânticos:
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Caesium violates parity in a new way
18 April 2003

Physicists in France and Armenia have demonstrated a new way to
detect parity violation in caesium atoms. The result agrees with
previous work on caesium and provides another technique for measuring
the weak nuclear interactions that are responsible for parity
violation in the Standard Model of particle physics (J Guéna et al.
2003 Phys. Rev. Lett 90 143001).

In quantum mechanics, parity is the operator that reverses all three
directions in space. However, parity is not always conserved in
nature. Lee and Yang first suggested this in 1956 to explain the
decay of K-mesons and later that year Mrs Wu and colleagues observed
parity violation in the radioactive decay of cobalt-60.

An accurate measurement of parity violation was made in Boulder in
1997. Two years later, the same team measured the strength of the
parity violating weak interaction in a caesium atom when they
determined the value of Qw - the weak charge of the nucleus - to a
precision of better than 1%. This experiment measured how quickly the
electric field of a laser beam could excite caesium atoms from the 6S
ground state to the 7S excited state - a transition strictly
forbidden by symmetry. The researchers found a deviation between the
experimentally observed value and the theoretical value expected in
the Standard Model. This deviation was large enough to imply physics
beyond the Standard Model.

Now, Marie-Anne Bouchiat and colleagues at the Laboratoire Kastler
Brossel in Paris and the Institute for Physical Research in Armenia
have performed an independent measurement using an entirely new
method to cross-check the Boulder result. Bouchiat and co-workers
used a polarized laser beam to excite atoms from the 6S ground state
to the 7S excited state in an electric field and found that there was
an angular "atomic anisotropy" in the 7S states which violates
parity. The researchers then looked at the transition from the
excited 7S to 6P states -the transition following the 6S to 7S -
using a "stimulation emission" technique which amplified the
resonance of this allowed transition. The size of this amplification
is used to determine the anisotropy coming from the excited vapour
atoms that have violated parity.

Using their method the team was able to measure atomic parity
violation to an accuracy of 9% but it hopes to achieve a precision of
1%in future experiments.

Muitas transições proibidas para todos
Maria Natália



SUBJECT: Trens do amanhã de ontem
FROM: "Marcelo Kunimoto <airdown@ig.com.br>" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/04/2003 09:11

Essa página tem uma série de artigos e fotografias de revistas de
ciência do século retrasado, onde o trem era tecnologia de ponta,
com idéias curiosas -- de trens com um só trilho estabilizados por
griscópios a vagões 'fazedores de chuva'. Só a página de entrada já
vale uma olhada, com uma foto diferente de Einstein:
http://www.railroadextra.com/odpage.Html

[]s

MK



SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - EINSTEN
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2003 12:52

Além de meu modelo mecânico para estudos de relatividade (primeiro item de relatividade do Imperdível - exclusividade total!), alguém sugere algum outro experimento (nível fundamental e médio)?

aquele abraço,
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: <cdf@brturbo.com>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: sexta-feira, 18 de abril de 2003 15:04
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS - EINSTEN


O que posso fazer (experiências) em uma feira de 8 série que irei falar sobre Albert Einsten.
Quero fazer experiências legais sobre ele (podendo ser difíceis).
Mande-me algumas idéias!
Flávio (cdf@brturbo.com.br) .


SUBJECT: Re: Física Quântica
FROM: "nevillexk <nevillex@ig.com.br>" <nevillex@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 19/04/2003 16:37

Cara Lígia !

Mesmo que fosse possível construir pedras à distância,
nenhuma seria atirada contra você. ;-)

- " que nós somos a forma que o Universo encontrou para ser
observado" pode até ser uma imagem poética mas só a
facção dos MQ-xiitas pode considerar como justificação não apenas do
universo e da nossa consciência, mas da própria MQ. É como se manter
suspenso puxando os próprios cabelo. (Ai dos carecas :-))

Olhando um pouco pelo avesso, na Filosofia existe algumas idéias,
talvez um pouco capengas mas, muito a gosto de algumas correntes
cépticas,onde os componentes do universo só existiriam à
medida que tenhamos consciência deles, ou mais exatamente, à medida
que os identifiquemos.[Espinoza já dizia (abreviadamente) que Deus é
um outro nome que damos ao universo (ou vice-versa). Ora, nós, como
parte dele seríamos portanto pequenos deuses.]
Assim, o universo passa a ser uma construção da racionalidade
humana...e aqui já estamos esbarrando com o conceito de "matrix",
portanto, de volta à velha pendenga sobre a realidade do nosso
conhecimento.

Quanto ao mais, continuo achando que Freud explica.

Abraços
Villem




SUBJECT: Re: [ciencialist] RE: Física Quântica
FROM: "Netbank - Alvaro Augusto" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 19/04/2003 18:34


----- Original Message -----
From: "villem" <nevillex@ig.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Friday, April 18, 2003 1:49 PM
Subject: [ciencialist] RE: Física Quântica

> Olhando o entorno, parece que Freud explica: freqüentemente, ao vislumbrar
> a aproximação do fim, as pessoas se apegam a idéias religiosas. Isto deve
> ocorrer mais devido ao instinto de auto-preservação do que ao "medo da
> morte". [Acho que o " medo da morte" é uma criação social e artificial
> decorrente do instinto de preservação; em geral as pessoas enfrentam a
> morte com naturalidade - tanto os que vão como os que ficam. O que elas
> querem é continuar existindo, mesmo após a morte.]

Há também outros casos. John von Neumann, por exemplo, ateu de carteirinha,
ultra-racional, converteu-se ao cristianismo quando soube que estava com
câncer (muita gente que trabalhou no Projeto Manhattan morreu de câncer).
Segundo ele, essa teria sido a atitude mais racional face à morte
iminente..., mas Sagan resistiu até o fim..

[ ]s

Alvaro Augusto



SUBJECT: Fw: FEIRA DE CINCIAS - TRATAMENTO DA GUA
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2003 08:31

Oi Takata,

tem alguma coisa sobre isso em nível de 8a série?
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Nickyyangell@aol.com
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: sábado, 19 de abril de 2003 21:03
Assunto: FEIRA DE CIÊNCIAS - TRATAMENTO DA ÁGUA


Escoalridade: 8ª série
E-mail:nickyyangell@aol.com

Eu queria saber se vc tem alguma sugestão sobre como fazer uma maquete sobre o Tratamento da Água
Eu já sei, mais ou menos, como fazer mas na prática não sei quais são os melhores materiais a serem usados
Se vc puder me ajudar eu já te agradeço de antemão

BRIGADÃO ASSIM MESMO

Roberta Browne


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2003 11:55

Continuem comentando sobre o prof de física adorador de Capra et al ... estou preparando a resposta final seguindo as sugestões do Colluci -- sem ponta-pé abaixo da cintura!
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: <nevillex@ig.com.br>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: sábado, 19 de abril de 2003 16:37
Assunto: [ciencialist] Re: Física Quântica


Cara Lígia !

Mesmo que fosse possível construir pedras à distância,
nenhuma seria atirada contra você. ;-)

- " que nós somos a forma que o Universo encontrou para ser
observado" pode até ser uma imagem poética mas só a
facção dos MQ-xiitas pode considerar como justificação não apenas do
universo e da nossa consciência, mas da própria MQ. É como se manter
suspenso puxando os próprios cabelo. (Ai dos carecas :-))

Olhando um pouco pelo avesso, na Filosofia existe algumas idéias,
talvez um pouco capengas mas, muito a gosto de algumas correntes
cépticas,onde os componentes do universo só existiriam à
medida que tenhamos consciência deles, ou mais exatamente, à medida
que os identifiquemos.[Espinoza já dizia (abreviadamente) que Deus é
um outro nome que damos ao universo (ou vice-versa). Ora, nós, como
parte dele seríamos portanto pequenos deuses.]
Assim, o universo passa a ser uma construção da racionalidade
humana...e aqui já estamos esbarrando com o conceito de "matrix",
portanto, de volta à velha pendenga sobre a realidade do nosso
conhecimento.

Quanto ao mais, continuo achando que Freud explica.

Abraços
Villem



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SUBJECT: Física Quântica ... para os esotéricos, místicos etc.
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2003 14:06

Léo,

Dei uma lida no seu artigo sobre a FQ no Imperdível em:

Física Quântica ... para os esotéricos, místicos etc. - Parte 2
http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA12.asp

A descrição está muito boa, mas acho que, de certa maneira, você
apresenta uma versão "domesticada" da mecânica quântica. Falta lá um
dado absolutamente crucial para que o leitor se dê conta do universo
misterioso vislumbrado pela física quântica -- o fato de ocorrer
interferência mesmo quando os fótons ou elétrons atravessam as fendas um
a um. Como disse Feynmann, "toda a mecânica quântica está resumida na
experiência da fenda dupla". Cito abaixo o trecho de uma mensagem
anterior que escrevi com esse propósito.

Um abraço,
Colucci


--------------------------------------------

O experimento da fenda dupla – Breve história

(Para o imperdível, deverá haver um “box” descrevendo a experiência das
fendas duplas)

No dia 24 de novembro de 1803, Thomas Young relatou o seu experimento
diante de uma audiência firmemente convencida de que a luz é formada por
corpúsculos emitidos pelos corpos luminosos. Os membros da Royal Society
of London não podiam pensar diferente. Afinal, o próprio Newton dissera,
em 1704, que a luz viaja em linha reta e, portanto, só pode ser formada
por projéteis minúsculos, jamais por ondas como propôs Huygens. Se fosse
uma onda, dizia o grande Newton, o contorno da sombra dos objetos
colocados ao sol não seria nítido. Após descrever o experimento e seus
resultados, Young concluiu: “nem os mais preconceituosos poderão negar
que as bandas observadas são produzidas pela interferência de duas
porções de luz”. Com o experimento, Young , de certa forma, vingava
Christian Huygens, o proponente original da teoria ondulatória da luz.

O experimento de Young ficou conhecido como o experimento da fenda
dupla, embora na forma original não usasse fendas. Young fez um raio de
sol penetrar por um pequeno orifício na janela de uma sala escura com
auxílio de um espelho, produzindo um feixe luminoso de pequeno diâmetro.
Quando uma carta de baralho era alinhada com o feixe de luminoso de
maneira a dividi-lo em dois feixes paralelos, franjas de interferência
podiam ser observadas no anteparo. Só mais tarde é que o experimento
tomou a forma conhecida hoje, com a fenda dupla.

Pensou-se por muito tempo que o experimento de Young proferira o
veredicto final: a luz é uma onda. Em 1909, Geoffrey Ingram Taylor
repetiu a experiência de Young usando uma fonte fraquíssima – a luz de
uma vela através de filtros escuros. O brilho da fonte luminosa usada
por Taylor é equivalente ao da luz de uma vela a mais de uma milha (1,6
km) de distância. A intensidade foi calculada para que não mais do que
um fóton entrasse pela fenda de cada vez. O detector usado por Taylor
foi um filme fotográfico. Os que conhecem fotografia sabem que quanto
mais fraca a luz, maior deve ser a exposição do filme para que a imagem
seja registrada. Taylor usou uma exposição de três meses.

O resultado da experiência de Taylor foi surpreendente: o filme
fotográfico revelava que, mesmo que os fótons entrassem pelas fendas um
a um, o padrão de interferência era idêntico ao obtido com um feixe de
luz. A difração não resulta da interferência entre os fótons mas,
paradoxalmente, "cada fóton interfere apenas consigo mesmo" – como diria
mais tarde Dirac.

Desde então, a experiência das fendas duplas foi repetida com elétrons,
neutrons, átomos e moléculas, sempre com os mesmos resultados.
Experimentos com moléculas de grandes dimensões como o carbono-60 e
carbono-70 mostraram que efeitos quânticos podem ser observados numa
escala dimensional bem maior do que se imaginava.


--------------------------------------------
A luz é partícula

Ao ver as franjas claras e escuras de interferência no anteparo de seu
experimento, Young postulou que a luz deve ser uma onda. A teoria do
eletromagnetismo de James Clerk Maxwell, de 1864, levou à conclusão de
que a luz é uma onda eletromagnética que se propaga da fonte ao
receptor. O mundo concordou com Maxwell por cerca de meio século, pois
sua teoria fazia boas previsões experimentais.

Aos poucos, evidências foram se acumulando de que a luz também se
comporta como sendo formada por partículas, como, por exemplo, o efeito
fotoelétrico e o efeito Compton (espalhamento de raios-x). Foi pela
previsão do efeito fotoelétrico, baseada num modelo em que a luz era
formada por partículas, que Einstein ganhou o prêmio Nobel em 1905. Mais
ou menos na mesma época, surgem as primeiras hipóteses do que veio a ser
conhecido mais tarde como mecânica quântica. Alguns datam o seu
nascimento de 14 de dezembro de 1900, quando Max Planck apresentou em
congresso o seu trabalho sobre a radiação do corpo negro.

A questão da natureza da luz voltou à tona; seria a luz onda ou
partícula? As diferenças são grandes:

ONDAS
São uma espécie de “borrão” no espaço
Podem ser “cortadas” em qualquer ponto, por exemplo, meia onda, um
quarto de onda, etc
No experimento das fendas duplas produzem franjas de interferência
Interferem destrutiva e construtivamente. A soma de duas ondas pode ser
zero.

PARTÍCULAS
Unidades bem definidas
Não podem ser cortadas, pois não seriam mais a mesma coisa. Vêm em
“pacotes” idênticos
No experimento das fendas duplas produzem dois borrões correspondentes à
área de impacto.
Sempre somam construtivamente. Dois elétrons + dois elétrons = quatro
elétrons

Gradualmente, na década de 1930-1940, os físicos começaram a suspeitar
que os campos que Maxwell pensava serem clássicos eram, na verdade,
quanto-mecânicos. Pelo princípio de Heisenberg, em um campo
quanto-mecânico a trajetória de uma partícula só existe quando a
observamos.

Mais do que qualquer outro, o experimento da fenda dupla com partículas
únicas ilustra a natureza dual da luz e as fundações da mecânica
quântica. Mas antes de chegarmos à interpretação quântica da experiência
das fendas duplas, é preciso fazer mais uma experiência.


--------------------------------------------
Experiência das fendas duplas modificada

Começaremos com uma experiência mais simples, em vez de duas fendas – A
e B --, taparemos a fenda B e ficaremos com uma única fenda. Os fótons
vão entrando um a um pela fenda A atingem o filme. Depois de algum tempo
teremos um borrão correspondente à forma da fenda, escuro (se o filme
for negativo) na região correspondente à fenda e progressivamente mais
claro na região ao redor desta, porque um número de fótons a atingiu.
Repetimos a experiência tapando a fenda A e abrindo a fenda B. Novamente
obtemos o mesmo padrão: escuro na região da fenda, mais claro ao redor
desta. Na verdade, o experimento com uma única fenda não nos ensina
muito, pois o padrão resultante seria o mesmo quer a luz seja onda ou
partícula.

No próximo passo abriremos as duas fendas. Agora os fótons que entram um
a um vão atingindo o filme e aos poucos o padrão característico das
franjas de interferência vai emergindo. O resultado é idêntico ao do
experimento original de Young, só um pouco mais lento. Como é que isso
pode acontecer? Se os fótons vão entrando um a um por uma das fendas,
por que os resultados não são similares aos da experiência da fenda
única, com dois borrões lado a lado? Se as franjas de interferência no
experimento original são resultado da interferência de uma parte da onda
com outra parte, o que foi que interferiu com os fótons solitários? Como
é que os fótons “sabem” que a outra fenda foi aberta?

Para descobrir, colocaremos detectores nas fendas para determinar a cada
momento qual delas está sendo atravessada por um fóton. (Nota: isso não
é ficção, é possível detectar experimentalmente um único fóton.) Após a
instalação dos detectores repetimos a experiência, novamente com um
fóton de cada vez. Uma coisa inesperada acontece – o fótons entram pela
fenda A ou B, nunca pelas duas ao mesmo tempo. Esse é o paradoxo da
experiência das fendas duplas: quando não sabemos através de qual fenda
o fóton passou, a luz se comporta como onda; quando sabemos, comporta-se
como partícula.

Esse resultado não é o fruto de um gedanken, ou experimento mental. É um
fato experimental comprovado inúmeras vezes: a determinação da
trajetória de um fóton muda o seu comportamento.


--------------------------------------------
Explicação para o experimento das fendas duplas
A interpretação de Copenhagen

Essa interpretação, desenvolvida principalmente por Niels Bohr, requer o
conceito de “função de onda”. Quando um fóton é disparado pela fonte, o
que se dirige às fendas é uma função de onda. A função de onda não é
aleatória, pois propaga-se conforme as leis conhecidas da propagação de
ondas, e seu comportamento é previsível. Como qualquer onda, move-se em
todas as direções e interfere consigo própria. De acordo com a
interpretação de Copenhagen, a função de onda representa a probabilidade
de um fóton estar em algum lugar em particular. A questão “onde está o
fóton” não têm sentido neste ponto – o fóton é uma onda de probabilidade
que se propaga. Tem probabilidade maior de estar em alguns pontos do que
em outros. A interferência da função de onda consigo própria dá origem a
regiões de probabilidade mais alta, se a interferência for construtiva
ou de probabilidades mais baixas, se a interferência for destrutiva.

Algo acontece quando se mede a posição do fóton: ocorre o “colapso” da
função de onda. A medição tem a propriedade de “forçar” o fóton a
escolher uma posição dentre as inúmeras possíveis naquele instante.

Quando um fóton é emitido na direção das fendas, a função de onda
propaga-se do emissor, passa através de ambas as fendas e atinge o filme
fotográfico. Ao passar pelas fendas a função de onda interfere consigo
própria e cria um padrão de interferência semelhante ao de qualquer
outra onda, exceto por ser um padrão de probabilidades. Ao atingir o
filme fotográfico, a função de onda colapsa e a posição do fóton é
definida. Mesmo que entrem um a um, mais fótons atingem as regiões de
alta probabilidade e apenas uns poucos atingem as regiões de baixa
probabilidade, criando as franjas de interferência.

Quando colocamos detectores nas fendas, produzimos o colapso da função
de onda antes que a função de onda tenha a oportunidade de interferir
consigo própria. O fóton tem que escolher por que fenda passar. A
probabilidade do fóton passar por uma das fendas torna-se “um” e pela
outra fenda “zero”.




SUBJECT: Re: Física Quântica ... para os esotéricos, místicos etc.
FROM: Maria Natália <gogul@megamail.pt> <gogul@megamail.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/04/2003 14:57

Cada vez gosto mais de vos ler e recomendar.
Parabéns ao moderador da listatb.
Obrigada
Maria Natália


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Jose Colucci Jr."
<j.colucci@r...> escreveu
> Léo,
>
> Dei uma lida no seu artigo sobre a FQ no Imperdível em:
>
> Física Quântica ... para os esotéricos, místicos etc. - Parte 2
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA12.asp
>
> A descrição está muito boa, mas acho que, de certa maneira, você
> apresenta uma versão "domesticada" da mecânica quântica. Falta lá um
> dado absolutamente crucial para que o leitor se dê conta do universo
> misterioso vislumbrado pela física quântica -- o fato de ocorrer
> interferência mesmo quando os fótons ou elétrons atravessam as
fendas um
> a um. Como disse Feynmann, "toda a mecânica quântica está resumida
na
> experiência da fenda dupla". Cito abaixo o trecho de uma mensagem
> anterior que escrevi com esse propósito.
>
> Um abraço,
> Colucci
>
>
> --------------------------------------------
>
> O experimento da fenda dupla – Breve história
>
> (Para o imperdível, deverá haver um "box" descrevendo a experiência
das
> fendas duplas)
>
> No dia 24 de novembro de 1803, Thomas Young relatou o seu
experimento
> diante de uma audiência firmemente convencida de que a luz é
formada por
> corpúsculos emitidos pelos corpos luminosos. Os membros da Royal
Society
> of London não podiam pensar diferente. Afinal, o próprio Newton
dissera,
> em 1704, que a luz viaja em linha reta e, portanto, só pode ser
formada
> por projéteis minúsculos, jamais por ondas como propôs Huygens. Se
fosse
> uma onda, dizia o grande Newton, o contorno da sombra dos objetos
> colocados ao sol não seria nítido. Após descrever o experimento e
seus
> resultados, Young concluiu: "nem os mais preconceituosos poderão
negar
> que as bandas observadas são produzidas pela interferência de duas
> porções de luz". Com o experimento, Young , de certa forma, vingava
> Christian Huygens, o proponente original da teoria ondulatória da
luz.
>
> O experimento de Young ficou conhecido como o experimento da fenda
> dupla, embora na forma original não usasse fendas. Young fez um
raio de
> sol penetrar por um pequeno orifício na janela de uma sala escura
com
> auxílio de um espelho, produzindo um feixe luminoso de pequeno
diâmetro.
> Quando uma carta de baralho era alinhada com o feixe de luminoso de
> maneira a dividi-lo em dois feixes paralelos, franjas de
interferência
> podiam ser observadas no anteparo. Só mais tarde é que o experimento
> tomou a forma conhecida hoje, com a fenda dupla.
>
> Pensou-se por muito tempo que o experimento de Young proferira o
> veredicto final: a luz é uma onda. Em 1909, Geoffrey Ingram Taylor
> repetiu a experiência de Young usando uma fonte fraquíssima – a luz
de
> uma vela através de filtros escuros. O brilho da fonte luminosa
usada
> por Taylor é equivalente ao da luz de uma vela a mais de uma milha
(1,6
> km) de distância. A intensidade foi calculada para que não mais do
que
> um fóton entrasse pela fenda de cada vez. O detector usado por
Taylor
> foi um filme fotográfico. Os que conhecem fotografia sabem que
quanto
> mais fraca a luz, maior deve ser a exposição do filme para que a
imagem
> seja registrada. Taylor usou uma exposição de três meses.
>
> O resultado da experiência de Taylor foi surpreendente: o filme
> fotográfico revelava que, mesmo que os fótons entrassem pelas
fendas um
> a um, o padrão de interferência era idêntico ao obtido com um feixe
de
> luz. A difração não resulta da interferência entre os fótons mas,
> paradoxalmente, "cada fóton interfere apenas consigo mesmo" – como
diria
> mais tarde Dirac.
>
> Desde então, a experiência das fendas duplas foi repetida com
elétrons,
> neutrons, átomos e moléculas, sempre com os mesmos resultados.
> Experimentos com moléculas de grandes dimensões como o carbono-60 e
> carbono-70 mostraram que efeitos quânticos podem ser observados numa
> escala dimensional bem maior do que se imaginava.
>
>
> --------------------------------------------
> A luz é partícula
>
> Ao ver as franjas claras e escuras de interferência no anteparo de
seu
> experimento, Young postulou que a luz deve ser uma onda. A teoria do
> eletromagnetismo de James Clerk Maxwell, de 1864, levou à conclusão
de
> que a luz é uma onda eletromagnética que se propaga da fonte ao
> receptor. O mundo concordou com Maxwell por cerca de meio século,
pois
> sua teoria fazia boas previsões experimentais.
>
> Aos poucos, evidências foram se acumulando de que a luz também se
> comporta como sendo formada por partículas, como, por exemplo, o
efeito
> fotoelétrico e o efeito Compton (espalhamento de raios-x). Foi pela
> previsão do efeito fotoelétrico, baseada num modelo em que a luz era
> formada por partículas, que Einstein ganhou o prêmio Nobel em 1905.
Mais
> ou menos na mesma época, surgem as primeiras hipóteses do que veio
a ser
> conhecido mais tarde como mecânica quântica. Alguns datam o seu
> nascimento de 14 de dezembro de 1900, quando Max Planck apresentou
em
> congresso o seu trabalho sobre a radiação do corpo negro.
>
> A questão da natureza da luz voltou à tona; seria a luz onda ou
> partícula? As diferenças são grandes:
>
> ONDAS
> São uma espécie de "borrão" no espaço
> Podem ser "cortadas" em qualquer ponto, por exemplo, meia onda, um
> quarto de onda, etc
> No experimento das fendas duplas produzem franjas de interferência
> Interferem destrutiva e construtivamente. A soma de duas ondas pode
ser
> zero.
>
> PARTÍCULAS
> Unidades bem definidas
> Não podem ser cortadas, pois não seriam mais a mesma coisa. Vêm em
> "pacotes" idênticos
> No experimento das fendas duplas produzem dois borrões
correspondentes à
> área de impacto.
> Sempre somam construtivamente. Dois elétrons + dois elétrons =
quatro
> elétrons
>
> Gradualmente, na década de 1930-1940, os físicos começaram a
suspeitar
> que os campos que Maxwell pensava serem clássicos eram, na verdade,
> quanto-mecânicos. Pelo princípio de Heisenberg, em um campo
> quanto-mecânico a trajetória de uma partícula só existe quando a
> observamos.
>
> Mais do que qualquer outro, o experimento da fenda dupla com
partículas
> únicas ilustra a natureza dual da luz e as fundações da mecânica
> quântica. Mas antes de chegarmos à interpretação quântica da
experiência
> das fendas duplas, é preciso fazer mais uma experiência.
>
>
> --------------------------------------------
> Experiência das fendas duplas modificada
>
> Começaremos com uma experiência mais simples, em vez de duas
fendas – A
> e B --, taparemos a fenda B e ficaremos com uma única fenda. Os
fótons
> vão entrando um a um pela fenda A atingem o filme. Depois de algum
tempo
> teremos um borrão correspondente à forma da fenda, escuro (se o
filme
> for negativo) na região correspondente à fenda e progressivamente
mais
> claro na região ao redor desta, porque um número de fótons a
atingiu.
> Repetimos a experiência tapando a fenda A e abrindo a fenda B.
Novamente
> obtemos o mesmo padrão: escuro na região da fenda, mais claro ao
redor
> desta. Na verdade, o experimento com uma única fenda não nos ensina
> muito, pois o padrão resultante seria o mesmo quer a luz seja onda
ou
> partícula.
>
> No próximo passo abriremos as duas fendas. Agora os fótons que
entram um
> a um vão atingindo o filme e aos poucos o padrão característico das
> franjas de interferência vai emergindo. O resultado é idêntico ao do
> experimento original de Young, só um pouco mais lento. Como é que
isso
> pode acontecer? Se os fótons vão entrando um a um por uma das
fendas,
> por que os resultados não são similares aos da experiência da fenda
> única, com dois borrões lado a lado? Se as franjas de interferência
no
> experimento original são resultado da interferência de uma parte da
onda
> com outra parte, o que foi que interferiu com os fótons solitários?
Como
> é que os fótons "sabem" que a outra fenda foi aberta?
>
> Para descobrir, colocaremos detectores nas fendas para determinar a
cada
> momento qual delas está sendo atravessada por um fóton. (Nota: isso
não
> é ficção, é possível detectar experimentalmente um único fóton.)
Após a
> instalação dos detectores repetimos a experiência, novamente com um
> fóton de cada vez. Uma coisa inesperada acontece – o fótons entram
pela
> fenda A ou B, nunca pelas duas ao mesmo tempo. Esse é o paradoxo da
> experiência das fendas duplas: quando não sabemos através de qual
fenda
> o fóton passou, a luz se comporta como onda; quando sabemos,
comporta-se
> como partícula.
>
> Esse resultado não é o fruto de um gedanken, ou experimento mental.
É um
> fato experimental comprovado inúmeras vezes: a determinação da
> trajetória de um fóton muda o seu comportamento.
>
>
> --------------------------------------------
> Explicação para o experimento das fendas duplas
> A interpretação de Copenhagen
>
> Essa interpretação, desenvolvida principalmente por Niels Bohr,
requer o
> conceito de "função de onda". Quando um fóton é disparado pela
fonte, o
> que se dirige às fendas é uma função de onda. A função de onda não é
> aleatória, pois propaga-se conforme as leis conhecidas da
propagação de
> ondas, e seu comportamento é previsível. Como qualquer onda, move-
se em
> todas as direções e interfere consigo própria. De acordo com a
> interpretação de Copenhagen, a função de onda representa a
probabilidade
> de um fóton estar em algum lugar em particular. A questão "onde
está o
> fóton" não têm sentido neste ponto – o fóton é uma onda de
probabilidade
> que se propaga. Tem probabilidade maior de estar em alguns pontos
do que
> em outros. A interferência da função de onda consigo própria dá
origem a
> regiões de probabilidade mais alta, se a interferência for
construtiva
> ou de probabilidades mais baixas, se a interferência for
destrutiva.
>
> Algo acontece quando se mede a posição do fóton: ocorre o "colapso"
da
> função de onda. A medição tem a propriedade de "forçar" o fóton a
> escolher uma posição dentre as inúmeras possíveis naquele instante.
>
> Quando um fóton é emitido na direção das fendas, a função de onda
> propaga-se do emissor, passa através de ambas as fendas e atinge o
filme
> fotográfico. Ao passar pelas fendas a função de onda interfere
consigo
> própria e cria um padrão de interferência semelhante ao de qualquer
> outra onda, exceto por ser um padrão de probabilidades. Ao atingir o
> filme fotográfico, a função de onda colapsa e a posição do fóton é
> definida. Mesmo que entrem um a um, mais fótons atingem as regiões
de
> alta probabilidade e apenas uns poucos atingem as regiões de baixa
> probabilidade, criando as franjas de interferência.
>
> Quando colocamos detectores nas fendas, produzimos o colapso da
função
> de onda antes que a função de onda tenha a oportunidade de
interferir
> consigo própria. O fóton tem que escolher por que fenda passar. A
> probabilidade do fóton passar por uma das fendas torna-se "um" e
pela
> outra fenda "zero".



SUBJECT: Re: [ciencialist] Física Quântica ... para os esotéricos, místicos etc.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2003 18:56

Oi Colucci, pare com esse suspense! Pega o diabo do texto 'domesticado' que escrevi e acrescente lá o relato completo da fenda dupla, no lugar certo, com os destaques certos. Pode enviar pvt em html, doc etc. que eu me incumbo da formatação típica do Imperdível. Pode até enviar apenas parte do trecho onde se efetuou os acréscimos.

Atenção ... bronca!
E tem mais, por que não leu tudo, até a parte 3, e enviou as críticas devidas? Vcs acham que os textos do Imperdível (ou de qqer parte da Física) é definitivo? Vamos lá gente! se vcs não criticarem, quem fará isso ... o papa? os prof. de física crentes? os babuínos? os consulentes? :-)))

no aguardo (e puto da vida por demorarem tanto para enviarem uma boa crítica!)

Apenas um cuidado, que talvez eu mesmo não tenha tomado, vamos evitar construções do tipo 'universo misterioso', pois é justamente ai que os místicos e esotéricos se apegam para instituírem divindades ... como eu!
[]'

deus
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 20 de abril de 2003 14:06
Assunto: [ciencialist] Física Quântica ... para os esotéricos, místicos etc.


Léo,

Dei uma lida no seu artigo sobre a FQ no Imperdível em:

Física Quântica ... para os esotéricos, místicos etc. - Parte 2
http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA12.asp

A descrição está muito boa, mas acho que, de certa maneira, você
apresenta uma versão "domesticada" da mecânica quântica. Falta lá um
dado absolutamente crucial para que o leitor se dê conta do """"universo
misterioso"""""(grifo meu) vislumbrado pela física quântica -- o fato de ocorrer
interferência mesmo quando os fótons ou elétrons atravessam as fendas um
a um. Como disse Feynmann, "toda a mecânica quântica está resumida na
experiência da fenda dupla". Cito abaixo o trecho de uma mensagem
anterior que escrevi com esse propósito.

Um abraço,
Colucci




SUBJECT: RE: [ciencialist] Física Quântica ... para os esotéricos, místicos etc.
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2003 21:10

>LÉO: Apenas um cuidado, que talvez eu mesmo não tenha tomado, vamos
evitar construções do tipo 'universo misterioso', pois é justamente ai
que os místicos e esotéricos se apegam para instituírem divindades ...
como eu!<

Léo,

Você tem toda a razão. Qualquer deslize, seja palavra mal escolhida aqui
ou um adjetivo errado ali, pode abrir a brecha para a entrada do
pensamento místico-mistificador. Afinal, a mecânica quântica é a refúgio
predileto dos homeopatas, terapêutas da nova era, e profetas da
consciência do universo.

Vou dar uma olhada mais demorada no texto e ver se posso contribuir.

Um abraço,
Colucci

PS: Acho que é possível fazer o experimento das fendas duplas em casa,
com uma caneta laser, dessas usadas para apontar imagens projetadas
(laser pointer) e fendas riscadas num pedaço de vidro esfumaçado. Vou
tentar reproduzi-lo aqui em casa e ver se funciona. Se funcionar,
estarei perto de responder ao seu desafio de demonstrar algum princípio
da MQ com equipamento caseiro - basta calcular o quanto de atenuação
seria necessário para que o fluxo seja de um fóton de cada vez.






SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica ... para os esotéricos, místicos etc.
FROM: "Netbank - Alvaro Augusto" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2003 21:12

E o que o moderador da lista tem a ver com isso? Acaso ele está participando
das discussões?

[ ]s

Alvaro Augusto

----- Original Message -----
From: "Maria Natália" <gogul@megamail.ptgogul@megamail.pt>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, April 20, 2003 2:57 PM
Subject: [ciencialist] Re: Física Quântica ... para os esotéricos, místicos
etc.


Cada vez gosto mais de vos ler e recomendar.
Parabéns ao moderador da listatb.
Obrigada
Maria Natália


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Jose Colucci Jr."
<j.colucci@r...> escreveu
> Léo,
>
> Dei uma lida no seu artigo sobre a FQ no Imperdível em:
>
> Física Quântica ... para os esotéricos, místicos etc. - Parte 2
> http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA12.asp
>
> A descrição está muito boa, mas acho que, de certa maneira, você
> apresenta uma versão "domesticada" da mecânica quântica. Falta lá um
> dado absolutamente crucial para que o leitor se dê conta do universo
> misterioso vislumbrado pela física quântica -- o fato de ocorrer
> interferência mesmo quando os fótons ou elétrons atravessam as
fendas um
> a um. Como disse Feynmann, "toda a mecânica quântica está resumida
na
> experiência da fenda dupla". Cito abaixo o trecho de uma mensagem
> anterior que escrevi com esse propósito.
>
> Um abraço,
> Colucci
>
>
> --------------------------------------------
>
> O experimento da fenda dupla - Breve história
>
> (Para o imperdível, deverá haver um "box" descrevendo a experiência
das
> fendas duplas)
>
> No dia 24 de novembro de 1803, Thomas Young relatou o seu
experimento
> diante de uma audiência firmemente convencida de que a luz é
formada por
> corpúsculos emitidos pelos corpos luminosos. Os membros da Royal
Society
> of London não podiam pensar diferente. Afinal, o próprio Newton
dissera,
> em 1704, que a luz viaja em linha reta e, portanto, só pode ser
formada
> por projéteis minúsculos, jamais por ondas como propôs Huygens. Se
fosse
> uma onda, dizia o grande Newton, o contorno da sombra dos objetos
> colocados ao sol não seria nítido. Após descrever o experimento e
seus
> resultados, Young concluiu: "nem os mais preconceituosos poderão
negar
> que as bandas observadas são produzidas pela interferência de duas
> porções de luz". Com o experimento, Young , de certa forma, vingava
> Christian Huygens, o proponente original da teoria ondulatória da
luz.
>
> O experimento de Young ficou conhecido como o experimento da fenda
> dupla, embora na forma original não usasse fendas. Young fez um
raio de
> sol penetrar por um pequeno orifício na janela de uma sala escura
com
> auxílio de um espelho, produzindo um feixe luminoso de pequeno
diâmetro.
> Quando uma carta de baralho era alinhada com o feixe de luminoso de
> maneira a dividi-lo em dois feixes paralelos, franjas de
interferência
> podiam ser observadas no anteparo. Só mais tarde é que o experimento
> tomou a forma conhecida hoje, com a fenda dupla.
>
> Pensou-se por muito tempo que o experimento de Young proferira o
> veredicto final: a luz é uma onda. Em 1909, Geoffrey Ingram Taylor
> repetiu a experiência de Young usando uma fonte fraquíssima - a luz
de
> uma vela através de filtros escuros. O brilho da fonte luminosa
usada
> por Taylor é equivalente ao da luz de uma vela a mais de uma milha
(1,6
> km) de distância. A intensidade foi calculada para que não mais do
que
> um fóton entrasse pela fenda de cada vez. O detector usado por
Taylor
> foi um filme fotográfico. Os que conhecem fotografia sabem que
quanto
> mais fraca a luz, maior deve ser a exposição do filme para que a
imagem
> seja registrada. Taylor usou uma exposição de três meses.
>
> O resultado da experiência de Taylor foi surpreendente: o filme
> fotográfico revelava que, mesmo que os fótons entrassem pelas
fendas um
> a um, o padrão de interferência era idêntico ao obtido com um feixe
de
> luz. A difração não resulta da interferência entre os fótons mas,
> paradoxalmente, "cada fóton interfere apenas consigo mesmo" - como
diria
> mais tarde Dirac.
>
> Desde então, a experiência das fendas duplas foi repetida com
elétrons,
> neutrons, átomos e moléculas, sempre com os mesmos resultados.
> Experimentos com moléculas de grandes dimensões como o carbono-60 e
> carbono-70 mostraram que efeitos quânticos podem ser observados numa
> escala dimensional bem maior do que se imaginava.
>
>
> --------------------------------------------
> A luz é partícula
>
> Ao ver as franjas claras e escuras de interferência no anteparo de
seu
> experimento, Young postulou que a luz deve ser uma onda. A teoria do
> eletromagnetismo de James Clerk Maxwell, de 1864, levou à conclusão
de
> que a luz é uma onda eletromagnética que se propaga da fonte ao
> receptor. O mundo concordou com Maxwell por cerca de meio século,
pois
> sua teoria fazia boas previsões experimentais.
>
> Aos poucos, evidências foram se acumulando de que a luz também se
> comporta como sendo formada por partículas, como, por exemplo, o
efeito
> fotoelétrico e o efeito Compton (espalhamento de raios-x). Foi pela
> previsão do efeito fotoelétrico, baseada num modelo em que a luz era
> formada por partículas, que Einstein ganhou o prêmio Nobel em 1905.
Mais
> ou menos na mesma época, surgem as primeiras hipóteses do que veio
a ser
> conhecido mais tarde como mecânica quântica. Alguns datam o seu
> nascimento de 14 de dezembro de 1900, quando Max Planck apresentou
em
> congresso o seu trabalho sobre a radiação do corpo negro.
>
> A questão da natureza da luz voltou à tona; seria a luz onda ou
> partícula? As diferenças são grandes:
>
> ONDAS
> São uma espécie de "borrão" no espaço
> Podem ser "cortadas" em qualquer ponto, por exemplo, meia onda, um
> quarto de onda, etc
> No experimento das fendas duplas produzem franjas de interferência
> Interferem destrutiva e construtivamente. A soma de duas ondas pode
ser
> zero.
>
> PARTÍCULAS
> Unidades bem definidas
> Não podem ser cortadas, pois não seriam mais a mesma coisa. Vêm em
> "pacotes" idênticos
> No experimento das fendas duplas produzem dois borrões
correspondentes à
> área de impacto.
> Sempre somam construtivamente. Dois elétrons + dois elétrons =
quatro
> elétrons
>
> Gradualmente, na década de 1930-1940, os físicos começaram a
suspeitar
> que os campos que Maxwell pensava serem clássicos eram, na verdade,
> quanto-mecânicos. Pelo princípio de Heisenberg, em um campo
> quanto-mecânico a trajetória de uma partícula só existe quando a
> observamos.
>
> Mais do que qualquer outro, o experimento da fenda dupla com
partículas
> únicas ilustra a natureza dual da luz e as fundações da mecânica
> quântica. Mas antes de chegarmos à interpretação quântica da
experiência
> das fendas duplas, é preciso fazer mais uma experiência.
>
>
> --------------------------------------------
> Experiência das fendas duplas modificada
>
> Começaremos com uma experiência mais simples, em vez de duas
fendas - A
> e B --, taparemos a fenda B e ficaremos com uma única fenda. Os
fótons
> vão entrando um a um pela fenda A atingem o filme. Depois de algum
tempo
> teremos um borrão correspondente à forma da fenda, escuro (se o
filme
> for negativo) na região correspondente à fenda e progressivamente
mais
> claro na região ao redor desta, porque um número de fótons a
atingiu.
> Repetimos a experiência tapando a fenda A e abrindo a fenda B.
Novamente
> obtemos o mesmo padrão: escuro na região da fenda, mais claro ao
redor
> desta. Na verdade, o experimento com uma única fenda não nos ensina
> muito, pois o padrão resultante seria o mesmo quer a luz seja onda
ou
> partícula.
>
> No próximo passo abriremos as duas fendas. Agora os fótons que
entram um
> a um vão atingindo o filme e aos poucos o padrão característico das
> franjas de interferência vai emergindo. O resultado é idêntico ao do
> experimento original de Young, só um pouco mais lento. Como é que
isso
> pode acontecer? Se os fótons vão entrando um a um por uma das
fendas,
> por que os resultados não são similares aos da experiência da fenda
> única, com dois borrões lado a lado? Se as franjas de interferência
no
> experimento original são resultado da interferência de uma parte da
onda
> com outra parte, o que foi que interferiu com os fótons solitários?
Como
> é que os fótons "sabem" que a outra fenda foi aberta?
>
> Para descobrir, colocaremos detectores nas fendas para determinar a
cada
> momento qual delas está sendo atravessada por um fóton. (Nota: isso
não
> é ficção, é possível detectar experimentalmente um único fóton.)
Após a
> instalação dos detectores repetimos a experiência, novamente com um
> fóton de cada vez. Uma coisa inesperada acontece - o fótons entram
pela
> fenda A ou B, nunca pelas duas ao mesmo tempo. Esse é o paradoxo da
> experiência das fendas duplas: quando não sabemos através de qual
fenda
> o fóton passou, a luz se comporta como onda; quando sabemos,
comporta-se
> como partícula.
>
> Esse resultado não é o fruto de um gedanken, ou experimento mental.
É um
> fato experimental comprovado inúmeras vezes: a determinação da
> trajetória de um fóton muda o seu comportamento.
>
>
> --------------------------------------------
> Explicação para o experimento das fendas duplas
> A interpretação de Copenhagen
>
> Essa interpretação, desenvolvida principalmente por Niels Bohr,
requer o
> conceito de "função de onda". Quando um fóton é disparado pela
fonte, o
> que se dirige às fendas é uma função de onda. A função de onda não é
> aleatória, pois propaga-se conforme as leis conhecidas da
propagação de
> ondas, e seu comportamento é previsível. Como qualquer onda, move-
se em
> todas as direções e interfere consigo própria. De acordo com a
> interpretação de Copenhagen, a função de onda representa a
probabilidade
> de um fóton estar em algum lugar em particular. A questão "onde
está o
> fóton" não têm sentido neste ponto - o fóton é uma onda de
probabilidade
> que se propaga. Tem probabilidade maior de estar em alguns pontos
do que
> em outros. A interferência da função de onda consigo própria dá
origem a
> regiões de probabilidade mais alta, se a interferência for
construtiva
> ou de probabilidades mais baixas, se a interferência for
destrutiva.
>
> Algo acontece quando se mede a posição do fóton: ocorre o "colapso"
da
> função de onda. A medição tem a propriedade de "forçar" o fóton a
> escolher uma posição dentre as inúmeras possíveis naquele instante.
>
> Quando um fóton é emitido na direção das fendas, a função de onda
> propaga-se do emissor, passa através de ambas as fendas e atinge o
filme
> fotográfico. Ao passar pelas fendas a função de onda interfere
consigo
> própria e cria um padrão de interferência semelhante ao de qualquer
> outra onda, exceto por ser um padrão de probabilidades. Ao atingir o
> filme fotográfico, a função de onda colapsa e a posição do fóton é
> definida. Mesmo que entrem um a um, mais fótons atingem as regiões
de
> alta probabilidade e apenas uns poucos atingem as regiões de baixa
> probabilidade, criando as franjas de interferência.
>
> Quando colocamos detectores nas fendas, produzimos o colapso da
função
> de onda antes que a função de onda tenha a oportunidade de
interferir
> consigo própria. O fóton tem que escolher por que fenda passar. A
> probabilidade do fóton passar por uma das fendas torna-se "um" e
pela
> outra fenda "zero".


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SUBJECT: Re: Física Quântica ... para os esotéricos, místicos etc.
FROM: Maria Natália <gogul@megamail.pt> <gogul@megamail.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/04/2003 21:40

O moderador da lista tem a ver com isto porque é rápido a colocar as
mensagens. É só.
Sabemos de listas que demoram tanto tempo que as respostas perdem
actualidade. Por isso parabéns pela rapidez e confiança depositada em
quem anda por aqui.
Maria Natália, 1h 30 min de dia 21 de Abril 38ºN e 9º W


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Netbank - Alvaro Augusto"
<alvaug@n...> escreveu
> E o que o moderador da lista tem a ver com isso? Acaso ele está
participando
> das discussões?
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto
>
> ----- Original Message -----
> From: "Maria Natália" <gogul@m...@megamail.pt>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Sunday, April 20, 2003 2:57 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Física Quântica ... para os esotéricos,
místicos
> etc.
>
>
> Cada vez gosto mais de vos ler e recomendar.
> Parabéns ao moderador da listatb.
> Obrigada
> Maria Natália
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Jose Colucci Jr."
> <j.colucci@r...> escreveu
> > Léo,
> >
> > Dei uma lida no seu artigo sobre a FQ no Imperdível em:
> >
> > Física Quântica ... para os esotéricos, místicos etc. - Parte 2
> > http://www.feiradeciencias.com.br/sala23/23_MA12.asp
> >
> > A descrição está muito boa, mas acho que, de certa maneira, você
> > apresenta uma versão "domesticada" da mecânica quântica. Falta lá
um
> > dado absolutamente crucial para que o leitor se dê conta do
universo
> > misterioso vislumbrado pela física quântica -- o fato de ocorrer
> > interferência mesmo quando os fótons ou elétrons atravessam as
> fendas um
> > a um. Como disse Feynmann, "toda a mecânica quântica está resumida
> na
> > experiência da fenda dupla". Cito abaixo o trecho de uma mensagem
> > anterior que escrevi com esse propósito.
> >
> > Um abraço,
> > Colucci
> >
> >
> > --------------------------------------------
> >
> > O experimento da fenda dupla - Breve história
> >
> > (Para o imperdível, deverá haver um "box" descrevendo a
experiência
> das
> > fendas duplas)
> >
> > No dia 24 de novembro de 1803, Thomas Young relatou o seu
> experimento
> > diante de uma audiência firmemente convencida de que a luz é
> formada por
> > corpúsculos emitidos pelos corpos luminosos. Os membros da Royal
> Society
> > of London não podiam pensar diferente. Afinal, o próprio Newton
> dissera,
> > em 1704, que a luz viaja em linha reta e, portanto, só pode ser
> formada
> > por projéteis minúsculos, jamais por ondas como propôs Huygens. Se
> fosse
> > uma onda, dizia o grande Newton, o contorno da sombra dos objetos
> > colocados ao sol não seria nítido. Após descrever o experimento e
> seus
> > resultados, Young concluiu: "nem os mais preconceituosos poderão
> negar
> > que as bandas observadas são produzidas pela interferência de duas
> > porções de luz". Com o experimento, Young , de certa forma,
vingava
> > Christian Huygens, o proponente original da teoria ondulatória da
> luz.
> >
> > O experimento de Young ficou conhecido como o experimento da fenda
> > dupla, embora na forma original não usasse fendas. Young fez um
> raio de
> > sol penetrar por um pequeno orifício na janela de uma sala escura
> com
> > auxílio de um espelho, produzindo um feixe luminoso de pequeno
> diâmetro.
> > Quando uma carta de baralho era alinhada com o feixe de luminoso
de
> > maneira a dividi-lo em dois feixes paralelos, franjas de
> interferência
> > podiam ser observadas no anteparo. Só mais tarde é que o
experimento
> > tomou a forma conhecida hoje, com a fenda dupla.
> >
> > Pensou-se por muito tempo que o experimento de Young proferira o
> > veredicto final: a luz é uma onda. Em 1909, Geoffrey Ingram Taylor
> > repetiu a experiência de Young usando uma fonte fraquíssima - a
luz
> de
> > uma vela através de filtros escuros. O brilho da fonte luminosa
> usada
> > por Taylor é equivalente ao da luz de uma vela a mais de uma milha
> (1,6
> > km) de distância. A intensidade foi calculada para que não mais do
> que
> > um fóton entrasse pela fenda de cada vez. O detector usado por
> Taylor
> > foi um filme fotográfico. Os que conhecem fotografia sabem que
> quanto
> > mais fraca a luz, maior deve ser a exposição do filme para que a
> imagem
> > seja registrada. Taylor usou uma exposição de três meses.
> >
> > O resultado da experiência de Taylor foi surpreendente: o filme
> > fotográfico revelava que, mesmo que os fótons entrassem pelas
> fendas um
> > a um, o padrão de interferência era idêntico ao obtido com um
feixe
> de
> > luz. A difração não resulta da interferência entre os fótons mas,
> > paradoxalmente, "cada fóton interfere apenas consigo mesmo" - como
> diria
> > mais tarde Dirac.
> >
> > Desde então, a experiência das fendas duplas foi repetida com
> elétrons,
> > neutrons, átomos e moléculas, sempre com os mesmos resultados.
> > Experimentos com moléculas de grandes dimensões como o carbono-60
e
> > carbono-70 mostraram que efeitos quânticos podem ser observados
numa
> > escala dimensional bem maior do que se imaginava.
> >
> >
> > --------------------------------------------
> > A luz é partícula
> >
> > Ao ver as franjas claras e escuras de interferência no anteparo de
> seu
> > experimento, Young postulou que a luz deve ser uma onda. A teoria
do
> > eletromagnetismo de James Clerk Maxwell, de 1864, levou à
conclusão
> de
> > que a luz é uma onda eletromagnética que se propaga da fonte ao
> > receptor. O mundo concordou com Maxwell por cerca de meio século,
> pois
> > sua teoria fazia boas previsões experimentais.
> >
> > Aos poucos, evidências foram se acumulando de que a luz também se
> > comporta como sendo formada por partículas, como, por exemplo, o
> efeito
> > fotoelétrico e o efeito Compton (espalhamento de raios-x). Foi
pela
> > previsão do efeito fotoelétrico, baseada num modelo em que a luz
era
> > formada por partículas, que Einstein ganhou o prêmio Nobel em
1905.
> Mais
> > ou menos na mesma época, surgem as primeiras hipóteses do que veio
> a ser
> > conhecido mais tarde como mecânica quântica. Alguns datam o seu
> > nascimento de 14 de dezembro de 1900, quando Max Planck apresentou
> em
> > congresso o seu trabalho sobre a radiação do corpo negro.
> >
> > A questão da natureza da luz voltou à tona; seria a luz onda ou
> > partícula? As diferenças são grandes:
> >
> > ONDAS
> > São uma espécie de "borrão" no espaço
> > Podem ser "cortadas" em qualquer ponto, por exemplo, meia onda, um
> > quarto de onda, etc
> > No experimento das fendas duplas produzem franjas de interferência
> > Interferem destrutiva e construtivamente. A soma de duas ondas
pode
> ser
> > zero.
> >
> > PARTÍCULAS
> > Unidades bem definidas
> > Não podem ser cortadas, pois não seriam mais a mesma coisa. Vêm em
> > "pacotes" idênticos
> > No experimento das fendas duplas produzem dois borrões
> correspondentes à
> > área de impacto.
> > Sempre somam construtivamente. Dois elétrons + dois elétrons =
> quatro
> > elétrons
> >
> > Gradualmente, na década de 1930-1940, os físicos começaram a
> suspeitar
> > que os campos que Maxwell pensava serem clássicos eram, na
verdade,
> > quanto-mecânicos. Pelo princípio de Heisenberg, em um campo
> > quanto-mecânico a trajetória de uma partícula só existe quando a
> > observamos.
> >
> > Mais do que qualquer outro, o experimento da fenda dupla com
> partículas
> > únicas ilustra a natureza dual da luz e as fundações da mecânica
> > quântica. Mas antes de chegarmos à interpretação quântica da
> experiência
> > das fendas duplas, é preciso fazer mais uma experiência.
> >
> >
> > --------------------------------------------
> > Experiência das fendas duplas modificada
> >
> > Começaremos com uma experiência mais simples, em vez de duas
> fendas - A
> > e B --, taparemos a fenda B e ficaremos com uma única fenda. Os
> fótons
> > vão entrando um a um pela fenda A atingem o filme. Depois de algum
> tempo
> > teremos um borrão correspondente à forma da fenda, escuro (se o
> filme
> > for negativo) na região correspondente à fenda e progressivamente
> mais
> > claro na região ao redor desta, porque um número de fótons a
> atingiu.
> > Repetimos a experiência tapando a fenda A e abrindo a fenda B.
> Novamente
> > obtemos o mesmo padrão: escuro na região da fenda, mais claro ao
> redor
> > desta. Na verdade, o experimento com uma única fenda não nos
ensina
> > muito, pois o padrão resultante seria o mesmo quer a luz seja onda
> ou
> > partícula.
> >
> > No próximo passo abriremos as duas fendas. Agora os fótons que
> entram um
> > a um vão atingindo o filme e aos poucos o padrão característico
das
> > franjas de interferência vai emergindo. O resultado é idêntico ao
do
> > experimento original de Young, só um pouco mais lento. Como é que
> isso
> > pode acontecer? Se os fótons vão entrando um a um por uma das
> fendas,
> > por que os resultados não são similares aos da experiência da
fenda
> > única, com dois borrões lado a lado? Se as franjas de
interferência
> no
> > experimento original são resultado da interferência de uma parte
da
> onda
> > com outra parte, o que foi que interferiu com os fótons
solitários?
> Como
> > é que os fótons "sabem" que a outra fenda foi aberta?
> >
> > Para descobrir, colocaremos detectores nas fendas para determinar
a
> cada
> > momento qual delas está sendo atravessada por um fóton. (Nota:
isso
> não
> > é ficção, é possível detectar experimentalmente um único fóton.)
> Após a
> > instalação dos detectores repetimos a experiência, novamente com
um
> > fóton de cada vez. Uma coisa inesperada acontece - o fótons entram
> pela
> > fenda A ou B, nunca pelas duas ao mesmo tempo. Esse é o paradoxo
da
> > experiência das fendas duplas: quando não sabemos através de qual
> fenda
> > o fóton passou, a luz se comporta como onda; quando sabemos,
> comporta-se
> > como partícula.
> >
> > Esse resultado não é o fruto de um gedanken, ou experimento
mental.
> É um
> > fato experimental comprovado inúmeras vezes: a determinação da
> > trajetória de um fóton muda o seu comportamento.
> >
> >
> > --------------------------------------------
> > Explicação para o experimento das fendas duplas
> > A interpretação de Copenhagen
> >
> > Essa interpretação, desenvolvida principalmente por Niels Bohr,
> requer o
> > conceito de "função de onda". Quando um fóton é disparado pela
> fonte, o
> > que se dirige às fendas é uma função de onda. A função de onda
não é
> > aleatória, pois propaga-se conforme as leis conhecidas da
> propagação de
> > ondas, e seu comportamento é previsível. Como qualquer onda, move-
> se em
> > todas as direções e interfere consigo própria. De acordo com a
> > interpretação de Copenhagen, a função de onda representa a
> probabilidade
> > de um fóton estar em algum lugar em particular. A questão "onde
> está o
> > fóton" não têm sentido neste ponto - o fóton é uma onda de
> probabilidade
> > que se propaga. Tem probabilidade maior de estar em alguns pontos
> do que
> > em outros. A interferência da função de onda consigo própria dá
> origem a
> > regiões de probabilidade mais alta, se a interferência for
> construtiva
> > ou de probabilidades mais baixas, se a interferência for
> destrutiva.
> >
> > Algo acontece quando se mede a posição do fóton: ocorre
o "colapso"
> da
> > função de onda. A medição tem a propriedade de "forçar" o fóton a
> > escolher uma posição dentre as inúmeras possíveis naquele
instante.
> >
> > Quando um fóton é emitido na direção das fendas, a função de onda
> > propaga-se do emissor, passa através de ambas as fendas e atinge o
> filme
> > fotográfico. Ao passar pelas fendas a função de onda interfere
> consigo
> > própria e cria um padrão de interferência semelhante ao de
qualquer
> > outra onda, exceto por ser um padrão de probabilidades. Ao
atingir o
> > filme fotográfico, a função de onda colapsa e a posição do fóton é
> > definida. Mesmo que entrem um a um, mais fótons atingem as regiões
> de
> > alta probabilidade e apenas uns poucos atingem as regiões de baixa
> > probabilidade, criando as franjas de interferência.
> >
> > Quando colocamos detectores nas fendas, produzimos o colapso da
> função
> > de onda antes que a função de onda tenha a oportunidade de
> interferir
> > consigo própria. O fóton tem que escolher por que fenda passar. A
> > probabilidade do fóton passar por uma das fendas torna-se "um" e
> pela
> > outra fenda "zero".
>
>
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> Para sair da lista envie um mail para
> ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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> Seu uso do Yahoo! Grupos é sujeito às regras descritas em:
> http://br.yahoo.com/info/utos.html



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica ... para os esotéricos, místicos etc.
FROM: "Netbank - Alvaro Augusto" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2003 22:03

As mensagens são encaminhadas automaticamente, sem interferência do
moderador... Da mesma forma, quando as mensagens atrasam, a culpa é do
servidor do yahoogrupos, e não do moderador...

[ ]s

Alvaro Augusto


----- Original Message -----
From: "Maria Natália" <gogul@megamail.ptgogul@megamail.pt>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, April 20, 2003 9:40 PM
Subject: [ciencialist] Re: Física Quântica ... para os esotéricos, místicos
etc.


O moderador da lista tem a ver com isto porque é rápido a colocar as
mensagens. É só.
Sabemos de listas que demoram tanto tempo que as respostas perdem
actualidade. Por isso parabéns pela rapidez e confiança depositada em
quem anda por aqui.
Maria Natália, 1h 30 min de dia 21 de Abril 38ºN e 9º W


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Netbank - Alvaro Augusto"
<alvaug@n...> escreveu
> E o que o moderador da lista tem a ver com isso? Acaso ele está
participando
> das discussões?
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto
>
> ----- Original Message -----
> From: "Maria Natália" <gogul@m...@megamail.pt>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Sunday, April 20, 2003 2:57 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Física Quântica ... para os esotéricos,
místicos
> etc.
>
>
> Cada vez gosto mais de vos ler e recomendar.
> Parabéns ao moderador da listatb.
> Obrigada
> Maria Natália
>
>



SUBJECT: Re: Física Quântica ... para os esotéricos, místicos etc.
FROM: Maria Natália <gogul@megamail.pt> <gogul@megamail.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/04/2003 22:12

Estive com um dos vossos "parentes" noutra lista que até via o sexo
dos anjos da Páscoa antes de deixar a mensagem entrar na lista.
Desculpem pois.Cada lista...suas regras.
Maria Natália

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Netbank - Alvaro Augusto"
<alvaug@n...> escreveu
> As mensagens são encaminhadas automaticamente, sem interferência do
> moderador... Da mesma forma, quando as mensagens atrasam, a culpa é
do
> servidor do yahoogrupos, e não do moderador...
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto
>
>
> ----- Original Message -----
> From: "Maria Natália" <gogul@m...@megamail.pt>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Sunday, April 20, 2003 9:40 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Física Quântica ... para os esotéricos,
místicos
> etc.
>
>
> O moderador da lista tem a ver com isto porque é rápido a colocar as
> mensagens. É só.
> Sabemos de listas que demoram tanto tempo que as respostas perdem
> actualidade. Por isso parabéns pela rapidez e confiança depositada
em
> quem anda por aqui.
> Maria Natália, 1h 30 min de dia 21 de Abril 38ºN e 9º W
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Netbank - Alvaro Augusto"
> <alvaug@n...> escreveu
> > E o que o moderador da lista tem a ver com isso? Acaso ele está
> participando
> > das discussões?
> >
> > [ ]s
> >
> > Alvaro Augusto
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: "Maria Natália" <gogul@m...@megamail.pt>
> > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Sent: Sunday, April 20, 2003 2:57 PM
> > Subject: [ciencialist] Re: Física Quântica ... para os esotéricos,
> místicos
> > etc.
> >
> >
> > Cada vez gosto mais de vos ler e recomendar.
> > Parabéns ao moderador da listatb.
> > Obrigada
> > Maria Natália
> >
> >



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica ... para os esotéricos, místicos etc.
FROM: "Netbank - Alvaro Augusto" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 20/04/2003 22:19

Deve ter sido uma lista cubana... Não tenho nenhum parente em Cuba. Só em
Portugal...

[ ]s

Alvaro Augusto de Almeida

----- Original Message -----
From: "Maria Natália" <gogul@megamail.ptgogul@megamail.pt>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Sunday, April 20, 2003 10:12 PM
Subject: [ciencialist] Re: Física Quântica ... para os esotéricos, místicos
etc.


Estive com um dos vossos "parentes" noutra lista que até via o sexo
dos anjos da Páscoa antes de deixar a mensagem entrar na lista.
Desculpem pois.Cada lista...suas regras.
Maria Natália

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Netbank - Alvaro Augusto"
<alvaug@n...> escreveu
> As mensagens são encaminhadas automaticamente, sem interferência do
> moderador... Da mesma forma, quando as mensagens atrasam, a culpa é
do
> servidor do yahoogrupos, e não do moderador...
>
> [ ]s
>
> Alvaro Augusto
>
>
> ----- Original Message -----
> From: "Maria Natália" <gogul@m...@megamail.pt>
> To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> Sent: Sunday, April 20, 2003 9:40 PM
> Subject: [ciencialist] Re: Física Quântica ... para os esotéricos,
místicos
> etc.
>
>
> O moderador da lista tem a ver com isto porque é rápido a colocar as
> mensagens. É só.
> Sabemos de listas que demoram tanto tempo que as respostas perdem
> actualidade. Por isso parabéns pela rapidez e confiança depositada
em
> quem anda por aqui.
> Maria Natália, 1h 30 min de dia 21 de Abril 38ºN e 9º W
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Netbank - Alvaro Augusto"
> <alvaug@n...> escreveu
> > E o que o moderador da lista tem a ver com isso? Acaso ele está
> participando
> > das discussões?
> >
> > [ ]s
> >
> > Alvaro Augusto
> >
> > ----- Original Message -----
> > From: "Maria Natália" <gogul@m...@megamail.pt>
> > To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> > Sent: Sunday, April 20, 2003 2:57 PM
> > Subject: [ciencialist] Re: Física Quântica ... para os esotéricos,
> místicos
> > etc.
> >
> >
> > Cada vez gosto mais de vos ler e recomendar.
> > Parabéns ao moderador da listatb.
> > Obrigada
> > Maria Natália
> >
> >



SUBJECT: TRATAMENTO DA ÁGUA
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 20/04/2003 22:39

At 08:31 20/04/03 -0300, you wrote:
>Oi Takata,
>
>tem alguma coisa sobre isso em nível de 8a série?
>[]'




IMAGINO QUE NAO SEJA MUITO DIFERENTE DO QUE JÁ TEM, NO MERCADO, PRA FILTRAR
AGUA EM CASA.


