Mistura à base de ferro, cálcio, água e sal de cozinha explicaria o mistério de são Genaro
Químicos questionam sangue de santo
“Dissolva 25 gramas de cloreto de ferro em cem mililitros de água, acrescente dez gramas de carbonato de cálcio. A reação química fará a solução ficar marrom escura. Passe a solução para um recipiente de gargalo fino, acrescente sal de cozinha, agite e deixe descansar por duas horas.” Essa é a receita sacrílega proposta na internet aos interessados em reproduzir em casa o sangue de são Genaro, o santo cujo 1.700º aniversário de morte, por decapitação, a cidade de Nápoles comemorou no último dia 19.
Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo/ft2109200508.htm
http://www.guardian.co.uk/elsewhere/journalist/story/0,7792,1586139,00.html
Para quem tem fé, nenhuma explicação é necessária. Para os que não têm fé, nenhuma explicação é possível.
Acredito que, se fizermos o contrário, a decomposição química de nosso próprio sangue, também obteremos muitas substâncias químicas perfeitamente naturais. Afinal, somos pó…(com vida própria)
Leoh
Para quem tem fé,toda a ignorância é válida.
Se alguém nos deu uma cabeça, esta é logicamente para pensar e não para colocar chapéu nela.É para pensar,e não para ficar acreditando em “milagres” e “dogmas” sem a devida crítica científica Quem não pensa, demonstra um profundo desrespeito a quem nos deu esta maravilhosa propriedade, que é a inteligência.
Milagres não existem. Existem fenômenos que a ciência ainda não chegou aos conhecimentos que possam explicá-los.
Lembram de Caramurú, que para os índios era o “Filho do trovão”, porque fazia o “milagre” de produzir o trovão com seu arcabuz?
Lembram do “Anhagüera” que fez o “milagre” da água pegar fogo?
Pois é, só acredita em milagre quem é ignorante ou tem medo de pensar…
Se o clero tem como controlar o vulcão Vesuvio então a ciência e seus ciêntistas tem algo mais extraordinário para estudar….a capacidade do homem controlar as forças da natureza, é antiga a associação que se faz entre a reliquia e as erupções vesuvianas, sendo assim creio que os cientistas deveriam buscar com seu conhecimento a cura para doênças fatais e deixar de perder tempo com assuntos de fé.
Milagres? Não existe? Para aqueles que se acham deuses como a maioria dos médicos que só pensam em dinheiro. Não. Veja o caos do Nordeste, tudo por dinheiro. Qual sabedoria humana ou descoberta científica faria os “inteligentes” ou pensantes a solucionar os problemas da humanidade ou pelo ao menos tentar viver “Amai-vos uns aos outros” não somente em palavras. A prova é que os mais inteligentes, os sábios, hoje no Brasil são os mais ladrões, sem coração e sem ética. A inteligência deles só os fez mais corruptos, pois veja a maioria dos deputados, senadores e outros “cultos”, não tem a solução dos problemas e nem acreditam em milagres. Só em estarmos vivos é um MILAGRE.
Com toda a ciência e evolução, o homem não chegou. Não tem a solução nem para um vírus tão pequeno como a aids. O homem professor, perdeu muito tempo em laboratórios e experiências para formar RÔBOS e está esquecendo de ser humano, ser gente. Como já dizia Jesus Cristo: “Que andianta o homem ganhar o mundo inteiro, se vem a perder a sua alma”. Gastamos muito tempo de nossa vida em coisas que passam, coisas superfúlas, coisas que no final da vida descobrimos que não tem sentido. Pois a vida é um ESTÁGIO, e a única coisa que você leva é a FÉ, A ESPERANÇA e A CARIDADE. No caixão só cabe isso. Mais cedo ou mais tarde todos iremos, prestar contas de nossa vida dada a cada um por Deus que o próprio milagre. Shalom!
Respondam-me, por favor: PORQUE MILAGRES SÓ ACONTECEM EM MEDICINA???
Poque não acontecem em engenharia, arquitetura, etc.???
Simples: porque nosso corpo ainda é quase que totalmente desconhecido em seu funcionamento.
E porque só médicos do Vaticano ratificam estes “milagres”??? Assim não vale: estão labutando em causa própria. É como se o advogado de um cliente fosse o próprio juiz da sua causa…
Moacir Tassinari dos Santos, o Científico…
“A CIÊNCIA É A MÃO DE TODA A VERDADE!!!”
Milagres não acontecem em outras áreas??? Só na medicina?
Peço que dêem uma olhada no milagre da escada, nos EUA!
Abraços!!
A história da escada nos Estados Unidos foi uma inventada, depois que foi encomendada uma escada realmente bem trabalhada, MAS PRÉ-FABRICADA que foi montada em 3 dias.
Como foi rápido, uma crente que tinha estado doente e não tinha freqüentado a igreja durante a montagem da escada, chegou a conclusão de que tinha sido por milagre que a escada foi montada… Então chegou a conclusão dentro da sua ignorância, porque da janela da sua casa via passar um senhor com uma caixa de ferramentas em direção a igreja por estes dias, que era São José… e saiu a esparramar esta história de milagre KKKKKKK….
O mesmo aconteceu com o famoso “Monstro do lago Ness”, na Escócia.
Quem criou, ou melhor, os que criaram o famoso monstro foram um cardiologista e um ginecologista, nos idos dos anos 40.
Mesmo desmontada a farsa por eles mesmo, como trouxe muitos turistas e dinheiro para a região, que é pobre, a referida farsa foi mantida pelos moradores locais, e deu no que deu..kkkkk
Um abraço a todos.
Moacir, o Científico, que criou o pensamento a seguir: A CIÊNCIA É A MÃE DE TODAS AS VERDADES. FORA DA CIÊNCIA NADA HÁ DE REAL, POIS TODO O DEMAIS SERÁ APENAS MERA SUPOSIÇÃO, PORTANTO INCERTO.
Mais uma coisinha: existe matéria sem espírito, mas quem já provou que existe espírito sem matéria???
Moacir, o Científico.
você e contra a qualquer religião ?
Para onde vais a medicina sabe? ao morrer lógico ?
A vida e a medicina qual a verdadeira lógica ?
Quando argumenta ” quem nos deu ” a explicação a cima falas de quem?
Achas que a palavra “i-norante ” pode ter ofendido os religiosos estudados?
PASSEI apenas por curiosidade,pois estou fazendo medicina fiquei ???
pergunto: Tens filhos? se tens? deves ser muito exigente. Não tens? deves ser alguém que gosta de amar até a sua vontade porque sentimentos a você? é tão somente ? conforme criou no seu pensamento ” Nada há de real” “portanto incerto”. sentimentos são trocas,compras e vendas és assim que vive? tão somente de acordo com seus pensamentos? Repense sua vida deves ter magoado muitas pessoas? valeu apena? conhece o valor de uma lágrima? Religião,fé faz bem.cuidado com ganhar o mundo? abraço Dr.
Minha filha marta.
Não te preocupa, pois não me preocupo com tuas palavras. Centenas de indigentes salvei por caridade e não por obrigação.
Quando tiveres 47 (quarenta e sete) anos de bons serviços aliviando a dor humana e confortando pacientes poderás dialogar comigo. Ainda nem saíste das fraldas e já te pões em situação de criticar a quem não conheces…
Cresce, sofre com os pacientes que ainda não tiveste e depois te darei ouvidos…
Estás discorrendo sobre coisas que não conheces, por isto estás escrevendo estas tolices…
Moacir Tassinari dos Santos, cirurgião há 47 anos.
