Para os professores que estão começando a usar tablets e celulares como plataformas para auxiliar na educação, deixo o alerta de que não adianta procurar por aplicativos (apps) específicos sobre cada assunto abordado em sala de aula. Uma aula de química não necessariamente ficará melhor se os alunos forem “forçados” a instalar um aplicativo sobre termoquímica, por exemplo. Se isso ocorrer, é muito provável que na primeira oportunidade o aluno irá apagar o aplicativo do seu celular ou então não dará a devida atenção ao que está no tablet da escola.
O professor então deve se questionar: “Quantas vezes eu usei o aplicativo indicado no último mês?”; “Eu costumo usar este aplicativo com frequencia? Mesmo em horários extra-classe?”. A reflexão sobre essas perguntas dará uma pista sobre o possível comportamento dos alunos.
Além disso, aplicativo instalado não significa aplicativo utilizado. Uma demonstração clara disso é a Samsung, que vende milhões de celulares com aplicativos já instalados, que acabam sendo pouco utilizados. Neste sentido, um estudo feito pela Strategy Analytics, à pedido do jornal Wall Street Journal, demonstrou que os mais de 250 usuários participantes do estudo pouco utilizaram os aplicativos ChatON, Group Play, S Memo, S Voice, Samsung Apps e Samsung Hub. Portanto, de nada adianta ter um tablet ou celular cheio de aplicativos que nunca serão utilizados espontaneamente.