TEM O FILTRO DE CARVAO ATIVADO.
ANTES TEM UM SAL DE ALUMINIO COMO FLOCULANTE...
PEGAR UM POUCO DE AGUA COM CHEIRO E ALGUM PIGMENTO QUE PODEM SER ADICIONADOS.

E COM UM POUCO DE BARRO, NAO MUITO.
PARECE SIMPLES.

L.E.

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/04/2003 00:12

Oi Ligia..:-)

A questão da idade ter ajudado (ou o medo da idade e da morte..:-) a fazer com que determinados céticos passem a crer como forma de garantir pelo menos algum conforto (ou garantir alguma tolerancia da divindade) me lembra o argumento pragmatismo crente para céticos. A ideia basica é que, se você não acredita, e descobre depois de morrer que há vida após a morte, pode ser prejudicado por isso, mas, se acreditar e não houver nada depois, não perdeu nada. Então, seria mais interessante crer toda sua vida, pois garantiria uma vantagem caso esteja errado e nada perderia se estivesse certo. A metafora clássica deste argumento é esta:

Voce deve percorrer um longo corredor, muito longo mesmo, que termina em uma porta. Você acredita que a porta estará aberta, outras pessoas acreditam que estará fechada, e portanto, devem levar a chave. Se voce não levar a chave e a porta estiver aberta, ótimo, você passará, mas se estiver fechada, você terá perdido a viagem ( e neste caso não poderá voltar para buscar). Aquele que, mesmo acreditando que a porta estará aberta, levar a chave, passará em qualquer caso. Melhor levar a chave o trajeto todo então (ou seja, crer e bajular a divindade) é vantagem, já que não perderá nada se ela não exisitir e garantirá uma vantagem se existir..:-)

Mas, o que parece ser esquecido é que há sempre um onus em carregar a chave..:-) Existem centenas, milhares de chaves..:-) Chaves com formato de cruz, com formato de estrela de cinco pontas, com diferentes pesos, algumas podem dificultar a marcha, outras até mesmo impedir, muitas prejudicam quem as carrega, outras prejudicam as pessoas em volta... Levar TODAS as chaves pode ser a resposta mas pode também impedir que faça uma viagem confortável ou saudável..;-)

Então, continuamaos com a questão da escolha. Não havendo evidencias de que a porta estará fechada (ou mesmo de que haja uma porta) no fim do corredor, é mais razoável não levar chave nenhuma e viajar com conforto e segurança, de forma saudável e racional..:-)

Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Saturday, April 19, 2003 2:25 AM
Subject: [ciencialist] Re: Física Quântica


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "villem" <nevillex@i...>
escreveu
> No caso de Goswani, parece que ele procura, desesperadamente, uma
> conciliação racional da ciência com a religiosidade hinduista da sua
> formação emocional.


Oi Villem

Tentando não fugir do que você comenta, só gostaria de dizer que
Goswami de certa forma dá seguimento a uma idéia que li Sagan
lançando no livro Cosmos: a de que nós seres humanos somos a forma
que o Universo encontrou para ser observado... NOTA: Não estou
supondo intenção alguma por trás da criação da vida e da nossa
existência em decorrência disso, mas que, devido justamente à nossa
existência é que o universo ganha algum significado e tem algum
sentido, mesmo que ele, o universo, possa existir muito bem sem
significado algum... certo? ;)

Vamos dizer então que Goswami agarra-se à idéia de que se há
necessidade de haver um observador para que haja o
famigerado "colapso da função de onda" (é, ele se baseia nisso, não
tenho culpa). Bem, se não havia tal observador antes da criação de
vida inteligente e auto-consciente para que a energia que tudo
permeia se tornasse corpuscular/material, há a necessidade do
Universo ser auto-consciente para que o colapso se dê constantemente,
independentemente de haver um observador físico/material ou
não... :)) A idéia toda do livro é essa: justificar o porquê do
universo existir independentemente de estar sendo observado ou não.

O problema dele foi ter levado por demais a sério essa idéia do
colapso... não sei se tem a ver com a idade. Prá mim ele só
desenvolveu ao limite extremo a idéia de Jung e Pauling entre
sincronicidades... e arquétipos.

Beijos, Lígia

PS: Só espero não ser lapidada...




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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Física Quântica ... para os esotéricos, místicos etc.
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/04/2003 03:48

Colucci, bom sucesso nessa experimentação! Seria, sem dúvida, um excelente experimento 'caseiro' de MQ (ou mesmo próximo disso, diria, de mq - minúsculo!). Vou tentar algo aqui tb pois tenho algumas 'fendas' da Phywe (não recordo quantos traços por polegada) e tenho o laser da Metrologic de 300 mW.
Assim 'de chofre' diria que não conseguirá nada de 'incontestável' ... estou apenas pensando na emissão intermitente desse feixe laser (trens de onda) e no diodo usado nessas canetinhas ... especialmente na freqüência do vermelho.
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
PS: O Alexandre Medeiros passou aqui por casa - Barretos - para trazer a famosa cadeira giratória Mimosa (presente de meu guru Johnson, ano passado).
Depois seguiu para Goiás em visita aos pais. Ele e irmãos (incluindo aquele que levou o tiro debaixo do sovaco) passearam aqui pelo meu laboratório, oficina, carpintaria etc.
=======================
-----Mensagem Original-----
De: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: domingo, 20 de abril de 2003 21:10
Assunto: RE: [ciencialist] Física Quântica ... para os esotéricos, místicos etc.


>LÉO: Apenas um cuidado, que talvez eu mesmo não tenha tomado, vamos
evitar construções do tipo 'universo misterioso', pois é justamente ai
que os místicos e esotéricos se apegam para instituírem divindades ...
como eu!<

Léo,

Você tem toda a razão. Qualquer deslize, seja palavra mal escolhida aqui
ou um adjetivo errado ali, pode abrir a brecha para a entrada do
pensamento místico-mistificador. Afinal, a mecânica quântica é a refúgio
predileto dos homeopatas, terapêutas da nova era, e profetas da
consciência do universo.

Vou dar uma olhada mais demorada no texto e ver se posso contribuir.

Um abraço,
Colucci

PS: Acho que é possível fazer o experimento das fendas duplas em casa,
com uma caneta laser, dessas usadas para apontar imagens projetadas
(laser pointer) e fendas riscadas num pedaço de vidro esfumaçado. Vou
tentar reproduzi-lo aqui em casa e ver se funciona. Se funcionar,
estarei perto de responder ao seu desafio de demonstrar algum princípio
da MQ com equipamento caseiro - basta calcular o quanto de atenuação
seria necessário para que o fluxo seja de um fóton de cada vez.





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SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Inventando a roda
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/04/2003 04:07

Tenho 'paura' de dar sugestões para professores do ensino fundamental. Não sou capacitado e nem credenciado para 'fuçar' nesse nível (aliás, o Imperdível só tem temas da 5a/8a série em diante --- na verdade, da 8a em diante!). Ciência aqui pro meu guri de 4 anos é puramente experimental - só fenomenologia e termos que ele ouve eu falar, energia, corrente elétrica, terminais, eletrodos, diodos, polias, alavancas, termômetros, fontes, polaridades etc.

Quem sugere algo da roda para a fessora consulente?
Retificar a roda, medir o raio e 'descobrir' PI? :-)
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Claire
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: domingo, 20 de abril de 2003 23:17
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


Sou professora da Escola Cenecista 13 de Junho de Rondonopólis MT, faremos nossa feira do conhecimento em tres semanas.
Trabalho com quartas séries do ensino fundamental e o meu tema é a origem da roda. N ecessito de sugestões pq não fazemos feira de ciencias tradicionalmente, mas feira do conhecimento em forma de teatro...Se puder sugerir-me algo, agradeço imensamente
Obrigada,,,

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: riqueza e pobreza (era: Portugal e Inglaterra)
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br> <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/04/2003 10:05

Olá,

André: Até aqui discutimos quais as circustâncias, valores e crenças
que criaram condições para o desenvolvimento econômico. Mas me
parecem haver crenças e valores que, ao contrário, criaram e ainda
criam sérios obstáculos ao desenvolvimento. Como exemplo, a
condenação religiosa do lucro e da acumulação, e ideologias como o
marxismo e anarquismo, com suas máximas como "Toda propriedade é um
roubo", ou "trabalho assalariado é exploração".

Manuel: As crenças animistas impedem uma adequação mais eficiente ou
uma adaptação mais completa do meio (a natureza) aos fins humanos. Em
outros termos, o animismo representa um freio a um domínio
progressivo do homem sobre o meio ambiente, que é o que define o
desenvolvimento econômico. Pois, enquanto a Natureza permanecia
encantada e, por isso, reverenciada e temida, "enquanto toda árvore
tinha sua dríade e toda fonte sua náiade, o homem ficava intimidado e
inibido em seu confronto com a natureza." (D.S. Landes)

O monoteísmo judaico-cristão, por ter separado o Espírito (o deus
único) da Natureza e por tê-lo elevado acima dela (nova crença esta
que se manifesta no antagonismo entre a alma e o corpo), representou
o primeiro grande golpe no animismo e seu corolário, a magia. Foi o
primeiro passo no sentido da instauração de uma visão naturalista do
mundo (os católicos cultuam santos e não mais duendes animistas ou o
espírito das árvores, dos animais e das fontes d'água) em que a
natureza, agora "desencantada" -- profana, não mais sagrada -- é a
partir de então valorizada pela sua utilidade, como matéria-prima
para a indústria.

No entanto, nas palavras de David S. Landes, "persiste ainda, no
cristianismo popular, uma vigorosa corrente que condena alguns atos
de proeza tecnológica como ataques à ordem divina: se Deus
pretendesse que o homem voasse, ter-lhe-ia dado asas."

[]s,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Transformar lixo orgânico em combustível
FROM: "Marcelo Kunimoto <airdown@ig.com.br>" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/04/2003 11:05

http://www.discover.com/may_03/gthere.html?article=featoil.html
Se for para valer, é impressionante.

"If a 175-pound man fell into one end, he would come out the other
end as 38 pounds of oil, 7 pounds of gas, and 7 pounds of minerals,
as well as 123 pounds of sterilized water."

E o processo consumiria menos energia do que produz.

MK



SUBJECT: Re: [ciencialist] Transformar lixo orgânico em combustível
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/04/2003 11:18



http://www.discover.com/may_03/gthere.html?article=featoil.html
Se for para valer, é impressionante.

"If a 175-pound man fell into one end, he would come out the other
end as 38 pounds of oil, 7 pounds of gas, and 7 pounds of minerals,
as well as 123 pounds of sterilized water."

####E o processo consumiria menos energia do que produz.####

Obviamente não pode ser para valer! A camisa de força imposta pelo rendimento de Carnot ainda não foi aberta por nenhum Oudini!
[]'

Léo




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica ... para os esotéricos, místicos etc.
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/04/2003 13:28



>O moderador da lista tem a ver com isto porque é rápido a colocar as
>mensagens. É só.
>Sabemos de listas que demoram tanto tempo que as respostas perdem
>actualidade. Por isso parabéns pela rapidez e confiança depositada em
>quem anda por aqui.

Oh Natália, vamos lá a ver se entendes.... Esta lista NÃO É MODERADA!
As mensagens não são filtradas por ninguem. Elas são colocadas aqui, assim
que enviadas pelos seus autores. Se alguem escrever alguma alarvidade as
medidas serão tomadas à posteriori.
Embora o DONO da lista esteja de parabéns pela ideia, criação e divulgação
da lista de cujo participantes tanto se orgulham não existe nenhum
moderador. São os proprios autores das mensagens que avaliam o que estão a
dizer antes de o dizer, e os outros participantes que criticam o que
disseram, quando o dizem. Em outras palavras, os autores, tentam se informar
antes de dizer qq coisa.
Para mais informação tecnica consultar o site
http://groups.yahoo.com/ciencialist. onde se pode ler (letras capitais
adicionadas por mim):

Configurações do grupo
· Listado no diretório
· Associação restrita
· SEM MODERADOR
· Todos os membros podem enviar mensagens
· Arquivo de mensagens público
· Anexos de e-mail não são permitidos"


Cumprimentos,

Sérgio Taborda




SUBJECT: Re: Física Quântica ... para os esotéricos, místicos etc.
FROM: Maria Natália <gogul@megamail.pt> <gogul@megamail.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/04/2003 13:50

Fiz-me entender?
Maria Natália

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Sergio M M Taborda"
<sergiotaborda@n...> escreveu
>
>
> >O moderador da lista tem a ver com isto porque é rápido a colocar
as
> >mensagens. É só.
> >Sabemos de listas que demoram tanto tempo que as respostas perdem
> >actualidade. Por isso parabéns pela rapidez e confiança depositada
em
> >quem anda por aqui.
>
> Oh Natália, vamos lá a ver se entendes.... Esta lista NÃO É
MODERADA!
> As mensagens não são filtradas por ninguem. Elas são colocadas
aqui, assim
> que enviadas pelos seus autores. Se alguem escrever alguma
alarvidade as
> medidas serão tomadas à posteriori.
> Embora o DONO da lista esteja de parabéns pela ideia, criação e
divulgação
> da lista de cujo participantes tanto se orgulham não existe nenhum
> moderador. São os proprios autores das mensagens que avaliam o que
estão a
> dizer antes de o dizer, e os outros participantes que criticam o que
> disseram, quando o dizem. Em outras palavras, os autores, tentam se
informar
> antes de dizer qq coisa.
> Para mais informação tecnica consultar o site
> http://groups.yahoo.com/ciencialist. onde se pode ler (letras
capitais
> adicionadas por mim):
>
> Configurações do grupo
> · Listado no diretório
> · Associação restrita
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> · Todos os membros podem enviar mensagens
> · Arquivo de mensagens público
> · Anexos de e-mail não são permitidos"
>
>
> Cumprimentos,
>
> Sérgio Taborda



SUBJECT: Re: [ciencialist] Transformar lixo orgânico em combustível
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/04/2003 13:51


----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, April 21, 2003 11:18 AM
Subject: Re: [ciencialist] Transformar lixo orgânico em combustível




>http://www.discover.com/may_03/gthere.html?article=featoil.html
>Se for para valer, é impressionante.
>
>"If a 175-pound man fell into one end, he would come out the other
>end as 38 pounds of oil, 7 pounds of gas, and 7 pounds of minerals,
>as well as 123 pounds of sterilized water."
>
>####E o processo consumiria menos energia do que produz.####
>
>Obviamente não pode ser para valer! A camisa de força imposta pelo
rendimento de Carnot >ainda não foi aberta por nenhum Oudini!

Mas ..., mas ... isso é para máquinas de Carnot... não estou a ver como
atear fogo na madeira e produzir calor gaste mais ou igual energia do que
produz...
O processo tem obviamente de consumir menor energia do que produz ou não
sentiriamos calor. Não ? [balanço de energia]
Sendo assim, pq aquele processo não pode produzir mais energia do que
consome ? [nota: eu ainda não li o texto no link é apenas uma pergunta,
quiça retorica]

Sérgio


SUBJECT: Re: [ciencialist] Transformar lixo orgânico em combustível
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/04/2003 14:04

Ops....


A ávore, origem da madeira, levou anos acumulando energia em seu cerne, antes de queimar-mos para produzir calor..:-) Não é o processo de acender a madeira que se deve medir para calcular o balanço de energia..:-) Identificar a origem de cada fonte de energia é importante ou uma barragem de hidroeletrica pareceria tirar energia do nada..:-)

Um abraço.

Homero

----- Original Message -----
From: Sergio M M Taborda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, April 21, 2003 1:51 PM
Subject: Re: [ciencialist] Transformar lixo orgânico em combustível



----- Original Message -----
From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, April 21, 2003 11:18 AM
Subject: Re: [ciencialist] Transformar lixo orgânico em combustível




>http://www.discover.com/may_03/gthere.html?article=featoil.html
>Se for para valer, é impressionante.
>
>"If a 175-pound man fell into one end, he would come out the other
>end as 38 pounds of oil, 7 pounds of gas, and 7 pounds of minerals,
>as well as 123 pounds of sterilized water."
>
>####E o processo consumiria menos energia do que produz.####
>
>Obviamente não pode ser para valer! A camisa de força imposta pelo
rendimento de Carnot >ainda não foi aberta por nenhum Oudini!

Mas ..., mas ... isso é para máquinas de Carnot... não estou a ver como
atear fogo na madeira e produzir calor gaste mais ou igual energia do que
produz...
O processo tem obviamente de consumir menor energia do que produz ou não
sentiriamos calor. Não ? [balanço de energia]
Sendo assim, pq aquele processo não pode produzir mais energia do que
consome ? [nota: eu ainda não li o texto no link é apenas uma pergunta,
quiça retorica]

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Transformar lixo orgânico em combustível
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/04/2003 18:23

Bem ... o problema que está se levantando decorre de algo notável: não estamos lendo o artigo! Estamos inferindo pela periferia.
Obviamente se a coisa se resume em queimar madeira gasta-se menos energia para iniciar o processo (acender um fósforo) do que a energia liberada na queima (consumo da energia química armazenada).
Que tal vcs lerem o artigo todo e comentar aqui? Como vcs sabem tenho ojeriza pela tal língua alienígena! Só a 'olho' em caso de extrema-unção!
[]'
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Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
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-----Mensagem Original-----
De: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
Para: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 21 de abril de 2003 13:51
Assunto: Re: [ciencialist] Transformar lixo orgânico em combustível


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| ----- Original Message -----
| From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
| To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
| Sent: Monday, April 21, 2003 11:18 AM
| Subject: Re: [ciencialist] Transformar lixo orgânico em combustível
|
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| >Se for para valer, é impressionante.
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica ... para os esotéricos, místicos etc.
FROM: "Netbank - Alvaro Augusto" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/04/2003 19:25

Caro Sérgio,

> São os proprios autores das mensagens que avaliam o que estão a
> dizer antes de o dizer,

Tens certeza disso? hehe...

[ ]s

Alvaro Augusto

> e os outros participantes que criticam o que
> disseram, quando o dizem.
> Em outras palavras, os autores, tentam se informar
> antes de dizer qq coisa.
> Para mais informação tecnica consultar o site
> http://groups.yahoo.com/ciencialist. onde se pode ler (letras capitais
> adicionadas por mim):
>
> Configurações do grupo
> · Listado no diretório
> · Associação restrita
> · SEM MODERADOR
> · Todos os membros podem enviar mensagens
> · Arquivo de mensagens público
> · Anexos de e-mail não são permitidos"



SUBJECT: Fw: dvida(visitei sua home page...
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/04/2003 19:54

Será que basta dizer: 'no vácuo a evaporação é instantânea?'
Claro que estou admitindo que o 'espaço' a ela se refere é espaço intergalático onde a densidade de matéria (exceto pela presença dela e da garrafa com água) raia à beira do perfeito vácuo.
Digo isso porque, a evaporação de uma parte da água retira calor do ambiente, que no caso será apenas a água restante, e essa congelará (processo Wollaston(?) de fazer gelo) ... dificultando a próxima evaporação. Alguém sabe detalhes daquela 'urinada' no espaço dada por um astronauta? Que ele viu? vapor d'água em brusca expansão? cristais de gelo? flocos de gelo? uma trilha congelada?
[]'
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Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
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-----Mensagem Original-----
De: JosyAnneBH@aol.com
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: segunda-feira, 21 de abril de 2003 19:29
Assunto: dúvida(visitei sua home page...


Boa Noite Luiz Ferraz Neto
Estou fazendo curso pré vestibular e me ocorreu uma dúvida.
Se eu levar água para o espaço em estado líquido, e abrir com cuidado a garrafa, e deixar a água sair o que acontece, ela congela? evapora?flutua eternamente... o que acontece ?E outar coisa, se colocar minha mão na água no espaço a água continua molhando? Que formato ela toma?
Ficarei agradecida se puder resolver minhas dúvidas.
Muito Obrigada
Josy

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Fw: olá Sr.Professor
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/04/2003 19:57

Alguém quer colocar a matemática em dia?
[]'
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Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
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-----Mensagem Original-----
De: <er.lopes@ig.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: segunda-feira, 21 de abril de 2003 19:42
Assunto: olá Sr.Professor


| olá tudo bem com o Sr. ? bom aqui vai .Meu nome é Edson Rodrigo Lopes ,
| tenho 19 anos e curso o 2ºano de engenharia mecatrônica na Universidade
| UNIBAN em São Bernardo do Campo -SP, gostaria de obter informações sobre
| Por que as órbitas dos planetas, ou de qualquer objeto submetido a uma força
| resultante central que varia com o inverso do quadrado da distância , é uma
| cônica ? Obrigado Boa Sorte ...
|
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: olá Sr.Professor
FROM: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/04/2003 21:44


>From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
>Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
>To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
>Subject: [ciencialist] Fw: olá Sr.Professor
>Date: Mon, 21 Apr 2003 19:57:32 -0300
>
>| olá tudo bem com o Sr. ? bom aqui vai .Meu nome é Edson Rodrigo Lopes ,
>| tenho 19 anos e curso o 2ºano de engenharia mecatrônica na Universidade
>| UNIBAN em São Bernardo do Campo -SP, gostaria de obter informações sobre
>| Por que as órbitas dos planetas, ou de qualquer objeto submetido a uma
>força
>| resultante central que varia com o inverso do quadrado da distância , é
>uma
>| cônica ? Obrigado Boa Sorte ...


Bom, para uma resposta mais detalhada, o consulente deve
procurar um livro técnico (p.ex. "Mecânica", do Simon).

Ao escrevermos as equações diferenciais do movimento,
encontraremos, como solução, essas órbitas cônicas.
A lei da gravitação de Newton (força central inv. prop.
ao quadr. da dist.) é essencial para a obtenção desse
resultado (ela entra nas equações do problema).
Mais detalhes eu não me lembro.

Abraços,

Guilherme

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SUBJECT: Creatina - efeitos no coracao
FROM: "Edson Vizzoni" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/04/2003 21:53

Meus amigos,

Meu filho tem insistido comigo para lhes submeter a questão que se segue.

Situação: Um jovem que faz musculação cinco vezes na semana toma uma unica
vez cerca de 300 gramas de creatina, sendo q na primeira semana a ingestao
foi de 25 gramas por dia, pra saturar, e nos outros dias foram 10 gramas por
dia.

Perguntas:
a) Isto pode causar, na musculatura cardiaca, o mesmo efeito q causaria nos
musculos do corpo?
b) A ingestao dessa quantidade numa unica vez pode causar algum dano ao
musculo cardiaco?

Espero que não tenha sido ele o jovem da "hipotética" situação. :-)

Um abraço,

Vizzoni





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SUBJECT: Re: [ciencialist] Creatina - efeitos no coracao
FROM: Erich Weick <erich_weick@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/04/2003 22:02

Basicamente a creatina é o constituinte da clara de ovos, inclusive a
creatina que você compra nas lojas de suplementos alimentares é produzida
a partir de ovos, por isso eu não acredito que possa fazer mal à saúde,
muito menos em pessoas que praticam exercícios regularmente.
Por falar em exercícios(musculação), seu filho deveria consultar o
médico antes de fazê-los, assim já poderia solicitar ao "doutor" maiores
esclarecimentos a respeito da creatina o que talvez um nutricionista
também possa fazer.

Abraços.

Erich

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Meus amigos,
>
> Meu filho tem insistido comigo para lhes submeter a questão que se
> segue.
>
> Situação: Um jovem que faz musculação cinco vezes na semana toma uma
> unica
> vez cerca de 300 gramas de creatina, sendo q na primeira semana a
> ingestao
> foi de 25 gramas por dia, pra saturar, e nos outros dias foram 10 gramas
> por
> dia.
>
> Perguntas:
> a) Isto pode causar, na musculatura cardiaca, o mesmo efeito q causaria
> nos
> musculos do corpo?
> b) A ingestao dessa quantidade numa unica vez pode causar algum dano ao
> musculo cardiaco?
>
> Espero que não tenha sido ele o jovem da "hipotética" situação. :-)
>
> Um abraço,
>
> Vizzoni
>
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Creatina - efeitos no coracao
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/04/2003 22:39

Olá..:-)

Na verdade, acho que está se refereindo a albumina da clara de ovos, não
creatina. A creatina está presente em carnes vermelhas e é metabolizado pelo
fígado. E há um risco reconhecido para usuários com problemas renais (mesmo
problemas leves e não detectados). O FDA está esperando estudos de longo
prazo para se manifestar e aprovar (ou não) o uso de creatina sem prescrição
médica. Parece também haver uma certa suspeita sobre a capacidade de ser
carcinogenico (cancer).

Abaixo está uma reprodução de um texto sobre a creatina de Mariana Monteiro,
espero que seja útil ao "jovem"..:-)

Um abraço.

Homero
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CREATINA: O SUPLEMENTO QUE HOJE É MANIA NACIONAL
Por Mariana Monteiro
A American College of Sports Medicine desaconselha o uso da creatina por
menores de 18 anos em função de possíveis efeitos adversos ainda não
conhecidos. De acordo com o documento de um estudo realizado pelo Cornell
Medical College e o Centro Médico Monte Sinai, em Nova York, os adolescentes
deveriam ser alertados sobre o risco de tomar creatina, um dos suplementos
alimentares usados para aumentar a massa muscular mais vendidos nos Estados
Unidos. "Não existem evidências que contra-indiquem o uso de suplementos de
creatina (exceto em pacientes com doenças renais). Porém, devido à
inexistência de
estudos de longa duração, não se sabe qual o resultado da exposição do corpo
a doses elevadas deste suplemento, que hoje é mania nacional", ressalta a
nutricionista Renata Sysak.
O estudo teve como base uma pesquisa feita com 1.103 estudantes do ensino
básico e médio entre 10 e 18 anos em Westchester County, Nova York. Segundo
os pesquisadores, mais de 5% informaram que usavam creatina, sendo que a
maioria era composta por meninos. O uso foi mais freqüente entre jogadores
de futebol americano, praticantes de luta livre, hockey, ginastas e
jogadores de lacrosse (semelhante ao hockey), informou o documento. Alguns
animadores de torcida também informaram o uso. A substância é usada por
esportistas conhecidos como a tenista francesa Mary Pierce e o jogador de
beisebol Mark McGwire.
A creatina tornou-se um dos suplementos mais usados hoje no Brasil e no
mundo e já existem muitos relatos da melhora da performance e do aumento da
massa muscular (geralmente de 1 a 2 Kg, no máximo). Entretanto, ainda não
está claro como a creatina age. A nutricionista Renata Sysak explica que a
creatina é uma das substâncias que nosso corpo produz e é responsável pela
síntese de energia
corporal. "Alguns atletas, principalmente os fisiculturistas, usam
suplemento de creatina porque acreditam que esta substância pode promover um
ganho de massa muscular mais rapidamente. E o suplemento
pode ser comprado em farmácias e pela Internet."
Antes mesmo da publicação de mais um estudo norte-americano sobre o assunto,
a substância já apresentava restrições. Na Austrália, técnicos que antes
recomendavam o uso da creatina não mais o fazem, pois é impossível prever as
conseqüências futuras para o corpo humano de tal excesso. O Comitê Olímpico
Internacional decidiu que a creatina não é uma droga e a considera um
suplemento alimentar. O
governo na França não apóia o uso e a retirou do mercado. O FDA Americano
(agência responsável pelo controle e fiscalização de todos os remédios nos
EUA) conclui que, mesmo que existam estudos mostrando o efeito positivo do
suplemento de creatina, ainda há muito há ser investigado e, portanto, cada
indivíduo deve ser responsável pela sua decisão.
Existem várias hipóteses que tentam explicar o aumento de massa muscular
causado pelo consumo da creatina. "O primeiro diz que ela favorece a
retenção de água dentro da célula e o segundo que ela
promove o aumento do número de fibras musculares. Além disso, existe a
hipótese de que este aumento seja, na verdade, causado pelo excesso de
carboidratos contidos nos produtos ricos em creatina", diz Renata. Já
existem estudos mostrando uma piora importante da função renal em pacientes
com doenças renais prévias que fizeram uso de suplementos de creatina. A
função renal destes pacientes retornou ao normal quando o uso foi
interrompido. "O fígado sintetiza no máximo 2g por dia de creatina. Esta
quantidade, associada à quantidade que nós ingerimos diariamente (cerca de
5g), pode levar a um excesso de creatina em nosso organismo. Este excesso
precisa ser excretado pelo rim e pode afetar o funcionamento cerebral",
esclarece a nutricionista.
Fonte: www.emagrecimento.com.br




----- Original Message -----
From: Erich Weick
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, April 21, 2003 10:02 PM
Subject: Re: [ciencialist] Creatina - efeitos no coracao


Basicamente a creatina é o constituinte da clara de ovos, inclusive a
creatina que você compra nas lojas de suplementos alimentares é produzida
a partir de ovos, por isso eu não acredito que possa fazer mal à saúde,
muito menos em pessoas que praticam exercícios regularmente.
Por falar em exercícios(musculação), seu filho deveria consultar o
médico antes de fazê-los, assim já poderia solicitar ao "doutor" maiores
esclarecimentos a respeito da creatina o que talvez um nutricionista
também possa fazer.

Abraços.

Erich

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Meus amigos,
>
> Meu filho tem insistido comigo para lhes submeter a questão que se
> segue.
>
> Situação: Um jovem que faz musculação cinco vezes na semana toma uma
> unica
> vez cerca de 300 gramas de creatina, sendo q na primeira semana a
> ingestao
> foi de 25 gramas por dia, pra saturar, e nos outros dias foram 10 gramas
> por
> dia.
>
> Perguntas:
> a) Isto pode causar, na musculatura cardiaca, o mesmo efeito q causaria
> nos
> musculos do corpo?
> b) A ingestao dessa quantidade numa unica vez pode causar algum dano ao
> musculo cardiaco?
>
> Espero que não tenha sido ele o jovem da "hipotética" situação. :-)
>
> Um abraço,
>
> Vizzoni
>
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Creatina - efeitos no coracao
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/04/2003 22:40

Olá..:-)

Um link com relatos do uso de creatina para nadadores de competição:

http://www.brasil.terravista.pt/ipanema/2621/creatina.htm

Um abraço.

Homero
----- Original Message -----
From: Edson Vizzoni
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Monday, April 21, 2003 9:53 PM
Subject: [ciencialist] Creatina - efeitos no coracao


Meus amigos,

Meu filho tem insistido comigo para lhes submeter a questão que se segue.

Situação: Um jovem que faz musculação cinco vezes na semana toma uma unica
vez cerca de 300 gramas de creatina, sendo q na primeira semana a ingestao
foi de 25 gramas por dia, pra saturar, e nos outros dias foram 10 gramas por
dia.

Perguntas:
a) Isto pode causar, na musculatura cardiaca, o mesmo efeito q causaria nos
musculos do corpo?
b) A ingestao dessa quantidade numa unica vez pode causar algum dano ao
musculo cardiaco?

Espero que não tenha sido ele o jovem da "hipotética" situação. :-)

Um abraço,

Vizzoni





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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Alhocreatina e Bugalhocreatina
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/04/2003 22:50


>Meus amigos,
>
>Meu filho tem insistido comigo para lhes submeter a questão que se segue.
>
>Situação: Um jovem que faz musculação cinco vezes na semana toma uma unica
>vez cerca de 300 gramas de creatina, sendo q na primeira semana a ingestao
>foi de 25 gramas por dia, pra saturar, e nos outros dias foram 10 gramas por
>dia.
>
>Perguntas:
>a) Isto pode causar, na musculatura cardiaca, o mesmo efeito q causaria
>nos musculos do corpo?
>b) A ingestao dessa quantidade numa unica vez pode causar algum dano ao
>musculo cardiaco?
>
>Espero que não tenha sido ele o jovem da "hipotética" situação. :-)
>Um abraço,
>Vizzoni
>===============================================
>
>From: Erich Weick <erich_weick@yahoo.com.br>
> Basicamente a creatina é o constituinte da clara de ovos, inclusive a
> creatina que você compra nas lojas de suplementos alimentares é produzida
> a partir de ovos, por isso eu não acredito que possa fazer mal à saúde,
> muito menos em pessoas que praticam exercícios regularmente.
> Por falar em exercícios(musculação), seu filho deveria consultar o
> médico antes de fazê-los, assim já poderia solicitar ao "doutor" maiores
> esclarecimentos a respeito da creatina o que talvez um nutricionista
> também possa fazer.
>Abraços.
>Erich
>
>===========================================================================

Ops...

acho que vocês estão confundindo Albumina com Creatina.
Albumina é que é uma proteína produzida a partir da clara do ovo.
E, portanto, ingerida por via oral, vai apenas contribuir por incremento na
ingesta proteica.
E essa proteína vai ser hidrolisada, vai passar pela mucosa intestinal, vai
pra corrente sanguinea, e vai lá na corrente sanguinea, em forma de
aminoacidos, ser utilizada como se fosse de feijão, de leite ou de caviar.
As células não vão conseguir saber de onde veio a lisina, a metionina, a
fenilalanina.
Tanto faz se veio do caviar ou do ovo frito.

Já creatina é outra coisa.
A proposta não é que seja um aminoacido nutriente.
A proposta é que tenha algum efeito farmacológico (e não nutricional).
Ainda mais que, note bem, a proposta não é ingerir por via oral.

Estão aí confundido alhos com bugalhos.
Cuidado.

L.E.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Alhocreatina e Bugalhocreatina
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/04/2003 22:52


>Meus amigos,
>
>Meu filho tem insistido comigo para lhes submeter a questão que se segue.
>
>Situação: Um jovem que faz musculação cinco vezes na semana toma uma unica
>vez cerca de 300 gramas de creatina, sendo q na primeira semana a ingestao
>foi de 25 gramas por dia, pra saturar, e nos outros dias foram 10 gramas por
>dia.
>
>Perguntas:
>a) Isto pode causar, na musculatura cardiaca, o mesmo efeito q causaria
>nos musculos do corpo?
>b) A ingestao dessa quantidade numa unica vez pode causar algum dano ao
>musculo cardiaco?
>
>Espero que não tenha sido ele o jovem da "hipotética" situação. :-)
>Um abraço,
>Vizzoni
>===============================================
>
>From: Erich Weick <erich_weick@yahoo.com.br>
> Basicamente a creatina é o constituinte da clara de ovos, inclusive a
> creatina que você compra nas lojas de suplementos alimentares é produzida
> a partir de ovos, por isso eu não acredito que possa fazer mal à saúde,
> muito menos em pessoas que praticam exercícios regularmente.
> Por falar em exercícios(musculação), seu filho deveria consultar o
> médico antes de fazê-los, assim já poderia solicitar ao "doutor" maiores
> esclarecimentos a respeito da creatina o que talvez um nutricionista
> também possa fazer.
>Abraços.
>Erich
>
>===========================================================================
From: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
Olá..:-)
Na verdade, acho que está se refereindo a albumina da clara de ovos, não
creatina. A creatina está presente em carnes vermelhas e é metabolizado
pelo fígado. E há um risco reconhecido para usuários com problemas renais
(mesmo problemas leves e não detectados). O FDA está esperando estudos de
longo prazo para se manifestar e aprovar (ou não) o uso de creatina sem
prescrição médica. Parece também haver uma certa suspeita sobre a
capacidade de ser carcinogenico (cancer).
Abaixo está uma reprodução de um texto sobre a creatina de Mariana
Monteiro, espero que seja útil ao "jovem"..:-)
Um abraço.
Homero
_______________________________________________________

Ops...

acho que vocês estão confundindo Albumina com Creatina.
Albumina é que é uma proteína produzida a partir da clara do ovo.
E, portanto, ingerida por via oral, vai apenas contribuir por incremento na
ingesta proteica.
E essa proteína vai ser hidrolisada, vai passar pela mucosa intestinal, vai
pra corrente sanguinea, e vai lá na corrente sanguinea, em forma de
aminoacidos, ser utilizada como se fosse de feijão, de leite ou de caviar.
As células não vão conseguir saber de onde veio a lisina, a metionina, a
fenilalanina.
Tanto faz se veio do caviar ou do ovo frito.

Já creatina é outra coisa.
A proposta não é que seja um aminoacido nutriente.
A proposta é que tenha algum efeito farmacológico (e não nutricional).
Ainda mais que, note bem, a proposta não é ingerir por via oral.

Estão aí confundido alhos com bugalhos.
Cuidado.

L.E.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: olá Sr.Professor
FROM: "Netbank - Alvaro Augusto" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 21/04/2003 23:32

"Mecânica", do Symon, ai, ai... Bons tempos!

O capítulo 3 esclarece a questão. Para dois corpos, o problema tem solução
exata e é possível mostrar que as três leis de Kepler decorrem logicamente
das equações de movimento de Newton.

[ ]s

Alvaro

----- Original Message -----
From: "Guilherme Peixoto" <gbpeixoto@hotmail.com>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Monday, April 21, 2003 9:44 PM
Subject: Re: [ciencialist] Fw: olá Sr.Professor


>
> >From: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
> >Reply-To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> >To: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
> >Subject: [ciencialist] Fw: olá Sr.Professor
> >Date: Mon, 21 Apr 2003 19:57:32 -0300
> >
> >| olá tudo bem com o Sr. ? bom aqui vai .Meu nome é Edson Rodrigo Lopes ,
> >| tenho 19 anos e curso o 2ºano de engenharia mecatrônica na
Universidade
> >| UNIBAN em São Bernardo do Campo -SP, gostaria de obter informações
sobre
> >| Por que as órbitas dos planetas, ou de qualquer objeto submetido a uma
> >força
> >| resultante central que varia com o inverso do quadrado da distância , é
> >uma
> >| cônica ? Obrigado Boa Sorte ...
>
>
> Bom, para uma resposta mais detalhada, o consulente deve
> procurar um livro técnico (p.ex. "Mecânica", do Simon).
>
> Ao escrevermos as equações diferenciais do movimento,
> encontraremos, como solução, essas órbitas cônicas.
> A lei da gravitação de Newton (força central inv. prop.
> ao quadr. da dist.) é essencial para a obtenção desse
> resultado (ela entra nas equações do problema).
> Mais detalhes eu não me lembro.
>
> Abraços,
>
> Guilherme
>



SUBJECT: Creatina makes news, again
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/04/2003 23:38


Creatine Makes News, Again
April 23, 1998

Today, despite its own admission that FDA officials "don't have much
information" about the possible dangers associated with the use of
creatine, USA Today still ran two stories based on a warning issued by the
agency this week to seek medical advice before using the supplement. The
newspaper referred to the FDA's ongoing investigation into the role
creatine played in the deaths of three college wrestlers last year.
Creatine, which is used to increase muscle mass, has been a popular
supplement since the early 90's with both amateur and professional athletes.

"It's curious that the FDA should choose to warn consumers now about
creatine, when, after at least four months of investigation, they still
have not come forward with any findings that link creatine to these
wrestlers' deaths," said Jill Ellis, Ph.D., NNFA's Director of Science and
Quality Assurance.

In fact, NNFA has received information that at least one of the wrestlers,
Jeff Reese, was not
supplementing with creatine.

"I personally spoke with Ed Reese, Jeff's father, today," said Ray
Sahelian, M.D., author of a best-selling book on creatine. "He told me that
there is no evidence his son was taking creatine."
Sahelian added that "The warning by the FDA on creatine's dangers is both
premature and does not seem to be based on solid evidence."

Although it was widely reported that creatine was found in the system of
all three wrestlers, this does not necessarily mean they were actually
supplementing with creatine.

"Creatine is a naturally occurring substance in the body," said Ellis. "Its
primary source in food is red meat and fish, which are also high in
protein. It is likely that athletes wishing to build muscle mass would be
eating a diet high in protein. So, it would be no surprise that creatine
would be found in an athlete's system - whether or not he was using the
supplement."

Michael Q. Ford, NNFA's Executive Director stated, "NNFA believes that if
the FDA has verifiable information that creatine poses an unreasonable or
significant risk to consumers, it should be brought forward. But to call
creatine into question without adequate scientific verification simply
creates confusion and does not serve the consuming public."


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Creatina x massa muscular
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 21/04/2003 23:38


> A creatina pode construir músculos? O júri diz que não.
> Por Alan Mozes
>
> NEW YORK (Reuters Health) - Muitos competidores mundiais, amadores
> e mesmo atletas adolescentes usam a creatina, um suplemento disponível em
> lojas de comida natural, como tentativa de construção de massa muscular.
>
> Agora uma equipe de especialistas da Academia Americana de Medicina
> Esportiva concluiu que não existem evidências de que os suplementos de
> creatina aumentem a força aeróbica do músculo.
>
> Mesmo que os suplementos dietéticos de venda livre sejam vistos de
> forma geral como seguros, eles não são para qualquer pessoa e se
> utilizados em excesso podem potencialmente causar danos, de acordo com um
> artigo na edição de março da Medicine and Science in Sports and Exercise.
>
> "Eles são vistos como relativamente seguros por serem compostos
> naturais, mas muitos nutrientes naturais ou mesmo essenciais podem causar
> problemas se consumidos em excesso - e um dos achados neste artigo é que
> as grandes quantidades que são usualmente consumidas não são necessárias,
> mesmo se você espera pelos benefícios," disse o Dr. Ronald L. Terjung, um
> professor de ciência biomédica da U
>niversidade de Missouri. Terjung foi um dos doze peritos que se
>encontraram em Indianápolis em 1999 para verificar os possíveis efeitos
>colaterais da creatina, assim como o impacto desta sobre os níveis de
>energia, desenvolvimento e performance muscular. A equipe revisou centenas
>de artigos sobre o assunto.
>
> Eles concluem que a creatina pode aumentar a retenção de água nos
> músculos - desta forma dando a sensação e aparência de aumento dos
> músculos - mas que não tem função no levantamento de peso como forma de
> aumentar a força muscular.
>
> O suplemento pode ajudar pessoas com doenças neuromusculares, e
> pode resultar em "pequena, mas significativa" melhora na performance em
> condições muito específicas de exercícios. Contudo as grandes
> expectativas dos usuários da creatinina parecem ser "descabidas" dado o
> fato de o efeito ser tão pequeno. A equipe concluiu que o suplemento não
> traz benefícios aeróbicos em geral.
>
> A equipe também encontrou muitos relatos de problemas musculares,
> gastrointestinais e cardiovasculares - incluindo náusea, diarréia,
> desidratação, hipertensão e cãibras - associados com a creatina, apesar
> de não existirem evidências definitivas de que a creatina é um suplemento
> não seguro ou arriscado.
>
> Contudo, a equipe também enfatizou que os dados incompletos e
> insuficientes a respeito da creatina e "nossa falta de informação não
> podem ser tomadas como garantia de que a suplementação com creatina é
> livre de riscos para a saúde."
>
> A creatina não poderia ser utilizada diretamente antes do
> exercício, ou por mulheres grávidas ou amamentando ou por crianças
> pequenas, concluíram os especialistas.
>
> Em entrevista à Reuters Health, Terjung observou que os atletas
> devem em geral ter cautela quando usarem creatina porque, como um
> suplemento dietético, seu uso e seus conteúdos não são regulados pela FDA
> (órgão americano que regulamenta a fabricação de medicamentos e alimentos).
>
> "Você está confiando nos responsáveis pelo controle de qualidade da
> companhia que fabrica o produto, porque não existem processos de revisão
> como existem com relação a medicamentos na FDA," ele disse.
>
> Além disto, Terjung disse que mesmo se a creatina se provar segura,
> não está claro se é ético usar substâncias que aumentem a performance.
>
> "Este é realmente o ponto," ele disse. "Não está claro se a
> creatina causa algum benefício - mas em esportes a impressão é a coisa
> mais importante, mais do que os fatos reais. E a impressão hoje é que dá
> o veredicto. E a questão é - devem os valores do trabalho árduo e os
> ideais de competição serem substituídos por 'dê-me um jeito fácil para
> que eu possa fazer melhor'?
>
> FONTE: Medicine and Science in Sports and Exercise 2000;32:706-717.
> Sinopse preparada por Reuters Health
> Publicado em Bibliomed Saúde em 18/04/2000
>
>
>http://bibliomed.terra.com.br/bibliomedsaude/artigos/infgerais/creatina.htm?



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Física Quântica
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 02:26

Oi Villem!


Bem... continuo não sabendo ao certo se Freud explicaria a questão
de Goswami pretender abraçar a vertente holística da MQ... mas
continuo pensando que ele apenas resolveu dar andamento a uma idéia
até o fim. Veja: a MQ levanta a lebre apontando que a matéria é um
estado da "energia" ( as duplas fendas não mentem jamais! ;). Aí,
quando alguém leva isso às últimas consequências, é apontado como um
ser humano às portas da morte com deliriuns tremens e medo do
desconhecido...

Então eu me pergunto: por que ainda se defende a MQ? Só porque dá
certo? Bem, se dá certo, de duas uma: ou estamos olhando com os
binóculos do lado contrário quando lemos o que os Goswamis e Capras
da vida alega, ao considerarem a MQ até as últimas consequências, ou
não deveriamos jamais nos opormos ao que o Alberto Mesquita vem
fazendo, que é unicamente afirmar categoricamente que o Universo é um
consistente empilhamento geométrico de corpúsculos de Newton a
lá "bolinhas"!



Beijos, Lígia
Continuo no aguardo das pedradas... ;)
***************************************



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "nevillexk <nevillex@i...>"
<nevillex@i...> escreveu
> Cara Lígia !
>
> Mesmo que fosse possível construir pedras à distância,
> nenhuma seria atirada contra você. ;-)
>
> - " que nós somos a forma que o Universo encontrou para ser
> observado" pode até ser uma imagem poética mas só a
> facção dos MQ-xiitas pode considerar como justificação não apenas do
> universo e da nossa consciência, mas da própria MQ. É como se manter
> suspenso puxando os próprios cabelo. (Ai dos carecas :-))
>
> Olhando um pouco pelo avesso, na Filosofia existe algumas idéias,
> talvez um pouco capengas mas, muito a gosto de algumas correntes
> cépticas,onde os componentes do universo só existiriam à
> medida que tenhamos consciência deles, ou mais exatamente, à medida
> que os identifiquemos.[Espinoza já dizia (abreviadamente) que Deus
é
> um outro nome que damos ao universo (ou vice-versa). Ora, nós, como
> parte dele seríamos portanto pequenos deuses.]
> Assim, o universo passa a ser uma construção da racionalidade
> humana...e aqui já estamos esbarrando com o conceito de "matrix",
> portanto, de volta à velha pendenga sobre a realidade do nosso
> conhecimento.
>
> Quanto ao mais, continuo achando que Freud explica.
>
> Abraços
> Villem



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2003 02:43

Olá Ligia..:-)

A questão não é levar a idéia adiante, uma coisa muito justa e valiosa, mas tirar da MQ conclusões metafisicas que não derivam necessáriamente dela. Se Goswami admitisse estar fazendo filosofia, pensando abstratamente sobre aspectos humanos filosoficos/religiosos de nossa cultura, nada a reparar e nenhum óbice seria apresentado. Afinal, muito de nossa cultura se faz a partir dos aspectos mais abstratos da mente humana.

Mas ele não parece estar filosofando. Ele está explicando o mundo fisico a partir de conclusões metafisicas e estas podem ser refutadas. A MQ, ou qualquer das propriedades ou caracteristicas matematicas conhecidas da mesma, não resultam na conclusão apresentada por Gpswami: O Universo só existe porque nós existimos para observa-lo. Esse tipo de conclusão religiosa fica dependente da fé que se tem nas homilias do autor que da matematica ou fisica apresentadas no livro. E isso é que levantou a questão "porque algumas pessoas se convertem no fim da vida ou em momentos dificeis?"

A ciência nào existe para explicar tudo sobre o universo, como as religiões. Não é tarefa dela e a ausencia de uma explicação nào pode ser tomada como evidencia por sí só. O incomodo que a MQ causa em nosso senso comum é ral e deve ser derivado das dificuldades naturais de nosso cérebro evolucionário desenvolvido para lidar com aspectos mais "naturais" que a MQ, mas isso não torna a mesma uma evidencia de uma nova religião do "Universo Auto-Consciente"..:-)

Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, April 22, 2003 2:26 AM
Subject: [ciencialist] Re: Física Quântica


Oi Villem!


Bem... continuo não sabendo ao certo se Freud explicaria a questão
de Goswami pretender abraçar a vertente holística da MQ... mas
continuo pensando que ele apenas resolveu dar andamento a uma idéia
até o fim. Veja: a MQ levanta a lebre apontando que a matéria é um
estado da "energia" ( as duplas fendas não mentem jamais! ;). Aí,
quando alguém leva isso às últimas consequências, é apontado como um
ser humano às portas da morte com deliriuns tremens e medo do
desconhecido...

Então eu me pergunto: por que ainda se defende a MQ? Só porque dá
certo? Bem, se dá certo, de duas uma: ou estamos olhando com os
binóculos do lado contrário quando lemos o que os Goswamis e Capras
da vida alega, ao considerarem a MQ até as últimas consequências, ou
não deveriamos jamais nos opormos ao que o Alberto Mesquita vem
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lá "bolinhas"!



Beijos, Lígia
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<nevillex@i...> escreveu
> Cara Lígia !
>
> Mesmo que fosse possível construir pedras à distância,
> nenhuma seria atirada contra você. ;-)
>
> - " que nós somos a forma que o Universo encontrou para ser
> observado" pode até ser uma imagem poética mas só a
> facção dos MQ-xiitas pode considerar como justificação não apenas do
> universo e da nossa consciência, mas da própria MQ. É como se manter
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> Olhando um pouco pelo avesso, na Filosofia existe algumas idéias,
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> Assim, o universo passa a ser uma construção da racionalidade
> humana...e aqui já estamos esbarrando com o conceito de "matrix",
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>
> Quanto ao mais, continuo achando que Freud explica.
>
> Abraços
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SUBJECT: Re: Física Quântica
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 03:28

Homero!


Como o Colucci aponta: da experiência da dupla fenda, nasce a MQ...
e o que esta experiência mostra? Que um único elétron atravessa as
duas fendas ao mesmo tempo (aparentemente) sem se dividir.
Mágica... :))

Vem Goswami e diz que tudo é consciência, ponto. E se dissesse que
tudo são emanações? E se dissesse que tudo são bolinhas empilhadas?
E se dissesse que tudo ora se parece com emanações e ora se parece
com bolinhas empilhadas? Falando nisso, gosto muito de uma passagem
da primeira página do meu livro de cabeceira jamais lido até o
fim: "Uma Breve História do Tempo". Transcrevo:

"Um famoso cientista -- uns dizem que foi Bertrand Russell --,
fazendo uma conferência sobre astronomia, descreveu como a Terra gira
em torno Sol e de como o Sol, por sua vez, gira em torno do centro de
uma vasta coleção de estrelas, a nossa galáxia. No final da
conferência, uma senhora baixinha e idosa levantou-se ao fundo da
sala e falou:

- O que o senhor acaba de nos dizer é uma tolice. O mundo na
verdade, é um objeto achatado, apoiado nas costas de uma tartaruga
gigante.

O cientista sorriu com superioridade antes de replicar:

- E sobre o que se apóia a tartaruga?

- Você é muito esperto, rapaz, muito esperto -- disse a velhinha --
mas existem tartarugas-do-mar por toda extensão debaixo dela.

Muitas pessoas podem julgar essa imagem de nosso universo como uma
torre infinita de tartarugas absolutamente ridícula, mas por que
pensar que sabemos mais?"

Bem, se o próprio Hawking aceita humildemente nossas limitações...
quem sou eu? :)

Por falar em Goswami, se não me engano ainda no prefácio ele diz que
pretendia expôr uma idéia envolvendo conceitos de física moderna e
neurociências a fim de explicar como a mente (leia-se "abrigo da
consciência" ) pode dar forma à matéria, ou, em outras palavras,
dizer quando é que uma coisa é emanação e quando a mesma coisa é
fruto de empilhamento-de-bolinhas...

Bem, não vou ficar me distendendo nesse assunto, uma vez que só o que
me basta é a idéia das tartarugas gigantes estendendo-se em uma pilha
infinita sustentando-se umas às outras... e enquanto não for
possível explicar o que é "energia escura", que permeia quase a
totalidade do Universo conhecido, eu pretendo continuar hibernando o
looongo sono dos que dão a mão à palmatória.

Beijos, Lígia

****************************************



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
escreveu
> Olá Ligia..:-)
>
> A questão não é levar a idéia adiante, uma coisa muito justa e
valiosa, mas tirar da MQ conclusões metafisicas que não derivam
necessáriamente dela. Se Goswami admitisse estar fazendo filosofia,
pensando abstratamente sobre aspectos humanos filosoficos/religiosos
de nossa cultura, nada a reparar e nenhum óbice seria apresentado.
Afinal, muito de nossa cultura se faz a partir dos aspectos mais
abstratos da mente humana.
>
> Mas ele não parece estar filosofando. Ele está explicando o mundo
fisico a partir de conclusões metafisicas e estas podem ser
refutadas. A MQ, ou qualquer das propriedades ou caracteristicas
matematicas conhecidas da mesma, não resultam na conclusão
apresentada por Gpswami: O Universo só existe porque nós existimos
para observa-lo. Esse tipo de conclusão religiosa fica dependente da
fé que se tem nas homilias do autor que da matematica ou fisica
apresentadas no livro. E isso é que levantou a questão "porque
algumas pessoas se convertem no fim da vida ou em momentos dificeis?"
>
> A ciência nào existe para explicar tudo sobre o universo, como as
religiões. Não é tarefa dela e a ausencia de uma explicação nào pode
ser tomada como evidencia por sí só. O incomodo que a MQ causa em
nosso senso comum é ral e deve ser derivado das dificuldades naturais
de nosso cérebro evolucionário desenvolvido para lidar com aspectos
mais "naturais" que a MQ, mas isso não torna a mesma uma evidencia de
uma nova religião do "Universo Auto-Consciente"..:-)
>
> Um abraço.
>
> Homero
>
>
> ----- Original Message -----
> From: Ligia Amorese <ligia5555@y...>
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, April 22, 2003 2:26 AM
> Subject: [ciencialist] Re: Física Quântica
>
>
> Oi Villem!
>
>
> Bem... continuo não sabendo ao certo se Freud explicaria a
questão
> de Goswami pretender abraçar a vertente holística da MQ... mas
> continuo pensando que ele apenas resolveu dar andamento a uma
idéia
> até o fim. Veja: a MQ levanta a lebre apontando que a matéria é
um
> estado da "energia" ( as duplas fendas não mentem jamais! ;).
Aí,
> quando alguém leva isso às últimas consequências, é apontado como
um
> ser humano às portas da morte com deliriuns tremens e medo do
> desconhecido...
>
> Então eu me pergunto: por que ainda se defende a MQ? Só porque

> certo? Bem, se dá certo, de duas uma: ou estamos olhando com os
> binóculos do lado contrário quando lemos o que os Goswamis e
Capras
> da vida alega, ao considerarem a MQ até as últimas consequências,
ou
> não deveriamos jamais nos opormos ao que o Alberto Mesquita vem
> fazendo, que é unicamente afirmar categoricamente que o Universo
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> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "nevillexk
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> <nevillex@i...> escreveu
> > Cara Lígia !
> >
> > Mesmo que fosse possível construir pedras à distância,
> > nenhuma seria atirada contra você. ;-)
> >
> > - " que nós somos a forma que o Universo encontrou para ser
> > observado" pode até ser uma imagem poética mas só a
> > facção dos MQ-xiitas pode considerar como justificação não
apenas do
> > universo e da nossa consciência, mas da própria MQ. É como se
manter
> > suspenso puxando os próprios cabelo. (Ai dos carecas :-))
> >
> > Olhando um pouco pelo avesso, na Filosofia existe algumas
idéias,
> > talvez um pouco capengas mas, muito a gosto de algumas correntes
> > cépticas,onde os componentes do universo só existiriam à
> > medida que tenhamos consciência deles, ou mais exatamente, à
medida
> > que os identifiquemos.[Espinoza já dizia (abreviadamente) que
Deus
> é
> > um outro nome que damos ao universo (ou vice-versa). Ora, nós,
como
> > parte dele seríamos portanto pequenos deuses.]
> > Assim, o universo passa a ser uma construção da racionalidade
> > humana...e aqui já estamos esbarrando com o conceito
de "matrix",
> > portanto, de volta à velha pendenga sobre a realidade do nosso
> > conhecimento.
> >
> > Quanto ao mais, continuo achando que Freud explica.
> >
> > Abraços
> > Villem
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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2003 03:48

Olá Ligia..:-)

Já que estamos na fase de citações gosto muito desta: Toda tecnologia suficientemente avançada é indistinguível de mágica..:-)

Mas nào é mágica..:-) A mágica é sobre natural e nào explicável ou previsivel. A fisica é, pelo menos a parte que conhecemos até agora..:-)

Se Goswami dissesse que são emanações, bolinhas ou o que fosse, nada contra. Quando diz que é porque a fisica mostra que é, bem, fica mais complicado aceitar..:-) O fato de que um único eletron atravessa duas fendas é estranho mesmo. Para nosso cérrebro mamifero acostumado com a unidade da materia e o mundo sequencial preso a linha do tempo, muito estranho mesmo. Mas é matematicamente e fisicamente normal e suas ações podem ser previstas e as previsões acertadamente conferidas. Isso o faz real, do ponto de vista de nossas conclusões racionais.

O universo auto-consciente não. A eletricidade, invisivel e poderosa, também já foi estranha e poderia ser usada para produzir efeitos espantosos e inexplicaveis, mágica. Mas hoje a compreendemos e a usamos com tanta familiaridade que esquecemos que é algo estranho e mágico. É possível que aconteça o mesmo com a MQ e nosso netos..-) E eles nào terão necessidade de criar uma religião do universo auto-consciente para tentar se acomodar a ela.

Não tome a implicancia com o Goswami e sua religião como certeza de que tenho a resposta (ou qualquer outra pessoa) sobre o universo, não é isso. Também reconheço que não sei (não sabemos) muita coisa sobre este universo. mas nào saber algo nào torna as explicações malucas de qualquer um mais reais ou corretas..:-)

Se Goswami estivesse fazendo ciencia ele diria "o universo auto-consciente deriva destas premissas e permite estas e estas previsões. Como as previsões são corretas e foram verificadas, então minha conclusão, a partir das premissas, é valida". E se fose, eu mesmo concordaria com ele a apoiaria as conclusões e passaria a estudar o universo auto-consciente. Mas não é assim, é mágica e fé mesmo..:-)

Um abraço.

Homero

----- Original Message -----
From: Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, April 22, 2003 3:28 AM
Subject: [ciencialist] Re: Física Quântica


Homero!


Como o Colucci aponta: da experiência da dupla fenda, nasce a MQ...
e o que esta experiência mostra? Que um único elétron atravessa as
duas fendas ao mesmo tempo (aparentemente) sem se dividir.
Mágica... :))

Vem Goswami e diz que tudo é consciência, ponto. E se dissesse que
tudo são emanações? E se dissesse que tudo são bolinhas empilhadas?
E se dissesse que tudo ora se parece com emanações e ora se parece
com bolinhas empilhadas? Falando nisso, gosto muito de uma passagem
da primeira página do meu livro de cabeceira jamais lido até o
fim: "Uma Breve História do Tempo". Transcrevo:

"Um famoso cientista -- uns dizem que foi Bertrand Russell --,
fazendo uma conferência sobre astronomia, descreveu como a Terra gira
em torno Sol e de como o Sol, por sua vez, gira em torno do centro de
uma vasta coleção de estrelas, a nossa galáxia. No final da
conferência, uma senhora baixinha e idosa levantou-se ao fundo da
sala e falou:

- O que o senhor acaba de nos dizer é uma tolice. O mundo na
verdade, é um objeto achatado, apoiado nas costas de uma tartaruga
gigante.

O cientista sorriu com superioridade antes de replicar:

- E sobre o que se apóia a tartaruga?

- Você é muito esperto, rapaz, muito esperto -- disse a velhinha --
mas existem tartarugas-do-mar por toda extensão debaixo dela.

Muitas pessoas podem julgar essa imagem de nosso universo como uma
torre infinita de tartarugas absolutamente ridícula, mas por que
pensar que sabemos mais?"

Bem, se o próprio Hawking aceita humildemente nossas limitações...
quem sou eu? :)

Por falar em Goswami, se não me engano ainda no prefácio ele diz que
pretendia expôr uma idéia envolvendo conceitos de física moderna e
neurociências a fim de explicar como a mente (leia-se "abrigo da
consciência" ) pode dar forma à matéria, ou, em outras palavras,
dizer quando é que uma coisa é emanação e quando a mesma coisa é
fruto de empilhamento-de-bolinhas...

Bem, não vou ficar me distendendo nesse assunto, uma vez que só o que
me basta é a idéia das tartarugas gigantes estendendo-se em uma pilha
infinita sustentando-se umas às outras... e enquanto não for
possível explicar o que é "energia escura", que permeia quase a
totalidade do Universo conhecido, eu pretendo continuar hibernando o
looongo sono dos que dão a mão à palmatória.

Beijos, Lígia

****************************************



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
escreveu
> Olá Ligia..:-)
>
> A questão não é levar a idéia adiante, uma coisa muito justa e
valiosa, mas tirar da MQ conclusões metafisicas que não derivam
necessáriamente dela. Se Goswami admitisse estar fazendo filosofia,
pensando abstratamente sobre aspectos humanos filosoficos/religiosos
de nossa cultura, nada a reparar e nenhum óbice seria apresentado.
Afinal, muito de nossa cultura se faz a partir dos aspectos mais
abstratos da mente humana.
>
> Mas ele não parece estar filosofando. Ele está explicando o mundo
fisico a partir de conclusões metafisicas e estas podem ser
refutadas. A MQ, ou qualquer das propriedades ou caracteristicas
matematicas conhecidas da mesma, não resultam na conclusão
apresentada por Gpswami: O Universo só existe porque nós existimos
para observa-lo. Esse tipo de conclusão religiosa fica dependente da
fé que se tem nas homilias do autor que da matematica ou fisica
apresentadas no livro. E isso é que levantou a questão "porque
algumas pessoas se convertem no fim da vida ou em momentos dificeis?"
>
> A ciência nào existe para explicar tudo sobre o universo, como as
religiões. Não é tarefa dela e a ausencia de uma explicação nào pode
ser tomada como evidencia por sí só. O incomodo que a MQ causa em
nosso senso comum é ral e deve ser derivado das dificuldades naturais
de nosso cérebro evolucionário desenvolvido para lidar com aspectos
mais "naturais" que a MQ, mas isso não torna a mesma uma evidencia de
uma nova religião do "Universo Auto-Consciente"..:-)
>
> Um abraço.
>
> Homero
>
>
> ----- Original Message -----
> From: Ligia Amorese <ligia5555@y...>
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, April 22, 2003 2:26 AM
> Subject: [ciencialist] Re: Física Quântica
>
>
> Oi Villem!
>
>
> Bem... continuo não sabendo ao certo se Freud explicaria a
questão
> de Goswami pretender abraçar a vertente holística da MQ... mas
> continuo pensando que ele apenas resolveu dar andamento a uma
idéia
> até o fim. Veja: a MQ levanta a lebre apontando que a matéria é
um
> estado da "energia" ( as duplas fendas não mentem jamais! ;).
Aí,
> quando alguém leva isso às últimas consequências, é apontado como
um
> ser humano às portas da morte com deliriuns tremens e medo do
> desconhecido...
>
> Então eu me pergunto: por que ainda se defende a MQ? Só porque

> certo? Bem, se dá certo, de duas uma: ou estamos olhando com os
> binóculos do lado contrário quando lemos o que os Goswamis e
Capras
> da vida alega, ao considerarem a MQ até as últimas consequências,
ou
> não deveriamos jamais nos opormos ao que o Alberto Mesquita vem
> fazendo, que é unicamente afirmar categoricamente que o Universo
é um
> consistente empilhamento geométrico de corpúsculos de Newton a
> lá "bolinhas"!
>
>
>
> Beijos, Lígia
> Continuo no aguardo das pedradas... ;)
> ***************************************
>
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "nevillexk
<nevillex@i...>"
> <nevillex@i...> escreveu
> > Cara Lígia !
> >
> > Mesmo que fosse possível construir pedras à distância,
> > nenhuma seria atirada contra você. ;-)
> >
> > - " que nós somos a forma que o Universo encontrou para ser
> > observado" pode até ser uma imagem poética mas só a
> > facção dos MQ-xiitas pode considerar como justificação não
apenas do
> > universo e da nossa consciência, mas da própria MQ. É como se
manter
> > suspenso puxando os próprios cabelo. (Ai dos carecas :-))
> >
> > Olhando um pouco pelo avesso, na Filosofia existe algumas
idéias,
> > talvez um pouco capengas mas, muito a gosto de algumas correntes
> > cépticas,onde os componentes do universo só existiriam à
> > medida que tenhamos consciência deles, ou mais exatamente, à
medida
> > que os identifiquemos.[Espinoza já dizia (abreviadamente) que
Deus
> é
> > um outro nome que damos ao universo (ou vice-versa). Ora, nós,
como
> > parte dele seríamos portanto pequenos deuses.]
> > Assim, o universo passa a ser uma construção da racionalidade
> > humana...e aqui já estamos esbarrando com o conceito
de "matrix",
> > portanto, de volta à velha pendenga sobre a realidade do nosso
> > conhecimento.
> >
> > Quanto ao mais, continuo achando que Freud explica.
> >
> > Abraços
> > Villem
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SUBJECT: Re: Física Quântica
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 04:24

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
escreveu
> Olá Ligia..:-)

Homero!!