Fé pressupõe fanatismo.E fanatismo é ignorância.
A fé é tão cruel, que não deixa sequer o fervoroso pensar que possa haver outra maneira de pensar, fazendo o vivente se sentir culpado apenas por achar que possa pensar diferente do que durante séculos maus religiosos incutiram nas cabeças das pessoas!
Se sentir culpado apenas por pensar é um sacrilégio!
Não existe fé sem fanatismo, pois o fervoroso é obrigado a acreditar na mais cruel forma de fanático servilismo, o dogma. E o fanatismo é uma doença que só leva a desgraças.
Tanto é que quem tem fé em uma crença, não aceita as fés de outras pessoas em outras crenças como verdadeiras, por fanático que é… Aparentemente as tolera, apenas, mas por dentro não acredita. E tem mais, não tolera por medo de ser castigado pelo seu deus.
As crenças são como cercas para o gado: deixam pensar sim… mas pensar apenas dentro dos limites que lhes interessam…
As fés e as crenças não permitem que os homens usem afora do que para elas sirvam, a mais fabulosa faculdade que Deus lhes deu, o Raciocínio…
Moacir Tassinari dos Santos
O lógico
MILAGRES!!!
Devemos antes de tudo deixar bem clara a nossa posição neutra em relações as religiões, credos, filosofias e demais coisas do gênero. Somos apenas investigadores científicos. Nosso lado é somente o da Ciência. Somos apenas como um apêndice no corpo humano, que existe sem se importar com as existências de outros órgãos ou tentar agredi-los por suas simples existências. O apêndice existe e pronto. Não é contra nem a favor do estômago, do coração, dos rins etc. e assim por diante.
É lógico, entretanto, que é impossível discorrer sobre “milagres” sem falar em religiões, pois são elas que proclamam estes estados de coisas.
Somente as religiões é o que proclamam “milagres” como se verdades os fossem.
Seria como discorrer sobre dentaduras sem falar em dentes, discorrer sem pescarias sem falar em peixes, falar em futebol sem falar em times, sem falar em jogadores, portanto nossas citações das religiões em geral se fazem por absolutamente necessidade e são em relação ao assunto “nem contra nem a favor, muito antes pelo contrário.” Mesmo porque se não houvesse religiões não existiram “milagres”, pois elas são os que os declaram em quase todas suas totalidades, com raríssimas exceções.
Note-se, entretanto que nem todas as religiões nem todos os religiosos nelas acreditam em “milagres”, a não ser no sentido figurativo.
Também devemos entender que espiritualidades e religiões são coisas diferentes, muito embora as religiões usem de maneiras diversas as espiritualidades. Uma pessoa pode ser muito espiritualista sem ser religioso, sem pertencer ou ser seguidor de alguma religião. Enquanto a espiritualidade não impõe limites de raciocínios permitindo aos homens estudarem livremente os fenômenos de acordo com os desejos de algum Ser superior tentando entende-los, as religiões colocam limites nestes raciocínios, obrigando aos homens a pensarem exatamente como elas querem que pensem, dentro dos seus limites. Isto está explicitamente apresentado através dos dogmas, ou seja, acreditar piamente sem contestar verdadeiros absurdos, além de impedir a estes mesmos homens usarem livremente do mais maravilhoso dom que Alguém nos deu: o raciocínio.
Note-se que nas religiões em geral, os homens são proibidos de pensarem por si mesmos, pois estão proibidos de raciocinarem fora dos limites impostos por elas. Elas – as religiões em seus princípios – agem exatamente como cercas, que permitem que o gado circule livremente… desde que seja dentro dos limites que elas impõe.
Só não vê isto quem está já auto limitado por sua fé, quem já está anestesiado por anos de submissões, que não é mais capaz de pensar por si próprio por anos de pregações e ameaças subliminares de castigos divinos se pensarem diferente.
Muitos dos crentes vão parar de ler este escrito aqui, por medo de estarem indo contra os ensinamentos de suas crenças, e logo nos taxarão de ateus, malignos, etc.
A fé religiosa é algo que limita e subjuga o homem de maneira dolosa e cruel. Esta maneira de jugo é tão cruel, que o homem que tem este tipo de fé, a fé religiosa, se sente culpado apenas ao pensar que poderia raciocinar de maneira diferente do que estas religiões lhe incutiram em suas cabeças, não importando se for verdade ou mentira o pregado por elas, por mais absurda que seja esta pregação.
O problema da fé religiosa é que ela sempre é fanática, pois não existe fé que não o seja assim. Para ser fé tem-se que acreditar em tudo que ela ensina com fanatismo, senão não é fé.
Chama a atenção que as pessoas que tem fé, normalmente não aceitam fanatismos e seguidamente afirmam que fanatismos fazem mal – o os fazem, todos sabemos – mas somente fazem mal fanatismos fora de sua fé. Isto é de uma incoerência sem explicações. Sem fanatismo não existe fé, pois a fé exige crença cega, inclusive em dogmas. E os dogmas são as mais explícitas demonstrações de fanatismos que não podem sequer terem pensamentos contra seus princípios, por mais absurdos que sejam.
É exatamente o que alguém que tem fé religiosa está sentindo neste momento ao ler estes escritos: sentimento de que estejamos nós nos condenando ao eterno fogo do inferno, por não pensarmos como as religiões querem e eles acreditam que seja verdade. Ou tendo pena de nós, por pensarmos diferente do que as religiões lhes ensinaram. E isto tudo por só por termos a “audácia”, a “petulância”, a “ousadia” ou o “pecado” de termos saído dos limites dos cercados delimitados pelas religiões. Por termos tido o “pecado” de usarmos devidamente algo o que Alguém nos deu para usar: a cabeça, o espiritualismo sem limites.
O espiritualismo liberta, a religião escraviza.
O homem espiritualista não é ateu. Respeita e reconhece o verdadeiro D-us. Mas não lhe tem medo, como um filho não tem medo do seu pai justo. Tem respeito, admiração, mas jamais terá medo.
Vejamos o que aconteceu com certa religião: pregou num antigo texto a ser seguido, um deus colérico, extremamente vingativo. De repente, num novo texto transforma este deus malvado, colérico, vingativo num deus todo bondade, perdoando a todos, dando a outra face para ser batida. Mas que incoerência é esta que ninguém questiona e aceita piamente?
Então quer dizer que o deus se for o mesmo da primeira e segunda fase estava errado na primeira fase? E que deus seria este que nos foi ensinado como sendo infalível de repente muda de conduta radicalmente ao contrário da sua primeira?
Ninguém lúcido é capaz sequer de pensar em qual dos dois deuses – o do velho e o do novo testamento – é confiável de ser acreditado.
Os homens religiosos têm medo do seu deus, de pensar diferente do que lhes ensinou a sua religião. Medo do castigo de usar seu raciocínio fora do que a sua religião lhes permitem. São castrados mentais, com todo o respeito.
O homem espiritualista usa corretamente o que D-us lhe deu para pensar e ser livre. O D-us dos espiritualistas é todo bondade, querendo a felicidade de seus filhos, dando-lhes todas as a liberdades, inclusive a liberdade de pensar sem dramas de consciências. Os deuses das religiões são maus, querem que os homens sofram, ou por não poderem sequer pensar livremente ou para estarem subjugados as suas vontades. Ou então são seus intermediários que assim os representam que o querem, caso existirem deuses tão maus.
Duvidamos disto, duvidamos de deuses maus como duvidamos que existam aqueles deuses que dizem que nos amam e ao mesmo tempo nos ameaçam com o eterno fogo do inferno.
