Quando se fala em possibilidade de vida fora da Terra podemos por a imaginação para funcionar e verificar as possibilidades estranhas que podem surgir deste exercício de raciocínio. Mas para obtermos resultados com maior probabilidade de serem exatos é melhor usar o conhecimento científico.
Um das idéias de alternativas para a vida é uma bioquímica baseada no silício, no lugar do carbono, como é o caso da Terra. O silício possui propriedades químicas semelhantes ao carbono, consegue, por exemplo, formar ligações com o hidrogênio, resultando em SiH4, como o carbono, que forma metano (CH4). Ambos elementos também possibilitam a formação de longas cadeias de átomos. Mas as semelhanças adequadas não vão muito além disso. Como desvantagem para maleabilidade em sistemas metabólicos, o silício possui uma afinidade muito grande com o oxigênio, resultando em sólidos muito estáveis, portanto neste caso não seria possível estabelecer uma semelhança com o carbono e ciclos de oxidação e formação de CO2. Outra diferença está no tamanho do elemento; o silício é maior do que o carbono resultando em diferenças nas intensidades das ligações químicas.
A bioquímica do carbono na Terra tem uma ampla interação com a água num ‘equilíbrio’ de compostos solúveis e insolúveis, já com o silício a forte interação das ligações Si-O-Si dificulta este mesmo desempenho.
A análise de material interestelar também indica que o carbono sai na liderança, uma maior variedade de compostos com carbono foi encontrada, se comparada ao silício.
http://www.daviddarling.info/encyclopedia/S/siliconlife.html
http://en.wikipedia.org/wiki/Alternative_biochemistry