> Se Goswami dissesse que são emanações, bolinhas ou o que fosse,
nada contra. Quando diz que é porque a fisica mostra que é, bem, fica
mais complicado aceitar..:-) O fato de que um único eletron atravessa
duas fendas é estranho mesmo. Para nosso cérrebro mamifero acostumado
com a unidade da materia e o mundo sequencial preso a linha do tempo,
muito estranho mesmo. Mas é matematicamente e fisicamente normal e
suas ações podem ser previstas e as previsões acertadamente
conferidas. Isso o faz real, do ponto de vista de nossas conclusões
racionais.


O Erro de Goswami: falar no santo nome da Física em vão, no
caso "consciência" :) O problema é que ele é físico, aí a coisa fica
pior ainda... e Sagan resistiu bravamente, eu sei. Mas não vi a
obra "goswâmica" com os olhos de quem pretende apenas encarar a
física para a matéria assim como a espiritualidade para as
emanações... *SE* a MQ pretende dar andamento à idéia de que há
dualidade onda-partícula, logo, de duas uma: ou isso é aplicável a
todas as partículas mesmo nem sempre quando sob determinadas
circunstâncias, ou isso não é possível e a MQ é o grande erro, como
bem aponta o Alberto.


> O universo auto-consciente não. A eletricidade, invisivel e
poderosa, também já foi estranha e poderia ser usada para produzir
efeitos espantosos e inexplicaveis, mágica. Mas hoje a compreendemos
e a usamos com tanta familiaridade que esquecemos que é algo estranho
e mágico. É possível que aconteça o mesmo com a MQ e nosso netos..-)
E eles nào terão necessidade de criar uma religião do universo auto-
consciente para tentar se acomodar a ela.


Não é religião. Digamos que por falta de terminologia, Goswami teve
a infeliz idéia de dizer que a "consciência" é a base de tudo.
Poderia ter dito que são os neurônios, as sinapses, a causalidade, a
sincronicidade, o caos, a energia... o problema foi ele tentar se
meter a sabichão e apontar um ponto que satisfaz aos troianos, que
nesse caso são os crédulos... enfim, nada é perfeito.


> Não tome a implicancia com o Goswami e sua religião como certeza de
que tenho a resposta (ou qualquer outra pessoa) sobre o universo, não
é isso. Também reconheço que não sei (não sabemos) muita coisa sobre
este universo. mas nào saber algo nào torna as explicações malucas de
qualquer um mais reais ou corretas..:-)


Mais uma vez não é religião... talvez seja uma ciência sem
terminologia apropriada, sem experimentos viáveis para sua
verificação "in vitro"... ;)


> Se Goswami estivesse fazendo ciencia ele diria "o universo auto-
consciente deriva destas premissas e permite estas e estas previsões.
Como as previsões são corretas e foram verificadas, então minha
conclusão, a partir das premissas, é valida". E se fose, eu mesmo
concordaria com ele a apoiaria as conclusões e passaria a estudar o
universo auto-consciente. Mas não é assim, é mágica e fé mesmo..:-)


Não é ciência, apenas baseia-se nos conceitos científicos dentro da
MQ que permitem divagações, como é o caso do famigerado "colapso da
função de onda" e foi uma tentativa, como ele mesmo aponta no
prefácio do livro, de unir a mente à razão no livro que, aliás, faz
parceria com o livro do Hawking na minha cabeceira como impossível de
ser lido sem que eu caia no mais profundo dos sonos... diga-se de
passagem que nem meu primeiro livro de astronomia em castelhano,
ganho aos 11 anos, teve tamanho efeito soporífero. Por falar nisso,
está na hora de meu encontro com ambos.

Boa noite,
Beijos, Lígia





SUBJECT: Re: TRATAMENTO DA ÁGUA
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 08:44

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Luiz Eduardo Carvalho
<luizeduardo2@i...> escreveu
> At 08:31 20/04/03 -0300, you wrote:
> >Oi Takata,
> >
> >tem alguma coisa sobre isso em nível de 8a série?

http://www.sabesp.com.br/sabesp_ensina/intermediario/tratamento_agua/s
abesp2.htm
http://www.sabesp.com.br/o_que_fazemos/captacao_e_distribuicao_de_agua
/tratamento_de_agua.htm

http://www.webspider.com.br/agua/materia.asp?codigo=386&sec=t-
saibamais2&atual_edicao=154&teste=0&teste_edicao=

Qto ao material: garrafas plásticas do tipo PET, luvas, oculos de
seguranca, bota de borracha, mascaras, potes de vidro, mangueiras...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Física Quântica
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 09:07

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> O fato de que um único eletron atravessa
> duas fendas é estranho mesmo.

Mais estranho e' concluir a partir daí qq experiencia religiosa.

> Não é religião. Digamos que por falta de terminologia, Goswami
> teve a infeliz idéia de dizer que a "consciência" é a base de tudo.

Digamos q. um livro q. se chame: "The visionary window: a quantum
physicist's guide to enlightenment" seja menos cientifico do q.
propriamente religioso.

E a menos q. tenham inventado a entrevista seguinte:

http://www.wie.org/j11/goswamintro.asp

fica dificil nao dizer q. a visao de Goswami nao seja religiosa. A
menos q. deus tenha passado ao plano de fenomeno natural
cientificamente observado. (E pelas criticas de Goswami ao q. ele vê
de panteísmo no budismo, o deus em questao se aproxima demais do
judaico-cristao.)

> Mais uma vez não é religião... talvez seja uma ciência sem
> terminologia apropriada, sem experimentos viáveis para sua
> verificação "in vitro"... ;)

E' religiao. Nao e' ciencia. E o problema nao e' propriamente de
terminologia.

Mas essas pessoas recebem mais atencao do q. merecem.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2003 09:11

Um exemplo disso é a proposição dos Muitos Mundos de Everett. Ele afirma que
cada escolha em nível quântico implica na divisão do universo em dois. Um
novo universo é gerado a cada uma dessas subdivisões, e até que algum
observador colapse a função de onda, os universos permanecem sobrepostos.

INteressante ? Muito. Instigante ? Demais; já inspirou vários cenários de
ficcção científica. Realidade ? Ainda não podemos responder essa pergunta.
Entretanto, a postulação do Everett tem uma falha fatal, de acordo com a
maneira que vejo a ciência: ela não faz predições falseáveis que possam
responder a questão de uma maneira ou de outra. Então, até que alguém pense
numa maneira de testar essa proposição, ela não passará de mera fantasia.
Interessantíssima, mas fantasia.

Abraços,
Daniel

-- que dedica um tempinho procurando meios de testá-la.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica
FROM: "Daniel Bezerra" <nielsbohr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2003 09:15

Oi Lígia !

Me explica melhor essa passagem aqui ?

"SE* a MQ pretende dar andamento à idéia de que há
dualidade onda-partícula, logo, de duas uma: ou isso é aplicável a
todas as partículas mesmo nem sempre quando sob determinadas
circunstâncias, ou isso não é possível e a MQ é o grande erro, como
bem aponta o Alberto"

Abraços,
Daniel



SUBJECT: Re: Física Quântica
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 09:40

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Daniel Bezerra"
> Me explica melhor essa passagem aqui ?
>
> "SE* a MQ pretende dar andamento à idéia de que há
> dualidade onda-partícula, logo, de duas uma: ou isso é aplicável a
> todas as partículas mesmo nem sempre quando sob determinadas
> circunstâncias, ou isso não é possível e a MQ é o grande erro, como
> bem aponta o Alberto"

E' um erro da falsa dicotomia ou falso dilema. Nao ha' nada q.
autorize ilacoes sobre universo auto-consciente a partir do principio
do colapso de funcao de onda. Observacao no caso nao deve ser
entendido como observacao por um ser consciente ou por um ser auto-
consciente -- pode ser, mas nao e' condicao necessaria. A interacao
com um unico foton, mesmo sem consciencia, seria o suficiente para
destruir o estado de emaranhamento (entanglement) quantico e causar o
colapso de funcao de onda e fenomenos quetais -- esse e' o efeito
da 'observacao'.

Se se saca disso questao da consciencia, e' por conta e risco do
proponente e nao uma afirmacao objetiva das atuais teorias
cientificas.

http://www.observatoriodaimprensa.com.br/ofjor/ofc060220021.htm

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: É de algum de vós?
FROM: Maria Natália <gogul@megamail.pt> <gogul@megamail.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 10:49

Este endereço e que me chegou pela net:
r m taka arroba altavista ponto net ?
Agradeço me contacte pessoalmente
Maria Natália




SUBJECT: É takata
FROM: Maria Natália <gogul@megamail.pt> <gogul@megamail.pt>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 10:53

Desculpem a gralha
Maria Natália



SUBJECT: Re: Física Quântica
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 11:20

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> > O fato de que um único eletron atravessa
> > duas fendas é estranho mesmo.
>
> Mais estranho e' concluir a partir daí qq experiencia religiosa.


É... um problema: como encarar a matéria com olhos materiais depois
de declarações como estas que a MQ lança ao ventilador científico...
E, mesmo sem levar em consideração nada do que a MQ lança e só
pensando na interação entre os elétrons repudiando-se nas superfícies
em contato umas com as outras -- dando consistência à matéria
palpável, que do contrário não seria palpável coisíssima nenhuma--,
já me faz ficar pensando no quão dependentes de interações elétricas
nós somos. Isso, além do fato da matéria ser quase na sua totalidade
o mais absoluto vazio, brrr...


> Digamos q. um livro q. se chame: "The visionary window: a quantum
> physicist's guide to enlightenment" seja menos cientifico do q.
> propriamente religioso.
>
> E a menos q. tenham inventado a entrevista seguinte:
>
> http://www.wie.org/j11/goswamintro.asp
>
> fica dificil nao dizer q. a visao de Goswami nao seja religiosa. A
> menos q. deus tenha passado ao plano de fenomeno natural
> cientificamente observado. (E pelas criticas de Goswami ao q. ele

> de panteísmo no budismo, o deus em questao se aproxima demais do
> judaico-cristao.)



Talvez o deus judaico-cristão é que se aproxime da realidade
última... e eu ainda pense num deus imanente. Deus do tipo: creiam
ou não, lá está ele. E, fato curioso: a inexistência dele pode
ainda soar mais estranha e mística envolvendo auto-gênese... Por
falar nisso, você acredita nos pares de partículas auto-geradas no
vácuo de flutuações quânticas?


> > Mais uma vez não é religião... talvez seja uma ciência sem
> > terminologia apropriada, sem experimentos viáveis para sua
> > verificação "in vitro"... ;)
>
> E' religiao. Nao e' ciencia. E o problema nao e' propriamente de
> terminologia.
>
> Mas essas pessoas recebem mais atencao do q. merecem.

Concordo. Não convém ficar batendo no Goswami, nem nos que acreditam
no que ele, Bohm, Capra, Davies, Deutsch, Tipler dizem acerca do
Universo. O negócio e travar a luta pessoal de todo dia, interagindo
com os objetos, pessoas, coisas e fatos com disposição e acatar, por
fim, as idéias acerca da real natureza da "coisa" mais de acordo com
a própria concepção da "coisa". Afinal, acredite-se ou não, o
Universo está aí, à disposição de quem tiver olhos para observá-lo em
suas entranhas... e a diferença entre um cientista e um místico
nesse quesito é que o cientista tem mais fé... lógico, na Física,
nos experimentos, nos cientistas de uma ou outra vertente... ;)

Beijos, Lígia


PS: A propósito, a resposta do Léo ao consulente está uma beleza! O
cara vai continuar pensando exatamente da mesma forma que pensa...
mas o Léo salva a Física mais uma vez! :))




SUBJECT: Re: Física Quântica
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 11:39

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> já me faz ficar pensando no quão dependentes de interações
> elétricas nós somos. Isso, além do fato da matéria ser quase na
> sua totalidade o mais absoluto vazio, brrr...

Continua sendo um problema pessoal de cosmovisao e nao uma deducao da
teoria.

> falar nisso, você acredita nos pares de partículas auto-geradas no
> vácuo de flutuações quânticas?

'Auto-geradas' e' por sua conta. Se eu acredito? Eu acredito q. eles
conseguem operacionalizar muita coisa com essa hipotese. So' claro q.
devemos tbm ficar atentos 'as tentacoes de fazer malabarismos
semanticos dada 'a natureza quase polissemica da
expressao 'acreditar'.

> no que ele, Bohm, Capra, Davies, Deutsch, Tipler dizem acerca do
> Universo.

Pobres Bohm e Davies, la' se vao no atacado dos mistificadores. A
minha sorte e' q. eu nao tenho nenhum trabalho de destaque em
ciencias e nao serei alvo de injusticas desse porte.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Física Quântica
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 11:44

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
> > no que ele, Bohm, Capra, Davies, Deutsch, Tipler dizem acerca do
> > Universo.
>
> Pobres Bohm e Davies, la' se vao no atacado dos mistificadores.

E o David Detsch tbm...

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Física Quântica
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 13:42

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
> > > no que ele, Bohm, Capra, Davies, Deutsch, Tipler dizem acerca
do
> > > Universo.
> >
> > Pobres Bohm e Davies, la' se vao no atacado dos mistificadores.
>
> E o David Detsch tbm...


Deutsch? Um gênio... o que implica dizer em alguém com sérios
problemas. Mas que deu certo na física! Faço parte da lista Factory
of Reality do Yahoo que é dedicada à discussão da Física Quântica
Computacional do Deutsch apenas com bases na física, sem nenhuma
brecha ao misticismo de espécie alguma. Faz tempo que não visito
aquelas paragens mas há algum tempo, havia uma espécie de secretária-
de-casa-paroquial cruza com leão-de-chácara que barrava todas as
mensagens... e tal lista está listada em diretório como
filosófica... problemas com o Multiverse.

Para quem se interessar:

http://groups.yahoo.com/group/Fabric-of-Reality

Tem também uma lista de que eu gosto muito só para lurkar: a
Everything List, listada no seguinte url:

http://www.mail-
archive.com/everythinglist@eskimo.com/maillist.html#04262

Beijos, Lígia




SUBJECT: Re: Física Quântica
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 14:04

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> Deutsch? Um gênio... o que implica dizer em alguém com sérios
> problemas.

E nao acho q. devamos aumentar a lista dos problemas deles colocando-
os no mesmo saco de Goswami, Capra e Tipler.

David Deutsch mantem a pagina:

http://www.qubit.org/

Q. os interessados em computacao quantica podem explorar 'a vontade.
Eu, particularmente, so' considerarei Deutsch genio no dia em q.
inventarem um computador quantico funcional -- nada do tipo: "e se
considerarmos a Via Lactea como uma boa aproximacao de um elemento
multi-estado..."

Pros q. adoram a MQ em geral (nao e' coisa introdutoria):

http://minty.caltech.edu/Ph195/entrypage.htm

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Transformar lixo orgânico em combustível
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2003 15:03

>Bem ... o problema que está se levantando decorre de algo notável: não
estamos lendo o >artigo! Estamos inferindo pela periferia.
>Obviamente se a coisa se resume em queimar madeira gasta-se menos energia
para iniciar o >processo (acender um fósforo) do que a energia liberada na
queima (consumo da energia >química armazenada).
>Que tal vcs lerem o artigo todo e comentar aqui?

Depois de ler o artigo, continuo sem saber onde entram as máquinas de
Carnot...
Básicamente os detritos são aquecidos a alta pressão numa especie de sopa e
resulta cadeias de Carbonos (algo parecido com gasolina mas com cadeias mais
curtas), metais e minerais.
Tudo o que for de carbono pode ser reduzido a oleo , metais e minerais...e
gás..que é reutilizado no proprio processo.

Outro comentário sobre hidorelectricas que alguem fez aí... que eu saiba as
hidroelectricas não consomem energia, elas produzem energia. E quando se
fala em processos de produzir energia, o que se quer dizer é processos de
transformar energia sem ter que fornecer energia.

Onde entram as máquinas de Carnot eu ainda não entendi. [entrariam na
eficiencia da transformação... mas não é disso que se trata.]
A frase em comentário é (os # foram adicionados anteriormente):

####E o processo consumiria menos energia do que produz.####

E o comentário seguinte:

"Obviamente não pode ser para valer! A camisa de força imposta pelo
rendimento de Carnot ainda não foi aberta por nenhum Oudini!"

E a minha duvida é onde Carnot se encaixa nesta questão.
A hidroelectrica pode ter um rendimento maximo dado pela maquina de Carnot,
mas isso nada tem a ver com a energia que se fornece -pq não se fornece
nenhuma- para produzir electricidade. E apenas com se energia potencial da
agua é bem aproveitada.
O mesmo para a central em questão.
Eles gastam energia para aquecer e comprimir os detritos, certo. Isso pode
ter a ver com o rendimento, na medida que existem condições otimas de
funcionamento (consuante que tipo de detritos se trata como refere o artigo)
e isso gasta energia.
Mas que o processo produza mais energia do que consome não vejo onde está o
mal.
[quando se diz "consome" está-se a falar em termos economicos e não em
termos fisicos. A hidroelectrica "consome" quedas de água em termos fisicos
ela consome energia potencial da água, mas em termos economicos não temos
que pagar por essa energia e dai que se diz que o processo não consome
energia.]

Espero ter sido mais claro.

Sérgio


P.S. Ao Alvaro, eu disse que os membros da lista tem que pensar no que
escrevem, eu não disse que realmente o fazem (e me incluo nesse rol).
Analisa o meu texto para entender a mensagem que está por detrás.


SUBJECT: Re: CONVITE CIENTIFICO
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 15:21

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
> "Nessa 6a feira próxima, lá pelas 20 horas (tipicamente
brasileiro, nada inglês!), será inaugurado no Parque do Peãozinho de
Barretos a "Feira de Ciências do Parque do Peão", sob o comando do
Prof. Léo - Luiz Ferraz Netto. [ ... ]". E segue longa coluna
jornalística.

E aí, Léo? Como foi a festança? Conta aí. Qdo vai publicar as fotos?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Física Quântica
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 15:29

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> > Deutsch? Um gênio... o que implica dizer em alguém com sérios
> > problemas.
>
> E nao acho q. devamos aumentar a lista dos problemas deles
colocando-
> os no mesmo saco de Goswami, Capra e Tipler.

Bem... Bohm faz boa filosofia ancorada na Física, Capra pretende
adicionar o Tao à Física, Tipler trata o universo como um programa
sofisticado de PC. Deutsch é paranóico, vive isolado com medo do que
seus outros eus no multiverso a que ele deu forma se vejam em
apuros... Goswami navega num oceano consciente. Hawkins pensa que
pilhas de tartarugas ad infinitum são páreo para nossas tentativas de
compreender o universo. Paul Davies por sua própria pena:

"My personal belief is that biologists tend to be uncompromising and
reductionistic because they're still feeling somewhat insecure with
their basic dogma, whereas physicists have three hundred years of
secure foundation for their subject, so they can afford to be a bit
more freewheeling in their speculation about these complex systems."

Aí nesse trecho, ele fala de sistemas complexos aptos a serem
utilizados como forma de dar azo às teorias que vão da cosmologia à
astrobiologia... nada contra biólogos em específico. E ele escreveu
bons livros com títulos bastante sugestivos: The Mind of God, Other
Worlds, God and the New Physics, The Edge of Infinity, The Cosmic
Blueprint, Are We Alone? The Fifth Miracle, The Last Three Minutes,
About Time, e How to Build a Time Machine.

Particularmente eu não acho que colocá-los todos juntinhos assim seja
capaz de gerar algum problema. E minha visão de universo é uma
mistura bastante peculiar de Bohm, Deutsch com pitadas de Tipler e a
âncora de Linde... nada tremendamente absurdo: um impressionante
surto de movimento nada sincrônico em um estado estacionário
hipotético onde tempo/espaço não existiam mas passam a existir a
partir do movimento ( quem fez o "caldo" girar?). Acomoda a
consciência como causa primeva, acomoda o restart de um PC quântico
que gera virtualmente as sequências universais em universos bolha-
paralelos. Infelizmente nada ao gosto dos xiitas.



> David Deutsch mantem a pagina:
>
> http://www.qubit.org/
>
> Q. os interessados em computacao quantica podem explorar 'a vontade.
> Eu, particularmente, so' considerarei Deutsch genio no dia em q.
> inventarem um computador quantico funcional -- nada do tipo: "e se
> considerarmos a Via Lactea como uma boa aproximacao de um elemento
> multi-estado..."

Ahahahah... desculpe ;) É um problema sério. Mas ele é um
gênio... há de resolver essa pendenga. Pelo menos ele é capaz de
afirmar até a morte que o que diz tem fundamento científico => A
matemática não mente jamais! ;)


Beijos, Lígia



SUBJECT: Placebo
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 16:12

Ois,

Só uma pergunta: alguém já ouviu falar em intervenções cirúrgicas
placebo com a finalidade de atenuar problemas como mal de Parkinson?
Entenda-se por tais intervenções a abertura da caixa craniana sem
contudo haver a intervenção completa nos centros motores. Estou
procurando no Google mas não conheço a terminologia adequada em
inglês para as palavras chave.

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2003 16:20


----- Original Message -----
From: <ligia5555


>Como o Colucci aponta: da experiência da dupla fenda, nasce a MQ...
>e o que esta experiência mostra? Que um único elétron atravessa as
>duas fendas ao mesmo tempo (aparentemente) sem se dividir.
>Mágica... :))
>
>Vem Goswami e diz que tudo é consciência, ponto.

Nem tudo é consciencia, já que ninguem está consciente do que a experienca
citada mostra.
Lembro-me do livro do Paulo Coelho em que ele brilhantemente comparava a
experiencia da fenda com a crença em magia, sob o argumento de que cada uma
acreditas nas fantasias(o termo é meu) que quiser. Uns acreditam em magia,
outros em particulas que estão simultaneamente em lugares diferentes
(ubiquidade, chama-se isso).
Se um cientista afirma que a ubiquidade existe nos electrões, como ele pode
dizer que uma pessoas não tenha essa propriedade ? (como os catolicos afirma
de alguns dos seus santos vistos em lugares diferentes ao mesmo tempo).
É na resposta a esta pergunta que está o cerne da resposta a pessoas que
acham que a MQ implica em qq coisa de exotérico. Primeiro pq a MQ não
precisa de dizer que existe ubiquidade para explicar o efeito, e segundo pq
a MQ aplica-se ao mundo sub-atomico, no qual não vivemos.
O resto é conversa....


Sérgio


P.S.
A passagem das tartarugas é interessante, mas é bom que leias o livro até ao
fim para perceber que as afirmações do autor são desse mesmo tipo. O que ele
está a fazer dando esse exemplo, é justificar os aburdos que vai dizer
depois de uma forma subliminar e indolor.


SUBJECT: Re: [ciencialist] Placebo
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2003 16:25

Olá Ligia..:-)

Eu vi este procedimento em um programa no Discovery Health, talvez você possa achar mais dados no site deles. Se eu encontrar mais alguma coisa eu mando apra a lista.

Um abraço.

Homero
----- Original Message -----
From: Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, April 22, 2003 4:12 PM
Subject: [ciencialist] Placebo


Ois,

Só uma pergunta: alguém já ouviu falar em intervenções cirúrgicas
placebo com a finalidade de atenuar problemas como mal de Parkinson?
Entenda-se por tais intervenções a abertura da caixa craniana sem
contudo haver a intervenção completa nos centros motores. Estou
procurando no Google mas não conheço a terminologia adequada em
inglês para as palavras chave.

Beijos, Lígia


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SUBJECT: Re: Física Quântica
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 16:25

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> Bem... Bohm faz boa filosofia ancorada na Física, Capra pretende
> adicionar o Tao à Física, Tipler trata o universo como um programa
> sofisticado de PC.

Capra pretende um monte de coisas. Não faz nem uma - fundar uma nova
religião - nem outra - revitalizar as ciências com seu tal de Tao -
nem uma terceira - integrar os dois campos de modo coerente.

Bohm, independentemente das distorcoes q. aplicam 'as suas
elocubracoes, nao tem culpa no cartorio.

Tipler e' um deslumbrado, mas ser um deslumbrado nao e' pecado. O
problema dele e' embarcar na mesma onda pseudo-teologica de Goswami e
cia. Sera' q. se cansou de ver tta gente lucrando?

Juntar todos eles apenas pelo fato de defenderem posicoes fora do
senso comum e' injusto -- com essa base podemos colocar boa parte dos
internos das instituicoes psiquiatricas no mesmo balaio, bem como os
membros da comissao de orcamento do congresso nacional.

O criterio a ser usado e' menos uma possivel semelhanca superficial
da forma do q. dizem do q. as profundas diferencas metodologicas q.
empregam para justificar seus pontos de vista. Do contrario e' juntar
Ed Wood e Eisentein (o do Encouraçado Potemkin) na base do: sao todos
cineastas. Ou juntar Tiao Macale' e Christina Aguillera em um
concurso de beleza na base do: sao todos /Homo sapiens/. Ou juntar
Christina Aguillera e Fiona Apple na base do: sao todas cantoras.

> E ele escreveu bons livros com títulos bastante sugestivos: The
> Mind of God, Other Worlds, God and the New Physics, The Edge of
> Infinity, The Cosmic Blueprint, Are We Alone? The Fifth Miracle,
> The Last Three Minutes, About Time, e How to Build a Time Machine.

Mais sugestivo ainda e' o q. esta' escrito. Nada da linha blablabla
noveval de Capra, Goswami e cia.

> Particularmente eu não acho que colocá-los todos juntinhos assim
> seja capaz de gerar algum problema.

Gera e um monte: iguala ciencia a bobagens da Nova Era. Ate' hj nao
vi ninguem produzir energia util com meditacao embaixo de uma
piramide de vidro.

> Infelizmente nada ao gosto dos xiitas.

'Xiitas' se definem como? Espero q. nao seja simplesmente como
aqueles q. defendem pontos de vista contrarios aos seus. Alias, seria
um outro sinonimo de 'pessoas de mente fechada', 'idiotas dogmaticos'
e coisas afins.

> Ahahahah... desculpe ;) É um problema sério. Mas ele é um
> gênio... há de resolver essa pendenga. Pelo menos ele é capaz de
> afirmar até a morte que o que diz tem fundamento científico => A
> matemática não mente jamais! ;)

Eqto nao resolve, pra mim nao se poem como genio: sem querer podar o
seu direito de considera'-lo como tal. Ser matematicamente coerente e
ter fundamento cientifico sao coisas muito distintas: sem estar a
dizer q. as elocubracoes de Deustch nao tenham fundamento.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2003 16:26


----- Original Message -----
From: "Oraculo"

>Mas nào é mágica..:-) A mágica é sobre natural e nào explicável ou
previsivel. A fisica é, pelo >menos a parte que conhecemos até agora..:-)

Aposto que os adeptos da Magia (não do Ilusionismo) discordarão. Afinal eles
têm formulas - misticas, mas formulas- ou seja, receitas para determinado
fim. Eles trabalham sob o postulado de que a receita X faz o efeito Y,
sempre. Portanto é bem previsivel. (Livros de Magia)
Quanto a não ser explicável, o verbo é subjectivo.
É explicavel dentro da magia, como a quimica é explicada dentro da quimica e
a biologia é explicada pela biologia. Eu poderia dizer que o amor não é
explicável. Mas teria de dizer que não é explicável pelo quê. Pela ciencia
não é de certeza. E como o amor não é , tlv a magia não seja. Isso não que
dizer que não exista, ou funcione.

A magica sobrenatural tb não faz sentido, dado que ela é baseada naquilo que
a magia acha que é natural. Sobre-fisica, ou sobre-quimica tlv.
Sobre-natural, dificilmente.

Sérgio


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2003 16:36



> Um exemplo disso é a proposição dos Muitos Mundos de Everett. Ele afirma
que
> cada escolha em nível quântico implica na divisão do universo em dois. Um
> novo universo é gerado a cada uma dessas subdivisões, e até que algum
> observador colapse a função de onda, os universos permanecem sobrepostos.
>
> INteressante ? Muito. Instigante ?

Interessante mas não muito intrigante.
Nao tenho aqui o site, mas procurando no google por "many world faq" acho
que encontras.
Vais ver q aquilo que escreveste não é bem assim.
A explicação dos muitos mundos na realidade não explica nada. È apenas uma
forma de funcionar com a MQ. È um metodo de pensar, mais do que uma
"realidade"

> Demais; já inspirou vários cenários de ficcção científica.

Todos forjados segundo a fantasia e nunca com a fisica. contam-se pelos
dedos os filmes desse tipo que têm nivel verosimil.

>Realidade ? Ainda não podemos responder essa pergunta.
> Entretanto, a postulação do Everett tem uma falha fatal, de acordo com a
> maneira que vejo a ciência: ela não faz predições falseáveis que possam
> responder a questão de uma maneira ou de outra. Então, até que alguém
pense
> numa maneira de testar essa proposição, ela não passará de mera fantasia.
> Interessantíssima, mas fantasia.

Tb não precisas de ser tão frontal e descartar cedo demais :-))
Se pensares que é uma forma de pensar, de organizar as ideias, verás que não
tão má assim.
É louco, ou mal informado, quem pensa que essa teoria é explicação de alguma
coisa.

Sérgio


SUBJECT: BTD
FROM: Carlos Carlos <karlos_asj@yahoo.com>
TO: Ciencialist <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2003 16:39

Ia pessoal, tudo bem? Pra quem leu a edio desse ms da Americam Scientific Brasil, eu gostaria de destacar a importncia da matria sobre o Brasil Tech Day (BTD), visto que a realizao de um evento de tal porte de grande relevncia para que o reconhecimento cientfico internacional acerca do Brasil seja de maior. Eu penso que a maioria das pessoas que integram essa lista acompanham a edies da Americam Scientific Brasil, mas para quem ainda no teve tal oportunidade, o BTD foi um evento de divulgao de projetos cientficos brasileiros frente aos EUA, se destacando as pequisas desenvolvidas recentemente nas reas de energia, desenvolvimento de softwares e de novos materiais, principalmente pelo IPT, em parceria com a UNICAMP e USP.


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[As partes desta mensagem que no continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Placebo
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 16:40

Clark PA 2002 -- Placebo surgery for Parkinson's disease: do the
benefits outweigh the risks? J Law Med Ethics 30:58-68.

Placebo surgery in trials of therapy for Parkinson's disease. N Engl
J Med 342 (5): varios autores.

London AJ, Kadane JB 2002 -- Placebos that harm: sham surgery
controls in clinical trials. Stat Methods Med Res 11:413-27.

Recent debates over the use of sham surgery as a control for studies
of fetal tissue transplantation for Parkinson's disease have focused
primarily on rival interpretations of the US federal regulations
governing human-subjects research. Using the core ethical and
methodological considerations that underwrite the equipoise
requirement, we find strong prima facie reasons against using sham
surgery as a control in studies of cellular-based therapies for
Parkinson's disease and more broadly in clinical research.
Additionally, we believe that these reasons can be generalized to
apply to the use of other placebo controls that carry significant
risks of positive harms in and of themselves. As a result, our
arguments are centrally relevant to the emerging drive to subject
therapies with a surgical component to the same rigorous standards of
evaluation as those governing the approval of new pharmaceuticals.

Freeman TB, Vawter DE, Leaverton PE, Godbold JH, Hauser RA, Goetz CG,
Olanow CW 1999 -- Use of placebo surgery in controlled trials of a
cellular-based therapy for Parkinson's disease.
N Engl J Med 1999 341:988-92.

Raúl de la Fuente-Fernández, Thomas J. Ruth,Vesna Sossi, Michael
Schulzer, Donald B. Calne and A. Jon Stoessl 2001. Expectation and
Dopamine Release: Mechanism of the Placebo Effect in Parkinson's
Disease. Science 293(5532):1164-5.

Boa diversão,

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Física Quântica (Gell-Mann)
FROM: "brudna <lrb@iq.ufrgs.br>" <lrb@iq.ufrgs.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 16:56

(...)Era uma maneira de classificar os hádrons, ou as partículas
subatômicas relativamente pesadas, e o Caminho de Oito Camadas provou
ser o mais bem-sucedido de uma série de esquemas propostos mais ou
menos na mesma época. O termo se referia à maneira pela qual as
partículas poderiam ser agrupadas e foi extraído da idéia de Buda,
das oito virtudes que levam ao Nirvana. Gell-Mann ficou, mais tarde,
incomodado, quando o Caminho de Oito Camadass foi interpretado como
significado que a física contemporânea teria algum relacionamento
obscuro com a religião oriental. (...)

Retirado do livro Os 100 maiores cientistas da história.


Ateh
Luis Brudna





SUBJECT: Re: Física Quântica (Gell-Mann)
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 17:01

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "brudna <lrb@i...>" <lrb@i...>
> Gell-Mann ficou, mais tarde,
> incomodado, quando o Caminho de Oito Camadass foi interpretado como
> significado que a física contemporânea teria algum relacionamento
> obscuro com a religião oriental. (...)
>
> Retirado do livro Os 100 maiores cientistas da história.

Eles ficam brincando com fogo, isso q. da'. Deveriam saber a q.
caminhos levam essas brincadeiras.

Alguem achou q. 'Eva Mitocondrial' era um bom nome, deu no q. deu.

Einstein achou de bom espirito falar q. 'Deus nao joga dados', tbm
deu no q. deu.

Sempre q. fazem essas referencias de modo despudorado vem porcaria a
reboque.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Física Quântica
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 17:09

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> Capra pretende um monte de coisas. Não faz nem uma - fundar uma
nova
> religião - nem outra - revitalizar as ciências com seu tal de Tao -
> nem uma terceira - integrar os dois campos de modo coerente.

É vero... Não gosto de Capra. E li e gostei muito do seu paralelo
entre Däniken e Capra no OI. Muito sugestivo... você os enquadra
como aproveitadores. Aliás, Däniken fez verão com o que Sitchin
havia proposto antes dele.


> Tipler e' um deslumbrado, mas ser um deslumbrado nao e' pecado. O
> problema dele e' embarcar na mesma onda pseudo-teologica de Goswami
e
> cia. Sera' q. se cansou de ver tta gente lucrando?



Essa coisa de vender ciência com roupagem New Age é furada. Um dia
eles acordam... mas até lá, muita água terá passado no moinho. Quem
sabe se alguma pesquisa mais ao gosto científico não permita que
alguns fios soltos se unam e haja alguma base mais sólida para a GUT
além das supercordas?



> Juntar todos eles apenas pelo fato de defenderem posicoes fora do
> senso comum e' injusto -- com essa base podemos colocar boa parte
dos
> internos das instituicoes psiquiatricas no mesmo balaio, bem como
os
> membros da comissao de orcamento do congresso nacional.



Mas digamos que todos eles que citei defendam aspectos da "mesma
coisa". Uns são mais idealistas que outros mas não vejo a todos eles
como pessoas pretendendo vender ciência como misticismo. Vejo todos
os que enumerei como pessoas que pretendem dar respostas a perguntas
ainda mal formuladas.


> O criterio a ser usado e' menos uma possivel semelhanca superficial
> da forma do q. dizem do q. as profundas diferencas metodologicas q.
> empregam para justificar seus pontos de vista. Do contrario e'
juntar
> Ed Wood e Eisentein (o do Encouraçado Potemkin) na base do: sao
todos
> cineastas. Ou juntar Tiao Macale' e Christina Aguillera em um
> concurso de beleza na base do: sao todos /Homo sapiens/. Ou juntar
> Christina Aguillera e Fiona Apple na base do: sao todas cantoras.

Não conheço a obra de nenhum desses que você enumera, não posso
opinar...


> > E ele escreveu bons livros com títulos bastante sugestivos: The
> > Mind of God, Other Worlds, God and the New Physics, The Edge of
> > Infinity, The Cosmic Blueprint, Are We Alone? The Fifth Miracle,
> > The Last Three Minutes, About Time, e How to Build a Time
Machine.
>
> Mais sugestivo ainda e' o q. esta' escrito. Nada da linha blablabla
> noveval de Capra, Goswami e cia.


Sim, Bohm como físico é um ótimo filósofo.


> > Particularmente eu não acho que colocá-los todos juntinhos assim
> > seja capaz de gerar algum problema.
>
> Gera e um monte: iguala ciencia a bobagens da Nova Era. Ate' hj nao
> vi ninguem produzir energia util com meditacao embaixo de uma
> piramide de vidro.


Nem eu.



> > Infelizmente nada ao gosto dos xiitas.
>
> 'Xiitas' se definem como? Espero q. nao seja simplesmente como
> aqueles q. defendem pontos de vista contrarios aos seus. Alias,
seria
> um outro sinonimo de 'pessoas de mente fechada', 'idiotas
dogmaticos'
> e coisas afins.

Nã... sem apelação. Digamos que xiitas seriam os que se enquadram
no time dos contra tudo isso que eu acho que está dentro do mesmo
balaio, envolvendo desde flutuações quânticas a memes. Até que se
prove o contrário, a realidade última é apenas esta que se vive
individualmente e ponto final, esta que cada um percebe e vive por si
mesmo. O mais, a expeculação, a tentativa de explicar tudo, os
pontos de vista discordantes, o desejo de estar com a razão ou ao
lado da razão são meros paramentos.


> Eqto nao resolve, pra mim nao se poem como genio: sem querer podar
o
> seu direito de considera'-lo como tal. Ser matematicamente coerente
e
> ter fundamento cientifico sao coisas muito distintas: sem estar a
> dizer q. as elocubracoes de Deustch nao tenham fundamento.


Segredo: eu digo gênio mas estou dizendo outra coisa... no meu
diagnóstico ele é paranóico.

Beijos, Lígia



SUBJECT: John Wheeler e a Experiência da Dupla Fenda
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br> <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 17:19

Oi Colucci e lista,

Colucci, citando Feynmann: "toda a mecânica quântica está resumida na
experiência da fenda dupla".

Manuel: Gostaria que algum físico da lista comentasse a versão de
John Wheeler da experiência da dupla fenda, que corroboraria a
hipótese de que o observador consciente pode criar retroativamente a
realidade que o gerou.

Sobre isso, vejamos o que escreveu Paul Davies: "Em 1979, Jhon
Wheeler, durante um simpósio realizado em Princeton para celebrar o
centenário de Einstein, tirou uma conclusão irônica ainda mais
perturbadora desta experiência das duas fendas. Notou que, fazendo
uma pequena modificação no aparelho, seria possível adiar a escolha
da estratégia de medição até 'depois' de o fotão ter passado através
do ecrã. A nossa decisão de constituir um mundo híbrido pode assim
ser retardada até depois de esse mundo ter começado a existir! A
natureza precisa da realidade, afirma Wheeler, tem de esperar pela
participação de um observador consciente. Desta forma, a mente pode
ser responsabilizada pela criação retroativa da realidade -- mesmo de
uma realidade que já existia antes de haver gente. Esta é a causação
retroativa."

[]s,
Manuel Bulcão




SUBJECT: Re: Física Quântica (Gell-Mann)
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 17:25

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "brudna <lrb@i...>" <lrb@i...>
escreveu
> (...)Era uma maneira de classificar os hádrons, ou as partículas
> subatômicas relativamente pesadas, e o Caminho de Oito Camadas
provou
> ser o mais bem-sucedido de uma série de esquemas propostos mais ou
> menos na mesma época. O termo se referia à maneira pela qual as
> partículas poderiam ser agrupadas e foi extraído da idéia de Buda,
> das oito virtudes que levam ao Nirvana. Gell-Mann ficou, mais
tarde,
> incomodado, quando o Caminho de Oito Camadass foi interpretado como
> significado que a física contemporânea teria algum relacionamento
> obscuro com a religião oriental. (...)
>
> Retirado do livro Os 100 maiores cientistas da história.


Essa do Caminho Óctuplo de Buda inserido na MQ é terrível... mas
problemas com interpretação acontecem. O que eu vejo que se deve
evitar a todo custo é buscar a união de duas polaridades de
raciocínio à força, coisa que parece estar acontecendo nesse caos
ideológico da atualidade.

Ciência e misticismo são manifestações racionais de seres que se
tomam por racionais. Defender uma ou outra vertente é válido para
quem assume a idéia de que defender pontos de vista é como defender
times de futebol, só que infelizmente nesse caso quem se
afirma "místico" é corintiano e quem se afima "científico" é torcedor
da fiel.

No final, tudo o que resta é uma frase de para-brisas: "Deus é fiel"
e há lugar para corintianos e torcedores da fiel na mesma
arquibancada. Mas até essa compreensão... :/


Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2003 17:40

Olá Sergio..:-)

A magia não é previsivel no sentido de ser possivel testar suas previsões. Mesmo adpetos da magia sabem que, nem sempre, ela funciona e tem de lidar com isso ajustando seus discursos, não os experimentos ou os estudos. A receita X "deveria" provocar o efeito Y sempre, mas... Se a receita para se fazer amar por determinada pessoa nào funcionou, então ou a pessoa fez uma contra-receita mais forte, ou outra pessoa fez, ou quem aplicou a receita não o fez corretamente ou a pessoa já está apaixonada mas ainda não sabe disso, ou... Indefinidamente e sem controle de variáveis..:-)

Por outro lado, as previsões das Leis da Termodinamica são precisas e previsiveis. Tanto que, ao se encontrar um resultado conflitante, passa-se a procurar a variavel que está incorreta e, até o momento, sempre se encontra (ainda não se construiu um moto-perpetuo, que vai "destruir" a termodinamica..:)

Claro que um adepto da magia acredita ser uma questão de causa e efeito assim como um religiosos acredita que seus deus o ouve quando ora. Mas não é assim que a "crença" na ciência funciona. Não são dois lados da mesma moeda..:-) Mesmo um religioso ou mágico pode verificar as conclusões (e não crenças) da ciencia como leis da gravitacao e termodinamica, DNA e metabolismo biológico, mas não pode fazer o mesmo com suas "receitas" e crenças. Apenas nesse sentido eu usei a previsibilidade.

Quanto a explicar ou não, há mais de um modo de definir isso, com certeza. Uma explicação pode ser interessante, bem estruturada, ricamente ilustrada e perfeitamente compreensivel e ainda assim, totalmente falsa, no sentido de realidade fisica..:-) A genese biblica é tudo isso, mas não tem nenhuma evidencia de ser real ou ter acontecido como relatado..:-) A matematica da gravitacao é tudo isso e ainda mais, é real. Suas previsões, como planetas não visiveis que devem se encontrar em determinada posição do espaço (e que são, com a tecnologia avançando, visiveis exatamente onde deveriam estar - Urano, Plutão) e motores a explosão usando a termodinamica para mover veículos.

Então, concordo em parte com sua colocação, mas não me parece ser uma questão de "explicado pelo quê", se pela magia ou pela ciência. Não há esta dicotomia ou é uma falsa dicotomia. A questão é se a explicação diz respeito ao mundo fisico e pode ser testada ou não.

Eu posso fazer um motor responder a previsões de leis cientificas e mesmo o adepto da magia terá de levar isso em conta (mesmo que nào leve e seja extremamente teimoso, ainda assim o motor o levará de um lugar ao outro, quer ele acredite nele ou não..:-), mas o adepto da magia não pode fazer o mesmo com suas receitas..:-) Posso pensar em diversos testes que levarão a magia dele a falhar (magias são quase sempre timidas, o "shy efect", não gostam de serem observadas por céticos..:-) e o Randi dará a ele 1 milhão de dolares se ele conseguir passar nos testes, mas ele, o magico, não pode fazer o mesmo com as leis da fisica (não sem antes estudar muito e revolucionar a fisica atual, o que, na minha opinião, seria ótimo..:-) Mas ai, a revolução seria compreensivel, novos dados seriam acrescentados ao que já sabemos e a nova fisica seria parte da fisica classsica mais uma vez..:-)

Pelo que se pode testar, o universo pode ser auto-consciente e amoroso, ou ter sido criado pelos trolls que vivem no subsolo, ou ser um produto da mente dos alienigenas raelianos, tanto faz..:-) Não podemos comprovar, testar ou falsear qualquer dessas hipoteses... Fico então confortável em deixa-las de lado até que algo mais sólido ou com mais evidencias surja..:-)

Um abraço.

Homero

----- Original Message -----
From: Sergio M M Taborda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, April 22, 2003 4:26 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica



----- Original Message -----
From: "Oraculo"

>Mas nào é mágica..:-) A mágica é sobre natural e nào explicável ou
previsivel. A fisica é, pelo >menos a parte que conhecemos até agora..:-)

Aposto que os adeptos da Magia (não do Ilusionismo) discordarão. Afinal eles
têm formulas - misticas, mas formulas- ou seja, receitas para determinado
fim. Eles trabalham sob o postulado de que a receita X faz o efeito Y,
sempre. Portanto é bem previsivel. (Livros de Magia)
Quanto a não ser explicável, o verbo é subjectivo.
É explicavel dentro da magia, como a quimica é explicada dentro da quimica e
a biologia é explicada pela biologia. Eu poderia dizer que o amor não é
explicável. Mas teria de dizer que não é explicável pelo quê. Pela ciencia
não é de certeza. E como o amor não é , tlv a magia não seja. Isso não que
dizer que não exista, ou funcione.

A magica sobrenatural tb não faz sentido, dado que ela é baseada naquilo que
a magia acha que é natural. Sobre-fisica, ou sobre-quimica tlv.
Sobre-natural, dificilmente.

Sérgio

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SUBJECT: Re: Física Quântica
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 17:50

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese >
você os enquadra como aproveitadores.

Mistificadores.

> sabe se alguma pesquisa mais ao gosto científico não permita que
> alguns fios soltos se unam e haja alguma base mais sólida para a
> GUT além das supercordas?

Teorias como as supercordas sao derivadas de outras mais ou menos bem
estabelecidas -- fazem alguns suposicoes e se vê onde dao. Mas elas
dependem de testes. Nao se propoem como *a* teoria em si mesma.

> Mas digamos que todos eles que citei defendam aspectos da "mesma
> coisa".

Nao defendem o mesmo aspecto -- a coisa e' apenas o q. eles entendem
por universo. Mas o principal e' *como* eles defendem tais pontos de
vista.

> Uns são mais idealistas que outros mas não vejo a todos eles
> como pessoas pretendendo vender ciência como misticismo.

Todos nao. So' Tipler, Goswami e Capra da lista q. vc citou.

> Vejo todos os que enumerei como pessoas que pretendem dar respostas
> a perguntas ainda mal formuladas.

Ha' a questao de *como* eles prentedem responder a isso.

> > Ed Wood e Eisentein (o do Encouraçado Potemkin) na base do: sao
> > todos cineastas. Ou juntar Tiao Macale' e Christina Aguillera em
> > um concurso de beleza na base do: sao todos /Homo sapiens/. Ou
> > juntar Christina Aguillera e Fiona Apple na base do: sao todas
> > cantoras.
>
> Não conheço a obra de nenhum desses que você enumera, não posso
> opinar...

Ed Wood apresentado por vezes como o pior cineasta de todos os
tempos. Fazia filmes B de terror e friccao cientifica. Amigo de Bela
Lugosi.

Sergei Eisentein por outro lado e' tido como um dos genios do cinema
mudo e do cinema de todos os tempos. A cena classica do carrinho de
bebe rolando a escadaria seria copiada ('homenageada') em 'Os
Intocaveis', alem de um sem-numero de referencias em incontaveis
filmes.

Tião Macalé, humorista brasileiro (se não me engano, já falecido),
autor do célebre bordão 'tchan, nojento!'. Coadjuvante no
humorístico 'Os Trapalhões', não exatamente por sua beleza apolínea.

Christina Aguillera, uma cantona bonita q. não chega a ser uma bela
cantora. (Creio q. se aventurou em alguns filmes.) Ao q. parece o
Clube do Mickey nos legou algumas bombas como a própria e a Britney
Spears. Infelizmente voz e talento não dependem da beleza exterior.
Embala constantemente trilhas de novela e pinta nas paradas
videoclípticas, não exatamente por seu talento musical.

Fiona Apple, sua aparência esquizóide não chega a ser empolgante.
Mas, graças a deus, voz e talento não dependem de beleza exterior.
Não chega a ser, claro, uma Ella Fitzgerald, nem uma Joan Osborne,
mas canta pra caraca: em tom mignon como condiz com seu tipo físico
raquítico -- está pro espírito deprê de Noviorque como Sheryl Crow
está pro espírito deprê de ressaca de heroína na Califórnis.

> Segredo: eu digo gênio mas estou dizendo outra coisa... no meu
> diagnóstico ele é paranóico.

Se bem q. paranóia não seja incompatível com genialidade, ainda q.
não seja tampouco um pré-requisito, como os aderentes da teoria
do 'eu contra o mundo' sói acharem.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Física Quântica (Gell-Mann)
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 17:56

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> Ciência e misticismo são manifestações racionais de seres que se
> tomam por racionais.

O misticismo na verdade nega o racionalismo. E' um belo balaio de
gatos q. engloba todas as filosofias q. pregam o conhecimento do
transcendental pelo contato direto com instancias superiores -- sem
mediacao do racional, q. em muitas apresentacoes e' tido como uma das
armadilhas para se obter o verdadeiro conhecimento.

> times de futebol, só que infelizmente nesse caso quem se
> afirma "místico" é corintiano e quem se afima "científico" é
> torcedor da fiel.

Se fosse assim nao teria tto problemas, ja' q. a Fiel
e' 'curintiana' -- fiel e' o apelido da torcida mosqueteira, Gavioes
da Fiel e' uma das torcidas organizadas do corinthians.
A minha porcao machista diria: 'isso q. da' mulé falá de futibou'.
Ainda bem q. nao tenho porcao machista.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: John Wheeler e a Experiência da Dupla Fenda
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 18:22

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Manuel Bulcão
> Manuel: Gostaria que algum físico da lista comentasse a versão de
> John Wheeler da experiência da dupla fenda, que corroboraria a
> hipótese de que o observador consciente pode criar retroativamente
> a realidade que o gerou.

http://spiff.rit.edu/classes/phys314/lectures/dual4/dual4.html

Y.H. Kim, R. Yu, S.P. Kulic, Y.H. Shih, and M.O. Scully 2000 --
Delayed Choice Quantum Eraser, Phys. Rev. Lett. 84, 1

http://www.npl.washington.edu/npl/int_rep/tiqm/TI_40.html#4.2

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: O Pesadelo de Janstrow
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br> <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 18:43

Oi,

A tarefa da ciência experimental é explicar "como" a Natureza é. No
entanto, a ciência empírica não consegue abordar questões do
tipo "por quê?"; como, por exemplo, "por que o universo é como é?"
ou "por que há algo e não nada?". Perguntas como estas, nós a
julgamos fundamentais, embora as respostas que podemos dar a elas
tenham mais um valor estético do que de verdade.

Pensando nessa incapacidade da ciência de abordar questões do
tipo "por quê?", o astrofísico Robert Janstrow teve um pesadelo, que
ele descreveu em seu livro "God and the Astronomers". O sonho foi o
seguinte: "Ele [o cientista] escalou as montanhas da ignorância, está
quase conquistando os picos mais altos e, quando galga o rochedo
final, é saudado por um bando de teólogos ali sentados há séculos."

Acho temível quando religiosos tentam explicar através de sua
mitologia aquelas questões que as ciências empíricas podem
perfeitamente abordar. Mas não vejo muito problema quando filósofos
ou mesmo teólogos se valem dos resultados das ciências para construir
hipóteses ontológicas (ou mesmo para corroborar mitos cosmogônicos
milenares) sobre o Por quê do Mundo. Afinal, eles estão apenas nos
fornecendo, com base nos resultados sempre transitórios das ciências
(atribuindo algumas características do fóton, a incerteza e o seu
caráter dual, ao universo como um todo) aquilo que o método empírico
das ciências não nos pode dar.

[]s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Off-topic: Física Quântica - xiitas
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 19:14

At 19:25 22/04/03 +0000, you wrote:
>--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> > Infelizmente nada ao gosto dos xiitas.
>
>'Xiitas' se definem como? Espero q. nao seja simplesmente como
>aqueles q. defendem pontos de vista contrarios aos seus. Alias, seria
>um outro sinonimo de 'pessoas de mente fechada', 'idiotas dogmaticos'
>e coisas afins.

Oi. Tenho visto as pessoas referirem-se a xiitas como sinônimo de
radicais extremados, assim como a beócios e capadócios como idiotas ou
estúpidos.

Isso me incomoda um pouco (leia-se "muito"). Arrisco parecer
agressivo, mas, como nunca vi isso escrito em lugar nenhum, sinto-me na
obrigação de dizê-lo: Os xiitas podem se autodefinir como seguidores de uma
versão mais ortodoxa do islamismo, mas nem por isso precisam ser
identificados com o radicalismo extremado que caracterizou a revolução de
Khomeini no Irã ou os grupos terroristas do Líbano. Aliás, os próprios
xiitas estão pressionando o governo iraniano a flexibilizar o regime. Os
xiitas são um conjunto de seguidores de seitas do islamismo, ao lado dos
sunitas. Nem todos querem matar infiéis. São um povo. Não são um
impropério. É um vício que foi introduzido pela mídia mundial, mas ao qual
devemos resistir.

É incrível como a guerra causa divisões entre os povos. Até os não
atingidos diretamente por ela tendem a polarizar as coisas. Mas sabemos que
nem todos os russos são stalinistas, nem todos os alemães são nazistas e
nem todos os estado-unidenses são "bushistas". Na época do conflito entre
Equador e Peru, acho que em 95, um amigo meu peruano, muito pacífico, amigo
e inteligente, surpreendeu-me chamando raivosamente os equatorianos - todos
eles - de "macacos". Finda a guerra, voltou a tratá-los tão bem quanto
sempre tratou todos os seus amigos...

Assim, também, deploro que alguém tão culto como o FHC tenha se
referido a beócios e capadócios para querer dizer algo como idiotas ou
estúpidos, já que beócios e capadócios são os habitantes das respectivas
regiões da Ásia Menor.

Belisário



SUBJECT: Re: John Wheeler e a Experiência da Dupla Fenda
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br> <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 19:15

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"


> http://spiff.rit.edu/classes/phys314/lectures/dual4/dual4.html
>
> Y.H. Kim, R. Yu, S.P. Kulic, Y.H. Shih, and M.O. Scully 2000 --
> Delayed Choice Quantum Eraser, Phys. Rev. Lett. 84, 1
>
> http://www.npl.washington.edu/npl/int_rep/tiqm/TI_40.html#4.2

Manuel: Foi essa discussão sobre mecânica quântica e misticismo que
me fez pensar na experiência de John Wheeler e, também, numa novela
do escritor brasileiro Sérgio Sant'Anna, A Senhorita Simpson, em que
o autor fala de uma seita mística oriental que postula a inexistência
de Deus, pelo menos por enquanto. Isto é, "Ele (Deus) está sendo
gerado, muito aos poucos, por todas as energias atuantes no Universo,
inclusive aquelas que emanam de nós." À pergunta "mas se Deus ainda
não existe, quem criou este Universo anterior a Deus?", seus fiéis
respondem: — "Ele mesmo... Deus, depois de pronto, terá criado todo o
passado que O gerou."

Verossímil não é, mas que há alguma beleza nesta versão, isso eu não
posso duvidar. :-)

[]s
Manuel Bulcão

"O meu materialismo não me bitola" (Jorge Amado)



SUBJECT: Re: [ciencialist] O Pesadelo de Janstrow
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2003 20:57

Olá Manuel

Não há nenhum problema em deixar que filósofos e religiosos criem explicações misticas ou transcedentais para nosso univeros ou para perguntas como de onde viemos, para onde vamos, etc. Não creio que haja resposta para elas ou que precisem de resposta, podem muito bem ser apenas isso, não viemos de lugar nenhum, somos apenas o efeito colateral (consciencia) do desenvolvimento evolucionário do cérebro, como mecanismo de sobrevivencia. mas, nada impede que se crie ou imagine outras respostas.

Mas há um problema com essa colocação, que sempre aparece na falsa questão da dicotomia ciência/misticismo. Entre duas hipoteses cientificas pode-se escolher uma delas como mais precisa ou mesmo mais real. Estudos posteriores podem acrescentar mais dados, mas em geral podemos testar e verificar o "como" de cada questão. Mas isso não é possível com as respostas misticas ao "porque". As respostas são excludentes e não testáveis.

Então, como decidir se o universo é o que é pelos motivos budistas, catolicos, islamicos, animistas, judaicos, mediunicos, etc, etc? Ou mesmo, será que o universo não é o relatado em O Senhor dos Aneis ou no Mahabrata indu? Ou os gregos antigos estavam certos e o universo é controlado por deuses no olimpo, criado do caos por Gaia e Saturno? Ou a cosmogonia celta? Ou Odim, ou Tupã?

Não há, relamente, muita diferença entre o universo-autoconsciente de Goswami e o universo animico de tribos africanas no que tange a evidencia ou possibilidade de testar a falibilidade dos dois. Escolher uma delas como resposta para o 'porque' do universo, em que pese o uso da MQ por Goswami, é apenas uma questão de fé mesmo..:-)

Se o método empírico nào pode nos dar uma resposta, as respostas dadas sem ele também não ajudam muito e são perfeitamente descartaveis. Não vou deixar de ler Tolkiem por causa disso, mas passar a acreditar que é a resposta para a origem do universo é um pouco prematuro..:-)

Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: Manuel Bulcão
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, April 22, 2003 6:43 PM
Subject: [ciencialist] O Pesadelo de Janstrow


Oi,

A tarefa da ciência experimental é explicar "como" a Natureza é. No
entanto, a ciência empírica não consegue abordar questões do
tipo "por quê?"; como, por exemplo, "por que o universo é como é?"
ou "por que há algo e não nada?". Perguntas como estas, nós a
julgamos fundamentais, embora as respostas que podemos dar a elas
tenham mais um valor estético do que de verdade.

Pensando nessa incapacidade da ciência de abordar questões do
tipo "por quê?", o astrofísico Robert Janstrow teve um pesadelo, que
ele descreveu em seu livro "God and the Astronomers". O sonho foi o
seguinte: "Ele [o cientista] escalou as montanhas da ignorância, está
quase conquistando os picos mais altos e, quando galga o rochedo
final, é saudado por um bando de teólogos ali sentados há séculos."

Acho temível quando religiosos tentam explicar através de sua
mitologia aquelas questões que as ciências empíricas podem
perfeitamente abordar. Mas não vejo muito problema quando filósofos
ou mesmo teólogos se valem dos resultados das ciências para construir
hipóteses ontológicas (ou mesmo para corroborar mitos cosmogônicos
milenares) sobre o Por quê do Mundo. Afinal, eles estão apenas nos
fornecendo, com base nos resultados sempre transitórios das ciências
(atribuindo algumas características do fóton, a incerteza e o seu
caráter dual, ao universo como um todo) aquilo que o método empírico
das ciências não nos pode dar.

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SUBJECT: Re: Física Quântica
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 21:23

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> > Mas digamos que todos eles que citei defendam aspectos da "mesma
> > coisa".
>
> Nao defendem o mesmo aspecto -- a coisa e' apenas o q. eles
entendem
> por universo. Mas o principal e' *como* eles defendem tais pontos
de
> vista.

Bem... "Defender aspectos da mesma coisa" não é o mesmo
que "defender mesmos aspectos da coisa"... :) E o *como* místicos
defendem seus aspectos diverge ligeiramente do jeito como cientistas
defendem seus aspectos. Digamos que enquanto uns se dedicam aos
detalhes palpáveis, no caso dos científicos, outros tentam abranger o
máximo com o pouco de que disponham, no caso dos místicos, memso que
algumas vezes, com bases científicas atualmente.



> > Uns são mais idealistas que outros mas não vejo a todos eles
> > como pessoas pretendendo vender ciência como misticismo.
>
> Todos nao. So' Tipler, Goswami e Capra da lista q. vc citou.


Esses 3, segundo você, estão mistificando a ciência. Mas eu vejo
tal "mistificação" como tentativa de buscar por respostas a perguntas
mal formuladas. E isso os remete ao time completo de "tentadores"
que em alguns casos conseguem formular hipóteses palpáveis.


> > Vejo todos os que enumerei como pessoas que pretendem dar
respostas
> > a perguntas ainda mal formuladas.
>
> Ha' a questao de *como* eles prentedem responder a isso.



Uns dirão: não sei. Outros disporão de calhamaços de calculeira
braba e dirão ao final: contentem-se com isto. O causo é que o
universo é muito mais complicado que qualquer coisa que se tente
sequer formular.