Qual o pai mandaria seus filhos para castigos eternos por imperfeições ao mesmo em tempo em ele mesmo que afirma que não os fez perfeitos, e depois os castiga por causa de imperfeições criadas e impostas por ele, por terem executado esta imperfeição? Qual o pai que castigaria os filhos por ele mesmo os ter ensinado errado? Qual o pai que castigaria um filho por ele ter nascido imperfeito, sendo que o mesmo foi feito imperfeito por ele?
Somente um ser extremamente mau e de cabeça doente faria isto.
Deixemos bem claro então, que entre espiritualismo e religião tem uma distância muito grande. Um ser pode ser espiritualista sem ser religioso nem ateu. Um ser pode ser espiritualista acreditando no D-us que criou os homens e não no deus que os homens criaram para servir aos seus propósitos.
Devemos de início conceituar o que seria “milagre” de maneira racional.
Pois bem, “milagre” é aquele fenômeno que a ciência ainda não chegou ao grau de desenvolvimento para explicar o mecanismo pelo qual este fenômeno ocorreu.
Diogo Álvares Correia, o “Caramuru”, “o filho do trovão”, fez um “milagre” ao disparar seu arcabuz para os índios tupinambás ignorantes. Mas detalhe: caramuru não significa filho do trovão, caramuru é o nome que os tupinambás davam a uma lampreia, tipo de mussum, que não é peixe, é um ciclostomata, anterior aos peixes na escala evolutiva. Não sabemos qual a causa deste apelido para o cidadão em questão.
Bartolomeu Bueno da Silva, o “Anhangüera”, que em Tupi significa “diabo velho” (a palavra anhangüera tem muito outros significados em outros dialetos do tupi guarani), por sua aparência dada pelas longa barbas precocemente grisalhas, também fez um “milagre”: incendiou as águas.
Hoje, sabe-se que não eram milagres coisas nenhumas, era apenas ignorância de quem assistia as execuções destes fenômenos.
Desde longa data, temos os mágicos, que nos encantam com nossos ilusionismos. Não fôssemos nós sabedores de que são truques, também creríamos que fossem “milagres” o que eles nos apresentam.
No ilusionismo popular, sempre tiveram as crendices… e logicamente alguém se aproveitando destas crendices.
Quando acontecem “milagres” nas religiões alheias as nossas, as chamamos de vigarices, truques, etc., mas quando é nas nossas religiões, os aceitamos como verdadeiros, por mais absurdas que sejam as situações. Por esta razão é que devemos antes de continuar a pensar sobre o assunto, nos livrarmos de todos os preconceitos, de todas as superstições e de todo o medo que nos foi incutido inconscientemente por séculos a fio por instituições estatais e religiosas principalmente. Sei que é difícil isto, mas devemos tentar, assim como alguém resolveu tentar chegar “às Índias” viajando ao contrário do tradicional caminho, em lugar de ir direto ao oriente, ir pelo ocidente. E deu no que deu.
Nada contra religião nenhuma, a não ser que “as Ciências libertam, os dogmas escravizam”. Não faltará quem goste de ser escravo, assim como não faltará quem goste de ser livre, embora ser livre pareça ser bem menos fácil do que ser escravo, por não ter um manto protetor nem uma bengala em que se apoiar nos momentos de dúvidas. Quem prefere ser escravo, nestes momentos de dúvidas pode recorrer ao seu protetor, através de rezas, dogmas, etc. O livre não. O livre tem que resolver sozinho seus problemas e suas dúvidas a luz da filosofia, do raciocínio, da Ciência enfim que tiver nas mãos, e isto nem sempre é fácil.
Falando em “milagres”, temos as seguintes considerações a fazer.
Em primeiro lugar, note-se que atualmente só quem faz milagres são espíritos de pessoas mortas, pressupondo-se que os espíritos das pessoas vivas não têm estes poderes. Quando uma pessoa viva faz um “milagre”, logo se taxa o mesmo de charlatão.
Dirão que é porque somente os espíritos de pessoas mortas estão em contato direto com um ser superior e intercedem junto a ele benesses para pessoas que necessitem de alguma graça.
Esta desculpa vai frontalmente contra todo e qualquer princípio de qualquer filosofia ou religião monoteísta que aceite estes tipos de intermediações com espíritos de pessoas mortas caso existissem, pois todas elas pregam que este ser superior é onisciente. Partindo deste princípio religioso pregado por todas estas religiões monoteístas, é lógico que este espírito não necessitaria de terceirizados para saber que alguém necessitasse de ajuda. Ele saberia por si só e interviria imediatamente.
Para a esta primeira colocação, esperamos uma explicação lógica de alguém, porque nós não a temos. Cientificamente considerando que espíritos não existem depois da morte do cérebro, logicamente não poderão ser eles que fazem ou intercedem pelas realizações de milagres.
Antes que alguém julgue mal esta nossa posição, achando que estejamos contra qualquer religião que seja, não esqueçamos de que “milagres” válidos só acontecem de verdade na religião da gente. Nas religiões dos outros chamamos de vigarice, charlatanice, etc. e os ridicularizamos.
Isto lembra nossa avó paterna, que jogava o “jogo da paciência” sozinha e quando a carta que tirava não lhe convinha, ela tirava fora e dizia em voz alta: “- Esta carta não vale”, mas quando jogava cartas com outra pessoa, não permitia que esta outra pessoa fizesse o mesmo. Roubava dela mesmo. Interessante, esta postura, por ser a mesma da situação descrita: só vale para mim e os meus pares, para os adversários outros, não.
Em segundo lugar, note-se que atualmente só acontecem “milagres” no campo da Medicina e não nas outras áreas. O porquê disto é simples: é que todos os organismos vivos têm reservas biológicas naturais que a própria Ciência desconhece. E estes mecanismos são ativados nos momentos adequados.
Uma pessoa que fique submersa em água fria tem mais tempo de sobrevida sem oxigênio sem seqüelas do que se a mesma pessoa ficasse submersa em água cálida pelo mesmo tempo. Os porquês disso todos os Médicos sabem, mas para um ignorante isto seria um “milagre” quando acontecesse. Uma pessoa que fique em coma muito tempo e saia deste estado é uma decorrência natural do seu estado cerebral, e não um “milagre”, resultado das rezas de seus entes queridos.
Tirem os suportes médicos ao comatoso, só rezem e vamos ver se ele sobrevive mais do que horas ou poucos dias. Todos sabem que não.
“- A reza ajuda sim, ajuda a quem a faz, por se sentir útil tentando ajudar a alguém e aliviando algum complexo de culpa, se for o caso, do rezador em relação a este alguém, mas não ajuda ao paciente não.” Isto nos comentou sabiamente um padre da religião católica, o padre Urbano Maldaner, de Sarandi, Rio Grande do sul, admirável e lúcida criatura. Pena que tenha morrido. Muita gente deveria aprender com ele, como aprendemos nós, nos idos dos anos 70 (setenta), nas longas conversas das madrugadas. Conversas estas regadas a vinho branco, de que ele gostava muito, lógico.
Se rezar adiantasse todos os comatosos para quem se rezasse, estariam salvos, não se necessitariam de atendimentos médicos. Assim como se bater em madeira para afastar o azar desse sorte, pica-pau não morreria de pedrada de bodoque dada por qualquer moleque.
Há alguns anos atrás, determinada crença além de criar o “turismo religioso”, também iniciou com uma onda de beatizações e santificações no nosso país por estar perdendo fiéis para outras.
