Pesquisadores condicionaram alguns voluntários para que ficassem estressados quando vissem uma imagem de uma aranha adicionando alguns choques durante a visualização de imagens de aranhas. Então, todos viram mais imagens de aranhas (sem choques), e desta vez foram adicionados barulhos intensos! A resposta de medo a estas uniões de imagens e sons foi medida observando as piscadas dos voluntários.
No segundo dia de experimentos, todos ingeriram uma pílula enquanto viam aranhas acompanhadas de barulhos intensos. Alguns dos voluntários receberam placebo, e alguns receberam propanolol.
Propanolol é um “antagonista beta-adrenérgico” – isto é, ele bloqueia (antagoniza) um certo tipo (beta) de receptores adrenérgicos (que respondem a moléculas pequenas como a adrenalina). Por ser a resposta aos estímulos como barulhos intensos, choques e aranhas, frequentemente mediada pela adrenalina, é razoável (de fato, bem conhecido) que o propanolol terá efeito na resposta de alguém a esse tipo de estressor. É claro, os placebos funcionam também, e ambos grupos ficaram mais tranquilos quando submetidos às aranhas e barulhos.
No terceiro dia, o grupo de choque associado ao propanolol tinha uma resposta bem mais atenuada se comparado ao grupo placebo. Os autores então especulam que neurotransmissores como a adrenalina tem um papel na manutenção dessas memórias amedrontadoras, e bloquear a ação da molécula quando a memória é recuperada atenuaria as emoções associadas.
Via Propranolol (Adrenalin armor).
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