> Ed Wood apresentado por vezes como o pior cineasta de todos os
> tempos. Fazia filmes B de terror e friccao cientifica. Amigo de
Bela
> Lugosi.
>
> Sergei Eisentein por outro lado e' tido como um dos genios do
cinema
> mudo e do cinema de todos os tempos. A cena classica do carrinho de
> bebe rolando a escadaria seria copiada ('homenageada') em 'Os
> Intocaveis', alem de um sem-numero de referencias em incontaveis
> filmes.
>
> Tião Macalé, humorista brasileiro (se não me engano, já falecido),
> autor do célebre bordão 'tchan, nojento!'. Coadjuvante no
> humorístico 'Os Trapalhões', não exatamente por sua beleza apolínea.
>
> Christina Aguillera, uma cantona bonita q. não chega a ser uma bela
> cantora. (Creio q. se aventurou em alguns filmes.) Ao q. parece o
> Clube do Mickey nos legou algumas bombas como a própria e a Britney
> Spears. Infelizmente voz e talento não dependem da beleza exterior.
> Embala constantemente trilhas de novela e pinta nas paradas
> videoclípticas, não exatamente por seu talento musical.
>
> Fiona Apple, sua aparência esquizóide não chega a ser empolgante.
> Mas, graças a deus, voz e talento não dependem de beleza exterior.
> Não chega a ser, claro, uma Ella Fitzgerald, nem uma Joan Osborne,
> mas canta pra caraca: em tom mignon como condiz com seu tipo físico
> raquítico -- está pro espírito deprê de Noviorque como Sheryl Crow
> está pro espírito deprê de ressaca de heroína na Califórnis.


E pensar que essas pessoas não fazem falta no meu mundo mas podem ser
razão de vida ou morte para o mundo de outras pessoas... pois
é... :)


> > Segredo: eu digo gênio mas estou dizendo outra coisa... no meu
> > diagnóstico ele é paranóico.
>
> Se bem q. paranóia não seja incompatível com genialidade, ainda q.
> não seja tampouco um pré-requisito, como os aderentes da teoria
> do 'eu contra o mundo' sói acharem.

Nem me fale... fui intimada a ir amanhã prestar depoimento na
delegacia de polícia a respeito de um vizinho que tinha um papagaio
que o chamava muito alto de manhã com um sonoro CAFÉ!!! e seguia
imitando sirene de ambulância enquanto ele regava as plantas do outro
lado da rua: a vizinha do lado que se mudou há apenas 2 meses
resolveu processá-lo por causa do bichinho. Ela, resolveu também que
os gatos da vizinha que morreu e que eu alimento aqui em casa estão
atrapalhando a ordem do ambiente ideal que ela requer para si...
além dela ter dado fim num cachorro que eu cuidava mas que era da rua
e que foi gentilmente carregado para a "fábrica de sabão" por obra e
graça dessa dona. Eu vivo aqui há 14 anos e tratei, junto com outros
vizinhos de dois cachorros da rua durante 8 anos e eles morreram de
velhice. Tomavam conta da mata inteira na frente de casa que de
outra forma viraria um local ideal para puxadores de maconha e
refúgio de ladrões fugitivos. A solução da dona: cortar as árvores
e fazer um condomínio. Paranóia: eu cuido de animais sem dono só
para incomodá-la, o vizinho tinha um papagaio com registro no IBAMA
para atrapalhá-la... a vizinha da esquina tem um filho de 6 meses
que chora só para tirá-la do sério... as árvores da mata são
aterradoras à noite... o mundo é contra ela!

Pergunta: será que se pode processar alguém por quebrar a harmonia
de uma vizinhança que sempre teve um bom relacionamento com plantas,
animais e a existência mútua?

Beijos, Lígia

PS: Detalhe: ela é burra... não é gênio, apesar de paranóica... :)
PS2: Desculpe o OFF... mas eu tinha que perguntar.



SUBJECT: Re: [ciencialist] Off-topic: Física Quântica - xiitas
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2003 21:33

Olá

Colocar todas as coisas de forma bipolar é mesmo irritante e quase sempre incorreto, as relações entre pessoas, nações, grupos e culturas é sempre mais complexa que isso. Mas é um excesso de politicamente correto implicar com o significado das palavras, que perdem seu sentido original de origem com a avanço do tempo e da linguagem.

Xiitas é realmente tudo o que colocou, mas adquiriu um significado mais próximo de fanatico e isso é um fato, não um mau uso da palavra. Assim como assassinos era uma tribo do tempo das cruzadas (ok, especializada em mortes rituais, mas o sentido mudou bastante hoje..:-), béocio e capadócio são origens geograficas mas com o sentido, há decadas, de tolo ou cretino.

E mesmo cretino deriva de uma doença da tiroide, o bócio, que pode provocar retardamento mental, o cretinismo, de onde tirou o sentido pejorativo de estúpido e idiota. E idiota é o contrário de politico (o que cuida das coisas da cidade, polis) e significa o que cuida apenas de suas próprias coisas ou negocios, id.

Parece evidente que o sentido da frase explica uso de xiita. ao ler no jornal que "xiitas iraquianos se desentenderam com sunitas do norte quanto ao poder em Basra" é de um grupo étinico. Mas, "xiitas do PT atacam a reforma agraria e o compromisso com o FMI" o sentido é de fanatico ou radical. Não há engano nem ofensa ao grupo original.

Sem a apropriação de palavras e sentidos, que variam com o tempo, uma lingua fica parada e, com o tempo, morre. Não há palavras ou sentidos novos em latim (bela lingua alias..:-) O deputado Aldo Rebelo tem um projeto de lei que pretende multar, punir e mesmo prender quem usar palavras estrangeiras. Isso pode causar um dano tão grande a lingua (softwares no "estado da arte" em ingles terão de esperar por uma tradução para serem usados, com todo atraso e perda de produtividade que isso pode causar) e lanchonetes seriam multadas por venderem "x-salads" (http://www.atibaia.com.br/coluna_anterior1_2002.asp?select=59).

Perseguir palavras como culpadas do preconceito ou da discordia entre as pessoas me parece um tanto demais. Judiar já foi um derivado de judeu, mas há bastante tempo que ninguem pensa nessa origem ao protestar contra a judiação de animais ou pessoas..:-)

Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: Roberto Belisário
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, April 22, 2003 7:14 PM
Subject: [ciencialist] Off-topic: Física Quântica - xiitas


At 19:25 22/04/03 +0000, you wrote:
>--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> > Infelizmente nada ao gosto dos xiitas.
>
>'Xiitas' se definem como? Espero q. nao seja simplesmente como
>aqueles q. defendem pontos de vista contrarios aos seus. Alias, seria
>um outro sinonimo de 'pessoas de mente fechada', 'idiotas dogmaticos'
>e coisas afins.

Oi. Tenho visto as pessoas referirem-se a xiitas como sinônimo de
radicais extremados, assim como a beócios e capadócios como idiotas ou
estúpidos.

Isso me incomoda um pouco (leia-se "muito"). Arrisco parecer
agressivo, mas, como nunca vi isso escrito em lugar nenhum, sinto-me na
obrigação de dizê-lo: Os xiitas podem se autodefinir como seguidores de uma
versão mais ortodoxa do islamismo, mas nem por isso precisam ser
identificados com o radicalismo extremado que caracterizou a revolução de
Khomeini no Irã ou os grupos terroristas do Líbano. Aliás, os próprios
xiitas estão pressionando o governo iraniano a flexibilizar o regime. Os
xiitas são um conjunto de seguidores de seitas do islamismo, ao lado dos
sunitas. Nem todos querem matar infiéis. São um povo. Não são um
impropério. É um vício que foi introduzido pela mídia mundial, mas ao qual
devemos resistir.

É incrível como a guerra causa divisões entre os povos. Até os não
atingidos diretamente por ela tendem a polarizar as coisas. Mas sabemos que
nem todos os russos são stalinistas, nem todos os alemães são nazistas e
nem todos os estado-unidenses são "bushistas". Na época do conflito entre
Equador e Peru, acho que em 95, um amigo meu peruano, muito pacífico, amigo
e inteligente, surpreendeu-me chamando raivosamente os equatorianos - todos
eles - de "macacos". Finda a guerra, voltou a tratá-los tão bem quanto
sempre tratou todos os seus amigos...

Assim, também, deploro que alguém tão culto como o FHC tenha se
referido a beócios e capadócios para querer dizer algo como idiotas ou
estúpidos, já que beócios e capadócios são os habitantes das respectivas
regiões da Ásia Menor.

Belisário


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2003 22:13


----- Original Message -----
From: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, April 22, 2003 5:40 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica


>Olá Sergio..:-)

Oi

A sua exposição precede , e eu concordo. Mas simplesmente me causa aflição
separar tão dráticamente as coisas.
Falas da "matemática da gravitação" como uma realidade.
Pois na minha optica a realidade é inacalsável em si mesma. A matemática da
gravitação, - eu diria a fisica da gravitação - é o que temos mais perto da
realidade, mas é errado pensar que aquilo que sabemos é a realidade. A
natureza sempre nos mostra que não é.
A descoberta dos planetas exteirores sempre foi a natureza dizendo que não
conhecemos a realidade. A fisica atomica idem. Nós não conhecemos a
realidade, e temos que ser humildes e conscientes disso.
Agora, as ciencias canonicas - fisica, quimica, etc... baseiam-se na
observação. Mas na observação de quê ? Da realidade ? Não. Nenhum cientista
que saiba o que está a fazer, dirá jamais que observa a realidade. Ele
observa fenómenos. Estuda-os e intrepreta-os.
Intrepreta-os. Essa é a chave. È ai que ele busca a realidade. Mas ele nunca
a encontra.
Se eu perguntar "o que é um campo electrico" ninguem poder responder. Nem a
matemática nem a fisica sabem o que é. Sabem descrevê-lo, prevê-lo, mas não
sabem o que é.
O magico -o verdadeiro- actua de forma inversa ele procura a realidade
intima e a prevê e controla. É isso que é um mágico. E é isso que ninguem
acredita que exista. Um mágico é alguem que manipula a realidade. E isso a
ciencia não sabe aceitar pq ela não sabe o que a realidade é. Não é possivel
conhecer a realidade observando. Mas pode ser possivel imaginando-a ou
criando-a.
Claro que ninguem acredita que isso seja possivel, mas tb ninguem pode
provar que não pode ser feito.

Resumindo, magia não existe, mas a matemática tb não é a realidade.

Sérgio



SUBJECT: Re: Off-topic: Física Quântica - xiitas
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 22:22

Belisario,

Sem a pretensão de parecer alguém disposta a dar início a ( outro?)
incidente internacional, já ouvi há uns 20 anos numa pegadinha
imbecil que "xiita" era a "maacaca do Taarzan", mas nem por isso
achei que tais pessoas que são rotuladas de xiitas faziam parte de
algum show de TV... Confesso que, desde aquela época dos problemas
com o Irã, a idéia de extremista como sinônimo de xiita "pegou". E
eu me vi escrevendo este termo num email aqui ainda hoje.
Portanto "pessoas" a que você se refere em sua mensagem sou eu... :(

Bem, dada a sua exposição, seu consternamento expresso e em
consideração à nova postura dos que se dizem xiitas que você aponta,
onde se lê "xiitas" naquela mensagem que escrevi, leia-
se "extremistas ortodoxos defensores da 'scientia per scientia' a
todo custo". E, por falar em guerra, quando eu comecei a me
interessar pelo tema, acabou tudo... nem sei o que aconteceu.
Portanto não procede sua idéia de que eu pudesse estar me referindo
aos xiitas de forma pejorativa ao utilizar-me do termo como sinônimo
aos "extremistas ortodoxos defensores da scientia per scientia' a
todo custo" só por causa desta guerra do Bush.


Beijos, Lígia

***************************************

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Roberto Belisário
<belistas2@t...> escreveu
> At 19:25 22/04/03 +0000, you wrote:
> >--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> > > Infelizmente nada ao gosto dos xiitas.
> >
> >'Xiitas' se definem como? Espero q. nao seja simplesmente como
> >aqueles q. defendem pontos de vista contrarios aos seus. Alias,
seria
> >um outro sinonimo de 'pessoas de mente fechada', 'idiotas
dogmaticos'
> >e coisas afins.
>
> Oi. Tenho visto as pessoas referirem-se a xiitas como
sinônimo de
> radicais extremados, assim como a beócios e capadócios como idiotas
ou
> estúpidos.
>
> Isso me incomoda um pouco (leia-se "muito"). Arrisco
parecer
> agressivo, mas, como nunca vi isso escrito em lugar nenhum, sinto-
me na
> obrigação de dizê-lo: Os xiitas podem se autodefinir como
seguidores de uma
> versão mais ortodoxa do islamismo, mas nem por isso precisam ser
> identificados com o radicalismo extremado que caracterizou a
revolução de
> Khomeini no Irã ou os grupos terroristas do Líbano. Aliás, os
próprios
> xiitas estão pressionando o governo iraniano a flexibilizar o
regime. Os
> xiitas são um conjunto de seguidores de seitas do islamismo, ao
lado dos
> sunitas. Nem todos querem matar infiéis. São um povo. Não são um
> impropério. É um vício que foi introduzido pela mídia mundial, mas
ao qual
> devemos resistir.
>
> É incrível como a guerra causa divisões entre os povos.
Até os não
> atingidos diretamente por ela tendem a polarizar as coisas. Mas
sabemos que
> nem todos os russos são stalinistas, nem todos os alemães são
nazistas e
> nem todos os estado-unidenses são "bushistas". Na época do conflito
entre
> Equador e Peru, acho que em 95, um amigo meu peruano, muito
pacífico, amigo
> e inteligente, surpreendeu-me chamando raivosamente os
equatorianos - todos
> eles - de "macacos". Finda a guerra, voltou a tratá-los tão bem
quanto
> sempre tratou todos os seus amigos...
>
> Assim, também, deploro que alguém tão culto como o FHC
tenha se
> referido a beócios e capadócios para querer dizer algo como idiotas
ou
> estúpidos, já que beócios e capadócios são os habitantes das
respectivas
> regiões da Ásia Menor.
>
> Belisário



SUBJECT: Re: [ciencialist] John Wheeler e a Experiência da Dupla Fenda
FROM: "Sergio M M Taborda" <sergiotaborda@netcabo.pt>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2003 22:23

>Oi Colucci e lista,
>
>Colucci, citando Feynmann: "toda a mecânica quântica está resumida na
>experiência da fenda dupla".

embora a frase do Feyman não signifique nada, ele tem razão. É mesmo ai que
doi.

>Manuel: Gostaria que algum físico da lista comentasse a versão de
>John Wheeler da experiência da dupla fenda, que corroboraria a
>hipótese de que o observador consciente pode criar retroativamente a
>realidade que o gerou.

Isso faz-me lembrar aquilo que os meninos pequenos pensam (alguns) que
quando fecham os olhos tudo desaparece e quando os abrem, tudo reaparece.
Que se taparem a cara estão escondidos; se tornam invisiveis...
Isso é pura bobagem, sabemos todos. Coisas de crianças diremos...
Achar que o observador se auto-cria pq se observa é pura bobagem. Coisa de
quem ainda não cresceu.
É tão absurdo conceber isso fisicamente, como aceitar que o menino tem razão
e nós que sabemos que nada desaparece, estamos errados.

A realidade não é observada apenas por um observador. Logo, ela não poder
depender de um só observador e portanto não pode criada por um observador
dentro dela.
Esta conversa retrocativa é simplesmente disconexa. Não tem qq fundamento
fisico ou mesmo cientifico. Vale como exercicio de logica. E não muito mais
que isso.

"Se eu acredito que estou voando e todos acreditam que estou voando, eu
estou voando ?"


Sérgio Taborda

P.S.Como uma experiência pode corraborar uma ideia pueril, não faço a minima
ideia...


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2003 22:51

Olá (de novo..:-)

Claro que concordo com suas colocação (de novo..:-). Mas, a questão de ser realidade exige uma definição da palavra e do conceito de realidade. Os cientistas não estudam a realidade é uma frase ambigua. Se o conceito de realidade for o da aplicação de previsões a efeitos e eventos mensuráveis, os cientistas, e todos que usam esta abordagem, estudam e lidam com a realidade. Mas se a realidade é o conceito subjetivo de verdade e origem ontologica, profunda, íntima, bem, realmente não temos como chegar a isso (e ninguem mais tem, mistico, magico ou não..:-)

O problema é que mágicos e misticos desejam misturar os dois conceitos, controlando a realidade fisica, cientifica, com procedimentos subjetivos que (alegam) controlam a realidade íntima do universo. E isso pode ser confrontado e refutado sim, sem muito problema.

Não posso provar que Papai Noel não existe. Não posso fazer prova negativa. Para isso teria de conhcer a realidade íntima do universo, todo ele, pois poderia existir um Papai Noel alienígena, de outra dimensão ou universo. Mas, posso confrontar um avistamento de Papai Noel e de seu trenó. Não posso provar que não existem renas voadoras, mas posso provar que determinada rena não voa e que, dentro dos parametros de existencia das renas conhecidas, nenhuma voará de forma alguma..;-)

Apesar do Papai Noel, o argumento pode ser utilizado em qualquer afirmação mistico/magico/religiosa. Conhecer algo a aprtir de testes e experiencias dá mais precisão e pode mostrar melhor a realidade ou uma parcela dela, que chutar e imaginar sem direção. Digamos que um cientista não sabe o que é a realidade ou como ela funciona, mas, atraves de estudos, testes e experiencias, e a partir dos resultados obtidos, tem uma boa idéia do que acontece. É como tentar atirar em um alvo vendado, mas com alguem dizendo "longe, perto, mais para a direita, mais para a esquerda, mais para cima, para baixo, um pouco mais, etc". Uma hora, com muio esforço claro, voce estará bem perto do alvo. Mágica é como tentar atingir um alvo vendado mas sem ninguém para ajudar, sem nenhum retorno a não ser sua fé no tiro. Será praticamente impossível atingir o alvo e msmo que o faça, nunca saberá com certeza ou conseguirá de novo..;-)

Pode ser que o Papa esteja certo e a cosmogonia catolica seja a unica correta e Deus vá me mandar para o inferno por ser ateu? Com o ceticismo e a razão que uso para viver, tenho que reconhecer, sim pode. Mas as chances de que isso seja verdade e os cientistas que concluiram que o big Bang é a origem do Universo estejam enganados é grande? Minha conclusão é que é praticamente desprezivel..:-)

As evidencias de acertos do método cientifico nào estão apenas em laboratorios, mas em toda parte. Vivemos milhares de anos sem um método ou com rudimentos dele e com todas as mágicas e misticismos já produzidos pela fértil imaginação humana. Apenas no século passado, com a adoção do racionalismo e do método cientifico pelas nações avançamos mais que em todo passado anterior. Vivemos mais, melhor, com mais conforto e saude, com nossos filhos mais saudaveis (eu sei, ainda há muito o que fazer, mas agora há alternativa, no passado não havia, não importava se era um campones ou a Rainha Vitoria). Se tomarmos apenas a eficiencia como medida de acerto, a mágica deixa muito a desejar frente a ciência e a razão..:-)

Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: Sergio M M Taborda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, April 22, 2003 10:13 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica



----- Original Message -----
From: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Tuesday, April 22, 2003 5:40 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica


>Olá Sergio..:-)

Oi

A sua exposição precede , e eu concordo. Mas simplesmente me causa aflição
separar tão dráticamente as coisas.
Falas da "matemática da gravitação" como uma realidade.
Pois na minha optica a realidade é inacalsável em si mesma. A matemática da
gravitação, - eu diria a fisica da gravitação - é o que temos mais perto da
realidade, mas é errado pensar que aquilo que sabemos é a realidade. A
natureza sempre nos mostra que não é.
A descoberta dos planetas exteirores sempre foi a natureza dizendo que não
conhecemos a realidade. A fisica atomica idem. Nós não conhecemos a
realidade, e temos que ser humildes e conscientes disso.
Agora, as ciencias canonicas - fisica, quimica, etc... baseiam-se na
observação. Mas na observação de quê ? Da realidade ? Não. Nenhum cientista
que saiba o que está a fazer, dirá jamais que observa a realidade. Ele
observa fenómenos. Estuda-os e intrepreta-os.
Intrepreta-os. Essa é a chave. È ai que ele busca a realidade. Mas ele nunca
a encontra.
Se eu perguntar "o que é um campo electrico" ninguem poder responder. Nem a
matemática nem a fisica sabem o que é. Sabem descrevê-lo, prevê-lo, mas não
sabem o que é.
O magico -o verdadeiro- actua de forma inversa ele procura a realidade
intima e a prevê e controla. É isso que é um mágico. E é isso que ninguem
acredita que exista. Um mágico é alguem que manipula a realidade. E isso a
ciencia não sabe aceitar pq ela não sabe o que a realidade é. Não é possivel
conhecer a realidade observando. Mas pode ser possivel imaginando-a ou
criando-a.
Claro que ninguem acredita que isso seja possivel, mas tb ninguem pode
provar que não pode ser feito.

Resumindo, magia não existe, mas a matemática tb não é a realidade.

Sérgio


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SUBJECT: Re: [ciencialist] John Wheeler e a Experiência da Dupla Fenda
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 22/04/2003 22:56

Olá..:-)

Para testar a crença que, se eu fecho os olhos tudo desaparece, recomendo ir para o meio da avenida paulista em dia de transito rapido e fechar os olhos antes de ser atropelado..:-) Se os carros desaparecem, as crianças estão corretas. Caso contrario, um bom hospital cientifico e cheio de médicos cientistas pode ajudar bastante..:-)

se todos, inclusive eu, acreditarem que eu posso voar, mesmo assim eu nào pularia de um edificio sem paraquedas (mas que homem de pouca fé eu sou..:-)

Levar estranhezas do mundo subatomico para nosso mundo macroscópico sempre produz essas aberrações logicas...

Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: Sergio M M Taborda
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Tuesday, April 22, 2003 10:23 PM
Subject: Re: [ciencialist] John Wheeler e a Experiência da Dupla Fenda


>Oi Colucci e lista,
>
>Colucci, citando Feynmann: "toda a mecânica quântica está resumida na
>experiência da fenda dupla".

embora a frase do Feyman não signifique nada, ele tem razão. É mesmo ai que
doi.

>Manuel: Gostaria que algum físico da lista comentasse a versão de
>John Wheeler da experiência da dupla fenda, que corroboraria a
>hipótese de que o observador consciente pode criar retroativamente a
>realidade que o gerou.

Isso faz-me lembrar aquilo que os meninos pequenos pensam (alguns) que
quando fecham os olhos tudo desaparece e quando os abrem, tudo reaparece.
Que se taparem a cara estão escondidos; se tornam invisiveis...
Isso é pura bobagem, sabemos todos. Coisas de crianças diremos...
Achar que o observador se auto-cria pq se observa é pura bobagem. Coisa de
quem ainda não cresceu.
É tão absurdo conceber isso fisicamente, como aceitar que o menino tem razão
e nós que sabemos que nada desaparece, estamos errados.

A realidade não é observada apenas por um observador. Logo, ela não poder
depender de um só observador e portanto não pode criada por um observador
dentro dela.
Esta conversa retrocativa é simplesmente disconexa. Não tem qq fundamento
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que isso.

"Se eu acredito que estou voando e todos acreditam que estou voando, eu
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SUBJECT: Re: Física Quântica
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 23:41

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Sergio M M Taborda"
<sergiotaborda@n...> escreveu
> [...]O magico -o verdadeiro- actua de forma inversa ele procura a
realidade
> intima e a prevê e controla. É isso que é um mágico. E é isso que
ninguem
> acredita que exista. Um mágico é alguem que manipula a realidade. E
isso a
> ciencia não sabe aceitar pq ela não sabe o que a realidade é. Não é
possivel
> conhecer a realidade observando. Mas pode ser possivel imaginando-a
ou
> criando-a.

Olá Sérgio!

Bonito ponto de vista. Magia é outro termo à maneira dos "xiitas"
que caiu em desuso de seu significado original. Não se trata apenas
de iludir os olhos, mas de realmente manipular a realidade e
tranformá-la, de certa forma induzindo os demais a crerem que o que
está sendo realizado é "real", que está acontecendo mesmo... e a
sequência dos eventos posteriores à atuação do "magico" em seu
sentido verdadeiro dão provas disso, dessa alteração de uma sequência
dando lugar a outra pela mudança de atitudes e predisposições dos que
o observam.



> Claro que ninguem acredita que isso seja possivel, mas tb ninguem
pode
> provar que não pode ser feito.


Individualmente pode ser feito sim. Uma crença em algo
faz "mágicas"... :)


Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: Off-topic: Física Quântica - xiitas
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 22/04/2003 23:50


Olá, Lígia. Eu não estava me referindo especificamente a você ou a
qualquer vínculo com a guerra no Iraque, apenas usei a deixa para dizer
isso. Por "pessoas", referia-me a tudo o que eu tinha ouvido e lido até
então. Desculpe-me se carreguei nas tintas, é que eu soltei meus bichos
presos... Um mundaréu de gente usa a palavra xiita com esse fim,
particularmente a Folha de S. Paulo. Eu acho inadmissível que um jornal
desse calibre difunda esse tipo de conotação. Consta-me que isso acontece
desde a revolução no Irã. Também se usa beócio e capadócio... Aliás, às
vezes usa-se essas duas últimas sem se saber que existe uma Beócia e uma
Capadócia.

Abraços,
Belisário

At 01:22 23/04/03 +0000, you wrote:
>Belisario,
>
>Sem a pretensão de parecer alguém disposta a dar início a ( outro?)
>incidente internacional, já ouvi há uns 20 anos numa pegadinha
>imbecil que "xiita" era a "maacaca do Taarzan", mas nem por isso
>achei que tais pessoas que são rotuladas de xiitas faziam parte de
>algum show de TV... Confesso que, desde aquela época dos problemas
>com o Irã, a idéia de extremista como sinônimo de xiita "pegou". E
>eu me vi escrevendo este termo num email aqui ainda hoje.
>Portanto "pessoas" a que você se refere em sua mensagem sou eu... :(
>
>Bem, dada a sua exposição, seu consternamento expresso e em
>consideração à nova postura dos que se dizem xiitas que você aponta,
>onde se lê "xiitas" naquela mensagem que escrevi, leia-
>se "extremistas ortodoxos defensores da 'scientia per scientia' a
>todo custo". E, por falar em guerra, quando eu comecei a me
>interessar pelo tema, acabou tudo... nem sei o que aconteceu.
>Portanto não procede sua idéia de que eu pudesse estar me referindo
>aos xiitas de forma pejorativa ao utilizar-me do termo como sinônimo
>aos "extremistas ortodoxos defensores da scientia per scientia' a
>todo custo" só por causa desta guerra do Bush.
>
>
>Beijos, Lígia
>
>***************************************
>
>--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Roberto Belisário
><belistas2@t...> escreveu
> > At 19:25 22/04/03 +0000, you wrote:
> > >--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> > > > Infelizmente nada ao gosto dos xiitas.
> > >
> > >'Xiitas' se definem como? Espero q. nao seja simplesmente como
> > >aqueles q. defendem pontos de vista contrarios aos seus. Alias,
>seria
> > >um outro sinonimo de 'pessoas de mente fechada', 'idiotas
>dogmaticos'
> > >e coisas afins.
> >
> > Oi. Tenho visto as pessoas referirem-se a xiitas como
>sinônimo de
> > radicais extremados, assim como a beócios e capadócios como idiotas
>ou
> > estúpidos.
> >
> > Isso me incomoda um pouco (leia-se "muito"). Arrisco
>parecer
> > agressivo, mas, como nunca vi isso escrito em lugar nenhum, sinto-
>me na
> > obrigação de dizê-lo: Os xiitas podem se autodefinir como
>seguidores de uma
> > versão mais ortodoxa do islamismo, mas nem por isso precisam ser
> > identificados com o radicalismo extremado que caracterizou a
>revolução de
> > Khomeini no Irã ou os grupos terroristas do Líbano. Aliás, os
>próprios
> > xiitas estão pressionando o governo iraniano a flexibilizar o
>regime. Os
> > xiitas são um conjunto de seguidores de seitas do islamismo, ao
>lado dos
> > sunitas. Nem todos querem matar infiéis. São um povo. Não são um
> > impropério. É um vício que foi introduzido pela mídia mundial, mas
>ao qual
> > devemos resistir.
> >
> > É incrível como a guerra causa divisões entre os povos.
>Até os não
> > atingidos diretamente por ela tendem a polarizar as coisas. Mas
>sabemos que
> > nem todos os russos são stalinistas, nem todos os alemães são
>nazistas e
> > nem todos os estado-unidenses são "bushistas". Na época do conflito
>entre
> > Equador e Peru, acho que em 95, um amigo meu peruano, muito
>pacífico, amigo
> > e inteligente, surpreendeu-me chamando raivosamente os
>equatorianos - todos
> > eles - de "macacos". Finda a guerra, voltou a tratá-los tão bem
>quanto
> > sempre tratou todos os seus amigos...
> >
> > Assim, também, deploro que alguém tão culto como o FHC
>tenha se
> > referido a beócios e capadócios para querer dizer algo como idiotas
>ou
> > estúpidos, já que beócios e capadócios são os habitantes das
>respectivas
> > regiões da Ásia Menor.
> >
> > Belisário



SUBJECT: RE: [ciencialist] John Wheeler e a Experiência da Dupla Fenda
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/04/2003 00:50

>Manuel: Gostaria que algum físico da lista comentasse a versão de John
Wheeler da experiência da dupla fenda, que corroboraria a hipótese de
que o observador consciente pode criar retroativamente a realidade que o
gerou.<

Manuel,

Wheeler, infelizmente, sucumbiu à tentação de extrapolar os resultados
de uma experiência científica intrigante para os domínios da filosofia,
com os resultados conhecidos. A proposta de Wheeler (ele mesmo nunca
realizou o experimento) abriu possibilidades interessantes para o que
hoje é conhecido como criptografia quântica, uma tecnologia que, se
confirmadas as previsões, possibilitará a transmissão de informação
digital de maneira absolutamente segura. Por outro lado, as
extrapolações de Wheeler para as questões místico-filosóficas ligadas à
consciência não são enfatizadas quando físicos o homenageiam
(ver http://www.aip.org/enews/physnews/2002/split/583-1.html) para não
lhe causar embaraço. Os links enviados pelo Takata explicam o que
acontece no experimento.

A idéia de que um observador consciente é necessário para promover o
colapso da função de onda é absurda. Vou repetir, só por receio de que
alguém passe por cima desse ponto: a consciência não tem nada a ver com
os fenômenos quânticos.

A maioria dos físicos aceita hoje a idéia de que o fenômeno chamado de
descoerência ou colapso da função de onda ocorre sempre que qualquer
objeto macroscópico esteja envolvido. Na linguagem de Heisenberg, o
colapso ocorre quando o sistema entra no domínio da irreversibilidade
termodinâmica (aumento de entropia). Demonstrou-se experimentalmente que
o limite de tamanho para que o fenômeno ocorra é bem maior do que se
supunha, com experiências feitas com neutrons, átomos e até moléculas
relativamente grandes, como Carbono-70. Mas pára por aí, nas moléculas.

Qualquer interação com o mundo macroscópico provoca o colapso da função
de onda, e a partícula - fóton, elétron, átomo - estará em tempo e lugar
definidos. No caso do Gato de Schrödinger, para citar um experimento
mental famoso, o pobre felino jamais estará num estado intermediário
entre vida ou morte, como querem fazer acreditar muitos livros de
divulgação. No instante em que a partícula for interceptada por qualquer
anteparo - o contador Geiger, as paredes da caixa, etc - a sorte do gato
estará selada. Não há necessidade de um observador consciente. A
"observação" já foi feita pela interação com o mundo macroscópico.

É graças à essa propriedade estraga-prazeres do mundo macroscópico que
eu não estou simultaneamente em Boston, digitando esta mensagem, e aí em
Fortaleza, tomando um uísque com você.

Um abraço,
Colucci





SUBJECT: Re: Física Quântica (Gell-Mann)
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 01:08

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> O misticismo na verdade nega o racionalismo. E' um belo balaio de
> gatos q. engloba todas as filosofias q. pregam o conhecimento do
> transcendental pelo contato direto com instancias superiores -- sem
> mediacao do racional, q. em muitas apresentacoes e' tido como uma
das
> armadilhas para se obter o verdadeiro conhecimento.


Hum... que postura mais preconceituosa... :( "Balaio de gatos" é o
que se faz do misticismo quando se pretende ferir os brios dos que se
vinculem a essa forma de expressão da racionalidade humana tida até
por "irracional". Que absurdo, não? E, por exemplo: colocar um
Walter Mercado em pé de igualdade com algum yogi vivendo de comer
grilos lá no Himalaia é puro deboche. Mas tudo bem, conhecimento
universal abrangendo todos os ramos do conhecimento humano de forma
desprovida de preconceitos não é conquistável. Acaba sendo mérito de
quem tem... ;)


> > times de futebol, só que infelizmente nesse caso quem se
> > afirma "místico" é corintiano e quem se afima "científico" é
> > torcedor da fiel.
>
> Se fosse assim nao teria tto problemas, ja' q. a Fiel
> e' 'curintiana' -- fiel e' o apelido da torcida mosqueteira,
Gavioes
> da Fiel e' uma das torcidas organizadas do corinthians.


Por isso mesmo: quem se diz "curintiano" está torcendo pro mesmo
time de quem se diz integrante da "fiel torcida alvi-negra" e, mesmo
que nem se dê conta disso, senta na mesma arquibancada. Se eu
tivesse falado em porco e gavião, aí sim eu estaria falando uma
bobagem e colocando misticismo e cientificismo em posições
antagônicas, quando na realidade não estão... Misticismo e
cientificismo são ambas expressões racionais de seres que se dizem
ser (e acreditam ser) "racionais" :)


> A minha porcao machista diria: 'isso q. da' mulé falá de futibou'.
> Ainda bem q. nao tenho porcao machista.


... É? Magina... :)))

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: Física Quântica (Gell-Mann)
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 08:22

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> Hum... que postura mais preconceituosa... :( "Balaio de gatos" é

Nao e' preconceito. A expressao e' um balaio de gatos. Assim
como 'xiitas'. Mesmo em seu sentido estrito, misticismo se refere 'a
qq corrente filosofico-religiosa q. propoem o contato direto com os
niveis superiores (seja la' o q. isso venha a ser) como forma de
conhecimento da realidade ultima das coisas.

Se Walter Mercado propoem isso -- nao tenho intimidades suficientes
com o dito cujo para saber desse detalhe -- entao nesse sentido, ele
tbm e' um mistico e, nesse sentido ainda, equipara-se 'as seitas de
revelacao divina.

Mas e' um balaio de gatos na medida em q. seria o mesmo q. dizer q. a
Muralha da China e Gisele Bundchen são todos átomos. Segundo o
critério de átomo a observação está correta. Mas eu realmente não
namoraria com uma parede -- a despeito do q. alguns maldosos falam
sobre a relação entre inteligência e beleza física -- bem verdade q.
na prática eu tbm acabaria não namorando com a Bundchen, mas por
outras razões: ela recusar-se-ia terminantemente.

> vinculem a essa forma de expressão da racionalidade humana tida até
> por "irracional". Que absurdo, não?

Não tão absurdo, ja' q. em termos estritos o misticismo e' anti-
racional. Mas claro q. se deve entender q. 'racional' tbm esta' sendo
utilizado em sentido estrito -- no campo filosofico.

Mas se vc acha isso confuso, bem e' uma mostra do q. da' juntar no
mesmo saco Capra e Deustch.

> Por isso mesmo: quem se diz "curintiano" está torcendo pro mesmo
> time de quem se diz integrante da "fiel torcida alvi-negra" e,
> mesmo que nem se dê conta disso, senta na mesma arquibancada.

Se se sentam na mesma arquibancada não tem como não se darem conta
disso. Fiel torcida alvi-negra e' sinonimo de curtintiano - segundo
alguns, tbm sinônimo de meliante, zê-ele, carandiru, caterva et
similabia.

Na falta de uma tratado sobre filosofia (ainda bem):

http://www.bartleby.com/65/my/mysticis.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: John Wheeler e a Experiência da Dupla Fenda
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 08:27

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Jose Colucci Jr."
> Wheeler, infelizmente, sucumbiu à tentação de extrapolar os
> resultados de uma experiência científica intrigante para os
> domínios da filosofia, com os resultados conhecidos.

Muita gente boa ja' caiu nessa.

O interessante de Wheeler e' q. ele ficou tao entusiasmado com a
ideia de q. isso tinha a ver com consciencia e inteligencia q. nem se
deu conta q. o experimento mental dele poderia se constituir com o
processo decisorio realizado por uma moeda. Sera' q. ele atribuiria
inteligencia e cognoscencia a uma moeda?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Física Quântica
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 09:30

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> máximo com o pouco de que disponham, no caso dos místicos, memso
> que algumas vezes, com bases científicas atualmente.

O máximo q. vi usando as tais bases científicas foi algo do tipo:
deus e' uma entidade muito complicada para se alcançar pelo meios
normais de pensamento; a mecânica quântica é um corpo teórico muito
complicado para ser alcançado sem grandes esforços pelo leigo, logo a
mecânica quântica é um apoio à minha visão de deus e do universo.

> Esses 3, segundo você, estão mistificando a ciência.

Não necessariamente a ciência, mas a visão de ciência para o público
leigo e às vezes nem tão leigo assim.

> Mas eu vejo tal "mistificação" como tentativa de buscar por
> respostas a perguntas mal formuladas. E isso os remete ao time
> completo de "tentadores" que em alguns casos conseguem formular
> hipóteses palpáveis.

Q. hipóteses palpáveis Tipler, Capra e Goswami lançaram?

> > Ha' a questao de *como* eles prentedem responder a isso.
>
> Uns dirão: não sei. Outros disporão de calhamaços de calculeira
> braba e dirão ao final: contentem-se com isto. O causo é que o
> universo é muito mais complicado que qualquer coisa que se tente
> sequer formular.

Não direi q. seja mais complicado do q. qq coisa. Mas ha' pelo menos
um outro modo de se tentar 'responder' a isso: preestabelecer seu
ponto de vista, pinçar um ou outro elemento de apoio ao seu ponto -
distorcendo se for necessário, embalar tudo com uma roupagem
deglutível ao grande público e eis o pacote pronto.

> E pensar que essas pessoas não fazem falta no meu mundo mas podem
> ser razão de vida ou morte para o mundo de outras pessoas... pois
> é... :)

Bem, razão de vida e morte apenas se um deles puxassem o gatilho.

> Pergunta: será que se pode processar alguém por quebrar a harmonia
> de uma vizinhança que sempre teve um bom relacionamento com
> plantas, animais e a existência mútua?

Faça o experimento de Schroedinger com ela ou a passe por uma fenda
dupla pra ver se ela sofre dispersão.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: John Wheeler e a Experiência da Dupla Fenda
FROM: "Marcelo Kunimoto <airdown@ig.com.br>" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 09:49

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Jose Colucci Jr."
<j.colucci@r...> escreveu
> A maioria dos físicos aceita hoje a idéia de que o fenômeno
chamado de
> descoerência ou colapso da função de onda ocorre sempre que
qualquer
> objeto macroscópico esteja envolvido. Na linguagem de Heisenberg, o
> colapso ocorre quando o sistema entra no domínio da
irreversibilidade
> termodinâmica (aumento de entropia). Demonstrou-se
experimentalmente que
> o limite de tamanho para que o fenômeno ocorra é bem maior do que
se
> supunha, com experiências feitas com neutrons, átomos e até
moléculas
> relativamente grandes, como Carbono-70. Mas pára por aí, nas
moléculas.
>
> Qualquer interação com o mundo macroscópico provoca o colapso da
função
> de onda, e a partícula - fóton, elétron, átomo - estará em tempo e
lugar
> definidos. No caso do Gato de Schrödinger, para citar um
experimento
> mental famoso, o pobre felino jamais estará num estado
intermediário
> entre vida ou morte, como querem fazer acreditar muitos livros de
> divulgação. No instante em que a partícula for interceptada por
qualquer
> anteparo - o contador Geiger, as paredes da caixa, etc - a sorte
do gato
> estará selada. Não há necessidade de um observador consciente. A
> "observação" já foi feita pela interação com o mundo macroscópico.

Colucci, perdoe-me qdo disser alguma besteira, mas será mesmo
impossível criar um gato de schrödinger muito maior que moléculas?
Se falavam antes que mesmo com moléculas seria impossível, até q foi
feito, o q impede de algum dia um experimento possa demonstrar um
gato de schrodinger macroscópico mesmo?
Ao mesmo tempo, no q vc falou sobre o gato de schrodinger, qdo a
partícula for interecptada pelo contador geiger... mas está-se
discutindo justamente q uma partícula pode interferir com ela mesma.
No gato de s, se uma partícula estiver neste estado de tanto ser
interceptada pelo antepare quanto não ser interceptada, em
probabilidades iguais, não daria para dizer se o contador geiger
interceptou ou não. Aí o gato estaria vivo e morto ao mesmo tempo,
não?
O argumento de q ou a pratícula foi itnerceptada ou não, seria o
esmo q dizer q ou o fóton passou pela fenda sozinho inteiro ou não.
Se não, onde está a diferença? O gato de schrondiger não pode ser
feito com a experiência de fendas no final das contas, com algumas
adaptações?
Eu tb acho muito estranho essa de q a quântica prova q nossa
consciência determina o mundo, mas ao mesmo tempo não há uma linha
divisória clara entre o q é macroscópico ou não, entre o q poderia
estar sujeito a coerência quant ou não. Se a caixa do gato de
schrodinger for realmenre boa, o gato bem poderia estar vivo-
morto...?

> É graças à essa propriedade estraga-prazeres do mundo macroscópico
que
> eu não estou simultaneamente em Boston, digitando esta mensagem, e
aí em
> Fortaleza, tomando um uísque com você.

Ah sim, lembrei tb: as propostas de computadores quânticos são
grosso modo propostas de gigantescos gatos de shcrodinger em escala
macroscópica, não? Sei q há os q dizem q isto é impossível, ainda
assim há os q ao mesmo tempo acham possível estender uma coerência
quântica a níveis q pareçam impossíveis...
Em todo caso, expliquem-me! :)

abraço,

MK



SUBJECT: Re: John Wheeler e a Experiência da Dupla Fenda
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 10:19

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Marcelo Kunimoto
> No gato de s, se uma partícula estiver neste estado de tanto ser
> interceptada pelo antepare quanto não ser interceptada, em
> probabilidades iguais

Na verdade as probabilidades nao sao iguais necessariamente. Mas a
probabilidade e' mais a questao de se houve ou nao decaimento da
particula.

> Eu tb acho muito estranho essa de q a quântica prova q nossa
> consciência determina o mundo, mas ao mesmo tempo não há uma linha
> divisória clara entre o q é macroscópico ou não, entre o q poderia
> estar sujeito a coerência quant ou não.

Não tem uma linha divisória, mas se tomarmos a equação de De Broglie
associando um comprimento de onda a uma dada quantidade de energia
(qtde de movimento):

p = m.v = h.f ou

m.v = h/l

com p = qtde de movimento, m = massa, v = velocidade, h = cte de
Planck, f = freqüência e l = comprimento de onda.

Nesse caso o comprimento de onda associado e' inversamente
proporcional 'a massa. Qto maior o objeto, menor o comprimento de nda
associado a esse objeto. No caso da fenda, a observação de fenômenos
ondulatórios depende da dimensão da fenda ter a mesma ordem de
grandeza do comprimento de onda associado. Qto maior o objeto, menor
o tamanho da fenda necessária para se observar o caráter ondulatório
do objeto.

Para um bola 0,5kg a 1m/s, o comprimento de onda associado e':
1,32.10^-33m. Uma bola dessas a essa velocidade simplesmente não
passa por uma fenda do tamanho necessário para revelar sua
característica ondulatória. Para uma fenda de 50cm de abertura, a
velocidade teria q. ser da ordem de 10^-33m/s, coisa q. a interação
térmica com o ambiente não permitiria atingir.

Uma buckbola tem massa da ordem de 10^-24kg e diâmetro da ordem de
1nm. A uma velocidade de cerca de 10cm/s daria pra notar os efeitos
quânticos (se não errei nas contas).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Física Quântica (Gell-Mann)
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 10:49

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> > Hum... que postura mais preconceituosa... :( "Balaio de gatos"
é
>
> Nao e' preconceito. A expressao e' um balaio de gatos. Assim
> como 'xiitas'. Mesmo em seu sentido estrito, misticismo se
refere 'a
> qq corrente filosofico-religiosa q. propoem o contato direto com os
> niveis superiores (seja la' o q. isso venha a ser) como forma de
> conhecimento da realidade ultima das coisas.



O problema é que durante o tempo em que não havia ciência, havia
apenas tal contato com "níveis superiores" como uma tentativa de
estabelecer parâmetros para a existência humana, não adaptada à idéia
de ser simplesmente uma espécie animal, talvez pela aparente
inteligência superior em relação aos demais animais abatidos durante
as caçadas. E tais níveis, a grosso modo, podem ser interpretados
como "níveis não odiernos". Nada sobrenatural a princípio,
apenas "fora do normal", "fora do habitual", fora da escala
humana/animal envolvendo caça, alimentação e outras atividades
quotidianas. A cisão entre o que se convencionou chamar de "ciência"
e "místico" veio apenas para dar liberdade de ação aos que estariam
interessados nas explicações a fenômenos na escala "odierna". Note
que outro problema é quando o que existe a ser explicado pela ciência
foge dessa escala "odierna", como é o caso de explicar-se
cientificamente o universo. E, do meu ponto de vista, as religiões
estão looonge de serem propriamente "místicas". São ramos distintos.



> Se Walter Mercado propoem isso -- nao tenho intimidades suficientes
> com o dito cujo para saber desse detalhe -- entao nesse sentido,
ele
> tbm e' um mistico e, nesse sentido ainda, equipara-se 'as seitas de
> revelacao divina.


Também não conheço Walter mas sei que ele é charlatão. Já o yogi
vivendo de grilos lá no Himalaia, não.


> Mas e' um balaio de gatos na medida em q. seria o mesmo q. dizer q.
a
> Muralha da China e Gisele Bundchen são todos átomos. Segundo o
> critério de átomo a observação está correta. Mas eu realmente não
> namoraria com uma parede -- a despeito do q. alguns maldosos falam
> sobre a relação entre inteligência e beleza física -- bem verdade
q.
> na prática eu tbm acabaria não namorando com a Bundchen, mas por
> outras razões: ela recusar-se-ia terminantemente.


Problema seu se a Gisele não aceitar você... :)) Mas veja que
enquadrar todo misticismo dentro desse balaio, acaba sendo mesmo o
mesmo que dizer que, se tudo se reduz a átomos e se átomos são feitos
de partículas, então nós, que somos feitos de átomos e
consequentemente de partículas, podemos experimentar os efeitos
do "colapso da função de onda"... né? Tá vendo no que é que dá um
cientista falar em misticismo? Acaba que todo o conhecimento místico
cai em bocas de matilde e perde o significado original, que é o de
buscar respostas para além do "odierno". Se esse além for quotidiano
também, acaba o misticismo e começa outra coisa, se não puder ser
chamada de ciência...



> > vinculem a essa forma de expressão da racionalidade humana tida
até
> > por "irracional". Que absurdo, não?
>
> Não tão absurdo, ja' q. em termos estritos o misticismo e' anti-
> racional. Mas claro q. se deve entender q. 'racional' tbm esta'
sendo
> utilizado em sentido estrito -- no campo filosofico.
>
> Mas se vc acha isso confuso, bem e' uma mostra do q. da' juntar no
> mesmo saco Capra e Deustch.


Capra fez pelo misticismo o mesmo que Deutsch tem feito pela
computação: misturança com outros níveis... a coisa fica toda
confusa mesmo. Lá se vão os dois ao mesmo paredão, sem dó... :))




> > Por isso mesmo: quem se diz "curintiano" está torcendo pro mesmo
> > time de quem se diz integrante da "fiel torcida alvi-negra" e,
> > mesmo que nem se dê conta disso, senta na mesma arquibancada.
>
> Se se sentam na mesma arquibancada não tem como não se darem conta
> disso. Fiel torcida alvi-negra e' sinonimo de curtintiano - segundo
> alguns, tbm sinônimo de meliante, zê-ele, carandiru, caterva et
> similabia.


Bom, aí é você quem está dando outros sinônimos não necessariamente
para a mesma coisa... mas em princípio é isso: cientistas e
místicos fazem a mesma coisa só que em níveis diferentes de atuação.
Não se pode dizer que um é melhor que o outro, ou que enquanto um
está certo, o outro está errado. O erro a meu ver é tentar misturar
as coisas que estão em níveis diferentes e portanto têm toda uma
terminologia e significados específicos dentro de suas áreas de
atuação. Mas que no fundo, são a mesmíssima coisa... fazem parte de
nossa pretensa racionalidade e das tentativas de explicar e achar
respostas às perguntas (ainda) mal formuladas...

Beijos, Lígia



SUBJECT: cadastro
FROM: "aileencarniel" <aileencarniel@bol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 11:04

Estou recebendo emails do grupo de vocês, apesar de não
ter me cadastrado. Minha caixa está completamente
lotada.
Poderiam, por favor, excluir meu email da lista?
Obrigada.
Aileen


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http://www.uol.com.br/selecao




SUBJECT: Re: Física Quântica
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 11:06

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> O máximo q. vi usando as tais bases científicas foi algo do tipo:
> deus e' uma entidade muito complicada para se alcançar pelo meios
> normais de pensamento; a mecânica quântica é um corpo teórico muito
> complicado para ser alcançado sem grandes esforços pelo leigo, logo
a
> mecânica quântica é um apoio à minha visão de deus e do universo.


É um prolongamento do problema que eu aponto na mensagem anterior...
a misturança não é boa em nenhum nível. Místico que é místico mesmo
não se preocupa com ciência, nem com satisfazer um ou outro postulado
científico.


> > Esses 3, segundo você, estão mistificando a ciência.
>
> Não necessariamente a ciência, mas a visão de ciência para o
público
> leigo e às vezes nem tão leigo assim.



A meu ver eles na realidade estão fazendo salada. E caindo naquela
coisa de reduzir tudo à uma escala que englobe tudo, como é o caso
do "balaio de átomos"... :) Nesse balaio, todos que forem feitos de
átomos e partículas sofrem o "colapso da função de onda"...



> > Mas eu vejo tal "mistificação" como tentativa de buscar por
> > respostas a perguntas mal formuladas. E isso os remete ao time
> > completo de "tentadores" que em alguns casos conseguem formular
> > hipóteses palpáveis.
>
> Q. hipóteses palpáveis Tipler, Capra e Goswami lançaram?



Não esses 3. Eu estava me referindo a outros "tentatores" que foram
bem sucedidos ao fazerem ciência simplesmente porque não misturaram
alhos com bugalhos e são ícones científicos. Diga-se de passagem que
o conhecimento do misticismo previne tal misturança... Capra e
Goswami não conhecem.



> > Uns dirão: não sei. Outros disporão de calhamaços de calculeira
> > braba e dirão ao final: contentem-se com isto. O causo é que o
> > universo é muito mais complicado que qualquer coisa que se tente
> > sequer formular.
>
> Não direi q. seja mais complicado do q. qq coisa. Mas ha' pelo
menos
> um outro modo de se tentar 'responder' a isso: preestabelecer seu
> ponto de vista, pinçar um ou outro elemento de apoio ao seu ponto -
> distorcendo se for necessário, embalar tudo com uma roupagem
> deglutível ao grande público e eis o pacote pronto.


Errado desde o princípio, já que são respostas a perguntas mal
formuladas. E o universo continua sendo mais complicado que qualquer
coisa, simplesmente porque não comporta as perguntas que formulamos
em escala "odierna"... :))

Beijos, Lígia





SUBJECT: Re: Física Quântica (Gell-Mann)
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 11:17

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> O problema é que durante o tempo em que não havia ciência, havia
> apenas tal contato com "níveis superiores" como uma tentativa de
> estabelecer parâmetros para a existência humana, não adaptada à

Não vejo nenhum problema aí.

> Também não conheço Walter mas sei que ele é charlatão. Já o yogi
> vivendo de grilos lá no Himalaia, não.

Vc e' quem esta' dizendo...

> Mas veja que enquadrar todo misticismo dentro desse balaio, acaba
> sendo mesmo o mesmo que dizer que, se tudo se reduz a átomos e se

Estou apenas usando o misticismo no sentido estrito. Nesse sentido
estrito o misticismo não abarca nem todas as experiências religiosas,
nem todas as correntes metafísicas.

> mas em princípio é isso: cientistas e místicos fazem a mesma coisa

Tto qto Bundchen e a Muralha da China são agregados de átomos. Os
dois querem entender o universo (aqui já não falo da Bundchen e da
Muralha -- embora a Bundchen deva querer entender o universo) e só.
Não dá nem pra dizer q. os dois tentam entender racionalmente o
universo -- seja tomado o racional em termos estritos ou em sentido
lato.

> Não se pode dizer que um é melhor que o outro, ou que enquanto um
> está certo, o outro está errado.

Sem parâmetros não dá mesmo. É o mesmo q. dizer q. o amarelo é melhor
do q. o azul.

Mas se por exemplo tomarmos o parâmetro cura de doenças, aí já é
possível comparação. Se tomarmos o parâmetro obtenção de alimentos,
tbm é possível comparação. Se tomarmos o parâmetro abrandar o
desespero frente à sensação de falta de propósito diante do mundo tbm
é possível comparação.

> O erro a meu ver é tentar misturar
> as coisas que estão em níveis diferentes e portanto têm toda uma
> terminologia e significados específicos dentro de suas áreas de
> atuação.

E aí entra aquela turminha.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: cadastro
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 11:22

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "aileencarniel"
> Estou recebendo emails do grupo de vocês, apesar de não
> ter me cadastrado.

Se vc esta' recebendo vc se cadastrou ou alguem cadastrou o seu
email. Pode ter sido sem querer, mas foi cadastrado.

Para sair da lista mande um email para:

ciencialist-unsubscribe@yahoogrupos.com.br

Não escreva nada no 'assunto', nem no 'corpo' da mensagem.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Off-topic: Física Quântica - xiitas
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 12:06

Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
>
> Assim, também, deploro que alguém tão culto como o FHC
tenha se referido a beócios e capadócios para querer dizer algo como
idiotas ou estúpidos, já que beócios e capadócios são os habitantes
das respectivas regiões da Ásia Menor.

Fica então um desafio: quais serão os xingamentos "politicamente
corretos"?

"Idiota" e "imbecil" estão descartados, pois denominavam condições
clínicas (assim como "retardado", pra não falar de "mongolóide").
Asno, burro, porco, são animais e merecem respeito.
Assassinos eram membros de uma seita islâmica.
Coitado é aquele que sofre o coito. Discriminação sexual.
FDP dá uma conotação negativa à uma profissão milenar.
Cretino de onde vem? (Seriam os habitantes de Creta?)
Lazarento é o mesmo que leproso.

e por aí vai...

[]´s

André







SUBJECT: Re: Off-topic: Física Quântica - xiitas
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 12:07

Roberto Belisário <belistas2@t...> escreveu
>
> Assim, também, deploro que alguém tão culto como o FHC
tenha se referido a beócios e capadócios para querer dizer algo como
idiotas ou estúpidos, já que beócios e capadócios são os habitantes
das respectivas regiões da Ásia Menor.

Fica então um desafio: quais serão os xingamentos "politicamente
corretos"?

"Idiota" e "imbecil" estão descartados, pois denominavam condições
clínicas (assim como "retardado", pra não falar de "mongolóide").
Asno, burro, porco, são animais e merecem respeito.
Assassinos eram membros de uma seita islâmica.
Coitado é aquele que sofre o coito. Discriminação sexual.
FDP dá uma conotação negativa à uma profissão milenar.
Cretino de onde vem? (Seriam os habitantes de Creta?)
Lazarento é o mesmo que leproso.

e por aí vai...

[]´s

André







SUBJECT: Re: Off-topic: Física Quântica - xiitas
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 12:31

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
> Cretino de onde vem? (Seriam os habitantes de Creta?)

Parece, mas não é. Cretino vem do francês crétin, q. designava uma
certa população dos vales alpinos - na origem parece vir de cristão
(christianus em latim), no sentido de pobres coitados.

Mais pra lista:
- judiar
- franduno/frandulagem
- gólgota
- fariseu*
- filisteu*
- murciano
- mandinga
- malta
- patavina
- patarata
- samatra
- sodomia*
- tarasca
- tagarote

* a Bíblia é pródiga em gerar patronímicos preconceituosos. Belzebu,
vindo de Baal, e ironicamente alterado sua etimologia para príncipe
das moscas em aramaico e' um dos exemplos de preconceito religioso.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: RE: [ciencialist] John Wheeler e a Experiência da Dupla Fenda
FROM: "mariaconsiglio" <mariaconsiglio@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 12:31

> Devemos lamentar que esteja em boston ou te
recomendar um bom restaurante de barbecue ou
lagostas?rs
Carminha
PS: Compre uma caixinha de morangos gigantescos
e coma por mim.



---
UOL, o melhor da Internet
http://www.uol.com.br/



SUBJECT: Re: Off-topic: Física Quântica - xiitas
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 13:27

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
> Coitado é aquele que sofre o coito. Discriminação sexual.

O professor Moreno diz q. não:

http://www.terra.com.br/sualingua/08/08_canaldamanga.htm

> Cretino de onde vem? (Seriam os habitantes de Creta?)

http://www.terra.com.br/sualingua/08/08_insultos2.htm

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica (Gell-Mann)
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/04/2003 14:25

Olá Ligia..:-)

Religiões são misiticas porque comparilham das caracteristicas das respostas misticas para o mundo: não é possivel escolher, com qualquer metodo razoável, uma delas como mais ou menos correta. Isso diferencia o misticismo do método cientifico e da própria ciencia.

Mesmo quando viviamos "sem ciência", haviam mecanismos que foram se firmando como filtos de comportamentos, ações e conclusões. Havia a forma mistica de produzir fogo, que ra rezar ou pedir a diferentes entidades e forças animisticas que o enviasse ou produzisse (como a historia de Prometeu nos conta) e havia o metodo de esfregar madeira para produzir atrito e calor suficiente para iniciar a combustão. Mesmo sem saber nada sobre atrito e propriedades quimicas da madeira, o método mais, digamso, cientifico, vencia sempre e foi adotada, mesmo pelos que rezavam para produzir fogo (a nào ser que tenhamos evidencia que era possível fazer fogo rezando, ou que Prometeu realmente existiu..:-)

Isso pode ser aplicado a todo desenvolvimento civilizatório em milenios, que redundou no ponto em que estamos hoje. Claro, muita filosofia, e no passado, muita religiào, foi criada e é ótimo que fosse assim, pois nos deu algo para esplicar o mundo enquanto esperavamos por mais dados.

Os que passam do fisico para o mistico na tentatica de esplicar o mundo hoje (ou no passado) usando o que não conhecemos ainda do universo, professam o deus das lacunas como divindade e isso àinda é misticismo.

A MQ pode causar muito desconforto, mas o que Goswami parece fazer com ela é usa-la como se soubessemos tudo sobre o assunto. No passado, muito do conhecimento foi alcançado de forma paulativa e a cada avanço, caracteristicas que pareciam "estranhas, incompreensiveis", foram sendo compreendidas.

No início da eletricidade e de seus usos, muitas das coisas que fazia parecia mágica e contrariava o senso comum. Se um mágico ligasse uma base de metal a uma jaula e, apenas movendo os braços ritualisticamente, produzisse pulos no animal lá preso, com choques eletricos, a plateia e mesmo cientistas ficariam maravilhados com aquela demonstracao de "ação a distancia" tão ao gosto dos paranormais. E, se por acaso o estudo mostrasse que era apenas um fluxo de eenrgia, ainda assim seria misterioso porque aparentemente instantâneo, coisa não permitida pelo limite da velocidade da luz (claro que eu sei que ninguém sabia deste limite, mas a questõ é, mesmo se soubessem, o experimento pareceria violar o limie). Muitos na época realmente defendiam a idéia de que a ação da eletricidade era instantânea (sem intervalo de tempo entre ação e reação). Mas era apenas impossibilidade tecnologica de medição e falta de maiores dados e estudos sobre a eletricidade.

Me parece que a MQ ainda está no seu início (como ciencia fisica, mesmo que tenha surgido a decadas) e ainda será necessário muito estudo complementar. E me parece que muito do que é aparentemente conflitante com o mundo real vai ser mais confortável para nossos netos.

Mas misticos como Goswami tomam, como sempre, um saber incompleto como a verdade final..:-) E isso os faza misticos, assim como as religiões (o Papa nào tem duvidas de quem criou o universo e nem tem duvidas quanto a existencia da alma e do erro de todas as outras religioes, eu, definitivamente, vou para o inferno, se depender dele..:-)


Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, April 23, 2003 10:49 AM
Subject: [ciencialist] Re: Física Quântica (Gell-Mann)


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> > Hum... que postura mais preconceituosa... :( "Balaio de gatos"
é
>
> Nao e' preconceito. A expressao e' um balaio de gatos. Assim
> como 'xiitas'. Mesmo em seu sentido estrito, misticismo se
refere 'a
> qq corrente filosofico-religiosa q. propoem o contato direto com os
> niveis superiores (seja la' o q. isso venha a ser) como forma de
> conhecimento da realidade ultima das coisas.



O problema é que durante o tempo em que não havia ciência, havia
apenas tal contato com "níveis superiores" como uma tentativa de
estabelecer parâmetros para a existência humana, não adaptada à idéia
de ser simplesmente uma espécie animal, talvez pela aparente
inteligência superior em relação aos demais animais abatidos durante
as caçadas. E tais níveis, a grosso modo, podem ser interpretados
como "níveis não odiernos". Nada sobrenatural a princípio,
apenas "fora do normal", "fora do habitual", fora da escala
humana/animal envolvendo caça, alimentação e outras atividades
quotidianas. A cisão entre o que se convencionou chamar de "ciência"
e "místico" veio apenas para dar liberdade de ação aos que estariam
interessados nas explicações a fenômenos na escala "odierna". Note
que outro problema é quando o que existe a ser explicado pela ciência
foge dessa escala "odierna", como é o caso de explicar-se
cientificamente o universo. E, do meu ponto de vista, as religiões
estão looonge de serem propriamente "místicas". São ramos distintos.



> Se Walter Mercado propoem isso -- nao tenho intimidades suficientes
> com o dito cujo para saber desse detalhe -- entao nesse sentido,
ele
> tbm e' um mistico e, nesse sentido ainda, equipara-se 'as seitas de
> revelacao divina.


Também não conheço Walter mas sei que ele é charlatão. Já o yogi
vivendo de grilos lá no Himalaia, não.


> Mas e' um balaio de gatos na medida em q. seria o mesmo q. dizer q.
a
> Muralha da China e Gisele Bundchen são todos átomos. Segundo o
> critério de átomo a observação está correta. Mas eu realmente não
> namoraria com uma parede -- a despeito do q. alguns maldosos falam
> sobre a relação entre inteligência e beleza física -- bem verdade
q.
> na prática eu tbm acabaria não namorando com a Bundchen, mas por
> outras razões: ela recusar-se-ia terminantemente.


Problema seu se a Gisele não aceitar você... :)) Mas veja que
enquadrar todo misticismo dentro desse balaio, acaba sendo mesmo o
mesmo que dizer que, se tudo se reduz a átomos e se átomos são feitos
de partículas, então nós, que somos feitos de átomos e
consequentemente de partículas, podemos experimentar os efeitos
do "colapso da função de onda"... né? Tá vendo no que é que dá um
cientista falar em misticismo? Acaba que todo o conhecimento místico
cai em bocas de matilde e perde o significado original, que é o de
buscar respostas para além do "odierno". Se esse além for quotidiano
também, acaba o misticismo e começa outra coisa, se não puder ser
chamada de ciência...