Um dos “milagres” foi atribuído à determinada senhora, de atributos admiráveis, realmente uma santa no sentido da palavra por sua abnegação ao próximo, não porque fizesse “milagres”. Ela era uma madre religiosa. Antes de decretarem a sua santidade todas as pessoas que a conheciam já a tinham como santa por suas atitudes enquanto viva. Não foi pelo “milagre” atribuído a ela que ela merecia ser chamada de santa. Se existir Céu, esta senhora certamente estará lá. Mas o “milagre” não existiu.
Mas que “milagre” seria este? Teria sido assim a coisa.
Havia uma menininha que estava em observação por um abdome agudo, sendo tratado por três médicos competentes que estavam ainda sem diagnóstico. Por este motivo a menina estava em observação, lógico. E em tratamento clínico, por suposto.
Pois bem, alguém devoto da determinada madre, sugeriu que se pusessem uma imagem, um “santinho”, desta santa senhora na mão da menina e rezassem para que ela ficasse boa sem precisar operar. E a menina foi melhorando, melhorando até que ficou boa.
Quando perguntados aos médicos qual era o diagnóstico, eles não souberam dizer ao certo, informaram apenas que era um quadro infeccioso abdominal qualquer, mas não poderiam especificar qual.
Pronto! Bastou isto, bastou esta honestidade dos médicos em confessar que não sabiam qual o diagnóstico correto, para saírem a dizer por todo o mundo – literalmente por todo o mundo – que tal senhora tinha feito o “milagre” de salvar a menina.
“Esqueceram”, porém, de contar que atrás desta cura estavam estes médicos com todo o suporte científico cuidando do quadro clínico, com toda a medicação adequada à situação, inclusive usando antibióticos de última geração, já que o quadro era infeccioso.
Tinham o diagnóstico sindrômico (infeccioso), anatômico (abdominal) mas não tinham o diagnóstico etiológico (apendicite? enterite?).
Dentro deste quadro, muitos de nós Médicos também já fizemos muitos “milagres”. Quais de nós Médicos com mais de 47 anos de Medicina não viu isto? Quem não baixou uma pessoa com diagnóstico certo de uma patologia cirúrgica incerta no momento, e por alguma razão ou outra, enquanto em observação regrediu o quadro como o de uma apendicite quase certa, por exemplo? Isto cansou de acontecer conosco!
Então somos “milagrosos”!!!
Baixamos incontáveis pacientes com quadros clínicos, hematológicos, ultrassonográficos e radiológicos de apendicites agudas… Mas não o eram. Era só observar com prudência e em 24 horas ou um pouco mais as pessoas foram melhorando, melhorando e ficaram boas sem cirurgias.
Quantas pessoas estiveram em coma profundo, sem nada mais a fazer a não ser dar suporte à vida e esperar os acontecimentos vindouros e que “milagrosamente” saíram do referido coma e ficaram sem seqüelas? Que fez plantões em UTIs. por muitos anos como nós, cansou de ver isto acontecer. Em nosso consultório esteve anteontem um senhor que esteve nestas condições. Não foi meu paciente neste caso. Na ocasião o santo milagreiro foi um neurologista e toda a equipe médica da UTI.
Estas ocorrências chamadas pelos leigos de “milagres” nada mais são do que as ativações das reservas que sabemos que existem e a Medicina ainda não conhece e certamente nunca as conhecerá todas, pela complexidade dos funcionamentos dos organismos. Para os ignorantes em medicina isto é “milagre” certo.
Em terceiro lugar, temos aqui o que a própria religião que inventou este “milagre” e agora usa um artifício, e no que passado também foi conivente com o regime nazista que usava este mesmo referido artifício: a figura do “juiz promotor”, como era o caso de Roland Freisler, o nazista que julgava os casos contra os dissidentes do regime de Hitler. O próprio juiz Freisler acusava e julgava o réu. Que chance teria este réu de não ter seu destino selado pela sua sentença, fosse qual fosse, mas sempre favorável ao seu superior?
Devemos notar que obrigatoriamente quem atesta estes “milagres” tem que ser três médicos, não menos. Até aí tudo bem, três cabeças pensam melhor do que uma ou duas, teoricamente. Isto tudo seria louvável, a não ser o fato de que estes três médicos também obrigatoriamente devam ser subalternos da religião que os indica.
Legislar em causa própria é fácil. No caso de uma pessoa ser promotor e juiz ao mesmo tempo de um processo, qualquer um já sabe qual vai ser a sentença desde antes do início do julgamento, lógico.
Note-se que sempre atualmente os “milagres” sempre o são acontecidos em alguém doente, que se rezando para alguém, para uma pessoa obrigatoriamente morta – vivos não fazem milagres, ou alguém já viu alguém vivo fazer milagre? – ou santo, esta pessoa fica boa.
Temos, entretanto, provas de que isto não é assim. Temos um exemplo quase recente onde 33 (trinta e três) mineiros ficaram soterrados por mais de 60 (sessenta) dias no Chile na mina San Jose e para eles serem resgatados foram necessárias perfurações até onde eles estavam, de onde foram retirados por um túnel. Não adiantou rezar.
Apesar de tudo o que os familiares rezaram dia e noite por 66 (sessenta e seis) dias para que eles saíssem de lá, aparecessem do lado de fora da tal mina, não aconteceu milagre algum e eles não saíram a não ser com a ajuda da Ciência e da Técnica. Se dependessem das rezas, eles estariam mortos, pois jamais sairiam.
Não se entende do porque não ter acontecido o “milagre” de eles serem encontrados na superfície sem explicações científicas nalguma manhã, porque rezas não faltaram para que isto acontecesse.
Há poucos dias aconteceu algo semelhante no Peru, no dia 12 de abril deste ano, com nove mineiros na mina Cabeza de Negro. Foi reza pra lá, reza pra cá e eles somente saíram depois de seis dias, quando foram resgatados por equipes de técnicos que contaram com a ajuda da Ciência para obterem os resultados pretendidos.
Nota-se que as entidades divinas talvez não se julgassem dignas de fazerem “milagres” para salvarem estes chefes das famílias que dependem deles para suas sobrevivências, principalmente as crianças. E novamente, evidentemente, rezas não faltaram.
Mas vejamos os lagartos: rebentadas ou cortadas as suas caudas, elas crescem novamente regenerando-se, pois estão geneticamente programados para que assim seja. Diante deste exemplo, podemos considerar que em paralelo, um braço perdido deveria regenerar até a sua anatomia original. Verdadeiro “milagre” em medicina seria isto acontecer. Somente acreditaremos em “milagres” em Medicina quando isto acontecer.
Citem-nos um, apenas um “milagre” nos últimos 20 (vinte) anos ou mais que não seja envolvendo doentes e rezas milagrosas que nos tornaremos adeptos a instituição que conseguir isto.
Em quarto lugar, note-se que “milagres” geralmente acontecem em lugares distantes onde provavelmente nunca poderemos ir para comprovar como em Medjugorge na Iugoslávia. Sobre este “milagre” nesta cidade discorreremos com propriedade mais adiante, para surpresa dos leitores.
Note-se que não acontecem “milagres” na China, no Japão, na Austrália, na Inglaterra, na Ásia e só acontecem na Europa ou no Brasil. Certamente o deus, ou os deuses deles não tem a propriedade de produzir milagres.
