Daniel Stoupin, estudante de PhD da Universidade de Queensland, capturou em vídeo o comportamento de corais, esponjas e a diversidade da vida marinha na Grande Barreira de Corais na Austrália.
Estes pouco mais de 3 minutos de belíssimas imagens foram criados por Daniel Stoupin a partir de mais de 150.000 fotografias de alta qualidade; sendo cada uma delas registrada em arquivo tipo RAW com uma resolução de 22 megapixel. A união das imagens criou um efeito de time-lapse em uma qualidade 4k (superior ao full HD); apesar do vídeo aparecer aqui ‘apenas’ na resolução full HD.
Para conseguir o máximo de detalhes e profundidade de foco, Daniel Stoupin planejou para que cada quadro do vídeo seria feito compondo de 3 a 12 fotografias pelo método de focus stacking. O focus stacking (ou empilhamento de foco) permite reunir várias fotografias com várias profundidades de foco em uma única imagem, resultando em uma imagem com mais pontos de nitidez.
Daniel Stoupin usou câmeras Canon modelo 7D (que estragou durante o trabalho) e uma poderosa 5D Mark III, com lente MP-E 65mm f/2.8 1-5x Macro.
O focus stacking, as imagens e o vídeo foram trabalhados nos softwares Photoshop CS6, Zerene Stacker, Helicon Focus e Sony Vegas.
Por ser um processo extremamente trabalhoso, desde a montagem do equipamento no local, até o processamento das pesadas imagens; Daniel Stoupin afirma ter levado mais de 3 meses de trabalho para cada minuto de vídeo. Demorado! Mas valeu a pena!
Daniel comenta em seu blog que resolveu registrar as imagens para alertar aos humanos sobre o movimento e vida nos recifes de corais que, por serem lentos, passam despercebidos aos humanos.
Pois é Daniel, deixo aqui tb meu protesto: Ao visitar o museu de pesca de Santos, SP, apesar da linda exposição de inúmeras espécies de peixes, mamíferos, crustáceos, aves marinhas e até mesmo uma gigantesca coleção de areia de mais de centenas de praias espalhadas pelo mundo, pude observar que algumas espécies de coral adornavam as prateleiras dos armários de vidro da sala de amostras de areias como de fossem simples objetos de decoração, sem sua taxonomia científica. Eu perdoaria se fosse num aquário comercial, mas nuca num museu de pesca.