> > vinculem a essa forma de expressão da racionalidade humana tida
até
> > por "irracional". Que absurdo, não?
>
> Não tão absurdo, ja' q. em termos estritos o misticismo e' anti-
> racional. Mas claro q. se deve entender q. 'racional' tbm esta'
sendo
> utilizado em sentido estrito -- no campo filosofico.
>
> Mas se vc acha isso confuso, bem e' uma mostra do q. da' juntar no
> mesmo saco Capra e Deustch.


Capra fez pelo misticismo o mesmo que Deutsch tem feito pela
computação: misturança com outros níveis... a coisa fica toda
confusa mesmo. Lá se vão os dois ao mesmo paredão, sem dó... :))




> > Por isso mesmo: quem se diz "curintiano" está torcendo pro mesmo
> > time de quem se diz integrante da "fiel torcida alvi-negra" e,
> > mesmo que nem se dê conta disso, senta na mesma arquibancada.
>
> Se se sentam na mesma arquibancada não tem como não se darem conta
> disso. Fiel torcida alvi-negra e' sinonimo de curtintiano - segundo
> alguns, tbm sinônimo de meliante, zê-ele, carandiru, caterva et
> similabia.


Bom, aí é você quem está dando outros sinônimos não necessariamente
para a mesma coisa... mas em princípio é isso: cientistas e
místicos fazem a mesma coisa só que em níveis diferentes de atuação.
Não se pode dizer que um é melhor que o outro, ou que enquanto um
está certo, o outro está errado. O erro a meu ver é tentar misturar
as coisas que estão em níveis diferentes e portanto têm toda uma
terminologia e significados específicos dentro de suas áreas de
atuação. Mas que no fundo, são a mesmíssima coisa... fazem parte de
nossa pretensa racionalidade e das tentativas de explicar e achar
respostas às perguntas (ainda) mal formuladas...

Beijos, Lígia


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Cientificamente provado
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 14:25


>From: "Eduardo S. Martins" <>
>Subject: [S-C] Linda Batista e os fiscais do Rio
>
>
>Hilariante foi a reportagem do Fantástico sobre a ex-mulher que
>testemunhou na Justiça e entregou todo o esquema de propina do ex-marido,
>que fazia parte da turma do Silveirinha, o que resultou na prisão de
>todos. A reportagem foi embalada ao som de Vingança do Lupicinio, na voz
>da Linda Batista. Ficou perfeito :-) :-)

>"...Mas enquanto houver força em meu peito eu não quero mais nada, só
>vingança, vingança, vingança, aos santos clamar..."

>Linda Batista é maravilhosa.
>valeu!
>Eduardo Martins


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Física Quântica (Gell-Mann)
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 15:51

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
escreveu
> Olá Ligia..:-)
>
> Religiões são misiticas porque comparilham das caracteristicas das
respostas misticas para o mundo: não é possivel escolher, com
qualquer metodo razoável, uma delas como mais ou menos correta. Isso
diferencia o misticismo do método cientifico e da própria ciencia.


No sentido que se dá à palavra "religião" e na forma como é tratada
pelo povo, é isso mesmo: entra prá dentro do 'balaio de gatos' do
Takata e fica ali... :) Religião, de relligare, é mais "religar" a
individualidade ao todo que a origina. Nesse sentido, NENHUMA
RELIGIÃO (caps lock sem ressentimentos...) que se vê sendo praticada
faz corretamente. Tem sempre aquela coisa de se basear no que fulano
ou siclano disse, no que determinado deus falou e disse... e isso
quando não descamba para os dogmas, para os rituais, para as auto-
afirmações...


> Mesmo quando viviamos "sem ciência", haviam mecanismos que foram se
firmando como filtos de comportamentos, ações e conclusões. Havia a
forma mistica de produzir fogo, que ra rezar ou pedir a diferentes
entidades e forças animisticas que o enviasse ou produzisse (como a
historia de Prometeu nos conta) e havia o metodo de esfregar madeira
para produzir atrito e calor suficiente para iniciar a combustão.
Mesmo sem saber nada sobre atrito e propriedades quimicas da madeira,
o método mais, digamso, cientifico, vencia sempre e foi adotada,
mesmo pelos que rezavam para produzir fogo (a nào ser que tenhamos
evidencia que era possível fazer fogo rezando, ou que Prometeu
realmente existiu..:-)


Maldade... um místico não reza. Ele se concentra, entra em comunhão
com o universo e concretiza o fogo. A forma como o fogo vai se
concretizar pouco importa. Um caso de demonstração de uma proeza
dessas seria durante uma chuva forte, com tudo molhado em volta... e
de repente, um relâmpago fizesse fogo bem na frente do místico, ao
atingir uma árvore... :)



> Isso pode ser aplicado a todo desenvolvimento civilizatório em
milenios, que redundou no ponto em que estamos hoje. Claro, muita
filosofia, e no passado, muita religiào, foi criada e é ótimo que
fosse assim, pois nos deu algo para esplicar o mundo enquanto
esperavamos por mais dados.



Aí eu não concordo: teríamos muito mais chances de desenvolvermos o
lado místico no sentido de "relligare" se não tivessem existido
religiões na forma como se oficializaram, ou, em outras palavras, se
mais gente percebesse do que se trata a "comunhão". Mas isso é
problema para os filósofos.


> Os que passam do fisico para o mistico na tentatica de esplicar o
mundo hoje (ou no passado) usando o que não conhecemos ainda do
universo, professam o deus das lacunas como divindade e isso àinda é
misticismo.


Misticismo não... Isso que você diz que é misticismo é justamente a
falta de conhecimento do que é realmente "místico" fazendo tais
pessoas acharem que há lacunas a serem preenchidas e assim, vêem-se
tentadas a falar qualquer coisa baseada em qualquer outra coisa prá
justificar o ponto de vista... nada científico nem místico no real
sentido.


> A MQ pode causar muito desconforto, mas o que Goswami parece fazer
com ela é usa-la como se soubessemos tudo sobre o assunto. No
passado, muito do conhecimento foi alcançado de forma paulativa e a
cada avanço, caracteristicas que pareciam "estranhas,
incompreensiveis", foram sendo compreendidas.


Essa gradação de complexidade e a forma paulatina com que o
conhecimento é adquirido através dela é a contribuição mais válida da
ciência para a humanidade.



> No início da eletricidade e de seus usos, muitas das coisas que
fazia parecia mágica e contrariava o senso comum. Se um mágico
ligasse uma base de metal a uma jaula e, apenas movendo os braços
ritualisticamente, produzisse pulos no animal lá preso, com choques
eletricos, a plateia e mesmo cientistas ficariam maravilhados com
aquela demonstracao de "ação a distancia" tão ao gosto dos
paranormais. E, se por acaso o estudo mostrasse que era apenas um
fluxo de eenrgia, ainda assim seria misterioso porque aparentemente
instantâneo, coisa não permitida pelo limite da velocidade da luz
(claro que eu sei que ninguém sabia deste limite, mas a questõ é,
mesmo se soubessem, o experimento pareceria violar o limie). Muitos
na época realmente defendiam a idéia de que a ação da eletricidade
era instantânea (sem intervalo de tempo entre ação e reação). Mas era
apenas impossibilidade tecnologica de medição e falta de maiores
dados e estudos sobre a eletricidade.


Confundir misticismo com mistério e mágica é comum... mas não são a
mesma coisa não.


> Me parece que a MQ ainda está no seu início (como ciencia fisica,
mesmo que tenha surgido a decadas) e ainda será necessário muito
estudo complementar. E me parece que muito do que é aparentemente
conflitante com o mundo real vai ser mais confortável para nossos
netos.


Será? Eu vejo a MQ mais como uma ferramenta indispensável...
ainda. Mas há de chegar o tempo em que o que está faltando vai ser
encontrado. Daí, a compreensão será natural. O que se vê hoje em
dia são materialistas apegados à porção "sólida" da matéria como se
esta fosse a única parte indispensável para a compreensão do resto.
Daí o desespero e o repúdio quando as sacrossantas fórmulas ou
postulados da MQ caem na tradução livre dos "mistificadores".


> Mas misticos como Goswami tomam, como sempre, um saber incompleto
como a verdade final..:-) E isso os faza misticos, assim como as
religiões (o Papa nào tem duvidas de quem criou o universo e nem tem
duvidas quanto a existencia da alma e do erro de todas as outras
religioes, eu, definitivamente, vou para o inferno, se depender
dele..:-)


Para falar em MQ, é necessário um acelerador de partículas acoplado
ao texto... ou a tradução literal de toda aquela calculeira :))
Quer saber? Deixe que falem de MQ do jeito que quiserem. Quem
trabalha mesmo com isso nem se preocupa. Sabe por que? Porque está
em contado direto com a "coisa"... e vê como a "coisa" se comporta.
Gell Mann deve ter ficado mais indignado ao ver o Caminho Óctuplo e
suas implicações diretas caindo nos "oito caminhos" que ele havia
proposto, já que uma coisa não tem nada a ver com a outra.

O caso é que sem toda a calculeira, sem todo paramento científico
suportando, a explicação mais simples para a matéria ainda é:
matéria é energia. Congelada, formatada, moldada... o que importa?
Se o problema é "quem/oque molda a energia para produzir matéria?",
deixa que com as perguntas certas as respostas certas hão de
vir... ;)

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: Off-topic: Física Quântica - xiitas
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 15:58

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> aos xiitas de forma pejorativa ao utilizar-me do termo como
> sinônimo aos "extremistas ortodoxos defensores da scientia per
> scientia' a todo custo" só por causa desta guerra do Bush.

Não é desta guerra do Bush e nem daquela guerra do outro Bush. Nem
mesmo da guerra entre Saddam e o Irã.

O termo xiita entrou como extremista radical muçulmano por questão de
analfabetismo cultural dos repórteres que cobriram a revolução que
derrubou o xá Palev e levou à ascenção dos aiatolás no Irã.

A divisão dos xiitas e sunitas muçulmanos parece poder ser traçada
desde a morte de Maomé (Mohammad) gerando problemas de sucessão.
Simplificando a história bem grosseiramente, os sunitas defendiam q.
a autoridade espiritual poderia ser escolhida entre qq um da
comunidade muçulmana, ja' os xiitas acreditavam q. a sucessão deveria
se dar entre os descendentes do profeta.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - Inventando a roda
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 16:08

Teatro e'? Caramba, esse pessoal nao facilita.

Ha' algumas abordagens possiveis como apresentar o teatrinho da
historia -- como se supoem q. se deu o desenvolvimento da roda: da
pre-historia 'a era do computador.

Pode-se discutir caracteristicas fisicas e matematicas da roda.

Pode-se fazer um jogo ludico -- brincadeiras de roda, globo da morte,
brinquedos de playground, etc...

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> Tenho 'paura' de dar sugestões para professores do ensino
fundamental. Não sou capacitado e nem credenciado para 'fuçar' nesse

> -----Mensagem Original-----
> De: Claire

ciencias tradicionalmente, mas feira do conhecimento em forma de
teatro...Se puder sugerir-me algo, agradeço imensamente
> Obrigada,,,




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Física Quântica (Gell-Mann)
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/04/2003 16:12

Olá Ligia..:-)

Primeiro, desculpas pelos "esplicar" com S de minha mensagem..:-) Depois que reli, "doeu na vista"..:-) A pressa ao digitar "explica" o erro mas não o desculpa..:-)

E é sempre um prazer discutir com você..:-) E o raio que parte a árvore no meio de uma tempestade a pedido do mistico, nem Paulo Coelho pensou nisso (o máximo que ele faz é ventar e encher os bolsos de dinheiro..:-)

Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, April 23, 2003 3:51 PM
Subject: [ciencialist] Re: Física Quântica (Gell-Mann)


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
escreveu
> Olá Ligia..:-)
>
> Religiões são misiticas porque comparilham das caracteristicas das
respostas misticas para o mundo: não é possivel escolher, com
qualquer metodo razoável, uma delas como mais ou menos correta. Isso
diferencia o misticismo do método cientifico e da própria ciencia.


No sentido que se dá à palavra "religião" e na forma como é tratada
pelo povo, é isso mesmo: entra prá dentro do 'balaio de gatos' do
Takata e fica ali... :) Religião, de relligare, é mais "religar" a
individualidade ao todo que a origina. Nesse sentido, NENHUMA
RELIGIÃO (caps lock sem ressentimentos...) que se vê sendo praticada
faz corretamente. Tem sempre aquela coisa de se basear no que fulano
ou siclano disse, no que determinado deus falou e disse... e isso
quando não descamba para os dogmas, para os rituais, para as auto-
afirmações...


> Mesmo quando viviamos "sem ciência", haviam mecanismos que foram se
firmando como filtos de comportamentos, ações e conclusões. Havia a
forma mistica de produzir fogo, que ra rezar ou pedir a diferentes
entidades e forças animisticas que o enviasse ou produzisse (como a
historia de Prometeu nos conta) e havia o metodo de esfregar madeira
para produzir atrito e calor suficiente para iniciar a combustão.
Mesmo sem saber nada sobre atrito e propriedades quimicas da madeira,
o método mais, digamso, cientifico, vencia sempre e foi adotada,
mesmo pelos que rezavam para produzir fogo (a nào ser que tenhamos
evidencia que era possível fazer fogo rezando, ou que Prometeu
realmente existiu..:-)


Maldade... um místico não reza. Ele se concentra, entra em comunhão
com o universo e concretiza o fogo. A forma como o fogo vai se
concretizar pouco importa. Um caso de demonstração de uma proeza
dessas seria durante uma chuva forte, com tudo molhado em volta... e
de repente, um relâmpago fizesse fogo bem na frente do místico, ao
atingir uma árvore... :)



> Isso pode ser aplicado a todo desenvolvimento civilizatório em
milenios, que redundou no ponto em que estamos hoje. Claro, muita
filosofia, e no passado, muita religiào, foi criada e é ótimo que
fosse assim, pois nos deu algo para esplicar o mundo enquanto
esperavamos por mais dados.



Aí eu não concordo: teríamos muito mais chances de desenvolvermos o
lado místico no sentido de "relligare" se não tivessem existido
religiões na forma como se oficializaram, ou, em outras palavras, se
mais gente percebesse do que se trata a "comunhão". Mas isso é
problema para os filósofos.


> Os que passam do fisico para o mistico na tentatica de esplicar o
mundo hoje (ou no passado) usando o que não conhecemos ainda do
universo, professam o deus das lacunas como divindade e isso àinda é
misticismo.


Misticismo não... Isso que você diz que é misticismo é justamente a
falta de conhecimento do que é realmente "místico" fazendo tais
pessoas acharem que há lacunas a serem preenchidas e assim, vêem-se
tentadas a falar qualquer coisa baseada em qualquer outra coisa prá
justificar o ponto de vista... nada científico nem místico no real
sentido.


> A MQ pode causar muito desconforto, mas o que Goswami parece fazer
com ela é usa-la como se soubessemos tudo sobre o assunto. No
passado, muito do conhecimento foi alcançado de forma paulativa e a
cada avanço, caracteristicas que pareciam "estranhas,
incompreensiveis", foram sendo compreendidas.


Essa gradação de complexidade e a forma paulatina com que o
conhecimento é adquirido através dela é a contribuição mais válida da
ciência para a humanidade.



> No início da eletricidade e de seus usos, muitas das coisas que
fazia parecia mágica e contrariava o senso comum. Se um mágico
ligasse uma base de metal a uma jaula e, apenas movendo os braços
ritualisticamente, produzisse pulos no animal lá preso, com choques
eletricos, a plateia e mesmo cientistas ficariam maravilhados com
aquela demonstracao de "ação a distancia" tão ao gosto dos
paranormais. E, se por acaso o estudo mostrasse que era apenas um
fluxo de eenrgia, ainda assim seria misterioso porque aparentemente
instantâneo, coisa não permitida pelo limite da velocidade da luz
(claro que eu sei que ninguém sabia deste limite, mas a questõ é,
mesmo se soubessem, o experimento pareceria violar o limie). Muitos
na época realmente defendiam a idéia de que a ação da eletricidade
era instantânea (sem intervalo de tempo entre ação e reação). Mas era
apenas impossibilidade tecnologica de medição e falta de maiores
dados e estudos sobre a eletricidade.


Confundir misticismo com mistério e mágica é comum... mas não são a
mesma coisa não.


> Me parece que a MQ ainda está no seu início (como ciencia fisica,
mesmo que tenha surgido a decadas) e ainda será necessário muito
estudo complementar. E me parece que muito do que é aparentemente
conflitante com o mundo real vai ser mais confortável para nossos
netos.


Será? Eu vejo a MQ mais como uma ferramenta indispensável...
ainda. Mas há de chegar o tempo em que o que está faltando vai ser
encontrado. Daí, a compreensão será natural. O que se vê hoje em
dia são materialistas apegados à porção "sólida" da matéria como se
esta fosse a única parte indispensável para a compreensão do resto.
Daí o desespero e o repúdio quando as sacrossantas fórmulas ou
postulados da MQ caem na tradução livre dos "mistificadores".


> Mas misticos como Goswami tomam, como sempre, um saber incompleto
como a verdade final..:-) E isso os faza misticos, assim como as
religiões (o Papa nào tem duvidas de quem criou o universo e nem tem
duvidas quanto a existencia da alma e do erro de todas as outras
religioes, eu, definitivamente, vou para o inferno, se depender
dele..:-)


Para falar em MQ, é necessário um acelerador de partículas acoplado
ao texto... ou a tradução literal de toda aquela calculeira :))
Quer saber? Deixe que falem de MQ do jeito que quiserem. Quem
trabalha mesmo com isso nem se preocupa. Sabe por que? Porque está
em contado direto com a "coisa"... e vê como a "coisa" se comporta.
Gell Mann deve ter ficado mais indignado ao ver o Caminho Óctuplo e
suas implicações diretas caindo nos "oito caminhos" que ele havia
proposto, já que uma coisa não tem nada a ver com a outra.

O caso é que sem toda a calculeira, sem todo paramento científico
suportando, a explicação mais simples para a matéria ainda é:
matéria é energia. Congelada, formatada, moldada... o que importa?
Se o problema é "quem/oque molda a energia para produzir matéria?",
deixa que com as perguntas certas as respostas certas hão de
vir... ;)

Beijos, Lígia


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SUBJECT: Re: Fw: dúvida(visitei sua home page...
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 16:17

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
> Alguém sabe detalhes daquela 'urinada' no espaço dada por um
> astronauta? Que ele viu? vapor d'água em brusca expansão? cristais
> de gelo? flocos de gelo? uma trilha congelada?

http://www.nas.nasa.gov/About/Education/SpaceSettlement/CoEvolutionBoo
k/SPACE.HTML#There%20Ain't%20No%20Graceful%20Way

http://www.nas.nasa.gov/About/Education/SpaceSettlement/CoEvolutionBoo
k/URINE.GIF

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Albumina, creatina, alhocreatiba e bugalhocreatina
FROM: "Edson Vizzoni <evizzoni@hotmail.com>" <evizzoni@hotmail.com>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 16:39

Amigos,

Muito obrigado pelos esclarecimentos.
Terei uma conversinha de pé de ouvido com meu filho sobre o tema.

Valeu!

Um abraço,

Vizzoni



SUBJECT: Re: Albumina, creatina, alhocreatiba e bugalhocreatina
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 16:42

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Edson Vizzoni
> Muito obrigado pelos esclarecimentos.
> Terei uma conversinha de pé de ouvido com meu filho sobre o tema.

O melhor seria conversar com um médico ou um nutricionista.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Off-topic: Física Quântica - xiitas
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/04/2003 16:51

Olá.

Mas não só o analfabetismo cultural ou o preconceito geram novos usos para palavras antigas. Há que considerar também o pós-conceito, derivado de comportamentos ou caracteristicas da palavra ou do termo.

Xiita é tudo isso, uma corrente etnica e uma divisão religiosa, mas recebeu seu componente pejorativo também pelas ações dos que se identificam com ela. A Folha de SP de ontem traz uma foto emblemática, um grupo de xiitas (no sentido politicamente correto do termo) se auto-flagelando com facões, cortando suas cabeças e rostos, empapados de sangue e odio, gritando de modo demencial (apenas homens, claro, não é permitido tamanha fé e devoção às inferiores mulheres). É uma imagem de força e indiscutivelmente fanática, no pior sentido do termo.

Assim como as caracteristicas da deficiencia da tiroide que provoca o cretinismo, podem levar a um retardamento mental (e derivar o sentido pejorativo de cretino) e a antiga ideia há muito superada de que um atavismo poderia fazer nascer crianças com caracteristicas de antepassados distantes (e, claro, inferiores..:-) que gerou os termos depreciativos ligados a raças, da qual só sobrou o mongoloide (a classificação se dava do negro ao branco, com cada deficiencia sendo atribuida a um atavismo mais forte, sendo a sindrome de Dawn associada a raça amarela), muitos fatores contribuem para a modificação de sentido das palavras.

E tentar eliminar todos os sentidos considerados incorretos pelo "politicamente correto" pode levar a situações absurdas (como nos USA que qualquer pessoa pode ganhar bom dinheiro processando incautos que dizem "surdo" no lugar de "auditivamente diferenciado"..:-)

Um abraço.

Homero

----- Original Message -----
From: rmtakata <rmtakata@altavista.net>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, April 23, 2003 3:58 PM
Subject: [ciencialist] Re: Off-topic: Física Quântica - xiitas


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> aos xiitas de forma pejorativa ao utilizar-me do termo como
> sinônimo aos "extremistas ortodoxos defensores da scientia per
> scientia' a todo custo" só por causa desta guerra do Bush.

Não é desta guerra do Bush e nem daquela guerra do outro Bush. Nem
mesmo da guerra entre Saddam e o Irã.

O termo xiita entrou como extremista radical muçulmano por questão de
analfabetismo cultural dos repórteres que cobriram a revolução que
derrubou o xá Palev e levou à ascenção dos aiatolás no Irã.

A divisão dos xiitas e sunitas muçulmanos parece poder ser traçada
desde a morte de Maomé (Mohammad) gerando problemas de sucessão.
Simplificando a história bem grosseiramente, os sunitas defendiam q.
a autoridade espiritual poderia ser escolhida entre qq um da
comunidade muçulmana, ja' os xiitas acreditavam q. a sucessão deveria
se dar entre os descendentes do profeta.

[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Off-topic: Física Quântica - xiitas
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/04/2003 16:55

Para estomagos fortes, imagens de xiitas e auto-flagelação:

http://www1.folha.uol.com.br/folha/galeria/album/p_sacrificio_01.shtml

Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: rmtakata <rmtakata@altavista.net>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, April 23, 2003 3:58 PM
Subject: [ciencialist] Re: Off-topic: Física Quântica - xiitas


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> aos xiitas de forma pejorativa ao utilizar-me do termo como
> sinônimo aos "extremistas ortodoxos defensores da scientia per
> scientia' a todo custo" só por causa desta guerra do Bush.

Não é desta guerra do Bush e nem daquela guerra do outro Bush. Nem
mesmo da guerra entre Saddam e o Irã.

O termo xiita entrou como extremista radical muçulmano por questão de
analfabetismo cultural dos repórteres que cobriram a revolução que
derrubou o xá Palev e levou à ascenção dos aiatolás no Irã.

A divisão dos xiitas e sunitas muçulmanos parece poder ser traçada
desde a morte de Maomé (Mohammad) gerando problemas de sucessão.
Simplificando a história bem grosseiramente, os sunitas defendiam q.
a autoridade espiritual poderia ser escolhida entre qq um da
comunidade muçulmana, ja' os xiitas acreditavam q. a sucessão deveria
se dar entre os descendentes do profeta.

[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: Re: Off-topic: Física Quântica - xiitas
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 17:07

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
> Para estomagos fortes, imagens de xiitas e auto-flagelação:
>
>
http://www1.folha.uol.com.br/folha/galeria/album/p_sacrificio_01.shtml

Ha' filipinos q. se pregam 'a cruz na comemoracao da Pascoa. Ninguem
ira' dizer q. extremistas cristaos sao filipinos. A imagem mostra a
auto-flagelacao de algumas pessoas -- se se identificam os gajos como
homens, como iraquianos, como xiitas, como homens de bigode e'
convencao.

Dir-se-a', homens nao seria uma boa classificacao ja' q. nem todos os
homens praticam a auto-flagelacao. Bem, nem todos os xiitas realizam
tal pratica. Havera' q. se dizer entao q. mais xiitas cometem auto-
flagelacao do q. membros da categoria homens... Tomemos por correta
tal afirmacao mesmo sem investigarmos sua veracidade, apenas por fins
de argumentacao. Mais xiitas com facas cometem auto-flagelacao do q.
homens ou mesmo xiitas. Bem, entao o q. nos impede de falarmos na
categoria xiitas com facas? Novamente convencao.

Budistas cometeram auto-imolacao (sob certo aspecto mais drastico do
q. auto-flagelacao) em protesto. Budistas nao sao tidos como radicais.

http://www.photocollect.com/picture.php?id=151

O q. opera aqui e' a incompreensao do ocidente (mais uma categoria q.
esconde muita heterogeneidade) frente a nuancas culturais do oriente
(tao heterogeneo qto o ocidente). A essa incompreensao chamei de
analfabetismo cultural -- ha' termos mais fortes como cegueira
cultural.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: Off-topic: Física Quântica - xiitas
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/04/2003 17:41

Olá..:-)

É possível. Parece que a incompreensão cultural tem responsabilidade na criação do termo xiita como sinonimo de fanatico. Mas não é, sozinha, a única responsável. Monges budistas que se imolam em protesto tomam uma atitude radical e a categoria "fanatico" talvez se aplique a eles. Mas como é uma ação eventual e não um padrão de comportamente, não gerou o termo. E suas ações extra-imolatorias (meditação, respeito a toda forma de vida, ações por outras pessoas e animais, etc) são mais conhecidas e mais respeitadas, contrabalançando a opinião que temos deles. Imolar-se ou sacrificar-se por terceiros, para salvar vidas ou acreditando estar fazendo isso, tem mais peso positivo em quase todas as culturas.

Já a dor e o flagelo xiitas tem mais de vaidade religiosa (com cada qual tentando ser mais puro do que o vizinho, e ganhar mais a admiração e as benesses divinas que os infieis) tem um componente pejorativo mais forte. Essa gradação é mais evidente se colocarmos em linha imolaçoes budistas (para proteger terceiros), crucificação filipina (pro admiração do crucificado original), auto-flagelações de si mesmo e de crianças (por vaidade) e homens-bombas que explodem civis e discotecas (para ir direto ao céu, sem preocupação com pecados cometidos durante a vida e usufruir de honis e delicias por toda eternidade).

A cegueira cultural é terrivel e teve seu papel mais atuante durante a expansão do ocidente (navegações e exploração de colonias) mas tambem se apresentou na expansão islãmica (dominio iberico) e nos massacres para retomada da terra santa (antes e depois das cruzadas). Não é privilégio de culturas ocidentais e cristãs..:-)

Não estava justificando o uso de xiita como pejorativo, também vejo muito de incompreensão nesta categorização. Estava apenas argumentando que existem mais fatores a levar uma palavra a adquirir novos sentidos. Imagino que o islã tenha muitos termos pejorativos para ocidentais, derivados de palavras e preconceitos de sua cultura com a nossa, em especial, ao modo fraco e degenerado que tratamos "nossas" mulheres (igualdade entre sexos deve ser um tipo de xingamento no islà..:-)

Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: rmtakata <rmtakata@altavista.net>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, April 23, 2003 5:07 PM
Subject: [ciencialist] Re: Off-topic: Física Quântica - xiitas


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
> Para estomagos fortes, imagens de xiitas e auto-flagelação:
>
>
http://www1.folha.uol.com.br/folha/galeria/album/p_sacrificio_01.shtml

Ha' filipinos q. se pregam 'a cruz na comemoracao da Pascoa. Ninguem
ira' dizer q. extremistas cristaos sao filipinos. A imagem mostra a
auto-flagelacao de algumas pessoas -- se se identificam os gajos como
homens, como iraquianos, como xiitas, como homens de bigode e'
convencao.

Dir-se-a', homens nao seria uma boa classificacao ja' q. nem todos os
homens praticam a auto-flagelacao. Bem, nem todos os xiitas realizam
tal pratica. Havera' q. se dizer entao q. mais xiitas cometem auto-
flagelacao do q. membros da categoria homens... Tomemos por correta
tal afirmacao mesmo sem investigarmos sua veracidade, apenas por fins
de argumentacao. Mais xiitas com facas cometem auto-flagelacao do q.
homens ou mesmo xiitas. Bem, entao o q. nos impede de falarmos na
categoria xiitas com facas? Novamente convencao.

Budistas cometeram auto-imolacao (sob certo aspecto mais drastico do
q. auto-flagelacao) em protesto. Budistas nao sao tidos como radicais.

http://www.photocollect.com/picture.php?id=151

O q. opera aqui e' a incompreensao do ocidente (mais uma categoria q.
esconde muita heterogeneidade) frente a nuancas culturais do oriente
(tao heterogeneo qto o ocidente). A essa incompreensao chamei de
analfabetismo cultural -- ha' termos mais fortes como cegueira
cultural.

[]s,

Roberto Takata


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SUBJECT: Re:[ciencialist] Re: Off-topic: Física Quântica - xiitas
FROM: "mariaconsiglio" <mariaconsiglio@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 17:51

> Cretino vem da doença cretinismo: retardo
mental pela falta dos hormônios tiroideanos
Carminha


---
UOL, o melhor da Internet
http://www.uol.com.br/



SUBJECT: Re: Off-topic: Física Quântica - xiitas
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 17:52

Dizer q. auto-imolacao de alguns xiitas e' questao de vaidade pessoal
e' um dos erros de percepcao. E nao sao apenas muculmanos q. cometem
auto-flagelacao em peregrinacoes, mas tbm hindus possuem festivais
especificos em q. algumas pessoas realizam atos contra o proprio
corpo.

A nocao de sacrificio envolve dois filtros -- o destaque q. a
cobertura jornalistica da' para um ou outro aspecto e a nocao de
valor q. empregamos em cima disso. Os jornalistas ficam buscando tais
imagens de impacto, ficam atras do eventuais xiitas q. se auto-
flagelam e cria-se uma imagem de q. os xiitas cometem auto-
flagelacao, os xiitas sao radicais incorrigiveis.

A Ku Klux Klan saía por aí matando gente, ninguém diz q. cristãos são
radicais.

> Não é privilégio de culturas ocidentais e cristãs..:-)

Nao mesmo.

> Imagino que o islã tenha muitos termos pejorativos para ocidentais,
> derivados de palavras e preconceitos de sua cultura com a nossa, em
> especial, ao modo fraco e degenerado que tratamos "nossas" mulheres
> (igualdade entre sexos deve ser um tipo de xingamento no islà..:-)

Ai' ja' nao sei dizer. Nao conheco nada da lingua arabe.

Mas o analfabetismo cultural nao engloba apenas o desconhecimento da
cultura alheia, atinge tbm o desconhecimento da cultura do proprio
meio em q. vive.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re:[ciencialist] Re: Off-topic: Física Quântica - xiitas
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 17:57

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "mariaconsiglio"
> > Cretino vem da doença cretinismo: retardo
> mental pela falta dos hormônios tiroideanos

Na verdade e' o oposto, cretinismo vem de cretino.
Assim como confucionismo vem de Confúcio, ilusionismo vem de ilusao,
priapismo vem de priapo...
E' uma derivacao por sufixacao pelo acrescimo da desinencia -ismo.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: vice-deuses
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 18:41


>O melhor seria conversar com um médico ou um nutricionista.
>
>[]s,
>
>Roberto Takata


Pra que?
Ele já falou com os vice-deuses (da Lista)
L.E.

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re:Ainda xiitas
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/04/2003 19:32

Olá..:-)

Esta parece ser a origem da expressão cretino e cretinismo, mas como existe mais de uma versão não posso afirmar com certeza:

"Cretino é palavra que várias línguas românicas tomaram emprestada de um dialeto franco-provençal dos Alpes Suícos, "cretin" (do latim "christianu", que significa cristão). Nessa região muitos dos habitantes eram acometidos de cretinismo ou bócio (doença caracterizada pelo crescimento da tireóide, vulgarmente conhecida por papo), e assim denominados por pena, "pobre cristão", "pobrezinho". Como o bócio provoca a parada do desenvolvimento físico e mental, o termo passou a usar-se pejorativamente com o significado de imbecil, idiota. (Adriano da Gama Kury) "

Agora a vaidade que atribui a auto-flagelação xiita é mesmo um opinião..:-) Mas não uma opinião derivada de preconceito, cegueira cultural ou tirado do nada. Vem de uma analise e, mesmo que possa estar incorreta, tem sua motivação. Concordo plenamente que fotografos procuram angulos e imagens de efeito e impacto. Alguns, nesta mesma guerra do Iraque chegaram a ser demitidos de seus jornais por "melhorarem" fotos com ajuda do computador (e viva o PhotoShop e Corel Draw..:-)

Mesmo assim, a imagem de uma criança com a testa ensopada de sangue para se tornar mais bela ou valiosa ao olhos da divindade é impactante por si só e permite interpretações e analises sem necessáriamente serem cegueira cultural. Temos nossos filtros culturais e com certeza serão responsáveis por algumas delas, mas o relativismo cultural deve ter um limite, sob pena de tudo ser relativo ou permitido. A infibulação (corte dos grandes labios e posterior costura dos mesmos em uma unica membrana, de modo a só deixar um pequno orificio para a urina) e a extirpação do clitóris de meninas de 10 anos, a frio e sem assepcia é, em qualquer angulo de analise, uma barbárie.

Se alguém tem por padrão de comportamente (mesmo que não universal na etnia) o corte de partes da testa e cabeça, costas e braços, com sangramento em profusão porque isso o torna mais belo ao olhos da divindade, mais importante, ou mais valoroso, isso pode ser classificado como vaidade, no sentido mais restrito ou amplo do termo. Se o sacrificio é feito para salvar (ou pensar salvar) outra pessoa ou ser vivo, a motivação pode até conter vaidade, a vaidade do asceta, mas o foco principal é mais nobre e mais solidário.

Ainda concordo que é uma opinião e que, mesmo que eu quisesse, não poderia me livrar totalmente de minha origem e cultura (nem os xiitas podem, claro). Mas não posso deixar de considerar que, no quesito tolerancia (religiosa ou laica), o ocidente atual (por favor, não me lembre de Colombo e dos indios centro-americanos..:-) tem uma dose bem maior e pode se adaptar com mais facilidade ao conflito cultural. Alias, esse me parece um dado importante na questão de porque o mundo árabe se afastou tanto do progresso e da tolerancia comportamental.

Um abraço.

Homero


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re:Ainda xiitas
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 20:44

Falou e disse... :))

Caro Homero, fanatismo é o grande mal. O pior é que nem os espécimes
mais racionais de nossa espécie estão isentos de experimentá-lo.
Vaidade + histeria fazem horrores.

Beijos, Lígia

PS: Quanto à infibulação, gostei das explicações apresentadas neste
site:

http://www.geocities.com/Athens/Column/6138/fgm.html



*************************************



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
escreveu
> Olá..:-)
>
> Esta parece ser a origem da expressão cretino e cretinismo, mas
como existe mais de uma versão não posso afirmar com certeza:
>
> "Cretino é palavra que várias línguas românicas tomaram emprestada
de um dialeto franco-provençal dos Alpes Suícos, "cretin" (do
latim "christianu", que significa cristão). Nessa região muitos dos
habitantes eram acometidos de cretinismo ou bócio (doença
caracterizada pelo crescimento da tireóide, vulgarmente conhecida por
papo), e assim denominados por pena, "pobre cristão", "pobrezinho".
Como o bócio provoca a parada do desenvolvimento físico e mental, o
termo passou a usar-se pejorativamente com o significado de imbecil,
idiota. (Adriano da Gama Kury) "
>
> Agora a vaidade que atribui a auto-flagelação xiita é mesmo um
opinião..:-) Mas não uma opinião derivada de preconceito, cegueira
cultural ou tirado do nada. Vem de uma analise e, mesmo que possa
estar incorreta, tem sua motivação. Concordo plenamente que
fotografos procuram angulos e imagens de efeito e impacto. Alguns,
nesta mesma guerra do Iraque chegaram a ser demitidos de seus jornais
por "melhorarem" fotos com ajuda do computador (e viva o PhotoShop e
Corel Draw..:-)
>
> Mesmo assim, a imagem de uma criança com a testa ensopada de sangue
para se tornar mais bela ou valiosa ao olhos da divindade é
impactante por si só e permite interpretações e analises sem
necessáriamente serem cegueira cultural. Temos nossos filtros
culturais e com certeza serão responsáveis por algumas delas, mas o
relativismo cultural deve ter um limite, sob pena de tudo ser
relativo ou permitido. A infibulação (corte dos grandes labios e
posterior costura dos mesmos em uma unica membrana, de modo a só
deixar um pequno orificio para a urina) e a extirpação do clitóris de
meninas de 10 anos, a frio e sem assepcia é, em qualquer angulo de
analise, uma barbárie.
>
> Se alguém tem por padrão de comportamente (mesmo que não universal
na etnia) o corte de partes da testa e cabeça, costas e braços, com
sangramento em profusão porque isso o torna mais belo ao olhos da
divindade, mais importante, ou mais valoroso, isso pode ser
classificado como vaidade, no sentido mais restrito ou amplo do
termo. Se o sacrificio é feito para salvar (ou pensar salvar) outra
pessoa ou ser vivo, a motivação pode até conter vaidade, a vaidade do
asceta, mas o foco principal é mais nobre e mais solidário.
>
> Ainda concordo que é uma opinião e que, mesmo que eu quisesse, não
poderia me livrar totalmente de minha origem e cultura (nem os xiitas
podem, claro). Mas não posso deixar de considerar que, no quesito
tolerancia (religiosa ou laica), o ocidente atual (por favor, não me
lembre de Colombo e dos indios centro-americanos..:-) tem uma dose
bem maior e pode se adaptar com mais facilidade ao conflito cultural.
Alias, esse me parece um dado importante na questão de porque o mundo
árabe se afastou tanto do progresso e da tolerancia comportamental.
>
> Um abraço.
>
> Homero
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Ainda xiitas
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/04/2003 22:43

Olá Ligia..;-)

Muito bom o link sobre a infibulação, mas não tenho mesmo estomago para isso..:-( Tenho dificuldade até msmo para ler sobre isso. Há alguns anos vi uma reportagem na madrugada que acompanhou uma mãe, pai e filha de 10 anos a um açougueiro que fazia infibulação e cliteromastia com uma faca, sem assepcia nem anestesia.

Sem aviso (a menina não fazia ideia e, até o momento, estava feliz e se sentidno segura ao lado do pai e mãe) o pai segura a menina com as pernas abertas e o açougueiro faz o trabalho, com todo sangue, terror e gritos que pode imaginar.

Não dormi direito por mais de uma semana..:-(

Um abraço.

Homero

----- Original Message -----
From: Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, April 23, 2003 8:44 PM
Subject: [ciencialist] Re:Ainda xiitas


Falou e disse... :))

Caro Homero, fanatismo é o grande mal. O pior é que nem os espécimes
mais racionais de nossa espécie estão isentos de experimentá-lo.
Vaidade + histeria fazem horrores.

Beijos, Lígia

PS: Quanto à infibulação, gostei das explicações apresentadas neste
site:

http://www.geocities.com/Athens/Column/6138/fgm.html



*************************************



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
escreveu
> Olá..:-)
>
> Esta parece ser a origem da expressão cretino e cretinismo, mas
como existe mais de uma versão não posso afirmar com certeza:
>
> "Cretino é palavra que várias línguas românicas tomaram emprestada
de um dialeto franco-provençal dos Alpes Suícos, "cretin" (do
latim "christianu", que significa cristão). Nessa região muitos dos
habitantes eram acometidos de cretinismo ou bócio (doença
caracterizada pelo crescimento da tireóide, vulgarmente conhecida por
papo), e assim denominados por pena, "pobre cristão", "pobrezinho".
Como o bócio provoca a parada do desenvolvimento físico e mental, o
termo passou a usar-se pejorativamente com o significado de imbecil,
idiota. (Adriano da Gama Kury) "
>
> Agora a vaidade que atribui a auto-flagelação xiita é mesmo um
opinião..:-) Mas não uma opinião derivada de preconceito, cegueira
cultural ou tirado do nada. Vem de uma analise e, mesmo que possa
estar incorreta, tem sua motivação. Concordo plenamente que
fotografos procuram angulos e imagens de efeito e impacto. Alguns,
nesta mesma guerra do Iraque chegaram a ser demitidos de seus jornais
por "melhorarem" fotos com ajuda do computador (e viva o PhotoShop e
Corel Draw..:-)
>
> Mesmo assim, a imagem de uma criança com a testa ensopada de sangue
para se tornar mais bela ou valiosa ao olhos da divindade é
impactante por si só e permite interpretações e analises sem
necessáriamente serem cegueira cultural. Temos nossos filtros
culturais e com certeza serão responsáveis por algumas delas, mas o
relativismo cultural deve ter um limite, sob pena de tudo ser
relativo ou permitido. A infibulação (corte dos grandes labios e
posterior costura dos mesmos em uma unica membrana, de modo a só
deixar um pequno orificio para a urina) e a extirpação do clitóris de
meninas de 10 anos, a frio e sem assepcia é, em qualquer angulo de
analise, uma barbárie.
>
> Se alguém tem por padrão de comportamente (mesmo que não universal
na etnia) o corte de partes da testa e cabeça, costas e braços, com
sangramento em profusão porque isso o torna mais belo ao olhos da
divindade, mais importante, ou mais valoroso, isso pode ser
classificado como vaidade, no sentido mais restrito ou amplo do
termo. Se o sacrificio é feito para salvar (ou pensar salvar) outra
pessoa ou ser vivo, a motivação pode até conter vaidade, a vaidade do
asceta, mas o foco principal é mais nobre e mais solidário.
>
> Ainda concordo que é uma opinião e que, mesmo que eu quisesse, não
poderia me livrar totalmente de minha origem e cultura (nem os xiitas
podem, claro). Mas não posso deixar de considerar que, no quesito
tolerancia (religiosa ou laica), o ocidente atual (por favor, não me
lembre de Colombo e dos indios centro-americanos..:-) tem uma dose
bem maior e pode se adaptar com mais facilidade ao conflito cultural.
Alias, esse me parece um dado importante na questão de porque o mundo
árabe se afastou tanto do progresso e da tolerancia comportamental.
>
> Um abraço.
>
> Homero
>
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]


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SUBJECT: Universo: Uma resposta à espera de perguntas...
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 22:55

Olá,

Ainda a respeito de nossas origens, ou melhor, das origens ainda
obscuras do universo, eu acho que ficou alguma coisa "boiando" depois
que dei por encerrada a troca de emails com o Homero, falando
em "perguntas certas para respostas certas". Cá estava eu pescando
na internet, quando eu topei com um livro que parece que ainda não
foi traduzido ao português e que fala justamente a respeito d"A
Pergunta":


"The God Particle: If the Universe Is the Answer, What Is the
Question?"
by Leon Lederman, Dick Teresi


Pode ser pedido pela Amazon:

http://www.amazon.com/exec/obidos/tg/detail/-/0385312113/002-6414893-
8069632?vi=glance



Pelo título "sugestivo" desse livro, já deu prá notar que tem alguma
coisa a ver com algo que vem mantendo físicos de partículas
envolvidos numa verdadeira busca pelo "santo graal" da física: o
Boson Higgs, ou como é carinhosamente chamado, a Partícula de Deus.
Por que esse nome? Bem, deve haver alguns cientistas envolvidos que
ainda acalentam algum respeito pelas tradições milenares. Mas o fato
é que pensa-se que tal partícula encerra em si a compreensão do
porquê não continuarmos a ser pura energia após um possível início do
universo. Confiram ( em inglês):

http://www.wired.com/news/technology/0,1282,54507,00.html
http://www.exploratorium.edu/origins/cern/ideas/higgs.html

Agora um artigo mais recente:

http://www.popsci.com/popsci/science/article/0,12543,188294,00.html


Bem... não é de se estranhar que haja gente "do contra" também
envolvida nesse episódio épico da história da ciência. E esse "do
contra" é nada mais nada menos que Hawking: jura de pés juntos que
esse bóson não existe e chegou até a fazer uma aposta. Parece que a
aposta de Hawking vem crescendo. Mas quando iniciou-se era de 70
libras:

http://braden.weblogs.com/2002/09/04



O engraçado é que essa história vem rendendo lá fora mas o brasil
parece mesmo insensível a esses arroubos científicos dos gringos.
Acabei achando só umas poucas páginas em portugês:

http://geocities.yahoo.com.br/revista_anima/page18.html
http://www.fundaj.gov.br/docs/tropico/desat/boson.html



Beijos, Lígia

PS: Ah, tem ainda uma tentativa de se criar as condições dos
bilionésimos de segundo que antecederam o BB lá no Large Hadron
Collider (LHC) -- nesse artigo ele estava ainda em construção:

http://www.pnl.gov/er_news/02_98/art2.htm

Aos que não conhecem o LHC:

http://lhc-new-homepage.web.cern.ch/lhc-new-homepage

http://lhcb.web.cern.ch/lhcb/


Ainda experiências com o BB:

http://www.pparc.ac.uk/Nw/bigbang.asp




SUBJECT: Re:Ainda xiitas
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 23:05

Oi Homero,

Bom saber que você também é sensível. Eu também passo mal... nem
aguento ler sobre guerras, quanto mais sobre mutilações impostas...
ugh! Mas esse artigo até que é bem comportado e dá uma visão bem
abrangente da cultura dos povos envolvidos.

E... ainda bem que existem mais coisas menos horrendas para serem
lidas e apreciadas.

Beijos, Lígia

**********************************

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
escreveu
> Olá Ligia..;-)
>
> Muito bom o link sobre a infibulação, mas não tenho mesmo estomago
para isso..:-( Tenho dificuldade até msmo para ler sobre isso. Há
alguns anos vi uma reportagem na madrugada que acompanhou uma mãe,
pai e filha de 10 anos a um açougueiro que fazia infibulação e
cliteromastia com uma faca, sem assepcia nem anestesia.
>
> Sem aviso (a menina não fazia ideia e, até o momento, estava feliz
e se sentidno segura ao lado do pai e mãe) o pai segura a menina com
as pernas abertas e o açougueiro faz o trabalho, com todo sangue,
terror e gritos que pode imaginar.
>
> Não dormi direito por mais de uma semana..:-(
>
> Um abraço.
>
> Homero
>
> ----- Original Message -----
> From: Ligia Amorese <ligia5555@y...>
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Wednesday, April 23, 2003 8:44 PM
> Subject: [ciencialist] Re:Ainda xiitas
>
>
> Falou e disse... :))
>
> Caro Homero, fanatismo é o grande mal. O pior é que nem os
espécimes
> mais racionais de nossa espécie estão isentos de experimentá-lo.
> Vaidade + histeria fazem horrores.
>
> Beijos, Lígia
>
> PS: Quanto à infibulação, gostei das explicações apresentadas
neste
> site:
>
> http://www.geocities.com/Athens/Column/6138/fgm.html
>
>
>
> *************************************
>
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
> escreveu
> > Olá..:-)
> >
> > Esta parece ser a origem da expressão cretino e cretinismo, mas
> como existe mais de uma versão não posso afirmar com certeza:
> >
> > "Cretino é palavra que várias línguas românicas tomaram
emprestada
> de um dialeto franco-provençal dos Alpes Suícos, "cretin" (do
> latim "christianu", que significa cristão). Nessa região muitos
dos
> habitantes eram acometidos de cretinismo ou bócio (doença
> caracterizada pelo crescimento da tireóide, vulgarmente conhecida
por
> papo), e assim denominados por pena, "pobre
cristão", "pobrezinho".
> Como o bócio provoca a parada do desenvolvimento físico e mental,
o
> termo passou a usar-se pejorativamente com o significado de
imbecil,
> idiota. (Adriano da Gama Kury) "
> >
> > Agora a vaidade que atribui a auto-flagelação xiita é mesmo um
> opinião..:-) Mas não uma opinião derivada de preconceito,
cegueira
> cultural ou tirado do nada. Vem de uma analise e, mesmo que possa
> estar incorreta, tem sua motivação. Concordo plenamente que
> fotografos procuram angulos e imagens de efeito e impacto.
Alguns,
> nesta mesma guerra do Iraque chegaram a ser demitidos de seus
jornais
> por "melhorarem" fotos com ajuda do computador (e viva o
PhotoShop e
> Corel Draw..:-)
> >
> > Mesmo assim, a imagem de uma criança com a testa ensopada de
sangue
> para se tornar mais bela ou valiosa ao olhos da divindade é
> impactante por si só e permite interpretações e analises sem
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o
> relativismo cultural deve ter um limite, sob pena de tudo ser
> relativo ou permitido. A infibulação (corte dos grandes labios e
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> deixar um pequno orificio para a urina) e a extirpação do
clitóris de
> meninas de 10 anos, a frio e sem assepcia é, em qualquer angulo
de
> analise, uma barbárie.
> >
> > Se alguém tem por padrão de comportamente (mesmo que não
universal
> na etnia) o corte de partes da testa e cabeça, costas e braços,
com
> sangramento em profusão porque isso o torna mais belo ao olhos da
> divindade, mais importante, ou mais valoroso, isso pode ser
> classificado como vaidade, no sentido mais restrito ou amplo do
> termo. Se o sacrificio é feito para salvar (ou pensar salvar)
outra
> pessoa ou ser vivo, a motivação pode até conter vaidade, a
vaidade do
> asceta, mas o foco principal é mais nobre e mais solidário.
> >
> > Ainda concordo que é uma opinião e que, mesmo que eu quisesse,
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> podem, claro). Mas não posso deixar de considerar que, no quesito
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> lembre de Colombo e dos indios centro-americanos..:-) tem uma
dose
> bem maior e pode se adaptar com mais facilidade ao conflito
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SUBJECT: Re: [ciencialist] cadastro
FROM: "Netbank - Alvaro Augusto" <alvaug@netbank.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/04/2003 23:09

Ai, ai, a vida é dura, muito dura...

Caixa postal lotada e ainda não se deu ao trabalho de ler o rodapé de todas
as mensagens do grupo:

"Para sair da lista envie um mail para"
ciencialist-unsubscribe@yahoogroups.com
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----- Original Message -----
From: "aileencarniel" <aileencarniel@bol.com.br>
To: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
Sent: Wednesday, April 23, 2003 11:04 AM
Subject: [ciencialist] cadastro


Estou recebendo emails do grupo de vocês, apesar de não
ter me cadastrado. Minha caixa está completamente
lotada.
Poderiam, por favor, excluir meu email da lista?
Obrigada.
Aileen





SUBJECT: Re: [ciencialist] Universo: Uma resposta à espera de perguntas...
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 23/04/2003 23:19

Olá Ligia..:-)

Para contrabalançar esta mensagem sobre a procura séria e técnica sobre as origens de nosso universo e do Boson Higs, uma nota sobre a nova moda gerada pelo Big Brother (arghhh) que é a seita do Dhomini, a Esfera..:-) Uam tolice sem tamanho que mistura alhos e bugalhos e tira dinehiro de incautos e crédulos sem dó nem piedade..:-) Veja um trecho de reportagem da revista Capricho:

"O criador e mentor espiritual da Esfera, o publicitário paulista Carlos Vicente Sgarbi, 53, conhecido como Isto, explica que nomes são sons e todo som é vibração. Segundo ele, muitas vezes a vibração do nome dado por nossos pais não está em harmonia com a nossa vibração interna. A partir dessa vibração, Isto define o nome que mais combina com cada um. Ele dá nomes ainda a empresas interessadas em sua teoria, que engloba também os números. Isto criou seqüências numéricas, os cosmoritmos, e as associou a funções diversas - cura, amor, proteção, entre outras - atraídas e influenciadas por elas.

Segundo seus membros, a Esfera não é seita, nem religião. Mistura psicologia transpessoal, filosofia oriental, cromoterapia e numerologia. Crê em extraterrestres e em vidas passadas. Qualquer um pode entrar e só contribui quem quer, com qualquer quantia. Eles se reúnem semanalmente numa casa alugada para fazer a "cosmo-harmonização", uma meditação em grupo, e ouvir as palestras do Isto. Cerca de 2 mil pessoas já participaram pelo menos de uma reunião. Hoje há 40 freqüentadores assíduos, 50% jovens. "A Esfera os atrai porque dá liberdade de conduta", crê Marilene Raio, antiga participante. "A gente gosta do Isto porque ele não é maniqueísta, não dá respostas prontas. Nos induz a achar a nossa resposta. Diz que o amor é livre e que a gente não possui ninguém", diz Sterrá. O Dhomini, segundo Irdho, é o seguidor mais fiel à filosofia da Esfera. "

Nunca se deve substimar a capacidade de ser enganado da raça humana..;-)

Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Wednesday, April 23, 2003 10:55 PM
Subject: [ciencialist] Universo: Uma resposta à espera de perguntas...


Olá,

Ainda a respeito de nossas origens, ou melhor, das origens ainda
obscuras do universo, eu acho que ficou alguma coisa "boiando" depois
que dei por encerrada a troca de emails com o Homero, falando
em "perguntas certas para respostas certas". Cá estava eu pescando
na internet, quando eu topei com um livro que parece que ainda não
foi traduzido ao português e que fala justamente a respeito d"A
Pergunta":


"The God Particle: If the Universe Is the Answer, What Is the
Question?"
by Leon Lederman, Dick Teresi


Pode ser pedido pela Amazon:

http://www.amazon.com/exec/obidos/tg/detail/-/0385312113/002-6414893-
8069632?vi=glance



Pelo título "sugestivo" desse livro, já deu prá notar que tem alguma
coisa a ver com algo que vem mantendo físicos de partículas
envolvidos numa verdadeira busca pelo "santo graal" da física: o
Boson Higgs, ou como é carinhosamente chamado, a Partícula de Deus.
Por que esse nome? Bem, deve haver alguns cientistas envolvidos que
ainda acalentam algum respeito pelas tradições milenares. Mas o fato
é que pensa-se que tal partícula encerra em si a compreensão do
porquê não continuarmos a ser pura energia após um possível início do
universo. Confiram ( em inglês):

http://www.wired.com/news/technology/0,1282,54507,00.html
http://www.exploratorium.edu/origins/cern/ideas/higgs.html

Agora um artigo mais recente:

http://www.popsci.com/popsci/science/article/0,12543,188294,00.html


Bem... não é de se estranhar que haja gente "do contra" também
envolvida nesse episódio épico da história da ciência. E esse "do
contra" é nada mais nada menos que Hawking: jura de pés juntos que
esse bóson não existe e chegou até a fazer uma aposta. Parece que a
aposta de Hawking vem crescendo. Mas quando iniciou-se era de 70
libras:

http://braden.weblogs.com/2002/09/04



O engraçado é que essa história vem rendendo lá fora mas o brasil
parece mesmo insensível a esses arroubos científicos dos gringos.
Acabei achando só umas poucas páginas em portugês:

http://geocities.yahoo.com.br/revista_anima/page18.html
http://www.fundaj.gov.br/docs/tropico/desat/boson.html



Beijos, Lígia

PS: Ah, tem ainda uma tentativa de se criar as condições dos
bilionésimos de segundo que antecederam o BB lá no Large Hadron
Collider (LHC) -- nesse artigo ele estava ainda em construção:

http://www.pnl.gov/er_news/02_98/art2.htm

Aos que não conhecem o LHC:

http://lhc-new-homepage.web.cern.ch/lhc-new-homepage

http://lhcb.web.cern.ch/lhcb/


Ainda experiências com o BB:

http://www.pparc.ac.uk/Nw/bigbang.asp



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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: John Wheeler e a Experiência da Dupla Fenda
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br> <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 23/04/2003 23:45

Oi Colucci,

Colucci: Qualquer interação com o mundo macroscópico provoca o
colapso da função de onda, e a partícula - fóton, elétron, átomo -
estará em tempo e lugar definidos. No caso do Gato de Schrödinger,
para citar um experimento mental famoso, o pobre felino jamais estará
num estado intermediário entre vida ou morte, como querem fazer
acreditar muitos livros de divulgação. No instante em que a partícula
for interceptada por qualquer anteparo - o contador Geiger, as
paredes da caixa, etc - a sorte do gato estará selada. Não há
necessidade de um observador consciente. A "observação" já foi feita
pela interação com o mundo macroscópico.

Manuel: Na mensagem 8852 desta lista, eu apresentei o meu ponto de
vista sobre o colapso da função-de-onda. No último parágrafo, escrevi:

<<O elétron 'como partícula' é uma relação: relação do elétron com
qualquer outra coisa -- qualquer dispositivo de medida, tal como uma
tela fluorescente, um computador, uma emulsão fotográfica, etc. --.
Creio que os paradoxos mais horripilantes da física quântica (o gato
de Schrödinger, por exemplo) devem-se a uma confusão que em geral se
faz entre o 'medidor' e o 'observador consciente'. Acredito que o
colapso da função-de-onda é um fenômeno 'objetivo'.>>

Mas o que me intriga no experimento de Wheeler é que ele nos permite
pensar numa "causação retroativa", na possibilidade de que um evento
venha a causar um outro evento que está no seu passado. Mas eu não
sei se entendi bem. A experiência do Wheeler implica mesmo isso?

Acho que foi John D. Barrow que disse (se não foi ele, foi o doido do
Alan Guth) que pode ser que a origem do nosso universo seja um
experimento realizado num mega-acelerador de partículas que nós
próprios construiremos para, valendo-se dele, tentar compreender A
ORIGEM DO NOSSO UNIVERSO. Mas isso é poesia. :-)

Um abraço,
Manuel Bulcão



SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: John Wheeler e a Experiência da Dupla Fenda
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2003 00:27

>MK: ...será mesmo impossível criar um gato de schrödinger muito maior
que moléculas? Se falavam antes que mesmo com moléculas seria
impossível, até q foi feito, o q impede de algum dia um experimento
possa demonstrar um gato de schrodinger macroscópico mesmo?<

Não podemos esquecer que a MQ é estatística. Não há nada que impeça um
sistema macroscópico de estar em superposição de estados, a não ser a
estatística. A probabilidade de isso ocorrer por um tempo mensurável é
tão baixa que podemos dizer que é zero. Um caso semelhante e mais
intuitivo é o demônio de Maxwell, que reverte a entropia. Existe a
possibilidade, diminuta, de colocarmos uma panela no fogo e a panela
esfriar e o fogo ficar mais quente. Embora a panela esteja mais fria do
que o fogo, algumas de suas moléculas têm maior energia do que as do
fogo. Basta que, por uma incrível coincidência, as moléculas com alta
energia da panela choquem-se com as moléculas de menor energia do fogo.
Por um tempo, o fogo ficará mais quente e a panela mais fria. A
probabilidade disso acontecer é zero. Qualquer probabilidade
suficientemente pequena é zero.


>MK: Ao mesmo tempo, no q vc falou sobre o gato de schrodinger, qdo a
partícula for interecptada pelo contador geiger... mas está-se
discutindo justamente q uma partícula pode interferir com ela mesma. No
gato de s, se uma partícula estiver neste estado de tanto ser
interceptada pelo antepare quanto não ser interceptada, em
probabilidades iguais, não daria para dizer se o contador geiger
interceptou ou não. Aí o gato estaria vivo e morto ao mesmo tempo, não?<

O próprio Schrödinger se declarou arrependido de botar o gato na caixa,
tamanha a confusão que causou. É claro que não acreditamos que o gato
esteja em uma superposição de estados - a dificuldade está em determinar
o momento exato em que o gato morreu. Não há teoria física que consiga
prever isso. Do ponto de vista do sistema macroscópico "contador
Geiger-gato-caixa", tanto faz se a partícula que disparou o gatilho está
em superposição de estados ou é de um gerador de números aleatórios. O
sistema está "acoplado" ao mundo macroscópico e a função de onda é
rapidamente destruída. Não temos acesso à informação anterior ao colapso
da função de onda.


>MK: O argumento de q ou a pratícula foi itnerceptada ou não, seria o
esmo q dizer q ou o fóton passou pela fenda sozinho inteiro ou não. Se
não, onde está a diferença? O gato de schrondiger não pode ser feito com
a experiência de fendas no final das contas, com algumas adaptações? Eu
tb acho muito estranho essa de q a quântica prova q nossa consciência
determina o mundo, mas ao mesmo tempo não há uma linha divisória clara
entre o q é macroscópico ou não, entre o q poderia estar sujeito a
coerência quant ou não.<

A experiência com o gato poderia ser feita com qualquer situação onde
houver superposição de estados - fendas duplas, decaimento de
partículas, etc. Se os cálculos da MQ são bastante complexos para serem
realizados com mais de uma partícula, o que dizer de um sistema complexo
de partículas como um gato, um computador, um cérebro. Não há um limite
estabelecido para o tamanho dos objetos que podem se encontrar em
superposição de estados, mas há uma limitação estatística para o tempo
em que permaneceriam assim antes do colapso da função de onda.


>MK: Ah sim, lembrei tb: as propostas de computadores quânticos são
grosso modo propostas de gigantescos gatos de shcrodinger em escala
macroscópica, não? Sei q há os q dizem q isto é impossível, ainda assim
há os q ao mesmo tempo acham possível estender uma coerência quântica a
níveis q pareçam impossíveis... Em todo caso, expliquem-me! :)<

Você tem razão. É possível manter sistemas macroscópicos (de 100 a 200
micrômetros) em estados de superposição quântica. Os "bits" seriam
elementos em estado de superposição, que seriam convertidos em "1" ou
"0" pela descoerência. O problema é que só é possível manter sistemas
macroscópicos nesse estado se eles forem desacoplados do ambiente (como
os superconducting quantum interference devices - SQUIDs). Só que o ato
de extrair deles qualquer informação destrói o estado de superposição. É
difícil até determinar se estão mesmo em superposição, embora uma busca
na Internet mostre alguns papers descrevendo como isso foi feito.

Pelo que entendi, os pesquisadores esperam encontrar um meio de
controlar o estado de "acoplamento" do sistema com o mundo macroscópico
e conseguir manter o estado de superposição por tempo suficiente para
medí-lo.

Um abraço,
Colucci








SUBJECT: RE: [ciencialist] Re: John Wheeler e a Experiência da Dupla Fenda
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2003 00:50

>MANUEL BULCÃO: Mas o que me intriga no experimento de Wheeler é que ele
nos permite pensar numa "causação retroativa", na possibilidade de que
um evento venha a causar um outro evento que está no seu passado. Mas eu
não sei se entendi bem. A experiência do Wheeler implica mesmo isso?<

Foi o próprio Wheeler que saiu com essa de que o "o evento modifica o
seu próprio passado". Me lembrei que a mesma idéia na literatura veio de
Borges: "El hecho es que cada escritor crea sus precursores. Su labor
modifica nuestra concepción del pasado, como ha de modificar el futuro."
["Kafka y sus precursores", Jorge Luis Borges]

Wheeler também fez afirmações sobre o papel da consciência, dizendo:
"Nenhum fenômeno é fenômeno até que seja um fenômeno observado". Pelo
que entendo, a interpretação contemporânea da experiência da "delayed
choice" é diferente -- "nenhum cheque é descontado até que se verifique
se tem fundos". Em outras palavras, a descoerência só ocorre quando a
trajetória foi determinada, o que parece dar razão ao método de
Feynmann, que propõe que a partícula assume todas as trajetórias
possíveis com diferentes graus de probabilidade.