Só existem “milagres” nos povos latinos! Mas como se pode explicar isto, se o deus ou deuses deles não são o mesmo das religiões monoteístas, mas os monoteístas afirmam com convicção que o seu deus está em todo lugar ao mesmo tempo. Deveria estar lá também produzindo “milagres”, a não ser que as gentes de lá não os mereçam, o que é muito difícil de reconhecermos. A não ser que o deus das religiões monoteístas esteja em um plano inferior na hierarquia das divindades ao deus ou deuses das religiões orientais e que seu deus ou deuses não permitam o deus das religiões monoteístas agir em seu território.
Em relações “milagres” de aparições divinas tem um fato ocorrido com um colega e amigo nosso, pessoa muito boa e de formação religiosa de família. Em uma de suas viagens a Europa e adjacências foi a Medjugorge, na Bósnia Herzegovina onde teria aparecido Nossa Senhora algumas vezes recentemente.
Ao chegar de volta, a primeira coisa que perguntamos a ele foi onde esta senhora havia aparecido lá, se em igreja, em local ermo ou onde mais.
Este nosso amigo ficou visivelmente constrangido ao nos dar a resposta.
Começou a rir envergonhado ficando com o rosto também visivelmente corado – tem a pele clara – e me chamando pelo meu apelido dos tempos de jovem, íntimos que somos e dizendo:
“ – Nunca apareceu Nossa Senhora nenhuma lá. É tudo mentira. Lá ninguém sabe nada disto.” Ele vai ler este texto que lhe mandarei via internet.
A mais interessante das coincidências é a seguinte: nestes mesmos dias em que ele havia chegado de lá, havíamos operado um cliente, pessoa boníssima, de conduta ética, moral e religiosa irreparável, que conhecemos desde a mais tenra idade, que enquanto no pós-operatório no hospital, não largava dois livros onde se descreviam as tais aparições da tal santa lá em Medjugorge!!!
Imediatamente avisamos a ele que todo o que estava escrito nos livros era mentira, que nunca houve aparição de Nossa Senhora em Medjugorge coisa nenhuma. Nem de Nossa Senhora nem de ninguém. Como ele é muito crente, duvidou de nós, o que nos fez pedir a ele que falasse com este nosso amigo que esteve lá para saber a verdade.
Disse-nos o nosso amigo que este paciente nunca o procurou para saber do fato.
Pior cego é o que não quer ver, já diz um antigo ditado popular.
Relembrando uma colocação de ordem lógica já referida anteriormente: note-se que os “milagres” sempre acontecem em lugares remotos, aonde as grandes maiorias das pessoas nunca vão ou irão. Só que desta vez tiveram azar: teve um que foi. E que nós o conhecemos… E “adeus milagre.”
Mas visões de aparições e escutas de vozes não são “milagres”. São produtos de alucinações de pessoas que não estão em estados normais de equilíbrios cerebrais, como nos acidentados, nos esquizofrênicos, drogados, etc.
“ – Só acredita no sobrenatural a cabeça que não está no seu estado natural.”
Não somos ateus nem agnósticos, apenas não acreditamos que D-us faça suas interveniências em nosso mundo material através de “milagres” ou de maneiras sobrenaturais. Ele faz os milagres de maneiras naturais, os verdadeiros milagres, os milagres através da Tecnologia, das Ciências Humanas em geral e que ninguém, ou quase ninguém reconhece.
Representa bem este fato quando da história de grande inundação, em que um indivíduo de fé fervorosa, que não sabia nadar abrigou-se no telhado de sua casa, que era a única coisa que ficou de fora da água perto. A água estava subindo cada vez mais.
Um vizinho que tinha uma canoa vendo o fato, foi tirá-lo de lá e ele não aceitou, dizendo que aguardaria por D-us, que viria salvá-lo.
A seguir, veio uma lancha da defesa civil e quis tirá-lo de lá. Não aceitou, alegando que D-us o salvaria. E a água subindo…
Quando estava quase morrendo afogado, pois a água havia subido muito, já estava pelo seu pescoço, e a casa submersa, chegou um helicóptero para tirá-lo de lá e ele novamente não quis ajuda, alegando novamente que D-us o salvaria. E a água subiu e cobriu tudo, inclusive sua casa e sua cabeça.
Pois bem, o tipo morreu afogado, lógico.
Bom que era foi para Céu quando morreu. Ao chegar lá, reclamou para D-us:
“-Porque não me salvaste? Porque não me ajudaste quando confiei em ti? Confiei tanto em Ti e me deixaste morrer afogado…” Ao que D-us prontamente respondeu, censurando-o: “-Como não Te ajudei? Mandei primeiro teu vizinho com sua canoa grande segura. Ele e todos os familiares dele, inclusive o cachorro e o gato se salvaram. Depois te mandei o barco da Defesa Civil – lembra que haviam mais pessoas sendo salvas por ele? – e todos eles se salvaram. Depois te mandei um helicóptero, o mais moderno de todos para salvamentos, e todos os que estavam nele se salvaram, Só tu não quiseste subir nele. E ainda dizes que não te mandei ajuda? Mandei-te três vezes, não quiseste e agora vem reclamar de mim?”
Assim age D-us, por meios naturais, pois nossos cinco sentidos dependem da matéria para serem ativados. Se assim não fosse, teríamos um só sensor: uma só antena no alto da cabeça, onde receberíamos as mensagens de todos os sentidos e pronto.
Vejam um dos últimos milagres Seus: o de dar entendimento ao ser humano que os animais também fazem parte deste mundo, não devem ser tratados como criaturas inferiores (pois não o são) e que não estão aqui neste mundo apenas para nos aproveitarmos deles de qualquer maneira, não nos importando com suas sortes, tratando-os de qualquer maneira. E nos ensinaram nas aulas de religião – leia-se aula de catolicismo – que os animais não tinham almas.
De quantos animais tiramos as vidas em caçadas sem sentido, porque assim nos foi ensinado: que os animais não tinham almas e estavam aí a nossa disposição apenas para nossa diversão. Certamente o leitor já viu ou ouviu que isto acontecia amiúde. Talvez até tenha caçado alguma vez na vida, ingenuamente enganado por este ensinamento. Nos domingos pelas manhãs, missas confissões e comunhões, e depois da missa, morte aos animais inocentes.
Isto é fantástico!
Sim, os animais pensam, e como nós, tem almas, tem alegrias, tem sofrimentos como nós, só que em escalas paralelas aos graus de evoluções de seus cérebros. Quem já viu um cão abanar sua cauda de alegria ou um gato ronronar, sabe disto, como exemplos mais simples.
Vejamos porque não poderíamos ver ou comunicarmos com seres espirituais caso existissem. Até Leonardo da Vinci já sabia isto e está escrito no livro “Da Vinci por ele mesmo”, onde estão compiladas algumas de suas idéias retiradas de manuscritos seus.
Não poderíamos contatar ou sermos contatados por seres espirituais caso existissem pelos simples fatos que todos os nossos sentidos para funcionarem necessitam de estímulos materiais, tanto a visão, como o tato, como a audição, como olfato e como a ausculta. São sentidos que dependem das matérias para serem estimulados. Sem matéria não há estímulos a eles e por isto não funcionam. Isto é uma verdade científica incontestável para todos. Só os ignorantes não o sabem.
Nos casos de contatos com espíritos, teríamos que ter antenas sensitivas, o que nunca existiu em ponto algum da escala zoológica.
As antenas que servem para receber estímulos que existem em insetos, todas elas necessitam de matérias para ativarem seus minúsculos cérebros, sejam por toques, como nos casos das formigas, abelhas, etc. eu sejam por detectarem microscópicos fragmentos de matérias no ar, como acontece com nosso olfato.
Diga-se de passagem, que esta experiência de antenas em seres vivos não deu certo, pois com as evoluções dos seres, elas desapareceram.
