Eu adoro garrafas antigas com produtos químicos, e já gastei horas vasculhando as prateleiras de membros antigos dos laboratórios da universidade. Os frascos costumavam vir em tamanho grande (ou os gigantes de tamanho “um mol”). Com texto em etiquetas escrito a máquina quase sumindo, “Para uso médico, composição farmacêutica, ou uso em pesquisa”, em papel amarelado – as garrafas da era da Guerra da Coréia são o mais românticas que se pode ter de garrafas de produtos químicos.
Quando é um éter antigo, no entanto, eu vou embora e escrevo um aviso para alertar alguém (e não volto tão logo).
Éteres – substâncias químicas com a fórmula geral R-O-R’, podem formar peróxidos (R-O-R’-OOR”) em um carbono adjacente ao oxigênio do éter pela reação com o oxigênio (molecular) atmosférico. Tem relação com a estabilidade do radical formado, então o éter metílico (CH3-O-R) e o éter metil-terc-butílico são até bem seguros (parte da razão para a popularidade do MTBE). Éter etílico, THF e dioxano possuem prótons reativos. O maior do risco do peróxido é o éter diisopropílico, que, devido a uma substituição adicional, pode formar um radical bem estável e é especialmente dado à peroxidação.
Você pode testar um éter para os peróxidos bem facilmente (novamente, seja cuidadoso, e é provavelmente melhor jogar essa coisa velha fora). O peróxido é um bom oxidante e irá levar iodeto até iodo. Pegue um pouco de KI ou NaI em ácido acético (100mg/mL), misture 1mL com 1mL de éter, agite e observe. Amarelo = algum peróxido, marrom = chame o pessoal dos resíduos e deixe essa coisa de lado. Cuidado ao manusear éter velho – se for duvidoso, jogue fora, pois não é caro!
Se você precisar, me disseram que você pode remover peróxidos do éter em sílica ou alumina. Não sei se isso funciona com os peróxidos alquil mais perigosos, que são menos polares do que os hidroperóxidos. Tem também os sais de ferro, os agentes redutores de sacrifício, redestilação, e coisas do tipo. Porque se importar, penso eu? Você só estará concentrando os peróxidos em um sólido, e ainda terá que destruir eles de alguma forma. Só livre-se da coisa.
Como programas de trocas de seringas, as universidades deveriam ter programas de troca de éter para prevenir as pessoas de agir como idiotas com solvente velho.
Peróxidos de éter me aterrorizam. Contudo, o risco é obviamente muito baixo – não são muitas pessoas que os viram explodir, e muitas pessoas riram por eu ser cauteloso com uma garrafa velha com dioxano. São normalmente as mesmas pessoas que acham graça dos óculos de proteção. Estes são idiotas,…
Para ver uma imagem de cristais de peróxido, clique aqui. Se você ver tais cristais, fique longe, muito longe, chame o pessoal adequado, e não volte até que alguém que você confie prometa que aquele material perigoso foi destruído.
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Original (English) content from Molecule of the Day (http://scienceblogs.com/moleculeoftheday). Content translated with permission, but portuguese text not reviewed by the original author. Please do not distribute beyond this site without permission from both author and translator.