>MANUEL BULCÃO: Acho que foi John D. Barrow que disse (se não foi ele,
foi o doido do Alan Guth) que pode ser que a origem do nosso universo
seja um experimento realizado num mega-acelerador de partículas que nós
próprios construiremos para, valendo-se dele, tentar compreender A
ORIGEM DO NOSSO UNIVERSO. Mas isso é poesia. :-)<

Com certeza é poesia, mas nada que Borges não pudesse ter escrito.

Um abraço,
Colucci




SUBJECT: Re: Universo: Uma resposta à espera de perguntas...
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 00:50

Oi Homero!

Peraí: eu me debulho em "ciência pura", vou ao "CERNe" das questões
do universo... e você me vem com seguidores da Esfera no Big Brother
Brasil? E eu nem imaginei que "BB" pudesse ser associado a esse
programa infame -- aaaaaargh!! ( gasp, gasp ).

Agora, falando sério, por falar em seguidores de Esfera, você está
pensando que só jogador de futebol é bobo prá correr atrás de bolas?
Essa coisa de viver se auto-engrupindo é uma arte! Quanto aos jovens
envolvidos nesse tipo de "tráfico", talvez umas simpatias resolvam o
problema dos pais... No mínimo, são ALIENadoS e filho de peixe...
sabe como é, né? :))


Beijos, Lígia

PS: Só depois de enviada eu vi que estava na lista errada. Esta é
a "certa"... :))
************************************

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
escreveu
> Olá Ligia..:-)
>
> Para contrabalançar esta mensagem sobre a procura séria e técnica
sobre as origens de nosso universo e do Boson Higs, uma nota sobre a
nova moda gerada pelo Big Brother (arghhh) que é a seita do Dhomini,
a Esfera..:-) Uam tolice sem tamanho que mistura alhos e bugalhos e
tira dinehiro de incautos e crédulos sem dó nem piedade..:-) Veja um
trecho de reportagem da revista Capricho:
>
> "O criador e mentor espiritual da Esfera, o publicitário paulista
Carlos Vicente Sgarbi, 53, conhecido como Isto, explica que nomes são
sons e todo som é vibração. Segundo ele, muitas vezes a vibração do
nome dado por nossos pais não está em harmonia com a nossa vibração
interna. A partir dessa vibração, Isto define o nome que mais combina
com cada um. Ele dá nomes ainda a empresas interessadas em sua
teoria, que engloba também os números. Isto criou seqüências
numéricas, os cosmoritmos, e as associou a funções diversas - cura,
amor, proteção, entre outras - atraídas e influenciadas por elas.
>
> Segundo seus membros, a Esfera não é seita, nem religião. Mistura
psicologia transpessoal, filosofia oriental, cromoterapia e
numerologia. Crê em extraterrestres e em vidas passadas. Qualquer um
pode entrar e só contribui quem quer, com qualquer quantia. Eles se
reúnem semanalmente numa casa alugada para fazer a "cosmo-
harmonização", uma meditação em grupo, e ouvir as palestras do Isto.
Cerca de 2 mil pessoas já participaram pelo menos de uma reunião.
Hoje há 40 freqüentadores assíduos, 50% jovens. "A Esfera os atrai
porque dá liberdade de conduta", crê Marilene Raio, antiga
participante. "A gente gosta do Isto porque ele não é maniqueísta,
não dá respostas prontas. Nos induz a achar a nossa resposta. Diz que
o amor é livre e que a gente não possui ninguém", diz Sterrá. O
Dhomini, segundo Irdho, é o seguidor mais fiel à filosofia da
Esfera. "
>
> Nunca se deve substimar a capacidade de ser enganado da raça
humana..;-)
>
> Um abraço.
>
> Homero




SUBJECT: [ciencialist] OFF TOPIC: John Wheeler e a Experiência da Dupla Fenda
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2003 01:01

>CARMINHA: Devemos lamentar que esteja em boston ou te recomendar um bom
restaurante de barbecue ou lagostas? rs Carminha PS: Compre uma caixinha
de morangos gigantescos e coma por mim.<

Carminha,

Oferta: Troco lagosta do Maine por um bobó de camarão comido em
Salvador, ou bacalhau à Gomes Sá de qualquer tasca de Lisboa. Agora
mesmo. De quebra vai uma caixa de morangos gigantes de Vermont. Abraço.
Colucci





SUBJECT: Re:Ainda xiitas
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 08:23

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
> Agora a vaidade que atribui a auto-flagelação xiita é mesmo um
> opinião..:-) Mas não uma opinião derivada de preconceito, cegueira
> cultural ou tirado do nada. Vem de uma analise e, mesmo que possa
> estar incorreta, tem sua motivação.

Motivacao q. pode ser o preconceito. O preconceito e' uma motivacao
poderosa. Muitos cometem o erro de querer decompor preconceito em
pré+conceito e dizer q. o conceito q. possuem e' uma formulação
posterior e seria portanto um pós-conceito e não seria assim um
preconceito.

Verdade q. o sentido original de preconceito seria um conceito
preestabelecido q. seria imposto a despeito dos fatos posteriores.
Mas as palavras evoluem, tal qual xiita acabou por adentrar no
vocabulario nosso como 'qualquer extremista' ou 'qualquer individuo
de pensamento e acao considerada radical', preconceito apesar de tbm
manter como uma das acepcoes sua concepcao original, tbm
designa 'qualquer opiniao contraria e pejorativa contra um grupo de
individuos sem fundamentacao (posterior ou anterior)'.

Dizer q. preconceito e' pré+conceito e' o mesmo q. achar q. requerer
e' re+querer - foi, hoje nao e' mais, e com requerimento se pede
coisas q. nunca se teve antes: o desacoplamento foi tal q. requerer
nem se conjuga mais como derivado de querer. Recheio tbm nao e'
re+cheio em seu sentido atual - e' preenchimento de coisas q. nunca
foram esvaziadas tbm e ha' tendencias localizadas ate' mesmo de
perder sua significacao de preenchimento de espaco interno - qdo tem
gente q. diz 'recheio de pizza' em lugar de 'cobertura' - mesmo a
pizza nao sendo um calzone.

No caso em questao a auto-flagelacao de alguns individuos se motiva
ao martirio auto-imposto de Hussein, nao o Saddam, mas um dos
descendentes de Maome'. Se formos condescendentes com os filipinos em
sua crucifixao dizendo q. e' uma inspiracao em uma figura importante,
pois bem, aqueles xiitas estao seguindo um caminho semelhante.

A imagem choca por dois motivos basicos (em minha opiniao): (1) nao
estamos acostumados com isso, (2) o contexto e' eliminado nas
reportagens.

> Mas não posso deixar de considerar que, no quesito tolerancia
> (religiosa ou laica), o ocidente atual (por favor, não me lembre de
> Colombo e dos indios centro-americanos..:-) tem uma dose bem maior
> e pode se adaptar com mais facilidade ao conflito cultural.

O pior e' q. nao. Va' a qq cidadezinha do interior e veja no q. da'
uma menina de familia engravidar do namorado. Acompanhe a visao de
mundo de um habitante de Kansas e pergunte a ele o q. ele acha de um
frances. Achamos q. o ocidente sao as cidades cosmopolitas como Nova
Iorque, Paris e Londres em q. ha' uma mistura cultural q. leva a
alguma tolerancia (q. nem e' taaaao grande assim -- especialmente no
q. se refere 'as situacoes dos imigrantes ilegais ou nao). Bagda' em
seu relativo cosmopolitanismo reflete essa tendencia 'a tolerancia. O
ocidente e' uma colcha de retalhos como o oriente.

Eu falei em cidades cosmopolitas e nao cidades grandes - Toquio e'
uma cidade enorme, mas provinciana, a quase totalidade de seus
habitantes e' japonesa.

A unica facilidade do ocidente em se adaptar ao 'conflito' cultural
e' porq. ele simplesmente impoem seu padrao de cultura na zona de
contato. Onde nao consegue ou onde ainda nao atingiu cria-se o
estranhamento imediato ou como espetaculos exoticos ou como
demonstracoes de fanatismo. E simplesmente nao consegue perceber seu
proprio umbigo. Como diria Caetano Veloso: 'narciso acha feio o q.
nao e' espelho'.

No q. se refere 'as praticas de mutilacao de individuos, tampouco e'
privilegio de populacoes muculmanas ou a civilizacao oriental -- o q.
quer q. isso signifique.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: OFF TOPIC: John Wheeler e a Experiência da Dupla Fenda
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 08:47

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Jose Colucci Jr."
> Oferta: Troco lagosta do Maine por um bobó de camarão comido em
> Salvador, ou bacalhau à Gomes Sá de qualquer tasca de Lisboa.

Senhor coragem. (Ou entao bestificou e esta' achando q. a flora
entero-bacteriana gringa pode com tais acepipes.)

Mudando de assunto: Quede o tio Leo? Abandonou a lista pra ficar com
a Feira?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re:Ainda xiitas
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 08:58

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
> Motivacao q. pode ser o preconceito.

O q. me reforça essa impressão é o fato de pegar o ato de *alguns*
xiitas e estender para uma avaliação da coletividade.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: A Fsica e os Msticos!!!
FROM: "gechile@yahoo.com.br" <gechile@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 10:02

Oi... gostaria de dizer uma coisa a respeitos do Misticismo Eu sou estudante de física e tenho uma amiga que é "meio mística" e as vezes nós conversamos sobre misticismo. Ela me fala muitas coisas, das quais eu confesso que as vezes até acredito. Pois acho realmente que nem tudo a ciência pode explicar. Mas tb notei que muito das coisas que ela fala se baseia principalmente na Física Quântica. Andei notando que muitos misticos andam se baseando na Física Quântica para fazer suposições e interpretações pessoais a cerca do universo. Não que eu tenha alguma coisa contra. Acho que cada um tem uma explicação pessoal a respeito do universo e muitas perguntas ainda não foram respondidas pela ciência, fazendo com que alguns recorram a explicações "mais simples" que esses místicos dão. Perguntas do tipo: "De onde viemos?", "Para onde vamos?", etc. que, como a ciência ainda não tem respostas, faz com que as pessoas recorram a Religião ou ao Misticismo para achar as respostas a essas perguntas ou então dar um sentido a elas!!! Queria saber a opinião de vcs a respeito disso. Obrigado...Gleidson


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Placebo
FROM: "José Luiz Telles" <bioetic@fiocruz.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
CC: <oraculo@atibaia.com.br>
DATE: 24/04/2003 10:02

Olá pessoal
essa história de uso de placebo em pesquisa de medicamentos ou em técnicas
terapêuticas cirúrgicas deveria ser caso de polícia. Do ponto de vista
ética, não há justificativa para se submeter uma pessoa a um risco
cirúrgico sem qualquer benefício direto a ela. O mesmo se aplica à
comparação de medicamento com placebo. Metodologicamente encontra
justificativa nos estudos do tipo duplo cego, mas eticamente e dependendo
do caso é condenável.
Abraços
josé Luiz Telles
> Olá Ligia..:-)
>
> Eu vi este procedimento em um programa no Discovery Health, talvez você
> possa achar mais dados no site deles. Se eu encontrar mais alguma coisa
> eu mando apra a lista.
>
> Um abraço.
>
> Homero
> ----- Original Message -----
> From: Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, April 22, 2003 4:12 PM
> Subject: [ciencialist] Placebo
>
>
> Ois,
>
> Só uma pergunta: alguém já ouviu falar em intervenções cirúrgicas
> placebo com a finalidade de atenuar problemas como mal de Parkinson?
> Entenda-se por tais intervenções a abertura da caixa craniana sem
> contudo haver a intervenção completa nos centros motores. Estou
> procurando no Google mas não conheço a terminologia adequada em
> inglês para as palavras chave.
>
> Beijos, Lígia
>
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José Luiz Telles
Escola Nacional de Saúde Pública/Fiocruz
Rua Leopoldo Bulhões, 1480 sala 719
Manguinhos - Rio de Janeiro
21041-210

José Luiz Telles
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SUBJECT: Universos Paralelos
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 10:15

Ois,

Se alguém já ouviu falar em Max Tegmark, sabe que ele é uma espécie
de "mago"... mas bem dentro dos conformes científicos. Tem gente
como Bruno Marchall (um dos "criadores" do exercício mental
chamado "quantum suicide") que o acha meio "pobre" em matéria de
conceitos matemáticos, classificando-o como alguém ancorado no século
XIX, talvez pela falta de empatia do próprio Bruno com conceitos
cosmológicos aplicando a "interpretação dos muitos mundos de Everett"
que, segundo ele, seria aplicável à realidade e com implicações
bastante para evitar estendê-la para todo o Universo... Enfim, vale
a pena conferir o artigo de Max numa prévia da SA de maio:

http://www.sciam.com/article.cfm?chanID=sa006&articleID=000F1EDD-B48A-
1E90-8EA5809EC5880000

A respeito da "criação da Realidade" com base nos conceitos que vêm
sendo desenvolvidos na teoria do Multiverse, achei graça de um
comentário do mesmo Bruno na Everythinglist:

"Reality is like the Chinese TAO. Give it a name and then
it multiplies".

Sugestivo, não? Parece que o Tao não é descartável em certas rodas
científicas... talvez nem tão científicas assim. Mas estão, de
certa forma, chegando lá.

Beijos, Lígia







SUBJECT: Re: A Física e os Místicos!!!
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 10:25

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "gechile@y..." <gechile@y...>
> Perguntas do tipo: "De onde viemos?", "Para onde vamos?", etc. que,
> como a ciência ainda não tem respostas, faz com que as pessoas
> recorram a Religião ou ao Misticismo para achar as respostas a
> essas perguntas ou então dar um sentido a elas!!! Queria saber a
> opinião de vcs a respeito disso. Obrigado...Gleidson

Opiniao q. nao vale nada tto qto qq outra: a religiao tampouco nos
da' a resposta sobre 'de onde viemos' e 'para onde vamos'.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Placebo
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 10:37

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "José Luiz Telles"
<bioetic@f...> escreveu
> Olá pessoal
> essa história de uso de placebo em pesquisa de medicamentos ou em
técnicas
> terapêuticas cirúrgicas deveria ser caso de polícia. Do ponto de
vista
> ética, não há justificativa para se submeter uma pessoa a um risco
> cirúrgico sem qualquer benefício direto a ela. O mesmo se aplica à
> comparação de medicamento com placebo. Metodologicamente encontra
> justificativa nos estudos do tipo duplo cego, mas eticamente e
dependendo
> do caso é condenável.
> Abraços
> josé Luiz Telles


Oi José Luis,

Tenho opinião parecida com a sua a respeito de tais intervenções...
aproveito o gancho para a gradecer o artigo que o Takata postou por
aqui:

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/21807

Mas o caso é que parece que em alguns casos em que não há resposta à
medicação, os pacientes recebem esse tipo de "terapia"
e "milagrosamente" reagem de forma positiva, com atenuação de
sintomas e, às vezes, cura completa, como eu pude ver no Discover
Magazine -- no Discovery Channel -- que passou outra madrugada.
Como se dá tal cura se NADA ( grifo, não grito ) mais é feito além de
simular uma cirurgia? Esse é um ponto interessante e que dá mostras
de algo que vem sendo testado com essa aplicação de
medicamentos/intervenções placebo em grupos de controle: que o
cérebro, a mente, ou seja lá o que isso for, tem capacidade de em
certos casos sanar problemas físicos, que de outra forma seriam
tratáveis apenas pela ministração de medicamentos específicos.

Como se dá tal cura? Qual parte da mente/cérebro estaria envolvida
com essa aparente habilidade de que dispomos? Caso tais perguntas
sejam respondidas, um dos tabus melhor alicerçados da medicina [que
só a alopatia( entenda-se por *medicamentos desenvolvidos por
indústrias farmacêuticas*) salva... :)] pode vir a ser revisto, já
que pode ser que algo mais esteja seriamente envolvido nesse processo.

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: A Física e os Místicos!!!
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 10:57

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "gechile@y..."
<gechile@y...>
> > Perguntas do tipo: "De onde viemos?", "Para onde vamos?", etc.
que,
> > como a ciência ainda não tem respostas, faz com que as pessoas
> > recorram a Religião ou ao Misticismo para achar as respostas a
> > essas perguntas ou então dar um sentido a elas!!! Queria saber a
> > opinião de vcs a respeito disso. Obrigado...Gleidson
>
> Opiniao q. nao vale nada tto qto qq outra: a religiao tampouco nos
> da' a resposta sobre 'de onde viemos' e 'para onde vamos'.


Bão... mas a Física parece que está tentando. Uma das propostas em
se estudar os neutrinos e compreender "de onde eles vêm" pode dar
algumas respostas a respeito de "onde viemos também". A tal da
Matéria Negra, por exemplo, parece estar intimamente ligada à
formação deste "acidente" conhecido por Universo Visível do qual
fazemos parte. E ela "parece" ser composta por partículas, se não
forem somente neutrinos podem ser múons que geram neutrinos por
decaimento... :))

Beijos, Lígia

PS: Misticismo x Ciência -- debate inesgotável. O negócio é o
seguinte caro Gleidson: há os que torcem o nariz sistematicamente
para quaisquer menções favoráveis ou não à interpretação mística da
física. Mas o caso é que os parâmetros para tal discussão ainda
estão em desenvolvimento. Há os que juram de pés juntos que a
ciência é ciência e que em nada se aproxima da interpretação mística
do universo. Mas há os que, por conhecerem certas implicações, não
só matemáticas como puramente teóricas da mecânica quântica, estão
abertos ao entendimento da parte mormente "descartável" da matéria,
que por coincidência ou não, representa a totalidade dela (sem
levarmos em conta a "formatação" em partículas): Energia. E energia
acaba sendo a base de muitas vertentes místicas... ;)

Se você entende inglês, leia a mensagem que postei ontem:

http://br.groups.yahoo.com/group/ciencialist/message/21870


Caso não leia bem em inglês, há dois artigos em português que
discorrem sobre o tema da Partícula de Deus, ou "o que" seria a
diferença entre a perpetuação do estado energético puro expandindo-se
ad infinitum, e a "escolha" pela super-estrutura do Universo material
em que vivemos. E desde já, seja bem vindo.

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: P/ Ligia
FROM: "gechile@yahoo.com.br" <gechile@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 11:17

Oi Lígia... obrigado pela resposta... acho que devemos ser abertos a todas as possíveis interpretações a respeito do universo.Não é pq eu amo Física que só vou acreditar no que for "fisicamente" correto.Não vou fazer isso pois acho que todas as ditas verdades até hoje acabaram, de um jeito ou de outro, caindo por água ou sendo modificadas para condizer com a "verdade atual". Basta vermos que anteriormente o átomo era tido como o constituinte de tudo... a última partícula, a matéria-prima de tudo, a coisa indestrutível que acharam que era. Mas agora sabemos que isso não é verdade, que o átomo é formado por outras partículas que são formadas, ainda, por outras. Sendo que essas últimas são tidas como "indestrutíveis", como a matéria-prima de tudo! Mas o que nos garante afinal que novas pesquisas e descobertas não faça isso cair por água também? O que nos garante que essas "matérias-primas" de hoje também não são formadas por outras partículas? Será que essas partículas (múns, bósons, quarks, etc...) não são formadas, ainda, por outras que a ciência ainda não descobriu? Quem nos garante isso? falow...Gleidson


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Universos Paralelos
FROM: "gechile@yahoo.com.br" <gechile@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 11:21

OI... gostaria de saber se álguém tem algum material (em PORTUGUÊS, pois não sei inglês) a respeito de: 1- VÁRIAS DIMENSÕES2- UNIVERSOS PARALELOS3- PARADOXOS FÍSICOS Sempre fui muito interessado por esses assuntos mas até hoje não encontrei nenhum material a respeito. Se alguém puder me indicar algum livro, site, filme, ou algum material que tenham em mãos para me mandar vou ficar agradecido... obrigado desde agora....Gleidson


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SUBJECT: Re: Universos Paralelos
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 11:40

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "gechile@y..." <gechile@y...>
> OI... gostaria de saber se álguém tem algum material (em PORTUGUÊS,
> pois não sei inglês) a respeito de: 1- VÁRIAS DIMENSÕES2- UNIVERSOS
> PARALELOS3- PARADOXOS FÍSICOS Sempre fui muito interessado por

Michio Kaku 2000 - Hiperespaço - Ed. Rocco. 384 pp.
http://www.livcultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?
nitem=330546&sid=1582132215424413439878632&k5=9A67167&uid=
http://www.livnobel.com.br/cgi-
bin/nobel.storefront/3ea7f4a80002dcbe273fc8c443a206dc/Product/View/853
2510469
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/produto.dll/detalhe?
pro_id=443026

Brian Greene 2001 - O Universo Elegante - Ed. Cia das Letras. 592 pp.
http://www.livcultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?
nitem=3051064&sid=1582132215424413439878632&k5=1B2172FB&uid=
http://www.livnobel.com.br/cgi-
bin/nobel.storefront/3ea7f4a80002dcbe273fc8c443a206dc/Product/View/853
5900985
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/produto.dll/detalhe?
pro_id=455517
http://www.americanas.com.br/cgi-
bin/WebObjects/LaselvaStore.woa/wa/prod?
pitId=48513&source=SEARCH_MKT_OPN&sourcevalue=UNIVERSO%20ELEGANTE

Stephen Hawking 2002 - O Universo numa Casca de Noz - Ed. Mandarim.
216 pp.
http://www.livcultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?
nitem=598976&sid=1582132215424413439878632&k5=DFC94AB&uid=
http://www.livnobel.com.br/cgi-
bin/nobel.storefront/3ea7f4a80002dcbe273fc8c443a206dc/Product/View/853
5402314
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/produto.dll/detalhe?
pro_id=120047

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Universos Paralelos
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 11:49

Gleidson,

Pena... o Universo dos "Papers" é um Universo escrito em Inglês. Se
não sabe, aprenda rapidinho. Em todo caso, introduções ao tema em
português:

http://listas.pucsp.br/pesquisapsi/archives/200202/msg00022.html
http://www.colegiodosmagos.hpg.ig.com.br/univ_paral.htm
http://geocities.yahoo.com.br/paradoxosdafisica/

No mais, compre ou empreste, "O Universo em uma Casca de Noz" do
Stephen Hawking.

Lígia

*****************************************



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "gechile@y..." <gechile@y...>
escreveu
> OI... gostaria de saber se álguém tem algum material (em PORTUGUÊS,
pois não sei inglês) a respeito de: 1- VÁRIAS DIMENSÕES2- UNIVERSOS
PARALELOS3- PARADOXOS FÍSICOS Sempre fui muito interessado por esses
assuntos mas até hoje não encontrei nenhum material a respeito. Se
alguém puder me indicar algum livro, site, filme, ou algum material
que tenham em mãos para me mandar vou ficar agradecido... obrigado
desde agora....Gleidson
>
>
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> O melhor e-mail gratuito da internet: 6MB de espaço, antivírus,
acesso POP3, filtro contra spam.
>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: P/ Ligia
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 11:56

Estar aberto desde que com algum respaldo que dê algum suporte...
senão pode-se acreditar em qualquer coisa. Não há palavras finais em
ciência, por isso não há dogmas, nem "verdade passada" ou "verdade
atual". Há sim apanhados disso e daquilo que fazem um conjunto de
hipóteses em que se deve basear para dar andamento a qualquer
pesquisa. E sim, não foi dada a última palavra a respeito do tijolo
fundamental da matéria. E essa do "fisicamente correto" eu
gostei... queria ver o Léo comentando a respeito disso, eheheh...

Por falar nisso, ele anda MESMO afastado. O que será que houve?

Beijos, Lígia

************************************


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "gechile@y..." <gechile@y...>
escreveu
> Oi Lígia... obrigado pela resposta... acho que devemos ser abertos
a todas as possíveis interpretações a respeito do universo.Não é pq
eu amo Física que só vou acreditar no que for "fisicamente"
correto.Não vou fazer isso pois acho que todas as ditas verdades até
hoje acabaram, de um jeito ou de outro, caindo por água ou sendo
modificadas para condizer com a "verdade atual". Basta vermos que
anteriormente o átomo era tido como o constituinte de tudo... a
última partícula, a matéria-prima de tudo, a coisa indestrutível que
acharam que era. Mas agora sabemos que isso não é verdade, que o
átomo é formado por outras partículas que são formadas, ainda, por
outras. Sendo que essas últimas são tidas como "indestrutíveis", como
a matéria-prima de tudo! Mas o que nos garante afinal que novas
pesquisas e descobertas não faça isso cair por água também? O que nos
garante que essas "matérias-primas" de hoje também não são formadas
por outras partículas? Será que essas partículas (múns, bósons,
quarks, etc...) não são formadas, ainda, por outras que a ciência
ainda não descobriu? Quem nos garante isso? falow...Gleidson
>
>
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>
> [As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Universos Paralelos
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 12:03

Em busca de uma teoria final
http://revistapesquisa.fapesp.br/show.php?
id=revistas1.fapesp1..20010904.20000755..SEC1_2

Supercordas sem nós
http://revistapesquisa.fapesp.br/show.php?
id=revistas1.fapesp1..20020702.20020777..SEC1_14

Física ao entardecer - programação 2003
http://www.ift.unesp.br/entardecer2.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: P/ Ligia
FROM: "gechile@yahoo.com.br" <gechile@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 12:14


Não sei quem é o Leo! eu sou novo na lista, entrei essa semana e não li as mensagens anteriores a hoje! Tinham muitas mensagens e eu não iria conseguir ler todas, então deletei!!!...rssss
Eu prefiro ser mais direto, colocando o tema que eu gostaria que mais alguém desse opinião mas também vou participar das outras discussões, se eu ver que são frutíferas é claro...hehehe
um abraço...
Gleidson
"Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br> wrote:Estar aberto desde que com algum respaldo que dê algum suporte...
senão pode-se acreditar em qualquer coisa. Não há palavras finais em
ciência, por isso não há dogmas, nem "verdade passada" ou "verdade
atual". Há sim apanhados disso e daquilo que fazem um conjunto de
hipóteses em que se deve basear para dar andamento a qualquer
pesquisa. E sim, não foi dada a última palavra a respeito do tijolo
fundamental da matéria. E essa do "fisicamente correto" eu
gostei... queria ver o Léo comentando a respeito disso, eheheh...

Por falar nisso, ele anda MESMO afastado. O que será que houve?

Beijos, Lígia


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: P/ Ligia
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 12:26

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "gechile@y..." <gechile@y...>
escreveu
>
> Não sei quem é o Leo! eu sou novo na lista, entrei essa semana e
não li as mensagens anteriores a hoje! Tinham muitas mensagens e eu
não iria conseguir ler todas, então deletei!!!...rssss
> Eu prefiro ser mais direto, colocando o tema que eu gostaria que
mais alguém desse opinião mas também vou participar das outras
discussões, se eu ver que são frutíferas é claro...hehehe
> um abraço...
> Gleidson


O Léo? HÃ? Dã... hum, hum... convém deixar que ele mesmo se
apresente, com toda a pompa e circunstância :)) E ótimo você ser
direto e estar se manifestando. A grandessíssima-maioria-esmagadora
dos componentes desta lista permanece quieta, no mais absoluto
mutismo... :(

Beijos, Lígia



SUBJECT: RES: [ciencialist] Placebo
FROM: "maria" <mariaconsiglio@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2003 13:05

1) Ligia, ainda precisa?
Eu posso achar pra vc.
2) Seria mesmo um caso de justiça se cada paciente não fosse obrigado a ler
um termo de compromisso e assina-lo concordando na frente de duas
testemunhas, como o é nas pesquisas sérias. Isso não diminui minha
indignação frente a isso( apenas um adendo).

Carminha

Olá pessoal
essa história de uso de placebo em pesquisa de medicamentos ou em técnicas
terapêuticas cirúrgicas deveria ser caso de polícia. Do ponto de vista
ética, não há justificativa para se submeter uma pessoa a um risco
cirúrgico sem qualquer benefício direto a ela. O mesmo se aplica à
comparação de medicamento com placebo. Metodologicamente encontra
justificativa nos estudos do tipo duplo cego, mas eticamente e dependendo
do caso é condenável.
Abraços
josé Luiz Telles
> Olá Ligia..:-)
>
> Eu vi este procedimento em um programa no Discovery Health, talvez você
> possa achar mais dados no site deles. Se eu encontrar mais alguma coisa
> eu mando apra a lista.
>
> Um abraço.
>
> Homero
> ----- Original Message -----
> From: Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>
> To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
> Sent: Tuesday, April 22, 2003 4:12 PM
> Subject: [ciencialist] Placebo
>
>
> Ois,
>
> Só uma pergunta: alguém já ouviu falar em intervenções cirúrgicas>
placebo com a finalidade de atenuar problemas como mal de Parkinson?
> Entenda-se por tais intervenções a abertura da caixa craniana sem
contudo haver a intervenção completa nos centros motores. Estou procurando
no Google mas não conheço a terminologia adequada em inglês para as palavras
chave.
>
> Beijos, Lígia
>
>
>
>


[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A Física e os Místicos!!!
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 13:12

On Thu, 24 Apr 2003, rmtakata <rmtakata@altavista.net> wrote:
> Opiniao q. nao vale nada tto qto qq outra: a religiao tampouco nos
> da' a resposta sobre 'de onde viemos' e 'para onde vamos'.

Como não?

De onde viemos?
Viemos de deus.

Para onde vamos?
Seremos absorvidos por deus.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: P/ Ligia
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2003 13:13

Olá Gleidson..:-)

E bem-vindo..:-)

Mas a ciência garante..:-) Veja, há realmente uma diferença entre misticismo e a fisica. Você testa a fisica e, mesmo quando ela se corrige (não se "nega" ou "muda tudo") está mantendo seus principios ainda que modificando seus numeros. O átomo era considerado indivisível e não é mais. Tem razão. Mas o principio em si, a matéria é feita de elementos basicos simples e indivisiveis, ainda se mantém. Mesmo com a descoberta de elementos que constituem os bosons (o que parece ser dificil..:-), ainda será a mesma fisica. Mudar-a tudo se descobrirmos que os bosóns são feitos de "pensamento" ou "energia mistica" (o que quer que isso signifique) ou criados diretamente por Odim ou buda. Mas, usando sua razão e conhecimento de fisica, qual a chance em termos de probabilidade de isso acontecer? Não pode me chamar de "mente fechada" se descartar isso como tendo probabilidade quase zero..:-)

Como fisico você deve saber que a famosa argumentação mistica "mas a relatividade mostrou que Newton e a mecanica classica estava errada e a MQ mostrou que Einstein estava errado" é uma falácia. A mecanica classica é tão boa hoje quanto no tempo de Newtow, apenas seu uso foi adequado a velocidades inferiores a da luz e em casos mais específicos. Não foi "revogada"..:-) Para enviar uma nave a Lua os calculos são classicos, não mecanica quantica. Para calcular trajetórias de estrelas e planetas, ainda é Newton.

Manter a mente aberta é ótimo. Concordo sempre com a Ligia quanto a isso..:-) Mas, depois de mante-la aberta e deixar uma nova e fantastica ideia entrar, como você faz para pensar sobre ela? Como decide se aceita ou não? Raelianos realmente estão em contato com habitantes do 11º planeta e clonando pessoas para obter a imortalidade? O Papa é representando de Deus neste planeta? Atingir o Nirvana é o objetivo final de todos nós? As leis da termodinamica estão corretas e o moto-perpétuo não é possível? Sequencias de DNA podem conter instruções específicas de montagem de proteinas chave para desenvolvimento embrionário?

Nada contra novas idéias e novos conceitos, mesmo os mais fantasticos. Escolher e pensar sobre eles é que é a questão. O método cientifico tem tido uma vantagem admirável ao longo dos últimos milenios, mesmo quando ainda não tinha sido reconhecido como tal. No passado rezamos para que deuses nos dessem fogo ou atritamos duas partes de madeira para produzir calor e combustão. Os que escolherem o primeiro caminho foram superados pelos que escolherem o segundo..:-)

Um abraço.

Homero

----- Original Message -----
From: gechile@yahoo.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, April 24, 2003 11:17 AM
Subject: [ciencialist] Re: P/ Ligia


Oi Lígia... obrigado pela resposta... acho que devemos ser abertos a todas as possíveis interpretações a respeito do universo.Não é pq eu amo Física que só vou acreditar no que for "fisicamente" correto.Não vou fazer isso pois acho que todas as ditas verdades até hoje acabaram, de um jeito ou de outro, caindo por água ou sendo modificadas para condizer com a "verdade atual". Basta vermos que anteriormente o átomo era tido como o constituinte de tudo... a última partícula, a matéria-prima de tudo, a coisa indestrutível que acharam que era. Mas agora sabemos que isso não é verdade, que o átomo é formado por outras partículas que são formadas, ainda, por outras. Sendo que essas últimas são tidas como "indestrutíveis", como a matéria-prima de tudo! Mas o que nos garante afinal que novas pesquisas e descobertas não faça isso cair por água também? O que nos garante que essas "matérias-primas" de hoje também não são formadas por outras partículas? Será que essas partículas (múns, bósons, quarks, etc...) não são formadas, ainda, por outras que a ciência ainda não descobriu? Quem nos garante isso? falow...Gleidson


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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A Física e os Místicos!!!
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2003 13:21

Olá Tarciso..:-)

Eu não serei absorvido..:-) Vou para o grande vazio e só..:-) Pode provar que estou errado? Dificil..:-)

Isso é misticismo..:-) E as grandes perguntas podem simplesmente não ter ou precisar de uma resposta. Pelo menos, não da resposta de intenção. Posso responder porque uma avalanche ocorreu, no sentido de, que forças atuaram, que vetores de atrito, que leis gravitacionais, etc. Não posso, nem preciso, responder porque cairam, qual a intençao de ter caido, que desejos a avalanche teve ao cair.

Posso dizer de onde viemos biologicamente, fisicamente ou mesmo posso criar hipoteses filosoficas sobre isso. Mas não precisa existir uma resposta correta..:-) Podemos simplesmente ser efeitos das leis fisicas que regem este universo (se o universo fosse um pouco diferente, não poderiamos existir, mas também não haveria ninguem para notar isso..:-) e nossa consciencia um efeito colateral do desenvolvimnto cerebral. Eu fico satisfeito com isso..:-)

É um exagero (e, me parece, arrogancia) achar que é absolutamente necessário ter uma resposta intencional para essa perguntas. Isso gerou todas as religiões, mas isso por sí não justifica a questão..:-)

Um abraço.

Homero

----- Original Message -----
From: TARCISIO BORGES
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, April 24, 2003 1:12 PM
Subject: Re: [ciencialist] Re: A Física e os Místicos!!!


On Thu, 24 Apr 2003, rmtakata <rmtakata@altavista.net> wrote:
> Opiniao q. nao vale nada tto qto qq outra: a religiao tampouco nos
> da' a resposta sobre 'de onde viemos' e 'para onde vamos'.

Como não?

De onde viemos?
Viemos de deus.

Para onde vamos?
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[]s
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SUBJECT: Re: A Física e os Místicos!!!
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 13:26

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, TARCISIO BORGES <tbs97@f...>
> De onde viemos?
> Viemos de deus.
>
> Para onde vamos?
> Seremos absorvidos por deus.

Tem gente q. se satisfaz com isso e fica surpreso q. tenha quem se
satisfaca com isto:

De onde viemos?
- Do utero de nossa mae.
- Da fertilizacao do ovulo materno pelo espermatozoide paterno (bem,
futuramente, pelo ovulo materno 1 pelo ovulo materno 2 ou pela
inoculacao do nucleo somatico materno 1 no citoplasma ovocital
materno 2 ou algo assim).
- Da evolucao quimica do sistema solar.
- De um caldo um tto espesso e provavelmente mal-cheiroso.
- De Kripton.

Para onde vamos?
- Completar o ciclo do carbono.
- Rumo 'a morte termica do universo.
- Ali no banheiro. Bem, pelo menos *eu* vou.
- Para o nada, tto qto sabemos.
- Pra Disneylandia, semana q. vem.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - EINSTEN
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2003 13:56

Help!
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: <cdf@brturbo.com>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 23 de abril de 2003 13:39
Assunto: Fwd: FEIRA DE CIENCIAS - EINSTEN



-----Mensagem original-----
De: <cdf@brturbo.com>
Enviada em: 18/04/2003 15:04:54
Para: leobarretos@uol.com.br
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS - EINSTEN

O que posso fazer (experiências) em uma feira de 8 série que irei falar sobre Albert Einsten.
Quero fazer experiências legais sobre ele (podendo ser difíceis).
Mande-me algumas idéias!
Flávio (cdf@brturbo.com.br) .


SUBJECT: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2003 13:57

Help 2 !
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: "Carlos Eduardo" <cxavier@ibenbrasil.com.br>
Para: <leobarretos@uol.com.br>
Enviada em: quarta-feira, 23 de abril de 2003 18:08
Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -


| Caro Professor,
| Qual é a força que sofre um poste, quando é abalrroado por um veículo?
| suponha que o veículo tenha 500 kgf de peso e esteja com 50 km/h de
| velocidade. Se não for encomodo, gostaria de todo o demonstrativo.
| Carlos Eduardo Ramos
| 3º ano Eletrotecnico - 2º grau
| cxavier@ibenbrasil.com.br
|


SUBJECT: Fw: Feira de Ciencias - Lata de Cerveja que Gela Sozinha
FROM: "Luiz Ferraz Netto" <leobarretos@uol.com.br>
TO: "ciencialist" <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2003 13:57

Help 3 !
[]'
======================
Luiz Ferraz Netto [Léo]
leobarretos@uol.com.br
www.feiradeciencias.com.br
======================
-----Mensagem Original-----
De: Juliano Sensolo da Silva
Para: leobarretos@uol.com.br
Enviada em: quarta-feira, 23 de abril de 2003 19:15
Assunto: Feira de Ciencias - Lata de Cerveja que Gela Sozinha


Meu nome é Juliano e estou no segundo ano de engenharia e gostaria de saber como funciona a lata de cerveja que gela sozinha.

Grato

Juliano




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SUBJECT: Re:Ainda xiitas
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 14:15

"Oraculo" <oraculo@a...> escreveu:
> > Mas não posso deixar de considerar que, no quesito tolerancia
(religiosa ou laica), o ocidente atual (por favor, não me lembre de
Colombo e dos indios centro-americanos..:-) tem uma dose bem maior e
pode se adaptar com mais facilidade ao conflito cultural.
>

"rmtakata <rmtakata@a...>" <rmtakata@a...> escreveu

> O pior e' q. nao. Va' a qq cidadezinha do interior e veja no q. da'
> uma menina de familia engravidar do namorado. Acompanhe a visao de
> mundo de um habitante de Kansas e pergunte a ele o q. ele acha de
um frances. Achamos q. o ocidente sao as cidades cosmopolitas como
Nova Iorque, Paris e Londres em q. ha' uma mistura cultural q. leva a
> alguma tolerancia (q. nem e' taaaao grande assim -- especialmente
no q. se refere 'as situacoes dos imigrantes ilegais ou nao). Bagda'
em seu relativo cosmopolitanismo reflete essa tendencia 'a
tolerancia. O ocidente e' uma colcha de retalhos como o oriente.

André:
Não aceito essa comparação, acho que você está levando o relativismo
longe demais. A constituição brasileira dá garantias à filha grávida,
assim como a constituição americana protege o turista francês.
Infelizmente as pessoas (no ocidente) também são livres para fazer
coisas estúpidas - o caipira pode matar a filha grávida. Mas não
existe uma institucionalização da estupidez (ou de que outra forma
poderíamos descrever a mutilação genital feminina que foi descrita em
mensagem anterior?).
O relativismo cultural e o príncipio da soberania dos povos muitas
vezes são usados como um escudo para justificar o cinismo em relação
ao sofrimento que regimes baseados no fanatismo e na estupidez
infligem à própria população.

[]´s

André








SUBJECT: Re: A Física e os Místicos!!!
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 14:28

"rmtakata <rmtakata@a...>" escreveu
> > Opiniao q. nao vale nada tto qto qq outra: a religiao tampouco
nos da' a resposta sobre 'de onde viemos' e 'para onde vamos'.

Viemos de Deus e vamos para o céu. Isso satisfaz a maioria das
pessoas.

>
"Ligia Amorese <ligia5555@y...>" escreveu
> Bão... mas a Física parece que está tentando. Uma das propostas
em se estudar os neutrinos e compreender "de onde eles vêm" pode dar
> algumas respostas a respeito de "onde viemos também"...

Mas não é essa explicação esperada. O que a maioria das pessoas quer
ouvir é alguma explicação que inclua a permanência do indivíduo (ou
sua consciência, seu ego, sua alma)

[]´s

André.




SUBJECT: Re:Ainda xiitas
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 14:38

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
> Não aceito essa comparação, acho que você está levando o
> relativismo longe demais.

Eu não. Estou falando q. o ocidente e' muito heterogeneo, tto qto o
oriente. A violencia institucionalizada nao e' privilegio do oriente.
Ha' grotoes barbaros pelo mundo e isso nao e' ocidente vs oriente.

Mutilacao nao e' coisa de xiita. Mutilacao nao e' coisa q. nao
acontece no 'ocidente'. Essa pratica na verdade nao e' uma pratica
legalmente aplicada mesmo nos paises em q. ela ocorre de modo
sistematico - mas tal qual no Brasil, a lei nao e' cumprida ou nao
alcanca certos lugares.

> Infelizmente as pessoas (no ocidente) também são livres para fazer
> coisas estúpidas - o caipira pode matar a filha grávida.

Ninguem esta'. Nem o caipira nem o caiçara nem o cosmopolita. Mas
antes de falarmos de pratica xiita seria bom demonstrar q. tal
pratica e' realmente xiita.

Cuba e' oriente? La' tem violacoes sistematicas dos direitos humanos
promovido pelo estado. Ela e' democratica? O q. havia aqui até 85 era
democracia? O q. os EUA fazem em Guantanamo? Protecao de direitos
humanos?

Bobagens duas coisas: (1) atribuir as mutilacoes e violencia contra
civis a uma cultura oriental (supondo q. isso exista) e (2) atribuir
tais violencias a uma religiao. Ninguem esta' dizendo q. ela nao
existe.

[]s,

Roberto Takata




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Ainda xiitas
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2003 14:41

Olá..:-)

Concordo plenamente..:-) Já tinha reconhecido que existem filtros culturais, com certeza, na avaliação que fiz, mas também existem considerações que vão além deles.

Será que simplesmente não existe nenhuma forma de avalizar um ato cultural que não dependa de preconceito ou de contextualização? Existe justificativa filosofica, etica ou biologica para a extirpação de um clitoris de criança (com consequencias para toda a vida) ou para uma multidão de xiitas (nesta caso, infizmente, são xiitas e em um ritual reconhecidamente padronizado) se mutilando e ferindo?

Sim, xiita ganhou parte de seu significado atual por preconceito. Mas, se xiitas tivessem comportamento diferente e não os violentos e assustadores rituais de auto-flagelação (e assustadores se aplica, já que são feitos justamente para impressionar, não apenas ocidentais fracos e frouxos, mas seu proprio povo, como demonstração de força e coragem) ganhariam este sentido?

Reconheço as nuances do culturalismo. Criticar Colombo e ocidentais da época por terem destruido os nativos é fácil, deste nosso século. Mas uma conduta diferente na época não poderia ser exigida deles. A propria Igreja dava o respaldo moral e etico para tanto. E os Astecas, que foram prejudicados e destruidos pelos ocidentais, destruiam e massacravam outros povos, com o respaldo de suas culturas e religiões.

Mas, civilizar não é pensar e aplicar principios cada vez mais universais? O respeito a vida, direitos humanos basicos, igualdade entre pessoas (de qualquer sexo, religião ou etnia), segurança familiar e de saúde, tolerancia e direito de escolha, não são "melhores" que os princípios da barbarie (aplicar seu proprio conceito de certo e errado a força a outras pessoas)?

Lutar para que um mundo tenha cada vez menos povos que não tem escolha e cada vez menos paises onde as pessoas escolham de que forma cada uma (e não as outras) vai se comportar? A invasão do Iraque é estupida e ilegitima. Porque (uma pergunta retorica, eu claramente concordo com a afirmação..:-)? Porque violou esses principios basicos, que não é justificado pela violação dos mesmos principios por Sadan.

Se o relativismo cultural for exagerado, ele passa a funcionar para todos com a mesma força. Se o relativismo justifica o comportamento barbaro de xiitas ou islamicos (mesmo que não todos e mesmo que outras etnias também o façam), ele justifica o comportamento cultural americano, como tudo de ruim que decorre dele. Não é possivel usar o relativismo apenas para um dos lados.

Mas não sei como a discussão chegou neste ponto..:-) Eu concordo em grande parte com o Takata, apenas coloquei que existem mais fatores a desfigurar o sentido de uma palavra e que nem sempre é incorreto essa mudança de sentido, é assim que as linguas evoluem, mesmo que as vezes cometam injustiças com determinados grupos ou culturas (judiar é o melhor exemplo, mais do que xiitas, pois deriva de um preconceito quase puro enquanto xiitas fizeram muito para ajudar o preconceito).

Um abraço levemente discordante..:-)

Homero


----- Original Message -----
From: André Roviralta Dias Baptista
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, April 24, 2003 2:15 PM
Subject: [ciencialist] Re:Ainda xiitas


"Oraculo" <oraculo@a...> escreveu:
> > Mas não posso deixar de considerar que, no quesito tolerancia
(religiosa ou laica), o ocidente atual (por favor, não me lembre de
Colombo e dos indios centro-americanos..:-) tem uma dose bem maior e
pode se adaptar com mais facilidade ao conflito cultural.
>

"rmtakata <rmtakata@a...>" <rmtakata@a...> escreveu

> O pior e' q. nao. Va' a qq cidadezinha do interior e veja no q. da'
> uma menina de familia engravidar do namorado. Acompanhe a visao de
> mundo de um habitante de Kansas e pergunte a ele o q. ele acha de
um frances. Achamos q. o ocidente sao as cidades cosmopolitas como
Nova Iorque, Paris e Londres em q. ha' uma mistura cultural q. leva a
> alguma tolerancia (q. nem e' taaaao grande assim -- especialmente
no q. se refere 'as situacoes dos imigrantes ilegais ou nao). Bagda'
em seu relativo cosmopolitanismo reflete essa tendencia 'a
tolerancia. O ocidente e' uma colcha de retalhos como o oriente.

André:
Não aceito essa comparação, acho que você está levando o relativismo
longe demais. A constituição brasileira dá garantias à filha grávida,
assim como a constituição americana protege o turista francês.
Infelizmente as pessoas (no ocidente) também são livres para fazer
coisas estúpidas - o caipira pode matar a filha grávida. Mas não
existe uma institucionalização da estupidez (ou de que outra forma
poderíamos descrever a mutilação genital feminina que foi descrita em
mensagem anterior?).
O relativismo cultural e o príncipio da soberania dos povos muitas
vezes são usados como um escudo para justificar o cinismo em relação
ao sofrimento que regimes baseados no fanatismo e na estupidez
infligem à própria população.

[]´s

André







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SUBJECT: Re: [ciencialist] Re:Ainda xiitas
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2003 14:57

Olá ..:-)

Pois é, eu concordo com você, mas perece que estamos em lados opostos..:-) Eu também nunca disse que não existe violência ou estupidez do lado ocidental, apenas que parte do componente da palavra xiita, no sentido pejorativo, deriva de mais que puro preconceito. Sunitas usam xiita com tanto sentido pejorativo (ou mais) que os ocidentais.

E aparentemente você estava levando longe demais o relativismo cultural. Mesmo com as falhas de principios e atos ocidentais, o alvo, o ponto utopico que pretendemos alcançar é a maior tolerancia e o estado de direito. O foco da religião islamica, pelo menos a atual, é tornar a todos islamicos e sem discussão. Isso faz diferença.

Houve protestos contra a invasão do Iraque no mundo todo. Mas, muito maiores e mais filosoficos nos paises ocidentais que nos islamicos (cuja populacao não tem mesmo muitos direitos de manifestacao de qualquer modo). Governos islamicos não gostam de grandes manifestacoes nem quando é a seu favor por temer que isso forme uma cultura de reinvindicações. Isso é um fato e diz muito sobre tolerancia e civilização. Mesmo com uma boa dose de relativismo cultural.

Há mesquitas nos USA e aqui no Brasil. Se um muçulmano for roubado, ferido ou mesmo assassinado, terá os mesmos direitos legais que qualquer outro. Poderá contratar advogado e será defendido ou seu assasssino preso e condenado (se as provas forem encontradas, claro). Se um cristão for agredido, roubado ou morto no Irã, não tem nada a fazer. Não há proteção legal para quem professa essa crença. E matar um muçulmano que mudou de fé e se tornou cristão nào é crime previsto em lei e nem haverá processo legal.

Sem atenuar o relativismo cultural, não é possivel analisar isso ou mesmo compreender.

Os USA são mau exemplo de pais civilizado..:-) Suas violações de direitos de outrem são, quase sempre, justificados pelo relativismo cultural "deles". Nação iluminada e governada por deus, são hoje, pelo menos seus governantes mais visiveis, mais fanaticos que Sadan (que era odiado pelos muçulmanos por obrigar o Iraque a ser laico). Mas os principios basicos que regem sua constituicao são, do ponto de vista da civilização, melhores e deem, em futuro próximo, mudar a politica externa do pais (Bush pai, depois da guerra do golfo, com enorme popularidade, perdeu a reeleição, um dos poucos presidentes a perder).

O defeito do ocidente hoje é um defeito de um pais, forte demais, arrogante demais, mas não de seus principios. Nenhum pais civilizado tem em sua carta de direitos a definição de obrigar o resto do mundo a se tornar como ele. O islã tem isso como premissa (toda religião evangelizadora tem ,na verdade). Não gosto disso, com relativismo cultural ou não.

Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: rmtakata <rmtakata@altavista.net>
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, April 24, 2003 2:38 PM
Subject: [ciencialist] Re:Ainda xiitas


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
> Não aceito essa comparação, acho que você está levando o
> relativismo longe demais.

Eu não. Estou falando q. o ocidente e' muito heterogeneo, tto qto o
oriente. A violencia institucionalizada nao e' privilegio do oriente.
Ha' grotoes barbaros pelo mundo e isso nao e' ocidente vs oriente.

Mutilacao nao e' coisa de xiita. Mutilacao nao e' coisa q. nao
acontece no 'ocidente'. Essa pratica na verdade nao e' uma pratica
legalmente aplicada mesmo nos paises em q. ela ocorre de modo
sistematico - mas tal qual no Brasil, a lei nao e' cumprida ou nao
alcanca certos lugares.

> Infelizmente as pessoas (no ocidente) também são livres para fazer
> coisas estúpidas - o caipira pode matar a filha grávida.

Ninguem esta'. Nem o caipira nem o caiçara nem o cosmopolita. Mas
antes de falarmos de pratica xiita seria bom demonstrar q. tal
pratica e' realmente xiita.

Cuba e' oriente? La' tem violacoes sistematicas dos direitos humanos
promovido pelo estado. Ela e' democratica? O q. havia aqui até 85 era
democracia? O q. os EUA fazem em Guantanamo? Protecao de direitos
humanos?

Bobagens duas coisas: (1) atribuir as mutilacoes e violencia contra
civis a uma cultura oriental (supondo q. isso exista) e (2) atribuir
tais violencias a uma religiao. Ninguem esta' dizendo q. ela nao
existe.

[]s,

Roberto Takata



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SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - EINSTEN
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 15:03

Sugira alguma experiência com o efeito foto-elétrico.

Como foi a inauguração no parque do peão?

[]´s

André


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> Help!
> []'
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: <cdf@b...>
> Para: <leobarretos@u...>
> Enviada em: quarta-feira, 23 de abril de 2003 13:39
> Assunto: Fwd: FEIRA DE CIENCIAS - EINSTEN
>
>
>
> -----Mensagem original-----
> De: <cdf@b...>
> Enviada em: 18/04/2003 15:04:54
> Para: leobarretos@u...
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS - EINSTEN
>
> O que posso fazer (experiências) em uma feira de 8 série que irei
falar sobre Albert Einsten.
> Quero fazer experiências legais sobre ele (podendo ser difíceis).
> Mande-me algumas idéias!
> Flávio (cdf@b...) .



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 15:05

O Leo, manda o moleque estudar.


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> Help 2 !
> []'
> ======================
> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
> ======================
> -----Mensagem Original-----
> De: "Carlos Eduardo" <cxavier@i...>
> Para: <leobarretos@u...>
> Enviada em: quarta-feira, 23 de abril de 2003 18:08
> Assunto: FEIRA DE CIENCIAS -
>
>
> | Caro Professor,
> | Qual é a força que sofre um poste, quando é abalrroado por um
veículo?
> | suponha que o veículo tenha 500 kgf de peso e esteja com 50 km/h
de
> | velocidade. Se não for encomodo, gostaria de todo o demonstrativo.
> | Carlos Eduardo Ramos
> | 3º ano Eletrotecnico - 2º grau
> | cxavier@i...
> |



SUBJECT: Re:Ainda xiitas
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 15:06

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
> Será que simplesmente não existe nenhuma forma de avalizar um ato
> cultural que não dependa de preconceito ou de contextualização?

Q. nao dependa de preconceito, duvido q. exista. Q. minimize talvez
haja. Q. nao dependa de contextualizacao, ai' ja' nao tem jeito.

> Existe justificativa filosofica, etica ou biologica para a
> extirpação de um clitoris de criança (com consequencias para toda a

A unica justificativa seria etica (q. e' um ramo da filosofia).
Biologia e ciencias nao justificam nem deixam de justificar nada.
E como uma etica so' vale dentro dos proprios parametros, qq
julgamento q. fizermos sera' valido somente dentro do sistema etico
q. utilizarmos pra tal julgamento. Nao tem carater objetivo universal
intrinseco (seja la' o q. isso queira dizer).

> ou para uma multidão de xiitas (nesta caso, infizmente, são xiitas
> e em um ritual reconhecidamente padronizado) se mutilando e ferindo?

Tto qto um cristao se martirizando na cruz ou um budista se auto-
imolando.

> Mas, se xiitas tivessem comportamento diferente e não os violentos
> e assustadores rituais de auto-flagelação (e assustadores se

Quem disse q. os xiitas tEm esse comportamento? Alguns xiitas sao
assim. Assim como alguns cristaos sao daquele jeito.

Como vivemos em uma cultura crista nao iremos julgar negativamente
atos praticados sob inspiracao crista...

> Mas, civilizar não é pensar e aplicar principios cada vez mais
> universais?

Sei la'. Prefiro o dialogo e nao uma missao. Tenho medo dos
missionarios: medicos, advogados, juizes, jornalistas, sacerdotes,
sectarios religiosos e toda a sorte dos q. se julgam cumprir uma
missao -- em geral e' justificativa de cometerem uma certa bobagem
sem sentimento de culpa, ja' q. e' para um bem maior. Nao engulo o
papo de 'democratizacao', levar a luz da civilizacao para todos os
cantos, iluminar com a luz da ciencia e coisas q. o valham.

Nao quer dizer q. nao prezo valores como democracia, respeito 'as
diferencas, combate ao preconceito, combate 'a opressao das minorias
e outras. Prezo. E irei dialogar com a esperanca de convencer q.
esses valores valem a pena ser adotados alhures. Mas nao encaro isso
como valor universal de verdade obvia, nao levo isso tao a serio a
ponto de achar q. e' o bem absoluto.

> Se o relativismo justifica o comportamento barbaro de xiitas ou
> islamicos (mesmo que não todos e mesmo que outras etnias também o

Niguem falou em justificar comportamentos violentos. Eu falei em nao
atribuir comportamento violento a um grupo como os xiitas.

> Mas não sei como a discussão chegou neste ponto..:-)

Nao chegou. Alguem entendeu alguma coisa errada. Ressaltarei os meus
pontos para tentar dirimir eventuais incompreensoes:

- Nao se deve julgar os xiitas por alguns representantes.
- Ninguem esta' aplicando um relativismo cultural para justificar
violencia.

Imagino q. a confusao se instaurou por q. se juntou proximamente a
questao das mutilacoes aplicadas 'a populacao e a auto-flagelacao de
certos individuos.

- A auto-flagelacao deve ser encarada com cuidado. Achamos estranhos
porq. estamos alheios aos elementos presentes nos grupos em q. isso
ocorre.
- Da contextualizacao da consideracao da auto-flagelacao *nao* se
seguem:
* - justificacao da auto-flagelacao;
* - apologia 'a auto-flagelacao;
* - justificacao da mutilacao aplicada 'a populacao.

E' isso.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Fw: Feira de Ciencias - Lata de Cerveja que Gela Sozinha
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 15:08

Há gás dentro da lata. Deixamos o gás sair, ele se expande, absorve
calor da cerveja, que gela.

[]´s

André



--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> Help 3 !
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> Luiz Ferraz Netto [Léo]
> leobarretos@u...
> www.feiradeciencias.com.br
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> -----Mensagem Original-----
> De: Juliano Sensolo da Silva
> Para: leobarretos@u...
> Enviada em: quarta-feira, 23 de abril de 2003 19:15
> Assunto: Feira de Ciencias - Lata de Cerveja que Gela Sozinha
>
>
> Meu nome é Juliano e estou no segundo ano de engenharia e gostaria
de saber como funciona a lata de cerveja que gela sozinha.
>
> Grato
>
> Juliano
>
>
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SUBJECT: RES: [ciencialist] A Física e osMísticos!!!
FROM: Antonio Ferrão Neto <a_ferrao@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2003 15:19

Prezado Gleidson e colegas da lista,

Em se tratando de Física, acho que você está muito bem servido aqui na
lista. Os nossos colegas são doutores no assunto e certamente não hesitarão
em respondê-lo nos assuntos ligados à Física, até o limite do conhecimento
humano. Entretanto, acho que você deve ser mais específico.
Com relação à religião e ao misticismo, francamente não vejo como relacionar
estes assuntos com a Ciência, simplesmente porque o processo que nos faz
acreditar na Ciência é o método experimental e o que nos faz acreditar em
Deus é o processo da Fé (Cristianismo).
Método experimental: Você descobriu um fato científico novo? Muito bem,
mostre-nos. - Repita o experimento diante de nós. Se funcionar, você é o
máximo, senão, vai ficar falando sozinho.
Método da Fé (Cristianismo): Você acredita em Deus? Porque? Você teve um
encontro com Ele? Ele falou diretamente com você? Tem certeza de que não foi
uma alucinação? Você é feliz assim? Então muito bem, continue assim. Siga-o.
A experiência é pessoal, simples, sem grandes explicações e não pode ser
repetida várias vezes, com várias pessoas, pois depende da vontade de Deus e
não do indivíduo. Uma experiência pública poderia não funcionar porque Deus
não permitiria que o homem se chegasse a ele a não ser pelo caminho da Fé.
Embora vários cientistas, entre eles Isaac Newton, tenham estudado
profundamente Teologia, tentando relacionar Deus com a Filosofia Natural (as
forças de campo gravitacional seriam de origem divina), eu ACREDITO que a
Ciência nunca chegará a Deus e o caminho da religião não trará grandes
benefícios para a Ciência, a menos que "Deus ajude o cientista" :).
Portanto, eu acredito que Ciência e Religião seguem por caminhos distintos,
eventualmente cruzando-se em alguns pontos. No meu ponto de vista, os
assuntos Ciência e Religião devem ser tratados em listas de discussão
distintas.
Infelizmente, os cientistas que fundaram a Mecânica Quântica no século XX
não tiveram esta mesma opinião. Niels Bohr foi um "esotérico" por
excelência, pai de uma "Física Esotérica". Até hoje, livros como a série
iniciando em "O Tao da Física" insistem em estabelecer uma conexão entre o
estranho mundo Quântico e a filosofia Oriental. Ora, você sempre poderá ser
bem sucedido se comparar uma coisa desconhecida (Mecânica Quântica) com
outra desconhecida (Misticismo ou Filosofia Oriental).
A Mecânica Quântica é muito precisa em seus resultados mas totalmente
incompreensível nos seus fundamentos filosóficos. Ninguém é capaz de
realmente compreender a Mecânica Quântica.
Misticismo, Magia, Filosofias Orientais, etc... constituem-se em crenças
muito complexas, às vezes ocultas, caóticas e portanto também desconhecidas.

[]´s
Antonio

-----Mensagem original-----
De: gechile@yahoo.com.br [mailto:gechile@yahoo.com.br]
Enviada em: quinta-feira, 24 de abril de 2003 10:03
Para: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Assunto: [ciencialist] A Física e osMísticos!!!


Oi... gostaria de dizer uma coisa a respeitos do Misticismo Eu sou estudante
de física e tenho uma amiga que é "meio mística" e as vezes nós conversamos
sobre misticismo. Ela me fala muitas coisas, das quais eu confesso que as
vezes até acredito. Pois acho realmente que nem tudo a ciência pode
explicar. Mas tb notei que muito das coisas que ela fala se baseia
principalmente na Física Quântica. Andei notando que muitos misticos andam
se baseando na Física Quântica para fazer suposições e interpretações
pessoais a cerca do universo. Não que eu tenha alguma coisa contra. Acho que
cada um tem uma explicação pessoal a respeito do universo e muitas perguntas
ainda não foram respondidas pela ciência, fazendo com que alguns recorram a
explicações "mais simples" que esses místicos dão. Perguntas do tipo: "De
onde viemos?", "Para onde vamos?", etc. que, como a ciência ainda não tem
respostas, faz com que as pessoas recorram a Religião ou ao Misticismo para
achar as respostas a essas perguntas ou então dar um sentido a elas!!!
Queria saber a opinião de vcs a respeito disso. Obrigado...Gleidson


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SUBJECT: Re:Ainda xiitas
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 15:20

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
> Eu também nunca disse que não existe violência ou estupidez do lado
> ocidental

Tampouco disse eu q. vc tenha dito isso. O ponto e': ha' violencia
aqui tbm. Classificar os xiitas como violentos e' tao correto como
classificarmo-nos como violentos.

> Sunitas usam xiita com tanto sentido pejorativo (ou mais) que os
> ocidentais.

Se o fazem quem disse q. nao e' por preconceito? Catolicos tbm nao se
bicam com evangelicos.

> Mesmo com as falhas de principios e atos ocidentais, o alvo, o
> ponto utopico que pretendemos alcançar é a maior tolerancia e o
> estado de direito.

Quem disse q. os muculmanos tbm nao pretendem uma coisa e outra?
Quem disse q. tolerancia e estado de direito sao valores universais?
Eu defendo a tolerancia e o estado de direito, mas nao tenho a ilusao
de q. sao verdades absolutas, sao o bem em si mesmos.

> O foco da religião islamica, pelo menos a atual, é tornar a todos
> islamicos e sem discussão. Isso faz diferença.

Talvez fizesse se o q. vc afirmou fosse verdade. Revela mais o
preconceito contra o Islã do q. uma percepcao objetiva dos fatos.