Parece que só nos marcianinhos das piadas elas existem atualmente…
Como os espíritos não contêm matéria, não poderiam contatar conosco ou nós com eles, a não ser em alucinações. Daí o fato real: qualquer um pode dizer que qualquer espírito ou entidade “apareceu” para si ou contatou consigo por isto que seus circunstantes não poderiam ver ou ouvir.
Podemos dizer recebemos uma mensagem divina. Ninguém pode dizer que sim ou que não, a não ser crédulos inocentes.
Vejamos o exemplo da telepatia, tão em moda nos anos 60.
Assistimos um “Parapsicólogo” nos idos dos anos 70, mais precisamente em 1974, afirmar em palavras textuais, como se verdade fosse, para um público de mais de cem pessoas que “a mais impressionante experiência de telepatia que se tem conhecimento no mundo havia ocorrido quando o submarino atômico americano “Nautilus” passava por debaixo do pólo norte pela primeira vez”.
Afirmou este senhor, sem sombras de duvidas, como se fosse verdade comprovada nos meios científicos, que um telepata que estava no submarino haveria se comunicado por telepatia com outro telepata em Nova Iorque e que esta tecnologia estava em grande avanço nos Estados Unidos para ser usada em casos de guerras.
Esta experiência, na realidade, se existiu (nunca se soube dela), nunca funcionou, pois se assim fosse, os Estados Unidos não teriam gastos bilhões de dólares em experiências e lançamentos de satélites de comunicações para o desenvolvimento da Internet. Usaria apenas a telepatia que não custaria nada, ou na pior das hipóteses, muito menos.
Naquele então havia a conhecida “guerra fria” entre a Rússia e os Estados Unidos e foi desde esta época que os Estados Unidos desenvolveram a internet para comunicações nos casos de guerras. Finda a guerra fria, a internet está aí, aberta a todo o público, livre e de usos correntes por todos nós.
Não achamos um verdadeiro prodígio esta manifestação de D-us em dar aos homens uma capacidade de desenvolver este meio de comunicação maravilhoso que aproxima pessoas distantes, capaz de falar-se e ver-se com quem está se falando, como se ali estivesse, mesmo que esteja a milhares de quilômetros, do outro lado do mundo, como se estivesse falando presencialmente, frente a frente?
Todos os avanços que temos na Tecnologia que os “Homens” criaram é que são os verdadeiros milagres de D-us, e não os fatos sobrenaturais atribuídos a Ele e a espíritos.
Já se disse que “- D-us escreve reto por linhas tortas.”
Melhor diríamos se “-D-us se manifesta através da matéria, e não de maneira sobrenatural.” Só que os homens não se dão conta disto, ou não querem que outros se dêem conta disto para poder subjugá-los através da superstição!
Voltemos à telepatia. Alguém fala nela hoje em dia como algo de serventia ou a não ser em de especulações ou espetáculos circenses, sabendo-se de antemão de que isto se trata de um simples truque? Fala-se em telepatia hoje no mesmo nível em que se fala em discos voadores, mulas sem cabeças, Saci Pererê, mágicas, etc.
Quanto ao “milagre” mais famoso do Brasil, o dos peixes em 1717, o atribuído a Nossa Senhora Aparecida temos algumas considerações a fazer.
Todo o pescador sabe – e muitos dos leitores deste texto são pescadores e eu o sou a 66 anos, de um rio piscoso ainda, o rio Uruguai, que separa o Rio Grande do Sul da Argentina – que em pescarias todas as casualidades podem acontecer, daí as famas de mentirosos atribuídas aos pescadores em geral. Em alguns casos certamente são merecidas, mas na maioria não.
Às vezes passam-se horas com a linha na água e nada. De repente, passa um cardume e pegamos em minutos pegamos tantos peixes que a pescaria perde a graça.
Notemos a época em que aconteceu o “milagre”: na segunda metade do mês de outubro. Época de piracema. Época em que os peixes não nadam isoladamente, mas sempre em cardumes subindo os rios para as desovas das reproduções. Às vezes em cardumes de milhões de indivíduos como já informamos.
Se isto acontecesse no mês de junho estaria mais para mentira de pescador do que para milagre, pois neste mês os peixes não andam em grandes cardumes. Neste mês jamais aconteceria este “milagre”, pois não tem piracema.
É lógico que este famoso “milagre” é o que já aconteceu com incontáveis pescadores, inclusive conosco, como veremos a seguir. Os pescadores não estão pegando nada e de repente aparece um cardume de peixes que está fazendo a piracema, e numa tarrafada aprecem mais peixes do que cabe dentro da tarrafa, sem precisar rezar para ninguém nem pescar imagens de santas para isto acontecer.
Ademais não está relatado de que espécie são estes peixes do referido “milagre” que aqueles pescadores de história pegaram, nem esclarecem seus tamanhos. Duvidamos que fossem traíras, pois traíras são dos poucos peixes que não fazem piracema, nem andam em cardumes e nem vivem em águas frias e correntosas como é o caso do referido rio Paraíba do Sul, que conhecemos pessoalmente e sabemos inclusive o que o seu nome significa.
“Paraíba” significa na língua nativa, o tupi guarani, “rio ruim” de “pará’ rio e “iba” ruim, porque é um rio ruim de navegar por ser muito correntoso, ao menos na sua porção superior. E traíras não se dão bem, como já comentamos, nestes tipos de rios correntosos, de águas frias, barrentas, e em planaltos. E o rio Paraíba na região de Aparecida onde teria acontecido o fato está acima dos 500 (quinhentos) metros, mais precisamente cerca de 530 metros acima do nível do mar. Portanto com águas com estas características: águas escuras, barrentas, rápidas e frias. Traíras fora, então.
São peixes da bacia do rio Paraíba do Sul, algumas espécies de bagres, em especial o surubim do Paraíba (Stendachneridion parahybae), o bagre guri (Genidens genidens), e o mandi (pimellodela eigenmanni) entre outros. Existem também muitos peixes de escamas, como o curimbatá (Prochilodus scrofa), a pirapitinga do sul (Brycon opalinus), a piabinha (B. Insignis), a piava bicuda (Leporinus conirrostris), o piau palhaço (Leporinus copelandi), o piau palhaço (Leporinus copelandi), os lambarís (Astyniax sp.) entre outros.
Acontece que os peixes que fazem a piracema mais agrupados são os peixes de couro, os bagres, como mandis, bagres guris, surubins, etc. chegando alguns cardumes a mais de mil indivíduos e que não é raro virem uns por cima dos outros, já se acasalando, finalidade máxima da piracema, a perpetuação da espécie. Com os cascudos acontece o mesmo. Eles vem todos juntos, lado a lado, literalmente encostados uns nos outros, já aí se acasalando. Já vimos isto muitas vezes. O mesmo acontece com todos os tipos de bagres de água doce que conhecemos.
Já transferimos mais de dois mil jundiás só de um cardume que subia um arroio e foi barrado por uma barragem. Contadinhos. Quando contamos dois mil, paramos, por estarmos cansados de contar.
Estes mais de dois mil jundiás foram transferidos para um açude a menos de 10 (dez) kilômetros de onde estamos agora relatando estes fatos e os chamamos de nossos “netos”, pois se não fossemos nós, certamente a grande maioria deles teria morrido.
Os curimbatás também são outros peixes que fazem a piracema em cardumes compactos, embora menos compactos, apesar de serem peixes de escama.
Os demais peixes de escamas de rios também andam em cardumes na piracema, mas não tão agrupados que se possa pegar muitos em uma tarrafada ou redada só.
