Este tipo de formação nanométrica nem sempre tem uma aplicação imediata e direcionada. É comum que os cientistas façam coisas inusitadas para se ter uma demonstração de um conceito, de uma possibilidade que a tecnologia em questão permite. Além do que, a beleza ajuda na divulgação do trabalho da equipe e da potencialidade da pesquisa.
Neste caso a imagem foi obtida quando pesquisadores dissolveram cloreto de bário e silicato de sódio em um bequer com água. O dióxido de carbono do ar naturalmente se dissolve na água, e inicia uma reação de precipitação de cristais de carbonato de bário. Em um efeito secundário isto também baixa o pH da solução que está bem próxima aos cristais, o que estão desencadeia uma reação com o silicato de sódio dissolvido. Esta segunda reação adiciona uma camada de sílica à estrutura em crescimento, usa o ácido da solução, e permite que a formação de cristais de carbonato de bário continue.
As cores na imagem não ocorrem naturalmente, foram adicionadas por meio de tratamento computacional da imagem; é uma licença artística dos pesquisadores. Normalmente este tipo de imagem registrada por meio de miscrocopia eletrônica de varredura está em preto e branco. A adição de cores pode servir para facilitar a diferenciação de estruturas que apresentem variações físicas e/ou químicas.
Imagem em licença Creative Commons, via ZEISS Microscopy.