Outro ponto, e' verdade q. a religiao - incluindo o islamismo - sao
rotineiramente utilizadas como desculpas para manipulacao das massas,
como desculpas para a guerra e o preconceito. Mas isso nao e' questao
da religiao em si, mas do radicalismo e da deturpacao de valores
religiosos.

> Governos islamicos não gostam de grandes manifestacoes nem quando é

Nao confunda governos de paises islamicos com o islamismo. A China
tbm nao gosta de grandes manifestacoes. Ha' e' oriental? Cuba tbm nao
gosta. Alias governo nenhum gosta de manifestacoes. China, Cuba e
outras ditaduras reprimem abertamente. Questao de regime e nao de
cultura ou religiao.

> Se um cristão for agredido, roubado ou morto no Irã, não tem nada a
> fazer. Não há proteção legal para quem professa essa crença.

Vc e' quem esta' dizendo.


> Mas os principios basicos que regem sua constituicao são, do ponto
> de vista da civilização, melhores e deem, em futuro próximo, mudar
> a politica externa do pais (Bush pai, depois da guerra do golfo,
> com enorme popularidade, perdeu a reeleição, um dos poucos
> presidentes a perder).

Como disse um analista economico americano: 'E' a economia, seu
idiota'. Calma nao o chamo de idiota, mas Bush pai perdeu por causa
da economia e nao ideologia -- se bem q. o negocio dos EUA sao os
negocios e mais o negocio dos EUA sao os negocios dos EUA.

> O defeito do ocidente hoje é um defeito de um pais, forte demais,
> arrogante demais, mas não de seus principios.

Tbm nao ha' grandes defeitos nos principios orientais -- se isso
existe -- ou no isla. Ha' problemas nos governos.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - EINSTEN
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 15:25

Pode ser o experimento de Michelson e Morley -- ele disse q. poderia
ser dificil.

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
<andrebaptista@u...> <andrebaptista@u...> escreveu
> Sugira alguma experiência com o efeito foto-elétrico.
>
> Como foi a inauguração no parque do peão?
>
> []´s
>
> André
>
>
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
> > -----Mensagem Original-----
> > De: <cdf@b...>
> > O que posso fazer (experiências) em uma feira de 8 série que irei
> falar sobre Albert Einsten.
> > Quero fazer experiências legais sobre ele (podendo ser difíceis).
> > Mande-me algumas idéias!
> > Flávio (cdf@b...) .



SUBJECT: Re: A Física e os Místicos!!!
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 15:28

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
> "rmtakata <rmtakata@a...>" escreveu
> > > Opiniao q. nao vale nada tto qto qq outra: a religiao tampouco
> nos da' a resposta sobre 'de onde viemos' e 'para onde vamos'.
>
> Viemos de Deus e vamos para o céu. Isso satisfaz a maioria das
> pessoas.

Como disse pro Borges, se tais respostas valem, entao nao vale dizer
q. a ciencia nao tem respostas para essas perguntas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS -
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 15:34

Tendo se a variacao da quantidade de movimento, basta saber o tempo
q. leva a desaceleracao para se calcular a forca media envolvida
nessa desaceleracao e pelo principio da acao e reacao pode-se
calcular a forca media aplicada pelo veiculo sobre o poste.

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> Help 2 !
> []'
> -----Mensagem Original-----
> De: "Carlos Eduardo" <cxavier@i...>
> | Caro Professor,
> | Qual é a força que sofre um poste, quando é abalrroado por um
veículo?
> | suponha que o veículo tenha 500 kgf de peso e esteja com 50 km/h
de
> | velocidade. Se não for encomodo, gostaria de todo o demonstrativo.
> | Carlos Eduardo Ramos
> | 3º ano Eletrotecnico - 2º grau
> | cxavier@i...
> |



SUBJECT: Re: Fw: FEIRA DE CIENCIAS - EINSTEN
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 15:38

Alem da referida experiencia de Michaelson e Morley, como o gajo
provavelmente nao podera' lancar relogios de cesio em orbita
terrestre, outro experimento -- tbm dificil -- possivel e' medir a
variacao de massa do eletron em um acelerador de particulas - um tubo
de raios catodicos (precisa tomar cuidado para nao gerar muito raio-
x). Basta medir a variacao da intensidade do campo magnetico
necessario para defletir o feixe de eletrons de acordo com a
diferenca de voltagem entre o catodo e o anodo.

[]s,

Roberto Takata

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Luiz Ferraz Netto"
<leobarretos@u...> escreveu
> Help!
> []'
> -----Mensagem Original-----
> De: <cdf@b...>
> O que posso fazer (experiências) em uma feira de 8 série que irei
falar sobre Albert Einsten.
> Quero fazer experiências legais sobre ele (podendo ser difíceis).
> Mande-me algumas idéias!
> Flávio (cdf@b...) .



SUBJECT: Re: A Física e os Místicos!!!
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 15:52

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
<andrebaptista@u...> <andrebaptista@u...> escreveu
> "Ligia Amorese <ligia5555@y...>" escreveu
> > Bão... mas a Física parece que está tentando. Uma das propostas
> em se estudar os neutrinos e compreender "de onde eles vêm" pode
dar
> > algumas respostas a respeito de "onde viemos também"...
>
> Mas não é essa explicação esperada. O que a maioria das pessoas
quer
> ouvir é alguma explicação que inclua a permanência do indivíduo (ou
> sua consciência, seu ego, sua alma)


Consciência, Ego e Alma... e o que se espera da ciência é uma
resposta científica? Tá certo... :)) A grosso modo, a ciência
ainda vem buscando compreender o funcionamento do cérebro e já
atribui só a ele tanto a Consciência, quanto o Ego, como a Alma...

Assim, ao que tudo indica, enquanto não se criar uma espécie de "moto-
contínuo" a ser adaptado ao cérebro, ele continuará sofrendo os
efeitos da perda de neurônios com o passar dos anos e morte quando
Deus quiser... e, junto com ele, o cérebro, tudo o que o indivíduo
tiver sido em vida.

Carpe Diem... ;)

Beijos, Lígia









SUBJECT: Re: [ciencialist] Fw: FEIRA DE CIENCIAS - EINSTEN
FROM: Leonardo Stern <roxo@gmx.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 16:01

Em Qui 24 Abr 2003 13:56, Luiz Ferraz Netto escreveu:
> Help!

Resolveu se comunicar na lingua alienigena ??? :-)
[]s
Leonardo Stern


SUBJECT: Re:Ainda xiitas
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 16:07

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
> Se um cristão for agredido, roubado ou morto no Irã, não tem nada a
> fazer. Não há proteção legal para quem professa essa crença. E
> matar um muçulmano que mudou de fé e se tornou cristão nào é crime
> previsto em lei e nem haverá processo legal.

Nao sei qual a confiabilidade do site e da traducao da constituicao
iraniana:

Article 13: Zoroastrian, Jewish, and Christian Iranians are the only
recognized religious minorities, who, within the limits of the law,
are free to perform their religious rites and ceremonies, and to act
according to their own canon in matters of personal affairs and
religious education.

Article 14: In accordance with the sacred verse; ("God does not
forbid you to deal kindly and justly with those who have not fought
against you because of your religion and who have not expelled you
from your homes" [60:8]), the government of the Islamic Republic of
Iran and all Mu slims are duty-bound to treat non-Muslims in
conformity with ethical norms and the principles of Islamic justice
and equity, and to respect their human rights. This principle applies
to all who refrain from engaging in conspiracy or activity against
Islam and the Islamic Republic of Iran.

http://www.netiran.com/Htdocs/Laws/000000LAGG01.html

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: A Física e os Místicos!!!
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 16:17

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> A grosso modo, a ciência
> ainda vem buscando compreender o funcionamento do cérebro e já
> atribui só a ele tanto a Consciência, quanto o Ego, como a Alma...

Quem atribui Ego ao cerebro foi Freud e sua psicanalise e nao a
ciencia.

(Alias, a ciencia nao atribui nada. Quem atribui sao os cientistas.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re:Ainda xiitas
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 16:29

"rmtakata <rmtakata@a...>"
>
> Prefiro o dialogo e nao uma missao. Tenho medo dos
> missionarios: medicos, advogados, juizes, jornalistas, sacerdotes,
> sectarios religiosos e toda a sorte dos q. se julgam cumprir uma
> missao -- em geral e' justificativa de cometerem uma certa bobagem
> sem sentimento de culpa, ja' q. e' para um bem maior. Nao engulo o
> papo de 'democratizacao', levar a luz da civilizacao para todos os
> cantos, iluminar com a luz da ciencia e coisas q. o valham.
>

A primeira frase acima parece perigosamente próxima de justificar
o "jeitinho brasileiro" (não que seja sua intenção). Como servidor
público, certamente cometo bobagens todos os dias, sem sentimento de
culpa. A alternativa seria me considerar acima da lei, me transformar
em legislador e juiz. Em certas atividades não cabe o diálogo, mas o
cumprimento da lei. O mundo lá fora é feito de missões: policiais,
diplomáticas, políticas, econômicas. Dialogar é muito bom numa roda
de bar, acadêmica, ou na ciencialist. Mas quando se parte da teoria
para a ação é preciso estabelecer de antemão alguns objetivos, e,
consequentemente, alguns valores.

[]´s

André



SUBJECT: Re: A Física e os Místicos!!!
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 16:30

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> > A grosso modo, a ciência
> > ainda vem buscando compreender o funcionamento do cérebro e já
> > atribui só a ele tanto a Consciência, quanto o Ego, como a
Alma...
>
> Quem atribui Ego ao cerebro foi Freud e sua psicanalise e nao a
> ciencia.
>
> (Alias, a ciencia nao atribui nada. Quem atribui sao os cientistas.)
>
> []s,
>
> Roberto Takata

Tá bom Takata:

A ciência -- na pessoa dos cientistas -- atribui ao funcionamento do
cérebro a Consciência e a Alma. Como foi Freud, aquele praticante de
pseudo-ciência, quem atribuíu o Ego ao cérebro, não conta...

Beijos, Lígia





SUBJECT: Re:Ainda xiitas
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 16:41

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, André Roviralta Dias Baptista
> A primeira frase acima parece perigosamente próxima de justificar
> o "jeitinho brasileiro" (não que seja sua intenção).

Eu sinceramente nao vejo. Mas enfim...

> Como servidor público, certamente cometo bobagens todos os dias,
> sem sentimento de culpa. A alternativa seria me considerar acima da
> lei, me transformar em legislador e juiz.

Talvez seja uma das alternativas, mas nao a unica. A outra e' *ter*
sentimentos de culpa. Ha' diversas outras alternativas no entanto:
demitir-se, enviar oficio aos superiores, pressionar seus
representantes legais, etc, etc...

> Em certas atividades não cabe o diálogo, mas o cumprimento da lei.

Sempre cabe dialogo. Dialogo nao e' impedimento algum para o
cumprimento da lei -- especialmente qdo todos estao sob o mesmo
regime legal. Mas eu prefiro o dialogo 'a uma extensao automatica das
leis pelas quais nos guiamos a um territorio onde a lei originalmente
nao se aplica ou esta' sob o regime de outra lei. O principio do
dialogo e' o q move (ou acho q. deveria mover) por exemplo o
judiciario -- ha' dialogo entre as partes para o estabelecimento da
culpa ou inocencia.

> O mundo lá fora é feito de missões: policiais,
> diplomáticas, políticas, econômicas.

Diplomacia nao e' missao. Bem, no caso de paises dominantes e': basta
bater o pau na mesa e impor. Policiais tbm nao precisam se bitolar e
achar q. estao no estrito cumprimento de um dever superior (superior
nao apenas hierarquicamente).

Os unicos q. precisam se bitolar sao os militares, senao nao ha'
razao de existir ou funcionam muito mal no desempenho de sua funcao.

> Mas quando se parte da teoria
> para a ação é preciso estabelecer de antemão alguns objetivos, e,
> consequentemente, alguns valores.

Ninguem falou q. tem q. ir sem objetivos e valores. Dialogo nao e'
isso. E nem o receio do sentimento de missao, o do fazer sem
questionar e delegar a consciencia a supostos valores acima de nós.
Nenhum valor esta' acima de nós, nós e' quem construimos valores e
atribuimos 'as coisas.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: P/ Ligia
FROM: Leonardo Stern <roxo@gmx.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 16:43

> O Léo? HÃ? Dã... hum, hum... convém deixar que ele mesmo se
> apresente, com toda a pompa e circunstância :)) E ótimo você ser
> direto e estar se manifestando. A grandessíssima-maioria-esmagadora
> dos componentes desta lista permanece quieta, no mais absoluto
> mutismo... :(
>
> Beijos, Lígia

Pronto! Já estou saindo do silencio e passarei a dar os meus palpites
aleatorios nas discussões. Minha participação em listas de discussão é
inversamente proporcional ao tempo livre que tenho de modo que no periodo de
férias me limito a enviar algumas perguntas soltas (sem recentemente nem ter
agradecido .. um obrigado atrasado serve ?)

Por hora me limito a pedir informações sobre as transformadas de Denis Garbor.
Ao que parece são particularizações das transformadas de Fourier mas não pude
confirmar a informação nos livros que possuo.

Alguem poderia me indicar referencias sobre as transformações de Garbor ?
Referencias em portugues são preferidas.

[]s
Leonardo Stern

PS Complementando o comentario da Ligia ... e a desigualdade homens/mulheres
ativas na lista é proporcional ao número de homens/mulheres nas carreiras
cientificas em geral ?

Pelo que observei no curso de engenharia, a proporção H/M era 4/1 , pelo que
me disseram dos cursos de biologia e medicina, a relação parece ser estar
perto do equilibrio.

Levando em conta que homens tem mais interesse por computadores e aparelhos
eletronicos do que as mulheres (8 vezes mais, segundo dados tirandos da
cabeça baseados em recordação vaga de algum programa de televisão) e que os
homens tendem a discutir mais os problemas do trabalho do que as mulheres (o
que levaria cientistas homens a discutirem mais publicamente sobre o asusnto
do que mulheres), o número de mulheres na lista ainda parece pequeno.

Alguem tem algum palpite a respeito ?

As perguntas enviadas ao Feira de Ciencias, a proporção H/M é similar a da
lista ?

Por fim, uma pergunta pra Ligia : Já recebeu muitas cantadas de participantes
da lista, publicamente ou em PVT ?

[]s
Leonardo Stern


SUBJECT: Re:Ainda xiitas
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 16:50

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
> Sempre cabe dialogo.

Entenda-se, "eu acho q. sempre e' preferivel tentar o dialogo".

Nem todos estao a fim de dialogo e ai' seria conversar com a parede.
Mas nao e' disso q. se falava.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: A Física e os Místicos!!!
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 16:51

Ah, e os capítulos de um livro que o Renato Zamora, lá na STR, está
enviando para quem peça, estão ótimos. Quem tiver interesse em
neurociências, vale a pena entrar em contato com ele.

Lígia

**********************************

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
<ligia5555@y...>" <ligia5555@y...> escreveu
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
> <rmtakata@a...> escreveu
> > --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> > > A grosso modo, a ciência
> > > ainda vem buscando compreender o funcionamento do cérebro e já
> > > atribui só a ele tanto a Consciência, quanto o Ego, como a
> Alma...
> >
> > Quem atribui Ego ao cerebro foi Freud e sua psicanalise e nao a
> > ciencia.
> >
> > (Alias, a ciencia nao atribui nada. Quem atribui sao os
cientistas.)
> >
> > []s,
> >
> > Roberto Takata
>
> Tá bom Takata:
>
> A ciência -- na pessoa dos cientistas -- atribui ao funcionamento
do
> cérebro a Consciência e a Alma. Como foi Freud, aquele praticante
de
> pseudo-ciência, quem atribuíu o Ego ao cérebro, não conta...
>
> Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: A Física e os Místicos!!!
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 16:55

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> Como foi Freud, aquele praticante de
> pseudo-ciência, quem atribuíu o Ego ao cérebro, não conta...

Vc e' quem esta' dizendo.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: A Física e os Místicos!!!
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 17:05

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> > Como foi Freud, aquele praticante de
> > pseudo-ciência, quem atribuíu o Ego ao cérebro, não conta...
>
> Vc e' quem esta' dizendo.


É... ;)

Bjus, Lígia



SUBJECT: Re: A Física e os Místicos!!!
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br> <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 17:11

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu

> Quem atribui Ego ao cerebro foi Freud e sua psicanalise e nao a
> ciencia.

Manuel: Ego é a relação do indivíduo com a sua auto-imagem psíquica
(sem essa auto-imagem nós sequer nos reconheceríamos no espelho). É
por meio dessa auto-imagem psíquica que monitoramos o nosso
comportamento.

Os etólogos reconhecem hoje a existência do 'ego' no psiquismo de
vários primatas e de um cetáceo.

Não é a ciência nem a psicanálise que atribui 'ego' ao cérebro
humano. É o bom-senso.

[]s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: A Física e os Místicos!!!
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 17:20

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Manuel Bulcão
> Não é a ciência nem a psicanálise que atribui 'ego' ao cérebro
> humano. É o bom-senso.

Não foi o bom-senso, foi o Freud (ou alguém de quem Freud tomou o
termo emprestado). Não que Freud ou seu antecessor não tivessem bom-
senso.

Ego e' um conceito construido por uma mente humana. Assim como
eletron, gravidade, cor, etc. Por isso a nota: a ciencia nao atribui
nada a coisa alguma, quem atribui sao os cientistas. Preciosismo? E'.
Pra que? Pra encher a paciencia da Ligia. Mas vejo q. peguei a sua
tbm. Re re... Bulcao, o Huxley de Freud.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: P/ Ligia
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 17:30

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Leonardo Stern <roxo@g...>
escreveu
> Pronto! Já estou saindo do silencio e passarei a dar os meus
palpites
> aleatorios nas discussões.

Êba!

> PS Complementando o comentario da Ligia ... e a desigualdade
homens/mulheres
> ativas na lista é proporcional ao número de homens/mulheres nas
carreiras
> cientificas em geral ?

Sei não... mas se quiser encontrar miríades de mulheres em listas,
basta procurar por listas que envolvam:

magia,
misticismo,
espiritualidade,


> Pelo que observei no curso de engenharia, a proporção H/M era 4/1 ,
pelo que
> me disseram dos cursos de biologia e medicina, a relação parece ser
estar
> perto do equilibrio.

No curso de Física que eu fiz, eu era a única mulher no meio de 40
homens no primeiro ano... e em minha turma graduaram-se 5 membros:
só eu de mulher. Isso lá pelos ídos de 1987. Mas pelo que sei, pelo
menos por aqui no interior de SP, continua praticamente a mesma coisa.


> Por fim, uma pergunta pra Ligia : Já recebeu muitas cantadas de
participantes
> da lista, publicamente ou em PVT ?


Dessa lista? Não...:) O pessoal é respeitador. E, como eu já vou
logo dizendo que sou casada, tenho dois filhos, os mais afoitos
perdem logo, logo o interesse... ;)

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: P/ Ligia
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 17:35

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Leonardo Stern <roxo@g...>
> Por hora me limito a pedir informações sobre as transformadas de
> Denis Garbor.

Dennis Gabor
http://www.nobel.se/physics/laureates/1971/


SUBJECT: Re: [ciencialist] A Física e osMísticos!!!
FROM: "Mauro" <bombaspr@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2003 17:46

Olá Antonio.

> "Embora vários cientistas, entre eles Isaac Newton, tenham estudado
> profundamente Teologia, tentando relacionar Deus com a Filosofia Natural
(as
> forças de campo gravitacional seriam de origem divina) [...]"

Newton escreveu uma carta a Bentley: "Que um corpo possa agir sobre outro à
distância, atravessando o vácuo, sem a mediação de algo por meio do qual
suas ações e forças possam ser transmitidas de um para o outro, é para mim
um tal absurdo que não acredito que alguém, dotado de uma competente
faculdade de pensar em assuntos filosóficos, possa um dia admiti-lo". --
Fonte: Dobras No Tempo, editora Rocco pg. 42.

Quer me parecer que ele não queria dar o mérito para algo divino, só não
sabia como de fato campo gravitacional se propagava.

Inté+
Mauro




SUBJECT: Re: P/ Ligia
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 17:48

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> E, como eu já vou
> logo dizendo que sou casada, tenho dois filhos, os mais afoitos
> perdem logo, logo o interesse... ;)

Ate' ai' a Solange Frazao tbm tem dois filhos. Nao vejo marmanjo
perdendo o interesse. A verdadeira razao da Ligia ser respeitada e'
porq. ela e' uma ma' cozinheira -- e com armas de destruicao em massa
nao se brinca.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: P/ Ligia
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 17:57

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> > E, como eu já vou
> > logo dizendo que sou casada, tenho dois filhos, os mais afoitos
> > perdem logo, logo o interesse... ;)
>
> Ate' ai' a Solange Frazao tbm tem dois filhos. Nao vejo marmanjo
> perdendo o interesse. A verdadeira razao da Ligia ser respeitada e'
> porq. ela e' uma ma' cozinheira -- e com armas de destruicao em
massa
> nao se brinca.


Que eu saiba, nas minhas massas só vão ovos, farinha, leite, pitadas
de sal, fermento... armas de destruição pesam... :)

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: P/ Ligia
FROM: Leonardo Stern <roxo@gmx.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 18:14

[referencias - takata]

Takata, mais uma vez obrigado pelas suas sempre presentes referencias. Surge
aogra uma nova pergunta. Em tempos remotos, quando os bichos falavam , os
dinossauros andavam entre nós e não haviam inventado as cores, ouvi dizer
(acho que foi o Brudna) que você utilizava o Northern Ligts ao invés do
Google para realizar suas pesquisas.

Como você sempre acha tudo gostaria que fizesse comentario a respeito dos
mecanismos de busca existentes (em termos praticos) de uns tempos pra cá
(1999 ou 2000) passei a utilizar o Google em 99% das buscas e não conheço
outras alternativas boas surgidas recentemente.

> > Por fim, uma pergunta pra Ligia : Já recebeu muitas cantadas de
> > participantes da lista, publicamente ou em PVT ?
>
> Contando com essa sua?

Não, tenho um relacionamento muito estavel e agradavel com uma homorfona
dela, a Lygia. Já sabia que ela era casada e com filhos e acho os
relacionamentos virtuais muito virtuais pro meu gosto ! A curiosidade surge
por por conhecer alguns casos de cantadas virtuais envolvendo participantes e
ex-participantes desta lista ... impressionante o nivel de besteira que essa
gente consegue falar numa cantada :-)

[]s
Leonardo Stern


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: P/ Ligia
FROM: Leonardo Stern <roxo@gmx.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 18:14

Em Qui 24 Abr 2003 17:48, "rmtakata escreveu:
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
>
> > E, como eu já vou
> > logo dizendo que sou casada, tenho dois filhos, os mais afoitos
> > perdem logo, logo o interesse... ;)
>
> Ate' ai' a Solange Frazao tbm tem dois filhos. Nao vejo marmanjo
> perdendo o interesse. A verdadeira razao da Ligia ser respeitada e'
> porq. ela e' uma ma' cozinheira -- e com armas de destruicao em massa
> nao se brinca.

Falando em cozinha, gente que não sabe usa o microondas. Diversos boatos sobre
o aparelho tem me deixado receoso em utiliza-lo. Supostamente alteraria a
estrutura de diversos alimentos (lembro que o leite era citado) prodzindo, em
alguns casos, toxinas.

Uma vez que o aparelho é utilizado ha uns 30 anos nos EUA e é o tipo de
invenção que provoca muita resistencia e desconfiança , imagino que uma serie
de testes foram realizados. É possivel, entretanto, que tais pesquisas sejam
abafadas ou sejam criticadas baseadas em argumentos inventados ... e isso
tudo sem apelar para as teorias conspiratorias mais paranoicas.

Algem sabe se trata-se de mais uma lenda urbana ? Como a dos celulares em dia
de chuva, etc

[]s
Leonardo Stern


SUBJECT: Re: P/ Ligia
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 18:31

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
escreveu
> Olá Ligia..:-)
>
> Não se sinta única nesta situação, minha irmã fez engenharia
mecanica na FEI e era a unica mulher em "varias" salas de mais de 30
homens..:-) Era a "menina esquisita" que faz mecanica da turma, no
inicio dos 80..:-)

Coitada. Os próprios colegas tinham preconceito, principalmente com
as meninas da engenharia e principalmente se fossem feias. Na minha
época, só estudavam 3 mulheres no prédio todo da mecânica e elétrica.



> Mas isso tem mudado e espero que atinjamos o equilibrio necessário,
metade de cada sexo..:-)


Bem, prá isso, as mulheres precisam se sentir confortáveis no meio de
um bando de homens ;) A maioria fica constrangida, "some" no meio de
todos. É só conferir em listas científicas e céticas de um modo
geral por exemplo, já que também esses dados obtidos dessa forma,
servem como um ponto de referência. Bastando que se observe o
comportamento das mulheres em tais listas: a maioria delas logo, logo
fica sem jeito, sem saber como responder sem se sentir exposta e
normalmente evita falar muito para não sere ridicularizada. Dá dó,
mas é um problema cultural. O medo do "carão" é grande... ou o medo
de parecer "vulgar", ou ainda o medo de não parecer frágil, indefesa,
gatinha... :)) Até que eu andei incentivando algumas gatas pingadas
por aqui, mas elas sumiram!


Beijos, Lígia
Eu já perdi esse medo de fazer feio faz tempo... ;)




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: A Física e os Místicos!!!
FROM: Leonardo Stern <roxo@gmx.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 18:42

Em Qui 24 Abr 2003 16:51, "Ligia Amorese escreveu:
> Ah, e os capítulos de um livro que o Renato Zamora, lá na STR, está
> enviando para quem peça, estão ótimos. Quem tiver interesse em
> neurociências, vale a pena entrar em contato com ele.
>
> Lígia

Tenho algumas divergencias em relação linha adotada pelo STR de modo que não
participo da lista (ainda sim visito o site de tempos em tempos e constato a
presença de artigos muito bons). Seria interessante enviar meios para que eu
possa contacta-lo.

Se for inconveniente divulgar o email dele publicamente na lista ou qualquer
outra forma de contado, favor enviar em PVT para este mesmo email.

[]s
Leonardo Stern


SUBJECT: Re: P/ Ligia
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 18:58

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Leonardo Stern <roxo@g...>
escreveu
> [...]A curiosidade surge
> por por conhecer alguns casos de cantadas virtuais envolvendo
participantes e
> ex-participantes desta lista ... impressionante o nivel de besteira
que essa
> gente consegue falar numa cantada :-)


Curiosidade genuina... está bem, vamos a elas. Acabei até montando
uma espécie de quadro estatístico:

100% dos cantadores virtuais casados que já tentaram me conhecer em
pvt, dizem que a esposa é praticamente uma "ex". Alegam problemas
diversos que vão de incompatibilidade de gênios, problemas com a
frequencia com que mantém relações sexuais, até a uma
curiosidade "imensa" de conhecerem alguém diferente. É quando em
100% das vezes, eu pergunto se não é infinitamente mais fácil ir
buscar uma amante "real" de carne e osso, "ao vivo e se mexendo"...
Em 100 % dos casos, eles falam a mesma coisa: fantasia é melhor...
tá, :)

No resumo da ópera, destes 100%, apenas 2 a 3% aceitam continuar
trocando mensagens ou emails comigo depois que eu apresento esta
estatística. Aí é quando eu começo a tecer o corolário de problemas
que EU, mulher casada tenho, e, principalmente, eu começo a aconselhá-
los quanto à forma correta de tratarem as esposas. Milagrosamente,
eles parece que põem os conselhos em prática e apenas 1% -> 0%
permanecem amigos virtuais, felizes por continuarem trocando idéias
comigo.

Ces't la vie...

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: Para Takara
FROM: "gechile@yahoo.com.br" <gechile@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 19:06


A Psicanalise não é ciência??? se não é ciência então o que é?
Vc tá considerando as criações dos próprios cientistas como não-ciência???
Então quem contribuiu para a Mecânica Quântica, por exemplo, não foi Bohr, Planck, Einstein e outros, mas sim as teorias? E quem, afinal de contas, as criou? senão eles mesmos, os cientistas?!
Vc está se esquecendo que quem faz a ciência são os cientistas... não existe ciência por si só!!! Então quando escutamos ou lemos algo sobre a "Evolução da Ciência" ou a "Nova descoberta da ciência" estamos escutando ou lendo a respeito da evolução da própria ciência da ciência ou então do que os cientistas descobriram....
sinceramente não concordo nem um pouco com o que vc disse abaixo... pra mim não faz sentido algum!!!
um abraço...
Gleidson
"rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net> wrote: Quem atribui Ego ao cerebro foi Freud e sua psicanalise e nao a ciencia.

(Alias, a ciencia nao atribui nada. Quem atribui sao os cientistas.)

[]s,

Roberto Takata


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Responsabilidade internacional - José Monserrat Filho
FROM: José Renato <jrma@terra.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2003 19:08

"Já não vivemos sob a brutal ameaça do confronto bipolar, mas a vida do planeta não melhorou tanto quanto esperávamos. Enfrentamos agora os graves perigos da unipolaridade - um mundo dominado por uma única super potência, cujo governo neste momento se arvora em juiz e polícia da comunidade internacional, desconhecendo as Nações Unidas e o Direito Internacional."

______________________________

Jornal da Ciência e-mail 2264, de 24 de Abril de 2003.

Responsabilidade internacional,

artigo de José Monserrat Filho

Enfrentamos agora os graves perigos da unipolaridade - um mundo dominado por uma única super potência, cujo governo neste momento se arvora em juiz e polícia da comunidade internacional, desconhecendo as Nações Unidas e o Direito Internacional

José Monserrat Filho é editor do 'Jornal da Ciência'. Eis o texto do artigo:

Uma das idéias mais sensatas e racionais nos tempos sombrios da Guerra Fria era a de que seus principais protagonistas, a União Soviética e os EUA, abarrotados de armas de destruição em massa, estavam condenados a viver juntos num único mundo e que, portanto, deveriam optar por regras de convivência pacífica e civilizada, pois do contrário poderiam detonar uma guerra de conseqüências dantescas para ambos e para a própria vida na Terra.

Mikhail Gorbachev, em seu livro 'Perestroika', best seller mundial em 1987, escreveu: 'As nações do mundo estão, hoje, como um grupo de alpinistas em uma escalada, atados todos à mesma corda. Podem escolher entre subir juntos até o pico da montanha ou cair, juntos, no abismo. Com o objetivo de evitar a queda, os líderes políticos deveriam ser capazes de ver além do horizonte estreito dos interesses imediatos e perceber o drama da verdadeira situação em que nos encontramos.'

Já não vivemos sob a brutal ameaça do confronto bipolar, mas a vida do planeta não melhorou tanto quanto esperávamos. Enfrentamos agora os graves perigos da unipolaridade - um mundo dominado por uma única super potência, cujo governo neste momento se arvora em juiz e polícia da comunidade internacional, desconhecendo as Nações Unidas e o Direito Internacional.

Se nos anos da Guerra Fria, segundo Raymond Aron, tínhamos 'Paz impossível e guerra improvável', hoje temos 'paz impossível e guerras muito prováveis'.

Com o agravante de se admitir o uso de 'mini armas nucleares', de efeito pretensamente localizado, mas na verdade imprevisível. O que vemos, de fato, é uma máquina de guerra monumental, de última geração, que se pôs em marcha no Afeganistão, invadiu rapidamente o Iraque e agora procura, insaciável, um novo inimigo.

Daí a necessidade de um clima permanente de tensão e beligerância. É a lógica belicista. As armas nunca são suficientes. É preciso aperfeiçoá-las cada vez mais e criar novas, mais destruidoras.

O orçamento militar não tem limites. Quanto mais se gasta, mais se quer gastar. É um saco sem fundo. Uma corrida tresloucada, que recorre a qualquer pretexto para se jusficar e seguir adiante, devorando todos os recursos possíveis e impossíveis. A única superpotência de hoje está a ponto de consumir cerca de meio trilhão de dólares com suas forças armadas.

Como os demais países devem tratar desta insanidade? Com cuidado, paciência, sabedoria e ampliada responsabilidade. Cuidado para não atrair a ira da demência. Paciência para não cair no mesmo jogo desvairado que só leva ao desastre. Sabedoria para entender seu funcionamento, suas contradições, suas vulnerabilidades, e salientar ao máximo os valores de sua história e todas as suas reservas de ponderação e juízo.

E o mais elevado senso de responsabilidade para criar as condições internacionais indispensáveis para conter o pior, evitar os choques, acalmar os exaltados, desarmar os radicais, desfazer as mentiras, exaltar a verdade, e tentar incansavelmente resolver os impasses pelos caminhos da paz, da negociação, da multilateralidade e pelos critérios de justiça e eqüidade. Uma tarefa titânica, quase impossível, mas de grandeza transcendental.

Não deixamos de ser um grupo de alpinistas amarrados a uma mesma corda. E se o mais rico e poderoso do grupo está cometendo desatinos e maluquices a ponto de pretender ser o dono da corda e supor, alucinado, que poderá se salvar sozinho, estamos todos diante de uma situação limite.

Podemos todos cair num precipício de dificílimo retorno, com danos e perdas irreparáveis. Ou podemos salvar a humanidade de mais esta temível provação e continuar em frente, enriquecidos por uma experiência singular, que as gerações futuras, agradecidas, haverão de reverenciar.



[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: P/ Ligia
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 19:27

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
escreveu
> Olá Ligia..:-)
>
> Se é dificil para quem, digamos (de forma bem politicamente
correta, para não usar a palavra "feia"), menos privilegiada no
design, pelo menos pode-se tentar passar desapercebida e levar o
estudo com tranquilidade. Minha irmã é bonita e muito (mesmo)
inteligente e acho que isso dificulta mais. A "sindrome da loira
burra" é quase uma referencia e, mesmo para quem é livre de
preconceito, dificil de abandonar. Professores não a ouviam,
trabalhos não eram lidos, colegas não levavam a sério propostas e
sugestões, um inferno. Ela realmente detestou a época e tendia a usar
roupas e acessórios cada vez mais estranhos como chapeus de penas e
vestidos hindus para esculachar de vez. Mas foi bem dificil para ela.<


Tem que se impor... e logo nos primeiros dias. Confesso que no meu
caso, com 17 anos e tímida, a coisa foi complicada no começo mas
depois, na medida em que meu desempenho nas aulas ficava evidente,
professores e colegas começaram a me notar e perceberam que eu não
estava por ali por acaso. Me chamavam para os grupos, gostavam dos
meus pitacos, eu virei "peixa" de professores, monitorei laboratório,
ensinava os colegas, estudava em grupo. Tem que se impor e não
esperar tapinhas nas costas, nem cantadas. Mulher que espera ser
a "darling" nesse meio está perdida... :))


> E a manifestação sempre depende de sua auto-estima e de quanto você
foi valorizada no periodo de formação. Em geral, mesmo pais
carinhosos tendem a substimar e a superproteger meninas, resultando
em menor confiança em sua propria capacidade (erro que espero não
estar cometendo com minha propria filha, faço muita força para trata-
la com a confiança que merece..:-)<

Faça tudo naturalmente. Se ela cair e se esfolar o joelho, por
exemplo, não fique desesperado, fale que passa e pronto... ;) Deixa
a menina brincar com garotos, jogar bola, brigar. Isso ajuda
bastante. Aquela coisa de ter que se comportar sempre como uma dama,
sem amarrotar o vestido desde menininha complica um bocado o
comportamento mais prá frente.


> Mas ainda assim é bem mais confortável hoje para uma mulher do que
já foi em qualquer periodo do passado.

É... mas ainda existe preconceito. Homens normalmente odeiam
mulhers que falam muito, preferem as caladas, quietinhas,
mudas... :))

Beijos, Lígia




SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: P/ Ligia
FROM: "Carminha" <mariaconsiglio@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2003 21:00


PS Complementando o comentario da Ligia ... e a desigualdade homens/mulheres
ativas na lista é proporcional ao número de homens/mulheres nas carreiras
cientificas em geral ?

Pelo que observei no curso de engenharia, a proporção H/M era 4/1 , pelo que
me disseram dos cursos de biologia e medicina, a relação parece ser estar
perto do equilibrio.

Levando em conta que homens tem mais interesse por computadores e aparelhos
eletronicos do que as mulheres (8 vezes mais, segundo dados tirandos da
cabeça baseados em recordação vaga de algum programa de televisão) e que os
homens tendem a discutir mais os problemas do trabalho do que as mulheres (o
que levaria cientistas homens a discutirem mais publicamente sobre o asusnto
do que mulheres), o número de mulheres na lista ainda parece pequeno.

Alguem tem algum palpite a respeito ?

As perguntas enviadas ao Feira de Ciencias, a proporção H/M é similar a da
lista ?

Por fim, uma pergunta pra Ligia : Já recebeu muitas cantadas de participantes
da lista, publicamente ou em PVT ?

[]s
Leonardo Stern


Que tal seria a possibilidade de que mulheres tem um número maior de encargos que despendem tempo do que os homens tais como preparar o jantar ou dar atenção ao filho ou ainda massagear os pés dos maridos e portanto tem menos tempo do que os homens pra participar de listas?
No campo da biologia existe, hoje, uma proporção de dois para um de mulheres em relação ao homem , no campo da pesquisa médica estão em igualdade( segundo meu orientador de tese, isso significa que a medicina passou a pagar mal pois quando as mulheres invadem o campo dos homens é por que o homem não se interesa mais por ele o que quer dizer , em outras palavras, que o campo não dá dinheiro)

PS: Ele é um grande cientista, apesar de suas opiniões.
Carminha





[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: A Física e os Místicos!!!
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br> <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 21:52

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu

> Não foi o bom-senso, foi o Freud (ou alguém de quem Freud tomou o
> termo emprestado). Não que Freud ou seu antecessor não tivessem bom-
> senso.

Manuel: Na verdade, Freud utilizou-se de termos comuns da língua
alemã equivalentes, no português, a "eu", "supereu" e "isso". Foi
James Strachey, o tradutor das obras de Freud do alemão para o
inglês, quem engalanou a psicanálise com jargões do
tipo "ego", "superego" e "id".

> Preciosismo? E'. Pra que? Pra encher a paciencia da Ligia. Mas vejo
q. peguei a sua tbm. Re re...

Manuel: Você não me enche a paciência. Tenho toda a paciência para
discutir com você, porque discutir com você é algo produtivo, visto
que sempre me acrescenta algo (no mínimo, algumas dúvidas), além de
ser um prazer. Claro que às vezes fico meio puto -- pois, além de
cérebro, tenho coração e intestinos -- mas jamais impaciente.

> Bulcao, o Huxley de Freud.

Manuel: Huxley? Estou mais para vira-lata do que pra buldogue! :-)

[]s
Manuel Bulcão





SUBJECT: Fw: I Oficina de Mecânica Quântica
FROM: Roberto Belisário <belistas2@terra.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 22:03


...no Rio Grande do Sul
Belisário

>Date: Thu, 24 Apr 2003 21:14:10 -0300
>From: arprass@FISICA.NET
>Subject: I Oficina de Mecânica Quântica
>To: TERRA_FSN@TERRADIRETO.TERRA.COM.BR
>
>I Oficina de Mecânica Quântica
>
>Site oficial:
>http://www.if.ufrgs.br/oficina2003/index.html
>
>Motivações e Objetivos: http://www.if.ufrgs.br/oficina2003/motivacao.html
>
>Certificado de participação: Serão emitidos certificados aos participantes
>da I OMQ
>
>Data: 27 de maio de 2003
>
>Local:
>
>Palestras: Auditório do Instituto Latino-Americano de Estudos Avançados
>(ILEA), Instituto de Ciências Humanas, Campus do Vale - UFRGS
>
>Exposição: Centro de Referência em Ensino de Física (CREF), Instituto de
>Física, Campus do Vale - UFRGS
>
>Veja como chegar
>
>Inscrições
>
>Contato: Lucia Helena Meireles, Fone: 051- 3316-6438
>
>Taxa de Inscrição: R$ 5,00, pagos na confirmação de presença
>
>Comitê Organizador
>Prof. Carlos Alberto dos Santos
>Prof. Paulo Machado Mors
>Profa. Sandra Denise Prado - Coordenação Geral
>Prof. Sílvio Luis Souza Cunha
>
>Comitê Assessor
>Profa. Magale Elisa Brückmann
>Profa. Naira Maria Balzaretti
>Prof. Ricardo Eugenio Francke Sandoval
>Prof. Ricardo Rego Bordalo Correia
>Prof. Thomas Braun
>
>Tópicos da I OMQ
>
>27 de maio de 2003
>
>A descoberta dos raios X
>A descoberta da radioatividade
>A descoberta do elétron
>O efeito fotoelétrico
>A teoria quântica
>A dualidade partícula-onda
>a descoberta do laser
>A nanotecnologia
>
>
>Programação da I OMQ
>
>27 de maio de 2003
>
>Local:
>
>Palestras: Auditório do Instituto Latino-Americano de Estudos Avançados
>(ILEA), Instituto de Ciências Humanas, Campus do Vale - UFRGS
>
>Exposição: Centro de Referência em Ensino de Física (CREF), Instituto de
>Física, Campus do Vale - UFRGS
>
>Veja como chegar
>
>Programa:
>
>08:30 - Distribuição de crachás e confirmação de presença
>
>09:00 - Abertura
>
>09:15 - Palestra I: "A aventura do elétron, de ilustre desconhecido a
>astro da microeletrônica", prof. Carlos A. dos Santos, IF-UFRGS
>
>10:30 - Café
>
>11:00 - Palestra II: "A luz e o dualismo onda-partícula", prof. Sílvio
>L.S. Cunha, IF-UFRGS
>
>12:15 - Almoço
>
>14:00 - Exposição: "Os primórdios da física moderna"
>
>15:30 - Café
>
>16:00 - Palestra III: "O mundo dos quanta", prof. Luiz Davidovich, IF-UFRJ
>
>17:30 - Inscrições para visita aos laboratórios de pesquisa do Instituto
>de Física. As datas e os horários das visitas serão confirmados no dia da
>inscrição.
>
>18:00 - Encerramento
>
>
>A aventura do elétron, de ilustre desconhecido a astro da microeletrônica
>
>Resumo da conferência a ser apresentada pelo
>Prof. Carlos A. dos Santos (IF - UFRGS)
>na I Oficina de Mecânica Quântica
>
>27 de maio de 2003
>
>
>Quando, por volta do ano 600 AC, os gregos observaram que esfregando uma
>pele de animal contra um material resinoso denominado âmbar, este atraía
>pequenas partículas de palha, não imaginavam a importância que teria a
>partícula que depois veio a ter o mesmo nome daquele material. A palavra
>elétron, que é o mesmo que âmbar em Grego, foi usada pela primeira vez em
>1600, por William Gilbert. Era o prenúncio de que o elétron seria
>descoberto. Mas, ele continuou se "disfarçando" por mais 297 anos, até
>que, em 1897 J.J. Thomson o descobriu. O elétron "apareceu" no boom de
>descobertas científicas (raios X, radioatividade, efeito fotoelétrico,
>etc) que originaram a física moderna, em cujo contexto foi elaborada a
>teoria quântica. Veremos como, ao longo de quase 2500 anos, o elétron
>"enganou" o homem. Apresentava-se sob a forma de diversos efeitos, mas o
>homem não era capaz de reconhecê-lo. Depois que o descobriu, o homem
>descortinou um cenário de revolucionárias aplicações tecnológic!
>as, entre as quais a microeletrônica, onde reina o elétron.
>
>
>A Luz e o Dualismo Onda-Partícula
>
>Resumo da conferência a ser apresentada pelo
>Prof. Sílvio Luis Souza Cunha (IF - UFRGS)
>na I Oficina de Mecânica Quântica
>
>Nesta palestra será abordada a histórica discussão sobre o caráter
>ondulatório ou corpuscular da luz, que teve momentos importantes no Século
>XVII, com as contribuições de Huygens, Hooke e Newton, e no Século XIX,
>com os experimentos de Young, Fresnel e Foucault e os trabalhos teóricos
>de Maxwell, que demonstraram inequivocamente o caráter ondulatório da luz
>e, por fim no início do Século XX, com os trabalhos de Planck, Lenard,
>Einstein, Millikan e Compton, que demonstraram também de forma inequívoca
>o seu caráter corpuscular, dando origem a teria quântica da luz.
>
>
>O Mundo dos Quanta
>
>Resumo da conferência a ser apresentada pelo
>Prof. Luiz Davidovich (IF - UFRJ)
>na I Oficina de Mecânica Quântica
>
>O século XX foi profundamente marcado pela física quântica, que provocou
>uma revolução conceitual e no quotidiano das pessoas. A descoberta dos
>quanta levou à invenção do transistor, do circuito integrado, do laser, da
>técnica de ressonância magnética nuclear, e à manufatura de novos
>materiais utilizados na Medicina, em dispositivos eletrônicos, em viagens
>espaciais. Nessa palestra, discutiremos as bases conceituais e
>desenvolvimentos recentes da física quântica, que têm permitido um
>aprofundamento de nosso conhecimento sobre o mundo quântico, e que podem
>levar a novas e importantes aplicações nas áreas de nanotecnologia,
>telecomunicações, e computação.
---------------------------------
Roberto Belisário Diniz
rbdiniz@terra.com.br
Revista Com Ciência - jornalismo científico
www.comciencia.br
Labjor - Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo
www.uniemp.br/labjor/
---------------------------------



SUBJECT: Re: P/ Ligia
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 22:33

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Carminha"
<mariaconsiglio@u...> escreveu
>
> PS Complementando o comentario da Ligia ...
> Que tal seria a possibilidade de que mulheres tem um número maior
de encargos que despendem tempo do que os homens tais como preparar o
jantar ou dar atenção ao filho ou ainda massagear os pés dos maridos
e portanto tem menos tempo do que os homens pra participar de listas?


Isso com certeza, Carminha! O tempo é algo que nós mulheres temos
que aprender a dividir de um jeito que nos favoreça de certa forma,
ou seremos apenas tipos serviçais sempre à espera de um afago em
troca de nossa serventia... E pode ter certeza: dá tempo de fazer
tudo o que se tem que fazer e o que se quer fazer. Tudo depende de
uma boa admonistração.

É lógico que depois de uma jornada de 20 horas de trabalho voltado à
alegria familiar, a mulher está "morta" para tudo. Assim, o melhor é
distribuir as 4 horas que sobram no correr de um dia em atividades
que dêem algum tipo de prazer, do que pretender simplesmente morrer
quando a noite chega... :)) Dá mais disposição. Mas tem que ser
alguma coisa que se goste MESMO de fazer. Por exemplo: quando eu
não tinha internet, eu simplesmente lia livros. Chegava a ler uns
dois por semana e sempre carregava comigo. Sobrava uns minutos, e lá
ía eu prá leitura.

E essa do Takata reclamar da minha gororoba, é porque ele ainda não
experimentou: sou uma ótima cozinheira, ;)

Beijos, Lígia

> PS: Ele é um grande cientista, apesar de suas opiniões.
> Carminha

Ele quem, Carminha?



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: P/ Ligia
FROM: "Carminha" <mariaconsiglio@uol.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 24/04/2003 22:51

Acredito que seja mesmo excelente cozinheira. mas sabe o que é?
Ele queria ser convidado pra comer sua comida....conhece aquela de quem desdenha quer,.....
Quem é bom cientista? Meu orientador( aquele que disse tamanha joia que quando existe mulher na profissão, ela está em baixa....)
Mas também acho que o melhor do dia é sentar no computador, escrever algo , ler, assistir um bom filme e uma boa música....depois de um banho quente...UAU....como a vida é boa!!!!!!
beijos
Carminha


----- Original Message -----
From: mailto:Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, April 24, 2003 10:33 PM
Subject: [ciencialist] Re: P/ Ligia


--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Carminha"
<mariaconsiglio@u...> escreveu
>
> PS Complementando o comentario da Ligia ...
> Que tal seria a possibilidade de que mulheres tem um número maior
de encargos que despendem tempo do que os homens tais como preparar o
jantar ou dar atenção ao filho ou ainda massagear os pés dos maridos
e portanto tem menos tempo do que os homens pra participar de listas?


Isso com certeza, Carminha! O tempo é algo que nós mulheres temos
que aprender a dividir de um jeito que nos favoreça de certa forma,
ou seremos apenas tipos serviçais sempre à espera de um afago em
troca de nossa serventia... E pode ter certeza: dá tempo de fazer
tudo o que se tem que fazer e o que se quer fazer. Tudo depende de
uma boa admonistração.

É lógico que depois de uma jornada de 20 horas de trabalho voltado à
alegria familiar, a mulher está "morta" para tudo. Assim, o melhor é
distribuir as 4 horas que sobram no correr de um dia em atividades
que dêem algum tipo de prazer, do que pretender simplesmente morrer
quando a noite chega... :)) Dá mais disposição. Mas tem que ser
alguma coisa que se goste MESMO de fazer. Por exemplo: quando eu
não tinha internet, eu simplesmente lia livros. Chegava a ler uns
dois por semana e sempre carregava comigo. Sobrava uns minutos, e lá
ía eu prá leitura.

E essa do Takata reclamar da minha gororoba, é porque ele ainda não
experimentou: sou uma ótima cozinheira, ;)

Beijos, Lígia

> PS: Ele é um grande cientista, apesar de suas opiniões.
> Carminha

Ele quem, Carminha?


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[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Mulheres cientistas (Re: [ciencialist] Re: P/ Ligia )
FROM: Leonardo Stern <roxo@gmx.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 23:00


Homero,

Talvez, no caso especifico das ciencias exatas a diferença não seja meramente
discriminatoria. Em um programa recente do Discovery, uma pesquisa é feita
tendo como voluntaria uma mulher que desejava se tornar homem. O experimento
consistia em injeções periodicas de testosterona seguidas de avaliações
sistematicas das supostas mudanças no corpo e mente da voluntária.

Entre outros teste, era realizado testes de percepção afetiva (social) e
espacial. Antes de assistir o programa desconhecia que existiam diferenças
concretas entre a percepção do homem e da mulher mas, pelo visto são bem
conhecidas.

O programa indiretamente dizia que o homem possui melhor percepção espacial
que a mulher e que esta possui melhor percepção afetiva (detectar o estado
emocional das pessoas apenas pelo estado fisico) que os homens. Como a
percepção espacial é uma aptidão importante tanto em Engenharia quanto em
Física (principalmente eletromagnetismo) os homens podem se sentir mais
desenvoltura nestas áreas.

Claro que tudo isso (baseado no programa) se refere as medias e no caso
especifico da mulher, sua percepção foi avaliada antes e depois do
experimento, de modo que o programa não deixou claro o quanto os homens
seriam melhores que as mulheres em relação a percepção espacial (espero que
esta mensagem nào incentive preconceitos contra mulheres no transito).

Me tomando como referencia (o que pode vir a ser desastroso), percebo que
minha namorada possui certos habitos estranhos como reparar o sapato que as
pessoas usam, se a sola esta mais gasta de uma lado do que de outro, se a
roupa esta mal passada, nao esta combinando, a cor do cabelo, se a
sombrancelha é de cor diferente da do cabelo, e por ai vai. Eu mal lembro
qual é o garçom que serve minha mesa, quando estou num restaurante. Ou
existem diferenças sensiveis entre a percepção de homens e mulheres ou sofro
de algum disturbio com nome comprido.

Já que o Fantastico certa vez mostou uma reportagem mostrando que os maridos
não prestam muita atençao na roupa das esposas, acredito que se tenho algum
disturbio, ele é comum a grande parte da população masculina :-)

Ressalto que nada do que eu disse aqui se refere à capacidade de raciocinio
mas com a percepção. Nada impede que as mulheres que formam em engenharia,
matematica, fisica ou quimica sejam melhores do que os homens já que quem não
tem aptidão nao sai do ciclo basico (raras e lamentaveis exceções).

Em relação ao conceito feia / inteligente e burra / bonita pode ser que as
pessoas "feias" (não é possivel estabelecer um conceto de beleza absoluto
visto que este é bastante mutavel ... mulheres gordas eram consideradas
lindas há tempos atrás) se tornem mais reclusas e com isso se voltem mais
para o estudo e para outras atividades individualistas (televisao serve) de
modo que pode haver uma relevancia a nivel estatistico no numero de mulheres
"feias" / estudiosas (nada aferido sobre a inteligencia). [é parecido com a
vida de um nerd estereotipado a não ser pelo erro de que o tipico nerd é
estudioso e não inteligente ... pode ser que elevada inteligencia também
cause reclusão social, vide autistas]

Somando o que foi exposto sobre as supostas diferenças de percepção entre
homens e mulheres e os possiveis efeitos de uma rejeição social podemos ter
um pequeno numero de mulheres nos cursos de ciencias exatas e neste grupo as
mulheres mais estudiosas serem "feias".

Este tipo de analise não é muito bom de ser feito pois deve ser feito com
todo cuidado e temo ser mal interpretado. O cuidado é não confundir medias
com caracterisicas gerais.

O que quero dizer com tudo isto é que podem existir fatores que resultem na
maior concetração de homens nas ciencias exatas , que tornem as mulheres mais
feias mais estudiosas e as mulheres em geral menos aptas às ciencias exatas
do que os homens. O preconceito está em acreditar que determinadas
caracteristicas agem de modo determinante em outras quando na verdade sào
apenas fatores influenciadores.

Já que as mulheres que optam por ciencias exatas são minoria é possível que
muita discriminação parta das mulheres "normais" ..

[]s
Leonardo Stern

Em Seg 24 Fev 2003 18:48, Oraculo escreveu:
> Olá Ligia..:-)
>
> Se é dificil para quem, digamos (de forma bem politicamente correta, para
> não usar a palavra "feia"), menos privilegiada no design, pelo menos
> pode-se tentar passar desapercebida e levar o estudo com tranquilidade.
> Minha irmã é bonita e muito (mesmo) inteligente e acho que isso dificulta
> mais. A "sindrome da loira burra" é quase uma referencia e, mesmo para quem
> é livre de preconceito, dificil de abandonar. Professores não a ouviam,
> trabalhos não eram lidos, colegas não levavam a sério propostas e
> sugestões, um inferno. Ela realmente detestou a época e tendia a usar
> roupas e acessórios cada vez mais estranhos como chapeus de penas e
> vestidos hindus para esculachar de vez. Mas foi bem dificil para ela.
>
> E a manifestação sempre depende de sua auto-estima e de quanto você foi
> valorizada no periodo de formação. Em geral, mesmo pais carinhosos tendem a
> substimar e a superproteger meninas, resultando em menor confiança em sua
> propria capacidade (erro que espero não estar cometendo com minha propria
> filha, faço muita força para trata-la com a confiança que merece..:-)
>
> Mas ainda assim é bem mais confortável hoje para uma mulher do que já foi
> em qualquer periodo do passado.
>
> Um abraço.
>
> Homero

-------------------------------------------------------



SUBJECT: Re: P/ Ligia
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br> <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 24/04/2003 23:48

Oi,

Lígia: Homens normalmente odeiam mulheres que falam muito, preferem
as caladas, quietinhas, mudas... :))

Manuel: Quanto a mim, acho adoráveis as mulheres que falam muito.
Pois a minha intuição masculina me diz que os "insights" da intuição
feminina são agulhas'ouro em palheiros de blá-blá-blá. Ademais, uma
mulher muito falante está, no íntimo (Freud explica), querendo ser
abruptamente calada com um beijo na boca. Ora, lábios de mulher são o
fetiche da maioria dos homens. :-)

Mas a Lígia é diferente. Essa mulé 'avis rara', além do conhecimento
antepredicativo -- intuitivo -- que lhe é natural, também tem muito
conhecimento teórico-predicativo acumulado, tanto que transborda numa
cascata de sonoridade. Sim, para a alegria do 'macharal' da
CienciaList, a Lígia fala, ou melhor, escreve pelos cotovelos. :-)

Abraços,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Re: P/ Ligia-Correção
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br> <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 00:09

Oi, uma correção.

Onde se lê "agulhas'ouro", leia-se "agulhas d'oiro".

Essa correção pode até parecer frescura de viado, MAS NÃO É! :-(

[]s
Manuel Bulcão



SUBJECT: Resposta
FROM: "Jose Colucci Jr." <j.colucci@rcn.com>
TO: <sbcr@yahoogrupos.com.br>, <ciencialist@yahoogrupos.com.br>, <strbrasil@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2003 00:53

Li essa história curta de Fredric Brown aos quinze anos. Para os
caluniadores que me acusam de ter a idade que tenho, aviso: já era velha
na época. Considero-a uma pequena jóia. Ontem deparei com ela novamente.
Traduzi-a do inglês (versão original abaixo), tentando preservar os
termos da cibernética dos anos 50. O que acham?

Um abraço,
Colucci


--------------------------------------------------------------------
Resposta
Fredric Brown (1954)

Dwar Ev, cerimoniosamente, soldou com ouro a conexão final.
Observavam-no os olhos de uma dúzia de câmeras de TV, e uma dúzia de
imagens do que fazia propagava-se pelo éter do universo.

Ev aprumou-se e, acenando com a cabeça para Dwar Reyn, moveu-se para o
lado do interruptor que fecharia o circuito quando acionado. O
interruptor conectaria, a um só tempo, todas as gigantescas máquinas de
computação de todos os planetas habitados do universo – noventa e seis
bilhões de planetas – formando o supercircuito que os converteria em um
supercalculador, uma máquina cibernética que combinaria o conhecimento
de todas as galáxias.

A fala de Dwar Reyn para os trilhões que o ouviam foi breve. Após um
momento de silêncio, ele disse: “Agora, Dwar Ev.”

“Dwar Ev” acionou o interruptor. Após um forte zumbido, a potência de
noventa e seis bilhões de planetas fez piscar as luzes dos quilômetros
de painel da máquina.

Dwar Ev deu um passo para trás e respirou fundo. “A honra de fazer a
primeira pergunta é sua, Dwar Reyn.”

“Obrigado,” disse Dwar Reyn. “Deverá ser uma questão que nenhuma máquina
cibernética foi capaz de responder até hoje”.

Voltando-se para a máquina perguntou:

“Deus existe?”

A voz poderosa respondeu sem hesitação, sem o clique de um único relê:

“Sim, agora Deus existe.”

Um pavor súbito tomou conta do rosto de Dwar Ev, que saltou para
desligar o interruptor. A descarga elétrica do relâmpago que irrompeu do
céu sem nuvens atingiu-o e fundiu o interruptor, fechando o circuito.


--------------------------------------------------------------------
'Answer'
by Fredric Brown (1954)

Dwar Ev ceremoniously soldered the final connection with gold. The eyes
of a dozen television cameras watched him and the subether bore
throughout the universe a dozen pictures of what he was doing.

He straightened and nodded to Dwar Reyn, then moved to a position beside
the switch that would complete the contact when he threw it. The switch
that would connect, all at once, all of the monster computing machines
of all the populated planets in the universe - ninety-six billion
planets - into the supercircuit that would connect them all into one
supercalculator, one cybernetics machine that would combine all the
knowledge of all the galaxies.

Dwar Reyn spoke briefly to the watching and listening trillions. Then
after a moment's silence he said, "Now, Dwar Ev."

Dwar Ev threw the switch. There was a mighty hum, the surge of power
from ninety-six billion planets. Lights flashed and quieted along the
miles-long panel.

Dwar Ev stepped back and drew a deep breath. "The honour of asking the
first questions is yours, Dwar Reyn."

"Thank you," said Dwar Reyn. "It shall be a question which no single
cybernetics machine has been able to answer."

He turned to face the machine. "Is there a God?"

The mighty voice answered without hesitation, without the clicking of a
single relay.

"Yes, now there is a god."

Sudden fear flashed on the face of Dwar Ev. He leaped to grab the
switch. A bolt of lightning from the cloudless sky struck him down and
fused the switch shut.




SUBJECT: Re: Mulheres cientistas (Re: [ciencialist] Re: P/ Ligia )
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2003 01:36

Olá Leonardo..:-)

Achei uma analise muito bem construida, mas falta um componente importante, ainda mais em se tratando de animais gregarios, imitadores e comunitarios como nossa espécie, o componente cultural. É muito dificil separar o que é diferença inata, genetica e sexual, do que é influencia cultural. Principalmente porque não existem grupos de controle, ou seja, mulheres e homens criados fora do contexto cultural.

E a menor participação feminina também reflete o pouco tempo em que é permitida a participação das mesmas. Como no caso dos negros (que tem gerado criticas e apoios ao sistema de cotas), nào é diferença de percepção ou capacidade que coloca negros em minoria nas universidades, mas o longo tempo de escravidão, ainda recente (100 anos não é nada em termos de tempo de ajuste) e, também derivado dessa mesma causa, a dificuldade economica.

Minha avó foi uma das primeiras professoras formadas em educação fisica (expulsa de um colegio de freiras por insistir em dar aulas de ginastica com as alunas de shorts e não com calças compridas sob uma saia longa..:-) e teve grande dificuldade no início da carreira. Minha tia avó só conseguiu ingressar na magistratura ao fazer exames no estado da Guanabara (em São Paulo foi recusada 10 vezes mesmo com notas altissimas). Apenas nos ultimos 20 anos, se tanto, mulheres tem tido oportunidade real de participar. Não é de se espantar que sejam minoria, mais do que por diferenças de percepção, me parece.

E acho a colocação da Ligia muito pertinente, até no exemplo: meninas que ralam o joelho provocam panico nas mães, meninos são alertados para aguentar firme e não chorar, não foi nada..:-)

Também acho importante o cuidado com esse tipo de pesquisa, pode provocar muita confusão e preconceito, dos dois lados da disputa. É como a malfadada Evolução Social, que tentava justificar determinados comportamentos sociais como evolucionarios. Isso resultou em muito preconceito, má ciência e deturpações de todo tipo.

Por exemplo, uma diferença de percepção para matematica pode desvalorizar o produto ciêntifico, nesta área, de mulheres. Ou um estudo valioso e sério sobre essas mesmas diferenças pode ser boicotado por feministas mais radicais como machimo e preconceito.

Estudos sobre o volume do cérebro no passado derivaram para mistificação, usando o menor volume das mulheres para justificar a inferioridade. Estudos mais imparciais levaram em conta o menor volume corporal e encontrarm uma igualdade escondida pelo estudo original (uma fraude famosa).

Provavelmente, e os atuais estudos indicam isso, existam diferenças. Mas o cérebro e a mente humana são adaptáveis demais, flexiveis demais para se limitarem a isso. As diferenças entre pessoas superam as diferenças entre sexos. Homens com pouca habilidade matematica e mulheres com muita não são incomuns e aspectos sutis entre nossos cérebros não devem limitar nossa maneira de lidar com o mundo ou nossas escolhas..:-) Homens ou mulheres, a questão da liberdade de escolha é fundamental..:-)

Um abraço.

Homero


----- Original Message -----
From: Leonardo Stern
To: ciencialist@yahoogrupos.com.br
Sent: Thursday, April 24, 2003 11:00 PM
Subject: Mulheres cientistas (Re: [ciencialist] Re: P/ Ligia )



Homero,

Talvez, no caso especifico das ciencias exatas a diferença não seja meramente
discriminatoria. Em um programa recente do Discovery, uma pesquisa é feita
tendo como voluntaria uma mulher que desejava se tornar homem. O experimento
consistia em injeções periodicas de testosterona seguidas de avaliações
sistematicas das supostas mudanças no corpo e mente da voluntária.