Naquele tempo, nos idos de 1717 é lógico que a quantidade de peixes neste rio em questão, como na maioria dos rios do Brasil, era muito maior. Logicamente, na piracema seria muito fácil pegar um cardume destes.
Mas onde estaria o “milagre” de terem a sorte de terem pegado um cardume compacto de peixes desses passando não entendemos.
Não duvidamos de que isto tenha acontecido, pegar muitos peixes na rede de uma vez só, pois como já nos referimos, já aconteceu conosco e com muitos dos leitores, muitas vezes, mas sempre sem necessitar ajuda de santo ou santa nenhum, portanto a santa, com todo respeito a ela, nada teve a ver com o fato. Ainda mais que é de terracota, feita por mãos humanas.
Há cerca de um ano, estávamos pescando piaparas na beira do rio Uruguai, no perímetro urbano da cidade, quando repentinamente elas pararam de beliscar. Sumiram por umas duas horas.
De repente, nos veio uma desconfiança na cabeça: trocamos os anzóis – dois – e as iscas, as trocamos por dois lambaris em lugar de milho.
Milagre! Pegamos dois dourados (Salminus maxillosus), ao mesmo tempo, um em cada anzol simultaneamente! Só que não rezamos para santo nenhuma para isto acontecer.
Tinha tantos dourados, que por duas vezes ao recolhermos os anzóis, eles vieram sem as chumbadas. Os dourados as tinham arrancado, mordendo e cortando as linhas com os dentes, confundindo-as com presas devido aos seus movimentos ao serem recolhidas as linhas. E tudo isto sem rezas nem santos. Foi só estar no lugar certo na hora certa.
A partir de então foi um tal de pega dourado e solta dourado que não terminava mais. Os dourados aqui são protegidos por lei, não podem ser capturados. Pegos, devem ser devolvidos as águas imediatamente.
Registramos o fato em um clipe que tivemos a sorte de poder fazer na hora e o encaminhamos via e-mail para um colega nosso, adepto de pescarias, para não passarmos por mentirosos, para que ele o visse.
Nota aos pescadores: o dourado é o maior salmão do mundo. Pode chegar a mais de 30 kg no rio Uruguai. Nos outros rios da Bacia do Prata como o Paraná e Paraguay não dão tão grandes, mas podem facilmente chegar aos 15 kg. O maior exemplar que foi pescado até hoje o foi em Salto, no país Uruguay, também no rio Uruguai, a 230 km “abaixo” de Uruguaiana e pesou 35 kg vivo.
A coisa funciona assim: se rezamos para algum santo e a coisa dá certo, é “milagre” e ninguém duvida, mas se não rezamos é mentira de pescador. E como não gostamos de sermos chamados de mentirosos, filmamos o fato. Se alguém quiser o filme, o temos a disposição.
Lembramos certa feita, quando estudantes, que fomos pescar na cidade de Rio Grande, Rio Grande do Sul, mais precisamente em um trapiche de madeira de pescadores no local conhecido como “Quarta Sessão da Barra”, na margem direita do canal que é a comunicação entre a comumente chamada “Lagoa dos Patos” a maior lagoa do Brasil, que na verdade é uma laguna, com mais de 200 (duzentos) km de comprimento e com larguras que variam de 25 a 60 km. Este trapiche ficava entre a cidade de Rio Grande e o molhe sul. Era mês de novembro, num certo sábado à noite.
O referido trapiche tinha uma luz que ficava em um poste no canto esquerdo de quem chegava, e iluminava tanto o piso dele como a água logo abaixo.
Fomos num “Teimoso”, carro popular fabricado pela Willys naquele então. Era o ano de 1970. A tarrafa que conseguimos para pescar foi devidamente surrupiada do pai de um dos outros dois companheiros, logicamente pelo filho.
Ao chegarmos, estava um vento forte. Atiramos várias vezes a tal tarrafa e nada. Como não estava dando nada de tarrafa, atiramos nossas linhas. E nada. Com o tempo passando, acalmou o vento, quase que desaparecendo como acontece antes das tempestades.
Então resolvemos tentar a sorte com a tarrafa de novo. E aí se deu o fato, que se fosse com fiéis de alguma religião seria “milagre”, mas como não éramos religiosos, foi considerado mentira pelos colegas a quem contávamos a pescaria. Em uma tarrafada só, pegamos 23 (vinte e três) anchovas das grandes.
E tal qual o citado na história de Nossa Senhora Aparecida, foi difícil tirar a tarrafa da água tal a quantidade dos peixes e seus pesos, pois a água ficava alta em relação à plataforma do trapiche. Tivemos que os três puxar a dita tarrafa para conseguir tira-la da água levantando-a, um no meio, e um em cada ponta. E não foi fácil.
Curiosos, pegamos as nossas três lanternas, focamos a água. Olhamos e vimos que até onde as luzes alcançavam eram só os lombos das anchovas o que se viam. Elas estavam todas alinhadas, literalmente encostadas umas nas outras, lado a lado, nadando muito lentamente contra a correnteza que se fazia nesta ocasião, do mar para a lagoa, pois era época de estiagem.
Era um cardume enorme. Nunca vimos tanto peixe junto – “Valha-me Deus nosso Senhor do Bom Fim. Nunca jamais se viu tanto peixe assim…”, completamos.
Pronto, terminou a pescaria. Era tanto peixe que não sabíamos o que fazer com eles.
Pegamos dois para cada um e largamos os outros. Voltamos para Pelotas de onde tínhamos saído antes da meia noite, furiosos porque a pescaria havia terminado por excesso de peixes. A pescaria mesmo não durou mais do que cinco minutos. Foi atira a tarrafa e puxar. Pronto, ela estava feita de uma tarrafada só.
Não tinha mais sentido ficar lá para pescarmos, pois já tínhamos peixes sobrando. Nem conseguiríamos pegar mais, mesmo se quiséssemos, pois logo ouvimos os botos chegando, assoprando, e as anchovas milagrosamente como chegaram, desapareceram. Fugindo dos botos, lógico.
Quando contamos para nossos colegas o ocorrido, nos chamaram de mentirosos. Se houvéssemos dito que teríamos rezado para determinado santo para ocorrer o que aconteceu, até o bispo de Rio Grande diria ter acreditado (mesmo que não) e pronto: lá estaria agora uma capela e alguma instituição religiosa usufruindo dividendos à custa dos fatos, tendo-os como milagre das nossas rezas.
Era piracema também. Era novembro, também época de piracema. Justificado pois, está o fenômeno.
Corre pela internet uma estória muito comovente com forte apelo emocional. Já de antemão, qualquer pessoa sabe que quando existe um forte apelo emocional, a razão é prejudicada, às vezes em seu nível máximo, ou seja, ao desaparecimento. A emoção é inimiga e antônima da razão.
Já recebemos a tal estória já por três vezes nos últimos dias.
Como a polêmica da moda agora em todo o Brasil, o tema também é sobre anencefalia. Este assunto polêmico, atual e controverso sob todos os pontos de vistas, tanto médico, como legal, como humano está na moda.
A estória, contada por um indivíduo que seria um médico espírita é a seguinte.
Certo casal, que seria formado por João e Maria, teria descoberto que ela estava gerando uma criança anencefálica, portando sem chance de sobrevivência de mais de algumas horas ou alguns dias após o parto, fosse ele normal ou cezário. Cezário de Cezar, o imperador romano.
Pois bem, os pais teriam resolvido não interromper a gestação1. A referida criança, uma menina teria nascido e sobrevivido cerca de 84 horas e morrido.
