Teflon, que parece ser um material estranho em sua classe, é na verdade somente um análogo fluorado do polietileno – das jarras de leite e filmes plásticos.
Contudo, a fluoração faz coisas estranhas para a molécula. F2 é uma molécula com uma reatividade absurda. Possui muita energia para dar em uma oxidação de um substrato. O outro lado da moeda é que moléculas fluoradas tendem a estar em um poço profundo na termodinâmica ( e portanto são muito inertes). Por esta razão, o PTFE ( Politetrafluoretileno ) é usado em revestimento de utensílios domésticos e em isolamento elétrico.
Outro fator da fluoração é que esta confere para o material estranhas propriedades coligativas.
Materiais perfluorados (fluoração máxima) tendem a ser hidrofóbicos E lipofóbicos, mas muito fluorofílicos. Por isso óleo e água ‘escorregam’ sobre o teflon. O terceiro fator, a fluorofilia é pouco entendida (e continua sendo objeto de pesquisas). Veja aqui um exemplo perfeito de algo estranho que pode acontecer com um material fluorado.
Algo curioso sobre substratos fluorados é que estes providenciam um meio para purificação. Sendo que fluorados aderem a fluorados, você pode anexar algo removível e fluorado em sua molécula, fluir uma solução disto sobre algo fluorado e sólido, e mais tarde remover a sua molécula daquele suporte sólido. Isto tem um potencial realmente poderoso ( e singular – já que temos somente o flúor com estas características e nada mais) para processos de purificação, uma das bases da química.
http://scienceblogs.com/moleculeoftheday/2006/08/polytetrafluoroethyleneteflon.php
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