Entre outros teste, era realizado testes de percepção afetiva (social) e
espacial. Antes de assistir o programa desconhecia que existiam diferenças
concretas entre a percepção do homem e da mulher mas, pelo visto são bem
conhecidas.

O programa indiretamente dizia que o homem possui melhor percepção espacial
que a mulher e que esta possui melhor percepção afetiva (detectar o estado
emocional das pessoas apenas pelo estado fisico) que os homens. Como a
percepção espacial é uma aptidão importante tanto em Engenharia quanto em
Física (principalmente eletromagnetismo) os homens podem se sentir mais
desenvoltura nestas áreas.

Claro que tudo isso (baseado no programa) se refere as medias e no caso
especifico da mulher, sua percepção foi avaliada antes e depois do
experimento, de modo que o programa não deixou claro o quanto os homens
seriam melhores que as mulheres em relação a percepção espacial (espero que
esta mensagem nào incentive preconceitos contra mulheres no transito).

Me tomando como referencia (o que pode vir a ser desastroso), percebo que
minha namorada possui certos habitos estranhos como reparar o sapato que as
pessoas usam, se a sola esta mais gasta de uma lado do que de outro, se a
roupa esta mal passada, nao esta combinando, a cor do cabelo, se a
sombrancelha é de cor diferente da do cabelo, e por ai vai. Eu mal lembro
qual é o garçom que serve minha mesa, quando estou num restaurante. Ou
existem diferenças sensiveis entre a percepção de homens e mulheres ou sofro
de algum disturbio com nome comprido.

Já que o Fantastico certa vez mostou uma reportagem mostrando que os maridos
não prestam muita atençao na roupa das esposas, acredito que se tenho algum
disturbio, ele é comum a grande parte da população masculina :-)

Ressalto que nada do que eu disse aqui se refere à capacidade de raciocinio
mas com a percepção. Nada impede que as mulheres que formam em engenharia,
matematica, fisica ou quimica sejam melhores do que os homens já que quem não
tem aptidão nao sai do ciclo basico (raras e lamentaveis exceções).

Em relação ao conceito feia / inteligente e burra / bonita pode ser que as
pessoas "feias" (não é possivel estabelecer um conceto de beleza absoluto
visto que este é bastante mutavel ... mulheres gordas eram consideradas
lindas há tempos atrás) se tornem mais reclusas e com isso se voltem mais
para o estudo e para outras atividades individualistas (televisao serve) de
modo que pode haver uma relevancia a nivel estatistico no numero de mulheres
"feias" / estudiosas (nada aferido sobre a inteligencia). [é parecido com a
vida de um nerd estereotipado a não ser pelo erro de que o tipico nerd é
estudioso e não inteligente ... pode ser que elevada inteligencia também
cause reclusão social, vide autistas]

Somando o que foi exposto sobre as supostas diferenças de percepção entre
homens e mulheres e os possiveis efeitos de uma rejeição social podemos ter
um pequeno numero de mulheres nos cursos de ciencias exatas e neste grupo as
mulheres mais estudiosas serem "feias".

Este tipo de analise não é muito bom de ser feito pois deve ser feito com
todo cuidado e temo ser mal interpretado. O cuidado é não confundir medias
com caracterisicas gerais.

O que quero dizer com tudo isto é que podem existir fatores que resultem na
maior concetração de homens nas ciencias exatas , que tornem as mulheres mais
feias mais estudiosas e as mulheres em geral menos aptas às ciencias exatas
do que os homens. O preconceito está em acreditar que determinadas
caracteristicas agem de modo determinante em outras quando na verdade sào
apenas fatores influenciadores.

Já que as mulheres que optam por ciencias exatas são minoria é possível que
muita discriminação parta das mulheres "normais" ..

[]s
Leonardo Stern

Em Seg 24 Fev 2003 18:48, Oraculo escreveu:
> Olá Ligia..:-)
>
> Se é dificil para quem, digamos (de forma bem politicamente correta, para
> não usar a palavra "feia"), menos privilegiada no design, pelo menos
> pode-se tentar passar desapercebida e levar o estudo com tranquilidade.
> Minha irmã é bonita e muito (mesmo) inteligente e acho que isso dificulta
> mais. A "sindrome da loira burra" é quase uma referencia e, mesmo para quem
> é livre de preconceito, dificil de abandonar. Professores não a ouviam,
> trabalhos não eram lidos, colegas não levavam a sério propostas e
> sugestões, um inferno. Ela realmente detestou a época e tendia a usar
> roupas e acessórios cada vez mais estranhos como chapeus de penas e
> vestidos hindus para esculachar de vez. Mas foi bem dificil para ela.
>
> E a manifestação sempre depende de sua auto-estima e de quanto você foi
> valorizada no periodo de formação. Em geral, mesmo pais carinhosos tendem a
> substimar e a superproteger meninas, resultando em menor confiança em sua
> propria capacidade (erro que espero não estar cometendo com minha propria
> filha, faço muita força para trata-la com a confiança que merece..:-)
>
> Mas ainda assim é bem mais confortável hoje para uma mulher do que já foi
> em qualquer periodo do passado.
>
> Um abraço.
>
> Homero

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SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta
FROM: "Oraculo" <oraculo@atibaia.com.br>
TO: <ciencialist@yahoogrupos.com.br>
DATE: 25/04/2003 02:05

Olá..:-)

Essa historia me lembrou um conto do Isaac Asimov sobre o supercomputador Multivac..:-) Multivac é um sistema de computadores que aparece em muitas historias do Asimov e que vai crescendo com o tempo e o avanço da humanidade na galaxia. Um dos contos é A Ultima Pergunta e mostra a humanidade cada vez mais avançada, seres d energia singrando o espaço e procurando, sem nunca achar por vida alienigena e uma resposta final: é possível reverter a entropia do Universo?

O conto original esta neste link, em espanhol e em ingles (nào achei em portugues, se alguem encontrar por favor me avise), se quiserem ler antes de continuar a mensagem, não vou estragar a surpresa do conto..:-)

http://people.inf.elte.hu/simi/szovegek/Asimov1.html

http://www.ubik.to/303/pregunta.htm

-
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-

Agora continuando a historia,

_________________________________________________________________________________________

No fim do conto (interessantissimo, vale a leitura..:-) a humanidade vaga por um universo sem energia, quase apagado, sozinha, com a luz da ultima estrela sendo usada para manter o supercomputador Multivac (que a essa altura é apenas energia mesmo..:-) e, antes de se fundir definitivamente ao Multivac, faz a ultima pergunta: é possivel reverter a entropia do Universo? Sem tempo para ouvir a resposta, os ultimos seres humanos se integram ao computador. Este continua processando a pergunta, todo conhecimento de eras acumulado e finalmente, a resposta. Multivac sabe como reverter a entropia do universo. Mas não há mais nenhum homem para ouvir a resposta. Não há materia. Não há energia. Então a consciencia de Multivac abarcou todo o Universo. E ele pensou que era o Caos. Devia fazer isso passo a passo. E ele disse:

E faça-se a luz...

E a luz se fez...
__________________________________________________________________________________________

Este é um conto que sempre me arrepiou, e ainda acusavam Asimov de não ter emoção em seus contos..:-)

Um abraço.

Homero

----- Original Message -----
From: Jose Colucci Jr.
To: sbcr@yahoogrupos.com.br ; ciencialist@yahoogrupos.com.br ; strbrasil@yahoogrupos.com.br
Sent: Friday, April 25, 2003 12:53 AM
Subject: [ciencialist] Resposta


Li essa história curta de Fredric Brown aos quinze anos. Para os
caluniadores que me acusam de ter a idade que tenho, aviso: já era velha
na época. Considero-a uma pequena jóia. Ontem deparei com ela novamente.
Traduzi-a do inglês (versão original abaixo), tentando preservar os
termos da cibernética dos anos 50. O que acham?

Um abraço,
Colucci


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Resposta
Fredric Brown (1954)

Dwar Ev, cerimoniosamente, soldou com ouro a conexão final.
Observavam-no os olhos de uma dúzia de câmeras de TV, e uma dúzia de
imagens do que fazia propagava-se pelo éter do universo.

Ev aprumou-se e, acenando com a cabeça para Dwar Reyn, moveu-se para o
lado do interruptor que fecharia o circuito quando acionado. O
interruptor conectaria, a um só tempo, todas as gigantescas máquinas de
computação de todos os planetas habitados do universo - noventa e seis
bilhões de planetas - formando o supercircuito que os converteria em um
supercalculador, uma máquina cibernética que combinaria o conhecimento
de todas as galáxias.

A fala de Dwar Reyn para os trilhões que o ouviam foi breve. Após um
momento de silêncio, ele disse: "Agora, Dwar Ev."

"Dwar Ev" acionou o interruptor. Após um forte zumbido, a potência de
noventa e seis bilhões de planetas fez piscar as luzes dos quilômetros
de painel da máquina.

Dwar Ev deu um passo para trás e respirou fundo. "A honra de fazer a
primeira pergunta é sua, Dwar Reyn."

"Obrigado," disse Dwar Reyn. "Deverá ser uma questão que nenhuma máquina
cibernética foi capaz de responder até hoje".

Voltando-se para a máquina perguntou:

"Deus existe?"

A voz poderosa respondeu sem hesitação, sem o clique de um único relê:

"Sim, agora Deus existe."

Um pavor súbito tomou conta do rosto de Dwar Ev, que saltou para
desligar o interruptor. A descarga elétrica do relâmpago que irrompeu do
céu sem nuvens atingiu-o e fundiu o interruptor, fechando o circuito.


--------------------------------------------------------------------
'Answer'
by Fredric Brown (1954)

Dwar Ev ceremoniously soldered the final connection with gold. The eyes
of a dozen television cameras watched him and the subether bore
throughout the universe a dozen pictures of what he was doing.

He straightened and nodded to Dwar Reyn, then moved to a position beside
the switch that would complete the contact when he threw it. The switch
that would connect, all at once, all of the monster computing machines
of all the populated planets in the universe - ninety-six billion
planets - into the supercircuit that would connect them all into one
supercalculator, one cybernetics machine that would combine all the
knowledge of all the galaxies.

Dwar Reyn spoke briefly to the watching and listening trillions. Then
after a moment's silence he said, "Now, Dwar Ev."

Dwar Ev threw the switch. There was a mighty hum, the surge of power
from ninety-six billion planets. Lights flashed and quieted along the
miles-long panel.

Dwar Ev stepped back and drew a deep breath. "The honour of asking the
first questions is yours, Dwar Reyn."

"Thank you," said Dwar Reyn. "It shall be a question which no single
cybernetics machine has been able to answer."

He turned to face the machine. "Is there a God?"

The mighty voice answered without hesitation, without the clicking of a
single relay.

"Yes, now there is a god."

Sudden fear flashed on the face of Dwar Ev. He leaped to grab the
switch. A bolt of lightning from the cloudless sky struck him down and
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SUBJECT: Re: Resposta
FROM: "Marcelo Kunimoto <airdown@ig.com.br>" <airdown@ig.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 03:00

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
escreveu
> http://people.inf.elte.hu/simi/szovegek/Asimov1.html
>
> http://www.ubik.to/303/pregunta.htm

:) tb indiquei essa lá na lista da STR. o Conto de Brown e de Asimov
são bem parecidos _mesmo_. O de Brown veio antes, mas pessoalmente,
o de Asimov é melhor.

<<<
No fim do conto (interessantissimo, vale a leitura..:-) a humanidade
vaga por um universo sem energia, quase apagado, sozinha, com a luz
da ultima estrela sendo usada para manter o supercomputador Multivac
(que a essa altura é apenas energia mesmo..:-) e, antes de se fundir
definitivamente ao Multivac, faz a ultima pergunta: é possivel
reverter a entropia do Universo?
>>>

Não sei, pelo q entendi, o conto se chama 'a última pergunta' mais
porque o computador consegue responder todas as perguntas jamais
feitas a ele, e no final, a última pergunta q resta e demora ainda
mais bilhões de anos para ser respondida é como reverter a entropia.
Deve ser a pergunta mais difícil de ser respondida mesmo :)

<<<
Sem tempo para ouvir a resposta, os ultimos seres humanos se
integram ao computador. Este continua processando a pergunta, todo
conhecimento de eras acumulado e finalmente, a resposta. Multivac
sabe como reverter a entropia do universo. Mas não há mais nenhum
homem para ouvir a resposta. Não há materia. Não há energia. Então a
consciencia de Multivac abarcou todo o Universo. E ele pensou que
era o Caos. Devia fazer isso passo a passo. E ele disse:
>
> E faça-se a luz...
>
> E a luz se fez...
>>>

Hmmm... outra vez eu entendi um pouco diferente: no final, o
computador reverte a entropia do Universo para dar a resposta _por
demonstração_! :) Há toda uma beleza nisto. Uma vez que ele de fato
é o Universo a estas alturas, não existe ninguém além dele para
ouvir a resposta, a única coisa que lhe resta é demonstrá-la...

Outro conto nestas linhas do Asimov é The Instability. Não achei nem
em inglês na rede, então mandei na íntegra lá na lista da STR, até
porq não é muito longo.

Para o pessoal que se assustar com esses 'misticismos' de Asimov, é
só ficção. Ele mesmo disse que as pessoas não deveriam levar a sério
as "besteiras" que ele escrevia como ficção :). Mas as bsteiras de
Asimov são as melhores besteiras já escritas. Se bem q em 'Fundação'
ele até repete o mito de que o ser humano só usa 10% do cérebro!

[]

MK



SUBJECT: Re: Mulheres cientistas (Re: [ciencialist] Re: P/ Ligia )
FROM: Leonardo Stern <roxo@gmx.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 03:05

Olá Oraculo,

Tinha medo que o texto pudesse ser distorcido em sua interpretação então parei
no meio indeciso se enviaria ou não para a lista e, quando finalmente retomei
a escrita já não sabia em que tava pensando, apaguei a frase que estava pela
metade e adicionei um paragrafo-conclusão.

Com seu email percebi que ficou faltando a velha questão da memetica x
genetica (ou seria memes x hormonios ?)

comentarios especificos no corpo do texto ...

Em Sex 25 Abr 2003 01:36, Oraculo escreveu:
> Olá Leonardo..:-)
>
> Achei uma analise muito bem construida, mas falta um componente importante,
> ainda mais em se tratando de animais gregarios, imitadores e comunitarios
> como nossa espécie, o componente cultural. É muito dificil separar o que é
> diferença inata, genetica e sexual, do que é influencia cultural.
> Principalmente porque não existem grupos de controle, ou seja, mulheres e
> homens criados fora do contexto cultural.

Estive pensando nesta possibilidade lembrando que na década de 70 existiam
frases como "em medicina só existe mulher feia". E que hoje em dia os cursos
de medicina são isentos de preconceito entre homens/mulheres

>
> E a menor participação feminina também reflete o pouco tempo em que é
> permitida a participação das mesmas. Como no caso dos negros (que tem
> gerado criticas e apoios ao sistema de cotas), nào é diferença de percepção
> ou capacidade que coloca negros em minoria nas universidades, mas o longo
> tempo de escravidão, ainda recente (100 anos não é nada em termos de tempo
> de ajuste) e, também derivado dessa mesma causa, a dificuldade economica.

Neste caso específico, acredito que a influencia não seja tão grande assim
porque estamos falando de pessoas de classe media / media-alta onde grande
parte das pessoas cursa uma universidade e é pequeno o número de mulheres que
deixa de estudar para se casar. Pelo menos todas as mulheres com quem tinha
contado e estudavam comigo no segundo grau ingressaram em universidades.

No geral , as mulheres devem ter menos oportunidades para ingressar na
universidade sim , são elas que deixam de estudar pra cuidam dos filhos ou
que cuidam da casa quando a mae fica doente, etc. A questão, no entanto se
refere a escolha que a mulher faz que tende a ciencias sociais e humanas em
detrimento das ciencias exatas.

> Minha avó foi uma das primeiras professoras formadas em educação fisica
> (expulsa de um colegio de freiras por insistir em dar aulas de ginastica
> com as alunas de shorts e não com calças compridas sob uma saia longa..:-)
> e teve grande dificuldade no início da carreira. Minha tia avó só conseguiu
> ingressar na magistratura ao fazer exames no estado da Guanabara (em São
> Paulo foi recusada 10 vezes mesmo com notas altissimas). Apenas nos ultimos
> 20 anos, se tanto, mulheres tem tido oportunidade real de participar. Não é
> de se espantar que sejam minoria, mais do que por diferenças de percepção,
> me parece.

As diferenças de percepção não foram expostas neste contexto, você esta
confundindo as minhas menções a mulheres estudando ciencias exatas com o
numero de mulheres em universidades. O numero de mulheres universitarias me
parece ser bem proximo ao de homens e os fatores de discriminação que vc
mencionou parecem ter baixissima significancia. Cursos como pedagogia ou
nutrição possuem turmas com 1 ou nenhum homem enquanto que cursos como fisica
possuem 1 ou nenhuma mulher. É destas diferenças que estou falando.

Nestes casos, diferenças em diversos segmentos da percepção ser responsaveis
por parte da inclinaçào que os homens tem para ciencias exatas e pela
inclinação que as mulheres tem para ciencias sociais.

A questao é de tendencias , inclinações e aptidões naturais e não sobre
potencial, capacitação ou pertinenciado homem ou da mulher

> E acho a colocação da Ligia muito pertinente, até no exemplo: meninas que
> ralam o joelho provocam panico nas mães, meninos são alertados para
> aguentar firme e não chorar, não foi nada..:-)

Me parece que o problema esta invertido. A tendencia natural é que as maes se
preocupem com os meninos também mas o machiismo irracional criou essa imagem
de que o homem nao pode chorar, não pode ter certos tipos de contato com
outros homens e em uma gama bastante variada de situações tem sua
masculinidade contextada de modo arbitrario. Nese ponto, as mulheres são mais
livres para expor o seu carater humano.

> Também acho importante o cuidado com esse tipo de pesquisa, pode provocar
> muita confusão e preconceito, dos dois lados da disputa. É como a malfadada
> Evolução Social, que tentava justificar determinados comportamentos sociais
> como evolucionarios. Isso resultou em muito preconceito, má ciência e
> deturpações de todo tipo.

A Sociobiologia tem sido desastrosa desde seu nacimento mas graças a Dawkins /
Blackmore a memetica surgiu para preencher estas lacunas :-)

> Por exemplo, uma diferença de percepção para matematica pode desvalorizar o
> produto ciêntifico, nesta área, de mulheres. Ou um estudo valioso e sério
> sobre essas mesmas diferenças pode ser boicotado por feministas mais
> radicais como machimo e preconceito.

Tentar imaginar a perfeita equivalencia entre homens e mulheres é uma utopia
ingenua. Homens e mulheres possuem diferenças muito significativas em sua
fisiologia que impedem de supormos livremente que possuem comportamentos
semelhantes. Do ponto de vista evolutivo, os machos e femeas (mamiferos)
ocupam funções muito distintas no processo de procriação e isso foi antes de
que a pressão evolutiva dos memes pudese ser consideravel relevante em
relação a pressão genetica.

O medo por tras desta ingenuidade esta em pensar que diferenças entre homens e
mulheres significariam a superioridade de um em relação ao outro. As
caracteristicas são tantas a serem analisadas que é seria muito arbitrario
definir algum juizo a respeito. Mesmo porque não há padrões metricos
absolutos que nos digam o que é bom e o que é ruim

É o mesmo que temer que a descoberta de que os gordos em geral (nestas
comparações sempre estamos falando em medias) corram menos do que os magros
gere preconceito.

> Estudos sobre o volume do cérebro no passado derivaram para mistificação,
> usando o menor volume das mulheres para justificar a inferioridade. Estudos
> mais imparciais levaram em conta o menor volume corporal e encontrarm uma
> igualdade escondida pelo estudo original (uma fraude famosa).
>
> Provavelmente, e os atuais estudos indicam isso, existam diferenças. Mas o
> cérebro e a mente humana são adaptáveis demais, flexiveis demais para se
> limitarem a isso. As diferenças entre pessoas superam as diferenças entre
> sexos. Homens com pouca habilidade matematica e mulheres com muita não são
> incomuns e aspectos sutis entre nossos cérebros não devem limitar nossa
> maneira de lidar com o mundo ou nossas escolhas..:-) Homens ou mulheres, a
> questão da liberdade de escolha é fundamental..:-)

Exato, não estamos avaliando as capacitações individuais de cada sexo e sim
indicando o comportamento das medias. Se a mulher escolheu cursar fisica ou
engenharia ela já se diferenciou das outras , está totalmente fora do padrão
que descreve a media. Se os fisicos homens são em media mais produtivos e
objetivos que as mulheres é impossivel determinar com estes poucos dados.

Pode ser que as mulheres que frequentam estes cursos por possuirem percepção
espacial pior necessitaram recorrer a outras qualidades para poder se
graduar, talvez alta criatividade, boa improvisação .. talentos que podem
fazer toda a diferença em uma pesquisa.

Existem diversas qualidades da mulher que o homem não possui com tanta fartura
mas não foram alvo do texto original porque estava tentando aferir a causa do
baixo numero de mulheres em listas de discussao e cursos de ciencias exatas.
Todos devem conhecer aquela velha imagem do homem atrapalhado e estabanado ao
lado da mulher dinamica e pratica e acho que a partir dai nao preciso falar
mais nada :-)

PS: a relação homens/mulheres na engenharia não era de 4:1 mas sim de 10:1 ,
me confundi com as observações que fazia com meus colegas de que em cada
turma havia 4 mulheres

abraços
Leonardo Stern


SUBJECT: Re: [ciencialist] Resposta
FROM: Leonardo Stern <roxo@gmx.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 03:16

O conto também se encontra no livro Hiperespaço de Michiu Kaku (livro muito
bom, diga-se de passagem) recenetemente indicado pelo Takata.

Reproduzo as referencias ao livro, logo abaixo :

[
http://www.livcultura.com.br/scripts/cultura/resenha/resenha.asp?nitem=330546&sid=1582132215424413439878632&k5=9A67167&uid=
]
[
http://www.livnobel.com.br/cgi-bin/nobel.storefront/3ea7f4a80002dcbe273fc8c443a206dc/Product/View/8532510469
]
[ http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/produto.dll/detalhe?pro_id=443026
]

Os links do Takata vieram truncados (alias ultimamente vem acontecendo de
maneira frequente, acho que além desse tiveram outros 2 do FCB esses dias)
então adicionei colchetes para separar cada um deles e lembro que cada link
ocupa apenas uma linha, sem espaço.

[]s
Leonardo Stern


SUBJECT: Re: Mulheres cientistas (Re: [ciencialist] Re: P/ Ligia )
FROM: Leonardo Stern <roxo@gmx.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 03:35

Complementando :

É possível observar a gradativa participação da mulher na medicina pela lista
de formandos de universidades. Como exemplo, podem verificar :


Formandos da Faculdade de Medicina 1961 - 1970

[ http://www.famed.ufrgs.br/formandos/Formand70.htm ]

Formandos da Faculdade de Medicina 1971 - 1980

[ http://www.famed.ufrgs.br/formandos/Formand80.htm ]

Formandos da Faculdade de Medicina 1981 - 1990

[ http://www.famed.ufrgs.br/formandos/Formand90.htm ]

Formandos da Faculdade de Medicina 1991 - 2000

[ http://www.famed.ufrgs.br/formandos/Formand00.htm ]

Não fiz as estatisticas mas é possivel verificar se o aumento é continuo e
gradativo , se estagnou o se houve decrecimo.

> Estive pensando nesta possibilidade lembrando que na década de 70 existiam
> frases como "em medicina só existe mulher feia". E que hoje em dia os
> cursos de medicina são isentos de preconceito entre homens/mulheres

[]s
Leonardo Stern


SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: P/ Ligia
FROM: Luiz Eduardo Carvalho <luizeduardo2@infolink.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 04:23

At 22:51 24/04/03 -0300, you wrote:
>( aquele que disse tamanha joia que quando existe mulher na profissão, ela
>está em baixa....)
>Carminha


SEU ORIENTADOR COME CRU.
MUITO APRESSADINHO ELE.

NÃO É COMO ELE DIZ NÃO.
QUANTO ENTRA MULHER... A PROFISSÃO...
NÃO ESTÁ EM BAIXA.
MAS ESTARÁ EM BREVE.

PRESTA ATENÇÃO E OLHA O QUE VAI ACONTECER COM A PROFISSÃO DE "JUIZ".

L.E.

[As partes desta mensagem que não continham texto foram removidas]



SUBJECT: Re: Resposta
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br> <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 04:29

Salve Colucci!

Colucci: Li essa história curta de Fredric Brown aos quinze anos.
Para os caluniadores que me acusam de ter a idade que tenho, aviso:
já era velha na época. Considero-a uma pequena jóia. Ontem deparei
com ela novamente. Traduzi-a do inglês (versão original abaixo),
tentando preservar os termos da cibernética dos anos 50. O que acham?

Manuel: O que achei? "Só o mí debuiado" (aqui na terrinha, valemo-nos
desta expressão para elogiar de uma forma superlativa alguém ou
alguma coisa).

Mas se eu fosse o Dwar Ev, eu responderia ao mega-super-hiper-
complexo computacional do seguinte modo: -- Se Vossa Onipotência
onipresentíssima é mesmo Deus, então não pode ser uma criatura. Para
ser Deus, tem que ser 'indeterminado' ou a causa de si mesmo. Se V.
Ubiqüidade é incapaz de criar o passado que o gerou, então V.
Soberbia não é Deus coisíssima nenhuma. V. Arrogância é tão-somente
um demônio ou um reles arcanjo metido a besta, uma espécie de George
W. Bush intergalático (Claro que o meu argumento abalaria a auto-
estima do Rapaz).

Mas a nossa imaginação (ficção) científica é povoada por semi-deuses
deste tipo. Há o semi-deus do Alan Guth que, num laboratório de fundo
de quintal, produz "falsos vácuos" a granel em que um e outro se
expandirá, gerando espaço-tempos paralelos iguais ao nosso.

Entre esses semi-deuses, o meu preferido é o do Isaac Asimov. Um
computador. Tomei conhecimento dele através de um artigo de (um
prefácio de livro escrito por) Ilya Prigogine. O texto é esse:

<<'Será que um dia conseguiremos superar a segunda lei da
termodinâmica?' é a indagação que a civilização do conto 'Last
question' ('A ùltima Pergunta") de Asimov, não pára de fazer a um
computador gigantesco. Ele responde: "Os dados são insuficientes".
Transcorrem bilhões de anos, estrelas e galáxias morrem, e o
computador, que está ligado diretamente ao espaço-tempo, continua
recolhendo dados. Finalmente, já não há informações a recolher e nada
mais 'existe', mas o computador continua computando e descobrindo
correlações. No fim, chega à resposta. Já não existe mais ninguém
para tomar conhecimento dela, mas agora o computador conhece a
maneira de superar a segunda lei. E A LUZ SE FEZ... Para Asimov, o
surgimento da luz ou a origem do universo é um acontecimento
antientrópico e antinatural.>>

Um abraço,
Manuel Bulcão



SUBJECT: Re: O Pesadelo de Janstrow
FROM: Manuel Bulcão <manuelbulcao@uol.com.br> <manuelbulcao@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 05:51

Olá Oráculo,

Oráculo: Entre duas hipoteses cientificas pode-se escolher uma delas
como mais precisa ou mesmo mais real. Estudos posteriores podem
acrescentar mais dados, mas em geral podemos testar e verificar
o "como" de cada questão. Mas isso não é possível com as respostas
misticas ao "porque". As respostas são excludentes e não testáveis.

Então, como decidir se o universo é o que é pelos motivos budistas,
catolicos, islamicos, animistas, judaicos, mediunicos, etc, etc?

Manuel: Como decidir? Por critérios estéticos. A verdade não é
necessariamente boa. Freqüentemente a verdade é cruel. Muitas vezes
ela dói.

Através do trabalho não só produzimos objetos úteis como também
criamos objetos belos (um artesão talentoso não quer apenas fabricar
cadeiras: ele quer também que suas cadeiras sejam bonitas). De um
modo semelhante, o pensamento humano não visa apenas à verdade, que é
o equivalente da utilidade. Além de refletir a verdade, o pensamento
humano também tem por objetivo dar um "sentido" à existência. Não
basta que a explicação última acerca da vida seja verdadeira: é
necessário que ela também seja reconfortante, que ela nos faça sentir
bem.

Infelizmente, existe uma tensão na relação entre a beleza e a
verdade. Foi pensando neste conflito que Nietzsche escreveu: "A
Beleza nos foi dada para nos impedir de morrer intoxicados com a
Verdade."

Um abraço,
Manuel Bulcão





SUBJECT: Re: P/ Ligia
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 07:31

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Manuel Bulcão
<manuelbulcao@u...> <manuelbulcao@u...> escreveu
> [...]Sim, para a alegria do 'macharal' da
> CienciaList, a Lígia fala, ou melhor, escreve pelos cotovelos. :-)


Manuel!!! :)

Não sei se "todo o macharal" fica assim, digamos, "contente" com isso
não. Haja visto que é só eu ter uma folga e começar a desatinar aqui
na lista, os mais conservadores defensores da física ficam
quietos... :( O Léo some... o Colucci também. Aliás, você ficou
sabendo que, para todos os efeitos, para ambos eu não passo de
um "alterego" de "deus"? :)) Vai ver é até por isso que o Léo
some: só para dar sustentação a essa idéia... ;)

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re:Ainda xiitas
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 07:58

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Oraculo" <oraculo@a...>
> Olá Tanaka..:-)
^Takata

> Bem, deve ser uma boa tradução. Mas, aparentemente, tem tanto valor
> quanto ao resto da constituição em relação a editos (fatwas)
> religiosos, ou seja, quase nenhum..:-) E são as fatwas que
> determinam a inaplicabilidade de punições a ataques ou danos a
> cristãos, em que pese a constituição.

Ate' ai' por aqui tbm ha' essas otoridades locais: coronés, chefe de
morro, pai de cadeia, etc, etc...

Falaram q. a diferenca eram as leis, bem as diferencas nao parecem
ser as leis.

> Mas talvez discordemos nesse ponto, eu acho que deve ser possivel
> definir parametros universais através da razão, mesmo que de forma
> pragmatica ou mesmo biologica (animais gregarios se beneficiam da

De fato discordamos. Embora eu dissesse q. seja possivel *definir*
parametros universais - por convencimento, por força, etc, etc... Mas
elas serao uma convencao e nao um dado da natureza.

Qto 'as violacoes apontadas pela anistia, estou ciente das violacoes.
Mas sao violacoes q. tbm ocorrem em outros locais. Nao estou com isso
dizendo q. entao tudo bem, nao esta' nada bem -- apenas q. a coisa e'
pior ainda.

A violencia nao e' gerada pela religiao. Mas a religiao, assim como
outras coisas como futebol, ciencia, filosofia, arte, etc, etc, podem
ser utilizadas como instrumentos para 'justificar' a violencia ou
para instrumentaliza'-la.

O radicalismo e o fanatismo q. geram isso, nao exatamente a religiao.
Basta ver o q. aconteceu em Haven's Gate - a mesma religiao q. prega
o amor ao proximo foi utilizada para promover aquela carnificina.
Isso em termos recentes, mas na historia puntuam varios casos assim.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: P/ Ligia
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 08:05

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Leonardo Stern <roxo@g...>
> Supostamente alteraria a estrutura de diversos alimentos (lembro
> que o leite era citado) prodzindo, em alguns casos, toxinas.

Ate' ai' no forno convencional isso ocorre tbm. A maioria das
transformacoes dos alimentos pelo calor ocorre pela alteracao de sua
estrutura, inclusive molecular.

A carne fica macia ao ser assada, porq. o calor desmancha as fibras
musculares. Ela adquire o sabor caracteristico porq. a temperatura
gera compostos aromaticos.

Alguns desses compostos aromaticos sao toxicos, mas produzidos em
qtddes muito pequenas.

Alias, os crudistas gostam de usar isso como argumento para nao se
cozer os alimentos. So' se esquecem de levar em conta tbm q. essas
alteracoes promividas pelo cozimento tbm desativam as toxinas
naturalmente presentes nos alimentos: comer mandioca crua nao e' uma
boa ideia.

Por eqto o perigo maior conhecido do forno de microondas e' matar
alguem eletrocutado.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Resposta
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 08:11

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Marcelo Kunimoto
<airdown@i...>" <airdown@i...> escreveu

> Para o pessoal que se assustar com esses 'misticismos' de Asimov, é
> só ficção. Ele mesmo disse que as pessoas não deveriam levar a
sério
> as "besteiras" que ele escrevia como ficção :).

O MK,

Mas nem chega a ser totalmente "besteira" no caso do conto apontado.
A não ser pela idéia de que qualquer entidade que chegasse a ser
onisciente e onipresente no Universo poderia assumir o papel
de "Deus".

Veja que, se não se estiver completamente errado, a
participação "divina" reduz-se apenas a bilionésimos de bilionésimo
de segundo, quando da "escolha" entre a "formatação" da energia em
pacotes que geram a matéria por consequência e o estado "puro" da
energia que tenderia a se dissipar constantemente sem jamais em tempo
algum ser capaz de gerar formas... Nesse sentido o "fiat lux" acaba
sendo um marco-zero, justamente por dar a entender que tal escolha se
fez, sendo que a prova disso é o fato do Universo existir.

Eu só fico boba é com a "intuição" dos que colocaram tais palavras na
boca de "Deus"... ;) Lógico que talvez essa busca pelo que
ocasionou o "fiat lux" seja antes motivada diretamente pelo
conhecimento dessa citação bíblica, se a tomarmos por infundada, e
que "formatar energia" seja um dos atributos da própria energia nas
condições a que esta teria sido submetida quando da "criação" do
universo que conhecemos sem que jamais tal intuição por parte de quem
atribuiu o "fiat lux" a um "Deus" tenha existido. Em todo caso, como
figura de linguagem utilizada nesse conto do Asimov, não deixa de ser
bonito. E, convenhamos, ele sabia escrever... ;)

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: P/ Ligia
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 08:27

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Leonardo Stern <roxo@g...>
> Em tempos remotos, quando os bichos falavam , os
> dinossauros andavam entre nós e não haviam inventado as cores, ouvi
> dizer (acho que foi o Brudna) que você utilizava o Northern Ligts
> ao invés do Google para realizar suas pesquisas.

Calunia da oposicao. Eu nasci *depois* q. os bichos desaprenderam a
falar e comecaram a balbuciar coisas como: "ninguem merece", "so',
meu", "demorô"... Como tenho 27 anos ainda tenho 3 anos de garantia
de confiabilidade. (Qdo falo em Vila Sesamo, Vigilante Rodoviario,
National Kid e' mais em solidariedade 'a ala geriatrica da lista.)

Verdade q. peguei a internet no Brasil no tempo em q. imperavam as
BBS e a Web ainda nao havia nascido. Mas nunca cheguei a ter um Apple
II ou um TK-500.

> respeito dos mecanismos de busca existentes (em termos praticos) de
> uns tempos pra cá (1999 ou 2000) passei a utilizar o Google em 99%
> das buscas e não conheço outras alternativas boas surgidas
> recentemente.

Putz, isso esta' alem das minhas capacidades. Nao sei se a pagina
esta' atualizada, mas talvez seja de ajuda dar uma olhada em:

http://www.searchengineguide.org/tabella.htm

Pandia Serch World
http://www.pandia.com/searchworld/index.html

Search Engine Showdown
http://www.searchengineshowdown.com/stats/

Mas o Google parece ser bom. Entre os principais creio q. as
diferencas nao sejam tao grandes assim para uma busca normal.
Particularmente acho q. o ponto principal e' utilizar bem os recursos
de filtros disponiveis nesses mecanismos de busca. E depois sair a
gente mesmo filtrando os resultados. Explicando sem explicar nada tem
q. ter um pouco de tentativa e erro para obter os melhores resultados
(nao garanto q. os meus sejam os melhores, nem q. sejam
suficientemente bons -- certamente outras pessoas conseguiriam
melhores resultados), talvez algum feeling na escolha das palavras-
chave (seguramente facilita muito se ja' se tem algum conhecimento,
mesmo rudimentar, na area q. se quer encontrar alguma informacao
relevante). Todas essas dicas em geral estao na secao de ajuda desses
mecanismos, de forma q. realmente nao acrescento nada falando isso.

> relacionamentos virtuais muito virtuais pro meu gosto ! A

So' porq. o relacionamento e' mediado por meios eletronicos nao quer
dizer q. seja virtual. Relacionamento virtual e' de Woody e Bo Peep.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: P/ Ligia
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 08:35

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Carminha"
> Que tal seria a possibilidade de que mulheres tem um número maior
> de encargos que despendem tempo do que os homens tais como preparar
> o jantar ou dar atenção ao filho ou ainda massagear os pés dos
> maridos e portanto tem menos tempo do que os homens pra participar
> de listas?

Ainda existe mulher q. se sujeita a isso? Por favor, dona Carminha,
apresente-me tal avis extranea.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Fw: I Oficina de Mecânica Quântica
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 08:38

Da série Observações Impertinentes:

Oficina de Mecânica Quântica e' especializada em consertar Santana
Quantum?

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Resposta
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 08:44

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, Leonardo Stern <roxo@g...>
> Os links do Takata vieram truncados (alias ultimamente vem

Mais facil os interessados entrarem nas paginas da Livraria Cultura,
Nobel e Saraiva e digitar no campo de procura: Hiperespaço ou Kaku.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] Re: P/ Ligia
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 08:44

On Fri, 25 Apr 2003, rmtakata <rmtakata@altavista.net> wrote:
> Por eqto o perigo maior conhecido do forno de microondas e' matar
> alguem eletrocutado.
> Roberto Takata

Mas o sabor do leite esquentado no microondas é diferente de um esquentado
no fogão.

Quando é esquentado no fogão há a presença de aromas semelhantes à
baunilha e caramelo.

Quando esquentado no microondas a textura do leite muda, dando a sensação
de que se formou micro-aglutinações.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: Re: Resposta
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 08:50

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> Eu só fico boba é com a "intuição" dos que colocaram tais palavras
> na boca de "Deus"... ;)

Intuicao errada diga-se de passagem. A luz so' se fez bem depois do
universo ter comecado a existir. Alem disso tudo comeca com a criacao
da terra e dos ceus e nao da luz.

("Bem depois" em termos relativos. Relativo a q? 'A taxa de
modificacao do universo.)

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: P/ Ligia
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 09:15

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, TARCISIO BORGES <tbs97@f...>
> Mas o sabor do leite esquentado no microondas é diferente de um
> esquentado no fogão.

E. Valero, M. Villamiel, J. Sanz and I. Martínez-Castro 2000 --
Chemical and sensorial changes in milk pasteurised by microwave and
conventional systems during cold storage
Food Chemistry 70(1): 77-81

Abstract
Raw milk was submitted to a continuous-flow microwave treatment at 80
or 92°C for 15 s or in a conventional heat exchanger under the same
conditions. After pasteurisation, samples were bottled in sterile
containers and stored at 4.5±0.5°C for up to 15 days. Samples were
taken every 2 days and analysed for pH, sensory properties, volatile
compounds and monosaccharides. Volatiles (including aldehydes,
ketones, alcohols, esters and aromatic hydrocarbons) in freshly
pasteurised samples were very similar to those found in raw milk.
Evolution of all analysed parameters during storage was similar for
the two series of samples; microwave heating had no adverse effects
on flavour.

> Quando é esquentado no fogão há a presença de aromas semelhantes à
> baunilha e caramelo.

Acho q. vou querer o seu fogão. Re re...

Tem gente q. nao gosta do sabor de leite aquecido. Por outro lado tem
gente q. nao gosta do sabor de leite 'in natura' ou apenas
pasteurizado. (E tem gente q. nao gosta de leite de jeito nenhum.)

-------
Nutritional composition and antinutritional factors of chickpeas
(Cicer arietinum L.) undergoing different cooking methods and
germination.
el-Adawy TA
Plant Foods Hum Nutr 2002 Winter 57:83-97

Abstract
The effects of cooking treatments (boiling, autoclaving and microwave
cooking) and germination on the nutritional composition and
antinutritional factors of chickpeas were studied. Cooking treatments
and/or germination caused significant (p < 0.05) decreases in fat,
total ash, carbohydrate fractions, antinutritional factors, minerals
and B-vitamins. Germination was less effective than cooking
treatments in reducing trypsin inhibitor, hemagglutinin activity,
tannins and saponins; it was more effective in reducing phytic acid,
stachyose and raffinose. Cooking treatments and germination decreased
the concentrations of lysine, tryptophan, total aromatic and sulfur-
containing amino acids. However, cooked and germinated chickpeas were
still higher in lysine, isoleucine and total aromatic amino acid
contents than the FAO/WHO reference. The losses in B-vitamins and
minerals in chickpeas cooked by microwaving were smaller than in
those cooked by boiling and autoclaving. Germination resulted in
greater retention of all minerals and B-vitamins compared to cooking
treatments. In vitro protein digestibility, protein efficiency ratio
and essential amino acid index were improved by all treatments. The
chemical score and limiting amino acid of chickpeas subjected to the
various treatments varied considerably, depending on the type of
treatment. Based on these results, microwave cooking appears to be
the best alternative for legume preparation in households and
restaurants.

-------
Changes in anti-nutrients, protein solubility, digestibility, and HCl-
extractability of ash and phosphorus in vegetable peas as affected by
cooking methods
Food Chemistry, Volume 77, Issue 2, May 2002, Pages 187-192
R. A. Habiba

Abstract
The effects of microwave cooking, compared with other conventional
processes (ordinary and pressure cooking), on phytic acid, tannins,
trypsin inhibitor and lectin haemagglutinating activities in
vegetable peas were investigated. Protein and amino acid solubilities
(in water, saline and HCl solutions) and in vitro protein
digestibility (IVPD), as well as HCl-extractable ash and phosphorus,
were also studied. Cooking reduced phytic acid and tannin contents.
Ordinary cooking, which took longer time, was most effective in
reducing phytic acid (47.9%), while microwaving gave the greatest
reduction (25.7%) in pea tannins. Trypsin inhibitor and lectins were
readily removed by the studied methods. IVPD of raw peas was 73.5%
and it was improved upon cooking. Pressure cooking resulted in most
the improvement (6.43%). Solubilities of proteins and amino acids
were greatly decreased (~50%) by cooking due to thermal modification
and loss of fractions soluble in cooking water. Moreover, HCl-
extractable ash and phosphorus (as a measure of availability) were
enhanced as cooking time increased. Pressure cooking showed the
highest percentages of both extractable ash (94.93%) and phosphorus
(4.36%).
---------------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: [ciencialist] leite
FROM: TARCISIO BORGES <tbs97@fisica.ufpr.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 09:30

On Fri, 25 Apr 2003, rmtakata <rmtakata@altavista.net> wrote:
> > Quando é esquentado no fogão há a presença de aromas semelhantes à
> > baunilha e caramelo.
>
> Acho q. vou querer o seu fogão. Re re...

Perdeu a chance pois acabei de trocar de fogão :-)

Os aromas são muito sutis e quase imperceptíveis.

Falei apenas da textura do leite aquecido no microondas pois ainda não
consegui identificar a diferença de aromas.

> Tem gente q. nao gosta do sabor de leite aquecido. Por outro lado tem
> gente q. nao gosta do sabor de leite 'in natura' ou apenas
> pasteurizado. (E tem gente q. nao gosta de leite de jeito nenhum.)

Embora seus artigos falem que não há diferença aromática entre leite
pasteurizado ou não e entre os dois processos de pasteurização, creio que
possa ser possível a diferença quando preparados em casa pela demora no
cozimento.

[]s
TARCISIO BORGES
tbs97@fisica.ufpr.br
One Ring to rule them all



SUBJECT: Cozinhando com microondas
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 09:48

Formation of heterocyclic amines in cooked chicken legs.
Chiu CP, Yang DY, Chen BH
J Food Prot 1998 Jun 61:712-9

Abstract
The effects of frying and microwave cooking on generation of
heterocyclic amines (HAs) in chicken legs with skin and without skin
were studied. Chicken legs were microwave-cooked at 2,450 MHz for 5,
10, and 15 min with an output power of 700 W. Frying of chicken legs
was conducted at 100 and 150 degrees C for 15 min and at 200 degrees
C for 5, 10, and 15 min. The various HAs were analyzed by HPLC with
diode-array detection. Results showed that both the varieties and
contents of HAs and the weight losses of chicken legs increased along
with increasing cooking temperature and time. With skin both the
amounts of HAs and weight losses of chicken legs were less than those
without skin under the same heating conditions. The weight losses of
microwave-cooked chicken legs were higher than those of fried chicken
legs. The formation of the aminomethylimidazoquinoline type of HAs
could be reduced by choosing microwave cooking in place of frying.
Frying led to the formation of both the aminomethylimidazoquinoline
and the carboline types of HAs.


-----------
Heterocyclic amine content of pork products cooked by different
methods and to varying degrees of doneness
Food and Chemical Toxicology, Volume 36, Issue 4, 6 April 1998, Pages
289-297
R. Sinha, M. G. Knize, C. P. Salmon, E. D. Brown, D. Rhodes, J. S.
Felton, O. A. Levander and N. Rothman

Abstract
Heterocyclic amines (HCAs) are known mutagens and animal carcinogens
produced in meats cooked at high temperature. As pork is the second
most frequently consumed meat in the United States, five predominant
HCAs [2-amino-3-methylimidazo[4,5-f]quinoline (IQ), 2-amino-3,4-
dimethylimidazo[4,5-f]quinoline (MeIQ), 2-amino-3,8-dimethylimidazo
[4,5-f]quinoxaline (MeIQx), 2-amino-3,4,8-trimethylimidazo[4,5-f]
quinoxaline (DiMeIQx) and 2-amino-1-methyl-6-phenylimidazo[4,5-b]
pyridine (PhIP)] were measured in various pork products, cooked by
different techniques and to varying doneness levels. Pork chops and
ham slices were pan-fried and oven-broiled; bacon was pan-fried, oven-
broiled or microwaved; hot dogs were pan-fried, oven-broiled,
grilled/barbecued or boiled; sausage links and patties were pan-
fried. All the products were cooked to three levels of doneness: just
until done, well done or very well done. HCA type and level varied
substantially by pork product, cooking method and doneness level. The
highest PhIP levels were found in well done and very well done oven-
broiled bacon; for very well done 30.3 and 4.0 ng per gram of meat of
PhIP and MeIQx, respectively. Pan-fried very well done sausage
patties contained 5.4 ng of MeIQx per gram of meat, while sausage
links contained 1.3 ng per gram of meat. MeIQx was formed in well
done and very well done pan-fried but not broiled pork chops. Hot
dogs or ham slices had low or undetectable levels of HCAs. These
results demonstrate that epidemiological studies investigating the
relationship between HCA intake and cancer risk need to incorporate
type of meat, cooking method and degree of doneness/surface browning
into questions to assess adequately an individual's HCA exposure.

----------
Effect of microwave pretreatment on heterocyclic aromatic amine
mutagens/carcinogens in fried beef patties.
Felton JS, Fultz E, Dolbeare FA, Knize MG
Food Chem Toxicol 1994 Oct 32:897-903

Abstract
To investigate a method to reduce the amount of
mutagenic/carcinogenic heterocyclic aromatic amines formed during
frying of ground beef, the mutagenic activity in Salmonella strain
TA98 was assessed and the amount of known heterocyclic amines was
determined by solid-phase extraction and HPLC. The beef patties
received microwave treatment for various times before frying.
Microwave pretreatment for 0, 1, 1.5, 2 or 3 min before frying at
either 200 degrees C or 250 degrees C for 6 min per side reduced
heterocyclic aromatic amine precursors (creatine, creatinine, amino
acids, glucose), water, and fat up to 30%, in the patties and
resulted in a decrease in mutagenic activity up to 95%. The sum of
the four heterocyclic aromatic amines shown to be present--2-amino-
3,8-dimethylimidazo[4,5-f]-quinoxaline (MeIQx), 2-amino-3-
methylimidazo[4,5-f]quinoline (IQ), 2-amino-3,4,8-trimethylimidazo-
[4,5-f]quinoxaline (DiMeIQx) and 2-amino-1-methyl-6-phenylimidazo[4,5-
b]pyridine (PhIP)--decreased three- to nine-fold compared with
control, non-microwaved beef patties fried under identical conditions.

-------
Chemical analysis, prevention, and low-level dosimetry of
heterocyclic amines from cooked food.
Felton JS, Knize MG, Roper M, Fultz E, Shen NH, Turteltaub KW
Cancer Res 1992 Apr 52:2103s-2107s

Abstract
Potent mutagenic and carcinogenic heterocyclic amines are produced
from heated food derived from muscle. These compounds are present at
part-per-billion levels and consist primarily of the amino-
imidazoazaarene class of chemicals. Additional mutagens present in
the meat are not as clearly characterized. Commercial fried-beef
patties (hamburgers) have low levels of 2-amino-3,8-dimethylimidazo
[4,5-f]quinoxaline (MeIQx) and 2-amino-3,4,8-trimethylimidazo[4,5-f]
quinoxaline (4,8-DiMeIQx), 0.1-0.68 ng/g meat for MeIQx and slightly
lower for 4,8-DiMeIQx. The formation of these heterocyclic amines can
be reduced by microwave pretreatment of meat, with the resulting
liquid being poured off before frying. The Ames/Salmonella mutagenic
activity was reduced to 5-10% of that of non-microwave-treated
samples. MeIQx and DiMeIQx concentrations were reduced to 12% and 50%
of levels in the non-microwave-treated samples, respectively. MeIQx
adducts, as measured by accelerator mass spectrometry, were found to
be linear with doses from 5 mg/kg to 500 ng/kg. Linear DNA binding at
low doses is important for assuming linear risk estimation from the
high animal-feeding doses causing cancer to the low human-dietary
exposures. Extrapolating from the rodent TD50 dose to humans gives a
maximum credible risk from consumption of heterocyclic amines of
approximately 1/1000 exposed individuals.
---------
Mineral balance in milk heated using microwave energy.
de la Fuente MA, Olano A, Juárez M
J Agric Food Chem 2002 Apr 50:2274-7

Abstract
Milk heated to 75 and 85 degrees C in a water bath or in a microwave
oven was assayed for changes in salt partitioning after cooling to
room temperature. To properly to assess differences and draw valid
comparisons, the two heating methods used in the experiment were
applied to samples for identical exposure times, and the samples were
heated to attain the same final temperatures. Although the soluble Ca
and P(i) contents were lower in the heated milk samples, no
significant differences in salt partitioning were found between
microwave and conventional heating. Ionic calcium levels in the milk
samples pasteurized using microwave energy were very close to the
levels in the samples heated in a conventional water bath
(approximately 90% of the level in the untreated milk samples). The
microwave heating-induced changes were completely reversed after
storage at 20 degrees C for 24 h. The coagulation properties of the
heated milk samples were also examined, and the coagulation time was
longer and the curd formation rate slower in the microwave-heated
milk than in the raw milk. Still, the experimental results
demonstrated that microwave heating was no more detrimental to the
milk than conventional heating and could thus be used for
pasteurization purposes.

-------

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: leite
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 09:50

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, TARCISIO BORGES <tbs97@f...>
> creio que possa ser possível a diferença quando preparados em casa
> pela demora no cozimento.

Pode ser. Dependendo da quantidade, o tempo de aquecimento e'
diferente entre um processo e outro.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Resposta
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 10:03

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> > Eu só fico boba é com a "intuição" dos que colocaram tais
palavras
> > na boca de "Deus"... ;)
>
> Intuicao errada diga-se de passagem. A luz so' se fez bem depois do
> universo ter comecado a existir. Alem disso tudo comeca com a
criacao
> da terra e dos ceus e nao da luz.

Não... "tudo" começa com a opção entre seguir energia ou formar
pacotinhos de energia e descambar na matéria. A "luz", é uma figura
de linguagem nesse caso... ou melhor dizendo: indicativo de que há
alguma coisa além de só energia.


> ("Bem depois" em termos relativos. Relativo a q? 'A taxa de
> modificacao do universo.)


É... ;)

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: Resposta
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 10:20

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> A "luz", é uma figura de linguagem nesse caso...

Por figura de linguagem, 'luz' poderia ser qq coisa.

Na Biblia tudo comeca com a criacao da terra e dos ceus e nao
da 'luz' -- em sentido literal ou figurado.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re:Ainda xiitas
FROM: André Roviralta Dias Baptista <andrebaptista@uol.com.br> <andrebaptista@uol.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 10:22

"rmtakata <rmtakata@a...>" escreveu

Prefiro o dialogo e nao uma missao. Tenho medo dos
> missionarios: medicos, advogados, juizes, jornalistas, sacerdotes,
> sectarios religiosos e toda a sorte dos q. se julgam cumprir uma
> missao -- em geral e' justificativa de cometerem uma certa bobagem
> sem sentimento de culpa, ja' q. e' para um bem maior.

André Roviralta Dias Baptista
> > A primeira frase acima parece perigosamente próxima de justificar
> > o "jeitinho brasileiro" (não que seja sua intenção).

Takata:
> Eu sinceramente nao vejo. Mas enfim...

Baptista:
A atividade do servidor público é vinculada. Deve-se fazer o que está
na lei e apenas o que está na lei. E quando a lei é clara não cabe
interpretação contra o sentido literal da lei. Mesmo quando
imaginamos que os motivos que levaram ao surgimento daquela lei não
deveriam se aplicar ao caso específico, não podemos agir contra a
lei. No caso do funcionário público não vejo como escapar do sentido
de "missão" - de servir o estado e fazer cumprir a lei. Nesse caso a
chamada ao "diálogo" é sempre suspeita. "Vamos conversar" em geral é
o começo de uma proposta indecente.


Batista:
> > Como servidor público, certamente cometo bobagens todos os dias,
> > sem sentimento de culpa. A alternativa seria me considerar acima
da
> > lei, me transformar em legislador e juiz.
>

Takata:
> Talvez seja uma das alternativas, mas nao a unica. A outra e' *ter*
> sentimentos de culpa. Ha' diversas outras alternativas no entanto:
> demitir-se, enviar oficio aos superiores, pressionar seus
> representantes legais, etc, etc...

Baptista:
Não deve haver sentimento de culpa por se aplicar a lei, porque essa
é a estratégia de longo prazo que conduz ao bem comum. Há que se
fazer o que está no livro, sem exceção. Porém no caso específico
sempre irão ocorrer pequenas injustiças: fulano não pagou o imposto
porque o sócio deu um golpe, beltrano porque foi assaltado, sicrano
teve câncer, etc. É impossível se estabelecer uma lei geral
infinitamente justa.
Demitir-se não é enfrentar o problema, mas fugir.

Baptista:>
> > Em certas atividades não cabe o diálogo, mas o cumprimento da lei.
>

Takata:
> Sempre cabe dialogo. Dialogo nao e' impedimento algum para o
> cumprimento da lei -- especialmente qdo todos estao sob o mesmo
> regime legal.

Baptista:
Imagine então que dialogo pode haver entre o policial com mandado de
prisão e o criminoso? Ou entre o fiscal e o contribuinte? Vão ficar
conversando sobre o tempo ou o que?


Takata:
Mas eu prefiro o dialogo 'a uma extensao automatica das leis pelas
quais nos guiamos a um territorio onde a lei originalmente
> nao se aplica ou esta' sob o regime de outra lei.

Baptista:
Mas isso é evidente. Quem falou nessa "extensão automática"?

Takata:
O principio do
> dialogo e' o q move (ou acho q. deveria mover) por exemplo o
> judiciario -- ha' dialogo entre as partes para o estabelecimento da
> culpa ou inocencia.

Baptista:
O julgamento é um ritual estabelecido em lei. O "direito de defesa" e
o "princípio do contraditório" fazem parte do processo penal. Não sei
se podemos falar em "diálogo". Me lembro agora do filme "Chicago" - o
julgamento está mais para um teatro, ou um bom sapateado... :)


Baptista:
> > O mundo lá fora é feito de missões: policiais,
> > diplomáticas, políticas, econômicas.
>

André:
> Diplomacia nao e' missao. Bem, no caso de paises dominantes e':
basta bater o pau na mesa e impor.

Baptista:
Diplomacia é missão. O diálogo nesse caso é um meio e não um fim; o
objetivo é (deveria ser) defender os direitos do próprio país e
ampliá-los ao máximo. O diálogo diplomático é uma guerra por outros
meios, onde a violência é sublimada - mas o objetivo continua
sendo "comer" o outro...

Takata:
Policiais tbm nao precisam se bitolar e achar q. estao no estrito
cumprimento de um dever superior (superior nao apenas
hierarquicamente).

Baptista:
Bom também podem ser flexíveis e fazer acordos com traficantes, ou
decidir de acordo com a própria consciencia quem deve ou não ser
preso... Certamente podemos chamar a polícia brasileira de tudo,
menos bitolada.

Takata:
> Os unicos q. precisam se bitolar sao os militares, senao nao ha'
> razao de existir ou funcionam muito mal no desempenho de sua funcao.
>
> > Mas quando se parte da teoria
> > para a ação é preciso estabelecer de antemão alguns objetivos, e,
> > consequentemente, alguns valores.
>
> Ninguem falou q. tem q. ir sem objetivos e valores. Dialogo nao e'
> isso. E nem o receio do sentimento de missao, o do fazer sem
> questionar e delegar a consciencia a supostos valores acima de nós.
> Nenhum valor esta' acima de nós, nós e' quem construimos valores e
> atribuimos 'as coisas.
>

Baptista:
A separação de poderes garante a independência entre quem formula as
leis, quem as executa, e quem fiscaliza a execução. Não é que não
exista diálogo, mas o diálogo ocorre no parlamento. Mas isso não é um
privilégio da atividade pública - em qualquer atividade complexa deve-
se tomar muitas decisões antecipadamente, e seguir a risca o que foi
decidido. Muitas vezes isso é mais seguro do que tentar decidir
no "calor" da situação.

[]´s

André





SUBJECT: Re: leite
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 10:23

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, TARCISIO BORGES <tbs97@f...>
> > creio que possa ser possível a diferença quando preparados em
casa
> > pela demora no cozimento.
>
> Pode ser. Dependendo da quantidade, o tempo de aquecimento e'
> diferente entre um processo e outro.


Só uma coisinha...

Nesse caso específico do leite, o que acontece no microondas é que só
uma pequena porção dele esquenta muito enquanto o resto permanece
mais frio. O leite muito aquecido sofre algumas alterações
estruturais sim, principalmente com relação às cadeias lipídicas.
Para evitar isso, basta que na metade do tempo de aquecimento
desejado, o forno seja desligado e o leite seja misturado. Depois é
só deixar completar o tempo.

Já quando o leite é aquecido no fogão, o calor distribui-se mais
uniformemente e é por isso que não dá para perceber essas alterações.

Palavra de cozinheira... ;)

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: Resposta
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 10:26

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> --- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> > A "luz", é uma figura de linguagem nesse caso...
>
> Por figura de linguagem, 'luz' poderia ser qq coisa.
>
> Na Biblia tudo comeca com a criacao da terra e dos ceus e nao
> da 'luz' -- em sentido literal ou figurado.


E entenda-se por "terra" a matéria e por "céu" o imaterial. A ordem
de se fazer a "luz" só marca essa cisão.

Beijos, Lígia



SUBJECT: Re: Resposta
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 10:40

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> E entenda-se por "terra" a matéria e por "céu" o imaterial. A
> ordem de se fazer a "luz" só marca essa cisão.

Eu conversei com deus, o proprio, e ele me disse q. nao e' nada disso.

Entenda-se por 'conversei' 'inventei', por 'com deus' 'uma nova
interpretacao', por 'o proprio' 'que particularmente acho bem bacana,
modestia 'a parte', por 'ele' 'essa interpretacao', por 'me
disse' 'me leva a pensar' e por 'nao e' nada disso' 'pode ser
qualquer coisa'.

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: leite
FROM: "rmtakata <rmtakata@altavista.net>" <rmtakata@altavista.net>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 11:15

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "Ligia Amorese
> Já quando o leite é aquecido no fogão, o calor distribui-se mais
> uniformemente e é por isso que não dá para perceber essas
> alterações.

Depende da quantidade. No fogao o calor se distribui mais por
conveccao -- o fundo esquenta antes: e' possivel torrar o fundo antes
q. o topo se aqueca decentemente. No microondas tbm ha' conveccao,
mas dependendo da quantidade a irradiacao do microondas pode atingir
mais uniformemente todo o liquido (melhor dizer suspensao coloide
heterogenea?).

[]s,

Roberto Takata



SUBJECT: Re: Resposta
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 11:16

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> Eu conversei com deus, o proprio, e ele me disse q. nao e' nada
disso.
>
> Entenda-se por 'conversei' 'inventei', por 'com deus' 'uma nova
> interpretacao', por 'o proprio' 'que particularmente acho bem
bacana,
> modestia 'a parte', por 'ele' 'essa interpretacao', por 'me
> disse' 'me leva a pensar' e por 'nao e' nada disso' 'pode ser
> qualquer coisa'.


Huuum... Bem, digamos que para saber a Verdade, necessitaríamos de
uma testemunha ocular. Na falta desta, palavras escritas sob a
inspiração direta do/s envolvido/s... tem? Bem... há quem creia
fielmente que a Bíblia foi escrita dessa forma, por "inspiração" e
fica preso à interpretação literal de cada palavrinha...

Sabe que você até que leva jeito? Sei não. Essa coisa de ceticismo
deve ser só fachada... ;) Salve Irmão!

Beijos, Lígia

SUBJECT: Re: Resposta
FROM: "Ligia Amorese <ligia5555@yahoo.com.br>" <ligia5555@yahoo.com.br>
TO: ciencialist@yahoogrupos.com.br
DATE: 25/04/2003 11:20

--- Em ciencialist@yahoogrupos.com.br, "rmtakata <rmtakata@a...>"
<rmtakata@a...> escreveu
> Eu conversei com deus, o proprio, e ele me disse q. nao e' nada
disso.
>
> Entenda-se por 'conversei' 'inventei', por 'com deus' 'uma nova
> interpretacao', por 'o proprio' 'que particularmente acho bem
bacana,
> modestia 'a parte', por 'ele' 'essa interpretacao', por 'me
> disse' 'me leva a pensar' e por 'nao e' nada disso' 'pode ser
> qualquer coisa'.


Huuum... Bem, digamos que para saber a Verdade, necessitaríamos de
uma testemunha ocular. Na falta desta, palavras escritas sob a
inspiração direta do/s envolvido/s... tem? Bem... há quem creia
fielmente que a Bíblia foi escrita dessa forma, por "inspiração" e
fica preso à interpretação literal de cada palavrinha...

Sabe que você até que leva jeito? Sei não. Essa coisa de ceticismo
deve ser só fachada... ;) Salve Irmão!

Beijos, Lígia



SUBJECT: Mensagens Selecionadas
FROM: Joao Carlos Holland de Barcellos <jocax@usp.br>
TO:
DATE: 27/12/2003 14:48

Como presente de ano novo,
aqui vai a URL das melhores
mensagens do site sobre Genismo :

http://groups.yahoo.com/group/Genismo/message/1473

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