Cerca de dois anos depois, os pais, trabalhadores de um Instituto Espírita2 em sua cidade3, em uma sessão espírita teriam recebido uma mensagem do espírito de uma menina de nome Shirley através do tal médico médium que avisava a eles que como ela tinha sido amada muito mesmo sabendo da sua situação de anencefálica, sem chances de sobrevivência e mesmo assim continuavam amando-a, não permitindo a interrupção da sua vida, ela estava pronta para voltar ao convívio com eles breve.
Ela disse textualmente que “…drenei minhas deformidades periespirituais4 para meu corpo físico e fui me libertando das minhas deformidades.”
Perguntada como mesmo sendo uma criança, já se expressava tão inteligentemente, ao que ela respondeu: “ – Porque estou em preparo para o retorno. Dizem meus instrutores que tenho permissão para informar. Meus pais tem o merecimento de saber. Devo nascer como filha deles, normal, talvez próximo ano.”
Após dois anos a Shirley teria renascida normal5, sem anencefalia5 e seria hoje uma linda menina de olhos verdes e cabelos castanhos com espírito suave e encantador.
Vamos então a racionalidade dos fato.
1 – Em que país isto aconteceu? No Brasil não foi, pois a estória teria ocorrido antes do Supremo Tribunal ter julgado a questão das interrupções das gestações anencefálicas. Teria ocorrido há mais de dois anos. Então fica a dúvida de que em que país isto teria acontecido. Não está informado.
Segundo ponto falho.
2 – Onde fica este referido “Instituto Espírita”, pergunta-se. Não está informado onde se localiza este Instituto Espírita. No Brasil não é pelo já informado em epígrafe.
Terceiro ponto falho.
3 – Onde fica esta cidade? Qual o nome dela? Em que pais ela se localiza? Ela existe?
Quarto ponto falho.
4 e 4 – Como pode ter “deformidades periespirituais” um ser que viveu apenas 84 horas, sem cérebro, numa fase em que mesmo uma pessoa tendo nascida com cérebro normal não tem consciência do que está acontecendo, ter “deformidades periespirituais?”
Acreditar que possa existir “deformidade periespiritual” num ser que sequer teve consciência quanto mais discernimento do que está acontecendo a sua volta é de uma maldade sem fim, o que a própria doutrina espírita condena. É um absurdo esta afirmação saindo de uma pessoa que professa esta fé. É o mesmo que pregam as religiões que dizem que existiria um deus nos ama, mas ao mesmo tempo já nos marca nos primeiros dias de vida como pecadores, exigindo um batismo para nos curar do pecado que portaríamos, mesmo antes de chorarmos pela primeira vez, logo após o parto. E ainda este deus que nos amaria além de nos taxar de pecadores antes de termos feito alguma coisa, depois, mesmo nos amando nos ameaça com chamas eternas…
Quinto ponto falho.
5 – Aqui está o maior absurdo de todos. Como poderia nascer a mesma pessoa, se esta que vai nascer, será normal? Então não é a mesma pessoa, é outra.
Jamais um casal irá gerar dois filhos exatamente iguais vindo e um mesmo DNA, a não ser se for gêmeo vitelino. Um casal até hoje jamais teve dois filhos a não ser os gêmeos univitelinos com já nos reportamos.
Está cientificamente comprovado indubitavelmente que a reprodução de todos os seres vivos, sem exceções, se dá pelas transmissões de gens, através do DNA, por ordem de Alguém que assim o determinou que fosse.
Sabe-se também que cada DNA porta tanto as características fenótipas como genótipas de um indivíduo, ou seja, cada ser recebe de seu DNA características únicas como forma do corpo, gênio, etc. e que estas características são indissociáveis do perfil carregado por ele. Logo, uma pessoa já vem com seu corpo e mente indissociáveis.
Aqui está o absurdo da estória: se o ser que vier de novo será a mesma anterior, sendo impossível separar seu corpo de sua mente e ela obrigatória e cientificamente voltará… anencefálica novamente! Não poderá voltar normal nunca!
Obrigatoriamente voltarão corpo e mente exatamente iguais que o mesmo ser anterior se a pessoa fosse a mesma, pois o corpo e o espírito portados por um DNA são indissociáveis, está comprovado cientificamente isto não é difícil de entender. Ainda mais para médicos.
Qualquer médico ou cientista sabe disto.
Negar estas verdades é negar a Medicina e a Ciência. É negar a existência e a função do DNA.
Como Médico este Colega citado logicamente deve conhecer a função do DNA.
Desde 25 de abril de 1953 se conhece o DNA e suas funções, quando da publicação de Watson e Crick, depois também agregada o físico inglês Maurice Wilkins agregou mais dados e nasceu a biologia molecular. O Médico que não aceitar esta evidência, com todo o respeito, não está muito atualizado, é um fanático religioso ou sei lá o que. Mas é uma incoerência um Médico atribuir a seres espirituais as “reencarnações”.
O difícil de entender é que alguém acredite nesta estória, que é muito bela, reconfortante, mas carece de qualquer fundamento científico que a comprove.
E chocante também de acreditar que isto tenha sido relatado por um médico, se o assim foi. Se assim for, ou este médico é muito antigo, desatualizado e nunca ouviu falar em DNA ou certamente será algum fanático religioso.
Sexto ponto falho.
Outra coisa chama a atenção: a disparidade entre os nomes que teriam os pais, João e Maria, que além de típicos nomes de histórias infantis, são tipicamente latinos, enquanto o nome da suposta menina, Shirley, é tipicamente anglo saxão.
Pergunta-se ainda porque se a tal menina tivesse o dom de se comunicar para avisar seus pais que voltaria porque os amava muito, que estava agradecida e tudo o mais, porque não se comunicou diretamente com eles, transferindo a tarefa a uma terceira pessoa.
Como não conhecemos a fundo a doutrina acredita na reencarnação, gostaríamos de saber qual a subterfúgio para explicar porque isto não poderia ter acontecido, o da menina se comunicar diretamente com seus pais, já que se queriam tanto.
Finalizando, conclamamos a todos os pensadores livres e bons costumes, que acreditam num verdadeiro Ser Superior que nos criou e não num ser que criamos para servir a nós, para pensarmos um pouquinho mais nisto tudo que aqui foi escrito.
Lembrando neste momento, uma frase que foi modificada pelo brilhante crítico de todos e de tudo na sua época, pois via o que os outros não viam, e de maneira sábia e resume tudo isto.
Esta frase diz:
“Os vivos são e serão cada vez mais, dominados pelos mortos.”
A que ele recriou da seguinte maneira:
“Os vivos são e serão cada vez mais dominados… pelos mais vivos!!!”
Respondam-nos senhores, qual das duas frases traduz a verdade??
A saber, este crítico se auto intitulava como sendo o “Barão de Itararé”, em homenagem a uma batalha que não houve, a famosa “Batalha do Itararé”, pois segundo ele, como nunca houve a famosa batalha, ele também nunca foi barão.
Seu nome verdadeiro: Aparício Torelly, que foi uma pedra no sapato de Getúlio Vargas por críticas ao seu governo, sempre inteligentíssimas, cômicas e bem humoradas.
Alguém duvida disto?
Um bom final de semana e estamos abertos a todos os tipos de críticas.
Tenho dito.
Moacir, o cético, o crítico, incrédulo e filósofo. De Uruguaiana…
Leiam meus livros: “De onde viemos… E para onde vamos?” e “Universo – A teia infinita” (Viapampa Editora de Livros)